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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA JUNHO DE 2012 Nivalde J. de Castro Daniel Ferolla U. do Nascimento

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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE

O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA:

GRANDES CONSUMIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA

JUNHO DE 2012

Nivalde J. de Castro Daniel Ferolla U. do Nascimento

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ÍNDICE: SUMÁRIO EXECUTIVO......................................................................................................................................................3

1- GERAL .................................................................................................................................................................................4

2- METALURGIA .................................................................................................................................................................. 6

2.1 – ALUMÍNIO, COBRE, NÍQUEL e OUTROS METAIS ........................................................................7

2.2 – MINÉRIO DE FERRO........................................................................................................................................9

2.3 – AÇO............................................................................................................................................................................ 10

3- SETOR AUTOMOTIVO............................................................................................................................................... 16

4- PAPEL E CELULOSE................................................................................................................................................... 17

5- QUÍMICA E PETROQUÍMICA ................................................................................................................................. 19

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SUMÁRIO EXECUTIVO

Este relatório tem por objetivo informar e contextualizar o acompanhamento

conjuntural do segmento produtivo dos grandes consumidores de energia elétrica durante o

mês de junho de 2012. O relatório está dividido nas seguintes seções: questões gerais;

metalurgia; alumínio, cobre, níquel e outros metais; setor automotivo; papel e celulose e

química e petroquímica.

Na seção Questões Gerais pode-se constatar a demanda total por eletricidade registrada

pela EPE e o consumo industrial no mês de maio. Em maio de 2012, a demanda total ficou em

3,8% acima do registrado no mesmo mês do ano passado, anotando 36.912 GWh. O consumo

industrial, registrou alta de 1,4% sobre maio de 2011, anotando 15,5 mil GWh.

Em Metalurgia encontram-se os dados relacionados com a capacidade instalada deste

setor produtivo. No mês de junho, com a crise, em especial na Europa e, uma desaceleração da

economia chinesa, setores como o de siderurgia demostraram preocupação com uma possível

desaceleração da demanda. Soma-se isso ao fato dos produtores afirmarem a perda da

competitividade da indústria nacional devido a fatores como a alta nos preços do minério de

ferro e do carvão, maior custo da mão de obra e, principalmente, a entrada do aço importado

com redução de ICMS.

No setor de minério de ferro, o Instituto Brasileiro de Mineração manteve a previsão de

US$ 75 bi de investimentos no setor em 2012 apesar do agravamento da crise, principalmente

na Europa. Também no setor, destaca-se a licença prévia obtida pela Vale para a segunda mina

de minério de ferro de Carajás.

Nos setores de Papel e Celulose e Petroquímico, o BNDES previu uma redução de

investimentos. A redução de R$ 2 bi nos investimentos para o setor de papel e celulose se deve

principalmente a atrasos no cronograma de alguns projetos. Já a redução de R$ 15 bi no

petroquímico se deve ao fato da reavaliação na instalação de alguns projetos, principalmente

do projeto do Comperj, maior complexo Petroquímico do Rio de Janeiro.

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1- GERAL

Segundo dados publicados na resenha mensal da EPE, o consumo de energia elétrica na

rede aumentou 3,8% no mês de maio em comparação com o mesmo mês do ano anterior,

alcançando 36.912 GWh e acumulando crescimento de 4,2% no ano.

A apuração, compilada pela EPE junto às concessionárias de distribuição no âmbito da

Comissão Permanente de Análise e Acompanhamento do Mercado de Energia Elétrica —

COPAM, revela que se mantém o panorama dos primeiros meses do ano, qual seja: a expansão

do consumo de energia permanece se apoiando na dinâmica das famílias e do setor de

comércio e serviços. Embora esses segmentos representem, em seu conjunto, 42% da

demanda final, respondem por mais de 60% do aumento absoluto do consumo total no mês. Já

a indústria, que concentra mais de 40% da demanda, participou em maio em menos de 20%

do aumento do consumo.

