PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · da função social da escola, ou seja, as questões sociais,...

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COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO IRATI 2012

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COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

IRATI2012

SUMÁRIO

I. APRESENTAÇÃO...........................................................................................................03

II. INTRODUÇÃO................................................................................................................04

III.OBJETIVOS GERAIS.....................................................................................................05

IV. MARCO SITUACIONAL.............................................................................................. 07 V. MARCO CONCEITUAL.................................................................................................09 5.1. ORGANIZAÇÃO DA HORA ATIVIDADE.................................................................16 5.2. CALENDÁRIO ESCOLAR.......................................................................................16 5.3. REGIME ESCOLAR.................................................................................................16 5.4. AVALIAÇÃO.............................................................................................................18 5.4.1. PLANO PERSONALISADO DE ATENDIMENTO.................................................21

VI. MARCO OPERACIONAL............................................................................................ 21 6.1. CARACTERIZAÇÃO DOS RECURSOS HUMANOS..............................................21 6.2. ESPECIFICAÇÃO DA FUNÇÃO..............................................................................24 6.3. FORMAÇÃO CONTINUADA...................................................................................32 6.4. FERA COM CIÊNCIA..............................................................................................33 6.5. EDUCAÇÃO DO CAMPO........................................................................................34 6.6. JOGOS ESCOLARES.............................................................................................34 6.7. EDUCAÇÃO FISCAL...............................................................................................34 6.8. PROJETO ESCOLA DE PAIS.................................................................................35 6.9. ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO............................................................................. 36 6.10. TEMÁTICAS SOCIOEDUCACIONAIS................................................................. 36 6.11. EQUIPE MULTIDISCIPLINAR...............................................................................37 6.12. CONSELHO ESCOLAR.........................................................................................37 6.13. CONSELHO DE CLASSE......................................................................................39 6.14. APMF.....................................................................................................................39 6.15. GRÊMIO ESTUDANTIL.........................................................................................40 6.16. PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO – GESTÃO 2012/2014.....................................41

VII. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL...................................................................................47

VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................48 IX ANEXOS.......................................................................................................................49

ANEXO I PLANO DE ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

ANEXO II PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES DO ENSINO FUNDAMENTAL E

ENSINO MÉDIO.

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I. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico será o documento que norteará todas as ações desta

instituição de ensino, com a intenção de formar cidadãos críticos, atuantes e responsáveis,

capazes de viver em sociedade, cumprindo seus deveres e exigindo seus direitos, ou seja,

exercendo cidadania.

A escola como instituição educativa, projeta uma sociedade idealizada pelos

princípios da igualdade, liberdade e justiça, pois é responsável pela construção de uma nova

sociedade pautada na mudança de atitude do educando, através do domínio de

conhecimentos e habilidades compatíveis com as demandas sociais.

Todos os envolvidos na organização do trabalho pedagógico escolar compreendem

que a escola faz parte do mundo social e histórico e que a realidade do educando deve ser

respeitada. Partindo deste contexto social, os profissionais são responsáveis pela busca de

informações que atendem às transformações da parcela da população que atendem.

A escola não é a única fonte de conhecimento e os alunos que a freqüentam

interagem na sociedade e precisam desenvolver determinadas ações. Portanto, são os

professores que devem orientá-los neste sentido, bem como viabilizar o acesso e a

apropriação do saber sistematizado, utilizando métodos e seqüenciando os conteúdos de

forma que se efetive o que se propõe.

A proposta de trabalho do Colégio Estadual Trajano Grácia visa a qualidade de

ensino por meio de alternativas organizacionais coerentes e participação coletiva.

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II. INTRODUÇÃO

O Colégio Estadual Trajano Grácia – Ensino Fundamental localiza-se à Rua Miguel

Gadens, s/n, no bairro Engenheiro Gutierrez, município de Irati, estado do Paraná, à uma

distância aproximada de 7km do Nucleo Regional de Educação de Irati.

Este Estabelecimento de Ensino, possui suas atuais instalações graças ao empenho

do Sr. João Maria Pedroso, ex-presidente da APM do antigo Colégio Cenecista Prof. Antônio

Lopes Júnior que junto com a Prefeitura Municipal adquiriram um terreno com 109.118,40 m²

da RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima) a fim de construir o prédio que

atualmente abriga esta escola, pois as instalações já não eram suficientes para atender ao

crescimento da comunidade.

Devido a extinção da CNEC (Campanha Nacional de Escolas da Comunidade) órgão

mantenedor do Colégio Cenecista Antônio Lopes Júnior, houve também a extinção do

referido colégio e foi autorizado o funcionamento da Escola Estadual Trajano Grácia, em 04

de dezembro de 1986, através da resolução 5246/86. Seu órgão mantenedor era o Estado e

a referida escola oferecia curso de 1º Grau Regular (5ª a 8ª série).

As novas instalações da Escola Estadual Trajano Grácia foram inauguradas em 07 de

julho de 1987 e atualmente o prédio possui 08 salas de aula (sendo que em uma destas

existe uma divisória para funcionamento do Laboratório de Informática), secretaria com uma

divisória para expediente da direção e professoras pedagogas, sala de professores, sala

para atendimento aos alunos da Sala de Recursos, almoxarifado, cantina, pavilhão coberto,

somando-se a área construída perfazem um total de 683,36 m². A biblioteca funciona em

uma construção de madeira, que foi adaptada para este fim. A escola possui uma quadra

esportiva coberta, quadra de areia, e um grande espaço físico propício para futuras

ampliações. O terreno é todo cercado com muros e grades na parte da entrada. Temos

espaço com bancos para momentos de lazer dos alunos e entrada adaptada com rampas

para cadeirantes.

Em 27 de outubro de 1988 foi reconhecido o curso de 1º Grau Regular, pela

resolução 3399/88, então a escola passou a chamar-se Escola Estadual Trajano Grácia –

Ensino de 1º Grau, e em 08 de setembro de 1998 o nome da escola foi regulamentado para

Escola Estadual Trajano Grácia – Ensino Fundamental.

Em 22 de março de 2004 foi autorizado pelo prazo de dois anos com implantação

gradativa, o funcionamento do Ensino Médio, pela resolução 1075/04 e o estabelecimento

de ensino passou a denominar-se COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA – ENSINO

FUNDAMENTAL E MÉDIO.

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Em 31/12/2007 através do Parecer nº 215/2007 emitido pelo NRE-Irati, houve a

aprovação do nosso Regimento Escolar, estando este de acordo com a Deliberação nº

16/99-CEE e demais leis vigentes, tendo este documento a finalidade de garantir a unidade

filosófica, político-pedagógica, estrutural e funcional do nosso colégio.

O corpo docente deste estabelecimento de ensino está formado por 34 Professores, a

equipe administrativa é formada pela Direção, secretária e 03 auxiliares administrativos, a

equipe pedagógica é constituída por três professoras pedagogas, possui 03 auxiliares de

serviços gerais e órgãos colegiados como: Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil,

que ajudam a desenvolver o plano de ação.

Devido à localização, a escola, atende alunos, na maioria, oriundos de classe média

baixa, sendo grande porcentagem filhos de agricultores ou lavradores.

Atualmente estão regularmente matriculados 390 alunos, divididos em 12 turmas,

sendo dois 6ºs anos, dois 7ºs anos, dois 8ºs anos , dois 9ºs anos, dois 1ºs anos, um 2º ano

e um 3º ano do Ensino Médio. Como parte do programa de atividades curriculares

complementares, no período da tarde funcionam as Salas de Apoio à Aprendizagem de

Língua Portuguesa. Ofertamos também o CELEM de Língua Espanhola no período da tarde

e a Educação Especial na modalidade Sala de Recursos, em contra-turno nos períodos da

manhã e tarde.

Todos os alunos do colégio recebem os conhecimentos necessários para a

continuação de seus estudos e são identificados como produtores de conhecimentos

capazes de desenvolver suas potencialidades, através da prática educativa em uma

perspectiva crítica.

III. OBJETIVOS GERAIS

O Colégio Estadual Trajano Grácia, o qual oferta Ensino Fundamental e Médio

baseado nos princípios das Constituições Federal e Estadual, da Lei de Diretrizes e Bases

da Educação Nacional e Diretrizes Curriculares da Secretaria de Estado da Educação

possui os seguintes objetivos:

3.1. Propiciar um ensino de qualidade, oferecendo um ambiente favorável para o

desenvolvimento pleno do educando, respeitando as diferenças individuais,

valorizando o potencial de cada um e incluindo educacional e socialmente os alunos

portadores de necessidades especiais, conforme deliberação 002/2003 da Educação

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Especial.

3.2. Possibilitar que a avaliação seja contínua, cumulativa, formativa, informativa e

diagnóstica do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos

sobre os quantitativos. A mesma deve ser entendida como um dos meios do ensino

pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio

trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir- lhes

valor, conforme a Deliberação 007/99.

3.3. Ofertar matrícula de ingresso, matrícula renovada, por transferência ou em regime de

progressão parcial, nas diferentes modalidades, no Sistema Estadual do Paraná,

conforme Deliberação 009/01.

3.4. Garantir a elaboração do Projeto-Político-Pedagógico envolvendo todos os

segmentos da comunidade, bem como sua plena execução, zelando pela

aprendizagem dos alunos adaptado o currículo à função social da escola, conforme a

Deliberação 014/99.

3.5. Garantir a unidade filosófica, político-pedagógica, estrutural e funcional do

estabelecimento, conforme Deliberação 016/99, que trata do Regimento Escolar.

3.6. Estimular e viabilizar o desenvolvimento da consciência crítica, o questionamento, a

livre expressão de idéias e sentimentos, a participação, a cooperação e a

solidariedade, levando ao pleno exercício da cidadania, conforme orientações do

ECA, lei 8069/90.

3.7. Assegurar que a avaliação considere o ser humano como sujeito ativo, construtor do

próprio conhecimento, que prevaleça os aspectos qualitativos sobre os quantitativos e

lhes sejam atribuídos vários instrumentos de aferição da aprendizagem.

3.8. Incentivar o protagonismo juvenil através da organização de grêmios estudantis e

estabelecer a parceria destes com as instâncias colegiadas promovendo atividades

de cunho social, político, cultural, artístico e esportivo.

3.9. Subsidiar o educador de uma fundamentação teórica, para que possa atender às

demandas de uma educação de qualidade.

3.10. Contemplar, de acordo com a Instrução Nº 009/2011-SUED/SEED,

concomitantemente aos conteúdos específicos da disciplina, em consonancia com as

Diretrizes Curriculares Estaduais, os seguintes conteúdos obrigatórios: História do

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Paraná (Lei nº 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena,

Música (Lei nº 11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade

humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a

criança e o adolescente. Direito das Crianças e Adolescentes (L.F. Nº 11525/07),

Educação Tributária Dec. Nº 1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº

9795/99, Dec. Nº 4201/02.

3.11. Assegurar a adaptação dos alunos oriundos dos anos iniciais à organização do

trabalho pedagógico ofertado nos anos finais do Ensino Fundamental, com vistas à

uma educação contínua e de qualidade, efetivando assim, a Instrução Nº 008/2011-

SUED/SEED, que trata do Ensino Fundamental de 9 anos.

3.12. Normatizar a inclusão do nome “social” nos registros escolares (Livro Registro de

Classe, Edital de Nota e Boletim) do aluno que requeira esta inserção por escrito,

conforme Instrução Conjunta Nº 02/2010 – SUED/SEED/DAE e Parecer Nº 01/09 –

CP/CEE.

3.13. Promover campanhas de Educação Sexual, continuamente, a todos os educandos,

conforme a Lei Estadual Nº 11733/97; programas de informação e prevenção da AIDS

e demais doenças sexualmente transmissíveis, de acordo com a Lei Estadual Nº

11734/97, assim como, orientações sobre gravidez na adolescencia, como previsto na

Lei Estadual Nº 16105/09.

IV. MARCO SITUACIONAL

O mundo atual está passando por mudanças constantes, levando as pessoas a

transpor paradigmas e sentirem-se inseguras pela falta de oportunidades. Sobretudo, são

as classes desfavorecidas de recursos financeiros que mais sofrem diante desta realidade,

pois a busca incessante de conhecimentos e aperfeiçoamento tecnológico leva os

indivíduos a competirem. Esta competição gera conflitos emocionais, pois sobressaem- se

os melhores e os demais sentem-se desvalorizados, no aspecto humano.

A escola pública brasileira, nas últimas décadas, passou a atender um número cada

vez maior de estudantes oriundos das classes populares. Para atender essa clientela e

definir qual formação queremos proporcionar-lhes estamos contribuindo para determinar o

tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Nesta perspectiva, acreditamos que a

opção pelo currículo disciplinar vem unificar e socializar o conhecimento para a

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transformação da realidade.

O corpo discente do Colégio Estadual Trajano Grácia é constituído por uma parcela

de alunos da zona rural, que utilizam- se do transporte escolar, saindo de suas casas de

madrugada e ao retornarem, ajudam seus familiares no desenvolvimento de atividades

agrícolas e pecuárias. Também há alunos carentes tanto financeira, como emocionalmente,

pois são oriundos das classes assalariadas e muitos têm famílias desestruturadas e

ausentes em relação à sua vida escolar. Dessa forma, os alunos apresentam-se rebeldes,

sem limites e demonstram desinteresse pelos estudos. Esta realidade gera dificuldades de

aprendizagem e há necessidade de interferir no processo educativo de forma a

redimensionar o trabalho para que sejam garantidas as aprendizagens fundamentais,

objetivando construir uma sociedade justa, onde as oportunidades sejam iguais para todos.

No entanto, nessa busca pela melhora do processo educativo, nos deparamos com alguns

entraves, como por exemplo, a rotatividade de professores e a falta de compreensão de

alguns que os alunos são a matéria- prima do nosso trabalho. Além disso, a escola possui

uma estrutura física precária para atender suas necessidades, pois não possui laboratórios

de Ciências e espaço apropriado para Biblioteca para enriquecer a transposição didática

dos conteúdos.

A valorização dos profissionais inicia com a possibilidade de trabalhar em condições

dignas, portanto, é necessário que possamos usufruir de uma Sala de Professores para o

cumprimento da hora-atividade, conforme prevê a lei e para recepcionar de forma

agradável, tanto a clientela interna, como externa. Da mesma forma, a Direção, Pedagogas

e segmento administrativo, também necessitam de salas.

Devido ao aumento da demanda, faz-se necessária a ampliação do número de salas

de aula e biblioteca, bem como construção de espaços adaptados e materiais didáticos

adequados para atender portadores de necessidades especiais. Os recursos financeiros

que a escola recebe são insuficientes para aquisição de materiais, equipamentos e acervo

bibliográfico, necessários para o planejamento estratégico que garante atingir nossos

objetivos educacionais. Contudo, trabalhamos no sentido de formar sujeitos que construam

sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que

são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção cidadã e

transformadora na sociedade.

V. MARCO CONCEITUAL:

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O Colégio Estadual Trajano Grácia, almeja alunos interessados, que percebam que

o conhecimento adquirido pode modificar sua própria realidade ou seu destino e que não

vejam a escola, apenas como uma entidade assistencialista.

Espera-se que a família, a igreja e outras instituições sociais assumam suas

atribuições e a escola priorize sua especificidade, ou seja, que os alunos apropriem-se dos

conteúdos produzidos historicamente pela humanidade e saibam discerni-los e aplicá-los

em seu cotidiano.

De acordo com LIBÂNEO, (2004, p.45)

“o trabalho sempre esteve presente na escola, já que esta se constitui o pólo do trabalho intelectual por excelência, o que nos leva afirmar que os professores e alunos trabalham. Os primeiros, na transmissão dos conhecimentos acumulados historicamente e os últimos na apropriação destes conhecimentos. Juntos, professor e aluno constroem a produção de novos conhecimentos.”

Vemos assim que a ação escolar é marcada pelo fazer. Nesta perspectiva, o

professor é aquele que estuda e que, em meio a tantas demandas, busca aprimorar-se,

formar-se e capacitar-se, portanto é o sujeito que conduz a ação pedagógica devendo

mediar este saber, oferecê-lo ao seu aluno de forma organizada e sistematizada. O

professor é aquele que ensina, que seleciona o recorte do conteúdo movido por uma

intensão social, política, histórica e cultural. Os desafios do mundo contemporâneo levam os

profissionais da educação a novas atitudes, comportamentos, consciências, conhecimentos

e os obrigam a refletirem acerca da realidade que estão vivendo.

Contudo os professores são desvalorizados, não só pelos baixos níveis salariais,

mas também pelo tratamento que recebem, seja do poder público, seja da sociedade de

forma geral, ainda presa à concepção de que o professor é um mero técnico. O professor é

mais que um aplicador de saberes produzidos por outros; sua prática é um espaço de

produção, de transformação e de mobilização de saberes. É através da pesquisa, que este

profissional aprende a questionar e reformular suas perspectivas e com isso melhorar a

qualidade do ensino da escola pública.

Segundo a LDB, a educação é dever da família e do Estado, inspirado nos

princípios de liberdade, solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento

da educação, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Sendo que o ensino será ministrado com bases nos seguintes princípios :

• Igualdade de condições para o acesso, permanência e sucesso no processo educativo;

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• Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o

saber;

• Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;

• Respeito à liberdade e apreço à tolerância;

• Garantia de padrão de qualidade;

• Valorização de experiência extra-escolar;

• Vínculo entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Tendo por base, o que destaca a LDB, em relação à educação, nota-se que houve

uma revisão dos papéis do professor e do aluno, pois as reflexões e experiências, ao longo

dos últimos anos foram relevantes para discernir o momento atual; de modo que é preciso

romper com as práticas inflexíveis, e propor novas atuações considerando, no contexto, os

aspectos sociais, políticos e culturais, antropológicos e psicológicos. Só considerando os

distintos aspectos que concorrem para a formação do aluno é que o processo de

escolarização pode passar de fato a colaborar para atuação autônoma dos alunos, na

construção de uma sociedade democrática.

Almejamos é que nossos alunos dominem o conhecimento de que necessitam para

crescerem como cidadãos plenamente reconhecidos e conscientes de seu papel em nossa

sociedade, agindo assim, como protagonistas da sua própria história.

Sabemos que isto só será alcançado se oferecermos a eles, pleno acesso aos

recursos para conquista de sua cidadania e também para garantir uma sociedade livre,

justa e solidária, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origens, raça, sexo, cor,

idade, deficiência e quaisquer outras formas de discriminação.

Tal tarefa demanda a afirmação de um conjunto de princípios democráticos que ao

proporem uma educação com a cidadania, elegeram princípios, segundo os quais orientam

a educação escolar na igualdade de direitos, que se refere a necessidade de garantir a

todos a mesma dignidade e possibilidade de exercício da cidadania. Para tanto, deve se

considerar que existem diferenças étnicas, culturais, regionais, etárias, religiosas, e

desigualdades socioeconômicas, que necessitam ser levadas em consideração para que a

igualdade seja alcançada.

Pesquisas tem demonstrado discriminações e exclusões em múltiplos contextos nas

nossas escolas, estas situações inaceitáveis tem deixado marcas em nossas crianças e

adolescentes, trazendo consequências destrutivas, e para mudar esse quadro torna-se

necessário fundamentar as práticas pedagógicas da escola.

A escola como organização social, localizada no tempo e espaço deve desempenhar

junto à comunidade, uma função social de transformação e autosuperação e como o

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compromisso da escola é com a democratização do saber na sua totalidade, ela deve ser

contra o empobrecimento do currículo e a mutilação dos conhecimentos sob qualquer

pretexto, pois a qualidade desse ensino se mede pela qualidade do cidadão que cada escola

forma.

Para avançar na teoria e na prática e a ser capaz de contribuir positivamente para o

ensino, precisamos integrar as diferentes contribuições, que são comprometidas com a

transformação social, desmitificando métodos de ensino, questionando “como fazer” , “por

que fazer” , “a quem fazer” , “qual o objetivo” ; partindo assim de condições reais em que se

desenvolve o ensino em nossas escolas e buscando novas formas de intervenção, o

professor tem o papel de mediador, na construção de conhecimentos. Na interação, o aluno,

por sua própria ação e pela mediação do professor deve apropriar-se e construir para si o

conhecimento e estabelecer relações deste com o contexto social.

Na sala de aula, a ação do professor tem como objetivo criar as condições para a

atividade de análise e das demais operações mentais do aluno, necessárias para a

realização do processo de aprendizagem.

Com a promulgação da nova LDB, se resgataram as preocupações pedagógicas

numa nova visão dando às escolas uma autonomia mais concreta: financeira, administrativa

e pedagógica, conforme artigo 15 da LDB:

• Financeira - refere-se a existência de recursos financeiros capazes de dar à instituição

educativa condições de funcionamento. A APMF e o Conselho Escolar, órgãos colegiados

de parceria da escola poderão ajudar a arrecadar e gerir os recursos financeiros da escola.

• Administrativa - considera-se a possibilidade de elaborar e gerir seus planos, programas

e projetos. Refere-se à organização da escola e tipo de gestão e envolve relações internas e

externas, ou seja, o sistema educativo e a comunidade na qual a escola está inserida. A

autonomia administrativa traduz possibilidade de garantir a indicação dos dirigentes por

meio de processo eleitoral, o qual realmente verificará a competência profissional e a

liderança dos candidatos, onde terão direito a voto: professores, pais de alunos, APMF.

• Pedagógica - consiste na liberdade de ensino e pesquisa. Está estritamente ligada à

identidade, a função social, à clientela, à organização curricular, à avaliação, bem como os

resultados e, portanto à essência de proposta pedagógica na escola.

Tomando como referência a Lei nº 11.788/08, a qual dispõe sobre o estágio de

estudantes, e concebendo o trabalho como princípio educativo, julga-se importante oferecer

subsídios, a partir das diferentes disciplinas, para analisar as relações e contradições

sociais, as quais se explicam a partir das relações de trabalho. Isto implica em oferecer

instrumentos conceituais ao aluno para analisar as relações de produção, de dominação,

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bem como as possibilidades de emancipação do sujeito a partir do trabalho.

Os conhecimentos escolares, portanto, são a via para se analisar esta dimensão

contraditória do trabalho, possibilitando ao aluno (possível estagiário), não somente sua

integração nas atividades produtivas, mas a sua participação nela, de forma plena,

integrando as práticas aos conhecimentos teóricos que as sustentam.

A sociedade vem passando por grandes transformações pelas quais, exigem um

novo perfil de cidadãos que a escola tem a função de formar.

Para SEVERINO (1998, p. 73),

a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana, desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais, produzindo bens e garantindo a base econômica.

Nesse sentido os profissionais da educação devem rever valores e posicionamentos

para atender esta demanda.

O mundo concebido é resultado do processo de estabelecimento das relações entre

a subjetividade individual do homem e a realidade objetiva. É no mundo que ocorrem as

interações homem-homem e homem, meio social, caracterizado pelas diversas culturas e

pelo conhecimento. É na integração destas duas dimensões da natureza humana que o

indivíduo vai se permitir e conseguir viver com a grandiosidade da pluralidade da sua

capacidade.

Mas devido à rapidez do processo de produção das informações e pela globalização

torna-se necessário proporcionar ao homem condições para que ele alcance objetivos

materiais, políticos, culturais e espirituais, que venham ao encontro da extirpação da

injustiça, diferenças, distinções, divisões e de todos os entraves que o detém na sua jornada

de aperfeiçoamento, na tentativa de se formar o ser humano que se imagina e deseja. É

neste ponto que a escola pode ser um espaço que contribua para a efetiva mudança social.

O homem é um ser natural e social, e que de acordo com SAVIANI (2000, p.58)

“necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se adaptar

a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la pelo trabalho”.

O homem contemporâneo, diante das exigências do mundo globalizado, é sujeito

criador e elaborador do conhecimento de acordo com as contradições ou conflitos com os

quais se depara, cabendo à escola em seu contexto social redimensionar sua prática

pedagógica, proporcionando condições de exercer plenamente sua cidadania, despertando

suas potencialidades para interagir na sociedade em que está

inserido, capacitando-o para viver como cidadão participativo interferindo no âmbito das

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relações sociais.

A educação por sua vez busca receber e respeitar essas mudanças e suas

consequências, com tolerância e democracia, abrindo espaço para as manifestações dos

crescentes esforços em busca do melhoramento humano.

Segundo a LDB 9394/96, em seu Art. 1º “A educação abrange os processos

formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas

instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil

e nas manifestações culturais.” Explicitando também, em seu Art. 2º, que “a educação, dever

da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade

humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o

exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Nesse sentido, cabe à escola

tornar efetivo o proposto na lei.

A escola tem sido desafiada a rever-se como instituição, desde sua organização até

suas finalidades. A escola tradicional, de forte influência positivista, com sua organização

burocratizada, hierarquizada, com um sistema de avaliação absolutamente quantitativo,

ainda está arraigada entre nós educadores.

Hoje, há necessidade que a escola mude e passe, efetivamente a atender os alunos

e não apenas a ensiná- los. O mundo de hoje pede uma nova escola, com espaço para que

os alunos se expressem e os educadores reflitam. A nova escola que se delineia interage

com o processo de globalização, os conteúdos tornam- se mais interessantes, os objetivos

se ampliam voltados para a formação ética; as artes, o esporte, os grêmios e o

protagonismo são incentivados. A instituição escolar procura acolher os alunos em suas

dificuldades, traçar limites aceitáveis de convivência, orientar pais e realizar um trabalho

conjunto com outros profissionais.

Dessa forma, o papel da escola não é o de preparar mão-de-obra, formar para o

mercado ou dar conta de todos os problemas sociais e econômicos; mas é o de possibilitar

para que, através do conhecimento, os nossos alunos possam ter compreensão da sua

condição como sujeito histórico.

O conhecimento tem sido sempre uma questão central para todas as sociedades,

foco de trabalho de muitos filósofos desde a antigüidade. Na contemporaneidade o

conhecimento se dá de diferentes fomas: senso comum, científico, teológico e estético,

pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si,

sobre o mundo e sobre o conhecimento.

Cabe à escola considerar o conhecimento do senso comum trazido pelos alunos,

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transformando-o em conhecimento científico, sendo este, acumulado historicamente pela

humanidade. Implicando assim, em uma nova forma do indivíduo ver a realidade, interferir

sobre a mesma e transformá-la de acordo com as suas necessidades.

A aprendizagem, por sua vez, está atrelada ao conhecimento, pois o conhecimento

é o resultado da aprendizagem que se efetiva através da mudança de comportamento

daquele que passou por esse processo. Nesse contexto, a escola deve propiciar um

ambiente de desafios, fornecendo aos alunos instrumentos que possibilitem aos mesmos, a

mudança de seus pontos de vista, e a formalização de suas descobertas. Dessa forma,

aprendizagem e conhecimento fazem parte de um mesmo processo que envolve também o

ensino. Ou seja, ensino + aprendizagem = conhecimento, onde o campo de trabalho é a

escola e os professores, os mediadores.

A infância e a adolescência, são as fases em que as crianças, dentro do contexto

escolar, estão na Educação Básica, a qual compreende, a Educação Infantil, Ensino

Fundamental (anos iniciais e finais) e Ensino Médio.

Nossas vidas são marcadas por diversas e significantes mudanças: ser criança, virar

adolescente e tornar-se adulto. São situações inevitáveis e que acontecem juntamente com

o processo de escolaridade. Todas essas passagens são pródigas deexperiências, nem

todas prazerosas, mas necessárias.

Até o 5º ano as crianças aprendem a se relacionar sob a supervisão de um adulto,

geralmente uma professora, e isto vai acontecendo de um modo mais suave, ela está mais

protegida devido a sua fragilidade e a professora é mais maternal.

Neste momento, estabelece-se um impasse, o adolescente perde suasreferências

infantis, desestrutura-se e necessita que a escola supra esta lacuna. O tempo de meninice,

tempo de descobertas e de prazer no aprender e apreender a si e ao mundo, como o

equilíbrio – andar de bicicleta, ou a dor de cair e a alegria de se levantar. Nesta fase,

mesmo a escola pode ser mais uma experiência de ampliação de horizontes, aprender a ler

e a escrever, a se relacionar com um mundo mais amplo e conhecer novas pessoas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde a adolescência compreende um

período entre os 11 e 19 anos de idade e é desencadeado por mudanças corporais e

fisiológicas advindas da maturação fisiológica e o ingresso no 6º ano por volta dos 11 anos

acontece nesse período. Ele é marcado pela fase que corresponde a puberdade, ou seja, o

início da adolescência, que é considerada o período de desenvolvimento, entre a infância e

a idade adulta, na qual há muitas transformações, tanto física como psicológica, devido ao

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aumento da produção hormonal, o que pode provocar alterações das emoções, explicando

assim a perda de controle e desequilíbrio psicológico do adolescente. Surgindo, neste

período, comportamentos irreverentes e desafiantes para com os outros e questionamentos

de modelos, de padrões, tão necessários para o próprio crescimento, mas tão

incompreendidos, até mesmo pelo próprio adolescente.

Quando nos deparamos com as crises relacionadas às transformações da passagem

da infância para a adolescência, vemos que têm muitos envolvidos: pais, educadores e

profissionais da saúde também fazem parte dela e frequentemente manifestam sintomas de

angústia ao enfrentar a convivência com os jovens, revivendo suas próprias adolescências.

Conforme todas as considerações colocadas anteriormente, percebe-se que o 6º ano

exige dos professores uma atuação diferenciada, um suporte técnico-pedagógico

direcionado para o desenvolvimento emocional/psicológico e social dos alunos. Nesse

processo de socialização do ser humano, especificamente na idade escolar, tornará mais

clara à compreensão dos professores quanto ao comportamento dos seus alunos e

consequentemente sua forma de agir será diferenciada.

Quanto à Afabetização e Letramento, sabemos que a escola não é responsável

apenas pela alfabetização do aluno, mas também pelo letramento, sendo que a

alfabetização é um processo praticamente mecânico apreendido, na maioria das vezes,

dentro das salas de aula e o letramento é um conjunto de conhecimentos que o indivíduo

acumula ao longo da vida. Seguindo esta linha de pensamento a alfabetização um dia tem

fim, isto é, termina quando o indivíduo adquire a capacidade de compreensão dos sinais

que compreendem determinada língua escrita. Logo, é importante ressaltar que

alfabetização e letramento caminham juntos embora nem todo sujeito letrado precisa,

necessariamente, ser alfabetizado. Nesse sentido, este estabelecimento trabalha

objetivando não só a alfabetização e sim também o letramento de seus alunos.

5.1 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE

A organização da hora- atividade deve ser analisada na seguinte perspectiva:

aproveitar este tempo para com maior número possível de pares, estabelecer as propostas,

conteúdos, estratégias de planejamento, reuniões pedagógicas, correção de tarefas dos

alunos, estudos e reflexões sobre os saberes curriculares e de ações, projetos e propostas

metodológicas, troca de experiências, atendimento de alunos e pais e outros assuntos

educacionais de interesse dos professores.

15

5.2 CALENDÁRIO ESCOLAR

Elaborado anualmente, atende ao disposto na legislação vigente, sendo apreciado e

aprovado pelo Conselho Escolar, em primeira instância e posteriormente, enviado ao Núcleo

Regional de Educação para homologação.

5.3 REGIME ESCOLAR

O Colégio Estadual Trajano Grácia desenvolverá suas atividades educativas tendo

como base a matriz curricular, que entrou em vigor no ano de 2006, sendo 25 aulas

semanais de 50 minutos cada , perfazendo um total de 200 dias letivos ou 800 horas/aulas,

distribuídas por disciplinas e turmas, conforme a legislação vigente. O horário de

funcionamento do colégio é das 7:30h às 11:50h e das 13:00h às 17:20h.

O estabelecimento de ensino possui turmas do 6º ao 9º anos do Ensino Fundamental,

conforme a Instrução Nº 008/2011-SUED/SEED, a qual regulamenta a implantação

simultânea do Ensino Fundamental de 9 anos a partir do ano de 2012; e Ensino Médio, do 1º

ao 3º ano Regular, este último implantado no ano de 2004, de forma gradativa.

De acordo com a Instrução Nº 019/2008-SUED/SEED, desde o início do ano de

2011, o colégio oferta aos alunos da Rede Pública Estadual e à comunidade escolar

interessada, o Centro de Língua Estrangeira Moderna - CELEM – Língua Espanhola, que é a

segunda língua mais falada no mundo e assim o acesso a outras culturas, além de que o

Curso de Espanhol enriquece o currículo de candidatos a trabalhos em empresas que

mantém relacionamento comercial com os países do Mercosul. O CELEM tem duração de

02 (dois) anos, as aulas são práticas e teóricas, sendo 04 (quatro) aulas semanais,

totalizando 320 (trezentos e vinte) horas ao longo de 04 (quatro) semestres e, ao final do

Curso, o aluno recebe o certificado que é expedido pela Secretaria Estadual da Educação

(SEED) e tem apoio da APMF.

