PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO DE … · exploração do trabalho infantil, egoísmo,...
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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
DEPARTAMENTO DE PEDAGOGIA
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO DE PEDAGOGIA
ORGANIZAÇÃO
GUIOMAR DA ROSA BORTOT
RICARDO LUIZ DE BITTENCOURT
CRICIÚMA, MARÇO DE 2003.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................2
2 MARCO REFERENCIAL ...................................................................................................................3
2.1 Situação Real .................................................................................................................................3
2.2 Situação Ideal.................................................................................................................................7
2.3 Meios para alcançar o Ideal (Marco Pedagógico)...........................................................................9
3 DIAGNÓSTICO ...............................................................................................................................15
3.1 Elaboração dos Conceitos que nortearam a Construção do Diagnóstico.....................................15
3.2 Quadro Síntese das Categorias de Análise para Elaboração do Diagnóstico ..............................21
3.3 Perfil do Pedagogo da UNESC.....................................................................................................29
3.4 Perfil do Acadêmico do Curso de Pedagogia da UNESC.............................................................29
3.5 Perfil do Docente da UNESC........................................................................................................30
3.6 Perfil do Representante dos Alunos (CA) e de Turmas do Curso de Pedagogia.........................30
3.6.1 Representantes de turma ..........................................................................................................30
3.6.2 Representante do Centro Acadêmico........................................................................................30
3.7 Perfil do Coordenador e Coordenador Adjunto do Curso de Pedagogia da UNESC....................30
4 PROGRAMAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO.........................................................31
5 METODOLOGIA E CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES PARA ELABORAÇÃO DO PPP DO CURSO DE PEDAGOGIA ..................................................................................................................35
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................................39
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................41
APÊNDICE A......................................................................................................................................42
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1 INTRODUÇÃO
O presente documento é resultado da síntese do conjunto de atividades encaminhadas pela
coordenação do Departamento de Pedagogia para construir e consolidar seu projeto político-
pedagógico.
Utilizamos como referencial teórico os estudos de Gandim por apresentar didaticamente os
encaminhamentos necessários para construir o PPP de forma coletiva e participativa.
Inicialmente, apresentamos o marco referencial construído a partir da participação de todos os
segmentos da UNESC e que subsidiou a elaboração do PPP no curso de Pedagogia. O marco
pedagógico foi amplamente discutido por toda instituição e aprovado em reunião do Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão, por meio da resolução.
Posteriormente, apresentamos a elaboração dos conceitos essenciais levantados pela
comunidade acadêmica do curso de Pedagogia e a construção do diagnóstico que dará subsídio para
fazer a programação do PPP.
Por fim, apresentamos as considerações finais onde retomamos todo o processo desenvolvido
e sinalizamos algumas mudanças produzidas a partir da construção do PPP.
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2 MARCO REFERENCIAL
Construir o Projeto Político-Pedagógico é um processo enriquecedor e ao mesmo tempo
desafiador. O trabalho coletivo que passa pelo interseccionamento de diferentes posturas, teorias e
concepções contribui significativamente para melhorar a qualidade de ensino.
A UNESC, com a finalidade de desencadear a construção do PPP em todos os seus cursos de
graduação iniciaram um grande processo de discussão que tomou por base as questões apontadas por
GANDIN para subsidiar a elaboração do marco referencial.
Inicialmente, foram agendadas várias datas para que os professores pudessem participar da
elaboração do marco referencial. Após a discussão e sistematização das respostas dadas pelos
professores que ficou a cargo da Diretoria de Graduação, o documento foi aprovado em grande
assembléia e encaminhado ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão para homologação e
expedição de resolução.
O resultado final de todo esse processo de discussão em nível institucional aparece abaixo
descrito.
2.1 Situação Real
Estamos vivendo um tempo de muitas turbulências, em que os valores humanos essenciais
são confundidos, os interesses individuais ou corporativos são negociados, e, entre outras coisas, o
mundo organizando-se em blocos econômicos; tudo isso se sobrepondo à necessidade da sociedade
como um todo. Essas características conflitantes contribuem para o aumento da violência e da
ganância, acarretando a falta de humanidade.
Nesse contexto em que se verificam tais turbulências, percebe-se uma sociedade organizada
de tal forma em que não se apresenta estrutura adequada para a construção do cidadão consciente e
crítico. Em termos de organização das igrejas, por exemplo, a maioria dos movimentos religiosos está
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em conflito declarado quanto aos espaços pelo poder. Da mesma forma, as relações que se
estabelecem no mundo da política partidária refletem atitudes que descaracterizam a decência, a
honestidade e a ética, fazendo com que haja certa desconfiança, por parte de muitos, em relação à
verdade. Assim, como nas organizações religiosas e nas partidárias, não há transparência em vários
segmentos da sociedade, justamente em uma época de tantas informações e avanços científicos.
Esses fatos conjuntos acabam por contribuir para que, cada vez mais, as pessoas fiquem
desorientadas e descrentes quanto à possibilidade de melhoria da qualidade de vida.
O exposto apresenta a crise na sociedade ao nos depararmos com os muitos aspectos
negativos, como: valores materialistas do capitalismo; exclusão social; relações desfavoráveis entre as
nações ricas e pobres, cujo desfavorecimento acentua-se com a organização em blocos econômicos
que isolam cada vez mais os países em desenvolvimento pela imposição de restrições internacionais;
confusão conceitual entre “desenvolvimento” e “crescimento econômico”; e dificuldade de permanência
e de acesso junto à educação. Todos esses aspectos, aliados a questões concretas como o
desemprego e a competitividade, atestam, novamente, a violência que se evidencia, nessa ordem, pela
exploração do trabalho infantil, egoísmo, miséria, fome de alimento e de perspectivas futuras,
crescimento insustentável da economia em relação ao meio ambiente e à degradação ambiental.
Pensando em restrições internacionais, tem-se como exemplo a educação, em que há a
preocupação nacional em atender as exigências internacionais quanto ao aumento do índice de
escolaridade e à diminuição do analfabetismo. Como isso, todo o processo, que envolve o tema
educação, é feito de qualquer forma, sem preocupação com a qualidade no sentido de projetá-la para o
futuro. A preocupação centra-se na busca de indicadores quantitativos, não no resgate da cidadania e
da socialização do conhecimento historicamente construído.
Além das restrições impostas pelos blocos econômicos, vivencia-se um paradoxo atestado pela
proposta tecnológica, em que a condução do desenvolvimento tecnológico na virada do milênio tem
trazido vantagens ao ser humano, mas ao mesmo tempo exigências e exclusões. O mundo
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globalizado, a partir da organização em blocos, coloca os países periféricos em situação de
inferioridade. As classes menos favorecidas são excluídas na medida em que tal aceleração científica e
tecnológica expõe a falta de preparo dos trabalhadores que se fragilizam diante de tantas inovações.
De modo que a evolução tecnológica possibilita a melhoria da vida em sociedade, mas também está
levando a exclusão da maioria, pois esta evolução tecnológica só é usufruída por poucos. Novamente,
depara-se com os valores que se caracterizam pelo ter e poder, sobrepondo-se aos valores éticos e
morais, que estão sendo alijados pela lei de mercado. Essa violenta crise ética e moral, que se
configura, não observa os princípios constitutivos deste mundo que deveriam estar diretamente
relacionados aos valores humanos.
Os valores humanos independem de discursos e propagandas. Na verdade necessita-se de
práxis, e, apesar do discurso, a sociedade ainda continua sendo muito preconceituosa em relação ao
analfabeto, ao idoso, ao deficiente, à prostituta, ao homossexual, ao pobre, ao negro, às vítimas das
drogas, dentre tantos outros excluídos. Talvez por esses excluídos não ter no sentido de possuir (ter
posse), tendo como parâmetro aquilo que é tomado pela sociedade convencionalmente.
Posse é apenas uma das condições inerentes ao modelo de sociedade capitalista em que
vivemos. É lema do capital produzir, vender e consumir produtos, sem a preocupação com os valores
humanos. Quem não tem, não possui, não usa, está fora dos padrões pré-estabelecidos. Na atual
sociedade em que vivemos, o conceito de cidadão não está bem construído, já que está vinculado ao
conceito de posse. Num mundo globalizado e capitalizado, a obrigação primeira do cidadão é ser
consumidor. Esse tipo de sociedade acaba reafirma a postura do homem competitivo, centrado em si
mesmo, ambicioso e preconceituoso.
A sociedade, assim estruturada, apresenta como paradigma o capitalismo, e se assenta no
individualismo, na competitividade, na busca por soluções imediatas, na valorização das riquezas
materiais. Todas essas particularidades acabam por estruturar as bases pelas quais as relações sociais
são regidas.
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Diante dessa estruturação econômico-social, torna-se premente o redirecionamento dos
objetivos e valores existentes para que as grandes instituições públicas e privadas não mais
negligenciem as responsabilidades para com a coletividade, posicionando-se junto aos meios de
comunicação cujo poder atual manipula e maquia as informações.