A conjuntura internacional explica em parte o comportamento do consumo industrial

de energia. Nas classes residencial e comercial a expansão da demanda segue impulsionada

pelo elevado nível de emprego e pelo aumento da renda. O segmento de comércio e serviços

registrou aumento de 7,1% no consumo de energia em maio, registrando 6.427 GWh. Essa

taxa de crescimento é muito próxima à acumulada no ano (+7,0%) e em 12 meses (+6,8%),

indicando que a dinâmica do consumo setorial consolida uma tendência que já se observa há

vários meses.

Tabela 1: Comparação do Consumo de Energia Elétrica na Rede: Abril 2011-Abril 2012

(em GWh)

O consumo industrial de eletricidade na rede elétrica atingiu no mês de maio 15.468

GWh, representando aumento de 1,4% sobre o valor registrado no mesmo mês do ano

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anterior. Pelo terceiro mês consecutivo, o consumo, desconsiderando o efeito sazonal,

registrou variação negativa sobre o mês imediatamente anterior (ver gráfico). O que ocorre é

que as indústrias já instaladas, especialmente nos segmentos eletrointensivos, estão

sinalizando arrefecimento no consumo. No acumulado do ano até maio, o consumo industrial

cresceu 1,9%, em parte sustentado pela entrada em operação de novas cargas nas regiões

Norte e Centro-Oeste.

Setores eletrointensivos, como extração de minério de ferro, siderurgia, metalurgia do

alumínio primário e químico, todos com importante parcela da produção orientada para o

mercado exterior, têm apresentado desaceleração no consumo de energia elétrica, absorvendo

impactos das incertezas no cenário econômico internacional. Isto é particularmente observado

nas indústrias do Sudeste, onde se observam, por oportuno, paradas para manutenção nas

unidades industriais desses segmentos. No Maranhão e no Pará, registrou-se redução no

consumo de energia das fábricas de alumínio pelo terceiro mês consecutivo. A redução da

demanda de energia no setor químico se refletiu nos mercados da Bahia e do Rio Grande do

Sul, onde se localizam importantes polos industriais deste segmento.

Nas regiões Norte e Centro-Oeste o crescimento do consumo industrial de energia tem-

se sustentado em patamares elevados, com expansões de, respectivamente, 15,5 e 18,9% no

acumulado do ano. Isto ainda reflete o início de operação de novas instalações, referentes a

projetos na área de mineração de cobre (Pará) e ferroligas (ferroníquel), no Pará e em Goiás.

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2- METALURGIA

A análise do setor de metalurgia aponta para um índice de utilização de capacidade

instalada de 84,7% em junho de 2012, representando uma queda de 0,6% em relação a maio

de 2012. Nos últimos 12 meses, a série marca uma redução de 2,0% na utilização da

capacidade instalada.

Gráfico 1: Utilização Média de Capacidade Instalada – Metalurgia: Junho 2011 – Junho

2012 (em %)

Fonte: FGV – 2012.

A italiana Cimolai, que produz e monta estruturas metálicas para prédios, pontes,

estádios e indústria naval vai entrar no mercado brasileiro com a instalação de três fábricas no

país. A primeira será construída no litoral de Santa Catarina, em Imbituba, e receberá aporte

de R$ 110 milhões. As outras duas devem demandar R$ 220 milhões em investimentos cada

uma. "Os Estados em que serão estabelecidas ainda não foram definidos", diz o diretor-

executivo da empresa no Brasil, Paulo Gomes de Medeiros. A unidade catarinense será

construída em um condomínio industrial da Santos Brasil, que tem um porto no local. O início

das obras está previsto para agosto e a operação, para o segundo semestre de 2013. O

cronograma das outras duas plantas não foi definido.

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2.1 – ALUMÍNIO, COBRE, NÍQUEL e OUTROS METAIS

A produção de alumínio primário no país alcançou 123,4 mil toneladas em maio, com

alta de 3,4% ante o registrado em igual período de 2011, segundo dados divulgados pela Abal.

Conforme a entidade, no acumulado dos cinco meses do ano foi produzida 609,5 mil toneladas

de alumínio, o equivalente ao crescimento de 2,9% frente ao volume registrado entre janeiro e

maio de 2011. A Abal informou ainda que, em maio, a produção da Albras recuou 3,8% na

comparação anual. O volume produzido pela Alcoa recuou 3,4%, enquanto BHP Billiton e

Novelis apuraram quedas, respectivamente, de 4,7% e 4,9%. Por outro lado, a Votorantim

Metais viu sua produção de alumínio crescer 23,4% em maio de 2012, em relação a maio de

2011.

