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PROJETO PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS SOB O USO DA TÉCNICA DE HIDROPONIA Manual de Tecnologia em Hidroponia Juatama/Quixadá - CE

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PROJETO PRODUÇÃO DE HORTALIÇASSOB O USO DA TÉCNICA DE HIDROPONIA

Manual de Tecnologia em Hidroponia

Juatama/Quixadá - CE

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ

GovernadorCid Ferreira Gomes

Vice-GovernadorDomingos Gomes de Aguiar Filho

SECRETARIA DO TRABALHO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL

SecretárioEvandro de Sá Barreto Leitão

Secretário AdjuntoPaulo Henrique Parente Neiva Santos

Secretário ExecutivoFrancisco Marcelo Sobreira

COORDENADORIA DE EMPREENDEDORISMO

CoordenadorFernando Carlos Cordeiro Alves

Autores*: Felipe Cavalcante Coelho e Mônica Alves AmorimEditores**: Mônica Alves Amorim e Francisco Correia de OliveiraRevisão Ortográfica: Eveline R. SacramentoDiagramação: Gabriella PurcaruIlustrações: Georgia Guimarães Kerbage

Realização: ISEPAT - Instituto Superior de Estudos, Pesquisas Acadêmicas e Tecnológicas Av da Universidade, 2365 Benfica - Fortaleza-CE - www.isepat.org.br Fortaleza, Janeiro de 2013

*Felipe Cavalcante Coelho é economista, formado pela Universidade Federal do Ceará-UFC. Como estudante de graduação, participou de projeto de pesquisa do BNDES sobre a economia do Ceará e as aglomerações de Micro e Pequenas Empresas cearenses. Foi Agente de Orientação Empresarial (AOE) do Programa Negócio a Negócio, do Sebrae-Ce e bolsista-monitor da disciplina de Economia Regional, da U FC. Sua monografia de conclusão de curso tratou do tema capital de risco (venture capital) que foi publicada no site do GVcepe (FGV-SP), classificada em 3º lugar no Prêmio BNB de Talentos Universitários 2012. Atualmente é analista financeiro de Tesouraria e Operações Financeiras da Coca-Cola Norsa, em Fortaleza.

Mônica Alves Amorim é economista, formada pela Universidade Federal do Ceará-UFC, tem mestrado em Planejamento pelo Massachusetts Institute of Technology – MIT (USA), onde também cursou o doutorado. Tem diversos trabalhos publicados na área de desenvolvimento local e regional. É consultora de instituições nacionais e internacionais, entre elas, o Banco Mundial e o Banco Interamericano.

**Francisco Correia de Oliveira é Administrador, tem pós-doutorado em Economia e Planejamento,

Doutorado em Administração e Mestrado em Economia Regional. Professor de Administração nas Universidades de Fortaleza e Estadual do Ceará. É o atual Presidente da SBEPT – Sociedade Brasileira de Estudos e Pesquisa Tecnológica.

CONTEÚDO Empreender é aceitar desafios •5

Empreendedorismo •8

O que é? •8

Importância econômica e social •9

Características fundamentais de um empreendedor de sucesso •10

As fases da atividade empreendedora •11

Ligue Flores •15

CONCLUSÃO •19

EXERCÍCIOS •21

REFERÊNCIAS •24

LEITURAS E SITES RECOMENDADOS •25

ANOTAÇÕES •26

Coleção Passo a Passo Caderno 1 - Empreendedorismo4

OLÁ AMIGO HIDROPONISTA! Você sabia que a maioria das plantas tem o solo como

meio natural para o seu desenvolvimento do sistema radicular? Que encontra nele o seu suporte, sua fonte de água, seu ar e seus minerais necessários para a sua alimentação e crescimento?

As técnicas de cultivo sem solo substituem este meio natural por outro substrato, natural ou artificial, sólido ou líquido, que possa proporcionar à planta aquilo que, de uma forma natural, ela encontra no solo. O substrato utilizado geralmente é inerte, como areia, a vermiculita, o cascalho, lã de rocha, entre outros, aos quais se adiciona uma solução de nutrientes que contém todos os elementos essenciais para o normal crescimento e desenvolvimento das plantas, bom estado fitossanitário, além das altas produtividades quando comparado ao sistema tradicional de cultivo no solo.