De acordo com a Instrução 007/2011-SUED/SEED, como parte do programa de

atividades curriculares complementares para o enfrentamento dos problemas relacionados à

aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática dos alunos dos anos finais do Ensino

Fundamental, 6º ao 9º anos, no que se refere aos conteúdos básicos dessas disciplinas, o

colégio oferece as Salas de Apoio à Aprendizagem de Língua Portuguesa e Matemática, no

contraturno, com quatro horas aulas semanais e no máximo 20 alunos. A partir do segundo

semestre do ano de 2011, ocorreu a abertura automática das Salas de Apoio à

16

Aprendizagem para o atendimento aos alunos do 6º e do 9º anos, sendo que foi solicitada

também, autorização de funcionamento para 7º e 8º anos, mediante justificativa

fundamentada da escola encaminhada para o parecer do NRE de Irati e análise do

DEB/Coordenação de Educação Integral. O trabalho nas Salas de Apoio à Aprendizagem

requer metodologias diferenciadas visando à superação das dificuldades dos alunos e os

conteúdos a serem trabalhados devem levar em conta as defasagens remanescentes das

séries anteriores relacionadas à oralidade, leitura, escrita e cálculos. Para o ingresso nestas

Salas de Apoio, o aluno deverá ser encaminhado pelo professor regente da turma mediante

diagnóstico e Ficha de Encaminhamento para as respectivas séries, podendo este ser

desligado do programa assim que houver a superação das suas dificuldades.

Os alunos que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico

significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência intelectual são encaminhados para

a Sala de Recursos, que se constitui em um serviço especializado de natureza pedagógica

que apoia e complementa o atendimento educacional realizado em Classes Comuns do

Ensino Fundamental do 6º ao 9º anos.

A Sala de Recursos funciona 40 horas semanais (manhã e tarde) e atende no máximo

30 alunos por turno, sendo este atendimento por intermédio de cronograma, organizados

preferencialmente por faixa etária e/ou necessidades pedagógicas. O aluno é atendido em

horário contrário ao que está matriculado, podendo ser de duas a quatro vezes por semana,

não ultrapassando duas horas diárias. O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos parte

dos interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específica, de cada aluno,

oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos conteúdos da

classe comum.

Os conteúdos pedagógicos defasados, são trabalhados com metodologias e

estratégias diferenciadas e quando o aluno superar suas dificuldades, poderá ser desligado

com registro em ata e relatório pedagógico elaborado pelo professor do Serviço de Apoio

Especializado (Sala de Recursos), juntamente com a equipe técnico pedagógica e com

apoio dos professores da classe comum.

O Estado tem a responsabilidade de oferecer todas as condições de infraestrutura, de

caráter pedagógico, com apoio inclusive, de profissionais específicos que possam ajudar na

prática pedagógica do corpo docente das escolas (rede de apoio). As ações da escola

precisam de respaldo técnico pedagógico substancial para cumprir seus objetivos de uma

escola para todos, que se ajuste às necessidades dos alunos, que aceite as diferenças,

valorize a diversidade humana, respeito mútuo e que os pais sejam, efetivamente, parceiros

educativos.

17

Com o objetivo de aumentar o índice de aprovação em todas as disciplinas, assim

como, melhorar as habilidades de leitura, interpretação de textos e raciocínio lógico, foi

desenvolvido no ano de 2009, o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE-Escola),

com recursos liberados pelo FNDE (Fundo Nacional Desenvolvimento Educacional), o qual

vem contribuindo para a melhoria do índice de Desenvolvimento da Educação Básica- IDEB.

Através das ações do PDE-Escola, procurou-se também, conscientizar os pais da

importância da sua participação ativa na vida escolar e acompanhamento do processo

ensino/aprendizagem dos filhos, assim como todos os representantes da sociedade civil

(Igreja, associações de bairros, creche, clube de mães, associações esportivas, posto de

saúde, indústria e comércio), para que também auxiliassem na conscientização de seus

grupos para a participação ativa na educação.

Todas as ações tomadas, objetivaram melhorar a qualidade de ensino do colégio,

elevar o índice de aprovação, reduzir o índice de evasão e principalmente de repetência.

Podemos observar através dos resultados do IDEB que houve uma melhora significativa em

nossos índices: 2005 - 3,0; 2007 - 3,5 e 2009 – 4,3, justificando assim a relevância do

Programa em questão.

5.4 AVALIAÇÃO

Segundo VASCONCELLOS (1994, p.96), “o processo avaliativo é, antes de tudo, uma

questão política, portanto não pode ser entendida isoladamente, uma vez que reflete

determinada concepção de homem, de educação e de sociedade.” Repensar a avaliação

implica refletir sobre todo o processo educativo.

O ato de avaliar, de atribuir valor a alguma coisa, não pode limitar-se à simples

verificação da aprendizagem de conteúdos através de provas e de notas. Embora tais

instrumentos possam ser parte do processo, a avaliação tem um significado mais amplo,

uma vez que envolve a formação de juízos e a apreciação de aspectos qualitativos

dificilmente representáveis em uma escala numérica. A escola não pode eximir-se de

apreciar, o desenvolvimento integral do educando, ou seja, seu crescimento afetivo, social e

ético.

Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, é preciso criar condições para o

aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem sem

avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como partes

de um todo que se constitui o processo educativo.

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de

18

diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da

prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez que, o fim desse

processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma

reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função a avaliação deve

possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e

a aprendizagem. Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação:

acompanhar o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e

mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer

emergir novas práticas educativas. (LIMA, in DCE's Do Estado do Paraná, 2008).

Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, os professores poderão fazer

uso da observação sistemática ou informal, que permite conhecer melhor seus alunos em

todos os aspectos, analisar seu desempenho nas atividades e compreender seus avanços e

dificuldades, ajudando-o em sua aprendizagem. A observação deverá ser registrada para

que o professor acompanhe melhor o aluno. A utilização repetida e exclusiva de um mesmo

tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos

cognitivos dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição,

argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de hipóteses, entre

outros.

A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém não pode ser

o único indicador de desempenho, pois fornece um diagnóstico do aluno, individualmente, e

da turma, como um todo, levando o professor a repensar sua prática, direcionando suas

ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos resultados. Há vários

procedimentos para a aplicação destas, podendo ser: prova individual, em grupos, com

consulta, oral, etc.

Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre

outros, permitem desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à cooperação,

troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do grupo. Para

que sejam efetivos é importante que sejam realizados na escola.

O número de avaliações de cada disciplina, utilizando os instrumentos descritos

acima, dependem do número de aulas. A nota bimestral do aluno será resultante da

somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo valores

cumulativos em várias aferições, na sequência e ordenação de conteúdos.

Os conselhos de classe têm a finalidade de garantir a alta qualidade da educação e o

bom desempenho dos alunos, pois se constitui em um instrumento de avaliação diagnóstica

e processual, devendo ocorrer de maneira sistemática e contínua. Esse encontro não se

19

restringirá ao julgamento do sucesso ou fracasso do aluno, mas será compreendido como

um processo, ou seja, um conjunto de atuações que tem a função de sustentar e orientar a

intervenção pedagógica nas turmas ou alunos, individualmente.

Todos os alunos têm direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer

paralelamente ao processo, todas as vezes em que os métodos empregados pelos

educadores não forem suficientes para propiciar a aprendizagem dos alunos. Dessa forma,

a recuperação é o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os

encaminhamentos metodológicos para assegurar a possibilidade de aprendizagem. Neste

sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de conteúdos, e

sendo de caráter obrigatório, a lei determina que ocorra concomitantemente ao processo

educativo, cabendo à escola e aos educadores tomarem as providências e oferecerem

novas estratégias de recuperação a fim de que o aluno aprenda o que deveria ter aprendido.

Segundo o Regimento Escolar desta instituição de ensino, na avaliação do

aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem

sobre os dados quantitativos e entre os resultados obtidos durante o período letivo e os da

recuperação, prevalecerão aqueles de maior valor.

Na forma de comunicação dos resultados, os critérios, processos de avaliação,

classificação e promoção serão seguidos de acordo com o Regimento desta Instituição de

Ensino.

Em conclusão e consonância com as DCE's do Estado do Paraná, a avaliação do

processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica da responsabilidade

do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir, bem como: Prova

Brasil, SAEB, ENEM, IDEB, que avaliam o sistema escolar.

5.4.1 PLANO PERSONALISADO DE ATENDIMENTO

Para o atendimento e regularização da vida escolar do aluno em distorção idade/série

do Ensino Fundamental, poderá ser realizado o Plano Personalizado de Atendimento – PPA.

Este, é uma iniciativa da Assessoria de Mobilização de Pais, Professores e Amigos da Rede

Escolar – AMPARE e trata-se de um processo de atendimento individual e aplicação de

avaliações aos alunos do 6º ao 8º anos inscritos no plano, para realização de reclassificação

dos mesmos, de acordo com os resultados obtidos no decorrer do processo.

Quanto à estrutura e funcionamento do P.P.A., a instrução do mesmo esclarece que,

após levantamento dos alunos em defasagem idade e série, realizada pela Equipe

Pedagógica, os pais serão convocados para realizarem a inscrição dos filhos no Plano, bem

20

como assinarem os termos de compromissos, responsabilizando-se pelo acompanhamento

e orientação em casa, do aluno, para os estudos independentes, visando o bom

desempenho nas avaliações. Aos professores cabe elencar os conteúdos essenciais em

cada disciplina das séries finais do Ensino Fundamental, elaborar as apostilas, as avaliações

e auxiliar os alunos nos aulões de revisão. Aos alunos cabe realizar os estudos

independentes em casa, informar os pais sobre todas as atividades do P.P.A., comparecer

nos aulões de revisão e realizar as avaliações.

Após os resultados das avaliações, a secretaria da escola fará a inclusão dos alunos

nas séries adequadas e organizará a sua documentação, arquivando na pasta individual do

aluno, toda a documentação que prove a participação do mesmo no P.P.A. e assim, a sua

reclassificação.

VI. MARCO OPERACIONAL

Os ajustes operacionais devem ser realizados sempre que houver necessidade ou a

partir de dados obtidos na avaliação institucional. Trata-se de garantir a qualidade de ensino

que se traduza numa organização escolar capaz de promover o aluno e de prepará-lo para

a vida, assim como fortalecer a união entre todos os segmentos escolares e ampliar a

participação dos órgãos colegiados.

A garantia de um ambiente propício à educação, dentro da sala de aula, nas

dependências e no entorno da escola exigirá de todos os profissionais atitudes de co-

responsabilidade no resgate de valores educacionais, que promoverão e contribuirão para a

formação dos alunos, correspondendo dessa forma à confiança que as famílias depositam

na escola.

6.1 CARACTERIZAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS

NOME FUNÇÃO FORMAÇÃO

Adriane de Fátima Borges ProfessoraLicenciatura: Geografia

Especialização: Geografia em Desenvolvimento Regional

Adriane Teixeira Remes Professora Licenciatura: Letras - Língua Portuguesa e Artes

Ana Maria Pedroso Professora Licenciatura: História

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Especialização: Literatura, Artes e História

Ana Maria Ruva ProfessoraLicenciatura: Letras

Especialização: Língua PortuguesaEspecialização: Processo do Ensino-aprendizagem da Língua Portuguesa

Ana Paula Korevar Franco Professora Licenciatura: Química

Andréia Sikora ProfessoraLicenciatura: Ciências

Complementação em BiologiaEspecialização: Ciências Matemáticas e

suas Tecnologias

Carlos Gutervil Professor Licenciatura: História

Cecília Wantroba Filipus Professora Licenciatura: LetrasEspecialização: Língua Portuguesa

Claudenice Ianiski Professora Licenciatura: Letras

Crislaine Vieira Monteiro Professora Licenciatura: Letras – Língua Portuguesa e Espanhol

Darusa Nascimento dos Santos

Professora Licenciatura: Letras – Língua Portuguesa

Eloisa Van Der Neut Moraes ProfessoraLicenciatura: Ciências

Especialização: Metodologia do Ensino Aprendizagem Matemática do Processo

Educativo

Ernani Pedro de Ramos Professor Licenciatura: Ciências Naturais e Física

Evelyn Luitz DiretoraLicenciatura: Ciências

Complementação em MatemáticaEspecialização: Orientação Educacional,

Supervisaõ Escolar e Gestão Escolar

Gisele Zavelinski Zanlorensi Professora Licenciatura: Letras – Língua Portuguesa

Jaqueline Vosniak Venâncio Professora Licenciatura: Ciências Biológicas

Jean Carlo Mioranza Professor Licenciatura: História

22

Larissa Grokoviski Professora Licenciatura: CIências

Lia Mara Caos Professora Pedagoga

Licenciatura: PedagogiaEspecialização: Psicopedagogia

Lilian Zainedin

ProfessoraPedagoga

Licenciatura: PedagogiaEspecialização: Psicopedagogia

Lorena Luitz Byczkovski Professora Licenciatura: Ciências Complementação em Física

Lucas Hlatki Professor Licenciatura Plena: CiênciasEspecialização: Psicopedagogia

Luciano Mizinoski Agente EducacionalI

Licenciaturas: História e Geografia

Marcela Gadens Anciuti Kaminski

ProfessoraLicenciatura: Educação Física

Especialização: Didática – Fundamentos Teóricos da Prática Pedagógica

Marcela de Moraes Professora Licenciatura: Educação Física

Márcia Molinari ProfessoraLicenciatura: Letras Português – Inglês

Especialização: Ensino da Língua Portuguesa Teoria e Prática

Márcia Regina Cardoso Andrade

Secretária Ensino Médio – Técnico em Contabilidade

Maria Luiza Massuqueto Professora Licenciatura: Letras

Mari Eliane Blen da Silva Professora Licenciatura: Pedagogia

Maria Teresinha Wandrechoski

Professora Licenciatura: Letras e Artes Visuais

Marilda Gadens ProfessoraLicenciatura: Ciências

Especialização:Metodologia do Ensino – aprendizagem de Matemática no Processo

Educativo

Marines Michelon Beal Professora Licenciatura: Filosofia

23

Marivete Dártico NósAuxiliar de

Serviços Gerais Séries Iniciais do Ensino Fundamental

Mário Kanarski Professor Licenciatura: HIstória

Matilde de Fátima Souza dos Santos

Professora Licenciatura: Pedagogia

Miriam Margarida Stadikoski Professora Licenciatura: Matemática

Neusa Arantes de Campos Professora Pedagoga

Licenciatura: PedagogiaEspecialização: Psicopedagogia, Educação

de Jovens e Adultos e Orientação Educacional

Patricia Helena Borges Agente Educacional I Ensino Médio

Renata Daniela Molinari Prado Professora Licenciatura: Geografia

Rosângela Klosoviski Professora Licenciatura: Matemática

Rosicleia Alessi Agente Educacional II

Licenciatura: CiênciasEspecialização: Instrumentalização para o

Ensino de Ciências-Biologia

Sandra Beatriz Rodrigues França

Professora Licenciatura: Letras - Língua Portuguesa

Silvane Nogueira Agente Educacional II

Licenciatura: Pedagogia

Sueli Teresinha Filipaki Gadens

ProfessoraLicenciatura: Ciências

Especialização: Educação Especial Deficiência Mental

Victa Ogg Jonson Gonçalves Agente Educacional I Ensino Médio

6.2 ESPECIFICAÇÃO DA FUNÇÃO:

24

Compete ao diretor (a):

− Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

− Responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

− Coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-Pedagógico da escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;

− Coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;

− Implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

− Coordenar a elaboração do plano de Ação Do estabelecimento de ensino e submetê-lo à aprovação do Conselho Escolar;

− Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

− Elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a comunidade escolar e colocando-os em edital público;

− Prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e fixando-os em edital público;

− Coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação em vigor, submetendo-o à precisão do conselho escolar e, após, encaminha-lo ao Núcleo Regional de Educação para a devida aprovação;

− Garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da administração estadual;

− Encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar, quando necessária, aprovadas pelo Conselho Escolar;

− Deferir os requerimentos de matrícula;

− Elaborar, juntamente com a equipe pedagógica, o calendário escolar, de acordo com as orientações da Secretaria de Estado da Educação, submetê-lo à apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao Núcleo Regional de Educação para homologação;

− Acompanhar, juntamente com a equipe pedagógica, o trabalho docente e o cumprimento das reposições de dias letivos, carga horária e de conteúdo aos discentes;

− Assegurar os cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividades estabelecidos;

− Promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito escolar;

− Propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de cursos;

− Participar e analisar a elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao Conselho Escolar para aprovação;

− Supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

− Presidir o o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas coletivamente;

− Definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar operacional (Agentes Educacionais I e II);

25

Compete ao Professor Pedagogo:

− Coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

− Orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma perspectiva democrática;

− Participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar;

− Coordenar a construção coletiva e a efetivação da Proposta Pedagógica Curricular do estabelecimento de ensino;

− Orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de professores do estabelecimento de ensino;

− Promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico;

− Coordenar os trabalhos da Equipe Multidisciplinar, assim como controlar a assinatura da frequência, encaminhando às fichas para a Coordenação de Formação Continuada, via NRE.

− Organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré-Conselhos e dos Conselhos de Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

− Coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenção decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

− Subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e oficinas pedagógicas;

− Organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

− Proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a aprendizagem de todos os alunos;

− Coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

− Participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do trabalho pedagógico escolar;

− Orientar e acompanhar a distribuição, conservação e utilização dos livros e demais materiais pedagógicos, no estabelecimento de ensino, fornecidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/MEC – FNDE;

− Coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais, equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

− Participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino, assim como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à leitura;

− Acompanhar as atividades desenvolvidas no Laboratório de Informática;

− Propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

− Coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

− Colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da Secretaria de Estado da Educação;

26

− Coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

− Acompanhar os estagiários das instituições de ensino quanto às atividades a serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

− Promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de discriminação, preconceito e exclusão social;

− Coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

− Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

− Orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação (Plano Personalizado de Atendimento - PPA), aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor;

− Organizar e acompanhar, juntamente com a direção, as reposições de dias letivos, horas e conteúdos aos discentes;

− Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os Livros Registro de Classe;

− Organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

− Solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais especiais;

− Coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar, para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

− Acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral;

− Acompanhar a frequência escolar dos alunos, contatando as famílias e encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

− Acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver necessidade de encaminhamentos;

− Orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no processo de inclusão na escola;

− Manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino regular;

− Acompanhar as práticas de Estágio não-obrigatório, desenvolvidas por alunos deste estabelecimento de ensino;

− Exigir do educando estagiário a apresentação de relatório semestral das atividades dessenvolvidas;

− Elaborar normas complementares e instrumentos de avaliação dos estágios dos educandos.

− Zelar pelo cumprimento do termo de compromisso firmado entre a instrituição de ensino e a concedente do estágio.

− Cuidar para que sejam cumpridas as demais obrigações da instituição de ensino, em relação aos estágios e seus educandos, descritas na lei nº 11788/08.

− manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e demais segmentos da comunidade escolar;

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− zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

− elaborar seu Plano de Ação;

− cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Compete aos agentes educacionais I:

− Zelar pelo ambiente escolar, preservando, valorizando e integrando o ambiente físico escolar;

− executar atividades de manutenção e limpeza, tais como: varrer, encerar, lavar salas, banheiros, corredores, pátios, quadras e outros espaços utilizados pelos estudantes, profissionais docentes e não docentes da educação, conforme a necessidade de cada espaço;

− lavar, passar e realizar pequenos consertos em roupas e materiais; − utilizar aspirador ou similares e aplicar produtos para limpeza e conservação do mobiliário

escolar;− abastecer máquinas e equipamentos, efetuando limpeza periódica para garantir a

segurança e funcionamento dos equipamentos existentes na escola;− efetuar serviços de embalagem, arrumação, remoção de mobiliário, garantindo acomodação

necessária aos turnos existentes na escola; − disponibilizar lixeiras em todos os espaços da escola, preferencialmente, garantindo a

coleta seletiva de lixo, orientando os usuários – alunos ou outras pessoas que estejam na escola para tal;

− coletar o lixo diariamente, dando ao mesmo o destino correto; − executar serviços internos e externos, conforme demanda apresentada pela escola; − racionalizar o uso de produtos de limpeza, bem como zelar pelos materiais como vassouras,

baldes, panos, espanadores, etc.; − comunicar com antecedência à direção da escola sobre a falta de material de limpeza, para

que a compra seja providenciada; − abrir, fechar portas e janelas nos horários estabelecidos para tal, garantindo o bom

andamento do estabelecimento de ensino e o cumprimento do horário de aulas ou outras atividades da escola;

− guardar sob sua responsabilidade as chaves da instituição, quando for o caso, ou deixar as chaves nos locais previamente estabelecidos;

− zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, atentando para eventuais anormalidades, bem como identificando avarias nas instalações e solicitando, quando necessário, atendimento policial, do corpo de bombeiros, atendimento médico de emergência devendo, obrigatoriamente, comunicar as ocorrências à chefia imediata;

− controlar o movimento de pessoas nas dependências do estabelecimento de ensino, cooperando com a organização das atividades desenvolvidas na unidade escolar;

− encaminhar ou acompanhar o público aos diversos setores da escola, conforme necessidade;

− acompanhar os alunos em atividades extra classe quando solicitado;− preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho; − participar de cursos, capacitações, reuniões, seminários ou outros encontros correlatos às

funções exercidas ou sempre que convocado; − agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção do ambiente

físico, do meio-ambiente e do patrimônio escolar; − efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas; − preparar a alimentação escolar sólida e líquida observando os princípios de higiene,

valorizando a cultura alimentar local, programando e diversificando a merenda escolar; − responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação dos insumos recebidos para a

preparação da alimentação escolar;

28

− verificar a data de validade dos alimentos estocados, utilizando-os em data própria, a fim de evitar o desperdício e a inutilização dos mesmos;

− atuar como educador junto à comunidade escolar, mediando e dialogando sobre as questões de higiene, lixo e poluição, do uso da água como recurso natural esgotável, de forma a contribuir na construção de bons hábitos alimentares e ambientais;

− organizar espaços para distribuição da alimentação escolar e fazer a distribuição da mesma, incentivando os alunos a evitar o desperdício;

− acompanhar os educandos em atividades extracurriculares e extraclasse quando solicitado; − realizar chamamento de emergência de médicos, bombeiros, policiais, quando necessário,

comunicando o procedimento à chefia imediata; − preencher relatórios relativos a sua rotina de trabalho;− comunicar ao(à) diretor(a) , com antecedência, a falta de algum componente necessário à

preparação da alimentação escolar, para que o mesmo seja adquirido; − efetuar outras tarefas correlatas às ora descritas.

______________________________________________________________________________

Compete aos agentes educacionais II

− Realizar atividades administrativas e de secretaria da instituição escolar onde trabalha; − Auxiliar na administração do estabelecimento de ensino, atuando como educador e gestor dos

espaços e ambientes de comunicação e tecnologia; − Manter em dia a escrituração escolar: boletins estatísticos; redigir e digitar documentos em

geral e redigir e assinar atas;− Receber e expedir correspondências em geral, juntamente com a direção da escola;− Emitir e assinar, juntamente com o diretor, históricos e transferências escolares; − Classificar, protocolar e arquivar documentos; − Prestar atendimento ao público, de forma pronta e cordial; − Atender ao telefone; − Prestar orientações e esclarecimentos ao público em relação aos procedimentos e atividades

desenvolvidas na unidade escolar; − Lavrar termos de abertura e encerramento de livros de escrituração; − Manter atualizados dados funcionais de profissionais docentes e não docentes do

estabelecimento de ensino; − Manter atualizada lista telefônica com os números mais utilizados no contexto da escola; − Comunicar à direção fatos relevantes no dia-a-dia da escola; − Manter organizado e em local acessível o conjunto de legislação atinente ao estabelecimento

de ensino; − Executar trabalho de mecanografia e de reprografia; − Acompanhar os alunos, quando solicitado, em atividades extraclasse ou extracurriculares; − Participar de reuniões escolares sempre que necessário; − Participar de eventos de capacitação sempre que solicitado; − Manter organizado o material de expediente da escola; − Comunicar antecipadamente à direção sobre a falta de material de expediente para que os

procedimentos de aquisição dos mesmos sejam realizados; − Executar outras atividades correlatas às ora descritas; − Catalogar e registrar livros, fitas, DVD, fotos, textos, CD; − Registrar todo material didático existente na biblioteca, nos laboratórios de ciências e de

informática; − Manter a organização da biblioteca, laboratório de ciências e informática;− Restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura; − Atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção do banco de dados; − Zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da Biblioteca; − Conservar, conforme orientação do fabricante, materiais existentes nos laboratórios de

informática e de ciências; − Reproduzir material didático através de cópias reprográficas ou arquivos de imagem e som em

29

vídeos, “slides”, CD e DVD; − Registrar empréstimo de livros e materiais didáticos; − Organizar agenda para utilização de espaços de uso comum; − Zelar pelas boas condições de uso de televisores e outros aparelhos disponíveis nas salas de

aula; − Zelar pelo bom uso de murais, auxiliando na sua organização;− Agir como educador, buscando a ampliação do conhecimento do educando, facilitada pelo uso

dos recursos disponíveis na escola; − Quando solicitado, participar das capacitações propostas pela SEED ou outras de interesse da

unidade escolar; − Decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na prática escolar; − Executar outras atividades correlatas às ora descritas.

Compete aos Professores:

− Elaborar com os demais segmentos, o Projeto-Político-Pedagógico do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;

− Contribuir para o desenvolvimento da proposta pedagógica do estabelecimentos de ensino; − Elaborar o planejamento anual de sua disciplina e trabalhar pelo seu cumprimento em

consonância com a proposta pedagógica do estabelecimento de Ensino, com os princípios norteadores das políticas educacionais da SEED e com a legislação vigente para a Educação Nacional;

− Escolher juntamente com os pedagogos os livros e materiais didáticos comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da Educação;

− Realizar a transposição didática dos conhecimentos selecionados, respeitando as especificidades dos alunos;

− Conduzir sua ação escolar contemplando as dimensões teóricas e práticas dos saberes e atividades escolares;

− Realizar a avaliação da aprendizagem de modo a acompanhar o processo de construção do conhecimento dos alunos;

− Intervir para que os alunos possam superar eventuais defasagens e/ou dificuldades; − Assumir compromisso com a formação continuada, participando dos programas de capacitação

ofertados pela mantenedora e/ou por outras instituições, mantendo atitude permanente de estudo, pesquisa e produção;

− Desenvolver procedimentos metodológicos variados que facilitem e qualifiquem o trabalho pedagógico;

− Organizar a rotina de sala de aula, observando e registrando dados que possibilitem intervenções adequadas, sobretudo nos momentos de dificuldade no processo ensino-aprendizagem e situações conflituosas;

− Utilizar o espaço e o tempo em sala de aula e demais ambientes escolares;− Procurar identificar e respeitar as diferenças entre os alunos; − Conhecer e utilizar técnicas e recursos tecnológicos, como instrumentos de apoio pedagógico; − Exprimir-se com clareza na correção de atividades propostas aos alunos;− Conduzir os procedimentos em sala de aula de maneira emocionalmente equilibrada e ter

capacidade para mediar situações de conflito;− Desenvolver aulas que proporcionem a interação aluno-professor e aluno-aluno, favorecendo a

atitude dialógica; − Adotar uma postura reflexiva, crítica, questionadora, orientando os alunos− a formular e expressar juízos sobre temas, conceitos, posições e situações;− Expressar-se por meio de várias linguagens, visando o enriquecimento e a inteligibilidade de

suas aulas bem como dos materiais produzidos para apoio pedagógico; − Expressar-se verbalmente de maneira objetiva e compreensível, com dicção clara; − Desenvolver as aulas de forma dinâmica, versátil e coerente com a disciplina e especificidades

30

dos educandos; − Obedecer aos preceitos vigentes na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional, Estatuto da Criança e do Adolescente, na Legislação Estadual e demonstrar, em situações práticas, as atividades propostas aos educandos, utilizando-se como referência os estímulos visuais, auditivos e motores;

− Trabalhar, demonstrativa e conceitualmente, com materiais específicos de sua área/disciplina;− Participar e/ou colaborar com atividades lúdicas, culturais e desportivas dinamizadas dentro do

contexto escolar.− Ser assíduo, pontual e manter conduta adequada à sua condição;− Conhecer, cumprir e fazer cumprir as normas estabelecidas no Regimento Escolar deste

estabelecimento;

A partir da revisão constante dos processos educacionais, a escola realiza todos os

ajustes operacionais necessários.

A reflexão sobre as profundas mudanças que estão se processando na sociedade

dão a impressão de que o professor é dispensável e pode ser substituído por computadores

ou outros equipamentos tecnológicos, através dos quais o educando adquire

conhecimentos. Todavia, quando se buscam mudanças efetivas na sala de aula ou na

sociedade, imediatamente se pensa no professor, tanto no aspecto didático- pedagógico,

quanto no aspecto político.

O professor tem a nobre missão de facilitar a aprendizagem por meio de sua

mediação pedagógica entre o aluno e o objeto de conhecimento. Esse conhecimento do qual

o aluno se apropria não se destina à escola, mas a um âmbito maior, a sociedade.

Para que ocorram as transformações sociais esperadas, a escola deve delinear suas

ações, organizando o trabalho pedagógico escolar nas perspectivas: administrativa,

financeira, pedagógica e político- educacional.

Somos desafiados a saber lidar com o desinteresse, a falta de compromisso e

indiferença às questões de sala de aula, portanto refletir sobre valores como respeito e

responsabilidade são de fundamental importância. A escola com normas estabelecidas,

conhecidas e cumpridas pelos alunos; orientadas, acompanhadas e cobradas pelos

professores e famílias favorecem um ambiente organizado, saudável e seguro, propiciando o

processo ensino- aprendizagem.

Com a finalidade de reorganizar a escola, resgatando um ambiente propício à

educação e para preservar a boa imagem desta, a comunidade escolar deve conhecer e

cumprir as etapas de trabalho descritas no Plano de Ação.

Quanto à polêmica e incômoda indisciplina, faz-se necessário que a equipe

pedagógica , corpo docente e outros segmentos da instituição, procurem conhecer e analisar

a realidade educacional e familiar dos educandos e assegurem o cumprimento das normas

disciplinares e procedimentos operacionais contempladas no Regimento Escolar.

31

Para consolidar a questão acima mencionada, é de fundamental importância a

participação da família na escola, para que esta seja esclarecida que a harmonia se

estabelece em qualquer ambiente quando as pessoas passam a ser autodisciplinadas, ou

seja, convivem com respeito, responsabilidade e limite. As famílias participarão de encontros

frequentes através de reuniões no estabelecimento de ensino, nas comunidades de origem

dos alunos (reuniões descentralizadas), atividades de cunho artístico, cultural ou religioso ou

por meio de visitas domiciliares, quando necessário.

Fazendo referência às ações do Colégio Estadual Trajano Grácia quanto ao

desenvolvimento de projetos.

6.3 FORMAÇÃO CONTINUADA

A LDB 9394/96, TÍTULO VI, DOS PROFISSIOANAIS DA EDUCAÇÃO, do Art.61

ao Art.67, normatiza sobre a formação dos docentes para atuarem na Educação Básica de

qualidade, atendendo aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as

características de cada fase do desenvolvimento do educando, tendo como fundamentos a

associação entre teorias e práticas, inclusive mediante capacitação em serviço e

aproveitamento da formação e experiências anteriores para o melhor desempenho

profissional.

Assim, atendendo a Lei e visando a preparação para o atendimento das

especificidades dos alunos oriundos do 5º ano, assegurando o entendimento dos objetivos

do Ensino Fundamental de Nove anos, no Colégio Estadual Trajano Grácia, a equipe de

professores e funcionários participam das capacitações ofertadas pelo NRE e SEED, assim

como outros cursos de formação continuada, oferecidos por entidades Estaduais, Federais

e Particulares, como por exemplo, a Universidade Estadual do Centro-Oeste –

UNICENTRO, a qual mantém parceria com este estabelecimento.

Quanto à articulação entre Educação Infantil, Anos Iniciais e Finais do Ensino

Fundamental, ocorreu neste estabelecimento, no 2º semestre de 2011, a implementação do

Projeto PDE da Professora Pedagoga Neusa Arantes de Campos, com o tema: “A transição

do 5º para o 6º ano, uma dificuldade a mais na Escola”, o qual buscou atender às

necessidades da nossa realidade com relação ao Ensino de 9 anos (Instrução nº 009/11),

bem como, todas as dificuldades que o aluno encontra neste período de transição. Este

trabalho terá continuidade no ano de 2012, iniciando-se com a recepção aos alunos do 6º

ano, reuniões com pais e professores.