Gráfico 2: Variação dos preços do alumínio no mercado internacional: Julho 2011 -

Junho 2012 (em US$)

Fonte: ADVFN, 2012.

Apesar das incertezas geradas pela crise da dívida na zona do euro, o momento para o

mercado de cobre continua “robusto”, segundo Charlie Sartain, executivo-chefe do segmento

na suíça Xstrata. Para o executivo, a China continua comprando o metal em um ritmo

acelerado e a economia dos Estados Unidos mostra sinais de recuperação, ainda que

moderada. Mesmo tendo afirmado que o setor continua aquecido, Sartain não deu uma

projeção exata do preço do cobre, ainda que no médio ou longo prazo. “É difícil prever o que

vai acontecer com o valor, mas o mercado deve permanecer forte”, disse Sartain.

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Gráfico 3: Variação dos preços do cobre no mercado internacional: Junho 2011 - Junho

2012 (em US$)

Fonte: ADVFN, 2012.

A Alcoa afirmou que não vai cortar a produção de alumínio no Brasil, como tem feito

em diversos países desde o início do ano. Depois de reunião com a presidente da República

Dilma Rousseff, o CEO mundial da companhia, Klaus Kleinfeld, definiu que serão mantidas

preservadas as operações da subsidiária brasileira. As duas unidades de fundição de alumínio

que estavam sob ameaça de cortes na produção sofrerão apenas "ajustes necessários",

principalmente no que diz respeito à corte de custos, segundo disse o presidente da Alcoa para

a América Latina e Caribe, Franklin Feder. A decisão foi tomada diante do compromisso do

governo em diminuir o peso dos custos da energia sobre as operações da indústria brasileira.

Segundo Feder, a presidente deixou os executivos da empresa "confortáveis" ao garantir que

está se debruçando sobre o tema. Apesar das conversações, o Brasil ainda não saiu do radar de

cortes da multinacional.

O presidente da Alcoa para a América Latina e Caribe Franklin Feder afirmou que a

Alcoa está considerando oportunidades em transformados de alumínio, como materiais para o

setor de transporte, embalagens e construção civil. A empresa já tinha informado que

planejava importar chapas de outras subsidiárias e fazer o acabamento no Brasil.

Para os metais, o Goldman Sachs reduziu as projeções de preços para os próximos três

meses. Considerando uma melhora no ambiente macroeconômico global, os analistas do banco

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preveem que o cobre deve subir, para os US$ 8 mil por tonelada (antes as projeções

apontavam para US$ 9 mil por tonelada). Segundo relatório recentemente divulgado pela

instituição, o consumo chinês deve voltar a ter estímulos com os investimentos do setor de

construção civil. Do lado da oferta, por sua vez, o mercado global de cobre está verificando um

déficit de produção, que chegou a 273 mil toneladas no primeiro trimestre, segundo dados do

Grupo Internacional de Estudos do Cobre. O alumínio deve avançar para US$ 2,2 mil por

tonelada, enquanto o níquel subirá para US$ 17 mil por tonelada. Para esses metais, as

perspectivas apontavam para US$ 2,4 mil e US$ 18,6 mil por tonelada, respectivamente.

2.2 – MINÉRIO DE FERRO

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) prevê um aumento de 5% da produção de

minério de ferro em 2012, em relação ao ano anterior. Em 2011, o setor registrou recorde de

crescimento de 25%, atingindo a produção de 467 milhões de toneladas. O presidente do

Ibram, José Fernando Coura, afirmou que apesar do agravamento da crise, principalmente na

Europa, a previsão de investimentos de US$ 75 bilhões no setor de mineração no Brasil, de

2012 a 2016, está mantida.