Os meios de comunicação têm, na nossa sociedade, muita influência, e isso acaba por
obscurecer algumas das questões que devem ser discutidas pela e na Universidade. Assim, a
Universidade não está sendo o palco privilegiado das discussões políticas, econômicas, sociais e
pedagógicas. Esse papel está representado muito mais pela mídia. As discussões acadêmicas ainda
estão restritas ao espaço teórico, e a academia ainda não estabeleceu o vínculo com a educação
básica, a ponto de o profissional, recém-formado, não possuir condições de atuar na realidade desse
nível de ensino.
Ainda há a questão real do meio-ambiente. O homem que vive nesta sociedade, ainda que
demonstrando um discurso de preocupação com esta questão e os recursos para a sobrevivência,
apresenta uma prática contraditória e alienada, tornando-se impotente diante da atual situação social e
ambiental.
No universo da academia têm-se também os paradoxos reais e um deles é o trabalho em
conjunto. Na Universidade, os cursos trabalham isoladamente, sem um norte em comum. Em termos
de departamento, os próprios professores possuem práticas individuais e, desejam formar alunos, que,
contraditoriamente a essa prática, trabalhem coletivamente. Essa prática não se restringe apenas a
UNESC. Trata-se de um fenômeno mundial e nacional que a afeta na medida em que está inserida
nesse contexto. No entanto, seu compromisso é o de atuar junto à comunidade a fim de encontrar
soluções para os problemas locais e regionais, tanto em questões de inserção no mercado de trabalho,
como garantia dos direitos humanos.
No âmbito da sociedade universitária representada pelos alunos, percebe-se a não valorização
da leitura, eles vêm até a Universidade em busca de inserção na sociedade sócio-econômica atual e
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não em busca da construção de conhecimento, decorrência dos valores da sociedade que foram
descritos ao longo deste texto.
Paralelamente a esse quadro tão crítico, são identificados aspectos positivos. Neles,
percebemos formas de resistência a essa sociedade e aos seus valores. Encontramos grupos de
pessoas que, desafiando sua própria realidade, lutam pela democratização. E, assim, a sociedade vai
modificando-se rapidamente, e o Brasil, com seu potencial humano e natural, tem boas perspectivas
para o caminho do real desenvolvimento, faltando-lhe apenas um projeto nacional coerente para trilhá-
lo. Já se percebem indicadores de que a sociedade começa a ter consciência de seu papel para a
mudança da realidade. A possibilidade de mudança está intimamente relacionada ao grau de
consciência que se tem e as condições histórico-sociais.
2.2 Situação Ideal
A UNESC entende por sociedade ideal, aquela que se apresenta como democrática, igualitária
e centrada no desenvolvimento humano. Espera-se que esse desenvolvimento social seja justo e
ecologicamente integrado com novas e diferentes formas de participação do cidadão, sobrepondo os
interesses coletivos aos individuais. Essa nova sociedade deve ser fundamentada na solidariedade, na
ética e na transparência, em que se almeja uma distribuição de renda e de bens equânime, a partir
dessa nova realidade que estará pautada na justiça.
A preocupação com o meio ambiente também deve estar no foco do ideal de sociedade,
desencadeando atitudes em que se utilizem os recursos naturais de forma apropriada, para a
satisfação das necessidades básicas da população, sendo solidárias com as gerações futuras. Essa
sociedade deve ser solidária e ética, além de estar voltada ao bem-estar de todos, reafirmando os
valores morais; respeitando a diversidade cultural e a identidade dos povos; garantindo a todos, pelo
acesso ao conhecimento científico e tecnológico; gerando oportunidade de trabalho; incentivando a
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cultura da paz (entendida não como ausência de conflitos, mas a vivência deles sem violência em suas
mais diversas formas de expressão) e da espiritualidade (entendida como atitude que promove a vida,
contra todos os mecanismos de destruição e de morte), opondo-se, assim, ao consumismo
desenfreado.
O núcleo dessa sociedade deve ser construído sobre a vida, o bem comum e a solidariedade
entre os homens. Deve respeitar a liberdade do indivíduo de ir,k vir e se expressar, de acordo com as
suas crenças e concepções.
Nesta sociedade deverá ser priorizado o acesso à saúde, educação, lazer, segurança, moradia
e trabalho. Esse acesso não se trata apenas de oferecimento de serviços sociais, mas de uma infra-
estrutura com qualidade inquestionável, proporcionando como conseqüência o alcance de todos aos
bens naturais, culturais e tecnológicos, para o desenvolvimento do ser humano em todas as suas
dimensões: física, mental, cultural e espiritual.
O ideal de ser humano para o terceiro milênio necessita buscar, com certeza, a
transcendência, de modo a ver nos outros, indivíduos que o ajudarão a construir um mundo melhor. Os
atributos inerentes a este cidadão serão aqueles que compreendem o todo do ser humano, como:
crítico, participativo, propositivo, solidário, responsável, ético, fraterno, ecológico e espiritualizado;
respeitando as pessoas e realizando ações que visem ao bem comum. Sobretudo, este cidadão será
sujeito empreendedor, consciente das riquezas nacionais, humanas e naturais, além de sabedor de seu
papel de transformação no mundo, devendo estar comprometido com a preservação da vida no
planeta. Para tanto, o sujeito dessa transformação ao identificar-se com a sociedade da qual faz parte,
buscando a sua própria identidade e vivencia valores que o tornam um ser humano mais feliz.
O ideal de sociedade será alcançado, na medida em que o ser humano se conscientize que
não vive só, de sua ação transformadora que repercutirá de forma positiva ou negativa no meio em que
vive. Consciente de sua ação transformadora deve optar somente pelas atitudes positivas e
construtivas.
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Todos estes valores expostos devem ser vividos na família, na escola, e em toda a sociedade a
fim de fazer com que o ser humano tenha vida digna, respeitadas as suas necessidades básicas
fundamentais. Vivendo nessa sociedade, a UNESC, com o nível de excelência educacional, obterá
reconhecimento pensando globalmente e agindo regionalmente.
2.3 Meios para alcançar o Ideal (Marco Pedagógico)
Os meios para alcançar o ideal têm como objetivo incluir atitudes, normas, habilidades ou
caminhos aptos a diminuírem a distância entre a situação real da sociedade em que vivemos e a que
desejamos ajudar a construir.
Para se alcançar esse objetivo, o ideal de Universidade que se pretende, é que seja
comunitária e sem fins lucrativos, que esteja sensível aos problemas regionais, à qualidade de ensino,
oferecendo educação integral, disciplinar, multi, inter e transdisciplinar. Tudo isso para contribuir com a
formação de profissionais que atuem como agente de transformação e de construção da sociedade.
Essa sociedade pressupõe valores essenciais como: ética, criticidade, autenticidade, criatividade,
honestidade, sinceridade, compromisso com o bem comum, e com competência técnica e habilidades
profissionais que possibilitem a preservação do conhecimento historicamente acumulado, ao mesmo
tempo em que se desenvolvam pesquisas e se construam novos conhecimentos; enfim, tornando os
seres cidadãos íntegros, em todas as suas dimensões: espiritual, mental, física e cultural.
A Universidade deve, portanto, oportunizar a participação de todos, evidenciando uma gestão
democrática, em que possam sentir-se agentes de desenvolvimento, reconhecendo-se como parte
integrante e atuante. Para tanto, há a necessidade de priorizar as relações humanas com respeito,
fortalecendo o diálogo permanente, em que os interesses sociais estejam acima dos individuais –
pessoais; prevalece, assim, a socialização a fim de construir novos conhecimentos alicerçados no
objetivo comum de trabalhar em prol da Universidade e da sociedade.
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A gestão desta instituição deve ser transparente, participativa, que respeite as diferenças
individuais e permita a liberdade de expressão política, filosófica, cultural e religiosa, que ouça a
comunidade acadêmica nas suas necessidades, esforçando-se para atendê-las, estabelecendo
critérios justos e equânimes, incentivando as ações positivas existentes, ampliando-as, quando
possível, para todas as áreas.
Inerente a esta Universidade deve ser sua atitude pró-ativa frente à participação nas
discussões da sociedade, incentivando e/ou elaborando materiais educativos nas diversas áreas do
conhecimento e propondo ou mediando projetos sociais, empresariais ou comunitários, que integrem o
conhecimento científico e o popular em todas as suas formas de expressão, de modo a contribuir para
o estabelecimento das relações entre a Universidade e a comunidade. Deseja-se que o fortalecimento
do conhecimento popular possibilite a construção de novos conhecimentos científicos e estes, por sua
vez, construam e fundamentem novos saberes populares, numa relação integrada e criativa, e,
sobretudo permanente.
