PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE … · automatização de redes de distribuição e R$ 20...

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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE O SETOR ELÉTRICO RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA: EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO 1 SETEMBRO DE 2011 Nivalde J. de Castro Eduardo Mattos

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PROJETO PROVEDOR DE INFORMAÇÕES SOBRE

O SETOR ELÉTRICO

RELATÓRIO MENSAL ACOMPANHAMENTO DE CONJUNTURA:

EMPRESAS DO SETOR ELÉTRICO1 SETEMBRO DE 2011

Nivalde J. de Castro

Eduardo Mattos

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ÍNDICE

1. AES Tietê ...............................................................................................................................................4

2. AES Sul ..................................................................................................................................................4

3.CEB.............................................................................................................................................................5

4.Celg............................................................................................................................................................5

5. Cemig ........................................................................................................................................................6

5.1 Gastos..............................................................................................................................................6

5.2 Investimentos......................................................................................................................................6

6. Cesp ..........................................................................................................................................................6

7. Coelce .......................................................................................................................................................7

8. Copel.........................................................................................................................................................7

9. Cosan ........................................................................................................................................................8

10.CPFL .........................................................................................................................................................8

11.CTEEP .......................................................................................................................................................9

12.Duke Energy ...........................................................................................................................................10

13.Eletrobrás...............................................................................................................................................10

13.1 Negócios da Eletrobrás ....................................................................................................................10

13. 2 Ações ..............................................................................................................................................13

13.3 Subsidiárias......................................................................................................................................13

13.3.1 Eletrobras Amazonas Energia ....................................................................................................13

13.3.2 Eletronorte ...............................................................................................................................14

13.3.3 Eletrosul....................................................................................................................................14

13.3.4 Furnas.......................................................................................................................................15

13.3.5 Itaipu Binacional .......................................................................................................................16

14.Eletropaulo.............................................................................................................................................16

14.1 Investimentos ..................................................................................................................................16

15.Energisa..................................................................................................................................................17

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16. GE .........................................................................................................................................................18

17. Iberdrola................................................................................................................................................19

18.Inepar.....................................................................................................................................................19

19. Light ......................................................................................................................................................20

1 Este Relatório faz parte do Projeto Provedor de Informações Econômica – Financeira do Setor Elétrico desenvolvido para a Diretoria Financeira da ELETROBRAS. Sua base metodológica está assentada em pesquisa diária, coleta e sistematização de informações disponíveis em periódicos e sites. As informações aqui apresentadas não expressam posição da ELETROBRAS.

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ACOMPANHAMENTO POR EMPRESA

1. AES Tietê

No mês de setembro, a AES Tietê anunciou que está adotando a nova norma britânica

de gestão de ativos, a PAS 55, nas suas operações. Com isso a empresa espera melhorar os

processos de manutenção e a otimização dos equipamentos. Algumas usinas da empresa já

têm mais de 35 anos e a parada dos equipamentos para manutenção passará a seguir novos

padrões. A companhia é responsável por 2,4% da energia gerada no país.

Além disso, a empresa teve seu rating nacional de longo prazo elevado de “AA-(bra)”

para “ AA(bra)” pela agência de classificação de risco Fitch Ratings , mesmo movimento dado

para as debêntures da empresa com valor total de R$ 900 milhões. A emissão aconteceu em

abril de 2010, e a perspectiva para as duas notas é "estável". De acordo com a agência, a

melhora das notas da AES Tietê reflete a recente elevação das notas da Eletropaulo, por esta

última ser a única compradora de sua energia assegurada. Além disso, a Tietê "apresenta forte

perfil financeiro, com robusto fluxo de caixa operacional, elevada previsibilidade de resultados

e reduzida alavancagem", disse a Fitch em comunicado.

Por fim, a AES Tietê informou, através de sua assessoria de imprensa, que inscreveu a

termelétrica Termo São Paulo – que será instalada em Canas, interior de São Paulo – no leilão

de energia que será realizado em 20 de dezembro. A usina de Canas terá capacidade de gerar

550 MW a partir de gás natural. Segundo a EPE, três térmicas paulistas movidas a gás se

inscreveram para o leilão, somando uma oferta de 1629 MW.

2. AES Sul

Em setembro, A AES Sul teve o seu rating de crédito elevado pela Standard & Poor´s de

"brA" para "brAA". Segundo a agência, o rating foi atribuído na escala nacional com

perspectiva estável e espera também que os índices de alavancagem mesmo com o aumento

previsto nos investimentos. Para a agência, a elevação reflete o aumento da geração de caixa

da empresa assim como o alongamento do perfil de endividamento, com a conclusão em

setembro do ano passado, do refinanciamento da dívida principal. A agência considerou

também o perfil moderado de negócios, que é resultado da concessão exclusiva para distribuir

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energia para parte do RS, além de ter também um perfil diversificado, com as classes

residencial, comercial e industrial representando quase 80% das receitas brutas. A avaliação

considerou também que, embora as regras do terceiro ciclo de revisão tarifária ainda estejam

em definição, o cenário base-considerado pela agência não incorpora ruptura alguma no atual

modelo.