32

6.4 FERA COM CIÊNCIA

Com o objetivo de estimular o desenvolvimento e a criatividade dos alunos, assim

como despertar a curiosidade intelectual e a motivação para a realização de pesquisas,

estes participam anualmente do projeto FERA COM CIÊNCIA, o qual é a integração do

Projeto Festival de Arte da Rede Estudantil (FERA) com o Projeto Educação Com Ciência,

ambos propostos pela Secretaria Estadual de Educação do Paraná e que nos últimos anos

se configuram como atividades integradoras de grande expressão educacional.

O Projeto FERA, propicia o enriquecimento na formação de alunos e professores,

desperta talentos inatos e faz com que se criem laços de amizades e companheirismo entre

os jovens, além de aprimorar conhecimentos sobre a arte, valorizando assim as múltiplas

inteligências. Da mesma forma, o Projeto Educação Com Ciência oferece a oportunidade de

divulgação de trabalhos de natureza científica criando experiências diversificadas para a

formação de cidadãos críticos e conscientes de seu papel transformador. Ambos os

Projetos, programas pioneiros na Educação do Paraná, estimulam o aprendizado de

conteúdos curriculares e a produção cultural e despertaram na comunidade educacional o

interesse pela cultura, pela arte e pela ciência, fortalecendo-a para estender o conhecimento

adquirido a todos os domínios da vida.

6.5 EDUCAÇÃO DO CAMPO

A educação do campo é construída a partir das demandas, da luta e das experiências

das pessoas que vivem no campo.

Sabemos que especialmente os jovens, encontram limites para permanecer no

campo, pois falta-lhes perspectivas quanto às atividades desenvolvidas, geração de renda,

falta de terra e o modelo educacional que não os prepara para um trabalho direcionado para

o contexto social em que vivem.

Sendo função de escola possibilitar ao corpo discente, a compreensão da

realidade em que estão inseridos e o fato de uma parcela dos alunos deste estabelecimento

de ensino pertencer ao meio rural, estabelecemos uma parceria com o SENAR (Serviço

Nacional de Aprendizagem Rural) e através do Projeto Jovem Agricultor Aprendiz, noções

básicas de Ovinocultura, Bovinocultura, Turismo Rural, Fruticultura e Tratorista estão sendo

trabalhados com alunos pertencentes ao meio.

Esta experiência acontece de duas a três vezes por semana, em contra-turno e a

33

metodologia utilizada vem resgatando a riqueza da diversidade que esta realidade

proporciona.

6.6 JOGOS ESCOLARES

Os alunos deste estabelecimento de ensino participam dos Jogos Escolares, que

promovem o desporto educacional, através de várias modalidades esportivas, dando

oportunidade de participação a um maior número de alunos, despertando o gosto pela

prática de esportes, com fins educativos e formativos.

Os jogos escolares tem os objetivos de congregar os alunos das várias regiões do

Estado, propiciando o estímulo recíproco, intercâmbio social, a vivência e reflexo sobre os

aspectos positivos do esporte, contribuindo para situar a escola como centro cultural,

desportiva e formativa da comunidade e propiciar a oportunidade para o surgimento de

novos talentos esportivos sem perder de vista os valores educacionais dos Jogos Colegiais

do Paraná.

6.7 EDUCAÇÃO FISCAL

A educação fiscal deve ser compreendida como forma de estimular o contribuinte a

garantir a arrecadação e o acompanhamento de aplicação dos recursos arrecadados em

benefício da sociedade, fazendo-o com justiça, transparência, honestidade e eficiência,

minimizando, dessa forma, o conflito de relação entre o contribuinte e o Estado. A educação

fiscal faz parte dos Desafios Educacionais Contemporâneos e será trabalhado sempre que

necessário fazendo parte dos conteúdos disciplinares.

O objetivo desse tema é promover e institucionalizar a Educação Fiscal para o pleno

exercício da cidadania.

Através da institucionalização da Educação Fiscal, o Colégio Estadual Trajano Grácia

pretende:

• Levar o cidadão a refletir a função socioeconômica do tributo.

• Levar conhecimento aos cidadãos sobre administração pública.

• Incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos

recursos públicos.

• Criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o

cidadão.

34

6.8 PROJETO ESCOLA DE PAIS

O Projeto Escola de Pais, existente desde o ano de 2007, proporciona o envolvimento

da família, escola e comunidade, na tentativa de alcançar um menor índice de evasão e

repetência, procurando a melhoria da qualidade de ensino. A Escola de Pais atua como elo

entre escola e pais, com o propósito de resgatar o respeito, a dignidade, a cumplicidade e o

apoio entre ambas as instituições.

O mesmo tem por objetivos:

− Despertar o interesse dos pais nos assuntos escolares;

− Orientar os pais na educação de seus filhos;

− Resgatar a autoestima dos envolvidos no projeto;

− Promover o entretenimento na família proporcionando o relaxamento das tensões diárias;

− Tornar o ambiente escolar mais atrativo para a comunidade;

− Proporcionar o resgate da cidadania e da criatividade;

A programação a ser desenvolvida na Escola de Pais, acontece em reuniões

bimestrais ou semestrais, em período noturno, oferecendo à comunidade: palestras,

seminários, oficinas, videos educativos, estudo dirigido dinâmicas de grupo, apresentações

artísticas e culturais e sorteio de brindes. Para ministrar as palestras e/ou demais atividades,

são convidadas pessoas da comunidade, profissionais liberais, professores, artistas locais,

grupos folclóricos, APAE, entidades afins, etc.

6.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de

trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do educando. O estágio visa ao

aprendizado de competências, próprias da atividade profissional e à contextualização

curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

Estágio não obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à

carga horária regular e obrigatória.

A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre o colégio, o

aluno estagiário, seu representante legal e a parte concedente, devendo constar no termo

de compromisso, ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar seis horas

diárias e trinta horas semanais.

O estágio, como ato educativo escolar, deverá ter acompanhamento efetivo de

professor orientador, como descrito no item 6.2 deste documento, o qual trata da

especificação da função da Pedagoga. Para efeitos legais seguir-se-ao os previstos na Lei

35

Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, assim como, o Plano de Estagio Não-

Obrigatório deste estabelecimento (Anexo I).

6.10 TEMÁTICAS SOCIOEDUCACIONAIS

As Temáticas Socioeducacionais são demandas que possuem uma historicidade, por

vezes fruto das contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios

dos movimentos sociais e, por isso, prementes na sociedade contemporânea. Nesse

sentido, questões como Cidadania e Direitos Humanos: Bolsa Família, Educação Fiscal,

PETI, Programa Escola Aberta, Programa Saúde na Escola; Educação Ambiental,

Enfrentamento à Violência, Prevenção às Drogas (Lei Est. Nº 11.273/95, Lei Est. Nº

13.198/01 e Dec. 5679/05) são de relevância para a comunidade escolar, pois estão

presentes nas experiências, práticas, representações e identidades de educandos e

educadores.

Assim, dar-se-á abordagem pedagógica desses assuntos, a partir dos conteúdos

escolares e da apropriação dos conhecimentos sistematizados, visando propiciar o resgate

da função social da escola, ou seja, as questões sociais, econômicas, políticas, as

manifestações culturais, étnicas, etc, devem ser mediadas, bem como, respeitadas e

consideradas sem que tais demandas secundarizem o papel do conhecimento escolar.

6.11 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

A Equipe Multidisciplinar é uma instância de organização do trabalho escolar,

coordenada pela equipe pedagógica e instituída por Instrução da SUED/SEED, de acordo

com o disposto no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e

auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Etnico-Raciais e

ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do período

letivo, constituindo-se por meio da articulação das disciplinas da Base Nacional Comum e

em consonância com as DCE's, na perspectiva de contribuir para que o aluno negro e

indígena mire-se positivamente, pela valorização da história do seu povo, da cultura, da

contribuição para o país e para a humanidade. Para tanto, a Equipe formada por

professores, funcionários e pedagoga, devidamente cadastrados, realiza encontros para

discussão da temática e organização dos trabalhos, totalizando 80 horas anuais.

6.12 CONSELHO ESCOLAR

36

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de

natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização

do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as

políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, o ECA, o

Projeto Político-Pedagógico e o Regimento do Colégio, para o cumprimento da função

social e específica da escola.

A ação do Conselho Escolar deverá estar fundamentada nos seguintes pressupostos:

a) educação é um direito inalienável de todo cidadão;

b) a escola deve garantir o acesso e permanência a todos que pretendem ingressar no

ensino público;

c) a universalização e a gratuidade da educação básica é um dever do Estado;

d) a construção contínua e permanente da qualidade da educação pública está

diretamente vinculada a um projeto de sociedade;

e) qualidade de ensino e competência político-pedagógica são elementos indissociáveis

num projeto democrático de escola pública;

f) o trabalho pedagógico escolar, numa perspectiva emancipadora, é organizado numa

dimensão coletiva;

g) a democratização da gestão escolar é responsabilidade de todos os sujeitos que

constituem a comunidade escolar;

h) a gestão democrática privilegia a legitimidade, a transparência,a cooperação, a

responsabilidade, o respeito, o diálogo e a interação em todos os aspectos pedagógicos,

administrativos e financeiros da organização de trabalho escolar.

Art. 13 - Os objetivos do Conselho Escolar são:

I - realizar a gestão escolar numa perspectiva democrática , contemplando o coletivo, de

acordo com as propostas educacionais contidas no Projeto Político-Pedagógico da Escola;

II - constituir-se em instrumento de democratização das relações no interior da escola,

ampliando os espaços de efetiva participação da comunidade escolar nos processos

decisórios sobre a natureza e a especificidade do trabalho pedagógico escolar;

III - promover o exercício da cidadania no interior da escola, articulando a integração e a

participação dos diversos segmentos da comunidade escolar na construção de uma escola

pública de qualidade, laica, gratuita universal;

IV - estabelecer políticas e diretrizes norteadoras da organização do trabalho pedagógico na

escola,a partir dos interesses e expectativas histórico-sociais, em consonância com as

37

orientações da SEED e a legislação vigente;

V - acompanhar e avaliar o trabalho pedagógico desenvolvido pela comunidade escolar,

realizando as intervenções necessárias, tendo como pressuposto o Projeto Político-

Pedagógico da escola;

VI - garantir o cumprimento da função social e da especificidade do trabalho pedagógico da

escola, de modo que a organização das atividades educativas escolares estejam pautadas

nos princípios da gestão democrática.

Art.18 - O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade e proporcionalidade, previsto nos artigos 16 e 17, é constituído pelos seguintes conselheiros:

a) Diretora: Evelyn luitz

b) Pedagoga: Neusa Arantes de Campo, Lia Mara Caos

c) Representante do corpo docente : Adriane de Fátima Borges, Renata Daniela

Molinari Prado

d) Representante dos funcionários administrativos: Márica Regina Cardoso

Andrade, Rosicleia Alessi

e) Representante dos funcionários dos Serviços Gerais: Marivete Dártico Nós

f) Representantes do corpo discente : Larissa Fernanda Zinco, André Vinícius

Machado

g) Representante dos pais de alunos: Tereza Cristina Magnabosco de Oliveira,

Maria Helena Sobotka Bartiechen

h) Representantes da Sociedade Civil: Lidalcir Tadeu Puquevicz, Adão da Silva

Gonçalves, Valdemar Barankievicz, Cheila Cristina Fernandes Mehl.

6.13 CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em

assuntos didático- pedagógicos, com atuação restrita a cada classe do estabelecimento de

ensino, tendo por objetivo avaliar o processo ensino- aprendizagem na relação professor-

aluno e os procedimentos adequados a cada aluno.

O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em cada bimestre, em datas

previstas no calendário escolar e extraordinariamente, sempre que houver necessidade,

como por exemplo, para a reclassificação dos alunos participantes do Plano Personalizado

de Atendimento – PPA. Este órgão é responsável pela emissão de parecer sobre assuntos

38

referentes ao processo ensino-aprendizagem, pela análise de informações sobre conteúdos

curriculares, encaminhamento metodológico e processo de avaliação.

Se constitui em um espaço interdisciplinar de reflexão, discussão, estudo e tomada

de decisão sobre o trabalho pedagógico na escola.

6.14 APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários)

A Associação de Pais, mestres e Funcionários possui as seguintes competências:

• Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações que

julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino, para deferimento

ou não;

• Observar as disposições legais e regulares vigentes, inclusive resoluções emanadas da

Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização das dependências da

Unidade Escolar para realização de eventos próprios do estabelecimento de ensino;

• Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos, professores,

funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho Escolar;

• Promover palestra, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais, professores,

funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por esses segmentos,

podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da SEED;

• Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras de entidade, com as

necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

• Reunir- se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de

convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como, reunir-se

para prestação de contas desses recursos, com registro em ata;

• Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através de

editais e em Assembléia Geral;

• Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão

representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades.

A Diretoria da Associação de Pais, mestres e Funcionários é composta de:

• Presidente: Marisa de Fátima Batista de Souza

• 1ª Secretária: Lia Mara Caos

• 2ª Secretária: Eloisa Van Der Neut

• 1º Tesoureira: Neiva Stepka

39

• 2ª Tesoureira: Luzia Luiz Mosele

• 1ª Conselheira Sócio- Cultural-Esportiva: Rosicleia Alessi

• 2º Conselheiro Sócio- Cultural- Esportivo: Luciano Muzinoski

O Conselho Deliberativo Fiscal está representado por:

Márcia Krevi Terezinha Souza Pereira Maria Alves Machado Isabel Rodachinski

6.15 GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil Trajano Grácia é o órgão máximo de representação dos

estudantes do Colégio Estadual Trajano Grácia. As atividades do grêmio são regidas por

estatuto próprio aprovado em assembléia geral convocada para este fim.

O Grêmio Estudantil tem por objetivos:

• Representar condignamente o corpo discente;

• Defender os interesses individuais e coletivos dos alunos do

Colégio;

• Incentivar a cultura literária, artística e desportiva de seus

membros;

• Promover a cooperação entre administradores, funcionários,

professores e alunos no trabalho escolar buscando seus aprimoramentos;

• Realizar intercâmbio e colaboração de caráter cultural e

educacional com outras instituições de caráter educacional, assim como a

filiação às entidades gerais UMES (União Municipal dos Estudantes

Secundaristas), UPES (União Paranaense dos Estudantes Secundaristas) e

UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas);

• Lutar pela democracia na escola, através do direito de

participação nos fóruns internos de deliberação da escola.

A Diretoria será responsável pelos bens patrimoniais do grêmio e responsável por eles

perante as instâncias deliberativas.

§ 1º Ao assumir a diretoria do Grêmio, o Presidente e o Tesoureiro deverão

assinar um recibo para o Conselho Fiscal, discriminando todos os bem da

entidade.

40

§ 2º Ao final de cada mandato, o CF conferirá os bens e providenciará outro

recibo que deverá ser assinado pela nova diretoria.

§ 3º Em caso de ser constatada alguma irregularidade na gestão dos bens, o CF

fará um relatório e o entregará ao CRT e à Assembléia Geral para serem tomadas

providências cabíveis.

§ 4º O Grêmio não se responsabilizará por obrigações contraídas por estudantes

ou grupos sem ter havido prévia autorização da Diretoria.

A diretoria do Grêmio é constituída pelos seguintes cargos:

• Presidente: Larissa Fernanda Zinco

• Vice- presidente: André Vinícius Machado

• Secretário Geral: Nilceu Toniel Pereira

• 1º Secretária: Márcia Gabriela Pianaro Valenga

• Tesoureiro Geral: Ângelo Gabriel Klossovisk

• 1º Tesoureiro: Natali Cristine Pólo

• Diretor Social: Alcione Petrouski

• Diretor de Imprensa: Evandro Carlos Cardoso Teleginski

• Diretor de Esportes: Aline das Graças Soares

• Diretor de Cultura: Nandgello Faustino Razero de Oliveira

• Diretor de Saúde e Meio Ambiente: Andressa Tayna Borges

6.16 PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO - GESTÃO 2012/2014

QUADRO DE METAS

INDICADORESA ESCOLA QUE TEMOS HOJE

A ESCOLA QUE PRETENDEMOS

O QUE VAMOS FAZER

AÇÕES (CURTO, MÉDIO E LONGO

PRAZO)

POTENCIALIDADES DIFICULDADES

1- Gestão de resultados educacionais

-Análise e acompanhamento dos índices do IDEB e o desenvolvimento do Projeto PDE escola, visando

-Envolver toda Comunidade Escolar

-Elevação de índices na avaliação como IDEB e SAEB assim como atingir a melhoria e a qualidade de

-Continuar com ações que envolvam a Comunidade Escolar , na intenção de sensibilizar a

41

alcançar elevação desses índices nos próximos anos.

ensino. família da importância do seu envolvimento no processo de ensino e aprendizagem de seus filhos.-Tomar como base, índices do IDEB, para redirecionar ações pedagógicas, visando alcançar a superação nas dificuldades encontradas.

2- Gestão participativa/democrática

-Participação dos órgãos colegiados nas decisões administrativas e pedagógicas

-Projeto Escola de Pais, com a intenção de trazer a Comunidade para o Espaço escolar.

-Presença de todos os envolvidos nesses órgãos

-Sensibilização de todos os envolvidos ,da importância da participação, no processo , priorizando a formação integral dos alunos.

-Desenvolver projetos e ações , com temas direcionados a Gestão Democrática, que tragam a Comunidade Escolar a refletir e perceber a Escola como sua.-Refletir sobre índices alcançados , na intenção da retomada de ações concretas para atingir melhoria nos resultados , cumprindo sua função social.-Continuar o projeto Escola de Pais, para sensibilizar a Comunidade Escolar na importância da sua participação no ambiente escolar.- Definir

42

coletivamente as regras democráticas de gestão, aperfeiçoando-as permanentemente.

3- Gestão Pedagógicas

-Equipe pedagógica e direção acompanha todo o processo pedagógico, chamando a família para o acompanhamento do processo . O PPP atualizado, serve como diretriz de ações.

-Ausência de alguns pais.

-Aumentar a discussão do PPP junto à Comunidade Escolar;Equipe pedagógica e direção envolvendo-se no Processo educacional, analisando índices, reavaliando dados, reestruturando ações pedagógica, respaldando o trabalho do professor bem como o seu assessoramento.

-Chamar a Comunidade Escolar a envolver-se em todas as questões pertinentes a ações administrativas e pedagógicas;-Tomar como base o resultado do IDEB, alcançado em 2009 de 4,3 como referência , na busca de superar esse índice, na intenção de chegar o mais próximo possível da meta , onde a média é 6,0 a ser alcançada em 2022.-Refletir, junto a equipe de professores estratégias e ações para reverter resultados , superar dificuldades .-Promover o aperfeiçoamento coletivo( docente e discente), dos pontos que eventualmente venham a ser evidenciados, no decorrer do ano

43

letivo, devendo ser aprimorados no processo educativo.

4- Gestão de Inclusão/ Socioeducacional

-Processo via NRE com o pedido de acompanhamento de um professor de libras- Intérprete de Libras, acompanhando o aluno com deficiência auditiva.

-Equipe de apoio pedagógico especializado para cada dificuldade encontrada na inclusão de alunos com deficiências educacionais.

-Procurar junto ao NRE e SEED a solução de problemas encontrados na inclusão sócio educacional, quanto ao suprimento de professores especializados.-Procurar junto aos órgãos competentes pela administração pública, adaptações que se fizerem necessárias.

5- Gestão de Pessoas

-Envolvimento de professores,alunos, equipe pedagógica funcionários e direção nas questões administrativas/ pedagógicas

Individualismo de alguns membros.

-Sensibilização dos envolvidos no processo educacional.

-Incentivar no âmbito escolar, a iniciativa e as ações inovadoras.-Todos envolvidos e responsáveis pelo processo educacional, visando o crescimento individual e coletivo da Comunidade Escolar.- Desenvolver e praticar os conceitos que valorizam e promovem a vida em clima favorável ao ensino e à aprendizagem, na escola em sua organização funcional.

44

6- Gestão de serviços de apoio (recursos físicos e financeiros)

-Conhecimento e envolvimento de todos os órgãos colegiados nas decisões referentes a aplicação dos recursos recebidos pela escola, enviados pelos órgãos Federal e Estadual

-Decisão em grupo

-Aumentar o envolvimento e a participação do maior número possível de pessoas nas tomadas de decisões, na aplicação dos recursos oriundos dos Governos Federal e Estadual.- Solicitar ao órgão competênte, na SEED, a ampliação física do Colégio, pois não atende mais as necessidades atuais.

METAS DE MELHORIA DO PROCESSO EDUCATIVO

Prioridades Objetivos Ações Período Público Alvo

Recursos Responsáveis pela ação

Resultados esperados

Elevar os índices na avaliação do IDEB e SAEB

Melhorar a qualidade de ensino e aprendiza-gem

Dar suporte pedagógico a professores, alunos e chamar a Comunidade Escolar a participar dessa superação

2012/ 2014

Comunidade Escolar

Apostilas (Editora IBEP) , apostilas da Prova Brasil (Atualizadas)

Equipe pedagógica e professores

Conservar e/ou superar o atual ídice alcançado no IDEB(4,3)

Propiciar um clima de respeito , harmônico e favorável ao processo de ensino e aprendiza-gem

Sensibili-zar professo-res, alunos , funcioná-rios , equipe pedagógi-ca, quanto a importân-cia das

Paletras interativas ( gratuitas) para o público-alvo,que constam no PPP do Colégio, pois consta no Plano Gestor.

2012/ 2014

Professores, alunos equipe pedagógica e funcionários

Data show,slides, filmes, palestrante

Direção e equipe pedagógica

Respeito e harmonia nas relações interpesso-ais

45

relações interpessoais.

Uso das TICS no processo educacional

Incentivar professores para o uso dos TICS no processo educacional , bem como a alunos e Comunidade Escolar.

Manter em perfeito funciona-mento o laboratório de informática, televisores multimídias, data show, dvds e controles.-Solicitar técnicos do CRTE para apoiar e orientar, assim como funcionário contratado pela SEED, para acompanhar diariamente o laboratório bem como outros materiais tecnológicos.

2012/ 2014

Professores, alunos e Comunidade Escolar

Profissionais e recursos tecnológicos

Direção, equipe pedagógica, CRTE

Uso das TICS por todos os setores envolvidos

Prédio escolar em perfeito estado de higiene e conservação

Conservar o prédio escolar em perfeitas condições de uso e de higiene .

Aplicação de recursos financeiros disponíveis

2012/ 2014

Comunidade Escolar

Materiais necessários para a conservação

Direção e Órgãos Colegiados.

Prédio conservado ,ambiente físico agradável e em perfeitas condições de uso

Transparência na aplicação dos recursos financeiros

Consultar a Comunidade Escolar quanto a aplicação dos recursos- Divulgar amplamente a aplicação dos

Envolver os órgão colegiados nas decisões e ações

2012/ 2014

Órgãos Colegiados

Materiais para divulgação

Direção e Órgãos Colegiados

Comunidade Escolar participativa e envolvida nas questões financeiras

46

recursos em editais , murais e bilhetes informati-vos.

Materiais pedagógicos como apoio ao processo de ensino e aprendiza-gem

Disponibilizar recursos e materiais pedagógi-cos necessários para a melhoria do processo educacional

Adquirir e ofertar material pedagógico necessário ao desenvolvi-mento ações educativas

2012/2014

Professores e alunos

Materiais pedagógicos necessários para ações educativas

Direção e quipe pedagógica

Melhoria nas práticas pedagógicas

VII. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL:

A avaliação institucional, cuja finalidade é ser construída de forma coletiva, social e

pública tem grande relevância para a comunidade escolar e sociedade, pois contribui para

que estas lutem pela melhoria da qualidade da escola. A avaliação institucional se constitui

em um instrumento capaz de identificar as qualidades e deficiências da escola pública, além

de estabelecer a relação da instituição com o sistema.

Em primeira instância se inicia o trabalho de sensibilização envolvendo alunos de

todos os níveis e modalidades de ensino, professores, funcionários, pais. Após mobilizada, a

comunidade escolar realiza discussões permanentes decorrentes dos resultados da

avaliação para mudar o que deve ser mudado, aperfeiçoar o que deve ser aperfeiçoado e

construir o que deve ser construído.

Este processo faz parte da gestão democrática e serve para que os gestores

orientem ações na busca de resultados satisfatórios, contribuindo para a formação de

cidadãos críticos, autônomos e socialmente participativos.

O Projeto-Político-Pedagógico será avaliado para que se estabeleçam novos rumos e

para que a comunidade escolar se comprometa com ações inovadoras visando atingir os

objetivos delineados no plano de ação.

47

VIII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ACÚRCIO, Marina R. B. Questões Urgentes na Educação. Coleção Escola em

Ação. Artmed, 2002.

AGENDA 21: Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento. IPARDES, 2001.

DCE's Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Secretaria de Estado da

Educação do Paraná. Paraná, 2008.

ECA Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069/90.

GASPARIN, João Luiz. Uma didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Editora

Autores Associados. Campinas-SP, 2002.

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96. Ministério

da Educação do Brasil.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola. Teoria e Prática. 5a ed.

Goiânia, Editora Alternativa, 2004.

LIMA, E.S. Avaliação na Escola. São Paulo: Sobradinho 107, 2003.

OLIVEIRA, Thelma Alves et al. Cadernos Temáticos: Avaliação Institucional.

Curitiba: SEED-PR, 2004.

SAVIANI, Demerval. Escola e Democracia. 6a Ed. Cortez. São Paulo, SP. 2000.

SEVERINO, A .J. Os embates pela cidadania: ensaios de uma abordagem filosófica

48

da nova lei de diretrizes e bases da educação nacional. In: BRZEZINSKI, I. (Org.).

LDB interpretada: diversos olhares se entrecruzam. 2. ed. São Paulo: Cortez,1998.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: construção da disciplina consciente

e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1994.

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

IX. ANEXOS

ANEXO I - Plano de Estágio Não-Obrigatório

ANEXO II - Propostas Pedagógicas Curriculares do Ensino Fundamental e Médio.

49

50

Colégio Estadual Trajano Grácia – Ensino Fundamental e Médio

Engenheiro Gutierrez – Irati / PR - Fone (42)3422 2588

Res.3744/82 DOE 01/03/83 – Rec. 3999/88 DOE 08/11/88

PLANO DE ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

Irati2009

I – Identificação da instituição de ensino

1 – Denominação Completa do Estabelecimento de Ensino

C. E. TRAJANO GRÁCIA – E.F. e MÉDIO

2 – Endereço completo

Rua Miguel Gadens, S/N

3 – Bairro/Distrito

Engº. Gutierrez

4 – Município

Irati

5 – NRE

Irati

6 – CEP

84500000

7 – Caixa Postal

8 – DDD

42

9 – Telefone

3422 2588

10 – Fax

3422 2588

11 – E-mail

iritrajanográ[email protected]

12 – Site

http://www.iritrajanogracia.seed.pr.gov.br

13 – Entidade mantenedora

SEED - Paraná

14 – CNPJ/MF

7646965/0001-21

15 – Local e data

Irati, 15 de outubro de 2009.

16 – Assinatura

Direção

II – Identificação do curso e eixo tecnológico

1. Ensino Médio a) Carga Horária do curso: 2500 horas

III – Professor Orientador

Pedagoga: Lilian ZainedinGraduação: PedagogiaEspecialização: Psicopedagogia

IV – Introdução

Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo do educando. O estágio visa o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e á contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

Estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória.

A jornada de atividade em estágio será definida de comum acordo entre o colégio, o aluno estagiário, seu representante legal e a parte concedente, devendo constar no termo de compromisso, ser compatível com as atividades escolares e não ultrapassar seis horas diárias e trinta horas semanais.

V – Justificativa

A Lei nº 11.788/08, que dispõe sobre o estágio obrigatório e não-obrigatório de estudantes, e a Deliberação nº 02/09 do CEE, que estabelece normas para a organização e a realização dos Estágios, definem, também, obrigações da Instituição de Ensino para com os estágios não obrigatórios.

No Parágrafo único do Art. 7º da Lei 11.788/08: “ O plano de atividades do estagiário, elaborado em acordo das 3(três) partes a que se refere o inciso II do caput do art. 3º desta Lei, será incorporado ao termo de compromisso por meio de aditivos à medida que for avaliado, progressivamente, o desempenho do estudante.”

Na Deliberação 02/09 do CEE, Art. 1º, Parágrafo 1º, incisos I e II:“I – o estágio, obrigatório, e, não-obrigatório assumido pela instituição de ensino, deverá estar previsto no Projeto Político-Pedagógico;II – “o desenvolvimento do estágio deverá estar descrito no Plano de Estágio;”.A Deliberação 02/09, Art. 4°, Incisos III - “Plano de Estágio, a ser apresentado

para análise juntamente com o Projeto Político-Pedagógico, ou em separado no caso de estágio não obrigatório implantado posteriormente, visará assegurar a importância da relação teoria-prática no desenvolvimento curricular, deverá ser incorporado ao Termo de Compromisso e será adequado à medida da avaliação de desempenho do aluno, por meio de aditivos”.

VI – Objetivos do estágio

Estágio é um ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sob o aspecto produtivo.

7 Contribuir para a formação do aluno no desenvolvimento de atividades relacionadas ao mundo do trabalho que oportunizem concebê-lo como ato educativo.

8 O estágio faz parte do projeto pedagógico do curso, alem de integrar o itinerário formativo do educando.

9 Visa ao aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.

VII – Locais de realização do estágio não obrigatório

i) Prefeituras;j) Copel;k) Empresas;l) Comércio em geral...

VIII – Carga-horária e período de realização de estágio obrigatório

1 – A jornada de estágio terá, no máximo, a seguinte duração:a) 4 (quatro) horas diárias e 20 (vinte) horas semanais, no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional de educação de jovens e adultos;b) 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio e do ensino médio;c) até 40 (quarenta) horas semanais nos estágios relativos aos cursos que alternam teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, desde que esteja previsto no Projeto Político do curso, no Plano de Estágio, no Termo de Convênio e no Termo de Compromisso de Estágio.d) O aluno que está cumprindo estágio obrigatório poderá realizar paralelamente o estágio não-obrigatório, desde que sem prejuízo do aprendizado.e) No Curso de Formação de Docentes, nos estabelecimentos de ensino da rede pública estadual, o estágio não-obrigatório só poderá ocorrer naterceira e na quarta séries, desde que o horário semanal destinado à Prática de Formação seja preservado.

A Instituição de Ensino deverá negociar com a instituição concedente o horário de início e término do estágio de cada aluno durante a semana, de forma a garantir que o aluno cumpra pontualmente seus compromissos escolares.

IX – Atividades de estágio

1 – Os alunos matriculados no Ensino Médio podem realizar atividades que possibilitem:• a integração social;

• o uso das novas tecnologias;• produção de textos;• aperfeiçoamento do domínio do cálculo;• aperfeiçoamento da oralidade;• compreensão das relações do mundo do trabalho, tais como: planejamento, organização e realizações de atividades que envolvam rotina administrativa, documentação comercial e rotinas afins.

X – Atribuições da instituição de ensino

• celebrar Termo de Compromisso com alunos e parte concedente após firmado o Termo de Convênio, autorizado pelo Sr. Governador;

• incluir o estágio não-obrigatório no PPP;• regimentar o estágio não-obrigatório;• indicar professor orientador, responsável pelo acompanhamento e avaliação das

atividades de estágio;• zelar pelo cumprimento do Plano de Estágio; • avaliar as instalações da parte concedente do estágio e sua adequação à formação

cultural e profissional do educando;• exigir do educando a apresentação periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses,

de relatório das atividades;• comunicar à parte concedente do estágio, no início do período letivo, as datas de

realização de avaliações escolares ou acadêmicas.

XI – Atribuições do Professor orientador de Estágio

• elaborar o plano de estágio e orientar sua execução;• organizar formulários e registros para acompanhamento do estágio de cada aluno;• manter permanente contato com os supervisores responsáveis pelo estágio na parte

concedente;• explicitar a proposta pedagógica da Instituição de Ensino e do plano de estágio

obrigatório e não-obrigatório à parte concedente;• planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de

atividades a serem realizadas pelo estagiário;• realizar avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão de

acordo com o Plano de Estágio e o Termo de Compromisso, mediante relatório;• zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;• orientar a parte concedente e o aluno sobre a finalidade do estágio;• orientar a parte concedente quanto à legislação educacional e às normas de realização

do estágio;• solicitar relatórios de estágios da parte concedente e do aluno;• realizar visitas nas instituições concedentes para avaliar as condições de

funcionamento do estágio;• orientar previamente o estagiário quanto:

- às exigências da empresa;- às normas de estágio;

- aos relatórios que fará durante o estágio;- aos direitos e deveres do estagiário.

