PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DA EMEB JOSÉ … · Histórias 09 anos 05 anos Keilla Fernanda...
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P R E F E I T U R A D E S Ã O B E R N A R D O D O C A M P O
S E C R E T A R I A D E E D U C A Ç Ã O
DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS
DIVISÃO DE ENSINO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
DA
EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO
2017
2
ÍNDICE I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR ................................................03 II - ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016.............................................................................13 III - CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE ESCOLAR .................................26 IV - CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA .....................................................................33 V - ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ...............................................................................................................................49 VI - PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA NO AMBIENE ESCOLAR ............143 VII - PLANO DE AÇÃO ...................................................................................208 VIII - CALENDÁRIO ............................................................................................233 IX - REFERÊNCIAS ...........................................................................................234 X - ANEXOS .......................................................................................................243
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I - IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO
Rua Tiradentes, nº 1893
Bairro Montanhão – São Bernardo do Campo – SP
CEP: 09871-500
Tel.: 4127-5777
e-mail : [email protected]
CIE : 430122
Diretora: Roseli Aparecida Zambrano Xaubet
Coordenadora Pedagógica: Miriam Cristina dos Santos Richert
Orientadora Pedagógica : Lucilene H. Yoshiyasu
Equipe Técnica:
Psicóloga: Rosemeire Foltran
Fonoaudióloga: Denise Silva
Terapeuta Ocupacional: Ana Maria Diniz Canet
Modalidade de Ensino:
Educação Infantil – Escola da Infância – 0 a 03 anos
Período: Integral Horário de funcionamento: das 7h30min às 17h30min Atendimento da Secretaria: das 7h30min às 17h30min
HTPC semanal dos professores:
3ª-feira: das 08h10min às 11h10min
3ª-feira: das 13h50min às 16h50min
4
QUADROS DE HORÁRIOS DA EQUIPE DE GESTÃO
Horário da Diretora Escolar Coordenadora Pedagógica
2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
HORÁRIO
07H30 16H30
09h00 18h00
07H30 16H30
09h00 18h00
07H30 16H30
CARGA HORÁRIA
08h00
08h00
08h00
08h00
08h00
2ª feira 3ª feira 4ª feira 5ª feira 6ª feira
HORÁRIO
08h30 18h00
07h30 17h00
08h30 18h00
07h30 13h30
08h30 18h00
CARGA HORÁRIA
08h30
08h30
08h30
06h00
08h30
5
QUADROS DE ROTINA DA EQUIPE DE GESTÃO
Coordenadora Pedagógica Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Manhã
Planejamento/ Preparação do HTPC
HTPC
Acompanhar HTP
Reunião com Chefias ou Acompanhamento dos Trios
Observação em Sala ou Leituras e acompanhar os professores quanto aos Instrumentos Metodológicos: registros/ planejamentos/ projetos/ relatórios
Tarde
Planejamento D.G. ou Acompanhamento da O.P.
HTPC
Formação Auxiliares de Educação Das 14h / 15h
Flexibilização
Acompanhamento dos Trios
Diretora Período Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Manhã
Planejamento dos HTPCs
HTPC
Acompanhar HTP-
Reunião com Chefias ou Demandas Administrativas – SE
Leituras e estudos
Tarde
Planejamento D.G. ou Acompanhamento da O.P.
HTPC
Acompanhar Projetos da U.E.
Reunião com Chefias ou Demandas Administrativas – SE
Pendências APM/ Conselho de Escola
6
QUADRO DE ORGANIZAÇÃO POR MODALIDADE Período Agrupamento
Turma Professora Auxiliares em
Educação Total de alunos
por turma
Integral
BERÇÁRIO FINAL A Karina Gonçalves Campos Elisangela de Jesus Leite Bonfim
Daniela Maria Martinelli Maria do Rosario de
Paula
12
INFANTIL I A Alessandra I Duarte do Carmo Ana Maria da Silva
Dalila P. S. S. Magalhães Jonatas Sebastião Tenório
18
INFANTIL I B Lilian P. S. D. de Lima Caren Aparecida Martins Perez Stoll
Simone Viana de Araujo Luane Christina Gomes
da Silva Lima
18
INFANTIL I C Mara Cristina Rodrigues de Souza Sueli Azeredo Pautilio de Oliveira
Amanda Andrade Ismael Roberta Araujo Marques
18
INFANTIL I D Keilla Fernanda Ferreira da Motta Adriana Durante Krainer
Fatima de Lourdes Heleno Silva
Célia Regina Tomás
18
INFANTIL II A Thais Caetano Torres Viviane Cristina da silva
Rozinete Maria dos Santos
23
INFANTIL II B Flávia Leina Ferreira Paula Folador Rosa
Leide Gonçalves de Jesus
23
INFANTIL II C Telma Nascimento Vitório Érika Leal Santos Alves
Sidnei Domingos de Lima
23
INFANTIL II D Sussena dos Santos Vieira Denise Grotti
Juliana Souza da Rocha
23
INFANTIL II E
Luciane Aparecida Alves Nunes Sandra Azeredo Pautilho
Fernanda de Souza Almeida
Michele Aparecida Jensen
23
Total de alunos
199
7
COLEGIADOS: APM E CONSELHO DE ESCOLA
CONSELHO DE ESCOLA
FUNÇÃO NOME SEGMENTO
Membro Titular
Roseli Aparecida Zambrano Xaubet Diretor Escolar
Membro Titular
Jaqueline Rafaela Campos de Andrade Araujo
Mãe de aluno
Membro Titular
Fernanda Chiarella Francisco Mãe de aluno
Membro Titular Flávia Leina Ferreira Leite Mãe de aluno
Membro Titular
Weriesmon Nogueira Rodrigues
Pai de aluno
Membro Titular
Simone Viana de Araújo Mãe de aluno
Membro Suplente
Vanda Ferreira Batista Lessa
Responsável/ aluno
Membro Suplente Mariza de Souza Pereira Responsável/ aluno
Membro Titular
Miriam Cristina dos S. Richert
Coordenadora Pedagógica
Membro Titular Paula Folador Rosa Professora
Membro Titular
Sussena dos Santos Vieira Professora
Membro Suplente
Dalila P. S. S. Magalhães Funcionário – Auxiliar em Educação
Membro Suplente
Kelly Novais de Souza Funcionário – Auxiliar de Limpeza
ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES - APM
CONSELHO
DELIBERATIVO
Roseli Aparecida Zambrano Xaubet
Maria Cristina Dijuli Macedo
Weriesmon Nogueira Rodrigues
Fernanda Chiarella Francisco
Ana Lucia de Melo
DIRETORIA
EXECUTIVA
Jaqueline Rafaela Campos de Andrade Araujo
Katarina Hellen Eloy Colovatti
Flávia Leina Ferreira Leite
Francisca Danielly de Carvalho Silva
Paula Folador Rosa
Mara Cristina Rodrigues de Souza Pegorethi
CONSELHO
FISCAL
Débora Cristina Ferreira
Mikaelle Leandro Cruz
Sussena dos Santos Vieira Calefe
8
PROFESSORES TITULARES
Nome
Situação
Funcional
Escolaridade Tempo
na
PMSBC
Tempo
na
Escola
Formação
Básica
Graduação Pós Graduação
Adriana Durante Krainer Estatutária Pedagogia
Psicopedagogia /
Educação
Inclusiva/
Alfabetização e
Letramento
cinco anos
2 meses
Alessandra Imaculada D. do Carmo Estatutária Pedagogia
Ensino de Artes e
Musicalidade na
Educação /
Arte de Contar
Histórias
6 anos 6 anos
Ana Maria da Silva Estatutária Pedagogia 2 ano e 05 meses
2 ano e 02 meses
Caren aparecida Martins Perez Stoll
Estatutária Pedagogia 02 meses
Denise Grotti Estatutária Magistério Pedagogia
Psicopedagogia /
Neuropsicopedag
ogia
22 anos 10 meses
02 meses
Elisangela de Jesus Leite Bonfim Estatutária Pedagogia Arte de Contar
Histórias
02 meses
Erika Leal Santos Alves Estatutária Pedagogia
Educação
Inclusiva /
E.J.A.
10 anos e 06 meses
02 meses
Flávia Leina Ferreira Estatutária Pedagogia
Ensino de Artes e
Musicalidade na
Educação /
Arte de Contar
Histórias
6 anos 6 anos
Karina Gonçalves Campos Estatutária Pedagogia
Ensino de Artes e
Musicalidade na
Educação /
Arte de Contar
Histórias
09 anos 05 anos
Keilla Fernanda Ferreira da Motta Estatutária Pedagogia
Ensino de Artes e
Musicalidade na
Educação /
Arte de Contar
Histórias
6 anos 6 anos
Lilian Pereira S. D. de Lima Estatutária Magistério Pedagogia Arte e
Musicalidade 7 anos 6 anos
Luciane Aparecida Alves Nunes
Estatutária
Magistério Pedagogia
Ensino de Artes e
Musicalidade na
Educação /
Pedagogia
Hospitalar/
Arte de Contar
Histórias
5 anos 4 anos
9
Mara Cristina Rodrigues de Souza Estatutária Magistério Pedagogia Biologia
Educação
Ambiental /
Arte de Contar
Histórias
23 anos 2 anos
Paula Folador Rosa Estatutária Pedagogia
Gestão Escolar /
Psicopedagogia
Clínica e
Institucional
04 anos e 10 meses
2 meses
Sandra Azeredo Pautilio Estatutária Magistério Pedagogia Arte Educação 07 anos e 09 meses
2 meses
Sueli Azeredo Pautilio de Oliveira
Estatutária Magistério Matemática Artes 8 anos 2 anos
Sussena dos Santos Vieira
Estatutária
Pedagogia
Psicopedagogia
Clínica e
Institucional
Ensino das Artes
e Musicalidade na
Educação
6 anos 4 anos
Telma Nascimento Vitório
Estatutária
Magistério Filosofia
Ensino de Artes e
Musicalidade na
Educação /
Arte de Contar
Histórias
7 anos 6 anos
Thais Caetano Torres
Estatutária
Pedagogia
Ensino de Artes e
Musicalidade na
Educação/
Arte de Contar
Histórias
6 anos 6 anos
Viviane Cristina da Silva Estatutária
Magistério Pedagogia Educação Inclusiva/ Ludopedagogia
08 anos e 01 mês
2meses
PROFESSORES SUBSTITUTOS */ PROFESSORES VOLANTES
10
Nome
Situação
funcional
Escolaridade Tempo
na
PMSBC
Tempo
na
escola
Formação
Básica
Graduação Pós-Graduação
Ana Paula Viana de S. Santos
Estatutária Pedagogia Psicologia
Organizacional 06 meses 2 meses
Ednalva Alves da Costa Estatutária
Pedagogia Arte de Contar História
11 anos 10 meses
Luana dos Santos
Giozetti Estatutária
Pedagogia
1 ano e 3
meses
1 ano e 3
meses
Maria Cristina Dijuli
Macedo * Celetista
Magistério
Pedagogia
Ensino de Artes e
Musicalidade na
Educação/
Arte de Contar
Histórias
12 anos 5 anos
Michele Barbosa Cipriano
Estatutária Pedagogia Educação Especial
Deficiência Intelectual
1 ano 2 meses
Sandra Regina da Silva
Pedagogia 06 meses 2 meses
AUXILIARES DE EDUCAÇÃO
11
AUXILIARES TITULARES
Nome
Situação
funcional
Escolaridade Tempo
na
PMSBC
Tempo
na
escola Ensino Médio
Graduação
Pós-
Graduação
Amanda Andrade Ismael Estatutária
Pedagogia 6 anos 3 anos
Célia Regina Tomás Estatutária
Pedagogia
(Cursando) 8 anos 4 anos
Dalila P. S. S. Magalhães Estatutária
Pedagogia 8 anos
3 anos
Daniela Maria Martinelli
Estatutária Educação Física 4 anos e 9
meses
1 ano e
2 meses
Fernanda de Souza Almeida Estatutária
Pedagogia 7 anos
3 anos
Juliana Souza da Rocha Estatutária Desenho Industrial
1 ano e 8
meses
1 ano e
8 meses
Leide Gonçalves de Jesus Estatutária Magistério
3 anos e 1
mês
1 ano e
2 meses
Sidnei Domingos de Lima Estatutária x
18 anos e
1 mês
1 ano e
2 meses
Simone Viana de Araújo Estatutária x
Pedagogia Docência do
Ensino Superior
3 anos e 7
meses
1 ano e
2 meses
Rozinete Maria Dos Santos
Estatutária x
Pedagogia
(Cursando) 06 meses
06
meses
AUXILIARES DE APOIO
Nome Situação
funcional
Escolaridade Tempo na
PMSBC
Tempo na
escola
Ensino
Médio Graduação
Pós-
Graduação
OBS
* Jonatas S. Tenório Estatutário x 4 anos 3 anos
*PERMUTA
2017
Fátima de Lourdes H.Silva Estatutária x
4 anos e 6
meses
1 ano e 2 meses
Luane Christina G. da Silva
Lima Estatutária
Marketing
2 ano e 6
meses 2 anos
Maria do Rosário de Paula Estatutária Pedagogia
3 anos e 11
meses
2 anos 2
meses
Michele Aparecida Jensen Estatutária x
3 anos e 7
meses
1 ano e 2
meses
* Roberta Araújo Marques
Estatutária Pedagogia 4 anos
2 anos *PERMUTA
2017
Maria de Fátima Gomes Estatutária x
1 mês 1 mês Ingressou
em 23/02 /
DEMAIS FUNCIONÁRIOS; DEMAIS SEGMENTOS
12
Nome
Cargo Situação
funcional
Escolaridade Tempo
na
PMSBC
Tempo
na
escola
Ensino
Médio Graduação
Pós-
Graduação
Michele Alves Tonarvo Oficial Administrativo
Estatutária X
9 anos e 6 meses 2 anos
Áurea de Matos S. Soares Aux. Limpeza Celetista
Téc. Enfermagem
10 anos 5 anos
Elisete Albino Jerônimo Aux. Limpeza Celetista X 12 anos 3 anos
Kelly Novais de Souza Aux. Limpeza Celetista X 9 anos 2 anos e 7
meses
Sonia Maria Fernandes Aux. Limpeza Celetista x 11 anos 10 meses
Neusa Mendes de Almeida Aux. Limpeza Celetista Geografia
Ensino de Artes e Musicalidade na Educação
12 anos 6 anos
Marina Pontes da Silva Aux. Limpeza Celetista x 09 anos 05 meses
Maria Aparecida S. da Silva
Zeladora Readaptada
Estatutária X 25 anos 5 anos
Tatiane Sena Santos Cozinheira
Terceirização X Pedagogia (cursando) 1 ano - 02
mês Luzia Rosa de Jesus Santana
Cozinheira Terceirização X
3 anos - 07 meses
Edna Menezes da Silva
Cozinheira Terceirização X 10
MESES Charliete Ferreira Gomes
Cozinheira Terceirização X 02
MESES
13
II – ANÁLISE E REFLEXÃO DAS AVALIAÇÕES REALIZADAS PELA EQUIPE ESCOLAR NO ANO DE 2016
Consideramos importante traçar o Plano de Ação para a comunidade
escolar de forma que este respeite a avaliação da comunidade realizada nos anos
anteriores. Pois entendemos que é este o objetivo principal da avaliação:
reformular, retomar, replanejar e aprimorar os pontos que precisam ser
modificados ou qualificados; sempre em busca de uma prática pedagógica que
ofereça às nossas crianças uma educação de qualidade. Educação de qualidade
esta, que está relacionada ao oferecimento da Escola da Infância, que vê, ouve e
observa os pequenos, mediando sua interação com o meio, de forma planejada,
com o intuito de propiciar o pleno desenvolvimento das qualidades humanas de
nossas crianças.
Abaixo apontamos, em tópicos, os resultados avaliativos feitos por nossa
comunidade.
Quanto à aprendizagem: O trabalho realizado pela escola é bem avaliado
pela comunidade, apontam que as ações desenvolvidas modificaram
positivamente o comportamento e o desenvolvimento geral das crianças,
tais como: desenvolvimento da autonomia; desenvolvimento motor; maior
interação dos filhos com outras crianças e entre os adultos; ampliação do
repertório de brincadeiras; desenvolvimento da comunicação oral, com a
ampliação do repertório; desenvolvimento social, aprendendo a
compartilhar brinquedos e brincadeiras.
Quanto aos docentes: apontam que estes desenvolveram atividades e
conteúdos que modificaram positivamente o comportamento e o
desenvolvimento geral das crianças; demonstraram empenho e dedicação;
são atenciosos quanto ao cuidado com as crianças, atuando sem
discriminação; demonstrando possuir qualificação profissional.
Com relação ao atendimento das demais equipes junto à comunidade:
estes avaliam que o atendimento da secretaria é ótimo, sendo atencioso,
respeitoso e objetivo; quanto à dupla gestora destacam que se sentem
acolhidos e atendidos em suas necessidades e apontam perceber o
empenho e dedicação destas profissionais quanto à educação e bem estar
14
das crianças; o quadro de apoio é avaliado como sendo prestativo,
educado e qualificado em suas ações.
Quanto ao Conselho de Escola e APM: avaliou-se que a atuação do
mesmo foi boa, apresentando resultados positivos e significativos,
principalmente quanto ao exercício da gestão democrática. Os
participantes sentem-se ouvidos, com voz e poder de decisão. No entanto,
ainda são pouquíssimos os participantes efetivos. Nas reuniões mensais
contamos com a presença de 02 a 04 pais. Mas mesmo diante de todas as
dificuldades em envolver um número maior de pais nos colegiados, não
iremos esmorecer, continuaremos convidando, de diferentes formas,
buscando ampliar a participação.
Sobre a comunicação da escola e família: apontam como positivo a
comunicação imediata entre a escola e a família, avisando quando a
criança tem alguma alteração de saúde ou foi vítima de um acidente
ocorrido na escola; validam o uso da agenda como excelente meio de
comunicação diária, sendo a comunicação clara e objetiva.
Sobre os Eventos promovidos aos sábados: a comunidade avaliou que
estes eventos aproximam a família do ambiente escolar e de seus
profissionais; possibilitam o entrosamento entre a família e a escola, bem
como, aproximam as famílias; os eventos foram prazerosos superando as
expectativas. Embora o objetivo desta equipe e suas ações tenham sido
voltados a aumentar o número de famílias participantes nestes eventos,
ressaltamos que esta ainda não é a participação almejada, em 2015
atingimos apenas cerca de 45% dos familiares. Pesquisamos os motivos
da ausência das famílias faltosas e cerca de 50% responderam que
trabalham aos sábados, os demais alegaram compromissos particulares
que os impediram de participar.
As atividades de Estudo do Meio: foram bem avaliados pela
comunidade, sendo apontadas como adequados à faixa etária.
Referente às Reuniões com Pais: a comunidade avaliou que os temas
abordados foram importantes e socializados de forma clara; foram
esclarecedoras e organizadas; que os assuntos discutidos visavam o
desenvolvimento das crianças e seu bem estar. Quanto ao horário,
avaliaram como sendo o melhor horário, sendo este no início do dia, entre
às 7 horas e 8 horas.
15
Com relação à limpeza da escola: a comunidade avalia que a
organização e limpeza dos ambientes da escola são ótima, adequada às
necessidades das crianças.
A alimentação escolar: avaliaram que a aceitação das crianças aos
alimentos foi boa; as necessidades individuais, nos casos de restrições
alimentares foram atendidas, pela S.E.; propicia aos alunos novos hábitos
alimentares, melhorando a aceitação destes diante das saladas, frutas e
legumes; o cardápio é variado e nutritivo; a alimentação é de qualidade.
Sobre os horários de entrada e saída: avaliou-se que o fato da
professora ficar sozinha, por uma hora, tanto na entrada quanto na saída, é
um dificultador; algo que prejudica o devido atendimento às necessidades e
especificidades das crianças ao chegarem e ao deixarem o espaço escolar;
bem como, impossibilita o acolhimento à demanda da família, sendo
impossível conversar com a professora nestes horários, pois sua atenção
está totalmente voltada às necessidades de acolhimento das crianças. Mas
entendem que a demanda é administrativa, sendo o problema estrutural, de
governabilidade da S.E.
Condições estruturais do prédio: a avaliação da comunidade trouxe os
seguintes dados: a escola é bem conservada em boa condição de uso.
Contudo, muitos pais apontam como inadequado a falta do parque externo.
Consideramos fundamental ressaltar, que mesmo estando diante de uma
avaliação positiva, temos clareza dos pontos que precisam ser aprimorados,
sempre em busca de qualificarmos o atendimento oferecido às nossas crianças e
à comunidade.
Continuaremos a investir na divulgação dos sábados letivos, pois este é um
ponto que precisa de investimento, objetivamos ampliar a participação das
famílias nos eventos realizados. Principalmente, contando com o envolvimento do
trio de educadores, no convite de porta, pessoal, lembrando às famílias sobre a
importância de sua participação.
Outro item que precisa ser cuidado anualmente, sendo uma preocupação
constante e diária de todos os educadores desta U.E., refere-se à relação família
e escola, enquanto instrumento pedagógico, enquanto função dos educadores.
Defendemos que cabe aos educadores estarem atentas às relações que estas
estabelecem com as famílias de nossas crianças. Visando de fato uma relação
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parceira e de confiança com os familiares de nossas crianças. Buscando estreitar
as relações entre a escola e as famílias. Preocupados com esta temática este
será um dos temas formativos trabalhados durante este ano letivo, junto aos
auxiliares e professoras.
Também se faz primordial que esta Dupla Gestora acompanhe diariamente
os educadores, acolhendo suas necessidades profissionais e formativas, visando
o aprimoramento do atendimento junto às nossas crianças. Bem como, atentar-se
às relações estabelecidas entre os diferentes segmentos, visando à constituição
de um ambiente harmônico e respeitoso a todos. Buscando, de fato, que a prática
desta U.E. seja permeada pela escola humanizadora.
Desde 2013 esta U.E. utiliza a avaliação dos Indicadores de Qualidade do
MEC, tirando as questões estruturais, que fogem a nossa governabilidade, todas
as 07 Dimensões foram muito bem avaliadas. Indicando-nos que tal instrumento
avaliativo já não responde as nossas necessidades avaliativas. Sendo assim,
ficou acordado com os presentes, na reunião pedagógica de avaliação do mês de
novembro de 2014, que esta U.E. deveria manter a avaliação no formato das
avaliações dos Indicadores de Qualidade, contudo, as questões devem ser
reformuladas. Portanto, para 2015 o desafio era: tendo como parâmetro as 07
dimensões, elaborar questões que atendessem a realidade, as necessidades e os
desafios à práxis pedagógica da escola, tendo em vista que as questões
pleiteadas pelo atual instrumento do MEC, já se encontram concretizadas na
práxis pedagógica desta escola da infância. Contudo, em 2015, devido à ausência
de Reuniões Pedagógicas tal instrumento não foi construído, sendo desafio a ser
alcançado posteriormente.
No ano de 2016 a demanda específica advinda da formação sobre: A Ética
na Escola da Infância e sobre os Direitos das Crianças, fez com que os
documentos de avaliação interna e externa se concentrassem em avaliar se os
objetivos específicos sobre a prática pedagógica ética e respeitosa foram
alcançados.
O instrumento avaliativo tinha por objetivo principal: avaliar o quanto os
diferentes educadores, de todos os segmentos, percebiam na prática coletiva da
escola ter havido crescimento e evolução nas relações estabelecidas, entre os
adultos e as crianças, sendo tais relações permeadas pela ética, respeito e afeto.
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Na avaliação externa os resultados obtidos nas avaliações ressaltaram o
quanto às formações, acompanhamentos e diálogos, reverberaram na prática de
nossos educadores.
Foi com grande alegria que pudemos perceber, na avaliação da
comunidade, que os conteúdos da formação foram percebidos, sentidos e
validados pelas famílias.
Destacaremos abaixo algumas das mensagens deixadas nas avaliações
das famílias:
“ Para 2017, espero que o meu filho seja acolhido e amado do mesmo jeito
que foi neste ano que se encerra. Só tenho palavras de agradecimentos, pelo
modo que ele foi tratado.” Pais do Miguel - Berçário
“Nós fomos muito bem acolhidos no José Roberto Preto no ano de 2016. A
escola superou nossas expectativas. Andamos sempre juntos durante o ano,
escola e professoras. Nós só temos a agradecer e sugerir o mesmo trabalho para
2017.” Pais do Thomás - Berçário
“Eu gostaria de agradecer primeiramente os educadores e a diretora, não
tenho o que reclamar da escola, só a agradecer, que em 2017 continue assim,
sempre todos atenciosos e carinhosos com as crianças.” Mamãe da Yasmin -
Berçário
“Acredito que foi uma excelente escolha matricular meu filho nesta escola,
da qual ouvi comentários muito bons, enquanto pesquisava uma creche para ele.”
Pais do Henrique - Berçário
“Quando na primeira reunião com pais, fui informada que a escola não
negaria colo aos pequenos e que prezavam pela parceria com os pais, aí tive a
certeza de que tudo ficaria bem.” Pais da Clara - Berçário
“A escola, as professoras estão de parabéns, a Manu anda muito
inteligente, cantando as músicas e contando o que faz na escola. Também estão
de parabéns a diretora, a coordenadora, as tias da limpeza e da cozinha. A
escola é um ambiente calmo e alegre para nossas crianças.” Pais da Ana
Emanuelly - Infantil I A
“Espero que em 2017 a escola continue assim, com esta mesma proposta
pedagógica. Com os educadores sempre cuidando bem de nossas crianças. Só
posso dar parabéns para vocês todos e agradecer, por proporcionar dias felizes
para a minha filha, dias que vão ficar sempre na memória dela. Obrigado.” Pais da
Giovanna - Infantil I A
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“Eu estou muito satisfeita com a escola, desde a administração, a moça da
secretaria é extremamente atenciosa, diretora, professoras, limpeza, todos sem
exceção. Meu filho gosta muito de vir à escola e sei que ele é bem tratado.
Continuem assim.” Pais do Guilherme - Infantil I A
“Bom, não tenho muito que falar. O Arthur entrou na escola e desenvolveu
bastante. Gosto muito dos educadores elas são bem prestativas e ele gosta muito
delas. Espero que seja assim todos os anos.” Pais do Arthur - Infantil I B
“Só temos que agradecer a toda equipe desta Unidade Escolar.
Principalmente aos educadores que realizaram um ótimo trabalho com nossas
crianças.” Pais da Laura - Infantil I B
“Estou muito feliz e segura por minha filha estar nesta unidade escolar.
Sinto confiança em todos os profissionais. Muito obrigado.” Pais da Ana - Infantil
I C
“Por enquanto só tenho o que agradecer. Pois minha filha Sofia Emanuelle
aprendeu a falar e a comer bem, ela já está falando de tudo. Obrigado!” Pais da
Sofia Emanuelle - Infantil I C
“Espero que meu pequeno aprenda mais e mais. Estou vendo como ele
evoluiu, está tagarela, ágil e esperto. Muito sucesso para os educadores, elas
merecem, fazem seu trabalho com muito amor.” Pais do Davi - Infantil I C
“Graças a Deus não tenho o que reclamar, tudo foi muito bom. Meu filho
adora a escola, os educadores são ótimas, para mim não tem o que melhorar.”
Pais do Anthony - Infantil I C
“Os eventos que ocorreram na escola foram muito bons. Os educadores
realizaram as atividades com amor e isso faz com que confiemos em enviar
nossos filhos à escola. Que continuem assim. Parabéns a todos.” Pais da Anna -
Infantil I D
“Que continue esse capricho e dedicação. Tudo que é feito com amor
funciona perfeitamente. Parabéns para os educadores e direção.” Mamãe do
Davi Ferreira - Infantil I D
“Eu só tenho a agradecer todos os funcionários da escola, pois o meu filho
Arthur Ferreira se adaptou muito bem. Pelo que vejo, ele se senti muito bem na
escola e gosta dos educadores. Que vocês continuem sempre assim: bons
educadores. Obrigada.” - Mamãe do Arthur Ferreira - Infantil I D
“Nós só temos elogios para o JRP, no ano de 2016 fomos muito bem
acolhidos, superaram nossas expectativas. Que em 2017 vocês permaneçam
19
com a mesma proposta pedagógica e de acolhimento.” Pais da Heloisa – Infantil
I E
“Vocês estão de parabéns. Não tenho o que reclamar, tudo é ótimo, tudo
maravilhoso!” Pais do Lucas - Infantil I E
“Agradeço os educadores da minha filha, pude perceber todo cuidado e
carinho dedicado a minha filha.” - Pais da Alice - Infantil II A
“Que continue assim, pois a gestão da escola está muito boa.” Pais do
Augusto - Infantil II A
“Agradeço a todos os colaboradores da escola, que ajudaram nestes 02
anos, período que minha filha esteve nesta escola. Porque ela se desenvolveu
muito, atingiu todas as nossas expectativas, chegou a superá-las. Um abraço a
todos e muito obrigado pelo carinho que tiveram pela minha filha.” Pais da Beatriz
- Infantil II A
“Não tenho muito que dizer, a escola é uma escola excelente, sempre
correspondeu às necessidades do meu filho. Só me arrependo de não tê-lo
colocado antes, porque o conceito dos professores e da direção é muito bom. Só
tenho que agradecer.” - Pais do Davi - Infantil II A
“Do meu ponto de vista não tem o que melhorar. Os projetos são bons,
meu filho é bem tratado. Quando vou às reuniões adoro as atividades.” Pais do
Enzo - Infantil II A
“Só tenho a agradecer pela dedicação e carinho que os educadores
dedicaram a minha filha, principalmente no período de adaptação. Uma das
coisas que mais gostei foi a participação das famílias, isso é maravilhoso,
Parabenizo a diretora e coordenadora dessa U.E por apoiar e desenvolver os
projetos apresentados pelos educadores.” Pais da Leticia - Infantil II A
“Todos estão de parabéns, foram muito atenciosos, em tudo. Deixaram-me
sempre tranquila. Agradeço aos educadores. Estamos muito satisfeitos com os
resultados e com o desenvolvimento do nosso filho.” Pais do Davi L. - Infantil II B
“Que vocês continuem desenvolvendo este mesmo trabalho, com
competência, responsabilidade e amor no que fazem. Parabéns aos educadores e
gestores pela dedicação com que cuidaram da minha filha. Obrigado.” Pais da
Fernanda - Infantil II B
“Toda a equipe da escola está de parabéns, pelo cuidado e carinho que
tiveram com o Isaac, não só por ele, mas por todas as crianças da escola. Meu
muito obrigado a todos.” Pais do Isaac - Infantil II B
20
“Bom, só tenho a agradecer, a toda equipe dessa Unidade Escolar.
Infelizmente minha filha já está saindo desta escola. Ela teve toda a educação
necessária, um acolhimento excelente. Só tenho a agradecer.” Pais da Isabele -
Infantil II B
“Nesses 2 anos, que minha filha frequentou esta escola, todas suas
necessidades foram supridas, foi uma bela parceria. Fomos sempre bem tratados
e continuem assim, pois esta escola é um belo exemplo de escola que se importa
com as crianças. Bom 2017 a todos.” Pais da Luara - Infantil II B
“Que os profissionais continuem trabalhando com esse carinho e
responsabilidade, estou muito grata e satisfeita com o trabalho dos educadores.”
Pais da Sophia - Infantil II B
“Que continuem sempre assim, respeitando o aluno, pois os pais
necessitam deixar suas crianças em lugares assim: seguros.” Pais do Lorenzzo -
Infantil II C
“Vocês estão superpreparados, não queria tirar a Yasmin desta escola,
nunca”!
Mas ela cresceu e já estou com o coração na mão, pela entrada dela em
outra escola em 2017.” Pais da Yasmin - Infantil II C
“Adorei a escola, meu filho se desenvolveu muito. Hoje ele se tornou um
menino esperto. Obrigado a todos pelo carinho que tiveram com o meu filho
Bruno.
Grata.” Pais do Bruno - Infantil II C
“2016 foi um ano maravilhoso para a Laura. Pude perceber que essa
creche, que seus profissionais são maravilhosos, não mudem! Foi excelente.”
Mamãe da Laura - Infantil II C
“Que 2017 seja um ano maravilhoso para todos. O Isaque vai mudar de
escola, mas o carinho por esta escola vai continuar. Obrigada por tudo.” Pais do
Isaque - Infantil II C
“Que a escola tenha todos os recursos necessários para se tornar cada vez
melhor. A equipe é fantástica” Mamãe do Vitor - Infantil II C
“Apenas sinto muito, porque minha filha não poderá continuar nesta
escola, estando em mãos que tanto aprendi a confiar. Tenho por esta escola e por
todos seus profissionais um profundo respeito e admiração.” Pais da Rafaela -
Infantil II D
21
“Felizmente não tenho nenhuma queixa, pelo contrário só tenho elogios,
aos educadores, até mesmo às substitutas que cuidaram tão bem e com tanto
carinho das nossas crianças. A escola é linda, espaçosa, limpa e para resumir:
adorei tudo! Que pena não poder ficar mais um ano. Parabéns a todos.” Pais do
Arthur - Infantil II D
“Nós só temos a agradecer ao JRP, pelo acolhimento. Nós nos sentimos
parte desta escola. Não temos nenhuma sugestão a acrescentar, somente temos
a dizer que continuem com essa proposta pedagógica afetiva, porque com
certeza foi o que fez toda a diferença.” Pais do Heitor - Infantil II D
“Eu não tenho nada para reclamar. Nesses 02 anos, que meu filho ficou
nesta escola, foi maravilhoso. Meu filho teve muita dificuldade em adaptar-se e
hoje ele ama ir para a escolinha.” Pais do Lucas - Infantil II D
“Agradeço imensamente a atenção de todas os educadores e
coordenadora, foram maravilhosas. A escola sempre realizando projetos que
fazem com que a criança se desenvolva, preocupados com a interação das
famílias. Tudo sempre organizado e pensado para o bem estar das crianças.
Continuem assim, sempre fazendo projetos com a participação das
famílias, isso é muito importante. Muito obrigado.” Pais do Bryan - Infantil II D
“Que o cuidado, a atenção e o respeito continue sendo o foco principal para
com todos. Obrigada por tudo.” Mamãe da Eloisa - Infantil II D
“Que o acolhimento às famílias continue sendo ótimo. Que o amor entre na
frente de qualquer decisão que a professora tome diante da criança. Para 2017,
sugiro que realizem o passeio com a participação dos pais, que convidem os pais
a participarem da rotina e das propostas da escola.” Pais da Mallu - Infantil II D
“Que a escola continue este belo trabalho de acolhimento, aprendizado e
amor pelas crianças. Vou sentir saudades desta escola, onde minha filha fez os
primeiros contatos com a professoras, educadores e demais profissionais, que
ajudaram em seu crescimento.” Pais da Gabriela - Infantil II D
As mensagens, acima, explicitam o quanto foi perceptível aos pais, sobre:
A preocupação que esta equipe escolar tem em construir a parceria entre
as famílias e a escola;
A relação de afeto inerente ao trabalho do educador de crianças pequenas;
A relação de respeito às necessidades das crianças;
Que a escola se preocupa em acolher as famílias e as crianças;
Que o espaço escolar é alegre.
22
Que os projetos pedagógicos são de qualidade.
Sendo assim, esta D.G. pode perceber, diante das avaliações da
comunidade o quanto as diversas formações deste ano, reverberaram na prática
dos educadores, sendo apontadas pelas famílias como: acolhedoras, carinhosas,
respeitosas, responsáveis, prestativas, atenciosas, dedicadas e afetivas.
As avaliações da comunidade, dos pais e responsáveis explicitaram:
A preocupação que esta equipe escolar tem em construir a parceria
entre as famílias e a escola;
A relação de afeto inerente ao trabalho do educador de crianças
pequenas;
A relação de respeito às necessidades das crianças;
Que a escola se preocupa em acolher as famílias e as crianças;
Que o espaço escolar é alegre.
Que os projetos pedagógicos são de qualidade.
Sendo assim, percebemos, nas avaliações da comunidade, que os pais
percebem e qualificam nossos educadores como sendo: acolhedoras,
carinhosas, respeitosas, responsáveis, prestativas, atenciosas, dedicadas e
afetivas.
Nas avaliações internas obtivemos os seguintes resultados:
Que foi notário a qualificação das relações estabelecidas entre os
adultos e as crianças; sendo estas respeitosas, afetivas e éticas.
Que o choro da criança é respeitado, sendo entendido como
manifestação comunicativa. Que os adultos compreendem que o
choro das crianças devem ser acolhidos, com o intuito de
entendermos seu significado e assim auxiliarmos as crianças em
suas dificuldades e necessidades.
Que houve também qualificação nas relações estabelecidas entre os
diferentes adultos dos diferentes segmentos.
Que os diferentes educadores entendem que o respeito aos direitos
das crianças é imperativo, que não há qualidade do trabalho
docente se não houver respeito nas relações que o
professor/educador estabelece com todas as crianças;
23
Que as práticas inadequadas junto às crianças não são permitidas
nesta U.E, que nesta Escola da Infância, não permitimos que
nossos adultos: gritem, segreguem, amedrontem, ameacem,
ofendam, castiguem ou humilhem nossas crianças.
Que é um consenso do grupo, que todos devam zelar pelos direitos
de todas as crianças, que todos os segmentos são responsáveis por
manter e garantir às nossas crianças um ambiente educacional
respeitoso e ético. Que mesmo sendo difícil, é dever de todos
intervir junto aos demais educadores quando as ações destes
desrespeitam a premissa de resguardarmos todos os direitos das
crianças. Que num ambiente ético coletivo todos devem ser
responsáveis, que independente da nossa função – do poder
correlato as nossas funções – Todos somos responsáveis pelo bem
maior - “Pela prática pedagógica ética e respeitosa junto às
crianças”.
Quanto à máxima do trabalho pedagógico de 0 a 03 anos, ser a
prática docente compartilhada, todos entendem que esta é a
prática exigida no trabalho específico das creches; todos validaram
que o diálogo e o respeito entre os educadores é fundamental.
Validaram, que embora seja difícil é possível, desde que, todos os
adultos envolvidos, sejam abertos ao diálogo, e respeitem às
diferenças existentes entre os educadores do trio ou quarteto; que
por meio das relações respeitosas e dialógicas os educadores são
capazes de estabelecer a docência compartilhada, revendo e
reajustando os planejamentos e as ações educativas, sempre que
se faz necessário. Que tais alterações e modificações deverão ser
frutos dos diálogos entre os educadores.
Que é dever da D.G. acompanhar todos os trios ou quartetos de
educadores, com o intuito de garantir a prática pedagógica que
respeita e garante todos os direitos das crianças. Direito afetivos,
cognitivos, sociais e físicos.
24
Caberá à D.G., ter como desafio para o ano de 2017, dar continuidade ao
acompanhamento próximo, junto a todas os educadores dos trios e quartetos,
bem como, instigar os novos educadores que adentraram na U.E. Pois como já
mencionado, pós-remoção tivemos em nosso quadro docente cerca de 50% de
professores ingressantes.
O ingresso de novos professores exige da gestão atenção redobrada,
quanto aos momentos formativos. Pois haverá a necessidade de continuar a
formação de 2016, com parte do grupo, enquanto com a outra metade dos
docentes a formação precisará, primeiramente, ser apresentada, para que em
seguida possam ser parceiros que nos auxiliam e nos acompanham, junto a
temática da escola e prática pedagógica ética.
A continuidade desta formação, aos ingressantes, mais da metade do
grupo docente, precisará acima de tudo, destacar aos professores que: os
princípios que regem esta U.E. são:
o valor do afeto nas relações que estabelecemos com crianças tão
pequenas;
que na prática pedagógica junto aos pequeninos, lhes deixamos
marcas importantes, que reverberaram na construção e definição de
suas personalidades;
que é nosso dever resguardar e respeitar todos os direitos das
crianças;
a importância de a ética nos reger, nas relações que estabelecemos
com nossas crianças, com seus familiares e entre nos educadores;
o dever de fazermos desta escola da infância um espaço de
aprendizagens, permeadas pela alegria e pela humanidade.
Que esta escola da Infância, entende e buscará priorizar, ano a ano,
a manutenção das relações éticas que estabelecemos com as
nossas crianças, possibilitando-lhes num espaço ético, afetivo e
alegre desenvolverem todo seu potencial humano.
que é exatamente o trabalho ético e respeitoso que desenvolvemos
junto a todas as nossas crianças, o indicador de fato da qualidade
da nossa prática escolar. Não há qualidade em nosso trabalho se os
princípios dos direitos fundamentais das crianças não forem
diariamente vivenciados por toda equipe escolar.
25
Todos estes temas e formações são entendidos, por esta equipe, como
sendo de necessidade formativa contínua. Ano a ano precisamos revisitar nossas
práticas pedagógicas e nossas ações junto as crianças, embasados pela ética e
respeito.
Identificar o problema na prática docente é dever da gestão. Cabendo-lhe
ressaltar a todos os educadores, dos diferentes segmentos, o dever individual, de
desenvolvermos uma prática docente, uma prática profissional, regidas sob a
ética institucional, ou seja, a ética que está pelo bem e a bem de um coletivo.
Fruto da avaliação também temos outras duas preocupações: como
aprimorarmos nosso fazer pedagógico, as relações com as famílias e com as
crianças e entre as crianças, diante da presença das mordidas como
manifestação comunicativa e ou exploratória. Este tema formativo esta
devidamente ressaltado em nosso PPP, no capítulo próprio sobre mordidas entre
as crianças de 0 a 03 anos.
Também constou em nossa avaliação 2016 que o atendimento
diferenciado, junto às crianças com problemas de alimentação e junto aos seus
familiares deve ser mantido e aprimorado, buscando contribuirmos quanto a
qualidade alimentar destas crianças e famílias. Este tema formativo esta
devidamente ressaltado em nosso PPP, no capítulo próprio sobre os cuidados
desta U.E. junto à alimentação de nossas crianças.
26
III - CARACTERIZAÇÃO COMUNIDADE ESCOLAR
A escola foi inaugurada no final de 2008 e iniciou seu atendimento em abril de
2009. Representa uma importante conquista para a região, fruto da luta dos
munícipes pela ampliação de vagas para educação infantil, de 0 a 3 anos, de
período integral, sobretudo para as famílias trabalhadoras.
Foi construída dentro do terreno do antigo Clube da Volks, que foi
desativado. O terreno consta também como uma extensa área verde, de mata
fechada, próxima ao estacionamento desta U.E. Área verde esta que embeleza o
entorno.
Os funcionários da escola e os membros do Conselho de Escola, que
moram no entorno, nos ajudam na escrita do texto sobre a caracterização da
comunidade, socializando suas observações sobre o local onde vivem,
conflitando-as com o texto do PPP, ano a ano aprimoram a escrita do mesmo,
durante as primeiras reuniões de Conselho de Escola.
Apontam que esta região é formada por bairros populosos, cheios de
desigualdades sociais, culturais e econômicas. Havendo contraste entre os
moradores dos condomínios e do morro. Em geral os moradores dos condomínios
participam da economia formal, com empregos mais estáveis, o que lhes
possibilitam serem proprietários dos seus apartamentos e custearem o
condomínio, obtendo razoáveis condições de vida. Já, os moradores dos morros,
em sua grande maioria, vivem em moradias com condições precárias, sem a
devida infraestrutura e sobrevivem, na grande maioria, da economia informal.
Contamos com 2 equipamentos públicos de saúde: UBS do Jardim Leblon
e a UBS do Ferrazópolis. Sendo que nossa parceira, nas dificuldades que
encontramos com relação aos problemas de saúde de nossas crianças é a UBS
do Jardim Leblon. Tal UBS mostra-se disponível, atendendo as necessidades das
crianças, das famílias e dos educadores; sempre, que estas surgem.
A parceria com a UBS vem se fortalecendo diante do Programa Saúde
Educação (PSE), estreitando-se as relações entre a escola e a UBS, na figura do
gerente da UBS. Temos construído uma relação de parceria, principalmente, no
que se refere ao trabalho realizado junto às famílias das crianças com
dificuldades na alimentação. Realizando quando necessário “encontros” entre as
famílias e a saúde.
27
Nossa U.E. já se encontra desenvolvendo atividades que vão ao encontro
aos objetivos centrais do PSE, sendo eles: alimentação saudável, cultura de paz e
respeito às diferenças.
A alimentação saudável é uma das vertentes de nosso projeto coletivo:
Plantios alternativos.
O respeito às diferenças é uma premissa desta U.E. que concebe como
sinônimo de qualidade educacional o atendimento a todos, mediante suas
especificidades e necessidades.
Quanto ao tema cultura de paz, temos como parceiros o Centro de
Referência e Apoio À Mulher Márcia Dangremon. Sempre que necessário
fazemos contato com a equipe deste centro e orientamos as famílias a buscarem
auxílio e atendimento no referido centro.
Outro parceiro desta U.E. é o Corpo de Bombeiros, que nos atende
prontamente, diante dos casos de emergências, enviando socorro em poucos
minutos, oferecendo um atendimento de qualidade às nossas crianças.
A região é formada por 3 grandes bairros: Ferrazópolis, Santa Terezinha e
Montanhão. Cada um desses grandes bairros é subdividido em vilas. Ao fundo e à
esquerda, a escola está próxima ao bairro Montanhão, ao qual pertence. Neste
bairro, fica a vila mais populosa da região, a Vila São Pedro: uma grande área de
ocupação desordenada no morro, que aos poucos foi se tornando urbanizada.
Também pertencem ao Bairro Montanhão a Vila Pedreira e a Vila Esperança, com
as mesmas características de ocupação.
Do lado direito da escola fica o bairro Santa Terezinha, contendo a Vila do
Tanque e o Jardim Irajá, e também contendo grandes condomínios (Tiradentes,
Espanha, Garden) que são os vizinhos mais próximos da escola. Do mesmo lado,
um pouco mais adiante, fica a região comercial que ocupa a Rua Tiradentes até a
Praça dos Bombeiros, com diversas lojas comerciais e serviços.
Acima da rua da escola, do lado esquerdo, fica o Bairro Ferrazópolis, do
qual fazem parte, entre outros, o Jardim Leblon e o Jardim Limpão.
Com essas características de vizinhanças, a escola situa-se isolada dos
seus usuários, tendo como vizinhança mais próxima apenas os moradores e
usuários que residem nos condomínios próximos à escola, tendo pouquíssimas
residências térreas ao redor do prédio da unidade escolar.
28
O terreno onde a escola está situada fica entre os referidos bairros, mas de
certo modo distante destes, estando cercado pelo vasto terreno do antigo clube
da Volks, o que obriga muitas famílias a utilizarem o transporte escolar privado.
A avenida em que a escola está situada tem um grande fluxo de carros,
principalmente nos horários de entrada e saída das crianças. O portão de entrada
e saída da escola, encontra-se nesta rua movimentada, mas não temos como
alterar tal realidade. O que está ao nosso alcance e abrir o portão à comunidade
antes do horário, para que estes aguardem na área externa da escola, em frente
à secretaria. Desta forma evitamos um número grande de adultos e crianças na
calçada.
Com a mudança da modalidade de ensino, da escola vizinha, melhorou
muito a chegada e a saída dos pais motorizados, que antes não encontravam
local para estacionarem os carros, devido ao grande número de ônibus escolares
que traziam e retiravam as crianças do ensino fundamental.
No ano de 2010 a comunidade escolar, juntamente com os Colegiados da
APM e do Conselho de Escola, investiram com sucesso em inúmeros esforços
para obter a devida sinalização de trânsito, colocação de lombadas, e outras
necessidades, objetivando minimamente, garantir a segurança dos usuários nos
momentos de entrada e saída das crianças.
Com relação ao transporte coletivo a comunidade aponta que o bairro não
é devidamente atendido; sendo poucas as linhas de ônibus para a quantidade de
moradores/usuários.
Linha de ônibus 02 Taboão/ Jd. Irajá, seu último ponto de acesso à escola
é distante, cerca de, 03 quarteirões.
Linha de ônibus 01 Taboão/ Vila Esperança; com poucos ônibus nesta
linha.
Linha de ônibus 54 – Paço – ônibus circular
Faz-se importante relatar que após a inauguração dos CEUs: Regina
Rocco casa I e casa II, a lista de espera desta U.E. ficou muito menor, mas
mesmo assim ainda temos uma lista de espera, que denota o não atendimento à
demanda da região, quanto ao oferecimento da Educação Infantil de 0 a 03 anos,
principalmente das turmas de Berçário final, já faz 03 anos que atendemos 15
crianças, ao invés de 12, devido aos mandados judiciais que temos que atender.
Neste ano de 2017, ao contrário dos anos anteriores, iniciamos a turminha do
Berçário com 12 alunos apenas.
29
Outro fato importante de ser ressaltado, é que algumas famílias solicitavam
a diminuição da carga horária das crianças, considerando muito extenso o
período que estas ficam na escola. Percebemos que tais solicitações vêm de
famílias que trabalham meio período, ou em horários reduzidos, ou até mesmo
autônomos que desenvolvem suas atividades em casa, e que gostariam de ter a
opção do atendimento em meio período, ou até mesmo que os filhos saíssem
entre às 14h e 15 horas. Alguns pais chegam o optar por desistirem da vaga,
diante do não atendimento a esta solicitação. Desta forma no ano de 2013, no
período de inscrição consideramos importante fazer um levantamento, junto aos
pais, sobre suas necessidades e reivindicações, correlatas à jornada de
atendimento, mapeando a verdadeira necessidade desta comunidade. O
resultado foi praticamente unânime, a clientela a ser atendida em 2014 precisava
da jornada atual de atendimento, não reivindicando o meio período. Diante do
fato, hoje, temos certeza que estamos atendendo a efetiva demanda da
comunidade, que a solicitação do meio período foi específica de um determinado
ano, de determinadas famílias. Nos anos de 2014 e 2015 ao realizarmos as
inscrições não tivemos solicitações para turmas de meio período, a demanda
continuou a ser pelo período integral.
Nos anos seguintes a demanda continuou a ser pelo período integral, são
esporádicos os pais que nos procuram desejosos pelo meio período; poucos
desistem da inscrição diante da informação que só atendemos em período
integral. Em 2014, buscando atender melhor as expectativas das famílias, bem
como atender as necessidades formativas apresentadas pelos educadores,
iniciamos estudos e discussões, que buscavam verificar se era possível delimitar
os papeis dos educadores e dos pais de forma sistematiza, pois era esta a
necessidade verbalizada pelos educadores.
Após alguns encontros formativos a equipe validou que nesta faixa etária,
em que a tríade educar/brincar/cuidar é indivisível, torna-se impossível aferir uma
lista de ações que caberiam à família e outra que caberiam à escola. Concluiu-se
que nesta faixa etária, o que se diferencia é o grau de responsabilidade ou de
envolvimento dos adultos com os direitos da criança, sendo que ambas as
instituições: família e escola, precisam assegurar o cumprimento destes direitos,
assumindo seus diferentes deveres, no âmbito escolar e familiar.
30
A dupla gestora e a equipe docente avaliaram, desde 2013, que outro
assunto formativo a ser discutido com os pais ingressantes, dizia respeito às
mordidas. Nossa prática até 2013 era trazer o assunto como formação na reunião
com pais em abril, contudo, enfrentamos o estranhamento dos pais, frente às
primeiras mordidas, que antecediam a 2ª reunião, no mês de abril. Estranhamento
este, que implicou na realização de inúmeros atendimentos individuais aos pais,
para o esclarecimento das dúvidas. Avaliou-se que quanto mais cedo
apresentássemos as questões sobre as mordidas, menor seria o estranhamento
e, por conseguinte, menor seria o conflito estabelecido entre as famílias e a
escola. Sendo assim, foi planejado e efetivado que em 2015 as mordidas
deveriam ser assunto formativo já na 1ª reunião com pais, em fevereiro, cabendo
à D.G. sua condução. No final de 2015 o planejado foi adentrar no tema
mordidas, já na apresentação da escola aos pais novos, no mês de dezembro,
dando ênfase ao fato de que neste contexto escolar coletivo, tendo agrupamentos
com crianças de uma mesma faixa etária, que têm a manifestação da mordida
como um meio de explorar o mundo e de se comunicar, torna-se impossível
impedi-las. Ressaltamos que mesmo entendo tal manifestação como forma
exploratória ou meio comunicativo, todo planejamento didático tem por objetivo
minimizar as ocorrências, mas não poderemos nunca evita-las por completo, pois
estas surgem inesperadamente, sem aviso prévio, ficando impossível, mesmo
quando o educador está ao lado da criança, evitar a mordida.
A partir do ano de 2016, optamos por realizar as reuniões com os pais
novos, dos alunos matriculados para 2017, no mês de dezembro, mas não mais
no coletivo, uma única reunião, mas sim em pequenos agrupamentos. Ao todo
realizamos 05 encontros, entre 20 a 25 pais por turma; intencionando dar mais
voz aos “novatos”, possibilitando-lhes expor suas angústias e ansiedades. Bem
como, apresentar-lhes o nosso maior desafio, quanto à parceria com as famílias:
as ocorrências de mordidas.
A presença dos pais foi significativa, menos de 05% dos pais novatos
faltaram. Atingimos nosso objetivo, percebemos que por meio dos encontros e
não mais no formato de reunião, conseguimos dialogar com os pais sobre suas
maiores preocupações, sendo estas: alimentação, período de adaptação,
acolhimento ao choro, retirada das fraldas, etc.
Nossos encontros foram encerrados com os diálogos sobre os possíveis
conflitos que existirão entre as crianças, sendo que muitos destes conflitos
31
representarão: arranhões, puxões de cabelo, empurrões e mordidas entre as
crianças; bem como, sendo estes os desencadeadores dos primeiros conflitos
entre a família e a escola.
Nosso objetivo foi destacarmos que entendemos os sentimentos que tais
machucados geram aos pais e também nos sensibilizamos com a ocorrência
destes. Mas que no espaço coletivo, estando todas as crianças numa mesma fase
de desenvolvimento, não há como acordarmos com os pais que seus filhos não
se comunicarão por meio da mordida, ou não receberão mordidas no decorrer do
ano letivo.
Destacamos aos pais que é justamente nesta faixa etária, em que o
desenvolvimento social está em seu início, em sua forma rudimentar, que seus
filhos, ao serem inserido no contexto escolar, estarão expostos também, às
primeiras normas e exigências sociais: rotinas, combinados, dividir a atenção dos
adultos, dividir os espaços e brinquedos com os coleguinhas; exigências estas
que causarão maior ou menor tensão, nas diferentes crianças, tensões estas que
serão por vezes externalizadas pela mordida. Que todas estas exigências
ocorrerão num momento em que a maioria deles estão no início de seu
desenvolvimento oral, nos primórdios da oralidade. Portanto, ainda não se
comunicam pela fala, sendo assim os pequenos encontrarão outras maneiras
para expressarem seus desagravos e suas dificuldades, se comunicando: pelo
choro, com gritos ou agredindo o coleguinha.
O contexto educacional, aprendente e coletivo, natural à faixa etária e ao
desenvolvimento infantil, são os propulsores das ocorrências de mordidas nas
Instituições Educacionais, entre os pequenos.
Também tivemos o cuidado de expor aos pais que embora seja natural a
ocorrência da mordida no ambiente da creche, esta equipe desenvolve práticas
pedagógicas que visam minimizar as ocorrências e recorrências, mas que,
mesmo desempenhando estas práticas não impediremos que as mordidas e suas
recorrências ocorram.
Objetivamos para 2017, pós estes 05 encontros, minimizarmos o nº e o
grau de conflitos entre as famílias e a escola, desencadeados pela ocorrência de
mordidas recorrentes.
Para concluirmos, considerar relevante apontarmos que, esta equipe de
educadores objetiva, ano a ano, estabelecer uma verdadeira parceria com as
famílias, portanto, entendemos que para atingirmos tais objetivos precisamos:
32
Que todos os educadores se atentem às relações que estabelecem
com os pais e responsáveis, realizando atendimentos específicos
com os pais, sempre que estes se fizerem necessários. Cabendo a
intervenção da dupla gestora quando uma das partes julgar
importante: pais, responsáveis, trio de educadores ou diante da
avaliação da dupla gestora.
Que todos os educadores entendam que a relação com a família é
instrumento pedagógico, cabendo aos educadores terem um olhar
atento às relações que se estabelecem, entre a família e a escola,
investindo sempre em seu aprimoramento, respeitando as
especificidades de cada família.
Que todo atendimento realizado à comunidade deverá ser regido
pelo respeito, acolhendo à diversidade, sem julgamento de valores.
Somente neste contexto respeitoso, acreditamos ser possível
estabelecer, de fato, uma relação parceira com nossa comunidade.
33
IV – CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA Faz-se importante ressaltar que no ano de 2012 realizamos nos horários de
HTPC e Reuniões Pedagógicas, estudos sobre a Concepção Teórica: Sócio
Histórico Cultural, buscando por conhecimentos que nos apontassem quais os
conceitos e princípios que alicerçam a Escola da Infância de 0 a 03 anos.
A D.G. desenvolveu junto ao grupo formação por meio dos estudos em
subgrupos. Organizamos 03 subgrupos que tinham as seguintes tarefas:
O 1º grupo deveria estudar os conceitos da escola da infância,
respondendo a questão: Que é a criança de 0 a 03 anos e como esta
aprende?
O 2º grupo deveria estudar os conceitos da escola da infância,
respondendo a questão: Qual o papel do professor de crianças de 0 a 03
anos?
O 3º grupo deveria estudar os conceitos da escola da infância,
respondendo a questão: Qual o papel da escola de crianças de 0 a 03
anos?
Abaixo, encontram-se os princípios e conceitos estudados na referida
formação, que buscam sustentar a prática pedagógica da Escola da Infância.
Uma prática sustentada pela teoria sócio histórico cultural.
CONCEITOS TEÓRICOS QUE EMBASAM A ESCOLA DA INFÂNCIA
A teoria que embasa os conceitos da Escola da Infância é a teoria sócio
histórico cultural. Essa corrente pedagógica tem como pressuposto que todo
sujeito constrói seu conhecimento a partir da interação com outros sujeitos e com
o meio físico e social no qual está inserido, sendo entendido como um ser único,
em sua globalidade: ser físico, social, cognitivo e afetivo.
Deste modo, a ação educativa deve se preocupar com a qualidade das
interações que são produzidas na escola, pois delas derivam o conhecimento que
a criança irá construir sobre si mesma e sobre o mundo. Os educadores têm o
papel de mediar estas interações organizando as propostas e o ambiente
34
educativo para que seja rico de trocas afetivas, cognitivas e motoras, e assim
possibilitem o desenvolvimento integral da criança.
“A concepção interacionista considera que os dois fatores,
biológico e social, não podem ser dissociados e
influenciam-se mutuamente, existindo uma reciprocidade
de influências entre o indivíduo e o meio. Ela vê a
aquisição de conhecimentos como um processo de
construção lenta e gradual que se inicia com o nascimento
e continua por toda a vida.” (São Bernardo do Campo,
1992, p. 27)
QUEM É A CRIANÇA PEQUENINA, DE 0 A 03 ANOS E COMO ESTA APRENDE
– À LUZ DA TEORIA SÓCIO HISTÓRICO CULTURAL
A criança é definida como sendo um sujeito que a cada fase de seu
desenvolvimento, adquire meios de intervir de forma competente no seu mundo e
em si mesma, sendo sujeito ativo de seu próprio desenvolvimento. Um
desenvolvimento não linear, mas sim evolutivo e revolucionário.