3.CEB

A Companhia Energética de Brasília (CEB) confirmou que contratará um empréstimo

de R$ 877,5 milhões junto ao BNDES. O objetivo é quitar parte das dívidas da empresa e

realizar investimentos na companhia e na CEB Distribuição, incluindo obras necessárias para a

realização da Copa do Mundo de 2014. Entre as garantias dadas pela CEB como contrapartida

está um terreno localizado no setor Noroeste, avaliado em R$ 274 milhões. A dívida da CEB

está atualmente em R$ 877 milhões, dos quais 45% é de curto prazo e deve ser paga com o

recurso obtido com o empréstimo.

4.Celg

Em setembro, a Celg recebeu provimento parcial ao recurso pela diretoria da Aneel, que

reduziu a penalidade aplicada à empresa de R$ 21,4 milhões para R$ 13,9 milhões. A empresa

havia sido multada pela gestão inadequada dos recursos econômico-financeiros da concessão

e pela não realização do seguro de bens patrimoniais da concessão. A decisão aconteceu dia

13/09. A diretoria da Agência entendeu que em duas das sete não conformidades apontadas

pela fiscalização, o valor da multa foi desproporcional ao dano eventualmente causado.

Segundo a Agência, a multa aplicada caracteriza infração grave pela gestão inadequada dos

recursos da concessão e pela apropriação indevida dos recursos tarifários que resultou na não

realização do seguro de bens patrimoniais da concessão.

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5. Cemig

5.1 Gastos

No mês de setembro, a Cemig anunciou que as queimadas decorrentes da estiagem

prolongada em Minas Gerais levaram seus custos acumulados a dispararem para R$ 896 mil

entre janeiro e agosto. Para se ter uma ideia, de janeiro a julho, os gastos somavam R$ 156 mil.

As despesas saltaram principalmente devido à necessidade de substituição de componentes de

linhas e redes, como postes, torres metálicas e condutores. Segundo a empresa informou em

comunicado, nos oito primeiros meses do ano houve um crescimento de 25% no número de

incêndios florestais, em relação ao mesmo período em 2010. De janeiro a agosto, queimadas

provocaram 170 interrupções no fornecimento de energia em redes de distribuição de todo o

Estado, deixando 109 mil consumidores sem energia, informa a Cemig.

5.2 Investimentos

Em setembro, a Cemig anunciou que investiu R$ 118,1 milhões para minimizar os

efeitos provocados pelas chuvas ao sistema elétrico e ao atendimento dos consumidores

através de melhorias da rede de transmissão e distribuição da região metropolitana da Belo

Horizonte (MG). Nos últimos 12 meses, R$ 73 milhões foram aplicados em reforma e aumento

da capacidade de linhas de transmissão e subestações, R$ 22 milhões em reforço e

automatização de redes de distribuição e R$ 20 milhões em manutenção preventiva. Além

disso, a Cemig realiza a substituição de redes convencionais por redes protegidas e isoladas, o

que contribui para a redução do número de desligamentos. A empresa está investindo ainda

R$ 10,5 milhões na implantação de um radar metereológico no município de Mateus Leme

(MG).

6. Cesp

No mês de setembro, a Cesp foi condenada a pagar R$ 100 mil por dia por ter

paralisado obras de contenção de encostas no município de Anaurilândia (MS). A obra foi

determinada pela Justiça e tem como finalidade interromper o processo de erosão da margem

direita do lago da usina de Porto Primavera. A estatal paulista havia sido condenada a

estabilizar 33 Km de margens, mas interrompeu as obras após ter decidido não fazer novo

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aditivo a um contrato com a Construtora Camargo Corrêa. Segundo decisão da Justiça de MS, a

multa de R$ 100 mil vigora desde o dia 20 de julho, quando a obra foi interrompida. O valor da

multa já está em R$ 7,3 milhões. A decisão judicial ainda determina a retomada das obras em

até 30 dias, sob pena de a multa diária passar para R$ 150 mil.

7. Coelce

Em setembro, a Coelce anunciou que pretende captar R$ 400 milhões em uma emissão

de debêntures. A empresa usará os recursos para reforço do capital de giro e amortização de

dívidas. A operação terá duas séries, com vencimento em 2016 e 2018. A empresa teve a

classificação de risco elevada pela agência Standard & Poor’s.

8. Copel

Em setembro, a Copel teve suas obras na Usina Hidrelétrica Colíder, no Mato Grosso

embargadas. Além disso, a empresa foi multada no valor de R$ 1,2 milhão. O motivo é o não

cumprimento de recomendações feitas pelo Ministério Público do Estado do Mato Grosso e

pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente. O promotor de Justiça Marcelo Caetano

Vacchiano disse que, entre as irregularidades detectadas, está a ausência de comprovação de

acordos com os proprietários das áreas que serão alagadas. Além disso, a empresa não estaria

cumprindo decisão judicial que suspendeu as obras, no mês de agosto, por ausência de Plano

de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS). Segundo o promotor, a notificação

recomendatória do MPE, que embasou a decisão de suspensão das obras, demonstra que a

geração dos mais de oito mil empregos diretos e indiretos na região trará consequências

negativas para a região.