A preocupação da Universidade deve centrar-se também na necessidade de formação de
profissionais para a região no sentido de ofertar cursos de graduação, seqüencial, extensão e pós-
graduação, além da educação básica proporcionada, atualmente, pelo Colégio de Aplicação. Esta
oferta deve, acima de tudo, atender a demanda social e não somente manter a competitividade
mercadológica e a rentabilidade financeira. Assim, os cursos ofertados devem possibilitar preocupação
também ao formar, apresentando currículos que preparem o aluno a agir como verdadeiro cidadão na
sua comunidade, e, que sejam periodicamente reavaliados pelos professores, alunos, ex-alunos e
lideranças sociais, comunitárias e empresariais.
Espera-se que toda a preocupação ligada à formação do aluno, dentro das necessidades
regionais, garanta a sua competência profissional, principalmente, quando este se vincula à docência,
estando habilitado para atuar na educação básica, a fim de educar o homem desde a primeira idade,
de modo a minimizar e, até mesmo, a evitar o abismo existente entre esta e o ensino superior. Para
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que isso ocorra de maneira ampla e não só para a formação de docentes, a estrutura proporcionada
pela instituição deve contemplar o atendimento às condições de oferta de ensino com qualidade a
todos os cursos, independentemente da área a que pertençam, disponibilizando recursos do tipo
audiovisuais, laboratórios bem equipados, biblioteca atualizada e toda variedade de material didático-
pedagógica.
Entendemos que o processo de ensino-aprendizagem esteja comprometido com os valores
humanos essenciais, valores esses sempre retomados nesse marco devido a sua importância
fundamental para a formação do cidadão, visando o atendimento de necessidades sociais, voltadas ao
bem-estar da comunidade e à melhoria da qualidade de vida. Com esses parâmetros estabelecidos,
faz-se necessário o investimento em projetos tecnológicos para resolver problemas essenciais para a
sobrevivência da vida do homem e do planeta, como por exemplo, poluição e extinção dos mananciais
hídricos.
Os princípios norteadores da administração desta Instituição de Ensino Superior, a exemplo
dos valores elencados anteriormente como inerentes à sociedade, serão: justiça, solidariedade,
cooperação, honestidade, sinceridade, estando assim comprometida com a preservação ambiental e a
vivência alicerçada nos valores humanos essenciais, tão abordada por este marco.
Os docentes deverão estar em constante reavaliação para que se possa propor continuamente
sua qualificação profissional. Os meios para a efetivação de tal proposta serão programas de pós-
graduação, educação continuada, e, ainda, o estabelecimento de políticas claras para pesquisa, tendo
como conseqüência, o desenvolvimento humano, científico e tecnológico, e culminando com excelência
profissional, que será vivenciada pela comunidade acadêmica.
Em relação à formação do corpo docente, é necessário formar professores qualificados e
conhecedores do contexto em que estão inseridos, não sendo apenas reprodutores de ideologias, mas
facilitadores no processo ensino-aprendizagem, possibilitando aos alunos a percepção de que são
atores e autores de práticas sociais capazes de modificar a sociedade com o conhecimento científico.
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O processo educativo então se constitui num ambiente de troca, de socialização, de construção e
produção de conhecimentos, resgatando e reafirmando os valores humanos mencionados ao longo
desta exposição.
O corpo docente deverá ainda ser capaz de construir proposta metodológica para que as aulas
não se tornem apenas reprodução de conteúdo, mas possibilidades de reflexão e construção de
conhecimentos, integrando teoria e prática: práxis, e utilizando recursos apropriados com avaliação e
reavaliação contínua e participativa, a fim de adequar o conteúdo das disciplinas ao meio social, indo a
campo, estimulando a pesquisa, envolvendo o aluno em trabalhos de pesquisa, conhecendo fatos
novos e possibilitando nova leitura da realidade.
Do mesmo modo acerca da avaliação dos docentes, os alunos também deverão ser avaliados
constantemente, promovendo e garantindo estágios curriculares e extracurriculares, além dos
programas de extensão. Espera-se ainda que ambos, professor e aluno, estejam envolvidos com
programas de voluntariado, tais programas merecem atenção especial no aprimoramento da integração
universidade-sociedade, envolvendo para isso toda a estrutura humana e física que esta Universidade
dispõe.
Em relação a esse envolvimento de estrutura disponibilizada pela UNESC, há que se
preocupar com os alunos economicamente carentes e com dificuldades de ordem pessoal, devendo ser
uma de suas marcas como instituição de ensino.
A avaliação do processo ensino-aprendizagem envolverá mais de uma estratégia, como:
diagnóstica, processual inclusiva e emancipatória de forma a estabelecer, dentro desta concepção, a
compreensão para avaliar competências e habilidades, além da auto-avaliação da relação professor-
aluno e aluno-aluno. Para isso, é necessário rever a concepção de aprendizagem e objetivos das
disciplinas e dos programas, tornando a relação entre aluno e professor mais próxima, “quebrando”
certas barreiras existentes.
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Para a melhoria dos serviços hoje oferecidos pela instituição, é necessário que os funcionários
estejam bem informados, devendo haver integração e sintonia entre todos os setores e a Central de
Informações, mantendo-a bem atualizada. Os critérios de seleção de docentes deverão se pautar pela
clareza e objetividade sendo concretizado por processos seletivos e reavaliados constantemente. O
comprometimento de todos com o projeto da Universidade é condição essencial no desempenho de
qualquer função e, na medida do possível, a administração deve adequar o corpo de funcionários a
atividades em que estes se identifiquem, possibilitando trabalho com maior satisfação.
Em suma, a Universidade deve valorizar as formas de participação de todas as categorias para
que sejam amplamente discutidas questões de interesse comum nos seus colegiados, proporcionando
condições para que docentes funcionários e discentes se conheçam melhor e fortaleçam as relações
de confiança entre si, além de possibilitar maior engajamento e envolvimento com o crescimento da
Universidade, melhorando a qualidade do ambiente de vida da Universidade, e, conseqüentemente, da
sociedade.
O investimento em torno da qualificação não passa só pela motivação do docente, mas
também pela dos funcionários de um modo geral, possibilitando a todos os envolvidos, nesse processo,
um plano de cargos e salários, reafirmando assim a preocupação da UNESC com a qualidade de vida
de seus colaboradores. Essa preocupação com o plano de carreira, com certeza, criará perspectivas
futuras, acarretando na melhora dos serviços oferecidos por esta instituição a toda comunidade
acadêmica.
A Universidade por meio de programas, como os oferecidos pela Extensão, concretizará sua
missão, que está bem definida, de forma a vivenciá-la no dia-a-dia das pessoas que nela atuam,
construindo quotidianamente a coerência entre discurso e ação. Deve-se, portanto, atender muito bem
ao público, acolher bem as pessoas, possibilitando que todos os cidadãos, independentes da idade ou
da classe social a que pertençam, se, sintam contemplados com as ações desenvolvidas na e pela
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Universidade. Tais ações contemplam eventos em música, arte, assistência, esporte e lazer, cultura,
educação, pesquisa, integrando estes trabalhos á vida cotidiana da comunidade.
A integração à vida cotidiana da sociedade pressupõe uma Universidade com profundo
respeito à família, considerando-a nas suas mais diversas formas de constituição, pois entende que é o
centro transformador da sociedade. Sociedade esta que privilegia as relações interpessoais, e, neste
contexto, devem estar pautadas no princípio da compreensão, solidariedade, cooperação e
compromisso com o bem comum.
Finalmente, as relações nesta Universidade devem estruturar-se no respeito mútuo,
independentemente de cargos ou titulação, pois cada setor da instituição é uma parte do todo e todas
as ações são fundamentais na construção de uma educação de qualidade que está baseada em
valores humanos essenciais. É necessário que cada integrante seja verdadeiro com os demais,
emitindo opiniões, tecendo críticas ou elogios, e que venham contribuir para o progresso coletivo. A
educação deve ser inclusiva e respeitar, valorizar e reverenciar as diferenças como algo único e
sagrado. Por isso, nossas ações cotidianas deverão ser diversificadas, flexíveis, coerentes com o
sonho de inclusão de todos.
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3 DIAGNÓSTICO
A partir da aprovação do marco referencial, a Diretoria de Graduação da UNESC fez a
indicação de que cada curso deveria iniciar o processo de construção de seu PPP.
A tarefa inicial era de reunir o colegiado do curso e extrair do marco referencial os conceitos
que serviriam de referência para elaboração do diagnóstico. Para tanto, a coordenação do
Departamento de Pedagogia organizou uma séries de reuniões para discutir os conceitos com a
participação de professores e representantes de turma.
Após o “fechamento” dos conceitos, optou-se por organizar uma tabela contendo o categoria
de análise e espaço para responder duas questões básicas: Que fatos, situações e atitudes
prejudicam/ dificultam as ações do Curso de Pedagogia e como aperfeiçoar o Curso de Pedagogia?
Além dessas questões se estabeleceu coletivamente o perfil dos sujeitos que constituem a comunidade
acadêmica do curso bem como a infra-estrutura.
Esta atividade de discussão e registro das respostas foi desenvolvido em todas as fases do
curso de Pedagogia com a participação de todos os acadêmicos e professores.
