PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO - COLÉGIO ESTADUAL … · Processo de avaliação, ... Função...
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Colégio Estadual “Monteiro Lobato” - Ensino Fundamental e
Médio
Rua Antônio Paiva Junior, 300.
Fone / Fax: (43) 3524-1183 Cornélio Procópio – Paraná
Site: [email protected]
E-MAIL : [email protected]
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
CORNÉLIO PROCÓPIO2010
2
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR......................................................61.1. Apresentação......................................................................................................6
II. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO......................................7E-MAIL: colégio.e.monteiro@gmail.com................................................................7Localização: Urbana – Central...............................................................................7
III. ORGANOGRAMA...................................................................................................7 IV. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO.........................8 V. MARCO SITUACIONAL...........................................................................................8
5.1. Histórico do Estabelecimento...........................................................................105.2. Caracterização da Comunidade.......................................................................135.3. Aproveitamento escolar....................................................................................145.4. Organização da Entidade Escolar....................................................................15
5.4.1. Horário de funcionamento..........................................................................155.4.2. Organização do trabalho pedagógico........................................................15
5.5. Condições físicas e materiais...........................................................................165.6. Relação do Corpo Docente e Técnico Administrativo......................................185.7 Sala de apoio.....................................................................................................23
VI. MARCO CONCEITUAL........................................................................................296.1. Filosofia e Princípios da Escola........................................................................306.2. Princípios da gestão democrática....................................................................366.3. Matriz Curricular ...............................................................................................37
6.3.1. Currículo Básico do Ensino Fundamental.................................................376.3.2 - Currículo Básico do Ensino Médio............................................................41
DISCIPLINA................................................................................................................43 VII. MARCO OPERACIONAL.....................................................................................43
7.1 Organização do tempo escolar..........................................................................46 LEITE DAS CRIANÇAS – desenvolvimento e execução do referido Programa – Diminuição da Desnutrição Infantil no estabelecimento de ensino, ponto de recebimento e distribuição. Atendimento prioritário direcionado às crianças de seis meses a trinta e seis meses de idade, com número flexível de atendimento mensal. Responsável: Amair de Oliveira. .....................................51
PROJETOS EDUCACIONAIS....................................................................................527.2. A escola: parceria com a família e comunidade...............................................577.3. A organização escolar e as instâncias colegiadas...........................................59
7.3.1. Conselho de classe....................................................................................597.3.2. Conselho escolar.......................................................................................607.3.3. Associação de Pais, Mestres e Funcionários............................................617.3.4. Grêmio Estudantil.......................................................................................63
7.4. Calendário Escolar...........................................................................................657.5. Plano de Formação Continuada para Professores e Funcionários.................65
3
7.6. Atividades Escolares em geral e as Ações Didáticas Pedagógicas a serem desenvolvidas durante o tempo escolar..................................................................667.7. Hora Atividade..................................................................................................697.8. Processo de avaliação, classificação e promoção:..........................................70
7.9. Estágio não obrigatório.......................................................................................77 8. PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL.....................................79 Fundamentação..........................................................................................................79 Leitura.........................................................................................................................80 Oralidade....................................................................................................................81 Leitura.........................................................................................................................82 Oralidade....................................................................................................................83 Leitura.........................................................................................................................84 Oralidade....................................................................................................................85 Conteúdo temático ....................................................................................................85 Escrita.........................................................................................................................87 Oralidade....................................................................................................................87 Conteúdos - 5ª série...................................................................................................92 9. PROPOSTAS CURRICULARES – ENSINO MÉDIO...........................................147
Temas Contemporâneos...............................................................................150 GEOGRAFIA..........................................................................................152
QUÍMICA..........................................................................................156 Objetivos ................................................................................................156
Conteúdos ..................................................................................................157Avaliação.....................................................................................................161
Bibliografia................................................................................................................161EDUCAÇÃO FÍSICA........................................................................181
LÍNGUA PORTUGUESA.......................................................................................187 Escrita.......................................................................................................................190 Oralidade..................................................................................................................191
Bibliografia.............................................................................................................193BIOLOGIA........................................................................................194
Metodologia ...........................................................................................196 Avaliação................................................................................................197
MATEMÁTICA...............................................................................................198SILVA, J.D.FERNANDES, V.S. Coleção Horizontes Matemática. IBEP, 2003.......................................................................................204Currículo Básico,1990......................................................................204ARTE................................................................................................204
Fundamentação.....................................................................................................204OBJETIVO ......................................................................................205Conteúdos ......................................................................................205Metodologia .....................................................................................206Avaliação..........................................................................................207
Bibliografia..............................................................................................207 Currículo Básico do Ensino Médio.....................................................207
4
10. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO......208 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................210 ANEXOS...................................................................................................................212
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Minha paixão pela educação tem suas paisagens.
E as paisagens que me comovem, agora que já sou velho, não são as mesmas
que me apareciam quando eu era jovem:
Existe um mundo que acontece pelo desenrolar lógico da história, em toda a
sua crueza e insensibilidade. Mas há um mundo igualmente concreto que
nasce dos sonhos: a Pietá, de Michelangelo, o Beijo, de Rodin, as telas de Van
Gogh e Monet, as músicas de Tom Jobim, os livros de Guimarães Rosa e de
Saramago, as casas, os jardins, as comidas: elas existiram primeiro como
sonho, antes de existirem como fatos. Quando os sonhos assumem forma
concreta, surge beleza.
Zaratustra dizia haver chegado o Tempo para que o homem plantasse as
sementes de sua mais alta esperança.
É essa a imagem que se forma ao redor da minha paixão pela educação: estou
semeando as sementes de minha mais alta esperança. Não busco discípulos
para comunicar-lhes saberes. Os saberes estão soltos por aí, para quem
quiser. Busco discípulos para neles plantar minhas esperanças.
RUBEM ALVES
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I. INTRODUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
1.1. Apresentação
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, a
direção juntamente com o corpo administrativo, docente e discente, elabora
o Projeto Político Pedagógico do Estabelecimento de Ensino – Colégio
Estadual “Monteiro Lobato” – Ensino Fundamental e Médio. O Projeto Político
Pedagógico foi construído após profundas reflexões sobre as finalidades da
escola, assim como a explicitação de seu papel social e a definição de metas,
caminhos e ações a serem empreendidas por todos os educadores envolvidos
no processo educativo.
A escola não está alheia aos acontecimentos sociais, por isso,
no processo de elaboração foram considerados aspectos sociais, políticos e
econômicos da sociedade no qual a comunidade escolar está inserida. O
projeto pedagógico foi concebido de acordo com um compromisso político e
pedagógico coletivo contando com a participação efetiva da direção,
professores, equipe pedagógica, funcionários, comunidade e alunos, no
sentido de definir as ações educativas de acordo com as características desta
escola.
Este projeto almeja preparar progressivamente o educando
para o acesso sistemático ao conhecimento, para a compreensão dos
problemas humanos, para a vida cidadã, para o trabalho e para sua inserção
plena na sociedade como um indivíduo crítico e participante.
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II. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Escola: Colégio Estadual “Monteiro Lobato” - Ensino Fundamental e Médio
Endereço: Rua Antônio de Paiva Júnior, 300 – Jardim Estoril
Telefone: /Fax: 0XX(43) 3524-1183
Município: Cornélio Procópio – Paraná
CEP: 86.300.000
Site da Escola: [email protected]
E-MAIL: colé[email protected]
Localização: Urbana – Central
Dependência Administrativa: Estadual
NRE: Cornélio Procópio
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização da Escola: Resolução Nº 0335/75 de 15/02/1975
III. ORGANOGRAMA
ESCOLA ESTADUAL “MONTEIRO LOBATO”
APFM DIREÇÃOCONSELHO
ESCOLAR
SECRETARIAEQUIPE
PEDAGÓGICA
CORPO
DOCENTEBIBLIOTECA
CORPO
DISCENTE
8
IV. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
A organização do trabalho pedagógico escolar supõe reflexão
e discussão crítica sobre os problemas da sociedade e da educação, para
encontrar as possibilidades de intervenção, buscando a transformação da
realidade social, econômica, política, educacional e cultural.
É papel da escola oferecer condições para que o aluno se
desenvolva de forma responsável e autônoma, visando o despertar da
consciência crítica, para que possa interferir na realidade social, garantir os
conhecimentos científicos e tecnológicos acumulados pela humanidade, de
forma interdisciplinar, com vistas ao prosseguimento de seus estudos e
consequentemente, ao seu sucesso como cidadão.
A Instituição escolar busca orientar e preparar o aluno para a
dimensão social do trabalho e para a produção de conhecimentos que lhe
permitam o seu ingresso e aprimoramento profissional.
Este projeto tem por finalidade cumprir os preceitos
estabelecidos na legislação em vigor, LDB nº 9394/96, buscando tornar
realidade uma educação que tenha como marca dar sentido aos saberes
escolares, preparando para a integração no aluno na sociedade.
V. MARCO SITUACIONAL
A diversidade cultural é característica da escola. Alunos de
todas as classes sociais, credos, etnias e raças, assim como os professores e
professoras trazem e convivem com valores, concepções diferentes, o que
permite o exercício da tolerância e da cidadania.
É notório que as exigências que se apresentam na
contemporaneidade têm despertado o interesse e a necessidade das
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instituições de educação de rever suas práticas com vistas à melhoria de seus
processos.
As demandas que se apresentam estão voltadas para questões
do mundo do trabalho, violência, drogas, valores, meio ambiente, enfim, a
humanidade tem definido uma pauta de prioridades que precisam ser
discutidas no âmbito da escola.
As relações de trabalho hoje são vistas como o grande
fantasma da sociedade moderna, uma vez que os modos de produção
decorrentes da tecnologia tomaram uma proporção nunca antes vista. O
mercado, por sua vez tem exigido atualmente um novo perfil de trabalhador,
por conta dos efeitos da globalização. A palavra de ordem é flexibilidade,
trabalho em equipe e qualificação permanente.
Outra questão que merece destaque é a crise de valores que
assola a sociedade moderna. A tolerância, o respeito e a solidariedade
perderam espaço para o egoísmo, individualismo e consequentemente têm
gerado a competição negativa entre as pessoas. Diante disto, faz-se
necessário trabalhar e contemplar o resgate de tais valores na escola.
Além disso, o meio ambiente também tem sido motivo de
preocupações exigindo novas formas de ocupar o planeta, sob pena de não
termos mais condições de sobreviver. A escassez da água, o lixo produzido,
os mananciais, animais em extinção precisam de atitudes corajosas e ao
mesmo tempo, consciência de todos.
A escola atende alunos oriundos de diversas realidades sociais, advindos de
famílias trabalhadoras, que em muitas situações, não tem tempo necessário
para acompanhá-los nas atividades escolares.
No cotidiano da sala de aula os problemas sociais interferem
no processo ensino-aprendizagem, quando alunos deixam de estar presentes
às aulas por questões familiares como, por exemplo, ajudar os pais no
trabalho, faltas consecutivas, entre outros.
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Diante de tais questões, o Projeto Político Pedagógico
deverá contemplar os problemas elencados. Para dar conta de transformar a
informação em conhecimento atendendo as necessidades educacionais dos
alunos que compõem a instituição escolar.
5.1. Histórico do Estabelecimento
O Colégio Estadual “Monteiro Lobato” - Ensino Fundamental,
de Cornélio Procópio, teve sua construção iniciada em 1.973, sendo
inaugurado em 26 de outubro de 1.974, com a presença do Governador de
Estado, Sr. Emílio Hoffman Gomes, seus assessores e demais autoridades
locais e regionais.
Em 15 de fevereiro de 1.975, foi feita a vistoria pela SEED,
tendo iniciado as suas atividades, conforme autorização contida na
Resolução nº 0335/75, com o Projeto de Implantação da Unidade Integrada
em Andamento na SEED, protocolada sob nº 01877, de 13 de março de 1.975,
Parecer nº 291/74, com o nome da Unidade Polo de Cornélio Procópio.
A Unidade Polo de Cornélio Procópio foi fundada em 1.975, e
teve a autorização de funcionamento sob a resolução nº 335/75 de
19/02/75. Posteriormente passou a denominar-se Escola “Monteiro Lobato”
- Ensino de 1º Grau.
Em 20 de fevereiro de 1.975 foi dada a aula inaugural
ministrada pela professora Dora Pimenta Dantas, primeira Diretora deste
Estabelecimento de Ensino.
Com a resolução nº 3184 de 30/12/81 fica reconhecido o
curso de 1º Grau neste Estabelecimento de Ensino.
Pela resolução nº 135/92 fica autorizado a funcionar o curso
de 2º Grau Supletivo - Função Suplência de Educação Geral - Fase III,
passando o Estabelecimento a denominar-se Colégio Estadual “Monteiro
Lobato” - Ensino de 1º Grau Regular e 2º Grau Supletivo.
11
Em 1998 o Colégio passa a denominar-se Colégio Estadual
“Monteiro Lobato”- Ensino Fundamental e Médio.
No ano de 2004 é cancelado o funcionamento do curso de
Ensino Médio – EJA – Educação de Jovens e Adultos através da resolução
1166/05 de 25/04/2005 – DOE 10/05/2005, com o Estabelecimento sendo
denominado de Escola Estadual “Monteiro Lobato”.
Em janeiro de 2007 através de processo foi aprovada a
implantação do Ensino Médio Regular para o ano letivo de 2007 no período
matutino.
O quadro Administrativo e Docente do Estabelecimento,
previamente treinado pelo PREMEN/SEED era em 1.975, composto pelos
seguintes elementos, com seus respectivos cargos: Dora Pimenta Dantas:
Direção Geral; Edméia Gomes: Direção Adjunta; Suzana Luzia Marques
Fioravanti: Coordenadora Pedagógica; Olga Maria Silva Mattos: Orientadora
Educacional; Magali Petri Costa: Secretária; Regina Fátima Carvalho:
Bibliotecária; Professores: Adolfo Boiça Moinhos; Adelia Aparecida Rotter
Meda, Maria Áurea Vieira de Souza, Maria Rosa Gomes, Celina Camargo
Andrade, Erlice Mazzei Ponti, Ruth Maria Roberti Coneglian, Zilda Silva, Maria
Júlia de Souza, Juracy Quesada Federighi, Luzia Cunha de Almeida, Maria
Izaura Garcia Cotrin, Aparecida Gimael da Silva, Rosa Maria Campos, Maria
Virginia Veloso de Mendonça, José Magalhães de Souza, Elza Cotrim
Terremoto, Júlio Cézar Boselli Dantas e Ana Célia de Carvalho.
Pelo Decreto nº 2.998/77 de 1º de março de 1.977, o Sr.
Governador do Estado criou e autorizou o funcionamento do Complexo
Escolar “Monteiro Lobato” - Ensino Regular e Supletivo de 1º Grau, tendo
aprovado o Plano de Implantação sob o Parecer nº 88/76, homologado pela
Resolução nº 08/77, passando o Estabelecimento a denominar-se Escola
Monteiro Lobato.
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Mediante a Resolução nº 3.184/81, de 30 de dezembro de
1.981, o Sr. Secretário de Estado da Educação reconheceu o Curso de 1º Grau
Regular deste Estabelecimento.
Pela Resolução nº 781/83, de 07 de março de 1.982 a
denominação do Estabelecimento passa a ser Escola Estadual “Monteiro
Lobato” - Ensino de 1º Grau.
Em 14 de janeiro de 1.992, o Sr. Diretor Geral da SEED, através
da Resolução nº 135/92, autoriza o funcionamento do Curso de IIº Grau
Supletivo - Função Suplência de Educação Geral - Fase III, pelo prazo de dois
anos.
O Estabelecimento passa a denominar-se Colégio Estadual
“Monteiro Lobato” - Ensino de Iº Grau Regular e IIº Grau Supletivo.
Em 17 de fevereiro de 1.992, foi dada a aula inaugural do
Curso Supletivo de IIº Grau pela Professora Dora Pimenta Dantas, Diretora do
Estabelecimento, contando com a presença de alunos, professores, Equipe
Pedagógica e representante do Núcleo Regional de Ensino de Cornélio
Procópio, professora Maria Aparecida Meda.
.
No 2º semestre de 2004, foi extinto o Curso de Educação de
Jovens e Adultos (EJA) – Ensino Médio, tendo o Colégio voltado a ser
designado como Escola, funcionando apenas no período matutino. Passando
a denominar-se Escola Estadual Monteiro Lobato " - Ensino Fundamental
conforme Resolução 1166/05 de 25/04/2005.
Com a implantação do Ensino Médio, a Escola Estadual
Monteiro Lobato – Ensino Fundamental passou a denominar-se Colégio
Estadual Monteiro Lobato – Ensino Fundamental e Médio, conforme
Resolução 378;08 – DOE – 07/04/08.
O Colégio tem como patrono José Bento Monteiro Lobato.
Diretores do Estabelecimento:
♦ Dora Pimenta Dantas: fevereiro de 1975 a maio de 1983;
13
Janeiro de 1986 a dezembro de 1989;
Fevereiro de 1991 a 11 de outubro de 1994.
♦ Eraide Maruch da Silva
Agosto de 1983 a janeiro de 1985.
♦ Maria Marlice Munhoz Risso:
Fevereiro de 1985 janeiro a 1986.
♦ Maria Virgínia Veloso de Mendonça
Dezembro de 1989 a fevereiro de 1991
♦ Aparecida da Silva Orrútea
01 de novembro de 1994 a 31-12-2001.
♦ Maria Barbosa Reis Veríssimo
01 de janeiro de 2002 ate 31-12-2005.
♦ Amair de Oliveira
01 de janeiro de 2006 até a presente data.
O estudo histórico dessa Instituição em seu itinerário
educacional ressalta a importância de sua contribuição para a sociedade,
fortalecendo nosso compromisso a cada dia, para a construção de uma
educação cada vez melhor. Temos confiança e investimos na educação e na
formação humana.
5.2. Caracterização da Comunidade
A diversidade cultural é característica da escola. Alunos de
todas as classes sociais, credos, etnias e raças, assim como os professores e
professoras trazem e convivem com valores, concepções diferentes o que
permite o exercício da tolerância e da cidadania, tal diversidade deve ser
contemplada no Projeto Político Pedagógico, visando o atendimento das
diferenças.
Nossos alunos, em sua maioria, são oriundos de famílias de
baixa renda, com estruturas familiares que, em muitos casos, não permite o
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atendimento e acompanhamento da educação dos filhos. Devido às
condições precárias, como falta de emprego, salários dignos, habitação, entre
outros, que acarretam problemas de ordem familiar como à falta de diálogo,
definição de limites e regras para os filhos, desagregação do lar, muitos
alunos apresentam dificuldades no desempenho escolar.
Este diagnóstico foi traçado através de reuniões com a
participação de todos os segmentos relacionados com a educação, direta ou
indiretamente, para que se adquira consciência por todos do processo de
mudança e compreensão do significado social e político da escola.
Ainda caracterizando a comunidade, temos muitos pais
presentes na vida escolar dos filhos, participantes de reuniões e os projetos
desenvolvidos pela escola preservam valores morais e éticos e buscam
acompanhar o processo de aprendizagem dos mesmos.
5.3. Aproveitamento escolar
A análise do aproveitamento escolar resulta da observação do
aluno no cotidiano escolar, demonstrando que ainda existe dificuldade
dentro do processo de ensino e de aprendizagem. A nossa escola considera
que é necessário combater a falta de dedicação aos estudos apresentadas por
muitos alunos, que desconsideram prazos para entrega de deveres escolares,
deixam de trazer e cuidar de seus materiais escolares e muitas vezes deixam
de participar das aulas.
A evasão escolar é mínima e tem sido sistematicamente
combatida pela equipe pedagógica e docentes. Quanto à repetência,
considerando o porte da escola temos um índice baixo, diminuindo a cada
ano letivo.
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5.4. Organização da Entidade Escolar
5.4.1. Horário de funcionamento
O Colégio Estadual “Monteiro Lobato”, no ano letivo de 2010
oferece Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries, e Médio, em número de 17
(dezessete) turmas, sendo: três quintas séries, três sextas séries, três sétimas
séries, três oitavas séries, duas turmas de 1º ano, duas turmas de 2º ano e
uma turma de 3º ano do Ensino Médio.
O período de funcionamento é matutino, contando com 502
alunos regularmente matriculados em 2010. O período vespertino é
composto por duas Salas de Apoio que atendem alunos com dificuldade de
aprendizagem nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.
Ainda no período vespertino, contamos com o Programa Viva
Escola, com atendimento de 44 alunos, que realizam atividade complementar
na área de esportes e outros do ensino médio com Preparatório pré-
vestibular.
5.4.2. Organização do trabalho pedagógico
Considerando a LDB e as Diretrizes Curriculares Estaduais a
escola organiza as salas de aulas seguindo as matrículas por ordem
alfabética, evitando formar turmas segundo faixa etária ou grau de
aproveitamento, o número de alunos é distribuído de acordo com a
disponibilidade de turmas e o sistema de avaliação é semestral.
A organização e distribuição das salas obedecem aos padrões
legais quanto ao número de alunos por m², conforme legislação específica.
A escolha do livro didático é feita através do estudo e análise
do guia encaminhado pelo MEC, possibilitando ao professor exercer uma
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autonomia intelectual e pedagógica de acordo com os próprios princípios e a
proposta educativa da instituição escolar.
Os educadores utilizam os mais diversos recursos e
metodologias para que o ensino e a aprendizagem sejam eficientes em sua
proposta de educar. Para garantir o desenvolvimento de mais diversas áreas
cognitivas, os recursos também são diversos como: o livro didático,
pesquisas orientadas através da internet e literaturas específicas, filmes e
fotografias, jornais e noticiários, leitura de imagens, entre outros. O objetivo
considerado é que o planejamento de ensino da disciplina venha ao encontro
com a metodologia utilizada e a aprendizagem efetiva do aluno.
5.5. Condições físicas e materiais
O Colégio Estadual “Monteiro Lobato”, a partir do segundo
semestre de 2004, passou a compartilhar seu espaço físico com o CEEBJA o
que restringiu os espaços antes utilizados como sala para hora atividade de
professores, sala de vídeo, banheiro, cantina e sala de estudo, além das salas
de aulas terem sofrido diminuição do espaço útil, pois passaram a conter
arquivos, mesas e armários da citada escola.
O espaço físico da instituição também contava com a presença
do CRTE ocupando três salas no pavilhão inferior. No entanto no início de
2006 foram instalados no NRE e o Colégio Estadual Monteiro Lobato retomou
a posse de três salas. Portanto, o espaço físico da escola conta com as
seguintes dependências:
Dezessete salas de aulas distribuídas no pavilhão superior e
inferior, todas elas contando com espaço adequado para alunos e
professores uma vez que as mesmas possuem número correspondente de
carteiras/alunos, quadro de giz, ventilador, tv pendrive e mesa para
professor.
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Biblioteca com acervo de 6.800 (seis mil e oitocentos) volumes,
destinados a atender os alunos e a comunidade da escola. O espaço físico da
biblioteca é também compartilhado com o CEEBJA o que limita a distribuição
do referido acervo no espaço.
Salão de eventos com capacidade para 100 (cem) pessoas,
onde são realizadas as apresentações teatrais, festivas e comemorativas. O
espaço também é utilizado para reuniões pedagógicas, encontros com pais e
comunidade. O espaço também é utilizado pelos alunos para atividades que
requerem maior liberdade de movimentos corporal e vocal, sempre sob
orientação de um responsável.
Sala de jogos, situada no pavilhão inferior com instalações e
equipamentos como mesas de pingue-pongue, jogos de xadrez, jogos
recreativos e armários contendo bolas de vôlei, basquete, futsal, futebol,
handebol, esportes estes que são desenvolvidos em espaços adequados e
específicos, também localizados no referido pavilhão. porém não contamos
com quadra coberta para a prática de atividades físicas.
O pátio está localizado entre o pavilhão superior e o pavilhão
inferior, o refeitório tem capacidade para atender 250 (duzentos e cinquenta
alunos) relativamente acomodados.
Cozinha e despensa compartilhadas com o CEEBJA, o que
limita o espaço e o armazenamento de mantimentos e materiais adequados
ao funcionamento da cozinha.
Laboratório de ciências, situado no pavilhão inferior, em
condições insuficientes de uso e instalações inadequadas à pesquisa.
Laboratório de informática, localizado no pavilhão inferior,
possuindo 12 (doze) computadores com mesas e cadeiras, quadros de giz e
outros equipamentos adequados ao laboratório.
Sala de atendimento dos pedagogos, localizado o pavilhão
central, é adequada para o atendimento aos alunos, pais e professores dentro
do processo educativo proposto pela instituição.
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Sala da direção localiza-se na entrada do pavilhão central, é de
fácil localização e acesso as pessoas.
Secretaria, localizada no pavilhão central, possui
equipamentos e materiais adequados ao bom desempenho de suas funções.
Sala dos professores, localizada no pavilhão central, contendo
mesa para reuniões, armários, escaninhos, cadeiras e poltronas. É também
um espaço físico compartilhado com o CEEBJA, onde os professores realizam
a hora-atividade.
Cozinha, localizada no pavilhão central, é o espaço onde é
preparada a alimentação para professores e funcionários, possui fogão,
geladeira, pia e armários recentemente reformados.
Banheiro, 2 (dois) – feminino e masculino - localizado no
pavilhão central, suficiente para atender a demanda em horário de intervalo
dos professores.
Despensa externa utilizada para acomodar materiais de
limpeza.
Ao assumir a direção da Escola em 01-01-2006 e após
analisar as condições físicas do prédio e de suas instalações juntamente com
professores e funcionários, a Direção do Colégio solicitou junto ao NRE
autorização e liberação de verba para a reforma da mesma.
A autorização e a reforma do espaço físico da instituição
escolar foram concretizadas no ano de 2007, sendo satisfatória e atendendo
as necessidades de reparos no espaço físico da escola.
5.6. Relação do Corpo Docente e Técnico Administrativo
A Instituição de Ensino é formada por um corpo docente
composto por 01 (uma) diretora e três pedagogas, 49 (quarenta e nove
professores responsáveis pelas várias áreas da educação), 05 (cinco)
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funcionários administrativos e 08 (oito) equipe de apoio. Todos os
profissionais atuantes na instituição escolar são competentes e qualificados
para desenvolver o trabalho inerente a arte de educar e preparar o aluno para
o convívio social.
O corpo docente, técnico administrativo e administrativo do
Colégio Estadual “Monteiro Lobato” – Ensino Fundamental e Médio, na sua
grande maioria possui pós-graduação, habilitações específicas, além de
cursos de capacitação. As funções administrativas são:
Equipe Técnico-Pedagógica
Amair de Oliveira – Diretora.
• Formação Escolar: Bacharelado e Licenciatura em Matemática;
especialização em metodologia da Didática de Ensino; cursos
complementares: Informática Aplicada á Educação, Metodologia
da Matemática.
Adriana Cristina dos Reis – Pedagoga
• Formação: Pedagogia
• Especialização: Educação Especial
Cleusa Rech Brito - Pedagoga
• Formação: Pedagogia
• Especialização: Deficiência Mental
Ceci Mara Spagolla Bergamasco – Pedagoga
• Formação: Pedagogia
• Mestrado em Educação
Administrativo
Valdelene Aparecida da Silva - Secretária
♦ Formação: Pedagogia
♦ Curso Técnico em Gestão Escolar
Maria Madalena – Auxiliar administrativo
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♦ Curso Técnico em Gestão Escolar
♦ Auxiliar de enfermagem
Norma Rosana Franco de campos – Auxiliar Administrativo
♦ Formação em Pedagogia
♦ Curso Técnico em Gestão Escolar
Juliana de Fátima Pinheiro Dalla Costa
♦ Formação em Letras
Valéria Benevenuto Jandozo
♦ Formação em Pedagogia – Em curso
Equipe de Apoio:
Amélia Maria Cecílio
Eliane Bernardete Piza
Elizabeth Aparecida Cardozo Pavan
Esmeraldo de Souza
Maria Lusmar teles
Mercedes de Oliveira Soares
Rosa Maria da Silva
Wiuton Julio de Oliveira Silva
Docentes Lotados no Estabelecimento:
César Tondinelli
• Formação: Licenciatura em Educação Física
• Especialização: Pedagogia com Orientação Educacional e
Didática
Cipriano Luiz Sanches
♦ Formação Escolar: Licenciatura em História – UEL
♦ Especialização: Metodologia e Didática no Ensino (FAFI/INBRAP);
Informática na Educação (CEFET).
Inês Cardin Bressan
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• Formação Escolar: FAFI- Letras Anglo-portuguesa
• Especialização: Metodologia e Didática de Ensino
• Mestre: Literatura Brasileira
Jane Cordeiro de Oliveira
• Formação Escolar: FAFICOP - Geografia
• Especialização: Psicopedagogia
Regina de Fátima Garcia
• Formação: Bacharelado e Licenciatura em Letras
• Especialização: Orientação, Administração e Supervisão
Educacional.
Rúbia Mara Rios
• Formação: Licenciatura em Matemática e Biologia
• Especialização: Pós-Graduação em Matemática e Biologia
Tárcia Zulmira Marcolini
• Formação: Licenciatura em Educação Artística e Artes Plásticas
• Especialização: Orientação, Supervisão e Administração Escolar.
Terezinha Sofia da Silveira
• Formação: FAFICOP – Licenciatura em Letras
• Especialização: Metodologia e Didática de Ensino Fundamental e
Médio
• Cursos Complementares: Língua Inglesa (CCAA) completo, Curso
de Literatura Infanto Juvenil e Ensino Médio.
Docentes – Aulas Extraordinárias, Complementação de Padrão, PSS e Ordem
de Serviço
Agneu Valério Martins
Ana Amélia Pardini
Adrelina Rosa Fonseca
Aparecido Sampaio Baptista
22
Chérie Aparecida Pires
Danielle Cristina Breganon
Denise ferreira de Souza
Eliana de Souza
Elizangela Anastácio
Erci Naomi T. Hirai
Euda Nunes de Araujo
Everton Araujo Carneiro
Fernanda Cristina Teófilo
Flávio Roberto Camacho
Giseli Teotônio Alvarenga
Helena Batista
Ildete da Silva Mello
Izabel Cristina Canin Leite
Juliana Campos
Jurandir Lima da Luz
Leonice Cardoso
Lígia Gusmão
Luana Teodora de Jesus
Manoelita Aparecida Cordeiro
Marcia Dejuli Nogueira
Marcia de Almeida Monteiro
Maria Aparecida das Graças
Maristela Inês G. de Andrade
Michele Leão Garcia
Regina Estela Rocha Facimoto
Reginaldo Firmino de Paula
Renato Barros
Ronaldo da Luz Silva
Roseli Henrique Pereira
23
Samantha da Silva
Silvana Reis Paulo
Silvânia Maria de Lima
Sonia Jorgina Guimarães
Sonia Regina Reghin
Toshimi Dói
Valdicéia O. de Oliveira
Vera Lúcia Vilela
5.7 Sala de apoio
O Colégio Estadual “Monteiro Lobato” em conformidade com a
orientação da SEED elaborou o processo para a implantação da Sala de Apoio
de acordo com as instruções abaixo específicas sob a Resolução Nº3098/05 e
Instrução Nº05/2005.
INSTRUÇÃO N° 05 /2005 - SUED/SEED
ASSUNTO: Alteração e complementação da INSTRUÇÃO
CONJUNTA N° 04/04 -SEED/SUED/DEF.
A Superintendência da Educação, no uso de suas atribuições e
considerando:
• a LDBEN n°9394/96;
• o Parecer n.° 04/98 - CNE/CEB;
• a Deliberação n.° 007/99 - CEE;
• as Resoluções Secretariais n.° 208/04 e n.0 3098/05, que
regulamentam a criação das Salas de Apoio à Aprendizagem;
• a necessidade de definir as funções ou atribuições de cada
educador integrante do processo de implantação das Salas de Apoio à
Aprendizagem;
24
• a ação pedagógica para enfrentamento dos problemas
relacionados à aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática dos alunos
matriculados na 5ª série do Ensino Fundamental, no que se refere aos
conteúdos de leitura, escrita e cálculo;
• o diagnóstico relativo ao funcionamento do Programa Salas
de Apoio à Aprendizagem, elaborado pelo Departamento de Ensino
Fundamental, com a participação de pedagogos, diretores e professores de
salas de apoio à aprendizagem, expede a seguinte:
Instrução
Critérios para a organização das turmas
1. A cada 03 (três) turmas de 5ª série por turno da escola
tornar-se-á 01 (uma) turma de alunos.
2. Essas turmas deverão ser organizadas em grupos de até 20
(vinte) alunos,
3. A carga horária disponível para cada uma das disciplinas
( Língua Portuguesa e Matemática) será de 04 horas -aulas semanais,
acrescidas de 01 (uma) hora-aula atividade, devendo ser ofertadas,
necessariamente em aulas geminadas 02 (duas) a 02 (duas) conforme Artigo
5°, § 5° da Resolução 208/04 - SEED.
4. Será atribuída ao professor da Sala de Apoio à
Aprendizagem 01 (uma) hora-aula de atividade para cada 04 (quatro) horas-
aula.
Atribuições da direção e equipe pedagógica
1. Apresentar e discutir a legislação específica do Programa
Salas de Apoio à Aprendizagem com o coletivo da escola.
25
2. Decidir com o professor regente da turma e o professor da
Sala de Apoio à Aprendizagem, conforme diagnóstico realizado por ambos, a
indicação dos alunos para as referidas salas.
3. Planejar e acompanhar junto ao professor regente de Língua
Portuguesa e Matemática e o professor da Sala de Apoio à Aprendizagem o
encaminhamento dos conteúdos, propondo metodologias adequadas às
necessidades dos alunos.
4. Organizar os grupos de alunos para o atendimento na Sala
de Apoio à Aprendizagem.
5. Orientar a família do aluno sobre o Programa Salas de Apoio
à Aprendizagem, conscientizando os pais ou responsáveis sobre a
necessidade do mesmo estender seu tempo escolar.