A Vale obteve a licença prévia para a segunda mina de minério de ferro de Carajás,

localizada na Serra Sul, no Pará. Ao todo, o empreendimento vai consumir investimentos de R$

40 bilhões, incluindo expansão da infraestrutura logística. Esse é o primeiro passo do

licenciamento ambiental do Ibama. A previsão é colocar a mina em produção em 2016. Até lá,

a Vale precisa ainda receber as licenças de instalação e de operação. Do total a ser aplicado no

empreendimento, R$ 16,5 bilhões vão para a mina e a usina de processamento de minério e

outros R$ 23,5 bilhões para duplicar a ferrovia de Carajás ao porto de Ponta da Madeira, no

Maranhão, para escoar o minério. Com isso, a capacidade de produção de Carajás passará de

109 milhões de toneladas em 2011 para 230 milhões de toneladas em 2016 - considerando

também uma expansão de 40 milhões de toneladas da atual mina, a de Serra Norte.

A diretora-executiva de Sustentabilidade e Energia da Vale, Vânia Somavila, previu que

as etapas seguintes do licenciamento do projeto de Serra Sul devem ser concluídas em até um

ano. Ela destacou que a empresa espera que as licenças restantes, de instalação e de operação,

saiam no prazo entre seis meses e um ano. De acordo com o Ibama, a licença prévia analisa a

viabilidade do empreendimento e da localização. Depois que a Vale entregar o projeto-

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executivo e o projeto básico ambiental o Ibama analisa a documentação e emite a licença de

instalação. A licença prévia concedida pelo Ibama para Serra Sul tem validade de quatro anos.

A Usiminas afirmou em junho que pretende elevar a produção de minério de ferro e,

com isso, aproveitar as boas cotações do produto no mercado mundial - acima de US$ 130 a

tonelada - e ampliar suas exportações, em especial para os chineses, maiores compradores

desse insumo no mundo. Em 2011 foram investidos R$ 365 milhões na aquisição de

equipamentos móveis de mineração, terrenos, adequações e melhorias nas plantas de

beneficiamento existentes. A meta da companhia é extrair do solo 29 milhões de toneladas de

minério de ferro por ano a partir de 2015. Em 2011, a companhia produziu cerca de 8 milhões

de toneladas da matéria-prima.

As extrações de minério de ferro da Gerdau, localizadas em Miguel Burnier, Várzea do

Lopes e Gongo Soco, em Minas Gerais, receberão recursos de R$ 838 milhões para a instalação

da segunda fase do seu projeto no setor de mineração. Com a nova fase, a capacidade instalada

passará dos atuais 6,5 milhões de toneladas para 11,5 milhões de toneladas. O

empreendimento envolve uma estrutura logística própria. Faz parte do investimento a

implantação de um terminal ferroviário.

Os preços do minério de ferro deverão mostrar maior estabilidade proximamente e não

devem cair muito em relação aos patamares atuais, na avaliação do diretor executivo de

Ferrosos e Estratégia da Vale, José Carlos Martins. Segundo o executivo, a continuidade da

operação de minas de alto custo contribuiu para sustentar as cotações em níveis ainda

elevados. Conforme Martins, a entrada em atividade de um projeto de minério na serra sul de

Carajás até 2016, que a Vale obteve licença prévia, deve jogar pressão sob os preços, porém a

crescente demanda por minério e aço fará com que o mercado se ajuste à nova oferta. O

executivo destacou ainda que a China deverá desempenhar um papel cada vez maior de

protagonista na formação dos preços do minério e, que ainda sustentará a expansão anual de

8%.

2.3 – AÇO

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De acordo com a análise mensal do Instituto Aço Brasil a produção brasileira de aço

bruto em maio de 2012 foi de 2,9 milhões de toneladas, representando queda de 11,7%

quando comparada com o mesmo mês em 2011. Em relação aos laminados, a produção de

maio, de 2,3 milhões de toneladas, apresentou crescimento de 1,1% quando comparada com

maio do ano passado. Com esses resultados, a produção acumulada em 2012 totalizou 14,6

milhões de toneladas de aço bruto e 11,0 milhões de toneladas de laminados, havendo redução

de 1,2% e aumento de 2,0%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2011.

Quanto às vendas internas, o resultado de maio de 2012 foi de 2,0 milhões de toneladas

de produtos, aumento de 0,8 em relação a maio de 2011. As vendas acumuladas em 2012, de

9,1 milhões de toneladas, mostraram crescimento de 0,5% com relação ao mesmo período do

ano anterior.