Posteriormente, a coordenação fez a sistematização eliminando a duplicidade de questões que
apareceram
3.1 Elaboração dos Conceitos que nortearam a Construção do Diagnóstico
Educação
Processo de construção histórico-social do ser humano.
Democracia:
• Participação do povo no governo .
• Participação construtiva
• Poder de tomar decisões e participar das decisões “capacidade” de exercer a cidadania.
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• Democracia participativa
• Democracia representativa
• Democracia está intimamente ligada à questão política e ética (escolhas).
• O PPP tem que ter claro a ética que defende (solidária ou da exclusão).
Autonomia
• Autonomia dos indivíduos sustentada na ética solidária.
• É a capacidade que o homem tem de tomar suas decisões, defender idéias.
• É a plena consciência dos seus atos.
• A autonomia pressupõe o conhecimento.
• Autonomia equivale a autodeterminar-se.
• Autonomia em sala de aula (pesquisa e produção intelectual).
Ética
• Relação com o outro, o local, o regional, o nacional e o planetário.
• Interação Sociedade e Cosmo.
• É a teoria ou reflexão dos comportamentos morais, como também a vivência de um
comportamento.
• A ética pressupõe valores universais tais como: (bem, mal, justiça, liberdade, felicidade, ...).
• A postura do Professor na sala de aula: (ética solidária ou da exclusão).
Liberdade
• É um estado de consciência individual e social.
• Possibilidade de pensar e agir considerando as condições sociais, históricas e culturais.
• Na sala de aula até que ponto nós proporcionamos aos alunos a possibilidade de pensar livre?
Ecologia
• Atitude de consciência do homem em todos os aspectos que envolvem a vida (social,
ambiental e espiritual) em relação ao cosmo.
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Cidadania
• É sentir-se presente na construção da própria história com atitudes éticas e sociais. Não se
adaptando a realidade, mas reagindo, transformando e se inserindo nela como sujeito da
história.
• Além de conceitos sobre direitos e deveres, liberdade para ir e vir, queremos desvendar as
engrenagens que produzem essa cidadania aparente, feita apenas no papel.
• Cidadania é prática, portanto os direitos são construídos na prática. Precisamos tomar
consciência desse processo.
Solidariedade
• É ter consciência de que não estamos no mundo sozinhos. É viabilizar encontros com a
humanidade tão negada e traída e não se acomodar diante dos fatos, a humanização depende
de nós, não podemos fugir desta realidade, mas devemos esclarecer que a mudança é
possível e passa por todos nós.
• Solidariedade e fraternidade não é assistencialismo mas sim uma nova formação de valores
onde se enfatiza troca e união, possibilidades iguais de condições de vida.
• Importante ressaltar o papel da Escola em interação com a sociedade, com os grupos sociais.
• O modelo da globalização é o da competitividade e não da solidariedade. Há solidariedade
quando há resistência a um sistema.
• Até que ponto nós estamos formando para a solidariedade? Solidário com que e para que?
Teoria
• É o conhecimento sistematizado. “A teoria é construída para explicar ou compreender um
fenônemo, um processo ou um conjunto de fenômeno e processos.” (Minayo, 1994).
• Discutir teoria passa por uma discussão de ética. Existe conhecimento sistematizado más que
serve para excluir. Toda teoria tem que ser contextualizada.
Ensino
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• É um processo sistematizado de intervenção na aprendizagem do outro, que toma como
referência a realidade histórico social para reelaboração do conhecimento.
• Que concepções de ensino sustentam a prática pedagógica dos professores do Curso de
Pedagogia?
Metodologia
• Conjunto de ações pedagógicas decorrentes da concepção de ensino-aprendizagem.
Buscamos uma metodologia que negue a passividade, a heteronomia, reprodução do
conhecimento.
• Até que ponto a metodologia de ensino utilizada no Curso de Pedagogia contribui para
produção do conhecimento?
Aprendizagem
• É o processo de apropriação/reelaboração do conhecimento por meio da interação social.
• Até que ponto o Curso de Pedagogia possibilita a produção efetiva do conhecimento?
Avaliação
• É um processo de constatação,reflexão e tomada de decisão na direção da apropriação
reelaboração do conhecimento.
• Até que ponto vivenciamos no Curso de Pedagogia um processo de avaliação que consolida a
produção do conhecimento?
Relação Professor x aluno
• É o processo de interação considerando cooperação ética, solidária, respeito, cumplicidade,
amorosidade e consciência do inacabamento.
• A relação permite a produção efetiva do conhecimento?
Transdisciplinaridade • Diz respeito ao que está ao mesmo tempo entre as disciplinas, através das diferentes
disciplinas e além de toda disciplina. Sua finalidade é a compreensão do mundo, e um dos
imperativos para isso é a unidade do conhecimento.
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• Compreender , analisar e construir postura transdisciplinar capaz de mudar, transformar.
Competência
• Faculdade de mobilizar um conjunto de recursos para solucionar uma série de situações e
problemas. Por ex: Ler.
• Que competências serão consideradas no PPP tendo por base o senso comum?
Habilidade
• Ações humanas que não se automatizam. A habilidade que se busca não é a dos documentos
do MEC.
Neoliberalismo
• Sistema político-econômico que sustenta o capitalismo que atualmente é hegemônico no
mundo globalizado.
• Sistema capitalista socialmente excludente.
• Mercado – Fator determinante.
Conhecimento
• É o resultado (produto/processo) da interação sujeito/objeto, mediatizado pelos condicionantes
sociais histórico e culturais.
• Relações com o conhecimento: Práxis, Conhecimento popular e conhecimento científico.
Informação
• É o que se tem acesso (conhecimento pronto) sem a preocupação com a formação do
conceito (significado).
• O que estamos fazendo em nossas aulas? Informação ou conhecimento?
Sabedoria
• Sentido ético do conhecimento.
Virtualidade
• Conhecimento impessoal.
20
Política
• A consciência do mundo e a consciência de si próprio como ser inacabado, necessitando de
um permanente movimento de busca.
• Articulação do cidadão daquilo que é bom para o coletivo visando o bem, ou seja: participação
e articulação para o bem comum.
21
3.2 Quadro Síntese das Categorias de Análise para Elaboração do Diagnóstico Que fatos, situações e atitudes prejudicam/ dificultam as ações do Curso de Pedagogia?
Como aperfeiçoar o Curso de Pedagogia?
PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM Postura do Professor
• Planos de ensino pronto e não abre espaços para sugestões, opiniões e justificativas de determinadas situações;
• Falta de compromisso de alguns professores com relação ao conteúdo;
• Falta de valorização do esforço dos alunos nos trabalhos em grupo e individual;
• Alguns professores não aceitam e nem respeitam críticas e sugestões sobre suas aulas;
• Falta de conhecimento e clareza dos objetivos que queremos alcançar (professor);
• Falta de “fechamento” dos trabalhos acadêmicos por alguns professores;
• Acúmulo de trabalho que dificulta o trabalho coletivo;
• Ausência de reciclagem de conhecimentos e metodologias;
• Falta de consenso entre professores no que se refere à metodologia (aprende-se que não se deve avaliar através de provas, dando notas, quando o próprio curso ainda está ligado a notas);
• Elaboração de projetos, durante o curso, sem sabermos para quê e fazer por fazer, sem usar na prática;
• Clareza do papel do Professor no processo de aprendizagem;
• Atitudes paternalistas por parte do professor/ aluno.
• Falta de comunicação a não interação entre teoria e prática;
• Falta de integração entre as atividades desenvolvidas pelos professores.
