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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ LETÍCIA MACHADO MENDES PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA O SUPERMERCADO MERCOCENTRO Biguaçu 2012

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

LETÍCIA MACHADO MENDES

PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA O SUPERMERCADO

MERCOCENTRO

Biguaçu

2012

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LETÍCIA MACHADO MENDES

PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA O SUPERMERCADO

MERCOCENTRO

Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor Orientador: Dr. Rosalbo Ferreira

Biguaçu

2012

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LETÍCIA MACHADO MENDES

PROPOSTA DE UM PLANO DE MARKETING PARA O SUPERMERCADO

MERCOCENTRO

Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do título

de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da Universidade do

Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.

Área de Concentração: Marketing

Biguaçu, 23 de novembro de 2012

_________________________________________

Prof. Dr. Rosalbo Ferreira

UNIVALI – CE Biguaçu

Orientador

_________________________________________

Prof. Msc. Ana Paula Lisboa Sohn

UNIVALI - CE Biguaçu

Membro

__________________________________________

Prof. Msc. Rogério Raul da Silva

UNIVALI – CE Biguaçu

Membro

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Dedico este trabalho a minha mãe Zilá, a meu pai João e

a meu esposo Samuel, que estiveram sempre ao meu

lado, me confortando nos momentos difíceis, suportando

os meus dias de mau humor, e me apoiando em todos os

momentos, para que eu chegasse firme na conclusão

deste objetivo.

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AGRADECIMENTOS

Inicialmente, agradeço a Deus por guiar e iluminar os meus caminhos, me

dando forças e tornando possível a realização e conclusão desta caminhada.

A minha mãe Zilá e ao meu pai João, por serem o meu porto seguro, e

sempre ouvirem, carinhosamente, minhas reclamações, me incentivando, dando

forças para que eu nunca desistisse.

Ao meu esposo Samuel, meu companheiro e amigo, por todo o amor,

dedicação e paciência, e por saber, amorosamente, compreender as minhas

ausências durante esta caminhada.

As minhas amigas Dayana e Dinara e ao meu amigo Júnior, pela amizade,

por sempre terem uma palavra reconfortante nos momentos de desesperança, me

incentivando e apoiando durante todo o Curso.

As minhas companheiras de trabalho Jaqueline e Franciele, que souberam,

pacientemente, entender os meus momentos de dificuldade e estresse, sempre

tentando me animar.

A minha gerente e amiga Fernanda, pelas palavras de carinho, pelas

conversas e desabafos, por compreender a minha ansiedade e estar sempre ao meu

lado, me auxiliando na conclusão deste trabalho.

Aos meus patrões, João Jacob e Geovani, por me darem a oportunidade de

realizar o trabalho nesta empresa, e á toda “família Mercocentro”, que de algum

modo me ajudaram neste percurso.

Aos demais amigos e colegas de turma, que juntos batalhamos por mais uma

etapa de nossas vidas.

Ao meu orientador e Prof. Dr. Rosalbo Ferreira, que através de seus

conhecimentos, sempre com muita paciência e dedicação, guiou-me ao caminho

certo.

A todos os professores e funcionários da UNIVALI, o meu afeto e respeito por

terem me ajudado na realização deste Curso.

E por fim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram para o sucesso

deste trabalho.

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“[...] Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão,

perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve,

e a VIDA É MUITO para ser insignificante”. Charles Chaplin

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RESUMO

MENDES, Letícia Machado. Proposta de um plano de marketing para o Supermercado Mercocentro. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2012.

O presente trabalho foi realizado na área de marketing e teve como objetivo principal a elaboração de um plano de marketing para o Supermercado Mercocentro Ltda. A empresa em estudo está localizada na cidade de Biguaçu, e atua no ramo varejista do setor alimentício. Este estudo iniciou-se com uma pesquisa bibliográfica, abordando temas relevantes para o desenvolvimento deste estudo, embasado na literatura da área de marketing. Foram realizados, também, a aplicação e análise de questionários aplicados com uma amostra de clientes e uma entrevista aplicada com os gestores da empresa. A análise dos dados obtidos com o questionário foi de forma, predominantemente, quantitativa, já a análise da entrevista se deu de forma qualitativa. Após analisadas as informações, a tabulação dos dados e confecção dos gráficos foi realizada com o auxílio do software Excel. Os resultados da pesquisa foram analisados, juntamente com o macro e o micro ambiente da empresa, proporcionando o conhecimento das oportunidades e ameaças, a identificação dos pontos fortes e dos pontos fracos da organização, além do conhecimento sobre a percepção dos clientes referente aos produtos e serviços oferecidos pela empresa, fornecendo subsídios necessários para a elaboração do plano de marketing do Supermercado Mercocentro, no qual foram desenvolvidas estratégias e sugestões de ações para que o Supermercado reforce sua imagem e aperfeiçoe suas técnicas de trabalho, podendo oferecer ainda mais qualidade e satisfação aos seus clientes, alcançando melhores resultados econômicos.

Palavras-chaves: Marketing; Planejamento; Estratégias.

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ABSTRACT

MENDES, Letícia Machado. Proposta de um plano de marketing para o Supermercado Mercocentro. 2012. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação

em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2012.

This work was done in marketing and had as main objective the development of a marketing plan for Supermarket Mercocentro Ltda. The company under study is located in the city of Biguacu, and operates in the field of retail food sector. This study began with a literature search, covering topics relevant to the development of this study, based on the literature of marketing. Were conducted, also, application and analysis of questionnaires administered to a sample of customers and applied an interview with company managers. Data analysis was obtained from a questionnaire form predominantly quantitative analysis of the interview already occurred qualitatively. After analyzing the information, the data tabulation and preparation of charts was performed with the aid of Excel software. The survey results were analyzed, along with the macro and micro environment of business, providing knowledge of opportunities and threats, identifying the strengths and weaknesses of the organization, in addition to knowledge about the perception of customers for products and services offered by the company, providing necessary inputs for the preparation of marketing plan Mercocentro Supermarket, which were developed strategies and action suggestions to the Supermarket strengthens their image and improve their techniques work and can offer even more quality and satisfaction to its customers, achieving better economic results. Keywords: Marketing, Planning, Strategies.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tipo de pessoa................................................................................................ 74

Tabela 2 – Sexo................................................................................................................ 75

Tabela 3 – Faixa etária...................................................................................................... 76

Tabela 4 – Estado civil...................................................................................................... 78

Tabela 5 – Renda familiar................................................................................................. 79

Tabela 6 – Escolaridade.................................................................................................... 80

Tabela 7 – Pessoa jurídica: ramo de atividade................................................................. 81

Tabela 8 – Localidade onde mora..................................................................................... 82

Tabela 9 – Atua profissionalmente em que setor?............................................................ 83

Tabela 10 – Como ficou conhecendo o Supermercado Mercocentro?............................. 84

Tabela 11 – Há quanto tempo você é cliente do Supermercado Mercocentro?............... 85

Tabela 12 – Cortesia dos funcionários.............................................................................. 86

Tabela 13 – Agilidade no atendimento.............................................................................. 87

Tabela 14 – Aparência dos funcionários........................................................................... 88

Tabela 15 – Variedade de produtos.................................................................................. 89

Tabela 16 – Conhecimento dos funcionários em relação aos produtos........................... 90

Tabela 17 – Exposição dos produtos nas prateleiras....................................................... 92

Tabela 18 – Qualidade dos serviços e produtos............................................................... 93

Tabela 19 – Preço............................................................................................................. 94

Tabela 20 – Promoções.................................................................................................... 95

Tabela 21 – Divulgação das promoções........................................................................... 96

Tabela 22 – Formas de pagamento.................................................................................. 98

Tabela 23 – Localização.................................................................................................. 99

Tabela 24 – Instalações.................................................................................................... 100

Tabela 25 – Padaria.......................................................................................................... 101

Tabela 26 – Açougue........................................................................................................ 102

Tabela 27 – Estacionamento............................................................................................. 103

Tabela 28 – Acesso ao Supermercado............................................................................. 104

Tabela 29 – Entrega das compras.................................................................................... 106

Tabela 30 – Você indicaria o Supermercado para outra pessoa?.................................... 107

Tabela 31 – Qual item você acha que a empresa deveria melhorar?.............................. 108

Tabela 32 – Quais dos fatores abaixo determinaram sua escolha por esta empresa? Pode

assinalar mais de uma alternativa..................................................................................... 109

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Tabela 33 – Normalmente, qual a forma de pagamento que você mais utiliza?.............. 110

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 – Implicações do ciclo de vida do produto para a estratégia de marketing....... 28

Quadro 2 – Planejamento em diferentes níveis administrativos....................................... 57

Quadro 3 – Um roteiro simplificado para um plano de marketing..................................... 61

Quadro 4 – Ameaças e oportunidades............................................................................ 120

Quadro 5 – Pontos fortes e fracos.................................................................................... 124

Quadro 6 – Plano de ação................................................................................................ 135

Quadro 7 – Objetivos, estratégias e ações do plano de marketing................................... 137

Figura 1 – Os 4Ps do mix de marketing............................................................................ 35

Figura 2 – Etapas do processo de pesquisa de marketing............................................... 66

Gráfico 1 – Tipo de pessoa............................................................................................... 75

Gráfico 2 – Sexo................................................................................................................ 76

Gráfico 3 – Faixa etária..................................................................................................... 77

Gráfico 4 – Estado civil...................................................................................................... 78

Gráfico 5 – Renda familiar................................................................................................. 79

Gráfico 6 – Escolaridade................................................................................................... 80

Gráfico 7 – Pessoa jurídica: ramo de atividade................................................................. 81

Gráfico 8 – Localidade onde mora.................................................................................... 82

Gráfico 9 – Atua profissionalmente em que setor?........................................................... 83

Gráfico 10 – Como ficou conhecendo o Supermercado Mercocentro?............................ 84

Gráfico 11 – Há quanto tempo você é cliente do Supermercado Mercocentro?............... 85

Gráfico 12 – Qual sua percepção sobre o item: cortesia dos funcionários....................... 86

Gráfico 13 – Qual sua percepção sobre o item: agilidade no atendimento....................... 88

Gráfico 14 – Qual sua percepção sobre o item: aparência dos funcionários.................... 89

Gráfico 15 – Qual sua percepção sobre o item: variedade de produtos........................... 90

Gráfico 16 – Qual sua percepção sobre o item: conhecimento dos funcionários em relação

aos produtos...................................................................................................................... 91

Gráfico 17 – Qual sua percepção sobre o item: exposição dos produtos nas prateleiras 92

Gráfico 18 – Qual sua percepção sobre o item: qualidade dos serviços e produtos........ 93

Gráfico 19 – Qual sua percepção sobre o item: preço..................................................... 94

Gráfico 20 – Qual sua percepção sobre o item: promoções............................................. 95

Gráfico 21 – Qual sua percepção sobre o item: divulgação das promoções.................... 97

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Gráfico 22 – Qual sua percepção sobre o item: formas de pagamento............................ 98

Gráfico 23 – Qual sua percepção sobre o item: localização............................................. 99

Gráfico 24 – Qual sua percepção sobre o item: instalações............................................. 100

Gráfico 25 – Qual sua percepção sobre o item: padaria................................................... 101

Gráfico 26 – Qual sua percepção sobre o item: açougue................................................. 102

Gráfico 27 – Qual sua percepção sobre o item: estacionamento..................................... 103

Gráfico 28 – Qual sua percepção sobre o item: acesso ao Supermercado...................... 105

Gráfico 29 – Qual sua percepção sobre o item: entrega das compras............................. 106

Gráfico 30 – Você indicaria o Supermercado para outra pessoa?.................................... 107

Gráfico 31 – Qual item você acha que a empresa deveria melhorar?.............................. 108

Gráfico 32 – Quais dos fatores abaixo determinaram sua escolha por esta empresa? Pode

assinalar mais de uma alternativa..................................................................................... 109

Gráfico 33 – Normalmente, qual a forma de pagamento que você mais utiliza?.............. 111

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 14

1.1OBJETIVOS..................................................................................................... 15

1.1.1Objetivo geral.............................................................................................. 15

1.1.2 Objetivos específicos................................................................................. 15

1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................... 15

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................ 17

2.1 MARKETING.................................................................................................... 17

2.2 COMPOSTO DE MARKETING....................................................................... 19

2.2.1Produto....................................................................................................... 20

2.2.1.1 Classificação dos produtos....................................................................... 22

2.2.1.2 Ciclo de vida do produto........................................................................ 24

2.2.2 Preço............................................................................................................ 29

2.2.2.1 Determinação de preço............................................................................ 30

2.2.3 Praça........................................................................................................... 32

2.2.4 Promoção.................................................................................................... 33

2.3 AMBIENTE DE MARKETING.......................................................................... 35

2.3.1 Macroambiente............................................................................................37

2.3.1.1 Ambiente demográfico.............................................................................. 38

2.3.1.2 Ambiente econômico................................................................................. 39

2.3.1.3 Ambiente físico-natural............................................................................. 41

2.3.1.4 Ambiente tecnológico................................................................................ 42

2.3.1.5 Ambiente político...................................................................................... 43

2.3.1.6 Ambiente sócio-cultural............................................................................ 44

2.3.2 Microambiente........................................................................................... 45

2.3.2.1 Fornecedores............................................................................................. 46

2.3.2.2 Clientes...................................................................................................... 47

2.3.2.3 Concorrentes............................................................................................ 49

2.4 PONTOS FORTES E FRACOS....................................................................... 50

2.5 OPORTUNIDADE E AMEAÇAS...................................................................... 51

2.6 ESTRATÉGIAS DE MARKETING................................................................... 52

2.7 SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE MARKETING (SIM)................................. 54

2.8 PLANEJAMENTO DE MARKETING................................................................ 57

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2.9 PESQUISA DE MARKETING.......................................................................... 63

2.9.1 Etapas de uma pesquisa de marketing.................................................... 65

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO................................................................ 70

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS................................................. 73

4.1. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO..................................................... 73

4.2. RESULTADOS DA PESQUISA...................................................................... 74

4.2.1 Perfil dos clientes................................................................................... 74

4.2.2 Síntese dos resultados............................................................................ 112

4.3 PLANO DE MARKETING............................................................................... 113

4.3.1 Análise ambiental: ameaças e oportunidades....................................... 114

4.3.1.1 Demografia............................................................................................... 114

4.3.1.2 Economia................................................................................................. 115

4.3.1.3 Político-legal.............................................................................................. 116

4.3.1.4 Clientes.................................................................................................... 117

4.3.1.5 Fornecedores............................................................................................ 117

4.3.1.6 Concorrência........................................................................................... 118

4.3.2 Pontos fortes e pontos fracos................................................................. 120

4.3.2.1 Pontos fortes............................................................................................. 121

4.3.2.2 Pontos fracos............................................................................................ 122

4.3.3 Objetivos..................................................................................................... 124

4.3.4 Estratégias de marketing.......................................................................... 124

4.3.4.1 Público-alvo............................................................................................... 125

4.3.4.2 Posicionamento........................................................................................ 125

4.3.5 Estratégias do composto.......................................................................... 125

4.3.5.1 Produto..................................................................................................... 125

4.3.5.2 Preço........................................................................................................ 126

4.3.5.3 Praça..........................................................................................................126

4.3.5.4 Promoção.................................................................................................. 127

4.3.6 Plano de ação.............................................................................................. 127

4.3.6.1 Síntese do plano de ação.......................................................................... 134

5. Considerações finais..................................................................................... 138

REFERÊNCIAS..................................................................................................... 140

APÊNDICE............................................................................................................ 143

ANEXOS................................................................................................................ 149

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1 INTRODUÇÃO

Atualmente, as empresas buscam cada vez mais adotar estratégias para

atrair clientes, e estão cientes de que atrair só não basta, é preciso fidelizá-los. E

nessa fidelização, empregam, muitas vezes, técnicas isoladas de marketing, não

percebendo que quem avalia a qualidade dos serviços e produtos são os clientes, e

que a decisão de compra é baseada em critérios que eles mesmos estipulam. Definir

objetivos e traçar estratégias são fundamentais para que a empresa alcance os

resultados almejados, o planejamento afeta diretamente o sucesso das

organizações.

Determinar como os clientes se sentem e o que desejam é o grande desafio

das organizações, e isso pode ser feito através de coleta de informações dos

clientes (VAVRA, 1993). Perante essa pesquisa, os interessados terão ferramentas

para estabelecer um planejamento de marketing adequado a sua realidade, e ainda

avaliar sua relação com os clientes e melhorá-la no que se apresentar necessário.

Este estudo será realizado na empresa Supermercado Mercocentro, que atua

no setor de gêneros alimentícios na região da Grande Florianópolis, na cidade de

Biguaçu. Fundada em outubro de 1994, conta com cerca de 180 funcionários,

distribuídos nos diversos setores, como padaria, açougue, hortifruti, entre outros.

O mercado globalizado aumentou as exigências dos clientes perante os

produtos e serviços. As empresas precisam acompanhar as mudanças desse

cenário altamente competitivo se quiserem continuar a ocupar um lugar no mercado.

Planejamentos e estratégias são fundamentais e informações são essenciais para

essa permanência, especialmente questões relacionadas ao cliente, o que ele

procura, o que espera. Com o aumento da concorrência, e a necessidade de

planejar seus esforços, os gestores da empresa Supermercado Mercocentro

perceberam a falta de informações sobre a percepção dos clientes, referente aos

produtos oferecidos e aos serviços prestados pela organização.

Sendo assim, os gestores da empresa em questão pretendem conhecer

melhor seus clientes e saber o que eles esperam receber da empresa quando a

visitam, podendo assim direcionar seus esforços por meio de um plano de

marketing. Por fim, aponta-se como objetivo do trabalho encontrar a resposta para a

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seguinte questão: Que ações devem compor o plano de marketing da empresa

Supermercado Mercocentro?

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Propor um plano de marketing para a empresa Supermercado Mercocentro,

em Biguaçu, no período de março a novembro de 2012.

1.1.2 Objetivos específicos

Realizar pesquisa bibliográfica referente ao tema em estudo;

Realizar uma pesquisa de marketing;

Analisar o perfil dos clientes;

Identificar a percepção dos clientes referente a produtos e serviços

oferecidos pela empresa;

Diagnosticar as oportunidades e ameaças;

Diagnosticar os pontos fortes e fracos da empresa;

Identificar as necessidades da empresa;

Identificar as melhores estratégias de marketing a utilizar;

Elaborar um plano de marketing adequado às necessidades da empresa.

1.2 JUSTIFICATIVA

A elaboração do presente projeto se mostra importante, pois através dele será

possível identificar a percepção dos clientes referente aos produtos oferecidos e aos

serviços prestados pela empresa. As informações obtidas com esse trabalho serão

de extrema valia para a organização, pois permitirão a elaboração de um plano de

marketing, que pode auxiliar na definição de objetivos e estratégias, desenvolvendo

ações que visam a melhoria da empresa.

Muitas vezes, as empresas, especialmente no ramo de varejo alimentício,

perdem seus clientes e não conseguem atrair novos por falta de conhecimento sobre

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a real necessidade do seu público alvo, investindo tempo e dinheiro em questões

que não são consideradas relevantes por eles.

O momento atual é oportuno para a realização deste trabalho na empresa

Supermercado Mercocentro, visto que a concorrência na região de Biguaçu vem

aumentando, e a abertura de um supermercado de grande porte na Cidade

ocasionou a preocupação dos gestores sobre como conseguir manter os clientes já

fidelizados e, principalmente, como atrair novos clientes. Não que isso seja um

problema que a empresa esteja enfrentando atualmente, mas diante da “ameaça”,

surge a inquietude sobre como evitar que a perda de clientes ocorra, e em segunda

opção, como reagir, caso realmente ocorra.

Nesse sentido, esta é uma oportunidade muito valiosa para saber como os

clientes estão percebendo o estabelecimento, e o que eles esperam encontrar lá, em

relação a produtos e serviços, para decidir a compra. O trabalho se apresenta viável

para realização no período de dez meses, e os custos para a realização são

insignificantes, visto que a acadêmica trabalha na empresa e não precisará se

locomover para obter dados referentes à organização e aos clientes, além desse

fato contribuir no acesso às informações, devido à confiança obtida nos oito anos de

serviços prestados à empresa.

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1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica é o suporte teórico utilizado para dar credibilidade ao

trabalho, por meio de pesquisas realizadas em diversos autores, sobre os assuntos

que são de interesse da pesquisa. Neste capítulo, serão apresentados os principais

conceitos teóricos necessários para o desenvolvimento deste trabalho; serão

abordados temas referentes a marketing, seu composto e ambiente, seu sistema de

informação, com destaque para planejamento de marketing, que é, justamente, o

estudo principal deste projeto.

2.1 MARKETING

Há alguns anos ocorreu a troca da idéia de valor do produto para o cliente. As

empresas começaram a perceber que não basta apenas oferecer produtos de

qualidade, é preciso que haja uma integração entre produtos, serviços, atendimento

de qualidade, buscando sempre diferenciais competitivos para suprir a necessidade

e os desejos dos consumidores, que se encontram cada vez mais exigentes, e com

o aumento da concorrência essa tarefa se tornou um “leão” para ser enfrentado

todos os dias. E o marketing auxilia nessa tarefa, com o objetivo de criar, sempre,

mais valor para o cliente.

Kotler (1996, p. 31) define marketing como sendo “a atividade humana dirigida

para a satisfação das necessidades e desejos, através dos processos de troca”.

Ainda Kotler (1996, p. 42-43) afirma que o “marketing é uma orientação para o

cliente”, e que uma administração bem direcionada, baseada no conceito de que a

principal tarefa da organização é determinar as necessidades, desejos e valores de

um mercado dirigido, se ajusta a esse mercado, para então satisfazer todas essas

questões da melhor maneira possível, para que os clientes percebam diferenciais, e

prefiram comprar nessa organização em detrimento ao concorrente.

Sandhusen (1998, p. 8) corrobora com essa afirmação e complementa

mencionando que marketing é um processo, onde são planejados a concepção, o

preço, a promoção e a distribuição de bens, criando trocas que possam satisfazer

objetivos, tanto individuais, quanto organizacionais.

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Em perspectiva semelhante, Churchill e Peter (2005, p. 4) citam o marketing

como sendo um processo de planejar e estabelecer preços, promoção e distribuição

de ideias, produtos e serviços, criando trocas que satisfaçam indivíduos e

organizações. Continua mencionado que a essência do marketing é a troca, onde

participam clientes e empresas que se beneficiam mutuamente.

Verifica-se, nessa perspectiva, que:

marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a fixação de preço, a promoção e a distribuição de ideias, produtos, serviços, organizações e eventos para criar e manter relacionamentos que satisfarão objetivos individuais e organizacionais (BOONE; KURTZ, 2009, p. 8).

Las Casas (2006, p. 26) apresenta uma visão mais ampla referente ao conceito

de marketing e aponta que essa área do conhecimento junta todas as atividades

referentes às relações de troca, orientadas à satisfação e às necessidades dos

potencias clientes, com o objetivo de alcançar as metas da empresa ou dos

indivíduos, levando em conta tanto o ambiente em que atua quanto o impacto que as

relações podem causar no bem-estar da sociedade.

Na mesma linha, Boone e Kurtz (2009, p. 6-7) colocam que o marketing é a

essência da vida econômica em qualquer comunidade. Evidenciam, ainda, que o

marketing gera conveniências de “tempo, lugar e propriedade”. E que a conveniência

de tempo e lugar aparece quando os clientes deparam com os produtos e serviços

disponíveis quando e onde quiserem adquiri-los. A transferência da posse na hora

da compra gera conveniência de propriedade.

Outra definição seria que marketing é um processo “[...] que fornece a direção

necessária para a produção e ajuda a assegurar que bens e serviços adequados

serão fornecidos e encontrarão seu caminho até os consumidores” (MCCARTHY;

PERREAULT, 1997, p. 20).

Na mesma concepção, Kotler (1996, p. 42) enfatiza que marketing focaliza as

necessidades do comprador. E que a ideia de satisfazer as necessidades dos

clientes se dá através do produto e toda a variedade de processos associados

desde a criação, entrega, até o consumo final.

Desse modo, pode-se perceber que o marketing é uma ferramenta essencial no

mundo de hoje, visto que proporciona uma base sobre a percepção do que os

clientes esperam referente a produtos e serviços. Verifica-se, ainda, que com a

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concorrência cada vez mais acirrada, o cliente tornou-se o “objeto de pesquisa” das

empresas, e que saber o que tem ou não valor para o cliente pode significar a

sobrevivência da empresa, e o marketing possui estratégias para conhecer esses

valores e para fornecer condições da organização continuar competindo no

mercado.

2.2 COMPOSTO DE MARKETING

Atualmente, muitas necessidades são criadas a partir dos desejos dos

consumidores, mas é importante que a empresa tenha a capacidade de criar uma

necessidade para, então, poder oferecer seus produtos. O composto mercadológico

é uma ferramenta fundamental nesse processo, pois permite o estudo detalhado de

algumas variáveis que juntas, influenciam na decisão de compra do público-alvo.

Kotler (1996, p. 90) define o composto de marketing como sendo “[...] o

conjunto de variáveis controláveis que a empresa pode utilizar para influenciar as

respostas dos consumidores”.

Outra definição, sustentada por Sandhusen (1998, p. 4), relata que o

composto de marketing é uma junção de ferramentas de marketing que o

profissional utiliza para administrar trocas com os membros do público-alvo.

McCarthy e Perreault Jr. (1997, p. 43) complementam essa definição

sustentando que além de administrar trocas, o composto de marketing também é um

conjunto de variáveis que a empresa controla e reúne para poder satisfazer esse

grupo-alvo. E essas ferramentas de marketing são chamadas de “Quatro Ps”:

produto, preço, praça e promoção. Segundo Sandhusen (1998), esse composto

também pode ser chamado de oferta, na perspectiva do consumidor. Ou ainda de

“mix de marketing” (HOOLEY; SAUNDERS, 1996, p. 57).

Em outra perspectiva, Rocha e Christensen (1992, p. 37) apresentam:

o marketing mix, também chamado composto de marketing, mix de marketing ou composto mercadológico, é o conjunto de instrumentos controláveis pelo gerente de marketing, através dos quais ele pode obter melhor ajustamento entre a oferta que sua empresa faz ao mercado e a demanda existente. O marketing mix é composto por quatro subconjuntos de variáveis, que costumam se identificar como “os quatro Ps” [...].

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Churchill e Peter (2005, p. 20) enfatizam que o composto de marketing é um

conjunto de estratégias criadas para agregar valor para o consumidor, auxiliando a

organização a alcançar seus objetivos mais facilmente.

De forma mais abrangente, Cobra (1997, p. 102) aponta que o mercado pode

ser segmentado de diversas maneiras, mas que a segmentação baseada no

composto de marketing é uma das mais utilizadas. Uma das causas pode ser que

segmentar por preço, promoção, e assim por diante, seja um processo intuitivo.

Las Casas (2006, p. 17) menciona que em qualquer atividade de

comercialização o administrador deve fazer um planejamento das quatro variáveis

do composto de marketing.

Considerando que a classificação dos quatro itens: produto, preço, praça e

promoção, são fundamentais para os estudos e análises, e que são esses itens que

definem o sucesso do marketing (BOONE; KURTZ, 1998, p. 19). Seguem as quatro

variáveis e seus conceitos.

2.2.1 Produto

O produto é considerado a peça fundamental para a empresa alcançar seus

objetivos, pois com ele poderá satisfazer a necessidade e os desejos de seus

consumidores-alvo.

Complementando esta observação, Las Casas (2001) relata que o produto é

o item mais importante do composto mercadológico, pois serve de base para todas

as atividades da organização. As outras variáveis do composto mercadológico

também são de extrema importância, porém, sem o produto, elas talvez não

existissem.

Na mesma linha, Kotler (1999, p. 126) enfatiza que o produto é o fundamento

de qualquer negócio, e que as organizações interessadas em atingir seu público-

alvo e em se diferenciar competitivamente da concorrência, precisam oferecer

produtos que apresentem algo a mais e com melhor qualidade, para serem

escolhidas em um mercado cada vez mais competitivo.

De forma mais sucinta, Keegan e Green (1999, p. 319) afirmam que “um

produto [...] pode ser definido como um conjunto de atributos físicos, psicológicos, de

utilidade e simbólicos que, no todo, trazem satisfação ou benefícios a seu comprador

ou usuário”.

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De forma mais abrangente, Boone e Kurtz (2009, p. 377), definem que o

produto é uma união de diversos fatores, que foram elaborados para atender as

necessidades e anseios dos clientes. Mencionam ainda, que quando um cliente

compra um produto, ele está comprando “satisfação de desejos”. Nota-se aí a

importância de profissionais de marketing preparados para reconhecer essa

percepção e saber trabalhá-la de forma a instigar os desejos dos consumidores.

Kotler e Armstrong (2003, p. 204), concordam com a afirmação anterior e

salientam que um produto é mais do que um bem tangível. Compreende tudo que

possa ser disponibilizado no mercado para análise, compra e para satisfazer uma

necessidade ou desejo.