6. Estabelecer, em consenso com os professores (regentes e de
Sala de Apoio à Aprendizagem) a substituição de alunos, conforme avanços
na aprendizagem.
7. Organizar sistematicamente reuniões de estudo (nas horas-
atividade, reuniões pedagógicas, etc.), a fim de proporcionar situações que
possam subsidiar a ação docente.
8. Viabilizar a participação dos professores da Sala de Apoio
no Conselho de Classe e/ou, na ausência desse professor, apresentar as
questões relativas à aprendizagem dos alunos da Sala de Apoio à
Aprendizagem.
9. Averiguar o motivo das faltas dos alunos, comunicar e
buscar soluções junto pais ou órgãos competentes.
10. Na função de diretor, garantir momentos para estudo e
reflexão acerca do processo de ensino e de aprendizagem, no que diz
respeito à articulação de todo o trabalho pedagógico da escola, bem como no
que se refere a questões estruturais tais como; espaço físico apropriado,
alimentação, transporte, acesso a materiais didáticos, etc.
26
11. Preencher o relatório destinado à escola, informando a
movimentação de alunos nas Salas de Apoio à Aprendizagem e as atividades
realizadas pelo professor, para subsidiar o NRE na elaboração do relatório a
serem enviados ao DEF, até o último dia útil de cada semestre.
12. Viabilizar, na medida do possível, para que o professor de
Sala de Apoio não seja o mesmo da sala regular de quinta série.
13. Acompanhar o desenvolvimento das atividades realizadas
nas Salas de Apoio à Aprendizagem.
Compete aos professores regentes da turma
1. Indicar à Equipe Pedagógica os alunos com dificuldades de
aprendizagem na leitura, na escrita e/ou cálculos essenciais para as Salas de
Apoio à Aprendizagem, considerando, também, o diagnóstico elaborado pelo
professor da Sala de Apoio, durante o período específico destinado para
planejamento e estudo.
2. Encaminhar à Equipe Pedagógica justificativa da
necessidade de estender o tempo do educando na escola.
3. Participar com a Equipe Pedagógica e o professor da Sala de
Apoio à Aprendizagem, da definição de ações pedagógicas que possibilitem
os avanços no processo de aprendizagem do aluno.
4. Manter contato frequente com o professor da Sala de Apoio
à Aprendizagem, a fim de discutir e acompanhar os avanços do aluno.
5. Definir com a Equipe Pedagógica e o professor da Sala de
Apoio, em consenso com o coletivo dos professores da turma, o momento de
dispensa do aluno, considerando a superação das dificuldades apresentadas
no parecer descritivo.
6. Dar continuidade ao acompanhamento do aluno quando
vindo da Sala de Apoio à Aprendizagem.
27
Compete ao professor de sala de apoio à aprendizagem
1. Planejar com a equipe pedagógica e os professores regentes
de Língua Portuguesa e Matemática os encaminhamentos metodológicos
necessários para atender às necessidades de aprendizagem do aluno.
2. Manter diálogo frequente com os professores regentes da
turma para redirecionar ou adequar os encaminhamentos metodológicos,
assim como diagnosticar avanços ou dificuldades no processo ensino e de
aprendizagem dos alunos.
3. Organizar e disponibilizar para o coletivo de professores
regentes da turma e equipe pedagógica pastas individuais dos alunos de Sala
de Apoio à Aprendizagem, com todas as atividades e encaminhamentos
realizados nas aulas.
4. Registrar em livro de chamada próprio a frequência dos
alunos e as atividades desenvolvidas durante as aulas.
5. Comunicar a equipe pedagógica por escrito às faltas dos
alunos.
6. Registrar os avanços obtidos pelos alunos no
desenvolvimento das atividades propostas para, posteriormente, decidir com
a equipe pedagógica e os professores regentes, a permanência ou a dispensa
dos mesmos.
7. Participar da formação continuada, promovida pela
SEED/NRE/Escola.
8. Realizar na primeira semana letiva, período que antecede o
funcionamento das Salas de Apoio na escola, as atividades enviadas pela
Secretaria Estadual de Educação.
9. Analisar, antes do início das Salas de Apoio à
Aprendizagem, as produções de todos os alunos de quinta série, identificar
as principais dificuldades de aprendizagem em leitura, escrita e/ou cálculo
matemático, com vistas à elaboração de diagnóstico.
28
10. Planejar atividades e metodologias diferenciadas, assim
como elaborar materiais didático-pedagógicos, considerando as
necessidades de aprendizagem dos alunos das Salas de Apoio à
Aprendizagem, durante o período antecedente ao funcionamento das
mesmas.
Atribuições das equipes pedagógicas dos Núcleos Regionais de Educação
1. Acompanhar o funcionamento das Salas de Apoio nas
escolas sob sua jurisdição.
2. Auxiliar as equipes pedagógicas e professores das escolas,
para o bom funcionamento das Salas de Apoio, nos aspectos pedagógicos e
administrativos.
3. Organizar encontros periódicos com professores e
pedagogos das escolas onde funcionam Salas de Apoio, com a finalidade de
compartilhar experiências e dar orientações relativas a encaminhamentos
metodológicos.
4. Encaminhar ao Departamento de Ensino Fundamental, ao
final de cada semestre, relatório-síntese das Salas de Apoio das escolas
jurisdicionadas ao NRE.
Critérios para suprimento da demanda para Sala de Apoio à Aprendizagem
A demanda será aberta automaticamente a cada 03 (três)
turmas de quinta série, por turno, no início do ano letivo.
A atribuição de aulas nas Salas de Apoio à Aprendizagem, nas
disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, será de competência da
direção do estabelecimento de ensino e obedecerá a seguinte ordem de
prioridade:
29
1. Professor efetivo habilitado em Língua Portuguesa e/ou
Matemática;
2. Professor efetivo das disciplinas de Língua Portuguesa e/ou
Matemática, na forma de aulas extraordinárias;
3. Professor pedagogo efetivo. com habilitação nas séries
iniciais, retomando do município;
4. Professor pedagogo efetivo, com habilitação nas séries
iniciais, retomando do município, na forma de aulas extraordinárias;
5. Professor efetivo das séries iniciais.
A implantação da sala de Apoio veio atender antigas
solicitações de professores das séries iniciais, as quais alunos que
apresentavam dificuldades na aprendizagem precisavam de um atendimento
especial. A Sala de Apoio está sendo um instrumento primordial para a
melhoria do ensino e da aprendizagem.
Conforme as instruções recebidas as turmas formadas estão
recebendo todo o respaldo para a efetiva superação de suas dificuldades
educacionais. O diagnóstico do ensino e da aprendizagem e as metodologias
diferenciadas, além do atendimento individual têm demonstrado a relevância
da Sala de Apoio.
VI. MARCO CONCEITUAL
A comunidade escolar reconhece que a sociedade é
contraditória e desigual e que as escolas possuem suas próprias
singularidades – resultado de suas contradições - e que todas elas podem ser
cidadãs. Dentre os movimentos contemporâneos de educação, um dos mais
ricos é o da multiculturalidade. A escola não pode cristalizar-se numa só
concepção de cultura. Ela precisa abrir-se para novas manifestações
30
culturais, no sentido do próprio respeito pelo outro que é ao mesmo tempo,
o professor, o aluno, os pais e a comunidade, todos frutos do seu meio.
Por isso, trabalha, entre outros conceitos de identidade,
cultura popular, cultura elaborada, cultura da cidadania e mostra que o êxito
ou fracasso do aluno e da aluna – principalmente os que provêm das classes
populares - dependem do equacionamento da relação entre identidade
cultural e itinerário educativo. A escola deve ser local como ponto de partida,
mas deve ser nacional e internacional como ponto de chegada.
A escola fundamenta sua prática pedagógica através de uma
tendência histórico-crítica, na qual o aluno é um indivíduo biológico, social e
histórico, o professor é um mediador de signos objetivos e subjetivos
culturais presentes nos conhecimentos; e a escola é criadora de condições
para transformação significativa do aluno, mediadora do pensamento
humano e um local de interlocução da cognição e da afetividade.
Ela buscará promover, por meio de conhecimentos
historicamente construídos, a formação de um ser humano com autonomia
suficiente para perceber racionalmente o mundo por meio de abstrações e
crítica, tornando-o capaz de rever os valores herdados e estabelecer
propostas de mudanças.
Para tanto, a escola, como instituição de educação formal,
opera e intervém na realidade social através de seu ensino, contribuindo para
a formação ética de seus alunos. A escola, como espaço de formação, pautar-
se-á no respeito às individualidades, por isso buscará trabalhar com o
princípio da autonomia e da responsabilidade, oferecendo condições para
que os alunos possam se desenvolver.
6.1. Filosofia e Princípios da Escola
Para fundamentar a filosofia e definir os princípios didáticos
pedagógicos, partimos do diagnóstico da realidade de nossa escola, pois
31
aquela que queremos depende do envolvimento de todos: comunidade
escolar, governo e sociedade.
Partindo desse diagnóstico é possível compreender a realidade
onde estamos inseridos e partindo desta, entender a necessidade de repensar
a missão da escola de acordo com a legislação vigente; onde se percebe um
encontro de perspectivas as quais buscamos.
Entendemos que a entidade escolar é universal, devendo
atender a todos; concretizando novos paradigmas em função da melhoria da
qualidade do ensino. Para tanto é necessário observar alguns princípios, os
quais deverão nortear nossa ação pedagógica:
• Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
• Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
• Pluralismo de ideias e concepções pedagógicas;
• Respeito à liberdade e apreço a tolerância;
• Gratuidade do ensino;
• Valorização dos profissionais da educação;
• Gestão democrática, através de órgãos colegiados (APMF, Conselho
Escolar e Grêmio Estudantil);
• Garantia de padrão de qualidade;
• Valorização da experiência extracurricular;
• Respeito à diversidade cultural;
• Inclusão dos portadores de necessidades especiais
É também princípio norteador vedar qualquer forma de
discriminação e segregação, sendo priorizados os princípios pedagógicos das
Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino fundamental e médio que
são:
• Os princípios éticos da autonomia, da Responsabilidade, da
Solidariedade e do Respeito ao Bem Comum. Tem por ideal o
32
humanismo de um tempo em transição que se constitui pelo
desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do
direito à igualdade.
A finalidade mais importante é a autonomia que requer uma
avaliação permanente e mais realista das capacidades próprias e dos
recursos que o meio oferece para que assim possa formar pessoas dignas,
solidárias e responsáveis. Desta forma a educação cria condições para que
ocorra o processo de desenvolvimento e reconhecimento da identidade.
• Os princípios dos Direitos e Deveres, do Exercício da Criatividade
e do Respeito à Ordem Democrática.
É o princípio inspirado no respeito, na responsabilidade e na
solidariedade. Ela se traduz pela compreensão e respeito ao Estado de
Direito, fortalecendo uma forma contemporânea de lidar com público e o
privado, com respeito ao bem comum, com o protagonismo expresso por
condutor de participação e solidariedade, respeito e senso de
responsabilidade pelo outro e pelo público.
Esta política será praticada através da garantia de igualdade,
de oportunidades e da diversificação no tratamento dos alunos e dos
professores, aprendendo e ensinando os conteúdos curriculares.
• Os princípios Estéticos da Sensibilidade, da Criatividade, da
diversidade e das Manifestações Artísticas e Culturais.
Assume como princípio estimular a criatividade, o espírito
inventivo, à curiosidade pelo inusitado, a afetividade, facilitando a
constituição da identidade, capazes de conviver com o incerto, o
imprevisível, o diferente.
Dessa forma conecta-se a sua fundamentação à estética que
valoriza a beleza, a delicadeza, a sutileza, integrando a diversão, a alegria e
senso de humor a dimensões da vida consideradas afetivamente austeras,
sendo assim, ela prioriza o reconhecimento da diversidade como a forma
peculiar de perceber e expressar a realidade.
33
A Estética da Sensibilidade é uma atitude diante de todas as
formas de expressão e deve estar presente no desenvolvimento do currículo
e da gestão escolar, porque a mesma não de dissocia das dimensões éticas e
políticas da educação como também não exclui outros elementos estéticos.
A LDB nos aponta os objetivos do Ensino Fundamental:
Art.32 O ensino fundamental, com duração mínima de nove
anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação
básica do cidadão, mediante:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios
básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
É nos objetivos educacionais que vamos formar para a
cidadania construtiva e participativa; não apenas com o ingresso para esta
sociedade, mas também com a transformação da mesma. Sabendo dos
desafios e das lutas, daí repensar a ação didática, os conteúdos que
ensinamos, a orientação metodológica que inspira nossa prática, os recursos
didáticos que manejamos, a avaliação que nos redireciona, à própria
organização curricular.
É necessário entender a “Escola Cidadã”, que é justamente ter
um ensino de qualidade, capaz de criar condições para o desenvolvimento de
competências para a vida, isto é: desenvolver os conteúdos presentes numa
realidade, através da consciência profissional e social, visando sempre à
apropriação para a superação.
34
“A questão dos métodos se subordina à dos conteúdos: se o
objetivo é privilegiar a aquisição do saber, e um saber vinculado às
realidades sociais, é preciso que os métodos forneçam a correspondência dos
conteúdos com os interesses dos alunos e que estes possam reconhecer os
conteúdos o auxílio ao seu esforço de compreensão da realidade” (Libaneo,
1985).
É nessas condições que precisamos de instrumentos de
análise, planejamento e condução da ação educativa da escola, ou seja,
professores com propostas claras, sabendo, planejando; o quê, o quando e o
como ensinar e avaliar em coerência com seus objetivos, de acordo com as
necessidades.
Quanto a seus objetivos eleger não somente os da
memorização, (cognitivos); mas também a primazia dos valores e atitudes
(afetivos); a saúde do corpo e suas habilidades, (psicomotores).
É desta maneira que o aluno pode construir seu conhecimento;
na interação com o objetivo e o meio onde vive. Daí também a necessidade
de aprimoramento; iniciando pela bagagem curricular dos próprios
educadores e se estendendo a toda a comunidade; promovendo uma forma
mais eficaz para que os desafios se tornem instrumentos de comprovação do
desenvolvimento de nossas capacidades.
Entendendo que o homem é um ser que está constantemente
em processo de crescimento, por sua própria natureza, como ser racional; e
tem necessidade de crescer, de buscar conhecimentos e, através dessas
condições que é permitido a ele educar-se. Portanto, entre as possibilidades
que o distingue, está a sua capacidade de antever as ações antes de serem
realizadas, isto é, este processo ocorre através da imaginação e reflexão, na
qual pode levá-lo a muitas realizações, de ser devidamente exploradas.
O homem é capaz de ser sujeito da sua própria ação, um
tributo que separa o homem do animal. Apenas a ele foram dadas condições
de agir de forma crítica, carregando consigo sua historicidade, o que lhe
35
permite ainda educar, de forma que progrida o mundo em comunhão com
outros homens.
Assim devida às profundas modificações do mundo atual,
ocorrida principalmente durante as três últimas décadas, tem acarretado
mudanças nas demandas sociais para o sistema de ensino. Sobretudo
levando em conta as ideologias embutidas no processo, a necessidade de
compreender a situação e de encontrar formas para o enfrentamento. A
sociedade reclama por uma escola crítica, que favoreça ao homem condições
adequadas para instruir-se dignamente, mais do que em períodos passados,
é necessário que o indivíduo seja capaz de aprender outras culturas,
tradições e entender as mudanças. Mas como efetivar esta escola crítica?
Na proporção que se deseja atingir, a escola brasileira está
longe desse grande passo, pois as crises da sociedade caminham lado a ela.
Não compete os erros, somente ao professor, mas inúmeros são os fatores
que concorrem para a situação.
A crise na formação do professor é uma situação que exige
uma finalidade no interior da escola para o seu próprio desenvolvimento,
estabelecendo relação de comunidade, de trabalho com as instâncias
externas nas quais os formadores vão atuar.
Compreender o ato de educar implica uma construção
específica que dê conta daquilo que é ensino. Não pretendemos um aluno
passivo, mas sim que seja sujeito da aprendizagem e da própria história, que
pense crítico e criativamente, que seja assim, apto para obter e interpretar
informações e que saiba definir o destino e dele participar ativamente.
Tudo o que dissemos requer um pensar voltado para a
aquisição dos conteúdos científicos que acreditamos ser, até o momento,
somente através da escola que a classe trabalhadora consegue a apropriação
desses bens.
Para tanto a equipe pedagógica e professores devem estar
atentos à diversidade encontrada no alunado, atentos as diferenças;
36
estabelecendo e fomentando a política de inclusão, campo abrangente que
deverá ser, também, norteador de nossa ação pedagógica.
6.2. Princípios da gestão democrática
A gestão democrática da escola se expressa na capacidade da
comunidade escolar em construir e vivenciar práticas de acolhimento e de
integração de todos os participantes nas tomadas de decisões, na definição
de princípios e valores humanitários a serem praticados pela escola, no
estabelecimento de indicadores de uma boa formação integral, no diálogo
com posições diferentes, no compromisso ético e moral voltado para a
emancipação dos seres humanos.
Na prática de uma gestão democrática destaca-se a
compreensão de que os objetivos buscados pela instituição escolar não se
esgotam dentro de suas paredes, mas advém de uma realidade mais ampla,
em que se incluem não só a comunidade, mas também a sociedade como um
todo. Se for da sociedade e da comunidade que provêm às ideias que dão
sentido ao trabalho realizado pela escola, não há como pretender mantê-las
alheio as atividades desenvolvidas no ambiente escolar.
A confiança no trabalho realizado, leva à certeza de estar
desenvolvendo algo de bom e genuinamente útil á comunidade, e a segurança
de reconhecimento dos resultados obtidos. Uma situação assim resulta,
naturalmente, da conjugação de uma série de fatores favoráveis: apoio da
comunidade, existência de bom corpo docente, condições materiais
favoráveis, alunos motivados, direção competente.
Por conseguinte são estabelecidas algumas metas dentro da
Gestão democrática contribuindo positivamente para a busca do sucesso
escolar: desenvolvimento da melhoria do desempenho escolar. A primeira
condição para que a escola tenha uma boa imagem é a de que seja realmente
uma boa escola, com um bom desempenho no ensino e na aprendizagem.
37
O colégio evitando que o contato com a família e/ou
responsáveis se restrinjam aos encontros para discussão de problemas,
oportunizamos alguns eventos como gincanas, conferências, entre outros,
contando com o trabalho conjunto de pais, alunos e equipe escolar.
Pretendendo através da gestão democrática romper com a
rotina e alcançar um nível de desempenho inovador com sensível melhora de
sua imagem e de seu clima organizacional. A escola deixando de ser um
lugar de comparecimento obrigatório, em que realiza um trabalho rotineiro,
para transformar-se em ponto de encontro para troca de ideias e realização
de projetos em benefício da aprendizagem.
O que foi acima citado é fruto de uma Gestão Democrática,
tem apoio da legislação vigente, a Lei 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da
educação nacional, estabelece, no inciso VIII do artigo 3º, o princípio da
“gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação
dos sistemas de ensino” - é uma realidade que pode ser observada no
Colégio Estadual “Monteiro Lobato”.
6.3. Matriz Curricular
6.3.1. Currículo Básico do Ensino Fundamental
A construção curricular deve ter por base as áreas do
conhecimento, contempladas nas diretrizes curriculares e legislações
educacionais, tendo em vista a formação científica e considerando, ainda, o
desenvolvimento de habilidades e atividades formativas.
A organização de um currículo, além de relacionar disciplinas
acadêmicas, deve articular temas decisivos para a formação. É fundamental
que a construção curricular seja compatível com os princípios de
flexibilidade (abertura para a atualização de paradigmas científicos,
diversificação de formas de produção de conhecimento, e desenvolvimento
38
da autonomia do aluno) e interdisciplinaridade (estabelecimento de conexões
entre diferentes disciplinas e diferentes áreas de conhecimento).
O conhecimento escolar é dinâmico e implica a promoção de
uma reflexão aprofundada sobre o processo de produção do conhecimento
escolar, uma vez que ele é, ao mesmo tempo, processo e produto. A análise e
compreensão do processo de produção do conhecimento escolar ampliam a
compreensão sobre as questões curriculares.
As Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio
são resultantes de uma construção coletiva. Por isso, legitima-se como
documento orientador para o conjunto de escolas que compõem a rede
pública estadual, apontando indicativos teórico-metodológicos para que
cada escola organize a proposta curricular a ser construída em seu Projeto
Político-Pedagógico.
Dessa forma, as escolas da rede estadual que ofertam o ensino
fundamental e médio pautarão todas as suas ações visando à garantia de
acesso, permanência e de aprendizagem para todos os alunos em idade
escolar e para aqueles que não tiveram acesso ao ensino fundamental em
idade própria; o processo de escolarização contribuirá para o enfrentamento
das desigualdades sociais, visando a uma sociedade mais justa.
As escolas elaborarão as suas propostas curriculares, tendo
como referência às diretrizes curriculares para o ensino fundamental,
objetivando o zelo pela aprendizagem dos alunos. No ensino fundamental da
rede pública estadual a base comum e a parte diversificada serão tratadas em
articulação aos temas da vida cidadã e de interesse da comunidade; o
coletivo da escola definirá os conteúdos curriculares, com vista à valorização
dos conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares.
A organização curricular implica uma análise interpretativa e
crítica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular, pois o
currículo expressa uma cultura e portanto, é historicamente situado e
culturalmente determinado.
39
E ainda seguindo a instrução nº04/2005 – SEED/SUED:
A Superintendente da Educação, no uso de suas atribuições e
considerando:
- a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n°
9394/96;
- as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino
Fundamental, instituídas pela Resolução CEB n.° 02/1998 da Câmara da
Educação Básica;
- as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio,
instituídas pela Resolução CEB n.° 15/98;
- o Parecer n.° 1000 de 07/11/03 do Conselho Estadual de
Educação, referente a Consulta sobre a Deliberação CEE n° 14/99- Base
Nacional Comum e Parte Diversificada;
- o processo de elaboração das Orientações/ Diretrizes
Curriculares da Educação da Rede Pública Estadual de Educação Básica do
Estado do Paraná;
- a necessidade imediata de readequação das Matrizes
Curriculares, com vistas à implantação das novas Orientações/Diretrizes
Curriculares da Rede Pública Estadual de Educação Básica do Estado do
Paraná, a partir de 2006;
- a consulta realizada pela SEED Junto aos estabelecimentos
de ensino da Rede Pública Estadual, no que se refere à organização da Matriz
Curricular, e - a implementação dos novos Projetos Políticos-Pedagógicos, a
partir de 2006, nos estabelecimentos da Rede Pública Estadual de Educação
Básica do Paraná, expede a seguinte:
Instrução
1. Os estabelecimentos da Rede Pública Estadual deverão
elaborar nova Matriz Curricular para o Ensino Fundamental e Ensino Médio
40
(regular), com implantação a partir do ano letivo de 2006, de forma
simultânea.
2. No Ensino Fundamental
2.1. No primeiro segmento deverá ser mantida a forma de
organização de ensino por ciclo, respeitando as normas já estabelecidas.
2.2. No segundo segmento, as Matrizes Curriculares deverão
contemplar na Base Nacional Comum os seguintes componentes: Ciências,
Educação Artística, Educação Física, Ensino Religioso. Geografia, História,
Língua Portuguesa e Matemática.
2.3. As disciplinas da Base Nacional Comum terão carga
horária mínima de 02(duas) horas-aula e máxima de 04 horas-aula semanais,
com exceção do Ensino Religioso.
2.4. As disciplinas da Base Nacional Comum (Ciências,
Educação Artística, Educação Física, Geografia, História, Língua Portuguesa e
Matemática) são de oferta obrigatória em todas as séries;
2.5. O Ensino Religioso será ofertado obrigatoriamente pelo
estabelecimento, com matrícula facultativa para os alunos, com a carga
horária de 1 (uma) aula semanal na 5ª série e 1 (uma) aula semanal na 6ª
série, em todos os turnos, não sendo computada na carga horária de 800
horas anuais;
2.6. As Matrizes Curriculares contarão com 25 (vinte e cinco)
horas-aula semanais, em todos os turnos de atuação, com exceção da 5ª e 6ª
séries;
2.7. Na Parte Diversificada da Matriz Curricular deverá constar
apenas uma Língua Estrangeira, como componente curricular obrigatório,
identificando-se o idioma definido pelo estabelecimento de ensino,
observando-se a disponibilidade de professor habilitado e as características
da comunidade atendida.
2.8. A Parte Diversificada não será tratada na forma de
disciplina curricular, exceto a Língua Estrangeira.
41
2.9. A Parte Diversificada constará na proposta curricular do
estabelecimento e não na Matriz Curricular, sendo expressa nos processos de
ensino das disciplinas da Base Nacional Comum e Língua Estrangeira e na
articulação com os temas sociais contemporâneos e de acordo com os
interesses da comunidade atendida pelo estabelecimento.
6.3.2 - Currículo Básico do Ensino Médio
O curso será organizado de forma anual, com aulas
presenciais, composto por disciplinas, com conteúdos estabelecidos, tendo
por finalidade melhorar o desempenho profissional. Com terminalidade
plena, o aluno receberá o Certificado.
Seu regime de funcionamento será de segunda à sexta-feira,
com cinco horas/aula diárias, perfazendo uma carga horária de 2.400 horas
25 aulas semanais, sendo o aluno não obrigado ao 100% da carga horária.
A matrícula será anual.
Será exigida frequência mínima de 75% da carga horária do
ano.
A média para aprovação será igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero) por disciplina. Haverá terminalidade do Ensino Médio ao final
da 3ª série.
O aluno deverá apresentar documentação de conclusão do
Ensino Fundamental no ato da matrícula e demais documentos exigidos pela
Secretaria de Educação local.
O Ensino Médio , etapa final da Educação Básica, com duração
de três anos, terá como objetivos:
- consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
- a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar
42
com flexibilidade a novas condições de ocupação ou
aperfeiçoamento posteriores;
- o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a
formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico; a compreensão dos fundamentos científicos-
tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com
a prática, no ensino de cada disciplina.
MATRIZ CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL REGULAR DE 5ª A 8ª SÉRIENRE: CORNÉLIO PROCÓPIO MUNICÍPIO: CORNÉLIO PROCÓPIOESTABALECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL “MONTEIRO LOBATO”ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáCURSO 4000 – ENSINO FUNDAMENTAL 5ª/8ª SÉRIE – TURNO: MATUTINOANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
BASE NACIONAL COMUM
5ª série 6ª série 7ª série 8ª sérieCiências 3 3 3 4Arte 2 2 2 2
Educação Física 3 3 3 2
Ensino Religioso * 1 1 - -
Geografia 3 3 4 3História 3 3 3 4Língua Portuguesa 4 4 4 4
Matemática 4 4 4 4SUB-TOTAL 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFICADA
Língua Estrangeira * 2 2 2 2
SUB-TOTAL 2 2 2 2TOTAL GERAL 25 25 25 25
*Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.
** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.
ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
43
NRE: Cornélio Procópio MUNICÍPIO: Cornélio Procópio
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual “Monteiro Lobato” Ens. Fundamental
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: Ensino Médio TURNO: Diurno
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 MÓDULO: 40 semanasDISCIPLINA SÉRIES
1ª 2ª 3ªBase Nacional Comum
Arte 2 2 -
Biologia 2 2 2
Educação Física 2 2 2
Física 2 2 2
Filosofia 2 - 2
Geografia 2 2 2
História 2 2 2
Língua Portuguesa 2 4 3
Matemática 3 3 4
Química 2 2 2
Sociologia - 2 2SUB-TOTAL 21 23 23Parte Diversificada
L.E.M. Inglês 2 2 2
L.E.M. Espanhol 2 0 0
SUB-TOTAL 4 2 2TOTAL GERAL 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB Nº 9394/96
VII. MARCO OPERACIONAL
O Marco Operacional define o tipo de escola, educação e
educador necessário para alcançar os ideais de sociedade e de pessoa
humana que almejamos.
44
A escola buscou acompanhar as necessidades da sociedade
através do diagnóstico da comunidade escolar para a construção de seu
Projeto Político Pedagógico.
Dessa forma a efetivação do Projeto político Pedagógico
pretende ofertar a comunidade escolar uma educação que:
• Construa uma metodologia que agregue os aspectos formativo e
informativo, de caráter sócio-cultural e econômico;
• Respeite a individualidade do educando incentivando-o a conhecer-se
para desenvolver seus potenciais e integrar-se de forma positiva no
âmbito social;
• Estimule a participação ativa da família no processo pedagógico;
• Valorize tanto o educador como o educando, respeitando a ambos,
como seres humanos, sujeitos do processo educativo;
• Priorize espaços de vivência da fraternidade, da união, do amor, da
solidariedade e da cultura, comprometendo-se, assim, com as pessoas,
com a comunidade.
• Propicie o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas,
instaurando a autonomia na prática educativa buscando a identidade
da escola pública;
• Promova a integração entre Professores, Diretores, Secretário,
Professor Pedagogo, demais funcionários e pais;
• Desenvolva uma administração participativa, através de clareza nas
proposições, transparência nas decisões e ações e de informações
disponíveis para todos;
• Pense a organização do trabalho na escola pública, no rumo da
Superação de seus problemas, considerando a natureza do trabalho
pedagógico e suas relações com a administração escolar;
• Desenvolva a consciência de preservação do meio ambiente, que é uma
das preocupações centrais do homem moderno. O próprio conceito de
meio ambiente coloca o homem como o elemento central do sistema
45
global, comunicando-se, de uma forma ou de outra, com todo e
qualquer subsistema através de suas relações. O homem é o foco
principal das atenções, e como tal, tem uma posição de destaque nos
demais subsistemas através do progresso econômico e do avanço
tecnológico. Isso, de um lado, vem beneficiando seu bem-estar social e,
de outro, muitas vezes vem colocando em risco sua própria
sobrevivência, pelo desrespeito às leis fundamentais da natureza, ao
deteriorar a qualidade de seu meio ambiente.
Diante desse panorama a Conferência Intergovernamental de
Educação Ambiental de Tbilisi definiu, em 1977, como princípios da
Educação Ambiental a ser desenvolvidos nas escolas
• considerar o meio ambiente em sua totalidade: em seus
aspectos natural e construído, tecnológicos e sociais
(econômico, político, histórico, cultural,técnico,
moral,estético);
• constituir um processo permanente e contínuo durante
todas as fases do ensino formal;
• aplicar um enfoque interdisciplinar, aproveitando o
conteúdo específico de cada área, de modo que se consiga
uma perspectiva global da questão ambiental;
• examinar as principais questões ambientais do ponto de
vista local,regional, nacional e internacional;
• concentrar-se nas questões ambientais atuais e naquelas
que podem surgir, levando em conta uma perspectiva
histórica;
• insistir no valor e na necessidade da cooperação local,
nacional e internacional para prevenir os problemas
ambientais;
• considerar de maneira explícita os problemas ambientais
nos planos de desenvolvimento e crescimento;
46
• promover a participação dos alunos na organização de
suas experiências de aprendizagem, dando-lhes a
oportunidade de tomar decisões e aceitar suas
consequências;
• estabelecer, para os alunos de todas as idades, uma relação
entre a sensibilização ao meio ambiente, a aquisição de
conhecimentos, a atitude para resolver problemas e a
clarificação de valores, procurando, principalmente,
sensibilizar os mais jovens para os problemas ambientais
existentes na sua própria comunidade;
• ajudar os alunos a descobrir os sintomas e as causas reais
dos problemas (tanto as locais quanto as mais amplas, de
acordo com as possibilidades de compreensão de cada fase
ou ciclo do ensino);
• ressaltar a complexidade dos problemas ambientais e, em
consequência, a necessidade de desenvolver o sentido
crítico e as atitudes necessárias para resolve-los;
• utilizar diversos ambientes com a finalidade educativa e
uma ampla gama de métodos para transmitir e adquirir
conhecimento sobre o meio ambiente, ressaltando
principalmente as atividades práticas e as experiências
pessoais.
7.1 Organização do tempo escolar
A organização do tempo escolar implica uma abordagem de
aprendizagem que respeita tempos e espaços diferenciados, associados ao
desenvolvimento dos sujeitos. Nesse sentido, a escola organiza para além das
aulas, atividades extracurriculares. Programas que permitam o acesso ao
conhecimento acumulado pela humanidade e que seja socialmente válido,
47
fundamentado no respeito ao ritmo de desenvolvimento dos alunos,
agregando valores que promovam sua formação integral.
Atividades Escolares:
* Laboratório de Informática: As atividades desenvolvidas com a utilização
da informática são incentivadas pela equipe escolar, visando o
aprimoramento da aprendizagem.
* Feira de Ciências: É realizada com o envolvimento dos alunos de todas as
séries com orientação de professores e alunos monitores. Consiste na
apresentação de pesquisas de acordo com o conteúdo trabalhado pelos
professores. Durante as apresentações, os alunos explicam para os visitantes
suas descobertas em relação ao tema estudado, além de apresentar o
resultado através da demonstração dessas experiências.
* Mostra Pedagógica : Consiste na exposição das atividades desenvolvidas
em todas as disciplinas no decorrer do ano letivo.Dessa forma, as pesquisas,
as maquetes, as experiências no laboratório de ciências, os desenhos, as
poesias, as músicas, as danças, entre tantas outras atividades desenvolvidas
durante o ano, são abertas a comunidade e aos pais na data prevista em
calendário, para que haja interação entre o fazer pedagógico, a aprendizagem
dos alunos e a sociedade.
* Biblioteca : As leituras indicadas pelos professores fazem da biblioteca um
local de constante uso. O atendimento da bibliotecária está voltado para o
incentivo à leitura e pesquisa, além do ambiente estar acolhedor e
organizado. As atividades desenvolvidas através da leitura almejam a
formação de um leitor crítico. Por conseguinte, as propostas são as leituras
contemporâneas relacionadas a fatos históricos, as questões políticas,
econômicas, sociais e culturais que envolvem as diversas disciplinas do
currículo escolar. As leituras e pesquisas desenvolvidas pelos alunos são
utilizadas em diversas estratégias metodológicas como relatos, diálogos,
48
comparações, críticas e debates, desenvolvendo dessa forma a criticidade e a
consciência de cidadania e de fazer parte da sociedade.