Quando se utiliza apenas meio líquido associado ou não a substratos não orgânicos naturais, pode-se utilizar o termo cultivo ou sistema hidropônico. Cultivo sem solo é mais abrangente, enquadrando também a situação em que o substrato é um material orgânico natural.

Porém, a técnica hidropônica em grande expansão atualmente é o sistema chamado NFT, o “Nutriente Film Technique”, ou técnica do fluxo laminar de nutrientes, bastante utilizado para a produção de hortaliças, principalmente alface.

Nessa cartilha vamos conversar de forma breve

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e abrangente os diversos componentes de um sistema hidropônico, se é viável sua implantação, os materiais utilizados, as instalações, manejo e assistência técnica necesserária.

Vamos lá!

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Entendendo o que é

Você sabe o que significa

Saussure em 1804, são provavelmente mais significativos, uma vez que envolve o primeiro uso de soluções nutrientes de concentração inicial conhecida, preparadas através da dissolução de vários sais em água destilada.

Depois disso, em experimentos realizados em meados

do século XIX, Jean Boussingaut cultivou plantas em areia, quartzo e carvão, que eram umedecidos com uma solução de composição química conhecida. F.Salm-Horstmar, entre 1856 e 1860, aperfeiçoou esse método artificial de cultivo, e em 1860, Julius Von Sachs publicou a primeira fórmula padrão para uma solução de cultivo, que foi seguida cinco anos mais tarde pela solução de W. Knop. Eles cultivaram plantas em água, na qual foram dissolvidos os elementos que até então eram considerados como necessários ao desenvolvimento das plantas, dispensando assim qualquer meio sólido para o crescimento das plantas.

W. Knop germinou sementes em serragem bem lavada

HIDRO – ÁGUA + PONOS – TRABALHO

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e as conservou aí, até que as plantas atingissem o tamanho ideal para o transplante, quando então as plantas foram cuidadosamente lavadas e presas pelo colo ao orifício de uma rolha de cortiça, sendo suas raízes mergulhadas em uma solução, da mesma forma que hoje se faz nos experimentos onde se estuda a nutrição das plantas.

Depois de Sacks e Knop, muitas outras soluções foram preparadas por diversos pesquisadores, procurando atender as necessidades de plantas específicas, ou a introdução de novos elementos, cuja essencialidade foi sendo aprovada. A cronologia do estabelecimento da essencialidade dos nutrientes pode ser vista no quadro abaixo.

MACRONUTRIENTES MICRONUTRIENTESElemento Ano Pesquisador Elemento Ano Pesquisador

Quadro 1 – Cronologia do estabelecimento de essencialidade aos elementos minerais, para o crescimento das plantas (Jones Jr., 1982, citado por CASTELLANE et al., 1994).

Você está nos acompanhando? Vamos falar

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agora de algumas técnicas de cultivo sem solo. Fique atento!

TÉCNICAS DE CULTIVO SEM SOLO

Existe um grande número de técnicas que podem ser utilizadas para fornecer os nutrientes às plantas, podendo ser divididas em várias categorias: (CASTELLANE et al., 1994)

A) CULTURA EM ÁGUA OU HIDROPONIA: as raízes das plantas são imersas na solução nutritiva.

A técnica do filme de nutrientes tem sido designada de NFT (Nutrient Film Technique System), (fluxo laminar de nutrientes).

B) CULTURA EM AREIA: as raízes crescem em agregados sólidos, com diâmetros

entre 0.6 e 3.0mm (areia, perlita, plástico e outras matérias).

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C) CULTURA EM CASCALHO: os agregados sólidos possuem partículas com

diâmetros maiores que 3.0mm.

D) VERMICULAPONIA: o material no qual as raízes se desenvolvem é a

vermiculita ou sua mistura com outros materiais. Devido à sua estrutura, pode ser necessário a sua troca a cada 2 ou 4 anos.

E) CULTURA EM LÃ DE ROCHA: utiliza como meio a lã de rocha, lã de vidro ou outro

material semelhante. Têm grande capacidade de absorção de água, nutriente e ar nas proximidades do sistema radicular das plantas.

O sistema de cultivo poderá, ainda ser classificado como aberto ou fechado. No primeiro caso, a solução nutritiva é aplicada uma única vez às plantas, não sendo reutilizada, enquanto que no sistema fechado, o excesso de solução aplicado é recuperado.