• Preocupação exagerada com a freqüência até o final da aula;
• Abrindo espaços para que os acadêmicos participem efetivamente das tomadas de decisões que se façam necessárias tanto na instituição quanto no curso de pedagogia;
• Trabalhar os valores humanos como: ética, respeito, responsabilidade, humildade e comprometimento para chegar ao bem comum;
• Que os professores possam dar abertura para expor nossas opiniões;
• Troca de experiência; • Vivências fora da sala de aula; • Refletir melhor as próprias atitudes (auto –
avaliação); • Maior dinamismo, consciência maior
conhecimento na área de atuação; • Ter consciência de nos tornarmos
profissionais de qualidade com responsabilidade, compromisso, isto será alcançado através: Palestras, aulas reuniões de conscientização;
• Dando oportunidade para que o aluno se manifeste, e fazer uma contextualização entre o cotidiano do aluno e os conteúdos oferecidos;
• Respeito às opiniões dos alunos; • Os professores devem se modernizar
buscando outras alternativas, colocando em prática os conhecimentos que possuem;
• Promover uma maior interação entre todas as fases e professores do curso juntamente com a coordenação;
• Cultivar a humildade, o respeito; • Sensibilizara comunidade acadêmica para
significado de cidadania. • Maior união entre alunos, professores e
coordenação do curso; • Participação ativa; • Trabalhar atualidades e abolir as apostilas
tradicionais; • Atualização dos professores; • Professores que saibam ouvir, que sejam
compreensivos, simples e amigos;
22
• Colocando nossas idéias e colaborando com os professores;
• Que compreendam as situações dos alunos (que depois de um dia todo de trabalho, estudar não é fácil.);
• Comprometido; • Queremos profissionais competentes
responsáveis, compreensíveis e flexíveis;
Conteúdo:
• Falta um consenso entre os professores quanto aos conteúdos;
• Falta interdisciplinaridade entre os professores;
• Conteúdos não relacionados com a vivência de cada sala;
• O programa de ensino/ conteúdo desvinculado de nossas reais necessidades rever o programa
• Falta de embasamento nos conteúdos; • Poucos estudos sobre os PCNs e
Proposta curricular, no curso; • Conteúdos não atendem as necessidades
dos alunos;
• Que tenha clareza, objetividade e domínio
do conteúdo que será trabalhado; • Que todos tivessem a mesma linguagem
quando se referissem a elaboração de projeto;
• Alguns professores transmitem (enrolam) a matéria de modo repetitivo, nunca inovando sua metodologia, e no final do semestre aplicam trabalhos mal direcionados;
• Rever alguns conteúdos desvinculados da realidade;
• Maior esclarecimento das matérias; • Palestra voltada ao í tem (Ecologia); • Semana de Estudos Pedagógicos
voltadas ao tema (Ecologia); • Abordar o tema: “Ecologia” nas diversas
disciplinas (interdisciplinaridade); • Em todas as disciplinas os professores
trabalharem os problemas ecológicos; • Fortalecer nos ementários de filosofia,
Didática e Psicologia da Educação aspectos relativos ao papel do Professor e do aluno de aprendizagem
• Passeios ecológicos; • Maior interação entre os professores para
que os mesmos discutam os conteúdos e atividades propostas aos alunos;
Metodologia:
• Uso repetitivo e inadequado de determinadas metodologias (retro-projetor);
• Falta de uso da tecnologia no curso, o estudo em uma fase é muito pouco em relação ao que a informática pode nos oferecer;
• Falta de didática de alguns professores.
• Retomada dos trabalhos realizados em
casa; • Atuação direta dos acadêmicos desde as
primeiras fases nos problemas reais existentes nas escolas;
• Aulas dinâmicas; • Atividades práticas em sala de aula; • Oficinas;
23
• Quando a maioria dos professores só trabalham com aulas expositivas e dialogadas;
• Quando as leituras e a linguagem do professor estão muito distantes da realidade do aluno;
• Prática pedagógica em que o aluno seja sujeito do processo ensino-aprendizagem
• Mais saídas de campo; • Viagens de estudo; • Coerência entre teoria e prática; • Troca de experiências. • Debates sobre qualidade de vida; • Maior acesso à tecnologia; • Elaborar com o aluno a avaliação
semestral, métodos, propostas, contribuindo para uma boa relação do grupo;
• Auto-avaliação constante da disciplina e do aluno;
• Realizar ao final do semestre, mesa redonda envolvendo alunos/ professores/ coordenação para realizar a avaliação do semestre antecipando o diagnóstico para o próximo semestre;
• Aulas mais práticas que exigem maior participação e criatividade dos acadêmicos;
• Trabalhos elaborados e discutidos em sala de aula com orientação do professor;
• Que seja dado mais tempo ao acadêmico para realizar as atividades propostas;
• Criar situações que oportunize o desenvolvimento do aluno leitor, pesquisador, criativo, escritor, autor;
Avaliação:
• A não modificação do método de avaliação, ocasionando rendimento não satisfatório. O professor não alcançará seus objetivos;
• Avaliação quantitativa (notas); • Acúmulo de trabalho no final de semestre; • Alguns professores não possuem
consciência da finalidade da avaliação; • Resistência por parte dos alunos em
realizar e refazer as avaliações; • Exagero de atividades de grupo como
instrumento de avaliação. • Quando são muito rígidos na avaliação,
sendo apenas através das provas; • Método de ensino e avaliação utilizado por
alguns professores;
• Encontro de estudos com os professores
de Avaliação para discutir esta temática com os demais professores.
• Que planeje as avaliações durante o processo (semestre)
• Cumprir o estabelecido no Regulamento • Avaliação diagnóstica; • Discussão do tema na formação
continuada dos professores e na “Semana de Estudos Pedagógicos”;
• Diversificar os instrumentos de avaliação (trabalhos em grupo e individual);
• Avaliação da prática pedagógica; • Professores planejarem o cronograma
junto para evitarem acúmulo de trabalhos aos acadêmicos;
24
Estágio:
• Adequar as condições de tempo para a realização de estágio e atividades práticas;
• Quando nos deparamos com situações relacionadas a nossa prática pedagógica que não foram vivenciados;
• Deve acontecer durante o curso todo e não só na 7ª e 8ª fase ;
• Antecipar os estágios para a 5ª fase. • A partir da 4ª fase iniciar a monitoria,
extensão para evitar acúmulos para o final do curso;
• Aplicação dos projetos elaborados em sala, nas escolas, valendo como estágio;
Relação Professor-Aluno:
• Ausência e comprometimento, tanto professor e aluno no decorrer das aulas;
• Autoritarismo de alguns professores e a intolerância por parte de alguns acadêmicos;
• A falta de respeito e limites em relação aluno x aluno e professor x aluno. Falta de motivação, disponibilidade de professores e alunos;
• Falta de interesse e comprometimento de alunos e professores;
• Falta de humildade em reconhecer os limites dos envolvidos no processo;
• O bom relacionamento entre professores, coordenadores, alunos;
• Ter maior cooperação ética, cumplicidade,
compreensão e humildade; • Oportunizando encontros, reuniões com
as turmas, professores e Coordenação. • Trabalho de humanização; • Mais autoridade por parte do professor ao
administrar suas aulas; • Criando e cultivando em melhor
relacionamento (acadêmico x acadêmico/ acadêmico x professor/ acadêmico x departamento / professor x professor);
• Promover uma maior interação entre todas as fases e professores dos cursos juntamente com a coordenação;
• Estimular a integração e o comprometimento dos acadêmicos e professores fazendo com que todos se comprometam e valorizem o curso de pedagogia;
Postura do Aluno:
• Individualismo; • Interesses particulares; • Desunião entre acadêmicos; • Falta de entrosamento entre os
acadêmicos de diferentes fases; • Aparelhos celulares ligados durante as
aulas. • A falta de coragem de assumir momentos
autoavaliativos e de sinceridade diante de problemas com professores e colegas;
• Postura do aluno diante da falta de comprometimento com suas obrigações como acadêmico;
• Poluição sonora (circulação constante de alunos e conversas paralelas);
• Falta de organização em sala de aula: lixo
• Participar das reuniões; • Participar do Fórum dos Estudantes; • Denunciar os casos de bolsas indevidas; • Queremos o acadêmico crítico e
participativo; • Acadêmicos comprometidos com sua
formação; • Conscientização por parte dos
acadêmicos nas interrupções das aulas;
25
no chão e carteiras; • Falta de conhecimento e clareza dos
objetivos que queremos alcançar • Falta de participação efetiva do acadêmico
na sala de aula • Falta de maturidade e responsabilidade de
alguns acadêmicos; • A falta de diálogo, orgulho, inflexibilidade,
impaciência; • Quando não sugere práticas e só apontam
críticas; • Falta de respeito de acadêmicos com
professores;
ÉTICA
• Descompromisso; • A falta de ética profissional por parte de
alguns professores e alunos; • Falta de respeito de alguns acadêmicos
com relação ao professor (saídas constantes das aulas);
• A não consciência de valores como: responsabilidade, aceitação das diferenças individuais, respeito, compreensão e amizade
• Falta de conhecimento/ discussão/ consciência sobre o significado de ética;
• Comentários maldosos que envolvem o curso e a instituição;
• Confusão entre solidariedade e corporativismo.