Além disso, a Copel levantou empréstimo de R$ 600 milhões junto ao Banco do Brasil,

por meio de uma linha de capital de giro de longo prazo. A operação terá vencimento em cinco

anos e taxa de juros de 109,41% do CDI. A empresa usou integralmente os recursos para

liquidar suas debêntures da quarta emissão.

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9. Cosan

Em setembro, a Cosan republicou, no dia 08, seu balanço financeiro do primeiro

trimestre do ano safra 2012 com a correção da informação de depreciação e amortização

utilizada para o cálculo do Ebitda do segmento Raízen Energia e, consequentemente, de seu

Ebitda consolidado. O Ebitda consolidado da Cosan, com a correção, passou de R$ 3,755

bilhões para R$ 3,817 bilhões. Já o Ebitda ajustado (excluindo efeitos da formação da Raízen)

foi revisado de R$ 439,934 milhões para R$ 502,398 milhões. O Ebitda total da Raízen Energia

foi revisado de R$ 321,227 milhões para R$ 411,314 milhões. A companhia explica que

corrigiu sua informação de depreciação e amortização usada no balanço porque,

"inadvertidamente, identificou que não havia considerado as amortizações de trato cultural

(que é parte do ativo biológico) e custos com a entressafra agrícola para ajustar o lucro

operacional (Ebit), e com isso chegar ao Ebitda reportado do segmento Raízen Energia.

10.CPFL

10.1 Investimentos

Em setembro, a CPFL Paulista anunciou que, devido à melhoria da qualidade no

fornecimento elétrico na região de Ribeirão Bonito, no interior de SP, investiu

aproximadamente R$ 12 milhões em novas linhas e uma subestação que já foi inaugurada. Já

as linhas de transmissão devem ser inauguradas entre novembro deste ano e maio de 2012.

Segundo a companhia, a SE inaugurada foi a Ribeirão Bonito I, e contou com investimentos de

R$ 6,5 milhões, a subestação deve beneficiar as populações da cidade de mesmo nome e de

Dourado. A empresa também construirá uma linha de transmissão ligado a hidrelétrica de

Gavião Peixoto ao município de Boa Esperança do Sul, os investimentos serão de R$ 4 milhões,

a linha deve ser concluída em maio de 2012. Na mesma região, ligando Boa Esperança do Sul e

Trabiju, a empresa implantará uma linha de alimentação para garantir o fornecimento caso

aconteça algum problema com a nova LT Gavião Peixoto - Boa Esperança do Sul. Essa

interligação está orçada em R$ 1,1 milhão. A previsão é que ela seja concluída em novembro.

Além disso, a empresa anunciou que já investiu aproximadamente R$ 50 milhões em

soluções de smart grid, de um total de R$ 215 milhões que pretende desembolsar em projetos

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com essa tecnologia até 2013. Segundo Paulo Bombassaro, diretor de engenharia e gestão de

ativos da CPFL Energia, o programa de aquisições está sendo executado junto a vários

fornecedores de sistemas de medição, de automação, solução de infraestrutura de

telecomunicações e integradoras de soluções que podem ajudar a distribuidora a implantar a

tecnologia smart grid. Os investimentos da CPFL em tecnologias para melhorar a automação

de suas redes tem mais de dez anos. Porém, nos últimos dois anos esse investimento tem se

acentuado.

Por fim, a CPFL Paulista iniciou as obras da expansão da Subestação São José do Rio

Preto 6 - Norte, aumentando em 15% a capacidade instalada do sistema de distribuição na

região da cidade de mesmo nome da SE, situada no interior paulista. Esta obra tem o objetivo

de proporcionar uma disponibilidade maior para atender a um incremento de carga, dar maior

flexibilidade no atendimento e garantir autonomia ao sistema até 2014. Os investimentos no

aumento da capacidade da unidade serão de R$ 8,2 milhões e com a expansão, a rede de

distribuição poderá abastecer 32 mil novos clientes do segmento residencial com consumo de

250 MWh ou clientes comerciais ou industriais com demanda de 500 kW. De acordo com a

CPFL, a SE receberá um transformador de 40 MVA e cinco alimentadores de 13,8 kV cada um.

11.CTEEP

No mês de setembro, a Cteep anunciou que planeja captar pelo menos R$ 700 milhões

nos próximos meses, com o objetivo de rolar dívidas e fazer frente a seus compromissos de

investimentos. De acordo com o presidente da empresa, César Ramírez, a companhia deve

emitir ainda este ano R$ 200 milhões em notas promissórias, com prazo de um ano. Já no

primeiro trimestre de 2012, o executivo afirmou que a empresa planeja uma emissão de

debêntures que pode ser superior a R$ 500 milhões. O prazo desta emissão pode ficar em

torno de quatro a cinco anos. No curto prazo, a Cteep tem R$ 426,18 milhões vencendo. Desse

montante, R$ 210,39 se referem à quarta emissão de notas promissórias realizadas pela

empresa. Os outros R$ 215,79 se referem à garantia da segundo emissão de notas

promissórias da concessionária IE Madeira, empresa em que a Cteep detém 50% de

participação acionária. Estas duas dívidas vencerão em janeiro de 2012.

