PROPOSTA DE ABERTURA DO CURSO DE GRADUAÇÃO DE … · partir de 1973 passou a ofertar cursos de...

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA, FÍSICA, QUIMICA, BIOLOGIA, INGLÊS, ESPANHOL E DISCIPLINAS PROFISSIONALIZANTES UTFPR, CAMPUS CAMPO MOURÃO Campo Mourão 2011 Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná Campus Campo Mourão Diretoria de Graduação e Educação Profissional Coordenação do Curso de Formação de Professores 1

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA NA ÁREA DE MATEMÁTICA, FÍSICA, QUIMICA, BIOLOGIA, INGLÊS, ESPANHOL E DISCIPLINAS PROFISSIONALIZANTES –

UTFPR, CAMPUS CAMPO MOURÃO

Campo Mourão

2011

Ministério da EducaçãoUniversidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Campo MourãoDiretoria de Graduação e Educação Profissional

Coordenação do Curso de Formação de Professores

1

Reitor

Carlos Eduardo Cantarelli

Vice-Reitor

Paulo Osmar Dias Barbosa

Pró-Reitor de Graduação e Ensino Superior

Maurício Alves Mendes

Diretor do Campus Campo Mourão

Narci Nogueira da Silva

Diretora de Graduação e Educação Profissional

Adriana da Silva Fontes

Diretor de Pesquisa e Pós-Graduação

Fernando Hermes Passig

Coordenador do Curso de Formação de Professores

Claudete Cargnin Ferreira

Professores-organizadores

Claudete Cargnin Ferreira

Ester Cristiane Wonsik

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Professores do Programa Especial De Formação Pedagógica

Adriana da Silva Fontes

Belmiro Marcos Beloni

Claudete Cargnin Ferreira

Devanir P.S. Canovas

Edson Hirata

Ester Cristiane Wonsik

Jorge Candido

José Hilário Delconte Ferreira

Luiz Becher

Marcos Antonio Piza

Maria Eloiza Fiorese Prates

Narci Nogueira da Silva

Nilcéia de Lima Venturini

Radames J. Halmeman

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As discussões sobre o presente Projeto Político Pedagógico do Programa Especial

de Formação Pedagógica da UTFPR – campus Campo Mourão, iniciaram em 2008

e desde então passou por alterações no sentido de aprimorá-lo. Apresentada ao

atual colegiado do curso, composto dos membros abaixo descritos, foi aprovado.

Nome Cargo Assinatura

Claudete Cargnin Ferreira Presidente

Ester Cristiane Wonsik Vice-Presidente

Adriana da Silva Fontes Responsável pelo Estágio Supervisionado

Jorge Cândido e José Hilário Delconte Ferreira

Membro eleito

Devanir Pereira dos Santos Canovas

Representante de Orientação Acadêmica

Marcos Antônio Piza Representante das Ciências Exatas

Maria Eloiza Fiorese Prates Representante das Áreas Humanas

Diva Fiore Miotto Representante dos discentes

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 062. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO 07

2.1 O CAMPUS CAMPO MOURÃO DA UTFPR 093. POLÍTICAS INSTITUCIONAIS (PPI, PDI E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO)104. A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES NO BRASIL 115. HISTÓRICO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA 136. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO CURSO 157. HISTÓRICO DO COFOP NO CAMPUS CAMPO MOURÃO 168. IDENTIFICAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE

PROFESSORES DA UTFPR, CAMPUS CAMPO MOURÃO 178.1 FORMAÇÃO ACADÊMICA 188.2 METODOLOGIA 198.3 ATENDIMENTO AO DISCENTE 19

9. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGOGICA 209.1 JUSTIFICATIVA 209.2 OBJETIVO GERAL 239.3 PERFIL DO EGRESSO 249.4 CAMPO DE ATUAÇÃO 249.5 ESTRUTURA CURRICULAR 259.6 MATRIZ CURRICULAR DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE

PROFESSORES 269.7 DISCIPLINAS 28

9.7.1 Libras 289.8 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 29

9.8.1 Estágio Curricular Supervisionado do Programa Especial de Formação Pedagógica 31

10. INFRA-ESTRUTURA DO CURSO 3210.1 SALAS DE AULA 3310.2 SALAS DE DESENHO 3410.3 BIBLIOTECA E ACERVO BIBLIOGRÁFICO 3410.3.1 Política de Atualização 34

10.3.2 Formas de Acesso e Utilização 3510.3.3 Acervo 36

10.4 ANFITEATRO 3710.5 LABORATÓRIOS 37

11. CORPO DOCENTE 4011.1 RELAÇÃO DOS DOCENTES 4011.2 RELAÇÃO DOS DOCENTES DO COLEGIADO DE CURSO 41

11.3 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE (NDE) 4212. AVALIAÇÃO 42

12.1 ENSINO-APRENDIZAGEM 4212.2 AVALIAÇÃO DO CORPO DOCENTE 4212.3 AVALIAÇÃO DO PROGRAMA 43

13. CERTIFICAÇÃO 4314. REFERÊNCIAS 4415. ANEXOS 46

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1. INTRODUÇÃO

A Universidade Tecnológica Federal do Paraná tem como uma de suas

principais missões o contínuo desenvolvimento de ações voltadas para a melhoria

da Educação, desafio que vem sendo enfrentado por aqueles que reconhecem a

relevância das licenciaturas na consecução deste objetivo.

A realidade do processo ensino-aprendizagem, considerando os avanços

científicos e a implementação de novas tecnologias no processo produtivo, é

dinâmica e complexa. Considerando esta perspectiva, direciona-se a prática

educativa para adequar-se ao novo contexto, visando ao desenvolvimento de

conhecimentos e atitudes que auxiliem os alunos a melhor se relacionar com as

exigências presentes na sociedade atual. Esta é, aliás, uma condição básica para

favorecer uma convivência social crítica e responsável, facilitando o ingresso do

indivíduo-cidadão no mundo do trabalho.

Por isso, a construção e execução deste projeto devem constituir um

processo contínuo, considerando a dinâmica evolutiva do processo de

conhecimento, dos processos de ensino-aprendizagem, e da própria sociedade.

Este Projeto Pedagógico do Curso (PPC) contém os parâmetros de ação

educativa, baseados no Projeto Pedagógico Institucional (PPI), na legislação

nacional que regulamenta a oferta de cursos de formação de professores para a

Educação Básica, em modalidades de Programa Especial de Formação Pedagógica

e no Regulamento da Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR (2007),

sobre esse programa.

Visa atender a uma necessidade nacional de expansão do ensino superior em

âmbito federal e prioritariamente a formação de professores. O curso atenderá a

demanda da região, visto que não existem cursos de licenciatura para atender a

demanda de docentes para suprir as necessidades das instituições escolares da

região.

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2. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

A história da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR teve

início no século passado. Sua trajetória começou com a criação das Escolas de

Aprendizes Artífices em várias capitais do país pelo então presidente, Nilo Peçanha,

em 23 de setembro de 1909 (decreto 7.566). No Paraná, a escola foi inaugurada no

dia 16 de janeiro de 1910, em um prédio da Praça Carlos Gomes, na cidade de

Curitiba, Paraná.

O ensino era destinado a meninos de camadas menos favorecidas da

sociedade, chamados de “desprovidos da sorte”. Pela manhã, recebiam

conhecimentos elementares (primário) e, à tarde, aprendiam ofícios nas áreas de

alfaiataria, sapataria, marcenaria e serralheria. Inicialmente, havia 45 alunos

matriculados na escola, que, logo em seguida, instalou seções de Pintura Decorativa

e Escultura Ornamental.

Aos poucos, a escola cresceu e o número de estudantes aumentou, fazendo

com que se procurasse uma sede maior. Então, em 1936, a Instituição foi transferida

para a Avenida Sete de Setembro com a Rua Desembargador Westphalen, na

mesma cidade, onde permanece até hoje. O ensino tornou-se cada vez mais

profissional até que no ano seguinte (1937) a escola começou a ministrar o ensino

de 1º grau, sendo denominada Liceu Industrial do Paraná.

Cinco anos depois (1942), a organização do ensino industrial foi realizada em

todo o país. A partir disso, o ensino passou a ser ministrado em dois ciclos. No

primeiro, havia o ensino industrial básico, o de mestria e o artesanal. No segundo, o

técnico e o pedagógico.

Com a reforma, foi instituída a rede federal de instituições de ensino industrial

e o Liceu passou a chamar-se Escola Técnica de Curitiba. Em 1943, tiveram início

os primeiros cursos técnicos: Construção de Máquinas e Motores, Edificações,

Desenho Técnico e Decoração de Interiores.

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Antes dividido em ramos diferentes, em 1959 o ensino técnico no Brasil foi

unificado pela Lei 3552/59. A escola ganhou, assim, maior autonomia e passou a

chamar-se Escola Técnica Federal do Paraná. Em 1969 foi autorizada pelo Decreto-

Lei 547/69 de 18 de abril de 1969 a ministrar cursos superiores de curta duração. A

partir de 1973 passou a ofertar cursos de Engenharia de Operação nas áreas de

Construção Civil e Elétrica.