Partindo da ideia de necessidade e desejo, Kotler (1995, p. 31) acredita que o

conceito de marketing tenha surgido a partir da existência dessas carências

humanas, e afirma que “um produto é tudo aquilo capaz de satisfazer um desejo”. O

autor (1995) coloca que o conceito de produto não pode se restringir a objetos

físicos, e que o mais importante em um produto é o que ele vai proporcionar para o

cliente. Um produto, geralmente, é utilizado para solucionar um problema; é

qualquer coisa capaz de “prestar um serviço”, isso inclui ideias, pessoas, empresas

e lugares.

Ainda Kotler (1996, p. 32) enfatiza que os produtos que oferecem melhor

desempenho, características inovadoras e alta qualidade são os preferidos dos

consumidores, sendo assim, os gestores de marketing precisam direcionar seus

esforços no desenvolvimento de produtos superiores e fazê-los cada vez melhor no

decorrer do tempo. O foco tem de ser a necessidade do cliente.

Em outra perspectiva, Cobra (1997, p. 28) destaca que “um produto [...] é dito

certo ao consumo quando atende as necessidades e desejos de seus

consumidores”. O autor (1997) descreve que um produto certo deve ter qualidade e

padronização, em termos de características, desempenhos e acabamentos; deve

conter modelos e tamanhos que estejam de acordo com as expectativas e

necessidades dos clientes; e que tenha configuração, referente à apresentação do

produto em termos de embalagem, marca e serviço.

Rocha e Christensen (1992, p. 37), também identificam, corroborando com as

ideias do autor anterior, que alguns elementos são fundamentais à variável produto,

como características condizentes com as expectativas do cliente-alvo, qualidade,

design, embalagem, entre outros.

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22

Diante disso, avalia-se que o produto é uma variável fundamental para o

sucesso da organização, então é importante que ele atenda as expectativas e

necessidades dos clientes, sempre.

2.2.1.1 Classificação dos produtos

Churchill e Peter (2000, p. 234) afirmam que a classificação dos produtos

auxilia no planejamento do composto de marketing e que duas classificações

básicas consideram se o produto destina-se a consumidores ou a empresas, e se é

durável ou não-durável. Os autores (2000) apontam que os responsáveis de

marketing precisam definir se seu marcado-alvo é composto de consumidores ou de

compradores organizacionais. Quando vendidos para consumidores, bens e serviços

são classificados como produtos de consumo, quando vendidos para organizações

são classificados como produtos industriais.

Produtos de consumo, de acordo com Churchill e Peter (2000, p. 234), são

bens e serviços voltados aos consumidores, que vão desde carros a consertos de

música. Visto a quantidade de possibilidades, os produtos de consumo são

agrupados em categorias, sendo classificados em relação de como os consumidores

tomam decisões de compra:

Produtos de conveniência: “São comprados com frequência e com tempo e

esforço mínimos” (CHURCHILL; PETER, 2000, p. 234). Las Casas (2006, p.

167) coloca que os produtos de conveniência fazem parte do dia-a-dia das

compras domesticas, e não apresentam diferenças perceptíveis de qualidade,

possuindo preço baixo. Kotler e Armstrong (2003, p. 207) concordam e

salientam que esses produtos são colocados em diversos locais para que

estejam disponíveis quando os clientes precisarem deles.

Produtos de compra comparada: segundo Kotler e Armstrong (2003, p. 207),

são produtos e serviços adquiridos com menor frequência e suas

características de qualidade, preço e estilo são comparadas cuidadosamente

pelo consumidor. Churchill e Peter (2000, p. 234) enfatizam que uma razão

para ser dedicado mais esforço à seleção desses produtos é que as

implicações de um erro são maiores. Geralmente, esses produtos custam

mais caro que os de conveniência e, frequentemente, são mais importantes

para os clientes.

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Produtos de especialidade: Las Casas (2006, p. 167-168) revela que esses

produtos usufruem de maior flexibilidade para comercialização. São produtos

exclusivos, que possuem características que os tornam únicos para

determinados propósitos, então os consumidores estão dispostos a realizar

qualquer sacrifício para sua compra. Churchill e Peter (2000, p. 234)

salientam que esses produtos, únicos em alguns aspectos, geralmente são

mais caros. Exemplos: faculdades, casas, automóveis de luxo ou de alto

desempenho.

Produtos não-procurados: para Kotler e Armstrong (2003, p. 208), são

produtos de consumo que o cliente não conhece ou não pensa em comprar.

Considerando este fato, Churchill e Peter (2000, p. 234) observam que esses

produtos exigem um maior esforço dos profissionais de marketing para

conscientizar os clientes da sua existência e do seu valor.

Produtos industriais, na concepção de Churchill e Peter (2000, p. 236), são

aqueles adquiridos por empresas, e também se alocam em categorias:

Instalações: são bens industriais não-portáteis, de grande porte, comprados e

utilizados para produzir outros bens e serviços;

Equipamento acessório: são equipamentos e ferramentas fabris portáteis,

usados na fabricação, mas não compõem o produto final;

Componentes: são peças e materiais processados que fazem parte do

produto acabado;

Matéria-prima: são itens não processados que são transformados em partes

componentes dos produtos acabados;

Suprimentos: são bens industriais utilizados na fabricação de outros produtos;

Serviços empresariais: são serviços que auxiliam as atividades da

organização.

Os produtos ainda podem ser classificados em duráveis e não-duráveis. Bens

duráveis, segundo Churchill e Peter (2000, p. 237) são usados por um longo período

de tempo, geralmente mais de três anos. Complementando, Kotler (1996, p. 379)

aborda que esse bens, normalmente, sobrevivem a muitos usos, e que requerem

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mais esforço e garantia do vendedor na hora da compra. Os bens não-duráveis, de

acordo com Churchill e Peter (2000, p. 237) são aqueles usados por um breve

período de tempo, deles não se espera tanta vida útil, geralmente menos de três

anos.

“A classificação de um produto pode depender de sua estratégia de

marketing” (CHURCHILL; PETER, 2000, p. 235). Saber em qual categoria os

produtos se encaixam auxilia os gestores de marketing na elaboração das

estratégias utilizados no seu composto mercadológico.

2.2.1.2 Ciclo de vida do produto

Sabe-se que a posição de vendas e a lucratividade de um produto se

modificam com o passar do tempo. O ciclo de vida de um produto ajuda na

identificação do estágio em que o produto se encontra, e a partir dessa informação

os gestores conseguem elaborar estratégias e reformular planos de marketing

(KOTLER, 1995, p. 278).

De forma mais sucinta, o mesmo autor (1994) afirma que o ciclo de vida do

produto oferece percepção sobre a dinâmica competitiva de um produto.

Complementa, mencionando que o ciclo de vida do produto demonstra os “estágios

distintos no histórico de vendas de um produto”. De acordo com o estágio em que o

produto se encontra, ou está se encaminhando, torna-se possível analisar as

oportunidades e problemas, reagindo através da formulação de planos de marketing

mais adequados a situação.

Churchill e Peter (2002, p. 240) enfatizam que o ciclo de vida do produto

apresenta limitações referente ao seu uso para o desenvolvimento de estratégias,

pois não se conhece o tempo que um produto permanecerá em determinado

estágio, e não é possível prever esse tempo com exatidão.

A passagem pelo ciclo poder ser rápida ou demorada, dependendo do tipo de

produto, isso devido a alguns fatores, como mudanças tecnológicas, aceitação do

produto pelo mercado consumidor, entre outros. Boone e Kurtz (2009, p. 397),

sustentam que o produto percorre quatro estágios: introdução, crescimento,

maturidade e declínio.

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Estágio de introdução: nesse estágio a empresa trabalha para estimular a

demanda para receber o novo produto no mercado. Um produto pode ser

novo quando traz uma nova tecnologia, ou representar uma nova categoria

(BOONE; KURTZ, 2009, p. 397). O autor (2009) relata que nessa fase a

publicidade é utilizada para apresentar as características desse novo produto,

fazendo com que os consumidores conheçam as vantagens e comecem a

aceitá-lo. Kotler (1996, p. 311), aponta que no estágio da introdução o lucro

não existe, pois as vendas são lentas e as despesas de lançamento e

introdução são grandes. Desse modo, Churchill e Peter (2000, p. 238)

colocam que nesse estágio os custos geralmente são altos, tanto os de

produção, pois os produtores não possuem produto semelhante para basear

sua fabricação, quanto os de marketing, porque os profissionais necessitam

destinar recursos para apresentar aos consumidres-alvo o novo produto e

mostrar como ele trará benefícios. No estágio de introdução os gestores de

marketing buscam construir uma demanda primária, com o intuito de fazer os

consumidores conhecerem o tipo de produto e não determinada marca. Os

autores (2000) ressaltam que nesse primeiro estágio a concorrência é baixa,

e devido aos custos altos e a carência de receita, os responsáveis de

marketing estabelecem preços mais elevados.

Estágio de crescimento: aqui, segundo Kotler (1996, p. 311) há uma melhora

no lucro e começa o crescimento nas vendas. É o “nascimento comercial” do

produto (ROCHA; CHRISTENSEN, 1992, p. 247). Os consumidores que

compraram o produto no estágio de introdução comprarão novamente e os

compradores novos chegarão em grande número. Nesse estágio acontece a

entrada da concorrência, atraída pela nova oportunidade e pela crescente

demanda (KOTLER, 1995, p. 284). Churchill e Peter (2000, p. 239)

complementam sustentando que durante o estágio de crescimento as vendas

sobem rapidamente, acompanhada pelos lucros. Nesse estágio os

profissionais de marketing estimulam a demanda secundária, “baixando os

preços e melhorando a imagem da marca”. Boone e Kurtz (2009, p. 398-399)

concordam com os autores anteriores e destacam que esse estágio se inicia

quando a empresa começa a notar os lucros resultantes do seu investimento.

Os autores (2009) salientam que a propaganda em massa, os preços baixos

e o “boca-a-boca” instigam os clientes a comprar o produto. Porém, a

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concorrência também irá se interessar por esse produto e vai entrar na

disputa pelo mercado, exigindo assim atitudes dos profissionais de marketing

que precisarão improvisar modificações no produto, aumentando a qualidade

e melhorando o aspecto para não perder vendas.

Estágio de maturidade: “a maturidade é definida como o período em que a

demanda pelo produto se estabiliza, [...]. A oferta permanece bastante

estável, [...], e poucas empresas se aventuram no mercado com novos

lançamentos” (ROCHA; CHRISTENSEN, 1992, p. 248). Uma visão

semelhante, apresentada por Boone e Kurtz (2009, p. 399-400), revela que

durante a fase inicial desse estágio as vendas prosseguem crescendo, mas

em certo momento se estabilizam, à medida que a gama de clientes

potenciais decresce. Isso devido à inserção da concorrência, que divide os

clientes e o lucro. Como o produto já está há um bom tempo no mercado, a

diferenciação deste diminui e a oferta excede a demanda. Surge, então, a

necessidade de estratégias de marketing para atrair novos compradores; a

redução de preços é uma opção, no entanto ajuda a aumentar ainda mais a

concorrência e a diminuir o lucro. Kotler (1995, p. 285) compartilha das ideias

dos autores anteriores, e complementa destacando que nesse estágio os

produtos permanecem mais tempo, e que ele pode ser dividido em três fases.

A maturidade de crescimento, onde as vendas ainda crescem, devido a

compradores retardatários; a maturidade estável ou de saturação, onde as

vendas permanecem em um nível constante; a maturidade decadente, onde

as vendas começam a declinar, e os clientes mudam para outros produtos.

Estágio do declínio: “período em que as vendas mostram forte queda e o

lucro desaparece” (KOTLER, 1996, p. 311). O autor (1995) destaca que o

declínio poderá ser lento ou rápido, mas as vendas baixarão e o produto pode

até ser retirado do mercado, ou se estabilizar em um nível baixo e

permanecer assim. Boone e Kurtz (2009, p. 400-401) apontam que os

maiores fatores responsáveis pelo declínio dos produtos são as inovações e

as mudanças nas preferências dos consumidores, e que diante disso as

vendas caem absurdamente. Caem as vendas, caem os lucros, e as

empresas escolhem alternativas para não descontinuar a venda do produto.

Churchill e Peter (2000, p. 240) acreditam que é responsabilidade dos

gestores de marketing manter o produto lucrativo, isso através de cortes nos

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custos, ou transformando o produto e buscando “novos usos ou novos

mercados”.

Ainda Churchill e Peter (2000, p. 240), salientam que o ciclo de vida do

produto auxilia os gestores de marketing no planejamento de suas estratégias, e

lembram que “há recomendações gerais para o desenvolvimento da estratégia em

cada estágio do ciclo de vida do produto [...]”.

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Quadro 1 – Implicações do ciclo de vida do produto para a estratégia de marketing

Dimensão da

estratégia Introdução Crescimento Maturidade Declínio

Objetivos básicos

Estabelecer um

mercado para o tipo

de produto;

persuadir adotantes

iniciais a comprá-lo.

Aumentar vendas e

participação de

mercado;

desenvolver

preferência pela

marca.

Defender a

participação de

mercado da marca;

procurar

crescimento

atraindo clientes

dos concorrentes.

Limitar os custos ou

procurar maneiras

de reativar as

vendas e os lucros.

Produto

Proporcionar alta

qualidade;

selecionar uma boa

marca; obter

proteção por

patente ou marca

registrada.

Proporcionar alta

qualidade;

acrescentar

serviços para

aumentar o valor.

Melhorar a

qualidade;

acrescentar

recursos para

distinguir a marca

dos concorrentes.

Continuar

oferecendo alta

qualidade para

manter a reputação

da marca; procurar

maneiras de tornar

o produto novo

outra vez.

Preço

Geralmente alto,

para recuperar os

custos de

desenvolvimento; às

vezes baixo, para

construir demanda

rapidamente.

Um pouco alto por

causa da alta

demanda.

Baixo, refletindo a

intensa

concorrência.

Baixo, para vender

o que resta do

estoque, ou alto,

para servir um

mercado de nicho.

Distribuição Número limitado de

canais.

Número maior de

canais para atender

a demanda.

Número maior de

canais e mais

incentivos para os

revendedores.

Número limitado de

canais.

Promoção

Voltada para os

adotantes iniciais;

mensagens

destinadas a instruir

sobre o tipo de

produto; incentivos

como amostras e

cupons de desconto

para induzir a

experimentação.

Voltada para

públicos mais

amplos; mensagens

centram-se nos

benefícios da

marca; para

produtos de

consumo, ênfase

em propaganda.

Mensagens

centram-se em

diferenciar a marca

dos concorrentes;

grande uso de

incentivos com

cupons de

descontos para

induzir os

compradores a

mudar de marca.

Mínima, para

manter os custos

baixos.

Fonte: Adaptado de Churchill e Peter (2000).

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Com isso, nota-se que a percepção, o bom entendimento e o

acompanhamento do ciclo de vida do produto são essenciais para que os gestores

de marketing possam agir de acordo com a situação atual em que o produto se

encontra no mercado, para assim utilizar estratégias que diminuam ao máximo a

perda do lucro referente ao produto em declínio.

2.2.2 Preço

O preço é uma variável muito importante na tomada de decisão e refere-se a

quanto vai ser pago pelo bem ou serviço.

Churchill e Peter (2000, p. 20) conceituam preço como sendo a “quantidade

de dinheiro ou outros recursos que os profissionais de marketing pedem por aquilo

que oferecem”.

Em abordagem semelhante, Sandhusen (1998, p. 375) sustenta que o preço,

tanto da visão do comprador quanto do vendedor, é o valor da troca de um produto.

De forma mais abrangente, Rocha e Christensen (1992, p. 134) apontam

que:

o preço define as condições básicas pelas quais o vendedor e o comprador estão dispostos a realizar a troca. Sob o ponto de vista da empresa, o preço pode ser visto como a compensação recebida pelos produtos e serviços que oferece ao mercado. Sob o ponto de vista do comprador, o preço expressa aquilo que ele está disposto a pagar para obter o produto ou serviço em questão.

Kotler e Armstrong (2003, p. 263) relatam que o preço é o quanto se cobra

por um produto ou serviço. É a soma dos valores que os clientes pagam pela

obtenção de determinado produto ou serviço. Por muitos anos o preço foi o fator

determinante na decisão de compra, e hoje ele ainda continua sendo para as

classes menos favorecidas e para commodities.

Em perspectiva similar, Cobra (1997, p. 229) evidencia que o preço ainda é

o fator decisivo de compra em alguns mercados. Em complemento a esta posição,

Las Casas (1997, p. 192) salienta que os consumidores têm várias necessidades e

desejos, mas muitas vezes não possuem condições financeiras para supri-las.

Sendo assim, o preço acaba por tornar-se o fator mais importante e,

consequentemente, decisivo na hora da compra. O autor (1997) ainda ressalta que o

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produto só será adquirido pelo consumidor se o preço justificar o seu nível de

satisfação.

O que difere o preço das outras variáveis do composto mercadológico é o

fato de que este gera receitas, enquanto todos os outros geram custos. As empresas

tentam, ao máximo, elevar seus preços até o nível de diferenciação permitida, com o

intuito de alcançar lucros mais elevados (KOTLER, 1999, p. 129).

Cabe evidenciar que deve-se despender uma importância particular para a

decisão do preço, pois esta variável influencia diretamente no volume das vendas e

no lucro da empresa (MCCARTHY; PERREAULT, 1997, p. 273).

Na mesma linha, Bonne e Kurtz (2009, p. 648) ressaltam que o preço

influencia no número de vendas, determinando a receita da empresa e os lucros

obtidos. “O preço influencia, e é influenciado, por outros elementos do mix de

marketing”. Toda decisão tomada referente a produto, praça ou distribuição, causam

impacto no preço de um serviço ou produto.

Complementando, Kotler e Armstrong (1998, p. 236) consideram o preço o

elemento mais flexível do composto mercadológico, podendo ser mudado a qualquer

momento. Mas, por outro lado, também citam o “apreçamento” como sendo um dos

principais problemas dos profissionais de marketing.

Diante disso, pode-se perceber que o preço é uma variável muito importante

na decisão de compra do consumidor, devem-se considerar todos os custos

agregados antes da decisão de preço, mas o preço cobrado deve sempre ser justo,

para que o consumidor esteja disposto a pagar.

2.2.2.1 Determinação de preço

A determinação do preço influencia diretamente no êxito no negócio; é

importante avaliar todos os fatores envolvidos antes de determinar o preço que será

cobrado.

Segundo Kotler (1995, p. 296), todas as instituições que objetivam o lucro, e

muitas que não objetivam, enfrentam a tarefa de determinar o preço de seus

serviços e produtos. O preço pode ser tratado por diferentes nomes: tarifas,

aluguéis, anuidades, avaliações, ou simplesmente, preço.

O autor (1995) coloca que a determinação do preço pode ser um problema

em quatro situações: quando o preço é determinado pela primeira vez, isso acontece

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quando a empresa adquire ou desenvolve um novo produto, ou quando atinge novas

dimensões de distribuição; quando as circunstâncias levam a empresa a considerar

a possibilidade de uma alteração no preço, isso ocorre quando a organização

repensa se o seu preço está condizente com a demanda e com os custos, ou

quando ela faz mudanças a fim de estimular o aumento nas vendas; quando a

concorrência inicia uma mudança de preço, nessa situação a empresa precisa

decidir se altera seu preço e em quanto; quando a empresa produz diversos

produtos que possuem demandas e/ou custos inter-relacionados, o problema está

em encontrar uma relação de preços balanceada para os produtos da linha.

As decisões de preço adotadas por uma organização são influenciadas tanto

pelos fatores externos quanto pelos internos (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). As

empresas determinam o preço baseadas em uma estrutura de determinação que

engloba itens de diferentes linhas. Muitas vezes, a determinação de preços muda à

medida que o produto avança em seu ciclo de vida, os autores (2003), consideram o

estágio da introdução o mais desafiador, pois nele as empresas apresentam um

novo produto e tem o desafio de estabelecer o preço pela primeira vez, podendo

optar pela determinação de preços de desnatamento, onde as empresas

estabelecem preços altos para segmentar o mercado, ou pela determinação de

preços de penetração de mercado, onde estabelecem preços baixos com o intuito de

entrar rápido e profundamente no mercado, atraindo um grande número de

compradores e conquistando grande participação de mercado.

De forma mais abrangente, Churchill e Peter (2000, p, 314-325) evidenciam

que o preço é parte do custo total que os consumidores pagam em uma troca. Os

autores (2000) apontam que o preço desempenha dois papéis importantes no

composto mercadológico: se a compra será realizada, e o quanto de produtos será

comprado; se a comercialização dos produtos será, satisfatoriamente, lucrativa. Para

a determinação do preço apropriado aos produtos, os gestores de marketing podem

utilizar conceitos econômicos como curvas de demanda e análise marginal. As

curvas de demanda são usadas para testar a demanda em vários níveis de preço,

cada produto tem sua própria curva. Diversos fatores influenciam no “traçado” dessa

curva, como o ciclo de vida do produto, a estimativa da demanda, fatores

demográficos, fatores psicológicos, elasticidade-preço, estimativa da recita, receita

total, receita média e receita marginal. A análise marginal é uma técnica para

descobrir “os maiores lucros possíveis medindo o efeito econômico de produzir e

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vender cada unidade adicional de produto”. Essa análise considera os preços

baseados no custo, baseados na concorrência e baseados no valor para o cliente.

Visto isso, torna-se necessário que os profissionais de marketing abordem as

decisões de preços de diversas maneiras, utilizando todas as técnicas na obtenção

do preço mais lucrativo para a empresa.

2.2.3 Praça

Praça é o processo de levar os produtos até o ponto de venda, ou seja, é a

forma mais acessível que as empresas encontram de levar seus produtos até os

clientes.

Segundo Kotler e Armstrong (1998, p. 31), a variável praça “[...] envolve as

atividades da empresa que tornam o produto disponível para os consumidores”.

Outro conceito, defendido por Sandhusen (1998, p. 337) afirma que “canais

de distribuição são definidos como os indivíduos e organizações, chamados de

intermediários, usados para que os produtos cheguem do produtor ao consumidor”.

Ainda o autor (1998) comenta que o canal de distribuição serve para levar os

produtos até o mercado.

Em perspectiva similar, Guilhon (1998) sustenta que praça pode ser percebida

como a maneira de distribuição que será utilizada por uma organização para que

seu produto alcance o consumidor-alvo. O autor (1998) salienta que quando o

produto está pronto, surge a dúvida de como fazê-lo chegar ao cliente, surgem então

os intermediários.

De forma mais abrangente, Cobra (1997, p. 250) complementa:

o canal ou via de distribuição é um composto de um número de organizações ou indivíduos que se encarregam de levar o produto ou serviço ao local onde o comprador potencial se encontra, em tempo e momento convenientes a esses compradores e em condições de transferir a posse.

Cobra (1997, p. 29) menciona que o produto só será útil se estiver disposto

junto ao mercado consumidor, e que a escolha do canal de distribuição deve,

sempre, estar relacionado com o ponto.

Em complemento a esta posição, Kotler (1999, p. 133) menciona que “cada

fornecedor deve decidir como tornar suas mercadorias disponíveis ao mercado-

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33

alvo”. O autor (1999) evidencia que duas escolhas são colocadas a disposição: uma

é vender o bem diretamente e a outra é vender através de intermediários.

Las Casas (2006, p. 212) aponta que para assegurar as vendas, é necessário

que exista uma forma competente de dirigir os produtos até os consumidores finais,

pois estes exigem e estão acostumados a comprar os produtos que desejam em

locais acessíveis e convenientes para eles. O autor (2006) enfatiza que “através do

sistema de distribuição o marketing proporciona utilidade de lugar e de tempo”.

Salienta também, que se esse sistema de distribuição deve ser determinado por um

administrador e que fará parte “do pacote de utilidade ou satisfações que os

consumidores receberão com a compra do produto”.

Com isso, entende-se que não basta oferecer um bom produto, com bom

preço, é fundamental que a empresa apresente o produto no local adequado, para

que o cliente não tenha que procurar para encontrá-lo, o importante é que ele esteja

disponível no lugar que o consumidor considerar conveniente.

2.2.4 Promoção

Promoção é o elemento do composto de marketing utilizado para informar aos

potenciais clientes, e aos já clientes, sobre os produtos e serviços que a empresa

oferece. E através dessa divulgação, a promoção passa a ser, a ferramenta mais

percebível pelos consumidores dentro do composto mercadológico.

Segundo Kotler (1999, p. 136), “o quarto P, promoção, cobre todas aquelas

ferramentas de comunicação que fazem chegar uma mensagem ao público-alvo”.

Uma outra visão exposta por Boone e Kurtz (2009, p. 55) demonstra que a

promoção “[...] é o elo entre vendedores e compradores”. As empresas empregam

várias formas de comunicação para divulgar seus produtos, serviços e ideias. Os

autores (2009) sustentam que a comunicação pode ser transmitida de forma direta,

quando intermediada por vendedores; e de forma indireta, por meio de propagandas

e promoções.

De forma mais enxuta, Churchill e Peter (2000, p. 20) apontam que a

promoção “[...] refere-se a como os profissionais de marketing informam, convencem

e lembram os clientes sobre produtos e serviços”.

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Complementando, Sandhusen (1998, p. 422) afirma que a promoção trata-se

da comunicação da informação realizada pelo vendedor para influenciar nas atitudes

e no comportamento dos potenciais clientes.

Na mesma linha, Las Casas (2006, p. 240) relaciona promoção, diretamente

com comunicação. Menciona ainda, que o dirigente de marketing é o responsável

por informar os consumidores-alvo, através das diversas maneiras existentes, sobre

seus produtos, serviços, ou concepção da própria imagem da organização.

De forma mais abrangente, Churchill e Peter (2005) defendem que o

composto de promoção ou mix de comunicação combina quatro elementos

diferentes para criar a tática geral da comunicação de marketing: propaganda,

promoção de vendas, vendas pessoais e publicidade.

Propaganda: qualquer manifesto ou comunicação convincente, difundida

nos meios de comunicação de massa em tempo e espaço pago ou doado

por uma pessoa, empresa ou organização. É feita através da televisão,

rádio, imprensa escrita, marketing direto, dentre outros.

Promoção de vendas: é a força de marketing de mídia ou não mídia

praticada durante um período predeterminado e limitado de tempo ao

nível do consumidor, ou varejista ou atacadista, seja para estimular a

experiência, aumentar a demanda ou melhorar a disponibilidade do

produto. A promoção de vendas normalmente ocorre em conjunto com a

propaganda ou a venda pessoal.

Venda pessoal: envolve interação particular com o cliente. Permite o

feedback imediato e admite ao profissional de marketing ajustar as

comunicações para satisfazer as necessidades da situação. Geralmente,

ela custa mais caro que outros tipos de comunicações de marketing, pois

personaliza a comunicação.

Publicidade ou relações públicas: é comunicação gratuita de informações

sobre a empresa, o produto ou serviço, normalmente em alguma forma

de mídia. Alguns exemplos são: reportagens noticiosas sobre novos

produtos ou sucessos e fracassos de empresas. Nesse caso, os

profissionais de marketing possuem pouco ou nenhum controle sobre o

que é dito e sobre a recepção das informações pelo consumidor.

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35

Com isso, percebe-se que a promoção é o composto do mix de marketing

responsável por informar aos clientes-alvo sobre os produtos e serviços, e ainda

sobre as ideias da empresa, sendo de extrema importância, pois, como dizia um

saudoso humorista brasileiro “quem não se comunica, se trumbica”.

Figura 1 - Os 4Ps do mix de marketing

Fonte: Adaptado de Kotler e Armstrong (2003)

2.3 AMBIENTE DE MARKETING

Conhecer e monitorar o ambiente é fundamental para a empresa, pois desse

modo ela estará ciente do que está ocorrendo a sua volta, e poderá se antecipar e

até prever acontecimentos.

Churcill e Peter (2000, p. 26) definem a análise ambiental como o exercício de

rastrear as modificações no ambiente que possam comprometer uma empresa e

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36

seus mercados. Os autores (2000) destacam que a análise do ambiente envolve a

percepção de mudanças que levam ameaças ou oportunidades a uma organização.

Em outra linha, Boone e Kurtz (2009, p. 86) apontam que os gestores de

marketing precisam analisar, continuamente, as evoluções e tendências no ambiente

do negócio. O autor (2009) ainda destaca que:

a análise do ambiente é o processo de coletar informações relativas ao ambiente externo e interno de marketing para identificar e interpretar tendências. O objetivo é examinar as informações e decidir se essas tendências representam oportunidades importantes ou se apresentam grandes ameaças à empresa. A empresa pode então determinar a melhor reação a uma mudança ambiental específica.

Complementando esta posição, McCarthy e Perreault (1997, p. 80) enfatizam

que conhecer o ambiente de marketing é bastante importante para a avaliação de

oportunidades. Colocam, também, que o profissional de marketing é que escolhe as

variáveis estratégicas dentro da estrutura do ambiente de marketing, e analisa como

essa estrutura está se modificando.