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Além disso, a Cteep foi autorizada no dia 27 de setembro, pela Aneel a realizar obras de

reforço em quatro subestações no estado de São Paulo. Para isso, a empresa terá direito a

receber parcelas adicionais da receita anual permitida, totalizando R$ 834.889,97, para

remunerar os custos referentes às essas obras. Os investimentos nessas intervenções é de R$

36.213.353,10. Segundo a Aneel, a Cteep terá direito a receber as parcelas a partir da entrada

em operação comercial dos reforços ou das transferências das instalações de transmissão,

para a Cteep por acessantes e que passarão a integrar a rede básica e o conjunto das demais

instalações de transmissão do SIN.

12.Duke Energy

Em setembro, A Duke Energy obteve uma renovação de dez anos na licença de

operação da hidrelétrica Salto Grande (SP/PR - 74 MW), período considerado superior ao

normalmente concedido pelo Ibama. Segundo o gerente-adjunto de Meio Ambiente da Duke,

Rogério Marquetto, esse tempo de renovação foi conquistado graças aos programas

ambientais desenvolvidos pela empresa no entorno da UHE. De acordo com Marquetto, a

primeira renovação da LO foi por quatro anos e, "na sequência, o prazo já foi estendido para

dez anos, após o Ibama realizar a vistoria e constatar a evolução bastante positiva" dos

programas ambientais. Entre os programas, a empresa identificou no entorno da hidrelétrica

277 espécies de aves, sendo 17 sob ameaça de extinção no Paraná e outras dez em São Paulo.

De acordo com a companhia,o reflorestamento e regeneração de áreas florestais contribuem

para a conservação e aumento da população animal. Corredores florestais, criados para

interligar manchas de florestas, antes isoladas, também foram criadas para permitir o

deslocamento dos animais de um ponto para outro.

13.Eletrobrás

13.1 Negócios da Eletrobrás

A Eletrobras planeja investir na América Latina, África e Ásia cerca de R$ 80 bilhões

por meio de parcerias e obras nessas regiões. A informação é do presidente da Eletrobras, José

da Costa Carvalho Neto. A estatal pretende produzir nesses mercados 110 mil MW. A

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Eletrobras estuda abrir uma empresa no exterior para apoiar seus negócios internacionais, em

especial projetos de integração na América Latina.

Além disso, a Eletrobras vai investir R$ 13 bilhões em 2012 em geração, transmissão e

distribuição, R$ 3 bilhões a mais que o investimento feito em 2011. A afirmação é do

presidente da companhia, José da Costa Carvalho Neto, que acrescenta que o valor inclui

investimentos para expansão e a melhoria e aperfeiçoamento do sistema existente, para evitar

problemas como o apagão ocorrido sexta-feira da semana passada, em dez Estados, durante

20 minutos.

Em relação à EDP, várias notícias circularam nos principais meios de imprensa

no mês de setembro, dentre as quais destacamos:

A Eletrobras mantém o interesse em participar no capital da EDP, disse hoje Ubirajara

Meira, diretor da empresa brasileira, embora considere "muito prematuro" falar de uma

possível compra "em termos percentuais". "Como qualquer empresa global, a Eletrobras avalia

as suas pretensões de se expandir no mercado mundial", declarou Ubirajara Meira à agência

Lusa, em Coimbra. "A Eletrobrás está fazendo uma análise e mostra interesse por essa grande

empresa portuguesa que é a EDP", sublinhou o mesmo responsável. Em representação de José

da Costa Neto, presidente da Eletrobrás, Ubirajara Meira participou de um seminário

internacional Portugal-Brasil subordinado ao tema "Políticas e experiências em eficiência

energética", em Coimbra. O seminário luso-brasileiro é uma organização conjunta da

Universidade de Coimbra, através da Iniciativa Energia para a Sustentabilidade (EfS) e do

Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC), e da Universidade Federal do

Rio de Janeiro, através do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL).

Nivalde de Castro, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, sublinhou a

importância da Eletrobras entrar no capital da EDP. “Seria um casamento perfeito”, declarou à

Lusa Nivalde de Castro, recordando que quando a empresa encetou o processo de

internacionalização, em 2008, o então Presidente brasileiro, Lula da Silva, "argumentou que a

Eletrobrás teria que ser a Petrobrás dos setor elétrico". O docente universitário do Rio de

Janeiro frisou que o grupo de investigação a que pertence "analisou e avaliou positivamente" a

eventual entrada da Eletrobrás na composição acionista da EDP, "sempre que essa

possibilidade surgiu". "Seria muito interessante" a Eletrobrás iniciar a sua internacionalização

"através de uma participação na EDP, porque a elétrica portuguesa tem participações em

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vários outros países e já é uma empresa internacionalizada", afirmou. Nivalde de Castro

realçou, por outro lado, o fato de a EDP "ter participação no mercado brasileiro" da energia.

O presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, chegará a Portugal nesta

quarta-feira, enquanto a imprensa portuguesa afirma que a viagem seria para realizar novas

discussões sobre a compra de participação na Energias do Brasil. A viagem do executivo foi

confirmada nesta segunda-feira pela assessoria de imprensa da Eletrobras, que diz,

entretanto, que qualquer negociação para compra de participação da EDP depende do edital

do governo português com os detalhes sobre a operação. A Eletrobras já informou que tem

interesse em comprar a fatia de 20% do governo português na companhia, caso a venda desta

fatia seja confirmada em edital.

Diante do desejo de tornar-se a maior empresa de energia limpa do mundo até 2020, a

Eletrobras condiciona sua entrada no capital da portuguesa EDP à possibilidade de

participação no conselho de administração, para participar das decisões de investimento da

companhia. No entanto, a EDP não foi vista como a única forma de internacionalizar as

operações da Eletrobras, cujo foco externo deve se concentrar nas Américas. O diretor

financeiro da Eletrobras, Armando Casado, disse que o objetivo de participar da privatização

da EDP é aproveitar o fato de esta ser o maior player de energia eólica na Península Ibérica,

além de ter também operações de eólica nos Estados Unidos. O diretor foi taxativo ao dizer

que a Eletrobras não tem interesse em entrar no capital da EDP para “ser só um acionista e

receber dividendos”, mas sim para ter poderes de participar do conselho de administração.

(Valor Econômico – 21.09.2011)

Em seguida, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s elevou a perspectiva

de rating de crédito corporativo em moeda local da Eletrobras para positiva, devido a uma

probabilidade considerada “quase certa” de suporte extraordinário do governo federal, se

preciso. A agência também reafirmou todos os ratings da companhia, tanto o de crédito

corporativo em moeda estrangeira, 'BBB-', como em moeda local, ‘BBB+’. A alteração da

perspectiva do rating da companhia é reflexo da mudança da perspectiva do rating soberano

em moeda local do Brasil, de estável para positiva. Esse posicionamento da agência segue o

mesmo critério utilizado para todas as empresas consideradas como “entidades vinculadas ao

governo”. A expectativa do apoio quase incondicional do governo à companhia dá-se a partir

da visão de que a Eletrobras desempenha um “papel crítico” como agente financeiro para suas

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subsidiadas do setor de energia elétrica, e como gestora e controladora dos ativos do governo

federal para o setor.

Por fim, a Eletrobras anunciou que está interessada no potencial eólico do Uruguai.

Segundo Armando Casado, diretor Financeiro da estatal, apesar da empresa ainda não ter

nenhum negócio do tipo no Uruguai, há o interesse em formar parcerias para desenvolver o

potencial da fonte no país vizinho. A estratégia casa com a meta da Eletrobras de ser a maior

empresa de energia limpa do mundo em 2020. "O Uruguai tem um potencial enorme de

energia eólica para ser desenvolvido e pode ser uma possibilidade para a gente", disse o

executivo. A Eletrobras vai começar ainda a construção em janeiro de 2012 de uma linha de

transmissão em 500 kV ligando Santana do Livramento (RS), ao Uruguai. Segundo ele, a LT

também poderá propiciar um intercâmbio caso a empresa venha a ter algum parque eólico no

país vizinho.

13. 2 Ações

No mês de agosto, as ações da Eletrobrás seguiram uma tendência de queda ao passo

que, no dia 1 de setembro, as ações ON e PNB estavam cotadas, respectivamente a R$ 16,03 e

R$ 22,09, enquanto que, no dia 30, tais ações estavam cotadas, respectivamente, a R$ 15,09 e

R$ 21,18. Apesar disso, ocorreu um equilíbrio entre os dias com variações positivas e os dias

com variações negativas no mês. As ações, comprovando a tendência do mês, tiveram

variações negativas de 0,31% e 0,09% nas ações ON e PNB respectivamente no último dia

analisado, dia 29 de setembro.

13.3 Subsidiárias

13.3.1 Eletrobras Amazonas Energia

Em setembro, a Eletrobras Amazonas Energia anunciou que deixou de faturar R$ 426

milhões em Manaus em 2010 por causa de desvios, fraudes nos medidores e ligações

clandestinas em sua rede. Os desvios que utilizam os chamados "gatos" equivalem a 30% de

toda a energia distribuída pela companhia na capital do Estado. As ligações clandestinas são

feitas por cerca de mil empresas, entre lojas, indústrias, fazendas e até órgãos de serviços

públicos, segundo a Eletrobras Amazonas. O diretor de Geração, Transmissão e Operações da

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empresa, Tarcísio Estefano Rosa, afirma que os "gatos" trazem prejuízos tanto para a

Eletrobras Amazonas como para quem paga a conta. Associadas ao crescimento desordenado

da cidade e à falta de fiscalização, as ligações clandestinas causam perdas da qualidade do

serviço, diz Rosa. Rosa diz que a empresa implantará redes que impedem a ligação clandestina

e fará uma campanha de conscientização.

13.3.2 Eletronorte

No mês de setembro, a Eletronorte recebeu autorização da Aneel para realizar reforços

das instalações de transmissão com o objetivo de melhorar o fornecimento de energia em

Mato Grosso. A subsidiária da Eletrobrás realizará três reforços na subestação Sinop, de

acordo com informações da Aneel, e será remunerada em R$ 1,4 milhão pelo investimento,

valor referente à RAP. Os reforços deverão ser concluídos para entrada em operação entre 21

e 24 meses, disse a agência reguladora.

Por fim, a Eletronorte anunciou que está com licitação aberta para ampliação da SE São

Luis III - Etapa T2 230 - 69 - 13,8 KV, 150 MVA, localizada no estado do Maranhão, incluindo

projeto executivo e SPCS, execução das obras civis e montagem eletromecânica, e

fornecimento total de equipamentos e materiais, na modalidade concorrência. A licitação é do

tipo menor preço global, em regime de empreitada integral. O prazo para entrega de propostas

vai até o dia 6 de outubro. A Cocel tem licitação aberta para contratação de empresa no Paraná

para prestação de serviço de mão de obra homem/hora para execução de obras de realocação

de rede de distribuição da Cocel - alimentador Jazida. No Rio de Janeiro, a Eletrobras Furnas

abre licitação para contratação de empresa para fornecimento de cabos elétricos diversos para

SE's de Rio Verde, Rio Claro e Parque das Emas. O prazo para entrega de propostas termina no

dia 6 de outubro.

13.3.3 Eletrosul

Em setembro, a Eletrosul anunciou que prevê para outubro a entrada em operação do

segundo transformador que deverá ser instalado na subestação de Canoinhas (SC), em

substituição a um similar, de potência menor. O plano de troca dos equipamentos de 75 MVA

por outros de 150 MVA deverá proporcionar um aumento de 66% na capacidade de

transmissão dessa SE catarinense, de acordo com a subsidiária da Eletrobras. Na última

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quarta-feira (7/09), a empresa colocou em operação o primeiro destes novos

transformadores. Este também tem 150 MVA e foi instalado no lugar de um antigo com a

metade da potência. A estimativa da Eletrosul é que a subestação passe a ter uma potência de

375 MVA com a colocação do segundo transformador. Hoje a potência dela é de 225 MVA. O

gerente da Divisão Regional do Paraná da Eletrosul, Hélio Donine, disse que a ampliação

permitirá que a região assegure uma infraestrutura suficiente que garanta seu

desenvolvimento.

Além disso, anunciou que abriu chamada pública na quarta (21/09), para selecionar

empresas e formar parcerias visando a disputa dos próximos leilões de transmissão a serem

realiados pela Aneel durante o ano de 2011. Segundo a estatal, os interessados podem

preencher o formulário de cadastramento até o dia 5 de outubro, mas as empresas que já

tenham se habilitado junto à Eletrosul na ocasião da chamada pública de 10 de junho deste

ano, não precisam fazer novo cadastro.

Por fim, anunciou que ampliou em 66% a capacidade de transmissão da Subestação

Canoinhas, no Planalto Norte de Santa Catarina. Essa ampliação fez com que a potência total

da SE passasse de 225 MVA para 375 MVA. Segundo o gerente da Divisão Regional do Paraná

da estatal, Hélio Donine, essa elevação será suficiente para atender ao consumo de um

contingente superior a 300 mil pessoas. De acordo com a empresa, foram substituídos dois

transformadores de 230/138 kV com potência de 75 MVA por outros dois com o dobro da

capacidade - de 150 MVA. Os dois equipamentos retirados serão enviados para a Subestação

de Itajaí e de Desterro, ambas em Florianópolis, onde irão auxiliar no reforço da transmissão

de energia elétrica da capital catarinense. O segundo equipamento entrou em operação no

domingo (25/09), e o primeiro havia começado a operar no dia 7 do mesmo mês.

13.3.4 Furnas

Em setembro, Furnas teve negado seu recurso para a Aneel de reconsiderar multas que

totalizam R$ 11,4 milhões aplicada à empresa por três irregularidades, verificadas pela

Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Eletricidade. A decisão de manter as multas

foi tomada em reunião da diretoria colegiada nesta terça-feira, 13 de setembro. A maior multa,

de R$ 7,330 milhões, é referente ao descumprimento dos parâmetros de qualidade dos

serviços de energia e a não prestação de serviço público de transmissão entre 2009 e 2010. Os

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atrasos na implantação de obras na subestação Poços de Caldas, em Minas Gerais, é a segunda

maior multa, de R$ 3,665 milhões. Já a terceira, de R$ 446 mil, é referente ao descumprimento

do prazo de entrada em operação do banco de capacitores e respectivo módulo de conexão da

SE Samambaia, no DF.

Além disso, Furnas e a chinesa Three Gorges Corporation (CTGPC) fecharam hoje

acordo de cooperação para buscar oportunidades técnicas e comerciais em energia limpa e

renovável, além de intercâmbio de conhecimento e tecnologia. A parceria foi firmada durante

missão empresarial à China liderada pelo presidente de Furnas, Flavio Decat. Segundo Decat

afirmou no comunicado, a intenção é que Furnas se torne “o principal braço da Eletrobras em

seu processo de internacionalização, para ser uma das grandes players mundiais do setor”.

Segundo o acordo, as prospecções de novas oportunidades no Brasil serão sempre

coordenadas por Furnas e a CTGPC será sócia minitória no capital da nova sociedade. Caso o

negócio seja fechado na China, a estatal chinesa coordenará o processo, enquanto Furnas

atuará como sócia minitória. A parceria tem validade de seis anos.