Obs.: No caso de estudante com deficiência, que apresente dificuldades para elaborar o relatório, o professor orientador deverá auxiliar esse estagiário.

XII – Atribuições da parte concedente

4. Considerar-se-ão partes concedentes de estágio, os dotados de personalidade jurídica pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.

5. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:I. celebração de Convênio com a entidade mantenedora da instituição de ensino;

II. celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;

III. a oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades de aprendizagem social, profissional e cultural;

IV. indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e supervisionar até 10 (dez) estagiários simultaneamente;

V. contratação de seguro contra acidentes pessoais em favor do estagiário, cuja apólice seja compatível com valores de mercado, devendo constar no Termo de Compromisso de Estágio nos casos de estágio não-obrigatório;

a) no caso de estágio obrigatório, a responsabilidade pela contratação do seguro contra acidentes pessoais, poderá, alternativamente, ser assumida pela mantenedora/instituição de ensino;

VI. entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho;

VII. relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário responsável pela orientação e supervisão de estágio, com prévia e obrigatória vista do estagiário e com periodicidade mínima de 6 (seis) meses;

VIII. a remuneração do agente integrador pelos serviços prestados, se houver.

XIII – Atribuições do responsável pela supervisão de Estágio na parte concedente

Acompanhar o plano de atividades do estágio proposto pela parte concedente e a instituição de ensino:6 tomar conhecimento do Termo de Compromisso;7 orientar e avaliar as atividades do estagiário em consonância com o Plano de Estágio;8 preencher os relatórios de estágio e encaminhar à instituição de ensino;

9 manter contato com o Professor orientador da escola;10 propiciar instalações e ambiente favoráveis à aprendizagem social, profissional e

cultural dos alunos;11 encaminhar relatório de atividades, com prévia e obrigatória vista do estagiário, à

instituição de ensino, com periodicidade mínima de 6 meses.

XIV – Atribuições do estagiário

Considerando a Concepção de Estágio:ter assiduidade e pontualidade, tanto nas atividades desenvolvidas na parte concedente como na instituição de ensino;celebrar Termo de Compromisso com a parte concedente e com ainstituição de ensino;respeitar as normas da parte concedente e da instituição ensino;associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio;realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não previstas no plano de estágio;entregar os relatórios de estágio no prazo previsto.

XV – Forma de acompanhamento do estágio

O estágio como ato educativo escolar supervisionado, deverá ter acompanhamento efetivo pelo professor orientados da instituição de ensino e por supervisor da parte concedente, comprovado por vistos nos relatórios referidos no inciso IV do caput do art.7º da Lei nº. 11.788, de 25 de setembro de 2008 e por menção de aprovação final.

XVI – Avaliação do estágio

Analisar em que medida o Plano de Estágio está sendo cumprido.

a) No que se refere ao aluno: embora não tenha função de veto ao estágio não-obrigatório, faz-se necessário avaliar em que medida está contribuindo ou não para o desempenho escolar do aluno. Desta forma o professor orientador utilizará três documentos do aluno:

· rendimento e aproveitamento escolar;· relatório elaborado pelo aluno.(Anexo II)· relatório de desempenho das atividades encaminhado pela parte concedente (Anexo III);

b) No que se refere à parte concedente: o professor orientador, mediante visitas às instituições e análise dos relatórios, tem a incumbência de avaliar as condições de funcionamento do estágio, recomendando ou não sua continuidade. Aspectos a serem observados: Cumprimento do Artigo 14 da Lei 11.788/98 e Artigos 63, 67 e 69 da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente.

XVII – Referências Bibliográficas

6 Lei nº. 11.788/987 Lei nº. 8.069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente.8 Decreto nº. 87.497 de 18 de agosto de 1982.9 Deliberação nº. 02/09 do CEE10 Instrução nº. 006/2009 – SUED/SEED

COLEGIO ESTADUAL TRAJANO GRACIAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ARTE

ENSINO FUNDAMENTAL

(6º ao 9º ano)

ENSINO MÉDIO

IRATI

2012

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A história da Arte se tornou presente, com a generalização do ensino

profissionalizante nas escolas públicas com o direcionamento às habilidades e técnicas,

valorizando a cultura do povo. O ensino da arte passou a ter enfoque na expressividade,

espontaneidade e criatividade.

A valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova.

A partir dos anos 60 as produções e movimentos artísticos se intensificaram

nas artes plásticas. Em 1980 surgem movimentos para valorização da educação partindo

das influências da Pedagogia Histórico-Crítica.(Saviani 1980). Foi elaborado em 1990,o

Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Os PCNS em Arte tiveram como

fundamentação a Metodologia Triangular.

A nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do ensino de arte nas escolas

de Educação Básica. Passam a considerar a música, as artes visuais, o teatro e a dança

como linguagem artística autônomas no Ensino Fundamental.

Durante 2003 a 2007 destaca-se uma carga horária mínima de duas aulas

semanais, a aquisição de livros de música, teatro artes visuais e dança para a biblioteca

do professor.

O ensino de Arte e o objetivo da mesma, é o entendimento do repertório

cultural a partir dos conhecimentos estéticos, artístico e contextualizado, aproximando do

universo cultural da humanidade. O pensamento, a sensibilidade e a percepção articulam-

se numa organização que expressa sentimentos, envolvendo o contexto histórico. A arte é

criação e manifestação do poder criador do homem. O sujeito por meio de suas criações

amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho.

Sendo a educação básica um processo que inicia no Ensino Fundamental e se

concluiu no Ensino Médio, é necessário considerar as características e necessidades dos

alunos nos diversos níveis de modalidades de ensino. No Ensino Fundamental a arte é

tratada numa dimensão ampliada, o professor, ao selecionar os conteúdos que irá

desenvolver, enfocará essas formas de relação da arte com a sociedade, abordando o

objeto de estudo por meio dos Conteúdos Estruturantes; Elementos Básicos da linguagem

das Artes Visuais, Elementos Básicos da linguagem da música, Elementos Básicos da

linguagem do teatro, Produções/Manifestações Artísticas e Elementos Contextualizadores.

No Ensino Fundamental, o enfoque cultural será abordado como resultante do trabalho

que abrange as práticas sociais historicamente constituídos pelos sujeitos. Cada

Cultura possui sua lógica, funcionando como uma lente da qual o homem se vê, se

compreende, se inclui, se localiza, se insere na diversidade. O ensino de Arte ocupa

uma posição privilegiada ao aprofundar a exploração das linguagens artísticas e ao

reconhecer os conceitos e elementos comuns, presentes nas diversas representações

culturais, pelos seus contextos.

A seleção dos conteúdos poderá partir estabelecendo relações com os

conteúdos presentes nas produções, manifestações locais, regionais, globais, das diversas

linguagens artísticas. Fazer referencia à vivência social do educando, por meio de

conteúdos interdisciplinares relevantes às suas necessidades atuais, com relação ao

mundo, meio-ambiente, saúde, sexualidade, drogas, conhecimentos científicos e

tecnológicos, profissões, educação do campo, educação fiscal, datas nacionais

importantes, artes e a pluralidade cultural, especialmente a Afro-Brasileira. Desta forma,

proporcionar a reflexão e crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes

na sociedade contemporânea. Em suas aulas, o professor poderá explicitar através das

manifestações/produções artísticas. Esta materialização do pensamento artístico de

diferentes culturas coloca-se com um referencial (signos)que poderá ser interpretado pelos

alunos por meio do conhecimento dos códigos presentes nas linguagens artísticas.

Outra questão importante por essas diretrizes diz respeito ao processo de

releitura entendendo como fazer artístico, a leitura da obra de arte e a informação

histórica. Considerar a integração das linguagens artísticas, às manifestações e produções

artísticas culturais. Possibilitando o acesso e o estudo das informações visuais, musicais,

cênicas e expressões corporais. Oferecer oportunidades ao aluno para aquisição do

conhecimento, aliado à integração e à criatividade.

2- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes da disciplina de Arte, para o ensino fundamental são:

6. Elementos Formais;

7. Composição;

8. Movimentos e períodos.

ELEMENTOS BÁSICOS

Área: Música

Elementos Formais:

• Altura;

• Duração;

• Timbre;

• Intensidade;

• Densidade.

Composição:

12 Ritmo;

13 Melodia;

14 Harmonia;

15 Tonal;

16 Modal;

17 Contemporânea;

18 Escalas;

19 Sonoplastia;

20 Estrutura;

21 Gêneros: erudita, folclórica...;

22 Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...

Movimentos e Períodos:

11 Arte Grego-Romana;

12 Arte Oriental;

13 Arte Africana;

14 Arte Medieval;

15 Renascimento;

16 Rap;

17 Tecno;

18 Barroco;

19 Neoclassicismo;

20 Romantismo;

21 Vanguardas Artísticas;

22 Arte Engajada;

23 Música Serial;

24 Música Eletrônica;

25 Música Minimalista;

26 Música Popular Brasileira;

27 Arte Paranaense;

28 Arte Indígena;

29 Arte Brasileira;

30 Arte Paraense;

31 Indústria Cultural;

32 World Music;

33 Arte Latino-Americana...

Área: Artes Visuais

Elementos Formais:

10 Ponto;

11 Linha;

12 Superfície;

13 Textura;

14 Volume;

15 Luz;

16 Cor

Composição

• Figurativa;

• Abstrata;

• Figura-fundo;

• Bidimensional;

• Tridimensional;

• Semelhanças;

• Contrastes;

• Ritmo visual;

• Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta...

• Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...

Movimentos e Períodos

m) Arte Pré-histórica;

n) Arte no Antigo Egito;

o) Arte Greco-Romana;

p) Arte Pré-Colombiana;

q) Arte Oriental;

r) Arte Africana;

s) Arte Medieval;

t) Arte Bizantina;

u) Arte Românica; Arte Gótica;

v) Renascimento;

w) Barroco;

x) Neoclassicismo;

y) Romantismo;

z) Realismo;

aa) Impressionismo;

bb) Expressionismo;

cc) Fauvismo;

dd) Cubismo

ee) Abstracionismo;

ff) Dadaísmo;

gg) Construtivismo;

hh) Surrealismo;

ii) Op-art;

jj) Pop-art;

kk) Arte Naif;

ll) Vanguardas artísticas;

mm) Arte Popular;

nn) Arte Indígena;

oo) Arte Brasileira;

pp) Arte Paranaense;

qq) Indústria Cultural;

rr) Arte Latino-Americana;

ss) Muralismo...

Área: Teatro

Elementos Formais:

• Personagem (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais);

• Ação;

• Espaço.

Composição

• Representação;

• Texto Dramático;

• Dramaturgia;

• Roteiro;

• Espaço Cênico;

• Sonoplastia, iluminação, cenografia, figurino, adereços, máscara,

caracterização e maquiagem;

• Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama, Épico, Rua, etc;

• Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro direto, Teatro indireto (manipulação,

bonecos, sombras...), improvisação, monólogo, jogos dramáticos, direção,

produção...

Movimentos e Períodos

• Arte Greco-Romana;

• Arte Oriental;

• Arte Africana;

• Arte Medieval;

• Renascimento;

• Barroco;

• Neoclassicismo;

• Romantismo;

• Realismo;

• Expressionismo;

• Vanguardas Artísticas;

• Teatro Dialético;

• Teatro do Oprimido;

• Teatro Pobre;

• Teatro Essencial;

• Teatro do Absurdo;

• Arte Engajada;

• Arte Popular;

• Arte Indígena;

• Arte Brasileira;

• Arte Paranaense;

• Indústria Cultural;

• Arte Latino-Americana...

Área: Dança

Elementos Formais

• Movimento Corporal;

• Tempo;

• Espaço;

Composição

IX. Eixo;

X. Dinâmica;

XI. Aceleração;

XII. Ponto de apoio;

XIII. Salto e queda;

XIV. Rotação;

XV. Formação;

XVI. Deslocamento;

XVII. Sonoplastia;

XVIII. Coreografia;

XIX. Gêneros: folclóricas, de salão, étnica...

XX. Técnicas: improvisação, coreografia...

Movimentos e Períodos:

− Arte Pré-Histórica;

− Arte Greco-Romana;

− Arte Oriental;

− Arte Africana;

− Arte Medieval;

− Renascimento;

− Barroco;

− Neoclassicismo;

− Romantismo;

− Expressionismo;

− Vanguardas Artísticas;

− Arte Popular;

− Arte Indígena;

− Arte Brasileira;

− Arte Paranaense;

− Dança Circular;

− Indústria Cultural;

− Dança Clássica;

− Dança Moderna;

− Dança Contemporânea;

− Hip Hop;

− Arte Latino-Americana...

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos serão trabalhados conforme o grau de complexidade pertinente a cada

série, idade e a capacidade intelectual dos alunos.

− ARTES VISUAIS: Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos.

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias.

Teoria das artes visuais e mídias; produção de trabalhos de artes visuais.

− MÚSICA: Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos. Percepção dos

modos de fazer música através da mídia e cinema. Teorias sobre a música e indústria

cultural. Produção de trabalhos de composição musical.

− TEATRO: Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos. Percepção dos

modos de fazer teatro, através de mídias. Teorias da representação no teatro.

Produção de trabalhos de representação.

− DANÇA: Elementos Formais, Composição e Movimentos e Períodos. Percepção dos

modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de palco, e

produções de trabalhos de dança.

3- METODOLOGIA

Artes Visuais

Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental nas Artes Visuais o

desenvolvimento dos conteúdos deverá contemplar os além da produção pictórica de

conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de diferentes

aspectos, presentes nas sociedades contemporâneas.

O cinema, televisão, vídeo-clipe e outros são formas artísticas, constituídas pelas

quatro áreas de Arte, onde a imagem tem uma referência fundamental, compostas por

imagens bidimensionais e tridimensionais.

Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno.

Considerando artistas, produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras

produções de caráter universal, dando ênfase ao cotidiano das crianças, adolescentes e

jovens, alunos da escola pública.

Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o

mundo, reflete sua realidade, sua cultura, sua época, criando uma nova realidade, dentre

outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a

releitura da obra componha a prática pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a

aprendizagem pelos elementos percebidos por ele na obra de arte.

Estabelecer relações das artes visuais com as outras áreas artísticas, essa prática

pedagógica promove uma forma de percepção mais ao se trabalhar com as manifestações

populares e midiáticas, que são compostas por áreas artísticas.

Dança

Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental na Dança é fundamental

buscar no encaminhamento das aulas, a relação dos conteúdos próprios da dança com os

elementos culturais que a compõem. É necessário rever as abordagens presentes e

modificar a idéia que a Dança aparece somente como meio ou recurso “para relaxar', 'para

soltar as emoções', 'para expressar-se espontaneamente', 'para trabalhar a coordenação

motora' ou até 'para acalmar os alunos” (MARQUES, 2005, p.23).

A dança tem conteúdos próprios, capazes de desenvolver aspectos cognitivos que,

uma vez integrados aos processos mentais, possibilitam uma melhor compreensão

estética da Arte.

Música

Sob os temas estabelecidos para o Ensino Fundamental de Música é necessário

desenvolver o hábito de ouvir os sons com mais atenção, de modo que se possa identificar

os seus elementos formadores, as variações e as maneiras como esses sons são

distribuídos e organizados em uma composição musical. Essa atenção vai propiciar o

reconhecimento de como a música se organiza, contemplando o disposto na Lei Nº

11769/2008 que trata da obrigatoriedade do ensino da música na Educação Básica.

Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta

musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança cultural quanto

interfere na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de massa. Por

isso, ao trabalhar uma determinada música, é importante contextualizá-la, apresentar suas

características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos, misturam-se

em diversas composições musicais.

No panorama musical, existe uma diversidade de estilos e de gêneros musicais,

cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões. Cada povo ou grupo

cultural produz músicas diferentes ao longo de sua história; surgem assim, diferentes

gêneros musicais, cada qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões. Cada

povo ou grupo cultural produz músicas diferentes ao longo de sua história; surgem, assim,

diferentes gêneros musicais. Eles não são isolados; sofrem transformações com o tempo,

por influência de outros estilos e movimentos musicais que incorporam-se e adaptam-se

aos costumes, à cultura, à tecnologia, aos músicos e aos instrumentos de cada povo e de

cada época.

Na linguagem musical, a simples percepção, e memorização dos sons presentes no

cotidiano não se caracteriza como conhecimento musical.

Teatro

Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação,

destacam-se a: criatividade, socialização, memorização e a coordenação, sendo o

encaminhamento metodológico, proposto pelo professor, o momento para que o aluno os

exercite. Com o teatro, o educando tem a oportunidade de se colocar no lugar de outros,

experimentando o mundo sem correr risco.

A partir da linguagem teatral poderão ser explorados como conteúdo a dança, as

possibilidades de improvisação e composição no trabalho com as personagens.

Os recursos didáticos e tecnológicos usados durante o aprendizado serão sempre

usados quando necessários, sendo assim o laboratório de informática, a televisão

multimídia, entre outros. Propiciarão um melhor entendimento do assunto em questão.

Tais recursos, contribuirão para um melhor entendimento do clássico através do

contemporâneo, estabelecendo uma ligação do passado com o presente.

Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em

conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

4- AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte proposta pelas Diretrizes

Curriculares Estaduais é diagnóstica e processual. É diagnóstica por ser a referência do

professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é processual por pertencer a todos os

momentos da prática pedagógica. A avaliação processual deve incluir formas de avaliação

da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas), bem como a autoavaliação dos

alunos.

De acordo com a LDBEN (n. 9394/96, art.24, inciso V) e com a Deliberação 07/99

do Conselho Estadual de Educação (capítulo I, art.8),a avaliação em Arte deverá levar em

conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua

realidade, evidenciados tanto no processo, quanto na produção individual e coletiva

desenvolvidas a partir desses saberes é necessário referir-se ao conhecimento específico

das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experiências quanto conceituais.

É preciso que o professor tenha conhecimento da linguagem artística, bem como da

relação entre o criador e o que foi criado. Ela exige fundamentação para que abra portas e

aponte caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor

participa do processo e compartilha a produção do aluno.

Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que se estabeleçam

os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos, inclusive aqueles

referentes a seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de

aprendizagem.

O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como

ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. As propostas podem ser

socializadas em sala, refletir e discutir sua produção e a dos colegas, sem perder de vista

a dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos da Arte.

A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários

instrumentos de verificação, como diagnóstico inicial e o acompanhamento da

aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos artísticos

individuais e em grupos, pesquisas, debates, provas teóricas e práticas.

A nota bimestral será resultante da somatória dos valores obtidos em cada

instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em no mínimo 3 aferições na

sequência e ordenação de conteúdos.

Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com

suas especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58.

A Recuperação Paralela

A recuperação de estudos é de caráter obrigatório e será considerada a aprendizagem

do aluno no decorrer do bimestre. Após a verificação de rendimento escolar, estará se

proporcionando novas situações de aprendizagem, concomitantemente ao processo

educativo para todos os alunos. A recuperação das notas é consequência da recuperação

dos conteúdos e entre os resultados obtidos entre os da avaliação e recuperação

prevalecerão os maiores, garantindo que a aprendizagem se efetive.

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALALEONA, Domingos. História da Música de João C. Caldeira Filho, Ed. Ricordi

Brasileira, São Paulo, 1942.

ARTE / vários autores. Curitiba: SEED – Pr, 2006.

BIBLIOTECA MULTIMÍDIA, Centro Difusor de Cultura, Enciclopédia Digital, 1999.

BOSI, Afredo. Reflexões sobre a arte. Ed. Ática, São Paulo, 1991.

BRASIL, Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96.

CALDEIRA, Eny. Ensino da Arte:os primeiros e a influência estrangeira na arte-educação

em Curitiba. Tese de Mestrado. Universidade Federal do Paraná. 1998.

DCE's Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica. Arte. Paraná, 2008.

DISTRITO FEDERAL, Currículo e Educação Básica das Escolas Públicas, Educação

Artística - Distrito Federal, 1993.

DUARTE JUNIOR, J. F. Fundamentos estéticos da educação. Ed. Papirus 4ª ed.

Campinas, SP:, 1995.

LOPONTE, l. G. O ensino da arte na nova LDB: resgate histórico e perspectivas. São

Paulo: Perspectiva, 1996.

MAGALDI, Panorama do Teatro Brasileiro. São Paulo, 1997.

MARCHESI, Isaias Jr. Atividades de Educação Artística 1° Grau. Editora Ática, São Paulo,

1995.

MORAIS, Frederico. Arte é o que Eu e Você Chamamos Arte. Editora Ática, Rio de

Janeiro, 1995.

OSTROWER, Fayga Perla. Universos da Arte. Ed. Campus, Rio de Janeiro, 1989.

PEIXOTO, M. I. Arte e grande público: a distância a ser extinta Campinas: Autores

Associados, 2003.

PILLAR, A . D. (org). A educação do olhar e o ensino das artes. Ed. Mediação Porto

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TAYLOR ( Shapiro). Dança em uma época de crise social: em Direção a uma visão

transformadora de dança e educação.Revista Comunicação e Artes, 1994.

TAVARES, Isis Moura. Educação Artística 1° grau. Ed. Módulo, Curitiba, 1996.

VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. M. Fontes, São Paulo, 1999.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

CIÊNCIAS

ENSINO FUNDAMENTAL

(6º ao 9º ano)

IRATI

2012

I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por

Natureza o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua

complexidade. Ao ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados

na Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,

matéria, movimento, força, campo, energia e vida. A Natureza legitima, então, o objeto

de estudo das ciências naturais e da disciplina de Ciências. De acordo com Lopes (2007),

denominar uma determinada ciência de natural é uma maneira de enunciar tal forma de

legitimação.

Chauí (2005) corrobora tal afirmação ao lembrar que no século XIX, sob influência

dos filósofos franceses e alemães, dividiu-se o conhecimento científico a partir de critérios

como: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado e tipo de resultado obtido.

Assim, as chamadas ciências naturais passaram a ser tomadas como um saber distinto

das ciências matemáticas, das ciências sociais e das ciências aplicadas, bem como dos

conhecimentos filosóficos, artísticos e do

saber cotidiano.

As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a Natureza

ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência do

ser humano sobre a Natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos

e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente. Sendo assim, a cultura,

o trabalho e o processo educacional asseguram a elaboração e a circulação do

conhecimento, estabelecem novas formas de pensar, de dominar a Natureza, de

compreendê-la e se apropriar dos seus recursos .

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à

educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e

recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas

sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,

2005, p. 162).

A interdisciplinaridade está relacionada ao conceito de contextualização sócio-

histórica como princípio integrador do currículo. Isto porque ambas propõem uma

articulação que vá além dos limites cognitivos próprios das disciplinas escolares, sem, no

entanto, recair no relativismo epistemológico. Ao contrário, elas reforçam essas disciplinas

ao se fundamentarem em aproximações conceituais coerentes e nos contextos sócio-

históricos, possibilitando as condições de existência e constituição dos objetos dos

conhecimentos disciplinares.

De acordo com Ramos [p. 01, 2004?],

“Sob algumas abordagens, a contextualização, na pedagogia, é

compreendida como a inserção do conhecimento disciplinar em

uma realidade plena de vivências, buscando o enraizamento do

conhecimento explícito na dimensão do conhecimento tácito. Tal

enraizamento seria possível por meio do aproveitamento e da

incorporação de relações vivenciadas e valorizadas nas quais os

significados se originam, ou seja, na trama de relações em que

a realidade é tecida. ”

As concepções de Ciências adotadas ao longo da história interferem na

organização do currículo de Ciências. Hoje a concepção de Ciência deve ser vista como

processo de construção humana, provisória, falível e intencional e seus conteúdos devem

ser abordados de forma consistente, crítica, histórica, considerando as relações entre a

Ciência, a tecnologia e a sociedade.

Os estudos sobre a história da produção do conhecimento, seus métodos e

determinantes políticos, econômicos, sociais e ideológicos, relacionados com a história

das disciplinas escolares e as teorias da aprendizagem, possibilitam uma fundamentação

para o professor em discussões curriculares mais aprofundadas e alteram sua prática

pedagógica. Nessa práxis, os professores participam ativamente da constante construção

curricular e se fundamentam para organizar o trabalho pedagógico a partir dos conteúdos

estruturantes de sua disciplina.

O processo de ensino e de aprendizagem de Ciências valoriza a dúvida, a

contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das certezas e incertezas,

superando o tratamento curricular dos conteúdos por eles mesmos, priorizando-se a sua

função social.

A Ciência está no dia a dia das pessoas de qualquer classe social, porque está na

cultura, na tecnologia, no modo de pensar e de agir das pessoas.

O aprendizado é proposto de forma a propiciar aos alunos o desenvolvimento de

uma compreensão do mundo que lhes dê condições de continuamente colher e processar

informações, desenvolver sua comunicação, avaliar situações, tomar decisões, ter atuação

positiva e crítica em seu meio social.

Considerando que os conhecimentos estão em contínua transformação, não se

pode mais conceber o ensino apenas como um processo de transmissão de

conhecimentos dogmáticos. Portanto, a escola deve atuar no sentido de estimular o

pensamento, desenvolvendo no aluno uma postura reflexiva, crítica questionadora e

investigadora, e não de passiva aceitação do que é estabelecido como verdade pronta e

acabada.

É preciso criar espaço para o aluno pensar, discutir, argumentar e formular suas

próprias explicações. É preciso, portanto, estimular no aluno o interesse pela investigação

que lhe permitirá reconstruir suas idéias e ampliar sua compreensão de mundo para além

do saber cotidiano.

Fenômenos como a industrialização, o desenvolvimento tecnológico e científico, a

urbanização, entre muitos outros, não podem deixar de provocar choques no currículo

escolar, pois assim estará respondendo às mudanças sociais, à crescente diversificação

cultural da sociedade, ao impacto das disciplinas tradicionais: Física, Química e Biologia.

Assim de acordo com as DCEs, a educação ambiental e a educação para a saúde são, de

forma geral, programas que estudam as relações dos fatores econômicos e sociais e a

melhoria de qualidade de vida, e as possíveis conseqüências do uso indevido do

ambiente.

Para isso, o desenvolvimento de atitudes e valores é tão essencial quanto o

aprendizado de conceitos e de procedimentos. Nesse sentido, é responsabilidade da

escola e do professor promoverem o questionamento, o debate, a investigação, visando o

entendimento da Ciência como construção histórica e como saber prático, superando as

limitações do ensino passivo, centrado na memorização de definições e de classificações

sem qualquer sentido para o aluno.

Os princípios da disciplina de Ciências exprimem a sua especificidade,

caracterizando assim as ações relacionadas aos conteúdos e estratégias próprias da área,

que configuram o processo de ensino e de aprendizagem. Esses princípios não se

resumem a simples parâmetros, mas se colocam como um instrumental propositivo para

orientar o ensino de Ciências.

II – OBJETIVOS

Os objetivos visam fazer com que o aluno compreenda a natureza como um todo

dinâmico e o ser humano, em sociedade, como agente de transformações do mundo em

que vive, em relação essencial com os demais seres vivos e outros componentes do

ambiente para que possa identificar e tentar solucionar problemas que afetam a qualidade

de vida. Compreenda a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma

atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e

cultural. Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e

condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a

tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, sabendo elaborar juízo sobre

riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas; Compreender a saúde pessoal,

social e ambiental como bens individuais e coletivos que devem ser promovidos pela ação

de diferentes agentes; Formular questões, diagnosticar, discutir, debater e propor soluções

para problemas reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática os

conceitos, procedimentos e atitudes desenvolvidos no aprendizado escolar; Saber utilizar

conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria, transformação, espaço,

tempo, sistema, equilíbrio e vida;

Compreender que a ciência não é um conjunto de conhecimento definitivamente

estabelecido, mas que se modifica ao longo do tempo, buscando sempre corrigi-los

aprimorá-los. Compreender os conceitos científicos básicos (através dos mapas

conceituais), de modo que ele possa entender melhor os fenômenos, sobretudo aqueles

relacionados ao cotidiano, e acompanhar as descobertas cientificas divulgadas pelos

meios de comunicação e avaliar os aspectos éticos dessas descobertas, exercendo sua

cidadania e capacitando-o para progredir no trabalho e em estudos posteriores. Aplicar os

conhecimentos adquiridos de forma responsável, de modo a contribuir para a melhoria das

condições ambientais, da saúde e das condições gerais de vida de toda a sociedade.

Saber combinar leituras, observações, experimentações e registro para coleta,

comparação entre explicações, organização, comunicação e discussão de fatos e

informações; Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa

para a construção coletiva do conhecimento. Valorizar progressivamente a aplicação do

vocabulário científico como forma precisa e sintética para representar e comunicar os

conhecimentos sobre o muno natural e tecnológico; Identificar os elementos do ambiente,

percebendo-os como parte integrante de processos de relações, interações e

transformações, bem como, os recursos naturais que têm um ritmo de renovação,

havendo, portanto, um limite para sua retirada; Perceber a profunda interdependência

entre os seres vivos, inclusive nossa espécie, e os demais elementos do ambiente

avaliando como o equilíbrio dessas relações é importante para a continuidade de vida em

nosso planeta; Desenvolver flexibilidade para reconsiderar suas ideias reconhecendo e

selecionando os fatos e dados na reelaboração de seus conhecimentos e também um

olhar atento para a natureza e ousadia na busca de novas respostas para desafios;

Oportunizar o desempenho da consciência que desenvolvam o potencial da análise critica

do aluno no que diz respeito a sua sociabilidade, convivência, sexualidade, drogadição e

discriminação racial. Propiciar o desenvolvimento de desafios sociais contemporâneos e

outras atividades referentes a temas importantes como: Agenda 21, Educação do Campo,

Educação Fiscal e Cultura Afro; Reconhecer o papel da Ciência no sistema produtivo,

industrial, rural e social. Relacionando as ciências com as necessidades básicas dos seres

humanos: alimentação, vestuário, saúde, moradia, transporte, ambiente, etc.

III – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

O currículo de Ciências no Ensino Fundamental é constituído historicamente por um

conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para compreender os

fenômenos naturais nesta etapa de escolarização. Os conhecimentos físicos, químicos e

biológicos, dentre outros, são contemplados nessa disciplina com vistas à compreensão

das diferenças e inter-relações entre estas ciências, ditas naturais, no processo de ensino

aprendizagem.

Propõe-se, então, que o ensino de Ciências aconteça por integração conceitual e

que estabeleça relações entre os conceitos científicos escolares de diferentes conteúdos

estruturantes da disciplina (relações conceituais); entre eles e os conteúdos estruturantes

das outras disciplinas do Ensino Fundamental (relações interdisciplinares); entre os

conteúdos científicos escolares e o processo de produção do conhecimento científico

(relações contextuais).

Nestas Diretrizes Curriculares são apresentados cinco conteúdos estruturantes

fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a

disciplina de Ciências no Ensino Fundamental. São eles:

• Astronomia

• Matéria

• Sistemas Biológicos

• Energia

• Biodiversidade

Propõe-se que o professor trabalhe com os cinco conteúdos estruturantes em todas

as séries, a partir da seleção de conteúdos específicos da disciplina de Ciências

adequados ao nível de desenvolvimento cognitivo do estudante. Para o trabalho

pedagógico, o professor deverá manter o necessário rigor conceitual, adotar uma

linguagem adequada à série, problematizar os conteúdos em função das realidades

regionais, além de considerar os limites e possibilidades dos livros didáticos de Ciências.

ASTRONOMIA

A Astronomia tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das

ciências de referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes.

Numa abordagem histórica traz as discussões sobre os modelos geocêntrico e

heliocêntrico, bem como sobre os métodos e instrumentos científicos, conceitos e modelos

explicativos que envolveram tais discussões. Além disso, os fenômenos celestes são de

grande interesse dos estudantes porque por meio deles buscam- se explicações

alternativas para acontecimentos regulares da realidade, como o movimento aparente do

Sol, as fases da Lua, as estações do ano, as viagens

espaciais, entre outros.

Este conteúdo estruturante possibilita estudos e discussões sobre a origem e a

evolução do Universo. Apresentam-se, a seguir, os conteúdos básicos que envolvem

conceitos científicos necessários para o entendimento de questões astronômicas e para a

compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• universo;

• sistema solar;

• movimentos celestes e terrestres;

• astros;

• origem e evolução do universo;

• gravitação universal.

MATÉRIA

No conteúdo estruturante Matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que

privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos

materiais quaisquer que se apresentam à nossa percepção (RUSS, 1994). Sob o ponto de

vista científico, permite o entendimento não somente sobre as coisas perceptíveis como

também sobre sua constituição, indo além daquilo que num primeiro momento vemos,

sentimos ou tocamos.

Apresentam-se, a seguir, conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos

essenciais para o entendimento da constituição e propriedades da matéria e para a

compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

constituição da matéria;

propriedades da matéria.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

O conteúdo estruturante Sistemas Biológicos aborda a constituição dos sistemas do

organismo, bem como suas características específicas de funcionamento, desde os

componentes celulares e suas respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que

constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a

digestão e a respiração.

