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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS NOVA VISÃO PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LEM - INGLÊS ENSINO MÉDIO GUARAPUAVA 2012

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ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEED

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS NOVA VISÃO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

LEM - INGLÊS

ENSINO MÉDIO

GUARAPUAVA

2012

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CEEBJA NOVA VISÃO - ENSINO MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA INGLESA

FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA DISCIPLINA

O objetivo da educação básica é a formação de um sujeito crítico, capaz de

interagir criticamente com o mundo. Assim, o ensino da língua inglesa deve

contribuir para esse fim, ultrapassando as questões técnicas e instrumentais,

centrando-se na educação para que o aluno reflita e passe a agir de maneira que a

realidade que se lhe apresenta comece a ser transformada, entendendo essa

realidade, bem como, seus processos sociais, políticos, econômicos, tecnológicos e

culturais são inacabados estão em constante transformações. É preciso trabalhar a

língua como prática social significativa.

As atividades desenvolvidas nessa disciplina, referente aos anos finais do

ensino ensino médio da educação básica, devem possibilitar ao aluno acesso a

diversidade de informações, a ver, organizar e entender o mundo, em uma visão

com perspectiva, com apreciação das diferenças e a constante redefinição de

aspectos identitários, de forma a interagir com o meio em que está inserido,

construindo significações, além daquelas que são possíveis na língua materna. No

cenário global contemporâneo, a língua inglesa insere-se como importante meio de

comunicação e disseminação cultural e científica.

Sendo assim, o conhecimento de uma língua estrangeira colabora para a

elaboração da consciência da própria identidade, pois o aluno percebe-se também

como sujeito dessa identidade, como um cidadão histórico e social, pois a língua e a

cultura constituem os pilares dessa identidade do sujeito e da comunidade como

formação social.

Tal perspectiva remete a pensar em discurso e identidade, definindo-os como

elementos socialmente construídos, pois quando o educando procura aprender uma

língua estrangeira desenvolve uma consciência sobre o papel exercido por essas

línguas na sociedade brasileira e no panorama internacional, favorecendo ligações

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entre comunidade local e planetária. Nesse cenário, a língua inglesa se insere não

apenas como instrumento de comunicação, mas, sobretudo, como ponto de partida

para reflexões sobre as funções da linguagem em práticas sociais mais amplas.

Entendendo a educação como direito universal e inalienável, o CEEBJA

NOVA VISÃO, busca assegurar aos jovens e adultos do sistema prisional o acesso a

aquisição de conhecimentos, atitudes e valores, neste nível de ensino, médio. Sua

proposta de educação tem como foco a especificidade do educando privado de

liberdade, seus interesses e necessidades básicas de aprendizagem, seus ritmos,

saberes acumulados, suas condições de vida, de trabalho e de cultura,

considerando também as atuais demandas da sociedade e do mundo do trabalho,

bem como as aprendizagens necessárias para a formação cidadã. Bem como, no

ensino da língua estrangeira, a língua contempla as relações com a cultura, o sujeito

e a identidade, pretendendo assim que ensinar e aprender línguas é ensinar e, antes

de tudo, aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos; é formar

subjetividades; é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes

propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingindo.

Assim, esta proposta curricular baseia-se principalmente nas diretrizes

curriculares para as escolas de EJA, que possuem como eixos norteadores a

cultura, o trabalho e o tempo e nas diretrizes curriculares para o ensino da Língua

Estrangeira Moderna que concebem a língua como discurso, estabelecendo os

objetivos de ensino de uma LEM e resgatando a função social e educacional desta

disciplina na educação básica.

