PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE...

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PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA RIBEIRÃO PRETO 2013

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PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO

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RIBEIRÃO PRETO

2013

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Projeto de pesquisa apresentado ao Centro

Universitário Moura Lacerda para cumprimento

das exigências parciais para a obtenção do

título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação do Prof Gabriel.

PROPOSTA DE UMA VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO

RIBEIRÃO PRETO

2013

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RESUMO

O assunto escolhido para a realização deste trabalho é a sustentabilidade urbana. E tem como tema a proposta de

uma vila sustentável para o Município de Ribeirão Preto. Sustentabilidade é um conceito que no caso do urbanismo, o foco é

obter uma harmonia entre o meio ambiente e a sociedade nos núcleos urbanos. A possível elaboração do projeto de uma vila

sustentável com a finalidade de um desenho urbano estratégico, densidade equilibrada, conectividade, integração dos

moradores, a valorização dos espaços públicos, a diversidade com o uso misto das atividades, a prioridade ao pedestre,

resultará em consequências positivas para a cidade.

Os objetivos para o desenvolvimento do projeto foram: Refletir sobre a importância da ecologia urbana para a cidade.

Discutir como o desenho urbano influência na sustentabilidade. Analisar como a população deve agir para garantir a

sustentabilidade urbana, Explicar como a tecnologia sustentável podem auxiliar na proteção do meio ambiente, Defender a

importância de obter uma vila com diversidade de moradores, uso misto das atividades, espaços públicos atraentes, seguros

e conectividade e integração regional

PALAVRAS CHAVE: SUSTENTABILIDADE – VILA – INTEGRAÇÃO – DIVERSIDADE.

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ABSTRACT

he subject chosen for this work is urban sustainability . And theme is the proposal of a sustainable village for the city of

Ribeirão Preto. Sustainability is a concept that in the case of planning , the focus is to achieve a harmony between the

environment and society in urban centers . The possible development of the design of a sustainable village for the purpose of

an urban design strategy , balanced density , connectivity , integration of residents , enhancement of public spaces , the

diversity with mixed use activities , priority to pedestrians , will result in consequences positive for the city .

The objectives for the development of the project were : Reflect on the importance of urban ecology for the city . Discuss

how urban design influence on sustainability . Analyze how people should act to ensure urban sustainability , sustainable

Explain how technology can assist in protecting the environment , defend the importance of getting a town with a diversity of

residents , mixed use activities , public spaces attractive , safe and connectivity regional integration

KEYWORDS : SUSTAINABILITY - VILA - INTEGRATION - DIVERSITY .

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SUMÁRIO

1. –INTRODUÇÃO

1.1- APRESENTAÇÃO................................................................................................... 11

1.2- PROBLEMÁTICA ................................................................................................... 14

1.3- OBJETIVOS ........................................................................................................... 14

1.4- JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 15

2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 19

3- LEVANTAMENTO DE DADOS ................................................................................... . 27

4- LEITURA PROJETUAL ................................................................................................. 47

4.1- PEDRA BRANCA ......................................................................................................... 49

4.2- ECOVILA CAMINANDO ............................................................................................... 51

4.3 – MASDAR CITY ............................................................................................................ 53

5- PROJETO

5.1-PROGRAMA DE NECESSIDADES ................................................................................ . 57

5.2- FLUXOGRAMA .......................................................................................................... .... 62

5.3- PLANO DE MASSAS ................................................................................................. ..... 63

5.4- CIRCULAÇÃO – SISTEMA VIÁRIO E CICLOVIÁRIO ................................................... 65

5.5- BLOCOS EQUIPAMENTOS ........................................................................................ 67

5.6- REUSO DA ÁGUA E FONTE DE ENERGIA ................................................................. 71

5.7- CIRCULAÇÃO PEDESTRES ...................................................................................... 73

5.8-PRAÇAS ....................................................................................................................... 74

5.9 – VEGETAÇÃO ................................................................................................................ 83

5.10 – MOBILIÁRIO URBANO ............................................................................................ 85

5.11 – IMPLANTAÇÃO ................................................................................................... .......87

5.12- PERSPECTIVAS ................................................................................................... ...... 89

5.13 PLANTA HUMANIZADA. ........................................................................................... ... 93

5.14 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 95

5.15 – BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................... 97

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1- INTRODUÇÃO

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11

1 – INTRODUÇÃO 1.1- APRESENTAÇÃO

na passa a ser foco de abordagem evidenciando o

desenho físico e as estruturas urbanas das cidades.

Moreira(2009, p. 12.) diz que:

A questão do desenvolvimento sustentável tem sido objeto de investigação, tanto em termos de ciências sociais como em termos de práticas operacionais para o território, mas, ao mesmo tempo, este é um conceito que através do campo político ganha grande variabilidade como referente de tendências e correntes, assim como se configura âmbito de contradições ao não reunir consensos

De modo geral, a ecologia urbana surge para se

repensar à cidade e para se inserir uma nova

abordagem na pratica urbana. Arquitetos e Urbanistas

passaram a pensar e desenvolver projetos que

valorizam o discurso sobre desenvolvimento

sustentável, esses projetos são chamados de bairros

sustentáveis, bairros duráveis, bairros verdes,

desenvolvimento do “novo urbanismo” entre outros,

segundo Moreira(2009, pág. 107). “todos têm como

ponto em comum as preocupações ambientais e a

redução do impacto ambiental, como matriz de

atuação, para definir ou redefinir termos e práticas

urbanizadoras.” Delimiita-se o assunto, devido à

importância que se tem hoje em se projetar um

desenho urbano estratégico e principalmente

sustentável.

Segundo Bruna e Vendramini (2004,p. 2) “As

ações que envolvem o tecido urbano local, sejam elas

projetos novos, intervenção ou revitalização, devem se

apoiar em estratégias que contribuam para a

sustentabilidade urbana”.

E como recorte desse assunto foi escolhido

como tema, projetar uma vila sustentável para o

município de Ribeirão Preto. O que motivou essa

escolha foi a grande importância de se criar uma vila

O tema escolhido para a realização do Trabalho

Final de Graduação do curso de Arquitetura e

Urbanismo foi a sustentabilidade urbana.

Sustentabilidade é um conceito bastante abrangente,

mas no caso do urbanismo, o foco é obter uma

harmonia entre o meio ambiente e a sociedade nos

núcleos urbanos. Para obter uma área urbana que

garanta a sustentabilidade, é preciso que haja um

planejamento feito por especialistas na área de

Arquitetura e Urbanismo. Freitas.(2002, citado por

ROGERS. Não paginado) diz que:

As cidades são como qualquer organismo

vivo, mais precisamente como parasitas, que

necessitam absorver recursos para crescer e

se desenvolver que depois de processados,

são emitidos na forma de resíduos. E num

sentido lógico, quanto maior for o

organismo maior será a demanda pra

suprir suas necessidades e quantidade de

resíduos.

Depois da revolução industrial, as cidades

passaram a crescer e a se desenvolver sem controle

nenhum, o que resultou em sérios problemas sociais e

ambientais. Esse desenvolvimento urbano de certa

forma vem degradando todo o ambiente ao seu redor,

poluindo o ar, a água, desmatando florestas, entre

outras desvantagens obtidas pelas atitudes do homem

moderno. O grande problema é que essas práticas de

política predatória excessiva geram consequências

para a sociedade como enchentes, doenças, aumento

da temperatura, entre outros fatores. E devido as

mudanças sofridas, a preocupação com o meio

ambiente se intensifica , e dessa forma surge à ideia

de desenvolvimento sustentável onde a ecologia urba-

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1 – INTRODUÇÃO 1.1-APRESENTAÇÃO

Outro fator levantado pelos autores é o estudo

do metabolismo urbano, onde através de analises,

dizem que o metabolismo das cidades é cada vez

maior se considerarmos o consumo de água e a

produção de resíduos, mas nas cidades que

implantaram a reciclagem, observa-se a redução de

resíduos. Então existem duas formas de metabolismo,

o linear e o circular. Onde no linear existe um alto

gasto de energia e uma grande produção de resíduos.

Já o circular defende a reutilização e a reciclagem, isso

aumenta a eficiência da cidade e reduz o impacto ao

meio ambiente. Segundo Moreira(2009,p. 46.) “É

necessário minimizar a degradação energética e

desacelerar a sua trajetória de irreversibilidade”.

Existe também um trabalho de conclusão de

curso que se aproxima do tema abordado. O título é:

Arquitetura sustentável para a elaboração de um bairro

urbano. Neste trabalho a autora defende a ideia de

usar a alta tecnologia para diminuir os níveis de

impactos ambientais, junto com arquitetura consciente.

Abrange além do urbanismo a arquitetura , onde

desenvolve em seu projeto o desenho urbano de um

bairro e as edificações. De modo geral a autora do

trabalho enfatiza o fato de manter o morador mais

próximo da comunidade e mais cauteloso com o meio

ambiente, o objetivo é obter um bairro onde prioriza o

pedestre a sustentabilidade e a integração dos

moradores.

O assunto abordado nesta pesquisa deve

sempre ser pesquisado devido ao seu interesse, a sua

importância Já que hoje é imprescindível projetar sem

considerar os fatores ambientais. Estudos nessa área

ajudam a desenvolver técnicas e formas de lidar com

essa realidade, afinal é através dos conceitos e

com menor impacto ao meio ambiente e que garanta

qualidade de vida para a população e o próprio interesse

pela abordagem desse assunto, que hoje é tratado com

ênfase.

No Brasil existe um exemplo de bairro sustentável

que é o empreendimento Pedra Branco, em Palhoça- SC.

Ribeiro( 2004,p. 11) diz que:

No Pedra Branca, quando é lançada, a

intervenção nos moldes do new urbanism passa a

alicerçar-se no que, posteriormente, foi chamado

de “decálogo”,ou nos dez princípios para a Pedra

Branca: 1) morar, trabalhar, estudar e divertir-se

em um mesmo lugar; 2) prioridade ao pedestre; 3)

uso misto e complementariedade; 4) diversidade

de moradores; 5) senso de comunidade; 6)

densidade equilibrada; 7) sustentabilidade e alta

performance do ambiente construído; 8) espaços

públicos atraentes e seguros; 9) harmonia entre

natureza e amenidades urbanas; 10)

conectividade e integração regional.

O projeto do bairro Pedra Branca é articulado

para obter de maneira eficiente os resultados

desejados. Com o adensamento diminui-se os trajetos

e com isso desestimulam a cultura do carro,

incentivando a circulação dos moradores a pé ou

bicicleta, valorizam os espaços públicos deixando os

mais seguros e atraentes garantindo dessa forma a

convivência dos moradores, priorizam o pedestre

garantindo mais espaço para se deslocar e se divertir.

Para garantir a sustentabilidade todos as edificações

irão incorporar estratégias de menor impacto

ambiental, como técnicas arquitetônicas de orientação,

o uso da ventilação e iluminação natural,

reaproveitamento de água da chuva, enfim, serão

implantados mecanismos que resultem no melhor

aproveitamento do recursos naturais. Esses ideais são

fundamentais para garantir qualidade de vida, convívio

social e sustentabilidade.

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e projetos urbanísticos que definimos as cidades, onde se habita e

se desenvolve as atividades diárias.