As forças ambientais ligadas entre si e em modificações constantes, podem

apresentar oportunidades e ameaças, influenciando a competência do gestor de

marketing no desenvolvimento e manutenção de transações produtivas com o

público-alvo. O gerente de marketing tem dificuldade em controlar essas forças do

ambiente, o que está ao seu alcance é entender, calcular sua direção e intensidade,

e reagir, manipulando as variáveis do composto mercadológico (SANDHUSEN,

1998).

Corroborando com essa afirmação, Urdan e Urdan (2010, p. 120) destacam

que cada organização atua em um ambiente e que os fatores existentes no

ambiente podem auxiliar, dificultar ou influenciar, de algum modo. Os autores (2010)

salientam que as empresas são institutos abertos ao ambiente, e estabelecem

relações com ele, como condição para sobreviver. Ressalta-se que seria menos

complexo administrar sem a influência das mudanças, oportunidades e ameaças

que o ambiente proporciona, e mesmo que um gestor de marketing apresente

características compatíveis a ele, como inovação e criatividade, ele está sujeito aos

acontecimentos do ambiente para poder agir. Então, nota-se que a sobrevivência da

organização depende da análise, formulação e implementação de estratégias

compatíveis com os recursos da empresa e com o ambiente que ela está inserida,

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37

por parte do profissional de marketing, que deve ter condições de trabalhar com um

ambiente em constante mutação.

Convém enfatizar que, de acordo com Kotler e Armstrong (2003), o ambiente

mercadológico é composto de um microambiente e de um macroambiente, que

podem tanto trazer facilidades quanto dificuldades para as organizações.

2.3.1 Macroambiente

O macroambiente é composto pelo ambiente externo da organização, onde

estão localizadas as oportunidades e ameaças e, apesar de incontrolável, se bem

observado, pode representar o diferencial competitivo de uma empresa.

Sandhusen (1998, p. 47) define o macroambiente como sendo “as grandes

forças econômicas, demográficas, socioculturais, político-legais, competitivas e

tecnológicas que afetam o microambiente da organização”.

Outra perspectiva, apontada por Kotler (1999, p. 100) defende que muitas

oportunidades surgem no macroambiente que encontra-se em constante mudança;

e que as empresas precisam estar atentas à essas mutações. Coloca, ainda, que os

profissionais de marketing devem dedicar atenção constante ao que ocorre em cada

um dos principais componentes do macroambiente.

O autor (1996) ainda destaca que o ambiente de marketing encontra-se

constantemente apresentando novas oportunidades e ameaças, e que o

monitoramento e a adaptação são fundamentais para a sobrevivência de uma

organização. Desse modo, se o macroambiente for analisado sistematicamente, os

gestores de marketing conseguem realizar estratégias que atendam os novos

desafios e oportunidades do mercado.

Na mesma concepção, Churchill e Peter (2000, p. 26) sustentam que os

gestores de marketing precisam analisar todas as situações do ambiente externo da

organização. As informações colhidas nessa análise podem auxiliar os profissionais

a perceber oportunidades e usá-las para atender melhor seus mercados. Do mesmo

modo, as ameaças também podem ser notadas nessa averiguação do ambiente

externo, podendo assim ser feito uma revisão em suas estratégias de vantagem

competitiva, de sobrevivência e de crescimento.

Complementando, Crocco et al. (2010, p. 53) destaca que:

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38

o macroambiente pode ser entendido operacionalmente como o conjunto de forças e tendências que afetam ou influenciam os mercados e, por consequência, as relações entre os agentes presentes no microambiente e suas regras competitivas. Como não oferecem [...] alternativas de controle [...], resta às organizações, monitorar e considerar os movimentos dessas variáveis, em curso ou projetados, nas suas estratégias ou na revisão delas.

Ressalta-se que as forças do macroambiente afetam a estrutura, o

comportamento e o desempenho dos princípios de marketing da organização. Essas

forças geram forte impacto nas empresas, e são causadas por “fatores

incontroláveis”, podendo a empresa adaptar-se através do emprego dos “fatores

controláveis”, que são o seu composto mercadológico (KOTLER, 1996).

2.3.1.1 Ambiente demográfico

O ambiente demográfico é “a primeira força ambiental a se monitorar [...]”

(KOTLER, 1996, p. 146). A população representa os clientes, e estes representam o

mercado. É importante que a empresa esteja atenta ao tamanho da população, sua

distribuição, sua composição étnica, renda, para assim poder planejar melhor suas

estratégias de marketing.

Na mesma linha, Kotler e Armstrong (2003, p. 65) mencionam que o ambiente

demográfico merece bastante atenção dos gestores de marketing, visto que estuda

a população humana, seu tamanho, idade, sexo, densidade, entre outros. População

essa que se encontra em constante crescimento, o que significa o aumento das

necessidades e das oportunidades de mercado também. O mercado deve ser

acompanhado e as mudanças monitoradas por profissionais capacitados a reagirem

ás novas tendências em seus negócios.

Kotler (1996, p. 146-148) aponta sete características como de análise

fundamental no ambiente demográfico. O crescimento explosivo da população

mundial: este fato pode representar um problema, pois os recursos da Terra podem

não suprir tantas necessidades, e o aumento populacional pode sugar os recursos

do povo. As pessoas usam seu dinheiro para se alimentar e as necessidades que

não são primárias ficam em segundo plano; o composto etário da população

determina as necessidades: cada grupo etário tem um conjunto específico de

produtos e serviços preferidos, e cada região, ou País, apresenta população com

idades muito dispersas, como o México que apresenta uma população muito jovem,

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e o Japão, que possui habitantes em sua maioria adultos e idosos; mercados

étnicos: o multicuturalismo dominou o mundo, pessoas fixando residência em países

estrangeiros, levam consigo seus gostos, desejos e necessidades, por isso é

importante que as organizações estejam atentas á essa questão étnica para

direcionarem seus produtos e serviços aos mais variados grupos; grupos

educacionais: geralmente, os desejos e necessidades de uma pessoa estão ligados

ao seu grau de instrução, cidadãos que estudaram mais, consumirão mais e serão

mais exigentes, então, é importante investir na educação da população; padrões de

moradia: o estilo de moradia não-tradicional vem crescendo em ritmo acelerado,

pessoas morando sozinhas, casais sem filhos, esse é o novo público que apresenta

necessidades específicas e que as empresas precisam considerar; mudanças

geográficas da população: de acordo com o ambiente em que vivem, as pessoas

adquirem gostos e preferências, é necessário que estes detalhes sejam percebidos

e que os profissionais de marketing atinjam esse público separado pelo estilo de

vida; mudança de um mercado de massa para micromercados: todas esses

aspectos abordados anteriormente constituem o novo mercado de consumo,

diferenciados por idade, educação, estilo de vida, eles apresentam fortes

preferências e características de consumo, eles constituem o micromercado, ações

de marketing voltadas especificamente para cada público, essa é a aposta das

empresas atualmente.

Cabe evidenciar que as variáveis demográficas implicam no planejamento

estratégico das empresas. Mudanças no hábito de compras dos clientes, no estilo de

vida, no grau de instrução, influenciam nas táticas de longo prazo das organizações.

As atitudes dos profissionais de marketing devem estar de acordo com essas

alterações, para que a formulação de planos estratégicos esteja corretamente

direcionada a esse constantemente mutável ambiente demográfico (LAS CASAS,

2001).

2.3.1.2 Ambiente econômico

Os fatores econômicos comprometem as determinações de marketing e a

capacidade de aquisição dos consumidores.

Verifica-se, nessa perspectiva, que o ambiente econômico é formado de

fatores que influenciam “o poder de compra e o padrão de consumo das pessoas”.

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Os países oscilam em relação ao nível e a distribuição de renda, alguns possuem

economia de subsistência, oferecendo poucas oportunidades de mercado; outros

possuem economia industrial, com um mercado rico e diversificado. Cabe aos

profissionais de marketing identificar as principais tendências e o padrão de

consumo dos consumidores dos variados mercados mundiais (KOTLER E

ARMSTRONG, 2003).

De forma mais abrangente, Las Casas (2001) sustenta que a economia

influencia as atitudes de marketing, onde em um momento de recessão os

consumidores reduzem seus gastos, e em um momento de economia estável, os

negócios se reativam e os gastos voltam a impulsionar o setor produtivo.

Para Churchill e Peter (2000, p. 28), o ambiente econômico no marketing vai

mais além, engloba a economia como um todo, relacionando-se com ciclos de

negócio, com questões referentes à renda dos consumidores e com seus padrões

de gastos também. Os autores (2000) revelam que é a economia que dita o ritmo

para o marketing, se a economia estiver lenta, os gestores de marketing precisam

conhecer melhor os clientes para assim, gerar um valor maior para eles.

Boone e Kurtz (2009, p. 94), evidenciam que

o ambiente econômico do marketing consiste em forças que influenciam o poder de compra do consumidor e as estratégias de marketing. Elas incluem o estágio do ciclo do negócio, a inflação e a deflação, o desemprego, a receita e a disponibilidade de recursos.

Em linha semelhante, Kotler (1996, p. 148) expõe que mercados necessitam

de indivíduos que possuam poder de compra. O aquecimento do mercado depende

da economia, que inclui a renda atual, preços, poupanças e disponibilidade de

crédito.

Em complemento a esta posição, Sandhusen (2000, p, 52) destaca que o

desenvolvimento e as tendências econômicas, sejam a nível nacional ou

internacional, afetam o planejamento de marketing. Comprometem a capacidade e a

disposição dos indivíduos em adquirir produtos, quando os juros e a inflação estão

altos, quando cresce o número de desemprego, podando assim, a expansão

econômica e diminuindo a renda disponível. É importante também que os

profissionais de marketing estejam vigilantes as tendências de demanda, que

tendem a formar climas competitivos.

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41

Kotler (1995, p. 69) enfatiza que os “homens de negócio” devem atentar ao

que está acontecendo na economia para então projetarem seus planos.

2.3.1.3 Ambiente físico-natural

“O ambiente natural envolve os recursos naturais disponíveis para a

organização ou afetados por ela” (CHURCHILL; PETER, p. 43). Isso inclui a água, o

ar, as plantas, os animais, os minerais, mesmo que não sejam utilizados pela

empresa na produção de seus bens e serviços. O clima influencia a disposição no

fornecimento de bens e serviços, do mesmo modo que as atividades da empresa

afetam o ambiente, diminuindo ou aumentando a poluição, gastando ou repondo

recursos.

Na mesma concepção, Kotler e Armstrong (2003, p. 73) definem que o

ambiente físico-natural compreende os recursos naturais usados na fabricação de

bens e serviços pelas organizações, ou que simplesmente são afetados pelas

atividades de marketing. Há alguns anos, surgiu uma preocupação muito grande

com o meio ambiente, devido à constante poluição do ar e da água, a destruição da

camada de ozônio e o aquecimento da Terra; essa é uma questão mundial que

envolve empresas e consumidores de todos os países. Então, os gestores de

marketing precisam estar atentos as tendências do ambiente físico-natural. Os

autores (2003) destacam que a primeira tendência está relacionada à escassez de

matérias-primas, a poluição do ar já assusta em grandes cidades, a falta de água já

é uma triste realidade em muitas partes do mundo. Recursos renováveis, como as

florestas, devem ser preservados, e recursos não renováveis, como petróleo e

outros minerais enfrentam aumento de custos. A segunda tendência é o aumento da

poluição, devido à intensa atividade industrial, e o incorreto destino dado aos lixos

químicos e nucleares. A terceira tendência está relacionada com o aumento da

intervenção do governo na administração dos recursos naturais, com políticas de

qualidade ambiental, mas essas políticas existem e são exigências apenas em

alguns locais, enquanto os outros continuam poluindo, e poluindo cada vez mais.

Cabe às próprias organizações assumirem sua parte na responsabilidade social e na

criação de métodos menos poluentes.

Para Kotler (1996, p. 149) a degradação do meio ambiente é um dos

principais fatores enfrentados pelas empresas e pela população nos últimos anos, e

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será de grande apreensão para os próximos. É necessário que as organizações

estejam conscientes e que os profissionais de marketing sejam capacitados para

lidar com as ameaças e as oportunidades que virão associadas à escassez de

matéria-prima, ao custo de energia crescente, aos níveis crescentes de poluição e a

mudança do papel dos governos em relação à proteção ambiental.

2.3.1.4 Ambiente tecnológico

“O conhecimento científico, a pesquisa, as invenções e as inovações que

resultem em bens e serviços novos ou aperfeiçoados constituem o ambiente

tecnológico de marketing” (CHURCHILL; PETER, 2000, p. 45). O desenvolvimento

da tecnologia oferece importantes chances para aperfeiçoar o valor que as

empresas oferecem aos clientes.

Na mesma linha, Boone e Kurtz (2009, p. 97) apontam que o ambiente

tecnológico representa o emprego do conhecimento das inovações, invenções e

ciências ao marketing. A tecnologia revoluciona o ambiente de marketing, leva novos

produtos e serviços até o cliente, e às vezes, até diminui o preço por meio de novas

tecnologias e métodos de produção.

Complementando, Urdan e Urdan (2010, p. 138) colocam que a tecnologia

engloba um “saber sistematizado”, direcionado à aplicação, no modo de conduzir

processos, de produzir produtos e executar serviços. Os avanços tecnológicos,

segundo os autores (2010), podem trazer benefícios e limitações.

Cabe evidenciar que a tecnologia atinge o marketing de duas formas.

Primeiramente, afeta os padrões e estilos de vida, criando produtos que refletem

esses padrões. A segunda maneira é através do que provoca nos elementos do

composto mercadológico, pois produz novos produtos, novas maneiras de fazer e

entregar (SANDHUSEN, 2000).

Para Kotler e Armstrong (2003, p. 74) o ambiente tecnológico constitui a força

mais importante que molda o destino da humanidade. Os autores (2003) destacam

que o ambiente tecnológico se modifica constantemente, e que essas modificações

provocam novas oportunidades e a abertura de novos mercados. Diante disso, os

profissionais de marketing precisam acompanhar atentamente o ambiente

tecnológico, para não terem seus produtos desatualizados e não deixarem de

aproveitar as oportunidades de mercado.

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2.3.1.5 Ambiente político-legal

Segundo Churchill e Peter (2000, p. 31), uma empresa não segue

somente suas próprias regras. Ela precisa atender aos clientes e ao governo, que

estão dentro do seu grupo de interesse, obedecendo a regulamentos federais,

estaduais e municipais. O ambiente constituído por essas forças reguladoras

denomina-se “ambiente político – legal”.

Neste ambiente, os negócios de uma organização no mercado são

regulados por leis e normas que a sociedade, representada pelos políticos,

estabelece, e deseja ver cumprida (URDAN; URDAN, 2010).

Neste sentido, Kotler e Armstrong (2003, p. 75) colocam que as

determinações de marketing são profundamente comprometidas pelos

acontecimentos no ambiente político. Esse ambiente consiste em “leis, órgãos

governamentais e grupos de pressão que afetam e limitam várias organizações e

indivíduos de determinada sociedade”. Os autores (2003) enfatizam que a maioria

dos profissionais concorda com essas leis regulamentadoras, e destacam que

quando são bem arquitetadas, aumentam a concorrência e garantem extensos

mercados para bens e serviços. Desse modo, o governo desenvolve esse conjunto

de leis e regulamentações que restringem o negócio para o bem de todos, e é difícil

encontrar alguma atividade de marketing que não esteja submetida a essa ampla

gama de normas.

Corroborando com essa afirmação, Churchill e Peter (2000, p. 31)

apontam que as regulamentações e leis afetam muitas atividades de marketing,

como teste de produtos, política de preços, embalagem, propaganda e venda para

menores. Observa-se que essa subordinação ao sistema pode tanto trazer

ameaças, limitando as atividades de marketing, quanto oportunidades, para as

empresas que fornecem bens e serviços, pois se mantendo dentro das leis as

organizações evitam processos e multas e ganham a confiança dos clientes. Os

autores (2000), ainda mencionam que é dever dos profissionais de marketing

estarem atualizados com todas as leis e regulamentações, em especial nas áreas

que pretendem fazer negócios, para saber como podem e devem agir.

Para Las Casas (2001) as alterações no governo são oriundas na

mudança no comportamento da nação. O autor (2001) confirma esta afirmação

comparando o desenvolvimento político do Brasil durante os últimos anos. No

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período de 1964 a 1980 os hábitos de consumo eram diversificados, a censura era

bastante severa e isso afetou diversos setores. A partir de 1985, uma nova república

instalou a liberdade democrática, o que admitiu a comercialização entre alguns

países, originou clientes mais conscientes e cultos. Nota-se então, que as

modificações no governo, alterando e criando leis e regulamentações, influenciam

diretamente na vida das pessoas e no ambiente de marketing.

De forma mais abrangente, Kotler (1995, p. 69-70) menciona que, cada

vez mais, as políticas governamentais afetam as decisões de marketing; as maiorias

dos países estão regulando suas economias. Esses regulamentos, segundo o autor

(1995), acontecem por três motivos: o primeiro é para “proteger os homens de

negócios uns dos outros”, pois esses exaltam a concorrência, mas quando se vêem

ameaçados nem sempre são leais; o segundo é para “proteger os consumidores dos

homens de negócios”, que para seguir no mercado, utilizam práticas traiçoeiras,

como adulterar produtos, ludibriar através de propagandas; o terceiro é para

“proteger os mais altos interesses da sociedade contra o comportamento

desenfreado dos negócios”, porque algumas empresas, obcecadas pelo lucro,

utilizam ações para fabricarem e comercializarem seus produtos e serviços que

agridem o meio ambiente de forma brutal.

Sendo assim, percebe-se que o profissional de marketing deve observar

todas as situações antes de definir seu projeto de marketing.

2.3.1.6 Ambiente sócio-cultural

O ambiente sócio – cultural de marketing é formado pelos indivíduos de

uma sociedade e seus valores, comportamentos e crenças (CHURCHILL; PETER,

2000).

É constituído também, segundo Kotler e Armstrong (2003, p. 76), por

instituições e outras forças que afetam esses valores, preferências, percepções e

comportamentos básicos de uma coletividade. As pessoas nascem e se

desenvolvem dentro de determinada sociedade que adapta seus valores e crenças,

criam ali uma visão de mundo que irá definir seu relacionamento com as outras

pessoas.

Na mesma linha, Urdan e Urdan (2010, p. 129), colocam que o ambiente

cultural corresponde a fatores e tendências relacionadas à como as pessoas se

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comportam, vivem e se relacionam com a sociedade. Os autores (2010) apresentam

alguns quesitos que repercutam sobre o marketing, como a preocupação com a

violência, aspirações e sonhos de consumo, consumo saudável e vaidade feminina.

Complementado, Churchill e Peter (2000, p. 37) apontam que os gestores

de marketing apresentam o ambiente social de acordo com quem são as pessoas e

com características de sua cultura. Sustentam ainda, que alterações nesse ambiente

podem representar novas oportunidades ou desafios aos profissionais de marketing.

Ressalta-se que, diversos fatores devem ser considerados ao analisar esse

ambiente: tendências demográficas (diversidade da população, tendências globais);

responsabilidade social e ética (responsabilidade social, questões éticas em

marketing, questões de produto, questões de preço, questões de distribuição,

questões de promoção).

Cabe evidenciar que:

as forças do ambiente sociocultural são de interesse dos planejadores de marketing porque formam modelos de atitude e de comportamento dos mercados-alvo e determinam como os membros desses mercados responderão às variáveis do composto de marketing. De especial interesse são os valores culturais secundários e as subculturas que adotam esses valores – por exemplo, a subcultura dos yuppies adotando valores de forma física. Esses valores

secundários são muito menos persistentes do que os valores centrais dos quais surgem, e devem ser cuidadosamente monitorizados, para identificar novas ameaças e oportunidades no mercado (SANDHUSEN, 2000).

Diante disso, percebe-se que o ambiente cultural mostra “tendências ao longo

prazo em relação à auto-suficiência, gratificação imediata e uma orientação mais

secular” (KOTLER, 1996, p. 159). Então, cabe aos profissionais de marketing se

adequarem ao ambiente sociocultural e utilizarem essas novas tendências

ambientais para melhorarem suas estratégias e obter maior sucesso no seu

negócio.

2.3.2 Microambiente

O microambiente de marketing é formado por fatores que influenciam no

desempenho das atividades da empresa, interferindo no seu funcionamento e

determinando sua sobrevivência ou não no mercado.

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Kotler e Armstrong (2003, p. 61) apontam que a função da administração de

marketing é atrair consumidores e estabelecer relacionamentos, criando valor e

satisfação aos clientes. Para isso, os profissionais de marketing contam com outros

participantes, que constituem o microambiente da organização, que são os demais

departamentos da organização, clientes, concorrentes, intermediários de marketing,

fornecedores e vários outros públicos que se juntam para formar o “sistema de

entrega de valor da empresa”.

Para Sandhusen (1998) o microambiente está relacionado às forças do

ambiente imediato da empresa, afetando o ambiente mercadológico,

compreendendo a missão, os objetivos e as políticas da organização, além de

fornecedores, clientes, intermediários de marketing e o público almejado e o não

almejado.

Na mesma linha, Crocco et al. (2010, p. 50) enfatiza que o foco do

microambiente são as forças que interagem com a empresa, e o diagnóstico deve

ser feito para analisar a intensidade dessas forças.

Cabe evidenciar que as forças microambientais são formadas pelas forças

macroambientais, e estão mais próximas e tangíveis que elas, além de mais

sensíveis ao desenvolvimento e aplicação de planos estratégicos e mais possíveis

de serem controladas. Em um planejamento de marketing, por exemplo, deve-se

considerar as missões organizacionais, objetivos, políticas, procedimentos e

conflitos que aparecem durante o planejamento. São consideradas outras forças

como clientes, fornecedores e intermediários de marketing, e o público. E todas

essas forças, por estarem mais juntas da empresa, tornam-se mais fáceis de serem

manipuladas (SANDHUSEN, 1998).

Corroborando com essa afirmação, Urdan e Urdan (2010, p.121) destacam

que o microambiente é composto por concorrentes, fornecedores e consumidores de

uma organização, e que por estarem mais próximas da empresa, aumenta a

capacidade de interferir e agir sobre elas.

2.3.2.1 Fornecedores

Os fornecedores formam uma ligação essencial no processo de entrega de

valor para o cliente da organização. Esse integrante do microambiente é

responsável por disponibilizar os recursos que a empresa necessita para produzir

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seus bens e serviços. Por isso, é muito importante que a relação entre empresa-

fornecedor seja a mais leal possível, pois atrasos na entrega, greves ou outros

acontecimentos podem afetar seriamente as vendas e consequentemente a

satisfação dos clientes (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Os responsáveis de

marketing devem observar as tendências de preços e matéria-prima para conseguir

uma boa negociação com seus fornecedores e não sofrer com alta de preços

repentina ou escassez de insumos.

Sandhusen (2000, p. 68) concorda com essa colocação e aponta que a

escolha do fornecedor envolve controle de qualidade e outras questões, sempre

atentos a planejamento de reservas, como falta de produtos e aumento de preços.

Em outra linha, Kotler (1995, p. 52) coloca que a empresa é um sistema de

transformação de recursos que converte mão-de-obra, matéria-prima, máquinas em

produtos úteis para venda. Esses recursos para transformação são obtidos através

de fornecedores, em meio à procura no mercado, comunicação, distribuição física e

transferência de propriedade. A organização precisa aprender como funcionam

esses mecanismos no mercado, aplicando conhecimentos de marketing para

conduzir corretamente suas negociações com fornecedores e comprar da maneira

mais lucrativa.

De forma mais abrangente, Cobra (1992) enfatiza que o comportamento dos

fornecedores precisa ser acompanhado constantemente, pois modificações no custo

afetam o preço final repassado ao consumidor, podendo haver redução no volume

de vendas. Outro fator essencial para ser observado atentamente é a qualidade dos

produtos que o fornecedor oferece, podendo repercutir negativamente para a

empresa, se a qualidade não for boa.

Cobra (1992, p. 126) conclui revelando que o “fornecedor deve ser visto

sempre como um concorrente potencial, pois a qualquer momento ele pode fazer

uma verticalização passando a fabricar e vender direto aos clientes da empresa e

assim entrar para valer no negócio da empresa”.

2.3.2.2 Clientes

Em um cenário em que cada vez mais as empresas disputam a preferência

de um mesmo cliente, tornou-se essencial a análise e o entendimento desse

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composto do microambiente para o sucesso e a permanência de uma organização

no mercado.

Desse modo, Kotler e Armstrong (2003, p. 63) sustentam que a empresa

necessita de um estudo detalhado do mercado onde seus clientes estão situados.

Os autores (2003) apontam cinco tipos de mercados de clientes:

Os mercados consumidores: são aqueles formados por pessoas e famílias

que adquirem bens e serviços para consumo pessoal;

Os mercados de negócios: são aqueles que compram bens e serviços

(matéria-prima) para processá-los ou utilizá-los em seu processo de

produção;

Os mercados revendedores: são os que compram bens e serviços para

revender, com margem de lucro;

Os mercados governamentais: são os formados por órgãos governamentais

que obtêm bens e serviços para utilizá-los na produção de serviços públicos

ou transferi-los a outros que necessitem;

Os mercados internacionais: são compostos por compradores de outros

países, onde fazem parte consumidores, produtores, revendedores e

governos.

Ressaltam ainda, os autores (2003), que cada tipo de mercado tem

características específicas e precisam de um atento estudo por parte dos

responsáveis de marketing.

Verifica-se, nessa perspectiva, a importância do conhecimento desses tipos

de mercado para a percepção de possíveis mercados-alvo. É essencial que cada um

desses tipos seja avaliado em termos de seu potencial de compra, para

posteriormente serem definidos em relação às suas características singulares que

interferem no processo de decisão da compra (SANDHUSEN, 2000).

Complementando, Crocco et al. (2010, p. 51) menciona que uma estruturação

em etapas para identificação e análise são fundamentais para a compreensão dos

aspectos mais importantes dos clientes. A análise sugerida pelos autores (2010)

compreende as seguintes perguntas: Quem compra? Para identificação do perfil do

comprador; O que quer na compra? Para conhecimento do produto ou serviço

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procurado; Onde compra? Para mapeamento dos locais ou formas de acesso

utilizados; Como compra? Para identificação da frequência e operação de compra;

Como usa o produto comprado? Para análise da relação produto-necessidade;

Quantos compram? Para saber o potencial/demanda de mercado.

Após essa análise referente ao cliente, a organização se encontra melhor

capacitada para a disputa nesse mercado super competitivo, podendo tomar

decisões mais precisas e seguras relacionadas a um de seus stakeholders mais

importantes: o cliente.

2.3.2.3 Concorrentes

Os concorrentes declarados e os potenciais são um importante elemento do

ambiente para qualquer gestor de marketing (CHURCHILL; PETER, 2000, p. 181).

Desse modo, Kotler e Amsrtrong (2003, p. 63) colocam que os profissionais

de marketing devem oferecer mais satisfação e valor aos clientes que seus

concorrentes, não bastando se adaptar as necessidades dos consumidores-alvo,

mas ganhando vantagem estratégica, se posicionando corretamente em relação aos

seus concorrentes. Os autores (2003) apontam que não há uma tática competitiva

de marketing ideal para todas as empresas. Cada organização deve considerar sua

posição no setor, seu tamanho e compará-los com seus concorrentes. Se não forem

bem elaboradas, as estratégias podem não trazer o retorno esperado, “empresas

pequenas podem desenvolver estratégias que lhe dêem taxas de retorno melhores

do que das grandes empresas”.

De forma mais abrangente, Las Casas (2006, p. 33) concorda que a

concorrência é um fator essencial a considerar. O autor (2006) enfatiza que existe,

além da concorrência de produtos, a concorrência a nível de empresas. Quanto mais

concorrentes entram no mercado, mais exigentes os clientes se tornam, e mais difícil

fica a permanência de empresas menos preparadas. No caso de haver muitos

concorrentes, e deles oferecerem produtos com qualidades e menor preço, algumas

organizações optam por aperfeiçoar seus métodos de produção, ou reduzem seus

preços, ou ainda importam ao invés de produzir. Uma opção apresentada pelo autor

(2006) para exercer certo controle sobre esta variável do ambiente de marketing,

seria a compra de concorrentes, elevando seu poder econômico, concentrando

recursos.

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Complementando, Kotler (1996, p. 202) menciona que com a intensificação

da competição as empresas precisam prestar muita atenção a seus concorrentes.

Conhecer os concorrentes é fundamental para um planejamento de marketing

eficaz. As empresas necessitam, constantemente, fazer a comparação de seus

produtos, preços, canais e promoções com seus concorrentes, principalmente os

diretos. Fazendo essa comparação a empresa poderá identificar onde se encontram

as vantagens e desvantagens competitivas, e aplicar estratégias mais precisas

sobre seus concorrentes, além de poder se preparar para defensivas contra seus

concorrentes. O autor (1996) sustenta que se a empresa conseguir responder a

cinco perguntas: Quem são os concorrentes? Quais são suas estratégias? Quais

seus objetivos? Quais suas forças e fraquezas? Quais seus padrões de reação?