* Fera : Festival de Arte da Rede Estudantil que tem como objetivo estimular
experiências nas diversas áreas e linguagens artísticas, desenvolvendo a
interdisciplinaridade, trabalhando o conhecimento, a arte e a cultura,
contribuindo para a reflexão sobre arte e educação, e ainda, promovendo o
intercâmbio inter-regionais para enriquecer o tempo e os espaços escolares e
desenvolver atividades artísticas culturais para auxiliar a formação do aluno,
elencados no plano de ação docente.
* Enem : Realização e participação no Exame Nacional do Ensino Médio, pelos
alunos da 3ª série do Ensino Médio, com o objetivo de avaliar o desempenho
do aluno ao término da escolaridade básica, para aferir o conhecimento
adquirido ao longo de sua trajetória escolar, fundamentais ao exercício da
cidadania, à vida acadêmica e ao mundo do trabalho.
* Excursões ( UEL ) : Os formandos são levados em visita a Universidade
Estadual de Londrina, para conhecer o Museu de Anatomia, a Biblioteca e
outros. A visita consiste no trabalho de motivação que a escola desenvolve
junto aos alunos, para que conheçam o espaço universitário e estabeleçam
metas para chegar a universidade. A valorização do ensino superior e o
diálogo sobre as dificuldades de acesso, as questões das cotas para os alunos
da rede pública de ensino e também para os afro-descendentes e indígenas,
são questões analisadas e debatidas entre os alunos e os educadores.
A escola participa também de eventos realizados por outras
instituições como: feiras, exposições, conferências, campanhas, atividades
culturais e filantrópicas. Os alunos são envolvidos com campanhas
educativas e de cunho social, sendo incentivados pela equipe escolar,
demonstrando a importância de atuar como cidadão.
49
Eventos:
α) Eventos Esportivos :
Torneio Interclasse - tem como finalidade a integração e envolvimento da
comunidade escolar, nas modalidades Voleibol, Basquetebol e Futebol,
atividades estas elencadas no Plano de Ação Docente na Disciplina de
Educação Física. Responsáveis: professoras de Educação Física.
b) Jogos Institucionais - Participação dos alunos nos Jogos Escolares, para
integração e envolvimento da comunidade interna e externa, conforme cronograma
da SEED. Fase Regional, Fase Macro Regional e Fase Final
a) Participação voluntária de alunos nos Jogos Abertos e da Juventude,
conforme cronograma Fundação de Esportes do Paraná, Fase Regional e Final.
b) Jogos Escolares do Município.
β) Eventos Festivos : Os eventos festivos são realizados em datas previamente
agendadas, conforme os conteúdos elencados no Plano de Ação Docente,
através de trabalhos e /ou atividades disciplinares e interdisciplinares.
- Aniversário da Escola – A comemoração é realizada através de atividades
internas.
- Dia do Estudante – Comemoração interna coordenada pela direção e
equipe pedagógica. A organização dessa atividade consiste notrabalhoconjunto de
todas as disciplinas, cujo objetivo é desenvolver no aluno a socialização, valorização
da amizade e da convivência pacífica, capacidade de organização, valorização da
cultura e da arte.
- Dia do Professor – Comemoração interna, organizada pela direção e
equipe pedagógica.
- Semana da Pátria – Hasteamento da Bandeira Nacional e execução do
Hino Nacional Brasileiro durante a semana, culminando com o Desfile no dia 07/09,
com apresentação da Fanfarra do Colégio.
- Semana da Criança – Várias atividades internas e externas.
50
- Formatura - Solenidade de colação de grau e confraternização.
d) Eventos Culturais : Os eventos culturais são realizados, conforme os calendário escolar e, através de trabalhos e /ou atividades disciplinares e interdisciplinares.
• Festa Junina: Apresentação de quadrilhas, teatros e outras danças
referentes ao tema, pelos alunos do Colégio, tanto do Ensino
Fundamental como do Médio, demonstrando seus talentos artísticos
à comunidade externa.
• Fanfarra: Apresentação em desfiles de comemoração da
Independência do Brasil e/ou Aniversário da Cidade.
• No contexto atual da globalização, em que os espaços chamados
culturais vão se tornando a cada dia mais importante e presente em
todos os níveis de ensino, a fanfarra escolar, muito mais do que um
caminho alternativo, apresenta-se como uma forma de ensino
proveitosa, que deve ser valorizada pelos professores e pais de
alunos, pois contribui de forma prazerosa para a interação e
superação de situações presenciais que interferem diretamente no
processo de ensino-aprendizagem, em sala de aula. Objetivando
despertar o gosto pela música, conhecer a história das fanfarras,
formação e evolução; reconhecer a fanfarra como constituição de um
espaço de educação da juventude; valorizar o trabalho em equipe de
forma organizada.
Podem participar alunos do Ensino Fundamental ou Médio que tenham
interesse e disponibilidade de tempo no turno alternado para que se efetive
aprendizagem dos mesmos, bem como alguma habilidade com os
instrumentos contidos no programa.
Parcerias Institucionais:
:a) CIEE/SEED - Convênio Instituição de Ensino e Agente de Integração CIEE/ PR -
O convênio com o CIEE oferece oportunidade de estágio com uma estratégia de
51
profissionalização, que complementa o processo de ensino e aprendizagem e,
insere o aluno no mercado de trabalho.
b) PREFEITURA MUNICIPAL - Parceria com a Prefeitura Municipal dentro de suas
possibilidades, transporte coletivo de alunos da zona rural e para eventos esportivos,
culturais e educacionais.
c) UENP/CEML – Conforme exigências regulamentares do Conselho Nacional de
Educação (CNE) e de acordo com a Lei 9394/96, Artº 61, a Instituição de Ensino
Superior, encaminha alunos matriculados em cursos de nível 3º grau, para
realização de estágios, os quais constam basicamente de atividades diversas, como:
observação, entrevistas, assessoramento e regências de classe.
Projetos Institucionais :
* BOLSA FAMÍLIA / BENEFÍCIO VARIÁVEL JOVEM - Os projetos têm como
finalidade garantir o acesso, permanência e sucesso dos adolescentes na escola,
dando condições sociais, intelectuais e pessoais da cidadania. Também permite
subsidiar o atendimento a população carente, com fornecimento de recursos
financeiros, através de convênio firmado com o Governo Federal e Secretaria de
Estado da Educação. Em contrapartida, as famílias se comprometem em manter
seus filhos na escola, acompanhar o seu progresso escolar e se responsabilizar por
seu desenvolvimento, proporcionando assim, uma melhoria importante dos vínculos
familiares e a auto-promoção familiar. Bolsa Família alunos até 16 anos e Benefício
Variável Jovem a partir de 17 anos. Responsável: Amair de Oliveira.
LEITE DAS CRIANÇAS – desenvolvimento e execução do referido Programa –
Diminuição da Desnutrição Infantil no estabelecimento de ensino, ponto de
recebimento e distribuição. Atendimento prioritário direcionado às crianças de seis
meses a trinta e seis meses de idade, com número flexível de atendimento mensal.
Responsável: Amair de Oliveira.
LINHAS DE AÇÕES INSTITUCIONAIS
52
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL – é um processo sistemático de discussão
permanente sobre as práticas vivenciadas na escola, essencial à construção da sua
autonomia, pois lhe fornece subsídios para o aperfeiçoamento da qualidade do seu
trabalho. Etapas: preparação, desenvolvimento e consolidação. Responsáveis:
Professoras pedagogas:
FICA – FICHA DE COMUNICAÇÃO DO ALUNO AUSENTE - Instrumento para a
sistematização de ações de combate à evasão Escolar. O professor ao constatar a
ausência do aluno por 05 (cinco) dias consecutivos, ou então, 07 (sete) alternados
no período de um mês e, esgotadas as iniciativas a seu cargo, comunicará o fato à
equipe pedagógica, que entrará em contato com a família, comunicando o fato à
direção da escola, orientando e adotando procedimentos que possibilitem o retorno
do aluno, pretendendo assim, criar uma rede de enfrentamento à evasão,
promovendo a inserção, no sistema educacional dos adolescentes que tenham sido
excluídos. Responsáveis: Professoras Pedagogas.
OLIMPÍADA DE PORTUGUÊS : Participação, integração dos alunos do colégio, nas
fases da Olimpíada Paranaense, resgatando os conhecimentos adquiridos de
Língua Portuguesa. Responsáveis: Professoras das disciplinas e Professoras
pedagogas.
OLIMPIADA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS – OBMEP -
Participação, integração dos alunos do colégio, nas fases da Olimpíada Paranaense,
resgatando os conhecimentos adquiridos de Matemática. Responsáveis:
Professoras das disciplinas e Professoras Pedagogas.
PROJETOS EDUCACIONAIS
CONSELHO DE CLASSE PARTICIPATIVO - Reuniões e encontros bimestrais para
discussão de propostas, análise dos serviços pedagógicos sobre o trabalho docente
53
e equipe pedagógica e, elaboração de procedimentos, tendo em vista o avanço da
prática pedagógica, para a busca conjunta de alternativas de ações.
Responsáveis - Professoras pedagogas:
LABORATÓRIO DE FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA - Desenvolvimento de aulas práticas laboratoriais de acordo com os espaços adequados, com participação efetiva dos alunos, numa relação teoria-prática dos conteúdos, objetivando melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
AGENDA 21- O Colégio propõe diagnosticar no coletivo os problemas ambientais referentes aos temas: ar, fogo, água e terra. Dentre os temas, o tema terra será base de estudo durante o ano letivo através de elaboração de metas e propostas de ações. Propostas estas trabalhadas de forma interdisciplinar, envolvendo todas as disciplinas com a participação da comunidade escolar, procurando a melhoria da qualidade de vida, tanto no aspecto social, econômico, ambiental de forma sustentável.
SALA DE APOIO - O período vespertino conta com duas salas para
atendimento de alunos, sendo uma para a disciplina de Português e outra
para a disciplina de Matemática.
PROJETOS COMPLEMENTARES : A escola definiu como prioridade o
desenvolvimento de Projetos Educacionais, Institucionais e programas
complementares para a melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem. Dessa
forma foram propostos no início das discussões para a elaboração do Projeto
Político Pedagógico que uma das metas a serem perseguidas, seria a efetivação
desses programas.
FOLHAS - lançado pelo Governo do Estado com o intuito de incentivar a pesquisa e
a ampliação do conhecimento por parte do professor, bem como, oferecer ao aluno
material didático alternativo. Responsáveis: Professoras pedagogas.
54
VIVA A ESCOLA - Visa à expansão de atividades pedagógicas realizadas na escola
como complementação curricular vinculadas ao P.P.P., a fim de atender às
especificidades da formação do aluno e de sua realidade.Tal programa se propõe a
dar atendimento aos estudantes no horário contrário ao turno em que atualmente
freqüentam no ensino regular e possibilitar aos educandos maior integração na
comunidade escolar, fazendo a interação com colegas, professores e comunidade.
As atividades do programa devem ser organizadas a partir de três núcleos do
conhecimento: Expressivo-corporal (esportes, brinquedos e brincadeiras, ginásticas,
lutas, jogos, teatros e danças); Científico-cultural (história e memória, cultura
regional, atividades literárias, artes visuais, músicas, investigação científica,
divulgação científica e mídias) e Integração Comunidade e Escola (Fórum de
Estudos e Discussões e Preparatório para o Vestibular).
Neste Estabelecimento de Ensino, o núcleo de conhecimento desenvolvido é
o Expressivo-corporal, na modalidade esportes (vôlei e basquete) para o Ensino
Fundamental; e Integração Comunidade e Escola na modalidade Preparatório para o
Vestibular (Língua Portuguesa), para o Ensino Médio.
AGENDA 2I - A equipe escolar definiu a Questão Ambiental como uma
prioridade a ser trabalhada, conforme os preceitos da agenda 21 “Pensar
Globalmente e Agir localmente”. Assim o tempo escolar definiu-se em aulas
com um itinerário educativo teórico-prático voltado para o desenrolar das
seguintes ações:
A execução de uma horta, o reflorestamento e jardinagem e a
produção de húmus orgânico no espaço escolar, com a devida manutenção
através de trabalho interdisciplinar. Assim, para cada uma das ações acima
citadas existe um envolvimento didático-pedagógico definido por cada
disciplina.
A participação dos educandos em práticas esportivas como o
voleibol e o basquetebol, também se faz presente, sendo motivo de orgulho
para toda a comunidade escolar, as conquistas alcançadas pelo time
feminino do Colégio.
55
O jogo de xadrez é um conteúdo da disciplina de Educação Física
sendo motivo de apreciação de todos os alunos, possibilitando a participação em
diversos campeonatos e eventos promovidos pelas instituições. Alguns alunos com
disponibilidade de tempo no contra turno e anuência dos pais participam de aulas de
xadrez no CEFET de acordo com projeto desenvolvido por aquela instituição,
contando com apoio e parceira de uma gestão democrática e responsável por fazer
valer os direitos educacionais almejados pela família e pela comunidade.
Os alunos têm participado efetivamente de concursos de
âmbito nacional, estadual e municipal, de ONGs e de entidades
governamentais sempre com o respaldo dos professores e com o intuito de
educar.
No cotidiano das salas de aula são diagnosticadas questões
referentes ao processo ensino aprendizagem como as dificuldades citadas no
Marco Situacional. As estratégias para superação das mesmas foram
estabelecidas pelo conjunto dos educadores e a equipe pedagógica e contam
primordialmente com o diálogo entre o aluno e o professor que, após o
diagnóstico das causas das dificuldades, estabelece estratégias para a
superação das mesmas.
As estratégias são compostas de diversificação das atividades,
com metodologias diversificadas que possam atingir e resgatar as
dificuldades de aprendizagem. O educador de dada área de estudo busca
diagnosticar as causas das dificuldades junto com o aluno para que então
possa ajudá-lo na superação das mesmas. Como estratégia de estudo busca
estabelecer atividades em grupo e tutores que auxiliem os colegas na
aprendizagem, além disso, a recuperação paralela e concomitante facilita o
diagnóstico constante e a busca de novas estratégias para atingir os objetivos
estabelecidos no ensino aprendizagem.
As metas de qualidade na aprendizagem ainda contam com as
estratégias de conscientização do aluno, encaminhamento do problema a
56
equipe pedagógica para diálogo com familiares e aluno, palestras educativas
com representantes da Patrulha Escolar que desenvolvem trabalho de
prevenção e conscientização sobre a valorização da educação e a inclusão
social.
As palestras educativas primam pela valorização da
aprendizagem enfocando estratégias de estudo, cuidados e organização do
material escolar, cumprimento de atividades extra-classe, assiduidade e
compromisso com o tempo escolar.
A evasão escolar é sistematicamente combatida através do
controle da assiduidade do aluno, que depois de detectada sua ausência, os
familiares são convocados a comparecer e justificar o motivo da mesma. O
não comparecimento dos responsáveis implica no encaminhamento ao
conselho Tutelar para as devidas providências e o imediato retorno do aluno
á sala de aula. A evasão escolar também é combatida através da perda da
Bolsa Escola o que motiva o comparecimento de alunos carentes oriundos de
famílias de baixa renda.
Dessa forma a instituição tem por meta manter o índice de
evasão escolar como mínimo, buscando empenho na qualidade de ensino e
inclusão social.
É pertinente ressaltar que o respeito à diversidade, a
pluralidade cultural, embasam as metas e os objetivos educacionais nas
realizações de atividades dentro do espaço escolar. Dessa forma, a prática de
um Projeto Político Pedagógico deve levar ao processo de mudança, do agir
de forma consciente e espontânea, confiando e respeitando a evolução de
cada um, buscando a harmonia entre corpo, espírito, natureza e ambiente.
Em relação às diversidades étnico-racial, credo religioso, sexo
e inclusão de alunos portadores de deficiência, a escola têm desenvolvido
ações na prática pedagógica combatendo a discriminação, o preconceito e o
racismo na comunidade, buscando a valorização do ser humano, através de
57
palestras com profissionais das áreas específicas e também com orientações
da equipe pedagógica e professores.
Inclusão Social : Será necessário que o Estado prepare as escolas para a
inclusão dos alunos portadores de necessidades especiais, tomando algumas
medidas como:
• Abertura da demanda, para professor especializado em Educação
Especial, Psicopedagogo e Psicólogo em cada estabelecimento de
ensino;
• Capacitação de todos os profissionais da escola oportunizando o
atendimento exclusivo e paralelo aos alunos portadores de
necessidades educacionais especiais;
• Adequação complementar de espaço físico, para o atendimento de
tais alunos (sala de recursos, rampas, banheiros, etc)
• Material didático adequado para as diferentes necessidades.
7.2. A escola: parceria com a família e comunidade
A escola vem procurando manter uma convivência mais
harmônica e produtiva com seu ambiente mais próximo, tais como: o
desenvolvimento de um programa de relações com a comunidade, a
utilização dos recursos do Conselho escolar e o incremento das atividades
da Associação de Pais e Mestres e Funcionários (APMF).
A escola tem hoje, com justa razão, a preocupação de
conquistar o apoio da comunidade, considerando-o relevante para uma
atuação eficaz. Para tanto, a primeira preocupação deve ser a de construir
uma imagem positiva, despertando o desejo de cooperação na comunidade,
tornando-se, assim, mais fácil o desenvolvimento de seu trabalho. Por outro
lado a escola recebe também os benefícios de uma gestão democrática:
58
alunos, professores e funcionários sentem maior satisfação por pertencerem
a uma instituição com credibilidade e, consequentemente, agem no sentido
de preservar a imagem da escola.
É possível imaginar-se a existência de falhas em alguns
setores, sem que isto signifique, necessariamente o desequilíbrio da situação:
uma comunidade indiferente pode ser conquistada com um bom programa
de melhoria do relacionamento escola-comunidade; um professor mal-
adaptado pode ser ajudado a aperfeiçoar seu padrão de desempenho; as
deficiências materiais podem ser diminuídas ou eliminadas mediante
campanhas e atividades comunitárias.
A escola tendo consciência do seu papel e para que as suas
metas sejam realizadas mantêm e tenta estreitar os vínculos com os pais,
usando a comunicação através dos alunos como uma estratégia constante.
Dessa forma todas as ações propostas pela escola são explicadas aos alunos
que são chamados à participar; os pais recebem comunicados através de
bilhetes e recados dados por seus filhos. O método é bastante eficaz e na
maioria das vezes os objetivos são plenamente atingidos, seja para uma
promoção, um conserto, uma colaboração, os pais sempre se mostram
acessíveis através desse contato.
As reuniões foram estabelecidas pela equipe escolar de acordo
com as prioridades, sendo que existem aquelas organizadas para entrega de
boletins e precedidas por um diálogo sempre acolhedor constando de relatos
sobre os progressos alcançados pela instituição, as novas conquistas e os
devidos agradecimentos à comunidade.
Algumas reuniões são organizadas especificamente para
comemorações como: Dia das Mães, Dia dos Pais, Aniversário da Escola,
Mostra Pedagógica, Festa Junina. Nesses eventos procura-se o diálogo com
os pais mostrando quais os objetivos da escola e solicitando colaboração
para a realização dos mesmos. A comunidade de pais está sempre
empenhada em participar e ajudar na transformação da escola.
59
Além da participação dos pais no desenvolvimento das ações
da escola, sempre que necessário os mesmos são chamados para comparecer
e tratar de assuntos específicos sobre o ensino e a aprendizagem. São
momentos de diálogo entre pedagogo, diretora, professor e responsável pelo
aluno. Os pais têm percebido que a escola realmente importa-se com a
qualidade da educação de seus filhos e, portanto também estão empenhados
na busca dessa qualidade.
Muito se tem falado sobre o Projeto Político Pedagógico da
escola com os pais, o que resulta numa maior proximidade, facilitando a
formação de parcerias entre escola, pais, alunos e comunidade. Dessa
parceria, os projetos elaborados pela escola estão sendo colocados em
prática, fortalecendo a cada dia a inclusão social, a construção da escola
cidadã e a melhoria na qualidade da educação brasileira.
7.3. A organização escolar e as instâncias colegiadas
7.3.1. Conselho de classe
O Conselho de Classe sendo o órgão colegiado de natureza
deliberativa em assuntos didático-pedagógicos tem como objetivo principal
avaliar e propor melhorias no ensino e na aprendizagem.
Este órgão é responsável por estudar e interpretar dados da
aprendizagem na relação com o trabalho do professor e, avaliar os
resultados da aprendizagem dos alunos, na perspectiva do processo de
apropriação do conhecimento, da organização dos conteúdos e dos
encaminhamentos metodológicos da prática pedagógica.
No cumprimento dessas metas, o Conselho de Classe reunir-
se-á a cada bimestre, em datas previstas no calendário escolar, e
extraordinariamente sempre que necessário, por convocação do diretor,
sendo obrigatório o comparecimento de todos.
60
7.3.2. Conselho escolar
O Conselho Escolar é um órgão formado por todos os
segmentos da comunidade escolar: pais, alunos, professores, direção e
demais funcionários. Por meio dele todas as pessoas ligadas a escola pode se
fazer representar sobre aspectos administrativos, financeiros e pedagógicos;
é capaz de garantir a autonomia da escola como instrumento de gestão, de
natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a
organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo da
instituição escolar em conformidade com as políticas e diretrizes
educacionais da SEED.
O Conselho Escolar ainda tem como principal atribuição
aprovar e acompanhar o Projeto Político-Pedagógico da escola. Seus
membros devem ter participação na construção e na efetivação do mesmo.
Essa participação dar-se-á através das reuniões com a equipe pedagógica e
professores, nas quais serão debatidos os objetivos e metas educacionais da
instituição escolar na construção e efetivação do Projeto Político-pedagógico.
As ações dos Conselheiros juntamente com as dos membros
da instituição escolar e comunidade devem ser a de discutir, debater e avaliar
as propostas referentes ao desenvolvimento e cumprimento do Projeto
político-Pedagógico.
A promoção de reuniões periódicas com os membros escolares
deve ser mais constante, o que possibilitará a ampliação das ações referentes
à aprovação e acompanhamento da efetivação das metas propostas no
projeto Político-Pedagógico.
O Conselho Escolar do Colégio Estadual “Monteiro Lobato” –
Ensino Fundamental e Médio, fica assim constituído:
Presidente: Amair de Oliveira
61
Representante da Equipe Pedagógica: Cleusa Rech Brito , Adriana Cristina dos
Reis e Ceci Mara Spagolla Bergamasco .
Representante da Equipe Administrativa e Funcionários: Valéria Benevenuto
Jandozo
Representante dos Funcionários de Serviços Gerais: Maria Lusmar Teles e
Eliane Piza.
Representante de Professor Ensino Fundamental: Roseli Henrique Pereira e
Tarcia Zulmira Marcolini.
Representante de Professor Ensino Médio: Cipriano Luiz Sanches e Inês
Cardin.
Representante de Alunos Ensino Fundamental: Camila Medeiros Oliveira
Cantídio e Jade Vieira Melo Souza.
Representante de Alunos Ensino Médio: Hugo Passos de Oliveira Braiano e
Tabatta Hellen Santos Panagio Penteado.
Representante de Pais Ensino Fundamental: Maurici Antonio Lemes e Sônia
Jorgina Guimarães Pereira.
Representante de Pais Ensino Médio: Marli Alves da Costa e Luci Passos de
Oliveira.
Representante dos Segmentos da Sociedade: Edno Bressan.
7.3.3. Associação de Pais, Mestres e Funcionários
A Associação de Pais, Mestres e Professores é o órgão
destinado a promover o intercâmbio entre a família do aluno, os professores,
a direção da escola e propor medidas que visem a melhoria geral da
educação escolar. As reuniões são convocadas pela direção sempre que se
faz necessária. O comparecimento dos envolvidos é sempre constante e as
decisões são tomados com base no consenso comum, sendo efetiva a
participação dos membros em todas as proposições feitas pela escola.
62
A APMF tem dado expressiva contribuição para a melhoria da
qualidade de ensino, seja nos acompanhamentos disciplinares, na aplicação
do Currículo didático, dos professores e na conservação do patrimônio
público. As ações sociais promovidas pela organização, tais como festas,
eventos esportivos e culturais, têm assumido dupla natureza: pedagógica e
arrecadação de recursos.
As festas, realizadas anualmente, normalmente em datas
comemorativas, envolvem toda a comunidade escolar e, nessas ocasiões, são
demonstradas através de apresentações dos alunos, de exposições de
trabalhos pedagógicos, as atividades desenvolvidas no transcorrer do ano
letivo. Enfim, parte da produção escolar é exposta para a comunidade, com a
finalidade de divulgar os resultados do trabalho escolar.
A aplicação dos recursos financeiros definidos em reunião tem
sempre duas finalidades, porém com pesos diferentes: 70% para materiais
pedagógicos e assistência aos alunos e o restante para materiais de consumo,
pequenos reparos, instalações e manutenção do prédio escolar.
A famosa resistência dos pais em participar da vida escolar de
seus filhos, está sendo revertida, a medida que muitos desses pais, e já
contamos com um número significativo, têm demonstrado grande interesse,
e até orgulho em participar da comunidade escolar.
A APMF, que antes se preocupava apenas com aquisição de
verbas, as quais eram destinadas na maioria das vezes, para fins de
conservação do prédio escolar, assume um novo perfil, muito mais amplo e
significativo para a escola, a partir das mudanças organizacionais e das
transformações pedagógicas e culturais inevitáveis para a escola como
instituição social.
Atualmente composta pelos seguintes membros, com mandato
(2009/2011):
Presidente: Valdecy José Custódio de Campos
Vice-Presidente: Emedsom D. Salles
63
1º Secretário: Valdelene Aparecida da Silva
2º Secretário: Amélia Maria Cecílio
1º Tesoureiro: William José Godinho
2º Tesoureiro: Maurici Antonio Lemes
1º Diretor Sócio-Cultural Esportivo: José Maria Conceição
2º Diretor Sócio-Cultural Esportivo: Tárcia Zulmira Marcolini
Assessoria Técnica: Amair de Oliveira e Cleusa Rech Brito
Conselho Deliberativo e Fiscal:
- Marli Alves Costa
- Jefferson Luz
- Edna Pereira Moraes Sanches
- Angelita Campos de Oliveira Cantidio
7.3.4. Grêmio Estudantil
A proposta da Escola para o Grêmio Estudantil é de, segundo
normas e critérios estritamente democráticos, permitir a participação
dinâmica e efetiva dos alunos nas ações da escola. A ideia é promover a
responsabilidade através de ações participativas e livres que venham
colaborar com a escola como um todo.
Nesse sentido, estamos chamando nossos alunos aos seus
deveres de estudante, ao mesmo tempo em que eles próprios descobrirão
seus direitos, o que lhes garantirão reivindicações justas e conscientes. As
estratégias utilizadas para que haja o envolvimento do aluno e a promoção
da consciência critica são através do diálogo e da participação dos mesmos
diante das questões que envolvem o cotidiano escolar. Dessa forma questões
como os cuidados com o patrimônio escolar como a sala de aula limpa e em
ordem, os cuidados com as plantas nos corredores e a limpeza da área
externa são debatidos em sala de aula para que efetivamente o aluno
participe cuidando e preservando.
64
Atualmente composta pelos seguintes membros, com mandato
(2009/2010):
Presidente: Luiz Guilherme de Morais Sanches
Vice presidente: Flávio Fernandes Grazionale
1º Secretário: Danielle de Souza Sborowski
2º Secretario: Érica Caroline Braz
1º Tesoureiro: Henrique Cavalcanti Bueno Santos
2º Tesoureiro: João Augusto Cecílio
Departamento Esportivo: Paulo Simão e Rubens Custódio de
Campos Neto
Departamento Cultural: Wiliam Santana Estácio, Gislene Vieira
Monteiro e Douglas Henrique Santana
Departamento de Comunicação: Luana de Faria Marcelino.
Departamento de Festas e Eventos: Vinícios Rodrigues e Bianca
Alberine Ruza.
Ao promover eventos como a Mostra Pedagógica, Oficinas,
desfile da Independência do país, Projeto Fera, entre tantas outras atividades
desenvolvidas pela instituição escolar os alunos são envolvidos no processo
desempenhando junto à equipe escolar um trabalho relevante e importante
para a realização dos objetivos. Dessa forma os alunos são capazes de sentir
que fazem parte da escola, percebendo que são respeitados e atendidos em
suas reivindicações e, portanto desenvolvendo sua consciência critica para
atuar como um agente modificador na escola e na sociedade.
A partir de um movimento estudantil bem elaborado, o jovem
estudante ampliará seus horizontes e, com certeza, terá uma participação
política, social e cultural significativa na sociedade em que vive.
65
7.4. Calendário Escolar
A elaboração do calendário escolar contou com a
participação da equipe escolar para o estabelecimento dos dias letivos e não
letivos dentro da obrigatoriedade de duzentos dias letivos.
Dentro desse contexto foram estabelecidos os critérios para as
reuniões pedagógicas, reuniões com pais de alunos, festas comemorativas e
eventos promovidos pela escola, assim como a participação de professores e
funcionários em cursos de capacitação promovidos pelo NRE e SEED.
O Calendário Escolar do nosso estabelecimento possui uma
carga horária mínima de 800 horas, distribuídas em 200 dias de efetivo
trabalho escolar. Nele está definido o início e o término do ano letivo, férias,
recessos escolares, feriados oficiais, semana de planejamento, de
capacitação, semana cultural recreativa e desportiva, dois Pré-Conselhos, um
no mês de maio e outro em outubro e dois Conselhos sendo um em julho e o
outro em dezembro.
O Estabelecimento de Ensino elabora o calendário escolar e
coloca sob a apreciação e aprovação do Conselho Escolar e, posteriormente,
envia-o ao Núcleo Regional da Educação para homologação.
7.5. Plano de Formação Continuada para Professores e Funcionários
A formação continuada é proporcionada e certificada pela
SEED do Paraná, sendo organizados e realizados na escola Grupos de Estudo,
reuniões pedagógicas, encontros e diálogos sempre voltados para a formação
e a capacitação de todos os envolvidos no processo educativo. A Semana
Pedagógica é um período também voltado para a formação profissional
através de estudos e debates, reflexões sobre metas e planejamento para o
ano letivo.
66
A construção do Projeto Político-Pedagógico oportunizou
momentos de pesquisa, debates e diálogos que proporcionaram a ampliação
dos saberes de toda a equipe escolar.
A escola incentiva professores, pedagogos, assim como
funcionários administrativos e de serviços gerais a participar efetivamente
dos cursos de capacitação ofertados pela SEED. Também incentiva a
participação nos grupos de estudo, sendo comum sugestões de leituras sobre
educação enviadas pela SEED que possam contribuir para o embasamento
necessário do educador, pois, através do contato com novas abordagens
ocorrerá o enriquecimento e fundamentação profissional.
O estudo teórico coletivo dos professores organizar-se-á em
momentos, quando serão distribuídos textos de autores relacionados à
Educação e relacionamento escolar.
A organização de momentos coletivos, para estudo teórico,
será feita na hora/atividade, quando serão distribuídos textos com
antecedência pela equipe pedagógica e professores, de autores relacionados
à Educação e ao ensino e a aprendizagem para leitura e reflexões.
A evolução do mundo de hoje, as transformações em todos os
campos do conhecimento, o aprimoramento de métodos e técnicas, os
progressos alcançados no campo da aprendizagem, tornam indispensáveis à
atualização permanente do professor, tanto em conteúdos de sua disciplina
como na forma de desenvolver seu trabalho, portanto a pertinência do
desenvolvimento de estudos para a formação continuada.
7.6. Atividades Escolares em geral e as Ações Didáticas Pedagógicas a
serem desenvolvidas durante o tempo escolar
É pertinente ressaltar que o respeito à diversidade, a
pluralidade cultural, e aos desafios educacionais contemporâneos embasam
67
as metas e os objetivos educacionais nas realizações de atividades dentro do
espaço escolar.
É notório que as exigências que se apresentam na
contemporaneidade têm despertado o interesse e a necessidade das
instituições de educação de rever suas práticas com vistas à melhoria de seus
processos.
As demandas que se apresentam têm sido, sobretudo, voltadas
para questões do mundo do trabalho, violência, drogas, valores, meio
ambiente, enfim, a humanidade tem definido uma pauta de prioridades que
precisam ser discutidas no âmbito da escola.
As relações de trabalho hoje são vistas como o grande
fantasma da sociedade moderna, uma vez que os modos de produção
decorrentes da tecnologia tomaram uma proporção nunca antes vista. O
mercado, por sua vez, tem exigido atualmente um novo perfil de trabalhador,
por conta dos efeitos da globalização. A palavra de ordem é flexibilidade,
trabalho em equipe e qualificação permanente, lema do neoliberalismo, por
isso, a escola deve tomar o cuidado para não estar voltada a este tipo de
educação, pela adaptação do aluno (a) ao mercado de trabalho, estando
sujeito as injustiças sociais da sociedade capitalista.
Outra questão que merece destaque é a crise de valores que
assombra a sociedade moderna. A tolerância, o respeito e a solidariedade
perderam espaço para o egoísmo, individualismo e consequentemente têm
gerado a composição negativa entre as pessoas. Diante disto, como trabalhar
e contemplar o resgate de tais valores na escola.
Além disso, o meio ambiente também tem sido motivo de
preocupações exigindo novas formas de ocupar o planeta, sob pena de não
termos mais condições de sobreviver. A escassez da água, o lixo produzido,
os mananciais, animais em extinção precisam de atitudes corajosas e ao
mesmo tempo, consciência de todos.
68
Diante de tais questões, o Projeto Político Pedagógico deverá
contemplar os problemas elencados para dar conta de transformar a
informação em conhecimento.
