Proposta de intervenção para o controle da Hipertensão ......Entre os anos de 1938 e 1940, a...

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA 2016 Maikel Acosta Lopez Proposta de intervenção para o controle da Hipertensão Arterial, Centro de Saúde Pioneiro Velho, Paiçandu-PR Florianópolis, Março de 2018

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICACURSO DE ESPECIALIZAÇÃO MULTIPROFISSIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA 2016

Maikel Acosta Lopez

Proposta de intervenção para o controle da HipertensãoArterial, Centro de Saúde Pioneiro Velho, Paiçandu-PR

Florianópolis, Março de 2018

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Maikel Acosta Lopez

Proposta de intervenção para o controle da Hipertensão Arterial,Centro de Saúde Pioneiro Velho, Paiçandu-PR

Monografia apresentada ao Curso de Especi-alização Multiprofissional na Atenção Básicada Universidade Federal de Santa Catarina,como requisito para obtenção do título de Es-pecialista na Atenção Básica.

Orientador: Larissa Pruner MarquesCoordenadora do Curso: Profa. Dra. Fátima Büchele

Florianópolis, Março de 2018

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Maikel Acosta Lopez

Proposta de intervenção para o controle da Hipertensão Arterial,Centro de Saúde Pioneiro Velho, Paiçandu-PR

Essa monografia foi julgada adequada paraobtenção do título de “Especialista na aten-ção básica”, e aprovada em sua forma finalpelo Departamento de Saúde Pública da Uni-versidade Federal de Santa Catarina.

Profa. Dra. Fátima BücheleCoordenadora do Curso

Larissa Pruner MarquesOrientador do trabalho

Florianópolis, Março de 2018

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ResumoIntrodução: A hipertensão arterial é uma condição relacionada a um grande número

de óbitos por ano. O trabalho nas comunidades é imposto, a fim de desenvolver umaatividade preventiva adequada para o controle da doença. Na comunidade que atende oposto de saúde Pioneiro Velho no município de Paiçandu, Paraná; há um registro de pa-cientes hipertensos para 64,6% das pessoas com mais de 20 anos de idade. Objetivos: Opresente projeto foi proposto para desenvolver um plano eficaz para prevenção, diagnós-tico precoce e pesquisa de complicações da Hipertensão Arterial na população da área deabrangência da Unidade Básica de Saúde Posto Pioneiro Velho, Município de Paiçandu,Estado do Paraná. Metodologia: foram desenvolvidas atividades relacionadas a 3 eixosde ação: Promoção, diagnóstico precoce e pesquisa de complicações, sugerindo mudançasnos estilos de vida e comportamentos da população, assim como o desenvolvimento deações regulares e agendadas que permitam um melhor controle da doença e suas compli-cações. Resultados esperados: os resultados esperados com este plano de intervençãocorresponderam aos benefícios para a saúde e o bem-estar da população em que planeja-se atuar. Espera-se alcançar que a população tenha um conhecimento geral das possíveisconsequências de não manter o controle adequado da pressão arterial; o reconhecimentopor parte de usuários com hipertensão sobre os sinais sugestivos de complicações, bemcomo modificar permanentemente estilos de vida, recriando uma cultura unânime a favorde práticas corporais, autocuidado e uma vida saudável.

Palavras-chave: Educação em Saúde, Estilo de Vida, Hipertensão

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Sumário

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.1 Objetivo geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132.2 Objetivos específicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

3 REVISÃO DA LITERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

4 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

5 RESULTADOS ESPERADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23

REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25

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1 Introdução

Entre os anos de 1938 e 1940, a área de terra onde achava plantado o Município dePaiçandu, Estado do Paraná era um sertão inóspito habitado por índios e caboclos, poishavia um pequeno cemitério que era o ponto de referência na densa mata virgem, ondeeram enterrados os que morriam naquela época. No período de 1942 a 1944, começaram asurgir os primeiros desbravadores de Minas Gerais e de São Paulo, atraídos pela fertilidadedas terras próprias para o café, que na época do desbravamento se constituíam na maiorfonte de riqueza da região.