Parte-se do entendimento do organismo como um sistema integrado e amplia- se a

discussão para uma visão evolutiva, permitindo a comparação entre os seres vivos, a fim

de compreender o funcionamento de cada sistema e das relações que formam o conjunto

de sistemas que integram o organismo vivo.

Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem

conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas

biológicos de funcionamento dos seres vivos e para a compreensão do objeto de estudo

da disciplina de Ciências:

• níveis de organização;

• célula;

• morfologia e fisiologia dos seres vivos;

• mecanismos de herança genética.

ENERGIA

Este Conteúdo Estruturante propõe o trabalho que possibilita a discussão do conceito

de energia, relativamente novo a se considerar a história da ciência desde a Antiguidade.

Discute-se tal conceito a partir de um modelo explicativo fundamentado nas ideias do

calórico, que representava as mudanças de temperatura entre objetos ou sistemas. Ao

propor o calor em substituição à teoria

do calórico, a pesquisa científica concebeu uma das leis mais importantes da ciência: a lei

da conservação da energia.

Nestas diretrizes destaca-se que a ciência não define energia. Assim, tem- se o

propósito de provocar a busca de novos conhecimentos na tentativa de compreender o

conceito energia no que se refere às suas várias manifestações, como por exemplo,

energia mecânica, energia térmica, energia elétrica, energia luminosa, energia nuclear,

bem como os mais variados tipos de conversão de uma

forma em outra.

Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem

conceitos científicos essenciais para o entendimento de questões sobre a conservação e a

transformação de uma forma de energia em outra e para a compreensão do objeto de

estudo da disciplina de Ciências:

• formas de energia;

• conservação de energia;

• conversão de energia;

• transmissão de energia.

BIODIVERSIDADE

O conceito de biodiversidade, nos dias atuais, deve ser entendido para além da

mera diversidade de seres vivos. Reduzir o conceito de biodiversidade ao número de

espécies seria o mesmo que considerar a classificação dos seres vivos limitada ao

entendimento de que eles são organizados fora do ambiente em que vivem.

Pensar o conceito biodiversidade na contemporaneidade implica ampliar o

entendimento de que essa diversidade de espécies, considerada em diferentes níveis de

complexidade, habita em diferentes ambientes, mantém suas inter- relações de

dependência e está inserida em um contexto evolutivo (WILSON, 1997).

Esse conteúdo estruturante visa, por meio dos conteúdos específicos de Ciências, a

compreensão do conceito de biodiversidade e demais conceitos intrarrelacionados.

Espera-se que o estudante entenda o sistema complexo de conhecimentos científicos que

interagem num processo integrado e dinâmico envolvendo a diversidade de espécies

atuais e extintas; as relações ecológicas

estabelecidas entre essas espécies com o ambiente ao qual se adaptaram, viveram e

ainda vivem; e os processos evolutivos pelos quais tais espécies têm sofrido

transformações.

Apresentam-se, para este conteúdo estruturante, alguns conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos para o entendimento de questões sobre a biodiversidade e

para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de Ciências:

• organização dos seres vivos;

• sistemática;

• ecossistemas;

• interações ecológicas;

• origem da vida;

• evolução dos seres vivos.

Todos os conteúdos básicos, apresentados nos conteúdos estruturantes, são

essenciais na disciplina de Ciências. No Plano de Trabalho Docente esses conteúdos

básicos devem ser desdobrados em conteúdos específicos a serem abordados pelos

professores de Ciências em função de interesses regionais e do avanço na produção do

conhecimento científico.

OBSERVAÇÕES

O professor poderá adaptar novos conteúdos, conforme a necessidade, durante a

exploração dos já apresentados, principalmente no que se referir às atualidades.

9. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Embora não haja uma estratégia única no ensino de Ciências, algumas idéias

gerais parecem estar hoje consolidadas.

A primeira é a importância de uma participação ativa do estudante no processo de

aprendizagem e a importância de compreendermos o que ele pensa a respeito dos

fenômenos.

A segunda é que é preciso estabelecer uma conexão entre os abstratos conceitos

científicos e as experiências do cotidiano. É preciso também que em um mundo em que os

conhecimentos científicos estão em constante transformação, ele aprenda a pesquisar as

informações pertinentes.

Para saber se o estudante realmente apreendeu determinado conceito, é preciso

lançar questões em que ele use o raciocínio, aplicando o que aprendeu a situações novas

– em vez de apenas ter que responder a questões que envolvem uma simples

memorização de nomes ou fórmulas.

O ensino deve ser contextualizado. Contextualizar significa abordar o tema de forma

a identificar a situação ou o contexto no qual o tema está inserido, ou seja, deve-se

estabelecer uma relação entre o que o aluno aprende na escola e sua vida (seu cotidiano,

sua saúde, sua relação com a sociedade e com o ambiente, sua interação com as

tecnologias, etc.). Com isso, a aprendizagem terá significado e será relevante para o

aluno.

É importante também que os diversos conhecimentos das várias disciplinas estejam

inter-relacionadas, isto é, que se busque uma interdisciplinaridade. Por meio de um

trabalho interdisciplinar, o aluno poderá compreender a integração entre as diversas áreas

do conhecimento e da cultura, além de desenvolver suas múltiplas habilidades cognitivas,

o que estimulará seu desenvolvimento global.

Diante de todas essas considerações propõem-se alguns elementos da prática

pedagógica a serem valorizados no ensino de Ciências, tais como: a abordagem

problematizadora, a relação contextual, a relação interdisciplinar, a pesquisa, a leitura

científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade experimental, os recursos

instrucionais e o lúdico, entre outros.

Finalmente, não podemos esquecer que o ensino envolve também valores e

atitudes em relação aos problemas atuais. É importante que o estudante desenvolva uma

atitude responsável, de modo que ele possa contribuir para a melhoria das condições

gerais de vida (condições sociais, ambientais e de saúde) de toda a sociedade.

Para ensinar Ciências é imprescindível criar espaço para o aluno pensar, discutir,

argumentar e formular suas próprias explicações. É preciso estimular a participação ativa

do estudante no processo de aprendizagem, enfatizando a investigação, pesquisa e a

capacidade de reconstruir suas idéias, resolver problemas, ampliando assim sua

compreensão de mundo. É importante também compreender o que ele pensa a respeito

dos fenômenos e dos conceitos científicos, procurando sempre uma interação, um dialogo,

de forma a estimular uma curiosidade.

Deve-se valorizar as hipóteses e as perguntas dos alunos, suas conquistas, e

ajudá-los a mapear suas dificuldades, colaborar para o desenvolvimento da auto-estima e

de atitudes de respeito a si próprio e aos outros, observando e respeitando os limites dos

alunos com necessidades especiais, de acordo com a Lei 9.394/96 da LDB capítulo 5,

artigo 58.

Portanto, será feito uso de diversas atividades como, por exemplo: aulas

expositivas, atividades em grupo, trabalhos de pesquisa, leitura de reportagens, filmes,

documentários, aulas elaboradas em slides, pesquisa na Internet e aulas em laboratório

(experiência).

Para isso, serão utilizados uma variedade de recursos didáticos e tecnológicos

como: livro didático, materiais escolares de uso diário, cartolinas, tv multimídia, pendrive,

dvd, computadores, folhas sulfites, materiais de laboratório (quando dispõe a escola), etc.

Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED serão tratados em

conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

• AVALIAÇÃO

Avaliação é um elemento do processo de ensino e aprendizagem que informa ao

professor o que foi aprendido pelo estudante; informa ao estudante quais são seus

avanços, dificuldades e possibilidades. Longe de ser apenas um momento final do

processo de ensino, a avaliação é o resultado de um acompanhamento paralelo e contínuo

e sistemático pelo professor como momentos específicos de formalização, ou seja, a

demonstração de que as metas de formação de cada etapa foram alcançadas.

Avaliação não pode mais ser concebida como um instrumento coercitivo, de

controle, ou ainda, como um mero recurso para mensurar conhecimento acumulado pelo

aluno em certo período.

Dessa forma, é fundamental que se utilize diversos instrumentos e situações para

poder avaliar diferentes aprendizagens.

Em Ciências, também são muitas as formas de avaliação possíveis: individual e

coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado, a

observação sistemática, durante as aulas sobre perguntas feitas pelos estudantes, as

respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, de

experimentos, os desenhos de observação, dos mapas conceituais, etc.; por outro lado, as

atividades específicas de avaliação, como comunicações de pesquisas, participação em

debates, relatórios de leitura, de experimentos e provas dissertativas ou de múltiplas

escolha. É importante notar que esses últimos instrumentos, as provas, muitas vezes são

entendidos como a única forma de avaliação possível, perdendo-se a perspectiva da

avaliação como elemento muito abrangente.

Dentro deste contexto, a avaliação resultará em instrumento indicador dos aspectos

defasados da aprendizagem, reformulação da prática pedagógica. Ela ainda irá favorecer

o planejamento de aprendizagens futuras, assim como permitirá ao professor avaliar o

próprio desempenho. Uma avaliação, com abrangência, precisa utilizar diversas

oportunidades, instrumentos e forma de avaliar. A avaliação não formal permite aferir o

desenvolvimento do aluno muito além do que o teste escrito poderia fazê-lo. O professor

pode, para isso, observar o desempenho dos alunos nas diversas modalidades.

Ainda temos que levar em conta os alunos que apresentam alguma dificuldade na

aprendizagem pelo fato de apresentarem algum tipo de necessidade especial. Para estes

alunos, a avaliação será feita de uma forma diferenciada, visando cobrar os mesmos itens

acima citados, mas, com um grau adequado para estes alunos. Dentro deste contexto

podemos colocar: provas reduzidas, trabalhos em sala de aula, pesquisas e debates,

sempre observando o desempenho do aluno na sua condição, diferenciando do restante

da turma. O aluno será avaliado constantemente em todas as aulas.

Todos os alunos terão direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer

todas as vezes em que os métodos empregados não forem suficientes para propiciar a

aprendizagem dos alunos. A recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá

concomitantemente ao processo educativo, conforme determina a lei.

A avaliação dar-se-á da seguinte forma: provas escritas, seminários, trabalhos de

pesquisa (tanto em livros quanto na internet – laboratório de informática).

A avaliação será de forma somatória, contínua e sempre que houver necessidade

será retomado o conteúdo para que os alunos sejam atendidos em suas dificuldades de

aprendizagem.

23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

34 ALVARENGA, J. P.; et al. Ciências no dia-a-dia. Belo Horizonte: Dimensão. 2000.

35 BARROS, C.. O corpo humano. São Paulo: Ática, 2002.

36 BARROS Carlos, PAULINO Wilson Roberto. Ciências 5ª a 8ª séries. São Paulo: Ática,

1998.

37 GEWANDSZNAIDER Fernando. Ciências: livro do professor – São Paulo: Ática,

2002.

38 Revista do professor, editora CPOEC, nº 44.

39 Regimento Interno da Escola

40 Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Ciências para a

Educação Básica. Curitiba, 2008.

41 VALLE, C.. Coleção Ciências. Curitiba: Nova Didática, 2004.

42 DURANT, J. O que é alfabetização científica? In: MASSARANI, L.; TURNEY, J;

MOREIRA, I. C. (Org). Terra incógnita: a interface entre ciência e público. Rio de

Janeiro:

43 UFRJ, 2005. CHASSOT, A. Ensino de Ciências no começo da segunda metade do

século da tecnologia. In: LOPES, A. C.; MACEDO, E. (Orgs.). Currículo de Ciências em

debate. Campinas, SP: Papirus, 2004. p. 13-44.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAREDUCAÇÃO FÍSICA

ENSINO FUNDAMENTAL(6º ao 9º ano)

ENSINO MÉDIO

IRATI2012

I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Educação Física escolar é atualmente considerada pelos seus principais

pensadores, pela LDB e pelas Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental e Médio,

como um componente curricular. Através de sua história apresentou muitos processos e

concepções de ensino e em diferentes épocas e contextos contribuiu para reproduzir as

estruturas políticas vigentes. Foi inserida no contexto escolar na segunda metade do

século XIX e, durante muito tempo teve como referência o paradigma da aptidão física e

esportiva. Com base em análises realizadas sobre a evolução do processo da Educação

Física, pôde-se comprovar a existência de métodos e tendências pedagógicas que, com o

tempo, determinaram as linhas pedagógicas de ensino utilizadas pela Educação Física.

Seus objetivos e suas propostas educacionais foram modificando-se ao longo dos

últimos anos, e todas essas tendências, de algum modo, ainda hoje influenciam a

formação profissional e suas práticas pedagógicas. Na Educação Física, assim como em

outros componentes curriculares, não existe uma única forma de pensar e implementar a

disciplina na escola. Tornou-se componente obrigatório dos currículos escolares a partir de

1982. Tinha na ginástica a responsabilidade de promover a saúde do corpo por meio de

exercícios físicos. As práticas pedagógicas foram fortemente influenciadas pela instituição

militar e pela medicina. Na década de 30, medidas do governo para valorização da pátria

fizeram do esporte um instrumento de valorização patriótica. O esporte consolidou sua

hegemonia na Educação Física quando passou a fazer parte dos currículos, sendo

aplicado de forma tecnicista, com o objetivo de trabalho de base para a formação de

atletas que representassem o país em diversas competições. Mudanças significativas

surgiram a partir da década de 80, com a formação de uma comunidade científica,

configurando-se como um momento de intensas discussões, de modo que passaram a

existir tendências, cujos debates evidenciavam severas críticas ao modelo vigente. Assim,

em oposição à vertente mais tecnicista, esportivista e biologista, surgem novos

movimentos na perspectiva de desenvolver uma Educação Física voltada para o ser

humano e não mais para as necessidades do capital.

Desta forma, colocaram-se em cena diferentes concepções: desenvolvimentista,

humanista, construtivista, fenomenológica, antropológico-cultural, histórico crítica, crítico

superadora, critico emancipatória, entre outras, cujas propostas de ação visavam colocar a

educação, a prática pedagógica, portanto, na perspectiva da transformação social, rumo a

uma sociedade igualitária e justa. BRACHT (2005).

Amparadas nestas leituras, as Diretrizes Curriculares propõem a inclusão da

reflexão sobre as necessidades atuais de ensino e a superação de uma visão fragmentada

de homem. Assim, compreender a Educação Física sob um contexto mais amplo significa

entender que ela é composta por interações que se estabelecem na materialidade das

relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos povos. Portanto, é importante

reconhecer as maneiras como o modo de produção capitalista influencia as formas de

pensar e agir sobre o corpo e seus efeitos diretos na prática pedagógica da Educação

Física.

O professor não é um técnico, ao contrário, ele exerce o trabalho intelectual,

devendo assumir suas responsabilidades pedagógicas e políticas. Sua atuação deve ser

de intelectual crítico, autônomo e criativo, que se preocupa em tornar o conhecimento

emancipador de que trata a Educação Física (Cultura Corporal) mais significativa.

Introduzir os indivíduos no universo da cultura corporal ou de movimento de forma crítica é

tarefa da escola e especificamente da Educação Física. Deve ter como objetivo principal

de seu trabalho na escola, localizar em cada um dos conteúdos da Educação Física (jogo,

esporte, dança, ginástica e luta) seus benefícios humanos e suas possibilidades de

utilização como instrumentos de comunicação, expressão, lazer e cultura.

Cabe aos professores de Educação Física compreenderem as diferentes

concepções e práticas pedagógicas que se desenvolvem nas relações sociais e produtivas

de cada época, transformando o conhecimento social e historicamente produzido em saber

escolar, selecionando e organizando conteúdos a serem trabalhados por meio de formas

metodológicas adequadas, buscando sempre novos métodos e formas de transmitir o

conhecimento. Os alunos têm diferentes experiências, conhecimentos, valores, religiões,

raízes culturais, classes sociais e essa heterogeneidade oferecem ao trabalho pedagógico

uma grande fertilidade.

Segundo Piccolo (1995, p. 12), a “Educação Física escolar deve objetivar o

desenvolvimento global de cada aluno, procurando formá-lo como indivíduo participante;

deve visar à integração desse aluno como ser independente, criativo e capaz, uma pessoa

verdadeiramente crítica e consciente, adequada à sociedade em que vive; mas esse

objetivo deve ser atingido através de um trabalho também consciente do educador, que

precisa ter uma visão aberta às mudanças necessárias do processo educacional”.

Segundo a autora, o professor tem condições, mas do que outros profissionais, de buscar

mudanças radicais na libertação de uma sociedade, e através de suas propostas, criarem

condições aos alunos para tornarem-se independentes, participativos e com autonomia de

pensamentos e ação. Aí o seu papel será de agente transformador, reconhecendo a sua

ação pedagógica como um fator de conscientização.

Segundo Coletivo de Autores, a Educação Física é uma prática pedagógica que no

âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: jogo, dança,

esporte, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos

chamar de cultura corporal. O conceito de cultura corporal parte da idéia de seleção,

organização e sistematização do que se considera ser produto social e cultural, acumulado

historicamente, acerca do movimento humano. Essa produção histórica referente ao

movimento humano foi organizada em eixos temáticos ou conteúdos da Educação Física,

isto é, o jogo, a luta, o esporte, a dança e a ginástica. Nesse sentido, a cultura corporal se

constitui como objeto de estudo e de ensino da Educação Física escolar. Ainda, o Coletivo

de Autores propõe que a escola deva fazer uma seleção e organização de conteúdos com

coerência e com o objetivo de promover a leitura da realidade. Oferecer condições para

produção e a transmissão de conhecimentos que tenham significado no processo escolar.

Possibilitando a multidisciplinaridade, contribuindo com informações científicas sobre o

assunto e consequentemente mudando a visão atual da educação Física. As Diretrizes

Curriculares de Educação Física, propõe que a Educação Básica seja fundamentada nas

reflexões sobre as necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de

contradições e na valorização da educação. A Educação Física precisa ultrapassar a idéia

de estar voltada apenas para o gesto motor. Muito mais que isso,cabe ao professor

problematizar, interpretar, relacionar, analisar com seus alunos as amplas manifestações

da cultura corporal, de tal forma que estes compreendam os sentidos e significados

impregnados nas práticas corporais. É importante que os alunos tenham a oportunidade

de vivenciarem o maior número de práticas corporais possíveis. Ao vivenciarem essas

práticas de forma coletiva, relações individuais e sociais são estabelecidas. Assim, esses

alunos poderão adquirir maior autonomia na vivência, na criação, na elaboração e na

organização dessas práticas corporais, como também, adotarão uma postura crítica

quando estiverem no papel de expectadores dessas práticas.

Para que a ação pedagógica seja eficaz, o educador deve buscar incessantemente

a superação da rotina. Contemplar a totalidade das manifestações corporais e sua

potencialidade formativa é superar uma visão reducionista do homem, ou seja, superar as

práticas que se restringem somente à experiência motora. A escola deve levar em conta a

diversidade de experiências culturais, pois cada aluno um corpo, cada corpo uma história,

uma expectativa, lembrando que o conhecimento é um legado da humanidade e não

apenas de um grupo de indivíduos ou classes específicos.

Em Educação Física, o tempo e o espaço escolar revelam valores, crenças, normas

que refletem a história de vida de cada comunidade. Esta relação entre sujeitos, sociedade

e cultura nos permite um maior enriquecimento pedagógico possibilitando um novo olhar

sobre as práticas escolares, que tem a corporalidade como elemento central no processo

formativo. As experiências vividas na escola, por meio das aulas de Educação Física, nos

conteúdos desenvolvidos devem ser estruturadas adequadamente, para que tanto dentro

como fora do espaço escolar, os alunos adotem posturas éticas, de acordo com suas

convicções e valores.

Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em

diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem

(internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes

conscientizarem-se da necessidade de “...uma transformação emancipadora. É desse

modo que uma contraconsciência, estrategicamente concebida como alternativa

necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa

missão educativa” (MÈSZÁROS, 2007, p. 212).

ll. CONTEÚDOS

Ensino Fundamental - 6º ano

Esporte ColetivosIndividuais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de rodaJogos de tabuleirosJogos cooperativos

Dança Danças folclóricasDanças de ruaDanças criativas

Ginástica Ginástica rítmicaGinástica circenseGinástica geral

Lutas Lutas de aproximaçãoCapoeira

Ensino Fundamental - 7º ano

Esporte ColetivosIndividuais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras popularesBrincadeiras e cantigas de rodaJogos de tabuleirosJogos cooperativos

Dança Danças folclóricasDanças de rua

Danças criativas

Ginástica Ginástica rítmicaGinástica circenseGinástica geral

Lutas Lutas de aproximaçãoCapoeira

Ensino Fundamental - 8º ano

Esporte ColetivosRadicais

Jogos e brincadeiras Jogos e brincadeiras popularesJogos de tabuleiroJogos dramáticosJogos cooperativos

Dança Danças criativasDanças circulares

Ginástica Ginástica rítmicaGinástica circenseGinástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediadorCapoeira

Ensino Fundamental - 9º ano

Esporte ColetivosRadicais

Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiroJogos dramáticosJogos cooperativos

Dança Danças criativasDanças circulares

Ginástica Ginástica rítmicaGinástica geral

Lutas Lutas com instrumento mediadorCapoeira

Ensino Médio

Esporte ColetivosIndividuaisRadicais

Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiroJogos dramáticosJogos cooperativos

Dança Danças folclóricasDanças de ruaDanças de salão

Ginástica Ginástica artística/olímpicaGinástica de condicionamento físicoGinástica geral

Lutas Lutas de aproximaçãoLuas que mantêm à distânciaLutas com instrumento mediadorCapoeira

METODOLOGIA

O breve histórico da disciplina de Educação Física, apresentado anteriormente, aponta

marcos importantes para que se entenda as mudanças teórico-metodológicas que

ocorreram no decorrer dos anos e que, por sua vez, configuraram a atual concepção de

Educação Física defendida nas Diretrizes.

Propõe-se que a Educação Física seja fundamentada nas reflexões sobre as

necessidades atuais de ensino perante os alunos, na superação de contradições e na

valorização da educação. Por isso, é de fundamental importância considerar os contextos

e experiências de diferentes regiões, escolas, professores, alunos e da comunidade. Pode

e deve ser trabalhada em interlocução com outras disciplinas que permitam entender a

Cultura Corporal em sua complexidade, ou seja, na relação com as múltiplas dimensões

da vida humana, tratadas tanto pelas ciências humanas, sociais, da saúde e da natureza.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar

articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprios,

e trata de conhecimentos relevantes na escola. Considerando o exposto, defende-se que

as aulas de Educação Física não são apêndices das demais disciplinas e atividades

escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas

em sala.

Se a atuação do professor efetiva-se na quadra, em outros lugares do ambiente

escolar e em diferentes tempos pedagógicos, seu compromisso, tal como o de todos os

professores, é com o projeto de escolarização ali instituído, sempre em favor da formação

humana. Esses pressupostos se expressam no trato com os conteúdos específicos, tendo

como objetivo formar a atitude crítica perante a Cultura Corporal, exigindo domínio do

conhecimento e a possibilidade de sua construção a partir da escola.

Busca-se, assim, superar formas anteriores de concepção e atuação na escola

pública, visto que a superação é entendida como ir além, não como negação do que

precedeu, mas considerada objeto de análise, de crítica, de reorientação e/ou

transformação daquelas formas. Nesse sentido, deve-se possibilitar aos alunos o acesso

ao conhecimento produzido pela humanidade, relacionando-o às práticas corporais, ao

contexto histórico, político, econômico e social. Isso representa uma mudança na forma de

pensar o tratamento teórico-metodológico dado às aulas de Educação Física. Significa,

ainda, repensar a noção de corpo e de movimento historicamente dicotomizados pelas

ciências positivistas, isto é, ir além da ideia de que o movimento é predominantemente um

comportamento motor, visto que também é histórico e social. Sendo assim, tais

consequências na prática pedagógica vão para além da preocupação com a aptidão física,

a aprendizagem motora, a performance esportiva, etc. Devemos entender que o

movimento que a criança realiza num jogo, tem repercussões sobre todas as dimensões

do seu comportamento e mais, que esta atividade veicula e faz a criança introjetar

determinados valores e normas de comportamento. Portanto, aquela ideia de que atuando

sobre o físico estamos automaticamente e magicamente atuando sobre as outras

dimensões, precisa ser superada para que estas possam ser levadas efetivamente em

consideração na ação pedagógica, através do estabelecimento de estratégias que

objetivem conscientemente o desenvolvimento num determinado sentido, destes outros

aspectos e dimensões dos educandos (BRACHT, 1992, p. 66).

Pensar a Educação Física a partir de uma mudança significa analisar a insuficiência

do atual modelo de ensino, que muitas vezes não contempla a enorme riqueza das

manifestações corporais produzidas socialmente pelos diferentes grupos humanos. Isto

pressupõe criticar o trabalho pedagógico, os objetivos e a avaliação, o trato com o

conhecimento, os espaços e tempos escolares da Educação Física.

A metodologia de ensino da Educação Física terá como ponto de partida uma práxis

pedagógica, vinculada aos conteúdos, proposta de forma a abranger interesses que

venham ao encontro das necessidades individuais do educando e expectativas da

realidade escolar, relacionando o movimento humano, historicamente constituído, ao

cotidiano escolar em todas as suas formas de manifestações culturais, políticas,

econômicas e sociais.

Será aplicada através de aulas expositivas, demonstrativas, vídeos, palestras,

implicando tarefas indissociáveis: reflexão- conhecimento- interpretação da realidade e a

sua transformação partindo da prática, fazendo com que o próprio aluno seja capaz de

superar seus desafios de uma maneira clara para que realize suas tarefas, refletindo sobre

as mesmas (através da reflexão crítica e coletiva), através de debates entre os alunos

chegando a um consenso onde todos entendam de maneira clara ao seu cotidiano

procurando sempre guiá-lo na direção desejada.

As atividades bimestrais ofertadas terão como objetivo o aprendizado dos

conteúdos tradicionais, incluindo nestes a contemplação da vivência social do educando,

por meio de conteúdos interdisciplinares relevantes às suas necessidades atuais. Os

conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos

conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE. Serão trabalhados

também, questões referentes à saúde, meio-ambiente, sexualidade, drogas,

enfrentamento à violência, conhecimentos científicos e tecnológicos, profissões, educação

do campo, educação fiscal, datas nacionais importantes, artes e a pluralidade cultural,

especialmente a Afro-Brasileira. Desta forma, proporcionar a reflexão e crítica às

contradições sociais, políticas e econômicas presentes na sociedade contemporânea.

Para tanto serão utilizados os seguintes recursos didáticos e tecnológicos: vídeos,

dvd's, laboratório de informática, TV multimídia, pendrive, data show, livros, revistas,

materiais esportivos em geral.

10. AVALIAÇÃO

No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de

diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação

da prática pedagógica. Assim a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez que,

o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que

haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica. Para cumprir essa função, a

avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que

envolva o ensino e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o

desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as

práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir

novas práticas educativas (LIMA, 2002). No cotidiano escolar, a avaliação é parte do

trabalho dos professores. Tem por objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a

serem tomadas a respeito do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso

ao conhecimento.

A avaliação deve estar de acordo com o que se estabelece nos documentos

escolares como o Projeto Político Pedagógico e, mais especificamente, a Proposta

Pedagógica Curricular e o Plano de Trabalho Docente, documentos necessariamente

fundamentados nas Diretrizes Curriculares. Esse projeto e sua realização explicitam,

assim, a concepção de escola e de sociedade com que se trabalha e indicam que sujeitos

se quer formar para a sociedade que se quer construir.

Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos devemos propiciar condições

para o aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem

sem avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como

partes de um todo que se constitui o processo educativo.

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades

de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa

aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da

sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão

inseridos. Não há sentido em processos avaliativos que apenas constatam o que o aluno

aprendeu ou não aprendeu e o fazem refém dessas constatações, tomadas como

sentenças definitivas. Se a proposição curricular visa à formação de sujeitos que se

apropriam do conhecimento para compreender as relações humanas em suas

contradições e conflitos, então a ação pedagógica que se realiza em sala de aula precisa

contribuir para essa formação.

Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como questão

metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de

investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os encaminhamentos metodológicos e a

clareza dos critérios de avaliação elucidam a intencionalidade do ensino, enquanto a

diversidade de instrumentos e técnicas de avaliação possibilita aos estudantes variadas

oportunidades e maneiras de expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe

acompanhar a aprendizagem dos seus alunos e o desenvolvimento dos processos

cognitivos.

A nota bimestral do aluno será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na

sequencia e ordenação de conteúdos.

Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, faremos por meio de

provas, trabalhos escritos e expostos, e avaliação prática, para conhecer melhor os alunos

em todos os aspectos, compreender seus avanços e dificuldades, ajudando-o em sua

aprendizagem.

A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém, não pode

ser o único indicador de conhecimento, pois apenas fornece um diagnóstico do aluno,

individualmente, e da turma, como um todo e leva o professor a repensar sua prática,

direcionando suas ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos

resultados. A aplicação destas serão: prova individual, em grupos, com consulta, oral, etc.

Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios,

festivais, entre outros, serão utilizados para desenvolver e avaliar a formação global do

aluno quanto à cooperação, troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos

componentes do grupo.

Todos os alunos terão direito à recuperação dos conteúdos ministrados,

permanecendo sempre a maior nota do aluno, como consta no PPP da Instituição de

Ensino. Para alunos com necessidades especiais, serão ofertadas avaliações

diferenciadas na Instituição. A recuperação de conteúdos, de caráter obrigatório, ocorrerá

concomitantemente ao processo educativo.

Segundo o Regimento Escolar do Colégio Estadual Trajano Grácia, na avaliação do

aproveitamento escolar, deverá preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem

sobre os dados quantitativos e entre os resultados obtidos durante o período letivo e os da

recuperação, prevalecerão os melhores resultados.

Os conteúdos não apropriados pelos alunos serão retomados e haverá novas

oportunidades de avaliação, prevalecendo a maior nota e garantindo que a aprendizagem

se efetive.

• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALONSO, M.; QUELUZ, A.O trabalho docente: teoria e prática. São Paulo: Pioneira,

1999, p. 23.

BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem Social. Porto Alegre: Magister, 1992.

BRACHT, Valter. Pesquisa em ação: educação física na escola. 2. Ed. Ijuí: Ed. Unijuí,

2005.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física (Coleção

magistério 2º grau. Série formação do professor). São Paulo: Cortez, 1993.

DARIDO, Suraya Cristina. RANGEL, Irene Conceição Andrade. Educação física na

escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

2005.

DARIDO, Suraya Cristina. Júnior, Osmar Moreira de souza. Para ensinar Educação

Física: Possibilidades de intervenção na escola. Campinas, SP: Papirus, 2007.

DCE- Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica, Curitiba,

SEED, 2008.

KUNZ, Elenor. Transformação didático- pedagógica do esporte. 6. Ed. Ijuí: Ed. Unijuí,

2004.

MARCELINO, Nelson Carvalho. Lúdico, Educação e Educação Física. Ijuí-RS.

MELO, José Pereira. Perspectivas da Educação Física Escolar: reflexão sobre a

Educação Física como componente curricular. Revista Brasileira de Educação Física e

Esportes. São Paulo, v.20, p. 188-190, set. 2006. Suplemento n. 5.

PICCOLO. Vilma L. Nista. Educação Física escolar: ser...ou não ter? 3ª ed. Campinas,

SP: Editora da UNICAMP, 1995.

SHIGUNOV, Victor; VANILDO, Rodrigues Pereira. Pedagogia da Educação Física. São

Paulo: Editora Ibrasa, 1993. 134 p.

VERDERI, Érica beatriz Lemes Pimentel. Encantando a Educação Física. Rio de

Janeiro: 2ª edição: Sprint, 2002.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO RELIGIOSO

ENSINO FUNDAMENTAL

(6ºe 7º ano)

IRATI

2012

I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A escola pública brasileira nas últimas décadas passou a atender um número cada

vez maior de estudantes oriundos de classes populares. Ao assumir essa função, que

historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a necessidade de

discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade que se quer

para o país, e que, nestas sociedades dotadas de uma diversidade cultural, vê-se a

importância de ressaltá-la. O Ensino Religioso está intimamente ligado aos padrões

culturais. Assim sendo, desde a década de 30 do século XX as questões religiosas

(culturais) também passaram a fazer parte destas discussões, embora ainda, com

matrícula facultativa.

Na década de 60 o Ensino Religioso era ministrado por professores leigos e

voluntários sem nenhuma intervenção direta do Estado, onde na maioria dos casos,

somente escolas que possuíam esses profissionais de forma efetiva é que poderiam

oferecer a disciplina. Na prática muitos inverteram seus objetivos, buscando converter os

educandos para sua própria religião, ao paras as quais detinham exclusivo conhecimento.

