PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · 5.MARCO OPERACIONAL .....13 1.Procedimentos .....13 2.Metas e...
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PROJETO
POLÍTICO
PEDAGÓGICO
COLEGIO ESTADUAL
BEATRIZ FARIA ANSAY
SUMÁRIO1.IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIO ............................................................................... 3
2.OBJETIVOS GERAIS: ................................................................................................. 4
3.MARCO SITUACIONAL ............................................................................................. 5
1.Histórico do Colégio .................................................................................................. 5
1.1.Biografia da Professora Beatriz Faria Ansay (Dona Branca) .............................. 5
2.Realidade atual ........................................................................................................... 5
3.Realidade local ........................................................................................................... 5
4.MARCO CONCEITUAL .............................................................................................. 7
1.Concepção de Cidadania ............................................................................................ 7
2.Concepção de Conhecimento ..................................................................................... 8
3.Cultura ........................................................................................................................ 8
4.Concepção de Trabalho .............................................................................................. 8
5.Concepção de Ciência ............................................................................................... 8
6.Concepção de Tecnologia ........................................................................................... 8
7.Concepção de Homem ............................................................................................... 8
8.Concepção da Sociedade ............................................................................................ 9
9.Concepção de Educação ............................................................................................ 9
10.Concepção de Pessoa e Sociedade ........................................................................... 9
11.Africanidades – História e Cultura Afro-Brasileira .................................................. 9
12.Respeito .................................................................................................................. 10
13.Participação ............................................................................................................ 10
14.Amizade ................................................................................................................. 10
15.Verdade ................................................................................................................... 10
16.Competência ........................................................................................................... 10
17.Solidariedade .......................................................................................................... 10
18.Integridade .............................................................................................................. 10
19.Concepção de Escola .............................................................................................. 10
5.MARCO OPERACIONAL ........................................................................................ 13
1.Procedimentos ......................................................................................................... 13
2.Metas e Ações .......................................................................................................... 13
6.PROPOSTA PEDAGÓGICA ...................................................................................... 14
1.Fundamentos teórico-metodológicos para o EF e EM ............................................ 14
2.Avaliação no EF e EM ............................................................................................. 14
3.Língua Portuguesa e Literatura ................................................................................ 15 2
2
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
3.1.Concepção do Ensino de Língua Portuguesa e da Literatura ........................... 15
3.2.Encaminhamentos Metodológicos de LP. e Literatura ..................................... 15
3.3.Prática da Oralidade ........................................................................................... 15
3.4.Prática da Escrita ............................................................................................... 16
3.5.Prática da Leitura ............................................................................................... 16
3.6.Literatura ............................................................................................................ 17
3.7.Análise Linguística ............................................................................................ 17
3.7.1.Oralidade: ................................................................................. 18
3.7.2.Leitura: ...................................................................................... 18
3.7.3.Escrita: ...................................................................................... 18
3.8.Avaliação ............................................................................................................ 18
4.Organização dos Conteúdos no EF e EM de Língua Portuguesa ............................. 19
4.1.Variedades linguísticas ....................................................................................... 19
4.2.Gêneros textuais ou discursivos ......................................................................... 19
4.3.Elementos gramaticais na construção do texto .................................................. 19
4.4.Conteúdos de literatura para o Ensino Médio .................................................... 20
5.Conteúdos distribuídos por série no EF e EM LP e Lit. .......................................... 20
5.1.EF 5ª Série/ 6º Ano ............................................................................................ 20
5.1.1.Conteúdo Estruturante .............................................................. 20
5.1.1.1.Gêneros Discursivos ........................................................... 20
5.1.1.2.Leitura ................................................................................ 20
5.1.1.3.Escrita ................................................................................. 20
5.1.1.4.Oralidade ............................................................................ 20
5.1.2.Abordagem teórico-metodológica ............................................. 21
5.1.2.1.Leitura ................................................................................ 21
5.1.2.2.Escrita ................................................................................. 21
5.1.2.3.Oralidade ............................................................................ 21
5.1.3.Avaliação ................................................................................... 21
5.1.3.1.Leitura ................................................................................ 21
5.1.3.2.Escrita ................................................................................. 22
5.1.3.3.Oralidade ............................................................................ 22
5.2.EF 6ª Série/ 7o Ano ............................................................................................ 22
5.2.1.Conteúdo Estruturante .............................................................. 22
5.2.2.Conteúdos básicos .................................................................... 22
3
5.2.2.1.Gêneros discursivos ................................................ 22
5.2.2.2.Leitura ................................................................................ 22
5.2.2.3.Escrita ................................................................................. 23
5.2.2.4.Oralidade ............................................................................ 23
5.2.3.Abordagem teórico-metodológica ............................................. 23
5.2.3.1.Leitura ................................................................................ 23
5.2.3.2.Escrita ................................................................................. 23
5.2.3.3.Oralidade ............................................................................ 24
5.2.4.Avaliação ................................................................................... 24
5.2.4.1.Leitura ................................................................................ 24
5.2.4.2.Escrita ................................................................................. 24
5.2.4.3.Oralidade ............................................................................ 24
5.3.EF 7ª Série/ 8o Ano ............................................................................................ 25
5.3.1.Conteúdo Estruturante .............................................................. 25
5.3.2.Conteúdos básicos .................................................................... 25
5.3.2.1.Gêneros discursivos ............................................................ 25
5.3.2.2.Leitura ................................................................................ 25
5.3.2.3.Escrita ................................................................................. 25
5.3.2.4.Oralidade ............................................................................ 26
5.3.3.Abordagem Teórico-metodológica ............................................. 26
5.3.3.1.Leitura ................................................................................ 26
5.3.3.2.Escrita ................................................................................. 26
5.3.3.3.Oralidade ............................................................................ 27
5.3.4.Avaliação ................................................................................... 27
5.3.4.1.Leitura ................................................................................ 27
5.3.4.2.Escrita ................................................................................. 27
5.3.4.3.Oralidade ............................................................................ 28
5.4.EF 8ª Série/ 9o Ano ............................................................................................ 28
5.4.1.Conteúdo Estruturante .............................................................. 28
5.4.2.Conteúdos básicos .................................................................... 28
5.4.2.1.Gêneros discursivos ............................................................ 28
5.4.2.2.Leitura ................................................................................ 28
5.4.2.3.Escrita ................................................................................. 29
5.4.2.4.Oralidade ............................................................................ 29
5.4.3.Abordagem teórico-metodológica ............................................. 30
5.4.3.1.Leitura ................................................................................ 30
4
4
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
5.4.3.2.Escrita ................................................................................. 30
5.4.3.3.Oralidade ............................................................................ 30
5.4.4.Avaliação ................................................................................... 31
5.4.4.1.Leitura ................................................................................ 31
5.4.4.2.Escrita ................................................................................. 31
5.4.4.3.Oralidade ............................................................................ 31
5.5.Ensino Médio ..................................................................................................... 32
5.5.1.Conteúdo Estruturante .............................................................. 32
5.5.2.Conteúdos básicos .................................................................... 32
5.5.2.1.Gêneros discursivos ............................................................ 32
5.5.2.2.Leitura ................................................................................ 32
5.5.2.3.Escrita ................................................................................. 32
5.5.2.4.Oralidade ............................................................................ 33
5.5.3.Abordagem teórico-metodológica ............................................. 33
5.5.3.1.Leitura ................................................................................ 33
5.5.3.2.Escrita ................................................................................. 34
5.5.3.3.Oralidade ............................................................................ 34
5.5.4.Avaliação ................................................................................... 34
5.5.4.1.Leitura ................................................................................ 34
5.5.4.2.Escrita ................................................................................. 35
5.5.4.3.Oralidade ............................................................................ 35
6.Critérios de avaliação no EM de LP e Literatura .................................................... 35
7.Referências ............................................................................................................... 36
8.Língua Estrangeira Moderna .................................................................................... 37
8.1.Concepção do ensino de LEM – Inglês e Espanhol ........................................... 37
8.1.1.Concepção do ensino de Espanhol ............................................ 37
8.2.Encaminh. Metod. do ensino de LEM – Inglês e Espanhol ............................... 37
9.Organização dos conteúdos do ensino de LEM – Inglês e Espanhol ....................... 37
9.1.Ensino Fundamental .......................................................................................... 37
9.1.1.Textos (escritos, orais, visuais, dentre outros) .......................... 37
9.1.1.1. Foco linguístico .................................................................. 38
9.1.1.2. Vocabulário básico ............................................................. 38
9.2.Ensino Médio ..................................................................................................... 38
9.2.1.Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros) .......................... 38
5
9.2.1.1.Foco linguístico ....................................................... 38
9.2.1.2. Vocabulário ........................................................................ 38
10.Conteúdos distribuídos por séries no EF e EM de LEM – Inglês ......................... 38
10.1.EF: 5ª Série/6o Ano .......................................................................................... 38
10.1.1.Conteúdo estruturante ............................................................ 38
10.1.2.Conteúdos básicos .................................................................. 38
10.1.2.1.Gêneros discursivos .......................................................... 38
10.1.2.2.Leitura .............................................................................. 38
10.1.2.3.Escrita ............................................................................... 39
10.1.2.4.Oralidade .......................................................................... 39
10.1.3.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 39
10.1.3.1.Leitura .............................................................................. 39
10.1.3.2.Escrita ............................................................................... 39
10.1.3.3.Oralidade .......................................................................... 40
10.1.4.Avaliação ................................................................................. 40
10.1.4.1.Leitura .............................................................................. 40
10.1.4.2.Escrita ............................................................................... 40
10.1.4.3.Oralidade .......................................................................... 40
10.2.EF 6ª Série/7o Ano ........................................................................................... 40
10.2.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 40
10.2.2.Conteúdos básicos .................................................................. 40
10.2.2.1.Gêneros discursivos .......................................................... 40
10.2.2.2.Leitura .............................................................................. 41
10.2.2.3.Escrita ............................................................................... 41
10.2.2.4.Oralidade .......................................................................... 41
10.2.3.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 41
10.2.3.1.Leitura .............................................................................. 41
10.2.3.2.Escrita ............................................................................... 42
10.2.3.3.Oralidade .......................................................................... 42
10.2.4.Avaliação ................................................................................. 42
10.2.4.1.Leitura .............................................................................. 42
10.2.4.2.Escrita ............................................................................... 42
10.2.4.3.Oralidade .......................................................................... 42
10.3.EF 7ª Série/8o Ano ........................................................................................... 43
10.3.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 43
10.3.2.Conteúdos básicos .................................................................. 43
6
6
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10.3.2.1.Gêneros discursivos .......................................................... 43
10.3.2.2.Leitura .............................................................................. 43
10.3.2.3.Escrita ............................................................................... 43
10.3.2.4.Oralidade .......................................................................... 44
10.3.3.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 44
10.3.3.1.Leitura .............................................................................. 44
10.3.3.2.Escrita ............................................................................... 44
10.3.3.3.Oralidade .......................................................................... 45
10.3.4.Avaliação ................................................................................. 45
10.3.4.1.Leitura .............................................................................. 45
10.3.4.2.Escrita ............................................................................... 45
10.3.4.3.Oralidade .......................................................................... 46
10.4.EF 8ª Série/9o Ano ........................................................................................... 46
10.4.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 46
10.4.2.Conteúdos básicos .................................................................. 46
10.4.2.1.Gêneros discursivos .......................................................... 46
10.4.2.2.Leitura .............................................................................. 46
10.4.2.3.Escrita ............................................................................... 46
10.4.2.4.Oralidade .......................................................................... 47
10.4.3.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 47
10.4.3.1.Leitura .............................................................................. 47
10.4.3.2.Escrita ............................................................................... 48
10.4.3.3.Oralidade .......................................................................... 48
10.4.4.Avaliação ................................................................................. 48
10.4.4.1.Leitura .............................................................................. 48
10.4.4.2.Escrita ............................................................................... 48
10.4.4.3.Oralidade .......................................................................... 49
10.5.LEM – Inglês – EM ......................................................................................... 49
10.5.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 49
10.5.2.Conteúdos básicos .................................................................. 49
10.5.2.1.Gêneros discursivos .......................................................... 49
10.5.2.2.Leitura .............................................................................. 49
10.5.2.3.Escrita ............................................................................... 49
10.5.2.4.Oralidade .......................................................................... 50
10.5.3.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 50 7
10.5.3.1.Escrita ................................................................... 51
10.5.3.2.Oralidade .......................................................................... 51
10.5.4.Avaliação ................................................................................. 51
10.5.4.1.Leitura .............................................................................. 51
10.5.4.2.Escrita ............................................................................... 51
10.5.4.3.Oralidade .......................................................................... 52
10.6.LEM Espanhol EM .......................................................................................... 52
10.6.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 52
10.6.2.Conteúdos básicos .................................................................. 52
10.6.2.1.Gêneros discursivos .......................................................... 52
10.6.2.2.Leitura .............................................................................. 52
10.6.2.3.Escrita: .............................................................................. 53
10.6.2.4.Oralidade: ......................................................................... 54
10.6.3.Encaminhamentos Metodológicos ........................................... 54
10.6.4.Avaliação ................................................................................. 55
11.Critérios de avaliação de LEM .............................................................................. 55
12.Referências ............................................................................................................. 55
13.Ensino da Arte ........................................................................................................ 56
13.1.Concepção do ensino de Arte ........................................................................... 56
13.2.Arte como ideologia ......................................................................................... 56
13.3.Arte como forma de conhecimento .................................................................. 56
13.4.Arte como trabalho criador .............................................................................. 56
13.5.Encaminhamentos metodológicos para o ensino de Arte ................................ 57
13.6.Sentir e perceber .............................................................................................. 57
13.7.Conhecimento estético ..................................................................................... 57
13.8.Trabalho artístico ............................................................................................. 57
14.Organização dos conteúdos de Arte ...................................................................... 57
14.1.Conteúdos para o EF ........................................................................................ 57
14.1.1.Artes visuais ............................................................................ 57
14.1.1.1.Forma ................................................................................ 57
14.1.1.2.Luz .................................................................................... 58
14.1.1.3.Tons .................................................................................. 58
14.1.2.Música ..................................................................................... 58
14.1.3.Teatro ...................................................................................... 58
14.1.3.1. Elementos dramáticos: .................................................... 58
14.1.3.2.Signos da Representação Teatral: ..................................... 58
8
8
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CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
14.1.3.3.Gêneros Teatrais: .............................................................. 58
14.1.4.Dança ...................................................................................... 58
14.1.4.1.Elementos do Movimento: ............................................... 58
14.2. Conteúdos do EM ........................................................................................... 59
14.2.1.Plásticas e Visuais: .................................................................. 59
14.2.1.1.Elementos formais: ........................................................... 59
14.2.1.2.Composição: ................................................................... 59
14.2.1.3.Período: ............................................................................ 59
14.2.2.Música: .................................................................................... 59
14.2.2.1.Elementos formais: ........................................................... 59
14.2.2.2.Composição: ..................................................................... 59
14.2.2.3.Período: ............................................................................. 60
14.2.3.Teatro: ..................................................................................... 60
14.2.3.1.Elementos formais: ........................................................... 60
14.2.3.2.Composição: ..................................................................... 60
14.2.3.3.Período: ............................................................................. 60
14.2.4.Dança: ..................................................................................... 60
14.2.4.1.Elementos formais: ........................................................... 60
14.2.4.2.Composição: ..................................................................... 60
14.2.4.3.Período: ............................................................................. 61
15.Conteúdos distribuídos por série no EF - Artes ..................................................... 61
15.1.5ª Série/6o Ano – Área de Música ................................................................... 61
15.1.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 61
15.1.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 61
15.1.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 61
15.1.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 61
15.1.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 61
15.1.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 61
15.1.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 61
15.1.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 61
15.2.6ª Série/7o Ano – Área de Música ................................................................... 62
15.2.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 62
15.2.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 62
15.2.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 62
9
15.2.2.1.Conteúdos básicos .............................................. 62
15.2.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 62
15.2.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 62
15.2.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 62
15.2.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 62
15.3.7ª Série/8o Ano – Área da Música ................................................................... 62
15.3.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 62
15.3.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 62
15.3.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 63
15.3.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 63
15.3.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 63
15.3.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 63
15.3.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 63
15.3.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 63
15.4.8ª Série/9o Ano – Área de Música ................................................................... 63
15.4.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 63
15.4.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 63
15.4.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 63
15.4.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 63
15.4.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 64
15.4.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 64
15.4.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 64
15.4.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 64
15.5.5ª Série/6o Ano – Área de Artes Visuais .......................................................... 64
15.5.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 64
15.5.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 64
15.5.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 64
15.5.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 64
15.5.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 65
15.5.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 65
15.5.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 65
15.5.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 65
15.6.6ª Série/7o Ano – Área de Artes Visuais .......................................................... 65
15.6.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 65
15.6.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 65
15.6.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 65
10
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Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
15.6.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 65
15.6.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 65
15.6.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 66
15.6.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 66
15.6.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 66
15.7.7ª Série/8o Ano – Área de Artes Visuais .......................................................... 66
15.7.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 66
15.7.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 66
15.7.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 66
15.7.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 66
15.7.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 66
15.7.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 66
15.7.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 67
15.7.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 67
15.8.8ª Série/9o Ano – Área de Artes Visuais .......................................................... 67
15.8.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 67
15.8.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 67
15.8.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 67
15.8.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 67
15.8.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 67
15.8.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 67
15.8.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 67
15.8.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 68
15.9.5ª Série/6O Ano – Área de Teatro .................................................................... 68
15.9.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 68
15.9.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 68
15.9.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 68
15.9.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 68
15.9.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 68
15.9.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 68
15.9.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 68
15.9.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 68
15.10. 6ª Série/7O Ano – Área de Teatro ............................................................... 69
15.10.1.Conteúdo Estruturante .......................................................... 69
11
15.10.1.1.Conteúdos básicos ............................................ 69
15.10.2.Conteúdo Estruturante .......................................................... 69
15.10.2.1.Conteúdos básicos .......................................................... 69
15.10.3.Conteúdo Estruturante .......................................................... 69
15.10.3.1.Conteúdos básicos .......................................................... 69
15.10.4.Abordagem pedagógica ........................................................ 69
15.10.5.Expectativas de aprendizagem ............................................. 69
15.11. 7ª Série/8O Ano – Área de Teatro ................................................................. 69
15.11.1.Conteúdo Estruturante .......................................................... 69
15.11.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 69
15.11.2.Conteúdo Estruturante .......................................................... 70
15.11.2.1.Conteúdos básicos .......................................................... 70
15.11.3.Conteúdo Estruturante .......................................................... 70
15.11.3.1.Conteúdos básicos .......................................................... 70
15.11.4.Abordagem pedagógica ........................................................ 70
15.11.5.Expectativas de aprendizagem ............................................. 70
15.12. 8ª Série/9O Ano – Área de Teatro ................................................................ 70
15.12.1.Conteúdo Estruturante .......................................................... 70
15.12.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 70
15.12.2.Conteúdo Estruturante .......................................................... 70
15.12.2.1.Conteúdos básicos .......................................................... 70
15.12.3.Conteúdo Estruturante .......................................................... 71
15.12.3.1.Conteúdos básicos .......................................................... 71
15.12.4.Abordagem pedagógica ........................................................ 71
15.12.5.Expectativa de aprendizagem ............................................... 71
15.13.5ª Série/6O Ano – Área de Dança .................................................................. 71
15.13.1.Conteúdo Estruturante .......................................................... 71
15.13.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 71
15.13.2.Conteúdo Estruturante .......................................................... 71
15.13.2.1.Conteúdos básicos .......................................................... 71
15.13.3.Conteúdo Estruturante .......................................................... 72
15.13.3.1.Conteúdos básicos .......................................................... 72
15.13.4.Abordagem pedagógica ........................................................ 72
15.13.5.Expectativas de aprendizagem ............................................. 72
15.14. 6ª Série/7O Ano – Área de Dança ............................................................... 72
15.14.1.Conteúdo Estruturante .......................................................... 72
12
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Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
15.14.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 72
15.14.2.Conteúdo Estruturante .......................................................... 72
15.14.2.1.Conteúdos básicos .......................................................... 72
15.14.3.Conteúdo Estruturante .......................................................... 72
15.14.3.1.Conteúdos básicos .......................................................... 72
15.14.4.Abordagem pedagógica ........................................................ 73
15.14.5.Expectativas de aprendizagem ............................................. 73
15.15. 7ª Série/8O Ano – Área da Dança ............................................................... 73
15.15.1.Conteúdo Estruturante .......................................................... 73
15.15.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 73
15.15.2.Conteúdo Estruturante .......................................................... 73
15.15.2.1.Conteúdos básicos .......................................................... 73
15.15.3.Conteúdo Estruturante .......................................................... 73
15.15.3.1.Conteúdos básicos .......................................................... 73
15.15.4.Abordagem pedagógica ........................................................ 73
15.15.5.Expectativas de aprendizagem ............................................. 74
15.16. 8ª Série/9O Ano – Área da Dança ............................................................... 74
15.16.1.Conteúdo Estruturante .......................................................... 74
15.16.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 74
15.16.2.Conteúdo Estruturante .......................................................... 74
15.16.2.1.Conteúdos básicos .......................................................... 74
15.16.3.Conteúdo Estruturante .......................................................... 74
15.16.3.1.Conteúdos básicos .......................................................... 74
15.16.4.Abordagem pedagógica ........................................................ 74
15.16.5.Expectativas de aprendizagem ............................................. 75
16.Conteúdos de Arte para o EM ............................................................................... 75
16.1.Arte - EM Área de Música ............................................................................... 75
16.1.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 75
16.1.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 75
16.1.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 75
16.1.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 75
16.1.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 75
16.1.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 75
16.1.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 76
13
16.1.5.Expectativas de aprendizagem ................................. 76
16.2. Arte - EM Área de Artes Visuais .................................................................... 76
16.2.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 76
16.2.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 76
16.2.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 76
16.2.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 76
16.2.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 77
16.2.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 77
16.2.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 77
16.2.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 77
16.3. Arte - EM Área de Artes Visuais .................................................................... 77
16.3.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 77
16.3.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 77
16.3.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 77
16.3.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 77
16.3.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 78
16.3.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 78
16.3.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 78
16.3.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 78
16.4.Arte - EM Área de Dança ................................................................................ 78
16.4.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 78
16.4.1.1.Conteúdos básicos ............................................................ 79
16.4.2.Conteúdo Estruturante ............................................................ 79
16.4.2.1.Conteúdos básicos ............................................................ 79
16.4.3.Conteúdo Estruturante ............................................................ 79
16.4.3.1.Conteúdos básicos ............................................................ 79
16.4.4.Abordagem pedagógica .......................................................... 80
16.4.5.Expectativas de aprendizagem ............................................... 80
17.Avaliação do ensino de Arte no EF e EM .............................................................. 80
18.Referências ............................................................................................................. 80
19.Educação Física ...................................................................................................... 82
19.1.Concepção do Ensino de Educação Física ....................................................... 82
19.2.Encaminhamentos metodológicos do Ensino de Ed. Física ............................ 82
20.Organização dos conteúdos estruturantes de Ed. física .......................................... 82
20.1.Ensino Fundamental ........................................................................................ 82
20.1.1.Manifestações esportivas ........................................................ 82
14
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Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
20.1.2.Manifestações ginásticas ........................................................ 82
20.1.3.Jogos, brincadeiras e brinquedos ............................................ 82
20.1.4.Manifestações estético-corporais na dança e teatro ............... 83
20.2.Ensino Médio ................................................................................................... 83
21.Conteúdos distribuídos por séries do EF e EM ...................................................... 83
21.1.5a Série/6o Ano ................................................................................................ 83
21.1.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 83
21.1.2.Conteúdos Básicos .................................................................. 83
21.1.3.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 84
21.1.4.Avaliação ................................................................................. 84
21.1.5.Conteúdo Estruturante ............................................................ 84
21.1.6.Conteúdos básicos .................................................................. 84
21.1.7.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 84
21.1.8.Avaliação ................................................................................. 84
21.1.9.Conteúdo Estruturante ............................................................ 84
21.1.10.Conteúdos básicos ................................................................ 84
21.1.11.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 84
21.1.12.Avaliação ............................................................................... 84
21.1.13.Conteúdo Estruturante .......................................................... 84
21.1.14.Conteúdos básicos ................................................................ 84
21.1.15.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 85
21.1.16.Avaliação ............................................................................... 85
21.1.17.Conteúdo Estruturante .......................................................... 85
21.1.18.Conteúdos básicos ................................................................ 85
21.1.19.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 85
21.1.20.Avaliação ............................................................................... 85
21.2.6a Série/7o Ano ................................................................................................ 85
21.2.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 85
21.2.2.Conteúdos básicos .................................................................. 85
21.2.3.Abordagem teórico-metodologica ........................................... 86
21.2.4.Avaliação ................................................................................. 86
21.2.5.Conteúdo Estruturante ............................................................ 86
21.2.6.Conteúdos básicos .................................................................. 86
21.2.7.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 86
15
21.2.8.Avaliação ................................................................... 86
21.2.9.Conteúdo Estruturante ............................................................ 86
21.2.10.Conteúdos básicos ................................................................ 86
21.2.11.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 86
21.2.12.Avaliação ............................................................................... 86
21.2.13.Conteúdo Estruturante .......................................................... 87
21.2.14.Conteúdos básicos ................................................................ 87
21.2.15.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 87
21.2.16.Avaliação ............................................................................... 87
21.2.17.Conteúdo Estruturante .......................................................... 87
21.2.18.Conteúdos básicos ................................................................ 87
21.2.19.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 87
21.2.20.Avaliação ............................................................................... 87
21.3.EF: 7ª Série/8o Ano .......................................................................................... 87
21.3.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 87
21.3.2.Conteúdo básico ..................................................................... 87
21.3.3.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 87
21.3.4.Avaliação ................................................................................. 88
21.3.5.Conteúdo estruturante ............................................................ 88
21.3.6.Conteúdos básicos .................................................................. 88
21.3.7.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 88
21.3.8.Avaliação ................................................................................. 88
21.3.9.Conteúdo estruturante ............................................................ 88
21.3.10.Conteúdos básicos ................................................................ 88
21.3.11.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 88
21.3.12.Avaliação ............................................................................... 88
21.3.13.Conteúdo estruturante .......................................................... 88
21.3.14.Conteúdos básicos ................................................................ 88
21.3.15.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 89
21.3.16.Avaliação .............................................................................. 89
21.3.17.Conteúdo estruturante .......................................................... 89
21.3.18.Conteúdos básicos ................................................................ 89
21.3.19.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 89
21.3.20.Avaliação ............................................................................... 89
21.4.EF: 8a Série/9o Ano ......................................................................................... 89
21.4.1.Conteúdo Estruturante ............................................................ 89
16
16
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
21.4.2.Conteúdos básicos .................................................................. 89
21.4.3.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 89
21.4.4.Avaliação ................................................................................. 89
21.4.5.Conteúdo Estruturante ............................................................ 89
21.4.6.Conteúdos básicos .................................................................. 90
21.4.7.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 90
21.4.8.Avaliação ................................................................................. 90
21.4.9.Conteúdo estruturante ............................................................ 90
21.4.10.Conteúdos Básicos ................................................................ 90
21.4.11.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 90
21.4.12.Avaliação ............................................................................... 90
21.4.13.Conteúdo estruturante .......................................................... 90
21.4.14.Conteúdos básicos ................................................................ 90
21.4.15.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 90
21.4.16.Avaliação ............................................................................... 91
21.4.17.Conteúdo estruturante .......................................................... 91
21.4.18.Conteúdos básicos ................................................................ 91
21.4.19.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 91
21.4.20.Avaliação ............................................................................... 91
21.5.Ensino Médio ................................................................................................... 91
21.5.1.Conteúdo estruturante ............................................................ 91
21.5.2.Conteúdos básicos .................................................................. 91
21.5.3.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 91
21.5.4.Avaliação ................................................................................. 91
21.5.5.Conteúdo estruturante ............................................................ 92
21.5.6.Conteúdos básicos .................................................................. 92
21.5.7.Abordagem teórico-metodológica ........................................... 92
21.5.8.Avaliação ................................................................................. 92
21.5.9.Conteúdo estruturante ............................................................ 92
21.5.10.Conteúdos básicos ................................................................ 92
21.5.11.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 92
21.5.12.Avaliação ............................................................................... 92
21.5.13.Conteúdo estruturante .......................................................... 92
21.5.14.Conteúdos básicos ................................................................ 93
21.5.15.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 93 17
21.5.16.Avaliação ................................................................. 93
21.5.17.Conteúdo estruturante .......................................................... 93
21.5.18.Conteúdos básicos ................................................................ 93
21.5.19.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 93
21.5.20.Avaliação ............................................................................... 93
22.Avaliação do ensino de Ed. Física no EF e Ensino Médio ..................................... 93
23.Referências ............................................................................................................. 94
24.Matemática ............................................................................................................. 95
24.1.Concepção do ensino da Matemática ............................................................... 95
24.2.Encaminhamento metodológico do ensino da Matemática ............................. 95
25.Organização dos conteúdos do ensino da Matemática ........................................... 95
25.1.Ensino Fundamental ........................................................................................ 95
25.1.1.Números e Operações ............................................................. 95
25.1.2.Geometria ............................................................................... 96
25.1.3.Ângulos - construção .............................................................. 96
25.1.4.Tratamento de Informação ...................................................... 97
25.2.Ensino Médio ................................................................................................... 97
25.2.1.Números e Álgebra ................................................................ 97
25.2.2.Funções ................................................................................... 97
25.2.3.Geometria e Trigonometria ..................................................... 97
25.2.4.Geometria Espacial e Plana: .................................................. 97
25.2.5.Geometria Analítica: ............................................................... 98
25.2.6.Trigonometria: ......................................................................... 98
25.2.7.Tratamento de Informação ..................................................... 98
25.2.8.Noções de Matemática Financeira: ......................................... 98
26.Conteúdos distribuídos por série no EF e EM ....................................................... 98
26.1.5ª Série/6o ANO ............................................................................................... 99
26.1.1.Conteúdos estruturantes ........................................................ 99
26.1.2.Conteúdos básicos .................................................................. 99
26.1.3.Avaliação ................................................................................. 99
26.1.4.Conteúdos estruturantes ........................................................ 99
26.1.5.Conteúdos básicos .................................................................. 99
26.1.6.Avaliação ................................................................................. 99
26.1.7.Conteúdos estruturantes ...................................................... 100
26.1.8.Conteúdos básicos ................................................................ 100
26.1.9.Avaliação ............................................................................... 100
18
18
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
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CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
26.1.10.Conteúdo estruturante ........................................................ 100
26.1.11.Conteúdos básicos .............................................................. 100
26.1.12.Avaliação ............................................................................. 100
26.2.6ª Série/7o Ano .............................................................................................. 100
26.2.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 100
26.2.2.Conteúdos básicos ................................................................ 100
26.2.3.Avaliação ............................................................................... 100
26.2.4.Conteúdos estruturantes ...................................................... 101
26.2.5.Conteúdos básicos ................................................................ 101
26.2.6.Avaliação ............................................................................... 101
26.2.7.Conteúdos estruturantes ...................................................... 101
26.2.8.Conteúdos básicos ................................................................ 101
26.2.9.Avaliação ............................................................................... 101
26.2.10.Conteúdo estruturante ........................................................ 101
26.2.11.Conteúdos básicos .............................................................. 101
26.2.12.Avaliação ............................................................................. 101
26.3.7ª Série/8o Ano .............................................................................................. 101
26.3.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 101
26.3.2.Conteúdos básicos ................................................................ 101
26.3.3.Avaliação ............................................................................... 102
26.3.4.Conteúdos estruturantes ...................................................... 102
26.3.5.Conteúdos básicos ................................................................ 102
26.3.6.Avaliação ............................................................................... 102
26.3.7.Conteúdos estruturantes ...................................................... 102
26.3.8.Conteúdos básicos ................................................................ 102
26.3.9.Avaliação ............................................................................... 102
26.3.10.Conteúdo estruturante ........................................................ 102
26.3.11.Conteúdos básicos .............................................................. 102
26.3.12.Avaliação ............................................................................. 103
26.4.8ª Série/9o Ano .............................................................................................. 103
26.4.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 103
26.4.2.Conteúdos básicos ................................................................ 103
26.4.3.Avaliação ............................................................................... 103
26.4.4.Conteúdos estruturantes ...................................................... 103
19
26.4.5.Conteúdos básicos .................................................. 103
26.4.6.Avaliação ............................................................................... 103
26.4.7.Conteúdo estruturante .......................................................... 103
26.4.8.Conteúdos básicos ................................................................ 103
26.4.9.Avaliação ............................................................................... 104
26.4.10.Conteúdos estruturantes .................................................... 104
26.4.11.Conteúdos básicos .............................................................. 104
26.4.12.Avaliação ............................................................................. 104
26.4.13.Conteúdo estruturante ........................................................ 104
26.4.14.Conteúdos básicos .............................................................. 104
26.4.15.Avaliação ............................................................................. 104
26.5.Ensino Médio ................................................................................................. 104
26.5.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 104
26.5.2.Conteúdos básicos ................................................................ 104
26.5.3.Avaliação ............................................................................... 105
26.5.4.Conteúdos estruturantes ...................................................... 105
26.5.5.Conteúdos básicos ................................................................ 105
26.5.6.Avaliação ............................................................................... 105
26.5.7.Conteúdo estruturante .......................................................... 105
26.5.8.Conteúdos básicos ................................................................ 105
26.5.9.Avaliação ............................................................................... 105
26.5.10.Conteúdos estruturantes .................................................... 106
26.5.11.Conteúdos básicos .............................................................. 106
26.5.12.Avaliação ............................................................................. 106
26.5.13.Conteúdo estruturante ........................................................ 106
26.5.14.Conteúdos básicos .............................................................. 106
26.5.15.Avaliação ............................................................................. 106
27.Avaliação do ensino de Matemática no EF e EM ................................................ 106
28.Referências ........................................................................................................... 107
29.Ciências ................................................................................................................ 109
29.1.Concepção do ensino de ciências ................................................................... 109
29.2.Encaminhamentos metodológicos ................................................................. 109
30.Organização dos conteúdos estruturantes do ensino de ciências ......................... 109
31.Conteúdos distribuídos por séries do EF .............................................................. 110
31.1.5ª Série/6o Ano .............................................................................................. 110
31.1.1.Conteúdo estruturante .......................................................... 110
20
20
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
31.1.2.Conteúdos básicos ................................................................ 110
31.1.3.Conteúdo estruturante .......................................................... 110
31.1.4.Conteúdo básico ................................................................... 110
31.1.5.Conteúdo estruturante .......................................................... 110
31.1.6.Conteúdos básicos ................................................................ 110
31.1.7.Conteúdo estruturante .......................................................... 110
31.1.8.Conteúdos básicos ................................................................ 110
31.1.9.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 111
31.1.10.Avaliação ............................................................................. 111
31.2.6ª Série/7o Ano ............................................................................................... 111
31.2.1.Conteúdo estruturante .......................................................... 111
31.2.2.Conteúdos básicos ................................................................ 111
31.2.3.Conteúdo estruturante .......................................................... 111
31.2.4.Conteúdo básico ................................................................... 111
31.2.5.Conteúdos estruturantes ...................................................... 112
31.2.6.Conteúdos básicos ................................................................ 112
31.2.7.Conteúdo estruturante .......................................................... 112
31.2.8.Conteúdos básicos ................................................................ 112
31.2.9.Conteúdo estruturante .......................................................... 112
31.2.10.Conteúdos básicos .............................................................. 112
31.2.11.Abordagem teórico-metodológica ....................................... 112
31.2.12.Avaliação ............................................................................. 112
31.3.7ª Série/8o Ano .............................................................................................. 113
31.3.1.Conteúdo estruturante .......................................................... 113
31.3.2.Conteúdo básico ................................................................... 113
31.3.3.Conteúdo estruturante .......................................................... 113
31.3.4.Conteúdo básico ................................................................... 113
31.3.5.Conteúdo estruturante .......................................................... 113
31.3.6.Conteúdos básicos ................................................................ 113
31.3.7.Conteúdo estruturante .......................................................... 113
31.3.8.Conteúdo básico ................................................................... 113
31.3.9.Conteúdo estruturante .......................................................... 113
31.3.10.Conteúdo básico ................................................................. 113
31.3.11.Abordagem teórico-metodológica ....................................... 113
31.3.12.Avaliação ............................................................................. 113 21
31.4.8ª Série/9o Ano ............................................................................... 114
31.4.1.Conteúdo estruturante .......................................................... 114
31.4.2.Conteúdos básicos ................................................................ 114
31.4.3.Conteúdo estruturante .......................................................... 114
31.4.4.Conteúdo básico ................................................................... 114
31.4.5.Conteúdo estruturante .......................................................... 114
31.4.6.Conteúdos básicos ................................................................ 114
31.4.7.Conteúdo estruturante .......................................................... 114
31.4.8.Conteúdos básicos ................................................................ 114
31.4.9.Conteúdo estruturante .......................................................... 114
31.4.10.Conteúdo básico ................................................................. 114
31.4.11.Abordagem teórico-metodológica ....................................... 114
31.4.12.Avaliação ............................................................................. 114
31.5.Avaliação do ensino de Ciências no EF ......................................................... 115
32.Referências ........................................................................................................... 115
33.Biologia ................................................................................................................ 117
33.1.Concepção do ensino de Biologia .................................................................. 117
33.2.Encaminhamentos metodológicos ................................................................ 117
34.Conteúdos estruturantes para o EM ..................................................................... 117
34.1.1.Organização e distribuição dos seres vivos .......................... 117
34.1.2.Biodiversidade ..................................................................... 117
34.1.3.Processo de modificação dos seres vivos ............................. 117
34.1.4.Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida ... . 118
35.Conteúdos distribuídos por série no EM .............................................................. 118
35.1.1.Conteúdo estruturante .......................................................... 118
35.1.2.Conteúdos básicos ................................................................ 118
35.1.3.Conteúdo estruturante .......................................................... 118
35.1.4.Conteúdos básicos ................................................................ 118
35.1.5.Conteúdo estruturante .......................................................... 118
35.1.6.Conteúdos básicos ................................................................ 118
35.1.7.Conteúdo estruturante .......................................................... 118
35.1.8.Conteúdo básico ................................................................... 118
36.Abordagem teórico-metodológica ........................................................................ 118
37.Avaliação .............................................................................................................. 118
38.Avaliação do ensino de Biologia no EM .............................................................. 119
39.Física .................................................................................................................... 120
22
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Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
39.1.Concepção do ensino de Física ...................................................................... 120
39.2.Encaminhamento metodológico .................................................................... 120
39.3.A abordagem da Física enquanto construção humana ................................... 120
39.4.O papel da experimentação no ensino de Física ............................................ 120
39.5.O cotidiano dos alunos/contextualização ....................................................... 120
39.6.O papel do erro na construção do conhecimento ........................................... 120
39.7.Os recursos da informática no ensino da Física ............................................. 120
39.8.A utilização do material de apoio ................................................................. 120
40.Conteúdos de Física para o EM ........................................................................... 120
40.1.Introdução à Física ......................................................................................... 120
40.2.Mecânica ........................................................................................................ 120
40.3.Física térmica ................................................................................................. 121
40.4.Ondulatória .................................................................................................... 121
40.5.Óptica ............................................................................................................. 121
40.6.Eletricidade e magnetismo ............................................................................. 121
40.7.Energia ........................................................................................................... 121
41. Conteúdos do Ensino Médio .............................................................................. 122
41.1.Conteúdo Estruturante ................................................................................... 122
41.1.1.Conteúdos básicos ................................................................ 122
41.1.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 122
41.1.3.Avaliação ............................................................................... 122
41.2. Conteúdo estruturante ................................................................................... 123
41.2.1.Conteúdos básicos ................................................................ 123
41.2.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 123
41.2.3.Avaliação ............................................................................... 124
41.3.Conteúdo estruturante .................................................................................... 124
41.3.1.Conteúdos básicos ................................................................ 124
41.3.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 124
41.3.3.Avaliação ............................................................................... 125
42. Referências ......................................................................................................... 125
43.Química ................................................................................................................ 127
43.1.Concepção do ensino de Química .................................................................. 127
43.2.Encaminhamento metodológico .................................................................... 127
23
43.3.Conteúdos estruturantes para o EM ............................................... 127
43.3.1.Conteúdo estruturante .......................................................... 128
43.3.2.Conteúdos básicos ................................................................ 128
43.3.3.Conteúdo estruturante .......................................................... 129
43.3.4.Conteúdos básicos ................................................................ 129
43.3.5.Conteúdo estruturante .......................................................... 129
43.3.6.Conteúdos básicos ................................................................ 129
43.3.7.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 130
43.3.8.Avaliação ............................................................................... 130
44.A avaliação no ensino de Química ....................................................................... 130
45.Referências ........................................................................................................... 130
46.História ................................................................................................................. 132
46.1.Concepção do ensino de História ................................................................... 132
46.2.Encaminhamento do ensino de História ........................................................ 132
47.Conteúdos estruturantes distribuídos por série do EF e EM ................................ 132
47.1.5ª Série/ 6 Ano ............................................................................................... 132
47.1.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 132
47.1.2.Conteúdos básicos ................................................................ 132
47.1.3.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 132
47.1.4.Avaliação ............................................................................... 132
47.2.6ª Série/ 7 Ano ............................................................................................... 133
47.2.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 133
47.2.2.Conteúdos básicos ................................................................ 133
47.2.3.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 133
47.2.4.Avaliação ............................................................................... 133
47.3.7ª Série/8 Ano ................................................................................................ 133
47.3.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 133
47.3.2.Conteúdos básicos ................................................................ 133
47.3.3.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 133
47.3.4.Avaliação ............................................................................... 134
47.4.8ª Série/ 9 Ano ............................................................................................... 134
47.4.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 134
47.4.2.Conteúdos básicos ................................................................ 134
47.4.3. Abordagem teórico-metodológica ........................................ 134
47.4.4. Avaliação .............................................................................. 134
47.5. Conteúdos do EM ......................................................................................... 134
24
24
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
47.5.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 134
47.5.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 134
47.5.1.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 134
47.5.1.3. Avaliação ....................................................................... 135
47.5.2. Conteúdos estruturantes ..................................................... 135
47.5.2.1.Conteúdos básicos .......................................................... 135
47.5.2.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 135
47.5.2.3.Avaliação ........................................................................ 135
47.5.3.Conteúdos estruturantes ...................................................... 135
47.5.3.1.Conteúdos básicos .......................................................... 135
47.5.3.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 135
47.5.3.3.Avaliação ........................................................................ 135
47.5.4.Conteúdos estruturantes ...................................................... 136
47.5.4.1.Conteúdos básicos .......................................................... 136
47.5.4.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 136
47.5.4.3.Avaliação ........................................................................ 136
47.5.5.Conteúdos estruturantes ...................................................... 136
47.5.5.1.Conteúdos básicos .......................................................... 136
47.5.5.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 136
47.5.5.3.Avaliação ........................................................................ 136
47.5.6.Conteúdos estruturantes ...................................................... 136
47.5.6.1.Conteúdo básico ............................................................. 137
47.5.6.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 137
47.5.6.3.Avaliação ........................................................................ 137
48.A avaliação no ensino da História ........................................................................ 137
49.Referências ........................................................................................................... 137
50.Geografia .............................................................................................................. 138
50.1.Concepção do ensino de Geografia ............................................................... 138
50.2.Encaminhamentos metodológicos ................................................................. 138
51.Conteúdos do ensino de Geografia no EF e EM .................................................. 138
51.1.5ª Série/6 Ano ................................................................................................ 138
51.1.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 139
51.1.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 139
51.1.1.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 139
25
51.1.1.3.Avaliação ........................................................... 139
51.2.6ª Série/7 Ano ................................................................................................ 139
51.2.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 139
51.2.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 140
51.2.1.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 140
51.2.1.3.Avaliação ........................................................................ 140
51.3.7ª Série/8 Ano ................................................................................................ 141
51.3.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 141
51.3.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 141
51.3.1.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 141
51.3.1.3.Avaliação ........................................................................ 141
51.4.8ª Série/9 Ano ................................................................................................ 142
51.4.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 142
51.4.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 142
51.4.1.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 142
51.4.1.3.Avaliação ........................................................................ 142
51.5.Ensino Médio ................................................................................................. 143
51.5.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 143
51.5.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 143
51.5.1.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 144
51.5.1.3.Avaliação ........................................................................ 144
51.5.1.4.Avaliação do ensino de Geografia ................................... 145
52.Referências ........................................................................................................... 145
53.Sociologia ............................................................................................................. 146
53.1.Concepção do ensino de Sociologia .............................................................. 146
53.2.Encaminhamentos metodológicos ................................................................. 146
54.Conteúdos distribuídos por série do EM .............................................................. 146
54.1.Conteúdo estruturante .................................................................................... 146
54.1.1.1.Conteúdos básicos .......................................................... 146
54.1.1.2.Abordagem teórico-metodológica ................................... 146
54.1.2.Avaliação ............................................................................... 146
54.2.Conteúdo estruturante .................................................................................... 147
54.2.1.Conteúdos básicos ................................................................ 147
54.2.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 147
54.2.3.Avaliação ............................................................................... 147
54.3.Conteúdo estruturante .................................................................................... 147
26
26
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
54.3.1.Conteúdos básicos ................................................................ 147
54.3.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 147
54.3.3.Avaliação ............................................................................... 147
54.4.Conteúdos estruturantes ................................................................................. 148
54.4.1.Conteúdos básicos ................................................................ 148
54.4.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 148
54.4.3.Avaliação ............................................................................... 148
54.5.Conteúdos estruturantes ................................................................................. 148
54.5.1.Conteúdos básicos ................................................................ 148
54.5.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 148
54.5.3.Avaliação ............................................................................... 149
54.6.Conteúdos estruturantes ................................................................................. 149
54.6.1.Conteúdos básicos ................................................................ 149
54.6.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 149
54.6.3.Avaliação ............................................................................... 149
55.Avaliação do ensino de Sociologia ....................................................................... 149
56.Referências ........................................................................................................... 149
57.Filosofia ................................................................................................................ 152
57.1.Concepção do ensino de Filosofia ................................................................. 152
57.2.Encaminhamentos metodológicos ................................................................. 152
57.3.Conteúdos de Filosofia .................................................................................. 152
57.3.1.Teoria do Conhecimento ........................................................ 152
57.3.2.Ética ...................................................................................... 152
57.3.3.Estética ................................................................................. 152
57.3.4.Filosofia da Ciência ............................................................... 152
58.Conteúdos distribuídos por conteúdo estruturante ............................................... 153
58.1.Conteúdos estruturantes ................................................................................. 153
58.1.1.Conteúdos básicos ................................................................ 153
58.1.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 153
58.1.3.Avaliação ............................................................................... 153
58.2.Conteúdo estruturante .................................................................................... 153
58.2.1.Conteúdos básicos ................................................................ 153
58.2.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 153
58.2.3.Avaliação ............................................................................... 153
27
58.3.Conteúdo estruturante .................................................................... 153
58.3.1.Conteúdos básicos ................................................................ 154
58.3.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 154
58.3.3.Avaliação ............................................................................... 154
58.4.Conteúdo estruturante .................................................................................... 154
58.4.1.Conteúdos básicos ................................................................ 154
58.4.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 154
58.4.3.Avaliação ............................................................................... 154
58.5.Conteúdo estruturante .................................................................................... 154
58.5.1.Conteúdos básicos ................................................................ 154
58.5.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 154
58.5.3.Avaliação ............................................................................... 155
58.6.Conteúdo estruturante .................................................................................... 155
58.6.1.Conteúdos básicos ................................................................ 155
58.6.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 155
58.6.3.Avaliação ............................................................................... 155
58.7.Avaliação do ensino de Filosofia ................................................................... 155
59.Referências ........................................................................................................... 155
60.Ensino Religioso .................................................................................................. 157
60.1.Concepção do ensino de Ensino Religioso .................................................... 157
60.2.Encaminhamentos metodológicos ................................................................. 157
61.Conteúdos do Ensino Religioso ........................................................................... 157
61.1.O Sagrado como foco do Fenômeno Religioso ............................................. 157
61.2.5ª série/6 ano .................................................................................................. 157
61.2.1.Conteúdos estruturantes ...................................................... 157
61.3.6ª série/7 ano .................................................................................................. 158
61.3.1.Conteúdo estruturante .......................................................... 158
61.3.2.Abordagem teórico-metodológica ......................................... 158
61.3.3.Avaliação ............................................................................... 158
62.Avaliação do Ensino Religioso ............................................................................ 158
63.Referências ........................................................................................................... 158
7.A GESTÃO ESCOLAR ............................................................................................ 161
8.AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL ............................................................................. 161
9.CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 161
10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................... 162
28
28
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental e Médio
Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315 Vila Pompéia – Tatuquara / Curitiba – Paraná
CEP: 81.480-070 Telefones: (41) 3265-5299 / (41) 3265-2571
29
1. IDENTIFICAÇÃO DO COLÉGIONome do Colégio: Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay – Ensino Fundamental
e Médio.
Endereço: Rua Del. Francisco Xavier de Oliveira, 315.
Bairro: Tatuquara - Vila Pompéia. CEP: 81.480-070
Cidade: Curitiba Estado: Paraná
Telefones: (41) 3265-2571
Turnos oferecidos: Manhã, tarde e noite.
Modalidades de Ensino: Fundamental e Médio.
Número matrículas no ano letivo de 2010:
Vagas ofertadas no ano de 2005 Fundamental Médio Total
Manhã 253 112 365
Tarde 311 __ 311
Noite 64 203 267
Total 628 315 943
Equipe Pedagógica:
Diretor: Manoel Pereira
Vice-Diretor: Joseli Vassão Teixeira
Secretário: Maria Santina G. de Oliveira
Pedagogos: Sandra Mara Passos Mroz Diana; Arlete Moreira; Gilmara de
Camargo Nogueira
2. OBJETIVOS GERAIS:• Oportunizar a vivência de valores éticos que contribuam para a formação de
cidadãos autônomos e críticos, com argumentos sólidos;
• Oferecer oportunidade de integração entre os segmentos da comunidade
educativa;
• Oportunizar a competência do domínio da linguagem;
• Compreender a cidadania com participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando os
outros e exigindo para si, o mesmo respeito;
• Favorecer a atualização e o aperfeiçoamento de professores e funcionários, de
forma contínua visando melhor desempenho, de suas atividades profissionais.
• Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com
responsabilidade em relação a sua saúde e à saúde coletiva.
• Estruturar alternativas que possam auxiliar na melhoria dos relacionamentos,
favorecendo oportunidade para uma vida de qualidade.
3. MARCO SITUACIONAL
1. Histórico do Colégio
O Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay, oferta o Ensino Fundamental de 5º a 8º
série e o Ensino Médio.
Localiza-se à Rua Francisco Xavier de Oliveira nº 315, bairro Tatuquara,
município de Curitiba, estado do Paraná, criado, denominado, autorizado e aguardando
reconhecimento pela Secretaria de Estado da Educação, de acordo com a legislação
vigente.
O Estabelecimento de Ensino tem como entidade mantenedora o Governo do
Paraná e iniciou suas atividades educacionais no ano de 1929, sem Ato Oficial, na
residência da senhora Margarida Ansay, genitora da professora Beatriz Faria Ansay.
Com o decreto nº 538 datado de 05 de junho de 1979, a escola foi criada e
autorizada a funcionar oficialmente com denominação de Escola Estadual Tatuquara,
integrada ao Complexo Escolar Padre Cláudio Morelli.
Através da resolução nº 1.633 de 18 de agosto de 1980, passou a denominar-se
Escola Estadual Beatriz Faria Ansay, homenagem prestada pela comunidade à sua
primeira alfabetizadora.
A Escola passou a ser reconhecida pela Resolução nº 832, datada de 06 de
março de 1991, ofertando apenas o Ensino de 1º Grau de 1º a 8º série.
Através da Resolução nº 2586/2000 e Parecer nº 1405/2000 da Coordenação de
Estrutura e Funcionamento e a Municipalização, com data de 04/0800, foi cessado
definitivamente as atividades escolares relativas ao Ensino Fundamental (1ª a 4ª série),
neste Estabelecimento de Ensino.
Através do parecer 005/00, aprovado em 03 de fevereiro de 2000, pelo
Conselho Estadual de Educação e resolução 1.331/2000, foi autorizado o
funcionamento com a implantação gradativa, para o curso de Ensino Médio, turnos
diurnos e noturnos assim estabelecidos:
Ano 2000 → 1º ano;
Ano 2001 → 1º e 2º ano;
Ano 2002 → 1º, 2º e 3º ano.
Em decorrência desta autorização, o Estabelecimento passa a denominar-se
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay - Ensino Fundamental e Médio.
O Ensino Médio foi devidamente implantado e atualmente a comunidade
escolar pode contar com a oferta dessa modalidade de ensino nos períodos diurno e
noturno.
1.1. Biografia da Professora Beatriz Faria Ansay (Dona Branca)
Beatriz Faria, nasceu aos 11 de junho de 1895, na localidade de Tijuco Preto,
município de Rio Negro, no Paraná, filha de José Maximiniano e Maria da Glória da
Costa Faria.
Aos 02 anos de idade ficou órfã, ficando sob os cuidados de sua irmã mais
velha esposa do Professor Sebastião Paraná.
Cursou a Escola Normal no Instituto de Educação. Aos 23 anos de idade em
1918 foi nomeada professora da Escola Mista de Palmeira. No dia 26 de fevereiro de
1918 foi removida para a Escola Isolada de Pira quara.
Em 1929 voltou definitivamente para Tatuquara.
Beatriz Faria Ansay, por muitos anos foi não apenas professora, mas educadora.
Pregou civismo e incitou no espírito da gente humilde o sentimento de patriotismo.
As crianças de Tatuquara na década de 30, já participavam de gincanas
esportivas, comemorações cívicas, tudo feito com muito cuidado;
As datas nacionais eram festejadas com hasteamento da Bandeira Nacional,
cantos dos hinos pátrios. Havia desfiles pelas principais ruas da Vila. As festas juninas
marcaram época, a da primavera com o plantio de árvores, bailados.
Seus filhos Heitor, Terezinha, Osíris e Milton José, muito contribuíram para
organizar as belíssimas festinhas. Foi a primeira professora Normalista da localidade.
Seu último ano em Tatuquara foi no tempo da guerra. Aos sábados era hasteada a
bandeira. Cantava-se o Hino Nacional, a Canção do Soldado e do Expedicionário.
Todos eram convidados, a Escola era um verdadeiro centro social. Mas como os
filhos precisavam estudar a família mudou-se para a Avenida Guairá, hoje Avenida
Pres. Kennedy, 360 a casa existe até hoje. Fazia ela diariamente um percurso de 35 km
a pé ida e volta para dar aula. No dia 06 de maio de 1945 Dona Branca morreu.
2. Realidade atual
No limiar do século XXI, a sociedade encontra-se numa encruzilhada entre um
sistema capitalista neoliberalizante que está monopolizando a economia mundial e uma
crescente necessidade de uma alternativa de sumo.
No âmbito econômico, observa-se o desenvolvimento de um crescente número
de projetos alternativos que estão sendo implantados na sociedade como: cooperativas,
bancos populares, economia solidária.
No contexto político observa-se uma grande ânsia pela participação e um
crescer pela democracia e a conscientização de que somos partícipes da construção
desta sociedade nos faz tomar ciência da nossa condição de cidadão.
A relação sócio-cultural está caracterizada por movimentos sociais em ascensão,
na qual os cidadãos lutam por sua existência e permanência.
Em uma perspectiva cultural percebe-se uma tentativa de monopólio –
globalização – e ao mesmo tempo um ressurgir das micro-culturas, identidade. Em
suma, o local se relacionando com o global, isto é, uma tentativa de fortalecimento do
poder local ocasionada pela falta do Estado em atender às necessidades da população;
contrapondo-se assim ao domínio global.