Por volta de 1948, teve início na região a obra colonizadora da empresa CompanhiaMelhoramentos Norte do Paraná, e a formação das glebas de Paiçandu, Colombo, Ban-deirantes, Chapecó e outras. Paiçandu está localizado na região noroeste do estado doParaná, na rodovia PR-323 no eixo Maringá a Cianorte. Segundo dados do Censo Demo-gráfico do IBGE, a população é de 38.936 habitantes, sua área territorial é de 171, 379km2, incluindo o Distrito de Água Boa.

O termo Paiçandu tem origem tupi-guarani, ‘’I-páu-zan-du’’ Ilha do Padre ou Ilhado Pai. ‘’Payssandu’’ é topônimo de cidade uruguaia, sendo o nome de uma fortaleza,onde se travou importante batalha na Guerra do Paraguai, deu-se assim a denominaçãoao município. O Distrito de Água Boa faz jus ao nome por possuir suas águas mineraiscom minas riquíssimas em vanádio (elemento raríssimo na água fluoretada), tendo um dosquatro poços do Brasil. O vanádio é utilizado para ajudar no tratamento de várias doenças,por exemplo, anemias, carências e excesso de colesterol, além de atuar no fortalecimentode ossos e dentes. Há estudos que o apontam como antioxidante que inibe radicais livres,acelera cicatrizações e combate diabetes.

Em nossa comunidade,no município de Paiçandu, temos uma estrutura de saúde queinclui vários postos de saúde que formam a rede de atenção primária e se referem aohospital municipal de Paiçandu, que constitui a unidade de atendimento secundário e,por sua vez, se conecta com serviços terciários. Este projeto centra-se na comunidade quecorresponde ao Unidade Básica de Saúde Pioneiro Velho, que está localizado na Rua SilvioAlves.

A organização do posto de saúde permite uma cobertura suficiente para desenvolveras atividades de assistência. Um graduado em enfermagem, um técnico de enfermagem,um funcionário de serviços gerais, uma fonoaudiologa, uma zeladora e três agentes comu-nitários trabalham.

Promovido pela Unidade, várias mulheres participam de palestras e aulas de zumba doOutubro Rosa que acontece na capela São Pedro. O evento faz parte de um cronogramade atividades que foram realizadas durante todo o mês de outubro para promover a saúdepreventiva da mulher. O objetivo do evento foi chamar a atenção das mulheres para o

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10 Capítulo 1. Introdução

cuidado na saúde e foco na importância do diagnóstico precoce do câncer de mama.Os representantes de saúde dos bairros são os enfermeiros da UBS Kathiuussa Parreira

e sua equipe composta de médico, auxiliar de enfermagem, zeladora, agentes comunitáriosde Saúde e uma recepcionista.

A Equipe de saúde Posto Pionero Velho, Paiçandu, abrange uma população total 2297usuários, deles 1194 são mulheres (52%) e 1103 são homens (48%). A distribuição por faixaetária é menores de 20 anos 541 pessoas, entre 20 a 59 anos 1480, e maiores de 60 anos,276.

Atualmente, 1135 usuários são diagnosticados com hipertensão arterial, 64,6% da po-pulação com mais de 20 anos de idade. A equipe, a qual integro, realiza acompanhamentode pessoas com HAS, DM, Tuberculose e Hanseníase, com visitas domiciliares, agenda-mento de consulta mensal de controle, atividades de prevenção de doenças com os agentesde saúde, contribuindo para que a população tenha mais conhecimentos das doenças eseu controle adequado.

As cinco queixas mais comuns são de saúde mental 51%, HAS 50%, dores osteoar-ticulares (48%) e Diabetes (34%). Os atendimentos são programados de acordo com ademanda para facilitar o manejo, por exemplo, temos meio período para crianças, outropara gestantes e outro para visitas domiciliares.

Sobre saúde materno infantil, em 2015, foram 2 óbitos, as causas, broncoaspiração ecrise convulsiva. A cobertura vacinal é de 100%. Das 24 gestantes, 22 tiveram sete oumais consultas durante o período pré-natal. Fazemos acompanhamento da evolução dasaúde materno infantil, a qual está melhorando a cada dia, visto que a população têmreconhecido os cuidados da gravidez e das crianças.