No mundo existe o GEN(Global Ecovillage Network) é uma

rede crescente de comunidades e iniciativas sustentáveis que

atinge diferentes culturas, países e continentes. Discutem

conceitos e desenvolvem projetos de ecovilas em vários países. No

Brasil existe o IPEC(Instituto de Permacultura e Ecovilas do

Cerrado) e o IPEMA(Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata

Atlantica) que são organizações de interesse público que

trabalham na conscientização e capacitação de pessoas para as

áreas de permacultura, ecovilas, bioconstrução e atividades

correlatas. São oferecidos cursos de maneira a estimular a

discussão e o debate, na busca de soluções criativas, originais e

apropriadas aos problemas sociais, econômicos, ambientais e de

políticas públicas. Têm como principal objetivo promover o

desenvolvimento sustentável e integração de natureza econômica,

social e ambiental ,e praticar a tecnologia da permacultura em

sistemas diversificados de agricultura orgânica.

Então quem faz a diferença é a equipe de projeto e o

empreendedor. Segundo Bruna e Vendramini (2004, p. 7) “Cabe a

eles encarar as possibilidades de frente, buscar mais alternativas e

agir consciente de que projetar com vista na eficiência e na busca

de soluções pouco impactantes”.

1 – INTRODUÇÃO 1.1- APRESENTAÇÃO

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PROBLEMÁTICA

Objetivo geral é elaborar um projeto de uma vila no município de Ribeirão Preto que possibilite o desenvolvimento sustentável em

um ambiente urbano garantindo qualidade de vida.

Os objetivos específicos são:

• Refletir sobre a importância da ecologia urbana para a cidade.

• Discutir como o desenho urbano influência na sustentabilidade.

• Analisar como a população deve agir para garantir a sustentabilidade urbana

• Explicar como a tecnologia sustentável podem auxiliar na proteção do meio ambiente

• Defender a importância de obter uma vila com diversidade de moradores, uso misto das atividades, espaços públicos atraentes,

seguros e conectividade e integração regional.

OBJETIVOS

Como projetar uma vila sustentável que garanta pouco impacto ambiental e assegure a qualidade de vida para os moradores do

município de Ribeirão Preto?

1.1 – INTRODUÇÃO 1.2- PROBLEMÁTICA

1.3- OBJETIVOS

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1- INTRODUÇÃO 1.3- JUSTIFICATIVA

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Para desenvolver uma cidade é preciso

desapropriar e alterar drasticamente a área onde ela

será implantada, impactando a fauna, a flora local e

consequentemente todo o planeta. Além disso, uma

cidade traz diversas consequências para seu meio,

como a poluição dos rios, do ar e do solo através dos

resíduos produzidos pelo homem, o aumento da

temperatura, aumento do nível dos oceanos devido ao

derretimento das geleiras, aumenta a propensão de

furações, tufões e ciclones entre outros efeitos. O

mundo vive um momento grave de crise ambiental,

devido ao desrespeito com a natureza, ocupando-a e

usando-a inconscientemente. Antigamente esse

assunto tinha pouca importância, porém por conta dos

efeitos ameaçadores causados, o tema

sustentabilidade urbana ganhou grande importância

entre os pesquisadores e profissionais da área. Por

isso é importante o desenvolvimento teórico desse

tema, para que se possa entender como as atitudes

humanas influenciam na destruição do ecossistema e

dessa forma buscar soluções para amenizar e proteger

o planeta. O fato de discutir esse tema é fundamental

para garantir e ampliar sua repercussão entre a

população, que passará a ser alertada e conscientizada

sobre as consequências de suas próprias atitudes. E

desenvolver um projeto de uma vila sustentável em

uma cidade como Ribeirão Preto, é interessante e

extremamente necessário, para que sirva de modelo e

exemplo para outros bairros e outras cidades. A

amplitude, repercussão e interesse nesse assunto faz

com que profissionais da área desenvolvam mais

pesquisas, teorias e conceitos para que possamos

juntos desenvolver um mundo mais sustentável e com

mais qualidade de vida.

A pesquisa também tem sua importância prática,

ao desenvolver uma vila sustentável com um desenho

urbano estratégico, visando à sustentabilidade, a

densidade equilibrada, a conectividade, integração dos

moradores, a valorização dos espaços públicos, a

diversidade com o uso misto das atividades na vila, a

prioridade ao pedestre, resultará em consequências

positivas para a cidade. Trará mais qualidade de vida

para a população, que deixará de conviver com a

poluição do ar, sonora e visual. A população

convivendo em um meio sustentável passará a ter

mais consciência e dessa forma desenvolverá uma

cultura com conceitos mais limpos, renováveis e

preocupação com o planeta que habitam.

Ao desenvolver uma vila sustentável não

estaremos fazendo um favor apenas para a cidade, e

sim para todo o planeta, ao diminuir a emissão de

gases poluentes, ao reutilizar os resíduos, a

reaproveitar a água da chuva entre outros. Além de

contribuir na proteção do meio ambiente e proporcionar

mais qualidade de vida, a implantação de uma vila

sustentável propõe a democracia urbana, com a

diversidade das atividades através do uso misto e da

população com a presença de classes diversificadas

proporcionando assim a igualdade e o respeito com os

habitantes.

Enfim, o assunto abordado na pesquisa, tem

uma grande importância mundial, além de ser

atualizado e polêmico. Por isso discutir sobre a

projetação de uma vila sustentável é fundamental nos

dias de hoje, pois ao aborda-lo estaremos enfatizando

o fato de que desenvolver conceitos sustentáveis.

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E nos adequar a eles deixou de ser uma opção e passou a ser

uma obrigação. Devido à gravidade do problema, não basta os

especialistas desenvolverem técnicas e implanta-las, cada

cidadão deve tomar sua iniciativa, mudando hábitos e se

adaptando a novos costumes sustentáveis, já que para salvar o

planeta é preciso da colaboração de todos.O desenvolvimento do

projeto de uma vila pode ser pequeno se comparado ao planeta,

mas já é uma atitude positiva que deve ser seguida como

exemplo .Para garantir um resultado qualificado não basta apenas

uma vila sustentável, é preciso ter o urbanismo aliado com a

arquitetura e o planejamento urbano, para que possa requalificar

a cidade como um todo proporcionando assim ambientes

totalmente sustentáveis e civilizados.

1- INTRODUÇÃO 1.3- JUSTIFICATIVA

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2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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Como referência bibliográfica para a pesquisa,

foiram selecionados alguns livros que tratam da

temática desenvolvida. São eles: Cidades para um

pequeno planeta, de Richard Rogers (2001), Cidades

sustentáveis, cidades inteligentes, de Carlos Leite

(2012), Fundamentos de projeto de edificações

sustentáveis, de Marian Keeler e Bill Burke (2010),

Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente de Claudino

Luiz Menezes (2001), O caderno 7 da série “Boas

Práticas em Arquitetura Eficiência Energética nas

Edificações e a Agenda 21 Nacional, criada pela

Comissão de Políticas de Desenvolvimento

Sustentável. Bibliografias das quais discutem conceitos

de sustentabilidades nos núcleos urbanos.

No livro Cidades para um pequeno planeta,

escrito por Richard Rogers arquiteto britânico, é

desenvolvido em cinco capítulos – A cultura das

cidades, Cidades sustentáveis, Arquitetura sustentável,

Londres: A cidade Humanista e Cidades para um

pequeno planeta. Onde nele Rogers (2001) discute

assuntos relativos às cidades, os fatos que levam a

sua deterioração, os espaços coletivos,

conceitos de multifuncionalidade e

monofuncionalidades dos espaços urbanos, o conceito

de cidades. Segundo Rogers( 2001 p. 27) “As cidades

são o centro da produção e do consumo da maior parte

dos bens industriais e acabaram-se se transformando

em parasitas da paisagem...”. Para Rogers (2001) a

expansão das cidades não tem considerado a

fragilidade do ecossistema, ele considera a cidade

como um grande agente destruidor do ecossistema e

de ameaça à própria humanidade. E nesse livro

Rogers (2001) discute como as cidades podem ser

pensadas para serem sustentáveis, como podem ame-

nizar o aumento do crescimento urbano e que ainda

ofereça oportunidade sem colocar em risco a qualidade

de vida da população. O autor também aponta

conceitos importantes desenvolvidos por profissionais

da área, Rogers(2001 p. 30) diz que:

O estudioso de ecologia urbana Herbert Girardet

argumento que a solução está na busca de um

‘metabolismo’ circular nas cidades, onde o

consumo é reduzido pela implementação de

eficiências e onde a reutilização de recursos é

maximizada. Devemos reciclar matérias e

reduzir o lixo, conservar os recursos não

renováveis e insistir no consumo de renováveis.

Para atingir esse ponto, devemos planejar cada

cidade para administrar o uso dos recursos e

para isso precisamos desenvolver uma nova

forma de planejamento urbano holístico e

abrangente.

Conclui que para planejar uma cidade

sustentável é preciso que haja uma compreensão das

relações entre cidadãos, serviços, políticas de

transporte e geração de energia onde esses fatores

devem estar sempre ligados. Segundo Rogers(2001,

p.32) “As questões ambientais não são diferentes das

questões sociais. As políticas de meio ambiente podem

também melhorar a vida social dos cidadãos”. Neste

livro o autor também discute o modelo de “cidade

densa”, um tema polêmico, já que as cidades

industriais do século XIX sofriam com a concentração

de pessoas e resíduos o que trazia problemas de

saúde diminuindo a expectativa de vida da população

na época. Foi através desses fatores que pensadores

propuseram modelos de cidades com menor

concentração de habitantes por área e com mais

vegetação. Porém esse conceito hoje é analisado de

outra forma. Rogers(2001, p. 33) diz que:

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2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Além da oportunidade social, o modelo de

‘cidade densa’ pode trazer benefícios

ecológicos maiores. As cidades densas através

de um planejamento integrado podem ser

pensadas tendo em vista um aumento se sua

eficiência energética, menor consumo de

recursos, menor nível de poluição e, além

disso, evitando sua expansão sobre a área

rural.

Por isso o autor defende a ideia de cidade

compacta, onde se rejeita o modelo de

desenvolvimento monofuncional e a predominância do

automóvel. A cidade compacta é uma rede de

vizinhanças onde em cada uma delas se desenvolve

parques e espaços públicos acomodando uma

diversidade de atividades públicas e privadas. E por

possuir as atividades sobrepostas permite maior

convivência da população e menor deslocamento, o

que ajuda a reduzir a energia gasta com transporte.

Enfim, nessa biografia discute a temática da

sustentabilidade e de como ela deve ser desenvolvida

na malha urbana e cita algumas cidades como

exemplo e interessante para este trabalho, já que

através dos conceitos explorados pelo autor amplia-se

o domínio sobre o assunto.

O outro livro consultado foi Cidades

sustentáveis, cidades inteligentes. Biografia

desenvolvida por Carlos Leite (2012), arquiteto e

urbanista brasileiro. Nesse livro o autor oferece um

panorama da sustentabilidade das cidades, discutindo

os maiores desafios enfrentados atualmente, como

questões ambientais, mobilidade, moradia, inclusão

social, segurança, oportunidade e governança. O

autor discute como promover a evolução da vida

urbana respeitando o meio ambiente, através do

desenvolvimento de cidades mais sustentáveis,

criativas e inteligentes. Aborda os temas apresentando

seus conceitos e citando exemplos reais bem

sucedidos nas cidades que seguiram essas teorias. Ele

afirma que as metrópoles são o grande desafio

estratégico do planeta nesse momento se elas se

tornam um caos o planeta de torna insustentável. Para

isso é preciso reinventar, refazer essas metrópoles.

