MANUAL DO PROJETO

BRINCADEIRAS EM DIREITOS

HUMANOS INTERNATIONAL FEDERATION OF LONDRINA MEDICAL STUDENTS - IFLMS

STANDING COMMITTEE ON HUMAN RIGHTS AND PEACE SCORP

BRINCADEIRAS EM DIREITOS HUMANOS

HISTRICO:

O Projeto Brincadeiras em Direitos Humanos foi o primeiro projeto

do SCORP puramente brasileiro desenvolvido por coordenadores locais

do comit da Faculdade de Medicina da Marlia FAMEMA em 2006.

Iniciou-se como uma campanha, mas, percebendo a grande aceitao do

pblico alvo infantil e a facilidade em se realizar em um maior nmero

de locais, o comit desenvolveu o projeto (assim como recomendamos a

vocs a realizao nos moldes de projeto).

OBJETIVO:

Formar a base para a cultura dos direitos humanos e fazer com que

a resoluo de conflitos dentro da sala de aula se torne mais fcil e que

comportamentos discriminatrios tornem-se menos freqentes.

PBLICO ALVO:

Nosso alvo educar crianas em idade pr-escolar e escolar (de 05

a 11 anos, dependendo do pblico que voc quiser atingir) em Direitos

Humanos de uma forma divertida, em um caminho que a criana se

interesse e prenda a sua ateno. Cada semana, ns visitamos duas a

cinco classes para brincar com as crianas atravs de jogos que se

relacionam com um Direito Humano estabelecido pela Declarao

Universal dos Direitos Humanos. As crianas nesta idade podem

potencialmente usar os direitos humanos para desenvolver a auto-

confiana, o respeito a si mesma, e igualmente o respeito para com o

prximo. Procuramos promover a amizade entre elas, e aumentar a

conscincia de cunho tnico, religioso, racial, de gnero, e outras

diferenas para que essas sejam consideradas como aceitveis e

naturais.

METODOLOGIA:

A Instituio (Escola, Lar, Abrigo, Salo Paroquial, Colnia de

Frias e etc) deve ser questionada sobre o interesse na participao do

Projeto com certa antecedncia (cerca de um ms antes) pela

coordenao da atividade que deve possuir ofcio em mos, com todo o

projeto e calendrio de atividades do Projeto para esclarecimento dos

objetivos e mtodo do Brincadeiras em Direitos Humanos. Pea para

que o responsvel pela turma esteja presente durante toda a atividade,

assim ser mais fcil na conduo do grupo.

Antes de cada visita, passamos cerca de 30 minutos com os

voluntrios novos, ensinando-lhes como conduzir os jogos, como

relacionar cada um deles a um direito humano, e como tratar as crianas

com necessidades especiais, se h alguma. Cada visita toma de 2 - 3

horas.

Na sala de aula, explicamos que somos estudantes de Medicina que

esto l para conversar sobre Direitos Humanos atravs dos jogos.

Podemos comear com uma apresentao de nomes rpida. Fale sobre

Direitos Humanas em uma linguagem muito simples, acessvel:

Algum aqui sabe o que so os Direitos Humanos?.

Estes so os Direitos que ns temos apenas porque ns somos

seres humanos, e representam coisas que ns podemos ser, fazer, ou ter;

estes direitos podem proteger-nos de vrios males / atos que podem nos

prejudicar.

H trinta deles, escritos em um original chamado Declarao

Universal dos Direitos Humanos, e ajudam povos a viver em paz.

Ns dividimos a sala de aula em duas equipes, e dizemos os jogos

so competies. Ns daremos uma estrela amarela para o vencedor, e

em uma estrela azul para a equipe que foi vencida (sinta-se livre para

mudar estas cores).

OS JOGOS

O primeiro jogo chamado ATRIBUTOS, e precisa ser feito em

um ptio, ou em algum tipo do espao aberto. Em um crculo feito por

cadeiras, um estudante somente deve ficar no centro, quando os outros

devem ficar sentados. Deve dizer uma de suas caractersticas (cabelo

louro, olhos escuros, etc.). Todos que compartilham das mesmas

caractersticas mencionadas devem trocar as cadeiras entre si e a

criana do centro deve procurar uma cadeira para ela sentar (Voc

conhece o nosso Sinccio?). Ns jogamo-la por cerca de 20 a 30 minutos,

e quem ficar no centro aps o tempo acima, sua equipe perde, recebendo

a estrelinha correspondente.

O ensinamento da brincadeira: Pedimos que os estudantes

retornem sala de aula, e l ns mostramos-lhes que eles viram como

pessoas diferentes tm caractersticas diferentes, mas que apesar

destas diferenas, ns somos todos iguais e livres. Com isso ensinamos

que importante respeitar a diversidade.

Artigo da DUDH: Artigo 1.