Sendo assim, pretende-se explicitar o conteúdo estruturante, os conteúdos

básicos a serem trabalhados, bem como as expectativas de aprendizagem, as quais

estão interrelacionadas aos conteúdos básicos que foram amplamente discutidos,

refletidos e elencados pelo grupo de professores da LEM da Rede Estadual de

Ensino, encaminhamentos metodológicos, critérios e instrumentos avaliativos,

favorecendo ao professor encaminhamentos e procedimentos numa abordagem que

evidencie uma perspectiva utilitarista do ensino, na qual a língua é concebida como

um sistema para a expressão da significação, num contexto interativo, assim a

fundamentação teórica das diretrizes curriculares subsidiará o (a) professor (a) no

processo ensino aprendizagem, analisando e refletindo sobre o papel da LEM e

definindo referenciais teórico-metodológicos para sua prática em sala de aula,

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incentivando-o (a) a desenvolver práticas pedagógicas que contestem ou quebrem o

círculo do senso comum. Também serão abordados os Programas

Socioeducacionais e a legislação e pertinente a esta proposta, nesta direção

considera-se necessário um recorte e inserção ao currículo, tudo isso relacionado

de forma equilibrada, respeitando os critérios de metodologia para o sistema

prisional.

A partir dessas abordagens implica uma superação da visão de uma LEM

apenas como meio para se atingir fins comunicativos, restringindo-se às

possibilidades de sua aprendizagem como experiência de identificação social e

cultural.

Portanto, propõe-se que a aula de língua inglesa constitua um espaço para

que o aluno reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural de modo

que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de

significações em relação ao mundo em que vive e que essas significações são

sociais e historicamente construídas, passíveis de transformação na prática social.

OBJETIVOS

- Proporcionar aos alunos a chance de fazer uso da língua que estão aprendendo

em situações significativas, relevantes e não como mera prática de formas

linguísticas descontextualizadas.

- Ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de construir sentidos,

formando subjetividades independentes do grau de proficiência atingida, bem como

objetiva-se que os alunos possam analisar as questões da nova ordem global, suas

implicações, que desenvolvam a consciência crítica a respeito do papel das línguas

na sociedade.

- Possibilitar aos alunos que utilizem uma língua estrangeira em situações de

comunicação e também ao inseri-los na sociedade possam ser participantes ativos,

não limitados as suas comunidades locais, mas capazes de se relacionarem com

outras comunidades e outros conhecimentos.

- Contribuir para que os alunos percebam as diferenças entre os usos, as

convenções, os valores de seu grupo social, de forma crítica, percebendo que não

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há um modelo a ser seguido, ou uma cultura melhor que a outra, mas apenas

diferentes possibilidades que os seres humanos elegem e que são passíveis de

mudanças ao longo do tempo, levando os mesmos a exercerem uma atitude crítica,

transformadora enquanto sujeitos atentos ao ambiente sócio-histórico-ideológico ao

qual pertencem.

- Prover os alunos com meios necessários para que não apenas assimilem o

saber como resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as

tendências de sua transformação, explicitando as relações de poder que as

determinam.

Na leitura:

- Compreenda os elementos composicionais dos textos verbais e não verbais

na forma de gêneros textuais considerando seu contexto de produção e esferas de

circulação;

- Identifique, no texto, o tema, considerando seu contexto de produção, a sua

esfera de circulação e reflita sobre as vozes sociais presentes nele;

- Perceba a intencionalidade presente no texto (quem escreveu o texto, por

quê, para quê, de que forma, etc.);

- Identifique e analise informações explícitas e implícitas no texto;

- Compreenda o vocabulário que auxilia o entendimento a partir do contexto

(palavras transparentes; processos de formação de palavras: prefixação, sufixação e

composição; marcas de gênero e número; significado de palavras desconhecidas

com base no contexto; reconhecimento de tempos/aspectos/ modos verbais com

relação ao seu propósito);

- Identifique nos textos sua tipologia (narrativo, instrutivo, argumentativo, etc.);

- Realize leitura linear e não linear;

- Identifique os aspectos da organização textual;

- Identifique e compreenda as figuras de linguagem e relacione-as ao contexto

em que estão inseridas;

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- Reconheça e use os elementos que tornam o texto coeso e coerente como:

referências de tempo e lugar; referência lexical; referência pronominal; conectivos e

sua função de marcar relações de contraste, causa, consequência, etc.;

Escrita:

- Compreenda, a partir de textos de diferentes gêneros, as classes

gramaticais como artigos, pronomes, substantivos, adjetivos, verbos e seus tempos,

etc., e suas funções dentro do texto e aproprie-se do conhecimento linguístico

necessário para a compreensão e produção do gênero textual estudado;

- Use adequadamente a grafia;

- Reconheça, compreenda e produza os gêneros textuais (ou trechos de

gêneros) estudados, considerando os elementos composicionais do gênero, seu

contexto de produção e esfera de circulação;

Oralidade:

- Pronuncie adequadamente as palavras em apresentações orais ou em

leituras de textos;

- Reconheça e utilize as variedades linguísticas;

- Compreenda os elementos extralinguísticos (entonação, pausa, expressão

corporal);

- Respeite os turnos da fala;

- Aproprie-se da pronúncia das palavras, considerando as variações

lingüísticas;

- Perceba que a Língua Estrangeira Moderna oferece meios de compreensão

de diferentes culturas e de apropriação e valorização de sua própria cultura;

Assim sendo o ensino da língua estrangeira deve possibilitar ao aluno uma

visão de mundo mais ampla, para que avalie os paradigmas já existentes e crie

novas maneiras de construir sentidos do e no mundo, considerando as relações que

podem ser estabelecidas entre a Língua Estrangeira e a inclusão social; o

desenvolvimento da consciência do papel das línguas na sociedade, o

reconhecimento da diversidade cultural e o processo de construção das identidades

transformadoras.

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Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de

comunicação – produção compreensão de textos verbais e não verbais – é também

inseri-los na sociedade como participantes ativos, não limitados as suas

comunidades locais, mas capazes de se relacionar com outras comunidades e

outros conhecimentos.

Ao conceber a língua como discurso, espera-se que o conhecimento e a

capacidade de usar uma língua estrangeira, possam permitir aos sujeitos

perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos do mundo. Ao

estudar uma língua estrangeira, o aluno aprende também como construir

significações para entender melhor a sua realidade e o seu momento de vida. A

partir do confronto com a cultura do outro, o indivíduo pode torna-se capaz de

delinear um contorno para a própria identidade e assim atuar sobre os sentidos

possíveis, reconstruindo sua identidade como sujeito atuante em seu meio.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

DISCURSO ENQUANTO PRÁTICA SOCIAL

É entendido como o saber mais amplo da disciplina e é considerado basilar

para a compreensão do discurso, enquanto prática social, que é concebido como

conteúdo estruturante e que se desdobra nos conteúdos básicos e específicos no

trabalho pedagógico que fazem parte de um corpo estruturado de conhecimentos

constituídos e acumulados historicamente. Nesse sentido, o discurso constituirá o

conteúdo estruturante, entendido como prática social que tratará de forma dinâmica,

por meio da leitura, da oralidade, da escrita e dos conhecimentos linguísticos, enfim

sob seus vários gêneros discursivos.

Sendo assim, o trabalho em sala de aula deve partir de gêneros textuais

apresentados através de várias formas metodológicas, onde a linguagem, num

contexto em uso, seja uma proposta de construção de significações, por meio do

engajamento discursivo e não pela mera prática de estruturas linguísticas. Com o

foco na abordagem crítica de leitura, a ênfase do trabalho pedagógico é a interação

ativa dos sujeitos com o discurso, de modo que se tornem capazes de comunicar-se

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em diferentes formas discursivas, materializadas em diferentes tipos de instrumentos

e/ou recursos metodológicos.

Contudo, é preciso levar em conta o princípio da continuidade, ou seja, a

manutenção de uma progressão, considerando as especificidades da língua

estrangeira ofertada, as condições de trabalho existentes na escola, o projeto

político-pedagógico, a articulação com as demais disciplinas do currículo, com os

Programas Socioeducacionais e, principalmente, deve-se observar o perfil dos

alunos. Assim, faz-se necessário que o professor considere a experiência no

trabalho com a linguagem que o aluno já possui, os conhecimentos já adquiridos em

sua vivência em todos os ambientes na sociedade e que ele tenha que interagir em

uma nova discursividade, integrando assim elementos indispensáveis da prática

como: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.

Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às

regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua

que se lhe apresenta, na estruturação da mesma.

Os conhecimentos discursivos referem-se aos diferentes gêneros discursivos

que constituem a variada gama de práticas sociais que são apresentadas aos

alunos. Então no ato da seleção dos gêneros, dos temas e dos instrumentos e/ou

recursos metodológicos, propõe-se analisar os elementos linguístico-discursivos

neles presentes, mas de forma que não sejam levados em conta apenas objetivos

de natureza linguística, mas, sobretudo, que tenham fins educativos, assuntos para

reflexão, adequados à faixa etária, ao perfil dos educandos e que contemplem os

seus interesses. É importante também que os recursos didáticos e tecnológicos

abordem os diversos gêneros discursivos e que apresentem diferentes graus de

complexidade da estrutura linguística, observando-se também para que, esses

recursos, não reforcem uma visão monolítica de cultura, muitas vezes abordada de

forma estereotipada.

Os conhecimentos culturais, a tudo aquilo que sente, acredita, pensa, diz, faz

e tem uma sociedade, ou seja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.

Os conhecimentos sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e

verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio-histórico particular e coletivo.

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Além disso, uma abordagem do discurso em sua totalidade será realizada e

garantida através de atividades significativas, em língua estrangeira, nas quais as

práticas de leitura, escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática

social e cultural. Assim sendo, nessa interação se apresentam os programas

socioeducacionais e outros olhares sobre os fatos e sobre a história que nos indicam

as questões sociais, econômicas, religiosas, etnicorraciais e ambientais, embora não

sejam genuínas da escola, pressupõe, sobretudo, outra compreensão para além da

visão idealista ou estereotipada sobre os fatos e sobre a história, conforme são

explicitados abaixo:

PROGRAMAS SOCIOEDUCACIONAIS

Os chamados “Programas Socioeducacionais” devem passar pelo currículo

como condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da

intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa

compreendê-los como parte da realidade concreta e explicitá-la nas múltiplas

determinações que produzem e explicam os fatos sociais, tais como: Cidadania e

Direitos Humanos; Enfrentamento à Violência na Escola e Prevenção ao uso

Indevido de Drogas; Educação Sexual (Gênero e Diversidade Sexual).

Como também, as Leis que norteiam e embasam estes conteúdos já citados,

se fazendo necessário, quando este permitir: História do Paraná (Lei nº 13.381, de

18/12/2001); Música (Lei nº 11.769, de 18/08/2008); Direitos das Crianças e dos

Adolescentes (Lei nº 11.525 de 25/09/2007); História da Cultura Afro-brasileira e

Cultura Indígena (11.645/08). Educação Ambiental (Lei nº 9.795/99, Decreto nº

4201/02); Educação Tributária e Fiscal (Decreto nº 1143/99, Portaria nº 413/02.

Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das

contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos

movimentos sociais e por isto, presentes na sociedade contemporânea. São

aspectos considerados de grande relevância para comunidade escolar, pois estão

presentes nas experiências, práticas, representações e identidades dos educandos

e educadores.

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Os Programas Socioeducacionais correspondem a questões importantes,

urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e

aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua

complexidade e sua dinâmica, dando-lhes a mesma importância das áreas

convencionais, sendo necessário que a escola trate de questões que interferem na

vida dos educandos e com os quais se veem confrontados no seu dia a dia.

Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela

democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e

a aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em

ações visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.

Com esse propósito, respeitamos a diversidade existente dentro de nosso

ambiente escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de

oportunidades, mas isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma

forma de respeito às diferenças individuais, priorizando em nossas ações a

participação e à aprendizagem de todos, independentemente de quaisquer que

sejam suas singularidades.