As principais causas de morte na população são; infarto, câncer, drogadição e aciden-tes. As principais causas de internação dos idosos são: acidente cardiovascular, doençaspulmonares, doenças cardiovasculares (DCV), demência e câncer. Os principais problemasde saúde da população do município Paiçandu são: hipertensão arterial sistêmica (HAS),Diabetes Mellitus (DM) e consumo de drogas psicotrópicas.

A hipertensão arterial é uma condição que está relacionada a um grande número demortes por ano. Esta doença nas últimas décadas aumentou os custos de saúde. O tra-balho nas comunidades ocorre, a fim de desenvolver uma atividade preventiva adequadapara o controle da doença. Do cuidado primário você pode trabalhar todos os pontos rele-vantes do gerenciamento desta doença. Desde promoção, prevenção, diagnóstico precoceaté acompanhamento e tratamento para evitar complicações.

O estudo deste tema é importante particularmente como medico da unidade básicade saúde, como pelo resto da equipe de saúde e pela população. A HAS é uma doençamortal, silencioso e invisível, conhecida como ”assassino silenciosa”, pois apesar de suaalta morbidade e mortalidade, geralmente não sintomática, passa despercebida, até oenvolvimento de quaisquer órgãos, chamado alvo, serem afetados, como o coração (ataque

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cardíaco, angina ou insuficiência cardíaca), rim (renal) e cérebro (hemorragia ou acidentevascular cerebral), principalmente.

A única maneira de detectar a hipertensão precocemente é por avaliação da pressãoarterial, com o check up periódico, bem como o conhecimento de história familiar e há-bitos pessoais de vida, sendo preciso, uma vez detectado, avaliação do quadro clínico,os sintomas, as condições e hábitos do usuário e a necessidade e efeitos de terapia antihipertensiva.

É essencial evitar comportamentos que promovam um aumento na incidência de HAS.O caminho viável é através da educação, com adoção progressiva de estilo de vida sau-dável, diminuindo assim o risco de desenvolver a doença. Por esta razão, os cuidados desaúde primários são o ponto estratégico para implementar políticas de controle de doençascrônicas não-transmissíveis.

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2 Objetivos

2.1 Objetivo geralDesenvolver um plano eficaz para prevenção, diagnóstico precoce e pesquisa de compli-

cações da Hipertensão Arterial na população da área de abrangência da Unidade Básicade Saúde Posto Pioneiro Velho, Município de Paiçandu, Estado do Paraná.

2.2 Objetivos específicos- Conhecer os principais fatores de risco para a hipertensão na população.- Sugerir mudanças nos estilos de vida e comportamentos alimentares que permitam

a redução da incidência e complicações da hipertensão arterial.- Estabelecer ações regulares e agendadas que permitam um melhor controle da hiper-

tensão e suas complicações.

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3 Revisão da Literatura

Definição conceitual e problema a investigarA elevação da pressão arterial é o principal achado que indica a presença de Hiper-

tensão Arterial (HBP) como condição diagnóstica, especificamente se seu comportamentoatende aos critérios diagnósticos estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS)para esta doença. O hipertenso predominante é considerado essencial, em que uma causaprimária específica não é identificada. Apesar da pressão arterial elevada, ainda mais emassociação com outros distúrbios, como obesidade, tabagismo ou estilo de vida sedentário;é um critério de danos cardiovasculares iminentes (PICCINI et al., 2012).

A medida da pressão arterial pelo método clássico desenvolvido por Riva Rocci em 1886continua a ser a ferramenta de rotina na medicina moderna para a detecção da hipertensão.Este método foi questionado nas últimas décadas, mas, apesar dessas questões, não deixoude ser um recurso para as ações diárias do profissional de saúde. Além disso, nenhuma dastecnologias recentes supera sua capacidade de manobrabilidade, disponibilidade e precisãopara a prática clínica (TIBÚRCIO et al., 2013).

A hipertensão é definida como uma doença que apresenta figuras de pressão arterialsistólica igual ou superior a 140 mm Hg e uma pressão arterial diastólica igual ou superiora 90 mm Hg. As figuras tensional normais permitem um funcionamento eficaz dos órgãosvitais, se a sua classificação variar, afetaria o funcionamento do mesmo em relação à dura-ção e magnitude do transtorno (PORTELA et al., 2016)(BEZERRA et al., 2015)(LOPESet al., 2015)(WHO, 2013).