Em 1978, a Instituição foi transformada em Centro Federal de Educação

Tecnológica do Paraná (CEFET-PR) pela Lei 6.545/78, passando a ministrar cursos

de graduação plena. A partir da implantação dos cursos superiores, deu-se início ao

processo de “maioridade” da Instituição, que avançaria durante as décadas de 80 e

90 com a criação dos Programas de Pós-Graduação.

A partir de 1990, o Programa de Expansão e Melhoria do Ensino Técnico fez

com que o CEFET-PR se expandisse para o interior do Paraná, onde implantou

unidades. Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBE), de 1996, que não

permitia mais a oferta dos cursos técnicos integrados, a Instituição, tradicional na

oferta desses cursos, decidiu implantar o Ensino Médio e cursos de Tecnologia. Em

1998, em virtude das legislações complementares à LDBE, a diretoria do então

CEFET-PR tomou uma decisão ainda mais ousada: criou um projeto de

transformação da Instituição em Universidade Tecnológica.

Após sete anos de preparo e o aval do governo federal (10/10/2005), o projeto

tornou-se lei. O CEFET-PR, então, passou a ser a UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA

FEDERAL DO PARANÁ (UTFPR) – a primeira universidade tecnológica do Brasil.

Atualmente, a Universidade Tecnológica conta com 11 Campi, distribuídos nas

cidades de: Londrina, Apucarana, Toledo, Francisco Beltrão, Campo Mourão,

Cornélio Procópio, Curitiba, Dois Vizinhos, Medianeira, Pato Branco e Ponta Grossa.

Das diferentes denominações à primeira Universidade Tecnológica do Brasil:

1909 – Escola de Aprendizes Artífices do Paraná;

1937 – Liceu Industrial do Paraná;

1942 – Escola Técnica de Curitiba;

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1959 – Escola Técnica Federal do Paraná – ETF-PR;

1978 – Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná – CEFET-PR;

2005 – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR.

2.1 O CAMPUS CAMPO MOURÃO DA UTFPR

O Campus Campo Mourão da UTFPR é uma autarquia de regime especial

vinculada ao Ministério da Educação com autonomia administrativa, financeira,

patrimonial, didática e disciplinar. Iniciou suas atividades em abril de 1995, como

CEFET-PR, oferecendo o curso Técnico em Alimentos e Técnico em Edificações, já

extintos.

Além do Programa Especial de Formação Pedagógica, atualmente oferece

cursos nas seguintes áreas: em nível médio, curso Técnico Integrado em

Informática; em Nível Superior, Tecnologia em Alimentos, Tecnologia em Sistemas

para Internet, Engenharia Ambiental, Engenharia Civil, Engenharia de Alimentos,

Engenharia Eletrônica e Curso Especial de Formação Pedagógica. Em nível de pós-

graduação os cursos de Especialização em Gerenciamento e Auditoria Ambiental,

Especialização em Gestão e Tecnologia em Obras de Construção Civil,

Especialização em Matemática e Especialização em Educação Profissional Técnica

de Nível Médio Integrada ao Ensino Médio na Modalidade Educação de Jovens e

Adultos.

Está situada na Rodovia Br. 369, Km 0,5 na cidade de Campo Mourão - PR,

num terreno com área de 63.888 m2. Conta atualmente com 9.241,44 m2 de área

construída, composta por: salas de aula; salas de desenho; salas de informática;

biblioteca; laboratórios específicos; salas de apoio ao ensino; cantina para alunos e

professores, entre outros.

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3. POLÍTICAS INSTITUCIONAIS ( PPI, PDI E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO)

A transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná

(CEFET-PR) em Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) é fruto de

uma construção coletiva, com a participação de inúmeros atores, o que possibilitou a

discussão e implementação do PPI (Projeto Político Pedagógico Institucional) e do

PDI (Plano de Desenvolvimento Institucional) e em âmbito dos campi, o

Planejamento Estratégico.

O Programa Especial de Formação Pedagógica está inserido nessas políticas

institucionais e, de forma geral, pretende contribuir com os objetivos da UTFPR:

promover a educação de excelência através do ensino, pesquisa e extensão,

interagindo de forma ética e produtiva com a comunidade para o desenvolvimento

social e tecnológico e com a intenção da UTFPR de ser modelo educacional de

desenvolvimento social e referência na área pedagógica.

No PDI o Programa Especial de Formação de Professores é citado como

uma atividade formativa, não regular, vinculado ao Departamento de Educação da

PROGRAD - Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional, órgão superior da

Reitoria responsável por planejar, coordenar e supervisionar a execução de

atividades do ensino de Graduação e Educação Profissional. Esse programa foi

instituído para habilitar portadores de diplomas de Graduação, excetuando-se os

cursos de Licenciatura, para o exercício do magistério, em disciplinas que integram

as quatro últimas séries do Ensino Fundamental, do Ensino Médio e da Educação

Profissional em Nível Médio nos diferentes sistemas de ensino.

Nesse mesmo projeto é afirmada a relevância com que é tratado o Programa

ao explicitar que o mesmo é desenvolvido em todos os Campi, em regime especial,

sendo atribuído a cada Campus a autonomia de solicitar abertura de turmas

conforme a demanda local e regional de professores que atuam sem habilitação em

disciplinas da base comum e disciplinas profissionalizantes.

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O Programa Especial de Formação Pedagógica está contemplado no PPI e

busca cumprir os compromissos já firmados com a sociedade e atender os objetivos

da UTFPR escritos na Lei 11.184/05, artigo 4º : “ - ministrar em nível de educação

superior: b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de formação

pedagógica, com vistas à formação de professores e especialistas para as

disciplinas nos vários níveis e modalidades de ensino de acordo com as demandas

de âmbito local e regional.”

O curso visa contribuir para o avanço conceitual da educação profissional e

tecnológica, que tome como princípio a formação integral do homem, em bases

científicas e ético-políticas, entendendo que o exercício das atividades humanas, no

caso do futuro professor, ultrapassa o caráter produtivo ao abranger as dimensões

social, política, cultural e ambiental.

A proposta desenvolvida no campus visa também atender ao citado no PDI

que assegura um currículo integrado e propicia ao futuro professor uma formação

pedagógica adequada.

4. A FORMAÇÃO DOS PROFESSORES NO BRASIL

A necessidade da formação de professores no Brasil tem se tornado cada vez

mais evidente, uma vez que existem professores da educação básica sem

graduação ou sem formação didático-pedagógica, como no caso dos bacharéis.

Dada a importância do preparo didático-pedagógico para a atuação no

ensino, a ampliação e democratização de acesso a cursos de formação pedagógica

devem ser promovidas pelo poder público e, sobretudo, nas instituições de ensino

públicas do país.

De acordo com Saviani (2009) a preocupação explícita com a formação de

professores no país surgiu em 1827, com a Lei das Escolas de Primeiras Letras,

explicitando a exigência de preparo didático, embora não se faça referência

propriamente à questão pedagógica.

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Saviani (2009) aborda acontecimentos emblemáticos na institucionalização da

formação de professores no Brasil citando desde o estabelecimento e expansão do

padrão das Escolas Normais (1890-1932), a organização dos institutos de educação

(1932- 1939), a organização e implantação dos cursos de pedagogia e de

licenciatura e consolidação do padrão das Escolas Normais (1939-1971),

substituição da Escola Normal pela habilitação específica de Magistério (1971-1996)

até o advento dos Institutos Superiores de Educação e das Escolas Normais

Superiores (1996-2006).

Sobre a questão pedagógica, Saviani (2009) indica que inicialmente tratada

timidamente de início, vai ganhando espaço até ocupar posição central nos ensaios

de reformas da década de 1930, embora ainda tenha que buscar um

encaminhamento satisfatório. Ao fim se revela permanente, no decorrer dos seis

períodos analisados, a precariedade das políticas formativas, cujas sucessivas

mudanças não lograram estabelecer um padrão minimamente consistente de

preparação docente para fazer face aos problemas enfrentados pela educação

escolar em nosso país.

Há ainda problemas relacionados à oferta de formação pedagógica o que

reforça a necessidade de iniciativas governamentais e institucionais para promover a

capacitação didático-pedagógica àqueles profissionais que atuam diretamente com o

ensino, e que não a possuem.

A formação didático-pedagógica que se consolida a partir do estudo dos

fundamentos educacionais, abrangendo, sobretudo, os aspectos filosóficos,

sociológicos, psicológicos, históricos e políticos. Esses fundamentos possibilitam

uma melhor compreensão do fenômeno educativo, instrumentalizando o professor

para ações educativas pautadas teoricamente para a transformação qualidade de

sua prática docente.

