PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - Notícias · denominar Escola Estadual Alfredo Moisés Maluf Ensino...

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COLÉGIO ESTADUAL ALFREDO MOISÉS MALUF ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Rua Arlindo Marquezine Nº 654 – CEP 87023-180 Conjunto Hermann Moraes de Barros – Maringá -Pr [email protected] Fone: (44) 3263-6867 / 3263-9677 PROJETO POLÍTICO  PEDAGÓGICO MARINGÁ 2011 1-

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLÉGIO ESTADUAL ALFREDO MOISÉS MALUFENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 

Rua Arlindo Marquezine Nº 654 – CEP 87023­180Conjunto Hermann Moraes de Barros – Maringá ­Pr

[email protected]: (44) 3263­6867 / 3263­9677

PROJETO POLÍTICO 

PEDAGÓGICO

MARINGÁ2011

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................5

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...........................................................5

1.1. Escola..............................................................................................................5

1.2. Localização......................................................................................................5

1.3. Dependência Administrativa ..........................................................................6

1.4. NRE.................................................................................................................6

1.5. Entidade Mantenedora....................................................................................6

1.6. Aspectos Históricos.........................................................................................6

2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR...........................................................7

2.1. Modalidade de Ensino, número de turmas e turno.........................................7

2.2. Implantação do ensino de nove anos do ensino fundamental........................9

2.3. Ambientes Pedagógicos...................................................................................9

2.4. Regime Escolar..............................................................................................11

2.5. Critérios de Organização de Turma...............................................................12

2.6. Organização curricular utilizada...................................................................12

3. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR ............................................12

3.1. Diagnóstico e perfil da comunidade..............................................................13

3.2. Identificação dos problemas relativos à aprendizagem e aos índices de 

aproveitamento escolar........................................................................................49

3.3. Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino e probabilidades e avanços da 

prática pedagógica...............................................................................................49

3.4. Identificação dos problemas relativos à gestão escolar................................52

3.5. Formação Inicial e Continuada dos profissionais da educação.....................53

3.6. Relação entre os profissionais da escola e discentes....................................54

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................55

4.1. Filosofia da Escola.........................................................................................55

4.2. Objetivos do Colégio  ...................................................................................57

4.3. Concepção de infância e adolescência..........................................................58

4.4. Currículo.......................................................................................................60

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

4.5. Trabalho como princípio educativo e tecnologias.........................................61

4.6. Ensino, aprendizagem e avaliação................................................................62

4.7. Conselho de classe participativo...................................................................65

4.8. Propostas de trabalho pertinentes à organização escolar.............................66

4.9. História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena.................................68

4.9.1. Inclusão Educacional.................................................................................69

4.9.2.Gênero e Diversidade Sexual......................................................................71

4.9.3. História e Cultura Indígena (Lei 11645/08)..............................................74

4.9.4. Música (Lei 11769/08)...............................................................................75

4.9.5. Prevenção ao uso indevido de drogas .......................................................76

4.9.6. Sexualidade humana .................................................................................76

4.9.7. Educação Ambiental (Lei 9795/99)...........................................................77

4.9.8. Educação Fiscal e Tributária (Decreto 1143/99)........................................77

4.9.9. Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente (direito das 

crianças e adolescentes) (Lei federal 11525/07) ................................................78

5. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS.......................................................................79

5.1. Sala de Apoio e Aprendizagem......................................................................79

5.2. Monitoria......................................................................................................80

5.3. Sala de Recursos...........................................................................................81

6. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR...................................................................83

6.1. Segundo Tempo.............................................................................................83

6.2. CELEM...........................................................................................................84

6.3. ACCC – ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR EM 

CONTRATURNO....................................................................................................84

7. CALENDÁRIO ESCOLAR ..................................................................................86

8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA...........................................................................88

9. PLANO DE TRABALHO DOCENTE (FORMA/ESTRUTURA DEFINIDA NO 

COLETIVO ESCOLAR)...........................................................................................91

10. FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP...91

11. MATRIZ CURRICULAR....................................................................................92

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

12. DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DA ESCOLA ............94

ENSINO FUNDAMENTAL.......................................................................................94

Arte......................................................................................................................94

Ciências..............................................................................................................105

Educação Física..................................................................................................116

Ensino Religioso.................................................................................................124

Geografia............................................................................................................128

História..............................................................................................................136

Língua Portuguesa..............................................................................................162

Matemática........................................................................................................179

Inglês..................................................................................................................189

ENSINO MÉDIO..................................................................................................199

Arte....................................................................................................................199

Biologia..............................................................................................................211

Educação Física..................................................................................................226

Filosofia..............................................................................................................231

Física..................................................................................................................240

Geografia ...........................................................................................................244

História..............................................................................................................253

Língua Portuguesa e Literatura..........................................................................260

Matemática........................................................................................................280

Química..............................................................................................................289

Sociologia ..........................................................................................................294

Inglês (LEM).......................................................................................................302

REFERÊNCIAS GERAIS.......................................................................................307

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

INTRODUÇÃO 

O documento a seguir consiste na apresentação do Projeto Político Pedagógico 

do Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf. É  fruto das observações realizadas pela 

comunidade escolar,  sobre o  funcionamento do colégio, onde se detectaram novas 

necessidades   a   serem   supridas,   para   um   novo   direcionamento   das   atividades   do 

colégio em questão.

A elaboração  foi  participativa,   contando com a participação de  professores, 

funcionários,   direção,   equipe   pedagógica   e   pais   (com   o   preenchimento   dos 

diagnósticos sobre o perfil  da comunidade escolar),    através  de discussões que se 

fizeram necessárias durante o desenvolvimento das atividades e estudos. Pretende­se 

com este Projeto Político Pedagógico nortear as ações pedagógicas e administrativas 

do colégio em todas as suas instâncias, além de definir suas relações com o espaço 

exterior.  

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

1.1. Escola

Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf – Ensino Fundamental e Médio

1.2. Localização

Rua Arlindo Marquezine – Nº 654

Conjunto Hermann Moraes de Barros

Maringá – PR

CEP: 87023­180 

Fone/fax:  (44)263­6867 / 3263­9677

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

1.3. Dependência Administrativa 

Estadual

1.4. NRE

Núcleo Regional de Educação de Maringá

1.5. Entidade Mantenedora

Governo do Estado do Paraná

1.6. Aspectos Históricos

  O   Colégio   Estadual   Alfredo   Moisés   Maluf   foi   criado   no   ano   de   1981, 

atendendo inicialmente o 1º Grau. Seu funcionamento foi autorizado pela Resolução 

01/82  de  19.03.82,   com o  nome de  Escola  Alfredo Moisés  Maluf,  passando  a   se 

denominar Escola Estadual Alfredo Moisés  Maluf­ Ensino de 1º grau, no ano de 1983.

Em 1987 foi criado o curso de 2º Grau ­ Educação Geral, no período noturno, 

através da Resolução 4569/87 de 15.12.87, passando assim a ser chamado de Colégio 

Estadual Alfredo Moisés  Maluf­ Ensino de 1º e 2º grau. Seu reconhecimento se deu 

pela  Resolução 4569/87 de 15.12.87.  A partir  do ano de 1998,  conforme a LDB, 

passou a adotar a nomenclatura de Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf – Ensino 

Fundamental  e  Médio,  atendendo a   instrução da  Resolução 3120/98 –  D.O.E.  De 

11.09.98.

Atualmente o Colégio tem porte 7 e atende 28 turmas do Ensino fundamental – 

5ª a 8ª séries ­ e 16 turmas do Ensino Médio, nos períodos diurno e noturno. O Ensino 

Fundamental é  ofertado no período da manhã, tarde e noite e o Ensino Médio no 

período da manhã e noite. 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Um pouco sobre o patrono da escola...

Alfredo Moisés Maluf veio para Maringá aos 48 anos. Aqui viveu entre os anos 

1948 e 1983, quando faleceu. Cidadão empreendedor, apesar de ter concluído apenas 

o  Ginasial,   foi   fundador  do  bem sucedido  Posto  Maluf   e   juntamente   com outros 

cidadãos, foi fundador do Lar dos Velhinhos. Constituiu família de quatro filhos e, 

ligado à vida social, participou de muitos eventos sociais, mantendo boa relação com 

o povo maringaense. Sua casa era ponto de encontro de amigos da cidade e região. 

Em 10 de maio de 1964 foi intitulado cidadão honorário de Maringá. Homenageado 

como pioneiro da cidade, seu nome foi dado ao nosso Estabelecimento de Ensino.

2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

O tempo em nosso colégio é distribuído em três períodos: manhã, tarde e noite, 

com atividades complementares em contraturno, tendo em seus espaços o serviço de 

apoio pedagógico, apoio administrativo e serviços gerais.

2.1. Modalidade de Ensino, número de turmas e turno

A   partir   de   2012     o   Colégio   Estadual   Alfredo   Moisés   Maluf   atenderá   na 

modalidade de Ensino Fundamental II, na forma seriada de 9 anos, de 5º a 9º ano e 

no Ensino Médio também na forma seriada. No corrente ano letivo de 2011, atende 

aproximadamente  1700   alunos,   distribuídos   em  47   turmas.  No   quadro   abaixo,   a 

distribuição dos alunos por modalidade e série:

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ENSINO FUNDAMENTAL

SÉRIE TURNOQUANTITADE 

DE ALUNOS

QUANTIDADE

DE TURMAS

5ª TARDE 315 9

6ª TARDE 210 7

7ª MANHÃ 140 4

7ª TARDE 70 2

7ª NOITE 35 1

8ª MANHÃ 140 4

8ª NOITE 35 1

ENSINO MÉDIO

1ª MANHÃ 175 5

1ª NOITE 70 2

2ª MANHÃ 105 3

2ª NOITE 70 2

3ª MANHÃ 70 2

3ª NOITE 70 2

CELEM – ESPANHOL BÁSICO

1ª INTERMED. TARDE 49 2

1ª NOITE 22 1

SALA DE RECURSO

1ª MANHÃ 17 1

ATIVIDADE COMPLEMENTAR ­ PROJETO 2º TEMPO

SEM SERIAÇÃO MANHÃ 107 2

TOTAL GERAL 1700 ALUNOS 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2.2. Implantação do ensino de nove anos do ensino fundamental

Com a ampliação do Ensino Fundamental para nove anos propõe­se o aumento 

do número de alunos incluídos no sistema educacional, isto porque pode contribuir 

para uma mudança na estrutura e na cultura escolar. O objetivo  é assegurar a todas 

as   crianças  um  tempo  mais   longo  de   convívio  escolar,  maiores   oportunidades  de 

aprender e, com isso, uma aprendizagem mais ampla. 

O  amparo   legal   para   a   ampliação  do  Ensino  Fundamental   constitui­se   dos 

seguintes dispositivos:

­Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – admite a matrícula no Ensino 

Fundamental de nove anos, a iniciar­se aos seis anos de idade.

­Lei no 10.172, de 9 de janeiro de 2001 – estabelece o ensino fundamental de 

nove anos como meta da educação nacional.

­Lei no 11.114, de 16 de maio de 2005 – altera a LDB e torna obrigatória a 

matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental.

­Lei no 11.274, de 6 de fevereiro de 2006 – altera a LDB e amplia o Ensino 

Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis anos de 

idade e estabelece prazo de implantação, pelos sistemas, até 2010.

­ Instrução N 008/2011 – SUED/SEED – instrui sobre a implantação do Ensino 

Fundamental de nove anos no Estado do Paraná. 

O colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, atenderá a partir de 2012 alunos de 

6º ano do Ensino Fundamental de nove anos. 

2.3. Ambientes Pedagógicos

Com relação à sua estrutura física, o Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf ­ 

EFM conta com:

✔ Um (01) Laboratório de Informática com 20 computadores (Paraná Digital), 

em boas condições, ambiente bem iluminado e arejado, espaço que os professores 

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podem utilizar para pesquisa, para preparar aulas e ministrar aula. Neste local há uma 

funcionária para o diurno e outra para o período noturno. Ao final de 2010, o colégio 

recebeu mais 16 computadores   do programa Proinfo (projeto do Governo Federal), 

sendo que todos os computadores ficam disponíveis para que os alunos e professores 

possam fazer pesquisas e aulas. 

✔ Um (01) laboratório de ciências, química e biologia: com boa estrutura física, 

mas com carência de alguns equipamentos e materiais (Anexo 2), que fazem falta 

para   a   aula   prática   satisfatória.   As   funcionárias   que   atendem   o   laboratório   de 

informática prestam também o atendimento necessário neste.

✔ Uma (01) Sala de Recurso: onde são atendidos os alunos com dificuldade de 

aprendizagem, utilizando métodos, estratégias e atividades diversificadas, ministrada 

pela   professora   Rosimar   Domingues,   formada   em   Pedagogia   e   Especialista   em 

Educação Especial.

✔ Uma (01) sala  dos professores:  utilizada para cumprir  as   tarefas de hora 

atividade e como espaço para lanche dos professores durante os intervalos.

✔ Dezoito (18) salas de aula com a capacidade de 45 alunos, todas as salas com 

cortinas, ventiladores e Tv”s pen­drive.

✔ Uma (01) biblioteca, cuja estrutura física tem sido dividida para diferentes 

funções,  entre elas  uma sala  de hora­atividade utilizada pelos  professores,  espaço 

para   os   alunos   realizarem   pesquisas   e   trabalhos,   e   um   espaço   para   atender   o 

Programa   Leite   das   Crianças.   Seu   acervo   bibliográfico   tem   melhorado   com   os 

exemplares   recebidos,   porém   ainda   não   é   o   ideal.   Nesse   espaço   trabalham   três 

funcionárias que atendem neste local nos períodos manhã e tarde e uma funcionária 

no período noturno. Ao início do ano, os alunos dos períodos matutino e vespertino 

recebem todos os livros de sua série. Os alunos do período noturno utilizam os livros 

em formas de kits, que são levados para as salas de aula ao início da aula e devolvidos 

ao término do período. Observação: no período noturno trabalhamos dom kits devido 

ao fato de atendermos alunos que são trabalhadores e geralmente vem para o colégio 

direto do trabalho.

✔ Um   (01)   auditório:   que   tem   um  espaço   físico   para   atender   apenas   100 

10­

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pessoas,  pois   foi  dividido para atender alunos da Sala de Apoio.   É  utilizado para 

reuniões com pais, palestras com alunos, professores e funcionários, principalmente 

nos encontros de capacitação pedagógica e também para o Projeto 2º Tempo.l

✔ Uma (01) quadra de esportes coberta onde os professores de educação física 

ministram suas aulas,  além de ser utilizada, nos finais de semana, por alunos e a 

comunidade local, conforme sua necessidade. 

✔ Uma (01)  cozinha,   local  onde  as  merendeiras  preparam as   refeições  dos 

alunos. Trata­se de um ambiente em condições precárias, pouco adequado ao que se 

propõe, pois necessita de urgente reforma. Nesse ambiente duas cozinheiras prestam 

serviço durante o dia.

✔ Uma   (01)   cantina   terceirizada   onde   se   vende   lanches   assados,   sucos   e 

sorvetes de fruta.

✔ Dois   (02)   banheiros   (feminino   e   masculino),   com   dez   (10)   sanitários, 

reformados,  para  o  uso  exclusivo  dos  alunos  e   três   (03)  banheiros  para  uso  dos 

professores e funcionários, com cinco sanitários.

O setor administrativo do colégio reúne:

✔ Uma (01) sala da Direção e Direção Auxiliar;

✔ Uma (01) Sala da Equipe Pedagógica;

✔ Uma (01) Secretaria e Arquivo Morto anexo.

As   salas   do   setor   administrativo   são   pequenas.   Portanto,   são   necessárias 

ampliações urgentes para o melhor atendimento à comunidade escolar.

2.4. Regime Escolar

Atualmente o Colégio funciona em regime anual,  organizado em trimestres, 

conforme   definido  por   votação.   O   Colégio,   de   acordo   com  o   Regimento   Escolar, 

promove processo  de  classificação  e   reclassificação,   sempre  que necessário,   sendo 

vedada a progressão parcial.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2.5. Critérios de Organização de Turma

A princípio as turmas são formadas de acordo com a ordem de matrícula. No 

entanto, no início e eventualmente no decorrer do período podem ser feitas mudanças 

de turmas , se o objetivo for propiciar  melhores condições de estudo e aprendizagem.

2.6. Organização curricular utilizada

O  Colégio  Maluf   organiza   seu   currículo  por   disciplinas   respaldando­se  nas 

Diretrizes Curriculares Estaduais, na LDB e na Constituição Federal. 

3. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR 

Em nosso colégio o corpo docente, administrativo e de apoio, de acordo com a 

distribuição de suas funções, tem como vínculos funcionais:

✔ QFEB – Quadro de Funcionários da Educação Básica;

✔ QPPE – Quadro Próprio de Funcionários Poder Executivo;

✔ CLAD – Contrato Regido pela CLT;

✔ QPM – Quadro Próprio do Magistério;

✔ SCO2 – Aulas Extraordinárias;

✔ REPR – Contrato Temporário.

Os quais são assim distribuídos:

Equipe Diretiva:

✔ Uma (01) Diretora Geral com formação em Letras/Português e Inglês, com 

Especialização em Administração Escolar;

✔ Uma (01) Vice­diretora com formação em matemática e especialização na 

mesma área. 

Equipe Administrativa: 

✔ Uma (01) Secretária com formação em Ciências Contábeis e Pedagogia.  

✔ Oito (08) Agentes Educacionais II, sendo dois (02) agentes profissional com 

12­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

especialização, um (01) agente II com especialização, quatro (04) agentes têm ensino 

médio e dois (02) agentes têm formação superior, todos com Carga Horária de 40h.

✔ Dois (02) assistentes de execução – 01 com formação superior (carga horária 

de 40h) e 1 com mestrado (carga horária de 20h). As cargas horárias citadas acima 

são semanais.

Equipe pedagógica:

✔ Oito   (08)  professoras  pedagogas   –   todas   com  formação   em pedagogia   e 

especialização – sete (07) com Carga Horária 20 h e uma (01) com 40h semanais. 

Docentes:

✔ Oitenta e quatro (84) professores em regência – todos com licenciatura plena 

e especialização – Carga Horária variada nos períodos da manhã, tarde e noite. 

Equipe de apoio:

✔ Doze   (12)   Agentes   Educacionais   I,   sendo   cinco   (05)   com   Ensino 

Fundamental completo, seis (06) com Ensino médio e um (01) com formação superior 

– Carga Horária 40h semanais.

No total, são cento e dois (102) funcionários. 

Corpo Discente: 

✔ São atendidos  1554 alunos,  distribuídos  nos  períodos  da  manhã,   tarde  e 

noite.

3.1. Diagnóstico e perfil da comunidade

É a compreensão do contexto histórico, no qual a escola está inserida, que leva 

a  comunidade  escolar  ao  entendimento  mais  profundo  e  crítico  dos  aspectos  que 

envolvem o processo ensino aprendizagem. Como o Colégio Estadual Alfredo Moisés 

Maluf atende os alunos em três turnos, caracterizamos, de forma resumida, o perfil 

desta   comunidade,   considerando  a  divisão  por   turnos,  no  que  diz   respeito  a   seu 

histórico  de  aprovação;   reprovação,   instituição  de  origem,   condições  de  moradia, 

acompanhamento dos responsáveis na vida escolar dos alunos, constituição e renda 

familiar,   meios   de   transporte   usado   e   formação   acadêmica   dos   responsáveis.   A 

13­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

pesquisa foi realizada por meio de um questionário junto aos pais ou responsáveis 

durante o 2º bimestre do ano letivo de 2010.

No turno matutino, o Ensino Fundamental, que compreende as turmas de 7ª e 

8ª séries, apresentou, na média, os seguintes resultados: 90,5% dos alunos são novos 

nas séries, ou seja, não são repetentes na série, enquanto 9,5% são repetentes. Já no 

Ensino Médio, 87% são novos na série e 10% reprovaram, 3 % não informaram.  Os 

índices, por série, podem ser observados nas figuras abaixo:

14­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 1: Distribuição do índice de repetentes da série que frequentam, do período da 

manhã

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Mesmo entre os alunos promovidos às séries correspondentes ao ano de 2010, 

verificou­se que, em média 22% dos alunos do Ensino Fundamental e 31% do Ensino 

Médio já reprovaram em séries anteriores. 

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0

10

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30

40

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78%

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89%

1%0

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4%

96%

0%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 2: Distribuição do índice de repetentes em séries anteriores, do período da manhã

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Visto   que   este   estabelecimento  de   ensino  não  oferece   as   séries   iniciais   do 

Ensino Fundamental, a maioria dos alunos de 7ª e 8ª séries vieram de outras escolas, 

na maioria, municipais: Nadyr Maria Alegretti, Piveni Piassi Moraes, Midufo Vada e 

Milton Santos, todas situadas em bairros vizinhos. 

No Ensino Fundamental 19% dos alunos moram no mesmo bairro da escola e 

68,5%   moram   em   outros   bairros,   12,5%   dos   participantes   da   pesquisa   não 

16­

0

10

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30

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22%

75%

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23%

73%

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SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

responderam; no Ensino Médio 24% moram no mesmo bairro da escola,  67% em 

bairros mais distantes e 9% não responderam. Portanto, e a maioria dos alunos deste 

colégio são moradores de bairros próximos à escola, como: Quebec, Grevílea, Jardim 

Vitória, Jardim Copacabana e Jardim Paris, Palmeiras, Jardim Diamante, Império do 

Sol, Monte Rey, Jardim Imperial, Parque Avenida, Jardim Dias, Parque das Bandeiras, 

Portal das Torres, Jardim Lice, Eldorado, Estrada Miosótis, Jardim Kakogawa e Cidade 

Campo.

17­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 3: Distribuição do número de alunos por proximidade da escola, do período da  

manhã

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Constatou­se   ainda   que,   das   famílias   dos   alunos   do   Ensino   Fundamental, 

59,5% residem em casa própria, 27% em casa alugada e 13,5% em casa cedida1. Do 

Ensino   Médio,   71%   moram   em   casa   própria;   26%   em   casa   alugada;   16%   em 

residências cedidas e 1,4% não responderam. Já a porcentagem de alunos do Ensino 

1 Termo usado na comunidade para se referir a casas emprestadas por ONGs, instituições religiosas ou governamentais.

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0

10

20

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17%

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26%

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2%

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67%

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66%

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25%

69%

6%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Fundamental que moram com o pai e mãe é de 65,5%; aqueles que moram apenas 

com a mãe é de 16%; aqueles que moram com o pai é de 1,25%, e há ainda 4% de 

alunos   que   moram   com   os   avós   e   13,5%   moram   com   outros.   O   Ensino   Médio 

apresenta um percentual de 69,6% de alunos que moram com pai e mãe, 18% com a 

mãe, 2% com o pai, 4,6% com avós, 4% com outros e 1,8% não responderam.

Figura 4: Distribuição dos resultados quanto à posse de moradia, dos alunos da manhã

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

19­

0

10

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29%

69%

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25%

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72%

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25%

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3%

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70

80

26%

72%

2%

ALUGADA PRÓPRIA OUTRAS

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 5: Distribuição dos resultados quanto a com quem moram os alunos do período 

da manhã

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Considerando   o   nível   de   escolaridade   dos   pais   dos   alunos   do   Ensino 

Fundamental,   8%  cursaram apenas   de  1ª   a   4ª   série;   34% de   5ª   a   8ªsérie,   33% 

concluíram o Ensino Médio, 8% terminaram o Ensino Superior e 17% fizeram outros 

cursos. No Ensino Médio, 15% cursaram de 1ª a 4ª série e 26,6 %, de 5ª a 8ª do 

Ensino Fundamental; 42 % concluíram o Ensino Médio,   apenas 9,6% finalizaram o 

Ensino   Superior;   6,8%   dos   entrevistados   não   responderam   à   questão.   A   baixa 

20­

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10

20

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8072%

17%

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77%

13%

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8072%

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1%4% 3%

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70%

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3% 3% 4%

PAI/MÃE SÓ MÃE SÓ PAI AVÓS OUTROS

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

escolaridade dos pais dos alunos é preocupante, pois eles têm pouco conhecimento 

formal para auxiliar os filhos em seus estudos. Entretanto, segundo a pesquisa, no 

Ensino Fundamental 83%, no Ensino Médio 89% dos pais acompanham a vida escolar 

do filho, enquanto no Ensino Fundamental 6% e 8% no Ensino Médio não o fazem. 

Sobre a escolaridade dos cuidadores, 14% não responderam. 

Figura 6: Distribuição dos resultados quanto ao grau de instrução do responsável pelo  aluno do período da manhã

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

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42%

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16%

34%

41%

9%

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5

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50

16%

25%

45%

3%

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0

5

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19%

33%

41%

4% 3%

0

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11%

22%

40%

22%

5%

1ª A 4ª SÉRIE 5ª A 8ª SÉRIE ENSINO MÉDIO ENSINO SUPERIOR NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura  7:  Distribuição dos  resultados  quanto  ao grau de  acompanhamento  da  vida  

escolar dos alunos pelos responsáveis do período da manhã

7ª Série 8ª Série

1ºs Anos 2ºs Anos 3ºs Anos

Em   relação   à   situação   econômica,   17,5%   dos   pais   dos   alunos   do   Ensino 

Fundamental e 14,6% do Ensino Médio recebem até um salário mínimo; 28% dos pais 

do Ensino Fundamental e 27,6% do Ensino Médio recebem até 2 salários mínimos; 

19,5% dos pais do Ensino Fundamental e 31% dos pais do Ensino Médio até 3 salários 

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80 75%

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10089%

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10091%

7%2%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

mínimos; 21% e 23% respectivamente recebem 4 ou mais salários mínimos 14% não 

definiram renda e 3,8% não responderam. Observa­se que a maioria das famílias que 

compõe a comunidade escolar tem renda abaixo de três salários mínimos o que indica 

a dificuldade dessas famílias de garantir boa qualidade de vida aos seus.

Figura 8: Distribuição dos resultados quanto à renda familiar dos alunos do colégio do  

período da manhã

7ª Série 8ª Série

1ºs Anos 2ºs Anos 3ºs Anos

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0

5

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3%

0

5

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11%

27%

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14%

27%

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5

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13%

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33%

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9%

0

5

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22%

35%

27%

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40

11%

25%27%

37%

0%

ATÉ 01 SALÁRIO ATÉ 02 SALÁRIOS ATÉ 03 SALÁRIOS 04 OU MAIS SALÁRIOS NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Percebeu­se que é a grande maioria dos nossos alunos se dirigem a escola vindo 

a  pé,  não que suas   respectivas   residências   sejam próximas  da  escola,  pois  alguns 

fazem   uma   longa   caminhada   de   alguns   minutos.   Em   particular,   enfrentamos   a 

construção de uma rodovia, o Contorno Norte, que cortou alguns bairros, separando 

os alunos da escola e dificultando a utilização de transporte coletivo e o percurso até à 

escola.

Figura 9: Distribuição dos resultados quanto ao uso de veículos no trajeto até a escola

7ª Série 8ª Série

1ºs Anos 2ºs Anos 3ºs Anos

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0

10

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71%

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0

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19%

78%

3%

0

10

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90

16%

82%

2%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

11%

89%

0%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

No período  vespertino  24% dos  alunos  matriculados   são   repetentes  e  76% 

estão cursando a primeira vez a 5ª, 6ª ou 7ª série. Destes são repetentes 20% na 5ª e 

6ª série,  assim como, 32% dos alunos de 7ª série são repetentes.  Entre os alunos 

promovidos  nas   séries   correspondentes   ao   ano  de  2010,   verificou­se   que  34%  já 

reprovaram em séries anteriores. Apenas 17% dos alunos matriculados neste período 

fazem outros cursos além do Fundamental ou Médio do ensino regular.

Figura 10: Distribuição do índice de repetentes da série que frequentam, dos alunos do  período da tarde

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

25­

0

10

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30

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20%

80%

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40

50

60

70

80

90

20%

80%

0%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

32%

68%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

24%

76%

0%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 11: Distribuição do índice de repetentes em séries anteriores, do período da tarde

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

26­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

31%

69%

0%

0

10

20

30

40

50

60

46%

54%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

34%

66%

0%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

24%

74%

2%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 12:  Distribuição dos  resultados quanto  ao  número de  alunos,  da  tarde,  que  

frequentam cursos extracurriculares

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

Como são oferecidas vagas para 5ª a 7ª séries no período vespertino, observou­

se que 11% dos alunos, do total, moram no bairro onde está inserida a escola, 29% de 

5ª série, 20% de 6ª série e 12% de 7ª série. Os demais alunos moram em bairros da 

região, os quais são: Parque Avenida, Jardim Brasil, Diamante, Grevílea II, Palmeiras, 

27­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

17%

78%

5%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

20%

79%

1%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

11%

87%

2%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

17%

81%

2%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Jardim das Torres, Quebec, São Judas Tadeu, Miosótis, Santa Maria, Santa Helena, 

Copacabana, Filomena,  Parque das Bandeiras,  Ana Rosa, Morada do Sol,  Paris   III, 

Jardim Vitória, Copacabana II, Cidade Campos, Jardim Dias, Bela Vista, Paris II, Sítio, 

Caetano Penati.

Figura 13: Distribuição do número de alunos por proximidade da escola, do período da 

tarde

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

28­

0

10

20

30

40

50

60

70

29%

64%

7%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

20%

77%

3%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

12%

88%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

12%

85%

3%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Verificou­se  que,  63% das   famílias  dos  alunos  de  5ª  a  7ª   série  e  69% das 

famílias dos alunos de 6ª série residem em casa própria. 37% das famílias dos alunos 

de 5ª e 7ª série e 26% das famílias dos alunos de 6ª série residem em casa alugada. 

Totalizando assim as moradias: 65% em casa própria, 32% em casa alugada e 3% em 

casa cedida.

Figura 14: Distribuição dos resultados quanto à posse de moradia dos alunos da tarde

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

29­

0

10

20

30

40

50

60

70

35%

60%

5%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

26%

69%

5%

0

10

20

30

40

50

60

70

37%

63%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

32%

65%

3%

ALUGADA PRÓPRIA OUTRAS

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Já a porcentagem de alunos que moram com o pai e mãe é de 67% na 5ª série, 

71% na 6ª e 66% na 7ª série; aqueles que moram apenas com a mãe são de 20% na 

5ª, 16% na 6ª e 19% na 7ª série; aqueles que moram com o pai é de 2% na 5ª e na 6ª 

série e 5% na 7ª série, e há ainda 6% de alunos da 5ª e 6ª e 10% da 7ª série que 

moram com os avôs e 5% de alunos da 5ª e 6ª série que moram com outros. 

Figura 15: Distribuição dos resultados quanto a com quem moram os alunos do período da

tarde

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

30­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

67%

20%

2%6% 5%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

71%

16%

2%6% 5%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

68%

19%

3%7%

3%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

68%

19%

3%7%

3%

PAI/MÃE SÓ MÃE SÓ PAI AVÓS OUTROS

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Em relação ao grau de instrução dos pais ou responsáveis, constatou­se que 

15% de 5ª série, 21% de 6ª e 6% de 7ª série cursaram apenas de 1ª a 4ª série; 41% 

dos pais de 5ª série, 35% de 6ª e 28% de 7ª série estudaram de 5ª a 8ª séries; 37% 

dos responsáveis de 5ª e 6ª séries e 21% de 7ª série concluíram o Ensino Médio; 7% 

dos pais de 5ª série, 6% de 6ª e 3% de 7ª série terminaram o Ensino Superior. Dando 

um resultado geral segundo a pesquisa, de 14% dos pais com 1ª a 4ª série, 34% com 

5ª a 8ª série, 31% com ensino médio e 21% com ensino superior.

31­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 16:  Distribuição dos resultados quanto ao grau de instrução do responsável pelo

aluno do período da tarde

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

Questionados sobre o necessário acompanhamento da vida escolar do filho, 

94% dos entrevistados, com filhos na 5ª série, 91% na 6ª série, e 95% na 7ª série, 

afirmaram   acompanhar   a   vida   escolar   do   filho.   Portanto,   em   média,   93%   dos 

responsáveis  que acompanham a  vida  escolar  de   seus   filhos,  enquanto  5% não o 

fazem e 2% não responderam. 

32­

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

15%

41%

37%

7%

0%0

5

10

15

20

25

30

35

40

21%

35%37%

6%

0%

0

5

10

15

20

25

30

35

17%

29%

22%

32%

0%0

5

10

15

20

25

30

35

40

14%

34%

31%

21%

0%

1ª A 4ª SÉRIE 5ª A 8ª SÉRIE ENSINO MÉDIO ENSINO SUPERIOR NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 17: Distribuição dos resultados quanto ao grau de acompanhamento da vida escolar

dos alunos pelos responsáveis do período da manhã

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

Sobre a situação econômica, recebem até um salário mínimo 28% dos pais de 

5ª série, 22% de 6ª série e 29% dos pais de 7ª série; recebem até 2 salários mínimos, 

36% dos pais de 5ª série, 31% de 6ª série e 32% dos pais de 7ª série; 3 salários 

mínimos recebem 20% dos pais de 5ª série, 16% de 6ª série e 19% dos pais de 7ª 

33­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100 94%

3% 3%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

10091%

8%1%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100 95%

5%0%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100 93%

5% 2%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

série; recebem 4 ou mais salários mínimos 16% de pais de 5ª série, 14% de 6ª série e 

13% dos pais de 7ª série, sendo que no geral 26% dos pais recebem até um salário, 

33% recebem dois salários, 18% recebem três salários, 11% recebem quatro ou mais 

salários mínimos e 12% dos pais têm outro nível salarial. Como ocorre no turno da 

manhã, o resultado indica a dificuldade das famílias de garantir aos seus membros, 

melhor qualidade de vida.

34­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 18: Distribuição dos resultados quanto à renda familiar dos alunos do colégio do  

período da tarde

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

Em relação à natureza, ou a situação de trabalho dos pais, observou­se que em 

geral 6% dos pais trabalham fora, 91% não trabalham fora e 3% dos participantes não 

responderam. Do total de alunos que frequentam a escola nesse período, 21% utiliza 

transporte para vir  à  escola,  78% não utilizam. Apenas 1% não respondeu a essa 

questão.

35­

0

5

10

15

20

25

30

35

40

28%

36%

20%

16%

0%0

5

10

15

20

25

30

35

22%

31%

16%14%

16%

0

5

10

15

20

25

30

35

29%

32%

19%

13%

7%

0

5

10

15

20

25

30

35

26%

33%

18%

11%12%

ATÉ 01 SALÁRIO ATÉ 02 SALÁRIOS ATÉ 03 SALÁRIOS 04 OU MAIS SALÁRIOS NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 19:  Distribuição de resultados quanto à empregabilidade dos responsáveis pelos

alunos da tarde

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

36­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100 92%

3% 5%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100 93%

3% 4%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

10089%

11%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

10091%

6% 3%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 20: Distribuição de resultados quanto à necessidade de transporte, pelos alunos  

do período da tarde

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

No  período  noturno,   constatou­se   que  62% são   repetentes   e   37% não   são 

repetentes, ou seja, são alunos novos na série. No Ensino Médio noturno, 48% não são 

repetentes na série, enquanto que 37% são repetentes. 

Observou­ se que 70% dos alunos do Ensino Fundamental e 53% do Ensino 

37­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

9082%

16%

2%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

10091%

8%1%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100 95%

5%0%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100 93%

5% 2%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Médio  já   reprovaram em outras  séries,  enquanto 22% do Fundamental  e  46% do 

Médio não reprovaram. 

Figura 21: Distribuição do índice de repetentes nas séries que estudam, de alunos do  

período da noite

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

38­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

17%

83%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

42%

58%

0%

0

10

20

30

40

50

60 56%

44%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

40%

60%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

16%

84%

0%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 22: Distribuição do índice de repetentes em séries anteriores, do período da noite

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

39­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

9079%

16%

5%

0

10

20

30

40

50

60

70 65%

28%

7%

0

10

20

30

40

50

60 56%

44%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

59%

41%

0%0

10

20

30

40

50

60

46%

54%

0%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura  23:  Distribuição dos   resultados  quanto  ao  número de  alunos,  da  noite,  que  

frequentam cursos extracurriculares

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Antes   de   matricular­   se   nesta   escola   os   alunos   estudaram   nas   seguintes 

instituições:   Midufo   Vada,   Milton   Santos,   Diderot   Rocha   Loures,   Nadyr   Maria 

Alegretti, Piveni Piassi Moraes.

Quanto ao local de moradia 24% do Fundamental e 31% do Médio moram no 

40­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

16%

79%

5%

0

10

20

30

40

50

60

70

36%

61%

3%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

25%

75%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

16%

84%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

24%

72%

4%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Hermann M. De Barros e 73% do Fundamental e 63% do Médio moram nos bairros 

Grevílea I, II e III, Copacabana, Parque Avenida, Vitória, Palmeiras, Quebec, Bandeiras 

e Diamante. Cinquenta e dois por cento (52%) dos alunos do Fundamental e 59% do 

Médio, que residem em casa própria; enquanto que 42% residem em casa alugada.

Figura 24: Distribuição do número de alunos por proximidade da escola, do período da 

noite

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

41­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

16%

84%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

32%

65%

3%

0

10

20

30

40

50

60

70

37%

63%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

26%

74%

0%0

10

20

30

40

50

60

31%

54%

15%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 25: Distribuição dos resultados quanto à posse de moradia, dos alunos da noite

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Dos alunos do Ensino Fundamental, 50% moram com pai e mãe, 1% mora com 

o pai, 30% moram com a mãe, 1% moram com avós, 11% moram com outros e 2% 

não responderam. Já o percentual dos alunos do Ensino Médio, 65% moram com pai e 

mãe, 2% mora só  com o pai,  20% moram com a mãe, 2% moram com avós,  8% 

moram com outros e 1% não respondeu.

42­

0

10

20

30

40

50

60

44%

50%

6%

0

10

20

30

40

50

60

70

61%

36%

3%

0

10

20

30

40

50

60

50% 50%

0%0

10

20

30

40

50

60

7064%

36%

0%0

10

20

30

40

50

60

7063%

29%

8%

ALUGADA PRÓPRIA OUTRAS

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 26: Distribuição dos resultados quanto a com quem moram os alunos do período  

noturno

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Em torno de 19% dos pais dos alunos do Ensino Fundamental cursaram de 1ª a 

4ª série, 28% estudaram de 5ª a 8ª série, 26% têm formação de ensino médio, 11% 

completaram o ensino superior e 10% não responderam. Sobre os pais dos alunos do 

Ensino Médio: 17% cursaram de 1ª a 4ª série; 25% estudaram de 5ª a 8ª série; 49% 

têm   formação   de   ensino   médio;   6%   completaram   o   ensino   superior   e   1%   não 

43­

0

10

20

30

40

50

60

40%

50%

5% 5%

0%0

10

20

30

40

50

60

53%

22%

3%

19%

3%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

68%

23%

6%3%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

69%

19%

12%

0% 0%0

10

20

30

40

50

60

70

58%

20%

2%

17%

3%

PAI/MÃE SÓ MÃE SÓ PAI AVÓS OUTROS

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

respondeu.

Figura 27: Distribuição dos resultados quanto ao grau de instrução do responsável pelo  

aluno do período da noite

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Percebe­se   que   87%   dos   pais   ou   responsáveis   dos   alunos   do   Ensino 

Fundamental e 75% do Ensino Médio acompanham a vida escolar do aluno.

44­

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

12%

41%

18% 17%

12%

0

5

10

15

20

25

30

35

40

29%

18%

36%

7%

11%

0

10

20

30

40

50

60

18%

31%

51%

0% 0%0

10

20

30

40

50

60

19%21%

50%

10%

0%0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

15%

25%

47%

8%5%

1ª A 4ª SÉRIE 5ª A 8ª SÉRIE ENSINO MÉDIO ENSINO SUPERIOR NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Figura 28: Distribuição dos resultados quanto ao grau de  acompanhamento da vida 

escolar dos alunos, pelos responsáveis,do período da tarde

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

Com  relação   à   renda   familiar,   15%  recebem  até   um   salário  mínimo,   14% 

recebem até 2 salários mínimos, 30% recebem 3 salários mínimos,28% recebem 4 ou 

mais salários mínimos e 4% não responderam. Dos pais dos alunos do Ensino Médio 

17% recebem entre um salário mínimo, 25% recebem até 2 salários mínimos, 49% 

45­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

10090%

5% 5%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90 85%

11%4%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

9081%

19%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

78%

22%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

67%

33%

0%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

recebem 3  salários  mínimos,  6% recebem 4  ou  mais   salários  mínimos  e  1% não 

respondeu. 

Figura 29: Distribuição dos resultados quanto à renda familiar dos alunos do colégio  

do, período da manhã

5ª Série 6ª Série

7ª Série Geral

Constatou­se que, dos alunos do Ensino Fundamental 12% utilizam transporte 

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0

5

10

15

20

25

30

35

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28%

36%

20%

16%

0%0

5

10

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20

25

30

35

22%

31%

16%14%

16%

0

5

10

15

20

25

30

35

29%

32%

19%

13%

7%

0

5

10

15

20

25

30

35

26%

33%

18%

11%12%

ATÉ 01 SALÁRIO ATÉ 02 SALÁRIOS ATÉ 03 SALÁRIOS 04 OU MAIS SALÁRIOS NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

escolar para se dirigir à escola (bicicleta, carro, ônibus e transporte coletivo), 79% não 

utilizam  transporte  para   irem  à  escola  e  7% dos  alunos  não  responderam.  Já  do 

Ensino Médio 17% utilizam transporte e 82% não utilizam. 1% não respondeu.

Figura  30:  Distribuição dos   resultados  quanto  ao  uso  de  veículos  no   trajeto  até   a 

escola, pelos alunos do noturno

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

47­

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

11%

78%

11%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

15%

81%

4%

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

13%

87%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

23%

77%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

16%

84%

0%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Verificou­se  que 52% dos alunos  do Ensino  Fundamental  e  68% do Ensino 

Médio possuem trabalho ­ na indústria, na construção civil, no comércio, na prestação 

de serviços, no transporte e outros.

Figura 31: Distribuição de resultados quanto à  empregabilidade do responsável  pelo  

aluno

7ª Série 8ª Série

1º Ano 2º Ano 3º Ano

48­

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

5045% 45%

11%

0

10

20

30

40

50

60

70

60%

40%

0%

0

10

20

30

40

50

60

7062%

38%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

8071%

29%

0%0

10

20

30

40

50

60

70

8071%

26%

3%

SIM NÃO NÃO RESPONDERAM

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

3.2.   Identificação   dos   problemas   relativos   à   aprendizagem   e   aos   índices   de 

aproveitamento escolar.

Nos últimos tempos o governo federal adotou medidas de avaliação nacional 

do   desempenho   acadêmico   de   estudantes   do   país,   atendendo   a   exigências   de 

instituições internacionais: a Prova Brasil e Saeb (Sistema de Avaliação da Educação 

Básica). 

De acordo com os resultados da Prova Brasil/Saeb em 2005 alcançamos a casa 

dos 3,5%, em 2007 subimos para 3,8% e em 2009 avançamos para 4,0%, superando a 

meta que para 2011 é de 3,9%. Quanto à taxa de aprovação, em 2005 era de 7,2%, 

em 2007 foi de 7,9% e desceu para 7,5 % em 2009.

Apesar  dos  resultados aparentarem melhora no desempenho acadêmico dos 

alunos do Colégio, ao observar os dados estatísticos dos índices por turmas constata­se 

que  21%  a  40% dos   alunos   matriculados   em   cada   série   têm sua   aprovação  por 

conselho de classe, considerando que no máximo 5% destes são alunos de inclusão, 

com isso, o nosso desafio para os próximos anos é fazer com que o aproveitamento 

escolar dos nossos educandos seja maior. 

Na Semana de Capacitação de Julho/2011, a partir da análise dos gráficos do 

rendimento  referente  ao  1º   trimestre,  por   séries  e   turnos,   foi   realizado  junto  aos 

professores discussões e apontamentos para a proposição de ações tais como: resgate 

à leitura em todas disciplinas,   trabalho diferenciado e individualizado com  alunos, 

avaliações   diferenciadas   e   mediadas,   alunos   monitores,   revisão   constante   das 

metodologias, utilização de recursos diferenciados e estímulo ao trabalho em grupo.

3.3. Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino e probabilidades e avanços da 

prática pedagógica

No  decorrer   da   história   se   intensificaram   as   lutas   sociais,   se   alteraram  as 

tendências   pedagógicas   e   hoje   se   tem   a   garantia   legal   de   uma   escola   universal, 

democrática, gratuita, obrigatória, de qualidade e mantida pelo Governo. Na lei se 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

garante o acesso à  escolaridade e a permanência no sistema escolar, para todas as 

crianças e  adolescentes,  criaram­se mecanismos de controle da obrigatoriedade de 

frequentar   a   escola   durante   a   educação   fundamental.   No   entanto,   apesar   das 

tentativas de manter o aluno escola, muitos continuam excluídos da apropriação dos 

conhecimentos acumulados pela humanidade.

Para  que  a   escola   efetive   sua   função  pressupõe­se   envolvimento   coletivo   e 

interativo de diretores, pedagogos, professores, inspetores e demais funcionários da 

educação, pais de alunos, alunos e, sobretudo, dos órgãos governamentais, tais como 

ministérios, secretarias, de estados e municípios, comprometidos a realizar o projeto 

de educação democrática e emancipadora.

É possível inferir que as instituições de ensino, em geral, apresentam condições 

limitadas para a concretização desse projeto. No Colégio Maluf as instalações físicas, 

os   recursos  materiais,   pedagógicos,   tecnológicos,   a   biblioteca,  os   laboratórios   e   o 

mobiliário   existem.   No   entanto,   não   se   apresentam   em   condições   adequadas   ou 

suficientes. 

Aspectos   como o  elevado  número de  alunos  nas   turmas,  a   excessiva  carga 

horária de intenso trabalho diminui a possibilidade de reflexão sobre o mesmo, de 

estudo e  de  planejamento.  Também compromete  a  qualidade de  vida,  a   saúde e, 

consequentemente, a qualidade de trabalho.  O pouco investimento na formação dos 

professores, apesar dos avanços que já  se teve, e a contínua desvalorização desses 

profissionais da educação só faz ampliar o quadro de dificuldades.

A escola constitui o espaço privilegiado para a concretização da ação educativa, 

para   tanto   necessita   de   condições   físicas,   materiais,   equipamentos   adequados   e 

suficientes, bem como de profissionais bem formados, continuamente capacitados e 

valorizados para o desenvolvimento de todas as atividades pedagógicas expressas no 

projeto da escola.

3.3.1. A articulação entre escola, família e comunidade

O papel da família é de igual modo importante para que a escola desempenhe 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

sua   função.  A  educação  das  crianças  que   tradicionalmente  cabia  aos  pais,  hoje   é 

dividida com a escola e, muitas vezes, a ela atribuída. Uma parcela muito significativa 

dos responsáveis pelos alunos do nosso Colégio não acompanham a vida escolar do 

aluno, olhando caderno, perguntando sobre o que aprendeu, organizando hora de 

estudo em casa, etc. 

Para Vigotski (1993, p. 28), “o homem é um ser histórico, que se constrói por 

meio de suas relações com o mundo natural e social...”. As interações e mediações 

realizadas no  contexto  familiar   são muito  significativas.  Considerando o  indivíduo 

como um sujeito sociocultural, que não pode ser compreendido separado da sociedade 

em que vive, ou seja,  ele é  resultado das relações familiares e sociais  e  isso tudo 

interfere nos processos psicológicos do indivíduo.

Em geral,  as  consequências da falta,  ou da má  qualidade dessas mediações 

podem gerar  a perda de referencial cultural, de autoridade e respeito dentro de casa.  

Essa   condição   se   estende   ao   âmbito   escolar   onde   os   alunos   não   apresentam 

comportamento de estudo e são indisciplinados. 

No nosso colégio a equipe pedagógica, a direção e os professores, em todas as 

oportunidades, orientam as famílias acerca dos estudos de seus filhos. Os alunos são 

frequentemente  orientados  pela   equipe  pedagógica  em relação  à  organização  dos 

cadernos   e   acompanhamento   dos   mesmos,   assim   como,   no   acompanhamento   do 

rendimento escolar em todas as disciplinas, por meio do registro de seus rendimentos. 

É   fixado mensalmente,  em cada  sala  de  aula,  um calendário  onde os  professores 

agendam provas e trabalhos. 

Os casos de indisciplina que implicam em maiores consequências ou indicam 

excessos, os alunos são advertidos, orientados e seus pais são convocados para tomar 

ciência. Para promover o bom relacionamento interpessoal, a disciplina e motivação, 

são   proporcionadas   à   comunidade   escolar   atividades   recreativas   e   esportivas 

periodicamente.

Em   relação   ao   trabalho   pedagógico   houve   um   avanço,   considerando     o 

envolvimento  de   todos   os   profissionais   da   educação,   no   que  diz   respeito   a   uma 

reflexão sobre as ações dos funcionários em seu trabalho cotidiano, de cada setor  com 

51­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

um olhar pedagógico, objetivando sempre o aluno e a sua aprendizagem. 

3.4. Identificação dos problemas relativos à gestão escolar

O diretor é o grande articulador da Gestão Democrática cabendo a ele propor, 

juntamente com a Equipe Pedagógica, estratégias de atuação que possam efetivá­la. 

Gestão Democrática é  algo que está   sendo construído a cada dia dentro da nossa 

escola, por isso estamos sempre revendo posturas, repensando o papel de cada um na 

construção   da   coletividade.   Segundo   Araújo   (2000),   são   quatro   aos   elementos 

indispensáveis   a   uma   gestão   democrática:   participação,   pluralismo,   autonomia   e 

transparência.

Apesar de ser algo tão fundamental dentro da escola, não podemos negar que, 

efetivar a Gestão Democrática não é uma tarefa fácil, pois isso não ocorre sem que se 

envolva toda a comunidade na sua execução, planejamento, programação e avaliação. 

Estamos constantemente estimulando a participação da comunidade escolar visando a 

realização de um trabalho  integrado, voltado para a organização de um ambiente 

escolar que garanta uma melhoria da qualidade de ensino é uma batalha a ser vencida 

a cada dia.

Outro   problema   diz   respeito   à   rotatividade   dos   professores.   Uma   parte 

significativa  deles  não   fica  na  nossa  escola   tempo  suficiente  para  conhecer  nosso 

Projeto  Político  Pedagógico.   Iniciam e   terminam um período  de   trabalho   sem  ter 

condições de atender minimamente as necessidades pedagógicas do Colégio. Ainda, os 

professores se dedicam a várias  instituições escolares, com sobrecarga de trabalho, 

para garantir a sua subsistência e de sua família.

As instâncias colegiadas fortalecem a gestão democrática. O Conselho Escolar, 

entre outros mecanismos, tem papel decisivo na gestão democrática da escola, se for 

utilizado como instrumento comprometido com a construção de uma escola cidadã. 

Sendo assim, é o órgão máximo da gestão escolar porque tem como função discutir, 

aconselhar, deliberar e normalizar as questões mais relevantes do cotidiano escolar. É 

no   conselho   que   os   representantes   dos   diferentes   segmentos   pais,   professores, 

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funcionários, alunos, direção e também equipe pedagógica se reúne para discutir as 

questões pedagógicas, administrativas e financeiras, definindo a política de ação da 

escola.

A APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários é considerada uma pessoa 

jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que gere recursos públicos e por vezes 

obter   e   gerenciar   outros   recursos   para   a   escola.   A   APMF   tem   também   papel 

significativo na definição das políticas escolares e não só simplesmente se preocupar 

em gerenciar recursos.

Outra instancia colegiada é  o Grêmio Estudantil,  uma organização sem fins 

lucrativos composta apenas por estudantes, com o intuito de defender seis interesses 

na escola, tem fins cívicos, culturais, educacionais, desportivos e sociais. O Grêmio 

Estudantil   deve   estar   sempre   preocupado   em   tornar   realidade   às   aspirações   da 

maioria daqueles que estudam num estabelecimento de ensino.

Sabemos que efetivar a Gestão Democrática, seus limites e suas possibilidades 

não são tarefas fáceis. Porém, a natureza da profissão de trabalhadores da educação, 

nos   impõe   uma   condição   de   não   sermos   meros   reprodutores,   mas   continuarmos 

buscando alternativas práticas que tragam bons resultados. 

Em   nosso   colégio   estamos   percorrendo   vários   caminhos,   dentre   os   quais 

podemos elencar: incentivo ao envolvimento dos pais, participação dos alunos, dos 

órgãos colegiados, comprometimento dos profissionais da educação,  e transparência 

na   administração.   Enfim,   entendemos   que   sozinhos   não   podemos   nada   e   que   a 

educação é um processo amplo que envolve a formação para a cidadania, mas para 

isso é preciso contar com o envolvimento de toda comunidade interna e externa.

3.5. Formação Inicial e Continuada dos profissionais da educação

O professor é um agente ativo, seus conhecimentos contribuem para a prática 

pedagógica,   porém,   o   professor   é   produto   da   construção   e   reconstrução   do   seu 

próprio conhecimento. Isso implica dizer que ainda que o professor busque leituras, 

informações e pesquisas, precisa da formação inicial e continuada para a construção 

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das suas próprias concepções e fundamentação das práticas através da consolidação 

das  idéias, e mais  importante que isso, o profissional terá  disciplinas de formação 

específica e de formação básica necessária para a compreensão da realidade. 

A formação de professores deve estimular os futuros profissionais da educação 

a se  engajarem na construção do ato educativo,  para serem capazes de enfrentar 

situações de ensino aprendizagem mais complexas na sua prática pedagógica, pois tal 

prática requer competência docente e um conhecimento aprofundado, não só sobre 

questões de âmbito educacional, mas também de questões externas que influenciam o 

seu funcionamento.

Conforme Mello (2000/p.), "Ninguém facilita o desenvolvimento daquilo que 

não teve oportunidade de aprimorar em si mesmo. Ninguém promove a aprendizagem 

daquilo que não domina, a constituição de significados que não compreende e nem a 

autonomia que não pôde construir".  No quadro de trabalhadores da educação, que 

prestam   serviço   no   Colégio   Maluf,   temos   profissionais   com   diferentes   níveis   de 

formação,   no   entanto,   todos   são  motivados   a   participar   de   formação   continuada 

oferecidas no decorrer do ano, pela SEED e por outras instituições.

A mantenedora promove, via Secretaria da Educação, e os profissionais desta 

escola participam especialmente dos cursos em Grupos de estudos, Grupos de trabalho 

em   rede,   PDE/PR   (O   programa   de   desenvolvimento   educacional),   Encontros 

Itinerantes,   Semanas   e   Jornadas   Pedagógicas,   Profuncionário   e   EADs.   Para 

participação em outros   cursos  pertinentes  à  área  de  atuação os  professores  dessa 

escola contam com o apoio da direção.

3.6. Relação entre os profissionais da escola e discentes

Conflitos de base ética, de gerações, de origem ideológica, e tantos outros são 

desafios a vencer em todos os grupos sociais.   No âmbito escolar, onde as relações 

interpessoais   são   necessárias   e   obrigatórias   esses   problemas   se   intensificam.   Em 

relação ao Colégio Maluf  os profissionais,  em geral,  demonstram boa vontade em 

colaborar no atendimento aos alunos. Entretanto, essa prática precisa ser aprimorada. 

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Novamente,  podemos  citar  a   carga  horária,  o  número  excessivo  de  alunos, 

questões   de   educação   e   ausência   de   limites   ­   dos   alunos   ­   como   condições   que 

agravam   os   problemas   nas   relações   escolares;   o   despreparo   dos   profissionais   da 

educação para lidar com essa diversidade gera, muitas vezes, situações de descontrole 

emocional, tanto por parte dos profissionais como dos discentes. 

A dinâmica das   relações   interpessoais  é  diversa e   intensa,   faz­se  necessário 

investir  na  melhoria  dessas   condições.    O  Estado   com políticas   educacionais  que 

melhorem as condições de trabalho e os profissionais do Colégio,  mediando essas 

relações.

4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4.1. Filosofia da Escola

“Desde que o homem é homem ele vive em sociedade e se desenvolve pela mediação  

da educação”. (Demerval Saviani)

O   contexto   sócio­político   e   econômico   de   uma   sociedade   é   condição 

determinante de sua forma de pensar, explicar e agir sobre sua própria condição. No 

decorrer de sua história, o homem tem concebido diferentes formas de interpretar a 

natureza, a sociedade, o homem e a educação.

Na   atualidade,   é   consenso   dizer   que   o   desenvolvimento   de   um   país   está 

diretamente ligado à qualidade da sua educação. Outro aspecto em ampla discussão é 

a pertinência da prática pedagógica, ou seja: O que pertence à escola ensinar? Para 

responder às necessidades de Educação de uma sociedade recorre­se ao método.

Para Behrens (2005), a atual organização histórica do processo metodológico 

se delineia em duas dimensões:

“Uma dimensão assentada no paradigma newtoniano­cartesiano, que  caracterizou um  

ensino   fragmentado   e   conservador,   que   tem   como   foco   central   a   reprodução   do  

conhecimento...   A   outra   dimensão,   caracterizada   como   inovadora,   tem   como   eixo  

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central  a produção do conhecimento.  Denominada de paradigma emergente,   tem se  

baseado na visão sistêmica, propondo uma ciência que supere a fragmentação em busca  

do todo e que contemple as conexões, o contexto, e as inter­relações dos sistemas que  

integram o planeta...”(p.14)

Segundo Behrens, o paradigma emergente em educação é formado pela aliança 

entre   a   visão   sistêmica,   que   prevê   a   formação   humana   em   sua   totalidade,   a 

abordagem progressista e o ensino por pesquisa (mais voltado ao Ensino Superior).

Atualmente,   a   escola   pública   do   Estado   do   Paraná   está   pautada   nos 

pressupostos da abordagem progressista. Embora as mudanças estruturais e filosóficas 

não   sejam   lineares,   é   possível   inferir   que   pensamos   e   almejamos   uma   Educação 

humanizadora, ética, crítica e transformadora.

A educação escolar   tem como  função social  promover  a   reflexão sobre  seu 

contexto histórico por meio do conhecimento,  do diálogo e  do enriquecimento de 

ideias que proporcionem a possibilidade de transformação social. Nessa perspectiva, a 

escola é  uma instituição libertadora, democrática, dialógica e crítica, politizadora e 

politizada. (Behrens, 2005).

O Colégio Maluf, acordado com uma abordagem progressista, na perspectiva 

Histórico Cultural, tem como característica a busca pela transformação social por meio 

de uma prática pedagógica crítica e transformadora. 

Conhecimento, Educação, Homem, Mundo, Sociedade e Cultura

É   de   consenso   que   a   sociedade   vive   hoje   um   momento   de   profundas 

transformações, que se refletem no cotidiano das pessoas e nas instituições clássicas 

da sociedade –  família,  escola,   igreja – pela ruptura de papéis  e  funções, onde se 

questionam seus  desvios,  a  desorganização de  seus valores,  o  arcaísmo de  ideias, 

ações.

Nesse   contexto,   e   como   não   poderia   deixar   de   ser,   a   escola   e   seu   fazer 

pedagógico   também   são   colocados   em   questão.   Currículo,   pedagogia,   didática, 

avaliação,   qualidade   de   ensino,   são   reavaliados,   uma   vez   que   evidenciam   sérios 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

problemas – evasão, repetência, indisciplina, insatisfação profissional... – que apontam 

a necessidade de mudar. 

Para Saviani  (2003), a especificidade da educação é  que ela é   fundamental 

para  produzir  a  humanidade que não é   inata  aos  homens.  Com efeito,  as   ideias, 

hábitos, conceitos, valores, que pertencem ao âmbito educacional, não interessam em 

si mesmos, como algo exterior ao homem. Eles só adquirem importância na medida 

em que são necessários para assegurar  a constituição de sua segunda natureza, a 

cultural,   que   não   é   garantida   pela   natureza,   mas,   pelo   contrário,   tem   que   ser 

produzida historicamente pelos indivíduos. 

[...] Podemos, pois, dizer que a natureza humana não é dada ao homem, mas é por 

ele   produzida   sobre   a   base   da   natureza   biofísica.   Consequentemente,   o   trabalho 

educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, 

a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. 

[...] (SAVIANI, 2003, p. 13).

Cabe  assim à   educação   identificar  os  elementos  culturais  que  precisam ser 

assimilados pelos  homens,  o  que é  principal  e  o que é   secundário,  para torná­los 

humanos e, de outro lado e concomitantemente, descobrir as formas mais adequadas 

para   atingir   esse   objetivo,   para   desenvolver   o   trabalho   pedagógico,   que   são   os 

conteúdos, espaços, tempo e procedimentos através dos quais cada homem realiza a 

humanidade historicamente produzida.

Para   tanto   nosso   colégio   trabalha   com   o   objetivo   de   formar   homens   que 

tenham conhecimento   sejam críticos  e   transformadores,  mas  que  também tenham 

limites e valores  familiares,  sejam responsáveis,  organizados, sensíveis e humanos, 

que valorizem e respeitem o ambiente e a coletividade.

4.2. Objetivos do Colégio  

A   educação   escolar   deve   constituir­se   em   uma   intervenção   intencional, 

sistemática, planejada e continuada para crianças, adolescentes e jovens durante um 

período   contínuo   e   extensivo   de   tempo.   Com   isso,   objetivos,   o   Colégio   Estadual 

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Alfredo Moisés Maluf são:

✔ Promover maior interação entre a escola e a comunidade, buscando parceria 

para melhor desempenho dos trabalhos da instituição escolar.

✔ Desenvolver   no   aluno   suas   habilidades   intelectuais,   através   de   práticas 

previamente  planejadas,   com o  propósito  de  promover   apropriação  de   conteúdos 

sociais e culturais de maneira crítica e construtiva.

✔ Despertar no aluno a sua capacidade crítica levando­o a refletir   e agir no 

contexto das relações humanas.

✔ Dar condições ao professor de participar de formação continuada na forma 

de grupo de estudos e sessões de planejamento, para maior qualificação do trabalho 

pedagógico.

✔ Estabelecer   relação   entre   diversas   áreas   do   conhecimento   (sempre   que 

possível).

✔ Dar   condições   para   que   haja   relação   entre   teoria   e   prática   através   da 

concretização dos conteúdos curriculares em situações mais próxima e  familiar do 

aluno, nas quais se incluem as do trabalho e do exercício da cidadania.

4.3. Concepção de infância e adolescência

A regulamentação do Ensino Fundamental para nove anos, objetiva ampliar a 

escolarização de uma parcela da população brasileira, que até então não estava sendo 

atendida no ensino obrigatório. Assim, com essa inclusão, as escolas recebem crianças 

que entram em contato com uma cultura da qual elas devem se apropriar. 

De acordo com Ariès   (1981), a  infância é  o resultado de uma   construção 

paulatina  das   sociedades  moderna  e   contemporânea.  Entende­se  que  a   infância  é 

tributária do contexto histórico, social e cultural, onde o ser se desenvolve, admitindo­

a como uma das fases da vida humana, e   não tão somente uma pré etapa da fase 

adulta. As crianças possuem uma natureza singular, que as caracterizam como seres 

que sentem e pensam o mundo de um jeito próprio. Sendo assim, durante o processo 

de   construção  do   conhecimento  elas  utilizam­se  das  mais  diferentes   linguagens  e 

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exercem a capacidade que possuem de terem ideias e hipóteses sobre o que procuram 

conhecer. 

De acordo com o autor, somente a partir dos séculos XIX  e XX, a família passa 

a   se   preocupar   com   a   educação   dos   seus   filhos,   com   os   seus   estudos   e   os 

acompanhavam com um certo interesse, além de iniciar a preocupação com o  cuidar 

e   educar  de   suas   crianças.  O  que  pode   se  perceber  até   aqui   é   que  a   civilização 

medieval não tinha ideia da educação, mas hoje nossa sociedade sabe que seu sucesso 

depende também, muitas vezes,de uma boa educação

Já   a  adolescência  é,   sem dúvida,  um período  difícil  da  vida,   tanto  para  o 

próprio adolescente como para quem convive com ele. Nessa idade, começam a se 

romper  os laços de dependência com os pais, é o momento em que surgem  condições 

para     que     ele   possa   buscar   respostas   para   seus   conflitos.   É   nessa   fase   que   o 

adolescente necessita constantemente do apoio e compreensão de pais e professores. 

Ser jovem, portanto, é uma fase da vida que se constitui em referência a um 

estado próprio e diferenciado da infância e da adultez. Não é possível encontrar “a 

juventude” em estado puro,  não há  uma  juventude em si  e que apenas possa ser 

nomeada conceitualmente, sem referências a um conjunto situacional de fenômenos 

que a concretizem. 

Sabe­se que o contexto sócio­histórico em que a criança está   inserida,  é  de 

revelável   importância   no   entendimento   sobre   a   infância   e   posteriormente   o 

entendimento das relações entre cuidado e educação, visto que a idade escolar é de 

extrema   importância   o   desenvolvimento   dos   aspectos   físico,   cognitivo,   afetivo   e 

emocional.

No Brasil,  com a promulgação da Carta Magna de 1988, tem­se um momento 

de   grande   participação   da   sociedade   civil   e   de   organismos   governamentais   na 

afirmação dos direitos das crianças, e entre eles, o direito à Educação Infantil, incluído 

no Inciso IV do artigo 208 da Constituição Federal do Brasil(1988), o qual explicita 

que:   "O dever  do  Estado com a  Educação será  efetivado(...)mediante  garantia  de 

atendimento em creches e pré­escolas às crianças de zero a seis anos". Este direito é 

reafirmado no ECA[5], em seu artigo 53. A criança é  vista com sujeito de direito 

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social. A criança não é apenas uma promessa de futuro, tem­se que pensar na criança 

no   presente,   na   sua   condição   de   criança,   pois   estas   são   peças   fundamentais   no 

processo  de   troca,   interação   e   transformação  da   sociedade,   são   atores   sociais.  A 

infância é   fruto da construção histórico,  social  e cultural  das sociedades e  de um 

determinado tempo e lugar. A criança como ser social de direitos recebe a garantia de 

um desenvolvimento integral assegurado por lei.

A   base   do   cuidado   humano   é   compreender   como   ajudar   o   outro   a   se 

desenvolver   como   ser   humano.   Cuidar   significa   valorizar   e   ajudar   a   desenvolver 

capacidades   (RCNEI,   MEC/SEF,   1998).   Educar   significa   propiciar   situações   de 

aprendizagem que de forma integrada possa contribuir para o desenvolvimento das 

capacidades de relação interpessoal, intelectual, do  desenvolvimento das capacidades 

de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, 

estéticas e éticas e do acesso pelos educandos aos conhecimentos mais amplos da 

realidade social e cultural. 

Assim cuidar e educar envolve estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e, 

principalmente, envolvimento de todos os responsáveis pelo processo, que se mostra 

dinâmico e em constante evolução. 

4.4. Currículo

O termo currículo provém da palavra latina currere, que se refere à carreira, a 

um percurso que deve ser realizado. Com isso, a escolaridade, por meio dos conteúdos 

expressos no currículo, propicia ao aluno a apropriação de conteúdos significativos, de 

forma progressiva, até a conclusão de sua escolarização.

A   partir   do   currículo   visamos   concretizar   as   intenções   dos   sistemas 

educacionais e o plano cultural que eles personalizam como modelo ideal de escola 

defendido  pela   sociedade.  Portanto,  podemos  dizer  que  a  concepção  de   currículo 

inclui   desde   os   aspectos   básicos   que   envolvem   os   fundamentos   filosóficos   e 

sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e referenciais técnicos e tecnológicos 

que a concretizam na sala de aula. 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A questão fundamental sobre “o quê ensinar?” na escola é uma das questões 

mais complexas se vista nos seus aspectos políticos, ideológicos e epistemológicos. E, 

conforme Forquin, “... a escola não ensina senão uma parte extremamente restrita de 

tudo   o   que   constitui   a   experiência   coletiva,   a   cultura   viva   de   uma   comunidade 

humana”. ( 1993, p. 15)

No decorrer da história da educação foram desenvolvidas Teorias Curriculares 

Tradicionais,Teorias   Curriculares   Críticas   e   Teorias   Curriculares   Pós   Críticas.   A 

principal   diferença   entre   a   teoria   tradicional   e   as     teorias   críticas   está   no 

reconhecimento   de   que   não   existe   currículo   neutro,   ou   seja,   desprovido   de 

intencionalidade. O currículo sempre privilegia aquilo que é considerado   ideal para 

uma sociedade ou classe social, num determinado contexto histórico e cultural. (Silva, 

2004)

A escola pública, universal, atende a um grande contingente de alunos com 

currículo pautado em conteúdos historicamente produzidos o que garante, em algum 

grau, ao conjunto dos cidadãos estudantes, a apropriação de conteúdos mínimos. Para 

SAVIANI   (2000)   a   socialização  do   saber   para   o   conjunto   da   população,   torna   o 

conhecimento um bem comum, ou seja,  ele  deixa de ser  propriedade privada das 

classes dominantes, o que é fundamental para a superação dos problemas decorrentes 

do capitalismo.

No   Colégio   Maluf,   acordados   com   as   Teorias   Curriculares   Críticas,   os 

profissionais da educação têm procurado por atualização, capacitação, e discutido a 

intencionalidade do currículo a cada planejamento, com o intuito de minimizar os 

riscos de um currículo que privilegia a classe dominante em detrimento dos menos 

favorecidos econômica e socialmente.

4.5. Trabalho como princípio educativo e tecnologias

O trabalho modifica a constituição biológica e psíquica do homem toda vez que 

este cria ou usa instrumentos materiais ou psicológicos. Com isso, no Colégio Maluf 

buscamos   promover   ações   educativas   que   constituem   situações   de   trabalho 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

essencialmente humano, ou seja, atividades que promovam a humanização.

Hoje   em   dia   as   escolas   estaduais   dispõem   de   algumas   tecnologias   que   podem 

enriquecer o processo de ensino­aprendizagem. No Colégio temos a TV Pendrive e 

Paraná Digital. Em breve serão instalados novos computadores, disponibilizados pelo 

MEC (Proinfo). Com recursos da APMF foi adquirido um equipamento de multimídia. 

Alguns professores já fazem uso desses recursos. Outros estão em capacitação para 

fazê­lo.

Os discentes, familiarizados com as novas tecnologias têm exigido a inclusão 

das mesmas no seu cotidiano escolar. Entretanto, muitos professores resistem ao seu 

uso, por desacreditar na possibilidade de real aprendizagem, vendo a internet, por 

exemplo, apenas como fonte de informação.

Cabe   à   escola   compreender   que   a   mídia   e   todos   os   recursos   tecnológicos 

trabalham apenas   com  informações,   ficando   sobre   a   restrita   responsabilidade  das 

instituições educativas trabalhar o conhecimento científico encontrado ou extraído em 

cada   informação,   mas   também   se   faz   necessário   continuar   implementando   e 

enriquecendo tecnologicamente a estrutura escolar. 

Não  é   possível   ficar   alheio   aos  avanços   tecnológicos.  Cabe   aos  professores 

adequar metodologias ao trabalhar seu conteúdo específico, aproveitando ao máximo 

tudo o que a mídia e a tecnologia nos oferece.

4.6. Ensino, aprendizagem e avaliação

Segundo Luria (apud Silva e Eidt, 2010), o desenvolvimento humano se dá por 

meio do “processo de apropriação da experiência de toda a humanidade, acumulada 

no processo da história social e transmissível no processo de aprendizagem”. Em nossa 

sociedade, a escola se constitui no espaço propício para tal.

Em uma pedagogia  pautada na abordagem Histórico  Cultural,  a  escola  e  o 

professor   são   fundamentais   no   processo   de   aprendizagem   e   desenvolvimento   do 

aluno.   Nessa   concepção   a   escola   planeja   e   executa   ações   capazes   de   intervir 

significativamente no processo de ensino­aprendizagem. O professor sabe que pode 

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fazer  a  diferença na vida do aluno e promove a mediação,  capaz de alavancar  o 

processo de desenvolvimento por meio da aprendizagem. Essa perspectiva possibilita, 

de fato, garantir a universalização da educação, ou seja, a educação para todos, no 

que diz respeito ao processo de ensino­aprendizagem.

Com isso, não é possível pensar a aprendizagem com resultado exclusivamente 

das condições individuais do sujeito, ou seja, seus condicionantes biológicos e suas 

interações. Para garantir as condições mínimas de aprendizagem e desenvolvimento, 

assim   como   para   garantir   o   desenvolvimento   máximo   de   seu   potencial   e   suas 

aprendizagens o homem necessita tanto do arsenal de instrumentos e conhecimentos 

produzidos pela humanidade em milênios, quanto da mediação de humanos para se 

apropriar historicamente da cultura.

A educação escolar, especialmente no âmbito da escola pública, é um espaço 

rico   de   possibilidades   de   mediação.   Pautada   nos   estudos   de   Vigotski   e   seus 

colaboradores,   o  nosso  Colégio   tem buscado   se  aprimorar  em meios  de  pensar  a 

educação para formar cidadãos críticos e transformadores, por meio do conhecimento 

científico.  Para  desenvolver   ensino  nessa  perspectiva   é  necessário  muito  estudo  e 

planejamento, portanto, a cada reunião de estudo ou de tomada de decisões, se tem 

em vista esses pressupostos.  

Na escola, o aluno está sujeito as mediações promovidas pelos professores e, 

eventualmente,   por   colegas   e   outros   agentes   educacionais,   ou   seja,   todos   são 

responsáveis pela educação e todos podem aprender. Ninguém espera, todos ensinam. 

E, embora não tenhamos atingido esse nível de desempenho, o temos como meta a ser 

atingida.

O professor, em especial, deve conhecer seus alunos, em termos daquilo que 

eles   conseguem   fazer,   daquilo   que   eles   têm   potencial   para   aprender   e   planejar 

mediações,   “ajudas   ajustadas”   de   modo   a   intervir   na   Zona   de   Desenvolvimento 

Próximo   de   cada   aluno,   promovendo   novas   aprendizagens   e   subsequente 

desenvolvimento,   num processo   contínuo   de   ensino   avaliação   ensino.   Para   tanto, 

temos um longo caminho a percorrer, pois avaliar é uma tarefa complexa e delicada.

A avaliação é  um instrumento fundamental para fornecer informações sobre 

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como   está   se   realizando   o   processo   ensino   aprendizagem   como   um   todo.   Essa 

instituição escolar propõe avaliação diagnóstica, somativa, processual,  qualitativa e 

formativa,  priorizando o  conhecimento.  As  avaliações  de  aprendizagem só  podem 

ocorrer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, o que requer que esta 

aconteça   sistematicamente   durante   o   processo   de   ensino   e   não   somente   após   o 

fechamento de etapas do trabalho.

Ensinar e avaliar envolve valores, crenças, representações, hábitos, atitudes e 

opiniões. Nesses momentos o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem 

e de seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo 

de aprendizagem dos alunos,  bem como diagnosticar  resultados e  estabelecer­lhes 

valor.

Em nosso Colégio, o professor deve utilizar procedimentos que assegurem a 

comparação   com os   parâmetros   indicados  pelos   conteúdos  necessários  de   ensino, 

evitando­se   a   comparação   dos   alunos   entre   si.   Deve   considerar   os   aspectos 

qualitativos da aprendizagem, dar maior importância à atividade crítica, à capacidade 

de síntese e à elaboração pessoal.

Embora   ocorram   algumas   dificuldades   de   unificar   a   compreensão   de 

professores,   pedagogos   e   direção,   no   que   diz   respeito   à   avaliação   contínua   e 

cumulativa, no Colégio Maluf há um trabalho constante de discussão entre os mesmos 

e de proposição de soluções às nossas dificuldades, no sentido de superá­las.

De   acordo   com   o   Regimento   Escolar   do   Colégio   Alfredo   Moisés   Maluf   a 

avaliação é  contínua,  cumulativa e processual,  devendo refletir  o  desenvolvimento 

global   do  aluno   e   considerar   as   características   individuais  deste  no   conjunto  dos 

componentes   curriculares   cursados,   com  preponderância  dos   aspectos   qualitativos 

sobre os quantitativos.   

A  avaliação  da  aprendizagem nos  anos   finais  do  Ensino   fundamental   e  no 

Ensino Médio terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 

(dez vírgula zero).

A  avaliação nos  Anos  Finais  do  Ensino  Fundamental  e  no  Ensino  Médio,   será 

trimestral, prevalecendo a qualidade dos conteúdos trabalhados e,   para cálculo da 

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média anual será usada a seguinte fórmula:

M.A.= 1° Trim. + 2º Trim. + 3º Trim.

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4.7. Conselho de classe participativo

O conselho de classe acontece através de um trabalho colaborativo entre todos 

os   sujeitos   que   compõe   o   espaço   escolar.   “O   conselho   de   classe   deve   oferecer 

possibilidades  de  um  juízo   sobre  a  evolução  do  processo  educativo  na  pessoa  do 

aluno, através da análise de suas manifestações de comportamento”. (Penin­1992)

O   Conselho   de   Classe   Participativo   busca   a   maior   qualidade   no   processo 

educacional,   tornando­se   um espaço   de   reflexão  pedagógica   entre   pais,   alunos   e 

professores,  onde constrói­se   coletivamente  estratégias  que visem o maior  sucesso 

educacional e consequentemente a transformação dos envolvidos.

Nessa  perspectiva,  o  Conselho  de  Classe   tem por  objetivo  avaliar  não só  o 

rendimento escolar do aluno, mas também o processo ensino­aprendizagem como um 

todo: conteúdo, metodologia, disciplina, organização, gestão escolar.

Para Paulo Freire (1997) “A prática de pensar a prática é a melhor maneira de 

pensar certo”. Assim, O conhecer e avaliar a prática da escola, a história de vida do 

aluno, a ética, a política do professor, o comprometimento dos pais, a articulação da 

equipe diretiva, a metodologia e o currículo, torna­se o ponto fundamental para o 

desenvolvimento da gestão democrática.

Neste Colégio temos então, através do Conselho de Classe um único objetivo: a 

melhoria do ensino­ aprendizagem, através da dinamização do coletivo escolar. Nesse 

espaço temos a oportunidade de re O definir  práticas pedagógicas que superem a 

fragmentação   do   trabalho   escolar,   oportunizando   a   busca   de   metodologias   que 

garantam a aprendizagem. 

O Conselho de Classe nessa instituição é constituído pela diretora e/ou diretora 

auxiliar, equipe pedagógica, por todos os docentes, alunos representantes que atuam 

numa mesma turma.

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Em nossa escola é dividido em: 

✔ Pré  Conselho: com toda a turma, em sala de aula, sob a coordenação do 

professor monitor, ou outro professor que ministre aulas a turma, juntamente com a 

pedagoga   responsável   pela   mesma,   sendo   esse   o   momento   que   permite   o 

levantamento de dados, um espaço diagnóstico do processo ensino­ aprendizagem.

✔ Conselho de Classe Integrado: com a participação da equipe de direção, da 

equipe pedagógica, da equipe docente, da representação de   três alunos por turma, 

que acompanham o primeiro momento para a avaliação específica da turma, onde 

são   discutidos   os   diagnósticos   e   proposições   levantadas   no   pré­conselho. 

Posteriormente os alunos se retiram e dá­se em sequência a avaliação individual de 

cada aluno da turma. 

✔ Pós­   conselho:   retoma­se   com   toda   a   turma,   em   sala   de   aula,   sob   a 

coordenação  do     professor   representante  de   turma,   juntamente   com  a   pedagoga 

responsável   pela   turma.   Traduz­se   nos   encaminhamentos   e   ações   previstas   no 

Conselho de Classe.

É importante ressaltar que as discussões no Conselho de Classe final, as quais 

são   mediadas   pela   equipe   pedagógica,   bem   como   respaldadas   e   presididas   pela 

direção escolar devem, por sua vez, se sustentar sobre alguns parâmetros (critérios 

qualitativos):

✔ Os Avanços obtidos na aprendizagem;

✔ Trabalho realizado para que o aluno melhore a aprendizagem;

✔ Desempenho do aluno em todas as disciplinas;

✔ Acompanhamento do aluno no ano seguinte;

✔ Situações de inclusão;

✔ Questões estruturais que prejudicam os alunos (ex: faltas de professores).

4.8. Propostas de trabalho pertinentes à organização escolar

Segundo a Constituição Federal, a educação é direito de todos e dever do Estado e da 

família, e tem como objetivo o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o 

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exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

No art. 10 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, consta que cada Estado 

deve   elaborar,   executar   políticas   e   planos   educacionais   em   consonância   com   as 

diretrizes e planos nacionais de educação.

Assim   sendo,   as   diretrizes   curriculares   do   Estado   do   Paraná   asseguram 

formação básica comum e parte diversificada: “os currículos do ensino fundamental e 

médio dever ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de 

ensino   e   estabelecimento   escolar,   por   uma   parte   diversificada,   exigida   pelas 

características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.”

No nosso colégio, na parte diversificada trabalha­se a geografia e a história do 

Paraná, os desafios educacionais contemporâneos, História e Cultura Afro Brasileira , 

Africana e Indígena (Lei 11645/08), Gênero e diversidade sexual, História do Paraná 

(Lei   13381/01),  Música   (Lei   11645/08),   Prevenção   ao  uso   indevido  de  drogas   , 

Sexualidade   humana,   Educação   Ambiental   (Lei   9795/99),   Educação   Fiscal   e 

Tributária   (Decreto   1143/99),   Enfrentamento   a   violência   contra   a   criança   e   o 

adolescente (Lei federal 11525/07). 

O Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf em harmonia com o Departamento da 

Diversidade ­ SEED compreende que os processos educativos e a educação escolar se 

constituem de sujeitos,  espaços,   tempos e de ferramentas pedagógicas que podem 

contribuir   para   a   superação  das  desigualdades   sociais   e   do  preconceito.   Entende 

também que o desenvolvimento de  processos de  escolarização que compreendam, 

respeitem e atendam às especificidades dos diferentes sujeitos é   fundamental  para 

garantir seu ingresso e sua permanência na escola e para o fortalecimento de suas 

lutas coletivas.

Entretanto, falar sobre diversidade não pode ser só um exercício de perceber os 

diferentes,  de tolerar o “outro”.  Antes de tolerar,  respeitar e admitir  a diferença é 

preciso  explicar   como  essa  diferença  é   produzida  e  quais   são  os   jogos  de  poder 

estabelecidos   por   ela.   A   ação   pedagógica   do   Colégio   Alfredo   Moisés   Maluf   para 

trabalhar questões relacionadas a gênero e diversidade, tem como atitudes práticas o 

diálogo   sempre   aberto   entre   professores   e   alunos,   entre   equipe   pedagógica   e 

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professores e/ou alunos e suas respectivas famílias e vice­versa, sempre que se fizer 

necessário ou for oportuno.

4.9. História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena

Em 2003 foi promulgada a Lei 10.639/03, que instituía a obrigatoriedade da 

inserção no currículo da Educação Básica, discussões sobre as Relações Étnico­Raciais, 

Ensino de História e      Cultura Afro­brasileira e Africana. Em 2008, a Lei 10.639/03 

foi  alterada pela  Lei  11.645/08,  que estabelece as  diretrizes  e  bases  da educação 

nacional,  para  incluir  no currículo oficial  da rede de ensino a obrigatoriedade da 

temática "História e Cultura Afro­Brasileira e Indígena".

Sobre a Cultura Afro­descendente, Africana e indígena podemos constatar que 

vivenciamos nos últimos anos um importante debate acerca do ensino da “História da 

Cultura Africana”e das “Relações Étnicas Raciais”, no país. E sabendo que para viver 

democraticamente   em   uma   sociedade   plural   é   preciso   respeitar   e   valorizar   esta 

diversidade étnica e cultural que constitui nosso Brasil.

Por sua formação histórica a sociedade brasileira é marcada pela presença de 

diferentes   etnias,   grupos   culturais   descendentes   de   imigrantes   de   diversas 

nacionalidades, religiões e línguas. Contudo ao longo da nossa história o preconceito e 

as relações de discriminação e exclusão social impedem muitos brasileiros da vivência 

plena da sua cidadania.

A temática no Colégio Alfredo Moisés Maluf  é  trabalhada no âmbito de todo 

currículo   escolar,   em   especial   nas   disciplinas   de   História,   Literatura,   Educação 

Artística,   Educação   Física,   Sociologia   e   Filosofia   com   o   intuito   de   promover 

oportunidades de diálogo em que se conheça se ponham em comunicação diferentes 

sistemas   simbólicos   e   estruturas   conceituais,   bem   como   se   busquem   formas   de 

convivência respeitosa, além da construção de projetos de sociedade em que todos se 

sintam   encorajados   a   expor,   defender   sua   especificidade   étnico­racial   e   a   buscar 

garantia para que todos o façam. 

Em consonância com esta temática, o colégio Alfredo Moisés Maluf conta com a 

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EQUIPE MULTIDISCIPLINAR,  constituída por   Instrução da SUED/SEED,  de acordo 

com o disposto no artigo 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de 

orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à  Educação das Relações 

Étnico­Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro­Brasileira, Africana  e Indígena, 

ao longo do período letivo.

Em relação ao estudo da História do Paraná a Lei 13381/01, torna obrigatório 

que o mesmo ocorra no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública, sendo que os 

conteúdos deverão ser trabalhados de forma contextualizada, utilizando de recursos 

como  livros,   jornais,  gravuras,   filmes,  música,   leitura  e   interpretação e analise  de 

textos assim como de documentos como mapas e documentos históricos que resgatem 

a importância e valorização do nosso Estado.

4.9.1. Inclusão Educacional

A democratização do ensino pressupõe garantir a todos o direito de participar 

do processo de escolarização. Para democratizar a educação, há que se democratizar a 

oferta   na   escola,   atendendo   à   diversidade   das   demandas   populares.   Garantir 

escolarização de qualidade para todos implica aceitar e valorizar a diversidade das 

classes sociais e do estilo de cada indivíduo para aprender.

O poder público necessita fundamentar­se em pressupostos democráticos que 

norteiem suas ações e garantam aos seus cidadãos o direito à educação. Entende­se 

que, no âmbito da rede pública de ensino, são inúmeros os desafios à efetivação de 

educação  de   qualidade  para   todos,   independente  da  diversidade   em geral.  Neste 

Colégio,   há   um   processo   de   inclusão   de   pessoas   com   necessidades   educacionais 

especiais.   Aparentemente   mais   complexo,   o   processo   de   inclusão   de   pessoas 

deficientes   tem   gerado   também   mais   dedicação   dos   profissionais   envolvidos, 

especialmente na sensibilização

dos profissionais do ensino regular. 

O   surgimento   das   propostas   inclusivas   para   os   alunos   portadores   de 

necessidades   educacionais   especiais   ingressarem   na   rede   regular   de   ensino   tem 

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provocado mudanças na compreensão e aceitação dos problemas das deficiências e 

mobilizado a escola para se organizar diferentemente. Essas mudanças abrangem a 

estrutura funcional, os princípios filosóficos e o projeto político­pedagógico.

A ideia da educação inclusiva traz implícita uma série de mudanças na maneira 

de   conceber  as  pessoas   com necessidades  educacionais   especiais.  Essas  mudanças 

devem   ocorrer   tanto   no   âmbito   da   organização   e   estruturação   dos   serviços 

educacionais como da ação educativa propriamente dita. O atendimento à pessoa com 

necessidades   especiais   tem   sido   discutido   e   implementado   no   decorrer   de   nossa 

história.  No entanto,  a abrangência, a  forma e a  intenção desse atendimento têm 

mudado no decorrer dos anos.

A  inclusão é   considerada como possível  no  projeto  político  pedagógico.  No 

entanto,   trata­se  de  um processo  complexo,   sujeito  a  uma série  de  variáveis,   em 

especial à mudança de concepções que atingem os envolvidos no processo em tempos 

e espaços diferentes. O Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, neste projeto, pretende 

reafirmar esforços em sair do plano teórico para a prática, coerente com os princípios 

que   o   regem,   ou   seja,   a   garantia   de   acesso   e   permanência   do   aluno   na   escola, 

qualidade de ensino e democratização do saber.

Com isso, se pretende identificar os mecanismos de ação com vistas à remoção 

de  barreiras  à   aprendizagem dos  alunos  com necessidades  educacionais  especiais, 

assim como, subsidiar aos professores do ensino regular e acompanhar os alunos que 

necessitam de recursos pedagógicos diferenciados para aprender. De acordo com a 

Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), o currículo para alunos com necessidades 

educacionais   especiais   em   classes   mais   adiantadas   devem   incluir   programas 

transacionais   específicos,   apoio   para   ingressarem   no   ensino   superior   sempre   que 

possível  e   subsequente   treinamento  profissional  que  os  preparar  para  atuar   como 

membros contribuintes independentes após terminarem os estudos.

A  inclusão é   considerada como possível  no  projeto  político  pedagógico.  No 

entanto,   trata­se  de  um processo  complexo,   sujeito  a  uma série  de  variáveis,   em 

especial à mudança de concepções que atingem os envolvidos no processo em tempos 

e espaços diferentes. O Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, neste projeto, pretende 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

reafirmar esforços em sair do plano teórico para a prática, coerente com os princípios 

que   o   regem,   ou   seja,   a   garantia   de   acesso   e   permanência   do   aluno   na   escola, 

qualidade de ensino e democratização do saber.

Com isso, se pretende identificar os mecanismos de ação com vistas à remoção 

de  barreiras  à   aprendizagem dos  alunos  com necessidades  educacionais  especiais, 

assim como, subsidiar aos professores do ensino regular e acompanhar os alunos que 

necessitam de recursos pedagógicos diferenciados para aprender. De acordo com a 

Declaração de Salamanca (Unesco, 1994), o currículo para alunos com necessidades 

educacionais   especiais   em   classes   mais   adiantadas   devem   incluir   programas 

transacionais   específicos,   apoio   para   ingressarem   no   ensino   superior   sempre   que 

possível  e   subsequente   treinamento  profissional  que  os  preparar  para  atuar   como 

membros contribuintes independentes após terminarem os estudos.

4.9.2.Gênero e Diversidade Sexual

Tem  sido   crescente   a   mobilização   de   diversos   setores   sociais   em   favor  do 

reconhecimento   da   legitimidade   da   diversidade   sexual.   Ela   é   vista   como   fator 

essencial  para garantir   inclusão, promover igualdade de oportunidades e enfrentar 

toda sorte de preconceito, discriminação e violência, especialmente no que se refere a 

questões de gênero e sexualidade. O Colégio Alfredo Moisés Maluf, considera a escola 

e, em particular, a sala de aula, é um lugar privilegiado para se promover a cultura de 

reconhecimento  da  pluralidade  das   identidades   e  dos  comportamentos   relativos  a 

diferenças. Questões essas que precisam ser   discutidas   a partir de uma perspectiva 

crítica e problematizadora,.  Para (SILVA, 1996, 2000 e 2001), deve­se   questionar 

relações de poder, hierarquias sociais opressivas e processos de subalternização ou de 

exclusão, que as concepções curriculares e as rotinas escolares tendem a preservar. Da 

mesma maneira, como espaço de construção de conhecimento e de desenvolvimento 

do espírito crítico, onde se formam sujeitos, corpos e identidades, a escola torna­se 

uma referência para o reconhecimento, respeito, acolhimento, diálogo e convívio. A 

Secretaria  de  Educação  Continuada,  Alfabetização  e  Diversidade  do  Ministério  da 

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Educação   (Secad/MEC)   entende   que,   em   uma   perspectiva   inclusiva,   políticas 

educacionais que correlacionam gênero, orientação sexual e sexualidade não devem 

se   restringir  à  dimensão,  de   todo modo  importante,  dos  direitos   à   saúdesexual  e 

reprodutiva.É preciso ir além e, ao mesmo tempo, partir de outros pressupostos.

Dessa   forma,  ao   falar  em diversidade  sexual,  a  Secad/MEC procura,  antes, 

situar questões relativas a gênero, orientação sexual e sexualidade no terreno da ética 

e  dos  direitos   humanos,   vistos   a   partir   de  uma  perspectiva  emancipadora.  Assim 

fazendo, evita discursos que, simplesmente, relacionam tais questões a doenças ou a 

ameaças   a   uma   suposta   normalidade.   Ao   mesmo   tempo,   afasta   tanto   posturas 

naturalizantes quanto atitudes em que o cultural passa a ser acolhido ou recusado de 

forma simplista e acrítica.

A   SEED   tem   disponibilizado   capacitação   de   profissionais   de   educação   e 

profissionais da rede de proteção para atuação na prevenção, atenção e reinserção 

social e educacional da criança e do adolescente em situação de vulnerabilidade, na 

área   específica   da   atenção   à   Violência   física,   psicológica,   negligência/abandono, 

Violência   Sexual   e   Exploração   Sexual.     Comercial   de   Crianças   e   Adolescentes   e 

Exploração do Trabalho Infantil. Tais temáticas fazem parte do cotidiano escolar sendo 

necessário incluí­las nos planos docentes, também Poder Executivo autoriza implantar 

campanhas   sobre   Educação   Sexual,   a   serem   veiculadas   nos   estabelecimentos   de 

ensino estadual de 1º e 2º Graus do Estado do Paraná.

A escola é um instrumento para uma educação universal, livre de preconceitos, 

com   base,     nesta   realidade,   órgãos   como:   Secretaria   de   Políticas   para   Mulher, 

Secretaria de Políticas de Igualdade Racial, Unicef,   ONU (Organização das Nações 

Unidas), elaboraram   formas de discutir   a diversidade de maneira mais completa, 

tendo em vista a formação de nossos educandos e educadores. No entanto, notamos 

que a discriminação esta vinculada ao nosso dia a dia.

  Fica necessário, coibir as ações discriminatórias, não para que muitos se sintam 

ultrajados em detrimento de uma minoria. Mas,para que seja garantido o direito de ir 

e  vir  de  qualquer  cidadão(ã)  de  nossa   sociedade.  A  pergunta  que se   faz   é   como 

superar o risco de manutenção de práticas discriminatórias diante da tendência de 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

naturalizar preconceitos relativos à  sexualidade? Neste caso cabe a escola levar ao 

conhecimento   dos   alunos,   materiais   didáticos   pedagógicos,   capazes   de   trazer   a 

reflexão do individuo, enquanto ser social e transformador da realidade objetiva. O 

importante é  não sentir­se proibido (a) de ser quem é,  por causa, do preconceito 

estabelecido, não apenas pela escola, mas também pela sociedade em geral. 

A   mudança,   quanto   ao   tratamento   dessas   pessoas   precisa   passar   por   uma 

profunda   transformação   social.   Contudo,   o   ambiente   escolar   é   extremamente 

relevante   para   uma   mudança.   E   para   isso   as   discussões   pautadas   pelos   órgãos 

supracitados, é necessária para a construção de uma sociedade, democrática, justa e 

equilibrada. O PROJETO DE LEI N° 168/11 Deputada Rejane Pitanga determina aos 

órgãos da Administração Pública Direta e Indireta, Autarquias e Iniciativa Privada que 

observem   e   respeitem   o   nome   social   de   travestis   e   transexuais   e   dá   outras 

providências.

Art.1º ­ Fica assegurado às pessoas transexuais e travestis, nos termos desta lei, 

direito à  escolha de tratamento nominal nos atos e procedimentos promovidos no 

âmbito da Administração Pública Direta, Indireta, Autarquia, Empresas Públicas do 

Distrito Federal e Escolas Públicas e Privadas. 

A escola é ambiente para a inclusão e discussão sobre diversidade de Gênero, 

Transgêneros, Transexis, travestis. Sabemos que a humanidade é formada por seres 

plurais e diversos quanto à maneira de ser, sentir, raciocinar, agir e perceber a vida. 

Essas pluralidades e diversidades também se aplicam à forma como nos relacionamos 

afetivamente e/ou sexualmente com outras pessoas. Isso significa que não existe um 

modo único de relação, que supostamente seja “natural”, “certo” ou “normal”, mas, ao 

contrário, as possibilidades são inúmeras. Os significados sociais negativos atribuídos 

a   essas   características   são   utilizados   para   justificar   o   tratamento   desigual.   Essas 

pessoas   têm muita  dificuldade em conviver  democrática  e   respeitosamente  com a 

diversidade e de reconhecer que quem é diferente tem os mesmos direitos e deveres, 

na vida pessoal e em coletividade. Situações como essas podem ocorrer em relação à 

orientação sexual, religião, identidade de gênero, raça, cor da pele ou etnia, condição 

física, estilo de vida ou outra situação. Cabe, então, chamar a atenção para o conceito 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

de que o respeito à diversidade é, justamente, o que caracteriza a democracia. Quando 

todas   e   todos   têm   acesso   ao   exercício   do   poder,   o   resultado   não   é   uma   massa 

uniforme,   mas   um   mosaico   colorido   e   multifacetado   de   uma   rica   contribuição 

humana.

Diante do anseio de construirmos uma sociedade e uma escola mais  justas, 

solidárias, livres de preconceito e discriminação, é necessário identificar e enfrentar as 

dificuldades que temos   tido para promover  os  direitos  humanos  e,  especialmente, 

problematizar, desestabilizar e subverter a homofobia. São dificuldades que se tramam 

e   se   alimentam,   radicadas   em   nossas   realidades   sociais,   culturais,   institucionais, 

históricas   e   em   cada   nível   da   experiência   cotidiana,   merecedor   da   atenção   das 

políticas  públicas.  A  influência heterossexista  é  visível,  ao discutirmos as  questões 

acima,   porém  a   escola  deve   ficar   acima  de   qualquer   juízo  de   valor,   para   que   a 

equidade   entre,   raça,   gênero,   transgêneros,   transexis,   travestis,   seja   de   fato 

respeitada. 

A proposta do Colégio Alfredo Moisés Maluf é trabalhar no currículo escolar, 

em especial nas disciplinas de Educação Artística, Educação Física, Biologia, História, 

Literatura,  Filosofia  e  Sociologia,  uma referencia  político pedagógico,  para melhor 

fazer a reflexão, sobre a diversidade de maneira geral. Com a inclusão desses assuntos 

nas  matérias   acima   citadas,   podemos  possibilitar   a   construção  de  uma   sociedade 

heterogênea, porém, livre de preconceito, sexista, homofóbico e racial.

4.9.3. História e Cultura Indígena (Lei 11645/08)

Em 2003 foi promulgada a Lei 10.639/03, que instituía a obrigatoriedade da 

inserção no currículo da Educação Básica, discussões sobre as Relações Étnico­Raciais, 

Ensino de História e Cultura Afro­brasileira e Africana. Em 2008, a Lei 10.639/03 foi 

alterada   pela   Lei   11.645/08,   que   estabelece   as   diretrizes   e   bases   da   educação 

nacional,  para  incluir  no currículo oficial  da rede de ensino a obrigatoriedade da 

temática "História e Cultura Afro­Brasileira e Indígena".

Sobre a Cultura Afro­descendente, Africana e indígena podemos constatar que 

vivenciamos nos últimos anos um importante debate acerca do ensino da “História da 

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Cultura Africana”e das “Relações Étnicas Raciais”, no país. E sabendo que para viver 

democraticamente   em   uma   sociedade   plural   é   preciso   respeitar   e   valorizar   esta 

diversidade étnica e cultural que constitui nosso Brasil. 

Por sua formação histórica a sociedade brasileira é marcada pela presença de 

diferentes   etnias,   grupos   culturais   descendentes   de   imigrantes   de   diversas 

nacionalidades, religiões e línguas. Contudo ao longo da nossa história o preconceito e 

as relações de discriminação e exclusão social impedem muitos brasileiros da vivência 

plena da sua cidadania.

A temática no Colégio Alfredo Moisés Maluf  é  trabalhada no âmbito de todo 

currículo   escolar,   em   especial   nas   disciplinas   de   História,   Literatura,   Educação 

Artística,   Educação   Física,   Sociologia   e   Filosofia   com   o   intuito   de   promover 

oportunidades de diálogo em que se conheça se ponham em comunicação diferentes 

sistemas   simbólicos   e   estruturas   conceituais,   bem   como   se   busquem   formas   de 

convivência respeitosa, além da construção de projetos de sociedade em que todos se 

sintam   encorajados   a   expor,   defender   sua   especificidade   étnico­racial   e   a   buscar 

garantia para que todos o façam. 

4.9.4. Música (Lei 11769/08)

A lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, determina que a música deve 

ser   conteúdo   obrigatório   em   toda   a   Educação   Básica.   "O   objetivo   não   é   formar 

músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos", 

diz a professora Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE 

(Conselho Nacional de Educação).

O   trabalho   com   música   se   dá   desde   a   audição   e   apreciação,   assim   como 

produções musicais. Os alunos também vivenciam a música, por meio de trabalhos 

corporais que desenvolvem a atenção e a coordenação motora. 

O objetivo não é formar músicos , mas desenvolver o espírito crítico, conhecer 

as raízes da música brasileira, despertar o gosto musical, preservar nosso patrimônio e 

aumentar o repertório musical nacional e internacional. 

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4.9.5. Prevenção ao uso indevido de drogas 

É preciso retomar o papel educador da família e dos professores. O papel dos 

pais não pode restringir­se a fornecer os meios econômicos para que outros ensinem e 

eduquem seus filhos, nem o papel dos professores pode reduzir­se a ensinar técnicas 

ou habilidades que permitam aos adolescentes continuar estudando ou encontrar um 

trabalho.  Temos  de  educar  os   jovens  para  viver  em sociedade  de  acordo  com os 

valores   de   esforço,   solidariedade,   liberdade,   etc.,   ensinando­lhes   de   fato   o   que 

historicamente os homens aprenderam de sua convivência em grupo.

O uso indevido e abuso das drogas representa um problema grave, capaz de 

produzir   importantes   alterações   de   saúde   e   problemas   sociais.   O   fenômeno   do 

consumo de drogas tem algumas características que o tornam muito preocupante. O 

tipo de substâncias consumidas, a frequência de seu uso, o aumento do número de 

consumidores e a redução da idade de iniciação acentuam a necessidade de uma ação 

preventiva eficaz e de uma formulação de estratégias de tratamento adequadas.

O problema da dependência de drogas exige medidas preventivas eficazes que 

incidam diretamente   sobre  os   fatores   que  propiciam a   iniciação  ao   consumo  das 

diferentes drogas.

O importante, e o que se busca, é que a família e a escola, assim como qualquer 

outra instituição com função educativa, formem, eduquem, no sentido mais pleno da 

palavra. Amplitude e a complexidade do “problema das drogas” tornam necessárias 

atuações amplas no contexto familiar, escolar e social.

Neste   sentido   é   que   o   Colégio   Estadual   Alfredo   Moisés   Maluf   desenvolve 

Projetos de Prevenção ao uso indevido de drogas, através de Projetos em parceria com 

Instituições  especializadas  em tratamento  e   recuperação de  usuários  de  diferentes 

tipos de drogas.

4.9.6. Sexualidade humana 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A   SEED   tem   disponibilizado  capacitação   de   profissionais   de   educação   e 

profissionais da rede de proteção para atuação na prevenção, atenção e reinserção 

social e educacional da criança e do adolescente em situação de vulnerabilidade, na 

área   específica   da   atenção   à   Violência   física,   psicológica,   negligência/abandono, 

Violência   Sexual   e   Exploração   Sexual.     Comercial   de   Crianças   e   Adolescentes   e 

Exploração  do  Trabalho   Infantil.   Tais   temáticas   fazem parte   do   cotidiano   escolar 

sendo necessário inclui­las nos planos docentes , também Poder Executivo   autoriza 

implantar   campanhas   sobre   Educação   Sexual,   a   serem   veiculadas   nos 

estabelecimentos de ensino estadual de 1º e 2º Graus do Estado do Paraná.

4.9.7. Educação Ambiental (Lei 9795/99)

A Secretaria  de Estado de Educação do Estado do Paraná  desde  1999 visa 

implementar a Lei 9.795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental 

em um processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a 

preservação   do   equilíbrio   ambiental,   tendo   como   intento   a   qualidade   de   vida   a 

compreensão das relações entre o homem e o meio bio­físico, minimizando assim os 

problemas  relacionados a  estes   fatores   .  Entende­se  que  todas  as    disciplinas que 

compõe a matriz curricular estão inseridas nessas questões. Sendo assim a Lei visa 

subsidiar os educadores para que, a partir de uma compreensão crítica e histórica das 

questões relacionadas ao meio ambiente, possam por meio do tratamento pedagógico 

e  orientados pelas  Diretrizes  Curriculares  da Rede Pública de Educação Básica do 

Estado do Paraná, construir a identidade da Educação Ambiental na escola.

4.9.8. Educação Fiscal e Tributária (Decreto 1143/99)

A SEED define que a proposta da Educação Fiscal é instigar o cidadão a refletir 

sobre a função socioeconômica dos tributos, permitir aos cidadãos o conhecimento 

sobre   administração   pública,   estimular   o   acompanhamento,   pela   sociedade,   da 

aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

o Estado e o cidadão. O Colégio Alfredo Moisés Maluf considera interessante que essa 

questão não seja tratada de forma assim tão simples  pois conforme a citação a seguir 

“Cada um lê como os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de 

vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como 

são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre uma releitura.

Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co­autor.” (Leonardo Boff). Desta 

forma considera­se importante que as disciplinas inclua em seus planos de ação tais 

discussões instrumentalizando os alunos com os conhecimentos de que grande parte 

da população não sabe que paga tributos, desconhecendo sua própria contribuição 

para o financiamento dos serviços públicos. Alguns sequer sabem que a escola e o 

hospital que estão a seu serviço são frutos dos tributos pagos por eles – que tudo o que 

é público foi construído com os tributos que cada um paga.

4.9.9. Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente (direito das 

crianças e adolescentes) (Lei federal 11525/07) 

Em   1990,   fruto   do   desdobramento   da   Constituição   Federal   de   1988   (em 

especial  de   seu  artigo  227),  da  Convenção   Internacional  de  1989,  bem como da 

reivindicação de inúmeras entidades, movimentos e atores sociais, surge o Estatuto da 

Criança e do Adolescente.  O ECA traz a doutrina  jurídica da proteção  integral.  A 

criança deixa de ser vista como objeto de intervenção da família, da sociedade e do 

estado e passa a ser entendida como um sujeito de direito e em desenvolvimento. 

No dia 25 de Setembro de 2007 é promulgada pelo presidente em exercício, 

José Alencar Gomes da Silva, a Lei 11.525/07 que acrescenta § 5o ao art. 32 da Lei no 

9.394/96 – LDB: 

 “§ 5º O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo  que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei  no 8.069, de 13 de  julho de 1990, que  institui  o  Estatuto da Criança e  do  Adolescente,   observada   a   produção   e   distribuição   de   material   didático  adequado.” 

Assim no trabalho com enfrentamento a violência no Colégio Maluf, as  ações 

precisam ser multidisciplinares, intersetoriais, multissecretariais.  Há intervenções que 

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podem ser feitas a partir dos recursos próprios, dos recursos pessoais, de cada um de 

nós. Há ações que só são possíveis a partir da construção de um coletivo, outras que 

dependem de ações governamentais. 

Quando a escola assume o seu objetivo, o da educação como um direito de  todos, a violência se esvai. Passa a ser uma escola respeitada, vista como um  bem comum, como um bem público a ser defendido. O instrumento para a  transformação da escola em uma escola não violenta é o trabalho com o  conhecimento, a gestão democrática, o trabalho em conjunto escola­bairro.  (SEED, 2010, p. 16)

5. INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS

5.1. Sala de Apoio e Aprendizagem

A   Secretaria   de   Estado   da   Educação   do   Paraná   ­   SEED   ­   implementou   o 

Programa Salas de Apoio à Aprendizagem no ano de 2004, com o objetivo de atender 

às  defasagens  de  aprendizagem apresentadas  pelas   crianças  que   frequentam a  5ª 

série/6º ano e 8ª série/9ºano do Ensino Fundamental. 

O programa prevê o atendimento aos alunos, no contra turno, nas disciplinas 

de  Língua  Portuguesa  e  Matemática,   com o  objetivo  de   trabalhar  as   dificuldades 

referentes   à   aquisição  dos   conteúdos  de   oralidade,   leitura,   escrita,   bem  como   às 

formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. Com isso, o 

Programa   antecipa   possível   abandono   e   reprovação   devidos   a   dificuldades   de 

aprendizagem   apresentadas   pelos   alunos   que   entram   na   5ª   série   do   Ensino 

Fundamental.

A partir de sua criação, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná   tem 

promovido   ações   e   eventos   de   capacitação   aos   professores   que   atuam   nessa 

modalidade de ensino, bem como aos diretores e às equipes pedagógicas das escolas, 

buscando esclarecer a todos quais são os objetivos das Salas de Apoio e promovendo 

discussões sobre quais devem ser os encaminhamentos metodológicos que façam com 

que os alunos que ingressam nas 5ª séries com dificuldades de aprendizagem possam 

– por meio de atividades diferenciadas e significativas oferecidas no contra turno – 

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superar essas dificuldades e acompanhar seus colegas do turno regular, diminuindo 

assim a repetência e melhorando a qualidade da educação ofertada pela rede pública.

Visando   possibilitar   aperfeiçoamento   do   Programa,   ocorre   avaliação 

permanente por parte do Departamento de Educação Básica, dos Núcleos Regionais de 

Educação   e  de   todo   o   coletivo   escolar,   objetivando   seu   melhor   funcionamento   e 

eficiência.   Devido   a   essa   avaliação,   o   Programa   passou   por   mudanças   em   sua 

regulamentação, que promoveram o aumento do número de aberturas automáticas de 

demandas e a diminuição do número de alunos por Sala de Apoio,  possibilitando 

assim um maior e melhor atendimento aos alunos.

No Colégio Alfredo Moisés Maluf,  atualmente, existe duas Salas de Apoio à 

Aprendizagem de Língua Portuguesa e duas de Matemática, que atendem alunos de 5ª 

e 8ª séries. Neste colégio o funcionamento ocorre em conformidade com a Instrução 

022/2008, que estabelece critérios de abertura de demanda e suprimento e trata das 

atribuições dos profissionais a Sala de Apoio à Aprendizagem, conforme a Resolução 

371/2008,   que   regulamenta   a   criação   e   abertura   de   Salas   de   Apoio   e   a 

Resolução196/1010, que regulamenta a distribuição de aulas.

5.2. Monitoria

No Colégio existe monitoria na disciplina de Matemática, com estagiários do 

curso de matemática, em parceria com a UEM, e também com alunos do Colégio, 

como auxílio aos alunos com defasagem de aprendizagem e na tentativa de superar 

tais dificuldades. 

A proposta de monitoria na disciplina de Matemática surgiu da preocupação 

com o baixo rendimento obtido por vários alunos de 8ª série, do período matutino 

desse Colégio. As aulas acontecem no contra turno, com horário combinado, sempre 

que necessário. 

Os monitores são alunos da mesma série que dominam o conteúdo. Os alunos 

com dificuldades  têm a oportunidade de rever  os  conteúdos  trabalhados em sala, 

fazem listas de exercícios, tiram dúvidas com os colegas, que são coordenados pela 

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professora regente e equipe pedagógica.

Esse   procedimento   tem por   objetivo  melhor   a  aprendizagem,   resgatando  a 

auto­estima   e   promovendo   aprovações.   Os   monitores,   por   sua   vez,   se   sentem 

valorizados e isso estimula os alunos, de modo geral. Quem  melhora o rendimento 

também poderá ser convidado para auxiliar os colegas.

Os   pais   dos   alunos   que   precisam   dessa   ajuda   são   comunicados   sobre   a 

existência das aulas de monitoria e são avisados também sobre as faltas. Os resultados 

já   são   positivos,   porque   vários   alunos   que   participam   da   monitoria   conseguiram 

demonstrar melhoria do seu desempenho.

  

5.3. Sala de Recursos

O Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, atende às diretrizes curriculares para 

a Educação Especial, na construção de culturas inclusivas, na elaboração de políticas 

inclusivas e na dimensão das práticas inclusivas, ou seja, na organização do processo 

de aprendizagem. Isso tudo, por meio da flexibilização e adaptações curriculares (de 

conteúdos, métodos e de avaliação) de modo a contemplar a participação de todos os 

alunos,   considerando   seus   conhecimentos   prévios,   suas   necessidades   linguísticas 

diferenciadas e o contexto social. Para tanto, o Colégio oferece a modalidade Sala de 

Recursos. 

Conforme amparo   legal   (Instrução 05/04),   “Sala  de  Recursos   é  um serviço 

especializado   de   natureza   pedagógica   que   apoia   e   complementa   o   atendimento 

educacional realizado em Classes Comuns do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries”. 

Nessa modalidade, são atendidos alunos egressos da Educação Especial ou aqueles 

que   apresentam   problemas   de   aprendizagem   com   atraso   acadêmico   significativo, 

distúrbios de aprendizagem com, ou sem, deficiência mental, que necessitam de apoio 

especializado   complementar   para   ter   bom   desempenho   no   processo   de   ensino 

aprendizagem na  Classe  Comum.  Esses  alunos   são   regularmente  matriculados  no 

Ensino Fundamental de 5ª a 8ª. Neste colégio, além dos alunos aqui matriculados, 

eventualmente são atendidos, em Sala de Recursos, alunos matriculados em classe 

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comum de outros colégios, conforme suas necessidades.

O processo de avaliação para ingresso em sala de recursos é minucioso. Trata­

se   de   uma   avaliação   pedagógica,   realizada   inicialmente   no   contexto   do   Ensino 

Regular, pelo professor da Classe Comum e equipe técnico pedagógica da Escola. Essa 

avaliação é  seguida de avaliação de equipe multidisciplinar (psicólogos, médicos e 

fonoaudiólogos).  Esse processo é   lento e sua conclusão tem sido demorada. Neste 

colégio, dispomos de vagas e temos alunos em processo de avaliação.

Acordada   com   a   referida   instrução,   a   Sala   de   Recursos   do   Colégio   Maluf 

oferece 20 horas semanais, seguindo um cronograma que prevê no mínimo dois (2) 

atendimentos   semanais   de   aproximadamente   uma   hora   e   quarenta   minutos,   em 

período contrário ao turno da classe comum, no período matutino. Os alunos são 

atendidos   individualmente  ou em pequenos  grupos,  considerando especialmente  a 

faixa etária, a série que cursa e as suas necessidades pedagógicas.

Na Sala de Recursos há controle de frequência. O serviço está disponível, mas 

não há obrigatoriedade legal para o aluno e sua família, em termos de matricula e 

frequência. Neste colégio, alguns alunos têm baixa frequência e constantemente as 

famílias são alertadas por meio de avisos escrito e por telefone, a respeito das faltas e 

sobre a necessidade do referido atendimento especializado. 

A professora da Sala de Recursos tem contato com a equipe técnico pedagógica 

da Escola, sempre que possível ou se fizer necessário. O contato também ocorre junto 

aos professores da Classe Comum para o acompanhamento do desenvolvimento do 

aluno. Esse encontro é mais frequente com professores que trabalham no colégio por 

40 horas. A professora também participa de Conselhos de Classe, reuniões e vem à 

escola no período de estudo regular dos alunos sempre que possível.

Em termos pedagógicos,  o  trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos 

parte das necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno com 

o intuito de promover o desenvolvimento das áreas cognitiva, motora, sócio afetiva 

emocional e a aprendizagem de conteúdos da disciplinas da Classe Comum. Prima­se 

também, pela aprendizagem de comportamentos de estudo.

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6. COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR

6.1. Segundo Tempo

O programa Segundo Tempo foi idealizado pelo Ministério do Esporte com a 

finalidade  de   colaborar   com a   inclusão  social,  o  bem­estar   físico,  a  promoção  da 

saúde, o desenvolvimento intelectual e humano, e assegurar o exercício da cidadania 

através   do   acesso   à   prática   esportiva   por   meio   de   atividades   esportivas   e   lazer, 

realizados no contra turno escolar.

O  programa caracteriza­se  pelo  acesso  a  diversas  atividades   e  modalidades 

esportivas, desenvolvidas em espaços físicos da escola ou em espaços comunitários sob 

a orientação de professores e estagiários de Educação Física devidamente habilitados 

e capacitados para a função e tem como público alvo crianças e adolescentes expostos 

aos riscos sociais.

O núcleo implantado no Colégio Estadual Alfredo Moisés Maluf, atende alunos 

da periferia de Maringá do Ensino Fundamental II, mais especificamente dos bairros: 

Conjunto Habitacional Herman Moraes de Barros,  Residencial  Copacabana, Jardim 

Quebec, Parque das Grevíleas I, II e III, Jardim Imperial, Parque das Palmeiras, Jardim 

Diamante, Jardim Paris I, II e III,  Jardim Santa Helena, Jardim Monte Rei, Jardim 

Império   do   Sol,   Jardim   Vitória   e   Parque   das   Laranjeiras.   Atende   ainda   alunos 

provenientes   da   Zona   Rural,   próxima   a   esses   bairros.   Apesar   de   termos   uma 

infraestrutura no bairro como escolas, saneamento básico, posto de saúde e biblioteca 

municipal  há  um grande número de adolescentes que  fazem uso de drogas e um 

grande número de homicídios decorrentes disso, além do vandalismo ao patrimônio 

público.

O desenvolvimento das atividades esportivas, culturais e de lazer são realizadas 

no Centro Esportivo, bosque local, Associação de Moradores e na Academia para a 

Terceira Idade.

O  programa  Segundo  Tempo   implantado  nesse   colégio   tem  como proposta 

inserir nossas crianças na escola, e a escola na sociedade. Apesar do enfrentamento 

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com essa realidade cheia de adversidades, o programa pretende ser uma esperança, 

não   uma   esperança   ingênua,   nem   tampouco   o   imobilismo   de   quem   desistiu   de 

acreditar na mudança, perdendo o endereço na história. Enquanto núcleo dentro de 

uma   instituição,   o   programa   Segundo   Tempo,   pretende   consolidar   um   ambiente 

esportivo e educativo que gere aprendizagem, reconfigure saberes e poderes e crie 

espaços de reflexão.

6.2. CELEM

O   CELEM,   Centros   de   Línguas   Estrangeiras   Modernas,   criado   em   1986   e 

regulamentado   pela   Resolução   nº   3.546/86,   passou   por   várias   restruturações   e 

atualmente, seu funcionamento é regulamentado pela Resolução 3904/2008 e pela 

Instrução Normativa nº 019/2008 – SUED/SEED.

O CELEM se faz presente em 32 Núcleos Regionais de Educação perfazendo um 

total  de 473 estabelecimentos de ensino e oportuniza a esses estabelecimentos de 

ensino da Educação Básica do estado do Paraná a oferta de ensino de outros idiomas 

diferentes daqueles constantes na Matriz Curricular. 

Quando criado, os cursos eram ofertados apenas a alunos. No entanto, desde 

2004,  no Art.  1º  da Resolução nº  2.137/2004,  estendeu­se  a  oferta  de vagas aos 

professores e funcionários da SEED, bem como, abriu 20% das vagas à comunidade, 

desde   que   comprovado   o   término   da   1ª   fase   do   Ensino   Fundamental   e   o   não 

preenchimento das vagas ofertadas. 

No Colégio Alfredo Moisés Maluf o CELEM teve início em 2010, ofertando o 

curso de Espanhol. Esse curso tem carga horária de 3 horas semanais com duração de 

dois anos.

6.3.   ACCC   –   ATIVIDADE   DE   COMPLEMENTAÇÃO   CURRICULAR   EM 

CONTRATURNO

Em nosso   colégio   temos   três  professores   desenvolvendo  ACCC  tendo   como 

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MACROCAMPOS: Aprofundamento da Aprendizagem,  pela  professora de geografia 

Luciana Andrea Calvi  com os alunos do ensino médio; Cultura e Arte pela professora 

de arte Kattlleya Vitória Andrian Amaral com os alunos de 5ª séries e Esporte e Lazer 

pelo professor de educação física Custódio Ribeiro Vieira com os alunos de 5ª a 8ª 

série.

6.4. ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

O estágio não obrigatório  é amparado pelas leis:

• Lei nº  9.394/1996 que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

• Lei nº  11.788/2008, que dispõe sobre estágio do estudantes.

• Lei nº 8.069/1990, que dispõe do Estatuto da Criança e do Adolescente.

• Deliberação nº 02/2009 do Conselho Estadual de Educação.

• Instrução nº 006/2009 – SUED/SEED 

O estágio é um ato educativo escolar, não obrigatório, que visa à preparação 

para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando o Ensino Médio 

com idade mínima de16 anos; não interfere na aprovação ou reprovação do aluno e 

não é computado como componente curricular.

O estágio  não  cria  vínculo  empregatício  de  qualquer  natureza  embora   seja 

remunerado. Estagiário do Ensino Médio poderá ter uma carga horária  diária de até 6 

horas ou até 30 horas semanais.

  A   instituição   de   ensino   é   responsável   pelo   desenvolvimento   do   estágio, 

observados:

• Termo de Convênio para estágio com o ente público ou privado 

e concedente de   estágio,   nas Instituições de Ensino da Rede 

Pública   Estadual,   de   acordo   com   o   Decreto   nº   897/07   de 

31/05/07,  para  a   formalização  do  Termo de  Convênio,   será 

necessário a prévia e expressa autorização do Governador do 

Estado do Paraná.

•  Termo de Compromisso firmado com o educando ou com seu 

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representante  ou   assistente   legal   e   com a  parte   concedente, 

indicando   as   condições   adequadas   do   estágio   à   proposta 

pedagógica    do   curso  e  modalidade  da   formação  escolar  do 

estudante e ao horário de modo que não prejudique a carga 

horária do curso.

•    Plano de Estágio que deverá ser submetido à análise do NRE, 

juntamente com o Projeto Político­Pedagógico.

O estágio deverá   ser  desenvolvido com a mediação de professor  orientador 

(pedagogo) especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo 

acompanhamento e avaliação das atividades. O professor orientador, afere   mediante 

relatório, as condições para a realização do estágio firmadas no Plano de Estágio e no 

Termo de Convênio e quando solicitado envia relatórios  de desempenho escolar e 

frequência do aluno na escola.

A jornada de estágio não poderá ultrapassar seis (6) horas diárias e trinta (30) 

horas semanais,  no caso de estudantes  de Educação Profissional  Técnica de Nível 

Médio   e  do  Ensino  Médio;   a   carga  horária   do   estágio  não  pode   comprometer  a 

frequência às aulas e o cumprimento dos demais compromissos escolares. 

No   Colégio   Maluf   ,   temos   vários   alunos   que   participam   de   programas   de 

estágio   em   instituições   que   firmam   convênio   com   empresas   onde   os   alunos 

desenvolvem atividades remuneradas. 

7. CALENDÁRIO ESCOLAR 

Para cada ano letivo a SEED emite Resolução própria que normatiza o processo 

de elaboração do Calendário Escolar para o ano seguinte. Tal Resolução é elaborada 

seguindo os princípios legais da  Lei N. 9.394/96, que estabelece as Diretrizes e Bases 

da Educação     Nacional  e  suas alterações e da Deliberação N. 02/02 – CEE,  que 

incluiu, no período letivo, dias  destinados às atividades pedagógicas.

A elaboração do Calendário Escolar é importante para a rede pública estadual 

de Educação Básica e rede conveniada porque garante o mínimo de oitocentas horas, 

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distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar. Estabelece 

também, períodos destinados para atividades escolares dos professores: planejamento, 

reuniões pedagógicas, formação continuada e replanejamento.

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8. PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA

COLÉGIO ESTADUAL ALFREDO MOISÉS MALUF – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO 

PLANO DE AÇÃO PARA 2011

TEMA AÇÃO RESPONSABILIDADE CRONOGRAMA

GESTÃOOrganizar pastas por turma para registro de ocorrências. Equipe Pedagógica.

Fevereiro2011

Comunicar faltas de alunos e afastamento (atestados, licenças e transferência), de forma mais rápida entre professores, equipe e 

secretaria.

Direção, Equipe Pedagógica, Docentes e Agentes 

Educacionais.

Fevereiro2011

Avaliar e atualizar o Projeto Político Pedagógico.Direção, Equipe Pedagógica, 

Docentes e Agentes Educacionais.

Agosto, Setembro e Outubro

Realizar pesquisa sócio econômica da comunidade escolar. Direção, Equipe Pedagógica, Docentes. Maio

Aumentar a participação da comunidade, de pais e alunos promovendo eventos, palestras e outros.

Direção, Equipe Pedagógica, Docentes.

Durante todo ano letivo.

Divulgar para a comunidade escolar o Projeto Político. Pedagógico e Estatuto da Criança e do adolescente. Equipe Pedagógica e Direção

Fevereiro e sempre que necessário

Dar ciência ao aluno do conteúdo do regimento escolar. ProfessoresFevereiro e sempre que necessário

Promover ações sobre a importância do cumprimento das disposições  Equipe Pedagógica, Direção,  Durante todo ano 

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do regimento escolar, por parte de alunos e profissionais da educação.  Docentes e Agentes. letivo.

Colocar em ação projetos que levem a diminuição da violência e da indisciplina.

Equipe Pedagógica, Direção e docentes.

Durante todo ano letivo.

Renovar o “carômetro” e organizar mapas de sala nas turmas onde se fizer necessário.

Funcionários e Professor monitor, respectivamente.

Fevereiro e sempre que necessário

Proporcionar interações entre os profissionais da educação, por meio de reuniões diversas.

Equipe Pedagógica, Direção, Docentes e Agentes.

Durante todoano letivo.

CONSELHO DE CLASSE

Realizar Pré­Conselho com a turma com o objetivo de obter a análise feita pelos alunos sobre os encaminhamentos propostos para cada disciplina, bem como o desempenho dos alunos e as sugestões sobre as metodologias que mais contribuíram para 

aprendizagem.

Equipe Pedagógica, Professor monitor e alunos.

A cada trimestre.

Realiza pré­conselho com professores com o objetivo de levantar dados para serem submetidos a análise do colegiado no Conselho 

de Classe. 

Equipe Pedagógica e Docentes de cada disciplina.

A cada trimestre.

Realizar Conselho de Classe :Primeira parte (com a participação dos alunos)

– os alunos apresentam a análise feita pela turma a respeito de cada disciplina;

– os professores traçam o perfil da turma  juntamente com os alunos e definem as ações que serão tomadas;

– os alunos fazem a devolutiva do conselho para a turmaSegunda parte (colegiado)­ discutir os diagnósticos e proposições levantados no pré­conselho;­  definir quais metodologias devem ser revistas e que ações devem 

Equipe Pedagógica, Direção, Docentes e Alunos

A cada trimestre.

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ser realizadas, utilizando estratégias que levem em consideração as necessidades dos alunos. 

Realizar   Pós­Conselho   de   Classe   com   a   turma   onde   os   alunos participantes do conselho de classe  fazem a devolutiva sobre as discussões e encaminhamentos definidos.

Equipe Pedagógica, Docentes e alunos.

A cada trimestre.

Realizar   Pós­Conselho   individual   para   que   cada   aluno   tenha ciência   da   sua   situação   referente   a   notas   e   faltas   e   receba orientações   necessárias   para   evoluir   no   processo   de   ensino   e aprendizagem.

Equipe Pedagógica e alunos. A cada trimestre.

AVALIAÇÃO

Rever aspectos pedagógicos didáticos e legais da avaliação.Equipe Pedagógica, Direção 

e Docentes.

Reunião Pedagógica1º Semestre

Rever sistema de avaliação, atualmente pautado em pesos progressivos bimestrais.

Equipe Pedagógica, Direção e Docentes.

2ª Reunião Pedagógica

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

9.   PLANO   DE   TRABALHO   DOCENTE   (FORMA/ESTRUTURA   DEFINIDA   NO 

COLETIVO ESCOLAR)

A estrutura definida pelo coletivo escolar quanto ao Plano de Trabalho Docente 

do nosso colégio é   trimestral  e  composta  por  ementa,   justificativa,  objetivo geral, 

objetivos   específicos,   conteúdos,   metodologia,   recursos   didáticos,   avaliação   e 

referências bibliográficas.

10. FORMAS DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PPP

As formas de acompanhamento e avaliação  institucional do PPP do Colégio 

Estadual Alfredo Moisés Maluf, será feita nas reuniões pedagógicas, nas capacitações 

do início e meados do ano e sempre que se fizer necessário, durante o ano letivo.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

11. MATRIZ CURRICULAR

ENSINO FUNDAMENTAL

TURNOS: MANHàE TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012

BASENACIONAL COMUM

DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 4 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2

ENSINO RELIGIOSO* 1 1

GEOGRAFIA 3 4 4 3

HISTÓRIA 4 3 3 4

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

SUB TOTAL 23 23 23 23

PARTEDIVERSIFICADA

L.E.M. ­ INGLÊS 2 2 2 2

SUB TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

ENSINO FUNDAMENTAL

TURNO: NOITE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012

BASENACIONAL 

COMUM

DISCIPLINAS/ANOS 6º 7º 8º 9º

ARTE 3 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 4 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2

ENSINO RELIGIOSO* 1 1

GEOGRAFIA 3 4 4 3

HISTÓRIA 4 3 3 4

LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4

MATEMÁTICA 4 4 4 4

SUB TOTAL 24 23 23 23

PARTEDIVERSIFICADA

L.E.M. ­ INGLÊS 2 3 2 2

SUB TOTAL 2 3 2 2

TOTAL GERAL 26 26 25 25

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ENSINO MÉDIO

TURNOS: MANHàE  NOITE 1º 2º 3º

BASENACIONAL COMUM

ARTE 3

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LÍNGUA PORTUGUESA 3 4 3

MATEMÁTICA 4 3 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB TOTAL 23 23 25

PARTE DIVERSIFICADAL.E.M. ­ ESPANHOL 4 4 4

L.E.M. ­ INGLÊS 2 2 ­

SUB TOTAL 6 6 4

TOTAL GERAL 29 29 29

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

12. DIRETRIZES CURRICULARES QUE NORTEIAM A AÇÃO DA ESCOLA 

ENSINO FUNDAMENTAL

Arte

Apresentação da Disciplina

Durante muito tempo arte foi considerada uma atividade de entretenimento, 

uma pausa necessária em meio às demais disciplinas. Hoje, no entanto, ela tem status 

de   um   valioso   recurso   para   reflexão,   compreensão   e   exercício   da   cidadania, 

posicionamento   crítico   e   valorização   da   pluralidade   cultural   do   País,   conteúdos 

próprios ligados à cultura artística e não apenas as atividades.

Essa disciplina ainda hoje exige reflexão que contemplem ­ Arte como área de 

conhecimento e não meramente como meio de destaque de dons inatos. O ensino da 

arte deixa de ser entretenimento no sistema educacional e passa a se preocupar com o 

desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade constituída historicamente e em 

constante transformação, contribuindo para um cidadão reflexivo.

A partir das concepções da arte e de seu ensino, estas diretrizes consideram 

alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões e respeito do objeto de 

estudo desta disciplina:

O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em 

seus aspectos  sensíveis  e  cognitivos.  O pensamento,  a  sensibilidade e  a  percepção 

articulam­se numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sobre 

a   forma de   representações  artísticas   como por   exemplo,  palavras  na  poesia,   sons 

melódicos na música; expressões corporais na dança ou teatro; cores, linhas e formas 

nas artes visuais.

O   conhecimento   artístico   esta   relacionado   com   o   fazer   e   com   o   processo 

criativo considera desde o imaginário, a elaboração e a formulação do objeto artístico 

até o contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

emocionais e cognitivas expressam saberes específicos a partir da experiênciação com 

materiais, técnicas e com os elementos básicos constituídos das Artes Visuais, Dança, 

Música e do Teatro.

O   conhecimento   contextualizado   envolve   o   contexto   histórico   dos   objetos 

artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, 

possibilitando   um   aprofundamento   na   investigação   desse   objeto.   Norteada   pelo 

conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento em arte se efetiva 

na  inter­relação de saberes  que se concretiza na experiência estética  por  meio da 

percepção da análise, da criação/produção e da contextualização histórica, apesar de 

suas   especificidades,   esses   campos   conceituais   são   interdependentes   e   articulados 

entre si, abrangem todos os aspectos do objeto de estudo.

As formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão 

ampliada, enfatizando a associação da arte coma a cultura e da arte com a linguagem. 

Dessa   forma,  o   aluno  da   educação  básica,   terá   acesso   ao   conhecimento  presente 

nessas   diferentes   formas   de   relação   da   arte   com  a   sociedade,   de   acordo   com   a 

proximidade da mesma com o seu universo. 

Objetivo

A disciplina de Artes tem como objetivos:

✔ Interpretar a função da arte como um dos instrumentos transformadores da 

história da humanidade;

✔ Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens desenvolvidas tanto na 

fruição quanto a análise estética, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo;

✔ Valorizar as diversidades culturais, em seus vários aspectos, como meio de 

preservação das tradições populares e de nossas raízes;

✔ Realizar produções artísticas, individual ou coletiva, nas linguagens da arte 

(música, artes visuais, teatro, audiovisual) analisando, refletindo e compreendendo os 

diferentes   processos   produtivos,   com   seus   diferentes   métodos   materiais   como 

manifestações sociocultural e históricos;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que permitam 

utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.

A arte é mais do que realizar pinturas ou esculturas, mais do que a criação do 

nosso   ambiente,   planejamento   e  urbanização  de   espaços   abertos.  Arte   é   também 

atitude em relação à existência, um modo de formular nossos sentimentos e nossas 

emoções;   é   o   meio   pelo   qual   nossa   sensibilidade,   em   relação   às   experiências 

vivenciadas é intensificada e refinada; é a conscientização sensível das coisas que nos 

cercam e que se desenvolve através de um sistema de atitudes e experiências até se 

converter em novas formas.

Nesse sentido, o ensino da arte é fundamental na formação da percepção e da 

sensibilidade do aluno, por meio do trabalho criador, da apropriação do conhecimento 

artístico e do contato com a produção cultural; que, como ser criador, se transforma e 

transforma a natureza, produzindo novas maneiras de ver, sentir e refletir sobre as 

relações sociais.

Dessa forma, a aprendizagem de arte mobiliza a expressão e a comunicação 

pessoal e amplia a formação do estudante, principalmente por intensificar as relações 

dos  indivíduos tanto como o seu mundo  interior  como o exterior.  Assim, o aluno 

desenvolve   sua   cultura   de   arte   fazendo,   conhecendo   e   apreciando   produções 

artísticas, que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o recordar, o 

imaginar, o sentir, o expressar, o comunicar.

Ao produzir trabalhos artísticos e conhecendo a produção de outras culturas, o 

aluno poderá compreender a diversidade de valores que orientam tanto seus modos 

de pensar e agir como os da sociedade.

Conteúdos Estruturantes

Os   conteúdos   de   arte   estão   organizados   de   maneira   que   contemple   as 

linguagens  das   artes   visuais,   dança,  música   e   teatro.   Os   conteúdos   estruturantes 

selecionados por esta disciplina vêm constituir a base para a prática pedagógica. Neste 

sentido   foram   definidos   com   conteúdos   estruturantes   os   elementos   formais,   a 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

composição,   movimentos   e   períodos.   Os   conteúdos   serão   desenvolvidos   visando 

atender todos os alunos levando­se em consideração suas limitações e necessidades de 

encaminhamentos especiais.

5ª Série

Artes Visuais

Elementos Formais Composição Movimento

CorPontoLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeLuz

Desenho­ Bidimensional­ Figurativa­ Geométrica, simétricaPinturaPintura pontilhadaEsculturaDobraduraRecorte e colagem

Arte Greco­RomanaArte AfricanaArte Oriental

Dança

TempoMovimento CorporalEspaço

ImprovisaçãoCoreografia­ Kinesfera­ Eixo­ Ponto de apoio­ Formação níveis­ Deslocamento­ Dimensões­ Gênero: CircularTécnicasRápido e lento

Pré­históricaGreco­RomanaRenascimentoDança Clássica

TeatroPersonagem

Expressão corporalExpressão gestualExpressões vocais e faciaisAção/Espaço

FantochesMímicasImprovisaçãoCênicaDramatizaçãoMáscaras

Arte Greco­RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento

Música

IntensidadeDuraçãoAltura/timbreDensidade

ImprovisaçõesMusicais/melodiasRitmosEscalas: diatônica, pentatônica, cromática

Greco­RomanaOrientalOcidentalAfricana

Técnicas Pintura, escultura, modelagem, gravura

Gêneros Paisagem, retrato, natureza morta

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

6ª Série

Artes Visuais

Elementos Formais

ComposiçãoMovimentoBrasileiro e Paranaense

CorLuzLinhaFormaVolumeSuperfícieTexturaPonto

ProporçãoDesenhoPinturaTridimensionalFiguras e fundo abstratoPerspectiva

Arte popularArte indígenaRenascimentoArte BizantinaBarroco

Dança

Movimento corporalTempoEspaço

ComposiçõesCoreografiaFigurinoIluminaçãoSomPonto de apoioRotaçãoCoreografiaSalto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompida e conduzido)Lento, rápido e moderado

DançaDança Popular, Paranaense, Indígena

Teatro

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais, gestuais e faciaisEspaço

Representação teatralLeitura dramáticaCenografiaTécnicas: jogos teatrais, mímicas, improvisação

Arte Greco­RomanaTeatro OrientalTeatro MedievalRenascimento

Música

IntensidadeDuraçãoAltura/timbreDensidade

RitmoMelodiaEscalasGêneros: folclórico, indígena, popular e etnicoTécnicas: vocal, instrumental e mista improvisação

Música popular e étnicaOcidental e oriental

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

7ª Série

Artes Visuais

Elementos Formais Composição Movimento

PontoSuperfícieTexturaVolumeLuzCor

Ritmo visualEstilizaçãoDeformaçãoSemelhançasTécnicas: desenho, fotografia, áudio, visual

Indústria culturalArte contemporâneaArte século XX

Dança

Movimento corporalTempoEspaço

SonoplastiaCoreografiaGêneros: indústria, cultura e espetáculoAceleração e desacelaraçãoDireção (frente, atrás, esquerdo, direito)

Hip HopMusicaisExpressionismoIndústria cultural e dança moderna

Teatro

Expressões corporais, gestuais, e faciaisAçãoEspaço

MaquiagemTexto dramáticoRepresentação no cinema e mídiasSonoplastiaRoteiroTécnicas

Indústria culturalRealismoExpressõesCinema novo

Música

IalturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnicas: vocal, modal e a fusão de ambos

Indústria Cultural EletrônicaPop, Rock, Tecno

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

8ª Série

Artes Visuais

Elementos Formais ComposiçãoBi e Tridimensional

Movimento

CorLinhaFormaTexturaSuperfícieVolumeLuz

ReleituraRecorte e ColagemDesenho e PinturaEsculturaGêneros: Paisagens, cenas do cotidiano

RealismoVanguardaMuralismo e arte latina americanaHip Hop

Dança

Movimento corporalTempo e espaço

SonoplastiaCoreografiaTécnicas

VanguardasDança modernaDança contemporânea

Teatro OPersonagem

PersonagemExpressões corporais, vocais e gestuaisExpressões faciaisAçãoEspaço cênico

Teatro engajadoTeatro pobreTeatro do oprimidoTeatro do absurdoVanguardas

Música

AlturaDuraçãoTimbreIntensidadeDensidade

RitmoMelodiaHarmoniaTécnica: vocal, estrutural e mistaGêneros: popular, folclórico e étnico

Música: engajado popular brasileiroMúsica contemporânea

Técnicas Vocal Instrumental   Mista

Gêneros Popular Folclórico Etnico

Metodologia

O Ensino da arte tem como pretensão analisar o espaço de arte na escola (artes 

visuais,   música,   teatro   e   dança)   a   partir   de   uma   perspectiva   histórica.   Para   isso 

precisamos explicitar as relações da prática artística com tese econômica . As relações 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

sociais   de  produção  determinam as   representações,   sistemas  de   ideias   e   imagens 

geradas na mesma sociedade.

Dentro do sistema educacional, buscamos valores estéticos que possibilitam a 

democratização do saber artístico, visando criar no aluno uma percepção exigente, 

ativa, critica em relação à  realidade humano­social.  A proposta de arte tem dupla 

função de um lado, analisar o seu papel na formação da percepção e da sociedade do 

aluno, de outro lado, colher a significação da arte no processo de humanização do 

homem.

A arte propõe novas formas de refletir sobre as relações sociais e consiste numa 

apropriação   da   realidade   e   essencial,   possível   quando   se   colocamos   em   estado 

humano, as figuras reais através da humanização dos objetos e dos sentidos.

No   espaço   escolar,   o   objeto   de   trabalho   é   o   conhecimento.   Desta   forma 

devemos contemplar na metodologia do ensino da arte três momentos da organização 

pedagógica: o sentir perceber, que são as formas de apreciação: o trabalho artístico, 

que é a pratica criativa, o conhecimento, que fundamenta e possibilita o aluno um 

sentir/ perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o 

aluno à formação de conceitos artísticos.

A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como 

aula teórica e sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o 

conhecimento   em   arte   se   efetiva   somente   quando   esses   três   momentos   são 

trabalhados.

A   prática   artística   (trabalho   criador)   é   expressão   privilegiada   do   aluno   e 

momento do exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola 

encontra para desenvolver estas práticas, elas são fundamentais, pois a arte pode ser 

apreendida somente de forma abstrata. O processo de produção do aluno acontece 

quando ele   interioriza  e  se   familiariza  com os  processos  artísticos  e  humaniza  os 

sentidos.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino­aprendizagem em 

arte. Estes três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de 

aula, pois apesar de serem interdependentes, é preciso planejar as aulas com recursos 

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e metodologia específica para cada um desses momentos.

O   encaminhamento  pode   se   iniciar   por   qualquer   desses  momentos,  mas   o 

fundamental é que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir 

e perceber, ao conhecimento e ao trabalho artístico.

Avaliação

A avaliação da disciplina de Arte será diagnóstica e processual. Diagnóstica por 

ser a referência do professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos. 

Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento 

será   constantemente   redirecionado,   utilizando  a   avaliação  do  professor,   da   classe 

sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto avaliação dos alunos.

É importante neste processo ter em vista que os alunos do ensino médio têm 

um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente apreende 

em outros   espaços   (família,  grupos  associações,   religião  e  outros)  e  um percurso 

escolar   também  distinto   entre   os  mesmos,   pois   pela   amplitude   do   conhecimento 

artístico (música, artes visuais, teatro e dança) e as condições humanas e materiais na 

escola, inviabiliza uma certa unidade na aprendizagem de arte em todas as escolas 

públicas.

Neste sentido, é fundamental que nos primeiros dias de aula seja realizado um 

levantamento das formas artísticas que o aluno já  tem conhecimento e habilidade, 

como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar.

Também durante o ano letivo, poderemos observar tendências e habilidades 

dos alunos para uma ou mais dimensões da arte. Estes diagnósticos são a base para o 

planejamento das aulas, pois mesmo que já estejam definidos os conteúdos que serão 

trabalhados a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento 

que os alunos possuem.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários 

vários instrumentos de verificação tais como: 

✔ trabalhos artísticos individuais e em grupo;

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✔  pesquisas bibliográfica e de campo;

✔ debates em forma de seminários e simpósios;

✔ provas teóricas e práticas;

✔ registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, audiovisual e outros .

Os critérios de avaliação são organizados com uma prova escrita no valor de 

6,0  pontos  e  atividades  artísticas  e  práticas  no valor  de  4,0 pontos,   tanto  para  o 

Ensino Fundamental como para o Ensino Médio.

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Referências

PARANÁ   .  Diretrizes  Curriculares de Artes  para o Ensino Fundamental.  SEED, 2008.

PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática. 2003

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. RJ.1979

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo, 1991

BERTELHO, Maria augusta. Minimanual de pesquisa de arte. Ed. Claranto. 2004.

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Ciências

Apresentação da Disciplina

A abordagem no ensino da ciência será norteada pela construção, reconstrução 

de significados vinculada aos contextos históricos. A ciência tem vasta abrangências 

que passa todas as dimensões da existência humana em nossa sociedade envolvendo 

problemas éticos,   filosóficos,   tecnológicos,  econômico e social,  dando o desafio de 

oportunizar a todos por meio de conteúdos, noções que propiciem uma crítica de fatos 

e   fenômenos   relacionados   a   vida,   a   compreensão   das   inter­relações   com  o  meio 

ambiente. A ciência não pode ser considerada conhecimentos prontos e acabados, mas 

em constantes transformações.

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento cientifico 

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista o conjunto de elementos 

integrados que constitui o Universo em toda sua complexidade. Ao ser humano cabe 

interpretar   racionalmente   os   fenômenos   observados   na   Natureza,   resultantes   das 

relações   entre   elementos   das   relações   fundamentais   como   tempo,   espaço,   força, 

campo, energia e vida.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza 

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência 

do   ser   humano   sobre   a   Natureza   possibilita   incorporar   experiências,   técnicas, 

conhecimentos  e  valores  produzidos  na   coletividade  e   transmitidos   culturalmente. 

Sendo assim, a cultura o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e 

a circulação do conhecimento, estabelecem novas de formas de pensar, de dominar a 

Natureza, de compreendê­la e se apropriar dos seus recursos.

Diante disso, a história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do 

conhecimento   cientifico   evolui   pela   observação   de   regularidades   percebidas   na 

Natureza, o que permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos 

que   nela   ocorrem.   Tal   conhecimento   proporciona   ao   ser   humano   uma   cultura 

cientifica com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.

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A   ciência   é   uma   atividade   humana   complexa,   histórica   e   coletivamente 

construída,   que   influencia   e   sofre   influências   de   questões   sociais,   tecnológicas, 

culturais, éticas e políticas. (KNELLER, 1980; ET AL., 1998).

A ciência não revela verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a 

partir da aplicabilidade de método(s). De acordo com Kneller (1980) e Fourez (1995), 

modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito 

de fenômenos resultantes entre os elementos fundamentais que compões a Natureza. 

Muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias.

Por isso, conceituar ciência exige cuidado epistemológico, pois para conhecer a 

real   natureza  da   ciência   faz­se  necessário   investigar   a   história   da   construção   do 

conhecimento cientifico (KNELLER, 1980).

Objetivos

✔ Investigar a curiosidade, a criatividade e a observação do aluno.

✔ Considerar o desenvolvimento cognitivo e a diversidade cultural.

✔ Possibilitar situações de aprendizagem sobre os conteúdos abordados

✔ Incentivar uma postura critica e participativa face [as novas tecnologias.

✔ Desenvolver a responsabilidade, a solidariedade e o respeito ao bem.

✔ Contribuir os conhecimentos prévios dos alunos, sua produção intelectual.

Conteúdos

5ª série

1. Biodiversidade

✔ Inter­relações entre os seres vivos e o ambiente;

✔ Conhecimento físico;

✔ População: fatores que influenciam a distribuição;

✔ Conhecimentos químicos;

✔ Ciclos biogeoquímicos;

✔ Teias e cadeias, alimentações;

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✔ Fotossínteses;

✔ Conhecimento biológico;

✔ Biosfera, ecossistema, comunidade, população, habitat e nicho ecológico;

✔ Teias e cadeias alimentares, produtores consumidores e decompositores.

2. Água no Ecossistema

✔ Conhecimentos físicos;

✔ Estados físicos e mudança de estado da água;

✔ Pressão e temperatura, densidade e empuxo;

✔ Água como fonte de energia;

✔ Conhecimentos químicos;

✔ Composição da água;

✔ Água como solvente universal;

✔ Pureza;

✔ Conhecimentos biológicos;

✔ Ciclos da água;

✔ Disponibilidade na natureza;

✔ Água e os seres vivos;

✔ Preservação e contaminação da água.

3. Ar no Ecossistema

✔ Conhecimentos físicos;

✔ Existência do ar;

✔ Camadas da atmosfera;

✔ Pressão atmosfera;

✔ Formação dos ventos;

✔ Meteorologia;

✔ Energia eólica;

✔ Conhecimentos químicos;

✔ Composição do ar;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ Átomos e moléculas;

✔ Poluição do ar;

✔ Gases nobres e suas aplicações;

✔ Conhecimentos biológicos

✔ O ar e os seres vivos

✔ Pressão atmosférica

✔ Contaminação do ar e as doenças

✔ Combate a poluição

4. Solo no Ecossistema

✔ Conhecimentos físicos;

✔ Tecnologia e manejo do solo para o cultivo;

✔ Conhecimentos químicos;

✔ Composição do solo;

✔ Tipos de solo;

✔ Adubação orgânica e inorgânica;

✔ Queimadas, desmatamento, poluição;

5. Poluição e contaminação da água, ar e solo.

✔ Conhecimentos físicos

✔ Poluição térmica

✔ Fontes alternativas de energia

✔ Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada 

de ozônio e poluentes responsáveis.

✔ Conhecimento biológico 

✔ Chuva ácida

✔ Fenômenos: superaquecimento do planeta, efeito estufa, buraco na camada 

de ozônio e poluentes responsáveis.

✔ Prevenção e tratamento de doenças.

✔ Saneamento básico (ETA e ETE)

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ Doença pela falta de saneamento básico.

6. Astronomia e astronauta (Noções de Astronomia)

✔ Conhecimento físico

✔ Instrumentos   construídos   para   estudar   os   astros,   astrolábios,   lunetas, 

telescópio, satélites, foguetes, estações espaciais, radiotelescópio.

✔ Movimento de rotação e translação do planeta terra.

✔ Conhecimento químico

✔ Sol: composição química

✔ Composição da terra.

✔ Conhecimento biológico

✔ Movimentos do planeta terra e suas consequências.

✔ Ritmos biológicos

✔ Influencia sobre a biosfera, marés.

✔ A lua como satélite natural do planeta terra.

6ª série

1. Biodiversidade – Classificação e adaptações morfofisiológicas

✔ Conhecimento físico;

✔ Capilaridade;

✔ Fototropismo;

✔ Geotropismo;

✔ Locomoção;

✔ Conhecimento químico;

• Osmose;

• Absorção;

• Fotossíntese;

• Respiração;

• Transpiração, gustação;

• Fermentação;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ Conhecimento biológico;

• Classificação dos cinco reinos;

• Vírus;

• Adaptação dos seres vivos;

• Biotecnologia;

• Organismo geneticamente modificado;

• Partes   dos   vegetais   (reprodução,   fecundação   e   formação   do   fruto, 

disseminação das sementes);

• Animais:   relação   com   o   ambiente,   evolução   dos   grupos,   principais 

sistemas;

• Doenças causadas por: animais, microorganismo, vírus.

2.   Biodiversidade   –   Características   Básicas   dos   Seres   Vivos   –  Organização 

celular

✔ Conhecimentos físicos;

• Microscopia: descrição da célula e vegetal.

✔ Conhecimento químico;

• Substância orgânica e inorgânica.

✔ Conhecimento biológico;

• Célula animal e vegetal;

• Aspecto morfológico básicos dos tecidos animais e vegetais;

• Níveis de organização atmosfera;

7ª série

Corpo Humano e Saúde – Ambiente – Matéria e energia – Tecnologia

1. Corpo humano como um todo integrado

✔ Conhecimentos físicos;

• Ação mecânica da digestão;

• Transporte de nutrientes;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Pressão arterial;

• Inspiração e expiração;

• Hemodiálise;

• Som e audição;

• Tecnologia associada ao diagnóstico;

• Instrumentos e aparelhos que substituem para corrigir deficiências físicas 

(próteses).

✔ Conhecimento químico;

• Nutrição: hábitos alimentares;

• Alimentos diet. e light;

• Ação química da digestão, transformação dos alimentos;

• Imunização artificial: soros, vacinas e medicamentos;

• Tratamento:   quimioterapia,   intoxicações,   agentes   químicos,   metais 

pesados;

• Liberação neuromônios como a adrenalina;

✔ Conhecimentos biológicos;

• Anatomia e fisiologia dos sistemas;

• Digestão;

• Cardiovascular;

• Respiratório;

• Excretor;

• Nervoso;

• Endócrino;

• Reprodutor;

• Sensorial;

• Sistema imunológico e preservação de doenças;

• DST;

• Métodos anticoncepcionais;

• Gravidez;

• Clonagem;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Células tronco;

• Aspectos éticos;

• Diferença entre calor e temperatura;

• Propagação de calor;

2 ­ Segurança no trânsito

✔ Conhecimento físico;

• Movimento, deslocamento, trajetória e referencial;

• Velocidade, velocidade média e aceleração;

• Magnetismo e eletricidade;

• Máquinas simples;

✔ Conhecimento químico;

• Teor alcoólico das bebidas e suas consequências no trânsito;

• Composição química do álcool;

✔ Conhecimento biológico;

• Acidentes de trânsito relacionados ao uso de drogas (álcool);

• Causas e consequência tempo de reação e reflexo comparado entre um 

organismo que não ingeriu álcool e um embriagado;

• Efeitos do álcool e outras drogas no organismo;

• Prevenção de acidentes;

• Radioterapia e quimioterapia;

8ª série

Ser humano e Saúde – Ambiente – Matéria e Energia o tecnologia

1 ­ Astronomia e Astronáutica

✔ Conhecimentos físicos;

• Sol: fonte de luz e calor;

• Força gravitacional;

• Medidas   de   tempo:   (instrumentos   construídos   pelo   corpo   humano) 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

relógio do sol, ampulhetas, relógio analógico, digital e calendários;

• Telecomunicação, satélites, internet, ondas, fibra ópticas;

• Propagação, retilínea da luz e a formação de sombras;

• Reflexão da luz e as cores dos objetos;

• Espelhos, lentes e refração;

• Reflexos sonoros e eco, poluição sonora;

✔ Conhecimento químico;

• Matéria e energia;

•  Estrutura do átomo;

• Elemento químico;

• Ligações químicas;

• Reação química;

• Funções químicas;

• Substâncias básicas de uso agrícola: agrotóxico, fertilizantes e inseticidas.

• Substâncias tóxicas de uso doméstico;

✔ Conhecimento biológico;

• Produção de vitamina D pelo sol;

• Radiações do sol sob o corpo humano;

• Queimaduras, insolação e câncer de pele;

• Adaptações ao homem, as viagens espaciais;

• Contaminação do meio ambiente, por agentes químicos.

Encaminhamento metodológico

De acordo com a proposta das Diretrizes Curriculares de Ciências é necessário 

tratar os conceitos da ciência através de seu significado e seu contexto tecnológico e 

social.

Terá   que  ocorrer  de   forma que  os   conteúdos   específicos   de   ciências   sejam 

entendidos em sua complexidade de relações conceituais, não dissociados em áreas de 

conhecimento físico, químico e biológico,

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O   professor   deve   preparar   atividades   de   forma   que   contemple   várias 

possibilidades de abordagens com o uso de múltiplas estratégias e recursos, de modo 

que o processo ensino­aprendizagem em ciências resulte de uma rede de interações 

sociais  entre  estudantes,  professores  e  o  conhecimento escolar   selecionado para  o 

trabalho do ano letivo.

A  elaboração das  aulas  deve   ser   feita  abordando   três   aspectos   importantes 

como: a história da ciência, a divulgação cientifica e a atividade experimental.

Os conteúdos serão explorados fazendo uso de problematizações, contextualizações, 

interdisciplinaridade, pesquisas, leituras cientificas, atividades experimentais, recursos 

instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.

Avaliação

A   avaliação   deverá   ser   entendida   como   ação,   movimento,   provocação,   na 

tentativa   de   reciprocidade   intelectual   entre   elementos   da   ação   educativa,   onde 

professor e aluno buscam seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizando­as.

Deve propiciar momentos de interação e construção de significados no qual o 

estudante aprende.

A avaliação deverá   ser  um processo  continuo constante,  planejada,   integral 

estimulante   através   de   técnicas   adequadas   respeitando   o   amadurecimento 

correspondente   a   cada   faixa   etária,   e   deve   trazer   informações   preciosas   para   a 

condução   da   aprendizagem   onde   o   aluno   possa   participar   da   construção   do 

conhecimento   cientifico,   escolar,   adquirindo   compreensão   do   real   significado   dos 

conteúdos e do objeto de estudo de ciências, visando uma aprendizagem significativa 

para sua vida.

Terá   que   ocorrer   ao   longo   do   processo   aprendizagem   com   múltiplas 

possibilidades.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

Barro, Carlos. Ciência. 5ª ed. Ática, 1997, São Paulo, volume2.

ALVARENGA,   Jenner   P.  Ciências  Naturais  no   dia­a­dia.  Ed.   Positivo,   Curitiba, 2004.

GEWANDSZNAJDER, Fernando. Ciências. A vida na terra. 2005.

CRUZ, Daniel. O corpo humano. S ao Paulo, ed, Ática, 1ª ed. 2001.

PARANÁ.Diretrizes Curriculares de Ciências. SEED,2008.

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Educação Física

Apresentação da disciplina

A educação física é a área do conhecimento que introduz e integra os alunos na 

cultura corporal do movimento, com finalidade de manutenção e melhoria da saúde, 

lazer,   expressão  de   sentimento,   afetos   emoções,   evitando   favorecer   alunos  que   já 

tenham duas aptidões, adotando como eixo estrutural da ação pedagógica o princípio 

da inclusão, apontando para perspectivas metodológicas de ensino aprendizagem, que 

busquem o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da 

afirmação  de  valores  e  princípios  democráticos.  Nesse   sentido,   garante  a   todos  a 

possibilidade de usufruir de jogos, esportes, danças, lutas e ginásticas em benefício da 

saúde e do lazer, proporcionando o exercício crítico da cidadania e o bem estar físico, 

social e mental, garantindo integralmente a saúde do indivíduo.

Atualmente, quando falamos sobre a Educação Física escolar sempre há algum 

fator   que   reforça   a   sua   importância   como   um   processo   permanente   de 

desenvolvimento humano e de qualidade de vida. Reconhece­se também que ela é 

uma  disciplina   capaz  de   influir   direta   e   favoravelmente  na   formação   integral   do 

individuo. Com o objetivo de educar, aprimorar e melhorar os movimentos, bem como 

desenvolver   a   inteligência   e   personalidade.   Torna­se,   portanto,   importante   o   seu 

conhecimento como saber escolar, pois contribui para a formação e transformação do 

estudante nos aspectos acima mencionados.

Objetivos Gerais

✔ Participar das atividades corporais, estabelecendo relações construtivas com 

os  outros,   reconhecendo  e   respeitando  características   físicas,  o  desempenho  de   si 

mesmo e dos outros sem discriminar por fatores pessoais, físico, sexuais ou sociais.

✔ Transcender  aquilo  que  se apresenta  como senso  comum, desmistificando 

formas   já   arraigadas  e  equivocadas   sobre  o  entendimento  das  diversas  praticas  e 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

manifestações corporais.

✔ Priorizar  a  construção do conhecimento sistematizado como oportunidade 

impar   de   reelaboração   de   idéias   e   praticas   que   por   meio   de   ações   pedagógicas 

intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos produtivos 

pela humanidade e suas implicações pela vida.

✔ Ampliar a visão biológica, democratizando, humanizando, problematizando e 

diversificando   a   pratica   pedagógica   para   as   dimensões   afetivas,   cognitivas, 

socioculturais e interdisciplinares. Incorporando de forma organizada os conteúdos 

estruturantes   onde   são   incluídas:   a   ginástica,   esporte,   jogos,   danças,   lutas,   que 

interagem com os   elementos   articuladores   como  a  desportivização,  mídia,   saúde, 

corpo, tática e técnica, o lazer e a adversidade.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Conteúdos Estruturantes

Ensino Fundamental

5ª Série/6º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte ColetivosIndividuais

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de roda

Jogos de tabuleiroJogos cooperativos

DançaDanças folclóricas

Danças de ruaDanças criativas

GinásticaGinástica rítmicaGinástica circense

Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximaçãoCapoeira

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

6ª Série/7º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

EsporteColetivos 

Individuais

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares Brincadeiras e cantigas de roda 

Jogos de tabuleiro Jogos cooperativos

Dança

Danças folclóricas Danças de rua 

Danças criativas Danças circulares

GinásticaGinástica rítmica Ginástica circense 

Ginástica geral

Lutas Lutas de aproximação Capoeira

 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

7ª Série/8º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Coletivos

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

Dança Danças criativas Danças circulares

GinásticaGinástica rítmica Ginástica circense 

Ginástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira

8ª Série/9º Ano

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Esporte Coletivos

Jogos e BrincadeirasJogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos

DançaDanças criativas 

Danças circulares

Ginástica Ginástica rítmica Ginástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediador Capoeira

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Metodologia

A Educação Física terá como eixo não a educação física tradicional, renovada, 

mas   uma   educação   física   com  abordagem   histórica   e   crítica,   valorizando   a   ação 

pedagógica enquanto inserida na prática social concreta, entendido como escola como 

mediação entre o indivíduo e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão 

dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto, e com articulação 

do   saber   criticamente   reelaborado  não   bastando   que   os   conteúdos   sejam   apenas 

inseridos, ainda que bem ensinados; é preciso que se liguem, de forma indissociável, a 

sua   significação   humana   e   social,   introduzindo,   portanto   a   possibilidade   de  uma 

reavaliação critica frente a esses conteúdos.

O conhecimento, nessa forma de pensar educação física, é a reflexão, a critica e 

a reconstrução sobre a cultura corporal. Os alunos aprendem a praticar e refletir sobre 

os   jogos,   as   danças,   as   ginásticas,   as   lutas,   as   acrobacias,   as   mímicas,   e   outras 

manifestações que compõem a cultura corporal. Podemos dizer que o objeto de estudo 

da educação física, nessa perspectiva é  a cultura corporal como linguagem e como 

saber histórico.

Essa   cultura   corporal   no   ambiente   escolar   pode   ser   expressa   enquanto 

elementos   articulantes   e   conteúdos   estruturantes.   Os   conteúdos   técnicos   serão 

trabalhados a partir do entendimento da técnica enquanto um meio que permite ao 

homem   vivenciar   e   se   apropriar   de   uma   dada   pratica.   Também,   enquanto   um 

conhecimento específico, socialmente produzido e historicamente sistematizado pela 

humanidade. Por isso, um conhecimento a que os seres humanos têm o direito a ter 

acesso. Mediar à técnica dos elementos da cultura corporal significa permitir que os 

alunos se apropriem de um conhecimento necessário a sua participação ativa e leitura 

critica do mesmo.

Essa visão se contrapõe àquela da técnica como um meio que permite ao atleta 

atingir seu rendimento máximo no gesto motor, em um fundamento. O motivo da 

técnica, na visão do trabalho desenvolvido e aqui relatado, se desloca do resultado 

esportivo,  da busca desmedida da vitória,  para a apreensão da expressão corporal 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

como forma de linguagem, para a compreensão das relações humanas.

Os conteúdos específicos de educação física são abordados por intermédio dos 

elementos   articuladores,   visando   um   maior   aprofundamento   (com   grau   de 

complexidade superior a serie anterior) e diálogo com as diferentes expressões do 

corpo.

Para   analise   critica   dos   alunos   será   proposto   o   estudo   dos   elementos 

articuladores:  mídia,  desportização, saúde (aspectos  individuais e sociais),  corpo e 

sociedade, lazer, diversidade, tática e técnica, inovações tecnológica se o mundo do 

trabalho,   legislações   relativas   à   educação,   educação   física,   esporte   e   lazer, 

acontecimentos atuais (mundiais, nacionais e locais).

Avaliação

Para a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento de forma participativa e 

consciente,   será   utilizada   avaliação   diagnóstica,   que   alem   de   ser   continua   é   no 

processo que ela tem a característica de retomada dos conteúdos, usando o avanço e o 

crescimento do aluno que será de forma global durante todas as aulas através dos 

critérios: interesse, participação, organização para o trabalho cooperativo, respeito aos 

materiais,  colegas e professores,  disciplina, conhecimento,  integridade, socialização 

onde ampliara a compreensão dos alunos para alcançar responsabilidade na trajetória 

a ser percorrida.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

BORSARI, José Roberto (org).  Educação Física da pré­escola a universidade.  São Paulo; EPU, 1980.

BREGOLATO, Roseli  A.  Textos  de Educação Física para a Sala de Aula.  2ª  ed., Cascavel, Assoeste, 1994.

Diretrizes   Curriculares   do   Paraná.   Educação   Física/Secretaria   de   Estado   da Educação, Curitiba: Governo do Estado do Paraná. 2008.

GONÇALVES, Maria C. et alli.  Aprendendo a Educação Física da Pré­ escola até a 8ª série do 1º grau. Curitiba, Bolsa Nacional do Livro, 1996.

MEDINA, João Paulo S.  A Educação Física Cuida do Corpo E “Mente”. Campinas, Papirus, 1985.

MONTE, José J. O. Promoção da Qualidade de Vida. Curitiba, Editora Letras, 1997.

TEIXEIRA, Hudson V. Educação Física e Desportos. São Paulo, Saraiva, 2ª ed. 1996.

SILVA, João Bosco. Educação Física: Aprender a aprender fazendo. Londrina, LIDO editora, 1995.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Ensino Religioso

Apresentação da Disciplina

O   Ensino   Religioso   que   foi   introduzido   nas   séries   iniciais   do   ensino 

fundamental considera que o indivíduo se manifesta pelos valores construídos pelos 

valores   éticos,   sociais   e   historicamente   nas   relações   que   estabelecem   nos   seus 

diferentes espaços de vivência social.

A   disciplina   de   Ensino   Religioso   visa   dar   aos   alunos   a   oportunidade   de 

identificação,   atendimento,   conhecimento   e   aprendizagem   nas   diferentes 

manifestações religiosas que estão inseridas na sociedade ocidental, assim sendo os 

alunos devem perceber que estão inseridos numa cultura que possui uma múltipla 

diversidade   cultural   e   religiosa.     Este   ato   de   apropriar   deste   conhecimento   visa 

fornecer os alunos o respeito às relações religiosas, para que tenha uma sociedade 

mais humana e fraternal nos dias atuais. O Ensino Religioso na escola  permitirá  que 

os   educandos   possam   refletir   e   entender   como   os   grupos   sociais   se   constitui 

culturalmente e se relacionam com os espaços sagrados. E ainda tentar compreender 

as trajetórias, suas manifestações no espaço escolar estabelecendo   relações entre as 

culturas,   espaços   e   diferenças,   para   que   no   entendimento   destes   elementos,   o 

educando possa elaborar o seu saber, passando a entender a diversidade da cultura e 

pela religiosidade.

Objetivos gerais da disciplina

O   objetivo   do   ensino   religioso   é   o   estudo   do   sagrado   e   dos   fenômenos 

religiosos,  é  o estudo das diferentes manifestações do sagrado no coletivo. Com a 

finalidade   de   compreender   a   história   dos   elementos   religiosos   como   cerne   de 

experiência religiosa do cotidiano que contextualiza no universo multicultural.

Conteúdos 5ª série e 6ª série

✔ Conteúdos estruturantes:

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Paisagem religiosa

• Universo simbólico religioso

• Textos sagrados orais e escritos

✔ Conteúdos Básicos:

• Organizações religiosas

• Lugares Sagrados

• Textos Sagrados: orais ou escritos.

• Símbolos religiosos­ Respeito à diversidade religiosa.

Metodologia

Os conteúdos básicos devem ser tratados sob os três conteúdos estruturantes. A 

linguagem utilizada deve ser científica e não a religiosa. Ensinamentos sagrados  pelas 

diferentes culturas religiosas.

Avaliação

Espera­se   que   o   aluno  desenvolva     uma   cultura   de   respeito   à   diversidade 

religiosa e cultural.

Conteúdos de 6ª série e 7ª série

✔ Conteúdos estruturantes:

• Paisagem religiosa

• Universo Simbólico religioso

• Texto Sagrado

✔ Conteúdos básicos:

• Temporalidade sagrada

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Ritos

• Festas Religiosas

• Vida e Morte

Metodologia

É vedada qualquer forma de proselitismo e doutrinação, entendendo que os 

conteúdos   devem   ser   trabalhados   enquanto   conhecimento   da   diversidade   sócio­

cultural.  O encaminhamento  deve   ter  a  preocupação de  se  aproximar das  demais 

áreas de conhecimento, tendo como objetivo estudo do sagrado.

Os conteúdos estruturantes foram organizados com a intenção de contribuir 

para superar o preconceito à  ausência ou à  presença de qualquer crença religiosa. 

Essas questões serão discutidas a partir do dialogo fundamentado nos conteúdos que 

contemplam as diversas manifestações sagradas intencionando construir,  analisar e 

socializar o conhecimento religioso para favorecer a formação integral dos professores 

e o convívio mútuo com o diferente. O principio do dialogo será o respeito a liberdade 

de consciência e a opção religiosa dos alunos.

Critérios de Avaliação

O ensino religioso  não é de caráter de reprovação, assim não tem  registro de 

notas, isto  se justifica pelo caráter facultativo da matriculando na disciplina. Contudo, 

cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar 

o processo de apropriação de conhecimentos pelos alunos. Isso para identificar em 

que   medida   os   conteúdos   passam   a   ser   referência   para   a   compreensão   da 

manifestação do universo sagrado e religioso pelos alunos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

• Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental Ensino Religioso, 2005.

• DIRETRIZES Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental. Versão 

Preliminar. SEED, Superintendência da Educação, julho – 2

     • GUILOUSKI,   Borres;   COSTA,   Diná   D.;   SCHOGL,   Ermile.   Ensino   Religioso: 

Sugestões Pedagógicas, ASSINTEC. Curitiba/Pr, 2002.

• Informativos da ASSINTEC, Associação Interconfessional de Educação, 2004.

• JORDAK, Dora M. Coleção Religiões do Mundo, Ed. Brasileitura, 2003.

• SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica, Ed. Nova Geração, 2003.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Geografia

Apresentação da Disciplina

As   relações   entre  a   sociedade  e   a  natureza   sempre  permearam os   estudos 

geográficos, pois a compreensão desses fenômenos eram e são essenciais para garantir 

a sobrevivência humana. Nos primórdios da sociedade, o homem apenas descrevia os 

fenômenos naturais, as informações sobre a localização e as características físicas das 

regiões conquistadas.  Tais   conhecimentos eram fundamentais  para  se  organizarem 

politicamente e economicamente.

Diante da necessidade de ampliar o seu domínio, o homem passou a buscar 

explicações para os fenômenos naturais, mapear todas as áreas conquistadas, surgindo 

desta forma, os primeiros registros geográficos e cartográficas. Somente no século XIX 

é  que  os   conhecimentos  geográficos  passaram a   ser   sistematizado.  Neste  período, 

surgiram as  sociedades  geográficos  que através  de  expedições  buscavam conhecer 

novas áreas continentais. Os conhecimentos eram utilizados pelas classes dominantes 

para conquistar novas possessões territoriais.

No Brasil, a institucionalização da geografia se consolidou a partir de 1930, era 

uma   geografia   descritiva,   decorativa,   conhecida   como   geografia   tradicional.   As 

transformações   políticas,   econômicas   e   sociais   após   a   Segunda   Guerra   Mundial, 

interferiram no pensamento geográfico sobre diversos aspectos. Essas transformações 

se intensificaram no decorrer do século XX, promovendo a reformulação do ensino da 

geografia e nas novas abordagens para os campos de estudo desta ciência. 

No Brasil, o percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos 

anos 60, que levaram as modificações do ensino da Geografia.

Com   o   fim   do   militarismo   no   Brasil,   na   década   de   80,   a   renovação   do 

pensamento geográfico fortaleceu e as discussões teóricas centraram­se em torno da 

Geografia Crítica.

Essa nova concepção geográfica propôs uma análise social, política e econômica 

sobre o espaço geográfico trazendo para as discussões geográficas, assuntos ligados: à 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

degradação da natureza, intensa exploração dos recursos naturais, as desigualdades 

sociais  e   injustiças da produção e organização do espaço,  bem como,  as  questões 

culturais, políticas e econômicas mundiais com o objetivo de desenvolver no educando 

uma visão crítica do mundo que o cerca.

Objetivos

Para se tornar cidadão é necessário conhecer o meio em que se vive, e portanto 

faz­se necessário estudar o espaço geográfico.

Nesta perspectiva, os principais objetivos da disciplina são:

✔ Conhecer   o   funcionamento   da   natureza   e   suas   múltiplas   relações   na 

formação do espaço geográfico, analisando o papel da sociedade na construção desse 

espaço geográfico.

✔ Avaliar as ações da sociedade e suas consequências ao longo do tempo de 

modo a construir uma participação ativa nas questões socioambientais locais.

✔ Compreender   os   fenômenos   geográficos   suas   dinâmicas   e   interações   no 

tempo e espaço.

✔ Compreender que as desigualdades sociais, os direitos políticos, os avanços 

técnicos   e   tecnológicos   são   decorrentes   de   conflitos   e   acordos,   porém   não   são 

usufruídos por todos os seres humanos, sendo necessário democratizá­los.

✔ Utilizar meios de pesquisa da geografia para conhecer o espaço geográfico.

✔ Interpretar,   analisar,   relacionar   informações   sobre   o   espaço   geográfico   e 

diferentes paisagens através da leitura de imagens, dados e documentos de diferentes 

fontes de informações.

✔ Utilizar  a   linguagem cartográfica  para  obter   informações   e   interpretar  os 

fenômenos geográficos.

✔ Respeitar as diferenças sociais e culturais, reconhecendo o direito dos povos e 

indivíduos.

Conteúdos

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

5ª Série

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos

A dimensão 

econômica do/no 

Espaço

O homem, as paisagens e o espaço geográfico

A orientação e a localização do espaço geográfico

A sociedade e cidadania

A sociedade e o trabalho (trabalho rural)

Atividade industrial (tipos de indústria)

Comércio, transportes e a comunicação

A dimensão sócio 

ambiental

Os movimentos da Terra

Atmosfera: condições naturais e ação humana

Os climas e as formações vegetais da Terra

A hidrosfera e a importância da água para a sociedade

A litosfera e o relevo terrestre (rochas)

Geopolítica Organização do espaço geográfico (local e global)

A dinâmica cultural 

demográfico

Consumo, consumismo e cultura

Mobilidade populacional e as manifestações sócio­espacial da 

diversidade cultural

6ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

A dimensão 

econômica do/no 

Espaço

A formação do território brasileiro e paranaense

A sociedade e a economia do Brasil

Brasil ­ de país agrário a industrial

As desigualdades sociais no Brasil e dependência tecnológica

O   espaço   socieconômico   das   regiões   geoeconômicas 

brasileiras

A dimensão sócio 

ambiental

A paisagem natural e ação humana

A paisagem natural do Paraná

As condições naturais das regiões geoeconômicas brasileiras

Sistema de energia e a degradação ambiental

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Geopolítica

Poder político, Estado e organização do espaço

Movimentos sociais

Estado, Nação e Território

A dinâmica cultural 

demográfico

As desigualdades sociais no Brasil e no espaço paranaense

Urbanização brasileira e favelização (êxodo rural)

A   transformação   demográfica,   a   distribuição   espacial   e   os 

indicadores estatísticos da população

7ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

A dimensão 

econômica do/no 

Espaço

O capitalismo e a formação do espaço mundial

A Revolução Técnico­Científica e a Globalização

Economia e desigualdade social

Acordos e blocos econômicos

A dimensão sócio 

ambiental

As eras geológicas

O relevo e a hidrografia no Continente Americano

O clima e as paisagens naturais na América

Problemas ambientais no espaço urbano e rural na América

Geopolítica

Globalização

Blocos econômicos

Subdesenvolvimento

Desigualdades dos países Norte X Sul

Meio ambiente e desenvolvimento

A integração da América (organizações internacionais)

A geopolítica dos Estados Unidos, Canadá, América Latina e 

de Cuba

A dinâmica cultural 

demográfico

A urbanização e as cidades globais

Fluxos migratórios (nacionais e internacionais)

Características gerais da população americana

Conflitos étnico­religiosos e raciais na América

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

8ª Série

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Específicos

A dimensão 

econômica do/no 

Espaço

A globalização e a formação dos blocos econômicos

O espaço econômico da Europa, Rússia, Ásia, Oriente Médio, 

Japão, Tigres Asiáticos, China, África e Oceania

Dependência tecnológica

Desigualdades sociais

A dimensão sócio 

ambiental

O espaço natural  da:  Europa,  Rússia,  Ásia,  Oriente Médio, 

Japão e Tigres Ásiáticos, China, África e Oceania

Desigualdades sociais e problemas ambientais

Geopolítica

O   século   XX   –   geopolítica   e   economia   mundial 

(neoliberalismo)

Blocos econômicos

Globalização

Guerra fria e suas influências mundiais

Conflitos mundiais

Terrorismo

Movimentos sociais

Órgãos internacionais

A dinâmica cultural 

demográfico

Formação e conflito étnicos, religiosos e raciais

Fatores e tipos de imigração e emigração, suas influências no 

espaço geográfico

A identidade nacional e o processo de globalização

Formação e conflito étnicos, religiosos e raciais

Metodologia

Os conteúdos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica interligando 

a teoria,  a prática e a realidade. Faz­se necessário que os conteúdos estruturantes 

estejam   inter–relacionados,   garantindo   uma   totalidade   de   abordagem   dos 

conhecimentos específicos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O   ensino   da   Geografia   tem   buscado   práticas   pedagógicas   que   permitem 

apresentar  aos  alunos  diferentes  aspectos  de  um mesmo  fenômeno em diferentes 

momentos da escolaridade de modo que possam construir compreensões novas e mais 

complexas a seu respeito. Espera­se que eles desenvolvam a capacidade de identificar 

e   refletir   sobre   diferentes   aspectos   da   realidade   compreendendo   a   relação 

sociedade/natureza.

Essas   práticas   envolvem   procedimentos   de   problematização,   observação, 

registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, 

culturais  ou  naturais  que   compõe  a  paisagem e  o   espaço  geográfico,  na  busca  e 

formação de hipóteses e explicações da relação permanência e transformações que ai 

se encontram em interação.

O estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma conjunta, pois 

constituem a base material ou física sobre a qual o espaço geográfico é constituído. A 

realização   do   trabalho   escolar   deve   ser   essencialmente   formativa,   buscando   a 

mudança qualitativa da situação, preservando o trabalho com a informação. Nesses 

trabalhos  deve­se  considerar  que as   informações   recolhidas  possam ser  analisadas 

através de comparações com os conhecimentos acumulados abrindo espaço para a 

interdisciplinaridade.

Avaliação

A avaliação está   inserida no processo de ensino­aprendizagem. Diante disso, 

deve­se evitar avaliações que contemplem apenas uma das formas de comunicação 

dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, porém não podemos 

abandonar   totalmente   está   prática,   pois   o   nosso   aluno   encontrará   esse   tipo   de 

situação na sociedade capitalista na qual está inserido.

Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os 

conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias 

espaço­tempo, às relações de poder, contemplando a escala local e global e vice­versa. 

Que essa avaliação seja diagnóstica e contínua e que contemple diferentes práticas 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

pedagógicas,   tais   como:   leitura,   interpretação   e   produção   de   textos   geográficos, 

leitura   e   interpretações  de   fotos,   imagens,   tabelas,   mapas,   gráficos,   relatórios   de 

experiências práticas de aulas de campo, construção de maquetes, produção de mapas 

mentais, apresentação de seminários, pesquisas bibliográficas.

Por tudo que foi exposto, destaca­se ainda que a proposta avaliativa deve estar 

bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em cada 

atividade   proposta.   Além   disso,   a   avaliação   deve   ser   um   processo   não­linear   de 

construções   e   reconstruções,   assentando   na   interação   e   na   relação   dialógica   que 

acontece entre os sujeitos do processo professor/aluno.

Os critérios de avaliação do Ensino Fundamental, serão através de trabalhos 

diversos no valor de 4,0 e provas escritas, podendo ser uma no valor de 6,0 ou duas 

no valor de 3,0 cada. A Recuperação Paralela além dos conteúdos será avaliada no 

valor de 10,0.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia. Estado do Paraná, 2008.

MARINA, Lúcia; RIGOLIN, Tércio. Geografia Novo Ensino Médio. Ed. Ática, 2006.

Geografia Ensino Médio, Livro Didático Público. governo do Paraná, 2006.

ADAS, Melhen. Geografia. vol I, II, III, IV. Ed. Moderna. 2006.

VESENTINI, José W. Geografia. Série Brasil. Ensino Médio. Ed. Ática. 2003.

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História

5ª Série

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de Trabalho

Relações de Poder 

Relações Culturais

A experiência humana no tempo:

­ a memória local e memória da humanidade – conceito de 

história e fontes históricas.Construção da história do 

aluno relacionado a História do município, do estado e do 

Brasil e do mundo.

­ A formação da sociedade brasileira – elementos étnicos 

e culturais dos povos indígenas, africanos e 

europeus.­ A imigração espontânea do 

europeu x a imigração forçada do africano.

­ As relações política, social, econômica e cultural nas 

sociedades tribais africanas.­ A transformação do espaço 

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino 

fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, 

da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das 

temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos 

básicos e estruturantes;

­ confronto de interpretações historiográficas e documentos 

históricos permitem aos estudantes 

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as 

estruturas que simultaneamente inibem e 

possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos 

promovem numa relação com o outro instituída por um 

processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem:  a 

experiência humana, os sujeitos e suas relações com o 

outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;

­ Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a 

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­natural em espaço socialmente construído.

­ O tempo (as temporalidades e as periodizações):

­ O tempo e a História

­ O tempo, as unidades de medida, instrumentos de 

medição e contagem.

formularem ideias históricas próprias e expressá­las por meio de 

narrativas históricas.

relação passado/presente;

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar 

diferentes instrumentos avaliativos capazes de 

sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;

­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e 

documentos históricos, inclusive os produzidos pelos 

alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes 

naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas 

de representação humana; oralidade e a escrita e formas 

de narrar a história etc.

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Relações de 

Trabalho

Relações de Poder 

Relações Culturais

­ Os sujeitos e suas relações com o outro no 

tempo:

­ A evolução do ser humano

­ Teorias da origem do homem e do mundo­ Povos coletores e 

caçadores em diferentes lugares – os indígenas da América, Brasil e Paraná­

­ A religiosidade dos primeiros habitantes da 

América

­ O surgimento da agricultura e da pecuária 

e as mudanças na organização social e na 

organização do trabalho.

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América 

Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades 

(mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e 

estruturantes;

­ confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos 

permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­las por meio 

de narrativas históricas.

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações 

culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo 

histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem:  a 

experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no 

tempo; a cultura local e a cultura comum;

­ Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, 

propiciando reflexões sobre a relação passado/presente;

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes 

instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas 

produzidas pelos estudantes;

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­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e 

documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes 

naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e 

religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a 

história etc.

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Relações de 

Trabalho

Relações de Poder 

Relações Culturais

Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.• A ocupação do espaço 

americano pelos portugueses e espanhóis.

• Conquistas: violência e exploração.

• Explorando o trabalho indígena.

• A Igreja e o trabalho indígena.

• Missões, Bandeiras e invasões estrangeiras.

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­las por meio de narrativas históricas.

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem:  a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;

­ Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/presente;

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;

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­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.

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6ª Série   

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de 

Trabalho

Relações de 

Poder 

Relações 

Culturais

As relações de propriedade: coletiva, a propriedade pública e a propriedade privada.

a) A relação com o mundo: Conceito de 

propriedade pública, coletiva e privada

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade

Conceito de Estado, nação, governo e regime

Elementos, função e poder do estado.

A construção da cidadania – conceito e exercício.

A propriedade coletiva nas sociedades pré­

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ o confronto de interpretações historiográficas e documentos 

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem:  a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;

­ Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/presente;­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;

­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os 

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colombianasb) O local e o Brasil:

A propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas e ribeirinhas no Brasil e no Paraná.

A constituição dos latifúndios na América Portuguesa

A Reforma Agrária no Brasil e a propriedade da terra nos assentamentos 

Movimentos Sociais pela Terra.

históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­las por meio de narrativas históricas.

mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de 

Trabalho

Relações de 

Poder 

Relações 

Culturais

a) A relação com o mundo.

A constituição das primeiras cidades na história.

As relações econômicas, sociais e culturais entre o campo e a cidade

A infra­estrutura das cidades e do campo necessárias para o bem­estar social.

           b) O local e o Brasil: As primeiras cidades 

brasileiras e a formação das vilas e das câmaras municipais.

O Engenho colonial – unidade de produção 

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem:  a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;

­ Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/presente;

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;

­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e documentos históricos,  inclusive  os produzidos pelos alunos;  verificação   e   confronto   de   documentos   de diferentes   naturezas   como:   os   mitos;   lendas;   cultura popular,   festa   e   religiosidade;   constituição   do 

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e organização rural da colônia portuguesa

As Manifestações culturais e de religiosidade dos trabalhadores escravos

As cidades e o tropeirismo no Paraná.

las por meio de narrativas históricas.

pensamento   científico;   formas   de   representação humana;   oralidade   e   a   escrita   e   formas   de   narrar   a história etc.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de 

Trabalho

Relações de 

Poder 

Relações 

Culturais

Conflitos e resistência e produção cultural campo/cidade:

a) A Relação com o mundo: As revoltas dos 

escravos na Roma Antiga.

b) O local e o Brasil4) As relações de 

trabalho no Brasil Colonial.

1) Os movimentos de resistência no Brasil Colonial – A formação dos quilombos no Brasil e no Paraná.

• Inconfidência Mineira

• Revolta da Cachaça

• Revolta do Maneta

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem:  a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum;

­ Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passado/presente;

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;

­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; 

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• Guerra dos Mascates las por meio de narrativas históricas.

constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.

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7ª Série  ­ 

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de 

Trabalho

Relações de 

Poder 

Relações 

Culturais

História das relações da Humanidade com o Trabalho:a) A relação com o mundo:

Conceito de trabalho

História do trabalho nas primeiras sociedades humanas

O trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas

b) O local e o Brasil: O trabalho nas 

sociedades indígenas

A organização política, econômica e social do Brasil Colonial.

Sistema colonia

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ o confronto de interpretações historiográficas e documentos 

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras; fim da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade e, as classes trabalhadora/capitalista no campo e na cidade, a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte (…);

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;

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históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­las por meio de narrativas históricas.

­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de 

Trabalho

Relações de 

Poder 

Relações 

Culturais

História das relações da Humanidade com o Trabalho:

a) A relação com o mundo: O trabalho na Idade 

Média

Transição do trabalho servil para o trabalho assalariado

O nascimento das fábricas e as corporações de ofício

A produção e a organização social capitalista

O comércio e as indústrias (Revolução Industrial).

O trabalho assalariado

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que   simultaneamente   inibem   e   possibilitam   as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa   relação   com   o   outro   instituída   por   um processo histórico;

­   Pretende   perceber   como   os   estudantes compreendem: as relações dos mundos do trabalho que   estruturam as  diversas   sociedades  no   tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As contradições de  classe  na   sociedade   capitalista;  as   lutas  pelos direitos   trabalhistas.   O   trabalho   e   a   vida   em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento   na   corte   e   nas   feiras;   fim   da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade e, as classes trabalhadora/capitalista  no campo e na cidade,  a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência   e   tecnologia,   saber/poder;   a   indústria   do lazer, da arte (…);

­   Cabe   ao   professor,   no   decorrer   do   processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos 

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b) O local e o Brasil: Movimentos pró 

independência: Conjuração Mineira e Conjuração Baiana

A emancipação política do Brasil.

Emancipação política do Paraná.

las por meio de narrativas históricas.

estudantes;

­   No   processo   avaliativo   deve­se   fazer   uso:   de narrativas   e   documentos   históricos,   inclusive   os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de 

Trabalho

Relações de 

Poder 

Relações 

Culturais

História das relações da Humanidade com o poder:a) A relação com o mundo:• A Guerra do Paraguai

b) O local e o Brasil:

• O império, e o Período Regencial Brasileiro.

• Os Movimentos de resistência à ordem estabelecida no Brasil independente: Balaiada, Cabanagem, Revolta dos Males, Sabinada, Guerra dos Farrapos.

• Início da Imigração europeia.

• Os imigrantes no Paraná.

• A Lei de Terr4as e Lei Euzébio de Queiroz – 1850.

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras; fim da escravidão, o nascimento da fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade e, as classes trabalhadora/capitalista no campo e na cidade, a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte (…);

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos 

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• Os movimentos Abolicionistas e a Abolição da escravatura.

­ As comunidades remanescentes de Quilombolas no Brasil e no Paraná

las por meio de narrativas históricas.

estudantes;­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

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8ª Série 

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Relações de 

Trabalho

Relações de 

Poder 

Relações 

Culturais

a) A relação com o mundo: A Segunda Revolução 

Industrial

O Imperialismo Econômico e o Neocolonialismo.

A primeira Guerra Mundial.

b) O local e o Brasil: A Primeira República 

Brasileira e a construção dos símbolos nacionais

Industrialização do Paraná.

Ditadura e democracia.

Os movimentos Sociais da Primeira República: 

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos 

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem: a formação do Estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos sociais políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais (…)

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;

­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

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Revolta da Vacina, Canudos, Contestado, Movimento Operário.

A Semana de 1922.A Construção do Partido Comunista Brasileiro e a coluna Prestes

estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­las por meio de narrativas históricas.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

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História Política, econômica, Social e Cultural das diferentes sociedadesa) A relação com o Mundo:• O Período entre guerras: 

ascensão dos regimes totalitários na Europa e as medidas de recuperação dos países participantes da Primeira guerra.

• Populismo na América Latina

b) O local e o Brasil:• A Revolução de 1930 e o 

Período Vargas (1930 a 1945)

• O Integralismo e os Movimentos de Contestação à Ordem estabelecida.

• Participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial.

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­las por meio de narrativas históricas.

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem: a formação do Estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos sociais políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais (…)

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;

­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

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CONTEÚDO ESTRUTURANTE

CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO­METODOLÓGICA AVALIAÇÃO

Relações de 

Trabalho

Relações de 

Poder 

Relações 

Culturais

História Política, econômica, social e cultural das diferentes sociedades.a) A Relação com o mundo:Reorganização mundial pós 2ª Guerra e criação de organismos para a manutenção da ordem.

a) Movimentos de contestação à ordem mundial estabelecida pós 2ª Guerra: juventude transviada, movimento hipie, movimento estudantil.

As relações sociais, culturais e econômicas do mundo contemporâneo

b) O local e o Brasil:• A reorganização política, 

social e econômica da República Brasileira pós Estado Novo (1945 a 1964).

• Movimentos sociais no campo e na cidade: Reforma agrária e 

­ A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo;

­ deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia;

­ os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações;

­ os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes;

­ o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá­las por meio de narrativas históricas.

­ Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituída por um processo histórico;

­ Pretende perceber como os estudantes compreendem: a formação do Estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos sociais políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais (…)

­ Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes;

­ No processo avaliativo deve­se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.

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movimento estudantil.• O golpe de 1964 O Regime Militar A música de 

contestação O movimento 

operário

­ A organização política, econômica e cultural da sociedade brasileira contemporânea.

 

 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Avaliação

A Avaliação deverá ser realizada em diversos momentos e de diversas maneiras.

A avaliação não deve ser classificatória e deverá ser feita a partir de critérios 

decorrentes da forma pela qual o ser humano aprende a realidade e de como age 

sobre ela. Assim entendemos que o critério de avaliação é o conteúdo, no seu papel de 

mediador entre o sujeito que aprende e a realidade vivida.

Não   se   trata   de   qualquer   conteúdo,   mas   daqueles   cuja   relevância   é 

fundamental   para  a   compreensão  da  prática   social,   possibilitando  ao   aluno  a   re­

elaboração da sua visão de mundo.

Tendo   como   referência   os   conteúdos   de   História   que   efetivamente   foram 

tratados em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência 

histórica, o professor deverá observar alguns apontamentos e analisar se:

✔ os alunos se apropriaram dos conteúdos e dos conceitos históricos propostos 

e os utilizam para analisar diferentes contextos explicitando o respeito à diversidade 

étnico, social, religiosa e econômica.

✔ os alunos  compreendem que a produção do conhecimento histórico  pode 

validar,   refutar   ou   complementar   a   produção  historiográfica   já   existente   e   que   a 

mesma é o registro da prática social da qual participam como sujeitos históricos do 

seu tempo.

Para   tanto,   a   verificação   da   apropriação   do   conhecimento   deve   acontecer 

diariamente,   de   forma   processual   e   contínua   a   partir   de   todas   as   atividades 

desenvolvidas   pelos   alunos,   sendo   elas   individual   ou   coletivas,   escritas   e   orais, 

comparativas e/ou conclusivas, etc.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

BURKE, Peter. A escrita e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio. Versão preliminar. Julho/2006.

GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.Revista Brasileira de História. São Paulo, ANPUH, 1980.

Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Curitiba, SEED, 1990.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Língua Portuguesa

Apresentação da disciplina

“A função chave da prática educativa é desenvolver na infância e na juventude a  reflexão crítica sobre o mundo natural e social em que vivemos, enquanto se  adquirem   os   recursos   básicos   que   lhe   permitam   incorporar­se   com   mais  possibilidades  à   vida  pública  e  privada em sociedade”.   (CONTRERAS,  1995,  p.37)

O conteúdo estruturante para o ensino de Língua Portuguesa é o discurso como 

prática   social,   concretizado   nos   mais   diversos   gêneros   textuais   que   circulam 

socialmente e suas especificidades gramaticais, estilísticas e contextuais. A concepção 

de linguagem como forma de interação entre os sujeitos deve nortear, portanto, as 

práticas   de   leitura,   oralidade,   produção   textual   e   análise   linguística,   de   modo   a 

ampliar as interações sociais dos alunos por meio da linguagem. 

Objetivo Geral

Formar  o  aluno proficiente  no  uso  da   língua na  oralidade,  na   leitura  e  na 

escrita,   saberes   linguísticos   necessários   para   a   sua   participação   social   efetiva, 

garantindo­lhe o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.

Objetivos Específicos

✔ Compreender   e   usar   adequadamente   a   Língua   Portuguesa   como   língua 

materna,   geradora   de   significação   e   integradora  da  organização   de  mundo   e  da 

própria identidade.

✔ Formar o aluno que saiba utilizar adequadamente a linguagem oral e os seus 

recursos em situação de comunicação diversa, considerando a variação linguística, o 

grau de formalidade, o contexto, o interlocutor e a intenção para alcançar diferentes 

finalidades.

✔ Desenvolver   no   aluno   a   capacidade   de   interpretar   e   compreender   textos 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

(verbais  /  não  verbais)  e  utilizar  as  diferentes  estratégias  na   leitura  para   formar 

alunos­leitores   fluentes   e   competentes   que   constroem   significados   a   partir   dos 

elementos   discursivos,   considerando  os   objetivos  desses,   o   conhecimento   sobre   o 

assunto, sobre o autor, a sua bagagem linguística (gênero textual/discursivo, suporte 

textual), sua história de vida/ história de leitor (dimensão social, cultural, econômica) 

e que compreenda também o subentendido que atravessa a dimensão do simbólico 

implícito.

✔ Formar   alunos   escritores/produtores   competentes   de   textos   coesos, 

coerentes,   de   gêneros   diversos,   aqueles   de   circulação   social,   compreendendo   as 

condições de produção (de quem quem, por quê, como, onde, quando).

✔ Compreender   a   natureza   da   língua   como   código/sistema   de   escrita 

(alfabética   e   aspectos  notacionais)   e   o   funcionamento   da   linguagem   (aspectos 

discursivos).

✔ Aprimorar a capacidade de compreender e praticar reflexões sobre os usos 

das   convenções   da   língua   formal   (gramática,   léxico,   ortografia,   sintaxe)   e   sua 

organização para ampliar as possibilidades de seu uso.

✔ Valer­se dos textos literários para formar aluno que sugere ininterruptamente 

os seus horizontes de expectativas (atitude receptiva emancipatória)

a) atualizando o sentido desses;

b)   dialogando   com   outros   textos   no   momento   da   recepção 

(intertextualidade/interdiscursividade);

c)   compreendendo  o   contexto  histórico,   social   ideológico,   linguístico, 

literário, da sua produção;

d) rompendo com os caminhos não percorridos pelo aluno;

e) ampliando os níveis estéticos (reconhecendo os recursos estilísticos).

✔ Desenvolver a capacidade do aluno de reconhecer os usos da língua como 

forma de veicular, questionar e construir valores comprometidos com a promoção de 

uma   sociedade   brasileira   multicultural   e   pluriétnica,   respeitando   as   diferenças   e 

melhorando   a   qualidade   de   suas   relações   pessoais   e   rejeitando   atitudes 

preconceituosas e discriminatórias de toda sorte.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ Fortalecer  o   rompimento  de   imagens  negativas   contra  negros  e  os  povos 

indígenas  e  desencadear  o  processo  de  afirmação  de   identidade,  de  historicidade 

negada/distorcida, destacando a história e cultura afro­brasileira local e nacional.

✔ Valorizar   a   cultura   afro­brasileira   resgatando   seus   costumes   através   do 

contato com autores e obras de nossa literatura (Machado de Assis, Cruz e Souza).

Fundamentação Teórica

Estamos   em  plena   Era   Digital,   época   em  que   a  divulgação  da   informação 

alcançou   uma   velocidade   antes   inimaginável,   devido   à   revolução   tecnológica  das 

últimas décadas. No entanto, grande parte da população ainda permanece excluída 

desse universo, pois não têm acesso às várias mídias criadas. Assim, a escola pública 

coloca­se no centro dessa contradição e tem o papel de socializar o conhecimento e o 

acesso dos alunos oriundos das classes populares ao mundo da informatização e do 

conhecimento.

Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008), cabe à escola 

conhecer  os   sujeitos  da escola  pública,  de modo a organizar  um currículo para a 

Educação Básica que busque atender a todos,  independentemente de sua condição 

social e econômica e de sua formação étnico cultural. Para tanto, o documento sugere 

que as escolas  incentivem a prática pedagógica voltada a diferentes metodologias, 

valorizando concepções de ensino­aprendizagem e de avaliação, condizentes com uma 

educação que se diz democrática e emancipadora.

A   fim   de   configurar   a   prática   pedagógica,   as   diretrizes   apostam   em   um 

currículo que leve em consideração a seleção dos conhecimentos baseada em dois 

fatores: os externos, advindos das experiências sociais, políticas e culturais dos alunos, 

e os específicos, que constituem os saberes acadêmicos, historicamente constituídos e 

acumulados.  Dessa   forma,   o   currículo   promoveria   a  divulgação   do   conhecimento 

científico,   filosófico   e   artístico,   subsidiando   a   formação   tanto   tecnológica   quanto 

humanística dos alunos.

O conteúdo estruturante  do  currículo deste  estabelecimento de ensino  tem, 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

conforme   dito   anteriormente,   o   discurso   como   prática   social,   visto   sob   uma 

perspectiva dialógica, como preconizou Bakhtin (1997):

Todas  as   esferas  da  atividade  humana,  por  mais   variadas  que   sejam,   estão sempre relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o  caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas  da atividade humana, o que não contradiz a unidade nacional de uma língua. A  utilização   da   língua   efetua­se   em   forma   de   enunciados   (orais   e   escritos),  concretos   e  únicos,  que   emanam dos   integrantes  duma ou doutra   esfera  da  atividade humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades  de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por seu estilo  verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua — recursos lexicais,  fraseológicos e gramaticais —, mas também, e sobretudo, por sua construção composicional.   Estes   três   elementos   (conteúdo   temático,   estilo   e   construção composicional) fundem­se indissoluvelmente no todo do enunciado, e todos eles  são marcados pela especificidade de uma esfera de comunicação. (p. 280) 

A enunciação,  portanto,  está   fundada em um contexto concreto,  no qual  a 

língua se disponibiliza às necessidades do locutor. Esse, por sua vez, apropria­se dela 

para atingir suas finalidades, considerando os seus  interlocutores e ajustando­a ao 

tema selecionado bem como à   estrutura  composicional  que melhor   se  encaixe  ao 

contexto sociocultural e às intenções comunicativas que estão em jogo. Assim,    

Qualquer enunciado considerado isoladamente é,  claro,  individual, mas cada  esfera   de   utilização   da   língua   elabora   seus   tipos   relativamente   estáveis   de  enunciados, sendo isso que denominamos gêneros do discurso. (op. cit)

É justamente essa estabilidade relativa dos gêneros discursivos que permite à 

escola fazer um trabalho sistemático com eles, levando em conta os três elementos 

mencionados   por   Bakhtin:   conteúdo   temático,   estilo   e   construção   composicional. 

Assim, as DCEs compactuam com o autor no sentido de se contextualizar a produção, 

investigando os aspectos referentes ao gênero a ser trabalhado, como o suporte, a 

finalidade, os interlocutores, a época e, no caso dos textos literários, de explorar os 

estilos do autor e o momento em que o texto foi escrito, contrastando com produções 

literárias atuais.

Vale lembrar que os gêneros só  ocorrem em situações concretas, envolvendo 

uma finalidade e um interlocutor, ainda que virtual, para quem o tema tem um papel 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

relevante. O estilo e a estrutura composicional, da mesma forma, têm de estar em 

harmonia com a situação sócio comunicativa, a fim de que se possa efetivar o uso 

funcional do gênero.

Reconhecer que os gêneros discursivos emanam das variadas esferas sociais que 

envolvem a atividade humana, significa reconhecer também as variantes linguísticas 

como   legítimas,   cada  uma  de   acordo   com a   finalidade  de   cada   esfera   e   com os 

interlocutores envolvidos.

As Diretrizes afirmam que a norma padrão deve ser entendida além de seu 

status  de  variante  de  prestígio   social,   sendo   também fator  de  agregação  social   e 

cultural e que, portanto, deve ser ensinada, para suprir as necessidades de uso dessa 

variante em determinados contextos sociais.

De acordo com Bakhtin (2003), os gêneros discursivos circulam em mais de 

uma esfera,  podendo ser  de  linguagem mais   simples,  como  é  o  caso dos  gêneros 

cotidianos,   (como   exemplos,   citamos   receita   de   alimentos;   talão   de   luz,   água, 

telefone,  bilhete,   cartas  pessoais),  ou  nas  produções  de   linguagem de  estilo  mais 

formal,   como   no   caso   dos   gêneros   da   esfera   burocrática   (tais   como   ofício, 

memorando),   e   na   esfera   científica   (teses,   artigos   científicos),   e   ainda   na   esfera 

jornalística (notícias, reportagens, charges).

Segundo Marcushi (2001, p. 55), vivenciamos uma “explosão de novos gêneros 

e novas formas de comunicação” na oralidade e na escrita, sobretudo na atual fase da 

cultura eletrônica. Imersos em um universo textual, não podemos ficar alheios a esse 

processo.  Assim, o aluno,  melhor  ainda,  o  cidadão precisa conhecer esse universo 

textual e interagir nele e com ele; precisa saber que existem gêneros que emanam das 

esferas   jornalísticas,   escolares,   religiosas,   literárias,   cientificas,   publicitárias, 

burocráticas,   cotidianas   e   artístico­culturais,   cada   um   com   suas   especificidades, 

atendendo   às   atividades   socioculturais   repletas   de   intenções,   não   muito   raras, 

sutilmente proferidas nos discursos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade

Leitura 

De   acordo   com   a   concepção   sóciointeracionista   da   linguagem,   a   leitura   é 

compreendida como um ato dialógico, interlocutivo que envolve demandas sociais, 

históricas, políticas, econômicas e ideológicas. Ao ler , o indivíduo contribui com os 

seus   conhecimentos   prévios,   suas   experiências   e   sua   formação   familiar,   religiosa, 

cultural.

Ler, portanto, é atribuir significado ao texto, o que é, então, feito pelo leitor, a 

partir da sua experiência prévia; por essa razão, o mesmo texto pode despertar visões 

diferentes em cada leitor e a cada leitura. O significado não está na mensagem do 

texto, mas nos acontecimentos que este desencadeia no leitor. Isso acontece porque o 

texto não contém a realidade,  mas segmentos dela,  entremeados por   lacunas que 

devem ser preenchidas com as experiências prévias do leitor. Assim, o procedimento 

de   leitura  baseia­se  no   levantamento  de  hipóteses   e  não  na   construção   linear  de 

palavra por palavra. A instituição da língua como forma de interação desencadeia o 

que Lefa (1996) chama de definição conciliatória de leitura: ler é   interagir com o 

texto, resultado de uma negociação de sentidos entre leitor, texto e autor. Nesse caso, 

a compreensão só ocorre se houver afinidade entre o leitor e o texto, se houver uma 

intenção de ler a fim de atingir a um determinado objetivo, confirmando a tese de que 

“   o   leitor   é   um   sujeito   ativo   que   processa   o   texto   e   lhe   proporciona   seus 

conhecimentos, experiências e esquemas prévios" (SOLÉ, 1998: 18). 

Neste   sentido,   para   aprender   a   ler   é   preciso   interagir   com   os   Gêneros 

Discursivos, é preciso negociar o conhecimento que já se tem (conhecimento prévio) e 

receber   incentivo   e   ajuda   de   leitores   experientes.   Quanto   mais   o   desempenho 

linguístico do indivíduo é estimulado por meio de práticas interativas, maior é a sua 

autonomia em aprender e maiores as possibilidades de interação social

                                                        

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Escrita

O ato de escrever deve ser visto com uma atividade sociointeracional em que 

os(a) alunos(a) precisam dominar práticas de escrita que são indispensáveis para a 

vida cidadã.

Gerald   (1993)  afirma  que,  para  efetuar  a  produção  de   textos  na  escola,   é 

preciso que haja um processo de interação, no qual: a) se tenha o que dizer; b) se 

tenha uma razão para dizer; c) se tenha para quem dizer; d) o locutor se constitua 

como tal; e) escolham­se as estratégias adequadas. Quando assim procede, a escola 

apresenta­se como espaço de interação, onde o sujeito se desvela com sua própria 

produção de textos.  O trabalho com a escrita não é um produto acabado, mas 

um processo, em que se fazem necessárias atividades de reflexão e reelaboração dos 

textos  produzidos  para  que   se  alcancem as   finalidades  decorrentes  de  uma  dada 

situação sociocomunicativa.

Oralidade

Com a Lei 9.394/96 e a ênfase na participação do educando nas mais diversas 

situações   de   interação   social,   concebeu­se   a   língua   como   fenômeno   interativo   e 

dinâmico, voltado para a prática social. Diante disso, tanto a escrita como também a 

fala (antes   `a margem no processo de ensino­aprendizagem) passaram a ser vistas 

dentro de uma perspectiva dialógica. Essa perspectiva apresenta como características, 

tanto para a fala quanto para a escrita, a dialogicidade, usos estratégicos,  funções 

interacionais, envolvimento, negociação, situacionalidade, coerência e dinamicidade. 

A escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com 

segurança e   fluência em situações  formais.  A  linguagem oral  pode ser  estimulada 

através   de   representação   teatral,   exposição   oral,   individual   e   debates   que   são 

oportunidades especiais para o amadurecimento do convívio democrático e o exercício 

do direito à livre expressão.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Conteúdos Estruturantes

✔ Oralidade;

✔ Leitura;

✔ Escrita;

Conteúdos para o ensino de oito anos

Conteúdos BásicosEnsino Fundamental

Ensino de oito anos

5ª  6ª  7ª 8ª ORALIDADETema do texto X X ­ ­Finalidade X X X XArgumento X X XPapel do locutor e interlocutor X X X XElementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... X X X XAdequação do discurso ao gênero X X X XTurnos de fala  X X X XVariações linguísticas X X ­ X Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos 

semânticosX X X X

Semântica ­ X X XAdequação   da   fala   ao   contexto   (uso   de   conectivos,   gírias, 

repetições e etc)­ ­ X X

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito ­ ­ X X LEITURATema do texto X X X XInterlocutor X X X XFinalidade do texto X X X XArgumentos do texto X X X XDiscurso direto e indireto  X X X XElementos composicionais do gênero X X X XLéxico X X X XMarcas   linguísticas:   coesão,   coerência,função   das   classes 

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, 

travessão, negrito), figuras de linguagem 

X X X X

Conto X X X XReportagem e notícia X X ­ ­Crônica X X X ­Relato ­ X ­ ­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Poema ­ X X XArtigo ­ X X XRomance ­ ­ X XPublicidade e propaganda X ­ ­ ­Seminário  ­ ­ X ­Debate ­ ­ X ­Entrevista ­ ­ ­ XEditorial ­ ­ ­ XManifesto ­ ­ X XESCRITAContexto de produção X X ­ ­Conteúdo temático ­ ­ X XInterlocutor X X X XFinalidade do texto X X ­ ­Intencionalidade do texto ­ ­ X XInformatividade X X X XArgumentatividade X ­ ­ ­Discurso direto e indireto X X ­ ­Contexto de produção X X X XElementos composicionais do gênero ­ ­ X XDivisão do texto em parágrafos X ­ ­ ­Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,função   das   classes 

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, 

travessão, negrito), figuras de linguagem 

X X X ­

Processo de formação de palavras X X ­ ­Intertextualidade ­ ­ X XVozes sociais presentes no texto ­ ­ X XProcesso de formação de palavras X X ­ ­Acentuação gráfica X X ­ ­Ortografia X X ­ ­Concordância verbal/nominal X X X ­Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto  ­ ­ ­ X

Partículas conectivas do texto  ­ ­ ­ XProgressão referencial no texto ­ ­ ­ XConto X X X XReportagem e notícia X X ­ ­Crônica X X X ­Relato ­ X ­ ­Poema ­ X X XArtigo ­ X X XRomance ­ ­ X XPublicidade e propaganda ­ ­ X X

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Seminário  ­ ­ X ­Debate ­ ­ X ­Entrevista ­ ­ ­ XEditorial ­ ­ ­ XManifesto ­ ­ ­ X

Conteúdos para o ensino de nove anos

Conteúdos Básicos Ensino Fundamental 

Ensino de nove anos

6º 7º  8º  9ºORALIDADETema do texto X X ­ ­Finalidade X X X XArgumento X X XPapel do locutor e interlocutor X X X XElementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos... X X X XAdequação do discurso ao gênero X X X XTurnos de fala  X X X XVariações linguísticas X X ­ XMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos 

semânticosX X X X

Semântica ­ X X XAdequação   da   fala   ao   contexto   (uso   de   conectivos,   gírias, 

repetições e etc)­ ­ X X

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito ­ ­ X X LEITURATema do texto X X X XInterlocutor X X X XFinalidade do texto X X X XArgumentos do texto X X X XDiscurso direto e indireto  X X X XElementos composicionais do gênero X X X XLéxico X X X XMarcas   linguísticas:   coesão,   coerência,função   das   classes 

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, 

travessão, negrito), figuras de linguagem 

X X X X

Conto X X X XReportagem e notícia X X ­ ­Crônica X X X ­Relato ­ X ­ ­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Poema ­ X X XArtigo ­ X X XRomance ­ ­ X XPublicidade e propaganda X ­ ­ ­Seminário  ­ ­ X ­Debate ­ ­ X ­Entrevista ­ ­ ­ XEditorial ­ ­ ­ XManifesto ­ ­ X XESCRITAContexto de produção X X ­ ­Conteúdo temático ­ ­ X XInterlocutor X X X XFinalidade do texto X X ­ ­Intencionalidade do texto ­ ­ X XInformatividade X X X XArgumentatividade X ­ ­ ­Discurso direto e indireto X X ­ ­Contexto de produção X X X XElementos composicionais do gênero ­ ­ X XDivisão do texto em parágrafos X ­ ­ ­Marcas   linguísticas:   coesão,   coerência,função   das   classes 

gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, 

travessão, negrito), figuras de linguagem 

X X X ­

Processo de formação de palavras X X ­ ­Intertextualidade ­ ­ X XVozes sociais presentes no texto ­ ­ X XProcesso de formação de palavras X X ­ ­Acentuação gráfica X X ­ ­Ortografia X X ­ ­Concordância verbal/nominal X X X ­Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do 

texto ­ ­ ­ X

Partículas conectivas do texto  ­ ­ ­ XProgressão referencial no texto ­ ­ ­ XConto X X X XReportagem e notícia X X ­ ­Crônica X X X ­Relato ­ X ­ ­Poema ­ X X XArtigo ­ X X XRomance ­ ­ X X

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Publicidade e propaganda ­ ­ X XSeminário  ­ ­ X ­Debate ­ ­ X ­Entrevista ­ ­ ­ XEditorial ­ ­ ­ XManifesto ­ ­ ­ X

Encaminhamento Metodológico 

A concepção de linguagem como interação pressupõe uma metodologia ativa e 

diversificada,   compreendendo  o   trabalho   individual,   o   trabalho  em duplas  ou em 

pequenos grupos e o trabalho coletivo, além de atividades expositivas do professor.

Tendo   em   vista   o   discurso   como   prática   social,   a   disciplina   de   Língua 

Portuguesa visa promover o domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, 

possibilitando que o aluno aprimore o uso da linguagem em suas interações sociais.    

Oralidade

Lembrando Bakhtin (1997), a utilização da língua ocorre em todas as esferas 

da atividade humana, de onde decorrem os enunciados orais e escritos, a partir da 

finalidade de cada uma dessas esferas. Portanto, o trabalho com o gênero discursivo 

oral em sala de aula deve partir das esferas sociais e não dos aspectos composicionais 

do gênero.

Embora a prática da oralidade na escola esteja, muitas vezes, associada à vida 

cotidiana  do   aluno,   ela   deve   vislumbrar   os   gêneros   orais   que  Bakhtin   chama  de 

secundários   (complexos),   indo   além dos   gêneros   primários   (simples),   gerados  na 

comunicação verbal espontânea. Muitos dos gêneros simples, relacionados a situações 

informais de comunicação, já são usados pelos alunos em suas esferas sociais, cabendo 

à  escola “oferecer condições ao aluno de falar com fluência em situações formais; 

adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto, intenções); 

aproveitar  os   imensos  recursos  expressivos  da   língua e,  principalmente,  praticar  e 

aprender a convivência democrática que supõe o falar e o ouvir” (DCE, 2008, p. 65), 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

tanto  no  que  diz   respeito  aos  gêneros   simples   (discurso   cotidiano,  político,   etc.), 

quanto aos gêneros orais complexos (discurso artístico, discurso científico, ideológico, 

etc.),  uma vez  que  ambos   se   inter­relacionam no  ato  de   interlocução  (BAKHTIN, 

1997).

O trabalho com os gêneros orais,  conforme preconiza Bakhtin (1997),  deve 

partir  da   finalidade das  esferas   sociais  de  onde  eles  decorrem.  Assim,  quando  se 

propõe um seminário, um debate, uma dramatização ou a narração de um fato (real 

ou   fictício),   “é   preciso   orientar   os   alunos   sobre   o   contexto   social   de   uso   desses 

gêneros; definir a postura diante dos colegas; refletir a respeito das características 

textuais   (composição   do   gênero,   as   marcas   linguístico­enunciativos);   organizar   a 

sequência da apresentação”. (DCE, p. 66).

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas, como debates, 

discussões, seminários, transmissão de informações, de troca de opiniões, de defesa de 

ponto   de   vista,   contação   de   histórias   em   seus   diversos   usos   nos   meios   de 

comunicação.

No   que   concerne   à   literatura   oral,   cabe   considerar   seus   estatutos,   suas 

dimensões estéticas, suas forças políticas particulares.

As aulas com a oralidade deve levar o aluno a falar com fluência em situações 

formais   adequando   a   linguagem   às   circunstâncias,   praticando   e   aprendendo   a 

convivência   democrática,   embora   todas   as   variantes   linguísticas   devam   ser 

consideradas como legítimas.

Leitura

A leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de gêneros 

textuais, segundo uma perspectiva dialógica. É importante lembrar que o leitor tem, 

então, um papel ativo no processo de leitura e atua como co­produtor, procurando 

pistas formais, formulando e reformulando hipóteses, usando estratégias baseadas no 

seu   conhecimento   linguístico   e   nas   suas   experiências   sócio­culturais,   conforme 

preconizam as Diretrizes Curriculares (2008).

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O ato  de  ler  pressupõe o contato com textos produzidos  nas mais  diversas 

esferas sociais, como: notícias, crônicas, piadas, poemas, artigos científicos, ensaios, 

reportagens, propagandas, informações, charges, romances, contos, fábulas, narrativas 

de ficção, etc., percebendo as condições de produção, a finalidade, os interlocutores e 

o gênero de cada um. Além disso, a atividade de leitura deve proporcionar o contato 

com textos não­ verbais ou mistos, por meio da leitura de imagens, tais como: fotos, 

outdoors,   propagandas,   imagens   digitais   e   virtuais,   figuras),   que   povoam   nosso 

universo cotidiano. 

Escrita

As atividades com a escrita,  segundo as DCEs (2008), devem realizar­se de 

modo   interlocutivo,   relacionando   a   produção   escrita   às   circunstâncias   de   sua 

produção.

Assim, para a produção do texto escrito, Menegassi (2003) recomenda que o 

autor passe pelas seguintes etapas: planejamento – execução do texto escrito – revisão 

– reescrita. Nesse processo, o professor auxilia como co­autor do texto, orientando  a 

finalidade, o interlocutor e o gênero a ser produzido, bem como o meio de circulação 

social da versão definitiva do texto.

No   trabalho   de   planejamento,   as   atividades   prévias   são   relacionadas   e 

orientadas para a  execução da escrita,  em que se consideram as contribuições de 

Bakhtin (2003) a respeito da finalidade, do interlocutor eleito e do gênero textual 

escolhido, a organização composicional e do estilo de língua na produção textual. 

Finalmente, a revisão encaminha para a reescrita, modificando­se a versão inicial.

A prática da escrita constitui uma ação com a linguagem, uma forma de atuar 

no mundo, convencendo, vendendo, informando, instruindo, etc. Nesse processo, o 

aluno procura no seu universo referencial os recursos linguísticos e os demais recursos 

necessários para atender a sua intenção comunicativa, a qual nasce da esfera social 

vigente, levando em conta a relação entre o uso e o aprendizado da língua.

Editoriais,   artigos   de   opinião,   notícias,   relatos,   narrativas   ficcionais,   cartas, 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

convites,   diários,   bilhetes,   memorandos,   resumos,   poemas,   crônicas,   assim   como 

textos da esfera digital, tais como e­mail, blog, chat, fórum de discussão, são alguns 

exemplos de gêneros textuais que podem ser trabalhados em sala de aula, levando 

sempre em conta o ter o que dizer, a razão para dizer, o como dizer e o para quem 

dizer (Geraldi, 1997).

Literatura

A   leitura   do   texto   literário   será   experiência   que   desvelará   ao   aluno   as 

especificidades  desse   texto  na   sua  criação  de  mundo,  nos   recursos  de   linguagem 

presentes   em   cada   obra,   invocando   outros   temas,   outros   gêneros,   hipertextos   e 

virtualidades. 

A   literatura   será   um   elemento   fixo   na   composição   com   outros   elementos 

móveis  que o  professor  determinará  por   si  e  pelas  necessidades  na   interação dos 

alunos   com   os   textos   literários.   Ex.:   Literatura   e   Arte,   entre   tantas   outras 

possibilidades. 

O   trabalho   com  a   literatura   potencializa  uma   prática   diferenciada   com  os 

conteúdos estruturantes (oralidade, leitura e escrita) e se constitui num forte influxo 

capaz de fazer e aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.

Análise Linguística

A análise linguística deve estar presente no ensino de línguas como ferramenta 

que perpasse as atividades de leitura, oralidade e escrita. A fala, leitura e escrita são 

atos de interação que constroem a vida social envolvendo a construção de significados 

de conhecimentos de identidade dos sujeitos.

Uma reflexão permanente sobre a linguagem abre espaço para os alunos serem 

operadores textuais,  abordando as variações linguísticas e possibilitando a reflexão 

sobre a organização estrutural da linguagem verbal, não colocando a gramática como 

centro de ensino.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O aluno precisa ampliar suas capacidades discursivas em atividades de uso de 

língua explorando os aspectos textuais e as exigências específicas de adequação da 

linguagem   (ex.:   operadores   argumentativos,   coerência,   coesão,   situacionalidade, 

intertextualidade, informalidade, concordância, regência, formalidade/informalidade, 

entre outros).

Avaliação

Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico e discursivo, a 

avaliação dará ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando 

para   aprimorar   sua   capacidade   linguística   e   discursiva   em   práticas   de   oralidade, 

leitura e escrita.

A   avaliação   formativa  possibilita   que   a   intervenção  pedagógica   aconteça   a 

tempo,  informando os sujeitos dos processos,  ajudando­os a refletirem e tomarem 

decisões. 

A   oralidade   será   avaliada   em   função   da   adequação   do   discurso/texto   aos 

diferentes interlocutores e situações. Em seminário, debates, troca informal de ideias, 

entrevistas, contação de histórias, as exigências de adequação da fala são diferentes e 

isso deve ser considerado numa análise da produção dos estudantes.

A   avaliação   de   leitura   deve   considerar   as   estratégias   que   os   estudantes 

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído 

para o  texto,  sua  reflexão e sua resposta ao  texto,  considerando as  diferenças de 

leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.

Quanto   à   escrita,   o   que   determina   a   adequação   do   texto   escrito   são   as 

circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação e é a partir daí que o texto 

será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais.

O sistema de  avaliação deste  estabelecimento  de  ensino  ocorre    no  regime 

trimestral, de forma somatória com a média  aritmética simples.

A  recuperação  de  estudos   será   realizada  de   forma paralela  ao  processo  de 

ensino­aprendizagem, após a retomada do conteúdo, para que o aluno tenha uma 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

nova oportunidade de compreender assuntos não assimilados até  o momento e de 

buscar melhorar a média trimestral.

Referências

BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

PARANÁ.   SECRETARIA   DE   ESTADO   DA   EDUCAÇÃO.  Diretrizes   Curriculares   da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2008.

FARACO,   Carlos   Alberto;   CASTRO,   Gilberto   de.  Por   uma   teoria   linguística   que fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: Educar, nº 15, Curitiba: UFPR, 1999.

FREIRE,   Paulo.  Pedagogia   da   autonomia:   saberes   necessários   à   prática pedagógica educativa. 30. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

LEFA, V. J. Aspectos de leitura: uma perspectiva psicolinguística. Porto Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1996. 

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Matemática

Apresentação da disciplina

A Educação Matemática é  uma área que engloba inúmeros saberes,  em que 

apenas   o   conhecimento   da   Matemática   e   a   experiência   de   magistério   não   são 

considerados suficientes par atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), 

pois   envolve   o   estudo   dos   fatores   que   influem,   direta   ou   diretamente,   sobre   os 

processos de ensino e de aprendizagem em Matemática (CARVALHO, 1991).

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está 

centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem 

e   o   conhecimento   matemático   (FIORENTINI   &   LORENZATO,   2001).   e   envolve   o 

estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da 

própria   Matemática   “concebida   como   um   conjunto   de   resultados,   métodos 

procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p.70). Investiga, também, 

como   aluno,   por   intermédio   do   conhecimento   matemático,   desenvolve   valores   e 

atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. Aborda o 

conhecimento matemático sob uma visão histórica,  de modo que os conceitos  são 

apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação do 

pensamento do aluno.

Pela Educação Matemática, almeja­se um ensino que possibilite aos estudantes 

análises,  discussões,  conjecturas,  apropriação de conceitos  e   formulação de  ideias. 

Aprende­se  Matemática  não somente  por  sua  beleza  ou pela  consistência  de  suas 

teorias,  mas,   para  que,   a  partir   dela,   o  homem amplie   seu   conhecimento  e,  por 

conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o 

estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação 

de linguagem adequada para descrever e  interpretar fenômenos matemáticos e de 

outras áreas do conhecimento.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Conteúdos Estruturantes

A disciplina de matemática pretende abordar conteúdos que permitam ao aluno 

desenvolver e articular ideias quantitativas/qualitativas, relacionando­se nas questões 

do dia­a­dia para formular e reformular pensamentos e atitudes matemáticas, para 

tanto fará estudos que abordem os seguintes conteúdos estruturantes:

✔ Números e álgebras;

✔ Grandezas e medidas;

✔ Geometrias;

✔ Funções;

✔ Tratamento de informação.

Objetivos Gerais

✔ Possibilitar   aos   alunos   posicionar­se   de   maneira   crítica,   responsável   e 

construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando a matemática como forma de 

mediar  conflitos  e  de  tomar  decisões coletivas,  através  de   informações  e   recursos 

tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos, para que possam ter condições 

de prosseguir em seus estudos. 

Abordagem teórico­metodológica

Os conteúdos Básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados de forma 

articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos 

pertinentes à disciplina de Matemática. As tendências metodológicas apontadas nas 

Diretrizes  Curriculares  de  Matemática   sugerem encaminhamentos  metodológicos  e 

servem de aporte teórico para as abordagens dos conteúdos propostos neste nível de 

ensino,   numa   perspectiva   de   intuitiva.   Estes   conhecimentos   e   experiências 

provenientes  das vivências  dos  alunos  deverão ser  aprofundados e  sistematizados, 

ampliando­se  e  generalizando­os.   É   importante  a  utilização de   recursos  didáticos­

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.

5ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Número e Álgebra

Sistema de numeração

Números Naturais

Múltiplos e divisores

Potenciação e radiciação

Números fracionários

Números decimais

Grandezase Medidas

Medidas de comprimento

Medidas de massa

Medidas de área

Medidas de tempo

Medidas de ângulos

Sistema monetário

GeometriasGeometria Plana

Geometria Espacial

Tratamento da Informação

Dados, tabelas e gráficos

Porcentagem

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6ª Série

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Númerose

Álgebra

Números inteiros

Números racionais

Equação e inequação do 1º grau

Razão e proporção

Regra de três simples

Grandezas e Medidas

Medidas de temperatura

Medidas de ângulos

Geometrias

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometrias não­euclidianas

Tratamentoda

Informação

Pesquisa Estatística

Média Aritmética

Moda e mediana

Juros simples

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7ª Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Númerose

Álgebra

Números Racionais e Irracionais

Sistemas de Equação do 1º grau

Potências

Monômios e polinômios

Produtos notáveis

Grandezase

medidas

Medidas de comprimento

Medidas de área

Medidas de volume

Medidas de ângulos

Geometrias

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria Analítica

Geometrias não­euclidianas

Tratamento da Informação

Gráfico e informação

População e amostra

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8ª Série

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos

Números

e

Álgebras

Números Reais;

Propriedades dos radicais;

Equação do 2º Grau;

Teorema de Pitágoras;

Equações Irracionais;

Equações Biquadradas;

Regra de Três Composta.

Grandezas

e Medidas

Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

Trigonometria no Triângulo Retângulo

FunçõesNoção intuitiva de Função Afim.

Noção intuitiva de Função Quadrática. 

Geometrias

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

Geometria Analítica;

Geometria não­euclidianas.

Tratamento

da Informação

Noções de Análise Combinatória;

Noções de Probabilidade;

Estatística;

Juros Compostos

Encaminhamentos Metodológicos

Propõe­se articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos 

em relações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a 

abandonar abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em 

patamares  distintos   e   sem vínculos,   afinal,   “[...]   o   significado   curricular   de   cada 

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disciplina não pode resultar de apreciação isolada de seus conteúdos, mas sim do 

modo como se articulam” (MACHADO, 1993, p 28). Os conteúdos propostos devem 

ser abordados por meio do:

✔ Desenvolvimento de atividades individuais e/ou em grupos;

✔ Apresentação dos conteúdos por meio de aulas expositivas;

✔ Estimulação   do   aluno   para   que   pense,   raciocine,   crie,   relacione 

ideias,descubra e tenha autonomia de pensamentos; 

✔ Trabalho com a matemática  por  meios de situações­problema próprias  da 

vivência do aluno e que o  façam realmente pensar,  analisar,   julgar  e  decidir  pela 

melhor solução;

✔ Trabalho com conteúdos significativos com o intuito de levar o aluno a sentir 

que  é   importante  saber  aquilo  para  a  sua  vida  em sociedade ou que o conteúdo 

trabalhado será útil para entender o mundo em que vive;

✔ Valorização da experiência acumulada pelo aluno dentro e fora da escola;

✔ Utilização da história da matemática como um excelente recurso didático. 

Comparando   a   matemática   de   diferentes   períodos   da   história   ou   de   diferentes 

culturas (etnomatemática);

✔ Utilização de jogos matemáticos que levem o aluno a desempenhar um papel 

ativo na construção de seu conhecimento;

✔ Inserção do uso de novas tecnologias (calculadoras, calculadoras, softwares 

específicos)   de   forma   a   estimular   o   uso   correto,   bem   como   mostrar   que   tais 

instrumentos tornam­se essenciais na resolução de alguns problemas.

Considera­se também como parte integrante da metodologia o relacionamento 

de respeito entre os alunos, onde todos possam se sentir elementos participantes no 

processo de aprendizagem, sem distinção alguma, através da promoção da 

potencialidade de cada um.

Avaliação

No processo avaliativo, é  necessário que o professor faça uso da observação 

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sistemática   para   diagnosticar   as   dificuldades   dos   alunos   e   criar   oportunidades 

diversificadas   para   que   possam   expressar   seu   conhecimento.   Tais   oportunidades 

devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de 

ferramentas   e   equipamentos,   tais   como   materiais   manipuláveis,   computador   e 

calculadora.

O objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo ensino­

aprendizagem e de coletar informações para corrigir possíveis distorções observadas.

Alguns   critérios   devem   orientar   as   atividades   avaliativas   propostas   pelo 

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

✔ Comunica­se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

✔ Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

✔ Elabora um plano que possibilite a solução do problema;

✔ Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

✔ Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Portanto,   a   avaliação   é   parte   integrante  do   processo   ensino­aprendizagem, 

abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e também os objetivos, a 

estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino. Assim, é preciso que os 

instrumentos de avaliação utilizados pelo professor (a) abranjam o mais amplamente 

possível, todo trabalho realizado, não ficando restrito a um só momento a uma única 

forma.   É   preciso   decidir   também   qual   a   melhor   forma   de   avaliar   determinado 

conteúdo ou atividade. 

A observação contínua, as discussões, a produção de trabalhos­problemas ou 

relatórios de atividades e pesquisas, trabalho em grupo, tarefas individuais e provas, 

os quais constituem elementos importantes no processo de avaliação de aprendizagem 

do aluno(a).

Para realizar esse trabalho, consideremos que a avaliação deve:

✔ Gerar, ela própria, novas situações de aprendizagem;

✔ Ser coerente com os objetivos, métodos e principais tipos de atividades do 

currículo.

✔ Ter um caráter positivo, isto é, considerar que o(a) aluno(a) é capaz de fazer, 

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em vez daquilo que ele(a) ainda não sabe, não exigindo, necessariamente, o mesmo 

nível de desenvolvimento de todos os(as) alunos(as);

✔ Ocorrer num ambiente de  transparência e  confiança no qual as  críticas  e 

sugestões sejam encaradas como naturais;

✔ Finalmente,   consideremos   essencial   que   os(as)   alunos(as)   tenham 

consciência quanto ao processo, aos resultados da avaliação e ao modo como podem 

contribuir para superar suas dificuldades.

Assim sendo, no final de cada etapa de avaliação, ela deve ser apresentada aos 

alunos e alunas não apenas como conceito ou nota, mas, essencialmente orientações 

sobre como eles e elas podem agir para aperfeiçoar seu desempenho e avançar em 

direção do conhecimento matemático, com vistas a superar a pedagogia do exame e 

contemplar uma prática significativa que priorize o processo ensino­aprendizagem.

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Referências

PARANÁ.   SECRETARIA   DE   ESTADO   DA   EDUCAÇÃO.  Diretrizes   Curriculares   de Matemática do Estado do Paraná, Curitiba, 2008.

PARANÁ.   SECRETARIA   DE   ESTADO   DA   EDUCAÇÃO.  Diretrizes   Curriculares   da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2008.

BERLOQUIN, Pierre. 100 jogos geométricos. São Paulo: Gradativa, 1991.

GIOVANNI, José Ruy; Benedito CASTRUCCI, Benedito. A conquista da matemática: a mais nova. São Paulo: FTD, 2002. 

GIOVANNI,   José   Ruy;   BONJORNO,   José   Roberto;   GIOVANNI   JÚNIOR,   José   Ruy. Matemática completa. São Paulo: FTD, 2002.

GOMIDE, Elza F. História da Matemática. 2. ed. São Paulo: FTD., 1996.

IMENES,   Luiz   Marcio   e   LELLIS,   Marcelo.  Matemática   para   todos.  São   Paulo: Scipione, 2006. 

KRULIK, S. & REYS, R. E.  A resolução de problemas na matemática Escolar.  São Paulo: Atual, 1997.

MARCONDES, Entil & G. Sérgio. Matemática: série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2003.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE MATEMÁTICA. Revista do professor. São Paulo: e­mail: [email protected]

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Inglês

Apresentação da Disciplina

O ensino de língua estrangeira, em foco a língua inglesa, é uma necessidade na 

escola, especialmente na escola pública, onde os alunos vêm de classes sociais em que 

há necessidade de preparar­se melhor para enfrentar a concorrência. A proliferação de 

cursos e escolas particulares, mostra a necessidade de mais atenção ao ensino de mais 

uma língua, ou seja, mais um instrumento de conhecimento e edificação do aluno 

como ser crítico, ser social e participativo nas decisões do mundo globalizado.

O   objetivo   da   inclusão   de   uma   língua   estrangeira   no   currículo   escolar, 

notadamente o inglês, passa por vários aspectos: primeiro, a função social da língua, 

que   deve   ancorar   nos   parâmetros   sócio­interacionais   da   linguagem   e   da 

aprendizagem, bem como nos aspectos cognitivos.

O   aluno   necessita   aprender   a   ler   em   língua   estrangeira,   para   que   sejam 

atendidas as necessidades da educação formal e técnica que possa tornar o aluno um 

agente transformador da realidade. A habilidade da leitura não exclui a possibilidade 

do desenvolvimento escrito, oral e a interdisciplinaridade de outros conhecimentos e 

disciplinas.

Há   necessidade   de   adquirir   o   conhecimento   e   o   domínio   de   uma   língua 

estrangeira,  visto  as  exigências  do  mundo moderno e globalizado.  O  inglês   como 

língua, tem relevância e hegemonia nas trocas  internacionais, gerando implicações 

nos campos da cultura, da educação, da ciência, do trabalho, etc.

O inglês, especialmente exerce influência tanto na língua, como nas relações 

internacionais. Exemplo disso é que hoje o inglês é a língua mais usada no mundo dos 

negócios, e em alguns países, nas universidades, é universal a sua prática.

A língua estrangeira há de ser fator de libertação, não de exclusão social. Deve 

abrir a porta para o conhecimento, desenvolvimento, mas não deve tolher a cidadania 

e o espírito crítico equilibrado do indivíduo como ser social, pensante e livre. Assume 

a   função   de   veículos   de   comunicação,   funcionando   como   meio   de   acesso   ao 

conhecimento,   as   diferentes   formas  de  pensar,   criar,   sentir,   agir   e  de   conceber   a 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

realidade.

Assim,   é   essencial   um   trabalho   interdisciplinar,   relacionado   com   contextos 

reais,  de   forma que o processo  de  ensino­aprendizagem possa  colocar  em prática 

alguns princípios fundamentais que proporcionem condições para que o aluno tenha 

capacidade de  compreender  e  produzir  enunciados  corretos  no  novo  idioma,  bem 

como possibilitar um nível de competência que lhe permita acesso à informação de 

vários tipos, contribuindo para sua formação enquanto cidadão.

Conteúdos Estruturantes

Os conteúdos estruturantes entendidos como saberes mais amplos da disciplina 

poderão  ser   abordados  através  de  atividades   significativas  em práticas  de   leitura, 

escrita e oralidade.

Essas atividades serão trabalhadas a partir de textos que circulam socialmente, 

os   quais   possibilitarão   diversos   tratamentos   em   sala  de   aula,   como  discussão  de 

assuntos polêmicos que serão adequados à cada faixa etária e proporcionarão estudos 

de diferentes graus de complexidade da estrutura linguística. Os textos de diversos 

gêneros, darão condições de trabalhar com a língua em situações de comunicação oral 

e   escrita,   favorecendo   as   relações   e   ações   individuais   e   coletivas,   abrangendo 

significados   sociais   historicamente   construídos,   refletindo   sobre   as   diversidades 

linguísticas e culturais.

Conteúdos Específicos 

5ª Série

✔ Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade:

• Intencionalidade;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções semânticos;

✔ Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência textual);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Particularidades   da   língua:   verbo   to   be   (afirmative   form,   negative, 

interrogative).  Cardinal numbers de 1 a 100, nacionalities, “how many”, 

“How much”, “There to be” (afirmative, negative, interrogative).  Articles; 

Plural of nouns, demonstrative form, prepositions, possessives adjectives).

6ª Série

✔ Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade:

• Intencionalidade;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções semânticas;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ Escrita

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Particularidades da língua: present continuous; plural of nouns, adjective; 

interrogative words, question tags, numbers (1 a 900).

7ª Série

✔ Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

✔ Escrita

• Tema do texto;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Particularidades   da   Língua:   Simple   Past,   Past   Continuous,   adjectives, 

uncountable   nouns   (review)   comparisons,   superlatives;   simple   future 

(afirmative, interrogative, negative); ordinal numbers.

8ª Série

✔ Leitura

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

✔ Escrita

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Vozes sociais presentes no texto;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Gênero do discurso

5ª série

✔ Bilhete, cartão,cartazes;

✔ Textos publicitários, folders, tiras;

✔ Parlendas, receitas, frases;

✔ Filmes, desenho animado, e­mail;

✔ História em quadrinhos, fotos;

✔ Figuras, imagens, anúncio;

✔ Texto expositivo em LD2;

✔ Exposição oral, conto, poema;

✔ Textos descritivos, informativos, instrucionais;

✔ Biografias, notícias;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

6ª série

✔ Carta pessoal, cartão, e­mail, diálogos;

✔ Panfletos (outdoor), regras de jogo, mapas;

✔ Filmes, desenho animado, músicas, fotos;

✔ Música, adivinhas, textos informativos;

✔ Diário, cartazes, tiras ilustrativas, cartoon;

✔ Receitas, piadas, ofício(profissões).

✔ História em quadrinhos, fotos;

✔ Figuras, imagens, anúncio;

✔ Texto expositivo em LD2;

✔ Exposição oral, conto, poesia;

✔ Balões, tipos de letras, desenhos;

✔ Resumos, resenhas, textos enciclopédicos;

7ª série

✔ Música, mapas, placas, diálogos, roteiro de viagem;

✔ Propaganda, textos informativos, regras de jogo;

✔ Textos de divulgação científica, letras de músicas;

✔ Fábula, desenho animado, blog, biografia/personalidades;

✔ Filmes, e­mails., artigo, cardápio, cartoon;

✔ Debates, texto argumentativo, canção, exposição oral;

✔ Texto expositivo em LD; verbete, ficha de leitura;

8ª série

✔ Sinopse de filmes;

✔ Filmes (descrição);

✔ Seminários;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ Música, teatro;

✔ Tag questions (past);

✔ Textos literários (ficção);

✔ Texto argumentativo , editorial, cartas de opinião;

✔ Cartas de leitor, entrevistas, narrastivas literárias;

✔ Texto coloquial, Regra de jogo, Reportagem;

✔ Tira, texto expositivo em LD, brincadeiras;

Metodologia

Para   que   os   objetivos   propostos   no   ensino   da   língua   estrangeira   sejam 

atingidos, o professor deverá levar em conta os conhecimentos prévios, observando 

que as escolhas de atividades deverão estar de acordo com o número de alunos em 

sala   de   aula,   tempo,   materiais   disponíveis   e   ambiente   físico,   coerentes   com   os 

objetivos e princípios delineados.

No ensino da língua estrangeira é necessário o desenvolvimento de atividades 

que estimulem a capacidade de ouvir, discutir,  falar, escrever, descobrir,  interpretar 

situações,  pensar  de   forma criativa,   fazer   suposições,   interferências,  além abstrair 

elementos comuns a várias situações.

O desenvolvimento de atividades em grupo propiciará ao aluno confiança na 

própria   capacidade   de   aprender   e   interagir   com   os   colegas,   compreendendo   e 

respeitando  opiniões,   conhecimentos   e   ritmos   diferenciados   de   aprendizagem.  Ao 

desenvolver estas atividades o papel do professor será o mediador.

A importância da variedade linguística deverá ser apresentada ao aluno para o 

mesmo tenha uma visão mais ampla e crítica em relação à pluralidade cultural.

Para que o aluno adquira as competências e habilidades sócio­linguísticas, discursivas 

e estratégicas, além de gramatical, o ensino da língua estrangeira será pautado em 

situações reais na leitura e compreensão de texto, de forma contextualizada, visando à 

aproximação do aluno às várias culturas e sua integração no mundo globalizado.

Com o objetivo do uso efetivo da língua e a interação do aluno ao meio em que 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

vive as habilidades de ler, ouvir, falar e escrever serão interligados  no trabalho.

Avaliação

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribui 

para a construção de saberes.  Portanto,  ela deve ser  contínua e cumulativa,  onde 

prevaleça os aspectos qualitativos.

Além de ser útil para a verificação de aprendizagem dos alunos, a avaliação 

servirá, principalmente para que o professor repense a sua metodologia e planeje suas 

aulas  de acordo com as necessidades de seus  alunos.  Através  dela  que é  possível 

perceber quais são os conhecimentos – linguísticos, discursivos, sócio­pragmáticos – e 

as práticas leitura­escrita­oralidade que ainda não foram suficientemente trabalhados 

e que precisam ser abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação 

do aluno com os discursos em língua estrangeira.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do ParanáLíngua Estrangeira Moderna – 2008

Porque ensinar língua estrangeira na escola de 1º grau – 1987

Revista do Professor – 1996

Revista Nova Escola – 1999

Revista Interação – 1986

Currículo Básico do Paraná

Proposta de Língua Estrangeira

REFERENCIAR ADEQUADAMENTE

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ENSINO MÉDIO

Arte

Apresentação da Disciplina

Durante muito tempo arte foi considerada uma atividade de entretenimento, 

uma pausa necessária em meio às demais disciplinas. Hoje, no entanto, ela tem status 

de   um   valioso   recurso   para   reflexão,   compreensão   e   exercício   da   cidadania, 

posicionamento   crítico   e   valorização   da   pluralidade   cultural   do   País,   conteúdos 

próprios ligados à cultura artística e não apenas as atividades.

Essa disciplina ainda hoje exige reflexão que contemplem ­ Arte como área de 

conhecimento e não meramente como meio de destaque de dons inatos. O ensino da 

arte deixa de ser entretenimento no sistema educacional e passa a se preocupar com o 

desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade constituída historicamente e em 

constante transformação, contribuindo para um cidadão reflexivo.

A partir das concepções da arte e de seu ensino, estas diretrizes consideram 

alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões e respeito do objeto de 

estudo desta disciplina:

O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em 

seus aspectos  sensíveis  e  cognitivos.  O pensamento,  a  sensibilidade e  a  percepção 

articulam­se numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sobre 

a   forma de   representações  artísticas   como por   exemplo,  palavras  na  poesia,   sons 

melódicos na música; expressões corporais na dança ou teatro; cores, linhas e formas 

nas artes visuais.

O   conhecimento   artístico   esta   relacionado   com   o   fazer   e   com   o   processo 

criativo considera desde o imaginário, a elaboração e a formulação do objeto artístico 

até o contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses 

emocionais e cognitivas expressam saberes específicos a partir da experiênciação com 

materiais, técnicas e com os elementos básicos constituídos das Artes Visuais, Dança, 

Música e do Teatro.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O   conhecimento   contextualizado   envolve   o   contexto   histórico   dos   objetos 

artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e implícitos, 

possibilitando   um   aprofundamento   na   investigação   desse   objeto.   Norteada   pelo 

conjunto desses campos conceituais, a construção do conhecimento em arte se efetiva 

na  inter­relação de saberes  que se concretiza na experiência estética  por  meio da 

percepção da análise, da criação/produção e da contextualização histórica, apesar de 

suas   especificidades,   esses   campos   conceituais   são   interdependentes   e   articulados 

entre si, abrangem todos os aspectos do objeto de estudo.

As formas de relação da arte com a sociedade serão tratadas numa dimensão 

ampliada, enfatizando a associação da arte coma a cultura e da arte com a linguagem. 

Dessa   forma,  o   aluno  da   educação  básica,   terá   acesso   ao   conhecimento  presente 

nessas   diferentes   formas   de   relação   da   arte   com  a   sociedade,   de   acordo   com   a 

proximidade da mesma com o seu universo. 

Objetivos da disciplina:

✔ Interpretar a função da arte como um dos instrumentos transformadores da 

história da humanidade;

✔ Apreciar produtos de arte em suas várias linguagens desenvolvidas tanto na 

fruição quanto a análise estética, produzindo novas maneiras de ver e sentir o mundo;

✔ Valorizar as diversidades culturais, em seus vários aspectos, como meio de 

preservação das tradições populares e de nossas raízes;

✔ Realizar produções artísticas, individual ou coletiva, nas linguagens da arte 

(música, artes visuais, teatro, audiovisual) analisando, refletindo e compreendendo os 

diferentes   processos   produtivos,   com   seus   diferentes   métodos   materiais   como 

manifestações sociocultural e históricos;

✔ Instrumentalizar o aluno com um conjunto de saberes em arte que permitam 

utilizar o conhecimento estético na compreensão das diversas manifestações culturais.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Conteúdos Estruturantes

Os   conteúdos   de   arte   estão   organizados   de   maneira   que   contemple   as 

linguagens  das   artes   visuais,   dança,  música   e   teatro.   Os   conteúdos   estruturantes 

selecionados por esta disciplina vêm constituir a base para a prática pedagógica.

Neste   sentido   foram   definidos   com   conteúdos   estruturantes   os   elementos 

formais, a composição, movimentos e períodos, o tempo e o espaço. Os conteúdos 

serão desenvolvidos visando atender todos os alunos levando­se em consideração suas 

limitações e necessidades de encaminhamentos especiais.

1º Ano

Arte visuais

✔ Elementos formais;

• ponto;

• linha;

• superfície;

• textura;

• volume;

• luz;

• cor.

✔ Composição;

• figurativa;

• abstrata;

• figura/fundo;

• bidimensional/tridimensional;

• contraste ritmo visual;

• gênero;

• técnica.

✔ Movimentos e Períodos;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• arte no Egito;

• arte Greco­Romana;

• arte Africana;

• Renascimento;

• Barroco;

• Arte Brasileira;

• Arte Paranaense;

• Vanguardas artísticas;

• Tempo   espaço   –   trabalhando   de   maneira   a   articular   os   conteúdos 

estruturantes na contextura ligação histórica de cada período.

Música

✔ Elementos formais;

• altura;

• duração;

• timbre;

• intensidade;

• densidade;

✔ Composição;

• ritmo;

• melodia;

• harmonia;

• intervalo metódico;

• intervalo harmônico;

• improvisação.

✔ Movimentos e períodos;

• descoberta do som;

• sons primitivos;

• evolução da música;

• música eletrônica;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Rap, Funk.

Teatro

✔ Elementos formais;

• personagem;

• expressão corporal;

• vocal;

• gestual;

• facial;

• ação;

• espaço cênico.

✔ Composição;

• representação;

• sonoplastia/iluminação/cenografia/figurino/caracterização/maquiagem/ 

adereços;

• jogos teatrais;

• roteiro;

• enredo;

• gênero.

✔ Movimentos e períodos

• origem do teatro.

Dança

✔ Elementos formais;

• movimento corporal;

• tempo;

• espaço.

✔ Composição;

• formação;

• sonoplastia;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• coreografia;

• técnica.

✔ Movimentos e períodos;

•  a dança como manifestação cultural.

2º Ano

Artes visuais

✔ Elementos formais;

• ponto;

• linha;

• superfície;

• textura;

• volume;

• luz;

• cor.

✔ Composição;

• figurativa;

• abstrata;

• figura/fundo;

• bidimensional/tridimensional;

• contrastes;

• ritmo visual;

• gênero;

• técnica.

✔ Movimentos e períodos;

• neoclassicismo;

• romantismo;

• realismo;

• impressionismo;

• expressionismo;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• fauvismo;

• cubismo;

• abstracionismo.

✔ Tempo   espaço   –   trabalhando   ou   maneira   a   articular   os   conteúdos 

estruturantes na contextualização histórica de cada período.

• dadaísmo;

• surrealismo;

• pop­art;

• arte brasileira;

• arte paranaense.

Música

✔ Elementos formais;

• altura;

• duração;

• timbre;

• intensidade.

✔ Composição;

• tonal;

• modal;

• contemporânea;

• gêneros;

• improvisação.

✔ Movimentos e períodos;

• evolução da música;

• música serial;

• música minimalista;

• hip­hop;

• hap, funk.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Teatro

✔ Elementos formais;

• personagem;

• expressão corporal;

• vocal;

• gestual;

• facial;

• ação;

• espaço cênico;

✔ Composição;

•  representação;

• sonoplastia/ iluminação/;

• cenografia figurino;

• maquiagem/ adereços;

• caracterização;

• jogos teatrais;

• roteiro;

• enredo;

• gênero;

• técnica.

✔ Movimentos e períodos:

• origem do teatro.

• momentos da história do teatro

Dança

✔ Elementos formais;

• movimento corporal;

• tempo;

• espaço.

✔ Composição;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• formação;

• sonoplastia;

• coreografia;

• improvisação;

• técnica.

✔ Movimentos e períodos:

• história da dança;

• a dança como manifestação cultural;

• a dança moderna;

Metodologia

O Ensino da arte tem como pretensão analisar o espaço de arte na escola (artes 

visuais,   música,   teatro   e   dança)   a   partir   de   uma   perspectiva   histórica.   Para   isso 

precisamos explicitar as relações da prática artística com tese econômica . As relações 

sociais   de  produção  determinam as   representações,   sistemas  de   idéias   e   imagens 

geradas na mesma sociedade.

Dentro do sistema educacional, buscamos valores estéticos que possibilitam a 

democratização do saber artístico, visando criar no aluno uma percepção exigente, 

ativa, critica em relação à realidade humano­social

A proposta de arte   tem dupla  função de um  lado,  analisar  o seu papel  na 

formação da percepção e da sociedade do aluno, de outro lado, colher a significação 

da arte no processo de humanização do homem.

A arte propõe novas formas de refletir sobre as relações sociais e consiste numa 

apropriação   da   realidade   e   essencial,   possível   quando   se   colocamos   em   estado 

humano, as figuras reais através da humanização dos objetos e dos sentidos.

No   espaço   escolar,   o   objeto   de   trabalho   é   o   conhecimento.   Desta   forma 

devemos contemplar na metodologia do ensino da arte três momentos da organização 

pedagógica: o sentir perceber, que são as formas de apreciação: o trabalho artística, 

que é a pratica criativa, o conhecimento, que fundamenta e possibilita o aluno um 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

sentir/ perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o 

aluno à formação de conceitos artísticos.

A abordagem dos conteúdos (conhecimentos) não deve ser feita somente como 

aula teórica e sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o 

conhecimento   em   arte   se   efetiva   somente   quando   esses   três   momentos   são 

trabalhados.

A   prática   artística   (trabalho   criador)   é   expressão   privilegiada   do   aluno   e 

momento do exercício da imaginação e criação. Apesar das dificuldades que a escola 

encontra para desenvolver estas práticas, elas são fundamentais, pois a arte pode ser 

apreendida somente de forma abstrata. O processo de produção do aluno acontece 

quando ele   interioriza  e  se   familiariza  com os  processos  artísticos  e  humaniza  os 

sentidos.

Essa abordagem metodológica é essencial no processo ensino­aprendizagem em 

arte. Estes três momentos metodológicos são importantes para o trabalho em sala de 

aula, pois apesar de serem interdependentes, é preciso planejar as aulas com recursos 

e metodologia específica para cada um desses momentos.

O   encaminhamento  pode   se   iniciar   por   qualquer   desses  momentos,  mas   o 

fundamental é que no processo o aluno tenha realizado trabalhos referentes ao sentir 

e perceber, ao conhecimento e ao trabalho artístico.

Critérios de Avaliação

A avaliação da disciplina de Arte será diagnóstica e processual. Diagnóstica por 

ser a referência do professor para o planejamento das aulas e da avaliação dos alunos. 

Processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento 

será   constantemente   redirecionado,   utilizando  a   avaliação  do  professor,   da   classe 

sobre o desenvolvimento das aulas e também a auto avaliação dos alunos.

É importante neste processo ter em vista que os alunos do ensino médio têm 

um capital cultural, que é o conhecimento que cada aluno diferentemente apreende 

em outros   espaços   (família,  grupos  associações,   religião  e  outros)  e  um percurso 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

escolar   também  distinto   entre   os  mesmos,   pois   pela   amplitude   do   conhecimento 

artístico (música, artes visuais, teatro e dança) e as condições humanas e materiais na 

escola, inviabiliza uma certa unidade na aprendizagem de arte em todas as escolas 

públicas.

Neste sentido, é fundamental que nos primeiros dias de aula seja realizado um 

levantamento das formas artísticas que o aluno já  tem conhecimento e habilidade, 

como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar ou representar.

Também durante o ano letivo, poderemos observar tendências e habilidades 

dos alunos para uma ou mais dimensões da arte. Estes diagnósticos são a base para o 

planejamento das aulas, pois mesmo que já estejam definidos os conteúdos que serão 

trabalhados a forma e a profundidade de sua abordagem dependem do conhecimento 

que os alunos possuem.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

PARANÁ . Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio.SEED, 2006.

FISCHER, Ernest. A necessidade da arte. RJ.1979.

BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo, 1991.

BARBOSA,A. .M. Inquietações e mudanças no ensino da arte. S.P. 1993.

OSTOWER, Fayga. Universo da Arte. 1991.

PARANÁ. Diretrizes curriculares para o ensino médio. SEED 2006.

FAYGA, A..M. Inquietações e mudanças no ensino da arte. S.P. 1993.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Biologia

Apresentação da disciplina

A Biologia como Ciência ao longo da história da humanidade vem construindo 

modelo   para   tentar   explicar   e   compreender   o   fenômeno   vida.   Assim,   os 

conhecimentos apresentados pela disciplina não implicam o resultado da apreensão 

contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos elaborados pelo homem 

que evidenciam o esforço de entender, explicar, usar e manipular os recursos naturais. 

Nesse sentido os conhecimentos científicos do ensino de Biologia contribuem para a 

compreensão da construção do pensamento biológico.

Como   as   diferentes   formas   de   vida   estão   sujeitos   às   transformações   que 

ocorrem no tempo e no espaço, são ao mesmo tempo propiciadoras transformações no 

ambiente. O próprio conhecimento sobre o surgimento e a evolução da vida demanda 

uma compreensão que a Ciência não tem respostas definitivas para tudo. Tendo como 

característica a possibilidade de ser questionada e de ser transformada.

O conhecimento é a construção inacabada e a Biologia como parte do processo 

dessa construção científica,  deve ser entendida e compreendida como processo de 

produção   do   próprio   desenvolvimento   humano,   sendo   uma   das   formas   de 

conhecimento produzido pelo homem determinado por suas necessidades materiais 

de cada momento histórico, sofrendo influencia do meio social e da economia por ele 

gerado.

O ensino de Biologia tenta, de maneira geral, compreender a natureza como 

uma intricada rede de relações, um todo dinâmico, do qual o ser humano é  parte 

integrante, com ela interage, dela dependo e nela interfere, reduzindo seu grau de 

dependência, mas jamais sendo independente. Identificar a condição do ser humano 

de agente e paciente de transformações intencionais por ele produzidas é   também 

objetivo desta disciplina.

Mais do que fornecer informações, o ensino e aprendizagem da Biologia, se 

volta para o desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as 

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informações, compreendê­las, elaborá­las, e até mesmo refutá­las, enfim compreender 

o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da 

Biologia   e   de   outros   campos   do   conhecimento   como:   Física   Química,   Geografia, 

História, Filosofia entre outras.

No ensino da Biologia,  é  de extrema relevância para o desenvolvimento de 

posturas e valores pertinentes às relações entre seres humanos, entre eles e o meio, 

entre o ser humano e o conhecimento para que se possam formar cidadãos capazes de 

pensar seu mundo e com ele interagir.

A Biologia contribui para compreender a Ciência com um processo de produção 

de   conhecimentos,  um sistema explicativo  que  opera   como modelos,   tendo   como 

critério de legitimação a realidade, formando sujeitos críticos, reflexivos e atuantes, 

por meio de conteúdos que proporcione o “entendimento do objeto de estudo – o 

fenômeno VIDA, em toda sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos 

seres vivos, no funcionamento dos mecanismos biológicos, do estudo da diversidade 

no âmbito dos processos biológicos da variabilidade genética, hereditária e relações 

ecológicas e das implicações dos avanços biológicos do fenômeno VIDA” (DIRETRIZES 

CURRICULARES DE BIOLOGIA).

O conteúdo estruturante articulados aos conteúdos específicos proporcionará 

aos alunos um saber estruturado, diversificado e integrado com as outras áreas de 

conhecimentos, este por sua vez deixará de ser o agente passivo e passa a ser o agente 

ativo. Com os conhecimentos elaborados reforçados com os conceitos científicos dos 

conteúdos   específicos   e   estruturados   com os   estruturantes;  organização  dos   seres 

vivos, mecanismos biológicos, biodiversidades, implicações dos avanços biológicos no 

fenômeno vida, auxiliará  na construção do conhecimento biológico, promovendo a 

formação   de   um   sujeito   crítico,   reflexivo,   aos   avanços   da   ciência   e   tecnologia 

disponíveis na sociedade atual.

Sendo histórica, a ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos 

contexto social,  político,  econômico e cultural  dos diferentes  momentos históricos. 

Neste   sentido   histórico   da   Biologia   novos   paradigmas   do   pensamento   biológicos 

emergiram, e que revolucionaram a Ciência, são eles que vão compor os conteúdos 

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estruturantes dos quais desmembram os conteúdos específicos a serem ensinados em 

Biologia.   A   Biologia   contribui   para   a   formação   de   sujeitos   críticos,   reflexivos   e 

atuantes no meio em que vive.

Aspectos históricos

Para   compreender   os   pensamentos   que   contribuíram   na   construção   das 

diferentes concepções sobre o fenômeno de vida e suas implicações para o ensino, 

buscaram–se   na   história   das   Ciências   os   contatos   históricos   nos   quais   pressões 

religiosas,  econômicas,  políticas  e   sociais   impulsionaram mudanças  conceituais  no 

modo como o homem passou a compreender a natureza.

Foi  através do ensino religioso que houve a necessidade do surgimento das 

primeiras   universidades   medievais.   Sobre   a   influência,   ocorreram   divergências 

relativas aos estudos dos fenômenos naturais, que passaram a ter uma nova trajetória 

na história da humanidade.

Com o rompimento de visão Teocêntrica e a concepção filosófica – teológica 

medieval houve o abandono de idéias antigas e preferência por novos modelos. Vários 

fatores   contribuíram  para   a  mudança  do  pensamento   em   relação   às  Ciências,   os 

avanços na navegação e consequentemente o desenvolvimento econômico e político, a 

quebra do poder arbitrário de Igreja, revoluções industriais do século XVIII. 

Ainda nos séculos (XV e XVI) ocorreram modificações de L. da Vinci introduziu 

o pensamento matemático, como instrumento para interpretar a ordem mecânica de 

natureza.  Houve mudanças na Zoologia,  Botânica;   se  a  classificação científica  dos 

organismos (Carl Von Linné), mas manteve o princípio da criação divina.

O   pensamento   biológico   descritivo   marca   com   o   uso   do   Empirismo   na 

observação e descrição tornou possível a organização da Biologia pela comparação das 

espécies   nos   diversos   ambientes.   No   mecanicista   Francis   Bacon   (1561­1626)   – 

introduziu   idéias   sobre   aplicação   prática   do   conhecimento   propondo   o   método 

indutivo baseado no controle metódico e sistemático da observação relacionando a 

forma   descritiva   e   o   método   cientifica.   Descartes   (1596   –   1650)   o   pensamento 

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biológico   mecanicista   foi   introduzido   utilizando   um   modelo   sobre   circulação 

sanguínea   além   das   idéias   sobre   biogênese   e   a   invenção   e   aperfeiçoamento   do 

microscópio.   No   século   XVIII   com  modificações  na   astronomia,   objeto   central   de 

estudo   na   época   com   Newton,   Descartes;   já   Kant   e   Laplace,   no   final   do   século 

introduziram a possibilidade de expansão de transformação do Universo, da Terra e 

dos Seres Vivos. As extinções de espécies forjaram no pensamento cientifico européias 

propostas para a teoria da evolução. A instabilidade da vida no século XVIII e inicio do 

século  XIX,   foi  questionada  com evidencias  do  processo  evolutivo  dos   seres  vivos 

Erasmus Darwin e Jean­ Baptista de Monet, apresentaram estudos sobre a mutação 

das espécies, ao longo do tempo.

Darwin acreditava na herança de características adquiridas. Para Lamarck, a 

classificação  era   importante,  mas  artificial.  Lamarck criou  o   sistema evolutivo  em 

constantes mudanças, para ele, formas de vida inferiores surgem a partir da matéria 

inanimada.

No inicio do século XIX, Charles Darwin, apresentou suas idéias sobre evolução 

das espécies, mantendo­se fiel a doutrina da igreja. A teoria da evolução das espécies 

foi criada a partir de modificação da ação da seleção natural sobre a ação individual.

A construção do pensamento Biológico ocorreu em movimento não  lineares 

com   momentos   de   crise,   de   mudanças   de   paradigmas   de   questionamentos 

conflitantes, na busca constante por aplicações sobre o fenômeno vida.

No Brasil,  a primeira tentativa de organização de ensino correspondente ao 

atual Ensino Médio foi à criação do Colégio D. Pedro II, Rio de Janeiro, em janeiro, 

em   1838,   com   poucas   atividades   didáticas   nas   Ciências   como   História   Natural, 

Química e Física, com adoção de livros didáticos importados da França.

Com o surgimento das primeiras instituições nacionais no Brasil, criou – se o 

Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura (IBECA) em 1946, cujo objetivo 

era   promover   a  melhoria  da   formação   cientifica  dos   alunos   que   ingressariam  no 

ensino superior.

Na década de 60, por influência de materiais didáticos norte americano deu­se 

a ênfase ao ensino do método ­ cientifico; a preocupação em criar e manter uma elite 

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intelectual científica e tecnológica.

Conforme Krasilchik, a escola secundaria deve servir não mais à formação do 

futuro   cientista   ou   profissional   liberal,   mas   principalmente   ao   trabalhador,   peça 

essencial para responder às demandas do desenvolvimento.

Os   conteúdos   eram   aprendidos   com  base   na   observação,   a   partir   da   qual 

poderiam ser explicados por raciocínios lógicos comprovados pela experimentação. 

Em 1980 surgiu no Brasil um movimento pedagógico que reconheceria a análise do 

processo de produção de conhecimento na Ciência já na década de 1990 surgiu outro 

campo de pesquisa, o de mudança conceitual.

Em 1998   com a  promulgação  das  Diretrizes  Curriculares  Nacionais   para   o 

Ensino Médio, para normalizar a LDB 9394/96, o ensino passou a ser organizado por 

áreas de conhecimento, ficando a Biologia disposta na área de Ciências da Natureza, 

Matemática e suas Tecnologias.

Estas Diretrizes Curriculares,  portanto, consideram a concepção histórica  da 

Ciência   articulada   aos   princípios   da   Filosofia   da   Ciência.   Ao   partir   da   dimensão 

histórica da disciplina de Biologia, foi identificado o marcos conceitual da construção 

do pensamento biológico. Esse marcos foi adotado como critérios para a escolha dos 

conteúdos estruturantes e dos encaminhamentos metodológicos.

Objetivos Gerais 

O objetivo do Ensino de biologia visa propiciar um conhecimento útil à vida e 

ao trabalho, nos quais as informações transmitidas se transformem em instrumentos 

de   compreensão,   interpretação,   julgamento,   mudança   e   previsão   da   realidade, 

preparando o aluno para o exercício consciente da cidadania no sentido universal e 

não   apenas   profissionalizantes,   aprimorando­o   como   serem   humanos   sensíveis, 

solidários e conscientes. 

Com esses objetivos vamos retirar o aluno da condição de espectador passivo, 

estabelecendo relação entre o que ele aprende na escola e a sua vida, propiciando que 

se   inter­relacionem conhecimentos  e  que estes  produzam um novo conhecimento, 

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mais amplo e dinâmico sem, entretanto dispensar a especificidade de cada disciplina. 

É fundamental que o ensino da Biologia se volte para o desenvolvimento de 

habilidades  que permitam ao aluno  lidar   com o conhecimento,  compreendendo e 

reelaborando e refutando quando for o caso. Esses são os verdadeiros objetivos do 

Ensino da Biologia.

Conteúdos estruturantes 

1º ano

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS

Composição química da célula Estrutura celularDivisão celular

Organização dos tecidos

Os Genes e a Síntese de Proteínas (estruturas celulares: membrana celular, citoplasma e núcleo).MutaçõesCâncerFunções CelularesSeres Autótrofos e Heterótrofos Fotossíntese 

IMPLICACÕES DOS AVANÇOS NO FENÔMENO DA VIDA BIODIVERSIDADE

Envelhecimentos ­ Radicais livres e vitaminas

Valorização da Vida (sexualidade tabagismo), 

(Alcoolismo, drogas)Colesterol

Água potável desafio para a humanidade

Vacinas Produção de Celulose e Ecologia

BiosferaNíveis de Organização dos Seres VivosEquilíbrio Ecológico Seres Produtores, Consumidores e Decompositores

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2º ano

ORGANIZAÇÃO DOSSERES VIVOS

MECANISMOS BIOLÓGICOS

Classificação dos Seres VivosOs Cinco Reinos: Monera, Protista, Fungi, Animal e 

Vegetais­características gerais;Biomas: Aquáticos e Terrestres

Taxonomia

Processos de Produção de Energia: Respiração Aeróbia e AnaeróbiaFisiologia Animal Comparada;Fisiologia Vegetal;Efeitos negativos das Drogas no Organismo.

BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOSNO FENOMENO DA VIDA

Cadeia e Teia Alimentar, Relações Ecológicas;

Origem da Vida;Equilíbrio e Desequilíbrio 

Ecológico (extinção de espécies).

Produção de RemédiosHomeopatia e Fitoterapia;Armamento Biológico;Saúde e Doenças; (alcoolismo e tabagismo)Controle Biológico de Pragas;Hidroponia.

3º ano

ORGANIZAÇAO DOSSERES VIVOS MECANISMOS BIOLÓGICOS

Evolução da Vida;Origem das Espécies;Núcleo e o Material Genético (estrutura e função), Cariótipo.

Tipos de Reprodução;Reprodução Humana;Embriologia;Genética.

BIODIVERSIDADE IMPLICAÇOES E AVANÇOSNO FENÔMENO DA VIDA

Ecologia­Pirâmide;Desequilíbrios Ambientais;

Clonagem;Manipulação Genética e Bioética;Célula­tronco;Projeto Genoma;Terapia Gênica;Transgênicos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Conteúdos Específicos

1º ano

I – Introdução à Biologia

✔ História da Biologia;

✔ Origem da Vida: (noções: abiogênese e biogênese);

✔ Noções: Sistema Nervoso (stress, esclerose múltipla);

• Sistema Endócrino;

• Sexualidade;

II – Níveis de organização e ecologia

✔ Nível Celular; (célula à biosfera);

✔ Nível Ecológico;

✔ Ecossistema: (relações ecológicas);

✔ Ciclos Biogeoquímicos.

III ­ Organização celular e molecular

✔ Composição química;

✔ Estruturas celulares;

✔ Metabolismos Energéticos;

✔ Membranas celulares;

✔ Citoplasma;

✔ Núcleo;

✔ Divisão celular.

VI ­ Organização dos tecidos

✔ Animal e Vegetal: caracterização

✔ Função

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2º ano

I – Estudos dos reinos

✔ Sistemas de Classificação;

✔ Vírus;

II – Divisão dos reinos (fisiologia comparada)

✔ Reino Monera;

✔ Reino Fungi;

✔ Reino Plantae;

✔ Reino Animália.

III­ Biomas e biodiversidade

✔ Aquáticos;

✔ Terrestres;

✔ Ecossistema;

✔ Relações ecológicas;

✔ Componentes abióticos e bióticos;

✔ Cadeia alimentar.

IV­ Desequilíbrio ambiental urbano

3º ano

I – Reprodução

✔ Gametogênese;

II– Embriologia

III – Genética

✔ Histórico;

✔ Conceitos Básicos;

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✔ A primeira Lei de Mendel;

✔ A segunda Lei de Mendel;

✔ Interação Gênica;

✔ Alelos múltiplos;

✔ Heredogramas;

✔ Herança e Sexo;

✔ Aberrações e Anomalias.

IV– Origem e evolução da vida

✔ Teorias do surgimento do universo, da terra e da vida;

✔ Lamarck x Darwin;

✔ Mutação;

V– Origem das espécies

✔ Conquista dos ambientes pelos seres vivos;

✔ Especiação;

✔ Arvore filogenética.

VI­­ Biotecnologia

Metodologia

A Biologia é uma. Quer quando estudam, em seus aspectos mais abrangentes, 

os ecossistemas, as populações, os indivíduos ou os seus órgãos, quer quando enfocam 

os mecanismos, em seus menores e mais complexos detalhes,  em nível  celular ou 

molecular,   o   biólogo   está   sempre   voltado   à   compreensão  de  um  único   e  mesmo 

fenômeno: a vida.

O desenvolvimento dos conteúdos estruturantes  do ensino de Biologia deve 

ocorrer de forma integrada, ou seja,sofre a influência do contexto social, histórico e 

econômico em que o aluno está inserido.

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Nesse sentido, deve se considerar que a pedagogia histórico­crítica valorizar o 

saber   historicamente   acumulado   pelos   homens.   Sendo   assim   o   professor   deve 

contribuir com subsídios para que o aluno construa o seu conhecimento. É importante 

conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as idéias primeiras do aluno, como 

elementos que também constitui obstáculos á aprendizagem dos conceitos científicos 

que levam à compreensão do conceito vida.

Sendo que os conteúdos e temas deverão ser problematizados e o professor a 

partir da problematização utilizará  o método dialético com aula expositiva, onde o 

professor   provoca   e   mobiliza   o   aluno   na   busca   da   construção   do   conhecimento 

necessário   para   a   resolução   de   problemas.   Considerando   articulações   entre 

conhecimentos físicos, químicos e biológicos. Tendo como subsídios:

✔ Aula introdutória, destinada a apresentar temas fornecendo uma visão geral;

✔ Aula expositiva com esquemas no quadro, com a metodologia dialética;

✔ Aulas   que   socializa   a   pesquisa:   conferência,   preleção   e   comunicação,   o 

professor exercendo o papel de mediador entre o conhecimento já construído;

✔ Aulas desenvolvidas junto à comunidade, na participação da discussão dos 

problemas que envolvem a comunidade;

✔ Projetos   interdisciplinares,   ou   possibilidade   de   relação   interdisciplinar   – 

relações possíveis com outras  disciplinas:  (quando uma disciplina oferece subsídio 

para uma outra disciplina contribuindo na construção do conhecimento, diálogo entre 

as disciplinas);

✔ Leitura   e   discussões   de   textos   complementares   (interpretação   de   textos 

científicos);

✔ Discussão de problemas;

✔ Produção de textos sobre temas específicos, por partes dos alunos;

✔ Pesquisas em: livros, revistas, internet, televisão, jornais etc;

✔ Estudo dirigido e trabalho em grupo, tanto para atividades práticas como 

pesquisa;

✔ Aula   prática   utilizando   materiais   alternativos,   equipamentos   construídos 

pelos  próprios  alunos   (material  alternativo  de   laboratório)  ou equipamentos  mais 

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sofisticados   (de   laboratório)   –   elaboração   de   relatórios   de   aulas   práticas   e 

demonstrações;

✔ Filmes com a elaboração de questionamentos para promover a discussão e o 

entendimento de tema abordado.

Concepção de avaliação

Para que a avaliação escolar tenha função relevante e significativa na prática 

escolar é imprescindível entendê­la como instrumento de análise permanente do pro­

cesso pedagógico que revela ao professor em que medida os alunos estão ou não se 

apropriando dos conteúdos trabalhados.

Desse modo a avaliação terá a tração diagnóstica, possibilitando ao professor 

novas ações e ajustes no planejamento, respeitando os limites e as especificidades dos 

alunos. Para tanto, é necessário ter pressente que a finalidade da avaliação é ajudar os 

educadores a planejar a continuidade de seu trabalho, ajustando­o ao processo educa­

cional de seus alunos, buscando oferecer­lhes condições de superar obstáculos e de­

senvolver o auto­conhecimento, a autonomia e jamais qualificá­los.

Nesse sentido, faz­se necessário que a escola tenha como prioridade os valores 

humanos, éticos e os princípios escolhidos pela escola _ respeito, responsabilidade e 

cooperação, para nortear a sua caminhada na educação, sempre voltados para a sua 

emancipação, construção do sucesso escolar e inclusão como princípio e compromisso 

social.

A avaliação deve ser concebida como um instrumento para ajudar o aluno a 

aprender e faz parte integrante do trabalho realizado em sala de aula para, a partir 

dela, o professor rever os procedimentos que vem utilizando e replanejar o seu traba­

lho. Para o aluno ela permite ver os avanços e as dificuldades, tem a tração permanen­

te de diagnostico e acompanhamento do processo ensino aprendizagem.

O professor assume um papel de pesquisador que investiga quais os problemas 

enfrentados pelos alunos por quê, estudando com cuidado as produções realizadas, 

conversando com os alunos sobre estas, considerando as razões que levaram a produ­

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zi­las de uma determinada maneira e não de outra, ouvindo suas justificativas, detec­

tando o nó que emperra o processo.

Só assim a avaliação é um instrumento de aprendizagem quando o professor 

utiliza as informações conseguidas para planejar suas intervenções, propondo procedi­

mentos que levem os alunos a atingir novos patamares e conhecimento.

Ao avaliar cada produção do aluno, o professor faz uma comparação: compara 

o que o aluno fez ou faz com o que ele esperava que ele fizesse, soubesse, ousasse... 

ou seja, em qualquer situação de avaliação, todos temos em mente um ou mais parâ­

metros que servem de medida para apreciar o que está sendo avaliado.

A avaliação acontece vinculada às atividades do dia­a­dia da sala de aula, possi­

bilitando a reflexão contínua sobre o processo de aprendizagem. Porém, são necessá­

rios também momentos específicos, previstos em calendário, para fazer um balanço 

geral do trabalho, uma síntese do desempenho dos alunos e do professor. Após esse 

balanço, percebe­ se que enfrentou dificuldades, mas também fez muitas conquistas e 

isso deve ser registrado como um fator relevante pois leva o aluno e o professor a per­

ceberem a evolução e a melhorar sua autoestima.

Devemos salientar que a avaliação deve ser realizada com sensibilidade e inteli­

gência. O educador deve ter a consciência da própria visão do mundo, da sua ideolo­

gia, dos sentimentos e hábitos _ não para eliminá­los ou impedir que interfiram no seu 

julgamento mas, para, conhecendo­os melhor, controlar a sua influência.

Não podemos esquecer também a função social da escola que é a de resignificar 

conceitos e ajudar o aluno a adquirir informações e não a ser um mero acumulador de 

dados, ajudando­o a desenvolver sua autonomia, enfim, a formar cidadãos que exer­

çam seus direitos e deveres.

Critérios  e Instrumentos de Avaliação

A avaliação é  um elemento integrante e regulador das práticas pedagógicas, 

mas assume também uma função de certificação das aprendizagens realizadas e das 

competências desenvolvidas.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O domínio das Competências/Procedimentos, constantes nos programas e 

planificações, terá como instrumentos de avaliação: testes formativos e somativos, 

relatórios,   trabalhos   e   outros   considerados   pertinentes,   produzidos   pelos   alunos 

individualmente ou em grupo.

No domínio da Comunicação/Comportamentos serão tidos em conta os 

seguintes parâmetros:

13.Participação oportuna – intervenção frequente e pertinente; colocação 

de dúvidas e opiniões;

14.Empenho –  envolvimento  na concretização das tarefas propostas pelo 

professor e pelos colegas do grupo de trabalho em que se integre;

15.Realização dos trabalhos para casa ;

Embora a avaliação seja intimamente relacionada aos objetivos visados, o nível 

de alcance desses objetivos nem sempre se realiza plenamente para todos os alunos. 

Sendo assim, o aluno não atingindo o conhecimento é necessário reforçar em forma 

de revisão cada tópico, que seja de real significado para os alunos e propondo novas 

avaliações.

A recuperação deve ser considerada como uma etapa em que o diagnóstico 

possibilita   a   revisão   e   reelaboração   de   conhecimentos   não   apreendidos,   sendo 

possível, revisar, reforçar ou reorganizar esses conhecimentos.

Pesquisa  de  assuntos  e  debates   sobre  os   temas  onde  o  professor  mediador 

verificou maior dificuldade por parte de alunos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

BIZZO, N.  Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio.  Brasília: MEC, 

2004.

CHASSOT, A. A Ciência através do tempo. São Paulo: Editora Moderna, 2004.

KRASIKCHIK, M. Prática de ensino de biologia. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2004.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ.  Diretrizes Curriculares de Biologia para o Ensino Médio. 2006.

DE  ROBERTIS,   E.D.P.,   DE  ROBERTIS   JR.,   E.   M.   F.  Bases  da  Biologia  Celular   e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Educação Física

Apresentação da disciplina

A educação física é a área do conhecimento que introduz e integra os alunos na 

cultura corporal do movimento, com finalidade de manutenção e melhoria da saúde, 

lazer,   expressão  de   sentimento,   afetos   emoções,   evitando   favorecer   alunos  que   já 

tenham aptidões, adotando como eixo estrutural da ação pedagógica o princípio da 

inclusão, apontando para perspectivas metodológicas de ensino aprendizagem, que 

busquem o desenvolvimento da autonomia, da cooperação, da participação social e da 

afirmação de valores e princípios democráticos.

Nesse sentido, garante a todos a possibilidade de usufruir de jogos, esportes, 

danças,   lutas   e   ginásticas   em   benefício   da   saúde   e   do   lazer,   proporcionando   o 

exercício   crítico   da   cidadania   e   o   bem   estar   físico,   social   e   mental,   garantindo 

integralmente a saúde do indivíduo. Atualmente, quando falamos sobre a Educação 

Física escolar sempre há algum fator que reforça a sua importância como um processo 

permanente   de   desenvolvimento   humano   e   de   qualidade   de   vida.   Reconhece­se 

também que ela é uma disciplina capaz de influir direta e favoravelmente na formação 

integral do individuo.

 Com o objetivo de educar, aprimorar e melhorar os movimentos, bem como 

desenvolver   a   inteligência   e   personalidade.   Torna­se,   portanto,   importante   o   seu 

conhecimento como saber escolar, pois contribui para a formação e transformação do 

estudante nos aspectos acima mencionados.

Objetivos Gerais

✔ Participar das atividades corporais, estabelecendo relações construtivas com 

os  outros,   reconhecendo  e   respeitando  características   físicas,  o  desempenho  de   si 

mesmo e dos outros sem discriminar por fatores pessoais, físico, sexuais ou sociais.

✔ Transcender  aquilo  que se  apresenta como senso  comum, desmistificando 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

formas   já   arraigadas  e  equivocadas   sobre  o  entendimento  das  diversas  praticas  e 

manifestações corporais.

✔ Priorizar  a  construção do conhecimento sistematizado como oportunidade 

impar   de   reelaboração   de   ideias   e   praticas   que   por   meio   de   ações   pedagógicas 

intensifiquem a compreensão do aluno sobre a gama de conhecimentos produtivos 

pela humanidade e suas implicações pela vida.

✔ Ampliar a visão biológica, democratizando, humanizando, problematizando e 

diversificando   a   pratica   pedagógica   para   as   dimensões   afetivas,   cognitivas, 

socioculturais e interdisciplinares. Incorporando de forma organizada os conteúdos 

estruturantes   onde   são   incluídas:   a   ginástica,   esporte,   jogos,   danças,   lutas,   que 

interagem com os   elementos   articuladores   como  a  desportivização,  mídia,   saúde, 

corpo, tática e técnica, o lazer e a adversidade.

Conteúdos Estruturantes

Jogos e brincadeiras – ginástica – dança ­ esporte e lutas

Conteúdos Específicos

✔ Jogos Populares;

✔ Jogos Cooperativos;

✔ Alongamento;

✔ Caminhada;

✔ Manifestações Ginásticas;

✔ Conceitos e características dos diferentes tipos de ginásticas;

✔ Aprimoramento técnico e tático das modalidades esportivas;

✔ danças atuais (Street dance, dança de rua, axé,  funk, sertanejas, hip hop, 

reagge, samba, discoteca, music dance);

✔ Reflexão e discussão em relação à banalização do corpo e empobrecimentos 

das letras das musicas vulgarizando e tratando o corpo enquanto mercadoria;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ Capoeira (lutas) conceitos e características;

✔ Valores  étnico raciais:  Valorização do corpo e respeito  as   individualidades 

étnico­raciais, de gênero e de pessoas com necessidades especiais (inclusão);

✔ Qualidade de vida (alimentação saudável, controle do estresse, ansiedade, 

atividade física, relacionamentos saudáveis, satisfação no trabalho e segurança);

Metodologia

A Educação Física terá como eixo não a educação física tradicional, renovada, 

mas   uma   educação   física   com  abordagem   histórica   e   crítica,   valorizando   a   ação 

pedagógica enquanto inserida na prática social concreta, entendido como escola como 

mediação entre o indivíduo e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão 

dos conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto, e com articulação 

do   saber   criticamente   reelaborado  não   bastando   que   os   conteúdos   sejam   apenas 

inseridos, ainda que bem ensinados; é preciso que se liguem, de forma indissociável, 

‘a sua significação humana e social, introduzindo, portanto a possibilidade de uma 

reavaliação critica frente a esses conteúdos.

O conhecimento, nessa forma de pensar educação física, é a reflexão, a critica e 

a reconstrução sobre a cultura corporal. Os alunos aprendem a praticar e refletir sobre 

os   jogos,   as   danças,   as   ginásticas,   as   lutas,   as   acrobacias,   as   mímicas,   e   outras 

manifestações que compõem a cultura corporal.

Podemos dizer que o objeto de estudo da educação física, nessa perspectiva é a 

cultura corporal como linguagem e como saber histórico. Essa cultura corporal no 

ambiente   escolar   pode   ser   expressa   enquanto   elementos   articulantes   e   conteúdos 

estruturantes. Os conteúdos técnicos serão trabalhados a partir do entendimento da 

técnica enquanto um meio que permite ao homem vivenciar e se apropriar de uma 

dada pratica. 

Também,   enquanto   um   conhecimento   específico,   socialmente   produzido   e 

historicamente sistematizado pela humanidade. Por isso, um conhecimento a que os 

seres humanos têm o direito a ter acesso. Mediar à técnica dos elementos da cultura 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

corporal significa permitir que os alunos se apropriem de um conhecimento necessário 

a sua participação ativa e leitura critica do mesmo.

Essa visão se contrapõe àquela da técnica como um meio que permite ao atleta 

atingir seu rendimento máximo no gesto motor, em um fundamento. O motivo da 

técnica, na visão do trabalho desenvolvido e aqui relatado, se desloca do resultado 

esportivo,  da busca desmedida da vitória,  para a apreensão da expressão corporal 

como forma de linguagem, para a compreensão das relações humanas.

Os conteúdos específicos de educação física são abordados por intermédio dos 

elementos   articuladores,   visando   um   maior   aprofundamento   (com   grau   de 

complexidade superior a serie anterior) e diálogo com as diferentes expressões do 

corpo.

Para   analise   critica   dos   alunos   será   proposto   o   estudo   dos   elementos 

articuladores:  mídia,  desportização, saúde (aspectos  individuais e sociais),  corpo e 

sociedade, lazer, diversidade, tática e técnica, inovações tecnológica se o mundo do 

trabalho,   legislações   relativas   à   educação,   educação   física,   esporte   e   lazer, 

acontecimentos atuais (mundiais, nacionais e locais).

Avaliação

Para a avaliação da aprendizagem e desenvolvimento de forma participativa e 

consciente,   será   utilizada   avaliação   diagnóstica,   que   alem   de   ser   continua   é   no 

processo que ela tem a característica de retomada dos conteúdos, usando o avanço e o 

crescimento do aluno que será de forma global durante todas as aulas através dos 

critérios: interesse, participação, organização para o trabalho cooperativo, respeito aos 

materiais,  colegas e professores,  disciplina, conhecimento,  integridade, socialização 

onde ampliara a compreensão dos alunos para alcançar responsabilidade na trajetória 

a ser percorrida.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

BREGOLATO, Roseli  A.  Textos  de Educação Física para a Sala de Aula.  2ª  ed., Cascavel, ASSOESTE, 1994.

Diretrizes   Curriculares   do   Paraná.   Educação   Física/Secretaria   de   Estado   da Educação. Curitiba: Governo do Estado do Paraná. 2007.

GONÇALVES, Maria C. et al. Aprendendo a Educação Física da Pré­ Escola até a 8ª série do 1º grau. Curitiba, Bolsa Nacional do Livro, 1996.

MEDINA, João Paulo S. A Educação Física Cuida do Corpo. E “Mente”. Campinas, Papirus, 1985.

MONTE, José J. O. Promoção da Qualidade de Vida. Curitiba,  Editora Letras, 1997.

TEIXEIRA, Hudson V. Educação Física e Desportos. São Paulo, Saraiva, 2ª ed. 1996.

SILVA, João Bosco. Educação Física: Aprender a aprender fazendo. Londrina, Lido editora, 1995.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Filosofia

DIMENSÕES HISTÓRICAS DO ENSINO DE FILOSOFIA NO BRASIL

No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o 

ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum documento 

publicado   em   1599,   que   segundo   Ribeiro   (1978)   objetivava   a   organização   e   o 

planejamento do ensino dos  jesuítas,  com base em elementos da cultura européia, 

ignorando a realidade, as necessidades e interesses do  índio, do negro e do colono. 

Tais estudos (...) se compunham de quatro séries de gramática (assegurar a expressão 

clara e exata), uma de humanidades (assegurar expressão rica e elegante) e uma de 

retórica  (assegurar  expressão poderosa  e   convincente).  A  escola  de   ler  e  escrever 

existia excepcionalmente nos colégios como ocasião para que alguns alunos fossem 

introduzidos   nessas   técnicas   indispensáveis   ao   acompanhamento   no   curso   de 

humanidades   (RIBEIRO,  1978,  p.  09).  Nessa  perspectiva,  a  educação em geral  e, 

consequentemente   a   Filosofia,   eram   entendidas   como   instrumentos   de   formação 

moral   e   intelectual   sob   os   cânones   da   Igreja   Católica,   dos   interesses   das   elites 

coloniais e do poder cartorial local.

Com   a   Proclamação   da   República,   a   Filosofia   passou   a   fazer   parte   dos 

currículos   oficiais,   até   mesmo   como   disciplina   obrigatória.   Essa   presença   não 

significou, porém, um movimento de crítica à configuração social e política brasileira, 

que oscilou entre a democracia formal, o populismo e a ditadura. A partir de um dos 

documentos educacionais mais importantes de então – o Manifesto dos Pioneiros da 

Educação Nova de 1932 –, que pretendia reconstruir a educação no Brasil, percebe­se 

que  os   currículos   escolares   sofreram uma  queda   significativa  da  participação  das 

humanidades.   A   nova   política   educacional   da   era   Vargas,   especialmente   após   a 

constituição de 1937, previa o desenvolvimento da educação técnica profissional, de 

nível   secundário   e   superior,   como   base   da   economia   nacional,   com   a   necessária 

variedade de tipos de escola. Esse padrão predominou até 1961.

A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a 

Lei n. 5.692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

do Segundo Grau,  sobretudo por  não servir  aos  interesses políticos,  econômicos e 

ideológicos do período.

A   partir   da   década   de   1980,   com   o   processo   de   abertura   política   e   de 

redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da Filosofia ao 

Ensino Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreram em vários estados do 

Brasil. Na Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram 

um movimento que contava com articulações políticas e organização de eventos na 

defesa da retomada do espaço da Filosofia,  em contestação à  educação tecnicista, 

oficializada pela Lei n. 5.692/71.

Somente   em   1994,   por   iniciativa   do   Departamento   de   Ensino   Médio, 

(denominado à época Departamento de Ensino de Segundo Grau), e dos professores 

da   rede   pública,   iniciaram­se   discussões   e   estudos   voltados   para   elaborar   uma 

proposta curricular para a disciplina de Filosofia no Ensino Médio, que resultaram na 

Proposta Curricular de Filosofia para o Ensino de Segundo Grau.

Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia para o 

Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser aplicada nas escolas do 

Estado do Paraná. A partir desse momento, uma opção neoliberal passou a orientar a 

reestruturação do sistema público de ensino.

A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a 

ser discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais fosse a de manter 

a Filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do currículo. Essa posição 

está  expressa no veto de 2001 do então presidente Fernando Henrique Cardoso ao 

projeto de lei que propunha o retorno da Filosofia e da Sociologia como disciplinas 

obrigatórias no Ensino Médio.

O   veto   apoiava­se   em   três   argumentos   constantemente   identificáveis   no 

discurso contrário à Filosofia como disciplina obrigatória:

precariedade na formação de professores;

elevação dos gastos dos Estados com a contratação de professores;

redução   da   Filosofia   a   um   discurso   puramente   pedagógico,   o   que 

descaracterizaria suas peculiaridades.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Ao examinar mais atentamente tais argumentos, observa­se que nem sempre 

eles   procedem.  Por   exemplo,   os   dados  do   concurso  para  professores   de   Filosofia 

promovido em 2004 pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná demonstram 

que   o   número   de   inscritos   foi   muito   superior   ao   número   de   vagas   disponíveis; 

portanto, o número de profissionais formados em Filosofia é significativo. Existe no 

Estado  do  Paraná   um número  expressivo  e   crescente  de   cursos  de  graduação  de 

Filosofia, formando profissionais habilitados à docência.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava 

que, ao final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de 

Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania”. O caráter transversal 

dos   conteúdos   filosóficos   aparecia   com   clareza   nos   documentos   o   cumprindo   a 

exigência da Lei quanto à necessidade de domínio dos conhecimentos filosóficos, mas, 

sem a exigência da introdução efetiva da disciplina na matriz curricular das escolas de 

Ensino Médio.

Na perspectiva da transversalidade, presente na LDB, a Filosofia perdia  seu 

estatuto de disciplina e era reduzida a uma ferramenta virtual, útil ao exercício de 

uma cidadania com baixa exigência de participação. Se antes ela tinha estatuto de 

disciplina,   mas   era   vista   como   complementar   e   não   tinha   espaço   nos   currículos 

escolares – notadamente tecnicistas –,  agora seus conhecimentos são reconhecidos 

como necessários ao exercício da cidadania. Porém, com a manutenção da condição 

de conhecimento meramente transversal, ela perdia seu estatuto de disciplina escolar, 

ficando sem espaço na matriz curricular.

A Resolução n. 03/98 do Conselho Nacional de Educação apresentava de forma 

equivocada a Filosofia na transversalidade do currículo, porque omitia seu caráter 

historicamente  disciplinar.   Tal   posição   foi   revista  nas  Orientações  Curriculares   do 

Ensino Médio ­  MEC (2004),  que analisa os Parâmetros Curriculares Nacionais de 

Filosofia do Ensino Médio. Esse documento teve a colaboração da Associação Nacional 

de Pós­Graduação em Filosofia (Anpof), a pedido do Departamento de Políticas do 

Ensino Médio do Ministério da Educação: [...] a legislação parece prestigiar a Filosofia 

concedendo­lhe   até   alguma   centralidade.   Como   sabemos,   essa   aparência   é 

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enganadora.   A   tese   da   centralidade   traduziu­se   na   não   integração   obrigatória   e 

especificidades de conteúdos [...] (BRASIL, 2004, p. 375).

A   não   indicação   da   obrigatoriedade   da   disciplina   e   dos   conteúdos   que 

tradicionalmente   constituem   seu   estudo,   pelos   Parâmetros   Curriculares   Nacionais, 

deixou inócua qualquer discussão curricular sobre o ensino de Filosofia. Esse foi o 

consenso dos professores de Filosofia de todo o país, convocados em 2004 pelo MEC 

para discutir em cinco seminários regionais e um seminário nacional os Parâmetros 

Curriculares Nacionais do Ensino Médio. O coletivo de professores sugeriu diversas 

mudanças   na   legislação,   que   foram   acatadas   pelo   MEC   e   enviadas   ao   Conselho 

Nacional de Educação, em fins de 2005, com o objetivo de subsidiar discussões sobre 

a alteração da Resolução n. 03/98:

O tratamento disciplinar da Filosofia no Ensino Médio é condição elementar e 

prévia para que ela possa intervir com sucesso também em projetos transversais e, 

nesse nível de ensino, juntamente com as outras disciplinas, possa contribuir para o 

pleno   desenvolvimento   do   educando,   tanto   em   seu   preparo   para   o   exercício   da 

cidadania como em sua qualificação para o trabalho, como reza a LDB. Sendo assim, a 

necessidade   da   Filosofia   no   Ensino   Médio   é   evidente,   devendo   ser   doravante 

contemplada   pelo   requisito   de   obrigatoriedade,   com   a   concomitante   e   contínua 

atenção dos responsáveis pelo ensino às condições materiais e acadêmicas, de modo 

que a disciplina, com profissionais formados em Filosofia seja ministrada de maneira 

competente, enriquecedora e mesmo prazerosa (BRASIL, 2006, p.15).

A proposta de mudança da Resolução CNE/CEB n. 03/98, no seu artigo 10o, 

§2o, enviada ao CNE, foi discutida em fevereiro e junho de 2006, sendo aprovada

por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação em julho do mesmo ano. Em 

agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia 

disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação 

pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.

No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, em julho de 2006, tornando 

a Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.

O cumprimento  da  exigência   intrínseca  a  qualquer  disciplina  de   figurar  na 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

matriz curricular faz surgir uma série de questões e problemas a serem discutidos. Daí 

que, da década de 1980 até hoje, os professores de filosofia vêm manifestando uma 

preocupação com o conteúdo e a metodologia, em outras palavras, a necessidade de 

pensar a relação entre os textos filosóficos e a experiência filosófica no ensino médio. 

Segundo   Gallo   (2000),   observa­se   hoje   no   Brasil   um   movimento   de   pensar 

filosoficamente  o   ensino  de  Filosofia,   no  qual  os   filósofos   têm  tomado  para   si   a 

responsabilidade de pensar a prática docente nos vários níveis.

Em meio a esse movimento, está a construção destas Diretrizes para o ensino 

de Filosofia. Para tanto, faz­se necessário revisitar a história do ensino de Filosofia no 

Brasil  e no Paraná.  Nesse processo identificam­se as filosofias ensinadas, com seus 

recortes distintos de conteúdos, em cada momento histórico: por um lado, as filosofias 

que muitas vezes eram legitimadas, ou até mesmo coniventes com a sociedade em que 

estavam  inseridas  e,  por  outro   lado,  as   filosofias  que se  dispunham a questionar, 

criticar, opor resistência e, portanto, propor mudanças.

No   Brasil,   em   linhas   gerais,   quando   tomamos   contato   com   a   história   da 

disciplina   de   Filosofia,   percebemos  um  movimento  de   afirmação   e   busca  do   seu 

espaço,  com a necessidade de  justificar­se perante as demais disciplinas diante da 

insistente, porém pertinente pergunta: para que Filosofia?

Entendendo, assim, que existem concepções filosóficas diversas, cabe a cada 

professor o desafio constante de definir para si mesmo o lugar de onde pensa e fala. 

Para resolver esse problema sugere­se o seguinte procedimento: definir o local onde o 

ensino se realiza e a qual sujeitos ele se dirige. Isso permitirá pensar qual Filosofia 

será ensinada.

Identifica­se   o   local   onde   se  pensa   e   fala   a  partir   do   resgate  histórico  da 

disciplina e da militância por sua inclusão e permanência na escola. Ensinar Filosofia 

no Ensino Médio, no Paraná, no Brasil, na América Latina, não é o mesmo que ensiná­

la   em   outro   lugar.   Isso   exige   do   professor   claro   posicionamento   em   relação   aos 

sujeitos desse ensino e das questões históricas atuais que lhes são colocadas como 

cidadãos de um país. Nesse sentido, é preciso levar em conta as contradições próprias 

da   nossa   sociedade   que   é,   ao   mesmo   tempo,   capitalista   e   dependente,   rica   e 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

explorada, consciente e alienada.

A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem 

compromissos   com   a   humanidade   e   distante   da   política,   seria   por   si   só   uma 

contradição   insuperável.   Esse   vínculo  histórico   se   fortalece  na  medida   em  que   a 

Filosofia desenvolve as potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação 

e crítica; qualidades de sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate 

a  qualquer   forma de  dogmatismo e  autoritarismo;  disposição para   levantar  novas 

questões, para repensar, imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da 

emancipação   humana,   do   pensamento   e   da   ação,   livres   de   qualquer   forma   de 

dominação.  Não   se  pode  deixar  de  observar  que   tais   características  desautorizam 

qualquer aproximação entre a Filosofia e certas perspectivas messiânicas ou salvíficas, 

por mais sedutoras que possam parecer.

OBJETIVOS

­ Provocar a reflexão filosófica, inerente a todo ser humano, sabendo que todos 

de certa forma somos filósofos, na medida em que nos propomos questões de natureza 

filosófica.

­ Desvendar os mistérios e histórias da nossa existência, compreender o porquê 

e a razão fundamental para tudo o que existe.

­ Despertar um senso crítico para que possamos ter uma visão de conjunto dos 

fatos da vida e dos extremos da natureza humana.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1ª Série

Mito e Filosofia;

Teoria do Conhecimento.

2ª Série

Ética

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Filosofia Política

3ª Série

Filosofia e Ciência;

Estética.

METODOLOGIA

Essa disciplina deve favorecer a reflexão, a análise e a investigação, de modo a 

exercitar as habilidades de raciocínio, através do dialogo e da pesquisa, suscitando o 

questionamento, a argumentação e a construção de novos conhecimentos.

É   necessário   que   o   educador   estimule   os   educandos   na   busca   de   leis   e 

estruturas   presentes   nos   vários   discursos   por   eles   elaborados   através   de   leituras, 

pesquisas, críticas, debates, reflexões e sistematizações de assuntos relacionados ao 

cotidiano dos mesmos.

O ensino de filosofia pressupõe a atividade de leitura, produção de textos e 

debates para que o diálogo direcione a aula. O professor também pode fazer uso de 

outros   recursos,   tais   como:   filmes   jornais,   gibis,   revistas,  música   e  gravuras,   sem 

perder a essência filosófica.

A disciplina de  filosofia  deve  proporcionar  o  desenvolvimento  do  raciocínio 

lógico e coerente, trabalhando os conteúdos sempre associados à realidade, com isso 

desenvolve­se a ética nas relações dos indivíduos principalmente no que concerne ao 

exercício de sua cidadania.

O respeito à individualidade e à diversidade de culturas assim como os níveis 

de   desenvolvimento   intelectual   dos   alunos   serão   a   base   do   desenvolvimento   de 

técnicas de raciocínio e argumentação, de questionamento e problematização.

Como dizia  G.   Lebrum,   “os  alunos  através  da   leitura  e   reflexão  de   textos, 

conceitos e doutrinas, aprendem a marcar de todas as palavras, educando­se para a 

inteligibilidade,   pois   onde   os   ingênuos   só   vem   os   fatos   diversos,   acontecimentos 

amontoados, a filosofia permite discernir uma significação, uma estrutura.”

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

AVALIAÇÃO

Como   a   disciplina   de   filosofia   possui   características   próprias   baseadas   na 

análise de reflexão, problematização e sistematização de conceitos, a avaliação será 

realizada através  de  atividades  práticas  e  escritas,  apresentações  orais,  discussões, 

debates,   leituras   e   pesquisas,   onde   serão   considerados   a   criatividade,   interesse, 

desempenho, capacidade de argumentação, de análise crítica e domínio de conceitos.

Ao avaliar o professor deve respeitar as posições dos educandos mesmo não 

concordando com elas. O importante é o exercício filosófico e os limites do educando. 

Na   avaliação,   o   educando   deve   demonstrar   entendimento   sobre   o   pensamento 

filosófico no processo histórico assim como deve se posicionar como sujeito ativo do 

processo para a construção de uma sociedade melhor.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

REFERÊNCIAS

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Filosofia – SEED – Estado do Paraná ­ 

2008

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda Aranha e MARTINS, Maria H. pires.  Filosofando. Ed. Moderna, 1993.

ASPIS, R.  O professor de Filosofia: o ensino da filosofia no ensino médio como experiência filosófica. In: Cadernos CEDES, nº 64.

A filosofia e seu ensino. São Paulo: Cortez; Campinas, CEDES, 2004.

CHAUAÍ, M. Convite à filosofia. 13 edição. São Paulo. Ática. 2003.

CORDI, Cassiano et al. Para filosofar. Ed. Scipione 2003.

GALLO, S; KOHAN, W.O. (orgs) Filosofia no Ensino Médio. Petrópolis: Vozes, 2000.

HOHAM & WAKSMAN.  Perspectivas atuais do ensino de Filosofia no Brasil.  In: FÁVERO.

A A; KOHANN, W.O; RAUBER, J.J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Juí: editora da UNUJUÍ, 2002.

ANTOLOGIA DE TEXTOS FILOSÓFICOS  –  Secretaria  de  Estado  da  Educação  do Paraná.

BRASIL.  Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.  Brasília: MEC, 1996.”

BUZZI,Arcangêlo R.. Introdução ao Pensar. Ed. Vozes, Petrópolis 1972 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Física

Apresentação da disciplina

A física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua complexidade e 

por isso a disciplina propõe o estudo da natureza, através de modelos de elaborações 

humanas. A compreensão dessa ciência nos habilita a explicar diversos assuntos que 

instigam a nossa curiosidade de compreensão do mundo e mesmo de fenômenos que 

nos   passam   desapercebidos.   É   também   elemento   crucial   para   a   compreensão   da 

tecnologia que cada vez mais se faz presente no dia­a­dia do cidadão.

Dessa forma, cresce a importância do ensino da física dentro do ensino médio 

no sentido de prover aos estudantes condições que lhes permitam não só contemplar a 

beleza do mundo que nos cerca, mas como também compreender que a ciência é 

resultado da construção humana e em razão disso, não é uma ciência acabada, ou 

seja, está em constante modificação podendo essa ser falível.

O paradigma Newton­cartesiano há décadas subjulga as ciências e o seu ensino, 

levando a humanidade a um desenvolvimento tecnológico que avança em progressão 

geométrica. No entanto, Hiroshima e Nagasaki mostram que a física também pode ser 

usada para o mal e para a destruição, assim a humanidade começa a perceber que o 

progresso sem ética pode levar a sua própria destruição.

Cabe, então a física como disciplina, contribuir para a formação de sujeitos, 

porém através de conteúdos que dêem conta do entendimento do objeto de estudo da 

física, ou seja, a compreensão do universo, a sua evolução, suas transformações e as 

interações que nele se apresentam. A disciplina deve ainda levar o aluno a perceber 

que a  atividade científica  não é  uma produção de alguns  “gênios”,  mas  sim uma 

atividade humana com acertos, virtudes, falhas e limitações e acessível a qualquer 

pessoa.

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Conteúdos estruturantes

1º Ano

✔ Movimento:

• Momento e inércia;

• Conservação da quantidade de movimento;

• Segunda lei de Newton;

• Terceira lei de Newton e condições de equilíbrio;

• Energia e Princípio da Conservação da energia;

• Gravitação.

2º Ano

✔ Termodinâmica:

• Leis da termodinâmica:  Lei zero, 1º lei e 2º lei.

✔ Eletromagnetismo:

• A natureza da luz e suas propriedades.

3º Ano

✔ Eletromagnetismo:

• Carga elétrica;

• Corrente elétrica;

• Campo e ondas eletromagnéticas;

• Força eletromagnética;

• Equações de Maxwell: Lei de guss para eletrostática/Lei de Coulumb, lei 

de Ampère, Lei de Gauss magnética, lei de Faraday.

Metodologia

Deve­se   partir   do   conhecimento  prévio  do   aluno,   não  deixando  de   lado   a 

localização   e   importância   histórica   de   cada   conteúdo   trabalhado.   Por   isso   será 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

realizada a exposição interrogada a todo momento, de forma a estimular os alunos a 

refletirem sobre  o  objeto  de  estudo  sempre  buscando   transformar   informação  em 

conhecimento científico e conhecimento em experiência.

No   entanto,   como   nos   deparamos   com   alunos   de   diferentes   costumes, 

tradições, preconceitos e ideias, é importante oferecer uma diversidade de métodos de 

encaminhamento   de   conteúdos   entre   eles:   atividades   que   relacionem   teoria   e 

realidade, trabalho de pesquisa, sempre que possível aulas experimentais, resolução 

de   exercícios   individuais   e   em   grupo,   de   modo   a   promover   o   debate   de   idéias 

almejando que se alcance uma educação participativa.

Avaliação

A avaliação  não  pode   ser  encarada  como mero   instrumento  de  medida  da 

quantidade   de   conhecimento   absorvido   pelo   aprendiz,   e   sim   ter   como   objetivo 

fundamental   fornecer   informações   não   só   ao   aluno   sobre   se   desempenho,   mas 

também, ao professor sobre sua prática pedagógica. Nesse sentido a avaliação deve ter 

um caráter diversificado e contínuo, levando­se em consideração alguns aspectos, tais 

como: a compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto seja 

ele   literário  ou científico,  emitindo opinião sobre o mesmo com base científica;  a 

capacidade de elaborar relatórios sobre um experimento ou qualquer outro evento 

que envolva a física.

Dessa forma a avaliação será diagnóstica e contínua, podendo esta ser escrita 

ou  meramente  pelas   anotações  do  professor   em  função  das   suas   observações  no 

decorrer  de um debate em sala  de aula ou ainda pelo desempenho do aluno em 

realizar trabalhos individuais ou em grupo e finalizando poderão ocorrer avaliações 

escritas. Com base em todos esses elementos será possível identificar os progressos e 

as dificuldades dos alunos, levando­os a buscar caminhos para soluciona­las e também 

propiciando   ao   professor   informações   que   lhe   permita   modificar   sua   prática 

pedagógica, afinal avaliar só  faz sentido quando esta for utilizada para intervir no 

processo de aprendizagem do estudante, visando o seu crescimento.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

Física – edição compacta: Paraná  – série novo ensino médio.  São Paulo: Ática, 2003.

GONÇALVES, A. F.; TOSCANO, C.  Física para o Ensino Médio: Volume Único. São Paulo: Scipione, 2005.

GASPAR, A Volumes 1, 2 e 3. São Paulo: Ática, 2000.

Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. 2006.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Geografia 

Apresentação da Disciplina

As   relações   entre  a   sociedade  e   a  natureza   sempre  permearam os   estudos 

geográficos, pois a compreensão desses fenômenos eram e são essenciais para garantir 

a sobrevivência humana. O espaço pode ser entendido como um produto social em 

permanente transformação.

Nos   primórdios   da   sociedade,   o   homem   apenas   descrevia   os   fenômenos 

naturais,  as  informações sobre a  localização e as características  físicas das regiões 

conquistadas.   Tais   conhecimentos   eram   fundamentais   para   se   organizarem 

politicamente e economicamente.

Diante da necessidade de ampliar o seu domínio, o homem passou a buscar 

explicações para os fenômenos naturais, mapear todas as áreas conquistadas, surgindo 

desta forma, os primeiros registros geográficos e cartográficos. Somente no século XIX 

é  que  os   conhecimentos  geográficos  passaram a   ser   sistematizado.  Neste  período, 

surgiram as  sociedades  geográficos  que através  de  expedições  buscavam conhecer 

novas áreas continentais. Os conhecimentos eram utilizados pelas classes dominantes 

para conquistar novas possessões territoriais.

No Brasil, a institucionalização da geografia se consolidou a partir de 1930, era 

uma   geografia   descritiva,   decorativa,   conhecida   como   geografia   tradicional.   As 

transformações   políticas,   econômicas   e   sociais   após   a   Segunda   Guerra   Mundial, 

interferiram no pensamento geográfico sobre diversos aspectos. Essas transformações 

se intensificaram no decorrer do século XX, promovendo a reformulação do ensino da 

geografia e nas novas abordagens para os campos de estudo desta ciência. No Brasil, o 

percurso dessas mudanças foi afetado pelas tensões políticas dos anos 60, que levaram 

as modificações do ensino da Geografia.

Com   o   fim   do   militarismo   no   Brasil,   na   década   de   80,   a   renovação   do 

pensamento geográfico fortaleceu e as discussões teóricas centraram­se em torno da 

Geografia Crítica.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Essa nova concepção geográfica propôs uma análise social, política e econômica 

sobre o espaço geográfico trazendo para as discussões geográficas, assuntos ligados: à 

degradação da natureza, intensa exploração dos recursos naturais, as desigualdades 

sociais  e   injustiças da produção e organização do espaço,  bem como,  as  questões 

culturais,   políticas   e   econômicas   mundiais,   com   o   objetivo   de   desenvolver   no 

educando uma visão crítica do mundo que o cerca.

Objetivos

Para se tornar cidadão é necessário conhecer o meio em que se vive, e portanto 

faz­se necessário estudar o espaço geográfico.

Nesta perspectiva, os principais objetivos da disciplina são:

✔ Conhecer   o   funcionamento   da   natureza   e   suas   múltiplas   relações   na 

formação do espaço geográfico, analisando o papel da sociedade na construção desse 

espaço geográfico;

✔ Avaliar as ações da sociedade e suas consequências ao longo do tempo de 

modo a construir uma participação ativa nas questões socioambiental locais;

✔ Compreender  os   fenômenos   geográficos   suas   dinâmicas   e   interações   no 

tempo e espaço;

✔ Compreender que as desigualdades sociais, os direitos políticos, os avanços 

técnicos   e   tecnológicos   são   decorrentes   de   conflitos   e   acordos,   porém   não   são 

usufruídos por todos os seres humanos, sendo necessário democratizá­los;

✔ Utilizar meios de pesquisa da geografia para conhecer o espaço geográfico;

✔ Interpretar,   analisar,   relacionar   informações   sobre   o   espaço   geográfico   e 

diferentes paisagens através da leitura de imagens, dados e documentos de diferentes 

fontes de informações;

✔ Utilizar  a   linguagem cartográfica  para  obter   informações   e   interpretar  os 

fenômenos geográficos;

✔ Respeitar as diferenças sociais e culturais, reconhecendo o direito dos povos e 

indivíduos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Conteúdos

1° ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURAL CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão políticado espaço geográfico;

Dimensão cultural doespaço geográfico;

Dimensão socioambientaldo espaço geográfico.

A formação e a transformação das paisagens•  Os conceitos geográficos fundamentais;•  Localização e orientação;• Movimento da Terra e fusos horários.A dinâmica da natureza e as transformações geradas pela ação antrópica

Estrutura geológica Estrutura da Terra Tectônica de palcas Rochas O relevo As estruturas e as formas do relevo Os agentes internos e externos5) O clima2) Fatores e elementos do clima3) Circulação atmosférica4) Fenômenos climáticos5) Tipos climáticos • Biomas• Solos• Hidrografia

 Formação, localização, exploração dos recursos naturais• Os recursos naturais, tipos e formas de 

ocorrência• As fontes de energia• Os impactos ambientais gerados pela 

exploração e pelo uso dos recursos naturais

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

2º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURAL CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

As bases físicas do Brasil• Estrutura   geológica   e   as   formas   do   relevo 

(classificação do relevo)• Circulação atmosférica e os climas do Brasil.• As bacias hidrográficas• Os biomas• Os domínios morfoclimáticosFormação,   localização,   exploração   dos   recursos naturais• Recursos naturais – tipos, formas de ocorrência e 

aplicações• Impactos ambientais decorrentes da exploração e 

do uso dos recursos naturais.Industrialização e organização do espaço

• Indústria e industrialização no Brasil• Distribuição espacial das indústrias• Matriz energéticaA dinâmica do espaço rural• Colonização e estrutura fundiária• Relações de trabalho no campo• Reforma agrária e conflitos rurais• Transformação tecnológicas no campo• Sistemas de produção• Cooperativas e agroindústrias• Fronteiras agrícolas• Impactos ambientais no espaço ruralAs relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista• Urbanização brasileira• Hierarquia das cidades e rede urbana• Exodo rural• Problemas sociambientais urbanosO espaço em rede• Produção,   transporte   e   comunicação   na   atual 

configuração territorial brasileira• A  circulação  de   maão  de   obra,   do   capital,   das 

mercadoria e das informaçõesA  evolução  demográfica,   a  distribuição   espacial  da população e os indicadores estatísticos• Composição étnica da população

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Dinâmica   populacional:   taxas   de   natalidade, mortalidade   geral   e   infantil,   densidade demográfica,   pirâmides   etárias,   população econômica ativa e inativa, IDH

• Os movimentos migratórios e suas motivaçõesAs   manifestações   socioespaciais   da   diversidade culturalRegionalização do Brasil• Critérios adotados de regionalização• As divisões regionais• A realidade local e paranaense no contexto geral 

do Brasil.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

 3º ANO

CONTEÚDOS ESTRUTURAL CONTEÚDOS BÁSICOS

Dimensão econômica do espaço geográfico;

Dimensão política do espaço geográfico;

Dimensão cultural do espaço geográfico;

Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

A   revolução   técnico­científico­informacional   e   os novos arranjos no espaço da produção• Revolução industrial• Revolução tecnocientífica e informacional.O espaço em redeProdução,   transporte   e   comunicação   na   atual configuração territorial.Circulação   de   mão­de­obra,   do   capital,   das mercadorias e das informações.

Formação,   mobilidade   das   fronteiras   e   a reconfiguração dos territórios

b) Geopolítica da globalização.A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recenteMegacidadesCidades globaisA formação das cidadesOs tecnopólos.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos

• Teorias demográficas.• Dinâmica   da   população   mundial   – 

indicadores estatísticos.• Os   movimentos   migratórios   e   suas 

motivações.As   manifestações   sociespaciais   da   diversidade culturalO comércio e as implicações sociespaciaisAs diversas regionalizações do espaço geográfico

• A   regionalização   mundial:   Norte­Sul,   DIT (divisão internacional do trabalho).

As   implicações   sociespaciais   do   processo   de mundialização

• Desigualdades socieconômicas.A nova ordem mundial, os territórios supracionais e o papel do Estado

Blocos econômicos Globalização e mundialização

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Metodologia

Os conteúdos deverão ser trabalhados de forma crítica e dinâmica interligando 

a teoria,  a prática e a realidade. Faz­se necessário que os conteúdos estruturantes 

estejam   inter–relacionados,   garantindo   uma   totalidade   de   abordagem   dos 

conhecimentos específicos.

O   ensino   da   Geografia   tem   buscado   práticas   pedagógicas   que   permitem 

apresentar  aos  alunos  diferentes  aspectos  de  um mesmo  fenômeno em diferentes 

momentos da escolaridade de modo que possam construir compreensões novas e mais 

complexas a seu respeito. Espera­se que eles desenvolvam a capacidade de identificar 

e   refletir   sobre   diferentes   aspectos   da   realidade   compreendendo   a   relação 

sociedade/natureza.

Essas   práticas   envolvem   procedimentos   de   problematização,   observação, 

registro, descrição, documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, 

culturais  ou  naturais  que   compõe  a  paisagem e  o   espaço  geográfico,  na  busca  e 

formação de hipóteses e explicações da relação permanência e transformações que ai 

se encontram em interação.

O estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma conjunta, pois 

constituem a base material ou física sobre a qual o espaço geográfico é constituído.

A realização do trabalho escolar deve ser essencialmente formativa, buscando a 

mudança qualitativa da situação, preservando o trabalho com a informação. Nesses 

trabalhos  deve­se  considerar  que as   informações   recolhidas  possam ser  analisadas 

através de comparações com os conhecimentos acumulados abrindo espaço para a 

interdisciplinaridade.

Avaliação

A avaliação está inserida dentro do processo de ensino­aprendizagem. Diante 

disso,   deve­se   evitar   avaliações   que   contemplem   apenas   uma   das   formas   de 

comunicação dos alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, porém 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

não podemos abandonar totalmente está prática, pois o nosso aluno encontrará esse 

tipo de situação na sociedade capitalista na qual está inserido.

Assim, esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os 

conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias 

espaço­tempo, a relações de poder, contemplando a escala local e global e vice­versa. 

Que essa avaliação seja diagnóstica e contínua e que contemple diferentes práticas 

pedagógicas,   tais   como:   leitura,   interpretação   e   produção   de   textos   geográficos, 

leitura   e   interpretações  de   fotos,   imagens,   tabelas,   mapas,   gráficos,   relatórios   de 

experiências práticas de aulas de campo, construção de maquetes, produção de mapas 

mentais, apresentação de seminários, pesquisas bibliográficas.

Por tudo que foi exposto, destaca­se ainda que a proposta avaliativa deve estar 

bem clara para os alunos, ou seja, que saibam como eles serão avaliados em cada 

atividade   proposta.   Além   disso,   a   avaliação   deve   ser   um   processo   não­linear   de 

construções   e   reconstruções,   assentando   na   interação   e   na   relação   dialógica   que 

acontece entre os sujeitos do processo professor/aluno.

Os critérios de avaliação, será através de: trabalhos diversos no valor de 4,0 e 

provas escritas no valor de 6,0, podendo ser duas no valor de 3,0 por trimestre. A 

Recuperação Paralela além dos conteúdos será no valor de 10,0.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

Diretrizes Curriculares da Disciplina de Geografia. Estado do Paraná, 2006.

MARINA, Lúcia; RIGOLIN, Tércio. Geografia Novo Ensino Médio. Ed. Ática, 2006.

Geografia Ensino Médio, Livro Didático Público. governo do Paraná, 2006.

ADAS, Melhen. Geografia. vol I, II, III, IV. Ed. Moderna. 2006.

VESENTINI, José W. Geografia. Série Brasil. Ensino Médio. Ed. Ática. 2003.

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História

Apresentação da disciplina

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações 

e às relações humanas praticadas no tempo e no espaço, bem como, os sentidos que os 

sujeitos deram às mesmas tendo ou não consciência dessas ações.  Sendo assim, tem 

como finalidade expressar o processo de produção do conhecimento humano sob a 

forma da consciência histórica dos sujeitos interpretando o modo de agir e pensar dos 

mesmos   e   compreendendo   através   da   investigação,     a   provisoriedade   deste 

conhecimento ou sua validade historiograficamente.

Neste sentido, a disciplina propõe­se ao estudo do conhecimento socialmente 

produzido no tempo, contribuindo para a formação de cidadãos conscientes de seu 

papel  na   sociedade  enquanto   sujeitos  históricos.  Bem como,  entender  as   relações 

humanas do processo histórico, por meio do estudo de relações culturais, de trabalho 

e de poder presentes em diferentes sociedades.

O conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar seu objeto de 

investigação,   construídas   a   partir   da   experiência   dos   sujeitos.   Algumas   correntes 

teóricas   tornaram­se   importantes   para   compreendermos   melhor   os   processos   e 

fenômenos da História. A concepção intitulada Nova Esquerda Inglesa figura como 

apropriada para nortear esta proposta pedagógica. A mesma tem buscado superar a 

visão  mecânica   e   reducionista   que  prescrevia  uma  História  Tradicional,  de   forma 

linear, calcada em fatos históricos determinados e aliados às figuras dos heróis e dos 

grandes   acontecimentos,   ou   da   História   Marxista   ortodoxa,   que   valorizava 

primordialmente o sujeito universal e a razão cartesiana dos fatos. 

Em meados da década de 1950, a Nova Esquerda Inglesa, identificada com a 

vinculação   ao   Partido   Comunista   Inglês,   descontentes   romperam   com   o   partido, 

influenciando a historiografia  britânica,  entre os  quais,   surgiram deste  movimento 

historiadores   como:   Raymond   Willians,   Eric   Hobsbawn,   Cristopher   Hill,   Perry 

Anderson,  Edward  Thompson  e  outros.  Estes  historiadores  passaram a   fazer  uma 

revisão critica do Marxismo, contribuindo para os estudos de História Social, a qual 

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não tem significado um rompimento com o Marxismo, mas tem buscado atender as 

novas demandas do mundo contemporâneo, sem cair nos modismos de tendências 

historiográficas atuais, dando maior atenção às práticas culturais e as experiências de 

vida dos variados segmentos sociais.

Sem entrar em contradições, outra corrente historiográfica que não pode ser 

desconsiderada atualmente é a Nova História Cultural. Despontada no final da década 

de 1980, trazendo a tona novos sujeitos, novos objetos e novas abordagens teóricas e 

metodológicas,   utilizando­se   principalmente   da   interdisciplinaridade.   Destacam­se 

neste   grupo   historiadores   como   Roger   Chartier   e   Carlo   Ginzburg.   Esta   corrente 

caracteriza­se por uma proposta de micro análise (Micro­história), com recortes que 

valorizam  sujeitos   pouco  valorizados  pela  história   tradicional   como:  as  mulheres, 

operários, camponeses entre outros.

Conteúdos Estruturantes e Específicos

1º Ano

RELAÇÕES DE TRABALHO RELAÇÕES DE PODER  RELAÇÕES CULTURAIS

TEMAO MUNDO DO TRABALHO 

NAS DIFERENTES SOCIEDADES ­ DA PRÉ­

HISTÓRIA A IDADE MÉDIA

TEMADO ESTADO ANTIGO À 

DESCENTRALIZAÇÃO DO PODER NO FEUDALISMO

TEMARELAÇÕES CULTURAIS E 

MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA PRESENTES NA SOCIEDADE ANTIGA E 

MEDIEVALConteúdos  específicos

O   mundo   do   trabalho   na Pré­história;• O   mundo   do   trabalho no Egito Antigo;• O   mundo   do   trabalho na   antiguidade   clássica greco­romana; • O   mundo   do   trabalho nas   Sociedades   Pré   ­ Colombianas;• O   mundo   do   trabalho 

Conteúdos específicos• Estado   na   antiguidade Greco Romana e Egito; As   transformações   do Estado na Idade Média e a formação do Feudalismo;

Conteúdos específicos Revoltas   dos   escravos em Roma; A   luta   dos   plebeus contra   os   patrícios   em Roma; A mulher na sociedade greco­romana e egípcia; Revolta   dos camponeses   na   Idade Média; A   organização   das 

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no Feudalismo;  cidades   na   antiguidade   e Idade Média;  As Cruzadas;

2º Ano

RELAÇÕES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER RELAÇÕES CULTURAIS

TEMARELAÇÕES DE 

TRABALHO NA IDADE MODERNA

TEMAO ESTADO NA IDADE 

MODERNA E SUAS RELAÇÕES DE PODER

TEMAMOVIMENTOS 

CULTURAIS E DE RESISTÊNCIA NA IDADE 

MODERNA (Europa e Brasil colônia)

Conteúdos específicosTrabalho escravo e Trabalho livre no Brasil;Surgimento do Trabalho assalariado;

Conteúdos específicos• Monarquias nacionais e 

o absolutismo;• Revolução 

Francesa   e   o surgimento   do Estado­Nação;

• Independência dos   Estados   da América   e   a formação   do Estado   Nacional Brasileiro;

Conteúdos específicos• Renascimento;

• Iluminismo;• Reformas   religiosas 

protestantes   e Contra   Reforma Católica;

• As   revoltas indígenas   e africanas   na América portuguesa

• Os   quilombos   e   as comunidades quilombolas   no Paraná e no Brasil

• As   revoltas   sociais na   América portuguesa

• etnias   indígenas   e africanas   e   suas manifestações artísticas, culturais e religiosas.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

3ª Ano

RELAÇÕES DE TRABALHO

RELAÇÕES DE PODER  RELAÇÕES CULTURAIS

TEMA:  O TRABALHO NO   MUNDO CONTEMPORÂNEO

TEMA: O ESTADO E AS   RELAÇÕES   DE PODER NO SÉCULO XX

TEMA:   RELAÇÕES CULTURAIS   E MOVIMENTOS   DE RESISTÊNCIA   NO SÉCULO XX

Conteúdos específicos

• Trabalho no Paraná: escravos, tropeiros, colonos e operários;

• As transformações do Trabalho na contemporaneidade

Conteúdos específicos

• Estado Imperialista

• Estado Totalitário: Nazismo/Fascismo;

• A   formação   da República Brasileira e os   Movimentos   de Contestação.

• Estado  em  tempo  de globalização;

• Conflitos   na atualidade;

Conteúdos específicos

• Movimento   Operário: Cartismo,   Ludismo   e Comunismo;

• Movimentos Contemporâneos   da mulher,   negro,sem­terra, movimento estudantil;

• As guerras mundiais no século XX 

• As revoluções socialistas na Ásia, África e América Latina 

• Os movimentos de resistência no contexto das ditaduras da América Latina

• Os Estados africanos e as guerras étnicas

Metodologia 

A produção do conhecimento histórico possui um método específico, baseado 

na   explicação   e   interpretação   de   fatos   do   passado.   Um   dos   instrumentos 

metodológicos mais importantes no ensino de História tem sido a problematização, 

que é elaborada a partir dos problemas enfrentados pelos jovens da atualidade, ou 

seja, é o elo entre questões do presente e o passado, por esta razão tem como desafio 

contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticas dos alunos e 

suas relações.

No Ensino Médio, o ensino de História estuda os objetos históricos como as 

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ações   e   relações   humanas,   articulados   aos   conteúdos   estruturantes:   relações   de 

trabalho, relações de poder e relações culturais, os quais propõem recortes de espaço 

e tempo historiográfico que constituem os conteúdos específicos.

O professor pode elaborar o problema e relacionar o conteúdo estruturante que 

melhor responde à problemática, o qual constitui o tema, sendo estes desdobrados em 

conteúdos   específicos,   para   responder   à   problemática.   Assim   os   conteúdos 

estruturantes da disciplina de história devem ser abordados através de temas, pois não 

é possível representar o passado em toda a sua complexidade, portanto, os conteúdos 

estruturantes devem estar articulados as categorias de análise espaço e tempo.

Depois  da   seleção  de   temas  o  professor  poderá  utilizar   três   formas  para  a 

construção de uma narrativa histórica do aluno, as quais são:

✔ Narração: forma de discurso na qual o professor e o aluno ordenam os fatos 

históricos que se sucederam em um período de tempo, relativo as transformações dos 

acontecimentos que levem de um contexto inicial a um final.

✔ Descrição:  Ela é utilizada para representar as permanências que ocorreram 

entre diferentes contextos históricos.

✔ Argumentação,   Explicação   e   Problematização:  a   problematização 

fundamenta a explicação e a argumentação histórica,  mediante a  isto,  a narrativa 

histórica é a construção de uma resposta para a problemática. Já a explicação busca 

as causas e origens de determinadas ações e relações humanas e a argumentação é a 

resposta dada a problemática, construída através da narração e da descrição. 

O   uso   de   documentos   em   sala   de   aula   proporciona   a   produção   de 

conhecimento   histórico,   usado   como   fonte,   buscando   respostas   para   as 

problematizações  formuladas.  Neste caso o documento pode ser:   imagens,  objetos 

materiais,  oralidade,  documentos  escritos,   livros,   jornais,  histórias  em quadrinhos, 

fotografias, pinturas, gravuras, filmes, músicas, etc. Todos esses documentos podem 

ser utilizados para que os alunos façam leituras por meio de questionamentos como: 

O que é capaz de dizer? Qual a finalidade? Como e por que foi produzido? Que ação 

de pensamento está contida em seu significado?

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Critérios de avaliação

Avaliação, na disciplina de História deve ser formal, processual, continuada e 

diagnóstica,   contemplada   no   planejamento   do   professor   e   registrada   de   maneira 

formal e criteriosa. Assim, o professor deve acompanhar o processo, percebendo o 

quanto cada educando desenvolveu na apropriação do conhecimento histórico.

Ao   longo   do   Ensino   Médio   o   aluno   deverá   entender   que   as   relações   de 

trabalho,  as   relações  de  poder  e  as   relações  culturais  estão articuladas  entre   si   e 

constituem   o   processo   histórico.   Deverá   também   compreender   que   o   estudo   do 

passado se realiza a partir de questionamentos feitos no presente por meio da análise 

de diferentes documentos históricos.

Neste   contexto,   a   avaliação   no   ensino   de   História   considera   três   aspectos 

importantes: a  apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos 

estruturantes e específicos, como aspectos complementares e indissociáveis. Para isso, 

o   professor   poderá   utilizar   diferentes   atividades   para   avaliar   como:   leitura   e 

interpretação de textos historiográficos; análise de mapas e documentos históricos; 

produção   de   narrativas   históricas,   pesquisas   bibliográficas,   sistematização   de 

conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras. 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências 

ALBORNOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

BURKE, Peter. A escrita e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

Diretrizes   Curriculares   de   História   para   o   Ensino   Médio.  Versão   preliminar. Julho/2006.

GINSBURG, Carlo. O queijo e os vermes. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

Revista Brasileira de História. São Paulo, ANPUH, 1980.

Currículo Básico para a escola pública do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Curitiba, SEED, 1990.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Língua Portuguesa e Literatura

Apresentação da Disciplina

A   Língua   Portuguesa,   enquanto   disciplina   escolar,   passou   a   integrar   os 

currículos escolares somente nas últimas décadas do século XIX, mas a preocupação 

com a formação do professor dessa disciplina iniciou­se nos anos 30 do século XX.

Após a institucionalidade da Língua Portuguesa como disciplinas, as primeiras 

práticas   de   ensino   se   limitavam   ao   ensino   do   latim;   tratava­se   de   um   ensino 

eloqüente,   retórico,   imitativo,   elitista   e   ornamental   voltado   para   um   passado 

patriarcal e colonial que priorizava uma não­pedagogia.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino 

de Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil.. Em 1837, o seu estudo foi incluído no 

currículo como disciplina de Gramática, Retórica e Poética.  A Gramática ganhou a 

denominação de português somente no século XIX.

O   ensino   de   Língua   Portuguesa   manteve   a   característica   elitista   até   1967, 

quando iniciou­se no Brasil um processo de democratização do ensino, que contava 

com   a   ampliação   de   vagas,   a   eliminação   dos   exames   de   admissão.   Com   isso   a 

multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as 

exigências culturais passam a ser outras. Passavam a frequentar a escola um número 

maior   de   falantes   de   variedades   do   português   distantes   do   modelo   tradicional 

cultivado pela escola. Houve um grande choque entre modelos e valores escolares e a 

realidade dos falantes. 

Nesse   contexto   o   ensino   da   Língua   Portuguesa   procura   novas   propostas 

pedagógicas que suprissem as necessidades trazidas por esses alunos, a presença de 

registros linguísticos e padrões culturais diferentes do até então admitidos na escola.

Surge   a   Lei   5692/71   que   aprofunda   a   vinculação   da   educação   com   a 

industrialização – o ensino voltado para a qualificação para o trabalho, a instituição 

de uma pedagogia tecnicista, que não se preocupava em aprimorar as capacidades 

linguísticas do falante.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa e Literatura no Ensino Médio, 

é   um   processo   dinâmico   e   histórico   dos   agentes   na   interação   verbal,   tanto   na 

constituição social de linguagem quanto dos sujeitos que por meio delas interagem.

A língua é vista como ação entre os sujeitos históricos e socialmente situados 

que se constituem uns aos outros e em suas reações dialógicas. 

Relações   dialógicas   são   possíveis   não   só   entre   enunciados   completos  (relativamente completos),  uma abordagem  dialógica é  possível  em relação a qualquer parte de um enunciado, mesmo em relação a uma só palavra, caso aquela palavra seja percebida não como uma impessoal da língua, mas como um signo da posição semântica de outro alguém, como o enunciado de outra  pessoa, isto é, se ouvirmos nela a voz de outro alguém. (BAKHTIN, p. 67)

O conteúdo estruturante para o ensino de Língua Portuguesa é o discurso como 

prática   social,   concretizado   nos   mais   diversos   gêneros   textuais   que   circulam 

socialmente e suas especificidades gramaticais, estilísticas e contextuais. A concepção 

de linguagem como forma de interação entre os sujeitos deve nortear, portanto, as 

práticas   de   leitura,   oralidade,   produção   textual   e   análise   linguística,   de   modo   a 

ampliar as interações sociais dos alunos por meio da linguagem. 

Objetivo geral

Formar o aluno do Ensino Médio proficiente no uso da língua na oralidade, na 

leitura e na escrita, saberes linguísticos necessários para a sua participação social efe­

tiva, garantindo­lhe o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.

Objetivos Específicos

✔ Compreender   e   usar   adequadamente   a   Língua   Portuguesa   como   língua 

materna,   geradora   de   significação   e   integradora  da  organização   de  mundo   e  da 

própria identidade.

✔ Formar o aluno do Ensino Médio para que saiba utilizar adequadamente a 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

linguagem oral e os seus recursos em situação de comunicação diversa, considerando 

a variação linguística, o grau de formalidade, o contexto, o interlocutor e a intenção 

para alcançar diferentes finalidades.

✔ Desenvolver   no   aluno   a   capacidade   de   interpretar   e   compreender   textos 

(verbais  /  não  verbais)  e  utilizar  as  diferentes  estratégias  na   leitura  para   formar 

alunos­leitores   fluentes   e   competentes   que   constroem   significados   a   partir   dos 

elementos   discursivos,   considerando  os   objetivos  desses,   o   conhecimento   sobre   o 

assunto, sobre o autor, a sua bagagem linguística (gênero textual/discursivo, suporte 

textual), sua história de vida/ história de leitor (dimensão social, cultural, econômica) 

e que compreenda também o subentendido que atravessa a dimensão do simbólico 

implícito.

✔ Formar   alunos   escritores/produtores   competentes   de   textos   coesos, 

coerentes,   de   gêneros   diversos,   aqueles   de   circulação   social,   compreendendo   as 

condições de produção (de quem quem, por quê, como, onde, quando).

✔ Compreender  a   natureza   da   língua   como   código/sistema   de   escrita 

(alfabética   e   aspectos   notacionais)   e   o   funcionamento   da   linguagem   (aspectos 

discursivos).

✔ Aprimorar a  capacidade  de compreender e praticar reflexões sobre os usos 

das   convenções   da   língua   formal   (gramática,   léxico,   ortografia,   sintaxe)   e   sua 

organização para ampliar as possibilidades de seu uso.

✔ Valer­se dos textos literários para formar aluno que sugere ininterruptamente 

os seus horizontes de expectativas (atitude receptiva emancipatória)

• atualizando o sentido desses;

• dialogando   com   outros   textos   no   momento   da   recepção 

(intertextualidade/interdiscursividade);

• compreendendo   o   contexto   histórico,   social   ideológico,   linguístico, 

literário, da sua produção;

• rompendo com os caminhos não percorridos pelo aluno;

• ampliando os níveis estéticos (reconhecendo os recursos estilísticos).

✔ Desenvolver a capacidade do aluno de reconhecer os usos da língua como 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

forma de veicular, questionar e construir valores comprometidos com a promoção de 

uma   sociedade   brasileira   multicultural   e   pluriétnica,   respeitando   as   diferenças   e 

melhorando   a   qualidade   de   suas   relações   pessoais   e   rejeitando   atitudes 

preconceituosas e discriminatórias de toda sorte.

✔ Fortalecer  o   rompimento  de   imagens  negativas   contra  negros  e  os  povos 

indígenas  e  desencadear  o  processo  de  afirmação  de   identidade,  de  historicidade 

negada/distorcida, destacando a história e cultura afro­brasileira local e nacional.

✔ Valorizar   a   cultura   afro­brasileira   resgatando   seus   costumes   através   do 

contato com autores e obras de nossa literatura (Machado de Assis, Cruz e Souza).

Fundamentação Teórica

Segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008), cabe à escola 

conhecer  os   sujeitos  da escola  pública,  de modo a organizar  um currículo para a 

Educação Básica que busque atender a todos,  independentemente de sua condição 

social e econômica e de sua formação étnico­cultural. Para tanto, o documento sugere 

que as escolas  incentivem a prática pedagógica voltada a diferentes metodologias, 

valorizando concepções de ensino­aprendizagem e de avaliação, condizentes com uma 

educação que se diz democrática e emancipadora.

A   fim   de   configurar   a   prática   pedagógica,   as   diretrizes   apostam   em   um 

currículo que leve em consideração a seleção dos conhecimentos baseada em dois 

fatores: os externos, advindos das experiências sociais, políticas e culturais dos alunos, 

e os específicos, que constituem os saberes acadêmicos, historicamente constituídos e 

acumulados.  Dessa   forma,   o   currículo   promoveria   a  divulgação   do   conhecimento 

científico,   filosófico   e   artístico,   subsidiando   a   formação   tanto   tecnológica   quanto 

humanística dos alunos.

O conteúdo estruturante  do  currículo deste  estabelecimento de ensino  tem, 

conforme   dito   anteriormente,   o   discurso   como   prática   social,   visto   sob   uma 

perspectiva dialógica, como preconizou Bakhtin (1997):

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Todas  as   esferas  da  atividade  humana,  por  mais   variadas  que   sejam,   estão sempre relacionadas com a utilização da língua. Não é de surpreender que o  caráter e os modos dessa utilização sejam tão variados como as próprias esferas  da atividade humana, o que não contradiz a unidade nacional de uma língua. A  utilização   da   língua   efetua­se   em   forma   de   enunciados   (orais   e   escritos),  concretos   e  únicos,  que   emanam dos   integrantes  duma ou doutra   esfera  da  atividade humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades  de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por seu estilo  verbal, ou seja, pela seleção operada nos recursos da língua — recursos lexicais,  fraseológicos e gramaticais —, mas também, e sobretudo, por sua construção composicional.   Estes   três   elementos   (conteúdo   temático,   estilo   e   construção composicional) fundem­se indissoluvelmente no todo do enunciado, e todos eles  são marcados pela especificidade de uma esfera de comunicação. (p. 280) 

Para Bakhtin,  a   linguagem permeia toda a vida social,  exercendo um papel 

central   na   formação   sociopolítica   e   nos   sistemas   ideológicos.   Entre   as   categorias 

centrais na obra bakhtiniana estão as noções de linguagem, interação, dialogismo e 

ideologia.   Principalmente   na  obra  Marxismo   e   Filosofia   da   Linguagem  (BAKHTIN, 

1997),  a  posição bakhtiniana é   clara ao rebater  a  noção de  língua sustentada no 

objetivismo ou no subjetivismo.

A linguagem é de natureza socioideológica e tudo “que é ideológico possui um 

significado  e   remete   a   algo   situado   fora  de   si  mesmo”   (BAKHTIN,   1997:   31).  A 

ideologia é um reflexo das estruturas sociais e entre linguagem e sociedade existem 

relações dinâmicas e complexas que se materializam nos discursos ou, melhor, nos 

gêneros do discurso.

Assim, a  língua constitui  um processo e,  como tal,  apresenta uma evolução 

ininterrupta, que se concretiza como interação verbo­social dos locutores. Por isso, é 

que se pode afirmar que as leis da evolução da língua são leis sociológicas.

Categoria   relevante,  nesse  contexto   teórico,  é   a  noção de  dialogismo como 

princípio fundador da linguagem: toda linguagem é dialógica, isto é, todo enunciado é 

sempre  um enunciado  de  um  locutor   para   seu   interlocutor.  Daí,   a   concepção  de 

gênero textual de Bakhtin (2000) como  enunciado responsivo, o que está de acordo 

com a ideia de linguagem como atividade interativa, e não como forma ou sistema.

O enunciado concreto (e não a abstração linguística) nasce, vive e morre no 

processo   da   interação   social   entre   os   participantes   da   enunciação.   Sua   forma   e 

significado   são   determinados   basicamente   pela   forma   e   caráter   desta   interação. 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

(Bakhtin/Volochinov, 1926:9)

O gênero e o enunciado mantêm uma relação bastante excêntrica, na medida 

em que o enunciado é não­repetível e individual, enquanto o gênero é relativamente 

estável, histórico e não­individual. Assim se consolida a já tão conhecida e repetida 

definição de gênero:

“Qualquer enunciado considerado isoladamente é, claro, individual, mas cada  esfera   de   utilização   da   língua   elabora   seus   tipos   relativamente   estáveis   de  enunciados,   sendo   isso   que   denominamos   gêneros   do   discurso”   (BAKTHIN,  2000: 279).

Bakhtin   defende   uma   relação   muito   estreita   entre   os   vários   processos   de 

formação dos gêneros e as ações humanas, tanto as individuais como as coletivas, o 

que envolve um historicismo necessário. Língua e vida humana interpenetram­se de 

tal modo que um gênero não será, nunca, mero ato individual, porém, uma forma de 

inserção social.

o   enunciado   é   a   unidade   real   da   comunicação   verbal,   a   fala   só   existe   na  realização   concreta   dos   enunciados   de   um   indivíduo   em   situação   de comunicação,  portanto,  o “enunciado não é  uma unidade convencional,  mas  uma   unidade   real,   estritamente   delimitada   pela   alternância   dos   falantes”  (BAKHTIN, 2000: 294).

Bakhtin vê os gêneros como resultado de um uso comunicativo da língua em 

sua realização dialógica,  de   forma que os   indivíduos,  quando se  comunicam,  não 

trocam orações nem palavras, porém trocam enunciados que se constituem com os 

recursos formais da língua (gramática e léxico). Um outro fator constitutivo do gênero 

que tem relevância é a questão de ele não ser decidido  ad hoc  pelos interlocutores, 

mas adquirido e investido como uma forma estável. O próprio querer­dizer (intuito 

discursivo) de um locutor realiza­se, fundamentalmente, na escolha de certo gênero 

que se acha acessível.

“Se   não   existissem   os   gêneros   do   discurso   e   se   não   os   dominássemos,   se  tivéssemos de criá­los pela primeira vez no processo da fala, se tivéssemos de  construir   cada  um de  nossos   enunciados,   a   comunicação  verbal   seria   quase  impossível.” (BAKHTIN, 2000: 302).

Os enunciados  e   seus   tipos,   isto   é,   os  gêneros  discursivos,   são   correias  de 

transmissão entre a história da sociedade e a história da linguagem.

Além do   mais,   o   estudo  do   enunciado   como  unidade   real   da   comunicação 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

discursiva  permite   compreender   de   modo   mais   correto   também   a   natureza   das 

unidades da língua (enquanto sistema) – as palavras e orações.

A   língua  como sistema possui,   evidentemente,  um rico  arsenal  de   recursos 

linguísticos   –   lexicais,   morfológicos   e   sintáticos   –   para   exprimir   a   posição 

emocionalmente valorativa do falante, mas todos esses recursos enquanto recursos da 

língua são absolutamente neutros em relação a qualquer avaliação real determinada. 

A palavra “amorzinho” – hipocorística tanto pelo significado do radical quanto pelo 

sufixo – em si mesma, como unidade da língua, é tão neutra quanto a palavra “longe”. 

Ela   é   apenas   um   recurso   linguístico   para   uma   possível   expressão   de   relação 

emocionalmente valorativa com a realidade,  no entanto não se refere a  nenhuma 

realidade determinada; essa referência, isto é, esse real juízo de valor, só pode ser 

realizado pelo falante em seu enunciado concreto. As palavras não são de ninguém, 

em si mesmas nada valorizam, mas podem abastecer qualquer falante e os juízos de 

valor mais diversos e diametralmente opostos dos falantes.

Quando escolhemos as palavras, partimos do conjunto projetado do enunciado, 

e esse conjunto que projetamos e criamos é sempre expressivo e é ele que irradia a sua 

expressão (ou melhor, a nossa expressão) a cada palavra que escolhemos; por assim 

dizer, contagia essa palavra com a expressão do conjunto. E escolhemos a palavra pelo 

significado que em si mesmo não é expressivo, mas pode ou não corresponder aos 

nossos objetivos expressivos em face de outras palavras, isto é, em face do conjunto do 

nosso enunciado.

É justamente essa estabilidade relativa dos gêneros discursivos que permite à 

escola fazer um trabalho sistemático com eles, levando em conta os três elementos 

mencionados   por   Bakhtin:   conteúdo   temático,   estilo   e   construção   composicional. 

Assim, as DCEs compactuam com o autor no sentido de se contextualizar a produção, 

investigando os aspectos referentes ao gênero a ser trabalhado, como o suporte, a 

finalidade, os interlocutores, a época e, no caso dos textos literários, de explorar os 

estilos do autor e o momento em que o texto foi escrito, contrastando com produções 

literárias atuais. 

Vale lembrar que os gêneros só  ocorrem em situações concretas, envolvendo 

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uma finalidade e um interlocutor, ainda que virtual, para quem o tema tem um papel 

relevante. O estilo e a estrutura composicional, da mesma forma, têm de estar em 

harmonia com a situação sociocomunicativa, a fim de que se possa efetivar  o uso 

funcional do gênero.

De acordo com Bakhtin (2000), os gêneros discursivos circulam em mais de 

uma esfera,  podendo ser  de  linguagem mais   simples,  como  é  o  caso dos  gêneros 

cotidianos,   (como   exemplos   citamos,   receita   de   alimentos;   talão   de   luz,   água, 

telefone,  bilhete,   cartas  pessoais),  ou  nas  produções  de   linguagem de  estilo  mais 

formal   nas   quais,   a   linguagem   não   varia,   como   no   caso   dos   gêneros   da   esfera 

burocrática (tais  como ofício,  memorando),  e na esfera científica (teses,   livros),  e 

ainda na esfera jornalística (jornal, charge).

Segundo Marcushi (2001, p. 55), vivenciamos uma “explosão de novos gêneros 

e novas formas de comunicação” na oralidade e na escrita, sobretudo na atual fase da 

cultura eletrônica. Imersos em um universo textual, não podemos ficar alheios a esse 

processo.  Assim, o aluno,  melhor  ainda,  o  cidadão precisa conhecer esse universo 

textual e interagir nele e com ele; precisa saber que existem gêneros que emanam das 

esferas jornalísticas, escolares, religiosas, literárias, cientifica, publicitária, burocrática, 

cotidiana   e   artísticocultural,   cada   um   com   suas   especificidades,   atendendo   a 

necessidade,   a   atividades   socioculturais   repletas   de   intenções,   não   muito   raras, 

sutilmente proferidas nos discursos.

Portanto, é necessário conscientizar o leitor de que atualmente a importância 

de produzir textos é bastante visível em provas de vestibular, testes para empregos e 

outras produções. Devemos levar nosso aluno à reflexão: já parou para pensar quantas 

críticas   produzimos   em   nosso   dia­a­dia?   Já   percebeu   quantas   vezes   utilizamos 

informações   de   jornais,   artigos   ou   revistas   para   falar   mal   ou   bem   dos   nossos 

governantes ou de um time de futebol? Já parou para pensar em quantos momentos 

de nossas vidas nos armamos de piadas para desacatar a imagem da nossa tão gentil 

sogra? Pois bem, estamos argumentando.

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Práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade

Leitura 

A leitura é considerada como um processo em que o leitor participa com uma 

aptidão que não depende basicamente de sua capacidade de decifrar sinais, mas sim 

de sua capacidade de dar sentido a eles, compreendê­los. Mesmo em se tratando da 

escrita, o procedimento está mais ligado à experiência pessoal, à vivência de cada um 

do que ao conhecimento sistemático da língua. 

Neste   sentido,   para   aprender   a   ler   é   preciso   interagir   com   os   Gêneros 

Discursivos, é preciso negociar o conhecimento que já se tem (conhecimento prévio) e 

receber incentivo e ajuda de leitores experientes.

De   acordo   com   a   concepção   sóciointeracionista   da   linguagem,   a   leitura   é 

compreendida como um ato dialógico, interlocutivo que envolve demandas sociais, 

históricas, políticas, econômicas e ideológicas. Ao ler , o indivíduo contribui com os 

seus   conhecimentos   prévios,   suas   experiências   e   sua   formação   familiar,   religiosa, 

cultural.

Ler, portanto, é atribuir significado ao texto, o que é, então, feito pelo leitor, a 

partir da sua experiência prévia; por essa razão, o mesmo texto pode despertar visões 

diferentes em cada leitor e a cada leitura. O significado não está na mensagem do 

texto, mas nos acontecimentos que este desencadeia no leitor. Isso acontece porque o 

texto não contém a realidade,  mas segmentos dela,  entremeados por   lacunas que 

devem ser preenchidas com as experiências prévias do leitor. Assim, o procedimento 

de leitura baseia­se no levantamento de hipóteses e não mais na construção linear de 

palavra por palavra.   A instituição da língua como forma de interação desencadeia o 

que Lefa (1996) chama de definição conciliatória de leitura: ler é   interagir com o 

texto, resultado de uma negociação de sentidos entre leitor, texto e autor. Nesse caso, 

a compreensão só ocorre se houver afinidade entre o leitor e o texto, se houver uma 

intenção de ler a fim de atingir a um determinado objetivo, confirmando a tese de que 

“   o   leitor   é   um   sujeito   ativo   que   processa   o   texto   e   lhe   proporciona   seus 

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conhecimentos, experiências e esquemas prévios" (SOLÉ, 1998: 18). 

Quanto mais o desempenho linguístico do indivíduo é estimulado por meio de 

práticas interativas, maior é a sua autonomia em aprender e maiores as possibilidades 

de interação social.

Escrita

O ato de escrever deve ser visto com uma atividade sociointeracional em que 

os(a) alunos(a) precisam dominar práticas de escrita que são indispensáveis para a 

vida cidadã.

Geraldi   (2001)  afirma que,  para efetuar  a  produção de  textos  na  escola,  é 

preciso que haja um processo de interação, no qual: a) se tenha o que dizer; b) se 

tenha uma razão para dizer; c) se tenha para quem dizer; d) o locutor se constitua 

como tal; e) escolham­se as estratégias adequadas. Quando assim procede, a escola 

apresenta­se como espaço de interação, onde o sujeito se desvela com sua própria 

produção de textos.

Oralidade

Com a Lei 9.394/96 e a ênfase na participação do educando nas mais diversas 

situações   de   interação   social,   concebeu­se   a   língua   como   fenômeno   interativo   e 

dinâmico, voltado para a prática social. Diante disso, fala e escrita passaram a ser 

vistas   dentro   de   uma   perspectiva   dialógica.   Essa   perspectiva   apresenta   como 

características,   tanto   para   a   fala   quanto   para   a   escrita,   a   dialogicidade,   usos 

estratégicos,   funções   interacionais,   envolvimento,   negociação,   situacionalidade, 

coerência e dinamicidade. 

A escola precisa oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com 

segurança e   fluência em situações  formais.  A  linguagem oral  pode ser  estimulada 

através   de   representação   teatral,   exposição   oral,   individual   e   debates   que   são 

oportunidades especiais para o amadurecimento do convívio democrático e o exercício 

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do direito à livre expressão.

Conteúdos Estruturantes do Ensino Médio

✔ Oralidade;

✔ Leitura;

✔ Escrita;

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

ENSINO MÉDIO

1º 2º 3ºPRÁTICA DA ORALIDADE

Relato  de  experiências  pessoais,  histórias   familiares, brincadeiras. 

X ­ ­

Relato   de   acontecimentos,   entrevistas,   causos, apresentação de pesquisas oralmente. ­ X X

Relato de fatos do dia­a­dia, ouvidos ou presenciados. Debates   de   assuntos   lidos,   situações   presenciadas, situações polêmicas, filmes, propaganda, seminários.

X X X

Criações   de   quadrinhas,   charadas,   piadas, adivinhações, declamação de poesias, dramatizações, recados, avisos.

X X ­

Clareza e coerência de concordância verbal e nominal na expressão oral. X X X

Diferentes possibilidades do uso da língua oral X X X

Grau de formalidade em relação a fala e a escrita X X X

PRÁTICA DA LEITURA

  Leitura   de   textos   narrativos,   informativos, instrucionais,   poéticos,   descritivos,   científicos, publicitários,  não verbais, textos de sites,  biografias, jornalísticos, editorial, relatos, argumentativos.

X X X

Textos de opinião  X X X

Textos de cartas, correspondências, e­mails. X X X

Textos instrucionais  X X X

Histórias em quadrinhos, Cartum, charges  X X X

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Textos lúdicos  X X X

Textos   curtos   e   longos   (obras   literárias,   crônicas, contos 

X X X

Interpretação oral e escrita, relação semântica  X X X

Identificação de ideias centrais  X X X

Identificação de tipos de textos  X X X

Processo e contexto de produção  X X X

Confronto   de   ideias   dos   textos   com   a   realidade   e outros textos lidos  X X X

Leitura contrastiva, inferência  X X X

Avaliação da argumentação  X X X

Unidade temática  X X X

Unidade estrutural: pontuação, parágrafos, elementos coesivos X X X

PRÁTICA DA ESCRITA

Produção   de   textos   narrativos,   narrativas   escolares, contos e crônicas 

X X X

Produção de textos argumentativos  X X X

Produção de textos ficcionais X X X

Produção de textos informativos (notícias, entrevistas, manchetes, reportagens, divulgação) X X X

Produção de textos poéticos  X X X

Produção   de   textos   publicitários,   de   opinião,   tiras, Cartum, charges  X X X

Produção de textos científicos  X X X

Textos em quadrinhos X X X

Produção de textos argumentativos  X X X

Textos da mídia X X X

E­mail X X X

Conteúdo do texto: clareza e organização das ideias  X X X

Clareza, coerência e argumentação X X X

Estrutura  do   texto:   coordenação  e   subordinação  na construção da oração X X X

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Parágrafos,   pontuação:   utilização   como   recursos sintático   e   estilístico,   uso   de   recursos   coesivos, conjunções,   advérbios,   pronomes,   sinônimos, antônimos, etc.

X X X

Adequação a norma e padrão – ortografia, linguagem  X X X

Concordância verbal e nominal no texto X X X

Regência verbal X X X

Conjugação verbal  X X X

Organização gráfica do texto: ortografia, acentuação, recursos gráficos visuais, margem, título, autor. X X X

Reestruturação dos textos  X X X

Reescrita de textos  X X X

Análise   e   reflexão   linguística:   a   importância   dos recursos   coesivos   na   estruturação   do   texto   e   seus efeitos de sentido

X X X

Progressão da estrutura temática dos textos lidos ou produzidos X X X

Exploração do vocábulo do texto  X X X

Reconhecer e utilizar os recursos sintáticos dentro do texto progressivamente: sujeito, predicado X X X

Categorias sintáticas relacionadas às orações e textos  X X X

Posição do sujeito, verbo e objeto e possibilidades de inversão dentro das orações e seus significados  X X X

Estrutura da oração com verbos auxiliares  X X X

Sintagma verbal e nominal e sua flexão nas orações  X X X

Valor   sintático   e   estilístico   dos   tempos   verbais   em função dos propósitos do texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo

X X X

Reconhecimento das estruturas de períodos simples e complexos para organizar os parágrafos X X X

Identificação da coordenação e subordinação para a estruturação adequada do texto  X X X

Expressividade   dos   nomes   e   função   referencial   no texto:   substantivo,   adjetivo,   advérbio   e   efeitos   de sentido 

X X X

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O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da sentencionalidade do conteúdo textual 

X X X

Relações   semânticas   que   as   classes   de   palavras estabelecem num texto

X X X

Variação linguística, geográfica, social, estrangeirismo, contextual e língua padrão, processo de formação de palavras 

X X X

Fator estilístico da estrutura das palavras, bem como dos processos de formação delas para identificação do seu significado

X ­ ­

Análise   da   estrutura   do   texto   poético,   ritmo, metrificação, escanção, formas fixas e livres  X X X

LITERATURA

Fábulas X ­ ­

Poesias, formas fixas e versos livres  X ­ ­

Romance de gêneros variados (narrativa longa)  X X

Peças teatrais  X ­ ­

Crônicas em prosa, verso e letra de música  X ­ ­

Textos jornalísticos (notícias, editorial, reportagem...)  X X X

Regionalismo  X ­ X

Entrevistas tipo discursos  ­ X ­

Transformar textos poéticos em narrativos e vice­versa X X X

Periodização literária,  através da leitura das obras e textos  para   contextualização  e  desvendar   ideologias de época, para comparar quando possível com fatos da   realidade   do   educando   e   ampliação   da   cultura através   de   alguns   autores   representantes   de: Trovadorismo,   Humanismo,   Literatura   informativa, Barroco, Arcadismo 

X ­ ­

Estilos de época, através da leitura das obras e textos para contextualização e desvendar ideologia da época para comparar quando possível com fatos da realidade do educando e ampliação da cultura através de alguns autores   representantes   do:   Romantismo,   Realismo, Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo 

­ X ­

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Literatura africana em língua portuguesa do século XX ­ ­ X

Valorização da cultura afro através da leitura de textos jornalísticos, informativos e literários 

X X X

Modernismo,   Pós­modernismo   e   literatura contemporâneas   para   contextualização   para desvendar   ideologias   da   época   e   contextualizar quando possível com fatos da realidade do educando 

­ ­ X

Encaminhamento Metodológico

A concepção de linguagem como interação pressupõe uma metodologia ativa e 

diversificada,   compreendendo  o   trabalho   individual,   o   trabalho  em duplas  ou em 

pequenos grupos e o trabalho coletivo, além de atividades expositivas do professor.