O segundo jogo chamado VIVO OU MORTO (ou EM CIMA, EM

BAIXO). Quando ns dissermos mortos (ou baixo), todos precisam

ficar de ccoras. Quando ns dissermos vivo (cima), todos precisam

ficar de p. Se algum queimar a chamada, est fora do jogo. Para fazer

a brincadeira ficar mais difcil, diremos vivos e/ou mortos mais

rapidamente e mais rapidamente. Ns jogamo-lo at que haja somente

uma criana, e damos um ponto para sua equipe. Ns esperamos at que o

jogo seguinte se acabe para relacionarmos a um mesmo direito.

O terceiro jogo chamado CORRIDA DE UM P S, e precisa

ser feito em uma zona aberta. O nome do jogo evidente, e quem ganha

o ponto para a sua equipe deve terminar o circuito em primeiro lugar. A

maneira mais fcil e mais organizada de fazer isto separar as equipes

em duas linhas, e quem est na frente da linha inicial, sendo seguida pela

seguinte assim que aquela retorne para a marca inicial.

O ensinamento da brincadeira: Para o jogo Vivo ou Morto e a

Corrida em um p s, ns dizemos simplesmente que as crianas que

tm o direito ao lazer, que inclui no somente jogos como acabaram de

fazer, mas igualmente a participao em atividades culturais e artsticas,

como a leitura, filmes, dana, visitas ao teatro, e assim por diante.

Os dois jogos seguintes no so competies. Ns jogamos agora o

CRCULO DOS DESEJOS. Ns dizemos s crianas que elas esto em

uma floresta, e devem imitar seus animais favoritos, sem dizer quais

foram suas escolhas. Ns deixamo-las brincar por um tempo, a seguir ns

perguntamos-lhes um por um que animal elas imitaram e porque.

O Ensinamento da brincadeira: com este jogo, ns ensinamos as

crianas sobre a liberdade de pensamento e de expresso, mostramos

como elas foram permitidas a ter suas prprias idias e foram livres

para escolher o animal que quiseram, assim como para verbalizar porque

fizeram essa escolha. Se ns sentirmos que seja necessrio ou oportuno,

podemos dizer s crianas que na vida real existe uma diversidade de

idias e pensamentos entre as pessoas, assim como elas jogaram com uma

variedade de outros animais durante este jogo. Lembre-os sempre

sobre a importncia de se aproximar dos seus amigos com respeito.

O ltimo jogo chamado AMIGO IMAGINRIO. Ns contamos

uma histria s crianas (apenas a improvisamos) enquanto elas

permanecem de olhos fechados, conduzindo-as para um lugar especial em

que encontram um amigo imaginrio. Por exemplo, voc pde pedi-los que

imaginem que esto em seus lugares favoritos - neste mundo, ou em um

outro. Diga-lhes ento que esto andando em uma rua, olhando casas,

edifcios, vrios cheiros e sentimentos, at que chegam a uma casa que

tem um quarto com uma porta especial que desliza lentamente para cima

e revela seus amigos imaginrios, primeiros os ps, ento corpo e cabea.

Ns dizemos-lhes que sempre que quiserem, podem voltar a este lugar

em suas cabeas e encontrar seus amigos imaginrios. Ns descrevemos

a porta que desliza para baixo, e ns voltamos a histria do fim para o

comeo, para conduzi-los desse quarto de volta a seus lugares originais.

Ns pedimos que as crianas desenhem como era o amigo que imaginaram,

e ns penduramos os desenhos em suas salas de aula (ou em um ptio).

O ensinamento da Brincadeira: Com este jogo, ns reforamos que

todas as pessoas tm a liberdade de expresso, assim como elas fizeram

com as suas imaginaes, atravs do desenho e da pintura. Ns podemos

igualmente ensinar-lhes que na vida real elas tm direito a se

relacionarem e fazerem amizades, conversarem com quem quiserem

assim como fizeram com seus amigos imaginrios

Artigo da Brincadeira: (artigo 20 da UDHR).

FINALIZANDO O DIA

No fim do dia, ambas as equipes tero o mesmo nmero de

estrelas, somente com cores diferentes. Assim ns dizemos s crianas

que ns no devemos discriminar: conseqentemente, uma estrela

sempre uma estrela, qualquer que seja a sua cor, e como ambas as

equipes tm trs estrelas, todas so vencedoras. Ns damos a cada

criana um petisco ou doces pequenos ou livros como prmio, e pedimos

que elas digam o que aprenderam sobre Direitos Humanos.

No esqueam de agradecer pela dedicao das crianas e pelo

bom comportamento! Agora s preencher a sua FIP! =)

Bom trabalho!

DICA:

VOC PODE ACRESCENTAR QUALQUER OUTRA BRINCADEIRA AO

PROJETO, DESDE QUE A MESMA TENHA, NO FINAL, ALGO A ENSINAR A

CRIANA, ALGO QUE DESPERTE NELA O DESEJO POR SER

PARTICIPANTE DE UMA CULTURA DE PAZ, ONDE OS DIREITOS

HUMANOS SO RESPEITADOS.

Para mais informaes:

Ana Dbora Uchoa Soares

National Oficcer on Human Rights and Peace NORP 2007/2008

norp.iflms@gmail.com

adeodatinha@hotmail.com

Telefone: 85 8866 1477

e ainda:

www.iflms.we.bs

www.ifmsa.org