Contextualização socialEm termos de sexo, os homens têm uma gestão pior da doença, com pouco controle

sobre os determinante. Este fenômeno é principalmente associado a uma menor conside-ração pela população masculina de cuidados de saúde. O monitoramento constante dosvalores da pressão sanguínea pelo pessoal de saúde na atenção primária reduz as taxas dehospitalização, bem como a mortalidade por esta doença (PORTELA et al., 2016).

A maioria dos governos tomou parte no estabelecimento de políticas, coordenadaspelos sistemas de saúde, em favor da promoção de comportamentos saudáveis, o queserá protetor diante da crescente presença de Hipertensão Arterial. Nesse sentido, foiimplementado um Plano de Ação Estratégico para a prevenção e controle de doençascrônicas não-transmissíveis, pela Organização da Saúde (OMS), em 2008 (PORTELA etal., 2016).

As doenças cardiovasculares no mundo representam 17 milhões de mortes no ano de2013, sendo quase um terço das mortes totais. Entre eles, 9,4 milhões correspondem àscomplicações associadas à HBP. Do mesmo modo, a hipertensão constitui 51% das mortespor acidentes vasculares cerebrais e 45% das mortes por doença cardíaca (WHO, 2013).

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16 Capítulo 3. Revisão da Literatura

Em 2008, a hipertensão arterial foi diagnosticada em 40% dos adultos com mais de 25anos de idade em todo o mundo, com um aumento de 400 milhões em 2008, superior aonúmero de pacientes encontrados em 1980 (WHO, 2013).

A prevalência desta doença é menor em países com altos rendimentos, ao contrário dosoutros grupos de países. Nos países com renda média e baixa, a prevalência desta doençaé maior porque, além de haver maior número de pacientes para cada grupo determinadode habitantes, também esses países têm uma população maior do que aqueles com altosrendimentos. Além disso, a fraqueza dos sistemas de saúde dos países de baixa e médiarenda dá lugar a uma maior quantidade de pessoas doentes sem diagnóstico, tratamentoou controle da doença (WHO, 2013).

Além disso, 80% das mortes associadas à hipertensão arterial correspondem a essespaíses e, como esperado, as taxas de mortalidade normalizadas por idade são mais elevadasnesses países do que em países de alta renda (WHO, 2013).

A região com maior prevalência de hipertensão em pessoas com mais de 25 anos foiÁfrica de acordo com os registros da OMS em 2013, enquanto a menor foi observada naregião das Américas com 35% (16% a menos que a prevalência no continente africano)(WHO, 2013).

Em todo o mundo, um trabalho intenso foi feito nas últimas décadas para reduzira incidência desta condição. Os países da América do Sul têm taxas de controle bas-tante acessíveis, além de uma incidência média. No entanto, o Brasil, por ser um paíscom um desenvolvimento econômico crescente, um consumismo cada dia mais manifesto,além dos fatores de vida nas grandes cidades, apresenta taxas para esta doença que sãoconsideravelmente altas (PORTELA et al., 2016)(KICKLIGHTER et al., 2006).

Estudos realizados por meio de pesquisas mostram que a maioria dos casos com valoresde pressão arterial não controlados após o diagnóstico corresponde a pacientes com maisde 65 anos de idade, embora seja uma população que pela freqüência em que sofrem decondições relacionadas com a idade, visitam os médicos mais regularmente e têm acessoaos serviços de saúde (KICKLIGHTER et al., 2006)(MÁRTIRES, 2013)(GIROTTO etal., 2013)(OLIVEIRA; MOREIRA, 2010).

Epidemiologia desta doença no BrasilO Ministério da Saúde revelou a presença de hipertensão em cerca de 54 mil adultos,

pouco antes do início da segunda década deste século; assumindo isso um aumento signifi-cativo nos pacientes. Em apenas três anos, houve um aumento de 7% em pessoas com maisde 65 anos para este transtorno de saúde. Os fatores identificados como predominantesna gênese dessa condição são hábitos alimentares inadequados e estilo de vida sedentário,juntamente com a predisposição genética e o estresse como elementos agravantes. A pre-valência de hipertensão arterial no Brasil, verificada em estudos realizados, está em umafaixa de 22,3% a 43,9% com uma média de 32,5% (TIBÚRCIO et al., 2013)(PICCINI etal., 2012)(BRASIL, 2013)(SASS et al., 2012)(RADOVANOVIC, 2014).