Leite (2012, p. 7) diz que:

A reinvenção das metrópoles contemporâneas, no século XXI, passa pelos novos indicadores que mostram oportunidade em termos de cidades mais sustentáveis e mais inteligentes do que as que crescem e se expandiram sem limites no século XX.

Leite (2012) também discute conceitos de cidades

densas, onde também defende a ideia de que maiores

densidades urbanas representam menor consumo de

energia, o que torna a cidade mais sustentável.

Segundo Leite (2012, p. 12) “... voltar a crescer para

dentro da metrópole e não expandi-la é outro aspecto

altamente relevante nestes casos: reciclar o território é

mais inteligente do que substituí-lo”. O autor detalha

como as as cidades podem se regenerar, com o intuito

de aproveitar melhor os espaços que existem nos

núcleos urbanos e garantir a melhoria na qualidade de

vida. Leite (2012) também detalha através de

exemplos em grandes metrópoles, as ações que

podem garantir que, no futuro, os recursos do planeta

sejam suficientes para acomodar toda a população.

A outra referência é o livro, “Fundamentos de

Projeto de Edificações Sustentáveis”, de Marian Keeler

e Bill Burke.

Os autores defendem a ideia que para garantir um

desenvolvimento sustentável é preciso apoiar aos três

“Es” que são: Ecologia, economia e equidade, ou seja,

é preciso equilibrar esses três pilares da sustentabilida-

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2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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de. De acordo com o livro, o ser humano vive em um

mundo cada vez mais interconectado e globalizado e

os desafios ambientais locais são afetados por forças

que fogem do controle do governo local, para isso é

preciso um planejamento, criar padrões de uso do solo

e transporte. O livro discute que a economia é

fundamental para ajudar no desenvolvimento

sustentável, oferecendo emprego, moradia, educação

entre outros serviços para toda a população limitando o

consumo de recursos naturais. Reflete também como o

transporte influenciou na dispersão das cidades, já que

sem o carro as pessoas caminhavam mais, agora com

a presença dos automóveis permitiu o afastamento das

edificações e usos permitindo que as habitações

ficassem mais afastadas de seus empregos, o que

resultou no que presenciamos hoje. Dessa forma

alguns loteamentos foram surgindo como Garden City

com sua visão utópica, porém esses conceitos hoje

são deixados de lado devido a realidade econômica,

ambiental e social que vivemos. Segundo Marian

Keeler e Bill Burke(2010, p. 215) “ Os aglomerados

suburbanos perderam seu senso de lugar e seu

charme, tornando-se massificados, monótonos e

desconectados”. Devido aos problemas presenciados

desenvolveram alguns movimentos que buscam

promover padrões mais sustentáveis, o livro destaca

dois: a Expansão Urbana Inteligente e o Novo

Urbanismo Segundo Marian Keeler e Bill Burke(2010,

p. 215) a expansão urbana “ é uma estratégia que

busca ajudar comunidades a crescer e a se

desenvolver de modo a promover a prosperidade

econômica, a preservação ambiental e uma sociedade

justa e forte”. E nesse movimento desenvolvem dez

princípios destaca-se, a ideia de criar uma variedade

de opções de moradia, criar bairros onde se possa

caminhar, promover o uso misto, oferecer variedade de

opções de transporte, preservar os espaços abertos,

encorajar a colaboração da comunidade e dos

envolvidos, entre outros conceitos. Já o Novo

Urbanismo tem o objetivo de desenvolver comunidades

para pessoas e não para automóveis, esse movimento

identifica em três escalas: Região, bairro e edificação.

Focando na ideia do transporte, o livro discorre da

importância da proximidade desse meio, no qual é

chamado de desenvolvimento orientado pelo transito,

onde defende que a implantação de empreendimentos

próximo dos sistemas de trânsito existente, aumenta a

possibilidade que as pessoas utilizem o transporte

público. Enfim, a urbanização compacta Segundo

Marian Keeler e Bill Burke(2010, p. 227) “...aumenta a

probabilidade de sucesso dos meios de transporte

além do automóvel, incluindo o deslocamento a pé, o

ciclismo, o uso compartilhado do carro e o transporte

público”. O livro também discorre da importância das

edificações. Segundo Marian Keeler e Bill Burke (2010,

p. 224) “Em geral, as edificações bem sucedidas em

seu entorno são as que mais contribuem para a

criação de um tecido urbano de alta qualidade”. Enfim,

a bibliografia analisada discorre desde o

desenvolvimento urbano a edificação.

O livro Desenvolvimento Urbano do Meio

Ambiente destaca sobre a economia, onde nele discute

conceitos fundamentais, onde os autores defendem a

ideia que os núcleos urbanos precisam de novos

horizontes, novas soluções para enfrentar as

oportunidades que a nova economia global

Page 21: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

22

2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

global oferece, e para isso precisamos de novas ideias

e novos métodos. Os autores discutem também o

conceito de SmartLands que Segundo Menezes (2001

p. 60) “As Smartlands são territórios capazes de

estabelecer um projeto de cidade e de encontrar um

equilíbrio entre sua estratégia econômica, a coesão e

o desenvolvimento social e a sensibilidade e cuidado

com o Meio Ambiente” . Discorrem no livro que o

esforço das cidades em conceito ambiental não reflete

somente na qualidade de vida da população, é

também um fator de singularidade e competitividade

para o desenvolvimento de atividades econômicas e é

um elemento fundamental para a integração social. Os

autores ainda dizem que o desafio para a

sobrevivência das cidades será para atrair e gerar

recursos humanos como oportunidades profissional,

educação, qualidade de vida, equilíbrio social,

segurança, cultura, lazer e constituir fatores chave de

competitividade, para isso os governos locais e

regionais devem contribuir de forma eficaz para

melhorar a competitividade entre as empresas. Enfim,

Segundo Menezes (2001 p.55) “SmartLands dedicam

esforços importantes a renovação urbana, à melhoria

da qualidade de vida ambiental, competitividade entre

as empresas. Enfim, Segundo Menezes (2001 p.55)

“SmartLands dedicam esforços importantes a

renovação urbana, à melhoria da qualidade de vida

ambiental, ao espaço urbano e à imagem da cidade já

que estes aspectos repercutem em todas as classes

sociais e grupos da cidade”. O livro evidencia os

espaços públicos, onde defende que são os principais

pontos de referência para a vida comunitária da cidade

e sua qualidade e nível de utilização é um

elemento visível de integração e equilíbrio

social.

O caderno 7 da série “Boas Práticas em

Arquitetura - Eficiência Energética nas Edificações”,

desenvolvida através de convênio firmado entre o IAB

RJ e a Eletrobrás. Destaca-se a abordagem de vários

exemplos de vilas sustentáveis espalhadas pelo Brasil,

e dessa forma mostram que essas vilas deixam de ser

apenas um conceito utópico e passam a ser

implantadas e produzem um bom funcionamento. Uma

Vila sustentável ou ecovila é como um loteamento

residencial no qual seus habitantes adotam práticas

sustentáveis como captação de água de chuva,

saneamento ecológico, utilização de madeira certificada

e cultivo de hortaliças orgânicas. A maioria das vilas

analisadas desenvolve o conceito de permacultura, que

é um método holístico de planejar, atualizar e manter

sistemas de escala humana ambientalmente

sustentável, socialmente justo e financeiramente viável.

A permacultura tem como principios desenvolver

ferramentas e tecnologia, cultura, educação, saúde,

bem estar, economia, posse da terra, comunidade,

manejo da terra e espaço construtivo. O caderno

também discorre dos problemas que temos hoje nos

núcleos urbanos e afirmam o quanto é difícil alcançar a

sustentabilidade.. Segundo Carlos Murdoch e Adriana

Figueiredo(2012 p. 14) “Qualquer futuro modelo urbano

deverá ser sustentável em seu cerne. As economias

devem prosperar e as pessoas terem o direito a

alcançar um vida prospera e confortável”. O caderno

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2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

23

”. O caderno enfatiza que deverá ser feito mudanças

chave para as cidades como, produzirem mais energia

que consomem, diminuírem a emissão de gás carbono,

coletar e reciclar o lixo e diminuir o desperdício da água

e reutiliza-la.

A outra referencia é a Agenda 21, que foi criada

por decreto presidencial em 1997. O Objetivo principal

a ser atingido não está restrito a preservação do meio

ambiente , mas também do desenvolvimento

sustentável , que concilie a busca do equilíbrio entre

crescimento econômico racional , garantindo a

solidariedade e a cooperação, tanto quanto a

continuidade do desenvolvimento e própria qualidade

de vida das gerações futuras que são ameaçadas pelo

consumismo perdulário e pela exploração dos recursos

naturais. Na Agenda diz que o desenvolvimento

sustentável tem prioridade em reduzir a desigualdade

social que permeia por todo o planeja dividindo

drasticamente países pobres de países ricos. Segundo

a Agenda 21(1997, p. 5) “Na prática, o maior desafio da

Agenda 21 é internalizar, nas políticas públicas do país

e em suas prioridades regionais e locais, os valores e

princípios do desenvolvimento sustentável, como meta

a ser atingida no mais breve tempo possível”. E para

isso , é necessário um compromisso coletivo,

envolvendo empresas e os meios de comunicação,

para a produção de grandes impactos e a garantia do

sucesso depende da capacidade coletiva de mobilizar,

integrar e dar prioridade a algumas ações, promovendo

grandes mudanças. Também é discutido neste decreto

que as políticas de desenvolvimento sustentável As

políticas de desenvolvimento sustentável nem sempre

funcionam de forma positiva. Sempre vão surgir

conflitos e tensões políticas e sociais, contrapondo os

objetivos restritos do crescimento econômico às

exigências da sustentabilidade. utopias, a Agenda 21

Brasileira apresenta experiências bem-sucedidas de

políticas, programas e projetos de desenvolvimento

sustentável implementados em diferentes setores e

regiões do país, em anos recentes, que são prova

concreta de que o desenvolvimento sustentável está a

caminho. E para fugir de ser uma ideia utópica, a

Agenda 21 Brasileira apresenta experiências bem-

sucedidas de políticas, programas e projetos de

desenvolvimento sustentável implementados em

diferentes setores e regiões do país, em anos

recentes, que são prova concreta de que o

desenvolvimento sustentável está a caminho. Segundo

A Agenda 21 Brasileira (1997 p. 17) “não é um plano

de governo, mas um compromisso da sociedade em

termos de escolha de cenários futuros.” Praticar a

Agenda 21 é chegar a consciência individual dos

cidadãos sobre o papel ambiental, econômico, social e

político que desempenham em sua comunidade. A

Agenda 21 Brasileira define 21 objetivos para garantir o

desenvolvimento e a sustentabilidade, são destacados

e em cada item descrevem diversas recomendações

de como esse objetivos podem ser atingidos. Eles são:

Produção e consumo sustentáveis contra a cultura do

desperdício; Ecoeficiência e responsabilidade social

das empresas; Retomada do planejamento estratégico,

infra-estrutura e integração regional; Energia renovável

e a biomassa; Informação e conhecimento para o

desenvolvimento sustentável; Educação permanente

Page 23: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

24

2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

para o trabalho e a vida ; Promover a saúde e evitar a

doença; Inclusão social e distribuição de renda;

Universalizar o saneamento ambiental protegendo o

ambiente e a saúde; Gestão do espaço urbano e a

autoridade metropolitana; Desenvolvimento

sustentável do Brasil rural; Promoção da agricultura

sustentável; Promover a Agenda 21 ; Local e o

desenvolvimento integrado e sustentável; Implantar o

transporte de massa e a mobilidade sustentável;

hidrográficas; Preservar a quantidade e melhorar a

qualidade da água nas bacias ;Política florestal,

controle do desmatamento e corredores de

biodiversidade; Descentralização e o pacto federativo:

parcerias, consórcios e o poder local ; Modernização

do Estado: gestão ambiental e instrumentos

econômicos; Relações internacionais e

governança global para o desenvolvimento

sustentável; Cultura cívica e novas identidades na

sociedade da comunicação e Pedagogia da

da sustentabilidade: ética e solidariedade.