As exportações de produtos siderúrgicos em maio de 2012 atingiram 976 mil toneladas

no valor de 706 milhões de dólares. Com esse resultado, as exportações em 2012 totalizaram

4,4 milhões de toneladas e 3,1 bilhões de dólares, representando declínio de 5,2 % em volume

e de 8,9 % em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior.

No que se refere às importações, registrou-se em maio volume de 299 mil toneladas

(US$ 400 milhões) totalizando, desse modo, 1,6 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos

importados no ano, 14,2% acima do mesmo período do ano anterior.

O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em maio foi de 2,2 milhões de

toneladas, totalizando 10,6 milhões de toneladas em 2012. Esses valores representaram

aumento de 0,4% e 1,6% respectivamente, em relação a igual período do ano anterior.

Gráfico 4: Evolução Comparativa da Produção de Aço Bruto no Brasil: 2011-2012 (em 10³ ton.)

Fonte: IABr – 2012

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Os investimentos do setor siderúrgico foram os mais prejudicados pela crise. Com uma

capacidade produtiva excedente de 526 milhões de toneladas de aço espalhada pelo mundo, as

siderúrgicas estão com as margens de lucro pressionadas e não tem incentivo para investir.

Levantamento do BNDES aponta que as siderúrgicas instaladas no Brasil planejam investir R$

21 bilhões entre 2012 e 2015, R$ 12 bilhões a menos que o calculado pelo banco no ano

passado para o período 2011-2014 e inferior até aos R$ 28 bilhões investidos no ciclo 2006-

2009. Segundo Fernando Puga, chefe do departamento de análise econômica do BNDES, o

banco está reavaliando os dados e a estimativa de investimentos das siderúrgicas pode ser

reduzida em breve. Ele explica que a maior dificuldade é que os projetos são voltados para o

mercado externo, porque a produção local supera a demanda doméstica. Os custos de

produção no Brasil também atrapalham.

O IABr alterou para baixo a projeção de produção de aço para 2012, que passou de 37,5

milhões de toneladas para 36 milhões de toneladas, o que, se concretizado, irá significar um

aumento de 2,2% em relação ao volume de 2011. Para as importações o IABr espera um recuo

de 3,8% sobre o volume de 2011, para 3,6 milhões de toneladas. Já as exportações deveram

somar 10,9 milhões de toneladas, alta de 0,7% em relação ao ano anterior. Ainda segundo o

IAbr, as vendas e o consumo brasileiro de aço devem ficar praticamente estáveis em relação a

2011. No primeiro semestre do ano, as vendas de produtos siderúrgicos ao mercado interno

deverão fechar em 11,1 milhões de toneladas, crescimento de 1,8%. Já o consumo aparente

deverá ficar em 12,9 milhões de toneladas, alta de 2,4%. A projeção para as exportações do

setor deverá ficar em 2012 em 5,3 milhões de toneladas, queda de 6,5%. Em valores o total

deverá ficar em US$ 3,9 bilhões, recuo de 8,3%.

O presidente-executivo da Gerdau, André Gerdau Johannpeter afirmou que os

fabricantes brasileiros de aço enfrentam um crescimento mais lento na demanda em relação

às previsões anteriores, assim como têm de lidar com custos mais altos e aumento das

importações. Johannpeter espera que o governo intervenha para ajudar fabricantes brasileiros

de aço, aumentando gastos em infraestrutura e reduzindo impostos, que ele disse serem mais

altos do que os de outros países.

Segundo Marco Polo de Melo Lopes, presidente-executivo do IABr, o setor siderúrgico

já vive um certo alívio nas importações diretas de aço, que deverão cair 3,8% no ano. "Isso se

deve à alta do câmbio", destacou o executivo, lembrando que o fim dos benefícios nos portos

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só vai ocorrer a partir de janeiro de 2013. A penetração do material importado no consumo

interno é de 16,5% nos aços planos e 14,3% nos produtos longos, como vergalhões e perfils,

resultando em uma média de 11,7% no período de janeiro a maio, informou a entidade. A

projeção para o ano é que a entrada indireta de aço, na forma de máquinas, automóveis,

autopeças, equipamentos e bens de linha branca, continuará elevada, mantendo agravada a

desindustrialização. A previsão é 4,8 milhões de toneladas, com saldo negativo de 2,07 milhões

de toneladas no ano.