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Um estudo realizado na comunidade de Sarandi, no noroeste do Paraná, foi representa-tivo dos indicadores relacionados à hipertensão arterial neste estado. Relatou a incidênciade depressão em idosos com Hipertensão Arterial, encontrando valores acima de 30%,na incidência de fatores como não escolaridade, obesidade, baixo peso, vivendo sozinho,presença de depressão e idade superior a 80 anos (SASS et al., 2012).

A prevalência de Hipertensão Arterial no município de Paiçandú, de acordo com o es-tudo de 2014, referido neste parágrafo, é semelhante ao detectado nos estudos referentes àregião sul do Brasil, mas inferior ao observado em todo o país. Em Paiçandú a hipertensãoé mais frequente em mulheres, entre 50 e 59 anos de idade. Como na maioria dos estu-dos, a prevalência da doença aumenta com a idade. Este estudo também corrobora quea prática de exercícios físicos é um elemento protetor e que a população fumante possuimaior prevalência de hipertensão arterial. A relação entre obesidade e hipertensão arte-rial também se refletiu, Obesidade, Diabetes Mellitus e dislipidemias foram consideradosfatores de risco predominantes (RADOVANOVIC, 2014).

Políticas públicas existentes no Brasil em relação à Hipertensão ArterialO Ministério da Saúde do Brasil estabeleceu protocolos para o tratamento da hiper-

tensão na atenção primária. Esses protocolos variam de estratégias de promoção da saúdepara o manejo de complicações secundárias a esta doença. Geralmente, é uma doença queé administrada em conjunto com Diabetes Mellitus, unificada no mesmo programa. Esteprograma é dirigido pelo Ministério da Saúde e as sociedades científicas de Cardiologia,Diabetes, Hipertensão e Nefrologia. As atualizações são apresentadas em publicações doMinistério da Saúde sob o nome de Reorganização do Plano de Atenção à HipertensãoArterial e Diabetes (PICCINI et al., 2012)(SASS et al., 2012)(BRASIL, 2013).

Os avanços nas últimas três décadas não deixaram nenhuma dúvida de que a detecçãoprecoce e o tratamento, bem como o controle de fatores de risco através de políticas desaúde pública, contribuíram para reduzir a mortalidade gradual por doenças cardíacas eacidentes vasculares cerebrais em países com alta renda (WHO, 2013).

Um relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde, em 2013, revela clara-mente os fatores que contribuem para a hipertensão e suas complicações; em relação àvida cotidiana (WHO, 2013): Fatores de risco social: globalização, urbanização, envelheci-mento, renda, educação, habitação. Fatores de risco comportamentais: dieta não saudável,tabagismo, estilo de vida sedentário, consumo prejudicial de álcool. Fatores de risco me-tabólicos: obesidade, diabetes, hiperlipidemia.

O manejo não farmacológico constitui uma parte importante do tratamento, essasindicações são dadas durante as consultas que requerem o diagnóstico e acompanhamentodesse paciente. A promoção de comportamentos saudáveis é grandemente influenciada pelopessoal de saúde e sua capacidade de estabelecer uma relação satisfatória com o paciente.A comunicação é a principal ferramenta disponível e, sem dúvida, a mais econômica(BEZERRA et al., 2015).

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18 Capítulo 3. Revisão da Literatura

Um exemplo a destacar é o caso da Finlândia, onde as intervenções preventivas foraminiciadas através de um programa comunitário em 1972; Nos cinco anos subseqüentes,muitas mudanças positivas foram registradas em relação aos fatores de risco comporta-mentais. 35 anos depois, a taxa anual de mortes cardiovasculares na população em idadede trabalhar é 85% inferior à registrada em 1977 (BEZERRA et al., 2015).

Aproximadamente 50% das pessoas com mais de 65 anos que têm obesidade tambémtêm pressão alta. Esses dados destacam a obesidade como um fator de risco relevante paraesta doença, além de demonstrar a importância dos princípios não farmacológicos para otratamento da hipertensão arterial. Um estudo até assinalou que cerca de 70% dos hiper-tensos atribuem a hipertensão ao excesso de peso, demonstrando a relação entre Índice deMassa Corporal e Hipertensão. A ingestão excessiva de calorias e o consumo de sal com acorrespondente retenção de fluidos corporais provoca aumento do peso simultaneamentecom o aumento das figuras de pressão arterial (MÁRTIRES, 2013).

As diretrizes não farmacológicas foram incluídas entre as principais indicações no tra-tamento da hipertensão na atenção primária à saúde. Essas medidas observam diferentesníveis de adesão de acordo com a insistência do pessoal de saúde para implementá-los,bem como em relação à percepção de que o paciente chega sobre a importância destespara o controle de sua doença (GIROTTO et al., 2013).

O estudo desenvolvido em 2013 na Unidade de Saúde da Família em Londrina, nonorte do Paraná, mostrou que entre as medidas não farmacológicas para o tratamento dahipertensão há maior adesão ao exercício físico regular entre pacientes hipertensos quenão relatam alterações nos níveis de colesterol, isso suporta a teoria do efeito favorável doexercício na prevenção de alterações lipídicas como um elemento agravante da hipertensãoarterial. O mesmo estudo mostrou que os níveis séricos de colesterol total e LDL verificadospor exames de sangue são mais reduzidos em pacientes hipertensos que praticam exercíciosfísicos regularmente. Além disso, o sexo masculino mostrou ser mais propenso à práticade exercícios, mas as mulheres compensam a lacuna geralmente com o trabalho doméstico(GIROTTO et al., 2013).

Uma maior adesão ao tratamento da hipertensão em sentido geral é observada empacientes pertencentes a uma faixa etária maior. Isto é possivelmente associado à maiorincidência de doenças crônicas degenerativas nesta era, com maior percepção do problemade saúde e mais responsabilidade associada. Também neste sentido, é levado em consi-deração que indivíduos com mais condições crônicas recebem maior atenção do pessoalde saúde, desta forma eles são mais influenciados para aderir às diretrizes de tratamento(GIROTTO et al., 2013).

As medidas relativas a dietas e modificações dos estilos alimentares são mais aceitasem pessoas com alto nível de escolaridade, em relação a um nível escolar baixo e o nívelsocioeconômico são as transgressões da dieta por pacientes hipertensos. A medida tomadamais a sério entre toda a população de pacientes hipertensos é a redução do consumo de

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sal (GIROTTO et al., 2013).Por outro lado, 26% dos pacientes contemplados no estudo desenvolvido na Secretaria

de Assistência Social e na Secretaria de Saúde do Município de Fortaleza/CE, de maioa dezembro de 2007, eles não controlam o consumo de sal em sua dieta diária. Muitaspessoas idosas ligadas a este estudo relataram um mau controle do estresse porque esta-vam constantemente expostas a situações que eram difíceis de tratar. A maioria referiuverbalmente seus desejos de modificar seu comportamento em favor de sua saúde. Esteestudo também mostrou que muitos recorrem a alternativas tradicionais, como o uso deplantas na preparação de preparações para o controle da pressão arterial (OLIVEIRA;MOREIRA, 2010).

As recomendações na dieta baseiam-se principalmente na redução da gordura global,especialmente a gordura animal. Assim também na redução do consumo de sal e noaumento do teor de plantas na dieta em geral, com a incorporação de vegetais e a reduçãoda ingestão de carboidratos (WHO, 2013)(KICKLIGHTER et al., 2006)(MÁRTIRES,2013)(GIROTTO et al., 2013)(OLIVEIRA; MOREIRA, 2010).

O tratamento não medicamentoso da hipertensão arterial aponta para mudanças nosestilos de vida que são cientificamente comprovadas para reduzir a morbidade e a mortali-dade dessa doença. Este tipo de tratamento é indicado em todos os pacientes hipertensos,independentemente da idade. A adesão a este tipo de tratamentorequer muita perseve-rança tanto do paciente quanto da parte do pessoal de saúde que o ajudam.

