Projeto Serviço Eclesiástico de Defesa Civil

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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL SUBDEC – SUBSECRETARIA DE DEFESA CIVIL PROJETO “SERVIÇO ECLESIÁSTICO DE DEFESA CIVIL” CETREM - CENTRO DE TREINAMENTO PARA EMERGÊNCIAS RIO DE JANEIRO – RJ JANEIRO – 2013

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A Defesa Civil Municipal (Subsecretaria de Defesa Civil – SUBDEC) vem desenvolvendo o Programa de Proteção Comunitária, que engloba os projetos: Capacitação e Treinamento dos Moradores, Sistema de Alerta e Alarme Comunitário e Defesa Civil nas Escolas. Além disso, promoveu o Fortalecimento Institucional. A inspiração para esse projeto iniciou-se através do SENCAP (Serviço Nacional de Capelania Pós-desastre), no qual o Tenente-coronel Marcello Silva Costa, diretor do SENCAP, uniu muitas igrejas pelo Brasil no propósito de salvar vidas atingidas pelas catástrofes. Em sua passagem pela Subsecretaria Municipal de Defesa Civil, como Diretor do Centro de Treinamento para Emergências (CETREM), ele integrou centenas de voluntários cristãos ao órgão municipal até meados de 2012. Depois da sua saída o CETREM resolveu perpetuar o serviço, através de seus servidores cristãos que desejam glorificar a Deus no serviço de gerenciamento, mobilização e treinamento de instituições religiosas para atuação antes, durante e depois de situações de desastres. Para ampliar a atuação das igrejas em consonância com as carências da Defesa Civil, algo antes voltado para atuação no pós-desastres através do socorro espiritual, foi alterado o nome e os objetivos do projeto para uma melhor mobilização de jovens e adultos, por isso este passa a se chamar “Serviço Eclesiástico de Defesa Civil”, pois visa ajuntar solenemente cristãos de toda cidade do Rio de Janeiro para o firme propósito de glorificar a Deus e estar satisfeito nEle, mesmo no sofrimento, instruindo a Igreja para a assistência humanitária das populações vitimadas, ou seja, a mobilização das instituições religiosas cristãs da cidade para atuarem na prevenção, preparação, resposta e reconstrução de áreas vulneráveis ou que foram acometidas por algum evento adverso. Os objetivos e metas do projeto, bem como a sua atuação são claramente expressos através do significado de cada palavra que compõe o seu nome. - Serviço: consagrar-se ao serviço de; cuidar de; cumprir deveres ou funções; dar ou ministrar; estar ao serviço de; estar às ordens de; prestar bons ofícios a; prestar serviços; pôr na mesa (iguaria ou refeição); ser criado de; ser útil a; ajudar; alimentar; auxiliar; aviar; dar; desempenhar, exercer; empregar; fornecer; ministrar; oferecer; substituir; satisfazer; usar; vender; - Eclesiástico: relativo ou pertencente à igreja, ao clero e sacerdócio, ou seja, seu corpo ministerial de obreiros, líderes religiosos e administradores; - Defesa Civil: é o conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e reconstrutivas destinadas a evitar ou minimizar os desastres naturais e os incidentes tecnológicos, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade social.

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PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE E DEFESA CIVIL

SUBDEC – SUBSECRETARIA DE DEFESA CIVIL

PROJETO

“SERVIÇO ECLESIÁSTICO DE DEFESA CIVIL”

CETREM - CENTRO DE TREINAMENTO PARA EMERGÊNCIAS

RIO DE JANEIRO – RJ

JANEIRO – 2013

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1 - APRESENTAÇÃO

No início, Deus criou o mundo e todos os seres vivos, sendo muito bom tudo que

Ele tinha feito. Após criar o homem, deu a ele ordens para que a vida humana fosse

cheia de alegria e prazer.

Contudo, o homem desobedeceu aos mandamentos divinos e por tanto, junto com

o pecado do homem, o sofrimento e a morte veio sobre toda criação. Isso desencadeou

todos os tipos de mazelas que temos ciência como doenças, violência, injustiça,

desastres, dentre outras.