Diante dos desdobramentos da crise econômica, será difícil a recuperação da demanda

por aço dos países europeus, o que torna cada vez mais necessário que as siderúrgicas cortem

custos para sobreviver. A afirmação é do presidente-executivo da ArcelorMittal, Lakshmi

Mittal. O executivo afirmou que as medidas de austeridade na Europa não “estão funcionando”.

“A demanda na Europa foi para 150 milhões de toneladas, saindo de 200 milhões de toneladas,

e isso será difícil de recuperar”, disse Mittal. O executivo disse ainda que a Europa deveria

fazer algo similar ao que os EUA fazem na siderurgia. O país obriga a utilização do aço

doméstico nos projetos de construção. Sobre as perspectivas para a indústria global, Mittal

afirmou que o mercado chinês de aço deve passar por um processo de consolidação nos

próximos cinco anos, mas já adiantou que não é intenção da empresa participar desse

processo.

De acordo com a direção da Usiminas, a companhia "está acelerando seu planejamento

com o objetivo de tornar suas operações referências de excelência industrial no Brasil”. Entre

as medidas consideradas, está a definição de padrões e avaliação da produtividade de cada

linha, redução do capital de giro e um intenso programa de controle de custos operacionais.

Para a empresa, o ano de 2012 marca a conclusão de um forte ciclo de investimentos da

Usiminas focado na modernização das linhas de produção e no aumento do valor agregado dos

produtos. É sob essa ótica que se insere o novo laminador de tiras a quente de Cubatão. Além

de modernizar o processo de fabricação e tornar a planta mais produtiva, o novo equipamento

permitirá também que a companhia ofereça laminados para utilização industrial considerada

"mais nobre". A ideia da Usiminas com as mudanças no perfil de produção é ter um portfólio

de produtos de elevada tecnologia e de mais alto valor agregado.

A Votorantim Siderurgia deve colocar em operação no final de 2012 uma nova unidade

em Três Lagoas (MT), com capacidade instalada de 400 mil toneladas por ano. A Sitrel será

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dedicada à laminação para produção de barras e vergalhões e exigiu investimentos de R$ 250

milhões. "A Sitrel complementará as operações da Votorantim Siderurgia", afirma Albano

Chagas Vieira, diretor-superintendente da companhia. A nova unidade, resultado de joint

venture com o empresário Alexandre Grendene, utilizará tarugos provenientes da Votorantim

Siderurgia em Resende (RJ). Cerca de 70% das obras estão concluídos. Segundo Vieira, apesar

da crise financeira internacional, a Votorantim Siderurgia acredita no retorno da expansão que

vem feita nos últimos anos. De acordo com o executivo, apesar da demanda por aço no

mercado brasileiro ter crescido, o menor consumo mundial de aços longos, principalmente nos

países mais desenvolvidos, gerou um excesso de oferta.

A Gerdau reservou R$ 10,3 bilhões que serão investidos em várias frentes no período

entre 2012 e 2016. Os recursos serão empregados na continuidade dos investimentos em aços

planos no Brasil, expansão da capacidade instalada de aços especiais no mercado interno e nos

EUA, além da ampliação da produção de laminados na usina de Cosigua (RJ) e início da

operação do laminador e da sinterização na Índia. Entre os investimentos, destaca-se a

Açominas com duas injeções importantes: a ampliação da capacidade instalada do laminador

de perfis estruturais em 2011, subindo de 520 mil toneladas para 700 mil toneladas por ano, e

a inauguração de um novo laminador de bobinas a quente. O Grupo Gerdau se prepara

também para iniciar a operação de um segundo laminador, com capacidade para produzir 1,1

milhão de toneladas de chapas grossas por ano. O equipamento deve ser implantado até 2013,

na usina de Cosigua.

O presidente da CSN, Benjamin Steinbruch, admitiu interesse em fazer uma oferta pela

CSA, colocada à venda pela alemã ThyssenKrupp. No entanto, afirmou que as informações

sobre a venda da companhia ainda não foram disponibilizadas. "A CSA está na mesa, quer

dizer, é claro que a gente vai analisar", disse Steinbruch. "Temos interesse em analisar os

dados [da empresa], quando forem disponibilizados, o que, por enquanto, não aconteceu",

completou o executivo. De acordo com Steinbruch, ainda não há um banco definido para

assessorar nas negociações.