De acordo com Selma Garrido Pimenta (1995, p. 61), a essência da atividade

(prática) do professor é o ensino e a aprendizagem. Ou seja, é o conhecimento

técnico prático de como garantir que a aprendizagem se realize em conseqüência da

atividade de ensinar. Envolve, portanto, o conhecimento do objetivo, o

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estabelecimento de finalidades e a intervenção no objeto para que a realidade seja

transformada enquanto realidade social.

O Programa Especial de Formação Pedagógica (COFOP) se coloca como

uma destas possibilidades de formação pedagógica, tendo como missão a formação

de professores para atuação no ensino fundamental e médio. Com um currículo

inovador, estruturado em temas que abrangem as diferentes áreas do

conhecimento, é destinado a profissionais com formação superior e que estejam

atuando na docência, ou que queiram atuar.

5. HISTÓRICO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

Desde o advento da Lei 5.540 de 28 de novembro de 1968, tornou-se

exigência legal a habilitação de professores para o exercício do magistério em todas

as disciplinas gerais ou técnicas, bem como o preparo de especialistas destinados

ao trabalho de planejamento, supervisão, administração, inspeção e orientação no

âmbito de escolas e sistemas escolares, por meio de frequência em cursos de nível

superior (art.30).

Em anos seguintes, o Ministério da Educação e Cultura por meio da Portaria

432 de 19/07/71, previa a formação de professores para as disciplinas

especializadas para habilitação no ensino médio, relativas às atividades econômicas

primárias, secundárias e terciárias, por meio dos cursos divididos em Esquema I e

Esquema II. No Esquema I, os portadores de diplomas de grau superior

relacionados à habilitação pretendida, realizavam uma complementação pedagógica

de 600 horas e no Esquema II os portadores de diplomas de técnico de nível médio,

nas áreas pretendidas, realizavam a formação de 1.080, 1.200, chegando a 1.480

horas.

Os estudantes cursavam, no Esquema I e II, as disciplinas de Estrutura e

Funcionamento do Ensino de 2º grau (90 h), Psicologia da Educação (90h), Didática

(90h) e Prática de Ensino (290h). Os formandos recebiam um registro como

professor do ensino médio em até três disciplinas correspondentes à área de

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habilitação cursada. Tal registro concedia habilitações em categorias de licenciatura

plena, licenciatura curta, concluintes do curso de língua estrangeira e aprovados em

exame de suficiência.

A portaria n.396 de 28 de junho de 1977 previa que, em casos emergenciais,

os estabelecimentos de ensino superior poderiam aproveitar os estudos ou

experiências anteriores, nos seguintes casos:

a)para portadores de diploma de 2º grau, com pelo menos 900 horas de

estudos específicos na área afim à habilitação pretendida, em cursos de 2.000

horas;

b)para professores com formação em nível de 2º grau, com no mínimo dois

anos de experiência em disciplina especializada no ensino de 2º grau, em cursos de

1.500 horas;

c)para portadores de diploma de grau superior, obtido em cursos de duração

plena, exceto os de licenciatura, com duração de 840 horas.

A graduação de professores para a parte de formação especial do currículo

do ensino de 2º grau compreendia quatro amplos setores, a saber: a)Técnicas

Agropecuárias, b)Técnicas Industriais, c)Técnicas Comerciais e de Serviços,

d)Técnicas de Nutrição e Dietética.

A previsão de cursos emergenciais para atender as necessidades de

professores habilitados segue na década de 1980, por meio de convênios com

Universidades e Fundações, pode ser consultada nas portarias n.299 de 04 de

agosto de 1982, n.35 de 27 de novembro de 1985 e n.399 de 28 de junho de 1989.

Nesta última portaria, estava previsto que nenhuma disciplina poderá ser objeto de

registro quando não tiver sido estudada, pelo menos, em 160 horas-aula. Tal

requisito é seguido até o momento nos cursos ofertados na Universidade

Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR.

Com a Resolução n° 2, de 26 de junho de 1997, a oferta de cursos destinados

à formação de docentes para as disciplinas do currículo da educação profissional

(bem como as do currículo do ensino fundamental e do ensino médio) foi

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regulamentada, abrindo a possibilidade de essa formação ocorrer por meio de

Programas Especiais de Formação Pedagógica.

Os referidos Programas substituíram os antigos Cursos de Esquema I, sendo

destinados a portadores de diploma de nível superior, exceto licenciatura, em cursos

relacionados à habilitação pretendida.

Dessa forma, a UTFPR segue as regulamentações da referida Resolução no

sentido de garantir a estruturação curricular em núcleos efetivando a integração de

conhecimentos e habilidades, a relação entre teoria e prática e a inserção dos

estudantes na realidade das instituições de ensino básico.

6. HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DO CURSO

O CEFET-PR, desde 1984, com a extinção do CENAFOR, recebeu a

incumbência de formação de professores para as disciplinas profissionalizantes do

ensino de 2º grau, atuando nas áreas primária, secundária e terciária da economia.

No período de 16 anos, esta Coordenadoria foi responsável pela graduação

de 40 turmas de alunos-docentes, num total de 1579 licenciados, implementados em

vários estados do país, resultados de convênios firmados com secretarias do

Ministério da Educação, secretarias estaduais e municipais de educação, entidades

vinculadas à Federação das Indústrias, estabelecimentos comunitários e empresas

privadas.

A sua estrutura curricular era normatizada pela Portaria Ministerial nº 432/71,

com carga aproximada de 900h/a para os portadores de diploma de curso superior

(Esquema I) e de aproximadamente 2.100 h/a para os portadores de diploma de

técnico de 2º grau (Esquema II).

Em julho de 1997, como conseqüência imediata da aprovação da nova

LDBEN, o Conselho Nacional de Educação cria a Resolução nº 02/97, substituindo

os antigos cursos de Esquema I e II pelo Programa Especial de Formação

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Pedagógica, destinado a profissionais com formação superior e que estejam

atuando na docência.

Diante desses dispositivos legais, foi desenvolvido um currículo estruturado

com base em temas que abrangem as diferentes áreas do conhecimento, como:

Metodologia Científica, A Instituição como Organização, Gestão Educacional,

Paradigmas da Educação, Profissão Professor, Concepções Psicopedagógicas do

Processo Ensino-Aprendizagem e Dimensões da Ciência e da Tecnologia.

Esses temas auxiliam o professor na elaboração de conhecimentos e

habilidades necessários a sua formação, possibilitando o desenvolvimento articulado

e constante da teoria com a prática.

7. HISTÓRICO DO COFOP NO CAMPUS CAMPO MOURÃO

O campus Campo Mourão oferta desde 2001 o Programa Especial de

Formação Pedagógica, cujas primeiras turmas foram reconhecidas com conceito A e

desde então trabalha em prol de manter a qualidade na promoção do seu trabalho

com essa modalidade de ensino.

Cronologia das turmas:

- A primeira turma deu início as atividades em março de 2001 e finalizou o

curso no final de 2002.

- Em 2003 ocorre a formação da segunda turma do Programa, iniciando em

agosto e tendo o término em outubro de 2004.

- Em setembro de 2004 a terceira turma inicia seus estudos vindo a finalizar o

curso no mês de novembro de 2005.

- A quarta turma foi autorizada para iniciar suas aulas em março de 2006 e

cumpriu as incumbências em agosto de 2007.

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- Em fevereiro de 2007 a quinta turma tem suas primeiras aulas tendo suas

atividades encerradas em julho de 2008.

- Em 2009 inicia a 6ª turma do Programa Especial de Formação Pedagógica

no campus, sendo a mais recente que cumpre as atividades pertinentes ao curso.

8. IDENTIFICAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA UTFPR, CAMPUS CAMPO MOURÃO

Denominação do Curso: Programa Especial de Formação Pedagógica.

Licenciatura nas seguintes áreas: Matemática, Física, Química, Biologia, Inglês,

Espanhol e Disciplinas Profissionalizantes.

Duração do Curso: O tempo normal de duração do curso é de 18 meses,

funcionando em regime especial, aos sábados.

Área de Atuação: últimas séries do ensino fundamental, o ensino médio e a da

educação profissional em nível médio nos diferentes Sistemas de Ensino.

Processo de Seleção: Portadores de curso superior de graduação relacionado com

a habilitação pretendida aproveitamento em nível superior, no mínimo 160 horas da

respectiva disciplina ou área correspondente do conhecimento, preferencialmente

apresentando no mínimo 60 (sessenta) horas de experiência docente, não podendo

participar do processo alunos licenciados.

Número de vagas: de 44 (quarenta e quatro), das quais 4 (quatro) serão destinadas

a docentes/funcionários da UTFPR – campus Campo Mourão.

Turnos previstos: O curso será ofertado no período diurno (manhã e tarde), aos

sábados.

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Ano de início de funcionamento do Curso: A primeira turma iniciou no ano de

2001 desde então em constante funcionamento e atualmente o campus está com a

sexta turma em fase de conclusão.