Para isso, a escola deve buscar respaldo, orientações, e em especial atitudes

coletivas, as quais devem ser constantes, pois é de grande significado para todos os

profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educandos e

educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso

escolar, de forma que esses sujeitos envolvidos nesse processo possam criar

mecanismos para o enfrentamento dos diversos preconceitos existentes e garantir o

direito ao acesso e a permanência com qualidade no processo educacional.

Ressalta-se também, as atividades relacionadas à Educação das Relações

Etnicorraciais, e ao ensino da temática da História da Cultura Afro-Brasileira e

Indígena, pois essas ações são resultantes do trabalho desenvolvido pelos

educadores, na perspectiva de uma escola pública, necessária para o

desenvolvimento de uma sociedade democrática, pluriétnica e multicultural.

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CONTEÚDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS

Os conteúdos referentes à leitura, à oralidade e à escrita serão trabalhados

em todos os registros, integrados um ao outro, a partir dos Gêneros Textuais, assim

também os que se referem aos Programas Socioeducacionais e os que se referem à

legislação pertinente a esta proposta.

a) Conteúdos para o Ensino Médio:

1. Leitura

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Referência Textual;

- Linguagem verbal e não verbal;

-Partículas conectivas do texto;

- Discurso Direto e Indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas linguísticas (particularidades da língua, pontuação, ortografia).

- Coesão e coerência textuais;

- Função das classes gramaticais no texto;

- Recursos linguísticos: expressões idiomáticas, gírias, etc.

- Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

- Recursos estilísticos: operadores argumentativos, ambiguidade, figuras de

linguagem, significado das palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões

que denotem ironia e humor no texto, expressões idiomáticas;

- Léxico;

- Relevância dos conhecimentos prévios dos alunos.

-Inferências de informações implícitas e explícitas;

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- Questões que levem o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto,

utilizando materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...).

-Leitura e análise de diferentes gêneros, levando em consideração a complexidade

dos mesmos e as relações dialógicas.

2. Oralidade

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas, paragrafação;

- Linguagem verbal e não verbal;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações Linguísticas;

- Marcas linguísticas;

- Coesão e coerência textuais;

- Recursos linguísticos: expressões idiomáticas, repetição, gírias;

- Elementos semânticos;

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito;

- Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

- Utilização do discurso de acordo com a situação de produção formal e informal;

- Apresentação das ideias com clareza;

- Exposição objetiva de argumentos, mesmo na língua materna;

- Organização da sequência da fala;

- Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, seminários quando necessário

em língua materna;

- Análise dos recursos próprios da oralidade.

3. Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

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- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Referência textual;

-Partículas conectivas do texto;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Polissemia;

- Marcas linguísticas (particularidades da língua, pontuação, ortografia.).

- Coesão e coerência textuais;

- Função das classes gramaticais no texto;

- Recursos linguísticos: expressões idiomáticas, gírias, etc.

- Recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

- Recursos estilísticos: operadores argumentativos, ambiguidade, figuras de

linguagem, significado das palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões

que denotem ironia e humor no texto, expressões idiomáticas;

- Discussão sobre o tema a ser produzido.

- Leitura de textos sobre o tema e gêneros propostos;

- Produção em diferentes gêneros textuais a partir: da delimitação do tema, do

interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,

situacionalidade, temporalidade e ideologia;

- Adequação de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;

- Revisão textual dos argumentos, das idéias, dos elementos que compõem o

gênero;

-Reestruturação e reescrita textual.

- Reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;

4. Prática da Análise linguística:

- Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir:

a) de gêneros selecionados para leitura ou escrita.

b) de textos produzidos pelos alunos.

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c) das dificuldades apresentadas pela turma.

d) leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.