A leitura dessas biografias é extremamente

importante para o desenvolvimento do trabalho, já que

através delas é possível ampliar conceitos e teorias de

como os núcleos urbanos devem reagir para se tornar

mais sustentáveis e adequados para a população.

Além de discutir temas polêmicos os livros citam

diversos exemplos reais o que ajuda a concretizar as

teorias exploradas e garantir uma maior aprendizagem

e domínio sobre o assunto. Dessa forma, a

aprendizagem e o entendimento serão bem

desenvolvidos, buscando soluções adequadas e

inteligentes para desenvolver

um projeto de uma nova vila sustentável para o

município de Ribeirão Preto, uma cidade que hoje sofre

com diversos problemas citados nos livros, como a

existência de vazios urbanos, problemas com

mobilidade, segurança, riscos ambientais, entre outros.

Em cada bibliografia buscou-se explorar o tema

desenvolvido no trabalho, como conceitos relacionados

à sustentabilidade, economia sustentável, discussão

sobre transporte e ecovilas.

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3- LEVANTAMENTO DE DADOS

Page 26: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

O projeto desenvolvido neste trabalho será implantado no

município de Ribeirão Preto, localizado no estado de São Paulo

situado na Região Sudeste do Brasil.

Ribeirão Preto pertence ao estado com um dos mais altos Índice

de Desenvolvimento Humano e responsável por mais de 31% do PIB do

país, São Paulo legitima seu status de "motor econômico" do Brasil por

possuir melhor infraestrutura, mão de obra qualificada, fabricar produtos

de alta tecnologia, além de abrigar o maior parque industrial e a maior

produção econômica.

A região de Ribeirão Preto é uma das mais ricas do Estado de

São Paulo apresentando elevado padrão de vida (renda, consumo,

longevidade)

Nestes aspectos destaca-se o município-sede da região, Ribeirão

Preto, que se constitui num pólo de atração das atividades comerciais e

de prestação de serviços, cuja área de influência extrapola os limites da

própria região de governo, estendendo-se para as regiões de Franca,

Barretos, São Carlos, São João da Boa Vista e outras do próprio Estado

de São Paulo e de outros estados.

Por ser uma cidade de extrema importância e influência para

a região, a proposta de uma vila sustentável servirá não só para

trazer benefícios para o município, mas para toda a região

Ribeirão Preto ocupa uma área de 651 km2. Segundo o

ultimo senso do IBGE a população estimada de Ribeirão Preto foi de

604.682 habitantes, com um densidade urbana de 928,46

hab/Km².

Ribeirão Preto é dividida em setores (Norte, Sul, Leste e

Oeste) e possui 54 subsetores. Tem 157 bairros , mais o Distrito

Bonfim Paulista com 11 bairros.

A cidade começou a se desenvolver do centro em sentido ao

norte e oeste, depois se expandiu por todas as regiões. Essa

expansão sem planejamento e controle, traz diversos problemas

para o município que já sente hoje os efeitos.

Dos bairros existentes em Ribeirão Preto, nenhum são de

caráter sustentável como a proposta neste trabalho.

Fig. 1 – Mapa do Brasil Fonte:(http://www.superkid.com.br/disciplinas/mapa_brasil.html, 2013)

Fig. 2 – Mapa do Estado de São Paulo Fonte: forum.hardmob.com.br/ showthread.php?t=327127, 2013) Fig. 3 – Mapa da região de Ribeirão Preto

Fonte: (www.juventude.sp.gov.br/portal. php/minha-cidade/reg_ribeirao

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

27

Page 27: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

Para a escolha da área foram estabelecidos alguns critérios

fundamentais para que seja possível desenvolver a temática

desejada.

CRITÉRIOS

1 – DIMENSIONAMENTO

Será proposto desenvolvimento de uma vila sustentável, e para isso é

preciso uma área com um dimensionamento considerável para que

comporte o programa, ou seja, uma área com dimensão mínima de

5000 m²

2 – ACESSOS

Por ser um projeto que envolve questões sustentáveis, buscou-se

áreas de fácil acesso.

3 – INFRAESTRUTURA

A presença de infraestrutura adequada na área escolhida

é fundamental, com ruas pavimentadas, redes de água e esgoto,

existência de transporte público

4 – TOPOGRAFIA

É importante que a topografia se adéque a proposta.

5 – ENTORNO

A área deverá possuir uma certa diversidade no entorno, tendo

nele a presença de atividade ligadas ao comércio, serviço,

institucional entre outros.

6 – VIABILIDADE

Por ser um projeto que abrange uma temática voltada para a

sustentabilidade, a área deverá ter uma boa viabilidade, por isso

é preciso estar localizado em um ponto estratégico da cidade.

Dessa forma foram selecionadas três possíveis

áreas de estudos: área 1 – Planalto verde, área

2 – Campos Elíseos e área 3 – Monte Alegre.

Como pode ser verificado a seguir

28

Fig. 4 – Mapa de Ribeirão Preto Fonte: Google mapas

Fig. 4 – Foto aérea Ribeirão Preto Fonte: Google mapas

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2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

MAPA RIBEIRÃO PRETO – Com as três áreas selecionadas

ÁREA 1 - PLANALTO VERDE

ÁREA 2 – CAMPOS ELÍSEOS

ÁREA 3 – MONTE ALEGRE

CENTRO

Localizada no bairro Planalto Verde

(Subsetor oeste) na avenida Virgilio

Soeira.

Distancia do Setor Central:

6,4 Km

A área está localizada na Via Norte

no Bairro Campos Elíseos.(

Subsetor Norte)

Distancia setor Central:

2,6 Km

Está área localizada no bairro Monte

Alegre(Subsetor Oeste), entre a

Avenidas Luigi Rosiello e Rua Tenente

Catão Roxo

Distancia do Stor Central:

5 km

Fig. 4,5,6 e 7 – Foto aérea Ribeirão Preto Fonte: www.here.com

Fig. 5

Fig. 6

Fig. 7

29

Page 29: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

VANTAGENS:

-Dimensão se encaixa no programa

-Infraestrutura adequada

-Vias comportam o fluxo diário

DESVANTAGENS:

-Problemas com a segurança

- Falta de educação, cultura e lazer

- Falta de atividades mistas, já que o bairro é

predominantemente residencial

-Localização não muito favorecida (longe do centro)

CONCLUSÃO:

De acordo com os critérios traçados essa área é a

que menos se encaixa, por estar em uma

localização não muito favorável e por não possuir

uma diversidade nos equipamentos

VANTAGENS:

-Dimensão se encaixa no programa

-Vias comportam o fluxo diário

- Eficiência no transporte público

-Área bem localizada

-Existência de equipamentos vinculados ao comércio e

serviço.

DESVANTAGENS:

- Problemas com a falta de segurança e lazer

- Infraestrutura irregular

CONCLUSÃO:

Através dos levantamentos básicos percebemos que é

uma área com grandes potencialidades. Primeiramente

sua localização e a presença de uma ONG Estação

Luz(em frente a área), que tem como objetivo constituir

um espaço para desenvolvimento de tecnologias sociais

focando em sustentabilidade.

- Fácil acesso

- Eficiência no transporte público.

- Área bem localizada, próximo ao centro

da cidade.

- Vista privilegiada da cidade

-Falta de equipamentos vinculados a

atividade de serviço e comércio

CONCLUSÃO:

É uma área que hoje, sofre alguns problemas

devido ao próprio descaso da prefeitura. Porém seu

ponto forte é a localização que é favorável e

estratégico para a implantação do projeto desejado.

Além disso seria importante para atrair melhorias

para o bairro.

VANTAGENS

- Possui uma dimensão que se encaixa no

programa,

DESVANTAGENS:

-Falta de segurança de lazer, esporte e

cultura

-Infraestrutura irregular

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

30

Fig. 8 – Trajeto Centro – Planalto verde Fonte: Here.com

Fig. 9 – Trajeto Centro – Campos eliseos Fonte: Here.com

Fig. 10 – Trajeto Centro –Monte alegre Fonte: Here.com

Fig. 13 e 14- vistas Campos Eliseos Fonte: Acervo Pessoal

Fig. 11 e 12- vistas Planalto Verde Fonte: Acervo Pessoal

Fig. 15- vista Monte alegre Fonte: Acervo Pessoal

Page 30: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

ÁREA

Analisando as três áreas foram levantados os pontos

positivos e negativos de cada uma. E dessa forma foi

selecionada a ÁREA 2 – CAMPOS ELÍSEOS

Optou-se por essa área primeiramente pelo sua

localização privilegiada próxima ao centro, já que um dos

principais objetivos é que haja integração com o município e

dessa forma evite o isolamento em relação ao núcleo urbano. A

facilidade do acesso através da Via Norte e de outras vias

importantes, também influenciou na decisão e o fato da área já

desenvolver atividades relacionadas com a temática escolhida,

através da ONG Estação Luz.

CENTRO

CAMPOS ELISEOS

Fig. 16 – Vista da Rua Amazona (ONG) Fonte: Acervos pessoal

Fig. 17 – Via Norte – Fonte: Acervo pessoal

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Page 31: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

A área escolhida é um vazio urbano. Vazio

urbano é considerado um fenômeno urbano

que ocorre nas cidades. Esse fenômeno pode

ser um espaço, construído ou não,

desocupado ou sem utilização. A

especulação imobiliária, a própria dinâmica

do crescimento das cidades, a alteração do

perfil econômico, especialmente naquelas de

perfil industrial que passaram a apresentar

caráter predominantemente terciário, são os

principais responsáveis pelos vazios

urbanos.

Neste caso, existe área construída( no entrono

ao lado da gleba) e vazia. A parte construída

abandonada(no entorno) corresponde aos antigos

galpões Matarazzo, que era uma fabrica de tecido - O

complexo foi adquirido pela Companhia Nacional de

Estamparia – CIANÊ, mas com a falência em1981 foi

abandonada e hoje encontra-se em estado de

degradação, sendo dessa forma local propicio para

moradores de rua e usuários de droga.