A organização do tempo escolar implica uma abordagem de
aprendizagem que respeita tempos e espaços diferenciados, associados ao
desenvolvimento dos sujeitos. Nesse sentido, a escola organiza para além das
aulas, atividades extracurriculares. Programas que permitam o acesso ao
conhecimento acumulado pela humanidade e que seja socialmente válido,
fundamentado no respeito ao ritmo de desenvolvimento dos alunos,
agregando valores que promovam sua formação integral.
A escola definiu como prioridade o desenvolvimento de
programas para a melhoria na qualidade do ensino e da aprendizagem. Dessa
forma foram propostos no início das discussões para a elaboração do Projeto
Político Pedagógico que uma das metas a serem perseguidas, seria a
efetivação destas ações.
Anualmente é realizada na escola uma Mostra Pedagógica
com a participação de alunos, comunidade, pais e professores. É um
momento de intensa interação e desenvolvimento de capacidades como
trabalho em grupo, capacidade organizacional, responsabilidade, oralidade,
socialização e prazer de fazer parte de uma escola motivadora e acolhedora.
Os critérios para a organização e utilização dos espaços
educativos como visitas aos museus, parques, praças, prefeituras, corpo de
bombeiro entre outros seguem algumas regras elaboradas pela equipe
escolar:
O professor especifica no seu Plano de Trabalho Docente, as
atividades a serem desenvolvidas; elabora um roteiro de atividades
diferenciadas que é analisado e apoiado pela direção e equipe pedagógica, os
pais recebem um comunicado da escola especificando a atividade e o pedido
de autorização que é posteriormente arquivado pela secretaria; o professor
69
recebe subsídios da equipe como transporte, agendamento do evento,
lanches e materiais necessários para a realização da atividade extra-classe.
As atividades realizadas no espaço interno contam com
agendamento prévio como o horário de uso do aparelho de DVD, sala de
informática, laboratório de ciências, espaço da horta, entre outros.
Dessa forma as atividades extra-classe contam com a
assessoria e o planejamento necessário para que se cumpram os objetivos
pretendidos através de uma metodologia diferenciada e dinâmica.
7.7. Hora Atividade
Justificativa
Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
n°9394/96, em seu artigo 13, os docentes devem incumbir-se de ministrar os
dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos
períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento
profissional e, sobre a hora-atividade, aspecto do tempo escolar sobre a qual
o artigo 67 diz que "Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos
profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos
estatutos e dos planos de carreira do magistério público [...] VI-período
reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de
trabalho". ( Profª Drª. Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde).
As horas atividades, distribuídas em número de 20% da carga
horária do professor são realizadas na Escola dentro do período de regência
das aulas. Dentro do perfil de gestão democrática foi possível atender
algumas solicitações dos professores quanto a escolha do horário das horas
atividades. Dessa forma alguns professores fazem todas as horas num só
dia, enquanto alguns, as preferem intercaladas com as aulas no transcorrer
da semana, ressaltando-se ainda que se tentasse seguir as orientações do
NRE que determinava dias específicos para cada disciplina, porém houve
70
várias trocas de professores ocasionadas por novos padrões assumidos, o
que dificultou o cumprimento das orientações recebidas.
O controle e registro das horas-atividade são feitos através de
cronograma elaborado pela equipe escolar, ficando na sala dos professores e
sob responsabilidade de cada educador.
As horas-atividade são literalmente usadas para atender o
cotidiano de uma instituição escolar, no que se refere às questões didático-
pedagógicas, incluindo atendimento aos pais de alunos, organização de
palestras, promoção de eventos, elaboração e desenvolvimento de ações
pedagógicas, leituras para capacitação continuada, entre outros.
Dessa forma os períodos referentes às horas atividades serão
utilizados para: reunir professores que atuam nas mesmas séries e turmas,
sempre que o horário permitir; propor mecanismos para praticar a troca de
experiências entre os docentes; contemplar a interdisciplinaridade na prática
pedagógica. Sempre que possível, estabelecer estratégias de recuperação para
alunos com problemas de rendimento ou interesse; planejar atividades que
articulem escola, família e comunidade (datas cívicas e comemorativas);
melhorar e facilitar a pratica pedagógica em sala de aula; correção e
elaboração de avaliações; elaboração de aulas; planejamento de atividades
extra-classe; leitura de textos indicados pela equipe pedagógica; estudo de
textos para enriquecimento profissional; reuniões para repasse de
informações e instruções; atendimento de pais; organização de grupos de
estudos; assistir e analisar filmes e sites.
Todas as atividades propostas neste planejamento devem ser
elaboradas e cumpridas na escola, obedecendo ao tempo destinado para este
fim.
7.8. Processo de avaliação, classificação e promoção:
71
A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do
trabalho docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino
e aprendizagem. Através dela, os resultados que vão sendo obtidos no
decorrer do trabalho conjunto do professor e dos alunos, são comparados
com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos, dificuldades, e
reorientar o trabalho para as correções necessárias. A avaliação é uma
reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor
como dos alunos.
O diagnóstico da aprendizagem do aluno pode ser obtido
através da utilização de diferentes formas de avaliação de maneira contínua,
como testes, tarefas de casa, resumos, resolução de exercícios, apresentação
de seminários, atividades em grupo, pesquisas, depoimentos, organização de
trabalhos, assiduidade escolar, participação, entre outros. A utilização de
metodologias diversificadas revela o desenvolvimento dos mais diversos
aspectos cognitivos.
Os educadores entendem que o processo avaliativo é uma
tarefa complexa que não se resume á realização de provas e atribuição de
notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a
uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico-
didáticas, de diagnóstico e de controle em relação às quais se recorre a
instrumentos de verificação do rendimento escolar.
Segundo o professor Cipriano Carlos Luckesi, a “Avaliação é
uma apreciação qualitativa sobre dados relevantes do processo de ensino e
aprendizagem que auxilia o professor a tomar decisões sobre o seu
trabalho”. Os dados relevantes se referem às várias manifestações das
situações didáticas, nas quais o professor e os alunos estão empenhados em
atingir objetivos de ensino. A apreciação qualitativa desses dados, através da
análise de provas, exercícios, respostas dos alunos, realização de tarefas, etc.,
permite uma tomada de decisão para a continuidade do ensino e na busca
dos objetivos.
72
Dessa forma ao se comprovar sistematicamente os resultados
do processo de ensino, evidencia-se ou não o atendimento das finalidades
sociais do ensino, de preparação dos alunos para enfrentares as exigências
da sociedade, de inseri-los no processo global de transformação social e de
propiciar meios culturais de participação ativa nas diversas esferas da vida
social. Ao mesmo tempo, favorece uma atitude mais responsável do aluno
em relação ao estudo, assumindo-o como dever social. A avaliação ainda
contribui para a assimilação e fixação, pois a correção dos erros cometidos
possibilita o aprimoramento, a ampliação e o aprofundamento de
conhecimentos e habilidades, desta forma, o desenvolvimento das
capacidades cognoscitivas.
Avaliação
A avaliação será sempre um instrumento para dimensionar o
trabalho do professor, do aluno e da escola. A avaliação não terá função
terminal, não devendo ser mera soma das notas alcançadas frente às tarefas
propostas.
O acompanhamento deverá ocorrer em função da construção
do conhecimento e não em função das tarefas propostas.
A avaliação neste sentido não terá caráter de punição e
seleção, uma vez que todos são capazes de aprender.
Segundo Luckesi “Avaliação é um juízo de valor, sobre dados
relevantes da realidade para uma tomada de decisão”. Será portanto, refletir
com o aluno sobre os resultados obtidos e decidir quais as medidas
necessárias para reorganizar o processo. Na organização do currículo do
Ensino Médio isto implica em mudanças na concepção de avaliação. Propõe-
se, portanto uma avaliação diagnóstica, considerando-se os conteúdos que
permitem ao aluno alcançar o saber concreto sobre a visão dos saberes
acumulados, sem perder de vista que a função diagnóstica da avaliação, é
73
servir de parâmetro, como subsídio, como ponto de partida de todo o
processo ensino e de aprendizagem.
Em suma, na prática do cotidiano escolar, avalia-se para
colher informações sobre o andamento do processo ensino e de
aprendizagem, com ênfase no desempenho do estudante e dos demais
elementos da prática pedagógica.
Esta concepção de avaliação concretizar-se-á se todos os
envolvidos no processo ensino e de aprendizagem tiverem como foco a
recuperação de estudos, como retomada dos conteúdos permeando a prática
docente considerando as formas diferenciadas de aprendizagem.
A avaliação será entendida como um dos aspectos de ensino
pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu
próprio trabalho com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo
de aprendizagem dos alunos, bem como, diagnosticar seus resultados e
atribuir-lhes valor.
A avaliação deve dar condições para que seja possível ao
professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de
aprendizagem.
A avaliação deve proporcionar dados, que permitam ao
estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com
adequação dos conteúdos e métodos de ensino;
A avaliação é um processo integral, sistemático, gradual e
contínuo processual que se inicia no estudo de uma situação e se estende
através de todo o processo educativo, devendo assumir um caráter
diagnóstico, formativo e somativo.
Diagnóstico: com o propósito de determinar a presença ou
ausência de pré-requisitos, assim como identificar possíveis causas de
dificuldades na aprendizagem, tendo em vista o avanço e o crescimento do
educando e não a sua estagnação disciplinadora, o que exige do educador
uma postura pedagógica clara e definida;
74
Formativo: realizada no processo oportunizando a avaliação
do educando como um ser único, individual, respeitando suas
potencialidades e características pessoais, fornecendo elementos decisivos
para prosseguimento dos conteúdos ou para a retomada de estudos dos
mesmos, evitando-se a comparação dos alunos entre si; avaliando seu
desempenho em relação ao elenco de objetivos propostos para serem
atingidos num período determinado.
Somativo: caracterizada pela avaliação global, cumulativa, que
expressa a totalidade do aproveitamento escolar num processo contínuo,
porém, terminal do período/ano letivo.
O resultado da avaliação de aprendizagem é expresso através
de notas graduadas de 0 ( zero ) a 10,0 ( dez vírgula zero).
O rendimento mínimo exigido para aprovação é a nota 6,0
(seis vírgula zero) por disciplina ou área de conhecimento.
Os resultados das avaliações de Aprendizagem do período
letivo serão registrados em documentação própria, a fim de serem
assegurados a regularidade da vida escolar do aluno.
A nota dos períodos letivos será resultante da somatória dos
valores atribuídos de cada instrumento de avaliação, sendo valores
cumulativos em várias aferições, na sequência e ordenação de conteúdos.
A média de conclusão de disciplina será obtida através da
média ponderada das notas dos períodos letivos, constituindo-se na média
anual (M. A.).
Dispondo dessas informações é possível adotar procedimentos
para correções e melhorias no processo, planejando e redimensionado o
trabalho pedagógico.
A Avaliação será realizada em função dos objetivos expressos
nas atividades de ensino e/ou programação curricular do estabelecimento, de
acordo com as Diretrizes Curriculares emanadas pelo mantenedor.
75
A Avaliação permitirá o diagnóstico de seus resultados e a
consequente reformulação dos conteúdos e do encaminhamento
metodológico empregado, sendo contínua, progressiva e cumulativa.
A Avaliação terá como funções: auxiliar o educando na
compreensão de si mesmo, propiciando-lhe os meios de detectar as próprias
capacidades e limitações; fazer preponderar os aspectos qualitativos de
aprendizagem, dando-se maior importância à atividade crítica, a capacidade
de síntese e à elaboração pessoal.
A Avaliação do aproveitamento escolar incidirá sobre o
desempenho do aluno em diferentes experiências de aprendizagem.
A Avaliação utilizará técnicas e instrumentos diversificações,
tais como: testes orais e escritos, trabalhos práticos, debates de experiências
pessoais, participação em trabalhos coletivos e/ou individuais, tarefas
específicas, pesquisas, atividades complementares, em classe, extra-classe e
domiciliares, arguições e demais modalidades propostas pelo professor.
Compete ao professor elaborar, aplicar, corrigir e atribuir
notas aos testes, trabalhos e demais instrumentos de avaliação referente aos
conteúdos básicos propostos nas atividades de ensino.
A aferição de valor as tarefas apresentadas pelo educando será
realizada ao final de cada período letivo.
É vedada a avaliação em que o educando é submetido a uma
só oportunidade de aferição.
Recuperação de Estudos
Para os alunos de baixo rendimento escolar será
proporcionada Recuperação de Estudos de forma Paralela, ao longo da série
ou período letivo.
A Recuperação de Estudos será planejada, constituindo-se
num conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às
dificuldades dos alunos.
76
Desenvolvimento de atividades de Recuperação Paralela
envolvendo todos os docentes e equipe pedagógica para diagnosticar e
providenciar ações para a melhoria do rendimento escolar.
A Carga Horária da Recuperação de Estudos não será inserida
no cômputo das 800 (oitocentas) horas anuais/200 dias letivos.
A Recuperação de Estudos será oferecida a todos os alunos
com baixo rendimento escolar e ou àqueles que quiserem usufruí-la.
A Recuperação será realizada em todas as áreas do
conhecimento em que se fizer necessária.
Será ofertada ao aluno a oportunidade possível pelo
estabelecimento de ensino para que o mesmo resgate os conteúdos não
aprendidos.
Da Promoção
A Promoção resultará da combinação do resultado da
avaliação do aproveitamento escolar do aluno, expresso na escala de notas
de 0,0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e apuração da assiduidade.
Será considerado aprovado o aluno que apresentar:
Frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento)
do total da carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a
6,0 (seis vírgula zero), resultante da média ponderada dos semestres (Ensino
Fundamental), nas respectivas áreas do conhecimento/disciplinas, como
segue:
1º semestre X 4 + 2º semestre X 6 = M.A.
10
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o
total da carga horária do período letivo e média anual inferior a 6,0 (seis
vírgula zero);
77
Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o
total da carga horária do período letivo, com qualquer média anual.
O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75%
(setenta e cinco por cento) e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero),
mesmo após os Estudos de Recuperação Paralela de Estudos, será submetido
à análise do Conselho de Classe que definirá pela sua aprovação ou não.
A avaliação final considerará, para efeito de promoção e
retenção do aluno, todos os resultados obtidos durante o ano letivo e
durante a recuperação paralela de estudos.
Encerrado o processo da avaliação, o Estabelecimento
registrará na documentação escolar do aluno, sua condição de aprovado ou
reprovado.
Síntese do sistema de avaliação
FREQUÊNCIA AVALIAÇÃO SITUAÇÃO= OU > 75% = OU > 6,0 APROVADO= OU > 75% < 6,0 REPROVADO
< 75% QUALQUER REPROVAD
7.9. Estágio não obrigatório
O Colégio oferecerá estágio supervisionado não obrigatório,
desenvolvido como atividade opcional aos alunos do Ensino Médio, com
fundamento na Lei 11.788/2008, sendo que a competência do Colégio está
descrito no Artigo 7º da Lei, conforme segue:
Art. 7o São obrigações das instituições de ensino, em
relação aos estágios de seus educandos:
I – celebrar termo de compromisso com o educando ou
com seu representante ou assistente legal, quando ele for
absoluta ou relativamente incapaz, e com a parte
78
concedente, indicando as condições de adequação do
estágio à proposta pedagógica do curso, à etapa e
modalidade da formação escolar do estudante e ao
horário e calendário escolar;
II – avaliar as instalações da parte concedente do estágio e
sua adequação à formação cultural e profissional do
educando;
III – indicar professor orientador, da área a ser
desenvolvida no estágio, como responsável pelo
acompanhamento e avaliação das atividades do
estagiário;
IV – exigir do educando a apresentação periódica, em
prazo não superior a 6 (seis) meses, de relatório das
atividades;
V – zelar pelo cumprimento do termo de compromisso,
reorientando o estagiário para outro local em caso de
descumprimento de suas normas;
VI – elaborar normas complementares e instrumentos de
avaliação dos estágios de seus educandos;
VII – comunicar à parte concedente do estágio, no início
do período letivo, as datas de realização de avaliações
escolares ou acadêmicas.
Sendo assim, o Colégio buscará desenvolver e aprimorar as
parcerias com a comunidade, empresas, poder público e convênio com o CIEE
– Centro de Integração Empresa-Escola, onde os alunos prestam estágio não
obrigatório, visando ampliar seus horizontes de modo a formá-los de
maneira integral, tornando-os aptos a conviver em sociedade exercendo
plenamente sua autonomia e cidadania.
79
8. PROPOSTA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL
CONTEÚDOS, OBJETIVOS E ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
LÍNGUA PORTUGUESA
Fundamentação
Num contexto, onde se reconhece a linguagem como uma
realidade social e histórica, como um fato linguístico do qual o homem se
serve para construir o seu mundo e sua história e como soma do homem e de
sua representação sociocultural, é preciso ser claro, que existe uma forma
única de se conhecer a linguagem.
Nessa perspectiva, o grande objetivo da Língua Portuguesa é a
interação, a comunicação com o outro dentro de um espaço social, cuja
prática estará centrada na fala, leitura e escrita a partir de textos, os mais
variados.
O ensino de literatura deverá estabelecer uma relação lúdica
do aluno com o texto, numa interação dinâmica, capaz de provocar uma
visão muito ampla, além daquelas circunscritas pela sua prática existencial,
abrindo-lhe todo um caminho de possibilidades de leituras e fruição do
trabalho estético com as palavras.
Objetivos
- Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação
de acordos e condutas sociais e como representação
80
simbólica de experiências humanas manifestas nas formas
de sentir, pensar e agir na vida social.
- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal,
relacionando textos/contextos, mediante a natureza, função, organização,
estrutura, de acordo com as condições de produção/recepção (intenção,
local, interlocutores participantes da criação e programação de ideias e
escolhas).
- Confrontar opiniões e pontos de vistas sobre as diferenças
manifestações da linguagem verbal.
Conteúdos - 5ª série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos básicos:
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística
serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme
suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor selecioná-los.
Leitura
- Tema do texto
- Interlocutor
- Finalidade
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
- Discurso direto e indireto
- Elementos composicionais do gênero
- Léxico
81
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos, (aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
Escrita
- Tema do texto
- Interlocutor
- Finalidade do texto
- Informatividade
- Argumentatividade
- Discurso direto e indireto
- Elementos composicionais do gênero
- Divisão do texto em parágrafos
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos, (aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
- Processo de formação de palavras
- Acentuação gráfica
- Ortografia
- Concordância verbal/ nominal
Oralidade
- Tema do texto
- Finalidade
- Argumentatividade
- Papel do locutor e interlocutor
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos,
- Adequação do discurso ao gênero;
- Turnos de fala
- Variações linguísticas
82
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos
semânticos.
Conteúdos - 6ª série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos básicos:
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor
selecioná-los.
Leitura
- Tema do texto
- Interlocutor
- Finalidade do texto
- In formabilidade
- Aceitabilidade
- Situacionalidade
- Intertextualidade
- Informações explícitas e implícitas
- Discurso direto e indireto
- Elementos composicionais do gênero
- Repetição proposital de palavras
- Léxico
- Ambiguidade
83
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
Escrita
- Tema do texto
- Interlocutor
- Finalidade do texto
- Informatividade
- Discurso direto e indireto
- Elementos composicionais do gênero
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão, negrito),
figuras de linguagem.
- Processo de formação de palavras
- Acentuação gráfica
- Ortografia
- Concordância verbal/nominal
Oralidade
- Tema do texto
- Finalidade
- Papel do locutor e interlocutor
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.
- Adequação do discurso ao gênero
- Turnos de fala
- Variações linguísticas
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição
- Semântica
-
84
Conteúdos - 7ª série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos básicos:
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
Leitura
Conteúdo temático
- Interlocutor
- Intencionalidade do texto
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
- Intertextualidade
- Vozes sociais presentes no texto
- Elementos composicionais do gênero
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
- Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido
conotativo e denotativo das palavras no texto, expressões que denotam
ironia e humor no texto.
Escrita
Conteúdo temático
- Interlocutor
- Intencionalidade do texto
85
- Informatividade
- Situcionalidade
- Intertextualidade
- Vozes sociais presentes no texto
- Elementos composicionais do gênero
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito
- Concordância verbal e nominal
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequência do texto.
- Semântica operadores argumentativos, ambiguidade, significado das
palavras, sentido conotativo e denotativo, expressões que denotam
ironia no texto.
Oralidade
Conteúdo temático
- Finalidade
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
- Papel do locutor e interlocutor
- Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas...(lexicais, semânticas, prosódias, entre outras)
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição
- Elementos semânticos
- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc)
- Diferenças e semelhanças entre o oral e o escrito
86
Conteúdos - 8ª série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos básicos:
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor
selecioná-los.
Leitura
- Conteúdo temático
- Interlocutor
- Intencionalidade do texto
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
- Situacionalidade
- Intertextualidade
- Temporalidade
- Discurso ideológico presente no texto
- Vozes sociais presentes no texto
- Elementos composicionais do gênero
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto,
- Partículas conectivas do texto
- Progressão referencial no texto
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão , negrito
87
- Semântica: operadores argumentativos; polissemia, sentido conotativo
e denotativo das palavras no texto, expressões que denotam ironia e
humor no texto.
Escrita
- Conteúdo temático
- Interlocutor
- Intencionalidade do texto
- Informatividade
- Situacionalidade
- Intertextualidade
- Temporalidade
- Vozes sociais presentes no texto
- Elementos composicionais do gênero
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Partículas conectivas do texto
- Progressão referencial no texto
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito
- Sintaxe de concordância
- Sintaxe de regência
- Processo de formação de palavras
- Vícios de linguagem
- Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, polissemia.
Oralidade
- Conteúdo temático
- Finalidade
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
88
- Papel do locutor e do interlocutor
- Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas,...
- Adequação do discurso ao gênero
- Turnos da fala
- Variações linguísticas: lexicais, semânticas, prosódias entre outras.
- Marcações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos.
- Semântica
- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc)
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
Metodologia
Os conteúdos serão desenvolvidos numa sequência gradual de
complexidade de acordo com exigências de cada estrutura textual, utilizando
para tanto, metodologias variadas que permeias as atividades norteadoras do
trabalho docente, a fim de despertar no educando o senso crítico, tornando-
o um cidadão atuante.
Embasados neste propósito optamos pelas seguintes
metodologias:
− Leitura, Análise de texto, Pesquisa, Debate, Seminário, Painel,
dramatização, Vídeos.
Avaliação
Os critérios e instrumentos de avaliação serão condizentes
com os fundamentos da presente proposta e se dará de forma contínua e
cumulativa, não se esgotando em si mesma, mas propiciando uma reflexão
sobre o processo de ensino e seus resultados, não só para verificar o
89
desenvolvimento do aluno, como também o diagnosticar e definir a prática
do educador.
Serão contemplados dois aspectos fundamentais; Leitura e
Produção Oral e Escrita.
Leitura: Será avaliado o entendimento da mensagem do texto
com ênfase a valorização da reflexão que o aluno faz a partir do texto lido.
Para isso, serão utilizados textos informativos com apreensão das ideias
relevantes, e textos literários com questões abertas, debates e relatos
espontâneos.
O aluno será incentivado a ler muitos livros, e o mais
importante, a compartilhar o experimentado nessas leituras. Também será
diagnosticada a capacidade que o aluno tem de sintetizar as ideias pôr
escrito, o que envolve a capacidade de apreender e organizar as ideias
principais do texto lido.
Produção Oral e Escrita: Envolve conhecimentos gramaticais
básicos; concordância verbal e nominal, flexão verbal e nominal, domínio do
gráfico, que compreende grafia, pontuação e acentuação.
Argumentação; refere-se a clareza, coerência e consistência
argumentativa do texto.
Na disciplina de Língua Portuguesa devem ser trabalhados os
itens gramaticais sempre contextualizados, oportunizando ao aluno o
entendimento do texto em si.
Utilizar vários textos sobre o mesmo tema para mostrar ao
aluno as diversas visões de mundo. Não deixar de explorar os tipos de textos
(informativos, narrativos, dissertativos ), objetivando uma melhor produção
oral e escrita.
Serão acatadas sugestões para o trabalho sobre a Educação das
relações Étnico-raciais nos seguintes aspectos:
Língua Portuguesa e Literatura
90
- Realizar com os alunos estudos e pesquisas de países que
falam a língua portuguesa; Apurar diferenças do português falado e escrito
entre eles Exemplos:
- na alimentação; vatapá, acarajé, caruru, canjica, etc;
- na música: os instrumentos musicais maracá, cuíca,
atabaque, reco-reco, agogô, e na religião: umbanda e candomblé.
Após debates sobre textos propostos aos alunos, será
solicitado produções de textos sobre temas como:
- o racismo no Brasil;
- a presença do negro na mídia;
- políticas afirmativas, cotas;
- mercado de trabalho, etc.
- Analisar implicações da carga pejorativa atribuída ao termo
negro e outras expressões do vocabulário.
- Realizar com os alunos estudos de obras literárias de
escritores negros como Cruz e Souza, Lima Barreto, Machado de Assis,
Solano Trindade, etc., destacando a contribuição do povo negro à cultura
nacional.
- Ler e interpretar letras de músicas relacionadas à questão
racial.
- Propiciar acesso aos gêneros musicais do samba e rap.
- Propor que os alunos produzam poesias relacionadas ao
povo afro-descendente e sua cultura. A partir dessa literatura, a criança
afro-descendente constrói uma imagem da realidade social que não a inclui.
− Na pintura, interpretar obras de Di Cavalcanti, Lazar Segall e Cândido
Portinari que retraíam a figura do negro.
MATEMÁTICA
91
Fundamentação
O objeto de estudo da Matemática está centrado na prática
pedagógica, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a
aprendizagem e o conhecimento matemático. A educação matemática
proposta pelas Diretrizes Curriculares Estaduais prevê a formação de um
estudante crítico, capaz de agir com autonomia nas suas relações sociais, e
para isso, é preciso que também se aproprie dos conhecimentos presentes
nesta disciplina. Há a necessidade de se tratar a construção dos conteúdos
sob uma visão histórica, de modo que os conceitos apresentados devam ser
discutidos, construídos e reconstruídos para a formação do pensamento
humano, possibilitando aos estudantes análises, discussões, conjecturas,
apropriação de conceitos e formulação de ideias.
O ensino da Matemática ocupa posição de destaque na
formação escolar, pois faz parte do nosso cotidiano, cabendo a escola
transformar esses conhecimentos adquiridos por meio de experiências
vividas no dia-a-dia, em uma visão ampla e científica.
A partir de uma análise profunda da prática, mais
especificamente no ensino da Matemática, ficou demonstrado que toda a
dificuldade de aprendizado nessa área, estava centrada na ausência de um
método que permitisse a construção de conceitos matemáticos através de
situações reais.
Há de se considerar o conhecimento do aluno produzido em
seu meio, em seu cotidiano, e a partir daí promover a difusão do saber
matemático já organizado.
Se o ensino da Matemática levar os alunos à leitura e
compreensão do mundo, tornando-os capazes de atuarem como agente de
transformação social, então a escola terá cumprido o principal objetivo desta
disciplina.
Objetivos
92
- Entender a relação entre o desenvolvimento das ciências exatas e o
desenvolvimento tecnológico e associar as diferentes tecnologias aos
problemas que se propuseram e propõem solucionar.
- Apropriar-se dos conhecimentos da matemática e aplicar esses
conhecimentos para planejar, executar e avaliar ações de intervenção na
realidade cotidiana.
- Compreender conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas e
aplicá-las a situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e
das atividades cotidianas.
- Desenvolver no aluno a capacidade do raciocínio lógico e a capacidade de
resolver problemas em conjuntos numéricos nas operações fundamentais
e auxiliares.
- Desenvolver no aluno a capacidade de medir e representar medidas e
resolver problemas envolvendo vários tipos de medidas.
- Desenvolver no aluno a visão necessária para interpretar gráficos
estatísticos, relacionando-os com os fatos políticos, econômicos,
científicos e sociais.
- Aplicar conhecimentos adquiridos para resolver problemas e medidas
apresentados no cotidiano.
Conteúdos - 5ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números e Álgebra• Conjuntos numéricos e operações• Equações e inequações• Polinômios• Proporcionalidade
• Medidas de comprimento• Medidas de massa
93
Grandezas e medidas • Medidas de volume• Medidas de tempo• Medidas de ângulos• Sistema Monetário
Geometrias • Geometria Plana • Geometria Espacial
Tratamento da Informação • Dados, tabelas e gráficos• Porcentagem
Conteúdos - 6ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números e Álgebra
• Números inteiros• Números Racionais• Equação e inequação do 1º grau• Razão e proporção• Regra de três simples
Grandezas e medidas • Medidas de temperatura• Medidas de ângulos
Geometrias• Geometria Plana • Geometria Espacial• Geometrias não-euclidianas
Tratamento da Informação• Pesquisa estatística• Pesquisa aritmética• Moda e mediana• Juros simples
Conteúdos - 7ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números e Álgebra
• Números Racionais e Irracionais• Sistemas de equações do 1º grau• Potências• Monômios e polinômios• Produtos notáveis
Grandezas e medidas• Medidas de comprimento• Medida de área
94
• Medidas de volume• Medidas de ângulos
Geometrias• Geometria Plana • Geometria Espacial• Geometria Analítica• Geometrias não-euclidianas
Tratamento da Informação • Gráfico e informação• População e amostra
Conteúdos - 8ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números e Álgebra
• Números Reais• propriedade dos radicais• Equação do 2º grau• Teorema de Pitágoras• Equações Irracionais• Equações Biquadradas• Regra de três composta
Grandezas e medidas• Relações Métricas no Triângulo
Retângulo• Trigonometria no Triângulo Retângulo
Funções• Noção intuitiva de Função Afim• Noção intuitiva de Função Quadrática
Geometrias• Geometria Plana • Geometria Espacial• Geometria Analítica• Geometrias não-euclidianas
Tratamento da Informação• Noções de Análise Combinatória• Noções de Probabilidade• Estatística• Juros Compostos
Metodologia
É necessário que o processo pedagógico em Matemática
contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades
95
matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para
descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do
conhecimento.
É necessário valorizar as atividades em grupo, favorecendo a
discussão e reflexão sobre as experiências matemáticas, dando ao aluno
oportunidades para construir conceitos e dar significado à linguagem
matemática, desenvolvendo assim a capacidade de resolver problemas do
cotidiano. Destacam-se as seguintes propostas metodológicas: resolução de
problemas, modelagem matemática, uso de mídias tecnológicas, etno
-matemática e História da Matemática.
Avaliação
A Avaliação será feita a partir de conteúdos essenciais,
considerando os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas de
solucionar os problemas que lhe são propostos, procurando ampliar o seu
saber e levando-o a compreensão do conteúdo em estudo.
Para isso é necessário não apenas contemplar resultados, mas
observa o processo de construção do conhecimento através de uma avaliação
diagnóstica.
Considerar o erro como visão parcial do aluno e explorar as
possibilidades advindas destes erros. O ensino da Matemática visa o
desenvolvimento da razão até a fundamentação do raciocínio.
É preciso direcionar o ensino da Matemática em um sentido
mais globalizante, onde teoria e prática, conteúdo e forma, integram-se para
desenvolver o raciocínio lógico e esse raciocínio seja estendido para
situações que visem à ação sobre a realidade para que surjam novas
elaborações, abstrações, num processo permanente.
CIÊNCIAS
96
Fundamentação
A sobrevivência do homem e dos demais animais depende da
maneira como eles se relacionam com a natureza.
A diferença entre o homem e os animais no contexto natural é
que o homem vive socialmente pelo trabalho, se humaniza, enquanto que os
animais têm atividades em relação a natureza biologicamente determinadas.
Diante disso, o objetivo da proposta de Ciências é explicitar as
necessidades históricas que levaram o homem a compreender, a apropriar-se
das leis que movimentam e regem os fenômenos naturais.
Portanto, não se pode analisar o desenvolvimento da Ciência
como sendo um processo autônomo, fora da realidade do aluno, com base
apenas num cientificismo artificial, assentado em nomenclaturas e conceitos,
muitas vezes incorretos, mas levar o aluno a compreender o processo
histórico onde se dá a evolução e a elaboração dos conceitos científicos, uma
vez que estes são elaborados pelo homem a partir de suas necessidades de
existência.
Objetivos
- Definir ecossistema e, a partir disso compreender e analisar
toda a dinâmica da natureza.
- Compreender a relação homem/natureza, as transformações
produzidas pelo trabalho do homem, necessárias a sua sobrevivência.
- Reconhecer os problemas ambientais devido ao uso
inadequado de diversos produtos considerados competitivos no mercado,
mas com sérios riscos para a população.
- Refletir sobre as necessidades básicas do homem como
alimentação, locomoção, reprodução, moradia, condições ambientais, etc.,
todas vitais ao desenvolvimento do homem.
97
- Proceder a uma leitura crítica das transformações
direcionadas pelo homem sobre o meio ambiente.
Conteúdos - 5ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia
• Universo• Sistema Solar• Movimentos Terrestres• Movimentos Celestes• Astros
Matéria • Constituição da Matéria
Sistemas Biológicos • Níveis de organização celular
Energia• Formas de Energia• Conversão de Energia• Transmissão de Energia
Biodiversidade• Organização dos seres vivos • Ecossistema• Evolução dos seres vivos
Conteúdos – 6ª Série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia• Astros• Movimentos Terrestres• Movimentos Celestes
Matéria • Constituição da Matéria
Sistemas Biológicos• Célula• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia • Formas de Energia• Transmissão de Energia
Biodiversidade• Origem da vida• Organização dos seres vivos• Sistemática
Conteúdos – 7ª Série
98
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia • Origem e evolução do Universo
Matéria • Constituição da Matéria
Sistemas Biológicos• Célula• Morfologia e fisiologia dos seres vivos
Energia • Formas de Energia
Biodiversidade • Evolução dos seres vivos
Conteúdos – 8ª Série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Astronomia • Astros• Gravitação universal
Matéria • Propriedades da Matéria
Sistemas Biológicos• Morfologia e fisiologia dos seres vivos• Mecanismos de herança genética
Energia • Formas de Energia• Conservação de Energia
Biodiversidade • Interações Ecológicas
Metodologia
O ensino de Ciências terá como suporte conceitos
fundamentais e suas inter-relações.