8.1 FORMAÇÃO ACADÊMICA

O PPI da instituição observa que para as organizações, participar

efetivamente do processo de transformação, significa sobrevivência.

Para as instituições de ensino e pesquisa, significa a oportunidade de

contribuir com o seu potencial científico e tecnológico, por meio da formação de

recursos humanos e da pesquisa, voltado ao desenvolvimento econômico, social e

cultural das pessoas, coletividades e nações.

Esta contribuição é dada visando a qualidade de vida e bem-estar de todos,

o que inclui a preocupação com a preservação do ambiente e com a defesa da vida

no planeta.

Dessa forma, conhecimento e criatividade, raciocínio lógico e iniciativa,

responsabilidade e cooperação passam a ser imprescindível, o que implica uma

formação mais ampla, construída a partir das bases sólidas de uma educação

básica universalizada.

Compreender o que vem a ser a dimensão social do ser humano em toda sua

extensão implica penetrar no mais importante significado da expressão “formação

integral do ser humano”. O sujeito integralmente formado é capaz de localizar os

mecanismos sociais que entram no jogo da sua formação, percebe-se como agente

desse processo e, fundamentalmente, entende que os modos de vida em sociedade

nem sempre foram e nem sempre serão conservados.

O curso se baseia na premissa de que o educador precisa construir

conhecimentos e habilidades específicas e necessárias à sua formação e isso é

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possibilitado com o desenvolvimento articulado da teoria com a prática,

ultrapassando, os modelos tradicionais de formação.

8.2 METODOLOGIA

A metodologia do curso envolve processos de participação do aluno que

permitam a constante construção do conhecimento, aliando teoria e prática nas

experiências em sala de aula e instituições educacionais públicas e privadas, bem

como contato com órgãos administrativos relacionados à educação, com o Núcleo

Regional de Educação e no desenvolvimento de projetos práticos.

Ocorre ainda o incentivo a participação em congressos, seminários, simpósios

da área, no desenvolvimento de trabalhos em equipe e individuais tanto acadêmicos

como no contato com as realidades das escolas.

O uso e a operação dos conceitos teóricos e práticos são feitos a partir de

discussão de textos, debates, experiências concretas que permitam a análise

reflexiva e a vivência com a atuação no campo educacional.

8.3 ATENDIMENTO AO DISCENTE

A UTFPR possui vários espaços físicos passíveis de serem utilizados pelo

docente e discente. Em dias letivos nos quais os demais cursos estão em

funcionamento, podem ser utilizados o anfiteatro, a sala de reuniões do gabinete da

direção, as salas das coordenações e salas de aula desde que previamente

agendadas. Aos finais de semana, quando o Curso de Formação de Professores

está em aula, os espaços ficam à disposição em maior quantidade devido aos

demais cursos de graduação que não estão em aula.

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Aos sábados de manhã, o ambulatório conta com uma auxiliar de

enfermagem e um médico. De segunda à sexta-feira o Departamento de Educação

juntamente com o NUAPE – Núcleo de Acompanhamento Psicopedagógico e

Assistência Estudantil, podem oferecer apoio por contar com Pedagogo, Psicólogo e

Assistente Social que prestam atendimento aos estudantes de todos os cursos.

Caso necessário os professores vinculados ao COFOP prestam atendimento

aos alunos além dos horários de aulas, mediante solicitação do aluno, do

coordenador do curso ou por iniciativa própria.

Para a elaboração do Relatório Final do Curso e Estágio de Docência, os

alunos contam com o professor coordenador do Curso e com dois professores que

acompanham, estimulam e orientam as atividades relativas ao cumprimento das

exigências do curso.

No Curso de Formação de Professores, o Relatório Final é desenvolvido

individualmente e cada atividade é acompanhada pelo professor orientador que

auxilia nas normas de desenvolvimento do Relatório, acompanha a prática de

estágio de docência e indica os aprimoramentos necessários.

9. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGOGICA

9.1 JUSTIFICATIVA

Considerando:

1.- a constante demanda de professores habilitados para disciplinas

do currículo das quatro últimas séries do ensino fundamental, o ensino médio e a

educação profissional em nível médio nos diferentes Sistemas de Ensino;

20

2.- a procura significativa do Curso de Formação Pedagógica por

parte de professores que atuam nas diversas Redes de Ensino, que perfazem um

total de 450 escolas nos Núcleos Regionais de Campo Mourão, Cianorte e Goioêre;

3.- que por se tratar de um Programa com características diferentes

de um curso de Licenciatura regular, pode ser ministrado em períodos especiais de

ensino, de acordo com a clientela;

4. - que a UTFPR, oferece o Programa Especial de Formação

Pedagógica desde 1998, nos seus Campi de Curitiba, Cornélio Procópio, Pato

Branco, Medianeira, Ponta Grossa e Campo Mourão;

5.- a Lei no 11.184 de 07/10/2005, que cria a UTFPR, estipula como

um de seus objetivos a formação de professores, através de cursos de licenciatura e

programas especiais de formação pedagógica, para as áreas científicas e

tecnológicas da Educação básica e Profissional;

6.- que o Conselho Nacional de Educação, através do Parecer

10/2003 CNE/CES, reconheceu com conceito “A”, o Programa Especial de

Formação Pedagógica ministrado pelo Sistema CEFET-PR, atual UTFPR;

A UTFPR, campus Campo Mourão, através de sua Diretoria de Graduação e

Educação Profissional se propõe a realizar, fundamentado na Resolução CNE/CP

02/07, o Programa Especial de Formação Pedagógica, para atender as

necessidades de formação de professores nas áreas de Matemática, Física,

Química, Biologia, Inglês, Espanhol e nas disciplinas da Educação Profissional.

Tal oferta decorre da demanda constante de profissionais da área

educacional, especificamente do professor. Para exercer a profissão docente, um

dos requisitos é a licenciatura, a qual os candidatos ao curso Especial de Formação

Pedagógica não possuem por serem bacharéis ou tecnólogos.

A abertura do Curso Especial de Formação Pedagógica atende aos

interesses manifestados pelo Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão e

demais profissionais que já fizeram consulta para uma possível inscrição no curso.

21

A falta de professores na área de Ciências Exatas e disciplinas dos cursos

profissionalizantes representam um problema tanto regional, como nacional, o que

pode ser reafirmado pela fala do Ministro da Educação, ao apresentar o déficit de

professores nas disciplinas de física, química, matemática e biologia, motivado pela

formação insuficiente de profissionais. Há algumas décadas, formam-se menos

professores do que o necessário, ou seja, as licenciaturas não têm conseguido

suprir as necessidades ofertadas pelas instituições de ensino do país.

Um dos motivos decorre das novas exigências das políticas educacionais nas

últimas décadas, o número de matrícula de alunos na Educação Básica tem crescido

de forma significativa, portanto, há necessidade de promover a formação de

professores capacitados e em número suficiente para atender a demanda do estado

do Paraná.

Os dados do Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão (NRE)

(http://www.diaadia.pr.gov.br/nre/campomourao) apontam para o suprimento das

demandas por formação inicial e continuada dos professores, além de contribuir

para o desenvolvimento científico e tecnológico. Apenas o NRE de Campo Mourão

atende 70 escolas, distribuídas entre 16 municípios da região, sendo que o

Programa Especial de Formação Pedagógica recebe participantes de outras regiões

atendidas por outros NRE, como Cianorte, Goioerê e Pitanga que contam com

estabelecimentos de Ensino Fundamental e Ensino Médio Profissional.

Assim, este projeto pedagógico procura compatibilizar-se com as exigências

legais e a necessidade da sociedade no que concerne à formação de professores

com nível e qualidade superior, assumindo a importância da licenciatura, dentre

outras áreas de formação profissional. Isso decorre da compreensão de que formar

médicos, engenheiros, advogados e professores, tem idêntica complexidade e

idêntica relevância na afirmação das funções da universidade, como produtora de

conhecimentos e como co-responsável pela busca de solução para as questões

sociais do país.

Como integrante do rol das demais universidades do país, a UTFPR, Campus

Campo Mourão, através de sua Diretoria de Graduação e Educação Profissional se

propõe a realizar, fundamentado na Resolução Nº 2 do CNE, de 26/06/97, o

22

Programa Especial de Formação Pedagógica, para atender as necessidades de

formação de professores nas áreas de Matemática, Física, Química, Biologia, Inglês,

Espanhol e nas disciplinas da Educação Profissional.

9.2 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral é habilitar portadores de diploma de graduação, para o

exercício de magistério em disciplinas do currículo que integram as quatro últimas

séries do ensino fundamental, o ensino médio e a da educação profissional em nível

médio nos diferentes Sistemas de Ensino nas áreas de matemática, física, química,

biologia, inglês, espanhol e disciplinas profissionalizantes.