A área vazia também se torna um problema, já

que moradores locais deixam lixos e entulhos e a falta

de manutenção nesses terrenos trazem sérios riscos

para a saúde da população.

É uma área com potencialidades, porém enfrenta sérios

problemas de abandono e falta de segurança. Acredita-se que a

presença do projeto proposto irá qualificar a área e intensificar os

que já são desenvolvidos.

Fig. 19– Galpões Matarazzo. Fonte: Acervo Pessoall

Fig. 20 –Terreno. Fonte: Acervo Pessoal

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

32

Page 32: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

O Bairro Campos Elíseos é um dos bairros mais antigos e tradicionais de Ribeirão Preto, possui uma densidade populacional

média se comparada aos outros bairros.

Já foi predominantemente residencial, porém atualmente é dominado pelo comércio, principalmente na avenida Saudade.

Devido a presença forte destas atividades comerciais, é um bairro bastante frequentado por moradores de outros bairros e até de

outros municípios, trazendo para as vias e calçadas um alto fluxo de pessoas e automóveis nessa área.

Através do gráfico População Residente do IBGE percebemos que o bairro é ocupada por mais mulheres do que homens e a

predominância de jovens (20 a 24 anos) e adultos (45 a 49 anos).

Notamos também através do gráfico de Condição de Ocupação que existem mais casas do que apartamentos e existe um

equilíbrio entre casa própria e alugada.

Esses levantamentos do bairro e do IBGE, referentes ao bairro, são importantes para que se tenha consciência de como o

bairro de relaciona com a cidade. É fundamental para a concepção do projeto já que através desses dados define-se qual o

publico predominante e dessa forma desenvolver atividades mais focadas para a maioria, sem desprezar o restante

Fig. 21– Mapa densidade. Fonte: IBGE Gráficos 1, 2 e 3 . Fonte: IBGE

33

Page 33: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

A presença da ONG Estação Luz existente próxima área, tem a missão de contribuir para o redesenho da

paisagem urbanística de Ribeirão Preto, encorajando políticas e abordagens sistêmicas que integrem aspectos sociais,

econômicos e ambientais. Essa ONG é uma Associação sem fins lucrativos , conta com o apoio da Rede, inclusive das

entidades vinculadas ao COMDEMA(Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente) .

A ONG desenvolve projetos vinculados com a sustentabilidade. Buscam na educação um direito fundamental e um

instrumento-chave para mudar valores, comportamentos e estilos de vida. Para alcançar um futuro sustentável eles

acreditam que é necessário fomentar, entre a população, a consciência da importância do meio ambiente. A ONG defende a

ideia que a sociedade só adquire essa consciência através da Educação Ambiental onde desenvolvem conceitos de

permacultura.

Está localizada na Rua Amazona, e desenvolve seus projetos no próprio espaço da ONG. Ela é frequentada por

moradores locais e de outros bairros. Os projetos são desenvolvidos por voluntários que se responsabilizam e ajudam a

manter os trabalhos da ONG.

A presença da ONG é fundamental para a área e para todo o município de Ribeirão Preto. Ela tem um papel importante de

discutir a importância da conscientização ambiental.

Enfim, ela visa a integração social e a sustentabilidade, conceitos que hoje são indispensáveis para um bom desenvolvimento

urbano, sendo que a própria ONG já tem como ideia o desenvolvimento de uma Ecovila na área

34 Fig.22, 23 e 24- fotos da ONG. Fonte: Acervo Pessoal

Page 34: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

O RELEVO do município de Ribeirão Preto é

formado por áreas onduladas, sendo composto

por colinas amplas e baixas e com topos

tabulares. As altitudes encontram-se entre 500 e

700 metros e as declividades médias variam em

torno de 2% a 10%.

A área onde será implantada está na cota 512 a

524, ou seja a área tem um desnível de 12 m. O

nível encontra-se mais baixo próximo ao

córrego(área alagavel) e a medida que afasta a

altitude aumenta.

A área é regada pelo Ribeirão Preto que passa

entre a via norte, o que torna esse espaço próximo ao

córrego uma área de ZPM(Zona de proteção máxima).

A gleba escolhida está na ZUP(Zona de Urbanização

Permanente). O mapa de macrozoneamentos define o

município em zonas, nas quais cada zona possui

maneiras diferentes de ocupação.

Por estar na ZUP, deve-se destinar 15% áreas verdes e

5% para áreas institucionais.

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

Fig. 26–Mapa Macrozoneamento Fonte: (Mapa da Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental de Ribeirão Preto, 2013.)

Fig. 25 – Topografia da gleba Fonte: Sketchup

35

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2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

A área escolhida possui uma dimensão de 80.000 m²

Por estar localizada na ZUP – 5% da área deve ser destina a atividade institucionais

e 20% a área verde.

PORTANTO – 4.000 m² INSTITUCIONAL

– 16.000 m² ÁREA VERDE

36

Fig. 27– Vista Via norte . Fonte: Acervo Pessoal

Fig. 28– Vista Rua Goias Fonte: Acervo Pessoal

Fig.31– Vista Te rreno Fonte: Acervo Pessoal

Fig. 30– Vista terreno Fonte: Acervo Pessoal

Fig. 29– Vista Via norte . Fonte: Acervo Pessoal

A vegetação existente não é mata nativas, são arvores

de pequeno porte e arbustos

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2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

O município de Ribeirão Preto situa-se em um planalto na região Norte/Nordeste

do Estado de São Paulo. Seu relevo caracteriza-se por ser plano, com pequenos declives e

ondulações naturais, o que favorece a mecanização agrícola. O solo característico do

município é a chamada terra roxa, originário da alteração de rochas vulcânicas (Formação

Serra Geral) e arenito (Formação Botucatu), considerado de boa qualidade para as

atividades agropecuárias.

O clima típico do município é o tropical úmido, caracterizado pelo verão chuvoso e

pelo inverno seco. No verão, a temperatura máxima média mensal é de cerca de 30o C com

um índice pluviométrico superior a 200mm de chuva/mês e umidade relativa do ar em torno

de 80%. Já o inverno apresenta uma temperatura mínima com média mensal em torno de

13o C com precipitação média oscilando de 20 a 30mm e umidade relativa do ar em cerca

de 60%.

Levantar dados geoclimáticos é extremamente importante para a concepção do

projeto. Por ser uma região que a maior parte do ano é quente e úmida, porém tem

períodos de seca significativos, isso deve ser levado em consideração na maneira de

desenvolver o desenho urbano e nas edificações, que deverão estar estabelecidas de

maneira estratégica para que garanta conforto e qualidade de vida para os habitantes

Tabela 1 – Dados geoclimáticos Fonte: Gonzales

37

Page 37: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

A analise das estatísticas de ventos e condições atmosféricas de Ribeirão Preto é

fundamental para o desenvolvimento do projeto.

Através do mapa ao lado é possivel analisar o sentido do vento predominante no dia e

as corres indicam a velocidade(que no caso vai de 4 a 8 kts). Porém esse mapa é

para análises diárias, dessa forma há alterações em outras estações.

Já nos gráficos abaixo é feita uma estatística anual. Com isso concluimos que, o vento

predominante é sudeste. O mês que ocorre maior precipitação de vento é setembro. E

os meses em que ocorrem ventos quentes e úmidos são de Outubro a Março.

38

Gráficos 4, 5 e 6 – Estatistica dos ventos Fonte Windifinder.com

Page 38: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

PLANALTO VERDE

PLANALTO VERDE

Estudo solar através do programa Analysys Sol-Ar

39

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2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

FACHADA NORTE

FACHADA OESTE FACHADA LESTE

FACHADA SUL

Foram feitos estudos da insolação no terreno. E

através dele é possível ter noção quem como o sol incide

em cada fachada dependendo da época do ano.

A fachada NORTE por exemplo, é onde ocorre maior

incidência do sol durante o dia e em grande parte do ano

(Março a Setembro).

Já na fachada OESTE a insolação acontece no

período da tarde(12h as 18h) de junho a dezembro.

Na fachada LESTE ocorre a presença do sol da manhã

no primeiro semestre do ano.

Destaca-se atenção para as fachadas NORTE, OESTE e

SUL.

Já que a área pertence a uma região de clima tropical úmido, é

preciso cuidados nessas fachadas para garantir o conforto

térmico.

Já a fachada sul acontece a presença forte do sol de setembro

a dezembro a partir das 15h até as 18h

O estudo solar é extremamente importante para garantir o

conforto ambiental do local. E com os estudos fica claro como

acontece a situação na área.

40

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2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO:

Através do mapa percebemos que se trata de um bairro

misto, onde se desenvolve atividades residenciais, comerciais e

prestação de serviço. O que é interessante do ponto de vista

sustentável, já que os moradores locais não precisam se deslocar

para obter produtos essenciais para a sua subsistência.

Percebemos que os pontos de comercio e serviço se

concentram em vias específicas, já onde existem mais travessas

predomina-se residências.

MAPA DE GABARITO :

De acordo com o levantamento do mapa de gabarito, percebemos o

grande domínio de edificações com no máximo dois pavimentos.

Portanto, considera-se uma área não verticalizada.

O levantamento tanto de uso como de gabarito são fundamentais para que veja a

tipologia do bairro, se é de caráter misto e se é muito denso. De acordo com os mapas a

área é MISTA E DENSA.

41

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2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA:

Analisando o mapa com os levantamentos percebemos a existência predominante

de vias locais e coletoras, porém em frente a área circula uma via arterial, a Via Norte que

possui um caráter importante, ela possibilita a chegada ao centro da cidade com grande

facilidade.

As vias, sem incluir a arterial(Via Norte), apresentam um fluxo de baixo a médio. A

estrutura das vias presentes comportam o fluxo neste setor, não tendo problemas com

engarrafamentos de veículos.

MAPA DE VEGETAÇÃO:

Na área vazia onde será implantada a Vila Sustentável existe a presença significativa de

vegetação, com árvores de médio a grande porte. Próximo a área também existem duas

praças: A Praça Francisco Matarazzo e a Praça Rômulo Morandi

Esses levantamentos também são importantes para ver como funciona o sistema viário e verificar a vegetação local.

PRESENÇA DE VIAS COLETORAS E LOCAIS QUE COMPORTAM O FLUXO E EXISTENCIA CONSIDERAVEL DE VEGETAÇÃO

42

Page 42: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

Fig. 32 –Mapa de Equipamentos Fonte: (Mapa da Secretaria de Planejamento e Gestão Ambiental de Ribeirão Preto, 2013)

A área é servida de diversos equipamentos sendo a

maioria de caráter particular. Através do mapa ao lado,

percebemos a ausência de escolas para o terceiro grau e

equipamentos voltados para saúde, cultura e lazer.

Devido a falta desses equipamentos de escala de bairro

que são fundamentais para garantir a qualidade de vida da

população, os moradores locais são obrigados a se deslocarem

em busca desse serviços em outros bairros vizinhos.

O levantamentos dos equipamento na área é fundamental para ter a

conscientização do que a área dispõe. E dessa forma desenvolver no

projeto alguma maneira de implantar esses equipamentos que faltam.

43

3 - FACULDADE ANHANGUERA

3

2-CENTRO DE MUSICA 1- UNIDADE DE SAUDE

1

2

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2 - LEVANTAMENTO DE DADOS

ITINERÁRIOS ONIBUS

Circulam pela área 5 linhas de ônibus.