Virtualmente, todo sistema de cultivo sem solo está relacionado com algum tipo de controle do ambiente, a fim de prover controle de temperatura, de evaporação, de doenças e pragas e proteção do sistema como um todo contra intempéries climáticas e biológicas.

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As micro e pequenas empresas são muito significativas para a sociedade brasileira, pois além de empregarem mais de 30 milhões de pessoas, geram renda para uma grande quantidade de famílias e democratizam diversas oportunidades em todo o país. Por isso, o sentido de responsabilidade social deve ser uma questão permanente na condução dos negócios de uma empresa. E também por isso, você verá nos próximos cadernos, algumas ideias sobre como praticar essa responsabilidade, por exemplo, cuidando bem do meio ambiente, participando de redes (grupos de pessoas com interesses comuns) etc.

Depois de saber sobre empreendedorismo, você vai agora aprender mais sobre os empreendedores. Continue sua leitura!

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Características fundamentais de um empreen-dedor de sucesso

Além de contar com conhecimentos adequados e aplicá-los bem em seu negócio, o empreendedor de sucesso precisa ter atitude: comportamento dos que buscam aproveitar oportunidades e buscar melhoria constante. Estas características pessoais-comportamentais são de grande importância para se alcançar o sucesso como empreendedor, e podem ser vistas nas pessoas que “chegaram lá”.

Conheça as principais delas: > Iniciativa e busca de oportunidades; > Busca de informações e conhecimento;> Capacidade de correr riscos calculados;> Exigência de qualidade e eficiência;> Persistência e comprometimento;> Estabelecimento de metas;> Planejamento contínuo e monitoramento;> Poder de persuasão (saber apresentar bons

argumentos para convencer as pessoas);> Rede de contatos; > Independência;> Autoconfiança;> Acreditar no que faz.

E você? Conseguiu se reconhecer em algumas destas características?

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Na verdade, é muito difícil encontrar uma pessoa que possua todas estas características. No entanto, aqueles que não as têm, podem desenvolvê-las, a fim de aumentar as suas chances de sucesso. É importante identificar quais são seus pontos fortes e fracos, e procurar melhorar sempre. É possível obter orientação e apoio para esse objetivo. Atualmente, existem vários cursos desenvolvidos e disponibilizados aos interessados em melhorar, não só os conhecimentos, como também os comportamentos de quem quer ser um empreendedor de sucesso.

Importante: nem sempre é possível ou aconselhável realizar tudo de uma só vez. É importante fazer tudo com preparo e muito planejamento. Veja como fazer isso.

As fases da atividade empreendedora

A atividade empreendedora, geralmente, envolve três fases complementares:

1. Observações e ideias

A primeira fase está diretamente ligada ao despertar para uma ideia de negócio, geralmente a partir de variadas observações. Como exemplo, se a pessoa tem em mente abrir um negócio de padaria deve, primeiramente, observar

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o funcionamento das padarias que já existem. Além disso, deve acompanhar o comportamento e as necessidades dos clientes dessas padarias, sempre que possível, procurando conversar com os mesmos.

É importante notar que uma ideia de negócio não precisa ser algo genial, ou totalmente original, mas deve partir de observações reais sobre os problemas e as necessidades dos clientes.

2. Reflexões e planejamento

Em termos gerais, o planejamento pode ser definido como a ação de refletir e discutir sobre o futuro do negócio, fazendo considerações sobre o que pode dar certo e o que pode vir a dar errado e, a partir daí, procurar soluções para os problemas, bem como reforçar os pontos que estão indo bem. Você vai aprender mais sobre esse planejamento no Caderno 8, Plano de Negócios, dessa coleção.

Um ponto importante é colocar em um papel o resultado dessas reflexões criando, assim, um roteiro para seus planos. Na verdade, muitos especialistas da moderna Administração defendem que, na fase inicial de vida da empresa, é importantíssimo dedicar muito tempo à reflexão e ao planejamento, porém não tanto tempo (nem recursos) com a elaboração do plano, pois esse passará por muitas mudanças à medida que for sendo colocado em prática.