• Alunos que não estão abertos ao diálogo; • Clareza do papel do aluno no processo de
aprendizagem; • Professores e alunos que não se
comprometem com o objetivo do curso;
• Trabalhar mais os valores humanos ética,
criticidade, criatividade, honestidade, compromisso com o bem comum;
• Desenvolver a conscientização dos acadêmicos para a solidariedade, humanidade através de palestras
• Com interação aluno/ professor/ conteúdo, com diálogo e principalmente respeito;
• Uma maior união de professores e acadêmicos para definir critérios de direitos e deveres;
• Assumir uma postura democrática; • Saber conviver com as diferenças. • Precisa haver espírito de grupo e espaço
para diálogo com todos; • Intensificando a avaliação (acadêmico x
acadêmico/ acadêmicos professor); • Ampliar o programa de humanização. • No primeiro dia de aula proporcionar ao
discente, debates que vão enfatizar o processo de desenvolvimento do plano;
• Esforço renovado dos professores do curso no sentido de motivar, esclarecer ao aluno quanto à função do pedagogo;
PARTICIPAÇÃO/DIÁLOGO:
• Pouca participação dos alunos nos eventos, reuniões, seminários;
• Falta de interesse e comprometimento de alguns acadêmicos e professores ao desenvolvimento do projeto do curso;
• Dificuldade na participação das atividades do C. A;
• Intercâmbio universitário intra e inter
cursos e universidades; • Integração entre as fases/ departamento; • Criando um centro de convivência;
26
INTEGRAÇÃO:
• Desunião entre as fases do curso; • Falta de integração entre as fases do
curso de Pedagogia e outros cursos da Universidade;
• Ausência de cooperação entre professores e alunos, comprometendo a inter-relação;
• Equipe de recursos humanos que faça a
interferência no grupo quando necessário (trabalho de apoio);
• Programa de humanização. • Interação entre todos os acadêmicos de
Pedagogia, resultando em uma melhor formação, onde todos lutam por um curso melhor;
• Mais integração e compromisso em todas as instâncias da instituição;
COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO
• Falta de divulgação dos eventos ocorridos na instituição;
• Falta de comunicação entre os colegas
• Divulgações com antecedência dos
eventos ocorridos na UNESC; • Espaço para publicação de artigos na
revista da UNESC. • Divulgação de trabalhos na Semana
Pedagógica; Oportunizar as acadêmicas espaço para apresentação dos trabalhos realizados durantes as aulas;
EXTENSÃO Cursos/Eventos:
• Falta de interesse de alguns acadêmicos com relação aos cursos promovidos;
• Quando deixamos passar oportunidades de participar de eventos (cursos, seminários, Semana Pedagógica);
• Seminários específicos para o curso de
Pedagogia; • Maior apoio ao curso, acompanhamento e
divulgação de projetos e eventos • Formar grupos de estudos para
aprofundar temas nas áreas de educação; • Incentiva a participação de docentes em
Seminário, Congressos interno e externo; • Feira da Pedagogia com divulgação da
produção do curso; • Projetos de extensão pelos docentes e
acadêmicos do curso revertendo um percentual dos recursos para o departamento;
• Discussão ampla sobre a Profissão/ Professor: avanços, limites, possibilidades;
•
INFRA-ESTRUTURA/ESPAÇO FÍSICO/ LABORATÓRIOS:
• Calçadas com lajotas que dificultam o tráfego;
• Computadores com impressoras; • Cadeiras estofadas, ar condicionado, mais
bebedouro nos corredores, elevador,
27
• Dificuldade para ir ao banheiro dia de chuva;
• Sala de aula ampla; • C.A fora do bloco do curso; • Salas muito quente; • Falta de sanitários no bloco; • Não temos farmácia no Campus; • Armários para guardar os materiais dos
acadêmicos. • Falta de espaço físico para congregar
todos os alunos e professores do curso; • Dificuldade de usar os computadores,
excesso de gente e pouca máquina; • Falta laboratório de informática específico
para o curso • Cadeiras desconfortáveis para o curso
noturno;
quadro branco, um apagador, atualização da biblioteca com mais acervo para melhorar as pesquisas;
• Mural para expor os trabalhos; • Cadeiras e carteiras anatômicas; • Maior nº de equipamentos (vídeos, retro-
projetores, computadores, xerox, televisão para cada sala e aparelho de som);
• Ar condicionado nas salas de aula; • Lajotas alinhadas nos corredores (muitos
acadêmicos viram o pé); • Extintor de incêndio; • Falta de Data Show; • Fazer um planejamento para destino das
verbas do curso, onde representantes do curso possam participar e opinar;
• Um espaço para vivência é reflexão do tema (ecologia) e diretamente da missão da UNESC (para professores e acadêmicos);
DEPARTAMENTO/CURSO/COORDENAÇÃO
• Contradições existentes no currículo; • Mudanças nas questões legais,
curriculares do curso; Insatisfação das alunas sobre a mudança de grade devido ao pouco esclarecimento por parte do departamento;
• A contratação de professores
comprometidos; • Fortalecer os seminários, PPP, colegiado
e incentivar a participação dos alunos em eventos dentro e fora da universidade;
CENTRO ACADÊMICO/REPRESENTANTE DE CURSO
• O presidente do C.A é uma pessoa sobrecarregada devido às várias funções que exerce: trabalho acadêmico e seu trabalho diário;
• Pouca comunicação dos eventos que interessam aos alunos de Pedagogia;
• Não toma posição diante do grupo; • Não possui espírito de liderança; • Falta de aceitação das funções de líder,
acarretando falta de liderança em algumas turmas;
• Um representante de turma que colabore
com a integração e união da mesma; • Recepção para os calouros; • Estar sempre informadas de todos os
eventos extra classe. (turma); • Deixar os acadêmicos mais a par das
situações que ocorrem; • Sabendo escolher os representantes
certos, assim será mais fácil alcançar nossos objetivos durante toda a nossa trajetória;
• O coordenador do C.A, nos repassa informações mais freqüentemente, e também um professor que se colocasse como regente para nos orientar em todos os sentidos;
• Organizar edital com pré inscrição para representantes de turma, podendo ser reeleito. (o cargo do C.A);
• Que o D.C.E promova curso de liderança
28
(relacionamento humano, cidadania etc.); • O C.A organiza Seminário para discussão
sobre “Movimento Estudantil” e outros temas;
29
3.3 Perfil do Pedagogo da UNESC
Que o pedagogo saia consciente do seu papel e que assuma uma postura crítica e
coerente: Pedagogos com: ética; criatividade, responsabilidade; companheirismo (espírito de
grupo); qualificação; humildade; respeito; comprometimento, interessados; atualizados;
dedicados; responsáveis; coerência entre sua teoria e sua prática; criativo que domine a
tecnologia educacional e as metodologias de ensino nas diferentes concepções; sólida formação
teórica e que articula com a prática educativa; produtor de conhecimentos científicos;
comprometido eticamente com a aprendizagem e a formação do cidadão consciente;
comprometido com as escolas públicas, priorizando o acesso e permanência com qualidade;
3.4 Perfil do Acadêmico do Curso de Pedagogia da UNESC
Acadêmicos (as) conscientes do papel a desempenhar enquanto educador. Que
tenham/ sejam:
cumplicidade, espírito de grupo; respeito; responsabilidade,; assiduidade; participação; crítico;
dinâmico; consciente; que saiba resolver as situações conflituosas com maturidade e respeito;
comprometidos com a realidade e dispostos a transformá-la; aluno consciente, que seja capaz
de ir a busca de seus direitos e que saiba respeitar e cumprir seus deveres; que os alunos sejam
conscientes, nas realizações dos trabalhos em grupos, não aceitando aqueles que não se
dedicam por inteiro; profissional que conquiste espaços para poder subsidiar os custos; que seja
empreendedor e realizador de pesquisas que ajudam a melhorar a sua formação;
comprometidos com o curso e com a profissão; abertura para o novo; compreensão de que a
formação continua; participativo, engajado com os movimentos sociais, contextualização com a
30
realidade; criativo, pesquisador, autor (espírito cientifico); sintam-se valorizados e valorizem o
curso e a profissão.
3.5 Perfil do Docente da UNESC
Queremos professores preparados intelectualmente, que procurem se atualizar para
melhor transmitir seus conhecimentos, e aproveitamento maior dos alunos; que se preocupam
com o entendimento do aluno sobre a matéria dada; Igualitário; Coletivo (pensamento); Justo;
Humano; Compreensivos; Flexíveis, atualizados; informados; tolerantes; pacientes; que saibam
trabalhar no coletivo; capacitado dentro de sua disciplina;
3.6 Perfil do Representante dos Alunos (CA) e de Turmas do Curso de Pedagogia
3.6.1 Representantes de turma Que seja comprometida com a defesa do curso, líder: que se posicione nos momentos
de conflito da turma; que seja um mediador entre os acadêmicos, professores e coordenadores
do curso; que represente a idéia do coletivo; promova a integração da turma;
3.6.2 Representante do Centro Acadêmico Que zele e amplie o patrimônio do CA, vinculo de amizade, comunicativo, prestativo;
responsável; batalhador; persistente; crítico; ativo; humano; união entre fases; líderes
3.7 Perfil do Coordenador e Coordenador Adjunto do Curso de Pedagogia da UNESC Que sejam: responsáveis, comprometidos; organizados. integrados com os alunos;
competentes; profissionais; comunicativos; atenciosos, prestativos; preocupados em atender as
necessidades dos acadêmicos; sensatos e acessíveis.
31
4 PROGRAMAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
AÇÕES RESPONSÁVEIS PERÍODO/DATA1. Sensibilizar os acadêmicos para que participem efetivamente das tomadas de
decisões que se façam necessárias tanto na instituição quanto no curso de Pedagogia.
Coordenação e CA Seminário
1º semestre/2004
2. Trabalhar os valores humanos como: ética, respeito, responsabilidade, humildade e comprometimento para formar cidadãos conscientes de seu papel na sociedade.