Sendo que todas levam até o centro da

cidade e para outros bairros.

As linhas existentes funcionam com

eficiência transportando o público, porém

em horários de pico (12h-13h e 17h-

18h30) a lotação acontece.

LEGENDA

• B 107 – SUMAREZINHO

• B 207 – JD. PRESIDENTE DUTRA

• B 307 - MARINCEK

• B 407 – GERALDO DE CARVALHO

• B 507 – VILA ALBERTINA

O levantamentos desses mapas é importante para analisar se a área possui

eficiência no transporte público. E como percebemos essa eficiência acontece, a

área dispõe de várias linhas que passam pelos pontos mais importantes da cidade.

MAPA DE ITINERÁRIOS DE ONIBUS

44

Fig. 33–Mapa Etinerários Fonte: Acervo Pessoal

Page 44: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA
Page 45: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

4 - LEITURA PROJETUAL

Page 46: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

Com a ideia de sustentabilidade em evidência o

assunto vem sendo cada vez mais discutido e explorado

tanto na teoria como palestras, congressos e encontros e

na prática através da implantação desses conceitos em

áreas urbanas. Para melhor interpretação, entendimento e

busca por resultados dessas teorias, foi selecionado três

referências projetuais:

- O bairro sustentável Pedra Branca Santa

-A Ecovila Clareando

-A cidade Masdar City.

Todas estas referências são projetos considerados

pioneiros e seguem um contexto do que diz respeito a

sustentabilidade nas áreas urbanas, permitindo tanto a

ideia de um desenvolvimento de novo bairro, ou cidade e a

de reabilitação, mas sempre defendendo essa ideia. O

desenvolvimento desse conceito é de extrema importância

para a proteção do mundo e o desenvolvimento humano.

47

Page 48: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

PROJETO: Bairro sustentável Pedra Branca em

Palhoça-SC

ANO: Inicio em 2000 (ainda em construção)

AUTOR DE PROJETO: O projeto foi proposto por vários

profissionais como Maximo Rumis e Marcela Leiva (DPZ Latin

America, Jaime Lerner, Urbanista orientador do projeto e a

Equipe de arquitetos projeto Pedra Branca.

INFORMAÇÕES: Está entre os 18 projetos fundadores do

Programa de Desenvolvimento do Clima Positivo, lançado pelo

ex-presidente americano Bill Clinton. Trata-se de uma iniciativa

da Clinton Climate

Initiative (CCI) em parceria com o U. S. Green Building Council

para apoiar o desenvolvimento de projetos urbanos de larga

escala que demonstrem que as cidades podem crescer de forma

positiva para o clima. Este empreendimento Investirá esforços

para reduzir a quantidade de emissão local de CO2.

O PROJETO: Se desenvolve em 20 quadras projetadas para

formar o setor central, todas aglomeradas em torno de uma

praça e limitadas por um sistema viário principal. Desse modo,

cada quadra foi projetada para abrigar prédios com até 12

pavimentos, nos quais se distribuiriam unidades

49

Page 49: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

4 –LEITURA PROJETUAL

Pedra Branca

residenciais e comerciais .No projeto desenvolvem a condição

do morar, trabalhar,estudar e divertir-se em um mesmo lugar, o

zoneamento misto.

INTERPRETAÇÃO: O projeto segue como objetivo a ideia de

morar, trabalhar, estudar e divertir-se em um mesmo lugar,

priorizam o pedestre, o uso misto, a diversidade de

moradores, senso de comunidade, densidade equilibrada,

sustentabilidade e alta performance do ambiente. Irá obter

esses resultados, construindo espaços públicos atraentes,

seguro, com harmonia entre natureza e amenidades urbanas e

conectividade e integração regional. E ele consegue atender

essa ideia através da integração de atividade e do

adensamento.

CONCLUSÃO : Dessa referencia levo questões conceituais e

projetuais . Como conceito evidencio o fato de consideraram o

uso misto de extrema importância para garantir a

sustentabilidade não só ambiental mas também social e como

projeto a maneira em que o traçados e os volume são

distribuídos na gleba.

50

Fig. 37,38,39 e 40– Bairro Palhoça Fonte:http://www.cidadepedrabranca.com.br/

Page 50: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

PROJETO: ECOVILA CLAREANDO

Localizada na Serra da Mantiqueira, região entre as

cidades de Piracaia e Joanópolis.

ANO: Inicio 2001

INFORMAÇÕES: A Ecovila Clareando é um

condomínio rural que reúne pessoas com um

mesmo objetivo: viver em harmonia com a natureza,

utilizando os recursos naturais de forma sustentável,

segue como conceito a agenda 21, e seguem os

padrões definidos na

Rio-92 para a construção e desenvolvimento de ecovilas.

O PROJETO: É um projeto de Loteamento residencial com 97

lotes. Os lotes têm de 1.000m² a 1.400m² onde se agregam toda

a infraestrutura, tais como: ruas com guias e sarjetas, captação

de águas pluviais, energia elétrica, água, entre outros (áreas

institucionais, áreas verdes e áreas comuns do loteamento).

Fig. 41,42 e 43 - Ecovila Clareando Fonte:http//www.clareando.com.br/interno.asp?conteudo=construcoes

51

Page 51: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

E uma série de obrigações quantos às construções, deverão

ser obedecidas. A vila irá dispor de horta orgânica, centro

comunitário, pomar, ampla área verde e institucional.

INTERPRETAÇÃO: Portanto a Ecovila Clareando

segue como fundamento os princípios da permacultura, onde

desenvolvem conceito de proteção ao meio ambiente e

integração social. Tem o objetivo de ser uma comunidade que

incentive o autodesenvolvimento.

CONCLUSÃO: Está referencia foi escolhida devido a sua

importância tanto ambiental como social. O projeto desenvolve

ideias importantes socialmente, por seguirem como conceito a

Agenda 21 Nacional e exercer a permacultura.

4 – LEITURA PROJETUAL

Ecovila Clareando

52

Page 52: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

PROJETO: MASDAR CITY –

Local: Abud Dhabi

ANO: Inicio 2007, conclusão prevista para 2018

AUTOR DE PROJETO: Foster & Partner

INFORMAÇÕES: é uma quase cidade totalmente

sustentável. Com o investimento de 22 bilhões de dólares

em uma zona a 17 km de Abu Dhabi. Inspirada na

arquitetura e no planejamento urbano de cidades

tradicionais árabes.

O PROJETO: É inovador, ousado onde o autor de projeto

desenvolve o desenho urbano vinculado com a alta

tecnologia e sua preocupação com o meio ambiente e o

conforto buscando soluções inteligentes para abrigar os

habitantes em uma área que onde a temperatura do ar

chega a 65°C. Dessa forma as ruas são estreitas para

proporcionar sombra já que pretende ser uma cidade em

que os habitantes possam andar a pé e eliminar o uso de

automóveis. Parques separam as áreas construídas para

capturar e direcionar as brisas

53

Page 53: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

4 – LEITURA PROJETUAL

Masdar City

ao coração da cidade, o objetivo é reduzir o ganho solar e

oferecer alguns oásis no dia a dia urbano. Os edifícios

devem não apenas respeitar, mas também superar os

padrões de sustentabilidade emitidos por organizações

especializadas.

INTERPRETAÇÃO: Também defende a ideia de uso

misto e que o espaço urbano não sofra com a expansão e

sim que ele se adense, proporcionando sustentabilidade e

integração social. A principal meta da cidade é tornar-se

um polo de pesquisa em tecnologias limpas.

CONCLUSÃO: Está referencia foi escolhida mais por

questões técnicas, já que o projeto utiliza a alta

tecnologia para garantir a falta de desperdício e dessa

forma proteger o meio ambiente.

54

Fig.44, 45, 46 e 47 - Masdar City Fonte: http://ecohouses.webs.com/masdar.htm

Page 54: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA
Page 55: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

5-PROJETO

Page 56: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

DIAGNOSTICO

Com base nos levantamentos foram diagnosticados certas realidades do local que serviram para o desenvolvimento da proposta.

Dessa forma deve atender a demanda da área, garantir mais segurança, mais integração entre a comunidade, qualidade de vida e diminuição

dos impactos ambientais.

Por ser um vazio urbano a área e o entorno já sofrem com problemas com abandono, degradação (galpões Matarazzo), segurança, e

organização . Destacamos o setor como grande potencializada para a cidade, porém falta recursos e organização.

ACESSOS

A área dispõe de um sistema viário privilegiado

da qual se acessa facilmente alguns pontos da

cidade. As vias de destaque são: VIA NORTE,

Av. MARECHAL COSTA E SILVA e as ruas sem

saída –Léo Vecchi, Goias Luiz Gama,

Amazonas, Anita Garibaldi.

CENTRO

1

2

3

4

6

5

RELAÇÃO COM O EXTERIOR – principais vias que

acessam

ACESSOS

57

Page 57: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

Elaborar um projeto de uma vila no município de Ribeirão Preto que possibilite o desenvolvimento sustentável

em um ambiente urbano garantindo qualidade de vida

CONDICIONANTES

VEGETAÇÃO

As próprias condicionantes do local já traçam limites e forma para o projeto. A existência da

nascente por exemplo já define a área verde (50m de raio para APP- Área de Preservação

Permanente) e a presença de uma massa verde.

CIRCULAÇÃO

Para desenvolver a circulação da vila é preciso analisar as vias existentes. No local possuem

ruas sem saída, o que já possibilita a opção do prolongamento delas até a via Norte.

TOPOGRAFIA

A própria topografia se torna uma condicionante, já que área possui um desnível de 12,00m(

cota 512 a 524). Essa situação define como será a distribuição dos blocos de uso misto

ESTUDO DO SOL E VENTO

A análise da carta solar e da estatística dos ventos definiu o posicionamento dos blocos, que

estarão posicionados de maneira estratégica(inclinados de forma que o sol mais forte atinja a

menor face do bloco, onde esta receberá tratamento para garantir o conforto térmico).

LEGISLAÇÃO

Por estar localizada na ZUP deverá ser destinado 20% da área para área verde e 5% para

institucional.

PROGRAMA

Para a desenvolvimento do projeto foi listado um programa de necessidades de acordo com o

tema do trabalho. Buscando atender o uso misto de atividades, a integração, conectividade e

garantir a sustentabilidade.

MORAR

TRABALHAR

DIVERTIR-SE

RESIDENCIA TIPO 1 – COM 1 DORMITÓRIO

RESIDENCIA TIPO 2– COM 2 DORMITÓRIO

RESIDENCIA TIPO 3 – COM 3 DORMITÓRIO

ATIVIDADES COMERCIAS

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

ESPORTIVO

CULTURAL

PISTA CORRIDA QUADRAS POLIESPORTIVA

PALCO PARA APRESENTAÇÕES CENTRO CULTURAL

LOJAS MERCADO ESCRITÓRIOS PADARIAS

58

5- PROJETO

- PROGRAMA DE NECESSIDADES

Page 58: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

C

MAPA DIRETRIZ CICLOVIA

Para o desenvolvimento do projeto é preciso conhecer e

levantar dados do EXTERIOR principalmente no que diz respeito a

CIRCULAÇÃO CICLOVIÁRIA.