O discurso da igualdade, preconizado nas diretrizes educacionais do governo
não ocorrerá na pratica enquanto tivermos diferentes condições materiais de estrutura
física, de recursos humanos e de equipamentos. As escolas freqüentadas pelos filhos de
famílias das classes são notoriamente superiores às condições das escolas de periferia
freqüentadas pela classe trabalhadora e que conseqüentemente mais necessita de maior
“qualidade” em todos os aspectos do ambiente escolar para fazer valer o princípio da
eqüidade e possibilitar de fato a função democrática da educação.
O Brasil é considerado um dos três piores países no que se refere à distribuição
de renda, mesmo ocupando a décima primeira posição no ranking da economia
mundial. Essa condição reflete e alimenta uma sociedade injusta e socialmente
desigual.
A injustiça social desencadeia graves problemas sociais como: desestrutura
familiar, inversão de valores, alto índice de violência, fome, trabalho infantil,
problemas de habitação que ocasionam ocupações irregulares, favelização e péssimas
condições principalmente em áreas rurais.
Diante de tal situação, a sociedade acaba transferindo toda a responsabilidade
da educação familiar para escola, pois grande parte das famílias acredita que a escola
pode solucionar tais problemas, entretanto, não participam e não contribuem para que
isto possa efetivar-se.
3. Realidade local
Os alunos são procedentes em sua maioria do bairro Tatuquara, abrangendo:
Jardim da Ordem, Jardim Ludovica, Moradias Santa Rita, Vila Pompéia, Vila Dona
Linda, Vila Santa Luiza, Vila Raul Zanon, Vila Gralha Azul, Moradias Laguna e,
também, loteamentos surgidos recentemente nesta zona urbana (Terra Santa e Moradias
Sarote), o que provocou um aumento progressivo da clientela escolar e uma grande
diversidade de hábitos e costumes dentro do Colégio.
As comunidades atendidas em sua maioria são de famílias desempregadas, com
algumas vivenciando momentos de grandes dificuldades financeira, emocional e
cultural. Cerca de 70% das casas são de madeira e 50% das casas possuem de 2 a 5
peças. Quase que na sua totalidade dos alunos possuem luz elétrica em suas residências
com conta, luz fraterna ou gato. Cerca de 90% dos alunos possuem água encanada em
suas casas. A maioria possuiu aparelhos eletrodomésticos, tais como: aparelho de som,
ferro de passar roupas, chuveiro, fogão, liquidificador, rádio. Poucos possuem
microondas, DVD, ou videocassete. Poucos, 30%, possuem automóvel. Na sua grande
maioria as famílias possuem animais domésticos e os que aparecem em maior
concentração são os cachorros. As famílias são compostas de 4 a 5 membros. A
comunidade escolar é constituída por católicos e evangélicos. O nível de escolaridade é
baixo a maioria de ensino fundamental incompleto. A média de pessoas que trabalham
por família é de um membro, com salários variando na faixa de um 1 à 3 salários
míninos. As famílias consideram o trabalho da escola como possibilidade de um futuro
melhor para seus filhos, propiciando-lhes condições para se tornarem cidadãos com
mais acesso aos recursos da sociedade.
A ligação do aluno com a escola nos dias de hoje está bastante conturbada.
Os indicadores da comunidade na qual esse estabelecimento de ensino está
inserido apresentam um crescente número de violência praticada, em sua maioria, por
crianças e jovens.
Outros indicadores que agravam o problema sejam isolados ou somados ao
primeiro são: a iniciação sexual prematura, a decadência da moral e da estrutura
familiar, o descomprometimento com a prole, a destruição dos bens públicos entre
outros.
São poucas as famílias desta comunidade escolar que apresentam uma estrutura
mais sólida, oferecendo a base e a segurança necessárias para a continuidade e
complementação na formação do ser, oferecidas pela escola.
Partes dos alunos apresentam dificuldades de aprendizagem, visto quem vivem
em um contexto familiar desestruturado, no qual nem sempre encontram o apoio
familiar.
O aluno necessita integrar-se à sociedade, buscando uma visão crítica e
transformadora da realidade na busca de seus ideais, sendo necessária uma formação
para o desenvolvimento da cidadania. Uma parcela desses alunos atinge tais objetivos,
mas muitos deles acabam caindo na marginalidade, envolvendo-se com gangues,
traficantes, tornando-se usuários de diversos tipos de drogas lícitas ou não.
Os pais, em sua minoria, não possuem uma formação escolar básica. Alguns
deles são analfabetos, por isso a sua situação sócio-econômica se torna precária. Os que
trabalham deixam seus filhos sozinhos em casa, sem proteção e as atenções devidas,
ocasionadas que muitas crianças fiquem pelas ruas convivendo com vários tipos de
influências.
Os pais mandam seus filhos à escola em busca de alimentos, em local seguro
para ficar enquanto trabalham. A região em que moram não proporciona acesso à
cultura diferenciada (cinema, teatro, museu, etc.) fazendo da escola um centro de lazer
e socialização.
Boa parte dos alunos não apresenta perspectivas de futuro, se acomodando com
a situação em que vivem não possuindo entusiasmo, motivação para uma
transformação de vida.
Há casos de alunos interessados nos estudos mesmo diante da realidade descrita
e que se sobressaem frente a todas as adversidades.
O Colégio atualmente apresenta uma estrutura física inadequada e insuficiente,
visto que está em processo de reformas e ampliação.
A atual estrutura conta com doze salas de aula na sede alugada no Campo do
Santana, não havendo espaço apropriado para salas administrativas e de suporte
pedagógico.
Diante da problemática de estrutura física, pela qual o Colégio Estadual Beatriz
Faria Ansay tem passado durante o ano letivo de 2005, duas Escolas Municipais
juntamente com o referido Colégio realizaram uma parceria visando atender
emergencialmente o Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay, garantindo assim, o
cumprimento do calendário letivo do referido ano escolar.
A Escola Municipal Governador Leonel de Moura Brizola atendeu até julho de
2006, em estrutura física a parte administrativa e suporte pedagógico, além
disponibilizar doze salas de aula no período da manhã.
Na sede do Beatriz Faria Ansay, funcionaram cinco turmas em cada turno
(manhã, tarde e noite).
O grupo de professores realiza semanalmente uma carga horária excessiva de
trabalho, devido à baixa remuneração. Desta forma não há possibilidades para
oportunizar que os mesmos possam trocar experiências e idéias, o que certamente
possibilitaria um maior conhecimento do trabalho do seu colega.
A maioria dos docentes apresenta formação pedagógica adequada, de acordo
com as exigências legais. Os docentes dominam os assuntos relacionados às disciplinas
de suas áreas, e interagem também para a construção do conhecimento nas diversas
áreas.
O Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay apresenta em seu quadro docente
poucos professores do quadro próprio do Magistério, sendo sua maioria composta por
professores que atuam em colégios Estaduais com outros tipos de vínculos
empregatícios. Essa situação não lhes assegura a continuidade do trabalho no Colégio
nos próximos anos letivos, gerando muitas vezes descomprometimento, desmotivação
por parte de alguns professores.
Outros fatores que interferem no desenvolvimento do trabalho pedagógico: falta
de professores para assumir disciplinas com menor carga horária semanal, ocasionando
início do período letivo sem professores para lecionaram disciplinas da grade
curricular. Ou ainda, afastamento de professores regentes devido a problemas de saúde
e a não existência de professores substitutos que possam assumir a sala de aula nessa
situação.
O Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay não apresenta ações específicas para
enfrentar os desafios da inclusão educacional. Apesar disso, professores e funcionários
têm procurado atender aos alunos portadores de necessidades educativas especiais
dentro da capacidade de conhecimento específico, mesmo sem a preparação necessária
que o governo deveria oferecer aos mesmos.
Os funcionários são indispensáveis para o bom andamento escolar sendo que
suas respectivas funções não estão direcionadas apenas à organização da escola, mas
estão interagindo de várias maneiras no processo educativo, pois todos são educadores.
Estes participam e atuam nas decisões tomadas pela escola, estão presentes em todos os
acontecimentos, reuniões, festividades, expressando e trocando idéias com os demais
profissionais.
As relações de poder no âmbito escolar são hierarquizadas. Entretanto
essa organização não impede que haja autonomia para tomadas de decisões diante de
situações e problemas do cotidiano escolar.
A sociedade atual necessita de uma profunda transformação, sendo a educação o
caminho, mas torna-se necessário estabelecer um número menor de alunos em sala de
aula, maior participação dos pais e da comunidade em geral no processo educativo.
4. MARCO CONCEITUALPara que os alunos consigam incorporar conhecimentos e comportamento que
levem uma transformação para uma sociedade mais justa e humana, almeja-se a
formação dos alunos críticos, cidadãos conhecedores e cumpridores de seus direitos e
deveres, responsáveis e conscientes por suas ações e atitudes. Alunos detentores de
conhecimentos significativos e capazes de empregá-los na construção da tão sonhada
sociedade mais justa e humana.
No seio da escola, dentro da sala de aula e no cotidiano escolar faz-se
necessário que as atividades formativas sejam voltadas para o desenvolvimento desses
cidadãos. É preciso convidá-los para colocar a serviço da construção de uma sociedade
justa, uma organização mobilizadora dos educadores na busca de uma educação pública
de qualidade referente à nossa sociedade atual, e refletir os aspectos da sociedade como
as condições e o auxílio necessário para que se proporcione um ambiente alegre e
acolhedor, onde se sintam entrosados e possam desenvolver um trabalho, motivados
com qualidade de uma equipe construtiva democrática em suas oportunidades de
expressões e opiniões dentro do estabelecimento de ensino.
Promover a transmissão, construção e descoberta de conhecimentos técnicos e
científicos, o exercício de princípios e valores sociais, éticos, morais, políticos,
religiosos e familiares.
Almeja-se formar alunos autônomos, curiosos que questionem e busquem
respostas, soluções. Visamos ainda que os alunos sejam construtores de seus
conhecimentos e que se desenvolvam em todos os seus aspectos humanos: social,
físico, cognitivo e psíquico.
Os alunos necessitam de exemplos práticos seguidos de um elo de confiança
entre ele e a escola através da cultura, do conhecimento e do poder da transformação,
realizando trabalhos de resgate dos valores como respeito, valorização da família,
incentivo à aprendizagem, auto-estima, conservação do patrimônio público.
Os discentes deverão sofrer transformações ao iniciar a sua vida escolar, pois a
sua cultura familiar, conhecimento da sua vivência social a capacidade cultural e
empírica do seu dia -a- dia, serão desenvolvidos e acrescidos no âmbito escolar,
capacitando-os a transformar a realidade em que estão inseridos.
Os professores devem manter uma postura que sirva de exemplo, a fim de
despertar o desejo de ter a cada dia uma escola na qual os alunos possam sentir-se
valorizados e conscientes de seu verdadeiro papel, para que escola possa se tornar cada
dia melhor.
É necessário que os conteúdos apresentados pelo planejamento escolar
contenham um rigor científico, não deixando cair no senso comum, mas também é
importante realizar uma contextualização enfatizando o cotidiano dos alunos a fim de
levá-los a uma reflexão crítica, gerando assim uma mudança de percepção do que é a
educação e a sua real finalidade. A partir dessa mudança os alunos deverão apresentar
evolução no processo ensino-aprendizagem, a qual será refletida em mudança de
comportamento e atitudes.
As avaliações no processo de ensino-aprendizagem devem ser diagnósticas,
contínuas, progressivas e cumulativas. Devem ser capazes de analisar a evolução do
indivíduo de maneira integral. Não devem ser excludentes, punitivas e nem
discriminativas, mas capazes de gerar a percepção da auto–avaliação.
A avaliação institucional deve envolver todas as áreas da escola, objetivar um
retrato da realidade e a busca de soluções para os problemas apresentados, por meio de
elaboração de um plano de trabalho.
A escola que a comunidade escolar almeja caracteriza-se por uma organização
bem estruturada (administrativa, financeiro, curricularmente), gratuita, democrática,
igualitária, de qualidade e capaz de formar cidadãos críticos, conscientes e
responsáveis. Prioriza uma educação que desenvolva pessoas capazes de interagir na
sociedade, conscientes de suas responsabilidades e seguidoras de princípios
humanísticos. A cultura humanista valoriza as relações interpessoais, comunitárias,
sociais, políticas; valoriza o processo de leitura, teorização e as praxes dos alunos,
professores e funcionários enfim de toda a sociedade. Resgata a família, dentro e fora
da escola as boas maneiras, o respeito, trabalhos manuais (artesanato) festas
comemorativas, feiras, palestras, atividades recreativas e patriotismo.
Busca o envolvimento da comunidade, pra torná-la participativa e que apóie os
projetos da escola, contribuindo com idéias, ações, conhecimentos e informações.
Faz-se necessário trabalhar a realidade que a sociedade vivência atualmente,
pois mudanças são constantes e o mundo evolui cada vez mais. Entretanto não se pode
abrir mão de trabalhar conhecimentos historicamente construídos, pois são estes
conhecimentos que embasam o pensamento crítico. A escola não pode parar no tempo.
É necessário que haja uma reflexão sobre as transformações do mundo, sem perder seu
contexto histórico.
O poder de transformação deve superar o poder de manipulação.
Há ainda o desafio é o de garantir que a comunidade escolar (docentes, pais de
alunos, funcionários e discentes) acredite na inclusão de alunos portadores de
necessidades educativas especiais e encare mudanças e adaptações necessárias dentro
da sala de aula e em todo âmbito escolar e social.
A inclusão deve transformar a escola, não é o aluno com portador de
necessidades educativas especiais que deve adaptar-se à escola, mas o ambiente
educacional é que necessita ser mudado.
A escola deve organizar-se para a escolarização dos alunos com deficiências a
partir de sua própria estrutura física garantindo rampas de acesso, elevadores, banheiros
e carteiras adequadas, etc.
Outras ações governamentais fazem-se indispensáveis como a estrutura física
adequada para melhor desempenho das atividades educacionais (não possuímos prédio
próprio para funcionamento da escola), formação permanente continuada para
professores e funcionários, obtenção de recursos pedagógicos apropriados, oferta de
aulas no contra turno para alunos com maiores dificuldades de aprendizagem,
contratação de especialistas de classe especial que atuem como suporte para o professor
regente e não em substituição a este, além de um intérprete, quando necessário.
Caso não sejam atendidas às necessidades acima descritas, corre-se o risco de
privar tais alunos das condições necessárias à escolarização para incluí-los num
processo inadequado de aprendizagem.
A Lei 169/03 limita o número de alunos dentro da sala de aula. Desta forma,
faz-se necessário distribuir em diferentes classes os alunos portadores de necessidades
educativas especial.
1. Concepção de Cidadania
Historicamente, o Brasil foi construído de cima para baixo e de fora para dentro
– poderes coloniais, elites proprietárias e Estado, realimentando as desigualdades e
agravando as exclusões. Neste momento, sequer construir outras bases sociais,
constituídas pôr aqueles excluídos da história brasileira que, organizando-se na
sociedade civil e nos diferentes movimentos sociais, acumularam força e conseguem
expressar-se, tomando as rédeas do seu destino, criando uma nação soberana e aberta
ao diálogo e a participação.
De acordo com Boff (2000, p.51) “cidadania é um processo histórico-social que
capacita à massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de
elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a
ser povo, como sujeito histórico, criador de seu próprio destino”.
Reafirmando a citação de Boff (Martins, 2000, p. 53) diz: “... a construção da
cidadania envolve um processo ideológico de formação de consciência pessoal e social
e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres”. A realização se
faz através de lutas contra as discriminações, da abolição de barreiras segregativas
entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão
das mesmas condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos nas
tomadas de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação
depende fundamentalmente do interessado, uma vez que, quando a desigualdade é
somente confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendo-a
dependente dos serviços públicos. No entanto, ser/estar interessado não dispensa apoio,
pois os serviços públicos são sempre necessários e instrumentais.
O grande desafio histórico é dar condições ao povo de se tornar cidadão
consciente, (sujeito de direitos), organizados e participativos do processo de construção
político-social e cultural.
Angel Pino in (Boff SEVERINO A J., ZALARA E OUTROS 1992, P. 15-25),
considera que o “conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um direito e o
exercício desse direito. Sem este, aquele é mera fórmula”. Portanto, a educação como
um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida como a
concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na sociedade.
“A realidade social e educacional atual de nosso país, requer o enfrentamento e
a superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração constitucional dos
direitos sociais (dentre eles, a educação) e a negação da prática desses direitos; da
ideologia que associa a pobreza material à cultural; de recolocar-se o problema da
escola pública em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento elaborado;
recolocar a questão do trabalho como atividade de produção/apropriação de
conhecimento não apenas como mera operação mecânica, em repensar a relação
escola/trabalho”.
Segundo Martins (200, p.54), pode-se afirmar que “aquela relação entre
cidadania e democracia explicita-se no fato de que ambas são processos; o processo
não se dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos
próprios, constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de
instituições permanentes para expressão política. Neste sentido, a autora distingue a
cidadania passiva, aquela que é outorgada pelo Estado, com a idéia moral da tutela e do
favor. Cidadania Ativa – aquela que institui o cidadão como portador de direitos e
deveres, mas essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de participação.
Confirma ainda, que a cidadania requer a consciência clara sobre o papel da educação e
as novas exigências colocadas para a escola que, como instituição para o ensino – a
educação formal – pode ser locus excelente para a construção da cidadania”.
As dimensões da cidadania, segundo Boff, são cinco:
1. A dimensão econômico-produtiva: a massa é mantida intencionalmente, como
massa e a pobreza é empobrecimento, portanto a pobreza material e política são
produzidas e cultivadas, por isso é profundamente injusta.
2. A dimensão político-participativa: as pessoas interessadas lutam em prol de sua
autonomia e participação social, tornando-se cidadãos plenos.
3. A dimensão popular: inclui somente as que têm acesso ao sistema produtivo e
exclui os demais, sendo esta a dimensão vigente.
4. A dimensão de con-cidadania: os cidadãos devem reivindicar e não pedir ao
Estado; precisam organizar-se não para substituir, mas para fazê-lo funcionar.
Define também o cidadão mediante a solidariedade e a cooperação.
5. A cidadania Terrenal: apresenta a dimensão planetária na consciência de causas
comuns, com a responsabilidade coletiva de garantir um futuro para a terra e a
humanidade.
Tipos de Cidadania segundo Boff:
Cidadania Seletiva – se a construção da cidadania envolve um processo
ideológico de formação de consciência pessoal, coletiva e social, de reconhecimento
desse processo em termos de direitos e deveres, no projeto neoliberal vigente a
cidadania passa a ser seletiva porque a reduz, Boff afirma (2000 p.57). “Ele debilita e
reduz a cidadania nacional, quer dizer, a autonomia do próprio país. Internamente
reforça a cidadania seletiva”. Alguns setores são beneficiados pela modernização,
outros, os setores populares só cabem uma cidadania menor. Outros, os excluídos,
servem como massa de manobra, sem qualquer cidadania, tirando o seu poder de
rebelião, compensado, fazendo assistencialismo fácil e promessas.
Cidadania Menor – No projeto do capitalismo nacionalista não se leva em conta
o capitalismo e sua lógica que explora e exclui. Ele é visto como criador de
oportunidades e de progresso. Dá-se ênfase à auto-estima de um Brasil grande, uma
potência emergente com seus recursos naturais riquíssimos e potencialidades
populacionais. Aqui também a cidadania é restrita para setores beneficiários. (Boff,
p.66) “será uma cidadania político-participativa para os segmentos incorporados na
produção, mas não será econômico-produtiva, pois trabalhadores continuarão sendo
duramente explorados. Portanto terão uma cidadania de segunda classe, esporádica, às
vezes expressa em grandes manifestações públicas, mas sem conseqüências reais... As
políticas estatais continuarão assistencialistas aos movimentos sociais...”.
Cidadania Maior e Plena – Con-cidadania – O projeto de Democracia racial e
popular é totalmente diferente dos autores muito distante do que vivemos. Está sendo
construído por todos e excluídos da historia brasileira, se organizando dentro dos
movimentos raciais. Com força foram se infiltrando em condutos políticos partidários,
já agora em condições de disputar a conquista e o controle do poder com muita luta
resistência, argumentos e organização. Esse projeto visa construir uma nação
autônoma, capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade inteira para a
mudança, primando por uma sociedade sustentável que se desenvolva com a natureza e
não contra ela, que produza o suficiente para todos e que não permita a acumulação
para poucos. Boff (2000, p. 73) diz: “Nele fica clara à vontade de soberania nacional e
os tipos diferentes da cidadania política, econômica, participativa, solidária e popular.
Será uma cidadania cotidiana, plantada no funcionamento dos movimentos raciais e,
por isso, em continuo exercício”. Construir a cidadania e con-cidadania popular é a
forma concreta de se construir o Projeto-Brasil que buscamos.
2. Concepção de Conhecimento
Conhecimento é uma atividade humana que busca explicar as relações entre os
homens e a natureza. Dessa forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho.
Na sociedade capitalista, o homem não se apropria da produção material de seu
trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações, porque o trabalhador
não domina as formas de produção e sistematização do conhecimento. Segundo Marx e
Engels “a classe que tem à disposição os modos de produção material controla
concomitantemente os meios de produção intelectual, de sorte que, por essa razão
geralmente as idéias daqueles que carecem desses meios ficam subordinadas a ela”
(Frigotto, 1933, p. 67).
Ainda neste sentido, Andery (1988, p. 15) confirma que “nesse processo do
desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-relações e
interferências recíprocas entre idéias e condições materiais, a base econômica será o
determinante fundamental”. Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes
formas: senso comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes
concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e
sobre o conhecimento.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das
condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam
necessariamente nova forma de ver realidade, novo modo de atuação para obtenção do
conhecimento, mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência
traz conseqüências para a escola, cabendo a ela garantir a socialização do
conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações. Conforme Veiga
(Veiga, 1995, p.27). “O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera
simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos
interesses dos alunos”. Dessa forma o conhecimento escolar é resultado de fatos,
conceitos, e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.
Para Boff (2000, p. 82), “conhecer implica, pois fazer uma experiência e a partir
dela ganhar consciência e capacidade de conceitualização. O ato de conhecer, portanto,
representa um caminho privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento
sozinho não transforma a realidade: transforma a realidade somente a conversão do
conhecimento em ação”.
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando
mudança interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade.
Conforme Freire (2003, p.59), “o conhecimento é sempre conhecimento de
alguma coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”.
Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como destaca
Severino (1988, p.88), “educar contra - ideologicamente é utilizar, com a devida
competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que
efetivamente o homem dispõe para dar sentido às praticas mediadoras de sua existência
real”.
3. Cultura
A cultura é resultado de toda produção humana e segundo Saviani, “para
sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios
de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza,
criando um mundo humano, o mundo da cultura” (1992, p.19).
Podemos considerar que, “de um ponto d vista antropológico, cultura é tudo o
que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até
as formas de destruir-se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a
linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais,
as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”. (Sacristan, 2001, p. 105).
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação, é cultural. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento
está estreitamente vinculado com relações de poder “(Tomas Tadeu, 1999)”.
É necessário considerar as colocações de Silva (1999), de que “tornou-se lugar
comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo. É um
fato paradoxal, entretanto, que essa suposta diversidade conviva com fenômenos
igualmente surpreendentes de homogeneização cultural”.
Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões
culturais de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais
produzidas e vinculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem de
forma destacada as produções culturais em sua dimensão material e não-material.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na
escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais,
especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los à
produção de uma cultura erudita, como afirma Saviani: “a mediação da escola,
instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber
sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel político
fundamental”. (Saviani, apud, Frigotto, 1994p. 189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita
cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço
motivador, aberto e democrático.
4. Concepção de Trabalho
O trabalho é uma atividade que está na base de todas as relações humanas,
condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana intencional que
envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida
(Andery, 1998, p.13).
Nesta perspectiva é preciso entender o trabalho como ação intencional, o
homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista, na produção de bens.
Porém, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranqüila, estando
sobrecarregado pelas relações de poder.
Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. Os
bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos
bens não materiais produção e consumo acontecem simultaneamente.
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e é nesta
dimensão que esta posta à formação do homem.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento
de que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que
envolve formas de organização necessária para a formação do ser humano.
O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo)
do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos
conhecimentos, dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações para
a sociedade em que vive permitindo “ao cidadão – produtor chegar ao domínio
intelectual do técnico e das formas de organização social sendo, portanto capaz de criar
soluções originais para problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio
do conhecimento”.
5. Concepção de Ciência
A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma
sistematizada utilizando métodos.
Para Andery (1980), “a ciência é uma das formas do conhecimento produzido
pelo homem no decorrer de sua história. Portanto, a ciência também é determinada
pelas necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo
em que nela interfere”.
Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento será a
concepção da ciência.
No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou
transformar. Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma
desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais do processo
histórico, não atingindo a totalidade da população.
A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes
científicos produzidos pela humanidade. Nereide Saviani afirma que “a ciência merece
lugar destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de
conhecimento”, ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível de pensamento dos
estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que
não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas com isto
saibam nele atuar e transformá-lo.
6. Concepção de Tecnologia
Sobre tecnologia Noble assinala que se criou uma redoma falaciosa em torno do verdadeiro propósito e natureza da tecnologia. Segundo o autor “esta é a vista na sociedade como um processo autônomo; algo constituído e visto à margem de tudo como se tivesse vida própria, independente das intenções sociais, poder e privilégio. Examinamos a tecnologia como se fosse algo que mudasse constantemente, e que constantemente, provocasse alterações profundas na vida das escolas. Decerto que isto é parcialmente verdade. No entanto, se nos debruçarmos sobre o que tem vindo a mudar podemos incorrer no erro de não questionar quais as relações que permanecem inalteradas. De entre estas, as mais importantes são as desigualdades econômicas e culturais que dominam a nossa sociedade”. (NOBLE , 1984).
Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo há de se
revelar capaz de sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel criador do
homem. È preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia mediante a
qual não apenas se reforme o ensinamento, mas que também se facilite à aprendizagem.
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e
serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais
vigentes.
A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ao propor a formação
tecnológica como eixo do currículo assume, segundo KUERGER (2000), a concepção
que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o específico, determinando
novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa
no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das
desigualdades, ou para a inserção social se vista como uma forma de estabelecer
mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.
“Urge, pois continuar a lutar pela escolarização como um bem público contra a
domesticação política que tem inflamado o debate educativo contribuindo para que a
educação em geral e o currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para que
os mais desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria concepção de poder”.
(Paraskeva, 2001).
Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica
não será suficiente para o acesso de todos, da Escola Pública, sem que haja uma
vontade e ação política que possibilite investimento para que esses recursos
tecnológicos (elementares e sofisticados) existam e possam ser ferramenta que
contribua para o desenvolvimento do pensar, sendo um meio de estabelecer relações
entre o conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico, possibilitando articular
ação, teoria e prática.
7. Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele
envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula
experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é
intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-
materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani
(1992), “O homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto,
em lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é,
transformá-la pelo trabalho”. Considerando o homem em ser social, ele atua e interfere
na sociedade, se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas
e também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa
nas diversas esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo
Santoro “... é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições
existenciais transcende-as e reorganiza-as, superando a condição de objeto,
caminhando na direção de sua emancipação participante da história coletiva”.
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se
necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O homem é,
antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.
8. Concepção da Sociedade
Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a
natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa,
“arredados ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de
acontecimentos que tornaram absolutos os conteúdos e as práticas educativas” (Peres
Gomes, 1998). E para que isso não aconteça é que precisamos entender em que tipo de
sociedade estamos inseridos.
Para Severino (1988), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de
relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais
do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,
desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e
produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar
sua humildade, sendo que:
“A sociedade configura todas as experiências individuais do homem,
transmitindo-lhe resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do
grupo e recolhe as contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece
a sua comunidade. Nesse sentido a sociedade cria o homem para si”. (Pinto, 1994).
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto
dos homens, que criam novas possibilidades da cultura e de agir social a partir das
contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a
sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que
regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis
naturais, mas sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.
Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como legado estes
quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade heterogênea e
fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo tipo – classe, etnia, gênero,
religião, etc. – que foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma
sociedade dos “dois terços” ou uma sociedade “com duas velocidades”, como costuma
ser denominada na Europa, porque há um amplo setor como costuma ser denominada
na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído e fatalmente condenado
à marginalidade e que não pode ser “reconvertido” em termos laborais, nem se inserir
nos mercados de trabalho formais dos capitais desenvolvidos. Essa crescente
fragmentação do social que potencializaram as políticas conservadoras foi por sua vez
reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto sobre o
paradigma produtivo contemporâneo.
Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto, aquela
na qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma
possibilidade de participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os
processos decisórios que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc.).
Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia participativa
conclui que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina que não há
verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o Estado e que estas se
fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que buscam de uma
democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e
igualdade social, continua sendo um horizonte, em suma, nossa utopia para a
humanidade.
9. Concepção de Educação
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado
pela ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
“Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela
é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela
própria, um processo de trabalho” (Saviani, 1992, p.19).
Segundo Pinto (1994) a educação é um processo histórico de criação do homem
para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do
homem.
E o processo pela dimensão histórica por representar a própria história
individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.
É um fato existencial porque o homem se faz ser homem – processo
constitutivo do ser humano.
É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem à sociedade,
num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de
transformação futura.
É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de
homem.
É libertadora porque segundo Boff (2000, p.77) se faz necessário desenvolver
uma educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo
de desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que forma o ser humano
para gestar uma democracia aberta. São eles:
“A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados
para pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da
realidade que o possa orientar em sua vida”;
A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico,
político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a
satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações;
A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhes novo
conhecimento através de todas as faculdades cognitivas humana.
Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem
suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita para
constituir-se e transformar a realidade.
10. Concepção de Pessoa e Sociedade
O trabalho com Ética tem como objetivo o reconhecimento de que as atitudes
das pessoas precisam ser pautadas por princípios de respeito, amizades, verdade,
diálogo, competência, solidariedade, integridade, e devem estar expressos na ação
cotidiana da Escola. A contribuição da Escola e principalmente do professor é
fundamental para que os alunos desenvolvam a capacidade de pautarem suas atitudes
nestes princípios. Para tanto, é necessário que o professor proponha situações didáticas
que propiciem a todos os alunos o conhecimento e a discussão critica sobre eles.
A contextualização, estabelecendo relações entre os conceitos selecionados e a
realidade é importante para que se garanta a possibilidade dos alunos compreenderem o
significado do exercício crítico e do diálogo, em que idéias diversas se apresentem e
são debatidas.
Além disso, faz-se um importante trabalho educativo atuando nas situações
emergentes do cotidiano escolar, tanto dentro como fora das salas de aula.
Estes conceitos ganham um significado mais amplo quando se realizam com
respeito mútuo, aprendendo a valorizar e vivenciar relações de reciprocidade: respeitar
e ser respeitado.
Cada aluno já tem a sua própria característica, mas dentro do processo
educativo o seu raciocínio é aprimorado porque todo ser humano traz latente dentro de
si o conhecimento comum, pios é a escola que vai realizar a construção histórica
possibilitando que cada vez mais o educando possa pensar com maior precisão.
Esta proposta enfoca a busca de indicações e caminhos, visando conceituar
valores individuais e coletivos, bem como fazer a socialização entre alunos,
professores, funcionários e comunidade, favorecendo a criação de um vínculo de
compromisso e afetividade entre os grupos.
A formação de agentes críticos, proativos, cidadãos conscientes, éticos e
responsáveis visa constituir uma sociedade mais participativa, igualitária e justa, além
de buscar o respeito à diversidade e práticas dos valores que norteiam as relações da
sociedade.
As pessoas precisam aprender a compreender a si mesmo e aos outros,
possibilitando o desenvolvimento da capacidade da relação interpessoal, que envolve o
compreender, conviver e produzir com os outros, percebendo as distinções entre as
pessoas, contrastes de temperamento de intenções e de estado de ânimo.
O desenvolvimento desta capacidade leva o aluno a colocar-se do ponto de vista
do outro e a refletir sobre os seus próprios pensamentos.
A contribuição dos professores será de extrema importância, tanto na visão
destinada ao futuro, como nas responsabilidades e confiança de cada jovem. A
intervenção do professor deve dar-se em todo o período escolar, estimulando e
oferecendo condições aos alunos para o desenvolvimento de valores tais como o
respeito, participação, amizade, verdade, competência, solidariedade, integridade.
11. Africanidades – História e Cultura Afro-Brasileira
A lei n.º 10639/2003 e 11.645/08, alteram a LDBEN 9394/96, incluindo a
obrigatoriedade no currículo oficial e particular da rede de Ensino Fundamental e
Médio da temática “História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena”,
ministrada transdisciplinarmente e interdisciplinarmente em todo currículo escolar, uma
vez que as inúmeras raízes da nossa formação cultural não podem ser desconsideradas
sob pena de se priorizar apenas a visão hegemônica e unilateral de mundo.
Portanto, o Brasil, multicultural e pluriétnico deve ser estudado a partir de
currículos escolares que contemplam a história de todos os povos, garantindo o direito
à preservação e transmissão das tradições culturais dos grupos étnicos e o respeito à
diferença, visando uma sociedade democrática, justa, marcada pela cidadania e
inclusão.
A escola deve estar voltada à formação e experimentação de valores morais, sob
a forma de conteúdos e/ou parâmetros de reflexão frente a situações ocorridas ou que
podem ocorrer.
Tendo o currículo como organização do conhecimento escolar, visando a
reflexão do papel da escola e as implicações das visões sociais que ele produz e suas
vinculações com a sociedade, por estar imbricado de relações políticas de poder e
controle social sobre produção do conhecimento partindo de conceitos individuais e
sociais, portanto de sujeitos sociais, cabe à escola, propor situações de aprendizagem
que considerem a presença fundamental dos negros e mestiços em nossa sociedade e,
com isso, proporcionar, no currículo cotidiano, outros encontros identitários, de
inclusão de sucessos e de aprendizagens positivas.
O professor deve tomar cuidado para que nenhum conteúdo seja omitido ou
negligenciado, quanto à restituição da presença e da dignidade da população negra
como sujeito na história e na cultura brasileira.
O grande desafio do docente é manter em seu trabalho cotidiano os princípios
que devem orientar sua prática, uma vez que o currículo é um lugar de escolhas e
precisa ser alimentado pela ação do professor, tendo como princípio estruturador das
ações pedagógicas a igualdade, porque pressupõe semelhanças e diferenças.
O status de igualdade será conseguido quando o professor estiver atento para
contemplar alunos negros e brancos, democraticamente, nas pequenas atividades do
dia-a-dia, através do que chamamos instrumentos ou ferramentas pedagógicas.
É preciso naturalizar a igualdade para se opor à naturalização da diferença como
inferioridade, que é o que sustenta o preconceito.
Do ponto de vista metodológico, a reflexão estará em consonância com o
princípio da igualdade, traduzido na idéia de que somos todos humanos, tornando-se
norteadora das ações metodológicas, visando coerência e integração entre os objetivos,
estratégias didáticas e organização dos conteúdos e das atividades, num trabalho
coletivo, buscando pares que queiram enfrentar o desafio de revisitar e reaprender a
história, a cultura, a literatura brasileira sob perspectiva da população negra como
sujeito.
O tema currículo, escola e relações étnico-raciais deve ser portador de relações
que envolvam conteúdos complexos em uma construção histórica de longa duração,
pautado pela persistência na linha de transformação.
A equação entre atitudes, conteúdos, abordagem e materiais pedagógicos
precisa ser transformada, em respeito e reconhecimento da competência e dignidade de
uma das matrizes fundadoras da nossa nação: a matriz negro-africana.
A questão étnico-racial deve ser portadora de relações que envolvam conteúdos
em uma construção histórica de longa duração, pautada pela persistência na linha de
transformação.
12. Respeito
Segundo normas pré-estabelecidas pela comunidade escolar e pela sociedade
em geral, onde sigam os direitos e deveres e não sendo subserviente além de agregar
neste conceito as diversas formações de aspectos: culturais, biológicos, filosóficos e
éticos. Para isso a tolerância a opinião do outro a recusa das verdades definitivas.
13. Participação
A participação traz a noção de cidadania ativa, isto é, da complementaridade
entre a representação política tradicional e a participação popular no espaço público,
compreendendo que não se trata de uma sociedade homogênea e sim marcada por
diferenças de classes, étnicas, religiosas, gênero, sociais e culturais. É, nesse sentido,
responsabilidade de todos a construção e ampliação da democracia no Brasil.
14. Amizade
Sentimento fiel de caráter social e/ou de relacionamento afetivo entre pessoas, a
amizade traz consigo estima entre grupos e independe de vínculos familiares.
Sentimento de afeição que a próxima as pessoas, favorecendo a troca de idéias que irá
contribuir para o desenvolvimento intelectual, cognitivo e social. Fortalecendo, assim,
a socialização entre todos os membros da comunidade escolar.
15. Verdade
Disposição para falar e agir conforme a realidade, com franqueza e sinceridade.
Exatidão; coisa verdadeira.
Como o conceito verdade na sociedade atual está sofrendo um grande
desrespeito, é relevante tratar desse tema na escola, pois nossos educandos utilizarão
melhor de tal conceito com seus direitos e deveres respeitados plenamente na
sociedade, a qual pode ser melhor explorada no meio educacional, esclarecendo, dessa
forma, os conceitos dos alunos em relação ao que é verdade na sociedade.
16. Competência
Capacidade de analisar e buscar meios de se resolver determinados assuntos,
orientando nosso educando para o convívio em sociedade, superando todos os
obstáculos e problemas, contribuindo para a transformação e superação das
adversidades que afligem a vida humana e usando, sempre que possível, o bom senso.
17. Solidariedade
Relação de responsabilidade entre pessoas que unidas e apoiando-se se
vinculam diretamente à vida e interesses desde os pequenos grupos sociais até a própria
humanidade. Solidariedade exige sentido moral e prático que tem interesses e
responsabilidades recíprocas. Temos consciência que esse tema amplo abrange todo o
corpo docente, discente e a comunidade escolar visando assim o senso de cooperação
entre todos os componentes da sociedade.
18. Integridade
Numa proposta única e de coerência entre o falar e o agir de todas as pessoas
que congregam esta comunidade escolar.
Esta postura deve ser considerada com o conhecimento de todos os envolvidos
seguindo o regulamento interno, o qual define a prática pedagógica, bem como seus
objetivos e responsabilidades no ato de repassar estes valores para os alunos, com
atitudes positivas, esclarecedoras e democráticas escola/professor/aluno.
Temos que ter consciência, tanto o corpo docente, discente e sociedade, em
relação a valores morais, sociais, políticos, éticos e de formadores da cidadania,
esclarecendo os valores, a honra e coesão entre os sentidos da integridade
encaminhando com atitudes e comportamentos.
Tais valores devem ser trabalhados respeitando a individualidade dos alunos,
procurando superar conflitos através de muita reflexão e buscando alternativas para
uma vivência participativa e construtiva.
Qualidade de íntegro. Honrado. Bondade e pureza nas atitudes e
comportamentos.
Estes valores devem ser trabalhados respeitando a individualidade dos alunos,
procurando superar conflitos através de muita reflexão, buscando alternativas para uma
vivência participativa e construtiva.
Os professores devem trabalhar os alunos de maneira alternada e contínua,
escolhendo um ou dois itens por bimestre a serem trabalhados, envolvendo todas as
turmas da escola, orientando e incentivando seus alunos quanto à importância de cada
um destes valores e quanto podem influenciar na formação dos seres humanos.
19. Concepção de Escola
Faz-se necessária a manutenção da escola pública gratuita, de qualidade,
libertadora, democrática, popular, laica que promova o desenvolvimento humano,
criando condições para que os alunos possam atingir os seus objetivos e que os
profissionais da educação possam desenvolver adequadamente seu trabalho.
A escola deve ser pautada num trabalho coletivo, objetivando os regastes de
valores culturais e sociais, tornando-se o centro difusor do conhecimento evolutivo.
A escola precisa atender aos anseios da comunidade, mesmo com sua estrutura
física comprometida.
Precisa-se contar com um a equipe de funcionários valorizados
profissionalmente de forma mais adequada e justa.
Acredita-se que se faz necessária a oferta de cursos de formação contínua que
garantam o desenvolvimento satisfatório do trabalho.
A relação entre a escola e o aluno é uma questão a ser cuidadosamente analisada
para que possa ser compreendida e equacionada, muitas vezes alunos e professores
vivem em relações conflituosas sem ter clareza do que pode ter gerado tal desencontro.
A escola deve procurar desempenhar um papel importante no processo da
construção da identidade dos alunos.
É preciso deixar claro que os professores têm uma árdua missão, mas precisam
ousar e sonhar com a liberdade de fazer coisas, de descobrir novos caminhos. Sem
desanimar; agindo e lutando com perseverança visando oferecer uma escola de
qualidade.
A Lei Educacional vigente solicita a prática pedagógica buscando a
interdisciplinaridade, a contextualização e a autonomia.
Tendo a interdisciplinaridade, a qual se refere a uma abordagem epistemológica
dos objetos de conhecimento, questionando a segmentação entre os diferentes campos
do saber produzido por uma visão compartimentada (disciplinar) que retrata a realidade
sobre a qual a escola, tal como é conhecida historicamente se constitui.
A escola precisa desenvolver projetos pedagógicos comprometidos com o
desenvolvimento das capacidades que permitem intervir na realidade para transformar
a sociedade. Precisa desenvolver ainda a cultura humanista, a qual valoriza as relações
interpessoais, comunitárias, sociais, políticas, o processo de leitura, teorização e as
praxes dos alunos, professores e funcionários, enfim de toda a sociedade.
O Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay visa dar continuidade no trabalho de
Paulo Freire, pois seus ensinamentos, por exemplo, pregam antes de tudo, o gostar de
viver, a construção e a realização do homem, mesmo na adversidade.
Convém aqui descrever o que é escola na concepção de Paulo Freire:
Escola é...
...o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima
O diretor é gente,
o coordenador é gente,
o professor é gente,
o aluno é gente.
Cada funcionário é gente,
e a escola cada vez melhor
na medida que cada um se compromete
como colega, amigo, irmão.
Nada de “ilha cercada de gente
por todos os lados”
nada de conviver com as pessoas
e depois, descobrir que
não tem amizade e ninguém,
nada de ser tijolo que forma a
parede, indiferente, fria, só.
Importante na escola não é só estudar,
não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se “amarra nela!”
Ora, lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se, ser feliz.
(Paulo Freire)
O professor deve procurar utilizar-se de diferentes metodologias para atender a
todos os alunos do grupo com o qual trabalha. As pessoas são diferentes e, portanto
aprendem de maneiras diferentes. Se o professor utilizar-se de uma única estratégia de
ensino tenderá a prejudicar alguns alunos e beneficiar outros.
O princípio norteador da prática pedagógica deve ser a aprendizagem e não a
aprovação ou reprovação pela média anual obtida pelo aluno.
O trabalho do professor não pode resumir-se a transmitir conteúdos previamente
selecionados para um grupo de alunos, mas sim o de trabalhar de forma dinâmica,
contextualizada e significativa.
A avaliação da aprendizagem deve ser contínua e considerar o desenvolvimento
do aluno. A avaliação diagnóstica deve verificar o nível do aluno e seu conhecimento
inicial, as aprendizagens no decorrer do período precisam ser consideradas e não
apenas aquilo que o aluno não conseguiu apreender.
A recuperação de estudos é parte constitutiva da prática educativa e, portanto
deve acontecer durante a prática pedagógica e não ao término de um período.
5. MARCO OPERACIONAL
1. Procedimentos
O Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay possui atualmente uma infra-estrutura
precária e insuficiente. As obras de reparos e ampliações, iniciadas em abril do ano de
2005, não foram concluídas e o espaço físico é uma das maiores dificuldades que a
comunidade escolar tem enfrentado.
O colégio não pode contar com espaço para salas de equipes administrativas,
biblioteca, laboratórios, sala de equipe pedagógica, sala de recursos, almoxarifado entre
outros.
Apesar das dificuldades físicas, o Colégio mantém-se em funcionamento em
seus três turnos: manhã, tarde, noite.
Realiza o planejamento anual das disciplinas e participa dos projetos
desenvolvidos pela Secretaria Estadual de Educação, além de seus próprios projetos.
O quadro docente apresenta alterações durante todo ano letivo, devido
principalmente, ao pequeno número de professores efetivos, licenças médicas e
especiais, locação periférica e precariedade física/estrutural da escola atualmente. Esses
problemas poderiam ser solucionados se o governo tivesse vontade política.
A hora atividade dos docentes acontece conforme a instrução nº 02/2004 –
SUED. Cabe ao grupo de professores sob a orientação e coordenação da equipe
pedagógica, juntamente com a direção do estabelecimento de ensino, planejar, executar
e avaliar as ações a serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora atividade na
carga horária semanal.
De acordo com o regimento escolar o uso do uniforme é obrigatório e deve ser
usado pelo aluno durante o período de aulas.
A indisciplina é uma constante no colégio e caracteriza-se com um dos
problemas que interferem na aprendizagem das crianças e adolescentes.
O ensino fundamental é ofertado nos turnos: manhã, tarde e noite.
Segue o calendário letivo visando assegurar o cumprimento da carga horária
mínima exigida no currículo dos cursos.
Envolvendo a comunidade escolar, as ações serão realizadas, de forma contínua
e constante através de trabalhos em equipe, palestras, atividades culturais, festas, datas
comemorativas (de acordo com o calendário oficial) e estatutos.
Atualmente não temos local adequado nem para realizar reuniões com pais, pois
nossa escola foi demolida e até o presente momento não se tem informação oficial de
quando ela será reconstruída. Assim sendo, o cronograma de ações está comprometido
e não podemos planejar as atividades para os próximos anos letivos.
Reintegraremos o cronograma de ações logo que nossa estrutura física seja
concluída efetivamente. Assim, poderemos trabalhar o cronograma desejado desta
maneira:
2. Metas e Ações
METAS AÇÕESPRAZOS e
RESPONSÁVEIS PELA AÇÃO
Desenvolver cidadãos críticos e conscientes
Desenvolver trabalho de leituras e interpretação do Estatuto da Criança e do Adolescente, o qual estabelece os direitos e deveres desses perante a sociedade.
Durante o ano letivo.
Equipe docente e técnico-
pedagógica, direção e
funcionários.
Estimular discussões sobre os saberes
Desenvolver a capacidade de discernimento entre saberes enciclopédicos e os significativos aos alunos e a comunidade.
Durante ano letivo.
Equipe docente e
pedagógica.
Resgatar valores humanos e sociais
Criar e desenvolver projetos extracurriculares que levem a comunidade escolar a praticar os valores de respeito, valorização da família, auto-estima, conservação do patrimônio público...
Durante ano letivo.
Equipe docente, pedagógica
e direção
Criar uma consciência democrática em toda a comunidade escolar
Propor campanhas e debates que visem à participação efetiva dos alunos, professores, pais e funcionários, da maneira que possam expor suas opiniões, anseios e temores.
Durante ano letivo.
Equipe pedagógica, docente
e direção.
Evolução do processo ensino-aprendizagem
Uso de diferentes estratégias de ensino, avaliações contínuas e recuperação de estudos.
Durante ano letivo.
Equipe Docente
Valorizar as relações interpessoais, comunitárias, sociais e políticas, além de resgatar a participação das famílias, dentro e fora da escola.
Promover festas comemorativas, feiras, palestras, atividades físicas, oficinas de trabalhos manuais (artesanato).
Durante ano letivo.
Equipe pedagógica,
direção, docentes e
funcionários
Atender de forma adequada alunos portadores de necessidades educativas especiais.
Capacitação dos docentes e funcionários; obtenção de recursos pedagógicos apropriados; contratação de especialistas de classe especial que atuem como suporte para o professor regente e não em substituição a este, além de um intérprete, quando necessário; solicitar que pais ou responsáveis, no ato da matrícula, respondam a um questionário sobre eventuais problemas de saúde ou necessidades educativas especiais de seu(s) filho(s), além da apresentação de laudo(s) médico(s) que as comprovem.
Durante ano letivo.
SEED, direção e equipe
pedagógica.
Ofertar aulas em contra-turno para alunos com dificuldades de aprendizagem e baixo rendimento escolar.
Obter espaço e profissionais adequados.
Durante ano letivo.
Equipe pedagógica e
direção
Formação continuada para professores e funcionários.
Criar a biblioteca do professor com livros e periódicos específicos das áreas de ensino e de formação pedagógica.
Durante ano letivo.
Equipe pedagógica e
direção.Ofertar merenda de qualidade e com cardápio balanceado.
Balancear o cardápio da merenda escolar com o auxílio de um nutricionista.
Durante ano letivo.
SEED e direção
Amenizar, controlar ou até mesmo eliminar casos de indisciplina escolar.
Trabalhar o Regimento Escolar com todas as turmas de alunos e mantê-lo sempre em lugar de fácil acesso para consulta.
Durante ano letivo.
Equipe docente e técnico-
pedagógica, direção e
funcionários.Obter profissionais qualificados para ser elo entre a escola e as famílias dos alunos.
Prover o quadro técnico da escola de acordo com a demanda necessária.
Durante ano letivo.
SEED e direção
Ampliar as discussões do Projeto Político Pedagógico
Aumentar as discussões sobre o PPP e sobre questões que impedem a implantação e melhoria da educação, dentre elas o problema da construção do colégio.
Comunidade Escolar e
SEED
Regimento escolar Pretende atender as necessidades enfrentadas no dia-a-dia, trabalhando em conjunto com a equipe de profissionais dentro de nossas limitações. O regimento tem enfrentado muitos problemas para sua implantação, principalmente devido à deficiência de espaço físico.
Comunidade Escolar e
Equipe pedagógica
Instâncias Colegiadas: Grêmio Estudantil, APMF, Conselho Escolar, Auto Defensor, APAF
Oportunizar informações que proporcionem o conhecimento e a necessidade das instâncias colegiadas para a comunidade escolar.
Comunidade escolar
Entidades externas Retomar projetos que contemplem a comunidade e entidades próximas ao colégio para que as mesmas participem de forma efetiva no desenvolvimento da escola
Comunidade escolar e
instancias colegiadas
Planejamento participativo
Tentar, por meio de empresas, conseguir recursos para auxilio em projetos, junto com o desenvolvimento de atividades com a APMF que angariem fundos para o colégio
Instancias colegiadas,
comunidade escolar
Proposta Pedagógica Curricular e Plano de
A aplicação da proposta pedagógica está comprometida
Comunidade escolar
Trabalho Docente pela estrutura física atual, devendo os membros envolvidos com a escola buscarem meios para agilizar a construção imediata colégio.
Estágio não obrigatório de alunos
Os alunos acima de 14 anos de idade estarão autorizados a fazerem estágio não obrigatório em horário de contraturno escolar sob a supervisão da equipe pedagógica da escola, que exigirá relatórios periódicos do estagiário e avaliando suas atividades na escola conforme prevê a lei nº 11788/08
Equipe pedagógica
6. PROPOSTA PEDAGÓGICA
1. Fundamentos teórico-metodológicos para o EF e EM
Reconhecendo a especificidade de cada nível de ensino, o perfil do educando, a
diversidade cultural destes sujeitos e suas experiências socialmente construídas, o
trabalho pedagógico será efetivado, considerando a participação coletiva do educando e
do educador e ainda, a relevância e a possibilidade de articulação das questões locais e
universais de forma interdisciplinar.
Dentro dos conteúdos programáticos, faz-se necessária a inclusão da temática
da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Para contemplar essa temática, os
conteúdos deverão contemplar o estudo da História da África, dos africanos e dos
índios, suas lutas no Brasil, cultura e participação desses povos na formação da
sociedade nacional, resgatando a contribuição dos mesmos na área social, econômica e
política.
A concepção proposta para as ações pedagógicas desenvolvidas no Ensino
Fundamental e Médio é a dialógica, reflexiva e crítica. Voltada para questões sociais,
culturais, políticas, dentre outras e compreendendo o educando como sujeito que
participa e interfere na construção histórica da sociedade em que vive. Privilegiando a
relação teoria-prática, na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação do
saber. Nesse sentido, a prática pedagógica deve facilitar a integração entre os diferentes
saberes
Portanto, a problematização quando utilizada na prática pedagógica, possibilita
ao educando a aprendizagem de novos conhecimentos, por meio da articulação entre os
saberes e experiências por ele acumulados e os saberes científicos, utilizando as várias
linguagens textuais e situações-problema como mediadores do processo de construção
individual e coletiva de conhecimento. Essa possibilidade de diálogo entre educador e
educando poderá revelar o conhecimento prévio que o educando possui sobre o
assunto.
A reflexão sobre as temáticas permite a abordagem dos conteúdos e articulação
entre os eixos de cada disciplina garantindo a interdisciplinaridade. Os fatores, tais
como: fonte, interlocutor, data, local, suporte de texto, contexto histórico, autor, entre
outros, contribuem para a contextualização da temática definida. Esses elementos
contribuem para localizar informações explícitas, implícitas e para que o educando
possa estabelecer relação com o conhecimento, compreendendo o discurso histórico,
político, econômico, filosófico, científico, senso comum, entre outros, que possibilita a
compreensão dos diversos pontos de vista e lhe de condições para posicionar-se diante
das diferentes situações do cotidiano.
Além disso, a pesquisa orientada favorecerá outras possibilidades de
compreensão da temática em estudo.
A avaliação deverá se constituir num processo contínuo, diagnóstico, dialético,
devendo ser tratada como parte integrante do processo ensino-aprendizagem.
As atividades desenvolvidas a partir de cada área do conhecimento devem
culminar com uma produção que revele o posicionamento a respeito do assunto, bem
como o nível de aprendizagem do educando, indicando os conteúdos apreendidos ou
não no processo ensino-aprendizagem e que permitem o redirecionamento do trabalho
pedagógico e ainda subsidiam a avaliação.
Nesse processo, o erro assume um caráter mediador, ou seja, o educando
confronta-se com o objeto do conhecimento, com participação ativa, valorizando o
fazer e o refletir. Para isso, é importante que o educador dê significado ao objeto do
conhecimento, lance desafios aos educandos, incentive os questionamentos e exerça a
função de mediador da aprendizagem, valorizando a interação.
2. Avaliação no EF e EM
A avaliação não consiste em apenas medir apenas o que se sabe ou não se
aprendeu. Uma vez que o objetivo da educação não é apenas a de que o sujeito aprenda
ou apreenda certa quantidade de conhecimentos que possam ser mensuráveis, o seu
objetivo é muito maior. É o de possibilitar que o educando interaja com a aprendizagem
e possa desenvolver-se na sua totalidade.
Para o educando a avaliação é a tomada de consciência das suas conquistas ou o
indicativo das dificuldades a serem retomadas e vencidas com a possibilidade da
reorganização do seu trabalho.
O educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações
ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do
processo e reorganizar a prática pedagógica que se faça necessária.
A avaliação deverá se constituir num processo contínuo, diagnóstico e
dialético, formativa. Devendo ser tratada como parte integrante do processo ensino-
aprendizagem e estar diretamente relacionada ao encaminhamento metodológico
adotado. Portanto, os critérios de avaliação precisam ser claros e conhecidos pelos
educandos. Representando um grande avanço em relação à avaliação somativa ou
classificatória.
Precisa ser entendida como instrumento de compreensão do nível de
aprendizagem dos alunos em relação às práticas, para que o educador possa rever os
encaminhamentos previstos no seu planejamento.