O desastre mais citado da bíblia, sem sombra de dúvida, é o dilúvio. Porém,

muitos outros podem ser encontrados na bíblia: como o tornado que matou os filhos de

Jó, como o vulcão que destruiu Sodoma e Gomorra, como a fome que se espalhou pela

terra do Egito por sete anos, como as sete pragas e por fim a perseguição aos cristãos.

Diante disso, há um paradoxo que confunde a mente dos cristãos e os impede

muitas vezes de atuar em situações emergenciais que é a Soberania de Deus sobre

todas as coisas e a responsabilidade do homem. Ao invés de atribuirmos a nós a

responsabilidade sobre as consequências do pecado, nós culpamos a Deus por todo mal

que há no mundo.

Portanto, a Igreja não deve ficar alheia aos desastres, eles virão. Um dos maiores

sintomas afetivos dos desastres é a perda da fé. Contudo precisamos estar prontos para

levar a mensagem do Evangelho de Cristo a todos os necessitados, através das ações

de amor e das palavras de paz.

A Cidade do Rio de Janeiro, com seus mais de 6 milhões de habitantes, possui

problemas como qualquer outra grande metrópole.

Além disso, o nosso município possui características bastante peculiares. Trata-se

de uma cidade espremida entre o mar e a montanha que sofreu uma ocupação

desordenada durante décadas que ocasionou em uma alta densidade populacional nos

morros com risco geológico. Como conseguinte, as chuvas torrenciais de verão

provocam graves danos não apenas ambientais e materiais, mas principalmente Danos

Humanos, entre os quais os óbitos, causados por Deslizamentos de Encostas.

O desastre ocorrido entre os dias 05 e 07 de abril de 2010, no qual 67 pessoas

morreram, todas moradoras de comunidades carentes localizadas em encostas,

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representou um marco nas ações do Sistema Municipal de Defesa Civil. Desde então

diversas ações foram fortalecidas e muitas outras foram iniciadas com o objetivo de

tornar as comunidades mais resilientes, ou seja, com maior capacidade de adaptação

para absorver os impactos de eventos adversos, bem como possibilitar um rápido retorno

a normalidade.

A Defesa Civil Municipal (Subsecretaria de Defesa Civil – SUBDEC) vem

desenvolvendo o Programa de Proteção Comunitária, que engloba os projetos:

Capacitação e Treinamento dos Moradores, Sistema de Alerta e Alarme

Comunitário e Defesa Civil nas Escolas. Além disso, promoveu o Fortalecimento

Institucional.

A inspiração para esse projeto iniciou-se através do SENCAP (Serviço Nacional

de Capelania Pós-desastre), no qual o Tenente-coronel Marcello Silva Costa, diretor do

SENCAP, uniu muitas igrejas pelo Brasil no propósito de salvar vidas atingidas pelas

catástrofes. Em sua passagem pela Subsecretaria Municipal de Defesa Civil, como

Diretor do Centro de Treinamento para Emergências (CETREM), ele integrou centenas

de voluntários cristãos ao órgão municipal até meados de 2012. Depois da sua saída o

CETREM resolveu perpetuar o serviço, através de seus servidores cristãos que desejam

glorificar a Deus no serviço de gerenciamento, mobilização e treinamento de instituições

religiosas para atuação antes, durante e depois de situações de desastres.

Para ampliar a atuação das igrejas em consonância com as carências da Defesa

Civil, algo antes voltado para atuação no pós-desastres através do socorro espiritual, foi

alterado o nome e os objetivos do projeto para uma melhor mobilização de jovens e

adultos, por isso este passa a se chamar “Serviço Eclesiástico de Defesa Civil”, pois

visa ajuntar solenemente cristãos de toda cidade do Rio de Janeiro para o firme

propósito de glorificar a Deus e estar satisfeito nEle, mesmo no sofrimento, instruindo a

Igreja para a assistência humanitária das populações vitimadas, ou seja, a mobilização

das instituições religiosas cristãs da cidade para atuarem na prevenção, preparação,

resposta e reconstrução de áreas vulneráveis ou que foram acometidas por algum

evento adverso.