Nesta fase, alguns questionamentos e reflexões devem ser feitos:

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o Você reuniu informações sobre seus clientes e suas necessidades, fornecedores e concorrentes, produtos e serviços de sua empresa e, ainda, sobre o seu negócio/empreendimento?

o Você acredita que buscou apoio suficiente e adequado para desenvolver os seus pontos fracos, enquanto empreendedor? Há algo que você possa fazer para melhorar essa questão?

o Você fez considerações sobre os riscos do negócio, ou seja, sobre aquilo que pode dar errado?

o Você se sente com conhecimentos suficientes para administrar as finanças de seu empreendimento?

o O que você sabe fazer realmente atende às necessidades de um grupo de possíveis clientes?

o Você refletiu como as pessoas podem ficar conhecendo o que a empresa oferece e onde ela está instalada?

Este processo de questionamentos, reflexões e planejamento sobre o negócio deve ser contínuo, e permanecer mesmo depois do seu estabelecimento e amadurecimento.

3. A jornada

Muitas vezes, as pessoas falam sobre empreendedorismo como se fosse apenas ter boas ideias de negócios e esquecem de mencionar que é preciso colocar essas ideias em prática. Essa é a parte do empreendedorismo que implica em trabalho árduo, o colocar

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a “mão na massa”, que é exatamente a parte de transformar as ideias de negócios em negócios reais.

Um ponto extremamente importante sobre a jornada é que é preciso ter flexibilidade para mudanças, ou seja, entender que às vezes vai ser necessário fazer pequenos ajustes de rota, promover algumas alterações nas ideias e planos originais, ou, até mesmo, transformá-los totalmente! Isso ocorre porque raramente as coisas acontecem como se pensou inicialmente. Por isso, é precisar ter, ou desenvolver, esta habilidade de adaptação a situações inesperadas. Portanto, o processo empreendedor é essencialmente um processo dinâmico e adaptativo. Por tentativa e erro (e aprendizado) tenta-se chegar a um formato de negócio de sucesso.

Essa questão das mudancas e adaptações significa que, no início de um negócio, é muito importante não se prender a um plano muito rígido. É importante ter a consciência de que, se mudarem as situações ou o que se esperava de algo, os planos devem também ser adaptados ou refeitos.

Veja abaixo como um pequeno negócio começou, fortaleceu-se e transformou-se em um empreendimento

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de sucesso.

LIGUE FLORES

Maria Lígia é empreendedora desde 1982 quando, juntamente com a sua irmã, decidiu abrir uma pequena floricultura, chamada Ligue Flores, no Bairro do Montese, na cidade de Fortaleza.

Tudo começou porque, naquela época, sua irmã tinha uma vizinha que era florista e vendia flores na Avenida Beira-Mar e na Praia de Iracema, coisa difícil de se ver hoje em dia. Através dela, conheceram e analisaram o ramo e acharam que seria uma boa oportunidade montar um negócio para vender flores às floristas que trabalhavam nas praias.

Antes de abrir a Ligue Flores, Dona Lígia trabalhava numa grande concessionária de veículos, mas passou a acreditar tão fortemente na oportunidade de abrir uma floricultura, que “pediu as contas” do emprego e, com o dinheiro obtido, abriu a Ligue Flores em um ótimo ponto comercial, localizado na Avenida Alberto Magno.

O começo foi muito difícil, pois logo descobriram que, diferentemente de hoje, naquela época (década de 80), o cearense não tinha o costume de comprar flores para dar de presente, até porque, na época, as flores eram bem mais caras do que são atualmente.

Uma das razões para o preço elevado e a falta de hábito de consumir flores era que, antigamente não se produzia flores no Ceará, nem nos estados vizinhos como Pernambuco. Maria Lígia comprava as flores diretamente do interior de São Paulo (Campinas) e elas vinham de avião, o que encarecia o seu preço final.

Pouco tempo depois, a irmã deixou o negócio, pois passou a se dedicar ao ramo de confecções. Mas Lígia, como gostava e se identificava muito com o seu novo trabalho continuou. Para ficar mais próxima a seus filhos e sua família, Maria Lígia deixou de alugar o ponto comercial e preparou uma estrutura para a Ligue Flores em sua própria casa, também no Bairro do Montese, na Rua Uruburetama, onde trabalha e vive até hoje.

Ao longo desses anos, Maria Lígia diz que enfrentou muitos problemas e momentos difíceis mas que, por gostar do que faz, sempre procurou “dar a volta por cima” e continuar oferecendo um bom serviço, vendendo flores de excelente qualidade e, acima de tudo, atendendo muito bem os seus clientes e nunca os deixando insatisfeitos. Em vários momentos, Lígia diz ter procurado o Sebrae para fazer cursos sobre Atendimento e também sobre Marketing.