Conseguirá, assim, utilizar essas informações para formular a melhorar estratégia de

marketing para a empresa.

Ainda Kotler (1995, p. 52-54) destaca que os concorrentes são os

componentes finais do sistema central de marketing. Os concorrentes são parte do

sistema central de marketing porque afetam na seleção dos objetivos de mercado da

organização, fornecedores e composto de marketing. O autor (1995) revela que há

três formas diferentes de concorrência. A concorrência genérica vem de outras

categorias de produtos que satisfaçam a mesma necessidade do consumidor, como

exemplo a bicicleta, seus concorrentes seriam motocicletas, ônibus, o ato de

caminhar; concorrência de forma de produto, que se refere a versões específicas do

produto, que podem concorrer entre si; concorrência empresarial, essa se refere a

organizações específicas, que produzem o mesmo produto ou serviço. É

fundamental que os profissionais de marketing conheçam todas as maneiras de

conduzir os clientes á satisfação almejada, para conseguirem vantagem sobre a

concorrência.

2.4 PONTOS FORTES E FRACOS

“Aproveitar uma oportunidade ou defender-se de uma ameaça depende,

acima de tudo, das condições em que uma empresa se encontra” (LAS CASAS,

2007, p. 67). O autor (2007) coloca que o ajuste dos elementos ambientais,

juntamente com a análise dos pontos fortes e fracos, é que determinará as reais

oportunidades e ameaças em certo período, por isso a importância de uma

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análise minuciosa dos pontos fortes e fracos da organização, antes da decisão de

estabelecimento dos objetivos e estratégias.

Las Casas (2007, p. 67) afirma que pontos fortes são fatores que demonstram

vantagem competitiva da organização, em relação aos seus concorrentes, ou ao

desenvolvimento de alguma atividade. O autor (2007) salienta que um ponto forte

da empresa pode ser seus recursos humanos ou financeiros, sua capacidade

diferenciada, domínio de alguma tecnologia, entre outros.

Na mesma linha, Crocco et al. (2010, p. 17) salienta que os pontos fortes

correspondem a variáveis controláveis, criando vantagem operacional para a

organização.

Em contraponto, Las Casas (2007, p. 67) aponta que os pontos fracos são

todos os fatores que influenciam negativamente na capacidade competitiva da

empresa. Então, uma oportunidade que aparece no mercado será aproveitada

pelas empresas que apresentarem uma maior vantagem sobre as demais.

Em perspectiva semelhante, Crocco et al. (2010, p. 17) evidencia que os

pontos fracos são variáveis controladas pela própria empresa, criando

desvantagem operacional. O autor (2010) observa que a concorrência entre as

organizações acontece no local onde apresentam alguma vulnerabilidade, ou

seja, em seus pontos fracos. Desse modo, as empresas utilizam seus pontos

fortes para atacarem os pontos fracos da concorrência.

Las Casas (2007, p. 68-70) sustenta que vários fatores devem ser

considerados para análise dos pontos fortes e fracos da organização, sempre

divididos por setores: marketing e distribuição; pesquisa e desenvolvimento e

engenharia; produção e administração de operação; recursos pessoais e

corporativos; finanças e contabilidade. Se uma análise criteriosa for feita, a

empresa poderá traçar suas metas com mais segurança.

2.5 OPORTUNIDADES E AMEAÇAS

Las Casas (2007, p. 57) menciona que as mudanças que ocorrem é que

constituem as ameaças e oportunidades nos ambientes de distintos setores. Às

vezes, as ameaças para alguns, podem representar oportunidades para outros.

O autor (2007) aponta que as empresas são como organismos vivos, existem

em função de seu ambiente externo e resistem devido à sua capacidade de

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adaptação ao meio. Há uma grande necessidade de adequação às condições

adversas que enfrentam, ou não suportarão as mudanças. Quando o ambiente se

modifica, geralmente é preciso uma reação, e essa reação parte de uma análise para

identificação das variáveis ambientais que rodeiam a organização.

As empresas recebem influências externas e se adaptam, desempenhando

também influência por suas estratégias e ações, formando assim o ambiente futuro.

Percebe-se então, a importância do monitoramento do ambiente, pois uma

organização só sobreviverá se analisar frequentemente seu ambiente e tomar as

devidas providências para sua sobrevivência (LAS CASAS, 2007).

Desse modo, Las Casas (2007, p. 58) observa que o ambiente de uma

empresa é formado por todos os fatores que interagem e interferem no seu

desempenho. As variáveis incontroláveis que compõem o ambiente da empresa são:

leis, economia, tecnologia, demografia, concorrência, entre outros. É necessário que

seja feito uma análise dessas variáveis para identificação das ameaças e

oportunidades para a empresa.

O autor (2007) ressalta que para analisar o ambiente e todas essas variáveis

a empresa precisa de informações, o correto é entrevistar pessoas através de

reuniões, consultarem revistas e jornais disponíveis no mercado. É interessante que

essas informações sejam armazenadas em banco de dados e que sejam coletados

por pessoas designadas e preparadas anteriormente. Cabe evidenciar que as

oportunidades e ameaças podem exigir solução de curto e longo prazo, de acordo

com o caso em questão. É importante que a organização esteja preparada para uma

ação imediata, frente a uma situação de urgência, já nas ocorrências mais

previsíveis, a ação poderá ser mais lenta e programada.

2.6 ESTRATÉGIAS DE MARKETING

Estratégias são planos utilizados pelos profissionais de marketing no alcance

dos objetivos de marketing.

Crocco et al. (2010, p. 72) conceitua estratégia como uma direção para a ação

e decisão, buscando maior competitividade, como uma forma de resposta ao

ambiente externo (oportunidades e ameaças) e ao ambiente interno (forças e

fraquezas).

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Estratégias de marketing, segundo Las Casas (2007, p. 96), são as atividades

que serão necessárias para alcançar objetivos estipulados pela organização. O autor

(2007) aponta três passos presentes nesta etapa de elaboração da estratégia:

Determinação do mercado-alvo: esse primeiro passo facilita a estratégia de

marketing. O mercado-alvo é formado pelo grupo de consumidores

específicos que se tem interesse de atingir. A escolha desse grupo é feita

baseada nos segmentos identificados em um mercado, detentores de

consumidores homogêneos entre si. O passo inicial é separar os grupos a

partir de um mercado heterogêneo, e escolher o mais indicado para atingir os

objetivos organizacionais, baseados em uma análise do potencial de cada um.

Para se conseguir um mercado-alvo com bom potencial é necessário avaliar

alguns fatores: Há possibilidade de o segmento ser quantificado? O segmento

é substancial? O segmento pode ser abordado com composto específico?

Feito isso a empresa terá mais segurança na escolha do mercado em que vai

atuar.

Determinação do posicionamento: posicionamento é como os clientes vêem o

produto ou a marca. Para desenvolver uma estratégia de posicionamento é

essencial que o planejador defina quais atributos são mais importantes. A

promoção é o composto de marketing mais importante na estratégia de

posicionamento, visto que alguns produtos são posicionados somente com o

uso dessa ferramenta. O posicionamento deve ser planejado analisando o que

está sendo oferecido no mercado, isso poderá ser conseguido por meio de

uma pesquisa, na qual os consumidores revelarão os atributos mais

importantes para eles e a empresa poderá se posicionar em relação a isso.

Depois de identificados esses atributos a organização deverá mapeá-los, e

então serão identificadas várias qualidades que auxiliarão na estratégia de

posicionamento. Essa estratégia pode seguir várias formas: posicionamento

por atributo, por benefício, por uso e aplicação, por usuário e por concorrente.

O posicionamento por concorrente consiste na comparação da oferta da

empresa com as demais ofertas do mercado, ou de algum diferencial, se

posicionando em relação a essa concorrência. A escolha de determinado

posicionamento depende do ajuste de vários fatores; a empresa pode

identificar como posicionamento um ponto forte que tenha, comparado à

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concorrência, por exemplo. Determinado o posicionamento, o planejador

deverá avaliar tudo o que foi levantado para a transmissão da imagem aos

consumidores.

Estratégia do composto de marketing: depois de realizadas as análises

anteriores, é o momento de escolher os caminhos a serem percorridos na

estratégia de marketing. É muito importante que o composto de marketing da

organização seja desenvolvido de acordo para o alcance dos objetivos. Para

desenvolver uma estratégia sólida, o planejador deve conhecer muito bem o

seu produto, referente à qualidade, design, marca, embalagem, rótulo,

garantias, assistência técnica e serviços. Esses componentes são os mais

importantes no desenvolvimento da estratégia, mas é essencial que o

responsável esteja atento a mudanças no ambiente para poder reagir de

acordo com a situação. Outras formas de estratégias que podem ser adotadas

são pelo ciclo de vida do produto, BCG, segundo a posição no mercado,

segundo a segmentação geográfica, estratégia de tempo, estratégias

proativas e retroativas, segundo a relação produto/mercado.

A estratégia de marketing é a ação de toda pesquisa feita em relação ao

ambiente externo e interno da empresa, então é necessário que a pessoa

determinada para gerenciar essa questão esteja realmente preparada e saiba utilizar

com eficiência todas as informações coletadas.

2.7 SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE MARKETING (SIM)

De acordo com Boone e Kurtz (2009, p. 292), “um sistema de informação de

marketing (SIM) é um sistema informático planejado e projetado para proporcionar

aos tomadores de decisão um contínuo fluxo de informações relevantes para suas

áreas de responsabilidade”.

Em linha semelhante, Las Casas (2006) conceitua o SIM como sendo os

recursos tecnológicos e humanos da organização, que estão ligados na “coleta,

qualificação, análise, disseminação e arquivo de informações relevantes às decisões

de marketing”. O autor (2006) complementa definindo o sistema de informações de

marketing como sendo uma maneira projetada e organizada de fornecer subsídios

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aos gestores da empresa de forma contínua. Menciona que esse sistema usa dados

internos e externos da empresa para sua sustentação.

De forma mais abrangente, Sandhusen (1998, p. 104-105) considera o sistema

de informação de marketing uma ferramenta que engloba processos e equipamentos

para unir, coordenar, analisar e disseminar informações interessantes e corretas

para serem usadas por profissionais de marketing para melhor planejamento,

desempenho e controle de marketing. Continua o autor (1998) enfatizando que o

sistema de informações de marketing ajuda os gestores a juntar e entender

informações internas e externas à empresa. E essas informações, se forem

processadas corretamente, auxiliam os tomadores de decisões de marketing na

resolução de problemas e, claro, na tomada de decisão, em todas as etapas do

planejamento estratégico de marketing.

Cabe evidenciar que o sistema de informação de marketing é uma maneira

organizada de juntar e avaliar os dados, para que virem informações e sejam

disponibilizados para os gerentes de marketing, auxiliando na tomada de decisão.

Para alcance de efeitos mais exatos na tomada de decisão, alguns SIM oferecem

aos profissionais de marketing um sistema de apoio a decisão (SAD), e com ele as

informações podem ser acessadas quando forem necessárias, o que o torna mais

um recurso para a tomada de decisão. Além disso, os gerentes podem monitorar os

planos atuais, analisar resultados e fazer alterações mais rapidamente. Os sistemas

de informações estão cada vez mais acessíveis e com mais funções, cabe aos

profissionais fazer o uso correto dessa ferramenta (MCCARTHY; PERREAULT,

1997).

Ressalte-se que, de acordo com Boone e Kurtz (2009, p. 293), o sistema de

apoio a decisões, auxilia os usuários a conseguir e aplicar, de forma rápida,

informações que sustentem as decisões de marketing. Relata que o SAD está um

passo a frente do SIM, pois enquanto o SIM fornece dados brutos, o SAD transforma

esses dados em informações úteis para a tomada de decisão. O SAD tem quatro

características principais: “[...] é interativo, investigativo, flexível e acessível”.

Las Casas (2006, p. 80-81) aponta que o sistema de informações de marketing é

procedente do sistema militar. As determinações militares de maior importância eram

tomadas longe dos campos de batalha, então esses militares dependiam das

informações passadas por outros, para poderem agir. A rapidez na mudança das

informações é um fator que explica o crescimento do SIM. A aplicação do SIM, além

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de amparar a organização no conhecimento de seus melhores clientes, ajuda a

constituir estratégias de marketing de acordo com o mercado de atuação. Para um

sistema eficiente, ele deve:

Disponibilizar a coleta de informações: após serem filtradas por um processo

de seleção, esta etapa motiva a pesquisa em diversas fontes e o

arquivamento dessas informações;

Processar as informações: o sistema deve estabelecer condições para que os

dados sejam avaliados, e depois convertidos em quadros e gráficos

sintetizados e difundidos;

Utilizar a informação fornecida: as informações devem der adequadas a cada

um dos principais profissionais. Analisando que as necessidades são

diferentes, os dados devem atender cada uma dessas necessidades.

Para identificar as necessidades de cada executivo, Las Casas (2006) sugere a

utilização de um questionário. As questões contempladas são:

Que tipos de decisões geralmente você necessita tomar?

Que tipos de informações você necessita para tomar estas decisões?

Que tipos de informações você normalmente recebe?

Que tipos de estudos especiais você normalmente pede?

Que tipos de informações você gostaria de receber e que no momento você

não recebe?

Que tipos de informações você gostaria de receber diariamente,

semanalmente, mensalmente?

Que tipos de revistas você gostaria de receber regularmente?

Quais os tópicos específicos nos quais você gostaria de manter-se

informado?

O autor (2006) acredita que respondidas essas perguntas, o SIM poderá ser

estruturado de acordo com as necessidades de cada profissional.

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2.8 PLANEJAMENTO DE MARKETING

O planejamento de marketing é uma ferramenta de gestão que identifica as

oportunidades que possam gerar bons resultados para a empresa.

Para Crocco et al. (2010, p. 12), planejamento “[...] é o processo de produzir

as estratégias e estruturas que levam a empresa a construir vantagens competitivas

que garantem sua sobrevivência em condições específicas”. O autor (2010) explica

que o procedimento de planejamento clássico engloba três passos distintos:

formulação, implementação e avaliação.

Em linha distinta, Boone e Kurtz (2009, p. 44-45) abordam que o

planejamento é normalmente classificado em relação ao seu intuito e amplitude.

Urdan e Urdan (2010, p. 49) apontam que o planejamento estratégico trata

das definições do futuro da empresa, de onde ela quer chegar e o que pretende

fazer para conseguir, incluindo recursos e atividades a serem realizadas. Já o

planejamento tático auxilia na execução das propostas estratégicas, realizando

partes específicas das estratégias organizacionais. O nível operacional apresenta

ações bem delimitadas e cuida de fins específicos de grupos, departamentos e

indivíduos, executando ações para alcançar e suportar as decisões do nível tático.

Vale ressaltar que o planejamento é uma enorme responsabilidade para todos

os gestores, em todos os níveis organizacionais. Mas os planos diferem de acordo

com o nível administrativo de cada gestor (BOONE; KURTZ, 2009).

Quadro 2 - Planejamento em diferentes níveis administrativos

Nível Administrativo Tipos de planejamento

enfatizados neste nível Exemplos

Alta administração Planejamento estratégico

Objetivos organizacionais,

estratégias fundamentais;

planos de longo prazo;

orçamento total.

Gerentes intermediários Planejamento tático

Planos trimestrais,

semestrais e anuais;

procedimentos e políticas

de divisão.

Gerentes de supervisão Planejamento operacional

Planos diários e semanais;

orçamentos das unidades;

procedimentos e regras dos

departamentos.

Fonte: Adaptado de Boone e Kurtz (2009).

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De acordo com Las Casas (2007, p. 18), o planejamento de marketing “[...]

estabelece objetivos, metas e estratégias do composto de marketing em sintonia

com o plano estratégico geral da empresa”. O autor (2007) aponta que o plano de

marketing é formado por vários subplanos: plano de vendas, plano de propaganda,

plano de novos produtos e plano de merchandising.

Na mesma concepção, Churchill e Peter (2007, p. 101) enfatizam que o plano de

marketing proporciona diversos benefícios, e que se bem feito, o plano auxilia a

equipe de marketing da empresa a definir onde deve concentrar seus esforços e a

aproveitar as oportunidades do mercado.

Em perspectiva semelhante, Boone e Kurtz (2009, p. 44) descrevem que o

planejamento de marketing é elaborado com o intuito de atingir os objetivos de

marketing, estabelecendo a sustentação para qualquer estratégia de marketing.

Em complemento a esta posição, Las Casas (2006, p. 269) menciona que o

plano de marketing é o documento que contempla cada detalhe da ação que será

desenvolvida pelos gestores de marketing. Afirma, também, que ele deve ser um

“documento operacional”, então, deve ser simples, prático e flexível, de maneira que

todos os envolvidos tenham facilidade de entendê-lo. O autor (2006) menciona que a

flexibilidade do plano de marketing é fundamental, visto que o meio ambiente sofre

constantes alterações e o plano precisa adaptar-se diante das novas situações.

Na mesma perspectiva, Dias (2006, p. 11) sustenta que “o planejamento de

marketing é o meio de realização da responsabilidade estratégica do gerente de

marketing”. É a etapa que dá início a todo procedimento de administração de

marketing, seguida da definição dos objetivos de mercado e das tomadas de

decisões estratégicas. O autor (2006) destaca que o gestor de marketing tem um

desafio muito grande, pois o ambiente competitivo encontra-se em constante

mutação, e com isso, faz com que o comportamento e as exigências dos clientes

também evoluam, conflitando, às vezes, com os objetivos empresariais.

Outra visão, apresentada por Crocco et al. (2010, p. 92), aponta que o

planejamento de marketing deve ser entendido em um contexto sistêmico,

compreendido por planejamento, implementação e controle. Onde planejamento é o

procedimento que torna mínimo os riscos, sendo que através dele é possível avaliar

as probabilidades de sucesso ou fracasso das ações mercadológicas. O controle

trata de tornar possível o monitoramento das variáveis selecionadas para medir o

comportamento do produto no mercado; o controle resulta em um amplo

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conhecimento de marketing. Entre o planejamento e o controle encontra-se a

implementação, que compõe boa parte das funções dos gestores de marketing,

sendo responsável por determinar os efeitos do marketing. A implementação dos

planos de marketing passam por mudanças constantes, então é preciso que o

administrador de marketing tenha uma visão holística, permitindo ações rápidas e

precisas diante deste mundo competitivo e em frequente mutação.

Dias (2006, p. 11) apresenta uma sequencia de etapas do planejamento de

marketing, que inclui: análise de mercado; identificação de oportunidades e riscos;

segmentação do mercado e seleção do mercado-alvo; objetivos de marketing;

estratégia de diferenciação do produto; estratégia de preços, comunicação e

distribuição; plano tático; orçamento de marketing; avaliação e controle.

Las Casas (2006, p. 269-270), evidencia que para a elaboração de um plano de

marketing é necessário a obtenção de informações importantes, e mesmo não

havendo uma regra rigorosa a ser seguida, alguns passos são comuns a muitos

deles: “levantamento de informações; lista de problemas e oportunidades;

determinação de objetivos; desenvolvimento da estratégia, determinação do

orçamento; projeção de vendas e lucros”.

Levantamento das informações: essa primeira etapa da elaboração é o

levantamento das informações referentes à análise do ambiente interno e

externo da organização e dos pontos fortes e fracos também.

Lista de problemas e oportunidades: a segunda etapa é a preparação de uma

lista de problemas e oportunidades, onde deve constar uma análise da

situação global da empresa, relacionando os problemas e as oportunidades

para o desempenho da empresa.

Determinação de objetivos: nesse terceiro passo é possível a determinação

dos objetivos a serem perseguidos, em decorrência das análises anteriores.

O estabelecimento de objetivos é uma etapa fundamental no plano de

marketing, visto que eles estipulam a linha de atuação dos diversos setores

da organização. Não há um número de objetivos estipulados, podem existir

tantos quantos se achar necessário.

Desenvolvimento de estratégia: nessa etapa, baseado nos objetivos, torna-se

possível o desenvolvimento de uma estratégia de marketing para alcançá-los.

É necessário a identificação do mercado-alvo e, depois, o desenvolvimento

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de várias estratégias para o alcance do objetivo. As estratégias devem

analisar as modificações dos investimentos e ações alternativas para os

elementos do composto mercadológico.

Determinação do orçamento: nesse passo faz-se a conversão do

planejamento em termos financeiros.

Projeção de vendas e lucros: nessa etapa final deve incluir-se a projeção de

vendas completa, lucro e custos. Para que o plano seja convincente é preciso

que apresente probabilidades de retorno plausíveis e de acordo com os

objetivos estipulados anteriormente.

Las Casas (2007) apresenta o plano de marketing com a estrutura que expõe a

análise ambiental, análise de pontos fortes e fracos, objetivos, estratégia de

marketing, estratégia do composto e plano de ação, conforme mostrado a seguir:

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61

Quadro 3- Um roteiro simplificado para um plano de marketing

PLANO DE MARKETING

1. Análise ambiental 1a. Ameaças e oportunidades

Eventos Ameaças Oportunidades Sugestões

1b. Pontos fortes e fracos

Aspectos analisados Concorrente 1 Concorrente 2 Empresa X

Pessoal Ponto forte

Ponto fraco

Ponto forte

Ponto fraco

Ponto forte

Ponto fraco

Quantidade Qualificação

Equipamentos Capacidade instalada

Tecnologia Finanças

Recursos financeiros Possibilidade obtenção empréstimos

Marketing Produto Preço

Distribuição Propaganda Equipe de vendas Promoção

2. Objetivos

a. Quantitativos:

b. Qualitativos:

3. Estratégias de marketing

3a. Público-alvo: 3b. Posicionamento: 3c. Estratégia do Composto: Produto: Preço:

Distribuição:

Promoção:

4. Plano de ação

Atividades Encarregado Período Orçamento

Fonte: Adaptado de Las Casas (2007)

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Na estrutura apresentada por Las Casas (2007), o primeiro passo é analisar o

ambiente, para detectar ameaças e oportunidades. Existe a necessidade de definir

qual a atual situação para constituir uma estratégia de acordo com as atuais e

futuras tendências. Para isso são necessárias informações atualizadas. Primeiro é

preciso identificar as principais variáveis de marketing que afetam o negócio da

empresa e para cada uma estabelecer quais as ameaças e oportunidades existem

diante desta variável, no caso, tratada como evento; as sugestões não são

obrigatórias, servem somente para auxiliar o planejador.

Na análise dos pontos fortes e fracos, Las Casas (2007) sugere que seja

analisado os recursos que a organização possui e relacionar aos principais

concorrentes. Referem-se aos fatores que possibilitam vantagem competitiva em

relação os concorrentes e aos que interferem negativamente no desenvolvimento de

alguma atividade.

Determinar os objetivos é o passo inicial do processo de planejamento, pois só

fazendo isso é que será possível estabelecer uma estratégia apropriada, adaptada

às distintas ocorrências. Os objetivos são decisões de extraordinária importância.

Apesar de aparentemente simples, os objetivos podem ser responsáveis por

sucessos ou fracassos nas estratégias de marketing (LAS CASAS, 2007).

Las Casas (2007) apresenta as estratégias de marketing como o passo seguinte

após a determinação dos objetivos, onde são utilizadas as informações coletadas e

os objetivos já determinados para desenvolver os próximos passos, que são a

determinação do público-alvo e do posicionamento.

Já com a estratégia de marketing organizada, a próxima atividade, segundo Las

Casas (2007) é elaborar a estratégia do composto. Nesta etapa será determinado o

que a empresa espera vender e como fará a comercialização, baseado no composto

de marketing, produto, preço, distribuição e promoção.

Para Las Casas (2007, p.54), o plano de ação “determina o que deverá ser feito

e quem deverá fazê-lo”.

Kotler (1996, p. 93) considera o plano de marketing uma ferramenta essencial

para direcionar e coordenar as ações de marketing, bem como melhorar a eficiência

e eficácia da organização, auxiliando na geração de resultados positivos. O autor

(1996) demonstra um modelo de plano de marketing que se assemelha em alguns

pontos com o modelo adaptado e sugerido por Las Casas (2006), apresentado

anteriormente. Kotler (1996, p. 103) coloca, também, que o plano de marketing “é

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63

um dos mais importantes resultados do processo de marketing”, e apresenta

inúmeras seções:

Sumário executivo: consta um pequeno resumo do plano;

Situação atual de marketing: apresenta-se a atual situação do mercado,

microambiente e macroambiente;

Análise de oportunidades e de assuntos: identifica-se as oportunidades e

ameaças, forças e fraquezas, e assuntos relacionados ao produto/serviço

oferecido;

Objetivos: define-se as metas que o plano pretende atingir;

Estratégia de marketing: apresenta-se as habilidades de marketing que serão

utilizadas para atingir os objetivos expostos no plano;

Programas de ação: aponta-se o que será feito, quem fará, quando será feito

e quanto custará;

Demonstrativo de resultado projetado: faz-se uma previsão do resultado

financeiro esperado;

Controles: indica-se como será o monitoramento do plano.

Com isso, pode-se afirmar que o plano de marketing é uma ferramenta que

auxilia os gestores no alcance dos objetivos de marketing, sustentados por

estratégias e controles que tornam a ação mais segura e direcionada. Então, basta

que o administrador de marketing selecione um modelo de plano de marketing que

melhor atenda as exigências da empresa e o coloque em prática, utilizando-se

sempre de informações fidedignas, para que possa alcançar os resultados

esperados e que contribua para que a organização aproveite as oportunidades de

mercado.

2.9 PESQUISA DE MARKETING

A pesquisa de marketing é entendida como o processo de coleta,

processamento, análise e difusão de informações que auxiliam na tomada de

decisão de marketing, realizada através de métodos sistêmicos e imparciais

(LIMEIRA, 2008, p. 33).

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Malhotra (2006, p. 36) apresenta uma definição semelhante:

pesquisa de marketing é a identificação, coleta, análise e

disseminação de informações de forma sistêmica e objetiva e o uso de informação para melhorar a tomada de decisões relacionada com a identificação e solução de problemas e oportunidades em marketing.

O autor (2006) ainda menciona que a pesquisa de marketing busca fornecer

informações concisas que reflitam a verdadeira situação do ambiente, por isso a

imparcialidade é fundamental na execução da pesquisa.

Em linha semelhante, Urdan e Urdan (2010, p. 172) colocam que a pesquisa

de marketing retrata para a organização, o que está se passando com seus clientes,

concorrentes, e com o ambiente em geral. Os autores (2010) sustentam que a

pesquisa ajuda na identificação e na definição de problemas e oportunidades de

marketing, gerando e avaliando possíveis estratégias de marketing.

De forma mais abrangente, Churchill e Peter (2000, p. 116) descrevem a

pesquisa de marketing como o ponto que une o consumidor, o público e o cliente ao

gestor de marketing por meio de dados, usados para detectar e determinar

oportunidades e problemas de marketing, gerar e refinar as ações de marketing,

melhorar o desempenho e o entendimento de marketing como um processo. Os

autores (2000) destacam a importância da pesquisa de marketing para os

profissionais, pois através das informações obtidas nessas pesquisas eles

conseguem responder e até se antecipar às necessidades dos clientes atuais e

potenciais, além de descobrir a percepção dos consumidores sobre suas práticas.

Para Las Casas (2006, p. 86), a pesquisa é o emprego de técnicas mais

científicas ao marketing. Sendo assim, “o espírito científico deve dominar o

pesquisador”, e ele precisa se afastar de qualquer julgamento ou opinião que tenha

sobre o assunto. No entanto, o autor (2006) observa que a pesquisa de marketing

não pode ser considerada um método completamente científico, isso se caracteriza

pelo método mais utilizado na obtenção dos dados, o questionário. As respostas

dadas aos questionários nem sempre são verdadeiras, seja por má vontade dos

entrevistados, fraude dos entrevistadores, entre outros motivos, que são culpados

por resultados não compatíveis com a realidade. Outra dificuldade apresentada é

que a pesquisa de marketing lida, geralmente, com o ser humano, isso faz com que

os resultados obtidos em uma pesquisa sejam, dificilmente, confirmados

precisamente, em outra.

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65

Em outra perspectiva, Kotler e Armstrong (2003, p. 93-94) revelam que além

de informações sobre os concorrentes e episódios do ambiente, os administradores

de marketing precisam frequentemente, de estudos sobre situações específicas.

Nesse caso, mesmo que a empresa disponha de um eficiente sistema de informação

de marketing, esta não lhe oferecerá uma informação específica detalhada, será

necessária uma pesquisa de marketing. Nessa pesquisa os gestores de marketing

podem realizar estudos sobre potencial de mercado, avaliação da satisfação do

cliente, entre outros. Os autores (2003) abordam que a própria organização pode

conduzir a pesquisa a partir de seu departamento de pesquisa, ou pode fazer as

pesquisas fora, dependendo das suas habilidades e recursos.