Os conteúdos essenciais como noções de astronomia,
transformação e interação da matéria e energia, saúde e melhoria da
qualidade de vida, devem possibilitar um aprendizado mais abrangente da
realidade.
Para isso, será usados recursos audiovisuais, textos
informativos e científicos, debates, elaboração de síntese de textos lidos.
99
Avaliação
Avaliar a compreensão pelo aluno do processo histórico onde
se dá a evolução e a elaboração dos conceitos científicos, elaborados pelo
homem, a partir de suas necessidades de sobrevivência.
Para tanto alguns parâmetros são necessários:
− Transformação da matéria e da energia e as possibilidades de domínio do
homem sobre estas transformações e da ação do homem sobre a
natureza;
− Transformações dos fenômenos da natureza regidos por leis naturais e
universais, que ocorrem no tempo e no espaço, as dirigidas pelo homem e
seus efeitos na saúde, ecologia, etc.
- Apreensão de conteúdos mais amplos da sociedade, questionamentos e
discussões sobre a prática social.
O ensino das Ciências visa possibilitar a compreensão do
mundo natural, através das relações sociais de produção, com vistas a
garantir ao aluno uma análise concreta da realidade, através da apropriação
do conhecimento cientifico.
É preciso atender o processo histórico no qual se dá a
produção do conhecimento científico, pois somente assim entenderemos o
como e o porquê de sua produção.
O ensino de ciências abordará temáticas que contemplam as
relações étnico-raciais como:
- Estudo sobre as teorias antropológicas; desmistificação das
teorias racistas, destituindo de significado a pseudo-
superioridade racial;estudo das características
biológicas(biótipo) dos diversos povos;
- Contribuições dos povos africanos e de seus descendentes
para o avanço da Ciência e da tecnologia;
100
- Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos
africanos, observando aspectos políticos, econômicos,
ambientais e sociais á referida situação.
GEOGRAFIA
Fundamentação
Geografia, assim como as demais disciplinas do currículo
escolar, deve prestar-se a desenvolver no aluno a capacidade de observar,
interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade, para melhor
compreendê-la e identificar as possibilidades de transformação no sentido
de superar suas contradições.
A Geografia a ser ensinada deriva de uma concepção científica,
que se ocupa da análise histórica da formação das diversas configurações
espaciais e distingue-se dos demais ramos do conhecimento na medida em
que se preocupa com localizações, estruturas espaciais (a localização dos
elementos uns em relação aos outros) e dos processos espaciais. Trata,
portanto, da produção e da organização do espaço geográfico, a partir das
relações sociais de produção historicamente determinada.
Considerando que se pretende a formação de um aluno
consciente das relações sócio-espaciais de seu tempo, assume-se o quadro
conceitual das teorias críticas da geografia, que propõem a análise dos
conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas
constitutivas de um determinado espaço.. Assim, optamos por um ensino-
aprendizagem que desvele a realidade, que conceba o espaço geográfico
como sendo um espaço social, preocupada, ainda, com o desenvolvimento do
senso crítico do aluno, através da compreensão do papel histórico daquilo
que é criticado.
101
Os conteúdos estruturantes do ensino da Geografia são:
- Dimensão econômica do espaço geográfico;
- Dimensão política do espaço geográfico;
- Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
- Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico;
Objetivos
• Distinguir as várias representações sociais da realidade
vivida;
• Realizar a leitura das construções humanas como um
documento importante que as sociedades em diferentes
momentos imprimiram sobre uma base natural;
• Compreender a formação dos novos blocos e das novas
relações de poder e o enfraquecimento do estado – nação;
• Compreender as transformações no conceito de região que
ocorrem por meio da história e geografia;
• Compreender a redefinição do conceito de lugar em função
da ampliação da geografia para além economia;
• Compreender o significado do conceito de paisagem como
síntese de múltiplas determinações: da natureza, das
relações sociais, da cultura, da economia e da política;
• Conhecer o espaço geográfico por meio das várias escalas,
transitando da escala local para a mundial e vice-versa;
• Ser capaz de buscar o trabalho interdisciplinar e a
formação de um coletivo, para aprofundar a compreensão
de uma realidade;
• Compreender a natureza e a sociedade como conceitos na
conceituação do espaço geográfico;
102
• Compreender as transformações que ocorrem nas relações
de trabalho em função da incorporação das novas
tecnologias;
• Compreender as relações entre a preservação ou
degradação da natureza em função do desconhecimento de
sua dinâmica e a integração de seus elementos biofísicos;
• Compreender a formação da população brasileira –
miscigenação dos povos e a distribuição espacial afro-
descendente no Brasil e no mundo;
• Compreender a contribuição do negro na construção da
nação brasileira, o movimento do povo africano no tempo e
no espaço, e as questões relativas ao trabalho e renda.
Conteúdos - 5ª série
Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico –
Dimensão política do espaço geográfico – Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico – Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais
- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção
- A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
- A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização
do espaço geográfico
- As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista
- A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos
103
- A mobilidade populacional e as manifestações sócio-espaciais da
diversidade cultural
- As diversas regionalizações do espaço geográfico
Conteúdos - 6ª série
Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico –
Dimensão política do espaço geográfico – Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico – Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território
brasileiro.
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
- As diversas regionalizações do espaço brasileiro
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural
- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e
indicadores estatísticos.
- Movimentos migratórios e suas motivações
- O espaço rural e a modernização da agricultura
- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização.
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do
espaço geográfico
- A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.
Conteúdos - 7ª série
104
Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico –
Dimensão política do espaço geográfico – Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico – Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios do continente americano
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
estado
- O comércio e suas implicações sócio-espaciais
- A circulação da mão de obra, do capital, das mercadorias e das
informações
- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do
espaço geográfico
- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
- O espaço rural e a modernização da agricultura
- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos
- Os movimentos migratórios e suas motivações
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural
- Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
Conteúdos - 8ª série
Conteúdos Estruturantes: Dimensão econômica do espaço geográfico –
Dimensão política do espaço geográfico – Dimensão cultural e demográfica
do espaço geográfico – Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico
- As diversas regionalizações do espaço geográfico
- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado
105
- A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no
espaço da produção
- O comércio mundial e as implicações sócio-espaciais
- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos
territórios
- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os
indicadores estatísticos
- As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural
- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações
- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem
e a (re) organização do espaço geográfico
- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção
- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual
configuração territorial.
Metodologia
Considerando que o objeto de estudo da geografia é o espaço
geográfico, faz-se necessário que os conteúdos específicos sejam
trabalhados de uma forma crítica e dinâmica interligando teoria, pratica e
realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos
interligados utilizando a cartografia como ferramenta essencial,
possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais.
Tendo por pressuposto a compreensão de espaço enquanto um
processo histórico desigual e contraditório, faz-se necessário entender a
realidade contemporânea como um complexo de relações que se dá em
determinado lugar e em determinado momento, e que é possível de ser
captada através da observação.
106
Assim, para propiciar aos alunos a ampliação das noções
espaciais, será abordado os conhecimentos necessários para o entendimento
das inter-relações entre as paisagens naturais e artificiais. Dentro desta
perspectiva será aprofundado os conceitos de lugar e paisagem, bem como
os conceitos de região e território. Além disso, o espaço geográfico deverá
ser compreendido como resultado entre a dinâmica físico/natural e dinâmica
humana/social.
Dessa forma o aluno deverá adquirir saberes para analisar os
fenômenos espaciais relacionando-os dentro da realidade mundial através
da aplicação de conceitos e descobrindo as especificidades naturais/sociais,
as relações de poder político e econômico no processo de globalização das
regiões e do território.
A contextualização do conteúdo é mais do que relacioná-lo à
realidade vivida do aluno, é, principalmente, situá-lo historicamente e nas
relações políticas, sociais, econômicas, culturais, em manifestações espaciais
concretas, nas diversas escalas geográficas.
A abordagem da cultura e história afro-brasileira e indígena
(Leis 10639/03 e 11645/08) e a educação ambiental (Lei 9795/99) deverão
ser trabalhadas de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos de
ensino de Geografia, por meio de diferentes recursos pedagógicos (textos,
imagens, mapas, maquetes, etc) que envolvam a questão histórica da
composição étnica e miscigenação da população brasileira, a questão
político-econômica da distribuição espacial da população afro-descendente
e indígena no Brasil e no mundo, como também a contribuição dessas etnias
na construção cultural da sociedade brasileira.
A temática da Educação Ambiental deve ser tratada de forma
contextualizada, a partir das relações que estabelece com as questões
políticas e econômicas.
Avaliação
107
A avaliação está inserida dentro do processo de
ensino/aprendizagem e, deve ser entendida como mais uma das formas
utilizadas para avaliar a metodologia do professor e o nível de compreensão
dos conteúdos específicos tratados durante um determinado período.
As metodologias dentro do processo de avaliação serão
articuladas com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o
objeto de estudo, as categorias espaço-tempo, a relação sociedade-natureza
e as relações de poder, contemplando a escala local e global e vice-versa.
A avaliação será diagnóstica e continuada, contemplando
diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção
de textos geográficos; leitura e interpretação de fotos, imagens e
principalmente diferentes tipos de mapas; pesquisas bibliográficas, aulas de
campo entre outros, cuja uma das finalidades seja a apresentação de
seminários; leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos; relatório
de experiências práticas de aulas de campo ou laboratório; construção de
maquetes; produção de mapas mentais, entre outros.
A proposta avaliativa estará bem clara para os alunos, fazendo
com que eles saibam como serão avaliados em cada atividade proposta. Além
disso, a avaliação será um processo não-linear de construções e
reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica que acontece
entre os sujeitos do processo - professor e aluno.
A avaliação será constituída como um processo que permita
ao educando perceber-se como potencialmente capaz de superar os limites
impostos pelo desconhecido, ao situar o erro como momento de um percurso
mais amplo em direção à apropriação do saber historicamente produzido.
Sendo assim, a avaliação será um instrumento fundamental para fornecer
informações sobre como se está realizando o processo de ensino e de
aprendizagem norteando o educador no processo educativo.
108
A Geografia, assim como as demais disciplinas do currículo
escolar, deve prestar-se a desenvolver no aluno a capacidade de observar,
interpretar, analisar e pensar criticamente a realidade, para melhor
compreendê-la e identificar as possibilidades de transformação no sentido
de superar suas contradições.
A Geografia a ser ensinada deriva de uma concepção científica,
que se ocupa da análise histórica da formação das diversas configurações
espaciais e distingue-se dos demais ramos do conhecimento na medida em
que se preocupa com localizações, estruturas espaciais ( a localização dos
elementos uns em relação aos outros) e dos processos espaciais. Trata,
portanto, da produção e da organização do espaço geográfico, a partir das
relações sociais de produção, historicamente determinado.
Referências Bibliográficas
LUCCI, Elian Alabi. Geografia: Homem & Espaço. São Paulo: Saraiva, 2002.
BARBOSA, Alexandre de. O mundo globalizado. São Paulo: Contexto, 2001.
BRASIL. Lei 10639
CARVALHO, Bernardo de Andrade. A globalização em Xeque. São Paulo;
Atual, 2000.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo; Editora Nacional, 1989.
DOWBOR, Ladislau e outros (org). Desafios da globalização. Petrópolis;
Vozes, 1994.
LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio E. Geologia Geral. São Paulo; Editora Nacional,
1989.
MARTIN, André Roberto. Fronteiras e Nações. São Paulo; Contexto, 1997.
MAGNOLI, Demétrio. União Europeia: história e geopolítica. São Paulo;
Moderna, 1994.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.
2008.
VESENTINI, José William. Novas geopolíticas. São Paulo; Contexto, 2000.
109
HISTÓRIA
Fundamentação
No ensino de História é fundamental que façamos uma
inserção crítica no presente, com os olhos voltados para o passado em
diferentes ângulos para melhor compreendermos o nosso momento
histórico.
Entendemos, portanto que a História tem por objetivo o
estudo do homem em sociedade no tempo, o que pressupõe o conhecimento
de que os homens na relação que estabelecem com a natureza e com os
outros homens, produzem a sua vida material, se relacionam, se organizam,
através do trabalho, pensam e expressam suas formas de viver no tempo e
no espaço.
O objetivo do ensino de História é, portanto, fazer o aluno
compreender e apreender as formas de produção desses conhecimentos
através dos conteúdos críticos desta disciplina, tendo como ponto de partida
os conhecimentos que cercam a sua realidade.
Objetivos
- Construir a identidade social e individual.
- Construir a identidade com as gerações passadas.
- Apreender o tempo histórico como construção cultural.
- Apreender o tempo histórico como duração.
- Discernir os limites e possibilidades de atuação na
permanência ou transformação.
110
- Apreender o papel do indivíduo como sujeito e produto
histórico.
- Reconhecer fontes documentais de naturezas diversas.
- Localizar os momentos históricos em seu processo de
sucessão e em sua simultaneidade e duração.
-Identificar os diferentes ritmos de duração temporais, ou as
várias temporalidades(acontecimentos breves, conjunturais e estruturais).
- Estabelecer as relações entre permanências e transformações
no processo histórico.
- Extrair informações das diversas fontes documentais e
interpretá-las.
- Comparar problemáticas atuais e de outros tempos.
- Redimensionar o presente em processos contínuos, e nas
relações que mantém com o passado.
- Identificar momentos de ruptura ou de irreversibilidade no
processo histórico.
Conteúdos – 5ª Série
Os diferentes sujeitos suas culturas e suas histórias
Conteúdos Estruturantes: Relações de trabalho, Relações de poder e
Relações culturais.
A experiência humana no tempo
O sujeito e suas relações com o outro no tempo
As culturas locais e a cultura comum
Conteúdos – 6ª Série
A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da
propriedade em diferentes tempos e espaços
111
Conteúdos Estruturantes: Relações de trabalho, Relações de poder e
Relações culturais.
As relações de propriedade
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
As relações entre o campo e a cidade
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
Conteúdos – 7ª série
O mundo do trabalho e os movimentos de resistência
Conteúdos Estruturantes: Relações de trabalho, Relações de poder e
Relações culturais.
História das relações da humanidade com o trabalho
O trabalho e a vida em sociedade
O trabalho e as contradições da modernidade
Os trabalhadores e as conquistas de direito
Conteúdos – 8ª série
Relações de dominação e resistência: a formação do estado e das
instituições sociais
Conteúdos Estruturantes: Relações de trabalho, Relações de poder e
Relações culturais.
A constituição das instituições sociais
A formação do Estado
Sujeitos, guerras e revoluções.
112
Metodologia
A função do ensino de História é dar conta de superar os
desafios de: desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do
saber enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica, formando
um homem político capaz de compreender a estrutura do mundo da
produção onde ele se insere e nela interferir.
Isto só é possível na medida em que se considera aluno e
professor como sujeito e produto de seu próprio conhecimento. Isto é, o
conhecimento não é dado pronto e acabado, mas uma constante re-
elaboração e construção, que se dá a partir de necessidades e problemas
colocados pelo cotidiano. A percepção da possibilidade de elaboração do
conhecimento deve se tomar o fio condutor de todo o trabalho educativo,
onde professores e alunos, numa relação pedagógica, colocam-se numa
interação constante de ensino e de aprendizagem.
Levar o aluno a conhecer e compreender:
- A leitura de interpretação de textos informativos,
dissertativos e reflexivos;
- A construção de maquetes
- O manuseio de mapas
- Montagem de painéis comparando passado e presente
- Realização de passeios a pontos turísticos e industriais
- Construção de textos refletindo a realidade
- Realização de seminários, debates, relatórios.
Avaliação
A avaliação será verificada a partir de uma definição daquilo
que é essencialmente necessário para que o aluno avance no caminho da
aquisição do conhecimento.
113
O estudo das sociedades no tempo, as relações do homem
com a natureza e com os outros homens necessitam ser apreendidas na sua
historicidade, o que implica na avaliação de como o homem está
compreendendo o processo histórico.
É fundamental, portanto, que o aluno compreenda:
- As diferentes formas e relações de trabalho que originam
diferentes grupos e sociedades;
- Que os grupos e sociedades são diferentes na forma de
pensar, agir e de se organizar.
É a reflexão e análise, está sempre se constituindo. O estudo
da História visa captar, recuperar as relações dos grupos humanos no
desenvolvimento de suas atividades, nos mais diferentes tempos e espaços.
Em História, os conteúdos deverão ser trabalhados a partir do
método da recorrência histórica, isto é, a partir de sua inserção crítica no
presente, professores e alunos dialogarão com o passado. A partir deste
diálogo voltarão ao presente com o objetivo de melhor compreendê-lo e com
mais possibilidades de transformá-lo
O professor de História precisa construir um novo olhar sobre
a história nacional e regional/local e ressaltar a contribuição dos africanos e
afro-descendentes na constituição da nação brasileira,
Algumas visões equivocadas sobre o negro e o continente
africano devem ser desmistificadas. Eis algumas, entre outras que podem ser
analisadas em sala de aula:
- A do negro visto como escravo: não se pode naturalizar a
situação do negro como escravo. Os negros não eram escravos, foram
escravizados. A África não é uma terra de escravos. Os povos africanos eram
portadores de história, de saberes, conhecimentos, na maioria das vezes
transmitidas pela oralidade.
- A da África como um continente primitivo: a imagem de que
o continente africano é povoado por tribos primitivas em imensas florestas
114
está presente no imaginário da maioria das pessoas. Trata-se de imagem
construída pelos meios de comunicação e pelos próprios livros didáticos. Na
África, tivemos grandes reinos (como por exemplo, o Egito Antigo). Muito das
tecnologias utilizadas no Brasil, no cultivo da cana-de-açúcar e na
mineração, foram trazidos pelos negros oriundos da África.
- A de que o negro foi escravizado porque era mais dócil,
menos rebelde que os indígenas: esta ideia está presente em muitos livros
didáticos. Omite-se que a história dos africanos escravizados está inserida
num contexto de acumulação de bens de capital, ocorrida entre os séculos
XVI e XIX, envolvendo África, Europa e Américas. No Brasil há uma história
de organização e resistência, desde as vindas nos navios negreiros, as fugas
individuais e coletivas para os quilombos, a organização em irmandades, a
resistência da cultura nas manifestações religiosas dos batuques e terreiros,
até as formas de negociação para a conquista da liberdade.
- A da democracia racial: tendência que se forjou na sociedade
brasileira, mascarando o tratamento desigual destinado aos afro-
descendentes.
A disciplina de História desenvolverá atividades com os
seguintes temas:
- dos grandes reinos africanos, as organizações culturais,
políticas e sociais de Mali, do Congo, do Zimbabué, do Egito, entre outros;
- dos povos escravizados trazidos para o Brasil pelo tráfico
negreiro e as consequências da Diáspora Africana;
- das resistências do povo negro (Quilombos, Revolta dos
Males, Canudos, Revolta da Chibata e todas as formas de negociação e
conflito);
- da promulgação da Lei de Terras e do fim do trafico negreiro
(1850) e o impacto das ideologias de branqueamento / embranquecimento
sobre o processo de imigração europeia;
115
- dos remanescentes de quilombos, sua cultura material e
imaterial;
- da Frente Negra Brasileira, no inicio dos anos 1930, criada
em São Paulo;
− do significado da data 20 de novembro, repensando o 13 de
maio.
ARTE
Fundamentação
Parte essencial da cultura e da identidade, a mais requintada
forma de expressão, as artes ocuparão um lugar especial no novo currículo
do Ensino Brasileiro, visto que esta ajudará o aluno apropriar-se de prazeres
estéticos e culturais inseridos na prática de produção e apreciação artística.
A arte tem importância em si mesma, como assunto e como
objetivo de estudo, devido a função indispensável que ocupa na das pessoas
e na sociedade, o que a torna um dos fatores essenciais no processo de
humanização do homem, pois, este, como ser criador, se transforma e
transforma a natureza, produzindo novas maneiras e de ver e sentir.
A Arte desenvolve no aluno a percepção e a sensibilidade
através do trabalho criador, da apropriação dos conhecimentos artísticos e
do contato com a produção cultural existente.
É fundamental que, através da Disciplina Arte, os alunos
possam dar continuidade aos conhecimentos práticos e teóricos sobre arte,
apreendidos em níveis anteriores em sua vida cotidiana, ampliando assim,
seus saberes sobre produção, apreciação e história expressas em música,
artes visuais, dança, teatro e também artes áudio - visuais.
116
Participando com práticas e teorias de linguagens artísticas
nessa área, a disciplina deve colaborar no desenvolvimento de projetos
educacionais interligados de modo significativo, articulando-se a
conhecimentos culturais aprendidos pêlos alunos nas demais disciplinas. Os
alunos ao desenvolverem fazeres artísticos por meio das linguagens e
códigos da música, artes, visuais, dança, teatro, artes audiovisuais, podem
aprender a desvelar uma pluralidade de significados, de interferências
culturais, econômicas, políticas atuantes nessas manifestações culturais, Aos
poucos, através de pesquisas, observações, análise e críticas, os alunos
podem descobrir como vão sendo tecidas e transformadas as histórias dos
produtores da arte ou artísticas, dos seus produtos ou obras de arte, dos
difusores comunicacionais da produção artística, dos públicos apreciadores
de arte no âmbito da multiculturalidade.
Objetivos
- Realizar produções artísticas e compreendê-las;
- Apreciar produtos de arte e compreendê-las;
- Analisar manifestações artísticas, conhecendo-as e
compreendendo-as em sua diversidade histórica - cultural.
- Realizar produções artísticas, individuais e/ ou coletivas, nas
linguagens da arte (música, artes visuais, dança, teatro, artes audiovisuais)
analisando, refletindo e compreendendo os diferentes processos produtivos,
com seus diferentes instrumentos de ordem material e ideal como
manifestações socioculturais e históricas.
- Apreciar produto de arte, em suas várias linguagens,
desenvolvendo tanto a fruição quanto a análise estética, conhecendo,
analisando, refletindo e compreendendo critérios culturais construídos e
embasados em conhecimentos afins, de caráter filosófico, histórico,
117
sociológico, antropólogo, psicológico, semiótico, científico e tecnológico,
dentre outros.
- Analisar, refletir, respeitar e preservar as diversas
manifestações da arte em suas múltiplas linguagens utilizadas por diferentes
grupos sociais e étnicos, interagindo com o patrimônio nacional e
internacional, que se deve conhecer e compreender em sua dimensão sócio-
histórica.
Música
- Analisar crítica e esteticamente, músicas de gêneros, estilos
e culturais diferenciadas.
- Lidar criticamente com o repertório musical do século XX em
suas várias vertentes, contextualizando e focando enquanto objeto de
diálogo e pesquisar e analisar as transformações pelas quais tem passado.
- Conhecer, identificar e estabelecer relações entre as funções
dos criadores musicais, intérpretes, arranjadores, regentes, técnicos
diferenciados e outros profissionais envolvidos na produção musical.
Artes Visuais
- estudar, analisar, investigar as articulações dos elementos
componentes básicos das linguagens visual e audiovisuais presentes nas
produções artísticas em geral e nas do campo da comunicação visual das
novas mídias e artes audiovisuais.
- Analisar as relações entre forma e conteúdo presentes na
sua própria produção em linguagem visual e audiovisual, aprofundando a
compreensão e conhecimento de suas estéticas.
- Conhecer diversas danças e saber perceber as relações entre
as diferentes fontes utilizadas nas composições e os diversos significados
( pessoais, culturais, políticos articulados e veiculados nas danças criadas).
- Aperfeiçoar conhecimento sobre dançarinos, coreógrafos e
grupos de danças brasileiras e estrangeiras que contribuíram para a história
da dança nacional, reconhecendo e contextualizando épocas, regiões e países.
118
Teatro
- Aprofundar saberes sobre aspectos da história e estética do
teatro que ampliam o conhecimento da linguagem e dos códigos teatrais e
cênicos.
- Valorizar o trabalho dos profissionais da crítica e da
divulgação e circulação da linguagem teatral.
Audiovisuais
- Saber fazer trabalhos artísticos em telas informáticas, vídeo,
dentre outros.
- Investigar em suas produções de artes e audiovisuais, inclusive as
informatizadas, como se dão as articulações entre os componentes
básicos dessas linguagens-linha, forma, espaço, cor, valor, textura,
superfície, movimento, tempo, etc.
Conteúdos – 5ª série
Área: Música
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais
• Altura• Duração• timbre• Intensidade• Densidade
Composição
• Ritmo• Melodia• Escalas: diatônica, pentatônica, cromática,• Improvisação
Movimentos e Períodos• Greco-Romana• Oriental• Ocidental• Africana
Área: Artes Visuais
Conteúdos Conteúdos Básicos
119
Estruturantes
Elementos formais
• Ponto• Linha• Textura• Forma• Superfície• Volume• Cor• Luz
Composição
• Bidimensional• Figurativa• Geométrica, simetria• Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura ...• Gêneros: cenas da mitologia ...
Movimentos e Períodos• Arte Greco-Romana• Arte Africana• Arte Oriental• Arte Pré-Histórica
Área: Teatro
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Elementos formais
• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
• Ação• Espaço
Composição
• Enredo, roteiro• Espaço Cênico, adereços• Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e
direto, improvisação, manipulação, máscara...
• Gênero: Tragédia, Comédia e Circo
Movimentos e Períodos• Greco-Romana• Teatro Oriental• Teatro Medieval• Renascimento
120
Área: Dança
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais• Movimento Corporal• Tempo• Espaço
Composição
• Kinesfera• Eixo• Ponto de Apoio• Movimentos articulares• Fluxo (livre e interrompido)• Rápido e lento• Formação • Níveis (alto, médio e baixo)• Deslocamento (direto e indireto)• Dimensões (pequeno e grande)• Técnica: improvisação• Gênero : circular
Movimentos e Períodos• Pré-historia• Greco-Romana• Renascimento• Dança Clássica
Conteúdos – 6ª Série
Área: Música
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais
• Altura• Duração• timbre• Intensidade• Densidade
Composição
• Ritmo• Melodia• Escalas• Gênero: folclórico, indígena, popular e
étnico• Técnicas: vocal, instrumental e mista • Improvisação
121
Movimentos e Períodos • Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Área: Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais
• Ponto• Linha• Forma• Textura• Superfície• Volume• Cor• Luz
Composição
• Proporção• Tridimensional• figura e fundo• Abstrata• Perspectiva• Técnicas: Pintura, escultura, modelagem,
gravura ...• Gêneros: Paisagem, retrato, natureza
morta...
Movimentos e Períodos
• Arte Indígena• Arte Popular• Brasileira e Paranaense• Renascimento• barroco
Área: Teatro
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais
• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
• Ação• Espaço
Composição
• Representação, Leitura dramática, • Cenografia
122
• Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas...
• Gêneros: Rua e arena, Caracterização
Movimentos e Períodos• Comédia dell' arte• Teatro Popular• Brasileiro e Paranaense• Tetro Africano
Área: Dança
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais• Movimento Corporal• Tempo• Espaço
Composição
• Ponto de Apoio• Rotação• Coreografia• Salto e queda• Peso (leve e pesado)• Fluxo (livre, interrompido e conduzido)• Lento, rápido e moderado• Formação • Níveis (alto, médio e baixo)• formação• Direção• Gênero : Folclórica, popular e étnica
Movimentos e Períodos
• Dança Popular• Brasileira• Paranaense• Africana• Indígena
Conteúdos – 7ª Série
Área: Música
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
• Altura
123
Elementos formais• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade
Composição
• Ritmo• Melodia• Harmonia• Tonal, modal e a fusão de ambos• Técnicas: vocal, instrumental e mista
Movimentos e Períodos• Indústria Cultural• Eletrônica• Minimalista• Rap, Rock, Tecno
Área: Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais
Linha• Forma• Textura• Superfície• Volume• Cor• Luz
Composição
• Semelhanças• Contrastes• Ritmo Visual• Estilização• Deformação• Técnicas: desenho, fotografia, audio-visual
e mista...
Movimentos e Períodos• Indústria Cultural• Arte no Séc. XX• Arte Contemporânea
Área: Teatro
124
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais
• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
• Ação• Espaço
Composição
• Representação no Cinema e Mídias• Texto Dramático• Maquiagem• Sonoplastia• Roteiro• Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação
cênica...
Movimentos e Períodos• Indústria Cultural• Realismo• Expressionismo• Cinema Novo
Área: Dança
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais• Movimento Corporal• Tempo• Espaço
Composição
• Giro• Rolamentos• Saltos• Aceleração e desaceleração• Direções (frente, atrás, direita, esquerda)• Improvisação• Coreografia• Sonoplastia• Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Movimentos e Períodos
• Hip Hop• Musicais• Expressionismo• Indústria Cultural• Dança Moderna
125
Conteúdos – 8ª Série
Área: Música
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais
• Altura• Duração• Timbre• Intensidade• Densidade
Composição
• Ritmo• Melodia• Harmonia• Técnicas: vocal, instrumental e mista• Gêneros: popular, folclórico e étnico
Movimentos e Períodos• Música Engajada• Música Popular Brasileira• Música Contemporânea
Área: Artes Visuais
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais
Linha• Forma• Textura• Superfície• Volume• Cor• Luz
Composição
• Bidimensional• Tridimensional• Figura-fundo• Ritmo Visual• Técnica: Pintura, grafitte, performance...• Gêneros: Paisagem urbana, cenas do
cotidiano
126
Movimentos e Períodos
• Realismo• Vanguardas• Muralismo e Arte Latino-Americana• Hip Hop
Área: Teatro
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais
• Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais
• Ação• Espaço
Composição
• Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum...
• Dramaturgia• Cenografia• Sonoplastia• Iluminação• Figurino
Movimentos e Períodos
• Tetro Engajado• Teatro do Oprimido• Teatro Pobre• Teatro do Absurdo• Vanguardas
Área: Dança
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Elementos formais• Movimento Corporal• Tempo• Espaço
Composição
• Kinesfera• Ponto de Apoio• Peso• Fluxo• Quedas• Saltos
127
• Giros• Rolamentos• Extensão (perto e longe)• Coreografia• Deslocamento• Gênero: Performance e moderna
Movimentos e Períodos• Vanguardas• Dança Moderna• Dança Contemporânea
Metodologia
Os assuntos trabalhados deverão ser contextualizados, os
métodos educativos e pedagógicos conduzirão os alunos a apreciarem e
analisarem os conteúdos de arte.
Os encaminhamentos visarão ajudar os alunos na apreensão
viva e significativa de noções e habilidades culturais em arte.
São noções a respeito de produções artísticas pessoais e
apreciações estéticas ou análises mais críticas de trabalhos em arte, nas
diversas modalidades (artes visuais, verbais, música, teatro, dança, artes
audiovisuais, dentre outras).
O professor organizará as práticas escolares artísticas e
estéticas Junto ao aluno, inter-relacionando as fases de constatação
continuada que são as vivências artísticas e estéticas do aluno e suas
relações com a natureza e a cultura.
Encaminhamento de análises e conceitos, dos saberes que
ainda não dominem que podem ser essenciais para que possam diversificar,
aprofundar, aprender "o fazer" e o "entender" produções artísticas e suas
histórias. Roteiros flexíveis.
Aulas programadas com início, meio e fim. Discussões
periódicas para investigar onde se encontram os saberes artísticos e
estéticos. Favorecer a participação de todos (atividades coletivas, em grupo e
128
individual). Oferecer diferentes situações de aprendizagem aos alunos.
Observar, registrar e utilizar os dados para realizar intervenções.
Reorientar o trabalho a partir dos resultados apresentados
pelos alunos.
Organizar o roteiro (tempo, espaço, material) para atender as
diversidades da classe. Articular os conteúdos com a realidade, com eixo
central de organização da disciplina com os eixos das outras disciplinas.
Criar situações para que os alunos se conscientizem de seus progressos e
dificuldades. Promover debates com o objetivo de estimular o
desenvolvimento do espírito crítico do aluno e também desenvolver a
linguagem e a fluência verbal.
Atuar, observar e criticar são ações fundamentais para
formação da personalidade do aluno, nas quais adquire ao mesmo tempo
domínio da linguagem gestual e verbal.
O professor deve ter uma continua formação prática e teórica
para o domínio do planejamento e dos componentes curriculares, deve saber
unir problemática das práticas escolares artes com reflexão e teorias suas e
de outras profissionais de um modo transformador, criativo e
compromissado com a democratização cultural artística e estética junto aos
alunos.
Avaliação
Rompe-se com o ensino tradicional, que se apoiava na cópia e
na repetição mecânica do modelo ideal, com os padrões clássicos de arte, e
determina-se uma mudança substancial na avaliação.
Nesse sentido, propõe-se avaliar não a expressão ou o
trabalho do aluno, mas no seu trabalho avaliar o domínio que este vai
adquirindo dos modos de organização de conteúdos ou elementos formais
na composição artística.
129
Estes aspectos são os conhecimentos que possibilitarão ao
aluno;
• Ler a realidade humana - social no trabalho artístico;
• Reconhecer e utilizar os diferentes sistemas de representação artística;
• Não copiar e nem imitar;
• Reconhecer o valor artístico dos objetos e não apenas o seu aspecto
prático-utilitários;
• Construir o trabalho artístico, a partir da sensibilidade artística
O ensino das Artes, objetiva ampliar e sistematizar o
conhecimento do aluno, no que se refere às linguagens artísticas.
Visa a formação da percepção da sensibilidade do aluno
através do trabalho criador, da apropriação do conhecimento artístico e do
contato com a produção cultural existente.