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Para Maria Lígia “Criatividade e inovação foram e são essenciais para superar os desafios no meio do caminho e para continuar satisfazendo os clientes, sempre procurando oferecer algo diferenciado dos seus concorrentes, sejam flores mais novas, arranjos mais bonitos, ou um melhor atendimento e pós-venda”.

Atualmente a Ligue Flores está bem estabelecida, tendo conquistado a confiança de um grande número de clientes que se tornaram fregueses, pois gostam dos seus produtos e do atendimento. Para Maria Lígia, o segredo do sucesso se resume às seguintes frases: “Gosto de fazer isso, sou feliz assim, isso é fundamental!”.

O que você achou sobre o caso acima? O que você conseguiu aprender sobre empreendedorismo lendo esta historinha? Vamos pensar sobre isso?

Analisando a história de Maria Lígia, podemos identificar a presença de alguns elementos importantes e fundamentais da atividade empreendedora, conforme estudamos anteriormente. Agora vamos apontar estes elementos, em ordem cronológica:

Pós-venda significa o relacionamento com o cliente após esse ter feito uma compra de um produto.

Veja mais sobre isso no Caderno 3 sobre Plano de Vendas.

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> Identificação do foco do negócio e observação do real comportamento dos seus futuros clientes (as floristas) para as quais passariam a vender flores . Elas, por sua vez, revenderiam as flores nas praias de Fortaleza.

> Reflexão e planejamento a partir dos conhecimentos

trazidos pela vizinha, que também era florista.

> Busca de oportunidades concretas antes de abandonar o antigo emprego numa grande concessionária de veículos.

> Adaptação e ajuste dos planos originais, quando a atividade das floristas caiu em desuso, com as pessoas passando a comprar diretamente das floriculturas.

> Gosto e identificação pelo que fazia: fator importante para persistir no negócio mesmo depois da saída da sua sócia/irmã, que foi trabalhar em um novo ramo (confecções).

> Busca de preparação (informações e conhecimentos) por meio de cursos voltados para as áreas de Emprendedorismo, Vendas, Marketing, etc.

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CONCLUSÃO

> A origem da palavra Empreendedorismo remete a “realizar algo” e significa uma atitude e capacidade de enxergar e aproveitar oportunidades de uma maneira geral. Mas lembre-se: isso exige atitude! Ou seja, para ser um empreendedor, ou uma empreendedora, é importante ser ativo e buscar o sucesso; não basta ficar esperando uma oportunidade “cair do céu”, “contar com a sorte” ou coisas do gênero.

> No mundo dos negócios, a atitude empreendedora está ligada à criação de valor econômico, através da identificação e exploração de oportunidades de negócios.

> O sentido de responsabilidade social deve ser uma questão permanente e relevante na condução dos negócios de um empreendedor.

> Os empreendedores de sucesso reunem algumas características fundamentais, no entanto, aqueles que não as possuem podem desenvolvê-las com o apoio adequado.

> A atividade empreendedora, geralmente, envolve três fases complementares: 1) Observações e ideias; 2) Reflexões e planejamento; 3) Jornada.

Responsabilidade social significa estar atento aos impactos do negócios nas pessoas e

no meio ambiente.

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Chegamos ao final da nossa lição. Se você tiver lido tudo com atenção e refletido sobre os pontos mais importantes, você agora pode pensar melhor sobre a atividade empreendedora e entender mais sobre desafios do empreendedor. Mas, veja que aqui mostramos apenas um começo do nosso estudo sobre o tema. Convidamos você para nos acompanhar nos próximos cadernos da Coleção Passo a Passo, onde vamos discutir muitos outros aspectos do mundo do empreendedorismo. Feito o convite, aguardamos vocês em outros momentos!

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EXERCÍCIOS

1 - Para quem está começando, muitas vezes, uma boa estratégia é:

a. “Começar pequeno”, pois assim diminui-se a necessidade de um grande investimento inicial para a compra de equipamentos e/ou mercadorias (estoques) e pode-se administrar o crescimento de acordo com o retorno da clientela.

b. “Começar grande”, pois a concorrência é menor. c. “Começar grande”, porque é melhor fazer tudo de uma

vez só.d. “Começar pequeno” para não chamar muita atenção.