1º Registro

1) Presente simples;

2) advérbios de frequência e tempo;

3) nomes e adjetivos;

4) plural dos nomes;

5) forma imperativa;

6) presente contínuo;

7) futuro Will/going to;

8) pronomes pessoais - subjetivos/objetivos;

9) passado simples;

2ºRegistro

1) passado contínuo;

2) pronomes adjetivos possessivos e pronomes possessivos;

3) conjunções;

4) verbos modais;

5) substantivos contáveis e incontáveis;

6) pronomes indefinidos;

7) grau dos adjetivos: comparativo e superlativo;

8) preposições;

3º Registro

1) presente perfeito;

2) presente perfeito e passado simples;

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3) pronomes reflexivos;

4) questions tags;

5) condicionais;

6) discurso direto e indireto;

7) preposições;

8) conjunções;

4ºRegistro

1) pronomes relativos;

2) futuro perfeito;

3) voz ativa e passiva;

4) infinitivo e gerúndio;

5) phrasal verbs;

Obs.: O vocabulário será trabalhado durante todos os registros, conforme a

necessidade dos conteúdos e para o aprendizado do aluno, bem como a pontuação

e seus efeitos de sentido no texto e a ortografia. Sempre que necessário, será feito

uma revisão de conteúdos que foram ensinados no registro anterior, assim também

o aluno que possui aproveitamento de estudos faz-se necessário rever conteúdos já

estudados por ele, para que possa dar continuidade a partir de onde houve a ruptura

em sua caminhada estudantil.

Portanto, a produção de sentidos constitui, assim, uma prática social que

mobiliza o interdiscurso, conduzindo os interlocutores, como sujeitos históricos, a

inscrever-se em uma disputa de interpretações. Assim, diversidade de gêneros

discursivos deve estar contemplada em todos os registros, ressaltando-se que a

diferença significativa entre os registros está no grau de complexidade do discurso e

de sua abordagem. Sendo assim, a partir do gênero escolhido para desenvolver as

práticas discursivas, definem-se os conteúdos específicos a serem estudados,

norteados pelos encaminhamentos metodológicos, recursos didáticos pedagógicos e

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tecnológicos e pelas expectativas de aprendizagem que são esperadas que os

alunos desenvolvam em cada conteúdo.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Todas as atividades devem ser centradas no aluno, trabalhando ativamente,

integrando-o nas situações do dia-a-dia e nas informações globais. Assim sendo, a

leitura é vista como uma atividade construtiva e criativa.

O assunto a ser discutido e trabalhado apresenta-se como um espaço de

temática Médio para o desenvolvimento intercultural, manifestado por um pensar e

agir críticos com a prática cidadã imbuída de respeito às diferentes culturas, crenças

e valores. Possibilita-se, desse modo, a capacidade de analisar e refletir sobre os

fenômenos linguísticos e culturais como realizações discursivas, as quais se revelam

pela história dos sujeitos que fazem parte desse processo, apresentando assim

como um princípio gerador de unidades temáticas e de desenvolvimento das

práticas linguísticas-discursivas. Portanto, é fundamental que se apresente ao aluno

temas em diferentes gêneros textuais, didáticos e tecnológicos, mas sem categorizá-

los, proporcionando ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade

discursiva.

Para tanto, é importante trabalhar os Programas Socioeducacionais, conforme

já foram referenciados acima, bem como as questões sociais inerentes ao dia a dia

do educando e ao perfil dos alunos privados de liberdade, levando em consideração

limitações quanto a questões de segurança, encaixando no processo de ensino e de

aprendizagem da língua estrangeira, disciplina que favorece a utilização de recursos

abordando assuntos relevantes, presentes na mídia nacional e internacional ou no

mundo editorial: publicitários, jornalísticos, literários, informativos, instrumental, de

opinião, etc., interagindo com uma complexa mistura da língua escrita, visual e oral.

Sendo assim, será possível fazer discussões, em língua materna, sobre sua

compreensão, bem como produzir textos orais, escritos e ou visuais, integrando

todas as práticas discursivas nesse processo.

Ao apresentar os gêneros textuais devem-se propor atividades que colaborem

para que o aluno reflita sobre os textos e os perceba como uma prática social de

uma sociedade em um determinado contexto sócio-cultural particular, pois cabe ao

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professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas que seja

crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um

sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade

em que está inserido. Da mesma forma, deve ser instigado a buscar respostas e

soluções aos seus questionamentos.

A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a

mobilização do conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos, são

alguns elementos que podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos

produzidos no contato com os textos. Não é preciso que o aluno entenda os

significados de cada palavra ou a estrutura do texto para que lhe produza sentidos.

O papel da gramática relaciona seu entendimento, quando necessário, dos

procedimentos para a construção de significados utilizados na língua estrangeira,

assim estabelece-se como importante na medida em que permite o entendimento

dos significados possíveis das estruturas apresentadas e o aluno perceberá que as

normas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo

significado, mas são flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a

prática social de uso da língua ocorre. Assim o conhecimento formal da gramática

deve estar subordinado ao conhecimento discursivo, ou seja, reflexões gramaticais

devem ser decorrentes de necessidades específicas dos alunos a fim de que

possam expressar-se ou construir sentidos com os textos, considerando que o leitor

precisa executar um processo ativo de construção de sentidos e também relacionar

a informação nova aos saberes já adquiridos.

A produção escrita, ainda que restrita a construção de uma frase, a um

parágrafo, a um poema ou a uma carta, precisa fazer desta produção uma atividade

menos artificial possível.

Destaca-se ainda, que o trabalho com a produção de textos na aula de Língua

Inglesa precisa ser concebido como um processo dialógico ininterrupto, no qual se

escreve sempre para alguém de quem se constrói uma representação, sendo

necessário que esse alguém seja definido como um sujeito sócio-histórico-

ideológico, com quem o aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para

a construção do texto e de sua coerência. Nesse sentido, a produção deve ter um

objetivo claro e devem-se disponibilizar recursos pedagógicos, junto com a

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intervenção do próprio professor, para oferecer ao aluno elementos discursivos,

linguísticos, sócio-pragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção.

A reflexão crítica acerca dos discursos que circulam em Língua Inglesa

somente é possível mediante o contato com textos verbais e não verbais. Do mesmo

modo, a produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos,

que servirão de apoio e ampliarão as possibilidades de expressão dos alunos.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a

textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem

discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a

expressar ideias em língua estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar

que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da

linguagem implica e que existe a necessidade de adequação da variedade

linguística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em língua

materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos

da língua que está aprendendo.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira

Moderna é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do

currículo para relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter de

desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber

que conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados.

Ressalta-se que para desenvolver esse trabalho serão utilizados os recursos

didáticos disponíveis para a prática-pedagógica: livros didáticos, livros paradidáticos,

dicionários, revistas, jornais, cadernos temáticos referentes aos Programas

Socioeducacionais, Cadernos de EJA – SECAD, kit multidisciplinar, vídeos, filmes,

documentários aparelho de DVD, CD-ROOMs, internet, Pen Drive, TV Pen Drive e

outros recursos tecnológicos e didáticos que forem oportunos e coerentes com a

atividade desenvolvida, sob a ótica da realidade dessa instituição, adequados ao

sistema prisional, da realidade do educando, das Diretrizes Curriculares de EJA e de

Língua Estrangeira Moderna.

Sugestões de gêneros discursivos na esfera social de circulação: cotidiana,

literária, artística, científica, escolar, imprensa, publicitária, política, jurídica,

produção e consumo, midiática, como:

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crônica, lendas, contos, poemas,fábulas, biografias, classificados, notícias,

reportagem, entrevistas,cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos,

palestra, piadas, debates, folhetos, provérbios, charges, tiras, manuais técnicos, etc.

Todas as atividades devem ser centradas no aluno, trabalhando ativamente,

integrando-o nas situações do dia-a-dia e nas informações globais, explorando as

atividades discursivas a partir dos gêneros textuais, possibilitando o trabalho com

elementos linguísticos de forma contextualizada. Assim não se deve considerar os

elementos gramaticais como ponto de partida para o trabalho didático pedagógico,

mas como parte integrante do trabalho com os gêneros, sendo estes decorrentes de

necessidades específicas do educando. Assim também, fazer uso da imagem

(desenho, pintura, vídeo, fotos, etc.) para desenvolver a interpretação, discutir

diferentes pontos de vista e levar o educando a uma reflexão consciente dos fatos

que o envolve em sua realidade.

Desta forma, espera-se que o aluno consiga alcançar as expectativas de

aprendizagem propostas para este nível de ensino, as quais foram sistematizadas a

partir das sugestões construídas coletivamente, enviadas à Secretaria de Educação,

como resultado das discussões na Semana Pedagógica e também junto aos

técnicos de Língua Estrangeira Moderna dos NREs.

A organização da disciplina é de forma coletiva (Presencial - 75%) e individual

(Presencial – 100%), conforme proposta pedagógico-curricular, possibilitando a

flexibilização de horários e a organização do tempo escolar, levando em

consideração o perfil do educando. A carga horária para o ensino médio é de 128

h/a, divididos em 4 registros, com no mínimo 32 h/a para cada registro de

freqüência.

AVALIAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

Esta proposta curricular, de Língua Inglesa, está fundamentada na LDB, no

Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar desta escola onde a avaliação

da aprendizagem está, intrinsecamente, atrelada à concepção de língua e aos

objetivos para o ensino dessa disciplina defendidos nas Diretrizes Curriculares.

Assim, o caráter educacional da avaliação sobrepõe-se ao seu caráter

eventualmente punitivo e de controle, constituindo num instrumento facilitador na

busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas no

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conteúdo desenvolvido, mas aqueles vivenciados ao longo do processo, de forma

que os objetivos específicos explicitados nas diretrizes e as expectativas de

aprendizagem sejam alcançados.

O aluno envolvido no processo de avaliação também é construtor do

conhecimento, precisa ter seu esforço reconhecido por meio de ações com o

fornecimento de um retorno sobre seu desempenho do “erro” como parte integrante

da aprendizagem. Assim tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o

percurso desenvolvido até então e identificar dificuldades, bem como planejar e

propor outros encaminhamentos que visem à superação das dificuldades

constatadas. Contudo é importante considerar na prática pedagógica avaliações de

outras naturezas: diagnóstica, contínua e formativa, desde que essas se articulem

com os objetivos, concepções e encaminhamentos metodológicos, respeitando as

diferenças individuais e metodológicas e o tempo de aprendizado do educando e,

principalmente, as expectativas de aprendizagem, que contemplam as disposições

das Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica para a Rede Estadual

de Ensino, as quais abordam o que se espera do aluno ao final do Ensino Médio.

Portanto, a avaliação da aprendizagem precisa superar a concepção de mero

instrumento de medição de apreensão de conteúdos, visto que ela se configura

como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões, a cerca das dificuldades

e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no processo de ensino e

aprendizagem.

Dentro do processo de ensino-aprendizagem, recuperar significa voltar, tentar

de novo, adquirir o que se perdeu e não pode ser entendido como um processo

unilateral, lembrando-se que a LDB – Lei 9394/96 – aborda o assunto na letra “e” do

inciso V do art. 24, conforme a seguir: “Obrigatoriedade de estudo de recuperação,

de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento

escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos.”

Sendo assim, a avaliação tem como objetivo avaliar e reavaliar o aluno e o trabalho

docente, isto é, proporcionando a recuperação de conteúdo concomitantemente ao

processo ensino aprendizagem, no momento em que sejam constatadas as

dificuldades, fazendo-se as intervenções necessárias e oportunizando outros

critérios de avaliação, isto é, de forma diferente da avaliação aplicada anteriormente.

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Em cada registro serão avaliados no mínimo com 1 (uma) atividade avaliativa

e 2 (duas) avaliações escritas, observando-se as expectativas de aprendizagem já

elencadas para cada conteúdo básico. Podendo também ser utilizados outros

instrumentos pertinentes ao conteúdo, como também, levando em consideração o

perfil da turma em seu processo de ensino e de aprendizagem.

REFERÊNCIAS

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DIAS, Reinildes. DIAS, Leina Jucá & FARIA, Raquel. Prime: Inglês para o ensino médio. São Paulo: Macmillan, 2009.

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