Os objetivos e metas do projeto, bem como a sua atuação são claramente

expressos através do significado de cada palavra que compõe o seu nome.

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- Serviço: consagrar-se ao serviço de; cuidar de; cumprir deveres ou funções; dar ou

ministrar; estar ao serviço de; estar às ordens de; prestar bons ofícios a; prestar serviços;

pôr na mesa (iguaria ou refeição); ser criado de; ser útil a; ajudar; alimentar; auxiliar;

aviar; dar; desempenhar, exercer; empregar; fornecer; ministrar; oferecer; substituir;

satisfazer; usar; vender;

- Eclesiástico: relativo ou pertencente à igreja, ao clero e sacerdócio, ou seja, seu corpo

ministerial de obreiros, líderes religiosos e administradores;

- Defesa Civil: é o conjunto de ações preventivas, de socorro, assistenciais e

reconstrutivas destinadas a evitar ou minimizar os desastres naturais e os incidentes

tecnológicos, preservar o moral da população e restabelecer a normalidade social.

2 – OBJETIVO GERAL

Treinar as instituições religiosas cristãs da cidade do Rio de Janeiro para apoiar a

SUBDEC nas ações de defesa civil e assim suscitar aos cristãos a respeito da proteção

civil e sua aplicabilidade no ministério da Igreja como um todo, considerando que esta

matéria é pouco abordada e com isso despertar uma reforma nos corações dos irmãos,

por amor a glória de Cristo, o bem da Igreja e o alcance das vítimas de desastres.

3 – OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Propagar a cultura de prevenção de desastre entre os membros de instituições

religiosas e as comunidades de suas abrangências;

• Mobilizar a população para agir frente aos desastres em seu contexto específico;

• Estimular a discussão sobre o tema proteção civil em suas programações

específicas abrangendo a comunidade em geral;

• Capacitar os participantes para agir em casos de emergências e ajuda

humanitária.

• Fomentar a criação de NUDEC’S dentro de instituições religiosas cristãs.

4 – PÚBLICO ALVO

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Jovens e adultos, com idade mínima de 18 (dezoito) anos, membros de

instituições religiosas cristãs da cidade do Rio de Janeiro que desejem atuar, de diversas

maneiras, na assistência humanitária.

5 – METODOLOGIA

O curso de Capacitação e Treinamento de Instituições religiosas Cristãs para

atuação em ações de Defesa Civil será composto de duas etapas, a saber, um seminário

in loco e mais 4 (quatro) aulas teóricas e práticas na sede da Subsecretaria de Defesa

Civil, podendo haver deslocamento para outros locais em caso de atividade prática.

O seminário é a fase de apresentação da Defesa Civil a instituição, sendo este

composto de duas aulas expositivas com carga horária total de 6 (seis) horas. A primeira

aula será sobre o tema “Defesa Civil, a Bíblia e os Desastres” e a segunda sobre

“Igreja, Capelania, Voluntariado e Missões”.

A segunda parte do curso será realizada na sede da Defesa Civil no bairro de Vila

Isabel, por isso haverá necessidade de deslocamento dos alunos até o local por meios

próprios. Esta etapa contará com uma carga horária total de 30 (trinta horas) horas,

divididos em 8 (aulas) aulas teóricas e práticas com os seguintes temas: “Saúde e

Desastres”; “Logística de Desastres/Abrigos”; “Noções de Combate à Incêndios”;

“Noções de primeiros socorros”; e “Transporte de acidentados/Rapel/Cordas”.

Obs.: Todas as abordagens teóricas estão detalhadas no Anexo I – Plano de Curso.

