PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2012 · estado do paranÁ secretaria de estado da educaÇÃo nÚcleo...
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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE CORNÉLIO PROCÓPIO
COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – Fone/Fax: (43) 3542 4490CEP 86360-000 - Bandeirantes – Paraná
[email protected]@seed.pr.gov.br
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO2012
BANDEIRANTES – PARANÁ
1
APRESENTAÇÃO
O presente Projeto Político-Pedagógico, muito mais que uma
exigência legal, constitui-se na organização do trabalho pedagógico do
Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, sendo o
resultado de uma construção coletiva, com a participação de professores,
pais, alunos, equipe pedagógica, equipe administrativa, serviços gerais e a
comunidade escolar em geral, com o objetivo maior de transformar a
realidade social à qual estão inseridos, observando-se as mudanças da
atualidade.
Enquanto construção coletiva da identidade da escola, o Projeto
Político Pedagógico pressupõe um projeto de acordo com a concepção de
Homem, de Sociedade, de Escola, de Trabalho, de Educação, de Cultura, de
Tecnologia, Cidadania, Letramento, entre outros aspectos inerentes à práxis
pedagógica, fundamentado na democracia e na justiça social, sendo a escola
portanto, a responsável pela promoção do desenvolvimento do cidadão.
O Projeto Político-Pedagógico é um permanente processo de
discussões das práticas, das preocupações individuais e coletivas, dos
obstáculos aos propósitos da escola e da educação, e portanto não temos
a pretensão de considerá-lo um trabalho acabado, mas sim contínuo e
flexível, capaz de ser modificado de acordo com as necessidades da escola.
No contexto em que estamos vivendo, com informações rápidas,
mudanças de paradigmas, o Projeto Político-Pedagógico deve estar
sintonizado com uma nova visão de mundo, garantindo assim a formação
global e crítica de todos os envolvidos no processo, capacitando-os para o
exercício da cidadania pretendida.
Ao estabelecer em seu Projeto Político-Pedagógico interesses comuns
básicos, a partir dos quais possam ser trabalhadas as diferenças e as
potencialidades dos alunos, a escola pretende que os mesmos sejam
participantes e agentes transformadores da realidade, que aprendam o que é
relevante, que apliquem seus conhecimentos nos problemas cotidianos, que
façam uso da tecnologia, e que ao mesmo tempo sejam pessoas capazes de
transformar a realidade e de torná-la mais humana.
2
SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO ….............................. 6
2. MARCO SITUACIONAL........................................................... 7
2.1. Oferta da Instituição......................................................... 9
2.2. Ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos................. 10
2.3. Organização Interna da Entidade escolar............................ 10
2.4. Caracterização da Comunidade Escolar.............................. 12
2.5. Histórico da Instituição..................................................... 13
2.6. Dependências físicas e materiais....................................... 15
2.7. Quadro de Funcionários.................................................... 22
2.8. Condições de atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais............................................................
24
2.9. Resultados educacionais, aprovação e evasão.................... 25
2.10. Dados das avaliações externas........................................ 26
2.11. Relação idade/série......................................................... 27
3. MARCO CONCEITUAL............................................................ 28
3.1. Concepção de Educação.................................................... 29
3.2. Concepção de Homem....................................................... 30
3.3. Concepção de Escola......................................................... 31
3.4. Concepção de Sociedade................................................... 31
3.5. Concepção de Cultura....................................................... 32
3.6. Concepção de Tecnologia.................................................. 32
3.7. Concepção de Cidadania................................................... 33
3.8. Concepção de Ensino e Aprendizagem.............................. 33
3.9. Concepção de Avaliação................................................... 33
3.10. Concepção de Gestão Escolar........................................... 35
3.11. Concepção de Currículo................................................... 36
3.12.Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e Aprendizagem......................................
36
3.13. Concepção de Alfabetização e Letramento...................... 40
3.14. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental...........................................................................
42
3.15. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais.............. 43
4. MARCO OPERACIONAL.......................................................... 44
4.1. Ações definidas pelo coletivo escolar................................. 44
4.2. Organização do trabalho pedagógico................................. 46
3
4.2.1. Organização Curricular................................................... 46
4.2.2. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de registro, recuperação de estudos, promoção............
47
4.2.3. Ensino Extracurricular Plurilinguístico – CELEM................ 51
4.2.4. Conselho de Classe........................................................ 52
4.2.5. Processo de Classificação e Reclassificação..................... 53
4.2.6. Regime de Progressão Parcial......................................... 55
4.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes............ 56
4.2.8. Formação Continuada..................................................... 56
4.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade........... 58
4.2.10. Organização do horário/hora atividade.......................... 58
4.2.11. Desafios Educacionais Contemporâneos e Atuação da Equipe Multidisciplinar.............................................................
59
4.2.12. Acompanhamento das atividades em contraturno.......... 61
4.2.13. Matriz Curricular.......................................................... 62
4.2.14. Calendário Escolar........................................................ 63
4.2.15. Desafios Educacionais Contemporâneos e Atendimento à Diversidade..........................................................................
63
4.2.16. Ações previstas em parceria......................................... 65
4.2.17. Envolvimento das Instâncias Colegiadas....................... 65
4.2.17.1. Conselho Escolar....................................................... 65
4.2.17.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF..... 67
4.2.17.3. Equipe Diretiva......................................................... 68
4.2.17.4. Equipe Pedagógica.................................................... 69
4.2.17.5. Agentes Educacionais................................................ 71
4.2.17.6. Equipe Docente......................................................... 72
4.2.17.7. FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente.......... 74
4.2.18. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica Curricular..............................................................
75
4.3. Proposta Pedagógica Curricular......................................... 76
ARTE....................................................................................... 77
BIOLOGIA................................................................................ 90
CIÊNCIAS................................................................................ 95
EDUCAÇÃO FÍSICA................................................................... 106
ENSINO RELIGIOSO.................................................................. 120
FILOSOFIA............................................................................... 127
FÍSICA..................................................................................... 132
4
GEOGRAFIA............................................................................. 143
HISTÓRIA................................................................................ 154
LEM – INGLÊS.......................................................................... 175
LÍNGUA PORTUGUESA.............................................................. 194
MATEMÁTICA........................................................................... 216
QUÍMICA................................................................................. 228
SOCIOLOGIA............................................................................ 233
CELEM – ESPANHOL.................................................................. 240
5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO...........................................................................
257
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................ 259
7. ANEXOS.............................................................................. 262
7.1. Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao Projeto Político Pedagógico.................................................
262
7.1.1. OBMEP - Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas ................................................................................
262
7.1.2. Concurso de Soletração.................................................. 262
7.1.3. Jogos Florais.................................................................. 262
7.1.4. Programa Agrinho.......................................................... 263
7.1.5. Concurso de Redação – Rotary Club................................ 263
7.1.6. Participação em atividades cívicas.................................. 264
7.2. Plano de ação da Equipe Multidisciplinar............................ 264
7.3. Proposta da Agenda 21 Escolar.......................................... 271
7.4. Calendário Escolar – Ano Letivo 2012................................. 272
7.5. Matriz Curricular Vigente.................................................. 273
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:
5
Denominação: Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fund. e Médio
Código do Estabelecimento: 00036
Endereço: Rua São Paulo, 440 – Vila Macedo – CEP 86.360-000TELEFONE:(43) 3542 4490 g-mail : [email protected]ÁGINA DA ESCOLA:[email protected]
Município: Bandeirantes
Código do município: 0240
Dependência Administrativa: Estadual
Núcleo Regional: Cornélio Procópio
Código do NRE: 008
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização de Funcionamento: DEC. 2787 DOE 10/01/77
Ato de Renovação de Reconhecimento de Curso: RES. 393/06 DOE 08/03/06
Ato Administrativo – Regimento Escolar: 248/2008
Parecer de Aprovação – Regimento Escolar: 068/2008 - SEF/EP/NRE
Ato Administrativo – Adendo 01 do Regimento Escolar: 032/10
Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 018/2010
Ato Administrativo – Adendo 02 do Regimento Escolar: 219/2010
Parecer de Aprovação – Adendo 01 do Regimento Escolar: 097/2010
Ato Administrativo – Adendo 03 do Regimento Escolar: 193/2011
Parecer de Aprovação – Adendo 03 do Regimento Escolar: 161/2011
Distância da Escola do NRE: 36 Km
Localização da Escola: região norte do município
Tipo de escola: Urbana
2. MARCO SITUACIONAL:
6
A escola constitui-se no espaço que deveria efetivamente possibilitar
às nossas crianças, adolescentes e jovens a apropriação do saber
elaborado. Entretanto, a Educação vem enfrentando grandes dificuldades,
provenientes dos graves problemas familiares, econômicos e sociais que
são em grande parte resultados do sistema capitalista vigente. É urgente
que se definam caminhos para nortear os trabalhos que garantam a
permanência do aluno na escola, que, aliás, é previsto em lei, e também o
preparo para o exercício consciente da cidadania, de forma a garantir uma
vida digna para si e para a sociedade em que vive.
É fato que sem Educação não há desenvolvimento e tão pouco
crescimento. Entretanto, apesar de algumas políticas públicas educacionais
apresentarem a situação da sociedade brasileira como positiva, está muito
difícil para trabalhar com a desigualdade de condições a que estão
submetidas as nossas crianças e jovens. Não é possível desenvolver um
trabalho educativo desconsiderando as dimensões econômica, social,
cultural, política, familiar, até porque a escola está inserida em todos os
contextos e infelizmente não está preparada para acompanhar este ritmo
do mundo em constantes mudanças.
A globalização na qual vivemos, o capitalismo e a competitividade,
coloca a escola em alerta, levando-a a fazer reflexões, procurando caminhos
que levem a ofertar um ensino de qualidade, pois a universalização da
Educação significa “todos” na escola, e isso implica em trabalhar com seres
humanos de diferentes naturezas, heterogêneos em diversos pontos, tendo
que levar em conta as diversidades tais como: famílias desestruturadas,
falta de recursos financeiros, dependências de todo tipo de apoio, sem um
referencial ou valores que deem incentivos, enfim, acabando muitas vezes a
escola precisando enfrentar e ao mesmo tempo evitar situações excludentes,
situações que não lhe competem porque nem sempre dispõe de
infraestrutura para tal enfrentamento, porém são situações que nela se
concentram.
Os governos mais preocupados e comprometidos têm se preocupado
em estabelecer e criar políticas que estejam mais de acordo com a
realidade, e a própria elaboração deste Projeto é um exemplo.
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No contexto do Estado do Paraná, a política dos últimos anos, vem
apontando para expansão com qualidade e credibilidade.
Muitas iniciativas do governo em parceria com entidades privadas, tem
ajudado a reativar as energias no cotidiano da sala, bem como o domínio
para parte dos professores, de novas tecnologias e outros eventos que
ajudam na aprendizagem e na tentativa de superação de resultados, que de
acordo com estudos de pesquisas mostram índices de baixo rendimento,
assim como taxa de evasão superior ao desejado.
Com a construção das Diretrizes Curriculares Estaduais, com o uso de
laboratórios de informática, tecnologias de ponta, salas de apoio à
aprendizagem, viabilização de projetos e programas educacionais como
Olimpíadas de Matemática, Viva Escola, Mais Educação, e outros, tem sido
possível propiciar um trabalho pedagógico mais significativo e eficiente,
desde que haja condições mínimas para a execução dos mesmos. Os
progressos visíveis ainda são tênues, mas o que importa é a transformação
que va i acontecendo aos pouco , cabendo-nos continuar dialogando e
nos sensibilizando para se chegar ao ponto demarcado: cidadania e
transformação social.
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita atende uma alunado com sérios
problemas sociais, econômicos, culturais e familiares, onde são verificadas
inúmeras situações como: alunos que cuidam da casa e têm que olhar os
irmãos menores para a mãe trabalhar; alunos que são responsáveis em levar
os irmãos menores para a creche e por isso chegam atrasados; mães que
dormem até tarde e não acordam o filho para ir à escola; alunos e pais que
não valorizam o estudo, só mandam os filhos pra escola porque é obrigatório;
pais que não comparecem quando solicitados; atitudes agressivas; bullying;
desinteresse pelo pedagógico, enfim, situações que levam o ensino a não ter
avanços significativos.
Contudo, o colégio tem procurado envolver a comunidade escolar em
todo processo educacional, com participação efetiva de todos os
segmentos, pois na gestão democrática a que se propôs, “todos são
responsáveis pela Educação”.
Os professores e funcionários têm participado de cursos e formação
8
continuada descentralizados, oferecidas pela Secretaria de Estado e
Educação, além de outras iniciativas privadas.
A carga horária destinada à Hora Atividade, os professores a utilizam
em pesquisas, no uso de novas informações, pois o embasamento teórico é
fundamental para evitar a dicotomia teoria e práxis.
A Escola enquanto formadora de opiniões precisa e deve adotar
medidas educativas, de acordo com sua realidade, aceitar os princípios
éticos de cada educando para que o respeito à diversidade faça parte do
cotidiano, através do trabalho coletivo e interdisciplinar, objetivando resgatar
valores, acreditar no aluno como agente de transformação social.
2.1. Oferta da Instituição
O Estabelecimento de Ensino oferta:
I. Ensino Fundamental – Anos Finais: 6º ao 9º ano, períodos matutino,
vespertino e noturno;
II. Ensino Médio, organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, nos período
matutino e noturno;
III. Celem - Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira
Moderna - Espanhol, no período noturno;
IV. Educação Integral/Ampliação de jornada: Sala de Apoio à Aprendizagem
para 6º e 9º anos, períodos matutino e vespertino.
O regime da oferta é de forma presencial, com a seguinte organização:
I. por anos, no Ensino Fundamental – 6º ao 9º Ano;
II. por séries, no Ensino Médio Organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais
– 1ª a 3ª Série;
III. por séries, no CELEM – P1 e P2;
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III. por turmas, em período contraturno nas salas de apoio.
2.2. Ocupação do tempo e dos espaços pedagógicos
• Sala de Apoio à Aprendizagem: a escola oferta aos alunos do 6º e 9º Ano
salas de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, em
contraturno, duas vezes por semana, com carga horária de 04 horas
semanais cada disciplina, com o objetivo de recuperar os conteúdos
básicos defasados ao longo dos anos iniciais e finais do Ensino
Fundamental.
• Laboratório de Informática: o laboratório, com 20 computadores, é
destinado ao uso dos professores e alunos(sob a supervisão dos
professores), para pesquisas, trabalhos e atividades planejadas para
enriquecimento das aulas.
• Laboratório de Ciências, Química e Biologia: destinado ao uso dos
professores e alunos(sob a supervisão dos professores), para pesquisas,
trabalhos e experiências.
• Quadras Poliesportivas: utilizadas para a realização das aulas de
Educação Física, atividades recreativas, culturais e atividades nos finais
de semana para a comunidade em geral.
2.3. Organização Interna da Entidade Escolar
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, de
organização anual no Ensino Fundamental e Médio, sendo o Ensino Médio
organizado por blocos de disciplinas semestrais, atende os alunos nos
seguintes turnos e horários:
• ENSINO FUNDAMENTAL
2ª a 6ª feira
10
Períodos: Manhã – Tarde - Noite
Horário: 7:30h às 12:00h
13:00h às 17:20h
19:00h às 23:00h
• ENSINO MÉDIO
2ª a 6ª feira
Períodos: Manhã - Noite
Horário: 7:30h às 12:00h
19:00h às 23:00h
• CELEM - ESPANHOL
1º ANO: 4ª e 5ª feira – 19:00h às 30:30h
2º ANO: 2ª e 5ª feira – 20:45h às 22:15h
• SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
Manhã:
2ª e 6ª feira (Língua Portuguesa) – 6º Ano
Horário: 10:20h às 12:00h
3ª e 5ª feira (Matemática) – 6º Ano
Horário: 7:30h às 9:10h
Tarde:
Língua Portuguesa – 6º Ano - 3ª e 5ª feira
3ª feira: 13:00h às 14:50h
5ª feira: 14:50h às 16:30h
Matemática - 6º Ano - 3ª e 5ª feira
3ª feira: 14:50h às 16:30h
5ª feira: 13:00h às 14:50h
Língua Portuguesa – 9º Ano - 2ª e 3ª feira
2ª feira: 13:00h às 14:50h
3ª feira: 13:50h às 14:50h
Matemática - 9º Ano - 3ª e 6ª feira
3ª feira: 14:50h às 16:30h
6ª feira: 13:00h às 14:50h
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2.4. Caracterização da Comunidade Escolar
A comunidade escolar é formada na grande maioria por classes sócio
econômicas média baixa e baixa, composta por pequenos agricultores,
serventes de pedreiros, serviços gerais, diaristas e trabalhos braçais - “boias-
frias”, que dependem do auxílio dos programas do Governo Federal e
subsistem com um salário mínimo.
Boa parte do alunado atendido constitui-se de alunos residentes na zona
urbana e periferia, fazendo uso do transporte escolar os que residem mais
distantes, como na vila rural.
O nível de escolaridade dos pais se restringe entre fundamental e médio
e alguns com ensino superior.
Os professores e funcionários são graduados e habilitados para as
funções que exercem.
Os professores, direção e equipe pedagógica são residentes na zona
urbana.
Existe uma grande dificuldade em relação à frequência dos alunos,
principalmente do período da noite, que normalmente desistem no decorrer do
ano ou reprovam por faltas, e seus pais ou responsáveis não comparecem
quando solicitados. Além disso chegam atrasados frequentemente e a família,
na maioria dos casos, se revela muito omissa. Entretanto, gostam de utilizar os
espaços escolares para atividades desportivas nos finais de semana.
Os valores morais, religiosos, materiais e intelectuais não são verificados
em grande parte do alunado, e observamos que isso já vem de casa,
internalizado, devido à desestrutura familiar.
Vindo de uma comunidade carente, consequentemente nossos alunos
precisam de conhecimentos, amor, atenção, respeito. São promovidas
palestras, atividades extraclasse como jogos, música, etc.
O colégio busca estreitar o relacionamento com a comunidade para que
haja uma interação entre família e escola, facilitando o desenvolvimento do
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aluno, sua aprendizagem e suas competências.
Para reforçar a aprendizagem, também convidamos os pais, para
incentivarem seus filhos e também ajudar na orientação de trabalhos
conhecidos dos mesmos.
Temos que levar nossos alunos a valorizar seu contexto cultural e social,
descobrir seus talentos e colocá-los à disposição da coletividade. Temos a
obrigação e o compromisso de dar um aprendizado de qualidade aos nossos
alunos, garantindo-lhes a formação completa para que sejam atuantes em
nossa sociedade com bastante consciência, autonomia e criticidade.
2.5. Histórico da Instituição
O Colégio Estadual “Juvenal Mesquita” - Ensino Fundamental e Médio
foi criado através do Decreto nº 2264, em 30 de agosto de 1966, com o
nome de Grupo Escolar “Juvenal Mesquita”. Construído pelo Governo do
Estado do Paraná, no exercício do Governador Exmo. Sr. Ney Braga.
Sua inauguração oficial aconteceu no dia 26 de março de 1966, com
a presença do Prefeito , o Sr. Moacyr Castanho e outras autoridades civis e
religiosas, familiares de alunos e convidados.
O então Grupo Escolar “Juvenal Mesquita” começou a funcionar com 4
salas de aula, 3 sanitários, pátio coberto, sala de administração e cozinha.
Após um ano, construiu-se mais 2 salas de aula de madeira, em caráter
emergencial.
Em 1980 foi construído outro bloco de salas, devido ao crescimento
da demanda escolar, constituído de 4 salas, sanitários e 2 salas
administrativas. As salas de madeira foram utilizadas mais tarde para
atender o Projeto Tempo de Criança e, após o término, foram desativadas.
Em 1991 a rede física foi ampliada com a construção de 3 salas e a
quadra Poli-Esportiva. E em 1997, com o auxílio da APM, foi construída mais
1 sala de aula.
Em 1998 aconteceu a grande reforma geral do prédio, através de
recursos do PROEM - Programa de Recuperação, Obras e Melhoria do Ensino
Médio.
13
Foram organizados também, em 1998/1999, o aumento da Biblioteca,
um banheiro para os Professores e Funcionários e os Laboratórios de
Informática e de Química/Física/Biologia.
Em 1999, foi instalado com recursos da APM, o portão eletrônico na
entrada do Colégio melhorando assim, a segurança dos alunos, sendo
desinstalado em 2.001 por causa de problemas elétricos.
A construção da escola só foi possível graças à doação de um terreno
na Vila Macedo, na rua São Paulo, quadra circundada pela Av. Prefeito
Moacyr Castanho, Rua Elísio Manoel dos Santos e Rua Conceição Veiga. O
doador, Sr. Eurípedes Mesquita Rodrigues foi um dos pioneiros e fundadores
de Bandeirantes, e colaborador entusiasta do setor educacional. Ao fazer a
doação, fez o pedido de que se elegesse um parente para ser o Patrono da
Escola. Foi aceito o pedido e assim o Sr. Juvenal Mesquita, tio do doador,
passou a ser o Patrono da Escola.
Hoje, o Colégio Estadual “Juvenal Mesquita”- Ensino Fundamental e
Médio atende 15 turmas de 6º a 9 º a n o s , 06 turma de Ensino Médio
organizado por Blocos de Disciplinas, 02 turmas de Celem, 06 turmas de sala
de apoio à aprendizagem e 02 turmas do Programa Mais Educação, sob a
direção da professora Fabiana Aparecida Gonçalves.
Atos Oficiais:
Ato de Criação do Grupo Escolar Juvenal Mesquita: Decreto nº 2264 de
30/08/66.
Autorização de Funcionamento da Escola Juvenal Mesquita - Ensino de
1º Grau: Decreto nº 2787, em 10/01/77. Passou a denominar-se Escola
Estadual Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau a partir de 08/04/83 -
Resolução nº779/83.
Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª a 8ª séries - Noturno:
Resolução nº 120/89 de 16/01/89.
Autorização de Funcionamento do Ensino de 5ª/8ª séries- Diurno:
Resolução nº 4155/91 de 03/12/91.
Reconhecimento do Curso de 1º Grau Regular da Escola Estadual
Juvenal Mesquita - Ensino de 1º Grau: Resolução nº 768/93, publicada em
14
Diário Oficial de 24/03/93.
Regimento Escolar aprovado pelo Parecer nº 022/94 de 28/12/97,
homologado pelo Ato Administrativo nº 086/97-NRE.
Autorização de Funcionamento do Ensino de 2º Grau Regular, com o
Curso de 2ºGrau - Educação Geral, passando a Escola a denominar-se Colégio
Estadual Juvenal Mesquita - Ensino de 1º e 2º Graus: Resolução nº 341/98, em
05/03/98, que passou a denominar-se Colégio Estadual Juvenal Mesquita -
Ensino Fundamental e Médio em decorrência da Lei nº 9394/96, Deliberação
003/98/CEE e Resolução nº 3120/98/SEED, a partir de 23/09/98.
Conselho Escolar aprovado pelo Ato Administrativo nº 180/98, em
27/07/98. Projeto de Implantação Curricular do Ensino Médio aprovado pelo
Parecer 16/99-DESG/SEED.
Diretores:
1º) Bernadete Marques Guerra - desde a inauguração(1.966) até 1978.
2º) Leopoldina Delicato - até 1987.
3º) Idalina Correa Cosmo - até 1993.
Maísa C. Montoya - Direção Auxiliar
4º) Maria Helena Ferreira Santiago - até 1995.
5º) Idalina Correa Cosmo – 1996 à 2002
Elizete de Fátima Mendes Coltri - Direção Auxiliar – 1996 até
Junho/2000. Eduardo Henrique Von Der Osten – Direção Auxiliar - de
Julho/2000 à 2.002
6º) Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor – 2.003 à 2.007- Prorrogado
para o ano de 2.008.
7º) Fabiana Aparecida Gonçalves – Diretora – 2009-2011/2012-2014
Eduardo Henrique Von Der Osten – Diretor Auxiliar - 2009-2011/2012-
2014
2.6. Dependências físicas e materiais
• Instalações Físicas
O Prédio escolar é constituído de 3 grandes blocos onde consta:
12 salas de aula
01 Sala para Direção
15
01 Sala para Secretaria
01 Sala para Equipe Pedagógica
01 Sala para Professores
01 Laboratório de Informática Paraná Digital
01 Laboratório de Ciências /Química/ Física / Biologia
01 Biblioteca
01 Cozinha
01 Despensa para mantimentos
01 Despensa para material de limpeza
01 Almoxarifado
03 Banheiros para Professores e Funcionários
04 Banheiros para Alunos
01 Quadra Poliesportiva descoberta
01 Quadra Poliesportiva coberta
• Recursos Tecnológicos
05 “Ilhas” PR Digital (5 CPU e 20 monitores e teclados)
01 Impressora laser Samsung do PRDigital
10 Rack de parede para TV
10 TV Pendrive
02 Retroprojetores
01 Aparelho DVD Player (2011)
01 Cxs Acústicas 35W RMS 4.0 HMS
01 Projetor de Slides (Data Show)
10 Amplificador de som versátil 50W
01 Notebook Acer 3Gb/320Gb
01 Microfone com fio IT58A
01 Camara digital Sony W320
02 Retroprojetores
• Materiais
- Laboratório de Ciências, Química, Física, Biologia
Bico de Busen
Cabos de Bisturi n4 com 5 lâminas 23 pi 24
Cronômetro Digital
16
Escovas para lavar tubo de ensaio
Espátulas com colher 15 cm
Imãs cilíndrico 09 x 04cm
Lamparinas a Álcool 100ml
Lente de vidro 5cm plano côncava
conjuntos de Massa Aferidas
Mola diâmetro 1,5 x 15cm
Molas diametro 7mm x 15cm
Papel de Filtro 11cm
Pinças de inox de ponta fina e reta 16cm
Pinças de madeira para tubo de ensaio
Pipetas graduadas
Pisseti 250ml
Rolha de borracha n6 com furo 7mm
Rolhas de borracha n7 com furo 7mm
Rolhas de borracha para tubo com furo 7mm
Rolhas de borracha para tubo sem furo
conj. Suporte de plastico com cabo para lentes
Suporte para circuitos elétricos
Suporte universal com base e haste 70cm
Suporte Universal
Telas de amianto 16 x 16cm
Termômetro escala externa 10 a 110°C
Trenas de aço com 2m
Tesouras de inox de ponta fina 11cm
Tripés de ferro 12 x 20
Bastões de vidro 6 x 300mm
Cxs Lamínulas para microscopia 26 x 76
Cx Lamínulas para microscopia 20 X 20
Copos de Becker de vidro 100ml
Copos de Becker de vidro 500ml
Copos de Becker de vidro 250ml
Erlenmeyer de vidro 250ml
17
Funis de vidro de haste curta liso 60mm
Tubos de ensaio 16 x 150mm
Microscópios (1 ótico, 1 simples)
Leis de Hom
Lupas de Vidro (2 manuais e 1 horizontal)
Pipetas de Vidro graduadas
Funis de Separação 250ml
Funis de Vidro 150ml
Agitador Magnético
Balança Digital
Manta Aquecedora p/ Balão Volumétrico
Medidor de PH digital
Balões Fundo chato 250ml
Balões volumétricos 250ml
Bastões de Vidro
- Recursos Materiais Didático-Pedagógicos
Mapa do Mundo Físico
Mapa Geográfico do Mundo Político
Mapa Mundi
Mapa do Brasil – Divisão Política
Mapas do Brasil – Divisão Regional
Mapa do Brasil – Físico
Mapa do Brasil: Político, regional, rodoviário
Mapa do Estado do Paraná – Divisão Regional
Mapa Rodoviário do Estado do Paraná
Mapa do Município de Bandeirantes
Mapa dos Estados Unidos da América
Mapa Europa – político
Mapa Oceania - político
Mapa As Américas - político
Mapa Asia - político
Mapa África - político
18
Globo Terrestre
Mapa do Corpo Humano
Mapa do Esqueleto Humano
Tabela Periódica
Régua de madeira – 1 metro
Régua de madeira – 40 cm
Esquadro de madeira
Transferidor de madeira
Compassos de madeira
Tangran de madeira
Tangran plastificados
Sólido Geométrico de madeira
Material Dourado
caixas de Carimbos de Avaliação
Retro Projetores
Aparelhos de Som
Bolas de Basquete
Bolas de Voleibol
Bolas de Futsal
Rede de Voleibol
Bola de Futebol Americano
Bolas de Handebol
Par de Redes de Futsal
Cds Hinos Pátrios
Cds Multimídia: Espaço no Universo, Como as Coisas Funcionam, O Corpo
Humano.
Coleção “Mundo Incrível dos Animais” - 5 livros e 5 fitas de vídeo
Jogos de Damas
Jogos de Palitos
Jogos de Memória
Jogos de Trilha
Jogos de Dominós
Jogos de Xadrez
19
Jogos Banco Imobiliário
conjunto Ping-Pong
Skates
Jogos Pedagógicos (Dominó de Cálculos e de Palavras)
Jogos de Futebol de Botão.
Jogos de Palavras
Alfabetos Silábicos
Jogos de Sequência Lógica
Escalas Cuisenaire
Colchonetes para Ginástica Olímpica de Solo
Kits do IBGE – Projeto VAMOS CONTAR
Cx Geologia na Escola – O Caminho das Rochas
CD's Atlas Geográfico Escolas Multimídia
CD Literatura Brasileira – A Arte da Palavra
DVD Mata Atlântica
DVD – 32 Maneiras de Ver a Tecnologia na Educação
Planetário
Modelo de Célula Eucarionte
Mapas de Química: Estrutura Elementar da Matéria
Busto Desmontável com Órgãos Humanos
Mapas de Ciências Físicas e Biológicas (kit):
- Célula Vegetal
- A Flor
- A Folha
- O Caule
- Fruto e Semente
- A Raiz
- Ecossistema
- Reprodução Vegetal
- Celula Animal
- Crustáceos
- Moluscos
- Nematelmintos
20
- Platelmintos
- Aracnídeos
- Artrópode
- Vermes e Parasitas
- Protozoários
- Insetos
- Sistema Cardiovascular
- Sistema Genital Masculino
- Sistema Genital Feminino
- Sistema Endócrino
- Sistema Nervoso
- Sistema Urinário
- Sistema Linfático
- Sistema Sensorial
- Sistema Respiratório
- Sistema Muscular
- Sistema Digestório
- Ciclo do Nitrogênio
- Ciclo do Oxigênio
- Ciclo da Água
- Ciclo da Vida (gestação)
- Mamíferos
- Peixes
- Répteis
- Ofídios
- Anfíbios
- Aves
2.7. Quadro de Funcionários
21
Q U A D R O D E P R OFE S S O R ES
Nº NOME VÍNCU LO
FORMAÇÃO
1 ADEMAR RIBEIRO RICHTER QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS BIOLÓGICAS2 AMÉRICO FERNANDES QPM LIC. PLENA - LETRAS
3 ANA MARIA DOS SANTOS QPM LIC. PLENA - HISTÓRIA
4 ANDRÉA CRISTINA DO NASCIMENTO
QPM LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA
5 ÂNGELA MARIA NOGUEIRA HERBST
QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.
6 CARLOS EDUARDO STRADA PSS LIC. PLENA - LETRAS
7 CRISTINA DOS SANTOS QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA
8 DENISE FÁTIMA G. CARVALHO QPM LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA9 EDENIL YOSHIMI KAIO TOYAMA QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA
10 EDUARDO HENRIQUE VON DER OSTEN
SCO2 LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA
11 ELVIRA LUCIANA PSS
12 GERSON ALVES SCO2 LIC. PLENA – ED. FÍSICA
13 GISELE PSS LIC. PLENA - LETRAS
14 GISELE ROSA PSS CURSANDO FILOSOFIA – ÚLTIMO PERÍODO
15 GIULLIANE DE OLIVEIRA MATTA QPM LIC. PLENA - LETRAS
16 JACQUELINE CRISTIANE DOS SANTOS
PSS LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA
17 JOANA D’ARC FERREIRA QPM LIC. PLENA – GEOGRAFIA
18 JOÃO ANTONIO SARTORI QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.
19 JOSÉ CARLOS GONÇALVES QPM LIC. PLENA - GEOGRAFIA
20 MADALENA MARA J. ESTEVES PSS LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA
21 MÁRCIA ANTONIA T. MONTEIRO PSS LIC. PLENA – ARTES/PEDAGOGIA
22 MARIA Apª FABIAN ALEXANDRE QPM LIC. PLENA - CIÊNCIAS/QUÍMICA23 MARIA APARECIDA DE OLIVEIRA SCO2 LIC. PLENA – LETRAS
24 MARIA IZABEL BISETTO DE SOUZA
REPR LIC. PLENA - LETRAS
22
25 MARISA Apª RIBEIRO QPM LIC. PLENA - GEOGRAFIA
26 MARISTELA Apª DE O. S. GAUDÊNCIO
QPM LIC. PLENA - HISTÓRIA
27 MARIZA FREITAS QPM LIC. PLENA – CIÊNC./QUÍM.
28 MARIZA CHIRITO MIQUELLATO QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/FÍS.
29 MERI HIRABARA YANASE REPR LIC. PLENA – ARTES PLÁSTICAS30 MOISÉS AMARO COSTA QPM LIC. PLENA - HISTÓRIA
31 MÔNICA DE FÁTIMA COELHO
SCO2 LIC. PLENA – HISTÓRIA
32 NEILA MARTELLI TOLEDO DE CAMPOS
QPM LIC. PLENA – LETRAS
33 PRISCILLA PASCOAL BRUMM QPM LIC. PLENA – ED. ARTÍSTICA
34 ROGÉRIA APª DE OLIVEIRA QPM LIC. PLENA – LETRAS
35 ROSÂNGELA F. DA SILVA QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.
36 ROSEANE DA LUZ QPM LIC. PLENA – LETRAS
37 ROSEMARY REYNALDO QPM LIC. PLENA – LETRAS
38 ROSICLEY SOARES SILVA QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA
39 SILVIA VITORINI PSS LIC. PLENA - LETRAS
40 SIMONE FOGAÇA GASOLI SCO2 LIC. PLENA – LETRAS
41 SONIA APª DA S. HENRIQUES SCO2 LIC. PLENA – LETRAS
42 SONIA MARIA PELLEGRINI QPM LIC. PLENA – CIÊNC./BIO
43 TEREZINHA DE FÁTIMA COUTINHO QPM LIC. PLENA – HISTÓRIA
44 VANILDA APARECIDA MONTEIRO QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS/MAT.
45 ZENAIDE MARTINS SANCHES QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS
Q U A D R O T ÉC N ICO PED A G Ó G ICO A D M I N I S T R A T I V O
Nº NOME FUNÇÃO VÍNCU LO FORMAÇÃO
01 FABIANA APª GONÇALVES DIRETORA QPM LIC. PLENA - GEOGRAFIA
02 EDUARDO H ENRIQUE VON DER OSTEN
DIRETORAUXILIAR
QPM LIC. PLENA – EDUCAÇÃO FÍSICA
03 EDITH Mª V. CATUNDA MENDES
SECRETÁ-RIA
QPM LIC. PLENA - PSICOLOGIA
23
04 LEONOR LUIZA DE OLIVEIRA
TÉCNICO- ADM.
QFEB CONCLUINDO - PEDAGOGIA
05 SELMA REGINA COSMO TÉCNICO- ADM.
QFEB LIC. PLENA - PEDAGOGIA
06 LUCIA GUIMARÃES DA S. ASANO
QFBE LIC. PLENA - CIÊNCIAS/BIOLOG
07 ROSMALI Mª BASOLI DE OLIVEIRA
PEDAGO-GA
QPM LIC. PLENA - PEDAGOGIA
08 MARIA DAS GRAÇAS TICIANEL
PEDAGO-GA
QPM LIC. PLENA – PEDAGOGIA
09 ROSECLEI DE FÁTIMA PRONI
PEDAGO-GA
QPM LIC. PLENA - PEDAGOGIA
10 JANETE DE FREITAS PEDAGO-GA
QPM LIC. PLENA – PEDAGOGIA
11 MÁRCIA MARTINS PROFª READ.
QPM LIC. PLENA – CIÊNCIAS
12 ROSILDA DE FÁTIMA MOCO COSTA
MERENDEI-RA
QFEB ENSINO MÉDIO
13 SUELI ELISABETE DE MELLO
MERENDEI-RA
QFEB LIC. PLENA - PEDAGOGIA
14 MARIA ÂNGELA P. DE CARVALHO
SERV. GERAIS
QFEB ENSINO MÉDIO
15 MARIA ELIZABETE DO N. PIRES
SERV. GERAIS
PEAD ENSINO MÉDIO
16 APARECIDA DE JESUS PRONI
SERV. GERAIS
QFEB ENSINO MÉDIO
17 LUZIA HELENA D. DEDONÉ SERV. GERAIS
PSS ENSINO MÉDIO
18 MARIA CELESTE RIBEIRO SERV. GERAIS
PSS ENSINO MÉDIO
2.8. Condições de atendimento a alunos com necessidades
educacionais especiais
A Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
realizou uma adequação da parte física do colégio, como rampa de
acessibilidade, banheiros com instalações adequadas, porém as salas de aula
24
ainda não foram adaptadas. Em relação ao atendimento pedagógico, o colégio
não tem profissionais especializados ou mesmo treinados para atender os
alunos com deficiências mentais, neuromotoras, visuais e auditivas. Quando
ocorre a inclusão dos alunos encaminhados da APAE e das salas especiais para
o ensino regular, o diagnóstico recebido é que estão aptos para acompanhar o
regular, mas nem sempre é o que acontece, pois os professores não têm
formação nem condições de atender essas especificidades, ficando os alunos
dentro de salas numerosas e acabam reprovando ou abandonando a escola.
È necessário uma estrutura bem montada para atender os alunos com
necessidades educativas especiais, com psicólogos, fonoaudiólogos,
psicopedagogos, professores com formação específica e materiais de apoio.
O discurso é bonito, mas há muito o que fazer para se efetivar na prática
essa demanda.
2.9. Resultados Educacionais: aprovação e evasão
O colégio enfrenta muitos problemas em relação à reprovação e evasão,
principalmente no noturno, o que influi decisivamente nos resultados do IDEB.
Tomando como referência os últimos resultados, do ano letivo de 2011,
podemos considerar que são preocupantes, tendo como motivos dificuldades
de aprendizagem, defasagem idade/série, trabalho, falta de apoio da família,
dentre outros. Os quadros abaixo mostram o resultado por turmas:
ENSINO FUNDAMENTAL
TURMA TURNO Nº DE ALUNOSCONCLUINTES
AP REP DES %Aprova
ção
% Reprovação
% Evasão
5ª Manhã 89 68 21 - 76 24 -
5ª Tarde 30 21 9 - 70 30 -
6ª Manhã 59 40 19 - 68 32 -
6ª Tarde 12 10 2 - 83 17 -
6ª Noite 12 3 4 5 25 33 42
7ª Manhã 53 37 16 - 70 30 -
7ª Tarde 12 10 2 - 83 17 -
25
7ª Noite 23 6 9 8 26 39 35
8ª Manhã 59 51 8 - 86 14 -
8ª Noite 20 12 6 2 60 30 10
TOTAL 369 258 96 15 70 26 4
ENSINO MÉDIO
TURMA TURNO Nº DE ALUNOSCONCLUINTES
AP REP DES %Aprova
ção
% Reprovação
% Evasão
1ª Manhã 22 20 2 - 91 9 -
1ª Noite 14 8 6 - 57 43 -
2ª Manhã 12 11 1 - 92 8 -
2ª Noite 18 15 3 - 83 17 -
3ª Manhã 10 10 - - 100 - -
3ª Noite 9 8 1 - 89 11 -
TOTAL 85 72 13 - 85 15 -
2.10. Dados das Avaliações Externas
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita não tem obtido os resultados
esperados nas avaliações externas, o que, juntamente com os índices de
aprovação, reprovação e desistência, tem mantido muito baixo o IDEB da
instituição. Embora busque constantemente reverter esse quadro, a realidade
socioeconômica e cultural do alunado, assim como a desmotivação de muitos
professores, constituem-se nos grandes obstáculos na mudança dos resultados
apresentados. O colégio priorizará em seu plano de ação novas estratégias
para a superação da realidade atual.
Dados do Colégio Estadual Juvenal Mesquita
IDEB OBSERVADO METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021
3.4 3.3 2.6 2.6 3.5 3.6 3.9 4.3 4.7 4.9 5.2 5.4
2.11. Relação Idade-Série
26
Existe uma grande distorção idade/série dos alunos do Colégio Estadual
Juvenal Mesquita, com uma média de mais de 50%, considerando os três
turnos de funcionamento, sendo o período noturno praticamente em sua
totalidade. A maioria dos casos fora da faixa etária corresponde aos alunos
que reprovam, que começam e desistem no decorrer do ano, e aqueles que
param de estudar e retornam depois de algum tempo. As causas vão desde
desestrutura familiar, pobreza, drogas, ter que trabalhar cedo, etc. O colégio
tenta inovar, buscar alternativas junto ao corpo docente, discente, porém os
anseios e expectativas dos alunos dessa instituição não correspondem ao que
a escola, não somente esta, se propõe. Existe uma grande desmotivação dos
alunos, e a escola não tem sido atrativa o suficiente para garantir sua
permanência, o que requer uma mudança de postura de todos os atores
envolvidos no processo ensino e aprendizagem.
3. MARCO CONCEITUAL
27
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
procura realizar um trabalho pedagógico baseado em princípios democráticos
que favoreçam a igualdade de oportunidades de aprendizagem em que os
jovens adquiram a capacidade de serem críticos e atuantes. A proposta
pedagógica permeia um trabalho que possibilite, além da garantia do acesso e
permanência do aluno na escola, a igualdade de oportunidades para aprender,
ensinar, pesquisar, divulgar a cultura, e ao mesmo tempo respeitar a cultura
que o aluno trouxe do seu meio, o pensamento, a arte e o saber.
Assim, é fundamental o respeito às especificidades do Ensino da
Educação Básica:
• Princípios da igualdade, da liberdade, pluralismo de ideias;
• Convivência entre instituições públicas e privadas;
• Obrigatoriedade e gratuidade;
• Garantia inalienável da cidadania plena;
• Gestão democrática;
• Padrão de qualidade;
• Reconhecimento da identidade pessoal dos alunos, professores e outros
profissionais;
• Caráter de colaboração e flexibilidade entre as instâncias;
• Acesso e permanência;
• Pleno domínio da escrita, leitura e cálculo;
• Desenvolvimento da capacidade de aprender;
• Formação básica;
• Proporcionar conteúdos mínimos e relevantes;
• Integração entre a Base Nacional Comum e a Parte Diversificada,
integrando, enriquecendo e complementando com os projetos de
pesquisa;
• Parte diversificada, enriquecendo e complementando com projetos e
programas.
O colégio propõe a existência de um clima escolar propenso à preservação
de valores, crenças e cultura que os cercam e que trazem impacto à
28
aprendizagem.
Considerando a mudança de paradigmas e as transformações sociais e
familiares, a escola tenta superar o modelo tradicionalista de educação para
um novo olhar, nova leitura na relação escola-aluno-professor no processo
ensino e aprendizagem, com o foco na aquisição dos conhecimentos científicos
produzidos, acumulados e sistematizados pela humanidade.
Apesar de várias mudanças, de alterações no cotidiano escolar, é preciso
procurar estabelecer relações para definir os problemas e buscar soluções.
Considera-se, fundamentando-se em Vygotsky, que o indivíduo adquire o
seu conhecimento na medida que interage com o meio, e essa relação é
permeada por um contato com o outro, tendo clareza de que esse outro
desempenhará um papel relevante no processo de ensino e aprendizagem.
Formar sujeitos políticos, autônomos e emancipados requer um fazer
pedagógico que vai das atividades espontâneas às reconstruções do objeto do
conhecimento.
O colégio, pensando no que pretende do ponto de vista político e
pedagógico, procura desenvolver um trabalho dentro da ética coletiva, revendo
as ações e sua própria organização, através de uma contínua atividade
investigativa e sempre fazendo reflexão na sua própria ação.
Dessa forma, faz-se necessário algumas compreensões:
3.1. Concepção de Educação
Ao considerarmos uma sociedade de classes, vemos que a educação tem
uma função política de criar as condições necessárias à hegemonia da classe
trabalhadora. O seu projeto histórico é explícito e traduz-se na criação de uma
nova hegemonia, ou seja, a da classe trabalhadora. O ato educativo, cotidiano,
não pode ser um ato isolado, mas integrado num projeto social e global de luta
da classe trabalhadora.
A educação dialética é processo de formação e capacitação: apropriação
das capacidades de organização e direção, fortalecimento da consciência de
classe para intervir de modo criativo e organizado na transformação estrutural
da sociedade. De acordo com Paulo Freire, só é libertadora na medida em que
29
tiver como educar.
Em síntese, Educação é uma necessidade humana, uma prática social
específica dos homens, fenômeno próprio dos seres humanos, um processo
histórico. É intencional, libertadora, que transforma a realidade. Ela não muda
o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade e nas
suas relações de trabalho.
Ancorando-se nesses conceitos, o Projeto Político Pedagógico busca
organizar um trabalho pedagógico numa perspectiva histórico-crítica, evitando
o esvaziamento da função precípua da escola, que é a socialização do saber
elaborado, trabalhando no sentido de tornar realidade a escola pública de
qualidade, com a formação de um cidadão crítico diante de sua sociedade,
para poder transformá-la.
3.2. Concepção de Homem
O homem é um ser natural e social que produz conhecimentos e acumula
experiências, transformando a natureza através do trabalho. É um agente de
transformação a partir do momento que participa ativamente da construção da
história coletiva, agindo intencionalmente.
A educação dialética considera a construção do homem histórico,
compromissado com as tarefas do seu tempo, numa perspectiva
transformadora, participando efetivamente do projeto de construção de uma
nova realidade social. No Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino
Fundamental e Médio a concepção de homem vai de encontro ao sujeito
histórico que o mesmo representa, constituindo-se ao longo do tempo como o
produtor das relações econômicas, sociais, culturais e políticas que o
transformam no processo educativo, conscientizador, transformador, de luta,
na busca constante de uma sociedade justa e igualitária.
3.3. Concepção de Escola
30
Partindo da premissa que a escola é entendida por todos como um
espaço e lugar privilegiado de ensino e aprendizagem, é necessário fazer
alguns questionamentos em relação à forma como devemos conceber o papel
social da escola e como devemos conduzir as orientações pedagógicas e os
conteúdos a serem ministrados.
A escola tem um papel importante na evolução do processo de
aprendizagem de cada cidadão, já que sua função é orientá-lo e prepará-lo
socialmente.
A escola contemporânea tem passado por expressivas transformações de
caráter social, político e econômico. Essas transformações originam-se nos
pressupostos que vêm direcionando os modos de vida. Observamos situações
espetaculares, dignas, responsáveis, equilibradas, criativas. Mas, enfrentamos
também situações lastimáveis, como se as pessoas estivessem perdendo o
senso da aprendizagem, do bem viver, de relacionar-se, de aprender, de querer
e de respeitar-se.
A escola tem um papel social expressivo na fomação daqueles que
passam parte de suas vidas sendo orientados e preparados por ela.
3.4. Concepção de Sociedade
A educação deve ser democraticamente oferecida a todos os alunos,
indistintamente, para que não sejam prejudicados ou marginalizados pelos
mais favorecidos. Logo, o centro das preocupações são as necessidades do
aluno. Para desenvolvê-lo é mister conhecê-lo, e assim possibilitar-lhe mais
oportunidades para a satisfação de suas necessidades e interesses, a fim de
que se ajuste à vida contemporânea.
Sociedade pressupõe agrupamento, acúmulo de experiências individuais
e coletivas, transmissão de conhecimentos, exercendo portanto uma forte
influência no interior da escola.
A sociedade é uma organização em constantes transformações. E para
compreendê-la e poder transformá-la, é fundamental conhecer as correntes de
31
pensamento, as concepções que vêm tentando explicar como ocorrem os fatos,
como se dá o conhecimento humano, para então conceber a sociedade como
um misto de forças emancipadoras, com ideal de libertação, da qual a escola
deve fazer parte, e não como forças conservadoras, interessadas em manter o
sistema social vigente.
3.5. Concepção de Cultura
Entende-se por cultura o conjunto de conhecimentos, crenças, arte,
moral, leis, costumes e quaisquer outras capacidades ou hábitos adquiridos
pelo homem enquanto membro de uma sociedade. É o desenvolvimento
intelectual do ser humano, são os costumes e valores de uma sociedade.
O homem não apenas sente, faz e age em relação à cultura, mas
também pensa e reflete sobre o sentido de tudo no mundo. Os homens são
seres culturais por natureza.
3.6. Concepção de Tecnologia
As novas tecnologias parecem ter “rendido” toda a humanidade, e o
campo da educação não é uma exceção. Entretanto, quando se fala em
educação, o foco precisa estar não somente nos avanços e desenvolvimento de
objetos técnicos, mas no entendimento da própria transformação do papel
desses objetos no pensamento e na cognição humana, bem como o
questionamento de como essas mudanças podem afetar radicalmente os
critérios epistemológicos da seleção do conhecimento escolar e de suas
práticas pedagógicas. O uso das tecnologias trará resultados satisfatórios na
educação caso atendam prioritariamente as necessidades da área pedagógica.
3.7. Concepção de Cidadania
32
Cidadania pressupõe vida em sociedade, abrangendo todas as classes
sociais. São direitos e deveres do cidadão para com a sociedade e da
sociedade para com o cidadão, embora na prática ainda há muito o que fazer
para que esses direitos e deveres sejam iguais para todos.
Para tanto, é necessário um esforço coletivo da escola, considerando que
a mesma constitui-se num espaço privilegiado de busca desse ideal, ou seja, a
qualidade de vida merecida por todos os seres humanos.
3.8. Concepção de Ensino e Aprendizagem
A metodologia do colégio está ancorada na Pedagogia Histórico-Crítica,
partindo da prática social inicial para a a prática social final transformadora.
O objetivo é proporcionar ao aluno um ambiente de aprendizagem
devidamente contextualizado no seu cotidiano, em que possa ser sujeito no
seu processo de transformação da informação e da experiência em
conhecimento. Para tal, o professor deve ter uma visão crítica do seu trabalho,
equalizado com o estágio de desenvolvimento da nossa sociedade e do mundo
do trabalho, bem como deve estar atualizado com os avanços tecnológicos.
3.9. Concepção de Avaliação
Vários aspectos devem ser considerados quando o assunto é avaliação.
Primeiramente é preciso ter clareza do que se quer avaliar, em cada momento
específico do processo ensino e aprendizagem.
A avaliação deve ser diagnóstica, contínua, processual, de forma a poder
rever e intervir na prática pedagógica. Muito mais importante que pensar em
instrumentos de medidas, números para representar uma média mínima
exigida, é fundamental priorizar os critérios de avaliação para os conteúdos
trabalhados, contribuindo assim para a formação de pessoas autônomas,
críticas e conscientes.
33
A avaliação deverá ser a favor da aprendizagem, e não a favor da
seleção. O aluno não é a tradução de uma média mínima exigida, pois a
avaliação é um ato de aprendizagem, nunca de punição. Na medida em que
ocorre o reconhecimento do limite e da amplitude de onde se está, descortina-
se uma motivação para o prosseguimento no percurso de vida ou de estudo
que se esteja realizando. A recuperação de estudos deverá ser ofertada de
forma concomitante durante todo o ano letivo, é um momento de rever as
práticas metodológicas e avaliativas tendo em mente o ingresso, a
permanência e o sucesso do educando. A avaliação é parte
integrante do ato pedagógico e impulsionador da aprendizagem, a escola e o
professor devem conhecer o aluno real, abandonando o paradigma de que a
avaliação serve só para medir a aprendizagem do aluno tendo o cuidado de
não deixar que o aluno construa uma visão distorcida sobre seu processo de
aquisição de conhecimento, mostrando que ele também está inserido neste
processo.
A escola deve entender que todo processo educativo deve subsidiar na
participação do aluno e não mais na destruição da sua auto-estima pelo
professor. Assim a escola não pode mais pensar em elaborar uma avaliação
baseada num tipo de aluno ideal. É preciso criar uma avaliação que vise a
educação do aluno, mostrando qual é a perspectiva histórica e cognitiva que se
deseja atingir. Com isso, o professor poderá ver se o que está ensinando
contribuirá para modificar o aluno dentro desta perspectiva.
Assim, a avaliação escolar deixa de ter uma exigência autoritária e formal,
passando a ter uma exigência muito maior que é o compromisso com a
construção da aprendizagem e da responsabilidade social do aluno. Com essa
mudança, o aluno entenderá que a avaliação faz parte de um processo que
tem como objetivo final uma busca de qualidade no seu processo de aquisição
de conhecimento.
Acredita-se que o desafio de buscar novos caminhos para se avaliar com
prazer, pesquisar e descobrir de novos conhecimentos, esta nas mãos dos
professores educadores. Somente eles poderão direcionar o aluno na
construção de novas aprendizagens, proporcionando com isso um ensino de
qualidade e visando sua formação.
34
Enfim, a arte de ensinar e aprender está nas mãos do educador que
busca inovar e acredita que o conhecimento universal possa ser compartilhado,
incluindo o aluno cidadão na sociedade, tendo como meta à formação integral
do educando e trazendo para sala de aula prazer em ser avaliado com
qualidade e profissionalismo.
3.10. Concepção de Gestão Escolar
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
entende Gestão Democrática como a participação consciente do coletivo
escolar na busca de uma identidade para a instituição, que responda aos
anseios da comunidade, garantindo condições de igualdade no acesso e
permanência de todos na escola.
Considerando a função social da escola, a gestão escolar deve garantir a
qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos,
independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os
alunos portadores de qualquer tipo de deficiência seja ela física, mental ou
comportamental, respeitando dessa forma, o princípio da gestão democrática
de igualdade de condições de acesso e de permanência na escola, de
gratuidade para a rede pública, de uma Educação Básica com qualidade em
seus diferentes níveis e modalidades de ensino, vedada qualquer forma de
discriminação e segregação.
O trabalho pedagógico deve orientar as questões administrativas para
que o aspecto pedagógico seja sempre o elemento norteador do ensino. Para
que isso se realize é necessário que primeiramente seja definida a metodologia
de gestão, que deve ser participativa, ressaltando-se o papel das instâncias
colegiadas na definição de políticas, diretrizes e ações.
As tomadas de decisões devem acontecer em conjunto com todo o
colegiado da escola e os recursos financeiros devem ser gerenciados de forma
transparente e de acordo com o que foi decidido pela comunidade escolar,
buscando dessa forma a melhoria do ensino e a qualidade pretendida.
3.11. Concepção de Currículo
35
O currículo compreende os conhecimentos produzidos, acumulados e
sistematizados pela humanidade, transmitindo assim uma cultura.
É uma construção social do conhecimento, pressupõe a sistematização
dos meios para que esta construção se efetive.
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O
primeiro é o de que o currículo não é um instrumento neutro, ele passa uma
cultura.
O segundo ponto é que o currículo não pode ser separado do contexto
social, uma vez que ele é historicamente situado e culturalmente determinado.
O terceiro ponto diz respeito ao tipo de organização curricular que a
escola deve adotar. O estudo mais sistemático do currículo geralmente ocorre
na semana pedagógica e observa as mudanças da sociedade atual, sempre
sendo construído dentro de uma perspectiva Histórico-Crítica.
As atividades em contraturno, como salas de apoio à aprendizagem,
também compõem o currículo escolar, coerentes com as concepções que
norteiam o trabalho pedagógico.
3.12. Concepção de Infância e Adolescência articulada à concepção de Ensino e Aprendizagem
A ampliação do Ensino Fundamental, de oito para nove anos de duração,
incluiu a criança de seis anos no Sistema Educacional Brasileiro. Este ingresso
não pode se limitar a uma medida meramente administrativa, mas sobretudo
voltando uma atenção especial ao processo de desenvolvimento e
aprendizagem das crianças, o que implica conhecimento e respeito às suas
características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas, tanto nos cinco anos
iniciais quanto nos quatro anos finais, já que é uma mudança para se repensar
todo o ensino fundamental.
Faz-se necessário, portanto, conhecer a criança e o adolescente, pois a
construção da proposta pedagógica deve ser coerente com as especificidades
da segunda infância, atendendo também às necessidades de desenvolvimento
36
da adolescência.
A infância pode ser entendida como categoria social e como categoria
da história humana, englobando aspectos que afetam também o que temos
chamado de adolescência ou juventude, sendo a infância entendida como o
período da história de cada um, que se estende, na nossa sociedade, do
nascimento até aproximadamente dez anos de idade.
Numa sociedade desigual, as crianças desempenham, nos diversos
contextos, papéis diferentes. A ideia de infância moderna foi universalizada
com base em um padrão de crianças das classes médias, a partir de critérios
de idade e dependência do adulto, característicos de sua inserção no interior
dessas classes. No entanto, é preciso considerar a diversidade de aspectos
sociais, culturais e políticos.
A criança não se resume a ser alguém que não é, mas o adulto que se
tornará. É específico da infância seu poder de imaginação, a fantasia, a
criação, a brincadeira entendida como experiência de cultura. Crianças são
cidadãs, pessoas detentoras de direitos, que produzem cultura e são nela
produzidas. Por isso é importante entender o modo de ver das crianças, para
poder ver o mundo a partir do seu ponto de vista.
Embora o conceito de infância varie muito, de acordo com o contexto
histórico-social vivido, foram construídos padrões relativos à concepção
burguesa de infância, e a desmistificação de um conceito único, possibilitará
ver as crianças pelo que são no presente, sem se valer de estereótipos, idéias
pré-concebidas ou de práticas educativas que visam moldá-las em função de
visões ideológicas e rígidas de desenvolvimento e aprendizagem.
As crianças possuem modos próprios de compreender e interagir com o
mundo. Cabe à escola como um todo, favorecer a criação de um ambiente
onde a infância possa ser vivida em toda a sua plenitude, um espaço e um
tempo de encontro entre os seus próprios espaços e tempos de ser criança
dentro e fora da escola.
A concepção de adolescência, de acordo com a Psicologia, desde Stanley
Hall, está fortemente ligada a estereótipos e estigmas, abordando uma
concepção naturalista universal sobre o adolescente. Aberastury considera a
adolescência como “um momento crucial na vida do homem e constitui a etapa
37
decisiva de um processo de desprendimento”, destacando esse período como
de “contradições, confuso, doloroso”. Knobel parte de pressupostos de que “o
adolescente passa por desequilíbrios e instabilidades extremas” e que “o
adolescente apresenta uma vulnerabilidade especial para assimilar os
impactos projetivos de pais, irmãos, amigos e de toda a sociedade”. Esses
desequilíbrios e instabilidades extremas e essa vulnerabilidade especial são
colocadas como inerentes ao jovem, pressupondo uma crise preexistente no
adolescente, devendo portanto essa concepção ser refletida.
Muitas teorias têm uma visão naturalista, na medida em que a infância e
a adolescência são vistas como um estado, e não como uma condição social,
sendo assim deficientes pelo fato de desprezarem o contexto social e cultural,
o processo construído historicamente, tendendo a identificar bases universais
em suas proposições. Herrán considera que haja alguma concordância entre
autores e linhas teóricas sobre o fato de a adolescência ser um período de
transição marcado por mudanças físicas e cognitivas, bem como um
prolongamento do período de aprendizagem que permitirá sua inserção no
mundo adulto.
As concepções presentes nas vertentes teóricas da psicologia, apesar de
considerarem a adolescência como um fenômeno biopsicossocial, ora
enfatizam os aspectos biológicos, ora os aspectos ambientais e sociais, não
conseguindo superar visões dicotomizantes ou fragmentadas. Dessa forma, os
fatores sociais são encarados de forma abstrata e genérica, e a influência do
meio torna-se difusa e descaracterizada contextualmente, agindo apenas como
um pano de fundo no processo de desenvolvimento já previsto no adolescente.
Tem-se buscado uma saída teórica que supere a visão naturalizante e
patologizante da adolescência presente na Psicologia. Uma saída que supere a
visão de homem, baseada na ideologia liberal, que vê o homem como
autônomo, livre e capaz de se autodeterminar. Que, resumidamente, vê a
adolescência como uma fase natural do desenvolvimento, apontando nela
características naturais como rebeldia, desequilíbrios e instabilidades, lutos e
crises de identidade, instabilidade de afetos, busca de si mesmos, tendência
grupal, necessidade de fantasiar, crises religiosas, flutuações de humor e
contradições sucessivas.
38
A adolescência não é um período natural do desenvolvimento; é um
momento significado e interpretado pelo homem. O jovem não é algo por
natureza, são características que surgem nas relações sociais, em um processo
no qual o jovem se coloca inteiro, com suas características pessoais e seu
corpo. A adolescência foi construída historicamente de acordo com as
exigências da sociedade moderna, ou seja, a necessidade de retardar o
ingresso dos jovens no mercado de trabalho, a extensão do período escolar, e
até a necessidade de justificativa da burguesia par manter seus filhos longe do
trabalho, dentre outros. A adolescência refere-se, assim, a esse período de
latência social constituída a partir da sociedade capitalista, e essas questões
sociais e históricas vão constituindo uma fase de afastamento do trabalho e de
preparo para a vida adulta. As marcas do corpo e as possibilidades na relação
com os adultos vão sendo pinçadas para a construção das significações, para a
qual é básica a contradição que se configuram nesta vivência entre as
necessidades dos jovens, as condições pessoais e as possibilidades sociais de
satisfação delas. Dessa relação e de sua vivência, enquanto contradição, que
se retirará grande parte das significações que compõem a adolescência: a
rebeldia, a moratória, a instabilidade, a busca da identidade e os conflitos.
Essas características, tão bem anotadas pela Psicologia, ao contrário da
naturalidade que se lhes atribui, são históricas, isto é, foram geradas como
características dessa adolescência que aí está. Entende-se, assim, a
adolescência como constituída socialmente a partir de necessidades sociais e
econômicas e de características que vão se constituindo no processo.
A educação escolar, para grande parte da população, produz um
conjunto de relações marcadas pela tensão, descontinuidade e desvalorização
das crianças e dos adolescentes que nela ingressam, devido a um desencontro
entre as esperanças construídas pelas famílias em torno do valor da escola e
as aspirações dos jovens – ascensão social, melhoria das condições de vida.
Para o jovem, o desencontro das expectativas iniciais gestadas na família e a
experiência cotidiana vivida na escola, que muitas vezes nega essas
aspirações, pode gerar desinteresse, indisciplina e violência, na medida em
que a trajetória na escolarização gera insucesso e exclusão. Dependendo do
seu modo de funcionamento, a escola pode ou não vir a contribuir para a
39
estruturação efetiva de referências e a questão está na sua capacidade de
propiciar arranjos que asseguram um conjunto de relações sociais significativas
para os adolescentes e suas famílias.
Mesmo que a organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do
Ensino Fundamental diferencie-se da organização dos anos finais, deve-se
procurar a ruptura dessa fragmentação, propondo unicidade entre instituições
de ensino, com a adequação dos conteúdos no tempo escolar de forma que as
disciplinas não sejam hierarquizadas, pois para a criança e adolescente não há
separação entre os conhecimentos em campos específicos, e suas experiências
de apropriação do mundo ocorrem por meio de diferentes linguagens,
expressando-se por meio do movimento, da oralidade, do desenho e da escrita.
É fundamental, então, que o processo de ensino-aprendizagem considere
singularidades da aprendizagem por meio do desenvolvimento de atividades
encadeadas que possibilitem a ampliação dos conhecimentos de forma
prazerosa e cheia de significação social, num movimento de articulação entre
os anos iniciais e finais, pois embora o Ensino Fundamental esteja
administrativamente dividido em duas etapas, essa é uma etapa única que
exige articulação, assegurando assim a continuidade do processo educacional.
3.13. Concepção de Alfabetização e Letramento
A apropriação do Sistema de Escrita Alfabética por nossas crianças e
jovens não se dá apenas nos anos iniciais, mas ao longo de todo os níveis da
Educação Básica.
Desde muito cedo as crianças convivem com a língua oral e participam
de diferentes situações de interação social, aprendendo sobre elas próprias,
sobre a natureza e sobre a sociedade, chegando à escola já conseguindo
interagir com autonomia. Entretanto, na escola, aprendem a produzir textos
orais mais formais e ampliam suas capacidades de compreensão. Isso também
ocorre com a escrita, onde as crianças e adolescentes observam palavras
escritas em diferentes suportes, escutam histórias lidas por outras pessoas, e
nessas experiências culturais com práticas de leitura e escrita, vão se
40
constituindo como sujeitos letrados.
Sabendo que as crianças que vivem em ambientes ricos em experiências
de leitura e escrita, não só se motivam para ler e escrever, mas começam,
desde cedo, a refletir sobre as características dos diferentes textos que
circulam ao seu redor, sobre seus estilos, usos e finalidades, é fundamental
que a escola assegure aos estudantes, diariamente, a vivência de práticas
reais de leitura e produção de textos diversificados. Cabe, então, à instituição
escolar, responsável pelo ensino da leitura e da escrita, ampliar as
experiências das crianças e dos adolescentes de modo que eles possam ler e
produzir diferentes textos com autonomia, se preocupando também com o
desenvolvimento dos conhecimentos relativos à aprendizagem da escrita
alfabética, assim como daqueles ligados ao uso e à produção da linguagem
escrita. E o papel dos professores, em relação ao contato dos estudantes com
diferentes textos, em atividades de leitura e escrita realizadas dentro e fora da
escola, deve se refletido e entendido que esse contato precisa ser mediado,
caso contrário não há garantias que nossas crianças e jovens se alfabetizem.
É relevante, portanto, distinguirmos alfabetização de letramento, sendo
que alfabetização corresponde ao processo pelo qual se adquire uma
tecnologia – a escrita alfabética e as habilidades de utilizá-la para ler e
escrever, sendo que o domínio de tal tecnologia envolve conhecimentos e
destrezas variados, como compreender o funcionamento do alfabeto,
memorizar as convenções letra-som e dominar seu traçado, e letramento
relaciona-se ao exercício efetivo e competente daquela tecnologia da escrita,
nas situações em que precisamos ler e produzir textos reais.
Alfabetizar e letrar são duas ações distintas, mas não inseparáveis. Ao
contrário, o ideal seria alfabetizar letrando, ou seja, ensinar a ler e a escrever
no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, o que se constitui num
desafio. Implica refletir sobre as práticas e as concepções adotadas para a
inserção das crianças e adolescentes no mundo da escrita, analisar e recriar
metodologias de ensino, a fim de garantir, o mais cedo e da forma mais eficaz
possível, o duplo direito de não apenas ler e registrar autonomamente palavras
numa escrita alfabética, mas de poder ler, compreender e produzir os textos
que compartilhamos socialmente como cidadãos.
41
3.14. Articulação dos anos iniciais e anos finais do Ensino Fundamental
A articulação entre os anos iniciais e anos finais do ensino fundamental
deve acontecer de forma a promover a integração entre os envolvidos,
assegurando as aprendizagens necessárias tanto dos educandos que cursam
os anos iniciais quanto dos que cursam os anos finais. A ampliação do ensino
fundamental para nove anos implica em capacitar primeiramente todos os
profissionais da educação através da formação continuada: Semana
Pedagógica, Grupo de Estudos, Reuniões Pedagógicas, Oficinas Disciplinares,
etc., bem como reformular o Projeto Político-Pedagógico e a Proposta
Pedagógica Curricular. Além disso, os espaços educativos, os materiais
didáticos e os equipamentos necessários precisam ser repensados para
atender esta demanda. Este é o momento de rever os conteúdos e as
concepções e práticas pedagógicas de avaliação do ensino e aprendizagem,
diante do desafio de uma formação voltada para a cidadania, a autonomia e a
liberdade responsável de aprender e transformar a realidade de maneira
positiva. Cabe ao estabelecimento de ensino assegurar a flexibilização dos
tempos e dos espaços com vistas a uma efetiva aprendizagem em todas as
dimensões do currículo, através da prática de uma avaliação ética e
democrática, garantindo o acesso, a permanência e a aprendizagem com
qualidade.
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita é compartilhado com a Escola
Municipal Maria Inês Speer Farias, de anos iniciais, e procura manter um
diálogo constante com a comunidade escolar da mesma, para estabelecer a
ponte necessária ao desenvolvimento das ações que subsidiarão o trabalho
pedagógico a ser desenvolvido, e que refletirá no processo ensino e
aprendizagem.
3.15. Adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais
42
A partir do momento que se faz a articulação com os anos iniciais, é
possível desenvolver um trabalho que promova uma boa adaptação dos alunos
dos anos iniciais, sem aquela ruptura impactante, que intimida e amedronta os
alunos.
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio,
sendo uma escola compartilhada, atende os mesmos alunos da escola de anos
iniciais, o que favorece sua adaptação, onde os mesmos são bem acolhidos,
com oferta de um trabalho pedagógico adequado às suas necessidades e nível
de desenvolvimento.
4. MARCO OPERACIONAL:
43
Tendo em vista que a escola que queremos é a que tem a função de
promover o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos pela
humanidade a fim de possibilitar condições de emancipação humana, tendo o
compromisso de assegurar um ensino de qualidade a todos que nela adentram,
ou seja, um saber sistematizado indispensável para o exercício da cidadania,
faz-se necessário colocar em prática as ações que viabilizarão o processo de
construção e interação social com o conhecimento, em todo o estado do
Paraná. Todas as ações a serem desenvolvidas têm o compromisso de levar o
aluno ao conhecimento, objetivando a compreensão do mundo que o cerca de
forma crítica, com o intuito de instigá-lo a buscar a mudança necessária. Essas
ações devem estar em consonância com as Diretrizes Curriculares, Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) 9394/96, explicitadas no
Regimento Escolar e Projeto Político Pedagógico de cada instituição, coerentes
com a filosofia da escola.
Por meio do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Juvenal
Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, buscaremos redimensionar e
organizar o trabalho pedagógico de cada segmento da escola, imprescindível
para se alcançar sua função máxima, que é promover o acesso aos
conhecimentos historicamente produzidos.
4.1. Ações definidas pelo coletivo escolar:
• Melhoria da prática administrativo-pedagógica para garantia da
qualidade do ensino;
• Momentos específicos para discussões pedagógicas, utilização de
materiais para pesquisa e outras atividades correlatas;
• Ampliação e conservação do acervo e serviços bibliográficos prestados à
comunidade escolar e a integração desse acervo, sempre que possível,
ao acervo da multimídia;
• Envolvimento dos diversos segmentos no acompanhamento do Projeto
Político Pedagógico, para que ocorra sua efetivação na prática;
• Incentivo à uma maior participação dos docentes em reuniões
44
pertinentes às questões que envolvem o colégio, sejam reuniões de pais,
pedagógicas, comunitárias, conselhos de classe, etc.;
• Execução do Plano de Trabalho Docente, de acordo com a Proposta
Pedagógica Curricular integrada ao PPP da escola;
• Organização de hora atividade, dentro das possibilidades, agrupando
disciplinas afins;
• Incentivo e valorização do trabalho docente, com acompanhamento junto
aos alunos e pais;
• Cumprimento das reuniões pedagógicas de acordo com o calendário ou
quando se fizerem necessárias;
• Participação efetiva nos conselhos de classe de todos os envolvidos no
processo ensino e aprendizagem, focando sempre no que pode ser feito
para melhorar e não apenas nos problemas apresentados;
• Reuniões periódicas com pais, obedecendo cronograma por segmentos
e/ou quando ocorrerem situações que exijam reuniões extraordinárias,
com o objetivo de envolvê-los na participação do processo ensino e
aprendizagem dos filhos;
• Atuação efetiva do Conselho Escolar nas tomadas de decisões
pertinentes ao contexto escolar, em todas as instâncias;
• Estudo e divulgação das atribuições e normas de conduta contidas no
Regimento Escolar, em relação à equipe diretiva, pedagógica,
administrativa, corpo docente, discente e pais, a toda a comunidade
escolar, no início e ao longo do ano letivo;
• Definição de critérios avaliativos mais coerentes, de acordo com as
especificidades de cada turma, eliminando as práticas classificatórias;
• Busca da qualidade pretendida sempre de forma coletiva, com o
envolvimento de todos;
• Incentivo às atividades lúdicas, artísticas, recreativas e esportivas,
através da aquisição de materiais e promoção de eventos;
• Passeios e excursões educativas/ecológicas com o intuito de ampliar e
enriquecer os conhecimentos adquiridos em sala de aula;
• Palestras sobre assuntos de interesse dos alunos, da comunidade em
45
geral, que venham complementar conteúdos de sala de aula, proferidas
por pessoas que tenham conhecimento de causa sobre o assunto em
questão ou que sejam profissionais da área;
• Viabilização de espaço físico para recuperação de alunos com
dificuldades de aprendizagem, seja através da sala de apoio ou reforço
nas horas atividade do professor;
• Incentivo à participação dos professores nas formações continuadas.
4.2. Organização do trabalho pedagógico
A organização do trabalho pedagógico dar-se-á considerando os elementos
essenciais para sua efetivação:
4.2.1. Organização Curricular
Na Escola Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio o
ensino é de forma presencial, com organização curricular por Anos no Ensino
Fundamental, com 4 (quatro) anos de duração (6º ao 9º Ano) e por Séries no
Ensino Médio, organizado por blocos de disciplinas semestrais, com duração de
03 anos (1ª a 3ª Série).
Os conteúdos curriculares observam a difusão de valores fundamentais
ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, respeito ao bem
comum e à ordem democrática, e o respeito à diversidade.
Os conteúdos e componentes curriculares são organizados na Proposta
Pedagógica Curricular, inclusa no Projeto Político Pedagógico do
estabelecimento de ensino, em conformidade com as Diretrizes Nacionais e
Estaduais.
Consta na organização curricular dos anos finais as disciplinas da Base
Nacional Comum constituída por: Arte, Ciências, Educação Física, Ensino
Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa; e a Parte
Diversificada, constituída pela disciplina de Língua Estangeira Moderna –
Inglês.
46
No Ensino Médio cada bloco é composto por seis (06) disciplinas em
cada semestre, sendo : Bloco 1- Biologia, Educação Física, Filosofia, História,
Língua Portuguesa, Inglês; Bloco 2 – Arte, Física, Geografia, Matemática,
Química, Sociologia.
4.2.2. Processo de Avaliação: avaliação da aprendizagem, formas de
registro, recuperação de estudos, promoção
- Ensino Fundamental
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e
aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do
conhecimento pelo aluno.
É contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento
global do aluno e considerar as características individuais deste no conjunto
dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à
elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades
educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.
É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único
instrumento de avaliação.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar são elaborados em
consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político
Pedagógico.
A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a
comparação dos alunos entre si.
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a
reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa
47
reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas são analisados durante o período
letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades
detectadas, de novas ações pedagógicas, para o Estabelecimento de Ensino.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do
nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem.
A recuperação deverá ser organizada com atividades significativas, por
meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados. A proposta de
recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da
disciplina.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e
autenticidade de sua vida escolar.
Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações
efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente
do aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro
de Classe.
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do
aluno, aliada à apuração da sua frequência. Na promoção ou certificação de
conclusão, para os anos finais do Ensino Fundamental, a média final mínima
exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a frequência mínima exigida
por lei.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio que
apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média
anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão
considerados aprovados ao final do ano letivo.
48
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente
do aproveitamento escolar;
II. frequência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a
6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina.
A média de conclusão de cada disciplina será obtida por meio da média
aritmética, dos resultados das avaliações dos períodos letivos, constituindo-se
na média anual (M.A) para o Ensino Fundamental e Médio.
O Estabelecimento de Ensino utilizará a seguinte fórmula para o cálculo
da Média Anual no Ensino Fundamental:
1º Bimestre + 2º Bimestre + 3º Bimestre + 4º Bimestre = M.A.
4
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão
devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e
expedição de documentação escolar.
- Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais
No Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, as
disciplinas da Matriz Curricular estarão organizadas anualmente em dois blocos
ofertados concomitantemente.
A carga horária da disciplina ficará condensada em um semestre,
garantindo o número de aulas da Matriz Curricular.
Cada Bloco de Disciplinas Semestrais será cumprido, com, no mínimo,
100 dias letivos, previstos no Calendário Escolar.
O aluno terá a garantia de continuidade de seus estudos quando concluir
cada um dos Blocos de Disciplinas Semestrais.
A conclusão da série ocorrerá quando o aluno cumprir os dois Blocos de
disciplinas Semestrais ofertados em cada série.
49
Quando a conclusão da série ocorrer, no final do 1º semestre do ano
letivo, o aluno poderá realizar a matrícula na série seguinte, no 2º semestre no
mesmo ano letivo.
O estabelecimento de ensino, quando constatar a possibilidade de
avanço de aprendizagem, apresentado por aluno devidamente matriculado e
com frequência na série/ano/blocos de disciplinas semestrais/disciplinas,
deverá notificar o Núcleo regional de Educação para que este proceda
orientação e acompanhamento quanto aos preceitos legais, éticos e das
normas que fundamentam o processo de reclassificação.
Os alunos, quando maiores, ou seus responsáveis, poderão solicitar
reclassificação, facultando à escola aprová-lo.
As transferências de alunos entre a Organização Anual e a Organização
por Blocos de Disciplinas Semestrais e entre a mesma Organização por Blocos
de Disciplinas Semestrais, seguirão as normas previstas na legislação e serão
analisadas pela equipe pedagógica do estabelecimento de ensino.
As transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino com
a Organização Anual para a Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais,
durante o 1º semestre do ano letivo, serão analisadas pela equipe pedagógica
do estabelecimento de ensino a fim de definir qual o Bloco em que o aluno será
matriculado, considerando as necessidades de aprendizagem apresentadas
pelo aluno.
As transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino com
a Organização Anual para a Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais
no 2º semestre letivo, serão efetivadas no Bloco 1 ou Bloco 2, a partir da
análise pedagógica de seu desenvolvimento escolar sendo considerada sua
frequência, independente dos resultados apresentados pelo aluno no 1º
semestre letivo no estabelecimento de ensino de origem.
Nas transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino que
ofertam a Organização por Blocos de Disciplinas Semestrais, o aluno cumprirá
o Bloco de disciplinas Semestrais faltante da série.
Nas transferências de alunos oriundos de estabelecimento de ensino
com Organização por Blocos de disciplinas Semestrais para a Organização
Anual, o aluno aproveitará a carga horária e avaliações (notas, conceitos,
50
pareceres, etc.), cumprindo normalmente todas as disciplinas da Matriz
Curicular Anual, seguindo a legislação vigente.
O aluno ao se transferir deverá receber do estabelecimento de origem,
documento oficial onde constem disciplinas, avaliação (notas, conceitos,
pareceres, etc.) com o resultado e frequência do Bloco de Disciplinas
Semestrais.
Exigir-se-á o mínimo de 75% de frequência, cem (100) dias letivos
previstos em cada Bloco de Disciplina Semestral.
No Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais
respeitar-se-á as normas vigentes no Sistema Estadual de Ensino, no que diz
respeito:
a) aos resultados de avaliação expressos ao final de cada Bloco de Disciplinas
Semestrais;
b) à apuração da assiduidade
c) aos estudos de recuperação;
d) ao aproveitamento de estudos;
e) à atuação do Conselho de Classe.
No Ensino Médio organizado por Blocos de Disciplinas Semestrais, a
média final (MF) para cada disciplina corresponderá à média aritmética de dois
(02) registros de notas, resultantes das avaliações realizadas ao longo do
semestre letivo.
MF = 1º BIMESTRE + 2º BIMESTRE
Cada registro de nota será expresso em uma escala de 0,0 (zero vírgula
zero) a 5,0 (cinco vírgula zero) totalizando para a média final 10,0 (dez vírgula
zero).
4.2.3. Ensino Extracurricular Plurilinguístico – CELEM
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio oferta
o Ensino Extracurricular Plurilinguístico da Língua Estrangeira Moderna –
Espanhol, e para tanto deverá viabilizar salas adequadas para seu
51
funcionamento, bem como assessorar os professores do Centro de Língua
Estrangeira Moderna, acompanhando suas turmas e organizando a
documentação dos alunos matriculados. Atualmente o CELEM funciona com
duas (02) turmas, no período da noite.
4.2.4. Conselho de Classe
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto
Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com a responsabilidade
de analisar ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a
efetivação do processo ensino e aprendizagem.
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as
informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo
ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de
apropriar-se dos conteúdos curriculares estabelecidos, sendo da
responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados
coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
Cabe ao Conselho de Classe verificar se os objetivos, conteúdos,
procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação
pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o
Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.
O Conselho de Classe constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica,
onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem
alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
É constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a) auxiliar, pela equipe
pedagógica, por todos os docentes que atuam numa mesma turma, bem como
os alunos representantes de turma, por meio de:
I. Pré-Conselho com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do
professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);
II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção,
52
da equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa
de alunos e pais de alunos por turma.
A convocação pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do
Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedência de
quarenta e oito (48) horas.
O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas em
calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário,
onde as reuniões serão lavradas em Livro Ata, pelo(a) secretário(a) da escola,
como forma de registro das decisões tomadas.
São atribuições do Conselho de classe:
I. analisar as informações sobre os conteúdos curriculares,
encaminhamentos metodológicos e práticas avaliativas que se referem
ao processo ensino e aprendizagem;
II. propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos
para a melhoria do processo ensino e aprendizagem;
III. estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao
processo de aprendizagem, que atendam às reais necessidades dos
alunos, em consonância com a Proposta Pedagógica Curricular da escola;
IV. acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e
analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino e
aprendizagem;
V. atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de
avanço do aluno para o ano e/ou série subsequente ou sua retenção,
após a apuração dos resultados finais, levando-se em consideração o
desenvolvimento integral do aluno;
VI. receber pedidos de revisão de resultados finais até setenta e duas (72)
horas úteis após sua divulgação.
4.2.5. Processo de Classificação e Reclassificação
A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o
Estabelecimento de Ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
53
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios
formais, podendo ser realizada:
I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série
ou fase anterior, na própria escola;
II. por transferência, para alunos procedentes de outras escolas, do país
ou exterior, considerando a classificação da escola de origem;
III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação
para posicionar o aluno na série compatível ao seu grau de desenvolvimento e
experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e
exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e
dos profissionais:
I. organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
II. proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
III. comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser
iniciado, para obter o respectivo consentimento;
IV. arquivar Atas, provas, trabalhos ou instrumentos utilizados;
V. registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
A reclassificação é o processo pelo qual o Estabelecimento de Ensino
avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início
do ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo
à etapa de estudos compatível com sua experiência e desenvolvimento,
independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.
Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série,
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o
processo de reclassificação.
Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar
aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à
escola aprová-lo ou não.
A Equipe Pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno
54
e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado,
a fim de obter o devido consentimento.
A Equipe Pedagógica do Estabelecimento de Ensino, assessorada pela
equipe do Núcleo Regional da Educação – NRE, instituirá Comissão, conforme
orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação – SEED, a fim de
discutir as evidências e documentos que comprovem a necessidade da
reclassificação.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos
realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e
integrará a Pasta Individual do aluno.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
Estabelecimento de Ensino será registrado no Relatório Final, a ser
encaminhado à Secretaria de Estado da Educação – SEED.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
4.2.6. Regime de Progressão Parcial
A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o aluno,
não obtendo aprovação final em até 3 (três) disciplinas em regime seriado,
poderá cursá-las subsequente e concomitantemente.
O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
Progressão Parcial.
As transferências recebidas de alunos com dependência em até três
disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de
estudos.
4.2.7. Adaptação de alunos oriundos de outros regimes
55
A adaptação de estudos de disciplinas é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo.
Será feita pela Base Nacional Comum, e na conclusão do curso, o aluno
deverá ter cursado pelo menos uma Língua Estrangeira Moderna.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da
equipe pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o
aluno está sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao
mesmo.
Ao final do processo de adaptação, será elaborada uma ata de
resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do aluno e no
Relatório Final.
4.2.8. Formação Continuada
A LDB, em consonância com as exigências da demanda atual do mundo
do trabalho, afirma que os sistemas de ensino deverão promover a valorização
dos profissionais da educação, assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional
continuado” e “período reservado a estudos, planejamento e avaliação,
incluído na carga horária de trabalho”.
A educação, assim como todas as atividades sociais, necessita de um
constante aperfeiçoamento e atualização. Por isso, continuar aprendendo
durante toda a vida é uma condição para acompanhar as mudanças
necessárias à transformação da sociedade.
É preciso desenvolver políticas de valorização dos professores, visando a
melhoria das condições de trabalho e de salário, assim como é igualmente
importante investir na sua qualificação, capacitando-os para que possam
oferecer um ensino de qualidade, ou seja, um ensino relevante e significativo
para os alunos. Para isso, é necessário criar mecanismos de formação inicial e
continuada que correspondam às expectativas da sociedade em relação ao
processo de aprendizagem, estabelecendo metas a curto e longo prazos, com
objetivos claros, que permitam avaliar, inclusive, os investimentos.
56
É preciso criar uma cultura em todo o país que favoreça e estimule o
acesso dos professores a atividades culturais, como exposições, cinemas,
espetáculos, congressos, como meio de interação social.
A escola também é um local privilegiado para a formação continuada.
Estudos sobre o tema contribuíram para a abertura de formações continuadas
no interior da escola, como reuniões pedagógicas e grupos de estudos, dentre
outros.
Por tudo isto, podemos afirmar que a formação continuada deve ser parte
constitutiva do Projeto Político Pedagógico da escola, cujo objetivo é promover
a reflexão dos profissionais sobre sua prática.
Os profissionais do colégio Estadual Juvenal Mesquita têm participado das
capacitações centralizadas e descentralizadas promovidas pela SEED, como
encontros, seminários, capacitações, NRE Itinerante, grupos de estudos, além
de cursos promovidos pela APP. Procurará promover em seu contexto,
momentos de formação de acordo com as necessidades dos profissionais, o
que implicará em formas e conteúdos variados. Dentre elas podemos citar
algumas já elaboradas:
- Realização da formação continuada prevista pela SEED.
- Grupos de estudos e seminários para discutir assuntos pertinentes às
Diretrizes Curriculares, Agenda 21, etc.
- Elaboração e/ou reelaboração do PPP do estabelecimento.
- Discussão, nas horas atividade, de temas referentes ao dia a dia da sala de
aula, sobre o processo ensino/aprendizagem, aperfeiçoamento pessoal em
relação às especificidades de sua área através leitura de materiais didáticos da
biblioteca, correção e preparação das atividades, pesquisa no laboratório de
informática, dentre outros.
- Oficinas em parceria com outras instituições educacionais.
As mudanças exigidas pelas reformas educacionais incidem também não
só na formação dos professores, como de todos os profissionais da educação
(diretores, equipe pedagógica, demais funcionários).
4.2.9. Articulação da escola com a família e comunidade
57
É fundamental a participação de toda a comunidade escolar, ou seja,
funcionários, professores, pais, alunos, instâncias colegiadas e segmentos da
sociedade organizada, nas atividades desenvolvidas pela escola. Sempre que
necessário são realizadas reuniões ordinárias e/ou extraordinárias para
discussões e tomadas de decisões (reuniões de pais, reuniões pedagógicas,
das instâncias colegiadas), sendo estabelecidos contatos mais frequentes com
os pais para ficarem cientes da vida escolar de seus filhos, embora nem
sempre o retorno seja satisfatório, já que não comparecem como deveriam.
Mesmo assim o colégio não deixa de convocar o pai ou responsável, seja por
telefone, bilhete ou recado, para comparecer na escola e tomar ciência e
providências em relação ao ocorrido com o filho.
Normalmente as reuniões pontuais acontecem no início do ano e ao final de
cada bimestre, e quando necessário, são realizadas reuniões extraordinárias
com os pais, Conselho Escolar, APMF, para tratar de assuntos que se fizerem
necessários para o momento, dentre eles problemas de aprendizagem, de
disciplina, aplicação de recursos financeiros, desenvolvimento de programas e
projetos, festas, etc., a fim de conhecer, analisar e controlar o que se passa
dentro da escola e direcionar as inovações necessárias ao bom desempenho de
suas funções, com a participação efetiva dos pais e de toda a comunidade
escolar.
O colégio também é receptivo à realização de palestras, apresentações
culturais, e tenta dinamizar a atuação do Grêmio Estudantil.
4.2.10. Organização do horário/hora atividade
O colégio tenta organizar o horário de forma a não sobrecarregar o aluno
e o trabalho pedagógico dos docentes. Entretanto, como muitos professores
trabalham em várias instituições de ensino, nem sempre é possível adequar o
horário de forma satisfatória ou priorizar a hora atividade concentrada, ficando
muitas vezes a desejar um trabalho integrado e contextualizado entre os
docentes.
58
Contudo, é importante que as questões pedagógicas prevaleçam sobre
as burocráticas, sobre os interesses pessoais, e o trabalho seja voltado para as
necessidades dos alunos, da escola como um todo, viabilizando assim a
qualidade do ensino.
4.2.11. Desafios Educacionais Contemporâneos e Atuação da Equipe
Multidisciplinar
Para atender a diversidade cultural da comunidade escolar, o professor
deve incluir no seu Plano de trabalho Docente diferentes temas em relação aos
Desafios Educacionais Contemporâneos como: História e Cultura Afro-
Brasileira, Africana e Indígena, Educação Ambiental, Educação Fiscal,
Sexualidade, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Enfrentamento à Violência
na Escola, e trabalhar na prática do dia a dia.
Com o objetivo de conhecer a história do povo negro e indígena, valorizar
sua cultura, suas contribuições, combater a discriminação e preconceito, foram
criadas as equipes multidisciplinares para tratar dessa temática,
O trabalho da Equipe Multidisciplinar será aplicado conforme o Plano de
Ação elaborado. As ações pensadas estão articuladas aos fatos históricos e
atuais solidificando os conteúdos curriculares na tarefa de levar aos alunos, os
conhecimentos científicos.
Cabe à Equipe Multidisciplinar “...orientar e auxiliar o desenvolvimento
das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e ao Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo de período
letivo” (Res. Nº 3399/2010-GS/SEED) contribuindo para que o aluno negro e
indígena volte sua atenção para os aspectos positivos da história e da cultura
de seu povo, da contribuição para o país e para a humanidade.
Dentre as ações desenvolvidas, podemos destacar:
• Acompanhamento, juntamente com o Conselho Escolar, do
enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente
escolar.
59
• Trabalho, na Semana Pedagógica, sobre temas referentes à educação das
relações etnicorracias, diversidade sexual e educação do campo,
utilizando materiais como textos, slides, vídeos, documentários, filmes,
indicações de sites.
• Orientação na elaboração do PPP, da PPC e do PTD, com o objetivo de
detectar se estão sendo contemplados os conteúdos sobre Relações
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e
Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.
• Implementação de atividades envolvendo o Ensino de História e Cultura
Afrobrasileira, Africana e Indígena, com o envolvimento de todas as
disciplinas.
• Participação do evento da Equipe Multidisciplinar – 2011/2012 (Grupo de
Estudos) com carga horária de 80 e 60 horas, respectivamente.
• Seleção de material para estudo e divulgação aos docentes e discentes,
bem como incentivo aos professores das diversas disciplinas para
acessar os sites relacionados ao tema, a fim de inteirar-se das ações
implementadas.
• Pesquisa, junto à bibliotecária, da bilbliografia referente às Relações
Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e
Indígena, Diversidade Sexual e Educação do Campo.
• Desenvolvimento de palestras e debates com a participação de toda a
comunidade escolar.
• Estudo sobre a real situação do indígena no Paraná e no Brasil.
• Estudo das leis - Leis 10.639/03 e 11.645/08 e materiais orientadores do
trabalho.
• Divulgação e desenvolvimento de atividades na Semana da Consciência
Negra.
• Reuniões dos integrantes da Equipe Multidisciplinar juntamente com os
membros do Conselho Escolar para as apresentações das ações.
As ações serão avaliadas continuamente pela Equipe Multidisciplinar,
considerando que a mesma é o ponto de partida e de chegada do processo de
planejamento. Nessa perspectiva, as ações serão avaliadas de forma coletiva
em reuniões juntamente com os membros do Conselho Escolar e pela
60
comunidade escolar. As avaliações servirão como subsídios para rever as ações
implementadas no decorrer do ano letivo.
A avaliação é vista como ação fundamental para a garantia do êxito do
trabalho, na medida em que é condição para as decisões significativas a serem
tomadas. É parte integrante do processo de construção das ações e
compreendida como responsabilidade coletiva. A avaliação interna e
sistemática é essencial para definição, correção e aprimoramento de rumos. É
também por meio dela que toda a extensão do ato educativo, e não apenas a
dimensão pedagógica, é considerada. A avaliação é ponto de partida e ponto
de chegada.
COMPONENTES DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - 2012
Nome Função
Andréa Cristina do Nascimento Representante da Área de Humanas – Professora de Ed. Física
Ângela Maria Nogueira Herbst Representante da Área de Exatas – Professora de Matemática
Cristina dos Santos Representante da Área de Humanas – Professora de História
Fabiana Aparecida Gonçalves Representante da Equipe Administrativa – Diretora
Maria das Graças Ticianel Representante da Equipe Pedagógica - Pedagoga
Rosiclei de Fátima Proni Coordenadora da Equipe Multidisciplinar e Representante da Equipe Pedagógica
Vanilda Monteiro Representante da Área de Exatas – Professora de Matemática
Zenaide Martins Sanches Representante da Área de Exatas – Professora de Ciências
4.2.12. Acompanhamento das atividades em contraturno
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita oferta, no período contraturno, tanto
manhã quanto tarde, uma turma de Sala de Apoio à Aprendizagem para os
61
alunos do 6º ano e uma turma para os alunos do 9º ano, para atender os
alunos que apresentam defasagens nas disciplinas de Língua Portuguesa e
Matemática. Os professores são formados na área respectiva e comparecem
duas vezes por semana para ministrarem quatro aulas semanais de cada
disciplina. A diretora e as pedagogas acompanham o desenvolvimento das
atividades, verificando a assiduidade dos alunos, conversando com os pais,
orientando o trabalho desenvolvido pelas professoras em relação ao Plano de
Trabalho Docente, preenchimento do livro registro, fichas de encaminhamento
e relatórios semestrais, estabelecendo uma ponte entre os professores
regentes e os da Sala de Apoio.
4.2.13. Matriz Curricular
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio,
contempla em sua matriz curricular:
I. Uma Base Nacional Comum para os anos finais do Ensino
Fundamental, constituída pelas disciplinas de Arte, Ciências, Educação Física,
Ensino Religioso, Geografia, História, Matemática e Língua Portuguesa e de
uma Parte Diversificada, constituída por Língua Estrangeira Moderna – Inglês;
II. Uma Base Nacional Comum para o Ensino Médio, constituída pelas
disciplinas de Arte, Biologia, Educação Física, Filosofia, Física, Geografia,
História, LEM (Inglês), Língua Portuguesa, Matemática, Química, Sociologia;
III. Ensino Religioso, para o 6º e 7º ano, como disciplina integrante da
Matriz Curricular do estabelecimento de ensino, assegurado o respeito à
diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de
proselitismo;
Os conteúdos de História e Geografia do Paraná são trabalhados na
disciplina de História e Geografia e os conteúdos de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade
Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência
contra a Criança e o Adolescente, como temáticas trabalhadas ao longo do ano
letivo, em todas as disciplinas.
62
4.2.14. Calendário Escolar
O calendário escolar será elaborado anualmente, conforme normas
emanadas da Secretaria de Estado da Educação, pelo estabelecimento de
ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e, após enviado ao órgão
competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo anterior à
sua vigência.
O calendário escolar atenderá o disposto na legislação vigente,
garantindo o mínimo de 200 dias (800 horas) anuais de efetivo trabalho
escolar, com complementação de carga horária quando necessário, de forma a
garantir o previsto para cada nível e modalidade.
4.2.15. Desafios educacionais contemporâneos e atendimento à
diversidade
A escola tem hoje também como atribuição, atender a demanda de
acordo com seus anseios sociais e a sua diversidade cultural, que são
relevantes para a comunidade escolar e que estão presentes nas experiências,
práticas, representações e identidades de educandos e educadores. Trabalhar
disciplinarmente e interdisciplinarmente os temas dos Desafios Educacionais
Contemporâneos, a fim de atender as necessidades culturais, sociais e a
realidade das escolas públicas da Rede Estadual de Educação do Paraná já é
uma exigência. Tornam-se fundamentais a ampliação do acesso a informações
sobre a diversidade brasileira e sobre a recriação das identidades, provocada
por relações étnico-raciais e a promoção de condições de formação e de
instrução que precisam ser oferecidas, nos diferentes níveis e modalidades de
ensino.
O professor deverá incluir no Plano de Trabalho Docente - PTD e na
prática docente do dia a dia os diferentes temas que tratam dos Desafios
Educacionais Contemporâneos, como: Educação Ambiental; Educação Fiscal;
Sexualidade; Prevenção ao Uso indevido de Drogas e Enfrentamento à
63
Violência na Escola; educação do Campo; História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena e Fortalecimento de Identidades e de Direitos.
Esses temas devem ser trabalhados de forma planejada disciplinarmente
e em momentos e situações oportunas, ou mesmo de forma interdisciplinar,
por projetos, culminando com exposições, apresentações, murais, painéis, etc.
A Equipe Multidisciplinar na escola trata da História e Cultura da África,
dos Africanos, Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de
contribuir para a valorização da história de seu povo, da cultura, da
contribuição para o país e para a humanidade.
Em relação ao Gênero e Diversidade deve ser garantido o acesso e a
permanência dos sujeitos da diversidade na escola pública, gratuita e de
qualidade por meio de políticas públicas educacionais, com reflexões sobre o
preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação à orientação sexual
e à identidade de gênero, de forma a propiciar fundamentação teórico-prática
para o enfrentamento dessas práticas na escola.
A sexualidade deve ser trabalhada abordando-se os conhecimentos
historicamente acumulados sobre saúde, prevenção e direitos sexuais e
reprodutivos da juventude.
O enfrentamento à violência e ao uso indevido de drogas felizmente não
tem sido necessário nesta escola, pelo fato de não estarem ocorrendo tais
situações. Entretanto, busca através da prevenção, desviar a criança, o
adolescente e o jovem dessas situações de risco, através de trabalhos
orientados em sala de aula, como produção de cartazes, seminários, vídeos e
documentários educativos a respeito, contrato pedagógico com a participação
também da equipe diretiva-pedagógica, onde se priorize o respeito às
diferenças, ao semelhante, o cumprimento de regras para uma boa
convivência, conservação do patrimônio público, enfim, ações que sejam
possíveis realizar no interior da escola. Além disso, também acontecem
palestras educativas com a Patrulha Escolar Comunitária – PEC e com
profissionais da comunidade.
4.2.16. Ações preventivas em parceria
64
Muitas ações para prevenir situações de risco ao ser humano, que
comprometem a saúde pública, são realizadas também em parceria com
instituições de ensino superior e Secretaria da Saúde Municipal, com o objetivo
de evitar doenças como a dengue, gripe A, DSTs, AIDS, etc. São realizadas
palestras pelos alunos do ensino superior, teatros, oficinas, distribuição de
panfletos explicativos, vistorias pelos agentes de saúde, e assim ocorre uma
mobilização em prol da melhoria da qualidade de vida.
4.2.17. Envolvimento das Instâncias Colegiadas
Instâncias colegiadas são aquelas em que há representações diversas e
as decisões são tomadas em grupo, com o aproveitamento de experiências
diferenciadas.
Para um trabalho efetivo da escola, é necessário que haja um
envolvimento entre os órgãos colegiados, já que representam a comunidade
escolar com atribuições específicas e todos devem trabalhar na busca do bem
comum. É fundamental que todos participem das reuniões, conheçam o
funcionamento da escola e tomem as decisões de forma coletiva.
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
possui os seguintes órgãos colegiados e equipes de trabalho:
4.2.17.1. Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,
consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do
trabalho pedagógico e administrativo do Estabelecimento de Ensino, em
conformidade com a legislação educacional vigente e orientações da Secretaria
de Estado da Educação -– SEED.
O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade
escolar e representantes de movimentos sociais organizados e comprometidos
com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu
65
membro nato, o (a) Diretor (a) Escolar.
A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais
da educação atuantes no Estabelecimento de Ensino, alunos devidamente
matriculados e frequentando regularmente, pais e/ou responsáveis pelos
alunos.
A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,
presentes na comunidade, não ultrapassará um quinto (1/5) do colegiado.
O Conselho Escolar poderá eleger seu Vice-Presidente dentre os
membros que o compõem, maiores de 18 (dezoito) anos.
O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e acompanhar
a efetivação do Projeto Político-Pedagógico do Estabelecimento de Ensino.
Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus pares,
mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a
representatividade dos níveis e modalidades de ensino, onde as eleições dos
membros titulares e suplentes realizar-se-ão em reunião de cada segmento
convocada para este fim, para um mandato de 02 anos, admitindo-se uma
única reeleição consecutiva.
O Conselho Escolar do Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino
Fundamental e Médio, de acordo com o princípio da representatividade e da
proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros na gestão
2012/2014:
Membros Função
Fabiana Aparecida Gonçalves Presidente
Maria das Graças Ticianel Representante da Equipe Pedagógica
Roseane da Luz Representante do Corpo Docente – Ensino Fundamental
Roseli Hampel Gonzaga Martins Representante do Corpo Docente – Ensino Médio
Selma Regina Cosmo de Campos Representante dos Funcionários Administrativos
Sueli Elizabete de Melo Representante dos Funcionários de Serviços Gerais
Fernanda Cristina dos Santos Leite Representante do Corpo Discente – Ensino Fundamental
Eliana aparecida Monteiro Qualia Representante do Corpo Discente – Ensino Médio
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Maria de Fátima Moraes Schimiti Representante dos Pais de Alunos - Ensino Fundamental
Neide do Espírito Santo Catharino Representante dos Pais de Alunos - Ensino Médio
José Neias Representante dos Movimentos Sociais Organizados da Comunidade
4.2.17.2. Associação de Pais, Mestres e Funcionários - APMF
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários (APMF) é um órgão de
representação dos pais, mestres e funcionários do estabelecimento de ensino,
sem caráter político, religioso, racial e sem fins lucrativos, não sendo
remunerados os seus dirigentes e conselheiros.
A APMF é regida por estatuto próprio, aprovado e homologado em
Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.
São objetivos da APMF:
I - discutir, no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de
aprimoramento do ensino e integração família - escola - comunidade, enviando
sugestões, em consonância com a Proposta Pedagógica, para apreciação do
Conselho Escolar e equipe-pedagógica-administrativa;
II - prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando-
lhes melhores condições de eficiência escolar, em consonância com a Proposta
Pedagógica do Estabelecimento de Ensino;
III - buscar a integração dos segmentos da sociedade organizada, no contexto
escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa
comunidade;
IV - proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo
escolar, estimulando sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da
APMF e do Conselho Escolar;
V - representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo, dessa
forma, para a melhoria da qualidade do ensino, visando uma escola pública,
gratuita e universal;
VI - promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários e
67
toda a comunidade, através de atividades socioeducativas e culturais e
desportivas, ouvido o Conselho Escolar;
VII - gerir e administrar os recursos financeiros próprios e os que lhes forem
repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas
em reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registro em livro ata;
VIII- Colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas
instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta
ação.
Composição da APMF – Mandato 2011/2013
Membros Função
Miguel José Filho Presidente
Marilia Isabel de Lima Vice-Presidente
Selma Regina Cosmo de Campos 1º Secretário
Leonor Luiza de Oliveira 2º Secretário
Simone Galdino 1º Tesoureiro
Onice Pereira da Silva 2º Tesoureiro
Adriana Honorato de Medeiros Paleta 1º Diretor Sociocultural e Esportivo
Sidnei Aparecido Dias 2º Diretor Sociocultural e Esportivo
4.2.17.3. Equipe Diretiva
A equipe diretiva do Colégio Estadual Juvenal Mesquita é composta pela
diretora Fabiana Aparecida Gonçalves e pelo diretor auxiliar Eduardo Henrique
Von Der Osten, sendo os mesmos responsáveis pela efetivação da gestão
democrática, de forma a assegurar o alcance dos objetivos educacionais
definidos neste Projeto Político Pedagógico.
Dentre as várias competências do diretor e do diretor auxiliar, podemos
destacar:
I. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-
Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho
Escolar;
II. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da
68
educação;
III. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em
observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
IV. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e
submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;
V. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento
às decisões tomadas coletivamente;
VI. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade,
consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;
VII. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do
Conselho Escolar e fixando-os em edital público;
VIII. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade
estabelecidos;
IX. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de
estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza
pedagógico- administrativa no âmbito escolar;
X. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas
coletivamente;
XI. articular processos de integração da escola com a comunidade;
XII. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino,
juntamente com a comunidade escolar;
XIII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do
estabelecimento de ensino;
XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar.
4.2.17.4. Equipe Pedagógica
A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e
implementação das diretrizes curriculares definidas no Projeto Político
Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política
69
educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
Compete à equipe pedagógica:
I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;
II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico,
em uma perspectiva democrática;
III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico
escolar, no sentido de realizar a função social e a especificidade da educação
escolar;
IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica
curricular do estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da
Secretaria de Estado da Educação e das Diretrizes Curriculares Nacionais e
Estaduais;
V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao
coletivo de professores do estabelecimento de ensino;
VI. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando
à elaboração de propostas de intervenção para a qualidade de ensino para
todos;
VII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos
profissionais do estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
VIII. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré- Conselhos e dos
Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-
ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;
IX. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de
intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;
X. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores
do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de
experiência, debates e oficinas pedagógicas;
XI. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino,
de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho
pedagógico;
70
XII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a
desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade
escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;
XIII. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do
Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a
comunidade escolar;
XIV. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua
participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;
XV. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas,
a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XVI. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas
as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;
XVII. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XVIII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de
ensino.
4.2.17.5. Agentes Educacionais
A equipe dos agentes educacionais compreende os profissionais técnico-
administrativos, que atuam nas áreas da secretaria, biblioteca e laboratório, e
os auxiliares operacionais, que têm a seu encargo os serviços de conservação,
manutenção, preservação, segurança e alimentação escolar, coordenados e
supervisionados pela direção do estabelecimento de ensino.
Todos têm suas atribuições específicas, de acordo com o Regimento
Escolar, compõem a comunidade escolar, e portanto, devem participar da
tomada de decisões, da construção do Projeto Político Pedagógico, bem como
da sua efetivação.
4.2.17.6. Equipe Docente
71
A equipe docente é constituída de professores regentes, devidamente
habilitados, sendo os responsáveis mais diretos pela apropriação dos
conhecimentos pelos alunos. Para que se alcance o ensino de qualidade
pretendido é fundamental aos docentes:
I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político
Pedagógico do estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e
aprovado pelo Conselho Escolar;
II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do
estabelecimento de ensino, em consonância com o Projeto Político Pedagógico
e as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;
III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica,
dos livros e materiais didáticos, em consonância com o Projeto
PolíticoPedagógico do estabelecimento de ensino;
IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente, onde as atividades desenvolvidas
em sala de aula tenham em vista a apreensão crítica do conhecimento pelo
aluno;
V. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos
alunos, quando se fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar,
resguardando prioritariamente o direito do aluno;
VI. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos,
utilizando-se de instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas
no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
VII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os
alunos, estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no
decorrer do período letivo;
VIII. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos
alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e
acompanhamento do pedagogo, com vistas à identificação de possíveis
necessidades educacionais especiais e posterior encaminhamento aos serviços
e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;
IX. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da
escola, com vistas ao melhor desenvolvimento do processo ensino e
72
aprendizagem;
X. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;
XI. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em
decorrência de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de
credo, ideologia, condição sócio-cultural, entre outras;
XII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola,
respeitando a diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada
aluno, no processo de ensino e aprendizagem;
XIII. participar de reuniões e encontros para planejamento e acompanhamento,
junto ao professor de Serviços e Apoios Especializados, da Sala de Apoio à
Aprendizagem, da Sala de Recursos e de Contraturno, a fim de realizar ajustes
ou modificações no processo de intervenção educativa;
XIV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e
criação artística;
XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos, Conselhos de Classe e Pós-
Conselhos, na busca de alternativas pedagógicas que visem ao aprimoramento
do processo educacional, responsabilizando-se pelas informações prestadas e
decisões tomadas, as quais serão registradas e assinadas em Ata;
XVI. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia
intelectual e do pensamento crítico, visando ao exercício consciente da
cidadania;
XVII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer
irregularidade à equipe pedagógica;
XVIII. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-
atividade estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos
dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
XIX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos,
pesquisas e planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe
pedagógica, conforme determinações da Secretaria de Estado da Educação;
XX. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe
pedagógica e secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento
de ensino;
XXI. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação
73
da escola com as famílias e a comunidade;
XXII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o
desenvolvimento do processo educativo;
XXIII. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional
em vigor e ao Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática
profissional e educativa;
XXIV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a
serem inseridos no Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino;
XXV. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho
ordinárias que lhe forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;
XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores,
funcionários e famílias;
XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus
colegas, com alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade
escolar;
XXVIII. participar da avaliação institucional, conforme orientação da Secretaria
de Estado da Educação.
4.2.17.7. FICA – Ficha de Comunicação do Aluno Ausente
Em 2005 foi lançado o PROGRAMA DE MOBILIZAÇÃO PARA INCLUSÃO
ESCOLAR E A VALORIZAÇÃO DA VIDA, apresentado com o título Fica Comigo,
onde o combate à evasão foi e é a sua principal meta.
A Ficha de Comunicação do Aluno Ausente (FICA) é um dos instrumentos
colocados à disposição da escola e da sociedade, e tem como objetivo
acompanhar os casos de evasão de todos os alunos a partir do momento em
que apresentem ausência de 5 dias consecutivos e 7 dias alternados num
mesmo mês. Além disso, a FICA também tem sido utilizada para análise dos
principais motivos que levam à evasão escolar, o que possibilita o
acompanhamento e a mediação na busca de órgãos competentes que possam
dar suporte às escolas.
As ações de enfrentamento da evasão escolar são desenvolvidas durante
74
todo o ano letivo, com o acompanhamento diário da presença/ausência dos
alunos, procurando saber os motivos das faltas e o que pode ser realizado
para reverter situação, mediante comunicação da ausência pela Equipe
Pedagógica junto aos pais/responsáveis (via telefone ou comunicado por
escrito) solicitando a sua presença no Estabelecimento de Ensino para
esclarecer sobre o motivo da ausência do aluno e adotando procedimentos que
possibilitem o retorno imediato, relatando os fatos no livro de ocorrências do
Estabelecimento de Ensino. Após as medidas tomadas pela escola e esgotados
todos os recursos, sem o retorno do aluno ao Estabelecimento de Ensino, a
Ficha de Comunicação do Aluno Ausente - FICA é encaminhada ao Conselho
Tutelar, acompanhada de um ofício e do relatório de todas as ações realizadas
pela escola, para providências cabíveis.
4.2.18. Diretrizes Curriculares que norteiam a Proposta Pedagógica
Curricular
A Proposta Pedagógica Curricular das escolas públicas do Paraná são
norteadas pelas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica, um
documento oficial que traz em si o chão da escola e traça estratégias que
visam nortear o trabalho do professor e garantir a apropriação do
conhecimento pelos estudantes da rede pública.
As Diretrizes constituem-se num material que é fruto de um trabalho
coordenado pelo Departamento de Educação Básica da Secretaria de Estado da
Educação e que contou com a participação de todos os professores da rede
estadual de ensino. Nele estão os fundamentos teóricos e metodológicos que
orientam o ensino de cada disciplina.
Os mesmos princípios democráticos que fundamentam a construção
destas Diretrizes solicitam, dos professores, o engajamento na contínua
reflexão sobre este documento, para que sua participação crítica, constante e
transformadora efetive, nas escolas de todo o Estado, um currículo dinâmico e
democrático (SEED/PR, 2005).
4.3. Proposta Pedagógica Curricular
75
Ao pensarmos que tipo de formação queremos oferecer aos nossos
alunos, é preciso levar em conta a concepção de educação entendida pela
escola. Se levarmos a efeito o ensino pretendido pelo Colégio Juvenal Mesquita,
ou seja, um ensino pautado na pedagogia histórico-crítica, é fundamental que
as propostas curriculares elaboradas pelo corpo docente possibilitem aos
educandos condições de se apropriarem de instrumentos de comunicação e de
conteúdos culturais básicos que os levem a entender a sociedade em que
vivem e a partir daí possam transformá-la. É de responsabilidade do coletivo
da escola assumir o papel de elaborar uma proposta curricular que cada vez
mais se aproxime daquilo que acredita ser fundamental no processo de
escolarização dos alunos, na realidade de sua comunidade e também em
relação a todas as incertezas postas na contemporaneidade.
O currículo não deve ser visto como simples organização formal das
disciplinas, dos conteúdos e dos tempos pedagógicos. Ele é um instrumento
norteador do trabalho docente, sempre provisório e inacabado, aberto à
produção de sentidos, um processo dinâmico que incorpora os saberes e os
elementos culturais de seus agentes, numa compreensão do contextualizada
do mundo e da cultura que valoriza e fortalece as identidades, não excludente
e politicamente posicionada.
Partindo da concepção de que a Escola é a instituição que tem como
função a transmissão do conhecimento produzido e acumulado historicamente,
o processo ensino-aprendizagem deve ser encaminhado possibilitando aos
alunos a compreensão das formas de produção que o homem desenvolveu. E
ainda, propiciar a construção de saberes que possibilitem o entendimento das
teias de relações econômicas, sociais e culturais que definem sua própria vida,
enquanto sujeito e autor do momento histórico-social em que está inserido.
Enfim, além dos conteúdos, as concepções, as compreensões e o
entendimento de como o processo ensino e aprendizagem deve ser norteado,
estará retratado nas Propostas Curriculares elaboradas pelos professores de
cada disciplina do Ensino Fundamental e Médio do colégio, de acordo com as
Diretrizes Curriculares Estaduais Orientadoras da Educação Básica.
ARTE
76
1. Apresentação e Justificativa:
Arte é conhecimento elaborado historicamente, que traz
culturalmente a visão particular do artista e um olhar crítico e sensível sobre o
mundo. Portanto, esta proposta visa à educação dos sentidos, concebendo o
ensino de Artes como conhecimento, trabalho e expressão e como necessidade
de apropriação do saber artístico e estético.
Na educação, o ensino de Arte amplia o repertório cultural do aluno a
partir dos conhecimentos estéticos e artísticos, aproximando-o do universo
cultural da humanidade nas suas diversas representações.
Para tanto, é necessário o processo de ensino e de aprendizagem, o
desenvolvimento de uma práxis no ensino de Arte, entendida como a
articulação entre os aspectos teóricos e metodológicos propostos para essa
disciplina. Pretende-se que os alunos possam criar formas singulares de
pensamento, estabelecer conexões entre saberes e vivências e que possa
expressá-las através de diferentes linguagens artísticas, expandindo suas
potencialidades criativas.
A partir das concepções da Arte e de seu ensino considera-se alguns
campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de
estudo desta disciplina, que é: “o conhecimento estético e o conhecimento da
produção artística”. O pensamento, a sensibilidade e percepção articulam-se
numa organização que expressa os pensamentos e sentimentos, sob a forma
de representações artísticas. O conhecimento artístico está relacionado com o
fazer e com o processo criativo. Considera desde o imaginário, a elaboração e
formalização do objeto artístico até o contato com o público. Durante esse
processo as formas resultantes das sínteses emocionais e cognitivas
expressam saberes específicos a partir da experimentação com materiais, com
técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes Visuais, da
Dança, da Música e do Teatro.
2. Conteúdos:
77
2.1. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Elementos formais;Composição;Movimentos e períodos.
São conhecimentos de grande amplitude, conceitos que se constituem
em fundamentos para a compreensão de cada uma das áreas de Arte. São
apresentados separadamente para um melhor entendimento dos mesmos, mas
metodologicamente devem ser trabalhados de forma articulada e indissociada
um do outro, para garantir ao aluno o conhecimento sistematizado da arte.
Seu caráter social é relevante. É preciso considerar tempo-espaço no
trabalho pedagógico, tanto como categoria articuladora dos conteúdos
estruturantes, quanto pelo caráter histórico e social que enriquece a
compreensão da arte e da vida.
São conteúdos estruturantes:
- Elementos Formais:
São os recursos empregados numa obra. São elementos da cultura
presentes nas produções humanas e na natureza; são matéria-prima para a
produção artística e o conhecimento em arte. Ex.: o timbre em Música, a cor
em Artes Visuais, a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.
O professor deve aprofundar na sua área de habilitação e estabelecer
articulação com as outras áreas.
- Composição:
É o processo de organização e desdobramento dos elementos formais
que constituem uma produção artística.
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos
de composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas
visuais, teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e
estilos.
- Movimentos e Períodos:
Se caracteriza pelo contexto histórico relacionado ao conhecimento da
Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e econômicos presentes
numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de um
78
movimento artístico em suas especialidades, gêneros, estilos e correntes
artísticas. Deve estar presente em vários momentos do ensino.
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e de mútua
determinação. Nas aulas, o trabalho com esses conteúdos deve ser de modo
simultâneo.
A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos
artistas determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos
diferentes períodos históricos. Da mesma forma, a visão do mundo,
característica dos movimentos e períodos, também determina os modos de
composição e de seleção dos elementos formais que serão privilegiados.
Concomitantemente, tempo e espaço não somente estão no interior dos
conteúdos, como são também, elementos articuladores entre eles.
No planejamento das aulas, a organização dos conteúdos deve ser de
forma horizontal, pois em toda ação pedagógica planejada deve estar
presentes conteúdos específicos dos três conteúdos estruturantes.
A postura metodológica adotada deve propiciar ao aluno uma
compreensão mais próxima da totalidade da arte. Somente abordando
metodologicamente, de forma horizontal, os elementos formais, composição e
movimentos e períodos, relacionados entre si e demonstrando que são
interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da arte como forma
de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador.
2.2. CONTEÚDOS BÁSICOS
6º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS
PARA A SÉRIEAltura
Duração
Ritmo
Melodia
Greco-Romana
Oriental
79
Timbre
Intensidade
Densidade
Escalas: diatônicapentatônicacromáticaimprovisação
Ocidental
Africana
ARTES VISUAIS
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura,escultura, arquitetura
Gênero: cenas da mitologia.
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-Histórica
TEATRO
Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Enredo, roteiro.Espaço Cênico, adereços
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara
Gênero: Tragédia, Comédia e Circo
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
DANÇA
Movimento corporal
Tempo
Espaço
KinesferaEixoPonto de apoioMovimentos articularesFluxo (livre e interrompido)
Rápido e lento
FormaçãoNíveis (alto, médio e baixo)Deslocamento (direto e indireto)
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
80
Dimensões (pequeno e grande)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
7º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS
PARA A SÉRIEAltura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo/Melodia
Escalas
Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico
Técnicas: vocal, instrumental e mistaImprovisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
ARTES VISUAIS
Ponto
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor/Luz
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura...
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e Paranaense
Renascimento
Barroco
TEATRO
Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Representação,Leitura dramática, Cenografia.
Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...
Gêneros: Rua e arena,Caracterização.
Comédia dell´ arte
Teatro popular
Brasileiro e Paranaense
Teatro Africano
81
Espaço
DANÇA
Movimento corporal
Tempo
Espaço
Ponto de apoio/RotaçãoCoreografia/Salto e quedaPeso (leve e pesado)Fluxo (livre, interrompido e conduzido);Lento, rápido e moderado;Níveis (alto, médio e baixo);FormaçãoDireçãoGênero: Folclórica, popular e étnica
Dança Popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
8º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS
PARA A SÉRIEAltura / Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo/ Melodia/ Harmonia
Tonal, modal e a fusão de ambos.
Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
ARTES VISUAIS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor/Luz
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho, fotografia, áudio-visual e mista
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte Contemporânea
TEATRO
Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Representação no Cinema e Mídias
Texto dramático
Maquiagem
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
82
Espaço Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Cinema Novo
DANÇA
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Giro/ Rolamento/ Saltos
Aceleração e desaceleração
Direções (frente, atrás, direita e esquerda)ImprovisaçãoCoreografiaSonoplastiaGênero: Indústria cultural e espetáculo
Hip Hop
Musicais
Expressionismo
Indústria cultural
Dança Moderna
9º ANO
MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS
PARA A SÉRIEAltura/ Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo/ Melodia/ Harmonia
Técnicas: vocal, instrumental e mista
Gêneros: popular, folclórico e étnico.
Música Engajada
Música Popular Brasileira
Música Contemporânea
ARTES VISUAIS
Linha
Forma
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafite, performance...
Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte Latino-Americana
Hip Hop
83
TEATRO
Personagem: Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia/ IluminaçãoFigurino
Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do AbsurdoVanguardas
DANÇA
Movimento corporal
Tempo
Espaço
KinesferaPonto de apoioPesoFluxoQuedas/ Saltos/ GirosRolamentosExtensão (perto e longe)CoreografiaDeslocamentoGênero: Performance e moderna
Vanguardas
Dança Moderna
Dança Contemporânea
ENSINO MÉDIO:
ÁREA MÚSICACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
RitmoMelodiaHarmoniaEscalasModal, Tonal e Fusão de ambos.Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop, etc.
Técnicas:vocal, instrumental, eletrônica, informática e mistaImprovisação
Música PopularBrasileiraParanaensePopularIndústria CulturalEngajadaVanguardaOcidentalOrientalAfricanaLatino-Americana
84
ÁREA ARTES VISUAISCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
BidimensionalTridimensionalFigura e fundoFigurativoAbstratoPerspectivaSemelhançasContrastesRitmo visualSimetriaDeformaçãoEstilização
Técnicas: Pintura, desenho, modelagem, instalação, performance, fotografia, gravura eesculturas, arquitetura história em quadrinhos...
Gêneros: paisagem, natureza morta, cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
Arte OcidentalArte OrientalArte AfricanaArte BrasileiraArte ParanaenseArte PopularArte de VanguardaIndústria CulturalArte ContemporâneaArte Latino Americana
ÁREA TEATROCONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Personagem:expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
Ação
Espaço
Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, mímica, ensaio, Teatro-FórumRoteiroEncenação e leitura dramática
Teatro Greco - Romano
Teatro MedievalTeatro BrasileiroTeatro ParanaenseTeatro PopularIndústria CulturalTeatro EngajadoTeatro DialéticoTeatro Essencial
85
Gênero: Tragédia, Comédia, Drama e ÉpicoDramaturgiaRepresentação nas mídiasCaracterizaçãoCenografiaSonoplastia, figurino e iluminaçãoDireçãoProdução
Teatro do OprimidoTeatro PobreTeatro de VanguardaTeatro RenascentistaTeatro Latino-AmericanoTeatro RealistaTeatro Simbolista
ÁREA DANÇACONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E
PERÍODOSCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE
Movimento corporal
Tempo
Espaço
KinesferaFluxoPeso EixoSalto e QuedaGiroRolamentoMovimentos articulares:lento, rápido e moderadoAceleração e desaceleraçãoNíveis Deslocamento DireçõesPlanosImprovisaçãoCoreografiaGêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão
Pré-históriaGreco - RomanaMedievalRenascimentoDança ClássicaDança PopularBrasileiraParanaenseAfricanaIndígenaHip HopIndústria CulturalDança ModernaVanguardasDança Contemporânea
3. Metodologia:
O encaminhamento metodológico contemplará as linguagens artísticas
por meio das manifestações/produções compostas pelos elementos básicos,
86
com prioridade e valorização do conhecimento nas aulas de Arte.
Nas Artes Visuais, serão explorados formatos bidimensionais,
tridimensionais e virtuais, de modo a trabalhar as características específicas
contidas na estrutura, na cor, nas superfícies, nas formas e na disposição
desses elementos no espaço.
Em Dança, o principal elemento básico é o movimento. Seu
desenvolvimento no tempo e no espaço implica que se explore as
possibilidades de improvisar e compor. Nessa linguagem artística também
podem ser abordadas questões acerca das relações entre o movimento e dos
conceitos a respeito do corpo e da dança, uma vez que refletem esteticamente
recortes da realidade.
Na linguagem musical, a simples percepção e memorização dos sons
presentes no cotidiano não caracterizam o conhecimento musical. Há que se
priorizar no tratamento escolar dessa linguagem, a escuta consciente de sons
percebidos, bem como a identificação de suas prioridades, variações e
maneiras intencionais de como esses sons são distribuídos numa estrutura
musical. A escuta atenta propiciará o conhecimento da organização desses
elementos nos repertórios pessoais e culturais propostos nas aulas.
Na linguagem teatral também poderão ser exploradas as
possibilidades de improvisação e composição no trabalho com os personagens,
com o espaço da cena e o desenvolvimento de temáticas de textos literários ou
dramáticos, clássicos ou de narrativas orais e cotidianas. O desenvolvimento
da linguagem do Teatro na escola também se ocupa da montagem do
espetáculo e da respectiva análise dos elementos formadores dessa
linguagem, de forma a proporcionar ao aluno conhecimentos por meio do ato
de dramatizar.
É preciso que o aluno compreenda a dimensão histórica em que cada
forma artística aconteceu. Perceber que cada maneira de representar vem
carregada de significados e é o resultado dos esforços e possibilidades ao
alcance do homem, num dado espaço e período da história.
Vários recursos metodológicos serão utilizados, como atividades em
grupo, para exercitar a cooperação, argumentação e tolerância; produção
artística individual, para exercitar a expressividade, criatividade e
87
sensibilidade; aulas dialogadas, a fim de conhecer os interesses dos alunos,
opiniões e expressões, para levá-los a valorizar a cultura;
Serão também trabalhados , articulados aos conteúdos curriculares, os
desafios sócio-educacionais, sempre que for pertinente ao conteúdo
desenvolvido. Em Arte serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); História do
Paraná (Lei nº 13.381/01); Música (Lei nº11.769/08); Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº
9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda 21
Escolar.
4. Avaliação:
A avaliação será:
- Diagnóstica, para avaliar a condição de aprendizagem dos alunos.
- Processual, contínua e cumulativa, por permear todos os momentos da
prática pedagógica, ou seja, avaliação da aprendizagem, do ensino
(desenvolvimento das aulas) e autoavaliação dos alunos.
- Somativa, com atribuição de valores (notas)
Será considerado a capacidade individual, o desempenho, interesse e
envolvimento do aluno nas aulas, sem fazer comparações entre os mesmos,
observando as dificuldades e progressos de cada um.
Deverá ser avaliado como o aluno soluciona problemas apresentados e
como interage em grupo, o domínio que o aluno vai adquirindo nos modos de
organização destes conteúdos e os elementos formados na composição
artística, ultrapassando a cópia e a imitação.
Enfim, construir a partir da sensibilidade estética, da imaginação e do
conhecimento técnico, o trabalho artístico permitindo que este venha a ser
partilhado com os outros, utilizando instrumentos como trabalhos individual e
em grupo, pesquisas bibliográficas e em grupo, debates em forma de
seminários e simpósios, provas teóricas e práticas, registros em forma de
relatórios, gráficos, áudio- visual e outros.
88
A recuperação de estudos será ofertada aos alunos no decorrer do
processo ensino/aprendizagem, concomitantemente, considerando o que não
foi apropriado. Será oferecida a todos os alunos, em especial aos com média
inferior à da aprovação, para que, através da retomada dos conteúdos,
resgatem o que não conseguiram aprender. Entre a nota da avaliação e a da
recuperação paralela, prevalecerá sempre a maior.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriaram dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de
novos instrumentos de avaliação.
5. Referências:
CALABRIA; Carla P.B. e ou. Arte, História & Produção. Livro 1 e 2 Editora:
FTD, 1997.
HADDAD; Denise A e ou. A Arte de Fazer Arte. Editora: Saraiva, 2009;
JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música. Editora: Scipione,
1997.
Diretrizes Curriculares Orientadoras de Arte para o Ensino
Fundamental – Secretaria de Estado da Educação. 2008.
Caderno de Arte 1 e 2 – Projeto Correção de Fluxo, 1998.
FLEITAS, Orlando. Arte é comunicação. Vol. A e B ed. FTD, 1993.
Apostila de Educação Artística 1º Grau (CES) Londrina, 1996.
Apostila de Música 1º Grau (Seminário de Umuarama), 1997.
Caderno de Arte l e II - Projeto de Correção de Fluxo–Governo do Paraná,
1998.
CAVALIERI, Ana Lucia F. Teatro Vivo na Escola. São Paulo. FTD, 1997.
CIT, Simone; TEIXEIRA, Lara. Histórias da Música Popular Brasileira para
crianças. Governo do Paraná. Secretaria da Cultura. 2003.
BRIOCHI, Gabriela. Arte Hoje – Editora FTD, São Paulo, 2003.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da arte – Editora Ática, São Paulo,
2008.
MEIRA, Beá. ARTE – Projeto Radix – Raiz do conhecimento – Editora Scipione,
89
São Paulo, 2009.
VALADARES, Solange e ou. – Arte no cotidiano escolar – Editora FAPI, Belo
Horizonte, MG, 2001.
BIOLOGIA
1. Apresentação e Justificativa:
A Biologia, que tem como objeto de estudo “a vida”, é uma
ciência fruto da conjunção de fatores sociais, políticos, culturais, religiosos e
tecnológicos, além de identificar as relações entre o conhecimento científico e
o desenvolvimento tecnológico, considerando a preservação da vida, as
condições de vida e as concepções de desenvolvimento sustentável.
A vida pode ser compreendida em diversos níveis de
organização: molecular, celular do indivíduo, da população e da ecologia e
todos os seres vivos necessitam viver em harmonia com a natureza para
continuarem existindo. Ao longo do Ensino Médio, o aluno estudará todos esses
níveis e poderá perceber que o homem é o único animal que para sua
subsistência processa e transforma a natureza. Em cada nível, os processos
estarão interligados pelo conceito unificador na Biologia, ou da evolução.
O aluno reconhecerá que as espécies estão ligadas através de
sua estrutura molecular, partilhando o mesmo código genético e, inclusive,
mesmo genes. Essa ligação tem continuidade na forma como os genes se
expressam no desenvolvimento de cada ser, na sua fisiologia e também na
interdependência com o meio ambiente. A percepção dessa comunhão em
todos os níveis deve levar o aluno a um maior respeito pela vida e todas as
suas expressões, valorizando os aspectos da ciência, como os relativos ao
desenvolvimento da genética, reconhecendo que os avanços científicos de uma
época dependem de conhecimentos desenvolvidos em épocas anteriores.
As ciências biológicas ocupam-se em observar, descrever,
explicar e relacionar os diversos aspectos da vida no planeta e têm permitido
ampliar e modificar a visão do homem sobre si próprio e sobre seu papel no
90
mundo. O ensino e aprendizagem dessa disciplina, objetiva a valorização dos
aspectos históricos da ciência, tais como os relativos ao desenvolvimento da
Genética, reconhecendo que os avanços científicos de uma época dependem
de conhecimentos desenvolvidos em épocas anteriores. Espera-se também que
o aluno possa compreender os conceitos fundamentais em Biologia, que facilite
sua ligação com o cotidiano; perceber o quanto as ciências biológicas têm sido
importante para a comunidade e seu grande potencial para novas descobertas
que se delineia neste século XXI.
2. Conteúdos:
Os conteúdos estruturantes são interdependentes e não devem ser
seriados nem hierarquizados. Espera-se que os conteúdos sejam abordados de
forma integrada, com ênfase nos aspectos essenciais do objeto de estudo da
disciplina, relacionados a conceitos oriundos das diversas ciências de
referência da Biologia. Tais relações deverão ser desenvolvidas ao longo do
ensino médio, num aprofundamento conceitual e reflexivo, com vistas a dotar o
aluno das significações dos conteúdos em sua formação neste nível de ensino.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Classificação dos seres vivos:
critérios taxonômicos e
filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia,
morfologia e fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento
embriológico.
Mecanismos celulares biofísicos
e bioquímicos.
91
Biodiversidade
Manipulação Genética
Teorias evolutivas.
Transmissão das características
hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas:
relações entre os seres vivos e
interdependência
com o ambiente.
Organismos geneticamente
modificado.
3. Metodologia:
Em concordância com a Diretriz Curricular Orientadora do Ensino
de Biologia, a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro
conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres
vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica,
agrupando-os e categorizando-os, seja possível, também, discutir o mecanismo
de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o
surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem
do conteúdo “classificação dos seres vivos” não se restringe a um único
conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do
trabalho poderia ser o conteúdo específico “organismos geneticamente
modificados”, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do
DNA, comparando-as com os processos naturais que determinam a diversidade
biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos.
É sempre importante destacar que na compreensão da biologia
92
não há raças humanas, mas sim uma única espécie – a espécie humana – e
que a diversidade morfológica existente pode ser interpessoal (ligada à
identidade individual, distinguindo uma pessoa da outra em uma mesma
população), ou interpopulacional ( caracteriza populações de diferentes
continentes).
É imprescindível que se perceba a interdependência entre os
quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do
funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres
vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos, incluindo-se o
conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, que permitirá estabelecer
a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a célula, seus
componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se
perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da
estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite observar,
comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem
do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da
existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a
diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas
estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos
quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo
homem.
As aulas serão expositivas e dialogadas dando oportunidade ao aluno de
reconstruir o texto sob a mediação do professor. No decorrer do período letivo
serão utilizados recursos didáticos e tecnológicos como: aulas práticas em
laboratório, com uso de microscópio, lupa, etc.; aulas de campo com
elaboração de relatórios; atividades individuais e coletivas na sala ou fora dela;
projetos interdisciplinares; palestras sobre temas específicos com profissionais
da área; análise e discussão de temas em grupo; aulas com recursos de vídeo,
TV multimídia; pesquisas bibliográficas em confronto com a realidade
observada; entrevistas e debates.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Biologia
serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e
93
Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas; Sexualidade Humana; Agenda 21 Escolar; Enfrentamento à violência
contra a criança e o adolescente; Educação Fiscal; Educação Ambiental (Lei nº
9.795/99); Música (Lei nº 11.769/08); Direito das Crianças e Adolescentes (Lei
Federal nº 11.525/07).
4. Avaliação:
Avaliar, na disciplina de Biologia, implica um processo cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-
aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de decisão, em que o aluno também
tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as
mudanças necessárias.
O processo de avaliação será diagnóstico e formativo, contínuo e
cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos,
o que possibilita retratar todas as fases de desenvolvimento no processo de
ensino aprendizagem. Fazem parte do processo de avaliação da aprendizagem
instrumentos tais como: exposição e apresentação de trabalhos, relatos orais e
escritos, provas orais e escritas, debates, entrevistas, questionários
complementares, palestras, vídeos, textos, cartazes, elaboração de gráficos,
sendo cobrado a participação em todas as atividades propostas. A avaliação
será realizada de forma diversificada, utilizando os diversos mecanismos de
aferição.
A recuperação de estudos deve ser proporcionada aos alunos sempre que
o professor verificar que não houve o aproveitamento necessário relacionado a
temática trabalhada. Nesse caso o professor deve oferecer subsídios para que
o conteúdo seja revisado e consequentemente obter-se o aproveitamento
desejado.
5. Referências:
AMABIS e MARTHO. Fundamentos da Biologia Moderna . São Paulo: Moderna, 2005;
94
GASPARIN, J.L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.
LINHARES , Sérgio. Biologia Hoje. São Paulo: Ática, 2005.LOPES, Sônia. Biologia Essencial. São Paulo: Saraiva, 2005. Superintendência de Educação.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia Atual. São Paulo: Ática, 2005.
CIÊNCIAS
1. Apresentação e Justificativa:
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento
científico, que resulta da investigação da natureza, sendo do ponto de vista
científico, o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em
todo sua complexidade, cabendo ao homem interpretar racionalmente seus
fenômenos resultantes das relações entre elementos fundamentais como
tempo, espaço, matéria, movimento, força, campo, energia e vida.
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a
natureza ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência, porém
a maneira de como o homem interage com a natureza possibilita a
incorporação d experiências, técnicas, conhecimentos e valores produzidos
através de trabalhos em conjunto com seus semelhantes e transmitidos
culturalmente. Portanto, a cultura, o trabalho e o processo educacional
asseguram a elaboração e a circulação do conhecimento, estabelecendo novas
formas de relação com a natureza, passando a compreendê-la e apropriando-
se dos seus recursos.
Foi através da observação de regularidades percebidas na natureza que o
conhecimento científico passou a ser sistematizado, permitindo a apropriação
da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem.
95
A ciência sendo uma atividade humana complexa, histórica e
coletivamente construída, não revela a verdade, mas propõe modelos
explicativos construídos a partir da aplicabilidade de métodos científicos.
Como não é possível existir uma descrição universal para os modelos
diante da complexidade dos fenômenos naturais, faz-se necessário considerá-
los como uma construção coletiva produzida por grupos de pesquisadores e
instituições num determinado contexto histórico, num cenário sócio-
econômico, tecnológico, cultural, religioso, ético e político, sendo
imprescindível, ainda determiná-lo no tempo e no contexto das realizações
humanas, que são também historicamente determinadas. Neste conceito
conceituar ciência, exige cuidado epistemológico, sendo necessário, para
conhecer a real natureza da ciência, investigar a história da construção do
conhecimento científico.
A historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento
científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é
produzido, as tradições de pesquisas que os produzem e as instituições que as
apoiam. Nesses termos, analisar o passado da ciência e daqueles que a
construíram, significa identificar as diferentes formas de pensar sobre a
natureza nos diversos momentos históricos.
Justifica-se a disciplina de Ciências pela necessidade e importância
do aluno compreender o mundo e atuar como indivíduo e como
cidadão, utilizando conhecimentos de natureza científica e
tecnológica; de valorizar a natureza como um todo dinâmico e o
ser humano em sociedade como agente de transformações do
mundo em que vive, em relação essencial com os demais seres
vivos e outros componentes do ambiente; e para compreender a
ciência como um processo de produção de conhecimento e como
uma atividade humana.
2. Conteúdos:
ESTRUTURANTES:
96
– Astronomia
– Matéria
– Sistemas Biológicos
– Energia
– Biodiversidade
BÁSICOS:
6º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA
Universo
Sistema solar
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
Astros
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMASBIOLÓGICOS
Níveis de organização
ENERGIA
Formas de Energia
Conversão de Energia
Transmissão de energia
97
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos
Ecossistemas
Evolução dos seres vivos
7º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA
Astros
Movimentos terrestres
Movimentos celestes
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de Energia
Transmissão de energia
BIODIVERSIDADEOrigem da vida
Organização dos seres vivos
Sistemática
98
8º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA Origem e evolução do Universo
MATÉRIA
Constituição da matéria
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Célula
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA Formas de Energia
BIODIVERSIDADEEvolução dos seres vivos
9º ANO
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
ASTRONOMIA Astros
Gravitação universal
MATÉRIA Propriedades da matéria
99
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Mecanismos de herança genética
ENERGIA Formas de Energia
Conservação de energia
BIODIVERSIDADEInterações ecológicas
3. Metodologia:
A disciplina de Ciências propõe um estudo que pretende enriquecer e
complementar o entendimento das múltiplas relações físicas, químicas,
biológicas, geológicas, dentre outras, que ocorrem no ambiente. Na Base
Nacional Comum, a disciplina de Ciências tem como premissa o trabalho com
questões desafiadoras, problematizadoras, investigativas e exploratórias.
Ao longo da história da disciplina de Ciências, as aulas práticas em
laboratório têm sido valorizadas como o recurso que torna concreto o
tratamento dos conteúdos. Essas aulas, quando encaminhadas de forma a
repetir procedimentos e roteiros de experiências, apresentam o conteúdo pelo
conteúdo, sem uma maior reflexão sobre os vários fenômenos e fatores
intrínsecos envolvidos.
Destacaram a necessidade de laboratório, materiais e equipamentos
para a realização de atividades práticas, inclusive com o uso de materiais
alternativos, no ensino de Ciências. No entanto, é consenso, que as aulas
práticas sejam desenvolvidas, desde que os conceitos a serem trabalhados não
sejam simplificados de forma extrema e garantam a interpretação de fatos,
fenômenos e conceitos, tendo como principal referência os princípios
específicos da disciplina de Ciências (historicidade, inter-relação,
100
intencionalidade, aplicabilidade, provisoriedade).
As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos
conteúdos, na medida em que configuram uma das várias estratégias
metodológicas com caráter de ilustração, concretização e reflexão dos
conteúdos da disciplina de Ciências. Qualquer que seja a atividade a ser
desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade
(vinculando teoria e prática), visando à construção de noções e conceitos
significativos. Esse encaminhamento evita a dicotomia entre teoria e prática,
eliminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de
roteiros e procedimentos que induzem as respostas prontas ou a comprovação
de leis, teorias ou fenômenos. As aulas práticas a serem desenvolvidas no
contexto escolar na concepção aqui proposta devem considerar sempre a ação
e a reflexão, portanto, “não basta envolver os alunos na realização de
experimentos, mas também procurar integrar o trabalho prático com a
discussão, análise e interpretação dos dados obtidos” (ROSITO, apud MORAES,
2003).
Julga-se necessário que o planejamento das atividades possibilitem uma
participação dos alunos enquanto sujeitos ativos que colaboram
progressivamente na construção do seu conhecimento. Os encaminhamentos
para a disciplina em questão reforçam a postura dos professores como
mediadores e pesquisadores capazes de considerar o desenvolvimento
cognitivo dos educandos, seus conhecimentos prévios, o contexto histórico
atual, a sua realidade local, a diversidade cultural e os diferentes ritmos de
aprendizagem. Dessa forma, a professora poderá desenvolver, temática
emergencial da sociedade contemporânea, numa abordagem que inter-
relacione “Ciência, Tecnologia e Sociedade” (CTS), concebendo a Ciência como
um processo social, histórico e não dogmático; a Tecnologia “como aplicação
das diferentes formas de conhecimento para atender às necessidades sociais”
e a sociedade como um meio, no qual os sujeitos podem perceber, por meio da
Educação CTS, “o poder de influência que eles têm como cidadãos”, sendo
“estimulados a participar democraticamente” expressando suas opiniões
(SOLOMON21 apud SANTOS e SCHNETZLER, 2003, p. 61). Para tanto, sugere-se
algumas estratégias pedagógicas, tais como:
101
observação;
trabalho de campo;
experimentação;
construção de modelos;
jogos de simulação e desempenho de papéis;
visitas a indústrias, fazendas, museus;
projetos individuais e em grupos;
redação de cartas para autoridades;
palestrantes convidados;
estudos de caso, envolvendo problemas reais da sociedade;
leituras de imagens, gravuras, gráficos, tabelas e esquemas.
fóruns, debates, seminários, conversação dirigida, entrevistas, dentre outros
(Agenda 21).
Além das estratégias pedagógicas acima mencionadas, os professores
poderão encaminhar as atividades da disciplina de Ciências, através dos mais
variados recursos pedagógicos: slides, fitas VHS, DVD’s, CD’s, CD-ROM’s
educativos, entre outros.
A disciplina de Ciências pretende propiciar ao aluno o entendimento dos
fenômenos naturais e sócio-culturais e suas interações e transformações no
ambiente. Para tanto, o professor tem a responsabilidade de planejar as
intervenções, no sentido de possibilitar ao educando o desenvolvimento da
criatividade, da consciência crítica, do trabalho em equipe e do respeito à
diversidade. As proposições teórico-metodológicas apresentadas não têm a
pretensão de esgotar as possibilidades de encaminhamentos metodológicos
para a disciplina, e sim, de indicar caminhos e alternativas para inserir o
conhecimento científico no cotidiano do aluno, numa perspectiva de totalidade,
considerando a realidade social nos seus diversos aspectos.
É importante proporcionar condições para que o estudante seja capaz de
identificar problemas, elaborar hipóteses para explicá-las, planejar e executar
ações para investigá-las, analisar e interpretar os dados e, propor e criticar as
soluções, construindo, dessa forma, o seu próprio conhecimento, tornando-se
cidadão participativo da nossa sociedade.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
102
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Ciências
serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena/equipe multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08);
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Agenda 21 Escolar; História do Paraná (Lei
nº 13.381/01); Música (Lei nº 11.769/08); Educação Fiscal; Enfrentamento à
Violência contra a Criança e o Adolescente; Direito das Crianças e dos
Adolescentes (Lei Fed. Nº 11.525/07); Educação Tributária (Dec. Nº 1.143/99,
Portaria nº 413/02).
4. Avaliação:
A avaliação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, deve
ser contínua e cumulativa, levando-se em conta o aprendizado com aspectos
qualitativos e não quantitativos.
Deve se levar em conta o conhecimento do estudante, experimentar
novas maneiras e recursos didáticos que possam, através da retomada do
conteúdo servir de instrumentos de ensino-aprendizagem e de avaliação.
O “erro” pode ser um ponto de partida para superar uma aprendizagem
equivocada por parte do aluno.
Através de problematizações é possível investigar se houve aquisição
significativa clara e objetiva dos conteúdos científicos construídos no processo
ensino-aprendizagem.
A prova como instrumento de investigação, do aprendizado, deve ser
diagnóstica, indicando o quanto foi aprendido e tornar possível a retomada de
conteúdos científicos pelo professor viabilizando o conhecimento.
Sendo diagnóstica permite avaliar e rever os conceitos científicos
compreendidos ou não, corrigir “erros”, diversificando recursos e estratégias
para efetivar a aprendizagem.
Avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos
conteúdos científicos escolares e do objeto de estudo de Ciências, visando uma
aprendizagem realmente significativa para sua vida. (PARANÁ, 2008, p.79)
103
A avaliação será utilizada para atender o aluno, observando o nível em
que ele se apresenta, acompanhando assim seu desenvolvimento, nunca
esquecendo de considerar as quatro dimensões: diagnóstica, contínua,
cumulativa e participativa, possibilitando ao professor uma constante revisão
de suas aulas para adequá-las ao ritmo de aprendizagem de seus alunos,
promovendo um desempenho mais eficiente acerca do processo ensino e
aprendizagem.
Os critérios e instrumentos estabelecidos devem propiciar a investigação
da aprendizagem significativa sobre todos os conteúdos trabalhados.
Para tanto, alguns critérios fundamentais devem ser considerados:
- Compreender o mundo e atuar como indivíduo e como cidadão utilizando
conhecimentos de natureza científica e tecnológica;
- Valorizar a natureza como um todo dinâmico e o ser humano em sociedade
como agente de transformações do mundo em que vive, em relação essencial
com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;
- Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e
uma atividade humana;
- Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia
como meio para suprir necessidades humanas sabendo elaborar juízo sobre
riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;
- Entender a saúde pessoal, social e ambiental como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
- Formular questões e propor soluções para problemas reais a partir de
elementos das Ciências Naturais, colocando em práticas conceitos
procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar;
- Saber utilizar conceitos científicos básicos associados à energia, matéria
transformação espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
- Valorizar o trabalho em grupo sendo capaz de ação crítica e cooperativa para
a construção coletiva do conhecimento;
- Estimular o cuidado com o próprio corpo com atenção para o
desenvolvimento da sexualidade e para os hábitos de alimentação de convívio
e de lazer;
- Valorizar a vida em sua diversidade e a conservação dos alimentos;
104
- Caracterizar os movimentos visíveis de corpos celestes no horizonte e seu
papel na orientação espaço-temporal hoje e no passado da humanidade;
- Interpretar situações de equilíbrio e desequilíbrio ambiental relacionando
informações sobre a interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias
alimentares;
- Compreender a alimentação humana a obtenção e a conservação dos
alimentos sua digestão no organismo e o papel dos nutrientes na sua
constituição e saúde;
- Valorizar a disseminação de informações relevantes aos membros da sua
comunidade.
A apropriação dos conhecimentos será verificada através de
instrumentos como observação do desempenho do aluno, relatórios, debates,
pesquisas, trabalhos individuais e em grupo, participação do aluno na
realização das atividades, prova com/sem consulta, escrita e oral.
A recuperação de estudos se dará concomitantemente ao processo
ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos.
Será oferecida a todos os alunos com média inferior à da aprovação e/ou
àqueles que quiserem usufruí-la. O estabelecimento de ensino ofertará ao
aluno as oportunidades possíveis para que o mesmo resgate os conteúdos não
aprendidos, e entre a nota da avaliação e a da recuperação paralela,
prevalecerá sempre a maior. Assim, principalmente para os educandos que não
se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de
estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades
significativas e de novos instrumentos de avaliação.
Deve se levar em conta o conhecimento do estudante, experimentar
novas maneiras e recursos didáticos que possam, através da retomada do
conteúdo, servir de instrumentos de ensino-aprendizagem e de avaliação.
5. Referências:
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto. Física e química. São Paulo: Ática, 2002.
____FERNANDES, J. A. B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências. Revista da Sociedade Brasileira de Ensino de Biologia, São Paulo, v.1,
105
n.0, ago. 2005.
FONSECA, Albino. Caderno do Futuro. São Paulo: IBEP, 2003.
FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.
GOWDAK, Demétrio, MARTINS, Eduardo. Ciências Novo Pensar. São Paulo: FTD, 2006.
GOWDAK, Demétrio. MARTINS, Eduardo. Natureza e vida. São Paulo: FTD, 1996.
KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, São Paulo: EDUSP, 1980.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Ciências para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
WILSON, E. O Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
EDUCAÇÃO FÍSICA
1. Apresentação e Justificativa:
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas
corporais recebe em solo nacional ocorrem a partir de teorias oriundas da
Europa. Sobre a égide de conhecimentos médicos e da instrução física militar,
a então denominada ginástica surgiu, principalmente a partir de uma
preocupação com o desenvolvimento da saúde e a formação moral dos
cidadãos brasileiros. Esse modelo de prática corporal pautava-se em
prescrições de exercícios visando ao aprimoramento de capacidades e
habilidades físicas como a força, a destreza, a agilidade e a resistência, além
de visar à formação do caráter, da autodisciplina, de hábitos higiênicos, do
respeito à hierarquia e do sentimento patriótico. Vivenciamos nos últimos
quinze anos a afirmação gradativa do ensino da Educação Física numa
perspectiva cultural e é a partir desse referencial que se propõe essa disciplina
como área de estudo da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre o
conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao
106
longo de sua história. Trata-se, portanto, de privilegiar nas aulas de Educação
Física, além da aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e sobre o
movimento.
O homem na sua trajetória de vida sempre manteve uma relação restrita
com seu corpo, que passou por várias concepções promovendo em cada
momento histórico um diálogo diferente com seu corpo. O corpo e seus
movimentos estiveram sempre à mercê da cultura. Nossa conduta motora nos
revela aspectos biológicos e culturais que são determinantes na evolução do
corpo e da mente.
Na aula de Educação Física, deve-se promover a observação do corpo em
movimento, possibilitando aos seus alunos participar da construção do
conhecimento de si mesmo e de seus colegas. Uma ação pedagógica na qual
possamos incluir o desenvolvimento do organismo enquanto complexidade
biofísico social, criando condições para o desabrochar de processos corporais
mais complexos no que se referem aos fatos, conceitos, procedimentos, valores
e atitudes.
A Educação Física, cujo objeto de estudo é a cultura corporal, é uma
disciplina que possibilita, talvez mais do que as outras, espaços onde se pode
dar início às mudanças significativas na maneira de se implementar o processo
de ensino aprendizagem, tendo em vista as diversas situações, dados do
cotidiano associados à cultura de movimentos, que podem ser utilizados como
objetos para reflexão, resgatando e incorporando a cultura popular e a vivência
dos alunos dentro e fora da escola. Na sociedade contemporânea, a escola tem
assumido papel primordial na formação de crianças, jovens e adultos. As
modificações das relações familiares legaram a esta instituição
responsabilidades nunca antes sonhadas: instruir, ensinar, educar, enfim
formar as futuras gerações. E é dentro da escola que o professor convive com
as desigualdades de todas as naturezas e suas consequências, necessitando
para tanto pensar sua práxis do cotidiano.
Neste contexto, cada disciplina e professor forma cidadãos, necessitando
atuar conscientemente neste sentido. A Educação Física, como disciplina do
núcleo comum, busca assim sua reorganização, uma vez entendida como fruto
do processo histórico de evolução do homem que sempre se movimentou,
107
criou jogos, danças e práticas atendendo suas várias necessidades sociais.
Segundo BRACHT “a pedagogia da Educação Física enquanto ciência prática
tem seu sentido não na compreensão, mas no aperfeiçoamento da práxis”
(1992 p. 42).
Entendida nesta perspectiva a disciplina de Educação Física configurar-se-á
num processo racional, sistematizado e intencional de tornar acessível a todas
as crianças e jovens que frequentam a instituição escolar, atitudes e práticas
que constituem essa cultura motora, cognitiva e social.
2. Conteúdos:
ENSINO FUNDAMENTAL
6º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos
Individuais
Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.
Atletismo; tênis de mesa.
108
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda;
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.
Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá.
Dama; trilha; resta um; xadrez.
Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango.
Break; funk.
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita.
Acrobacias; malabares.
Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas de aproximação Judô; luta olímpica; jiu-jitsu.
109
Capoeira Angola; regional.
7º ANO
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos
Individuais
Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.
Atletismo; tênis de mesa.
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Brincadeiras e cantigas de roda;
Jogos de tabuleiro
Jogos cooperativos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.
Gato e rato; escravos de jó lenço atrás; dança da cadeira; adoletá.
Dama; trilha; resta um; xadrez.
Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Danças folclóricas
Danças de rua
Danças criativas
Quadrilha; dança de fitas; ciranda; fandango.
Break; funk.
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de
110
Danças circulares
movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Contemporâneas; folclóricas; sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita.
Acrobacias; malabares.
Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas de aproximação
Capoeira
Judô; luta olímpica; jiu-jitsu.
Angola; regional.
8º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos
Radicais
Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.
Skate.
111
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.
Dama; trilha; resta um; xadrez.
Improvisação; imitação; mímica.
Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Dança
Danças criativas
Danças circulares
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Contemporâneas; folclóricas; sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita.
Acrobacias; malabares.
Movimentos gímnicos ( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Esgrima; kendô.
Angola; regional.
112
9º ANO:
ESTRUTURANTES BÁSICOS ESPECÍFICOS
Esporte
Coletivos
Radicais
Futebol; voleibol; basquetebol; handebol; futebol de salão.
Skate.
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Amarelinha; elástico; 5 marias; stop; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; polícia e ladrão.
Dama; trilha; resta um; xadrez.
Improvisação; imitação; mímica.
Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
Dança
Danças criativas
Danças circulares
Elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Contemporâneas; folclóricas; sagradas.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense
Ginástica geral
Corda; arco; bola; fita.
Acrobacias; malabares.
Movimentos gímnicos
113
( balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, ponte).
Lutas
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Esgrima; kendô.
Angola; regional.
ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos Conteúdos Específicos
ESPORTE
Coletivos
Individuais
Radicais
Futebol; voleibol; basquetebol; futebol de salão.
Atletismo; tênis de mesa.
Skate.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Jogos de tabuleiro
Jogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dama; trilha; resta um; xadrez.
Improvisação; imitação; mímica.
Olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas.
DANÇA
Danças folclóricas
Danças de salão
Danças de rua
Fandango; quadrilha; batuque; ciranda, etc.
Forró; vanerão; samba; soltinho; merengue, etc.
Funk; break, etc.
Ginástica artística /Olímpica
Solo.
114
GINÁSTICAGinástica de Condicionamento físico
Ginástica geral
Alongamentos; ginástica localizada; pular corda; ginástica aeróbica.
Movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
LUTAS
Lutas com aproximação
Lutas que mantêm à distância
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Judô; luta olímpica.
Karatê; boxe; muay thai; taekwondo.
Esgrima; kendô.
Angola; regional.
3. Metodologia:
Considerando a cultura corporal como objeto de estudo, através
do esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e brincadeiras, a Educação Física
colabora para que os alunos possam reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas
corporais. O conhecimento será tratado favorecendo a compreensão dos
princípios da lógica dialética materialista: totalidade, movimento, mudança,
qualidade e contradição.
A metodologia deverá ressaltar o princípio do confronto e
contraposição de saberes, isto é, compartilhar conhecimento científico ou
saber escolar e o saber construído no meio cultural informado pelo senso
comum, na tentativa de superá-los. As atividades serão criativas apontando
um sistema de relações sociais entre os homens e mulheres, respeitando as
dimensões de gênero, raça, classe, local e credo.
Cabe ao professor de Educação Física ter o cuidado de dar o
significado às atividades realizadas para que haja o enriquecimento da
proposta curricular valorizando o aluno e suas habilidades motoras vendo o
mesmo como um todo, não se apegando apenas nas técnicas esportivas, pois
115
no trabalho como educador, o professor de Educação Física deve aplicar
atividades concretas, ligadas à realidade dos alunos e criativas, tendo como
objetivo formar conceitos de cidadania, ética, saúde, estética e satisfação, pois
ninguém faz uma atividade física por fazer, participa da mesma por gostar e
nela se realiza.
Dar significado à atividade não é só trabalhar conteúdos
“práticos” e sim auxiliar para que o aluno saiba fazer uma “leitura do mundo”
adquirindo condições de atuar como cidadão consciente. Serão utilizados
recursos tais como: sucatas, cordas, jogos de dominó, xadrez e dama, rádio,
bolas, redes, quadra, vídeos, TV Multimídia, internet, etc; tendo o cuidado de
estar priorizando os trabalhos em grupo, buscando a criatividade e a
criticidade, em busca da superação da meritocracia, da seletividade e do
individualismo.
Os procedimentos serão assentados em ações com o intuito de
dar aos alunos a chance de opinarem, discutirem e transformarem a direção
social num processo dinâmico, consciente e contínuo, a construção do
conhecimento pela práxis.
Os objetivos, os conteúdos e a metodologia apontarão para a
necessidade dos alunos de trabalharem e produzirem durante todo o ano
letivo, assumindo a sua cota de responsabilidade, deixando de lado a
sistemática tradicional de somente participarem das atividades escolares
quando o professor responsável pela turma estiver presente.
O trabalho, sempre coletivo, permitirá que, mesmo na ausência
do professor haverá a possibilidade de substituí-lo por um membro do grupo de
professores de educação física e/ou outro professor de outra disciplina.
Dentro das temáticas que serão desenvolvidas estarão a História
e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Leis 10.639/03 e 11.645/08), a
Educação Ambiental (Lei 9.795/99), Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o
Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07 e a
Educação Fiscal, que serão trabalhadas de forma contextualizada e
relacionadas aos conteúdos.
116
4. Avaliação:
A partir da avaliação diagnóstica, será analisado o processo
desenvolvido para identificar lacunas no processo de ensino e de
aprendizagem, bem como para planejar e propor outros encaminhamentos que
visem a superação das dificuldades constatadas, onde será um processo
contínuo, permanente e cumulativo, organizando e reorganizando o trabalho
visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas de
ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que
os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma
relação com o mundo. Pretende-se que nas aulas de Educação Física o
conteúdo seja produzido e socializado através de vivências que evidenciem o
fundamental papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é
necessário que o professor crie oportunidades para que os alunos os
construam, a partir de suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do
professor a aplicação de ações: uma observação direta, diagnóstica, análise de
dados, nível de participação e envolvimento nas atividades práticas e teóricas
pelos alunos, para que as metas traçadas no decorrer do ano atinjam seu alvo
principal o aluno no ato de aprender.
É importante que se tenha clareza da função social da avaliação
na construção do saber, além de reconhecer o caráter fundamental para a
Educação, da produção do conhecimento de forma crítico-reflexiva,
estabelecendo um diálogo permanente com o cotidiano dos autores
(professores e alunos) na ação pedagógica, estimulando, assim, o verdadeiro
exercício da cidadania.
Pretende-se que nas aulas de Educação Física o conteúdo seja
produzido e socializado através de vivências que evidenciem o fundamental
papel do aluno como construtor do conhecimento. Para isto, é necessário que o
professor crie oportunidades para que os alunos os construam, a partir das
suas experiências, fazendo-se necessário, por parte do professor a aplicação de
ações como: uma observação direta, diagnóstica, contínua, cumulativa e
processual, análise de dados, nível de participação e envolvimento nas
atividades práticas e teóricas pelos alunos, para que as metas traçadas no
117
decorrer do ano atinjam seu alvo principal: o aluno no ato de aprender.
Os instrumentos utilizados deverão ser claros para o professor e
para os alunos, pois o senso crítico, característico desta faixa etária, aliado à
necessidade de sentir-se reconhecido, tornará o processo significativo. Estes
instrumentos poderão estar inseridos nos conteúdos de aprendizagem como
forma sistemática de valorização e reflexão, representando a forma concreta
de apropriação por parte dos alunos, do conhecimento socialmente construído,
revelando quando utilizados que intenções e aspectos deste conhecimento
estão sendo valorizados.
Ao selecionar os instrumentos de avaliação (trabalhos, pesquisas
realizadas no laboratório de informática, avaliações práticas e teóricas,
seminários e debates), que serão empregados, poderão ser levantados, além
dos valores mensuráveis, os aspectos motivacionais e subjetivos relacionados
aos resultados, suas relações com diferentes contextos de aplicação e o
significado que esses trarão para a construção do conhecimento pessoal do
aluno e para a coletividade à qual pertence.
Inicialmente far-se-á a avaliação diagnóstica para detectar o grau
de conhecimento e de dificuldades do educando.
A avaliação deve se materializar em cada aula (observação
constante do aluno feita pelo professor), considerando sua aplicação e
consequência pedagógica, política e social, referenciada nos interesses
individuais e coletivos, ampliando as possibilidades corporais. Essas
possibilidades envolvem aspectos de conhecimento, habilidades, desempenho
no conteúdo vivenciado, atitudes e condutas sociais, considerados dentro da
concepção da totalidade humana, isto é, da concepção de que o aluno é um
ser único e de que ambos, professor e aluno assumirão responsabilidades na
perspectiva de uma avaliação participativa.
A auto-avaliação visará à construção da autonomia do estudante
numa conscientização do seu envolvimento nas atividades desenvolvidas.
Alguns critérios importantes de avaliação devem ser definidos ao
avaliar os alunos:
• Participação nas atividades corporais, estabelecendo relações
118
equilibradas e construtivas com os outros, reconhecendo e
respeitando características físicas e de desempenho de si próprio e
dos outros, sem discriminar por características pessoais, físicas,
sexuais ou sociais;
• Adoção de atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade
em situações lúdicas e esportivas, repudiando qualquer espécie de
violência;
• Conhecimento, valorização, respeito à pluralidade de
manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo,
percebendo-as como recurso para a integração entre pessoas e
entre diferentes grupos sociais;
• Reconhecimento de si próprio como elemento integrante do
ambiente, adotando hábitos saudáveis de higiene, alimentação e
atividades corporais, relacionando-os com os efeitos sobre a
própria saúde e de recuperação, manutenção e melhoria da saúde
coletiva;
• Capacidade de solucionar problemas de ordem corporal em
diferentes contextos, regulando e dosando o esforço em um nível
compatível com as possibilidades, considerando que o
aperfeiçoamento e o desenvolvimento das competências corporais
decorrem da perseverança e regularidade e devem ocorrer de
modo saudável e equilibrado;
• Reconhecimento das condições de trabalho que comprometam os
processos de crescimento e desenvolvimento, não as aceitando
para si nem para os outros, reivindicando condições de vida digna;
• Conhecer a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética
corporal que existem nos diferentes grupos sociais,
compreendendo sua inserção dentro da cultura em que são
produzidos, analisando criticamente os padrões divulgados pela
mídia e evitando o consumismo e o preconceito;
• Conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma,
119
bem como reivindicar locais adequados para promover atividades
corporais de lazer, reconhecendo-os como uma necessidade básica
do ser humano e um direito do cidadão.
A recuperação paralela ocorrerá de forma concomitante ao processo
ensino e aprendizagem, sempre que o professor verificar que seu aluno
apresentou dificuldades no desenvolvimento das atividades, não assimilou o
que lhe foi proposto, resultando num baixo desempenho. O conteúdo será
retomado, revisto, e os alunos submetidos a nova avaliação, prevalecendo o
melhor resultado.
5. Referências:
BATISTA, Luiz Carlos C. Educação Física no ensino fundamental. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
CIVITATE, Hector. Jogos de salão e recreação. Rio de Janeiro: Sprint, 1998.
GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista: a pedagogia crítico social dos conteúdos. São Paulo: Loyola, 1991.
KAMEL, Dílson; KAMEL, José Guilherme N. Nutrição e Atividade Física. 2. ed.Rio de Janeiro: Sprint,1998.
LUCKESI, Carlos.C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 1995.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
VALADARES, S.; ARAUJO, R. Educação física no cotidiano escolar: jogos e
brincadeiras com bola. Belo Horizonte: FAPI, 1999.
120
ENSINO RELIGIOSO
1. Apresentação e Justificativa:
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Religioso expressam a necessária
reflexão em torno dos modelos de ensino e do processo de escolarização,
diante das demandas sociais contemporâneas, que exigem a compreensão
ampla da diversidade cultural.
As diferenças culturais são abordadas, de modo a ampliar a compreensão
da diversidade religiosa como expressão da cultura, construída historicamente,
e que, são marcadas por aspectos econômicos, políticos e sociais.
Portanto, busca propiciar oportunidade de identificação, de entendimento,
de conhecimento e de aprendizagem em relação às diferentes manifestações
religiosas presentes na sociedade, de modo que tenham a amplitude da própria
cultura em que se insere.
Com o objetivo de ampliar a abordagem curricular no que se refere à
diversidade religiosa, a Diretrizes para o Ensino Religioso definem como objeto
de estudo o sagrado como foco do fenômeno religioso, por contemplar algo
presente em todas as manifestações religiosas, busca explicitar as diferentes
culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas como em outras
recentes, ou seja, o sagrado influencia a compreensão de mundo e a maneira
como o homem vive seu cotidiano.
A disciplina propõe-se a subsidiar os alunos, por meio dos conteúdos, à
compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do sagrado,
com vistas à interpretação dos seus múltiplos significados, auxiliando na
compreensão de conceitos básicos no campo religioso e na forma como a
sociedade sofre inferências das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou
negação do sagrado.
Por fim, destaca-se que os conhecimentos relativos ao sagrado e às suas
manifestações são significativos para todos os alunos no processo de
escolarização, por propiciarem subsídios para a compreensão de uma das
interfaces as cultura e da construção da vida em sociedade.
121
2. Objetivos:
I - Compreender o ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade:
II - desenvolver a capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição
de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores:
III – fortalecer os vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e
de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
IV - Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões
religiosas advindas da elaboração cultural dos povos, bem como possibilitar
o acesso às diferentes fontes da cultura sobre o fenômeno religioso.
V - Promover e também desenvolver a formação do educando, no seu
intuitivo, consciente, critico, participativo, comprometido com a realidade
social, política e econômica, ou seja, com vida, e como agentes construtores
de uma sociedade justa.
3. Conteúdos:
3.1. Estruturantes:
Os conteúdos estruturantes compõem os saberes, os conhecimentos de
grande amplitude, os conceitos ou práticas que identificam e organizam os
campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso. O
conhecimento religioso é entendido como um patrimônio da humanidade.
Legalmente, é instituído na escola a fim de promover um oportunidade para
que os educandos de tornem capazes de entender os movimentos específicos
das diversas culturas, e para que o substantivo religioso represente um
elemento de colaboração na constituição do sujeito, sendo uma disciplina que
contribui para o desenvolvimento humano.
PAISAGEM RELIGIOSA
Por paisagem religiosa define-se a combinação de elementos culturais e
naturais que remetem a experiências do sagrado, que por força dessas
122
experiências anteriores remetem a uma gama de representações sobre a
diversidade cultural e religiosa. Para o homem religioso, a natureza não é
exclusivamente natural; sempre está carregada de um valor sagrado. A ideia
da existência de lugares sagrados e de um mundo sem imperfeições conduz o
homem a suportar suas dificuldades diárias. O homem consagra determinados
lugares porque necessita viver e conviver no mundo sagrado.
UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
A complexa realidade que configura o universo simbólico tem como chave
de leitura as diferentes manifestações do sagrado no coletivo, cujas
significações se sustentam em determinados símbolos religiosos.
De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são
criações cuja função é comunicar ideias. Os símbolos são parte essencial da
vida humana, todo sujeito se constitui e se constrói por meio de inúmeras
linguagens simbólicas, portanto, é um elemento importante porque está
presente em quase todas as manifestações religiosas e também no cotidiano
das pessoas. Estamos inseridos numa realidade altamente simbólica, não só no
que diz respeito ao sagrado, mas em todo imaginário humano.
TEXTOS SAGRADOS
Como conteúdo estruturante, o texto sagrado é uma referência importante
para o Ensino Religioso, pois permite identificar como a tradição e a
manifestação atribuem às práticas religiosas o caráter sagrado e em que
medida orientam ou estão presentes nos ritos, nas festas, na organização das
religiões, nas explicações da morte e da vida.
Os textos sagrados expressam ideias e são meios de dar viabilidade à
disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e
manifestações religiosas, o que ocorre de diversa maneiras.
3.2. Básicos
A organização dos conteúdos se referencia em manifestações religiosas
123
menos conhecidas ou desconhecidas, a fim de ampliar o universo cultural dos
educandos. Por sua vez, o conteúdo templos e espaços sagrados se inicia da
discussão dos espaços físicos identificados como sagrados. No caso de Ensino
Religioso sagrado é o objeto de estudo da disciplina, portanto, o tratamento a
ser dado aos conteúdos básicos estará sempre a ele relacionado.
6º ANO
- Organizações Religiosas
- Lugares Sagrados
- Textos Sagrados Orais ou Escritos
- Símbolos Religiosos
7º ANO
- Temporalidade Sagrada
- Festas Religiosas
- Ritos
- Vida e Morte
4. Metodologia:
O sagrado será a base da qual serão trabalhados os demais conteúdos. A
linguagem utilizada é essencialmente pedagógica partindo de
questionamentos que provocam reflexões e de modo que o educando
construirá sua identidade e autonomia, entendendo o sentido da vida, do
respeito as diferenças do outro.
As práticas pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina
poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas, o que amplia
e valoriza o universo cultural dos alunos.
Os conteúdos propostos pelas Diretrizes contemplam as diversas
manifestações do sagrado, entendidos como integrantes do patrimônio
cultural, os quais poderão ser enriquecidos pelo professor, desde que
124
contribuam para a construir, analisar e socializar o conhecimento religioso,
para favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e o convívio com
o diferente.
Portanto, é preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e à opção
religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos
valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e
da diversidade sociocultural.
Através de leitura e interpretação das informações contidas em textos
diversificados.
Pesquisas em jornais e revistas, para que o aluno reflita sobre as diversas
informações levando-o a troca de ideias e debate em sala de aula, despertando
o senso crítico no educando.
Utilização do laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive)
educativos, relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e
auxiliar na compreensão do ensino aprendizagem.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios
sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em
Ensino Religioso serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-
brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção
ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência
contra a Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº
11.525/07.
5. Avaliação:
A avaliação é condição para análise do educador sobre as práticas e
processos de aprendizagem, deve apresentar elementos que motivam a prática
avaliativa classificando-se em avaliação inicial, processual, formativa e final. A
disciplina de Ensino Religioso requer um trabalho comprometido, de modo que
a avaliação se torna um fator que pode contribuir para sua legitimação como
componente curricular. Cabe ao professor implementar práticas avaliativas que
permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno
e pela classe, cujo parâmetro são os conteúdos tratados e o seus objetivos.
125
Será realizada através da convivência do respeito às diferenças do outro, da
postura e instrumentos diversos durante o desenvolvimento da aula, como:
- Participação de trabalhos em grupos;
- Exposição de trabalhos;
- Produção de textos e desenhos;
- Observação dirigida e espontânea de atitudes;
- Comunicação oral e escrita;
- Relatos de experiência;
- Trabalhos escritos ou orais;
- Leitura e interpretação de fotos, imagens, textos, entre outros.
6. Referências:
ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins
Fontes, 1992.
CISALPIANO, M. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.
História da Religiões. Editora Tempo Films/Planeta do Brasil.
GUILOUSKI, Borres; COSTA, Diná Raquel D. da; SCHLOGL, Emerli. Encontro:
apontando novos caminhos para o Ensino.
De mãos dadas Ensino Religioso. Avelino Antonio Corrêa, Amélia Schneiders –
São Paulo: Scipione, 2002.
NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o Universo Religioso. V. 5.
Petrópolis: Vozes, 2001.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de
Ensino Religioso para a Educação Básica. Departamento de Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de
126
Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos:
inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos
currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED – PR, 2005.43p.
WWW.diaadiaeducação.pr.gov.br
FILOSOFIA
1. Apresentação e Justificativa:
A Filosofia é uma das formas de conhecimento e guarda especificidade
em relação a todas às demais, ou seja, em relação à ciência, à arte, à religião,
ao senso comum, tendo como objeto de estudo o conhecimento. Ela tem uma
história e uma tradição que é tão ou mais antiga que as ciências, e no entanto,
por um certo período, no Brasil, não foi considerada um saber, como os outros
necessários, que devesse ser socializado, juntamente com as ciências compor
um Currículo que realmente garantisse a leitura e a compreensão do mundo.
Só a história nos ajuda a entender esta ausência na escola secundária. A
filosofia foi eliminada do convívio com a juventude secundarista nos anos 70,
por força da Lei nº 5692/71, que abrigava um projeto pedagógico de cunho
profissionalizante estreito. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
aprovada em Dezembro de 1996, contempla a Filosofia como conhecimento
necessário à formação da cidadania. Mas, é preciso que se diga, que em nosso
Estado, já antes disto se reconheceu a importância e o lugar da Filosofia na
formação da consciência crítica dos nossos educandos, na superação da
alienação, e, já vinha compondo a currículo do ensino médio.
A Filosofia tem como tarefa buscar os fundamentos de uma concepção
de mundo, de conhecimento, de homem, de sociedade, e do mesmo modo,
sempre em maior ou menor grau, comprometido com a realização prática de
sua representação teórica. Este fato nos indica então, que a relação teoria-
prática é constitutiva da Filosofia.
Os conhecimentos apreendidos no decorrer da formação educacional
127
começam através da interação com o mundo exterior, e o papel da Filosofia, no
ambiente escolar, é por primazia, o de aprofundar e de fortalecer esses
conhecimentos para uma formação integral do educando. Em essência, o
ensino desta enquanto instrumento de reflexão é o de direcionar o aluno a
questionar através de temas como, por exemplo, o conceito de verdade,
variante de acordo com o contexto histórico-social, que desde o primórdio,
alguns filósofos já o questionaram, a partir do conhece-te a ti mesmo, proferido
por Sócrates.
No Colégio Estadual Juvenal Mesquita, a Filosofia é trabalhada de forma a
promover a perplexidade, o deslumbre, o espanto e a admiração que leve o
estudante a um posicionamento ativo em busca do conhecimento. Também é
apresentada como uma ferramenta, um instrumento de reflexão, de análise
crítica e criatividade radical, rigorosa e de conjunto, que possibilite ao aluno
desenvolver seu estilo próprio de pensamento.
Através das aulas de Filosofia, o colégio busca guiar o aluno no sentido
de problematizar situações, reelaborar e criar novos conceitos filosóficos,
argumentar, estabelecer relações entre a teoria e a prática, o abstrato e o
empírico, desmistificar a realidade, perceber a realidade das ideologias,
exercer sua criatividade, perceber-se como sujeito autônomo, ético e subjetivo,
compreendendo assim culturas e linguagens a partir de sua própria história de
vida, superando as dificuldades para encontrar o equilíbrio da existência
enquanto ser humano.
Na abordagem filosófica há capacitação de uma autoconsciência acerca
das questões fundamentais sobre a existência humana. Sendo assim, ensinar
Filosofia é um exercício maciço, que privilegia conceber a reflexão, a
criatividade e a formação de indivíduos autônomos.
2. Conteúdos:
ESTRUTURANTES BÁSICOS
Mito e Filosofia
- Saber mítico;
- Saber filosófico;
- Relação entre Mito e Filosofia;
128
- Atualidade do mito;
- O que é a Filosofia?
Ética
- Ética e moral;
- Pluralidade ética;
- Ética e violência;
- Razão, desejo e vontade;
-Liberdade: autonomia do sujeito e a
necessidade das normas.
Filosofia Política
- Relações entre comunidade e poder;
- Liberdade e igualdade política;
- Política e ideologia;
- Esfera pública e privada;
- Cidadania formal e/ou participativa.
Filosofia da Ciência
- Concepções de ciência;
- A questão do método científico;
- Contribuições e limites da ciência;
- Ciência e ideologia;
- Ciência e ética.
Estética
- Natureza da arte;
- Filosofia e arte;
- Categorias estéticas;
- Estética e sociedade.
3. Metodologia:
A disciplina de Filosofia viabilizará interfaces com outras disciplinas para
a compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências
e da arte. Os conteúdos estruturantes serão trabalhados fazendo com que os
estudantes pensem os problemas com significado histórico e social e possam
adquirir subsídios para que pesquisem, façam reflexões e criem conceitos a
partir dos textos filosóficos. O trabalho com os conteúdos estruturantes em
129
consonância com os conteúdos básicos dar-se-á em quatro momentos: a
mobilização para o conhecimento; a problematização; a investigação e a
criação de conceitos. A criação de conceitos será proposta através de
problematizações, leituras e análise de textos, debates, pesquisas,
sistematizações, produção e reelaboração de textos, análise de imagens,
músicas, dinâmicas de grupo, palestras, análise de filmes e documentários,
contribuindo desta maneira para a construção da consciência crítica do
educando. Nos encaminhamentos metodológicos serão utilizados os seguintes
recursos didáticos/tecnológicos: livros (principalmente da consulta ao acervo
da Biblioteca do Professor), revistas, CDs, letras de músicas, fotografia,
gravuras, TV Multimídia, recursos disponíveis no Portal Dia a dia Educação,
computador e aparelho de DVD.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Filosofia
serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e
Indígena/Equipe Multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08);
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Sexualidade Humana; Educação
Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07
e Educação Fiscal.
As atividades desenvolvidas serão trabalhadas através de produção de
textos; imagens; maquetes; acesso aos sites; realização de pesquisa de
campo; leitura de textos, revistas e materiais didáticos disponibilizados na
escola e on line; debates, palestras e estudo dos cadernos temáticos da SEED.
4. Avaliação:
A avaliação será contínua, cumulativa e processual devendo refletir o
desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes conteúdos cursados, com preponderância
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação formativa, de maneira diagnóstica, identificará as
130
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que
apresentarem dificuldades. Ao avaliar em Filosofia deverá ser considerado
como critério a capacidade de se trabalhar com os conceitos, de construir e
tomar posições, de detectar os princípios e interesses subjacentes aos temas e
discursos, considerando o respeito pelas posições do estudante, mesmo que
não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de
argumentar e de identificar os limites dessas posições. A avaliação é um
processo, sendo que em Filosofia a mobilização para o conhecimento se inicia
por meio da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que
pensa após o estudo. Os instrumentos de avaliação contribuirão para a
construção da autonomia do educando, tais como: produção de textos,
reflexões críticas de textos e filmes, avaliação discursiva: objetiva e oral,
trabalho em grupo, sínteses dos conteúdos e debates (seminários).
A recuperação paralela acontecerá de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e instrumentos
diversificados, com atividades significativas, sendo que os resultados da
recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período
letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.
5. Referências:
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 2000.
______. O que é ideologia? São Paulo: Brasiliense, 1989.
CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,1986, v.1.
FAVARETTO, C.F. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P. E. et all (Org.). A filosofia e seu ensino. Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995.
FERRATER MORA. Dicionário de filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.
FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático Público)
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
131
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Filosofia. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SEVERINO. A J. O ensino de filosofia: entre a estrutura e o evento. In: GALLO; S., DANELON; M., CORNELLI, G., (Orgs.). Ensino de filosofia: teoria e prática. Ijuí: Ed. Unijuí, 2004.
VASCONCELLOS, C. do S. A construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2000.
DOCUMENTOS CONSULTADOS ON LINE
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova - 1932. In: História da Educação no Brasil. Disponível em: <www.pedagogiaemfoco.pro.br/heb07a.htm>. Acesso em 03-05-2006.
FÍSICA
1. Apresentação e Justificativa:
A Física tem como objeto de estudo o universo em toda sua
complexidade e, por isso, como disciplina escolar, propõe o estudo da natureza
entendida segundo Menezes (2005), como realidade material sensível.
Porém, os conhecimentos de física apresentados aos estudantes do
ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas modelos
elaborados pelo homem no intuito de explicar e entender essa natureza.
Apesar dos estudos e contribuições dos mais diversos povos, como os
árabes e os chineses, entre outros, as pesquisas sobre a História da Física
demonstram que, até o período do Renascimento, a maior parte da ciência
conhecida pode ser resumida à Geometria euclidiana, à Astronomia
Geocêntrica de Ptolomeu(150d.C) e à Física de Aristóteles(384-322 a.C). As
explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de acordo com que
se conhece sobre ele. No mundo atual, globalizado e altamente tecnológico, a
física possui uma parcela significativa desse conhecimento. Toda tecnologia é
132
de grande importância no conhecimento da física e muitas vezes já faz parte
do cotidiano do aluno. Essa proposta implica a abordagem que o ensino da
física faz sobre os fenômenos físicos, lembrando que suas ferramentas
conceituais são as de uma ciência em construção, com uma respeitável
consistência teórica.
Além disso, estudar física desenvolve o raciocínio, estimula a imaginação
e a criatividade. Um aluno interessado no estudo desta disciplina não fica
restrito apenas a esse campo, mas sim, circula por muitos outros contribuindo
para sua própria cidadania, formando-se um cidadão capaz de contextualizar o
conhecimento relacionando-o com sua realidade, e capacitando-se para uma
atuação crítica e social, cujo conhecimento atual é a cultura científica
tecnológica, filosófica e histórica deste tempo em suas relações com outras
produções humanas. Essa aprendizagem só é possível através da interação
com o professor, que necessita fazer um ensino comprometido com a
mudança, com o amadurecimento dos indivíduos dentro de uma perspectiva
mais ampla e integradora das ciências e da sociedade.
Os princípios norteadores da proposta da elaboração do currículo da
disciplina de Física, foram baseados na Fundamentação Teórico – Metodológica
encontrada na “ Introdução” das “Orientações Curriculares de Física – Texto
Preliminar – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná –
SEED – PR. e também nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica do
Paraná.
O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas
por aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Contudo há
um certo consenso que “... a preocupação central tem estado na
identificação do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a
questão emergente na investigação dos pesquisadores está relacionada à
busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação básica
– Ensino Médio”( ROSA & ROSA, 2005, p.2 ).
Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que
mostra uma preocupação com a Física como uma Ciência que permite
compreender uma imensidade de fenômenos físicos naturais, que seriam
indispensáveis para a formação profissional ou como subsídio para a
133
preparação para o vestibular e a compreensão e interpretação do mundo pelos
sujeitos – educandos. Entretanto neles a ênfase recai nos aspectos
quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a
resolução de “Problemas de Física” que, sempre se traduzem em exercícios
matemáticos com respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de
muitos professores e, mais que isso, as estruturas curriculares por eles
organizadas. Isso faz com que com que o ensino de Física se transforme num
ensino livresco, descontextualizado em sua história, não permitindo a
compreensão de que Ciência é uma construção humana, com todas as
implicações que isso possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das
atividades humanas.
A Física deixa de ser mais um instrumento para a compreensão do
mundo , não permitindo ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao
formalismo próprio desse campo de conhecimentos, essencial para o
desenvolvimento de uma cultura em ciência. Apesar do incentivo à carreira
universitária, esse estudo deve ser mais uma possibilidade e não o objetivo
principal do ensino desta disciplina no nível médio.
A Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte de um contexto
social, econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado por esse
contexto, fato que não pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso significa
mostrar que a ciência não está pronta nem acabada e não é absoluta, mas,
revelar aos nossos estudantes “ ... como é penoso , lento , sinuoso e, por
vezes, violento, o processo de evolução das ideias científicas” ( PONCZEK,
2002, p. 22 ).
Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que
vivem ou que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz
parte da cultura social humana e, portanto, é um direito dos estudantes
conhecê-lo.
Além disso, se queremos contribuir pra a formação de sujeitos que sejam
capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões,
não podemos deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia.
Por isto é importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o
desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações
134
culturais, sociais e econômicas na humanidade decorrentes deste
desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção
histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do
tempo.
Considerando ainda que, como ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito
aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física
deve partir do conhecimento prévio dos alunos, respeitando seu contexto
social e suas concepções espontâneas a respeito de ciência.
Em primeiro lugar de acordo com MOREIRA ( s / d, p.2 ) devemos
abandonar o papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e
passarmos a ver, de fato, os sujeitos como elaboradores do saber físico, mas
que precisam do professor como mediador. O autor parte do pressuposto que o
objetivo do ensino é compartilhar, professor e aluno, significados e promover a
aprendizagem significativa. Mas, isso ocorrerá somente quando o educando
internalizar esses significados de maneira não arbitrária e não literal, quando
as novas informações adquirirem significado por interação com o
conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados
adicionais, diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o
conhecimento já existente.
Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas ideias,
sua visão do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas
experiências diárias e nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por
MOREIRA (1999 ), os seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e
atuam ( fazem ). Ou seja, ao se pensar uma metodologia de ensino para a
Física é preciso ter em vista o que os estudantes já conhecem. Esta ideia
remete aos estudos das concepções espontâneas ou ideias alternativas dos
sujeitos.
Ao educando será apresentado princípios, concepções, linguagem, entre
outros elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve
permitir que ele perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada
pela ciência para explicar um determinado fenômeno. Esse processo
contribuirá para que o educando reformule as suas ideias tendo em vista a
concepção científica. Assim, espera-se que esteja reelaborando seus conceitos,
135
mas não necessariamente, que abandone suas ideias espontâneas. Poderá
estar negociando ou adequando sua interpretação e linguagem ao contexto de
utilização. Ou seja, seus conceitos serão mais elaborados ou menos
elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a necessidade ou
interesse deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no contexto da
comunidade científica.
Entendemos, então, que a Física deve educar para a cidadania,
contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, “ ... capaz de
compreender o papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia. ( ... ) capaz
de compreender a cultura científica e tecnológica de seu tempo “ ( CHAVES &
SHELLARD, 2005, p. 233 ).
Cabe colocar aqui que a cidadania da qual falamos aqui não é a cidadania
para o consumo, não é a cidadania construída através de intervenções
externas, doações da burguesia e do Estado moderno, mas, a cidadania que se
constrói no interior da prática social e política de classes.
Por fim, é fundamental que a Física seja trabalhada de forma que o aluno
seja capaz de informar e se comunicar, compreender e agir, enfrentando
problemas de diferentes naturezas, participando socialmente de forma prática
e solidária, elaborando críticas e propostas, além de investigar e discutir a
utilização de tecnologias e outros meios de comunicação.
2. Conteúdos:
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias
que hoje compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para
a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica
dos conteúdos escolares, de modo que o estudante compreenda o objeto de
estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.
Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e
definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma
teoria. Desses estruturantes derivam os conteúdos básicos que comporão as
propostas pedagógicas curriculares das escolas.
1ª Série
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
MOVIMENTO
• Momentum e Inércia;
• Conservação da Quantidade de
Movimento ( Momentum );
• Variação da Quantidade de
Movimento = Impulso;
• 2ª Lei de Newton;
• 3ª Lei de Newton e condições de
equilíbrio.
TERMODINÂMICA • Lei zero da Termodinâmica.
ELETROMAGNETISMO
• Carga, Corrente Elétrica, Campo
e Ondas eletromagnéticas;
• Força Eletromagnética;
2ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
MOVIMENTO• Energia e o Princípio da
Conservação da energia.
TERMODINÂMICA • 1ª Lei da Termodinâmica;
ELETROMAGNETISMO
• Equações de Maxwell: Lei de
Gauss para eletrostática/Lei de
Coulomb, Lei de Ampère, Lei de
137
Gauss magnética, Lei de
Faraday.
3ª Série
CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDOS BÁSICOS
MOVIMENTO• Gravitação.
TERMODINÂMICA • 2ª Lei da Termodinâmica;
ELETROMAGNETISMO
• A natureza da luz e suas
propriedades.
3. Metodologia:
Em um mundo em constante mudança, a aprendizagem desejada é
aquela que articula o conhecimento curricular às vivencias do aluno, para que
se torne significativa, que ocorra pela interação do aluno com o meio, com os
colegas, com o material didático, com o professor. Mais do que soluções
prontas e acabadas, o que se pretende é que ele saiba buscar o aprendizado,
instigando-o, valorizando a reflexão constante e também sua herança cultural.
Partindo do conhecimento prévio do estudante na construção do saber
científico historicamente produzido, a busca de conteúdos e objetivos deve ser
contínua na escola e natural em sua vida profissional.
Será utilizado o Portal Dia a Dia Educação, revistas científicas, livros
paradidáticos e didáticos, sites relacionados com a ciência e tecnologia,
proporcionando atividades de pesquisas, experimentos que ajudem o aluno na
138
interpretação dos fenômenos físicos, relacionando-os com os conceitos e as
leis da Física e inserindo uma abordagem científica, explorando unidades e
medidas, fenômenos físicos, ficção e realidade.
Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico ainda
é tratado como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que,
normalmente, não leva a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba
por distanciar o interesse dos educandos pela disciplina.
Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e
reduzidos, bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial.
É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem
condições de ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da
descoberta, tornando o processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo
e estimulador.
No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância
da Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento
enquanto construção humana e a constante evolução do pensamento
científico, também as relações das descobertas científicas com as aplicações
tecnológicas na contemporaneidade.
O uso da experimentação é viável e necessário, mesmo que seja por meio
de demonstração feita pelo educador, ou da utilização de materiais
alternativos e de baixo custo, na construção ou demonstração de
experimentos.
O educador traz ideias e contextos para as coisas, para compreender e
atuar no mundo. Essas ideias podem ser aproveitadas como ponto de partida
para a construção do conhecimento científico, tomando os cuidados
necessários.
O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e
as experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser
aproveitadas no processo da aprendizagem.
Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser
considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos
e melhor compreensão dos conteúdos, cabe ao professor administrar este
processo no qual os educandos necessitam de apoio. É essencial valorizar os
139
acertos e tornar o erro em algo comum, caracterizando-o como um exercício de
aprendizagem. É importante incentivar os educandos a ampliarem seus
conhecimentos por meio de pesquisa, como atitude cotidiana e na busca de
resultados.
O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada
vez mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas
e à melhor compreensão dos estudos elaborados. O uso do computador pelo
educando na escola é necessário visto que a tecnologia se faz presente nos
lares, no trabalho e aonde quer que se vá.
Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites ou em outros
meios de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao
ensino de Física podem e devem ser explorados de diversas formas, desde
que tenham cunho científico.
O ensino de Física não deve ser pautado apenas no uso do material didático
fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros
recursos para enriquecimento das aulas e assim tornar o processo de ensino
mais harmonioso e agradável.
Serão também trabalhados conteúdos referentes à História e Cultura
Afro-brasileira, Africana e Indígena/Equipe Multidisciplinar (Lei nº 10.639/03 e
Lei nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de
drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Enfrentamento à violência
contra a criança e o adolescente, Direito das Crianças e Adolescentes – Lei
Federal nº 11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº 1.143/99, Portaria nº 413/02,
Agenda 21 Escolar.
4. Avaliação:
A avaliação oferece subsídios para que tanto o aluno quanto o professor
acompanhem o processo de ensino-aprendizagem. Para o professor, a
avaliação deve ser vista como um ato educativo essencial para a condução de
um trabalho pedagógico inclusivo, no qual a aprendizagem seja um direito de
todos e a escola pública o espaço onde a educação democrática deve
acontecer.
140
A avaliação dar-se-á de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e
processual, utilizando vários instrumentos, podendo destacar:
− pesquisas bibliográficas como construção e sistematização de
conhecimentos prévios.
− relatórios sobre fenômenos físicos em experimentos e filmes.
− relatos de conceitos físicos, unidades de medidas, causas e efeitos dos
fenômenos explorados, através de textos científicos, poéticos e reportagens.
− avaliação escrita, trabalhos, entre outros.
A avaliação indicará o déficit na apropriação dos conteúdos e a
necessidade de recuperação de estudos a ser realizada de forma paralela,
revendo os conteúdos não apreendidos e propiciando novas oportunidades de
avaliação .
Quanto aos critérios de avaliação em Física, deve-se essencialmente
considerar:
· A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
· A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
· A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
· A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as
leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que
envolva os conhecimentos da Física.
A recuperação de estudos acontecerá de forma permanente e
concomitante ao processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e
instrumentos diversificados, com atividades significativas, sendo que os
resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante
o período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento
escolar.
Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do
conhecimento pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização
deste conhecimento. Como ato educativo, a avaliação potencializa o papel da
escola quando cria condições reais para a condução do trabalho pedagógico.
5. Referências:
141
MENEZES, L. C. A Matéria – Uma Aventura do Espírito: Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2005.
MOREIRA, Antonio Flávio. Currículo como política cultural e a formação docente. In. SILVA, Tomáz Tadeu da; MOREIRA, Antonio Flávio. (Orgs). Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 7 – 20.
______. Escola, currículo e a construção do conhecimento. Campinas: Papirus, 1994.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Física para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Física. Curitiba: SEED-PR, 2006.
GONÇALVES FILHO, Aurélio; TOSCANO, Carlos. Física. Vol. único: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2005.. PENTEADO, Paulo Cesar M.; MAGNO, Carlos. Física – ciência e tecnologia. São Paulo: Moderna, 2005.
ROSA, C. W. da; ROSA, À. B. da. A Teoria histórico Cultural e o Ensino da Física. In: Revista Iberoamericana de Educación, n. 33 – 6, 1 – 8, 2004. ISBN: 1681 – 5653. SAMPAIO, José Luiz; CALÇADA, Caio Sergio Calçada. Física: Vol. Único. 2. Ed. São Paulo: Atual, 2005. (Coleção ensino médio Atual).
SITES:
www.coladawebe.com.br
www.fisicanet.com.br
www.feiradeciencias.com.br
142
GEOGRAFIA
1. Apresentação e Justificativa:
O objeto de estudo da Geografia é o espaço geográfico, entendido como
o espaço produzido e apropriado pela sociedade (LEFEBVRE, 1974), composto
pela inter-relação entre sistemas de objetos – naturais, culturais e técnicos – e
sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas
(SANTOS, 1996).
O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário
e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas
de ações, não considerados isoladamente, mas como o
quadro único no qual a história se dá. No começo era a
natureza selvagem, formada por objetos naturais, que ao
longo da história vão sendo substituídos por objetos
técnicos, mecanizados e, depois, cibernéticos, fazendo com
que a natureza artificial tenda a funcionar como uma
máquina (SANTOS, 1996, p. 51).
A Geografia como disciplina oferece ao educando uma visão crítica e
construtiva do seu espaço no âmbito social, físico e histórico. Ela se preocupa
em compreender o espaço produzido e apropriado pelas sociedades, seus
aspectos físicos e culturais, contribuindo para que o aluno perceba que é um
ser ativo, crítico e participativo, ou seja, um agente transformador.
A disciplina de Geografia tem como objetivo problematizar a
abrangência dos conteúdos desse campo do conhecimento, bem como
reconhecer os impasses e contradições existentes são procedimentos
fundamentais para compreender e ensinar o espaço geográfico no atual
período histórico.
A Geografia contribui para que o aluno compreenda o mundo pensando,
refletindo e posicionando- se criticamente, buscando a justiça social e acima de
tudo, compreendendo a relação sociedade natureza. Contribui também para a
reflexão sobre os fatos históricos que resultaram de artimanhas políticas.
Adquirir conhecimentos básicos de Geografia é importante para a vida
143
em sociedade e, em particular, para o desenvolvimento das funções de
cidadania: cada cidadão, ao conhecer as características sociais, culturais e
naturais do lugar onde vive, bem como, a de outros lugares pode comparar,
explicar, compreender e espacializar as múltiplas relações que diferentes
sociedades em épocas variadas, estabeleceram com a natureza a construção
de seu espaço geográfico.
2. Conteúdos:
2.1. ESTRUTURANTES:
Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos de grande amplitude
que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina escolar,
considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e ensino, ou
seja, o espaço geográfico. São, neste caso, dimensões geográficas da realidade a
partir das quais os conteúdos específicos devem ser abordados.
Como constructos atrelados a uma concepção crítica de educação, os
conteúdos estruturantes de Geografia devem considerar, em sua abordagem teórico-
metodológica, as relações socioespaciais em todas as escalas geográficas, analisadas
em função das transformações políticas, econômicas, sociais e culturais que marcam o
atual período histórico.
Como dimensões geográficas da realidade, os conteúdos estruturantes da
Geografia estabelecem relações permanentes entre si. Os conteúdos específicos, por
sua vez, devem ser abordados a partir das dimensões geográficas próprias dos quatro
conteúdos estruturantes.
A depender da ênfase que o professor deseja dar a determinado conteúdo
específico, é possível priorizar ora a abordagem de um conteúdo estruturante, ora de
outro. Entretanto, a articulação entre todos eles deve ser explicitada pelo professor
para que o aluno compreenda que na realidade socioespacial eles não se separam.
• DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
Discute-se neste conteúdo estruturante os espaços de produção como o
industrial-urbano e o agropecuário-rural, as aproximações e especificidades de cada
um, a hierarquia dos lugares, as relações econômica entre as diferentes porções
144
territoriais como as cidades, os estados/províncias, os países e regiões. Relações de
produção e de trabalho, como as sociedades produzem o espaço geográfico sob a
perspectiva da produção de objetos (fixos e móveis) necessários para a manutenção
da dinâmica da sociedade (capitalista).Ênfase nas desigualdades econômicas, na
produção de necessidades, nas diferentes classes sociais, na configuração
sociespacial.
Os conceitos geográficos são desenvolvidos nesse conteúdo estruturante,
especialmente o de Rede.
• DIMENSÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
Relações de poder e domínio sobre os territórios. Discutir quais as instâncias e
instituições (oficiais ou não) que governam os territórios. Neste conteúdo estruturante
aborda-se desde as relações de poder sobre territórios na escala micro (rua, bairro)
até a escala macro (país, instituições internacionais). O papel do Estado e das forças
políticas não estatais (ongs, narcotráfico, crime organizado, associações), bem como
as redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais, sociais,
políticos, são fundamentais.
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são
Território e Lugar.
• DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO:
As relações cidade-capital-natureza e sua lógica balizam as discussões deste
conteúdo estruturante. A produção do espaço geográfico, a criação de necessidades e
a mobilização de “recursos” naturais para satisfaze-las, no modelo econômico do
capitalismo, são questões centrais para esse conteúdo estruturante. Através desse
conteúdo é trabalhado como essas relações se concretizam na diferenciação das
paisagens sociais e culturais. Os conceitos de Sociedade e Natureza são entendidos
como categoria de análise neste conteúdo estruturante. Modo de produção, classes
sociais, consumo, sustentabilidade, dinâmica da natureza e tempo são discutidos a
partir da perspectiva da produção espacial e da paisagem.
• DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DOS ESPAÇO GEOGRÁFICO:
As questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais
neste conteúdo estruturante, bem como as constituições regionais em funções das
especificidades culturais. As marcas culturais na produção das paisagens (rural e
145
urbana) e suas razões históricas, econômicas, naturais; a ocupação e distribuição da
população no espaço geográfico e suas consequências econômicas, culturais, sociais;
os grupos sociais e étnicos em sua configuração espacial e urbana, rural, regional.
Os conceitos geográficos mais enfatizados neste conteúdo estruturante são os
de região (singularidades e generalidades) e paisagem.
2.2. BÁSICOS:
Conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para os anos da etapa
final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a formação conceitual
dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica, ofertados pela escola. O
acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se
encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor.
Os conteúdos básicos terão abordagens diversas a depender dos
fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante. Quando necessário,
serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre se considerando o
aprofundamento a ser observado para as séries e etapa de ensino. Ou seja,
onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas historicamente,
socialmente e politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas
diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com a sua
formação cidadã.
Os conteúdos básicos, apresentados a seguir em cada ano do Ensino
Fundamental, devem ser tomados como ponto de partida, e por serem conhecimentos
fundamentais para cada ano, não podem ser suprimidos nem reduzidos, ao contrário,
o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na proposta pedagógica, de
modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que constitui como
conhecimento especializado e sistematizado, sempre articulando com os conteúdos
estruturantes.
2.2.1. Ensino Fundamental
6º ANO
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e de produção;
146
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais;
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do
espaço geográfico;
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
- A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da diversidade
cultural;
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
7º ANO
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguaração do território
brasileiro;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro;
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
- Movimentos migratórios e suas motivações;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico;
– A circulação de mão-de-obra das mercadorias e das informações.
8º ANO
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a re-organização dos territórios do
continente americano;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
- O comércio em suas implicações socioespaciais;
147
- A circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações;
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a re-organização do espaço
geográfico;
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;
- O espaço rural e a modernização da agricultura;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
- Os movimentos migratórios e suas motivações;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- Formação, localização e exploração dos recursos naturais.
9º ANO
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;
- A revolução técnico-científico–informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territorial;
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população;
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico;
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção;
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações, na atual
configuração territorial.
2.2.2. Ensino Médio
1ª SÉRIE
148
- A formação e transformação das paisagens.
-A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do
espaço geográfico.
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
- O comércio e as implicações sócio-espaciais.
2ª SÉRIE
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- O espaço rural e a modernização da agricultura.
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
- A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
- Os movimentos migratórios e suas motivações.
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural.
- O comércio e as implicações sócio-espaciais.
3ª SÉRIE
- A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espço da
produção.
- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
149
- O comércio e as implicações socioespaciais.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico.
- As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
- Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
3. Metodologia:
A metodologia proposta tem como base a utilização dos conteúdos
estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teórica
e conceitual da Geografia e compreendam o processo de produção e
transformação do espaço geográfico, que é o objeto de estudo da Geografia.
Para isso os conteúdos da geografia devem ser trabalhados de forma crítica e
dinâmica, interligados com a realidade próxima e distante dos alunos, em
coerência com os fundamentos teóricos propostos, utilizando a cartografia
como ferramenta essencial.
A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-
sociais, política e cultural tem por objetivo mobilizar o aluno para o seu
conhecimento. Por isso, deve-se constituir de questões que estimulem o
raciocínio, a reflexão e a crítica. Através de leitura e interpretação das
informações contidas nas diferentes fontes históricas.
Algumas práticas pedagógicas para a disciplina de Geografia atreladas
aos fundamentos teóricos destas propostas pedagógicas tornam-se
importantes instrumentos para compreensão do espaço geográfico, dos
conceitos e das relações socioespaciais nas diversas escalas geográficas.
A aula de campo é um importante encaminhamento metodológico para
analisar a área em estudo (urbana ou rural), de modo que o aluno poderá
diferenciar, por exemplo, paisagem de espaço geográfico.
Filmes, trechos de filmes, programas de reportagem e imagens em geral
(fotografias, slides, charges, ilustrações) podem ser utilizados para a
problematização dos conteúdos da Geografia, desde que sejam explorados à
luz de seus fundamentos teórico-conceituais.
150
O uso da cartografia, que os mapas e seus conteúdos sejam lidos pelos
estudantes como se fossem textos, passíveis de interpretação,
problematização e análise crítica e que jamais sejam meros instrumentos de
localização dos eventos e acidentes geográficos.
As obras de arte e a literatura como instrumento de análise e confronto
com outros contextos históricos. Além disso, facilitam abordagens pedagógicas
interdisciplinares.
Pesquisas de jornais e revistas para que o aluno reflita sobre as diversas
informações levando-as a trocas de idéias e debates em sala de aula,
despertando o senso crítico no educando.
Utilização de laboratório de informática, de vídeos (TV pendrive)
educativos, relacionados aos conteúdos propostos de forma a esclarecer e
auxiliar na compreensão do ensino aprendizagem.
No Ensino Médio os conteúdos serão trabalhados de forma aprofundada
e mais complexa “de modo a ampliar as relações estabelecidas entre os
conteúdos, respeitada a maior capacidade de abstração do aluno e sua
possibilidade de formações conceituais mais amplas”. (DCO, 2008, p. 79).
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios sócio-
educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em
Geografia serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Educação Ambiental
(Lei Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Geografia do Paraná.
4. Avaliação:
A avaliação será formativa num processo de intervenção contínua,
diagnóstica e processual, contemplando diferentes práticas pedagógicas, um
processo não linear de construção assentado na interação e no diálogo entre
professor e aluno.
Destacam-se como os principais critérios de avaliação de Geografia a
formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações
socioespaciais para a compreensão e intervenção para a realidade, e a
assimilação das relações Espaço Temporais e Sociedades Natureza para
151
compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.
A avaliação inserida no ensino aprendizagem deve ser a forma que o
professor utiliza para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos
conteúdos manifestado pelo educando durante o ano letivo.
Na prática pedagógica serão utilizados técnicas e instrumentos como:
- Leitura, interpretação e produção de textos geográficos.
- Leitura e interpretação de fotos, imagens, mapas, tabelas e gráficos.
- Pesquisas bibliográficas.
- Apresentação de seminários.
- Avaliações escritas.
- Debates.
- Trabalhos em grupo.
- Interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas.
- Outros.
A recuperação de estudos será feita de acordo com a necessidade de
cada aluno, concomitantemente, onde o professor retoma os conteúdos não
assimilados, podendo utilizar vários meios como: revisão de conteúdos,
interpretação de textos complementares, exercícios reflexivos, avaliação
escrita ou oral, trabalhos, debates, pesquisas, dando nova chance de
avaliação, prevalecendo o melhor resultado.
5. Referências:
BOFF, Leonardo. Civilização Planetaria. Desafios a sociedade e ao cristianismo. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
CAMPBELL, Jack. Construindo um futuro comum: educando para a integração na diversidade. Brasília: Unesco, 2002.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
______. O poder da Igualdade. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
______. Fim de Milênio. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CAVALCANTI, L. de S. Cotidiano, mediação pedagógica e formação de conceitos: uma contribuição de Vygotsky ao ensino de Geografia. CEDES, v.
152
24, n. 66, Campinas, mai/ago, 2005.
COLL, Cesar ET alli. Os conteúdos na reforma. Porto Alegre: Atmed, 2000.
______. Aprender conteúdos e desenvolver capacidades. Porto Alegre, Atmed, 2004.
CORREA, Roberto L.; ROSENDHAL, Zeni. (orgs.) Introdução a Geografia Cultural. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
GADOTTI, Moacir. Pedagogia da Terra. São Paulo: Peirópolis, 2000.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.
LIBANEO, J. L. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez, 2002.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO Anselmo Lázaro/& MENDONÇA, Claudio. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva 2005.
MARTINELLI, Marcelo. Mapas de geografia e cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2003.
MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
OLIVEIRA, Dennison de. Urbanização e industrialização no Paraná. Curitiba: SEED, 2001.
PARANÁ – SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino fundamental. Cadernos Temáticos: inserção dos conteúdos de Geografia e cultura Afro-brasileira e africana nos currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED – PR, 2005.
______. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Geografia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
______. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Geografia. Curitiba: SEED-PR, 2006.
PERRENOUD, Philippe. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre, Atmed, 1999.
______. Gráficos e mapas. São Paulo: Moderna, 1998.
SANTOS, M. Da totalidade ao lugar. São Paulo: Edusp, 2005.
TERRA, Lygia, COELHO, Marcos Amorim. Geografia geral e geografia do Brasil: o espaço natural e sócio econômico. Volume único. São Paulo: Moderna,
153
2005.
VIDAL DE LA BLACHE, P. Princípios da Geografia Humana. Lisboa: Cosmos, 1957.
Sites:
www.cartograma.com
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
www.ibge.gov.br
www.bussolaescolar.com.br
WWW.planetageo.sites.uol.com.br/fmapas.htm
HISTÓRIA
1. Apresentação e Justificativa:
A História como conhecimento busca entender de que modo os seres
humanos se organizaram e viveram no passado até os dias atuais, assim,
propõe pesquisar a vida dos seres humanos em sociedade no passado e
presente possibilitando compreender a interdependência entre o conhecimento
científico e as experiências vivenciadas diariamente pela humanidade. A
História tem como objeto de estudo as ações e relações humanas no tempo.
Nesse contexto podemos conhecer a História da humanidade em tempos
e lugares diferentes, levando em consideração as condições de vida, sua
maneira de pensar, agir e organizar, considerando as heranças recebidas
daqueles que viveram anteriormente, além de se preocupar com os problemas
atuais contribuindo para compreensão do momento que estamos vivendo,
devendo considerar em suas dimensões amplas que envolvem a formação
cultural.
Buscando atingir estes propósitos, as amplas tendências historiográficas,
atualmente, tem nos brindado com constantes e profícuos debates acerca da
problemática que se refere à inclusão de novos objetos, novos problemas,
novas abordagens voltadas as varias facetas da produção humana.
154
Dentre as tendências historiográficas, a Nova Esquerda Inglesa, elegeu a
classe trabalhadora como personagem central de seus estudos empíricos. Os
conceitos de classe social e de luta de classes, fundamentais no pensamento
marxista, foram ampliados por essa corrente, porque seus estudos não
reduzem a explicação histórica ao aspecto econômico. Percebe a classe
trabalhadora a partir do conceito de experiência, o que envolve,
dialeticamente, o econômico, o cultural e o social. Conceitos fundamentais do
marxismo tiveram significação ampliada para a ciência histórica, como, por
exemplo, o de luta de classes, que passou a reconhecê-la no interior de uma
mesma classe e não somente entre as classes.
Ainda de acordo com as Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação
Básica, os historiadores da Nova Esquerda Inglesa, pautam seus estudos na
experiência do historiador, na sua dimensão social e investigativa, o que
possibilita novos questionamentos sobre o passado, a partir dos quais têm
surgido novos métodos de pesquisa histórica.
Essa concepção de História, como experiência de homens e mulheres e
sua relação dialética com a produção material, valoriza a possibilidade de luta
e transformação social, reforçando a ideia que a construção da história é feita
por sujeitos na realidade socialmente vivida.
Desse modo, a disciplina de história prioriza uma história viva e coloca o
aluno diante de um problema para a investigação, pois fazer história significa
lidar com a sociedade, objeto dinâmico e em constante transformação, onde
ele (o aluno) reconhece os seus próprios condicionamentos sociais e sua
posição como agente e sujeito da história portanto, a história é uma
experiência que se concretiza no cotidiano, porque é a partir dela que se
constrói o hoje e o futuro.
Em História é importante compreender os significados dos diversos
acontecimentos do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles,
sobretudo do grupo social a que pertence, despertar o espírito de participação,
pois a democracia só se constrói com a participação de todos e compreender
as ações humanas na construção da identidade social, política e econômica de
cada indivíduo levando à formação de um agente crítico e consciente se seu
papel de cidadão.
155
Enfim , a Hisória é fundamental para formar o aluno cidadão dotado de
visão crítica, com capacidade de compreender os significados dos diversos
acontecimentos do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles,
sobretudo do grupo social a que pertence.
2. Conteúdos:
2.1- Ensino Fundamental
Os conteúdos foram selecionados e agrupados pensando a
História Temática.
Articulam-se os Conteúdos Estruturantes e Básicos que se
encontram nas Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica de
História, com os Conteúdos Específicos que estão nos livros didáticos.
6º ANO:
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOSBÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações detrabalho
Relações depoder
A experiência humana no tempo.
- Entendendo a História
- O trabalho do historiador
- O tempo nas sociedades Ocidentais,
orientais, indianas, indígenas e africanas
- Diferentes tipos de documentos
históricos – fonte oral, escrita, sonora
- Os vestígios humanos - Pré-história e
os sítios arqueológicos
- Origem do homem – a importância do
fogo, da terra e das armas
- Conceitos; Mitologia, Politeísmo,
monoteísmo, escravismo, trabalho livre,
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
- O homem da África, da Ásia e da
Europa
A sobrevivência nas sociedades do
crescente fértil – o poder da água
156
Relaçõesculturais
A sobrevivência dos povos da América e
do Brasil
Os diferentes sujeitos no Egito,
Mesopotâmia, Grécia e Roma
A importância da agricultura no mundo
antigo
O significado da guerra para Persas,
Gregos e Romanos
As formas de poder nas sociedades
antigas
As relações de trabalho nas sociedades
asiáticas e européias
As cidades do mundo antigo – diferentes
tipos de habitações
As formas de governo na Grécia e em
Roma
As culturas locaise a cultura comum
Heranças culturais de Egito,
Mesopotâmia, Fenícios, Persas, Gregos e
Romanos
- Mumificação e ritual de morte –
semelhanças de diferenças com
atualidade
- As diferentes escritas entre Egito e
Mesopotâmia
- As leis e suas funções na
Mesopotâmia, Grécia e Roma
- As diferentes formas de crenças entre
o monoteísmo Hebreu e o politeísmo das
demais sociedades antigas
- Os livros sagrados e sua função nas
diferentes sociedades antigas
- O papel da mulher na Grécia e em
157
Roma e na atualidade
- O pão e circo romano e suas
semelhanças e diferenças na atualidade
- Jogos Olímpicos na Grécia antiga e na
atualidade – culto ao corpo
A arte na antiguidade – Egito, Grécia e
Roma - representações e significados
Grandes monumentos históricos:
Pirâmides, Zigurates, Muralha da
China,Taj Mahal na Índia, Parthenon na
Grécia,Coliseu Romano, A Igreja de
Sta.Sofia em Constantinopla
7º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOSBÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECIFICOS
Relações detrabalho
As relações depropriedade
- O valor da terra na Idade Média
Ocidental e Oriental
- A propriedade e sua
organização no feudalismo
- as noções de propriedade para
os povos indígenas e
quilombolas no Brasil
- as noções de propriedade para
os povos pré-colombianos
- as noções de propriedade para
os povos africanos e chineses
- A propriedade para os Europeus
e sua chegada na América
- A organização da propriedade
no Brasil colônia
158
Relações depoder
Relaçõesculturais
- A constituição do latifúndio no
Brasil colônia e impérioA Constituição da história do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
- A organização social e
econômica na cidade e no campo
no ocidente e Oriente
- os diferentes sujeitos no feudo
e suas funções
- as relações de trabalho no
feudo, no Islamismo e no Brasil
colônia
- os castelos medievais
As cidades e as doenças
medievais
As mesquitas islâmicas – pg.68
O campo e a cidade nas
sociedades africanas
Cristóvão Colombo e a América
Diferentes sujeitos na América
pré-colombiana,
Brasil e primeiras cidades (vilas
e câmaras municipais)
Os Povos Indígenas do Brasil na
época da colonização e na
atualidade – pg176
As cidades do açúcar e do ouro
no Brasil
As cidades e o tropeirismo no
Paraná
A educação no Brasil colônia –
pg. 236
Conflitos e resistências e a produção cultural campo/cidade.
- Diversas formas de resistência a
ordem instituída
- a crise de Roma e a volta do
homem ao campo - colonato
159
- as lutas pela terra no mundo
romano e na idade média
- A educação na idade media
ocidental e suas semelhanças e
diferenças com a atualidade
- Os templários e as sociedades
secretas
O legado de Maomé no Oriente
Médio: pilares da crença
muçulmana X mandamentos
cristãos
Os diferentes sujeitos na
sociedade muçulmana
- O nu na arte visto como
pecado: Michelangelo e Leonardo
Da Vinci
- Martinho Lutero e as 95 teses –
a cisão da cristandade
As resistências dos povos pré-
colombianos: a cruz, a espada e
a fome
- os diferentes sujeitos sociais se
rebelam no Brasil colônia:
conflitos senhor versus escravo
O poder dos Missionários e as
resistência à coroa portuguesa e
espanhola
8º ANO:
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOSBÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações detrabalho
História das relações da humanidade com
- O homem moderno e o poder das
ideias
- Os fins justificam os meios?
160
Relações depoder
o trabalho. Origem do conceito e semelhanças
com atualidade
- As condições de Higiene da
Inglaterra do séc. XVII/XVIII
- A América e o sonho dourado –
razões e conseqüências no séc. XVI
e XXI
- As relações de trabalho na era da
Mineração no Brasil colonial
- O trabalho dignifica o homem – as
luzes conduzindo a sociedade
-Liberdade, Igualdade e
Fraternidade - Revoluções
Burguesas
-Simon Bolívar e o sonho da
América forte e unida
-Os indígenas da América Norte
suas semelhanças e diferenças com
o Brasil
O trabalho e a vida em sociedade
Os novos sujeitos sociais com a
vinda da Indústria
A chegada da Indústria e as
mudanças de comportamento dos
diversos sujeitos sociais
A Indústria do séc. XVIII e as novas
relações de trabalho
O poder das igrejas no Brasil do
ouro
O trabalho e as contradições da modernidade
As novas condições sociais com a
modernidade
O poder da máquina no séc. XVIII na
Inglaterra e na atualidade
A exploração do trabalho infantil e
161
Relaçõesculturais
da mulher nas fábricas do séc. XVIII
e na atualidade
O luxo e o lixo das cidades da
Europa - Inglaterra e França do séc.
XVIII - semelhanças e diferenças
com a atualidade
Novidades trazidas ao Brasil pela
família real portuguesa
Condições sociais dos diversos
sujeitos sociais do Brasil colonial–
escravos x mineradores
O café as mudanças na sociedade e
na economia do Brasil II Império
Novos personagens entram em
cena – Imigração no séc. XIX no
Brasil
A questão agrária no Brasil
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
O homem e a luta pelos direitos
sociais
Declaração de Direitos na Inglaterra
e Declaração dos Direitos do
homem e do cidadão da França
As lutas pelos direitos políticos
como conquista de direitos
humanos – Símbolos da Revolução
Francesa
As lutas pelos ideais de Liberdade,
Igualdade e Fraternidade no Brasil
colonial
- Tiradentes – Herói ou bandido?
162
- Brasil = Liberdade se compra ou
se conquista?
Constituição de 1824 –
permanências e mudanças com a
constituição de 1988
Karl Marx e o sonho de uma nova
sociedade não capitalista
Direitos Individuais e Sociais
Resistência do Brasil Império –
Revolução Farroupilha e o orgulho
de ser gaúcho
A guerra do Paraguai
As lutas pelos direitos humanos dos
povos afro descendentes no Brasil9º ANO:
CONTEÚDOSESTRUTURANTES
CONTEÚDOSBÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Relações detrabalho
Relações depoder
A constituição
das instituições
sociais.
A sociedade e diferentes formas de
organização
As comunidades virtuais hoje e as
novas tecnologias do séc. XIX
As irmandades católicas e as religiões
afro-brasileiras na América
Portuguesa
A formação de poder entre os povos
africanos
A formação dos sindicatos no Brasil –
a organização sindical e as leis
trabalhistas no governo de GV
A formação do
Estado.
Diferentes organizações de poder de
Estado
Os poderes do Estado – Monarquia,
República, Ditadura, Aristocracia e
163
Democracia
Os poderes do Estado brasileiro:
Executivo-Legislativo-Judiciário
A formação do Estado Brasileiro
Republicano
As constituições do Brasil
Republicano
A política do café-com-leite e suas
permanências e mudanças com a
atualidade
Por um Estado brasileiro populista e
nacionalista= Getulio Vargas
O presidente Bossa nova e nova
capital Brasília
A Instituição do governo de ditadura
no Brasil anos 64
A formação dos reinos africanos
O imperialismo no século XIX
A formação dos estados Nacionais
nos séc. XIX
O socialismo na Rússia e a
implantação do Socialismo
A Nova ordem mundial pós-guerra
fria- Queda das torres gêmeas nos
EUA
O mundo globalizado
Lula e novo modelo de governo –
Retrato do Brasil contemporâneo
164
Relaçõesculturais
Sujeitos,
Guerras e
revoluções.
As resistências dos sujeitos a ordem
instituída, seja social ou econômica.
Os novos sujeitos na África do séc.XIX
X novos conflitos, novos personagens
A indústria do lazer e da arte do séc.
XIX e na atualidade – semelhanças e
diferenças
As revoltas sociais no Brasil
republicano:
– O messianismo de Canudos e
Contestado
- Coronelismo e o poder de Padre
Cícero
- As lutas operárias no Brasil
Republicano
- A epidemia de Febre Amarela
versus gripe A
Cangaço: Robin Hood do Nordeste
O movimento anarquista, comunista
e tenentista no Brasil
O Brasil no contexto das guerras
mundiais
Guerra de trincheiras no inicio do
século XX – a guerra e a morte
A crise dos EUA hoje e a crise em
1929
Adolf Hitler e o Mein Kampf
O Holocausto Judeu e as bombas
atômicas no Japão por ocasião da 2a
guerra mundial
A Era do radio e sua função social e
política nos anos 40 no Brasil
A disputa fria entre a águia norte-
165
americana e o urso soviético
Martin Luther king e a luta pelos
direitos dos negros
O Apartheid na África do século XX
A guerra do Vietnã – a guerra que não
acabou
Che Guevara e a Revolução Cubana
O poder da mídia e da indústria
cultural dos bens culturais de massa
– Beatles e os hippies
A resistência a ditadura militar no
Brasil pelas manifestações artísticas
O futebol: uma paixão brasileira O
Aquecimento global e a luta pela
água.
166
2.2. Ensino Médio
1ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
1- Relações de trabalho
2- Relações de poder
3- Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1- Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre
2- Urbanização e industrialização
3- O Estado e as relações de poder
4- Os sujeitos, as revoltas e as guerras
5- Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
6- Cultura e religiosidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
1 - Como as sociedades europeias, asiáticas e africanas relacionavam-se entre
si e com a natureza através do trabalho – ontem e hoje.
2 - Caçadores, coletores e agricultores: do nomadismo às primeiras
civilizações;
3- Formação e expansão dos grandes impérios: romano, colonial e neocolonial;
4- Diferentes formas de relação de trabalho: escravismo, servidão e
assalariamento.
5- Como as sociedades europeias, asiáticas e africanas relacionavam-se
através do poder e da cultura – ontem e hoje.
6- Relação entre poder e religião;
7- Lutas políticas e sociais contra a ordem estabelecida;
8- Ideologia, cultura e poder no mundo contemporâneo.
9- Paraná - começo da etnia paranaense.
167
2ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
1- Relações de trabalho
2- Relações de poder
3- Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1 - Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre
2 - Urbanização e industrialização
3 - O Estado e as relações de poder
4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras
5 - Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
6 - Cultura e religiosidade
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
1- Como as sociedades americanas relacionavam-se entre si e com a natureza
através do trabalho – ontem e hoje
2- Povos e civilizações pré-colombianas: conquistas e resistência;
3- Diferentes formas de colonização européia nas Américas;
4- Diferentes formas de relação de trabalho nas Américas: da escravidão ao
assalariamento.
5- Como as sociedades americanas relacionavam-se através do poder e da
cultura
6- Relação entre poder e religião
7- Lutas políticas e sociais contra a ordem estabelecida
8- Ideologia, cultura e poder na América contemporânea
3ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
1- Relações de trabalho
2- Relações de poder
168
3- Relações culturais
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1 - Trabalho Servil, Assalariado e trabalho livre
2 - Urbanização e industrialização
3 - O Estado e as relações de poder
4 - Os sujeitos, as revoltas e as guerras
5 - Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
6 – Cultura e religiosidade
CONTEÚDOS BÁSICOS:
1-Revolução Russa;
2- Crise de 1929 nos EUA e sua repercussão
3- Primeira Guerra Mundial
4- Os Regimes Totalitários: Nazismo, Fascismo e Stalinismo
5- Discriminação Racial
6- Gênese do Estado Novo no Brasil. A Era Vargas
7- A Segunda Guerra Mundial e a afirmação dos EUA e URSS
8- A Guerra Fria
9- O populismo na América Latina e Brasil
10- As Ditaduras Militares na América
11- Industrialização brasileira
12- A Era da Globalização Econômica, Cultural e Tecnológica
13- Paraná ontem e hoje
3. Metodologia:
No processo de construção da consciência histórica é
imprescindível que se retome constantemente com os alunos como se dá a
produção do conhecimento; ou seja, como é produzido a partir do trabalho de
um pesquisador que tem como objeto de estudo as ações e as relações
humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos lhes
deram, de modo consciente ou não. Para estudá-las, o historiador adota um
169
método de pesquisa de forma que possa problematizar o passado, e buscar,
por meio de documentos e perguntas, respostas às suas indagações. A partir
disso, o pesquisador produz uma narrativa histórica cujo desafio é contemplar
a diversidade das experiências políticas, sociais, econômicas e culturais.
A produção do conhecimento histórico é essencial para que os
alunos compreendam:
Os limites do livro didático;
As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento
histórico;
A necessidade de ampliar o universo de consultas para
entender melhor diferentes contextos;
A importância do trabalho do historiador e da produção do
conhecimento histórico para compreensão do passado;
Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o
passado que pode ser complementada com novas pesquisas e pode ser
refutada ou validada pelo trabalho de investigação do historiador.
Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e
contribuam para a preservação de documentos, dos lugares de memória como
museus, bibliotecas, acervos privados e públicos de fotografias, de documentos
escritos e audiovisuais, entre outros, seja pelo uso adequado dos locais de
memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos que podem constituir
fontes de pesquisas, seja pelo reconhecimento do trabalho feito pelos
pesquisadores.
A produção do conhecimento histórico e sua apropriação, pelos
alunos, são processuais, e, deste modo, é necessário que o conceito em
questão seja constantemente retomado. Algumas questões poderão ser
propostas aos alunos:
Como o historiador chegou a essa interpretação?
Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas
conclusões?
Existem outras pesquisas a esse respeito?
Que dimensões o historiador contemplou em sua análise?
No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os
170
aspectos políticos,
Socioeconômicos e culturais?
Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?
Instigar nos alunos a capacidade de questionar e criticar os
conteúdos e as abordagens existentes no texto consultado, de modo que
constituam, gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.
Diante do exposto, a metodologia de ensino de História,
privilegia alunos e professores como sujeitos produtores do conhecimento
histórico. O processo de construção da história, por sua vez, é compreendido
em suas práticas, relações e pelas multiplicidades de leituras e interpretações
históricas.
Contudo, deve-se considerar o saber histórico já produzido e
também outras formas de saberes como aqueles difundidos pelos meios de
comunicação.
Outro fator a considerar e enfatizar com o aluno é de que quando
se pergunta “Por quê?”, “Como?”, “Quando”? e “ O quê?” não significa que
estão sendo construídas problemáticas. Faz se necessário ir, além disto, tal
como: levantar hipóteses acerca dos acontecimentos do passado
Outro elemento a ser considerado na metodologia do ensino de
História é o uso de documentos e fontes históricas em sala de aula, recorrer ao
uso de documentos e fontes históricas nas aulas de História pode ser
importante por favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de
trabalho do historiador. A intenção com o trabalho de documentos em sala de
aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada que permita realizar
análises críticas da sociedade por meio de uma consciência temporal.
Ao trabalhar com documentos em sala de aula faz-se necessário
ir além dos documentos escritos, trabalhando com os iconográficos, as fontes
orais, os testemunhos de história local, além de linguagens contemporâneas,
como fotografia, cinema, quadrinhos e informática. Outro fator a ser observado
é a identificação das especificidades do uso desses documentos, bem como
entender a sua utilização para além de meras ilustrações das aulas de História.
Quanto à identificação do documento a sugestão é determinar sua origem,
natureza, autor ou autores, datação e pontos importantes do mesmo.
171
Para fazer análise e comentários dos documentos, Circe
Bittencourt (2004) estabeleceu a seguinte metodologia:
Descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as
informações que ele contém;
Mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos
para que eles possam explicá-los, associá-los às informações dadas;
Situar o documento no contexto e em relação ao autor;
Identificar sua natureza e também explorar esta
característica para chegar a identificar os seus limites e interesses.
Contudo, é necessário clareza de que as práticas pedagógicas
podem mudar em decorrência da especificidade da linguagem do documento.
RECURSOS DIDÁTICOS:
Imagens;
TV pen drive de TV Paulo Freire
Textos diversos;
Mostra pedagógica;
DVD;
Músicas.
Retro-projetor;
Quadro negro e giz;
Jornais, revistas e periódicos;
Cartazes e materiais de artes;
Mural;
Mapas;
Máquina fotografia e filmadora;
Computador.
O aluno trabalhará com quadros comparativos, produções de
textos, análise de textos, filmes, imagens e músicas, gráficos, debates,
atividades escritas e orais, pesquisas bibliográficas e de campo,
dramatizações, resumos entre outros.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios
172
sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em
História serão trabalhados conteúdos de: História do Paraná (Lei nº13.381/01);
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº
11.645/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas; Educação Ambiental (Lei
Federal nº 9.795/99); Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente; Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07.
4. Avaliação:
A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os
alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento
externo a este processo.
Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter
classificatório, autoritário, que desvinculam a sua função da aprendizagem,
que não se ocupam dos conteúdos e do seu tratamento conforme as
concepções definidas no projeto político-pedagógico da escola.
Formas avaliativas:
Avaliação diagnóstica – permite ao professor identificar o
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos para pensar em atividades
didáticas que possibilitem a compreensão dos conteúdos a serem trabalhados;
Avaliação formativa – ocorre durante o processo pedagógico
e tem por finalidade retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir
dos mesmos, identificar a aprendizagem alcançada desde o início até ao
momento avaliado;
Avaliação somativa – permite ao professor tomar uma
amostragem de objetivos propostos no início do trabalho e identificar se eles
estão em consonância com o perfil dos alunos e com os encaminhamentos
metodológicos utilizados para a compreensão dos conteúdos.
As práticas avaliativas baseadas na memorização de conteúdos
devem ser substituídas por atividades que permitam desenvolver a capacidade
de síntese e redação de uma narrativa histórica, de forma a permitir ao aluno
expressar o desenvolvimento de ideias e conceitos históricos, revelando se o
educando se apropriou da capacidade de leituras de documentos com
173
linguagens contemporâneas, como cinema, fotografia, quadrinhos, músicas e
televisão, relativos ao conhecimento histórico.
Deseja-se que ao final do trabalho na Disciplina de História, os
alunos sejam capazes de identificar processos históricos, reconhecer
criticamente as relações de poder neles existentes, bem como que tenham
recursos para intervir no meio em que vivem de modo a se fazerem também
sujeitos da própria História.
Serão considerados alguns critérios de avaliação:
Compreensão dos significados dos diversos acontecimentos
do mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles, sobretudo do
grupo social a que pertence;
Criação de espírito de participação, pois a democracia só se
constrói com a participação de todos;
Compreensão das ações humanas na construção da
identidade social, política e econômica de cada indivíduo levando à formação
de um agente crítico e consciente de seu papel de cidadão.
Formação de cidadãos dotados de visão crítica, com
capacidade de compreender os significados dos diversos acontecimentos do
mundo contemporâneo e a tudo que se relaciona com eles, sobretudo do grupo
social a que pertence.
A recuperação de estudos será feita de acordo com a
necessidade de cada aluno, e vários meios poderão ser usados como: revisão
de conteúdos, interpretação de textos complementares, exercícios reflexivos,
avaliação escrita ou oral, trabalhos, debates, pesquisas, prevalecendo o melhor
resultado obtido.
5. Referências:
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Aribá História. São Paulo: Moderna, 2007.
BOULOS Junior, Alfredo. História. 4 v. São Paulo: FTD.
CARMO, Sônia Irene do; COUTO, Eliane. História é presente: Brasil colônia.
COTRIM, Gilberto. História e consciência do Brasil. São Paulo: Ática.
174
Giovanni, de Cristina Viscont; Junqueira, Zilda Almeida. 4 v. São Paulo: FTD.
LEI FEDERAL nº 10.639/03, que altera a LDB dispondo sobre a inclusão no currículo oficial da rede de ensino da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
Martins, José Roberto. História. 4 v. São Paulo: FTD.
PANAZZO, Silvia; VAZ. Maria Luísa. Navegando pela História. São Paulo: FTD.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de História para a Educação Básica. Curitiba:SEED/PR, 2008.
PARANÁ. Lei 13.381, de 18 de dezembro de 2001. Torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da rede pública estadual de ensino, conteúdos da disciplina história do Paraná. Diário Oficial do Paraná. n. 6.134 de 18/12/2001.
PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. História & Vida Integrada. Editora Ática.
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Império e República.SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: colônia.
Internet, sítios no www.google.com.br
Periódicos. Jornais, revistas.
LEM - INGLÊS
1. Apresentação e Justificativa:
Desde o início da colonização houve a preocupação de se
promover educação e aos Jesuítas coube a responsabilidade de evangelizar e
ensinar o Latim. Com a chegada da Família Real (1808), criou-se as cadeiras de
Inglês e Francês com objetivo de melhorar a instrução pública e de atender
também às necessidades de escolarização dos filhos dos imigrantes europeus,
que lutavam pela preservação de sua cultura, construindo e mantendo escolas
para seus filhos.
Mesmo com a valorização de outras línguas estrangeiras o Inglês
175
teve seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado
nas transações comerciais, e também pela dependência econômica e cultural
com os Estados Unidos após a 2ª Guerra Mundial.
O conteúdo de Língua Estrangeira visa atingir fins comunicativos,
oportunizando aos alunos aprendizagem que ampliem as possibilidades de ver
o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes. O ensino de Língua
Estrangeira e seu uso pelos alunos permitem aos mesmos perceberem-se como
parte integrante das sociedades contemporâneas, que não podem sobreviver
isolados. É fundamental que se relacionem, atravessem fronteiras geopolíticas
e culturais, participem ativamente desse mundo em que vivem fazendo uso da
língua que estão aprendendo em situações significativas.
O mundo globalizado exige que a oferta de Língua Estrangeira
seja para o aluno mais uma ferramenta a ser utilizada na conquista de sua
cidadania, colaborando no aperfeiçoamento do seu potencial de leitor, escritor
e agente transformador da sociedade.
O Inglês é ensinado para que os alunos conheçam e
compreendam a diversidade linguística e cultural existente no mundo, sendo
percebido como um instrumento de comunicação e de interação social,
permitindo que os mesmos possam perceber as possibilidades de construção
de significados em relação ao mundo em que vivem.
No mundo atual, o inglês tem sofrido uma significativa expansão,
fato que se deve principalmente a modernização e informatização (internet), o
que tem despertado um interesse ainda maior pela língua inglesa, pois a cada
dia fica constatado que está “mais” urgente saber inglês.
São muitas as atividades que contribuem para o
desenvolvimento da prática dos grandes eixos da língua inglesa: leitura,
oralidade e escrita através de jornais, livros, revistas, mercados, shoppings,
etc.
É de suma importância que o ensino de língua estrangeira esteja
articulado com as demais disciplinas, sempre de forma dinâmica e criativa.
Não podemos deixar de lembrar que a Língua Estrangeira
também tem o importante papel de formar cidadãos críticos, contribuindo
assim para a construção de mundos sociais, sendo que o objeto de estudo é a
176
língua.
2. Objetivos:
Entender a língua em situações de comunicação oral e
escrita;
Compreender a diversidade linguística e cultural, bem como
os seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
Conscientizar-se dos conhecimentos de Língua Estrangeira
que já possui como participante de um mundo globalizado;
Compreender que o significado é social e historicamente
construídos e, portanto passíveis de transformação na prática social;
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na
sociedade;
Conhecer no universo que o cerca a Língua Estrangeira que
opera no sistema de comunicação percebendo-se como parte integrante de um
mundo plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico que algumas línguas
desempenham em determinado momento histórico;
Adquirir consciência linguística e consciência crítica dos usos
que se fazem da Língua Estrangeira que estão aprendendo;
Ampliar suas possibilidades de ver o mundo e avaliar os
paradigmas já existentes;
Promover a comunicação com e em diferentes formas
discursivas materializadas em diferentes tipos de textos;
Transferir os conhecimentos adquiridos para produções orais
e escritas;
Propiciar o uso da língua estrangeira de forma interativa.
3. Conteúdos:
ENSINO FUNDAMENTAL
177
6º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
História em quadrinho, piada, poemas, exposição oral (diálogos), comercial de
TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz,
lista de compras, avisos, música.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
LEITURA ESCRITA ORALIDADEIdentificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do
texto;
Intertextualidade;
Condições de produção;
Informatividade;
Léxico, coesão e
coerência;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc...;
Adequação do discurso
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição;
Pronúncia.
178
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
7º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Entrevista, notícia, tiras, textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios,
diário, cartoon, narrativa, horóscopo, música, e-mail, etc.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do
texto;
Intertextualidade;
Condições de
produção;
Informatividade;
Léxico, coesão e
coerência;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc...;
Adequação do discurso
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição;
Pronúncia.
179
Variedade lingüística/
Ortografia.
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
8º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Fábulas, reportagem, slogan, sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio
publicitário, outdoor, blog, e-mail, música, etc.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do
texto;
Intertextualidade;
Condições de
produção;
Informatividade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Léxico, coesão e
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc...;
Adequação do discurso
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição;
Diferenças e
180
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
coerência;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
semelhanças entre o
discurso oral e o
escrito;
Adequação da fala do
contexto;
Pronúncia.
9º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS
Reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas,
charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens, Blog, e-mail, anúncio,
filmes, slogan, etc.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
Identificação do tema;
Intertextualidade;
Intencionalidade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade do
texto;
Elementos
extralinguísticos:
entonação, pausas,
gestos, etc...;
Adequação do discurso
181
Léxico;
Coesão e coerência;
Funções das classes
gramaticais no texto;
Elementos semânticos;
Discurso direto e
indireto;
Emprego do sentido
denotativo e conotativo
no texto;
Recursos estilísticos
(figuras de linguagem);
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
Intertextualidade;
Condições de
produção;
Informatividade;
Vozes sociais presentes
no texto;
Discurso direto e
indireto;
Léxico, coesão e
coerência;
Emprego do sentido
denotativo e conotativo
no texto;
Funções gramaticais no
texto;
Elementos semânticos;
Recursos estilísticos:
figuras de linguagem;
Marcas linguísticas:
particularidades da
língua, pontuação,
recursos gráficos (como
aspas, travessão,
negrito);
Variedade lingüística/
Ortografia.
ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas:
coesão, coerência,
gírias, repetição;
Diferenças e
semelhanças entre o
discurso oral e o
escrito;
Adequação da fala do
contexto;
Pronúncia.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
GÊNEROS DISCURSIVOS
182
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados os gêneros discursivos conforme sua esferas sociais
de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com as características da escola e com o nível de
complexidade adequado a cada uma das séries.
- Cotidiana
- Literária/artística
- Científica
- Escolar
- Imprensa
- Publicitária
- Política
- Jurídica
- Produção e consumo
- Midiática
CONTEÚDOS BÁSICOS
LEITURA
• Identificação do tema;
• Intertextualidade;
• Intencionalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Marcadores do discurso;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
183
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;
• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);
• Marcas linguísticas: particularidades da línguas, pontuação; recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia.
ESCRITA
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Intencionalidade do texto;
• Intertextualidade;
• Condições de produção;
• Informatividade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Vozes verbais;
• Discurso direto e indireto;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Léxico;
• Coesão e coerência;
• Funções das classes gramaticais no texto;
• Elementos semânticos;
• Recursos estilísticos;
• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos
(como aspas, travessão, negrito);
• Variedade linguística;
• Ortografia;
• Acentuação gráfica.
184
ORALIDADE
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos etc...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
• Adequação da fala ao contexto;
• Pronúncia;
1ª SÉRIE
1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-
brasileira e africana
1.1. Leitura de rótulos;
1.2. Leitura de logomarcas;
1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;
1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas
tecnológicas;
1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;
1.6. Leitura de letras de músicas diversas;
1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;
1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes
2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento
de prática avaliativa
2.1. Conto;
2.2. Dramatização;
2.3. Teatro;
2.4. Leitura oral de textos diversos;
2.5. Repetição oral de enunciados.
185
3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do
discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com
os conteúdos específicos.
3.1. Produção de desenhos;
3.2. Produção de charges;
3.3. Produção de cartazes;
3.4. Elaboração de frases curtas;
3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.
2ª SÉRIE
1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-
brasileira e africana
1.1. Leitura de rótulos;
1.2. Leitura de logomarcas;
1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;
1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas
tecnológicas;
1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;
1.6. Leitura de letras de músicas diversas;
1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;
1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes
2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento
de prática avaliativa
2.1. Conto;
2.2. Dramatização;
2.3. Teatro;
2.4. Leitura oral de textos diversos;
2.5. Repetição oral de enunciados.
3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do
discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com
186
os conteúdos específicos.
3.1. Produção de desenhos;
3.2. Produção de charges;
3.3. Produção de cartazes;
3.4. Elaboração de frases curtas;
3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.
3ª SÉRIE
1. Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-
brasileira e africana
1.1. Leitura de rótulos;
1.2. Leitura de logomarcas;
1.3. Leitura de palavras e expressões do contexto midiático;
1.4. Leitura de palavras e expressões do contexto da informática e outras áreas
tecnológicas;
1.5. Palavras e expressões do contexto da interação social;
1.6. Leitura de letras de músicas diversas;
1.7. Leitura de textos diversos adequado às séries;
1.8. Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e filmes
2. Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento
de prática avaliativa
2.1. Conto;
2.2. Dramatização;
2.3. Teatro;
2.4. Leitura oral de textos diversos;
2.5. Repetição oral de enunciados.
3. Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do
discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com
os conteúdos específicos.
3.1. Produção de desenhos;
187
3.2. Produção de charges;
3.3. Produção de cartazes;
3.4. Elaboração de frases curtas;
3.5. Produção de textos diversos adequados às séries.
O vocabulário será trabalhado em todas as séries de acordo com
os conteúdos e situações necessárias. As atividades escritas relacionadas a
produções de textos, cartas, sínteses, etc., acontecerão num crescente de
acordo com o nível da série e turma.
Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática
da análise lingüística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão
contemplados também nesses conteúdos os Desafios Educacionais:
Cidadania e Direitos Humanos;
Enfrentamento da Violência na Escola;
Prevenção ao uso indevido de drogas;
Sexualidade humana;
Educação Fiscal;
As leis: Leis 10.639/03 e Lei 11645/08 “História e Cultura
Afro-Brasileira, Africana e Indígena”, Lei 13.381/01 “História
do Paraná” e Lei 9.795/99 “Meio Ambiente.
4. Metodologia:
Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de estudo da
disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma dinâmica, através
das práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as práticas que efetivam o
discurso.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto, verbal ou
não verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir sentidos.
Logo, as atividades desenvolvidas serão problematizadoras e contemplarão
questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas. Mais do que
ensinar estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao aluno como
construir significados e subjetividade para agir por meio da linguagem.
188
Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade do
aluno de agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem
permeia todas as relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que
cada situação exige um agir específico e para tal se propõe um estudo de
textos de diferentes gêneros discursivos.
O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas,
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de
informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os
recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em
si. Uma vez que a leitura, numa concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno
será sempre questionado sobre quem disse o quê, para quem, onde, quando e
por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças subjacentes ao
texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno compreenda
que a língua não é neutra.
Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando em
conta:
· Gênero – explorar o gênero escolhido;
· Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para quem, onde, quando
e por que (contexto de produção e circulação);
· Variedade Linguística – formal ou informal;
· Análise linguística – conforme se fizer necessária para a construção se
sentidos;
· Atividades de pesquisa, discussão e produção.
Mais importante que o uso funcional da língua, será o engajamento
discursivo. As interações em LEM serão conduzidas de modo que familiarizem
os alunos com os sons da língua que estão aprendendo e lhes possibilite
desenvolver a capacidade de adequar as diferentes variedades lingüísticas
conforme as situações de comunicação.
Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá explicitar
para o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e determinar
para quem se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao aluno
(escritor) estabelecer um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu
discurso, isto será definitivo para a legitimidade desta interação.
189
Embora cada prática discursiva possa apresentar encaminhamentos
diferenciados conforme suas especificidades,é importante esclarecer que estas
não serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que numa concepção
discursiva leitura, oralidade e escrita não se separam em situações concretas
de comunicação.
Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos os seus
conteúdos ao que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa
e discussão.
Dentro das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os Desafios
Educacionais Contemporâneos, de forma articulada ao currículo, sempre que
pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em Inglês serão trabalhados conteúdos
de: História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei
nº 11.645/08); Música (Lei nº 11.769/08); Prevenção ao Uso Indevido de
Drogas; Sexualidade Humana; Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99);
Educação Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente;
Direitos das Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07; Agenda 21 Escolar..
As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o
conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará
com as demais, numa perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o Conteúdo
Estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, os conteúdos poderão ser
retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear,
posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para que
se expressem ou construam sentidos aos textos.
Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os dicionários de
Inglês/Português/Inglês encaminhados pela SEED a este estabelecimento, a TV
multimídia, o laboratório de informática, revistas e jornais na língua-alvo para
leitura e para recorte, CD e CD-room, livro didático, caça-palavras, palavras
cruzadas e outros, atividades extras em folhas e apresentação dos conteúdos
com auxílio de cartazes, cartões, gravuras, jogos e atividades lúdicas.
5. Avaliação:
A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da LDB nº
190
9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino de
Língua Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 – SUED/SEED.
Logo, será formativa, diagnóstica e processual.
Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise linguística-
discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de posicionamento
diante do que está sendo lido.
Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da Língua
Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer adequação da
variedade lingüística para diferentes situações.
Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da linguagem
para resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o aluno
conseguiu explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve
planejamento, adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da
variedade linguística adequada na atividade de produção. É importante
considerar o erro como efeito da própria prática.
Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão
ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24,
alínea e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados anotados em Livro Registro de Classe.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em
uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Critérios de avaliação:
LEITURA ESCRITA ORALIDADE
É importante que:
Identifique o tema;
Realize leitura
compreensiva do texto;
Localize informações
explícitas e implícitas
Espera-se que o aluno:
Expresse as ideias com
clareza;
Elabore/reelabore
textos de acordo com o
encaminhamento do
Espera-se que o aluno:
Utilize do discurso de
acordo com a situação
de produção (formal/
informal);
Apresente suas ideias
191
no texto;
Posicione-se
argumentativamente;
Amplie seu horizonte de
expectativas;
Perceba o ambiente em
que circula o gênero;
Amplie seu léxico;
Identifique a idéia
principal do texto.
Analise as intenções do
autor;
Deduza dos sentidos de
palavras e/ou
expressões a partir do
contexto;
Compreenda as
diferenças decorridas
do uso de palavras e/
ou expressões no
sentido conotativo e
denotativo.
professor, atendendo:
às situações de
produção propostas
(gênero, interlocutor,
finalidade...), à
continuidade temática;
Diferencie o contexto
de uso da linguagem
formal e informal: use
recursos textuais como
coesão e coerência,
informatividade, etc;
Utilize
adequadamente
recursos linguísticos
como pontuação, uso e
função do artigo,
pronome, numeral,
substantivo, adjetivo,
advérbio, etc.
Empregue palavras e/
ou expressões no
sentido conotativo e
denotativo, bem como
de expressões que
indicam ironia e
humor, em
conformidade com o
gênero proposto.
com clareza,
coerência,mesmo que
na língua materna;
Compreenda os
argumentos no
discurso do outro;
Exponha seus
argumentos;
Organize a sequência
de sua fala;
Respeite os turnos de
fala;
Analise os argumentos
apresentados pelos
colegas de classe em
suas apresentações
e/ou nos gêneros orais
trabalhados;
Participe ativamente
dos diálogos, relatos,
discussões, quando
necessário em língua
materna.
Utilize
conscientemente
expressões faciais
corporais e gestuais,
pausas e entonação
nas exposições orais,
entre outros elementos
extralinguísticos;
Analise recursos da
oralidade em cenas de
192
desenhos, programas
infanto-juvenis,
entrevistas,
reportagem, entre
outros.
Instrumentos de Avaliação:
Os instrumentos que serão utilizados para verificar os avanços e
dificuldades dos alunos serão:
- Participação em sala de aula, interesse, dinamismo e interação verbal;
- Trabalho em sala, em grupos e, ou individuais;
- Resolução de exercícios propostos pelo professor em sala de aula e em casa.
- Avaliação escrita.
- Interação dos alunos com o material didático.
- Exercícios orais.
- Pesquisas.
No processo de avaliação do rendimento escolar, dar-se-á ênfase na
recuperação de conteúdos, de forma paralela e contínua, objetivando oportunizar ao
aluno de menor rendimento a recuperação dos conteúdos não assimilados, zelar pela
sua aprendizagem e melhorar suas condições de acesso e permanência na escola,
além de oferecer um ensino de melhor qualidade. Por isso, a recuperação paralela,
parte integrante da ação educativa, se desenvolverá considerando a capacidade
individual do aluno, o seu desempenho e sua participação no processo de
aquisição/construção do conhecimento, retomando os conteúdos não atingidos,
aplicando recursos diversos, aliados à sua criatividade, de modo a alcançar os
resultados esperados ( atividades como pesquisas, listagem de exercícios, aulas
expositivas, atendimento individual, entre outras), e selecionando previamente os
conteúdos, fazendo uma triagem dos conteúdos relevantes e significativos para a
etapa da aprendizagem a que se refere.
6. Referências:
AMOS, E; PRESCHER, E. Simplified Grammar Book. São Paulo: Moderna,
193
2001.
AUN, E. et al. Get together: at the new English point. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
FERRARI, M. T.; RUBIN, S. G. English clips. São Paulo: Scipione, 2001.
______. Inglês para o ensino médio: volume único – Série Parâmetros. São Paulo: Scipione, 2002.
MARQUES, Amadeu. Inglês: volume único – Série Novo Ensino Médio, São Paulo: Ática, 2002. MARQUES, A.; SANTOS, D. Links: English for teens. São Paulo: Ática, 2009.
MARQUES, A.; TAVARES, K. New password: read and learn. São Paulo: Ática, 2002.
MORINO, E.; FARIA, R. Start up. São Paulo: Ática, 2004.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED-PR, 2006.
ROCHA, A. M.; FERRARI, Z. Take your time. São Paulo: Moderna, 2000.
SIQUEIRA, R. Magic reading. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Apresentação e Justificativa:
As Diretrizes Curriculares priorizam professor e aluno como sujeitos
que juntos (re) constroem o conhecimento pôr meio da pesquisa, observação,
levantamento de hipóteses, análise e reflexão. O texto e a interação, portanto,
conduzem os objetivos - programa - e a escolha de atividades pedagógicas,
num esforço de ampliação da competência do aluno para o exercício fluente e
194
pleno da fala, escrita e a leitura. Deve-se focar os conteúdos a partir dos
textos, através do discurso. Professores e alunos devem construir o
conhecimento através da pesquisa e observação.
Na visão dos professores, as concepções e teorias referentes à
linguagem, que embasam a proposta de Língua Portuguesa, permitem
perceber suas dúvidas, dificuldades, e mesmo o desconhecimento dos
pressupostos que fundamentam o Currículo Básico para a Escola Pública do
Estado do Paraná (Paraná, 1992) quanto ao ensino e aprendizagem da Língua
Portuguesa.
“A maioria dos professores sente dificuldades em trabalhar a teoria
da enunciação em virtude de terem ‘visto’ outras concepções em sua vida
acadêmica. Existem inseguranças do professor em como trabalhar, acaba
misturando concepções e não obtendo resultados satisfatórios. Não tem
segurança em lidar com a concepção interacionista.”
Embora o mencionado Currículo Básico tenha como embasamento
a concepção interacionista ou sociointeracionista de linguagem, não menciona
a Teoria da Enunciação – relacionada ao interacionismo – provavelmente
porque na época em que foi elaborado eram ainda incipientes os estudos sobre
Bakhtin e suas teorias. Mostrou-nos a necessidade de estabelecer as devidas
relações entre a concepção interacionista e outras categorias conceituais
bakhtinianas.
Ao ser tomada como forma de ação entre pessoas (inter-ação), a
linguagem passa a ser considerada em sua relação com os sujeitos que a
utilizam, levando-se em conta a enunciação, ou seja, o contexto de produção
do enunciado ou do discurso. Para Bakhtin (1992), o enunciado – seja ele
constituído de uma palavra, uma frase ou uma seqüência de frases – é a
unidade de base da língua, é o próprio discurso, já que é no enunciado que o
discurso se constrói. O discurso, por sua vez, materializa-se em práticas
discursivas, no texto. Daí a necessidade de o texto ser entendido e
trabalhado em sua dimensão discursiva, como espaço de constituição do
sujeito e de relações sociais.
Acreditamos, que maiores informações teóricas só podem ser
conseguidas por meio de muita leitura, estudo e reflexão de textos que tratem
195
do assunto, e se houver muito empenho do professor em aprofundar seus
conhecimentos.
Encontramos como um dos problemas que se apresentam no
cotidiano escolar a “incoerência entre as teorias vigentes e as abordagens
contidas nos livros didáticos”. De fato, muitos livros didáticos se embasam em
teorias que não condizem com o atual contexto sócio-educacional, ou em uma
“mistura” teórica que só serve para confundir ainda mais os professores:
convivem, em um mesmo livro, exercícios de cunho tradicional (inclusive, com
cobrança de definições, classificações e regras), exercícios estruturalistas (de
seguir modelos) e, às vezes, alguns “ensaios” de reflexão/análise lingüística.
Todavia, embora poucos, existem bons livros didáticos no mercado, inclusive de
autores/professores que vêm pesquisando e produzindo obras sobre o
interacionismo, a enunciação, o discurso/texto etc. para leitura/estudo dos
profissionais da área. Portanto, os professores precisam analisar diversos livros
didáticos, antes de a escola informar ao MEC a sua escolha.
“Não nos desvinculamos do tradicional. Alguns professores têm
passado pela teoria da enunciação ou sócio-interacionista, porém voltam ao
tradicional por não encontrarem o respaldo na estrutura escolar, ou mesmo dos
próprios colegas.”
“A estrutura físico-pedagógica da escola enfatiza a prática
tradicional”. Até dá para entender o fato de muitos professores manterem o
apego a uma prática tradicional, o que vemos como um resquício de sua
formação conservadora, mas não compreendemos por que afirmam que a
estrutura escolar os leva a isso. Talvez considerem eles que o geralmente
elevado número de alunos nas salas de aula, ou o espaço quem sabe
inapropriado de que dispõem para suas aulas, ou a defasagem do acervo das
bibliotecas, ou outras razões desconhecidas constituam empecilhos para um
trabalho coerente com os pressupostos interacionistas. Porém, apesar disso,
acreditamos na possibilidade de o professor dar a vez e a voz aos alunos na
produção textual oral e escrita, de poder refletir com a turma toda sobre os
textos produzidos em classe, de proporcionar situações de leitura em que os
alunos, de forma compartilhada, apontem pistas que conduzam a significados
e sentidos. Não temos dúvidas de que isso representa um grande desafio para
196
o professor, dados os obstáculos que se interpõem em seu trabalho, mas nada
é impossível a quem é comprometido com o ensino e a educação.
Por outro lado, é animador o fato de a maioria dos professores
reconhecer que, no atual contexto, a concepção/teoria que mais se presta ao
processo de ensino e aprendizagem da língua é a interacionista ou da
enunciação/discurso:
“O ensino da Língua Portuguesa, numa visão contemporânea,
precisa estar comprometido, tanto na oralidade quanto na escrita, com o
processo da enunciação e do discurso, e sua prática deve estar relacionada a
situações reais de comunicação.”
“A sala de aula deve ser lugar de interação, de encontro entre
sujeitos; as atividades de leitura e produção devem ser significativas,
respondendo às questões: por quê? para quê? Importa ensinar o aluno a usar
a língua e não a gramática.”
Essas falas evidenciam que há professores dispostos a romper com
a rotina e hábitos há muito instituídos, a repensar conceitos e valores
educacionais, a ressignificar caminhos já abertos. Cabe a eles reconhecê-los,
reinterpretá-los e recriá-los, dando significado à sua prática, encontrando
razões para fazer isso, comprometendo-se com o que fazem.
“O novo não nasce do nada, pois o ensino é um eterno processo de
refazer o feito, de transformar o dado, de mudar a partir do existente, de
entender e apreender o que até então não havia sido apreendido”.
“O ensino de Língua Portuguesa tem como finalidade dar ao aluno
condições de ampliar o domínio da língua e da linguagem verbal e não-verbal,
aprendizagem fundamental para o exercício da cidadania. Visto que, é através
da linguagem que nos reconhecemos como seres humanos, pois a
comunicação, interação e a troca de experiências, permitem compreender
melhor a realidade em que estamos inseridos e o nosso papel na sociedade.
Considerando, a dimensão dialógica da linguagem, não podemos
nos restringir apenas a linguagem escrita, mas integrá-la com outras
modalidades de linguagem – como a oral, escrita, imagem, imagem em
movimento, gráficos, infográficos e outro meio criado pelo homem.
Sendo assim, a língua deve ser trabalhada como o resultado de um
197
coletivo histórico, perpassando todas as áreas do agir humano, possibilitando
uma perspectiva interdisciplinar, visando à formação de um ser humano
expressivo, criativo, competente, crítico e transformador.
2. Objetivos:
Assumindo-se a concepção de língua como interação ou como
discurso/texto que se efetiva nas diferentes práticas sociais e pretendendo-se
que o letramento seja, na presente diretriz, o fundamento do ensino da língua
materna, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo:
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, bem como descobrir as
intenções que estão “por trás” dos discursos do cotidiano,
posicionando-se diante dos mesmos;
• desenvolver as habilidades de uso da língua escrita em situações
discursivas realizadas por meio de práticas textuais, considerando-
se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto tratado, os
gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
• Criar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir
sobre os textos que lêem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de
forma contextualizada, as características de cada gênero e tipo de
texto, assim como os elementos gramaticais empregados na
organização do discurso ou texto;
• Desenvolver as habilidades de analisar, interpretar e relacionar as
informações recebidas;
• Alicerçar o processo de ensino e aprendizagem da língua materna;
• Opinar sobre fatos e ideias e assumir posições críticas;
• Formar o aluno como cidadão consciente, agente e responsável;
• Levar o aluno a expressar o seu saber, como ouvinte ativo das
falas, de forma a desencadear a construção ( ou reconstrução) do
conhecimento a ser desenvolvido ao longo tempo;
198
• Interpretar os fatos do mundo, expressos através de
acontecimentos, atitudes e manifestações formais de comunicação,
bem como a capacidade de expressar juízos através de distintos
meios e formas de comunicação;
• Aplicar a descoberta do processo de formulação de meios de
expressão, seu reconhecimento e sua relação com a expressão da
cultura de uma sociedade ou de seus segmentos;
• Conscientizar sobre o ato de comunicação seu valor social-
individual, instrumento de auto-expressão e suas diversas formas;
• Permitir que os alunos percebam que a linguagem é parte
integrante de suas vidas dentro e, sobretudo fora da escola, que é
instrumento indispensável, tanto para a aquisição de
conhecimentos em quaisquer áreas do saber, como participação
dos indivíduos nas mais diversas situações sociais de interlocução;
• Interpretar fatos em seqüência lógico-temporal, bem como de
auferir juízos interdisciplinares sobre fatos;
• Contextualizar os fatos aprendidos nos textos, trazendo-os
posteriormente à nossa realidade;
• Conhecer e refletir sobre fatos importantes que marcaram a nossa
história;
• Aprimorar a leitura oral, exercitando-a a partir de orientações sobre
entonação e ênfase;
• Debater temas propostos pelos textos e desenvolver habilidades de
comunicação e argumentação orais;
• Explorar a construção da narrativa (verbal e não-verbal);
• Incorporar novas palavras a seu vocabulário;
• Desenvolver estratégias de leitura: índices de previsibilidade,
explicação do conteúdo implícito, levantamento de hipótese e
relações de causa e consequência, de temporalidade e
especialidade, transferência, síntese, generalização, tradução de
símbolos, relações entre forma e conteúdo.
199
3. Conteúdos:
3.1. ENSINO FUNDAMENTAL
• Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• Conteúdos Básicos:
6º ANO
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,
provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas
fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,
entrevista, classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,
debate, panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,
regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,
rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
200
- Tema do texto;
- Interlocutor;
- Finalidade;
- Argumentos do texto;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Léxico;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto , pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras
de linguagem.
ESCRITA:
- Contexto de produção;
- Interlocutor;
- Finalidade no texto;
- Informatividade;
- Argumentatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Divisão do texto em parágrafos;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficas ( como aspas, travessão,negrito), figuras de
linguagem;
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal e nominal;
ORALIDADE:
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
201
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição,recursos semânticos.
7º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,
provérbios, quadrinhas, receitas, relatos de experiências vividas, trava-línguas.
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas
fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,
entrevista, classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,
debate, panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,
regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,
rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Tema do texto;
- Interlocutor;
202
- Finalidade do texto;
- Argumentos do texto;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Informações explícitas e implícitas;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Repetição proposital de palavras;
- Léxico;
- Ambiguidade;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no
texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito) , figuras
de linguagem.
ESCRITA:
- Contexto de produção;
- Interlocutor;
- Finalidade do texto;
- Informatividade;
- Discurso direto e indireto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito0 , figuras
de linguagem;
- Processo de formação de palavras;
- Acentuação gráfica;
- Ortografia;
- Concordância verbal/nominal;
ORALIDADE:
- Tema do texto;
- Finalidade;
- Argumentos;
203
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralingüísticos: entonação, pausa, gestos etc;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações lingüísticas;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência,gírias,repetição;
- Semântica.
8º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,
provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,
exposição oral,trava-línguas,
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas
fantásticas.
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,
entrevista, classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,
debate, panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,
regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,
rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, telejornal,
telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
204
LEITURA:
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Argumentos do texto;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação,recursos gráficos ( como aspas, travessão, negrito);
- Semântica;
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA:
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Informatividade;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;
- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
- Concordância verbal e nominal;
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
205
- Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto;
ORALIDADE:
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
-Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual ,
pausas...;
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas( lexicais, semânticas,prosódicas, entre outras);
- Marcas linguísticas: coesão, coerência,gírias, repetição;
- Elementos semânticos;
- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos,gírias,repetições, etc);
- Diferença e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
9º ANO:
GÊNEROS DISCURSIVOS:
- Esfera cotidiana: adivinhas, anedotas, bilhetes, causos, músicas, parlendas,
provérbios, quadrinhas, receitas, carta pessoal, relatos de experiências vividas,
exposição oral,trava-línguas,
- Esfera Literária/Artística: contos de fadas, fábulas, histórias em quadrinhos,
crônicas de ficção, lendas, memórias, letras de músicas, narrativa de
aventuras, narrativas de terror,paródias, poemas, pinturas, narrativas
fantásticas.
206
- Esfera Escolar: cartazes, diálogo, exposição oral, pesquisas, relatório, relato
histórico, resumo, texto argumentativo, texto de opinião.
- Esfera Imprensa: charge, fotos, manchete, notícia, tiras, reportagens,,
entrevista, classificados, caricatura.
- Esfera Publicitária: anúncio, cartazes, folder, slogan, músicas, placas,
publicidade comercial, comercial para TV, fotos.
- Esfera Política: abaixo-assinado, carta de reclamação, carta de solicitação,
debate, panfleto.
- Esfera Jurídica: boletim de ocorrência, depoimentos, estatutos, leis,
regulamentos.
- Esfera Produção e Consumo: bulas, placas, regras de jogo,
rótulos/embalagens.
- Esfera Midiática: desenho animado, entrevista, filmes, reality show, fotoblog,
telejornal, telenovelas, torpedos, vídeo clip, e-mail.
LEITURA:
- Conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Argumentos do texto;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Discurso ideológico presente no texto;
- Vozes sociais presente no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
- Progressão referencial no texto;
- Marcas linguísticas: coesão, coerência,função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos como aspas , travessão, negrito;
- Semântica :
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
207
ESCRITA:
- conteúdo temático;
- Interlocutor;
- Intencionalidade do texto;
- Informatividade;
- Contexto de produção;
- Intertextualidade;
- Vozes sociais presentes no texto;
- Elementos composicionais do gênero;
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
- Partículas conectivas;
- Progressão referencial no texto;
- Marcas linguística:coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
- Sintaxe de concordância;
- Sintaxe de regência;
- Processo de formação de palavras;
- Vícios de linguagem;
- Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia;
ORALIDADE:
- Conteúdo temático;
- Finalidade;
- Argumentos;
- Papel do locutor e interlocutor;
- Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial,corporal e
gestual,pausas...;
- Adequação do discurso ao gênero ;
- Turnos de fala;
- Variações linguísticas( lexicais,semânticas,prosódicas entre outras);
- Marcas linguísticas:coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
208
- Semântica;
- Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3.2. ENSINO MÉDIO
• Conteúdo Estruturante: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL
• Conteúdos Básicos:
Gêneros discursivos: Anedotas; Bilhetes; Carta Pessoal; Cartão ; Cartão
Postal ; Causos ; Convites ; Autobiografia ; Biografias ; Contos ; Contos de
Fadas Contemporâneos ; Crônicas de Ficção ; Fábulas ; Fábulas
Contemporâneas ; Histórias em Quadrinhos ; Lendas ; Literatura de Cordel ;
Memórias ; Cartazes ; Diálogo/Discussão Argumentativa ; Exposição Oral ;
Palestra ; Pesquisas ; Anúncio de Emprego ; Artigo de Opinião ; Carta ao Leitor ;
Cartum ; Charge ; Crônica Jornalística ; Anúncio ; Comercial para TV ; E-mail ;
Folder ; Fotos ; Slogan ; Debate ; Bulas; Placas; Blog ; Desenho Animado;
E-mail; Filmes.
Leitura: Leitura de textos diversos incluindo os relacionados à cultura afro-
brasileira e africana; Indígena, Meio Ambiente, Educação para o Trânsito,
Educação Fiscal e Qualidade de Vida: - Leitura e análise de textos variados:
narrativos (curtos e longos; obras literárias, textos científicos e informativos );
- Leitura de textos de diferentes fontes ( fascículos, revistas, livros de consulta,
didáticos, etc); - Leitura de textos literários, charges, desenhos, cartazes e
filmes;
Escrita: A prática escrita priorizará o plano do conteúdo e a coerência do
discurso. Quanto ao plano da expressão será considerada a consonância com
os conteúdos específicos: - Produção de cartazes Anúncios, slogans, folhetos; -
Elaboração de cartas (formais e informais), bilhetes, postais, cartões ( de
aniversário, natal, etc.) convites, diários (pessoais da classe, de viagem, etc.);
Produção de quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infantis:
209
títulos, notícias, resenhas, classificados, etc.
Relatos: (histórias de vida, históricos), textos de enciclopédia, verbetes de
dicionários; - Adaptação de um conto para o teatro; - Produção de textos
diversos.
Oralidade: O enfoque da oralidade será a interação social e não instrumento
de prática avaliativa: - Repetição oral de enunciados; - Seminários, palestras; -
Entrevistas, debates, notícias, anúncios ( via rádio e TV); - Dramatização de
textos Teatrais; - Apresentações de trabalhos em feiras escolares; - Exposição
de textos de outras áreas e normativos, tais como estatutos, declarações de
direitos, e de textos de diferentes fontes ( fascículos, revistas, livros de
consulta, didáticos, etc.); - Depoimentos sobre situações significativas vividas
pelo aluno;
1ª Série:
- Variedades linguísticas: A comunicação e o contexto discursivo: - O que é
linguagem; Linguagem formal: a norma culta; - Linguagem informal: gírias,
dialetos, regionalismos
- Linguagem verbal e não- verbal: - Charge, H.Q., cartão postal, placas de
trânsito, telas; - Ironia e hipérbole;
- O texto não- literário: A linguagem denotativa e a função referencial no texto
em prosa: - Texto informativo; - Coesão e coerência textual; - Elipse e
pleonasmo vicioso
- O texto literário: Linguagem conotativa e a função poética no gênero lírico: - A
poesia; - Versos brancos e rimados; - Versos livres e medidos; - Soneto, trova; -
Metáfora e comparação; - Produção escrita com base nos conhecimentos sobre
texto literário e não-literário
- Ambiguidades e seus efeitos de sentidos: - Texto informativo: Objetividade e
clareza; -Texto publicitário (propaganda, anúncios): A função denotativa,
subjetividade, argumentação e persuasão; - O substantivo, o artigo e o adjetivo
na construção do texto: - Ordem das palavras; -Concordância nominal; -
Sujeito; - Descrição de personagens e ambientes: - Palavras referenciais:
Pronomes pessoais, possessivos, de tratamento e demonstrativos
210
2ª Série
- O conto: A estrutura e os elementos da narrativa: personagens, narrador,
espaço, tempo; - A função metalinguística;
- O nacionalismo ufanista dos românticos e o nacionalismo crítico dos
modernistas: - Intertextualidade: A paródia - releitura crítica; - A prosopopeia: o
dinamismo da natureza;
-O léxico da língua: - Sinônimos e escolha lexical;
- Vários sentidos da mesma palavra – a polissemia;
- Criação de novas palavras – a derivação e a composição;
- Empréstimos linguísticos – o estrangeirismo;
- Neologismos;
- As várias vozes presentes no texto: discurso direto e indireto;
Produção de texto narrativo; - Produção de texto poético;
As implicações sintáticas no contexto discursivo:
- Sujeito e predicado
- A transitividade verbal
- Predicativo do sujeito
A hierarquia das palavras:
- A relação entre as palavras, entre os termos da oração e entre as orações de
um texto.
- Leitura e interpretação de textos de diferentes gêneros discursivos: crônica,
romance, texto dramático, notícia, poesia;
- Estratégias de ficcionais curtos e longos;
- Ideia central e informações implícitas do texto;
- Confronto de ideias contidas num texto;
- Análise dos textos lidos: nível estrutural, coesão, coerência, nível semântico;
- Sentido lógico e sentido abstrato das palavras.
- Relato de fatos do cotidiano
- Debates relacionados à realidade dos alunos, como subsídios para a escrita,
pesquisa e apresentação de seminários.
Escrita
- Prática de Produção de texto;
- Texto narrativo e dissertativo;
211
3ª Série
- A intertextualidade na leitura e produção de texto: paródia e paráfrase
A oração e seus termos: - O verbo na constituição do predicado
- Termos da oração que se referem ao verbo: Objetos, adjunto adverbial e
agente da passiva; - Termos da oração que se referem ao nome: Complemento
nominal, adjunto adnominal, predicativo e aposto.
- O parágrafo dissertativo: Opinião crítica
Coordenação e subordinação das ideias: - Conjunções coordenativas; -
Conjunções subordinativas; Orações subordinadas substantivas, adjetivas e
adverbiais
Análise dos neologismos, dos arcaísmos; Análise da prosa metafórica; Discurso
indireto livre; - Fluxo da consciência
- Interpretação e produção de textos;
- Orações subordinadas na construção do texto: - Orações subordinadas
substantivas, adjetivas e adverbiais, - termos da oração que se referem ao
nome: Complemento nominal, adjunto adnominal, predicativo e aposto.;
- Acentuação: acordo ortográfico;
- Concordância verbal e nominal;
- Vanguardas européias;
- Semana da Arte Moderna
- Modernismo – 1ª, 2ª e 3ª fase;
- Produção de crônicas
- A intertextualidade na leitura e produção de texto: paródia e paráfrase
- Coordenação e subordinação das ideias: - Conjunções coordenativas; -
Conjunções subordinativas
- O texto dissertativo: - Tese, argumentação e o esquema-padrão; -
Objetividade e subjetividade; - Coesão e coerência das ideias.
4. Metodologia:
O objetivo do ensino da Língua é muito claro: trabalhar a língua como
prática social de interação, com propostas que contextualizam as atividades de
212
ensino em situações de uso com finalidades específicas, interlocutores reais e
textos de circulação no meio social. Logo, o aluno não deve apenas saber ler e
escrever, mas ser proficiente no uso social da língua, falando ou escrevendo. E
cabe à escola proporcionar o maior número de conhecimentos necessários para
que ele possa participar plenamente da sociedade. Isso implica no uso efetivo
da linguagem. Para tanto é fundamental que as práticas de uso da linguagem,
isto é, as atividades de leitura e compreensão de textos, de produção escrita e
de compreensão oral, em que situações contextualizadas sejam norteadoras do
Plano de Trabalho Docente. Sempre destacando que as práticas de reflexão
sobre a língua e a linguagem assim como a construção correlata de
conhecimentos linguísticos e a descrição gramatical devem se exercer sobre os
textos e os discursos, na medida em que se façam necessárias e significativas
para a construção dos sentidos. E para o alcance desses propósitos, são
necessários procedimentos metodológicos bem definidos, que serão
enriquecidos segundo as práticas pedagógicas:
Leitura e oralidade, promoção da qualidade da leitura, com grande quantidade
de textos de gêneros variados (buscando representar o mundo social e cultural
do aluno com temas de seu interesse e questões sociais); atividades com
textos que compõem de imagem e texto verbal; exploração de aspectos
semânticos e discursivo do texto, elaboração de inferências, compreensão
global e intertextual; seções de leitura oral pelo professor e pelos alunos,
debates e apresentações orais dos resultados da produção escrita, leitura
compartilhada, apresentações de grupos.
Conhecimentos linguísticos: realização de atividades de conscientização
linguística, trabalhados em seções destinadas ao exame dos recursos nos
textos lidos e ao vocabulário, estudo da morfologia e a sintaxe contemplados
em um trabalho consistente de reflexão linguística voltado para o domínio das
variedades da língua entre elas, a padrão.
Produção de texto: trabalho com leitura (discussões sobre tema, gênero e
recursos linguísticos) que propiciarão proposição de diversidade de tipos de
textos, gêneros e registros nas produções, criação de situações reais de
produção, socialização dos textos produzidos, produções coletivas, promoção
213
de atividades orais com dinâmica de grupo, organização de eventos (a partir
da motivação dada pela produção de texto).
Enfim, a metodologia deve ser considerada construtivo-reflexiva e levar o
aluno a refletir sobre dados, fatos, textos diversos, para posteriormente inferir,
com base em análise devidamente orientada pelo professor e/ou pelo material
didático, o conhecimento em questão. O processo deve possibilitar que o
próprio aluno seja capaz de sistematizar os conhecimentos construídos
historicamente, demonstrando, assim o que aprendeu.
A seleção de conteúdos deve considerar como um sujeito de um
processo histórico, social detentor de um repertório linguístico que precisa ser
considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa. O
trabalho com os conteúdos partirá da exploração de diversos gêneros textuais
que propiciarão a exposição do educando a língua dentro de um contexto,
possibilitando a análise e estudo de sua estrutura, servindo também como
ponte para criar a interação entre as habilidades em cada contexto.
O professor dessa disciplina estará atento ao cumprimento da Lei
10.639/03 que trata da História da Cultura Afro-Brasileira e Africana; da Lei
11.645/08 sobre a Cultura Indígena a Lei 9.795/99 a Educação Ambiental a Lei
9795/99 e sobre o Direito da Criança e do Adolescente . É necessário que o
aluno internalize que a língua é instrumento de poder e que saiba utilizá-la
como tal, por isso, deverá conhecer e ampliar o uso dos registros socialmente
valorizados da língua e os saberes culturais e sociais historicamente
construídos.
5. Avaliação:
A avaliação não deve ser entendida como forma de julgar o sucesso ou
fracasso do aluno. É preciso ter em mente que a avaliação não recai somente
sobre a aprendizagem dos alunos. Ela fornece ao professor os elementos
necessários para que reflita sobre sua prática pedagógica. Logo, a avaliação é
compreendida, como um procedimento cuja função é unificar a aprendizagem
e o ensino. Ela deve ser dinâmica, deve ocorrer durante todo o processo de
ensino e aprendizagem, no tocante aos textos escritos, que são os referencias
214
do trabalho docente, devem ser avaliados sob três perspectivas: a da interação
discursiva, a do nível de textualidade, a da utilização dos padrões ortográficos
e morfossintáticos da escrita. Em relação à leitura, deve-se enfocar a
capacidade de atribuir sentido ao texto, apresentar pontos de vista, opiniões
críticas, realizar inferências e reconhecer a intertextualidade. Quanto à
oralidade é relevante avaliar a capacidade do aluno planejar a fala, ajustar o
texto à variedade linguística adequada, falar, escutar e refletir, percebendo
que a linguagem oral possui níveis que vão do mais informal ao mais formal.
No processo avaliativo deve-se atentar para o processo da temporalidade da
aprendizagem principalmente quando se tratar de alunos incluídos. Para isso,
são necessários critérios avaliativos, claramente definidos e de real
aplicabilidade.
É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o
processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano
letivo.
Formas de avaliação - a formativa, a somativa e diagnóstica – servem
para diferentes finalidades. Em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o
professor pode utilizar a observação diária e instrumentos variados e
selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.
A recuperação de estudos será ofertada a todos os alunos,
prioritariamente aos com aproveitamento insuficiente no decorrer do processo
ensino/aprendizagem. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-
aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos. Será
oferecida a todos os alunos com média inferior a da aprovação e/ou aqueles
que quiserem usufruí-la. Sendo ofertada ao aluno as oportunidades possíveis
pelo estabelecimento de ensino para que o mesmo resgate os conteúdos não
aprendidos. Entre a nota da avaliação e a da recuperação , prevalecerá
sempre a maior .
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de
exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de
215
novos instrumentos de avaliação.
6. Referências:
CÓCCO, M.F.& HAILER, M. A. – Alp- Análise , Linguagem e Pensamento – São Paulo:FTD, 1997.
GASPARIN, J.L.Uma didática para a pedagogia histórico-crítica.São Paulo :Editora Autores Associados , 2002.
LIMA, E. S. Avaliação, educação e formação humana. Cap.2.
OLIVEIRA, T. A., BERTOLIN, R., SILVA, A.S. .Tecendo Textos- Ensino de Língua Portuguesa Através de projetos . S.P:IBEP,2002.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares Orientadoras da Educação Básica de Língua Portuguesa - Secretaria de Estado da Educação. 2008.
TEIXEIRA, Patrícia Moreli.Ateliê da palavra: Atividade de redação . São Paulo.Quinteto Editorial,1998
MATEMÁTICA
1. Apresentação e Justificativa:
A matemática se desenvolveu ao longo da história da
humanidade e está em constante evolução e se aperfeiçoando ao longo dos
tempos. Estando ciente que a Matemática estudada e ensinada hoje é produto
das idéias e contribuições construídas historicamente, é sempre possível
rediscutir conceitos, modificar pontos de vista sobre assuntos conhecidos e
propor outros, apresentando-se assim como uma ciência viva, como afirma
D’AMBRÓSIO:
[...]“Para situar a matemática como uma manifestação cultural
216
de todos os povos em todos os tempos, como a linguagem, os costumes, os
valores, as crenças e os hábitos, e como tal diversificada nas suas origens e na
sua evolução”.
Estudiosos defendem que a matemática teria surgido de
necessidades práticas urgentes do homem, como a demarcação de áreas, o
levantamento de seu rebanho, partindo para a valoração de objetos (comércio,
dinheiro). Outros já definiam que a matemática teria surgido do lazer de uma
classe de sacerdotes ou de rituais religiosos.
Na origem do ensino da Matemática, a educação ministrada de
forma clássica, o homem estava reduzido a contar números, memorizar e
repetir. Tempos depois o ensino foi voltado às atividades práticas que
contribuíram para uma fase de progressos, ocorrendo à valorização,
popularização e inclusão do ensino da matemática nos estudos.
A matemática passou a ser considerada como um saber
dinâmico prático criando possibilidades de trocas de conhecimentos, pois é
imprescindível que o estudante se aproprie do conhecimento de forma que
compreenda conceitos e princípios matemáticos, raciocine claramente e
comunique idéias matemáticas, reconheça suas aplicações e aborde situações
problemas com segurança.
As relações que surgem entre professor - matemática - aluno,
dentro da realidade em que estão inseridos, é que fundamenta a educação
matemática da escola e desenvolva uma concepção de matemática que
permita a todo, o acesso aos conhecimentos e instrumentos matemáticos,
como uma condição necessária para participarem e interferirem na sociedade
em que vivem.
Ao ensinar matemática devemos abordar seus conteúdos
curriculares de forma que os mesmos tenham significado no cotidiano do aluno
e aja articulação entre eles, e com as outras disciplinas. Portanto, devemos
buscar maneiras diferentes para conseguirmos atingir os nossos objetivos para
formar futuros cidadãos conscientes.
“É necessário que o processo pedagógico em matemática
contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades,
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e
217
interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento.”
(PARANÁ, 2008, P.49).
O objeto de estudo, ainda em construção, tem relação direta na
prática pedagógica envolvendo e centralizando o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático, com abordagens que envolvem estudo que busque
a compreensão de como o aluno compreende e se apropria da Matemática
“concebida como um conjunto de resultados e métodos, procedimentos,
algoritmos, etc.” (MIGUEL & MIORIM, 2004, p. 70 apud PARANÁ, 2008, p.48).
O conhecimento matemático não pode ser tratado como um
conjunto de fatos e definições isoladas e conclusivas. Sempre haverá outras
descobertas e conexões entre os vários conhecimentos que são fundamentais
para que os alunos possam compreender a evolução da matemática até sua
presença nos dias de hoje. Dessa forma, ao concluir seus estudos
matemáticos, a expectativa é que o aluno seja capaz de reconhecer os
conhecimentos matemáticos como ferramenta que estimule a curiosidade, a
investigação e os meios para compreender e utilizá-los em situações
problemas e na transformação de sua realidade. Enfim, busca-se, através do
conhecimento matemático, estimular o aluno para que construa valores e
atitudes de natureza diversas, visando a formação integral do mesmo.
2. Conteúdos:
6º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Sistemas de numeração;
• Números Naturais;
• Múltiplos e divisores;
• Potenciação e
radiciação;
• Números fracionários;
• Números decimais.
218
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de
comprimento;
• Medidas de massa;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de tempo;
• Medidas de ângulos;
• Sistema monetário.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial.
TRATAMENTO DE
INFORMAÇÃO
• Dados, tabelas e
gráficos;
• Porcentagem.
7º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Inteiros;
• Números Racionais;
• Equação e Inequação do
1º grau;
• Razão e proporção;
• Regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS • Medidas de
Temperaturas;
• Medidas de Ângulos.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
Geometrias Não-
219
Euclidianas.
TRATAMENTO DE
INFORMAÇÃO
• Pesquisa Estatística;
• Média Aritmética;
• Moda e Mediana;
• Juros Simples.
8º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Racionais e
Irracionais;
• Sistemas de Equações
do 1º grau;
• Potências;
• Monômios e Polinômios;
• Produtos Notáveis.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de
comprimento;
• Medidas de área;
• Medidas de volume;
• Medidas de ângulos.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias Não-
Euclidianas.
TRATAMENTO DE
INFORMAÇÃO
• Gráficos e Informação;
• População e Amostra.
220
9º ANO:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Reais;
• Propriedades dos
radicais;
• Equação do 2o grau;
• Teorema de Pitágoras;
• Equações Irracionais;
• Equações Biquadradas;
• Regra de Três Composta.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Relações Métricas no
Triângulo Retângulo;
• Trigonometria no
Triângulo Retângulo.
FUNÇÕES
• Noção Intuitiva de
Função Afim;
Noção Intuitiva de
Função Quadrática.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana;
• Geometria Espacial;
• Geometria Analítica;
• Geometrias Não-
Euclidianas.
TRATAMENTO DE
INFORMAÇÃO
• Noções de Análise
Combinatória;
• Noções de
Probabilidade;
• Estatística;
Juros Compostos.
221
ENSINO MÉDIO:
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
-Números e Álgebra
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Números Reais;
- Números Complexos;
- Sistemas Lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios;
- Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmicas e Modulares.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Grandezas e Medidas
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Medidas de Área;
- Medidas de Volume;
- Medidas de Grandezas Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energia;
- Trigonometria.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Funções
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Polinomial;
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
222
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Geometrias
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não-euclidianas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE:
- Tratamento da Informação
CONTEÚDOS BÁSICOS:
- Análise Combinatória;
- Binômio de Newton;
- Estudo das Probabilidades;
- Estatística;
- Matemática Financeira.
3. Metodologia:
Entre o mundo globalizado e a real condição de vida do aluno,
está a escola. Nesse contexto a matemática deve se apresentar como um elo
entre o real e o globalizado sendo um importante instrumento na formação e
apreensão dos conhecimentos matemáticos como meios para compreender e
transformar o mundo a sua volta. Este vínculo entre a matemática, escola e a
realidade do aluno, apresenta-se da seguinte forma:
A iniciação de um conceito matemático deve ser iniciada através de situações reais que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber é que a escola promoverá a difusão do conhecimento matemático já organizado. (PARANÁ 1990).
O saber escolar se apresenta nos conteúdos das disciplinas.
Assim a aprendizagem matemática se organiza na constante construção do
currículo, a partir dos conteúdos chamados estruturantes que são considerados
de grande amplitude. A partir dos conteúdos estruturantes organizam-se os
conteúdos básicos que perpassam por todas as séries. Assim as articulações
desses conteúdos fundamentados às teorias metodológicas fazem parte da
223
proposta pedagógica curricular (PPC) da escola. Posteriormente o professor
elabora seu plano de trabalho docente onde constarão os conteúdos
específicos a serem trabalhados por turmas e nos bimestres que serão
abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática
que fundamenta a prática docente, que são: resolução de problemas;
modelagem matemática; mídias tecnológicas; etnomatemática; história da
matemática; investigações matemáticas.
Como o processo ensino aprendizagem não se esgota em si
mesmo, a articulação entre as tendências deve ser utilizada, além de
ferramentas e equipamentos, tais como:
materiais manipulativos (tampinhas, palitos, barbantes,
fichas, cartões, papéis cartões, cartolina, recortes);
materiais de construção ( régua, compasso, transferidor,
esquadros, tesoura;
dobraduras, recortes, embalagens , fita métrica, trena, papel
milimetrado);
mídias (internet via laboratório Paraná Digital, vídeos, TV
pendrive, rádio, aparelho de som);
instrumentos de cálculo (calculadora, computadores);
jogos ( encontrados à venda pela indústria que auxilie em
processos de aprendizagem como também a confecção dos mesmos como os
dados, a trilha, pentaminós, tangram etc.);
publicações (jornais, revistas, livros didáticos, paradidáticos,
de apoio, panfletos de propaganda);
publicidade ( panfletos de propagandas diversos, banners).
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios
sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em
Matemática serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08), Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas, Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795/99); Educação
Fiscal; Enfrentamento à Violência contra a Criança e o Adolescente, Direitos das
Crianças e Adolescentes LF nº 11.525/07, Agenda 21 Escolar, sempre que
houver abertura no contexto dos conteúdos.
224
4. Avaliação:
A avaliação se dará de forma diagnóstica, contínua, cumulativa e
processual, através de resolução de exercícios e participação em todas as
atividades propostas.
A apropriação do conhecimento será verificada através de interpretações
de textos matemáticos (problemas) a fim de diagnosticar se os objetivos
propostos estão sendo atingidos pelo educando, norteando assim novas
práticas a serem desenvolvidas.
A recuperação de conteúdos ocorrerá no momento em que for constatado
o não aproveitamento satisfatório do processo de ensino, significando então,
um procedimento paralelo da intervenção pedagógica, buscando realimentar o
processo de aprendizagem até o nível de rendimento escolar significativo, ou
seja, mensurado numa escala igual ou preferencialmente,superior a 6,0 (seis).
A educação matemática como ciência elaborada pelos homens em
constantes modificações, nos leva a pensar a avaliação não como resultado de
um único elemento a ser considerado, mas sim a observação de todo o
processo de construção desse conhecimento, sendo necessária uma
observação sistemática, que nos leva a avaliação diagnóstica. (PARANÁ 1990).
Assim a função diagnóstica da avaliação irá subsidiar o professor para a
retomada do trabalho, identificando qual conhecimento o aluno traz como
referencial e a partir daí conseguirá identificar quais processos não foram
atingidos, e mediar a aprendizagem. Como afirma Vigotsky:
[...] a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes”.(VIGOTSKY,1998).
Para tanto alguns critérios devem orientar as atividades
avaliativas propostas possibilitando verificar se o aluno:
comunica-se matematicamente, oral ou por escrito
(BURIASCO, 2004);
compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
225
elabora um plano de possibilite a solução do problema;
encontra meios diversos para a resolução de um problema
matemático;
realiza o retrospecto da solução de um problema.
Sendo necessário que no processo pedagógico, o aluno deve ser
estimulado a:
parte de situações-problema internas ou externas à
matemática;
pesquisa acerca de conhecimentos que possam auxiliar na
solução dos problemas;
elabora conjecturas, faz afirmações sobre elas e as testa;
persevera na busca de soluções, mesmo diante de
dificuldades;
sistematiza o conhecimento construído a partir da solução
encontrada, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as
condições particulares;
socializa os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma
linguagem adequada;
argumenta a favor ou contra os resultados (PAVANELLO &
NOGUEIRA, 2006, p. 29).
Ressaltando que os resultados de uma avaliação devem servir
para aprimorar o processo ensino aprendizagem e ajudar a todos os alunos a
se apropriarem do conhecimento para que se tornem cidadãos e tenham
consciência dessa cidadania, a avaliação deve ser vista como afirma Micotti in
Bicudo, 1999: “Os novos procedimentos didáticos envolvem mudanças na
avaliação. Os erros deixam de indicar fracasso dos alunos, passam a constituir
fontes de informação que o professor com o objeto de estudo.”
Se o aluno de hoje é ativo e questionador, mas não se apropria
de princípios matemáticos elementares faz-se necessário questionar e refletir o
porque dessa situação e podemos fazê-lo através das palavras de Vigotsky
(2000, p.247):
[...] “a experiência pedagógica nos ensina que o ensino direto de
226
conceitos sempre se mostra impossível e pedagogicamente estéril. O
professor que envereda por esse caminho costuma não conseguir senão
uma assimilação vazia de palavras, um verbalismo puro e simples que
estimula e imita existência dos respectivos conceitos na criança, mas, na
prática, esconde o vazio”.
Em tais casos, a criança não assimila o conceito, mas a palavra
capta mais de memória que de pensamento e sente-se impotente diante de
qualquer tentativa de emprego consciente do conhecimento assimilado. No
fundo, esse método puramente escolástico de ensino, substitui a apreensão do
conhecimento vivo pela apreensão de esquemas verbais mortos e vazios.
A matemática envolve uma permanente procura da verdade. É
rigorosa e precisa. Embora muitas teorias descobertas há longos anos, ainda
hoje se mantenham válidas e úteis, mesmo assim continua a se modificar e a
se desenvolver. Portanto este deve ser o espírito dessa disciplina e não como
uma regra imutável, finalizada, sem questionamentos e assim também o papel
do professor quando avalia o ensino e aprendizagem de matemática.
Os instrumentos de avaliação serão definidos conforme os
conteúdos e as metodologias aplicadas para avaliar os critérios estabelecidos.
São instrumentos utilizados: trabalho individual e em grupo, provas, leitura e
interpretação de situações problemas, gráficos, pesquisas e etc. A recuperação
é um direito de todos os alunos independentemente do nível de aquisição de
conhecimentos ou rendimento escolar. Ocorre concomitante ao processo
ensino aprendizagem e sua sistematização se faz após o efetivo trabalho de
retomada dos conteúdos não assimilados através de provas e trabalhos em
grupo.
5. Referências:
BICUDO, M. A. V. (Org). Pesquisa em Educação Matemática: concepções e perspectivas. São Paulo: UNESP, 1999.
BORBA, M.C.; PENTEADO, M. G. Informática e Educação Matemática. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
227
CARVALHO, D.L. Metodologia do ensino de matemática. São Paulo, Cortez, 1992.
DANTE, L. R. Didática da resolução de problemas de matemática. São Paulo: Ática, 1991.
D’AMBRÓSIO, U. Da realidade à ação: reflexões sobre educação e matemática. São Paulo: Summus, 1986.
IFRAH, G. Os números: história de uma grande invenção. 3. ed. São Paulo: Globo, 1989.
JUNIOR, J.R.G. A conquista da matemática. 1. ed. São Paulo: FTD, 2009.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Matemática para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba: 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Matemática. Curitiba: SEED-PR, 2006.
RIBEIRO, J.S. Matemática - Projeto Radix - Raiz do conhecimento. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2010.
SOUZA, J.R; PATARO, P. R. M; Vontade de Saber Matemática. 1. ed, São Paulo: FTD, 2009.
VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
______. A construção do pensamento e da linguagem; tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
TEZZI, Gelson; DOLCE, Osvaldo; MACHADO, Antonio. Matemática e
realidade. São Paulo: Atual, 2000.
QUÍMICA
1. Apresentação e Justificativa:
A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a
capacidade de resolução de problemas, o que implica na necessidade de
228
vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto social em que o aluno está
inserido, tendo em vista a sua formação para que sejam capazes de se
apropriar de saberes de maneira crítica e ética.
O ensino de química apresenta como objeto de estudo Substâncias e
Materiais; deverá estar voltado para as atividades humanas, onde a partir da
aprendizagem em sala de aula e do cotidiano, o aluno poderá articular seu
conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas,
desenvolvendo suas habilidades básicas, que o caracterizam como cidadão:
participação e julgamento.
Transformar a prática de sala de aula numa prática dialógica, significa
dar vez aos alunos não apenas para que reproduzam as respostas do professor,
mas para que expressem sua própria visão de mundo e sua capacidade de
tomada de decisão, propiciando situações em que eles serão estimulados a
emitir opinião, propor soluções, usando o juízo de valores.
2. Objetivos:
• Reconhecer e compreender a linguagem de símbolos, gráfica,
iconográfica e tabeladas utilizadas na química e interconverter
informações entre as linguagens;
• Identificar, obter, selecionar e utilizar as informações disponíveis nas
diversas fontes de consultas;
• Compreender os fatos, selecionar as idéias e aplicar os conceitos na
resolução de problemas e situações do cotidiano;
• Reconhecer o papel da Química no sistema produtivo industrial e rural;
• Utilizar-se de estudos prospectivos na avaliação de acidentes e desastres
ambientais;
• Avaliar abusos e situações de riscos e exigir o cumprimento das leis de
modo a garantir os direitos individuais e coletivos da geração
contemporânea e das futuras gerações;
• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;
• Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica
229
(lógico-formal);
• Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas, compreender
relações proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional);
• Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em
Química: gráficos,tabelas e relações matemáticas;
• Selecionar e utilizar ideias e procedimentos científicos (leis, teorias,
modelos) para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos em
Química, identificando e acompanhando as variáveis relevantes;
• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à
Química, selecionando procedimentos experimentais pertinentes;
• Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem previsões
acerca das transformações químicas;
• Reconhecer as relações entre o desenvolvimento científico e tecnológico
da Química e aspectos sócio-político-culturais;
• Reconhecer aspectos químicos relevantes na interação individual e
coletiva do ser humano com o ambiente;
• Reconhecer os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no
desenvolvimento da Química e da tecnologia.
3. Conteúdos:
ESTRUTURANTES:
São aqueles que identificam e organizam e organizam os campos
de estudos da disciplina, considerados fundamentais para a compreensão de
seu objeto de estudo e ensino.
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química sintética
A- Matéria e sua natureza ,dá início ao trabalho pedagógico da
disciplina de Química por se tratar especificamente do seu objeto de estudo. É
o conteúdo que abre o caminho para um melhor entendimento dos demais
conteúdos estruturantes.
230
B- Biogeoquímica , dentro da Biogeoquímica procuramos entender
as complexas relações existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera,
sua propriedade e modificações ao longo dos tempos para aproximar ou
interligar saberes biológicos, geológicos e químicos.
C- Química Sintética ,tem sua origem na síntese de novos produtos e
materiais químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria
alimentícia (conservantes, aromatizantes, acidulantes, edulcorantes), dos
fertilizantes e agrotóxicos.
BÁSICOS:
Matéria
Solução
Velocidade das Reações
Equilíbrio Químico
Ligação Química
Reações Químicas
Radioatividade
Gases
Funções Químicas
4. Metodologia:
A Química estando ligada diretamente à vida e terá sempre um
papel essencial na formação do aluno. Cabe ao professor, através das mais
variadas atividades, como: pesquisas, debates, atividades em grupos,trabalho
com tabelas periódicas, aulas de laboratório, recursos audiovisuais e outros,
colocar o aluno em contato com essa ciência que estuda os materiais, suas
constituições e transformações, levando sempre em conta que temos em uma
mesma sala alunos de origens e saberes diferentes e que devemos levar isso
231
em consideração na hora de aplicar qualquer metodologia.
Serão também trabalhados , articulados ao currículo, os desafios
sócio-educacionais, sempre que pertinentes ao conteúdo desenvolvido. Em
Química serão trabalhados conteúdos de: História e Cultura Afro-brasileira,
Africana e Indígena (Lei nº 10.639/03 e Lei nº 11.645/08); Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas; Agenda 21 Escolar; Educação Ambiental (Lei Federal nº
9.795/99).
5. Avaliação:
A avaliação em química terá como principal critério a formação
de conceitos científicos, em um processo de construção e reconstrução de
significados. Será de forma processual e formativa. Como instrumento de
avaliação serão utilizados provas teóricas e práticas, debates, trabalhos em
grupos e individuais, interpretação da tabela periódica, pesquisas
bibliográficas, relatórios para atender a diversidade que temos em uma sala de
aula.
O professor deverá observar o nível em que o aluno se apresenta
para acompanhar seu desenvolvimento, propiciar a ele oportunidade de
desempenho mais eficiente acerca do processo ensino-aprendizagem, o
professor deverá utilizar os resultados para detectar as dificuldades e
direcionar a prática didático-pedagógica para uma recuperação de conteúdos
significativos.
A recuperação dar-se-á no decorrer de todo processo ensino-
aprendizagem, buscando métodos variados de acordo com as necessidades
dos alunos, para que eles possam desenvolver o senso crítico, adquirindo a
competência de questionar o outro, o mundo e a si mesmo.
6. Referências:
MACEDO e CARVALHO. Química. Vol. U. São Paulo: IBEP.
232
PERUZZO e CANTO. Química. Vol. U. São Paulo: Moderna.
QUÍMICA. Vários autores. Curitiba: SEED - PR, 2006.
SARDELLA. QUÍMICA. VOL. U. SÃO PAULO: ÁTICA.
USBERCO e SALVADOR. Química Essencial. Vol. U. São Paulo: Saraiva.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Química para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Química. Curitiba: SEED-PR, 2006.
SARDELLA, Química. São Paulo: Ática, Volume único, 2000.
SOCIOLOGIA
1. Apresentação e Justificativa:
A Sociologia estuda os fenômenos sociais no espaço e no tempo,
contemplando as relações sociais construídas historicamente.
A escola como um todo, deverá preocupar-se em levar a prática
da disciplina de Sociologia no sentido de que o educando entenda que ele é o
sujeito e com ele interage em seu contexto social, político, econômico e
cultural, compreendendo suas possibilidades de intervenção na realidade.
Construindo, dessa forma uma educação histórica e crítica com possibilidade
para formação humanística. O aluno deverá sentir-se no centro desse
movimento, dessa dinamicidade social, como sujeito do processo, mas com a
perspectiva de intervenção.
O importante é tentar problematizar sempre. Partir de situações
problemáticas significa construir o conhecimento, partir da prática social do
aluno, do cotidiano da comunidade no qual está inserido.
O ensino de Sociologia deverá possibilitar o resgate de saberes já
construídos pelos alunos, de modo que esse conhecimento subsidie ou
233
alavanque a tessitura de outros, que possam desvelar a trama das relações
sociais onde os sujeitos se inserem. Isso, partindo do pressuposto que é salutar
considerar os postulados dos “pensadores” do passado, para apresentar a
construção do processo de uma nova ciência a partir das necessidades de uma
determinada época. Pois, os conhecimentos que até então se têm, não dão
conta de responder ou se tornaram incapazes de auxiliar as pessoas a
compreenderem o que está acontecendo. Diante disso, as discussões desses
clássicos são fundamentais para alicerçar a compreensão dos conteúdos
utilizados pela explicação sociológica.
Nesse sentido, a sala de aula e a escola são espaços onde
experiências são trocadas e vemos ser estabelecidos novos espaços de
confronto da diferença, por isso a discussão sobre a cultura é fundamental.
O objeto de estudo da Sociologia é o estudo da sociedade numa
visão histórico-crítica.
Os conteúdos estruturantes possibilitarão a compreensão da
dinâmica da vida social que cercam os indivíduos, sejam eles econômicos, de
direitos, de questionamentos sobre a vida social e política, de organização
estrutural da sociedade e até mesmo em relação a outros países.
O aluno precisa ser inserido como sujeito social, de forma a
estabelecer relações com os demais membros da sociedade, tornando-se
assim um ser crítico e pensante, capacitado para buscar informações que lhe
auxiliem na transformação da realidade existente. Também é fundamental
consolidar e articular experiências e conhecimentos apreendidos como
fragmentados, parciais e ideologizados, a experiências e conhecimentos
apreendidos como totalidades complexas, procurando dar um tratamento
teórico aos problemas postos pela prática social capitalista, como as
desigualdades sociais e econômicas, a exclusão imposta pelas mudanças no
mundo do trabalho, as conflituosas relações sociedade - natureza, a negação
da diversidade cultural, possibilitando dessa forma, a reconstrução dialética do
conhecimento que o aluno do Ensino Médio já dispõe, despertando a
consciência das determinações históricas, a capacidade de intervenção e a
transformação da prática social.
234
2. Conteúdos:
Conteúdos estruturantes:
− O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.
− Cultura e Indústria cultural.
− Trabalho, Produção e Classes Sociais.
− Poder, Política e Ideologia.
− Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
− *O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.
Obs: *Embora “O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas” não
sejam apresentadas como um Conteúdo Estruturante estarão presentes em
todas as séries, articulando os momentos históricos mais relevantes para
discussão dos conteúdos anuais, bem como os conceitos mais importantes
para as discussões propostas durante o ano.
1ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; 2. O Processo de
Socialização e as Instituições Sociais; Trabalho, Produção e Classes Sociais.
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.
Conteúdos básicos: Formação e consolidação da sociedade capitalista e o
desenvolvimento do pensamento social; Teorias sociológicas – August Comte,
Emile Durkheim, Marx Weber, Karl Marx; pensamento social brasileiro.
2. O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.
Conteúdos básicos: Processo de socialização; Instituições sociais: familiares,
escolares, religiosas e de reinserção social (prisões, manicômios, educandários,
asilos, etc);
235
3. Trabalho, Produção e Classes Sociais.
Conteúdos básicos: O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes
sociedades; Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais;
Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;
Globalização e Neoliberalismo; Relações de trabalho; Trabalho no Brasil.
2ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes:
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas; 2. Poder, Política e
Ideologia; 3. Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
Conteúdos básicos: Desenvolvimento de reflexões e pesquisas acerca das
modernas transformações na organização política dos Estados Nacionais
Ocidentais.
2. Poder, Política e Ideologia.
Conteúdos básicos: Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;
Democracia, autoritarismo e totalitarismo; Estado no Brasil; Conceitos de
poder, de ideologia, de dominação e legitimidade; As expressões da violência
nas sociedades contemporâneas.
3. Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.
Conteúdos básicos: Direitos: civis, políticos e sociais; direitos Humanos;
Conceito de cidadania; Movimentos Sociais; Movimentos Sociais no Brasil; A
questão ambiental e os movimentos ambientalistas; A questão das ONG’s.
3ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes: 1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias
Sociológicas; 2. Cultura e Indústria Cultural.
236
1. O Surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas
Conteúdos básicos: Desenvolvimento do olhar sócio antropológico sobre a
diversidade de modos de pensar, viver e se relacionar nas diferentes
sociedades e o processo de mercantilização das produções culturais nas
sociedades modernas.
2. Cultura e Indústria Cultural
Conteúdos básicos: O desenvolvimento antropológico do conceito de cultura
e sua contribuição da análise das diferentes sociedades; diversidade cultural,
relações de gênero, cultura afro-brasileira e culturas indígenas; identidade,
relações de gênero, cultura afro-brasileira; Indústria cultural, meios de
comunicação de massa, sociedade de consumo, indústria cultural no Brasil.
3. Metodologia:
Os conteúdos estruturantes e básicos serão trabalhados de forma
contextualizada. No exercício pedagógico da Sociologia será realizado a análise
do contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos
tradicionais, os elementos básicos das teorias de Durkheim, Weber e Marx
serão desenvolvidos levando-se em consideração o recorte temporal. O
processo de ensino-aprendizagem estará relacionado à Sociologia crítica,
caracterizada por posições teóricas e práticas permitindo compreender as
problemáticas sociais concretas e contextualizadas em suas contradições e
conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real. Como
encaminhamentos metodológicos serão propostos:
- Aulas expositivas dialogadas;
- Exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;
- Trabalho em grupo;
- Leituras de textos: clássico-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos,
didáticos, literários, jornalísticos;
- Atividades no Laboratório de Informática;
- Debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e
237
pesquisas;
- Pesquisa de campo e pesquisa bibliográfica;
- Análises críticas: documentários, filmes, músicas, propagandas, imagens,
entre outros.
Nos encaminhamentos metodológicos serão utilizados os seguintes
recursos didáticos/tecnológicos: livros, revistas, CDs, letras de músicas,
fotografia, gravuras, TV Multimídia, computador e aparelho de DVD.
A História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena (Leis nº 10.639/03
e 11.645/08), História do Paraná (Lei nº 13381/01), Música (Lei nº 11.769/08),
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação
Ambiental (Lei 9.795/99), Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a
Criança e o Adolescente serão trabalhados de forma contextualizada e a partir
das relações que estabelece com as questões políticas e econômicas,
concomitantemente ao longo do período letivo. As atividades desenvolvidas
serão trabalhadas através de produção de textos; imagens; maquetes; acesso
aos sites; realização de pesquisa de campo; leitura de textos, revistas e
materiais didáticos disponibilizados na escola e on line; debates, palestras e
estudo dos cadernos temáticos da SEED.
4. Avaliação:
A avaliação em Sociologia perpassará todas as atividades relacionadas à
disciplina, pensada e elaborada de forma transparente e coletiva, ou seja, seus
critérios debatidos, criticados e acompanhados por todos os envolvidos no
processo pedagógico. A avaliação será contínua, cumulativa e processual
devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as
características individuais deste no conjunto dos componentes conteúdos
cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
A avaliação formativa, de maneira diagnóstica, identificará as
aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que
apresentarem dificuldades. Os critérios de avaliação em Sociologia deverão
considerar: a apreensão dos conceitos básicos da ciência, articulados com a
238
prática social; a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente; a
clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas; a mudança na
forma de olhar e compreender os problemas sociais. Os instrumentos de
avaliação contribuirão para a construção da autonomia do educando, tais
como: produção de textos, reflexões críticas de textos e filmes, avaliação
discursiva: objetiva e oral, trabalho em grupo, sínteses dos conteúdos e
debates (seminários).
A recuperação paralela acontecerá de forma permanente e concomitante
ao processo ensino e aprendizagem, utilizando métodos e instrumentos
diversificados, com atividades significativas, sendo que os resultados da
recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o período
letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar.
5. Referências:
AZEVEDO, F. de. A Cultura Brasileira. Parte III – A Transmissão da Cultura. Rio de Janeiro: E.UNB/ UFRJ, 1996
BENTO, M. F. de. Cidadania em preto e branco: discutindo as relações sociais. 3. ed. São Paulo: Ática, 2003.
CARDOSO, F.H. e Janni, O. O Homem e sociedade: leitura básica de Sociologia Geral. São Paulo: Nacional,1980.
CHARLOT, B. Relação com o saber, formação dos professores e globalização. Porto Alegre: Artmed, 2005
DIMENSTEIN, G. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os direitos humanos no Brasil. 20. ed. São Paulo: Ática, 2003.
DURKHEIM, Emile. As Regras do Método Sociológico. São Paulo: Nacional, 1977.
GOMES, Candido. A. Educação em Perspectiva Sociológica. São Paulo: E.P.U. 1985MARX, K. Manuscritos econômico-filosóficos. In: Os Pensadores. V. XXXV. São Paulo: Editor Victor Civita, 1974.
PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Superintendência de Educação. Departamento de Ensino Fundamental. Cadernos temáticos: inserção dos conteúdos de história e cultura afro-brasileira e africana nos
239
currículos escolares/Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2005. 43 p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Orientadoras de Sociologia para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Sociologia. Curitiba: SEED-PR, 2006.
CELEM – ESPANHOL
1. Apresentação e Justificativa:
Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante
transformação. A escolha da Língua Estrangeira Moderna (doravante LEM) a
compor o currículo, bem como os métodos de ensino sempre estiveram
atrelados a fatores políticos, sociais e econômicos.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.
9394/96 determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma LEM no Ensino
Fundamental, a partir da quinta série, ficando a escolha do idioma a critério da
comunidade escolar, (Art.26, 5º). Já para o Ensino Médio a lei determinou que
uma LEM, escolhida pela comunidade escolar, seja disciplina obrigatória e uma
segunda seja ofertada em caráter optativo, dentro das disponibilidades de cada
Estabelecimento de Ensino (Art. 36, Inciso III).
Em função do Mercosul, foi assinada em 05 de agosto de 2005 a
lei n. 11.161, que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos
Estabelecimentos de Ensino Médio, com matrícula facultativa para o aluno;
tendo os estabelecimentos de ensino 5 anos para implementá-la.
Atualmente o ensino de LEM na rede pública de ensino do Paraná
tem como referencial teórico as Diretrizes Curriculares da Educação Básica
para o ensino de Língua Estrangeira Moderna (doravante DCE), que foram
construídas com a colaboração dos professores da rede. As DCE,
fundamentadas na pedagogia crítica e na teoria do Discurso proposta pelo
Círculo de Bakhtin, consideram que tanto o idioma quanto a opção
teórico/metodológica são marcados por questões político-econômicas e
240
ideológicas, logo não são neutros.
A língua é parte de nós mesmos, de nossa identidade cultural,
histórica e social. Os sujeitos da Educação Básica do Colégio Estadual Juvenal
Mesquita – Ensino Fundamental e Médio, oriundos das classes assalariadas,
urbanas e rurais, devem ter acesso ao conhecimento produzido pela
humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas
escolares, incluindo Língua Estrangeira Moderna (Espanhol). As aulas de Língua
Estrangeira Moderna (Espanhol) se configuram como espaços de interações
entre professores e alunos e pelas representações e visões de mundo que se
revelam no dia a dia. Objetiva-se que os alunos analisem as questões sociais-
políticas-econômicas da nova ordem mundial, suas implicações e que
desenvolvam uma consciência crítica a respeito do papel das línguas na
sociedade. Embora a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna também
sirva como meio para progressão no trabalho e estudos posteriores, este
componente curricular, contribui para formar alunos críticos e transformadores
através do estudo de textos que permitam explorar as práticas da leitura, da
escrita e da oralidade, além de incentivar a pesquisa e a reflexão.
De acordo com as Diretrizes (2008), o que se pretende com o
ensino da Língua Estrangeira na Educação Básica é a compreensão de que
ensinar e aprender língua é ensinar e aprender percepções de mundo e
maneiras de atribuir sentido, é formar subjetividades, é permitir que se
reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos,
independentemente do grau de proficiência atingido. Mais do que formar para
o mercado de trabalho ou para o uso das tecnologias, o ensino de LEM
proposto deve contribuir para formar alunos críticos e transformadores, que
saibam utilizar as operações de linguagem para agir no mundo em situações
de comunicação. Espera-se que o aluno use a língua em situações de
comunicação oral e escrita e compreenda que os significados são sociais e
historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática
social; vivencie formas de participação que lhe possibilitem estabelecer
relações entre ações individuais e coletivas; compreenda que os significados
são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de
transformação na prática social.
241
O principal objetivo de ofertar o ensino de Língua Espanhol no
CELEM é oportunizar aos alunos o acesso aos diversos discursos que circulam
globalmente, a fim de que percebam que há várias formas de produção e
circulação de textos em nossa cultura e em outras e sejam capazes de lhes
conferir sentidos. Ao possibilitar o trabalho com gêneros, aos quais os alunos
dificilmente teriam acesso em outro ambiente, a escola estará promovendo um
trabalho inclusivo. Trata-se da inclusão social do aluno numa sociedade
reconhecidamente diversa e complexa através do comprometimento mútuo.
2. Conteúdos:
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social.
Conteúdos Básicos: Leitura, Escrita e Oralidade.
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão de felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária
Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para radio*FolderParódiaPlacaPublicidade ComercialSlogan
Esfera produção de circulação:BulaEmbalagemPlacaRegra de jogoRótulo
Esfera jornalística de circulação:Anúncio classificadosCartumChargeEntrevista**HoróscopoReportagem**Sinopse de filme
Esfera artística de circulação:AutobiografiaBiografia
Esfera escolar de circulação:CartazDiálogo**Exposição oral*MapaResumo
Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema
Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Telejornal*Telenovela*Videoclipe*
242
PRÁTICA DISCURSIVA:
Oralidade
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor:· Tema do texto; · Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;· Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala;· Variações linguísticas. Fatores de textualidade centrada no texto:· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;· Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou
· Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;· Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;· Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;· Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;· Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;· Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
Espera-se que o aluno:· Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal e/ou informal);· Apresente suas ideias com clareza, coerência;· Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;· Organize a sequência de sua fala;· Respeite os turnos de fala;· Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;· Exponha seus argumentos;· Compreenda os argumentos no discurso do outro;· Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);· Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
243
escrito.PRÁTICA
DISCURSIVA: Leitura
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do gênero;· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto:· Intertextualidade;· Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);
· Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;· Considerar os conhecimentos prévios dos alunos;· Desenvolver atividades de leitura em três etapas:- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto). · Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;· Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, intertextualidade;· Contextualizar a produção:
Espera-se que o aluno:· Realize leitura compreensiva do texto;· Identifique o conteúdo temático;· Identifique a ideia principal do texto;· Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;· Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;· Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;· Analise as intenções do autor;· Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;· Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;· Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
244
· Partículas conectivas básicas do texto.
suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;· Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas;· Socializar as ideias dos alunos sobre o texto;· Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:- temáticas (o que é dito nesses gêneros);- estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
PRÁTICA DISCURSIVA:
Escrita
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do texto;· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;
· Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;· Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;· Acompanhar a produção do texto;· Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual:
Espera-se que o aluno:· Expresse as ideias com clareza;· Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);- à continuidade temática;· Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
245
· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto:· Intertextualidade;· Partículas conectivas básicas do texto;· Vozes do discurso: direto e indireto;· Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;· Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);· Acentuação gráfica;
revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; · Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática, à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;· Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.· Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;· Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;· Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
· Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;· Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;· Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto;· Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados;· Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual.
246
· Ortografia;· Concordância verbal e nominal.
CURSO BÁSICO DO CELEM – P2
ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS
Esfera cotidiana de circulação:ComunicadoCurriculum VitaeExposição oral*Ficha de inscriçãoLista de comprasPiada**Telefonema*
Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para televisão*FolderInscrições em muroPropaganda**Publicidade InstitucionalSlogan
Esfera produção de circulação:Instrução de montagemInstrução de usoManual técnicoRegulamento
Esfera jornalística de circulação:Artigo de opiniãoBoletim do tempo**Carta do leitorEntrevista**Notícia**ObituárioReportagem**
Esfera jurídica de circulação:Boletim de ocorrênciaContratoLeiOfícioProcuraçãoRequerimento
Esfera escolar de circulação:Aula em vídeo*Ata de reuniãoExposição oralPalestra*ResenhaTexto de opinião
Esfera literária de circulação:Contação de história*ContoPeça de teatro*RomanceSarau de poema*
Esfera midiática de circulação:Aula virtualConversação chatCorreio eletrônico (e-mail)Mensagem de texto (SMS)Videoclipe*
* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.
** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso
da língua.
PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centradas no leitor:· Tema do texto; · Aceitabilidade do
· Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos;
Espera-se que o aluno:· Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal
247
texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;· Adequação do discurso ao gênero; · Turnos de fala;· Variações linguísticas. Fatores de textualidade centrada no texto:· Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos;· Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);· Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
· Orientar sobre o contexto social de uso do gênero oral trabalhado;· Propor reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;· Preparar apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal;· Estimular a expressão oral (contação de histórias), comentários, opiniões sobre os diferentes gêneros trabalhados, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros;· Selecionar os discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
e/ou informal);· Apresente suas ideias com clareza, coerência;· Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos;· Organize a sequência de sua fala;· Respeite os turnos de fala;· Explore a oralidade, em adequação ao gênero proposto;· Exponha seus argumentos;· Compreenda os argumentos no discurso do outro;· Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões (quando necessário em língua materna);· Utilize expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos que julgar necessário.
PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do texto;· Elementos composicionais do
· Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros atrelados à esfera social de circulação;· Utilizar estratégias de leitura que possibilite
Espera-se que o aluno:· Realize leitura compreensiva do texto com vista a prever o conteúdo temático, bem como a ideia principal do texto através da
248
gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de mundo;· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto:· Intertextualidade;· Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);· Partículas conectivas básicas do texto;· Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos próprios;· Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.
a compreensão textual significativa de acordo com o objetivo proposto no trabalho com o gênero textual selecionado;· Desenvolver atividades de leitura em três etapas:- pré-leitura (ativar conhecimentos prévios, discutir questões referentes a temática, construir hipóteses e antecipar elementos do texto, antes mesmo da leitura);- leitura (comprovar ou desconsiderar as hipóteses anteriormente construídas);- pós-leitura (explorar as habilidades de compreensão e expressão oral e escrita objetivando a atribuição e construção de sentidos com o texto);· Formular questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;· Encaminhar as discussões sobre: tema, intenções, finalidade, intertextualidade;· Utilizar de textos verbais diversos que dialoguem com textos não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas;· Relacionar o tema com o contexto
observação das propriedades estilísticas do gênero (recursos como elementos gráficos, mapas, fotos, tabelas);· Localize informações explícitas e implícitas no texto;· Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto;· Perceba o ambiente (suporte) no qual circula o gênero textual;· Reconheça diversos participantes de um texto (quem escreve, a quem se destina, outros participantes);· Estabeleça o correspondente em língua materna de palavras ou expressões a partir do texto;· Analise as intenções do autor;· Infira relações intertextuais;· Faça o reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;· Amplie seu léxico, bem como as estruturas da língua (aspectos gramaticais) e elementos culturais.
249
cultural do aluno e o contexto atual;· Demonstrar o aparecimento dos modos e tempos verbais mais comuns em determinados gêneros textuais;· Estimular leituras que suscitem no reconhecimento das propriedades próprias de diferentes gêneros:- temáticas (o que é dito nesses gêneros);- estilísticas (o registro das marcas enunciativas do produtor e os recursos linguísticos);- composicionais (a organização, as características e a sequência tipológica).
PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICAAVALIAÇÃO
Fatores de textualidade centrada no leitor:· Tema do texto;· Conteúdo temático do texto;· Elementos composicionais do gênero;· Propriedades estilísticas do gênero;· Aceitabilidade do texto;· Finalidade do texto;· Informatividade do texto;· Intencionalidade do texto;· Situacionalidade do texto;· Papel do locutor e interlocutor;· Conhecimento de
· Planejar a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade;· Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;· Acompanhar a produção do texto;· Encaminhar e acompanhar a re-escrita textual: revisão dos argumentos (ideias), dos elementos que compõem o gênero; · Analisar a produção textual quanto à coerência e coesão, continuidade temática,
Espera-se que o aluno:· Expresse as ideias com clareza;· Elabore e re-elabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade);- à continuidade temática;· Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;· Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc;· Utilize adequadamente recursos linguísticos
250
mundo;· Temporalidade; · Referência textual. Fatores de textualidade centrada no texto:· Intertextualidade;· Partículas conectivas básicas do texto;· Vozes do discurso: direto e indireto;· Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;· Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explicitas;· Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);· Acentuação gráfica;· Ortografia;· Concordância verbal e nominal.
à finalidade, adequação da linguagem ao contexto;· Conduzir à reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.· Oportunizar o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;· Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas básicas;· Estimular as produções nos diferentes gêneros trabalhados.
como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.;· Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, em conformidade com o gênero proposto;· Use apropriadamente elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos atrelados aos gêneros trabalhados;· Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;· Defina fatores de contextualização para o texto (elementos gráficos, temporais).
Os conteúdos básicos: a oralidade, a leitura, a escrita e a prática
da análise linguística, serão trabalhados em todos os bimestres e serão
contemplados também nesses conteúdos os Desafios Educacionais
Contemporâneos:
Educação Ambiental;
Prevenção ao uso indevido de drogas;
Sexualidade;
Violência na escola.
Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos
251
povos indígenas brasileiros (LEI N. 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008) também
serão contemplados no ensino de Espanhol.
3. Metodologia:
Tomando a língua, numa concepção discursiva, como objeto de
estudo da disciplina, propõe-se o trabalho com a língua viva, de forma
dinâmica, através das práticas da leitura, oralidade e escrita, que são as
práticas que efetivam o discurso.
O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira será o texto,
verbal ou não verbal, para que o aluno dialogue com ele, a fim de construir
sentidos. Logo, as atividades desenvolvidas serão problematizadoras e
contemplarão questões lingüísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas.
Mais do que ensinar estruturas linguísticas, o que se pretende é ensinar ao
aluno como construir significados e subjetividade para agir por meio da
linguagem.
Considerando que o que se pretende é desenvolver a capacidade
do aluno de agir em diferentes situações de comunicação e que a linguagem
permeia todas as relações sociais, faz se necessário que ele compreenda que
cada situação exige um agir específico e para tal se propõe um estudo de
textos de diferentes gêneros discursivos.
O estudo destes textos compreenderá atividades diversificadas,
analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de
informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os
recursos coesivos, a coerência e, somente depois de tudo isso, a gramática em
si. Uma vez que a leitura, numa concepção discursiva, deve ser crítica, o aluno
será sempre questionado sobre quem disse o quê, para quem, onde, quando e
por que, buscando desvendar as atitudes, valores e crenças subjacentes ao
texto. Estes questionamentos são importantes para que o aluno compreenda
que a língua não é neutra.
Para cada texto escolhido, o professor poderá trabalhar levando
em conta:
Gênero – explorar o gênero escolhido;
252
Aspecto Cultural/ Interdiscurso – quem disse o quê, para
quem, onde, quando e por que (contexto de produção e circulação);
Variedade Linguística – formal ou informal;
Análise linguística – conforme se fizer necessária para a
construção se sentidos;
Atividades de pesquisa, discussão e produção.
Mais importante que o uso funcional da língua, será o
engajamento discursivo. As interações em LEM serão conduzidas de modo que
familiarizem os alunos com os sons da língua que estão aprendendo e lhes
possibilite desenvolver a capacidade de adequar as diferentes variedades
lingüísticas conforme as situações de comunicação.
Quanto às atividades de produção de texto, o professor deverá
explicitar para o aluno seu objetivo, os recursos do gênero a ser produzido e
determinar para quem se está escrevendo. Esta contextualização permitirá ao
aluno (escritor) estabelecer um diálogo imaginário com o leitor e planejar o seu
discurso, isto será definitivo para a legitimidade desta interação.
Embora cada prática discursiva possa apresentar
encaminhamentos diferenciados conforme suas especificidades, é importante
esclarecer que estas não serão trabalhadas de forma fragmentada, posto que
numa concepção discursiva leitura, oralidade e escrita não se separam em
situações concretas de comunicação.
Salientamos que, serão critérios para a seleção dos textos o seu
conteúdo ao que se refere às informações, de modo que instiguem à pesquisa
e discussão. Dentro das temáticas que serão desenvolvidas, estarão os
Desafios Educacionais Contemporâneos e as leis: Educação Fiscal, Prevenção
ao Uso Indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Enfrentamento à Violência
contra a Criança e o Adolescente, Lei 10.639/03 “História e Cultura Afro”, Lei
13.381/01 “História do Paraná”, Lei 9.795/99 “Meio Ambiente” e Lei 11645/08
“História e cultura dos povos indígenas”.
As temáticas dos textos selecionados muitas vezes exigirão o
conhecimento de outras áreas, neste momento a disciplina de LEM dialogará
com as demais, numa perspectiva interdisciplinar. Uma vez que o Conteúdo
Estruturante é o discurso, e este não é algo pronto, os conteúdos poderão ser
253
retomados em todas as séries e trabalhados, por vezes, de forma não linear,
posto que serão decorrentes das necessidades específicas dos alunos para que
se expressem ou construam sentidos aos textos.
Serão utilizados como recursos didáticos e pedagógicos os
dicionários de Espanhol/ Português/Espanhol encaminhados pela SEED a este
estabelecimento, a TV multimídia, o laboratório de informática, revistas e
jornais na língua-alvo para leitura e para recorte, CD e CD-room.
4. Avaliação:
A avaliação deverá estar articulada aos fundamentos teóricos da
LDB nº 9394/96, das Diretrizes Curriculares da Educação Básica para o ensino
de Língua Estrangeira Moderna e da Instrução Normativa 019/2008 –
SUED/SEED. Logo, será formativa, diagnóstica e processual.
Na prática da leitura será avaliada a capacidade de análise
linguística-discursiva de textos orais e escritos/ verbais e não-verbais e de
posicionamento diante do que está sendo lido.
Na oralidade verificar-se-á, além do conhecimento dos sons da
Língua Estrangeira e dos vários gêneros orais, a capacidade de fazer
adequação da variedade lingüística para diferentes situações.
Na escrita será avaliada a capacidade de agir por meio da
linguagem para resolver situações reais de comunicação. Será verificado se o
aluno conseguiu explicitar seu posicionamento de forma coerente e se houve
planejamento, adequação ao gênero, articulação das partes e escolha da
variedade linguística adequada na atividade de produção. É importante
considerar o erro como efeito da própria prática.
Para tais verificações servirão de instrumentos atividades de
leitura, debates, pesquisas, produção de textos e relatórios, apresentações
orais, seminários, trabalhos em grupos, avaliações escritas e apresentações de
peças teatrais, jograis e cantos.
Quando os alunos apresentarem baixo rendimento escolar, serão
ofertados estudos de Recuperação Paralela, conforme determina o artigo 24,
alínea e, da LDB n.9394/96 e estes serão organizados com atividades
254
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados anotados em Livro Registro de Classe.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas
expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento
escolar do aluno, aliada à apuração da sua freqüência.
Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano
letivo.
Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima
exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução
3794/2004.
Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de
75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo.
Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que
apresentarem:
I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas,
independentemente do aproveitamento escolar;
II. frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e
média inferior a 6,0 (seis vírgula zero).
Nos cursos do CELEM serão registradas médias pelo idioma
cursado, que corresponderão às avaliações individuais realizadas através de
diversos instrumentos avaliativos adotados, aos quais, obrigatoriamente, o
aluno submeter-se-á, respeitando o sistema de avaliação adotado pelo
estabelecimento de ensino.
5. Referências:
ALONSO, E. Cómo ser professor/a y querer seguir siéndolo. Madrid:
Edelsa, 2006.
LEFFA, V. J. A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: Educat,
2006.
255
______. O professor de línguas: construindo a profissão. Pelotas: Educat,
2006.
LIPSKI, J. M. El español de América. Madrid: Cátedra, 1994.
MILANI, E. M. Gramática de espanhol para brasileiros. São Paulo: Saraiva,
1999.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.
Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação
Básica. Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.88p. Disponível
em:<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/arquivos/File/diretrizes_200
9/lem. pdf>. Acesso em: 10 nov. 2009.
256
5. ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico explicita fundamentos teórico-
metodológicos, os objetivos, o tipo de organização e as formas de
implementação e avaliação da escola. As modificações que se fizerem
necessárias resultarão de um processo de discussão, avaliação e ajustes
permanentes, onde a escola estará sempre junto e à disposição dos pais e da
comunidade, prestando conta dos resultados e das ações que ela promove.
Reuniões serão organizadas sempre que necessário para informar sobre o
andamento do que foi proposto, e o que está sendo implementado.
A avaliação interna e sistemática é essencial para definição, correção e
aprimoramento de rumos. É também por meio dela que toda extensão do ato
educativo e não apenas a dimensão pedagógica, é considerada.
Os movimentos avaliativos partem da necessidade de se conhecer a
realidade escolar para explicar e compreender criticamente as causas da
existência dos problemas, bem como suas relações e mudanças, esforçando-se
para propor ações alternativas.
Levando em conta todas as questões trabalhadas e avaliadas pela
direção, professores, funcionários, alunos e pais e sociedade em geral, o
esforço analítico da realidade constatada possibilitará a identificação de quais
finalidades estão relegadas e precisam ser reforçadas e priorizadas, e como
elas poderão ser detalhadas e retrabalhadas.
Na operacionalização do projeto, o que se faz é verificar se as decisões
foram acertadas ou erradas, e o que é preciso revisar e reformular. Tendo em
vista as diferentes circunstâncias, pode haver necessidade tanto de
alterações de determinadas decisões, como introdução de ações
completamente novas.
A escola utilizará mecanismos institucionalizados e atuantes como
Associação de Pais, Mestres e Funcionários, Conselho Escolar, juntamente com
a direção, para propiciar a captação e os gasto transparente dos recursos
financeiros, bem como outras parcerias (entidades, empresas, etc.) que
257
venham a colaborar na superação de suas limitações de ordem física,
administrativa e pedagógica.
A educação é um processo a longo prazo, e por isso o Projeto Político
Pedagógico está sempre em construção.
A conquista dos objetivos propostos depende de uma prática educativa
que tenha como eixo a formação de um cidadão autônomo e participativo.
258
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ADAMUZ; Regina Célia. Avaliação Educacional uma reflexão. Revista Cultural
Fonte. Londrina/PR: v. 2, n. 1, p. 51 –53, nov.1999.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
introdução à filosofia. 2. ed. Ver. Atual. São Paulo: Moderna, 1993.
______. Avaliação mitos e desafios: Uma perspectiva construtiva. 14. ed.
Porto Alegre: Educação e realidade, 1994.
BRASIL. LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 20 de
dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
Curitiba: 1996.
ELLIOT, Lígia Gomes. Critérios de julgamentos: Chave para a avaliação da
aprendizagem. Ensaio: Avaliação política pública educacional. Rio de Janeiro:
v. 8, n. 27, p. 129-142, abr./jun./2000.
ESTEBAN, Maria Tereza. (org). Avaliação: uma prática em busca de novos
sentidos. 3. ed. Rio de Janeiro: D. P. & A, 2001.
HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação mediadora: uma prática em
construção da pré-escola à Universidade. Porto Alegre: Educação e realidade,
1993.
LIBÂNEO, José Carlos. Avaliação escolar. São Paulo: Cortez, 1994.
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1994.
259
______. Ministério da Educação. Ensino fundamental de nove anos:
orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília, 2006.
MIZUKAMI, Maria da Graça Nicoletti. Ensino: as abordagens do professor. São
Paulo: EPU, 1986.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares para a
Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
PINHEIRO, Maria Eveline. A Ação coletiva como referencial para a organização
do trabalho pedagógico. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lucia
Maria Gonçalves de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-
pedagógico. Campinas: Papirus, 1998, p. 75-94.
SACRISTÀN, J. Gimeno; GOMES, A. I. Péres. A avaliação no ensino. In:
Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani da Fonseca Rosa. 4. ed.
Porto Alegre: Artmed, 1998, p.295-351.
SANT’ANNA, Ilza Martins. Porque avaliar?: como avaliar?: critérios e
instrumentos. Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
_______. Secretaria de Estado da Educação. Ensino Fundamental de nove
anos: orientações pedagógicas para os anos iniciais. Departamento de
Educação Básica. Curitiba, 2010.
SOUZA, Clarilda Prado de. (org.). Avaliação do rendimento escolar. 3. ed.
Campinas: Papirus, 1994.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Avaliação: concepção dialética –
libertadora do processo de avaliação escolar. São Paulo: Libertad, 1998.
260
VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Perspectivas para reflexão em torno do projeto
político-pedagógico. In: ________; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves de (orgs.).
Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas: Papirus,
1998, p. 9-32.
VILLAS BOAS, Benigna Maria de Freitas. O Projeto político-pedagógico e a
avaliação. In: VEIGA, Ilma Passos Alencastro; RESENDE, Lucia Maria Gonçalves
de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas:
Papirus, 1998, p. 179-200.
ZABALLA, Antoni. A prática educativa como ensinar. Trad. Ernani F. da F. Rosa.
In: A Avaliação. Porto Alegre: Artmed, 1998, p. 195-219.
261
7. ANEXOS
7.1. Atividades e projetos desenvolvidos na escola, integrados ao
Projeto Político Pedagógico:
7.1.1. Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas –
OBMEP
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
participa todos os anos da OBMEP, com os alunos de todos os anos e séries,
buscando, muito mais que competição, o incentivo ao estudo da Matemática, e
consequentemente um ensino de qualidade.
7.1.2. Concurso de Soletração
Com o objetivo de promover e incentivar o hábito de leitura, além da
valorização da língua pátria, o Lions Club Bandeirantes tem realizado
anualmente o Concurso Municipal de Soletração, destinado aos alunos do 9º
Ano, que contou com a participação deste colégio. Neste ano, o livro escolhido
para a leitura foi São Bernardo, de Graciliano Ramos.
Os professores têm um período para trabalhar com os alunos em sala de
aula os vocábulos contidos no livro e também no dicionário de Língua
Portuguesa, dentro da nova ortografia, vindo a realizar um concurso de
soletração com a turma, de onde sai o vencedor para a fase municipal. Os
participantes deste ano foram as alunas Amanda dos Santos Coelho do 9º A, e
Notrieliene Bianca D'Arc da Silva do 9º B.
7.1.3. Jogos Florais
A Prefeitura Municipal de Bandeirantes promove anualmente os Jogos
Florais, com a participação das escolas e trovadores de todo o país. O
262
regulamento é enviado à escola, com os temas escolhidos, e os professores de
Língua Portuguesa em especial, trabalham com os alunos a produção das
trovas, que são enviadas à comissão julgadora do município. As escolhidas são
publicadas no livrinho dos Jogos Florais, podendo ser trovas campeãs, menção
honrosa, e numa solenidade festiva, com a participação de trovadores
convidados, professores e alunos, são declamadas para a plateia.
O colégio estimula os alunos para que participem dessa atividade, que
além de permitir o afloramento da sensibilidade, também é uma excelente
oportunidade para o desenvolvimento da leitura e escrita.
7.1.4. Programa Agrinho
O Agrinho é um programa de longa data que vem sendo desenvolvido nas
escolas, com o objetivo de desenvolver ações que propiciem o despertar da
consciência de cidadania, além do acesso a informações relativas à saúde e à
preservação do meio ambiente, com vistas à melhoria da qualidade de vida.
Os conteúdos do Programa AGRINHO são desenvolvidos de forma
transversal ao currículo escolar, havendo a sensibilização da comunidade,
capacitação docente, desenvolvimento do trabalho e concursos, podendo
participar os alunos, professores, escolas, municípios, NREs.
7.1.5. Concurso de Redação – Rotary Club
o Colégio Estadual Juvenal Mesquita participou do concurso de redação
promovido pelo Rotary Club de Bandeirantes, com o objetivo de conscientizar e
mobilizar a comunidade escolar para discorrer sobre o Lema Rotário 2012/2013
“PAZ ATRAVÉS DO SERVIR”. Houve esclarecimentos por parte de um
representante do Rotary nas salas de aula e muitos alunos entregaram suas
redações, vindo a ganhar em 3º lugar a redação da aluna Emily Beatriz Mendes
de Campos, do 7º Ano B, período matutino.
263
7.1.6. Participação em atividades cívicas
O Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e Médio
participa do desfile cívico em comemoração à Independência do Brasil e
também do aniversário do município, contando com a participação da direção,
professores e alunos.
7.2- Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar
I. Identificação da Equipe Multidisciplinar
Estabelecimento: Colégio Estadual Juvenal Mesquita – Ensino Fundamental e
Médio
Município: Bandeirantes
NRE: Cornélio Procópio
Integrantes:
Andréa Cristina do Nascimento
Ângela Maria Nogueira Herbst
Cristina dos Santos
Fabiana Aparecida Gonçalves
Giulliane de Oliveira Matta
Maria das Graças Ticianel
Roseclei de Fátima Proni
Vanilda Aparecida Monteiro
II. Objetivos
• Repensar as práticas educativas no sentido de valorizar e diminuir as
diferenças em relação às questões étnico-raciais.
• Diagnosticar os conhecimentos da comunidade escolar acerca dos
diferentes povos.
• Elaborar o plano de ação com conteúdos e metodologias que visem
acabar com a discriminação racial, preconceito e racismo.
264
• Desenvolver estratégias de conscientização junto à comunidade escolar,
problematizando as relações entre as culturas africana, indígena e
ocidental.
• Realizar estudos periódicos de formação, pertinentes à temática da
Educação das Relações Étnico-Raciais e de Ensino de História e Cultura
Afrobrasileira, Africana e Indígena, bem como subsidiar os demais
professores e alunos na execução de ações que efetivem a referida
temática.
• Socializar os conteúdos, dinâmicas e trabalhos realizados com o coletivo
escolar.
III. Justificativa
As atividades previstas no presente plano de ação foram planejadas
considerando a necessidade de debater sobre as diferenças raciais,
especialmente no interior da escola, na tentativa de ultrapassar as barreiras
como a violência, preconceito, racismo, haja vista a importância do índio e do
negro no processo de construção da sociedade na qual estamos inseridos, e
buscará realizar principalmente um trabalho de conscientização e valorização
do ser humano.
IV. Diagnóstico
A questão racial, cada vez mais polêmica, tem remetido os profissionais
da educação à reflexões sérias e importantes sobre seu compromisso em
repensar suas práticas educativas, reorientar ações, fundamentar-se teórico e
metodologicamente sobre essa questão, na perspectiva de uma lógica
inclusiva. Entretanto, ainda há muita dificuldade dos mesmos reunirem-se com
seus pares e realizar uma proposta coletiva e articulada.
Com a composição de equipes multidisciplinares e a abertura de eventos
que tornam possíveis encontros periódicos, as diferenças raciais poderão ser
estudadas, analisadas e trabalhadas de forma mais efetiva.
A situação atual da escola quanto ao trato da questão racial no dia a dia
da prática pedagógica, revela ainda certo despreparo e receio para lidar com
265
os conflitos que podem surgir, haja vista que o alunado do estabelecimento
tem um número considerável de afro-descendentes, e eventualmente são
observadas diversas situações como revolta, vergonha, discriminação entre si
próprios, interpretação errônea de certas colocações, etc.
Dessa forma, o que se tem visto são docentes trabalhando os conteúdos
pertinentes à sua disciplina, no que diz respeito à história propriamente dita,
cultura, valores, embora nas formações continuadas haja orientações quanto
às abordagens do Ensino da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e
Indígena previsto no Projeto Político Pedagógico, principalmente no sentido de
um trabalho voltado mais para a valorização, diminuição das discriminações e
preconceitos devido às diferenças raciais, do que para a mera informação do
conteúdo. Por mais que procurem desenvolver atividades que valorizem a
diversidade através de palestras, explanações e debates sobre a situação do
negro e do índio no Brasil, tentando favorecer a construção positiva de sua
identidade social, isso não tem ocorrido de forma coletiva, interdisciplinar e
efetiva, o que precisa melhorar.
Por outro lado, o que também tem desestimulado muito os professores
são os comportamentos agressivos do alunado, não somente decorrente de
diferenças étnicas, mas também de problemas familiares, emocionais, sociais e
econômicos. E por mais que se esforcem, os resultados não estão sendo
satisfatórios, já que é grande o número de alunos que se recusa a respeitar,
seguir regras, normas e lutar por uma vida melhor, independente de ser
branco, negro, índio ou qualquer outra etnia.
A escola busca incentivar os professores a desenvolver projetos, com o
objetivo de promover uma maior interação, expor os trabalhos realizados, na
tentativa de desenvolver atitudes de respeito, boas maneira e também busca
informar sobre todo o material pedagógico recebido da SEED.
Contudo, alguns docentes, que deveriam empunhar a bandeira da luta
contra as desigualdades, infelizmente agem com indiferença, revelam-se
racistas em potencial, atrapalhando os bons resultados esperados.
É preciso prever ações que permitam aos alunos interagir, trocar ideias,
conhecimentos, numa relação de respeito e entendimento, coibindo atitudes,
expressões verbais explícitas e implícitas de racismo, onde o professor seja o
266
mediador, através dos trabalhos em grupo, palestras, seminários, plenárias,
artesanatos, danças, teatro, dentre outros. O importante é que todos entendam
que precisam respeitar para serem respeitados. Para isso é fundamental
envolver a família, a comunidade em geral nas ações previstas através de
reuniões, apresentações, exposições, palestras, parcerias, feiras, homenagens,
a fim de estabelecer um diálogo constante para que saibam o que está sendo
feito e participem conjuntamente.
O acervo da biblioteca em relação à questão racial contém cadernos
temáticos, leis, porém muito pouco de literatura infanto-juvenil, o que precisa
ser implementado.
V. Ações a serem desenvolvidas
• Encontros para estudos com os componentes da Equipe Multidisciplinar.
• Debates sobre a questão racial com o coletivo da escola, em momentos
como por exemplo reuniões pedagógicas, dentre outros.
• Enriquecimento do acervo bibliográfico junto à biblioteca da escola,
conforme as possibilidades da mesma.
• Palestras, passeios, sessões de filmes pertinentes à temática, valorizando
e reconhecendo a devida importância dessas culturas junto à
humanidade.
• Atividades junto aos alunos, dentro de cada disciplina específica e/ou de
forma interdisciplinar, como pesquisas, leituras, danças, pinturas,
colagens, artesanato, etc., com momentos de socialização das
atividades desenvolvidas.
• Exposição dos trabalhos para toda a comunidade.
VI. Cronograma
AÇÕES Fev Mar Abr
Mai
Jun Jul Ago Set Out
Nov Dez
Encontros da Equipe Multidisciplinar para estudos e reflexões
x x x x x x x x x
267
Discussões sobre a questão racial em reuniões com os professores
x x
Palestra sobre a discriminação racial, enfocando até que ponto vai o preconceito
x
x
Aquisição de literatura infanto-juvenil
x
Disciplina de Arte: Máscaras africanas: pesquisa, recriação de formas, figuras, cores, finalizando com a pintura decorativa em telhas.
x x x x
Disciplina de Ed. Física: dança com coreografia africana; apresentação de Capoeira pelo grupo do município, aos alunos do colégio.
x
x
Disciplina de Ensino Religioso: Estudo das religiões afro-brasileiras; confecção de cartazes
x
x
x
Disciplina de História:
- Estudo dos Reinos Africanos
- A importância do Egito: escrita, arquitetura
- Ilustração: Egito
- O mito de Ísis e Osíris: história em quadrinhos
- Exposição dos trabalhos
X X
X X
x
x
X
x
x
X
x
Matemática:
- Leitura de gráficos: X X X
268
interpretação de dados estatísticos, comparando as diferenças de salários, oportunidades de emprego, etc., do branco com o negro e o índio.
Geometria: Pesquisa e confecção de materiais ( pintura corporal, demarcação de terra, jogos - shisima)
X x x x
Língua Portuguesa:
- Poesia
- Jogral
- Leitura de texto
- Produção de texto
- Exposição dos trabalhos
x
x
x x
x
x
x
VII. Avaliação das ações realizadas pela equipe
A avaliação, como em todo processo avaliativo, será diagnóstica e
contínua, com a intenção precípua de rever a prática docente no que tange às
questões raciais, criando e recriando estratégias, metodologias, junto ao
coletivo da escola, no sentido de efetivar eficazmente as ações propostas.
VIII. Referências:
- Constituição Federal
- Deliberação 04/06 – Normas complementares às Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana
- Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira.
269
Brasília, 2005.
- Instrução nº 010/2010 - SUED/SEED
- Lei 10.639/03 e Lei 11.645/08
- Lei 12.288/010 - Estatuto da Igualdade Racial
- PARANÁ. Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana. SEED. Curitiba. PR. 2008
- PARANÁ. Cadernos Temáticos: Educando para as Relações Étnico-
Raciais II. SEED. Curitiba. PR. 2008
- Portal http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
- Resolução nº 3399/2010 – Composição das Equipes Multidisciplinares
Participante do Concurso Beleza Afro do colégio – Nov/2011
270
Alunos ganhadores do concurso Beleza Afro - Nov/2011
7.3. Proposta da Agenda 21 Escolar
A implentação da Agenda 21 Escolar está prevista para o ano de 2013, e
no decorrer de 2012 está ocorrendo a preparação teórica de toda a
comunidade escolar através da leitura de textos referentes à demanda da
Educação Ambiental e Agenda 21, no sentido de embasar contribuições para
seu funcionamento, de acordo com as orientações da SEED. O objetivo é
viabilizar a implementação de uma nova forma de enxergar tal demanda. Os
textos são estudados na hora-atividade de cada professor.
271
7.4. Calendário – Ano Letivo 2012
272
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
De acordo com Resolução Nº 4901/2011- GS/SEED - Instrução Nº 015/2011-SUED/SEED/PR
Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 1 2 3
1 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 17 4 5 6 7 8 9 10 22
8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 24
22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 31
29 30 31
Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 2
8 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 21 3 4 5 6 7 8 9 19
15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias
22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23
29 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 7 2 1 2 3 4 1
8 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 18
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22
29 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29
30
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 1 2 3 1
7 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 18 2 3 4 5 6 7 8 12
14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22
28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29
30 31
Dias Letivos Férias Discentes Férias/Recesso/Docentes
1º Semestre 100 Janeiro 31 janeiro/férias 302º Semestre 101 fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15
Total 201 julho 18 dez/recesso 12dezembro 12 outros recessos 3Total 68 Total 60
Início/Término Semana PedagógicaPlanejamento Formação Continuada SEED e NREReplanejamento (contraturno) Formação ContinuadaFérias Conselho de Classe/Reunião PedagógicaRecesso Semana de Integração Escola/Comunidade
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012
1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval
6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi21 Tiradentes
7 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência
12 N. S. Aparecida 2 Finados 25 Natal14 Aniversário do Município15 Proclamação da República20 Dia Nacional da Consciência Negra
7.5. Matriz Curricular
ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA MANHÃ
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440
TELEFONE: (43) 3542-4490
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: MANHÃ MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
Educação Física 3 3 2 2
Ensino Religioso* 1 1
Geografia 3 3 4 4
História 3 3 4 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI-
CADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Bandeirantes, 30 de agosto de 2011. ____________________________
Direção
273
ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA TARDE
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440
TELEFONE: (43) 3542-4490
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 3
Educação Física 3 3 2 2
Ensino Religioso* 1 1
Geografia 3 3 4 4
História 3 3 4 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI-
CADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Bandeirantes, 30 de agosto de 2011. ____________________________
Direção
274
ENSINO FUNDAMENTAL - PERÍODO DA NOITE
NRE: 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: BANDEIRANTES
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440
TELEFONE: (43) 3542-4490
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL: 6º / 9º ANO
TURNO: NOITE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL
COMUM
DISCIPLINAS / ANOS 6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 4 4 3 3
Educação Física 2 2 2 2
Ensino Religioso* 1 1
Geografia 3 3 4 4
História 4 4 4 4
Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4
Subtotal 24 24 23 23
PARTE DIVERSIFI-
CADA
L.E.M. - Inglês 2 2 2 2
Subtotal
Total Geral 26 26 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.*Ensino Religioso – Disciplina de matrícula facultativa.
Bandeirantes, 30 de agosto de 2011.
______________________________
Direção
275
ENSINO MÉDIO - PERÍODO DA MANHÃ
MATRIZ CURRICULAR ÚNICA - ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 08 - CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 - BANDEIRANTES
Estabelecimento: 00036 - COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO -
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440 – VILA MACEDO
FONE/FAX: (43) 3542-4490
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
TURNOS: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
1ª, 2ª e 3ª SÉRIES
BLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM - INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03LEM – ESPANHOL * 04 QUÍMICA 04LÍNGUA PORTUGUESA 06Total Semanal 29 Total Semanal 25
* Disciplina de Matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrado
em turno contrário.
Bandeirantes, 24 de novembro de 2010.
276
ENSINO MÉDIO - PERÍODO DA NOITE
MATRIZ CURRICULAR ÚNICA - ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
NRE: 08 - CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: 0240 - BANDEIRANTES
Estabelecimento: 00036 - COLÉGIO ESTADUAL JUVENAL MESQUITA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO -
ENDEREÇO: RUA SÃO PAULO, 440 – VILA MACEDO
FONE/FAX: (43) 3542-4490
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 0010 – ENSINO MÉDIO ORGANIZADO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
TURNOS: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
1ª, 2ª e 3ª SÉRIES
BLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM - INGLÊS 04 SOCIOLOGIA 03LEM – ESPANHOL * 04 QUÍMICA 04LÍNGUA PORTUGUESA 06Total Semanal 29 Total Semanal 25
* Disciplina de Matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrado
em turno contrário.
Bandeirantes, 24 de novembro de 2010.
277