Para o interacionismo não é o desenvolvimento que possibilita a
aprendizagem, e sim o contrário. São as aprendizagens construídas pela criança
que instigam o seu desenvolvimento psicológico.
O percurso de desenvolvimento do ser humano é, em parte,
definido pelos processos de maturação do organismo
individual, pertencente à espécie humana, mas é a
aprendizagem que possibilita o despertar de processos
internos de desenvolvimento que, se não fosse o contato do
indivíduo com um determinado ambiente cultural, não
ocorreriam. (Oliveira, 1998, p. 56)
Segundo o interacionismo o organismo humano tem alto grau de
plasticidade, sofrendo influência dos fatores externos; o desenvolvimento
35
biológico se dá dialeticamente, na relação do homem com seu contexto histórico
social.
Para sócio-interacionismo, a aprendizagem, ensino e
desenvolvimento são processos distintos que interagem
dialeticamente. Eles não existem de forma independente,
mas possibilitam a conversão de um no outro, isto é, a
aprendizagem promove o desenvolvimento e este anuncia
novas possibilidades de aprendizagem. (Oliveira, 2010, p.
30)
Para a teoria sócio histórico cultural é fundamental que o professor da
infância saiba como a criança pequena aprende. Um dos saberes que estes
devem ter refere-se ao pressuposto de que: há integração entre o
desenvolvimento da fala e do raciocínio prático ao longo do desenvolvimento
humano.
É exatamente quando estas duas atividades independentes do
desenvolvimento intelectual: ação prática e fala, convergem, unindo-se uma à
outra, que se qualifica o desenvolvimento da inteligência humana, o
desenvolvimento das funções superiores do cérebro, que conduz ao
desenvolvimento do pensamento abstrato.
O momento de maior significado no curso do
desenvolvimento intelectual, que dá origem às formas
puramente humanas de inteligência prática e abstrata,
acontece quando a fala e a atividade prática, então duas
linhas completamente independentes de desenvolvimento,
convergem. (Vygotsky, 2010, p. 12)
Desta forma, devemos entender por natural e necessário à criança falar
enquanto age. Sendo que a fala e a ação fazem parte de uma mesma função
psicológica complexa, adquirindo uma importância vital ao desenvolvimento
infantil. Afirmando que quando a criança muito pequena é inibida de falar pode vir
a não resolver a situação problema em questão.
36
No nosso laboratório observamos que a fala não só
acompanha a atividade prática como também tem um papel
específico na sua realização. (Vygotsky, 2010, p. 12)
A fala da criança é entendida como sendo tão importante quanto à ação,
para atingir um objetivo; quanto mais complexa for a ação exigida pela situação e
menos direta for a solução, maior será a importância que a fala adquirirá na
operação como um todo, no desenvolvimento da própria ação da criança.
As crianças não ficam simplesmente falando o que elas
estão fazendo; sua fala e ação fazem parte de uma mesma
função psicológica complexa, dirigida para a solução do
problema em questão. Quanto mais complexa a ação
exigida pela situação e menos direta a solução, maior a
importância que a fala adquiri na operação como um todo.
Às vezes a fala adquire uma importância tão vital que, se
não for permitido seu uso, as crianças pequenas não são
capazes de resolver a situação. (Vygotsky, 2010, p. 13)
As situações problemas que aparecem às crianças pequenas são
solucionadas por meio da utilização da linguagem oral, a percepção e a ação, por
meio da fala, da visão e do tato. Ou seja, a criança torna-se capaz de solucionar
os problemas visualizando-os, falando sobre eles e sobre suas ações. Pode-se
concluir que a criança pequena não aprende olhando a ação do outro, ela
aprende fazendo e agindo.
Essas observações levam-me a concluir que as crianças
resolvem suas tarefas práticas com a ajuda da fala, assim
como dos olhos e das mãos. Essa unidade de percepção,
fala e ação, que em última instância, provoca a
internalização do campo visual, constitui o objeto central de
qualquer análise da origem das formas caracteristicamente
humanas de comportamento. (Vygotsky, 2010, p. 13)
37
Embasados por estes pressupostos teóricos a fala passa a ser um
instrumento para a solução do problema/desafio, sendo o instrumento utilizado
pela criança na superação do próprio desafio.
Quanto ao desenvolvimento da linguagem oral, primeiramente a criança
desenvolve a fala em sua forma egocêntrica, passando para uma forma social
(fala externa) e depois para uma forma internalizada, intrapessoal. Na forma
egocêntrica a criança relata a ação, na fase posterior ela verbaliza o planejamento
da ação simultaneamente: fala e faz; posteriormente, tem condições de
internalizar, o que possibilita à ela refletir sobre o mundo exterior, falando
internamente, pensando, sobre o que deve fazer.
(...) a fala egocêntrica da criança deve ser vista como uma
forma de transição entre a fala exterior e a interior.
Funcionalmente, a fala egocêntrica é a base para a fala
interior, enquanto na sua forma externa está incluída a fala
comunicativa. (Vygotsky, 2010, p. 14)
Portanto cabe ao professor sócio histórico cultural respeitar as
características do desenvolvimento da linguagem oral da criança, entendo que a
ação, a percepção e a fala estão interligadas, não cabendo a ele inibir o falatório
dos pequenos, entendo que este momento é vital ao desenvolvimento da ação e
do próprio desenvolvimento do pensamento. Precisando atentar-se, ao fato de
que é o nível do desafio oferecido às crianças os responsáveis pelo
desenvolvimento da linguagem oral, quanto mais desafiadas a falarem durante a
ação, maior e melhor será seu nível de desenvolvimento oral.
Contudo, segundo Vygotsky, o desenvolvimento oral não é ensinado, ele é
mediado pelo contexto sócio histórico cultural, através do uso dos signos. A fala
utiliza destes signos que não podem ser ensinados à criança, e sim mediados,
estimulados, desafiados, provocados, desenvolvidos. As operações com signos
são fruto da inter-relação entre o interno e o externo, resultante de um processo
que é complexo e transformador. Um processo que só se desenvolve na interação
da criança pequena com a sociedade na qual está inserida.
Observamos que as operações com signos aparecem como
resultado de um processo prolongado e complexo, sujeito a
38
todas as leis básicas da evolução psicológica. Isso significa
que a atividade de utilização de signos nas crianças não é
inventada e tampouco ensinada pelos adultos; em vez disto
ela surge de algo que originalmente não é uma operação
com signos, tornando-se uma operação desse tipo somente
após uma série de transformações qualitativas. Cada uma
dessas transformações cria condições para o estágio
seguinte e é, em si mesma, condicionado pelo estágio
precedente; dessa forma, as transformações estão ligadas
como estágios de um mesmo processo e são, quanto a sua
natureza, históricas. (Vygotsky, 2010, p. 41)
Para a teoria sócio histórico cultural cabe ao mediador, no contexto escolar
ao professor, entender sobre a importância da motivação junto ao
desenvolvimento. O autor afirma que reconhecer as necessidades motivacionais
das crianças e seu estágio de desenvolvimento é premissa pedagógica. Para que
desta forma, saiba incentivar e provocar a ação da criança, levando-a a avançar
em seu estágio de desenvolvimento.
O professor da criança muito pequena tem que atentar-se ao fato que eles
têm um curto intervalo de tempo entre o que deseja (estando motivada a agir) e
entre a satisfação de seu desejo (sua ação).
A tendência de uma criança muito pequena é satisfazer
seus desejos imediatamente; normalmente, o intervalo entre
um desejo e a sua satisfação é extremamente curto.
(Vygotsky, 2010, p.108)
O olhar desatento do professor sobre o fazer da criança muito pequena,
representa perdas na relação entre o ensino e aprendizagem, motivações podem
não ser percebidas pelo professor e, por conseguinte, não incentivadas;
perdendo-se assim, ricas oportunidades de ações desenvolvidas pela criança,
ações estas que lhe gerariam aprendizagens e desenvolvimento.
Sobre a importância do brinquedo e do brincar, Vygotsky assevera que os
brinquedos foram inventados justamente para suprir as necessidades imediatas
39
das crianças, em idade pré-escolar, diante da impossibilidade de que seus
desejos e necessidades sejam supridos de imediato.
Para resolver essa tensão, a criança em idade pré-escolar
envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os
desejos não realizáveis podem ser realizados, e esse
mundo é o que chamamos de brinquedo. (Vygotsky, 2010,
p.109)
O brinquedo é um rico instrumento a ser utilizado pelo professor,
estimulando a ação e a fala nos pequenos e a imaginação nos maiores, em idade
pré-escolar.
É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de
uma criança. Para uma criança com menos de três anos, é
essencialmente impossível envolver-se numa situação
imaginária, uma vez que isso seria uma forma nova de
comportamento que liberaria a criança das restrições
imposta pelo ambiente imediato. O comportamento de uma
criança muito pequena é determinado, de maneira
considerável – e o de um bebê, de maneira absoluta, pelas
condições que a atividade ocorre (...) (Vygotsky, 2010,
p.113)
Os brinquedos oferecidos às crianças muito pequenas devem ter força
motivadora, devem ser claros quanto às ações determinantes que provocam aos
pequenos. Para a criança pequenina o brinquedo tem uma motivação natural e
determinante, que a impulsiona a agir, ditando-lhe o que tem a fazer, ditando sua
ação.
(...) sobre a natureza motivadora dos objetos para uma
criança muito pequena conclui que os objetos ditam à
criança o que ela tem que fazer: uma porta solicita que a
abram e fechem, uma escada, que a subam, uma
campainha, que a toquem. (Vygotsky, 2010, p.113)
Podemos entender que na primeira infância a ação da criança está ligada
à percepção visual; esta percepção é o próprio estímulo para a ação da criança.
40
O brinquedo e os objetos perdem sua força determinadora quando a criança
passa a desenvolver a capacidade de imaginar. A criança passa a agir
independente do que vê, agindo a partir do que imagina. Mas este é um longo
processo de desenvolvimento, quando a criança passa a ter capacidade de agir
independente do que está vendo, agindo frente ao imaginado (Vygotsky, 2010).
Diante destes pressupostos teóricos, cabe ao professor entender que, de
acordo com a teoria Vygotskyana, a criança vai se desenvolvendo e seus
interesses pelo brinquedo e pela brincadeira vão sendo modificados. E será, este
conhecimento do professor, que lhe possibilitará fazer do brincar momentos de
aprendizagens e de desenvolvimento; oferecendo à criança situações
motivadoras, desafiantes e interessantes; bem como, propiciando-lhe contato com
brinquedos e brincadeiras adequadas à sua faixa etária.
Aquilo que é de grande interesse para um bebê deixa de
interessar uma criança um pouco maior. A maturação das
necessidades é um tópico predominante nessa discussão,
pois é impossível ignorar que a criança satisfaz certas
necessidades no brinquedo. Se não entendemos o caráter
especial dessas necessidades, não podemos entender a
singularidade do brinquedo como uma forma de atividade.
(Vygotsky, 2010, p. 108)
QUAL O PAPEL DA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL – À LUZ DA
TEORIA SÓCIO HISTÓRICO CULTURAL
Podemos concluir que quanto mais rica for a mediação da criança com seu
meio, com as pessoas e com os objetos, mais qualidade será percebida em seu
desenvolvimento humano. Visto que o homem tem condições de ser o sujeito
ativo de seu próprio processo de desenvolvimento adaptando-se às exigências de
cada estágio, porém, estas exigências têm que ser feitas na interação deste com
as pessoas e objetos. Quanto mais instigada a criança for pelo social, melhores
serão suas condições de desenvolvimento.
Faz-se correto afirmar, embasados na teoria sócio histórico
cultural, que a Educação escolar tem papel fundamental no
41
processo dialético do desenvolvimento humano,
ressaltando-se assim a importância da Educação Infantil,
sendo ela a responsável pelas aprendizagens e
desenvolvimento dos pequenos. Pois se entende que a
qualidade das aprendizagens implica diretamente na
qualidade do desenvolvimento humano da criança. “ No
ideal Vygotskyano, a educação tem um papel transformador
do homem e da humanidade.” (Formosinho, 2007, p. 222)
Concebendo que o desenvolvimento humano se dá de fora para dentro, por
meio da internalização de processos interpsicológicos, o ensino escolar tem papel
essencial na promoção do desenvolvimento psicológico dos indivíduos. A escola
destaca-se, neste contexto, como sendo uma instituição privilegiada, criada com
a finalidade de intencionalmente provocar aprendizagens.
(...) a aprendizagem é, sim, um resultado desejável de um
processo deliberado, explícito, intencional, a intervenção
pedagógica é um mecanismo privilegiado. E a escola é o
lugar, por excelência, onde o processo intencional de ensino
aprendizagem ocorre: ela é a instituição criada pela
sociedade letrada para transmitir determinados
conhecimentos e formas de ação no mundo; sua finalidade
envolve, por definição, processos de intervenção que
conduzam à aprendizagem. (Oliveira, 1998, p. 57)
Nesse sentido a Instituição Escola tem como função primordial possibilitar
o pleno desenvolvimento humano, permitindo a criança desenvolver
aprendizagens fundamentais que instigam seu desenvolvimento psicológico.
O referencial teórico Vygotskyano nos aponta, assim, os
processos pedagógicos como processos intencionais,
deliberados, dirigidos à construção de seres psicológicos
que são membros de uma cultura específica, cujo perfil,
portanto está balizado por parâmetros culturalmente
definidos. Os mecanismos de desenvolvimento estão
atrelados aos processos de aprendizado, essenciais à
emergência de características psicológicas tipicamente
42
humanas, que transcendem a programação biológica da
espécie. Assim sendo, conquistas culturais específicas
delineiam caminhos de desenvolvimento particulares. É
nesse sentido que a escola, enquanto criação cultural das
sociedades letradas, tem um papel singular na construção
do desenvolvimento pleno dos membros dessas sociedades.
(Oliveira, 1998, p. 62)
A aprendizagem não deve ser entendida como um processo que ocorre no
indivíduo de forma isolada. O processo de aprendizagem deve ser entendido
como resultante de um processo global, que envolve relações interpessoais,
entre o indivíduo que aprende, aqueles que ensinam e a relação entre ambos.
Nesse sentido não há aprendizagem sem ensino, como não há ensino sem
aprendizagem. Aprendizagem e ensino se constituem intrinsecamente como um
conceito único.
QUAL A FUNÇÃO DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO INFANTIL, DE 0 A 03
ANOS – À LUZ DA TEORIA SÓCIO HISTÓRICO CULTURAL
Os profissionais de educação são pessoas reais que
interferem explicitamente no processo de aprendizagem das
crianças “provocando avanços que não ocorreriam
espontaneamente” (Oliveira, 1998, p. 58).
Neste contexto, pode-se afirmar que nas inter-relações estabelecidas entre
professores e crianças ambos aprendem e ensinam, podendo-se dizer que a
estrada percorrida por estes personagens é uma estrada de via única, onde a
aprendizagem e o ensino não se separam, caminham simultaneamente. Cabendo
aos profissionais da instituição escolar: permitir, estabelecer, propiciar, provocar
situações que desencadeiam as aprendizagens que não ocorrem
espontaneamente.
Desta forma, pode-se afirmar que diante da teoria interacionista, o
professor da Educação Infantil, deve ser um profissional comprometido com a
aprendizagem da criança, por conseguinte, com seu desenvolvimento humano.
43
Deve ter a compreensão de sua responsabilidade sobre a qualidade das
aprendizagens e do desenvolvimento de seus alunos, assim como da
intencionalidade educativa, sabendo onde e como investir junto às aprendizagens
e ao desenvolvimento infantil.
A intencionalidade educativa presente nas interações
adulto\criança, parceiros mais experientes, explicita-se,
sobretudo, quando o adulto responsável assume o
compromisso de levar ao êxito os propósitos aos quais a
interação se destina, especialmente quando se trata de
interações pedagógicas, ou seja, daquelas que justificam a
existência de espaços institucionais. (Oliveira, 2010, p. 41)
Outro conceito relevante no processo de desenvolvimento e aprendizagem
é o de zona de desenvolvimento proximal, que deve ser o instrumento de
trabalho da escola e dos professores. Para tanto se faz fundamental a este
profissional o entendimento sobre as aprendizagens já construídas (zona real), às
em via de construção (zona proximal) e aquelas que ainda não são possíveis de
serem construídas pela criança, mas que virão a ser (zona potencial). Sendo
assim, a escola desempenha o seu papel quando fomenta a construção de
aprendizagens que, por conseguinte, se adiantam ao desenvolvimento e o
deflagra.
A escola de Educação Infantil e seus profissionais precisam assumir suas
responsabilidades, porque a qualidade de intervenção pedagógica possibilitará,
ou não, o pleno desenvolvimento da criança. Para a concretização dessa função
da escola, os teóricos da corrente histórico cultural denominam o jogo como
atividade principal da educação infantil, como instrumento para avançar no
desenvolvimento da criança pequena.
De acordo com os teóricos da corrente histórico cultural, o
jogo é a atividade principal da criança pré-escolar, ou seja, é
o mediador por excelência das principais transformações
que definem seu desenvolvimento. Fundamentar a
Educação Infantil na ludicidade significa um saber fazer
reflexivo para que o jogo seja constituinte de zonas de
desenvolvimento proximal. (Formosinho, 2007, p. 228)
44
O conceito de mediação, tem como princípio, que a aprendizagem se dá
socialmente e ativamente, na mediação que o sujeito estabelece com seu meio
social: objetos e pessoas. Asseverando que a criança em contato com pessoas
mais experientes ( que pode ser uma criança mais velha ou apenas mais
experiente que ela, ou um adulto) estabelece ativamente relações com saberes e
conhecimentos que lhes são acessíveis e, por conseguinte, propiciam o
desencadeamento de novas aprendizagens. Ao professor cabe o papel de
mediador intencional, devendo ser aquele que intencionalmente, observa, avalia e
trabalha com a zona de desenvolvimento proximal da criança, investindo no
desenvolvimento e na construção de novas aprendizagens que possibilitarão o
pleno desenvolvimento humano da criança.
A intencionalidade educativa na instituição de educação
infantil deve assumir um caráter de premeditação –
planejamento prévio, acompanhamento e avaliação – que
vai muito além daquele encontrado na família ou outras
instâncias educativas. O sucesso da interação é que vai
medir a eficiência da instituição, visto ter sido criada com a
finalidade de formalizar o processo educativo. (Oliveira,
2010, p. 42)
Deste modo a mediação intencional deve ser entendida como sendo a
função principal do professor da Educação Infantil, tendo como objetivo
possibilitar o pleno desenvolvimento humano da criança pequena.
Segundo a teoria interacionista a função da escola de Educação Infantil e
do professor de crianças pequeninas é de mediar, sendo o mediador intencional,
aquele que planeja e possibilita aos pequenos agirem e atuarem num contexto
educacional desafiante. Motivando e estimulando as crianças a interagirem com
seu meio, explorando toda sua potencialidade humana.
Do ponto de vista da teoria Sócio Histórico Cultural a tarefa do professor é
garantir à criança o direito de desenvolver suas aptidões humanas em sua
totalidade
Embasados por tais conceitos o desafio a partir de 2013 foi discutir as
práticas pedagógicas desenvolvidas nesta U.E., tendo como parâmetro os
estudos feitos em 2012, refletindo sobre o quanto tais práticas se aproximam ou
45
não da teoria sociointeracionista. O quanto estas práticas condizem com as
definições construídas pelo grupo, sobre: Como a criança pequena aprende;
Quem é a criança pequenina, de 0 a 03 anos; Qual a função do professor da
Educação Infantil, de 0 a 03 anos e Qual o papel da Escola de Educação Infantil.
Ao buscarmos conflitar os estudos teóricos com a nossa prática
pedagógica firmamos o compromisso de percorrer o caminho que nos conduzirá à
construção da práxis pedagógica da verdadeira Escola da Infância. Uma escola
que sabe quem é a criança de 0 a 03 anos e sabe qual é o seu papel: ser
responsável pelo pleno desenvolvimento das qualidades humanas na primeira
infância.
Dando continuidade aos estudos em 2014 o grupo de educadores, de
todos os segmentos, discutiu sobre a relevância do estabelecimento de parceria
nas relações com as famílias de nossas crianças, sendo esta entendida como
uma atribuição pedagógica do professor.
Defendemos que cabe às professoras a tarefa de primar pela relação que
estabelecerá com as famílias das crianças de sua turma, sendo importante
considerar que:
Família e Escola têm papéis diferentes e concebem tais papéis de
forma diferente, havendo a necessidade de escola e família
dialogarem respeitosamente sobre estas diferentes concepções.
Família e Escola não se substituem, estão em níveis diferentes,
colaboram ao desenvolvimento infantil de formas diferentes.
A escola nunca suprirá o papel da família quanto ao
desenvolvimento da criança, pois a relação criança família é
insubstituível, devido a intensidade das emoções que premeiam esta
relação. A família é a base é a sustentação, sob a qual se
desenvolve a personalidade da criança.
A escola não pode omitir-se diante da sua responsabilidade frente
ao desenvolvimento humano da criança pequena. Devendo assumir
seus papéis.
Pontos que precisam estar presentes na relação Família/Escola, numa
proposta de relação parceira, cabendo ao professor:
• Estabelecer coerência entre as atitudes educativas da escola e da família;
• Dialogar com as famílias, principalmente na resolução dos conflitos;
46
• Não ignorar os conflitos, mas avaliá-los e trabalha-los com respeito,
embasados nos diferentes papéis, que escola e família desempenham
junto às crianças;
• Respeito pelas ideias das duas instituições. O respeito gera cooperação,
que auxilia no desenvolvimento das crianças e no crescimento do
aprendizado da escola e da família;
• Valorização mútua, tanto os saberes dos pais quanto dos educadores,
sobre a criança, são importantes para o melhor atendimento educacional;
• Saber negociar, explicando seus pontos de vista, escutando as famílias
sem julgamentos de valores e preconceitos. Construindo vínculos de
confiança;
• Ser coerente quanto às mensagens que são passadas à criança. Não
falando da criança e de sua família em sua presença;
• Estabelecer um canal de comunicação aberto com as famílias, trocando
continuamente as informações que se fizerem pertinentes;
• Entender que a educação da criança deve ocorrer de forma compartilhada
e cooperativa, entre a escola e a família. Para tanto, as condutas utilizadas
para com a criança devem ser harmônicas;
• A escola deve ter clareza sobre suas atribuições e estar sempre aberta a
esclarecê-las aos pais;
• As professoras precisam ser flexíveis em suas ações junto às famílias, no
sentido de aceitar as mudanças e reformulações solicitadas pelas famílias,
entendendo que estas advêm de suas expectativas, desde que tais
expectativas não sejam contrárias às atribuições da escola.
Desde então nosso compromisso formativo anual é realizar as discussões
sempre pautados pelos princípios da teoria sociointeracionista, buscando
desenvolver de fato, uma educação de qualidade, condizente a real Escola da
Infância.
47
GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão democrática deve ser entendida como a participação efetiva dos
vários segmentos da comunidade escolar, pais, professores, estudantes e
funcionários na organização, na construção e na avaliação dos projetos
pedagógicos, na administração dos recursos da escola, enfim, nos processos
decisórios da escola.
A Gestão Democrática é um exercício diário e árduo, que anda na contra
mão das decisões que visam o bem próprio. Tomar decisões, num ambiente
democrático é planejar, refletir e decidir diante daquilo que se apresenta como
sendo o melhor para a escola, como sendo o melhor para a qualificação do
ensino-aprendizagem, estando em nome da qualidade da Educação, entendida
por esta unidade escolar como sendo uma prática pedagógica coerente a Escola
da Infância.
Decisões democráticas devem estar amparadas pela ética. Devemos nos
atentar ao fato de que muitas decisões estarão permeadas por dilemas éticos. Ao
decidir o grupo de educadores e membros da comunidade deverá de forma
integra e ética indagar-se a respeito: Quero? Devo? Posso?
“ Nós vivemos muitas vezes
dilemas éticos. Há coisas que eu quero, mas não devo. Há
coisas que eu devo, mas não posso. Há coisas que eu
posso, mas não quero. Quando você tem paz de espírito?
Quando tem um pouco de felicidade? Quando aquilo que
você quer é o que você deve e o que você pode. Todas as
vezes que aquilo que você quer não é aquilo que você deve;
todas as vezes que aquilo que você deve não é o que você
pode; todas as vezes que aquilo que você pode não é o que
você quer, você vive um conflito, que muitas vezes é um
dilema.” Cortella, Mario Sérgio.
Portanto, caberá aos educadores e à comunidade atentar-se ao fato de que
suas decisões, em nome da qualidade da educação, primeiramente serão
regidas pelo dever, sendo seguida pelo poder, para então, quando possível
atender ao seu querer.
48
Dentro do princípio de gestão democrática, estabelecido na Proposta
Curricular do Município, temos como tarefa: construir tal relação em todas as
esferas de atuação na escola. Essencialmente, em relação à gestão escolar, mas
considerando também: a gestão das salas de aula, dos serviços de apoio, das
relações entre os diferentes segmentos, das relações estabelecidas com e entre
os Colegiados da APM e do Conselho de Escola, das relações estabelecidas com
a comunidade e com nossas crianças.
Temos consciência que o exercício da gestão democrática exige de todos,
mudanças de paradigmas. Faz-se fundamental acreditar que a gestão
democrática é possível, necessária e dever de todos.
A melhor forma de praticarmos o exercício da gestão democrática é
propiciarmos e estabelecermos uma efetiva atuação dos membros dos
colegiados: Conselho de Escola e APM. E este será nosso principal objetivo:
instrumentalizar tais colegiados para que os seus membros se sintam parte da
gestão desta U.E. Cabendo à dupla gestora organizar reuniões que propicie,
estimule, invista e dê voz aos membros atuantes; bem com, estimular a
participação de um número maior de membros a cada nova reunião com pais.
Entendemos por Gestão Democrática o exercício diário de uma gestão em
que todos os segmentos têm voz e poder decisório. Acreditando que todos devem
expor suas ideias, respeitando as ideias diferentes da sua e por meio da reflexão,
avaliar e adotar os caminhos que conduzem à Educação de qualidade. Tendo
como base, como norteador, o que é melhor para as crianças, respeitando seus
diferentes direitos, bem como, estando as decisões do grupo em consonâncias
com as orientações da Secretaria de Educação.
49
V. ORGANIZAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO PEDAGÓGICO 1. OBJETIVOS 1.1. OBJETIVO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
No capitulo II, na seção I, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) que estabelece as diretrizes
e bases da educação nacional, encontramos, nas Disposições Gerais, a definição
do objetivo da educação básica:
“Art. 22º. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.”
1.2. OBJETIVO DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Os objetivos da Educação Infantil estão definidos na LDB (1996) no art. 29:
“A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade
o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos
físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da
comunidade.”
Em consonância com o que define este artigo, a Proposta Curricular de São
Bernardo do Campo, volume I, 2004, expressa, para a toda a Rede de Ensino, os
objetivos da Educação Infantil:
A educação infantil deverá se organizar, de forma que, os alunos construam as
seguintes capacidades:
Brincar, ampliando suas capacidades expressivas e simbólicas,
reelaborando significados sobre o mundo, sobre os contextos e as
relações entre os seres humanos;
50
Ampliar o conhecimento sobre seu próprio corpo, suas
responsabilidades de atuação no espaço, bem como desenvolver e
valorizar hábitos de cuidado com a saúde e bem estar;
Construir uma imagem positiva de si, com confiança em suas
capacidades, atuando cada vez mais de forma autônoma nas
situações cotidianas;
Conhecer diferentes manifestações culturais como construtivas de
valores e princípios, demonstrando respeito e valorizando a
diversidade;
Construir e ampliar as relações sociais, aprendendo a articular seus
interesses e pontos de vista com os demais, respeitando as
diferenças e desenvolvendo atitudes cooperativas;
Valorizar e desenvolver atitudes de preservação do meio ambiente,
reconhecendo-se como integrante, dependente e agente
transformador do mesmo;
Construir a apropriar-se do conhecimento organizando nas
diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita),
utilizando-as para expressar suas ideias, sentimentos, necessidades
e desejos, ampliando sua rede de significações;
Aprender a buscar informações, de forma autônoma, exercitando
sua curiosidade frente ao objeto de conhecimento.
2. LEVANTAMENTO DOS OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS:
2.1. OBJETIVO GERAL DA ESCOLA
O objetivo maior da escola é oferecer um atendimento educacional de
qualidade. É preciso que as crianças tenham a possibilidade de desenvolverem
todo o seu potencial humano – físico, social, afetivo e cognitivo – com vistas a
contribuir para a construção de uma sociedade mais sadia, mais democrática e
mais humana.
51
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA ESCOLA
Consideramos que a escola deve promover o desenvolvimento para todos
que nela atuam: crianças, famílias, educadores, funcionários de apoio e
administrativo, gestores, prestadores de serviço. Enfim, todas as relações
estabelecidas no lócus escolar precisam ser educativas e promover o bem estar
da coletividade.
A práxis pedagógica desta escola visa trilhar o caminho que nos leve à
concretização de um trabalho pedagógico em consonância com os conceitos da
Escola da Infância.
Para tanto, afirmamos que a verdadeira Escola da Infância:
Respeita a individualidade de cada um, logo a diversidade social e cultural;
Acolhe as necessidades específicas de cada criança, se preocupando com
seu desenvolvimento integral;
Proporciona à criança a construção de sua autonomia, com vistas ao seu
desenvolvimento pleno humano;
Oferece um ambiente sadio, seguro e estruturado para atender o coletivo
de crianças e as necessidades individuais de cada uma;
Desenvolve ações educativas atrativas e alegres, com uma organização
que possibilita à criança ter diferentes possibilidades de escolha e
participar ativamente da construção do seu conhecimento;
Propicia o desenvolvimento da socialização, por meio de ações educativas
de interação criança-adulto e criança-criança;
Promove a integração e a parceria da equipe com a comunidade, em
especial com as famílias de nossas crianças;
Preza o diálogo democrático, dando a todos a liberdade de se
expressarem: adultos e crianças;
Respeita os direitos das crianças, especialmente o direito de brincar;
Seja um efetivo espaço de cultura, oferecendo por meio das ações
educativas a cultura elaborada;.
Exercita e promova a inclusão, significando que a qualidade da educação
é para todos;
Desenvolve uma prática pedagógica que visa o estabelecimento de
parceria com as famílias de nossas crianças;
52
Objetiva desenvolver ações educativas que levem nossas crianças a
exercê-las de forma prazerosa. Garantindo-lhes que, no longo período que
passam neste espaço educacional, tenham acesso às ações educativas
que lhe permitam desenvolver-se num ambiente acolhedor e alegre.
Aprendendo e desenvolvendo toda sua potencialidade humana.
Temos como princípio que as ações de todos nossos profissionais
precisam estar a serviço do que é melhor para a criança, atendendo sempre suas
especificidades e necessidades, assim permitindo-lhes desenvolver suas
potencialidades num contexto harmônico, respeitoso e rico em possibilidades.
“A creche e a escola da infância podem e devem ser o
melhor lugar para a educação das crianças pequenas,
crianças até os 06 anos, pois aí se pode intencionalmente
organizar as condições adequadas de vida e educação para
garantir a máxima apropriação das qualidades humanas,
que são externas ao sujeito no nascimento e precisam ser
apropriadas pelas novas gerações por meio de sua atividade
nas situações vividas coletivamente.” (Suely Amaral Mello)
Com o objetivo de esclarecer, e até mesmo de contagiar todos os
funcionários, de todos os segmentos, sobre esta premissa: de fazermos um
ambiente educativo harmônico, respeitoso e rico em possibilidades; permitindo
assim que as crianças se sintam respeitadas, acolhidas e queridas construímos
coletivamente, com todos os segmentos os seguintes princípios:
Garantir um ambiente limpo e organizado;
Interagir com as crianças sempre que necessário;
Ter a liberdade de participar da atividade de intersalas, interagindo
com as crianças e demais educadores;
Conversar com as crianças sempre que estas estabelecerem
intenção comunicativa ou necessitarem;
Colaborar com as necessidades das crianças, principalmente no
período de adaptação;
Retribuir ao carinho oferecido pelas crianças;
Preparar a alimentação de todos com carinho e respeito;
53
Preparar uma alimentação diferenciada, diante das necessidades de
cada criança;
Auxiliar as crianças, diante de suas especificidades e necessidades,
nos momentos das refeições;
Instigar a criança a experimentar os alimentos que apresentam
resistência;
Estimular aqueles que comem pouco a alimentarem-se melhor;
Relacionar-se com as crianças de forma carinhosa.
Permitir que a criança: brinque, interaja, experimente e vivencie;
Tenha acesso diário às atividades de: roda de conversa, roda de
história, roda de música, brincadeiras de roda, brincadeiras
simbólicas;
Acreditar e oportunizar às crianças que estas enfrentem e superem
desafios, possibilitando-lhes sentirem-se capazes aos diferentes
enfrentamentos: cognitivos, físicos, motores, afetivos, sociais e
emocionais;
Permitir às crianças que realizem escolhas, frente aos materiais e
atividades;
Estimular o desenvolvimento autônomo da criança;
Possibilitar e respeitar a livre expressão da criança;
Agir junto às crianças tendo como princípio que o brincar, o educar e
o cuidar são ações indissociáveis;
Observar as ações das crianças estimulando-as diretamente;
Entender a criança em sua globalidade: afetiva, motora, física,
social, cognitiva e emocional;
Atender as necessidades globais da criança de forma afetuosa;
Permitir a integração das crianças com: outras crianças, com outros
adultos e com os diferentes ambientes, recursos e materiais;
Desenvolver as propostas educacionais em ambientes
aconchegantes, seguros e estimulantes;
Oferecer vivências múltiplas;
Ter ações que incluam a todos;
Planejar, oferecendo às crianças ações educativas intencionais;
54
Atentar-se ao fato de que a criança tem o direito de realizar
escolhas, tendo o cuidado que ao planejar ações únicas à turma,
deve respeitar o não querer da criança, possibilitando-lhe outros
fazeres.
Diante do exposto, pelos diferentes grupos, podemos validar que todas as
ações educativas precisam ser pensadas intencionando atender as necessidades
específicas de cada criança. Desta forma, pode-se concluir que nesta faixa etária,
buscamos garantir o desenvolvimento da identidade e da autonomia da criança,
por meio de ações que possibilitam à criança realizar suas próprias escolhas.
Sendo assim, a metodologia mais adequada é o desenvolvimento de atividades
diversificadas, que possibilitam à criança realizar escolhas durante todo o dia;
sendo o ideal que a didática pedagógica não seja o desenvolvimento de ações
únicas ao grupo. Quanto mais o direito à escolha for permitido, na rotina diária da
criança, melhor será a qualidade de seu desenvolvimento, enquanto sujeito único
e autônomo.
Concluímos também que, quanto mais oportunidades de escolhas a
criança têm no ambiente educacional melhor será sua participação nas ações
educativas propostas, pois perceberá que seus desejos e interesses são
respeitados e suas necessidades acolhidas.
“Se entendemos que a criança é capaz, desde que nasce de
estabelecer relações com o meio cultural e, se entendemos
que quanto mais a criança experimentar, explorar, conhecer,
agir, vivenciar situações de aprendizagens significativas
para ela, mais ela forma para si as melhores qualidades
humanas, procuramos estimular o enriquecimento máximo
das vivências propostas às crianças. No entanto, a formação
cultural da criança tem uma base orgânica que cria as
condições para seu desenvolvimento. O respeito dos adultos
às formas da atividade das crianças num ambiente rico,
diversificado, atraente, provocador e acessível às mãos e
olhos das crianças promove o desenvolvimento humano na
infância. Não é pelo ensino didatizado, repartido, repetido,
simplificado artificialmente e dirigido pelo adulto em seu
55
ritmo próprio que a criança se apropria das qualidades
humanas e se desenvolve.” Suely Amaral Mello
Com o intuito de garantirmos a escola que buscamos desenvolver junto às
nossas crianças, uma escola de qualidade, que respeita e acolhe os interesses e
necessidades das crianças, assumimos o compromisso de estabelecermos
nossos objetivos específicos e gerais, tendo como parâmetros os direitos de
nossas crianças. Para tanto, utilizaremos como referencial, como instrumento
avaliativo de nossas ações, o material criado pelo MEC: Critérios para um
Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças.
Este material, que explicita os direitos das crianças da creche, será fonte
constante de reflexão para os educadores e demais funcionários desta U.E.,
sendo utilizado para nos guiar, buscando o desenvolvimento de uma Educação
Infantil de 0 a 03 anos de qualidade.
Faz-se importante destacar que entendemos como sendo o direito número
01 de nossas crianças: o respeito às suas escolhas, podendo optar por quais
objetos, brinquedos e ações educativas explorarão e desenvolverão, para assim
sentirem-se bem, e acolhidas no ambiente educativo; aprendendo e
desenvolvendo-se num ambiente educacional que respeita suas necessidades e
interesses.
Foto que busca denotar a importância de possibilitarmos às crianças que estas façam escolhas, mediante
seus interesses, para assim aprenderem e desenvolverem-se num ambiente educacional “aprendente e
alegre”.
56
Em seguida destacamos os direitos apontados no documento: Critérios
para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das
Crianças.
Direitos estes que são, para esta U.E., indicativos da qualidade do
atendimento e da educação que oferecemos às nossas crianças. Cabendo à
prática pedagógica e educacional serem regidas por tais direitos.
- CRITÉRIOS PARA A UNIDADE CRECHE
• Nossas crianças têm direito à brincadeira
• Nossas crianças têm direito à atenção individual
• Nossas crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e estimulante
• Nossas crianças têm direito ao contato com a natureza
• Nossas crianças têm direito a higiene e à saúde
• Nossas crianças têm direito a uma alimentação sadia
• Nossas crianças têm direito a desenvolver sua curiosidade, imaginação e
capacidade de expressão
• Nossas crianças têm direito ao movimento em espaços amplos
• Nossas crianças têm direito à proteção, ao afeto e à amizade
• Nossas crianças têm direito a expressar seus sentimentos
• Nossas crianças têm direito a uma especial atenção durante seu período de
adaptação à creche
• Nossas crianças têm direito a desenvolver sua identidade cultural,
racial e religiosa.
57
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO À BRINCADEIRA:
• Os brinquedos estão disponíveis às crianças em todos os momentos
• Os brinquedos são guardados em locais de livre acesso às crianças
• Os brinquedos são guardados com carinho, de forma organizada
• As rotinas da creche são flexíveis e reservam períodos longos para as
brincadeiras livres das crianças
• As famílias recebem orientação sobre a importância das brincadeiras
para o desenvolvimento infantil
• Ajudamos as crianças a aprender a guardar os brinquedos nos lugares
apropriados
• As salas onde as crianças ficam estão arrumadas de forma a facilitar
brincadeiras espontâneas e interativas
• Ajudamos as crianças a aprender a usar brinquedos novos
• Os adultos também propõem brincadeiras às crianças
• Os espaços externos permitem as brincadeiras das crianças
• As crianças maiores podem organizar os seus jogos de bola, inclusive
futebol
• As meninas também participam de jogos que desenvolvem os
movimentos amplos: correr, jogar, pular
• Demonstramos o valor que damos às brincadeiras infantis participando
delas sempre que as crianças pedem
• Os adultos também acatam as brincadeiras propostas pelas crianças
58
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO À ATENÇÃO INDIVIDUAL:
• Chamamos sempre as crianças por seu nome
• Observamos as crianças com atenção para conhecermos melhor cada
uma delas
• O diálogo aberto e contínuo com os pais nos ajuda a responder às
necessidades individuais da criança
• A criança é ouvida
• Sempre procuramos saber o motivo da tristeza ou do choro das
crianças
• Saudamos e nos despedimos individualmente das crianças na chegada
e saída da creche
• Conversamos e somos carinhosos com as crianças no momento da
troca de fraldas e do banho
• Comemoramos os aniversários de nossas crianças
• Crianças muito quietas, retraídas, com o olhar parado, motivam nossa
atenção especial
• Aprendemos a lidar com crianças mais agitadas e ativas sem discrimina-las
ou puni-las
• Aprendemos a lidar com preferências individuais das crianças por
alimentos
• Ficamos atentos à adequação de roupas e calçados das crianças nas
diversas situações
• Damos suporte às crianças que têm dificuldades para se integrar nas
59
brincadeiras dos grupos
• Procuramos respeitar as variações de humor das crianças
• Procuramos respeitar o ritmo fisiológico da criança: no sono, nas
evacuações, nas sensações de frio e calor;
.Crianças com dificuldades especiais recebem apoio para participar das
atividades e brincar com os colegas
• Nossas crianças têm direito a momentos de privacidade e quietude
• Evitamos usar e que as crianças usem apelidos que discriminem outras
crianças
• Procuramos analisar porque uma criança não está bem e encaminhá-la
à orientação especializada quando necessário
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A UM AMBIENTE ACONCHEGANTE,
SEGURO E ESTIMULANTE:
• Arrumamos com capricho e criatividade os lugares onde as crianças
passam o dia
• Nossas salas são claras, limpas e ventiladas
• Não deixamos objetos e móveis quebrados nos espaços onde as
crianças ficam
• Mantemos fora do alcance das crianças produtos potencialmente
60
perigosos
• As crianças têm lugares agradáveis para se recostar e desenvolver
atividades calmas
• As crianças têm direito a lugares adequados para seu descanso e
sono
• Nossa creche demonstra seu respeito às crianças pela forma como está
arrumada e conservada
• Nossa creche sempre tem trabalhos realizados pelas crianças em
exposição
• Quando fazemos reformas na creche nossa primeira preocupação é
melhorar os espaços usados pelas crianças
• Quando fazemos reformas tentamos adequar a altura das janelas, os
equipamentos e os espaços de circulação às necessidades de visão e
locomoção das crianças
• Nossa equipe procura desenvolver relações de trabalho cordiais e
afetivas
• Procuramos tornar acolhedor o espaço que usamos para receber e
conversar com as famílias
• Procuramos garantir o acesso seguro das crianças à creche
• Lutamos para melhorar as condições de segurança no trânsito nas
proximidades da creche
61
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO AO CONTATO COM A NATUREZA:
• Nossa creche procura ter plantas e canteiros em espaços disponíveis
• Nossas crianças têm direito ao sol
• Nossas crianças têm direito de brincar com água
• Nossas crianças têm oportunidade de brincar com areia, argila,
pedrinhas, gravetos e outros elementos da natureza
• Sempre que possível levamos os bebês e as crianças para passear ao
ar livre
• Nossas crianças aprendem a observar, amar e preservar a natureza
• Incentivamos nossas crianças a observar e respeitar os animais
• Nossas crianças podem olhar para fora através de janelas mais baixas
e com vidros transparentes
• Nossas crianças têm oportunidade de visitar parques, jardins e
zoológicos
• Procuramos incluir as famílias na programação relativa à natureza
62
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO À HIGIENE E À SAÚDE:
• Nossas crianças têm direito de manter seu corpo, cuidado, limpo e
saudável
• Nossas crianças aprendem a cuidar de si próprias e assumir
responsabilidades em relação à sua higiene e saúde
• Nossas crianças têm direito a banheiros limpos e em bom
funcionamento
• O espaço externo da creche e o tanque de areia são limpos e conservados
periodicamente de forma a prevenir contaminações
• Nossas crianças têm direito à prevenção de contágios e doenças
• Lutamos para melhorar as condições de saneamento nas vizinhanças
da creche
• Acompanhamos com as famílias o calendário de vacinação das
crianças
• Acompanhamos o crescimento e o desenvolvimento físico das
crianças
• Mantemos comunicação com a família quando uma criança fica doente
e não pode frequentar a creche
• Procuramos orientação nos serviços básicos de saúde para a prevenção
de doenças contagiosas existentes no bairro
• Procuramos orientação especializada para o caso de crianças com
dificuldades físicas, psicoafetivas ou problemas de desenvolvimento
63
• Sempre que necessário encaminhamos as crianças ao atendimento de
saúde disponível ou orientamos as famílias para fazê-lo
• O cuidado com a higiene não impede a criança de brincar e se divertir
• Damos o exemplo para as crianças, cuidando de nossa aparência e
nossa higiene pessoal;
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A UMA ALIMENTAÇÃO SADIA:
• Preparamos os alimentos com capricho e carinho
• Nossas crianças têm direito a um ambiente tranquilo e agradável para
suas refeições
• Planejamos alimentos apropriados para as crianças de diferentes idades
• Permitimos que meninos e meninas participem de algumas atividades
na cozinha, sempre que possível
• Procuramos respeitar preferências, ritmos e hábitos alimentares
individuais das crianças
• Procuramos diversificar a alimentação das crianças, educando-as para
uma dieta equilibrada e variada
• Incentivamos as crianças maiorzinhas a se alimentarem sozinhas
• A água filtrada está sempre acessível às crianças
• Incentivamos a participação das crianças na arrumação das mesas e
dos utensílios, antes e após as refeições
64
• Nossa cozinha é limpa e asseada
• Nossa despensa é limpa, arejada e organizada
• Valorizamos o momento da mamadeira, segurando no colo os bebês e
demonstrando carinho para com eles
• Ajudamos os pequenos na transição da mamadeira para a colher e o
copo
• Procuramos sempre incluir alimentos frescos nos cardápios
• Procuramos manter uma horta, mesmo pequena, para que as crianças
aprendam a plantar e cuidar das verduras
• As famílias são informadas sobre a alimentação da criança e suas
sugestões são bem recebidas;
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A DESENVOLVER SUA CURIOSIDADE,
IMAGINAÇÃO E CAPACIDADE DE EXPRESSÃO:
• Nossas crianças têm direito de aprender coisas novas sobre seu bairro,
sua cidade, seu país, o mundo, a cultura e a natureza
• Valorizamos nossas crianças quando tentam expressar seus
pensamentos, fantasias e lembranças
• Nossas crianças têm oportunidade de desenvolver brincadeiras e jogos
simbólicos
65
• Nossas crianças têm oportunidade de ouvir músicas e de assistir teatro
de fantoches
• Nossas crianças são incentivadas a se expressar através de desenhos,
pinturas, colagens e modelagem em argila
• Nossas crianças têm direito de ouvir e contar histórias
• Nossas crianças têm direito de cantar e dançar
• Nossas crianças têm livre acesso a livros de história, mesmo quando
ainda não sabem ler
• Procuramos não deixar as perguntas das crianças sem resposta
• Quando não sabemos explicar alguma coisa para as crianças, sempre
que possível procuramos buscar informações adequadas e trazê-las
posteriormente para elas
• Sempre ajudamos as crianças em suas tentativas de compreender as
coisas e os acontecimentos à sua volta
• Não reprimimos a curiosidade das crianças pelo seu corpo
• Não reprimimos a curiosidade sexual das crianças
• Bebês e crianças bem pequenas aproveitam a companhia de crianças
maiores para desenvolver novas habilidades e competências
• Crianças maiores aprendem muito observando e ajudando a cuidar de
bebês e crianças pequenas
• Não deixamos nossas crianças assistindo televisão por longos
períodos
• As famílias são informadas sobre o desenvolvimento de suas crianças
66
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO AO MOVIMENTO EM ESPAÇOS AMPLOS:
• Nossas crianças têm direito de correr, pular e saltar em espaços amplos,
na creche ou nas suas proximidades
• Nossos meninos e meninas têm oportunidade de jogar bola, inclusive
futebol
• Nossos meninos e meninas desenvolvem sua força, agilidade e equilíbrio
físico nas atividades realizadas em espaços amplos
• Nossos meninos e meninas, desde bem pequenos, podem brincar e
explorar espaços externos ao ar livre
• Nossas crianças não são obrigadas a suportar longos períodos de
espera
• Os bebês não são esquecidos no berço
• Os bebês têm direito de engatinhar
• Os bebês têm oportunidade de explorar novos ambientes e interagir
com outras crianças e adultos
• As crianças pequenas têm direito de testar seus primeiros passos fora
do berço
• Reservamos espaços livres cobertos para atividades físicas em dias
de chuva
• Organizamos com as crianças aquelas brincadeiras de roda que
aprendemos quando éramos pequenos
• Procuramos criar ocasiões para as famílias participarem de atividades
ao ar livre com as crianças
67
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO À PROTEÇÃO, AO AFETO E À AMIZADE:
• Nossas crianças sabem que são queridas quando percebem que suas
famílias são bem-vindas e respeitadas na creche
• Nossa creche respeita as amizades infantis
• Nossa creche valoriza a cooperação e a ajuda entre adultos e crianças
• Nossas crianças encontram conforto e apoio nos adultos sempre que
precisam
• Procuramos entender porque a criança está triste ou chorando
• Procuramos ajudar as pessoas da equipe quando enfrentam problemas
pessoais sérios
• Procuramos não interromper bruscamente as atividades das crianças
• Evitamos situações em que as crianças se sintam excluídas
• Evitamos comentar assuntos relacionados com as crianças e seus
familiares na presença delas
• Nossas crianças, mesmo quando brincam autonomamente, não ficam
sem a proteção e o cuidado dos adultos
• Conversamos e brincamos com os bebês quando estão acordados
• Nossas crianças recebem atenção quando nos pedem ou perguntam
alguma coisa
• Procuramos proteger as crianças de eventuais agressões dos colegas
• Ajudamos as crianças a desenvolver seu autocontrole e aprender a
lidar com limites para seus impulsos e desejos
• Explicamos as crianças os motivos para comportamentos e condutas
68
que não são aceitos na creche
• Nunca deixamos de procurar entender e tomar providências quando
nossas crianças aparecem na creche machucadas e amedrontadas
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A EXPRESSAR SEUS SENTIMENTOS:
• Nossas crianças têm direito à alegria e à felicidade
• Nossos meninos e meninas têm direito a expressar tristeza e
frustração
• Procuramos ensinar meninos e meninas como expressar e lidar com
seus sentimentos e impulsos
• Procuramos sempre enfrentar as reações emocionais das crianças com
carinho e compreensão
• Procuramos sempre entender as reações das crianças e buscar
orientação para enfrentar situações de conflito
• O bem-estar físico e psicológico das crianças é um de nossos objetivos
principais
• Ajudamos as crianças a desenvolver sua autonomia
• Sempre conversamos com as crianças sobre suas experiências em
casa e no bairro
• Nossas crianças podem, sempre que querem, procurar e ficar perto de
seus irmãozinhos que também estão na creche
69
• Nossas crianças expressam seus sentimentos através de brincadeiras,
desenhos e dramatizações
• A manifestação de preconceitos de raça, sexo ou religião nos mobiliza
para que procuremos incentivar atitudes e comportamentos mais
igualitários na creche.
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A UMA ESPECIAL ATENÇÃO DURANTE
SEU PERÍODO DE ADAPTAÇÃO À CRECHE:
• As crianças recebem nossa atenção individual quando começam a
frequentar a creche
• As mães e os pais recebem uma atenção especial para ganhar confiança
e familiaridade com a creche
• Nossas crianças têm direito à presença de um de seus familiares na
creche durante seu período de adaptação
• Nosso planejamento reconhece que o período de adaptação é
um momento muito especial para cada criança, sua família e seus
educadores
• Nosso planejamento é flexível quanto a rotinas e horários para as
crianças em período de adaptação
• Nossas crianças têm direito de trazer um objeto querido de casa para
ajudá-las na adaptação à creche: uma boneca, um brinquedo, uma
70
chupeta, um travesseiro
• Criamos condições para que os irmãozinhos maiores que já estão na
creche ajudem os menores em sua adaptação à creche
• As mães e os pais são sempre bem-vindos à creche
• Reconhecemos que uma conversa aberta e franca com as mães e os
pais é o melhor caminho para superar as dificuldades do período de
adaptação
• Observamos com atenção a reação dos bebês e de seus familiares
durante o período de adaptação
• Nunca deixamos crianças inseguras, assustadas, chorando ou apáticas,
sem atenção e carinho
• Nossas crianças têm direito a um cuidado especial com sua alimentação
durante o período de adaptação
• Observamos com cuidado a saúde dos bebês durante o período de
Adaptação.
NOSSAS CRIANÇAS TÊM DIREITO A DESENVOLVER SUA IDENTIDADE
CULTURAL, RACIAL E RELIGIOSA:
• Nossas crianças têm direito a desenvolver sua autoestima
• Meninos e meninas têm os mesmos direitos e deveres
• Nossas crianças, negras e brancas, aprendem a gostar de seu corpo e
de sua aparência
71
• Respeitamos crenças e costumes religiosos diversos dos nossos
• Nossas crianças não são discriminadas devido ao estado civil ou à
profissão de seus pais
• A creche é um espaço de criação e expressão cultural das crianças, das
famílias e da comunidade
• Nossas crianças, de todas as idades, participam de comemorações e
festas tradicionais da cultura brasileira: carnaval, festas juninas, natal,
datas especiais de nossa história
• Nossas crianças visitam locais significativos de nossa cidade, sempre
que possível: parques, museus, jardim zoológico, exposições
• Nossas crianças visitam locais significativos do bairro, sempre que
possível: a padaria, uma oficina, a praça, o corpo de bombeiros, um
quintal
• Estimulamos os pais a participar ativamente de eventos e atividades na
Creche.
Destacamos que este material, elaborado pelo MEC, é fonte de estudo
desde o ano de 2009, em busca de qualificarmos as nossas ações educativas.
Este material é considerado, pela equipe docente e pelos demais educadores,
como um instrumento pedagógico rico, que resguarda os direitos de nossas
crianças, bem como, destaca os deveres desta escola da infância, sendo fonte
inspiradora em nossos planejamentos e em nossa prática pedagógica .
Foi fruto da análise deste documento: direitos das crianças, que
identificamos o direito que menos atendíamos, diante da estrutura do prédio:
ações educativas que garantissem o contato de nossas crianças com a natureza.
Desta forma passamos a desenvolver um Projeto Coletivo que atendesse a estes
direitos. Assim nasceu em 2012 o Projeto de esverdear e florir nossa escola,
levando o colorido de encontro ao cinza do cimento que predominava nas áreas
externas. Nosso projeto encontra-se nos anexos deste PPP.
No ano de 2016 esta unidade escolar, que defende a Escola da Infância,
que defende o exercício de uma prática pedagógica que respeite todos os direitos
das crianças, que tem por objetivo propiciar um atendimento educacional que
possibilite aos pequenos o desenvolvimento integral de seu potencial humano, se
deparou com uma prática pedagógica equivocada e desrespeitosa, que feria os
pressupostos, os princípios e os conceitos contidos em nosso PPP.
72
A existência de tal prática fez com que todo o plano formativo, direcionado
aos diferentes segmentos fosse replanejado.
O objetivo formativo para o ano de 2016 já se encontrava centrado na
prática pedagógica da Escola da Infância.
Caberia à D.G. acompanhar a prática dos educadores por meio das
observações em sala, realizar discussões de casos nos HTPCs, HTPs e Reuniões
Pedagógicas convidando o grupo de educadores a refletir se a prática desta
escola, fazia jus aos estudos já realizados pelo grupo, em busca da verdadeira
Escola da Infância: ( ... crianças como sujeito de emoções, de movimentos, de
interações ... que façam a vida da infância mais respeitada e bonita ... “Suely
Amaral Mello”).
A prática pedagógica, educativa dos educadores já era o centro formativo
do Plano de formação , durante o ano letivo toda equipe seria convidada e refletir
sobre sua prática e sobre a prática do coletivo, analisando se os princípios,
objetivos, conceitos e diretrizes de nosso PPP encontravam-se presentes nas
práticas pedagógicas diárias desta escola.
Contudo, não esperávamos, que iríamos nos deparar com uma prática tão
equivocada, uma prática que desrespeitava as diretrizes e orientações contidas
no PPP. Uma prática que nos fez revisitarmos de forma mais minuciosa nosso
PPP; que nos convidou a refletirem sobre os direitos das crianças pequenas no
espaço escolar e sobre quais ações docentes e educativas feriam tais direitos;
nos fez repensarmos sobre os deveres dos educadores em relação aos direitos
de nossas crianças e sobre o que vem a ser ética institucional, ética coletiva, ética
no sentido de fazer bem o bem.
O acompanhamento formativo realizado em 2016 possibilitou a todos,
revisitarmos o PPP e reafirmarmos que este documento, que o conteúdo do PPP,
não são letras jogadas ao vento, devendo constituir-se como bases, como
fundamentos às nossas práticas educativas junto às crianças. Sendo inadmissível
à verdadeira Escola da Infância a prática educativa desrespeitosa junto às
crianças.
Também buscamos ressaltar, que são exatamente o trabalho ético e
respeitoso que desenvolvemos junto a todas as nossas crianças, os indicadores
de fato da qualidade da nossa prática escolar. Não há qualidade em nosso
trabalho se os princípios dos direitos fundamentais das crianças não forem
diariamente vivenciados por toda equipe escolar.
73
As discussões e reflexões representaram ricos momentos de construção e
reconstrução formativa, individual e coletiva. Todos os educadores, com maior ou
menor impacto, sentiram-se responsáveis e obrigados a reverem suas ações
junto às crianças, indagando-se o quanto respeitavam os direitos de suas
crianças, e o quanto cumpriam seus deveres.
Portanto, nos parágrafos abaixo, acrescentaremos em nosso PPP, o
conteúdo trabalhado sobre a Ética e a Prática Ética na Escola da Infância.
Os autores que mais pautaram as formações e discussões, sobre a
importância da ética, em nossos diferentes momentos formativos foram: Leandro
Karnal, Clóvis de Barros Filho e Mario Sergio Cortella.
Leandro Karnal faz as seguintes afirmativas sobre Ética:
A ética investiga a base dos valores.
A ética é aquilo que devo fazer independente de não estar sendo
observado. Faço mesmo sabendo que não tem ninguém olhando.
Faço porque sei que é o certo a ser feito.
Não faço errado mesmo sabendo que não há testemunhas.
A ética não nasce com as pessoas, não é dom natural, a ética é
ensinada.
O código de ética de uma empresa não é apenas um papel que é
dado para o estagiário conhecer e cumprir. O código da empresa é
para todos igualmente.
As virtudes precisam ser cultivadas, os defeitos têm que ser
reprimidos.
Ser humano é ter defeitos, ser um ser humano ético é saber que é
preciso lutar contra estes defeitos, numa luta diária e constante.
Toda pessoa ética tem compromisso com a verdade. Tem justa
indignação. Uma pessoa ética briga, ela briga pelas causas corretas.
Temos que dizer basta para tudo que é estruturalmente ruim.
Caráter pode ser melhorado, ser trabalhado ano a ano. Quando
temos o objetivo de sermos pessoas melhores. Precisamos ser
melhores a cada dia. Essa luta só termina com a morte.
As normas não existem para serem interpretadas e sim para serem
executadas.
Eu tenho que ser a transformação que eu quero ver no mundo.
74
“Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu
quero mudar o mundo, tenho que começar por mim. Pratique
diariamente o silêncio da paz. Mahatma Gandhi”
A pessoa ética é livre, ela não precisa ser escrava de suas mentiras.