Com expectativa de melhorias da demanda de aços longos, usados na construção e

obras de infraestrutura, a partir do segundo semestre, a ArcelorMittal já avalia a retomada das

obras de duplicação de sua usina de Monlevade, em Minas Gerais. As obras foram paralisadas

no ano passado. Segundo Jefferson de Paula, principal executivo do grupo no negócio de aços

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longos nas Américas, a previsão de demanda para esse tipo de aço é de crescimento de 6%

neste ano e o mesmo índice no próximo ano. A compra vem da construção imobiliária e de

obras de infraestrutura, além daquelas ligadas aos eventos da Copa do Mundo e Olimpíadas.

De Paula informou que o projeto de duplicação de Monlevade já está com obras civis prontas e

todo o pacote de equipamentos comprados. “Já investimos US$ 700 milhões até a paralisação.

Temos mais US$ 800 milhões a serem aplicados para completar a obra”, informou. A

finalização vai demandar um ano e meio.

Com o impacto do câmbio nos custos de carvão e minério de ferro, as siderúrgicas de

aços planos poderão, a partir de julho, aplicar um aumento de preços no aço vendido no

mercado interno. Essa é a expectativa do Inda, entidade dos distribuidores de aços planos no

país. Segundo Carlos Loureiro, presidente do Inda, não há ainda nenhuma informação a esse

respeito, mas o carvão e o minério de ferro respondem por no mínimo 55% do custo de

produção de aço nas usinas integradas. Em alguns casos, podem atingir 70%. Loureiro

informou que, de janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período de 2011, houve

recuo da ordem de 10% nos preços médios do aço vendido pelas usinas, como Usiminas,

ArcelorMittal e CSN. Para o dirigente do Inda, em função desse cenário, os resultados das

siderúrgicas, no segundo trimestre, deverão vir abaixo dos números registrados nos primeiros

três meses deste ano.

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3- SETOR AUTOMOTIVO

A capacidade instalada da indústria automotiva ficou em 83,2% no mês de junho de

2012, o que demonstra uma queda de 0,4% em relação ao mês de maio de 2012. Em

comparação a junho de 2011, a indústria automotiva apresentou uma redução expressiva de

3,0%.

Gráfico 5: Utilização Média da Capacidade Instalada – Mecânica: Junho 2011 – Junho

2012 (em %)

Fonte: FGV – 2012

O setor automotivo obteve uma alta no mês de maio de 2012, após a queda expressiva

de cerca de 15% no mês de abril de 2012 em relação a março de 2012. Em maio, a produção

obteve alta de 7,6% na comparação com o mês de abril de 2012,

A produção física de autoveículos no mês de maio de 2012 foi de 280,8 mil unidades

frente a 260,8 mil unidades em abril de 2012. Em comparação a maio de 2011, quando a

produção de autoveículos registrou 304,2 mil unidades, houve uma queda de 7,7%.

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4- PAPEL E CELULOSE

O nível de utilização da capacidade instalada da indústria de papel e celulose ficou em

91,1% em junho de 2012, o que representa uma queda de 2,5% em relação a maio de 2012. O

resultado de junho deste ano representa um crescimento de 0,4% em relação a junho de 2011,

quando o nível de utilização da capacidade instalada estava em 90,7%.

Gráfico 6: Utilização Média da Capacidade Instalada – Papel e Celulose: Junho 2011 –

Junho 2012 (%)

Fonte: FGV – 2012

A produção de celulose no Brasil cedeu 1,5% em maio na comparação com o mesmo

mês em 2011, somando 1,146 milhão de toneladas, informou a Associação Brasileira de

Celulose e Papel (Bracelpa), marcando o terceiro mês consecutivo de queda. Já em relação a

abril o recuo foi um pouco menor, de 1%, enquanto nos cinco primeiros meses do ano a

produção do insumo acumula retração de 0,8%, para 5,802 milhões de toneladas. No mês de

maio, foram produzidas 970 mil toneladas de celulose fibra curta, produzida a partir do

eucalipto, e 140 mil toneladas de fibra longa.