13.3.5 Itaipu Binacional

Em setembro, o diretor-geral brasileiro da hidrelétrica binacional de Itaipu (PR), Jorge

Samek, disse que a companhia investirá US$ 1 milhão para modernizar o sistema de proteção

das quatro linhas de transmissão responsáveis pelo escoamento da energia gerada na usina.

Segundo o diretor, o investimento irá reduzir o risco de interrupção no fornecimento de

energia. A instalação dos novos equipamentos será feita entre os dias 21 de setembro e 27 de

novembro. De acordo com Samek, serão substituídos equipamentos analógicos por digitais. As

mudanças tendem a evitar que os problemas localizados se alastrem por outros trechos da

linha de transmissão com funcionamento normal. Samek disse que, se a medida tivesse sido

adotada antes, poderia ter evitado o apagão que atingiu dez Estados por cerca de 20 minutos

no último dia 2.

14.Eletropaulo

14.1 Investimentos

Em setembro, a AES Eletropaulo anunciou que está investindo R$ 4 milhões num

projeto piloto de smart grid na região do Ipiranga (SP). Segundo Ricardo Van Erven, diretor de

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tecnologia e serviços da empresa, a ideia é fazer um acompanhamento do comportamento do

sistema para tirar as conclusões necessárias e preparar a distribuidora para a regulamentação

do mecanismo pela Aneel. A estruturação do programa está baseado nos seguintes segmentos:

otimização da eficiência operacional, incremento da confiabilidade do sistema e aumento da

satisfação dos clientes. Os plano da AES Eletropaulo para smart grid são bastante ambiciosos e

contemplam também estudos e projetos em parceria com a Prefeitura Municipal de São Paulo

e a Nissan/Renault, para o desenvolvimento e implantação da infraestrutura de recarga de

veículos elétricos em SP, digitalização de 100 subestações abrangendo 1,5 mil circuitos

alimentadores, ampliação do sistema de telemedição e supervisão remota para todos os

clientes alimentados em media tensão.

Por fim, anunciou estar investindo R$ 78 milhões na instalação de rede Spacer Cable em

17 bairros da zona sul e da região central de São Paulo. O programa vai beneficiar mais de 1

milhão de pessoas. Com o investimento, a empresa tenta criar uma rede mais resistente aos

ventos fortes, quedas de galhos e outros fatores externos que podem interromper o

fornecimento de energia.

15.Energisa

No mês de setembro, a Energisa informou que iniciou a operação comercial segunda

unidade geradora da PCH de São Sebastião do Alto, no norte do Rio de Janeiro, com 6,6 MW.

Agora, a central tem duas unidades em funcionamento, gerando o total de 13,2 MW.

Construída no Rio Grande, entre os municípios de Santa Maria Madalena e São Sebastião do

Alto (RJ), a PCH possui reservatório de 2,72 Km² e barragem de 40 metros de altura. A usina

terá geração anual de 62,5 GWh.

Além disso, a companhia acumula uma receita bruta consolidada de R$ 2,284 bilhões

nos oito primeiros meses deste ano, o que representa um acréscimo de 12% com relação ao

mesmo período do ano passado, segundo o boletim de relações com investidores divulgado

nesta quarta-feira (21/09). Também no acumulado do período, a empresa registrou um

aumento de 2,6% nas vendas de energia elétrica em sua área de concessão. Nos oito primeiros

meses deste ano, essas vendas atingiram um total de 4.811,2 GWh. Como consequência, a

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energia elétrica total distribuída atingiu a 6.532,1 GWh, representando uma expansão de 10%

sobre o mesmo período verificado de 2010. Na mesma época do ano, as vendas para o

mercado livre, feitas por meio das subsidiárias Energisa Comercializadora e Energisa Rio

Grande, registraram um salto de 172,9% com relação aos oito primeiros meses do ano

passado, totalizando uma venda de 471,6 GWh.

16. GE

Em setembro, A GE anunciou que firmou contratos com valor total superior a US$ 3

bilhões com novos clientes na área de energia. Conforme a companhia, no Brasil, as

encomendas superam a casa de US$ 1 bilhão. No país, novos contratos para fornecimento de

turbinas eólicas e gás para projetos que vão produzir 1,4 GW, ou 40% do total concedido nos

leilões de energia realizados recentemente pela Aneel, totalizam US$ 800 milhões. Além disso,

a GE garantiu uma encomenda com valor potencial de US$ 230 milhões junto à OGX. No geral,

informou a companhia, as encomendas referem-se a tecnologias de produção de energia a

partir de gás natural, motores, turbinas eólicas e de tratamento de água, infraestrutura de

rede, entre outros.