Cabe evidenciar que existem diferentes tipos de pesquisas, que sugerem

diferentes procedimentos para coleta e análise dos dados. Mattar (1997, p. 80),

demonstra as classificações dos tipos de pesquisas:

Pesquisa exploratória: geralmente é utilizada nos primeiros exercícios, quando

o conhecimento do fenômeno ainda não existe ou é insuficiente. O

pesquisador, então, procura um maior conhecimento sobre o tema/problema

de pesquisa em questão.

Pesquisa conclusiva e descritiva: essa pesquisa é caracterizada por conter

objetivos bem definidos, procedimentos formais já estruturados, para a

solução de um problema ou julgamento de possibilidades de estratégias de

ação.

Pesquisa causal: usada nas diversas ocorrências práticas de marketing, para

testar hipóteses, como alterações de preços, escolha de uma nova

embalagem.

Conclui-se, a partir daí, que a necessidade de um profissional de marketing

capacitado é essencial para a escolha do tipo de pesquisa mais adequada para a

situação ou o problema que a empresa esteja enfrentando no momento.

2.9.1 Etapas de uma pesquisa de marketing

Para que a pesquisa de marketing seja realizada de forma eficiente, existem

várias etapas a serem cumpridas. Todas as etapas possuem funções muito

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66

importantes para o alcance do resultado final da pesquisa. Serão apresentadas duas

abordagens sobre estas etapas da pesquisa de marketing, refere-se a visão de

Churchill e Peter (2000) e de Malhotra (2006).

Churcill e Peter (2000, p. 125), demonstram que a realização de uma pesquisa

de marketing abrange diversas etapas. Primeiramente, os profissionais de marketing

estabelecem o problema que precisa ser resolvido. Em seguida, os pesquisadores

ilustram um projeto de pesquisa adequado para solucionar o referido problema.

Utilizando as ferramentas mencionadas no projeto, é feita a coleta de dados. Depois,

é realizada a análise e interpretação dos dados, seguida da comunicação dos

resultados e apresentação do relatório de pesquisa. Conforme segue na figura 2.

Figura 2 – Etapas do processo de pesquisa de marketing.

Fonte: Adaptado de Churchill e Peter (2000).

Formulando o problema: é o começo da pesquisa. Quando a empresa

apresenta um problema, o profissional de marketing utiliza a pesquisa para

responder a essas perguntas. Quando os administradores de marketing

precisam de informações, eles devem expor o problema e quais informações

poderiam ajudá-los na tomada de decisão.

Planejando um projeto de pesquisa: os pesquisadores de marketing precisam

escolher as ferramentas de pesquisa mais apropriadas, para assim poderem

obter as melhores informações pelo menor custo possível.

Coletando dados: independente das atividades desenvolvidas na coleta de

dados da pesquisa, seja consulta a um banco de dados, ou entrevistas por

telefone, essa atividade exige a participação de pessoas, e é muito importante

que esses “pesquisadores” estejam qualificados para colher esses dados de

forma eficiente. A coleta de dados pode ser feita por telefone, por meio de

abordagens em shoppings, em discussão em grupo ou entrevistas

domiciliares.

Analisando e interpretando os dados: para que os dados coletados sejam

transformados em informação é necessário que os pesquisadores analisem e

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interpretem os dados. Primeiro o pesquisador verifica se os formulários estão

preenchidos corretamente, depois ele codifica e tabula os dados; isso pode

ser feito por meio de análise estatística ou interpretação.

Preparando o relatório de pesquisa: ao final, as informações originadas são

registradas em um relatório. Neste relatório deve conter um resumo sucinto

sobre o objetivo da pesquisa, os resultados e no que esses resultados

auxiliarão os gestores de marketing. É interessante que sejam pedidos

relatórios escritos e também orais.

É fundamental que a pesquisa de marketing seja realizada com o intuito de

ajudar os profissionais de marketing na tomada de decisão, então essa pesquisa

precisa ser totalmente formulada de forma clara e inteligível.

Malhotra (2006, p. 39) considera que um processo importante na pesquisa de

marketing são as etapas que determinam as tarefas a serem realizadas durante a

pesquisa. O autor (2006) apresenta outra abordagem referente às etapas da

pesquisa de marketing:

Definição do problema: essa é a primeira etapa de todo projeto de pesquisa

de marketing. Para definir o problema o pesquisar precisará considerar a

finalidade do estudo, as informações importantes sobre o histórico do

problema, quais são imprescindíveis e como auxiliarão na tomada de decisão.

A definição do problema envolve conversas com os responsáveis pelas

determinações, conferências com peritos do setor, avaliação de dados

secundários e, quem sabe, uma pesquisa qualitativa, com grupo de foco.

Desenvolvimento de uma abordagem: essa etapa compreende a construção

de uma estrutura objetiva ou teórica, modelos analíticos, questões de

pesquisa, proposições e a identificação de peculiaridades ou fatores com

capacidade de influenciar o entendimento da pesquisa. Esse método é

conduzido por debates com gestores e especialistas do setor, estudos de

caso e simulações, crítica de dados secundários, pesquisas qualitativas e

considerações pragmáticas.

Formulação da concepção de pesquisa: concepção de pesquisa é uma

estrutura para a efetivação do projeto de pesquisa. Compreende o

detalhamento dos processos necessários para se conseguir as informações

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solicitadas, com o propósito de criar um estudo para testar as hipóteses de

interesse, responder apontadas perguntas e adaptar as informações para a

tomada de decisão. É preciso realizar pesquisas exploratórias, estudar como

será a obtenção de dados dos entrevistados, organizar um questionário e um

plano de amostragem para a escolha dos entrevistados. A concepção da

pesquisa abarca os seguintes passos: 1) Definição da informação necessária;

2) Análise de dados secundários; 3) Pesquisa qualitativa; 4) Métodos de

coleta de dados quantitativos (levantamento, observação e experimentação);

5) Procedimentos de mensuração e escalas; 6) Elaboração do questionário; 7)

Processo de amostragem e tamanho da amostra; 8) Plano de análise de

dados.

Trabalho de campo ou coleta de dados: a coleta de dados abrange uma

equipe que trabalhe no local da coleta, seja em domicilio, shopping center, ou

telefone e internet, se for o caso. A escolha, o treinamento, a orientação e

avaliação apropriadas ajudam a reduzir os erros de coleta de dados.

Preparação e análise dos dados: preparar os dados compreende editorar,

codificar, transcrever e verificar. Cada formulário de observação ou

questionário é examinado ou editado e, se preciso, corrigido. Códigos

alfabéticos e numéricos são adicionados para representação e melhor

entendimento das respostas. Os dados são transcritos ou passados para o

computador; são analisados para a obtenção de informações relacionadas

aos elementos do problema, fornecendo conhecimentos para a resolução do

problema de decisão dos gestores.

Preparação e apresentação do relatório: todo o projeto deve ser documentado

em um relatório escrito que contenha as perguntas específicas identificadas,

que exponha a abordagem, a concepção da pesquisa, a coleta de dados e os

métodos de análise de dados utilizados e demonstre os resultados e as

principais verificações. Este relatório deve ser feito de forma clara e que possa

ser utilizado, com precisão, na tomada de decisão. Ainda deverá ser feita uma

apresentação para os gestores com tabelas e gráficos, para aumentar o

entendimento das informações.

Desse modo, percebe-se que o correto cumprimento das etapas da pesquisa

de marketing são fundamentais para o sucesso da pesquisa, pois trata-se de “[...] um

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conjunto de etapas articuladas, cada qual correspondendo a um grupo típico de

definições, escolhas e tarefas a realizar em qualquer projeto, que levam à criação e

disseminação de conhecimentos” (URDAN; URDAN, 2010, p. 173).

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70

3 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO

Este capítulo tem por objetivo descrever o procedimento metodológico

empregado neste trabalho, bem como apresentar os instrumentos utilizados para

coleta e análise dos dados.

A finalidade deste projeto é a elaboração de um planejamento de marketing

que objetiva direcionar os esforços de marketing da empresa estudada, além de

ajudar a resolver as deficiências encontradas.

O estudo foi desenvolvido na empresa Supermercado Mercocentro, localizada

na Praça Nereu Ramos, nº30, no Centro de Biguaçu, Santa Catarina, região da

grande Florianópolis. O estudo foi realizado entre os meses de março a novembro

de 2012.

População, segundo Barbeta (1999, p. 9), “[...] é o conjunto de elementos que

formam o universo de nosso estudo e que são passíveis de serem observados”.

Sendo assim, a população estudada é de 69.917 habitantes, composta pela

população de Biguaçu, que corresponde a 57.180 habitantes, de acordo com a

Prefeitura Municipal de Biguaçu (2010) e de Governador Celso Ramos, 12.737

habitantes, conforme dados do IBGE (2010). A amostra, que de acordo com Barbeta

(1999, p. 39), refere-se à parcela da população estudada, com a intenção de se

conseguir opinião sobre determinado tema, calculada pelo programa Sample, ficou

estimada em 96 respondentes, considerando o índice de confiabilidade de 95% e

margem de erro de 10%. A pesquisa foi aplicada no mês de agosto de 2012 e

obteve-se 96 questionários respondidos, conforme a amostra sugeriu.

No trabalho em questão, para a coleta de dados secundários, que na

definição de Mattar (2001, p. 48) “são aqueles que já foram coletados, tabulados,

ordenados e, às vezes, até analisados e que estão catalogados à disposição dos

interessados”, foi utilizada a pesquisa bibliográfica que, para Marconi e Lakatos

(2009, p. 43), “[...] pode ser considerada um procedimento formal com método de

pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho

para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.

Cabe evidenciar que não se trata somente de tentar alcançar a verdade, mas

de achar soluções para temas escolhidos, utilizando-se de meios científicos. As

autoras (2009) destacam que toda pesquisa utiliza o levantamento de dados de

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diversas fontes, independente dos procedimentos empregados. Apontam, ainda, que

o objetivo da pesquisa bibliográfica é fazer com que o pesquisador tenha contato

direto com tudo o que foi escrito sobre o assunto estudado, permitindo assim, a

manipulação das informações.

Na coleta de dados primários, que segundo Mattar (2001, p. 48), são aqueles

que ainda não foram coletados, estando ainda, em direito dos analisados, foram

utilizados questionários, aplicados na amostra populacional calculada, 96

respondentes e, entrevista, esta com os gestores da organização, para melhor

estruturar o planejamento que foi desenvolvido.

Questionário, para Roesch (1999, p. 142), “[...] é um instrumento de coleta de

dados que busca mensurar alguma coisa”. Necessita de um empenho intelectual

antes da aplicação, para que o problema do estudo seja abraçado. A autora (1999,

p. 140) menciona que entrevistas são bastante utilizadas em pesquisas de opinião.

Na entrevista, geralmente, se opta por questões abertas. Complementando, Mattar

(2001, p. 75) aponta que a entrevista é caracterizada por existir uma pessoa que faz

as perguntas, o entrevistador, e outra que responde as perguntas, o entrevistado.

A análise dos dados obtidos através do questionário foi realizada de forma,

predominantemente, quantitativa, que para Oliveira (2001), são aquelas que através

de técnicas estatísticas, objetivam quantificar dados, opiniões e informações.

Convém ressaltar que foi feito uso do método descritivo para as análises, que

segundo Mattar (2001, p. 194) têm o intuito de adaptar informações sumarizadas

dos dados encontrados em todos os elementos da amostra estudada.

A entrevista realizada com os gestores foi do estilo qualitativa, que se trata de

uma “metodologia de pesquisa exploratória e não-estruturada que se baseia em

pequenas amostras com o objetivo de prover percepções e compreensão do

problema” (MALHOTRA, 2006, p. 66).

Os dados obtidos por meio do questionário foram tabulados e representados

no software Excel, no qual foram desenvolvidos gráficos, que permitiram a

realização de análises, interpretações e comentários sobre os resultados. A

entrevista realizada com os gestores foi examinada de forma analítica, que na visão

de Roesch (1999) incide em procurar associações entre variáveis específicas,

objetivando relacioná-las com as informações coletadas na pesquisa quantitativa.

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A elaboração do plano de marketing foi alicerçada nas informações coletadas

e construído a partir do modelo adaptado de Las Casas (2007), já apresentado na

fundamentação teórica e que contempla as seguintes etapas:

Análise ambiental: ameaças e oportunidades;

Análise de pontos fortes e fracos;

Objetivos;

Estratégias de marketing;

Estratégias do composto;

Plano de ação.

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4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS

Neste capítulo são apresentados os dados da pesquisa realizada com os

clientes do Supermercado Mercocentro, bem como a confrontação destes dados

com a entrevista aplicada com os gestores da organização. Estas informações são

extremamente importantes para o desenvolvimento deste estudo, visto que

proporcionam subsídios para o desenvolvimento do planejamento de marketing.

4.1. CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO

A empresa Supermercado Mercocentro foi fundada em outubro de 1994, no

Centro de Biguaçu – SC, por João Jacob de Andrade e Geovani Orsi, os quais

dividem a direção da organização até hoje.

Atualmente conta com duas lojas, uma localizada na Praça Nereu Ramos,

nº30, no Centro de Biguaçu – SC, e outra situada na Rua Bernardina Raupp Tomaz,

nº1447, no bairro Bom Viver, também em Biguaçu, ambas na região da grande

Florianópolis. Atende clientes de toda a Cidade, e da cidade vizinha de Governador

Celso Ramos, especialmente do interior, devido, principalmente, à entrega gratuita

das compras na residência dos clientes.

A empresa tem como missão “possibilitar aos clientes os melhores preços e

qualidade de produtos em parceria com seus fornecedores”.

A visão se refere a “ser a melhor empresa em preço e qualidade de produtos,

atendimento e serviço ao cliente”.

Quanto aos valores básicos da empresa, prioriza família, colaboradores,

cliente, integridade, respeito e lucratividade.

O Supermercado atua no ramo de varejo alimentício, comercializando,

também, produtos como higiene e limpeza, e bazar.

Atualmente a empresa conta com 180 colaboradores atuando em diversos

setores, como açougue, padaria, hortifrutigranjeiros, bazar, mercearia, perfumaria,

dentre outros. E ainda outras funções como, financeiro, compras e recursos

humanos.

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A organizaçao possui uma estrutura organizacional composta por diretor

financeiro, diretor comercial, diretor de recursos humanos, gerente de loja , chefe de

setores e uma grande equipe de colaboradores.

Sabe-se que a concorrência no setor alimentício cresce constantemente e

satisfazer os clientes deixou de ser um diferencial para ser uma obrigação para

continuar competindo no mercado, e para isso é necessário que a empresa tenha

conhecimento da percepção dos clientes referente a seus produtos e serviços, para

assim satisfazê-los, e quem sabe, surpreendê-los.

4.2. RESULTADOS DA PESQUISA

Nesta etapa serão apresentados os resultados e as análises dos dados da

pesquisa aplicada aos clientes do Supermercado Mercocentro. A pesquisa teve por

objetivo conhecer a opinião dos clientes sobre os produtos e serviços oferecidos

pela empresa.

4.2.1 Perfil dos clientes

Tabela 1 – Tipo de pessoa

Opções Respostas Porcentagem (%)

Física 87 91

Jurídica 9 9

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 1- Tipo de pessoa

Fonte: Dados primários (2012)

De acordo com os dados apresentados no gráfico 1, a maioria dos clientes do

Supermercado Mercocentro são pessoas físicas, 91%, enquanto apenas 9% são

pessoas jurídicas. Isso se dá, provavelmente, pelo fato de o Supermercado trabalhar

com comércio varejista de produtos, e a pessoas jurídicas, por comprarem em

grande quantidade, optam por comprar em locais que trabalham com vendas por

atacado, conseguindo, quem sabe, um preço menor.

Uma medida interessante seria o Supermercado firmar acordo com empresas

para vender grandes quantidades com preços menores, fazendo negociações com

fornecedores para conseguir produtos com preços menores também.

Tabela 2 - Sexo

Opções Respostas Porcentagem (%)

Feminino 44 46

Masculino 52 54

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 2 – Sexo

Fonte: Dados primários (2012)

Há algum tempo atrás, era difícil imaginar um homem com um carrinho,

dentro de um supermercado, fazendo compras, principalmente comprando fraldas,

absorvente, isso era cargo da mulher. Mas atualmente, as mulheres estão cada vez

mais inseridas no mundo “globalizado”, trabalham, estudam, cuidam dos filhos e da

casa, organizam as despesas, e acabam deixando a função de compras para o

companheiro, prova disso é o fato de mais da metade dos clientes do

Supermercado, que participaram da pesquisa, ser formada por homens. Muitos

homens também moram sozinhos, vieram de outras regiões para trabalhar ou

estudar, e são responsáveis por comprar o que necessitam.

A paridade entre homens e mulheres se dá, também, pelo fato de um

supermercado oferecer alta variedade de produtos, de diversos segmentos, como

alimentício (arroz, carne), higiene (shampoo, sabonete), bazar (talheres, panelas),

além de bebidas e outros itens.

Tabela 3 – Faixa etária

Opções Respostas Porcentagem (%)

Menos de 18 anos 6 6

18 a 30 anos 39 41

31 a 45 anos 18 19

46 a 65 anos 24 25

Acima de 65 anos 9 9

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 3 – Faixa etária

Fonte: Dados primários (2012)

O gráfico 3 mostra que a maioria dos clientes do Supermercado tem entre 18

e 30 anos, 41%, mas se considerados os clientes entre 31 e 65 anos, estes juntos

representam 44%, o que está de acordo com a visão dos gestores, pois eles

acreditam que a maior parte dos clientes seja formada por pessoas acima de 30

anos. Os clientes com menos de 18 anos, apesar de representarem apenas 6% na

pesquisa, também merecem destaque, pois o Supermercado encontra-se em uma

área rodeada por várias escolas, o que facilita a venda para esse tipo de grupo. Os

idosos, acima de 65 anos, apareceram com 9%, contribuição pequena, mas que

aumenta, consideravelmente, as quartas-feiras, pois nesse dia na parte da tarde

acontece, na Igreja Matriz, que fica a 50 metros do Supermercado, a Missa da

Saúde, frequentada, em sua maioria, por pessoas idosas. Nesse dia o

Supermercado oferece o “café dos velhinhos”, com biscoitos, pães, café e outras

guloseimas, muito apreciadas por estas pessoas, que aproveitam o cafezinho e

sempre compram algum produto, e a maioria já faz a “compra do mês”, depois da

Missa.

Realizar um estudo demográfico é muito importante para a empresa, segundo

Kotler (1995), uma população em ascenção significa uma necessidade humana

crescendo. As empresas são afetadas, individualmente, pelo cresicmento

demográfico; saber de que grupo etário a sua clientela é formada, é poder utilizar

estratégias direcionadas e com maiores chances de sucesso.

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Tabela 4 – Estado civil

Opções Respostas Porcentagem (%)

Solteira (o) 35 37

União estável 3 3

Casada (o) 41 43

Separada/divorciada (o) 8 8

Viúva (o) 9 9

Outros 0 0

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 4 – Estado civil

Fonte: Dados primários (2012)

Conforme demonstrado no gráfico, a maioria, 43% dos clientes do

Supermercado são casados, acompanhados dos solteiros, 37%. Talvez, o número

de clientes relamente solteiros não seja tão alto assim, mas como na pergunta da

pesquisa dizia estado civil, as pessoas que moram junto sem assinar nenhum tipo

de documento, se declararam solteiras, o que resultou em um número bem

significativo.

Na percepção dos gestores, as pessoas que frequentam o Supermercado

são, em sua maioria, com família, ou seja, casadas, o que condiz com a realidade

demonstrada pela pesquisa.

Na comparação do gráfico anterior, faixa etária, com este gráfico, percebe-se

que a maior parte dos clientes são pessoas adultas e casadas, o que possibilita aos

gestores pensarem em táticas que atendam mais e melhor esse público.

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Tabela 5 - Renda média familiar

Opções Respostas Porcentagem (%)

545,00 a 800,00 6 6

801,00 a 1000,00 11 12

1001,00 a 1500,00 17 18

1501,00 a 2000,00 19 20

2001,00 a 3000,00 18 19

3001,00 a 4000,00 10 10

4001,00 a 5000,00 6 6

5001,00 a 6000,00 2 2

Acima de 6000,00 7 7

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 5 – Renda média familiar

Fonte: Dados primários (2012)

De acordo com Boone e Kurtz (2009), o poder de compra do consumidor é

diretamente afetado pela sua receita. Se a empresa conhece a renda média dos

seus clientes, pode avaliar o potencial de mercado e designar planos para esses

específicos segmentos.

Como exposto no gráfico 5, a renda média familiar dos clientes do

Supermercado Mercocentro, gira em torno de 1001,00 a 3000,00 reais,

representando mais da metade, 57%, isso somando as três opções, 1001,00 a

1500,00, 1501,00 a 2000,00, 2001,00 a 3000,00. Mas as outras alternativas também

alcançaram expressão representativa, evidenciando que os clientes que frequentam

o Supermercado possuem renda que varia de 545,00 a mais de 6000,00 reais por

mês.

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Baseados nesses dados, os gestores devem rever seu mix de produtos e

seus serviços, para analisar se estão aptos a atender essa demanda bastante

variável em relação ao poder aquisitivo.

Tabela 6 - Escolaridade

Opções Respostas Porcentagem (%)

Ensino fundamental incompleto

22 23

Ensino fundamental completo

9 9

Ensino médio incompleto 8 8

Ensino médio completo 39 41

Ensino superior incompleto 13 14

Ensino superior completo 5 5

Pós-graduação 0 0

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 6 - Escolaridade

Fonte: Dados primários (2012)

Ao analisar o gráfico 6, nota-se que a maioria (41%) dos clientes do

Supermercado possuem ensino médio completo, e embora 23% tenham estudado

pouco, não completando o ensino fundamental, 14% estão cursando ou, ao menos,

começaram a cursar uma graduação.

O fato de grande parte dos entrevistados não ter concluído o ensino

fundamental, implica no fato de boa parte dos clientes do Supermercado serem

pessoas do interior, que não tiveram condições de estudar quando crianças, tendo

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que acompanhar os pais na lida da lavoura, ou cuidar dos irmãos e da casa

enquanto os pais trabalhavam. A porcentagem mais significativa foi de clientes com

ensino médio completo, sendo composta, principalmente, por pessoas que, não

podendo estudar quando pequenos, conseguiram isso, cursando supletivos quando

adultos. E o terceiro lugar ser ocupado pelo ensino superior incompleto, se dá,

provavelmente, pelo fato de os pais que não tiveram oportunidade de estudar,

sonharem em ver seus filhos formados em uma universidade, e também porque na

Cidade existe uma universidade, que apesar de particular, oferece bolsas de estudo

através de projetos de extensão e serviços voluntários.

Tabela 7 – Pessoa jurídica: ramo de atividade

Opções Respostas Porcentagem (%)

Bar 3 33

Comércio 4 45

Imobiliária 1 11

Estacionamento 1 11

TOTAL 9 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 7 – Pessoa jurídica: ramo de atividade

Fonte: Dados primários (2012)

Este gráfico representa o ramo de atividade das nove pessoas jurídicas que

participaram da pesquisa. Observa-se que a maioria trabalha com comércio e bar,

isso é bem evidente, visto que na região onde o Supermercado está localizado é

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bastante presente lojas e bares, e comerciantes que possuem restaurantes em uma

praia vizinha realizam suas compras alí.

É importante saber com o que as pessoas jurídicas trabalham, qual o negócio

delas, para melhor focar seus esforços. Isso se for do interesse dos gestores

trabalharem com atacado, como já mencionado na questão 1, se não forem

adotadas estratégias como desconto nas compras por atacado, será difícil aumentar

essa porcentagem de venda no Supermercado.

Tabela 8 – Localidade onde mora

Opções Respostas Porcentagem (%)

Biguaçu 90 94

Antônio Carlos 1 1

Gov. Celso Ramos 3 3

Florianópolis 1 1

São José 1 1

Outros 0 0

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 8 – Localidade onde mora

Fonte: Dados primários (2012)

Como se pode observar, 94% dos entrevistados residem em Biguaçu, o que

já era esperado, visto que o Mercocentro está situado no Centro e atende clientes de

toda a Cidade, principalmente do interior. A maioria dos clientes do interior realiza

suas compras no Supermercado devido à localização e a entrega gratuita das

compras; eles vêm de ônibus, o ponto é quase em frente ao Supermercado,

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compram, geralmente, um dia antes do dia da entrega das compras, porque tem o

dia certo de entrega para cada localidade.

Os clientes que são das cidades de São José e Florianópolis compram,

provavelmente, porque vieram visitar alguém ou possuem sítio na região.

Tabela 9 – Atua profissionalmente em que setor?

Opções Respostas Porcentagem (%)

Público 23 24

Privado 62 65

Misto 11 11

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 9 – Atua profissionalmente em que setor?

Fonte: Dados primários (2012)

A maioria dos clientes do Supermercado é formado por pessoas que atuam

profissionalmente no setor privado, 65%, já pessoas que atuam no setor público

representam 24% e no misto 11%.

Analisando as repostas que foram dadas a essa pergunta, oberva-se que

muitos clientes trabalham como vendedores nas lojas da região, nas indústrias de

plásticos, o que totalizou a maioria como sendo no setor privado. Também

participaram da pesquisa professores, pessoas que trabalham na prefeitura do

Município, estudantes. Isso pode ser relacionado com o grau de escolaridade e

renda dos clientes, pessoas com menos estudo, trabalham em funções menos

complexas e consequentemente, menos remunerada.

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Tabela 10 – Como ficou conhecendo o Supermercado Mercocentro?

Opções Respostas Porcentagem (%)

Indicação 15 16

Internet 0 0

Amigos 37 38

Propaganda (panfletos) 0 0

Passou em frente 28 29

Outros 16 17

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 10 - Como ficou conhecendo o Supermercado Mercocentro?

Fonte: Dados primários (2012)

O gráfico mostra que a maioria dos clientes conheceram o Supermercado

Mercocentro por meio de amigos, porque passaram em frente ou por indicação. A

internet, mesmo sendo um meio bastante utilizado atualmente, não foi citada, assim

como a propaganda feita por meio de panfletos.

Para Boone e Kurtz (2009), a propaganda serve para informar, persuadir e

lembrar. Para informar os clientes sobre a existência da empresa, para persuadir a

compra de algum produto e para lembrar os clientes e consumidores que a empresa

está alí o esperando para comprar seus produtos.

A empresa utiliza poucos meios de propaganda, uma ou duas vezes no mês

distribui panfletos nas casas dos consumidores com promoções, possui um site na

internet que está desatualizado e ninguém visita, prova disso é ninguém conhecer a

empresa por meio do mundo virtual.

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O principal marketing é feito pelos próprios clientes, que indicam para amigos

e parentes a empresa, o chamado marketing “boca-a-boca”. Na opinião dos gestores

essa é sem dúvida a principal forma de divulgação do Supermercado, os clientes

utilizam os serviços e produtos, ficam satisfeitos, e isso gera comentários positivos

acerca da organização, o que leva outras pessoas a quererem usufruir também.

A opção outros, representou 17% e foi escolhida por pessoas que são clientes

porque o trabalho ou a casa ficam próximos ou porque os pais já compravam no

Supermercado.

Tabela 11 – Há quanto tempo você é cliente do Supermercado Mercocentro?

Opções Respostas Porcentagem (%)

Primeira vez 0 0

Menos de 6 meses 3 3

De 6 meses a 1 ano 1 1

De 1 a 3 anos 10 10

De 3 a 6 anos 13 14

Mais de 6 anos 69 72

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 11- Há quanto tempo você é cliente do Supermercado Mercocentro?

Fonte: Dados primários (2012)

Conforme apresentado no gráfico 11, verifica-se que 72% dos entrevistados

são clientes do Supermercado Mercocentro há mais de 6 anos, 14% o frequentam

de 3 a 6 anos e 10% de 1 a 3 anos. Restando uma pequena minoria que é cliente a

menos de 1 ano.

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O Supermercado Mercocentro foi fundado há 18 anos, e conseguiu fidelizar

bastantes clientes durante esse período. O fato de grande parte serem clientes há

mais de 6 anos, clientes de longo prazo, evidencia que estes estão satisfeitos com

os produtos e serviços oferecidos pela organização.

Mas, cliente fidelizado nunca é demais, então, é interessante os gestores

organizarem ações que incentivem estes 4% de clientes de curto prazo a voltarem

mais vezes, e se tornarem clientes fidelizados. Desse modo, é necessário que os

gestores conheçam as necessidades dos clientes, entendam o que eles querem,

para poderem descobrir a melhor maneira de atendê-los. Caprichar no atendimento

é essencial, pois cliente bem tratado volta. É muito importante manter a qualidade

dos produtos e melhorar cada vez mais o ambiente, para agradar os novos clientes

e deixar os que já frequentam mais satisfeitos.

Tabela 12 – Cortesia dos funcionários

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 37 39

Bom 56 58

Regular 3 3

Ruim 0 0

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 12 – Qual sua percepção sobre o item: cortesia dos funcionários

Fonte: Dados primários (2012)

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De acordo com o gráfico 12, a cortesia dos funcionários foi avaliada em

excelente, bom, regular ou ruim, e apenas 3% dos pesquisados avaliaram esse item

como regular e ninguém avaliou como ruim. Isso demonstra que os funcionários da

empresa são respeitosos e afáveis no trato com o cliente.

O Supermercado Mercocentro preza muito o atendimento, tanto que este é o

principal ingrediente na manutenção, atração e fidelização de clientes. A

concorrência aumenta cada dia mais e disputando agora com grandes redes, o

Supermecado precisa utilizar diferenciais para vender seus produtos e satisfazer

seus clientes.

Godri (1994) menciona que o atendimento é a principal ferramenta de uma

empresa para conquistar o cliente, pois a qualidade deste serviço é essencial para o

resultado final da empresa, ou seja, para que a compra do produto realmente

aconteça. O cliente deve ser a prioridade, sempre ser ouvido, acompanhado e se

possível tratado pelo nome, e acima de tudo ser respeitado perante suas decisões e

opiniões em relação a empresa.

Os gestores sabem o valor de um bom atendimento e acreditam que sempre

é preciso melhorar. Para que o atendimento ocorra da melhor forma, é preciso que

os funcionários estejam sempre motivados e preparados para atender o cliente, e

conscientes da importância do cliente para a organização.

Tabela 13 - Agilidade no atendimento

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 23 24

Bom 60 62

Regular 13 14

Ruim 0 0

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 13 - Qual sua percepção sobre o item: agilidade no atendimento

Fonte: Dados primários (2012)

No item agilidade no atendimento, 24% dos clientes avaliaram excelente, 62%

bom e apenas 14% regular. Isso evidencia que o atendimento, além de cortês é

bastante ágil.

Embora a maioria tenha avaliado positivamente a agilidade no atendimento, o

fato de 14% acharem regular é preocupante. Hoje em dia todo mundo vive com

pressa, tem o dia corrido, e ser atendido com rapidez é o que o cliente espera

quando precisa de uma informação ou um serviço.

Treinar os funcionários quanto a isso é essencial, explicar para eles a

importância do bom e ágil atendimento, mostrando o quanto o cliente é frágil e como

uma fidelidade de anos pode ser quebrada por um atendimento mal feito.

Tabela 14 – Aparência dos funcionários

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 33 34

Bom 58 61

Regular 3 3

Ruim 2 2

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 14 – Qual sua percepção sobre o item: aparência dos funcionários

Fonte: Dados primários (2012)

Manter os uniformes sempre impecáveis, meninas maquiadas, unhas limpas e

curtas, meninos de cabelo cortado, barba feita, apresentar-se sempre limpo, essas

são as primeiras recomendações assim que se inicia a trajetória profissional no

Supermercado Mercocentro. E o gráfico 14 mostra que está dando resultado, pois

na avaliação do item aparência dos funcionários, 34% julgaram excelente, 61% bom

e apenas 3% regular e 2% ruim.

Aparência aqui, não tem nada relacionado com beleza, diz respeito a como os

funcionários se apresentam, se o uniforme está limpo e passado, se a barba não

está grande parecendo desleixado, se as unhas não estão crescidas demais

demonstrando falta de higiene; a aparência além de transmitir o perfil da conduta do

funcionário, ainda representa a empresa para quem se trabalha.

Tabela 15 – Variedade de produtos

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 18 19

Bom 49 51

Regular 28 29

Ruim 1 1

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 15 – Qual sua percepção sobre o item: variedade de produtos

Fonte: Dados primários (2012)

Na percepção dos clientes sobre o item variedade de produtos, o resultado foi

negativo, pois apesar de 19% avaliarem excelente e 51% bom, 29% avaliaram

regular e 1% ruim.

A maioria dos clientes acredita que a variedade de produtos que o

Supermercado oferece está de acordo com as suas necessidades, muitos clientes

até preferem que não tenha muita variedade, pois quanto mais opções de produtos,

mais eles irão comprar e acabarão gastando mais.

Por outro lado, para alguns clientes, quanto mais variedade melhor. Eles

preferem ter mais opções de escolha, podendo comparar qualidade, preço, e decidir

pelo que mais se encaixa na sua necessidade/poder.

Na opinião dos gestores a variedade de produtos do Supermercado não é

excelente, mas é o melhor que se consegue dentro do espaço físico disponível. Se o

espaço fosse maior, várias marcas seriam incorporadas ao mix, e mais opções de

produtos das marcas que o Supermercado já trabalha seriam colocadas a

disposição do cliente.

Tabela 16 – Conhecimento dos funcionários em relação aos produtos

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 19 20

Bom 50 52

Regular 25 26

Ruim 2 2

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 16 – Qual sua percepção sobre o item: conhecimento dos funcionários em relação aos produtos

Fonte: Dados primários (2012)

No item conhecimento dos funcionários em relação aos produtos, 20%

avaliaram excelente, 52% bom, 26% regular e 2% ruim.

A maioria dos clientes apresentou uma avaliação positiva referente esse item,

pois acreditam que os funcionários estão qualificados para efetuar o serviço.

Porém, mais de 25% avaliaram como regular ou ruim, isso talvez, porque a

empresa não oferece nenhum tipo de treinamento relacionado aos produtos ou a

localização destes nas gôndolas aos seus funcionários. Ás vezes os clientes

perguntam aos colaboradores se o Supermercado vende produtos sem glúten ou

diet, e a maioria deles não sabe responder. O mais grave é quando o cliente

pergunta ao funcionário onde fica determinado produto e ele não sabe.

Para Samara e Barros (1997, p.2) o diferencial competitivo das empresas é a

qualidade na prestação de serviços ou produtos, de maneira que agrade seus

clientes. A procura por maneiras de satisfazer os clientes, proporcionando serviços e

produtos para conquistá-los e mantê-los, e alcançando lucro com essa atividade, é o

que diferencia a organização voltada para o mercado que exercita os conceitos de

marketing de forma eficiente. A organização precisa ter o compromisso, de procurar

o conhecimento adequado sobre seus produtos e serviços, para auxiliar seus

clientes, sempre com informações corretas.

É de extrema importância que o conhecimento dos funcionários sobre esse

item melhore e satisfaça ainda mais os clientes.

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Tabela 17 – Exposição dos produtos nas prateleiras

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 20 21

Bom 68 71

Regular 7 7

Ruim 1 1

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 17 – Qual sua percepção sobre o item: exposição dos produtos nas prateleiras

Fonte: Dados primários (2012)

Nesse item sobre a percepção dos clientes referente à exposição dos

produtos nas prateleiras, a maioria dos clientes estão satisfeitos, sendo que 21%

avaliaram como excelente e 71% como bom, e apenas 7% avaliaram a exposição

dos produtos como regular e 1% como ruim.

Isso demonstra que, apesar da falta de espaço, o Supermercado expõe seus

produtos de maneira que agrada os clientes, sempre colocando os produtos que

estão em oferta nas pontas de gôndolas para melhor visualização e acesso. Os

produtos da padaria ficam todos expostos no balcão, e os produtos do açougue,

linguiça, salsicha e algumas carnes, ficam no balcão, e outros cortes de carnes

ficam na parte interna do açougue, mas o cliente também consegue ver, pois é

separado por um vidro, e produtos como defumados e frios ficam nos displays

adequados.

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Na visão dos gestores a exposição dos produtos nas prateleiras é adequada,

pois o espaço é pequeno, então é feito o que é possível para não deixar nenhum

produto escondido, e nem deixar faltar o produto na gôndola, pois quando o cliente

não vê o produto, não compra.

Tabela 18 – Qualidade dos serviços e produtos

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 19 20

Bom 65 68

Regular 12 12

Ruim 0 0

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 18 – Qual sua percepção sobre o item: qualidade dos serviços e produtos

Fonte: Dados primários (2012)

A qualidade do produto ou serviço é um dos principais itens a ser avaliado

pelos clientes em uma empresa, pois influencia diretamente na decisão de compra

do consumidor. Segundo Boone e Kurtz (2009), a percepção influencia o

comportamento de um consumidor, os estímulos que recebe, e que são percebidos

por meio dos cinco sentidos, visão, audição, tato, paladar e olfato, determinam a

decisão de compra. Vale ressaltar que o que o cliente percebe depende do que ele

quer perceber, mas a qualidade do produto influencia absolutamente no valor que o

cliente atrubui ao produto e será determinante na hora da compra.

A qualidade dos produtos e serviços oferecidos pelo Supermercado

Mercocentro foi avaliada, em sua maioria, como excelente e boa, mas um pequeno

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percentual avaliou a qualidade como regular. Essa minoria merece uma atenção

especial, pois a qualidade é um dos fatores determinantes na hora da decisão de

compra.

Cabe aos gestores analisar qual problema está interferindo na qualidade dos

produtos e serviços e buscar estratégias para alcançar a qualidade esperada pelos

clientes, pois a concorrência aumenta aceleradamente e manter um alto padrão de

qualidade é um quesito essencial para a empresa ser competitiva no mercado.

Tabela 19 – Preço

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 9 9

Bom 47 49

Regular 39 41

Ruim 1 1

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 19 – Qual sua percepção sobre o item: preço

Fonte: Dados primários (2012)

O preço é o valor que o cliente paga para obter algum bem. Antes de a

empresa estabelecer o preço dos seus produtos, ela precisa analisar todos os

componentes que fazem parte de seu ambiente. Na visão de Mccarthy e Perreault

(1997) os objetivos do preço devem estar de acordo com os objetivos da

organização, e que as decisões acerca do preço são muito importantes, porque

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afeta diretamente o volume de vendas de uma organização e quanto dinheiro ela

ganha.

Na percepção dos clientes, os preços praticados pelo Supermercado

Mercocentro variam entre bom e regular, pois 49% avaliaram como bom e 41%

como regular, apenas 9% avaliaram como excelente e 1% como ruim. O preço é um

item que o cliente julga que sempre pode ser melhorado, e no entendimento dos

gestores o preço praticado pela empresa está de acordo com o mercado, mas

devido ao alto índice de percepção regular, é essencial que as técnicas para

determinação de preços sejam analisadas criteriosamente, buscando melhorias para

aumentar a satisfação dos clientes.

Os clientes avaliam o preço de uma empresa, geralmente, por meio de

experiências de compras anteriores, ou então comparando com o da concorrência,

desse modo, é extremamente importante que a empresa avalie corretamente os

produtos e o mercado antes de determinar seus preços, para que consiga atrair

clientes e conseguir lucratividade.

Tabela 20 – Promoções

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 7 7

Bom 56 59

Regular 26 27

Ruim 7 7

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 20 – Qual sua percepção sobre o item: promoções

Fonte: Dados primários (2012)

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De acordo com o gráfico 20, nota-se que grande parte dos clientes avaliaram

o item promoções como bom, mas boa parte avaliou como regular. Esse alto índice

avaliando como regular é preocupante, pois, segundo Guilhon (1998, p. 131),

“promoção significa promover o produto para que haja um aumento nas vendas,

tornando-o conhecido do público em geral ou daquele segmento que a empresa

interessa atingir”.

O Supermercado Mercocentro realiza promoções de produtos toda semana,

mas não são produtos diferentes toda semana, ás vezes modifica apenas alguns

itens da promoção e os outros continuam os mesmos. O que gera

descontentamento por parte dos clientes, que esperam encontrar toda semana

produtos diversificados na promoção. Outro fator de insatisfação dos clientes é que

o Supermercado não faz promoções por dia, como sexta da carne, por exemplo.

Já na percepção dos gestores as promoções estão de acordo com o que os

clientes esperam, percebe-se então a necessidade de um estudo detalhado por

parte deles referente este item, para descobrirem o que realmente os clientes

querem nas promoções e designar estratégias para atingir esses desejos.

Tabela 21 – Divulgação das promoções

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 12 13

Bom 34 35

Regular 35 36

Ruim 15 16

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 21 – Qual sua percepção sobre o item: divulgação das promoções

Fonte: Dados primários (2012)

Como pode-se observar no gráfico 21, a percepção dos clientes em relação a

divulgação das promoções é bastante negativa, visto que a porcentagem de regular

e ruim foi de 52%, mais da metade dos clientes julga que este item não está bom.

Apesar de 48% avaliarem como bom ou excelente, o alto índice de

insatisfação gera preocupação, pois, como mencionam Kotler e Armstrong (2003),

as promoções de vendas ajudam na edificação de relacionamentos com os clientes,

auxiliando no reforço da posição do produto e na construção de relacionamentos de

longo prazo com os clientes/consumidores.

O Supermercado Mercocentro, como mencionado na questão anterior, realiza

promoções semanais, mas nem todas são divulgadas fora da empresa, na maioria

das vezes as promoções só são vistas e descobertas se o cliente se dirigir até a

empresa. Geralmente, uma ou duas vezes por mês são feitos panfletos de

promoções, estes são distribuidos nas residências das pessoas que moram na

região. Esta distribuição é feita por alguns funcionários e, em grande parte, por

pessoas “de fora” que são contratadas por um ou dois dias para esta função.

Os gestores acreditam que os panfletos são uma boa forma de divulgação

das promoções, mas se esta divulgação não chega até os clientes, de que adianta

investir em negociações com fornecedores para conseguir preços mais baixos, ou

em impressão de panfletos, se esses recursos não estão sendo utilizados de forma

proveitosa? Cabe aos dirigentes da empresa analisar, cuidadosamente, esta

questão.

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Tabela 22 – Formas de pagamento

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 29 30

Bom 56 58

Regular 10 11

Ruim 1 1

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 22 – Qual sua percepção sobre o item: formas de pagamento

Fonte: Dados primários (2012)

Na avaliação das formas de pagamento que o Supermercado disponibiliza,

30% dos pesquisados julgaram excelente, 58% bom, e apenas 11% regular e 1%

ruim.

A empresa oferece várias opções de pagamento para o cliente, aceita

diversos tipos de cartões de crédito e débito e está sempre atento á novos cartões

que entram no mercado, recebe cheques, cartão fidelidade Mercocentro e, claro,

dinheiro. Porém não parcela as compras, enquanto outros supermercados já o

fazem. Ações de melhorias são sempre bem-vindas, progredir de bom para

excelente é perfeito.

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99

Tabela 23 – Localização

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 41 43

Bom 50 52

Regular 2 2

Ruim 3 3

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 23 – Qual sua percepção sobre o item: localização

Fonte: Dados primários (2012)

O Supermercado Mercocentro está situado no Centro de Biguaçu, dispondo

de uma localização privilegiada e estratégica, pois é rodeado por diversas empresas,

pela Prefeitura Municipal, além de estar próximo das paradas dos ônibus de todas

as localidades da Cidade. Segundo Churchill e Peter (2005), quanto mais acessível

e fácil de comprar estiver um produto, mais consumidores poderão comprá-lo. A

disponibilidade é extremamente importante no momento da tomada de decisão do

cliente, pois a maioria selecionará um dos itens que estão prontamente disponíveis.

Então, estar localizado no Centro da Cidade é uma vantagem competitiva da

empresa, embora não percebido por todos os clientes. De acordo com as respostas

demonstradas no gráfico 23, 43% dos clientes avaliaram a localização do

Supermercado como excelente, 52% como bom, 2% como regular e 3% como ruim.

Apesar de algumas avaliações negativas, os gestores da empresa acham a

localização ótima, e apontam que a Praça é um dos melhores lugares para a

localização de uma empresa desse ramo, pois o movimento de pessoas é bastante

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intenso, e a proximidade com os pontos de ônibus, que trazem a maioria dos

clientes do interior, é muito positiva.

Tabela 24 – Instalações

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 9 9

Bom 61 64

Regular 24 25

Ruim 2 2

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 24 – Qual sua percepção sobre o item: instalações

Fonte: Dados primários (2012)

Esta questão foi utilizada para saber a opinião dos clientes referente às

instalações do Supermercado, as condições do interior da loja, paredes, teto, piso,

prateleiras, condições dos carrinhos de compras, das cestinhas, localização dos

caixas, dos frízeres, das ilhas de refrigeração, de tudo que faz parte da aparência

interna da loja.

Conforme mostra o gráfico 24, os clientes avaliaram as instalações do

Supermercado como bom e regular, na maioria, pois 64% avaliaram bom e 25%

regular, e apenas 9% avaliaram excelente e 2% ruim.

As instalações de uma empresa são um item importante, porque fazem parte

do conjunto de atração, se o cliente entrar em uma organização e notar que as

paredes estão sujas, o piso velho, os carrinhos quebrados, sem rodas, com certeza

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ele não vai se sentir a vontade, e não vai optar por realizar suas compras neste

estabelecimento. Então, é fundamental que os gestores trabalhem para melhorar a

percepção dos clientes referente este quesito.

Tabela 25 – Padaria

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 30 31

Bom 50 52

Regular 14 15

Ruim 2 2

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 25 – Qual sua percepção sobre o item: padaria

Fonte: Dados primários (2012)

A padaria é o mais novo setor do Supermercado Mercocentro, faz parte do

que a empresa oferece aos clientes há menos de dois anos. A padaria apresenta

uma grande variedade de produtos, incluindo tortas, bolos, salgadinhos fritos e

assados, roscas, pizza, e muitos tipos de pães. A padaria é formada pela produção,

confeitaria, balcão de vendas e balcão de promoção, sendo que quase tudo é

fabricado na própria empresa, com excessão dos salgadinhos fritos e de alguns

assados.

Na visão dos clientes a padaria está agradando, pois 31% avaliaram este item

como excelente, 52% como bom, 15% como regular e 2% como ruim. A padaria é

utilizada pelas empresas para “chamar” o cliente e, estrategicamente, se localiza no

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fundo da loja, para que os clientes que entram para comprar pão tenham que

caminhar a loja toda até o fundo, encontrando, assim, no caminho, produtos que

vêem e acabam levando também.

Sendo assim, é essencial que a padaria continue agradando e “convidando”

os clientes a comprar um pãozinho e “descobrir” algumas coisas que estão

precisando. Os gestores precisam se atentar aos 15% de avaliação regular, e

manter a padaria sempre atrativa e com bons produtos para receber os clientes.

Tabela 26 – Açougue

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 37 39

Bom 54 56

Regular 3 3

Ruim 2 2

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 26 – Qual sua percepção sobre o item: açougue

Fonte: Dados primários (2012)

O açougue é um dos setores do Supermercado Mercocentro mais procurados

pelos clientes. As carnes bovinas do açougue estão sempre novas, pois a empresa

possui um acordo com um frigorífico da Cidade, onde os bois são abatidos e a carne

chega no mesmo dia na loja, todos os dias, sendo assim, a carne não é resfriada,

congelada, depois descongela, congela novamente, a carne é trazida e mantida

resfriada até o momento da venda. Os bois são comprados por pessoas do interior

da Cidade que circulam pelo Estado procurando os melhores e depois revendem

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para o Supermercado. A seleção da carne é feita por dois açougueiros experientes

que trazem sempre o melhor para ser oferecido aos clientes.

O açougue oferece, além da carne bovina, a suína, de frango, linguiça,

salsicha e completa linha de frios com ingredientes para feijoada.

Desse modo, pode-se observar no gráfico a satisfação dos clientes quanto a

este setor, sendo que 39% avaliaram excelente, 56% bom, e somente 3% avaliaram

regular e 2% ruim. O açougue, assim como a padaria, é uma forma de atrair os

clientes, porque se escolherem comprar a carne no Supermercado, não irão se

dirigir a outro supermercado para comprar os “agregados”, comprarão alí, também, o

carvão, o sal, a cerveja, o refrigerante, e demais acompanhamentos. Então, é

importante que os gestores mantenham a qualidade do açougue, conscientizando os

colaboradores do quanto este setor é valorizado pelos clientes, sempre utilizando

ações de melhorias em busca, cada vez mais, da satisfação da sua clientela.

Tabela 27 – Estacionamento

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 12 12

Bom 49 51

Regular 21 22

Ruim 14 15

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 27 – Qual sua percepção sobre o item: estacionamento

Fonte: Dados primários (2012)

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Como pode-se observar no grafico 27, 12% dos clientes pesquisados

avaliaram o item estacionamento como excelente, 51% como bom, 22% como

regular e 15% como ruim. Hoje em dia, uma das maiores preocupações da

sociedade é com a segurança, as pessoas querem a comodiade de poder estacionar

seu carro em um bom lugar e saber que está seguro.

O Supermercado Mercocentro possui duas vagas de estacionamento em

frente a loja, e a pouco tempo, inaugurou um estacionamento átras da loja. Porém, o

estacionamento é um pouco longe, cerca de 100 metros, e em dias de chuva, o

cliente deixa seu carro estacionado lá e precisa caminhar até a loja sem proteção.

Isso sem falar que o espaço do estacionamento é pequeno, o que osaciona uma

desistência por parte dos clientes, que chegam, não encontram vaga, e optam por

realizar suas compras em outro estabelecimento. O problema de estacionamento

também gera custos para o Supermercado, porque alguns clientes que poderiam vir

e levar suas compras no carro, preferem deixar as compras para a empresa

entregar, pois não conseguem estacionar próximo ao Supermercado.

Com isso, nota-se que o estacionamento precisa, urgentemente, de ações de

melhorias, pois além de não estar satisfazendo os clientes, ainda está gerando um

custo extra para a empresa.

Tabela 28 – Acesso ao Supermercado

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 15 16

Bom 47 49

Regular 25 26

Ruim 9 9

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 28 – Qual sua percepção sobre o item: acesso ao Supermercado

Fonte: Dados primários (2012)

No item acesso ao Supermercado, nota-se que 16% dos clientes que

participaram da pesquisa, avaliaram como excelente, 49% avaliaram como bom,

26% como regular e 9% como ruim. É curioso como no item localização, a avaliação

dos clientes ficou entre excelente e bom, e neste a porcentagem de regular e ruim

foi bastante significativa.

O Supermercado Mercocentro, como mencionado anteriormente, localiza-se

no Centro, mas para chegar a loja, o cliente precisa fazer um contorno,

praticamente, por toda região central. Isso, porque, no ano de 2011, foi realizada

uma mudança no trânsito da Cidade, o que beneficiou alguns comércios e acabou

prejudicando outros. Esta mudança foi mais percebida pelos clientes que vem ao

Supermercado de carro, pois para quem vem de ônibus, continou quase a mesma

coisa.

Na visão dos gestores a mudança do trânsito não afetou, praticamente, nada

o movimento do Supermercado, mas a insatisfação dos clientes mostra que isto

deve ser revisto. Sabe-se que quando o assunto diz respeito ao Município, Estado

ou Governo Federal, “apita” quem rende mais, ou seja, as empresas maiores sempre

levarão vantagem e influenciarão mais nas decisões que as pequenas, desse modo,

os gestores não podem alterar o trânsito, mas podem buscar estretágias para

aumentar a satisfação dos clientes.

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106

Tabela 29 – Entrega das compras

Opções Respostas Porcentagem (%)

Excelente 24 25

Bom 60 63

Regular 10 10

Ruim 2 2

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 29 – Qual sua percepção sobre o item: entrega das compras

Fonte: Dados primários (2012)

A entrega das compras é feita gratuitamente, se o valor for superior a 30,00

reais, na residência dos clientes, caso seja inferior é cobrado uma taxa de 3,00

reais. A entrega é feita todos os dias nas localidades próximas ao Supermercado, e

em dias preestabelecidos para as regiões mais afastadas. De acordo com o gráfico

29, 25% dos clientes pesquisados avaliaram a entrega das compras como

excelente, 63% como bom, 10% como regular e 2% como ruim.

Este alto índice de satisfação é muito positivo para a empresa, pois grande

parte dos clientes, principalmente os que moram no interior, utilizam este serviço e,

muitos deles, escolhem comprar no Supermercado Mercocentro, porque a empresa

disponibiliza este serviço.

Porém, os 10% de percepção regular e 2% ruim causam apreensão, cabe aos

gestores verificar se esses clientes avaliaram negativamente porque estão

insatisfeitos ou porque não utilizam o serviço, e se o motivo for insatisfação procurar

medidas de correção para elevar o grau de satisfação dos clientes.

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Tabela 30 – Você indicaria o Supermercado para outra pessoa?

Opções Respostas Porcentagem (%)

Sempre 71 74

Ás vezes 20 21

Raramente 5 5

Nunca 0 0

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 30 – Você indicaria o Supermercado para outra pessoa?

Fonte: Dados primários (2012)

Na apresentação do gráfico 30, pode-se notar que a maioria dos clientes

pesquisados indicaria o Supermercado Mercocentro para outra pessoa, 74%

indicariam sempre, 21% indicariam ás vezes, e apenas 5% raramente indicariam.

Este resultado é muito confortante para a empresa, pois conforme mostrado

no gráfico 10, grande parte dos clientes conheceram o Supermercado por meio de

indicação, e se a maioria dos clientes continuar indicando a empresa para outras

pessoas, cada vez mais clientes virão conhecer a loja, possibilitanto assim, à

empresa, fidelizar um número maior de clientes, por meio de estratégias de

marketing e do bom atendimento, que já é marca registrada do Supermercado.

Os gestores devem sempre investir em maneiras de satisfazer os clientes,

pois isto, além de gerar bons resultados e satisfação, gera ainda uma divulgação

gratuita da empresa por parte dos próprios clientes, segundo demonstrado nesta

questão.

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Tabela 31 – Qual item você acha que a empresa deveria melhorar?

Opções Respostas Porcentagem (%)

Estacionamento 13 14

Variedade de produtos 13 14

Espaço físico da loja 17 18

Instalações 3 3

Promoções 5 5

Preço da carne 5 5

Qualidade da padaria 7 7

Preço 2 2

Outros 8 8

Não opinaram 23 24

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 31 – Qual item você acha que a empresa deveria melhorar?

Fonte: Dados primários (2012)

Esta foi uma questão aberta com o intuito de deixar o cliente livre para indicar

o item que mais lhe desagrada na empresa e que precisa de melhorias urgentes.

Esclarecendo que itens que foram citados somente uma vez, contam como outros.

De acordo com o gráfico, o espaço físico é o item que mais gera insatisfação

por parte dos clientes com 18% de reprovação, seguido do estacionamento e da

variedade de produtos, com 14% cada, com 7% aparece a qualidade da padaria, 5%

cada, foi citado o preço da carne e as promoções, completando surge, com 3% as

instalações, 2% o preço, sendo que 24% não opinaram e 8% indicaram outros itens.

Os itens que compõem os “outros” são organização, sistema, horário de

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funcionamento, verdura, cobrança da taxa de entrega, forma de entregar as

compras, lanchonete e um pouco de cada item avaliado na tabela de percepção.

Como se pode notar, a maior parte dos itens indicados nesta questão, já

haviam apontado insatisfação em outras questões mostradas anteriormente, então,

os gestores devem analisar, cuidadosamente, cada item indicado nesta questão e

analisar o que pode ser feito para melhorá-los.

Tabela 32 – Quais dos fatores abaixo determinaram sua escolha por esta empresa? Pode assinalar mais de uma alternativa

Opções Respostas Porcentagem (%)

Atendimento 71 31

Preço 41 18

Agilidade na entrega 20 8

Confiança na empresa 38 16

Formas de pagamento 30 13

Variedade e qualidade dos produtos

20 9

Outra razão 11 5

TOTAL 231 100

TOTAL DE ENTREVISTADOS

96 100

Fonte: Dados primários (2012)

Gráfico 32 – Quais fatores abaixo determinaram sua escolha por esta empresa? Pode assinalar mais de uma alternativa

Fonte: Dados primários (2012)

O fator que determina a escolha do consumidor por esta ou aquela empresa

varia de pessoa para pessoa, mas geralmente está ligado ao que ela mais valoriza

na hora da compra.

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Como poderia assinalar mais de uma alternativa, 231 respostas foram dadas,

e partir destas respostas foi calculado a porcentagem. O item que mais se destacou

foi o atendimento, com 31%, em seguida foi o preço, com 18%, acompanhado da

confiança na empresa, com 16% e das formas de pagamento, com 13%, por último

aparecem a variedade de produtos, com 9% e a agilidade na entrega, com 8%, 5%

citaram outras razões, como localização, entre outros motivos.

O atendimento foi o fator mais determinante na escolha dos clientes pelo

Supermercado Mercocentro, e isto já era esperado, pois o atendimento é bastante

elogiado pelos clientes e muito cobrado dos funcionários por parte da gerência.

Dispor de um atendimento diferenciado coloca a empresa em um patamar

privilegiado, pois neste mercado tão concorrido, onde a disputa por meio de preços,

promoções, já está banalizada, o atendimento passa a ser um diferencial competitivo

das empresas que podem contar com isso.

Saber por que os clientes estão comprando nesta empresa, possibilita aos

gestores estabelecer estratégias de aprimoramento, focando nos itens mais

determinantes e trabalhando na procura por melhorar ainda mais estes quesitos.

Tabela 33 – Normalmente, qual a forma de pagamento que você mais utiliza?

Opções Respostas Porcentagem (%)

Dinheiro 50 52

Cartão de débito 6 6

Cartão de crédito 16 17

Cartão do Supermercado 21 22

Cheque 3 3

Outros 0 0

TOTAL 96 100

Fonte: Dados primários (2012)

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Gráfico 33 – Normalmente, qual a forma de pagamento que você mais utiliza?

Fonte: Dados primários (2012)

Conforme mostrado no gráfico 33, 52% dos clientes realizam o pagamento de

suas compras com dinheiro, 22% utilizam o cartão fidelidade do Supermercado, 17%

pagam com cartão de crédito, 6% com cartão de débito e apenas 3% fazem o

pagamento com cheque.

A maioria dos clientes paga suas compras com dinheiro, o que é vantajoso

para o Supermercado, porque além de ser um pagamento sem possibilidade de

perca, o dinheiro em caixa possibilita melhores negociações com fornecedores,

podendo pagar suas compras á vista e conseguindo descontos que serão

repassados aos clientes.

Analisando o gráfico percebe-se que apenas 3% dos clientes pagam suas

compras com cheque, enquanto 23% pagam com cartões de bandeiras, e isso não é

vantajoso para o Supermercado, pois nos pagamentos com cartões, apesar de ser

uma venda com recebimento garantido, as taxas que as administradoras cobram é,

relativamente, maior que a perca com cheques devolvidos.

Outro ponto que merece atenção é a quantidade de clientes que utilizam o

Cartão Mercocentro para pagar suas compras, 22% apenas, sendo que este cartão

não possui nenhum custo para a empresa e ainda cria uma fidelização. Do mesmo

modo que os cheques, táticas deveriam ser utilizadas para incentivar os clientes a

fazerem e utilizarem o Cartão Mercocentro em suas compras, criando ações para

aumentar o uso dessas formas de pagamento, podendo aumentar a lucratividade da

empresa.

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4.2.2 Síntese dos resultados

A pesquisa aplicada com os clientes do Supermercado Mercocentro, teve por

objetivo proporcionar o conhecimento do perfil, das opiniões, dos desejos, das

necessidades, das satisfações e das insatisfações dos clientes, que são

fundamentais para a elaboração do plano de marketing da empresa. Esta pesquisa

auxiliou na captação de informações que foram utilizadas no desenvolvimento do

plano de marketing que será uma importante ferramenta para a realização de

melhorias na organização.

A pesquisa realizada com os clientes do Supermercado Mercocentro foi

aplicada no mês de agosto de 2012, originando informações que evidenciam alguns

pontos positivos e alguns negativos que a organização possui.

Por meio desta pesquisa foi possível conhecer o perfil dos clientes que

frequentam o Supermercado, possibilitando a percepção de algumas características

do comportamento destes consumidores, sendo que a maior parte deles são

pessoas físicas, adultas, casadas ou solteiras, com uma renda mensal que varia

entre 1001,00 e 3000,00 reais, com nível de instrução médio.

Analisando outras questões contidas na pesquisa, ficam evidentes alguns

pontos positivos da empresa percebidos pelos clientes, como atendimento, que é um

item que detém muito a atenção dos gestores, e estes estão sempre oferecendo

treinamentos e cobrando dos colaboradores que o atendimento seja feito de forma

afável, respeitosa e ágil, e isto é percebido pelos clientes, conforme demonstrado

nos resultados da pesquisa. Outro ponto que pode ser destacado em relação ao

alto nível de satisfação é a aparência dos funcionários, a maneira como eles se

apresentam, cabelo, maquiagem, roupa, higiene. O questionário mostrou, também, o

contentamento dos clientes quanto ao açougue, com altas porcentagens para

excelente e bom, o que reflete o esforço da empresa em oferecer sempre carne

nova e de qualidade aos clientes.

Porém, a pesquisa evidenciou que a organização também possui alguns

pontos que precisam ser melhorados, como as promoções e suas divulgações, que

foram itens que tiveram percepção negativa dos clientes, e que demandam

investimentos por parte do Supermercado. O estacionamento, o conhecimento dos

funcionários em relação aos produtos, o preço, a variedade de produtos, o acesso

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ao Supermercado e as instalações, são fatores que geram insatisfação por parte dos

clientes.

Outro fator positivo observado na pesquisa foi que a maioria dos clientes

indicaria o Supermercado para outra pessoa, isso, além de demonstrar que os

clientes, no geral, estão satisfeitos com a empresa, ainda serve para divulgação da

organização, por meio do marketing “boca-a-boca”.

A última questão da pesquisa foi aberta, proporcionando aos clientes a

oportunidade de expor suas ideias e sugerir novos produtos ou mudanças para o

Supermercado. Os clientes ofereceram bastantes sugestões, entre as mais citadas

estão a criação de uma lanchonete junto a padaria, trabalhar com mais opções de

produtos naturais integrais e diet, realizar promoções diárias e variar nas

promoções, ficar atento aos novos produtos que entram no mercado, sacolão na

verdura, bazar com material escolar, mais variedades de produtos, e outras que, por

terem sido citadas um número menor de vezes, não estão sendo apresentadas aqui,

mas serão repassadas aos gestores.

Vale ressaltar que a pesquisa possibilitou uma visão holística em relação o

perfil e a percepção dos clientes que frequentam o Supermercado Mercocentro. Esta

pesquisa forneceu subsídios fundamentais para a concretização deste trabalho que

tem por finalidade colaborar para a efetivação de melhorias na empresa.

4.3 PLANO DE MARKETING

Neste tópico é exposto o planejamento de marketing que servirá como uma

ferramenta estratégica para a empresa Supermercado Mercocentro. O plano de

marketing foi desenvolvido por meio da adaptação do modelo proposto por Las

Casas (2007), que apresenta os seguintes passos:

Análise ambiental: ameaças e oportunidades;

Análise de pontos fortes e fracos;

Objetivos;

Estratégias de marketing;

Estratégias do composto;

Plano de ação.

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4.3.1 Análise ambiental: ameaças e oportunidades

4.3.1.1 Demografia

A demografia é o estudo das características de uma população, abrangendo

idade, estado civil, índice de natalidade e mortalidade, crença religiosa, instrução,

etnia, entre outros fatores. Geralmente, os profissionais de marketing juntam

informações a respeito de várias características demográficas, como quantas

pessoas são aposentadas, são solteiros com filhos, e conseguem melhor identificar

e atender o mercado-alvo, pois descobrindo padrões de diversidade conseguem

direcionar seus bens e serviços de maneira adequada (CHUCHILL; PETER, 2005).

O Supermercado Mercocentro está localizado na cidade de Biguaçu, a 15km

de Florianópolis, capital de Santa Catarina. É uma cidade litorânea, cuja população é

de 57.180 habitantes, de acordo com a Prefeitura Municipal de Biguaçu (2010).

A população de Biguaçu é bastante diversificada, possui descendentes de

açorianos, alemães e negros que chegaram há 179 anos e começaram a

colonização da cidade. De acordo com o IBGE (2009) a população cresce a uma

ordem de 1,8% ao ano, o que é interessante para o Supermercado Mercocentro,

pois quanto mais pessoas, mais chance de aumentar as vendas.

De acordo com a pesquisa, na qual constaram alguns estudos demográficos,

ficou evidente que a maioria dos clientes do Supermercado Mercocentro são

pessoas adultas, casadas ou solteiras, com renda média que varia entre 1001,00 e

3000,00 reais, com grau de escolaridade médio e residem em Biguaçu.

A população de Biguaçu é composta, quase que igualmente, por homens e

mulheres, e esse fato pode ser percebido no resultado da pesquisa do perfil dos

clientes do Supermercado, pois a diferença entre homens e mulheres que

responderam o questionário foi de apenas 8%. Desta forma, a perspectiva é

aumento das vendas, visto que a população tende a crescer e as necessidades

acompanham esse crescimento.

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4.3.1.2 Economia

O ambiente econômico influencia diretamente nas vendas do Supermercado

Mercocentro, pois o poder de compra dos consumidores depende da economia e

essa variável incontrolável não depende da influência dos gestores.

Na visão de Boone e Kurtz (2009), fatores como a inflação e a deflação

afetam diretamente os gastos do consumidor, o desemprego aumenta a recessão, a

receita é o que afeta diretamente o poder de compra do consumidor, e a

disponibilidade de recursos exige dos profissionais de marketing técnicas para lidar

com esse fator. Os autores (2009) colocam que o ambiente econômico do marketing

incide em forças que afetam o poder de compra do consumidor.

Segundo a Prefeitura Municipal de Biguaçu (2012), de janeiro a julho de 2012,

Biguaçu contabilizou a abertura de 376 novas empresas comerciais, indústrias e de

prestação de serviços, o que representa o segundo maior índice de crescimento na

região da Grande Florianópolis, ficando atrás apenas de Santo Amaro da Imperatriz,

nesse período. Para o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e

Inovação Tecnológica da Cidade, João Braz da Silva, citado na matéria da Prefeitura

Municipal de Biguaçu, “Biguaçu é a bola da vez no desenvolvimento regional da

Grande Florianópolis [...]”. Isso devido a parcerias entre empresários e instituições

da região. Esse aumento no número de empresas significa aumento de emprego e

renda, o que reflete diretamente no poder de compra dos consumidores da região.

No quesito emprego e renda, educação e saúde, o crescimento de Biguaçu foi

bastante satisfatório e promissor, pois a Prefeitura Municipal de Biguaçu (2012), que

recebeu recentemente esses dados do ano de 2009, mostrou que o Município

registrou um crescimento de 9,45% nesses quesitos, comparando o ano 2008 com

2009.

Analisando estes dados, constata-se que o ambiente econômico de Biguaçu

representa uma oportunidade para o Supermercado Mercocentro, pois a abertura de

novas empresas, possibilitando o aumento de emprego e renda, e o

desenvolvimento da Cidade crescendo em ritmo próspero, significa o aumento da

receita da população e mais condições de consumo, o que gera uma probabilidade

de aumento nas vendas da empresa.

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4.3.1.3 Político-legal

Não é uma boa ideia entrar em um mercado antes de conhecer suas regras.

As leis e suas determinações exigem das empresas que operem em certas

condições e respeitem os direitos dos consumidores. O não cumprimento destas

leis, regulamentos e decretos resultam em multas, propaganda negativa e caros

processos de danos civis (BOONE; KURTZ, 2009).

O Supermercado Mercocentro caracteriza-se como natureza jurídica de

Sociedade Empresária Limitada, de razão social Supermercado Mercocentro Ltda., e

trabalha com a forma de tributação Lucro Real.

O Supermercado utiliza balanças para pesar produtos do açougue, da verdura

e da padaria, por isso recebe frequentemente a visita de fiscais do INMETRO

(Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial), para averiguar se está tudo

em conformidade com a legislação, caso algum defeito seja detectado, os fiscais

estipulam um prazo para a regularização e corrigindo a falha, o Supermercado

passa a trabalhar, novamente, em acordo com a lei.

Outra vistoria que ocorre na empresa regularmente é feita pela ANVISA

(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), estes ficais visitam o estabelecimento

para revalidar o Alvará Sanitário e para verificar se a empresa continua cumprindo

todas as normas e exigências para conseguir o alvará, caso contrário a loja é

notificada e precisa se regularizar dentro do prazo estipulado. A ANVISA também

fiscaliza os produtos fora da validade e em más condições para venda, se algum

problema desses for identificado, a empresa recebe uma multa e precisa tirar estes

itens da área de venda imediatamente, caso isso não ocorra, os fiscais interditam o

estabelecimento. O Supermercado, por trabalhar com venda de carne, precisa de

um alvará que comprove as condições para realizar a armazenagem e venda deste

produto, por isso a empresa tem contrato com um veterinário que faz visitas

semanais para analisar o ambiente em que a carne está armazenada e as

condições.

Além de todos os aspectos legais que a empresa precisa seguir e respeitar,

ainda sofre interferência devido à conjuntura política da região onde a organização

está situada.

Pode-se destacar como ameaça a mudança no trânsito da Cidade, que no

ano passado (2011) foi alterado e dificultou o acesso ao Supermercado

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Mercocentro. O acesso fica pior nos horários de pico, pois muitos ônibus circulam e

prejudica quem quer chegar à empresa de carro.

Outro fator que pode ser identificado como ameaça é a política do Município

trabalhar junto com o interesse das grandes empresas, adotando medidas para

beneficiá-las, mas que afetam todas as empresas da localidade.

4.3.1.4 Clientes

Os clientes do Supermercado Mercocentro são procedentes, principalmente,

da cidade de Biguaçu, mas a empresa também atende grande número de clientes

da cidade de Governador Celso Ramos. Alguns clientes são oriundos da cidade de

Antônio Carlos, São José e Florianópolis, mas em número bem menor, a maioria dos

clientes dessas cidades vão ao Supermercado porque vem visitar algum parente ou

possuem sítio no interior.

Grande parte dos clientes da cidade de Governador Celso Ramos e do

interior de Biguaçu realizam suas compras no Supermercado Mercocentro por causa

da entrega gratuita das compras, e isso pode ser percebido como uma oportunidade

para a empresa.

4.3.1.5 Fornecedores

Os fornecedores são grandes parceiros das empresas, deles depende o

produto que será oferecido ao cliente e a quanto será oferecido. Negociações com

fornecedores são úteis para se conseguir produtos com mais qualidade á preços

menores.

Os principais fornecedores do Supermercado Mercocentro são:

Ambev: cervejas (Skol e Brahma) e refrigerantes da Antarctica;

Vonpar: refrigerantes (Coca-cola e sabores), cervejas (Kaiser, Sol, Heineken)

e sucos (Del valle);

Bunge: óleo Soya, margarina Primor e Delícia, farinha de trigo D. Benta e Boa

Sorte;

Sara Lee: café Pilão e Caboclo;

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Nova América: açúcar União, Duçula e Dolce;

Kiarroz Fumacense: arroz Kiarroz;

Tyson: frangos, cortes e embutidos (Macedo).

Estes são alguns dos fornecedores e parceiros do Supermercado

Mercocentro e os principais produtos que a empresa adquire deles. Claro que o

Supermercado não fica restrito somente a estes fornecedores, podendo recorrer a

outros caso algum não tenha a mercadoria disponível para entrega.

No ambiente da empresa os fornecedores representam uma oportunidade,

pois existem bastantes fabricantes e distribuidores de alimentos no mercado, o que

proporciona certo poder de negociação do Supermercado frente ás empresas; mas

também pode representar uma ameaça, pois se a empresa ficar presa somente a

determinados fornecedores pode deixar faltar mercadoria, no caso de uma escassez

de matéria-prima, por exemplo.

Fica evidente a importância de atitudes que o gerente de compras do

Supermercado desenvolve, de manter contatos com diversos fornecedores para

poder recorrer em tempos de crise.

4.3.1.6 Concorrência

Concorrência é a disputa por empresas que vendem o mesmo produto ou

serviço em um mesmo contexto mercadológico.

Las Casas (2006) aponta que a concorrência é uma fator que merece

atenção; alerta que as empresas precisam estar atentas e preparadas para a

abertura de um novo concorrente em sua área de atuação.

O Supermercado Mercocentro está localizado em uma região onde existem

muitos supermercados. Como concorrente direto pode-se citar o Prado

Supermercado, que fica a uns 3km de distância do Mercocentro, na entrada da

estrada que leva ao interior de Biguaçu, e apesar de não ter muito tempo de

existência, ganhou a simpatia dos consumidores assim que se instalou, e devido a

sua localização acabou ganhando muitos clientes do bairro Prado e regiões do

interior.

Outro concorrente direto é o Supermercado Gêmeos, que está no mercado há

28 anos e conta com um bazar anexo á ele. Este supermercado está situado a uns

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2km do Mercocentro, mas fica do outro lado da BR, e é mais procurado por clientes

do bairro Vendaval, Universitário e Morro da Boa Vista.

O mais novo concorrente da região é o Supermercado Angeloni, inaugurado

há 1 ano e 5 meses, a uns 500 metros do Mercocentro, quando chegou a Cidade

provocou inquietude nos concorrentes. Passado a novidade de um supermercado

desse porte na Cidade, percebeu-se que o público do Angeloni é um pouco

diferente, e apesar de ter mais variedade de produtos que o Mercocentro, e dispor

de um horário de funcionamento mais estendido, atendendo aos domingos e

feriados, não ocasionou grandes transtornos nas vendas do Mercocentro e nem dos

outros supermercados da região. Pelo contrário, na visão dos gestores do

Supermercado Mercocentro a vinda do Angeloni trouxe outro tipo de público, esses

consumidores acabam entrando em outros supermercados para conhecer,

comparam preços e atendimento, e compram, o que trouxe novos clientes para o

Mercocentro que compram lá até hoje.

Como concorrente indireto tem-se o Supermercado Fermiano, que apesar de

também localizar-se na Cidade, não é tido como concorrente direto pelo

Supermercado Mercocentro, pois os clientes que compram lá buscam outras coisas,

é uma concepção diferente de entender as coisas. Percebe-se que se o

Supermercado Fermiano não existisse, os clientes de lá não viriam comprar no

Mercocentro.

Como concorrentes indiretos existem também os mini-mercados e as

“vendas” de interior, que são menores, mas oferecem muitos produtos que são

oferecidos nos supermercados. Apesar de vender mais caro devido ao baixo poder

de negociação, esses mercadinhos vendem bastante, porque ninguém vai deixar de

comprar um quilo de açúcar no lado de casa para se deslocar até um supermercado

só para isso.

Bom, o Supermercado Mercocentro se diferencia dos concorrentes utilizando

estratégias que geram vantagem competitiva, como o atendimento, que é o

diferencial da empresa, o cliente chega, é chamado pelo nome, os colaboradores já

sabem se ele quer um cafezinho, se precisa de ajuda para fazer as compras, no

caixa o operador já sabe como ele vai pagar, o motorista sabe aonde ele mora, os

clientes adoram isso, e não trocam isso por promoções ou 0,10 centavos de

diferença no preço de algum produto.

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Dependendo do concorrente o Supermercado Mercocentro apresenta alguma

vantagem, frente ao Angeloni é o atendimento, ao Gêmeos e ao Prado é a

localização, e aos pequenos mercados é o menor preço e a maior variedade.

Nesse sentido, a concorrência para o Supermercado Mercocentro, tanto é

uma ameaça quanto uma oportunidade. É uma ameaça porque muita concorrência

em uma mesma região significa menos possibilidade de fechamento de vendas, e é

uma oportunidade porque a concorrência dá aos consumidores a possibilidade da

comparação, e de novos clientes, não contentes com o supermercado que foram

comprar, chegarem até o Mercocentro.

Com base nas informações pertinentes ao ambiente da organização,

apresenta-se um quadro onde são demonstradas, em síntese, as ameaças e

oportunidades da empresa Supermercado Mercocentro.

Quadro 4 – Ameaças e oportunidades

AMEAÇAS OPORTUNIDADES

Mudança do Trânsito no Centro da Cidade. Aumento populacional propicia aumento nas

vendas.

Autoridades políticas defendem o interesse de grandes empresas.

Abertura de novas empresas geram emprego e renda e aumentam o poder de

compra da população.

Dependência de fornecedores pode gerar escassez de mercadorias (matéria-prima).

Desenvolvimento da saúde, educação, emprego e renda, representam mais

condições de consumo da população.

Muita concorrência na região, menos chance de fechar vendas.

Grande número de fornecedores aumenta o poder de negociação do Supermercado.

Alta concorrência, possibilidade de comparação.

Fonte: Elaborado pela autora (2012)

4.3.2 Pontos fortes e pontos fracos

A análise dos pontos fortes e fracos da empresa Supermercado Mercocentro

foi realizada com base na pesquisa aplicada com os clientes da organização e na

percepção dos gestores.

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121

4.3.2.1 Pontos fortes

Atendimento: o atendimento do Supermercado Mercocentro é um dos

diferenciais da empresa, a agilidade e, especialmente, a cortesia dos

funcionários é muito bem vista pelos clientes, como comprovado na pesquisa.

A organização preza muito por esse serviço e tratar bem o cliente é “regra” no

Supermercado Mercocentro, até mesmo porque dele depende a boa “saúde”

da empresa.

Aparência dos funcionários: a maquiagem, a barba feita, o cabelo bem

cortado, o uniforme limpo e passado, são requisitos essenciais para atender o

cliente de forma apresentável. E o cliente nota que isso é valorizado pelo

Supermercado e ele também estima, conforme resultado da pesquisa.

Exposição dos produtos nas prateleiras: o Supermercado expõe seus

produtos da melhor forma possível, sempre com a preocupação de nunca

deixar faltar nenhum item na área de venda, colocando os produtos na

promoção nas pontas das gôndolas, para melhor visualização e acesso dos

clientes.

Qualidade dos produtos e serviços: o Supermercado Mercocentro mantém

uma preocupação constante quanto à qualidade de seus produtos e a

excelência de seus serviços. Periodicamente são realizadas vistorias na loja

para analisar se todos os produtos estão em boas condições para venda, e

essa preocupação tem resultado com o cliente, onde 88% dos clientes

pesquisados mostraram-se satisfeitos com relação a este item.

Formas de pagamento: a empresa oferece diversas opções de pagamento

para os clientes, cartão de crédito e débito, cheque, cartão Fidelidade

Mercocentro e dinheiro. O cliente escolhe a opção que melhor lhe convém

para pagar suas compras.

Localização: o Supermercado Mercocentro situa-se na Praça Nereu Ramos,

no centro da cidade de Biguaçu. Conforme demonstrado na pesquisa, a

localização da empresa é muito boa na visão dos clientes, sendo que quase

100% das respostas da pesquisa ficaram entre excelente e bom, na visão dos

gestores a localização também é considerada um ponto forte, pois fica bem

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no Centro, de fácil visibilidade, ao lado da Prefeitura Municipal e próximo aos

pontos de ônibus que trazem os clientes, principalmente, do interior.

Padaria: a padaria oferece uma grande variedade de produtos como tortas,

bolos, salgadinhos fritos e assados, roscas, pizza, e diversos tipos de pães. A

padaria é formada pela produção, confeitaria, balcão de vendas e balcão de

promoção, sendo que quase tudo é fabricado na própria empresa.

Açougue: o açougue é um dos setores do Supermercado mais querido pelos

clientes. As carnes estão sempre frescas, frangos e linguiças também, os

outros produtos como frios e ingredientes para feijoada estão bem

conservados e a disposição dos clientes.

Entrega das compras: a organização possui quatro motoristas para a entrega

das compras, cada um direcionado para determinada área. As entregas são

feitas gratuitamente, nas compras acima de 30,00 reais, e diariamente para o

Centro e regiões próximas, para as demais localidades possuem dias

preestabelecidos para a entrega.

4.3.2.2 Pontos fracos

Variedade de produtos: o Supermercado Mercocentro dispõe de pouco

espaço físico, o que o impossibilita de trabalhar com grandes variedades

de produtos. A falta de espaço também impede a empresa de adquirir

novas marcas que são lançadas no mercado.

Conhecimento dos funcionários em relação aos produtos: os funcionários

que desempenham outras funções que não reposição, muitas vezes, não

sabem a localização dos produtos na loja, não sabem responder se a

empresa vende determinado produto ou trabalha com a linha diet, light,

por exemplo.

Preço: o preço que o Supermercado Mercocentro pratica está de acordo

com o mercado, segundo os gestores, mas os clientes não estão

satisfeitos. O preço determina se o cliente pode ou não obter algum item,

devido a sua importância, ele deve ser revisto.

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Promoções: a empresa realiza promoções toda semana, mas muitas

vezes não troca todos os produtos em toda promoção, às vezes muda

apenas alguns itens e os outros permanecem os mesmos.

Divulgação das promoções: para divulgar suas promoções a empresa

confecciona panfletos, em média, duas vezes por mês, estes são

distribuídos nas residências dos clientes, mas muitos clientes reclamam

que a divulgação nunca chega na casa deles.

Instalações: o teto da loja está com alguns buracos e as prateleiras são

um pouco velhas. Os carrinhos de compras estão com algumas rodas

travando e com uma aparência não muito boa.

Estacionamento: o estacionamento do Supermercado fica na rua ao lado,

atrás da loja. O espaço do estacionamento é pequeno, e em dias de chuva

o cliente precisa andar sem proteção até chegar à loja.

Acesso ao Supermercado: para chegar ao Supermercado Mercocentro os

clientes precisam fazer o contorno em toda a região central, enfrentando,

muitas vezes, congestionamento.

Espaço físico: a empresa dispõe de um pequeno espaço físico, se

limitando para expor seus produtos, oferecer mais variedades de produtos

e atender a solicitações de clientes, como fazer uma lanchonete, por

exemplo.

Segue um quadro síntese dos pontos fortes e pontos fracos do Supermercado

Mercocentro:

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Quadro 5 - Pontos fortes e fracos

PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

Atendimento Variedade de produtos

Aparência dos funcionários Conhecimento dos funcionários em relação

aos produtos

Exposição dos produtos nas prateleiras Preço

Qualidade dos produtos e serviços Promoções

Formas de pagamento Divulgação das promoções

Localização Instalações

Padaria Estacionamento

Açougue Acesso ao Supermercado

Entrega das compras Espaço físico

Fonte: Elaborado pela autora (2012)

4.3.3 Objetivos de marketing

Após analisado o ambiente da empresa, os objetivos deste plano foram

estabelecidos em parceria com os gestores do Supermercado, conforme se

demonstra a seguir:

Investir na divulgação da empresa;

Investir na parte humana (funcionários);

Ter atendimento de excelência;

Aumentar a satisfação do cliente por meio do ambiente em geral e dos

produtos;

Melhorar o estacionamento;

Aumentar as vendas em 20%.

4.3.4 Estratégias de marketing

Com base nas informações coletadas e nos objetivos determinados,

determina-se o público-alvo e o posicionamento da empresa.

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4.3.4.1 Público-alvo

O Supermercado Mercocentro é uma empresa do ramo alimentício, vende

“comida”, e todo mundo precisa comer para sobreviver. Sendo assim, o público-alvo

do Supermercado, seriam todas as pessoas em geral.

Mas, analisando as informações coletadas na pesquisa, e relacionando com

os produtos que a empresa comercializa, em questão de marcas e preços,

observou-se que seu público-alvo é composto por pessoas adultas, de 18 a 65 anos,

casadas ou solteiras, com uma renda média familiar que varia entre 1001,00 e

3000,00 reais por mês, com grau de escolaridade médio, profissionais do setor

privado e que residem em Biguaçu.

4.3.4.2 Posicionamento

O Supermercado Mercocentro preza muito pelo atendimento, esse é o seu

principal foco em relação ao cliente, que ele entre, compre e saia satisfeitíssimo com

a qualidade do serviço que lhe foi prestado. Outras questões muito importantes para

a empresa são a qualidade do produto e o preço.

Baseando-se na missão, visão e valores que a empresa já tem constituído, e

nas suas prioridades, em parceria com os gestores foi estabelecido o

posicionamento do Supermercado Mercocentro:

“Ser o melhor supermercado em atendimento, preço e qualidade dos

produtos da cidade de Biguaçu”.

4.3.5 Estratégias do composto

Esta sessão tem por intuito apresentar o composto mercadológico, ou seja, o

produto, o preço, a praça e a promoção da empresa estudada.

4.3.5.1 Produto

O Supermercado Mercocentro comercializa, principalmente, produtos

alimentícios, como arroz, feijão, farinha de trigo e de mandioca, leite, azeite,

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achocolatado em pó, café, açúcar, produtos de açougue e de padaria, e grande

variedade de produtos destinados à alimentação.

A empresa trabalha também com uma ampla linha de higiene e beleza, como

hastes flexíveis, absorventes, shampoo, condicionador, cremes hidratantes, entre

outros.

O Supermercado ainda vende uma pequena linha de bazar, que inclui

talheres, potes plásticos, formas de inox e vidro, panelas, copos e mais alguns

poucos itens.

A organização também comercializa bebidas, como refrigerantes, cervejas,

vodkas, cachaças, sucos prontos, água, e mais algumas opções.

A empresa procura trabalhar com produtos de qualidade e que atendam as

expectativas dos clientes, baseados na preferência deles, analisando isso por meio

do que é vendido todo mês.

4.3.5.2 Preço

A determinação do preço no Supermercado Mercocentro varia de produto

para produto. Cada produto obedece a uma margem preestabelecida pela

organização.

O preço é estabelecido com base no custo de aquisição, a empresa compra o

produto do fornecedor e acrescenta uma porcentagem para repassá-lo ao cliente. O

Supermercado também pesquisa os preços no mercado, para avaliar se o preço que

está praticando está de acordo com os seus concorrentes.

Alguns produtos variam de preço quase que diariamente, como é o caso dos

produtos da verdura, pois as compras na Ceasa são realizadas todo dia, então o

preço de venda é calculado diariamente, baseado no quanto foi pago naquele dia

por aquela mercadoria.

4.3.5.3 Praça

O Supermercado Mercocentro está localizado na Praça Nereu Ramos, nº30,

Centro de Biguaçu, Santa Catarina, e é este o canal que a empresa utiliza para

distribuir seus produtos aos clientes. Outro canal que a empresa se vale é por meio

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da filial, que fica localizada na Rua Bernardina Raupp Tomaz, nº1447, no bairro Bom

Viver, também em Biguaçu.

Os fornecedores estão situados em diversas localidades do Estado, e poucos

em outros estados, o que gera um custo a mais para o produto, o transporte.

Os clientes do Supermercado Mercocentro são oriundos, principalmente, de

Biguaçu, do Centro e das localidades do interior, o que faz com que a empresa

disponha de um canal estratégico de distribuição, devido à facilidade com que os

clientes têm acesso aos produtos, graças à localização.

4.3.5.4 Promoção

O Supermercado Mercocentro pratica poucos esforços de marketing, sendo

que possui um site que está desatualizado e quase ninguém visita, e,

quinzenalmente, distribui panfletos para divulgar suas promoções.

O Supermercado também divulga sua marca em um jornal da Cidade, e

disponibiliza seu telefone e endereço em alguns sites de busca.

A pesquisa mostrou que o maior marketing da empresa é feito pelos próprios

clientes, é o marketing “boca-a-boca”, e que a maioria dos clientes ficaram

conhecendo o Supermercado por meio de amigos ou por indicação de outras

pessoas.

4.3.6 Plano de ação

Com base no estudo teórico desenvolvido, nos objetivos traçados e nos

resultados obtidos com a pesquisa aplicada com os clientes, observou-se que a

empresa necessita de algumas melhorias. Seguem propostas de estratégias para

auxiliar nessa melhoria:

Fortalecimento da imagem da empresa junto aos clientes;

Implantação de mais promoções e mais divulgação das mesmas;

Implantar programas de treinamento para os funcionários;

Participação no lucro;

Realizar melhorias na parte interna do Supermercado;

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Diversificar o mix de produtos, dentro do espaço físico disponível;

Realizar melhorias no estacionamento.

Estratégia 1 – Fortalecimento da imagem da empresa junto aos clientes

Atualmente, a empresa utiliza poucos meios de divulgação da sua marca, tem

apenas um anúncio em um jornal da Cidade. De acordo com a pesquisa, a maioria

dos clientes ficou conhecendo o Supermercado por meio de indicação ou de amigos,

o que reflete a falta de investimento nesta área.

Para solucionar este problema sugere-se que a empresa procure formas de

divulgar a marca Mercocentro, como propagandas em mais jornais da Cidade,

alcançando um maior número de pessoas; outra medida muito interessante seria

investir na publicidade em ônibus, busdoor como é mais conhecida, nos que

circulam pela região, pois a maioria dos clientes do Supermercado utilizam esse

meio de transporte para chegar até a loja e realizar suas compras, além de ser vista

pelos clientes, esta propaganda chamaria a atenção de muita gente em virtude do

local que estaria inserida. A vantagem desse tipo de propaganda é que é bastante

vista e tem abrangência significativa e direcionada, pois a empresa poderá escolher

o ônibus da rota que desejar.

O custo para a divulgação em outro jornal da Cidade, porque em um a

propaganda já existe, é de 250,00 reais, em média, por mês. Já para a publicidade

em ônibus o custo é mais alto, de aproximadamente 2900,00 reais por mês, durante

três meses, em 5 ônibus de rotas a escolher, sendo que a arte, o material e a

manutenção são por conta da empresa responsável pela publicidade, o

Supermercado paga a aplicação, que é de 130,00 cada e a veiculação, que é de

450,00 reais cada. Esses valores, em negociação para três meses e 5 ônibus exige

um investimento da empresa de 2900,00 reais mensais.

O objetivo da divulgação da empresa é estar mais perto dos clientes, que eles

se lembrem mais frequentemente da marca Mercocentro, e que as pessoas que não

conhecem tenham ciência da existência do Supermercado Mercocentro,

contribuindo assim para o aumento das vendas.

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Estratégia 2 – Implantação de mais promoções e mais divulgação das mesmas

De acordo com a pesquisa realizada com os clientes, as promoções e as

divulgações das promoções foram itens que necessitam de melhorias, pois as

promoções obtiveram 34% de avaliação regular e ruim, e a divulgação 52% de

avaliação regular e ruim.

O Supermercado realiza promoções semanais, mas quase não varia nos

produtos promocionais, e a divulgação é feita por meio de panfletos, confeccionados

quinzenalmente e distribuídos na empresa e entregue na residência dos clientes,

mas os clientes reclamam e dizem que o panfleto nunca chega a sua casa.

Para colocar um produto na promoção, a empresa precisa de negociações

com fornecedores; uma ação barata e que daria resultado é recolocar uma caixa de

sugestão que o Supermercado Mercocentro já tem, na recepção da loja, com uma

folha onde os clientes irão colocar sugestões de produtos que gostariam que

entrasse na promoção. Essa ação custaria para a empresa, não mais que 60,00

reais, porque seria apenas uma pequena reforma na caixa de sugestão e a

impressão das folhas de sugestões. Com as ideias dos clientes, o responsável pelas

compras entra em contato com os fornecedores e tenta negociações que

possibilitem colocar os produtos mais pedidos em oferta.

A divulgação das promoções precisa alcançar os consumidores e clientes,

para resolver esta questão, os panfletos tem que ser feitos toda semana e

distribuídos nas residências com garantia, ou seja, colocar pessoas de confiança

para fazer essa distribuição. Os panfletos tem um custo para a empresa de 210,00

reais cada mil, se fossem distribuídos 5.000 panfletos por semana dariam 4200,00

reais de custo por mês. As pessoas para entregar os panfletos são contratadas

exclusivamente para esta função, seria interessante se a empresa disponibilizasse

alguns funcionários para esta função, pois se a pessoa possuir um vínculo

empregatício terá mais responsabilidade na hora da distribuição.

Outra sugestão é fazer som-volante, passar pelas ruas divulgando as

promoções com música e informações, para isso a empresa precisa de 20,00 reais

para a produção do CD e mais a gasolina da moto, que seria a do Supermercado

mesmo.

A propaganda na rádio da Cidade também é uma medida interessante,

chamadas durante o dia, isso atrai bastante à atenção dos clientes; o custo seria,

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em média, 1900,00 reais por 60 chamadas, e o Supermercado Mercocentro é que

escolheria os horários que gostaria que a propaganda fosse realizada.

A promoção é um ótimo meio de atrair os clientes, mais as informações

precisam chegar até eles, com essas medidas todos os esforços para conseguir

preços mais baixos e repassá-los para os clientes serão recompensados com um

incremento nas vendas.

Estratégia 3 – Implantar programas de treinamento para os funcionários

A pesquisa realizada com os clientes demonstrou uma insatisfação referente

ao grau de conhecimento dos funcionários em relação aos produtos, 28% avaliaram

este quesito como regular e ruim. Os funcionários precisam estar familiarizados com

a empresa, saber tudo sobre ela e seus produtos.

Para isso o Supermercado precisa investir em treinamentos com funcionários.

Os treinamentos seriam para que o colaborador conhecesse a empresa totalmente,

saber o que ela vende, com quais linhas trabalha, onde cada produto fica localizado,

quais produtos estão em oferta, direcionar o cliente diretamente para algum produto

quando for solicitado.

Além disso, os gestores demonstraram desejo que o Supermercado

Mercocentro fosse reconhecido pelo atendimento de excelência que presta a seus

clientes. Isso é conseguido, também, por meio de treinamentos motivacionais e

operacionais, mas precisa de um incentivo para motivar o funcionário a querer

atender bem o cliente, o que será discutido na próxima estratégia.

O Supermercado Mercocentro possui convênio com uma empresa que

oferece treinamentos e já paga um valor mensal, então esta tática ajudaria muito a

empresa a reter mais clientes e não terá custo adicional para a organização.

Estratégia 4 – Participação no lucro

O Supermercado busca, como citado anteriormente, ser reconhecido pelo

atendimento de excelência que presta a seus clientes, para isso é preciso que os

funcionários se sintam parte da organização, envolvidos com o negócio da empresa.

A participação no lucro é uma ótima estratégia para motivar os funcionários e

torná-los mais responsáveis e envolvidos com a organização.

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Sugere-se que a empresa disponibilize 10% da sua receita líquida mensal

para dividir com os funcionários, talvez esse valor pareça alto, mas se for analisado

o retorno que ele trará, torna-se vantajoso. Se o funcionário tiver participação no

lucro da empresa terá muito mais interesse que ela venda mais, sendo assim,

atenderá o cliente mais cordialmente e fará propaganda da loja, pois quanto mais o

Supermercado vender, mais ele vai receber.

Essa medida exigirá que a empresa partilhe com os funcionários uma parte

do seu lucro, mas em troca terá colaboradores mais motivados e com vontade de

fazer a empresa crescer.

Estratégia 5 – Realizar melhorias na parte interna do Supermercado

As instalações fazem parte da atratividade do Supermercado, e na percepção

dos clientes está deixando a desejar, pois obteve 27% de avaliação regular e ruim, o

que indica que necessita de melhorias urgentes.

A loja conta com 580 metros quadrados de área de venda, onde estão

localizados os expositores, os frízeres, as ilhas refrigeradas e mais a padaria, o

açougue e a verdura. O local não é muito grande, portanto estes materiais estão

alocados de forma que não atrapalhe a circulação dos clientes. Em questão de

espaço, os gestores afirmam que é impossível o aumento da loja, pois não tem mais

para onde crescer. Mas a conservação das paredes, do teto, do piso podem

melhorar.

O teto é forrado por isopor, e alguns isopores estão quebrados e sujos, a

parede é pintada e a tinta já está um pouco velha e suja também, a iluminação é

feita apenas por lâmpadas fluorescentes que ficam no teto e, não raramente,

algumas ficam queimadas por dias.

Recomenda-se que seja feita a troca dos isopores em más condições, o que

custará para a empresa em média 5,00 reais por placa trocada. Outra sugestão é

alguns reparos de pintura no interior da loja, para isso será necessário a contratação

de um profissional, o Supermercado já tem uma pessoa conhecida para realizar

esse serviço, a mão de obra custa 650,00 reais por semana, estimando que os

consertos sejam feitos em uma semana e que os materiais custem em torno de

250,00 reais, a empresa gastará 900,00 reais para essa melhoria. Outra medida

importante é aperfeiçoar a iluminação da loja, cuidar para trocar imediatamente as

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lâmpadas queimadas e adquirir lâmpadas que deixem o ambiente atraente, coloridas

e que combinem com o local em que estão inseridas.

Com um estudo mais detalhado poderiam ser feitas mudanças nos checkouts,

pintando-os de cores diferentes ou então inserindo papéis de acordo com a época

do ano, como flores na primavera, coração no dia dos namorados, e assim por

diante. Mas essa modificação é muito complexa, precisa de uma avaliação

juntamente com os gestores para analisar a possibilidade dessa sugestão.

Estas ações serviriam como um conjunto de atrativos para os clientes, que

gostam de entrar em um ambiente limpo, aconchegante e bem iluminado e ainda

ajudaria a sanar a insatisfação percebida por meio da pesquisa com os clientes.

Estratégia 6 – Diversificar o mix de produtos, dentro do espaço físico

disponível

Esta estratégia surgiu da insatisfação dos clientes demonstrada na pesquisa

aplicada, e como aumentar o espaço físico da loja é opção descartada pelos

gestores, pelos menos nos próximos anos, o desafio é aumentar a variedade dentro

do espaço disponível.

O Supermercado trabalha com muitas marcas conhecidas, com produtos de

limpeza, da cesta básica, poucos itens de bazar, padaria, açougue e verdura, mas

não consegue trazer para a loja muitos produtos novos que são lançados no

mercado, deixando assim, de oferecer mais opções de escolha para seu cliente.

Sabe-se que comprar novos produtos exige, além de espaço para colocá-los,

negociações com novos fornecedores e esforços para vender o novo produto. Por

causa do pouco espaço que o Supermercado dispõe, ele não pode arriscar e

comprar produtos que, talvez, não sejam do agrado dos clientes.

Sugere-se então, que seja reservado as pontas de gôndolas para expor

produtos novos, ou coloque um expositor, em um lugar estratégico da loja, para os

novos produtos. O Supermercado realiza um acordo com o fornecedor e compra

uma pequena quantidade do produto para ver se o novo produto é aprovado pelos

clientes, se a venda desse produto é fácil e frequente. Se o produto conquistar o

cliente, o Supermercado então insere ele na área de venda e ele se torna um item

na planilha de compras. E assim é feita uma rotação, saí um produto que não está

mais vendendo tão bem para a entrada de uma novidade que agrada os clientes. Ou

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também, se pode diminuir o espaço que alguns produtos, que vendem menos,

ocupam nas gôndolas.

Os clientes adoram novidades e, principalmente, ver que o produto que eles

viram na propaganda da televisão está ali, ao seu alcance. O aumento na variedade

de produtos possibilita mais opção de escolha para o consumidor e mais chance de

ele comprar algum dentre as opções. Esta medida ajudaria na melhoria da

percepção dos clientes referente a este item e ainda proporcionaria um incremento

nas vendas do Supermercado Mercocentro.

Estratégia 7 – Realizar melhorias no estacionamento

O estacionamento sempre foi uma “dor de cabeça” para os gestores do

Supermercado Mercocentro. Antes só dispunha de duas vagas na frente da loja,

hoje tem um estacionamento maior, mas fica atrás da loja, sem acesso coberto até a

loja. O estacionamento fica a uns 100 metros do estabelecimento, e se estiver

chovendo o cliente não tem proteção, fica todo molhado.

Além disso, o estacionamento que é para os clientes em compra, acaba

sendo ocupado pelos funcionários, pois a maioria vem de carro, principalmente em

dias de chuva.

Uma melhor utilização do espaço do estacionamento é a saída mais rápida,

por enquanto. Os gestores precisam arranjar outro local para os funcionários

deixarem seus carros e disponibilizar todo o estacionamento somente para os

clientes em compras, realmente. Alugar um terreno que fica na rua ao lado do

Supermercado é uma boa alternativa e custará para a empresa 550,00 reais por

mês.

Outra medida para amenizar o desconforto em dias de chuva, é a confecção

de guarda-chuvas, personalizados com a marca Mercocentro, que seriam deixados

na guarita, e quando o cliente chegasse com seu carro, o funcionário da guarita

levaria o guarda-chuva até o carro para ele. Na volta das compras o funcionário

recolheria o guarda-chuva e o cliente sairia satisfeito e enxuto. Esses guarda-chuvas

custam 48,00 reias cada um e serão necessários a confecção de 30 peças, a

princípio.

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134

4.3.6.1 Síntese do plano de ação

O plano de ação serve para detalhar as atividades estabelecidas nas

estratégias, que apesar de direcionar as ações em sua interação com o ambiente,

pouco detalhe fornece sobre quem executará determinada tarefa e quando. Sendo

assim, o quadro a seguir apresenta a síntese das estratégias sugeridas para o

Supermercado Mercocentro, alocadas em um plano de ação. O quadro 7, expõe

uma síntese dos objetivos, das estratégias para atingir esses objetivos e das ações

que serão executadas para alcançar essas estratégias.

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Quadro 6 – Plano de ação

PLANO DE AÇÃO

Estratégia 1 – Fortalecimento da imagem da empresa junto aos clientes

Atividades Encarregado Período Orçamento

Propaganda em jornais da Cidade Responsável de marketing Abril a Dezembro de 2013 R$ 2.250,00

Publicidade em ônibus - busdoor Responsável de marketing Janeiro a Março de 2013 R$ 2.900,00

Estratégia 2 – Implantação de mais promoções e mais divulgação das mesmas

Atividades Encarregado Período Orçamento

Variar nos produtos da promoção Gerente de compras A partir de Março de 2013 Sem custo

Implantar caixa de sugestões Gerente da loja A partir de Janeiro de 2013 R$ 60,00

Confeccionar e entregar panfletos toda semana Gerente de compras/da loja Janeiro a Junho de 2013 R$ 25.200,00

Fazer som-volante Gerente da loja Janeiro a Junho de 2013 R$ 480,00

Propaganda na rádio da Cidade Responsável de marketing Julho a Dezembro de 2013 R$ 5.700,00

Estratégia 3 – Implantar programas de treinamentos para os funcionários

Atividades Encarregado Período Orçamento

Treinamentos operacionais Responsável pela gestão de

pessoas A partir de Janeiro de 2013 Sem custo

Treinamentos motivacionais Responsável pela gestão de

pessoas A partir de Janeiro de 2013 Sem custo

Estratégia 4 – Participação no lucro

Atividades Encarregado Período Orçamento

Dividir 10% do lucro com os funcionários Gestores do Supermercado A partir de Agosto de 2013 Não estimado

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Estratégia 5 – Realizar melhorias na parte interna do Supermercado

Atividades Encarregado Período Orçamento

Troca das placas de isopor do forro que estão em más condições

Gestores do Supermercado Abril de 2013 R$ 200,00

Reparos na pintura Gestores do Supermercado Abril de 2013 R$ 900,00

Melhora na iluminação da loja Gestores do Supermercado Abril de 2013 A orçar

Colocação de papéis temáticos nos checkouts Gestores do Supermercado A partir de Janeiro de 2014 A orçar

Estratégia 6 - Diversificar o mix de produtos, dentro do espaço físico disponível

Atividades Encarregado Período Orçamento

Testar aceitação de novos produtos, colocando-os nas pontas das gôndolas

Gerente de compras/da loja A partir de Março de 2013 Sem custo

Diminuir o espaço ocupado por produtos que vendem menos para inserir os novos

Gerente da loja A partir de Março de 2013 Sem custo

Estratégia 7 – Realizar melhorias no estacionamento

Atividades Encarregado Período Orçamento

Conseguir outro local para os funcionários deixarem seus carros

Gestores do Supermercado Novembro de 2012 R$ 550,00

Guarda-chuva para os clientes não se molharem em dias de chuva Gestores do Supermercado Janeiro de 2013 R$ 1440,00

Fonte: Modelo adaptado de Las Casas (2007) – Informações elaboradas pela autora (2012)

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Quadro 7 – Objetivos, estratégias e ações do plano de marketing

Objetivos Estratégias Ações

Aumentar as vendas em

20%

Investir na divulgação da empresa

Fortalecimento da imagem da empresa junto aos clientes

Propagandas em jornais da Cidade

Publicidade em ônibus - busdoor

Implantação de mais promoções e mais divulgação das mesmas

Variar nos produtos da promoção

Implantar caixa de sugestões

Confeccionar e entregar panfletos toda semana

Fazer som-volante

Propaganda na rádio da Cidade

Investir na parte humana / Ter atendimento de excelência

Implantar programas de treinamento para os funcionários

Treinamentos operacionais

Treinamentos motivacionais

Participação no lucro Dividir 10% do lucro com os funcionários

Aumentar a satisfação dos clientes por meio do ambiente em geral e dos produtos

Realizar melhorias na parte interna do Supermercado

Troca das placas de isopor do forro que estão em más condições

Reparos na pintura

Melhora na iluminação da loja

Colocação de papéis temáticos nos checkouts.

Diversificar o mix de produtos, dentro do espaço físico disponível

Testar aceitação de novos produtos colocando-os nas pontas das gôndolas

Diminuir o espaço ocupado por produtos que vendem menos para inserir os novos

Melhorar o estacionamento Realizar melhorias no estacionamento

Conseguir outro local para os funcionários deixarem seus carros

Guarda-chuva para os clientes não se molharem em dias de chuva até a loja

Fonte: Elaborado pela autora (2012)

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5. Considerações finais

Este trabalho foi realizado como o objetivo de elaborar um plano de marketing

para o Supermercado Mercocentro a fim de conhecer a organização e torná-la mais

competitiva por meio do desenvolvimento de estratégias que proporcionem

melhorias na empresa.

Para o desenvolvimento deste trabalho foi realizada uma pesquisa

bibliográfica sobre os temas afins, sendo de grande valia, pois proporcionou o

aprofundamento e compreensão do tema em estudo, auxiliando na concretização

deste trabalho. Além disso, foi aplicada uma pesquisa junto aos clientes do

Supermercado e uma entrevista com os gestores, para avaliar e analisar a

percepção em relação aos produtos e serviços da empresa.

Como resultados, viu-se que a maior parte dos clientes são pessoas físicas,

adultas, casadas ou solteiras, com uma renda mensal que varia entre 1001,00 e

3000,00 reais, com nível de instrução médio. Os clientes avaliaram alguns itens

como positivo, como o atendimento, a aparência dos funcionários, a localização, a

padaria, a entrega das compras e o açougue, e outros como negativo, como é o

caso das promoções e suas divulgações, o estacionamento, o conhecimento dos

funcionários em relação aos produtos, o preço, a variedade de produtos, o acesso

ao Supermercado e as instalações. Com a possibilidade de sugerir algo para o

Supermercado, grande parte dos clientes sugeriu uma lanchonete junto à padaria,

trabalhar com novos produtos lançados no mercado, entre outras.

Por meio das informações obtidas com os clientes e com os gestores, foi

possível conhecer as oportunidades e ameaças que estão presentes no ambiente e

no dia-a-dia da organização, bem como identificar os pontos fortes e fracos da

empresa. Após estas análises e definições foi possível elaborar o plano de

marketing do Supermercado Mercocentro, com objetivos, estratégias e ações que

podem contribuir para o direcionamento dos esforços da organização, melhorando

seu funcionamento e aproveitamento.

Este plano de marketing foi desenvolvido pelo interesse dos gestores em

conhecer a percepção dos seus clientes referente aos produtos e serviços da

empresa, e em como direcionar essas informações para a realização de melhorias.

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Outro fato que motivou a realização deste planejamento foi o aumento da

concorrência na região, o que gerou inquietude na vontade de saber como agradar

os clientes. Durante o desenvolvimento deste trabalho os gestores contribuíram para

a coleta das informações, sendo atenciosos e solícitos em tudo que lhes foi pedido.

Os funcionários da empresa também foram muito importantes para a conclusão

deste trabalho, visto que cada um contribuiu com uma parcela do que conhecia

sobre a empresa.

Ao concluir este trabalho pode-se afirmar que os objetivos específicos foram

cumpridos por etapas e contribuíram para o alcance do objetivo geral, bem como a

resposta do trabalho foi encontrada, definindo-se as melhores ações para compor o

plano de marketing do Supermercado Mercocentro.

As estratégias sugeridas estão de acordo com a realidade da empresa, visto

que foram elaboradas baseadas nos objetivos estipulados pelos gestores por meio

de análise da pesquisa com os clientes. Espera-se então, que as informações

contidas neste trabalho, auxiliem a organização a realizar melhorias, buscando

originar mais qualidade e satisfação aos seus clientes e, a partir disso, tornando-se

mais rentável.

Assim, como sugestão para trabalhos futuros a serem realizados na empresa

Supermercado Mercocentro, recomenda-se que seja feita uma pesquisa de

satisfação anualmente, para atualizar as informações contidas neste trabalho e para

que os gestores possam acompanhar a percepção dos clientes sobre a empresa.

Sugere-se, também, trabalhos na área de materiais, desenvolvendo um correto

controle de estoque, com todos os instrumentos de aplicação e manutenção desta

ferramenta.

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APÊNDICE

APÊNDICE A

Questionário

Esta pesquisa faz parte do Trabalho de Conclusão de Estágio do Curso

de Administração da UNIVALI, e tem por objetivo mensurar a percepção

dos clientes em relação aos serviços e produtos oferecidos pela

empresa Supermercados Mercocentro, buscando a melhoria contínua e a satisfação

dos clientes. É importante que você responda com muita atenção e sinceridade a

todas as questões, pois é a partir do resultado da pesquisa que a empresa irá avaliar

seus processos. Não é necessária a identificação. Obrigada pela colaboração!

Letícia Machado Mendes

1. Perfil dos Clientes

1.1 Tipo de pessoa:

( ) Física ( ) Jurídica

1.2 Sexo:

( ) Masculino ( ) Feminino

1.3 Faixa etária:

( ) Menos de 18 anos ( ) 31 a 45 anos ( ) Acima de 65 anos

( ) 18 a 30 anos ( ) 46 a 65 anos

1.4 Estado civil:

( ) Solteira(o) ( ) Separada(o)/divorciada(o)

( ) União estável ( ) Viúva(o)

( ) Casada(o) ( ) Outros ____________________

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1.5 Renda média familiar:

( ) 545,00 a 800,00 ( ) 1501,00 a 2000,00 ( ) 4001,00 a 5000,00

( ) 801,00 a 1000,00 ( ) 2001,00 a 3000,00 ( ) 5001,00 a 6000,00

( ) 1001,00 a 1500,00( ) 3001,00 a 4000,00 ( ) Acima de 6000,00

1.6 Escolaridade:

( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino superior incompleto

( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino superior completo

( ) Ensino médio incompleto ( ) Pós graduação

( ) Ensino médio completo

1.7 Se for pessoa jurídica, qual o ramo de atividade e o porte da empresa?

____________________________________________________________

1.8 Localidade onde mora:

( ) Biguaçu ( ) Florianópolis

( ) Antônio Carlos ( ) São José

( ) Gov. Celso Ramos ( ) Outros______________________

1.9 Qual sua profissão? E em que setor você atua: Público, privado ou misto?

____________________________________________________________

2. Questionário

2.1 Como ficou conhecendo o Supermercado?

( ) Indicação ( ) Propaganda (panfletos)

( ) Internet ( ) Passou em frente

( ) Amigos ( ) Outros___________________________________

2.2 Há quanto tempo você é cliente do Supermercado Mercocentro? ( ) 1ª vez ( ) De 6 meses a 1 ano ( ) De 3 a 6 anos

( ) Menos de 6 meses ( ) De 1 a 3 anos ( ) Mais de 6 anos

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2.3 Qual sua percepção sobre os itens abaixo:

Excelente Bom Regular Ruim

Cortesia dos

funcionários

Agilidade no

atendimento

Aparência dos

funcionários

Variedade dos

produtos

Conhecimento

dos

funcionários em

relação aos

produtos

Exposição dos

produtos nas

prateleiras

Qualidade dos

serviços e

produtos

Preço

Promoções

Divulgação das

promoções

Formas de

pagamento

Localização

Instalações

Padaria

Açougue

Estacionamento

Acesso ao

Supermercado

Entrega das

compras

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2.4 Você indicaria o Supermercado para outra pessoa?

( ) Sempre ( ) Raramente

( ) Às vezes ( ) Nunca

2.5 Qual item você acha que a empresa deveria melhorar?

__________________________________________________________

2.6 Quais dos fatores abaixo determinaram sua escolha por essa empresa? Pode

assinalar mais de uma alternativa.

( ) Atendimento ( ) Formas de pagamento

( ) Preço ( ) Variedade e qualidade dos produtos

( ) Agilidade na entrega ( ) Outra razão:__________________________

( ) Confiança na empresa

2.8 Normalmente, qual a forma de pagamento que você mais utiliza?

( ) Dinheiro ( ) Cartão do Supermercado

( ) Cartão de débito ( ) Cheque

( ) Cartão de crédito ( ) Outros _______________________

2.9 Quais novos produtos ou mudanças você sugeriria para o Supermercado?

_______________________________________________________________

_______________________________________________________________

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APÊNDICE B

Entrevista

Entrevista com os gestores da empresa:

Supermercado Mercocentro

1. Na sua percepção a maior parte dos clientes que frequentam o Supermercado

são de que faixa etária?

2. Na sua percepção as pessoas que frequentam a sorveteria são pessoas com

família ou pessoas solteiras?

3. Na sua percepção qual o grau de escolaridade dos clientes do Supermercado?

4. Quais as formas de divulgação, propaganda que a empresa utiliza para divulgar

seus produtos?

5. Como você vê o atendimento que é realizado aos clientes do Supermercado?

6. Na sua visão quais são os pontos fortes e pontos fracos da empresa?

7. O que você acha da localização do Supermercado?

8. Qual a sua opinião quanto à variedade de produtos e a exposição destes nas

prateleiras?

9. Como você vê os preços praticados pela empresa?

10. Você acredita que as promoções estão de acordo com o que os clientes

esperam? E que sua divulgação alcança a maioria deles? Por quê?

11. Qual sua percepção sobre os setores da empresa? Algum precisa de alguma

mudança urgente?

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12. Você acha que a mudança do trânsito afetou o movimento do Supermercado?

13. A vinda de um supermercado de grande porte para a Cidade comprometeu as

vendas do Supermercado Mercocentro? O que você acha sobre isso?

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ANEXOS

Fachada do Supermercado

Recepção do Supermercado (balcão de atendimento)

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Checkouts do Supermercado

Área de venda: cereais

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Área de venda: biscoitos

Área de venda: ponta de gôndolas

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Área de venda: matinais

Área de vendas: light/diet

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Área de venda: verdura

Área de venda: balcão padaria

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Área de venda: balcão açougue

Ambiente de regriferação das carnes