Neste caso, desde então, a escola deveria incentivar a prática pedagógica

fundamentada em diferentes metodologias, valorizando as concepções de ensino, de

aprendizagem e de avaliação que permitam aos professores e estudantes

conscientizarem-se da necessidade e importância, também do Ensino Religioso na grade

escolar regular, embora ainda tivesse matrícula facultativa – LDBEN 4024/61.

Durante os anos de 1971 a 1998, aconteceram muitos programas, elaboração de

materiais, cursos, de modo a garantir um novo espaço para a Educação Religiosa na

Legislação Brasileira. O Ensino Religioso vedava qualquer forma de doutrinação ou

proselitismo.

ART. 33: O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básicado cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de Educação Básica, assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedada quaisquer forma deproselitismo.

Este artigo foi corrigido pela lei 9475/97. É então oferecida uma educação religiosa

oriunda de um estado laico, colocando a religião como um objeto de estudo e

compreensão cultural do indivíduo, não intervindo em seu credo ou aferimento espiritual,

respeitando, portanto as diferenças culturais, pondo em foco as experiências vivenciadas

pelo aluno sem prejuízo a aprendizagem do conhecimento histórico e socialmente

construído pela humanidade.

O Ensino Religioso é componente curricular da Educação Básica e de importância

para a formação do cidadão e para seu pleno desenvolvimento como pessoa, pois ao

socializar e construir o conhecimento acerca das diferentes manifestações da Sagrado, os

alunos adquirem a possibilidades de compreender as diferenças culturais, modelos de

vida e de diversas formas de conviver com os contextos sacro-religiosos.

O Ensino Religioso se incorporou a um dos grandes desafios da escola, que é a

efetivação de uma prática de ensino voltada para a superação de preconceito religioso ou

de qualquer outra forma de descriminação, oportunizando ao aluno, no processo de

escolarização fundamental se tornar aptos a entender os movimentos religiosos

específicos de cada cultura, de modo a colaborar nas formações éticas, morais e sociais

das pessoas, fundamentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de aversão ao

conhecimento de que todos somos portadores de singularidades.

A Educação referente à religião e ao sagrado propõe também resgatar,

pedagogicamente os conhecimentos/conteúdos das tradições de matrizes africanas,

nativas e ocidentais e orientais, demonstrando ao longo de todo o processo, que existem

diversas formas de aprender o Sagrado e que nenhuma delas deve ser desconsideradas.

11. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conhecimento religioso é entendido como um patrimônio, por estar presente no

desenvolvimento histórico da humanidade. Sob tal perspectiva, o Ensino Religioso é uma

disciplina que constitui para desenvolvimento humano, além de possibilitar o respeito e a

compreensão de que a nossa sociedade é formada por diversas manifestações culturais e

religiosas, tornando-os capazes de entender os movimentos específicos das diversas

culturas. São três os conteúdos estruturantes, a saber:

• Paisagem Religiosa – Define-se pela combinação de elementos culturais e

naturais que remetem à experiência com o Sagrado, e é constituído, predominantemente,

por astros; montanhas; florestas; rios; grutas; etc. (naturais) e por templos; cidades

sagradas; monumentos; etc. (arquitetônicos).

• Universo Simbólico Religioso – Conjunto de linguagens que expressam

sentidos comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição

das diferentes religiões do mundo. É representada por linguagens simbólicas – essência

da cultura humana.

3. Textos Sagrados – Expressam ideias e são meios de dar viabilidade à

disseminação e à preservação de ensinamentos de diferentes tradições e manifestações

religiosas. Os textos podem ser invocados em qualquer situação para agradecer, pedir e

demonstrar aspectos individuais e coletivos relacionados à religiosidade.

12.CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ano:

1- Organizações Religiosas

Os fundadores e/ou líderes religiosos e as estruturas hierárquicas das organizações que

compõem os sistemas religiosos.

Ex: o Budismo (Sidarta Gautama); o cristianismo (Cristo); o confucionismo; o taoísmo (Lao

Tsé), etc.

2- Lugares Sagrados

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência,

de culto, de identidade, principais práticas de expressão nestes locais.

Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc.

3- Textos Orais e Escritos – Sagrados

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas

religiosas.

Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.).

Exemplo: Vedas- Hinduísmo, escrituras Bahá’I, Tradições Orais Africanas, afro-brasileiras

e Ameríndias, Alcorão-Islamismo, etc.

4- Símbolos Religiosos

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

Nos ritos, nos mitos, no cotidiano.

Exemplos: arquitetura religiosa, mantras, paramentos, objetos, etc.

7ºano:

1- Ritos

Colaboração das tradições e manifestações religiosas que possibilitam um encontro

interpessoal, representado em ritos de passagem; mortuários; propícios e outros.

Exemplos: dança (xire); candomblé, kiki (caingangues, fúnebre); via sacra; etc.

2- Temporalidade Sagrada

Tempos que remetem a atividades ordinárias, com os costumes Sagrados, marcadopelo

calendário Sagrado e/ou profano (nascimento de um líder espiritual, festas, datas de

rituais e representações).

Exemplos: Natal (cristão); Kumba Melo (hindú); Losas (budista); dentre outros.

3- Festas Religiosas

Eventos de diversas organizações religiosas que objetivam ritualização de um

acontecimento primordial, podendo ser realizado no ambiente familiar, templos ou por

ocasião datas comemorativas regionais e/ou universais.

Exemplos: Kuarup (indígena); Pessach (judaica); Natal (cristão); Ramadã (islã); etc.

4- Vida e Morte

Essência e ponto chave de quase todas as organizações religiosas - ancestralidade;

reencarnação; ressurreição. Como cada cultura/organização religiosa encara a questão

da morte e a maneira de como lidar com o culto aos mortos.

IV. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Sendo o Sagrado, o objeto de estudo do Ensino Religioso, se adotará para a

ministração desta disciplina uma metodologia, que buscará além do ensinamento um

esclarecimento de que o espaço escolar não é, e nem representa um Estado tradicional

que se feche em cima de questões religiosas de nosso estreito conhecimento. Assim, o

encaminhamento metodológico deverá ser baseado em aulas dialogadas, ou seja, a partir

de experiências e vivências religiosas dos alunos e de seus conhecimentos prévios, como

também da curiosidade dos mesmos para com as culturas consideradas Sagradas de

várias regiões e religiões e/ou seitas e crenças espalhadas pelo mundo.

Os conteúdos a serem trabalhados nas aulas de Ensino Religioso contribuirão para

a superação: do preconceito à ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; de

toda forma de proselitismo, a partir de uma abordagem metodológica vinculada a

diferentes manifestações do Sagrado, construído historicamente no âmbito das diferentes

culturas e tradições, sendo este o propósito e objetivo a ser buscado.

Para um bom aprendizado de Ensino Religioso, a metodologia contará com a

inserção de músicas, filmes/vídeos, depoimentos gravados, escritos ou ao vivo,

apresentação de objetos de cunho religioso e/ou sagrado, além de textos e comentários do

cotidiano, através de relatos colhidos pelos próprios alunos, os quais poderão (com seus

consentimentos) serem comentados na classe.

Porém, para a utilização de tais mecanismos, sem deixar de lado os recursos

oferecidos pelo Portal da Educação e por todo o aparato do Paraná-Digital, os mesmos

serão antecipadamente analisados e avaliados, buscando-se evitar a descriminação para

a diversidade religiosa existente dentro das salas de aula.

Enfim, os conteúdos do Ensino Religioso devem ser trabalhados enquanto conheci-

mentos da diversidade sócio-político e cultural. A linguagem a ser utilizada nas aulas

deve ser a científica e não a religiosa, a fim de superar as tradicionais aulas de religião.

Para isso, serão utilizados recursos didáticos e tecnológicos como: quadro de giz,

materiais escolares de uso diário, TV-multimídia, pendrive, DVDs, rádios-cd, etc.

Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em

conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

V. AVALIAÇÃO

Desde a década de 70 a disciplina de Ensino Religioso vem sendo incorporado nos

regimentos escolares, no início nas escolas municipais e gradativamente este processo foi

se ampliando, até que em 1988 foi pela Constituição, garantido implementação do Ensino

Religioso nas disciplinas escolares, porém sua matrícula continua sendo de caráter

facultativo e de notas e conceitos que impliquem aprovação ou reprovação do aluno. No

entanto, avaliação não é simplesmente um conjunto de métodos que proporcionem ao

aluno o direito de seguir ou não para a série seguinte, mas um meio de diagnosticar se

houve ou não a compreensão e/ou aprendizagem dos conteúdos por parte dos mesmos.

No entanto, a avaliação existirá e servirá como um mecanismo para diagnosticar se

os alunos assimilaram conhecimentos de aprendizagem capaz de lhes proporcionar uma

melhor relação com a diversidade de tradições e costumes oriundos de suas crenças ou

descrenças.

Trabalhos de pesquisas em grupo, jogos, produções de painéis, maquetes, cartazes

e relatórios, serão utilizados para desenvolver e avaliar a formação interativa do aluno.

Troca de ideias e comprometimento de respeito com o grupo. Tudo deverá ser realizado

dentro do espaço escolar, o que não impede que fatos e acontecimento de seus cotidianos

possam ser relevantes para a realização dos mesmos. Todos os alunos terão direito à

recuperação de conteúdos e esta deve acontecer todas as vezes em que os métodos

empregados não forem suficientes para propiciar a aprendizagem dos alunos. A

recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá concomitantemente ao processo

educativo, conforme determina a lei.

Também serão utilizados métodos de avaliação formal (provas orais e escritas,

seminários) e informais (trabalhos de pesquisa e debates, apresentações), através dos

quais serão analisados o desempenho e avanço dos alunos, Todos os alunos terão direito

à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer todas as vezes em que os métodos

empregados não forem suficientes para propiciar a aprendizagem dos alunos. A

recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá concomitantemente ao processo

educativo, conforme determina a lei.

Valorização do aprendiz e da disciplina são os objetivos da avaliação, bem como,

da formação aluno-cidadão. O critério de maior interesse, sob os aspectos acima citados,

a serem avaliados estão relacionados ao seu convívio com os demais colegas, através do

respeito para com suas religiões e costumes/tradições familiares e regionais.

A recuperação de estudos é de caráter obrigatório e será considerada a

aprendizagem do aluno no decorrer do bimestre. Após a verificação de rendimento

escolar, estará se proporcionando novas situações de aprendizagem, concomitantemente

ao processo educativo para todos os alunos. A recuperação das notas é consequência da

recuperação dos conteúdos e entre os resultados obtidos entre os da avaliação e

recuperação prevalecerão os maiores, garantindo que a aprendizagem se efetive.

Alunos com necessidades especiais serão avaliados de forma diferenciada

conforme LDB 9394/97 capítulo V artigo 58, no que tange a dificuldades auditivas, visuais,

físicas, coordenação motora e outras as quais a instituição de educação possa oferecer ao

educando a capacidade de aprendizagem e socialização.

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

-HEIDEGGER, Martin. Conferências e Escritos Filosóficos. Coleção os Pensadores, São Paulo, Nova Cultural, 1989.

-NARLOCH, Rogério Francisco. Redescobrindo o universo religioso. Ensino Fundamental. V. 5. Petrópolis: Vozes, 2001.

-FILHO, Gil S. F.; ALVES, Luis Alberto de Sousa. O Sagrado como foco do fenômeno religioso. In.: Sérgio Rogério Azevedo Junqueira; Lilian Bianck de Oliveira (Org.). Ensino Religioso: memórias e perspectivas. 1ª ed. Curitiba: Editora Champagnat; 2005, v. 01, p. 51-83.

KANT, I.. A religião nos limites da simples razão. Tradução: Ciro Mioranza. São Paulo:

Escola Educacional, 2006.

-SEED/PR. D.C.E.-Diretrizes Curriculares da Educação básica de Ensino Religioso. Curitiba, 2008.

-P.P.P. - Projeto Político Pedagógico da escola e/ou colégio. (ano vigente)

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR HISTÓRIA

ENSINO FUNDAMENTAL (6º AO 9º ANO)

ENSINO MÉDIO

IRATI2012

44 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Foi em 1837, durante o período regencial, que a História é implantada como

disciplina escolar da escola secundária, na fundação do colégio Pedro II. Neste mesmo

ano nascia o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), responsável por construir a

genealogia nacional, buscando uma identidade para a nação recentemente formada. O

IHGB era o local de produção da História que seria difundido nas escolas secundárias

através dos manuais didáticos. Neste momento, a nacionalidade era a grande questão

posta à sociedade, e a elite se atribuía o direito de escolha do passado, visto como um

caminho percorrido pela humanidade em direção ao progresso.

Foi do IHGB que surge um modelo de História nacional feita através da

hierarquização de alguns fatos que deveriam ser os centros explicadores, em torno dos

quais todo um conjunto de acontecimentos passava a ser referido. O descobrimento do

Brasil, a sua independência, entre outros fatos são vistos como os marcos fundadores da

História do Brasil, contada a partir de 1500 ano da chegada dos europeus.

Estas concepções nortearam os programas e currículos escolares até período

bastante recente. A História linear, cronológica e eurocêntrica passou a ser ensinada nas

escolas secundárias como um conhecimento pronto e acabado.

Em 1930, com a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública e a reforma do

ministro Francisco Campos, acentuou-se o poder central do Estado e do controle sobre o

ensino. Constituiu-se a partir de então um modelo para o ensino de História para todo o

país, dando ênfase ao estudo de História Geral, sendo o Brasil e a América apêndices da

civilização ocidental. Para o ensino elementar (séries iniciais do ensino fundamental)

discutia-se, neste momento, a implantação dos chamados Estudos Sociais no currículo

escolar em substituição a História e Geografia.

O processo de industrialização e urbanização no país trouxe novas questões para o

debate acadêmico na História. Alguns historiadores procuravam identificar as causas de

nosso atraso econômico, enquanto outros apontavam para a necessidade de se buscar

conhecer a identidade nacional, integrando as três raças formadoras do país. A História

ensinada incorporou estas discussões através dos programas e currículos, e manuais

didáticos. Difundia-se nas salas de aula a tese da democracia racial, entendida como

ausência de preconceitos raciais e étnicos.

“Nessa perspectiva, o povo brasileiro era formado por brancos descendentes de portugueses, índios e negros, e, a partir dessa tríade, por mestiços, compondo conjuntos harmônicos de convivência dentro de uma sociedade multirracial e sem conflitos, cada qual colaborando com seu trabalho para a grandeza e riqueza do País.”(MEC)

Ensinava-se nas escolas a idéia de um Brasil sem preconceito racial, no qual cada

um colabora com aquilo que tem para a felicidade geral. A História não era o espaço para

discussões dos problemas brasileiros.

Durante o regime militar, a História é definitivamente substituída pelos chamados

Estudos Sociais, a partir da lei n. 5692/71. Os Estudos Sociais constituíram-se ao lado da

Educação Moral e Cívica em fundamentos dos estudos históricos mesclados por temas da

Geografia. Os temas da História e Geografia foram diluídos, ganhando contornos

ideológicos de um ufanismo nacionalista destinado a justificar o projeto nacional

organizado pelo governo militar implantado no País a partir de 1964.

A proposta metodológica tinha como pressuposto que os estudos sobre a sociedade

deveriam estar vinculados aos estágios de desenvolvimento psicológico do aluno, devendo

pois, partir do concreto ao abstrato em etapas sucessivas. Neste sentido, iniciava-se o

estudo do mais próximo, a comunidade ou o bairro, indo sucessivamente ao mais distante,

o município, o estado, o país e o mundo.

Neste momento assiste-se a uma divulgação da história de reis, heróis e batalhas,

redutoras do homem a categoria de objeto ínfimo no universo de monstros grandiosos que

decidem o caminho da humanidade e o papel de cada um de nós. Do passado só se

recordava dos fatos heróicos, a versão que engrandece. Da escravidão lembra-se apenas

da lei áurea, os seus quase 400 anos devem ser esquecidos. O desaparecimento da

população indígena fica sem explicação, mas comemora-se o dia do índio. E assim não

tendo compromisso em buscar na história as diversas vertentes explicativas, nada se

discutia do presente, do vivido. Como se este fosse obra de um destino, de uma

predestinação.

Este modo de ver a História predominou nos currículos escolares até bem pouco

tempo. Foi somente com o processo de democratização no país acontecido em meados

dos anos 80 é que verificamos algumas mudanças em relação à disciplina.

Acompanhando o processo de democratização acontecido em meados dos anos 80,

os conhecimentos escolares foram duramente questionados e redefinidos por reformas

curriculares. A clientela escolar vinha se modificando desde a década de 40, período no

qual as classes populares começam a ter acesso a escola. Esta nova geração de alunos

vai, ainda, ter um maior acesso as novas tecnologias de comunicação, principalmente o

rádio e a televisão. A nova realidade não podia mais ser ignorada pela escola. As

mudanças curriculares se tornaram urgentes.

Neste contexto inicia-se a discussão sobre o retorno da História e da Geografia

como disciplinas autônomas nos currículos das séries iniciais. O que de certa maneira

impulsiona esta discussão é a formação de associações como a ANPUH e AGB. Ao

mesmo tempo a profissionalização do Historiador se tornou crescente com a criação de

cursos de pós-graduação no país. Cresceu o diálogo entre pesquisadores e profissionais

do ensino, expresso nas publicações sobre ensino de História no período.

A produção historiográfica crescia a passos largos, influenciando as propostas

curriculares. “Os historiadores voltaram-se para a abordagem de novas problemáticas e

temáticas de estudo, sensibilizados por questões ligadas a história social, cultural e do

cotidiano, sugerindo possibilidades de rever no ensino fundamental o formalismo da

abordagem histórica tradicional.”(PCNS)

Contestava-se a história tradicional, dos grandes fatos, dos heróis. A visão da

história como um processo linear, evolutivo, em direção ao progresso, foi denunciada

como redutora da capacidade do aluno de se sentir parte integrante e agente de uma

história que desconsiderava sua vivencia e era apresentada como um produto pronto e

acabado.

Ao mesmo tempo em que este modelo de História era questionado abria-se espaço

dentro das ciências pedagógicas, especialmente no campo da psicologia cognitiva e

social, para as discussões sobre o processo de ensino e aprendizagem nos quais os

alunos eram considerados como participantes ativos do processo de construção do

conhecimento. No caso da disciplina História, significava então admitir um sujeito

construtor de sua história.

Os professores percebiam a impossibilidade de transmitir nas aulas o conhecimento

de toda a História da humanidade. Neste momento, passam a buscar novas formas de se

ensinar história rompendo com as visões reducionistas e simplificadoras da história oficial.

Duas propostas para o ensino de História surgem neste momento: a História temática e a

História integrada. Na primeira proposta trabalha-se com eixos temáticos, revendo a

dimensão cronológica do tempo histórico, as concepções de linearidade e progressividade.

Na segunda, intercala-se os conteúdos de história do Brasil com os de História Geral.

Os métodos tradicionais de ensino foram questionados, buscando alternativas que

levassem o aluno a construção do conhecimento histórico na sala de aula. Rompia-se com

métodos de ensino baseado na leitura de livros didáticos. O cinema, a música, a literatura

foram trazidos para o ensino de História como linguagens alternativas para se construir o

conhecimento histórico.

Todavia, esta mudança de perspectiva não atingiu de forma generalizada o ensino

de História. Nas séries iniciais a História tem permanecido distante do interesse dos

alunos, presa as fórmulas prontas do discurso dos livros didáticos ou relegada a práticas

esporádicas determinadas pelo calendário cívico. É necessário que se reafirme a

importância da História no currículo escolar e, acima de tudo, que se entenda que esta

disciplina pode desenvolver os alunos como sujeitos conscientes na pratica da cidadania.

O ensino de história não pode reduzir-se a memorização de fatos, a informação

detalhada dos eventos, ao acúmulo de dados sobre as circunstâncias nas quais

ocorreram. A história não é simplesmente um relato de fatos periféricos, não é o elogio de

figuras ilustres. Ela não é um campo neutro, é um lugar de debate, as vezes de conflitos. É

um campo de pesquisa e produção do saber que está longe de apontar para o consenso.

No ensino de história o principal objetivo é compreender e interpretar as várias

versões do fato, e não apenas memoriza-lo. Sem que se identifique, preserve,

compreenda, sem que se indique onde se encontram outros fatos e qual o seu valor, não

pode haver continuidade consciente no tempo, mas somente a eterna mudança do mundo

e do ciclo biológico das criaturas que nele vivem. O conhecimento da história da civilização

é importante porque nos fornece as bases para o nosso futuro, permite-nos o

conhecimento de como aqueles que viveram antes de nós equacionaram as grandes

questões humanas.

Os estudos de história contribuiriam para formar no aluno a idéia de que a realidade

como está foram produzida por uma determinada razão, e mais importante, podem ser

alteradas ou conservadas. Para isso é importante que a História seja entendida como o

resultado da ação de diferentes grupos, setores ou classes de toda a sociedade. É

importante que o aluno conheça a história da humanidade como a história da produção de

todos os homens e não como resultado da ação ou das idéias de alguns poucos.

Nessa medida a História seria entendida como um processo social em que todos os

homens estariam nele engajados como seres sociais. De outra parte, é fundamental que

se estabeleça a relação do passado e do presente, isto é, que os estudos não se

restrinjam apenas ao passado, mas sim que este seja entendido como chave para a

compreensão do presente, que por sua vez melhor esclarece e ajuda a entender o

passado. Aqui duas funções se evidenciam como básicas nos estudos da história:

capacitar o individuo a entender a sociedade do passado e a aumentar o seu domínio da

sociedade do presente.

Sob esse enfoque, não tem sentido um ensino de História que se restrinja a fatos e

acontecimentos do passado sem estabelecer sua vinculação com a situação presente;

como não têm sentido analisar os acontecimentos atuais sem buscar sua gênese e sem

estabelecer sua relação com outros acontecimentos políticos, econômicos, sociais e

culturais ocorridos na sociedade como um todo. Não é possível, portanto, analisar fatos

isolados. Para entender seu verdadeiro sentido é imprescindível remete-los á situação

socioeconômica, política e cultural da época em que foram produzidas, reconstituídas suas

evoluções na totalidade mais amplas do social até a situação presente.

Somente desta forma a escola pode oferecer ao aluno um ensino que lhe possibilite

o conhecimento e a compreensão das relações de tempo e espaço; ou seja, pelo

conhecimento da “temporalidade das relações sociais, das relações políticas, das formas

de produção econômica, das formas de produção da cultura das idéias e dos valores.”

17 METODOLOGIA

Para os anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), a proposta é que os

conteúdos temáticos priorizem as histórias locais e do Brasil, estabelecendo-se relações e

comparações com a história mundial.

O trabalho pedagógico com os Conteúdos Estruturantes, básicos e específicos tem

como finalidade a formação do pensamento histórico dos estudantes. Isso dar-se-à

quando estivermos(professor-aluno) utilizando, em sala de aula e nas pesquisas

escolares, os métodos de investigação histórica articulados pelas narrativas históricas

desses sujeitos. Assim, os alunos perceberão que a História está narrada em diferentes

fontes (livros, cinema, canções, palestras, relatos de memória, etc.), sendo que os

historiadores se utilizam destas fontes para construírem suas narrativas históricas.

Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, o

trabalho pedagógico será organizado por meio:

• do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos;

• da fundamentação na historiografia;

• da problematização do conteúdo.

Essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas pelo

sujeito. Recorrer ao uso de vestígios e fontes históricas nas aulas de História pode

favorecer o pensamento histórico e a iniciação aos métodos de trabalho do historiador. A

intenção do trabalho com documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia

intelectual adequada, que permita ao aluno realizar análises críticas da sociedade por

meio de uma consciência histórica (BITTENCOURT, 2004).

Ao trabalhar com vestígios na aula de História, é indispensável ir além dos documentos

escritos, trabalhando com os iconográficos, os registros orais, os testemunhos de história

local, além de documentos contemporâneos, como: fotografia, cinema, quadrinhos,

literatura e informática. Outro fator a ser observado é a identificação das especificidades

do uso desses documentos, bem como entender a sua utilização para superar as meras

ilustrações das aulas de História. Quanto à identificação do documento, a sugestão é

determinar sua origem, natureza, autor ou autores, datação e pontos importantes do

mesmo.

Para fazer análise e comentários dos documentos, Bittencourt (2004) estabeleceu a

seguinte metodologia:

• descrever o documento, ou seja, destacar e indicar as informações que ele contém

mobilizar os saberes e conhecimentos prévios dos alunos para que eles possam explicá-

los, associá-los às informações dadas;

• situar o documento no contexto e em relação ao autor;

• identificar sua natureza e também explorar esta característica para chegar a

identificar os seus limites e interesses.

Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e contribuam para a

preservação de documentos escritos, dos lugares de memória, como: museus, bibliotecas,

acervos privados e públicos de fotografias, audiovisuais, entre outros. Isso se dá pelo uso

adequado dos locais de memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos que podem

constituir fontes de pesquisas ou pelo reconhecimento do trabalho feito pelos

pesquisadores. A problematização desses documentos é que os transformam em fontes

históricas.

O trabalho com documentos e fontes históricas pode levar a uma análise crítica

sobre o processo de construção do conhecimento histórico e dos limites de sua

compreensão.

Tal abordagem é fundamental para que os alunos entendam:

• os limites do livro didático;

• as diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;

• a necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhor diferentes

contextos;

• a importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento histórico

para compreensão do passado;

• que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode ser

complementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo trabalho

de investigação do historiador.

Então, ao adotar este encaminhamento metodológico, o professor precisa relativizar o

livro didático, uma vez que as explicações nele apresentadas são limitadas, seja pelo

número de páginas do livro, pela vinculação do autor a uma determinada concepção

historiográfica, seja pela tentativa de abarcar uma grande quantidade de conteúdos em

atendimento às demandas do mercado editorial. Isso não significa que o livro didático deva

ser abandonado pelo professor, mas problematizado junto aos alunos, de modo que se

identifiquem seus limites e possibilidades. Implica também a busca de outros referenciais

que complementem o conteúdo tratado em sala de aula.

Porém, como o livro didático é o documento pedagógico mais popular e usado nas

aulas de História, Schmidt e Cainelli (2004), sugerem alguns encaminhamentos

metodológicos para seu uso que permitam a sua transformação em uma fonte histórica:

• Ler o texto;

• construir uma enunciação da ideia principal de cada parágrafo;

• identificar e analisar as imagens e as ilustrações, os mapas e os gráficos;

• relacionar as ideias do texto com a imagens, as imagens, os mapas e os gráficos;

• explicar as relações feitas;

• estabelecer relações de causalidade e significado sobre o que aparece no texto e

nas imagens, imagens, mapas e gráficos;

• identificar as ideias principais e secundárias do texto;

• registrar, de forma organizada e hierarquizada, as ideias principais e as secundárias

do texto (TREPAT, 1995, p. 1994-220; atividades adaptadas por SCHMIDT e

CAINELLI. 2004, p. 140).

Fundamentar o conhecimento na historiografia significa compreendê-lo em suas

práticas, suas relações e pela multiplicidade de leituras e interpretações históricas

possíveis. Para isso, algumas questões poderão ser propostas aos estudantes:

• Como o historiador chegou a essa interpretação?

• Que documentos/fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões?

• Existem outras pesquisas a esse respeito?

• Que relações o historiador contemplou em sua análise?

• No conteúdo trabalhado, como podem ser identificados os aspectos políticos, sócio-

econômicos e culturais?

• Existem aspectos que ainda podem ser pesquisados? Quais?

• Estas ideias historiográficas têm relação com as ideias históricas produzidas pelos

estudantes?

• Como os estudantes desenvolvem essas ideias históricas?

Para que os estudantes busquem conteúdos diversos daqueles apresentados nos

livros didáticos, o uso da biblioteca é fundamental. Torna-se essencial, no entanto, a

orientação para que conheçam o acervo específico, as obras que poderão ser

consultadas, e que se ensine os bons hábitos de manuseio e conservação das obras.

Existem caminhos interessantes caminhos o estudo das histórias locais:

• a importância da dimensão local na construção do conhecimento do passado e que

há fenômenos que devem ser analisados em uma pequena escala;

• a relação entre os fatos de dimensão local e os de dimensão nacional, continental ou

mundial;

• o estudo e a compreensão das histórias locais do Outro (como as histórias dos

indígenas, dos latino-americanos, dos africanos e dos povos do Oriente);

• o respeito pelo patrimônio que testemunha o passado local;

• os termos das questões relativas à administração e gestão do território em que

vivem;

• a função e o valor histórico-social das instituições incumbidas da conservação do

patrimônio e do estudo do passado;

• a utilização e divulgação pública de narrativas históricas das histórias locais.

A metodologia de ensino de História terá como ponto de partida uma práxis

pedagógica, vinculada aos conteúdos, proposta de forma a abranger interesses que

venham ao encontro das necessidades individuais do educando e expectativas da

realidade escolar, relacionando o comportamento humano, historicamente constituído, ao

cotidiano escolar em todas as suas formas de manifestações culturais, políticas,

econômicas e sociais.

Será aplicada através de aulas expositivas, demonstrativas, vídeos, palestras,

implicando tarefas indissociáveis: reflexão- conhecimento- interpretação da realidade e a

sua transformação partindo da prática, fazendo com que o próprio aluno seja capaz de

superar seus desafios de uma maneira clara para que realize suas tarefas, refletindo sobre

as mesmas (através da reflexão crítica, individual e coletiva), através de debates entre os

alunos chegando a um consenso de respeito as ideias que podem ser diferentes, onde

todos entendam de maneira clara o seu cotidiano procurando sempre guiá-lo na direção

desejada.

As atividades bimestrais ofertadas terão como objetivo o aprendizado dos

conteúdos tradicionais, incluindo nestes a contemplação da vivência social do educando,

por meio de conteúdos interdisciplinares relevantes às suas necessidades atuais. Os

conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos

conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

Serão trabalhados também, questões referentes à saúde, meio-ambiente,

sexualidade, drogas, enfrentamento à violência, conhecimentos científicos e tecnológicos,

profissões, educação do campo, educação fiscal, datas nacionais importantes, artes e a

pluralidade cultural, especialmente a Afro-Brasileira. Desta forma, proporcionar a reflexão

e crítica às contradições sociais, políticas e econômicas presentes na sociedade

contemporânea.

Serão utilizados os seguintes recursos metodológicos:

-Textos e documentos para análise;

- Vídeos e filmes;

-Livro didático;

-Ilustrações do livro didático;

-Tv pendrive;

-Mapas;

-Jornais, pinturas, gravuras, charges;

-Retroprojetor;

-Fotografias.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º ANO

OS DIFERENTES SUJEITOS SUAS CULTURAS E SUAS HISTÓRIAS

Conteúdos Estruturantes

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

Conteúdos Básicos

A experiência humana no tempoOs sujeitos e suas relações com o outro no tempoAs culturas locais e a cultura comum

7º ANO

A CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DO MUNDO RURAL E URBANO E A FORMAÇÃO DA PROPRIEDADE EM DIFERENTES TEMPOS E ESPAÇOS.

Conteúdos Estruturantes

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

Conteúdos Básicos

As relações de propriedadeA constituição histórica do mundo campo e a cidadeAs relações entre o campo e a cidadeConflitos e resistências e produção campo-cidade.

8º ANO

O MUNDO DO TRABALHO E OS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIA.

Conteúdos Estruturantes

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

Conteúdos Básicos

Histórias das relações da humanidade com o trabalhoO trabalho e a vida em sociedadeO trabalho e as contradições da modernidadeOs trabalhadores e as conquistas de direito.

9º ANO

RELAÇÕES DE DOMINAÇÃO E RESISTÊNCIA: A FORMAÇÃO DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES

Conteúdos Estruturantes

Relações de trabalhoRelações de poderRelações culturais

Conteúdos Básicos

A constituição das instituições sóciasA formação do EstadoSujeitos guerras e revoluções.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

24 Relações de trabalho25 Relações de poder26 Relações culturais

CONTEÚDOS BÁSICOS - 1º Ano• Tema 1: Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.• Tema 2:Urbanização e industrialização.• 2º Ano• Tema 3: O Estado e as relações de poder.• Tema 4: Cultura e religiosidade.• 3º Ano• Tema 5: Os sujeitos, as revoltas e as guerras.• Tema 6:Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções.

Os conteúdos estruturantes, relações de trabalho, poder e cultura, organizam a

investigação do conhecimento histórico e proporcionam um maior conhecimento sobre o

político, social, econômico e cultural.

Para o Ensino Médio, a metodologia proposta pelas Diretrizes Curriculares é a da

História Temática, onde a organização do trabalho pedagógico por meio de temas

históricos possibilita ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre um

determinado contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre passado e

presente.

A História Temática requer a constituição de uma problemática das estruturas e das

ações humanas que formaram os processos históricos do presente, tais como a fome,

desigualdade e exclusão social , confrontos identitários ( individual, social, étnica, sexual,

de gênero, de idade, de propriedade, de direitos, regionais e nacionais). Isso deve ser feito

observando-se os recortes espaço/temporal e conceituais específicos.