Tendo   em   vista   o   discurso   como   prática   social,   a   disciplina   de   Língua 

Portuguesa visa promover o domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, 

possibilitando que o aluno aprimore o uso da linguagem em suas interações sociais.    

Oralidade

As possibilidades de trabalho com a oralidade são muito ricas, como debates, 

discussões, seminários, transmissão de informações, de troca de opiniões, de defesa de 

ponto   de   vista,   contação   de   histórias   em   seus   diversos   usos   nos   meios   de 

comunicação.

No   que   concerne   à   literatura   oral,   cabe   considerar   seus   estatutos,   suas 

dimensões estéticas, suas forças políticas particulares.

As aulas com a oralidade deve levar o aluno a falar com fluência em situações 

formais   adequando   a   linguagem   às   circunstâncias,   praticando   e   aprendendo   a 

convivência democrática.

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Leitura

De fato, a leitura é a atividade mais fundamental desenvolvida pela escola para 

a formação dos alunos, posto que é mais importante saber ler do que escrever e que os 

maiores  problemas  aos   longos  dos  anos  de  estudo   são  decorrentes  pelo   fato  dos 

alunos  não   serem  bons   leitores.   Porque,   esse   ato   envolve   agravantes   semânticos, 

culturais, filosóficos e fonéticos. É através da habilidade de leitura que se realiza a 

escrita,   primeiro   pelo   seu   poder   de   transformação   diante   das   demais   atividades 

escolares,  a  outra  é  pelo   fato da aquisição de  cultura  em que o aluno percebe a 

multiface   das   informações   que   são   veiculadas   pelos   textos   de   diversos  meios   de 

comunicação.

É  nesse  ínterim que Bakhtin (2002) discute que “toda e qualquer atividade 

humana está relacionada com o uso da língua através de enunciados, orais ou escritos, 

emanados de todo ser humano, independentemente de sua classe social”. A palavra 

escrita permite uma organização pessoal das palavras do mundo e  da experiência da 

vida. O que corresponde à  indução de que a investigação das práticas de leitura e 

escrita nos espaços de formação continuada é essencial, porque os professores lidam 

com seus  pares,   com a  palavra  alheia   expressa  pela   experiência  vivida  enquanto 

sujeitos socialmente situados.

O que se problematiza é que muito embora a questão da variação lingüística no 

contexto escolar seja um problema teoricamente reconhecido como categórica para a 

alfabetização,   ela   parece   ser   negligenciada,   quer  na  elaboração  de  programas  de 

alfabetização, quer na formação de professores. Nessa perspectiva, faz­se necessária a 

busca   de   maior   compreensão   da   natureza   do   processo   de   alfabetização,   visando 

especialmente chamar a atenção para a necessidade de à escola assumir a existência 

de   tipos  de   língua   falada  e  de   compreender  estas   variações   levando  em conta  a 

linguagem  apresentada   pelo   alfabetizando,   para   assim   introduzi­lo   no   mundo   da 

escrita. 

A leitura compreende o contato do aluno com uma ampla variedade de textos, 

buscando o desenvolvimento de atitudes críticas e responsivas diante dos textos. O ato 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

de ler é familiarizado com diferentes textos como: notícias, crônicas, piadas, poemas, 

artigos   científicos,   ensaios,   reportagens,   propagandas,   informações,   charges, 

romances, contos, fábulas, narrativas de ficção, etc., percebendo a intencionalidade de 

cada um.  Não deixando as   linguagens  não verbais  –  a   leitura de   imagens  (fotos, 

outdoors,   propagandas,   imagens   digitais   e   virtuais,   figuras)   que   povoam   nosso 

universo cotidiano. A leitura crítica e a reflexão dos problemas estéticos ou sociais dos 

textos mediáticos apresentados pela mídia.

A formação de  leitores convoca­os ao ato de pensar,  a  intersubjetividade,  a 

interpretação, à fruição e intertextualidade.

Escrita

A prática da escrita constitui uma ação com a linguagem onde o aluno procura 

no seu universo referencial os recursos linguísticos e os demais recursos necessários 

para atender.

Produzir   textos   argumentativos,   descritivos,   de   noticias,   narrativos,   cartas, 

convites, diários, bilhetes, memorandos, poemas, abaixo assinados, crônicas, textos de 

humor, informativo ou literários ficcionais, percebendo que em quaisquer que possam 

ser os gêneros deve constituir uma resposta a uma intenção e a uma situação.

É   necessário   que   a   inclusão  da  diversidade   textual   dê   conta  de   relacionar 

gêneros com as atividades sociais  onde eles  se constituem e se   tornam elementos 

eficazes no alavancamento das relações inter e multidisciplinares.

O trabalho com a escrita não é um processo acabado, são necessárias atividades 

de reflexão e reelaboração. 

Literatura

A   leitura   do   texto   literário   será   experiência   que   desvelará   ao   aluno   as 

especificidades  desse   texto  na   sua  criação  de  mundo,  nos   recursos  de   linguagem 

presentes   em   cada   obra,   invocando   outros   temas,   outros   gêneros,   hipertextos   e 

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virtualidades. 

A   literatura   será   um   elemento   fixo   na   composição   com   outros   elementos 

móveis  que o  professor  determinará  por   si  e  pelas  necessidades  na   interação dos 

alunos   com   os   textos   literários.   Ex.:   Literatura   e   Arte,   entre   tantas   outras 

possibilidades. 

O   trabalho   com  a   literatura   potencializa  uma   prática   diferenciada   com  os 

conteúdos estruturantes (oralidade, leitura e escrita) e se constitui num forte influxo 

capaz de fazer e aprimorar o pensamento trazendo sabor ao saber.

Análise Linguística

A análise linguística deve estar presente no ensino de línguas como ferramenta 

que perpasse as atividades de leitura, oralidade e escrita. A fala, leitura e escrita são 

atos de interação que constroem a vida social envolvendo a construção de significados 

de conhecimentos de identidade dos sujeitos.

Uma reflexão permanente sobre a linguagem abre espaço para os alunos serem 

operadores textuais,  abordando as variações linguísticas e possibilitando a reflexão 

sobre a organização estrutural da linguagem verbal, não colocando a gramática como 

centro de ensino.

O aluno precisa ampliar suas capacidades discursivas em atividades de uso de 

língua explorando os aspectos textuais e as exigências específicas de adequação da 

linguagem   (ex.:   operadores   argumentativos,   coerência,   coesão,   situacionalidade, 

intertextualidade, informalidade, concordância, regência, formalidade/informalidade, 

entre outros).

Avaliação

Quando se reconhece a linguagem como um processo dialógico e discursivo, a 

avaliação dará ao professor pistas concretas do caminho que o aluno está trilhando 

para   aprimorar   sua   capacidade   linguística   e   discursiva   em   práticas   de   oralidade, 

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leitura e escrita.

A   avaliação   formativa  possibilita   que   a   intervenção  pedagógica   aconteça   a 

tempo,  informando os sujeitos dos processos,  ajudando­os a refletirem e tomarem 

decisões. 

A   oralidade   será   avaliada   em   função   da   adequação   do   discurso/texto   aos 

diferentes interlocutores e situações. Em seminário, debates, troca informal de ideias, 

entrevistas, contação de histórias, as exigências de adequação da fala são diferentes e 

isso deve ser considerado numa análise da produção dos estudantes.

A   avaliação   de   leitura   deve   considerar   as   estratégias   que   os   estudantes 

empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido, o sentido construído 

para o  texto,  sua  reflexão e sua resposta ao  texto,  considerando as  diferenças de 

leituras de mundo e repertório de experiências dos alunos.

Quanto   à   escrita,   o   que   determina   a   adequação   do   texto   escrito   são   as 

circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação e é a partir daí que o texto 

será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais.

O sistema de  avaliação deste  estabelecimento  de  ensino  ocorre    no  regime 

trimestral, de forma somatória com a média  aritmética simples.

A   recuperação  de  estudos   será   realizada de   forma paralela  ao  processo  de 

ensino­aprendizagem, após a retomada do conteúdo, para que o aluno tenha uma 

nova oportunidade de compreender assuntos não assimilados até  o momento e de 

buscar melhorar a média trimestral.

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Referências

BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1997.

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

DOMINGUES, José Juiz. A reforma do ensino médio: a nova formulação curricular e a realidade da escola pública. In Educação e Sociedade,São Paulo, ano XXI, n.º 70, abril de 2000.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica educativa. 30. Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.

GERALDI, J. W. O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.

KAUFMAN, A M. & RODRIGUES, M. E.  Escola, leitura e produção de texto. Porto Alegre: Editora Artes Médicas, 1995.

KOCH,   Ingedore,   G.   Villaça.  Desvendando   os   segredos   do   texto.   2.   ed.   São Paulo.Editora Cortez, 2003.

LEFA,  V.  J.  Aspectos de  leitura:  uma perspectiva psicolinguística.  Porto  Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1996. 

MARCUSCHI,   L.   A.   (2001).   “Gêneros   textuais:   definição   e   funcionalidade”   In DIONÍSIO, Â. et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna.

PARANÁ.   SECRETARIA   DE   ESTADO   DA   EDUCAÇÃO.  Diretrizes   Curriculares   da Língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. revista de acordo com a ABNT e ampliada. São Paulo: Cortez, 2003.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

VYGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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Matemática

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A  Matemática  engloba inúmeros saberes, em que apenas o conhecimento da 

Matemática   e   a   experiência   de   magistério   não   são   considerados   suficientes   para 

atuação profissional (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), pois envolve o estudo dos 

fatores  que   influem,  direta   ou   indiretamente,   sobre   os   processos  de   ensino   e  de 

aprendizagem em Matemática (CARVALHO,1991).

O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém está 

centrado na prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem 

e   o   conhecimento   matemático   (FIORENTINI   &   LORENZATO,   2001),   e   envolve   o 

estudo de processos que investigam como o estudante compreende e se apropria da 

própria   Matemática   “concebida   como   um   conjunto   de   resultados,   métodos, 

procedimentos,   algortimos,   etc.”   (MIGUEL   &   MIORIM,   2004,   p.70).   Investiga, 

também, como o  aluno,  por   intermédio  do  conhecimento  matemático,  desenvolve 

valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral como cidadão. 

Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica de modo que os conceitos 

são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação 

do pensamento do aluno.

A efetivação desta proposta requer um professor interessado em desenvolver­se 

intelectual   e   profissionalmente   e   em   refletir   sobre   sua  prática   para   tornar­se  um 

educador   matemático   e   um   pesquisador   em   contínua   formação.   Interessa­lhe, 

portanto, analisar criticamente os pressupostos ou as ideias centrais que articulam a 

pesquisa ao currículo, a fim de potencializar meios para superar desafios pedagógicos.

É necessário que o processo pedagógico em Matemática contribua para que o 

estudante tenha condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação 

de linguagem adequada para descrever e  interpretar fenômenos matemáticos e de 

outras áreas do conhecimento.

A   educação   matemática   tem   como   meta   a   incorporação   do   conhecimento 

objetivando que o aluno seja capaz de superar o senso comum. Assim a matemática 

como   processo   educativo,   tem   como   função   desenvolver   a   consciência   crítica, 

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provocando   alterações   de   concepções   e   atitudes,   permitindo   a   interpretação   do 

mundo e a compreensão das relações sociais.  Para que  isso ocorra é   fundamental 

integrar e relacionar os conceitos fundamentais e a prática do cotidiano do educando. 

Os conhecimentos são ferramentas para a transformação da natureza, nas relações de 

trabalho,   políticas   econômicas   sociais   e   culturais   e   como   base   científica,   dando 

suporte para outras ciências.

Através  da  matemática  é  que  o  aluno  quantifica  e  mede  organizando  suas 

atividades e seus espaços. Assim é importante ressaltar o valor educativo dessa ciência 

para   resolução de  diversas   situações  do  cotidiano,  desde uma simples   compra  de 

supermercado até o mais complexo projeto de desenvolvimento econômico.

Por   viver   numa   sociedade   de   extremos,   na   qual,   por   um   lado   há   um 

crescimento tecnológico em velocidade crescente e por outro, precariedades cabe à 

matemática   enquanto   construção   humana,   contribuir   na   aproximação   dessas 

realidades para que as diferenças sejam minimizadas.

A  matemática   é   fundamental   pois   esta   auxilia   a  utilização  das   tecnologias 

existentes e propicia a criação de novas tecnologias. Pretende­se, que a matemática 

seja recebida como mais um passo para o encontro dos recursos que acrescentem aos 

nossos alunos maior possibilidade de autonomia, e que eles possam viabilizar suas 

histórias através  de uma  lógica que contemple nos exercícios  da cidadania,  meios 

concretos para a solução de seus problemas.

O ensino da matemática tem como função de atender a grandes metas a que se 

propõe:

✔ Construção do conhecimento matemático pelo aluno;

✔ Instrumentalização para as demais ciências;

✔ Aplicação na vida cotidiana.

Propõe­se,   assim,   o   estudo   dos   conteúdos   estruturantes   de:   Números   e 

Álgebras,  Geometrias,  Grandezas   e  Medidas,  Funções,  Tratamento  da   Informação, 

bem como o estudo da História da Matemática e seus teóricos, para que possamos 

conceber a matemática como um saber vivo, dinâmico, construído historicamente para 

atender às necessidades sociais e teóricas, onde a aprendizagem da Matemática não 

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consiste apenas em desenvolver habilidades, mas criar estratégias que possibilitam ao 

aluno atribuir sentido e construir significado às ideias matemáticas de modo a tornar­

se capaz de estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar. 

Objetivo Geral

Possibilitar   aos   alunos   posicionar­se   de   maneira   crítica,   responsável   e 

construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando a matemática como forma de 

mediar   conflitos  e  de   tomar  decisões  coletivas,  através  de   informações  e   recursos 

tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos, para que possam ter condições 

de prosseguir em seus estudos. 

Objetivos Específicos

• Compreender   os   conceitos   ,   procedimentos   e   estratégias   matemáticas   que 

permitam   adquirir   uma   formação   científica   geral   e   avançar   em   estudos 

posteriores;

• aplicar seus conhecimentos matemáticos nas atividades cotidianas, na atividade 

tecnológica e na interpretação da ciência;

• desenvolver   a   capacidade   de   raciocínio,   de   resolver   problemas,   de 

comunicação, bem como sua criatividade;

• estabelecer conexões e integração entre diferentes temas matemáticos e entre 

esses temas e outras áreas do currículo e de conhecimento;

• expressar­se   em   linguagem   oral,   escrita   e   gráfica   diante   de   situações 

matemáticas;

• usar e reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito;

• analisar e interpretar dados provenientes de problemas matemáticos, de outras 

áreas do conhecimento e do cotidiano;

• desenvolver atitudes positivas na construção do seu conhecimento matemático.

Conteúdos estruturantes 

A disciplina de matemática pretende abordar conteúdos que permitam ao aluno 

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desenvolver e articular idéias quantitativas/qualitativas, relacionando­se nas questões 

do dia­a­dia para formular e reformular pensamentos e atitudes matemáticas, para 

tanto fará estudos que abordem os seguintes conteúdos estruturantes:

✔ Números e álgebras que se desdobra nos seguintes conteúdos: números reais, 

números   complexos,   sistemas   lineares,   matrizes   e   determinantes,   equações   e 

inequações exponenciais, logarítmicas e modulares e polinômios;

✔ Grandezas e Medidas que se desdobra nos seguintes conteúdos: medidas de 

massa, medidas derivadas de área e volume, medidas de informática,  medidas de 

energia,   medidas   de   grandezas   vetoriais,   trigonometria   com   relações   métricas   e 

trigonométricas no triângulo retângulo e a trigonometria na circunferência;

✔ Geometrias   que   se   desdobra   nos   seguintes   conteúdos:   geometria   plana, 

espacial, analítica e noções básicas de geometria não­euclidianas;

✔ Funções que se desdobra nos seguintes conteúdos: função afim, quadrática, 

polinomial, exponencial, logarítmica, trigonométrica, modular e progressão aritmética 

e geométrica;

✔ Tratamento da informação que se desdobra nos seguintes conteúdos: análise 

combinatória, binômio de Newton, estatística, probabilidade e matemática financeira.

Conteúdos

1º ano

✔ Números e Álgebra

• Conjuntos dos Números Reais

✔ Funções;

• Função Afim;

• Função Quadrática;

• Função Modular;

• Função Exponencial;

• Função Logarítmica;

• Progressão Aritmética e Geométrica;

2º ano

✔ Números e Álgebra

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• Matrizes;

• Determinantes;

• Sistemas Lineares;

• Trigonometria;

✔ Funções;

• Função trigonométrica;

✔ Tratamento da informação;

• Análise Combinatória;

• Probabilidade.

3º ano

✔ Números e Álgebra

• Polinômios;

• Números Complexos;

✔ Geometrias;

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Noções de Geometria Não Euclidiana;

✔ Tratamento da informação;

• Estatística;

• Matemática Financeira.

Metodologia

Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam 

garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores na aplicação dos conhecimentos 

matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência 

da matemática. 

Trabalhar a matemática por meios de situações­problema próprias da vivência 

do  aluno  e  que  o   façam  realmente  pensar,   analisar,   julgar   e  decidir  pela  melhor 

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solução.

Trabalhar   o   conteúdo   com   significado,   levando   o   aluno   a   sentir   que   é 

importante saber aquilo para a sua vida em sociedade ou que o conteúdo trabalhado 

será útil para entender o mundo em que vive.

Valorizar a experiência acumulada pelo aluno dentro e fora da escola.

Utilizar   a   história   da   matemática   como   um   excelente   recurso   didático. 

Comparar a matemática de diferentes períodos da história ou de diferentes culturas.

Utilizar jogos matemáticos que levem o aluno a desempenhar um papel ativo 

na construção de seu conhecimento.

Permitir o uso adequado de calculadora e computadores,  pois o aluno pode 

concentrar   mais   nos   métodos,   nas   estratégias,   nas   descobertas,   no   relacionar 

logicamente ideias matemáticas e na generalização do problema, deixando os cálculos 

para que a máquina execute. 

É   importante  destacar  que,  na  educação  matemática,  priorizado  um ensino 

etnomatemático   que   valorize   a   cultura   dos   estudantes   através   de   atividades   que 

reconheçam e respeitem suas raízes, dessa forma transformando problemas reais em 

problemas matemáticos, resolvendo­os e interpretando suas soluções na linguagem do 

mundo real, como nos orienta a modelagem matemática.

Sabemos que  através  de  aplicativos  de   informática  presentes  nas   tendência 

tecnológicas,   a   educação   matemática   se   dinamiza,   por   isso   a   utilização   dessa 

tecnologia   favorece   as   experimentações   matemáticas   e   serão   utilizadas   pelos 

professores de forma a adaptar­se à realidade da escola.

Destaca­se   ainda,   dentro   da   metodologia   a   ser   utilizada,   a   história   da 

matemática com a elaboração de atividades vinculadas às descobertas matemáticas, 

aos fatos sociais e políticos para que se possa determinar o avanço científico dentro de 

circunstâncias históricas e filosóficas que determinam o pensamento de cada época. É 

possível   dizer   que   a   ideia   de   conhecer   assemelha­se   a  uma   teia,   interligando   os 

conhecimentos e não os trabalhando de forma linear, articulando­os aos conteúdos 

estruturantes:   números   e   álgebra,   grandezas   e   medidas,   geometrias,   funções   e 

tratamento da informação numa relação dialética.

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Para que essa metodologia flua, é preciso que ela seja desenvolvida segundo 

todo  o  procedimento  descrito  acima  e,   ainda,   que   se  utilize  os   jogos   que  vise  o 

trabalho em grupo e o sistema de monitoria entre os estudantes. Considera­se também 

como parte integrante da metodologia o relacionamento de respeito entre os alunos, 

onde todos possam se sentir elementos participantes no processo de aprendizagem, 

sem distinção alguma, através da promoção da potencialidade de cada um.

Avaliação

No processo avaliativo, é  necessário que o professor faça uso da observação 

sistemática   para   diagnosticar   as   dificuldades   dos   alunos   e   criar   oportunidades 

diversificadas   para   que   possam   expressar   seu   conhecimento.   Tais   oportunidades 

devem incluir manifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de 

ferramentas   e   equipamentos,   tais   como   materiais   manipuláveis,   computador   e 

calculadora.

O objetivo da avaliação é diagnosticar como está se dando o processo ensino­

aprendizagem e de coletar informações para corrigir possíveis distorções observadas.

Alguns   critérios   devem   orientar   as   atividades   avaliativas   propostas   pelo 

professor. Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

✔ Comunica­se matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO, 2004);

✔ Compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

✔ Elabora um plano que possibilite a solução do problema;

✔ Encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

✔ Realiza o retrospecto da solução de um problema.

Portanto,   a   avaliação   é   parte   integrante  do   processo   ensino­aprendizagem, 

abrangendo a atuação do professor, o desempenho do aluno e também os objetivos, a 

estrutura e o funcionamento da escola e do sistema de ensino. Assim, é preciso que os 

instrumentos de avaliação utilizados pelo professor (a) abranjam o mais amplamente 

possível, todo trabalho realizado, não ficando restrito a um só momento a uma única 

forma.   É   preciso   decidir   também   qual   a   melhor   forma   de   avaliar   determinado 

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conteúdo ou atividade. 

A observação contínua, as discussões, a produção de trabalhos­problemas ou 

relatórios de atividades e pesquisas, trabalho em grupo, tarefas individuais e provas, 

os quais constituem elementos importantes no processo de avaliação de aprendizagem 

do aluno(a).

Para realizar esse trabalho, consideremos que a avaliação deve:

✔ Gerar, ela própria, novas situações de aprendizagem;

✔ Ser coerente com os objetivos, métodos e principais tipos de atividades do 

currículo.

✔ Ter um caráter positivo, isto é, considerar que o(a) aluno(a) é capaz de fazer, 

em vez daquilo que ele(a) ainda não sabe, não exigindo, necessariamente, o mesmo 

nível de desenvolvimento de todos os(as) alunos(as);

✔ Ocorrer num ambiente de  transparência e  confiança no qual as  críticas  e 

sugestões sejam encaradas como naturais;

Finalmente, consideremos essencial que os(as) alunos(as) tenham consciência 

quanto ao processo, aos resultados da avaliação e ao modo como podem contribuir 

para superar suas dificuldades.

Assim sendo, no final de cada etapa de avaliação, ela deve ser apresentada aos 

alunos e alunas não apenas como conceito ou nota, mas, essencialmente orientações 

sobre como eles e elas podem agir para aperfeiçoar seu desempenho e avançar em 

direção do conhecimento matemático, com vistas a superar a pedagogia do exame e 

contemplar uma prática significativa que priorize o processo ensino­aprendizagem.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

PARANÁ, DCEs Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Matemática. 2008.

BERLOQUIN, Pierre. 100 jogos geométricos. São Paulo: Gradativa, 1991.

GIOVANNI, José  Ruy; CASTRUCCI, Benedito.  A conquista da matemática: a mais nova. São Paulo: FTD, 2002. 

GIOVANNI,   José   Ruy;   BONJORNO,   José   Roberto;   GIOVANNI   JÚNIOR,   José   Ruy. Matemática completa. São Paulo: FTD, 2002.

GOMIDE, Elza F. História da Matemática. 2. ed. São Paulo: FTD., 1996.

IMENES,   Luiz   Marcio   e   LELLIS,   Marcelo.  Matemática   para   todos.  São   Paulo: Scipione, 2006. 

KRULIK, S. & REYS, R. E.  A resolução de problemas na matemática Escolar. São Paulo: Atual, 1997.

MARCONDES, Entil & G. Sérgio. Matemática: série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2003.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE MATEMÁTICA. Revista do professor. São Paulo: e­mail: [email protected]

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Química

Apresentação da Disciplina

Dos objetivos propostos  para o ensino da química,   sobressai  o  referente ao 

desenvolvimento da capacidade de participar e tomar decisões criticamente, o qual 

caracteriza o objetivo central do ensino para formar o cidadão. Entende­se o termo 

“criticamente”,   como   sendo   a   capacidade   de   tomar   decisões   fundamentadas   em 

informações   e   ponderadas   as   diversas   consequências   decorrentes   de   tal 

posicionamento.

Nesse sentido, há  necessidade de o aluno adquirir conhecimento mínimo de 

química para poder participar com maior fundamentação na sociedade atual. Assim o 

objetivo básico do ensino da química para formar o cidadão compreende a abordagem 

de informações químicas fundamentais que permitam ao aluno participar ativamente 

da sociedade, tomando decisões com consciência de sua consequência. Isso implica 

que  o   conhecimento  químico  aparece  não  como um  fim em si  mesmo,  mas  com 

objetivo   maior   de   desenvolver   habilidades   básicas   que   caracterizam   o   cidadão: 

participação e julgamento. Daí a necessidade de vinculação entre conteúdo trabalhado 

e o contexto social em que o aluno está inserido.

Em   termos   gerais,   as   informações   químicas   para   o   cidadão   são   aquelas 

relacionadas com o manuseio e utilização de substâncias;  o consumo de produtos 

industrializados; a segurança do trabalhador; os efeitos da química no meio ambiente; 

a interpretação de informações químicas vinculadas pelos meios de comunicação; a 

avaliação de programas de ciência e tecnologia e a compreensão do papel da química 

e da ciência em sociedade.

Um outro objetivo importante é apresentar ao aluno uma concepção de ciência 

como processo em construção. Tal concepção enfatiza o papel social da ciência, o qual 

é melhor compreendido quando se eleva em conta seu caráter histórico.

OBJETIVOS GERAIS

O aprendizado  de  química  pelos  alunos  de  ensino  médio   implica  que   eles 

compreendam as transformações químicas que ocorrem no mundo físico de forma 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

abrangente   e   integrada   e   assim   possam   julgar   com   fundamentos   as   informações 

advindas   da   tradição   cultural,   da   mídia   e   da   própria   escola   e   tomar   decisões 

autonomamente, enquanto indivíduos e cidadãos. Esse aprendizado deve possibilitar 

ao aluno a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de 

um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas 

implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Descrever transformações químicas em linguagens discursivas;

• compreender a simbologia e códigos da química;

• traduzir   a   linguagem   discursiva   em   linguagem   simbólica   e   em   outras 

linguagens usadas em química: gráficos, tabelas e relações matemáticas;

• compreender   e   utilizar   conceitos   e   fatos   químicos   dentro   de   uma   visão 

macroscópico;

• selecionar, reconhecer procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para a 

resolução de problemas qualitativos e quantitativos em química;

• reconhecer o papel da química no sistema produtivo, industrial e rural;

• reconhecer   os   limites   éticos   e   morais   envolvidos   no   desenvolvimento   da 

química e   tecnologia,  assim como na  interação  individual  e  coletiva do ser 

humano com o meio ambiente.

Conteúdos Estruturantes

1º Ano

✔ Matéria e sua natureza

• Estrutura da matéria;

• Propriedades gerais e específicas da matéria;

• Substância; misturas; método de separação;

• Fenômenos físicos e químicos;

• Estrutura atômica;

• Distribuição eletrônica;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

• Tabela periódica;

• Ligações químicas;

• Interações intermoleculares;

• Funções químicas;

• Seotropia;

• Radiotividade.

2º ano

✔ Biogeoquímica

• Soluções;

• Cinética química;

• Termoquímica;

• Eletroquímica;

• Equilíbrio químico.

3º Ano

✔ Química Sintética

• Química do carbono;

• Funções oxigenadas;

• Funções nitrogenadas;

• Nomenclatura oficial;

• Propriedades físicas dos compostos orgânicos;

• Isomeria;

• Polímeros;

• Carboidratos, lipídeos, proteínas;

• Radioatividade: leis de desintegração radioativa.

Metodologia

A metodologia a ser empregada buscará  valorizar uma ação pedagógica que 

considera  os   conhecimentos  anteriores  dos  alunos  e  a   interação  da  dinâmica  dos 

fenômenos naturais por meio de conceitos químicos.

Serão   utilizados   instrumentos   buscando   dar   subsídios   aos   alunos   no 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

desenvolvimento   crítico,   articulando   o   conhecimento   químico   às   questões   sociais, 

econômicas e políticas, não ignorando também que o ensino da química esta sob o 

foco da atividade humana, portanto, não é portador de verdades absolutas.

Avaliação

A avaliação será concebida de forma diagnóstica e contínua. Essa ocorrerá no 

transcorrer das aulas e não apenas de modo pontual. A mesma terá a finalidade de 

subsidiar e redirecionar a ação do professor em busca de assegurar a qualidade do 

processo educacional.

Em química busca­se a construção e reconstrução de significados dos conceitos 

científicos. Por isso ao invés de avaliar apenas por meio de provas serão utilizados 

instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, 

como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, pesquisas bibliográficas, 

relatórios de aulas em laboratório,  apresentação de seminários.  Na prática criativa 

será   considerada   a   participação   de   desempenho   dos   alunos   nas   atividades 

desenvolvidas em sala de aula, considerando as estratégias empregadas pelos mesmos 

na sua articulação e análise entre teoria, prática e o mundo em que vivem.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Referências

PARANÁ, DCEs Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Química. 2010.

SARDELLA, Antonio . Química série novo ensino médio. São Paulo: Ática, 2002.

BAIRD, Colin. Química ambiental. 2. ed. Porto Alegre: FTD, 2002.

COVRE, Geraldo José. Química total. São Paulo: FTD, 2001.

MATEUS, Alfredo Luis. Química na cabeça. Belo Horizonte: Ed. Da UFMG, 2001.

MORTIMER, Eduardo Fleury.  Química para o ensino médio.  São Paulo: Scipione, 2002.

FONSECA, Martha R. Maruwes da. Química integral. São Paulo: FTD, 1983.

HARTWIG, Souza Mota. Química geral e inorgânica. São Paulo: Scipione, 1999.

Físico­química. São Paulo: Scipione, 1999.

Química orgânica. São Paulo: Scipione, 1999.

Revista Química Nova na Escola.

Revista Nova Escola.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Sociologia 

Apresentação da disciplina 

As   vertentes   das   Ciências   Sociais   serão   estudadas   no   Ensino   Médio   são: 

Antropologia,   Ciência   Política   e   Sociologia.   Mas   a   considerável   massa   de   dados 

oferecida por essas ciências deve ser ordenada pos uma disciplina central que possua 

método e objetivo próprio. Mannheim observa que “a sociologia é de um lado, uma 

disciplina sintética que unifica a partir de um ponto de vista básico o resultado isolado 

das demais disciplinas, e por outro lado, é uma disciplina analítica e especifica com 

um campo próprio de investigação.”.

Os grandes problemas que vivemos hoje advindo do acirramento das forças do 

capitalismo   mundial   e   do   desenvolvimento   industrial   desenfreado,   entre   outras 

causas, exigem sujeitos capazes de refutar a lógica neoliberal da destruição social. A 

formação   de   novos   valores   de   uma   ética   e   de   novas   praticas   que   indiquem   a 

possibilidade de construção de novas relações sociais é essencial e tarefa inadiável da 

escola e da sociologia. O objeto de estudo dessa disciplina é a o conhecimento e a 

explicação da sociedade pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres 

humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses 

diferentes grupos, bem como a compreensão das consequências dessas relações para 

indivíduos e coletividades. 

Para que a proposta se concretize, a disciplina de sociologia está embasada em 

conteúdos   estruturantes   que   são   conhecimentos   de   grande   amplitude,   conceitos, 

praticas  que   identificam  e   organizam  campos  de   estudos   considerados   centrais   e 

básicos para a compreensão dos processos de construção social.  Assim para que o 

trabalho a ser  desenvolvido possa  satisfazer  o  que proposto acima,  são elencados 

adiante objetivos a fim de evidenciar tal proposta, proporcionando condições para o 

aluno: 

✔ Estudar fenômenos que são tratados por outras, como os problemas sociais, 

com a especificidade da sociologia.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ Compreender que a violência, a drogadição, os problemas na área da saúde, 

da educação, da moradia, desigualdade social e econômica são causados pelo modo ­ 

de­ produção capitalista, fatores que “desnaturalizados” por conta da pretensão da 

disciplina em ser uma Ciência. 

Conteúdos Estruturantes

✔ O surgimento da sociologia e as Teorias sociológicas;

✔ O processo de socialização e as instituições sociais;

✔ Trabalho, produção e classes sociais;

✔ Poder, política e ideologia;

✔ Direitos, cidadania e movimentos sociais;

✔ Cultura e Indústria Cultural;

Conteúdos Básicos – Surgimento da Sociologia e Teorias Sociológicas 

✔ O surgimento da Sociologia e as teorias sociológicas clássicas;

✔ Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do 

pensamento social.

Conteúdos Básicos – O processo de socialização e as instituições sociais

✔ Processo de Socialização;

✔ Instituições familiares;

✔ Instituições escolares;

✔ Instituições religiosas;

✔ Instituições de reinserção.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Conteúdos Básicos ­Trabalho, produção e classes sociais

✔ O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

✔ Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais;

✔ Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

✔ Globalização e Neoliberalismo;

✔ Trabalho no Brasil;

✔ Relações de trabalho.

Conteúdos Básicos ­ Poder, política e ideologia

✔ Formação e Desenvolvimento do Estado moderno;

✔ As teorias sociológicas clássicas e os diversos:

✔ Conceitos de poder;

✔ Conceitos de ideologia, 

✔ Conceitos de dominação e legitimidade.

✔ Estado no Brasil;

✔ Desenvolvimento da sociologia no Brasil;

✔ Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

✔ As expressões da violência nas sociedades contemporâneas 

Conteúdos Básicos ­ Direitos, cidadania e movimentos sociais

✔ Conceitos de cidadania;

✔ Direitos civis, políticos e sociais;

✔ Direitos humanos;

✔ Movimentos sociais;

✔ Movimentos sociais no Brasil;

✔ Questões ambientais e movimentos ambientalistas;

✔ Questão das ONG's.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Conteúdos Básicos ­ Cultura e Indústria Cultural

✔ Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas;

✔ Antropologia brasileira;

✔ Diversidade e diferença cultural;

✔ Relativismo, etnocentrismo, alteridade;

✔ Culturas indígenas;

✔ Roteiro para pesquisa de campo;

✔ Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização;

✔ “Minorias”, preconceito, hierarquia e desigualdades;

✔ Questões de gênero e a construção social do gênero;

✔ Cultura afro­brasileira e a construção social da cor. Identidades e movimentos 

sociais; dominação, hegemonia e contramovimentos;

✔ Indústria Cultural;

✔ Meios de comunicação de massa;

✔ Sociedade de consumo, Indústria Cultural no Brasil.

Metodologia 

Conforme   as   Diretrizes   Curriculares   “Em   Sociologia,   devemos   atentar 

especialmente   para   a   proposição   de   problematizações,   contextualizações, 

investigações   e   análises,   encaminhamentos   que  podem  ser   realizados   a   partir   de 

diferentes   recursos,   como a   leitura  de   textos   sociológicos,   textos  didáticos,   textos 

jornalísticos e obras literárias.

Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão 

de recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A 

utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para 

que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção 

coletiva dos novos saberes.” (Diretrizes Curriculares p.107­108)

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

“Cara à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de 

maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo 

trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. 

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz­se necessária a 

articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e 

contextualizações   propostas.   Essa   prática   deve   permitir   que   os   conteúdos 

estruturantes   dialoguem   constantemente   entre   si   e   permitir,   também,   que   o 

conhecimento   sociológico   dialogue   com   os   conhecimentos   específicos   das   outras 

disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio.” (Diretrizes Curriculares 

p.111)

Avaliação

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de 

diagnóstico   do   processo   ensino­aprendizagem   quanto   como   instrumento   de 

investigação   da   prática   pedagógica.   Assim   a   avaliação   assume   uma   dimensão 

formadora, uma vez que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação 

dela, mas também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. 

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa 

dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta forma, se 

estabelecerá   o   verdadeiro   sentido   da   avaliação:   acompanhar   o   desempenho   no 

presente,   orientar   as   possibilidades   de   desempenho   futuro   e   mudar   as   práticas 

insuficientes,   apontando  novos   caminhos  para   superar  problemas  e   fazer   emergir 

novas práticas educativas (LIMA, 2002). No cotidiano escolar, a avaliação é parte do 

trabalho   dos   professores.   Tem   por   objetivo   proporcionar­lhes   subsídios   para   as 

decisões a serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e 

aluno no acesso ao conhecimento. É importante ressaltar que a avaliação se concretiza 

de acordo com o que se estabelece nos documentos escolares como o Projeto Político 

Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta Pedagógica Curricular e o Plano de 

Trabalho   Docente,   documentos   necessariamente   fundamentados   nas   Diretrizes 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Curriculares. Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e 

de   sociedade   com que   se   trabalha  e   indicam que   sujeitos   se  quer   formar  para  a 

sociedade   que   se   quer   construir.   Nestas   Diretrizes   Curriculares   para   a   Educação 

Básica,   propõe­se   formar   sujeitos   que   construam   sentidos   para   o   mundo,   que 

compreendam criticamente o contexto social e histórico de que são frutos e que, pelo 

acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e transformadora na 

sociedade.  A avaliação,  nesta  perspectiva,  visa  contribuir  para a  compreensão das 

dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para 

que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, 

da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos 

estão inseridos. Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que 

o aluno aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas 

como sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que 

se   apropriam   do   conhecimento   para   compreender   as   relações   humanas   em   suas 

contradições e  conflitos,   então a ação pedagógica  que  se  realiza em sala  de  aula 

precisa contribuir para essa formação.

Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de 

futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente, 

num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da 

aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola. Nas salas de aula, o 

professor é quem compreende a avaliação e a executa como um projeto intencional e 

planejado,   que   deve   contemplar   a   expressão   de   conhecimento   do   aluno   como 

referência uma aprendizagem continuada. No cotidiano das aulas, isso significa que:

✔ é   importante  a   compreensão  de  que  uma atividade  de  avaliação  situa­se 

entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino, porque 

ambas têm o intuito de ensinar;

✔ no  Plano   de   Trabalho   Docente,   ao   definir   os   conteúdos   específicos 

trabalhados   naquele   período   de   tempo,   já   se   definem   os   critérios,   estratégias   e 

instrumentos de avaliação, para que professor e alunos conheçam os avanços e as 

dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho docente; 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

✔ os critérios  de avaliação devem ser  definidos pela  intenção que orienta o 

ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os critérios são 

um elemento de grande importância no processo avaliativo, pois articulam todas as 

etapas da ação pedagógica; 

✔ os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma 

resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o estudante 

não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que  lhe foi 

perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas 

sim compreender o que se pede; 

✔ os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com 

as   possibilidades   teórico­metodológicas   que   oferecem   para   avaliar   os   critérios 

estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a 

realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que 

uma prova objetiva; 

✔ a   utilização   repetida   e   exclusiva   de   um   mesmo   tipo   de   instrumento   de 

avaliação   reduz   a   possibilidade   de   observar   os   diversos   processos   cognitivos  dos 

alunos,   tais   como:  memorização,  observação,  percepção,  descrição,  argumentação, 

análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre outros; 

✔ uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento 

e não todo processo de ensino­aprendizagem;

✔ a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os 

conteúdos selecionados para o ensino são  importantes para a  formação do aluno, 

então, é  preciso  investir  em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele 

aprenda.   A   recuperação   é   justamente   isso:   o   esforço   de   retomar,   de   voltar   ao 

conteúdo,   de   modificar   os   encaminhamentos   metodológicos,   para   assegurar   a 

possibilidade   de   aprendizagem.   Nesse   sentido,   a   recuperação   da   nota   é   simples 

decorrência  da   recuperação  de   conteúdo.  Assim,   a  avaliação  do  processo  ensino­

aprendizagem,   entendida   como   questão   metodológica,   de   responsabilidade   do 

professor,  é  determinada pela perspectiva de investigar para  intervir.  A seleção de 

conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

elucidam a  intencionalidade do ensino, enquanto a diversidade de  instrumentos e 

técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de 

expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos seus 

alunos   e   o   desenvolvimento   dos   processos   cognitivos.   Por   fim,   destaca­se   que   a 

concepção de avaliação que permeia o currículo não pode ser uma escolha solitária do 

professor. A discussão sobre a avaliação deve envolver o coletivo da escola, para que 

todos (direção, equipe pedagógica, pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize 

um trabalho pedagógico relevante para a formação dos alunos. Diretrizes Curriculares 

p­ 31 a 33

Referências

Paraná.   Secretaria   de   Estado   e   Educação.   Superintendecia   da   Educação. Departamento  da  Educação  Básica.  Diretrizes  Curriculares  da  Educação Básica. Sociologia. Curitiba, 2008.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Inglês (LEM)

Apresentação da disciplina

Ao   figurarem   inseridas   numa   grande   área   –   linagens,   Códigos   e   sua 

Tecnologias, as Línguas Estrangeiras assumem a sua função intrínseca que durante 

muito tempo esteve camuflada: a de serem veículos fundamentais na comunicação 

entre os homens. Pelo seu caráter de sistema simbólico, como qualquer linguagem, 

elas   funcionam  como   meios   para   se   ter   acesso   ao   conhecimento   e,   portanto,   às 

diferentes formas de pensar, criar, sentir, agir e conhecer a realidade, propiciando ao 

indivíduo uma formação mais abrangente e, a mesmo tempo sólida.

Aprender uma língua estrangeira hoje é  tão importante como aprender uma 

profissão. O ensino de LEM oportuniza aos alunos da escola pública a vivência de 

valores ligados à cidadania, democratizando assim, o acesso à aprendizagem de língua 

inglesa para a comunicação e interação com grupos e culturas diferentes.

O   ensino   de   LEM   tem   como   principal   objetivo   à   formação   de   um   sujeito 

consciente, crítico e reflexivo, capaz de interagir com o mundo a sua volta. O ensino­

aprendizagem   da   língua   estrangeira   deverá   ultrapassar   as   questões   técnicas   e 

instrumentais   e   se   centrar   na   educação,   pois   para   que   o   aluno   seja   um   agente 

transformador da realidade em que está inserido é preciso que entenda essa realidade, 

seus   processos   sociais,   políticos,   econômicos,   tecnológicos   e   culturais.   Cabe   ao 

professor   de   LEM   ensinar   ao   aluno   maneiras   de   construir   significados,   elaborar 

procedimentos   interpretativos   para   construir   sentidos   do   (e   no)   mundo,   pois   a 

linguagem é uma das possibilidades de perceber, entender e construir a realidade.

Essa   aprendizagem   permitirá   ao   aluno   uma   análise   das   questões   da   nova 

ordem global, conscientizando­o das principais implicações que essa nova ordem traz 

para a sociedade. Proporcionando ao aluno a consciência sobre o que é língua e suas 

potencialidades   na   interação   humana,   alargando   horizontes   e   expandindo   suas 

capacidades interpretativas e cognitivas.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Conteúdos estruturantes

Consistirá   em   conteúdo   estruturante   para   o   ensino   de   LEM   o   discurso, 

entendido como prática social sob os seus vários gêneros. Os níveis de organização 

lingüística (fonético­fonológico, léxico­semântico e de sintaxe) devem servir ao uso da 

linguagem na compreensão e na produção escrita, oral, verbal e não verbal. 

Os conteúdos estruturantes entendidos como saberes mais amplos da disciplina 

poderão   ser   abordados   através   de   atividades   significativas   em   prática   de   leitura, 

escrita e oralidade.

Essas atividades serão trabalhadas a partir de textos que circulam socialmente, 

os   quais   possibilitarão   diversos   tratamentos   em   sala  de   aula,   como  discussão  de 

assuntos polêmicos que serão adequados a cada faixa etária e proporcionarão estudos 

de diferentes gruas de complexidade da estrutura linguística. Os textos de diversos 

gêneros, darão condições de trabalhar com a língua em situações de comunicação oral 

e   escrita,   favorecendo   as   relações   e   ações   individuais   e   coletivas,   abrangendo 

significados   sociais   historicamente   construídos,   refletindo   sobre   as   diversidade 

linguísticas e culturais.

Conteúdos 

1º Ano

✔ Gêneros textuais variados ou textos com gêneros diversos que fazem parte 

das esferas (cotidiano, literário e midiática – PAS);

✔ To be;

✔ Simple present;

✔ Simple past;

✔ Past continuous;

✔ Simple future;

✔ To be + going to;

✔ Present perfect;

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✔ Modal verbs;

✔ Pronouns (personal and possessive);

✔ Countable and uncountable nouns;

✔ Plural of nouns;

✔ Adjetives.

2º Ano

✔ Gêneros textuais variados ou textos com gêneros diversos que fazem parte 

das esferas (midiático, escolar e publicitário – PAS);

✔ Present perfect continuous;

✔ Past perfect;

✔ Past perfect continuous;

✔ Interrogative pronouns;

✔ Relative pronouns;

✔ Reflexive pronouns;

✔ Imperative;

✔ The comparative and superlative degrees.

3º Ano

✔ Gêneros textuais variados ou textos com gêneros diversos que fazem parte 

das esferas (política, jurídica e científica – PAS);

✔ Reported speech;

✔ Passive voice;

✔ Conditional sentences (first, second and third);

✔ Tag question;

✔ Infinitive and gerund.

Metodologia

O   professor   trabalhará   com   textos   do   Livro   Didático   Público   LEM   – 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Espanhol/Inglês – ensino médio, pois este apresenta um grande número de palavras 

transparentes que auxiliam o aluno a perceber que é possível ler um texto em língua 

estrangeira sem muito conhecimento da língua. No entanto, é preciso conscientizar os 

alunos da complexidade do ato de ler e que o texto não é portador de um único e 

fechado sentido.

O professor deverá incentivar o aluno a pensar e interagir na língua­alvo de 

modo que ele aprenda e sistematize conscientemente aspectos escolhidos da nova 

língua. O ensino da língua estrangeira visa oportunizar noções de outra língua que 

não seja a materna, proporcionando noções de estrutura, de oralidade (conversação) 

e escrita da língua alvo. Assim como o ensino da língua materna, o ensino da língua 

estrangeira em seu dia a dia por meio da música, propaganda, etc. Os diálogos, filmes, 

músicas,  charges,  poemas,   cartoons  são  fontes   ricas  de  aprendizagem,   fornecendo 

assim as mais variadas formas de expressão (oral, visual, escrita, gestual).

Em todas as séries o professor, por meio dos diferentes discursos e recursos, 

ampliará o conhecimento da língua estrangeira proporcionando ao aluno uma visão 

ampla, aumentando assim a sua auto percepção como ser humano e cidadão.

Os níveis de organização linguística serão trabalhados a partir de textos com 

fins   educativos,   apresentando   possibilidades   de   tratamento,   em   sala   de   aula,   de 

assuntos polêmicos adequados à faixa etária e com diferentes graus de complexidade 

da estrutura linguística.

Avaliação

A avaliação da aprendizagem de língua estrangeira precisa superar a concepção 

de  mero   instrumento   de   mediação   da   apreensão   de   conteúdos,   visto   que   ela   se 

configura   como   processual   e,   como   tal,   objetiva   subsidiar   discussões   acerca   das 

dificuldades e avanços dos alunos sujeitos, a partir de suas produções no processo 

ensino e aprendizagem.

Caberá ao professor observar a participação ativa dos alunos, considerando que 

o engajamento discursivo na sala de aula se realiza por meio da interação verbal, a 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

partir dos textos e de diferentes formas entre os alunos e o professor, entre os alunos e 

a turma, na interação dos alunos com o material didático, nas conversas em língua 

materna   e   na   língua   estrangeira   estudada.   Nesse   sentido,   a   avaliação   servirá   de 

instrumento para reflexão do professor sobre sua prática.

Referências

ORIENTAÇÕES CURRICULARES. Departamento de ensino médio. Língua estrangeira moderna – LEM. fevereiro de 2006.

FERRARI,  M e RUBINS, S.G.  Inglês de olho no mundo do trabalho.  São Paulo: Scipione, 2003.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

REFERÊNCIAS GERAIS

ARAÚJO,   Adilson   César   de.  Gestão   democrática   da   educação:   a   posição   dos docentes.

BRASIL.  Constituição da República Federativa do Brasil,  1988, Brasília,  Senado 

Federal.

BRASIL. Estatuto da Criança e do adolescente. Lei nº 8.069/1990, de 13 de julho 

de 1990. São Paulo: CBIA­SP, 1991.

BRASIL. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei Federal 9.394/1996. Brasília, Congresso Nacional: 1996.

BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Volume 1: Introdução.

GADOTTI,   Moacir.  Perspectivas   atuais   da   educação.  São   Paulo   em Perspectiva.vol.14, nº.2. São Paulo, abril/junho de 2

MELO,Guiomar  Nemo.  Formação   Inicial   de  Professores  para  Educação  Básica: uma (re)visão radical.  São Paulo em Perspectiva, vol 14, nº 1. São Paulo: SEAD, Jan/Mar de 2000.

ROMANOSWSKI   Paulin   Joana.  Formação   e   profissionalização   docente.  Editora Ibpex. Curitiba, 2007.

FORQUIN, Jean Claude.  Escola e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

SAVIANI,  Demerval.  Pedagogia  histórico­crítica:  primeiras   aproximações.  7   ed. Campinas : Autores Associados, 2000. 122 p. 

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de Identidade: Uma introdução às teorias do currículo 2a ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. 

SEED/PR.  Cadernos   temáticos   dos   desafios   educacionais   contemporâneos.   In 

Enfrentamento   à   violência   na   escola   /   Secretaria   de   Estado   da   Educação. 

Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. 

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Coordenação   de   Desafios   Educacionais   Contemporâneos.  Curitiba:SEED/PR:p. 

172, 2010.

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