De acordo com o Regulamento do Programa (2007), sua finalidade é preparar

e habilitar o profissional para:

1. exercer a profissão de professor, de acordo com os princípios

psicopedagógicos;

2. articular os conteúdos curriculares, sua organização, avaliação e

integração com outras disciplinas, os métodos adequados ao

desenvolvimento em pauta, bem como sua adequação ao processo

ensino-aprendizagem;

3. solucionar os problemas concretos do cotidiano escolar a partir de

diferentes perspectivas teóricas, por meio de projetos

multidisciplinares, com a participação articulada dos vários temas do

Programa.

O Programa implantado na atual UTFPR desde as modalidades Esquema I e

Esquema II, período anterior a resolução CNE 02/97, visa suprir a falta nas escolas

de professores habilitados em determinadas disciplinas e localidades (art.1º,

parágrafo único).

Ao compreender a relevância da função docente, pretende contribuir para que

no exercício dessa função, os princípios de interdisciplinaridade, contextualização,

23

democratização, pertinência e relevância social, ética e sensibilidade afetiva e

estética estejam presentes.

9.3 PERFIL DO EGRESSO

Ao término do curso, o aluno:

será capaz de exercer a profissão de professor, de acordo com os princípios

psicopedagógicos, empregando de forma adequada os recursos tecnológicos,

no processo educacional e de gestão do sistema escolar;

será capaz de articular os conteúdos curriculares, sua organização, avaliação

e integração com outras disciplinas;

será capaz de utilizar os métodos adequados às diferentes situações do

ensino-aprendizagem;

será capaz de enfrentar os problemas concretos do cotidiano escolar a partir

de diferentes perspectivas teóricas, por meio de projetos multidisciplinares,

com a participação articulada das várias disciplinas do programa.

9.4 CAMPO DE ATUAÇÃO

O Programa Especial de Formação Pedagógica formar profissionais habilitados

nas disciplinas de matemática, física, química, biologia, inglês ou espanhol, ou ainda

a uma das disciplinas profissionalizantes da Educação Profissional, excetuando-se

os de cursos de licenciatura, para atuar nas séries finais do ensino fundamental e

séries do ensino médio e nos cursos profissionalizantes, do ensino privado e da rede

municipal, estadual, federal.

24

9.5 ESTRUTURA CURRICULAR

O Programa Especial de Formação Pedagógica apresenta uma proposta

estruturada na forma de oito grandes temas, que abrangem diferentes áreas do

conhecimento, visando assegurar um currículo integrado, propiciando ao professor a

formação adequada.

Os temas selecionados têm também como propósito atender os princípios da

Resolução nº 2, do CNE, que estabelece a estruturação curricular, articulada nos

seguintes núcleos : núcleo contextual, núcleo estrutural e núcleo integrador.

Esses temas permitirão ao educador construir os conhecimentos e

habilidades necessários à sua formação, possibilitando o desenvolvimento articulado

da teoria com a prática, ultrapassando, os modelos tradicionais de formação, onde

as disciplinas fragmentam o conhecimento em compartimentos estanques.

Entende-se que o educador só compreenderá e transformará a realidade do

contexto em que está inserido, se todos os temas propostos forem trabalhados com

a participação do mesmo em pesquisas, seminários e estágios. Estes últimos

deverão ocorrer concomitante aos princípios teóricos que forem sendo

desenvolvidos.

O núcleo contextual será constituído pelos seguintes temas : Gestão; A

Instituição como Organização e Profissão Professor, cujos objetivos são : propiciar a

compreensão de todos os mecanismos que envolvem a organização e estruturação

de uma instituição de ensino nos seus diferentes níveis; desenvolver o processo

gerencial das relações humanas e profissionais que se desenvolvem nas

instituições, bem como avaliar o papel da instituição de ensino como agência de

transformação da realidade na qual está inserida.

O núcleo estrutural por sua vez desenvolverá os temas : Paradigmas da

Educação; Dimensões da Ciência e da Tecnologia no Ambiente Educacional e

Concepções Psico-pedagógicas do Processo Ensino Aprendizagem, atendendo

25

desta maneira o que preconiza a mencionada Resolução, cuja principal finalidade é

oportunizar ao professor a aquisição de competências e o desenvolvimento de

habilidades necessárias ao exercício das atividades inerentes à sala de aula; a

compreensão do seu papel de agente de transformação de sua prática pedagógica e

responsabilidade no desenvolvimento de pesquisas educacionais.

O núcleo integrador será desenvolvido por meio do planejamento

multidisciplinar objetivando uma visão global da realidade na qual está inserida a

prática do educador, tendo a interdisciplinaridade como elo articulador das diferentes

áreas do conhecimento. Cada tema proposto deverá ficar sob responsabilidade de

um professor que terá como incubência organizar, planejar e desenvolver de forma

harmoniosa os conteúdos estabelecidos, podendo valer-se de palestras, seminários,

workshops, grupo de estudos, entre outros, possibilitando ao educador uma ampla

visão da interação teoria e prática sob diferentes enfoques.

Nesta nova abordagem o conhecimento adquire um novo significado, ou

seja, deixa de ter a função informativa para ser uma experiência de formação e

reconstrução, auxiliando efetivamente o educador na apreensão e transformação da

própria prática. Neste contexto, o processo de avaliação deverá ser planejado de

forma que o educador possa ser avaliado sob diferentes perspectivas, ou seja, como

elemento responsável pela gestão escolar, como facilitador do processo ensino-

aprendizagem e como pesquisador de sua própria prática pedagógica, além de sua

atuação em sala de aula.

9.6 MATRIZ CURRICULAR DO PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Temas / Disciplinas - Núcleos Curriculares

1 - Núcleo Contextual

TEMAS EMENTAS CARGA HORÁRIA

26

Gestão Escolar

- Estrutura Organizacional das Instituições de Ensino- Legislação do Ensino- Política de desenvolvimento de Recursos Humanos- Programa de Avaliação Institucional

80

A Instituição como Organização

- Papel da instituição no contexto sócio-econômico- Complexidade das organizações- Poder e autoridade- Valores burocráticos e profissionais- Estabelecimento de políticas e procedimentos

80

Profissão Professor

- Motivação do Professor no trabalho- Compromisso do Professor no trabalho- Competências e habilidades do professor- Ética- Reações a mudanças e inovações no trabalho

60

2 - Núcleo Estrutural

TEMAS EMENTAS CARGA HORÁRIO

Paradigmas da Educação

- Evolução e tendências da educação- Concepções e construção de currículos 80

Dimensões da Ciência e da Tecnologia no

ambiente educacional

- A tecnologia e a técnica- Qualidade e inovação- Enfoque epistemológico- O ensino da ciência e da tecnologia nos diferentes níveis

80

Concepções psicopedagógicas do

processo ensino-aprendizagem

- Psicologia da aprendizagem e do desenvolvimento- Aspectos psicopedagógicos do processo ensino-aprendizagem

180

Metodologia científica para as práticas de

investigação no ensino

- Pesquisa educacional- Professor como investigador de sua prática pedagógica

40

3 - Núcleo Integrador

O Núcleo Integrador ou a Prática de Ensino, conforme a Resolução Nº 2/97 do CNE,

deverá ter carga horária mínima de 300 horas. Dentro desta nova abordagem, este

Núcleo está permeando cada um dos temas dos Núcleos Contextual e Estrutural,

possibilitando desta maneira maior interação entre a teoria e a prática docente no

27

decorrer de todo o Programa.

Os temas serão desenvolvidos com carga horária que contemplem aulas teóricas e

práticas; estabelecendo portanto, uma ponte entre a teoria e a prática do ensino. As

aulas teóricas serão realizadas nas Instituições de ensino promotora do Programa e as

300 horas de prática constarão de projetos e estágios supervisionados que permearão

todos os temas do Programa

9.7 DISCIPLINAS

TEMAS PROPOSTOS

CARGA HORÁRIA TEÓRICA

PRÁTICA

Gestão Escolar 40h 40hA Instituição como organização 40h 40hProfissão Professor 30h 30hParadigmas da Educação 40h 40hTecnologia Educacional 40h Turma A

40h

Turma B 40h

Concepções psicopedagógicas do processo

ensino-aprendizagem

80h Turma A

100h

Turma B

100hMetodologia Científica para as práticas de

investigação no ensino

30h 10h

TOTAL DE HORAS: 740h 300h 440h

9.7.1 LIBRAS

A partir do Decreto n° 5626, de 22 de dezembro de 2005, a disciplina de

Libras se torna obrigatória nos cursos de Licenciatura e de Formação de

Professores. Por meio da Resolução n° 147/09 do COEPP foi aprovada a proposta

das ementas das disciplinas de Libras para a UTFPR.

LIBRAS 1Carga Horária: AT(24) AP(10) APS(02) TA(36)

28

Pré-requisito: sem pré-requisito

Línguas de sinais e minoria linguística; As diferentes línguas de sinais; Status da

língua de sinais no Brasil; Cultura surda; Organização linguística da Libras para usos

informais e cotidianos: vocabulário; morfologia; sintaxe e semântica; A expressão

corporal como elemento linguístico.