É fundamental que a avaliação seja coerente com a metodologia utilizada pelo
educador, bem como, com os objetivos que se pretende alcançar, visto que, esta tem a
finalidade de fornecer informações do processo de desenvolvimento do educando - a
ele mesmo e ao educador. Essas informações permitem ao educador, uma reflexão
crítica sobre a sua prática pedagógica, no sentido de captar seus avanços, suas
resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer
para superar os obstáculos, uma vez que os educandos possuem diferentes tempos de
aprendizagem.
O processo avaliativo deve ser um recurso pedagógico, que considera erros e
acertos como elementos sinalizadores para seu planejamento, ou seja, toma o erro
como ponto de partida para rever caminhos, para compreender e agir sobre o processo
de construção do conhecimento, com os objetivos propostos e com os
encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser dialética, na qual o
educando confronta-se com o objeto do conhecimento, com participação ativa,
valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no processo ensino-aprendizagem
indica os conteúdos que devem ser retomados. Portanto, o trabalho deve partir das
necessidades dos educandos.
Sendo entendida como processo, a avaliação deverá possibilitar uma constante
elaboração e reconstrução não só do conhecimento produzido, mas da ação pedagógica
como um todo.
A avaliação aqui proposta entende a necessidade da avaliação qualitativa e
voltada para a realidade. Proceder à avaliação da aprendizagem clara e consciente é
entendê-la como processo contínuo e sistemático de obter informações, de perceber
progressos e de orientar os alunos para a superação das suas dificuldades. Reforçando
este pensamento Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994, p. 44) diz que:
“... o professor que quer superar o problema da avaliação precisa a partir de uma
autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta e
autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da
avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo); alterar a postura diante
dos resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto aos alunos, aos colegas
educadores e aos pais...”.
A avaliação deverá, portanto compreender formas diversas tais como: a escrita
e a oral, por meio através de provas teóricas, de trabalhos, de seminários e do uso de
fichas, por exemplo, proporcionando um amplo conhecimento e utilizando métodos de
acordo com as situações e objetivos que se quer alcançar. Devemos também com
menos habilidades, os com necessidades especiais e o grau de desenvolvimento que
possuem, bem como as suas experiências anteriores.
Partindo da idéia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de saberes do
educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o
conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses
conhecimentos.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório,
deve respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos do Ensino Fundamental e
do Ensino Médio em todos os seus aspectos, considerando a especificidade do aluno
trabalhador e oportunizando-lhe o acesso e a permanência no sistema escolar.
Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da comunidade escolar, de
conhecer o universo desses educandos, suas histórias de vida e suas trajetórias no
processo educativo, pois cada um seguirá seu próprio caminho, dentro dos seus limites.
Portanto, a avaliação tem como objetivo promover um diálogo constante entre
educador e educando, visando o seu êxito nos estudos e, de modo algum, a sua
exclusão do processo educativo.
Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados
como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará,
necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu
trajeto educativo, tanto anterior como durante o atual processo de escolarização.
Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, a
avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os educandos. Nesse sentido,
sugere-se o acompanhamento contínuo do desenvolvimento progressivo do aluno,
respeitando suas individualidades. Desse modo, a avaliação não pode ser um
mecanismo apenas para classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis
pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu
planejamento. Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja coerente e
representativa é fundamental que a relação entre os componentes curriculares se apóie
em um diálogo constante.
A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a
intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se
estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e
aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados
atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na
proposta pedagógica.
Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de
reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. Portanto, deve ser
entendida como processo contínuo, descritivo e compreensivo que oportuniza uma
atitude crítico-reflexivo frente à realidade concreta. Abrangendo os seguintes aspectos:
• Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações
necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos;
• Contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e
possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica;
• Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando
instrumentos diversos para o registro do processo;
• Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do
educando;
• Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo
educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico
da escola.
Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos e
avaliados ao longo do processo ensino-aprendizagem.
A avaliação da aprendizagem será baseada na observação sistemática do
desempenho do aluno e servirá para diagnosticar seus progressos escolares, levando em
consideração a realidade, atitudes e conceitos que constrói. Esta será permanente,
diagnóstica e cumulativa, se utilizando de técnicas e instrumentos diversificados, sendo
vedada uma única oportunidade de aferição. Indicando assim, em quais aspectos deverá
ser retomado.
O registro dos alunos nas produções realizadas por eles individualmente,
coletivamente ou em grupos se constituirá em elemento indispensável na avaliação,
portanto coerente com a concepção pedagógica que fundamenta o plano curricular da
escola.
3. Língua Portuguesa e Literatura
3.1. Concepção do Ensino de Língua Portuguesa e da Literatura
É na concepção sociointeracionista, que enfatiza o uso social dos diferentes
gêneros textuais. E em autores como VYGOTSKY (1989), BAKHTIN (2003), FREIRE
(2004), que se fundamenta a proposta pedagógica para o Ensino da Língua Portuguesa,
considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares Estaduais que propõem o
compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, bem como o
respeito à diversidade cultural, à inclusão e o estudo da linguagem.
Concepção esta que considera o aluno como sujeito social e a língua como
espaço de interação entre os sujeitos. Desta forma a língua se justifica pelo seu uso,
constituindo-se pela interação dos sujeitos, transformando-se no objeto de estudo que
enfatiza o uso social dos diferentes gêneros discursivos e o texto entendido não apenas
como formalização do discurso oral ou escrito, mas como um fato que vai além dos
seus limites e que se concretiza na interação do discurso.
Nesse sentido, a escola está sendo entendida como um espaço onde se produz o
conhecimento e têm por objetivo propiciar uma formação intelectual, cognitiva e
política, por meio de pesquisas, leituras, estudos que favoreçam o respeito aos
diferentes falares e aos saberes próprios da cultura do educando, preparando-o para
produção de seu próprio texto, oral ou escrito, adequado às exigências dos diversos
contextos sociais.
O trabalho pedagógico proposto para as práticas de linguagem está
fundamentado nos pressupostos teóricos de alguns estudiosos que entendem a
linguagem como interação.
VYGOTSKY (1989) dedicou-se a estudos sobre a origem cultural das funções
superiores do ser humano, isto é, o funcionamento psicológico, a partir da interação
social e da relação linguagem-pensamento. Por isso, propõe que se estudem as
mudanças ocorridas no desenvolvimento mental, inserindo o indivíduo num
determinado contexto cultural, a partir da interação com os membros de seu grupo e de
suas práticas sociais. Para esse autor, a cultura é uma espécie de palco de negociações.
Seus membros estão em movimentação constante de recriação e reinterpretação de
informações, conceitos e significados.
Nessa mesma direção, BAKHTIN (2003) afirma que os seres humanos
apreendem a realidade e a constroem na medida em que se relacionam com o outro,
atribuindo assim, sentido ao seu próprio viver, permeado pelo exercício efetivo da
linguagem. Esse autor propõe o confronto dos diversos discursos a partir de temáticas
do cotidiano, com ênfase na polifonia, dialogismo e polissemia. O primeiro constitui as
diversas vozes do discurso oral e escrito; o segundo, consiste na interação do “eu” com
o “outro”; por último, a polissemia, que compreende os diferentes significados da
palavra, de acordo com a vivência sociocultural de cada sujeito.
As idéias de BAKHTIN e FREIRE (2004) convergem, no sentido de que a
prática pedagógica deve se dar numa relação dialógica, entre os sujeitos envolvidos no
processo ensino-aprendizagem. Para FREIRE, a relação pedagógica consiste no diálogo
entre educador e educando, como sujeitos midiatizados pelo mundo.
As propostas teóricas dos autores citados valorizam o processo interativo como
espaço de construção dos sentidos do texto, confrontando situações a partir do contexto
histórico, político, filosófico, social, entre outros.
Nessa perspectiva, GERALDI (2001, p. 41) identifica, historicamente, três
concepções de linguagem: como expressão do pensamento, destacada nos estudos
tradicionais; como instrumento de comunicação; como uma forma de interação
humana.
A linguagem como interação propõe estudar as relações que se constituem entre
os sujeitos no momento em que falam, e não simplesmente estabelecer classificações e
dominar os tipos de sentenças. Portanto, o objeto de estudo da língua deve ser o texto
oral e escrito produzido nas diversas situações de interação social.
A partir desses pressupostos, Val (1993, p.3) estabelece como propriedades do
texto, a unidade sociocomunicativa – interação social e a unidade semântica – em que a
coerência é o fator responsável pela unidade formal e material, ou seja, “pode-se definir
texto ou discurso como ocorrência lingüística falada ou escrita, de qualquer extensão,
dotada de unidade sociocomunicativa, semântica ou formal”.
Essa autora afirma que, para o texto ser compreendido, precisa ser avaliado sob
três aspectos: o pragmático, que se pontua em situação informal e comunicativa; o
semântico, que depende da coerência; e o formal, que diz respeito à coesão.
Ainda de acordo com a autora, “a textualidade é o conjunto de características
que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma seqüência de frases”
(VAL, 1993, p.5). Embasada em Beaugrande e Dressler, VAL relaciona sete fatores
responsáveis pela textualidade de um discurso qualquer: coerência, coesão,
intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade.
Portanto, pode-se afirmar que o texto, em suas diferentes formas de
apresentação ou gêneros, se constrói no aspecto sociocomunicativo por meio dos
fatores pragmáticos funcionais, em constante interação entre os sujeitos.
Os gêneros, segundo BAKHTIN (1997, p.179), são caracterizados pelo
conteúdo temático, pelo estilo e pela construção composicional, que numa esfera de
utilização apresentam tipos relativamente estáveis de enunciados, tais como o conto, o
relato, o texto de opinião, a entrevista, o artigo, o resumo, a receita, a conta de luz, os
manuais, entre outros. A escolha do gênero depende do contexto imediato e,
conseqüentemente, da finalidade a que se destina, dos destinatários e do conteúdo.
O trabalho com a diversidade de gêneros textuais possibilita o confronto de
diferentes discursos sobre a mesma temática e ainda, permite uma metodologia
“interdisciplinar com atenção especial para o funcionamento da língua e para as
atividades culturais e sociais” (MARCUSCHI, 2005, p.18). Além disso, contribui para
que o educando perceba a organização e os elementos de construção dos diferentes
gêneros ou tipos textuais para que o educando possa reconhecer a finalidade, as
características e produzir textos, seja do tipo narrativo, descritivo, argumentativo ou
expositivo, entre outros.
A enunciação é dotada de tema e significação. O tema dá sentido na realização
da enunciação, uma vez que ele é determinado não só pelas formas lingüísticas, mas
também pelos elementos não verbais da situação. Segundo Bakhtin (1986, p. 132) “
toda palavra usada na fala real possui não apenas tema e significação no sentido
objetivo, de conteúdo, desses termos, mas também um acento de valor ou apreciativo,
isto é, quando um conteúdo objetivo é expresso (dito ou escrito) pela fala viva, ele é
sempre acompanhado por um acento apreciativo determinado. Sem acento apreciativo
não há palavra”.
O tema e a significação indicam as particularidades de estilo e composição do
enunciado, esclarecendo a que gênero pertence o texto, se é composto por um ou por
diferentes tipos de discurso, considerando um acento de valor, ou seja, “convém
discernir igualmente o grau de firmeza ideológica, o grau de autoritarismo e de
dogmatismo que acompanha a apreensão do discurso” Bakhtin (1986, p.149). Nesse
enfoque há que se considerar o contexto de produção e o conteúdo temático que o
sujeito utiliza para produzir um texto, envolvendo os três mundos distintos,
interiorizados por ele: o mundo físico, o mundo social e o mundo subjetivo, Assim, o
contexto de produção ou a situação comunicativa exercem influências na forma como
um texto se apresenta.
Ler um texto, nessa perspectiva, significa perceber o contexto histórico, social,
econômico, filosófico e político em que ele se insere, assim como a ideologia, a
finalidade do texto, a posição do autor e o possível interlocutor, dentre outros
elementos tais como a escolha pela linguagem utilizada, os elementos gramaticais e
seus efeitos na construção do texto nos diferentes gêneros textuais nos momentos de
reflexão sobre a língua.
A Literatura nos possibilita aprimorarmos, pelo contato com textos literários, a
capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos educandos.
Constituindo-se em um espaço dialógico que permite a expansão lúdica do trabalho
com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.
3.2. Encaminhamentos Metodológicos de LP. e Literatura
Na sala de aula e nos outros espaços de encontro com os alunos, os professores
de Língua Portuguesa e Literatura têm o papel de promover o amadurecimento do
domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes
compreendam e possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de
vista, fazendo deslizar o signo-verdade-poder em direção a outras significações que
permitam, aos mesmos estudantes, a sua emancipação e a autonomia em relação ao
pensamento e às práticas de linguagem imprescindíveis ao convívio social.
Esse domínio das práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique,
aprimore, reelabore sua visão de mundo e tenha voz na sociedade. Isso significa a
compreensão crítica, pelos alunos, das cristalizações de verdade na língua: o rótulo de
erro atribuído às variantes que diferem da norma padrão; a excessiva formatação em
detrimento da originalidade; a irracionalidade atribuída aos discursos, dependendo do
local de onde são enunciados e, da mesma forma, o atributo de verdade dado aos
discursos que emanam dos locais de poder político, econômico ou acadêmico. Entender
criticamente essas cristalizações possibilitará aos educandos a compreensão do poder
configurado pelas diferentes práticas discursivo-sociais que se concretizam em todas as
instâncias das relações humanas.
Além disso, o aprimoramento linguístico possibilitará ao aluno a leitura dos
textos que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto,
instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto
de seu momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade
discursiva.
3.3. Prática da Oralidade
No dia-a-dia da maioria das pessoas, a fala é a prática discursiva mais utilizada.
Nesse sentido, as atividades orais precisam oferecer condições ao aluno de falar com
fluência em situações formais; adequar à linguagem conforme as circunstâncias
(interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da
língua e, principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o
falar e o ouvir. Ao contrário do que se julga, a prática oral realiza-se por meio de
operações linguísticas complexas, relacionadas a recursos expressivos como a
entonação.
Na prática da oralidade, estas Diretrizes reconhecem as variantes lingüísticas
como legítimas, uma vez que são expressões de grupos sociais historicamente
marginalizados em relação à centralidade ocupada pela norma padrão, pelo poder da
fala culta. Isso contraria o mito de que a língua é uniforme e não deve variar conforme
o contexto de interação, Bagno (2003, p.17) afirma que esse mito “tem sido prejudicial
à educação”, porque impõe uma norma como se fosse a única e desconsidera as outras
variedades. Antunes corrobora com Bagno ao afirmar que: Existem situações sociais
diferentes; logo, deve haver também padrões de uso da língua diferentes.
A variação, assim, aparece como uma coisa inevitavelmente normal. Ou seja,
existem variações linguísticas não porque as pessoas são ignorantes ou indisciplinadas;
existem, porque as línguas são fatos sociais, situados num tempo e num espaço
concretos, com funções definidas. E, como tais, são condicionados por esses fatores.
(2007, p. 104).
Cabe, entretanto, reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio
social e de uso das classes dominantes, é fator de agregação social e cultural e,
portanto, é direito de todos os cidadãos, sendo função da escola possibilitar aos alunos
o acesso a essa norma.
O professor pode planejar e desenvolver um trabalho com a oralidade que,
gradativamente, permita ao aluno conhecer, usar também a variedade lingüística padrão
e entender a necessidade desse uso em determinados contextos sociais. É por meio do
aprimoramento linguístico que o aluno será capaz de transitar pelas diferentes esferas
sociais, usando adequadamente a linguagem tanto em suas relações cotidianas quanto
nas relações mais complexas – no dizer de Bakhtin (1992) – e que exigem maior
formalidade. Dessa forma, o aluno terá condições de se posicionar criticamente diante
de uma sociedade de classes, repleta de conflitos e contradições.
Tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, as possibilidades de
trabalho com os gêneros orais são diversas e apontam diferentes caminhos, como:
apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um
livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do
seu convívio; dramatização; recado; explicação; contação de histórias; declamação de
poemas; troca de opiniões; debates; seminários; júris-simulados e outras atividades que
possibilitem o desenvolvimento da argumentação. No que concerne à literatura oral,
valoriza-se a potência dos textos literários como Arte, os quais produzem oportunidade
de considerar seus estatutos, sua dimensão estética e suas forças políticas particulares.
O trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as
atividades propostas não podem ter como objetivo simplesmente ensinar o aluno a
falar, emitindo opiniões ou em conversas com os colegas de sala de aula. O que é
necessário avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da
linguagem, é o conteúdo de sua participação oral. O ato de apenas solicitar que o aluno
apresente um seminário não possibilita que ele desenvolva bem o trabalho. É preciso
esclarecer os objetivos, a finalidade dessa apresentação, e explicar, por exemplo, “que
apresentar um seminário não é meramente ler em voz alta um texto previamente
escrito. Também não é se colocar à frente da turma e ‘bater um papo’ com os colegas
[...]” (CAVALCANTE & MELO, 2006, p. 184).
Sugere-se que professor, primeiramente, selecione os objetivos que pretende
com o gênero oral escolhido, por exemplo:
• Na proposição de um seminário, além de explorar o tema a ser apresentado, é
preciso orientar os alunos sobre o contexto social de uso desse gênero; definir a
postura diante dos colegas; refletir a respeito das características textuais
(composição do gênero, as marcas linguístico-enunciativas); organizar a
sequência da apresentação;
• Na participação em um debate, pode-se observar a argumentação do aluno,
como ele defende seu ponto de vista, além disso, o professor deve orientar sobre
a adequação da linguagem ao contexto, trabalhar com os turnos de fala, com a
interação entre os participantes, etc.;
• Na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação
cênica (como entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a
estrutura do texto dramatizado, as trocas de turnos de falas, observando a
importância de saber a fala do outro (deixa) para a introdução da sua própria
fala, etc.;
• Ao narrar um fato (real ou fictício), o professor poderá abordar a estrutura da
narrativa, refletir sobre o uso de gírias e repetições, explorar os conectivos
usados na narração, que apesar de serem marcadores orais, precisam estar
adequados ao grau de formalidade/informalidade dos textos, entre outros
pontos. Além disso, pode-se analisar a linguagem em uso em outras esferas
sociais, como: em programas televisivos (jornais, novelas, propagandas); em
programas radiofônicos; no discurso do poder em suas diferentes instâncias:
público, privado, enfim, nas mais diversas realizações do discurso oral.
Ao analisar os discursos de outros, também é preciso selecionar os conteúdos
que se pretende abordar. Seguem algumas sugestões metodológicas, tendo como
referência Cavalcante & Melo (2006):
• Se a intenção for trabalhar com o gênero entrevista televisiva, pode-se refletir
como o apresentador se dirige ao entrevistado; quem é o entrevistado, idade,
sexo; qual papel ele representa na sociedade; o desenvolvimento do tema da
entrevista; o contexto; se a fala do apresentador e do entrevistado é formal ou
informal; se há clareza nas respostas; os recursos expressivos, etc.;
• O gênero mesa-redonda possibilita verificar como os participantes interagem
entre si. Para isso, é importante considerar algumas características dos
participantes, como: idade, sexo, profissão, posição social. Pode-se analisar os
argumentos dos participantes, a ideologia presente nos discursos, as formas de
sequencialização dos tópicos do diálogo, a linguagem utilizada (formal,
informal), os recursos linguístico-discursivos usados para defender o ponto de
vista, etc.;
• Em cenas de novelas, filmes, programas humorísticos e outros, têm-se como
explorar a sociolinguística, o professor pode estimular o aluno a perceber se há
termos, expressões, sotaques característicos de alguma região, classe social,
idade e como estes sotaques ou marcas dialetais são tratados. Além disso, pode
solicitar que os alunos transcrevam um trecho de uma cena de novela e
analisem, por exemplo, as falas das personagens em momentos de conflito,
verificando se apresentam truncamento, hesitações, o que é comum em
situações de conflito real.
A comparação entre as estratégias específicas da oralidade e aquelas da escrita
faz parte da tarefa de ensinar os alunos a expressarem suas ideias com segurança e
fluência. O trabalho com os gêneros orais visa ao aprimoramento linguístico, bem
como a argumentação. Nas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir
da sua fala quanto da fala do outro, sobre:
• O conteúdo temático do texto oral;
• Elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados
em diferentes esferas sociais;
• A unidade de sentido do texto oral;
• Os argumentos utilizados;
• O papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade;
• Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível
social, formação, etc.) para adequar o discurso ao interlocutor;
• As marcas linguístico-enunciativas do gênero oral selecionado para estudo
(essas marcas serão comentadas no item 4.4).
3.4. Prática da Escrita
O exercício da escrita, nestas Diretrizes, leva em conta a relação entre o uso e o
aprendizado da língua, sob a premissa de que o texto é um elo de interação social e os
gêneros discursivos são construções coletivas. Assim, entende-se o texto como uma
forma de atuar, de agir no mundo. Escreve-se e fala-se para convencer, vender, negar,
instruir, etc.
Pensar que o domínio da escrita é inato ou uma dádiva restrita a um pequeno
número de sujeitos implica distanciá-la dos alunos. Quando a escrita é supervalorizada
e descontextualizada, torna-se mero exercício para preencher o tempo, reforçando a
baixa auto-estima linguística dos alunos, que acabam compreendendo a escrita como
privilégio de alguns. Tais valores afastam a linguagem escrita do universo de vida dos
usuários, como se ela fosse um processo à parte, externo aos falantes, que, nessa
perspectiva, não constroem a língua, mas aprendem o que os outros criaram.
O reconhecimento, pelo aluno, das relações de poder no discurso potencializa a
possibilidade de resistência a esses valores socioculturais. O educando precisa
compreender o funcionamento de um texto escrito, que se faz a partir de elementos
como organização, unidade temática, coerência, coesão, intenções, interlocutor (es),
dentre outros. Além disso, “[…] a escrita apresenta elementos significativos próprios,
ausentes na fala, tais como o tamanho e tipo de letras, cores e formatos, elementos
pictóricos, que operam como gestos, mímica e prosódia graficamente representados”
(MARCUSCHI, 2005, p. 17).
A maneira de propor atividades com a escrita interfere de modo significativo
nos resultados alcançados. Diante de uma folha repleta de linhas a serem preenchidas
sobre um tema, os alunos podem recorrer somente ao que Pécora (1983, p. 68) chama
de “estratégias de preenchimento”. É desejável que as atividades com a escrita se
realizem de modo interlocutivo, que elas possam relacionar o dizer escrito às
circunstâncias de sua produção. Isso implica o produtor do texto assumir-se como
locutor, conforme propõe Geraldi (1997) e, dessa forma, ter o que dizer; razão para
dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer.
As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na
verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma
função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES,
2003, p. 62-63). Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para
aprimorar a prática de escrita. A seguir, citam-se alguns; contudo, ressalta-se que os
gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz,
notícia, editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultados de pesquisa,
resumos, resenhas, solicitações, requerimentos, crônica, conto, poema, relatos de
experiência, receitas. Destaca-se, também, a importância de realizar atividades com os
gêneros digitais, como: e-mail, blog, chat, lista de discussão, fórum de discussão,
dentre outros, experienciando usos efetivos da linguagem escrita na esfera digital.
Na prática da escrita, há três etapas interdependentes e intercomplementares
sugeridas por Antunes (2003) e adaptadas às propostas destas Diretrizes, que podem ser
ampliadas e adequadas de acordo com o contexto:
• Inicialmente, essa prática requer que tanto o professor quanto o aluno planejem
o que será produzido: é o momento de ampliar as leituras sobre a temática
proposta; ler vários textos do gênero solicitado para a escrita, a fim de melhor
compreender a esfera social em que este circula; delimitar o tema da produção;
definir o objetivo e a intenção com que escreverá; prever os possíveis
interlocutores; pensar sobre a situação em que o texto irá circular; organizar as
idéias;
• Em seguida, o aluno escreverá a primeira versão sobre a proposta apresentada,
levando em conta a temática, o gênero e o interlocutor, selecionará seus
argumentos, suas ideias; enfim, tudo que fora antes planejado, uma vez que essa
etapa prevê a anterior (planejar) e a posterior (rever o texto);
• Depois, é hora de reescrever o texto, levando em conta a intenção que se teve ao
produzi-lo: nessa etapa, o aluno irá rever o que escreveu, refletir sobre seus
argumentos, suas ideias, verificar se os objetivos foram alcançados; observar a
continuidade temática; analisar se o texto está claro, se atende à finalidade, ao
gênero e ao contexto de circulação; avaliar se a linguagem está adequada às
condições de produção, aos interlocutores; rever as normas de sintaxe, bem
como a pontuação, ortografia, paragrafação.
Se for preciso, tais atividades devem ser retomadas, analisadas e avaliadas
(diagnosticadas) durante esse processo. Ressalta-se que, no percurso da produção de
texto do aluno, outras práticas de escrita podem acontecer para, então, chegar ao gênero
pretendido, por exemplo: se a proposta for produzir uma notícia, o professor poderá
encaminhar leituras de notícias, solicitar comentários escritos sobre o fato para os
alunos ou resumos, a fim de trabalhar com a síntese de um assunto; em seguida, pode
definir um tema para a produção da notícia, indicar a pesquisa sobre a temática e
requerer entrevistas sobre o caso para compor a notícia. Nesse caminho, serão
trabalhados: a opinião do aluno, o resumo, a pesquisa, a entrevista e a notícia; gêneros
orais e escritos diferenciados que colaborarão com o objetivo que se tem: a produção
de notícia.
Por meio desse processo, que vivencia a prática de planejar, escrever, revisar e
reescrever seus textos, o aluno perceberá que a reformulação da escrita não é motivo
para constrangimento. O ato de revisar e reformular é antes de mais nada um processo
que permite ao locutor refletir sobre seus pontos de vista, sua criatividade, seu
imaginário.
O refazer textual pode ocorrer de forma individual ou em grupo, considerando a
intenção e as circunstâncias da produção e não a mera “higienização” do texto do
aluno, para atender apenas aos recursos exigidos pela gramática. O refazer textual deve
ser, portanto, atividade fundamentada na adequação do texto às exigências
circunstanciais de sua produção.
Para dar oportunidade de socializar a experiência da produção textual, o
professor pode utilizar-se de diversas estratégias, como: afixar os textos dos alunos no
mural da escola, promovendo um rodízio dos mesmos; reunir os diversos textos em
uma coletânea ou publicá-los no jornal da escola; enviar cartas do leitor (no caso dos
alunos) para determinado jornal; encaminhar carta de solicitação dos alunos para a
câmara de vereadores da cidade; produção de panfletos a serem distribuídos na
comunidade; entre outros. Dessa forma, além de enfatizar o caráter interlocutivo da
linguagem, possibilitando aos estudantes constituírem-se sujeitos do fazer linguístico,
essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará
a prática da leitura.
Na concepção destas Diretrizes, a prática da escrita constitui uma ação com a
linguagem que inclui, também, a avaliação:
[...] ao produzir um texto, o aluno procura no seu universo referencial os recursos linguísticos e os demais recursos necessários para atender à intenção. Avaliando o produto, ele sabe se pode manter o universo referencial como até então constituído (atualizando-o), ou se deve modificá-lo, ou ainda ampliá-lo. (PIVOVAR, 1999, p. 54)Durante a produção de texto, o estudante aumenta seu universo referencial e
aprimora sua competência de escrita, apreende as exigências dessa manifestação
linguística e o seu sistema de organização próprio. Ao analisar seu texto conforme as
intenções e as condições de sua produção, o aluno adquire a necessária autonomia para
avaliá-lo.
3.5. Prática da Leitura
Na concepção de linguagem assumida por estas Diretrizes, a leitura é vista
como um ato dialógico, interlocutivo. O leitor, nesse contexto, tem um papel ativo no
processo da leitura, e para se efetivar como co-produtor, procura pistas formais,
formula e reformula hipóteses, aceita ou rejeita conclusões, usa estratégias baseadas no
seu conhecimento linguístico, nas suas experiências e na sua vivência sócio-cultural.
Ler é familiarizar-se com diferentes textos produzidos em diversas esferas
sociais - jornalística, artística, judiciária, científica, didático-pedagógica, cotidiana,
midiática, literária, publicitária, etc. No processo de leitura, também é preciso
considerar as linguagens não-verbais. A leitura de imagens, como: fotos, cartazes,
propagandas, imagens digitais e virtuais, figuras que povoam com intensidade
crescente nosso universo cotidiano, deve contemplar os multiletramentos mencionados
nas Diretrizes.
Trata-se de propiciar o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno
a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante
deles. Sob esse ponto de vista, o professor precisa atuar como mediador, provocando os
alunos a realizarem leituras significativas. Assim, o professor deve dar condições para
que o aluno atribua sentidos a sua leitura, visando a um sujeito crítico e atuante nas
práticas de letramento da sociedade.
Somente uma leitura aprofundada, em que o aluno é capaz de enxergar os
implícitos, permite que ele depreenda as reais intenções que cada texto traz. Sabe-se
das pressões uniformizadoras, em geral voltadas para o consumo ou para a não reflexão
sobre problemas estéticos ou sociais, exercidas pelas mídias. Essa pressão deve ser
explicitada a partir de estratégias de leitura que possibilitem ao aluno “percepção e
reconhecimento – mesmo que inconscientemente – dos elementos de linguagem que o
texto manipula” (LAJOLO, 2001, p. 45). Desse modo, o aluno terá condições de se
posicionar diante do que lê.
É importante ponderar a pluralidade de leituras que alguns textos permitem, o
que é diferente de afirmar que qualquer leitura é aceitável. Deve-se considerar o
contexto de produção sócio-histórico, a finalidade do texto, o interlocutor, o gênero.
Do ponto de vista pedagógico, não se trata de ter no horizonte a leitura do
professor ou a leitura historicamente privilegiada como parâmetro de ação; importa,
diante de uma leitura do aluno, recuperar sua caminhada interpretativa, ou seja, que
pistas do texto o fizeram acionar outros conhecimentos para que ele produzisse o
sentido que produziu; é na recuperação desta caminhada que cabe ao professor mostrar
que alguns dos mecanismos acionados pelo aluno podem ser irrelevantes para o texto
que se lê, e, portanto, sua “inadequada leitura” é consequência deste processo e não
porque se coaduna com a leitura desejada pelo professor. (GERALDI, 1997, p.188)
Dependendo da esfera social e do gênero discursivo, as possibilidades de leitura
são mais restritas. Por exemplo, na esfera literária, o gênero poema permite uma ampla
variedade de leituras, já na esfera burocrática, um formulário não possibilita tal
liberdade de interpretação. Desse modo, para o encaminhamento da prática da leitura, é
preciso considerar o texto que se quer trabalhar e, então, planejar as atividades.
Antunes (2003) salienta que conforme variem os gêneros (reportagem, propaganda,
poemas, crônicas, história em quadrinhos, entrevistas, blog), conforme variem a
finalidade pretendida com a leitura (leitura informativa, instrumental,
entretenimento...), e, ainda, conforme variem o suporte (jornal, televisão, revista, livro,
computador...), variam também as estratégias a serem usadas.
Nesse sentido, não se lê da mesma forma uma crônica que está publicada no
suporte de um jornal e uma crônica publicada em um livro, tendo em vista a finalidade
de cada uma delas. Na crônica do jornal, é importante considerar a data de publicação,
a fonte, os acontecimentos dessa data, o diálogo entre a crônica e outras notícias
veiculadas nesse suporte. Já a leitura da crônica literária representa um fato cotidiano
independente dos interesses deste ou daquele jornal.
Também a leitura de um poema difere-se da leitura de um artigo de opinião.
Numa atividade de leitura com o texto poético, é preciso observar o seu valor estético,
o seu conteúdo temático, dialogar com os sentimentos revelados, as suas figuras de
linguagem, as intenções. Diferente de um artigo de opinião, que tem outro objetivo, e
nele é importante destacar o local e a data de publicação, contextualizar a temática,
dialogar com os argumentos apresentados se posicionando, atentar para os operadores
argumentativos, modalizadores, ou seja, as marcas enunciativas desse discurso que
revelam a posição do autor.
O educador deve atentar-se, também, aos textos não-verbais, ou ainda, aqueles
em que predomina o não-verbal, como: a charge, a caricatura, as imagens, as telas de
pintura, os símbolos, como possibilidades de leitura em sala de aula; os quais exigirão
de seu aluno-leitor colaborações diferentes daquelas necessárias aos textos verbais.
Nesses, o leitor deverá estar muito mais atento aos detalhes oferecidos nos traços,
cores, formas, desenhos. No caso de infográficos, tabelas, esquemas, a preocupação
estará em associar/corresponder o verbal ao não-verbal, uma vez que este está posto
para corroborar com a leitura daquele.
Não se pode excluir, ainda, a leitura da esfera digital, que também é diferente se
comparada a outros gêneros e suportes. Os processos cognitivos e o modo de ler nessa
esfera também mudam. O hipertexto - texto no suporte digital/computador - representa
uma oportunidade para ampliar a prática de leitura. Através do hipertexto inaugura-se
uma nova maneira de ler. No ambiente digital, o tempo, o ritmo e a velocidade de
leitura mudam. Além dos hiperlinks, no hipertexto há movimento, som, diálogo com
outras linguagens.
A leitura do texto digital exige, diante de tantos suportes eletrônicos, um leitor
dinâmico, ativo e que selecione quantitativa e qualitativamente as informações, visto
que ele seleciona o caminho, o percurso da leitura, os supostos início, meio e fim,
porque escolhe os hiperlinks que vai ler antes ou depois (LÉVY, 1996). A leitura de
hipertextos exige que o leitor tenha ou crie intimidade com diferentes linguagens na
composição do texto eletrônico, bem como os aparatos tecnológicos.
No que concerne ao trabalho com diferentes gêneros, Silva (2005, p. 66)
assinala que a escola deve se apresentar “como um ambiente rico em textos e suportes
de textos para que o aluno experimente, de forma concreta e ativa, as múltiplas
possibilidades de interlocução com os textos.” Dito isso, é essencial considerar o
contexto de produção e circulação do texto para planejar as atividades de leitura.
Na sala de aula, é necessário analisar, nas atividades de interpretação e
compreensão de um texto: os conhecimentos de mundo do aluno, os conhecimentos
linguísticos, o conhecimento da situação comunicativa, dos interlocutores envolvidos,
dos gêneros e suas esferas, do suporte em que o gênero está publicado, de outros textos
(intertextualidade). Para Koch (2003, p. 24), o trabalho com esses conhecimentos
realiza-se por meio das estratégias:
• Cognitivas: como as inferências, a focalização, a busca da relevância;
• Sociointeracionais: como preservação das faces, polidez, atenuação, atribuição
de causas a (possíveis) mal-entendidos, etc.;
• Textuais: conjunto de decisões concernentes à textualização, feitas pelo
produtor do texto, tendo em vista seu “projeto de dizer” (pistas, marcas,
sinalizações).
É preciso ter em mente, ainda, que “o grau de familiaridade do leitor com o
conteúdo veiculado pelo texto interfere, também, no modo de realizar a leitura”
(ANTUNES, 2003, p. 77).
De acordo com o exposto, para o encaminhamento da prática de leitura, é
relevante que o professor realize atividades que propiciem a reflexão e discussão, tendo
em vista o gênero a ser lido: do conteúdo temático, da finalidade, dos possíveis
interlocutores, das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam,
das ideologias apresentadas no texto, da fonte, dos argumentos elaborados, da
intertextualidade.
O ensino da prática de leitura requer um professor que “além de posicionar-se
como um leitor assíduo, crítico e competente, entenda realmente a complexidade do ato
de ler” (SILVA, 2002, p. 22). Para a seleção dos textos é importante avaliar o contexto
da sala de aula, as experiências de leitura dos alunos, os horizontes de expectativas
deles e as sugestões sobre textos que gostariam de ler, para, então, oferecer textos cada
vez mais complexos, que possibilitem ampliar as leituras dos educandos.
Acredita-se que “A qualificação e a capacitação contínua dos leitores ao longo
das séries escolares colocam-se como uma garantia de acesso ao saber sistematizado,
aos conteúdos do conhecimento que a escola tem de tornar disponíveis aos estudantes”
(SILVA, 2002, p. 07).
3.6. Literatura
Partindo dos pressupostos teóricos apresentados na Estética da Recepção e na
Teoria do Efeito, as professoras Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar
elaboraram o Método Recepcional, o qual é sugerido, nestas Diretrizes, como
encaminhamento metodológico para o trabalho com a Literatura.
Optou-se por esse encaminhamento devido ao papel que se atribui ao leitor,
uma vez que este é visto como um sujeito ativo no processo de leitura, tendo voz em
seu contexto. Além disso, esse método proporciona momentos de debates, reflexões
sobre a obra lida, possibilitando ao aluno a ampliação dos seus horizontes de
expectativas.
Essa proposta de trabalho, de acordo com Bordini e Aguiar (1993), tem como
objetivos: efetuar leituras compreensivas e críticas; ser receptivo a novos textos e a
leitura de outrem; questionar as leituras efetuadas em relação ao seu próprio horizonte
cultural; transformar os próprios horizontes de expectativas, bem como os do professor,
da escola, da comunidade familiar e social. Alcançar esses objetivos é essencial para o
sucesso das atividades. Esse trabalho divide-se em cinco etapas e cabe ao professor
delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com o seu plano de
trabalho docente e com a sua turma.
A primeira etapa é o momento de determinação do horizonte de expectativa do
aluno/leitor. O professor precisa tomar conhecimento da realidade sócio-cultural dos
educandos, observando o dia-a-dia da sala de aula. Informalmente, pode-se analisar os
interesses e o nível de leitura, a partir de discussões de textos, visitas à biblioteca,
exposições de livros, etc.
Na segunda, ocorre o atendimento ao horizonte de expectativas, o professor
apresenta textos que sejam próximos ao conhecimento de mundo e às experiências de
leitura dos alunos. Para isso, é fundamental que sejam selecionadas obras que tenham
um senso estético aguçado, percebendo que a diversidade de leituras pode suscitar a
busca de autores consagrados da literatura, de obras clássicas. Em seguida, acontece a
ruptura do horizonte de expectativas. É o momento de mostrar ao leitor que nem
sempre determinada leitura é o que ele espera, suas certezas podem ser abaladas. Para
que haja o rompimento, é importante o professor trabalhar com obras que, partindo das
experiências de leitura dos alunos, aprofundem seus conhecimentos, fazendo com que
eles se distanciem do senso comum em que se encontravam e tenham seu horizonte de
expectativa ampliado, consequentemente, o entendimento do evento estético. Neste
momento, o leitor tenta encaixar o texto literário dentro de seu horizonte de valores,
porém, a obra pode “confirmar ou perturbar esse horizonte, em termos das expectativas
do leitor, que o percebe, o julga por tudo que já conhece e aceita” (BORDINI e
AGUIAR, 1993, p. 87).
Após essa ruptura, o sujeito é direcionado a um questionamento do horizonte de
expectativas. O professor orienta o aluno/leitor a um questionamento e a uma auto-
avaliação a partir dos textos oferecidos. O aluno deverá perceber que os textos
oferecidos na etapa anterior (ruptura) trouxeram-lhe mais dificuldades de leitura,
porém, garantiram-lhe mais conhecimento, o que o ajudou a ampliar seus horizontes.
A quinta e última etapa do método recepcional é a ampliação do horizonte de
expectativas. As leituras oferecidas ao aluno e o trabalho efetuado a partir delas
possibilitam uma reflexão e uma tomada de consciência das mudanças e das aquisições,
levando-o a uma ampliação de seus conhecimentos.
Para a aplicação deste método, o professor precisa ponderar as diferenças entre
o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. No Ensino Médio, além do gosto pela leitura,
há a preocupação, por parte do professor, em garantir o estudo das Escolas Literárias.
Contudo, ambos os níveis devem partir do mesmo ponto: o aluno é o leitor, e como
leitor é ele quem atribui significados ao que lê, é ele quem traz vida ao que lê, de
acordo com seus conhecimentos prévios, linguísticos, de mundo. Assim, o docente
deve partir da recepção dos alunos para, depois de ouvi-los, aprofundar a leitura e
ampliar os horizontes de expectativas dos alunos.
O primeiro olhar para o texto literário, tanto para alunos de Ensino Fundamental
como do Ensino Médio, deve ser de sensibilidade, de identificação. O professor pode
estimular o aluno a projetar-se na narrativa e identificar-se com algum personagem.
Numa apresentação em sala de aula o educando revela-se e, “provocado” pelo docente,
justifica sua associação defendendo seu personagem. O professor, então, solicita aos
alunos que digam o que entenderam da história lida. Esta fase é importante para que o
aluno se perceba como co-autor e tenha contato, também, com outras leituras, a dos
colegas de sala, que não havia percebido.
É importante que o professor trabalhe com seus alunos as estruturas de apelo,
demonstrando a eles que não é qualquer interpretação que cabe à literatura, mas
aquelas que o texto permite. As marcas linguísticas devem ser consideradas na leitura
literária; elas também asseguram que as estruturas de apelo sejam respeitadas. Agindo
assim, o professor estará oportunizando ao aluno a ampliação do horizonte de
expectativa.
Um exemplo desse trabalho é a utilização, na sala de aula, de livros
infantojuvenis, cuja temática é o mágico. Em seguida, o professor apresenta textos em
que o mágico não é apenas um mero recurso narrativo, mas um elemento importante na
composição estética da obra, um fantástico que amplia a compreensão das relações
humanas, como o mágico presente em Murilo Rubião, Gabriel Garcia Márquez, José
Saramago, J. J. Veiga, entre outros.
No caso da leitura de textos poéticos, o professor deve estimular, nos alunos, a
sensibilidade estética, fazendo uso, para isso, de um instrumento imprescindível e, sem
dúvida, eficaz: a leitura expressiva. O modo como o docente proceder à leitura do texto
poético poderá tanto despertar o gosto pelo poema como a falta de interesse pelo
mesmo. Assim, antes de apresentá-lo para os educandos, o professor deve estudar,
apreciar, interpretar, enfim, fruir o poema. Após este primeiro momento, de forma
adequada à série ou ao nível do aluno e conforme a intencionalidade, o professor
oportunizará ao aluno a experiência, na leitura, escrita e oralidade, com novos gêneros
e novas formas de expressão, como desenho, dramatização, novos poemas,
aprimorando a compreensão, interpretação e análise.
Há poemas em que desconsiderar a leitura do ritmo significa comprometer a
interpretação e a compreensão, assim como há poemas em que este recurso não é tão
relevante. Há poemas em que a escolha lexical é o que faz a diferença, outros, ainda,
em que a pontuação é carregada de significação. Há poemas em que informações como
as condições de produção, o contexto histórico-cultural fariam falta para a sua
compreensão, outros nem tanto, o poema responde por si só. Cabe ao professor,
portanto, observar quais os recursos de construção do poema devem ser considerados
para a leitura e, como mediador do processo, contribuir para que os discentes sejam
capazes de identificá-los e, sobretudo, permitir a eles que efetivem, de fato a
experiência de ler o texto poético em toda a sua gama de possibilidades.
O professor não ficará preso somente à linha do tempo da historiografia, mas
fará a análise contextualizada da obra, no momento de sua produção e no momento de
sua recepção (historicidade). Utilizará, também, no caso do Ensino Médio, correntes da
crítica literária mais apropriadas para o trato com a literatura, tais como: os estudos
filosóficos e sociológicos, a análise do discurso, os estudos culturais, entre tantos
outros que podem enriquecer o entendimento da obra literária.
Pensadas desta maneira, embora tenham um curso planejado pelo professor, as
aulas de Literatura estarão sujeitas a ajustes atendendo às necessidades e contribuições
dos alunos, de modo a incorporar suas ideias e as relações discursivas por eles
estabelecidas num contínuo texto-puxa-texto. Nesse contínuo de relações, percebe-se
que o texto literário dialoga, também, com outras áreas, numa relação exemplificativa,
temos: Literatura e Arte; Literatura e Biologia; Literatura e... (qualquer das disciplinas
com tradição curricular no Ensino Fundamental e Médio); Literatura e Antropologia;
Literatura e Religião; entre tantas.
Para Garcia (2006), a Literatura resulta o que precisa ser redefinido na escola: a
Literatura no ensino pode ser somente um corpo expansivo, não-orgânico, aberto aos
acontecimentos a que os processos de leitura não cessam de forçá-la. Se não for assim,
o que há é o fechamento do campo da leitura pela via do enquadramento do texto lido a
meros esquemas classificatórios, de natureza estrutural (gramática dos gêneros) ou
temporal (estilos de época).
O trabalho com a Literatura potencializa uma prática diferenciada com o
Conteúdo Estruturante da Língua Portuguesa (o Discurso como prática social) e
constitui forte influxo capaz de fazer aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.
3.7. Análise Linguística
A análise linguística é uma prática didática complementar às práticas de leitura,
oralidade e escrita, faz parte do letramento escolar, visto que possibilita “a reflexão
consciente sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos
linguísticos, seja no momento de ler/escutar, de produzir textos ou de refletir sobre
esses mesmos usos da língua” (MENDONÇA, 2006, p. 204).
Essa prática abre espaço para as atividades de reflexão dos recursos lingüísticos
e seus efeitos de sentido nos textos. Antunes (2007, p. 130) ressalta que o texto é a
única forma de se usar a língua: “A gramática é constitutiva do texto, e o texto é
constitutivo da atividade da linguagem. [...] Tudo o que nos deve interessar no estudo
da língua culmina com a exploração das atividades textuais e discursivas”.
Partindo desse pressuposto, faz-se necessário deter-se um pouco nas diferentes
formas de entender as estruturas de uma língua e, consequentemente, as gramáticas que
procuram sistematizá-la. Diante de tantos conceitos, Travaglia (2000, p. 30-33) traz as
concepções de gramática e salienta que, ao abordá-la, é importante conhecer os seus
vários tipos. A partir dessas noções, o autor apresenta alguns tipos de gramática mais
diretamente ligados às questões pedagógicas, aqui serão comentados quatro tipos:
• Gramática normativa: estuda os fatos da língua culta, em especial da língua
escrita. Considera a língua uma série de regras que devem ser seguidas e
obedecidas, regras essas do falar e escrever bem;
• Gramática descritiva: descreve qualquer variante linguística a partir do seu uso,
não apenas a variedade culta. Dá preferência à manifestação oral da língua;
• Gramática internalizada: é o conjunto de regras dominadas pelo falante, é o
próprio “mecanismo”;
• Gramática reflexiva: volta-se para as atividades de observação e reflexão da
língua. Essa gramática se preocupa mais com o processo do que com o
resultado, está relacionada com as atividades epilinguísticas. Considerando a
interlocução como ponto de partida para o trabalho com o texto, os conteúdos
gramaticais devem ser estudados a partir de seus aspectos funcionais na
constituição da unidade de sentido dos enunciados. Daí a importância de
considerar não somente a gramática normativa, mas também as outras, como a
descritiva, a internalizada e, em especial, a reflexiva no processo de ensino de
Língua Portuguesa.
O professor poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e
diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos
textos orais e escritos; a percepção da multiplicidade de usos e funções da língua; o
reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais; a
reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto,
conduzindo-o às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção gradativa de
um saber linguístico mais elaborado, a um falar sobre a língua.
Dessa forma, quanto mais variado for o contato do aluno com diferentes
gêneros discursivos (orais e escritos), mais fácil será assimilar as regularidades que
determinam o uso da língua em diferentes esferas sociais (BAKHTIN, 1992). Tendo em
vista que o estudo/reflexão da análise linguística acontece por meio das práticas de
oralidade, leitura e escrita, propõem-se alguns encaminhamentos.
No entanto, é necessário destacar que o professor selecione o gênero que
pretende trabalhar e, depois de discutir sobre o conteúdo temático e o contexto de
produção/circulação, prepare atividades para a análise das marcas
linguísticoenunciativas, entre elas:
3.7.1. Oralidade:
• As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso:
diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo;
• Os procedimentos e as marcas linguísticas típicas da conversação (como a
repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros;
• As diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e
a informal;
• Os conectivos como mecanismos que colaboram com a coesão e coerência do
texto, uma vez que tais conectivos são marcadores orais e, portanto, devem ser
utilizados conforme o grau de formalidade/informalidade do texto, etc.
3.7.2. Leitura:
• As particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e
do texto em registro informal;
• A repetição de palavras (que alguns gêneros permitem) e o efeito produzido;
• O efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento (efeitos de humor,
ironia, ambiguidade, exagero, expressividade, etc.);
• Léxico;
• Progressão referencial no texto;
• Os discursos direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que
falam no texto.
Nessa perspectiva, o texto não serve apenas para o aluno identificar, por
exemplo, os adjetivos e classificá-los; considera-se que o texto tem o que dizer, há
ideologias, vozes, e para atingir a sua intenção, utiliza-se de vários recursos que a
língua possibilita. No caso do trabalho com um gênero discursivo que se utiliza de
muitos adjetivos, o aluno precisa perceber que “a adjetivação pode ser construída por
meio de várias estratégias e recursos, criando diferentes efeitos de sentidos”
(MENDONÇA, 2006, p. 211); além disso, alguns gêneros admitem certas adjetivações
e não outras; e o processo de adjetivação pode revelar-se pelo uso de um verbo (como
esbravejou) e não só pelo uso do adjetivo, exemplifica Mendonça (2006). Compreender
os recursos que o texto usa e o sentido que ele expressa é refletir com e sobre a língua,
numa dimensão dialógica da linguagem.
3.7.3. Escrita:
Através do texto dos alunos, num trabalho de reescrita do texto ou de partes do
texto, o professor pode selecionar atividades que reflitam e analisam os aspectos:
• Discursivos (argumentos, vocabulário, grau de formalidade do gênero);
• Textuais (coesão, coerência, modalizadores, operadores argumentativos,
ambiguidades, intertextualidade, processo de referenciação);
• Estruturais (composição do gênero proposto para a escrita/oralidade do texto,
estruturação de parágrafos);
• Normativos (ortografia, concordância verbal/nominal, sujeito, predicado,
complemento, regência, vícios da linguagem...);
Ainda nas atividades de leitura e escrita, ao que se refere à análise linguística,
partindo das sugestões de Antunes (2007, p. 134), ressaltam-se algumas propostas que
focalizam o texto como parte da atividade discursiva, tais como análise:
• Dos recursos gráficos e efeitos de uso, como: aspas, travessão, negrito, itálico,
sublinhado, parênteses, etc.;
• Da pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto;
• Do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• Do valor sintático e estilístico dos modos e tempos verbais em função dos
propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo;
• Do efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em
relação ao que diz – expressões modalizadoras (ex: felizmente,
comovedoramente, etc.);
• Da associação semântica entre as palavras de um texto e seus efeitos para
coesão e coerência pretendidas;
• Dos procedimentos de concordância verbal e nominal;
• Da função da conjunção, das preposições, dos advérbios na conexão do sentido
entre o que vem antes e o que vem depois em um texto.
Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos
a reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação
ou refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de
diversos gêneros que circulam no contexto escolar e extraescolar.
O estudo do texto e da sua organização sintático-semântica permite ao professor
explorar as categorias gramaticais, conforme cada texto em análise. Mas, nesse estudo,
o que vale não é a categoria em si: é a função que ela desempenha para os sentidos do
texto. Como afirma Antunes, “mesmo quando se está fazendo a análise linguística de
categorias gramaticais, o objeto de estudo é o texto” (ANTUNES, 2003, p. 121).
Definida a intenção para o trabalho com a Língua Portuguesa, o aluno também
pode passar a fazer demandas, elaborar perguntas, considerar hipóteses, questionar-se,
ampliando sua capacidade linguístico-discursiva em atividades de uso da língua.
3.8. Avaliação
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e Literatura seja um
processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao desempenho do
aluno ao longo do ano letivo.
Em uma concepção tradicional, a avaliação da aprendizagem é vivenciada como
o processo de toma-lá-dá-cá. Ou seja, o aluno precisa devolver ao professor o que dele
recebeu e, de preferência, exatamente como recebeu.
No entanto, a Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDBEN), destaca a chamada avaliação formativa (capítulo II, artigo 24, inciso V, item
a: “avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais”), vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e
como grande avanço em relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente
ao somativo ou classificatório.
Realizada geralmente ao final de um programa ou de um determinado período, a
avaliação somativa é usada para definir uma nota ou estabelecer um conceito. Não se
quer dizer com isso que ela deva ser excluída do sistema escolar, mas que as duas
formas de avaliação – a formativa e a somativa – servem para diferentes finalidades.
Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor deve usar a
observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo
e/ou objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,
possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao
professor e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de
estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
Sob essa perspectiva, estas Diretrizes recomendam:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos
diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca
informal de idéias, numa entrevista, num relato de história, as exigências de
adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise da
produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos
diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a
fluência da sua fala, a argumentação que apresenta ao defender seus pontos de
vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais com
os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos,
e de suas próprias falas, formais ou informais, tendo em vista o resultado
esperado.
• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre
textos, relações de causa e consequência entre as partes do texto, o
reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos
efeitos de ironia e humor em textos variados, a localização das informações
tanto explícitas quanto implícitas, o argumento principal, entre outros.
É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se
compreende o significado das palavras desconhecidas a partir do contexto; se faz
inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte textual. Tendo em vista o
multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do texto,
seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é demais lembrar que é
importante considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências
dos alunos, avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas. O professor
pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que lhe permitam
avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,
nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as
circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o
texto escrito será avaliado nos seus aspectos discursivotextuais, verificando: a
adequação à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com
o contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e
coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno
deve se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu
próprio. No momento da refacção textual, é pertinente observar, por exemplo:
se a intenção do texto foi alcançada, se há relação entre partes do texto, se há
necessidade de cortes, devido às repetições, se é necessário substituir
parágrafos, ideias ou conectivos.
• Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em
todos os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa
prática pedagógica, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros
precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes
possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o
professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a
ampliação lexical, a percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de
recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de
operadores argumentativos e modalizadores, bem como as relações semânticas
entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos
estes mecanismos, os alunos podem incluí-los em outras operações linguísticas,
de reestruturação do texto, inclusive.
Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e
refletem sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o
aperfeiçoamento linguístico constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada
que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na
condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação
pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário
aprofundamento teórico.
Para que as propostas das Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa e
Literatura se efetivem na sala de aula, é imprescindível a participação pró-ativa do
professor. Engajado com as questões de seu tempo, tal professor respeitará as
diferenças e promoverá uma ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto
para derrubar mitos que sustentam o pensamento único, padrões preestabelecidos e
conceitos tradicionalmente aceitos, como para construir relações sociais mais generosas
e includentes.
4. Organização dos Conteúdos no EF e EM de Língua Portuguesa
4.1. Variedades linguísticas
• Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de registros.
• Funções da linguagem.
• Linguagem verbal e não-verbal.
4.2. Gêneros textuais ou discursivos
Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de textos
(informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse, etc.).
Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo, ideologia,
posição do autor, ideologia, contexto histórico, social, econômico, político, entre
outros.
Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos lógico-
discursivos, tese, organização dos parágrafos, contexto discursivo, interlocutor, idéia
central, seqüência lógica, progressão, retomada dos elementos coesivos, título como
elemento coesivo entre outros.
Discurso direto e indireto.
Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc.
Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação.
Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia, paragrafação,
título, legibilidade, aceitabilidade, entre outros.
Ambigüidade como recurso de construção do texto.
Ambigüidade como problema de construção do texto.
Informações explícitas, implícitas e intertextualidade.
Relações entre imagem e texto.
4.3. Elementos gramaticais na construção do texto
Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula, ponto-e-
vírgula, ponto final, ponto de interrogação, exclamação, dois pontos, aspas, parênteses,
travessão, reticências, entre outros.
Emprego da crase na construção do texto.
Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção, artigo,
numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção do texto.
Sujeito e predicado na construção do texto.
Vozes do verbo na construção do texto.
Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto.
Aposto e vocativo na construção do texto.
Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na construção do
texto.
Concordância verbal e nominal na construção do texto.