O ensino de Arte deverá visar a apreensão do saber estético
(através de desenho, música, teatro) que implica tanto na formação dos
sentidos humanos quanto na compreensão mais efetiva da realidade humano
social. Lembrar que as atividades artísticas fazem parte do currículo da
escola, assim sendo, não poderão ser marginalizadas, cabendo a esta
disciplina apenas elaboração de festividades, atos cívicos, etc.. Ela é tão
importante como às outras
Arte e a presença afro-descendente
- A presença de elementos e rituais das culturas de matriz
africana nas manifestações populares brasileiras: puxada de rede, maculelê,
capoeira, congada, maracatu, tambor de crioulo, samba de roda, umbigada,
carimbó, coco.
- Danças de natureza: religiosa: candomblé; lúdica: brincadeira
de roda; funerária: axexé; guerreira: congada; dramática: maracatu; profana:
jongo.
130
- A contribuição artística da cultura africana na formação da
Música Popular Brasileira: origem do batuque, do lundu e do samba, entre
outros.
- A poética musical envolvendo a temática do negro.
- Nossos cantores e compositores negros. A cultura africana e
afro-brasileira e as artes plásticas: máscaras, esculturas (argila, madeira,
metal); ornamentos; tapeçaria; tecelagem; pintura corporal; estamparia.
- Artistas plásticos como Mestre Didi (Bahia - Brasil) e a
presença e influência da arte africana nas obras de artistas contemporâneos.
- Proposta interdisciplinar: explorar os conteúdos sobre a
estrutura de Fractais (física e matemática) presentes na arte africana
(penteado, arquitetura, música, estamparia, objetos decorativos, etc).
As sugestões devem ultrapassar a condição de conteúdos, para
que possam ser analisados e recontextualizados pela ótica das artes e serem
avaliadas esteticamente por meio dos elementos do movimento, do som, dos
elementos plásticos: da cor, da forma, etc.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Fundamentação
A Educação Física é forma de expressão tanto biológica quanto
cultural. A linguagem corporal está no movimento cadenciado, traduz
emoções, fantasias, ideias e sentimentos; manifesta a alma do povo, seus
hábitos, tradições e costumes. É através do movimento que o homem
exterioriza suas necessidades, seus instintos e suas motivações. O corpo
ganha cada vez mais importância na configuração harmoniosa do sujeito. É
imagem externa do próprio sujeito, uma vez que expressa determinados
momentos históricos da sociedade. O professor de Educação Física,
131
consciente de que sua disciplina tem como objetivo o próprio corpo humano
em movimento, buscará integrar o homem a seu meio ambiente e a melhorar
sua qualidade de vida.
Sabe-se da importância que a Educação Física tem na
formação dos jovens e dos adultos. A ginástica, a dança, o jogo, o esporte
estão entre os caminhos mais rápidos para integração dos grupos sociais.
Não podemos educar o corpo e a mente em etapas diferentes,
a vida é movimento, e o gesto é uma das primeiras manifestações de
expressão, de comunicação entre o ser e o meio em que ele vive. Ela contribui
para mudanças e transformações no plano individual e coletivo aliado a
didática pedagógica. Além de apropriar-se do conhecimento de várias
técnicas corporais desenvolvidas historicamente permite não apenas a
educação do movimento, mas o aprimoramento das funções orgânicas, que
possibilita interagir melhor com o cotidiano, compartilhando e contribuindo
na busca de uma sociedade mais solidária.
Objetivos
Aprofundar-se no conhecimento do funcionamento do
organismo humano de forma a reconhecer e modificar as atividades
corporais, valorizando-as como recurso para melhoria de suas aptidões
físicas.
Buscar informações para o seu funcionamento teórico de
forma a construir e adaptar alguns sistemas de melhoria de suas aptidões
físicas.
Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal,
sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases científicas, adotando
uma postura autônoma, na seleção de atividades e procedimentos para a
manutenção ou, aquisição da saúde.
132
Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas,
consciente da importância das mesmas na vida do cidadão.
Aprofundar-se no conhecimento e compreensão das
diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as
diferenças de desempenho, linguagem e expressividade.
Participar de atividades em grandes e pequenos grupos,
potencializando e canalizando as diferenças individuais para o benefício e
conquista dos objetivos por todos.
Demonstrar autonomia na elaboração de atividades corporais,
assim como capacidade para discutir e modificar suas regras, reunindo
elementos componentes de várias manifestações de movimento, podendo
estabelecer uma melhor utilização dos conhecimentos adquiridos sobre a
cultura corporal para um reaproveitamento do seu tempo disponível.
Valorizar as diversas formas de expressões e manifestações
culturais e sua utilização para exposição de opiniões acerca dos temas
tratados.
Conteúdos – 5ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Esporte Coletivos Individuais
Jogos e brincadeirasJogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiroJogos cooperativos
DançaDanças folclóricas
Danças de ruaDanças artísticas
GinásticaGinástica rítmicaGinástica circence
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximação
133
Capoeira
Conteúdos - 6ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Esporte Coletivos Individuais
Jogos e brincadeirasJogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de roda
Jogos de tabuleiroJogos cooperativos
DançaDanças folclóricas
Danças de ruaDanças criativas
Danças circulares
GinásticaGinástica rítmicaGinástica circence
Ginástica geral
Lutas Lutas de aproximaçãoCapoeira
Conteúdos – 7ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Esporte Coletivos Radicais
Jogos e brincadeirasJogos e brincadeiras populares
Jogos de tabuleiroJogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança Danças criativasDanças circulares
Ginástica rítmica
134
Ginástica Ginástica circenceGinástica geral
Lutas Lutas com instrutor mediadorCapoeira
Conteúdos – 8ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Esporte Coletivos Radicais
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiroJogos dramáticos
Jogos cooperativos
Dança Danças criativasDanças circulares
Ginástica Ginástica rítmicaGinástica geral
Lutas Lutas com instrutor mediadorCapoeira
Metodologia
Esta proposta privilegiará o desenvolvimento da consciência
corporal no contexto de uma sociedade que precisa ser analisada e
questionada, busca-se integrar as mais diversas expressões de movimento,
através da ginástica, da dança, dos jogos e dos esportes, resgatando as
formas culturais das diferentes sociedades onde estão inseridas, alargando
os referenciais do mundo do educando e possibilitando o desenvolvimento
de suas habilidades, ampliando-as no decorrer do processo educacional. A
concretização dos objetivos se dará da seguinte forma:
- Observação
- Seminários
135
- Vídeos
- Palestras
- Excursões
- Debates
- Pesquisas
- Relacionar a prática de atividades e a melhoria da saúde
- Respeitar e adotar uma postura cooperativa
− Valorizar a cultura corporal e apreciar diversas
manifestações culturais.
Avaliação
A avaliação será encaminhada da seguinte forma:
- Expressão Corporal; será considerado o grau de superação
das dificuldades do aluno, observando se o seu corpo esta expressando
ideias, emoções sentimentos.
- Dramatização; serão apresentados textos elaborados pêlos
próprios alunos, também histórias lidas, ouvidas e cenas do cotidiano.
- Jogos Recreativos; o aluno será avaliado de acordo com a sua
participação e envolvimento no processo educacional e compreensão de
regras e normas de convivência social. Análise e discussões sobre as regras
dos jogos, com textos de apoio.
- Esportes; o aluno terá direito de aprender as diversas
modalidades esportivas, só não será avaliado por padrões técnicos
considerados da formação de atletas.
Nos esportes os alunos aprenderão gradativamente as diversas
modalidades existentes em nossa sociedade e serão avaliados de acordo com
o grau de apreensão, envolvimento e participação na ação educativa.
136
Educação Física é educação cujo material pedagógico
específico é o movimento, já que é pela atividade motora que o homem
expressa o sentido que imprime a vida.
Em Educação Física, o objetivo de estudo é o corpo em
movimento; baseado nisto, deverão ser trabalhados a ginástica, a dança e
jogos - esporte numa perspectiva histórica-crítica que permitirá ao
educando analisar e refletir sobre as diferentes formas de manifestação
cultural cumprindo um papel verdadeiramente educativo.
A interação com as relações étnico-raciais será propiciada
através:
- Estudo das práticas corporais da cultura negra, em
diferentes momentos históricos.
- Danças e suas manifestações corporais na cultura afro-
brasileira.
- Brinquedos e brincadeiras da cultura africana e sua
ressignificação nas praticas corporais afro-brasileiras.
- Jogos praticados no Brasil pêlos afro-descendentes e
africanos numa perspectiva histórica.
- Manifestações corporais expressas no folclore brasileiro.
- A capoeira, seus significados e sentidos no contexto
histórico-social, como elemento da cultura corporal. Por meio
da capoeira, torna-se possível resgatar a historicidade do
negro, desde o momento em que foi retirado do continente
africano. São exemplos significativos as suas danças de
guerra, caça, festas, como a da puberdade e as grandes
caminhadas pelas florestas. - Tais elementos representam
subsídios na construção de propostas para o trabalho
pedagógico nas escolas.
137
ENSINO RELIGIOSO
Fundamentação
A necessidade do transcendente é peculiar ao Ser Humano.
Uma educação que vise à formação integral do educando, não pode deixar de
contemplar o desenvolvimento da sua dimensão religiosa.
Por isso é preciso ter bem claro o que é Educação Religiosa,
qual sua finalidade, os princípios que a norteiam, qual sua linguagem e
conteúdo, já que esta acontece dentro da Escola Pública, estatal com uma
população que se caracteriza por sua pluralidade religiosa.
A Educação Religiosa proposta pela ASSINTEC, fundada em
1973, originada a partir dos pressupostos da Teologia da Libertação e da
Pedagogia Libertadora, de Paulo Freire, ambas muito correlacionadas,
assimila agora os princípios da Pedagogia Histórico-Crítica, quanto à
educação formal.
A Educação Religiosa coloca-se como aliada às tendências
pedagógicas modernas, que têm como ponto de partida a pessoa concreta,
situada historicamente numa classe social e explicita também uma
concepção de vida, de mundo e de pessoa dentro de uma visão de totalidade.
Objetivos
- Enfatizar o lado intuitivo do ser humano.
- Abrir um espaço para a interiorização, a sensibilidade e a
meditação.
- Buscar uma maior relação com o transcendente.
138
- Ultrapassar a formação da consciência crítica, atingindo
também o nível do inconsciente ao enfatizar a criatividade, a religiosidade,
etc.
- Buscar as razões mais profundas possíveis de serem
entendidas pela linguagem dos símbolos, que usa de categorias intuitivas
como ritos, mitos, expressos pelo povo.
- Utilizar-se do saber popular, (senso comum) dos
acontecimentos do dia-a-dia, como referência, analisando-os e
confrontando-os com conteúdo (saber) sistematizado e universal, mas os
redimensionar a partir de valores tidos como fundamentais pêlos seres
humanos, dentro de uma perspectiva religiosa.
- Encarar a transformação social dentro de um contexto mais
amplo abrangendo o todo.
− Apropriar-se da Ciência e da Técnica atribuindo-lhe consciência e dando-
lhe uma dimensão ética.
Conteúdos – 5ª e 6ª série
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Paisagem Religiosa
Universo Simbólico Religioso
Textos Sagrados
Organizações Religiosas
Lugares Sagrados
Textos Sagrados
Textos Sagrados orais ou escritos
Símbolos Religiosos
139
Metodologia
A preocupação com a coerência entre os pressupostos
pedagógicos e o desenvolvimento integral da pessoa, tem em vista um
compromisso com a transformação social, ajudando a pessoa a harmonizar-
se consigo mesma com os outros, com o mundo e com o transcendente. Isso
ensejou a escolha de uma metodologia que melhor atenda todos esses
aspectos. Por isso a opção pelo método dialético, o qual explicita as
diferentes facetas da realidade, permitindo julgá-la segundo certos
parâmetros a possibilita à pessoa assumir um posicionamento consciente e
coerente.
Avaliação
São expectativas em relação ao educando, quanto às atitudes:
_ Tomar consciência do seu crescimento global e da realidade em que vive.
_ Sentir-se valorizado no seu esforço de mudança e crescimento
_ Ir percebendo o nível de relação e o crescimento da dimensão religiosa.
- Rever-se a partir da auto-avaliação de sua vida.
- Desenvolver o espírito crítico em relação à realidade.
- Estudo sobre a influência das celebrações religiosas das tradições afros na
cultura do Brasil.
- Pesquisa acerca das religiões africanas presentes no Brasil.
_ Estudo dos orixás.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – Inglês
Justificativa
O aprendizado de uma língua estrangeira propicia a interação
com a realidade histórica que nos rodeia de forma mais ampla, assegura
140
acesso a novas culturas, possibilita maior conhecimento sobre o mundo e
amplia a capacidade de estabelecer relações de forma crítica.
As línguas estrangeiras ofertadas nas instituições da rede
estadual deverão ser definidas pela comunidade escolar - de acordo com o
disposto no artigo 36 inciso II da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional.
No Paraná, onde existe uma grande diversidade cultural,
decorrente da imigração de diversas etnias, é fundamental que a comunidade
escolar defina a língua estrangeira moderna a ser ofertada, seja ela inglês,
francês. Italiano, alemão, espanhol, polonês, ucraniano ou japonês, de acordo
com as características da região e os interesses da comunidade.
A escola ao incluir na parte diversificada de sua grade
curricular a Língua Inglesa, buscou reafirmar o pressuposto que a língua
estrangeira tem uma importância crucial na formação do aluno. Acreditamos
que através do confronto com o novo, com a língua do outro, e vale dizer
com a cultura do outro, o aluno terá mais facilidade em se posicionar,
reconhecendo a situação geográfica, econômica e cultural de seu próprio país
ao enxergar e respeitar as diferenças entre duas culturas.
Levou-se em consideração as questões político, econômicas e
sociais de um planeta cada vez mais globalizado. Nesse contexto o inglês faz
parte do cotidiano do aluno no trabalho, na cultura, no lazer, nas tecnologias
utilizada pela sociedade capitalista e globalizada. A função da escola é
auxiliar o aluno a integrar-se ao novo de uma maneira crítica e confiante,
entendendo sobre as questões mundiais e refletindo sobre as causas das
mesmas.
São muitas as transformações sociais que, muito rapidamente,
vão interferindo no panorama mundial: o homem se mobiliza com facilidade,
o ir e o vir tomam dimensões cada vez mais amplas e as fronteiras tendem a
desaparecer; intensificam-se as necessidades de comunicação com outros
povos e outras culturas. Neste contexto, a Língua Estrangeira Moderna
141
facilitará ao aluno sua participação nas novas relações comunicativas que se
estabelecem. Daí a importância de um trabalho norteado pela abordagem
comunicativa, que focaliza as relações entre locutor e interlocutor, onde o
aluno é sujeito do processo de aprendizagem.
Torna-se, pois, fundamental, conferir ao ensino de Língua
Inglesa um caráter que, além de capacitar o aluno a compreender e a
produzir enunciados corretos no novo idioma, propicie ao aprendiz a
possibilidade de atingir um nível de competência linguística capaz de
permitir-lhe ter acesso a vários tipos de informação ao mesmo tempo em
que contribua para a sua formação geral enquanto cidadão.
Objetivo
- saber distinguir entre as variantes linguísticas,
- escolher o registro adequado à situação na qual se processa
a comunicação,
- ter condições de escolher o vocabulário que melhor reflita a
ideia que se pretende transmitir.
- compreender de que forma determinada maneira de
expressão pode ser literalmente interpretada em razão de
aspectos sociais e/ou culturais.
- Compreender em que medida esses enunciados refletem a
forma de ser, de pensar, de agir e de sentir de quem os
produz.
- utilizar aspectos como coerência e coesão na produção em
língua Inglesa.
Dominar as estratégias verbais e não verbais que entram em
ação para compensar falhas na comunicação e para favorecer a
efetiva comunicação e alcançar o efeito pretendido.
Conteúdos – 5ª série
142
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Leitura
Tema do textoInterlocutorFinalidadeAceitabilidade do textoInformatividadeElementos composicionais do gêneroLéxicoRepetição proposital de palavrasMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.
Escrita
Tema do textoInterlocutorFinalidade do textoInformatividadeElementos composicionais do gêneroMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.Acentuação gráficaOrtografiaConcordância verbal/nominal
Oralidade
Tema do textoFinalidadePapel do locutor e interlocutorElementos extra-linguísticos: entonação, pausas, gestos.Adequação do discurso ao gêneroTurnos de falaVariações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, Recursos semânticos.
Conteúdos – 6ª série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
143
Leitura
Tema do textoInterlocutorFinalidade do textoInformatividadeSitucionalidadeInformações explícitasDiscurso direto e indiretoElementos composicionais do gêneroRepetição proposital de palavrasLéxicoMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.
Escrita
Tema do textoInterlocutorFinalidade do textoDiscurso direto e indiretoElementos composicionais do gêneroMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.Acentuação gráficaOrtografiaConcordância verbal/nominal
Oralidade
Tema do textoFinalidadePapel do locutor e interlocutorElementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos ...Adequação do discurso ao gêneroTurnos de falaVariações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica
144
Conteúdos- 7ª série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Leitura
Conteúdo temáticoInterlocutorFinalidade do textoAceitabilidade do textoInformatividadeSitucionalidadeIntertextualidadeVozes sociais presentes no textoElementos composicionais do gêneroMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e denotativo das palavras no texto, expressões que denotam ironia e humor no texto Léxico
Escrita
Conteúdo temáticoInterlocutorFinalidade do textoInformatividadeSitucionalidadeIntertextualidadeVozes sociais presentes no textoElementos composicionais do gêneroMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)Concordância verbal e nominalSemântica: operadores argumentativos, ambiguidade, Significado das palavras, figuras de linguagem, sentido conotativo e denotativo, expressões que denotam ironia e humor no texto
Oralidade
Conteúdo temáticoFinalidadeAceitabilidade do textoInformatividadePapel do locutor e interlocutorElementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas,Adequação do discurso ao gêneroTurnos de falaVariações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetiçãoElementos semânticosAdequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
145
etc)Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
Conteúdos – 8ª série
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Leitura
Tema do textoInterlocutorFinalidade do textoAceitabilidade do textoInformatividadeSitucionalidadeIntertextualidadeTemporalidadeDiscurso direto e indiretoVozes sociais presentes no textoElementos composicionais do gêneroEmprego do sentido conotativo e denotativo do textoPalavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no textoPolissemiaMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagemLéxico
Escrita
Tema do textoInterlocutorFinalidade do textoAceitabilidade do textoInformatividadeSitucionalidadeIntertextualidadeTemporalidadeDiscurso direto e indiretoElementos composicionais do gêneroEmprego do sentido conotativo e denotativo do textoRelação de causa e consequência entre as partes e elementos do textoPalavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no textoPolissemiaMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
146
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagem.Processo de formação de palavrasAcentuação gráficaOrtografiaConcordância verbal/nominal
Oralidade
Conteúdo temáticoFinalidadeAceitabilidade do textoInformatividadePapel do locutor e interlocutorElementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas,Adequação do discurso ao gêneroTurnos de falaVariações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetiçãoSemânticaAdequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc)Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
Metodologia
Serão utilizadas metodologias viáveis para garantir ao aluno a
aquisição e domínio dos mecanismos que compõem a estrutura da língua,
possibilitando-lhe o emprego desses mecanismos num contexto específico
para que se processe a comunicação. Gradativa mente o aluno irá ampliando
seus conhecimentos linguísticos e à medida que for superando dificuldades,
serão apresentadas estruturas mais complexas e criadas situações para que
ele possa usá-las.
Embasados neste propósito é que faremos uso das seguintes
técnicas: leitura, análise de textos, painel, dramatização, vídeos, fitas
cassetes, músicas, jogos.
Avaliação
Dar-se-á através de: leitura, análise de textos, painel,
dramatização, vídeos, fitas cassetes, músicas e jogos.
147
Dar-se-á ênfase ao trabalho com textos, verificando se a
compreensão e leitura vão se tornando praticas comuns na vida do aluno.
Retomam-se textos já trabalhados até que o aluno seja capaz de sozinho,
entender as linhas gerais do texto, elaborando síntese e produção de textos
lidos.
A partir de textos, trabalham-se mais detalhadamente
aspectos da língua, inclusive a expressão oral.
A Língua Estrangeira Moderna, dar prioridade ao trabalho com
texto, dentro da abordagem comunicativa, para que o aluno possa enfrentar
com sucesso uma situação de leitura, reconhecendo as informações
essenciais dos vários tipos de textos, a exemplo do que se faz em língua
portuguesa. É importante que o professor, mesmo adotando livro didático,
leve para sala textos de jornais, revistas, publicidades, prospectos em língua
estrangeira.
Enfocar que o inglês se tornou importante veículo de
comunicação do mundo moderno e que no cotidiano nos deparamos com
palavras e expressões da língua inglesa (música, aparelhos, mídia, manuais
técnicos, etc.).
9. PROPOSTAS CURRICULARES – ENSINO MÉDIO
FÍSICA
Fundamentação
Física é a ciência que estuda a matéria e a energia e as suas
interações e tem contribuído de forma importante para a compreensão dos
fenômenos naturais e para dominar a tecnologia.
Desde a antiguidade, a humanidade interessa-se por conhecer
a natureza, desvendar seus mistérios e utilizar seus recursos para suprir
suas necessidades. Suas motivações iniciais teria sido a curiosidade, o
148
simples prazer de conhecer, o medo das doenças ou dos fenômenos da
natureza, a necessidade de obter alimentos e materiais para a construção de
abrigos, o efeito do vestuário, a preparação para a guerra, etc.
No curso de física, o ponto de partida para o aprendizado será
a analise de situações previamente conhecidas pelos alunos.
A discussão destas situações levará ao estudo das teorias
físicas, que possibilitam uma maior capacidade de unificar diversos
fenômenos. Assim, a partir do estudo das máquinas térmicas (motor a
explosão, geladeira, etc.), das ferramentas, utensílios e aparelhos
eletrodomésticos, fenômenos naturais, instrumentos ópticos, etc., passarão a
discutir os conceitos da Física e sua formalização, procurando facilitar a
compreensão do mundo contemporâneo e suas interações com a ciência.
Como o seu desenvolvimento não é independente do
desenvolvimento das forças produtivas da sociedade, seu aprendizado não
deve ser estruturado.
Separadamente do contexto socioeconômico em que surgiram
as teorias e descobertas. Por esta razão, algumas leituras serão introduzidas
no curso para situar o educando no contexto em que as teorias foram
desenvolvidas. Estes textos procuram mostrar que, no decorrer da história já
existiram outras interpretações diferentes da natureza e que algumas teorias
passaram a ser preferidas em detrimento de outros.
Os conteúdos foram organizados e estruturados em:
movimento, termodinâmica e eletro-magnetismo serão abordados em todas
as séries considerando o nível cognitivo do educando.
Objetivos
• Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva,
permitindo ao indivíduo a interpretação de fatos, fenômenos e
149
processos naturais, redimensionando sua relação com a natureza
em transformação;
• Analisar o senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua
experiência de vida;
• Contemplar de modo prático e vivencial, privilegiando a
interdisciplinaridade e a visão não fragmentada da ciência, a fim de
que o ensino possa ser articulado e dinâmico;
• Contribuir para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de
admirar a beleza da produção científica ao longo da história e
compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para
o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca.
Conteúdos
Movimento
Momentum e inércia Conservação de quantidade de
movimento (momentum) Variação de quantidade de
movimento = impulso 2ª Lei de Newtom 3ª Lei de Newtom e condições
de equilíbrio Energia e o Princípio da
Conservação da energia Gravitação
Termodinâmica Leis da termodinâmica Lei zero da termodinâmica 1ª Lei da Termodinâmica 2ª Lei da Termodinâmica
Eletromagnetismo
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas
Força eletromagnéticas Equações de Maxwell: Lei de
Gauss para eletrostática (Lei de
150
Coulomb, Lei de Ampére, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)
A natureza da luz e suas propriedades
Temas Contemporâneos
Agenda 21, Cultura Afro, História do Paraná, Educação do Campo, Educação
Fiscal, Tecnologia, Midioteca, Projeto Fera, Projeto de Inclusão e Consciência,
serão contemplados em todas as séries através de atividades
interdisciplinares, com envolvimento de toda a comunidade escolar, sob
orientação da equipe técnica - pedagógica e direção do estabelecimento de
Ensino.
Metodologia
Devemos dar uma abordagem histórica dos conteúdos
enriquecendo-os e mostrando a utilidade dos mesmos no cotidiano dos
educadores, podendo auxiliá-los reconhecerem a ciência como um objeto
humano, tornando o conteúdo científico mais interessante e compreensível.
Os objetivos propostos serão atingidos através de atividades
práticas que favoreçam a construção de conceitos físicos, enfatizando o
raciocínio em diferentes situações.
As estratégias a serem usadas serão:
• Exposição dialogada.
• Leitura informativa de textos variados.
• Aulas práticas – Experiências.
• Resolução de exercícios e problemas.
• Pesquisa orientada e posterior exposição com interação professor –
aluno e aluno – aluno.
• Trabalho individual e em grupo.
151
• Relatórios.
Avaliação
A avaliação deve servir como diagnóstico do processo ensino –
aprendizagem, construindo um ponto de orientação para a continuidade do
trabalho escolar e estímulo para aprimorar os conhecimentos.
Ela deve servir também como fonte de informações que,
referindo-se aos profissionais da escola e aos alunos, poderão orientar uma
posterior intervenção voltada para um replanejamento.
Os resultados da avaliação devem servir para: - levar à analise
geral do aluno sempre no contexto do processo ensino e de aprendizagem;
- Orientar a aprendizagem;
- Verificar como o aluno está interagindo com o conhecimento;
- Tomar decisões para a melhoria da qualidade do processo educativo
(replanejamento).
- Tornar do conhecimento do aluno o que foi avaliado e o que foi alcançado
por ele:
Os critérios serão:
• Resolução de problemas, em contextos sociais.
• Prova escrita, individual.
• Trabalhos envolvendo leitura e interpretação.
• Pesquisas orientadas.
• Experiências e relatórios.
• Resolução de exercícios.
Bibliografia
Livro didático público do Estado do Paraná – SEED – Física
Sampaio, José Luiz; Calçada, Caio Sérgio. Universos da Física – 2ª ed. – vol. I,
II, III
152
Kazuhito, Yamamoto; Fuke, Luiz Felipe; Shigekiyo, Carlos Tadashi. Os
Alicerces da Física. 12 ed. , Vol.1, 2 ,3. São Paulo; Saraiva, 1998.
Chiqueto, Marcos; Valentim, Bárbara; Paghiari, Estéfane. Aprendendo Física.
Vol. 1, 2, 3. São Paulo: Scipione, 1996.
Bonjorno, Regina Azenha; Bonjorno, José Roberto; Bonjorno, Valter; Ramos,
Clinton Márcio. Física Completa. F.T.D.
Paraná, Djalma Nunes da Silva. Física. 6.ed. São Paulo: Ática, 2004.
Anjos, Ivan Gonçalves dos. Física. Coleção Horizontes: São Paulo: IBEP, 1999.
Diretrizes Curriculares De Física para o Ensino Médio
Currículo Básico do Estado do Paraná. Curitiba, 1990.
GEOGRAFIA
Fundamentação
A Geografia que se propõe que seja ensinada nas escolas
deriva de uma concepção científica. O conceito adotado para o objeto de
estudo da geografia nessas diretrizes curriculares é o espaço geográfico, um
espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto por objetos e
ações inter-relacionadas. Trata-se da produção e da organização do espaço
geográfico, a partir das relações sociais de produção, um espaço produzido e
reproduzido pela sociedade humana, com vistas a nele se realizar e se
reproduzir.
Analisar com os alunos as transformações que vem ocorrendo
no mundo ou no espaço, faz com que a geografia passe a auxiliá-los a
desvendar seu espaço, a conhecer seus agentes modificadores responsáveis
por sua construção compreendendo a sua responsabilidade, enquanto
cidadãos, pela conquista de uma sociedade justa e um meio ambiente que
propicie mais qualidade de vida às futuras gerações.
A partir desses apontamentos, cabe a escola, como um dos
153
lugares onde se analisa, produz e sistematiza-se conhecimentos, subsidiar
os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes para que sejam
sujeitos capazes de interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca. Os
conteúdos estruturantes a serem trabalhados serão: Dimensão econômica do
espaço geográfico, Dimensão política do espaço geográfico, Dimensão
cultural e demográfica do espaço geográfico, Dimensão sócio-ambiental do
espaço geográfico, os conteúdos estruturantes irão fundamentar a
abordagem dos conteúdos básicos, além de contemplar as culturas afro-
brasileira e indígena que serão consideradas no desenvolvimento dos
conteúdos, bem como a educação ambiental e educação fiscal.
Objetivos
• Desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e
pensar criticamente a realidade para melhor compreendê-la e
identificar as possibilidades de transformação;
• Ser capaz de buscar o trabalho interdisciplinar e a formação de um
coletivo para aprofundar a compreensão de uma realidade.
Conteúdos Estruturantes:
1) Dimensão Econômica do espaço geográfico,
2) Dimensão política do espaço geográfico,
3) Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico,
4) Dimensão sócio-ambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos:
A formação e transformação das paisagens
154
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização
do espaço geográfico
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnica-científica-informacional, e os novos arranjos no
espaço da produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual
configuração territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das
informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços
urbanos e a urbanização recente.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os
indicadores estatísticos.
Os movimentos migratórios e suas motivações
As manifestações sócio-espaciais da diversidade cultural
O comércio e as implicações sócio-espaciais
As diversas regionalizações do espaço geográfico
As implicações sócio-espaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do
Estado.
Metodologia
Propõe-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de
155
uma forma crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos
teóricos aqui propostos.
As mudanças perceptíveis através de vários sinais na paisagem
visível do lugar permitem antever o futuro de um certo espaço geográfico.
A articulação entre globalização e o lugar é um dos caminhos
para orientar o ensino-aprendizagem da geografia para compreender as
relações espaciais que se estabelecem no mundo moderno.
As fotografias são importantes como recortes instantâneos da
realidade e os jornais, fontes de orientação da opinião pública serão
utilizadas para seleção de tema e problemas a serem estudados. Dados
estatísticos serão transformados em gráficos. Pesquisas serão realizadas
através do uso do computador e da internet que já fazem parte do cotidiano
de nossa escola. Outra fonte de informação importante para a geografia são
as entrevistas, que nos ajudam a entender o significado de acontecimentos e
de ações sobre o espaço geográfico.
Avaliação
A avaliação será contínua, formativa e diagnóstica, e irá priorizar a
qualidade e o processo de aprendizagem. Em lugar de avaliar apenas por
meio de provas, o professor deve usar instrumentos de avaliação que
contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e
interpretação de textos, fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas
bibliográficas, relatórios, pesquisa de campo, seminários, maquetes, etc.
esses instrumentos serão selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino.
Bibliografia
156
TERCIO e Maria Lucia. Geografia Novo Ensino Médio. Editora Ática S.P. 2ª
edição, 2005.
PIFFER, Osvaldo. Geografia – Coleção Horizontes. Editora IBEP, São Paulo,
2000.
MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil. Editora Ática, São Paulo.
38ª edição, 1998.
BORBA, João. Geografia do Paraná. Editoração e Arte: João Borba de
Camargo Junior, 4ª edição, 2001.
SIMIELLI, Maria Helena. Geoatlas. Editora Ática, São Paulo. 8ª edição, 1991.
Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio.
Leis: 10.639/03 e 13.381/01
QUÍMICA
Fundamentação
A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza.
As ciências, em especial a Química, têm permitido, através de seus
instrumentos e métodos, conhecer a realidade externa bem além do alcance
de uma mente individual e dos sentidos.
O desenvolvimento desta ciência tem permitido ao homem não
só controlar certas transformações, mas também obter um número cada vez
maior de novos materiais. Além disso, a Química não é um objeto, mas uma
ciência que pode trazer benefícios ou prejuízos aos seres vivos e ao meio -
ambiente, dependendo da concepção com que seus conceitos são utilizados.
Os conteúdos foram organizados e estruturados dessa forma: Matéria e sua
Natureza, Biogeoquímica e Química Sintética.
Objetivos
157
O objetivo geral desta disciplina é a interação do conhecimento
químico com o desenvolvimento tecnológico e científico atual, que visa
discutir o papel da Ciência e da Tecnologia na real melhoria dos
padrões de vida da população;
• Proporcionar condições para a participação crítica no mundo do
trabalho e na realidade social brasileira através de abordagem de
assuntos atuais e da seleção dos conteúdos que permitam ao aluno ter
uma visão ampla da Química e de suas aplicações.
É de suma importância que o estudante reconheça o valor da ciência na
busca do conhecimento da realidade objetiva e se utilize dele no seu
cotidiano.
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
158
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química Sintética
Matéria Constituição da matéria Estados de agregação Natureza elétrica da matéria Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton,
Bohr...) Estudo dos metais Tabela Periódica
Solução Substância: simples e composta Misturas Métodos de separação Solubilidade Concentração Forças intermoleculares Temperatura e pressão Densidade Dispersão e suspensão Tabela Periódica
Velocidade das reações Reações químicas Lei as reações químicas Representação das reações químicas Condições fundamentais para ocorrência das reações
químicas (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão)
Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalizador, concentração dos reagentes, inibidores)
Lei da velocidade das reações químicas Tabela Periódica
Equilíbrio Químico Reações químicas reversíveis Concentração Relações matemáticas e o equilíbrio químico
(constante de equilíbrio) Deslocamento de equilíbrio (princípio de Lei Chatelier):
concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores
Equilíbrio químico em meio aquoso (ph, constante de ionização, Ks)
Tabela PeriódicaLigação Química
159
Tabela Periódica Propriedade dos materiais Tipos de ligações químicas em relação as propriedades
dos materiais Solubilidade e as ligações químicas Interações intermoleculares e as propriedades das
substâncias moleculares Ligações de Hidrogênio Ligação metálica (elétrons semi-livres) Ligações sigma e pi Ligações polares e apolares Alotropia
Reações Químicas Reações de Oxi-redução Reações exotérmicas e endotérmicas Variação de entalpia Calorias Equações termoquímicas Princípios da termodinâmica Lei de Hess Entropia e energia livre Calorimetria Tabela Periódica
Radioatividade
Modelos Atômicos (Rutherford)
Elementos químicos (radioativos)
Tabela Periódica
Reações químicas
Velocidade das reações
Emissões radioativas
Leis da radioatividade
Cinética das reações químicas
Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear)
Gases
Estados físicos da matéria
Tabela Periódica
160
Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão,
pressão x temperatura, pressão x volume e
temperatura x volume)
Modelo de partículas para os materiais gasosos
Misturas gasosas
Diferença entre gás e vapor
Lei dos gases
Funções Químicas
Funções Orgânicas
Funções Inorgânicas
Tabela Periódica
Metodologia
Partindo do conhecimento prévio do estudante que ele adquire no seu
dia-a-dia e na interação com os diversos objetos de sua convivência é que
temos condições de formar conhecimentos científicos a respeito dos
conhecimentos químicos, propiciando ao aluno acumular, organizar e
relacionar as informações necessárias na elaboração dos conceitos
fundamentais da disciplina. A cada nova unidade, são retomados conteúdos
para que fiquem solidamente incorporados à estrutura cognitiva dos alunos
e no sentindo de auxiliar a busca de novas explicações.