LIBRAS 2Carga Horária: AT(10) AP(24) APS(02) TA(36)

Pré-requisito: LIBRAS 1

A educação de surdos no Brasil; Cultura surda e a produção literária; Emprego da

Libras em situações discursivas formais: vocabulário; morfologia; sintaxe e

semântica; Prática do uso da Libras em situações discursivas mais formais.

9.8 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

Atendendo ao que dispõe a legislação federal sobre o Estágio

Supervisionado, pode-se afirmar que é um momento de formação profissional, seja

pelo exercício direto in loco, seja pela presença participativa em ambientes próprios

daquela área profissional, sob a responsabilidade de um profissional habilitado

(Parecer CNE 28/2001).

O Estágio Curricular Supervisionado se constitui uma das condições para a

obtenção da licença para o exercício profissional na medida em que é considerado o

momento de efetivar, sob a supervisão de um professor experiente, um processo de

ensino - aprendizagem em que se tornará concreto e autônomo quando da

profissionalização deste discente.

O Estágio Curricular Supervisionado deverá acontecer em instituições de

ensino público (municipais, estaduais e federais) ou privado. O grande cerne do

curso de formação de educadores é formar para a totalidade da educação básica -

desde conteúdos, gestão, planejamento, relação com a comunidade, com os

educadores e alunos, etc.

29

Educadoras como Pimenta, e Lima (2004), apontam em suas pesquisas no

campo da formação de professores, que a universidade é por excelência o espaço

formativo da docência, e ainda que não é simples formar para o exercício da

docência de qualidade.

Tem–se, portanto, na investigação da escola, em todas as suas

performances, uma concepção e uma possibilidade concreta como encaminhamento

para o estágio curricular supervisionado. Ou seja, concebê-lo como pesquisa

pressupõe o embate direto com a sala de aula e com o cotidiano da escola e com a

legitimação, confirmação ou transformação de aspectos teóricos construídos em

disciplinas de formação específicas.

O trabalho seguirá uma abordagem teórico - prática que, certamente, tornará

o fazer pedagógico mais qualitativo, mais dinâmico e transformador. Diga-se o

mesmo para todos os aspectos que compõem a totalidade da escola: a gestão, as

relações intra e extra-escolares, o planejamento, etc.

Sendo assim, o estágio curricular supervisionado é a disciplina na qual o

estagiário deve vivenciar várias práticas e vários modos de ser professor. Conforme

a LDB 9394/96 no seu artigo 13, os profissionais da educação – docentes deverão

vivenciar da vida escolar de um modo geral, desde atividades de elaboração de

proposta pedagógica da escola, até elaboração e cumprimento de planos de

trabalho.

Esta vivência é seguida de atividades, como zelo pela aprendizagem do

aluno, estabelecimento de estratégias de recuperação para alunos de menor

rendimento, participação nos períodos de planejamento, avaliação e

desenvolvimento profissional e, a colaboração em atividades de articulação da

escola com as famílias e a comunidade.

Está evidenciado a relevância do envolvimento comprometido do estagiário

com a instituição escolar no processo de estágio como forma de servir como

referencial para o futuro educador com o todo da escola (gestão, planejamento,

relação com a comunidade, etc.) e, principalmente, retornar à comunidade o “saber”

construído na universidade.

30

9.8.1 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO DO PROGRAMA ESPECIAL DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

O trabalho com o estágio supervisionado está inserido na carga horária da

disciplina Concepções Psicopedagógicas do Processo Ensino-aprendizagem, tema

com carga horária de 180 horas, das quais em 80 horas são trabalhadas as

questões teóricas sobre a docência com planejamento escolar, fases do

desenvolvimento humano e características peculiares de cada idade em sala de

aula, o manuseio dos instrumentos burocráticos pelo professor e 100 horas estão

voltadas para a prática do estágio, que ocorre como descrito adiante.

Sob a supervisão do professor orientador, o aluno desenvolve um projeto

diferenciado, visando auxiliar na superação de alguma dificuldade vivenciada pelos

alunos, na disciplina da habilitação pretendida.

Esse projeto tem seu foco no desenvolvimento de metodologias e utilização

instrumentos didáticos diferenciados, preferencialmente elaborados pelo aluno

orientando. A esse momento são destinadas 30 horas .

Para o processo de observação em sala de aula, o aluno precisa cumprir

carga horária de 20 horas. Nesse momento ele vivencia o cotidiano da relação

professor-aluno no processo de ensino aprendizagem. Essa prática precisa ser

acompanhada pelo professor regente da turma e pela direção da escola que recebe

o estagiário.

Às regências, que significam a concretização do trabalho docente, ou seja, é

o momento no qual o estagiário vai demonstrar o seu domínio do conteúdo e das

questões pedagógicas, com as quais teve contato no decorrer do curso, são

destinadas 20 horas.

Durante as regências o aluno é avaliado constantemente pelo professor da

disciplina e da turma e pelo professor orientador. Nessa etapa é possível apontar

31

aspectos positivos e negativos, bem como possibilita verificar o perfil do aluno como

futuro docente, se for o caso, o aluno é orientado a retomar seu trabalho até que o

mesmo se dê satisfatoriamente.

Para o primeiro contato com a instituição de ensino na qual pretende fazer o

estágio, o aluno leva consigo uma carta de recomendação à direção e apenas após

a autorização da mesma, é iniciada toda a dinâmica de estágio.

As orientações gerais são feitas em 30 horas, as quais o professor orientador

fica à disposição do aluno para atender suas dúvidas e direcionar suas ações

visando o melhor desempenho possível.

Dessas ações resulta um relatório final, entregue ao término do tema. Nesse

relatório contém todo o trabalho desenvolvido pelo aluno, que é assinado e

carimbado pela instituição de ensino na qual o mesmo colocou em prática as

intenções previstas e acordadas com o professor orientador. A nota final do tema é

composta pelo cumprimento satisfatório dos quesitos teóricos e práticos.

10. INFRA-ESTRUTURA DO CURSO

A Tabela 1 apresenta a infra-estrutura física e recursos materiais do Campus

de Campo Mourão:

Tabela 1 - Estrutura geral disponível na UTFPR, Campus Campo Mourão.

Dependências Quantidade m2

Salas de Direção 01 136,64Sala de Coordenação “Coordenadores” 03 24,02Sala de Professores 04 180,21Gerência de Relações Empresariais e Comunitárias 01 78,21Salas de Aulas para o curso 13 807,01Laboratórios 19 1050,92Sanitários 06 205,98Pátio Coberto / Área de Lazer / Convivência 01 3852,57

32

Setor de Atendimento / Tesouraria 01 105,00Praça de Alimentação 01 53,23Auditório – E101 01 73,51Sala de Áudio / Salas de Apoio 01 7,68Sala de Leitura/Estudos 04 32,00Outros Biblioteca 01 245,80 Secretaria 01 55,89 Departamento de recursos Áudio Visuais 01 22,90 Reprografia 01 15,48 Cozinha 01 22,12

10.1 SALAS DE AULA

O campus possui 13 salas de aula teórica, totalizando 807,01 m2, distribuídas

em vários blocos construtivos, dos quais a coordenação dos cursos ocupa

permanentemente o Bloco H.

Todas as salas são dotadas de carteiras, quadro verde ou branco. As salas

de aula teórica são atendidas por módulos de vídeo móvel, com 9 retro-projetores, 6

multimídias, 6 computadores, 11 telões de projeção, 11 televisores, 5 videocassetes,

6 DVD Players, projetores de slides e aparelhos de som.

10.2 SALAS DE DESENHO

Uma sala com 72,96 m2, dotada de 35 pranchetas com régua paralela e

quadro verde. Para as aulas, esta sala recebe o suporte de equipamento multimídia

móvel.

10.3 BIBLIOTECA E ACERVO BIBLIOGRÁFICO

33

O Campus Campo Mourão conta com uma biblioteca central que concentra o

acervo bibliográfico de todos os cursos. Sua área física é de 427.00 m2 permitindo a

permanência de 140 usuários simultaneamente. O acervo está informatizado pelo

sistema Pergamum. A infra-estrutura disponível atualmente é:

1. 03 microcomputadores para trabalhos técnico dos funcionários do setor

com acesso a internet e uma impressora a laser;

2. 04 microcomputadores para atendimento;

3. 03 microcomputadores para acesso a internet pelos alunos;

4. 02 microcomputadores para alunos terem acesso ao acervo pelo

sistema Pergamum;

5. 06 salas de estudo.

10.3.1 POLÍTICA DE ATUALIZAÇÃO

O acervo é expandido anualmente de acordo com indicações dos

coordenadores dos cursos, dos professores e solicitações de alunos ou ainda em

virtude de novas publicações disponíveis no mercado e títulos de outras áreas do

conhecimento que contribuam para a formação técnica e humanística da

comunidade acadêmica de forma a atender as necessidades de todas as disciplinas.