Colocação pronominal na construção do texto.
Figuras de linguagem na construção do texto.
Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e composição.
4.4. Conteúdos de literatura para o Ensino Médio
Arte literária e as outras artes.
História e literatura.
Os gêneros literários e os elementos/recursos que os compõem.
Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo
brasileiro (literatura de informação), Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e
Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, vanguarda européias, Pré-Modernismo,
Modernismo, Pós-Modernismo.
Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o cotidiano.
5. Conteúdos distribuídos por série no EF e EM LP e Lit.
5.1. EF 5ª Série/ 6º Ano
5.1.1. Conteúdo Estruturante
Discurso como Prática Social
5.1.1.1. Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
5.1.1.2. Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
5.1.1.3. Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
5.1.1.4. Oralidade
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Argumentetividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
5.1.2. Abordagem teórico-metodológica
5.1.2.1. Leitura
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,
fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
5.1.2.2. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/ das ideias, dos
elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de
aventura, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço,
se o texto remete a uma aventura, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
5.1.2.3. Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,
5.1.3. Avaliação
5.1.3.1. Leitura
• Espera-se que o aluno:
• Identifique o tema;
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Identifique a idéia principal do texto.
5.1.3.2. Escrita
Espera-se que o aluno:
• Expresse as ideias com clareza;
• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
• Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
• À continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos lingüísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
5.1.3.3. Oralidade
Espera-se que o aluno:
• Utilize discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas idéias com clareza, coerência e argumentatividade;
• Compreenda argumentos no discurso do outro;
• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos,
etc.;
• Respeite os turnos de fala.
5.2. EF 6ª Série/ 7o Ano
5.2.1. Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
5.2.2. Conteúdos básicos
5.2.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
5.2.2.2. Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Aceitabilidade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Ambiguidade;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
5.2.2.3. Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem; • Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
5.2.2.4. Oralidade
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica.
5.2.3. Abordagem teórico-metodológica
5.2.3.1. Leitura
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também
o léxico;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre: tema e intenções;
• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,
fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de
sentido (ambiguidade) e com outros textos;
• Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto.
5.2.3.2. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos
que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar
se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a
um mistério, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
5.2.3.3. Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como entonação, pausas, expressão facial e outros.
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre
outros.
5.2.4. Avaliação
5.2.4.1. Leitura
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
5.2.4.2. Escrita
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas idéias com clareza;
• Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero,
interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc.
5.2.4.3. Oralidade
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas idéias com clareza;
• Expresse oralmente suas ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos;
• Organize a sequência de sua fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos
gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.
5.3. EF 7ª Série/ 8o Ano
5.3.1. Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
5.3.2. Conteúdos básicos
5.3.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo
com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o
Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e
com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
5.3.2.2. Leitura
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica:
o Operadores argumentativos;
o Ambiguidade;
o Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
o Expressões que denotam ironia e humor no texto.
5.3.2.3. Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Concordância verbal e nominal;
• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
• Semântica:
o Operadores argumentativos;
o Ambiguidade;
o Significado das palavras;
o Sentido conotativo e denotativo;
o Expressões que denotam ironia e humor no texto.
5.3.2.4. Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
5.3.3. Abordagem Teórico-metodológica
5.3.3.1. Leitura
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,
fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões
que denotam ironia e humor;
• Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e
conseqüência entre as partes e elementos do texto.
5.3.3.2. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Estimule o uso de figuras de linguagem no texto;
• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
• Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na
organização, retomadas e sequenciação do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos
que compõem o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato
relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do
suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.).
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
5.3.3.3. Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do
texto;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e conseqüência entre as partes
e elementos do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
e outros;
• Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes
como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a
ideologia dos discursos dessas esferas;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem, entre
outros.
5.3.4. Avaliação
5.3.4.1. Leitura
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize de informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a idéia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre as
partes e elementos do texto.
5.3.4.2. Escrita
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas idéias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
o Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
o À continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Utilize recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas
e sequenciação do texto;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e conseqüência entre as partes e
elementos do texto.
5.3.4.3. Oralidade
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos dos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros
orais trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
5.4. EF 8ª Série/ 9o Ano
5.4.1. Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social.
5.4.2. Conteúdos básicos
5.4.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
5.4.2.2. Leitura
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade Intencionalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Semântica:
o Operadores argumentativos;
o Polissemia;
o Sentido conotativo e denotativo;
o Expressões que denotam ironia e humor no texto.
5.4.2.3. Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Intencionalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica:
o Operadores argumentativos;
o Modalizadores;
o Polissemia.
5.4.2.4. Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas ...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
5.4.3. Abordagem teórico-metodológica
5.4.3.1. Leitura
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• Proporcione análises para estabelecer a referência textual;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,
fotos, imagens, mapas e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;
• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de
cada gênero;
• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
5.4.3.2. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor,
finalidade, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade,
situacionalidade, temporalidade e ideologia;
• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor; figuras de linguagem no
texto;
• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
• Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos
que compõem o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a
temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os
personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.);
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
5.4.3.3. Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do
texto;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes
e elementos do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre
outros.
5.4.4. Avaliação
5.4.4.1. Leitura
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a idéia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre as
partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.
5.4.4.2. Escrita
Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
o Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
o À continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção,
etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.
5.4.4.3. Oralidade
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda argumentos no discurso do outro;
• Exponha objetivamente argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc.;
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem entre outros.
5.5. Ensino Médio
5.5.1. Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
5.5.2. Conteúdos básicos
5.5.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
5.5.2.2. Leitura
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto ;
• Intencionalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Contexto de produção da obra literária;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
• Progressão referencial;
• Partículas conectivas do texto;
• Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;
• Semântica: - operadores argumentativos;
o Modalizadores;
o Figuras de linguagem;
o Sentido conotativo e denotativo.
5.5.2.3. Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Ideologia presente no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Progressão referencial;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Semântica:
o Operadores argumentativos;
o Modalizadores;
o Figuras de linguagem;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
• Vícios de linguagem;
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência.
5.5.2.4. Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Intencionalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
5.5.3. Abordagem teórico-metodológica
5.5.3.1. Leitura
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências a partir de pistas
textuais;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, finalidade, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade, vozes sociais e ideologia;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
referente à obra literária, explore os estilos do autor, da época, situe o momento
de produção da obra e dialogue com o momento atual, bem como com outras
áreas do conhecimento;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como gráficos,
fotos, imagens, mapas e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo;
• Estimule leituras que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de
cada gênero;
• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto;
• Proporcione análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas.
5.5.3.2. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor,
intenções, contexto de produção do gênero;
• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
• Conduza a utilização adequada dos conectivos;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Estimule produções que suscitem o reconhecimento do estilo, que é próprio de
cada gênero;
• Incentive a utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
• Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das ideias, dos elementos
que compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há
uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está
apropriada, se há continuidade temática, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,
estruturais e normativos.
5.5.3.3. Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do
texto;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes
e elementos do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;
• Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes
como jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc., a fim de perceber a
ideologia dos discursos dessas esferas.
5.5.4. Avaliação
5.5.4.1. Leitura
Espera-se que o aluno:
• Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e
nãoverbais;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Produza inferências a partir de pistas textuais;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a idéia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os
diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o
contexto histórico atual;
• Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo;
• Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
5.5.4.2. Escrita
Espera-se que o aluno:
• Expresse ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
o Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
o À continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção,
etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;
• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos;
• Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
• Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
5.5.4.3. Oralidade
Espera-se que o aluno:
• Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos do discurso do outro;
• Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;
• Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em
suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates,
mesas redondas, diálogos, discussões, etc.;
• Utilizem de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e
gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos
extralinguísticos.
6. Critérios de avaliação no EM de LP e Literatura
É imprescindível que a avaliação em Língua Portuguesa e
Literatura seja um processo de aprendizagem contínuo e dê
prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno ao longo do ano
letivo.
Em uma concepção tradicional, a avaliação da aprendizagem é
vivenciada como o processo de toma-lá-dá-cá. Ou seja, o aluno
precisa devolver ao professor o que dele recebeu e, de preferência,
exatamente como recebeu.
No entanto, a Lei n. 9394/96, de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (LDBEN), destaca a chamada avaliação formativa
(capítulo II, artigo 24, inciso V, item a: “avaliação contínua e
cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais”), vista como mais
adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande avanço em
relação à avaliação tradicional, que se restringe tão somente ao
somativo ou classificatório.
Realizada geralmente ao final de um programa ou de um
determinado período, a avaliação somativa é usada para definir uma
nota ou estabelecer um conceito. Não se quer dizer com isso que ela
deva ser excluída do sistema escolar, mas que as duas formas de
avaliação – a formativa e a somativa – servem para diferentes
finalidades. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas,
o professor deve usar a observação diária e instrumentos variados,
selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos
e processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e
diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando que a intervenção
pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor e ao aluno
acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de
estratégias para que os alunos aprendam e participem mais das
aulas.
Sob essa perspectiva, estas Diretrizes recomendam:
• Oralidade: será avaliada em função da adequação do
discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num
seminário, num debate, numa troca informal de ideias, numa
entrevista, num relato de história, as exigências de adequação
da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise
da produção oral. Assim, o professor verificará a participação
do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele
mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a
argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.
O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos
orais com os quais convive, como: noticiários, discursos
políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas,
formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes
empregam para a compreensão do texto lido, o sentido
construído, as relações dialógicas entre textos, relações de
causa e consequência entre as partes do texto, o
reconhecimento de posicionamentos ideológicos no texto, a
identificação dos efeitos de ironia e humor em textos variados,
a localização das informações tanto explícitas quanto
implícitas, o argumento principal, entre outros. É importante
avaliar se, ao ler, o aluno ativa os conhecimentos prévios; se
compreende o significado das palavras desconhecidas a partir
do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero
e o suporte textual. Tendo em vista o multiletramento, também
é preciso avaliar a capacidade de se colocar diante do texto,
seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. Não é
demais lembrar que é importante considerar as diferenças de
leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos,
avaliando assim a ampliação do horizonte de expectativas. O
professor pode propor questões abertas, discussões, debates e
outras atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o
aluno faz a partir do texto.
• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do
processo de produção, nunca como produto final. O que
determina a adequação do texto escrito são as circunstâncias
de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o
texto escrito será avaliado nos seus aspectos
discursivotextuais, verificando: a adequação à proposta e ao
gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o
contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a
coesão e coerência textual, a organização dos parágrafos. Tal
como na oralidade, o aluno deve se posicionar como avaliador
tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No
momento da refacção textual, é pertinente observar, por
exemplo: se a intenção do texto foi alcançada, se há relação
entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às
repetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou
conectivos.
• Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se
manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais e
gramaticais. Por isso, nessa prática pedagógica, os elementos
linguísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser
avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes
possibilitem compreender esses elementos no interior do texto.
Dessa forma, o professor poderá avaliar, por exemplo, o uso da
linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a percepção
dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos
linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de
operadores argumentativos e modalizadores, bem como as
relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo,
comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os
alunos podem incluí-los em outras operações linguísticas, de
reestruturação do texto, inclusive. Com o uso da língua oral e
escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados
continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações
com a linguagem e refletem sobre as diferentes possibilidades
de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento
linguístico constante, o letramento.
O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação
inicial e continuada que possibilite ao professor estabelecer as
devidas articulações entre teoria e prática, na condição de sujeito
que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação
pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o
sempre necessário aprofundamento teórico.
Para que as propostas das Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa e Literatura se efetivem na sala de aula, é imprescindível
a participação pró-ativa do professor. Engajado com as questões de
seu tempo, tal professor respeitará as diferenças e promoverá uma
ação pedagógica de qualidade a todos os alunos, tanto para derrubar
mitos que sustentam o pensamento único, padrões preestabelecidos
e conceitos tradicionalmente aceitos, como para construir relações
sociais mais generosas e includentes.
7. Referências
BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem.
São Paulo: Hucitec, 1986.
________________. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria lingüística que
fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de
gramática nem sempre é bom). In: Educar, n.15, Curitiba: UFPR, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica
educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.
KOCH, Ingedore. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1995.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e
circulação. In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; BRITO, Karim S.
(Orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. União da vitória: Gráfica Kaygangue,
2005.
SOARES, Magda B. Alfabetização e letramento. São Paulo: Contexto, 2002. VAL,
Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
VILLALTA, Luiz Carlos. O que se faz e o que se lê: língua, instrução e leitura. In:
SOUZA, Laura de Mello (org.) História da vida privada no Brasil – Cotidiano e
vida privada na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
8. Língua Estrangeira Moderna
8.1. Concepção do ensino de LEM – Inglês e Espanhol
A Língua Estrangeira Moderna – LEM propicia ao educando condições para
que ele reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, fazendo
intermediação entre o indivíduo e o mundo. Oportunizando ao mesmo engajar-se
discursivamente e construindo significados em relação ao mundo que vive.
Este deve ser um espaço em que se pode desenvolver o contato com outras
formas de perceber, conhecer e entender a realidade, tendo em vista que a percepção do
mundo está, também, intimamente ligada às línguas que se conhece. Ela se apresenta
também como um espaço de construções discursivas contextualizadas que refletem a
ideologia das comunidades que a produzem.
È preciso enfatizar também que a LEM está em constante mudança devido ao
seu uso por diversas comunidades do mundo e pela necessidade de se tornar os
diálogos mais dinâmicos, assim como a sociedade.
Como o ensino de qualquer língua, o da língua estrangeira não pode se
restringir apenas à gramática e sim, enfatizar a abordagem comunicativa. A interação
permite mais possibilidades de compreensão da linguagem. Segundo as Diretrizes, “(...)
Essa abordagem possibilita uma nova perspectiva, pois agrega, aos estudos lingüísticos
o falante e o uso efetivo que ele faz da linguagem, deslocando o foco das atividades de
sala de aula da forma (correção gramatical) e privilegiando a prática lingüística.” (p.17)
e “(...) um objetivo pedagógico fundamental na aula da língua estrangeira, que é
contribuir para que o aluno perceba a diferença entre o uso, as convenções e os valores
de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira de, de forma
crítica (...)” (p.18).
Portanto, o acesso a LEM é um instrumento de inclusão social a partir do
momento em que oportuniza o acesso a outras comunidades e conhecimentos,
permitindo o alargamento de horizontes e a expansão das capacidades interpretativas e
cognitivas dos educandos. Através da LEM se reconhece a diversidade cultural, e
torna-se possível oportunizar o educando a vivenciar criticamente a cultura do outro ao
mesmo tempo em que valoriza a própria.
A LDB 9394/96, estabelece o caráter compulsório de uma língua estrangeira a
partir da 5a série do Ensino Fundamental, facultando ao Ensino Médio a possibilidade
da inclusão de uma segunda língua estrangeira.
A Língua Estrangeira Moderna – LEM –, que compõem a grade curricular no
Colégio Beatriz Faria Ansay é o Inglês.
Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de
comunicação intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre pessoas
de diferentes línguas maternas.”, tendo em vista que existem, aproximadamente, mais
de 300 milhões de falantes nativos da língua inglesa e mais de um bilhão de usuários
no mundo todo, sendo a língua principal em livros, jornais, aeroportos e controle de
tráfego aéreo, negócios internacionais e conferências acadêmicas, ciência, tecnologia,
medicina, diplomacia, esportes, competições internacionais, música pop e propaganda.
Partindo desse pressuposto, a LEM é um instrumento para que o educando seja
capaz de construir e não somente consumir o conhecimento oferecido por outros,
propiciando “reflexões sobre a relação entre língua e sociedade e, consequentemente,
sobre as motivações subjacentes às escolhas lingüísticas em situações de comunicação
(oral e escrita).” (PARANÁ, 2005). Ao serem expostos às diversas manifestações da
língua na sociedade, os educandos podem entender as implicações político-ideológicas.
8.1.1. Concepção do ensino de Espanhol
Retomando momentos históricos significativos quando se
analisa a trajetória do ensino de Língua Estrangeira Moderna no
Brasil, percebe-se que, a escola pública foi marcada pela
seletividade, tendências e interesses. Então, diante da realidade
brasileira, o acesso a uma língua estrangeira consolidou se
historicamente como privilégio de poucos. Atualmente, o interesse da
escola pública vem demonstrando mudanças e propostas para que o
ensino de LEM possa ter um papel democratizante das oportunidades
e um instrumento de educação que auxilie ao aluno como sujeito e
construa seu processo de aprendizagem. Ao contrário de épocas
passadas, o ensino de LEM se alicerça em dar suporte aos educandos
sobre língua e cultura da disciplina afim. A Língua Estrangeira
Moderna norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do
educando deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da escrita. O
que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do
conhecimento e à formação cidadã e, que a língua aprendida seja
caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades
lingüísticas e culturais já existentes e crie novas maneiras de
construir sentidos do e no mundo. Então, a leitura, a oralidade e a
escrita se configuram em discurso como prática social e portanto,
instrumento de comunicação.
Ao conhecer outras culturas e outras formas de encarar a
realidade, o aluno passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e
amplia sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior
profundidade e melhores condições de estabelecer vínculos,
semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e
sentir uma outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de
sua formação.
O caráter prático do ensino de LEM permite a produção de
informação e o acesso a ela, o fazer e o buscar autônomo, a
comunicação e a partilha com semelhantes e diferentes.
Possibilita análise de paradigmas já existentes e cria novas maneiras de
construir sentidos do mundo, construir significados para entender e estabelecer uma
nova realidade e compreender as diversidades linguísticas e culturais que influenciarão
de forma positiva no aprendizado da língua como discurso para que o aluno se
constitua socialmente.
8.2. Encaminh. Metod. do ensino de LEM – Inglês e Espanhol
O trabalho a ser desenvolvido com a língua segue uma abordagem onde a língua
é vista como instrumento de interação, investigação, interpretação, reflexão e
construção, norteada pelos três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo.
Nessa concepção, levar-se-á em consideração a realidade do educando,
valorizando sua bagagem de conhecimentos e respeitando suas necessidades e
características individuais, na certeza de que o aluno aprende melhor e desenvolve
maior autonomia e responsabilidade quando se vê envolvido no processo ensino-
aprendizagem.
Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a autenticidade da
Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância dos saberes escolares
frente à experiência social construída historicamente pelos educandos.
Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar em
conta que o educando é parte integrante do processo e deve ser considerado como
agente ativo da aprendizagem, visto que ele traz saberes e estes vão interagir com os
saberes que ele vai adquirir.
Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que leve em
consideração que as habilidades da LEM – leitura, escrita, compreensão oral e
compreensão auditiva – não são únicas, elas interagem de acordo com o contexto e
precisam ser vistas como plurais, complexas, e dependentes de contextos específicos.
Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida como algo
fechado ou abstrato, na forma de uma gramática, onde toda a transformação, o aspecto
vivo da LEM, sua capacidade de se transformar em contextos diferentes e toda a sua
diversidade se perdem.
A prática pedagógica deve privilegiar o trabalho que supere a falta de condições
e recursos materiais, não ficando restrita apenas a leitura, como também a escrita de
exercícios gramaticais isolados ou desvinculados do texto.
Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta,
principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as
necessidades regionais, que levem o educando a criar significados, posto que estes não
vêm prontos na linguagem.
É importante reforçar que em LEM, os conhecimentos lingüísticos são
importantes, pois eles dão suporte para que o aluno interaja com os textos. No entanto,
é preciso lembrar que a escolha dos conhecimentos lingüísticos a serem trabalhados
será diferenciada dependendo do grau de conhecimento dos alunos e estará voltado
para a interação verbal, que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a
memorização de conceitos.
Dentro dessa perspectiva é importante auxiliar os alunos a entenderem que ao
interagir com a língua, estão interagindo com pessoas específicas e que é preciso levar
em conta: quem disse, o que disse, para quem disse, onde, quando e por que é
imprescindível
Sendo assim, é fundamental que se apresente aos alunos textos em diferentes
gêneros (publicitários, jornalísticos, literários, informativos, de opinião, etc.), mas sem
caracterizá-los, proporcionando ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita
variedade discursiva e lexical. A escrita deve ser vista como uma atividade
sociointeracional.
Outro aspecto importante com relação ao ensino da LEM é que ele seja
articulado com as demais áreas do conhecimento.
9. Organização dos conteúdos do ensino de LEM – Inglês e Espanhol
9.1. Ensino Fundamental
No caso do ensino da Língua Inglesa, dadas as suas características,
considerando a diversidade de textos em circulação na sociedade, o trabalho parte da
exploração de diversos gêneros textuais que propiciam a exposição do educando à
língua dentro de um contexto, possibilitando a análise e estudo de sua estrutura,
servindo também como ponte para criar a interação entre as habilidades em cada
contexto.
9.1.1. Textos (escritos, orais, visuais, dentre outros)
Identificação de diferentes gêneros textuais, tais como: informativos, narrações,
descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de remédios, folders,
outdoors, placas de sinalização, etc.
Identificação da idéia principal de textos. (skimming)
Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem
(verbal e não verbal).
Inferência de significados a partir de um contexto.
Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc.
9.1.1.1. Foco linguístico
Substantivos.
Adjetivos.
Pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos.
Verb to be e there to be. (afirmativa, interrogativa e negativa).
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e
irregular de verbos mais comuns) e futuro com Will.
Imperativo: afirmativa e negativa
Preposições (in, on, at, from, to…)
Advérbios de tempo, lugar e freqüência.
9.1.1.2. Vocabulário básico
Saudações, apresentações, horas, família, partes do corpo, cores, dias da
semana, meses do ano, estações do ano, profissões, roupas, animais, locais públicos,
condições do tempo (rainy, sunny, windy, cloudy / cold, hot, cool, warm), partes da
casa, refeições, adjetivos, numerais (cardinal e ordinal).
9.2. Ensino Médio
9.2.1. Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros)
Identificação de diferentes gêneros textuais tais como: informativos, narrações,
descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de remédios, folders,
outdoors, placas de sinalização, etc.
Identificação da idéia principal de textos. (skimming)
Identificação de informações específicas em textos. (scanning)
Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem
(verbal e não verbal).
Inferência de significados a partir de um contexto.
Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc.
Inferência de significados das palavras a partir de um contexto. ( cognatos,
etc.)
9.2.1.1. Foco linguístico
Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e
irregular) e contínuo e futuro com will e going to, nas formas afirmativa, interrogativa
e negativa.
Comparativo e superlativo. (graus dos adjetivos)
Verbos Modais: Can, may, could, should, must.
Substantivos contáveis e incontáveis.
Some, any, no e derivados.
9.2.1.2. Vocabulário
O vocabulário relacionado aos temas abordados nas unidades de estudo.
10. Conteúdos distribuídos por séries no EF e EM de LEM – Inglês
10.1. EF: 5ª Série/6o Ano
10.1.1.Conteúdo estruturante
Discurso como prática social
10.1.2.Conteúdos básicos
10.1.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
10.1.2.2. Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
10.1.2.3. Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
10.1.2.4. Oralidade
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
10.1.3.Abordagem teórico-metodológica
10.1.3.1. Leitura
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
10.1.3.2. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;
• Acompanhe a produção do texto;
• Encaminhe e acompanhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõe o gênero;
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
10.1.3.3. Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como
cenas de desenhos, etc.
10.1.4.Avaliação
10.1.4.1. Leitura
É importante que o professor:
• Identifique o tema;
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas no texto;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Identifique a idéia principal do texto.
10.1.4.2. Escrita
Espera-se que o aluno:
• Expresse as ideias com clareza;
• Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,
atendendo:
o Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
o À continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, numeral, substantivo, etc.
10.1.4.3. Oralidade
Espera-se que o aluno:
• Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna;
• Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.;
• Respeite os turnos de fala.
10.2. EF 6ª Série/7o Ano
10.2.1.Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social
10.2.2.Conteúdos básicos
10.2.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
10.2.2.2. Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
10.2.2.3. Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
10.2.2.4. Oralidade
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas lingüísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.
10.2.3.Abordagem teórico-metodológica
10.2.3.1. Leitura
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também
o léxico;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões sobre tema e intenções;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,
fotos, imagens, mapas, e outros;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.
10.2.3.2. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõe o gênero;
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
10.2.3.3. Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos;
• Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos
alunos;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, etc.
10.2.4.Avaliação
10.2.4.1. Leitura
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba o ambiente no que circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Identifique o tema;
• Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
10.2.4.2. Escrita
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
o Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
o À continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc.
10.2.4.3. Oralidade
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
• Apresente suas ideias com clareza;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Organize a sequência de sua fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em
língua materna.
10.3. EF 7ª Série/8o Ano
10.3.1.Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social.
10.3.2.Conteúdos básicos
10.3.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
10.3.2.2. Leitura
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de
linguagem.
• Semântica:
o Operadores argumentativos;
o Ambiguidade;
o Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
o Expressões que denotam ironia e humor no texto.
• Léxico.
10.3.2.3. Escrita
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica:
o Operadores argumentativos;
o Ambiguidade;
o Significado das palavras;
o Figuras de linguagem;
o Sentido conotativo e denotativo;
o Expressões que denotam ironia e humor no texto.
10.3.2.4. Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação,
• Expressões facial, corporal e gestual, pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
10.3.3.Abordagem teórico-metodológica
10.3.3.1. Leitura
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como:
gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
• Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões
que denotam ironia e humor.
10.3.3.2. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do
gênero, da finalidade;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de
aventura, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço,
se o texto remete a uma aventura, etc.);
• Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade
temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;
• Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos
10.3.3.3. Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do
texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem, entre
outros.
10.3.4.Avaliação
10.3.4.1. Leitura
Espera-se que o aluno:
• Realize leitura compreensiva do texto;
• Localize informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicione-se argumentativamente;
• Amplie seu horizonte de expectativas;
• Amplie seu léxico;
• Perceba do ambiente no qual circula o gênero;
• Identifique a ideia principal do texto;
• Analise as intenções do autor;
• Identifique o tema;
• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.
10.3.4.2. Escrita
Espera-se que o aluno:
• Expresse suas ideias com clareza;
• Elabore textos atendendo:
o Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
o À continuidade temática;
• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Utilize de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc.;
• Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;
• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o
gênero proposto.
10.3.4.3. Oralidade
Espera-se que o aluno:
• Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresente ideias com clareza;
• Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;
• Compreenda os argumentos no discurso do outro;
• Exponha seus argumentos;
• Organize a sequência da fala;
• Respeite os turnos de fala;
• Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
• Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc., mesmo que em língua
materna;
• Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagem, entre outros.
10.4. EF 8ª Série/9o Ano
10.4.1.Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social.
10.4.2.Conteúdos básicos
10.4.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, coma a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
10.4.2.2. Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• (Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem);
• Léxico.
10.4.2.3. Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
10.4.2.4. Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
10.4.3.Abordagem teórico-metodológica
10.4.3.1. Leitura
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e
ideologia;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões
que denotam ironia e humor;
• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
• Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e
consequência entre as partes e elementos do texto.
10.4.3.2. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor,
intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade e ideologia;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõe o gênero;
• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor.
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
10.4.3.3. Oralidade
• É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do
texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem entre
outros.
10.4.4.Avaliação
10.4.4.1. Leitura
• Realização de leitura compreensiva do texto;
• Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicionamento argumentativo;
• Ampliação do horizonte de expectativas;
• Ampliação do léxico;
• Percepção do ambiente no qual circula o gênero;
• Identificação da idéia principal do texto;
• Análise das intenções do autor;
• Identificação do tema;
• Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo.
10.4.4.2. Escrita
• Expressão de ideias com clareza;
• Elaboração de textos atendendo:
o Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
o À continuidade temática;
• Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.;
• Utilização adequada de recursos lingüísticas como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc.
• Emprego de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o
gênero proposto.
10.4.4.3. Oralidade
• Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresentação de ideias com clareza;
• Compreensão de argumentos no discurso do outro;
• Exposição objetiva de argumentos;
• Organização da sequência da fala;
• Respeito aos turnos de fala;
• Análise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
• Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em
língua materna;
• Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-
juvenis, filmes, etc.
10.5. LEM – Inglês – EM
10.5.1.Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social.
10.5.2.Conteúdos básicos
10.5.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
10.5.2.2. Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Léxico.
10.5.2.3. Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;
• Polissemia
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
10.5.2.4. Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
10.5.3.Abordagem teórico-metodológica
É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e
ideologia;
• Proporcione análises para estabelecer a referência textual;
• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;
• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras
e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões
que denotam ironia e humor;
• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de
diferentes gêneros;
10.5.3.1. Escrita
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor,
intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,
temporalidade e ideologia;
• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
• Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõe o gênero.
• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor;
• Estimule produções em diferentes gêneros;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
10.5.3.2. Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do
texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas
e outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem entre
outros.
10.5.4.Avaliação
10.5.4.1. Leitura
• Realização de leitura compreensiva do texto;
• Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicionamento argumentativo;
• Ampliação do horizonte de expectativas;
• Ampliação do léxico;
• Percepção do ambiente no qual circula o gênero;
• Identificação da idéia principal do texto;
• Análise das intenções do autor;
• Identificação do tema;
• Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
• Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
• Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual;
10.5.4.2. Escrita
• Expressão de ideias com clareza;
• Elaboração de textos atendendo:
o Às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
o À continuidade temática;
• Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
• Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.;
• Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc.;
• Emprego de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o
gênero proposto.
• Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;
• Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência
textual.
10.5.4.3. Oralidade
• Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
• Apresentação de ideias com clareza;
• Compreensão de argumentos no discurso do outro;
• Exposição objetiva de argumentos;
• Organização da sequência da fala;
• Respeito aos turnos de fala;
• Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em
língua materna, etc.;
• Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
10.6. LEM Espanhol EM
10.6.1.Conteúdo Estruturante
Discurso como prática social.
10.6.2.Conteúdos básicos
10.6.2.1. Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas
sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
10.6.2.2. Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Informações explícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Aceitabilidade do texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
• Conteúdo temático;
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Polissemia;
• Léxico;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
• recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; sentido conotativo e
denotativo das palavras no texto; expressões que denotam ironia e humor no
texto;
10.6.2.3. Escrita:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Informatividade;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbo/nominal.
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto
• Tema do texto
• Temporalidade
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Discurso direto e indireto
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coherencia, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semántica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado das palabras;
figuras de linguagem; sentido conotativo e denotativo; expressões que denotam
ironia e humor no texto.
• Relação de causa e consequênciaentre as partes e elementos do texto
• Polisemia
• Processo de formação de palabras
• Acentuação gráfica
• Ortografia
10.6.2.4. Oralidade:
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, ... ;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extraliguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas… ;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
10.6.3.Encaminhamentos Metodológicos
O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula a partir do entendimento
do papel das línguas na sociedade é mais que meros instrumentos de acesso à
informação. O aprendizado de línguas estrangeiras são também possibilidades de
conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados.
Dessa forma, que o ensino de Língua Estrangeira se constitua por meio da
compreensão da diversidade linguística e cultural para que o aluno se envolva
discursivamente e desenvolva as práticas de leitura, escrita e oralidade levando em
conta o seu conhecimento prévio.
A utilização de diferentes gêneros textuais para que o aluno identifique as
diferenças estruturais e funcionais, a autoria e a que público se destinam. As estratégias
metodológicas para que o aluno conheça novas culturas e que não há uma cultura
melhor que a outra, mas sim diferentes.
A exploração de vários recursos como aulas expositivas e dialogadas, trabalhos
em grupos, produção escrita e produção oral de forma interativa em busca de melhores
resultados na aprendizagem. Para isso, materiais como livro didático, dicionário, livro
paradidático, vídeo, CD, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia serão utilizados
para facilitar o contato e a interação com a língua e a cultura.
Serão trabalhados assuntos sobre vida e sociedade da Cultura afro-brasileira
Africana e Cultura Indígena pelo fato da realidade da origem e formação da
sociedade brasileira e latino-americana e, que no continente africano há um país que
fala o espanhol como língua oficial. Sexualidade, drogas e Meio Ambiente serão
abordados para que os alunos conheçam e analisem de forma crítica como outras
sociedades tratam tais assuntos.
10.6.4.Avaliação
A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro
significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem sucedida.
Depreende-se, portanto que avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa
superar a concepção do mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos,
visto que ela se configura como processual e, como tal, objetiva subsidiar discussões
acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções, no
processo de ensino aprendizagem.
Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do
significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao
longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica,
somativa e cumulativa. A avaliação da aprendizagem será um processo constante tendo
medida de observação no desempenho nas atividades propostas que serão analisadas e
consideradas como subsídios.
Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os
objetivos propostos no Regimento escolar, bem como do Projeto Político-Pedagógico
da escola e serão utilizados os seguintes instrumentos: provas, trabalhos (individuais e
em grupos), produção de textos orais e escritos que demonstram capacidade de
articulação entre teoria e prática. A recuperação para o aluno que não atingir resultado
satisfatório se dará por meio de recuperação de conteúdo.
A expressão dos resultados da avaliação será feita conforme o previsto no
Regimento Escolar deste estabelecimento, referente ao sistema de avaliação.
11. Critérios de avaliação de LEM
É fundamental que a avaliação priorize o envolvimento do aluno como
construtor do conhecimento, seu desempenho nas ações educativas e o “erro”
entendido como parte integrante da aprendizagem. Caracterizando a coerência entre o
ensino e a avaliação, partes inseparáveis do mesmo processo.
É preciso considerar as diferentes naturezas da avaliação (diagnóstica,
processual e formativa) que se articulam com os objetivos específicos e conteúdos
Definidos a partir dos princípios preconizados no documento das diretrizes,
respeitando as diferenças individuais e escolares.
A avaliação precisa ser analisada sob novos parâmetros, dando ao educador
indicativo do caminho que o aluno está trilhando para se apropriar efetivamente, das
atividades verbais e da escrita.
Assim, propicia-se diversidade nos formatos de avaliação, de modo a oferecer
diferentes oportunidades para que o aluno demonstre seus avanços.
O caráter educacional da avaliação transforma-a e um instrumento facilitador na
busca de orientações e intervenções pedagógicas, não se atendo apenas ao conteúdo
desenvolvido, mas àqueles vivenciados ao longo do processo, de forma que os
objetivos esperados sejam alcançados.
A explicitação dos propósitos da avaliação e do uso de seus resultados pode
favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado da LE e permitir que toda a
comunidade, não apenas a escolar, reconheça o valor desse conhecimento.
12. Referências
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1998.
GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental: Línguas
Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da
Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de
Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação
Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua
Estrangeira Moderna. Versão Preliminar. 2005.
PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of Colonialism. London:
Routledge. 1999.
13. Ensino da Arte
13.1. Concepção do ensino de Arte
Ao realizarmos um breve passeio pela história podemos identificar os conceitos
que permearam a educação de Artes no Brasil, abrangendo desde um caráter religioso,
com a catequização dos nativos, até aquela com fins puramente tecnicistas.
Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que
contemplem a arte efetivamente como área de conhecimento fundamental na formação
dos educando.
Devido aos desenvolvimentos das últimas décadas na linguística, filosofia da
língua e semiótica, o estudo dos signos ganhou uma grande importância no âmbito da
teoria da comunicação. Nesse sentido, as Diretrizes Curriculares, orientam para a
aproximação e reelaboração de saberes deste componente curricular com as
manifestações/produções culturais. Torna-se imprescindível que o Ensino das Artes,
por meio da interação entre professor, alunos e conhecimento favoreça o exercício da
valorização da diversidade cultural e o compromisso de democratização do acesso à
produção cultural, porque, para muitas crianças, jovens e adultos, a escola ainda
constitui-se no único espaço em que há oportunidade de conhecer e compreender, de
forma sistematizada, os diferentes processos que culminam nas
manifestações/produções estéticas. É na democratização do acesso aos bens culturais e
aos saberes que os constituem que precisam estar pautadas as situações de
aprendizagem.
Desse modo, as Diretrizes apresentam uma nova perspectiva ao estabelecer
relações da Arte com a Cultura e da Arte com a Linguagem, possibilitando o estudo dos
saberes em Arte, presentes na Cultura e articulados pela Linguagem verbal e não
verbal, tendo como objeto específico o conhecimento estético.
Entende-se a idéia de Manifestação como fenômeno ou estado original que se
desvela no ato criador e registra o momento do acontecimento na Arte. O processo da
elaboração da Linguagem é concebido nesse sentido não como instrumento ou meio de
comunicação, mas como algo mais profundo, um mergulho na essência do Ser, ou seja,
aquilo que se é e que se externa como “fala“.
Entende-se que ao se apropriar de elementos que compõem o conhecimento
estético, pela experimentação das diferentes manifestações artísticas, o aluno se torna
capaz de refletir a respeito dessa produção e dos conhecimentos que envolvem esse
fazer, vivenciando nessa ação, o caminho da criação e da interpretação, como
fundamento básico para a produção da Linguagem.
Partindo dessa idéia, a sistematização do ensino da Arte na escola passa a
ressignificar o seu papel social, na medida em que democratiza um conhecimento
específico que interfere na formação do indivíduo enquanto fruidor de cultura e
conhecedor da construção de sua própria nação (BARBOSA, 2002, p.14). Assim sendo,
as práticas educativas da Disciplina assumem um compromisso com a herança cultural
e histórica do sujeito. Essa diversidade cultural, ao ser reconhecida como patrimônio da
humanidade, amplia, a partir da Arte, a sua área de ação. Considera, ainda, nessa
trajetória a importância das partes e do todo, evidenciando nesse caminho a
importância da realidade que se diz com todo o vigor pela expressividade do fazer
artístico do aluno, até as produções de grupos sociais que historicamente foram
marginalizados por uma concepção de arte elitista.
Nesse sentido, o valor educativo da Arte, no Ensino Fundamental se destaca, na
medida em que se reconhece este componente curricular como imprescindível na
formação do sujeito para o exercício da vida cidadã. É na relação da Arte com a
Linguagem que se abrem possibilidades para que o aluno reinaugure novos signos a
partir da relação entre os signos presentes na obra de arte e os códigos existentes na
disciplina, em suas diferentes Linguagens.
Retomando-se a articulação do sujeito com a sociedade, o desenvolvimento da
noção de cidadania passa, necessariamente, por uma identidade que reconhece e se
reconhece através do diálogo com a produção cultural regional, nacional e mundial. É
dessa forma que o ensino de Arte e da educação em geral poderá produzir sentidos e
significados transformadores.
Esta singularidade fornece à Arte um valor fundamental na sociedade, pois sua
Linguagem está à frente de um pensar e agir, provocando na transformação dos objetos,
cores, formas, sons, gestos, a ressignificação dos próprios costumes, atitudes e valores.
A Arte não é apenas um prolongamento da vida, mas significa uma compreensão
qualitativa da realidade. Nas experiências e nas ações desenvolvidas através do ensino
da Arte é que se destaca o espaço da criação enquanto ação transformadora.
“Democracia cultural significa direito de acesso e de fruição das obras culturais, direito
à informação e à formação culturais, direito à produção cultural.”
Quando Regina Migliori (1993 p.14) propõe uma “perspectiva de abordagem
global” como sendo “a possibilidade de lidarmos com tudo o que se nos apresenta e
não somente com os aspectos artificialmente eleitos”, a idéia é que se busque uma nova
leitura da realidade. O entendimento de Migliori nos remete para uma perspectiva de
uma formação omnilateral, crítica e autônoma do educando, ou seja, “temos que
aprender a lidar com as divergências de forma não excludente”.
Quando privilegiamos a produção artística de um determinado grupo, povo ou
etnia, fragmentamos a realidade e automaticamente criamos um juízo de valor no qual
os recortes do conhecimento que fazemos passam a ser os verdadeiros ou os únicos.
“Essa visão fragmentada, geradora dos incluídos e excluídos, gera uma outra verdade
cruel: a marginalidade que não é alternativa” (MIGLIORI. 1993 p.14). Isso implica que
ao apresentarmos em nossa seleção de conteúdos curriculares outras vozes que estão
presentes na ação histórica da construção do conhecimento, possibilitamos ao educando
outras leituras diferentes daquelas que vêm sendo oficialmente apresentadas.
A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – revela a
realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão artística é
concretizada utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos do corpo,
representação cênica, dentre outras, que são percebidas pelos sentidos. Isso contribui
para outras possibilidades de leituras da realidade e, portanto, com mais subsídios para
repensá-la. O objetivo dessa proposta é gerar um ser reflexivo, autônomo e inserido
criticamente na realidade em que vive. A Arte nos ajuda nesse processo, na medida em
que nos fornece uma simbologia própria e portanto, outras leituras do mundo que nos
cerca. Segundo Isabel Marques2: “Um dos elementos essenciais que caracteriza o
ensino da Arte no ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a possibilidade de
relacionar, questionar, experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a
fim de que façam sentido em nossas próprias vidas e na construção da sociedade
brasileira.”
A discussão em torno da arte como linguagem pondera o entendimento de que a
arte não apenas suscita sentimentos, mas pressupõe uma relação de transmissão e
recepção de idéias, ou seja, de comunicação. Portanto, a Arte aqui é entendida como
linguagem, que se utiliza de símbolos e de elementos próprios que estão presentes na
Dança (movimento e não movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização) e
nas Artes Visuais (forma e luz).
Ler o produto artístico em suas diversas relações, nos diversos prismas e no que
tange aos seus significados socialmente construídos pressupõe que o produto artístico
como seja um “veículo portador de significado” (ver Bakhtin 1995, p.132). Nesse
sentido, os símbolos são fundamentais para a vida social, pois é por meio deles que nos
comunicamos e manifestamos nossa capacidade de sentir e de pensar.
Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira singular,
dando-lhes um sentido pedagógico (Sacristan J.G., 2001). Na escola, esse trabalho,
ressignifica os saberes e os conceitos científicos produzidos na sociedade. É com base
nestes pressupostos que trataremos a Arte como linguagem artística.
Neste sentido, tendo em vista as orientações curriculares do Ensino Médio da
disciplina de Arte e visando atender ao aluno como um sujeito histórico e social, foi
sistematizado três formas de interpretação da Arte na sociedade, que são arte como
ideologia, arte como conhecimento e arte como trabalho criador.
13.2. Arte como ideologia
As relações entre Arte e Ideologia são contraditórias e complexas e que,
portanto, há de se cuidar para não cair em um dos dois extremos: o da identificação de
ambas ou o de sua oposição radical (PEIXOTO, 2003 p. 36).
Ideologia é o conjunto de idéias, crenças e doutrinas, próprias de uma
sociedade, de uma época ou de uma classe, e que são produto de uma situação histórica
e das aspirações dos grupos que as apresentam como imperativos da razão.
A obra de Arte é parte integrante da realidade social, é elemento da estrutura da
sociedade e expressão da produtividade social e espiritual do homem, ela constitui-se
numa totalidade estruturada e que abrange uma grande diversidade de elementos da
realidade (KOSIK, 2002 p.139).
A ideologia tem dupla função, ela pode ser um elemento de coesão social, de
relação de pertencimento a um grupo, classe social, a uma sociedade ou um elemento
de imposição de um grupo, classe social sobre outra, de forma a mascarar a realidade,
para manter e legitimar sua dominação.
Neste sentido é fundamental trabalhar com os alunos questões como:
Arte erudita ou elitista e Arte popular.
Indústria cultural e cultura de massa.
Arte da cultura hegemônica e Arte engajada.
13.3. Arte como forma de conhecimento
Toda obra de arte apresenta um duplo caráter em indissolúvel unidade: é
expressão da realidade, mas ao mesmo tempo cria a realidade que não existe fora da
obra ou antes da obra, mas precisamente apenas na obra (KOSIK, 2002, p. 128).
A Arte não só reflete a realidade em sua aparência, mas também a traduz para
além desta, abrangendo aspectos da totalidade desta mesma realidade.
O conhecimento estético construído historicamente pela humanidade, se
expressa na Arte através da sua própria organização, como:
Os elementos formais que constituem a música, as artes plásticas / visuais, a
dança e o teatro.
Os conteúdos estruturantes da disciplina e suas articulações com as quatro áreas
que a constituem.
O trabalho com os alunos deve também tratar da diversidade cultural e das
desigualdades sociais, em vários aspectos tais como:
• As expressas nas obras de arte produzidas pela humanidade em tempos e
espaços diferentes.
• A dos alunos que estão na escola, considerando sua origem cultural, grupo
Social e as manifestações artísticas que produzem significado de vida para eles
tanto na produção como na fruição.
13.4. Arte como trabalho criador
A Arte como criação ou trabalho criador é uma característica essencial, pois sem
ela a arte não é arte e o aluno precisa passar pelo fazer artístico, pois, “ao
transformarmos as matérias, agimos, fazemos. São experiências existenciais –
processos de criação – que nos envolve na globalidade, em nosso ser sensível, no ser
pensante, no ser atuante.” (FAYGA, 1987, p.69). Quando o homem cria, isto é, quando
transforma uma matéria lhe dando nova forma, lhe atribui significados, emoções e o
impregna com a presença do seu próprio existir, captando e configurando-o. De acordo
com Fayga (1987, p. 51): estruturando a matéria, também dentro de si o ser humano se
estrutura. Criando, ele se recria.
Criar, então, é fazer algo inédito, um objeto novo e singular que expressa esse
sujeito criador e, simultaneamente, o transcende, enquanto objeto portador de conteúdo
de cunho social e histórico e enquanto objeto concreto, como uma nova realidade
social.
A concepção de arte como criação, como trabalho criador não exclui a arte
como forma ideológica ou a arte como forma de conhecimento, porém não a reduz a
nenhuma delas. Neste sentido a arte constitui-se em um processo de humanização do
ser humano.
Com os alunos é importante desenvolver os seguintes trabalhos:
• Proporcionar que os alunos possam manifestar as formas de trabalho artístico
que já executam, possibilitando que sistematizem com mais conhecimentos suas
próprias produções.
• Possibilitar que os alunos produzam trabalhos artísticos na escola, nas áreas em
que forem possíveis pelas condições de formação do professor e/ou materiais da
escola.
13.5. Encaminhamentos metodológicos para o ensino de Arte
O encaminhamento metodológico para o ensino da Arte está fundamentado nas
Diretrizes Curriculares, que trouxe à tona uma das maiores preocupações dos
professores: a tensão entre os conteúdos propostos que envolvem as diferentes
linguagens e a formação inicial dos professores (habilitação em Educação Artística, ou
específica em Artes Plástico-Visuais, Música, Teatro e Dança). Esse quadro exigiu a
definição de diretrizes que norteiam a Disciplina no espaço escolar.
Partindo da concepção consensuada nas Diretrizes, bem como dos pressupostos
definidos para o Ensino Fundamental - Arte e Cultura/Arte e Linguagem – são os
pressupostos que a sustentam e dão referência ao professor para a seleção e tratamento
das temáticas a serem desenvolvidas nas aulas.
Esta concepção considera a Arte como área de conhecimento que tem como
objeto de estudo o saber estético. Nessa perspectiva, a educação estética se dá pela
leitura, compreensão e ressignificação dos signos presentes nas manifestações artístico-
culturais, por meio dos códigos das linguagens artísticas (Artes Visuais, Dança, Música
e Teatro). O tratamento dos temas deverá considerar:
• As várias manifestações artísticas presentes na comunidade e na região, as
várias dimensões de cultura, entendendo toda manifestação artística como
produção cultural;
• As peculiaridades culturais de cada aluno /escola como ponto de partida para a
ampliação dos saberes em Arte;
• O conceito de produção artística, o qual não poderá estar restrito a um produto
final (o objeto artístico);
• As situações de aprendizagem que permitam ao aluno a compreensão dos
processos de criação e execução nas Linguagens Artísticas;
• O elemento lúdico, principalmente no Ensino Fundamental, como fator
enriquecedor do encaminhamento metodológico;
• A experimentação como meio fundamental para a ressignifcação deste
Componente Curricular, levando em conta que essa prática favorece o
desenvolvimento e o reconhecimento da percepção por meio dos sentidos;
• A linguagem de formação inicial do professor, a partir da qual os
conhecimentos em Arte serão desenvolvidos. As demais Linguagens serão
abordadas como recurso metodológico, de forma a possibilitar ao aluno o
acesso aos saberes a elas pertinente.
Tendo os pressupostos teóricos como referência, devemos pensar na
metodologia para o Ensino Médio, que concebe “A arte de dirigir o espírito na
investigação da verdade” (FERREIRA, 1986), este é o elemento da pedagogia que está
mais intimamente ligado à prática em sala de aula. No espaço escolar o objeto de
trabalho é o conhecimento, desta forma devemos contemplar na metodologia do ensino
de arte, estas três dimensões, ou seja, devemos estabelecer como eixo o trabalho
artístico, que é o fazer, o sentir e perceber, que são as formas de leitura e o
conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho
mais sistematizado, superando o senso comum do conhecimento empírico.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um destes eixos, ou os três
simultaneamente.
13.6. Sentir e perceber
Possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas para que possam familiarizar-
se com as diversas formas de produção da arte. Envolve também a leitura dos objetos
da natureza e da cultura em uma dimensão estética. Nosso trabalho é o de possibilitar o
acesso e mediar esta leitura com o conhecimento sobre arte, para que o aluno possa
interpretar as obras de arte e a realidade transcendendo as aparências, apreendendo
através da arte parte da totalidade da realidade humana social.
A humanização dos objetos e dos sentidos realiza-se tanto na apreciação livre
dos objetos, quanto na percepção mediada pelo conhecimento estético sistematizado.
13.7. Conhecimento estético
Este é o momento privilegiado da cognição, onde a racionalidade opera para apreender o
conhecimento historicamente produzido sobre arte.
Este conhecimento transforma-se através do tempo em função dos modos de produção social, o
que implica para o aluno conhecer como se organiza as várias formas de produzir arte, como também, a
maneira pela qual a sociedade estrutura-se historicamente.
13.8. Trabalho artístico
A prática artística (trabalho criador) é a expressão do aluno sendo privilegiada, é
o momento do exercício da imaginação e criação.
O encaminhamento pode iniciar-se por qualquer um dos três eixos, mas o
fundamental é que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes aos três
eixos metodológicos. Um trabalho (já desenvolvido na escola) com teatro poderá
iniciar com exercícios de personagem (expressão vocal, gestual, corporal e facial),
jogos teatrais, aquecimento e relaxamento, transposição de texto literário para texto
dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos.
Durante as aulas é possível solicitar aos alunos uma análise das diferentes
formas de representação na televisão e no cinema (plano de imagens, formas de
expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia). Antes de assistir a peça poderá
ser solicitado um trabalho de análise da peça (escrito na aula ou em casa
posteriormente a apresentação) com três questões:
a) descrição do contexto, nome da peça, autor, direção, local, atores, período
histórico da representação;
b) análise da estrutura e organização da peça, tipo de cenário e sonografia,
expressões utilizadas com mais ênfase pelos personagens e outros conteúdos
trabalhados em aula;
c) análise da peça sobre o ponto de vista do aluno, texto a critério dele.
Os três eixos metodológicos foram tratados na seguinte ordem metodológica:
trabalho artístico, conhecimento estético e sentir/perceber, mas em vários momentos
acontecem simultaneamente. Após desenvolver trabalhos de composição (trabalho)
com os alunos, criando efeitos de movimento na folha e de organização do espaço, o
professor poderá mostrar (sentir e perceber) obras de artistas que deram ênfase na
utilização das linhas de diferentes formas como, também, expor o trabalho dos alunos
para leitura (apreciação) do grupo.
14. Organização dos conteúdos de Arte
14.1. Conteúdos para o EF
Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do qual ela se
manifesta, ou seja: o som (Música), o movimento e o não movimento (Dança), a forma
e a luz (Artes Visuais) e a dramatização (Teatro). Destes elementos básicos derivam-se
os elementos de linguagem específicos da arte. Portanto, os conteúdos para o Ensino
Fundamental e Médio devem contemplar os elementos de cada linguagem artística
(Música, Teatro, Dança e Artes Visuais), sua articulação e organização. Esses
elementos permitirão ao educando ler e interpretar o repertório, assim como elaborar o
seu próprio trabalho artístico.
14.1.1.Artes visuais
14.1.1.1. Forma
• Composição, Experimentação (como os elementos da linguagem visual se
articulam);
• Suportes (onde está proposta a idéia imagética);
• Espacialidade – bidimensionais e tridimensionais (como está projetada,
composta ou representada no espaço);
• Texturas / acabamentos (como se apresenta);
• Movimento: dinâmica, força, fluência e equilíbrio (como se alternam, ritmo).
14.1.1.2. Luz
• Decomposição da luz branca;
• Cor /pigmento / percepção da cor
14.1.1.3. Tons
• Valores / classificação das cores;
• Sombras e luz;
• Contraste.
14.1.2.Música
• Distribuição dos sons de maneira sucessiva (intervalos melódicos/ melodia).
• Distribuição dos sons de maneira simultânea (intervalos harmônicos/
harmonia),
• Qualidades do som e suas variações:
o Intensidade (dinâmica)
o Duração (pulsação/ ritmo)
o Altura (grave/ agudo)
o Timbre (fonte sonora/ instrumentação)
• Estruturas musicais (organização e articulação dos elementos da linguagem
musical/ forma musical).
14.1.3.Teatro
14.1.3.1. Elementos dramáticos:
• A personagem: agente da ação;
• Enredo: como desdobramento de acontecimentos, desenvolvidos personagem;
• Espaço cênico: local onde se desenvolve a ação cênica.
14.1.3.2. Signos da Representação Teatral:
• Da personagem:
• Visuais: figurinos, adereços, gestuais;
• Sonoros: fala (entonação)
• Do espaço cênico:
• Visuais: cenário, adereços de cena, iluminação;
• Sonoros: sonoplastia;
14.1.3.3. Gêneros Teatrais:
• Tragédia e suas características: a fatalidade, o sofrimento, o pesar;
• Comédia e suas características: o riso, a sátira, o grotesco;
• Drama e suas características: o conflito.
14.1.4.Dança
14.1.4.1. Elementos do Movimento:
• Corpo : articulações, superfícies, membros, tronco, quadril, cabeça.
• Espaço : kinesfera (amplitudes), progressões espaciais, tensões espaciais,
projeções espaciais, orientação espacial, forma.
• Ações : torcer, gesticular, inclinar, deslocar, rodar, parar, cair, expandir, recolher,
saltar.
• Dinâmicas : peso, espaço, tempo, fluência.
• Relacionamentos .
14.2. Conteúdos do EM
No Ensino Médio, os conteúdos podem constituir-se em uma identidade para a
disciplina de Arte e de uma prática pedagógica que contemple as quatro áreas de Arte e
são conhecimentos de maior amplitude, conceitos que se constituem em partes
importantes, basilares e fundamentais para a compreensão de cada uma das áreas de
arte e ao mesmo tempo são comuns entre si, constituindo-se em elemento fundamental
de uma área, mas tendo correspondência de importância nas outras áreas de Arte.
Neste sentido foram definidos como conteúdos estruturantes, os elementos
formais, a composição, o tempo e espaço e ainda os movimentos e períodos, assim
distribuídos:
14.2.1.Plásticas e Visuais:
14.2.1.1. Elementos formais:
• Linha
• Superfície
• Volume
• Luz
• Cor
14.2.1.2. Composição:
• Figurativa
• Abstrata
• Figura/fundo
• Bidimensional
• Tridimensional
• Semelhanças
• Contrastes
• Ritmo visual
• Técnica
14.2.1.3. Período:
• Pré – história à Contemporaneidade
14.2.2.Música:
14.2.2.1. Elementos formais:
• Altura
• Duração
• Timbre
• Intensidade
• Densidade
14.2.2.2. Composição:
• Ritmo
• Melodia
• Harmonia
• Intervalo melódico
• Intervalo harmônico
• Tonal
• Modal
• Técnica
14.2.2.3. Período:
• Pré – história à Contemporaneidade
14.2.3.Teatro:
14.2.3.1. Elementos formais:
• Texto
• Personagem (facial, corporal, gestual e vocal).
• Espaço Cênico
• Ação
14.2.3.2. Composição:
• Representação
• Sonoplastia
• Cenografia
• Roteiro
• Enredo
• Técnica
14.2.3.3. Período:
• Teatro ritual
• Teatro grego
• Teatro pobre
• Expressionismo
• Teatro elisabetano
• Teatro medieval
• Teatro mambembe
• Contemporâneo
14.2.4.Dança:
14.2.4.1. Elementos formais:
• Corpo
• Espaço
• Tempo
14.2.4.2. Composição:
• Ponto de apoio
• Salto
• Rotação
• Formação
• Sonoplastia
• Cenografia
• Técnica
14.2.4.3. Período:
• Balé clássico
• Balé romântico
• Dança moderna
• Dança medieval
• Dança renascentista
15. Conteúdos distribuídos por série no EF - Artes
15.1. 5ª Série/6o Ano – Área de Música
15.1.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais.
15.1.1.1. Conteúdos básicos
• Altura
• Duração
• Timbre
• Intensidade
• Densidade
15.1.2.Conteúdo Estruturante
Composição
15.1.2.1. Conteúdos básicos
• Ritmo
• Melodia
• Escalas: diatônica, pentatônica, cromática
• Improvisação
15.1.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.1.3.1. Conteúdos básicos
• Greco-Romana
• Oriental
• Ocidental
• Africana
15.1.4.Abordagem pedagógica
Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em
suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o
aprofundamento dos conteúdos.
Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de
diferentes ritmos e escalas musicais.
Teoria da música. Produção e execução de instrumentos rítmicos.
Prática coral e cânone rítmico e melódico.
15.1.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação
com o movimento artístico no qual se originaram.
Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e
harmônicos.
15.2. 6ª Série/7o Ano – Área de Música
15.2.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.2.1.1. Conteúdos básicos
• Altura
• Duração
• Timbre
• Intensidade
• Densidade
15.2.2.Conteúdo Estruturante
Composição
15.2.2.1. Conteúdos básicos
• Ritmo
• Melodia
• Escalas
• Gêneros: folclórico,
• Indígena, popular e étnico
• Técnicas: vocal, instrumental e mista
• Improvisação
15.2.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.2.3.1. Conteúdos básicos
• Música popular e étnica (ocidental e oriental)
15.2.4.Abordagem pedagógica
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas
populares e o cotidiano do aluno.
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais.
Teorias da música.
Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de
sons da paisagem sonora.
15.2.5.Expectativas de aprendizagem
• Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas
contemporâneas.
• Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
15.3. 7ª Série/8o Ano – Área da Música
15.3.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.3.1.1. Conteúdos básicos
• Altura
• Duração
• Timbre
• Intensidade
• Densidade
15.3.2.Conteúdo Estruturante
Composição
15.3.2.1. Conteúdos básicos
• Ritmo
• Melodia
• Harmonia
• Tonal, modal e a fusão de ambos.
• Técnicas: vocal, instrumental e mista
15.3.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.3.3.1. Conteúdos básicos
• Indústria Cultural
• Eletrônica
• Minimalista
• Rap, Rock, Tecno
15.3.4.Abordagem pedagógica
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na
arte.
Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema,
Vídeo, TV e Computador)
Teorias sobre música e indústria cultural.
Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e
recursos tecnológicos.
15.3.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua
função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical
nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
15.4. 8ª Série/9o Ano – Área de Música
15.4.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.4.1.1. Conteúdos básicos
• Altura
• Duração
• Timbre
• Intensidade
• Densidade
15.4.2.Conteúdo Estruturante
Composição
15.4.2.1. Conteúdos básicos
• Ritmo
• Melodia
• Harmonia
• Técnicas: vocal, instrumental e mista
• Gêneros: popular, folclórico e étnico.
15.4.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.4.3.1. Conteúdos básicos
• Música Engajada
• Música Popular
• Brasileira.
• Música
• Contemporânea
15.4.4.Abordagem pedagógica
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como
ideologia e fator de transformação social.
Percepção dos modos de fazer música e sua função social.
Teorias da Música.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical,
com enfoque na Música Engajada.
15.4.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão da música como fator de transformação social.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
15.5. 5ª Série/6o Ano – Área de Artes Visuais
15.5.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.5.1.1. Conteúdos básicos
• Ponto
• Linha
• Textura
• Forma
• Superfície
• Volume
• Cor
• Luz
15.5.2.Conteúdo Estruturante
Composição
15.5.2.1. Conteúdos básicos
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura...
Gêneros: cenas da mitologia...
15.5.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.5.3.1. Conteúdos básicos
• Arte Greco-Romana
• Arte Africana
• Arte Oriental
• Arte Pré-Histórica
15.5.4.Abordagem pedagógica
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em
suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o
aprofundamento dos conteúdos.
Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de
composição e movimentos e períodos das artes visuais.
Teoria das Artes Visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais.
15.5.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua
relação com o movimento artístico no qual se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
15.6. 6ª Série/7o Ano – Área de Artes Visuais
15.6.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.6.1.1. Conteúdos básicos
• Ponto
• Linha
• Forma
• Textura
• Superfície
• Volume
• Cor
• Luz
15.6.2.Conteúdo Estruturante
Composição
15.6.2.1. Conteúdos básicos
• Proporção
• Tridimensional
• Figura e fundo
• Abstrata
• Perspectiva
• Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...
• Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
15.6.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.6.3.1. Conteúdos básicos
• Arte Indígena
• Arte Popular Brasileira e Paranaense
• Renascimento
• Barroco
15.6.4.Abordagem pedagógica
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas
populares e o cotidiano do aluno.
Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes
povos.
Teoria das Artes Visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular,
relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
15.6.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
15.7. 7ª Série/8o Ano – Área de Artes Visuais
15.7.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.7.1.1. Conteúdos básicos
• Linha
• Forma
• Textura
• Superfície
• Volume
• Cor
• Luz
15.7.2.Conteúdo Estruturante
Composição
15.7.2.1. Conteúdos básicos
• Semelhanças
• Contrastes
• Ritmo Visual
• Estilização
• Deformação
• Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista.
15.7.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.7.3.1. Conteúdos básicos
• Indústria Cultural
• Arte no Séc. XX
• Arte Contemporânea
15.7.4.Abordagem pedagógica
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na
arte.
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.
Teoria das artes visuais e mídias.
Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
15.7.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua função
social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das
tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à
produção, divulgação e consumo.
15.8. 8ª Série/9o Ano – Área de Artes Visuais
15.8.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.8.1.1. Conteúdos básicos
• Linha
• Forma
• Textura
• Superfície
• Volume
• Cor
• Luz
15.8.2.Conteúdo Estruturante
Composição
15.8.2.1. Conteúdos básicos
• Bidimensional
• Tridimensional
• Figura-fundo
• Ritmo Visual
• Técnica: Pintura, grafitte, performance...
• Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
15.8.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.8.3.1. Conteúdos básicos
• Realismo
• Vanguardas
• Muralismo e Arte
• Latino-Americana
• Hip Hop
15.8.4. Abordagem pedagógica
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como
ideologia e fator de transformação social.
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social.
Teorias das Artes Visuais.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator
de transformação social.
15.8.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação
social.
Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e
social.
15.9. 5ª Série/6O Ano – Área de Teatro
15.9.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.9.1.1. Conteúdos básicos
• Personagem:
• Expressões
• Corporais,
• Vocais,
• Gestuais e faciais
• Ação
• Espaço
15.9.2.Conteúdo Estruturante
Composição
15.9.2.1. Conteúdos básicos
• Enredo, roteiro.
• Espaço Cênico, adereços
• Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação,
máscara.
• Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
15.9.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.9.3.1. Conteúdos básicos
• Greco-Romana
• Teatro Oriental
• Teatro Medieval
• Renascimento
15.9.4.Abordagem pedagógica
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em
suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o
aprofundamento dos conteúdos.
Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e
sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se
originaram.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos com teatro.
15.9.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação
com os movimentos artísticos nos quais se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.
15.10. 6ª Série/7O Ano – Área de Teatro
15.10.1. Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.10.1.1. Conteúdos básicos
• Personagem:
• Expressões
• Corporais,
• Vocais,
• Gestuais e faciais
• Ação
• Espaço
15.10.2. Conteúdo Estruturante
Composição
15.10.2.1. Conteúdos básicos
• Representação, Leitura dramática, Cenografia.
• Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...
• Gêneros: Rua e arena, Caracterização.
15.10.3. Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.10.3.1. Conteúdos básicos
• Comédia dell’ arte
• Teatro Popular
• Brasileiro e Paranaense
• Teatro Africano
15.10.4. Abordagem pedagógica
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas
populares e o cotidiano do aluno.
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
15.10.5. Expectativas de aprendizagem
Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano,
suas origens e práticas contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais,
presentes no cotidiano.
15.11. 7ª Série/8O Ano – Área de Teatro
15.11.1. Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.11.1.1. Conteúdos básicos
• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
• Ação
• Espaço
15.11.2. Conteúdo Estruturante
Composição
15.11.2.1. Conteúdos básicos
• Representação no Cinema e Mídias
• Texto dramático
• Maquiagem
• Sonoplastia
• Roteiro
• Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.
15.11.3. Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.11.3.1. Conteúdos básicos
• Indústria Cultural
• Realismo
• Expressionismo
• Cinema Novo
15.11.4. Abordagem pedagógica
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na
arte.
Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias.
Teorias da representação no teatro e mídias. Produção de trabalhos de
representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
15.11.5. Expectativas de aprendizagem
Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias,
sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da
representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
15.12. 8ª Série/9O Ano – Área de Teatro
15.12.1. Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.12.1.1. Conteúdos básicos
• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
• Ação
• Espaço
15.12.2. Conteúdo Estruturante
Composição
15.12.2.1. Conteúdos básicos
• Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum
• Dramaturgia
• Cenografia
• Sonoplastia
• Iluminação
• Figurino
15.12.3. Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.12.3.1. Conteúdos básicos
• Teatro Engajado
• Teatro do Oprimido
• Teatro Pobre
• Teatro do Absurdo
• Vanguardas
15.12.4. Abordagem pedagógica
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como
ideologia e fator de transformação social.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Teorias do teatro.
Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como
fator de transformação social.
15.12.5. Expectativa de aprendizagem
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto
fator de transformação social.
Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
15.13. 5ª Série/6O Ano – Área de Dança
15.13.1. Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.13.1.1. Conteúdos básicos
• Movimento
• Corporal
• Tempo
• Espaço
15.13.2. Conteúdo Estruturante
Composição
15.13.2.1. Conteúdos básicos
• Kinesfera
• Eixo
• Ponto de Apoio
• Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento
• Formação
• Níveis (alto, médio e baixo)
• Deslocamento (direto e indireto)
• Dimensões (pequeno e grande)
• Técnica:
• Improvisação
• Gênero: Circular
15.13.3. Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.13.3.1. Conteúdos básicos
• Pré-história
• Greco-Romana
• Renascimento
• Dança Clássica
15.13.4. Abordagem pedagógica
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em
suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o
aprofundamento dos conteúdos.
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os
elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
15.13.5. Expectativas de aprendizagem
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação
com o movimento artístico no qual se originaram.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
15.14. 6ª Série/7O Ano – Área de Dança
15.14.1. Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.14.1.1. Conteúdos básicos
• Movimento
• Corporal
• Tempo
• Espaço
15.14.2. Conteúdo Estruturante
Composição
15.14.2.1. Conteúdos básicos
• Ponto de Apoio
• Rotação
• Coreografia
• Salto e queda
• Peso (leve e pesado)
• Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado
• Níveis (alto, médio e baixo)
• Formação
• Direção
• Gênero: Folclórica, popular e étnica
15.14.3. Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.14.3.1. Conteúdos básicos
• Dança Popular Brasileira, Paranaense, Africana e Indígena
15.14.4. Abordagem pedagógica
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas
populares e o cotidiano do aluno.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é
elaborada e executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
15.14.5. Expectativas de aprendizagem
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas
contemporâneas.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
15.15. 7ª Série/8O Ano – Área da Dança
15.15.1. Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.15.1.1. Conteúdos básicos
• Movimento Corporal
• Tempo
• Espaço
15.15.2. Conteúdo Estruturante
Composição
15.15.2.1. Conteúdos básicos
• Giro
• Rolamento
• Saltos
• Aceleração e desaceleração
• Direções (frente, atrás, direita e esquerda)
• Improvisação
• Coreografia
• Sonoplastia
• Gênero: Indústria
• Cultural e espetáculo
15.15.3. Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.15.3.1. Conteúdos básicos
• Hip Hop
• Musicais
• Expressionismo
• Indústria Cultural
• Dança Moderna
15.15.4. Abordagem pedagógica
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade
contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na
arte.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias.
Teorias da dança de palco e em diferentes mídias.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
15.15.5. Expectativas de aprendizagem
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas
mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança
nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
15.16. 8ª Série/9O Ano – Área da Dança
15.16.1. Conteúdo Estruturante
Elementos formais
15.16.1.1. Conteúdos básicos
• Movimento
• Corporal
• Tempo
• Espaço
15.16.2. Conteúdo Estruturante
Composição
15.16.2.1. Conteúdos básicos
• Kinesfera
• Ponto de Apoio
• Peso
• Fluxo
• Quedas
• Saltos
• Giros
• Rolamentos
• Extensão (perto e longe)
• Coreografia
• Deslocamento
• Gênero: Performance e moderna
15.16.3. Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
15.16.3.1. Conteúdos básicos
• Vanguardas
• Dança Moderna
• Dança
• Contemporânea
15.16.4. Abordagem pedagógica
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como
ideologia e fator de transformação social.
Percepção dos modos de fazer dança e sua função social.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança
como fator de transformação social.
15.16.5. Expectativas de aprendizagem
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
16. Conteúdos de Arte para o EM
16.1. Arte - EM Área de Música
16.1.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
16.1.1.1. Conteúdos básicos
• Altura
• Duração
• Timbre
• Intensidade
• Densidade
16.1.2.Conteúdo Estruturante
Composição
16.1.2.1. Conteúdos básicos
• Ritmo
• Melodia
• Harmonia
• Escalas
• Modal, Tonal e fusão de ambos.
• Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop...
• Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista
• Improvisação
16.1.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
16.1.3.1. Conteúdos básicos
• Música Popular
• Brasileira
• Paranaense
• Popular
• Indústria Cultural
• Engajada
• Vanguarda
• Ocidental
• Oriental
• Africana
• Latino-Americana
16.1.4.Abordagem pedagógica
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino
Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência
escolar e cultural dos alunos.
Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea
(popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social.
Teoria da Música.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical,
com enfoque na música de diversas culturas.
16.1.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação
com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas
culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
16.2. Arte - EM Área de Artes Visuais
16.2.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
16.2.1.1. Conteúdos básicos
• Ponto
• Linha
• Forma
• Textura
• Superfície
• Volume
• Cor
• Luz
16.2.2.Conteúdo Estruturante
Composição
16.2.2.1. Conteúdos básicos
• Bidimensional
• Tridimensional
• Figura e fundo
• Figurativo
• Abstrato
• Perspectiva
• Semelhanças
• Contrastes
• Ritmo Visual
• Simetria
• Deformação
• Estilização
• Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação desempenho, fotografia,
gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos...
• Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa,
da Mitologia...
16.2.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
16.2.3.1. Conteúdos básicos
• Arte Ocidental
• Arte Oriental
• Arte Africana
• Arte Brasileira
• Arte Paranaense
• Arte Popular
• Arte de Vanguarda
• Indústria Cultural
• Arte Contemporânea
• Arte Latino-Americana
16.2.4.Abordagem pedagógica
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino
Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência
escolar e cultural dos alunos.
Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes
culturas e mídias.
Teoria das artes visuais.
Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e
composição, com enfoque nas diversas culturas.
16.2.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua
relação com a sociedade contemporânea.
Produção de trabalhos de artes visuais visando à atuação do sujeito em sua
realidade singular e social.
Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas
diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.
16.3. Arte - EM Área de Artes Visuais
16.3.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
16.3.1.1. Conteúdos básicos
• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
• Ação
• Espaço
16.3.2.Conteúdo Estruturante
Composição
16.3.2.1. Conteúdos básicos
• Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio.
• Teatro-Fórum
• Roteiro
• Encenação e leitura dramática
• Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico
• Dramaturgia
• Representação nas mídias
• Caracterização
• Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação
• Direção
• Produção
16.3.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
16.3.3.1. Conteúdos básicos
• Teatro Greco- Romano
• Teatro Medieval
• Teatro Brasileiro
• Teatro Paranaense
• Teatro Popular
• Indústria Cultural
• Teatro Engajado
• Teatro Dialético
• Teatro Essencial
• Teatro do Oprimido
• Teatro Pobre
• Teatro de Vanguarda
• Teatro Renascentista
• Teatro Latino- Americano
• Teatro Realista
• Teatro Simbolista
16.3.4.Abordagem pedagógica
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino
Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência
escolar e cultural dos alunos.
Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação
com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.
Teorias do teatro.
Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.
Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social.
Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como
fator de transformação social.
16.3.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação
com o movimento artístico no qual se originaram.
Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social.
Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade
singular e social.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da
representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais
16.4. Arte - EM Área de Dança
16.4.1.Conteúdo Estruturante
Elementos formais
16.4.1.1. Conteúdos básicos
• Movimento
• Corporal
• Tempo
• Espaço
16.4.2.Conteúdo Estruturante
Composição
16.4.2.1. Conteúdos básicos
• Kinesfera
• Fluxo
• Peso
• Eixo
• Salto e Queda
• Giro
• Rolamento
• Movimentos
• Articulares
• Lento, rápido e moderado
• Aceleração e desaceleração
• Níveis
• Deslocamento
• Direções
• Planos
• Improvisação
• Coreografia
• Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão
16.4.3.Conteúdo Estruturante
Movimentos e períodos
16.4.3.1. Conteúdos básicos
• Pré-história
• Greco-Romana
• Medieval
• Renascimento
• Dança Clássica
• Dança Popular
• Brasileira
• Paranaense
• Africana
• Indígena
• Hip Hop
• Indústria Cultural
• Dança Moderna
• Vanguardas
• Dança Contemporânea
16.4.4.Abordagem pedagógica
No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino
Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência
escolar e cultural dos alunos.
Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os
elementos de composição e movimentos e períodos da dança.
Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é
elaborada e executada.
Teorias da dança.
Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos
tecnológicos.
Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
16.4.5.Expectativas de aprendizagem
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação
com o movimento artístico no qual se originaram.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas
contemporâneas.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias,
sua função social e ideológica de veiculação e consumo.
Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança
nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
17. Avaliação do ensino de Arte no EF e EM
A avaliação em Educação Artística não deve ser um mero instrumento de
medição da apreensão de conteúdos, pois estará buscando alcançar as aprendizagens
socialmente significativas para o aluno. Sendo processual, e sem estabelecer
parâmetros comparativos, estará discutindo dificuldades e progressos do aluno a partir
da sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento
estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a reorganização e
ressignificação da realidade.
A partir desses apontamentos, o Ensino da Arte apresenta-se como componente
curricular responsável por viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos
conhecimentos em Arte, por meio das diferentes Linguagens Artísticas. Dessa forma, o
seu objetivo é propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens
culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que o permitam utilizar-se
desses conhecimentos estéticos na compreensão das realidades e amplie o seu modo de
vê-las.
18. Referências
BAKHTIN, Mikhail (Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. Michel
Lahud e Yara F. Vieira. 7ª ed. São Paulo: Hucitec, 1995.
BOURO, S.B. Olhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da arte. São
Paulo: Educ/FAPESP/Cortez, 2002.
CAMPOS, Neide P. A construção do olhar estético crítico do educador.
Florianópolis: UFSC, 2002
CANDAU, Vera Maria (org.). Sociedade, educação e cultura: questões e propostas.
Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003.
FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de Arte. 2ª ed. São Paulo:
Cortez, 1993.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua Portuguesa. 3ª ed.
Curitiba: Positivo, 2004.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
_____________, A importância do ato de ler. São Paulo: Cortez, 1995.
_____________. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
8ª ed. São Paulo: Terra e Paz, 1998.
HOUAISS, Antônio e Vilar, M. de S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1ª
ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001
LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978.
MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 2ª ed. São Paulo:
Cortez, 2001
_________________. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003.
MIGLIORI, R. Paradigmas e educação. São Paulo: Aquariana, 1993.
OSTROWER, Fayga P. Universo da arte, 7ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 1991.
PAREYSON, L. Os problemas da estética. São Paulo. Martins Fontes, 1997.
SACRISTAN J.G. A escolarização transforma-se em uma característica
antropológica das sociedades complexas. In: A educação Obrigatória: seu sentido
educativo e social. Porto Alegre: ARTMED, 2001, p. 35-55
SANTAELLA, Lucia. (Arte) & (Cultura): Equívocos do elitismo. São Paulo: Cortez,
3ª. Ed, 1995.
SILVA, Tomas Tadeu. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do
currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.
ZAMACOIS, Joaquin. Temas de estética y de historia de la música. Barcelona:
Labor, 1986
19. Educação Física
19.1. Concepção do Ensino de Educação Física
O ensino da Educação Física aqui é entendido como área de estudo da cultura
humana é aprendizagem de movimentos. A aprendizagem para e sobre o movimento.
Ou seja, que estuda e atua sobre o conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao
movimento, criadas pelo homem ao longo de sua história.
Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ, 2005, p.10)
os objetivos da Educação Física devem estar voltados para a humanização das relações
sociais, considerando a noção de corporalidade, entendida como a expressão criativa e
consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas. Esse
entendimento permite ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos
professores de Educação Física, superando a dimensão meramente motriz de uma aula,
sem no entanto negar o movimento como possibilidade de manifestação humana e,
desse modo contemplar o maior número possível de manifestações corporais
explorando os conhecimentos já trazidos pelos educandos e a sua potencialidade
formativa.
A Educação Física deve favorecer o estudo, a integração e a reflexão da cultura
corporal de movimentos, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e
transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir das atividades proposta em beneficio
da sua inserção social, levando-o a descobrir motivos e sentidos nas práticas corporais
que favoreçam o desenvolvimento de atitudes positivas, contemplando assim todas as
manifestações corporais e culturais, partindo da realidade local para as diferentes
culturas.
Cabe aos professores de Educação Física mediar o processo de ensino-
aprendizagem deflagrado nas aulas de Educação Física quanto à construção de um
ambiente que proporcione ao educando a aprendizagem dos conteúdos significativos
para o seu processo de conhecimento e desenvolvimento, incrementando sua
capacidade para tomar decisões relacionadas à atividade física, isto é, movimento
corporal humano.
19.2. Encaminhamentos metodológicos do Ensino de Ed. Física
A Educação Física deve considerar conteúdos e práticas que contemplem a
relação entre o conhecimento social e escolar do educando, a identidade e as diferenças
sócio-culturais dos educandos na proposição das praticas educativas, a investigação e a
problematização do conhecimento, as diferentes linguagens na medida em que se
instituem como significativas na formação do educando, as múltiplas interações entre
os diferentes saberes, articulação entre teoria, prática e realidade social e atividades
pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.
Propomos a articulação do trabalho docente em torno dos seguintes conteúdos:
saúde, esportes, jogos, ginástica, dança e lazer.
Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como investimento
individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o individual com o cultural,
social e político. Ou seja, a saúde é um bem que se adquire, além de, pelas atividades
físicas e corporais, por intermédio de: alimentação, saneamento básico, moradia,
educação, informação e preservação do meio ambiente, enfim, o direito de acesso às
condições mínimas para uma vida digna. Esse conteúdo permite compreender a saúde
como uma construção que requer uma dimensão histórico-política e social.
O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de esportes “da
escola” e não “na escola”, como valores educativos. Se aceitarmos o esporte como
prática social, tema da cultura corporal, devemos questionar suas normas resgatando os
valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso da solidariedade
e respeito humano, que se deve jogar com o outro e não contra o outro. Por isso esse
conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua
ressignificação, e sua adaptação a realidade que a prática cria e recria, colocando-o
como um meio e não fim em si mesmo.
Os jogos oportunizam ao educando experimentar atividades prazerosas, que
envolvam partilhas, negociações e confrontos que estimulem o exercício de reflexão
sobre as relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem perante a sociedade,
bem como a possibilidade de resgatar as manifestações lúdicas e culturais.
O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do aluno com as
experiências corporais diversificadas, seu caráter preventivo, modismo, melhora da
aptidão física, tem o objetivo de conscientizar os educandos de seus possíveis
benefícios, bem como os danos causados pela sua prática inadequada ou incorreta.
A dança contribui para o desenvolvimento, conhecimento e ritmo do corpo. Ao
relacionar-se com o outro, cada gesto representa sua história, sua cultura, como
manifestação de vida, por meio de um processo continuo de integração e
relacionamento social.
O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do tempo livre,
com atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria, socialização,
conscientização clareza das necessidades e benefícios que serão adquiridos e que
contribuam para o seu bem estar físico, mental e social.
Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma informativa, prática
ou teórica. Os conteúdos esporte, jogos, dança, lazer e ginástica são comuns ao Ensino
Fundamental e ao Ensino Médio, o conteúdo saúde mantêm a especificidade de cada
ensino.
Vários são os princípios que abrangem o ensino da Educação Física (BETTI,
2002), destacando-se: o Princípio da Inclusão que tem como meta a participação e
reflexões concretas e efetivas de todos os membros do grupo, buscando reverter o
quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas
corporais, resultando na valorização exacerbada no desempenho e da eficiência, e
conseqüentemente na exclusão do educando.
Princípio da Diversidade aplica-se à construção da aprendizagem na escolha
de objetivos e de conteúdos, que ampliem as relações entre os conhecimentos da
cultura corporal de movimento e o perfil dos sujeitos da aprendizagem. Com isso
pretende-se legitimar as possibilidades de aprendizagem que se estabelece nas
dimensões afetivas, cognitivas, motoras e sócio-culturais dos alunos.
Já no Princípio da Autonomia a relação com a cultura corporal de movimento,
não se dá naturalmente, mas é fruto da construção e do esforço conjunto de professores
e alunos através de situações concretas e significativas. A busca da autonomia pauta-se
na ampliação do olhar da escola sobre o nosso objeto de ensino e aprendizagem. Essa
autonomia significa a possibilidade de construção pelo educando dos seus conceitos,
atitudes e procedimentos, ao invés de simples reprodução e memorização de
conhecimentos.
Tais princípios precisam estar presentes ao se buscar uma aprendizagem
significativa, entendida como a aproximação entre o conhecimento do educando e o
construído ao longo do tempo, não perdendo de vista que os mesmos estão inseridos
numa cultura e expressam uma aprendizagem social regida por uma organização
política e social.
O professor deve mediar o trabalho pedagógico para que o educando
compreenda o seu “eu” e o relacionar-se com o outro, a partir do conhecimento do seu
corpo, como instrumento de expressão e satisfação de suas necessidades, respeitando
experiências anteriores e dando-lhe condições de adquirir e criar novas formas de
expressão.
20. Organização dos conteúdos estruturantes de Ed. física
20.1. Ensino Fundamental
È sugerido um conjunto de grandes temáticas possíveis de serem desenvolvidas
no dia-a-dia das aulas, procurando oferecer algumas alternativas para repensar as
finalidades da Educação Física No Ensino Fundamental, conforme as necessidades,
expectativas, possibilidades e intencionalidades da comunidade escolar, destacados a
seguir:
20.1.1.Manifestações esportivas
• Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história;
• O esporte como fenômeno de massa;
• Princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
• O sentido da competição esportiva;
• Possibilidades dos esportes como atividade corporal;
• Elementos básicos constitutivos dos esportes: arremessos, deslocamentos,
passes, fintas;
• Práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
20.1.2.Manifestações ginásticas
• Origem da ginástica e sua mudança no tempo;
• Diferentes tipos de ginástica;
• Princípios básicos de diferentes ginásticas;
• Práticas ginásticas;
• Cultura da rua, cultura do circo: malabares, acrobacia etc.
20.1.3.Jogos, brincadeiras e brinquedos
• A construção coletiva de jogos e brincadeiras;
• Por que brincamos?
• Oficina de construção de brinquedos;
• Brinquedos e brincadeiras tradicionais, brinquedos cantados, rodas e cirandas;
• Diferentes manifestações e tipos de jogos;
• Jogos e brincadeiras com e sem materiais;
• Diferenças entre jogo e esporte;
20.1.4.Manifestações estético-corporais na dança e teatro
• A dança e o teatro como possibilidades de manifestação corporal;
• Diferentes tipos de dança;
• Por que dançamos?
• Danças tradicionais e folclóricas;
• Desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
• Mímica, imitação e representação;
• Expressão corporal com e sem materiais.
Outras temáticas podem surgir de acordo com as culturas e especificidades dos
educandos, relacionando-se com os quatro eixos que compõem as diretrizes. No que se
refere à questão dos conteúdos, por basearmos essas diretrizes nas noções de cultura
escolar e corporalidade, que implica reconhecer o que é específico de cada
comunidade, não faz sentido pensar em definir “a priori” os conteúdos por série para o
Ensino Fundamental, muito menos um modelo único, ainda que todas as comunidades
estejam reunidas em torno de uma unidade política maior, o próprio Estado do Paraná.
20.2. Ensino Médio
Os conteúdos aqui indicados estão presentes nas Diretrizes Curriculares
Estaduais, conforme sugestões apresentadas e justificadas durante seu processo de
construção e são os seguintes:
• O Esporte individual e coletivo como desenvolvimento prático e como
fenômeno social, a sociedade atual, através de suas várias manifestações
sociais, culturais, de informação de massa, requer a participação das pessoas em
atividades coletivas organizadas. O aluno, como parte integrante do sistema do
Ensino Médio, deve ser contemplado com esses conhecimentos que permitem
sua inclusão, promovendo a humanização das relações sociais. No que o esporte
em suas várias manifestações e abordagens pode contribuir para o
aprimoramento desta integração;
• Jogos e lazer: amplitude de ações que permeiam o raciocínio lógico,
socialização, expressão corporal, dramatização, espírito de equipe, como
resgate e pontencialização de valores e como possibilidade de lazer;
• Manifestações ginásticas: a ginástica como fator histórico e social;
• Conhecimentos elementares do corpo humano: orientações para a atividade
física regular e de qualidade, obesidade e suas conseqüências, saúde como fator
social, alimentação saudável e efeitos sobre o organismo, drogas e suas
conseqüências no corpo humano;
• Atividades expressivas: utilizando-se de teatro, folclore, mímica, da dança seus
conhecimentos e suas possibilidades, resgatando valores sociais e culturais
através de suas manifestações sociais;
• As lutas: como representação das desigualdades classes, seus simbolismos e
significados e sua história a exemplo da capoeira como referencial de uma
manifestação que surgiu no bojo das camadas menos favorecidas da população
como movimento de libertário, como esporte tipicamente brasileiro.
Os conteúdos listados acima podem estar relacionados como desdobramentos
dos seguintes conteúdos que, por sua dimensão, seriam considerados estruturantes:
• Conhecimentos elementares do corpo.
• As relações corporais com o mundo.
• Elementos da cultura corporal de movimento.
Os conhecimentos elementares do corpo visam superar as formas higienistas e
biologicistas de Educação Física, aplicadas em épocas distintas de sua história,como já
citamos anteriormente neste texto. Conhecer e reconhecer o próprio corpo, aceitá-lo e
valorizá-lo são fatores de fundamental importância para esta fase da vida, onde os
conflitos internos aviltam o tempo todo. Porém, dar cientificidade a este conhecimento
torna-se importante num processo de elaboração dos próprios conceitos sobre as
relações que cerceiam o conhecimento do próprio corpo.
Quanto aos fatos que norteiam os conteúdos considerados importantes para um
processo de formação crítica, entendemos que as relações corporais com o mundo
devem permear a importância da Educação Física e sua contribuição histórica nas
relações do corpo com a sociedade. Devemos conduzir os educandos do Ensino Médio
a refletirem sobre estas relações de dominação e submissão através da análise das
relações sociais que são evidenciadas através da indústria cultural pode ser um caminho
importante a seguir.
Os elementos da cultura corporal de movimento da Educação Física,
conforme as propostas teóricas aqui apresentadas onde as concepções crítico-
superadora (Coletivo de Autores) e crítico-emancipatória retratam com clareza o que
entendemos ser o objeto de estudo da área.
Sendo assim, o esporte, os jogos e o lazer, as lutas, as manifestações ginásticas,
as atividades expressivas são conteúdos que dão historicidade à Educação Física.
21. Conteúdos distribuídos por séries do EF e EM
21.1. 5a Série/6o Ano
21.1.1.Conteúdo Estruturante
Esporte
21.1.2.Conteúdos Básicos
• Coletivos
• Individuais
21.1.3.Abordagem teórico-metodológica
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua
evolução, seu contexto atual.
Propor a vivência de atividades pré-desportivas no intuito de possibilitar o
aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.
21.1.4.Avaliação
Espera-se que o aluno conheça dos esportes:
• O surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;
• Sua relação com jogos populares.
• Seus movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.
21.1.5.Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
21.1.6.Conteúdos básicos
• Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda
• Jogos de tabuleiro
• Jogos Cooperativos
21.1.7.Abordagem teórico-metodológica
Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras.
Possibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e
sem materiais alternativos.
Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro
21.1.8.Avaliação
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brinquedos e brincadeiras, bem como apropriar-se efetivamente das diferentes formas
de jogar;
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
brinquedos com materiais alternativos.
21.1.9.Conteúdo Estruturante
Dança
21.1.10. Conteúdos básicos
• Danças
• Folclóricas
• Danças de rua
• Danças criativas
21.1.11. Abordagem teórico-metodológica
Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças.
Contextualizar a dança.
Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
21.1.12. Avaliação
Conhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre
outros) das diferentes danças;
Criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de diferentes seqüencias
de movimentos.
21.1.13. Conteúdo Estruturante
Ginástica
21.1.14. Conteúdos básicos
• Ginástica rítmica
• Ginástica circense
• Ginástica Geral
21.1.15. Abordagem teórico-metodológica
Estudar a origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações.
Aprender e vivenciar os Movimentos Básicos da ginástica (ex: saltos,
rolamento, parada de mão, roda)
Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades
ginásticas.
Pesquisar a Cultura do Circo.
Estimular a ampliação da Consciência Corporal.
21.1.16. Avaliação
Conhecer os aspectos históricos da ginástica e das práticas corporais circenses;
Aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica:
• Saltar;
• Equilibrar;
• Rolar/Girar;
• Trepar;
• Balançar/Embalar;
• Malabares.
21.1.17. Conteúdo Estruturante
Lutas
21.1.18. Conteúdos básicos
• Lutas de aproximação
• Capoeira
21.1.19. Abordagem teórico-metodológica
Pesquisar a origem e histórico das lutas.
Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados às lutas.
Experimentar a vivência de jogos de oposição.
Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta.
Vivenciar movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e golpes.
21.1.20. Avaliação
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos, as características das diferentes
manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos característicos.
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição.
21.2. 6a Série/7o Ano
21.2.1.Conteúdo Estruturante
Esporte
21.2.2.Conteúdos básicos
• Coletivos
• Individuais
21.2.3.Abordagem teórico-metodologica
Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos,
no decorrer da história.
Aprender as regras e os elementos básicos do esporte.
Vivência dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da
competição esportiva.
21.2.4.Avaliação
Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferença de cada esporte,
relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro.
Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes.
Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações
esportivas.
21.2.5.Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
21.2.6.Conteúdos básicos
• Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda
• Jogos de tabuleiro
• Jogos Cooperativos
21.2.7.Abordagem teórico-metodológica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e
brincadeiras.
Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte.
Construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos.
Estudar os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.
21.2.8.Avaliação
Conhecer difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto
brasileiro.
Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos,
brincadeiras e brinquedos.
Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.
21.2.9.Conteúdo Estruturante
Dança
21.2.10. Conteúdos básicos
• Danças folclóricas
• Danças de rua
• Danças criativas
• Danças circulares
21.2.11. Abordagem teórico-metodológica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
Experimentação de movimentos corporais rítmico/expressivos.
Criação e adaptação de coreografias.
Construção de instrumentos musicais.
21.2.12. Avaliação
Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo e
Maracatu;
Criação e adaptação de coreografia rítmica e expressiva.
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de
instrumentos musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho.
21.2.13. Conteúdo Estruturante
Ginástica
21.2.14. Conteúdos básicos
• Ginástica rítmica
• Ginástica circense
• Ginástica geral
21.2.15. Abordagem teórico-metodológica
Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral.
Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos.
Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da Cultura Circense.
21.2.16. Avaliação
Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);
Aprendizado dos movimentos e elementos da GR como:
• Saltos;
• Piruetas;
• Equilíbrios.
21.2.17. Conteúdo Estruturante
Lutas
21.2.18. Conteúdos básicos
• Lutas de aproximação
• Capoeira
21.2.19. Abordagem teórico-metodológica
Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim
como suas mudanças no decorrer da história.
Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos
característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas.
21.2.20. Avaliação
Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das
diferentes manifestações das lutas de aproximação e da capoeira.
Conhecer a história do judô, karatê, taekwondo e alguns de seus movimentos
básicos como: as quedas, rolamentos e outros movimentos.
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de
materiais alternativos e dos jogos de oposição.
21.3. EF: 7ª Série/8o Ano
21.3.1.Conteúdo Estruturante
Esporte
21.3.2.Conteúdo básico
• Coletivos
• Radicais
21.3.3.Abordagem teórico-metodológica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.
Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal,
como: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim como os benefícios
e os malefícios do mesmo à saúde.
Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo.
Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.
21.3.4.Avaliação
Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/espaço de
lazer, como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e
saúde.
Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes.
Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.
21.3.5.Conteúdo estruturante
• Jogos e Brincadeiras
21.3.6.Conteúdos básicos
• Jogos e brincadeiras populares
• Jogos de tabuleiro
• Jogos dramáticos
• Jogos Cooperativos
21.3.7.Abordagem teórico-metodológica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e
brinquedos.
Organização de Festivais.
Elaboração de estratégias de jogo.
21.3.8.Avaliação
Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos,
adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos,
brincadeiras e brinquedos.
21.3.9.Conteúdo estruturante
Dança
21.3.10. Conteúdos básicos
• Danças criativas
• Danças
• Circulares
21.3.11. Abordagem teórico-metodológica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.
Análise dos elementos e técnicas de dança.
Vivência e elaboração de Esquetes (que são pequenas seqüências cômicas).
21.3.12. Avaliação
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros elementos que identificam as diferentes danças.
Montar pequenas composições coreográficas.
21.3.13. Conteúdo estruturante
Ginástica
21.3.14. Conteúdos básicos
• Ginástica rítmica
• Ginástica circense
• Ginástica geral
21.3.15. Abordagem teórico-metodológica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica.
Vivência prática da postura e elementos ginásticos.
Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes
modalidades, pensando suas mudanças ao longo dos anos.
Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica.
Vivência de movimentos acrobáticos.
21.3.16. Avaliação
Manusear os diferentes elementos da GR como: corda; fita; bola; maças; arco.
Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades
circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
21.3.17. Conteúdo estruturante
Lutas
21.3.18. Conteúdos básicos
• Lutas com instrumento mediador
• Capoeira
21.3.19. Abordagem teórico-metodológica
Organização de Roda de capoeira
Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados à
projeção e imobilização.
21.3.20. Avaliação
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
formas de lutas.
Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a
constituição, os ritos e os significados da roda.
Conhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.
21.4. EF: 8a Série/9o Ano
21.4.1.Conteúdo Estruturante
Esporte
21.4.2.Conteúdos básicos
Coletivos
Radicais
21.4.3.Abordagem teórico-metodológica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
Organização de festivais esportivos.
Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.
Elaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas.
21.4.4.Avaliação
Apropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de súmulas e
confecção de diferentes tipos de tabelas.
Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se
desenvolveram.
21.4.5.Conteúdo Estruturante
Jogos e Brincadeiras
21.4.6.Conteúdos básicos
• Jogos de tabuleiro
• Jogos dramáticos
• Jogos cooperativos
21.4.7.Abordagem teórico-metodológica
Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de
Interpretação de Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e
imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e
superando desafios.
Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.
21.4.8.Avaliação
Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e
R.P.G.
Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes
elementos:
• Visão do jogo;
• Objetivo;
• O outro;
• Relação;
• Resultado;
• Conseqüência;
• Motivação.
21.4.9.Conteúdo estruturante
Dança
21.4.10. Conteúdos Básicos
• Danças criativas
• Danças Circulares
21.4.11. Abordagem teórico-metodológica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança.
Organização de festivais de dança.
Elementos e técnicas constituintes da dança.
21.4.12. Avaliação
Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e
seu contexto histórico.
Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de
origem africana.
Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as
diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.
21.4.13. Conteúdo estruturante
Ginástica
21.4.14. Conteúdos básicos
• Ginástica rítmica
• Ginástica geral
21.4.15. Abordagem teórico-metodológica
Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física.
Construção de coreografias.
Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias).
Análise sobre o modismo relacionado à ginástica.
Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas.
Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping).
21.4.16. Avaliação
Conhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais.
Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos
presentes no circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.
21.4.17. Conteúdo estruturante
Lutas
21.4.18. Conteúdos básicos
• Lutas com instrumento mediador
• Capoeira
21.4.19. Abordagem teórico-metodológica
Pesquisar a Origem e os aspectos históricos das lutas.
21.4.20. Avaliação
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
formas de lutas.
21.5. Ensino Médio
21.5.1.Conteúdo estruturante
Esporte
21.5.2.Conteúdos básicos
• Coletivos
• Individuais
• Radicais
21.5.3.Abordagem teórico-metodológica
Recorte histórico delimitando tempos e espaços.
Analisar a possível relação entre o Esporte de rendimento X qualidade de vida.
Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.
Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.
Organização de campeonatos, torneios, elaboração de Súmulas e montagem de
tabelas, de acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples,
dupla, entre outros).
Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt.
Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento
científico sobre o fenômeno Esporte.
Discutir e analisar o Esporte nos seus diferenciados aspectos:
• Enquanto meio de Lazer.
• Sua função social.
• Sua relação com a mídia.
• Relação com a ciência.
• Doping e recursos ergogênicos e esporte alto rendimento.
• Nutrição, saúde e prática esportiva.
Analisar a apropriação do Esporte pela Indústria Cultural.
21.5.4.Avaliação
Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de
tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento.
Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte de
rendimento e a relação entre esporte e lazer.
Compreender a função social do esporte.
Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no esporte.
Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e
questões relacionadas à nutrição.
21.5.5.Conteúdo estruturante
Jogos e Brincadeiras
21.5.6.Conteúdos básicos
• Jogos de tabuleiro
• Jogos dramáticos
• Jogos Cooperativos
21.5.7.Abordagem teórico-metodológica
Analisar a apropriação dos Jogos pela Indústria Cultural.
Organização de eventos.
Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e
tempos de lazer.
Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
21.5.8.Avaliação
Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando
alternativas de superação.
Organizar atividades e dinâmicas de grupos que possibilitem aproximação e
considerem individualidades.
21.5.9.Conteúdo estruturante
Dança
21.5.10. Conteúdos básicos
• Danças folclóricas
• Danças de salão
• Danças de rua
21.5.11. Abordagem teórico-metodológica
Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada à expressão corporal e a
diversidade de culturas.
Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus
diferenciados ritmos.
Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e
expressão corporal.
Estimular a interpretação e criação coreográfica.
Provocar a reflexão acerca da apropriação da Dança pela Indústria Cultural.
Organização de Festival de Dança.
21.5.12. Avaliação
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento,
entre outros.
Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais,
por meio da dança.
Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.
Criação e apresentação de coreografias
21.5.13. Conteúdo estruturante
Ginástica
21.5.14. Conteúdos básicos
• Ginástica artística /olímpica
• Ginástica de academia
• Ginástica geral
21.5.15. Abordagem teórico-metodológica
Analisar a função social da ginástica.
Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.
Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral).
Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.
Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da
ginástica com: tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e
força; tipos de força; fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto
energético, composição corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural
acerca do corpo, apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural entre outros.
Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim
como a sistematização e planejamento de treinos.
Organização de festival de ginástica.
21.5.16. Avaliação
Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes
criações coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos.
Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas
que envolvem a ginástica.
Compreender a função social da ginástica.
Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na
ginástica.
Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.
21.5.17. Conteúdo estruturante
Lutas
21.5.18. Conteúdos básicos
• Lutas com aproximação
• Lutas que mantêm a distancia
• Lutas com instrumento mediador
• Capoeira
21.5.19. Abordagem teórico-metodológica
Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes
artes marciais, técnicas, táticas/estratégias, apropriação da Luta pela Indústria Cultural,
entre outros.
Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais.
Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira
enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos,
movimentação, roda etc.
21.5.20. Avaliação
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes
manifestações das lutas.
Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação
das lutas pela indústria cultural.
Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da
mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos.
Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de
deslocamento, entre outros.
Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os
diferentes tipos de golpes.
22. Avaliação do ensino de Ed. Física no EF e Ensino Médio
A avaliação proposta é a qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a
avaliação da aprendizagem clara e consciente, é entendê-la como processo contínuo e
sistemático de obter informações, de perceber progressos e de orientar os alunos para a
superação das suas dificuldades. Reforçando este pensamento Vasconcelos (apud
PARANÁ, 1994, p. 44) diz que o professor que quer superar o problema da avaliação
precisa a partir de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o
sistema lhe faculta e autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula;
redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo);
alterar a postura diante dos resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto
aos alunos, aos colegas educadores e aos pais.
A avaliação deverá compreender formas diversas, tais como: a linguagem
corporal, a escrita, a oral, por meio de instrumentos variados, proporcionando um
amplo conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e objetivos que
se quer alcançar. Devendo levar em consideração os educando menos habilidades, os
com necessidades especiais e o grau de desenvolvimento que possuem, bem como as
suas experiências anteriores. Nesse sentido, realizando o acompanhamento contínuo do
desenvolvimento progressivo do aluno, respeitando suas individualidades. Desse modo
a avaliação não pode ser um mecanismo apenas para classificar ou promover o
educando, mas um parâmetro da práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos
como elementos sinalizadores para o professor rever seu planejamento. Dentro dessa
perspectiva, para que a avaliação seja coerente e representativa é fundamental que a
relação entre os componentes curriculares se apóie em um diálogo constante.
É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal de
movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um autoconhecimento e uma análise
possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os objetivos propostos.
23. Referências
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para a educação básica nas
escolas do campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão Educacional. 2002.
CARLINI, Alda Luiza. A educação e a corporalidade do educando. Discorpo. São
Paulo, n. 04, p. 41-60, 1995.
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: formação do estado e civilização. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
_____. O processo civilizador: uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1994.
FARIA, Ana Lúcia Goulart de; DEMARTINI, Zeila de Brito Fabri; PRADO, Patrícia
Dias (orgs.). Por uma cultura da infância: metodologias de pesquisa com crianças.
Campinas: Autores Associados, 2002.
GONÇALVES, Gisele Carreirão; VAZ, Alexandre Fernandez; FERNANDES,
Luciano Lazzaris. Itinerários da inclusão de pessoas com histórico de deficiência: um
estudo sobre uma menina surda em aulas regulares de educação física. Revista
Movimento, Porto Alegre, v. 8, n. 3, p. 63-71, 2002.
HORKHEIMER, Max e ADORNO, Theodor. Interesse pelo corpo. In: _____.
Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
KUNZ, Elenor. Educação física: ensino & mudanças. Ijuí: Editora Unijuí, 1991.
TABORDA DE OLIVEIRA, Marcus Aurélio. Existe espaço para o ensino de educação
física na escola básica? Pensar a Prática. Goiânia, 2: 1-23, jun./jul.
1998.
_____________________. Educação física escolar: formação ou pseudoformação?
Educar em Revista, Curitiba, n. 16, p.11-26, 2000.
TREBELS, Andreas H. Uma concepção dialógica e uma teoria para o movimento
humano. Tradução de: Alexandre Fernandez Vaz. Revista Perspectiva, Florianópolis,
v.21, n. 1, p. 249-267, jan/jun 2003.
VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e conhecimento na escola: por uma cultura escolar
de educação física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (org.). Educação física/ciências
do esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.
24. Matemática
24.1. Concepção do ensino da Matemática
A Educação Matemática é um importante ramo do conhecimento que se
apresenta como valor cultural importante em nossa sociedade por estar presente em
todos os espaços e tempos, mesmo os que não conseguimos visualizar. É fator de
inserção social e sua aquisição está ligada à condição de cidadania, portanto um direito
de todos e não um dever.
Os gregos conceberam a Matemática como um dos conteúdos da filosofia,
portanto, como um dos instrumentos da arte de conhecer o mundo em sua totalidade.
Dessa forma, o educador além de dominar os conteúdos matemáticos, deve
também conhecer os fundamentos histórico-filósoficos da Matemática, e ainda, o(s)
processo(s) pelo(s) qual (is) o educando aprende; aquisição do conhecimento.
Nesse sentido, é importante que o educador tenha conhecimento das práticas
pedagógicas que norteiam o ensino da Matemática na atualidade.
O ensino da Matemática, desde então, tem sofrido alterações na sua forma de
organização e de conceber os conteúdos. Pode-se destacar as seguintes fases: até
meados de 1960, prevaleceu a chamada “Matemática Tradicional”, em que
predominava a valorização do conteúdo desvinculado da prática e com ênfase na
memorização de regras. Depois, surgiu o “Movimento da Matemática Moderna”, cujo
objetivo principal era a unificação dos vários campos da Matemática, tais como, a
Aritmética, a Álgebra e a Geometria. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma
relação dialética - teoria e prática - entre o conhecimento matemático aplicado no
processo de produção da base material de existência humana e as manifestações
teórico-metodológicas que estruturam o campo científico da própria Matemática. Dessa
forma, o ensino da Matemática deve ser concebido de modo a favorecer as
necessidades sociais, tais como: a formação do pensamento dialético, a compreensão
do mundo social e natural, a ciência como obra decorrente do modo de cada sociedade
produzir a vida.
Ao revelar a Matemática como uma produção humana, demonstrando as
necessidades e preocupações das diferentes culturas em diferentes épocas e ao
relacionar os conceitos matemáticos de hoje com os construídos no passado, o
educador permite que o educando reflita sobre as condições e necessidades que
levaram o homem a chegar até determinados conceitos, ou seja, o educador estará
proporcionando no processo de ensino-aprendizagem a reflexão da construção da
sobrevivência dos homens e da exploração do universo, dessa forma, estará
caracterizando a relação do homem com o próprio homem e do homem com a natureza.
Desenvolvendo a consciência crítica que supera o senso comum que toma a aparência
das coisas como sendo verdades absolutas
O produto do desenvolvimento da humanidade pode ser demonstrado através da
historicidade. Isto indica que ao trabalhar a abstração, o conhecimento sistematizado e
teórico, o educando entenderá o avanço tecnológico, a elaboração da ciência, a
produção da vida em sociedade. Embora, alguns alunos dominem algumas noções
básicas dos conteúdos matemáticos que foram apreendidas de maneira informal nas
suas vivências, e tem a função de transformar essas noções elementares, conceitos
espontâneos, em conceitos científicos, fazendo o educando dominar a Linguagem
Matemática e suas Representações, os Conceitos Matemáticos e Sociais, os Cálculos e
os Algoritmos, a História da Matemática e a Resolução de Problemas.
A compreensão e apreensão desses pressupostos metodológicos por parte dos
educandos e dos educadores, dão significado aos conteúdos escolares a serem
ensinados e estudados. As abstrações reunidas na teoria, organicamente dispostas em
definições e conceitos, devem transitar por um caminho inverso. O professor precisa
demonstrar a utilidade ou funcionamento do sistema teórico no real. Nesse sentido, a
teoria precisa desmembrar-se, na voz do professor, no relato de múltiplas interações ou
mediações que repõem o problema no rastro de sua solução.(Nessa perspectiva, há de
se considerar como ponto de partida a construção do conhecimento, os saberes
desenvolvidos no decorrer da vivência dos educandos, que se manifestam em suas
interações sociais e compõem suas bagagens culturais, que são freqüentemente
desconsiderados na prática pedagógica da sala de aula. Nesse sentido, a educação
matemática deve ter como objetivo a reversão do atual quadro em que se encontra o
ensino da Matemática, ou seja, a definição dos conteúdos anteriormente fragmentados
deve ser visto em sua totalidade, sem o qual não é possível querer mudar qualquer
prática pedagógica consistente.
Portanto, é necessário que o ensino de Matemática e o seu significado sejam
restabelecidos, visto que, o ensino e a aprendizagem de Matemática devem contribuir
para o desenvolvimento do raciocínio crítico, da lógica formal e dialética, da coerência
e consistência teórica da Ciência – o que transcende os aspectos práticos. Com isso faz-
se necessário repensar o ensino de Matemática, pois o processo de emancipação
política e social da humanidade estão diretamente ligado ao domínio do conhecimento.
Ele é parte constitutiva da elaboração do pensamento reflexivo.
24.2. Encaminhamento metodológico do ensino da Matemática
É importante que se discuta a natureza do conhecimento matemático, suas
principais características e seus métodos particulares, e ainda, é fundamental discutir
suas articulações com outras áreas do conhecimento.
As diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar de lado
a importância do conhecimento teórico, no entanto, é de fundamental importância que
o educador tenha clareza que, sem o qual, não é possível mudar qualquer prática
pedagógica de forma significativa. É perceptível que, a mera seleção de conteúdos não
assegura o desenvolvimento da prática educativa consistente. Trata-se de um conceito
didático fundamental para a expansão do significado da educação escolar. O valor
educacional de uma disciplina expande na medida em que o educando compreende os
vínculos do conteúdo estudado com uma contextualização compreensível por ele (...).
“O desafio didático consiste em fazer essa contextualização sem reduzir o significado
da idéias matemáticas que deram ao saber ensinado.” (PAIS, 2001, pp. 26-27).
De forma equivocada, a abordagem de determinados conceitos fundamentais na
construção do conhecimento matemático é muitas vezes suprimida ou abreviada, sob a
alegação de que não fazem parte do cotidiano dos educandos. Tal concepção de ciência
e de conhecimento viabiliza na escola uma visão reducionista da Matemática, cuja
importância parece ficar restrita a sua utilidade prática; ao pragmatismo.
Nesse contexto, a noção de contextualização permite ao educador uma postura
crítica priorizando os valores educativos, sem reduzir o seu aspecto acadêmico (PAIS,
2001, p.27).
O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares, envolve um
desafio, que implica na identificação dos diversos campos da Matemática e o seu
objeto de estudo; processo de quantificação da relação do homem com a natureza e do
homem com o próprio homem.
No entanto, não devemos deixar de identificar os conteúdos escolares
matemáticos que são socialmente relevantes, pois os mesmos devem contribuir para o
desenvolvimento intelectual dos educandos. É preciso que essas práticas metodológicas
sejam flexíveis, e que adotem procedimentos que possam ser alterados e adaptados às
especificidades da comunidade escolar.
Nessa perspectiva, é de suma importância evidenciar que o ensino-
aprendizagem de Matemática sejam permeados pela (os): História da Matemática;
Resolução de Problemas; Conceitos Matemáticos e Sociais; Linguagem Matemática e
suas Representações; Cálculos e/ou Algoritmos; Jogos & Desafios. Estes elementos
devem permear a Metodologia de Ensino da Matemática, pois eles expressam a
articulação entre a teoria e a prática, explicitando no ato pedagógico a relação entre o
signo, o significado e o sentido dos conteúdos escolares nos diversos contextos sociais
e históricos. Os conteúdos matemáticos presentes no ensino fundamental, a serem
ensinados estão organizados por eixos. São eles: números e operações, geometria,
medidas e tratamento de informação, que compreendem os elementos essenciais da
organização curricular.
Os eixos e seus respectivos conteúdos deverão ser trabalhados de forma
articulada. Esta relação pode ser viabilizada entre os eixos e/ou entre os conteúdos.
É importante ter clareza da especificidade de cada eixo, bem como, que estes
não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois, é na inter-relação entre os
conteúdos de cada eixo, entre os eixos de conteúdos e entre os eixos metodológicos,
que as idéias matemáticas ganham significado.
Os conteúdos matemáticos presentes no Ensino Médio, a serem ensinados
deverão propiciar o desenvolvimento de conceitos: numéricos, algébricos, geométricos
e gráficos e da mesma forma, devem ser trabalhados como um conjunto articulado. Isso
significa que o tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques deve dar lugar
a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas.
25. Organização dos conteúdos do ensino da Matemática
25.1. Ensino Fundamental
25.1.1.Números e Operações
• Construção do conceito de número (IN, Z, Q, I e R): classificação e seriação.
• Conjuntos numéricos: abordagem histórica.
• Algoritmos e operações.
• Raciocínio Proporcional.
• Porcentagem.
• Grandezas diretas e inversamente proporcionais.
• Regra de três.
• Juros simples e composto.
• Expressar generalizações sobre propriedades das operações aritméticas.
• Potenciação e radiciação.
• Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem algébrica e
vice-versa.
• Operações com monômios e polinômios.
• Equações de 1º e 2º graus.
• Sistema de equações de 1º grau – com duas variáveis.
• Cálculo Mental e Estimativa.
25.1.2.Geometria
• Conceitos de: direção e sentido; paralelismo e perpendicularismo.
• Reconhecimento dos sólidos (faces, arestas e vértices).
• Classificação dos sólidos (poliedros e corpos redondos).
• Conceituação dos poliedros.
• Identificar poliedros e polígonos:
Cubo – quadrado.
Paralelepípedo – retângulo.
Pirâmide – triângulo.
• Trabalhando a relação de figuras espaciais e percepção espacial.
• Noção de planificação (espaço para o plano).
• Planificação – construção das figuras espaciais (plano para o espaço).
• Identificar - faces, arestas e vértices.
• Identificar figuras planas.
• Classificação dos polígonos.
25.1.3.Ângulos - construção
• Soma dos ângulos internos de um polígono.
• Classificação e redução de figuras (percepção e criatividade).
• Ângulos notáveis (articulado com simetria e a construção de gráficos de
setores).
• Relações entre figuras espaciais e planas.
• Decomposição e composição de figuras.
• Congruência e semelhança: figuras planas, triângulos.
• Simetria (conceitos/aplicações).
• Teorema de Tales.
• Teorema de Pitágoras.
• Medidas de Tempo: calendário, relógio e relações com o sistema de numeração
decimal uso das medidas de tempo e conversões de Temperatura (Corporal e
Climática).
• Sistema Monetário e sua relação com SND. conversões e relação entre as
principais moedas: real, dólar, euro, pesquisa de mercado.
• Medidas de:
Ângulos.
Comprimento.
Superfície.
Capacidade.
Volume.
• Razão entre áreas de figuras semelhantes.
• Perímetro e área de figuras planas.
• Cálculo de volume de alguns sólidos geométricos.
• Medidas de Massa.
25.1.4.Tratamento de Informação
• Probabilidade: experimentos e situações-problema.
• Estatística: problematização, coleta, organização, representação e análise de
dados
• Medidas de posição.
• Análise Combinatória: agrupamentos e problemas de contagem.
• Porcentagem, linguagem gráfica com análise quantitativa.
25.2. Ensino Médio
25.2.1.Números e Álgebra
• Organização dos Campos Numéricos.
• Razão e Proporção.
• Regra de três simples e composta.
• Possibilidade de diferentes escritas numéricas envolvendo as relações entre as
operações:
• Números decimais em forma de potência de 10, notação científica e potências
de expoente negativo.
• Radicais em forma de potência.
• A potenciação e a exponenciação.
• Propriedades da potenciação.
• A linguagem algébrica: fórmulas matemáticas e as identidades matemáticas.
• Decodificação, codificação e verificação de equações de 1º e 2º graus.
• Sistema de Equações (com duas variáveis).
25.2.2.Funções
• Função afim.
• Função quadrática.
• Seqüências.
• Progressão Aritmética.
• Progressão Geométrica.
• Noções de:
o Matrizes;
o Determinantes;
o Sistemas Lineares (3x3).
25.2.3.Geometria e Trigonometria
• Relações entre formas:
o Espaciais e planas;
o Planas e espaciais.
• Representação geométrica dos números e operações.
25.2.4.Geometria Espacial e Plana:
• Relações entre quadriláteros quanto aos lados e aos ângulos, paralelismo e
perpendicularismo.
• Congruência e semelhança das figuras.
• Propriedades de lados, ângulos e diagonais em polígonos.
• Ângulos entre retas e circunferências e ângulos na circunferência.
• Reta e plano no espaço, incidência e posição relativa.
• Sólidos geométricos: representação, planificação e classificação.
• Cilindro, cone, pirâmide, prismas e esfera.
• Cálculo de volumes e capacidades.
25.2.5.Geometria Analítica:
• O ponto (distância entre dois pontos e entre ponto e reta)
• A reta (distância entre retas)
• A circunferência.
25.2.6.Trigonometria:
• Ângulos, processo de triangulação, triângulo retângulo, semelhança de
triângulos.
• As razões trigonométricas e o triângulo retângulo.
• Leis do seno e coseno.
• Tangente como a razão entre o seno e o coseno.
• Construção de tabelas de senos, cosenos e tangentes de ângulos.
• Cálculos de perímetros e áreas de polígonos regulares pela trigonometria.
• Ciclo Trigonométrico – Trigonometria da 1ª volta.
• Gráfico de funções trigonométricas.
25.2.7.Tratamento de Informação
• Estatística:
• Gráficos e tabelas
• Medidas e tendência central
• Polígonos de freqüência
• Aplicações
• Análise de dados
• Sistematização da contagem:
• Princípio multiplicativo;
• Análise Combinatória;
• Probabilidade:
• Probabilidade de um evento;
• União e intersecção de eventos;
• Probabilidade condicional
• Relação entre probabilidade e estatística
25.2.8.Noções de Matemática Financeira:
• Porcentagem;
• Juro composto;
• Tabela Price (aplicação e construção).
26. Conteúdos distribuídos por série no EF e EM
26.1. 5ª Série/6o ANO
26.1.1.Conteúdos estruturantes
Números e Álgebra
26.1.2.Conteúdos básicos
• Sistemas de numeração;
• Números Naturais;
• Múltiplos e divisores;
• Potenciação e radiciação;
• Números fracionários;
• Números decimais.
26.1.3.Avaliação
Conheça os diferentes sistemas de numeração;
Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus
elementos;
Realize operações com números naturais;
Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que
envolvam (as) operações com números naturais;
Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número
decimal; fração e número misto;
Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;
Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação
como sua operação inversa;
Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e
geométricos.
26.1.4.Conteúdos estruturantes
Grandezas e medidas
26.1.5.Conteúdos básicos
• Medidas de comprimento;
• Medidas de massa;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
26.1.6.Avaliação
Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;
Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;
Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;
Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;
Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;
Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus
múltiplos e submúltiplos;
Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos);
Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas
mundiais;
Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície
padronizada;
26.1.7.Conteúdos estruturantes
Geometrias
26.1.8.Conteúdos básicos
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
26.1.9.Avaliação
Reconheça e represente ponto, reta, plano, semireta e segmento de reta;
Conceitue e classifique polígonos;
Identifique corpos redondos;
Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de
área e perímetro de diferentes figuras planas;
Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;
Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos.
26.1.10. Conteúdo estruturante
Tratamento da informação
26.1.11. Conteúdos básicos
• Dados, tabelas e gráficos;
• Porcentagem.
26.1.12. Avaliação
Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados,
sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se
apresentam;
Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os
números na forma decimal e fracionária.
26.2. 6ª Série/7o Ano
26.2.1.Conteúdos estruturantes
Números e álgebra
26.2.2.Conteúdos básicos
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequação do 1º grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.
26.2.3.Avaliação
Reconheça números inteiros em diferentes contextos;
Realize operações com números inteiros;
Reconheça números racionais em diferentes contextos;
Realize operações com números racionais;
Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;
Compreenda o conceito de incógnita;
Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos
através de incógnitas;
Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem
determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões;
Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;
Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.
26.2.4.Conteúdos estruturantes
Grandezas e medidas
26.2.5.Conteúdos básicos
• Medidas de temperatura;
• Medidas de ângulos.
26.2.6.Avaliação
Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;
Compreenda o conceito de ângulo;
Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;
26.2.7.Conteúdos estruturantes
Geometrias
26.2.8.Conteúdos básicos
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometrias não-euclidianas
26.2.9.Avaliação
Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;
Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior,
fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.
26.2.10. Conteúdo estruturante
Tratamento da informação
26.2.11. Conteúdos básicos
• Pesquisa Estatística;
• Média Aritmética;
• Moda e mediana;
• Juros simples.
26.2.12. Avaliação
Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;
Leia, interprete, construa e analise gráficos;
Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;
Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
26.3. 7ª Série/8o Ano
26.3.1.Conteúdos estruturantes
Números e Álgebra
26.3.2.Conteúdos básicos
• Números Racionais e Irracionais;
• Sistemas de Equações do 1º grau;
• Potências;
• Monômios e Polinômios;
• Produtos Notáveis.
26.3.3.Avaliação
Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
Reconheça números irracionais em diferentes contextos;
Realize operações com números irracionais;
Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número
irracional especial;
Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;
Opere com sistema de equações do 1º grau;
Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;
Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam
expressões algébricas.
26.3.4.Conteúdos estruturantes
Grandezas e medidas
26.3.5.Conteúdos básicos
• Medidas de comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos.
26.3.6.Avaliação
Calcule o comprimento da circunferência;
Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;
Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal.
Realize cálculo de área e volume de poliedros.
26.3.7.Conteúdos estruturantes
Geometrias
26.3.8.Conteúdos básicos
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas.
26.3.9.Avaliação
Reconheça triângulos semelhantes;
Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos
regulares;
Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num
plano;
Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique
os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos
contextos;
Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e
discuta suas propriedades.
26.3.10. Conteúdo estruturante
Tratamento da informação
26.3.11. Conteúdos básicos
• Gráfico e Informação;
• População e amostra.
26.3.12. Avaliação
• Interprete e represente dados em diferentes gráficos;
• Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
26.4. 8ª Série/9o Ano
26.4.1.Conteúdos estruturantes
Números e Álgebra
26.4.2.Conteúdos básicos
• Números Reais;
• Propriedades dos radicais;
• Equação do 2º grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três Composta.
26.4.3.Avaliação
Opere com expoentes fracionários;
Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as
propriedades para a sua simplificação;
Extraia uma raiz usando fatoração;
Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta,
reconhecendo seus elementos;
Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos;
Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;
Identifique e resolva equações irracionais;
Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau;
Utilize a regra de três composta em situações-problema.
26.4.4.Conteúdos estruturantes
Grandezas e medidas
26.4.5.Conteúdos básicos
• Relações Métricas no
• Triângulo Retângulo;
• Trigonometria no
• Triângulo Retângulo.
26.4.6.Avaliação
Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo
retângulo;
Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um
triângulo retângulo;
Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.
26.4.7.Conteúdo estruturante
Funções
26.4.8.Conteúdos básicos
• Noção intuitiva de Função Afim.
• Noção intuitiva de Função Quadrática.
26.4.9.Avaliação
Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;
Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua
declividade em relação ao sinal da função;
Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;
Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a
concavidade da parábola em relação ao sinal da função;
Analise graficamente as funções afins;
Analise graficamente as funções quadráticas.
26.4.10. Conteúdos estruturantes
Geometrias
26.4.11. Conteúdos básicos
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas.
26.4.12. Avaliação
Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;
Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver
situações-problemas;
Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;
Aplique o Teorema de Tales em situações problemas;
Noções básicas de geometria projetiva.
26.4.13. Conteúdo estruturante
Tratamento da informação
26.4.14. Conteúdos básicos
• Noções de Análise Combinatória;
• Noções de Probabilidade;
• Estatística;
• Juros Compostos.
26.4.15. Avaliação
Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que
envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo;
Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;
Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;
Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.
26.5. Ensino Médio
26.5.1.Conteúdos estruturantes
Números e Álgebra
26.5.2.Conteúdos básicos
• Números Reais;
• Números Complexos;
• Sistemas lineares;
• Matrizes e Determinantes;
• Polinômios;
• Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
26.5.3.Avaliação
Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes
contextos;
Compreenda os números complexos e suas operações;
Conceitue e interprete matrizes e suas operações;
Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por
meio de determinante;
Identifique e realize operações com polinômios;
Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as
exponenciais, logarítmicas e modulares.
26.5.4.Conteúdos estruturantes
Grandezas e medidas
26.5.5.Conteúdos básicos
• Medidas de Área;
• Medidas de Volume;
• Medidas de Grandezas Vetoriais;
• Medidas de Informática;
• Medidas de Energia;
• Trigonometria.
26.5.6.Avaliação
Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de
diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas
unidades;
Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar
elementos desconhecidos.
26.5.7.Conteúdo estruturante
Funções
26.5.8.Conteúdos básicos
• Função Afim;
• Função Quadrática;
• Função Polinomial;
• Função Exponencial;
• Função Logarítmica;
• Função Trigonométrica;
• Função Modular;
• Progressão Aritmética;
• Progressão Geométrica.
26.5.9.Avaliação
Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as;
Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema;
Realize análise gráfica de diferentes funções;
Reconheça, nas seqüências numéricas, particularidades que remetam ao
conceito das progressões aritméticas e geométricas;
Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica.
26.5.10. Conteúdos estruturantes
Geometrias
26.5.11. Conteúdos básicos
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias não-euclidianas.
26.5.12. Avaliação
Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;
Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria
Analítica;
Perceba a necessidade das geometrias não-euclidianas para a compreensão de
conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides;
Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das
teorias científicas;
Articule idéias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;
Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.
26.5.13. Conteúdo estruturante
Tratamento da informação
26.5.14. Conteúdos básicos
• Análise Combinatória;
• Binômio de Newton;
• Estudo das Probabilidades;
• Estatística;
• Matemática Financeira.
26.5.15. Avaliação
Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma
leitura crítica dos mesmos;
Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;
Compreenda a idéia de probabilidade;
Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;
Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade
humana;
Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição
da álgebra para a representação gráfica e vice-versa.
27. Avaliação do ensino de Matemática no EF e EM
Nesse contexto, a avaliação em Matemática deve permitir ao educador fazer
observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da apreensão do
conhecimento pelo educando, estabelecendo inter-relações entre o conhecimento
matemático e o contexto social.
É fundamental que a avaliação seja coerente com a metodologia utilizada pelo
educador, bem como, com os objetivos que se pretende alcançar, visto que, esta tem a
finalidade de fornecer informações do processo de desenvolvimento do educando - a
ele mesmo e ao educador. Essas informações permitem ao educador, uma reflexão
crítica sobre a sua prática pedagógica, no sentido de captar seus avanços, suas
resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer
para superar os obstáculos, uma vez que os educandos possuem diferentes tempos de
aprendizagem.
O processo avaliativo deve ser um recurso pedagógico, que considera erros e
acertos como elementos sinalizadores para seu replanejamento, ou seja, toma o erro
como ponto de partida para rever caminhos, para compreender e agir sobre o processo
de construção do conhecimento matemático.
No que se refere à avaliação em matemática alguns indicativos devem ser
contemplados pelos educadores:
• Considerar todas as formas de raciocínio, ou seja, os procedimentos/métodos
utilizados pelo educando para resolver uma determinada situação-problema;
• Resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação matemática,
pois, mesmo que este não esteja de acordo, ele pode ter se utilizado de métodos
coerentes, equivocando-se em apenas parte do processo de desenvolvimento do
raciocínio matemático;
• Erro deve ser considerado como ponto de partida para rever caminhos,
compreendendo todo o processo de construção do conhecimento matemático.
Portanto, a avaliação da aprendizagem matemática considerada como
mecanismo diagnóstico, deverá englobar todas as instâncias que compõem a escola:
currículo, planejamento, metodologia, conteúdos, o educando, o educador e a própria
escola.
Entendida como processo, a avaliação deverá possibilitar uma constante
elaboração e reelaboração não só do conhecimento produzido, mas da ação pedagógica
como um todo.
28. Referências
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Campinas/SP: Papirus, 2001. (Coleção Perspectivas em Educação Matemática).
29. Ciências
29.1. Concepção do ensino de ciências
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade absoluta,
pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem de
Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa
disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão,
seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos de buscar
explicações científicas para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo
conhecimento científico.
É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e
valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Ciências no contexto
escolar. Para tanto, deve-se reconhecer que a ciência é diferente da disciplina escolar
ciências. A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas.
Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o desconhecido. No
entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro conjunto de procedimentos,
cujo objetivo é alcançar resultados esperados, aliás planejados, para que o estudante
possa entender o que é conhecido. A ciência sabe como procurar mas não conhece
resultados de antemão. O ensino, ao contrário, conhece muito bem quais são os
objetivos a encontrar, mas as discussões de como proceder para alcançá-los apontam
para diferentes caminhos. Existe portanto uma diferença fundamental entre a
comunicação de conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e a seleção e
adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por professores
e alunos. (BIZZO, 2002, p.14)
Nessa perspectiva, a disciplina de Ciências tem como fundamento o
conhecimento científico proveniente da ciência construída historicamente pela
humanidade.
A ciência sempre esteve presente na história da humanidade pois, os homens
primitivos já produziam conhecimento: descobriram o fogo, criavam objetos, a
conservação de alimentos, fermentação, tingimentos e conservação de peles. Através de
suas necessidades, ele/homem começou a observar o céu, ciclo vitais de animais
plantas com o objetivo de tirar melhor proveito da natureza.
Tais necessidades e o querer da busca pelo conhecimento, a mudança na forma
de entender o mundo e transmitir conhecimento fazem a ciência ser determinada pela
maneira como ela expressa este conhecimento.
Com essa busca, o homem tenta explicar, através da ciência, o uso da
metalurgia, magnetismo, mecânica, óptica, zoologia, botânica, surgindo vários
cientistas que colaboram com o estudo da ciências como Leonardo da Vinci grande
conhecedor de anatomia, geologia, hidráulica outras descobertas, importantes. Outro
marco importante do estudo da ciência foi Charles Darwin que definiu a ideia da
evolução da seleção natural e outros grandes cientistas colaboram para a descoberta da
ciências na qual os estudos não pararam nos dias atuais. E importância do ensino da
ciências cresceu em todos os níveis e passo a ser objeto de movimentos em busca de
reforma educacionais à medida que a tecnologia e a ciências foram reconhecidas como
o desenvolvimento econômico, cultural e social . O objetivo da disciplina visa integrar
o processo de ensino e de aprendizagem, permitindo a compreensão dos fenômenos
naturais como simples banho em água quente, conhecimento físico ao perceber a
transformação em energia elétrica em energia térmica, o estudo biológico do corpo
humano e o conhecimento da importância do saneamento básico, bem como a
perspectiva crítica e histórica dos elementos do movimento, ou seja, o estudo da
ciências.
Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da história podem
ser entendidos pela interação das várias áreas do conhecimento, revelando a
importância da Química, da Física, da Biologia, da Astronomia e das Geociências, que
se complementam para explicar os fenômenos naturais e as transformações e interações
que neles se apresentam.
Os fenômenos não são explicados apenas por um determinado conhecimento,
portanto, é importante estabelecer as relações possíveis entre as disciplinas,
identificando a forma com que atuam e as dimensões desses conhecimentos, pois o
diálogo com as outras áreas do conhecimento gera um movimento de constante
ampliação da visão a respeito do que se estuda ou se conhece.
Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências é a reflexão sobre a
importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das relações históricas,
biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas, assim como, a responsabilidade
humana na conservação e uso dos recursos naturais de maneira sustentável, uma vez
que dependemos do Planeta e a ele pertencemos.
O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico que deve ser
discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando possa compreender as
mudanças ocorridas no contexto social, político e econômico e em outros meios com os
quais interage, proporcionando-lhe também o estabelecimento das relações entre o
conhecimento trazido de seu cotidiano e o conhecimento científico e, partindo destas
situações, compreender as relações existentes, questionando, refletindo, agindo e
interagindo com o sistema.
Essa relação entre ciência e tecnologia, aliada à forte presença da tecnologia no
cotidiano das pessoas, já não pode ser ignorada no ensino de Ciências, e sua ausência aí
é inadmissível. Consideram-se, ainda, os efeitos da ciência/tecnologia sobre a natureza
e o espaço organizado pelo homem, o que leva à necessidade de incluir no currículo
escolar uma melhor compreensão do balanço benefício-malefício da relação ciência-
tecnologia (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p.68-69).
É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a fim de
compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o
universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber questionador e
reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário possibilitar ao educando perceber os
aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar de
forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os
valores sociais, morais e políticos que sustam a vida.
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como ponto de partida
para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do
trabalho e com outras dimensões do meio social.
Dessa forma, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Ciências,
possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do
conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa
argumentar e se posicionar criticamente.
29.2. Encaminhamentos metodológicos
Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da ação
de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e espaço e, no
estudo na disciplina de Ciências, como uma das formas de resgate e de construção de
melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se optar por uma
metodologia de ensino e de aprendizagem desafiadora, inovadora e adequada em
consonância com as Diretrizes Curriculares, rompendo com a maneura tradicional de
tratar o Ensino da Ciências.
Esta metodologia exige do educador competência pedagógica, pois para isso o
professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento,
sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos
alunos.
O encaminhamento metodológico, portanto não pode ficar restrito a um único
método. Nesse sentido algumas possibilidades de encaminhamentos são: a observação;
o trabalho de campo; os jogos de simulação e o desempenho de papéis; visitas técnicas
didáticas; projetos individuais e em grupos; encaminhamento após realização de cartas
para autoridades; participação em palestras; fóruns; debates; seminários; eventos
diversificados. Bem como em outras atividades com temas, enfoques transversais, com
o objetivo de estimular os educandos ao trabalho coletivo. Para o desenvolvimento
destas atividades utiliza-se à dos mais variados recursos didático técnico informatizado
sem se esquecer de também usar e abusar dos materiais recicláveis que mexem com a
imaginação de educadores e educandos.
O tratamento dos conteúdos específicos deve considerar as relações entre os
conhecimentos físico, químicos, biológicos, a prática social, o mundo natural, o mundo
tecnológico e seu dia-a-dia. Vale destacar a importância dos registros que os alunos
fazem no decorrer das atividades desenvolvidas nas aulas para análises práticas e
realizações de intervenções pedagógicas no processo educativo. Para que isso se volte
para a divulgação dos alunos com o objetivo de promover a socialização dos saberes
interação entre os estudantes e destes com a produção científica tecnológico-social.
Desta forma, o professor de Ciências não tem a postura de especialista, porém
prioriza os saberes historicamente constituídos, aos quais todos os alunos têm direito ao
acesso.
Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a
compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o
conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente
nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe
permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e autônoma.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Ciências é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento
da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o significado do
estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da
cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.
Uma estratégia comum em Ciências é a utilização de experimentos e práticas
realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o
objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas
do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve-se
considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como
lugares alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica.
A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas
como uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico,
devendo ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75), é importante
que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de
ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de
experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante
do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos
para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação
que desafie a explicação encontrada pelos alunos.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do
material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que
não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro didático.
Os conteúdos devem possibilitar aos educandos a percepção de que existem
diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os
diversos saberes, estimular a autonomia intelectual dos mesmos, através da criticidade,
do posicionamento perante as situações-problemas e da busca por mais conhecimentos.
Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida seqüência linear proposta nos livros
didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses conteúdos,
assim como a coerência dos mesmos no processo educativo.
30. Organização dos conteúdos estruturantes do ensino de ciências
É indispensável que a organização dos conteúdos da disciplina de Ciências na
proposta curricular esteja vinculada ao espaço e ao tempo de estudo dos educandos e à
experiência cotidiana destes, procurando apresentar os conteúdos como instrumentos
de melhor compreensão e atuação na realidade.
Ao pensar nessa organização, o educador deve priorizar os conteúdos que
possam ter significado real à vida dos educandos, possibilitando-lhes a percepção das
diversas abrangências sobre um determinado fenômeno. Dessa forma, o ensino de
Ciências não pode se restringir apenas ao livro didático ou ao material de apoio. É
imprescindível que o professor reconheça que existem conhecimentos científicos
físicos, químicos e biológicos que precisam ser abordados em todas as séries do ensino
fundamental por permearem os conteúdos tratados nestas séries.
A proposta de conteúdos essenciais da disciplina de Ciências, contempla:
• Universo.
• Sistema Solar.
• Planeta Terra.
• Matéria e Energia.
• Materiais, Átomos e Moléculas.
• Ligações, Transformações e Reações Químicas.
• Tipos de Energia, Movimentos, Leis de Newton.
• Calor, Ondas, Luz, Eletricidade e Magnetismo.
• Água, Ar e Solo.
• Desequilíbrios Ambientais.
• Biosfera.
• Ecossistemas.
• Seres Vivos.
• Organismo Humano.
• Saúde e Qualidade de vida.
• Biotecnologia.
• Ciência, Tecnologia e Sociedade.
31. Conteúdos distribuídos por séries do EF
31.1. 5ª Série/6o Ano
31.1.1.Conteúdo estruturante
Astronomia
31.1.2.Conteúdos básicos
• Universo
• Sistema solar
• Movimentos terrestres
• Movimentos celestes
• Astros
31.1.3.Conteúdo estruturante
Matéria
31.1.4.Conteúdo básico
• Constituição da matéria
• Conteúdos estruturantes
• Sistemas biológicos
• Conteúdos básicos
• Níveis de organização Celular
31.1.5.Conteúdo estruturante
Energia
31.1.6.Conteúdos básicos
• Formas de energia
• Conversão de energia
• Transmissão de energia
31.1.7.Conteúdo estruturante
Biodiversidade
31.1.8.Conteúdos básicos
• Organização dos seres vivos
• Ecossistema
• Evolução dos seres vivos
31.1.9.Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de
critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o
número de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser
abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da
ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de
conceitos científicos escolares no processo ensino aprendizagem da disciplina de
Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual,
há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática.
Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes
(relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a
outras disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos
científicos e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de
contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam
o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os
conceitos científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos professores de
Ciências, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade,
pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades
experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
31.1.10. Avaliação
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a
fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.
O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas,
planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteroides, meteoros e meteoritos.
O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e
heliocêntricas.
A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas
constituintes do sistema solar.
O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações,
como fenômenos da natureza.
A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e
crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo.
O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no
planeta Terra.
O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um
todo integrado.
O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.
A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como
modelo explicativo da constituição dos organismos.
O conhecimento dos níveis de organização celular.
A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais
diversas formas de manifestação.
O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.
A interpretação do conceito de transmissão de energia.
O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica,
luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação,
convecção e condução.
O entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na
natureza.
O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação.
A distinção entre ecossistema, comunidade e população.
O conhecimento a respeito da extinção de espécies.
O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a
produção contemporânea de energia não renovável.
A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos e catástrofes
naturais e sua relação com os seres vivos.
31.2. 6ª Série/7o Ano
31.2.1.Conteúdo estruturante
Astronomia
31.2.2.Conteúdos básicos
• Astros
• Movimentos terrestres
• Movimentos celestes
31.2.3.Conteúdo estruturante
Matéria
31.2.4.Conteúdo básico
• Constituição da matéria
31.2.5.Conteúdos estruturantes
Sistemas biológicos
31.2.6.Conteúdos básicos
• Célula
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
31.2.7.Conteúdo estruturante
Energia
31.2.8.Conteúdos básicos
• Formas de energia
• Transmissão de energia
31.2.9.Conteúdo estruturante
Biodiversidade
31.2.10. Conteúdos básicos
• Origem da vida
• Organização dos seres vivos
• Sistemática
31.2.11. Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de
critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o
número de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser
abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da
ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de
conceitos científicos escolares no processo ensino aprendizagem da disciplina de
Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual,
há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática.
Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes
(relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a
outras disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos
científicos e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de
contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam
o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os
conceitos científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos professores de
Ciências, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade,
pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades
experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
31.2.12. Avaliação
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a
fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
• A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta
Terra.
• A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e
da Lua, com base no referencial Terra.
• O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os
movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações.
• O entendimento da composição físicoquímica do Sol e a respeito da produção
de energia solar.
• O entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento
da vida.
• A compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos
componentes essenciais ao surgimento da vida.
• O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula.
• O conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre
os tipos celulares.
• A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de
energia na célula.
• As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do
entendimento dos mecanismos celulares.
• O entendimento do conceito de energia luminosa.
• O entendimento da relação entre a energia luminosa solar e sua importância
para com os seres vivos.
• A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e
infravermelha.
• O entendimento do conceito de calor com energia térmica e suas relações com
sistemas endotérmicos e ectotérmicos.
• O entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações
como os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos.
• O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias
taxonômicas, filogenia.
• O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres
autótrofos e heterótrofos.
• O conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias sobre a origem da
vida, geração espontânea e biogênese.
31.3. 7ª Série/8o Ano
31.3.1.Conteúdo estruturante
Astronomia
31.3.2.Conteúdo básico
Origem e evolução do Universo
31.3.3.Conteúdo estruturante
Matéria
31.3.4.Conteúdo básico
Constituição da matéria
31.3.5.Conteúdo estruturante
Sistemas biológicos
31.3.6.Conteúdos básicos
• Célula
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
31.3.7.Conteúdo estruturante
Energia
31.3.8.Conteúdo básico
Formas de energia
31.3.9.Conteúdo estruturante
Biodiversidade
31.3.10. Conteúdo básico
Evolução dos seres vivos
31.3.11. Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de
critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o
número de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser
abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da
ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de
conceitos científicos escolares no processo ensinoaprendizagem da disciplina de
Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual,
há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para
tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes (relações
conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a outras
disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as
questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se
fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de
Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos
científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos professores de
Ciências, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade,
pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades
experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
31.3.12. Avaliação
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a
fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
• A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do
universo.
• As relações entre as teorias e sua evolução histórica.
• A diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias
que consideram o universo cíclico.
• O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias,
aglomerados, nebulosas, buracos negros, lei de Hubble, idade do Universo,
escala do Universo).
• O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos
modelos atômicos.
• O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas,
reações químicas.
• O conhecimento das leis da conservação da massa.
• O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição
dos organismos vivos.
• Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um
entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções
celulares.
• O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos.
• O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório,
cardiovascular, respiratório, excretor e urinário.
• Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e
armazenamento.
• A relação dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP).
• O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento.
• O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento.
• O entendimento das teorias evolutivas.
31.4. 8ª Série/9o Ano
31.4.1.Conteúdo estruturante
Astronomia
31.4.2.Conteúdos básicos
• Astros
• Gravitação Universal
31.4.3.Conteúdo estruturante
Matéria
31.4.4.Conteúdo básico
• Propriedades da matéria
31.4.5.Conteúdo estruturante
Sistemas biológicos
31.4.6.Conteúdos básicos
• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
• Mecanismos de herança genética
31.4.7.Conteúdo estruturante
Energia
31.4.8.Conteúdos básicos
• Formas de energia
• Conservação de Energia
31.4.9.Conteúdo estruturante
Biodiversidade
31.4.10. Conteúdo básico
• Interações Ecológicas
31.4.11. Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de
critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o
número de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser
abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da
ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais.
A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de
conceitos científicos escolares no processo ensinoaprendizagem da disciplina de
Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico que resulta da
investigação da Natureza), levando em consideração que, para tal formação conceitual,
há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona
cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática.
Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes
(relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a
outras disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos
científicos e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de
contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam
o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os
conceitos científicos escolares.
Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos professores de
Ciências, ao fazerem uso de problematizações, contextualizações, interdisciplinaridade,
pesquisas, leituras científicas, atividade em grupo, observações, atividades
experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.
31.4.12. Avaliação
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a
fim de investigar a aprendizagem significativa sobre:
• O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas.
• O entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal.
• A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as
marés.
• A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade,
compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade,
impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade,
dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor.
• A compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso,
sensorial, reprodutor e endócrino.
• O entendimento dos mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes,
os processos de mitose e meiose.
• A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua
relação com a Lei da conservação da energia.
• As relações entre sistemas conservativos.
• O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade,
aceleração, trabalho e potência.
• O entendimento do conceito de energia elétrica e sua relação com o
magnetismo.
• O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos
biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.
31.5. Avaliação do ensino de Ciências no EF
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a
reflexão de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte do
educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida para a
revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e,
principalmente, pelo educador.
Partindo da idéia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de saberes do
educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o
conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses
conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as
transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e
depois do processo.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório e
não será centralizada em uma única atividade ou método avaliativo, sendo aplicada e
avaliada de diversas maneiras constantemente. Ela deve ser “...contínua e cumulativa
do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”
(BRASIL, 1996, p. 14).
Com isso, a avaliação permitirá diagnosticar e identificar as limitações e as
fragilidades do processo de ensino e de aprendizagem, possibilitando uma intervenção
pedagógica consciente, objetivando a promoção da aprendizagem significativa, de
forma contínua e não meritocrática.
Nesse sentido a avaliação é não pontual, é diagnóstica (por isso, dinâmica) e
inclusiva, na perspectiva de uma aprendizagem significativa que ocorre no próprio
processo de ensino e de aprendizagem com a reflexão e ação de alunos e professores,
na práxis pedagógica, no cotidiano da sala de aula, por meio das discussões coletivas,
da realização de atividades em grupos ou individuais.
É preciso estabelecer a dialética entre ação e reflexão, prática e teoria, meios e
fins, conhecimento científico e escolar, cultura e escola. Este se constitui em um dos
principais desafios de uma educação comprometida com a aprendizagem significativa,
isto é “dar sentido à linguagem que usamos, é estabelecer relações entre os vários
elementos de um universo simbólico, é relacionar o conhecimento elaborado com os
fatos do dia-a-dia, vividos pelo sujeito da aprendizagem ou por outros
sujeitos”(MORETTO, 2002, p.17).
Cabe destacar que a avaliação não se destina somente aos educandos, mas
também, ao processo de ensino e de aprendizagem, aos educadores e a todos os
envolvidos no processo, tendo um dimensão formadora.
O processo avaliativo deve considerar ainda os seguintes aspectos:
a) a clareza sobre a concepção de Ciências adotada;
b) o entendimento da construção do conhecimento científico como histórica,
nãoneutra, provisória e contextualizada;
c) a compreensão de que o processo de ensino e de aprendizagem parte do
conhecimento prévio dos educandos e da legitimidade do papel de mediador dos
professores;
d) a inserção gradual de conceitos elaborados pela Ciência e sua aplicação em
situações cotidianas dos alunos;
e) as inter-relações estabelecidas pelos alunos no ambiente escolar e no contexto
social;
f) a coleta, interpretação, sistematização e aplicação de dados a partir das
análises realizadas;
g) as diversas maneiras de registro efetuadas pelos alunos, como por exemplo:
textos, desenhos, recortes e colagens, entre outras;
h) o envolvimento dos alunos nos debates empreendidos em sala de aula e nas
atividades desenvolvidas.
O processo avaliativo não poderá, em hipótese alguma, ser reduzido a um único
instrumento, nem restrito a um só momento ou a uma única maneira. Nesse sentido, os
professores precisam utilizar diversos instrumentos avaliativos com intenção de
diagnosticar os avanços apresentados pelos alunos, bem como planejar as intervenções
necessárias ao processo de aprendizagem. Dentre os instrumentos sugere-se:
entrevistas, pesquisas, construção de modelos, interpretação de dados coletados,
trabalhos de campo, registros de observação ou outras produções escritas, que podem
ser realizadas individual e/ou coletivamente. Os referidos instrumentos de avaliação,
geralmente, agregam os objetivos propostos pelos educadores, tendo em vista a seleção
e os encaminhamentos pedagógicos dados aos conteúdos.
32. Referências
CARO, C. M. de et al. Uma abordagem integradora dos saberes disciplinares.
Construindo consciências: 5ª a 8ª séries. Ensino fundamental. Assessoria pedagógica.
São Paulo, Scipione, 2004.
CHASSOT, A. Alfabetização científica: proposta de pesquisa que faz inclusão. XII
Endipe, PUC-PR, 2004.
HAZEN, R. M. e TREFIL, J. Saber ciência – do big bang à engenharia genética, as
bases para entender o mundo atual e o que virá depois. São Paulo – S.P.: Cultura
Editores Associados, 1995.
KRAMER, S. O que é básico na escola básica? Contribuições para o debate sobre
papel da escola na vida social e na cultura: In: KRAMER, S. e LEITE, M.I.F.P. (orgs.)
Infância e produção cultural. Campinas, SP: Papirus, 1998.
KRASILCHIK, M. Prática do ensino de biologia. 4.ed. revisada e ampliada. São
Paulo: Editora da USP, 2004.
LEITE, L. S. (Coord.) Tecnologia educacional: descubra suas possibilidades na sala
de aula. Petrópolis: Vozes, 2003.
LIMA, E. S. Avaliação na escola. São Paulo: Editora Sobradinho107, 2003.
VALLE, B de B.R. do. Políticas Públicas em Educação. Curitiba: IESDE, 2004.
33. Biologia
33.1. Concepção do ensino de Biologia
OS fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Biologia
para o ensino Médio que apresentamos está em consonância com o documento das
Diretrizes Curriculares Estaduais.
Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade absoluta,
pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem da
Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa
disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão,
seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos em buscar
explicações científicas para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo
conhecimento científico.
É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e
valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia no contexto
escolar.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia - Ensino Médio, desta Secretaria
de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua
diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de
processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou
ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre
seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais
componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a transformações
que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, transformadas e
transformadoras do ambiente”.
Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados
sobre esse fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo.
Várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os
modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como,
por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos da História e da
Filosofia tornam possível, aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de
relações entre a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. É
possível verificar que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas
está associada a seu momento histórico.”
As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia consideram que “o
conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões
polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos
naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no
ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o
modo como a natureza se comporta e a vida se processa. Sabe-se que desde o
surgimento do planeta Terra, a espécie humana, ou Homo sapiens, não foi o ser
predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos
seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo deste processo de
humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a
linguagem, a escrita e a fala, diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso
possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação
de instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas”.
Ressaltam também, “o papel da Ciência e da sociedade como pontos
articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos,
enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem
suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza (...) É preciso que
estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do equilíbrio
e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser vivo
conhecido”.
É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a fim de
compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o
universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber questionador e
reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário que perceba os aspectos positivos e
negativos da ciência e da tecnologia, para que possa atuar de forma consciente em seu
meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e
políticos que sustentam a vida.
33.2. Encaminhamentos metodológicos
O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto de partida
para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do
trabalho e com outras dimensões do meio social.
A metodologia para o Ensino de Biologia proposta busca levar os alunos a
pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos e fenômenos ocorridos no ambiente,
relacionar fatores sociais, políticos, econômicos e ambientais. Portanto o mais
adequado é a utilização do método da prática social, que parte da pedagogia histórico-
crítica, centrada na valorização e socialização dos conhecimentos da Biologia às
camadas populares, entendendo a apropriação crítica do conhecimento enquanto
instrumento de compreensão da realidade social e atuação crítica para transformar a
realidade.
No ensino de Biologia, diferentes metodologias podem ser utilizadas com este
propósito. A metodologia de investigação, por exemplo, permite ao aluno investigar a
realidade buscando respostas para solucionar determinados problemas.
O ensino dos conteúdos específicos de Biologia aponta para as seguintes
estratégias metodológicas de ensino:
• Prática social – caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é
perceber e denotar.
• Problematização – é o momento para detectar e apontar questões que precisam
ser resolvidas no âmbito da prática social.
• Instrumentalização – consiste em apresentar os conteúdos sistematizados para
que os alunos assimilem e os transformem em instrumento de construção
pessoal e profissional.
• Cartase – é a fase de apropriação entre o que o aluno adquiriu de conhecimento
e o problema em questão.
• Retorno à prática social – caracteriza-se pelo retorno à prática social, com saber
concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que
impedem a construção de uma sociedade mais igualitária.
Ao utilizarmos esta estratégia metodológica, almejamos os princípios
determinados nas Diretrizes para o Ensino de Biologia.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento
da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o significado do
estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da
cultura científica e tecnológica oriundas desse processo.
A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência
fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente
deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução
do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser
incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou
indivíduo.
Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e práticas
realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o
objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas
do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório, visto que si só,
não garante bom aprendizado
Outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do material
de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o
único recurso a ser utilizado pelo educador.
Os conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem
diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os
diversos saberes, estimular a autonomia intelectual. Devem ser organizados sem a
rígida seqüência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a
relevância e a necessidade dos mesmos, bem como a coerência dos mesmos no
processo educativo.
34. Conteúdos estruturantes para o EM
Os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos da disciplina
que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte de um corpo
estruturado de saberes construídos e acumulados historicamente e que identificam a
disciplina como um campo do conhecimento. Dentro da perspectiva dos conteúdos
escolares como saberes, o termo "conteúdo" não se refere apenas a fatos, conceitos ou
explicações destinados aos alunos para que estes conheçam, memorizem,
compreendam, apliquem, relacionem, etc. Hoje, o critério que decide se certos
conhecimentos concretos devem ser incluídos no currículo não se restringe ao seu valor
epistemológico e aceitação como conhecimento válido: a relevância cultural, o valor
que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura particular em um determinado momento
histórico, entra em cena.
Segundo as Diretrizes, estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de
Biologia requer uma análise desse momento histórico, social, político e econômico que
vivemos; da relevância e abrangência dos conhecimentos que se pretendem serem
desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula;
dos materiais didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos
seus objetivos:
34.1.1.Organização e distribuição dos seres vivos
Justifica-se este conteúdo básico por ser a base do pensamento biológico sobre a
organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição dos seres vivos na
Natureza, o que proporcionará ao educando compreender a organização e o
funcionamento dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com os demais conteúdos
básico da disciplina.
34.1.2.Biodiversidade
Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos que seria
conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua utilidade
para a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos.
Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras implicações
decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas, de
manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das espécies de
animais e vegetais, a construção de cidades em lugares impróprios para habitação,
como também, a influência da tecnologia em nosso cotidiano.
34.1.3.Processo de modificação dos seres vivos
A biologia chamada celular e molecular teve um grande avanço significativo.
Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do microscópio, inclusive
a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida.
No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi
possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material químico
que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do DNA, que
permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias como a insulina,
através de bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite; criação de
plantas com toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos gordurosa. Além
disso, a terapia gênica tem sido bastante estudada com fins de eliminar doenças
geneticamente transmitidas.
A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que podem
transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos. Daí a
importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas as pessoas, para que
elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma vez que o controle delas
e a aplicação destas descobertas científicas são função importante da própria sociedade.
34.1.4. Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida
Os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia molecular
alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna cada vez mais
efetiva, como, por exemplo, em poder-se modificar substancialmente um vírus,
bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos. (SIDEKUM, 2002)
Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa atordoados,
sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente podemos nos
apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos proporcionam um enorme
conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela.
É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de suas
implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de biologia,
possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do ambiente
que indiretamente influenciam suas vidas.
Também, outras questões éticas precisam ser abordadas tais como: a
manipulação genética, aborto, eutanásia, clonagem, transgenia,
35. Conteúdos distribuídos por série no EM
35.1.1.Conteúdo estruturante
Organização dos seres vivos
35.1.2.Conteúdos básicos
• Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
• Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
35.1.3.Conteúdo estruturante
Mecanismos biológicos
35.1.4.Conteúdos básicos
• Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
• Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
35.1.5.Conteúdo estruturante
Biodiversidade
35.1.6.Conteúdos básicos
• Teorias evolutivas.
• Transmissão das características hereditárias.
• Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência
com o ambiente.
35.1.7.Conteúdo estruturante
Manipulação genética
35.1.8.Conteúdo básico
• Organismos geneticamente modificados.
36. Abordagem teórico-metodológica
Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, abordagem
dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo
que, ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e
compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível,
também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das
espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a
abordagem do conteúdo “classificação dos seres vivos” não se restringe a um único
conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho
poderia ser o conteúdo específico “organismos geneticamente modificados”, partindo-
se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA, comparando-as com os
processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação
dos Seres Vivos.
Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro
conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas
que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante
Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante.
Organização dos Seres Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os
sistemas, envolvendo, inclusive, a célula, seus componentes e respectivas funções.
Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida
como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite observar,
comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do
conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos
diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo
a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio
ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido
modificações naturais e as produzidas pelo homem.
37. Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;
• Estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos
vegetais e animais, e dos vírus;
• Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e
pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de
obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e
assexuada);
• Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e
molecular) dos seres vivos;
• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas
biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino,
muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso);
• Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;
• Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos
que ocorrem no interior das células;
• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,
reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;
• Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais
frequentes nos sistemas biológicos (histologia);
• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução
das espécies;
• Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade
dos seres vivos;
• Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os
seres vivos;
• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as
relações existentes entre estes;
• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção
do equilíbrio dos ecossistemas;
• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o
meio em que vivem;
• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os
resultados decorrentes de sua aplicação/utilização;
• Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos
biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à
solução de problemas sócio-ambientais;
• Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo
homem na diversidade biológica;
• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos
da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.
38. Avaliação do ensino de Biologia no EM
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a
reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte
do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida
para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e,
principalmente, pelo educador.
Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática a fim de
retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e estratégias
diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de
partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de
construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem.
Partindo da idéia de que a metodologia deve estar respeitando o conjunto de
saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar
o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses
conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as
transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e
depois do processo.
39. Física
39.1. Concepção do ensino de Física
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas por
aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Parece haver um certo
consenso que "... a preocupação central tem estado na identificação do estudante com o
objeto de estudo. Em outras palavras, a questão emergente na investigação dos
pesquisadores está relacionada à busca por um real significado para o estudo dessa
Ciência na educação básica - ensino médio" (ROSA & ROSA, 2005, p.2).
Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que mostra
uma preocupação com a Física como uma ciência que permite compreender uma
imensidade de fenômenos físicos naturais, que seriam indispensáveis para a formação
profissional ou como subsídio para a preparação para o vestibular e a compreensão e
interpretação do mundo pelos sujeitos-educandos.
Não é leviano afirmar que as estruturas curriculares se valem dos livros
didáticos para se organizarem. Os currículos de Física nos cursos de graduação também
colaboram para a manutenção do conhecimento físico ensinado nos moldes ditados
internamente pelas disciplinas. O peso de uma tradição disciplinar, historicamente
constituída, se impõe fortemente aos currículos dos cursos universitários, entre outros
motivos, pela sua proximidade (mesmo que virtual) com as comunidades de produtores
de conhecimento. a ter uma idéia distorcida do que é a Física e quase sempre ao
desinteresse pela matéria. um número elevado dos estudantes brasileiros, ou, não tem
acesso aos estudos superiores, ou, segue cursos para os quais a Física não tem caráter
propedêutico" (ALVARES, 1991, p. 25). Além disso, apesar do incentivo que deve ser
dado à carreira universitária, esta deveria ser mais uma possibilidade e não o objetivo
principal do ensino desta disciplina no nível médio.
Também parece haver um consenso entre os professores em torno da idéia de
que a Física é uma ciência experimental. No entanto, apesar de enfatizarem esse caráter
experimental da matéria e a importância dessa consideração no sentido de contribuir
para uma melhor compreensão dos fenômenos físicos, é comum a valorização dos
conceitos em detrimento de atividades de experimentação.
Alem disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam
capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, não
podemos deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia. Por isto é
importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento
da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas
na humanidade decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende
de uma percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo
do tempo.
Considerando ainda que, como nos ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito
aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir
do conhecimento prévio dos alunos respeitando seu contexto social e suas concepções
espontâneas a respeito de ciência. O autor parte do pressuposto que o objetivo do
ensino é compartilhar, professor e aluno, significados e promover a aprendizagem
significativa.
Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas idéias, sua
visão do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas experiências
diárias e nas suas relações afetivas. Os estudos realizados sob essa perspectiva
revelaram que as idéias alternativas de crianças e adolescentes são pessoais, fortemente
influenciadas pelo contexto do problema e bastante estáveis e resistentes à mudança, de
modo que é possível encontrá-las mesmo entre estudantes universitários (...).
Realizadas em diferentes partes do mundo, as pesquisas mostraram o mesmo padrão de
idéias em relação a cada conceito investigado. (MORTINER, 1996, p.2)
O educando será apresentado a princípios, concepções, linguagem, entre outros
elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve permitir que ele
perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela ciência para explicar
um determinado fenômeno. Capaz de compreender o papel da ciência no
desenvolvimento da tecnologia.
Por isso entendemos que a contribuição da Física no Ensino Médio é a
contribuição para a formação dos sujeitos através da luta pela cidadania, pelo legítimo,
pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de formação e
constituição do cidadão. A educação não é uma precondição da democracia e da
participação, mas é parte, fruto e expressão do processo de sua constituição.
39.2. Encaminhamento metodológico
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico ainda é
tratado como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que, normalmente,
não leva a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba por distanciar o interesse
dos educandos pela disciplina.
Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e
reduzidos, bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial.
É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem condições de
ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da descoberta, tornando o
processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e estimulador. (RIBEIRO, 1999,
p 7-8).
A partir desse pressuposto, para romper com o modelo tradicional de ensino é
necessário rever os meios de apresentação dos conteúdos, priorizando os conceitos
físicos e optando por metodologias de ensino que se adaptem às necessidades de
aprendizagem dos educandos. (GARCIA; ROCHA;COSTA, 2000, p.40), buscamos as
seguintes abordagens:
39.3. A abordagem da Física enquanto construção humana
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da
Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento enquanto
construção humana e a constante evolução do pensamento científico, assim como, as
relações das descobertas científicas com as aplicações tecnológicas na
contemporaneidade.
A história da física não se limita à história de seus protagonistas. (BARROS,
1996, p.7).
39.4. O papel da experimentação no ensino de Física
O uso da experimentação é viável e necessário no espaço e tempo, mesmo que
seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da utilização de materiais
alternativos e de baixo custo, na construção ou demonstração dos experimentos.
Decorre da interação do sujeito com um dado conhecimento, sendo portanto subjetiva.
Seu potencial didático depende muito da sensibilidade do educador em gerar desafios e
descobrir interesses de seus alunos.” Essas idéias podem ser aproveitadas como ponto
de partida para a construção do conhecimento científico, mas será necessário fazer a
transposição destes conceitos espontâneos ou do senso comum para o conhecimento
científico, com os cuidados necessários.
Atualmente o entendimento do ensino de física é fortemente associado às idéias
de conceitos espontâneos. (ROBILOTTA;BABICHAK, 1997, p.22).
39.5. O cotidiano dos alunos/contextualização
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e as
experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser aproveitadas
no processo da aprendizagem.
Quanto mais próximos estiverem o conhecimento escolar e os contextos
presentes na vida pessoal e no mundo no qual eles transitam, mais o conhecimento terá
significado. (SEED-PR, 2000, s/d)
39.6. O papel do erro na construção do conhecimento
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser
considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos e melhor
compreensão dos conteúdos. Cabe ao educador administrar este processo no qual os
educandos necessitam de apoio, principalmente pelo processo diferenciado de estudo e
o tempo que permanecem no espaço escolar. Para tanto, será útil distinguir entre
pesquisa como atitude cotidiana e pesquisa como resultado específico. Como atitude
cotidiana, está na vida e lhe constitui a forma de passar por ela criticamente, tanto no
sentido de cultivar a consciência crítica, quanto no de saber intervir na realidade de
modo alternativo com base na capacidade questionadora.
39.7. Os recursos da informática no ensino da Física
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada vez
mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas e à melhor
compreensão dos estudos elaborados.
39.8. A utilização do material de apoio
O ensino da Física não deve estar apenas pautado no uso do material didático
fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros recursos,
como os apontados anteriormente, para enriquecer as aulas e tornar o processo de
ensino mais harmonioso e agradável. Assim, o material deve servir de apoio, tanto ao
educador como ao educando, ao lado de outras alternativas de ensino e aprendizagem
que complementem o conhecimento proposto.
40. Conteúdos de Física para o EM
Considerando-se a amplitude dos conhecimentos físicos, é necessário pensar a
importância e essencialidade dos conteúdos, visando contemplar aprendizagens
significativas aos educandos.
Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os
essenciais, ou seja, àqueles que possam ter significado real à vida dos educandos. Os
conteúdos devem possibilitar a percepção das diversas abrangências sobre um
determinado fenômeno, portanto, o ensino não pode se restringir apenas ao livro
didático ou ao material de apoio. “A seleção de conteúdos é tarefa do professor; ele
pode produzir uma unidade de ensino que não existe no livro ou deixar de abordar um
de seus capítulos, pode realizar retificações ou propor uma abordagem diferente”
(BIZZO, 2000, p.66).
40.1. Introdução à Física
• Campo de estudo e atuação da Física.
• História da Física.
• A Física contemporânea e suas aplicações tecnológicas.
40.2. Mecânica
• Movimento retilíneos.
• Movimentos curvilíneos.
• Movimento circular uniforme.
• Queda-livre.
• Os Princípios da Mecânica (Leis de Newton).
• Energia. Trabalho. Potência.
• Impulso e quantidade de movimento.
• A Gravitação Universal.
• A Hidrostática.
40.3. Física térmica
• Fenômenos térmicos.
• O calor e a temperatura.
• O fenômeno da dilatação nos sólidos, líquidos e gases.
• As mudanças de estado físico da matéria.
• Trocas de calor. Transmissão de calor.
• Comportamento térmico dos gases.
• As Leis da Termodinâmica.
40.4. Ondulatória
• Fenômenos ondulatórios.
• Ondas mecânicas e eletromagnéticas.
• Natureza ondulatória e quântica da luz.
40.5. Óptica
• Fenômenos luminosos.
• Princípios da Óptica Geométrica.
• Aplicações do fenômeno da reflexão e refração da luz.
• Lentes e instrumentos ópticos de observação.
• Espelhos.
• A óptica e o olho humano.
40.6. Eletricidade e magnetismo
• Fenômenos elétricos e magnéticos.
• Aspectos estáticos e dinâmicos da eletricidade.
• A Lei de Coulomb.
• O campo elétrico .
• Potencial elétrico.
• A corrente elétrica.
• Geradores e circuitos elétricos.
• O campo magnético.
• Indução magnética.
40.7. Energia
• Energia e suas transformações.
• Fontes e tipos de energia.
• Energia, meio ambiente e os potenciais energéticos do Brasil.
• A energia elétrica nas residências.
41. Conteúdos do Ensino Médio
41.1. Conteúdo Estruturante
Movimento
41.1.1.Conteúdos básicos
• Momentum e inércia
• Conservação de quantidade de movimento (momentum)
• Variação da quantidade de movimento = Impulso
• 2ª Lei de Newton
• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
• Energia e o Princípio da Conservação da energia
• Gravitação
41.1.2.Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos básicos devem ser abordados considerando-se:
• O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto
da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é
a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se
entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da
produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e
os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, consideram-se
prioritários os conceitos fundamentais que dão sustentação à teoria dos
movimentos, pois se entende que, para ensinar uma teoria científica, é
necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência,
indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o
domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua
linguagem científica;
• As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O contexto social dos estudantes, seu cotidiano e os jogos e brincadeiras que
fazem parte deste cotidiano;
• As concepções dos estudantes e a História da evolução dos conceitos e ideias
em Física como possíveis pontos de partida para problematizações;
• Que a ciência dos movimentos não se esgota em Newton e seus sucessores.
Propõe-se uma discussão em conjunto com o quadro teórico da Física no final
do século XIX, em especial as dúvidas que inquietavam os cientistas a respeito
de algumas questões que envolviam o eletromagnetismo, as tentativas de
adaptar o eletromagnetismo à mecância, o surgimento do Princípio da Incerteza
e as consequências para a física clássica;
• Textos de divulgação científica, literários, etc. O tratamento pedagógico destes
conteúdos básicos adotará uma abordagem pedagógica que considere:
• O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto
da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é
a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se
entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da
produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e
os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O campo teórico da Física no qual a energia tem um lugar fundamental, pois se
entende que para ensinar uma teoria científica é necessário o domínio e a
utilização de linguagem própria da ciência, indispensável e inseparável do
pensar ciência. Portanto, é fundamental o domínio das ideias, das leis, dos
conceitos e definições presentes na teoria e sua linguagem científica;
• As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• Textos de divulgação científica, literários, etc.;
• O cotidiano, o contexto social, as concepções dos estudantes e a história da
evolução dos conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida
para problematizações. Os conteúdos básicos devem ter uma abordagem que
considere:
O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um
produto da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de
trabalhar é a utilização de textos originais traduzidos para o português
ou não, pois se entende que eles contribuem para aproximar estudantes e
professores da produção científica; a compreensão dos conceitos
formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos
encontrados;
As relações da Física com a Física e com outros campos do
conhecimento;
O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos
conceitos e idéias em Física como possíveis pontos de partida para
problematizações;
Textos de divulgação científica, literários, etc.;
O modelo científico presente na gravitação newtoniana a
contemporaneidade da gravitação através da Teoria da Relatividade
Geral.
41.1.3.Avaliação
Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de
intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade.
Espera-se que o estudante:
• Formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e
compreenda a visão de mundo dela decorrente;
• Compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de
partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios
(entre eles o da Incerteza);
• Perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o
conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito
básico da mecânica clássica: trajetória;
• Compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção
científica ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista
clássico) como uma resistência à variação do movimento, ou seja, uma
constante de movimento e o momentum como uma medida dessa resistência
(translação);
• Compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a
dificuldade apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa
do objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja,
que a diminuição do momento de inércia implica num aumento de velocidade
de giro e vice-versa;
• Associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um
sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou
desaceleração) e à concepção de massa e inércia;
• Entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.)
como dependentes do referencial e de natureza vetorial;
• Perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à
conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da
quantidade de movimento translacional ou linear;
• Compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os
movimentos rotacionais;
• Perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto
os translacionais como os rotacionais;
• Perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a
aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;
• Aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificado na 1ª lei
de Newton e as noções de equilíbrio estável e instável.
• Reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais diferentes situações.
Espera-se que o estudante perceba a ideia de conservação de energia como uma
construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um
dos princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da
Energia, aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como outros campos
externos à Física.
Assim, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:
• Conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas
formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e
potencial gravitacional;
• Perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à
transformação/variação de energia;
• Compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico.
Ou seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as
transformações de energia, indicada pela grandeza física potência.
• Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como
uma construção científica importante, pois unificou a compreensão dos
fenômenos celestes e terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de
espaço, matéria e movimento, desde os primeiros estudos sobre a natureza até
Newton.
Assim, ao se avaliar o estudante, espera-se que ele:
• Associe a gravitação com as leis de Kepler;
• Identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de
vista clássico.
• Compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a
Teoria da Relatividade Geral.
41.2. Conteúdo estruturante
Termodinâmica
41.2.1.Conteúdos básicos
• Leis da Termodinâmica:
• Lei zero da Termodinâmica
• 1ª Lei da Termodinâmica
• 2ª Lei da Termodinâmica
41.2.2.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem teórico-metodológica para estes conteúdos básicos deve
considerar:
• O contexto histórico-social, discutindo a construção científica como um produto
da cultura humana, sujeita ao contexto de cada época;
• A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é
a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se
entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da
produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e
os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O reconhecimento da Física como um campo teórico, ou seja, considera-se
prioritário os conceitos e ideias fundamentais que dão sustentação ao corpo
teórico da termodinâmica, pois se entende que para ensinar uma teoria científica
é necessário o domínio e a utilização de linguagem própria da ciência,
indispensável e inseparável do pensar ciência. Portanto, é fundamental o
domínio das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua
linguagem científica;
• As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O cotidiano, as concepções dos estudantes e a história da evolução dos
conceitos e ideias em Física como possíveis pontos de partida para
problematizações;
• Utilização de experimentação para formulação e discussão de conceitos e
ideias;
• Textos de divulgação científica, literários, etc.
41.2.3.Avaliação
Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da
termodinâmica, composto por ideias expressas nas suas leis e em seus conceitos
fundamentais: temperatura, calor e entropia.
Assim, ao se avaliar o estudante,espera-se que ele:
• Compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido
para o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal
e fundamental para o desenvolvimento das idéias na termodinâmica;
• Formule o conceito de pressão de um fluido, seja ele um líquido ou um gás, e
extrapole o conceito a outras aplicações físicas;
• Entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades
de um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um
sistema;
• Diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das
formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico
da termodinâmica;
• Compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação
de Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua
importância para a Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como
forma de energia;
• Associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor.
• Compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como
propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor.
Da mesma forma, o conceito de calor latente;
• Identifique dois processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que
vêm acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei.
Esse princípio físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de
conservação de energia e sugere um estudo da entropia;
• Compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos
espontâneos e artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;
41.3. Conteúdo estruturante
Eletromagnetismo
41.3.1.Conteúdos básicos
• Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas
• Força eletromagnética
• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)
• A natureza da luz e suas propriedades
41.3.2.Abordagem teórico-metodológica
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar:
• O contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto
da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época;
• A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é
a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se
entende que eles contribuem para aproximar
• Estudantes e professores da produção científica, a compreensão dos conceitos
formulados pelos cientistas e os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos
fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio
das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua
linguagem científica;
• As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis
pontos de partida para problematizações;
• Textos de divulgação científica, literários, etc.;
• Experimentação para discussão das idéias e conceitos do eletromagnetismo.
O tratamento pedagógico destes conteúdos básicos deverá considerar:
• Que o estudo da ondulatória deve se iniciar pelas ondas mecânicas, pois são
mais “visíveis” ou perceptíveis no cotidiano. No entanto, as ondas
eletromagnéticas, entre elas a luz visível, também estão presentes no dia-a-dia,
porém o modelo matemático para ondas não encontra uma correspondência
direta com este fenômeno, sendo ótimo para mostrar a diferença entre modelo e
fenômeno, diferenciando real do abstrato.
• O contexto histórico-social da construção científica entendida como um produto
da cultura humana, sujeita aos determinantes de cada época;
• A Epistemologia, a História e a Filosofia da Ciência – uma forma de trabalhar é
a utilização de textos originais traduzidos para o português ou não, pois se
entende que eles contribuem para aproximar estudantes e professores da
produção científica, a compreensão dos conceitos formulados pelos cientistas e
os obstáculos epistemológicos encontrados;
• O reconhecimento da Física como um campo teórico com conceitos
fundamentais que dão sustentação ao eletromagnetismo, bem como o domínio
das ideias, das leis, dos conceitos e definições presentes na teoria e sua
linguagem científica;
• As relações da Física com a Física e com outros campos do conhecimento;
• O contexto social dos estudantes, suas concepções, seu cotidiano, possíveis
pontos de partida para problematizações;
• Textos de divulgação científica, literários, etc.;
• Experimentação para discussão das ideias e conceitos do eletromagnetismo.
41.3.3.Avaliação
Espera-se que o estudante:
• Compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos
que a fundamentam.
• Compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo,
pois todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da
carga.
• Compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o
campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de
campo deve ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se
que o estudante entenda essa ideia de campo como uma entidade teórica criada
no eletromagnetismo, pois ele é básico para a teoria e mediador da interação
entre cargas;
• Compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base
para a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;
• Entenda o campo como uma entidade física dotado de energia;
• Apreenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a
corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;
• Associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;
• Conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a
resistividade e a condutividade;
• Conheça as propriedades magnéticas dos materiais;
• Entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao
campo;
• Reconheça as interações elétricas como às responsáveis pela coesão dos sólidos,
pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial)
e propriedades dos gases;
• Compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético
sobre a corrente elétrica;
• Entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus
elementos constituintes;
• Conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de
manifestação de energia, como a nuclear e a eólica.
• Compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema
elétrico;
• Perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à
transformação/ variação de energia elétrica.
A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental
de Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto,
estudos realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao
estabelecimento da natureza corpuscular da luz (os quanta).
Isso contribui para a apresentação da Física como uma ciência construída e em
construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:
• Entenda o propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;
• Conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as
radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o
ondulatório e o de partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;
• Entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a
mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do
processo de reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;
• Entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa,
dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão de
fenômenos cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às
vezes um ou outro se sobressai;
• Associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a
formação do arcoíris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos
fenômenos luminosos estudados;
• Compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria,
apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o
efeito fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminosa),
ou seja, entenda a luz a partir do comportamento dual;
• Extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por
exemplo ao elétron.
42. Referências
ALVARES. B.A. Livro didático – análise e reflexão. In: MOREIRA, M. A.; AXT, R.
Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991, p.18-46.
ARROYO, M. G. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester; ARROYO,
Miguel G.; NOSELLA, PAULO. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? 5 ed.
São Paulo: Cortez, 1995. (Coleção questões de nossa época)
BARROS, Henrique Lins.In: BEM-DOV, Yoav. Convite à física. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar ed., 1996. Prefácio da obra.
BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
CHAVES, A.; SHELLARD, R.C. Física para o Brasil: pensando o futuro. São Paulo:
Sociedade Brasileira de Física, 2005.
DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2. ed.,Campinas: Autores Associados, 1997.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.
São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura)
GARCIA, N. M. Dias ; ROCHA,V. Jazomar ; COSTA, R. Z. Visneck. Física. In:
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que
vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.
MOREIRA, M.A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
OLIVEIRA. M. R.N. S. Do mito da tecnologia ao paradigma tecnológico; a
mediação tecnológica nas práticas didático-pedagógicas. In: Revista Brasileira de
Educação, set/ou/nov/dez, 2001, n.18. Reunião anual da ANPED, 24º. Caxambu:
ANPED, p.101-107.
RAMOS, Eugênio M. de França. FERREIRA, Norberto Cardoso. O desafio lúdico
como alternativa metodológica para o ensino de física. In: Atas do X SNEF, 25-29/
janeiro, 1993.
ROBILOTTA, Manoel Roberto. BABICHAK, Cezar Cavanha. Definições e conceitos
em Física. In: Cadernos Cedes, ano XVIII, no. 41, junho/ 97, p. 35 – 45.
SEED-PR. Proposta pedagógica e autonomia da escola. Set, 2000, texto digitalizado.
SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores
Associados, 1993, p. 20-28.
43. Química
43.1. Concepção do ensino de Química
A química tem sua origem na alquimia, que é um misto de ciência e
religiosidade.
Enquanto ciência, contempla as tradições culturais e as crenças populares que
despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições para o desenvolvimento das
teorias e das leis que fundamentam as ciências. Não é correta a imagem de que os
conhecimentos científicos, por serem comumente fruto de experimentação e por terem
uma base lógica, sejam “melhores” do que os demais conhecimentos. Tampouco se
pode pensar que o conhecimento científico possa gerar verdades eternas e perenes. A
Química, trabalhada como disciplina curricular do Ensino Médio, deve apresentar-se
como propiciadora da compreensão de uma parcela dos resultados obtidos a partir da
Química como ciência.
A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas.
(BIZZO, 2002, p.14).
Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas escolas e
conforme levando o educando compreender a natureza da ciência química e como ela
se dá no ensino e na aprendizagem passou a ser um tema importante, revelado a partir
das pesquisas educacionais, principalmente as pesquisas realizadas na década de 1980
sobre as idéias alternativas dos alunos relacionadas com as ciências naturais. No âmbito
da pesquisa educacional, mais ligado à educação científica, estava claro, já no início
dos anos 90, que era fundamental que os professores conhecessem mais o pensamento
dos alunos, bem como, a natureza da ciência que estavam ensinando.
A consolidação da Química como ciência foi um dos fatos que permitiu o
desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas no modo de
viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas diversas
atividades diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12), o domínio dos
fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que se possa realizar tarefas
tão triviais como ler um jornal ou assistir à televisão. Da mesma forma, decisões a
respeito de questões ambientais, por exemplo, não podem prescindir da informação
científica, que deve estar ao alcance de todos. A Química
43.2. Encaminhamento metodológico
A Quimíca constitui-se como a Ciência que estuda as transformações
relacionadas com a natureza da matéria bem como as suas propriedades.
O desenvolvimento desta ciência teve origem na alquimia (um misto de ciência,
religião e magia), com inicio no século III da era cristã até o final da Idade Média. No
decorrer deste período, descobertas foram sendo feitas e a misticidade foi dando lugar á
ciência, sendo que o contexto histórico teve grande importância na transição da
alquimia para a Química.
Nesse sentido, para o trabalho metodológico com essa disciplina, uma
alternativa seria partir da seqüência: “fenômeno–problematização–representação-
explicação” (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor, episódios de alta vivência dos
alunos passariam a ser importantes no processo de ensino e aprendizagem e não
obstáculo a ser superado (...) O importante é identificar situações de alta vivência
comuns ao maior número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de
ensino. (MALDANER, 2000, p. 184).
Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas, classificações,
regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os quais o educando
venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente,
respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para que o
mesmo perceba a função da Química na sua vida.
Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da
organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um
enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional
implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará
decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos
e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a
diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos.
(RIBEIRO, 1999, p.8).
Conforme SCHNETZLER (2000) citada em MALDANER (2000, p. 199),
“Aprender significa relacionar”. A aprendizagem dos vários conceitos químicos terá
significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as experiências trazidos
pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes de estabelecer relações entre
conceitos micro e macroscópicos, integrando os diferentes saberes – da comunidade, do
educando e acadêmico.
Ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma contextualizada, ou
seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a inter-relação dos
vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se deparam no seu
dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de uma problematização, ou seja,
lançando desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. As dúvidas
são muito comuns em Química, devendo ser aproveitadas para a reflexão sobre o
problema a ser analisado. Sendo assim, para o educador, o desafio consiste em realizar
esta contextualização sem reduzir os conteúdos apenas a sua aplicação prática,
deixando de lado o saber acadêmico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento
na ciência Química, propiciando condições para que o educando perceba o significado
do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da
cultura científica e tecnológica oriundas desse processo, pois as diversas contingências
históricas têm levado os professores a deixar de lado a importância do saber
sistematizado, resultando numa prática pedagógica pouco significativa.
É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as práticas
realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no trabalho
docente, a fim de que o educando possa visualizar uma transformação química,
inserindo conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal experimento com
aspectos da sua vivência, mas que, por si só, não garante bom aprendizado
Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que o
educador não deve se colocar como o verdadeiro e único detentor do saber,
apresentando todas as respostas para todas as questões. Oferecendo novas perguntas em
seu lugar, que levassem os alunos a buscar a informação com maior orientação e
acompanhamento. Perguntas do tipo “por quê?” são maneiras de os alunos procurarem
por respostas definitivas, que manifestem uma vontade muito grande de conhecer.
Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a refletir sobre
o assunto trabalhado, estimulando-o a buscar mais dados e informações.
Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do
material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que
não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador.
Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os
essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens
e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos mesmos a percepção de que
existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir dessa relação,
poderem constituir a sua própria identidade cultural, estimulando sua autonomia
intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida seqüência linear proposta
nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses
conteúdos, assim como a coerência dos mesmos para o processo educativo.
43.3. Conteúdos estruturantes para o EM
É importante ressaltar que cabe ao educador, a partir da investigação dos
conhecimentos informais que os educandos têm sobre a Química, sistematizar as
estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos
conteúdos mencionados anteriormente, qual a intensidade de aprofundamento, bem
como a articulação entre os mesmos ou entre os tópicos de cada um.
Para a organização dos conteúdos é indicado que seja utilizada a
problematização, cujo objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os
temas são baseados em fatos locais, regionais, nacionais ou mundiais, que possam
refletir sobre os acontecimentos que relacionam a Química com a vida, com o
ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais.
A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os conteúdos que
possam ser trabalhados, independentemente da seqüência usual presente nos livros
didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os conteúdos, bem como, a forma
como serão desenvolvidas as atividades para aprofundamento e avaliação, o educador
terá condições de desenvolver metodologias que visem evitar a fragmentação ou a
desarticulação dos conteúdos dessa disciplina.
• Matéria e substâncias
• Reações Químicas
• Funções Orgânicas e Inorgânicas
• Ligações Químicas
• Ligações entre as moléculas
• Tabela periódica e periodicidade
• Estrutura atômica
• Estequiometria
• Estudo dos Gases
• Radioatividade
• Propriedades coligativas
• Eletroquímica
• Equilíbrio Químico
• Soluções
• Termoquímica
43.3.1.Conteúdo estruturante
Matéria e sua natureza
43.3.2.Conteúdos básicos
Matéria
• Constituição da matéria;
• Estados de agregação;
• Natureza elétrica da matéria;
• Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).
• Estudo dos metais.
• Tabela Periódica.
Solução
• Substância: simples e composta;
• Misturas;
• Métodos de separação;
• Solubilidade;
• Concentração;
• Forças intermoleculares;
• Temperatura e pressão;
• Densidade;
• Dispersão e suspensão;
• Tabela Periódica.
Ligação química
• Tabela periódica;
• Propriedade dos materiais;
• Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;
• Solubilidade e as ligações químicas;
• Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;
• Ligações de Hidrogênio;
• Ligação metálica (elétrons semi-livres)
• Ligações sigma e pi;
• Ligações polares e apolares;
• Alotropia.
Reações químicas
• Reações de Oxi-redução
• Reações exotérmicas e endotérmicas;
• Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;
• Variação de entalpia;
• Calorias;
• Equações termoquímicas;
• Princípios da termodinâmica;
• Lei de Hess;
• Entropia e energia livre;
• Calorimetria;
• Tabela Periódica.
43.3.3.Conteúdo estruturante
Biogeoquímica
43.3.4.Conteúdos básicos
Velocidade das reações
• Reações químicas;
• Lei das reações químicas;
• Representação das reações químicas;
• Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos
reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão)
• Fatores que interferem na velocidade das reações (superfíciede contato,
temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores);
• Lei da velocidade das reações químicas;
• Tabela Periódica.
Radioatividade
• Modelos Atômicos (Rutherford);
• Elementos químicos (radioativos);
• Tabela Periódica;
• Reações químicas;
• Velocidades das reações;
• Emissões radioativas;
• Leis da radioatividade;
• Cinética das reações químicas;
• Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);
43.3.5.Conteúdo estruturante
Química sintética
43.3.6.Conteúdos básicos
Equilíbrio químico
• Reações químicas reversíveis;
• Concentração;
• Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);
• Deslocamento de equilíbrio (príncipio de Le Chatelier): concentração, pressão,
temperatura e efeito dos catalizadores;
• Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ).
• Tabela Periódica
Gases
• Estados físicos da matéria;
• Tabela periódica;
• Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura,
pressão x volume e temperatura x volume);
• Modelo de partículas para os materiais gasosos;
• Misturas gasosas;
• Diferença entre gás e vapor;
• Leis dos gases
Funções químicas
• Funções Orgânicas
• Funções
43.3.7.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem teórico-metodológica mobilizará para o estudo da Química
presente no cotidiano dos alunos, evitando que ela se constitua meramente em uma
descrição dos fenômenos, repetição de fórmulas, números e unidades de medida.
Sendo assim, quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do
conteúdo estruturante Biogeoquímica, é preciso relacioná-lo com a atmosfera,
hidrosfera e litosfera. Quando o conteúdo químico for abordado na perspectiva do
conteúdo estruturante Química Sintética, o foco será a produção de novos materiais e
transformação de outros, na formação de compostos artificiais. Os conteúdos químicos
serão explorados na perspectiva do Conteúdo Estruturante Matéria e sua Natureza por
meio de modelos ou representações.
E é imprescindível fazer a relação do modelo que representa a estrutura
microscópica da matéria com o seu comportamento macroscópico.
Para os conteúdos estruturantes Biogeoquímica e Química Sintética, a
significação dos conceitos ocorrerá por meio das abordagens histórica, sociológica,
ambiental, representacional e experimental a partir dos conteúdos químicos. Porém,
para o conteúdo estruturante Matéria e sua Natureza, tais abordagens são limitadas.
Os fenômenos químicos, na perspectiva desse conteúdo estruturante, podem ser
amplamente explorados por meio das suas representações, como as fórmulas químicas
e modelos.
O conteúdo básico Funções Químicas não deve ser apenas explorado
descritivamente ou classificatoriamente.
Este conteúdo básico deve ser explorado de maneira relacional, por que o
comportamento das espécies químicas é sempre relativo à outra espécie com a qual a
interação é estabelecida.
43.3.8.Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área
da Química;
• Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;
• Problematize a construção dos conceitos químicos;
• Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela
produção do conhecimento químico.
• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos
sobre modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;
• Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo
básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade,
concentração, forças intermoleculares, etc.;
• Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações
químicas, representações, condições fundamentais para ocorrência, lei da
velocidade, inibidores;
• Compreenda o conceito de equilibro químico, a partir dos conteúdos
específicos: concentração, relações matemática e o equilíbrio químico,
deslocamento de equilíbrio, concentração, pressão, temperatura e efeito dos
catalisadores, equilíbrio químico em meio aquoso;
• Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o
núcleo de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste
conteúdo básico;
• Entenda as reações químicas como transformações da matéria a nível
microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse
conteúdo básico;
• Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem
na natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo
básico;
• Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades
dos gases, modelo de partículas e as leis dos gases;
• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra
espécie com a qual estabelece interação.
44. A avaliação no ensino de Química
Na perspectiva que se propõe, a avaliação na disciplina de Química vem mediar
a práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com os
encaminhamentos metodológicos, onde os erros e os acertos deverão servir como meio
de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É essencial valorizar os
acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador
compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-
o como um exercício de aprendizagem.
Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta de
falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso.
A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda avaliação supõe
um processo de obtenção e utilização de informações, que serão analisadas diante de
critérios estabelecidos segundo juízos de valor. Portanto, não se pode pretender que
uma avaliação seja um processo frio e objetivo; ele é, em si, subjetivo, dependente da
valorização de apenas uma parcela das informações que podem ser obtidas. Essas
características são importantíssimas para que possamos compreender a utilidade e os
limites da avaliação e como ela pode ser utilizada pelo próprio professor para reorientar
sua prática. (BIZZO, 2002, p.61)
Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e o
ato de avaliar como objeto de punição, perpassando por vários caminhos,
fundamentados na concepção teórica e no encaminhamento metodológico da disciplina
de Química, estabelecendo uma perspectiva de torná-la reflexiva, crítica, que valoriza a
diversidade e reconhece as diferenças, voltada para a autonomia do educando.
45. Referências
BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002.
DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências:
fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 1996.
MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química.
Ijuí: Editora Unijuí, 2000.
SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores
Associados, 1993, p.20-28.
46. História
46.1. Concepção do ensino de História
A História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes
tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral, expressão das relações
de poder. O conhecimento histórico deve levar a compreensão dos processos e dos
sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se estabelecem entre os grupos
humanos em diferentes tempos e espaços.
Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de sua
visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim aquela que foi
tecida por um grupo social. Trata-se de um conhecimento científico, que precisa ser
interpretado.
Hoje, por exemplo a História busca os diversos aspectos que compõem a
realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado uma História
que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os grandes feitos e os heróis em
direção a um progresso pautado pela invenção do estado-nação que precisava ser
legitimado. Nesse contexto, é criada a disciplina de História que tinha como função
legitimar a identidade nacional.
Até a década de 80, do século XX, a disciplina de História manteve seu
conteúdo eurocêntrico e sua divisão quadripartite, até hoje presente no currículo de
muitos cursos universitários. Numa outra perspectiva algumas universidades,
começaram a abrir espaço ao estudo da História Oriental e da História da África. No
entanto, essa é uma prática bem recente.
A História trata de toda ação humana no tempo em seus múltiplos aspectos:
econômicos, culturais, políticos, da vida cotidiana, de gênero, etc. Para se perceber
como sujeito da História, o educando precisa reconhecer que essa ação transforma a
sociedade, movimenta um espiral de mudanças, na qual há permanências e rupturas.
O homem/mulher como sujeito da História, deve ser conhecedor dos porquês,
dos problemas, das idéias, das ideologias e que só com uma visão holística do mundo e
da sociedade ele se entenderá como cidadão ativo e conhecedor de seus direitos e de
seus deveres.
É fundamental que o educador de História não atue como reprodutor de um
conhecimento pronto, de uma coleção inesgotável de fatos do passado. Mas, que torne
possível desconstruir na sala de aula os múltiplos olhares da História, criar argumentos
que possam concordar ou discordar de um autor, tomar posição diante do que já
ocorreu e ainda está ocorrendo. Não se pode ser um cidadão pleno sem que se realize
uma análise crítica dos caminhos percorridos pelo homem/mulher ao longo da história.
Por fim, reconhecer que esses sujeitos são produtores de signos e utopias,
capazes de transformar a natureza e escrever sua própria História. Portanto, a História é
uma construção coletiva em que todos os sujeitos tem um papel principal e suas ações
são de suma importância para uma participação consciente na transformação da
sociedade e do mundo em que vivem.
46.2. Encaminhamento do ensino de História
De acordo com as contribuições da historiografia, nas últimas décadas a
aprendizagem histórica se efetiva quando o conhecimento passa a ser experiência para
o educando no sentido de que ele se aproprie do que aprendeu para ler e explicar o seu
mundo.
No mundo contemporâneo um constante (re)pensar sobre a cultura escolar é
fundamental para acompanhar as mudanças que ocorrem quotidianamente e que
implicam diretamente na vida de educandos e educadores. Nesse sentido, a partir de
discussões teórico-metodológicas significativas e que colocam o educando na
centralidade do processo ensino-aprendizagem, pretende-se contribuir para uma prática
de qualidade e de reflexão nas ações pedagógicas.
Para isso, propõem-se a abordagem dos conteúdos a partir de temáticas, no
ensino de História, para os educandos rompendo, dessa forma, com a narrativa linear e
factual num diálogo permanente com a realidade imediata sobre a qual se constituem os
diversos saberes. Pretende-se com isso priorizar uma prática pautada na associação
ensino-pesquisa e no uso de diferentes fontes e linguagens.
Nessa perspectiva, exige-se uma abordagem problematizadora dos conteúdos de
História, em que educadores e educandos possam dialogar e nesse diálogo, propiciar
condições de pensar, argumentar e fundamentar suas opiniões através dos conteúdos
socialmente significativos relacionados ao contexto político e social, reconhecendo a
pluralidade étnica e cultural onde esses sujeitos estão inseridos.
Esta problematização deve propiciar uma análise crítica da realidade social,
distinguindo-se da “educação bancária” em que o educador apresenta os conteúdos aos
educandos, impondo-lhes um saber desprovido de reflexão (FREIRE, 1987).
É impossível, ensinar tudo a todos, desta forma se faz necessário a seleção e a
escolha de conteúdos essenciais que possibilitem o êxito no processo ensino-
aprendizagem e permitam satisfazer as necessidades dos educandos, respeitando suas
especificidades, objetivando sua formação humanista e a busca de sua autonomia
intelectual e moral.
Os conteúdos selecionados, foram organizados em quatro temas plurais no
Ensino Fundamental: Identidade e Cultura; Estado e Relações de Poder; Terra e
Propriedade; Cidadania e Trabalho e três temas para o Ensino Médio: Diversidade
Cultural; Relações de Poder e Movimentos Sociais; Mundo do Trabalho e Cidadania .
É importante que na abordagem desses conteúdos o educador crie situações de
aprendizagem, que possibilitem o diálogo entre os conceitos construídos
cientificamente e a cultura do educando, considerando a sua História de vida, o
ambiente cultural e a identidade do grupo.
A abordagem pode ser realizada partindo do não conhecido ao conhecido ou do
conhecido ao conhecido de outra forma. Os conteúdos não devem ser trabalhados de
forma isolada ou compartimentada, o estudo deve se dar de forma abrangente no tempo
e no espaço, como por exemplo, no que refere as questões sociais, as contradições, a
Histórica local, conteúdos estes que estabeleçam relação entre o local e o global e
possibilitem aos educandos, compreender as semelhanças e diferenças, as
permanências e as rupturas do contexto histórico.
Transformar os conteúdos em “situações problemas” é imprescindível para
demonstrar a relevância do que se vai estudar. O questionamento deve levar a reflexão
crítica e permanente, possibilitando a construção de saberes socialmente significativos
para que o educando interfira no sentido de transformar a sociedade, em que vive.
Dessa forma o ensino de História será sempre possibilidade e nunca determinação.
É essencial no processo ensino-aprendizagem que a teoria esteja em sintonia
com a prática, respeitando os níveis de compreensão dos educandos sobre a própria
realidade.
Em suma, esse processo deve contribuir para formar um educando leitor e
escritor, que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura, análise e
interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de textos orais e escritos,
que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante que o educando possa ampliar
a sua leitura de mundo percebendo-se como sujeito da História na busca da autonomia
e da cidadania.
47. Conteúdos estruturantes distribuídos por série do EF e EM
47.1. 5ª Série/ 6 Ano
47.1.1.Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.1.2.Conteúdos básicos
• A experiência humana no tempo.
• Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
• As culturas locais e a cultura comum.
47.1.3.Abordagem teórico-metodológica
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da
história local/Brasil para o mundo;
• Deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América
Latina, da África e da Ásia;
• Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
• Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
• Confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem
aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio de
narrativas históricas.
47.1.4.Avaliação
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo
processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações
culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um
processo histórico.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência humana, os
sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum.
Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de
aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/ presente.
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade;
constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a
escrita e formas de narrar a história etc.
47.2. 6ª Série/ 7 Ano
47.2.1.Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.2.2.Conteúdos básicos
• As relações de propriedade.
• A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
• A relações entre o campo e a cidade.
• Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
47.2.3.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da
história loca/Brasil para o mundo; deverão ser considerados os contextos relativos às
histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;
os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio
de narrativas históricas.
47.2.4.Avaliação
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente como
os mundos do campo e da cidade e suas relações de propriedade foram instituídos por
um processo histórico;
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a constituição histórica do
mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade; conflitos
e resistências; e produção cultural campo cidade.
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas.
47.3. 7ª Série/8 Ano
47.3.1.Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.3.2.Conteúdos básicos
• História das relações da humanidade com o trabalho.
• O trabalho e a vida em sociedade.
• O trabalho e as contradições da modernidade.
• Os trabalhadores e as conquistas de direito.
47.3.3.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da
história loca/Brasil para o mundo;
Deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América
Latina, da África e da Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio
de narrativas históricas.
47.3.4.Avaliação
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente os
mundos do trabalho instituídos por um processo histórico.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos mundos
do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas,
trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As contradições de
classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas. O trabalho e a vida
em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três ordens do
imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras; fim da escravidão, o
nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade, as classes
trabalhadora/capitalista no campo e na cidade, a crise da produção e do trabalho a partir
de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte (...).
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas.
47.4. 8ª Série/ 9 Ano
47.4.1.Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.4.2.Conteúdos básicos
• A constituição das instituições sociais.
• A formação do Estado.
• Sujeitos, Guerras e revoluções.
47.4.3. Abordagem teórico-metodológica
A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da
história loca/Brasil para o mundo;
Deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América
Latina, da África e da Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio
de narrativas históricas.
47.4.4. Avaliação
Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo
processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as ações políticas
que os sujeitos promovem em relação às lutas pela participação no poder que foram
instituídas por um processo histórico.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: a formação do Estado;
das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos sociais políticos,
culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e
religiosas); guerras locais e guerras mundiais (...).
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas.
47.5. Conteúdos do EM
47.5.1.Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.5.1.1. Conteúdos básicos
• Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
47.5.1.2. Abordagem teórico-metodológica
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como
temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal;
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da
América Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio
de narrativas histórica.
47.5.1.3. Avaliação
A seleção dos conteúdos específicos, articulados a temática, conteúdos
estruturantes estabelecidos, e a abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a
compreensão das ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos
históricos.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: o conceito de trabalho; o
trabalho livre nas sociedades do consumo produtivo (primeiras sociedades, indígenas,
africanas, nômades, seminômades); o trabalho escravo e servil; a transição do trabalho
servil e artesanal para o assalariado; o sistema industrial, Taylorismo, Fordismo e
Toyotismo; o sindicalismo e legislação trabalhista; as experências do trabalho livre nas
sociedades revolucionárias; a mulher no mundo do trabalho (...).
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas.
47.5.2. Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.5.2.1. Conteúdos básicos
Urbanização e industrialização
47.5.2.2. Abordagem teórico-metodológica
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como
temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal;
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da
América Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio
de narrativas históricas.
47.5.2.3. Avaliação
A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes,
além da abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações
sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
Pretende perceber como os estudantes compreendem as cidades na História
(neolíticas, antigüidade greco-romana, da Europa Medieval, pré-colombianas, africanas
e asiáticas); ocupação do território brasileiro e formação de vilas e cidades;
urbanização e industrialização no Brasil; urbanização e industrialização nas sociedades
ocidentais, africanas e orientais; urbanização e industrialização no Paraná no contexto
da expansão do capitalismo; modernização do espaço urbano (...)
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas.
47.5.3.Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.5.3.1. Conteúdos básicos
O Estado e as relações de poder
47.5.3.2. Abordagem teórico-metodológica
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como
temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal;
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da
América Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio
de narrativas históricas.
47.5.3.3. Avaliação
A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes,
além da abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações
sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: os Estados teocráticos; os
Estados na antigüidade clássica; o poder descentralizado e a igreja católica na
sociedade medieval; a formação dos Estados Nacionais; as metrópoles européias, as
relações de poder sobre as colônias na expansão do capitalismo; o Iluminismo e os
processos de independência da América Colonial; o Paraná no contexto da sua
emancipação; o Estado e as doutrinas sociais (anarquismo, socialismo, positivismo); o
nacionalismo nos Estados ocidentais; o populismo e as ditaduras na América Latina; o
Estado e as relações de poder na segunda metade do século XX; o Estado na América
Latina no contexto da Guerra Fria; o Estado ideologia e cultura; a independência das
colônias africanas e asiáticas.
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas.
47.5.4.Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.5.4.1. Conteúdos básicos
Os sujeitos, as revoltas e as guerras
47.5.4.2. Abordagem teórico-metodológica
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como
temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal;
deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da
América Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio
de narrativas históricas.
47.5.4.3. Avaliação
A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes,
além da abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações
sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações de dominação
e resistência nas sociedades grega e romana na Antiguidade: (mulheres, crianças,
estrangeiros e escravos); as guerras e revoltas na Antiguidade Clássica: Grécia e Roma;
relações de dominação e resistência na sociedade medieval: (camponeses, artesãos,
mulheres, hereges e doentes); as relações de resistência na sociedade ocidental
moderna; as revoltas indígenas, africanas na América portuguesa; os quilombos e
comunidades quilombolas no território brasileiro; as revoltas sociais na América
portuguesa; as revoltas e revoluções no Brasil no século XVII e XIX; [...]
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas.
47.5.5.Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.5.5.1. Conteúdos básicos
• Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
47.5.5.2. Abordagem teórico-metodológica
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como
temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal;
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da
América Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio
de narrativas históricas.
47.5.5.3. Avaliação
A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes,
além da abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações
sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: as revoluções
democrática-liberais no Ocidente: Inglaterra, França e EUA); as guerras mundiais no
século XX; As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina; os movimentos
de resistência no contexto das ditaduras da América Latina; os Estados africanos e as
guerras étnicas; a luta pela terra e a organização de movimentos pela conquista do
direito a terra na América Latina; a mulher e suas conquistas de direitos nas sociedades
contemporâneas [...].
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas.
47.5.6.Conteúdos estruturantes
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
47.5.6.1. Conteúdo básico
• Cultura e religiosidade
47.5.6.2. Abordagem teórico-metodológica
Estes conteúdos básicos do Ensino Médio deverão ser problematizados como
temas históricos por meio da contextualização espaçotemporal;
Deverão ser considerados os contextos ligados à história local, do Brasil da
América Latina, África e Ásia;
Os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades
(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;
Os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e
estruturantes;
O confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos
permitem aos estudantes formularem idéias históricas próprias e expressá-las por meio
de narrativas históricas.
47.5.6.3. Avaliação
A seleção dos conteúdos específicos, articulados aos básicos e estruturantes,
além da abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações
sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos.
Pretende perceber como os estudantes compreendem: os rituais, mitos e
imaginários dos povos (africanos, asiáticos, americanos e europeus); os mitos e a arte
greco-romanos e a formação das grandes religiões (hinduísmo, budismo,
confuncionismo, judaísmo, cristianismo, islamismo); os movimentos religiosos e
culturais na passagem do feudalismo para o capitalismo; o modernismo brasileiro;
representação dos movimentos sociais, políticos e culturais por meio da arte brasileira;
as etnias indígenas e africanas e suas manifestações artísticas, culturais e religiosas; as
festas populares no Brasil : congadas, cavalhadas, fandango, folia de reis, boi de
mamão, romaria de São Gonçalo e outras;
Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos
avaliativos capazes de sistematizar as idéias históricas produzidas pelos estudantes.
No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,
inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de
diferentes naturezas.
48. A avaliação no ensino da História
Para que a avaliação cumpra o seu papel como parte integrante do processo
ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o objetivo da atividade avaliativa e o
conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar instrumentos diferenciados, analisar e
qualificar os resultados, para que a partir deles o educando possa refletir e opinar sobre
os saberes construídos e os conhecimentos organizados e para que o educador possa
rever a sua prática pedagógica.
Analisados pelo professor de História no processo de ensino-aprendizagem, são
indicativos que poderão ser enriquecidos para orientar o planejamento das práticas
avaliativas, visando que os alunos possam:
• Reconhecer a busca da coerência entre a concepção da História defendida entre
as práticas avaliativas que se interagem o processo de ensino e de
aprendizagem.
• Tendo como referência os conteúdos de História são essenciais apresentem
alguns apontamentos a serem observados pelo professor que permite analisar se
compreendem a História como prática social, da qual participam como sujeitos
históricos, do seu tempo.
• Analisem os diferentes conjuntos históricos, a partir das dimensões econômico-
sociais, políticas e culturais.
• Compreendam que o conhecimento histórico é produzido com base em um
método da problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais
o pesquisador produz a narrativa histórica.
• Explicitem o respeito á diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica,
a partir do conhecimento dos processos históricos construídos que os
constituíram.
49. Referências
BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo:
Contexto, 1998.
BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: Europa-América, 1997.
CABRINI, Conceição et. al. O ensino de história: revisão urgente. São Paulo:
Brasiliense, 1986.
DAVIES, Nicholas (Org.). Para além dos conteúdos no ensino de história. Niterói:
Eduff,
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa.
São Paulo, Paz e Terra, 1987.
KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.
SILVA, Marcos A. da (Org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero,
1984.
SILVA, Thelma Nobre Machado Bittencourt & RABELLO, Heloisa de Jesus. O ensino
da história. Niterói, RJ: Eduff, 1992.
50. Geografia
50.1. Concepção do ensino de Geografia
Atualmente, a grande velocidade com que vem ocorrendo as transformações no
espaço planetário, tem levado a escola a rever conceitos e metodologias, pois esses
refletem diretamente nos elementos fundamentais do ensino da Geografia.
Para iniciar a reflexão sobre o ensino de Geografia se colocam algumas
questões: O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar Geografia?
Para responder a essas questões, faz-se necessário esclarecer que a Geografia
como ciência, sofreu ao longo da história profundas transformações, tanto em nível
teórico quanto metodológico. Até as primeiras décadas do século XX, predominavam
nas escolas concepções tradicionais e os livros se limitavam a uma Geografia
puramente descritiva e enumerativa, tipo catálogo. Os educandos eram obrigados a
memorizar listas intermináveis de nomes e números, ou confundiam a Geografia com a
topografia e a cartografia.
Esta Geografia tradicional, centrada na observação e na descrição
principalmente do quadro natural estrutura-se em três aspectos: os físicos, os humanos
e os econômicos.
Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais importantes.
Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas, redes fluviais e tudo
o que se refere ao mundo das águas); o relevo (planícies, planaltos, serras – ou seja, as
formas da superfície terrestre); o clima ( calor, frio, geada, neve e estados do tempo em
geral); e a vegetação (florestas, campos, cerrados, caatinga e temas relacionados à
distribuição das espécies vegetais pela superfície terrestre).
Os aspectos humanos referem-se ao homem “inserido” no quadro natural, como
se a paisagem tivesse sido moldada para recebê-lo e fornecer-lhe suas “dádivas”, ou
seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e minerais, por exemplo.
Por fim, na parte econômica busca-se explicar como o homem explora e
transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas pela seguinte
ordem: extrativismo, agricultura, pecuária, indústria, comércio, serviços e meios de
transporte – a circulação no território.
Observa-se que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolve-se por meio de
blocos (Geografia física, humana e econômica) que não se relacionam nem
internamente, nem entre si, desarticulados no espaço e no tempo. Na Geografia física,
por exemplo, não é estabelecida uma relação entre clima, solo, relevo e hidrografia,
faz-se uma descrição sem correlações entre os elementos. Com tudo isso, segundo
MORAES (1993, p.93), no Brasil, “a partir de 1970, a Geografia Tradicional está
definitivamente enterrada; suas manifestações, dessa data em diante, vão soar como
sobrevivências, resquícios de um passado já superado”.
Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do conhecimento
geográfico, bem como a serviço de quem está esse conhecimento. Qual o papel do
ensino de Geografia na formação de um cidadão crítico da organização da realidade
socioespacial.
A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto
indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de
ações, não considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história se
dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma concepção de geografia que possibilite ao
educando desenvolver um conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão do
mundo, privilegiando a sua dimensão socioespacial. Para MORAES (1998, p.166),
“formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-lhe não uma
explicação pronta do mundo, mas elementos para o próprio questionamento das várias
explicações. Formar o cidadão democrático implica investir na sedimentação no
educando do respeito à diferença, considerando a pluralidade de visões como um valor
em si”.
Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e interpretar o
espaço geográfico, partindo da compreensão de que o espaço é entendido como produto
das múltiplas, reais e complexas relações, pois, como mostra SANTOS (2001, p.174)
“vive-se em um mundo de indefinição entre o real e o que imagina-se dele”. E, em
conformidade com RESENDE (1986, p.181) “é preciso reconhecer a existência de uma
saber geográfico, que é próprio do educando trabalhador, um saber que está
diretamente ligado com sua atitude intelectiva, respondendo sempre ao seu caráter
social, objetivo, de um todo integrado, um espaço real”.
Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam aos
educandos compreenderem a realidade que os cerca em sua dimensão espacial, em sua
complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja entendido como o produto das
relações reais, que a sociedade estabelece entre si e com a natureza. Segundo CARLOS
(2002, p.165) “A sociedade não é passiva diante da natureza; existe um procedimento
dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades diferenciados em função de
momentos históricos específicos e diferenciados. Nesse sentido, o espaço é humano
não porque o homem o habita, mas porque o produz”.
Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do conhecimento
geográfico, ou seja, perceber além da paisagem visível.
Torna-se urgente, assim, romper com a compartimentalização do conhecimento
geográfico. Neste sentido, faz-se necessário considerar o espaço geográfico a partir de
vários aspectos interligados e interdependentes, os fenômenos naturais e as ações
humanas, as transformações impostas pelas relações sociais e as questões ambientais de
alcance planetário, não desprezando a base local e regional.
Nesse contexto, o homem passa a ser visto como sujeito, ser social e histórico
que produz o mundo e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998, p.192) “O ensino
de geografia deve propiciar ao aluno a compreensão de espaço geográfico na sua
concretude, nas suas contradições, contribuindo para a formação de raciocínios e
concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço, pensando os fatos e
acontecimentos mediante várias explicações”.
O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais revela as
contradições presentes na construção do espaço, inerentes ao modo como homens e
mulheres transformam e se apropriam da natureza. Nesta perspectiva, há que se tornar
possível ao educando perceber-se como parte integrante da sociedade, do espaço e da
natureza. Daí a possibilidade dele poder (re)pensar a realidade em que está inserido,
descobrindo-se nela e percebendo-se na sua totalidade, onde revelam-se as
desigualdades e as contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de Geografia contribui
na formação de um cidadão mais completo, que se percebe como agente das
transformações socioespaciais, reconhecendo as temporalidades e o seu papel ativo nos
processos.
50.2. Encaminhamentos metodológicos
Percebe-se que a prática metodológica no tocante ao ensino de Geografia, tem
sido assentada em aulas expositivas, na leitura de textos e em questionários com
respostas pré-determinadas, tendo como objetivo a memorização dos conteúdos.
Porém, tal prática tem se mostrado insuficiente para que se concretize a construção do
conhecimento geográfico. Portanto, faz-se necessário repensar a metodologia para que,
de fato, se assegurem os objetivos a que a disciplina de Geografia se propõe.
É preciso que o educando se perceba enquanto sujeito, como produto e ao
mesmo tempo transformador do espaço, por meio de suas ações e até mesmo de suas
omissões.
É importante que a escolha da metodologia possibilite ao educando mecanismos
de análise e reflexão sobre sua condição. Segundo FREIRE (1983, p.61): “não há
educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados”, portanto, é
importante a valorização dos saberes que os educandos possuem e que foram
acumulados ao longo de suas existências. Esses saberes devem ser o ponto de partida
para a construção de outros saberes. No caso da Geografia, tais pressupostos se tornam
mais evidentes e necessários.
A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve tornar os
conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se busque explicitar e
oportunizar a observação, a análise e a reflexão, categorias essenciais para o
desenvolvimento de “um olhar geográfico” da realidade, ou seja, do mundo vivido.
Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para a
abordagem dos conteúdos ou temas. Problematizar significa levantar questões
referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica em expor as
contradições que estão postas, buscar explicações e relações e construir conceitos.
Exemplo: ao trabalhar o tema “Indústrias no Brasil”, escolher uma indústria local e
questionar:
1. Qual a necessidade de termos uma indústria na nossa cidade?
2. Quais mudanças foram provocadas por sua instalação?
3. Qual a sua importância para o município, estado, país?
4. Qual sua importância para a população?
5. Por que ela se instalou nessa região?
6. Como é seu processo produtivo?
7. Quais impactos vem causando no ambiente?
Se não houver indústria local, problematizar a razão disso e questionar se é
necessário uma indústria para garantir qualidade de vida na comunidade ou na cidade.
A problematização pressupõe que se estabeleça o diálogo, ou seja, que o
educando seja ouvido, o que significa envolve-lo na construção do conhecimento.
Considerando a concepção do ensino de Geografia, numa perspectiva crítica e
dialética e tendo em vista que no seu encaminhamento metodológico é fundamental
considerar os saberes que os educandos trazem consigo, vinculados a sua história de
vida, optou-se pela organização do currículo de Geografia, em três grandes eixos:
Espaço, Relações Sociais e Natureza.
Esses eixos estabelecem relações entre si e permitem a compreensão da
totalidade do espaço geográfico. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não é a soma, mas
o conjunto da formação socioespacial. A compreensão da migração campo-cidade, por
exemplo, só ganha sentido quando a ela se relaciona a estrutura fundiária, a questão da
má distribuição das terras, a industrialização das grandes metrópoles, a periferização e
a qualidade de vida em si.
O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza articula-se as
temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os conteúdos selecionados,
devem ser trabalhados nas suas interrelações, rompendo-se com a
compartimentalização e com a linearidade do conhecimento geográfico, possibilitando
a explicitação do processo de produção do espaço pelas sociedades.
Cabe ao professor, como mediador na construção do conhecimento, criar
situações de aprendizagem, tomando como ponto de partida as experiências concretas
dos educandos no seu local de vivência, seja uma área rural, uma aldeia indígena ou no
meio urbano, de modo a permitir a resignificação de sua visão de mundo.
51. Conteúdos do ensino de Geografia no EF e EM
51.1. 5ª Série/6 Ano
51.1.1.Conteúdos estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
51.1.1.1. Conteúdos básicos
• Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
• Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
• As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
51.1.1.2. Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos
básicos.
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.
Para o entendimento do espaço geográfico, faz-se necessário o uso dos
instrumentos de leitura cartográfica e gráfica, compreendendo signos, legenda, escala e
orientação.
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do
ensino dessa disciplina. As categorias de análise da Geografia, as relações sociedade-
natureza e as relações espaço-temporais são fundamentais para a compreensão dos
conteúdos.
As realidades local e paranaense deverão ser consideradas, sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas,
com uso da linguagem cartográfica - signos, escala e orientação.
As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
51.1.1.3. Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas.
• Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e
técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas.
• Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica.
• Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas
consequências econômicas, socioambientais e políticas.
• Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia.
• Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território, natureza e
sociedade.
• Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões
econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos,
atividades produtivas.
• Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado de
fatores históricos, naturais e econômicos.
• Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organização
espacial.
• Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.
• Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
51.2. 6ª Série/7 Ano
51.2.1.Conteúdos estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
51.2.1.1. Conteúdos básicos
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• A evolução demográficada população, sua distribuição espacial e indicadores
estatísticos.
• Movimentos migratórios e suas motivações.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico.
• A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
51.2.1.2. Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos
básicos.
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do
ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia, as relações sociedadenatureza e as
relações espaço-temporal, são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.
As realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas
geográficas com uso da linguagem cartográfica – signos, escala e orientação.
As culturas afrobrasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
51.2.1.3. Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e
lugar.
• Localize-se e oriente-se no território brasileiro, através da linguagem
cartográfica.
• Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes
formas de regionalização do espaço geográfico.
• Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do
território.
• Entenda o espaço brasileiro dentro do contexto mundial, compreendendo suas
relações econômicas, culturais e políticas com outros países.
• Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo. •
Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a preservação
dos recursos naturais.
• Identifique a diversidade cultural regional no Brasil construída pelos diferentes
povos.
• Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no
território.
• Relacione as migrações e a ocupação do território brasileiro.
• Identifique a importância dos fatores naturais e o uso de novas tecnologias na
agropecuária brasileira.
• Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no
campo.
• Entenda o processo de formação e localização dos microterritórios urbanos.
• Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização
brasileira.
• Entenda o processo de transformação das paisagens brasileiras, levando em
consideração as formas de ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a
dinâmica populacional e a diversidade cultural.
• Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da
natureza e trouxe consequências ambientais.
• Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades
econômicas e as consequentes mudanças nas relações sócio-espaciais e
ambientais.
• Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão-de-obra,
mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.
51.3. 7ª Série/8 Ano
51.3.1.Conteúdos estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
51.3.1.1. Conteúdos básicos
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
• O comércio em suas implicações socioespaciais.
• A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
• A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço
geográfico.
• As relações entre o campo e a cidade na sociedadecapitalista.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
• As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
• Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
51.3.1.2. Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos
básicos.
Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do
ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia, as relações sociedadenatureza e as
relações espaço-temporal, são fundamentais para a compreensão dos conteúdos.
As realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas
geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos,escala e orientação.
As culturas afrobrasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
51.3.1.3. Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem, natureza,
sociedade e lugar.
• Identifique a configuração socioespacial da América por meio da leitura dos
mapas, gráficos, tabelas e imagens.
• Diferencie as formas de regionalização do Continente Americano nos diversos
critérios adotados.
• Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das
paisagens mundiais.
• Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do
Continente Americano.
• Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a influência
política e econômica na regionalização do Continente Americano.
• Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua exploração econômica no
continente Americano.
• Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação das
mercadorias , pessoas e informações na economia regional.
• Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e nas
questões ambientais.
• Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização.
• Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades
produtivas industriais e agrícolas e suas conseqüências ambientais e sociais.
• Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua
relação com a apropriação dos recursos naturais.
• Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas implicações
socioespaciais.
• Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua
distribuição espacial.
• Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos americanos
em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos.
• Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos
naturais para a sociedade contemporânea.
• Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no
Continente Americano.
51.4. 8ª Série/9 Ano
51.4.1.Conteúdos estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
51.4.1.1. Conteúdos básicos
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
• A revolução tecnicocientífico-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
• O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
• A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos.
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
• A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)
organização do espaço geográfico.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
51.4.1.2. Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos
básicos. Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica.
A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do
ensino dessa disciplina. As categorias de análise da Geografia, as relações sociedade-
natureza e as relações espaçotemporal, são fundamentais para a compreensão dos
conteúdos.
As realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas
com uso da linguagem cartográfica - signos,escala e orientação.
As culturas afrobrasileira e indígena deverão ser consideradas no
desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
51.4.1.3. Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza,
sociedades, região.
• Identifique a configuração socioespacial mundial por meio da leitura dos
mapas, gráficos, tabelas e imagens.
• Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência
política e econômica na regionalização mundial.
• Compreenda a atual configuração do espaço mundial em suas implicações
sociais, econômicas e políticas.
• Entenda as relações entre países e regiões no processo de mundialização.
• Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política
global, mas também apresentam particularidades.
• Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade
cultural.
• Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças demográficas
geradas no processo de industrialização.
• Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no espaço
geográfico.
• Entenda a importância econômica, política e cultural do comércio mundial.
• Identifique as implicações socioespaciais na atuação das organizações
econômicas internacionais.
• Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos territórios
nacionais.
• Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a desigual
distribuição de renda.
• Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas
demográficas adotadas nos diferentes espaços.
• Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais.
• Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades
produtivas.
• Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.
• Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego de
tecnologias de exploração e produção.
• Reconheça a importância estratégica dos recursos naturais para as atividades
produtivas.
• Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de
energia.
• Entenda a importância das redes de transporte e comunicação no
desenvolvimento das atividades produtivas.
51.5. Ensino Médio
51.5.1.Conteúdos estruturantes
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico
Dimensão sociambiental do espaço geográfico
51.5.1.1. Conteúdos básicos
• A formação e transformação das paisagens.
• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
• A revolução técnicocientífica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
• O espaço rural e a modernização da agricultura.
• O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
• A circulação de mãode-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
• Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
• A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
• Os movimentos migratórios e suas motivações.
• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
• O comércio e as implicações socioespaciais.
• As diversas regionalizações do espaço geográfico.
• As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
• A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
51.5.1.2. Abordagem teórico-metodológica
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos
básicos. Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território,
natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica. A compreensão
do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina.
As categorias de análise da Geografia, as relações sociedade natureza e as
relações espaço-temporal, são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. As
realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre que possível.
Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas
geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala e orientação. As
culturas afrobrasileira e indígena deverão ser consideradas no desenvolvimento dos
conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
51.5.1.3. Avaliação
Espera-se que o aluno:
• Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar.
• Faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia - mapas,
tabelas, gráficos e imagens.
• Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela
ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.
• Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.
• Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas
atividades produtivas.
• Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de
energia na sociedade industrializada.
• Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de
exploração e uso dos recursos naturais.
• Evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de
matériasprimas e a organização espacial.
• Reconheça as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos
étnicos no processo de configuração do espaço geográfico.
• Compreenda as ações internacionais de proteção aos recursos naturais frente a
sua
• importância estratégica.
• Compreenda o processo de formação dos recursos minerais e sua importância
política, estratégica e econômica.
• Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades
produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da população.
• Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional e sua
relação com os espaços de produção, circulação de mercadorias e nas formas de
consumo.
• Entenda como as guerras fiscais atuam na reorganização espacial das regiões
onde as indústrias se instalam.
• Compreenda a importância da tecnologia na produção econômica, nas
comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço
geográfico.
• Analise as novas tecnologias na produção industrial e agropecuária como fator
de transformação do espaço.
• Identifique a concentração fundiária resultante do sistema produtivo
agropecuário moderno.
• Entenda a importância das redes de comunicação e de informação na formação
dos espaços mundiais.
• Reconheça a importância da circulação das mercadorias, mão-de-obra, capital e
das informações na organização do espaço mundial.
• Analise a expansão das fronteiras agrícolas, o uso das técnicas agrícolas na
atualidade e sua repercussão ambiental e social.
• Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas
sociais e ambientais.
• Reconheça as interdependências econômicas e culturais entre campo e cidade e
suas implicações socioespaciais.
• Compreenda as relações de trabalho presentes nos espaços produtivos rural e
urbano.
• Relacione o processo de urbanização com as atividades econômicas.
• Compreenda o processo de urbanização considerando as áreas de segregação, os
espaços de consumo e de lazer e a ocupação das áreas de risco.
• Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.
• Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho, consumo
e de produção.
• Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos
indicadores sociais.
• Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países.
• Estabeleça a relação entre impactos culturais e demográficos e o processo de
expansão das fronteiras agrícolas.
• Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos
fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais.
• Compreenda o conceito de lugar e dos processos de identidade que os grupos
estabelecem com o espaço geográfico, na organização das atividades sociais e
produtivas.
• Identifique os conflitos étnicos e religiosos existentes e sua repercussão na
configuração do espaço mundial.
• Entenda a importância das ações protecionistas, da abertura econômica e da
OMC para o comércio mundial.
• Compreenda as ações adotadas pelas organizações econômicas internacionais,
FMI e Banco Mundial, em suas implicações na organização do espaço
geográfico mundial.
• Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a
divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos.
• Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações
econômicas e de poder na nova ordem mundial.
• Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações
de poder na configuração das fronteiras e territórios.
51.5.1.4. Avaliação do ensino de Geografia
Para que a avaliação cumpra o seu papel como parte integrante do processo
ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o objetivo da atividade avaliativa e o
conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar instrumentos diferenciados, analisar e
qualificar os resultados, para que a partir deles o educando possa refletir e opinar sobre
os saberes construídos e os conhecimentos organizados e para que o educador possa
rever a sua prática pedagógica.
A avaliação deve contemplar situações formais e informais e utilizar diversas
linguagens.
Os objetos da avaliação no ensino de Geografia, são os três eixos mencionados:
Espaço, Relações Sociais e Natureza. A partir deles, utilizar-se-á da descrição, da
representação, da interpretação, da localização e da análise para a compreensão das
transformações que se processam no espaço e na maneira como homens e mulheres
organizam e produzem o espaço por eles vivido.
Dessa forma, o educador deve encaminhar as ações do dia-a-dia, possibilitando
a construção de conceitos e, ao mesmo tempo, acompanhando o desenvolvimento da
aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se efetivar a construção da sua
autonomia e cidadania plena.
52. Referências
CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo:
Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002.
CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula: Práticas e
Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do
Sul/AGB, 1999.
CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos. Campinas:
Papirus, 1998.
FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.
MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec,
1993.
MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981.
RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São
Paulo: Hucitec, 1996.
_______ Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência
universal. Rio de Janeiro: Record, 2001.
53. Sociologia
53.1. Concepção do ensino de Sociologia
Após a leitura das Diretrizes curriculares de Sociologia para o Ensino médio,
observa-se que essa disciplina passou e está passando por inúmeras contradições.
Aceitação, por que após a Revolução Industrial viu-se a necessidade de ir a “fundo” no
estudo porque isso está acontecendo? Qual é a nossa sociedade? Quem faz parte dela?
Nós mudamos essa sociedade conforme nela estamos inseridos ou não?
Com o advento do Capitalismo, não pudemos ficarmos inertes perante essa
situação, algo estava por vir, ou algo já tinha ocorrido e nós não podíamos achar isso
natural, achar isso conseqüência, um mero acontecido.
Antes a sociologia tinha um alto cunho positivista, isto é seus dois mais
importantes representantes Durkhein e Augusto Conte, diziam que com a educação,
valores morais etc., era possível “corrigir” os indivíduos imperfeitos. Com normas e
regras, colocaríamos no seu devido lugar, isso tudo era papel para a educação. Era o
mesmo que deixar que a sociedade capitalista abraçasse tudo. Isso era uma
conseqüência, uma evolução e o indivíduo deveria adequar-se a isso sem fazer
questionamentos. Na década de 30, Gilberto Freire e Fernando de Azevedo em suas
obras Casa Grande e Senzala, já começaram a explicar o Brasil. Os negros brancos de
origem européia x os negros africanos, Fernando de Azevedo, via educação com um
problema social e merecia uma análise mais profunda.
Houveram outros inúmeros intelectuais que estudaram profundamente os
grande problemas sociais do Brasil, movimentos.Estudantis, urbanismo, econômicos
etc.
Após esses estudos viu se que a realidade era outra não bastava a teoria, teria
que se partir para a prática, deixar de lado o envolvimento com vontades políticas e
interesses políticos e firmar se como uma disciplina da educação onde pudesse ou pelo
menos tentasse mudar a realidade dos educandos. A disciplina de sociologia enfrenta
ainda dificuldades para ser inserida no cenário educacional que não tem esta disciplina
na sua tradição.
A carência de materiais didáticos aos alunos de Ensino Médio, falta de
metodologias especifica para esse nível e modalidade de ensino, acaba por
reproduzindo métodos de ensino superior. Com todos esses entraves é necessário deixar
claro os objetivos da Sociologia como disciplina escolar, a conscientização dos alunos
do conhecimento da sociedade em que eles vivem: Porque eles estão desempregados?
Porque uns têm muito e outros tem tudo? Qual o papel e a importância geral da
educação na vida de cada um deles e como cada um pode mudar ou pelo menos tentar
mudar a sociedade. Até nas questões locais, a sociologia a meu ver deve-se “fixar” na
realidade do aluno, onde mora? Com quem mora? Estuda ou não? Seu bairro é afastado
dos grandes centros, por quê? Que tipo de trabalho e que tipo de trabalhador fazem
parte do seu meio? Será preciso ele mudar-se geograficamente para ascender
socialmente ou ele pode permanecer ali e mudar esse quadro.
Você se então o objetivo grandioso dessa disciplina: analisar a sociedade e no
meio de diversos grupos também é um grande passo para não só “explicar” o meio em
que vivemos, e também fazer parte dessa sociedade e ver os meios para pelo menos
conseguir ser um sujeito ativo e não passivo diante das realidades que estão e irão
surgir.
É o conhecimento universal, o estudo da sociedade geral, na sua totalidade, isso
propicia ao aluno não ficar preso ao senso comum e acima de tudo ser um aluno crítico,
participativo. Pois tudo é englobado, não podemos ver o que acontece no nosso
cotidiano sem ligá-los ao capitalismo multinacional, a cultura de massas etc. Então
teremos alunos que irão começar a problematizar qualquer tema: trabalho, emprego,
exclusão, salário, lucro etc., as relações de poder, as ideologias, isto é um campo muito
vasto para os nossos educandos. Não devemos esquecer que essa disciplina nos ajuda a
saber usar nossos direitos, nossos deveres como cidadãos, a ser cidadãos globalizados,
porém “antenados” com possibilidade de sermos alunos atuantes tanto na área política,
social como dentro da própria casa ou escola. Para isso é necessário não somente a
teoria, a leitura com esclarecimento de textos. É necessário ir a campo, ver de perto a
realidade onde vivemos e comparar diferentes espaços e tentar mudar esses espaços, o
aluno indo ver de perto algo ou alguma coisa é mais construtivo para ele próprio, pois
pegando, vendo, mexendo ele está observando, experimentando, poderá então usar sua
criticidade poderá surgir novas idéias, novas perspectivas de vida para um futuro ou
para um agora, isso é que chamamos de transformação social.
O aluno deve ser visto como autor da sua cultura, considerar sua faixa etária,
nas necessidades materiais, sua origem social e nós como professores iremos
juntamente com ele utilizar uma metodologia para responder as necessidades de seu
grupo no processo avaliativo.
A Sociologia tem muito a oferecer, é algo assim: como meu aluno chegou aqui
na sala de aula. Como ele está agora? Como ele pensava. Como ele pensa? Mudou algo
ou alguma coisa? É interessante observar, questionar, junto com o aluno e ver o
processo. Como nosso aluno está avançado, quais suas dificuldades? A sociologia
sempre estará analisando, observando, mas diferente de antes ele agora vai analisar e
observar o que mudou? O que irá mudar? Saiu do senso comum? É esse o papel da
Socióloga?
53.2. Encaminhamentos metodológicos
Pensar na construção de uma fundamentação metodológica para a Sociologia
voltada para o Ensino Médio não é uma tarefa das mais fáceis, especialmente porque
pouco, ou quase nada, tem-se escrito ou estudado sobre.
Normalmente utilizamos algumas práticas ou metodologias aprendidas durante
a graduação, mas que são voltadas para a prática de pesquisa (bacharelado) e não para
o ensino (licenciatura).
Vamos retomar breves considerações a partir do que alguns pensadores
clássicos da Sociologia nos dizem. Iniciamos com Comte, pois este não separa método
e doutrina. A observação, a experimentação, a comparação, a classificação, a filiação
histórica (nas ciências sociais) constituem os instrumentos para a obtenção e ordenação
dos dados reais que, reunidos em hipóteses de trabalho, acabam por se constituir na
ciência propriamente dita. (FILHO, 1983:19)
Ele afasta-se do empirismo e do racionalismo, pois se não há teorias sem fatos,
também não há fatos sem teorias gerais que os informem, sendo ambos inseparáveis.
Por isso mesmo nem todos os fatos são relevantes ou significativos. (FILHO, 1983:19)
Durkheim indica que quando formos fazer uma pesquisa ou análise devemos
afastar nossas pré-noções e considerar nosso objeto de estudo como coisa. Para Weber,
o método histórico nos ajuda a compreender nosso objeto de estudo e diz que o
pesquisador teve ser neutro em relação a esse objeto. Já Marx nos ajuda a pensar a
partir do método dialético, procurando perceber as possíveis relações entre as esferas
econômicas, culturais e sociais.
E como trabalhar no Ensino Médio esses conteúdos? Que possíveis
metodologias poderão ser efetivadas?
Precisamos oferecer aos nossos alunos o contato com a linguagem sociológica e
por isso trabalhar com textos dos clássicos é fundamental. Além disso, pode-se
perceber como eles fizeram suas pesquisas, suas análises e que métodos utilizaram.
A pesquisa teórica aliada à pesquisa de campo, com temas como Instituições
Sociais, Movimentos Sociais, questões sobre desemprego, violência deve ser utilizada
pois os alunos, além de se envolverem com os conteúdos trabalhados, poderão ter
contato com as opiniões e perceber como o conhecimento chega à população e como
ela se organiza.
Trabalhar com filmes, músicas e com a literatura também pode ajudar a
compreender melhor determinada teoria ou conceito, além de ajudar os alunos a
desenvolverem o raciocínio sociológico.
54. Conteúdos distribuídos por série do EM
54.1. Conteúdo estruturante
O Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas
54.1.1.1. Conteúdos básicos
• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do
pensamento social;
• Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber.
• O desenvolvimento da Sociologia no Brasil.
54.1.1.2. Abordagem teórico-metodológica
Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que
podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de
recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para
que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção
coletiva dos novos saberes.
Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo
trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se
necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualizações propostas Essa prática deve permitir que os
conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o
conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras
disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
54.1.2.Avaliação
Espera-se que os estudantes compreendam:
• O processo histórico de constituição da Sociologia como ciência;
• Como as teorias clássicas relacionam-se com o mundo contemporâneo;
• Que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a
compreensão da sociedade e dos indivíduos.
• Que os conceitos formulados pelo pensamento sociológico contribuem para
capacidade de análise e crítica da realidade social que os cerca.
• Que as múltiplas formas de se analisar a mesma questão ou fato social refletem
a diversidade de interesses existentes na sociedade.
54.2. Conteúdo estruturante
O Processo de Socialização e as Instituições Sociais
54.2.1.Conteúdos básicos
• Processo de Socialização;
• Instituições sociais: Familiares; Escolares; Religiosas;
• Instituições de Reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.).
54.2.2.Abordagem teórico-metodológica
Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que
podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de
recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para
que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção
coletiva dos novos saberes.
Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo
trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se
necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os
conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o
conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras
disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
54.2.3.Avaliação
Espera-se que os estudantes:
• Identifiquem-se como seres eminentemente sociais;
• Compreendam a organização e a influência das instituições e grupos sociais em
seu processo de socialização e as contradições deste processo;
• Reflitam sobre suas ações individuais e percebam que as ações em sociedade
são interdependentes;
54.3. Conteúdo estruturante
Cultura e Indústria Cultural
54.3.1.Conteúdos básicos
• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na
análise das diferentes sociedades;
• Diversidade cultural;
• Identidade;
• Indústria cultural;
• Meios de comunicação de massa;
• Sociedade de consumo;
• Indústria cultural no Brasil;
• Questões de gênero;
• Cultura afrobrasileira e africana;
• Culturas indígenas.
54.3.2.Abordagem teórico-metodológica
Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que
podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de
recursos audiovisuais que, assim como os
textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens,
músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem a teoria
com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes.
Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo
trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se
necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os
conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o
conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras
disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
54.3.3.Avaliação
Espera-se que os estudantes:
Identifiquem e compreendam a diversidade cultural, étnica, religiosa, as
diferenças sexuais e de gênero presentes nas sociedades
Compreendam como cultura e ideologia podem ser utilizadas como formas de
dominação na sociedade contemporânea;
Compreendam como o conceito de indústria cultural engloba os mecanismos
que transformam os meios de comunicação de massa em poderosos instrumentos de
formação e padronização de opiniões, gostos e comportamentos;
Entendam o consumismo como um dos produtos de uma cultura de massa, que
está relacionada a um determinado sistema econômico, político e social.
54.4. Conteúdos estruturantes
Trabalho, Produção e Classes Sociais
54.4.1.Conteúdos básicos
• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
• Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
• Globalização e Neoliberalismo;
• Relações de trabalho;
• Trabalho no Brasil.
54.4.2.Abordagem teórico-metodológica
Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que
podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de
recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para
que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção
coletiva dos novos saberes.
Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo
trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se
necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os
conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o
conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras
disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.
54.4.3.Avaliação
Espera-se que os estudantes compreendam, de forma crítica:
• A diversidade das formas de trabalho em várias sociedades ao longo da história
• A sociedade capitalista e a permanência de formas de organização de trabalho
diversas a ela.
• As especificidades do trabalho na sociedade capitalista;
• Que as desigualdades sociais são historicamente construídas, ou seja, não são
“naturais”, variam conforme a articulação e organização das estruturas de
apropriação econômica e de dominação política;
• As transformações nas relações de trabalho advindas do processo de
globalização;
54.5. Conteúdos estruturantes
Poder, Política e Ideologia
54.5.1.Conteúdos básicos
Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo, totalitarismo
Estado no Brasil;
Conceitos de Poder;
Conceitos de Ideologia;
Conceitos de dominação e legitimidade;
As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
54.5.2.Abordagem teórico-metodológica
Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que
podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de
recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para
que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção
coletiva dos novos saberes.
Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo
trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se
necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualizações propostas.
Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem
constantemente entre si e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue
com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade
curricular do Ensino Médio.
54.5.3.Avaliação
Espera-se que os estudantes:
• Analisem e compreendam, de forma crítica, o desenvolvimento do Estado
Moderno e as contradições do processo de formação das instituições políticas;
• Analisem criticamente os processos que estabelecem as relações de poder
presentes nas sociedades.
• Compreendam e avaliem o papel desempenhado pela ideologia em vários
contextos sociais.
• Compreendam os diversos mecanismos de dominação existentes nas diferentes
sociedades.
• Percebam criticamente várias formas pelas quais a violência se apresenta e
estabelece na sociedade brasileira.
54.6. Conteúdos estruturantes
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
54.6.1.Conteúdos básicos
• Direitos: civis, políticos e sociais;
• Direitos Humanos;
• Conceito de cidadania;
• Movimentos Sociais;
• Movimentos Sociais no Brasil;
• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
• A questão das ONG’s.
54.6.2.Abordagem teórico-metodológica
Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de
problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que
podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos
sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.
Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de
recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A
utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para
que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção
coletiva dos novos saberes.
A utilização e análise de documentos oficiais, tais como: Constituição Federal,
Estatuto do Idoso, Estatuto da Criança e do Adolescente, Código de Defesa do
Consumidor, Direito Ambiental, dentre outros, pode ser explorada nas discussões.
Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de
maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo
trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno.
Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se
necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualizações propostas.
Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem
constantemente entre si e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue
com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade
curricular do Ensino Médio.
54.6.3.Avaliação
Espera-se que os estudantes:
• Compreendam o contexto histórico da conquista de direitos e sua relação com a
cidadania;
• Percebam como direitos, que hoje se consideram “naturais”, são resultado da
luta de diversos indivíduos ao longo do tempo;
• Sejam capazes de identificar grupos em situações de vulnerabilidade em nossa
sociedade, problematizando a necessidade de garantia de seus direitos básicos;
• Compreendam as diversas possibilidades de se entender a cidadania.
• Compreendam o contexto histórico do surgimento dos diversos movimentos
sociais em suas especificidades.
55. Avaliação do ensino de Sociologia
Para que a avaliação cumpra o seu papel como parte integrante do processo
ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o objetivo da atividade avaliativa e o
conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar instrumentos diferenciados, analisar e
qualificar os resultados, para que a partir deles o educando possa refletir e opinar sobre
os saberes construídos e os conhecimentos organizados e para que o educador possa
rever a sua prática pedagógica.
A avaliação deve contemplar situações formais e informais e utilizar diversas
linguagens e instrumentos.
Dessa forma, o educador deve encaminhar as ações do dia-a-dia, possibilitando
a construção de conceitos e, ao mesmo tempo, acompanhando o desenvolvimento da
aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se efetivar a construção da sua
autonomia e cidadania plena.
56. Referências
ADORNO, Theodor W. Textos escolhidos. São Paulo: Nova Cultural, 1996. (Os
Pensadores)
BOBBIO, Norberto. As teorias das formas de governo. Brasília: UNB, 1985.
_______________. Estado, governo e sociedade: por uma teoria geral da política.
Rio de janeiro: Paz e Terra, 1990.
BOSI, Alfredo. Cultura Brasileira: temas e situações. São Paulo: Ática, 1991.
BOURDIEU, Pierre. A Miséria do Mundo. Petrópolis: Vozes, 2003.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2000.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
_____________. Cultura e democracia: o discurso competente e outras falas. São
Paulo: Cortez, 1990.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis, Vozes, 1987.
FREYRE, Gilberto. Casa grande & senzala: introdução a historia da sociedade
patriarcal no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 2000.
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2001.
_______________ O Saber Local. Petropolis: Vozes, 2001.
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ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. 2a ed. São Paulo: Brasiliense, 1996.
SADER, Eder. Quando novos personagens entram em cena: experiências e lutas dos
trabalhadores na grande São Paulo. São Paulo: Paz e Terra, 1995.
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SINGER, Paul. O capitalismo: sua evolução, sua lógica e sua dinâmica. São Paulo:
Moderna, 1987. (Coleção Polêmica)
WEFFORT, Francisco. (org.) Os Clássicos da Política. Vol. 1. São Paulo: Ática,1994.
________________________ Os Clássicos da Política. Vol. 2. São Paulo: Ática,1994.
57. Filosofia
57.1. Concepção do ensino de Filosofia
Ao falar em ensino de filosofia é comum lembrar a clássica questão que se
levanta a respeito da cisão entre filosofia e filosofar. Ensinamos filosofia ou a filosofar.
Kant quer afirmar a autonomia da razão filosofante diante da própria filosofia. Por
outro lado, para Hegel, não é possível conhecer o conteúdo da filosofia sem filosofar.
Para Gallo & Kohan “a própria prática da filosofia leva consigo o seu produto e
não é possível fazer filosofia sem filosofar, nem filosofar sem filosofia, porque a
filosofia não é um sistema acabado nem o filosofar apenas a investigação dos
princípios universais propostos pelos filósofos”.
É nesta perspectiva que construímos este currículo de filosofia, indicando que
não é possível filosofar sem filosofia e estudar filosofia sem filosofar. Deste modo,
entendemos que as aulas de filosofia serão espaços de estudo da filosofia e do filosofar.
Em nosso caso estamos fazendo uma opção pelo ensino de filosofia a partir de seis
conteúdos estruturantes, que são temas clássicos da filosofia. Esses problemas, no
entanto, são também problemas inseridos e decorrentes da história da filosofia e, foram
tratados pelos clássicos da filosofia. Esses problemas serão estudados e analisados à luz
da história da filosofia com o auxílio de textos filosóficos, de modo que a leitura do
texto deve dar subsídios para que o aluno possa pensar o problema, pesquisar, fazer
relações, e criar conceitos.
A leitura filosófica tem uma especificidade, pois dissolve as interpretações já
cristalizadas, mantendo a possibilidade de novas representações a partir das forças e
intensidades a novas interpretações, e novas soluções para o problema podem surgir. E
novos conceitos podem ser criados.
Esta criação de conceitos se dá a partir da tentativa de problematizar
filosoficamente situações da vida atual, que de alguma forma são problemas também da
A aula de filosofia deve ser acima de tudo um espaço de problematização sob a
mediação do professor que ajuda os alunos a criarem problemas, mas também, orienta a
solução. Pela sensibilização por meio do problema, o professor provoca e convida o
aluno a buscar na História da Filosofia e nos clássicos as diferentes maneiras de ver o
problema, com as possíveis soluções que já foram elaboradas e a partir disso elaborar
novos conceitos, que darão repostas aos problemas e que daí novas questões e novos
problemas podem surgir.
A partir da sensibilização com o problema, professor e alunos voltam-se para a
Filosofia produzida historicamente pelos filosóficos na busca de repostas e quem sabe
novas perguntas para o problema inicial, na tentativa de ampliar a visão sobre ele e
quem sabe fazer novas perguntas, criando assim a possibilidade de argumentar
filosoficamente, por meio de raciocínios lógicos num pensar coerente e critico,
possibilitando o desvelamento da realidade, tornando-se capaz de perceber o que está
por trás das idéias e de como elas se tornam ideologias, possibilitando a autonomia de
pensamento.
Na tentativa de entender e solucionar o problema é indispensável a visão de
totalidade, a que se propõe a Filosofia. O problema deve ser estudado também sob a
perspectiva conceitual de outras disciplinas do ensino médio, o que permitirá ao aluno
perceber que o conhecimento filosófico não é estanque e fechado em si, mas que
dialoga com outras áreas do conhecimento
É preciso ter as outras disciplinas como aliadas para compreender o rico mundo
da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte. Este tipo de leitura põe
em risco a atividade filosófica, pois bastaria um método de leitura dos textosfilosóficos
e estaria garantida a atividade filosófica. Ir ao texto filosófico ou para a história da
filosofia não significa trabalhar numa perspectiva em que os conteúdos da história da
Filosofia passem a ser a única preocupação da aula de filosofia.
57.2. Encaminhamentos metodológicos
O trabalho realizado pelo professor em sala de aula deve assegurar para o
estudante a experiência do “específico” da atividade filosófica. Como afirma Aspis
(2004); O professor deve ensinar a pensar filosoficamente, a organizar perguntas num
problema filosófico, ler e escrever filosoficamente, a investigar e dialogar
filosoficamente, avaliar filosoficamente, criar saídas filosóficas para o problema
investigado.
Ao se propor trabalhar determinado conteúdo a partir de problemas
significativos para os alunos do ensino médio é importante que haja a preocupação em
não ser superficial, e demorar o tempo necessário para realização de todo o processo de
ensino proposto, desde a sensibilização com o problema, passando pelo estudo dos
textos filosóficos até a criação de conceitos para que se garanta de fato a atividade
filosófica.
Nesta perspectiva sabemos de onde partimos no ensino de filosofia, mas jamais
saberemos onde vamos chegar, dado a dinâmica do processo. Cabe perguntar qual o
papel do professor de filosofia neste contexto do ensino de filosofia no ensino médio?
O professor de filosofia precisa ser/ou se tornar filósofo, para, acima de tudo,
conseguir construir espaço de problematização compartilhado com seus alunos, a fim
de que possa articular os problemas da vida atual com as respostas e formulações da
história de filosofia e a elaboração de conceitos.
O exercício filosófico poderá se manifestar em cada aula, na relação - educador
– educando, através do qual ambos possam refazer o percurso filosófico.
O professor de filosofia deve ter claro que o processo de ensino aprendizagem
em filosofia possui uma peculiaridade que a faz diferente de todas as outras disciplinas.
O aprender e o ensinar em filosofia só se concretiza na experiência que acontece em
cada aula e na relação professor e do estudante com os problemas suscitados e a busca
de soluções no texto filosófico, elaborando novos conceitos. Ele terá sempre o controle
do que ensina, mas jamais do que o aluno aprende.
57.3. Conteúdos de Filosofia
A questão dos conteúdos da Filosofia constitui-se em constantes inquietações e
interrogações por parte dos professores de Filosofia no Ensino Médio.
Ao romper com aquela concepção sistematizadora e enciclopédica da Filosofia,
este currículo não pretende desvalorizar os conteúdos que podem ser trabalhados ao
longo do percurso filosófico. Podem tornar-se mediadores da prática de desvelamento
do mundo, das suas formas de manifestação e de busca de significados. Deste modo o
ensino de Filosofia não se dá no vazio, no indeterminado, na generalidade refém da
subjetividade.
O aprendizado dos conteúdos como mediadores da reflexão filosófica deve
recorrer necessariamente a tradição filosófica da História da Filosofia confrontando
diferentes pontos de vistas e concepções filosóficas, de modo que o estudante perceba a
forma própria com que cada um aborda os problemas colocados. A compreensão
histórica de como o surgimento do pensamento racional entre os gregos foi decisivo no
desenvolvimento da cultura da civilização ocidental. Entender a conquista da
autonomia da racionalidade (o Logos) diante do Mito marca o advento de uma etapa
fundamental na história do pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções
científicas produzidas ao longo da história humana. A passagem do pensamento mítico
ao pensamento racional no contexto dos pré-socráticos, depois com Sócrates e aos que
seguiram depois. A própria ciência, apesar da sua roupagem científica, esconde as
artimanhas do mercado capitalista apresentando-se como neutra.
57.3.1.Teoria do Conhecimento
É uma disciplina filosófica que investiga quais os problemas decorrentes da
relação entre o sujeito e o objeto do conhecimento:
• quanto à possibilidade do conhecimento: pode o sujeito apreender o objeto?
dogmatismo, ceticismo, ecletismo.
• Quanto ao âmbito do conhecimento: abrange a totalidade do real, ou se
restringe ao sujeito que conhece? Realismo, idealismo.
• Quanto à origem do conhecimento: qual é a fonte do conhecimento?
Racionalismo, empirismo.
57.3.2.Ética
A ética é o estudo dos fundamentos da ação humana.
Um dos grandes problemas enfrentados pela ética é o da relação entre o sujeito
e a norma.
A ética é, portanto, o espaço da análise, da crítica e da criação de valores. Nesse
sentido ela pode ser ao mesmo tempo especulativa e normativa, crítica da heteronomia
e da anomia e propositiva da busca da autonomia. Por isso, a ética defende a existência
dos valores morais e do sujeito que age a partir de valores, com consciência,
responsabilidade e liberdade, no sentido da luta contra toda e qualquer forma de
violência.
No plano das relações internacionais, os recentes acontecimentos, como as
guerras de invasão, as ações terroristas estatais ou não, o desrespeito aos direitos
humanos, nos demandam uma série de questões sobre o sentido do poder, da soberania,
da democracia, da liberdade e da tolerância.
Entendemos que o estudo das questões fundamentais da filosofia política, das
principais correntes e dos seus autores, clássicos e contemporâneos, deve constituir-se
como espaço fundamental a ser ocupado, e que pode contribuir no debate sobre os
possíveis sentidos da vida política, buscando assim a criação de uma linguagem capaz
de alimentar o imaginário político e as ações cidadãs dos estudantes do ensino médio.
57.3.3.Estética
São muitas e complexas as definições da estética através da história da filosofia,
sobretudo, nas últimas décadas, são questões quase sempre recorrentes, e ao
considerarmos o espaço e o tempo de uma introdução à filosofia do ensino médio,
temos que fazer escolhas. A estética pode ser entendida como um campo de estudo dos
princípios (a priori) da sensibilidade (aísthesis). Na modernidade, Baumgarten se
notabilizou pelo caráter inaugural da estética enquanto o estudo da essência do belo,
mas ainda preso à tradição de Leibniz e Wolff, a entendeu como uma forma de
conhecimento inferior ao Kant, por sua vez, desenvolve a categoria da estética
transcendental, que trata a sensibilidade de maneira distinta dos princípios do
entendimento puro, estabelecidos na lógica transcendental.
No segundo sentido, que pode estar mais ou menos distante do primeiro, ou até
dele desvinculado, a estética se torna filosofia da arte. Trata-se da dimensão axiológica
da estética.
A formação dos cinco sentidos é um trabalho de toda a história do mundo até
aqui. (MARX, K. 2004. p.110,111)
Nessa linha Marcuse escreve que “a dimensão estética não pode validar um
princípio de realidade” (MARCUSE, p. 156) reduzido a uma lógica do desempenho e
comprometido com a esterilização da criação, da imaginação e da liberdade, um
princípio de realidade que condena a humanidade à unidimensionalidade da razão
instrumental. O sentido da estética deve ser o de se colocar na contracorrente da
repressão cultural – a arte como antídoto da barbárie. A multiplicação dos discursos
denunciando a crise da arte ou sua captação fatal pelo discurso, a generalização do
espetáculo ou a morte da imagem são indicações suficientes de que, hoje em dia, é no
terreno estético que prossegue uma batalha ontem centrada nas promessas da
emancipação e nas desilusões da história”.((BACHELARD, G. 1990. p. 01)
57.3.4.Filosofia da Ciência
A ciência e a tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o
universo empirista e pragmatista da pesquisa aplicada, daí surge a importância de
entendê-las e é exatamente aqui que está a importância da filosofia da ciência.
Vivemos um momento de triunfo da ciência – genoma, transgênicos,
clonagem…etc. fazem parte do nosso cotidiano.
A filosofia da ciência é o estudo critico dos princípios, das hipóteses e dos
resultados das diversas ciências. A utilidade da filosofia da ciência ou epistemologia,
segundo Mário Bunge se dá se ela satisfizer às seguintes condições:
• Refere-se à ciência propriamente dita.
• Ocupa-se de problemas filosóficos que se apresentam no curso da investigação
científica ou na reflexão sobre os problemas, métodos e teorias da ciência.
• É capaz de distinguir a ciência autentica da pseudociência.
58. Conteúdos distribuídos por conteúdo estruturante
58.1. Conteúdos estruturantes
Mito e filosofia
58.1.1.Conteúdos básicos
• Saber mítico;
• Saber filosófico;
• Relação Mito e Filosofia;
• Atualidade do mito;
• O que é Filosofia?
58.1.2.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante Mito e Filosofia e seus conteúdos básicos sob a
perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos
clássicos e seus comentadores.
58.1.3.Avaliação
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Mito e Filosofia,
elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos.
Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e
criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
58.2. Conteúdo estruturante
Teoria do conhecimento
58.2.1.Conteúdos básicos
• Possibilidade do conhecimento;
• As formas de conhecimento
• O problema da verdade;
• A questão do método;
• Conhecimento e lógica.
58.2.2.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante Teoria do Conhecimento e seus conteúdos básicos
sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos
filosóficos clássicos e seus comentadores.
58.2.3.Avaliação
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Teoria do
Conhecimento, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos.
Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e
criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
58.3. Conteúdo estruturante
Ética
58.3.1.Conteúdos básicos
• Ética e moral;
• Pluralidade ética;
• Ética e violência;
• Razão, desejo e vontade;
• Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
58.3.2.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante Ética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da
pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus
comentadores.
58.3.3.Avaliação
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Ética, elaborando
respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos.
Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e
criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
58.4. Conteúdo estruturante
Filosofia Política
58.4.1.Conteúdos básicos
• Relações entre comunidade e poder;
• Liberdade e igualdade política;
• Política e Ideologia;
• Esfera pública e privada;
• Cidadania formal e/ou participativa.
58.4.2.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante Filosofia Política e seus conteúdos básicos sob a
perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos
clássicos e seus comentadores
58.4.3.Avaliação
Na complexidade do mundo contemporâneo com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Filosofia
Política, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos.
Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e
criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
58.5. Conteúdo estruturante
Filosofia da Ciência
58.5.1.Conteúdos básicos
• Concepções de ciência;
• A questão do método científico;
• Contribuições e limites da ciência;
• Ciência e ideologia;
• Ciência e ética.
58.5.2.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante Filosofia da Ciência e seus conteúdos básicos sob a
perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos
clássicos e seus comentadores.
58.5.3.Avaliação
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Filosofia da
Ciência, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos.
Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e
criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
58.6. Conteúdo estruturante
Estética
58.6.1.Conteúdos básicos
• Natureza da arte;
• Filosofia e arte;
• Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
• Estética e sociedade
58.6.2.Abordagem teórico-metodológica
A abordagem teórico-metodológica deve ocorrer mobilizando os estudantes
para o estudo da filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo.
O ensino de Filosofia deverá dialogar com os problemas do cotidiano, com o
universo do estudante – as ciências, arte, história, cultura - a fim de problematizar e
investigar o conteúdo estruturante Estética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva
da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e
seus comentadores.
58.6.3.Avaliação
Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas
particularidades e especializações, espera-se que o estudante possa compreender,
pensar e problematizar os conteúdos básicos do conteúdo estruturante Estética,
elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.
Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade
filosófica com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma
posições e, de forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos.
Portanto, terá condições de ser construtor de idéias com caráter inusitado e
criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor.
58.7. Avaliação do ensino de Filosofia
A avaliação para o ensino de Filosofia não deve se restringir ao mero
cumprimento de exigências legais, para mensuração de notas. A avaliação deve estar
inserida no contexto da própria aula de Filosofia e sua especificidade. Esta
especificidade deve ser levada em conta no processo de avaliação como advertem
Koham & Waksman (2002, p. 32): A filosofia como prática, como discussão com o
outro, como construção de conceitos, encontra então seu sentido na experiência de
pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse acontecimento inusitado que o
educador pode propiciar, preparar, porém, não determinar e, menos ainda, avaliar ou
medir.
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não possui
uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar e mesmo redirecionar o
curso da ação do processo ensino-aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do
processo educacional, que professores, estudantes e a própria instituição de ensino
estão construindo coletivamente. No ensino de Filosofia, a avaliação não se trata
meramente de perceber o quanto o aluno assimilou o conteúdo presente na história de
Filosofia, o problema dos filósofos, nem tão pouco sua capacidade de tratar deste ou
daquele tema.
Ao avaliar o professor deve ter um profundo respeito pela pessoa e pelas
posições dos estudantes mesmo que o professor não concorde com elas, o que está em
jogo é a capacidade de argumentar e de identificar os limites da própria posição.
O que deve ser levado em consideração é a atividade com conceitos, a
capacidade em construir e avaliar posições em detectar os princípios subjacentes aos
temas e discursos. Lembremos da divisão canônica de Deleuze e Guattari, que se
referem às três idades do conceito:
Avaliar a capacidade do estudante do ensino médio em criar conceitos.Que
conceitos foram elaborados. Que pré-conceitos foram quebrados. Qual o discurso que
se tinha antes e qual o discurso se tem após o estudo, aula de filosofia. Neste sentido a
avaliação de filosofia tem início já com a sensibilização, coletando o que o aluno pensa
antes (preconceitos) e o que pensa após o processo de criação dos conceitos. Neste
sentido é possível entender a avaliação como um processo que se dá no interior da
própria aula de filosofia e não um momento em separado destinado a avaliar.
59. Referências
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experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, nº 64. A Filosofia e seu ensino.São
Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004)
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Tradução Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1990.
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Companhia das Letras, 1997.
CHAUI, M. Convite a Filosofia. 13ª edição. São Paulo. Ática. 2003.
__________. O retorno do teológico-político. In: Retorno ao republicanismo. Sérgio
Cardoso (org.). Belo Horizonte: Editora UFMG, 2004.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. e
Alberto Alonso Muñoz. Rio de Janeiro: Ed.34, 1992. 288 p. (Coleção Trans) - Título
original: Qu’est-ce que la philosophie?
GALLO, S.; KOHAN, W. O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes,
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KOHAM & WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil. In:
FÁVERO, A A; KOHANN, W.O.; RAUBER, J.J.Um olhar sobre o ensino de
Filosofia. Ijuí: Ed. da UNUJUÍ, 2002.
MARCUSE, H. Eros e Civilização. Uma interpretação filosófica do pensamento de
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MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. Tradução do original alemão
(MEGA), por Jesus Ranieri. São Paulo: Boitempo, 2004.
RANCIÈRE, J. A partilha do sensível. Estética e política. Tradução de Mônica Costa
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ARTIGOS DE JORNAL
RIBEIRO, R.J. Último vôo da andorinha solitária. In: Estado de São Paulo,
06/03/2005
60. Ensino Religioso
60.1. Concepção do ensino de Ensino Religioso
Após a leitura das Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino
Fundamental observou-se que a disciplina percorreu um longo trajeto histórico até sua
afetiva regulamentação na LDBEN 9394196 para o país e a Deliberação 03102 que
regulam então o Ensino Religioso nas Escolas Públicas do Sistema Estadual de Ensino
do Paraná.
O Ensino Religioso esteve durante décadas vinculado ao ensino do catolicismo
e, de acordo com a Dimensão Histórica da Disciplina de Ensino Religioso apresentou-
se marcos importantes constituição dessa disciplina. 0 breve histórico do Ensino
Religioso apresenta-se bem elaborado, visando orientar os professores do mesmo sobre
a constituição do Ensino Religioso e sua proposta de ensino, que atualmente se
distancia das práticas catequéticas, enfatizando a reflexão e o entendimento de como os
grupos sócias se constituem culturalmente e como se relacionam com o sagrado.
Os Fundamentos teórico-metodológicos fazem uma discussão teórica, segundo
importantes autores sobre o assunto, da importância de explicações que justificam as
novas configurações da disciplina. 0 ponto central dessa discussão é a citação de
autores,que não se restringem ao são é a citação de autores,que não se restringem ao
contexto brasileiro e que ajudam a entender a necessidade de um novo enfoque para o
Ensino Religioso.
O objetivo geral da disciplina foca precisamente esse novo aspecto para a
disciplina de Ensino Religioso, que prioriza o estudo das diferentes manifestações do
sagrado no coletivo, analisado e compreendendo o sagrado como o cerne da
experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural religioso.
Além disso, maneira objetiva dos conteúdos estruturantes propostos para o
Ensino Religioso (a paisagem religiosa,o símbolo e o texto sagrado), referenciais que
permitem abarcar, com qualidade nos conteúdos escolares, a pluralidade das tradições
religiosas e, especificante, o sagrado, o principal objeto de estudos da disciplina.
60.2. Encaminhamentos metodológicos
O encaminhamento da disciplina do Ensino Religioso considera os pressuposto
da proposta curricular do Estado do Paraná, já apontados pela SEED (ARCO-VERDE,
2005) que definem a ênfase nos conteúdos científicos, nos saberes escolares das
disciplinas em consonância ao processo de elaboração coletiva, com base nas reflexões
que contemplem: a visão de mundo, de homem e de escola; a concepção de Educação,
suas teorias e práticas; a contextualização da Educação frente à conjuntura nacional, os
estudos da realidade sócio-econômica e cultural da região; o perfil do aluno e do
professor paranaense, bem como da escola e dos órgãos colegiados; as diretrizes
curriculares nacionais; a legislação educacional, os resultados de estudos de demandas
escolares, bem como as bases dos projetos que compõem a cultura escolar.
Assim sendo, ao delinear o encaminhamento das aulas de Ensino Religioso, o
tratamento dos conteúdos considerará os seguintes princípios:
• A superação, pelo conhecimento, do preconceito à ausência ou à presença de
qualquer crença religiosa, toda forma de proselitismo, bem como a
discriminação de toda e qualquer expressão do sagrado;
• o entendimento de que a escola é um bem público e laico, cujo acesso e
permanência é direito adquirido por todo cidadão brasileiro;
• Não admissão do uso do espaço/tempo escolar para legitimar a uma
manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é
um espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos,
campanhas e celebrações;
• Reconhecimento das diversas manifestações do sagrado como sendo
componentes do patrimônio cultural e as relações que estabelecem entre si;
• A necessidade da construção, reflexão e socialização do conhecimento religioso
que proporcione ao indivíduo sua base de formação integral, de respeito e de
convívio com o diferente;
• O uso da linguagem pedagógica e não religiosa referente a cada expressão do
sagrado, adequada ao universo escolar, na compreensão desse espaço como
sendo de reflexão e sistematização de diferentes saberes;
• O respeito, por parte do docente, ao direito à liberdade de consciência e à opção
religiosa do educando, transpondo qualquer ato prosélito, relevando os aspectos
científicos do universo cultural do sagrado e a diversidade sociocultural posta
diante de todos;
• A necessidade de articular o Ensino Religioso, como componente curricular, no
Projeto Político-Pedagógico da escola, de forma coletiva, com a comunidade,
nos princípios da gestão democrática.
Ao se organizar os conteúdos do Ensino Religioso e encaminhar
metodologicamente esse processo, convém ressaltar a necessidade de promover
“simultaneamente a mediação entre a sociedade e a escola, a cultura e as aprendizagens
socialmente significativas e a teoria e a prática, sendo nesta dimensão a expressão de
um projeto cultural que a escola concretiza sob determinadas condições...”
(OLIVEIRA, 2004, p. 119)
O Ensino Religioso como componente curricular busca a compreensão cultural
por meio da elaboração de suas temáticas, a relação na manifestação do sagrado em sua
profunda diversidade. É pertinente considerar no planejamento da disciplina, no
tratamento das temáticas as seguintes orientações:
• O planejamento coerente das aulas em consonância aos anseios dos educandos
para a promoção do conhecimento significativo, levando-se em conta seus
saberes já elaborados.
• As diferentes manifestações do sagrado em suas práticas coletivas;
• O conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das diferentes
culturas nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas;
• O tratamento do sagrado como construção histórico-social, agregando-se ao
patrimônio cultural da humanidade, por conseqüência, a vivência do educando;
• A seleção de fontes que retratem com fidedignidade a manifestação do sagrado;
• Uma metodologia que esteja pautada no entendimento da complexidade social,
a leitura das múltiplas linguagens e a possibilidade de ampliar o universo
multicultural do conhecimento e da ciência;
• A organização social das atividades, bem como a organização do tempo e
espaço que favoreça o diálogo, a reflexão e a interação entre professor, aluno e
conhecimento.
Pensar o encaminhamento metodológico de uma disciplina, não se reduz a
determinar formas, métodos, ou materiais a serem utilizados em sala de aula, mas
pressupõe um (re) pensar e refletir sobre que concepção se possui do processo de
ensino e de aprendizagem, que vínculos se estabelece com os alunos, e ainda o
entendimento de como esse aluno aprende.
61. Conteúdos do Ensino Religioso
61.1. O Sagrado como foco do Fenômeno Religioso
Para compreender a essência da experiência religiosa é importante focalizar o
sagrado que concretiza o fenômeno religioso na sociedade, favorecendo a análise, a
avaliação e a classificação das diferentes manifestações religiosas. O sagrado ajuda a
compreender as expressões que não obedecem às leis da natureza, sendo atribuídas a
um transcendente ou imanente que intervém no andamento natural das coisas, indicado
como algo sagrado. O sagrado é aquilo que tendo como respaldo toda herança cultural
influencia na forma como se visualiza o que é focado e vivenciado pelo homem no
âmbito religioso.
Pode-se estabelecer quatro instâncias para análise e reconhecimento do sagrado:
• Paisagem religiosa - refere-se à materialidade fenomênica do sagrado, a qual é
apreendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua
concretude, os espaços sagrados.
• Texto sagrado - é a tradição e a natureza do sagrado enquanto fenômeno. Nesse
sentido o reconhecemos através das Escrituras Sagradas, das Tradições Orais
Sagradas e dos Mitos.
É uma dimensão de inspiração muito presente na experiência religiosa. É a
experiência do sagrado em si. Trata-se daquilo que qualifica uma sintonia entre o
sentimento religioso e o fenômeno sagrado.
Nesse sentido a disciplina de Ensino Religioso tem muito a contribuir.
61.2. 5ª série/6 ano
61.2.1.Conteúdos estruturantes
Organizações religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
61.3. 6ª série/7 ano
61.3.1.Conteúdo estruturante
Temporalidade Sagrada
Festas Religiosas
Ritos Vida e Morte
61.3.2.Abordagem teórico-metodológica
Os Conteúdos Básicos devem ser tratados sob a ótica dos três Conteúdos
Estruturantes;
A linguagem utilizada deve ser a científica e não a religiosa, a fim de superar as
tradicionais aulas de religião;
É vedada toda e qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo que
os conteúdos do Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conhecimento da
diversidade sócio-político e cultural.
61.3.3.Avaliação
Espera-se que o aluno:
Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;
• Desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;
• Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de
cada grupo social
62. Avaliação do Ensino Religioso
É no Projeto Político-Pedagógico da escola que se concretiza e se pensa sobre
os critérios da avaliação, levando em conta que quaisquer métodos ou técnicas
avaliativas necessitam demonstrar mais que o simples desempenho ou resultado do
educando, mas permitir que o campo de estudo da(s) disciplina(s) seja
permanentemente analisado, refletido e significado, possibilitando tanto aos educandos
quanto aos professores, relacionar os novos saberes aos já adquiridos, numa perspectiva
– no Ensino Religioso – de compreensão, leitura e análise sobre os diferentes
fenômenos sócio-culturais do sagrado.
O professor realizará seu planejamento (re)significando os temas a serem
abordados, o objetivo apontado, o encaminhamento metodológico escolhido e a
avaliação, lembrando que o processo não é finito, mas uma constante construção e
(re)elaboração.
Desse modo, os conhecimentos relativos a este campo do saber são
fundamentais, sem perder de vista as especificidades do Ensino Religioso.
63. Referências
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ROHMANN, Chris. O livro das idéias: pensadores, teorias e conceitos que
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WALDENFELS, Hans; KÖNING, Franz. Léxico das religiões. Petrópolis, Rio de
Janeiro: Vozes, 1995.
7. A GESTÃO ESCOLARA participação dos segmentos que compõem a comunidade escolar acontece de
forma efetiva quando seus membros estão sensibilizados e conscientes da importância
de sua participação no Conselho Escolar e APMF (Associação de Pais, Mestres e
Funcionários). Portanto, a participação de todos é fundamental nas decisões a serem
tomadas e é o que determina a proposta pedagógica da escola. O Conselho de Escola é
órgão colegiado e de suma importância, com natureza deliberativa e fiscal, devendo ter
por princípio estabelecer, acompanhar avaliar, reavaliar a Proposta Pedagógica,
promovendo assim a articulação entre os segmentos da comunidade escolar. O
Conselho Escolar está constituído com estatuto próprio e com princípios de
representatividade, assegurando equilíbrio dos segmentos dos profissionais da
educação, funcionários e dos pais dos alunos e alunos do ensino fundamental e médio.
Além do Conselho de Escola, outro órgão de importância á a APMF, também
com estatuto próprio e representatividade dos pais, professores e funcionários. Tendo
como objetivo principal discutir e sugerir ações que oportunizem integração família-
escola, bem como gerir e administrar os recursos financeiros próprios e o que lhe forem
repassados através de convênios.
As reuniões de Conselho de Escola e APmF estão previstas em estatuto próprio
e são convocadas em Regime Ordinária e Extraordinária, sempre que necessário.
Todos os recursos financeiros disponibilizados para a Escola são discutidos com
todos os segmentos e sua aplicação definida pelas prioridades levantadas pelos
segmentos e aprovadas pelo Conselho de Escola e Diretoria da APMF, como preconiza
o princípio da Gestão Democrática.
O planejamento em conjunto para o uso das verbas possibilita a aplicação dos
recursos com maior rapidez e eficiência atendendo assim a expectativa da escola e da
comunidade.
A escolha de material didático passa pela discussão da equipe de profissionais
envolvidos em seu uso, devendo respeitar os critérios estabelecidos em reuniões com o
colegiado escolar, mantendo coerência com a proposta metodológica da escola.
Outra forma organizacional é o Conselho de Classe, composto pelos
professores, pedagogos, direção, funcionários e que tem por objetivo discutir e avaliar
as questões pedagógicas e o processo ensino-aprendizagem, propondo procedimentos
adequados a cada caso. Suas reuniões acontecem periodicamente ou sempre que
necessário, normalmente estabelecido no calendário escolar.
As reuniões pedagógicas são previstas sem calendário e tem por finalidade as
discussões e estudos visando os encaminhamentos e aprendizagem dos alunos.
As reuniões de pais ocorrerão sempre que possível e necessário para que se
possibilite um maior contato e interação da família com o processo educacional de seu
filho (a).
Entendo Gestão Compartilhada como uma forma de trabalho, onde todos têm
direito de participar e decidir em conjunto independente da função que exerça. O
resultado deste trabalho poderá ser visto nas melhorias realizadas e nos resultados
apurados através dos diversos formatos de avaliação que apuram o rendimento escolar
dos educandos.
A organização do calendário escolar para o ano letivo será sempre definida
segundo as diretrizes da SME, para aprovação legal do Conselho Estadual de
Educação, segundo exigências da lei.
Todo processo humano implica em relacionamentos, interação, construção
coletiva e tende a apresentar melhores resultados quando os envolvidos participam de
modo efetivo do planejamento, das decisões, das avaliações e das ações. Participação
implica em comprometimento com os resultados, possibilita compartilhamento de
responsabilidades.
A direção da escola preconiza os princípios da Gestão Participativa e são
defendidos pela atual Direção como forma de atuação condizente com o processo
democrático que impera no na educação.
Segundo PINSKY (1998), "a mudança de atitude das pessoas com relação à
escola, baseada num sentimento de responsabilidade mútua, poderia constituir o ponto
de partida para uma importante virada. Afinal de contas, cidadania é participação, é ter
direito e obrigações, e, ao contrário do que muitos pensam, se aprende na escola”.
A interação da escola com a comunidade é a forma de ação mais eficaz na
participação da comunidade como prática no processo de construção da cidadania,
conscientizando-a para ocupar melhor seu espaço de direito, de maneira saudável,
propomo-nos a colaborar com a dinamização de projetos e ações para a ocupação dos
espaços da escola.
A comunidade em que a escola está inserida é desprovida de espaços sócio-
culturais e de lazer.
Assim, a construção de uma cultura participativa pode se efetivar na Escola
Pública, tornando-a cada vez mais um espaço democrático de debate e enfrentamento
coletivo das questões locais, regionais e sociais.
A comunidade já indicou o desejo de participar de cursos de iniciação
profissionalização e lazer em áreas múltiplas como: iniciações esportivas, culturais e
corporais; teatro e dramatização; música instrumental e canto coral; artes visuais;
recreação; horticultura; pintura; crochê; corte e costura; bordado; culinária; computação
e inglês. O desafio é operacionalizar esses cursos para promover constantemente ações
de conscientização, resgate da cidadania, valorização dos talentos da comunidade,
preços acessíveis, certificação dos novos conhecimentos.
Outra forma de articulação e parceria é a Rede de Proteção que reúne
profissionais e representantes dos diversos segmentos do serviço público e da
comunidade para zelar pelas crianças e adolescentes da nossa região, atendendo o
disposto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Nossa escola participa da
Rede de Proteção sediada na Escola Municipal Margarida Orsso Dallagassa, sempre
que possível das reuniões mensais ou extraordinárias com um representante que ajuda
nas discussões dos casos debatidos nas reuniões, colaborando no apontamento de ações
e encaminhamentos ou apresentando casos que se façam necessários e apresente para o
educando situação de risco social ou negligência familiar. Sempre que necessário é
enviada a FICA ao Conselho Tutelar para as devidas providências, quando esgotados as
possibilidades da escola.
8. AVALIAÇÃO INSTITUCIONALA avaliação deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as
qualidades e as fragilidades da instituição para promover o aperfeiçoamento da gestão
escolar e da educação ofertada por esta instituição, compromissando a todos a
participar da construção de um novo conceito de Escola.
O sucesso da Proposta Pedagógica da Escola está condicionado as avaliações
constantes sobre o trabalho desenvolvido no seu interior, assim como as políticas
desenvolvidas pela mantenedora.
Não basta identificar os fatores que interferem é necessário promover mudanças
quando essas demonstram serem necessárias. A avaliação das políticas e das práticas
educacionais, enquanto responsabilidade coletiva pressupõe a clareza das finalidades
essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos,
bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas
finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização.
A avaliação institucional aqui proposta abrange a todos da comunidade escolar
seja, tanto na construção dos instrumentos de avaliação qualitativa (pesquisas) quanto
os indicadores dela resultantes, envolvendo os educadores, educandos, direção, equipe
pedagógica e administrativa, de serviços gerais, pais, alunos e demais membros da
comunidade escolar. Ao nos apropriarmos dos resultados destes instrumentos
poderemos, avaliar e reavaliar as ações desenvolvidas, desde as relacionadas à
capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo
no interior da escola, no sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias
na prática pedagógica e administrativa. Estaremos assim, pensando a escola como um
todo. Os planos de discussões periódicas entre equipe pedagógico-administrativa,
professores, funcionários pais e SEED deverão fazer parte da nossa rotina.
Outro instrumento da grande valia e que deve ser considerado para avaliar e
redirecionar a práxis pedagógica, guardando os devidos limites que o instrumento
proporciona, é a PROVA BRASIL. Este instrumento elaborado pelo Mec, que tem o
intuito verificar o nível de aprendizagem dos alunos da 4ª e 8 ª séries do Ensino
Fundamental nas escolas públicas do Brasil, pode indicar o nível de desempenho
acadêmico em nossa escola e oportunizar uma reflexão sobre os elementos que
puderam interferir nesses resultados, leva-nos a discutir sobre os encaminhamentos até
então realizados, os aspectos de lotação de pessoal na unidade escolar, a influência do
entorno da escola, as questões sociais e econômicas dos educandos. Porém, o que de
fato importa é a tomada de ações para promover a melhoria na qualidade de ensino
ofertado pelo Colégio Beatriz Faria Ansay, cumprindo desta forma o seu objetivo que é
proporcionar aos nossos alunos uma educação de qualidade, que busca nos princípios
da eqüidade, inseri-los na sociedade garantido assim, o direito a igualdade.
Como em todo e qualquer processo o elemento chave para que se alcance os
resultados positivos planejados e desejados estarão condicionados ao envolvimento e
comprometimento de todos. Oportunizando a autonomia e participação que, são
imprescindíveis para o avanço das atitudes, tornando-os mais responsáveis e
comprometidos.
9. CONSIDERAÇÕES FINAISAo avaliar, é preciso conhecer e considerar todos os aspectos da vida da escola
no que diz respeito às estruturas; aos órgãos de administração e gestão; aos meios e
recursos; às formas de participação de todos os atores educativos e suas práticas; aos
constrangimentos; às políticas; às expectativas e necessidade e simbólicas; às relações
interpessoais e às interações com o Estado, a sociedade e a comunidade, aos sucessos e
insucessos; ao que já foi realizado e ao projeto futuro.
Este projeto foi lançado e elaborado pela equipe pedagógica do
Estabelecimento, com a participação dos professores, da direção, dos funcionários e
alguns membros da comunidade.
Foi criado pensando em proporcionar melhores condições para ajudar na
formação dos cidadãos conscientes, críticos e felizes, pois acreditamos ser esta a
grande tarefa educativa que perseguimos.
Os princípios estão postos.
Para que se torne ação educativa, esperamos o engajamento de todas as pessoas
que ensinam e aprendem, convivem e trabalham com as pessoas que fazem parte do
Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay.
Autores:
Professores e Funcionários deste Estabelecimento.
Co-autores
Professores, funcionários e alguns membros da comunidade escolar.
10.REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICASBRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069, de julho de 1990.
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Decreto 2494/98 da Presidência da República.
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