2 - Tomemos como exemplo uma empresa que produz sucos em caixa que são vendidos em restaurantes, bares e supermercados. Nesse caso, os clientes dessa empresa são:

a. As pessoas que bebem os sucos.b. Os restaurantes, bares e supermercados que compram

os sucos em caixa para revendê-los ao consumidor final.c. Os fornecedores de açúcar e polpa.d. Nenhuma das alternativas anteriores.

3 - Um empreendedor de sucesso é:a. Uma pessoa que tem excelentes ideias de negócios.b. Uma pessoa com muito dinheiro.c. Uma pessoa que enxerga boas oportunidades de

negócios e trabalha duro para aproveitá-las, aprendendo com os próprios erros.

d. Aquele que sempre toma boas decisões de negócio e acerta.

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4 - Empreendedorismo quer dizer:a. Uma atitude de proatividade, iniciativa, busca de

oportunidades e capacidade de “fazer acontecer”.b. Criar negócios lucrativos.c. Enriquecer.d. Fazer o que quiser.

5 - Quando as coisas não saem como planejado, como um empreendedor de sucesso costuma agir?

a. Desistir dos seus planos e ideias.b. Tentar dar a volta por cima, aprender com os próprios

erros e adaptar ou refazer o seu planejamento, de acordo com as novas circunstâncias.

c. Fazer o possível para seguir à risca o plano original, sem descumpri-lo.

d. Esquecer o que passou e recomeçar tudo do zero.

6 - As ideias de negócio devem partir de:a. Uma ideia maluca.b. Observações e conversas reais com os clientes ou

futuros clientes.c. Uma ideia genial e totalmente original.d. Cópias baratas e fáceis de serem obtidas.

7 - “A única preocupação do empreendedor deve ser manter o seu negócio eficiente e lucrativo.”

a. Essa afirmação é incorreta, pois deixa de considerar questões importantes, como a responsabilidade social e ambiental.

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b. Essa afirmação é parcialmente correta, pois enfatiza a questão da lucratividade do negócio.

c. Essa afirmação é incorreta, pois deixa de considerar questões como a rentabilidade do negócio.

d. Essa afirmação define de forma satisfatória a visão sobre empreendedorismo.

8 - Marque V para Verdadeiro e F para Falso:( ) No Brasil não existem instituições voltadas para auxiliar aqueles que querem abrir um negócio.( ) O empreendedor não deve perder seu tempo dentro do negócio para buscar apoio e informaçõesexternas.( ) Um empreendedor tende a alcançar o sucesso quandomostra iniciativa e procura oportunidades. ( ) Para atingir o sucesso, o empreendedor deve se arricar sem pestanejar.

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REFERÊNCIAS BIRLEY, Sue; MUZYKA, Daniel F. Mastering Enterprise.

Londres: Financial Times (Prentice Hall), 1997. Cláudio Ribeiro de Lucinda (tradução).

BLANK, Steve; DORF, Bob. The Startup Owners’ Manual – The Step by Step Guide for Building a Great Company. Pescadero, California: K&S Ranch, Inc., 2012.

OSTERWALDER, Alexander, PIGNEUR, Yves. Business Model Generation. Hoboken, New Jersey: Wiley & Sons, Inc., 2010.

RIES, Eric. The Lean Startup. California: Viking, 2011.

Cartilha SEBRAE. Conhecimento: a Chave do Sucesso. Disponível no site: < http://www.sebrae.com.br/ >. Acesso em 15 de Outubro de 2012.

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LEITURAS E SITES RECOMENDADOS Empreendedorismo - Transformando Idéias em NegóciosAutor: Dornelas, Jose Carlos Assis - Editora: Campus

Empreendedorismo - Dando Asas ao Espírito Empreendedor

Autor: Chiavenato, Idalberto - Editora: Saraiva

http://blogdosempreendedores.com.br/http://empreendedoras.blogspot.com/http://www.endeavor.org.br/http://exame.abril.com.br/topicos/empreendedorismohttp://www.jornaldoempreendedor.com.br/http://www.josedornelas.com.br/http://www.olharempreendedor.com.br/http://www.portaldoempreendedor.gov.br/http://www.rhoempreendedor.com.br/http://www.sitedoempreendedor.com.br/http://www.superempreendedores.com/

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ANOTAÇÕES___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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COLEÇÃO

passo a passo

Realização: