PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Paraná · Em 05.02.86 pela Resolução nº 470/86, foi implantado...
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COLÉGIO ESTADUAL ALDO DALLAGOENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO, NORMAL E PROFISSIONAL
Rua Antonio de Moura Bueno, 1028Tel/fax: 3546-1021 Ibaiti – PR
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
IBAITI
2016
SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...........................................................4
2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR............................................................5
Modalidade de Ensino.......................................................................................5
Número de Turmas............................................................................................5
Turnos de Funcionamento.................................................................................5
Ambientes Pedagógicos....................................................................................5
Caracterização da Comunidade........................................................................7
Histórico da Instituição.......................................................................................8
Organização do Tempo Escolar......................................................................10
Regime Escolar...............................................................................................11
Avaliação e Formas de Registros avaliativos..................................................12
Recuperação paralela de conteúdos...............................................................12
Promoção, Progressão Parcial, Classificação e Reclassificação....................12
3. ATO SITUACIONAL...............................................................................................13
Filosofia do Colégio.........................................................................................14
Base legal do Projeto......................................................................................16
Concepção Educacional..................................................................................18
Os Princípios Norteadores do Projeto Político …...........................................21
Objetivos do Colégio.......................................................................................24
Proposta de Formação Continuada do Colégio..............................................27
Organização da Hora Atividade......................................................................29
4. ATO CONCEITUAL................................................................................................29
Organização Curricular Utilizada....................................................................32
Base Nacional comum e Parte Diversificada..................................................33
Concepção de Avaliação................................................................................35
Estudo sobre o Estado do Paraná, inclusão e cultura Afro-brasileira
e Africana........................................................................................................36
Educação para as Relações Étnico-Raciais e História e
Cultura Afro-Brasileira....................................................................................36
5. MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL...........................................37
6. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO.......................................................38
7. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES....................39
8. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM
ADMINISTRAÇÃO – INTEGRADO........................................................................40
9. ATO OPERACIONAL.............................................................................................41
Proposta de Trabalho para Articulação com a Família e Comunidade..........42
10. INSTÂNCIAS COLEGIADAS................................................................................44
Assembleia Geral............................................................................................44
Grêmio Estudantil............................................................................................44
Conselho de Classe.........................................................................................44
APMF ( Associação de Pais , Mestres e Funcionários )..................................45
Conselho Escolar.............................................................................................45
11. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO ...............................................................................................45
12. PROGRAMAS INTEGRADOS AO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO..........47
CEAD Em Evidência........................................................................................47
Atividades Complementares Curriculares em Contraturno.............................49
Educação Empreendedora.............................................................................50
Projeto de Leitura e Produção Textual............................................................53
Projeto de Incentivo à Prática de Atividades Físicas..................................................53
Sala de Apoio à Aprendizagem..................................................................................53
Projeto Fanfarra..........................................................................................................54
13. PLANO DE AÇÃO GESTÃO 2016/2019..............................................................55
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................61
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:
1.1 Colégio Estadual Aldo Dallago – Ensino Fundamental, Médio, Normal e
Profissional
Código: 00011
Endereço: Rua Antonio de Moura Bueno, 1028
FONE/FAX: (43) 3546-1021
1.2 Município: Ibaiti
Código: 0980
1.3 Dependência Administrativa: Estadual
Código:00011
1.4 Núcleo R
1.5Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
1.6Ato de Autorização do Colégio: Dec. Nº 5732/78 de 30/10/7
1.7Ato de Reconhecimento do Colégio: Res. N° 3064/81 de 15/01/82
1.8Ato de Renovação do Reconhecimento do Colégio: Res. Nº 53/03 de
17/03/03
1.9Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: Parecer Nº
09/01 de 15/03/2001
1.10 Distância do Colégio do Núcleo Regional de Educação:
200 metros
1.11 Localização do Colégio:
O Colégio situa-se em zona urbana na região central da cidade.
1.12 Site do Colégio:
e-mail: [email protected]
1.13 ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR
1.13.1 Modalidade de Ensino
O colégio oferta os anos finais do Ensino Fundamental; Ensino Médio:
Educação Profissional Integrada para o curso de Formação de Docentes da
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio na
Modalidade Normal e, Integrada e Subsequente para o Curso Técnico em
Administração e Técnico em Secretariado.
1.13.2 Número de Turmas:
2016 EnsinoFundamental
Ensino Médio Formação deDocentes
EducaçãoProfissional
nº de Turmas 11 18 05 0
nº de Alunos 327 618 130 0
Recursos Físicos/Humanos TotalNº de Professores 91Nº de Pedagogos 09Nº Coordenador de Curso 02Nº de Funcionários 24Nº de Salas de Aula 16
1.13.3 Turnos de Funcionamento:
Diurno – matutino – 7h 30min às 11h 50min
- Vespertino – 13h às 17h 20min
Noturno – 19h às 22h 55min
1.13.4 Ambientes Pedagógicos
O Colégio possui 03 (três) salas de Apoio Pedagógico, onde são
realizados os atendimentos individualizados aos educandos, suas respectivas
famílias, e aos professores.
Há uma sala para os professores, que é utilizada pelos mesmos para
elaborar seus planejamentos, realizar a hora-atividade e o conselho de classe. O
local também é um ponto de encontro entre docentes, direção e equipe pedagógica.
Há uma sala de aula de multimídia com televisão, vídeo cassete, DVD e
Data show, notebook, que comporta aproximadamente, setenta pessoas sentadas.
Para utilizá-la os professores e alunos agendam antecipadamente com a
Supervisão. Os aparelhos de som são portáteis e é possível utilizá-los em sala. Para
eventos maiores, são instalados caixas de som de alta potência no pátio ou na
quadra de esportes. Contamos com dezesseis televisões com entrada para
pendrive, cinco vídeos cassete, três DVDs, um data show, 2 notebook, 20 (vinte)
CDS de músicas: clássica, popular e folclórica. Cada sala de aula deste
estabelecimento conta com uma televisão pendrive, sendo que todas estão
instaladas com dispositivo de segurança (cadeado). Os controles remotos e as
chaves dos cadeados ficam a disposição dos professores na secretaria.
O laboratório de informática possui 20 (vinte) computadores do
programa Paraná Digital conectados à Internet, através de fibra ótica, com uma
impressora; O mesmo Laboratório possui também 19 computadores do Programa
Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo . Este laboratório é utilizado pelos
professores para preparar suas aulas e pelos alunos, acompanhados por seus
professores, quando a aula requer o uso de computadores. Há outro laboratório de
Informática (PROINFO) instalado, para uso de alunos e professores, sendo que
possui 10 (dez) computadores e uma impressora.
O laboratório de Física, Química e Biologia foi atualizado recentemente
com o uso da verba destinada para aquisição de reagentes, instrumentos e vidrarias,
necessários para a promoção e a articulação dos conceitos, leis e fórmulas
trabalhadas pelo professor para a construção dos conhecimentos através da prática
permitindo a dinamização das aulas.
O Curso de Formação de Docente possui uma brinquedoteca contendo
fantoches, bandinha rítmica, um jogo de mesa infantil com quatro cadeiras e jogos
educativos.
Para atender as demandas do atendimento educacional especializado
há uma Sala de Recursos Multifuncionais que possui 02 computadores, 01
impressora multifuncional para serem utilizadas no atendimento às necessidades
educacionais específicas dos estudantes público alvo da educação especial.
A biblioteca funciona a partir das 7h 30min às 23h00min, com cinco
funcionárias disponíveis para atender alunos, professores e demais pessoas da
comunidade. Possui estatuto próprio e é bastante frequentada. Possui, além do
espaço para os livros (com aproximadamente 13.070 volumes de obras literárias
brasileiras atuais e alguns clássicos), uma sala de estudos e pesquisa. Recebe
também algumas revistas periódicas na área da educação, tais como: Galileu,
Geográfica Universal, Superinteressante, Nova Escola; além de jornais da região,
como Folha de Londrina.
Contamos também com a sala de Artes, a qual fica disponível aos professores
e alunos desta disciplina, com materiais e espaço adequado as atividades
pertinentes. A sala do CELEM, onde são ministradas as aulas de Italiano e
Espanhol. A sala de Fantasia onde é guardado todo material produzido para as
diversas atividades culturais realizadas pela escola. A sala de Educação Física onde
é guardado o material relativo a esta disciplina. As salas que são destinadas ao
contraturno são utilizadas pelo Curso de Formação de Docentes que possui carga
horária para realização do Estágio Supervisionado – fundamentação teórica – a ser
cumprida, e também para projetos e/ou recuperação de estudos.
O Colégio possui pátio coberto interno, onde acontecem os ensaios,
apresentações de danças, teatros e entoação dos hinos.
A quadra de esportes é coberta e fechada, o que permite sua utilização para a
prática desportiva do colégio, assim como para os Jogos Municipais e Regionais. A
quadra também é utilizada para eventos do colégio e da comunidade.
1.13.5 Caracterização da Comunidade
O Colégio propõe-se a direcionar sua ação pedagógica e formativa a
todos os alunos, independente de gênero, credo, cor ou classe social. Para isto, faz-
se necessário que a escola identifique e reconheça que os impactos das
contradições sociais e da diversidade cultural são os elementos que mais suscitam a
necessidade de avanço.
A instituição de ensino oferta vagas para os anos finais do Ensino
Fundamental, Ensino Médio, Curso de Formação de Docentes, Curso Técnico em
Administração e Técnico em Secretariado.
A escola situa-se na região central do município de Ibaiti, recebe alunos
da zona urbana, de diversos bairros da zona rural, que utilizam transporte escolar
e/ou condução própria.
O colégio procura adequar–se às necessidades dos alunos,
reorganizando seus espaços, criando novos ambientes, com a finalidade de tornar a
escola mais atrativa, com opções educativas, culturais e artísticas. Observa-se que
os alunos sentem-se bem no ambiente apresentando, sendo que em sua maioria
demonstram atitudes que revelam satisfação e interesse pela escola. Com isso, os
alunos apresentam um nível médio de aprendizagem.
Os alunos do período noturno são na sua grande maioria constituídos de
trabalhadores. Aqueles que moram na zona rural saem muito cedo de casa para vir
ao Colégio, porém apresentam boa frequência às aulas.
1.13.6 Histórico da Instituição
Pelo Decreto nº 6513 de 17.02.62, foi criada a Escola Técnica de Comércio de
Ibaiti, em seguida autorização de seu funcionamento pela Portaria nº 262 de
29.03.63.
Através do Decreto nº 21423 de 27.10.70 passou a denominar-se Colégio
Estadual “Aldo Dallago”.
Em 1975, por ordem da Secretaria de Estado da Educação e Cultura, iniciou-se
um processo de unificação das duas Escolas Estaduais de 2º ciclo, esta e a
Escola Normal Colegial “Ney Braga”, criada pelo Decreto nº 31.047 de 20.07.60,
e autorizada seu funcionamento pela Portaria 1.952 de 03.04.61, e em seguida
denominada Escola Normal Colegial Estadual “Ney Braga” pela Portaria nº2.042
de 24.06.6l , ambas de Ibaiti, regidas pela Lei nº 4024/61.
A esse ato completamente estranho tanto à Lei 4.024/6l, quanto à Lei nº
5.692/71, deram o nome de Reordenação pelo Decreto nº 4.638 de 14.02.78.
Pelo Decreto nº 4.638 de 14.02.78, passou a funcionar nos termos da Legislação
vigente a Escola Reordenada de 2º Grau “Aldo Dallago”, resultante de
Reordenação do Colégio Comercial Estadual “Aldo Dallago” e Escola Normal
Colegial Estadual “Ney Braga”.
Em 1.978, iniciou-se a implantação gradativa da reforma de Ensino
regulamentada pela Lei nº 5.692/71 na Escola Reordenada de 2º grau “Aldo
Dallago”.
Esta Escola teve seu Plano de Implantação aprovado provisoriamente pelo
parecer nº 221/77 do C.E.E.
Implantada a reforma de Ensino, passou a ser considerada Reorganizada
segundo moldes da lei nº 5.692/71, passando a chamar-se Colégio “Aldo
Dallago” – Ensino de 2º Grau, com as habilitações: Contabilidade e Magistério;
autorizado o funcionamento pelo Dec. Nº 5.732 de 25.10.78.
Em 1.979 foi o pedido de funcionamento do período diurno desta Escola.
Pelo Parecer Definitivo nº 194/81, aprova-se o Projeto de Implantação de Ensino
de 2º Grau deste Colégio, levantando a provisoriedade interposta anteriormente.
Pela Resolução nº 2.358 de 15.07.83, esta Escola passou denominar-se Colégio
Estadual “Aldo Dallago”- Ensino de 2º Grau.
Em 19.11.85, pela resolução nº 5.185/85 a Escola Estadual Monteiro Lobato –
Ensino de 1º Grau e o Colégio Estadual Aldo Dallago – Ensino de 2º Grau,
mantidos pelo Governo do Estado, passam a constituir um único
estabelecimento de ensino, sob a denominação de Colégio Estadual “Aldo
Dallago” – Ensino de 1º e 2º Graus.
Em 05.02.86 pela Resolução nº 470/86, foi implantado o curso de 2º Grau
Regular Propedêutico, pelo prazo de 02 (dois) anos, a partir do início do ano
letivo de 1986.
Em 27.05.88 pela Resolução nº 1604/88, resolve-se prorrogar o período de
autorização de funcionamento do Curso de 2º Grau - Educação Geral (antigo
Propedêutico), por mais 01 (um) ano, a partir do início do ano letivo de 1988.
Em 15.08.88 pela Resolução nº 2.648/88, autoriza-se o funcionamento até
31.12.90, da um Centro de Atendimento Especializado, área de Deficiência
Auditiva.
Em 15.08.88, pela Resolução nº 2.652/88, autoriza-se o funcionamento até
31.12.90 da Classe Especial, de 01 (uma) classe, área de Deficiência Mental.
Em 09.11.88 pela Resolução nº 3.384/88, autoriza-se o funcionamento das 4
(quatro) primeiras séries do 1º Grau.
Em 18.10.88 pelo Parecer nº 240/88 – Processo 238/88 C.E. 2º Grau, dar
reconhecimento ao Curso de 2º Grau – Educação Geral.
Em 27.10.88 pela Resolução nº 3.384/88, fica prorrogado por 5 (cinco) anos, a
partir do início do corrente ano letivo, o prazo de autorização de funcionamento
das 4 (quatro ) primeiras séries do 1º Grau.
Pela Resolução nº 3.858/88 de 09.12.88, autoriza-se o funcionamento até
31.12.90 do Centro de Atendimento Especializado, na área de Deficiência
Auditiva.
Em 10.11.88 pela Resolução nº 3.515/88 fica reconhecido o Curso de 2º Grau –
Educação Geral.
Em 02.03.89 pela Resolução nº 564/89, retifica-se a Resolução nº 3.858/88, na
parte que autoriza o funcionamento de um Centro de Atendimento Especializado,
área de Deficiência Auditiva, para área de Deficiência Visual.
Em 02.05.91, pela Resolução nº 1491/91, aconteceu a municipalização do ensino
de 1ª a 4ª séries do 1º Grau, estabelecendo que o Colégio Estadual Aldo Dallago
continua ofertando o ensino de 2º Grau.
De acordo com a Res. Nº 291/92 de 1º.09.92 o colégio passou a denominar-se
Colégio Estadual Aldo Dallago – Ensino de 2º Grau.
Conforme resolução secretarial nº 3.120/98, publicada no D.O.E., de 11.09.98, o
Colégio Estadual Aldo Dallago – Ensino de 2º Grau, passou a denominar-se
Colégio Estadual Aldo Dallago – Ensino Médio.
Conforme Resolução nº 4234/03, publicada em D.O.E, de 29/01/04, o colégio
passou a ofertar o Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série, com implantação
gradativa, e passou a denominar-se Colégio Estadual Aldo Dallago – Ensino
Fundamental e Médio.
Ainda em dezembro de 2003 foi implantado o Curso de Formação de Docentes
da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em nível médio,
ensino regular e subseqüente, iniciados em 2004, autorizado de acordo com a
Resolução 1408/05 de 16/06/05. Pelo Parecer 224/05 – CEE, a denominação
deste estabelecimento passou a ser Colégio Estadual Aldo Dallago – Ensino
Fundamental, Médio e Normal.
Em 2006, respeitando o Decreto Federal nº 50154/04, as Deliberações 02/00 e
09/05, todas do CEE, e o Parecer nº 320/06 – DEP/SEED, foi autorizado o
funcionamento do Curso Técnico em Administração – Área Profissional Gestão,
Integrado ao Ensino Médio, com oferta presencial. De acordo com a Resolução
3123/06 D.O.E. de 17/07/06 o colégio passa a denominar-se Colégio Estadual
Aldo Dallago – Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional. A partir desta
Resolução este colégio fica credenciado para ofertar cursos de Educação
Profissional (parecer 0320/2006 – DEP).
Pela Resolução nº 4175/07, de 12/10/07, ficam reconhecidos os Cursos de
Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino
Fundamental, nas modalidades Normal e Subseqüente.
1.13.6 Organização do Tempo Escolar
O Ensino Fundamental, Médio e Normal e Profissional organiza-se em
séries anuais.
De acordo com a LDB 9394/96, todos os níveis de ensino terão 200
(duzentos) dias letivos de efetivo trabalho escolar, com 04 (quatro) horas diárias,
totalizando 800 (oitocentas) horas.
1.13.7 Regime Escolar
1.13.7.1 Avaliação e Formas de Registros Avaliativos
Conforme previsto no Regimento Escolar no art. 146 “a avaliação é uma
prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de
diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno”. Para tal a
avaliação segundo o artigo 147 “[...] é contínua, cumulativa e processual devendo
refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos
qualitativos sobre os quantitativos”.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma
escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), sendo a expressão da somatória da
nota 4,0 (quatro) referente a atividades diversificadas, mais a nota 6,0 (seis)
resultante de no mínimo duas avaliações (instrumentos diversificados) totalizando
nota final 10,0 (dez).
Dos alunos será cobrada a entrega de trabalhos no prazo estipulado pelos
professores, devendo ser rigorosamente cumprido o prazo (exceto quando o aluno
apresentar justificativa (atestado) no prazo de 48 horas).
Serão considerados aprovados os alunos que obtiverem no mínimo média
anual de 6,0 (seis vírgula zero). Os resultados das avaliações dos alunos serão
registrados em documentos próprios, como o Livro de Registro de Classe do
professor e em fichas individuais, arquivadas na secretaria.
Serão utilizados vários recursos específicos de avaliação que permitam ao
professor acompanhar o desenvolvimento cognitivo dos alunos, entre eles, o
Conselho de Classe será um recurso de avaliação do professor e da equipe
pedagógica na busca conjunta de alternativas de ação que levem a consecução dos
objetivos propostos e permita que:
1. o grupo se conheça como grupo;
2. avalie sua ação como grupo que interage com os alunos e com a turma;
3. descubra meios mais eficientes e eficazes para que os alunos cresçam
como pessoas e como estudantes, pessoal e coletivamente.
Os resultados da avaliação devem ser entendidos como parte e não como fim
do processo de avaliação. A preocupação deve estar voltada para a leitura desses
instrumentos citados, pois são eles os indicadores do desempenho do professor e
da aprendizagem do aluno.
1.13.7.2 Recuperação paralela de conteúdos
Sendo a avaliação contínua e processual a recuperação paralela permite a
realização de uma análise crítica desse processo. Assim, o aluno cujo
aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter, a recuperação de estudos
preferencialmente paralela ao período letivo, amparado também pela legislação que
a prevê (Lei nº 9394/96 art. 24, inciso V).
A recuperação possibilitará a apreensão dos conteúdos básicos, adequando
às dificuldades dos alunos. Tendo direito sempre que os resultados de aprendizagem
estiverem abaixo dos parâmetros estabelecidos pelo colégio. Os resultados da
recuperação incorporar-se-ão aos das avaliações em caráter substitutivo,
prevalecendo a maior nota.
A avaliação final deverá considerar para efeito de promoção, todos os
resultados obtidos durante o período letivo, incluída a recuperação de estudos.
Cabe aos professores, a incumbência de indicar aos alunos os
conteúdos e a forma como será trabalhado para assimilação destes pelo educando
toda vez que o aproveitamento for considerado insuficiente.
1.13.7.3 Promoção, Progressão Parcial, Classificação e Reclassificação.
A promoção é o resultado da Avaliação do aproveitamento escolar do aluno,
aliada à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de conclusão,
para os anos finais do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Médio Integrado
a Educação Profissional, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero) em
cada disciplina para que o aluno seja considerado aprovado, de acordo com o Artigo
160 do Regimento Escolar.
Nosso colégio não oferta a matrícula com Progressão Parcial; as matrículas
recebidas de alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e
deverão ser cumpridas mediante plano especial de estudos.
A Classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que a
instituição de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatíveis
com a idade, experiência e desenvolvimento, adquiridos por meios formais ou
informais, podendo ser realizadas por promoção, para alunos que cursaram, com
aproveitamento, a série anterior na própria escola; por transferência, para os alunos
procedentes de outras escolas, do país ou do exterior, considerando a classificação
da escola de origem; independentemente da escolarização anterior, mediante
avaliação para posicionar o aluno na série ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A Classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e só pode
ser efetivada a partir de ações explicitadas no artigo 117 do Regimento Escolar.
A Reclassificação é um processo pedagógico que se concretiza através da
avaliação do aluno matriculado e com frequência na série/ano sob a
responsabilidade da instituição de ensino que, considerando as normas curriculares,
encaminha o aluno à etapa de estudos/carga horária da disciplina compatível com a
experiência e desempenho escolar demonstrados, independentemente do que
registre o seu histórico escolar.
O processo de reclassificação poderá ser aplicado como verificação da
possibilidade de avanço em qualquer série/ano do nível da Educação Básica,
quando devidamente demonstrado o desempenho do aluno, sendo vedada a
reclassificação para conclusão do Ensino Médio.
2. ATO SITUACIONAL
A sociedade ibaitiense, assim como a brasileira é capitalista no seu modo de
produção, sendo o capital e o trabalho os elementos dessa estrutura. Entre os
fatores que provocam a desigualdade estão a concentração de rendas, perdas
salariais, imobilidade política, alta taxa de desemprego, crescente emprego informal,
a inversão de valores e outros. A sociedade é caracterizada pela desigualdade,
corrupção discriminatória, preconceituosa, privilegiando o “ter” em detrimento do
“ser”.
O sistema de educação brasileira está distante do almejado, é limitado,
ineficaz, paternalista, assistencialista, sobrecarregando a escola de obrigações
( todos os projetos de governo recaem sobre ela).
A escola atende cada vez mais alunos diferentes, com culturas e costumes
diferentes, diferentes etnias e linguagens, que trazem para o ambiente escolar um
conjunto de significados, valores, crenças, modos de agir resultante de
aprendizagens informais.
Os profissionais da educação deste colégio são empenhados em suas
tarefas, organizados, compromissados com seu trabalho, eficientes, que se
relacionam bem com os colegas, alunos e demais funcionários. Mas algumas
questões se impõem e devem ser levadas em consideração: A carga horária do
professor é estressante, pois 40 horas de trabalho semanais implicam uma média de
360 alunos dia, isto significa ficar muitas horas em pé e falando em salas de aula
lotadas. Além disto, o professor convive com cobranças de todos os tipos, o que
provoca certa estafa que é próprio de sua profissão, somado ao fato de que diversos
professores trabalham em mais de uma escola, pode acabar provocando um
desestímulo e baixo desempenho profissional.
Quanto aos funcionários, verificou-se que as dificuldades enfrentadas são:
alguns são sobrecarregados de serviço pela não substituição de funcionários em
licença; os funcionários não efetivos se sentem desvalorizados; participam pouco
das decisões da escola, geralmente apenas quando solicitados. E segundo eles há
falta de comunicação entre os diversos setores da escola. Em síntese, sentem-se
desvalorizados e mal remunerados. No entanto, foi reconhecido pela maioria dos
participantes, que os funcionários desta escola, apesar de baixa remuneração e da
desvalorização, são em sua maioria, conscientes, muito humanos e cordiais no
tratamento com alunos, professores e comunidade escolar.
Enfim, através do levantamento do ato situacional, percebe-se a necessidade
de priorizar uma educação voltada para a formação total do homem como cidadão
fundamentado nas questões políticas, sociais, históricas e políticas, que possibilitem
aos educandos atuarem como agentes das transformações sociais, e que o coletivo
da escola esteja mais engajado nas questões da própria escola.
2.1 Filosofia do Colégio
Segundo a UNESCO (2010) a qualidade da educação no Brasil ainda é baixa.
Por isto, a educação no Brasil corre para alcançar patamares adequados para um
País que demonstra tanto vigor em outras áreas, como a economia.
No contexto educacional brasileiro, a educação tem expressado,
historicamente, a disputa de diversos interesses e intenções, conforme mencionado
anteriormente.
Diante das necessidades emergentes da sociedade contemporânea, a escola,
enfrenta um grande desafio. O volume de informações, produzido em decorrência de
novas tecnologias, é constantemente superado, colocando novos parâmetros para a
formação de cidadãos. Não se trata de acumular conhecimentos, pois a formação do
aluno, deste início de século, deve ter como alvo principal a aquisição de
conhecimentos básicos, a preparação científica e a capacidade de utilizar as
diferentes tecnologias relativas às áreas de atuação.
Sendo assim, esta instituição de ensino se propõe a oferecer uma educação
entendida como atualização histórica do homem e da mulher, para que eles, pela
apropriação da cultura produzida historicamente, construam sua própria humanidade
histórico-social. Isto implica pautar a educação em duas dimensões: individual e
social. Segundo Paro (2007) a dimensão individual diz respeito ao provimento do
saber necessário ao auto-desenvolvimento do educando, dando-lhe condições de
realizar o bem-estar pessoal e o usufruto dos bens sociais e culturais. Por sua vez, a
dimensão social liga-se à formação do cidadão tendo em vista sua contribuição para
a sociedade.
Este projeto pedagógico se propõe a oferecer uma formação geral, com o
desenvolvimento de capacidades para a realização de pesquisas, busca de
informações; além da capacidade de aprender, divulgar, criar, formular, ao invés do
simples exercício de memorização.
Essas considerações levam a assumir que o compromisso da instituição de
ensino será com todas as crianças e adolescentes, independentemente de sua
origem de classe. Sendo assim, é preciso destacar o papel da escola pública na
construção de uma proposta que propicie situações de aprendizagem variadas e
mecanismos de participação dos estudantes, entre eles: projetos pedagógicos,
avaliação do rendimento escolar, canais institucionais e organizações informais, e
organização e uso do espaço físico.
São estes os princípios gerais que orientarão o processo pedagógico, e para
realizá-lo plenamente serão realizados projetos científicos e culturais, favorecendo o
protagonismo dos estudantes, tendo como filosofia norteadora do processo de
ensino/aprendizagem a ideia de preparar o aluno para ter sucesso na continuidade
dos estudos, ou na vida profissional, com dignidade, e honestidade, resgatando
valores morais, culturais e intelectuais, tendo uma visão critica diante das situações
do cotidiano.
2.2 Base Legal do Projeto:
O Colégio oferta à comunidade o Ensino Fundamental (anos finais), Ensino
Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, Normal e Profissional.
O Ensino Fundamental (agora com nove anos) é obrigatório e gratuito,
conforme Art. 4º, § I da LDB 9394/96 e visa o domínio da leitura, da escrita, do
cálculo e do raciocínio, preparando progressivamente o educando para a
compreensão dos problemas advindos da sociedade contemporânea e o acesso
sistemático aos conhecimentos historicamente e socialmente acumulados. Portanto,
como o Colégio oferta a terminalidade do Ensino Fundamental tem como função
aprofundar tais conhecimentos iniciados nos primeiros anos de escolaridade.
Para isso, os sujeitos do Ensino Fundamental, crianças e adolescentes, em
geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas regiões e
com diferentes origens étnicas e culturais (FRIGOTTO, 2004), devem ter acesso ao
conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos
conteúdos das disciplinas escolares.
Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos,
seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e
às possíveis necessidades especiais para aprendizagem. Essas características
devem ser tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos
conhecimentos que cabe à escola, ensinar para todos.
A partir da LDB 9394/96, o Ensino Médio, ganha um espaço definido no
sistema educacional, o qual seja, etapa final da Educação Básica, que passa a ter
como finalidade tanto o aprimoramento do educando e o aprofundamento de
conhecimentos que possibilitem o prosseguimento dos estudos quanto a preparação
básica para o trabalho e a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos
dos processos produtivos; superando uma tradição histórica de organização dual
dessa etapa de escolarização.
Desta forma o Ensino Médio passa a ter característica de terminalidade da
Educação Básica, o que significa assegurar a todos e a todas, iguais oportunidades
de aprofundar e consolidar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental.
No Art. 1º § 2º da Lei n.º 9394/96, fica estabelecido que o Ensino Médio, como
parte da educação escolar “deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática
social”, tendo como finalidades:
- a formação da pessoa humana, capaz de integrar seu projeto individual ao
projeto da sociedade em que se situa;
- o aprimoramento do educando como pessoa humana incluindo a formação
ética e do pensamento crítico;
- a preparação e orientação básica para a sua integração ao mundo do
trabalho, com as competências para continuar aprendendo, de forma autônoma e
crítica.
Mudam-se, portanto, os objetivos de formação no nível do Ensino Médio e
prioriza-se a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico.
Para que o compromisso do Ensino Médio com os adolescentes e com a
sociedade seja cumprido, segundo Kuenzer (2000) o projeto pedagógico da escola
deverá possibilitar a cada aluna e aluno, ao longo de sua vida:
- aprender permanentemente;
- refletir criticamente;
- agir com responsabilidade individual e social;
- participar do trabalho e da vida coletiva;
- comportar-se de forma solidária;
- acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais;
- enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e
rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos
científicos, tecnológicos e sócio-históricos;
- ter utopia, a orientar a construção de seu projeto de vida e de sociedade.
A modalidade Normal tem como objetivo a preparação de professores para
atuarem na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental (do 1º ao
5º ano), conforme Art. 62 que diz “admitida, como formação mínima para o exercício
do magistério na educação infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental,
oferecida em Nível Médio, na modalidade Normal”.
O curso é presencial, seriado com duração de 4 anos, conforme Deliberação
n.º 10/99, de acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais, aprovadas pelo
Conselho Nacional de Educação – Resolução CEB/CNE n.º 02/99 e Parecer
CEB/CEN n.º 01/99, oferecendo a base nacional comum e a formação específica do
Curso.
O Curso Técnico em Administração em Nível Médio-Integrado, nasce da
necessidade de incrementar o setor terciário da economia, caracterizando-se como
área de gestão, de acordo com a Resolução 04/99 CNE (Conselho Nacional de
Educação).Tal área compreende atividades de administração e de suporte logístico a
produção .
A oferta do Curso Técnico em Administração em Nível Médio-Integrado
justifica-se, considerando o fato de que a globalização e, consequente quebra de
fronteiras, tem novos paradigmas e uma visão da relação de mercado. Isto aponta
para a necessidade de uma formação que propicie ao educando a aquisição do
conhecimento tecnológico, científico, sócio-cultural, político e econômico, tornando-o
apto a enfrentar os desafios.
O Curso Técnico em Administração em Nível Médio-Integrado tem como
objetivo o desenvolvimento pessoal e profissional do educando, procurando formá-lo
com uma visão crítica capaz de analisar as atividades econômicas, financeiras,
mercadológicas, patrimoniais e outras atividades afins, assim como ser agente
capaz de interferir positivamente na sociedade.
O Curso de Técnico em Secretariado visa formar os indivíduos para a
organização da rotina diária e mensal da chefia/direção, para o cumprimento dos
compromissos agendados. Além disto, para o estabelecimento de canais de
comunicação da chefia/direção com interlocutores, internos e externos, em língua
nacional e estrangeira. O curso também oferece conhecimentos sobre a organização
de tarefas relacionadas com o expediente geral do secretariado a chefia/direção;
sobre o controle e arquivo de documentos; sobre o preenchimento e conferência da
documentação de apoio à gestão organizacional; sobre a utilização de aplicativos e
da internet na elaboração, organização e pesquisa de informação.
2.3 Concepção Educacional
Segundo a Constituição de 1988, a educação é direito de todos e dever do
estado e da família, e será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa e seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Segundo Freire (1997):
Escola que viabiliza a cidadania de quem está nela e de quem vem aela, não pode ser uma escola cidadã em si para si. Ela é cidadã namedida em que se exercita na construção da cidadania de quem usao seu espaço. A escola cidadã é uma escola coerente com aliberdade que, brigando para ser ela mesma, luta para que oseducandos – educadores sejam eles mesmos. E como ninguém podeser só, a Escola cidadã é uma escola de comunidade, decompanheirismo. É uma escola que não pode ser jamais silenciosa,nem jamais autoritária. É uma escola que vive a experiência tensa dademocracia.
O trabalho da escola é uma atividade consciente e sistemática, a qual tem
como centro a aprendizagem ou o estudo dos alunos sob a mediação e orientação
do professor. O conhecimento não se restringe a sala de aula, pois está ligado às
exigências sociais e a experiência de vida dos alunos. Os conhecimentos adquiridos,
o desenvolvimento das capacidades intelectuais e das habilidades, visam
instrumentalizar os alunos como agentes ativos e participantes da vida social.
Neste sentido, repensar a escola pública de Educação Básica, como espaço
de construção e socialização de conhecimento, se faz necessário devido ao
momento em que vive a educação brasileira, pois nunca foi tão propício pensar na
situação vivida por crianças e adolescentes. Seja pela valorização dessa população
como “sujeitos de direitos” ou pelos desafios encontrados na escola para atender a
diversidade de alunado, esta é uma oportunidade histórica para mobilizar esforços,
recursos e compromisso na criação de formas de organização do trabalho
pedagógico, de reorganização institucional, curricular e pedagógica.
De acordo com Feldmann (In: QUELUZ e ALONSO, 2003, p. 88) repensar a
escola pública é:
[...] articular-se visceralmente com a formação da cidadania da imensa maioria
dos marginalizados, na qual se inclui o aluno trabalhador. Assim, o papel da
escola pública não deve ser circunscrito apenas à questão da escolarização,
mas sim, e principalmente, à expressão de um compromisso social e político
com a qualidade de vida dos alunos.
Seguindo a perspectiva apontada pela autora, a escola será considerada
como espaço de construção do conhecimento, o que implica concebê-la como um
ambiente formador de identidade dos sujeitos históricos que nela vivem e convivem
e compreendê-la através dos valores, atitudes, sentimentos, emoções que integram
o processo de comunicação dos diferentes grupos que nela estão presentes.
Para Saviani a escola existe para propiciar a aquisição dos instrumentos que
possibilitam o acesso ao saber elaborado, bem como o próprio acesso aos
rudimentos desse saber.
Ao recolocar o papel do saber clássico na escola, Saviani também busca
recolocar o papel da própria escola e de sua especificidade e, neste sentido,
também o papel do currículo. Segundo ele, quando a escola recupera o principal ela
se diferencia do que é secundário; o principal é o compromisso com o saber, o
secundário são todos os eventos, comemorações e temas que perpassam o
currículo responsabilizando a escola por problemas pontuais que deslocam o papel
do conteúdo e, portanto, o próprio papel da escola.
É com o compromisso em recolocar a natureza e especificidade da educação
que Saviani destaca o papel do currículo como o “conjunto das atividades nucleares
da escola”. Portanto, para o autor, currículo tem uma dimensão clara – fazer uma
seleção intencional dos conteúdos e da especificidade da escola a fim de promover
a socialização do saber e o compromisso com a elevação cultural das massas.
Neste sentido, é fundamental abordar a importância do planejamento que
segundo Gandin (1999) é o processo de transformar ideias em ação, ou seja, é o
processo de intervir na realidade existente, retirando, incluindo, enfraquecendo ou
reforçando ideias e transformando estruturas. Investir no planejamento traz como
resultado um crescimento da instituição, principalmente se o instrumento utilizado for
o planejamento participativo.
O planejamento é um processo de sistematização, organização e
coordenação do trabalho docente, articulando a atividade escolar a problemática do
contexto social. Tudo o que acontece na escola está concatenado por influências
econômicas, políticas, históricas e culturais que caracterizam a sociedade. Isso
significa que os elementos do planejamento - objetivos, conteúdos, métodos,
avaliação – estão recheados de implicações sociais, tem um significado político, pois
é uma atividade de reflexão acerca das opções e ações. Portanto não se reduz ao
simples preenchimento de formulários para controle administrativo, é uma atividade
consciente de previsão das ações docentes, da equipe pedagógica, da direção,
fundamentadas em opções político-pedagógicas e tendo como referência
permanente as situações concretas da escola.
Para que a educação consiga cumprir com sua função social faz-se a opção
pela Pedagogia Histórico Crítica, na qual o professor como um profissional reflexivo,
analisa criticamente sua prática e a forma pelas quais as suas atitudes contribuem
para o bom desempenho dos alunos em sala.
A intenção desta pedagogia e de outras de cunho progressista é superar e
contrastar o espírito classista e dominante da sociedade sob o modo de produção
capitalista, que trouxe no seu bojo as inspirações liberais e tecnicistas da ditadura.
Segundo Saviani (1991) é necessário democratizar o saber universal apropriado
pela classe mais economicamente favorecida.
A dimensão humana do processo educativo contextualiza os conteúdos num
projeto de transformação social, buscando compreender os mecanismos inscritos
nas práticas pedagógicas e rotinas escolares que legitima a reprodução em que
inscrevem potenciais para sua transformação.
Educar é criar possibilidades para que o educando aprenda criticamente,
porque o conhecimento é primordial para provocar indagações que leve-o a
pesquisar, procurar, conhecer, superar o senso comum e chegar à criatividade.
2.4 Os Princípios Norteadores do Projeto Político
Como no colégio são tomadas importantes decisões pedagógicas,
curriculares e formativas, são necessários princípios norteadores do trabalho
pedagógico, que serão descritos a seguir:
a) Como princípio educativo, a ética só é eficaz quando reconhece que a
educação é um processo de construção de identidades pelo desenvolvimento
humano e pelo reconhecimento do direito da igualdade.
Uma das formas pelas quais a identidade se constitui é a convivência, daí a
grande responsabilidade da escola como lugar de conviver, e no papel
desempenhado pelo adulto educador para a formação da identidade das futuras
gerações.
A ética tem como fim mais importante a autonomia, condição indispensável
para os juízos de valor e as escolhas inevitáveis à realização de um projeto próprio
de vida.
Por essa razão a ética é tão importante na educação escolar. É na escola
onde crianças e jovens vivem de forma sistemática os desafios de suas
capacidades, portanto o ambiente escolar deve contribuir para recompensar a
responsabilidade, o esforço e a qualidade praticadas, possibilitando aos jovens
constituírem identidades mais aptas a incorporar a responsabilidade e a
solidariedade, e assim tornar-se-ão pessoas solidárias e responsáveis por serem
autônomas.
A identidade autônoma se constitui a partir da ética e precisa estar ancorada
em conhecimentos e competências intelectuais que dêem acesso a significados
verdadeiros sobre o mundo físico e social.
Os conhecimentos e competências cognitivas e sociais que se quer
desenvolver nos jovens alunos da Educação Básica remetem assim à educação
como constituição de identidades comprometidas com a busca da verdade. Mas,
para fazê-lo com autonomia , precisam desenvolver a capacidade de aprender.
A sensibilidade da prática pedagógica para a qualidade do ensino e da
aprendizagem dos alunos, será contribuição específica e decisiva da educação
escolar para a igualdade, a justiça, a solidariedade, a responsabilidade. Dela poderá
depender a capacidade dos jovens cidadãos do próximo milênio para aprender
significados verdadeiros do mundo físico e social, registrá-los comunicá-los e aplicá-
los no trabalho, no exercício da cidadania, no projeto de vida pessoal.
b) Igualdade de condições para acesso, permanência e sucesso na
escola. Saviani alerta-nos para o fato de que há uma desigualdade no ponto de
partida, mas a igualdade no ponto de chegada deve ser garantida pela mediação da
escola. É de grande importância que esta igualdade aconteça, mas nossa realidade
é que a escola objetiva uma formação básica geral e a estrutura do sistema escolar
não permite a garantia da igualdade no final do processo educativo. Igualdade de
oportunidades requer, portanto, mais que a expansão quantitativa de ofertas; requer
ampliação do atendimento com simultânea manutenção de qualidade.
Numa sociedade em que os meios de comunicação encurtaram as distâncias
e as possibilidades de comparação entre diversos tipos de qualidade de vida, se
ampliaram além do inimaginável, o princípio da igualdade vai se expressar na busca
da eqüidade e no combate a todas as formas de preconceito e discriminação por
motivo de raça, sexo, religião, cultura, condição econômica, aparência ou condição
física.
O princípio da igualdade se traduz pela compreensão e respeito ao Estado
de Direito e a seus princípios constitutivos obrigados na Constituição, na busca da
igualdade na sociedade da informação, como um valor que é público, por ser do
interesse de todos.
Nessa perspectiva, a política da igualdade deverá fortalecer uma forma
contemporânea de lidar com o público e o privado, associada à ética, ao valorizar
atitudes e condutas responsáveis em relação aos bens e serviços
tradicionalmente entendidos como “públicos”. Utilizando o princípio da igualdade, a
escola incutirá no aluno o respeito ao bem comum, fazendo-o compreender a
necessidade de tornar-se protagonista deste respeito, que se expressa através de
condutas de participação e solidariedade, respeito e senso de responsabilidade, pelo
outro e pelo público. Para que isso ocorra os sistemas e escolas deverão observar
um direito pelo qual o próprio Estado se faz responsável, no caso da educação
pública: garantia de padrões mínimos de qualidade de ensino tais como definidos
pela LDB no inciso IX de seu Artigo Quarto.
c) Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e
sociais. O desafio que se coloca ao projeto político - pedagógico da escola é o de
propiciar uma qualidade para todos.
A qualidade que se busca implica duas dimensões indissociáveis: a formal ou
técnica e a política. Uma não está subordinada à outra; cada uma delas tem
perspectivas próprias.
A primeira enfatiza os instrumentos e os métodos, a técnica. A qualidade
formal não está afeita, necessariamente, a conteúdos determinados. Demo afirma
que a qualidade formal: “(...) significa a habilidade de manejar meios, instrumentos,
formas, técnicas, procedimentos diante dos desafios do desenvolvimento” (1994,
p.14).
A qualidade política é condição imprescindível da participação. Está voltada
para os fins, valores e conteúdos. Quer dizer “ a competência humana do sujeito em
termos de se fazer história, diante dos fins históricos da sociedade humana” (Demo
1994, p.14).
A qualidade centra-se no desafio de manejar os instrumentos adequados para
fazer a história humana. A qualidade formal está relacionada com a qualidade
política e esta depende da competência dos meios.
d) Gestão democrática é um princípio consagrado pela Constituição vigente
e abrange as dimensões pedagógica, administrativa e financeira.
A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas
postos pela prática pedagógica. Ela visa romper com a separação entre concepção
e execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o
controle do processo e do produto do trabalho pelos educadores.
A gestão democrática inclui a ampla participação dos representantes dos
diferentes segmentos da escola nas decisões/ ações administrativo - pedagógicas
desenvolvidas.
e)Liberdade: O princípio da liberdade está sempre associado à idéia de
autonomia. A autonomia e a liberdade fazem parte da própria natureza do ato
pedagógico. O significado de autonomia remete-nos para regras e orientações
criadas pelos próprios sujeitos da ação educativa, sem imposições externas.
A liberdade deve ser considerada, também, como liberdade para aprender,
ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber direcionados para uma
intencionalidade definida coletivamente.
f) Valorização do magistério:um princípio central na discussão do projeto
político – pedagógico.
A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar
cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país
relacionam-se estreitamente a formação ( inicial e continuada ), condições de
trabalho ( recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à
escola, redução do número de alunos na sala de aula, etc), remuneração,
elementos esses indispensáveis à profissionalização do magistério.
De acordo com o art. 12 da LDB 9394/96 compete aos estabelecimentos de
ensino “elaborar e executar sua Proposta Pedagógica”; no art. 13 “Os docentes
incumbir-se-ão de: participar da elaboração da proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino” e no art. 14, “que as normas da gestão democrática
deverá seguir os princípios: participação dos profissionais da educação...,
participação da comunidade escolar”.
2.5 Objetivos do Colégio
Como o Colégio oferta a comunidade os seguintes níveis e modalidades de
ensino: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Normal e Profissional, seu objetivo
principal é atender às necessidades dos alunos em consonância com as exigências
sociais e educacionais contemporâneas, o que significa prestar atenção nos
conteúdos que estão sendo ensinados, no modo como estão sendo ensinados e na
efetividade desses conteúdos para a vida cultural e prática. (LIBÂNEO, 2001, p. 57)
O Ensino Fundamental, é obrigatório e gratuito conforme artigo 4°, inciso I da
LDB 9394/96 e visa o domínio da leitura, da escrita, do cálculo e do raciocínio,
preparando progressivamente o educando para compreensão dos problemas
humanos e o acesso sistemático aos conhecimentos, portanto como o colégio oferta
a terminalidade do ensino fundamental, aprofunda tais conhecimentos iniciados nos
primeiros anos de escolaridade, tendo o objetivo de dar continuidade no processo de
ensino-aprendizagem através de um Projeto Pedagógico pensado para se iniciar no
Ensino Fundamental e aprofundar através de trabalho científico como possibilidade
de melhorar a qualidade de ensino. Também faz-se necessário levá-los a
compreender as leis que regem as relações sociais, incluindo o cuidado com a
natureza e a compreensão das suas leis conforme objetivos gerais expressos no
artigo 32.
Art. 32 – O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório
e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão,
mediante:
I- o desenvolvimento da capacidade de aprender tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III- o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV- o fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e
da tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Desta forma, é fundamental que todos tenham clareza acerca da perspectiva
teórica adotada e expressa no projeto pedagógico da escola quanto ao Ensino
Fundamental e ainda sobre como conduzir este processo de trabalho, conferindo
importância a todas as disciplinas escolares.
Ao Ensino Médio compete aprofundar e consolidar os conhecimentos
adquiridos no nível anterior dando-lhes condições para continuar a sua
aprendizagem, criar novas condições de aperfeiçoamento para que possam
compreender o meio social, natural, político, físico necessários a toda formação do
cidadão conforme LDB; artigo 35.
Art. 35- O ensino médio, etapa final da educação básica com duração mínima
de 3 anos, terá como finalidades:
I- a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II- a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III- o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV- a compreensão dos fundamentos científico - tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Segundo Kuenzer (2000) as finalidades e objetivos do Ensino Médio se
resumem no compromisso de educar o jovem para participar política e
produtivamente do mundo das relações sociais concretas com comportamento ético
e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e
política.
Para reforçar essa perspectiva, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio (Resolução nº 2/2012) em seu Artigo 5, explicita que o Ensino Médio
em todas as suas formas de organização baseia-se em:
I – formação integral do estudante;
II – trabalho e pesquisa como princípios educativos e pedagógicos,
respectivamente;
III – educação em direitos humanos como princípio nacional norteador;
IV – sustentabilidade ambiental como meta universal;
V – Indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a
historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como
entre teoria e prática no processo de ensino-aprendizagem.
VI – integração de conhecimentos gerais e, quando for o caso, técnico-
profissionais, realizada na perspectiva da interdisciplinaridade e da contextualização;
VII – reconhecimento e aceitação da diversidade da realidade concreta dos
sujeitos e do processo educativo, das formas de produção, dos processos de
trabalho e das culturas a ele subjacentes;
VIII – integração entre educação e as dimensões do trabalho, da ciência, da
tecnologia e da cultura como base da proposta e do desenvolvimento curricular;
§ 1º O trabalho é conceituado na sua perspectiva ontológica de transformação
da natureza, como realização inerente ao ser humano e como mediação no
processo de produção da sua existência.
§ 2º A ciência é conceituada como o conjunto de conhecimentos
sistematizados, produzidos socialmente ao longo da história, na busca da
compreensão e transformação da natureza e sociedade.
§ 3º A tecnologia é conceituada como a transformação da ciência em força
produtiva ou mediação do conhecimento científico e a produção, marcada, desde
sua origem, pelas relações sociais que a levaram a ser produzidas.
§ 4º A cultura é conceituada como processo de produção de expressões
materiais, símbolos, representações e significados que correspondem a valores
éticos, políticos e estéticos que orientam as normas de conduta de uma sociedade.
A Modalidade Normal tem como objetivo a preparação de professores para a
educação infantil e para os cinco anos iniciais do ensino fundamental conforme
artigo 62 que diz “admitida, como formação mínima para o exercício do magistério
na educação infantil e nos cinco primeiros anos do ensino fundamental, é oferecida
em nível médio, na modalidade Normal”. O curso é presencial seriado com duração
de quatro anos conforme Deliberação nº 10/99 de acordo com as Diretrizes
Curriculares Nacionais, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação–
Resolução CEB/CNE nº 02/99 e Parecer CEB/CNE nº 01/99, oferecendo a base
nacional comum e a formação específica do curso visando:
Pautar por princípios da ética democrática: dignidade humana,
justiça, respeito mútuo, participação, responsabilidade, diálogo e
solidariedade, atuando como profissionais e como cidadãos;
Utilizar conhecimentos sobre a realidade econômica, cultural,
política e social brasileira para compreender o contexto e as
relações em que está inserida a prática educativa;
Exercer a docência, a organização do trabalho, estabelecendo uma
relação de autoridade e confiança com alunos;
Investigar o contexto educativo na sua complexidade e analisar a
prática profissional, tornando-a continuamente como objetivo de
reflexão para compreender e gerenciar o efeito das propostas,
avaliar seus resultados e sistematizar conclusões de forma a
aprimorá-las;
Estabelecer metas que promovam a aprendizagem e potencializem
o desenvolvimento de todos os educandos, considerando e
respeitando suas características pessoais, socioeconômica,
inserção cultural, origem étnica, gênero e religião;
Utilizar estratégias diversificadas de avaliação da aprendizagem e,
a partir de seus resultados, formular propostas de intervenção
pedagógica, considerando o desenvolvimento de diferentes
capacidades dos alunos;
Incentivar a participação coletiva nos trabalhos desenvolvidos,
adotando atitude de disponibilidade e flexibilidade no contexto
educativo.
2.6 Proposta de Formação Continuada do Colégio
A educação tem expressado, historicamente, a disputa de diversos interesses
e intenções em torno de concepções de mundo, de homem e de sociedade. Ora ela
reflete interesses neoliberais, que se propõem a atender as necessidades do
mercado de trabalho ora expressa as lutas dos movimentos sociais por uma
educação de qualidade para todos e todas. De uma forma ou de outra, revela as
contradições da sociedade contemporânea e do capitalismo no contexto global.
Cabe à instituição escolar problematizar essas contradições para definir sua ação
pedagógica. A educação, invariavelmente, revela um projeto que é pedagógico,
histórico, político, cultural e social (PARANÁ, 2010).
Considerando tudo isso, são os professores os principais agentes que devem
pensar o papel da escola, para que ela seja universal e de qualidade social para
todos e todas.
O colégio, assim como a sociedade e a educação, passa por inovações
estruturais, haja vista que a sociedade se transforma, pois novas informações e
conhecimentos surgem a todo momento, crescem os problemas sociais e
consequentemente isso repercute na sala de aula. Na mesma perspectiva, o
professor em meio a tantas demandas, busca aprimorar-se, formar-se e capacitar-
se, pois é ele o sujeito que tem o domínio do saber e deve mediar este saber, ou
seja, oferecê-lo ao seu aluno de forma organizada e sistematizada.
Um projeto de formação continuada para os professores, nessa direção,
precisa atender às necessidades profissionais dos mesmos, pois:
[...] com otimismo é possível vislumbrar a instalação de um processo de
formação continuada que acrescente e supere a formação inicial do
profissional (a qual precisa ser constantemente revista) para dar conta da
prática escolar. Tal projeto no entender da SEED, deve levar em conta a
construção histórica que os sujeitos envolvidos nas práticas educativas foram
construindo ao longo dos anos, com ou sem o apoio de uma política
educacional para tal. É tarefa do Estado e especificidade da SEED a
indicação das diretrizes curriculares que sustentam o processo educacional
nos diferentes níveis e modalidades. Esta tarefa deve estar permeada por
princípios democráticos que possibilite a garantia de uma escola de
qualidade, que seja universal, pública e gratuita. Por outro lado, é
fundamental uma compreensão de que os profissionais docentes são os
nossos maiores e melhores protagonistas da reformulação curricular.
Os professores em sua prática na escola tornam-se sujeitos
epistêmicos, capazes de refletir, analisar e propor as indicações mais
apropriadas para o processo de ensino e de aprendizagem. (PARANÁ,
SEED, SUED, 2003 - grifo nosso)
Diante do exposto, a formação continuada dos professores e funcionários do
Colégio Estadual Aldo Dallago, acontece no âmbito da escola, com a realização de
atividades, tais como: semanas pedagógicas, reuniões de orientação pedagógica,
grupos de estudo, seminários, reuniões de trabalho para discutir a prática
pedagógica com os colegas, pesquisas, cursos de formação, profuncionário, estudo
de caso, conselho de classe e fora da jornada de trabalho, nos congressos, cursos,
encontros, palestras, cursos em EAD, ofertados pela SEED e instituições de ensino.
Com relação à formação de funcionários o Colégio tem por objetivo favorecer:
- a participação em formação na área de atuação de cada um;
- a participação nas semanas pedagógicas, grupos de estudo, NRE Itinerante,
reuniões;
- o incentivo aos funcionários para o estudo da LDB e do ECA;
- o incentivo aos funcionários para participarem do Programa Pró-funcionário.
2.7 Organização da Hora Atividade:
Sendo a hora-atividade, um tempo reservado aos professores em exercício de
docência, para estudos, avaliação, planejamento e participação em formações
continuadas este Colégio procura organizá-la na forma concentrada, mas como o
quadro docente possui um número elevado de professores que atuam em mais de
uma escola e em municípios diversos, nem sempre é possível conseguir a totalidade
dos professores da mesma disciplina no mesmo horário, procurando favorecer o
trabalho coletivo, priorizando o encontro por áreas do conhecimento e por
professores de uma mesma série.
A hora-atividade é realizada sob orientação e coordenação da equipe
pedagógica que acompanha as atividades individuais e coletivas a serem
desenvolvidas pelos professores, que correspondem ao planejamento, execução e
avaliação.
A direção sistematiza o quadro de distribuição da hora-atividade mantendo-o
em edital, permitindo seu acompanhamento e informando a comunidade escolar da
disponibilidade do horário dos professores aos seus alunos e pais.
3. ATO CONCEITUAL
As concepções de trabalho, ciência, homem, escola, cultura, conhecimento,
sociedade, educação e tecnologia pautam-se na teoria histórico-crítica que visa uma
educação capaz de lutar contra a ideologia dominante.
Para Severino (1992) “educar contra-ideologicamente é utilizar, com a devida
competência e criatividade as ferramentas do conhecimento, as únicas de que
efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua
existência real”.
Neste sentido, é preciso entender a educação como uma prática social, sendo
uma atividade específica dos homens situando-os dentro da história, a qual deve
propiciar a todos uma escolarização eficaz, independente de quais sejam as
características pessoais, psicológicas ou sociais do aluno.
Então como organização essencialmente educativa, a escola tem tarefas
sociais e éticas peculiares, com um caráter profundamente democrático, pois de
acordo com Saviani (1992) a educação é um fenômeno próprio dos seres humanos,
e significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo
de trabalho, bem como é ela própria, um processo de trabalho.
A escola é um dos espaços privilegiados para o tratamento de questões
emergentes da sociedade contemporânea, entre elas a inserção da tecnologia na
vida dos alunos.
Para Machado (2002) o processo educativo há de se revelar capaz de
sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel criador do homem. É preciso
introduzir na instituição escolar, uma pedagogia na qual não apenas se reforme o
ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem de todos os alunos.
A LDB n° 9394/96, ao propor a formação tecnológica como eixo do currículo
assume, segundo Kuenzer (2000) a concepção que a aponta como a síntese entre o
conhecimento geral e o específico, determinando novas formas de selecionar,
organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e
alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento
das desigualdades, ou para a intercalação social se for vista como uma forma de
instalar mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.