Professores e acadêmicos Gincana/ jogos/ trote solidário (arrecadação de brinquedos)
Continuamente
3. Os professores devem buscar alternativas para colocar em prática os conhecimentos que possuem.
Coordenação/ CA/Acadêmicos Educação continuada Avaliação permanente
Continuamente
4. Promover uma maior interação entre todas as fases e professores do curso juntamente com a coordenação.
Coordenação/ CA (aula inaugural/ seminário de estágio) Seminário específico
1º e 2º semestre Semestralmente
2º semestre 5. Rever alguns conteúdos desvinculados da realidade. Coordenação/ CA/ Professores
(convocar representantes para RP
Continuamente
6. Fortalecer nos ementários de Filosofia, Didática e Psicologia da Educação aspectos relativos ao papel do Professor e do aluno de aprendizagem.
Coordenação/ CA/ Professores (convocar representantes para RP).
Continuamente
7. Maior interação entre os professores para que os mesmos discutam os conteúdos e atividades propostas aos alunos
Coordenação/ colegiado Continuamente
8. Atuação direta dos acadêmicos desde as primeiras fases nos problemas reais existentes nas escolas e no curso.
Coordenação Voluntariado/ PIC/ Trabalho de pesquisa/
Continuamente
9. Ampliar o número de saídas de campo e viagens de estudo Professores/ coordenação/ acadêmicos
Conforme necessidade
10. Auto-avaliação constante da disciplina e do aluno. Professores/ acadêmicos Continuamente11. Realizar durante o semestre, mesa redonda envolvendo alunos/ professores/
coordenação para realizar a avaliação do semestre antecipando o diagnóstico Coordenação/CA Quando
necessário
32
para o próximo semestre quando necessário. 12. Aulas mais práticas que exigem maior participação e criatividade dos
acadêmicos Professores/ coordenação/ acadêmicos
continuamente
13. Trabalhos elaborados e discutidos em sala de aula com orientação do professor e ampliar o tempo dado ao acadêmico para realizar as atividades propostas; Professores planejarem o cronograma junto para evitarem acúmulo de trabalhos aos acadêmicos.
Professores/acadêmicos Continuamente
14. Criar situações que oportunizem o desenvolvimento do aluno leitor, pesquisador, criativo, escritor, autor
Professores/ acadêmicos/ coordenação PIC/ Pesquisa desenvolvidas nas disciplinas/ Revista de iniciação científica/ Seminário de pesquisa/ seminário interdisciplinar.
Continuamente
15. Encontro de estudos com os professores de Avaliação para discutir esta temática com os demais professores.
Professora Zélia 2º semestre/ 2003
16. Participar das reuniões e do Fórum dos Estudantes CA – Representantes de turmas
continuamente
17. Esforço renovado dos professores do curso no sentido de motivar, esclarecer ao aluno quanto à função do pedagogo e discussão ampla sobre a Profissão/ Professor: , valorização, avanços, limites, possibilidades.
Professores
18. Divulgação com antecedência nos murais os eventos ocorridos na UNESC. Coordenação/ departamento Continuamente 19. Melhorar a produção científica dos docentes (pesquisas, publicação, artigo) Coordenação/ professores Continuamente 20. Manutenção de ventiladores (menos barulhentos), elevador, rampas no
banheiro (Bloco O) para o trânsito de alunos portadores de necessidades especiais.
Coordenação e setores responsáveis.
2º semestre
21. Ampliação do toldo ligando Bloco N e cantina. Coordenação e setores responsáveis
2º semestre
22. Ampliação do acervo bibliográfico. Coordenação e setores responsáveis
2º semestre
23. Cadeiras e carteiras anatômicas Coordenação e setores responsáveis
2º semestre
33
24. Lajotas alinhadas nos corredores. Coordenação e setores responsáveis
2º semestre
25. Extintor de incêndio Coordenação e setores responsáveis
2º semestre
26. Aquisição de Data Show Coordenação e setores responsáveis
2º semestre
27. Um representante de turma que colabore com a integração e união da mesma.
Acadêmicos Continuamente
28. Que o coordenador do C.A nos repasse informações mais freqüentemente, e também um professor que se colocasse como regente para nos orientar em todos os sentidos.
Professores/ acadêmicos e coordenação
2ª semestre
29. O C.A organiza Seminário para discussão sobre “Movimento Estudantil” e outros temas
Centro Acadêmico 1º semestre de 2004
30. Análise dos resultados da avaliação institucional e tomada de decisão. Coordenação/ CA Continuamente 31. Elaboração do manual do TCC e publicação em forma de cadernos de
resumos dos trabalhos de conclusão de curso. Coordenação Continuamente
32. Reelaboração do manual de estágio curricular. Professores de Estágio/ coordenação e representantes de turma
2º semestre de 2003
33. Recepção de calouros CA e 2ª fase Continuamente 34. Despedida dos formandos CA e 7ª fase Continuamente 35. Seminário de socialização da experiência do estágio Acadêmicos/ Estagiários/
Coordenação Continuamente
36. Reestruturação da matriz curricular Colegiado de curso 2º semestre de 2003.
37. Desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita Professores Continuamente 38. Elaboração de projetos de extensão Professores/ acadêmicos Continuamente 39. Elaboração de projetos de pesquisa/ grupos de pesquisa Professores/ acadêmicos Continuamente40. Incentivar a participação dos acadêmicos no Programa de Iniciação Científica Coordenação/ Professores/
acadêmicos Continuamente
41. Elaboração de projetos de cursos de pós-graduação Coordenação/ Professores/acadêmicos
Continuamente
34
42. Educação continuada para os professores do departamento de Pedagogia Coordenação e Diretoria de Desenvolvimento Humano
Continuamente
35
5 METODOLOGIA E CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES PARA ELABORAÇÃO DO PPP DO CURSO DE PEDAGOGIA
DATA PARTICIPANTES ATIVIDADESData: 07/02/2001 Reunião Pedagógica para
Propor discussão do PPP do Curso
Professores
Coordenação
Representantes dos alunos
• Discussão de encaminhamentos . • Sugestão de partida: Levantamento de Conceitos para que se
tivesse uma unidade de pensamento na elaboração do PPP. • Conceitos Levantados:
Cidadania, Solidariedade, ensino, política, liberdade, teoria, avaliação, globalização, aprendizagem, virtualidade, conhecimento, informação, conceito, ecologia, neoliberalismo, transdisciplinariedade, habilidade, competências, metodologia, democracia, autonomia.
• Distribuição de grupos para apresentação dos Conceitos Data:13/02/2001 Reunião Pedagógica
Coordenação Professores Representantes dos alunos
• Apresentação e discussão dos conceitos pelos grupos em lâminas.
Democracia, Autonomia, Ética, Liberdade
Data:24/04/2001 Reunião Pedagógica
Coordenação Professores Representantes dos alunos
• Apresentação e discussão dos conceitos pelos grupos em lâminas.
Democracia (participativa, representativa), Democracia/ Política/ética, Autonomia (sustentada na ética solidária Ética (solidária ou da exclusão) Liberdade Transdisciplinariedade Competência Habilidades Metodologia Neoliberalismo Conhecimento (Relações com o conhecimento popular e científico)
36
Data:05/05/2001 Reunião Pedagógica
Coordenação Professores Representantes dos alunos
• Apresentação e discussão dos conceitos pelos grupos em lâminas.
Conhecimento Informação Ecologia Cidadania Direito Relação de Poder
Data: 02/06/2001 Reunião Pedagógica
Coordenação Professores Representantes dos alunos
• Apresentação e discussão dos conceitos pelos grupos em lâminas.
Solidariedade (Solidariedade/fraternidade) Ensino Política Globalização
Data:11/07/2001 Reunião Pedagógica
Coordenação Professores Representantes dos alunos
• Apresentação e discussão dos conceitos pelos grupos em lâminas.
Teoria Virtualidade
Data:11/08/2001 Reunião Pedagógica
Coordenação Professores Representantes dos alunos
• Apresentação e discussão dos conceitos pelos grupos em lâminas.
Educação Ensino Metodologia Aprendizagem Avaliação Relação Professor-Aluno
37
Data: 29/10 á 14/11/2001 V Semana de Estudos Pedagógicos: “Tematizando o PPP”
Coordenação Professores Todos os alunos Local: SATC Coordenação Professores Alunos Locais salas de aula
• 29/10/2001 Mesa Redonda: PPP nas diferentes redes de ensino com: Profª Adiles Lima (Rede estadual), Profª Giane Rabelo (Rede Municipal) Profª Zélia Medeiros Silveira (UNESC)
• 30/10/2001 – Palestra: Gestão Escolar Palestrante: Prof. Antonio Serafim Pereira.
• 31/10 e 01/112001 Marco Pedagógico e Temas do PPP Coordenação dos trabalhos: Professores do Curso de Pedagogia.
• 14/11/2001 Elaboração do Diagnóstico do PPP Coordenação dos trabalhos: Professores do Curso de Pedagogia.