Considerando o fato de existir diretrizes referentes a este

assunto , é preciso analisar as propostas existentes. No mapa ao

lado pode-se observar que foram traçadas ciclovias e ciclofaixas por

toda a cidade, ligando os setores através das avenidas e ruas

principais.

Dessa forma, considerando o trajeto que vai do centro até a área

escolhida, foi proposto uma continuação dessas ciclofaixas ligando

as praças que existem no caminho.

O mapa a seguir mostra a proposta dessa ligação com o exterior

59

Page 59: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

1- PRAÇA PEDRO BIAGI

3- PRAÇA ROMULO MORANDI

4- PRAÇA SANTO ANTONIO

1

2 - PRAÇA FRANCISCO MATARAZZO

2

3

4

As praças são bem estruturadas e proposta da continuação dessas

ciclofaixas ligando ao eixo principal (já proposto pela prefeitura) irá

proporcionar mais uso para essas praças, funcionando como um ponto de

encontro entre a comunidade

MAPA DIRETRIZ CICLOVIA – nova proposta

60

5- PROJETO

Page 60: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

C

DIRETRIZES SISTEMA VIÁRIO

Analisando também as diretrizes do sistema viário, o mapa ao lado representa em tracejado

algumas vias que serão implantadas com alargamento, porém não há nenhuma sugestão nem

indicação de nenhum sistema viário passando pela gleba onde será implantada a vila. Com isso

para desenvolver o projeto foram feitos vários estudos do sistema viário até chegar a um resultado

final.

Considerando que os acessos principais são através da Via Norte, a Avenida Marechal Costa e

Silva, as ruas sem saída Amazonas, Léo Vicchi e Luiz Gama, foram feitos alguns estudos de como

iria funcionar a circulação na vila

ESTUDOS CIRCULAÇÃO

OBJETIVOS

MENOS VIAS

MAIS ÁREA VERDE

PRIORIDADE AO PEDESTRE

61

Page 61: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

PARQUE

PRESENÇA DE NASCENTE

MORADIA TIPO 1,2,3

COMERCIO/SERVIÇO

LAZER ESPORTIVO

ACESSO RUA AMAZONAS

COMÉRCIO/SERVIÇO

VIA NORTE

MORADIA TIPO 1,2,3

LAZER CULTURAL

ACESSO RUA LÉO VICCHI

ACESSO RUA ANITA GARIBALDI

COMÉRCIO/SERVIÇO

MORADIA TIPO 1,2,3

ÁREA VERDE

ÁREA VERDE

ÁREA TOTAL = 80.000m² INSTITUCIONAL = 4.000 m² ÁREA VERDE = 12.000m² RESTANTE =64.000 m²

ÁREA INSTITUCIONAL

Considerando a circulação junto com o programa

estipulado, cria-se um esquema de fluxograma que

ajuda no desenvolvimento do projeto.

62

5- PROJETO

FLUXOGRAMA

Page 62: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

PRIMEIRO ESTUDO

CIRCULAÇÃO:

A primeira proposta desenvolvida prevê a continuação

da Rua Amazonas, a Rua Anita Garibaldi, Rua Léo

Vicchi e a proposta de uma via marginal a Via Norte. A

ciclovia foi pensada, saindo da Rua Anita e circulando

por todo o parque e chegando também a Via Norte

onde já existe a proposta de cliclofaixa.

QUADRAS E BLOCOS

Na proposta haverá 6 quadras. Nas quadras haverão

atividades mistas. Buscou-se usar a topografia natural

do terreno onde as edificações não atingirão um

gabarito alto (máximo 3 pavimentos) e a cobertura de

todos os blocos será terraço jardim.

ÁREA VERDE:

Segundo a legislação deve ser destinado 12.000m²

para área verde. Essa área está localizada em volta da

nascente, na vegetação já existente propôs-se o

prolongamento dessa vegetação para dar

continuidade ao parque.

ÁREA VERDE

ÁREAINSTITUCIONAL

BLOCOS BLOCOS

BLOCOS

BLOCOS LAZER

LAZER

LAZER

63

ÁREA VERDE

Page 63: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

Analisando as primeiras propostas houver alguns ajustes na

distribuição das funções.

Percebeu-se que os primeiros estudos haviam muitas vias

para circulação de automóveis. Então houve a diminuição,

aumentando dessa forma a circulação para os pedestres,

deixando mais espaços livres.

Com isso deixa de existe uma quadra, resultando em 5

quadras, onde ainda irão desenvolver atividades mistas,

sendo que uma quadra é destinada para atividades

institucionais.

Houve também uma diminuição nos blocos já que

através de calculos é desnecessário tantos blocos para a

densidade proposta. No caso do terraço jardim, nem todos

os blocos haverão esse recurso, já exige uma certa

manutenção.

A energia fornecida será através da energia solar com

placas fotovoltaicas. A água fornecida será da caixa d´agua

existente na vila e alguns blocos reutilizarão a água do

terraço jardim.

Em seguida essas propostas serão apresentadas de forma

mais detalahada.

64

5- PROJETO

PLANO DE MASSAS

ÁREA VERDE

BLOCOS

Page 64: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

CICULAÇÃO – SISTEMA VIÁRIO

Com o levantamento dos acessos para a gleba foi feita a proposta da

circulação viária. O objetivo é implantar a menor quantidade de vias possíveis

dando prioridade ao pedestre. A presença da nascente é a principal

condicionante onde existem os 50 metros de proteção. Está área já limita a forma

do projeto, da qual a via se torna obrigada a se desviar dela. Considerando as

ruas sem saída, é feita a proposta de continuação da Rua Léo Vicchi e da Rua

Anita Garibaldi. Essas vias sofreram uma extensão até a Via Norte, onde também

há uma proposta da criação de uma marginal para evitar o contato direto com

essa via, que possui um fluxo tão intenso. As vias serão mão simples e seguirão

sentido via Norte.

Com o sistema viário desenvolvido é possível definir as quadras. Percebe-se a

formação de 5 grandes quadras.

CICULAÇÃO – CICLOVIA

Através do mapa de declividade é possível obter um entendimento melhor

sobre a inclinação da área. Para o desenvolvimento da ciclovia e dos passeio

para pedestre esse estudo é fundamental.

A área basicamente é plana, existem alguns pontos onde a inclinação é

acima do recomendado ao pedestre(8,33%)- Fig 47

INCLINAÇÃO DE 10% ÁREA MAIS INCLINADA

65

Page 65: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

O objetivo é o sistema cicloviário passar por toda a via e chegar até avia

arterial, onde existe a diretriz de uma ciclofaixa.

Ela se iniciará pela Rua Amazonas e então haverá duas direções onde

ambos passaram pelo parque e chegaram as quadras da vila e terminarão

na Via Norte.

DETALHE LOMBOFAIXA

CROQUI – EXTENSAO DA VIA ANITA GARIBAALDI

A Via principal da vila é composta por canteiro com o mobiliário e estacionamento

para veículos dos dois lado.

CROQUI – Ciclofaixa e lombofaixa

66

DETALHE ENTRADA E SAÍDA DE

ONIBUS

5- PROJETO

CIRCULAÇÃO SISTEMA VIÁRIO E CICLOVIÁRIO

Page 66: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

BLOCOS

Antes de pensar na dimensão dos blocos foi feito um calculo

populacional para a vila:

DENSIDADE

A densidade populacional estimada para a vila foi baseada na

densidade existente hoje no bairro em que a área esta

localizada(Campos Elíseos) . Que segundo o senso 2010 é de 60

habitantes por hectare que já é considerado o bairro mais denso de

Ribeirão Preto, então para a vila mantêm o mesmo índice. Como a

área possui 7 hectares com a densidade de 60 habitantes por

hectare haverá 420 habitantes /3,4= 123 famílias. Para cada família

será destinada 1 apartamento e 1 vaga de garagem.

Pensando em apartamentos com dimensões de 54m² a 120m² .

Delimitou-se 2 blocos por quadra, sendo que o primeiro pavimento

será misto e os outros exclusivamente residenciais.

Para escolher a melhor posição dos blocos foi feito um estudo

do sol e do vento.

ESTUDO POSICIONAMENTO DOS BLOCOS

Conclui-se que a melhor posição é inclinado já que o sol

mais forte irá atingir a menor fachada

QUADRA 2

QUADRA 3

QUADRA 4

QUADRA 5

QUADRA 1

67

Page 67: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

FACHADA NOROESTE – MAIS CRÍTICA

VENTO PREDOMINANTE A SUDESTE

As fachadas mais criticas deverão ser tratadas para

garantir o conforto dos moradores.

Devido a posição dos blocos os últimos sofrerão um

pouco com o vento formando corredores de vento.

Não ocorre ventos muito fortes devido a própria

existência de construções atrás da vila que barrem

essas correntes. Porém é necessário um estudo mais

aprofundado para saber exatamente se é necessário

alguma barreira

68

5- PROJETO

BLOCOS EQUIPAMENTOS

SUGESTÃO PARA AS FACHADAS:

Brise ou vegetação como apresentado na proposta

CORREDOR DE VENTO

Fig. 48 – Esquema de brise Fonte:aecweb.com

Page 68: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

Cada quadra possui dois blocos e cada bloco possui uma dimensão:

TAXA DE OCUPAÇÃO DE CADA QUADRA

Quadra 1 – ÁREA : 11.500

Área dos blocos = 5.400

Taxa de Ocupação 46%

Quadra 2 – 12.540m²

Área blocos – 4.350m²

Taxa de ocupação – 34%

Quadra 3 – 7.738m²

Área blocos – 2.600m²

Taxa de ocupação – 33%

Quadra 4 – institucional – 4.725m²

Area bloco – 777m²

Taxa de ocupação : 16%

QUADRA 5-

Foi selecionada a quadra 1 para representar como funciona a circulação e a

divisão das atividades por pavimento.

Os bloco utilizarão a energia solar produzida na própria vila e haverá também o

reuso de água para função não potável captada através do telhado verde que

existirá em alguns blocos.

USO DE TELHADO VERDE nas quadras 2,3 e 4

QUADRA 1

QUADRA 2

QUADRA 3

QUADRA 4

QUADRA 5

QUADRAS 1,2 EE 3 : USO – RESIDENCIAL COMERCIAL E PRESTAÇÃO DE SERVIÇO E PRAÇAS COM ATIVIDADES DE LAZER

QUADRA 3 – USO: PRODUÇÃO DE

ENERGIA ELÉTRICA E ATIVIDADE DE

LAZER

QUADRA 4 - INSTITUCIONAL

69

CORTE QUADRA

Page 69: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

Nos blocos haverão atividades de comercio prestação de serviço e residências. O objetivo é produzir um espaço onde se possa

morar e trabalhar tudo no mesmo lugar, evitando o deslocamento e o estresse das pessoas.

Os blocos seguirão a topografia natural do terreno, a quadra escolhida possui um desnível de 6,00 metros. O que possibilita o fácil

acessos aos blocos. Por exemplo, do primeiro pavimento do ultimo bloco localizado na parte mais alta é possível acessar o segundo

pavimento e o terraço jardim dos outros setores.

CORTE BLOCO

CORTE BLOCO

70

5- PROJETO

BLOCOS EQUIPAMENTOS

Page 70: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

CONSUMO DE ÁGUA

Cada habitante consome 250 litros por dia com a

estimativa de 420 habitantes, isso resulta em 105.000

litros por dia.

Como será armazenada água no telhado verde para

reuso, foi feita a área de cada cobertura dos blocos.

Os blocos que possuem telhado verde resulta em

uma área total de 10.527 m² como possui 10cm de

altura de água, dará um total de 1.527 litros. O destino

dessa água será para fins não potáveis.

COBERTURA VERDE

A cobertura de alguns blocos será uma laje impermeabilizada

com o Telhado verde através do Ecotelhado Laminar - se

caracteriza por utilizar uma lamina d'água sob um piso

elevado feito de módulos de Ecodreno. Essa cisterna de água da

chuva garante suprimento de até 200L/m². Esse acumulo de

água no telhado será utilizado pelos blocos da vila para fins não

potáveis.Para fins potáveis a água tem origem da caixa d´água

localizada no parque.

ENERGIA SOLAR

O que irá fornecer energia elétrica para a vila são as

placas fotovoltaicas. Porém serão diferentes do

convencionais, hoje existem outras possibilidades de

utilização.Buscou-se como referencia a Floresta Solar de

placas fotovoltaicas, criada pelo designer Nevile Mars,

onde essas “árvores” carregam os automóveis movido a

energia e proporciona sombra(Figura 48). Mas no caso da

vila irá produzir energia para os blocos.

Para saber a quantidade de placas fotovoltaicas que

seria preciso , foi feito um calculo.

De acordo com a CPFL(Companhia Paulista de

Força e Luz) gasta-se cerca de 500 kw/mês . Para

garantir essa energia é preciso utilizar cerca de 15

placas fotovoltaicas de 235Wp.

Considerando as 123 casas e que cada uma utilize

15 placas, tem-se um total de 1845 placas.

Para o projeto cada poste terá 8 placas, dessa forma

haverá na vila com 230 postes com altura de 6,00

metros.

71

Fig. 50 – Piso Permeável http//cubeme.com/solar-forest-by-neville

Page 71: PROPOSTA DE UM VILA SUSTENTÁVEL PARA O MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO - GABRIELA PASCHOINI DE OLIVEIRA

Fig. 51 – Sistema ecotelhado ecotelhado.blo.br/index.ph./tag/sistema-laminar/

Fig.52 - Ecotelhado Laminar ecotelhado.blo.br/index.ph./tag/sistema-laminar/

1 - Laje de concreto 2 - Impermeabilização 3 - Manta geotêxtil 4 - Módulo hexagonal Ecodreno (20cm de altura) 5 - Preenchimento de cinasita 6 - Manta geotêxtil 7 - Substrato variável (mínimo de 2cm de substrato e máximo variável) 8 - Vegetação (conforme desejado) 9 - Caixa de visita 10 - Tubo de queda de água (no nível desejado de captação de água)

O processo funciona da seguinte maneira:

A água dos chuveiros e das pias é filtrada num

reservatório e então bombeada até o telhado para a rega

da grama, responsável por uma nova filtragem. Então,

escoa para o Sistema ecotelhado Laminar, que a

redireciona para as descargas(figura 50).

VISTA FLORESTA SOLAR

A Floresta Solar poderá ser acessada e entres elas existirão redes

para acomodar as pessoas e nesses postes haverão tomadas para

carregar aparelhos eletrônicos.

VISTA

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5- PROJETO

REUSO DA ÁGUA E FONTE DE ENERGIA

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CIRCULAÇÃO PEDESTRE

Depois de definida as quadras foram feitos estudos para a definir a

circulação do pedestre tanto no parque como em toda a vila.

A calçada das quadras será ampla com dimensões que variam de 6,00 a

15,00 metros. A calçada será composta pelo espaço para o mobiliário

urbano e espaço para o passeio.

O passeio dentro do parque foi traçado através da ligação de cada

praça que existente nas quadras. O trajeto passa por dentro da vila,

dando uma volta no lago.

Foi proposto também dois decks mirantes, um está próximo ao lago e o

outro na quadra 1 entre os blocos.

2

1

2 1

DETALHE CALÇADA

-VIA

-MACIÇO VERDE

-CICLOVIA

-MOBILIÁRIO

--PASSEIO

DECKS MIRANTES

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CALÇADA PERMEÁVEL:

As calçadas serão compostas por um piso permeável

drenante. Toda a água que será drenada descerá para

uma tubulação que levará para o córrego que existe

próximo a área – Como acontece na figura 52

Utilizado como calçada em toda a vila

PISO ECOLÓGICO:

Assim como é utilizado na confecção do tijolo ecológico, o

processo é o mesmo, mistura-se solo, cimento (de 5% a

10% dependendo do solo utilizado) e umedece com água,

de tal modo que há uma estabilização do solo pelo

cimento, melhorando as propriedades da mistura dando

assim resistência e perfeito e acabado.

Utilizado nas praças e no passeio dentro do parque.

74

5- PROJETO

CIRCULAÇÃO PEDESTRE.

Fig. 54 – Piso Permeável http//www.maski.com.br/prefabricados/produto

Fig. 53 – Piso Permeável http//planetasustentavel.abril.com.br/album/saopaulo-enchentes-caus-galeriashtml

Fig. 54 – Piso ecológico

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1

2

3

4 5

6

7

8

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PRAÇA CORREDOR

É uma praça para descanso, esta entre os blocos onde o primeiro piso desenvolverá atividades

de comércios e serviço

1

2 PRAÇA DA MUSICA

São praças que estão próximas ao palco de apresentações onde se pode ouvir musicas e

encontrar amigos e haverão exposições culturais

6

3 PRAÇA PLAYGROUND

Haverá um playground destinado as crianças e em frente uma praça para descanso e encontro.

4 PRAÇA DO LAGO

Praças próximas ao lado são para contemplação e descanso.

5

7 EXPLANADA

Haverá um palco para apresentações e espaço para exposição, feiras entre outros.

8 FLORESTA SOLAR

Além de fornecer energia para a vila, a floresta solar é um espaço para descanso e carregar e

conectar aparelhos eletronicos.

76

5- PROJETO

PRAÇAS.

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PRAÇA CORREDOR

V1

V2

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V1

V2

78

5- PROJETO

PRAÇAS.

VEGETAÇÃO

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PRAÇA DA MUSICA

PRAÇA DO LAGO

V3

V4

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V3

V4

80

5- PROJETO

PRAÇAS.

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PRAÇA PLAYGROUND

PRAÇA DA MUSICA

V5

V6

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V5

V6

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5- PROJETO

PRAÇAS.

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1

1

2

2

3

3

4

4

PARQUE- ÁRVORES DE PORTE GRANDE

POMAR E HORTA COMUNITÁRIA

CALÇADA

DIMINUIÇÃO DE RUIDO

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ÁRVORES PARA O PARQUE

SUGESTÕES:

ÁRVORE PARA CALÇADA SUGESTÕES

JATOBÁ

CEDRO

CANELA AMARELA

IPÊ BRANCO

PATA DE VACA

PAU CIGARRA

Para o POMAR e a HORTA comunitária haverá

árvores frutíferas , legumes e vegetais comuns

na região.

DIMINUIÇÃO DE RUÍDO

Para ser uma barreira acústica é preciso que haja uma

diversidade no porte das árvores.

No caso são 10 metros de largura onde haverão arvores de

pequeno a grande porte

SUGESTÕES:

OITI:

PAU REI

ONDA DE RUIDO:

84

5- PROJETO

VEGETAÇÃO.

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Sugestão de mobiliário para a vila

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5- PROJETO

MOBILIÁRIO ILUMINAÇÃO

Mapa demonstra o raio que a luz dos postes atinge e ilumina o parque Sugestão de postes de iluminação para a vila

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CIRCULAÇÃO

VIAS

CICLOVIA

CIRCULAÇÃO- PASSEIOS VEGETAÇÃO EQUIPAMENTOS

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5- PROJETO

IMPLANTAÇÃO.

1

1 1

1

2

2

8

3

BLOCOS MISTOS

ESCOLA E CENTRO

COMUNITÁRIO

LAZER ESPORTIVO

QUADRAS POLIESPOTIVAS

3

4

4 LAZER CULTURAL

EXPLANADA

5

5 LAZER

PLAYGROUND 6

6 6

6

6

6 6 LAZER

PRAÇAS

7

7 FONTE DE ENERGIA/LAZER

FLORESTA SOLAR

8 CAIXA D´AGUA

PONTO DE ONIBUS

9

9

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CORTE BB

CORTE AA

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5- PROJETO

IMPLANTAÇÃO.

A

A

B

B

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5- PROJETO

PERSPECTIVAS

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5- PROJETO

PERSPECTIVAS

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5- PROJETO

FOTO AÉREA

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5- PROJETO

PLANTA HUMANIZADA

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto desenvolvido até o momento aborda a proposta de uma vila sustentável para Ribeirão Preto. O conceito

apresentado refere-se a garantia de qualidade de vida, integração da população, diversidade das atividades e proteção

do meio ambiente. O objetivo principal do projeto é desenvolver um espaço onde se possa morar, trabalhar e se divertir

em um único lugar,.

Houve a discussão de questões ambientais e o estudo de referencias projetuais para obter o conhecimento necessário e

dessa forma realizar o desenvolvimento deste trabalho.

Enfim, segue o projeto de uma vila porém, fica falta a proposta de um futuro detalhamento dos edifícios e do mobiliário

urbano que não foi detalhado no presente trabalho.

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RIBEIRO, F.P – O new urbanism e sua influencia no Brasil: O caso da “cidade universitária Pedra Branca” em Palhoça-SC. 2010. 18 f. Artigo de

trabalho de dissertação de mestrado no departamento de Geografia da UFSC, Santa Catarina 2010.

GOMES, R.P.A.M.S. – Ecobairro, um conceito para o desenho urbano. 2009. F 141 . Dissertação para cumprimento dos requisitos necessários à

obtenção do grau de Mestre em Planeamento do Território, apresentada à Universidade de Aveiro. 2009.

BRUNA G. C. e VENDRAMINI P. J. – Desenvolvimento sustentável. Ações compatíveis com tecido urbano local: Condominios, loteamentos e

bairros. 2004. f 8.

ROGERS, R. – Cidades para um pequeno planeta. 1.ed. Gustavo Gili, 2001

LEITE, C. – Cidades sustentáveis, cidades inteligentes. 1. ed. Bookman, 2012

FREITAS C.D. – Arquitetura sustentável para a elaboração de um bairro urbano. 2005. F.71. Trabalho de conclusão de curso. Faculdade de

Arquitetura e Urbanismo, Moura Lacerda, Ribeirão Preto, 2005.

KEELER M. e BURKE B. – Fundamentos de projeto de edificações sustentáveis. 1 ed. Bookman, 2010.

MENEZES, C. L. – Desenvolvimento Urbano do meio ambiente. 1 ed. Papirus, 2001

MURDOCH C. e FIGUEIREDO A. - Boas Práticas em Arquitetura Eficiência Energética nas Edificações – Ecovilas, Caderno 7, ed. Procel edifica,

2012.

COMISSÃO DE POLITICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – Agenda 21 Nacional – Decreto presidencial 1997

98

BIBLIOGRAFIA

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