O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações
entre os homens e a natureza, sendo produzido nas relações sociais mediadas pelo
trabalho. O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é sempre
“intencionado”, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa. (FREIRE, 2003, p.
59).
Como construção histórica, o conhecimento é matéria-prima (objeto de
estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos
conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações
para a sociedade em que vive permitindo “ao cidadão-produtor chegar ao domínio
intelectual do técnico e das formas de organização social sendo, portanto, capaz de
criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do
domínio do conhecimento”. (KUENZER, 1985, p. 33-35).
Considerado um ser social, o homem atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na
organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas
esferas da sociedade, a escola tem a função social de garantir o acesso de todos
aos saberes científicos produzidos pela humanidade.
Diante deste desafio, toda a organização curricular, por sua natureza e
especificidade, precisa completar várias dimensões da ação humana, entre elas a
concepção de cultura. Na escola, em sua prática, há a necessidade da consciência
de tais diversidades culturais, especialmente da sua função de trabalhar as culturas
populares de forma a levá-los à produção de uma cultura erudita, como afirma
Saviani (apud FRIGOTTO, 1994, p. 189).
O acolhimento da diversidade na escola implica, de acordo com Libâneo
(2001), adotar uma educação multicultural, pois, para o autor “acolher a diversidade
é a primeira referência para a luta pelos direitos humanos e para uma educação
inclusiva.”
Assumir o papel da escola de atender essa diversidade cultural não significa
reduzir o currículo aos interesses dos vários grupos culturais que frequentam a
escola. O que se propõe é que, com base em uma atitude geral definida pela escola
no sentido de um pluralismo cultural, ou seja, uma visão aberta e plural em relação
às culturas existentes na sociedade e na comunidade seja formulada uma proposta
curricular que incorpore essa visão multicultural.
Para Sacristán (2000) é o currículo comum para todos que a visão
multicultural deve incorporar, para que a integração de cultura se realize dentro de
um sistema de escolarização única que favoreça o processo de inclusão.
Essa formulação envolve compreender a educação no seu desenvolvimento
histórico-objetivo e articular sua proposta pedagógica, cujo compromisso seja a
transformação da sociedade e não a manutenção das diferenças que excluem e
provocam a injustiça social.
O desenvolvimento histórico compreende o processo pelo qual o homem
produz a sua existência no tempo, agindo sobre a natureza ele vai construindo o
mundo histórico, cultural e humano. Nesta concepção de aprendizagem, por um
esforço próprio, o aluno se reconhece nos conteúdos e modelos sociais
apresentados pelo professor, assim pode ampliar sua própria experiência.
O novo conhecimento se apóia numa estrutura cognitiva já existente. O grau
de desenvolvimento na aprendizagem depende tanto da disposição do aluno, quanto
do professor e do contexto de sala de aula.
A velha dicotomia entre fazer e pensar precisa ser rompida com ações
efetivas. Reconhecer que o professor é o sujeito que pensa, cria, produz e trabalha
com o conhecimento é valorizar a sua ação reflexiva e sua prática.
Como princípios da política pública adotada, estão: a educação como direito
de todo cidadão; a valorização do professor e de todos os profissionais da
educação; o trabalho coletivo e a gestão democrática em todos os níveis
institucionais e o atendimento às diferenças e à diversidade cultural.
Estes princípios são a tônica nos processos de inserção social desta gestão
que evidencia a possibilidade de se reverter o forte quadro de desigualdade de
nosso país, com ações eficazes no atendimento às populações.
3.1 Organização Curricular Utilizada:
A organização curricular do Ensino Médio, em todas as suas formas de
organização, tem uma base nacional comum e uma parte diversificada que não
devem constituir blocos distintos, mas um todo integrado, de modo a garantir
tanto conhecimentos e saberes comuns necessários a todos os estudantes,
quanto uma formação que considere a diversidade e as características locais e
as especificidades regionais.
O currículo contempla as áreas de conhecimento, Matemática, Ciências da
Natureza e Ciências Humanas, com tratamento metodológico que evidencie a
contextualização e a interdisciplinaridade ou outras formas de interação e
articulação entre diferentes campos dos saberes específicos, (BRASIL, 2012).
Considera-se o fato de que a organização por áreas de conhecimento não
pode diluir nem excluir componentes curriculares com especificidades e saberes
próprios construídos e sistematizados, mas sim implicar no fortalecimento das
relações entre eles e sua contextualização para apreensão e intervenção na
realidade, requerendo planejamento e execução conjugados e cooperativos
dos seus professores.
A fim de explicitar e garantir o fortalecimento das necessárias abordagens dos
diversos desses saberes próprios construídos e sistematizados, em consonância
com a Resolução nº 2/2012 em seu Artigo 9º, o Colégio articula-se a partir dos
componentes obrigatórios, definidos pela LDB 9394/96:
a) – o estudo da Língua Portuguesa e da Matemática, o
conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política,
especialmente no Brasil;
b) O ensino de Arte, especialmente em suas expressões regionais,
de forma a promover o desenvolvimento cultural dos estudantes, com a Música
como seu conteúdo obrigatório, mas não exclusivo;
c) A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da instituição
de ensino, sendo sua prática facultativa ao estudante nos casos previstos em Lei;
d) O ensino de História do Brasil, que leva em conta as contribuições
das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro,
especialmente das matrizes indígena, africana e europeia;
e) O estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, no
âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística
e de Literatura e História brasileiras;
f) A Filosofia e a Sociologia em todos os anos do curso;
g) Uma língua estrangeira moderna na parte diversificada, escolhida
pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das
disponibilidades da instituição.
A organização curricular do Colégio Aldo Dallago considera ainda, a
Resolução 2/2012, que estabelece As Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio, em seu Artigo 11º “outros componentes curriculares, a critério dos
sistemas de ensino e das unidades escolares e definidos em seus projetos
político-pedagógicos, podem ser incluídos no currículo, sendo tratados ou como
disciplina ou com outro formato, preferencialmente, de forma transversal e
integradora”.
Sob essa perspectiva a organização curricular, pautada no mesmo
documento, em seu Artigo 12, deve:
I - garantir ações que promovam:
a) A educação tecnológica básica, a compreensão do significado da
ciência, das letras e das artes;
b) O processo histórico de transformação da sociedade e da cultura;
c) A língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao
conhecimento e exercício da cidadania;
II – adotar metodologias de ensino e de avaliação de aprendizagem
que estimulem a iniciativa dos estudantes.
III – organizar os conteúdos, as metodologias e as formas de
avaliação de tal forma que ao final do Ensino Médio o aluno demonstre:
a) Domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a
produção moderna;
b) Conhecimento das formas contemporâneas de linguagem.
3.2 Base Nacional Comum e Parte Diversificada:
De acordo com a Lei n.º 9394/96, os currículos do Ensino Fundamental e
Médio devem ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada
sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida
pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da
clientela.
Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir do
sexto ano do Ensino Fundamental, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira
moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das
possibilidades da instituição.
Desta forma, a Parte Diversificada da Matriz Curricular para o Ensino
Fundamental é composta pela disciplina de Língua Estrangeira Moderna – Inglês.
No Ensino Médio a parte diversificada é composta pela disciplina de Língua
Estrangeira Moderna – Inglês.
No Curso de Formação de Docentes a parte diversificada é composta pelas
seguintes disciplinas: Fundamentos Históricos da Educação, Fundamentos
Filosóficos da Educação, Fundamentos Sociológicos da Educação, Fundamentos
Psicológicos da Educação, Fundamentos Históricos e Políticos da Educação Infantil,
Concepções Norteadoras da Educação Especial, Trabalho Pedagógico na Educação
Infantil, Organização do Trabalho Pedagógico, Literatura Infantil, Metodologias do
Ensino de: Português/Alfabetização, Matemática, História, Geografia, Ciências, Artes
e Educação Física.
A parte diversificada do Curso Técnico em Administração em Nível Médio,
Modalidade Integrado é composto pelas disciplinas de: Sociologia, Filosofia, Língua
Estrangeira Moderna – Inglês, Administração Financeira e Orçamentária,
Administração de Produção e Materiais, Comportamento organizacional,
Contabilidade, Elaboração e análise de projetos, Gestão de Pessoas, Introdução a
Economia, Marketing, Noções de Direito e Legislação Social do Trabalho,
Organização, sistemas e métodos, Teoria Geral da Administração.
A parte diversificada do Curso Técnico em Administração em Nível Médio,
Modalidade Subsequente é composto pelas disciplinas de: Administração de
Produção de Materiais, Administração Financeira e Orçamentária, Comportamento
Organizacional, Contabilidade, Elaboração e análise de projetos, Estatística
Aplicada, Fundamentos do Trabalho, Gestão de Pessoas, Informática, Introdução à
Economia, Marketing, Matemática Financeira, Noções de Direito e Legislação do
Trabalho, Organização, Sistemas e Métodos, Prática Discursiva e Linguagem, Teoria
Geral da Administração.
A parte diversificada do Curso de Técnico em Secretariado, Nível Médio,
Modalidade Subsequente, é composta por: Administração, Cerimonial e Protocolo,
Contabilidade, Fundamentos do Trabalho, Gestão de Pessoas, Informática,
Introdução às finanças, Língua Estrangeira Moderna – Espanhol, Língua Estrangeira
Moderna – Inglês, Redação Empresarial, Matemática Financeira, Metodologia
Científica, Noções de Direito e Legislação Social e do Trabalho, Psicologia
Organizacional, Técnicas de Secretariado.
Desta forma a Proposta Pedagógica Curricular do Colégio composta pela
base nacional comum e pela parte diversificada, inspira-se no princípio de que é
pela escola que os sujeitos terão acesso aos conhecimentos sistematicamente e
historicamente produzidos pela humanidade, necessários ao processo de tomada de
consciência, à emancipação e à formação do cidadão.
3.3 Concepção de Avaliação
O processo de avaliação concentra uma série de decisões que se expressam
na ação prática do professor, pois quando avalia seus alunos, toma novas decisões
a partir dos resultados da avaliação, e mantém ou reformula seus planos. Esse
conjunto de decisões não é neutro. Avaliar sugere ação, de forma a conduzir à
efetiva aprendizagem.
O Colégio Estadual Aldo Dallago está trabalhando para que a avaliação não
seja instrumento de poder, capaz de determinar o sucesso ou o fracasso dos
educandos, mas que, a avaliação pressuponha planejamento, definição de princípios
e diretrizes sobre a metodologia a se utilizar e estabelecimento de metas que se
espera alcançar. Para que isso aconteça, concebe-se a avaliação como tarefa
permanente do trabalho docente que deve acompanhar passo a passo o processo
de ensino e aprendizagem, sendo que sua principal tarefa é propiciar ao educando o
aprendizado.
Percebe-se de que a cultura da nota ainda se encontra impregnada na
mentalidade de docentes e educandos. Neste sentido, conceber a avaliação como
processo contínuo e integral do processo de ensino e aprendizagem, é o grande
desafio.
Para reverter essa cultura, busca-se na pedagogia histórico-crítica uma
consciência nova sobre a avaliação. Nesta perspectiva destaca-se dentre as funções
da avaliação, a pedagógico-didática, que de acordo com Libâneo se refere ao papel
da avaliação no cumprimento dos objetivos gerais e específicos da educação
escolar. Ao se comprovar sistematicamente os resultados do processo de ensino,
evidencia-se ou não o atendimento das finalidades sociais do ensino. A função de
diagnóstico permite identificar progressos e dificuldades dos alunos e atuação do
professor que, por sua vez, determinam modificações do processo de ensino para
melhor cumprir as exigências dos objetivos propostos. A avaliação diagnóstica
ocorre no início de cada unidade a ser trabalhada, na qual verificam-se as condições
prévias dos alunos de modo a prepará-los para os estudos do conteúdo novo.
Durante o processo de transmissão é feito o acompanhamento do progresso dos
alunos, apreciando os resultados, corrigindo falhas, esclarecendo dúvidas,
estimulando-os a continuarem trabalhando até que alcancem resultados positivos.
Neste processo, é necessário avaliar os resultados da aprendizagem no final de uma
unidade didática, do bimestre ou do ano letivo. A função de controle permite ao
professor observar como estão conduzindo a assimilação de conhecimentos e
habilidades no desenvolvimento das capacidades mentais.
3.4 Estudo sobre o Estado do Paraná, Inclusão e Cultura Afro-brasileira e
Africana
Os estudos sobre o Paraná serão ofertados interdisciplinarmente, nas
disciplinas de Geografia e História, podendo ainda ser, abordado conforme a
contextualização necessária ao conteúdo trabalhado.
Os conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana, conforme a Lei
n.º 10.639/03, serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial
nas áreas de Artes e de Literatura e História Brasileiras, pois trabalhar com as
diversidades culturais explorando as diferenças etno-raciais que estão postas, tanto
na sala de aula como na sociedade, é possibilitar a reflexão crítica, o pensar do
aluno a partir de seu lugar, de suas experiências de vida, de suas lutas diárias.
Neste sentido, propor ações afirmativas e trazer à tona a diversidade, não é,
de imediato, uma atitude de pacifismo pedagógico ou de resoluções da contradição
posta na sociedade. Ao contrário, é inserir o conflito no seio da vida real, da escola,
e enfrenta-lo, explicitando as diferenças, trabalhando com clareza as contradições
(PARANÁ, 2005, p. 1).
3.5 Educação para as Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-
Brasileira
Em consonância com os dispositivos legais: Lei Nº 10.639/03, que estabelece
a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas e o
Parecer Nº 03/2004 (CNE/CP), de aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais
para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura
Afro-Brasileiras e Africanas, o Colégio procura garantir espaço para o ensino das
Relações Étnico-Raciais e História e Cultura Afro-Brasileira junto à organização do
trabalho pedagógico.
Para tanto, possui a Equipe Multidisciplinar que tem “como ação primordial
intensificar o diálogo com a comunidade escolar no sentido de desenvolver práticas
pedagógicas, ou seja, formas de ensinar e aprender para a Educação das Relações
Étnico-Raciais – ERER, de forma a positivar e fortalecer a identidade de negras/os,
comunidades tradicionais negras, quilombolas e indígenas, por meio da Promoção
da Igualdade Racial na perspectiva de romper as barreiras impostas pela questão
étnico-racial e seus impactos no acesso, permanência e sucesso das referidas
populações” (ORIENTAÇÃO Nº 002/2015 – DEDI/CERDE/CEEI).
3.6. MATRIZ CURRICULAR
3.6.1 MATRIZ CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL
ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 32 – Ibaiti MUNICÍPIO: 0980 – Ibaiti
ESTABELECIMENTO: 00011 – Aldo Dallago, C. E. - Ensino Fundamental, Médio, Normal e Profissional
ENTIDADE MATENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – Ensino Fundamental – 5ª / 8ª Série TURNO: Diurno
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – Simultânea MÓDULO: 40 semanas
DISCIPLINAS 5ª 6ª 7ª 8ª
BNC
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
Educação Física 2 2 2 2
Ensino Religioso * 1 1
Geografia 2 3 3 3
História 3 2 3 3
Língua Portuguesa 5 5 5 5
Matemática 5 5 5 5
Sub – Total 23 23 23 23
PD L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
Sub – Total 2 2 2 2
TOTAL GERAL25 25 25 25
3.6.2 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO
NRE: 32 - IBAITI MUNICÍPIO: 0980 – IBAITI
ESTABELECIMENTO: 00011 – ALDO DALLAGO, CE – E. FUND MÉDIO NORMAL E PROF.ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ, TARDE E NOITEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTANEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / SÉRIES1 2 3
B ARTE 2 2 2BIOLOGIA 2 2 2EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2FILOSOFIA 2 2 2FÍSICA 2 2 2GEOGRAFIA 2 2 2
N HISTÓRIA 2 2 2LÍNGUA PORTUGUESA 2 3 3MATEMÁTICA 3 2 2QUÍMICA 2 2 2
C SOCIOLOGIA 2 2 2
SUB – TOTAL 23 23 23
PD L.E.M. – INGLÊS 2 2 2
PD L.E.M. - ESPANHOL 4 4 4
SUB - TOTAL 6 6 6
TOTAL GERAL 29 29 29
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB 9394/96O IDIOMA SERÁ DEFINIDO PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
3.6.3 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO FORMAÇÃO DE DOCENTES
ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONUCLEO: 32 – IBAITI MUNICÍPIO: 0980 – IBAITI
ESTAB: 00011 – ALDO DALLAGO, C E – EF MED NORMAL PROFENT. MANTEN.: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 0489 – Form. D. EIAIEFU TURNO: MANHÃ ANO IMPLANT.: 2014 – GRADATIVA MÓDULO: 40 SEMANASDISCIPLINAS /SÉRIE 1 2 3 4BNC ARTE
BIOLOGIAEDUCAÇÃO FÍSICAFILOSOFIAFISICAGEOGRAFIAHISTÓRIALINGUA PORT. E LITERATURAMATEMÁTICAQUÍMICASOCIOLOGIA
2-22-3222-2
-322--22222
--223--2222
--22---32-2
BNC SUB-TOTAL 17 17 15 11PD L.E.M. INGLÊS - - 2 -FE CONCEPÇÃO NORT. ED. ESPEC.
FUNDAMENTOS FILOS. SOCOL. EDUC.FUNDAMENTOS HIST.EDUCAÇÃOFUND.HIST.POL.DA ED.INFANTILFUND.PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃOLIBRASLITERATURA INFANTILMETODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃOMETODOLOGIA DO ENS. ARTEMETODOLOGIA ENS. CIÊNCIASMETODOLOGIA ENS. EDUC. FISICAMETODOLOGIA ENS. GEOGRAFIAMETODOLOGIA ENS. HISTÓRIAMETODOLOGIA ENS. MATEMÁTICAMET. ENS. LÍNGUA PORTUGUESAORGANIZAÇÃO DO TRAB. PED.PRÁTICA DE FORMAÇÃO (EST. SUP.)TRAB. PEDAG. NA EDUC. INF.
--2-2--
-------252
2--2---
-------252
-2----22-----2--5-
-----2-
22222-2-5-
FE SUB-TOTAL 13 13 15 19
TOTAL GERAL 30 30 30 30NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM LDB Nº 9394/96
3.6.4 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO –
INTEGRADO
TURNO: NOITE
ANO: 2007
MÓDULO: 40 semanas
DISCIPLINAS 1ª 2ª 3ª 4ªN.º Total
H./ aula
Total
H/ relógio
BNC
Língua Portuguesa e Literatura 3 3 3 4 520 433Arte 2 80 66Educação Física 2 2 2 2 320 266Matemática 2 4 4 3 520 433Física 2 2 160 133Química 2 2 160 133Biologia 2 2 160 133História 2 2 160 133Geografia 2 2 160 133
Sociologia 2 80 66
Filosofia 2 80 66
PD
L.E.M. – Inglês 2 2 160 133Sistema de Informações Gerenciais 2 80 66Noções de Dir. e Leg. Sociais 2 2 160 133
Metodologia e Tec. De Pesquisa 2 80 66Sub – total 21 23 15 13 2880 2400
FORMAÇÃ
O
ESPECÍFIC
A
Teoria Geral da Administração 2 80 66
Fund. Psicossociais da Adm. 2 80 66Teoria Econômica 2 80 66
Contabilidade Geral e Gerencial 2 2 160 133 Admin. de Prod. e Materiais 2 2 160 133Admin. Financ. E Orçamentária 2 2 160 133Admin. Estratégica e Planej. 2 80 66
Admin. de Pessoal 2 2 160 133Admin. de Marketing e Vendas 2 80 66Elaboração e Análise de Projetos 2 80 66 Sub-total 6 2 10 12 1120 933
TOTAL GERAL 25 25 25 25 4000 3333
4. ATO OPERACIONAL
O Brasil não oferece a classe majoritária da população, condições
plenas para exercer sua cidadania. É desigual nas oportunidades que oferece às
pessoas no plano econômico, cultural e político, consequentemente desigual na
educação. Por isto, trabalhar por uma escola mais inclusiva na tentativa da
construção de um futuro melhor é o principal desafio para esta instituição de ensino.
A sociedade que se deseja é a que permita a igualdade de
oportunidades a todos, conforme preconizado no artigo 5º da Constituição Federal, a
fim de permitir dignidade de vida democrática, revitalizando a cultura, os valores
éticos e morais.
Para mudar a face da escola deseja-se que a mesma tenha efetiva
autonomia para tomar decisões que expressem a realidade de sua comunidade, que
seja valorizada, assim como os profissionais que nela trabalham. Que seja
democrática na sua gestão permitindo a todos, a participação.
Resguardado o princípio da participação, será necessário considerar que
a escola tem funções sociais explícitas, objetivos próprios, estrutura de gestão,
formulados de forma coletiva e pública, dentro do critério do respeito aos papéis e
competências.
Espera-se que a escola possa exercer sua função primordial que é
formar e informar seus alunos, obtendo para isto mais recursos financeiros e
materiais, com laboratórios equipados para a prática de diversas disciplinas, com
menor número de alunos por sala e também com número de pessoal compatível
com o número de alunos, turmas e turnos. A escola tem que ser inovadora do saber
e com autonomia para organizar conteúdos programáticos, calendário escolar e
matriz curricular, de acordo com os interesses daqueles que frequentam seu espaço.
Aos educandos, deseja-se que sejam participativos nas aulas e fora
dela, críticos e disciplinados em suas atividades e estudos, que respeitem os valores
da sociedade, aprendam a ser bons líderes, tornem-se profissionais competentes
com a formação aqui recebida, tenham iniciativa e poder de decisão, sejam
conscientes, compromissados, objetivados de seus deveres e obrigações e
estudiosos. O maior desejo é que melhorem as relações pessoais entre alunos e
professores, aluno/aluno e funcionários.
O profissional da educação como todos os envolvidos no processo
educativo necessita ser transformador, inovador, idealizador, dinâmico, vocacionado,
comprometido, assíduo, bem humorado e cooperador. Acreditar e valorizar a
formação continuada como reflexão da prática em busca de soluções aos problemas
do cotidiano.
O Colégio considera como Educadores também os funcionários,
entendidos como parte do ambiente educacional denominado escola. Para valorizá-
los faz-se necessário que sejam bem remunerados. Não depende do colégio ou da
direção, mas da política governamental, a começar por uma boa remuneração, em
seguida a conscientização de suas obrigações e de sua importância dentro do
contexto escolar, dinâmicos, que cumpram suas responsabilidades e não
sobrecarreguem seus companheiros; sejam receptivos, tenham capacitação
continuada e possam sentir-se parte desta comunidade.
Com a avaliação de nosso contexto concluímos que precisamos priorizar
uma educação voltada para a formação total do homem como cidadão,
fundamentado no cognitivo que possibilite aos educandos atuar como agentes das
transformações sociais. Para tanto a construção coletiva do nosso Projeto possibilita
a vivência democrática, levando em conta o meio em que está inserida a escola e a
cultura de sua comunidade, além dos interesses e necessidades da comunidade
escolar.
4.1 Proposta de Trabalho para Articulação com a Família e Comunidade
Para Rego (In: AQUINO, 1999), a família entendida como o primeiro contexto
de socialização, exerce, indubitavelmente, grande influência sobre a criança e o
adolescente. A atitude dos pais e suas práticas de criação e educação são aspectos
que interferem no desenvolvimento individual e, consequentemente, influenciam o
comportamento da criança ou do adolescente na escola.
A exigência da participação dos pais na organização e gestão da escola, no
entender de Libâneo (2001), corresponde a novas formas de relações entre escola,
sociedade e trabalho, que repercutem na escola nas práticas de descentralização,
autonomia, co-responsabilização, multiculturalismo.
De fato, a escola não pode ser mais uma instituição isolada em si mesma,
separada da realidade circundante, mas integrada em uma comunidade que interage
com a vida social mais ampla. Todavia, não tem havido consenso entre os
pesquisadores e educadores sobre as formas concretas dessa participação, embora
esteja claro para a maioria que os pais participam, de forma delegada, na
Associação de Pais e Mestres, no Conselho Escolar e outros órgãos colegiados que
venham a existir.
Para Cavagnari (2010) as escolas que planejam, executam e avaliam suas
ações levando em conta a participação dos pais e comunidade, possuem uma
qualidade diferenciada daquelas que não buscam esta relação de parceria. A
oportunidade de interagir com a família e outras pessoas e órgãos da comunidade
interessadas em acompanhar o que fazem os estudantes, influencia positivamente o
desempenho dos alunos e das escolas. Assim como a comunidade possui
expectativas em relação à formação realizada na e pela escola, esta se vale daquela
para validar seus pressupostos teóricos, bem como para lutar conjuntamente pela
obtenção dos objetivos educacionais.
A participação da comunidade possibilita à população o conhecimento e a
avaliação dos serviços oferecidos e a intervenção organizada na vida da escola. De
acordo com Gadotti e Romão (1997, apud, LIBÂNEO, 2001), a participação influi na
democratização da gestão e na melhoria da qualidade de ensino. Segundo eles,
todos os segmentos da comunidade podem compreender melhor o funcionamento
da escola, conhecer com mais profundidade os que nela estudam e trabalham,
intensificar seu envolvimento com ela e, assim, acompanhar melhor a educação ali
oferecida.
Para que a participação dos pais na escola se efetive é necessário a prática
de uma gestão democrática ou democrática-participativa, o que na perspectiva de
Libâneo (2001), valoriza a participação da comunidade escolar no processo de
tomada de decisão, concebe a docência como trabalho interativo, aposta na
construção coletiva dos objetivos e do funcionamento da escola, por meio da
dinâmica intersubjetiva, do diálogo, do consenso.
Desta forma, o Colégio sente a necessidade de interagir mais com os pais
das crianças e adolescentes. Eles precisam sentir-se bem vindos na instituição,
receber informações sobre o progresso e desenvolvimento de seus filhos e precisam
ter espaços para expressarem suas opiniões e ideias sobre a instituição e sobre a
educação oferecida às crianças.
As reuniões coletivas com os pais serão realizadas bimestralmente, ou
sempre que se fizer necessário. Os pais e/ou responsáveis serão convidados para
reuniões individuais e reuniões de acompanhamento bimestralmente. Também serão
convidados para as festividades comemorativas e/ou apresentações dos alunos.
4.2 INSTÂNCIAS COLEGIADAS
4.2.1 Assembléia Geral
Realizada no início do ano letivo e depois quantas vezes se fizerem
necessárias, será o momento de encontro entre todos os sujeitos, onde todos
têm direito à voz e voto. A Assembléia será uma das melhores oportunidades
para construir coletivamente o plano de ação da escola (a partir do Projeto
Político-Pedagógico), além de tomar decisões sobre alterações na Proposta
Pedagógica Curricular, entre outros.
4.2.2 Grêmio Estudantil
O Grêmio Estudantil é a organização dos estudantes na escola. Ele é
formado apenas por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades
culturais e esportivas, produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de
interesse dos estudantes, que não fazem parte do currículo escolar, e também
organizando reivindicações tais como com compra de livros para a biblioteca,
transporte gratuito para estudantes e muitas outras coisas.
O Grêmio Estudantil não tem caráter, político-partidário, religioso, racial
e também não deverá ter fins lucrativos.
A organização, ou funcionamento e as atividades do grêmio serão
estabelecidas em seu estatuto, aprovado em Assembléia Geral do corpo discente do
estabelecimento de ensino convocada para este fim, obedecendo à Legislação
pertinente.
4.2.3 Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativa quanto à
avaliação escolar dos alunos, decidindo sobre ações preventivas e corretivas em
relação ao rendimento dos alunos, ao comportamento discente, às promoções e
reprovações e as outras medidas concernentes à melhoria da qualidade da oferta
dos serviços educacionais e ao melhor desempenho escolar dos alunos.
O objetivo do Conselho de Classe é detectar possíveis problemas
metodológicos ou de conteúdos, e ou de avaliação, além de encontrar soluções
através da troca de informações e experiências.
O Conselho de Classe deve ser encarado por todos (professores,
alunos, direção, equipe pedagógica) como uma caminhada para melhorar o
desempenho de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem.
Também é no Conselho de Classe onde melhor devem ser trabalhados
os conceitos da ética e cidadania, desenvolvendo e respeito entre as pessoas que
trabalham juntas, visando sempre uma educação digna.
Os Conselhos de Classe serão realizados bimestralmente, com a
participação de todos os professores de cada turno, além do pedagogo, direção e
um aluno representante de cada turma (neste caso o líder da turma).
4.2.4 APMF ( Associação de Pais , Mestres e Funcionários )
A Associação de Pais Mestres e Funcionários, pessoa jurídica de
direito privado, é um órgão de representação de pais e mestres desse
estabelecimento de ensino, não tendo caráter partidário, racial, nem fins lucrativos,
cuja finalidade é a integração entre a escola, família e a comunidade para o
aprimoramento do processo ensino/aprendizagem, através de aproximação entre os
educadores, pais e educandos.
4.2.5 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva,
deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer o Projeto Político Pedagógico da
escola, critérios relativos a sua ação, organização, funcionamento e relacionamento
com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e compatíveis com diretrizes e
política educacional traçadas pela Secretaria de Estado da Educação.
O Conselho escolar tem por finalidade promover a articulação entre os
vários seguimentos organizados as sociedade e os setores da escola a fim de
garantir eficiência e qualidade do seu funcionamento.
4.3. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO
PEDAGÓGICO
“ A avaliação da escola é um processo pelo qual os especialistas
(diretor, coordenador pedagógico) e os professores discutem e avaliam sua escola
em função do aprimoramento pedagógico – curricular e da qualidade do ensino”.
( LIBÂNEO, José Carlos – Organização e Gestão da Escola. Ed. Alternativa .
Goiânia – 2001).
É necessário, de fato, verificar a qualidade dos serviços prestados, em
função das responsabilidades sociais da escola. Se por um lado, através de testes
bem elaborados e outras formas de avaliação, podemos detectar problemas e
dificuldades nas diversas matérias, e procurar, escola e professores principalmente,
formas de saná-los, também precisamos considerar outros elementos determinantes
para ofertar o ensino de qualidade. “ Características dos alunos, rendimento
escolar por classe, composição do corpo docente ( tempo de trabalho, idade,
currículo profissional, etc ), condições de trabalho e motivação dos professores,
recursos físicos e materiais, materiais didáticos e informacionais”. Além deste
elenco de elementos, que devem fazer parte de uma avaliação diagnóstica, Libâneo
diz que “ é preciso chegar até a sala de aula para obter conhecimentos mais
precisos sobre os processos de ensino e aprendizagem, as relações entre
professores e alunos, a qualidade cognitiva das aprendizagens, as práticas de
avaliação”.
Dentro do contexto acima exposto, a avaliação institucional deve ter
como base dados estatísticos que serão elaborados pela escola, tais como:
1 abandono da escola, por turma, série e turno;
2 reprovação, também por turma, série e turno;
3 situação econômica dos pais;
4 situação sócio-afetiva do aluno ( se reside com os pais, se são
separados, etc).
Estes dados são de suma importância para situar os alunos e darão ao
professores elementos sobre sua prática docente, o domínio de conhecimentos e
metodologias, além de indicar procedimentos de ensino e avaliação, nas diversas
turmas. Também nos oferecem um quadro da qualidade da escola e se sua função
social está sendo cumprida.
Também é muito importante avaliar o clima organizacional da escola e
para tanto serão elaborados questionário que serão respondidos em duas ocasiões
distintas, no segundo bimestre e no primeiro mês do último bimestre. Serão
avaliados:
- o tipo de direção que a escola possui (democrática, hostil, autoritária, etc );
- tipo de organização (boa, tolerante, exigente,rígida,desorganizada );
-relações humanas ( solidárias, separadas, práticas, etc );
- envolvimento da equipe pedagógica;
- acompanhamento do rendimento escolar dos alunos;
- avaliação da execução do projeto pedagógico – curricular, estrutura
pedagógica, sistema de gestão, relações interpessoais ;
- avaliação do desempenho do professor ( assiduidade, produtividade,
pontualidade, participação ).
4.3.1 Periodicidade
Semestral.
4.3.2 Instâncias envolvidas
Conselho Escolar
APMF
Grêmio Estudantil
4.4. PROGRAMAS INTEGRADOS AO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
É importante destacar, mais uma vez, a opção do Colégio pela
organização disciplinar do currículo tomando-o na perspectiva interdisciplinar.
Contudo, o Colégio desenvolverá alguns projetos com a finalidade de trabalhar os
conteúdos ministrados pelos docentes em sala de aula, como forma de ampliar a
abordagem dos conteúdos, utilizando-se de estratégias diversas, tais como:
atividades esportivas, culturais e artísticas.
Para tanto, destaca-se os seguintes projetos:
- CEAD em Evidência; - Atividades Complementares Curriculares em Contraturno;- Sala de Apoio à Aprendizagem;- Programa Brigada Escolar;- Prevenção ao Uso de Drogas; - Fanfarra; A descrição de cada projeto está explicitada na sequência:
4.4..1 CEAD Em Evidência
O projeto CEAD em Evidência caracteriza-se, principalmente seu caráter
interdisciplinar que procura desenvolver nos estudantes o hábito de pesquisa,
exposição de ideias, incentivando o espírito de criticidade, criatividade e
companheirismo e autonomia permitindo o despontar de lideranças.
Esse projeto tem como objetivos:
- Aprofundar os conhecimentos dos diversos temas propostos;
- Despertar a consciência corporal e o potencial de expressão do corpo
humano;
- Perceber as manifestações culturais que influenciaram a formação da
sociedade;
- Desenvolver a oralidade e segurança na exposição de conteúdos
aprendidos;
- Incentivar a criatividade artística e o gosto pela arte em geral;
- promover o hábito de pesquisa;
- promover a interação do aluno com as diversas formas de
aprendizagem;
- estimular a participação da comunidade nos eventos escolar.
O Projeto CEAD em Evidência assume um novo formato a partir deste ano de
2016, pois o evento será dividido em três etapas distintas:
Exposição - resultante de atividades desenvolvidas nas disciplinas da
Área de Humanas - História, Ensino Religioso, Geografia, Filosofia,
Filosofia (A disiciplina de Arte, mesmo pertencendo ao grupo de
Linguagens, será colocada nesta etapa a fim de contribuir com a
exposição).
Feira de Experimentos – resultante das atividades desenvolvidas nas
disciplinas da Área de Matemática e de Ciências da Natureza –
Química, Física, Biologia e Ciências.
Festival Cultural – resultante de atividades desenvolvidas (danças e
teatros) nas disciplinas da Área de Linguagem - Língua Portuguesa,
Lingua Estrangeira Moderna e Educação Física.
Para o desenvolvimento destas atividades, o coletivo da escola elege um
tema central e, na sequência, os professores deverão selecionar o tema secundário
que sera desenvolvido por cada turma.
Cabe aos alunos participar ativamente de todas as atividades propostas no
decorrer do projeto, pois o mesmo consta como atividade integrante dos Planos de
Trabalho Docente dos professores e como instrumento de avaliação.
4.4.2 Atividades Complementares Curriculares em Contraturno
Atividades Complementares em contraturno (Instrução nº 07/2012), são
atividades educativas integradas ao currículo escolar, ofertadas por meio da
ampliação de tempos, espaços e oportunidades de aprendizagem que visam ampliar
a formação do aluno, com registro de frequência diária dos mesmos no Livro de
registro de Classe, inseridas no Sistema de Administração Escolar (SAE) e no
Sistema Estadual de Registro Escolar (SERE). Essas atividades poderão ser
permanentes ou periódicas.
As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno serão
desenvolvidas com um mínimo de 25 participantes, regularmente matriculados na
Rede Pública Estadual.
As atividades Complementares Curriculares em Contraturno
Permanentes deverão ser desenvolvidas nos turnos manhã e tarde e as Atividades
Complementares Curriculares Periódicas poderão se desenvolvidas nos turnos
manhã, tarde e noite e, excepcionalmente, no turno intermediário das 12 horas às
13:30 horas e das 17 horas às 19 horas, desde que a instituição de ensino solicite e
haja autorização da SEED. Os alunos de Ensino fundamental menores de 14 anos
não poderão participar e atividades propostas no período noturno.
As Atividades Complementares Curriculares Permanentes serão
ofertadas em, no mínimo, 16 (dezesseis) horas/aula semanais, distribuídas nos 05
(cinco) dias letivos da semana, para um mesmo grupo de alunos, de mesma
série/ano, conforme característica da atividade, inseridas no Sistema de
Acompanhamento das Atividades Complementares Curriculares (CELEPAR/SEED) e
registro no CENSO.
As Atividades Complementares Curriculares Periódicas serão
ofertadas, no mínimo, com 04 (quatro) horas/aula semanais, para grupos de alunos
de mesma série/ano ou séries/anos diferentes, inseridas no Sistema de
Acompanhamento das Atividades Complementares Curriculares.
As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno
Permanentes e/ou Periódicas têm por finalidade:
Promover a melhoria da qualidade do ensino por da ampliação de
tempos, espaços e oportunidades educativas realizadas em contraturno, na escola
ou no território em que está situada, a fim de atender às necessidades
socioeducacionais dos alunos, vinculadas ao Projeto Político Pedagógico,
respondendo às demandas educacionais e aos anseios da comunidade;
Possibilitar maior integração entre alunos, escola e comunidade,
democratizando o acesso ao conhecimento e aos bens culturais;
Oportunizar a expansão do tempo escolar para os alunos de Educação
Básica da rede Pública Estadual de Ensino como política pública e indutora para a
progressiva implantação da Educação em Temo Integral.
As Atividades Complementares Curriculares em Contraturno
Permanentes e/ou Periódicas serão organizadas a partir dos macrocampos;
aprofundamento da aprendizagem. Experimentação e Iniciação Científica,
Cultura e Arte, Esporte e Lazer, Tecnologias da Informação, da comunicação e
uso de Mídias, Meio ambiente, Direitos Humanos, Promoção da Saúde, Mundo
do Trabalho e Geração de Rendas.
No momento o Colégio oferta as seguintes Atividades Complementares:
Educação Empreendedora
Projeto de Leitura e Produção Textual
Incentivo à Prática de Atividades Físicas
4.4.3 Educação Empreendedora
A Educação Empreendedora será desenvolvida na Atividade de
Ampliação de Jornada Periódica no Macrocampo Mundo do Trabalho e Geração
de Rendas Atividade Empreendedorismo.
A atividade deve enfocar os conceitos do empreendedorismo, do
protagonismo juvenil e da inovação através de programas voltados ao
desenvolvimento do perfil empreendedor e participativo dos/as estudantes e
implementação de novos projetos e negócios corporativos.
Abordar perspectivas de economia solidária, de projetos comunitários e
cooperativos de promoção de alternativas coletivas de trabalho e geração de renda.
Criar oportunidades para a juventude desenvolver suas potencialidades
empreendedoras voltadas ao conhecimento necessário à sua formação.
As atividades serão desenvolvidas da seguinte maneira:
4 (quatro) horas-aulas semanais, distribuídas em 2 (dois) dias, no turno
complementar da escolarização (manhã, tarde ou noite)
para o turno complementar noturno, a oferta será apenas para o Ensino
Médio;
Sendo:
-uma turma com estudantes de 6º e 7º ano e uma outra com estudantes
de 8º e 9º ano, para o Ensino Fundamental;
-uma turma com estudantes, da mesma série ou de diferentes séries,
para o Ensino Médio.
O Projeto tem como objetivo ampliar, promover e disseminar a educação
empreendedora nas instituições de ensino por meio da oferta de conteúdos de
empreendedorismo nos currículos, objetivando a consolidação da cultura
empreendedora na educação.
Durante o processo de formação, o estudante é estimulado a tomar
iniciativa, ter atitudes de cidadania, autonomia, participação, cooperação e
responsabilidade social, a ser comprometido com a construção de uma
sociedade melhor.
Para o Ensino Fundamental, se dá a seguinte organização sequencial:
6º ano - “Eco papelaria”
A visão de uma conduta sustentável como sendo possível e viável para
todas as pessoas e para o planeta tem sido cada vez mais necessária de ser
estimulada e colocada em prática.
Assim, no 6º ano, são desenvolvidas habilidades empreendedoras com
a montagem de uma eco papelaria, na qual os alunos criarão produtos a partir de
papéis que seriam descartados como lixo.
Com esta atividade empreendedora, são estimulados hábitos de cuidado
com o meio ambiente e o reconhecimento da eco papelaria como uma oportunidade
de negócio.
7º ano - “Artesanato sustentável”
Partindo da reflexão sobre a importância da sustentabilidade para o
planeta Terra, os alunos são convidados a refletir sobre a realidade que os cerca
para desenvolver a atividade empreendedora proposta para o 7º ano: artesanato
sustentável.
Os alunos desenvolverão trabalhos manuais com garrafas plásticas,
retalhos de tecido e outros materiais que possam ser reutilizados e reciclados e que
tenham disponibilidade em suas localidades. O constante trabalho em grupo
orientado pelos passos de um plano de negócio favorece o desenvolvimento de uma
conduta empreendedora, norteada pelo exercício da criatividade e da cooperação.
Os alunos podem desenvolver quaisquer técnicas artesanais
pesquisadas por eles e pelo professor responsável e definidas como oportunidade
8º ano - “Empreendedorismo social”
A ação social, como uma das dimensões do empreendedorismo, busca
transformar desafios em soluções.
No 8º ano, empreendedorismo social tem como finalidade fomentar o
potencial do aluno para a responsabilidade social, individual e coletiva, lançando um
olhar para sua realidade, despertando para os problemas que acontecem em sua
comunidade, fortalecendo, assim, o protagonismo juvenil.
No 8º ano, os alunos são estimulados a elaborar e implementar projetos sociais.
9º ano - “Novas ideias, grandes negócios”
No 9º e último ano, é oferecida aos alunos a possibilidade de criar e
promover o próprio negócio. Os alunos definem o tipo de negócio que pretendem
montar, podendo trabalhar com a produção e/ou venda de produtos ou prestação de
serviços, de acordo com as oportunidades observadas no ambiente escolar, foco
principal de atuação da atividade empreendedora que será desenvolvida.
Assim, a temática “Novas ideias, Grandes negócios” propõe uma ação
empreendedora direcionada por um plano de negócios que privilegie a cultura e as
oportunidades locais.
Para o Ensino Médio o curso está estruturado em encontros
complementares e sequenciais, organizados da seguinte maneira:
1º Encontro: Como ser um Jovem Empreendedor?
2º Encontro: Como conhecer as tendências de mercado e manter-me
atualizado?
3º Encontro: Como fazer planejamento para alcançar as minhas
metas?
4º Encontro: Como trabalhar em equipe e conseguir os resultados
almejados?
5º Encontro: Como manter uma rede de contatos?
6º Encontro: Como formular estratégias para o Plano de Ação da
equipe?
7º Encontro: Como cooperar e partilhar informações para alcançar
objetivos comuns?
8º Encontro: Como buscar informações e manter-me atualizado?
9º Encontro: Como o comprometimento do empreendedor ajuda a
vender mais e melhor?
10º Encontro: Como ter eficiência e qualidade nas atividades pessoais
e profissionais?
11º Encontro: Avaliação e encerramento do curso. Os estudantes
organizam e realizam a Feira do Jovem Empreendedor entre o 10º e 11º encontro,
onde comercializam produtos e serviços e avaliam o resultado alcançado.
4.4.4 Projeto de Leitura e Produção Textual
O Projeto de Leitura e Produção Textual tem por finalidade viabilizar o acesso
dos alunos do Ensino Médio à leitura de obras literárias cânones e de diversos
outros genêros, bem como o contato com a interpretação e a produção textual,
também de diversos gêneros, visando tanto a preparação para os exames
vestibulares quanto a formação humana integral do indivíduo.
Este projeto tem como objetivo despertar o interesse e a prática de leitura e
produção textual, tornando o aluno mais apto à:
Ler e analisar diversas obras literárias e não literárias requisitadas em
exames vestibulares;
Interpretar textos verbais e naõ verbais de diversos gêneros;
Produzir textos de diversos gêneros como dissertativo-argumentativo,
cartas em geral, resumos, resenhas, artigo de opinião, dentre ooutros
requisitados em exames vestibulares.
4.4.5 Projeto de Incentivo à Prática de Atividades Físicas
Este Projeto tem a finalidade de atrair os jovens que estudam no Colégio
para uma rotina de vida mais saudável, por meio da prática esportiva. Visa também
a criação de relações sociais estáveis e o cultivo de bons hábitos.
O principal foco do projeto é ensinar a prática de Futsal e trabalhar temas
adjacentes como: A importância da prática esportiva na construção de uma
rotina saudável; Os danos provocados por hábitos nocivos ao organismo
humano e as relações sociais; A autoestima; Melhoria nas formas de convívio
através da coletividade; A concentração e a dedicação para a construção da
excelência de um atleta ; entre outros temas pertinentes.Além disso, Tem-se por
objetivo ocupar uma parte significativa do tempo ocioso desses jovens, com uma
atividades produtiva e prazerosa.
4.4.6 Sala de Apoio à Aprendizagem
As Salas de Apoio à Aprendizagem (Instrução nº 007/2011) têm por
objetivos possibilitar o enfretamento das dificuldades de aprendizagem de Língua
Portuguesa e de Matemática dos alunos matriculados no Ensino Fundamental, anos
finais; atender os alunos do 6º ao 9º anos, nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática, utilizando-se de metodologias diferenciadas e significativas; oportunizar
vivências diversificadas, por meio da troca de experiências, tendo em vista a
suspensão das dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos alunos.
A carga horária disponível para cada uma das disciplinas, Língua
Portuguesa e Matemática, é de 04 horas-aula semanais para os alunos.
As Salas de Apoio à Aprendizagem são organizadas em grupos de no máximo 20
(vinte) alunos, para atendimento dos 6º ao 9º anos, e em turno contrário ao de oferta
desses anos.
4.4.7 Sala de Apoio à Aprendizagem
A Brigada Escolar (Instrução nº 024/2012) é em um programa da
Secretaria de Estado da Educação que, juntamente com a Defesa Civil Estadual e o
corpo de Bombeiros Militar, visa implementar a segurança da comunidade escolar a
partir de atitudes preventivas em medidas básicas de segurança em casos de
incêndio, pânico e desastres naturais.
Por meio deste Programa a escola adota medidas de proteção como:
implantação de saídas de emergências; constituição e capacitação de uma Brigada
Escolar; instalação da iluminação de emergência; sistema de proteção por extintores
de incêndio.
A Brigada Escolar é formada por um grupo de cinco profissionais da escola,
aprovados pelo Conselho Escolar e capacitados pelo corpo de Bombeiros, na
modalidade de ensino à distância, com carga horária de 60 horas.
4.4.8 Projeto Fanfarra
Vários são os conceitos de educação que se estruturam na razão direta do
princípio filosófico que norteia seu enunciado ( biológico, psicológico, sociológico e
filosófico).
As correntes mais modernas tendem a conceituá-la como “desenvolvimento
harmônico de todas as capacidades do indivíduo, com o duplo objetivo de permitir a
plena expansão da personalidade humana e de concorrer para a organização de
uma vida social melhor”.
Assim sendo, chega-se à conclusão de que a educação tem como
finalidade o desenvolvimento integral da personalidade do educando, tendo em vista
sua integração e participação efetiva no grupo social, visando ao progresso do
mesmo. Observando-se a variedade de grupos a que uma criança pertence e a
necessidade que tem de estabelecer um bom relacionamento com os membros
desses grupos. As atividades musicais compartilhadas, como o canto coletivo e a
fanfarra são elementos que a um só tempo farão os alunos sentirem a necessidade
de cooperação e o respeito ao próximo, tão úteis na socialização dos mesmos.
Quando o aluno canta ou toca em conjunto, sente que faz parte de um todo onde os
elementos são todos igualmente importantes. Compreende, portanto, que cada
pessoa precisa colaborar individualmente ao mesmo tempo trabalhando em
harmonia, com um objetivo comum.
O Projeto Fanfarra tem por objetivo proporcionar aos nossos alunos
oportunidades freqüentes e variadas de recreação, a fim de atender às diferenças
individuais, favorecendo amplo campo à criatividade tendo experiências rítmicas
variadas, ampliando suas possibilidades de comunicação, logo propiciando sua
maior integração no grupo.
5. PLANO DE AÇÃO GESTÃO 2016/219
Planejar é uma ação que tem como objetivo dar respostas a um problema
estabelecido. Neste sentido, este plano de ação tem como base apontar os
problemas e também os encaminhamentos para a solução dos mesmos. Entende-se
que a instituição escolar é um ambiente onde, para alcançar os objetivos propostos,
tem que, necessariamente, ocorrer um processo de planejamento de suas ações,
pois, somente assim, pode-se acompanhar o desenrolar das atividades e verificar se
a proposta esta sendo realizada a contento.
O planejamento parte de uma reflexão cujo foco é a tomada de decisão para
a superação dos desafios encontrados no cotidiano escolar. Sendo assim, sua
construção e execução desse ser baseada na racionalidade tendo como objeto a
transformação da realidade a partir dos resultados do processo de ensino
aprendizagem a qual é sua principal função. Contudo, o planejamento envolve
aspectos administrativos que não necessariamente abrangem as relações de
aprendizagem, mas, que influenciam na boa condução da gestão escolar.
Este Plano de Ação se pauta na realidade encontrada na instituição, que leva
à apontar os desafios, mas também, apontar medidas que colaborem para que o
colégio trilhe um caminho de organização, identificação com o saber, bem como, um
ambiente propício para as relações funcionais, como também de aprendizagem.
Desta forma, temos como principais objetivos:
Garantir a atuação conjunta dos profissionais da escola nos diferentes
turnos;
Promoves ações coletivas no sentido da superação dos problemas
apresentados;
Manter um diálogo franco escola-família com vistas à solução de
conflitos e defasagens de aprendizagem;
Conduzir o processo de ensino aprendizagem em conjunto com o
corpo docente e equipe pedagógica, bem como, com os pais e alunos,
no sentido de verificar os resultados da aprendizagem com vistas à sua
melhoria;
Realizar encontros e reuniões com temas importantes identificados
junto ao coletivo da escola;
Subsidiar e apoiar a elaboração e execução de projetos pela
instituição;
Apoiar os docentes que atuam nas salas de apoio, de recurso e nas
atividades complementares, dando suporte aos mesmos;
Acompanhar de forma sistemática o desempenho dos estudantes com
a finalidade de agir de forma preventiva nos casos de baixo rendimento
escolar ou condutas inadequadas;
Apoiar integralmente as iniciativas propostas pelos docentes com
vistas à melhoria do ensino;
Manter diálogo com os funcionários objetivando a criação de um
ambiente de trabalho agradável, que contribua para a melhor
realização das tarefas do dia a dia.
Estabelecemos também, algumas metas que têm como foco, a partir do
levantamento de dados sobre o estabelecimento, buscar alternativas que levem a
melhoria tanto da organização do colégio como um todo, quanto dos aspectos
específicos como o baixo rendimento escolar, os altos índices de evasão e de
reprovação.
Para o cumprimento e execução das metas propostas levaremos em
consideração quatro características que serão as marcas desta gestão:
transparência, planejamento, trabalho coletivo e ação.
Para tanto, propomos a seguinte sequência de ações:
METAS ESTRATÉGIA RESPONSÁVEIS RECURSOSElevar o IDEB do
Colégio de forma a
alcançar as metas
projetadas
Fortalecer as salas de
apoio à aprendizagem de
forma que todos os
estudantes tenham as
mesmas condições de
aprendizagem.
Criar Olimpíadas do
Conhecimento como
forma de incentivar os
estudos.
Promover palestras
educativas;
Incentivar projetos
interdisciplinares;
Promover atendimento
em contra turno;
Incentivar mudança de
prática metodológica;
Equipe Pedagógica
Professores
Direção
Materiais didáticos
Fortalecer o processo
ensino aprendizagem
Realizar um contínuo
acompanhamento
Direção,
Equipe pedagógica e
Reuniões,
Pré-Conselho
elevando o índice de
aprovação no Ensino
Fundamental a 95%
pedagógico, propondo
atividades diversificadas
e contato frequente com
os responsáveis.
Professores Informativos
Fortalecer o processo
ensino aprendizagem
elevando o índice de
aprovação no Ensino
Médio a 85%
Realizar um contínuo
acompanhamento
pedagógico, propondo
atividades diversificadas
e contato frequente com
os responsáveis.
Direção,
Equipe pedagógica e
Professores
Reuniões,
Pré-Conselho
Informativos
Reduzir taxa de
distorção idade/série
Acompanhar os
estudantes que
apresentam dificuldades
fazendo trabalho
diferenciado para que
diminuam os índices de
reprovação
Equipe pedagógica e
professores
Confecção de
materiais didáticos
específicos;
Reuniões
Pré-conselhos,
Informativos
Diminuir o índice de
evasão e abandono
Controle de frequências.
Desenvolvimento de
atividades extra-classe;
Participação em projetos
de danças e esportes;
Professores e equipe
pedagógica
Reuniões
Pré-conselhos,
Informativos
Criar e dinamizar
ambientes
diversificados de
aprendizagem para a
realização de
concursos de dança,
gincanas e jogos.
Consulta prévia para a
escolha de temas de
interesse geral.
Equipe Pedagógica e
professores
Reuniões e
Informativos
Envolver a
comunidade nos
assuntos da escola
Promover ações que
integrem família e escola
Direção e equipe
pedagógica
Reuniões e
informativos
Superar a falta de
informação entre os
setores da escola
Destinar espaços
próprios para repasse
de informação;
Entrega de cronograma
com atividades escolares
previamente planejadas
Direção
à comunidade escolarAmpliar a
participação da
APMF e do Grêmio
Estudantil e do
Conselho Escolar
Realizar Reuniões
periódicas para o debate
de assuntos relevantes à
escola
Direção
Resolver os conflitos
do dia a dia escolar
Diálogo com as partes
envolvidas
Direção
Favorecer o acesso
às informações
referentes ao repasse
de recursos públicos
Divulgação periódica das
informações
Direção
Padronizar os
mecanismos de
avaliação dos alunos
Estudar e discutir o
processo de avaliação
contido nos documentos
da instituição com vistas
a uniformização dos
mesmos, em relação aos
critérios de avaliação
Direção e
Equipe Pedagógica
Viabilizar o acesso,
compreensão e uso
dos indicadores
oficiais de avaliação
da instituição
Divulgar e discutir os
resultados obtidos pela
instituição nas
avaliações oficiais;
Produção de uma
síntese dos principais
dados;
Direção
Promover e efetivar a
prática pedagógica
inclusiva
Enfatizar a necessidade
do respeito mútuo entre
os diferentes,
prevalecendo a
valorização das
diferenças no ambiente
escolar.
Estimular intervenções
individuais e coletivas
contra atitudes
preconceituosas e
discriminatórias;
Direção e toda a
comunidade escolar
Promover o respeito a
diversidade encontrada
no ambiente escolar.Zelar pela qualidade
da Formação
continuada dos
professores e
funcionários
Fortalecer a
compreensão da
Semana Pedagógica
enquanto momento de
reflexão sobre os
desafios da escola;
Otimizar o tempo
dedicado da Semana
Pedagógica, de forma a
analisar o material
proposto e relacioná-lo
ao contexto da escola.
Direção e Equipe
Pedagógica
Prioriza a
organização Hora
atividade
concentrada
Organizar o horário dos
professores das
disciplina afins de modo
que, pelo menos, um
percentual da hora
atividade seja feita de
forma concentrada.Oportunizar a
contribuição do
professor PDE para a
escola
Realizar oficinas para a
apresentação dos
projetos desenvolvidos
Direção
Fortalecer a ação da
Equipe
Multidisciplinar
Realizar reuniões
periódicas;
Desenvolver projetos de
conscientização;
Incentivar a prática de
ações que interfiram no
contexto escolar.
Direção, professores
e equipe pedagógica
Zelar pela
manutenção da
estrutura Física
Articular projetos de
manutenção junto aos
órgãos competentes
Direção
5.1 Avaliação do Plano de Ação
A avaliação do Plano de Ação consistirá em um processo de consulta aos
envolvidos nas atividades escolares buscando analisar se as propostas contidas no
mesmo resultaram em ganhos no processo de ensino aprendizagem, bem como, na
organização e gestão escolar.
Este plano será avaliado ao final do primeiro biênio pelo Conselho Escolar,
contudo, durante a ano letivo, as ações poderão ser avaliadas no sentido de buscar
as melhores prática para o bom andamento da instituição.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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São Paulo, Atlas. 1989
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