Essas medidas são comprovadas como capazes de reduzir a pressão arterial do seguinte(GIROTTO et al., 2013)(OLIVEIRA; MOREIRA, 2010): • Redução do peso corporal. •Diminuição da ingestão de sal. • Redução do consumo de bebidas alcoólicas. • Práticaregular de exercícios físicos. • Erradicação do tabagismo.

Essas modalidades relacionadas a um tratamento adequado da medicação, se indicado,aumentam o risco de morte por doenças cardiovasculares (GIROTTO et al., 2013)(OLI-VEIRA; MOREIRA, 2010).

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4 Metodologia

Trata-se de um plano de intervenção a ser desenvolvido na área de abrangência daUnidade Básica de Saúde Pioneiro Velho, Município de Paiçandu, Estado do Paraná.

O projeto inclui um total de 1756 pessoas, o que constitui toda a população com maisde 20 anos de idade (76,4% da população total). Farão parte do plano 10 trabalhado-res distribuídos nas diferentes funções do projeto (1 médico, 2 enfermeiros, 2 zeladoras,3 agentes comunitários, 1 fonoaudióloga, 1 funcionário do serviço geral). As ferramen-tas serão um computador, um esfigmomanômetro, um estetoscópio e um oftalmoscópio.O período de duração inicial será de 12 meses, sendo prorrogado, caso sua eficácia forconfirmada.

As atividades que serão desenvolvidas estão relacionadas à 3 eixos de ação, promoção,diagnóstico precoce e pesquisa de complicações, os quais incluem todos os aspectos doproblema de saúde escolhido, a Hipertensão Arterial Sistêmica, desde a promoção da saúdeda população em risco, até o seguimento de usuários com a doença e com complicações.Todas as funções serão geridas pelo médico e enfermeira, mas a participação envolverátoda a equipe.

1. PromoçãoConsistirá na realização de uma atividade coletiva, em um lugar público da comuni-

dade. Nesta atividade, a população envolvida no projeto de intervenção (com mais devinte anos de idade) terá uma consulta. Consistirá em desenvolver um tópico relacionadoà Hipertensão Arterial. Eles serão orientados, alternadamente pelo médico e a enfermeira.As informações serão comunicadas através de apresentação oral com suporte digital. Ostrabalhadores de saúde conversarão com a população sobre a atividade, e serão responsá-veis pela gestão e planejamento do mesmo com o médico e a enfermeira. Serão realizadosos encontros a cada dois meses, para um total de 6 tópicos, tais como:

- Efeito favorável da prática de exercícios físicos: será explicado em linguagem simples,como a prática de exercícios físicos afeta o sistema cardiovascular, explicará o tipo deexercícios recomendados e como eles devem ser realizados.

- Princípios da alimentação saudável: este tópico abordará as propriedades dos ali-mentos comumente usados, enfatizando quais são recomendados para consumir e quaisnão são. Ele irá explicar como a dosagem de sal comum deve ser. Como recurso inte-rativo, os pratos serão apresentados para consumo doméstico, consistindo em alimentosrecomendados (vegetais e proteínas principalmente).

- Efeitos nocivos do tabagismo: este tópico irá defender a evidência científica queliga o tabagismo à hipertensão. Também é importante falar sobre outras consequênciasassociadas ao tabaco, como câncer de pulmão e doenças do sistema arterial periférico.Como recurso didático, será apresentado um cálculo da despesa monetária anual de um

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22 Capítulo 4. Metodologia

fumante padrão e como isso afeta a economia de uma família média.- Obesidade: como parte desta atividade, será exposto como a obesidade interfere nas

esferas da vida, qual é seu papel na gênese da Hipertensão Arterial e como isso pode serprevenido e combatido. No final, como um fato interessante, será explicada as implicaçõesda cirurgia bariátrica, visto a tendência de tratamento atual para a obesidade mórbida.

- Gerenciamento apropriado do estresse: este tópico se referirá aos principais problemasda vida contemporânea, explicando como eles podem ser abordados. O recurso a serutilizado será uma roda de conversa. Será solicitado ao serviço municipal de saúde aparticipação de um psicólogo para apoio.