AVALIAÇÃO

A avaliação estará a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o

conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo.

Refutam-se as práticas avaliativas que priorizam o caráter classificatório, autoritário,

que desvinculam a sua função da aprendizagem. Uma avaliação autoritária e

classificatória materializa um modelo excludente de escolarização e de sociedade, com o

qual a escola pública tem o compromisso de superação.

[...] para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é (preciso)modificar a sua

utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá ser assumida

como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o

aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no

seu processo de aprendizagem (LUCKESI, 2002, p. 81).

O aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno

compartilhado, contínuo, processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das

práticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.

Várias formas avaliativas serão utilizadas tais como:

• Avaliação diagnóstica – permitirá identificar o desenvolvimento da aprendizagem

dos alunos para pensar em atividades didáticas que possibilitem a compreensão dos

conteúdos a serem trabalhados;

• Avaliação formativa – ocorrerá durante o processo pedagógico e tem por finalidade

retomar os objetivos de ensino propostos para, a partir dos mesmos, identificar a

aprendizagem alcançada desde o início até ao momento avaliado;

• Avaliação somativa – permitirá tomar uma amostragem de objetivos propostos no

início do trabalho e identificar se eles estão em consonância com o perfil dos alunos e

com os encaminhamentos metodológicos utilizados para a compreensão dos

conteúdos. Esta avaliação é aplicada em período distante um do outro, como por

exemplo o bimestre, trimestre ou semestre.

Para o Ensino Fundamental , a avaliação da disciplina de História considera três

aspectos:

• A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;

• A compreensão das relações da vida humana (Conteúdos Estruturantes);

• O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

Esses três aspectos são entendidos como complementares e indissociáveis. Para isso

é importante recorrer a diferentes atividades, tais como: leitura, interpretação e análise de

narrativas historiográficas, mapas e documentos históricos; produção de narrativas

históricas, pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação

de seminários, entre outras.

Após a avaliação diagnóstica, poderemos revisitar as práticas desenvolvidas até

então, de modo que identifiquem lacunas no processo pedagógico. Essa ação permitirá

que se planeje e se proponha outros encaminhamentos para a superação das dificuldades

constatadas.

Deseja-se que, ao final do trabalho na disciplina de História, os alunos tenham

condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente as relações de

poder neles existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem de modo a

se fazerem sujeitos da própria História.

A avaliação escolar dos alunos enquadrados dentro do sistema de inclusão deve

ser a mesma aplicada aos demais. O que muda com o paradigma da inclusão é o que se

entende por avaliação escolar, não importa se ela é planejada para este ou aquele aluno.

A avaliação escolar inclusiva precisa ser contínua (e não pontual), ocorrendo, portanto, o

tempo todo ao longo de cada ano letivo. Para tanto, realizar-se-à inúmeras atividades que

revelem como e o que o aluno está aprendendo (e não somente a prova, que, aliás, é

dispensável). Esse tipo de avaliação serve para indicar o que o professor e a escola

precisam mudar para que o aluno efetivamente aprenda, e seu objetivo é manter os alunos

incluídos (e não eliminá-los), por isso busca avaliar cada aluno por ele mesmo (e não

compará-lo com os demais). Cada avaliação, em relação às anteriores, intenciona levar o

aluno à realização máxima (e não classificá-lo por nota).

Além disso será viabilizada a todos os alunos oportunidades de aprendizagem que

possibilitem a superação das dificuldades encontradas no percurso desse aprendizado. A

recuperação é um instrumento relevante para levar o aluno ao sucesso escolar. Contínua

ou Paralela objetivam combater a defasagem de conteúdo programático.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

13. Diretrizes curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.

14. PILETTI, Nelson. História do Brasil. 14.ed. São Paulo, Ática, 1996.

15. HOBSBAWN, Eric J. Era dos Extremos, breve século XX: 1914 – 1991. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.

16. MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. O manifesto comunista. 6.ed., São Paulo, Paz e Terra, 1998.

17. ARRUDA, j. & PILETTI, N. Toda a história – história geral e do Brasil. 7.ed. São Paulo, Ática, 1998.

18. COSTA, L. & MELLO, l. Toda a história. 11. ed. São Paulo, Ática, 1999.

19. SACRISTAN, J. Gimeno, e Gomes, a. I. Perez . O Currículo: os conteúdos do ensino ou uma análise prática? Compreender e Transformar o Ensino. Porto Alegre, Armed, 2000.

20. CHAUÍ, M. Convite à Filosofia. 9.ed. São Paulo, Ática, 1997.

21. VASQUEZ. Hiperatividade: Avaliação e Tratamento. In Rafael Batista, Necessidades Educativas Especiais. Lisboa, Dinalivro, 1997.

22. ABUD, Kátia. Currículos de História e políticas públicas: os programas de História do Brasil na escola Secundária

23. BRASIL. Secretaria de Educação fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: história, geografia. Secretaria da Educação Fundamental. Brasil: NMEC. SEF, 1997.

24. ANPUH, Associação Nacional de História. AGB, Associação de Geógrafos.

25. BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: sociedade e cidadania. 1.ed. São Paulo, FTD, 2006.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA: INGLÊS

ENSINO FUNDAMENTAL

(6º ao 9º ano)

ENSINO MÉDIO

IRATI

2012

Apresentação da disciplina

Devido a acentuada dependência econômica do Brasil em relação aos Estados

Unidos durante e após a Segunda Guerra Mundial, intensificou-se a necessidade de

aprender inglês. O aprendizado dessa língua passou a ser um anseio da população

urbana, de modo que a mesma ganhou cada vez mais espaço no currículo.

Hoje, a língua inglesa tem status de língua internacional, a língua dos negócios e da

tecnologia, com a qual todos se comunicam em reuniões internacionais. Aí a importância

que objetiva a inserção do inglês neste mundo globalizado, onde a comunicação e o

conhecimento pela cultura e línguas estrangeiras são de extrema necessidade para a

formação e reflexão de uma nova realidade brasileira. Torna-se difícil o indivíduo participar

ativamente e com sucesso num mundo tão competitivo, tanto sócio-econômico quanto

culturalmente, sem o conhecimento de ao menos uma das habilidades específicas.

Desta forma, espera-se que o aluno:

- use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

- vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação que lhe

possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social;

- tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

- reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus

benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

Falar inglês, hoje, é o mesmo que abrir as portas para o mundo. Qualquer que seja

a língua nativa de um país, são 90% as chances de que alguém fale ou mesmo entenda

este idioma. Com ele, não só é possível como natural, se comunicar com pessoas de

qualquer parte do globo, como se estivessem conversando em sua língua nativa. Na

internet é muito mais fácil encontrar informações em inglês do que em qualquer outra

língua. Além disso, o inglês habita boa parte de nossa vida cotidiana: as músicas, os filmes

os desenhos e jornais transmitem informações senão em inglês muitas vezes traduzidas

dele. O domínio de uma LEM tem o poder nos colocar em contato com pessoas que

possivelmente nunca conheceríamos, inserir-nos em novas culturas, apresentar-nos um

diferencial profissional, na busca por uma vaga no concorrido mercado de trabalho,

passando a integrar o perfil do profissional ou futuro profissional, por mais jovem que ele

seja.

Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação.

Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural

do código lingüístico. Ela é heterogênea, ideológica e opaca. No ensino de língua

estrangeira, o objetivo de estudo contempla as relações com a cultura, o sujeito e a

identidade visando no ensino da Língua Inglesa a conscientização dos alunos sobre a

importância de uma LEM por ser um instrumento de comunicação universal; a

possibilidade da compreensão e expressão na LEM, através da abordagem do discurso

(listening/speaking/reading); a construção do conhecimento sistêmico sobre a organização

textual e sobre como e quando utilizar a linguagem, nas situações de comunicação, tendo

como base os conhecimentos da língua materna; o incentivo a um nível de competência

linguística capaz de permitir o acesso a diversos tipos de informação contribuindo ao

mesmo tempo para sua formação geral enquanto cidadão.

26. Conteúdo Estruturante

O conteúdo estruturante que rege o estudo da língua inglesa é único e está

relacionado ao momento histórico-social, ao entender a língua como espaço social de

interação verbal para produção de sentidos. Tal conteúdo é definido como “discurso como

prática social” e, é por meio dele que a língua será tratada de forma dinâmica, através das

habilidades da leitura, oralidade e escrita.

Bakhtin já entendia a língua como dinâmica e em constante evolução, e não

podendo ser concebida como algo pronto, acabado. Através do discurso os sujeitos

passam a intervir na realidade, perceberem a interdiscursividade, as condições de

produção, a polissemia, a intenção e as marcas linguísticas.

27. Conteúdos Básicos da Disciplina

Para o desenvolvimento do conteúdo estruturante em sua função real é necessário

que sejam utilizados textos de diferentes gêneros, de diferentes esferas de circulação que

proporcionem a construção de sentido “na luta política contra a hegemonia, pela

diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo colaborar na

inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos doa tipos de [...]

(conhecimentos necessários)1".

1 (MOITA LOPES, 2003, p.43, IN DCE – Língua Estrangeira Moderna, ed.2008)

É importante também procurar manter uma progressão entre as séries para

diagnosticar as condições de trabalho, a contemplação do objeto de estudo com o meio

social do aluno, o perfil dos educandos e a articulação da disciplina com as demais.

A qualidade dos textos e o seu grau de complexidade e de relevância quanto à

informatividade, induzindo o aluno à pesquisa e à discussão são fundamentais para uma

aula interativa e participativa. Os elementos linguísticos serão abordados na medida em

que forem sendo evidenciados nos textos e, retomados em qualquer bimestre ou série,

sempre que forem necessários para a total compreensão do discurso. Sempre que

possível os alunos poderão participar da escolha dos temas a serem trabalhados, para um

melhor relacionamento com o objeto de estudo e numa tentativa de inter-relação,

participação e de compreensão entre o autointeresse e interesses em grupo, esgotando

dúvidas e evitando visões estereotipadas.

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,

são adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas

sociais de circulação.

A seleção desses gêneros é realizada de acordo com o Projeto Político

Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou

seja, em conformidade com as características da escola, com o nível de complexidade

adequado a cada uma das séries e em consonância com os todos os professores da

disciplina.

ENSINO FUNDAMENTAL: 6° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Por meio dos mais variados gêneros como diálogo, imagem, jogo, vídeo,

vídeo clip, texto informativo, música, pictograma, charge, ilustração, narrativa, mapa,

árvore genealógica, álbum de família, história em quadrinhos, cartazes, anúncio, slogan e

desenho animado, são trabalhados os conteúdos básicos leitura, oralidade e escrita,

atendendo a identificação dos seguintes itens:

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Léxico;

• Repetição proposital de palavras;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extra linguísticos: entonação, pausas, gestos...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

ENSINO FUNDAMENTAL: 7° ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

Com relação ao ensino da Língua Inglesa na 6ª série/7º ano, são

selecionados gêneros como: classificados, anúncio, carta pessoal, e-mail, calendário,

horóscopo, cartão postal, música, exposição oral, biografia, letra de música, vídeo clip,

vídeo, poema, foto, imagem, ilustração, diálogo, cartazes, texto argumentativo, publicidade

comercial, propaganda e outros, que porventura se façam necessários no decorrer do ano

letivo, visando trabalhar os conteúdos básicos da leitura, oralidade e escrita.

Em conformidade com os gêneros citados, é necessário identificar:

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Informações explícitas;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Repetição proposital de palavras;

• Léxico;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Tema do texto;

• Finalidade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extra linguísticos: entonação, pausas,

gestos, etc;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas, coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

ENSINO FUNDAMENTAL: 8º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

Por meio de gêneros como: cartão postal, informações metereológicas,

biografia, imagens, gravura, moeda, foto, conto, letra de música, vídeo, vídeo clip,

exposição oral, receita médica, relato histórico, gráficos, texto informativo, receita culinária,

diálogo, bilhete, dentre outros, onde são trabalhados os conteúdos básicos (leitura,

oralidade e escrita), com intuito de identificar:

LEITURA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem.

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

- Léxico.

ESCRITA

• Conteúdo temático;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Concordância verbal e nominal;

• Semântica:

- operadores argumentativos;

- ambiguidade;

- significado das palavras;

- figuras de linguagem;

- sentido conotativo e denotativo;

- expressões que denotam ironia e humor no texto.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Elementos semânticos;

• Adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS:

Tabela nutricional, pirâmide alimentar, gráficos, imagens, receita, entrevista,

jogo, música, diário, biografia, texto informativo, relato histórico, letra de música, exposição

oral, vídeo, vídeo clip, cartazes, adivinha, mapa e carta, são gêneros propostos para essa

série, onde visa-se compreender os conteúdos básicos da oralidade, leitura e escrita:

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem);

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;

• Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Processo de formação de palavras;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de

conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

Ensino Médio

Os conteúdos básicos que serão trabalhados pertencem às práticas da oralidade,

leitura e escrita. Tais conteúdos são abordados por meio dos mais diversos gêneros

textuais escolhidos em comum acordo pelo coletivo da escola. Dentre alguns destes

gêneros dá-se ênfase a biografia, fábulas, correspondências, crônicas, histórias em

quadrinho, artigos, pesquisas, cartazes, mapas, exposição oral, carta ao leitor, cartum,

charge, manchetes, classificados, e-mail, comerciais, fotos, vídeos, entrevista, filmes,

home pages, entre outros que se fizerem necessários para subsidiar a construção de

significados e promover o desenvolvimento de idéias.

Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que

deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de

gêneros e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo

professor.

Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio de

complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses

tópicos.

Assim, espera-se que o aluno compreenda e identifique através dos conteúdos

básicos da disciplina (leitura, oralidade e escrita):

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego e sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

• Léxico.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego e sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e expressões que denotam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Intencionalidade do texto;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extra linguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual pausas;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.

28. Metodologia

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica – DCE de Língua

Estrangeira Moderna, “o papel da escola define-se de formas muito diferenciadas. Da

perspectiva das teorias críticas da educação, as primeiras questões que se apresentam

são: Quem são os sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Que referências sociais

e culturais trazem para a escola?”. Entende-se, portanto, que é preciso, primeiramente,

diagnosticar, conhecer a realidade social da escola e definir os objetivos que irão permear

as práticas reorientar a definição dos conteúdos.

Assim, propõe-se a fazer da aula de LEM um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural de sua realidade, oportunizando-o a

engajar-se discursivamente nas três habilidades linguísticas: leitura, escrita e oralidade, e

perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive.

O ponto de partida para tal é o discurso verbal e não verbal como unidade de linguagem

em uso.

Trabalhar a valorização do ensino, através metodologias diferenciadas, objetivando

atender a todos, independentemente da classe social, econômica, étnica ou cultural. Da

mesma forma, tratar os Conteúdos Básicos da disciplina (leitura, oralidade e escrita)

contextualizados à vida social do educando, por meio de conteúdos interdisciplinares

relevantes às suas necessidades atuais, com relação ao mundo, meio-ambiente, saúde,

sexualidade, drogas, conhecimentos científicos e tecnológicos, profissões, educação do

campo, educação fiscal, datas nacionais importantes, artes e a pluralidade cultural,

especialmente a Afro-Brasileira e a Indígena, conforme leis 11.645/08 e 10.639/03. Desta

forma, proporcionar a reflexão e crítica às contradições sociais, políticas e econômicas

presentes na sociedade contemporânea.

Os conteúdos obrigatórios conforme dispostos na Instrução 009/11 SUED/SEED

serão contemplados concomitantes aos conteúdos específicos da disciplina em

consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa.

Práticas diferenciadas e textos com crescentes graus de dificuldade darão suporte

para o aluno compreender a realidade linguística e ser capaz de perceber com autonomia

as idéias principais, a função, a composição e o grau de informação de cada texto, bem

como fazer a análise linguística do mesmo.

A diversidade de gêneros textuais permitirá reflexão, identificação de diferentes

estruturas, funções, autoria e público alvo e ainda o confronto com a língua materna do

educando. Exercícios de leitura, audiovisuais, orais e escritos, dramatizações, repetição

oral em grupo e individual, observação de figuras, fotos, cores e demais formas de

comunicação são algumas das estratégias usadas para ajudar os alunos a desenvolverem

as habilidades necessárias para uma comunicação efetiva. A análise gramatical será

efetivada no decorrer do processo, sempre que se fizer necessária.

Entende-se que o ensino de língua estrangeira deve possibilitar ao aluno relações

com culturas e ideologias diversas e formação necessária para a transformação da

realidade social, econômica e política de seu tempo, objetivando desenvolver consciência

e postura crítica sobre seu papel no mundo. Para tal é necessário o conhecimento

sistemático, baseado nas dimensões científica, artística e filosófica do conhecimento

adquirido na escola, dentro das mais diversas esferas sociais e através das mais variadas

práticas metodológicas confrontado com os conhecimentos do cotidiano popular e a

prática da leitura não linear.

Ao interagir com textos diversos, subsidiado por conhecimentos linguísticos, sócio-

culturais, discursivos e pragmáticos, o educando perceberá que as formas linguísticas são

flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da

língua ocorre, permitindo a si elaborar, construir ou reconstruir seu conhecimento e

visualizar o contexto sócio-histórico do autor, seu estilo e ideologia.

Quanto às três práticas discursivas: escrita, oralidade e leitura, deverá ficar explícito

o quê, para quê e para quem se objetiva comunicar, com objetivo e enunciados claros,

com orientação de gênero e variedade linguística esperados pelo professor, em situações

reais de uso.

Os conteúdos poderão ser retomados sempre que se fizerem presentes, com

observação do grau de importância e profundidade.

Finalmente, para proporcionar uma educação de qualidade serão utilizados diversos

instrumentos metodológicos como o livro de Língua Estrangeira Moderna, produzido pelos

professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná, bem como de outras

bibliografias da área, TV multimídia, DVD, rádio, Internet, CD-ROM, vídeos, dicionários,

cartazes, mapas e outros, disponíveis na escola.

29. Avaliação

A avaliação é um processo voltado a conhecer e acompanhar não só o

desenvolvimento do aluno dentro do espaço escolar, mas também nortear as práticas

metodológicas do professor, ou seja, é um recurso docente que estuda e interpreta os

dados da aprendizagem a fim de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aquisição de

conhecimento discente e diagnosticar resultados, atribuindo valores.

A avaliação, nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das dificuldades

de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que essa

aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da comunidade, da

sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço onde os alunos estão

inseridos.

Para concretizar esse objetivo, a avaliação escolar deve constituir um projeto de

futuro social, pela intervenção da experiência do passado e compreensão do presente,

num esforço coletivo a serviço da ação pedagógica, em movimentos na direção da

aprendizagem do aluno, da qualificação do professor e da escola.

Pautada em princípios acadêmicos, políticos e culturais e baseados nos sujeitos

que deles usufruem, a avaliação levará em conta o mundo globalizado, desigualdades e

diferenças culturais. Deste modo será diagnóstica, somativa e formativa.

Considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos, serão

utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: leitura e interpretação de textos,

trabalhos individuais e coletivos de compreensão e produção de textos e análises

gramaticais, provas objetivas e/ou dissertativas, relatórios e pesquisas, utilização

adequada do discurso conforme a situação de uso, a fluência e a participação nos

diálogos, debates, reflexões, e análises, coerência e postura nos trabalhos de auto-

avaliação coletiva, cujos valores serão somados objetivando a média bimestral e anual.

Os critérios avaliativos serão determinados de acordo com os conteúdos básicos:

leitura, escrita e oralidade, que pretendem levar o aluno a realizar leitura compreensiva de

textos, localizar informações, argumentar, ampliar o horizonte de expectativas, ampliar o

vocabulário, identificar o gênero e a esfera de circulação do mesmo, identificar o tema e as

intenções do autor, o sentido conotativo e denotativo das palavras e a expressão clara de

ideias, elaborar textos concisos e coerentes com o gênero, a esfera de circulação e à

continuidade temática propostos, pontuar, usar corretamente os recursos linguísticos,

participar ativamente de relatos, diálogos, discussões e interpretações.

Desta forma, serão contemplados como critérios de avaliação da leitura exercícios

de compreensão e interpretação de textos de diferentes gêneros analisando o

conhecimento do aluno com relação ao tema, informações explícitas e implícitas e ideia

principal, ampliação de vocabulário e fundamentação para debates e argumentações.

Quanto à escrita serão propostas produções textuais de pequenos diálogos, frases,

manchetes, slogans, tirinhas, histórias em quadrinhos dentre outros critérios, utilizando o

vocabulário ampliado, recursos textuais e linguísticos, bem como clareza e continuidade

temática. Por fim, a oralidade, assim como as demais práticas, será avaliada no dia a dia

em sala de aula, por meio de situações de produções formais e informais, adequação do

discurso, apresentação de ideias claras e coerentes mesmo que em língua materna, uso

de recursos próprios desta prática como entonação, pausas, gestos, e turnos de fala.

Assim sendo essas práticas serão trabalhadas e avaliadas em valores próximos (3,0

pontos de leitura, 3,0 de oralidade e 4,0 de escrita) respeitando-se a importância e a

relevância de cada uma na formação de um cidadão ativo capaz de interagir com o

mundo.

A avaliação de Recuperação de Estudos deve ser feita sempre após retomada de

conteúdos e deverá ser ofertada para todos os alunos independente da nota alcançada. A

recuperação será paralela e por conteúdos trabalhados, os quais serão revistos e

avaliados através de recurso diferenciado devendo acontecer a partir de uma lógica

simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do

aluno, devendo ser ofertada a todos os alunos independente da nota alcançada. A

recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar

os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a possibilidade de aprendizagem.

Nesse sentido, a recuperação da nota é simples decorrência da recuperação de

conteúdos.

Serão considerados nesse processo, a organização do ambiente pedagógico, a

participação dos alunos e o engajamento discursivo na sala, na compreensão e interação

verbal de textos consistentes, entre os alunos e o professor ou entre os alunos na turma,

na interação com o material didático, nas conversas, mesmo que em Língua Materna, no

próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o

desenvolvimento de ideias.

Através desse trabalho pretende-se valorizar o estudo da língua estrangeira como

disciplina relevante para a formação de cidadãos atuantes, participativos e críticos na

sociedade.

De acordo com a Lei 9394/96 da Lei de Diretrizes e Bases, capítulo5, artigo 58, os

alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas

necessidades específicas.

30. Referências bibliográficas

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988.

COSTA, M. B. Globetrotter: Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Macmillan, 2001.

FERRARI, M. & RUBIN, S. G. Inglês – Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2000.

GIMENEZ, T. Ensino de línguas estrangeiras no ensino fundamental: questões para

debate. Londrina, 2004.

MARCUSCHI, L. A. (2002). Gêneros textuais: definição e funcionalidade In DIONÍSIO,

Â. et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna.

ORLANDI, E.P. Análise de discurso: princípios e procedimentos. 6ª ed. São Paulo:

Ponte, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba:

Secretaria do Estado da Educação, 2008.

ROCHA, Analuiza Machado; FERRARI, Zuleica Águeda. Take your time 1, 2, 3 e 4. 3 ed.

reform. São Paulo: Moderna, 2004.

http://www.veramenezes.com/comunidades

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRACIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LÍNGUA PORTUGUESA

ENSINO FUNDAMENTAL (6º ao 9º ano)

ENSINO MÉDIO

IRATI2012

I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente, o processo de ensino de Língua Portuguesa no Brasil iniciou- se

com a educação jesuítica. Essa educação era instrumento fundamental na formação da

elite colonial, ao mesmo tempo em que se propunha a “alfabetizar” e “catequizar” os

indígenas (MOLL, 2006, p. 13). A concepção de educação e o trabalho de escolarização

dos indígenas estavam vinculados ao entendimento de que a linguagem reproduzia o

modo de pensar. Ou seja, pensava-se, segundo uma concepção filosófica intelectualista,

que a linguagem se constituía no interior da mente e sua materialização fônica revelava o

pensamento.

Nesse período, não havia uma educação institucionalizada, partia-se de práticas

pedagógicas restritas à alfabetização, que visavam manter os discursos hegemônicos da

metrópole e da Igreja. O sistema jesuítico de ensino organizava- se, então, a partir de dois

objetivos: primeiro, uma pedagogia que por meio da catequese indígena visava à

expansão católica e a um modelo econômico de subsistência da comunidade. Segundo,

esse sistema objetivava a formação de elites subordinadas à metrópole, “favorecendo o

modelo de sociedade escravocrata e de produção colonial destinada aos interesses do

país colonizador” (LUZ-FREITAS, 2007 s/p).

As primeiras práticas pedagógicas moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos

que tinham acesso a uma escolarização mais prolongada. Essas práticas visavam à

construção de uma civilização de aparências com base em uma educação claramente

reprodutivista, voltada para a perpetuação de uma ordem patriarcal, estamental e colonial.

Quanto ao ensino da Língua Portuguesa, limitava-se, nessa época, às escolas de

ler e escrever, mantidas pelos jesuítas. Nos cursos chamados secundários, as aulas eram

de gramática latina e retórica, além do estudo de grandes autores clássicos.

No período colonial, a língua mais utilizada pela população era o tupi. O português

“era a língua da burocracia” (ILARI, 2007 s/p), ou seja, a língua das transações comerciais,

dos documentos legais. Entretanto, a partir do século XVIII, época que coincide com as

expedições bandeirantes e a descoberta da riqueza mineral do solo brasileiro, essa

situação de bilinguismo passou a não interessar aos propósitos colonialistas de Portugal,

que precisava manter a colônia e, para isso, a unificação e padronização linguística

constituíram-se fatores de relevância.

Com o fim de reverter esse quadro, em 1758 um decreto do Marquês de Pombal

tornou a Língua Portuguesa idioma oficial do Brasil, proibindo o uso da Língua Geral.

A partir da Reforma Pombalina, a educação brasileira passou por mudanças

estruturais. O ensino, até então dominado pelos jesuítas, não se limitava mais às escolas

de ler e contar, ou escolas elementares, dirigidas à população indígena. Eles também

mantinham cursos de Letras e de Filosofia, que eram considerados secundários, e o curso

de Teologia para a formação de sacerdotes (MOLL, 2006).

Com a corte no Rio de Janeiro, foram instaladas as primeiras instituições de ensino

superior no Brasil, eram faculdades voltadas para a formação da burocracia estatal que

emergia. Essas instituições de ensino, portanto, privilegiaram as camadas superiores da

sociedade, europeizando e produzindo uma educação que visava à manutenção do status

quo. As classes populares, que precisavam do ensino primário para aprender a ler e

escrever a língua portuguesa, continuaram negligenciadas.

Somente nas últimas décadas do século XIX, a disciplina de Língua Portuguesa

passou a integrar os currículos escolares brasileiros. Até 1869, o currículo privilegiava as

disciplinas clássicas, sobretudo o latim, restando ao Português um espaço sem relevância

(LUZ-FREITAS, 2007).

O conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em que

foi criado, no Brasil, por decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a sua característica elitista até meados do

século XX, quando se iniciou, no Brasil, a partir da década 1960, um processo de

expansão do ensino primário público, o qual incluiu, entre outras ações, a ampliação de

vagas e, em 1971, a eliminação dos chamados exames de admissão (FREDERICO E

OSAKABE, 2004).

A Lei n. 5692/71 ampliaria e aprofundaria esta vinculação ao dispor que o ensino

deveria estar voltado à qualificação para o trabalho. Desse vínculo decorreu a instituição

de uma pedagogia tecnicista2 que, na disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na

concepção de linguagem como meio de comunicação (cujo objeto é a língua vista como

código), com um viés mais pragmático e utilitário em detrimento do aprimoramento das

capacidades linguísticas do falante.

O ensino de Língua Portuguesa fundamentava-se, então, em exercícios estruturais,

técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros

Curriculares Nacionais (PCNs), do final da década de 1990, também fundamentaram a

proposta para a disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista, levando a

uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.

Considerando o processo dinâmico e histórico dos agentes na interação verbal,

tanto na constituição social da linguagem, quanto dos sujeitos que por meio dela

interagem, a linguagem deve ser vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente

situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas.

Os homens e as mulheres interagem pela linguagem tanto numa conversa informal,

entre amigos, ou na redação de uma carta pessoal, quanto na produção de uma crônica,

uma novela, um poema, um relatório profissional.

Pela linguagem se expressam idéias, pensamentos e intenções, se estabelecem

relações interpessoais e se influencia o outro. A linguagem torna possível o pensamento

abstrato e contém em si a fonte dialética da tradição e da mudança.

A língua é um sistema de signos específicos, históricos e sociais, que possibilita a

homens e mulheres significar o mundo e a sociedade. Aprendê-la é aprender não somente

palavras e saber combiná-las e, expressões complexas, mas aprender pragmaticamente

seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas entendem e

interpretam a realidade e a si mesmas.

As práticas da linguagem, enquanto fenômeno de uma interlocução viva, perpassam

todas as áreas do agir humano, potencializando, na escola a perspectiva interdisciplinar,

assumindo a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas

sociais.

Considerando o percurso histórico da disciplina de Língua Portuguesa na Educação

Básica brasileira, e confrontando esse percurso com a situação de analfabetismo

funcional, de dificuldade de leitura compreensiva e produção de textos apresentada pelos

alunos – segundo os resultados de avaliações em larga escala e mesmo, de pesquisas

acadêmicas assume-se a concepção de linguagem enquanto a interação que dá ênfase à

língua viva, dialógica, em constante movimentação, permanentemente reflexiva e

produtiva. Tal ênfase traduz-se na adoção das práticas de linguagem como ponto central

do trabalho pedagógico.

Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva nas

diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua,

busca:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a cada

contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e

propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas por meio de práticas

sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado, além do

contexto de produção;

• analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno amplie seus

conhecimentos linguístico-discursivos;

• aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de pensamento crítico e

a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita;

• aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às ferramentas

de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao aluno

condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais, apropriando-se,

também, da norma padrão.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes supõem um

processo longitudinal de ensino e aprendizagem que se inicia na alfabetização, consolida-

se no decurso da vida acadêmica e não se esgota no período escolar, mas se estende por

toda a vida.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DA DISCIPLINA

Durante muito tempo, o ensino de Língua Portuguesa foi ministrado por meio de

conteúdos legitimados no âmbito de uma classe social dominante e pela tradição

acadêmica/escolar. Esses conteúdos, entretanto, não conseguiram universalizar o domínio

das práticas linguísticas, notadamente as referentes à norma padrão, que constitui a

norma legitimada e prestigiada no contexto da sociedade brasileira. Na tentativa de mudar

esse quadro, no Brasil, na década de 1980, algumas pesquisas na área da linguística

foram realizadas e apresentaram abordagens pedagógicas pautando-se na concepção

interacionista de linguagem para o ensino/aprendizagem de Língua Materna.

Entende-se por Conteúdo Estruturante, em todas as disciplinas, o conjunto de

saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma

disciplina escolar. A partir dele, advêm os conteúdos a serem trabalhados no dia a dia da

sala de aula.

A seleção do Conteúdo Estruturante está relacionada com o momento histórico-

social. Na disciplina de Língua Portuguesa, assume-se a concepção de linguagem como

prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, sendo assim, o Conteúdo

Estruturante da disciplina que atende a essa perspectiva é o discurso, como prática social.

A língua será trabalhada, na sala de aula, a partir da linguagem em uso, que é a

dimensão dada pelo Conteúdo Estruturante. Assim, o trabalho com a disciplina

considerará os gêneros discursivos que circulam socialmente, com especial atenção

àqueles de maior exigência na sua elaboração formal.

Os conteúdos básicos que irão ser trabalhados pertencem às práticas da oralidade,

leitura e escrita e análise linguística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um

gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa,

política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.

Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que

deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de

gêneros trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles

selecionados pelo professor.

Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio

complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses

tópicos.

6º ANO

COTIDIANA- adivinhas, anedotas, bilhetes, cartão, convites, piadas, receitas.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA- contos de fadas, fábulas, haicai, narrativas de aventuras,

narrativas de humor, narrativas fantásticas, poemas.

ESCOLAR-cartazes, mapas, resumo.

IMPRENSA- cartum, charge, classificados, fotos, horóscopo.

PUBLICITÁRIA- anúncio, cartazes, paródias.

MIDIÁTICA- desenho animado.

7º ANO

COTIDIANA- fábulas, cantigas de roda, carta pessoal, fotos, trava-língua.

LITERÁRIA ARTÍSTICA- contos, contos de fadas contemporâneos, fábulas

contemporâneas, lendas, narrativas de terror, paródias.

ESCOLAR- ata, exposição oral, pesquisas.

IMPRENSA- caricatura, entrevista (oral e escrita), mapas, notícia.