A dinâmica de funcionamento do ensino de química estabelece-se
através da seguinte estrutura: aulas práticas, teóricas e de exercícios;
discussões e trabalhos em grupos; pesquisas em jornais, livros e revistas,
análise e interpretação de textos; demonstrações práticas.
161
Avaliação
A avaliação é diagnóstica, formativa e processual, levando em
conta todo conhecimento prévio do aluno e como ele supera suas concepções
espontâneas através de orientações, subsidiar e redirecionar o processo
ensino – aprendizagem, tendo em vista garantir a qualidade do processo
educacional.
O principal processo de avaliação é a formação de conceitos
científicos partindo do entendimento e da interação com a dinâmica dos
fenômenos naturais por meio de conceitos químicos e posicionando – se,
articulando o conhecimento químico às questões sociais, econômicas e
políticas, onde serão usadas as seguintes ferramentas: resoluções de
exercícios, aulas práticas e teóricas, trabalho e discussões em grupo,
pesquisas em jornais, livros e revistas, cálculos químicos e demonstrações
práticas.
Bibliografia
SARDELLA, Antonio; MATHEUS, Edgar. Química. Volume Único. Ática, 2003.
COVRE, Geraldo José. Química Total. Volume Único. FTD. 1ª Edição, 2001.
PERUZZO, Tito Miragaia; CANTO, Eduardo Leite. Química na Abordagem do
Cotidiano, Volume Único, Moderna. 1ª Edição, 1996.
REIS, Martha. Química Integral. Volume Único. FTD. 1993.
FELTRE, Ricardo. Fundamentos da Química. Volume Único. Moderna. 2ª
Edição, 1998.
USBERÇO, João e salvador, Edgar. Química. Volume Único. Saraiva. 1ª Edição,
1997.
UTIMURA, Teruko Y.; LINGUANOTO, Maria. Química. Volume Único. FTD 1ª
Edição, 1998.
162
CASTRO, Eliane Nilvana F., et. al. Química e sociedade. Volume Único.
Coleção Nova Geração. 1ª edição, 2005.
HISTÓRIA
Fundamentação
Captar as diferentes formas com que os homens concebem a
vida e transformam-na em diversos momentos históricos, como se
relacionam entre si e com que objetivos. O ensino da história permite ao
educando ter maior compreensão de sua realidade pelo confronto com as
demais, percebendo as rupturas e permanências e reconhecendo-se como
sujeito histórico, ativo no processo de aprendizagem.
Entendendo por sujeitos históricos indivíduos, grupos, classes
sociais, participantes de acontecimentos de repercussão coletiva ou situações
cotidianas na busca pela transformação ou continuidade de suas realidades,
valorizam-se o indivíduo ou os grupos anônimos, enquanto protagonistas da
construção de suas histórias, e não meras sombras dos feitos heróicos dos
grandes personagens.
Por isso a disciplina de História não pode e não irá reduzir-se
unicamente a informações sobre o passado, mas:
• Passar aos alunos a concepção de mundo à visão da realidade que
imperava nas diversas épocas.
• Fazer os alunos entenderem que as relações sociais de produção, as
relações de trabalho e as relações de com o mundo são responsáveis
por impulsionar uma determinada época na busca de alternativas.
• Fazer com que percebam que foram as condições da época que
permitiam determinadas ações.
163
• Captar as consequências dos fatos históricos termos dos
desdobramentos do conhecimento científico e técnico que o mundo
conheceu a partir destas ações.
Para a compreender o que há por trás de um fato relatado
existem as relações sociais, econômicas, políticas e culturais que produzem,
recorrem-se a uma multiplicidade documental que abrange não só o escrito e
institucional, mas também os filmes, os artigos de jornais e revistas, as
imagens, os relatos orais, os objetivos e os registros sonoros.
O contato com esta diversidade de fontes possibilita ao aluno
perceber as diferentes temporalidades existentes simultaneamente e/ ou ao
longo da história reconhecendo também sua realidade como múltipla,
conflituosa e complexa, encarando o conhecimento histórico não como uma
sucessão de fatos no tempo, mas sim como ações humanas organizadas
transformadoras de um dado momento.
Tendo visto tal proposta, o intercâmbio com conceitos
trabalhados por outras disciplinas torna-se novos procedimentos de reflexão
e análise, desenvolva realidade e relacione-as com as informações históricas.
Desta forma, o educando passa a ter uma dimensão mais
ampla e significativa dos conteúdos específicos da área, enriquecendo o seu
próprio saber.
A reflexão sobre a relação entre os acontecimentos e os
grupos, tanto os do presente quanto as do passado, a prática da pesquisa e a
convivência com diferentes métodos de abordagem favorecem a formação de
um aluno crítico, reflexivo e consciente do seu papel enquanto cidadão.
Mantendo a perspectiva curricular de integração sistemática
com disciplinas afins, o ensino da disciplina tem como:
Objetivos
164
• Analisar a época em que vive, situando-se diante dos problemas
atuais, com base numa visão de evolução econômica, política, social e
cultural da humanidade;
• Identificar o sentido dos diversos aspectos de nossa herança cultural;
• Aplicar os conhecimentos adquiridos contextualizando a realidade
brasileira, a fim de melhor interpretá-la nela atuando.
• Expor ideias de forma clara e compreensível nas atividades e
avaliações propostas.
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes:
Relações de trabalho
Relações de poder
Relações culturais
Conteúdos Básicos:
Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre
Tema 2: Urbanização e industrialização
Tema 3: O estado e as relações de poder
Tema 4: Os sujeitos, as revoltas e as guerras
Tema 5: Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções
Tema 6: Cultura e religiosidade
Metodologia
A metodologia a ser adotada é aquela onde abrirá caminhos
para a contextualização, através da crítica – construtiva.
165
O aluno será levado à mobilização quanto ao conteúdo
estudado para a construção de seu próprio conhecimento.
Para que o aluno assimile transforme, crie a sua construção
pessoal, para isso deverá estar com o conteúdo sistematizado.
Será conduzida a sala, os educando a traduzir oral ou por
escrito a compreensão do conteúdo trabalhado.
Retornar a prática social como ponto de chegada do processo
pedagógico, contextualizando seus conhecimentos na perspectiva histórico
crítica.
Avaliação
A avaliação na disciplina de história será contínua, diagnóstica, formal
e processual.
Permitirá ao professor conhecer o que o educando já sabe,
sobre os conteúdos trabalhados, encaminhando a construção de sua ação
pedagógica, permitindo ao educando ir do senso comum para um
conhecimento mais elaborado.
O ensino de história, dentro da proposta histórico–crítica, possui
metodológicas dinâmicas que necessitam ser alimentados no dia–a–dia em
sala de aula, portanto é a avaliação que permitirá o sucesso das práticas.
Mesmo exigindo-se a mensuração, exige-se também o compromisso de
reflexão, onde é imprescindível verificação da aprendizagem de conteúdos
específicos, auto – avaliação escrita e oral, sob a qual poderá conhecer o seu
progresso na aprendizagem.
Bibliografia
Currículo Básico – 1990
166
Diretrizes Curriculares do Ensino de História.
COTRIM, Gilberto; História Global, Brasil Geral. 3. Ed. São Paulo: Saraiva,
1998.
DETTAS, Nicolina Luiza de. OJEDA, Eduardo Aparecido Braz; Coleção Base:
História: Uma Abordagem Integrada. Volume Único. São Paulo. Moderna,
1999.
WACHOWICZ, Ruy Christovan; História do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial,
2000.
FIGUEIRA, Divalde Garcia. História. São Paulo, Ática, 2003.
SEED, Conhecimentos Específicos de História, Professora Rosangela Biliatti
e Equipe – São Paulo. 2003.
SILVA, Ana Célia et.al Educação Racismo, anti-racismo. Novos Tempos,
2002.
Cadernos temáticos.
WACHOWICZ, Ruy; História do Paraná. 10ª edição Curitiba: Imprensa Oficial
do Paraná, 2002.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
Fundamentação
O ensino da língua estrangeira passou por várias
transformações e implementações, as quais visam sempre uma forma
adequada e eficiente que pudesse interagir com o educando e tornar a
aprendizagem efetiva, contemplando a aquisição dos conteúdos. Desta forma
se analisarmos podemos verificar/ havia muita valorização da língua
estrangeira e pouco prestígio da língua materna .
No decorrer da história do ensino da Língua Estrangeira,
percebemos que vários métodos foram utilizados e cada qual apresentava
167
acertos e falhas, que após a prática houve necessidade de re-estruturação
das metodologias.
Portanto para ensinarmos uma língua estrangeira é necessário
partirmos de práticas contextualizadas que visem à interação e o
conhecimento prévio do educando, levando-o a argumentação, comparação e
tendo como referência a cultura, dando ênfase às diversidades, pois o ensino
de uma língua é antes de tudo a possibilidade de construir conceitos e
elaborar significados estabelecendo relações de experiências ideológicas e as
relações de poder que se estabelecem na língua.
Para tanto os textos trabalhados não devem ser utilizados
como pretexto para o ensino da gramática, mas sim algo que correspondem à
realidade do contexto sócio-cultural da prática social, contribuindo para a
formação de aprendizagem, pois tendo em vista o papel que representa na
construção da nova ordem mundial, a língua inglesa é instrumento essencial
de acesso à multiplicidade.
A interação social deve ser privilegiada no momento de
pensarmos o ensino-aprendizagem de uma Língua Estrangeira Moderna e é
importante que os conteúdos selecionados sejam significativos e relevantes
ao contexto do educando, pois os mesmos não devem ser vistos de formas
isoladas, mas sim, em uma dimensão dialógica que assuma
responsabilidades fundamentais de reflexão que favoreça a ação e a
transformação.
Objetivos
Compreender que o trabalho com a língua estrangeira é de formação
de um sujeito crítico capaz de interagir, criticamente com o mundo a
sua volta, e o ensino da língua deve propiciar essa interação,
tornando-o sujeito autônomo em suas decisões.
168
Entender a linguagem como algo sócio-interacionista abrangendo
novas possibilidades de ver e entender o mundo e construir
significados.
Contribuir para que o aluno perceba as diferenças entre os usos, as
convenções e os valores de seu grupo social e os da comunidade que
usa a língua estrangeira, de forma crítica, percebendo que não há
modelo a ser seguido, ou uma cultura melhor que outra, mas que
existe apenas diferentes possibilidades de regulagem e que as mesmas
são passíveis de mudanças ao longo do tempo.
Exercer uma atitude crítica, transformadora diante da realidade.
Desenvolver a capacidade de analisar, relacionar, comparar, e produzir
de forma crítica.
Adquirir informações e conhecimentos não só sobre os diversos tipos
textuais, mas utilizar a língua, bem como dar significados a essas
informações.
Conteúdos
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Leitura
Tema do textoInterlocutorFinalidade do textoAceitabilidade do textoInformatividadeSitucionalidadeIntertextualidadeTemporalidadeDiscurso direto e indiretoVozes sociais presentes no textoElementos composicionais do gêneroEmprego do sentido conotativo e denotativo do textoPalavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto
169
PolissemiaMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagemLéxico
Escrita
Tema do textoInterlocutorFinalidade do textoAceitabilidade do textoInformatividadeSitucionalidadeIntertextualidadeTemporalidadeDiscurso direto e indiretoElementos composicionais do gêneroEmprego do sentido conotativo e denotativo do textoRelação de causa e consequência entre as partes e elementos do textoPalavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no textoPolissemiaMarcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito) figuras de linguagemProcesso de formação de palavrasAcentuação gráficaOrtografiaConcordância verbal/nominal
Oralidade
Conteúdo temáticoFinalidadeAceitabilidade do textoInformatividadePapel do locutor e interlocutorElementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas,Adequação do discurso ao gêneroTurnos de falaVariações linguísticasMarcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetiçãoSemânticaAdequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc)Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito
170
Metodologia
Levando em consideração a ordem estrutural terão influência
sobre as escolhas das atividades em sala de aula, pois as mesmas deverão
promover condições de análise comunicativa como leitura de diversas
tipologias textuais que abordem temas polêmicos para debates e discussões,
despertando o interesse do educando na resolução de problemas, que se
caracterizam por meio da língua como prática social. Devemos partir do
conhecimento do aluno e do papel das línguas nas sociedades, como à
informação da Língua Estrangeira Moderna para construir significados e
também incentivar uma prática reflexiva e crítica, que amplie o universo de
conhecimentos, promovendo interação com o contexto para que haja
interferência na sociedade.
Diante destas perspectivas os alunos deverão ser
envolvidos em tarefas diversificadas que contemple significados,
privilegiando as habilidades linguísticas: ler, falar, ouvir e escrever.
Avaliação
A avaliação exerce um papel fundamental no processo de
ensino e de aprendizagem e deve ser realizada de forma justa e coerente,
respeitando as limitações individuais, promovendo, continuamente a
interação e a utilização de procedimentos variados para possibilitar a
oportunidade de aprendizagem a todos.
Portanto as avaliações ocorrerão de forma diagnóstica e
formativa, sendo contínua e cumulativa em que os aspectos qualitativos
prevaleçam sobre os quantitativos.
Serão utilizadas diferentes formas para a verificação do
conhecimento tais como: aula exposição, produção de texto, tradução
171
poética, provas objetivas e subjetivas, debates, atividades coletivas e
individuais e trabalhos de confecção de cartazes e murais.
A avaliação deve construir assim um instrumento facilitador
na busca de orientações e interações pedagógicas subsidiando discussões
acerca das dificuldades e avanços dos alunos sujeitos a partir de suas
produções no processo de ensino e de aprendizagem.
Bibliografia
DIRETRIZES CURRICULARES de Língua Estrangeira Moderna do Estado do
Paraná
MARQUES, Amadeu. Inglês
LIBERATO, Wilson. Compait English
CUDER, Ana Maria Cristina. Teens English
FIGUEIREDO, Luciane Cassela. Lets Speak English
SILVA, Antonio Siqueira e. Essencial English
SILVA, Antonio Siqueira e, Bertolin, Rafael. Compact
English. Ensino Fundamental
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros Curriculares
Nacionais: Língua estrangeira Moderna. Brasília.
FILOSOFIA
Fundamentação
A filosofia, enquanto disciplina escolar, figura nos currículos
escolares brasileiros desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais. No
entanto, essa aparente "tradição" do ensino de filosofia é bastante
questionável, a partir de um olhar mais atento sobre os objetivos, as
172
"utilidades" e os conteúdos que, historicamente, constituíram-na como
disciplina escolar.
De forma geral podemos diferenciar três grandes momentos
do ensino de filosofia no Brasil:
1) 1500 a 1889: predominância do ensino jesuítico, sob as leis
da Ratio Studiorum. A filosofia era entendida como instrumento de formação
moral e intelectual sob os cânones da ICAR e do poder cartorial local.
2) 1889 a 1980: neste período a filosofia fez parte dos currículos
oficiais, inclusive figurado como disciplina obrigatória. Esta presença não
significou, na prática, um movimento de crítica à configuração social e
política brasileira, que oscilou entre a democracia formal, o populismo e a
ditadura.
3) 1980 aos dias atuais: nas duas últimas décadas o ensino de
filosofia a nível médio tem sido amplamente discutido, embora a
tendência das políticas curriculares oficiais (MEC e CNE) seja mantê-la
em posição de saber transversal ao currículo. Tal "tendência" pode ser
identificada no artigo 36 de LDBEN 9394/96 o qual afirma que “ o educando
ao concluir o Ensino médio deve ter “ (...) domínio dos conhecimentos de
Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania".
Em nosso entendimento, sendo a finalidade do ensino médio a
formação pluri-dimensional e democrática plena, capaz de oferecer aos
estudantes a possibilidade de compreensão das complexidades de um
mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e
especializações, e que se manifesta quase sempre de forma fragmentada, não
se pode prescindir de um saber que opera por questionamentos, conceitos e
categorias de pensamento no sentido de articular a totalidade espaço-
temporal e sócio-histórica em que se dá o pensamento e a experiência
humana. Esse caminho, da busca da superação do caráter fragmentário da
nossa realidade é, em grande parte, garantido pelo estudo da filosofia.
Desenvolvimento do pensamento crítico através da vinculação
173
entre os conhecimentos filosóficos, a cultura e as vivências. Uma educação
para a inteligibilidade supõe a constituição de um conjunto de referências,
que pela articulação sistemática de conteúdos programáticos, linguagem e
processos específicos do pensamento, permita aos alunos descobrir
encadeamentos, estruturas, nos discursos de proveniência diversa, inclusive
nos produzidos por eles mesmos.
O pensamento reflexivo é fruto de uma aprendizagem
significativa, que supõe o domínio e a posse dos procedimentos reflexivos e
não apenas de conteúdos programáticos.
Objetivos
o Apropriar-se de conhecimentos e modos discursivos específicos
da filosofia;
o Compreender as configurações de pensamento, de sua
constituição de sistemas de referência;
o Articular as teorias filosóficas e o tratamento de temas e
problemas científicos-tecnológicos, étnico-políticos, sócio-
culturais e vivenciais;
o Entender da reflexão crítica como processo sistemático e
interpretativo do pensamento;
o Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico:
apreensão e construção de conceitos, argumentação e
problematização;
o Desenvolver métodos e técnicas de leitura e análise de textos;
o Desenvolver a discussão oral de modo sistemático;
o Adquirir e reutilizar (transferir conhecimentos, conceitos e
procedimentos).
o A Agenda 21, a Inclusão e a Cultura Afro-brasileira devem ser
direcionadas de maneira que o aluno tenha mais conhecimento e
174
consciência desses temas, passando a ter atitudes concretas que
o levem à prática desses valores. Para isso deve-se trabalhar com
textos diversos, estatísticas, cartazes, filmes, teatro,
telejornalismo, painéis, entre outros, podendo ser através de
projetos ou mesmo por conteúdos que envolvam disciplinas
específicas ou interdisciplinarmente.
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Mito e Filosofia
Saber míticoSaber filosófico
Relação Mito e FilosofiaAtualidade do mitoO que é filosofia?
Teoria do Conhecimento
Possibilidade do conhecimentoAs formas de conhecimento
O problema da verdadeA questão do métodoConhecimento e lógica
Ética
Ética e moral Pluralidade éticaÉtica e violência
Razão, desejo e vontadeLiberdade: autonomia do sujeito e as
necessidades das normas
Filosofia e Política
Relações entre comunidade e poderLiberdade e igualdade política
Política e ideologiaEsfera pública e privada
Cidadania formal e/ou participativa
Filosofia da Ciência
Concepções de ciênciaA questão do método científico
Contribuições e limites da ciênciaCiência e ideologia
175
Ciência e ética
EstéticaNatureza da arteFilosofia e arte
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
Estética e sociedade
Metodologia
Ao se falar em ensino de filosofia é comum lembrar a clássica
questão a respeito da cisão entre filosofia e filosofar. Ensinamos filosofia ou
a filosofar? Segundo Kfuit não é possível ensinar filosofia e sim a filosofar,
para ele não é possível separar a filosofia do filosofar. Segundo Hegel não é
possível conhecer o conteúdo da filosofia sem filosofar.
Para Gallo & Kohan “a própria prática da filosofia leva consigo
o seu produto e não é possível fazer filosofia sem filosofar, nem filosofar
sem filosofia, porque a filosofia não é um sistema acabado nem o filosofar
apenas a investigação dos princípios universais propostos pelos filósofos".
Deste modo o ensino de filosofia, bem como as aulas de
filosofia devem ser espaços de estudo da filosofia e do filosofar.
A aula de filosofia deve ser um espaço de problematização sob
a mediação do professor que ajuda os alunos a criarem problemas, mas
também, orienta a solução. Isto se dá por meio do diálogo investigativo.
Sendo a aula de filosofia o espaço de experiência filosófica é um espaço de
criação e provocação do pensamento original, da busca, da compreensão, da
imaginação, da investigação e da criação de conceitos.
A Filosofia no ensino médio resulta da conjugação de um
repertório de conhecimentos, que funcionam como um sistema de
referências para discussões, julgamentos, justificações e valorizações, e de
procedimentos básicos de análise, leitura e produção de textos.
Desenvolvendo um sistema discursivo, o aluno pode passar da
176
variedade dos fatos, acontecimentos, opiniões e ideias para o estado
reflexivo do pensamento, para a atitude de discernimento que produz
configurações de pensamento. É importante que ele compreenda como
funcionam tais configurações, como elas supõem sempre uma lei interna,
uma ordem constitutiva.
Avaliação
A avaliação não deve se restringir ao mero cumprimento de
exigências legais, para mensuração de notas. A avaliação deve estar inserida
no contexto da própria aula de filosofia e sua especificidade
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto
é, ela não possui uma finalidade em si mesma, mas tem por função subsidiar
e mesmo redirecionar o curso da ação, do processo ensino-aprendizagem,
tendo em vista garantir a qualidade do processo educacional. Avaliar a
capacidade do estudante do ensino médio em criar conceitos. Que conceitos
foram elaborados. Que pré-conceitos forma quebrados. Qual o discurso que
se tinha antes e qual o discurso se têm após o estudo, aula de filosofia. Neste
sentido a avaliação de filosofia tem início já com a sensibilização, coletando
o que o aluno pensa antes (preconceitos) e o que pensa após o processo de
criação dos conceitos. Neste sentido é possível entender a avaliação como
um processo que se dá no interior da própria aula de filosofia e não um
momento em separado destinado a avaliar.
A avaliação deverá levar em conta a capacidade do aluno em
conceituar, problematizar e argumentar.
O desenvolvimento de uma leitura paciente,
discriminadora, que compreende a configuração de um modo de
pensamento; justificação de posições; interpretação com possibilidade de
transferência, de "aplicação" a outros problemas, elaboração de linguagem
teórica discursiva.
177
Trata-se, portanto, de se passar da discussão para a
significação, que tem que ser produzida como inteligibilidade.
Bibliografia
Apostila. CND - Curso Normal a Distância. Modulo 1. IESDE, Brasil S/A
Apostila. GAUGUIN, Paul. Coleção Grandes Pintores. Sistema de Ensino -
Filosofia Nobel, 1887.
VIEIRA, Evaldo. Sociologia da Educação. Aprender - Ensinar
KRUPPA, Sonia M. Portela. Sociologia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.
CHAUÍ, Marilena. Convite a Filosofia São Paulo: Ática, 2002. Orientações
Curriculares do Departamento de Ensino Médio da Disciplina de Filosofia.
SEED, 2006.
Revista Mundo Jovem, Um Jornal de Idéias, 2006.
SOCIOLOGIA
Fundamentação
Frequentemente o professor (a) de Sociologia do Ensino Médio
depara-se com a curiosidade dos alunos diante da "desconhecida" ciência e
com uma expectativa nem sempre favorável dos alunos, que imaginam uma
matéria muito difícil e questionam sua utilidade.
A ciência da sociedade tem como princípio fornecer aos
alunos, e aos demais interessados em ciências humanas uma síntese das
principais escolas do pensamento sociológico, sob um prisma histórico e
crítico. Fornecer ao educando o desenvolvimento sociológico a partir do
178
Renascimento e como propiciou a conjuntura de diferentes abordagens
sociológicas, como também observar o desenvolvimento dessa ciência no
Brasil.
Explicar aos alunos não acostumados à linguagem sociológica
as noções básicas da sociologia, definindo com precisão os termos-chave e
apresentando com clareza os conceitos fundamentais.
O objetivo não só é transmitir conhecimentos indispensáveis à
compreensão da realidade social, mas fazê-lo de modo a introduzir o aluno,
com tranquilidade, no universo das ciências sociais, de forma a despertar
nele o interesse e a curiosidade pela análise objetiva da realidade que o
cerca.
Além de todas essas preocupações de caráter teórico e
metodológico, a sociologia traz também uma preocupação pedagógica
fornecer atividades de compreensão dos conceitos, de aplicação dos mesmos
a realidade, de leitura dos principais teóricos da disciplina, textos de jornais,
filmes, revistas de maneira a proporcionar diferentes e proveitosas
atividades pedagógicas.
Procurar informar e elaborar a Sociologia para aqueles que se
encaminha para a profissionalização nessa área do conhecimento, como para
profissionais afins.
Adquirir uma visão sociológica do mundo ultrapassa a simples
profissionalização, pois nos mais diversos campos de comportamento
humano, o conhecimento sociológico pode levar a um maior
comprometimento e responsabilidade para com a sociedade em que se vive.
Objetivo
o Desenvolver no aluno uma visão sociológica;
o Transmitir as noções básicas da sociologia clássica;
o Levar o aluno à compreensão da realidade social e do seu
179
cotidiano;
o Introduzir o aluno no universo das ciências sociais;
o Despertar no aluno o interesse pelo desenvolvimento social
ocorrido na decorrer do tempo e de sua história;
o A Agenda 21, a inclusão e a cultura Afro-brasileira devem ser
direcionadas de maneira que o aluno tenha mais conhecimento e
consciência desses temas, passando a ter atitudes concretas que
o levem à prática desses valores. Para isso deve-se trabalhar
com textos diversos, estatísticas, cartazes, filmes, teatro,
telejornalismo, painéis, entre outros, podendo ser através de
projetos ou mesmo por conteúdos que envolvam disciplinas
específicas ou interdisciplinarmente.
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
O Surgimento da Sociologia e
Teorias Sociológicas
• Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social
• Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkheim, Engels e Marx, Weber
• O desenvolvimento da Sociologia no Brasil
O processo de Socialização e as
Instituições Sociais
• Processo de Socialização • Instituições Sociais: Familiares; Escolares; Religiosas• Instituições de Reinserção (prisões, manicômios,
educandários, asilos, etc.)
Cultura e Indústria Cultural
• Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades
• Diversidade cultural • Identidade• Indústria cultural • Meios de comunicação de massa• Sociedade de consumo• Indústria cultural no Brasil• Questões de gênero• Cultura afro-brasileira e africana
180
• Culturas indígenas
Trabalho, Produção e Classes Sociais
• O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades
• Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais
• organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições
• Globalização e Neoliberalismo• Relações de trabalho • Trabalho no Brasil
Poder, Política e Ideologia
• Formação e desenvolvimento do Estado Moderno• Democracia, autoritarismo, totalitarismo• Estado no Brasil• Conceitos de Poder• Conceitos de Ideologia• Conceitos de dominação e legitimidade• As expressões da violência nas sociedades
contemporâneas
Direito, Cidadania e Movimentos Sociais
• Direitos: civis, políticos e sociais• Direitos Humanos• Conceito de cidadania• Movimentos Sociais no Brasil• A questão ambiental e os movimentos ambientalistas • A questão das ONG's
Metodologia
A metodologia a ser utilizada levará em consideração os
objetivos básicos de sociologia e despertar o educando para uma visão
sociológica e vocabulário básico de Sociologia. Para efetivação destes
objetivos, é necessário desenvolver no aluno a capacidade de reflexão e
estabelecendo relações com a realidade pessoal e social de seu país e sem
fronteiras a Globalização.
Avaliação
Como parte integrante do processo ensino e aprendizagem,
será diagnóstica tendo o educando como elemento participante na efetivação
181
da teoria e da prática na sociedade em que vive, considerando sua vivência e
seus aspectos sócio-econômicos e culturais.
A avaliação será compreendida como um conjunto de ações
que tem a função de orientar a intervenção pedagógica. Acontecerá contínua
e sistematicamente por meios de interpretação qualitativa de conhecimentos
construídos pelo aluno contribuindo para o seu desenvolvimento e
preparando-o como agente de transformação no exercício da cidadania.
Bibliografia
Orientações Curriculares do Departamento do Ensino Médio da disciplina de
Sociologia. SEED, 2006.
Revista Mundo Jovem, Um Jornal de Idéias. Ano 2006.
Apostila: CND - Curso Normal a distância. Módulo 1, IESDE, Brasil S/A
KRUPA, Sonia M.Portela. Sociologia da Educação. São Paulo: Cortez, 1994.
EDUCAÇÃO FÍSICA
Fundamentação
A Educação Física tem um papel fundamental e insubstituível
para nossos alunos, devido ao gosto dos mesmos pela disciplina e o contato
direto entre professor e aluno, aluno e professor, aluno e aluno. O maior
desafio é elaborar e desenvolver um planejamento envolvente e coerente com
os objetivos do seu trabalho, possibilitando o processo de avaliação dos
alunos e do próprio trabalho.
182
A atividade física traz extraordinários benefícios mentais e
físicos, e consequentemente uma melhor qualidade de vida, isso é um dado
importantíssimo na recuperação do prestígio da disciplina, buscando uma
integração com os trabalhos desenvolvidos na escola, colocando-a no mesmo
patamar das demais disciplinas.
O homem através de seus movimentos expressa suas
manifestações da alma, ou seja, seus mais puros sentimentos que envolvem a
alegria, o medo, o amor, entre outros, descobrindo como o corpo é sensível e
tem sua própria linguagem revelada por gestos.
O corpo ao expressar seu caráter sensível, torna-se veículo e
meio de comunicação como todas as manifestações desencadeadas que
levam o homem a mostrar-se, revelar-se como um ser único na sua
diversidade.
O que se deseja do aluno é uma ampla compreensão e atuação
das manifestações de sua corporalidade com os demais componentes
curriculares, adequando-se as atividades propostas da disciplina.
A legislação aponta como finalidades específicas: a
consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino
fundamental; o prosseguimento dos estudos; o preparo para o trabalho e a
cidadania; desenvolvendo as habilidades como continuar aprendendo e
aprimorando o educando como pessoa humana, desenvolvendo a autonomia
intelectual e crítica, relacionando teoria e prática nas aulas de Educação
Física.
O manifesto da Educação Física – FIEP 2000, que faz
considerações à Carta Internacional da Educação Física e do Esporte
(UNESCO/1978) e a Declaração Universal dos Direitos Humanos (NAÇÕES
UNIDAS/1948), justifica a importância da Educação Física, reconhecida
internacionalmente, afirmando que:
“Art.-1º - A Educação Física, pelos seus valores, deve ser
compreendida como um dos direitos fundamentais de todas as pessoas.
183
Art. -2º - A Educação Física como direito de todas as pessoas,
é um processo de Educação, seja pelas vias formais ou não formais.
Art. -3º - As atividades físicas, com fins educativos, nas suas
possíveis formas de expressão reconhecidas em todos os tempos como os
meios específicos da Educação Física, constituem-se em caminhos
privilegiados de Educação.
Art. -4º - A Educação Física, pelo seu conceito e abrangência,
deve ser considerada como parte do processo educativo das pessoas, seja
dentro ou fora do ambiente escolar, por constituir-se na melhor opção de
experiências corporais sem excluir a totalidade das pessoas, criando estilo de
vida que incorpore o uso de variadas formas de atividades físicas.
Art. -5º - A Educação Física, deve ser assegurada e promovida
durante toda a vida das pessoas, ocupando um lugar de importância nos
processos de educação continuada, integrando-se com os outros
componentes educacionais, sem deixar em nenhum momento de fortalecer o
exercício democrático expresso pela igualdade de condições oferecidas nas
suas práticas.
Art. -6º - A Educação Física, pelas suas possibilidades de
desenvolver a dimensão psicomotora das pessoas, principalmente nas
crianças e adolescentes, conjuntamente com os domínios cognitivos e
sociais, deve ser disciplina obrigatória nas escolas devendo fazer parte de um
currículo longitudinal."
O Conselho Internacional de Ciência do Esporte e Educação
Física reforçando a importância da Educação Física como um processo ao
longo da vida e particularmente para todas as crianças, reiterou que uma
Educação Física de qualidade:
a) É o mais efetivo meio de promover, seja qualquer
capacidade/incapacidade, sexo, idade, cultura, raça, etnia, religião ou
nível social, com habilidades, atitudes, valores e conhecimentos, o
184
entendimento para uma participação em atividades físicas e esportivas
ao longo da vida;
b) Ajuda as crianças chegarem a uma integração segura e adequado
desenvolvimento da mente, corpo e espírito;
c) É a única alternativa escolar cujo foco principal é sobre o corpo, atividade
física, desenvolvimento físico e saúde;
d) Ajuda as crianças a desenvolverem padrões de interesse em atividades
físicas, os quais são essenciais para o desenvolvimento desejável e assim
constroem os fundamentos para um estilo de vida saudável na idade;
e) Ajuda as crianças a desenvolverem respeito pelo seu corpo e dos outros;
f) Desenvolve na criança o entendimento do papel da atividade física
promovendo saúde;
g) Contribui para a confiança e auto-estima da criança;
h) Realça o desenvolvimento social preparando as crianças para
enfrentarem competições, vencendo ou perdendo, cooperando e
colaborando.
A Educação Física hoje é voltada para a corporalidade do
aluno onde existe o respeito pela diversidade, é o caminho para a construção
de suas identidades possibilitando uma intervenção sobre a sociedade,
fazendo-a mais justa e verdadeira.