6 – METAS DO PROJETO

a) Executar o Projeto, por um prazo de 11 (onze) meses, a contar de

01/02/2013, com previsão de reativação em 01/02/2014;

b) Treinar, por intermédio do Serviço Eclesiástico de Defesa Civil, cerca de

xx(xxx) cristãos, divididos em 40 (quarenta) Instituições Religiosas na Cidade

do Rio de Janeiro, até o dia 22/12/2013;

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c) Formar, por intermédio do Serviço Eclesiástico de Defesa Civil, cerca de xx

(xxx) voluntários cristãos, até o dia 22/12/2013;

d) Criar, cerca de 40 (quarenta) Núcleos Eclesiásticos de Defesa Civil –

NUEDEC na cidade do Rio de Janeiro;

e) Mobilizar a Rede de Voluntários da Defesa Civil para participar do Serviço

Eclesiástico de Defesa Civil;

f) Integrar e mobilizar as Lideranças Comunitárias para atuarem em conjunto

com os voluntários do Serviço Eclesiástico de Defesa Civil na orientação e

apoio em todas as ações de Defesa Civil pertinentes as suas regiões.

7 – INSCRIÇÃO

As instituições religiosas cristãs que se interessarem pelo Serviço Eclesiástico de

Defesa Civil e quiserem a realização de um seminário em sua unidade, deverão

preencher um formulário de inscrição no site da SUBDEC e assim os gestores do projeto

entrarão em contato com mesma informando as condições para realização do evento e

efetuando o devido agendando. Lembra-se que é necessário um número mínimo de 15

(quinze) pessoas para a efetivação do agendamento.

Após a conclusão do seminário, todas as instituições que quiserem fazer parte do

quadro de voluntários do Serviço Eclesiástico de Defesa Civil deverão realizar a segunda

etapa do curso, a qual consistirá de aulas práticas e teóricas na sede da Defesa Civil.

Todos os concluintes deverão preencher o formulário de inscrição do voluntário no site

da Defesa Civil e logo após preencher a Declaração de Voluntariado conforme o modelo

no Anexo II.

Obs.: Os voluntários deverão fornecer duas fotos 3x4 para serem anexada na ficha

individual e na carteirinha de Voluntário da Defesa Civil.

8 – CERTIFICAÇÃO

Page 7: Projeto Serviço Eclesiástico de Defesa Civil

Todos os participantes da primeira etapa do curso, a saber, o seminário in loco,

receberão um certificado de participação e caso tenham interesse de serem voluntários

do Serviço Eclesiástico de Defesa Civil serão automaticamente habilitados para

participar da segunda etapa. Após a conclusão dos cursos específicos desta última

etapa, todos os voluntários receberão um colete da Defesa Civil e um certificado de

conclusão de curso.

9 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Preparação dos Moradores das comunidades e a implantação do Sistema de

Alerta e Alarme Comunitário são medidas fundamentais na Redução dos Desastres, em

especial na minimização dos Danos Humanos.

A estas ações devem se somar outras medidas preventivas com atuações diretas

nas comunidades (Reflorestamento, Ecolimites, Obras de Infra estrutura – entre elas

obras de Contenção de Encostas, Programa Permanente de Coleta de Lixo, entre outras

ações), assim como ações envolvendo tecnologia e conhecimento (Mapeamento de

Risco, Aparelhamento do Sistema de Previsão e Monitoramento das Chuvas,

Implantação de um Centro de Operações, etc). Mais do que isso, é necessário um

investimento, na educação de crianças, jovens e adultos, estudantes ou não, com

objetivo de produzir uma cultura de prevenção de desastres em toda população carioca,

principalmente, nas famílias que estão em áreas de maior risco de ocorrência de

desastres ou em situações de vulnerabilidade social. Isto trará resultados não apenas a

longo prazo (com futuros cidadãos esclarecidos), mas também em curto e médio prazo

(em função ao estímulo da discussão dos assuntos no ambiente familiar).

Desta forma, e complementando com ações integradas, rápidas e eficientes de

Resposta e Reconstrução, o Município do Rio de Janeiro poderá se tornar uma Cidade

Resiliente, tanto à Chuvas Fortes, quanto aos demais desastres, e com isso ganhar uma

grande capacidade de enfrentar, se adaptar e absorver os impactos destes tipos de

ocorrências e restaurar a normalidade o mais breve possível.