Janeiro e Fevereiro Secretaria do Departamento • Digitação do Diagnóstico elaborado pelos alunos
Data: 13 à 22/02/2002 Programa de Formação dos Professores Local: SATC Bloco O
Coordenação e Professores 13 e 14/02/2002 – • Tema:Projeto Político Pedagógico • Ministrante MSc Zélia Medeiros Silveira
18/02/2002 • Conferência: Habilidades e Competências em uma Abordagem
Crítica • Palestrante: Drª Acácia Kuehzer
19/02/2002 – • Tema: Diretrizes Curriculares • Ministrantes: Assessores Pedagógicos da Diretoria de Graduação
20 a 22/02/2002 Tema: PPP do Curso
• Elaboração do Diagnóstico pelos Professores da Pedagogia.
38
Data: Fevereiro a agosto de 2002 Discussão e aprovação do diagnóstico
Coordenação • Discussão e aprovação do diagnóstico.
Data: Agosto a dezembro de 2002 Discussão e aprovação da programação.
Coordenação • Discussão e aprovação da programação.
Data: Agosto de 2003 Construção do relatório final do PPP.
Coordenação • Construção do relatório final do PPP.
39
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao finalizar o processo de construção do Projeto Político Pedagógico do curso de Pedagogia,
ainda que momentaneamente, não é uma tarefa fácil. Foram aproximadamente três anos de
permanente discussão sobre as necessidades e possibilidades do curso de Pedagogia ser
aperfeiçoado.
Inicialmente, é elogiável a iniciativa da Reitoria desafiar a todos os cursos de graduação para
elaborarem seus PPP. Pró-Reitoria Acadêmica, Diretoria de graduação e demais segmentos envolvidos
não pouparam esforços para que os PPP fossem efetivamente construídos com a maior participação
possível.
Enquanto coordenação de Departamento, buscamos de todas as formas envolver professores
e coordenação para construção do PPP do Curso de Pedagogia. Acreditamos que o PPP só tem
sentido quando é pensado e assumido coletivamente por todos os sujeitos que participaram de sua
construção.
O entrelaçando de diferentes concepções teórico-práticas foram fundamentais para que os
professores pudessem refletir sobre seu fazer pedagógico. No momento em que fazíamos as
discussões sobre os conceitos que iriam servir de referência para elaboração do diagnóstico, podíamos
perceber a heterogeneidade do grupo de professores que apresentavam posições distintas sobre
aprendizagem, desenvolvimento, metodologia e avaliação. Dava para entender naquele momento
porque apareceriam algumas queixas dos alunos nos relatórios de avaliação institucional.
Entretanto, entendemos que o PPP não pode “anular” a diversidade mas sim utilizá-la como
ponto de partida para que o curso de Pedagogia tenha mais unidade . Isso acabou acontecendo, pois
percebemos que os professores não adotam mais posturas individualizadas, somente aqueles que não
participaram de todo o processo.
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Geralmente, as reuniões aconteciam aos sábados e tínhamos uma participação de
aproximadamente de aproximadamente 80% dos professores o que contribuiu para consolidar
importantes reflexões.
Quanto a participação dos acadêmicos buscamos, em todos os momentos, envolvê-los para
que pudessem participar e se sentissem co-responsáveis pelas reflexões e posições adotadas pela
comunidade do curso de Pedagogia. Portanto, o PPP do curso de Pedagogia da UNESC foi resultado
de um longo processo de discussão que envolveu a participação de todos os segmentos que o
constituem. Esse trabalho possibilitou a discussão de vários elementos que contribuíram para melhorar
a qualidade de ensino do curso. A reflexão sobre o processo ensino-aprendizagem em seus múltiplos
aspectos, o perfil e a infra-estrutura permitiu a tomada de várias decisões importantes.
Realizamos várias atividades que se encontram registradas neste relatório para que o PPP do
curso de Pedagogia fosse o mais próximo do real no sentido de atender as necessidades de todos.
Para que pudéssemos dar conta da programação, realizamos reuniões com a coordenação do
CA e representantes de turmas para eleger as prioridades, definir quem seria o responsável pelo
encaminhamento e o período de execução. Buscamos subsídio para eleger as prioridades da
programação no diagnóstico do PPP e também nos relatório da Comissão de Avaliação Institucional -
COMAVI.
Acreditamos que todo este trabalho de construção do PPP acaba fortalecendo o projeto
pedagógico do curso, melhorando as relações entre as pessoas, a qualidade de ensino bem como
definindo melhor nossa identidade como profissionais da educação.
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REFERÊNCIAS
GANDIN, Danilo. A prática do planejamento participativo. Petrópolis: Vozes, 1995. ______. Planejamento como prática educativa. São Paulo: Loyola, 1994.
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APÊNDICE A
CONCEITOS BÁSICOS DO PPP/UNESC – MARCO REFERENCIAL
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CONCEITOS BÁSICOS DO PPP/UNESC – MARCO REFERENCIAL
Qualidade de ensino implica:
Educação integral Condições estruturais Qualidade de corpo docente Proposta metodológica Sistema de avaliação
Criatividade
É a capacidade de pensar e criar propostas inovadoras para soluções de problemas, conflitos ou como resposta a necessidades a luz dos princípios da UNESC.
Autenticidade:
É a essência da pessoa expressa em ações e posturas. É a originalidade do individuo que se expressa no coletivo.
Disciplinariedade
Domínio profundo do conhecimento em uma especificidade. Multidisciplinariedade
Expressão da percepção de cada área do conhecimento sobre um mesmo objeto de estudo sem haver interação. Interdisciplinariedade
É a inter-relação da percepção das diversas áreas do conhecimento sobre um mesmo objeto de estudo. Transdisciplinariedade
Percepção de cada área do conhecimento sobre um mesmo objeto de estudo incluindo os diferentes níveis de percepção da realidade no sentido da complementaridade abrindo a possibilidade de criação de uma nova lógica, ainda desconhecida.
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Avaliação:
Processo de reflexão e apreensão do desenvolvimento do objeto a ser avaliado considerando o perfil idealizado, possibilitando a tomada de decisões. Deve ser:
Diagnóstica – consideração da realidade do objeto a ser avaliado, deste em relação ao contexto de inserção e em relação aos objetivos propostos.
Processual – valorização de todas as etapas do processo de avaliação considerando-as de forma integrada e complementar.
Emancipatória – visa construção da autonomia frente ao conhecimento e a experiência de vida, considerando a realidade.
Inclusiva – consideração da realidade respeitando, acolhendo e honrando as diferenças individuais.
Ética
Conjunto de atitudes coerentes com a preservação e desenvolvimento da vida em todas as suas dimensões (espiritual, física, mental e social).
Justiça
Compromisso com atitudes equânimes para o desenvolvimento da vida envolvendo prioridades, oportunidades e critérios definidos de forma coletiva e transparente.
Criticidade
Capacidade de analisar e questionar apontando contradições e caminhos, comprometendo-se na busca da superação das dificuldades.
Cooperação
Agir com sinergia, baseado em ações que contemplem a complementaridade de esforços, buscando o bem comum.
Seleção de docentes A UNESC está comprometida com a transformação da sociedade, que passa pelos valores dos profissionais que vão atuar nela e também da lógica que a permeia. Neste sentido, 100% dos
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docentes precisam ser escolhidos por um processo de seleção institucional, guiado pela ética e pela justiça e não por indicação pessoal.
Solidariedade
É ter sensibilidade, disponibilidade e compromisso social, percebendo e interagindo frente às carências e conquistas do outro na construção do bem comum.
Honestidade
Ser verdadeiro e coerente com os princípios éticos, honrando os compromissos.
Competência técnica
Conhecimento e domínio teórico-prático de um determinado saber. É saber construir novos conhecimentos e ter consciência das conseqüências de suas ações no contexto social, econômico, político, cultural e ambiental.
Habilidade profissional
Ter conhecimento da sua especificidade, sabendo utilizar os meios e instrumentos pertinentes a sua profissão, fazendo uso dos mesmos com eficácia e compromisso social.
Ações
Positivas – que promovem o bem comum
Coerentes – prática condizente com o discurso
Diversificadas – proposições diferenciadas para se atingir o objetivo
Flexíveis – que permitem mudanças no processo sem perder de vista os objetivos
Gestão transparente
Dar visibilidade a todas as ações da gestão.
Liberdade de expressão É o direito de manifestar, com ética e responsabilidade, suas idéias, preferências e expectativas, sem sofrer discriminações, preconceitos e retaliações.
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Conhecimento científico e popular
Conhecimento produzido e sistematizado a partir de métodos científicos.
Conhecimento adquirido a partir de experiências do cotidiano e que são transmitidos de geração em geração.
Educação inclusiva
Preocupação com os alunos economicamente carentes e com dificuldades de ordem pessoal...(vide texto).
Comprometimento
É responsabilizar-se e dedicar-se ao projeto da UNESC.