Objetivo
Oportunizar o movimento humano nas suas manifestações de
corporeidade através do esporte, do exercício físico, da ludicidade e do lazer
e suas inter-relações com o meio social, histórico, cultural e político,
buscando a formação de um indivíduo que possa entender e se posicionar
criticamente de forma autônoma frente e sua realidade.
185
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Esporte Coletivos Individuais Radicais
Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro Jogos dramáticos Jogos cooperativos
Dança Danças folclóricas Danças de salão Danças de rua
Ginástica Ginástica artística/olímpica Ginástica de academia Ginástica geral
Lutas Lutas com aproximação Lutas que mantêm à distância Lutas com instrutor mediador Capoeira
Metodologia
Os conteúdos serão desenvolvidos através de aulas práticas e
teóricas, motivando os alunos a participarem efetivamente delas, utilizando
também trabalhos em grupos, pesquisas, aulas expositivas e elaboração de
projetos, despertando neles a criatividade, o questionamento e a
conscientização da importância da Educação Física para o homem como
cidadão.
Avaliação
186
Será feita avaliação diagnóstica para que o professor tenha
uma visão dos conhecimentos dos alunos. Sendo também formativa e
contínua, onde haverá respeito pela individualidade, diversidade, limitações,
e o mesmo serão avaliados como um todo.
A auto-avaliação será o ponto de reflexão que fará o aluno se
conscientizar e superar suas dificuldades.
Bibliografia
Diretrizes Curriculares do Ensino Médio da Rede de Educação Básica do
Estado do Paraná.
ACHOUR, Aldallah Jr., Flexibilidade: Base para exercícios de Alongamento.
Londrina, 1996.
BARLANTI, Roseli A, Texto de Educação Física para sala de aula.
BURTON, Benjamim, Nutrição Humana, Editora Saraiva, 2005.
MEDINA, João OS – O Brasileiro e seu corpo 2 ed. Campinas: Papirus 1990;
Currículo Básico do Estado do Paraná.
FRITZAR, José Silvino, Dinâmicas de Recreação e Jogos;
KASLER, Host. Handebol do Aprendizado ao Jogo Disputado, Rio de Janeiro,
1998;
Regras Oficiais do Voleibol. Rio de Janeiro: Sprint, 1998;
DURWACHTER, Gerhard. Voleibol: Treinar Jogando ao Livre Técnico, Rio de
Janeiro, 1984;
CHOPRA, Deepak. Peso Perfeito. Rio de Janeiro: Roço, 1980; Apostila do
CEFET-PR;
WOS, Eliane Dagmar. Atividade rítmica e aeróbica, CEFET.
TEIXEIRA, Jiler. Futebol de Salão. 2001;
Parâmetros Curriculares Nacionais – Educação Física;
BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal de Dança. Icone Editora
Ltda, São Paulo, 2005.
187
BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal de Ginástica. Icone Editora
Ltda, São Paulo, 2005.
BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal de Esporte. Icone Editora
Ltda, São Paulo, 2005.
BREGOLATO, Roseli Aparecida. Cultura Corporal do Jogo. Icone Editora Ltda,
São Paulo, 2005.
LÍNGUA PORTUGUESA
Fundamentação
Pensar o ensino da Língua Portuguesa implica pensar nas
contradições, nas diferenças, nos paradoxos do quadro complexo da
contemporaneidade.
A rapidez das mudanças ocorridas no meio social, à percepção
e as inúmeras teias discursivas que atravessam o campo social, constituindo
e recebendo concomitantemente seus influxos, estão a requerer dos
professores, uma mudança de posicionamento no que se refere à sua própria
ação pedagógica dando ênfase numa formação múltipla do educando para o
exercício da cidadania.
Para isso é necessário situar os conteúdos historicamente
sistematizados num quadro de referencialidade numa ação crítico-criativa.
A língua configura-se num espaço de interação entre os
sujeitos que se constituem através dessa interação. Ela mesma, a língua,
também só se constitui pelo uso, ou seja, movida pelos sujeitos que a
interagem nos múltiplos discursos e vozes.
O trabalho pedagógico, na perspectiva dos gêneros
discursivos, tem por fundamento a natureza social da língua, nesta
188
perspectiva toda reflexão com e sobre a língua só tem sentido se considerar,
como ponto de partida, a dimensão dialógica da linguagem presente em
atividades que possibilitem aos estudantes e professores, experiências reais
de uso da língua materna.
Considerando, ainda, a perspectiva do multiletramento, isto é,
compreender e produzir textos se restringe à capacidade de colocar-se em
relação às diversas modalidades de linguagem para delas tirar sentido, nas
práticas estruturantes a serem adotadas na disciplina de Língua Portuguesa,
tendo em vista o suporte para todo conhecimento, exercido pela língua
materna.
Objetivos
• Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo
adequá-la a cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que
estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-se diante
dos mesmos;
• Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas sociais, considerando por meio de
práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos,
o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção e leitura;
• Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o
gênero e o tipo de texto, assim como os elementos gramaticais
empregados na sua organização;
• Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando
através da Literatura, a constituição de um espaço dialógico que
189
permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da
leitura e da escrita.
Conteúdos
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
Conteúdos básicos:
Gêneros discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e
análise linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor
selecioná-los.
Leitura
- Conteúdo temático
- Interlocutor
− Finalidade do texto
− Intencionalidade
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
- Situacionalidade
- Intertextualidade
- Temporalidade
- Vozes sociais presentes no texto
- Discurso ideológico presente no texto
- Elementos composicionais do gênero
- Contexto de produção da obra literária
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito
- Progressão referencial
190
- Partículas conectivas do texto
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de
linguagem, sentido conotativo e denotativo.
Escrita
- Conteúdo temático
- Interlocutor
- Finalidade do texto
- Intencionalidade
- Informatividade
- Situacionalidade
- Intertextualidade
- Temporalidade
- Referência textual
- Vozes sociais presentes no texto
- Ideologia presente no texto
- Elementos composicionais do gênero
- Progressão referencial
- Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto
- Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de
linguagem
- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais
no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas,
travessão, negrito, etc
- Vícios de linguagem
- Sintaxe de concordância
- Sintaxe de regência
191
Oralidade
- Conteúdo temático
- Finalidade
- Intencionalidade
- Aceitabilidade do texto
- Informatividade
- Papel do locutor e do interlocutor
- Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e
gestual, pausas,...
- Adequação do discurso ao gênero
- Turnos da fala
- Variações linguísticas: lexicais, semânticas, prosódias entre outras
- Marcações linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
- Elementos semânticos
- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,
etc)
- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
Metodologia
A metodologia a ser utilizada para o ensino aprendizagem de
Língua Portuguesa está pautada na construção do conhecimento dos alunos
ao objeto de estudo.
Para o trabalho com a oralidade, utilizaremos estratégias
diversificadas como debates, discursos, transmissão de informações, troca de
ideias, defesa de ponto de vista, seminários, representação teatral, enfim, nas
diversas realizações do discurso oral, fazendo com que o aluno identifique a
imensa riqueza e variedade dos usos da língua e simultaneamente mostrar
como a fala é variada, que há diferentes níveis orais; que a fala e escrita não
podem ser dissociadas e que elas se influenciam mutuamente.
192
A valorização da linguagem presente nos textos falados pelos
alunos será ponto de partida para o aprimoramento da expressão oral e,
consequentemente, da expressão escrita.
A comparação entre as estratégias específicas de oralidade e
estratégias específicas de escrita será uma constante tarefa para ensinar
nossos alunos a sentirem-se bem para expressarem suas ideias com
segurança e fluência, nos diferentes contextos de sua inserção social.
Serão desenvolvidas atividades que coloquem o aluno em
contato com uma ampla variedade de textos, discursos produzidos numa
igualdade ampla variedades de práticas sociais, visando o desenvolvimento
de uma atitude crítica de leitura que leve o aluno a perceber o sujeito
presente nos textos, como também o desenvolvimento de uma atitude
responsiva diante deles.
A capacidade de escrita, criativa relacionada ao ato de escrever
será desenvolvida com a prática de escrita em suas diferentes modalidades
genéricas. O erro será valorizado enquanto tentativa de acerto do aluno que
através dele verifica hipóteses de expressão linguística, também lhe permite
a refletir sobre seu texto, re-elaborando de forma individual ou em grupo.
A literatura será trabalhada na perspectiva rizomática, o
professor será um contínuo leitor, capaz dele mesmo direcionar textos que
irá trabalhar com seus alunos que também apontarão textos (filme, música,
lembranças de fatos vividos ou a produção do próprio aluno) como ponto de
lançamento para a leitura de outros textos num contínuo texto-puxa-texto.
Avaliação
Reconhecendo a linguagem como processo dialógico,
discursiva, a avaliação oferecerá ao professor, pistas concretas do caminho
193
que o aluno está trilhando para aprimorar sua capacidade linguística e
discursiva em práticas de leitura e oralidade.
Nessa concepção, a avaliação formativa, que considera ritmos
e processos de aprendizagens diferentes nos estudantes e, na sua condição
de contínua e diagnóstica, apontará as dificuldades, possibilitará que a
intervenção pedagógica aconteça a tempo, informando os sujeitos do
processo (professor e alunos), ajudando-os a refletirem a tomarem decisões.
Nessa perspectiva, a oralidade será avaliada em função da
adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações
através de seminário, debate, troca informal de idéias, entrevista, constatação
de história e outras.
A auto-avaliação será um outro instrumento para que o aluno
se posicione como avaliador de textos orais com os quais convive e de suas
próprias falas. O posicionamento do aluno como avaliador de seus textos
orais e escritos é essencial para que ele adquira autonomia.
Na avaliação da leitura serão consideradas as estratégias que
os estudantes empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto
lido, o sentido construído para o texto, sua reflexão e sua resposta ao texto,
como também as diferenças de leituras de mundo e repertório de experiência
dos alunos.
A escrita será avaliada a partir da adequação do texto escrito
levando em consideração as circunstâncias de sua produção e o resultado
dessa ação. Tal como na oralidade, o aluno será levado a posicionar-se como
avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio texto.
Os aspectos textuais e as exigências específicas de adequação da
linguagem serão avaliados através de atividades de uso da língua e de análise
da produção textual dos alunos.
Bibliografia
194
ABURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela Nogueira & FADEL Tatiana.
Português Língua e Literatura. Moderna, 2000.
CEREJA. William Roberto & MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português
Linguagens. Atual, São Paulo, 1999.
Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Médio – SEED -
julho 2006.
ERNANI & NICOLA. Curso Prático de Língua, Literatura e Redação. 7ª ed.
Scipione, São Paulo, 1997.
FIORIN, José Luiz & PLATÃO Francisco. Lições de texto: leitura e redação. 2ª
ed., Ática, São Paulo, 1997.
INFANTE, Ulisses. Do Texto ao Texto. 5ª ed. Scipione, São Paulo, 1998.
MAIA, João Domingues. Português: Novo Ensino Médio. 7ª ed. São Paulo,
2000.
PEREIRA, Gil Carlos. A Palavra expressão e criatividade 2ª ed. Moderna, São
Paulo, 1997.
SARGENTIN, Hermínio. Redação no Ensino Médio. Coleção Horizontes, IBEP,
São Paulo, 2000.
VALENÇA, Ana Maria Macedo; CARDOSO, Denise Porto; MACHADO, Maria
Sônia Roteiro de Redação Lendo e Argumentando. 1ª ed. Scipione, São
Paulo, 1998.
BIOLOGIA
Fundamentação
No ensino de Biologia é essencial o desenvolvimento de
posturas e valores pertinentes às relações entre os seres humanos, entre eles
e o meio, entre o ser humano e o conhecimento, contribuindo para uma
195
educação, que formará indivíduos solidários e conscientes dos processos e
regularidades de mundo e da vida, capazes assim de realizar ações práticas,
de fazer julgamentos e de tomar decisões.
A Biologia, como ciências, ao longo da história da humanidade,
vem tentando explicar e compreender o fenômeno VIDA. Com isso, estuda os
seres vivos quanto, sua origem; classificação e distribuição; mecanismos de
funcionamento; evolução das espécies; e manipulação do material genético
pelo homem.
Apresentar a Biologia a partir da concepção de ciência como
construção humana, buscando, a compreensão necessária para a construção
do pensamento biológico, dando oportunidade de ampliar seus
conhecimentos, na disciplina, além de buscar novos conhecimentos através
de relações interdisciplinares em cada um dos conteúdos específicos
desenvolvidos.
Os conteúdos foram organizados e estruturados dessa forma:
Organização Biológica, Mecanismos Biológicos, Biodiversidade
e Implicações dos Avanços Biológicos do Fenômeno VIDA.
Objetivo
Desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e
tecnológicos, identificando regularidades. Apresentando interpretação e
prevendo evoluções, desenvolvendo o raciocínio e a capacidade de aprender.
Compreender e utilizar a ciência, como elemento de interpretação e
intervenção, e a tecnologia como conhecimento sistemático de sentido
prática.
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
196
Organização dos Seres Vivos
Mecanismos Biológicos
Biodiversidade
Manipulação genética
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia
Mecanismos de desenvolvimento embriológico
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos
Teorias evolutivas Transmissão das características
hereditárias Dinâmica dos ecossistemas: relações entre
os seres vivos e interdependência com o ambiente
Organismos geneticamente modificados
Metodologia
O estudo dos conceitos da Biologia e de suas relações
interdisciplinares serão apresentados, a partir da leitura textual e da
resolução das atividades, bem como, do aprofundamento dos conteúdos
estudados por meio das pesquisas, debates, discussão sobre o
problematização inicial, e na seqüência pelo aprofundamento dos conteúdos
da disciplina. Durante o estudo, a busca por outros referenciais da própria
disciplina e de outras disciplinas envolvidas, buscando a
interdisciplinaridade, que permitirão o aprofundamento dos conteúdos e o
entendimento de como estes são elementos importantes para a compreensão
do momento histórico em que vivemos. Recursos pedagógicos tais como:
• Aulas expositivas;
• Debates;
• Leitura informativa de textos, revistas e jornais;
• Atividades individuais ou em grupos;
• Utilização de gravuras e gráficos;
197
• Utilização de livros didáticos;
• Uso de vídeo;
• Consultas na internet, livros e enciclopédias;
• Produção de cartazes e outros.
Avaliação
Proceder à avaliação da aprendizagem clara, consciente, e
entende-la como um processo contínuo, diagnóstica, formativa e somatória a
fim de obter informações de acompanhar progressos, capacidades, e
habilidades dos alunos. Assim será possível orientá-los para a superação de
suas dificuldades. Serão feitas como técnicas e procedimentos de avaliação:
- Trabalhos em grupos
- Entrevistas individuais e coletivas
- Aula experimental
- Relatórios, trabalhos e atividades escritas e orais envolvendo pesquisas,
interpretação de textos etc.;
- Trabalhos escritos e orais envolvendo pesquisas e interpretação de textos;
- Atividades escritas, objetivas e subjetivas para fins avaliativos e outros.
Bibliografia
DEPARTAMENTO DE Ensino Médio. Diretrizes curriculares de Biologia para
Ensino Médio.
LOPES, Sônia de Godoy B.Carvalho. Introdução à Biologia e origem, citologia,
reprodução, embriologia e histologia. Volume Único, São Paulo: Saraiva-
1999.
FAVORETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. Volume Único,
Editora Moderna, 1ª edição, 2002
198
LOPES, Sônia, Bio, São Paulo: Saraiva, 1997.
JUNIOR, César da Silva; SASSON, Cear R. Biologia César e César, São Paulo:
Saraiva 1998.
AMABIS, José Mariano: MARTHO, Gilberto R. Fundamentos da Biologia
Moderna: Moderna, 1990.
FONSECA, Albino, Biologia, São Paulo : Coleção Horizontes, IBEP.
CARVALHO, Wanderley Biologia em foco. São Paulo: FTD, 1998.
CARVALHO, Wanderley Biologia em foco.Volume único. São Paulo: FTD,
2002.
FONSECA, Albino, Biologia, São Paulo: Coleção Horizontes: IBEP. Novo Ensino
Médio, volume único. Curso completo.
SECRETARIA DEESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ
Departamento de Ensino Médio. Orientações Curriculares. Semana
Pedagógica. Biologia, 2006.
MATEMÁTICA
Fundamentação
A matemática está presente na vida de todas as pessoas, em
situações em que é preciso, por exemplo, quantificar, calcular, localizar um
objeto no espaço, ler gráficos e mapas, fazer previsões. Faz parte da vida
também como criação humana, ao mostrar que ela tem sido desenvolvida
para dar respostas às necessidades e às preocupações de diferentes culturas,
em diferentes momentos históricos.
A matemática reconhecida geralmente como ciência da
quantidade e do espaço, concepção essa que tem uma base histórica uma vez
que, na sua origem, ela está ligada a necessidades de contar, calcular, medir,
organizar o espaço e as formas, hoje comporta um vasto campo de teorias,
199
modelos e procedimentos de análise, metodologias próprias de pesquisa,
formas de coletar e interpretar dados, não apenas quantitativos e espaciais;
apresenta-se como ciência aberta, em constante expansão.
As características mais frequentemente atribuídas à
matemática são as de ciência exata e dedutiva; também é forte o destaque
dado à sua natureza lógica, ao seu caráter de linguagem, e à busca de
padrões e de relações.
Será preocupação no ensino da matemática comunicar o
processo através do qual produziu determinados resultados, buscando
situações familiares que dêem sentido aos mesmos.
Assim, o movimento inicial é o de contextualizar o
conhecimento para que ele seja compreensível pelos alunos. Por um processo
de análise, conduzido pelo professor, o aluno vai percebendo que o
conhecimento produzido pode ser aplicado a muitas situações;
progressivamente o aluno vai transformando suas respostas, conclusões e
conhecimentos, em saber matemático com caráter universal. Espera-se que o
conhecimento aprendido não fique indissoluvelmente vinculado a um
contexto concreto e único, mas que possa ser generalizado, transferido a
outros contextos.
O ensino de matemática procura dar ênfase tanto ao valor
formativo da matemática quanto ao seu caráter instrumental e científico, na
intenção de contribuir para estruturar o pensamento e o raciocínio dedutivo,
instrumentar para a vida cotidiana, desenvolver a capacidade de resolver
problemas, gerar hábitos de investigação e desenvolver de modo mais amplo,
as capacidades de abstração, investigação e análise.
Objetivos
• Melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem da matemática.
200
• Fazer com que o estudante compreenda e se aproprie da própria
matemática concebida como um conjunto de resultados, métodos,
procedimentos, algoritmos.
• Fazer com que o estudante construa por intermédio do conhecimento
matemático valores e atitudes de natureza diversa, visando à formação
integral do ser humano, particularmente, do cidadão, isto é, do homem
público.
• Desenvolver a capacidade de analise, relação, comparação,
classificação, ordenação, síntese, abstração, generalização e criação.
• Desenvolver hábitos de estudos, de rigor e precisão, de ordem e
clareza de concisão, perseverança na obtenção de soluções para os
problemas abordados e de crítica e discussão de resultados obtidos.
• Adquirir habilidades específicas para medir e comparar medidas,
calcular, construir e consultar tabelas, traçar e interpretar gráficos,
utilizar e interpretar corretamente a simbologia e a terminologia
matemática.
• Adquirir informações e conhecimentos não só sobre os diversos tipos
de conceitos e métodos utilizados na matemática, bem como dar
significado a essas informações.
• Entender a matemática como modelo - ferramenta que auxilia na
resolução de novos problemas, inclusive relacionado com as demais
ciências.
• Ser capaz de partir de uma situação problema, transferir os diversos
conceitos trabalhados na tentativa de solucionar tal situação, e poder
confrontar e analisar as diversas soluções e interpretar o erro.
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Números Reais Números Complexos
201
Números e Álgebra Sistemas Lineares Matrizes e Determinantes Polinômios Equações e Inequações
Exponenciais, Logarítmicas e Modulares
Grandezas e Medidas
Medidas de Área Medidas de Volume Medidas de Grandezas Vetoriais Medidas de Informática Medidas de Energia Trigonometria
Funções
Função Afim Função Quadrática Função Polinomial Função Exponencial Função Logarítmica Função Trigonométrica Função Modular Progressão Aritmética Progressão Geométrica
Geometrias Geometria Plana Geometria Espacial Geometria Analítica Geometrias não-euclidianas
Tratamento da Informação
Análise Combinatória Binômio de Newton Estudo das Probabilidades Estatística matemática Finaceira
Metodologia
Além das tendências temáticas e metodológicas previstas nas
diretrizes, as metodologias mais comuns utilizadas na disciplina, ficam
assim elencadas:
• Resolução de problemas.
202
• Etno matemática.
• Modelagem matemática.
• Mídias tecnológicas.
• História da Matemática.
Para que possamos estar de fato educando pela matemática,
trabalhando-a de forma significativa e menos dependente da pura
memorização, precisamos estimular os alunos a buscarem explicações e
finalidades para as coisas, discutindo questões relativas à utilidade da
Matemática, como ela se desenvolveu. Serão trabalhados, conteúdos de forma
contextualizada; a contextualização para que possa ganhar sentido, é
essencial conduzir os alunos a um processo de análise, de modo que este
enxergue claramente que o conhecimento envolvido pode ser usado em
outras e diferentes situações. Contribuindo para a resolução de problemas
do cotidiano, como de problemas ligados à investigação científica. Desse
modo, o aluno identificará os conhecimentos matemáticos, como meios que
o auxiliam a compreender e atuar no mundo.
Serão estimulados à capacidade de ouvir, discutir, escrever ler
ideias matemáticas, interpretar significados, pensar de forma crítica, e
desenvolver o pensamento indutivo/ dedutivo, permitindo assim a
conscientização da importância de comunicar suas ideias com concisão.
Propor, resolver e discutir problemas tais como:
proporcionalidade, igualdade, composição, semelhança, regularidade e
padrões.
As atividades serão trabalhadas em sala de aula dando
condições para que o aluno construa procedimentos para comunicar,
interpretar e organizar dados utilizando gráficos, tabelas e representações
que aparecem frequentemente no dia a dia. Os erros serão vistos como um
indicativo que possibilitará, a partir dos mesmos, trabalhar na busca de sua
superação.
203
Avaliação
Sabedores de que a avaliação é um instrumento de orientação
para o professor na condução de sua prática docente, jamais, instrumentos
de aprovação ou reprovação de alunos.
A avaliação será realizada de forma diagnóstica e formativa,
sendo um processo contínuo que visa avaliar as diferentes capacidades e os
conteúdos curriculares, comparando os dados obtidos e observando a
transferência das aprendizagens em contextos diferentes, serão
contemplados como provas escritas, desenvolvimentos de projetos,
resolução de exercícios e trabalhos.
É preciso que o aluno conheça os conteúdos e o grau de
expectativa da aprendizagem que se tem em relação a ele. Dessa forma, o
estudante terá mais condições de desenvolver, com a ajuda do professor
estratégias pessoais e recursos para vencer dificuldades.
Embora seja de responsabilidade do professor, a avaliação não
deve ser considerada sua função exclusiva. Ela deve ser um projeto de
parceria com o aluno, que precisa refletir sobre seu aprendizado sob
orientação do professor, a fim de que possam construir instrumentos de
auto-regulação para as diferentes aprendizagens.
A auto-avaliação, também será utilizada onde o aluno possa
desenvolver estratégias de análise, interpretar suas produções e avaliar
diferentes procedimentos.
Esse aprendizado é essencial para a construção da autonomia
do aluno, porque contribui para a objetividade desejada na avaliação, que só
poderá ser construída com a coordenação dos diferentes pontos de vista,
tanto do aluno quanto do professor.
204
Bibliografia
Diretrizes Curriculares do Ensino Médio da Rede de Educação Básica do
Estado do Paraná.
Apostilas - Curso Positivo e Anglo
GIOVANI, José Ruy; BONJORNO, José Roberto, GIOVANI JR. Matemática
Fundamental. São Paulo: Spicione, 2004.
YOUSSEF, Nicolau Antonio Fernandes, Vicente Paz.
Matemática, Conceitos e Fundamentos. São Paulo: Spicione, 2000.
BONGIOVANI. VISSOTO; LAUREAN. Matemática e Vida. São Paulo: Ática, 1993.
SMOLE, Kátia Cristina Stocco. KIYURAWA, Rokusaburo. Matemática. São
Paulo: Saraiva, 1998.
SILVA, J.D.FERNANDES, V.S. Coleção Horizontes Matemática. IBEP, 2003.
Currículo Básico,1990.
ARTE
Fundamentação
O ensino de Arte fundamenta-se na visão do ser humano
como criador. Na relação que o homem tem com a natureza, seja na
adaptação ou transformação, sua ação é intencional e criadora. O ato criador
do ser humano abrange a capacidade de compreender fenômenos
estabelecendo novas relações de forma critica e buscando novas ordenações
e novos significados.
O conhecimento da arte de outras culturas é uma forma rápida
de entender questões sociais. A arte de cada cultura mostra os valores que
205
estão presentes naquela sociedade. Por meio do trabalho criador, o homem
elabora seu modo de ver o mundo.
A arte na educação do espaço ao desenvolvimento artístico: a
sensibilidade, a reflexão, a percepção e a imaginação. O aluno passará então
a conhecer, a apreciar e a refletir sobre as formas da natureza e o que foi
produzido artisticamente em épocas culturais. Na escola, a formação do
aluno não pretende torná-lo profissional, mas levá-lo a compreender que
arte é instrumento necessário à interpretação do mundo.
A abrangência do ensino da arte se dá no trabalho com as
quatro linguagens: a dança, a música, o teatro e as artes visuais.
OBJETIVO
Desenvolver no aluno a capacidade de enfrentar o mundo em
que vive e de avaliar a sua própria vida dentro deste contexto, sendo que
para isso o ser humano deve adquirir senso de sensibilidade, de referência e
de conhecimento, de forma crítica e construtiva.
Conteúdos
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Básicos
Elementos Formais
Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo
206
Composição
Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação
performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos...
Gêneros: paisagem, natureza-morta Cenas do cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia...
Movimentos e Períodos
Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte Latino-Americana
Metodologia
• Dinâmica de Grupo;
• Debates, Discussão; estudo de texto;
• Aula expositiva para esclarecer dúvidas;
• Projeção de filmes sobre a matéria estudada e discutida em sala;
• Pesquisa, análise de épocas e estilo dentro da música, teatro e dança.
Os conteúdos serão trabalhados sob a apresentação de textos
e a comparação de seus períodos; leitura e releitura de obras de arte, através
de composições que possibilitem a análise de formas: simetria, assimetria,
linhas, cores ritmos, movimentos; pesquisas e exposições de trabalhos
artísticos de acordo com cada movimento apresentado.
207
Promover a integração do ser humano na sociedade,
realizando trabalhos que permitam a análise dos elementos que compõe os
sons a partir de sua função social e estética.
Trabalhar fatos históricos através do teatro, música e dança,
explorando a expressão corporal e facial dentro das limitações e do espaço
cênico com coreografias desenvolvidas pelos próprios alunos.
Avaliação
A avaliação da disciplina de Arte é diagnóstica e processual,
tendo a possibilidade de realizar um trabalho de integração entre alunos e
entre as demais disciplinas, a avaliação será voltada para a socialização do
aluno no meio em que está inserido, a partir da sua participação nos
trabalhos em grupos, a sua produção individual e coletiva de trabalhos
artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas, da sua criatividade,
responsabilidade e desenvolvimento em sala de aula, durante as aulas.
Critérios para avaliação serão apresentados aos alunos sempre
no inicio das atividades.
Bibliografia
Currículo Básico do Ensino Médio
Diretrizes Curriculares de Arte para o Ensino Médio
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Vol. São Paulo:
Brasiliense, 1985.
PARANÁ. Secretária de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio.
Texto elaborado pelos participantes dos encontros de formação
continuada/ orientações curriculares. Curitiba:
SEED/DEM,2003/2005.MIMEO.
208
OSTROWER, Fayga. Universos da arte. Rio de Janeiro: Campus, 1983.
PAREYSON, Luigi. Os problemas da estética. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
RAFFA, Ivete. Fazendo Arte com os mestres. Editora Escolar 2006 (São
Paulo)
HÙMER, Silveira Neuza. A Arte brasileira que faz a diferença. Editora CEDIC
- Centro Difusor de Cultura Ltda.
PROENÇA, Graça. História da Arte. Editora Ática.
10. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
O Colégio Estadual “Monteiro Lobato” buscou acompanhar as
necessidades da sociedade através do diagnóstico da comunidade escolar
para a construção de seu Projeto Político Pedagógico.
Dessa forma a avaliação do Projeto Político Pedagógico será
pautada nos seguintes referenciais:
Propiciar o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas,
instaurando a autonomia na prática educativa buscando a identidade da
escola pública; promover a integração entre Professores, Diretores,
Coordenador, Secretário, Pedagogo, demais funcionários e pais; desenvolver
uma administração participativa, através de clareza nas proposições,
transparência nas decisões e ações e de informações disponíveis para todos;
pensar a organização do trabalho na escola pública, no rumo da superação
de seus problema, considerando a natureza do trabalho pedagógico e suas
relações com a administração escolar; considerar os critérios de qualidade
institucional, nos seguintes aspectos:
Envolvimento da equipe escolar na criação e manutenção de
um sistema que focalize o aluno, e na articulação da escola com a
comunidade, através de metas claras, elevadas expectativas e um sistema de
liderança que promova a excelência do desempenho;
209
Seleção e análise de informações e dados necessários para
direcionar a melhoria da educação e do desempenho operacional da
atividade escolar;
Fixação das diretrizes estratégicas e determinação dos
principais requisitos do plano estratégico, para serem transformados num
sistema eficaz de desempenho, com foco principal no desempenho do aluno;
Examinar como o desenvolvimento dos professores e
funcionários está alinhado com os objetivos de desempenhos da escola.
Examinar, também, os esforços da escola para estabelecer e manter um clima
propício para o desempenho, participação total e crescimento pessoal e
organizacional;
Examinar o ambiente escolar como um todo, incluindo as
condições de higiene, limpeza e organização das instalações e equipamentos;
Acompanhar o desempenho do aluno e sua melhoria, a
melhoria do clima educacional da escola e dos serviços escolares, além de
melhorias no desempenho das atividades.
A equipe escolar poderá analisar e avaliar o processo de
desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Pedagógica
através de encontros e reuniões com a participação dos membros da
comunidade escolar para a realização de reflexões sobre o que consideram
necessários, para promover o seu próprio crescimento e aprimoramento de
seu desempenho.
A Direção é peça fundamental deste processo, estando sempre
presente e participando dos programas realizados em serviços. A escola
também procura retribuir e reconhecer o tempo dedicado à participação em
atividades do desenvolvimento pessoal, envolve os participantes na
apresentação de conceitos, ideias, estratégias e técnicas, planeja a aplicação e
oportuniza o feedback sobre o uso das mesmas, durante e após as
capacitações.
210
Durante o ano letivo nas diversas reuniões com a comunidade
escolar, é aberto um espaço para discutir o andamento do Projeto Político
Pedagógico. E quando diagnosticada a necessidade de mudança é realizada
sua alteração.
Nas reuniões pedagógicas são abordados vários aspectos do
Projeto Político Pedagógico como: metodologia, avaliação, aproveitamento
escolar, entre outros, nas reuniões com os pais, e ao final do ano é feito uma
avaliação geral do Projeto Político Pedagógico.
Busca-se uma escola de qualidade e toda a comunidade
escolar engaja-se no processo, resultando numa ação colegiada que almeja o
conhecimento como um todo, visando um ensino democrático voltado à
cidadania e aos saberes social.
As metas traçadas visam fazer da escola o lugar onde
realmente o conhecimento com qualidade seja prioridade.
Os docentes capacitados elaboram projetos fundamentados na
nova LDB 9394/96, nas Diretrizes Curriculares Estaduais, atingindo
mudanças estruturais e pedagógicas, revolucionando as ações no
conhecimento e nos modos de organização e trabalho, com expansão
crescente nas exigências dos padrões de qualidade do ensino público.
A construção do projeto político pedagógico implicou em
debates sobre as questões educacionais em nosso país, assim como as
reflexões sobre a superação dos problemas elencados. As metas educacionais
propostas são, portanto, fruto de uma equipe escolar consciente das
mudanças que pretende conquistar e nas transformações que pretende
observar no ensino e na aprendizagem, pois, através da educação é possível
preparar homens capazes de entender, refletir e transformar a sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
211
SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia: Polêmicas do nosso tempo.
Campinas: Autores Associados, 1994.
VEIGA, Ilma Passos A. (org.). Projeto político-pedagógico da escola.
Campinas: Papirus, 1995.
LIBÂNEO, José Carlos.Didática.São Paulo: Cortez,1994
DEMO, Pedro. Desafios Modernos da Educação, 2. ed. Petrópolis: Vozes,
1.993 - p. 246 - 249.
DALBEN, A.I.L. Trabalho Escolar e conselho de classe. Campinas,SP.
Papirus,1995.P.143-200.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática
educativa.SP. Paz e Terra,1996
GADOTTI, Moacir. A Dialética: concepção e método.In: Concepção Dialética
da Educação: um estudo introdutório.SP.Autores Associados,1987. P.15-38.
GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico
Crítico.SP.Autores Associados, 2002. P. 01-31.
ROMANOWSKI, Joana Paulin. Aprender: Indicações da Prática Docente.
Curitiba, Pontifícia Universidade Católica o Paraná, 2006.
VASCONCELLOS, Celso dos S. – Cordenação do Trabalho Pedagógico – do
Projeto Político Pedagógico ao Cotidiano da sala de aula. SP.
VEIGA, Ilma Passos A. Perspectivas para reflexão em torno do projeto-
pedagógico. In;VEIGA, I.P.A. e RESENDE, L.M.G. de (orgs). Escola: espaço do
projeto político-pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998. P.09-32.
212
ANEXOS
213
CALENDÁRIO ESCOLAR
214
ATA DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
215