São adquiridos um número maior de exemplares dos títulos mais solicitados pelos

usuários. O acervo de periódicos é adquirido gradativamente e conta com títulos de

variadas áreas do âmbito científico. No decorrer dos cursos o acervo será

aumentado e atualizado observando as sugestões oriundas do meio acadêmico e de

profissionais da área de educação. As aquisições são realizadas através da UTFPR.

A atualização do acervo é permanente e crescente, respeitando a regra de numero

de usuários.

10.3.2 FORMAS DE ACESSO E UTILIZAÇÃO

34

A biblioteca está aberta a alunos, servidores e à comunidade em geral. O

empréstimo é concedido mediante a apresentação do crachá de identificação. É

fornecido pelo Departamento de Registros Acadêmicos (DERAC). Requisito

obrigatório para empréstimo e reserva de materiais bibliográficos. Os livros são

dotados de códigos de barra para controle de empréstimos.

Acervo: A classificação do acervo bibliográfico é feita pela “Classificação

Decimal DEWEY (CDD) e do autor pela tabela Cutter. O acervo é de livre acesso.

Em cada estante estão as informações necessárias para que o usuário localize com

facilidade o material bibliográfico desejado.

Portal Capes: A biblioteca do Campus disponibiliza o acesso ao Portal Capes

com textos completos de artigos de revistas nacionais e estrangeiros e bases de

dados com resumos de documentos em todas as áreas do conhecimento.

COMUT: A biblioteca oferece a obtenção de cópias de documentos técnicos

científicos, periódicos, teses, anais de congressos, relatórios técnicos e partes de

documentos disponíveis nos acervos das principais bibliotecas brasileiras em

serviços de informação internacionais pelo COMUT.

RiUT - Repositório Institucional da Universidade Tecnológica do Paraná

O Riut é fruto da iniciativa nacional do Ibict em promover a produção acadêmica de

diferentes instituições através de uma ferramenta livre que forneça disponibilização

dos documentos armazenados tanto para consulta no país quanto

internacionalmente, através da internet. O Repositório Institucional da UTFPR é um

conjunto de serviços oferecidos pela Biblioteca para a gestão e disseminação da

produção científica e acadêmica da Universidade. Todos os seus conteúdos estão

disponíveis publicamente, e por estarem amplamente acessíveis proporcionam

maior visibilidade e impacto da produção científica da instituição.

35

10.3.3 ACERVO

Na Tabela 2 é apresentado os títulos e os exemplares do acervo da biblioteca

do campus de Campo Mourão:

Tabela 2. Títulos e exemplares do acervo bibliográfico.

Livros Periódicos DVDÁreas do Conhecimento Títulos Exemp. Nacionais Inter. Títulos Exemp.1- Ciências Exatas e da

Terra

809

2669

6

0

51

812- Ciências Biológicas 222 754 0 0 21 34

3- Engenharias 875 2437 18 0 42 494- Ciências da Saúde 116 271 1 0 20 255- Ciências Agrárias 145 253 3 0 3 36- Ciências Sociais

Aplicadas

1088 2293 10 0 55 79

7- Ciências Humanas 699 1071 11 0 65 2017- Lingüística, Letras e

Artes

1318 1886 2 0 71 97

TOTAL 5.272 11.634 51 2 328 569

LIVROS DA BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Em anexo

LIVROS DA BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

Em anexo

PERIÓDICOS ESPECIALIZADOS, INDEXADOS E CORRENTES

Em anexo

10.4 ANFITEATRO

36

O anfiteatro possui capacidade para 180 pessoas, contando com: ar

condicionado, cadeiras especiais em tecido verde, espaço com acústica, palco para

apresentações, aparelho multimídia com sala de controle, ar condicionado, mesa

para composição de mesa diretiva e púlpito.

10.5 LABORATÓRIOS

Os Laboratórios vinculados ao Curso têm por função atender às diversas

disciplinas previstas no currículo. Na Tabela 3 relaciona-se os laboratórios que

poderão ser utilizados para o curso Especial de Formação Pedagógica:

Tabela 3 – Laboratórios

Nome do Laboratório Quantidade Área (m2)Laboratório de Informática E102 01 51,91Laboratório de Informática E102 "Sala de Apoio" 01 15,87Laboratório de Informática E104 01 35,28Laboratório de Informática E105 01 52,41Laboratório de Informática E105 "Sala de Apoio" 01 16,80

Laboratório: INFORMÁTICA Sala: E102 Área: 38,25m2

Descrição (Softwares Instalados, e/ou outros dados)Sistema Operacional: Windows 2000; Office 2000 (Editor de Texto: Word, Planilha Eletrônica: Excel, Software de Apresentação: PowerPoint, Banco de dados; Access); Browser: Internet Explorer 6.0; AutoCad R14; Delphi 5, E-Diário, Educandus, Cinemática, Spring 4.2, winpolich; Acrobat Reader 5.0; , Winzip 7.0, Avast Free Edition; Orça 2000, Compilador Turbo Pascal.

Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros)Qtde. Especificações

21Intel Celeron 2.53MHz; 256MB de RAM; 80GB de HD; Kit Multimídia CD-ROM 52X; Monitor 17”; Gabinete mini-torre ATX 300 Watts; Placa de rede PCI 10/100; conectados em rede INTRANET com acesso a INTERNET.

11 Estabilizadores de tensão.01 TV 29” conectada a um computador.01 Impressora Matricial Epson LQ-207001 Aparelho de Ar Acondicionado de 10.000 Btu´s.

37

Laboratório: INFORMÁTICA Sala: E103 Área: 46,44m2

Descrição (Softwares Instalados, e/ou outros dados)Sistema Operacional: Windows 95/98; Office 97 (Editor de Texto: Word, Planilha Eletrônica: Excel, Software de Apresentação: PowerPoint, Banco de dados; Access); Browser: Internet Explorer 6.0; Acrobat Reader 5.0, Winzip 7.0, AVG Free Edition.

Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros)Qtde. Especificações

04Pentium 486 100MHz; 32MB de RAM; 4GB de HD; Kit Multimídia CD-ROM 24X; Monitor 14”; Placa de rede PCI 10/100; Gabinete mini-torre 300 Watts; conectados em rede INTRANET com acesso a INTERNET.

05 Estabilizadores de tensão05 Placa mãe Pc 100 sis 530.11 Placas de rede RTL 8139c09 Monitores de 14”05 Gabinetes mini-torre com fonte ATX 300 Wattis 08 Teclados 13 Chaves filiphs04 Alicates de crimpagem de conector RJ01 Aparelho de Ar Acondicionado de 10.000 Btu´s.

Laboratório: INFORMÁTICA Sala: E104 Área: 38,m2

Descrição (Softwares Instalados, e/ou outros dados)Sistema Operacional: Windows 98; Office 2000 (Editor de Texto: Word, Planilha Eletrônica: Excel, Software de Apresentação: PowerPoint, Banco de dados; Access); Browser: Internet Explorer 6.0; AutoCad R14, E-Diário, Currículo Lattes, Protect Me; Acrobat Reader 5.0; , Winzip 7.0, Avast Free Edition; Orça 2000, Compilador Tubo Pascal

Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros)Qtde. Especificações

10Pentium II 500MHz; 64MB de RAM; 20GB de HD; Monitor 14”; Gabinete mini-torre ATX 300 Watts; Placa de rede PCI 10/100; conectados em rede INTRANET com acesso a INTERNET.

6 Estabilizadores de tensão.01 TV 29” conectada a um computador.01 Impressora Matricial Epson LQ-207001 Aparelho de Ar Acondicionado de 10.000 Btu´s.

Laboratório: INFORMÁTICA Sala: E105 Área: 38,25m2

Descrição (Softwares Instalados, e/ou outros dados)Sistema Operacional: Windows 2000; Office 2000 (Editor de Texto: Word, Planilha Eletrônica: Excel, Software de Apresentação: PowerPoint, Banco de dados; Access); Browser: Internet Explorer 6.0; AutoCad R14; Delphi 5, E-Diário, Educandus, Cinemática, Spring 4.2, winpolich; Acrobat Reader 5.0; , Winzip 7.0, Avast Free Edition; Orça 2000, Compilador Turbo Pascal.

Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros)Qtde. Especificações

21

Intel Celeron 2.0MHz; 256MB de RAM; 40GB de HD; Kit Multimídia CD-ROM 52X; placa de video 64mb, Monitor 17”; Gabinete mini-torre ATX 300 Watts; Placa de rede PCI 10/100; conectados em rede INTRANET com acesso a INTERNET.

11 Estabilizadores de tensão.

38

01 TV 29” conectada a um computador.01 Impressora Matricial Epson LQ-207001 Aparelho de Ar Acondicionado de 10.000 Btu´s.