As exportações de celulose, enquanto isso, sofreram queda de 5,6% em maio ante igual

mês do ano passado, para 658 mil toneladas. De janeiro a maio, foram exportadas 3,493

milhões de toneladas de celulose, volume 0,7% inferior ano a ano. Em termos de receita, as

exportações caíram 7% na mesma comparação, totalizando 2,756 bilhões de dólares.

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A produção de papel, por sua vez, atingiu 846 mil toneladas em maio, alta de 1,6%

contra o mesmo mês em 2011 e aumento de 3,8% sobre abril. No ano até maio, a produção de

papel está praticamente estável em 4,113 milhões de toneladas. Enquanto isso, as exportações

de papel cresceram 12,1% na relação anual, para 194 mil toneladas em maio, mas cederam

2,9% no acumulado dos cinco meses.

O BNDES prevê redução de R$ 2 bilhões nos investimentos no setor de papel e celulose,

para R$ 26 bilhões, por causa dos atrasos nos projetos. A Suzano adiou investimentos de cerca

de R$ 500 milhões para os próximos anos. A Fibria revisou os planos de investimentos em R$

400 milhões, para R$ 1 bilhão. Dois projetos da Suzano estão com o cronograma atrasado. O

primeiro é a produção de pellets de madeira para abastecer o mercado europeu. O segundo é a

fábrica de celulose do Piauí, cuja conclusão foi adiada de 2014 para 2016, dependendo da

sinalização do mercado.

A indústria brasileira de papel e celulose necessita medidas emergenciais do governo

para evitar o risco de terminar o ano de 2012 sem crescimento. Com os impactos dos baixos

preços internacionais e da forte concorrência no mercado externo, as exportações brasileiras

do setor tiveram redução de 7% nos cinco primeiros meses deste ano. De acordo com

Elizabeth de Carvalhaes, presidente da Bracelpa, duas propostas já foram levadas para análise

do governo: a inclusão do setor no Reintegra, que compensa exportadores de manufaturados

por tributos pagos ao longo da cadeia produtiva, e a desoneração da folha de pagamento. Sem

essas medidas, o risco é de “crescimento zero” no setor em 2012, afirma a executiva. De

janeiro a maio, as exportações do setor totalizaram US$ 2,756 bilhões, com uma queda de 7%

sobre igual período de 2012, segundo o MDIC. De um ano para cá, o valor da tonelada caiu de

US$ 820 para US$ 760, aproximadamente.

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5- QUÍMICA E PETROQUÍMICA

Na indústria química, o nível de utilização da capacidade instalada registrou 85,1% no

mês de junho de 2012, representando um crescimento de 0,7% em relação ao mês de maio de

2012, quando foi registrado 84,4%. Em relação a junho de 2011, foi registrado um pequeno

crescimento de 0,2%, quando foi registrado 84,9% de uso da capacidade instalada.

Gráfico 7: Utilização Média da Capacidade Instalada – Química e Petroquímica: Junho

2011 – Junho 2012 (%)

Fonte: FGV – 2012

De acordo com informações da Abiquim, o índice de produção da indústria química caiu

1,24% em maio de 2012, enquanto o de vendas internas teve recuo de 0,14%, ambos em

relação a abril. Nos últimos dois meses, em razão da diminuição da demanda no mercado

interno, algumas empresas também aproveitaram para realizar paradas programadas para

manutenção. Todavia, no acumulado dos primeiros cinco meses do ano, em relação a igual

período de 2011, o índice de produção teve crescimento de 5,85% e o de vendas internas

apresentou alta de 9,65%.

No setor químico, o BNDES estima uma queda de R$ 15 bilhões nos investimentos, para

R$ 25 bilhões. O maior impacto pode vir do projeto do Comperj, que está sendo reavaliado

junto com o plano de investimentos da Petrobrás. Se a estatal optar por refinar petróleo leve

em vez de pesado, a necessidade de investimento deve diminuir. De acordo com Fernando

Figueiredo, presidente executivo da Abiquim, ainda não há notícias de adiamento de projetos,

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mas os investimentos crescem abaixo do potencial por causa do alto custo da matéria-prima e

da energia.