- Os riscos envolvidos na Hipertensão: por ocasião desta atividade, serão explicadas asprincipais complicações associadas à Hipertensão Arterial, mostrando como identificar ossinais dessas complicações e a importância de buscar critérios médicos imediatos. Comoúltima atividade do programa, ela pode ser desenvolvida em um quadro de celebração quepermite um intercâmbio mais agradável entre a população e o pessoal de saúde.

2. Diagnóstico precocePara este princípio, o controle da pressão arterial será monitorado para todos aqueles

com mais de 20 anos durante a pré-consulta pela equipe de enfermagem. Também seráaferida a pressão arterial entre aqueles com menos de vinte anos de idade, em grupos derisco, como obesidade e com diagnóstico de Diabetes Mellitus tipo 1. O acompanhamentoserá feito durante toda a semana no curso do trabalho de cuidados de saúde. Além deaferição pressão arterial de todos os membros das famílias, mais de 20 anos, durante avisita domiciliar. Esta atividade será desenvolvida pelo médico, enfermeira e auxiliar deenfermagem.

3. Investigação de complicaçõesA investigação das complicações consistirá no exame físico completo nas seguintes

condições:- Usuários com mais de três anos do diagnóstico de hipertensão arterial e com mais

de cinquenta anos de idade, independentemente do tempo decorrido desde o diagnóstico.- O exame será feito a cada 3 meses durante uma consulta, mediante consulta prévia

ou durante a visita domiciliar.- Será avaliado o histórico clínico.- O exame minucioso do sistema cardiovascular e do exame do fundo será obrigatório.- Se qualquer complicação for detectada ou suspeitada, será imediatamente realizados

os encaminhamentos necessários.- Monitoramento eletrocardiográfico, de acordo com o protocolo para o manejo da

hipertensão arterial implementado pelo sistema de saúde brasileiro.

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5 Resultados Esperados

Os resultados esperados com este plano de intervenção se traduzem em benefícios paraa saúde e o bem-estar da população em que se espera que atenda de diversas maneiras.Espera-se que atuando sobre o comportamento de uma doença como a hipertensão arterial,causa mais frequente de assistência nos serviços de saúde, bem como precursora de outrascondições, como doença cardíaca coronária aguda, acidentes cerebrovasculares, alcanceum efeito global sobre os indicadores de saúde da comunidade em questão. Em seguida,os resultados esperados a curto, médio e longo prazo serão expostos, com a aplicação doplano de intervenção proposto.

Os resultados esperados a curto prazo são: melhoria da comunicação entre o pessoal desaúde e a população correspondente, resultando em um ótimo relacionamento profissional-usuário, promovendo a confiança da população na equipe; alcançar na comunidade umaideia geral das possíveis consequências de não manter o controle adequado da pressãoarterial; seguimento mais próximo e mais frequente de usuários conhecidos; identificar osusuários com maior risco de complicações; diagnóstico de novos casos; aterragem oportunade lesões nos órgãos alvo (rim, coração, retina, cérebro).

Os resultados esperados, a médio prazo, são: reconhecimento por usuários com hi-pertensão dos sinais sugestivos de complicações, alcançando sua assistência imediata aocentro de saúde para tratamento precoce; aquisição pela população do conhecimento quelhe permite identificar com certeza quais são os comportamentos nocivos que podem levarà hipertensão; acompanhamento próximo com base nos protocolos estabelecidos para estadoença; envolver tanto quanto possível o pessoal de saúde na investigação de complicações;obtenha maior confiança por parte dos usuários ao tratamento não-farmacológico.

Os resultados esperados, a longo prazo, são: acelerar o início do uso de medicamentospadronizados para esta doença; eliminar o sub-registro de Hipertensão Arterial nestacomunidade, tornando as estatísticas mais confiáveis e alcançando o tratamento oportunoda doença por meio do diagnóstico nas etapas iniciais; melhorar o prognóstico atual dascomplicações da hipertensão arterial; reduzir a incidência da doença; reduzir os custosde saúde e a incidência de urgência e emergência de crises hipertensivas em serviçosde emergência locais; modificar permanentemente estilos de vida, recriando uma culturaunânime a favor da prática de exercícios físicos e uma dieta saudável, enfim hábitossaudáveis.

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