Laboratório: INFORMÁTICA - AINFO Sala: E105 Área: 16,92m2

Descrição (Softwares Instalados, e/ou outros dados)Sistema Operacional: Windows XP; Office 2000 (Editor de Texto: Word, Planilha Eletrônica: Excel, Software de Apresentação: PowerPoint, Banco de dados; Access); Browser: Internet Explorer 6.0; Acrobat Reader 5.0; , Winzip 7.0, Avast Free Edition.

Equipamentos (Hardwares Instalados e/ou outros)Qtde. Especificações

01AMD athlon 1.4MHz; 256MB de RAM; 2 x 80GB de HD; Kit Multimídia DVD-RW; Monitor 17”; Gabinete mini-torre ATX 300 Watts; Placa de rede PCI 10/100; conectados em rede INTRANET com acesso a INTERNET.

01AMD Duron 1.06MHz; 256MB de RAM; 80GB de HD; Kit Multimídia DVD-Rom; Monitor 17”; Gabinete mini-torre ATX 300 Watts; Placa de rede PCI 10/100; conectados em rede INTRANET com acesso a INTERNET.

02 Estabilizadores de tensão.01 Aparelho de Ar Acondicionado de 10.000 Btu´s.

11. CORPO DOCENTE

11.1 RELAÇÃO DOS DOCENTES

Quadro 1- Relação dos docentes que ministram aulas para Programa de Formação de Professores, campus Campo Mourão.

Professor TitulaçãoJorge Candido - UTFPR MestreNarci Nogueira da Silva – UTFPR Especialista

Edson Hirata - UTFPR Mestre (Doutorando)

Marcos Antonio Piza – UTFPR Doutor

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Luiz Becher – UTFPR

Turma A – Prática

Mestre

Radames J. Halmeman – UTFPR/ Turma B – Prática Mestre (Doutorando)

Radames J. Halmeman –UTPR – Teórica Mestre (Doutorando)

Ester Cristiane Wonsik – UTFPR – Teórica Especialista (Mestranda)

Devanir P.S. Canovas – UTFPR/ Turma A - Prática Mestre

Claudete Cargnin Ferreira UTFPR / Turma B - Prática Mestre (Doutoranda)Adriana da Silva Fontes - UTFPR Doutora

Belmiro Marcos Beloni - UTFPR Especialista (Mestrando)

Nilceia de Lima Venturini - Convidada Mestre

Maria Eloiza Fiorese Prates - UTFPR Mestre

José Hilário Delconte Ferreira - UTFPR Doutor

11.2 RELAÇÃO DOS DOCENTES DO COLEGIADO DE CURSO

Componentes:

Presidente:Claudete Cargnin Ferreira

Vice-presidente: Ester Cristiane Wonsik

Responsável pelo Estágio Supervisionado: Adriana da Silva Fontes

Membros eleitos: Jorge Candido e José Hilário Delconte Ferreira

Representante de Orientação Acadêmica: Devanir Pereira dos Santos Canovas

Representante da àrea de Ciências Exatas: Marcos Antônio Piza

Representante de Ciências Humanas: Maria Eloíza Fiorese Prates

Representante dos Discentes: Diva Fiore Mioto

40

Dentre as atividades desenvolvidas por este colegiado estão:

1. Aprovar o Projeto Pedagógico do curso definindo sua concepção e

fundamentos;

2. Estabelecer o perfil profissional do egresso do curso;

3. Atualizar periodicamente o projeto pedagógico do curso;

4. Conduzir os trabalhos de reestruturação curricular, para aprovação no

Colegiado do curso, sempre que necessário;

5. Acompanhar o processo de avaliação de reconhecimento do curso;

6. Supervisionar as formas de avaliação e acompanhamento do curso definidas

pelo Colegiado do curso;

7. Analisar e avaliar os Planos de Ensino das unidades curriculares;

8. Promover a integração horizontal e vertical do curso, respeitando os eixos

estabelecidos pelo Projeto Pedagógico.

11.3 NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE (NDE)

A UTFPR possui um Núcleo Docente Estruturante (NDE) designado pela reitoria.

Esse núcleo é composto por representantes de todos os campi e vem discutindo o

curso bem como reformulações necessárias para atualização do programa às novas

demandas educacionais.

Em 2009 o NDE inicia discussões sobre a inserção da UTFPR no PARFOR-

Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica e novas

reformulações curriculares no Programa Especial de Formação Pedagógica.

O NDE institucional foi instituído por meio da portaria n° 1569, de 17 de

novembro de 2010 , em anexo.

12. AVALIAÇÃO

41

12.1 ENSINO-APRENDIZAGEM:

O sistema de avaliação obedecerá ao Regulamento do Programa Especial de

Formação Pedagógica da UTFPR, respeitado o contido no Regulamento da

Organização Didático-Pedagógica dos Bacharelados e Licenciaturas da UTFPR,

aprovado em dezembro de 2006 no COEPP.

12.2 AVALIAÇÃO DO CORPO DOCENTE:

O professores serão avaliados durante a realização do período letivo, devendo

ser considerados os aspectos referentes a: responsabilidade, pontualidade,

interesse, relacionamento e habilidades técnicas na condução do curso. Para

obtenção de dados a respeito, serão adotados critérios e indicadores adequados,

tais como: auto-avaliação, observação em sala de aula, avaliação do docente pelo

discente e supervisão da Coordenação do Programa.

12.3 AVALIAÇÃO DO PROGRAMA:

O Programa será avaliado durante o processo, pelo Corpo Discente e

Coordenação do Programa, no que tange aos conteúdos das disciplinas, qualidade

do material didático, instalações físicas, período de funcionamento do programa, etc.

13. CERTIFICAÇÃO

42

Ao aluno que concluir o Programa, será conferido, após aprovação pelo

Conselho de Ensino do relatório final da turma, um Certificado de Conclusão

equivalente à Licenciatura Plena, conforme Art. 10 da Resolução nº 2 de 26 de junho

de 1997, do Conselho Nacional de Educação (CNE).

No Certificado de Conclusão constará a disciplina de habilitação do aluno,

desde que ele tenha cursado com aproveitamento em nível de graduação, no

mínimo 160 (cento e sessenta) horas da respectiva disciplina ou conjunto de

disciplinas correspondentes à área da habilitação pretendida.

Ao aluno que não concluir integralmente o Programa, poderá ser fornecido um

Histórico Escolar parcial com a observação de que não obteve o Certificado de

Conclusão.

14. REFERÊNCIAS

BRASIL. LDB 9394/96. Disponível em www.mec.gov.br Acessado em 20 01 2009..

BRASIL Lei No 11.184, de 7 de outubro de 2005; Dispõe sobre a transformação do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná em Universidade Tecnológica Federal do Paraná e de outras providências.

BRASIL. Lei n.5.540 de 28 de novembro de 1968; Fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média, e dá outras providências.

BRASIL. Portaria n.432 BSB- de 19 de julho de 1971. Normas relativas aos cursos superiores de formação de professores de disciplinas especializadas para habilitação no ensino médio, relativas às atividades econômicas primárias, secundárias e terciárias.

BRASIL. Portaria n.396 de 28 de junho de 1977. Trata da formação de professores da parte de formação especial do currículo do ensino de 2º grau.

BRASIL. RESOLUÇÃO Nº 2, DE 26 DE JUNHO DE 1997(*) Dispõe sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio.

43

PIMENTA, Selma Garrido. O estágio na formação dos professores: unidade entre teoria e Prática? In: Cadernos de Pesquisas, São Paulo, n. 94, p. 58-73, agosto 1995.

SAVIANI, Dermeval. Formação de professores: aspectos históricos e teóricos do problema no contexto brasileiro. In: Revista Brasileira de Educação v. 14 n. 40 jan./abr. 2009

PDI - Plano de Desenvolvimento Institucional da UTFPR. Em www.utfpr.edu.br/a-instituicao/documentos-institucionais/plano-de-desenvolvimento-intitucional-pdi-2009-2013/PDI 2009-2013.pdf

PIMENTA, Selma Garrido. Estágio e Docência/Selma Garrido Pimenta, Maria Socorro Lucena Lima; Revisão técnica José Cerchi Fusari, - São Paulo: Cortez, 2004.

PPI - Projeto Político-Pedagógico Institucional. Em www.utfpr.edu.br/a-instituicao/documentos-institucionais/projeto-politico-pedagogico-institucional-1/projeto-politico-pedagogico-institucional.

BRASIL . CNE. Resolução n.2 de 26 de junho de 1997; Dispõe sobre os programas especiais de formação pedagógica de docentes para as disciplinas do currículo do ensino fundamental, do ensino médio e da educação profissional em nível médio.

UTFPR. Deliberação nº 13/07 – COUNI, de 14 de setembro de 2007. Regulamento Do Programa Especial De Formação Pedagógica Da UTFPR.

SEED. http://www.diaadia.pr.gov.br/nre/campomourao. Em 23/11/2009, 14:00

MEC. http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/3276.pdf.. Acesso em 18/09/2009

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15. ANEXOS

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