Além disso, a General Electric confirmou encomendas avaliadas em mais de US$ 800

milhões referentes a projetos vencedores dos leilões A-3 e de Energia de Reserva realizados

em agosto passado. A empresa vai fornecer turbinas 7FA para as térmicas a gás natural da

MPX Energia e Petrobras, que totalizam 1 GW de capacidade instalada. Além disso, a empresa

vai fornecer aerogeradores de 1,6 MW para parques com capacidade instalada total de 378

MW. Um dos clientes já conhecidos é a Renova Energia. Os aerogeradores entrarão em

operação no primeiro semestre de 2014, enquanto as turbinas a gás até 2014. Nos leilões de

2009 e 2010, a GE assegurou o comissionamento de 800 MW em aerogeradores de 1,5 MW e

1,6 MW. Este mês foi completada o primeiro desses aerogeradores.

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17. Iberdrola

Em setembro, a Iberdrola anunciou que está negociando um aumento de participação

na Neoenergia dos atuais 39% para 60%, de acordo com uma fonte da Neoenergia

familiarizada com o tema. A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil,

ficaria com 20% de participação na empresa e o BNDES, com outros 20%, o que significaria a

saída do BB Investimentos, que tem 11,99%. Segundo a fonte, a operação precisa ser

oficializada logo, para que a Iberdrola possa lançar os resultados da Neoenergia no balanço de

2011. A companhia só poderá contabilizar o resultado da Neoenergia se for majoritária, de

acordo com as normas internacionais de contabilidade (IFRS). Uma fonte da Previ com

conhecimento das negociações disse que as conversas entre os envolvidos continuam em

aberto e nenhum acordo foi firmado. De acordo com o interlocutor, além da questão do preço,

há questões de governança e a decisão sobre o negócio teria que passar pelo crivo do governo

federal.

18.Inepar

Em setembro, a Inepar Indústria e Construção anunciou que vai incorporar sua

subsidiária de geração e distribuição de energia elétrica, a Inepar Energia. A decisão, aprovada

pelo conselho de administração das empresas, será submetida ao crivo dos acionistas em

assembleia no dia 3 de outubro. Atualmente, a Inepar detém 42,12% das ações totais da

subsidiária de energia, seguida pela BNDESPar, com participação de 27,63%. Outros 30%

estão nas mãos de minoritários. A incorporação faz parte de um longo processo de

reestruturação que tem como intuito simplificar a estrutura acionária do grupo e reduzir as

dívidas da controladora. A incorporação da Inepar Energia tem como objetivo principal levar

em frente a venda da participação de 16% que a empresa detém nas Cemat, avaliada em R$

203 milhões nas demonstrações financeiras da empresa. Segundo Leles, o grupo Rede,

controlador da Cemat, é um comprador potencial. O dinheiro levantado com a venda da Cemat

deve ser empregado para quitar parte dos cerca de R$ 600 milhões que o grupo deve ao

BNDES

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Além disso, publicou um comunicado em que retifica a data da assembleia em que será

avaliada a incorporação de sua subsidiária de geração e distribuição de energia elétrica, a

Inepar Energia. A proposta será votada pelos acionistas em reunião marcada para 5 de

outubro, e não dia 3, conforme informado em fato relevante anterior. A incorporação faz parte

de um processo de reestruturação que tem como objetivo simplificar a estrutura acionária do

grupo fabricante de máquinas e equipamentos para o setor de infraestrutura e reduzir as

dívidas da controladora. Pela proposta do conselho, a relação de troca será de 27 ações da

Inepar Energia para cada papel da Inepar, tanto no caso de ações ordinárias quanto de

preferenciais. Atualmente, a Inepar detém 42% das ações da subsidiária de energia, quanto o

BNDESPar tem fatia de 27%. Os outros 30% estão nas mãos dos minoritários.

19. Light

Em setembro, a Light anunciou que iniciou uma série de operações contra o furto de

energia por parte de clientes inadimplentes. Com o apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços

Delegados, da Polícia Civil, foram flagrados nove clientes, sendo que três foram presos em

flagrante, pagaram fiança e foram liberados. Todos responderão a processo criminal por furto.

Foram seis estabelecimentos comerciais e três residências flagrados. Segundo a Light, os

clientes tiveram o fornecimento interrompido por falta de pagamento diversas vezes, o

medidor de consumo foi retirado, mas resolveram se autorreligar de forma clandestina para

continuar consumindo energia elétrica sem pagar a conta.

Além disso, afirmou que a falta de mão-de-obra qualificada, problemas de podas de

árvores e furtos de cabos de cobre poderão ser fontes de problemas com a chegada do verão e

o aumento da demanda por energia. O presidente da empresa, Jerson Kelman, afirmou que a

companhia investe pesado e lembrou que só na rede subterrânea serão R$ 80 milhões este

ano, aumentando para R$ 160 milhões por ano em 2012 e 2013. A falta de pessoal qualificado

é mais crítica nas redes subterrâneas, onde o número de funcionários da empresa saltou de 80

no ano passado para 300 este ano. Kelman lembra que ainda não saiu o acordo com a

Prefeitura do Rio para realização conjunta de podas de árvore e ressalta que o furto de cabos

de cobre continua um problema. De acordo com o executivo, os furtos só são percebidos

quando aumenta a demanda, aumentando os riscos de apagão. Questionado sobre a

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participação da Light no leilão de A-5 em dezembro, Kelman afirmou não ter informações

definitivas, mas considerou que a companhia não deverá participar.