A vida ética é livre, a pessoa não precisa ser escrava de suas
mentiras.
A vida ética é válida porque me faz ter um sono tranquilo.
O inimigo da ética é a vaidade. Quando a pessoa se sente melhor
que a outra, melhor que todos os outros, passa naturalmente a
pensar que a regra, a lei, o dever são apenas para os outros.
Quanto maior o poder maior a necessidade de servir aos outros.
Quem tem poder manda, mas manda em nome de um Bem maior.
Temos funções diferentes, mas somos todos iguais.
Temos poderes diferentes, mas somos todos iguais.
Temos responsabilidades diferentes, mas todos somos igualmente
responsáveis pelo bem do coletivo.
Respeitar aquele que hierarquicamente está acima de mim, não é
ética é dever. Ética é respeitar aquele que lhe é subordinado.
Agir com ética é ter justa indignação com aquilo que é indigno. Agir
com ética é protestar contra aquilo que é dever causar protesto.
Escolher a vida ética não garanti chegarmos ao paraíso, mas evita
chegarmos ao inferno.
Não é possível ser feliz sem ser ético.
A vida que vale a pena ser vivida é a vida ética, é mais fácil ser
ético, dá menos trabalho, vive-se mais tranquilo, sem o medo
constante de ser descoberto em sua falta de ética.
Após refletirem sobre as afirmações contidas no vídeo do Leandro Karnal,
a equipe foi convida a refletir no coletivo sobre as seguintes afirmações e
apontamentos, trazidos pela D.G.:
O Respeito é imperativo não há qualidade do trabalho docente se
não houver respeito nas relações que o professor/educador
estabelece com todas as crianças;
Relação de respeito é: fazer bem o bem
75
Relação de respeito é princípio ético que não permite, por parte do
adulto: gritar, segregar, amedrontar, ameaçar, ofender, castigar e
humilhar.
Que diante da presença de ações desrespeitosas dos educadores, é
dever dos responsáveis, da D.G.: Notificar o Conselho Tutelar e
enviar relatório circunstanciado à S.E.
Num ambiente ético coletivo, quem são os responsáveis? Todos
aqueles que presenciam as ações; todos somos responsáveis, o que
nos diferenciam são nossas funções, nosso nível de poder (a
hierarquia), mas independente da nossa função – do poder correlato
as nossas funções – Todos somos responsáveis pelo bem maior -
“Pela prática pedagógica ética”
Práticas desrespeitosas nas relações dos educadores junto às
crianças, são indicativos de falta de qualidade no atendimento
realizado junto às crianças. E esta afirmação não é desta D.G. e sim
do MEC.
Agir com ética é ter justa indignação com aquilo que é indigno.
Agir com ética é protestar contra aquilo que deve ser causa de
protesto.
Já ao final da formação, conseguimos junto aos diferentes segmentos,
realizar as seguintes conclusões:
Escola Ética: é aquela onde todos os funcionários são responsáveis
em fazer o bem, o bem pensando no coletivo; respeitando as
crianças, buscando seu bem estar e sua segurança. Que pratica a
igualdade, visando o bem comum, sendo uma instituição justa.
Sendo uma instituição justa, com o propósito de fazer bem o que se
faz, fazendo o bem. Bem como, sendo aquela de tem como base o
respeito e o bem de todos e para todos.
Prática Ética: aquela que estimula o encantamento das crianças; que
dá ênfase na afetividade e no respeito em detrimento da prática do
autoritarismo e do medo; que lida com os conflitos entre as crianças
e com as crianças, por meio do diálogo, constância e amor; pratica o
PPP, visando sempre o bem coletivo e não o bem individual. A
76
prática que respeita e pensa em todos e todas. A prática que
considerando o bem estar coletivo.
Educador Ético: é aquele que se assume responsável pela formação
das crianças; que assume e pratica aquilo que acredita, não sendo
afetado pela cultura da negatividade. É aquele que se sente bem
fazendo bem e o bem. É aquele que sente um prazer imenso ao ver
suas crianças aprendendo, mas sabe ser orgulhoso sem ser
soberbo, sabe satisfazer-se sem ser arrogante. Que tem como base
o respeito ao bem coletivo, o bem para todos. É aquele que busca
transformar-se, tendo como base as transformações que deseja ver
no mundo. É aquele que não se permite desenvolver a prática
egoísta, que não se sente melhor que os demais, que sabe que as
regras, normas e combinados devem ser em nome do coletivo e
para o coletivo, não se isentando deste coletivo.
Concluímos o ano letivo conscientes que toda qualidade da escola da
Infância baseia-se no atendimento e relação respeitosa junto às crianças, às suas
necessidades, possibilidades e potencialidades humanas. Assumindo o
compromisso de exercer o ofício pedagógico ético.
" O que eu penso, não muda nada além do meu pensamento, o que eu
faço a partir disso, muda tudo!"
Leandro Karnal
DOCÊNCIA COMPARTILHADA
Outra ênfase formativa, no ano de 2016, foi quanto à máxima do trabalho
pedagógico de 0 a 03 anos: exercício da docência compartilhada.
Após reflexões e discussões esta equipe concluiu que a docência
compartilhada é uma prática específica, exigida na prática docente e educacional
das creches.
77
Desta forma esta equipe entende que o diálogo e respeito entre os
educadores é fundamental. Se o educador não tiver abertura para o diálogo,
respeito pelas diferenças, capacidade de ceder e de rever sua prática, este
educador não tem perfil para o trabalho docente em creche.
Os educadores desta EMEB entendem que a docência compartilhada é um
instrumento pedagógico, para isto, sua prática pedagógica e educacional
precisam ser fonte de reflexões constantes.
O trabalho em trio ou quarteto, exige de todos os educadores o
compartilhamento:
Das observações sobre as crianças.
De suas reflexões sobre as crianças.
Dos seus registros.
Dos seus planejamentos.
Dos seus projetos.
Defendemos que somente a prática pedagógica/educacional compartilhada
garante às crianças o atendimento respeitoso. Entendemos que a criança em
período integral, não pode ser tratada, exigida, atendida de maneiras divergentes
por seus educadores. Portanto, apenas a docência compartilhada possibilita aos
seus educadores o desenvolvimento do trabalho pedagógico coeso.
78
3. ROTINA ATIVIDADES DA ROTINA DIÁRIA DOS ALUNOS
No dicionário, dá-se por significado de rotina acomodação, porém o uso
deste termo no âmbito escolar vai além desse significado, porque o objetivo na
creche deve estar fundamentado nos princípios básicos da educação infantil:
autonomia, construção da identidade, interação e acesso a cultura elaborada.
'',,, o tema rotina é um componente importante de um projeto educacional que
se preocupa com a formação integral do sujeito...'' (proposta curricular caderno
2).
A rotina faz parte da escola, ela estrutura o cotidiano, proporciona, a todos
os envolvidos, segurança e previsão do que vai acontecer, diminui a ansiedade a
respeito do que é imprevisível ou desconhecido, organiza o espaço escolar e
otimiza o tempo. Isso se dá pela repetição constante, que ajuda a criança a
construir a noção temporal e realizar previsões. Uma estratégia que favorece essa
construção é dar conhecimento diário da rotina aos alunos, antecipando a agenda
do dia logo pela manhã, com ilustrações ou fotos de apoio à escrita. Pode-se
construir a agenda em dois tempos: de manhã e à tarde, após o repouso. Quanto
menores as crianças, essa construção necessita ser com menos elementos. No
caso dos bebês, por exemplo, pode-se usar fotos de três ou quatro espaços e
trabalhar com eles a noção de antes e depois e “está na hora de...”
A rotina tem que ser bem planejada e estruturada, levando-se em conta as
necessidades educacionais e as especificidades de cada grupo e faixa etária,
bem como, o projeto desenvolvido pela turma. Devendo também ser
considerando os diferentes ritmos das crianças e as diferentes especificidades
das turmas. Portanto, tão importante quanto a organização da rotina e dos
quadros de horário é o olhar flexível das professoras para as necessidades de
replanejamento e de reorganização.
No período inicial do ano letivo, chamado de período de adaptação, os
educadores precisam centralizar suas ações e atenções às necessidades afetivas
e emocionais das crianças, apresentando-lhes a rotina da turma, os espaços e
objetos, diante de suas possibilidades. Sendo assim, o olhar flexível dos
educadores frente à rotina e ao planejamento é fundamental para que a criança
se adapte e sinta-se acolhida e segura no ambiente da escola.
79
Outro aspecto importante a ser contemplado na construção da rotina é a
necessidade de alternância entre atividades de expansão que possibilitam mais
movimentos e as atividades que propõem atenção e concentração. O
“termômetro” deverá ser sempre às demandas das crianças, da turma. Demandas
diferentes exigem rotinas diferentes.
A observação, avaliação e reflexão dos educadores sobre o como a rotina
está ocorrendo trará elementos para o replanejamento, para reorganizá-la de
modo que atenda melhor às necessidades das crianças.
A rotina é imprescindível à construção da criança autônoma. Pois quanto
mais esta conhece e antecipa sobre as diferentes atividades do dia, maiores
serão suas possibilidades de exercer seus diferentes fazeres de forma autônoma.
Faz-se fundamental ressaltar que a rotina precisa favorecer e possibilitar às
turmas o exercício da escolha, movidas por seus interesses.
Nesta faixa etária é imprescindível que as crianças possam ter contato com
uma rotina que lhes permita, autonomamente, fazer escolhas; desta forma o mais
adequado à rotina de 0 a 03 anos é a didática de propostas diversificadas,
evitando-se o planejamento de propostas únicas a todos; pois, principalmente,
nesta faixa etária os interesses, ritmos e tempos de concentração diferenciam-se,
e muito. Exigindo do educador o desenvolvimento de uma rotina que vise o
oferecimento de mais de uma proposta, de mais de uma ação educativa. O
planejamento das professoras pode vislumbrar uma ação central, mas deve
também contar com propostas em segundo plano, que permitam às crianças, que
não se envolveram com a proposta central envolverem-se e agirem com outros
objetos, brinquedos ou propostas.
ORGANIZAÇÃO DA ROTINA
ATIVIDADE DIÁRIA DE AUTO IDENTIFICAÇÃO E DE IDENTIFICAÇÃO DO
GRUPO: (CHAMADA)
Este momento é privilegiado para favorecer a construção da identidade
individual e coletiva, à medida que as crianças têm a possibilidade de se auto
reconhecer e de identificar os coleguinhas e os adultos referências de sua turma.
80
Como em todas as demais ações pedagógicas, desenvolvidas juntas às
crianças pequenas, quanto mais lúdica for a proposta melhor será o envolvimento
das crianças. Portanto, faz-se necessário realizar a atividade:
Em forma de brincadeira;
Com músicas;
Com fotos;
Em rodas de conversa;
Guardando Mochilas;
Deve ser uma proposta atrativa e criativa, não se transformando em
atividade mecânica ou que exija da criança um período de espera que venha
comprometer seu interesse e participação.
Nas turmas de Infantil II, quando o grupo de crianças, sinalizar que a
escrita de seu nome lhe é significativo, ou seja, tem sentido; ou estando a criança
interessada pela escrita de seu nome, avaliamos ser este o indicativo de que as
plaquinhas com os nomes poderão ser mais um dos recursos desta atividade de
auto identificação e de identificação dos coleguinhas.
ATIVIDADE DIVERSIFICADA
São propostas de atividades que contemplam o processo do
desenvolvimento infantil, principalmente, sendo um instrumento rico quanto à
construção da autonomia e da identidade.
81
A diversificada propicia a interação das crianças com os espaços da sala e
com os objetos, favorecendo também o desenvolvimento social das crianças,
permitindo-lhes, dentro de suas possibilidades interagirem com seus coleguinhas
de sala e com os adultos referência de sua turma.
As propostas da atividade diversificada, para a faixa etária de 0 a 3 anos,
devem considerar as seguintes orientações:
São atividades planejadas pelo professor, com a contribuição das
auxiliares, sendo regidas pelos objetivos centrais: proporcionar a
construção da autonomia e da identidade, na medida em que a
criança escolhe o que mais a interessa, tendo a possibilidade de
exercer seu poder de escolha, demonstrando seus interesses e
desejos;
Será oferecido à turma, uma quantidade de propostas adequadas às
características específicas de cada agrupamento; ampliando o
número de propostas de acordo com as condições e interesses das
crianças. Sendo esta quantidade superior a 2 e inferior a 5. O
professor precisa estar atento às características de sua turma,
serão elas que nortearão a quantidade adequada de propostas;
Para ser considerada diversificada devemos considerar não só a
quantidade de propostas, mas também a diversidade de materiais
oferecidos;
Os espaços (cantos) deverão “falar por si só”; ou seja, a própria
organização dos espaços e dos objetos devem revelar às crianças
suas possibilidades exploratórias. Tal organização favorece uma
exploração mais rica e autônoma;
Propostas diversificadas, objetos diversificados implicam também
em exploração diversificada por parte das crianças. Portanto, o
educador precisa permitir que a criança explore as propostas da sua
maneira, estando tal exploração correlata ao seu desejo e ao seu
desenvolvimento;
Os materiais ou propostas oferecidos na diversificada não poderão
representar novidades à criança, pois o desconhecido não lhe
permite uma exploração autônoma. Contudo, caso a professora
opte por uma das propostas ser “novidade” terá que acompanhar as
82
crianças nesta proposta, o que lhe dificultará o acompanhamento
mais próximo das demais propostas;
A constância e permanência das propostas deverão estar a serviço
do interesse da criança, da turma; podendo ser suprimida,
modificada ou ampliada, mediante seu envolvimento.
As atividades diversificadas ocorrem, preferencialmente, no
momento de entrada e saída das crianças, devido favorecerem este
contexto de chegada e saída, bem como, por favorecerem a
exploração autônoma e interessada da criança, num momento em
que há apenas uma educadora responsável pela turma. Contudo,
ressaltamos que propor atividades diversas às crianças,
oportunizando-lhe o ato de escolha, em diferentes momentos da
rotina, ao invés de propor atividades únicas, deve fazer parte de
outros momentos da rotina, pois entendemos que crianças
diferentes têm interesses e ritmos diferentes, e as propostas
diversificadas privilegiam o atendimento à diversidade ;
Nos momentos de entrada e saída as propostas e objetos precisam
ser familiares às crianças, para que seja mínima a mediação do
professor. Pois nestes momentos o professor estará ocupado
acolhendo as demandas das crianças e dos familiares. Tanto na
entrada quanto na saída, ocorre de muitas crianças precisarem da
mediação afetiva direta da professora, necessitando de colo e
aconchego;
A atuação dos professores ocorrerá amplamente, ora como
observador, colhendo subsídios para construir um novo
planejamento; ora como parceiro mais experiente, atuando junto às
crianças;
O professor também precisa atentar-se às relações que se
estabelecem entre as crianças, estimulando as trocas entre elas e
observando as parcerias que ocorrem. Acreditando que entre as
próprias crianças há parcerias experientes que enriquecem as
ações das crianças;
83
A roda de conversa, antes ou depois da diversificada, pode ser um
valioso instrumento para a retomada dos combinados, diante das
dificuldades apresentadas pelas crianças.
RODA DE CONVERSA
“A roda de conversa é o momento privilegiado de diálogo e intercâmbio de
ideias. Por meio desse exercício cotidiano as crianças podem ampliar suas
capacidades comunicativas, desenvolver a fluência para falar, perguntar, expor
suas ideias dúvidas, descobertas, ampliar seu vocabulário e aprender a valorizar
o grupo como instância de troca e aprendizagem.” (Referencial Curricular para a
Educação Infantil).
Na escola de educação infantil a roda de conversa deve ser entendida
como um conteúdo de linguagem, tamanha sua importância.
A roda de conversa, sendo uma atividade diária e constante, apresenta-se
como um procedimento planejado, intencional e fundamental, promovendo um
84
encontro entre: os educadores e as crianças; as crianças; entre os diferentes
saberes.
O encontro promovido pela roda de conversa deve ser compreendido
como sendo um encontro entre os sujeitos, conversando sobre seus interesses,
desejos e necessidades. Embora ocorra diariamente, no caso da escola de
período integral até mais que uma vez ao dia, devemos ter clareza que cada roda
é única, sendo marcada por sua especificidade.
O educador precisa planejar tais momentos com muito cuidado,
planejando: o local; a organização espacial; os recursos materiais a serem
utilizados; a forma de convocação e de coordenação; a pauta; a duração e o
registro. Embora esta atividade requeira todos estes cuidados o educador
também precisa entender que deverá estar atento ao inusitado, ao imprevisto e ao
necessário. Buscando de forma flexível, aproveitar e inserir os novos encontros
(não planejados) que se apresentem no desenrolar de uma roda.
Falar de roda de conversa com os pequenos é entender que este é um rico
instrumento que pode e precisa ser aprendido. A arte do diálogo, do expor-se, do
comunicar-se, do ouvir e ser ouvido é um aprendizado.
A roda de conversa, no sentido de ser um encontro de interlocutores
diferentes exige o exercício constante da democracia, em que os saberes não são
mensurados hierarquicamente. Evidentemente os saberes dos adultos e crianças
são muito diferentes, mas não há aquele que é o melhor. Ambos precisam ser
considerados, as linguagens verbais e não verbais das crianças indicam aos
educadores sobre as formas de leitura que estas já construíram sobre o mundo
que as rodeiam. O educador que ouve, que dialoga com suas crianças aprende
sobre seus saberes e sobre suas necessidades.
Para a roda de conversa ser de fato um encontro entre os sujeitos e seus
pares e saberes evidencia-se a importância do planejamento, do diálogo, do ver e
ouvir o que as crianças estão falando, mesmo quando estas ainda não falam.
O encontro, a roda de conversa, também propicia às crianças o
desenvolvimento de outras aprendizagens. A própria estrutura e as regras da roda
de conversa desenvolvem nas crianças sua capacidade de concentração,
atenção, respeito à fala do outro, postura de ouvinte e de ser falante. A roda de
conversa coloca a criança que ainda não fala no lugar de sujeito apto a falar, a
comunicar-se. Neste lugar, a criança passa a desenvolver seu potencial
comunicativo, sua linguagem oral e gestual.
85
Na faixa etária de 0 a 03 anos a roda de conversa exige dos educadores
uma leitura minuciosa, ouvindo a criança em seu todo: sua linguagem oral,
corporal, emocional e gestual. Entendendo e intervindo diante de suas diferentes
reações. Mais do que falante o educador precisa ser um leitor ao planejar e
coordenar a roda de conversa.
Na educação infantil a roda de conversa tem importância fundamental, esta
promove o desenvolvimento comunicativo global, desenvolve a elaboração e
realização das primeiras palavras, das primeiras frases e das primeiras narrativas,
debates e discursos. Ao interagirem com seus pares e com os adultos as crianças
pequenas aprendem a estrutura da linguagem oral. As primeiras palavras vão
dando lugar às primeiras frases e às primeiras narrativas. No papel de interlocutor
a criança vai construindo-se, paulatinamente. A voz que é dada às crianças na
roda de conversa as impele e as impulsiona ao desenvolvimento de suas
potencialidades comunicativas.
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA A HORA DA CONVERSA:
A roda de conversa deve ser planejada (local, espaço, disposição dos
sujeitos e materiais, recursos materiais, forma de chamamento, tipo de
coordenação e registro), com o intuito de promover encontros entre os
sujeitos e seus saberes;
As crianças devem ser consideradas e colocadas no papel de
interlocutores;
Utilizar diferentes recursos para mediar e explorar o desenvolvimento da
linguagem verbal: imagens, fotos, caixa tátil, caixa surpresa, objetos,
fantoches entre outros.
O educador, que é o sujeito mais hábil do ponto de vista linguístico, deve
atribuir significado às falas das crianças e por vezes socializar o que está
sendo falado para todo o grupo caso a criança não consiga se expressar
coerentemente;
Propiciar alternâncias de falas, procurando manter a continuidade e o
encadeamento do assunto;
Organizar o funcionamento da roda de conversa dando voz e “escuta” a
todos, organizando as falas e sinalizando quem está com a palavra;
86
Responder coerentemente ao que a criança pergunta;
Valorizar a fala das crianças, sendo um ouvinte atento e propondo
questões que prolonguem suas narrativas;
Apoiar a criança na construção de seus enunciados, ajudando-a a
organizar e encadear seus pensamentos em função do sincretismo, por
exemplo, uma fala às vezes parece desconexa, mas a criança faz ligações
que nem sempre são lógicas para os adultos; uma palavra substitui uma
frase; fala de fatos que imagina ter vivido como se fosse realidade; imita
(repete) o que o outro fala; se interrompida quando fala a criança nem
sempre consegue prosseguir no assunto sem ajuda;
Fazer perguntas direcionadas para que uma criança responda, evitando
assim que todos respondam ao mesmo tempo ou que ninguém responda;
Falar corretamente com a criança, não infantilizando a linguagem (falas no
diminutivo, simplificações)
Fazer registro de roda para planejar futuras intervenções, ou mesmo para
melhor observar e avaliar as aprendizagens que estão em construção, as
já construídas e as que necessitam de maior intervenção do educador;
Determinar apenas um coordenador para a roda;
Cuidar para que nossas respostas às crianças sejam compreendidas por
elas, sendo claras e objetivas;
Considerar e convidar as crianças caladas, as aparentemente desatentas,
incentivando-as a participarem da roda;
Evitar perguntas do tipo: “QUANDO?” “ONDE?” Pois as crianças dessa
idade não possuem domínio do conceito temporal e espacial e essas
perguntas podem inibir a fala.
87
HORA DA HISTORIA
“ Os professores abrem caminhos para uma interação surpreendente com o
mundo da leitura escrita.”
Ana Lucia Antunes Bresciane
A Hora da História, ou a Roda de História, propicia o desenvolvimento das
seguintes aprendizagens:
Linguagem oral;
Linguagem não verbal: gestual, emocional e expressiva;
Criatividade;
Imaginação;
Fortalecimento dos vínculos afetivos;
Construção da identidade;
Capacidade de escuta;
Postura de leitor;
Manuseio e interesse pelo mundo dos livros.
A leitura e a contação de histórias são práticas pedagógicas importantes e
diferentes, utilizadas pelas professoras para inserir as crianças no mundo da
88
leitura. Ambas propiciam os primeiros contatos com os livros, abrindo caminhos
para a interação das crianças com os livros e com universo da leitura e escrita.
Nas Rodas de Histórias ambas as práticas são utilizadas pelas
professoras, dependendo do planejamento, do livro ou de seu conteúdo. A leitura
e a contação exigem da professora didáticas diversas, bem como, atendem a
objetivos e conteúdos diferentes.
As situações de leitura aproximam a criança do mundo letrado, do
vocabulário sofisticado, da linguagem escrita e instigam mais diretamente a
curiosidade da criança pelo próprio livro. Já a contação aproxima a criança da
ludicidade, da diversão, da linguagem falada e cênica.
Tanto a leitura quanto a contação exigem das professoras: planejamento e
preparação. O objetivo maior é que a criança seja inserida no mundo da leitura e
dos livros de forma prazerosa, desenvolvendo desde o berçário a postura de
leitores e ouvintes.
Nesta U.E. a Roda de História é uma prática diária de todas as turmas.
Acreditamos que não existam histórias específicas para bebês, existem boas
histórias infantis, aquelas que envolvem e permitem o deleite de todas as
crianças.
Abaixo citamos algumas orientações didáticas para o desenvolvimento da
Roda de História:
A professora ou educadora, deve ser uma leitora e uma contadora
envolvente, encantadora e instigante. Deve conhecer as
preferências e interesses de sua turma
Deve conhecer a história com antecedência, preparando-se para a
realização da Roda de História, por meio da leitura ou da contação;
Criar um ambiente cuidadosamente preparado, sendo este
agradável, aconchegante e convidativo;
Mobilizar as expectativas das crianças. Atiçando seu interesse pela
história;
Permitir que as crianças vejam as páginas, textos e ilustrações,
durante a leitura;
Ler as histórias tal qual foram escritas, não subestimando as
crianças, não trocando ou reduzindo a qualidade do vocabulário;
muitas vezes é a sonoridade diferenciada das palavras que lhes são
89
estranhas que produzirá o maior interesse na escuta ou na
participação da criança;
Considerar as características da faixa etária das crianças,
selecionando os livros para a leitura e contação, observando: a
qualidade do texto e das ilustrações. Quando a escolha do livro se
der devido à qualidade das ilustrações, estas devem ser claras e
expressivas. Já, se a opção do livro se der devido à qualidade
textual este deve ser claro, com começo meio e fim. Principalmente
nas atividades de leitura. Não é o número de páginas ou o tamanho
do texto que o qualifica e sim sua capacidade de envolver, com seu
enredo instigante, a atenção das crianças pequenas;
Imprimir ritmo à narrativa;
Utilizar diferentes vozes na leitura ou contação;
Utilizar múltiplos recursos como: a dramatização, fantoches, teatro
de varetas, objetos animados, sucatas, teatros de sombra, etc.;
Permitir o livre manuseio das crianças, após a leitura do livro.
Orientando as crianças quanto aos cuidados necessários no
manuseio do livro lido e de outros que venham a ter acesso após a
leitura e a contação;
A caixa de livro da turma deve sempre estar de fácil acesso às
crianças para que estas possam escolher em diferentes momentos
explorar, manusear e se aprazer dos livros;
Com crianças de 2 e 3 anos é possível contar uma história mais
longa em capítulos, porém é preciso ter a preocupação de garantir
um certo suspense entre um dia e outro. Saber em qual momento
interromper a leitura, instigando-os a levantarem hipóteses sobre o
que acontecerá com os personagens e com a história, como poderá
ser o final, etc. Quando retomar a leitura, no dia seguinte, deve fazer
um breve resumo do que já foi lido, para situar as crianças. Nestes
casos o suspense é “alma do negócio”;
Diversificar os gêneros literários, causos, contos da tradição oral,
histórias sobre povos e culturas, mitos, lendas, fabulas, contos de
fadas, etc.;
90
Iniciar uma história situando as crianças quanto ao autor do livro e
ilustrador;
Trazer para junto de si as crianças que apresentam menor interesse
pela Roda de História, buscando envolvê-las de diferentes formas,
mas respeitando seus limites e possibilidades. A postura de leitor é
construída pela criança, por meio do contato diário com as Rodas de
Leitura e de Contação. De forma alguma a professora deverá
interromper a contação ou a leitura para chamar atenção de alguma
criança que não esteja aparentemente participando da atividade. Tal
atitude quebra o encanto do momento, sendo injusto para todos os
demais que estão envolvidos com a história e o livro;
Recontar a mesma história várias vezes ajuda as crianças a se
apropriarem pouco a pouco do conteúdo da história, favorecendo a
construção da competência narrativa, bem como, a capacidade de
poder antecipar os acontecimentos já conhecidos. A criança e seu
interesse deve ser o crivo avaliativo da professora, a história pode
ser repetida até que a criança e a turma deixem de solicitá-la Caberá
à professora dosar em quais momentos estas serão repetidas,
atendendo ao interesse da criança, mas também buscando ampliar
o repertório da turma;
As diferentes versões dos clássicos devem ser apresentadas às
crianças quando estas já conhecem a versão original, pois
conhecedores das histórias terão repertório para vislumbrarem as
diferenças entre uma e outra versão;
Quando as crianças fizerem perguntas no momento em que a
história está sendo lida, deve-se responder e continuar a leitura.
Caso ela não se sinta satisfeita explique-lhe que no final retomará o
assunto;
Considerar e respeitar o modo particular e genuíno da criança ser e
pensar, valorizando o que as crianças dizem e sua forma de
expressar-se.
91
Em 2015 realizamos discussões sobre a prática da leitura de histórias mais
longas, tanto voltadas às crianças do Infantil I quanto às do Infantil II, concluindo
que:
após a hora da leitura já fazer parte da rotina da turma;
após os pequenos leitores já mostrarem suas primeiras aprendizagens
quanto às posturas de leitores e de ouvintes;
após o gosto pela hora da leitura já ter sido desenvolvido.
Tanto as crianças de 02 anos quanto as de 03 anos são capazes de
ouvirem histórias mais longas, desde que estas sejam histórias interessantes,
coerentes à faixa etária, quanto ao conteúdo, quanto à qualidade literária e não
quanto à quantidade de páginas.
Outra conclusão é de que o pequeno leitor é capaz de usufruir de textos
com palavras mais rebuscadas, pois estas dentro do contexto encantam e são
passíveis de compreensão, não cabendo ao leitor fazer uso de sinônimos que
empobreçam o texto.
Temos clareza que embora tenhamos construído tais conclusões esta
formação deve ser contínua, ano a ano, por meio de socializações de boas
práticas, por meio da socializações dos projetos ou de vídeos que fortaleçam tais
verdades sobre os pequenos grandes leitores desta U.E.
92
ATIVIDADE DE BIBLIOTECA CIRCULANTE
A proposta de inserirmos esta atividade como parte de nossa rotina
semanal partiu de algumas professoras. Diante da solicitação destas junto à dupla
gestora, considerou-se importante levar a discussão para o grupo, para que
coletivamente a avaliássemos e a desenvolvêssemos. De forma unânime a
atividade foi aprovada pelo grupo, que passou a discutir sobre as ações
necessárias à sua implantação.
Primeiramente ficou acordado que a atividade seria inserida após a reunião
com pais do mês de abril, com o propósito de socializar com os mesmos sobre os
objetivos e sobre a importância da atividade. Construindo junto aos responsáveis
o conceito de que a validade da atividade só será concretizada diante da parceria
entre a família e a escola.
Após discutirmos e realizarmos algumas leituras de apoio defendeu-se a
implantação desta atividade por acreditar que:
O hábito da leitura precisa ser iniciado na primeira infância, porque
esta estimulação inicial influenciará a vida adulta de nossas
crianças, em sua relação com o mundo da leitura;
93
Cabe à escola propiciar acesso aos livros e a momentos agradáveis
de leitura, para assim poder contribuir no desenvolvimento do
imaginário da criança, inserindo-a no mundo simbólico, por meio de
vivências e dos sentimentos emanados pelas contações de histórias
e pelos momentos de leitura.
Justificativa central: acreditamos que a criança que cresce ouvindo
histórias infantis desenvolve seu imaginário, tornando-se um leitor em potencial.
Objetivos:
Desenvolver o imaginário da criança;
Propiciar o desenvolvimento do gosto por ouvir histórias e por
manusear livros;
Aproximar a criança do mundo da leitura de forma prazerosa;
Inserir a criança no mundo simbólico; possibilitando-lhe, por meio
das histórias, vivenciar seus medos, perdas, sucessos, alegrias,
conflitos e tristezas;
Instigar a criança a desenvolver a leitura de imagens;
Ampliar vocabulário;
Desenvolver a capacidade de memorização, atenção e
concentração;
Estimular a construção da postura leitora e ouvinte;
Fazer do livro um brinquedo ou instrumento: aprendente;
Aproximar a criança pequena do universo da linguagem escrita;
Propiciar contato com o mundo da leitura no contexto familiar.
Orientações Didáticas:
Construir um texto informativo e formativo que deverá ser entregue
aos pais na apresentação da proposta da atividade de Biblioteca
Circulante;
Montar os kits das turmas, com pelo menos 25 livros por caixa;
Apresentar a proposta da atividade aos pais e responsáveis em
reunião com pais;
94
Expor aos pais sobre os objetivos educacionais contidos na
atividade;
Orientar os pais e responsáveis quanto à importância do ambiente
favorável à contação de histórias e leituras;
Orientar adultos e crianças a terem os devidos cuidados com o
acervo;
Apresentar o acervo aos pais;
Fazer o primeiro empréstimo na reunião com pais, sendo o pai/ mãe/
responsável o sujeito da 1ª escolha;
Implementar a atividade com as crianças na semana seguinte,
ocorrendo às 6ª-feiras, devendo o livro ser devolvido na 2ª-feira.
Sempre que houver feriado na 6ª-feira o livro será retirado na 5ª-
feira;
Os educadores farão o controle do empréstimo e devolução dos
livros;
Compreender que alguns livros se perderão, mas que cabe aos
educadores construírem um trabalho respeitoso e formativo junto às
famílias, não as expondo e entendendo os contratempos e
imprevistos que vierem ocorrer;
A criança nunca deverá ser punida, deixando de levar o livro
semanalmente, mesmo que não tenha trazido os livros anteriores;
Convidar os pais e responsáveis a registrarem a experiência de
leitura do final de semana, sempre que desejarem e se sentirem à
vontade;
Construir livros auditivos para os pais deficientes visuais, cegos;
Ligar semanalmente, aos pais deficientes visuais/ cegos,
informando-lhes sobre o título da história escolhida pela criança,
bem como, caso a história não seja conhecida dos pais, situá-los
sobre a história, para que estes possam contá-las aos filhos.
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Foto explicitando o desenvolvimento da postura de leitor e o interesse prazeroso pela leitura e manuseio de
livros e demais materiais gráficos.
96
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS
O ato de brincar é importantíssimo em qualquer faixa etária, através da
brincadeira a criança vai relacionar-se com o outro, com o meio e descobrir o
mundo em que vive.
O brinquedo pode ser os industrializados e os estruturados ou feitos com
sucata, não estruturados. O importante é que todos os materiais que serão
utilizados pelas crianças estejam adequados à sua faixa etária, permitindo-lhes
uma exploração independente e segura. Para tanto tem que ser seguro, não ter
faces pontiagudas, nem peças pequenas que podem vir a se soltar. Os
brinquedos quebrados precisam ser retirados do uso. Além disso, os brinquedos
precisam ser lavados constantemente. Os que são utilizados pelas crianças
menores, do berçário final, devem ser lavados diariamente.
No primeiro momento a criança vai explorar o brinquedo de diferentes
formas: ela vai jogá-lo para cima, para baixo, arrastar, às vezes ate colocá-lo na
boca, pois esta ainda é uma de suas formas de exploração. A criança tende a
explorar os brinquedos em todas suas possibilidades, cabendo aos educadores
mediarem o brincar, enriquecendo as possibilidades exploratórias pertinentes aos
brinquedos.
A quantidade de brinquedos deve ser suficiente à quantidade de crianças
97
da turma, de modo a não potencializar as disputas entre elas, sabemos que tal
disputa faz parte do desenvolvimento infantil, e que esta promove aprendizagens
sociais, contudo deve ter-se uma quantidade mínima dos objetos oferecidos à
turma, para que as possíveis disputas sejam saudáveis, passíveis de serem
mediadas pelos educadores.
As brincadeiras são pensadas considerando a adequação dos espaços,
para que estes favoreçam a melhor exploração da criança. Consideramos
importante ressaltar que os espaços devem ser seguros, acolhedores e
oferecerem situações de aprendizagens às crianças. Um instrumento rico de
exploração é a construção de ambientes mais restritos, em que a criança possa
optar por ficar mais afastada, mais tranquila e até mesmo isolar-se diante de sua
necessidade. Para assegurarmos estes direitos e necessidades utilizamos muito a
construção de diferentes modelos de cabaninhas, com diferentes materiais e
objetos, nos diferentes espaços da escola.
As brincadeiras de movimento têm como objetivo o desenvolvimento
integral facilitando não só a expressão como o desenvolvimento motor e a
interação com o meio e com outras pessoas, demonstrando vontades e desejos.
Essas atividades também exigem cuidados:
Os combinados são reforçados a toda hora, porque nessa faixa etária: 0 a
3 anos, o desenvolvimento da comunicação oral ainda é muito inicial, e será a
atitude do educador, ensinando a criança constantemente, sobre o cuidado
consigo mesma e com o outro, que a ajudará a brincar da maneira mais segura
possível;
Além de reforçar os combinados, os educadores devem manter-se atentos
às crianças, evitando ou amenizando possíveis quedas;
A intervenção do educador deverá estar presente a todo momento,
oferecendo à criança o apoio físico ou emocional, adequados às suas
necessidades. Auxiliando-os nas atividades de: subir, descer e de equilíbrio,
encorajando-os a participarem das diferentes atividades;
Na hora da motoca, cabe ao educador mediar a brincadeira, para que as
crianças não se trombem, estabelecendo um fluxo de movimento, demarcando o
local para circular e explorar, de modo que seja oferecido outro espaço seguro
aqueles que não querem brincar de motoca;
Ressaltamos que em todo tipo de brincadeira: coletiva, em pequenos
grupos ou individuais, cabe aos educadores observarem os fazeres das crianças,
98
atentos às intervenções necessárias que se fazem presentes. Garantindo não só
a exploração segura, mas também rica da criança sobre o objeto. Na mediação
com a criança e seu brincar o educador será o parceiro experiente que levará a
criança a visualizar outras formas exploratórias, outras maneiras de brincar. Esta
mediação precisa ser fruto da observação atenta do educador, que lhe permita
detectar os saberes que a criança já construiu e aqueles que estão próximos ao
seu nível de desenvolvimento. Desta forma, fruto desta observação atenta o
educador não correrá o risco de subestimar ou superestimar a criança, trabalhará
diante de seu desenvolvimento proximal.
99
BRINCADEIRA SIMBÓLICA
O pensamento da criança evolui a partir de suas ações. As crianças
precisam vivenciar suas ideias em nível simbólico para poder compreender seu
significado na vida real. As crianças pequenas frequentemente aderem a
brincadeira de faz de conta, reproduzindo cenas da vida cotidiana. Desse modo, a
imitação desempenha papel importante no processo do desenvolvimento infantil,
pois a criança evoca, por imitação, objetos ou ações construídas por si mesma ou
por outro. A criança que brinca em situação imaginária, opera sobretudo, com
objetos que têm um significado; logo opera com palavras que substituem os
objetos. Assim, segundo Vygotsky, ao brincar, a criança toma consciência das
próprias ações e do fato de que todas as coisas têm seu próprio significado.
Portanto, as brincadeiras de faz de conta têm um papel fundamental no
desenvolvimento das funções psicológicas superiores (pensar, falar, imaginar,
criar, recriar, aprender a conviver no coletivo, desenvolver habilidades motoras,
resolver situações de conflito, etc.) Nas diferentes interações que as crianças
vivenciam na brincadeira simbólica, são oportunizadas ricas trocas entre as
crianças e trocas entre as crianças e os adultos, favorecendo assim experiências
significativas no processo de aprendizagem das crianças. Destacamos alguns
pontos fundamentais para promover o interesse e envolvimento das crianças nas
100
propostas: contemplar no planejamento à atenção e cuidado com a organização
do espaço, olhar atento às interações e às aprendizagens construídas pelas
crianças, mediação do educador, respeito ao tempo de envolvimento e interesse
das crianças e flexibilidade no desenvolvimento da proposta.
Entendemos que as brincadeiras simbólicas ocorrem em vários momentos da
rotina e em diferentes espaços da escola, mas objetivando promover um espaço
estruturado e organizado na rotina, oportunizamos um espaço adaptado com
propostas que convoquem às crianças representarem o contexto social. A equipe
de professoras é dividida em subgrupos para que se revezem no planejamento e
organização do espaço. A troca da proposta nesse espaço é feita mensalmente,
porém consideramos importante sempre avaliar o interesse e o envolvimento das
crianças.
ATIVIDADES DE CORPO E MOVIMENTO
São atividades que ocorrem diariamente com vistas a desenvolver
capacidades motoras, sociais, afetivas, comunicativas e cognitivas. Para Wallon,
“a afetividade, o ato motor e a inteligência são campos funcionais entre os quais
se distribui a atividade. (...) A pessoa é o todo que integra esses vários campos.”
(Galvão, 2002, p. 49). Essas atividades podem se organizar através de atividades
101
permanentes com regularidade definida pelo planejamento como, por exemplo, os
circuitos de desafios motores (percurso organizado com objetos que desafiem as
crianças a subir, saltar, escorregar, equilibrar-se, arrastar-se, passar por baixo
etc.) e as atividades intersalas; e atividades permanentes diárias, como a
brincadeira de motoca, as brincadeiras com música e movimento, o parque e as
atividades planejadas intencionalmente para atingir os objetivos desta área.
Quando falamos em atividades de corpo e movimento, nesta faixa etária,
estamos falando de permitirmos, oportunizarmos, intencionarmos o
desenvolvimento de atividades livres e dirigidas que permitam às crianças
aprenderem sobre o mundo com liberdade expressiva de seus movimentos, não
podemos esquecer que a criança pequena é pura ação, é puro movimento, até
mesmo seu desenvolvimento comunicativo, seu desenvolvimento oral, perpassa
pelo ato de mover-se no mundo. A criança pequena, pensa, se move e fala
simultaneamente.
ATIVIDADES DE ARTES VISUAIS
São atividades presentes em muitos momentos do cotidiano escolar da
criança, através das brincadeiras de modelagem, dos desenhos com diferentes
materiais, das pinturas, da exploração gráfica com giz ou carvão entre outras.
102
A apreciação de imagens, possibilitando às crianças expressarem o que
pensam e sentem em relação a elas, também faz parte da construção de
conhecimentos em artes visuais. Essas atividades são organizadas em pequenos
grupos na sala de aula, ou em outro espaço preparado e organizado, de modo
que seja possível o acompanhamento direto de um educador no ensino de
procedimentos e no auxílio aos cuidados necessários com relação aos materiais
apreciados.
Organizou-se na escola também um espaço coletivo, próprio às atividades
com artes, este fica no salão do refeitório da escola. Cada turma terá um horário
garantido para a exploração do espaço, de duas a três vezes por semana.
Quanto à organização do espaço, os materiais de arte devem ser
previamente selecionados e organizados pelos educadores, por meio do
planejamento o professor buscará ampliar o conhecimento das crianças sobre os
recursos e técnicas exploratórias, possibilitando à criança sua livre exploração e
manifestação artística.
O professor deverá considerar, que o mais importante está no âmbito do
percurso criativo da criança e não em seu produto final.
ATIVIDADES DE MUSICALIZAÇÃO
103
A música é um instrumento importante ao desenvolvimento global da
criança. Por meio de atividades com músicas possibilitamos às crianças:
desenvolverem: percepção sensorial, auditiva e rítmica; concentração;
socialização; disciplina; percepção corporal; autoconfiança; criatividade;
sensibilidade; raciocínio; reflexão, etc.
As atividades de musicalização estão previstas em nossa rotina diária, seja
de forma sistematizada ou não. Esses momentos requerem planejamento e
preparo do professor, escolha dos repertórios, da seleção de materiais e espaços
que serão utilizados.
A música pode estar inserida na rotina como um instrumento que: relaxa,
tranquiliza, conforta; principalmente no período de adaptação e no momento do
soninho. Mas, antes de tudo a música deve fazer parte da rotina da turma, com
intencionalidade pedagógica. Podendo ser uma proposta de brincadeira cantada,
brincadeira interativa (quando a criança encena, faz gestos, reage ao que ouve).
Também é utilizada com o objetivo de ampliar o conhecimento das crianças sobre
os diferentes sons dos diferentes instrumentos musicais. Outra proposta é
desenvolver o gosto musical da criança por diferentes gêneros musicais,
construção rica da humanidade, não encontrada e oferecida pelos meios de
comunicação.
Atividades com músicas possibilitam às crianças ampliarem seu repertório
linguístico e representam aos professores instrumentos de trabalho rico, no que
tange à apresentação da cultura elaborada.
Faz-se fundamental às professoras ampliarem seus próprios
conhecimentos sobre os diversos gêneros musicais, para desta forma,
oferecerem às crianças o acesso aos gêneros cultos, menos explorados pelas
mídias: rádio e televisão.
Para o ano de 2016 buscamos socializar práticas desenvolvidas nesta
escola, que tenham por objetivo ampliar e qualificar o gosto musical de nossas
crianças, com o intuito de apresentarmos a elas a diversidade dos gêneros
musicais regionais, nacionais e internacionais.
104
ATIVIDADES DE INTERAÇÕES: INTERSALAS, ENTRETURMAS,
BRINCANTES E TEATRANTES
Embasados pela teoria Sócio Histórico Cultural que afirma que: “ O ser
humano cresce num ambiente social e a interação com outras pessoas é
fundamental a seu desenvolvimento” Lev S. Vygotsky.
Considerando que defendemos uma concepção de educação interacionista
que considera a competência da criança pequena em construir conhecimentos
sobre si mesma e sobre o mundo, através da interação com o meio físico e social.
“ O eixo condutor dessa prática é a interação, já que é considerada um fator determinante
para o desenvolvimento infantil.”
Rosana A. Dutoit.
Partindo do pressuposto que a interação de crianças de idades diferentes é
um dos conteúdos da Educação Infantil, esta U.E. tem como objetivo, garantir na
rotina diária das turmas, a realização de atividades que possibilitem e estimulem o
desenvolvimento deste conteúdo educacional.
Acreditando na interação como conteúdo educacional, defendemos que
atividades com ênfase na interação oportunizam às crianças a construção de:
Procedimentos e atitudes fundamentais à vida em coletividade.
Propiciando o desenvolvimento da colaboração, ajuda, cooperação,
solidariedade e respeito;
Aprendizagens correlatas ao desenvolvimento da identidade:
habilidade em articular seus próprios interesses, indicar suas
preferências, defender seus pontos de vista e realizar colocações
com os demais, adultos e crianças;
Aprendizagens e desenvolvimento das habilidades de comunicação
e da linguagem oral por meio de parcerias estabelecidas com
crianças que já possuem uma comunicação ou uma linguagem
mais elaborada;
Diante do fato que as aprendizagens se dão na relação que a criança
estabelece com o meio; validando que quanto melhor a qualidade desta
105
interação, maior e melhor serão as aprendizagens construídas pela criança, por
conseguinte melhor será seu desenvolvimento global, faz-se irrefutável a
importância da promoção diária de tais atividades à rotina da criança pequena.
Principalmente, considerando que a jornada diária de permanência da criança
nesta escola chega à dez horas diária.
Embasados nesta concepção, sobre a importância da interação entre as
crianças/crianças e crianças/adultos, junto ao desenvolvimento infantil, teremos
como prática pedagógica o desenvolvimento de 03 tipos de atividades: Intersalas
– Entre turmas - Brincantes e Teatrantes.
Desde 2013 acordamos que o melhor horário para a realização das
atividades de interação deveria ser o das 10h05 às 10h30, momento em que o trio
de educadores estão juntas. Fato este que qualifica a atividade, podemos assim,
oferecer um número maior de adultos, de educadores, de mediadores, que
atenderão as necessidades das crianças em suas especificidades.
Em 2014 as atividades de interações ocorreram da seguinte forma:
2ª e 4ª-feira : Atividade de Intersalas
3ª e 5ª-feira: Atividade com as Brincantes e Teatrantes;
6ª-feira: Entre turmas.
Em 2015, com a reestruturação dos horários de trabalho das professoras,
devido à implementação da jornada formativa de 1/3, horário de HTP, nos
deparamos com uma nova realidade, não mais contaríamos com o trabalho de
trio, passando a ser em sua grande maioria, um trabalho em dupla. Sendo assim,
fez-se necessário repensar e replanejar as atividades de interação, buscando dar
continuidade a mesma, com a melhor qualidade possível.
Fruto desta discussão, a D.G. e a equipe de professoras entendeu que o
número de atividades deveria ser diminuído, passando de 08 para 05, pois assim
poderíamos contar com um número adequado de educadores por atividade,
realizando as mediações necessárias junto às crianças.
Outra alteração estava relacionada ao horário, as atividades deveriam
ocorrer tanto de manhã quanto à tarde, para que ambos os professores da turma
pudesse executar as propostas de integração junto à turma.
Os horários definidos pelo grupo foram: das 10h às 10h25 e das 15h às
15h25, sendo que as crianças teriam contato diário com a proposta, mas com
alternância dos horários.
106
A D.G. juntamente com a equipe docente validou a necessidade de que as
propostas sejam acompanhadas pela gestão e reavaliadas constantemente pelo
grupo, objetivando identificar as possíveis dificuldades que surjam, para que os
devidos acertos sejam planejados e implementados, para que as dificuldades
estruturais não venham a prejudicar a qualidade do trabalho já desenvolvido nas
propostas de interação, implementadas e construídas nos anos anteriores.
ATIVIDADES DE INTERSALAS
“As atividades intersalas assemelham-se às diversificadas, pois as crianças
escolhem quais as atividades que desejam realizar e com quem desejam realizá-
las Para tanto, alguns espaços da escola (salas de aula e pátio interno, por
exemplo) são organizados de forma estruturada (como oficinas). Nesses locais,
as crianças podem interagir e movimentar-se com autonomia.
Esse é um momento privilegiado para interações entre crianças e entre
crianças e adultos de grupos diferenciados. Além disso, possibilita a exploração
de outros espaços físicos da unidade.
É preciso garantir o contato entre crianças de diferentes faixas etárias. É
indicado também que se planeje a organização dos ambientes e que haja um
acompanhamento do movimento das crianças..”
Proposta Curricular de Ed. Infantil, volume II. Caderno 2, 2007, pp. 173-174)
107
A implantação da Atividade de Intersalas foi estabelecida nesta U.E. no ano
de 2010, sendo uma experiência nova para o grupo de crianças e para a maior
parte dos educadores. Sua implementação se deu de forma paulatina, ano a ano,
coube a D.G. desenvolver junto às professoras discussões que lhes
possibilitassem repensar, replanejar, reconstruir e qualificar as propostas de
interação.
Foi necessário primeiramente que o grupo passasse por um momento
formativo, estudamos e discutimos as potencialidades de aprendizagem desta
atividade e as orientações didáticas necessárias para a sua estruturação. O
grupo decidiu começar por uma atividade prévia chamada de: Atividades de
Integração. Esta atividade teve como objetivos:
Promover a socialização entre as crianças de idades e experiências
diferentes;
Oferecer diferentes vivências às crianças, possibilitando-lhes: contato com
outros educadores; conhecer outros espaços;
Preparar as crianças para a implementação da Atividade de Intersalas;
A atividade de Integração entre as turmas buscou familiarizar as crianças,
com os desafios de circularem posteriormente, com autonomia nos diferentes
espaços, aceitando as intervenções de adultos que não eram referência da turma.
A Atividade de Integração consistia em possibilitar que uma turma
visitasse a outra, realizando juntas uma determinada atividade. Promovendo
assim: a circulação das crianças em espaços diferentes ao de sua turma;
interagir, brincar com outras crianças e com outros adultos.
O grupo validou a necessidade de vivenciar a atividade de Integração no 1º
semestre, implementando a Atividade de Intersalas somente no 2º semestre.
No ano de 2011 o período de Integração foi de 04 semanas, sendo seguido
pela atividade de Intersalas, em 02 agrupamentos. O primeiro agrupamento,
turmas do corredor da direita, realizando a atividade às 3ª-feiras e as turmas do
corredor esquerdo às 5ª-feiras; somente no 2º semestre passamos a realizar uma
única atividade de intersalas, entre todas as 10 turmas.
No ano de 2012, estando os educadores mais familiarizadas com a prática
sistemática e semanal da atividade de intersalas, ficou estipulado que o período
de integração ocorreria logo após o período de adaptação ser concluído; este
iniciaria na 2ª quinzena de março e deveria ser de apenas 01 semana,
108
objetivando aproximar todas as crianças de atividades coletivas, estando juntas
de outras crianças e de outros adultos, que não apenas os de suas referências. A
atividade de Integração passou a ter o caráter de “boas-vindas”, de acolhimento
entre as turmas.
Em seguida, na última semana de março, passamos a realizar as
atividades de intersalas entre as 10 turmas, 01 vez na semana, sendo às 5ª-feiras
das 10h15 às 10h45.
Em 2011 a atividade de Intersalas iniciou, no primeiro semestre, às 5ª-
feiras, com todas as 10 turmas. No segundo semestre, o objetivo da dupla
gestora, apoiadas pela Orientadora Pedagógica seria ampliar a realização da
atividade, fazendo com que a mesma ocorresse duas vezes na semana: às 3ª e
5ª-feiras, com todas as 10 turmas.
No entanto, no decorrer do primeiro semestre, frente às discussões e
replanejamentos das atividades de Intersalas, mediadas pela formação oferecida
à Rede, sobre a Escola da Infância, coube à dupla gestora retomar com o grupo o
caráter das próprias atividades oferecidas na Intersalas, pois haviam 02
atividades que destoavam dos objetivos e princípios da proposta, pois não
possibilitavam a ação direta da criança, sendo estas as atividades de: Pintura
Facial e de Vídeo.
Após reflexão e discussão do grupo, após o mesmo ter entendido que
ambas as atividades não possibilitavam às crianças serem o sujeito da ação, de
interagirem com a proposta e com os objetos, as atividades foram excluídas da
Intersalas, sendo acrescidas outras duas:
Fantasias e acessórios;
Pista de carros e motos.
Estas discussões representaram ao grupo um crescimento formativo, que
qualificou o entendimento sobre os objetivos da atividade, mas foi um crescimento
que se deu em diferentes níveis, sendo mais sofrível à algumas e menos para
outras. Portanto, diante deste contexto, a D.G. reviu junto à O.P. sobre o objetivo
de ampliar a execução da atividade, passando a ser 02 vezes na semana, ficando
acordado que a revisão da proposta já se apresentava ao grupo docente como
sendo um avanço qualitativo, ficando para 2013 o desafio de ampliarmos o
número de vezes da intersalas por semana.
Este desafio foi alcançado já no início do ano de 2013.
109
Em 2014, no início de nossos planejamentos ao discutirmos sobre a
proposta das Intersalas, avaliamos que havia uma inadequação, quanto à
atividade com fantasias e acessórios. O grupo reavaliando validou que tal
atividade deveria ser garantida em outros momentos da rotina e não mais nas
propostas da Intersalas, devido aos problemas de conservação das fantasias,
pois as crianças vestidas e fantasiadas acabavam desenvolvendo outras
atividades que as deterioravam. Sendo assim passamos a ficar com apenas 08
propostas de atividades.
Também, fruto desta reavaliação, o grupo definiu que devido às
dificuldades dos menores, em explorar os espaços coletivos, em separar-se dos
educadores referências, as auxiliares de educação, de cada turma, passariam a
ocupar a função de volantes, ficando atentas em atender as diferentes
necessidades específicas das crianças de sua turma.
Em 2015, diante da implementação da jornada de HTP, fez-se necessário
reestruturar a proposta de Intersalas. Com a implementação do HTP as
professoras não mais exercem a regência dupla, elas exercem uma regência com
revezamento, quando uma chega a outra sai. Sendo assim, com um número
menor de educadores, coletivamente ficou decidido, que o número de propostas
de atividades deveria ser menor, passando de 08 para 05 propostas. Os horários
também foram modificados, ficando uma vez na semana sob os cuidados da
professora da manhã, às 10h e em outro dia da semana no horário da tarde, às
15h.
Outra mudança, em nome da qualidade, foi estabelecer que as atividades
de integração só iriam iniciar no mês de abril, pois ter um número menor de
adultos implica em ter um número menor de mediadores, que poderiam acolher
as dificuldades das crianças que ainda apresentavam resistência e insegurança
em explorar os espaços fora de sua sala e em realizar contato com os demais
educadores.
O grupo de professoras avaliou que não deveríamos responsabilizar a
dupla referência por uma mesma proposta, pois as crianças que apresentam
dificuldades em se separar das referências acabam por explorar apenas a
proposta a qual as referências desenvolvem. Sendo assim, estando a auxiliar de
educação referência responsável por outra proposta já representava àquela
criança uma possibilidade de escolha entre duas propostas.
110
Também foi definido pelo grupo que caberia à função de volante aos
auxiliares de educação de apoio e às professoras substitutas.
O grupo também repensou a proposta do ateliê de artes, acordando que
para os 02 primeiros meses não seria oferecido atividades com tinta e cola, pois
os menores estariam iniciando os primeiros contatos com tais recursos, tendo
pouca autonomia para desenvolver a exploração segura dos materiais.
No decorrer do ano de 2015 precisamos suspender a atividade de
Intersalas para reavaliarmos e a requalificarmos. Pois se percebia que a mesma
não estava sendo oferecida às crianças com a qualidade dos anos anteriores,
apontando-se como inadequada em ambos os horários: manhã e tarde.
O maior problema avaliado pela equipe de professoras, auxiliares de
educação e D.G., estava no número reduzido de professoras, sobrecarregando a
todos os envolvidos e ainda assim não conseguindo atender as necessidades
específicas apresentadas pelas crianças; como também a dificuldade de realizá-la
no período da tarde, momento em que as crianças ainda encontram-se
sonolentas ou dormindo; apresentando-se, na grande maioria, irritadas e
chorosas na intersalas.
Fruto da discussão coletiva, efetuamos as seguintes mudanças:
A proposta ocorreria apenas uma vez na semana, no horário das
10h às 10h25;
Todas as professoras estariam em horário de regência, no horário
da intersalas, interrompendo o HTP e o retomando logo em seguida.
Ou seja, o HTP de 5ª-feira das professoras do 2º horário seria: das
09h30 às 10h e das 10h30 às 11h40;
Caberia aos auxiliares de educação acompanharem as crianças,
circulando pelos diferentes espaços incentivando aqueles que
necessitavam do estímulo para escolher e participar das diferentes
propostas ou atender às diferentes necessidades de afeto, atenção
e acolhimento;
O espaço a ser utilizado seria reduzido, excluindo-se o refeitório,
simbólica e ateliê. Usando apenas as salas de aula: 1, 2, 10, 09,
pátio interno e o corredor dos fundos da escola;
Permaneceriam as propostas de: artes, corpo e movimento,
simbólica, leitura, jogos de encaixe, música.
111
OBJETIVOS DA ATIVIDADE DE INTERSALAS:
Proporcionar às crianças momentos de escolhas: de espaços, atividades e
parcerias para as brincadeiras; desta forma possibilitando o
desenvolvimento e construção da autonomia e da identidade;
Realizar deslocamentos com segurança e autonomia;
Sentir-se seguros na relação com outros educadores que não os seus;
Lidar com situações novas: conflitos/desafios/negociar brinquedos e pontos
de vista;
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS PARA A ATIVIDADE DE INTERSALAS:
Papel dos professores:
Planejar atividades que proporcionem a interação: entre as crianças; da
criança com a atividade e com os objetos;
Ter clareza na concepção dos conteúdos que pretende desenvolver:
autonomia e identidade;
Planejar espaços atraentes/ desafiantes que proporcionem a exploração
autônoma da criança e a troca de experiências;
Papel dos professores e auxiliares em educação:
Fazer intervenções/mediações necessárias para a construção da
aprendizagem das crianças;
Mediar as ações da criança intencionando o desenvolvimento da
autonomia;
Mediar as ações da criança junto a exploração dos espaços, dos objetos,
das brincadeiras e nas relações com as demais crianças, intencionando
paulatinamente que esta aprimore seus saberes;
Arrumar previamente os espaços e guardar os materiais ao término da
atividade.
Papel do educador volante:
Circular entre os espaços e conduzir os alunos respeitando as opções das
crianças;
112
Apresentar as atividades propostas (com dinamismo e entusiasmo, “fazer a
propaganda” para que os alunos se sintam atraídos pelas atividades);
Observar a dinâmica do movimento/deslocamentos para intervir/mediar
quando necessário;
Observar espaços (áreas) superlotados ou com poucas crianças de modo a
incentivar os alunos a se redistribuírem;
Verificar a necessidade de trocas e uso do banheiro e substituir o educador
da criança na área em que está para que ele possa trocar a criança de sua
turma, pois é preciso um vínculo de intimidade para realizar a troca;
Papel da Dupla Gestora:
Acompanhar sistematicamente o desenvolvimento das atividades;
Propor momentos coletivos de rediscussões, reflexões e replanejamentos
sobre a atividade;
Tipos de Atividades que favorecem a integração entre as crianças, e que poderão ser desenvolvidas na proposta de intersalas:
Bailão;
Circuito/ percursos ( sem tempo de espera com desafios diferentes) ;
Atividades que explorem o Corpo e Movimento;
Atividades de Artes coletivas ou individuais;
Pista de Motocas com desafios;
Pista com carros e Motos;
Sala de leitura (não dirigida, com livros e/ou fantoches para que as crianças
escolham e manuseiem os materiais);
Jogos de encaixe e construção;
Atividades/jogos com música e brincadeiras (cantigas de Roda – bandinhas
– etc.).
Em 2016, tendo como fonte de estudo o texto do professor Mario Sérgio
Cortella: Fundamental é Chegar ao Essencial, o grupo avaliou o quanto, apesar
de refletirmos, reavaliarmos, replanejarmos a proposta da intersalas, esta se
encontra, para o grupo docente, no âmbito do fundamental. Todos sabem o
113
quanto a Intersalas é importante, sendo um instrumento de interação. Mas acaba
sendo realizada semanalmente por ser obrigação, por constituir-se atividade da
rotina da escola.
Ficou acordado que voltaríamos a refletir sobre a Intersalas, realizando os
devidos ajustes. Replanejando e modificando a proposta, com o intuito de a
qualificarmos, propiciando ao grupo de educadores: o entendimento de que a
intersalas é essencial ao trabalho desta U.E. Fazê-la, desenvolvê-la não por sua
obrigatoriedade, por ser ela fundamental, mas movidas por sua essencialidade.
Esta equipe passou a entender que a prática da Intersalas é essencial e se
faz fundamental ser reavaliada, revisitada e replanejada semestralmente. Para
que a mesma seja qualificada ano a ano.
ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO ENTRE AS TURMAS: ENTRETURMAS
Como mencionado anteriormente, esta proposta surgiu no ano de 2010,
sendo uma preparação para a implantação da proposta de intersalas.
Contudo, desde 2012 o grupo avaliou positivamente a permanência da
atividade de integração entre duas turmas. Apontando que esta atividade
promove a interação entre as crianças, entre as turmas, entre os diferentes
114
adultos em um contexto diferente da intersalas, não devendo ser suprimida e sim
ser uma segunda proposta de atividade de interação. Fato este proposto para
implantação em 2013.
A proposta de integração entre duas turmas tem o objetivo de promover a
interação, mas em pequeno grupo, no espaço da sala de aula. A organização da
atividade deverá garantir que todas as turmas façam visitas a todas as turmas e
recebam visitas de todos.
A organização da sala, dos materiais e o planejamento da proposta ficam a
cargo do trio visitado.
A atividade ocorrerá 01 vez na semana, sendo que em uma semana
ocorrerá no período da manhã, às 10h00 e na semana seguinte às 15h.
Todo organização das visitações são planejadas pela D.G., e entregues,
com antecedência às professoras, para que tenham tempo hábil para planejarem
e preparem as diferentes atividades que realizarão junto às turmas.
Os objetivos que permeiam a proposta da integração entre turmas são:
Garantir momentos de interação entre crianças/crianças,
crianças/adultos e crianças/propostas de atividades;
Promover a socialização entre as crianças de idades e experiências
diferentes;
Oferecer diferentes vivências às crianças, possibilitando-lhes:
contato com outros educadores; conhecer outros espaços;
diferentes ações educativas.
115
ATIVIDADES “BRINCANTES E TEATRANTES”
Já faz parte da história desta U.E. a realização de eventos culturais (peças
teatrais, musicais ou com fantoches) e atividades “brincantes” (apresentação de
brincadeiras tradicionais e de outros tipos de brincadeiras), que acontecem nos
sábados letivos e nos encerramentos dos semestres, atividades estas planejadas
e desenvolvidas por um grupo de funcionárias. Atividades estas que podem ser
apresentadas às crianças e à comunidade, ou somente às crianças; atendendo às
especificidades dos eventos.
Contudo, a partir do ano de 2012 as atividades brincantes transformaram-
se em atividades permanentes semanais.
Em 2013 um novo grupo de educadores se constituiu, sendo chamadas de
Teatrantes. Quinzenalmente se apresentavam às crianças, por meio de teatros de
fantoches, teatros de sombras, encenações de pequenas histórias ou de músicas
já conhecidas pelas crianças. Estas passaram a dividir as atividades e
apresentações com as Brincantes.
116
A brincadeira, proposta de atividade ou peça teatral poderá ser mensal,
repetindo-se nos 02 encontros; sendo estendida ou suprimida, diante do
envolvimento e interesse das crianças.
As brincadeiras serão apresentadas às crianças e aos educadores, que
darão continuidade a elas, explorando-as em sua rotina, conforme o interesse
específico da turma.
As brincadeiras preferidas das crianças serão apresentadas aos pais nos
sábados letivos ou nas reuniões com pais.
As atividades culturais, que exigem tempo de ensaio e de preparo do
cenário e figurino continuarão a ocorrer em momentos pontuais do calendário:
encerramento dos semestres e sábados letivos.
Para 2014, após avaliação da equipe, acordou-se que o ideal é separar o
grupo de crianças em dois, ficando o primeiro grupo: do corredor da sala 01 à sala
05 e o grupo dois: da sala 06 à sala 10. Sendo assim, uma semana os grupos
participarão das atividades com as Brincantes e na outra semana com as
Teatrantes. Tal modificação buscou atender às demandas das crianças menores,
que apresentam dificuldades em ficar em espaços coletivos com um grande
número de crianças e adultos. Bem como, para assegurar que em um grupo
menor ficaria mais fácil aos educadores levarem as crianças a se envolverem
mais com as propostas.
Em 2015 tivemos como desafio envolver a comunidade em tais atividades,
foram feitos convites orais na 1ª reunião com pais, pela D.G. e professoras, bem
como, foi realizado convite escrito, enviado a todos os pais/responsáveis, sendo
agendado reunião específica para apresentação dos projetos da escola, como
também, momento que discutiríamos as formas possíveis de participação,
conforme o interesse de cada um. Contudo na data agendada ninguém da
comunidade compareceu. A diretora solicitou que as professoras retomassem os
convites de participação e envolvimento com os projetos da escola, na 2ª reunião,
do mês de março, mas novamente não houve adesão de ninguém. Desta forma o
projeto das Brincantes e Teatrantes serão iniciados apenas com a participação
dos funcionários.
As atividades das Brincantes precisam seguir os seguintes objetivos:
A atividade não pode perder sua essência – descaracterizando-se – deve
propiciar: a participação, a ação e interação das crianças com os adultos,
demais crianças e com a própria brincadeira;
117
O planejamento da atividade deve priorizar: os objetivos acima; as
brincadeiras e atividades deverão ser repetidas e exploradas até seu limite,
buscando ampliar a participação da criança a cada apresentação; as
brincadeiras serão modificadas quando o grupo avaliar que estas não mais
encantam as crianças; as crianças deverão ser convidadas e estimuladas a
participarem, sempre e cada vez mais; aos educadores das turmas devem
ser convidadas a ampliarem sua interação com a atividade, com as
crianças e com as brincantes (sendo também fontes de interação para as
demais crianças);
O planejamento deve buscar oferecer brincadeiras e apresentações que
visem ampliar o repertório cultural das crianças, com atividades mais
complexas, ou apenas de cunho cultural; mas também garantir que haja
propostas de brincadeiras simples, que possibilitem de fato que a criança
interaja, brincando junto com os adultos/educadores;
Todos os educadores e membros da comunidade poderão contribuir junto
ao planejamento, sugerindo às Brincantes músicas, vídeos, brincadeiras e
outras atividades que forem adequadas à atividade;
A oficial fará uma pasta no computador, arquivando as músicas, vídeos
que serão reproduzidos em CDs e entregues aos trios, diante da
solicitação dos mesmos;
As brincadeiras e demais propostas poderão ser exploradas pelos Trios em
atividades com a turma, tanto em sala de aula como nos demais espaços
que considerem adequados;
As crianças poderão apresentar-se às turmas, ensinando-lhes brincadeiras,
músicas, encenando músicas e histórias, etc. (atividades que atendam o
objetivo central da proposta: ampliar o repertório cultural e proporcionar a
interação);
Os Educadores dos Trios são partes integrantes das propostas; após
aprenderem a atividade serão sujeitos ativos no brincar com as demais
crianças, estimulando-as e orientando-as quanto à sua participação e
envolvimento com a proposta; buscando ampliar a cada atividade a ação
autônoma e espontânea da criança.
118
Já as atividades das Teatrantes deverão oferecer às crianças: contações
de histórias, teatros de fantoches, teatros de sombras, peças teatrais, e outras
formas de dramatizações.
Diferente do ano de 2014, em 2015, ambos os grupos, um da manhã e
outro da tarde, poderão desenvolver tanto atividades de brincantes como de
Teatrantes, conforme planejamento dos dois grupos.
Em 2015 as atividades Brincantes/Teatrantes ocorreram 02 vezes na
semana, sendo que o grupo da manhã se apresentará às 10h e o grupo da tarde
às 15h. Os planejamentos e ensaios ocorrerão nos horários de HTP, sempre que
necessário. Sendo que a participação dos funcionários do segmento dos
Auxiliares em Educação nos momentos de ensaio ocorrerão somente a
disponibilidade de estes serem substituídos.
ATIVIDADES REALIZADAS NOS SÁBADOS LETIVOS: DIA DA FAMÍLIA E
MOSTRA CULTURAL
DIA DA FAMÍLIA NA ESCOLA
Com relação aos eventos que ocorrem nos sábados letivos temos a
seguinte organização: Dia da Família na Escola e a Mostra Cultural. Estas
atividades se constituíram como permanentes, anualmente. No primeiro sábado
119
letivo temos o Dia da Família na Escola e no último sábado letivo a Mostra
Cultural.
O Dia da Família na Escola tem por objetivo promover uma verdadeira
parceria entre a escola e as famílias, por meio de trocas de saberes, de oficinas e
atividades culturais.
MOSTRA CULTURAL
A Mostra Cultural tem por objetivo socializar com os pais sobre o trabalho
pedagógico desenvolvido pelos diferentes trios de educadores. Destacando
sobre: os percursos das crianças; as ações educativas; os projetos; as
aprendizagens desenvolvidas pelas crianças; etc.
Após formação em 2013, avaliando as Mostras Culturais anteriores,
embasados sobre os princípios da Escola da Infância, sendo a criança
compreendida como o sujeito da aprendizagem, construindo seus saberes, diante
de suas possibilidades e intencionalidades, acordamos com o grupo que:
cabe à atividade da Mostra Cultural dar luz a esta criança,
explicitando suas ações, aprendizagens, desenvolvimento e
120
conquistas. Tal visualização, sendo possível, através do uso de
filmagens, fotos e gravações.
nesta faixa etária, a grande experiência da criança se dá no
percurso, durante a realização das atividades e brincadeiras, e não
diretamente relacionada às suas produções finais.
Sendo assim, a validade da Mostra Cultural é entendida por socializar junto
à comunidade a riqueza das ações, fazeres e saberes que a criança construiu.
Portanto, o espaço pode ser primorosamente organizado, mas não é este o centro
da exposição, de nada valerá a produção dos espaços se neles não ficarem
visíveis as ações das crianças da turma. Esta reflexão precisa ser vivenciada pelo
grupo docente ano a ano, buscando conflitar este conceito com a prática anual da
Mostra Cultural.
REUNIÃO COM PAIS
A reunião com pais é uma atividade bastante aguardada pelos pais,
principalmente pelos pais de crianças tão pequenas, estes ficam ansiosos. Para
eles a reunião representa o momento em que poderão saber sobre como os filhos
estão indo na escola, em termos de adaptação, se estão comendo, dormindo,
chorando; bem como, será neste momento que ouvirá das professoras sobre as
aprendizagens e sobre o desenvolvimento de seus filhos.
121
Por meio das reuniões com pais, os educadores visam construir o
estabelecimento da parceira entre a família e a escola, de modo que a escola e a
família trabalhem para atingir objetivos comuns, juntos à educação e junto ao
desenvolvimento global da criança.
Sendo assim, a reunião com pais, nesta U.E. é tida como um eficiente
instrumento de trocas de saberes sobre as crianças e de parceria com as famílias.
Acreditamos que quanto mais significativa for a reunião para os pais, maior
será a presença destes, não apenas nas reuniões, mas também, quanto a
participação destes em outras atividades proporcionadas pela escola, bem como,
no acompanhamento do cotidiano escolar do filho.
Em nossas reuniões com pais visamos que os assuntos tratados sejam
interessantes aos participantes. Além disso, é preciso que todos se sintam bem
acolhidos e que a relação estabelecida neste espaço seja democrática e de
reciprocidade, que haja diálogos e trocas entre os responsáveis e educadores,
sobre os fazeres, aprendizagens e saberes das crianças.
Nossa experiência tem nos mostrado que os temas que mais interessam
aos pais, além de discutirem sobre o desenvolvimento de seu filho, são aqueles
que tratam das dificuldades encontradas na educação das crianças: Por que ele
chora tanto? Como fazê-lo parar? Como tirar a chupeta, a fralda? Como lidar com
a birra? Por que ele morde? Sobre os conflitos existentes entre os pequenos.
Sobre a aquisição da oralidade. Questões como estas são desafios educacionais,
enfrentados pelos pais e pelos educadores de crianças pequenas e que podem e
devem ser debatidas no espaço escolar, onde todos são capazes de construir
aprendizagens, aprendendo uns com os outros: pais e educadores, família e
escola.
As reuniões com pais precisam propiciar a troca de saberes entre a escola
e as famílias. À escola, cabe contribuir com sua experiência pedagógica, com
seu conhecimento teórico e prático; às famílias cabe contribuir com suas
experiências cotidianas, com seus saberes sobre os filhos.
Outro assunto que desperta o interesse das famílias é sobre o dia-a-dia da
criança na escola, sobre a rotina do filho, da turma. Em geral, as famílias têm
muitas dúvidas sobre: os cuidados, a alimentação, o momento do sono, as
atividades desenvolvidas. Por isso, um tema bastante recorrente em nossas
reuniões é a rotina da turma.
122
Outro fator que estimula o comparecimento dos pais às reuniões é o
favorecimento de sua participação nas mesmas. Os pais são considerados como
interlocutores, e não como ouvintes. Esta participação é provocada de forma
planejada, respeitando a espontaneidade dos responsáveis. Gradativamente os
pais vão se habituando a esse formato de reunião e até solicitam nas avaliações
que haja sempre esse espaço de participação, de diálogos. Além disso,
procuramos, desde a primeira reunião do ano, ressaltar sobre a importância
dessa efetiva participação e o quanto ela contribui para ambos, família e escola,
no trabalho de educar e na construção da parceria entre a escola e as famílias.
A reunião com pais, quando necessário, é dividida em dois momentos: no
refeitório com a dupla gestora e em sala de aula com os educadores.
O grupo prepara as reuniões inicialmente fazendo um planejamento
coletivo levantando a pauta, as questões a serem abordadas por todas as turmas.
Consideramos os aspectos comuns que precisam ser discutidos ou informados
para todos os pais.
A partir desse planejamento coletivo elaboramos a pauta coletiva das
reuniões. Depois desta pauta coletiva, cada trio de educadores planeja a pauta
específica para a sua turma, de acordo com os seus objetivos e necessidades. As
reuniões ocorrerão subdivididas da seguinte forma:
Momento da Nutrição: O encontro é iniciado com uma nutrição
cultural/literária, relacionada ou não ao tema principal da reunião;
Momento Formativo: Discussões e reflexões sobre um tema
específico, tema este correlato às necessidades das famílias ou dos
educadores;
Momento de Apresentação e ou Discussão sobre a rotina da turma.
Costumamos utilizar como estratégia, para socializar o trabalho
realizado com as crianças, fotos e vídeos do cotidiano; que ilustrem:
as propostas, os projetos, as aprendizagens, o comportamento da
criança, etc.
Momento de Apresentação e ou Discussão sobre o relatório
semestral da turma.
Momento de Retomada dos Combinados: trazendo para reflexão
apenas os combinados que necessitam ser aprimorados, com o
intuito de qualificar a parceria com as famílias.
123
Momento do Atendimento Individual. Este ocorrerá após o término
da reunião com o coletivo dos pais; os educadores agendam ou se
colocam à disposição para tratar individualmente de alguma
necessidade específica trazida pela família ou validada por eles
como sendo necessárias. Sempre que os educadores julgarem
necessário a D.G. poderá participar desta discussão. Tal
atendimento individual às famílias também poderá ser agendado
pela D.G., diante das demandas trazidas pela família ou pelos
educadores.
Desde o ano de 2012 a S.E. mudou a orientação feita às escolas de
Educação Infantil de 0 a 03 anos, estipulando que os dias das reuniões com pais
sejam dias letivos, portanto deveria ser garantido às crianças e seus familiares
que houvesse aula antes ou depois da reunião com pais.
Com o objetivo de garantirmos a participação das famílias, as reuniões
ocorrem em 02 agrupamentos, para que a criança possa estar em atividade, com
outro trio, enquanto a mãe/responsável participa da reunião.
SENDO ASSIM, ORGANIZAMOS AS REUNIÕES DA SEGUINTE FORMA:
A Reunião com Pais se dará em 02 dias, dividido em duas turmas:
corredor 1 e corredor 2; Quando for o dia da reunião do corredor 01
as crianças destas turmas entrarão normalmente às 08h e as
crianças das turmas do corredor 02 entrarão às 10h, sendo que no
dia seguinte ocorrerá a o inverso, a reunião será com as turmas do
corredor 02, estes entrando às 08h e as crianças das turmas do
corredor 01 entrando às 10h.
Com esta organização conseguimos aumentar a presença de
crianças na escola, em dias de reuniões, bem como, conseguimos
aumentar o número de pais que participam da reunião. Pois o fato
dos pais/responsáveis virem para a escola, juntamente com seus
filhos mostrou-se ser um facilitador às famílias; sendo que os pais
não precisarão se preocupar: com o local ou com quem tomará
conta da criança durante o período da reunião com pais; bem como,
124
não se preocupará com quem trará o filho para a escola após a
reunião encerrar.
Horário da Reunião com Pais: das 8h às 09h30 – nas salas de aula
do corredor contrário; as crianças ficam em sua salas, pois se
sentem mais seguras em sua sala de referência. Somente na
reunião de dezembro, devido a especificidade da entrega das
atividades e demais materiais das crianças às famílias, a reunião
ocorrerá na sala da turma e as crianças ficarão em outra sala.
As crianças (dos trios que estão em reunião) deverão ficar em
atividade interna, na sala, até às 08h15, momento que os pais já
deverão estar em suas respectivas salas;
As refeições ocorrerão da seguinte forma:
café da manhã - no refeitório, em dois grupos, iniciando às 8h20 e
encerrando às 09h00. A colação se dará às 10h na sala da turma ou
nos espaços coletivos; um dos educadores deverá buscar o suco na
cozinha; O almoço/ lanche e jantar ocorrerão em horário normal,
para todas as crianças;
Os educadores precisarão estar atentas quanto ao momento do
sono, considerando o dia que sua turma entrará às 10h00,
refazendo seu planejamento e seus horários diante das
necessidades e especificidades das crianças de sua turma;
ofertando o momento do sono mais tarde neste dia, se necessário
for.
Quanto a participação do Auxiliar em Educação nas reuniões; na 2ª
reunião do ano, que ocorre próxima ao final do mês de março: os
auxiliares da turma e do de apoio deverão permanecer com as
crianças da sua turma, pois serão eles os mediadores entre as
crianças e os demais adultos, que estarão substituindo seus
professores. A presença do auxiliar será fundamental para que a
criança sinta menos a falta de seus professores. Nas demais
reuniões caberá a cada trio validar se a turma ainda necessita da
presença do auxiliar titular ou se este participará da reunião com
pais. Com relação ao auxiliar de apoio, este sempre estará
acompanhando as crianças da turma e não participará das reuniões
125
com pais. Podendo se ausentar apenas para se apresentar aos pais
ou revezando a participação com o auxiliar titular.
Quanto à realização de avaliação da reunião: ficou acordado com o
grupo que cada trio utilizará o instrumento de avaliação que
considerar adequado. Sendo que o importante é a realização da
avaliação e os resultados e não o próprio instrumento. O instrumento
deverá atender às especificidades das famílias e do trio de
educadores.
As pautas e avaliações serão socializadas pelas professoras em
HTP e acompanhada pela diretora. Os auxiliares socializaram nos
momentos formativos, junto à C.P.
ATIVIDADES DE ENCERRAMENTO DOS SEMESTRES:
Estas atividades semestrais visam demarcar às crianças a finalização de
um período letivo que antecede o recesso escolar e as férias de final de ano.
Estas atividades são voltadas apenas às crianças, com atividades culturais e ou
lúdicas. Buscando realizar naquele dia ações educativas específicas junto às
crianças. Faz parte da prática da escola o desenvolvimento de atividades
musicais, teatrais e coletivas.
126
Temos o objetivo de envolver anualmente os colegiados: APM e Conselho
de Escola, nas discussões, decisões e organização destes eventos; buscando de
fato uma participação efetiva dos membros.
Faz-se importante ressaltar que as discussões relacionadas aos eventos
serão regidas pelos princípios: gestão democrática, respeito à diversidade,
laicidade e escola pública de qualidade para todos.
ATIVIDADES DE ESTUDO DE MEIO:
Este tema é discutido anualmente pela D.G., com a equipe de educadores
e com os membros dos colegiados. Nosso objetivo é aprimorar as discussões e
qualificar as atividades junto às crianças.
Após estes 03 anos letivos, desde 2011, estando esta D.G. à frente da
gestão da U.E., as discussões sobre as atividades de Estudo de Meio,
envolveram todos os segmentos, paulatinamente fomos qualificando e
aprimorando a execução de tais as atividades.
Hoje, é consenso entre o grupo, que a atividade de Estudo de Meio visa o
atendimento ao direito de brincar da criança, este é um objetivo pedagógico,
estando vinculado ao projeto da U.E. Pois em todas as nossas ações diárias
defendemos que nossas crianças aprendem pelo brincar e brincando ela se
127
desenvolve globalmente: desenvolvimento afetivo, social, cognitivo e físico.
Portanto, superamos o equívoco da avaliação dos anos anteriores, em que parte
do grupo avaliava que as saídas aos Parques da redondeza eram atividades de
lazer, não estando tal atividade vinculada ao projeto da escola.
Temos total consciência que nesta faixa etária a ida ao Parque é uma ação
educativa que possibilita às crianças:
O exercício ao direito de brincar;
Brincar em espaço amplo;
Explorar brinquedos de parque diferentes aos existentes na U.E.;
Deleitar-se em local que promove seu encontro com a natureza.
Fruto das diferentes discussões e avaliações ficou acordado que as
escolhas sobre os locais das atividades de Estudo de Meio devem ser regidas
pelas seguintes preocupações:
O espaço deve garantir a segurança das crianças;
Deverá ter uma mínima infraestrutura, que possibilite a troca de
fraldas e o uso do banheiro;
Não ser distante da escola;
Oferecer contato com a natureza;
Oferecer espaços amplos de exploração às crianças.
Desta forma, ficou acordado entre o grupo de educadores e os membros
dos colegiados, que a partir de 2012, faremos pelo menos 02 atividades de
Estudo de Meio, sendo uma no 1º semestre e a outra no 2º semestre.
Entre todos os parques avaliados pelo grupo o Parque Salvador Arena foi
apontado como o mais adequado à faixa etária de nossas crianças, sendo seguro,
acessível e com brinquedos próprios às necessidades e possibilidades de nossas
crianças; sem contar que propicia contato com a natureza vegetal e animal, tendo
uma vasta área arborizada e um belo aquário.
Portanto, o Parque Salvador Arena foi eleito para o ano de 2013, como
sendo a primeira atividade de Estudo de Meio, por 08 turmas, outras duas turmas
elegeram o Parque Raphael Lazzuri. Após a realização das atividades estas
serão rediscutidas pelo grupo, visando apontar quais as diferenças e vantagens
128
encontradas pelos educadores e pelas mães (que acompanham as atividades)
entre os 02 parques: Salvador Arena e Raphael Lazzuri.
Para o 2º semestre, após discussão entre o grupo de educadores validou-
se os seguintes locais: Parque Estoril, Parque do MESC, Jardim Botânico de
Diadema.
Caberá à D.G. realizar uma visita ao Parque do Mesc e verificar a validade
ou invalidade do espaço como atividade de Estudo de Meio para o 2º semestre.
Os membros do Conselho de Escola e APM foram convidados a avaliarem
a situação atual do Parque Estoril e do Jardim Botânico de Diadema, socializando
com o grupo os pontos positivos e negativos de tais locais. Não foi possível
avaliar o Jardim Botânico de Diadema, ficando esta pendência para o ano de
2014.
Após tal discussão avaliou-se que a 2ª atividade de Estudo de Meio seria
no Parque do Clube do Mesc.
Para 2015, fruto das avaliações anteriores as atividades foram definidas,
tendo como opções: Parque Salvador Arena, Parque Raphael Lazzuri, Parque
Estoril e Clube do Mesc.
Faz-se importante ressaltar, que outra conclusão advinda da discussão do
grupo, sobre as Atividades de Estudo de Meio refere-se à parceria das
mães/responsáveis que acompanham as atividades. Acordou-se que o ideal é
termos 04 mães/responsáveis por turmas, sendo que os adultos que
acompanham as turmas não são pais ou responsáveis das turmas que passeiam
naquele dia. Entendemos que ter um familiar acompanhando a criança
compromete a interação desta com o espaço, com os adultos e crianças da
turma; pois algumas crianças tendem a ficar sob os cuidados de seus familiares, o
que inviabiliza os cuidados e atenções das mães/responsáveis junto às demais
crianças.
Também concluímos que o ideal é termos 02 turmas participando de cada
atividade de Estudo de Meio, locando um ônibus por dia. Desta forma, não
corremos o risco de superlotar os espaços visitados, ficando assim, mais rica a
exploração das crianças, diante dos diferentes espaços e brinquedos.
129
ATIVIDADES DE ALIMENTAÇÃO
As concepções e os cuidados que norteiam as ações dos educadores nas
atividades de alimentação encontram-se descritas no capítulo: 4.2 – página 158.
Neste texto apontamos unicamente quais são os diferentes momentos da
alimentação ofertados às crianças durante um dia letivo.
Momentos de Alimentação
Café da manhã – Os educadores oferecem o pão em pedaços pequenos,
já com a margarina, bem como o leite, respeitando as especificidades da
criança.
Hidratação – No período entre o café da manhã e o almoço é oferecido o
suco, sempre natural. O suco é servido no local onde as crianças estiverem
em atividade, no intervalo de uma atividade e outra ou mesmo durante a
atividade que estiver acontecendo naquele horário, sem que seja
necessário interrompê-la.
Almoço – Os pratos são montados pela cozinheira. Sendo mantido
separado cada alimento, possibilitando à criança sentir a textura e sabor de
cada um dos alimentos. Diante das especificidades e escolha da criança, o
prato será montado atendendo seu desejo inicial, sendo sempre estimulada
a experimentar os alimentos que a principio rejeita. Mediante a
130
especificidade da turma a professora poderá optar por servir
individualmente a mistura e a salada, indagando diretamente à criança
sobre seus desejos e preferências. A repetição quando desejada é
oferecida e servida pelo educador. Respeitando a faixa etária das crianças,
o grau de autonomia, as diferentes habilidades e a desenvoltura de cada
criança, os educadores deverão auxiliar ou até mesmo alimentá-las,
sempre que necessário, apoiando-as em suas necessidades e estimulando
as aprendizagens que lhes garantirão alimentar-se sozinhas. No segundo
semestre será introduzido o self service, para os alunos do Infantil II,
sendo organizado de maneira que contribua para a autonomia crescente
das crianças. Utilizamos um balcão térmico, que mantém a comida
aquecida, para que a criança possa escolher os alimentos oferecidos, qual
e quanto desejam comer. Os educadores se mantêm por perto para
orientar sobre a quantidade de alimentos, as variedades e a disposição dos
utensílios. Ao terminarem a refeição as crianças são estimuladas a
fazerem a limpeza dos utensílios, levando as sobras ao lixo e depositando
o prato e talher nos recipientes próprios.
Lanche – Conforme as crianças vão acordando, estas são conduzidas ao
refeitório, onde o lanche é servido por um dos educadores. Respeitando a
escolha da criança de comer ou não o lanche oferecido, mas sempre
incentivando que experimente. Quando o trio julgar importante, atendendo
as especificidades da turma, o lanche poderá ser servido na sala de aula.
Contudo, o mesmo deverá ser retirado no balcão até às 14h45.
Jantar – O jantar consiste num cardápio diferenciado do almoço, servidos
pelos educadores. Da mesma forma que ocorre no almoço, os educadores
supervisionam os procedimentos das crianças e auxiliam, sempre que
necessário. Como nas demais refeições, as crianças são incentivadas a se
alimentarem, contudo, respeitando seu desejo e suas preferências.
131
ATIVIDADES DE HIGIENE PESSOAL
Na escola temos momentos fixos na rotina de cada turma que são
dedicados aos cuidados de higiene - lavar as mãos, escovar os dentes, tomar
banho, fazer as trocas de roupas e de fraldas, - no entanto, os cuidados com a
aparência e o bem-estar da criança ocorrem a qualquer tempo, sempre que
houver a necessidade de lavar-se ou trocar-se.
Os momentos de cuidados são parte integrante do educar. O afeto e a
responsabilidade do educador com esses cuidados garantem a proteção e o bem-
estar das crianças, a manutenção da saúde e a prevenção de doenças.
A higiene das mãos necessita ser feita antes da oferta de alimentos, após o
uso do sanitário ou trocas de fraldas, após brincadeiras que sujem as mãos e
atividades com tintas.
A higiene bucal será feita após o almoço, garantindo-se uma escovação ao
dia realizada pelo educador. Estes momentos visam, além da higiene em si,
desenvolver atitudes e construir aprendizagens sobre o autocuidado. Quanto aos
bebês, como a dentição inicia-se geralmente no segundo semestre de vida,
recomenda-se incluir os cuidados de escovação a partir do surgimento dos
primeiros dentes. Antes disso, a limpeza da gengiva realiza-se com gaze
umedecida.
O banho fará parte da rotina diária do berçário e ocorrerá no final da
manhã. Nas outras faixas etárias ocorrerá sempre que houver necessidade,
132
sendo imprescindível quando a criança sujar-se com fezes, urina ou vômito e
quando apresentar febril. Neste caso, deve-se dar o banho morno para controlar a
temperatura até a chegada da família.
As trocas devem ocorrer com regularidade de cerca de três horas, sendo
antecipadas sempre que houver necessidade. Por isso, os educadores precisam
estar atentos verificando as fraldas várias vezes durante as atividades, para
detectar ou não a necessidade de trocas.
As trocas de roupas serão após o banho e toda vez que a criança estiver
suja ou molhada. Tal cuidado deverá ser mais extremado no período da retirada
das fraldas.
ATIVIDADE DE REPOUSO
O repouso é importante e necessário para as crianças refazerem suas
energias e reorganizarem seus pensamentos. O momento de repouso está
previsto na rotina das unidades escolares que possuem turmas de período
integral e ocorre logo após o almoço.
O ambiente deve ser preparado previamente arrumando-se os colchões,
escurecendo a sala e colocando-se uma música ambiente que favorecerá o
133
relaxamento das crianças, para que o descanso aconteça de maneira tranquila e
natural.
As necessidades das crianças, com relação ao sono são diferentes.
Algumas crianças precisam de um tempo maior de sono, outras de um tempo
menor, outras ainda precisam apenas relaxar o corpo e não necessariamente
dormir.
Outra necessidade a ser respeitada, com relação ao repouso, diz respeito
às crianças que sentem sono em outros períodos do dia, apresentando sono
acentuado em outros momentos da rotina. Caberá aos educadores estarem
sensíveis a essas diferentes necessidades, acolhendo-as e organizando a rotina e
replanejando suas ações, diante das necessidades pontuais e individuais da
criança. Contudo, quando tais necessidades deixam de ser exceções, para ser
necessidade diária da criança ou de parte da turma, os casos deverão ser levados
à D.G., para que estas, juntamente com o trio, repensem a estrutura, adequando-
a à necessidade da criança ou do agrupamento.
Temos que ter claro que crianças diferentes e situações diferentes exigem
encaminhamentos diferentes por parte da escola.
Haverá situações que bastará uma leve reorganização nos horários da
turma, no planejamento e na rotina, enquanto outras exigirão reorganizações
estruturais mais complexas e delicadas, que deverão ser analisadas e
devidamente aplicadas, para o bem estar do grupo ou de determinada criança.
Temos que ter claro que às vezes a solução exigirá até mesmo
reorganização quanto ao horário de trabalho dos educadores, ou até mesmo da
inserção de outra educadora junto ao trio, formando um quarteto em um horário
específico do dia.
Faz-se importante respeitar todas as diferentes necessidades das crianças,
contudo consideramos que após 02 horas de sono, os educadores devem
oferecer às crianças um ambiente provocativo: “acordante”, que estimule à
criança a acordar, sendo este um ambiente:
Claro, com luzes acesas e cortinas puxadas;
Sonoro, a preocupação dos educadores com o silêncio não mais
deverá estar presente. Os educadores permitirão às crianças
acordadas desenvolverem suas atividades normalmente, falando
alto, brincando e até cantando. A música calma dará lugar à música
mais agitada;
134
Estimulante, as brincadeiras serão convidativas e envolventes,
oferecendo ao grupo, por exemplo, o desenvolvimento das
atividades favoritas do “dorminhoco”; tentando-o a levantar-se e vir a
participar das brincadeiras junto à turma.
4. AVALIAÇÃO DAS APRENDIZAGENS
Em nosso percurso de construir instrumentos de avaliação temos olhado
para a criança como um sujeito ativo no processo de ensino e aprendizagem, que
reelabora e reconstrói conhecimentos por meio de interações estabelecidas não
só na escola, mas em vários espaços do seu meio social. Importa, para o
processo de ensino, saber como se dá este processo de construção de modo a
intervir favoravelmente, ou seja, considerar o que o aluno já aprendeu nessas
diversas interações para a partir daí propor outras situações de aprendizagem.
A avaliação serve para nortear o trabalho do professor, inicialmente
pesquisando sobre suas aprendizagens já construídas, possibilitando-lhes
situações de aprendizagens mediadas que estimularão o desenvolvimento de
novas aprendizagens. Assim, a avaliação deve ser contínua e realizada através
das observações cotidianas acerca da interação da criança com os objetos e com
as pessoas, e do registro do que se observa: “Ela deve ocorrer de maneira
sistemática; as observações realizadas durante o processo de aprendizagem
devem ser registradas e utilizadas como objeto de reflexão do ensino, e como
suporte para o planejamento das ações educativas” (Proposta Curricular de São
Bernardo do Campo, Vol. I, Introdução, 2004).
Na Educação Infantil, a avaliação se dá mediante o registro de
observações diárias, que irão compor os Relatórios Semestrais de Avaliação.
Além da escrita contínua do registro, os educadores apoiam suas observações
por meio de imagens: fotos e filmagens de situação de aprendizagens.
135
ORIENTAÇÕES PARA A ESCRITA DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA
CRIANÇA
Apontar o que a criança aprendeu no seu percurso educativo na escola,
valorizando os saberes construídos;
Evitar a padronização dos relatórios, ou seja, relatórios iguais com os
mesmos conteúdos, abordando as mesmas áreas de experiências para
todas as crianças. O relatório deve conter aprendizagens individuais e
ressaltar o processo de construção de conhecimento de cada um.
Descrever como foi o percurso, quais foram as intervenções realizadas
pelo professor para ensinar. Apontando: as conquistas que as crianças
tiveram, as dificuldades que apresentaram e quais foram as
intervenções realizadas pelo educador que possibilitaram o
desenvolvimento de novas aprendizagens;
Evidenciar a ação da criança, sua curiosidade e iniciativa diante das
propostas;
Considerar não apenas o que a criança realiza sozinha, mas o que
consegue com ajuda, com mediação. É necessário que se preste
atenção ao que a criança já consegue realizar independentemente, em
grupo e com o auxílio do adulto e de outras crianças, pois o que a
criança realiza hoje com a mediação de outras crianças ou dos
educadores, estará realizando sozinha amanhã;
Avaliar a criança em relação a ela mesma. Respeitando os diferentes
ritmos, considerando suas dificuldades e valorizando suas conquistas;
Os processos avaliativos devem destinar-se a relatar para onde o
desenvolvimento da criança se encaminha, quais são as
potencialidades da criança e quais suas necessidades. Cabendo aos
educadores confiarem no processo permanente de aprendizagem das
crianças. Assim o processo avaliativo precisa ensaiar o movimento do
ainda não é, enunciando o princípio dialético do conhecimento: toda
descoberta do conhecimento está relacionada às conquistas anteriores
e são prenúncio de novas conquistas. Portanto, diante da teoria sócio
histórico cultural, caberá ao professor observar e avaliar o nível de
desenvolvimento da criança, compreendendo quais são seus
conhecimentos: potenciais e proximais;
136
Mostrar às famílias o percurso da criança, apontando suas dificuldades
e suas conquistas, assim como, quais foram as intervenções que
ajudaram a criança a aprender.
O relatório individual e de grupo será escrito semestralmente e a D.G. fará
devolutivas, apontando questões para a realização de reflexões sobre o fazer
pedagógico, propondo e provocando encaminhamentos na ação docente e na
escrita dos relatórios.
Caberá à D.G. realizar uma leitura atenta dos relatórios, buscando
encontrar nos relatos os indicativos sobre as ações e os conceitos que permeiam
a prática docente, validando as aproximações ou apontando os distanciamentos
entre a prática e o teórico que regem nossas formações: concepção sócio
histórico cultural. Visando de fato a construção da escola da infância.
5. ACOMPANHAMENTO DOS INSTRUMENTOS METODOLÓGICOS
Os instrumentos de planejamento que os trios de educadores utilizam são:
quadro de rotina, organização semanal de atividades e projetos didáticos.
As professoras constroem o planejamento didático nas HTPs, necessitando
complementar o mesmo após socialização do mesmo com suas parceiras.
Dialogando cotidiano com seus parceiros de trio, quarteto ou quinteto. O
planejamento em trios de educadores só ocorre nas Reuniões Pedagógicas, uma
vez que somente nestes momentos encontram-se dividindo o mesmo horário de
planejamento.
A organização das ações educativas em sequências didáticas e projetos se
baseiam nas necessidades e interesses das crianças pequenas, na qual o foco do
trabalho é possibilitar-lhe o desenvolvimento global.
Em se tratando do registro, este é o instrumento avaliativo. Avaliativo da
criança e do educador. Os dois estão implicados no processo de aprendizagem.
Por isso o educador escreve sobre a ação das crianças e sobre suas próprias
ações, faz uma reflexão sobre essas ações e toma decisões no planejamento e
replanejamento. Pretende-se que escrevam com regularidade, pois o processo de
137
avaliação deve ser contínuo e dele é inerente o processo reflexivo. Esta escrita se
dá em dois eixos: o registro sobre a ação didática, que procuram realizar
semanalmente; e o registro da criança, que se faz continuamente registrando o
percurso de aprendizagem de cada um. Alguns trios de educadores conseguem
compartilhar a autoria destes registros, outros conversam sobre os observáveis,
mas o registro fica a cargo das professoras. Estes registros irão ser ricos
instrumentos na elaboração do relatório semestral de cada criança e da turma.
A coordenadora realizará o acompanhamento dos planejamentos, dos
registros e das observações diretas, realizando as devolutivas em parceria com a
diretora. Estas devolutivas se darão por meio da interlocução entre as formadoras
e os educadores. À D.G. caberá conduzir a interlocução, tendo como parâmetro o
processo de formação, considerando as necessidades formativas do coletivo e
também as necessidades individuais dos educadores. Cabendo à D.G. promover
reflexões e orientações de situações didáticas, propondo novos
encaminhamentos diante das observações e dificuldades apresentadas nos
registros, objetivando um crescimento qualitativo de todos envolvidos no
processo educativo.
Sempre que for necessário ocorrerão reuniões com os trios e atendimentos
individualizados, decorrentes das necessidades pontuais dos educadores.
Outro tipo de acompanhamento realizado pela D.G. junto aos educadores
diz respeito ao estudo de caso, diante da especificidade ou dificuldade de
determinada criança. As discussões podem ocorrer por meio de: reuniões em trio,
nas HTPCs ou Pedagógicas, dependendo do caso.
Todas estas formas de acompanhamentos serão registradas pela
coordenadora ou pela diretora e deverão conter os encaminhamentos propostos a
partir da conversa para que, deste modo, haja também um acompanhamento
sistemático das ações realizadas junto aos educadores, crianças e comunidade.
Os registros da ação formativa coletiva são feitos pelos educadores,
alternadamente, através das atas de HTPC e de Reuniões Pedagógicas. A cada
reunião, fazemos a leitura do registro do encontro anterior, e deste modo todos
participam da construção das aprendizagens coletivas e retomam os
encaminhamentos e compromissos discutidos e acordados.
138
6. ATRIBUIÇÃO DE SALA AOS EDUCADORES
A gestão desta U.E. visa realizar, ano a ano, a atribuição dos
educadores, considerando principalmente, as características profissionais e
pessoais dos educadores. Buscando promover uma atribuição que vá de encontro
às características dos educandos e de suas necessidades. Para tanto, esta
gestão considerou necessário, trabalhar junto aos seus educadores, sobre os
critérios das atribuições. Sendo que o primordial é que o atendimento às
necessidades coletivas estejam acima das necessidades individuais dos
educadores. Outra premissa é que a atribuição dos educadores esteja a bem das
necessidades dos educandos, e nunca o contrário.
Desta forma, em 2016 a dupla gestora construiu a seguinte tabela
que foi socializada, discutida e refletida pela equipe no momento que antecedeu a
atribuição de 2017.
Justificativa apresentada ao grupo frente à tabela abaixo: Nosso
principal objetivo é refletir sobre as características da faixa etária e sobre
as características necessárias ao educador para atender esta faixa etária.
TURMA CARACTERÍSTICA DO
EDUCANDO CARACTERÍSTICA DO EDUCADOR
BERÇÁRIO FINAL Apesar de estar na fase inicial do desenvolvimento, já sabe muitas coisas, já construiu saberes e aprendizagens
Educadora observadora sabe que será seu olhar atento que identificará o que os bebês já sabem, já construíram
Educadora
cuidadosa, sabe que terá que ter muitos cuidados extras com a higiene, para minimizar as viroses
Educadora acolhedora, respeita as dificuldades de
139
adaptação das famílias. Entende que as mães estão colocando a criança na escola, mas que têm muitas desconfianças iniciais sobre o trabalho das educadores
Sabe trabalhar em parceria, pois durante o ano trabalhará em quarteto o ano todo
Sabe sobre a importância de ofertar o colo
Sabe das marcas que deixará na criança, tendo cuidados extras na relação com os bebês. Respeitando suas preferências diante do quarteto de educadores
Sabe que apesar de todos os cuidados extras com a virose e higiene/saúde da criança, as oportunidades para o desenvolvimento dos projetos e de atividades pedagógicas são possíveis, necessárias e fundamentais, para explorar as inúmeras possibilidades de desenvolvimento global das crianças.
140
INFANTIL I Faixa etária com maiores dificuldades na adaptação – necessita de muito afeto, carinho e acolhimento
Faixa etária em que os vícios alimentares já podem estar presentes , portanto a criança apresentará dificuldades na alimentação
Período que ocorrerá, na grande maioria, o desfralde
Professora acolhedora, que respeita as necessidades individuais da criança, entendendo que suas necessidades precisarão ser atendidas
O acolhimento
também é necessário às necessidades da mãe, caso contrário estas desistirão da vaga. ( Faixa etária em que há maior número de desistências e abandono escolar. Na creche.
A educadora sabe que as dificuldades de alimentação precisam ser vencidas, para tanto será parceira da família, dialogando com as mesmas sobre a importância da alimentação saudável. Poderá até mesmo incluir em seu planejamento semanal atividades com culinárias para contribuir junto às questões da criança
A educadora tem conhecimento de que o desfralde ocorre mais tranquilamente quando este respeita as necessidades e possibilidades da
141
criança e da família. Sabe que terá que contagiar a mãe para o desfralde, quando esta ainda não percebe que o filho já está pronto, dando sinais visíveis que pode ser desfraldado.
INFANTIL II Fase da 1ª rebeldia da infância
A criança estabelece seus primeiros enfrentamentos junto aos adultos
A criança apresenta
maior dificuldade em seguir os combinados, regras e ordens
Enfrenta o adulto de diferentes formas: correndo/ gritando/ chutando/ xingando/ etc.
O educador entende que a rebeldia faz parte desta faixa etária
O adulto não entra no embate, ele busca dialogar com a criança
Tem consciência que terá que retomar várias vezes os combinados e as regras – dialogando muito
Busca tirar o foco da situação, convidando a criança a realizar outras atividades e a participar junto à turma
Educadora tranquila, não se indispõe com a criança, pois entende ser o adulto da relação
Educadora sensível, se envolve com a criança buscando entender os motivos que a leva a desafiar os adultos
142
e a entrar em conflito com estes
Educadora compreende que a criança não é birrenta, mal criada, ou como “não tendo
jeito” – sabe que é uma forma desta se comunicar com o mundo e que é seu dever de educadora entende-la, mostrando-lhe que há outras formas de externalizar seus sentimentos
143
VI - PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA NO AMBIENTE ESCOLAR - Cuidar Educando e Educar Cuidando
"...Cuidar deve ser compreendido como parte integrante do educar..."
(Proposta curricular de São Bernardo do Campo)
Esta unidade escolar entende que o cuidar é parte integrante do educar e
do brincar.
Ao organizar o espaço, planejar a aula, o professor precisa prever atitudes
e procedimentos de segurança de forma a garantir a proteção integral da criança,
ressaltando que a instituição num todo também deve ter este olhar cuidadoso,
pois todos têm papel educativo e devem zelar pela proteção da criança e pela
manutenção do vínculo entre a criança e o adulto. Dessa forma, estabelecemos
procedimentos comuns com o intuito de antecipar situações de risco e promover
cuidados que garantam o desenvolvimento pleno da criança, valorizando seu
bem-estar e paulatinamente o desenvolvimento da autonomia.
PERÍODO DE ADAPTAÇÃO/ACOLHIMENTO
144
Nesta U.E. o período de adaptação é entendido como período que se
preocupa com o acolhimento de nossas crianças e de seus familiares.
É importante ressaltar que o termo “adaptação” tem sido alvo de críticas
por parte de alguns teóricos e educadores, dado o fato de poder conter em si uma
ideia de conformismo, submissão, resignação, ou, como aponta o dicionário
AURÉLIO: ajustamento, acomodação, que é justamente o que em educação
queremos evitar. Alguns, inclusive, têm substituído este termo por “acolhimento”.
Em nossa Rede de Ensino, já vivenciamos tais discussões, apontando que
todo o período de adaptação da criança deve ser pensado, organizado e
elaborado no sentido de estarmos centrando nossas preocupações e ações no
acolhimento de nossas crianças e de seus familiares. Oferecendo um contexto
acolhedor que considere as diferentes necessidades das crianças, bem como de
seus familiares.
Antes do início do ano letivo, 2011, a S.E. se preocupou em desenvolver
junto aos diretores escolares momentos formativos, sendo a temática principal a
importância do acolhimento da escola junto às crianças e seus familiares.
Além das discussões foram produzidos materiais escritos que pudessem
subsidiar as discussões nas escolas.
“Considerar a adaptação sob o aspecto de acolher,
aconchegar, procurar oferecer bem estar, conforto físico e
emocional, amparar, amplia significativamente o papel e a
responsabilidade da instituição de educação neste processo.
A qualidade do acolhimento deve garantir a qualidade da
adaptação; portanto trata-se de uma decisão institucional,
pois há uma inter relação entre os movimentos da criança e
da instituição fazendo parte do mesmo processo” (ORTIZ,
Revista Avisa Lá - trecho de um dos textos enviados às
U.Es, pela S.E., para subsidiar as discussões dos
educadores e gestores).”
As discussões desenvolvidas pela S.E., sobre adaptação na vertente do
acolhimento, vieram ao encontro às discussões/formações realizadas por esta
U.E., anteriormente, fornecendo-nos maiores subsídios e fortalecendo nossa
concepção sobre a importância de planejarmos cuidadosamente o acolhimento de
nossas crianças e seus familiares no início do ano letivo.
145
Temos total clareza sobre a importância de que o período de adaptação/
acolhimento deva ser minuciosamente planejado por toda equipe escolar,
buscando garantir os direitos da criança e da família, neste momento, que para
alguns poderá vir a ser traumático que é sua separação da mãe/responsável.
DESTACAMOS ABAIXO AS SEGUINTES CONSIDERAÇÕES:
O período de adaptação na escola é uma etapa bastante delicada, para
muitos, representa a primeira separação entre a criança e a
mãe/cuidadora;
Neste período a criança vivencia um tipo de “luto”, uma dor emocional e até
mesmo física, promovida pela separação. Faz-se necessário, que haja toda
uma organização de acolhimento para que este sofrimento seja o menor
possível para crianças e seus familiares;
A escola é a primeira experiência social da criança, fora do contexto
familiar, fato este que lhe trará exigências sociais novas: relacionar-se com
adultos desconhecidos e com outras crianças. Dividindo a atenção dos
educadores e a exploração dos brinquedos, materiais e espaços;
Que todas estas novas exigências serão vivenciadas estando a criança
separada de sua família;
Que estas mudanças podem causar em nossas crianças, em diferente
nível e grau, sentimentos e sensações, tais como: medo, ansiedade,
tristeza, choro, euforia, apatia, dificuldades de alimentação e de sono, etc.
“A adaptação pode ser entendida como o esforço que a
criança realiza para ficar, e bem, no espaço coletivo,
povoado de pessoas grandes e pequenas desconhecidas.
Onde as relações, regras e limites são diferentes daqueles
do espaço doméstico a que ela está acostumada. Há de fato
um grande esforço por parte da criança que chega e que
está conhecendo o ambiente da instituição, mas ao contrário
do que o termo sugere não depende exclusivamente dela
adaptar-se ou não à nova situação. Depende também da
forma como é acolhida” (ORTIZ, Revista Avisa Lá - trecho
de um dos textos enviados às U.Es, pela S.E., para
subsidiar as discussões dos educadores e gestores).”
146
Acreditamos que cabe à escola propiciar condições para que esse
processo transcorra da forma menos traumática e o mais natural possível. Para
tanto devemos:
Acolher as diferenças e favorecer a adaptação a um novo ambiente,
organizando os espaços coletivos, proporcionando ambientes
externos apreciáveis e agradáveis, para estimular a curiosidade das
crianças e o desejo deste em brincar e de se relacionar com os
outros;
Estar atentos às necessidades emocionais que as crianças
apresentam, acolhendo-as e oferecendo-lhes a segurança:
emocional e física necessária.
Outra preocupação desta equipe escolar diz respeito às entrevistas
individuais, realizadas pelas educadores junto às famílias de sua turma, que
ocorrem no período de adaptação. As entrevistas buscam ser instrumentos
facilitadores, que colaboram junto às educadores, propiciando-lhes:
Construir conhecimento sobre cada criança e seus responsáveis;
Oferecer acolhimento às diferentes necessidades das famílias;
Investigar sobre os saberes que as famílias têm sobre seus filhos,
indagando sobre: seus interesses, seus objetos de apego e suas
particularidades.
Defendemos que muitas destas informações, obtidas nas entrevistas
individuais, amenizam o sofrimento das crianças e da família, pois propicia uma
troca de saberes entre a escola e a família. De um lado a família se sente segura
porque têm a possibilidade de falar de seu filho, ao mesmo tempo, que se
aproxima da educadora. Por outro lado, os educadores obtêm informações
importantes que facilitarão suas ações junto à criança, com intervenções
assertivas, diante da necessidade de cada uma.
“O que queremos deve estar sempre bem claro: queremos
fazer um vínculo de confiança com esses pais, para que a
estadia da criança na escola seja prazerosa e produza
crescimento intelectual, social, sensível e afetivo (isto para
todos nós!). Queremos que estes pais sejam parceiros,
cúmplices de nossos objetivos e que possamos nos
147
entender nos momentos de divergência ou conflito que com
certeza passaremos. Desejamos que os pais possam nos
ajudar com participação e interesse e que a adaptação seja
mais humana e tranquila para ambos. Enfim, não queremos
pouco... Por isso e para isso trabalhamos!” (DAVINI, p. 48 -
trecho de um dos textos enviados às U.Es, pela S.E., para
subsidiar as discussões dos educadores e gestores).”
Acreditando na importância das entrevistas, entre a família e os
educadores, buscamos garantir que todas ocorram nos primeiros dias do ano
letivo. Sempre que a educadora encontrar dificuldades no agendamento das
entrevistas, por parte da família, deverá levar o caso à direção. Para que esta
encontre formas de viabilizar a realização da entrevista entre a educadora e a
família da criança. Espera-se que ao término do período de adaptação todas as
entrevistas tenham ocorrido.
Esta mesma preocupação com o acolhimento e com as entrevistas
individuais, ocorrem com as matrículas suplementares, ao longo do ano.
Ao ingressar nesta U.E. a família é apresentada ao espaço escolar, realiza
a entrevista com os educadores, que propõe o período de adaptação com
ampliação progressiva do horário, sempre tendo como parâmetro a real
necessidade da criança.
“Falamos em adaptação sempre que enfrentamos uma
situação nova, ou readaptação, quando entramos
novamente em contato com algo já conhecido, mas por
algum tempo distante do nosso convívio diário. O processo
de adaptação inicia com o nascimento, nos acompanha no
decorrer de toda a vida e ressurge a cada nova situação que
vivenciamos. Sair de um espaço conhecido e seguro, dar
um passo à frente e arriscar-se, tendo como companhia o
desconhecido para o qual precisamos olhar, perceber,
sentir, avaliar, nos leva às mais diferentes reações:
permanecer no espaço seguro e protegido, seguir adiante
ou desistir e voltar atrás” (DIESEL, 2003 - trecho de um dos
textos enviados às U.Es, pela S.E., para subsidiar as
discussões dos educadores e gestores).”
148
Outra preocupação refere-se ao cuidado quanto ao ritmo da ampliação dos
horários de permanência da criança na escola. Este é previsto para o coletivo,
contudo é flexível às necessidades individuais da família, mas acima de tudo
considerando as necessidades da criança.
Além da questão do horário, é necessário que os educadores pensem em
estratégias específicas para aquela criança que está com maior dificuldade em se
adaptar. Cabendo aos educadores, através de suas observações, das percepções
sobre as preferências e o ritmo de cada criança e do diálogo com a família,
planejarem recursos e atividades que possam facilitar sua aproximação com a
criança e envolvê-la nas diferentes propostas.
Respeitar as necessidades individuais das crianças, considerar que estas
possam trazer para a escola seus brinquedos preferidos ou objetos de apego,
atender suas escolhas e preferências, são algumas das estratégias que a escola
deve adotar para ajudar a criança a se sentir segura e tranquila, neste novo
espaço e com estes novos adultos.
Ressaltamos que nossa preocupação com o adequado acolhimento às
crianças e às famílias, é um princípio considerado em várias outras situações,
tais como: quanto aos atrasos nos horários de chegada e saída dos alunos, no
retorno da criança após algum tipo de afastamento, tendo ausentado-se por um
período mais prolongado, etc.
Ou seja, em todo e a qualquer momento, nossas crianças, por diferentes
motivos, podem viver situações que as façam necessitar do acolhimento da
escola, e todos: educadores, funcionários de apoio, oficial de escola, funcionárias
da cozinha e gestão devem estar preparados para perceber as necessidades e
oferecer o devido acolhimento, relacionando-se com a criança da melhor forma
possível.
Considerando que:
O período de adaptação/acolhimento deve ser planejado
coletivamente, no sentido do acolhimento de nossas crianças;
As orientações da S.E. condiz com a visão de acolhimento desta
U.E.;
Diante das considerações acima, ano a ano planejamos e reavaliamos o
período de adaptação, realizando as modificações necessárias. Após término do
149
planejamento e organização dos horários sobre o período de adaptação doa ano
seguinte a escola adota as seguintes ações:
Frente aos pais dos alunos rematriculados, estes recebem as informações
e o folheto com a organização dos horários de fevereiro já na última reunião com
pais, em dezembro. Cabendo aos educadores discutirem com os pais sobre a
importância do período de adaptação , lhes evidenciando que seus filhos
necessitarão ser atendidos em período reduzido, pois terão novas necessidades,
farão parte de um novo agrupamento, com novos coleguinhas e novos
educadores. Ficando acordado que tão logo a criança apresente condições de
permanecer no período integral o mesmo lhe garantido.
Quanto aos pais de alunos novos os mesmo receberiam a formação e
informações, sobre o período de adaptação, na reunião do mês de dezembro,
momento em que a rotina da escola e os espaços são apresentados aos
ingressantes pela D.G.
Com o objetivo de garantirmos um período de adaptação de qualidade às
crianças e seus familiares adotamos os seguintes combinados.
1. O período de adaptação deve respeitar as necessidades das crianças em
consonância com as possibilidades das famílias;
2. O aluno que apresentar dificuldades em permanecer na U.E., no tempo
estipulado, sem a possibilidade de ter um familiar participando de sua
rotina ou sem a possibilidade, por parte da família, de redução do horário
será atendido por seus educadores. A criança receberá toda a atenção
possível, cabendo ao educador referência, ao educador com o qual a
criança apresentou maior afinidade, atentar-se às suas necessidades
afetivas e emocionais, ofertando lhe o colo necessário, bem como,
mediando suas relações com os demais educadores, crianças e atividades,
buscando levar a criança a participar e a envolver-se com a turma, com a
rotina e com as propostas desenvolvidas;
3. No primeiro dia de adaptação ocorre o dia de integração, o familiar
permanece com a criança em período integral; a turma é dividida em 02
agrupamentos, nos seguintes horários: o primeiro das 7h30 às 09h e o
segundo das 09h30 às 11h;
4. Nos primeiros dias a turma continua dividida em dois agrupamentos, sendo
oferecido dos horários: o primeiro das 7h30 às 09h e o segundo das 09h30
150
às 11h; posteriormente a turma é unificada, fazendo um mesmo horário,
com a ampliação gradativa dos horários de permanência das crianças;
5. Todas crianças iniciam o ano letivo no mesmo dia, o que difere é o horário
do agrupamento;
6. Dependendo da necessidade da criança ou da família e da disponibilidade
do adulto/familiar, este poderá ficar na sala de aula, ou dentro da U.E.
auxiliando os educadores. Cabendo aos educadores avaliarem o que será
mais adequado ao atendimento de tal demanda; devemos refletir que cada
caso é um caso, as especificidades e necessidades, tanto da criança
quanto da família, devem ser respeitadas;
7. No período de adaptação, que ocorre durante todo o mês de fevereiro, as
duas professoras da turma farão o horário da manhã, sendo este das 7h30
às 15h30. Com tal combinado podemos garantir um nº maior de colo e
qualificar o acolhimento à turma. Diante do fato da família necessitar que a
criança fique na escola até às 17h, os educadores deverão levar o caso à
D.G. que reorganizará os horários dos educadores da referida turma,
buscando atender a solicitação da família.
8. O horário dos auxiliares em educação, titulares da turma, será das 7h30 às
16h30 e dos auxiliares em educação de apoio será das 8h às 17h;
9. Os horários de adaptação da turma do berçário final ocorrerão mais
pausadamente, ampliando a quantidade de dias em cada horário;
considerando individualmente as necessidades das crianças.
10. Em reunião, com o coletivo de educadores, será reavaliado ano a ano a
organização sobre o período de adaptação.
151
Abaixo encontra-se o documento/panfleto entregue aos pais sobre a
organização dos horários do Período de Adaptação, ano de 2017.
EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO
DIA 03/02 – REUNIÃO COM PAIS – 08H
DIA 07/02 – DIA DE INTEGRAÇÃO – O RESPONSÁVEL/FAMILIAR COM A CRIANÇA E
OS EDUCADORES - 1ª TURMA DAS 07H30 ÀS 09H - 2ª TURMA DAS 09H30 ÀS 11H
DIAS 08/02 À 13/02: - 1ª TURMA DAS 07H30H ÀS 09H; - 2º DAS 09H30 ÀS 11H;
DIA 14/02 – AGRUPAMENTO ÚNICO DA TURMA - DAS 07H30 ÀS 09H
DIA 15/02 – 07H30 ÀS 10H
DIA 16/02 – 07H30 ÀS 10H
DIA 17/02 - 07H30 ÀS 12H
DIA 20/02 – 07H30 ÀS 12H
DIA 21/02 - 07H30 ÀS 15H
DIA 22/02 - 07H30 ÀS 15H
DIA 23/02 - 07H30 ÀS 15H
DIA 24/02 - 07H30 ÀS 15H
DIA 01/03 HORÁRIO NORMAL = DAS 07H30 ÀS 17H30
OBS: As famílias que tiverem problemas com o horário reduzido serão atendidas em suas
necessidades, desde que a criança não seja prejudicada, não ficando em estado de
sofrimento prolongado.
As professoras e as famílias deverão procurar a direção para resolver os problemas
(quanto aos horários), com o objetivo de viabilizarmos o período de adaptação às
crianças, mediante suas necessidades específicas.
ENTENDENDO E ACOLHENDO O CHORO DA CRIANÇA
O educador precisa compreender o que a criança quer comunicar com o
choro. Ajudando os pequenos a utilizar novas formas de comunicação para
demonstrar seus desagrados.
Sendo o choro um instrumento de comunicação, o educador precisa buscar
entender o significado de cada choro, para desta forma poder intervir junto à
criança.
Ao entendermos que o choro é uma forma de comunicação, nos cabe
152
enquanto educadores, traduzirmos em atos e palavras o que o pequeno está
tentando nos dizer. Se notarmos que ao chorar a criança está comunicando
algum tipo de incômodo, faz-se fundamental ao educador verificar a origem do
choro da criança: verificando se o motivo é: fralda suja; sono; fome; sede;
possível dor (importante checar a temperatura). Na falta de sintomas físicos,
caberá ao educador oferecer colo, falar com voz serena, estabelecer contato
visual, visando acalmar a criança e somente depois, talvez, vir a entender o
motivo do choro.
Há que se manter a calma diante do choro. Antes de agir, vale sempre
indagar o que houve:
Por que você está chorando?
Está sentindo dor?
Onde?
Me mostre!
Você caiu?
Machucou? Onde?
Você quer algum brinquedo?
O que você quer?
Estas são algumas das perguntas que o educador poderá fazer, no intuito
de auxiliar a criança a se acalmar.
O adulto que trabalha com crianças pequenas precisa entender que ser
criança não é um “mar de rosas”, ainda mais quando estas não sabem comunicar,
a não ser pelo choro, que algo não está bem.
Adaptar-se ao ambiente e à equipe da creche, despedir-se da família,
avisar que a fralda está suja ou que a barriga dói, perder um brinquedo para um
colega, que caiu e se machucou ou se assustou... são alguns dos motivos que
levam os pequenos a sofrerem e a chorarem. Vindo estes a necessitarem do
acolhimento dos adultos.
Não é raro que um simples conflito com o colega da turma tome
proporções de “catástrofe mundial”, com direito a gritos, sacudidas pelo chão e
soluços sem fim. Às vezes, a criança perde o controle e não consegue voltar ao
normal sozinha, para acalmar-se terá que ser acolhida e tranquilizada pelo
educador.
153
O educador não pode optar por cruzar os braços e esperar que o choro
passe, nem tentar resolver na conversa. Também não vale cair na armadilha de
fazer chantagens para o choro cessar. Cabe ao educador mostrar à criança que
entende o problema e pedir que ela respire fundo, lave o rosto e que sente-se em
seu colo, passando a mensagem de que você confia que ela vai se acalmar.
Cabe ao educador ser solidário, mesmo quando o desejo da criança tiver
que ser contrariado. O adulto jamais poderá zombar do choro da criança ou
ignorá-lo. Fingir que não vê a criança chorar é um grande erro do adulto. Este
transmite para a criança que esta não obtêm a atenção do adulto nem quando
está chorando.
O educador de crianças pequenas precisa entender que a melhor forma de
acalmar a criança é pelo acolhimento, será por meio de uma relação serena e
afetuosa, que poderá fazer com que esta se acalme e pare de chorar.
O trabalho em trio possibilita aos educadores o exercício de um olhar mais
sensível diante da existência do choro da criança, buscando acolhê-la e
interpretar os motivos de seu sofrimento. Cabe aos educadores de crianças
pequenas entenderem que a relação de afeto é fundamental ao trabalho docente
nesta faixa etária, e que o oferecimento do colo muitas vezes é a resposta certa
às necessidades das crianças.
Este olhar sensível e atento deve ser mais presente ainda no período de
adaptação das crianças. Cada criança, diante de suas diferentes necessidades e
especificidades, apresenta necessidade de acolhimento, de aproximação física,
do colo em diferentes níveis; cabendo aos educadores se atentarem a estas
diferentes necessidades. Oferecendo-lhe o colo sempre que necessário,
estimulando o envolvimento da criança com as atividades, brinquedos e à
relacionarem-se com as demais crianças, respeitando suas possibilidades e
necessidades afetivas. Cabe ao educador saber a hora de oferecer o colo e de
estimular o “decolar”; como encontramos na música “Reticências” do grupo Teatro
Mágico: “... tempo de dar colo, tempo de decolar.”
A música citada acima serviu como nutrição e texto de discussão sobre a
importância do acolhimento diante do choro; bem como, contribuiu para
discutirmos em grupo sobre os efeitos que o choro das crianças exerce nos
adultos; principalmente, no período da adaptação, momento em que este é mais
intenso.
O grupo por unanimidade aprovou a mensagem principal, trazida na letra
154
da música, afirmando que cabe ao educador, ter sensibilidade e avaliar, nas
diferentes crianças de seu grupo em quais momentos estas estão prontas para
decolar enquanto outras ainda necessitam, e muito, do colo, para futuramente
decolar.
Abaixo anexamos a letra da música:
Reticências (Teatro Mágico) Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco
Se agregar não é segregar Se agora for, foi-se a hora
Dispensar não é não pensar Se saciou foi-se em bora
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco
Se lembrar não é celebrar... Dura - lhe a dor quando aflora
Esquecer não é perdoar Se consagrou sangra agora
Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim daqui a pouco não Quanta mudança alcança
O nosso ser posso ser assim
Tempo de dá colo, tempo de decolar Tempo de dá colo, tempo de decolar
O que há é o que é e o que será (nascerá, nascerá...)
Tempo de dá colo, tempo de decolar Tempo de dá colo, tempo de decolar
O que há é o que é e o que será (nascerá, nascerá...)
Reciclar a palavra, o telhado e o porão... Reinventar tantas outras notas musicais... Escrever o pretexto, o prefácio e o refrão...
Ser essência... Muito mais... Ser essência... Muito mais...
A porta aberta, o porto acaso, o caos, o cais...
Se lembrar de celebrar muito mais... Se lembrar de celebrar muito mais... Se lembrar de celebrar muito mais...
"Tá certo que o nosso mar
Do jeito que for vital Pra dispersar o nosso dom
O nosso som pausou E com tanta disposição
A disposição cansou Secou da fonte da paciência
E nossa excelência ficou lá fora Solução é a solidão de nos
Deixa eu me livrar das minhas marcas Deixa eu me lembrar de criar asas
Deixa que esse verão eu faça o sol (3x) Só me resta agora acreditar
Que esse encontro que se deu Não nos traduziu melhor
A conta da saudade quem é que paga Já que já estamos brigados de nada
Já que estamos fincados em dor Lembra o que valeu a pena
Foi nossa cena não tem pressa pra passar(2x)"
155
ENTENDENDO A MORDIDA COMO: MANIFESTAÇÃO
COMUNICATIVA DA CRIANÇA E CONTEÚDO PEDAGÓGICO
PARA O PROFESSOR
Este tema exige da escola, de todos os seus educadores, uma atenção
especial, pois embora manifestações por meio das mordidas sejam naturais na
faixa etária de 0 a 03 anos, a repercussão das recorrências de mordidas
mobilizam pais e educadores.
Desta forma, primeiramente cabe aos educadores entenderem, refletirem e
dialogarem sobre os conhecimentos científicos já construídos em torno da
presença da mordida nas unidades escolares de 0 a 03 anos.
A mordida apresenta-se como característica natural da “fase oral”.
Fase pela qual a criança começa a interagir com o mundo, através
da boca a criança explora e interage com seu meio. Nesta fase, é
justamente através da boca, que a criança faz importantes
descobertas e começa a separar o que a constitui daquilo que
constitui o outro. Pela boca ela diferencia os limites de seu corpo e
do corpo do outro, diferencia sensações em seu corpo e sensações
advindas da sua exploração frente ao corpo do outro. Pela boca ela
conhece “o mundo”. O primeiro contato da criança com o mundo é
pela boca. Ao colocar um objeto na boca, ou por exemplo, a mão do
coleguinha na boca, a criança estará experimentando, explorando,
conhecendo os objetos, aumentando seu conhecimento sobre as
coisas que a rodeiam.
A mordida também pode estar relacionada com o surgimento dos
dentes; a criança explora as sensações produzidas pela aquisição
do dentinho, explorando os objetos e as diferentes sensações que
os diferentes objetos lhe propiciam.
A mordida, como instrumento de exploração e de aprendizagem à
criança pequena, pode vir a desencadear sensações fascinantes às
crianças, sensações estas que poderão lhe estimular a morder
novamente. Mordendo a criança pode perceber e aprender várias
coisas como: diferenciar o duro do mole; o gosto diferente das
coisas; que sua mordida desencadeia reações no outro, uns se
156
assustam, outros choram, alguns se espantam, etc.
Que mordendo ela obtêm a atenção dos adultos, podendo a criança
ficar maravilhada com a reação das pessoas. A partir daí, ela
descobre um modo infalível de chamar a atenção ou de obter o
objeto desejado.
A mordida também pode ser entendida como demonstração de
sentimentos de carinho e afeto, justamente por serem emoções que
ainda não podem ser nomeadas pela criança. Muitas vezes as
crianças são mordidas por seus melhores amiguinhos.
A mordida realizada pela criança pequena pode ser uma prática
apreendida com os familiares. Alguns pais e demais familiares
brincam de morder, verbalizam que têm vontade de mordê-los por
amá-los tanto, por serem fofos, etc. Desta forma, a criança poderá
reproduzir a mordida nas relações que estabelecem com os
coleguinhas, com a intenção de expor seus sentimentos de carinho
e afeto por determinada criança.
A mordida pode ser a forma de comunicação, utilizada pela criança,
sinalizando algum tipo de desagravo, de descontentamento ou de
irritação. Normalmente, com o desenvolvimento da oralidade, com a
aquisição da fala, a criança deixa, cada vez mais, de fazer uso da
mordida, passando a expressar-se oralmente.
A mordida também decorre do estranhamento da criança quanto à
vivência em grupo, a escola representa a entrada da criança no
ambiente social. O contexto escolar traz à criança pequena
exigências sociais, que estão, ainda, acima de suas possibilidades
sociais, cognitivas e emocionais; cobrando-lhe que: se relacione
com outras crianças, que divida a atenção dos adultos, que divida a
utilização do espaço e dos brinquedos com as demais crianças da
turma. Estas novas exigências desencadeiam respostas
comunicativas, de contrariedades, uma das manifestações poderá
ser por meio da mordida. A mordida pode ocorrer como resposta da
criança, como manifestação comunicativa, diante de uma disputa,
de um conflito.
Que embora a mordida faça parte do contexto escolar, na faixa
157
etária de 0 a 03 anos, todos os educadores têm por objetivo evita-
las; refletindo e reavaliando sobre o seu planejamento, sobre a
rotina da turma e sobre suas mediações. Mas, que mesmo adotando
todos estes cuidados didáticos, algumas recorrências ocorrerão.
Que é dever do profissional da educação de crianças pequenas,
ressaltar às famílias, que a ocorrência da mordida provoca o
desenvolvimento de aprendizagens às crianças; cabendo aos
educadores mediarem a situação junto às crianças envolvidas,
acolhendo ambas e ensinando-lhes que não devem morder, porque
doí, bem como, que não podem deixar o amiguinho mordê-los,
precisando adquirir maneiras de defenderem-se.
Entendemos que a mordida na Educação Infantil ,de 0 a 03 anos,
apresenta-se como sendo um dos maiores problemas do educador de crianças
pequenas. São elas, na maioria das vezes, as grandes responsáveis pela
instabilidade nas relações entre a escola e a família.
Primeiramente, como profissionais da educação de crianças pequenas,
precisamos aceitar que é normal que as ocorrências de mordida gerem
desconforto entre as famílias e os educadores da criança. Ver o filho/aluno com
as marcas da mordida deflagram nos adultos inúmeros sentimentos. Cabendo à
escola, que possui os conhecimentos sobre o desenvolvimento da criança e sobre
as situações em que a mordida ocorreu socializar as informações com os
familiares.
Para alguns familiares a presença da mordida em seu filho instiga em seu
imaginário, que o mesmo está sendo mal cuidado na escola, sofrendo diante das
agressões de terceiros; esquecendo-se que o “agressor”, em questão, tem a
mesma idade que o filho, ou até mesmo, é menor ainda. Em seu imaginário a
criança após ser mordida ficou em sofrimento o restante do dia e é seu dever, de
pai e mãe, defender o bem estar do filho, bem como, cobrar da escola que esta
lhe assegure que tal ocorrência não se repetirá. Também chegam a avaliar que a
mordida ocorreu por negligência dos cuidadores, dos educadores da criança ou
que a criança envolvida não é devidamente educada por seus pais.
Nos educadores acaba gerando um misto de sentimentos, sentem-se
insatisfeitos, impotentes ou culpados, por presenciarem o sofrimento das
158
crianças, por não conseguirem impedir a ocorrência, mesmo sabendo que:
tomou todos os cuidados necessários para que a mordida não
ocorresse ou recorresse.
Que a mordida é manifestação comunicativa da criança pequena,
sendo um instrumento exploratório ou até mesmo uma manifestação
de carinho.
Outro sentimento gerado pela ocorrência da mordida é o de insegurança,
pois temem ser acusados de negligentes pelas famílias.
Em alguns momentos, fruto da recorrência da mordida os educadores
poderão lidar com alguns pais que reajam de forma mais exacerbada, sendo
fundamental aos educadores que estes se mantenham calmos, dizendo que
entendem os sentimentos e o nervosismo dos pais, mas que se faz necessário o
agendamento de reunião entre a família e os educadores, para que os
esclarecimentos sobre as ocorrências sejam compartilhados com a família.
Após acolher a indignação dos pais o educador precisará orientá-los a
procurarem a gestão da escola para que o agendamento seja realizado, devendo
este ser o mais rápido possível. A gestão deverá adiantar aos pais que, neste
atendimento às famílias, os educadores esclarecerão os fatos, relatarão quais
procedimentos vêm adotando para evitar as mordidas entre as crianças, tirando-
lhes todas as suas dúvidas, que o mais importante é o estabelecimento do
diálogo.
Caberá à D.G. acolher os sofrimentos e descontentamentos dos seus
educadores e das famílias, agendando o atendimento para o mais breve possível.
Outras ações a serem adotadas pela gestão: realizar observação em sala;
acompanhar a rotina da turma; atendimento aos educadores; solicitar o auxílio da
equipe técnica da S.E. (O.P. e Psico), sempre que necessário; coordenar o
atendimento específico, entre os pais e os educadores.
No atendimento aos pais, a gestão e os educadores deverão,
primeiramente, acolher os sentimentos e as insatisfações dos pais. Para em
seguida explicitar quais ações pedagógicas a escola e seus educadores podem e
já estão adotando junto às crianças que encontram-se comunicando-se por meio
da mordida, objetivando minimizar tais manifestações.
Após os educadores socializarem sobre as práticas e ações pedagógicas
adotadas; sobre os conhecimentos científicos/pedagógicos que a escola possui
sobre o ato de morde da criança pequena; sobre o desenvolvimento infantil;
159
sobre a presença “natural” da mordida nesta faixa etária; faz-se importante, aos
educadores e gestores, avaliarem o quanto os pais compreenderam e
assimilaram, sobre os diálogos estabelecidos e sobre os conhecimentos em
questão. Se houve, de fato, avanços na aceitação das ocorrências ou se os
diálogos não alteraram os sentimentos e insatisfações dos pais.
Diante da postura inflexível dos pais, diante da cobrança destes à escola,
exigindo que o filho não volte a ser mordido, será necessário, que os gestores
pontuem, que tal compromisso é impossível de ser assumido pela escola.
Evidenciando aos pais que à escola cabe assumir o compromisso de que tudo
será feito para evitar a manifestação da mordida entre as crianças, mas que nem
sempre as ações pedagógicas conseguirão impedir a recorrência da mordida.
Salientando aos pais, que será objetivo de todos os educadores da turma,
minimizar as recorrências de mordidas, mas que estas muitas vezes ocorrem de
forma rápida e diante de situações improváveis, sem serem fruto de conflitos, sem
que haja sinais que as precedam.
Entendemos que o respeito e o diálogo, entre a família e a escola, são os
únicos aliados para a solução dos conflitos gerados pelas recorrências das
mordidas e devem ser implementados tão logo sejam percebidos.
É fundamental que o conhecimento pedagógico, construídos pelos
educadores sejam compartilhados com os pais, para que estes possam
compreender mais e mais e indignarem-se cada vez menos.
Portanto podemos considerar que é papel da escola e de seus educadores:
Entender que as mordidas estão presentes no cotidiano das
creches, porque são manifestações normais na 1ª infância, mas que
faz parte das atribuições dos educadores refletirem sobre as ações
que adotaram e adotarão para minimizarem as recorrências.
Compreender que, embora a mordida seja normal à faixa etária,
como forma de expressão da criança; cabe a ele educador
introduzir/ guiar/ mediar a forma da criança se relacionar e interagir
no coletivo, para que esta aprenda a se comunicar por outros meios
que não pela mordida.
Refletir sobre cada caso de mordida, pois cada caso é um caso.
Indagando-se sobre: Qual situação desencadeou a mordida; O que
poderei fazer para evitar a recorrência; Quem é a criança que
160
mordeu? Como posso ajudá-la? Quem é a criança que foi mordida?
Como posso ajudá-la? Quais mediações realizarei com o intuito de
ajudar a criança que mordeu a se manifestar de outra maneira?
Quais mediações realizarei com o intuito de ajudar a criança que foi
mordida a se posicionar e a se defender, envolvendo-a na situação.
Como levarei a criança que foi mordida a enxergar que suas
reações ou que a falta de reações têm consequências, e ser
mordida é uma delas.
Seu papel de educador junto ao mordedor será: ensinar-lhe que
morder é errado, porque a mordida machuca o amigo, que este
chora porque doeu. Junto à criança que foi mordida, caberá a ele
educador, ensinar-lhe que precisa se defender da mordida, evitando
assim novas investidas; ensinando-lhe a manifestar-se, a comunicar
que não quer ser mordido, que dói e que não gosta de ser mordida.
Todas estas aprendizagens se darão com a mediação constante dos
adultos referências da turma, no intuito de qualificar as interações
entre as crianças.
Acolher a indignação das famílias, socializando seus saberes com
os pais, para que estes entendam os porquês das mordidas e como
a escola e todos seus educadores investem na minimização das
ocorrências de mordidas. Deixando evidente aos pais que sua
prática pedagógica visará impedir novas ocorrências, mas que será
impossível dar-lhes garantias que novas mordidas não ocorrerão no
decorrer do ano letivo.
Quando os educadores observarem que as mordidas de
determinada criança são realizadas advindas de um comportamento
agressivo, precisará desenvolver, junto à turma, atividades que
possibilitem à (às) criança(as) darem vasão a tais sentimentos, à
agressividade. Propondo atividades como: derrubar blocos; rasgar
papéis; espirrar água; martelar; etc.
Entender que é adulto que tem o papel primordial de impedir que a
expressão da agressividade fuja do controle da criança; estando ele,
o educador, atento às manifestações das crianças, permitindo-lhes
nas atividades/ brincadeiras/ fantasias expressar seus sentimentos,
sem que se coloque em risco ou venha a colocar outra criança em
161
risco. Cabe ao educador auxiliar a criança a se recompor, a se
reorganizar; acolhendo suas necessidades emocionais.
Saber que os casos de mordidas de ordem de descontrole
emocional são as exceções. Mas que precisam ser identificados
pelos educadores, para que a criança e a família sejam auxiliadas
pela equipe escolar e até mesmo, quando necessário, pelo
psicólogo que acompanha a U.E.
ATUAÇÃO IMEDIATA DOS EDUCADORES FRENTE AS OCORRÊNCIAS DE
MORDIDAS:
Devem ser firmes, mas respeitosos, com a criança que porventura tenha
mordido, conversando com a criança de forma afetuosa e nunca de forma
alterada ou discriminatória.
Preferencialmente, educador deve abaixar-se, olhar diretamente nos olhos
da criança e explicar-lhe que não pode morder. Deixando claro que a
consequência da mordida é a dor do coleguinha.
O educador deve mostrar o ferimento ( a marca da mordida ) e explicar à
criança que ninguém gosta de ser mordido; que ninguém gosta de sentir
dor; portanto, que ele não deverá morder mais ninguém.
Após as crianças se reorganizarem emocionalmente, o educador deve
oferecer possibilidades à criança que mordeu de ajudar a criança mordida,
tratando do ferimento, ajudando a lavar e a passar gelo no local. Os
educadores devem estimular a criança, que já é capaz de falar, a pedir
desculpas, mas cuidado, não obrigue os envolvidos a se abraçarem e a se
beijarem; tal atitude deve ser natural às crianças, deve advir de sua
necessidade comunicativa e expressiva, mas de forma alguma, deverá
advir da obrigação imposta pelo adulto, de fazer o carinho ou em aceita-lo.
Após as crianças se reorganizarem emocionalmente, os educadores
devem aproveitar a ocorrência, para estimular o desenvolvimento de outras
formas de manifestações comunicativas, explicando-lhes que precisam
expor seus sentimentos de outras maneiras, que não pela mordida.
Palavras como "doeu" “você machucou o amiguinho” e "não pode" são as
melhores frases mediadoras para o momento. Orientar a criança e mediar
162
a situação utilizando explicações longas são improdutivas.
Em seguida elencaremos as ações educativas, as práticas pedagógicas
que podem contribuir para a minimização das ocorrências de mordidas. São elas:
• Investir na qualidade das interações com a criança e entre as crianças;
• Oferecer um ambiente organizado;
• Realizar atenção individualizada;
• Propor atividades desafiadoras às crianças.
• Planejar com antecedência;
• Conhecer as necessidades individuais e específicas de cada criança;
• Ajudar a criança a se organizar emocionalmente. O adulto tem o papel de
manter o equilíbrio e impedir que a agressividade fuja do controle da
criança. Não cabe ao educador brigar com a criança, é seu dever mediar
as relações entre os envolvidos (mordedor e mordido) de forma imediata,
objetiva, clara, firme e respeitosa.
• Logo no início do ano letivo, no período de adaptação, redobrar as
atenções/observações sobre as crianças que apresentaram dificuldades
com as mordidas no ano anterior, tanto aquelas que morderam como as
que foram mordidas com recorrência.
• A gestão deverá já na 1ª Reunião com Pais, dos alunos novos, que ocorre
no mês de dezembro, para adentrar no tema das mordidas e demais
conflitos que ocorrem entre as crianças pequenas, ao tratar sobre a
importância da relação de parceria entre a escola e as famílias.
• Nas Reuniões com Pais, os educadores também trarão a temática das
mordidas, atreladas aos demais temas formativos, sempre que sentirem
necessidade.
• Auxiliar a criança a interagir com as demais crianças, identificando e
investindo nas possibilidades destas
• Brincar e interagir com a criança, favorecendo seu desenvolvimento quanto
às formas de expressar-se e de comunicar-se;
• A gestão deve propiciar momentos de conversas, de formações e reflexões
sobre o assunto com todos os educadores da comunidade escolar.
• Estabelecer uma rotina adequada à turma, que possibilitem às crianças
reconhecerem os ambientes e os objetos. Favorecendo assim, a
163
construção e o fazer mais autônomo da criança. Quando a criança está
familiarizada com os espaços ela se sente mais segura, arriscando suas
primeiras interações com os adultos e com as demais crianças. Pelo
contrário, quando encontram-se inseguras , em espaços desorganizados e
desestruturados, as crianças sentem-se desamparadas, desta forma,
poderá se utilizar da mordida para dar vazão aos seus sentimentos. A
rotina estruturada e organizada favorece à criança um desempenho mais
autônomo, permitindo-lhe o movimento e o reconhecimento dos ambientes
e objetos, amenizando o sentimento de frustração.
• Caberá ao educador apresentar as “novas” situações (novas propostas/
novas brincadeiras/ novos espaços/ novos brinquedos) às crianças. Ofertar
o desconhecido pode gerar tensão e impulsividade na criança. Tais
sentimentos poderão promover conflitos e disputas, que poderão gerar as
manifestações comunicativas, podendo ocorrer a manifestação por meio da
mordida.
• Aproveitar as situações de mordida para trabalhar as regras de convivência
com a turma.
• Desenvolver um trabalho efetivo de parceria, entre os educadores do trio
ou quarteto, desenvolvendo uma relação em que todos os educadores da
turma trocam seus saberes e reflexões frente às mordidas ocorridas entre
as crianças da turma; dialogando sobre as possibilidades e limitações de
cada criança, bem como, sobre as mediações adequadas e necessárias a
cada uma delas.
• Acordar entre os educadores do trio/quarteto quem será o mediador mais
direto nas intervenções junto à criança que apresenta-se mordendo, com
maior intensidade e frequência; bem como, quem mediará as relações da
criança que apresenta-se indefesa, sendo mordida com recorrência.
• Planejar a rotina, as atividades, os projetos, evitando realizar atividades
que propiciam a ocorrência de mordidas (ex: realizar a Roda de História, de
Conversa ou de Música posicionando as crianças em roda ou
aglomeradas.) Assim evitamos por exemplo a disputa pelo espaço. Ou,
planejar, qual educador terá próximo a ele, a criança que está se
expressando pela mordida, mantendo-a ao seu lado ou ao em seu colo.
Para a mediação ser mais rápida e eficaz.
• “Cuidar” do planejamento, evitando realizar atividades que instigam a
164
disputa por brinquedos; preferencialmente que haja o nº de brinquedos
adequado ao nº de crianças.
• “Cuidar” do planejamento, evitando realizar atividades que propiciam a
ocorrência de mordidas. Por ex: quando estiver desenvolvendo atividades
diversificadas ou dirigidas ao coletivo, combinar qual educador estará
mediando as ações da criança que está se comunicando por meio da
mordida, com o intuito de mediar e qualificar a interação da criança com as
demais crianças do agrupamento. Desta forma o educador poderá mediar
de imediato as relações entre as crianças, agindo ao menor sinal de
disputa e de conflito.
• “Cuidar” do planejamento, oferecendo um repertório variado de atividades,
interessantes e desafiantes; cabendo ao educador estar atento as
atividades que causam interesse da turma e em especial da criança, que
no momento requer intervenções e mediações pontuais; diante desta
comunicar-se ou expressar-se pela mordida.
• Evitar longos períodos de espera, a ociosidade pode propiciar conflitos,
que podem propiciar a recorrência de mordidas.
• Evitar aglomerações, pois estas propiciam conflitos, que propiciam
mordidas. Os trios não poderão usar os espaços coletivos que já estão
sendo ocupados por outras duas turmas.
• Toda ocorrência de mordida deverá ser registrada no livro de ocorrência da
turma, por um dos professores, pois é este que está realizando a formação
mais aprofundada sobre as mordidas. E são estes que detêm
conhecimentos pedagógicos específicos sobre a questão. O registro
deverá conter: o nome da criança que mordeu; o nome da criança que foi
mordida; como a mordida ocorreu; em que local ocorreu; quais foram as
ações realizadas pelos educadores frente às crianças envolvidas; registro
de como a família reagiu à notificação da mordida; relato sobre como a
criança se comportou pós mordida;
• O contato telefônico deverá ser realizado pelo professor, pois é este que
está realizando a formação mais aprofundada sobre as mordidas. E são
estes que detêm conhecimentos pedagógicos específicos sobre a questão.
• O contato deve ser feito com a mãe ou com o pai, preferencialmente, com
aquele que traz (ou leva) a criança à escola; aquele que acompanha, de
forma mais próxima, a vida escolar da criança.
165
• Quando o professor não conseguir contato telefônico com a família o
diretor deverá ser informado.
• Somente nos casos em que o professor não conseguiu fazer o contato
telefônico com a mãe ou com o pai, será necessário registrar a ocorrência
na agenda da criança, comunicando de forma detalhada, como a mordida
ocorreu e como a criança se comportou após ser mordida. Lembrando de
registrar que estará à disposição para realizar maiores esclarecimentos,
caso seja necessário. De forma alguma o nome da criança mordedora
deverá aparecer no registro da agenda.
• Quando a criança sofrer a 2ª mordida, o registro, no livro de ocorrência,
deverá ser levado ao diretor, que entrará em contato com a família.
• Quando a criança realizar a 3ª mordida, o registro no livro de ocorrência
deverá ser levado à direção, que entrará em contato com a família.
• Sempre que o professor notar que a relação com os pais ficou
estremecida, pós mordida, deverá agendar reunião com os mesmos,
preferencialmente com a presença do diretor.
• Após reuniões de acompanhamentos à família, quando for avaliado pelos
educadores e gestores que o conflito ainda persiste, que a família não
entende que, não podemos dar garantias de que seu filho não será
mordido novamente, será necessário solicitarmos a intervenção da O.P. e
da Psicóloga junto aos envolvidos: escola e família.
Todas as intervenções pedagógicas e mediações adotadas pelos
educadores junto às crianças, objetivam que, aos poucos, em seu ritmo, a
criança aprenda que não deve morder os colegas, que há outras maneiras de
comunicar seu descontentamento ou que há outras maneiras, socialmente
aceitas, para as demonstrações de carinho, que não pela mordida.
CUIDADOS RELACIONADOS AS QUESTÕES DA ALIMENTAÇÃO
A alimentação é necessária para a sobrevivência do ser humano e pode se
dar das mais variadas formas, já uma alimentação nutritiva pode ser aprendida e
166
desenvolvida através de hábitos saudáveis, que possibilitam o funcionamento
adequado do organismo.
Diante desta premissa o cardápio da U.E. é planejado por uma nutricionista
da S.E., visando não só oferecer o alimento, mas que este seja um alimento
nutritivo e adequado à faixa etária que atendemos.
Cabe aos educadores entender que se a criança não come a quantidade
costumeira em determinada refeição, deverá observar as demais refeições
daquele dia, pois a criança tenderá a comer um pouco mais nos demais
momentos da alimentação; portanto não pode ser avaliado somente o que ela
deixou de comer, mas antes de tudo, o que durante o dia ela aceitou e comeu.
Nestas situações entendemos que a criança apresentou apenas uma alteração
alimentar, mas que não ficou sem se alimentar durante o dia. Nestes casos não é
necessário o registro na agenda da criança, pois acreditamos que esta
informação geraria à família apenas uma preocupação desnecessária, tendo em
vista que seria informado apenas o que ela rejeitou.
No entanto, se o bilhete na agenda for completo, detalhando que embora a
criança não tenha almoçado, depois do repouso comeu bem, a informação pode e
deve ser socializada com a família.
Os casos das crianças que passam o dia todo sem se alimentarem,
crianças que rejeitam todos os alimentos servidos nas 05 diferentes refeições
diárias, deverão sempre ser levados ao conhecimento da D.G. Pois estes casos
representam um risco à saúde da criança, sendo necessário intervenções
específicas a cada caso, tais como: reunião entre a família e a escola, ambas
socializando sobre quais alimentos a criança aceita e como estes são oferecidos;
redução da jornada diária da criança na escola; orientações das especialistas:
fono e psico, que acompanham a U.E.
Família e escola devem entender que a alimentação faz parte do processo
educativo e é parte importante do desenvolvimento infantil. O processo educativo
e o desenvolvimento infantil acontecem continuamente. A alimentação, então, não
pode ser pensada somente dentro de casa ou somente na creche. A creche e a
família devem pensar juntas sobre a alimentação da criança. Caso contrário, os
resultados não serão os melhores.
Temos como objetivo oferecer as crianças uma variedade de alimentos a
serem degustados e conhecidos pelas mesmas, uma vez que estas nem sempre
167
têm a oportunidade e/ou hábito de comer certos alimentos: frutas, legumes,
carnes e sucos.
Além da importância da alimentação relacionada à nutrição, temos como
objetivo fazer destas atividades momentos prazerosos e agradáveis às crianças,
bem como, fazer destes, momentos de construções de aprendizagens, quanto à:
identidade, autonomia e desenvolvimento social e afetivo, propiciando momentos
de trocas entre a criança e o educador e entre as diferentes crianças.
Acreditamos que a comida vai adquirindo significado social ao mesmo
tempo em que pode ser para a criança uma explosão de descobertas, correlatas
às diferentes formas, sabores, texturas e cores. As Crianças poderão fazer
escolhas daquilo que mais lhe agradam, bem como ajustar a quantidade a sua
real necessidade. Além disso, a criança pequena logo descobre que comer é uma
maneira de se relacionar com os outros.
“...compreendendo a criança como ser ativo nesse
processo, o adulto pode propiciar experiências que
possibilitem a aquisição de novas competências em relação
ao ato de alimentar-se"...(RCN- vol. 2 - Formação Pessoal e
Social)
MOMENTOS DAS REFEIÇÕES: CAFÉ, HIDRATAÇÃO, ALMOÇO, LANCHE E
JANTAR:
Atenção ao tamanho dos pedaços, pois pedaços grandes podem provocar
dificuldade de mastigação e engasgamento;
Fazer experimentos para testar a temperatura dos alimentos, pois comida
fria é desestimulante ao paladar e muito quente causa grande desconforto;
Nos casos de adaptação do cardápio, para atender às necessidades de
saúde das crianças haverá a adequação do cardápio escolar, os pais deverão
trazer declaração/relatório do médico atestando a necessidade de alteração na
alimentação da criança, para que sejam providenciadas as substituições dos
alimentos junto à S.E.;
Durante o período de avaliação médica, enquanto a criança realiza os
168
exames sobre os alimentos que não devem ser consumidos, caberá à escola,
após conversa com a família, acordar sobre quais serão as restrições e alterações
necessárias no cardápio (diante do que consta no cardápio semanal da escola),
sendo estas socializadas com o trio de educadores e com a cozinheira. Ficará
acordado que este combinado interno será provisório até a obtenção do relatório
final do médico;
Alterações na forma de servir e na consistência podem ser pensadas
considerando-se as observações dos educadores. Assim, é preciso considerar os
ritmos individuais dos alunos e fazer intervenções adequadas, na passagem do
cardápio pastoso para o sólido, da mamadeira para o copo de bico e do copo de
bico para a caneca.
Os educadores devem empenhar-se em estimular as crianças a
experimentar os diferentes tipos de alimentos para que não fiquem sem se
alimentar, seja através de brincadeiras, de degustação por parte do educador ou
de atividades orientadas para este objetivo, como rodas de conversa e
sequências didáticas de estímulo à alimentação saudável;
Atividades de culinária, por meio de atividades sequenciadas e projetos
poderão ser desenvolvidos, diante das especificidades e interesses da turma.
Caberá ao professor fazer um planejamento que vise o atendimento aos preceitos
da alimentação saudável, aproveitando, inclusive, receitas que utilizam os
alimentos adquiridos pela PMSBC; pois desta forma a obtenção dos alimentos
ocorrerão sem custos à APM.
Nos casos de crianças que sofrem refluxo, estar atentos às quantidades. A
criança deve comer em pequenas porções e aguardar pelo menos 30 minutos, ou
seguir orientação médica, para fazer o repouso;
Copos com furos devem ter respiro;
No caso de mamadeiras, o adulto deve cuidar para que a criança tenha
intervalos de respiração na mamada e que esteja em posição reclinada e não
completamente deitada ao mamar. Observar também a posição correta do bico e
respeitar o tamanho do furo da mamadeira além de se atentar a quantidade de
líquido no reservatório do bico, evitando o acúmulo de ar;
Cuidado com o balcão térmico ou travessas de comida de modo a evitar
queimaduras: a criança pode se servir com autonomia, contando com a ajuda do
educador no controle dos instrumentos e para orientá-la e protegê-la de encostar-
169
se em partes quentes das travessas ou do balcão. Além disso, cuidar da
circulação das crianças em torno do balcão para que não esbarrem em quinas e
abas;
Observar e orientar quanto à posição das crianças nas cadeiras evitando
quedas e o mau posicionamento, que atrapalhe a refeição, como, por exemplo,
estar distante demais do prato. Os bebês precisam estar presos corretamente
com cinto de segurança aos cadeirões;
Promover a higienização das mãos antes das refeições;
Orientar e cuidar para que não comam alimentos que caíram no chão;
Orientar e cuidar para que não utilizem os talheres ou canecas que caíram
no chão, orientando-as a depositarem tais objetos no local adequado, trocando-os
por talheres ou canecas limpas.
Os educadores não deverão oferecer água para a criança no período que
antecede o almoço ou logo posterior; devendo a água ser oferecida com um
intervalo mínimo de 30 minutos.
MOMENTO DO SONO
O que precisamos entender é que cada criança tem um ritmo diferente:
umas sentem mais sono que outras e precisamos respeitar este ritmo estas
diferentes necessidades.
Nesta escola, na maioria das turmas, os preparativos para o horário do
sono ocorrem logo após a hora do almoço da turma. Mas há turmas que ainda
desenvolvem outras atividades, devido os educadores avaliarem que este horário
precisou ser reorganizado, devido às especificidades da turma, que não estão
com sono logo após o almoço e a escovação.
O momento do sono tem de ser muito bem planejado: os educadores
preparam o ambiente, respeitando a individualidade de cada um, de forma que as
crianças se sintam confortáveis e seguras para descansarem.
Alguns recursos são utilizados para facilitar a chegada do sono como:
música calma, ambiente escurecido, objetos de apego para quem necessita
deles: chupeta, paninhos, entre outros; além do afago dos educadores e até
mesmo da aproximação física destas. Há crianças que precisam que a educadora
170
deite junto e lhe façam afagos, para que estas relaxem e consigam dormir. Esses
recursos ajudam a criança a perceber que é hora de descansar e lhe tranquiliza.
O tempo de repouso previsto, no geral, é de uma hora e meia a duas horas
e meia de sono. No entanto, é fundamental que as exceções sejam repeitadas e
que as necessidades diárias específicas de cada criança sejam consideradas
pelos educadores.
Como os horários de sono ocorrem após o horário de almoço, na grande
maioria dos casos, as turmas mais novas almoçam mais cedo, pois tendem a
sentir sono mais cedo. Para estes o ideal é que o horário compreendido para o
sono inicie por volta das11 horas, findando até às 13 horas e 30 minutos. Já as
turmas maiores que dormem por volta das 12h30, acordarão em torno das 14h30.
Como já dito anteriormente após este período de 2 horas e meia, mesmo
havendo alguma criança dormindo o ambiente da sala deverá estar propícia para
o seu despertar. A princípio, será descartada a ação de acordarmos a criança,
forçando-a a sentar-se e a levantar-se; muito menos usar o artifício de lavar-lhe o
rosto, para mantê-la acordada.
Contudo, ressaltamos que os casos de necessidades de sono que
superam às 2 horas e 30 minutos diárias de sono deverão ser levados à D.G., que
observará a criança, a rotina e o planejamento da turma, para assim, avaliar junto
aos educadores, quais ações precisarão ser adotadas, para que de fato, o
atendimento à necessidade específica da criança seja realizado.
ALGUNS CUIDADOS NECESSÁRIOS PARA A HORA DO SONO:
O repouso deve ser garantido à criança, mas nunca forçado. A criança
deve ser estimulada a dormir, mas diante de sua irritação ou desconforto a
mesma deverá ser reconduzida a outras atividades (que poderá ocorrer na própria
sala ou não), sendo estimulada a dormir tão logo a educadora perceba que a
criança dá indícios de que o “soninho” chegou.
O trio de educadores deve estar atento às necessidades e especificidades
de cada criança; garantindo-lhe o repouso antes ou depois do horário em prol ao
atendimento específico de suas necessidades;
A criança que vier a dormir em horário diferenciado não deve, em hipótese
alguma, ficar sozinha na sala. Um dos educadores precisará acompanhar seu
repouso em período integral;
171
Agrupar os colchões de forma que fique um espaço entre as fileiras, para
os educadores transitarem e acolherem as necessidades das crianças;
Cobrir as crianças quando está frio ou descobri-las se aparentarem estar
com calor;
Observar a movimentação das crianças durante o sono de forma a arrumá-
los em seu colchão. Evitando que se machuquem ou incomodem a criança que
está dormindo no colchão ao lado;
Deitar as crianças de lado no colchão; sendo alternado o posicionamento,
evitando que fiquem rosto com rosto;
Suspender, com uma almofada, embaixo do colchão, a cabeceira das
crianças que têm problema de refluxo ou daquelas que estiverem com tosse, ou
algum comprometimento no quadro respiratório;
Observar atentamente o sono das crianças, deixando-as sempre de cabeça
descoberta e atendê-las a qualquer sinal de desconforto;
A sala deve ser limpa antes da arrumação dos colchões (varridas e
higienizadas com rodo e pano úmido)
A lavagem dos lençóis é feita semanalmente, embora a troca de roupa de
cama seja realizada sempre que necessário;
A higienização dos colchões é feita semanalmente, no dia da troca dos
lençóis ou sempre que se fizer necessário;
A higienização do objeto de apego da criança deverá ser feito
semanalmente, pela família, sendo enviado para casa às 6ª-feiras; quando este
objeto de apego pertencer à escola caberá à funcionária do apoio lavá-lo na 6ª-
feira;
Tomar o cuidado também de identificar todos os objetos utilizados na hora
do sono como medida de higiene e proteção, por ser a roupa de cama de uso
pessoal, não devendo ser compartilhada entre as crianças.
172
MOMENTO DO BANHO
“...No momento em que é incluído na rotina, o banho precisa ser planejado,
preparado e realizado como um procedimento que tanto promove o bem estar
quanto o momento no qual a criança experimenta sensações, entra em contato
com a água e objetos, interage com o adulto e com as outras crianças...”
(RCN)
Como as crianças passam muito tempo na escola, muitas vezes precisam
de um banho, para maior conforto, como para relaxar e descansar melhor no
horário de repouso, ou para se refrescar nos dias quentes.
O banho para a turma do berçário faz parte da rotina, uma vez que os
bebês usam fraldas e são mais sensíveis a assaduras e brotoejas.
Para as demais turmas, o banho não está incluído na rotina diária,
entretanto, deve ser dado sempre que o educador perceber que a criança precisa
de um banho, seja porque está calor ou porque a criança se sujou,
principalmente, na etapa da retirada da fralda.
No momento que os educadores incluem o banho na rotina, o banho
precisa ser planejado para promover um bem-estar à criança, nesse momento a
criança experimenta sensações, entra em contato com a água, com o sabonete e
interage com o educador. O banho e a troca, segundo Marta Regina Paulo da
Silva são momentos privilegiados para o contato individual entre criança e
educador. É fundamental que o adulto converse, descreva suas ações, nomeie os
objetos e suas finalidades, cante, brinque com a criança, tornando estes
momentos prazerosos e ricos em aprendizagens.
A família precisa receber todas as informações sobre os procedimentos da
escola, quanto à rotina do banho; para que entendam quando esta atividade é
permanente ou não. Tal esclarecimento deve ser feito na primeira reunião com
pais. Quanto melhor for o conhecimento dos pais sobre a rotina diária de seu filho,
mais facilmente estes poderão atender às necessidades da criança; cobrando da
escola apenas aquilo que nos cabe; em contrapartida assumindo para si aquilo
que é de sua responsabilidade junto à criança.
173
“ ... A organização do banho na creche precisa prever condições materiais, como
banheiras seguras e higiênicas para bebes, água limpa em temperatura confortável,
sabonete, toalhas, pentes, etc...”
RCN
Se nosso desejo é que na hora do banho a criança se sinta confortável,
temos que nos assegurar dos cuidados necessários, sendo estes:
Os objetos utilizados para o banho devem estar limpos e preparados de
antemão, de modo que o educador não se descuide da criança para pegar seus
objetos pessoais, ou mesmo para separar trocas na mochila;
Para a turma do berçário a esterilização da cuba deve ser feita com álcool,
antes de iniciar o banho; devendo ocorrer entre um banho e outro;
Após banhar uma criança com diarreia, é aconselhável fazer a higienização
com água sanitária;
A temperatura da água deve ser verificada antes de colocar a criança no
banho;
Durante o banho, segurar a criança bem apoiada para evitar que
escorregue e tomar especial cuidado ao lavar os cabelos, de modo que não
escorra xampu nos olhos e nem entre água dentro da orelha;
Os procedimentos para lavar a criança precisam ser cautelosos para que a
criança se sinta segura;
Em dias frios, observar se as janelas do trocador estão fechadas evitando
correntes de ar;
É importante que as unhas dos educadores estejam bem aparadas como medida
de higiene e prevenção de acidentes.
ATIVIDADES DE TROCAS
“ ... A organização do ambiente e planejamento dos cuidados
e das atividades com o grupo de bebes deve permitir um
contato individual mais prolongado com cada criança ...’’ RCN
Quando nos referimos às trocas estamos nos referindo não só quanto as
trocas das fraldas, mas também quanto as trocas de roupas das crianças, estas
174
deverão ser trocadas sempre que necessário.
A troca é um momento único entre a criança e o educador, onde a criança
pode conversar e interagir enquanto observa os gestos do educador. É um
momento da rotina que segue os mesmos princípios dos outros: acolhimento,
disponibilidade e intenção de ensinar. Para tanto, exige planejamento de modo a
dar à criança todas as possibilidades de crescer e se desenvolver num ambiente
confortável e seguro.
O olhar atento do educador é importante, cabendo a este observar o
aspecto da urina, das fezes e o estado da pele da criança. Sempre que
necessário socializará suas observações com a família, bem como, fará
encaminhamentos à saúde, sempre que necessário.
A TROCA DE FRALDAS DEMANDA AINDA ALGUNS PROCEDIMENTOS:
Preferencialmente, cada educador deve levar uma criança de cada vez ao
banheiro, para que não tenha que dividir sua atenção, neste momento que exige
tantos cuidados. As demais crianças da turma devem ficar envolvidas com outras
atividades, supervisionadas por outros educadores;
O educador precisa lavar suas mãos antes e depois da troca. Deve utilizar
luvas, principalmente quando houver fezes, para evitar, por exemplo, surtos de
virose. A luva deverá ser trocada a cada troca, uma para cada criança;
Os materiais para a troca devem ser separados antes da troca e estarem
próximos ao educador;
Não deixar ao alcance da criança objetos pequenos ou com líquidos, que
possam ser colocados na boca, como: elásticos para cabelo, presilhas, tampas de
xampu, sabonete líquido, etc.;
Os materiais de higiene pessoal e de limpeza, para higienização da cuba
ou do trocador devem estar longe do alcance das crianças;
O trocador deve ser higienizado com álcool antes de cada troca;
A criança, em hipótese alguma deve ficar sozinha no trocador, cabe ao
educador estar muito próximo do trocador e da criança, pois qualquer desatenção
poderá implicar na queda da criança;
Cuidado com a utilização de lenços umedecidos, porque em alguns casos
podem provocar ou agravar reações alérgica ou assaduras, nestes casos pode-se
usar gaze umedecida em água morna; quando a criança tiver suja de fezes, o
175
lenço umedecido não é suficiente, a criança deverá receber o meio banho;
Antes de jogar a fralda suja no lixo esta deve ser devidamente lacrada;
O local de fraldas sujas precisa estar bem arejado para evitar odores e o
lixo deverá ser recolhido, várias vezes ao dia;
Os objetos das crianças são pessoais e intransferíveis e devem estar
identificados. Não se pode emprestar nenhum objeto pessoal, como chupetas,
roupas, escovas de cabelo e dentes, roupas de cama, copos, toalhinhas de mão,
sabonetes, pomadas, etc.
Os lençóis serão lavados semanalmente;
Os colchões deverão ser higienizados semanalmente;
CUIDADOS ADOTADOS QUANTO À HIGIENIZAÇÃO DAS ROUPAS DAS
CRIANÇAS:
As atividades de troca que se fizerem necessárias terão como objetivo
central o bem estar da criança. Esta deve ser a prioridade do educador. Mas,
também se faz necessário que o educador se atente aos cuidados com os
pertences e roupinhas das crianças. Tais como:
As roupas trocadas devem ser devidamente embaladas, em sacolas
plásticas; preferencialmente, devem ser amarradas do lado externo da
mochila da criança. Evitando que os possíveis odores das roupas sujas se
espalhem na mochila;
Quando as roupas ficarem sujas de fezes devemos tirar o excesso e
embalarmos a roupa devidamente nas sacolas plásticas;
Nos casos mais extremos, em que as fezes estão líquidas, a roupinha deve
ser passada na torneira, para que tiremos as fezes das roupas;
Todos estes procedimentos devem ser de conhecimento das famílias, pois
temos clareza que quanto mais as famílias conhecem o nosso trabalho e
nossa prática, menos conflitos surgem no decorrer do ano;
Estes procedimentos devem ser apresentados às famílias: por meio do
documento da rotina pedagógica da escola; bem como, deverá ser tema
em reunião com pais, sempre que se fizer necessário.
176
TRABALHO DE RETIRADA DAS FRALDAS - DESFRALDE
Para o início do trabalho da retirada de fraldas, a escola e a família
precisam considerar e avaliar a criança globalmente, ela deverá ser a
protagonista deste processo.
“Quando as crianças são pressionadas antes de estarem
preparadas para serem bem-sucedidas, os insucessos
resultam em problemas sérios como a retenção das fezes, a
incontinência fecal ou a enurese noturna.” Dr. Brazelton, T.
B. – Pediatra
Este grande passo na vida da criança deve ser para ela uma conquista e
nunca uma imposição dos pais ou dos educadores.
O desfralde ocorrerá quando for o momento certo, sendo este um
consenso entre a escola e a família. Ambos avaliam e concordam com o início da
retira das fraldas.
Para tanto, faz-se importante esperar que os primeiros sinais apareçam,
para só depois iniciar o trabalho junto à criança.
É fundamental avaliá-la considerando os aspectos: fisiológicos e de
motricidade; emocionais e sociais e seu desenvolvimento cognitivo e de
linguagem.
ASPECTOS FISIOLÓGICOS E DE MOTRICIDADE QUE DEVEM SER
CONSIDERADOS:
Os músculos dos esfíncteres (genital e anal) têm de ter atingido a
maturidade suficiente, de modo a permitir que a criança “segure” o
xixi e coco; um intervalo entre sentir vontade e chegar ao banheiro.
Segundo a Sociedade Americana de Pediatria esta maturidade
muscular acontece entre os 12 e 24 meses;
No início desta aquisição muscular podemos perceber alguns sinais
na criança: elas buscam determinadas posições para realizarem o
xixi e coco, mesmo estando ainda usando fraldas (ainda não é a
hora de iniciar, é apenas um primeiro indício);
177
A maturidade muscular dos esfíncteres percorre o seguinte percurso:
primeiro a criança deixa de fazer coco à noite; posteriormente ela
começa a segurar o xixi e coco do dia, tendo um intervalo entre a
vontade e a chegada ao banheiro e por fim deixa de fazer xixi à
noite;
Outros sinais fisiológicos: primeiro é o aumento dos períodos em que
as fraldas se mantêm secas, ficando cada vez maiores, chegando a
não fazer xixi durante o sono diurno; posteriormente passando a
acordar de manhã sequinha;
A aquisição do controle dos esfíncteres se dá posterior ao período
de euforia da criança, advinda com a aquisição da marcha. Logo
que começa a andar, a criança fica eufórica, buscando testar sua
nova habilidade: andar. Neste estado eufórico a criança não estará
disponível às novas aprendizagens: como a retirada das fraldas.
Faz-se importante iniciar a retirada das fraldas após percebermos
que a criança, já menos eufórica, consegue ficar parada e envolvida
com outras atividades;
ASPECTOS EMOCIONAIS E SOCIAIS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS:
Vontade de agradar aos pais e aos educadores;
O desejo de fazer sozinho. Dizendo: “ eu faço” “eu quero” “eu
consigo” “eu sozinho”;
Quando a criança diz não para tudo, ficando evidente que quer se
afirmar como dona e senhora da situação, é um indício desfavorável
ao trabalho da retirada das fraldas; ela precisa querer, e não as
professoras e a família;
A consciência social, de que os coleguinhas já não usam fraldas é
um estímulo para que a criança queira deixar as fraldas;
A criança muito sensível ao toque pode não aceitar o contato frio
com o vaso e passar a negar tal experiência;
A criança muito agitada, que tem dificuldade em ficar parada,
precisará de um acompanhamento constante e de mais estímulos
para aguardar sentada;
178
ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E DE LINGUAGEM QUE
DEVEM SER CONSIDERADOS:
A descoberta do corpo é fundamental para a criança conseguir usar
o banheiro;
Ter curiosidade pelas partes do corpo, nomeando-os; descobrindo
suas funções;
Conseguir associar a sensação do corpo de fazer xixi à sua
capacidade fisiológica de segurar o xixi e coco até chegar ao
banheiro. Estar atenta;
Avisar o adulto que precisa ir ao banheiro; saber comunicar-se;
Conhecer o vocabulário necessário, para que se faça entender;
Ter compreensão que terá que abandonar uma brincadeira para ir
ao banheiro, mas que poderá retornar à ela;
PODEMOS ACRESCENTAR OUTRO ASPECTO: A RELAÇÃO DE PARCERIA
ENTRE A ESCOLA E A FAMÍLIA:
Os educadores e a mãe/responsáveis/família devem estar em
sintonia;
Os procedimentos adotados devem ser simultâneos e semelhantes,
para não confundir a criança;
Quando a família sinaliza primeiro o desejo de iniciar a retirada das
fraldas é preciso que as professoras também já tenham uma
avaliação positiva sobre o assunto, já validem o início do processo
de retirada; caso haja discordância é preciso diálogos entre as
partes, para que ambas validem ou invalidem o início deste trabalho
junto à criança;
No entanto, quando a família não tem a intenção de iniciar o
processo, e os educadores já validam o início, faz-se necessário que
a escola convoque a mãe/responsável para uma conversa,
socializando com a mãe sobre os sinais que a criança já dá, para
que desta forma, a mãe vislumbre que a criança de fato está pronta
179
e assuma tal compromisso de parceria com as professoras;
A escola deverá entregar para a família um instrumento escrito que
lhe informe sobre os principais sinais que a criança dá quando está
pronta para a retirada das fraldas.
“ Qualquer inconsistência provoca confusão na criança (...)
é essencial que conversem sobre os passos a dar para
alcançar o sucesso da criança nesta fase.” Dr. Brazelton, T.
B. – Pediatra
ALGUMAS DICAS QUE A ESCOLA DEVE SOCIALIZAR JUNTO À FAMÍLIA:
Preferencialmente, evitar a retirada de fraldas no período de inverno,
pois este dificulta o processo: período em que a criança encontra-se
com muitas roupas, tende a contrair o corpo por sentir frio, contração
esta que aumenta as idas ao banheiro;
Devem ter muita paciência;
Após tirar a fralda do dia não se deve voltar a colocá-la na criança,
aos finais de semana ou para sair;
A criança deve ser levada ao banheiro com frequência, e a mãe
precisa aguardar pacientemente, sem apressar a criança ou
pressioná-la;
É preciso lembrar a criança, constantemente, que deve pedir para ir
ao banheiro, avisando quando quer fazer xixi ou coco;
Quando os pais estão separados, é importante que todos os acordos
e orientações sejam socializados entre as duas famílias, para que
ambas adotem as mesmas posturas;
Que demonstrem satisfação e alegria com o sucesso do filho; mas
que não fiquem alterados ou exigentes diante dos possíveis
incidentes;
As repreensões, humilhações e castigos só servirão para que a
criança se recuse a colaborar, deixando de querer tirar as fraldas;
180
Que não forcem a criança a sentar-se no vaso enquanto esta não
mostrar-se tranquila em fazê-lo; oferecendo-lhe penicos e
“troninhos” se necessário;
Que não façam comparações, comparando a criança com os irmãos
mais velhos ou com outras crianças;
ORIENTAÇÕES AOS EDUCADORES PARA O INÍCIO DO TRABALHO DA
RETIRADA DE FRALDAS:
O processo inicia-se com a observação sobre os saberes da criança,
atentas aos sinais fisiológicos, psicológicos e cognitivos;
Quando realizar as trocas de fraldas converse com as crianças,
explicando-lhes que: a mesma encontra-se seca ou molhada de xixi,
ou com coco e que você irá deixá-la limpinha;
Quando for validado que a criança está pronta para tirar a fralda faça
os combinados com a família;
Estimule a criança a ir fazer xixi e coco no banheiro, convidando-a a
ir várias vezes ao dia;
Não apresse a criança, tenha paciência;
Seja compreensiva frente aos incidentes;
Parabenize as crianças diante de seu sucesso e a estimule diante
dos incidentes, falando-lhe para avisar logo que sentir vontade;
Observe se a criança se sente segura sentada no vaso, suas
perninhas precisam estar apoiadas no chão, quando isto não ocorrer
use suportes de apoio;
Quando houver a necessidade de penico ou troninho este deve ser
de uso exclusivo da criança e deve ser mantido no banheiro; este
deve ser um instrumento facilitador, que será retirado tão logo a
criança adquira confiança no uso do vaso sanitário.
A aprendizagem é gradativa, depois de aprender a ir ao sanitário
nos momentos de vigília, passa-se para outra fase, a da retirada da
fralda para dormir depois do almoço e finalmente, posteriormente a
família retirará a fralda do período noturno.
181
Abaixo, encontra-se o documento que deverá ser entregue às famílias, no
início do desfralde:
SINAIS QUE SEU FILHO JÁ ESTÁ DANDO – SINALIZANDO QUE PODEMOS TIRAR-LHE A
FRALDA
Seu filho já demonstra estar consciente das suas necessidades, antes de fazer ele
já está: agachando-se, escondendo-se;
Seu filho Já não faz coco durante à noite;
Seu filho já apresenta a fralda seca por longos períodos, até mesmo no soninho da
tarde, acorda sequinho;
Seu filho já faz xixi em grande quantidade, não mais, de pouquinho em pouquinho;
Seu filho já adotou hábitos regulares para fazer coco;
Seu filho já consegue se despir sozinho, baixando as calças, tirando as fraldas;
Seu filho já está comunicando-se pela fala, cabe à família verificar quais palavras
são mais confortáveis para que ele sinalize querer ir ao banheiro, fazer xixi ou coco;
Seu filho já demonstra boa compreensão, entendendo frases complexas, tais como:
vá no seu quarto, pegue a bola e a guarde na caixa;
Seu filho já gosta de imitar os adultos, dizendo aquilo que estes dizem;
Seu filho já demonstra querer agradar os pais;
Seu filho já demonstra querer fazer o que os coleguinhas mais velhos já fazem;
CUIDADOS QUANTO AO USO DA CHUPETA
Faz-se importante refletirmos sobre o uso da chupeta na escola, aparados
pelo princípio: cabe a escola: perceber, respeitar e acolher as necessidades da
criança. Desta forma o uso da chupeta será garantido sempre que a criança
demonstrar necessitar desta para acalmar-se, para sentir-se segura.
É fundamental respeitarmos as necessidades de nossas crianças quanto à
sua utilização. Alguns pediatras ressaltam que a chupeta tem até mesmo uma
função significativa, devido ao ato da sucção, exercitando os músculos que mais
tarde serão utilizados na fala.
A chupeta, representando uma necessidade da criança, deve ser usada
pela criança no espaço escolar, se entendemos que:
182
A chupeta representa fonte de relaxamento, sendo um objeto de apego;
A chupeta desempenha um papel importante na adaptação dos pequenos,
quando eles começam a frequentar a creche, porque é útil para preencher
a falta dos pais, funcionando como uma lembrança do ambiente de casa,
enquanto o vínculo com o educador e com as outras crianças não for
estabelecido plenamente;
A chupeta ajuda a embalar o descanso dos pequenos;
Não existe uma idade limite. O bom senso deve prevalecer, afinal, ela é um
material de apego, tal como um cobertor ou um brinquedo qualquer, que os
pequenos costumam adotar para ter por perto durante um tempo.
Cabe aos educadores incentivar a criança a largar a chupeta, mas com
respeito à sua necessidade afetiva pela chupeta, desenvolvendo um
trabalho de parceria com a família, para a criança se sinta segura e pronta
a deixar de usar a chupeta, sinta que a chupeta não lhe é mais importante;
O uso da chupeta deve ser permitido na hora do repouso ou na hora do
choro intenso. Ou seja, em momentos que a criança a usa como um
tranquilizador;
O educador deverá combinar com as crianças que durante as brincadeiras
estas deverão guardar as chupetas, mas deverá ser flexível e sensível ao
sofrimento da criança que não consegue se separar da chupeta e permitir-
lhe ficar com a mesma;
O educador deverá ter cuidado e não fazer uso da chupeta de forma
excessiva, não lhe cabe oferecer-lhe a chupeta, para que pare de chorar,
deve entregar a chupeta à criança quando esta demonstrar ser esta a sua
necessidade;
Nas situações de choro, a chupeta deve ser oferecida à criança depois do
educador ter tentado, por meio do afeto e de diálogos, tranquilizá-la sem
contudo ter atingido o objetivo, ficando evidente a necessidade da criança
em receber a chupeta;
Não deve ser permitido o uso da chupeta nas horas das refeições, mas o
educador deverá ser flexível e sensível ao sofrimento da criança que não
consegue se separar da chupeta e permitir-lhe ficar com a mesma,
explicando-lhe que não é certo, que esta deverá ficar sobre a mesa
enquanto come;
183
O uso da chupeta deve ser assunto de diálogos entre educadores e
família. Se os pais insistirem para que o filho não use a chupeta na creche,
a educadora deverá explicar-lhe que, no momento, a chupeta representa
para a criança um objeto de apego valioso. Deixando-lhe claro que a
chupeta não prejudica o aprendizado da criança em nada. Mas, se ainda
assim eles não concordarem com o uso da mesma, o problema deverá ser
levado à dupla gestora;
Com relação ao uso da chupeta a função do educador é promover a
independência afetiva da criança, sempre respeitando sua limitação e sua
necessidade; respeitando seus diferentes tempos e seus diferentes
ritmos.
A família e a escola precisam ser parceiras no trabalho do desapego da
chupeta, este trabalho harmônico, deverá ocorrer até que a criança
evidencie estar pronta para retirar completamente o uso da chupeta.
É importante ter em mente que chupar chupeta é um hábito, uma
necessidade emocional da criança que deve ser tolerada e respeitada, mas não
incentivada ou estimulada.
Para explorar a responsabilidade e a independência de cada um, o
educador precisa acordar com a criança que, quando for vetado o uso da
chupeta, estas devem ser devidamente guardadas, junto aos demais materiais de
uso pessoal da criança, e que a mesma poderá ser pega na hora do sono ou
próximo da hora de ir embora.
O abandono deste objeto de apego, a chupeta, deverá ser uma
consequência, uma conquista da criança, evidenciando-nos que não mais precisa
deste apoio afetivo.
184
CIRCULAÇÃO DAS CRIANÇAS PELOS DIFERENTES ESPAÇOS
A circulação das crianças de um ambiente ao outro deve ser cuidadosa,
evitando quedas e esbarrões, principalmente com as turmas dos menores, que
estão adquirindo a marcha e têm pouco equilíbrio. Por isso os educadores devem
estar bem atentos e ‘’espalhados’’ pelo espaço, para se ter uma boa visão de
todos e protegê-los quando necessário.
Na troca de ambientes, os educadores devem antecipar às crianças para
onde irão e sobre o que farão, orientando-os a estarem sempre por perto, ou
seja, orientando as crianças a andarem sempre junto aos educadores e da turma.
É necessário também conferir a turma na passagem de um ambiente a
outro, evitando que alguma criança se perca do grupo, e venha a explorar outros
espaços sem a supervisão do adulto, podendo expor-se em risco.
Nessa idade (0 a 3 anos), as crianças precisam ser supervisionadas o
tempo todo, não podendo ficar sozinhas em nenhum ambiente da escola. Mesmo
as crianças que já sabem utilizar o sanitário necessitam ser acompanhadas pelo
educador, para que este supervisione e oriente a criança, objetivando o
desenvolvimento da autonomia e do aprimoramento de suas ações.
Na saída a professora deve sempre verificar quais são as pessoas
autorizadas a retirar a criança. Cada trio de educadores deverá fazer a planilha de
autorizados, contendo o nome das crianças da turma e o nome de todos os
autorizados a retirá-las.
Para que menor de idade retire a criança, o responsável legal pela mesma
deverá preencher e assinar o documento de autorização, responsabilizando por
tal conduta e tal solicitação, pois a escola avalia tal atitude como inadequada, mas
respeitará a necessidade da família, conforme orientação dada pelo Conselho
Tutelar, que afirma ser direito da família recorrer a tal conduta, sempre que
necessário.
Em 2011 foram agendadas duas reuniões entre os pais das crianças que
são retiradas por menores de idade. O objetivo da direção foi ressaltar-lhes sobre
os riscos e a inadequação de tal solicitação. Depois de feito os esclarecimentos
pela gestão foi dado às famílias o direito de permanecerem com a solicitação,
diante de suas necessidades, pois não cabe à escola tão decisão, à ela cabe
apenas informar sobre o quanto é arriscado tal conduta. Praticamente todos os
pais mantiveram a solicitação, pois embora saibam que não é o adequado, não
185
têm adultos que possam retirar seus filhos, dependendo do auxílio de menores de
idade.
Sempre que os educadores se veem diante desta situação, buscam
remover tal solicitação dos pais, explicando-lhes sobre a inadequação do pedido,
contudo, respeitando as necessidades das famílias, encaminha-os a assinarem a
autorização na secretaria da escola, ressaltando-lhes que diante de infortúnios e
possíveis acidentes, os pais terão que responder legalmente à justiça.
Quanto aos horários de entrada e de saída, ressaltamos sobre a
necessidade de haver um funcionário no portão acompanhando alunos,
transportadores e comunidade; monitorando a passagem das crianças
acompanhadas de seus responsáveis, para evitar que alguma criança se perca,
ou saia da escola desacompanhada.
Desde 2012, é o auxiliar de educação de apoio que executa tal supervisão
junto ao portão. Tendo este um horário diferenciado: das 9h00 as 18h00. Ficando
responsável, a partir das 17h30, na brinquedoteca, pelas crianças que ainda não
foram retiradas por seus pais.
Outro cuidado com o portão, diz respeito à entrega de produtos e
alimentos, estes devem ocorrer apenas no portão lateral, sendo sempre
acompanhado pelo funcionário responsável pelo recebimento dos materiais e
alimentos. Desta forma buscamos evitar que o portão central fique aberto durante
o descarregamento dos produtos. Caberá ao funcionário responsável acompanhar
a entrega ou retirada durante todo o período, responsabilizando-se por abrir e
fechar o portão.
Outro combinado, quanto aos cuidados com o portão de acesso à escola,
tanto da frente quanto dos fundos; bem como, o portão interno da lixeira, devem
estar trancados durante todo o tempo. Todo funcionário é responsável por
assegurar o fechamento do portão após sua passagem ou utilização, bem como,
quando o funcionário abre o portão para a comunidade, faz-se necessário
certificar-se se há na secretaria ou na direção um responsável por atendê-lo, caso
não haja nenhum dos responsáveis no espaço, solicitar que aguarde. Para cada
atendimento feito na secretaria, o funcionário responsável pelo atendimento deve
se certificar se o portão foi devidamente fechado, tanto na entrada quanto na
saída do usuário.
186
CUIDADOS RELACIONADOS À SAÚDE DAS CRIANÇAS
Nosso atendimento junto às crianças, relacionadas às questões de saúde e
de emergências, encontram respaldo legal, no documento construído por esta
Rede de Ensino, no Caderno de Validação: A ESCOLA E A PROTEÇÃO
INTEGRAL- SIGNIFICANDO O ECA NO COTIDIANO ESCOLAR. – 2008 –
PMSBC. Abaixo reproduzimos parte deste material.
“ ORIENTAÇÕES SOBRE PROCEDIMENTOS PARA O ATENDIMENTO
DE URGÊNCIA
Este último capítulo traz a normatização de procedimentos e
encaminhamentos, buscando materializar o princípio da proteção integral do ECA,
nas ocorrências de emergências e urgência em relação à saúde dos alunos da
rede pública municipal.
Neste contexto o termo emergência refere-se às circunstâncias imprevistas
que exigem ação imediata e onde ocorre risco à vida do aluno. O termo urgência
refere-se à situação crítica que necessita ser priorizada para atendimento dentro
da rotina da unidade médica.
Para facilitar, agilizar e qualificar o atendimento, é necessário que escola e
família compartilhem informações sobre o aluno, sobre a própria escola e seu
regulamento. Criar tal vínculo favorece reciprocidade e confiança mútua entre
escola e família.
As orientações constantes desse documento baseiam-se em preceitos
éticos, dispositivos legais e dados colhidos por meio de entrevistas com
responsáveis pelas áreas do serviço público. Elas regulamentam as providências
tomadas nas atitudes diretas com os alunos e seus familiares.
NORMATIZAÇÃO:
A escola deve sempre socorrer e simultaneamente avisar a família e ou
responsáveis para que possa se locomover até o local de atendimento; (adendo
desta U.E.: seguindo as orientações do Corpo de Bombeiros, em palestra
realizada nesta escola, em reunião pedagógica, fica como conduta
primordial que: caberá à escola solicitar o socorro médico: SAMU ou Corpo
de Bombeiros, para que estes venham realizar os primeiros socorros e
conduzam a criança até o serviço médico público. Somente quando, por
187
telefone, por falta de veículo próprio, estes órgãos solicitarem que a criança
seja levada o mais rápido possível por um condutor da escola, caberá ao
membro da gestão ou professora responsável tomar tal atitude; tendo o
cuidado de registrar o nome completo e função do responsável pela ordem,
no livro de ocorrência da escola.)
Toda ocorrência na área de saúde (médica, odontológica, oftalmológica)
com alunos durante sua permanência na escola, deverá ser comunicada aos pais
ou responsáveis, mesmo os pequenos acidentes sem marcas visíveis;
A equipe escolar deverá definir o fluxo para acompanhamento do aluno até
o serviço médico a ser seguido pela escola, comunicando o mesmo a todos os
funcionários e lembrando que qualquer integrante da equipe escolar pode e deve
fazer parte deste fluxo. (Fluxo norteador: dupla gestora, professora responsável
ou Oficial de Escola).
Faz-se necessário que a escola, paralelamente à comunicação à família,
providencie a condução do aluno ao atendimento, juntamente com o documento
“Levantamento de dados pessoais” atualizado, ou outro que o substitua, conforme
anexo 7 do Caderno de Validação “Gestão Escolar” – 1º Compêndio.
ORIENTAÇÕES:
É importante que faça parte da pauta da primeira reunião anual com pais,
esclarecimentos sobre as orientações acima citadas, explicitando os
procedimentos que a escola utilizará nas situações de urgências e emergências
médicas com os alunos. Essas providências podem significar muito para a escola
no momento de ocorrências dessa natureza, ao mesmo tempo em que recupera e
exercita seu papel educativo para com a comunidade escolar. Sugerimos ainda,
que nas demais reuniões com pais, o tema atualização de endereços e telefones,
volte a fazer parte da pauta.
No contato telefônico com a família procurar não se ater a detalhes
desnecessários, cuidando para não causar pânico ou apreensão.
Para auxiliar no atendimento médico, verificar junto ao familiar/responsável,
se o aluno apresentou algum sintoma em casa, se o mesmo está fazendo uso de
medicamentos e quais;
Após o atendimento de saúde, o profissional da educação não é mais
responsável pelo aluno, no entanto lembramos que sua presença é
tranquilizadora para a criança, portanto é recomendável que permaneça com ela
188
até a chegada da família;
O processo de atendimento em situação de urgência / emergência deverá
ser devidamente registrado com: nome, data e horário, quem a socorreu, com
quem falou no contato telefônico e descrição detalhada da ocorrência, para contar
em registro próprio da escola.
Realizar contato com a UBS mais próxima, com a finalidade de manter
proximidade com os recursos da comunidade verificando os atendimentos que ela
pode oferecer e a disponibilidade de atendimento em situações de emergência.
QUANDO FOR NECESSÁRIO ATENDIMENTO MÉDICO:
A) Quem acionar:
Quando houver necessidade, a remoção do aluno deve ser solicitada à
Secretaria de Saúde - Serviço de Ambulância: 4128-7739 ou 4128-7741;
Não havendo possibilidade de atendimento, acionar o Serviço de Resgate
pelo telefone 192. (Nº atualizado em Reunião com a Equipe do SAMU e os
Diretores desta Rede de Ensino – 09/06/2016).
Caso nenhuma viatura esteja disponível, a remoção deverá ser efetuada
em carro particular disponível na escola no momento. (adendo desta U.E.: pós
orientação recebida pelo Corpo de Bombeiros, somente conduziremos a
criança em carro particular, caso a médica do Pronto Socorro dê esta
orientação, caso contrário aguardaremos a ambulância).
Salientamos que no período de permanência do aluno na escola a
responsabilidade pelo seu socorro é da equipe escolar e que a falta de
assistência pode incorrer no artigo 133 do Código Penal: omissão de socorro.
Recomendamos que além do condutor do veículo, outro integrante da equipe
escolar acompanhe o aluno no banco traseiro.
Vale lembrar que as ligações para 192 são gravadas para segurança dos
serviços e dos usuários, no caso de necessidade de apresentação de provas de
falta de atendimento e a consequente necessidade de transporte em veículo
particular.
O aluno deverá ser conduzido sempre ao Serviço Público de Saúde,
cabendo à família a decisão de remoção para atendimento em rede particular
e/ou conveniada da qual a mesma disponha.
189
B) Urgências e Emergências Odontológicas:
Para fraturas dentais por trauma sem avulsão (extração por arrancamento)
levar o aluno à UBS mais próxima ou ao Pronto Socorro Odontológico, que
funciona junto ao Pronto Socorro de Rudge Ramos, onde será efetuado o
atendimento emergencial e orientações pertinentes.
Para casos de avulsão de elemento dental por trauma deve-se recolher o
dente e mergulhá-lo em recipiente contendo leite ou soro fisiológico (em
temperatura ambiente) ou na falta desses, pode-se utilizar a saliva do próprio
aluno, manuseando-o o menos possível. Não se deve limpar/raspar o dente, nem
mesmo para remover eventuais corpos estranhos que podem estar a ele
aderidos. Levar o aluno e o dente, imediatamente, ao Pronto Socorro
Odontológico.
C) Urgências e Emergências Oftalmológicas:
Este atendimento é realizado no Pronto Socorro Oftalmológico junto ao
Pronto Socorro de Rudge Ramos. ”
As demais orientações, abaixo, se baseiam em estudos e em combinados
acordados no coletivo, entre todos os educadores desta U.E. Frutos de estudos
em sites da saúde.
COMO FUNCIONA O ATENDIMENTO DO 192:
As orientações abaixo foram transmitidas em Reunião com a Equipe do
SAMU e os Diretores desta Rede de Ensino, em 09/06/2016:
Quem atende o chamado é a telefonista, que a partir de ouvir sobre
o problema de saúde em questão registra o endereço e transfere
para o médico.
Sempre há 03 médicos de plantão, para este atendimento telefônico
(diurno) e 02 médicos para o atendimento noturno.
O médico atende e avalia o grau de gravidade do caso, dando as
primeiras orientações à escola.
Faz-se interessante que o telefone a ser utilizado seja o telefone
190
móvel, para que a pessoa que esteja ligando fique próxima à
criança, dando as informações solicitadas pelo médico. São os
detalhes que qualificam o pronto atendimento e dão ao médico a
noção sobre a real gravidade do quadro.
SITUAÇÕES DE ENGASGO:
Quando o engasgo é seguido de tosse implica que ocorreu um
engasgo parcial.
Já o engasgo com ausência de tosse implica que a criança não está
conseguindo respirar. Enquanto um adulto realiza as técnicas de
desengasgo o SAMU deve ser chamado.
Técnica de socorro: o adulto deve estar sentado ou de joelho, com
um joelho servindo como banco para a criança; manter a criança
com o corpo inclinado para baixo, sobre a mão aberta do adulto
(mãos no peito da criança); com a outra mão o adulto bate nas
costas da criança, bate próximo a altura dos ombros da criança;
Quando efetuar a técnica acima e não ocorrer o desengasgo realizar
a 2ª técnica: a criança deve ser virada com a barriga para cima, de
frente para o adulto, ainda apoiada em seu joelho; o adulto deverá
pressionar, com 2 dedos, o peito da criança, na altura de seus
mamilos (entre os mamilos).
Depois que a criança desengasga é sempre importante orientar a
família a levar a criança ao médico para solicitar um raios-X,
verificando se foi para o pulmão fragmentos do alimento.
CASOS DE FEBRE:
Consideraremos que a criança está com febre quando esta estiver
com 38 graus ou mais de temperatura; entre 37,5 e 37,9 será
considerado estado febril, devendo ser acompanhada por um dos
educadores, com o intuito de verificar se haverá o aumento da
temperatura; percebendo que o estado febril deu lugar à febre faz-se
necessário avisar a família, para que o responsável venha retirar a
191
criança e adotar os cuidados necessários;
Sempre que a educadora tiver a menor suspeita que a criança possa
estar com febre ou febril, deverá medir a temperatura da criança
imediatamente;
Quando a criança estiver com febre o educador deverá dar-lhe
banho morno (água morna para fria), de preferência em banheira e
não embaixo do chuveiro. O banho adequado é aquele em que a
criança fica na banheira, recebendo a água pelo corpo todo, desde a
cabeça. A duração do banho se dará até que a água atinja a
temperatura fria.
Após o banho não devemos manter a criança muito agasalhada, só
o suficiente (diante da temperatura ambiente).
A criança deverá ficar sob os cuidados específicos de um dos
educadores, e esta deverá monitorar a temperatura da criança até
que a mesma se normalize: inferior à 37,5 graus;
Nos casos de estado febril caberá ao educador dar o banho e
continuar a monitorar a temperatura da criança até que esta
normalize (abaixo de 37,5); não sendo necessário ligar para a
mãe/responsável vir buscar a criança. Somente ligaremos às
mães/responsáveis, para que estas venham buscar a criança,
quando a temperatura atingir os 38 graus;
Nos casos em que o banho não baixou a febre da criança, e a
temperatura continua subindo, faz-se importante que além do
educador monitorar a temperatura da criança que este passe a lhe
fazer compressas frias (toalha molhada com água morna para fria)
nas regiões da testa, axilas e virilha da criança. Nas crianças do
berçário as compressas poderão ser feitas com algodão embebido
em água morna (para fria);
Nos casos em que a escola não conseguir fazer contato com a
mãe/responsável ou se após o contato telefônico a mãe/responsável
alegar ser impossível retirar a criança para levá-la ao médico, e a
febre da criança já estiver próxima aos 39 graus (após o banho e
após as compressas), a D.G. avisará a mãe/responsável que
solicitará a presença do SAMU, para que a criança seja conduzida
192
ao atendimento médico público. Neste caso a criança será
acompanhada pela educadora até o local do atendimento médico
público, acompanhando a criança até que a mãe chegue.
Diante do não comparecimento da mãe/responsável no Posto
médico e diante da alta da criança, caberá à D.G. buscá-las, pois os
carros públicos (SAMU e ambulâncias) não realizam este trabalho.
Quando o responsável pela criança chegar no Posto de Saúde, o
educador entrará em contato com a escola, cabendo à D.G. buscá-
la. Ficando a criança sob os cuidados de seus responsáveis legais.
OCORRÊNCIA DE QUEIMADURA:
Quando o local fica só avermelhado significa que é uma
queimadura de 1º grau.
Nos casos que formar bolhas não estore.
Nunca passe NADA na queimadura (muito menos pomadas –
Hipoglós – clara de ovo).
Para resfriar jogue água corrente (fria)
Orientar a mãe a levar a criança ao hospital.
Nos casos de queimaduras graves chamar o SAMU.
LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO: é quando os ossos da cabeça do rádio se
desloca (nos cotovelos). Há crianças que até os 05 anos tem maior facilidade
para sofrer tal deslocamento. Este poderá ocorrer diante de um movimento mais
brusco, ou até mesmo, se for auxiliada a se levantar sendo segurada pelas mãos,
ou durante a troca de blusas. Geralmente, quando isto ocorre a criança se
apresenta chorosa e tende a ela mesma imobilizar ou movimentar menos os
bracinhos. Faz-se fundamental os educadores manterem-se mais atentas diante
de crianças que já apresentaram o deslocamento.
Abaixo anexamos imagens para melhores esclarecimentos.
193
QUEDAS/ TRAUMAS/ LESÕES/ ACIDENTES NA U.E:
“Crianças são mesmo desconcertantes. Em segundos, conseguem escapar do
olhar vigilante dos adultos e aprontar alguma estrepolia que lhes põe em risco a
vida. Basta um pequeno descuido, e lá estão elas subindo em cadeiras para olhar
pela janela, abrindo os armários da cozinha ou chegando perto do fogão aceso,
arranjando um jeito de mexer nos produtos de limpeza ou nos remédios, apesar
de terem sido colocados em prateleiras altas e aparentemente inacessíveis. A
consequência óbvia dessa característica do comportamento infantil é que elas se
machucam a despeito dos cuidados e do olhar vigilante dos adultos. Muitas
vezes, felizmente, tudo não passa de um susto. Há ocasiões, porém, em que os
acidentes são graves e requerem assistência médica imediata.. ”
Dr Drauzio Varella
O trabalho em trio possibilita aos educadores dialogarem e
avaliarem sobre suas diferenças, quanto a forma de reagirem em
situações de emergência, cabendo o socorro direto da criança
aquele que se mostra mais tranquilo;
Não oferecer água, nenhum tipo de líquido, para a criança logo
após as quedas.
Nos casos em que a criança cai, mas não perde os sentidos, a
194
educadora deverá observar seus movimentos e depois estimulá-la a
levantar-se sozinha, sem puxá-las pelos braços ou pegá-la no colo,
podendo assim observar se houve fraturas ou se a criança se
apresenta com dificuldades para levantar-se. Caso a criança
apresente dificuldades caberá ao educador impedir que a mesma se
levante, acolhendo-a e estimulando-a a ficar quietinha até que o
SAMU chegue.
A educadora deverá avaliar a queda: quais partes do corpo a criança
bateu e onde. Sempre que a educadora ver ou verificar que ao cair a
criança bateu a cabeça, mesmo sendo esta batida uma batida leve,
deverá avisar a mãe, por telefone, cabendo à mãe avaliar se irá
retirar a criança e levá-la ao médico, para realizar o Raios-X ou
não. Caberá a escola, nestes casos, entregar ao responsável o
encaminhamento ao pediatra, resumindo a ocorrência e informando
quais regiões a criança bateu e onde;
Sempre que a criança bate a cabeça, e “nasce um galo” deverá ser
aplicado sobre este uma compressa com gelo;
Sempre que a criança bater a cabeça caberá ao educador observá-
la atentamente, impedindo-a de dormir. Após 02 horas do acidente a
criança poderá dormir, devendo ser acordada de 20 em 20 minutos,
para que avaliemos sua reação, como respondem às perguntas que
lhes são feitas. Criança que não responde a estímulos, que não
acorda de jeito nenhum, que está mais endurecida (hipertônica) e
cujos olhos parecem ausentes, está exteriorizando sinais
neurológicos indicativos de que precisa ser levada ao pronto-socorro
imediatamente. Nestes casos, cabe aos educadores informarem a
D.G./Oficial, que chamará o SAMU imediatamente, em seguida
informará a mãe sobre o quadro da criança e sobre os
encaminhamentos da escola. Nos casos que o educador não
conseguir manter a criança acordada, pelo menos por duas horas,
faz-se importantíssimo que a mesma seja acordada de 15 em 15
minutos, para verificação sobre suas reações neurológicas: se
consegue acordar, abrir os olhos, responder com coerência ao que
lhe é pedido; se o olhar não está parado, etc; diante da mínima
dúvida sobre as reações neurológicas da criança, o educador deverá
195
notificar a D.G./Oficial, que chamará o SAMU.
Após a criança bater a cabeça também será importante observar se
esta apresentará tontura ou vômito; neste caso os educadores
deverão, imediatamente, levar o fato ao conhecimento da
D.G./Oficial, que chamará o SAMU com urgência, informando a
mãe/responsável legal em seguida;
Nos casos que a criança bate a cabeça, a escola deverá orientar a
família a levar a criança ao hospital, para uma avaliação médica,
caso estes avaliem que observarão a criança e só se necessário a
levarão ao médico, é importante que o educador ressalte aos
familiares sobre a importância da criança ser levada o mais rápido
possível ao hospital caso apresente vomito ou tontura/desmaios
num período de 24 horas após a queda. Pois o vômito ou a
tontura/desmaios pode indicar que a criança apresenta-se com:
fratura, sangramento interno ou aumento da pressão intracraniana;
Nos casos de machucados mais simples: hematoma, arranhão,
esfolados e pequenos cortes, só será preciso que o educador
registre o acidente no livro de ocorrência da turma, bem como, relate
o mesmo na agenda da criança. Quando se tratar de uma família
que já apresentou dificuldades em entender que acidentes são
inevitáveis, o ideal é que além do registro na agenda, a professora
faça contato telefônico com a família, lhe explicando com detalhes
como o acidente ocorreu e quais procedimentos os educadores
adotaram;
Quando ocorrer ferimento com cortes ou escoriações: Limpe o
ferimento com água corrente e sabonete; não colocar remédio,
pomada, algodão ou esparadrapo sobre o ferimento; ocluir com gaze
ou pano limpo, mantendo o local sempre limpo e seco.
Quando decorrente de um ferimento houver hemorragia,
(sangramento): pegue um pano limpo faça uma faixa e amarre bem
apertado, buscando estancar o sangramento.
Nos casos em que a criança cai e desmaia, os educadores não
deverão mexer na criança. Um dos educadores deverá avisar a
D.G/Oficial, que chamará imediatamente o SAMU. O segundo
196
educador deverá se manter junto à criança, sem tocá-la, enquanto
um outro educador deverá tirar as demais crianças de cena,
deixando o lugar mais arejado à criança e poupando as demais
crianças de possíveis sustos e traumas. Em seguida verifique se a
respiração da criança está normal, afrouxe as roupas da criança e a
acompanhe até que o socorro chegue.
HEMORRAGIA NASAL (EPISTAXE)
Mantenha a vítima em lugar fresco e arejado com a cabeça um pouco
inclinada para trás;
Aperte o nariz durante alguns minutos, pedindo à vítima que respire
pela boca e evite assuar o nariz;
Coloque uma compressa fria sobre o nariz, testa ou nuca;
Se isto não der certo, pegar um pedaço de pano limpo ou gaze, enrolar
e introduzir no nariz, comprimindo as narinas;
Pedir à vítima que não engula o sangue.
Caso o sangramento se estenda solicitar a D.G. que entre em contato
com a família, ou com o SAMU, se necessário.
CASOS DE CONVULSÕES:
Diante do fato, de uma criança entrar convulsionando, devemos
primeiramente manter a calma. Um dos educadores socorrerá a
criança, enquanto o outro informará a D.G./Oficial, que chamará
imediatamente o SAMU, um outro educador tirará as demais
crianças de cena, deixando o lugar mais arejado à criança, bem
como, poupando as demais crianças de possíveis sustos e traumas;
Caberá ao educador, que estiver atendendo a criança que
convulsiona, ter os seguintes cuidados: verificar se no espaço em
que a criança está tem objetos que lhe represente perigo, afastando-
os da criança; posicionar a criança de lado (deitada sobre o ombro),
para que caso ela vomite não se engasgue com o próprio vômito;
197
colocar um travesseio ou uma blusa dobrada, sob a cabeça da
criança, evitando possíveis traumatismo (caso ela fique batendo a
cabeça no chão); afrouxe as roupas da criança; não impeça que a
criança se debata ou contraia os membros superiores e inferiores,
isto poderá causar lesões musculares e até ósseas na criança; o
educador não deve por a mão na boca da criança, com o intuito de
segurar-lhe a língua, esta prática é equivocada.
Caso a convulsão cesse: pedir para a criança manter-se deitada;
verifique se durante a convulsão a criança fez xixi ou cocô.
Caso a criança queira dormir deixe-a dormir, um dos educadores
deverá vigiar seu sono. Ficando atenta à criança, qualquer alteração
em seu sono deverá solicitar auxílio da D.G.
DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS:
Nos casos de doenças infectocontagiosas se faz importante o trabalho em
conjunto entre a escola, a saúde e os responsáveis da criança.
As crianças de 0 a 03 possuem o sistema imunológico em
desenvolvimento, sendo mais vulneráveis a vírus e bactérias. Este trabalho em
parceria visa resguardar a saúde da criança que encontra-se adoentada, bem
como, buscar resguardar a saúde das demais crianças da unidade escolar, com o
intuito de da prevenção da disseminação da doença.
O afastamento das crianças, diante das doenças infectocontagiosas é
importante, não só para resguardar as demais crianças da escola, do contágio,
mas até mesmo é fundamental para a recuperação da própria criança adoentada.
Que, com a saúde fragilizada, estando vulnerável a outros tipos de doenças. Na
grande maioria das vezes as doenças infectocontagiosas afetam o estado geral
da criança, esta pode encontrar-se com: prostração, inapetência, irritação, febre,
dificuldade em respirar; bem como, necessitam de maiores cuidados
individualizados que o espaço escolar coletivo não consegue atender.
Diante da ocorrência, de qualquer tipo de doença infectocontagiosa, a D.G.
deverá ser informada, para que esta possa encaminhar as ocorrências à
198
Vigilância Epidemiológica, quando necessário; bem como, agendar encontro com
os responsáveis legais, para obter maiores informações sobre o diagnóstico,
tratamento e afastamento médico.
Os educadores deverão ficar atentos quanto ao período de afastamento da
criança, contido no atestado médico. A criança não deverá retornar antes do
período orientado pelo médico. Quando isto ocorrer a D.G. precisará ser
informada, para que esta entre em contato com os responsáveis, verificando o
motivo do retorno e salientando aos responsáveis que as orientações médicas
precisam ser seguidas. Que a criança necessita ser acompanhada no ambiente
familiar, sendo este muito mais seguro que o ambiente escolar, que é um
ambiente coletivo.
Por meio do diálogo com as famílias cabe aos educadores e à D.G. garantir
o retorno seguro da criança à creche, incentivando os familiares a trazerem a
criança somente quando esta estiver bem, recuperada, pois com a saúde
fragilizada, ela poderá contrair algum outro tipo de virose, comum no espaço
escolar.
Após pesquisarmos em diferentes site de saúde, obtivemos alguns
resultados, algumas normativas adotadas em algumas escolas particulares,
sendo tais orientações realizadas pela pediatria da referida Rede de Ensino.
Nestas normativas encontramos as seguintes orientações médicas, sobre o
período de afastamento das crianças da escola:
Diarreia e vômitos: Afastamento na suspeita clínica (mais de dois
episódios de diarreia liquida ou vômito na creche/escola) e/ou se for
caracterizado quadro infeccioso (viral ou bacteriano). A criança só
poderá retornar às atividades após 5 a 7dias ou após melhora dos
sintomas, ou atestado médico com exame de fezes comprovando
que o quadro diarreico não é causado por doença infectocontagiosa
(vírus ou bactéria). Vacina contra rotavírus está disponível, consulte
seu pediatra.
Feridas na boca e salivação excessiva (estomatite, sapinho):
Afastamento na suspeita clínica e/ou diagnóstico médico. A criança
só poderá retornar às atividades quando melhorar os sintomas
(aftas, baba, lesões esbranquiçadas), estar 24hs sem febre e
199
mediante atestado médico.
Roséola ou Exantema súbito: Afastamento na suspeita clínica até
24hs sem febre. Retorno mediante atestado médico.
Conjuntivite, com purgação nos olhos ou pálpebras inchadas:
Afastamento na suspeita clínica e/ou diagnóstico médico até
melhora dos sintomas e mediante atestado médico.
Escarlatina: Afastamento do diagnóstico até 48hs de terapia
antibiótica adequada comprovada por declaração ou receituário
médico;
Feridas na pele/impetigo: Afastamento após diagnóstico médico. A
criança poderá retornar às atividades 24h após início do tratamento
mediante receita ou atestado do pediatra assistente, cobrindo as
lesões que estiverem.
Infecção de garganta febril (faringite ou amigdalite estreptocócica).
Afastamento no diagnóstico médico. A criança só poderá retornar às
atividades 24h após o inicio do tratamento mediante receita do
pediatra.
Escabiose (sarna): Afastamento até o término do tratamento.
Molusco Contagioso: O molusco contagioso é uma infecção viral
contagiosa relativamente comum caracterizada pelo surgimento de
nódulos na pele – muitas vezes confundidos com verrugas. A
criança com molusco contagioso deve ser levada ao médico para
iniciar logo o tratamento; na medida do possível, permanecer com as
lesões cobertas na escola. A avaliação médica irá determinar a
necessidade ou não de seu afastamento temporário das atividades
na creche/escola.
Catapora (Varicela): Afastamento na suspeita clínica e/ou
diagnóstico médico até todas as lesões terem secado e
apresentarem crostas (geralmente 7 dias após o aparecimento das
vesículas). Retorno as atividades mediante atestado médico.
Coqueluche: Afastamento até ser completado o ciclo de 5 dias de
terapia antimicrobiana apropriada. Retorno mediante atestado
200
médico.
Caxumba: Afastamento na suspeita clínica e/ou diagnóstico médico.
A criança só poderá retornar às atividades após 9 dias após o início
do edema das parótidas mediante atestado médico.
Hepatite A: Afastamento mediante suspeita clínica e marcadores
sorológicos confirmados. Afastamento até 1 semana depois do
aparecimento da icterícia. Retorno mediante atestado médico.
Hepatite B confirmada: Durante a fase de doença aguda, até a cura
clínica. Retorno mediante atestado médico.
Dengue – não é transmitido de pessoa para pessoa. Portanto, não
exige afastamento escolar pela possibilidade de transmissão. Porém
causa febre alta persistente, dor no corpo, prostração, exige
hidratação vigorosa e repouso. Desta forma, sugere-se que, nesse
caso, a criança deve ser avaliada pelo pediatra assistente e este
decide se libera a criança para a escola de acordo com cada caso
específico de dengue clássica.
Rubéola – afastar da escola até o sexto dia após o surgimento das
manchas pelo corpo.
Sarampo – Até o quinto dia após surgimento das manchas pelo
corpo. Retorno mediante atestado médico.
Pneumonia aguda (bacteriana): Do diagnóstico até 96hs de
antibioticoterapia, ou até passar 72hs sem febre. Retorno mediante
atestado médico.
Pneumonia aguda (viral): Do diagnóstico até a melhora clínica ou até
passar 48hs sem febre.
Bronquiolite Viral ou Asma ou Broncoespasmo ou Laringite:
Enquanto tiver dificuldade respiratória, ou necessitar de cuidados
como nebulização.
Tuberculose: Do diagnóstico até a liberação médica.
Rino Sinusite aguda e Otite media aguda: Até passar 24hs de
antibioticoterapia adequada.
201
Mononucleose Infecciosa clássica: conhecida também como “febre
glandular” e “doença do beijo”, é uma enfermidade que apresenta
baixa mortalidade e letalidade, manifestando-se de forma aguda e
normalmente de forma benigna. Manter-se afastada enquanto
durarem as manifestações ou queixas. Retorno mediante atestado
médico.
Encefalite, Meningite viral ou bacteriana ou sepse meningocócica:
Afastamento da suspeita clínica até cura clínica declarada. Retorno
mediante atestado médico. Todos os casos devem ser notificados a
direção, que dará andamento aos encaminhamentos necessários;
sendo a profilaxia medicamentosa feita aos contactantes próximos
somente nos casos de meningite ou sepse bacteriana. Nos casos
virais não é necessária a profilaxia medicamentosa.
Síndrome de mão-pé-boca: O tratamento dura cerca de 7 dias e é
importante que a criança não vá à escola ou à creche durante este
período para não contaminar outras crianças.
MEDICAÇÕES NO ESPAÇO ESCOLAR:
É direito das crianças serem medicadas na escola e dever dos
educadores medicá-las;
Quando possível planejar os horários das medicações junto às
famílias, com o intuito de que as doses sejam dadas em casa ( de
12 em 12 horas);
Nos casos que uma das doses precisará ocorrer na escola ( de 08
em 08 horas ou de 06 em 06 horas) o educador deverá efetuar a
medicação ficando atento aos horários e às dosagens;
A medicação só será dada à criança com a devida receita médica.
Nos casos em que o nome do remédio contido na receita não
coincide com o remédio enviado, caberá à educadora levar o caso à
D.G. que averiguará o fato. Quando verificarmos que se trata de
casos de remédios genéricos, os mesmos serão ministrados; em
outros casos, que a medicação contida na receita difere da
202
medicação enviada o mesmo não poderá ser dado à criança.
Caberá ao educador entrar em contato telefônico com a mãe e
explicar-lhe o problema. Nestes casos se a mãe optar por vir à
escola e medicar a criança, a D.G. deverá fazer o registro no livro de
ocorrência da U.E., colher a assinatura da mãe/responsável legal e
posteriormente este será autorizado a medicar a criança. Quando o
nome do remédio estiver ilegível na receita, sendo impossível fazer
qualquer tipo de associação com a medicação enviada pela família,
o mesmo não será ministrado e caberá à educadora entrar em
contato com a família, por telefone, orientar o responsável legal e
estabelecer os combinados adequados;
Todas as receitas deverão permanecer na U.E., sendo arquivadas
em pasta própria, em posse do trio de educadores, somente no final
do ano serão encaminhadas à secretaria para serem arquivadas no
prontuário da criança. Quando a mãe argumentar que precisará da
receita, a mesma deverá ser xerocada pelos educadores, sendo
devolvido o original;
Outro cuidado que os educadores podem adotar é combinarem junto
às famílias que a dosagem e o horário deverão ser escritos na caixa
da medicação; mesmo assim, caberá ao educador verificar se a
prescrição contida na caixa de remédios confere com a prescrição
da receita médica;
Cuidados que podem ser adotados para que a medicação não seja
esquecida ou dada fora do horário: os educadores poderão registrar
no mural/lousa: nome da criança, horário e a dosagem da
medicação; bem como, usar o celular como despertador;
No horário da entrada a medicação deverá ser entregue à
professora, em mãos; nos casos das crianças que vêm de transporte
caberá ao transportador avisar a professora, que há remédios na
bolsa da criança. Imediatamente caberá à professora tirar os
remédios da bolsa colocando-os fora do alcance das crianças;
Toda medicação deverá ser guardada fora do alcance da criança,
em local inacessível a elas;
Após a educadora medicar a criança, sendo esta dosagem única ou
203
a última dose, deverá guardar o remédio imediatamente na bolsa da
criança, tirando a mesma do alcance das crianças, ficando-lhes
inacessível. Desta forma visamos não esquecer o remédio na
escola, evitando o comprometimento do tratamento;
Nos casos que o remédio tiver que ser guardado na geladeira este
deverá ser devidamente identificado, com o nome completo da
criança. Devendo ser entregue na mão da cozinheira, que o
guardará na geladeira da cozinha. Não devemos guardar os
remédios na geladeira dos funcionários. Neste caso os educadores
deverão redobrar os cuidados, para que o remédio não seja
esquecido na escola ou dado fora do horário à criança;
Nos casos de inalações, os educadores buscarão, por meio do
diálogo com as famílias, evitar que as mesmas sejam feitas durante
a permanência da criança na creche, auxiliando a família na
organização dos horários. Quando não for possível, o responsável
legal pela criança será convidado a vir à escola ou a enviar um
adulto/familiar que se comprometa a realizar a inalação na escola.
Contudo, diante dos casos que for impossível à família vir ou enviar
um responsável à escola, para efetuar a inalação na criança, caberá
aos educadores solicitarem orientação junto à D.G. Estas buscarão
organizar o espaço e a realização da inalação da forma mais
adequada e segura à criança. Desta forma faremos todas as
tentativas para evitar que a escola se responsabilize pelas
inalações, no entanto, diante da necessidade, considerando e
respeitando o direito da criança a mesma poderá ocorrer na escola,
sob a supervisão direta da Coordenadora Pedagógica ou da
Diretora.;
Cada turma terá uma pasta de medicação, contendo planilhas
individuais, uma por criança. Esta planilha deverá ter o registro
sobre: as dosagens; nome do medicamento; horários e o visto da
educadora que medicou a criança, diariamente. Tal planilha servirá
como mais um instrumento de registro, que possibilitará aos
educadores acompanharem o quadro de saúde de suas crianças.
Sempre que os educadores julgarem necessário deverão socializar
junto à D.G. sobre suas preocupações, decorrentes dos registros
204
encontrados na planilha da criança. Quando avaliarem ser
necessário, educadores e D.G. convocarão os responsáveis da
criança para uma reunião, com o objetivo de verificarem quais são
as necessidades e ou pendências relacionadas à área médica. Para
que assim, em parceria com a família, a escola possa adotar os
encaminhamentos necessários.
PEDICULOSE
Os casos de pediculose precisam ser tratados como questão de saúde. O
objetivo principal dos educadores deve ser com o bem estar da criança infestada,
pois a pediculose representa desconforto e um risco à saúde dos pequenos. Às
vezes a coceira é tão intensa que pode provocar feridas no couro cabeludo da
criança, podendo ocasionar infeções secundárias na região, devido ao contato
com outros microrganismos, como bactérias e fungos. Também é comum o
aparecimento de linfonodomegalia (ínguas) atrás das orelhas e nuca. A criança
pode apresentar irritação e dificuldade de concentração nas atividades escolares,
além de se sentir constrangida caso perceba estar com piolho, ou caso venha a
perceber que os amiguinhos identificaram sua situação e a rejeitam por isto,
evitando brincar com ela.
Quando os educadores percebem que a pediculose está presente em sua
turma, estes precisam agir da seguinte maneira:
Enviar bilhete para todas as famílias, com o objetivo de que todas as
crianças recebam os cuidados necessários em casa.
Caso haja reincidência deverá ser enviado novo bilhete a todos.
Quando o trio localiza o foco do problema, percebendo que
determinada família não está conseguindo resolver o problema,
estando a criança infestada por uma grande quantidade de piolho,
apresentando-se extremamente desconfortável e até mesmo em
sofrimento, caberá os educadores agendar uma reunião com o
responsável legal e efetuar as devidas orientações, bem como,
informar-se sobre quais problemas a família está encontrando no
205
tratamento da pediculose, objetivando auxiliá-los.
Caso o problema persista o Trio de Educadores levará o caso à
D.G. que convocará a mãe/responsável legal, para efetuar as
orientações e encaminhamento à UBS. Caberá à D.G. entrar em
contato com a UBS que atende a criança e agendar o
acompanhamento da saúde junto à família, com o objetivo de que
estes façam as devidas orientações e adotem os encaminhamentos
necessários junto à família.
Caso o problema persista haverá novo agendamento junto à saúde e
o responsável legal será convocado.
Casos que foram acompanhados no ano anterior deverão ser
encaminhados diretamente à D.G., quando o trio/quarteto perceber
que o problema persistiu após o envio do 2º bilhete.
UTILIZAÇÃO DO LIVRO DE OCORRÊNCIA DA TURMA
Este livro foi adotado pela escola no ano de 2011, e desde então seu uso
vem sendo aprimorado, ano a ano.
Em 2013, sua utilização foi tema de formação na primeira reunião
pedagógica do ano. A D.G. socializou com a equipe de educadores os bons
registros, realizados nos anos anteriores, bem como, leu trechos ou registros que
se apresentavam equivocados ou insuficientes. O objetivo desta socialização foi
contribuir para o crescimento do grupo quanto à escrita dos registros, explicitando
os bons exemplos e sanando as dúvidas e até mesmo os equívocos na prática de
alguns trios nos anos anteriores.
Outro objetivo, da D.G., com tal socialização foi validar junto ao grupo, a
utilização do livro de ocorrência como sendo um instrumento que respalda as
ações dos educadores, diante dos incidentes junto às crianças de sua turma.
Evidenciando os cuidados e ações adotadas pelos educadores junto às crianças e
às famílias. Tais registros poderão ser utilizados, como defesa da escola, frente
às acusações de negligências.
206
OBJETIVOS QUE PERMEIAM A UTILIZAÇÃO DO LIVRO DE OCORRÊNCIAS
DA TURMA:
Facilitar a comunicação entre o trio, sendo realizado o registro sobre as
principais ocorrências entre as crianças e com as crianças. Desta forma
todos os educadores poderão ter ciência sobre os fatos ocorridos. Como
este se deu, em que circunstância e quais os procedimentos adotados
pelos educadores;
Possibilitará ao trio realizar junto aos pais um diálogo coerente; para que
os diferentes educadores possam narrar os fatos de forma única e
verdadeira. Mesmo que a ocorrência ou acidente tenha ocorrido fora de
seu horário de trabalho;
Servir como instrumento comprobatório, sobre os cuidados direcionados à
criança e à família; podendo o registro ser lido aos pais/responsáveis,
diante dos questionamentos ou até mesmo diante destes virem a acusar a
escola de negligência.
NO REGISTRO ESCRITO DEVE CONSTAR: OS FATOS/OCORRÊNCIAS/
SITUAÇÕES ATÍPICAS, TAIS COMO:
Quando uma criança que não costuma chorar e chorou muito naquele dia,
sem motivos aparentes;
Quando uma criança que se alimenta bem e não se alimentou como de
costume naquele dia;
Quando uma criança que dorme bem e não dormiu ou apresentou
dificuldades na hora do sono;
Problemas de saúde: febre, vômitos, diarreia;
Quando a criança que já chegaram na U.E. com algum tipo de machucado,
hematoma, ferimento, corte, queimadura, assadura (nestes casos deve- se
também registrar o fato na agenda da criança e ligar imediatamente para a
mãe/responsável.) Ressaltando às famílias, que logo na chegada ou ao
fazer a primeira troca, a educadora percebeu o machucado/ferimento.
207
Ocorrências de quedas, acidentes, conflitos entre as crianças: mordidas e
arranhões;
Sobre os contatos telefônicos realizados entre os educadores/D.G. e a
família, relacionadas a algum tipo de especificidade ou necessidade de
uma das crianças ou família da turma;
Problemas relacionados à medicação da criança.
SOBRE OS ACIDENTES OCORRIDOS DURANTE A PERMANÊNCIA DA
CRIANÇA NA U.E., O QUE DEVEMOS REGISTRAR:
Local que acidente aconteceu;
Qual atividade estava sendo desenvolvida pela criança e pelos educadores
na hora do acidente;
Como aconteceu;
Quais foram os ferimentos/hematomas causados pelo acidente;
Quais procedimentos foram adotados pelos educadores: limpeza do local;
colocação de gelo; conversa com a criança; orientação realizada junto à
criança; registro na agenda; forma de contatos realizados pela escola junto
aos pais/responsáveis; encaminhamentos adotados pelo trio de
educadores e D.G.; encaminhamento realizado pelos responsáveis diante
da comunicação da escola; nome do responsável que veio retirar a
criança.
208
VII - PLANO DE AÇÃO PLANO DE AÇÃO PARA A COMUNIDADE OBJETIVOS GERAIS:
Desenvolver um trabalho educacional permeado pelos princípios da Gestão
Democrática em todas as instâncias, situações e com todos os atores da
comunidade escolar.
Atuar, planejar, agir, decidir e replanejar as ações e propostas permeados
pelo princípio do respeito à diversidade.
Exercer uma prática educacional que tem como premissa o
estabelecimento de parceria entre a escola e a família.
Entender que a relação com a família é objeto de trabalho pedagógico.
Envolver a comunidade com os Projetos da Escola.
Fortalecer e estreitar as parcerias já estabelecidas com a saúde, por meio
da UBS Leblon.
Fortalecer e estreitar as parcerias já estabelecidas com a escola vizinha:
EMEB Olegário.
Convidar as crianças do Tempo de Escola da EMEB José Luiz Jucá a se
apresentarem aos alunos desta U.E. Pois no ano de 2015 estas visitaram
nossa escola, sendo esta uma das atividades da Felisb, e avaliamos que
tanto as crianças da EMEB Jucá, quanto as nossas, ficaram contentes,
satisfeitas e encantadas com as apresentações dos alunos e dos Educadores
Brincantes e Teatrantes.
Conhecer essa comunidade, seus anseios e necessidades, é o objetivo
anual e diário desta equipe escolar. Temos como tarefa inserir a escola na
comunidade e inserir as famílias no contexto escolar, possibilitando-lhes o
exercício da participação efetiva, por meio dos colegiados da APM e do Conselho
de Escola, tendo como princípio o desenvolvimento da gestão democrática.
Esta equipe escolar acredita na importância da relação de parceria com as
famílias, validando que tal parceria exige dos educadores olhares e escutas
atentas, aproveitando todas as oportunidades para a construção de vínculos com
as famílias de nossas crianças, adotando para isto uma atitude acolhedora e
esclarecedora sobre as necessidades das famílias.
209
Acreditamos que, quanto maior a parceria com as famílias, mais condições
teremos de prestar um bom serviço, atingindo a qualidade de atendimento
humano e educacional que almejamos. Essa aproximação se dá diariamente,
principalmente nos horários de entrada e saída das crianças, sendo tal horário
acompanhado pela Dupla Gestora. Os horários da diretora escolar e da
coordenadora pedagógica são elaborados objetivando garantir que uma das duas
esteja presente nos horários de entrada e de saída, acolhendo as demandas da
comunidade, visando aproximarem-se das crianças e de seus familiares. Esta
convivência diária, no espaço escolar, visa o estabelecimento do diálogo, que
deve ser o objetivo de todos os integrantes da equipe escolar, tendo como
princípio a construção de relações democráticas, respeitosas e éticas.
O estreitamento dos laços entre a escola e a família se dá também através:
das reuniões com pais; dos atendimentos específicos à determinada
turma/família, ocorrendo sempre que necessário; dos atendimentos específicos
aos familiares, que sentem a necessidade de obterem esclarecimentos junto à
dupla gestora ou educadores; dos atendimentos específicos aos trios de
educadores, que encontram dificuldades nas relações com os familiares de suas
crianças; nos sábados letivos: “Dia da Família na Escola” e “Mostra Cultural” e
por meio da efetiva participação dos membros nos órgãos colegiados: APM e
Conselho de Escola.
Em 2015 a D.G., buscando ampliar a participação dos pais na escola,
desvinculou a participação dos projetos e das atividades da U.E. das discussões
do Conselho de Escola. Intencionando assim, ampliar o número de participantes.
Acreditávamos que o fato dos pais não terem que assumir as responsabilidades
inerentes aos colegiados, fariam com que o número de interessados em participar
dos projetos junto à D.G. fosse maior. Embora, durante o ano tenhamos feito
diferentes convites, buscando o envolvimento dos pais não obtivemos sucesso.
Em 2016 optamos por envolver os trios de educadores, sendo estas a
efetuarem os convites à participação dos responsáveis, porque são elas que têm
conhecimentos sobre o interesse e possibilidades de envolvimentos das famílias,
são as professoras que estabelecem o estreitamento de vínculos. Acreditamos
que caberá à D.G. instigar o envolvimento das professoras, alimentando seu
interesse em trazer os responsáveis por suas crianças para mais perto das
atividades e projetos que fazem parte da rotina de sua turma.
210
Consideramos que dois fatores prejudicam a efetiva participação da
comunidade nos colegiados e no desenvolvimento dos projetos da U.E., são eles:
a localização da escola: a escola situa-se numa área um tanto
isolada, não tendo aos arredores residências. Temos como vizinhos:
atrás da escola à vastidão do terreno do extinto clube da Volks, com
a presença de mata fechada e de terreno em obras; do lado
esquerdo a EMEB José Olegário; do lado direito o prédio
pertencente à Secretaria de Esportes e os prédios dos CEUs da
Vila São Pedro: Regina Rocco Casa I e Casa II; em frente temos
algumas empresas e construtora. Mais adiante temos alguns
condomínios. Mas a grande maioria da comunidade atendida é
originária das vilas do entorno. Portanto não estamos propriamente
“dentro” da comunidade que atendemos, não fazendo parte da
comunidade de nossas crianças.
A rotatividade: nossas crianças ficam pouco tempo conosco, alguns
são nossos parceiros por apenas um ano letivo, cerca de 40%
permanecem por 02 anos letivo, apenas aqueles que ingressam no
berçário final, cerca de 12 famílias, passam conosco 03 anos letivos.
Esta rotatividade impossibilita o estreitamento das relações e um
trabalho de continuidade. Ano a ano estamos sempre recomeçando
com grande parte do grupo de pais.
No ano de 2016 apresentou-se como positivo a realização de oficinas e
atividades correlatas aos projetos desenvolvidos pelas turmas, nas reuniões com
pais. Tais reuniões eram planejadas com pautas que garantiam no segundo
momento, a vivência de atividades dos pais junto aos seus filhos. Tais atividades
foram muito bem avaliadas pela comunidade escolar.
Desta forma, a D.G. garantirá espaço em reuniões entre os educadores,
para a socialização de tais práticas, com o intuito de ampliarmos tais
experiências, possibilitando tais vivências neste ano de 2017.
211
AVALIAÇÃO
As avaliações, da Dupla Gestora (D.G.) e dos educadores da U.E.,
ocorrerão constantemente, as ações dos diferentes segmentos junto às famílias
serão analisadas, tendo como parâmetro os objetivos específicos e gerais
apontados neste PPP. Assim como, todo conflito existente nas relações da escola
com a família, deverá ser analisado sob a égide dos princípios: da Gestão
Democrática e do Respeito à Diversidade. As avaliações deverão apontar se a
prática da escola condiz com a defesa destes princípios.
A D.G. pretende, desde 2015, levar as discussões sobre as relações
família e escola, junto aos educadores por meio de discussões de caso, que
levem à problematização das situações reais de conflito, analisando a situação, o
problema e os encaminhamentos sob a égide da Gestão Democrática e do
Respeito à Diversidade.
A avaliação do trabalho pedagógico desta U.E., desde 2013, ocorre de
duas formas: no 1º semestre, usando os Indicadores de Qualidade, a avaliação
interna, somente com a participação dos profissionais, de todos os segmentos. No
2º semestre a avaliação ocorre com toda a comunidade escolar, com convite
estendido a todos os responsáveis, também utilizando os materiais dos
Indicadores de Qualidade.
Em 2013, devido a irrisória participação dos pais na avaliação, 06
representantes, tivemos que aplicar também outro instrumento de avaliação,
sendo este entregue aos pais via agenda, sendo recolhido e tabulado.
Infelizmente, os dois instrumentos foram necessários para garantirmos a
participação de fato da comunidade na avaliação de nosso trabalho. Acreditamos
que a ínfima participação se deu devido a avaliação ter ocorrido num sábado.
Quando em 2014, foi oportunizado à escola realizar a avaliação de 2ª-feira
à 6ª-feira, tivemos uma maior participação dos pais, aumentando o número de
participantes de 06 (no sábado) para 47 pais.
No ano de 2015, devido ausência da elaboração do novo instrumento
avaliativo acabamos por utilizar o modelo de avaliação de 2013, avaliação esta
impressa e enviada às famílias, sendo devolvidas às professoras e tabuladas pela
D.G. A devolutiva da avaliação ocorreu em reunião com pais no mês de
dezembro.
Para o ano de 2016 tínhamos como objetivo inicial, aprimorar o documento
de avaliação, bem como, investir na ampliação qualitativa e quantitativa da
212
participação dos pais, realizando a avaliação nos moldes de subgrupos e da
socialização das avaliações em plenária; contudo as demanda formativas, que se
fizeram urgentes, impediram a concretização deste objetivo.
Iniciaremos o ano de 2017 buscando qualificar o instrumento de avaliação,
construindo este documento com o grupo de educadores, para que na avaliação
final do ano letivo o mesmo possa ser aplicado junto á comunidade escolar.
PLANO DE AÇÃO PARA OS COLEGIADOS DA APM E CONSELHO DE ESCOLA:
Desde o ano de 2011 as reuniões dos colegiados, nesta U.E., ocorrem
simultaneamente, juntando os membros dos 02 colegiados: APM e Conselho de
Escola, objetivando não segmentar as discussões. Todos os presentes são
convidados a analisarem as questões, buscarem por soluções e avaliarem sobre
as decisões a serem adotadas, tanto no âmbito econômico/financeiro quanto
pedagógico.
Desta forma, buscamos exercer diariamente e constantemente a gestão
democrática, constituindo por meio dos colegiados da Escola uma efetiva
parceria, no âmbito do planejamento, da tomada de decisões e das ações. De
modo que construamos uma ampla participação dos pais nos colegiados.
Temos como objetivo aumentar anualmente o número de participantes nos
colegiados, até que tenhamos pelo menos um representante dos pais de cada
turma. Objetivo este que se mostra longe de ser alcançado, mas que se manterá
vivo até ser atingido, sendo fomentado em todas as reuniões com pais, tanto pela
dupla gestora, quanto pelos educadores.
O princípio que embasará as relações, entre os membros dos dois
colegiados e entre todos os segmentos da equipe escolar, é da Gestão
Democrática. Portanto, faz-se importante destacar o que entendemos por Gestão
Democrática.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Exercer diariamente e constantemente a gestão democrática, buscando
constituir junto ao colegiado uma efetiva parceria, no âmbito do planejamento, da
213
tomada de decisões e das ações. De modo que construamos uma ampla
participação deste colegiado na elaboração e execução do PPP.
AÇÕES
Estabelecer um único grupo de discussão, entre os membros do Conselho
de Escola e APM, por meio de reuniões mensais;
Buscar parceria da SE 33, objetivando ter clareza sobre os procedimentos
e informações necessárias para o adequado gerenciamento sobre o Plano
de Trabalho/Convênio;
Estabelecer cronograma de reuniões mensais, com horário definido pelos
próprios membros. Objetivando garantir a maior participação possível dos
pais e responsáveis;
Criar estratégias de mobilização da comunidade escolar para participar das
reuniões e contribuir para a qualidade da gestão da escola;
Apresentar os membros da APM e do Conselho de Escola, para toda a
equipe escolar, desde o início do ano, inclusive construindo um painel de
fotos;
Apresentar trimestralmente, de forma transparente, as prestações de
contas a todos os membros dos colegiados;
Discutir com os colegiados, de forma democrática, sobre as necessidades
e urgências da U.E., decidindo num ambiente, de fato democrático, sobre
as decisões a serem adotadas, estando estas correlatas às normas,
premissas e diretrizes da S.E. ;
Decidir com o colegiado sobre: calendário escolar; caracterização da
comunidade no PPP; formatação/organização da reunião com pais;
atividades de estudo de meio; instrumento avaliativo da comunidade;
importância das reuniões pedagógicas; formatação/organização sábados
letivos; etc.;
Estudar com os membros sobre: os indicadores de qualidade; os critérios
de qualidade da educação infantil; relação parceira entre família e escola e
reelaborar um novo instrumento de avaliação.
214
AVALIAÇÃO
Até o momento, estamos conseguindo atender as reivindicações e
orientações da Secretaria da Educação.
Destacamos que, nas turmas que há representantes da APM ou do
Conselho de Escola, é notório a movimentação e socialização das informações
entre os pais; reforçando assim, a importância da participação dos mesmos nos
Colegiados.
Buscaremos informar sobre o trabalho da APM e do Conselho de Escola
nas reuniões com pais; fato este que visará mobilizar novos participantes e
demonstrar a transparência decisória e a efetivação da gestão democrática e as
reais ações dos membros dos colegiados.
PLANO DE AÇÃO COLETIVO - PARA TODOS OS SEGMENTOS DA EQUIPE ESCOLAR
Desde o ano de 2012 “cuidamos” com maior “carinho” das relações entre
todos os segmentos, entre todos os educadores. Dando ênfase sobre a
importância do desenvolvimento de um efetivo trabalho em equipe.
Movidos pelo objetivo de estabelecer um trabalho em equipe, apontamos
como sendo tarefas de todos os atores, independente do segmento:
Participar ativamente das reuniões coletivas ou em segmentos. Discutindo,
refletindo e posicionando-se frente às diferentes discussões;
Fazer do exercício da flexibilidade e da tolerância uma constante;
Ser ético e prezar pelo profissionalismo em qualquer circunstância;
Desenvolver o atendimento junto a todas as crianças, sem exceção, de
forma ética, respeitosa, sensível e humana;
Garantir que todos os direitos das crianças sejam respeitados por todos os
educadores desta U.E.;
Agir com transparência buscando sempre o diálogo e o entendimento;
Desempenhar sua função nas suas especificidades sendo parceiro e ao
mesmo tempo respeitando a função do outro;
Em suas ações, zelar pelo bem estar de todos da equipe e principalmente
pelo bem estar de nossas crianças;
215
Ser sempre educado e cordial, mostrando-se paciente com os imprevistos
cotidianos;
Exercitar a empatia em todos os momentos, colocando-se no lugar do
outro;
CABERÁ À D.G.:
Planejar quais serão os momentos e quais assuntos farão parte das
discussões que deverão ocorrer no coletivo e quais ocorrerão por
segmento;
Propiciar momentos de discussões e planejamentos coletivos;
Desenvolver atividades e dinâmicas que colaborem na construção de
vínculos entre os diferentes segmentos;
Garantir a circulação de informações, a clareza das ações necessárias
para atingir os objetivos da escola e a coerência do grupo em termos de
princípios educacionais de consonância com o PPP;
AVALIAÇÃO Os pontos de observação da avaliação deverão ser:
O ambiente de trabalho é acolhedor, propiciando a integração dos novos
profissionais?
Os grupos se mantêm unidos e respeitosos, atuando com profissionalismo?
O ambiente de trabalho é alegre, permitindo que nossas crianças também
o sejam?
O atendimento oferecido à comunidade é receptivo e acolhedor? Todos
funcionários se mostram prestativos?
O ambiente de trabalho explicita o compromisso profissional de todos?
Conscientes de que seu modelo educa as crianças, adotando sempre uma
postura educativa.
A escola encontra-se limpa e organizada?
Quanto ao material humano: todos dão o melhor de si, trabalhando de
forma harmônica e cuidando dos bens e patrimônios da escola?
216
As crianças de todas as salas são consideradas como sendo de todos os
educadores?
Os problemas e conflitos são resolvidos através do entendimento, entre as
equipes e com as famílias?
Há flexibilidade da equipe da cozinha, estando aberta às adaptações
necessárias no cardápio, em função das necessidades das crianças?
Há compromisso da equipe de apoio, estando aberta às adaptações e
replanejamentos nos horários e nas grades de tarefas?
A dupla gestora adota diariamente condutas e ações pertinentes aos
princípios da gestão democrática?
AÇÕES:
Trabalhar integrando as equipes da APM e do Conselho de Escola,
realizando uma única reunião mensal;
Realizar encontros sistemáticos entre os trios e a gestão, sempre que se
fizerem necessários, ou por demanda do trio ou fruto da avaliação da
gestão. Ficando acordado em 2016 um encontro sistemático, entre a D.G.
e cada trio/quarteto/quinteto, entre os meses de março e abril. Os demais
ocorrerão no coletivo, nos momentos de HTP, no formato de socialização
de práticas ou de discussão de casos.
Promover em todas as reuniões Pedagógicas momentos de descontração
e de sensibilização que unam e aproximem os diferentes segmentos. No
ano de 2012 realizamos atividades com brincadeiras, resgatando e
ampliando o repertório dos educadores. No ano de 2013 o foco foi a
importância da afetividade nas relações com as crianças e nas relações
interpessoais entre os adultos. Em 2014 demos continuidade a estas
atividades, buscando consolidar junto ao grupo sobre a importância do
brincar e do afeto nas relações, sendo estes o pano de fundo da
aprendizagem, do processo ensino aprendizagem. Buscamos em 2015
atrelar a importância do brincar e do afeto na obtenção da escola alegre,
da escola que permite às crianças desenvolverem-se, aprenderem, num
contexto alegre, significativo e de qualidade. Desde então mantemos o
217
objetivo de ofertarmos, ano a ano, às nossas crianças a que lhes são de
direito: a Escola Alegre da Infância
Desenvolver momentos formativos no coletivo, entre todos os
funcionários, de todos os segmentos e momentos de formação específica
aos diferentes segmentos, diante da demanda trazidas pelo segmento ou
percebido como necessário, por parte da D.G.
PLANO DE AÇÃO ESPECÍFICO AO SEGMENTO DOS: PROFESSORES
Desde 2013 foi autorizado pela S.E. que as U.Es de 0 a 03 anos
organizassem a H.T.P.C. em 02 horários, um horário para cada período. Fato este
aprovado por unanimidade pelo grupo de professoras. Ficando acordado que
teríamos 02 grupos, sendo o horário da 1ª turma: às 3ª-feiras das 08h10 às 11h10
e da 2ª turma às 3ª-feiras das 13h50 às 16h50.
Esta D.G. tem clareza que este é um complicador, principalmente, diante
da dinâmica de trabalho da gestão de sala compartilhada entre 02 professoras. A
D.G. valida que um único HTPC, com todas as professoras, discutindo, debatendo
e planejando suas ações juntas, representava-se, pedagogicamente, mais rico e
adequado, promovendo a coletividade das ações, das reflexões e das
discussões. Contudo, a decisão unânime do grupo docente em realizar um HTPC
por período, não permitiu à D.G. manter um único HTPC, no período da noite.
O desafio de ter 02 HTPCs, faz com que a dupla gestora tenha os
seguintes cuidados:
Conduza as reuniões sem compará-las;
Socialize as discussões do outro grupo somente após a
apresentação do grupo em questão;
Observe se entre as duas discussões apresentam-se pontos de
discordâncias, cuidando para que tais pontos sejam abordados de
forma ética e respeitosa. Tendo sempre como parâmetro o
referencial teórico adotado em nosso PPP.
Num contexto formativo, com 02 HTPCs, cabe à gestão cuidar para que as
Reuniões Pedagógicas sirvam como momentos em que o grupo possa rever no
coletivo as discussões que se fizerem necessárias, bem como, os temas
218
formativos que devam ser retomados ou rediscutidos de forma mais aprofundada
pelo coletivo, visando uma prática pedagógica harmônica e fundamentada nos
conceitos da Escola da Infância, embasadas pela teoria que a permeia: Sócio
histórico cultural.
Ressaltamos que nas escolas de 0 a 03 anos apenas no ano de 2015, foi
implementada a jornada de H.T.P., 07 horas semanais. As planilhas sobre a
organização dos horários e a formatação do acompanhamento da D.G.
encontram-se no final do PPP, nos anexos.
Farão parte das atividades acompanhadas pela D.G.: leituras e estudos;
discussões de casos; acompanhamento aos Projetos da U.E. e aos Projetos
específicos da turmas; socialização de práticas; acompanhamento às
necessidades formativos e relacionais dos trios/quartetos de educadores;
acompanhamento às especificidades das crianças das 10 diferentes turmas.
As atividades individuais e coletivas, não acompanhadas pela D.G., serão:
planejamentos e registros; escrita dos relatórios semestrais da turma e
individuais; planejamento e demais demandas advindas das atividades das
Brincantes e Teatrantes; desenvolvimento de atividades ou encontros específicos
junto à professora parceira do outro período.
OBJETIVOS CONTÍNUOS A SEREM APRIMORADOS, ANO A ANO:
Aproximar as ações educativas (do cuidar, do educar e do brincar) e a
rotina da escola à luz da teoria sócio histórico cultural; buscando por meio
de socialização de práticas entendermos em quais momentos as ações
desta U.E. se aproximam ou se distanciam da efetiva prática da Escola da
Infância. Esta Dupla Gestora valida que tal objetivo deve permear
anualmente a formação de nossos educadores.
Refletir e aprofundar sobre o conceito de Alegria na escola. Entendendo
sobre o real sentido da Escola da Infância Alegre.
Rediscutir e repensar os instrumentos metodológicos, sendo estes
coerentes à concepção da Escola da Infância. No ano de 2013 foram
estudados os seguintes instrumentos metodológicos: observação e
registro. No ano de 2014 aprofundamos as discussões quanto aos
instrumentos de: avaliação e planejamento. Buscando construir planos de
ações e relatórios semestrais condizentes aos conceitos e premissas da
219
Escola da Infância. Para o ano de 2015 a C.P. acompanhou os
instrumentos metodológicos das diferentes professoras, buscando
qualificá-los e aproximá-los das formações e dos estudos anteriores. Em
2016 este acompanhamento teve sua continuidade e o mesmo se dará no
ano de 2017.
Rever o conceito de mediação à luz da teoria sócio histórico cultural; sendo
tal revisão uma necessidade formativa destacada no instrumento avaliativo
desde o ano de 2012. Somente em 2015 conseguimos atender esta
necessidade formativa em HTPCs, não que este fosse menos importante
que outros, mas porque a necessidade de rever o conceito da mediação
precisaria ocorrer à luz da teoria, bem como, à luz da prática pedagógica,
apontada em nosso PPP. Desta forma, com este objetivo, demos início à
formação de 2015, retomando o que é mediação sob a égide do sócio-
interacionismo e como esta encontra-se delineado em nosso atual PPP e
na prática pedagógica das docentes. Em 2016 fez-se necessário à D.G.
centrar suas observações quanto à qualidade das mediações
desenvolvidas pelos educadores junto às crianças de sua turma,
objetivando qualificar a prática educativa das auxiliares e professoras,
quanto às diferentes mediações que estabeleciam com as crianças.
Apontando sobre a importância da mediação respeitosa, que preza pelo
respeito aos direitos das crianças, de serem acolhidas em todas as suas
necessidades.
Em 2016 atrelado à importância da mediação respeitosa trabalhamos com
o conceito da prática pedagógica ética, que visa o atendimento do bem
coletivo, sendo este bem maior: resguardarmos a relação de respeito com
a criança e seus direitos.
Aprofundar as questões relacionadas à importância da afetividade e da
amorosidade no exercício do fazer docente.
Rediscutir e repensar as práticas pedagógicas: Hora da História, Atividades
com Música, Atividades de Corpo e Movimento e Brincadeira simbólica,
sendo estas coerentes à concepção da Escola da Infância. Em 2015
desenvolvemos estudo e reflexões sobre os três primeiros, para 2016
buscamos ampliar as discussões sobre estes e adentrarmos nas questões
relacionadas especificamente à qualificação das mediações na Brincadeira
220
Simbólica. Contudo, devido a outras demandas tal temática não fez parte
da formação. Devendo ser desenvolvida em 2017.
Aprofundar os conceitos sobre: pensamento simbólico e brincadeira
simbólica, especificamente na faixa etária de 0 a 03 anos.
Discutir sobre a utilização dos espaços, sendo esta utilização coerente à
Escola da Infância.
Refletir a prática da escola considerando o atendimento à diversidade
como fundamental na garantia do acesso, permanência e sucesso escolar
de todas as crianças.
Refletir sobre a importância do diagnóstico precoce nos casos de TEA
(Transtornos dos Espectros Autistas). Este tema foi mensalmente e
proveitosamente debatido entre o grupo de professoras, D.G., fono e psico
no ano de 2015. Tal formação para 2016 centrará suas preocupações
sobre os encaminhamentos a serem adotados por meio das discussões de
casos a se realizarem. A prática das discussões de casos terão
continuidade em 2017.
Desenvolver junto à equipe docente reflexões sobre as experiências
vivenciadas na prática do Projeto Coletivo da Escola, objetivando
aprimorar o envolvimento de todos os educadores com o projeto;
sensibilizando-os junto aos cuidados inerentes aos diferentes plantios.
Aprimorar as relações estabelecidas entre as famílias e a escola,
discutindo e socializando a prática da U.E., quanto ao que concerne às
resoluções dos conflitos presentes nestas relações.
ESTRATÉGIAS E AÇÕES PROPOSTAS:
Leituras de textos teóricos que favoreçam reflexões e
fundamentação sobre as práticas;
Leituras de documentos que orientam o trabalho na Educação
Infantil;
Debates e discussões em pequenos grupos (trio de educadores) e
grupos ampliados;
221
Trocas de experiências, socialização das práticas (vídeos, fotos e ou
registro escrito) com reflexões em subgrupos e no coletivo de
professores;
Leituras de textos de revistas pedagógicas;
Dinâmicas que promovam reflexão sobre os temas;
Reflexão sobre as ações planejadas, avaliação e replanejamento;
Acompanhamento dos trios através dos instrumentos metodológicos
com devolutivas escritas e dialogadas;
Reuniões sistemáticas com a D.G., individuais ou com o trio, sempre
que se fizer necessário; diante de demandas advindas do próprio trio
ou do acompanhamento da D.G.
Observação e acompanhamento das ações educativas;
AVALIAÇÃO:
Será realizada de forma processual e contínua nos encontros de
planejamento semanal da diretora e da coordenadora, considerando:
As observações das situações e ações do cotidiano;
Agendamento de observações pontuais pela C.P.;
Os dados significativos encontrados pela C.P., por meio da leitura e
acompanhamento dos instrumentos metodológicos: registros,
planejamentos e relatório semestrais;
As reflexões, discussões e apontamentos realizados nas H.T.P.C.,
HTPs, e Reuniões Pedagógicas;
Toda discussão, reflexão, replanejamento realizado sobre a
fundamentação teórica e prática serve como parâmetro para
revisitarmos nosso PPP. Sendo assim, fazemos deste instrumento
um instrumento vivo, que é alimentado diante da formação,
crescimento, reflexão e revisão do grupo.
PLANO DE AÇÃO ESPECÍFICO AO SEGMENTO DOS: AUXILIARES DE EDUCAÇÃO
222
Por não ter horário formativo em sua jornada de trabalho, os espaços de
formação dos auxiliares até o ano de 2013 se resumiam às reuniões pedagógicas
e devolutivas e acompanhamentos dos trios.
No ano de 2014, após discussão com o coletivo de professoras e auxiliares
foi aprovado de forma unânime, a realização de formação quinzenal, no horário
das 14h às 15h. A formação será planejada pela Dupla Gestora e desenvolvida e
coordenada pela C.P.
Os eixos e temas dos trabalhos eleitos para a formação das auxiliares em
educação serão os mesmos a serem desenvolvidos com as professoras, em
HTPCs. Diante da mudança do quadro de auxiliares, pós remoção 2015, faz-se
necessário priorizarmos as discussões sobre a prática educacional da escola,
práticas estas defendidas pelo PPP da escola. Nas reuniões pedagógicas será
assegurado um horário específico, de no mínimo 01 hora, reservada à formação
dos auxiliares em educação. Buscando assim, estabelecer diálogos e práticas
semelhantes entre professoras e auxiliares em educação, para que se promovam
ações adequadas no trabalho com essa faixa etária, sob os princípios da Escola
da Infância.
Também serão instrumentos formativos as devolutivas e o
acompanhamento sistemático da coordenadora pedagógica, através da
observação e das leituras dos registros, planejamentos e relatórios semestrais
dos trios.
Consideramos que professor e auxiliar em educação, ambos são
educadores, mas também temos clareza que o exercício da gestão
compartilhada, em trio, não é tarefa fácil de ser concretizada; não sendo fácil
dividir o espaço, as tarefas, as ações, a atenção das crianças, os planejamentos e
os registros. Desta forma pensamos ser fundamental à gestão observar e
desenvolver atividades formativas que possibilitem a efetiva gestão
compartilhada. Sabemos que algumas auxiliares têm resistência ou dificuldades
em alternar a coordenação de atividades com a professora, preferem atuar
somente nos apoios e cuidados. Como também temos consciência que há
professoras que têm dificuldade em vislumbrar nas ações do cuidar o fazer
pedagógico, julgando estas como sendo função da auxiliar.
Faz-se importante ressaltar que no discurso professoras e auxiliares
apontam a importância de mantermos à tríade: educar, cuidar e brincar como
ações dos dois segmentos, contudo a observação diária do cotidiano denotam
223
que este deve ser um tema constante de formação, ressaltando as boas práticas
e reavivando as discussões teóricas sobre o tema.
Desta forma este tema deverá ser discutido nas duas esferas: professoras
e auxiliares, para que ambas percebam que na educação de 0 a 03 anos os
cuidados com nossas crianças são extremamente pedagógicos, bem como, o
fazer pedagógico e o brincar exigem dos educadores ações de cuidados,
acolhendo e protegendo as diferentes crianças da turma.
Lembramos que as crianças são diferentes, isto implica em necessidades e
atitudes diferenciadas por parte dos adultos, cabendo aos educadores permitirem
às crianças agirem dentro de suas possibilidades e potencialidades, ao mesmo
tempo, que sentem-se acolhidas, diante de suas necessidades afetivas, sociais,
cognitivas e motoras.
Outro tema necessário para a formação das auxiliares diz respeito a
importância de discutirmos sobre o papel de colaboradora das auxiliares junto aos
instrumentos metodológicos de responsabilidade das professoras, tendo na
auxiliar um importante papel colaborativo; trocando seus saberes, advindos de
suas observações e das relações que estabelece com as crianças.
Também fará parte dos temas formativos: o conceito sobre mediação, à luz
da teoria sócio histórico cultural; a importância da relação de parceria entre a
escola e a família; atendimento à diversidade, num contexto de escola inclusiva.
O quadro de Auxiliares de Educação de apoio foi aumentado de 02 para
05, no ano de 2015, devido as demandas advindas da implementação do horário
de HTP das professoras, que implicou na ausência do atendimento em trio de
educadores. Com a implementação de 1/3 da jornada formativo, as professoras
não atuam simultaneamente com a turma, quando uma sai a outra entra. Desta
forma o atendimento às crianças ficou comprometido, sendo a figura do auxiliar
de apoio o recurso humano que busca atender, da melhor forma possível, as
demandas emergenciais da rotina diária das turmas.
O quadro de auxiliar desta U.E., neste ano, de 2017, será formado por 17
auxiliares.
Em nosso grupo de auxiliares contamos com 11 profissionais já graduados,
sendo 06 pedagogas e 01 com formação de nível médio em magistério. Apenas
01 já é pós graduada.
224
10 auxiliares em educação perfazem o grupo de auxiliares de sala, que
constituem os trios de trabalho, com as 10 turmas. Temos 06 auxiliares de apoio e
01 auxiliar volante, responsável por substituir as faltas. Ressaltamos que o quadro
de apoio foi ampliado de 02 para 06 devido a implementação do HTP das
professoras no ano de 2015.
A atribuição dos auxiliares de apoio, desde o ano de 2011, ocorre
anualmente, realizada própria D.G., que analisa sobre a atribuição dos trios e do
apoio, buscando organizá-los objetivando a formação de parcerias produtivas.
Atribuindo os auxiliares mais experientes às duplas de professoras novatas na
escola ou na docência de crianças pequenas. Outro critério adotado pela D.G. diz
respeito ao fato de não deixar as mesmas auxiliares na função de apoio, de um
ano para o outro, optando pelo revezamento. Desta forma se faz necessário um
trabalho de formação constante junto ao grupo de auxiliares, para que todas
entendam sobre os critérios da atribuição, sobre as peculiaridades e
especificidades do fazer do auxiliar titular e do auxiliar de apoio.
Neste ano de 2017 discutimos com os segmentos dos professores e dos
auxiliares sobre as demandas específicas a serem atendidas pelo auxiliar de
apoio, buscando caracterizar que a atuação do apoio diz respeito ao atendimento
das necessidades da unidade escolar, do coletivo das turmas, não
necessariamente estando este vinculado ao apoio único a uma determinada
turma.
Portanto, para obtermos em 2017 a redefinição do papel e das atribuições
correlatas ao auxiliar de apoio, buscamos definir, junto à equipe, quais são as
prioridades a serem atendidas por este profissional.
A D.G. trouxe as seguintes questões aos segmentos dos professores e dos
auxiliares em educação:
Quais turmas necessitam da permanência mais constante do
auxiliar de apoio (justifique), sendo este auxiliar o último recurso
humano ( a última opção) a ser utilizada pela D.G., no apoio as
demandas que não a de “sua” turma? Quais demandas “urgentes”
fariam com que este auxiliar de apoio deixasse “sua” turma?
Quais são as demandas, da U.E, avaliadas por vocês como sendo
as principais a serem atendidas pelo segmento do apoio
(auxiliares)? Em quais atividades/ horário de suas rotinas
anteriores, você mais sentiu falta da figura do auxiliar de apoio?
225
Você, que já atuou como auxiliar de apoio, aponte quais foram os
principais constrangimentos que você vivenciou, ou quais
dificuldades encontrou em sua atuação.
Você, que já atuou como auxiliar de apoio, aponte quais foram seus
maiores sucessos, ou quais foram os facilitadores, que lhe permitiu
sentir-se atendendo as necessidades do coletivo da escola.
Agora, que você já refletiu sobre tais questões elenque as
prioridades que caberão ao auxiliar de apoio atender, sem perder o
foco que a prioridade deve estar relacionada ao coletivo das 10
turmas, e não relacionada à rotina de trabalho de sua turma.
Primeiramente as discussões ocorreram em subgrupos. Cada grupo
entregou à D.G. suas reflexões e apontamentos. Cabendo à D.G. posteriormente
tabular os apontamentos e socializar com o coletivo. Cabendo a este coletivo
realizar as definições sobre as prioridades a serem supridas pelo auxiliar de
apoio, não perdendo de vista que tais prioridades estão relacionadas ao coletivo
da U.E.
As discussões dos subgrupos foram semelhantes, não havendo
apontamentos contraditórios entre eles. Portanto, não foi difícil, no coletivo,
estabelecer as diretrizes para o trabalho do auxiliar de apoio.
Quanto as turmas que mais demandam os cuidados e atenção do auxiliar
de apoio, ficou acordado, por ordem de prioridades do atendimento:
1. A turma do Berçário Final, tendo a necessidade do
acompanhamento constante do apoio; sendo impossível garantir a
qualidade do atendimento e dos cuidados a esta faixa etária sem a
presença do auxiliar de apoio; sendo necessário mais de um apoio
diante do atendimento das liminares.
2. As turmas que têm crianças com algum tipo de NEE, principalmente
nos quadros de: paralisia cerebral, com comprometimento do
desenvolvimento motor dos membros superiores e inferiores;
evidenciando a necessidade de um acompanhamento individual do
adulto. Também nos casos de crianças com TEA (Transtorno do
Espectro Autista), que apresenta acentuada dificuldade na interação
com as crianças, com as atividades e com adultos; necessitando do
acompanhamento individual do adulto.
226
3. Turmas do Infantil I, principalmente das turmas que atendem as
crianças mais novas, que aniversariam no 2º semestre.
4. Turmas do Infantil I, que atendem as crianças que aniversariam no
1º semestre.
5. Turmas do Infantil II, que têm um nº maior de crianças desfraldando.
Foram apontadas pela grande maioria dos subgrupos, como sendo as
principais demandas a serem atendidas pelo auxiliar de apoio:
1. Período da Adaptação, principalmente no horário da entrada da
criança, momento do acolhimento inicial; em que a necessidade do
colo está mais presente.
2. Atividade do almoço, sendo necessário o acompanhamento do apoio
nos 02 primeiros horários, pois a 2ª professora só está presente no
3º horário; ficando comprometido o acolhimento as necessidades
das crianças, estando a turma sob os cuidados de apenas 02
adultos.
3. Momento do jantar, no 3º horário, diante da proximidade do horário
da saída; a figura do auxiliar de apoio é necessária para garantir que
as necessidades das crianças sejam atendidas num prazo menor de
tempo; garantindo assim a devida preparação da turma para o
momento da saída. Tal necessidade será reavaliada para o 2º
semestre, momento que as crianças já encontram-se mais
autônomas.
4. Momento das trocas no Infantil I; pois a totalidade das crianças usam
fraldas.
5. Acompanhamento do desfralde, já presente no final do ano letivo no
Infantil I, mas de forma mais acentuada no Infantil II.
6. Momento da escovação.
7. Realização dos banhos emergenciais (casos de febre ou virose)
8. Acompanhamento individualizado à criança com problemas de
saúde; ficando esta sob os cuidados de um dos educadores até que
o adulto responsável venha retirá-la. Neste caso o apoio do auxiliar
é à turma, não necessariamente à criança, pois esta poderá
necessitar do acompanhamento do adulto referência.
227
9. Período de preparação do sono; principalmente às turmas que
possuem um nº grande de crianças que necessitam do
acompanhamento individualizado do adulto, a fim de obter a
segurança necessária para relaxar e adormecer.
10. Atividades mais elaboradas, previamente planejadas: ateliê; com
tintas; com melecas; de circuito; culinária; plantio; com água;
Houve uma proposta trazida pela equipe e aprovada por unanimidade,
quanto ao planejamento das atividades do auxiliar de apoio, foi que cada auxiliar
de apoio deveria ficar responsável por atender duas turmas, sendo uma turma de
Infantil I e a outra do Infantil II. Desta forma:
Caberá a todas os educadores, das 02 turmas planejarem juntas, quais
horários serão priorizados o apoio à turma do Infantil I e quais horários
serão priorizados para o apoio ao Infantil II.
Quanto ao Planejamento e Rotina; socializar quais dias das semanas e em
quais horários ocorrerão, para que não coincidam os momentos e as
necessidades de apoio, bem como, para que o rotina do auxiliar de apoio
não seja sobrecarregada em determinado momento da rotina ou em
determinado dia da semana.
O auxiliar volante será sempre o último a ingressar na escola, pois havendo
a necessidade de remanejamento para outra escola, será este o auxiliar a deixar
a U.E.
Primeiramente, caberá ao auxiliar volante a função de substituição das
faltas, substituindo tanto o auxiliar de sala quanto o de apoio. Quando não estiver
substituindo caberá ao auxiliar volante:
1. Acompanhar as turmas nas atividades do pátio interno, com o objetivo de
minimizarmos as ocorrências de conflito.
2. Aproveitando a presença do auxiliar volante no pátio, as professoras
poderão solicitar-lhe que prepare o espaço e os materiais que usarão no
pátio, diante da realização de atividades mais elaboradas.
3. Caso alguma turma precisar de auxílio, na ausência do auxiliar de apoio,
para a realização de atividades mais elaboradas, previamente planejadas,
o volante poderá auxiliar em tais atividades;
228
4. Nos horário que o pátio interno não é utilizado, estando o volante
disponível, este poderá organizar os espaços do ateliê e do almoxarifado
de brinquedos.
5. O papel do auxiliar volante na Atividade de Intersalas, quando não estiver
substituindo, será acompanhar o coletivo das crianças, buscando atender
as crianças chorosas – dispersas – alheias às propostas – que necessitam
realizar trocas ou serem higienizadas.
Após as discussões e reestruturação das atribuições dos auxiliares de
apoio e volante, percebemos que o objetivo da D.G. junto à equipe foi atingido,
sendo que tais discussões embasaram-se nas necessidades do coletivo da
escola, não sendo balizadas pelas necessidades individuais dos agrupamentos:
Berçário, Infantil I e Infantil II.
AVALIAÇÃO:
Será realizada de forma processual e contínua, entre a D.G., professores e
os próprios auxiliares.
Podendo utilizar os horários: de planejamento semanal, entre a diretora e
a coordenadora pedagógica; os horário de HTPCs e HTP; os encontros entre os
trios/quartetos e a D.G.; reuniões pedagógicas e acompanhamentos individuais,
por parte da D.G. junto aos auxiliares, mediante as necessidades formativas que
se fizerem presentes.
PLANO DE AÇÃO ESPECÍFICO PARA OS DEMAIS FUNCIONÁRIOS DA
ESCOLA: (OFICIAL – ZELADOR - AUXILIAR DE LIMPEZA - COZINHEIRA)
Desde 2015 o quadro dos funcionários do apoio apresentou-se completo,
atendendo a demanda da escola. Esta D.G. busca ano a ano, estabelecer um
trabalho de equipe junto aos funcionários da limpeza, mas as características
individuais dos mesmos ainda estão presas ao atendimento de sua planilha
individual de trabalho, já obtivemos avanços, mas ainda precisamos de encontros
mensais para o estabelecimento do diálogo e reestruturação das planilhas sempre
que necessário. Faz-se importante ressaltar que possuímos um quadro de
229
limpeza participativo, que sabem da importância de seu trabalho, tendo
consciência que a devida higiene está estritamente relacionada à saúde das
crianças; podendo evitar ou gerar o aumento dos casos de viroses.
São funcionários responsáveis e que executam suas tarefas, faltando
apenas a consciência sobre a importância do trabalho de equipe, em que um
auxilia o outro, mesmo que tal tarefa não esteja em sua planilha. Continuaremos
investindo neste objetivo.
Contamos com uma zeladora readaptada que não faz parte do grupo de
apoio da limpeza, esta tem restrição médica ao contato com produtos de limpeza.
Ela faz parte desta equipe desde o 2º semestre de 2011. Suas atividades estão
relacionadas à: colaborar no horário da entrada das crianças, com o intuito de
realizarmos uma entrada mais segura, tendo em vista que ficamos com o portão
aberto das 07h30 às 08h10; colher ciência dos funcionários nos comunicados e
redes; auxiliar na secretaria, no atendimento à comunidade, via telefone e portão.
A funcionária é muito prestativa às demandas diárias, atuando de forma
zelosa nas atividades que lhes são conferidas.
A oficial de escola iniciou nesta U.E. em março de 2015, fato este que
denotou a necessidade de investirmos em sua formação, principalmente no que
se refere ao atendimento com qualidade à comunidade. Um atendimento
respeitoso, despido de julgamento de valores e regido pelo princípio da gestão
democrática. Em 2016 investimos na importância da comunicação, sendo esta
além de respeitosa, clara e objetiva, com o intuito de evitarmos mal entendidos e
interpretações equivocadas junto à comunidade escolar. Prática esta que deverá
reger os anos seguintes.
Esta D.G. considera importante acompanhar, com constância, o trabalho
da oficial e da zeladora, objetivando dialogar sobre as necessidades da
comunidade, evidenciando-lhes, que é nosso papel, nosso objetivo de trabalho
atendermos as demandas trazidas pela comunidade ou percebidas pela equipe
escolar; acolhendo e auxiliando as diferentes famílias em suas diferentes
necessidades. Destacando que o trabalho de parceria com as famílias é
fundamental para a qualificação do atendimento que oferecemos as nossas
crianças.
Até meados de 2016 a equipe da cozinha era constituída por 01 cozinheira
e 04 auxiliares de cozinha; com a mudança da empresa responsável por tal
230
serviço a equipe foi reestruturada, ficando com apenas 04 funcionárias, passando
todas elas à função de cozinheira.
Por serem funcionárias terceirizadas temos dificuldades em envolvê-las em
formações mais específicas, fora do contexto das reuniões pedagógicas. Tais
encontros só ocorrem quando a prática destas destoa dos combinados acordados
com as demais educadores, no que tange aos horários e combinados adotados
nas atividades que envolvem as refeições.
OBJETIVOS:
Os objetivos gerais da formação serão:
Inserir os funcionários, o máximo possível, nas discussões
pedagógicas, objetivando levá-los a participarem das discussões
sobre as necessidades e características das crianças pequenas e
sobre a qualidade da educação de 0 a 03 anos.
Dialogar sobre a ação de cada segmento junto às crianças, tendo
esta relação interferência direta na qualidade do atendimento que
oferecemos a elas.
Discutir sobre a rotina e ações educativas desenvolvidas pelos
educadores, levando-os a compreenderem seus objetivos, para que
assim possam compreender melhor as ações que acabam por
comprometer a limpeza dos espaços.
Conscientizar a equipe, que estamos aqui por e pelas crianças,
sendo nossas ações submetidas às necessidades e direitos da
primeira infância.
Constituir um trabalho em equipe, prezando pelo respeito nas
relações interpessoais.
Conscientizar sobre a importância da afetividade na educação de 0 a
03 anos.
Desenvolver discussões sobre a importância do respeito à
diversidade nas relações interpessoais.
231
Buscaremos levá-los a participarem dos estudos, discussões e
planejamentos coletivos, com o objetivo que estes se reconheçam como
educadores junto aos alunos. Passando a entender melhor as propostas e
intervenções das professoras.
Deste modo, acreditamos que os funcionários da limpeza poderão
compreender melhor sobre a importância da organização do espaço e até mesmo
entender que algumas atividades pedagógicas “sujam” o espaço que acabaram
de limpar. Essa compreensão, sobre a importância pedagógica da atividade,
sobre os objetivos pedagógicos envolvidos na proposta levarão a uma atuação
parceira e solidária dos auxiliares de limpeza junto aos educadores e às nossas
crianças.
Os momentos formativos deverão propiciar, por meio de: diálogos,
reflexões, dinâmicas, vídeos, fotos e leituras, discussões que levem o grupo a se
constituir e a agir como uma equipe, que têm um objetivo maior: estar à serviço
da qualidade do ensino que oferecemos às nossas crianças, pois é por elas e
para elas que a escola existe; portanto é para elas e por elas que devemos
desenvolver todas as nossas diferentes funções com zelo e responsabilidade.
Quanto ao específico da função de auxiliar de limpeza, buscaremos
valorizar a função destes, associando a correta execução de suas tarefas a
melhor forma de prevenirmos contaminações e acidentes, garantindo um
ambiente saudável, seguro e respeitoso às nossas crianças.
Quanto ao específico das funcionárias da cozinha, da empresa CONVIDA,
buscaremos inseri-las, nas discussões e nas formações realizadas nas reuniões
pedagógicas. Para que estas contribuam com seus saberes e fazeres no
planejamento e no desenvolvimento das refeições diárias de nossas crianças.
Responsabilizando-as pela qualidade não só do alimento oferecido, mas também,
pela qualidade das ações do segmento da cozinha junto aos horários de
alimentação. Bem como qualificá-las como parte integrante da equipe de
educadores da escola. Levando-os a perceberem-se educadores diante das
ações e relações que estabelecem e desenvolvem junto às crianças desta U.E.
Sendo suas ações e funções necessárias e diretamente relacionadas à efetivação
da educação de qualidade que almejamos.
Em relação a oficial de escola, o específico da formação estará atrelado,
principalmente, quanto à importância desta realizar os atendimentos junto às
famílias de forma: acolhedora, simpática, objetiva e esclarecedora; visando
232
propiciar uma relação que promova a parceria entre a escola e a família.
Destacando-lhe, que pessoalmente ou por telefone, é a responsável, em primeira
instância, pela comunicação de qualidade e pelo acolhimento às necessidades
das famílias. Não que esta seja uma necessidade formativa específica da oficial,
mas porque acreditamos que este deve ser um tema formativo contínuo, para
qualificar cada vez mais a relação da escola com a família, sendo a oficial a
funcionária que primeiramente acolhe as demandas da comunidade.
Diante da funcionária readaptada, objetivaremos: inseri-la nas atividades
possíveis, desenvolvendo uma relação de colaboração junto à equipe;
desenvolver uma relação autônoma, buscando contribuir em todos os momentos
da rotina da escola que considerar passível de ajuda; contribuir espontaneamente
junto às: atividades, ideias, planejamentos e ações da rotina das turmas no
espaço do ateliê; bem como, na utilização dos materiais dos almoxarifados.
AVALIAÇÃO:
Será realizada de forma processual e contínua, nas reuniões semanais
entre a dupla gestora, diretora e coordenadora pedagógica, considerando suas
observações sobre o cotidiano, sobre a prática educativa dos diferentes
segmentos e diante das participações dos segmentos nas reuniões pedagógicas
ou de segmentos.
Ao final do ano, será realizado junto à equipe e à comunidade uma
avaliação, para que possamos replanejar, reconstruir e redirecionar as ações
educativas para o ano seguinte.
Para o desenvolvimento de todo plano formativo, direcionado aos
diferentes segmentos, contaremos com a colaboração da Orientadora
Pedagógica, por meio dos encontros semanais.
234
IX - REFERÊNCIAS TEÓRICAS FORMAÇÃO CONTÍNUA - Documentos e Textos importantes de serem revisitados constantemente: BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL, Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069/90 BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. BRASIL, Ministério da Educação. A Interação de Crianças de Idades Diferentes como Conteúdo da Educação Infantil, Revista Criança, nº 32, junho, 1999. BRASIL, Ministério da Educação. Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os Direitos Fundamentais das Crianças. 2ª Ed. Brasília, MEC: 2009. BRASIL, Ministério da Educação. “Parâmetros Nacionais de Qualidade para a Educação Infantil” – Volume 02 - MEC – 2008 SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Proposta Curricular. São Bernardo do Campo, SEC: 2007. SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Validação Cadernos de Educação Municipal. Diversos temas. São Bernardo do Campo: 2001-2008. SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Acolhimento e Adaptação. São Bernardo do Campo: 2011 SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. Suleando Parâmetros Norteadores da Rede Municipal de Ensino de São Bernardo do Campo: 2011 SÃO BERNARDO DO CAMPO. Secretaria de Educação e Cultura. Departamento de Ações Educacionais. PPP – EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO – Versão 2013 FORMOSINHO, JULIA OLIVEIRA. Pedagogia da Infância. Ed. Artmed – 1ª Ed. – Porto Alegre - 2008 HOFFMANN, Jussara. Avaliação na pré-escola – Um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Ed. Mediação, Porto Alegre, 1996. HOFFMANN, JUSSARA. Um Olhar Sensível e Reflexivo sobre a Criança Ed. Mediação, 18º Ed. Porto Alegre – 2012 MAHONEY, A., ALMEIDA, L. (org.) Henry Wallon: Psicologia e Educação. São Paulo, Ed. Loyola, 2000 MELLO, S. A. O espaço da Escola e a Imagem da Criança. F.F.C./Unesp, s/d. MELLO, S. A. A educação das crianças até os três anos. , s/d. ROSA, ESTER C. DE SOUSA. (Org.). Os saberes e as falas de bebês e suas professoras. Ed. Autêntica, 1ª Ed., Recife, P.E. 2012. VYGOTSKY, L. Pensamento e Linguagem. SP: Martins Fontes, 1998. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente. Ed. Martins Fontes, 7ª Ed., São Paulo, 2010,
235
FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2012 BARBOSA, M. C. S. Práticas Cotidianas na Educação Infantil. Projeto de cooperação técnica MEC e UFRGS para construção de orientações curriculares para a educação infantil. Brasília, 2009. BARBOSA, M. C. As especificidades da Ação Pedagógica com os Bebês. Agosto 2010. GOBBI, M. Múltiplas Linguagens de Meninos Meninas no cotidiano da Educação Infantil. Agosto de 2010. MELLO, S. A. A questão do meio na pedologia e suas implicações pedagógicas. Psicol. USP, vol.21, n.4, São Paulo, dez. 2010. MELLO, S. A. A brinquedoteca como espaço. MELLO, S. A. Relações entre Adultos e Crianças na contemporaneidade: o que estamos fazendo com nossas crianças. Momento, Rio Grande, v. 19, n. 1, 2010. MELLO, S. A. A Escola como lugar da Cultura mais elaborada. Revista Educação UFSM, v.35, n. 1, jan./abr. 2010. MELLO, S. A. Infância e humanização: algumas considerações na perspectiva histórico-cultural. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 25, n. 1, 57-82, jan./jun. 2007. MELLO, S. A.. O lugar da Criança na Pesquisa sobre a Infância: Alguns posicionamentos na Perspectiva da Teoria Histórico-cultural. Revista Reflexão & Ação, v.18, n. 2, 2010. MELLO, S. A. Algumas implicações pedagógicas da Escola de Vygotsky para a educação. Pró- Posições. V.10, n. 1. (março 1999). MELLO, S. A. Aprendizagem e desenvolvimento na perspectiva histórico-cultural. (Texto-Assessoria). MELLO, S. A. A Educação das crianças de 0 a 06 anos: regularidades do desenvolvimento. (Texto-Assessoria). OLIVEIRA, Z. de M.R. O currículo na Educação Infantil: O que propõem as novas diretrizes. Agosto de 2010. OSTETTO, L. E. (Org.). Encontros e encantamentos na Educação Infantil. O trabalho Pedagógico na creche: Entre Limites e Possibilidades. Ed. Papirus, 9ª Ed., Campinas, SP, 2010, p.31-50. ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil. Pais e Educadores: a fome de conhecimento um do outro. Ed. Cortez, 11ª Ed., Ribeirão Preto, SP, 2009, p.43-44. ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil. Novo ano, nova turma, nova adaptação. Ed. Cortez, 11ª Ed., Ribeirão Preto, SP, 2009, p.59-60. ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil. Todo Mundo tem bagunça, só a bailarina que não tem. Ed. Cortez, 11ª Ed., Ribeirão Preto, SP, 2009, p.78-80. WAJSKOP, G. Brincar na Pré-Escola. Por que se Brinca na Pré-Escola. Ed. Cortez, 2ª Ed., São Paulo, 1997, p.19-38.
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FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2013 ANGOTTI, M. (Org.). Educação Infantil: Para que, Para quem e por quê? Brincar um Direito da Infância e uma responsabilidade da Escola. Ed. Alínea, 3ª Ed., Campinas, SP, 2010, p.105-116. ANGOTTI, M. (Org.). Educação Infantil: Para que, Para quem e por quê? Relação Instituição de Educação Infantil e Família: Um sonho Acalentado, um vínculo necessário. Ed. Alínea, 3ª Ed., Campinas, SP, 2010, p.139-156. BRITO, TECA DE ALENCAR DE. Música na Educação Infantil: proposta para a formação integral da criança HOLM, ANNA MARIE. Baby-art: Os primeiros passos com a arte – Ed. MAM – SP MANTOAN, TERESA EGLER. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como Fazer? - Ed. Moderna, 1ª Ed., Campinas, S.P., 2003 MELLO, S. A. A questão do meio na pedologia e suas implicações pedagógicas. Psicol. USP, vol.21, n.4, São Paulo, dez. 2010. MELLO, S. A. A brinquedoteca como espaço. MELLO, S. A. Relações entre Adultos e Crianças na contemporaneidade: o que estamos fazendo com nossas crianças. Momento, Rio Grande, v. 19, n. 1, 2010. MELLO, S. A. A Escola como lugar da Cultura mais elaborada. Revista Educação UFSM, v.35, n. 1, jan./abr. 2010. MELLO, S. A. Infância e humanização: algumas considerações na perspectiva histórico-cultural. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 25, n. 1, 57-82, jan./jun. 2007. MELLO, S. A.. O lugar da Criança na Pesquisa sobre a Infância: Alguns posicionamentos na Perspectiva da Teoria Histórico-cultural. Revista Reflexão & Ação, v.18, n. 2, 2010. MELLO, S. A. Algumas implicações pedagógicas da Escola de Vygotsky para a educação. Pró- Posições. V.10, n. 1. (março 1999). MELLO, S. A. Aprendizagem e desenvolvimento na perspectiva histórico-cultural. (Texto-Assessoria). MELLO, S. A. A Educação das crianças de 0 a 06 anos: regularidades do desenvolvimento. (Texto-Assessoria). OLIVEIRA, Z. (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. Educação Infantil e sociointeracionismo. Ed. Cortez, 9ª Ed., São Paulo, 2010, p.25-53. OLIVEIRA, Z. (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. Vamos dar a meia-volta, volta e meia vamos dar; o brincar na creche. Ed. Cortez, 9ª Ed., São Paulo, 2010, p.74-115. OLIVEIRA, Z. (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. Organização do Espaço em Instituições pré-escolares. Ed. Cortez, 9ª Ed., São Paulo, 2010, p.116-142. OSTETTO, L. E. (Org.). Encontros e encantamentos na Educação Infantil. O trabalho Pedagógico na creche: Entre Limites e Possibilidades. Ed. Papirus, 9ª Ed., Campinas, SP, 2010, p.31-50. ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “Comer, comer ... comer, comer ... é o melhor para poder crescer...” – pág. 129 à 131 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “ Bem vinda, dona Maria Chicória” – pág. 132 à 133
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ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “Dona Escova e Comadre Alice” – pág. 138 à 140 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “Banho: que delícia!” – pág. 125 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “Bolinhas de sabão ...” – pág. 126 à 128 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “ Nana, neném ... zzzzzz ...” – pág. 145 à 146 ROSSETI-FERREIRA, M. C. (Org.); MELLO, A. M. (Org.); VITORIA, T. (Org.); GOSUEN, A. (Org.); CHAGURI, A. C. (Org.). Os Fazeres na Educação Infantil: “ Banho: que delícia! ...” – pág. 125 à 128 SANTOS, MARIA GORETTI M. “ A educação infantil frente aos diferentes padrões de sono e vigília de crianças de 0 a 03 anos: dilemas e equívocos – Dissertação de Mestrado – PUC – 2006 STAMBAK, MIRA. (ORG) – “ Formação de professores – Série: Educação Infantil em Movimento – Ed. autores associados, 2011. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente: O Papel do Brinquedo no Desenvolvimento. Ed. Martins Fontes, 7ª Ed., São Paulo, 2010, p.107-124. VYGOTSKY, L. S. A Formação Social da Mente: Interação entre aprendizado e desenvolvimento. Ed. Martins Fontes, 7ª Ed., São Paulo, 2010, p.87-106. ZACHLOD, Michelle G. Espaço para crescer; Michelle G. Zachlod. Espaço para crescer. Educacional leadership, n. 1, p. 51-53, v. 54, 1996. ARTIGOS DE REVISTA: REVISTA AVISA LÁ: Observar para aprender o mundo – Edição agosto - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Que choro é esse? – Edição 31 - 2007 REVISTA AVISA LÁ: Mordidas na primeira infância – Edição 42 - 2010 REVISTA AVISA LÁ: Espaço escolar bem planejado – Edição 49 - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Música que soa na escola – Edição novembro – 2010 REVISTA AVISA LÁ: Educação Musical: território para a produção infantil – Edição maio – 2012 REVISTA AVISA LÁ: Planejar para ler melhor – Edição janeiro - 2008 REVISTA AVISA LÁ: Um prato cheio de aprendizagem – Edição 26 - 2006 REVISTA AVISA LÁ: Elementos da Natureza e a produção em arte – Edição fevereiro - 2009 REVISTA AVISA LÁ: Brincar com arte – Edição 42 - 2010 REVISTA AVISA LÁ: Experimentar para criar – fevereiro - 2010 REVISTA AVISA LÁ: Mural de Marcas – fevereiro - 2009 REVISTA AVISA LÁ: As esculturas e as crianças – novembro - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Supervisão Pedagógica como estratégia formativa – agosto - 2009 REVISTA AVISA LÁ: Observar para conhecer e documentar – novembro - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Observação como instrumento de trabalho – fevereiro - 2009
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REVISTA AVISA LÁ: Quando a Educação Física vira brincadeira do corpo – julho - 2007 REVISTA AVISA LÁ: A curiosidade e o encantamento de movimentar o corpo – agosto - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Uma parceria que se constrói – fevereiro - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Interação no berçário – maio - 2009 REVISTA CARTA FUNDAMENTAL: Aprender por afeto– Edição janeiro - 2013 REVISTA NOVA ESCOLA: Na creche, o que fazer na hora do choro – Edição 223 – 2009 REVISTA NOVA ESCOLA: Os bons livros para bebês são aqueles que falam com eles, e não sobre eles – Edição fevereiro – 2013 REVISTA NOVA ESCOLA: É hora de refletir sobre o seu trabalho – Edição 23 – ano IV REVISTA NOVA ESCOLA: Melecas na parede, no papel e no corpo todo – Edição março – 2013 REVISTA PÁTIO: Como ajudar as crianças a deixar as fraldas – Edição 34 - 2013 REVISTA PÁTIO: Um novo olhar para as áreas externas – Edição 34 - 2013 REVISTA PÁTIO: O corpo como instrumento de aprendizagem – Edição 31 - 2012 REVISTA PÁTIO: Leitura em família – Edição 32 - 2012 REVISTA PÁTIO: Mais que um lugar para gastar energia – Edição 34 - 2013 REVISTA PÁTIO: Ensinar bem é emocionar – Edição 55 - 2010 REVISTA PÁTIO: Educação científica na primeira infância – Edição 33 - 2012 REVISTA PÁTIO: A importância do trabalho com ciências naturais na Educação Infantil – Edição 33 - 2012 REVISTA PÁTIO: A imaginação como caminho para a ciência – Edição 33 - 2012 REVISTA PÁTIO: A observação como instrumento para conhecer, contar e refletir – Edição 30 - 2012 REVISTA PÁTIO: A prática reflexiva na Educação Infantil - Edição 31 - 2012 REVISTA PÁTIO: Quando a natureza é tema e matéria-prima para fazer arte – Edição 25 - 2012 REVISTA PÁTIO: Brincar e aprender na formação do profissional de educação infantil– Edição 28 - 2011 REVISTA PÁTIO: A contribuição de Vygotsky para a educação contemporânea – Edição 54 - 2010 REVISTA PÁTIO: O que um professor precisa saber para cuidar de bebês em espaços coletivos – Edição 31 – 2012 REVISTA PÁTIO: Um mundo de sensações no berçário – Edição 32 - 2012 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Afetividade na creche: reflexões sobre as emoções – Edição 109 - 2013 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Arte com os sentidos– Edição 106 - 2012 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Educação e sustentabilidade– Edição 109 - 2013 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Avaliação na Educação Infantil Educação – Edição outubro - 2012 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Organização do ambiente para a aprendizagem – Edição abril - 2013
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TEXTOS ENCONTRADOS EM SITES: Texto: “ Pronto para deixar a fralda? ” - HTTP://www.paisefilhos.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1169&itemid=63 Texto: “Acidentes com crianças” – HTTP://drauziovarella.com.br Texto: “ Veja cinco dicas para baixar a febre sem usar medicamentos.” HTTP://drauziovarella.com.br Brinquedos e Brincadeiras na Educação Infantil - KISHIMOTO, TIZUKO MORCHIDA. WWW.consultapública.com.br Vídeos para debate: Filme de Longa Metragem: Patch Adams: O amor é contagioso – 1998 Filme de Curta Metragem: Zoon in your life – 2006 Filme de Longa Metragem: Como estrela no Céu – 2007 Filme de Curta Metragem: Crianças Invisíveis – 2005 Filme de Curta Metragem: EX-ET – 2008 Vídeo da prática Inclusiva desta U.E. (desde 2011 à 2013) – produção própria - 2013 FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2014 ROSA, ESTER C. DE SOUSA. (Org.). Os saberes e as falas de bebês e suas professoras. Ed. Autêntica, 1ª Ed., Recife, P.E. 2012. ALVES, RUBEM. Educação dos Sentidos e mais ... Ed. Verus, 9ª Ed., Campinas, S.P. 2005. FREIRE, PAULO. Professora sim, tia não – Cartas a quem ousa ensinar. Ed.Paz e Terra, S.P. – 1997. HOFFMANN, JUSSARA. Um Olhar Sensível e Reflexivo sobre a Criança Ed. Mediação, 18º Ed. Porto Alegre – 2012 STAMBAK, MIRA. Os Bebês entre eles – Ed. Autores Associados, França -2011 BRITO, TECA ALENCAR. Música na Educação Infantil. S.P. BRITO, TECA ALENCAR. O papel da Música na Educação Infantil. S.P. REVISTA AVISA LÁ: Era uma vez, para crianças pequena – julho - 2006 REVISTA AVISA LÁ: O educador e os bebês – outubro – 2007 REVISTA AVISA LÁ: Interação no berçário – maio – 2009 REVISTA AVISA LÁ: Álbum do bebê – abril – 2004 REVISTA AVISA LÁ: Educação musical: território para produção infantil – maio – 2012
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REVISTA AVISA LÁ – Música que soa na escola – novembro - 2010 REVISTA AVISA LÁ: A curiosidade e o movimentar – agosto - 2012 REVISTA AVISA LÁ: Para planejar bem o brincar – abril – 2008 REVISTA AVISA LÁ: Muitos mundos numa única sala – janeiro - 2007 REVISTA AVISA LÁ: Espaço escolar bem planejado – fevereiro - 2012 REVISTA NOVA ESCOLA: Todos Juntos – junho - 2013 REVISTA PÁTIO: As famílias e a presença de homens na docência de crianças pequenas – Janeiro – 2012 REVISTA PÁTIO: Um mundo de sensações no berçário – julho – 2012 REVISTA PÁTIO: Os bebês no teatro – abril – 2013 REVISTA PÁTIO: Brincando com a escuta musical na educação infantil – abril – 2013 REVISTA PÁTIO: O corpo como instrumento de aprendizagem – junho – 2012 REVISTA PÁTIO: Os primeiros dias na creche – abril – 2013 REVISTA PÁTIO: Um novo olhar para as áreas externas – março 2013 REVISTA PÁTIO: Conhecer para mediar – março – 2014 REVISTA PÁTIO: Mais do que um lugar para gastar energia – março – 2013 REVISTA PÁTIO: A prática docente com os bebês – abril – 2013 REVISTA PÁTIO: Concepções sobre o brincar dos bebês – junho 2013 REVISTA PÁTIO: Para além da sala do berçário – julho – 2013 REVISTA PÁTIO: Quem tem boca entra na roda – janeiro – 2014 REVISTA PÁTIO: Plantando ideias e colhendo sorrisos – março – 2014 REVISTA PÁTIO: As novas configurações familiares e a criação das crianças – julho – 2012 REVISTA PÁTIO: Não duvide Édipo foi matriculado na sua escola – março – 2014 REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA: Organização do ambiente para a aprendizagem – abril – 2013 TEXTO: ABUCHAIM, BEATRIZ DE OLIVEIRA. As percepções de mães e de pais acerca da escola de educação infantil – RGS – TEXTO: ALVES , RUBEM - O Prazer da Leitura – 2004 TEXTO: BARBOSA, MARIA CARMEM. As especificidades da ação pedagógica com os bebê. TEXTO: BARBOSA, MARIA FLÁVIA SILVEIRA. Música na Educação Infantil. S.P. TEXTO: BOMBASSARO, MARIA CLAUDIA. A Roda como conteúdo de linguagem. Porto Alegre – 2010 TEXTO: BONDIOLI, ANNA. Escrever um projeto pedagógico da creche avaliável – S.P. – 2004 TEXTO: BONOMI, ADRIALLO. O relacionamento entre Educadores e Pais – 1998 - TEXTO: BRITO, ANGELA DO CÉU UBAIARA. A mediação na educação. TEXTO: HOFFMANN, JUSSARA. Avaliação na pré-escola – Um olhar sensível e reflexível sobre a criança. Porto Alegre – 1996 TEXTO: MANTOAN, TERESA EGLER. A escola que queremos – 2004 TEXTO: MELLO, SUELY AMARAL. O espaço da escola e a imagem da criança TEXTO: ZACHLOD, MICHELLE G. Espaço para crescer – 1996
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FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2015 BARBIERI, STELA. Interações: Onde está a Arte na Infância – Ed. Blucher – 1ª Ed. – São Paulo - 2012 STAMBAK, MIRA. Os Bebês entre eles – Ed. Autores Associados, França -2011 BARBOSA, MARIA CARMEN SILVEIRA. Projetos Pedagógicos na Ed. Infantil – Ed. Grupo A – 1ª Ed. – Porto Alegre – 2008 CARDOSO, BRUNA. Práticas de Linguagem Oral e Escrita Infantil – Ed. Anzol – 1ª Ed. - São Paulo – 2012 CEPPI, GIULIO. Crianças, Espaços, Relações: como projetar ambientes para a Ed. Infantil – Ed. Penso – 1ª Ed. – Porto Alegre – 2013 FONSECA, EDI. Interações: com Olhos de Ler - Ed. Blucher – 1ª Ed. – São Paulo – 2013 FRIEDMANN, ADRIANA. O Brincar na Educação Infantil – Ed. Moderna - 1ª Ed. – São Paulo - 2012 GOBBI, MARIA APARECIDA. Infância e suas Linguagens – Ed. Cortez - 1ª Ed. – São Paulo – 2014 GOLDSCHMIED, ELINOR. Educação de 0 a 03 anos: O atendimento em Creche – Ed. Grupo A - – 2ª Ed. – Porto Alegre – 2006 KISHIMOTO, TIZUKO MORCHIDA. Em Busca da Pedagogia da Infância – Ed. Penso – 1ª Ed. – Porto Alegre – 2013 OLIVEIRA, ZILMA RAMOS. O Trabalho do Professor na Educação Infantil – Ed. Biruta – 1ª Ed. – São Paulo – 2012 ORTIZ, CISELE. Interações; ser professor de bebês – cuidar, educar e brincar, uma única ação - Ed. Blucher – 1ª Ed. – São Paulo – 2012 PADILHA, PAULO ROBERTO. Uma escola mais bela, alegre e prazerosa. (texto) PARREIRAS, NINFA. Do Ventre ao Colo, do Som à Literatura – Ed. RHJ – 1ª Ed. – Belo Horizonte – 2012 REYES, YOLANDA. A Casa Imaginária: Leitura e Literatura na Primeira Infância – Ed. Global – 1ª Ed. – São Paulo – 2010 SALLES, FÁTIMA. Currículo na Educação Infantil - Disciplina: Projetos e Práticas Pedagógicas – Ed. Ática – 2ª Ed. - Rio de Janeiro – 2012 SOMMERHALDER, ALINE. Jogo e Educação da Infância; muito prazer em aprender – Ed. CRV – 1ª Ed. – Curitiba – 2011 FORMAÇÃO ESPECÍFICA DO ANO DE 2016 e 2017 ANGOTTI, MARISTELA. Educação Infantil Para que, Para Quem e Por quê? Ed. Alínea – 3ª ed. – 2010 BARBIERI, STELA. Interações: Onde está a arte na infância? – Ed. Edgar Blucher – 1ª ed. - 2012 CORTELLA, MÁRIO SERGIO. Educação, Escola e Docência Novos Tempos, Novas Atitudes – Editora Cortez – 1ª Ed. – 2014 CORTELLA, MÁRIO SERGIO. Qual é a Tua Obra? Inquietações– Editora Cortez – 1ª Ed. – 2014 FONSECA, EDI. Interações: com olhos de ler– Ed. Edgar Blucher – 1ª ed. - 2012
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ORTIZ, CISELE. Interações: ser professor de bebês – cuidar, educar e brincar, uma única ação – Ed. Edgar Blucher – 1ª ed. - 2012 OSTETTO, LUCIANA E. Educação Infantil Saberes e Fazeres da Formação de Professores – Ed. Papirus – 5ª ed. – 2012 STAMBAK, MIRA. Os Bebês entre ele, descobrir, brincar inventar juntos. Ed. Autores Associados – 1ª ed. – 2011 BARBOSA, MARIA CARMEM. Campos de Experiências na Escola da Infância. http://www.bibliotecadigital.unicampo.br
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X – ANEXOS ANEXO I - HISTÓRICO DA UNIDADE ESCOLAR INAUGURAÇÃO EM 16 DE DEZEMBRO DE 2008. INÍCIO DO FUNCIONAMENTO: 15 DE ABRIL DE 2009. DECRETO DE CRIAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR DECRETO Nº 16.798, DE 23 DE ABRIL DE 2009 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Altera o Decreto nº 16.496, de 15 de maio de 2008, que dispõe sobre unidades escolares da rede municipal de ensino, para criar e alterar denominação de unidades escolares. LUIZ MARINHO, Prefeito do Município de São Bernardo do Campo, no uso de suas atribuições legais, Considerando a Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996; Considerando a Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990; Considerando o Estatuto do Magistério, Lei Municipal nº 5.820, de 3 de abril de 2008; Considerando o Decreto Municipal nº 15.882, de 8 de janeiro de 2007; Considerando Decreto Municipal nº 16.496, de 15 de maio de 2008 e Decreto Municipal nº 16.638, de 23 de setembro de 2008. Considerando o desenvolvimento do Programa de Ação Parceria Educacional Estado-Município, para o atendimento ao ensino fundamental e, Considerando as leis municipais que denominaram as unidades escolares, decreta: Art. 1º. Ficam criadas as seguintes unidades escolares, com início das atividades no ano letivo de 2009: ............................................................................................................................ VIII - EMEB José Roberto Preto 21 DE NOVEMBRO DE 2008 - Nº 1.474 LEI Nº 5.921, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2008 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Projeto de Lei nº 148/2008 - Vereador Laurentino Hilário da Silva Denomina "José Roberto Preto" escola do município. WILLIAM DIB, Prefeito do Município de São Bernardo do Campo, faz saber que a Câmara Municipal de São Bernardo do Campo aprovou e ele promulga a seguinte lei: Art. 1º. Passa a denominar-se "EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO", a escola municipal de educação básica infantil construída em parte da área municipal
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codificada como I-3-92, ilustrada na planta A1- 7078, localizada na Avenida Tiradentes. Art. 2º. Integra a presente lei anexo único contento a biografia do Sr. José Roberto Preto. Art. 3º. As despesas decorrentes com a aplicação da presente lei correrão à conta das verbas consignadas no orçamento vigente. Art. 4º. Esta lei entra em vigor da data de sua publicação. São Bernardo do Campo, 21 de novembro de 2008 ANEXO ÚNICO A QUE SE REFERE A LEI MUNICIPAL Nº 5.921/2008 BIOGRAFIA: José Roberto Preto Empresário são-bernardense, casado, pai de quatro filhos, com formação universitária em contabilidade. Iniciou suas atividades como corretor de imóveis. Depois, devido a sua grande visão empresarial, fixou-se no ramo da construção civil. Devido ao seu dinamismo, viu a sua empresa crescer, obrigando-o a transferir sua sede para a cidade de Mauá. Após décadas de intenso trabalho e dedicação, a ampliou, agora com sede em São Bernardo do Campo, com a instalação de centrais de concreto e asfalto. Sempre dinâmico, no ano de 2004, assumiu um grande desafio, agora como homem público. Elegeu-se Prefeito do Município de Peruíbe, localizado na Baixada Santista (litoral sul). Nesta função, tornou-se um político competente, desenvolvimentista, sempre tendo como horizonte o interesse público e acima de tudo o homem. Mesmo à frente do mandato, nunca deixou de estar presente às suas atividades empresariais, pois, sempre teve um carinho muito especial pela sua terra natal: São Bernardo do Campo. Construindo nesta cidade grandes obras públicas, tais como viadutos, avenidas, obras de drenagem e saneamento básico. José Roberto Preto sempre demonstrou muito carinho pela sua esposa e generosidade por todos os filhos, procurando ampará-los em momentos de dificuldades e proporcionar condições para que cada qual se estabelecesse em seus respectivos ramos de atividades. Faleceu em janeiro último, deixando um exemplo de ousadia, pioneirismo e competência. ANEXO II – DESCRIÇÃO DA ESTRUTURA FÍSICA O prédio escolar é composto por:
Diretoria Secretaria Cozinha Estoque da cozinha Cozinha dos funcionários Refeitório Lavanderia
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Almoxarifado de limpeza Sala para uso dos funcionários 10 salas de aula 04 banheiros nas salas: 1, 2, 3/4, 5, com sanitários, lavatórios, cubas de
banho, chuveiros e trocadores 03 banheiros nas salas: 6, 7/8, 9/10, com sanitários, lavatórios e chuveiros
(sem trocadores) 01 vestiário feminino com dois sanitários e um chuveiro 01 vestiário masculino com um sanitário e um chuveiro 01 banheiros feminino – acessibilidade 01 banheiros masculino – acessibilidade 02 banheiros no pátio interno 01 banheiro de acessibilidade no pátio interno 02 pias de uso coletivo no pátio interno Pátio interno com coberta retrátil Área externa do lado direito e esquerdo Área de carga e descarga para o recebimento de gêneros alimentícios Estacionamento * Não temos: playground e tanque de areia. Estamos aguardando as providências da S.E. para a implantação destes espaços. Outro aspecto negativo, relacionado à construção desta U.E. é a falta de área verde: jardins e horta. Todo o entorno da escola é cimentado, não havendo nenhum espaço de terra para o contato sadio e necessário dos alunos em atividades pedagógicas. Contudo, o projeto da U.E desenvolvido desde o ano de 2012 tem por objetivo mudar este contexto, com o plantio de hortas em canteiros e materiais alternativos.
ANEXO III ) TELEFONES ÚTEIS QUE DEVERÃO ESTAR SEMPRE
PRÓXIMOS AOS APARELHOS TELEFÔNICOS:
4128-7739 e 4128-7741– Ambulâncias
192 - Ambulâncias
193 – Bombeiros – 4127-1234 (Av. Tiradentes)
190 – Polícia
4338-3987 - GCM – Guarda Civil Municipal –
4123-1033 - Posto Central
4335-0955 - UPA Vila São Pedro
4126-2800 / 4126-2823 - GCM
4126-3900/ 4126-3902/ 4126-3901- Conselho Tutelar:
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ANEXO IV - PROJETO DA EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO
1º Título (em 2012) : Transformando Lixo/Sucata em Vida em Verde
Último Título em 2015: Direito de Esverdear e Florir esta Escola da Infância
Título Atual: Aprendendo sobre a Natureza com a Natureza
JUSTIFICATIVA:
Entendemos que temos que atender ao direito da criança ao contato com a
natureza, para tanto defendemos que:
Nossas crianças têm direito a plantar, cuidar e colher diversos plantios e
diferentes flores;
Nossas crianças têm direito a mexer com terra;
Nossas crianças têm direito a ter contato com suportes alternativos para os
plantios ;
Nossas crianças têm direito ao sol;
Nossas crianças têm direito de brincar com água;
Nossas crianças têm direito de brincar com areia, argila, pedrinhas,
gravetos e outros elementos da natureza;
Nossas crianças têm direito a observar, cuidar, contemplar e preservar a
natureza;
Nossas crianças têm direito de visitar parques, jardins e hortas;
Nossas crianças têm direito que suas famílias se envolvam com os projetos
e com os plantios desta escola.
OBJETIVO GERAL:
Possibilitar às crianças contato direto com a natureza, mas especificamente
direito ao contato com diferentes plantios, de forma lúdica, brincante e prazerosa.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
transformar o espaço frio e cinza desta escola em um espaço rodeado por
diferentes plantios, “esverdeando” nosso espaço;
ampliar o contato de nossas crianças com a natureza, oportunizando –lhes
contato direto com alguns tipos de plantios;
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sensibilizar nossas crianças sobre a importância da natureza à vida
humana;
desenvolver noções sobre os principais cuidados junto aos diferentes
plantios;
possibilitar às crianças observar o desenvolvimento dos plantios,
acompanhando a transformação da semente ou mudas em alimentos, plantas,
árvores ou flores;
permitir às crianças contato com a terra;
visitar espaços que permitam contato direto com a natureza: jardins, áreas
verdes, hortas e parques;
estimular a participação das famílias em diferentes ações educativas,
envolvendo-se com o projeto da escola;
ampliar a quantidade de canteiros;
ampliar os suportes alternativos para os plantios;
construir um jardim em frente à escola, com pneus;
construir um violetário, em canos de PVC;
construir uma plantação de morangos, em canos de PVC;
construir um orquidário, em capachos.
ESPAÇOS E SUPORTES PARA OS PLANTIOS:
nos canteiros dos fundos;
em suportes alternativos: pneus, baldes, telhas, calhas, canos, canaletas,
canaletões, manilhas, caixotes, garrafas pets, galões de produto de limpeza, etc.
TIPOS DE PLANTIOS:
hortaliças; alface, rúcula, espinafre, couve, etc
tubérculos: cenouras, beterraba, etc
frutas: morangos e tomates;
árvores frutíferas: mexerica, limão, lichia, jabuticaba, amora, pitanga, araçá,
acerola, etc.
flores: girassol, orquídea, violetas, gerânio, éricas, azálea, hibisco,
orquídea bambu, cravina, fortuna, etc;
ervas: hortelã, erva doce, camomila; cidreira; etc
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temperos: salsinha, cebolinha, coentro, alecrim; manjericão; etc
Cada turma escreverá seu próprio projeto, relacionado ao projeto da escola
e ou vinculado a outro projeto da turma, atendendo ao interesse das crianças e
suas especificidades.
Este projeto, ao ser avaliado no final de seu primeiro ano de
implementação, em 2012, comprovou-se eficaz, pois envolveu as diferentes
turmas, contou com a participação ativa de todas as crianças, de uma maneira
que superou nossas próprias expectativas; nos momentos dos plantios, dos
cuidados, da contemplação e das colheitas. A comunidade mostrou-se encantada
com os resultados atingidos pelas crianças e pelos educadores.
Desta forma, sendo um projeto que atendeu e atende ao seu objetivo geral
e aos seus objetivos específicos, tanto a equipe de educadores quanto a
comunidade validou que o mesmo deveria se constituir como sendo projeto
permanente da U.E. Porque esverdear e florir exige constante investimento:
plantando, replantando, cuidando, contemplando e colhendo.
Esta equipe tem muito orgulho de ver que o espaço cinza e triste da escola
foi sendo, paulatinamente, modificado; tornando-se uma escola de muitas cores e
cheiros. Também se orgulha de avaliar que nossas crianças estão se
desenvolvendo, estão crescendo num ambiente sensibilizador, estando
acostumadas a admirarem:
o desabrochar das flores;
o colorido e a diversidade das flores;
o vermelho dos morangos;
o perfume do manjericão;
o sabor da hortelã;
o crescer dos frutos;
a troca de folhagem;
a presença dos visitantes: insetos de jardins;
a visita dos beijas flores e cambacicas;
etc.
Finalizamos, apontando que este projeto é um projeto de muitas cores, de
muitos sabores e cheiros, construídos por muitas mãos, pelas mãos de todas as
crianças e educadores desta escola.
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Anexo V – Documento de Apresentação da Escola – versão 2015
EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO
INFORMAÇÕES IMPORTANTES DIA 0___/02/2016 ÀS 08 HORAS: Reunião com Pais SUA
PRESENÇA É FUNDAMENTAL
INÍCIO DAS AULAS: ___/02/2016
PERÍODO DE ADAPTAÇÃO: nas primeiras semanas de aula, a ampliação do horário será progressiva: conforme orientações que serão dadas na reunião com pais. É imprescindível que as famílias se comprometam com o cumprimento desse horário especial, para que as crianças se acostumem com o novo espaço, adquiram confiança nos adultos que passarão a conviver com elas e consigam lidar com a separação de suas famílias, com o menor sofrimento possível.
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“ ESTA ESCOLA DA INFÂNCIA BUSCA OFERECER UM TRABALHO DE QUALIDADE, EM QUE A ALEGRIA E O BRINCAR SÃO FERRAMENTAS PEDAGÓGICAS ”
HORÁRIOS E ORGANIZAÇÃO DA SAÍDA DOS ALUNOS Horário de entrada: das 7h30 às 8h10 Horário de saída: das 17h00 às 17h30 De forma a garantir a circulação segura dos alunos no horário da saída, os transportadores escolares entram às 16h50 para retirarem as crianças, após realizarem o embarque, os demais familiares poderão entrar. A saída das crianças que vão com o transporte escolar pode vir a gerar um atraso de cerca de 5 minutos na abertura do portão à comunidade. Pedimos a compreensão e tolerância de todos, pois este procedimento é necessário para garantir a segurança das crianças.
TRANSPORTE ESCOLAR: a responsabilidade pela contratação e supervisão do serviço é exclusivamente da família. Esta direção solicita, aos pais que utilizam o transporte particular, que venham na escola, em momentos diferentes, nos horários de entrada e saída para verificarem se concordam com a dinâmica de trabalho dos transportadores. Avaliando se estes trazem e buscam seus filhos com segurança. Após a contratação, é preciso preencher e assinar o formulário de autorização de transporte escolar. Caso haja mudança de transportador, durante o ano letivo, será necessário preencher nova autorização e comunicar a escola antecipadamente.
ALIMENTAÇÃO: a alimentação das crianças é preparada na escola, seguindo o cardápio elaborado por nutricionista do setor da Merenda Escolar da Secretaria de Educação. Não é permitido trazer nenhum alimento de casa. Caso a criança necessite de uma alimentação diferenciada, por questões de saúde, o responsável deverá comprovar essa necessidade trazendo o relatório médico, entregando-o à secretaria da escola, para que seja providenciado, junto ao setor de Merenda Escolar, o alimento necessário. Solicitamos aos pais que não ofertem às crianças nenhum tipo de alimento, nos horários da entrada e saída. Para que não deixem as demais crianças com vontade.
OS MOMENTOS DE ALIMENTAÇÃO: Café da manhã/ hidratação/ almoço/ lanche
e jantar - têm como objetivo a nutrição e também desenvolver a construção de hábitos alimentares saudáveis. Além disso, as crianças aprendem a comer com autonomia, fazendo escolhas daquilo que mais lhe agradam, bem como aprendem a ajustar as quantidades de alimentos a sua real necessidade.
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ORGANIZAÇÃO DIÁRIA DA MOCHILA: 5 fraldas descartáveis; 3 trocas de calor; 2 trocas de frio; 2 pares de meias; Agenda (que será fornecida pela escola); Sacolas plásticas ou sacos plásticos (para colocar roupa suja).
O uso do uniforme diariamente representa para a criança segurança e conforto. Evitem mandar roupas novas “de passeio”, porque nesta escola de Educação Infantil nossas
crianças pintam e bordam, podendo vir a danificar algumas peças de roupas. Toda roupa para troca deverá vir com o nome completo da criança (escrito com caneta para tecido), para evitarmos possíveis extravios. Verifiquem diariamente a mochila da criança, quanto mais organizada for a mochila, melhores serão as possibilidades de atendermos as necessidades das crianças.
MATERIAIS DE USO PESSOAL São guardados na escola e devem vir com nome, podendo ser entregues na primeira reunião com pais: Escova de dente; Creme dental; Escova de cabelo ou pente; Chinelos; Copo para água com tampa e furos (só a turma do Berçário); Caneca sem tampa (Infantil I e II).
TELEFONES DE CONTATO DA FAMÍLIA: devem estar sempre atualizados para que a família possa ser localizada em caso de necessidade e urgências. Toda vez que houver mudança de telefones, é preciso informar a secretaria da escola para atualização na ficha de matrícula.
MEDICAMENTOS: Só medicaremos as crianças diante de receita médica atualizada. Os remédios não podem vir na mochila das crianças, devem ser entregues pelo responsável diretamente às professoras, no horário da entrada. Crianças que vêm de transporte escolar, caberá ao transportador entregar à professora o remédio da criança.
PESSOAS AUTORIZADAS A BUSCAR A CRIANÇA NA ESCOLA: No momento da matrícula/entrevista as famílias informarão o nome e o número do RG de quem estará autorizado a buscar a criança na escola. Deixem o maior número de pessoas autorizadas, evitando ao máximo realizar este tipo de solicitação por telefone. Estes cuidados são especialmente pensados para que ofereçamos maior segurança às crianças.
APM E CONSELHO DE ESCOLA: Estes colegiados são instrumentos importantes, que possibilitam aos pais participarem e atuarem de forma mais intensa das decisões importantes a serem adotadas, em prol da qualidade da educação de seus filhos. Cada turma deve ter pelo menos um pai/mãe/responsável participando dos colegiados, pois assim todas as turmas terão seu representante. Na primeira reunião com pais inscrevam-se e participem de nosso Conselho de Escola e da APM de 2015. Os encontros serão mensais, às 17h00, e duram em torno de 01 hora.
CONTAMOS COM A COLABORAÇÃO DE TODOS VOCÊS!
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“ ESCOLA E FAMÍLIA DEVEM SER PARCEIRAS, POR MEIO DA
PARCERIA TODOS GANHAM, PRINCIPALMENTE NOSSAS CRIANÇAS.”
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Temos como objetivo central planejar, construir e desenvolver uma rotina que favoreça o brincar, garantindo às nossas crianças seu
pleno desenvolvimento global. Nesta escola todos concebem que a aprendizagem é construída por meio do Brincar. Aqui brincar é coisa
séria!
ESTA ESCOLA DA INFÂNCIA RESPEITA A CRIANÇA:
Nossas crianças têm direito à brincadeira
Nossas crianças têm direito à atenção individual
Nossas crianças têm direito a um ambiente aconchegante, seguro e
estimulante
Nossas crianças têm direito ao contato com a natureza
Nossas crianças têm direito a higiene e à saúde
Nossas crianças têm direito a uma alimentação sadia
Nossas crianças têm direito a desenvolver sua curiosidade, imaginação e
capacidade de expressão
Nossas crianças têm direito ao movimento em espaços amplos
Nossas crianças têm direito à proteção, ao afeto e à amizade
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Nossas crianças têm direito a expressar seus sentimentos
Nossas crianças têm direito a uma especial atenção durante seu período
de adaptação à creche
Nossas crianças têm direito a desenvolver sua identidade cultural, racial e
religiosa.
A rotina faz parte da escola, ela estrutura o cotidiano, proporciona a todos, mas principalmente à criança, segurança e previsão do que vai acontecer; organiza o espaço escolar e otimiza o tempo. A rotina desta Escola da Infância é pensada com a premissa do brincar, como direito das crianças e instrumento de trabalho
dos educadores.
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CONHEÇAM ALGUMAS DAS ATIVIDADES EDUCATIVAS DESTA ESCOLA DA INFÂNCIA
Musicalização: são atividades com música realizadas diariamente, para que a
criança possa desenvolver a fala, a linguagem corporal, a percepção sensorial, auditiva e rítmica, a socialização, a autoconfiança, etc.
Intersalas: são atividades realizadas entre as turmas (10), em que as crianças escolhem quais as atividades desejarão realizar, com quem e com quais adultos interagirão. Para tanto, alguns espaços da escola (salas de aula, pátios interno e externo, ateliê, brinquedoteca,) são organizados de forma estruturada e com diferentes propostas educativas. Nesses locais, as crianças poderão interagir e movimentar-se com autonomia, diante de seu interesse.
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Repouso é importante e necessário para as crianças refazerem suas energias e
reorganizarem seus pensamentos. Esse momento está previsto logo após o almoço num ambiente tranquilo e aconchegante.
Hora da história/ Leitura – São atividades diárias que possibilitam muitas aprendizagens. O contato com livros, desde pequeno, é o principal responsável pela construção do leitor. Ter acesso a bons textos alimenta a imaginação e desperta o prazer pela leitura. A contação de história pode ser realizada com diferentes recursos como: livros, dramatização, fantoches, fantasias, objetos animados, etc.
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Atividades Diversificadas: ocorrem geralmente na recepção diária das crianças, com duas ou três propostas diferentes e simultâneas, para que possam escolher o que querem fazer, dentre as quais: brinquedos diversos, livros, jogos de encaixe, jogos de construção, jogos simbólicos, massinha de modelar, materiais para desenho, etc.
Roda de conversa tem como o objetivo a construção da linguagem. Essa atividade é realizada diariamente, e várias vezes ao dia, com a mediação de recursos que o educador utiliza para provocar a fala: imagens, caixa tátil, caixa surpresa, objetos, fantoches entre outros.
Brincadeira simbólica: possibilita às crianças vivenciarem, num nível simbólico sua realidade, compreendendo seu significado e avançando em seu nível de pensamento. Ao representarem diferentes papeis a criança constrói internamente diferentes aprendizagens que promoverão seu desenvolvimento global. As brincadeiras podem ser: casinha, médico, cabeleireiro, posto de gasolina, mercado, fantasias, etc.
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Essas brincadeiras ocorrem em vários momentos da nossa rotina.
Atividades de corpo e movimento: são atividades que ocorrem diariamente com
objetivo de desenvolver as capacidades motoras, sociais e cognitivas da criança. São atividades com diferentes desafios motores, tais como: andar, subir, saltar, escorregar, equilibrar-se, arrastar-se, passar por baixo, andar de motoca, jogar bola, etc.
Higiene pessoal e cuidados: atividade como: lavar as mãos, escovar os dentes, tomar banho, fazer as trocas de roupas e de fraldas, limpar o nariz, tirar ou colocar agasalhos, são atividades de cuidado que ocorrem sempre que necessário. O afeto e a responsabilidade dos educadores com esses cuidados garantem a proteção, o bem-estar, a manutenção da saúde e a prevenção de doenças, além de promover na criança o desenvolvimento do autocuidado e da imagem positiva de si. O banho é uma atividade diária e permanente apenas da turma do berçário. As demais crianças só tomam o banho na escola quando se faz necessário. Pois acreditamos que esta atividade, por envolver amor e afeto, precisa ser garantida no seio familiar, possibilitando às crianças contato com a mãe e demais responsáveis.
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A higiene das mãos é realizada antes da oferta dos alimentos, após o uso do sanitário ou trocas de fraldas, após brincadeiras com areia, atividades com tintas e outras que sujam as mãos. Ou seja, são realizadas sempre que necessário. A higiene bucal: Supervisionada é realizada após o almoço, garantindo-se uma escovação ao dia feita pelo educador. As trocas ocorrem com regularidade, de três em três horas, sendo antecipadas sempre que necessário.
PARTICIPE DA VIDA ESCOLAR DE SEU FILHO
MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
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Anexo VII – ORIENTAÇÕES ADMINISTRATIVAS
E.M.E.B. “José Roberto Preto”
ORIENTAÇÕES ADMINISTRATIVAS/PEDAGÓGICAS 2016
1. CUMPRIR O HORÁRIO DE TRABALHO Todo profissional deve estar desenvolvendo suas funções no horário em que assina. Por exemplo, se seu horário de entrada é às 7h, neste horário você já deverá ter iniciado suas atividades. Todos os casos de atrasos deverão ser levados ao conhecimento da secretaria, sendo devidamente justificados. Faz-se necessário informar e justificar o atraso ao chegar, à Oficial ou à Diretora/C.P. – Diante dos casos de atrasos que não forem informados/justificados, quando verificados pela secretaria, estes serão registrados em folha de frequência, o funcionário arcará com os devidos descontos. Os atrasos informados/justificados poderão ser compensados, após autorização da direção. Nos casos de atrasos recorrentes, estes serão devidamente registrados na folha de frequência. Evitando-se assim os possíveis abusos.
2. FOLHA DE FREQUÊNCIA A folha de frequência é de total responsabilidade do funcionário, inclusive a conferência da mesma no último dia do mês. O funcionário deverá assinar o ponto diariamente. Devemos evitar rasuras. Folhas rasuradas poderão gerar descontos. Em casos de dúvidas os funcionários deverão esclarecê-las antes do preenchimento da folha. Procurar a Oficial para obter as informações necessárias. Nos casos das faltas: abonadas, fruição de horas, doação de sangue, T.R.E., estas devem ser registradas em folha no dia seguinte à fruição, evitando-se assim o equívoco no preenchimento.
3. FALTAS ABONADAS: É a direção que autoriza o gozo ao benefício, com prévia solicitação do funcionário, com antecedência mínima de 48 horas, tempo suficiente para que a escola ou a S.E. providencie as substituições do referido funcionário. A solicitação deverá ser feita na secretaria da escola, através de impresso próprio para posterior deferimento da direção. Não será autorizada a falta abonada em dias de Reunião Pedagógica, Reunião com Pais da Turma, Estudo de Meio, Sábados trabalhados ou qualquer tipo de Atividade diferente, que venha a ocorrer na U.E., onde haja a necessidade do maior número de educadores possíveis. Só poderá haver uma falta abonada por segmento. As faltas abonadas só poderão ser solicitadas com 02 meses de antecedência. Bimestralmente a professora só poderá solicitar uma falta na 6ª-feira ou na 2ª-feira. Não serão autorizadas faltas abonadas, às professoras e auxiliares em educação, no período de adaptação, com o intuito de termos o maior número de educadores envolvidos com as demandas das crianças.
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4. FALTAS EM HTPC
Terão repercussões legais previstas no Estatuto. Será enviado memorando da falta ao R.H. e a Chefia Imediata solicitará justificativa. Quando a falta abonada por em dia de HTPC o mesmo deverá ser cumprido normalmente.
5. FALTAS – LTS
Solicitar ao médico o atestado com o código da doença (CID). O atestado deve conter o nome completo do funcionário, carimbo do médico, a data e o horário de atendimento. Nos casos de LTS para acompanhamento de familiares: O médico precisará fazer 02 atestados, 01 em nome do paciente, com o CID da doença e todos os requisitos acima e um segundo atestado em nome do funcionário, recomendando que este fique afastado acompanhando o paciente. Nos casos de LTS de 01 a 02 dias: xerocar o atestado e entregar o original ao S.S.O., no Paço Municipal, apresentar a xerox ao diretor ou oficial de escola. Nos casos de LTS superiores há 02 dias o funcionário deverá levar o mesmo ao S.S.O. O prazo máximo para entrega do atestado é de 72 horas, da data do atestado. Endereço do S.S.O.: Paço Municipal (Antigo espaço da Rede fácil)
6. FALTA JUSTIFICADA
Com desconto do dia – o funcionário tem prazo de 10 dias, a contar da data da falta, para solicitar a justificativa no RH (Paço Municipal – Antigo espaço da Rede Fácil), provando através de documentos os motivos que possam vir a justificar a falta. O requerimento será devidamente analisado pela setor competente.
7. FALTA INJUSTIFICADA
Falta sem nenhuma justificativa traz prejuízo ao funcionário, de acordo com o Estatuto do Magistério e do Funcionalismo Público.
8. FALTA POR DOAÇÃO DE SANGUE / TRE/ OU POR CONVOCAÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
O funcionário deverá fazer o requerimento, de justificativa da falta, sem desconto em folha, no RH (Paço Municipal – Antigo espaço da Rede Fácil), anexando os comprovantes. Nos casos de doação de sangue é aceito apenas 01 doação no período de 12 meses. Nos casos de TRE o funcionário deverá 1º solicitar à direção, por meio de instrumento próprio e em seguida, após deferimento da diretora, levar o documento ao R.H. (Paço Municipal – Antigo espaço da Rede Fácil.
9. USO DE TELEFONE DA ESCOLA
Deverá ser utilizado diante das necessidades do serviço. Quanto aos assuntos particulares, o funcionário deverá utilizar o telefone comunitário. Quando o mesmo estiver quebrado ou em situações de extrema necessidade, o funcionário poderá fazer uso do telefone da secretaria, mediante autorização da Direção ou da Oficial.
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Os Professores e Auxiliares em Educação não devem deixar a classe para efetuar ligações particulares ou atendimentos ao telefone. Podendo fazê-lo por extrema necessidade, devidamente justificada à direção. Quando as professoras e auxiliares receberem ligações, na secretaria, a Oficial anotará e transmitirá o recado aos interessados, que tomarão as providências cabíveis quando possível ou após ter encerrado seu horário de trabalho.
10. TELEFONE CELULAR
O funcionário que, por extrema necessidade fizer uso do seu telefone celular, deverá ser rápido e procurar fazê-lo em horário que não estiver com crianças. Não deverá se ausentar da classe para atender seu telefone celular. Se isto for imprescindível, deverá fazê-lo rapidamente e após comunicar os parceiros, em local reservado. Em hipótese alguma, o funcionário deverá atender o celular na presença das crianças e em sala de aula, ou nos espaços coletivos. Todos estes cuidados se fazem necessários para garantirmos que o funcionário esteja atento às crianças, garantindo assim a segurança das mesmas.
11. CONSUMO DE CIGARROS
Não é permitido fumar nas dependências da escola. Devemos respeitar a Lei Estadual. Os fumantes deverão usar o estacionamento para tal finalidade, sem estarem à vista das crianças.
12. USO DO ESTACIONAMENTO E DOS PORTÕES DOS FUNDOS E DA
ENTRADA
Não deixar muito espaço entre um carro e o outro, para que haja lugar para todos. Favor colocar o carro o mais próximo do muro, facilitando as manobras necessárias. O portão de entrada do estacionamento permanece aberto, ficando trancado o portão menor, de acesso à U.E. Todos os interessados em possuir a chave do referido portão deverão solicitá-la junto a Oficial, para que cada um possa efetuar a sua cópia. Lembramos que é importantíssimo, em nome da segurança de nossas crianças, que o portão de acesso do estacionamento permaneça TRANCADO, para tanto, devemos dar duas voltas na chave, pois uma só não tranca o portão. Funcionários que entram antes das 7h precisam ter a chave do portão de entrada da frente, ou ter paciência e aguardar que algum outro funcionário possa abri-lo. Quando o funcionário deixar de fazer parte do quadro de funcionários da escola, se faz necessário, devolver as chaves, pois todos que possuem as chaves da escola respondem legalmente quando necessário.
13. ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E USO DOS MATERIAIS/BRINQUEDOS
COLETIVOS
É de responsabilidade de todos os funcionários a manutenção e organização dos mesmos, inclusive a manutenção da limpeza dos espaços. O adequado uso dos espaços e dos brinquedos, pelas crianças, faz parte do processo ensino aprendizagem, sendo dever do professor realizar as intervenções e supervisão necessária. Vamos adotar as seguintes ações: Pegou/Devolva; Desarrumou/Organize; Quebrou/Separe ou Arrume quando possível; Espalhou/Recolha. As caixas organizadoras vazias não devem ficar acessíveis às crianças, ficando acessível apenas no momento da reorganização dos espaços e dos brinquedos, pois estas são muito frágeis e custosas à A.P.M.
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14. ATENDIMENTO À COMUNIDADE
Quanto ao atendermos à comunidade, seja por telefone ou pessoalmente, é importante que sejamos cordiais, claros e objetivos. A melhor forma de desarmarmos uma pessoa alterada é sendo educado e gentil, acreditamos que gentileza gera gentileza. Quanto mais os pais souberem sobre o trabalho pedagógico que a escola realiza junto aos seus filhos mais estes confiarão no ambiente da Escola e nos profissionais que nela atuam.
15. ENTRADA NA COZINHA.
É permitida somente aos funcionários da ERJ. A porta de acesso ao refeitório deverá ser mantida trancada, para segurança de nossas crianças.
16. ENCAMINHAMENTOS AO CONSELHO TUTELAR
Casos de Violência Doméstica: é obrigação da Direção denunciar toda e qualquer suspeita de violência e de negligência, cabendo ao Conselho Tutelar as averiguações necessárias. Violência dentro da U.E.: caberá ao Diretor tomar as medidas administrativas: fazer o relatório circunstanciado e enviá-lo à S.E., à chefia imediata; concomitantemente, enviará a denúncia ao Conselho Tutelar. Faz-se obrigação do Trio e de todos os funcionários, levarem ao conhecimento da D.G. qualquer tipo de suspeita, frente à violência doméstica ou escolar, inclusive violência emocional, tratamento estúpido e desrespeitoso junto à criança. Quando você vê este tipo de tratamento junto à criança e não leva ao conhecimento da direção está sendo conivente com a situação e poderá vir a responder por isto.
17. ATRASO DOS ALUNOS NA ENTRADA
Será considerado atraso após às 8h10’. É direito da Criança entrar na escola, independente do horário e de seu atraso. Haverá na secretaria um livro de registro próprio e o responsável deverá assiná-lo. Caberá à Oficial a verificação mensal dos registros, informando à D.G., para que esta convoque os responsáveis, em busca da solução dos problemas de atrasos constantes. Atenção: COMO A U.E. PODE AJUDAR AS FAMÍLIAS: sendo parceiras das famílias; verificando as causas dos atrasos; organizando-se e /ou reestruturando-se para colaborar na solução dos problemas , sendo flexível junto aos problemas familiares, sem julgamento de valores.
18. ATRASO DOS ALUNOS NA SAÍDA
Será considerado atraso após às 17h40. Às 17h20 todas as crianças que ainda se encontram na U.E. deverão ser conduzidas à brinquedoteca, ficando sob os cuidados das professoras. Às 17h30 o Auxiliar de Educação do Apoio assumirá a responsabilidade de ficar com as crianças, cabendo à direção/coordenação efetuar os contatos telefônicos e registrar os atrasos. Atenção: é fundamental que a professora mantenha os dados dos alunos atualizados; aproveitando as reuniões de pais para a atualização dos mesmos: endereço e telefones. Também se faz importante que a professora mantenha as autorizações de saída atualizadas e visíveis, nos murais ou paredes de sua sala, de fácil acesso às professoras substitutas. Toda atualização deve ser imediatamente repassada à Oficial da U.E.
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19. AUTORIZAÇÃO DE RETIRADA DA CRIANÇA POR TERCEIROS
O documento será preenchido no ato da matrícula, devendo ser devidamente arquivado no prontuário da criança. A criança só poderá ser retirada pelos adultos autorizados. Quando for o caso das crianças serem retiradas por menores é imprescindível que os responsáveis legais assinem o documento próprio, após serem devidamente orientados e alertados sobre os riscos vinculados a tal autorização, podendo estes vir a responder legalmente por negligência. Sempre que alguém vier retirar alguma criança, sem autorização do responsável legal deverá ser encaminhado à D.G. , para que esta solucione o problema junto aos pais. Caberá à D.G. dar a devolutiva para a professora, autorizando ou não a saída da criança.
20. ORGANIZAÇÃO DOS COLCHÕES
Os colchões serão organizados pelos funcionários de apoio/limpeza da turma, respeitando-se o horário reservado para esta tarefa, quando por algum motivo, por alguma necessidade do trio ou das crianças, a sala não estiver disponível aos funcionários de apoio no referido horário, a organização dos mesmos ficará sob à responsabilidade do trio. Este combinado também vale para os dias que o quadro de apoio estiver desfalcado. Cabe aos funcionários da limpeza avisarem, com antecedência, aos trios quando estiverem impossibilitados de realizar a organização dos colchões. Organização dos colchões: devemos respeitar a distância entre eles, deixando corredores de passagens sempre que possível. As crianças deverão ser posicionadas de forma alternada, pés e cabeceira. Em hipótese alguma uma mesa poderá ficar sobre a outra, ou qualquer tipo de móvel sobre as mesas.
21. UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO DA COPA E DA GELADEIRA
As louças utilizadas pelo funcionário deverão ser lavadas na copa, se cada um lava o que suja nos possibilita a manutenção da limpeza e da organização da copa. Pedimos a colaboração com os restos de comida, evitando entupimento, bem como, atenção aos alimentos guardados na geladeira. As bolsas térmicas não deverão ser guardadas na geladeira, apenas as marmitas, pois as mesmas acabam tomando muito espaço na geladeira. Toda 6ª-feira, no final da tarde, todo alimento que for encontrado na geladeira será descartado.
22. HORÁRIO DE LAVAGEM DAS ÁREAS EXTERNAS
O horário de lavagem do pátio externo ocorrerá das 8h às 8h35, neste horário a área externa não deverá ser utilizada pelos trios e crianças.
23. CUIDADOS COM AS FRALDAS
As fraldas deverão ser jogadas devidamente lacradas no lixo do banheiro, das salas de aula. Às 17h os lixos das salas, que são limpas pela manhã, deverão ser retirados, devido ao mau cheiro.
24. ORGANIZAÇÃO DAS MOTOCAS
As motocas devem ser deixadas no “estacionamento” respeitando-se os murais das salas 05 e 06. A atividade de organização das motocas, deve ser para o educador, mais uma ação pedagógica enquanto para a criança será uma gostosa brincadeira: estacionar as motocas na garagem.
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25. DIFICULDADES NAS RELAÇÕES ENTRE OS SEGMENTOS
Fica acordado entre todos os segmentos: Dupla Gestora, Professoras, Auxiliares de Educação, Oficial, Auxiliares de Limpeza e Auxiliares de Cozinha, que as dificuldades ou problemas existentes na limpeza ou manutenção da sala e demais espaços da escola, ou relacionados à alimentação, deverão ser discutidos entre elas, e caso o problema persista deverá ser socializado com a gestão, para que esta possa contribuir quanto à solução do problema. Havendo um problema específico junto à determinada funcionária ou a determinado trio, será feito uma reunião com a gestão para que juntos encontremos a solução do problema. Ressaltamos, que o diálogo respeitoso é o melhor instrumento de trabalho na solução dos conflitos nas relações.
26. REFEIÇÕES DAS CRIANÇAS Preferencialmente, as refeições das crianças deverão ser efetuadas no refeitório. A hidratação ocorrerá no espaço que a criança estiver em atividade. Somente desenvolveremos atividades com alimentos em sala de aula quando tais atividades tiver por objetivo atender a necessidade da criança ou da turma, bem como, quando for parte do planejamento: atividades de culinária, brincadeiras de pic-nic, atividades de degustação e observação de alimentos diversos. Diante dos problemas intestinais (diarreia/ constipação) cabe aos educadores atentarem-se ao cardápio do dia, evitando os alimentos que venham a agravar o quadro de saúde. Basta solicitar à cozinheira a devida alteração. Os copos da hidratação devem ser devolvidos à cozinha em seguida, para serem lavados; para que não coincida com a lavagem das louças do almoço; O horário da refeição é impregnado de ações educativas, e para isto se faz necessário, que todos os funcionários, independente de sua função, acompanhem estes momentos, envolvendo-se com as necessidades das crianças. Zelando pela manutenção constante da limpeza (frente aos acidentes, que naturalmente ocorrem); incentivando os alunos que rejeitam os alimentos a se alimentarem; orientando que as crianças não joguem comida fora; acompanhando muito próximo o aluno junto às lixeiras, para que estes não desperdicem alimentos, muito menos venham a jogar colheres, pratos, canecas e potes no lixo. Devemos lembrar que nos espaços coletivos toda criança é responsabilidade de todos independente do agrupamento. Os horários do refeitório devem ser respeitados, o atraso de uma turma gera problemas às demais turmas, e conturba o bom atendimento oferecido às crianças. Contudo devemos respeitar os diferentes tempos e ritmos das crianças, podendo deixá-las sob os cuidados do funcionário de apoio ou do próximo trio que utilizará o espaço.
27. HORÁRIO DE ALMOÇO DOS FUNCIONÁRIOS
O horário de uso do refeitório pelos funcionários deverá ser entre 11h50 e 13h30, às 13h30 os funcionários do apoio iniciam a limpeza geral do espaço. Após 13h30 o ateliê poderá ser utilizado para o almoço dos funcionários. Todo funcionário deve almoçar apenas em seu horário de almoço. Os educadores não deverão almoçar dentro das salas de aula.
28. ORGANIZAÇÃO DAS SALAS DE AULA
As salas não poderão ter a organização da diversificada antecipada no final da tarde, devendo ser organizada só na manhã seguinte, pois isto prejudica a higienização da sala. As salas devem ficar organizadas para a limpeza, sem brinquedos e objetos espalhados pelas mesas, colmeias e chão.
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As professoras da tarde são as responsáveis por trancar suas salas e fechar os vidros. Nunca deverá deixar o rádio e demais equipamentos sobre a colmeia ou próximo à janela, para evitarmos furtos.
29. A LEITURA DE LIVROS, REVISTAS E JORNAIS
Deverão ocorrer apenas na sala dos funcionários ou em local reservado para o descanso no horário do almoço.
30. SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIAS QUANTO À LIMPEZA DOS ESPAÇOS (VÔMITOS – XIXI – COCÔ – FERIMENTO/SANGUE)
Cabe ao funcionário de apoio mais próximo limpar o espaço, independente se este pertence à sua planilha de tarefas ou não. O que deve ser avaliado é a situação de urgência e o bem estar das crianças. Portanto, quando for interpelado, nesta situação de urgência não cabe a pergunta: “quem é o responsável por limpar este espaço?”
31. SALA DOS FUNCIONÁRIOS: Sempre que o funcionário se alimentar neste espaço deverá deixá-lo organizado, sem restos de comidas, bebidas, copos, pratos e xícaras. Este combinado vale inclusive para os HTPCs. Ao final do HTPC, cada um dos integrantes deverá se preocupar em deixar todos os utensílios sujos no lactário e os lixos nos lixos. Os alimentos, que sobrarem, deverão ser guardados na geladeira.
32. CADERNETA ESCOLAR
Deve ser retirada e entregue na Secretaria, diariamente. Estas deverão ser preenchidas com atenção, não sendo permitido rasurar, por se tratar de um documento oficial. Caso ocorram rasuras o professor precisará passar a caderneta a limpo, o fato precisará ser notificado à S.E. pois é enviado para a U.E. , anualmente, apenas a quantidade necessária de diários, (10). Todo 2º dia útil do mês a caderneta será verificada pela direção, cabendo ao professor mantê-la atualizada, devidamente preenchida e organizada. Na falta do professor titular o professor substituto deverá realizar a chamada e efetuar as possíveis observações a lápis.
33. SOBRE AS FALTAS CONSECUTIVAS DOS ALUNOS / EXCESSO DE FALTAS
Quando houver casos de crianças com 03 faltas consecutivas o Trio de educadores deverá ligar para a família e se informar sobre o motivo das faltas. A ocorrência das faltas e a justificativa da família deverão ser registradas no Livro de Ocorrência da sala. Na caderneta registrar falta justificada e o motivo deverá ser registrado de forma sucinto, no campo das observações. Sempre que o trio estiver diante de alunos faltosos, mais de 06 faltas no mês sem justificativas, sendo estas consecutivas, mês a mês, este deverá, no segundo mês informar a diretora, para que as devidas providências sejam tomadas junto aos responsáveis, visando garantir e melhorar a frequência escolar da criança.
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34. URGÊNCIAS / EMERGÊNCIAS MÉDICAS
Todo problema sério de saúde (falta de ar, febre repentina e muito alta, convulsão, quedas, desmaios) caberá ao Trio solicitar, urgentemente, a presença da D.G., que providenciará junto à Oficial a presença do SAMU (levando a criança ao Hospital Central ou à U.B.S mais próxima) e de seus responsáveis legais. Nos casos de quedas, convulsões e desmaios a criança não deverá ser removida do local, aguardando ali e sob a supervisão da professora a chegada do SAMU. Quando a família não conseguir chegar a tempo de acompanhar a criança no carro do SAMU a mesma precisará ser acompanhada por uma de suas professoras. Caso a criança tenha alta e a família ainda não tenha chegado ao hospital, a D.G. solicitará novamente o carro do SAMU para que a criança e a professora sejam reconduzidas à escola. Não obtendo o carro do SAMU, caberá a D.G. buscar criança e professora no hospital. Nos casos que a professora acompanhou a criança até o hospital e diante da chegada da família, bastará à professora entrar em contato com a escola para que a D.G. a busque no local. Nos casos de febre ( 38°graus ) a criança deverá ser banhada com água morna/fria, sendo constantemente medida sua febre. Nos casos de sangramento a professora ou auxiliar deverão atender a criança portando luvas, tendo todo cuidado necessário, na higienização e atendimento ao ferimento da criança. Quando a criança se ferir ocasionando algum tipo de inchaço coloque gelo no local, objetivando minimizar o inchaço. Sempre que a criança bater a cabeça o trio deverá avisar a mãe/responsável, por telefone, cabendo a esta a decisão se virá retirar a criança ou não. Contudo, nos casos que a pancada for mais violenta a família deverá ser orientada a vir retirar a criança e frente a esta impossibilidade a escola chamará o SAMU. Nestes casos a criança deverá ficar sob observação constante de um dos educadores referência, devemos ficar atentos ao menor sinal de tontura, desmaios e vômitos. Num período de 02h a criança não poderá dormir.
35. MEDICAMENTOS É dever da professora, medicar a criança. É direito da criança, ser medicada pela professora. Todo remédio deve vir acompanhado de receita médica, com data recente, e ser entregue nas mãos das professoras, pelo responsável em trazer a criança. Toda e qualquer dúvida do Trio, quanto à medicação/receita médica, deverá ser sanada junto à D.G. Em hipótese alguma as medicações poderão ficar ao alcance das crianças. Cabe ao Trio tomar os cuidados necessários para que a medicação retorne para casa, entregando-a nas mãos de quem busca a criança. Quando for necessário manter a medicação na geladeira, basta identificar o remédio com o nome da criança e da turma e enviá-la para a geladeira, sob os cuidados da Cozinheira. Sempre que possível os educadores deverão buscar estabelecer os horários da medicação, junto das famílias, buscando evitar que as mesmas ocorram no período de aula. Por exemplo nos casos em que a medicação devera ser oferecida de 12 em 12 horas, o melhor horário será as 7h e 19h. Quando for de 08h em 08h, o melhor horário será: 07h/ 15h/ 23h, ficando apenas uma dose em horário letivo. Quando for de 06 em 06 horas, organizar o horário das 06h/ 12h/ 18h / 24h, ficando apenas uma dose em horário letivo. Quando a criança apresentar dificuldades em aceitar a medicação, cuspi-la ou vomitar em seguida, o remédio não deverá ser ofertado novamente. A educadora deverá ligar para a mãe e informar-se como esta consegue fazer com que a criança aceite o remédio. Caso a mãe argumente que em casa também está difícil a aceitação, orientá-la a retornar ao pediatra para que este busque por outra forma de orientação médica.
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36. UTILIZAÇÃO DO LIVRO DE OCORRÊNCIA DA TURMA
Cabe ao professor registrar no Livro de Ocorrência da Turma, como o acidente ocorreu, quais as medidas foram adotadas até a chegada do responsável. Atenção: o registro escrito, objetiva resguardar o Educador e a Escola. Na escrita do registro a professora deverá detalhar o acidente, ficando claro que o mesmo não ocorreu por descuido e que todas as ações necessárias à segurança e ao bem estar da criança foram adotadas. Faz-se importante registrar até mesmo as tentativas mal sucedidas em realizar contatos telefônicos com os responsáveis, horários e os números dos telefones. Também devemos registrar como a mãe reagiu e quais procedimentos esta adotou.
37. LIGAR PARA OS RESPONSÁVEIS, SOLICITANDO A RETIRADA DA
CRIANÇA
O trio avaliará a necessidade de tal solicitação, levará a mesma até a D.G. e juntos validarão ou não a efetivação da convocação da família. Só tem sentido fazer tal solicitação quando: a permanência da criança na escola põe em risco sua segurança física ou emocional; diante da necessidade de ser conduzida ao médico/hospital; o melhor para a criança é ficar em casa, sob os cuidados de adultos. Não podemos desconsiderar que muitas vezes o atraso da mãe, em comparecer até a U.E. pode estar relacionado às cobranças e aos deveres junto ao seu trabalho; distância do trabalho e da escola; dificuldades em ter autorização para ausentar-se do trabalho e problemas com o transporte público/trânsito. Em hipótese alguma a criança deverá ser retirada por menores, quando não estiver bem de saúde, pois é muito mais seguro que esta fique na escola, para que a escola providencie os encaminhamentos que serão necessários. Em caso de febre e diante do fato da mãe estar impossibilitada de vir retirar a criança esta poderá solicitar a terceiros, adultos autorizados, que venham a escola medicar a criança ou até mesmo retirá-la. Nos casos de diarreia ligar para o responsável após o 3º incidente, já nos casos de vômito ligar ao responsável após o 2º incidente.
38. ENCAMINHAMENTOS À U.B.S/ MÉDICO PEDIATRA
Os encaminhamentos serão feitos pela D.G. ou Oficial, quando forem necessários, seguindo os critérios: Acidentes ocorridos na U.E., principalmente quando a criança cai de costas ou bate a cabeça; suspeita de fraturas; suspeita de introduzir objetos estranhos no nariz ou ouvido. Casos de doenças recorrentes, sem que o trio tenha obtido, por parte da família, devolutivas sobre as consultas ou possíveis tratamentos; Suspeita de doenças infectocontagiosas e viroses.
39. BILHETES / RECADOS
Serão entregues pela Oficial/Cida às professoras, sendo depositados no mural de bilhetes ou caixa de agendas das salas. Estes deverão ser enviados o mais breve possível. Os recados direcionados aos pais devem ser claros, respeitosos e objetivos, evitando interpretações equivocadas e conflitos desnecessários.
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Quando o assunto for mais delicado o adequado é solicitar que o responsável compareça na U.E., com horário agendado, e se necessário com a participação da D.G. Uma boa conversa poderá evitar conflitos entre a família e a escola. Os bilhetes escritos pelos educadores devem ser assinados por estas e nunca em nome da direção.
40. SEGURANÇA DO ALUNO
O aluno, em hipótese alguma, deverá ser deixado sozinho por seus educadores. Quando necessário, o trio poderá solicitar a um outro trio, ou a um outro profissional, que fique com a criança, até que esta possa voltar a estar sob os cuidados de seu trio referência. A hora do repouso deverá ser supervisionada, o tempo todo, por um dos educadores referências, lembrando que as tragédias (engasgo, sufocamento, etc) podem ocorrer a qualquer momento, sendo as tragédias evitadas unicamente pela ação imediata do adulto.
41. ATENDIMENTO DA DIREÇÃO
Sempre que a direção for procurada pela comunidade esta atenderá de imediato a família. Acolhendo as dúvidas, necessidades e queixas. Assumindo o compromisso de verificar a ocorrência, avaliar o problema, buscar por soluções e agendar encontro para a devolutiva, que poderá ocorrer com a presença do trio de educadores ou não. Resguardando as necessidades dos educadores, das famílias e das crianças. Faz-se importante ressaltar que toda queixa da comunidade envolvendo um funcionário, será socializada com o mesmo, posteriormente com seu trio e se necessário com o coletivo, sempre quando tal socialização servir para o crescimento do grupo ou para dissolver boatos equivocados. Sempre que necessário a O.P. será envolvida na questão, para que contribua junto à D.G., em busca de soluções dos problemas e auxilie no desenvolvimento dos encaminhamentos que se fizerem necessários. Ressaltamos que esta direção realizará todo tipo de escuta e devolutiva permeada pelo compromisso ético que lhe é de dever. Compromisso ético com suas crianças, sua comunidade, seus profissionais e com a qualidade da educação da U.E.
42. AUTORIZAÇÕES PARA ESTUDO DE MEIO
Antes da data da atividade caberá ao trio verificar quais crianças ainda não trouxeram a autorização, entrar em contato, via agenda ou telefone, com a família, sobre a falta da mesma e incentivar a família sobre a importância da participação da criança na atividade. Diante da recusa da família em permitir que a criança participe da atividade, o trio deverá levar o caso de não permissão à D.G. que entrará em contato com os responsáveis, objetivando tirar as dúvidas das famílias e oferecer-lhes a segurança necessária, com o intuito de promover a participação de todas as crianças nas atividades de estudo de meio. Caberá a D.G., nos casos em que a família não quer que a criança participe da atividade, orientar a família a não enviar a criança para a escola naquele dia, pois poderá ser traumático para a mesma, ver todos seus amiguinhos e educadores saírem para o passeio e ela não ir, ficando com educadores que lhes são estranhos. A criança pode entender que está sendo castigada.
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43. PEDICULOSE
Os casos de pediculose precisam ser tratados como questão de saúde. Sempre que tiver alguma criança com pediculose na turma o trio deverá enviar bilhete para todas as famílias, com o objetivo de que todas as crianças recebam os cuidados necessários. Caso haja reincidência deverá ser enviado novo bilhete a todos. Quando o trio localiza o foco do problema, percebendo que determinada família não está conseguindo resolver a questão, deverá agendar uma reunião com o responsável legal e efetuar as devidas orientações, bem como, informar-se sobre quais problemas a família está encontrando no tratamento da pediculose, objetivando auxiliá-los. Caso o problema persista o Trio levará o caso à D.G. que convocará a mãe para efetuar as orientações. Caberá à D.G. entrar em contato com a UBS que atende a criança e agendar o acompanhamento da saúde, para que estes façam as devidas orientações e adotem os encaminhamentos necessários junto à família. Caso o problema persista haverá novo agendamento junto à saúde e o responsável legal será convocado. Casos que foram acompanhados no ano anterior deverão ser encaminhados diretamente à D.G., quando o trio/quarteto perceber que o problema persistiu após o envio do 2º bilhete.
44. COMEMORAÇÃO DOS ANIVERSARIANTES
Na 1ª Reunião com Pais, os Trios já informarão e explicarão aos pais como agimos diante dos aniversários de nossas crianças. Informando-lhes que não é permitido realizar “festinhas com bolo e doces” ou enviar saquinhos
lembrancinhas. Explicando-lhes porque agimos desta forma: com o objetivo de garantir a segurança das crianças, não lhes oferecendo alimentos vindos de fora da escola ou brinquedinhos que possam vir a causar algum tipo de acidente. Justificando que o cardápio da escola é planejado por uma nutricionista e que toda preparação dos alimentos é supervisionada. Sendo oferecido às crianças um cardápio balanceado e nutritivo. Cabendo à cozinheira colher diariamente amostras dos alimentos servidos, pois caso tenhamos alguma criança com problemas de saúde, advindos da alimentação, poderemos comprovar que tal problema de saúde não se deu por conta do que a criança consumiu na escola. Salientamos aos pais que a criança terá um tratamento mais específico e individualizado nesta data, diante das propostas e ações educativas desenvolvidas pelo trio, buscando explicitar às crianças sobre a importância da data, sendo na verdade, a própria data o objeto como conteúdo pedagógico.
Dupla Gestora e Equipe JRP/2017
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Anexo VIII – Capa da Agenda do Aluno
EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO AV. TIRADENTES, 1893 – MONTANHÃO – S. B.
CAMPO TELEFONE: 4127-5777
TURMA: EDUCADORES: NOME DO ALUNO: CONTATOS:
NOME TELEFONE PARENTESCO
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Anexo X – Documento para Autorização de Menores de Idade PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO Declaro ter recebido orientação sobre os riscos inerentes às entradas e saídas dos alunos realizadas sob à responsabilidade de irmãos e outros menores de idade. Embora tenha compreendido o risco de tal ação, me responsabilizo, totalmente, por continuar a solicitar que a escola permita que meu filho (minha filha) seja trazido e retirado por parentes ou vizinhos menores de idade. Abaixo, volto a preencher o documento utilizado pela U.E., em que me responsabilizo, por qualquer eventualidade/acidente, que ocorra ao meu filho (minha filha) no percurso de ida e retorno à escola: EMEB JOSÉ ROBERTO PRETO. AUTORIZAÇÃO PARA MENOR RETIRAR ALUNO Eu_____________________________________________________________ RG _________________, autorizo o menor ____________________________, RG ______________, de ________ anos de idade, parentesco ____________ a retirar meu filho ________________________________________________ Turma _____________________ professoras ________________________ e _________________________. São Bernardo do Campo, ______, ________________, 20____. ________________________________________ Assinatura