PUBLICITÁRIA-caricatura, comercial de TV, folder.

MIDIÁTICA- e-mail, entrevista.

8º ANO

COTIDIANA- cartão postal, causos,exposição oral, parlendas.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA- biografias, literatura de cordel, letras de músicas, narrativas de

enigmas, narrativas místicas.

ESCOLAR- relatório, texto argumentativo, texto de opinião.

IMPRENSA- agenda cultural, manchete, reportagens.

PUBLICITÁRIA- e-mail, fotos, slogan, placas.

MIDIÁTICA- chat, filmes, telejornal,telenovelas, vídeo clip.

9º ANO

COTIDIANA- comunicado,Curriculum Vitae, diário,músicas, provérbios, quadrinhas, relatos

de experiências vividas.

LITERÁRIA/ARTÍSTICA- autobiografia, crônicas de ficção,narrativas de ficção, pinturas,

romances, textos dramáticos.

ESCOLAR- palestra, relato histórico, resenha.

IMPRENSA- artigo de opinião, sinopses de filmes, tiras.

PUBLICITÁRIA- músicas, publicidade comercial, texto político.

MIDIÁTICA- blog,homepage.

Serão trabalhados em todos os anos:

LEITURA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas e variações linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Léxico.

ESCRITA

Tema do texto;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Partículas conectivas do texto;

Discurso direto e indireto;

Elementos composicionais do gênero;

Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

Polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE

Conteúdo temático;

Finalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Intencionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual,

pausas...

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Os alunos poderão pesquisar seus trabalhos em livros didáticos, revistas, jornais e

outros meios que possam encontrar para que possam realizar suas pesquisas. Esses

temas serão trabalhados basicamente de uma só forma, ou seja, a conscientização, esta

começando a ser levada primeiramente à sala de aula para ser trabalhada com os alunos,

através de textos e outras formas de exposição do tema, e com isso se espera que seja

transmitida adiante, através dos alunos para sua família, amigos, comunidade e assim por

diante.

ENSINO MÉDIO

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos

Discurso como Prática Social

GÊNEROS DISCURSIVOS

1º ANOEsferas sociais de

circulaçãoCotidiana

A carta pessoal;cartão;parlendas; provévbios;músicas.

Literária ArtísticaPoema;Narrativas de enigma;Narrativas de Aventura;Narrativas de Ficção;Científica;Relato pessoal.

ImprensaArtigo de opinião;O texto da campanha comunitária;Sinopse de filmes;Tiras;Charge;

LEITURAConteúdo temático;

Interlocutor;Finalidade do texto;Intencionalidade;Argumentos do texto;Contexto de produção;Intertextualidade;Vozes sociais presentes no texto;Discurso ideológico presente no texto;Elementos composisionais do gênero;Contexto de produção da obra literária;Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;Progressão referêncial;Partículas conectivas do texto;Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;Semântica:

Cartum.Escolar

Relatório;Relato de experiência científica;Relatório histórico;Seminário;Debate regrado.

PublicitáriaE-mail;Folder;Slogan;Paródia.

GÊNEROS DISCURSIVOS

2º ANOEsferas sociais de

circulaçãoCotidiana

Anedotas;Adivinhas;Comunicado;Convites.

EscolarCartazes;Resenha;Resumo;Crítica nos textos jornalísticos.

Imprensa Mesa redonda;Notícias;Reportagens;Entrevista (oral e escrita);Editorial.

Literária Artística Contos;Contos de fada;Contos de fada contemporâneos;

Publicitária Anúncio;Caricatura;Comercial.

GÊNEROS DISCURSIVOS

3º anoEsferas sociais de

circulaçãoCotidiana

Curriculum vitae;

-Operadores argumentativos;-Modalizadores;-Figuras de linguagem.

ESCRITAConteúdos temáticos;Interlocutor;Finalidade do Texto;Intencionalidade;Informatividade;Contexto de produção;Intertextualidade;Referência textual;Vozes sociais presentes no texto;Ideologia presente no texto;Elementos composicionais do gênero;Progressão referencialRelação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;Semântica:-operadores argumentativos;-modalizadores;-figuras de linguagem.Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito etc.;Vícios de linguagem;Sintaxe de concordância;Sintaxe de regência.

ORALIDADE Conteúdo temático;Finalidade;Intencionalidade;Argumentos;Papel do locutor e interlocutor;Elementos extralinguísticos: entonação, expressão facial, corporal e gestual, pausas...;Adequação do discurso ao gênero;Turnos de fala;Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições;Elementos semânticos;Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições,

Comunicados;Convites;Músicas.

Literária ArtísticaAutobiografia;Biografia;Romances;Poemas;Pinturas;Textos dramáticos.

ImprensaCarta ao leitor;Carta do leitor;Caricatura;Editorial;Crônica Jornalística;Mesa Redonda.

EscolarAta;Júri Simulado;Palestra;Pesquisas;Resenha;Resumo;Texto de opinião;Texto argumentativo.

PublicitáriaTexto político;Publicidade comercial;Comercial para TV.

etc.);Diferenças entre o discurso oral e o escrito.

De acordo com a Instrução Nº 009/2011-SUED/SEED, concomitantemente aos

conteúdos específicos da disciplina, em consonancia com as Diretrizes Curriculares

Estaduais, serão contemplados os seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná

(Lei nº 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, Música (Lei nº

11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade humana, Educação

Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a criança e o adolescente.

Direito das Crianças e Adolescentes (L.F. Nº 11525/07), Educação Tributária Dec. Nº

1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02.

3. METODOLOGIA DA DISCIPLINA

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica – DCE de Língua

Portuguesa, “o papel da escola define-se de formas muito diferenciadas. Da perspectiva

das teorias críticas da educação, as primeiras questões que se apresentam são: Quem

são os sujeitos da escola pública? De onde eles vêm? Que referências sociais e culturais

trazem para a escola?”.(Paraná, 2008). Entende-se, portanto, que é preciso,

primeiramente, diagnosticar, conhecer a realidade social da escola e definir os objetivos

que irão permear as práticas reorientar a definição dos conteúdos.

A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações pedagógicas

pautadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na

realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-prática, na busca da apreensão das

diferentes formas de apresentação do saber. Nesse sentido, a organização do

planejamento pedagógico pressupõe a reflexão sobre a linguagem a partir das temáticas

que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o objetivo de

analisar as práticas de linguagem, ou seja, leitura, análise linguística e produção textual.

A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na forma

verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors, entre

outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética, nos diferentes

níveis.

Os diferentes níveis de leitura constituem-se num meio para identificar, nos diversos

gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as informações explícitas,

subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto, bem

como estabelecer relações intertextuais.

Os gêneros textuais apresentados aos educandos precisam contemplar as possíveis

situações de uso social da linguagem nas atividades propostas, tendo por objetivo

identificar a finalidade do texto, a posição assumida pelo autor, o contexto social, político,

histórico, econômico, filosófico, entre outros, com destaque para as variedades

lingüísticas, os mecanismos gramaticais e os lexicais na construção do texto.

Nesse contexto, salienta-se a importância de apreender os dados sobre o autor

(biografia), a fonte referencial, (data, local, suporte de texto), além do interlocutor a quem

se destina o texto.

Os mecanismos gramaticais e lexicais não são estudados de forma descontextualizada

ou com a intenção da apropriação da metalinguagem, mas a partir do texto para que o

educando possa reconhecê-los como elementos de construção textual dos gêneros

estilísticos e do cotidiano, uma vez que o objetivo do ensino da língua é orientar para o uso

social da linguagem, de acordo com a norma padrão.

Para isso, faz-se necessária a prática orientada da produção oral e escrita de textos

dos diferentes gêneros do discurso. O desenvolvimento dessa prática é importante porque

o texto do educando revela, além do conhecimento de mundo, os conteúdos aprendidos e

os que devem ser priorizados no planejamento do educador.

Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e Médio, bem

como para as práticas da linguagem, foram utilizados os seguintes critérios: a diversidade

cultural; a experiência social construída historicamente e os conteúdos significativos a

partir de atividades que facilitem a integração entre os diferentes saberes. É importante

destacar que embora os conteúdos sejam os mesmos para os dois níveis de ensino, o que

difere é o grau de complexidade dos textos apresentados para a reflexão sobre a

linguagem.

Trabalhar-se-á a assimilação dos conteúdos focados em textos através de

exercícios aplicados que envolverão o funcionamento da Língua Portuguesa.

Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em

conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

4. RECURSOS TECNOLÓGICOS

As aulas de leitura desenvolvidas através da abordagem de livros e textos. O

estímulo criativo, investigativo, a liberdade de fruição e de apropriação da leitura de modo

prazeroso, divertido, serão evidenciados. A leitura será o ponto alto do trabalho em sala de

aula, contemplando também os conteúdos obrigatórios, como o uso indevido de drogas,

enfrentamento à violência, bullying, etc. Os conteúdos poderão ser retomados sempre que

se fizerem presentes, com observação do grau de importância e profundidade. Finalmente,

para proporcionar uma educação de qualidade e auxiliar no trabalho pedagógico serão

utilizados diversos instrumentos metodológicos como o livro didático, bem como de outras

bibliografias da área, TV multimídia, DVD, rádio, Internet, CD-ROM, vídeos, dicionários,

cartazes, mapas e outros, disponíveis na escola.

Cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que possibilitem aos alunos a

reflexão sobre o seu próprio texto, tais como atividades de revisão, de reestruturação ou

refacção, de análise coletiva de um texto selecionado e sobre outros textos, de diversos

gêneros que circulam no contexto escolar e extraescolar.

4. AVALIAÇÃO

Precisamos praticar a avaliação a serviço do nosso plano de ação docente, a

serviço da obtenção dos resultados esperados, usar a avaliação como recurso de

diagnóstico da aprendizagem de nossos educandos, de modo a orientar nossas

intervenções para a melhoria dos resultados desejados. O instrumento de avaliação

deverá ser construído de forma metodológica, cientificamente adequada, e planejado para

cobrir os conteúdos ensinados e que deveriam ser aprendidos.

Deverá ser uma avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo

do período.

O professor deverá também usar a observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acordo com cada conteúdo e/ou objetivo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de

aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo. Informa ao professor

e ao aluno acerca do ponto em que se encontram e contribui com a busca de estratégias

para que os alunos aprendam e participem mais das aulas.

Sob essa perspectiva, recomenda-se:

• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto aos diferentes

interlocutores e situações. Verificar-se-á a participação do aluno nos diálogos, relatos

e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, a

argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. O aluno também deve

se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como: noticiários,

discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas, formais ou

informais, tendo em vista o resultado esperado.

• Leitura: serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a

compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,

relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de

posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor em

textos variados, a localização das informações tanto explícitas quanto implícitas, o

argumento principal, entre outros. É importante avaliar se, ao ler, o aluno ativa os

conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras desconhecidas e

partir do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte

textual. Tendo em vista o multiletramento, também é preciso avaliar a capacidade de

se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc. O

professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras atividades que

lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção,

nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as

circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. É a partir daí que o texto

escrito será avaliado nos seus aspectos discursivo-textuais, verificando: a adequação

à proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem está de acordo com o contexto

exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência textual, a

organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar como

avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio. No momento da

refacção textual, é pertinente observar, por exemplo: se a intenção do texto foi

alcançada, se há relação entre partes do texto, se há necessidade de cortes, devido às

repetições, se é necessário substituir parágrafos, idéias ou conectivos.

• Análise Linguística: é no texto – oral e escrito – que a língua se manifesta em todos

os seus aspectos discursivos, textuais e gramaticais. Por isso, nessa prática

pedagógica, os elementos lingüísticos usados nos diferentes gêneros precisam ser

avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhes possibilitem

compreender esses elementos no interior do texto. Dessa forma, o professor poderá

avaliar, por exemplo, o uso da linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a

percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos lingüísticos e

estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e

modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa,

tempo, comparação, etc.). Uma vez entendidos estes mecanismos, os alunos podem

incluí-los em outras operações linguísticas e de reestruturação do texto.

Com o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente em termos desse uso, pois efetuam operações com a linguagem e refletem

sobre as diferentes possibilidades de uso da língua, o que lhes permite o aperfeiçoamento

lingüístico constante, o letramento.

O trabalho com a língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada

que possibilite ao professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na

condição de sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação

pedagógica e que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário

aprofundamento teórico.

Considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos, serão

utilizados os seguintes recursos de avaliação: leitura e interpretação de textos, trabalhos

individuais e coletivos de compreensão e produção de textos e análises gramaticais,

provas objetivas e/ou dissertativas, relatórios e pesquisas, utilização adequada do

discurso conforme a situação de uso, a fluência e a participação nos diálogos, debates,

reflexões, e análises, coerência e postura nos trabalhos de auto-avaliação coletiva, cujos

valores serão somados objetivando a média bimestral e anual, entre outros.

Porém, as vezes, não é possível ter um diagnóstico real de quanto o aluno

aprendeu somente nas avaliações. O desempenho do aluno durante o processo de

aprendizagem também deve ser levado em conta. Portanto serão criadas outras situações

avaliativas, como: atividades de pesquisa; provas, trabalhos individuais ou em grupo;

produção, síntese e análise de textos, jornais e revistas; exercícios e outras formas mais

que se fizerem presentes e necessárias.

A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser

assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação, bem como a sua participação

nas atividades realizadas em sala de aula, porém não consistem em instrumentos

avaliativos.

De acordo com a Lei 9394/96 da Lei de Diretrizes e Bases, capítulo 5, artigo 58, os

alunos com necessidades educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas

necessidades específicas, portanto aos alunos portadores de algum tipo de deficiência lhe

será feita uma avaliação diferenciada como por exemplo: menor número de exercícios na

avaliação, uso de letra maior aos alunos com dificuldade visual, e outras de acordo com a

necessidade que o aluno possa apresentar.

A escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes

metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de

avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade

de “..uma transformação emancipadora. É desse modo que uma contraconsciência,

estrategicamente concebida como alternativa necessária à internalização dominada

colonialmente, poderia realizar sua grandiosa missão educativa” (MÈSZÁROS, 2007, p.

212).

A recuperação será paralela durante o processo de ensino-aprendizagem e

entendida como um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo oferecida a todos os

alunos. A recuperação paralela se constituirá de um conjunto integrado ao processo de

ensino além de se adequar às dificuldades do aluno. Essa recuperação poderá ser feita

através de trabalhos, pesquisas, textos e outras formas para que o aluno possa rever o

conteúdo (ou conteúdos) que não aprendeu e assim recuperá-los, bem como revisá-lo de

uma maneira diferenciada, por meio de novos encaminhamentos docentes.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Educação. LDB 9394/96. MEC/SEF.

BUNZEN, C. Da era da composição à era dos gêneros: o ensino de produção de texto no

ensino médio. In: BUNZEN, Clecio.; MENDONÇA, Márcia. (orgs.) Português no ensino

médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006.

CANDIDO, A. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. São Paulo.

CEREJA, William e MAGALHÃES, Thereza –Português Linguagens.

FARACO, C. A. Área de Linguagem: algumas contribuições para sua organização. In:

KUENZER, Acácia. (org.) Ensino Médio –Construindo uma proposta para os que vivem

do trabalho. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

_____. Linguagem & diálogo: as ideias lingüísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar,

2003.

_____. Linguagem, escola e modernidade. In: GHIRALDELLI, P. J. Infância, escola e

modernidade. São Paulo: Cortez, 1997.

FREDERICO, E. Y.; OSAKABE, H. PCNEM – Literatura. Análise crítica. In:

MEC/SEB/Departamento de Políticas de Ensino Médio. Orientações Curriculares do

Ensino Médio. Brasília: 2004.

FONTES, J. B. As obrigatórias metáforas: apontamentos sobre literatura e ensino. São

Paulo: Iluminuras, 1999.

GARCIA, W. A. C. A Semiosis Literária e o Ensino. In: Maria de Fátima Sabino Dias;

Suzani Cassiani de Souza; Izabel Christine Seara. (Org.). Formação de Professores:

experiências e reflexões. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 2006, v. , p. 172-177.

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na sala de

aula. 5. ed. Cascavel: Assoeste, 1990.

KOCH, Ingedore Villaça & VILELA, Mário. Gramática da Língua Portuguesa. Coimbra:

Almedina, 2001.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da aprendizagem escolar.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretrizes

Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, Língua

Portuguesa. Curitiba: Secretaria do Estado da Educação, 2008. Curitiba.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

EDUCAÇÃO ESPECIAL / SALA DE RECURSOS

ENSINO FUNDAMENTAL

(6º ao 9º ano)

IRATI

2012

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A compreensão da Educação Especial no contexto geral de Educação passa

pelo entendimento histórico da pessoa portadora de necessidades especiais. Assim,

percorrendo os períodos da história universal, desde os mais remotos tempos, evidenciam-

se teorias e práticas sociais segregadoras, inclusive quanto ao acesso ao saber. Poucos

podiam participar dos espaços sociais nos quais se transmitiam e se criavam

conhecimentos. A pedagogia da exclusão tem origens remotas, condizentes com o modo

como estão sendo construídas as condições de existência da humanidade em

determinado momento histórico.

Duas correntes teóricas surgiram de acordo com a filosofia que permeou os

diferentes períodos da história da humanidade denominadas de pré- científicas (Amarilian,

1986).

As teorias pré-científicas vigoraram até a Idade Moderna e determinaram

comportamentos que se arraigaram nas diversas sociedades, destacando-se: a

terminologia preconceituosa empregada para identificar tais pessoas, levando-as à

marginalização social, a segregação e o assistencialismo, com caráter filantrópico ou

caritativo, a reclusão de deficientes em hospitais psiquiátricos, culminando, do ponto de

vista educacional, com a institucionalização desse grupo de pessoas.

Contrapondo-se a esta, sob a influência do renascimento, tem origem a

concepção científica, que provocou mudanças no encaminhamento dos ramos da ciência,

os quais repercutiram diretamente no processo de uma compreensão mais profunda do

ser humano; que passa a ser entendido em sua complexidade biológica, psicológica,

espiritual e social.

Esta concepção contribuiu para redimensionar a terminologia para excepcionais

portadores de deficiência, pessoas com problemas no seu desenvolvimento, necessidades

específicas e, atualmente, pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais.

O Brasil fez opção pela construção de um sistema educacional inclusivo ao

concordar com a Declaração Mundial de Educação para Todos, firmada em Jomtien, na

Tailândia, em 1990, e ao mostrar consonância com os postulados produzidos em

Salamanca (Espanha, 1994) na Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais

Especiais: Acesso e Qualidade.

Com a mudança conceptual, essas pessoas passaram a ser vistas como seres

integrantes de uma sociedade, capaz de agirem e interagirem socialmente com os demais

membros, de desenvolver sua criatividade, de sensibilizar-se diante de fatos do cotidiano e

do mundo, de executarem tarefas diversas, de terem o benefício da ciência, da tecnologia

e do acesso do trabalho, cultura, esporte e educação.

Atualmente, a política para a educação especial no Paraná, visa a continuidade e

expansão do ensino especial, ao aperfeiçoamento de critérios de avaliação diagnóstica, à

integração do aluno com necessidades educacionais especiais no âmbito da escola

comum, à garantia do acesso, permanência e da terminalidade escolar.

Sob a perspectiva do compromisso da escola com todos e para todos, trabalha-se na

construção de espaços sociais inclusivos, organizados para atender ao conjunto de

características e necessidades de todos os cidadãos, inclusive daqueles que apresentam

necessidades educacionais especias. Dessa forma, não é o aluno que se amolda ou se

adapta à escola, mas é ela que, consciente de sua função, coloca-se à disposição do

aluno, tornando-se um espaço inclusivo. Nesse contexto, a educação especial é concebida

para possibilitar que o aluno com necessidades educacionais especiais atinja os objetivos

da educação geral.

Cabe ao Estado a tarefa de buscar novos caminhos para superar obstáculos

presentes no seio social, os quais distanciam segmentos excluídos do acesso aos bens e

serviços e, no caso específico da inclusão escolar, do direito à educação.

2- OBJETIVO GERAL

De acordo com a LDB nº 9394/96 e sua regulamentação pelas Diretrizes Nacionais da

Educação Especial (Resolução nº 02/01), a Educação Especial é conceituada e praticada

como modalidade educacional cujo fim é oferecer recursos e serviços educacionais

especializados aos alunos que apresentam necessidades educacionais em todo o fluxo

educacional. Dentre tais modalidades, encontra-se a Sala de Recursos.

3- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Áreas do desenvolvimento: cognição, sócio afetivo, emocional e motora.

Conteúdos:

. COGNITIVA : sensação, percepção, atenção, memória, raciocínio, sequenciação e

conceituação.

. AFETIVA EMOCIONAL: auto-estima, segurança e confiança em sua produção, controle

emocional e resistência a frustração.

. MOTORA: imagem esquema corporal, lateralidade, estruturação e organização espacial

e temporal, tônus, postura , equilíbrio e coordenação dinâmica manual.

Áreas do conhecimento: linguagem oral e escrita e cálculos matemáticos.

Conteúdos:

. Leitura, escrita, cálculos e desafios.

4- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Numa visão interacionista, o aluno aprende, agindo e interagindo, experimentando,

ousando, estabelecendo relações entre o eu e o outro.

Cabe ao professor, por intermédio de diversas técnicas e ferramentas educacionais,

criar situações reais de produção de seu conhecimento prévio e a partir de situação-

problema reconhecer o estágio em que o mesmo se encontra, e assim, direcionar a prática

pedagógica.

Assumindo o papel de mediador do processo ensino-aprendizagem, para que o aluno

desenvolva habilidades, conceitos, estratégias e alternativas que a levem a uma efetiva

interação com o conhecimento formal.

Certamente, cada aluno vai requerer diferentes estratégias pedagógicas, que lhes

possibilitem o acesso à herança cultural, ao conhecimento socialmente construído e à vida

produtiva, condições essenciais para a inclusão social e o pleno exercício da cidadania.

Entretanto, devemos conceber essas estratégias não como medidas compensatórias e

pontuais, e sim como parte de um projeto educativo e social de caráter emancipatório e

global.

Operacionalizar a inclusão escolar de modo que todos os alunos,

independentemente de classe, raça, gênero, sexo, características individuais ou

necessidades educacionais especiais, possam aprender juntos, numa clara demonstração

de respeito à diferença e compromisso com a promoção dos direitos humanos.

Área Motora:

-Desenvolver a coordenação motora ampla e fina, a consciência do próprio corpo,

relaxamento e ritmo respiratório através da música, da dança, teatro, jogos e mímicas.

-Trabalhar com o processo de análise e síntese, percepção espacial e temporal através de

:quebra-cabeça, dominó, dama, jogo da memória, tangram, torre de hanói etc.

-Realizar atividades de esquema corporal e expressão oral, facial e gráfico.

-Desenvolver a noção do conhecimento e consciência do corpo no espaço e no tempo,

consigo mesmo, com objetos e com o mundo.

Área Cognitiva:

-Trabalhar atividades que desenvolvam a atenção, raciocínio, concentração, memória

auditiva, visual e tátil e a persistência através de jogos intelectivos :xadrez, lince, memória,

jogo da velha, resta 1, música, histórias, poesias, o que é o que é, bingo, dominó...

-Estimular a verbalização espontânea.

-Manipular materiais concretos com o objetivo de realizar atividades mentais.

Área Afetivo emocional:

-Proporcionar um clima de amizade e confiança valorizando suas realizações e

reassegurando suas potencialidades, favorecendo assim sua autoestima.

-Desenvolver um ajustamento social adequado, participar, compartilhar, respeitar direitos e

deveres e cooperar no ambiente familiar, escolar e na comunidade.

-Expressar sentimentos, pensamentos e desejos.

Leitura, escrita e cálculos:

-Desenvolver o raciocínio verbal, reproduzindo histórias e acontecimentos, estimulando a

criatividade e ampliando o vocabulário.

-Expressar graficamente seu pensamento através de palavras, frases e produções de

textos.

-Compreender que o sistema de ortografia possibilita várias formas de se grafar um som,

mas uma de escrever as palavras, para que reconheçam a forma correta de grafá-las.

-Oportunizar o manuseio de livros, revistas, textos informativos que sejam de interesse e

adequados a sua faixa etária.

-Rever aspectos da construção do número através de classificação, seriação,

correspondência, conservação, reversibilidade, explorando primeiramente através de

objetos do cotidiano.

-Identificar tabelas, gráficos, desafios, auxiliando a compreensão das informações da vida

diária. -Analisar, interpretar e resolver situações problemas para que desenvolva o

raciocínio lógico.

Recursos didáticos:

- Caderno, caneta, lápis de cor, papéis, cola, folha com atividades, jogos: memória,

dominó, quebra-cabeça, xadrez, torre de hanói, tangran.., tesoura, livros didáticos,

revistas, dicionário, material dourado calculadora, computador, pendrive, Cd e DVD,

jornais, bola, corda, fantoches.

Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em

conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

5- AVALIAÇÃO

O conhecimento é uma construção humana gradual, em que a partir de um

determinado conhecimento outros vão se somando paulatinamente cada aluno assimilará

o conteúdo de acordo com seu ritmo pessoal passando pelas etapas de assimilação e

acomodação. Assim ele trabalha e reelabora as informações recebidas de forma

progressiva e crescendo; por isso, surge a necessidade de se considerar na avaliação o

processo do rendimento escolar e não o produto.

O aluno da sala de recursos é avaliado cotidianamente, em todos os aspectos e

em todas as atividades elaboradas. Através de observação e intervenção da professora.

Sendo, portanto, uma avaliação diagnóstica, formativa, contínua e baseada na análise da

produção do aluno.

Através do relatório semestral, avaliando os avanços ou não dos alunos. Se

houver necessidade terão que ser retomados com outras intervenções e adaptações

pedagógicas.

6- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ,Conselho Estadual de Educação. Deliberação n} 02/2003.

SAVIANI, Nereide. Currículo: Um grande desafio para o professor. In: REVISTA DE

EDUCAÇÃO. Nº 16. São Paulo, 2003.pp.35-38.

FERNANDES, Sueli. Fundamentos para a Educação Especial. Curitiba: IBPEX, 2006a.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96. Brasília, 1996.

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção dos Currículos inclusivos.

Curitiba – 2008 - SEED

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

BIOLOGIA

ENSINO MÉDIO

IRATI

2012

I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno VIDA. Ao longo da

história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este fenômeno numa

tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o

homem a diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste

mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de garantir sua

sobrevivência.

Essa tentativa de definir a vida tem sua origem registrada desde a antiguidade. As

idéias daquele período contribuíram com o desenvolvimento da Biologia tiveram como

principais pensadores e estudiosos, os filósofos Platão (428 / 27 a. C 347 aC.) e

Aristóteles (384 a.C. — 322 aC.), que, deixaram contribuições relevantes quanto à

classificação dos seres vivos.

Na zoologia, a descrição dos animais também se desenvolve porém, um pouco

diferente da botânica. Os animais eram analisados de forma comparativa com

preocupação maior sobre a classificação. Há registros que indicam que tais estudos

representam o aperfeiçoamento de observações feitas por Aristóteles (RONAN 1997).

Com Liné, o sistema descritivo possibilitou a organização da biologia considerando

a comparação das espécies coletadas em diferentes locais. Esta tendência reflete a

atitude contemplativa interessada em retratar a beleza da natureza partindo da exploração

empírica do mundo natural pautado por um método baseado na observação e descrição

da natureza caracterizando o pensamento biológico descritivo.

Contribuições foram dados pelo médico William Harvey (1578-1657) com a

proposição de um novo modelo referente à circulação do sangue. Este modelo, foi

acolhido por Descartes,(.1 596- 1650 ) como uma das bases mais consistentes do

pensamento biológico mecanicista.

Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o pensamento mecanicista.

Para entender o funcionamento da VIDA a Biologia fracionou os organismos vivos em

partes cada vez mais especializadas e menores procurando compreender as relações

causa e efeito no funcionamento de cada uma de suas partes.

No fim do século XVIII e início do século XIX a imutabilidade da VIDA é questionada

com as evidências de processo evolutivo dos seres vivos. Erasmus Darwin (1731 — 1802)

acreditava na herança de características adquiridas, e com essa crença produziu o que era

uma emergente teoria da evolução embora, de fato, ainda deixasse muitas questões sem

resposta ( RONAN 1997, p 9).

Para Lamarck, a classificação era importante mais artificial pois deveria haver uma

“seqüência natural “ para todos as criaturas vivas e que mudavam guiados pelo ambiente (

RONAN 1997, p 9).

Na história das ciências, Charles Darwin foi o nome que mudou a visão do homem

em relação ao passado, quando lançou seu livro. A Origem das Espécies, tendo uma idéia

de evolução através da seleção natural. Outro cientista importante foi Gregor Johann

Mendel (1822 — 1884 ) descobriu os princípios da hereditariedade os quais constituem a

base da genética

No século XX, as contribuições das ciências para a humanidade, considerando os

últimos 50 anos, ela evoluiu mais do que em dez mil anos. Em cada década tiveram um

grande crescimento em todos os níveis tendo as reformas educacionais da época sendo

essencial para o desenvolvimento econômico, cultural e social.

A partir dos anos 80, começaram a surgir várias críticas às concepções que

prevaleciam nos projetos inovadores para o Ensino de Ciência positivista e da utilização da

metodologia científica pelo aluno. Os projetos caracterizavam-se por uma concepção

empírico-indutivista para a Biologia, e visavam desenvolver essa concepção no ensino.

Em 1996, com os PCN’s de Biologia apresentaram propostas inovadoras de

avanços teóricos e metodológicos. Mas, na tentativa de romper com as concepções

teóricas anteriores, a reformulação curricular propiciou um retrocesso fortemente marcado

pela concepção neoliberal, descaracterizando os conhecimentos historicamente

constituídos, desvalorizando a teoria em prol do relativismo e da pedagogia das

competências.

A partir de 2003, iniciou-se um novo período na história da educação paranaense.

Instituindo o currículo escolar como eixo fundante da escola, essa proposta busca suscita

no professor a reflexão sobre a própria prática, oportunizando a formação continuada

fornecendo subsídios consistentes e úteis ao cotidiano da sala de aula.

A alusão de que o século XXI seria o da Biologia permanece viva. O crescimento

desta ciência, especialmente pela Genética e Biologia Molecular. Transgenia, clonagem,

células-tronco e reprodução assistida são apenas alguns exemplos da capacidade de

intervenção da Biologia em nossas vidas. Aptidão crítica e reflexiva, além de capacidade

de entendimento e aprendizado de conteúdos relacionados a Biologia são exigências

agora impostas àqueles que desejam exercer plena e livremente sua cidadania. Portanto o

ensino desta ciência extrapola fronteiras disciplinares e reivindica novas abordagens

pedagógicas e situações didáticas.

O objetivo da disciplina é fornecer ao aluno conhecimentos teóricos e práticos

possibilitando o prosseguimento nos estudos e uma conduta responsável. O aluno deve

ser capaz de refletir criticamente usando o conhecimento biológico para aprimorar-se

humanamente.

A Educação do Campo, Temas Sociais Contemporâneos: Educação Ambiental,

Educação em Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Cultura Afro-Brasileira e Africana e Educação

Fiscal, serão apreciados em todas as séries. Serão detectados juntamente com os alunos

as necessidades e os interesses reais deles para se trabalhar a diversidade cultural.

Poderá se buscar o envolvimento dos professores através de palestras, para que todos se

motivem a trabalhar de forma interdisciplinar com atividades diversificadas, num ambiente

de cooperação, onde as decisões sejam coletivas e compromissadas com o objetivo de

desenvolver nos estudantes a capacidade de concepção crítica de fatos da vida cotidiana

pondo-os em diálogo com essas tendências culturais e sociais.

II CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos estruturantes são entendidos como os saberes mais amplos da

disciplina. Os conteúdos básicos são os conhecimentos fundamentais para cada série da

etapa final do Ensino Médio, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos

estudantes. Os conteúdos básicos se articulam com os conteúdos estruturantes da

disciplina.

Conteúdos estruturantes

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Conteúdos Básicos

1ª série

1- Teoria celular; mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

2- Histologia animal e vegetal.

3- Reprodução humana e mecanismos de desenvolvimento embriológico.

4- Clonagem, reprodução assistida, células tronco

2ª série

1- Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

2- Sistemas biológicos: anatomia, morfologia, fisiologia.

3ª série

1- Transmissão das características hereditárias.

2- Organismos Geneticamente Modificados.

3- Teorias evolutivas.

4- Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e a interdependência

com o ambiente.

III. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

A ciência vai além de um resultado pronto, acabado. A percepção da ciência como

algo em transformação e transformador, inclusive no cotidiano de cada ser, desperta a

necessidade de interagirmos com a vida. Além disso, há a perspectiva da

profissionalização futura, e os modos de ingresso a essas etapas.

Levar o aluno a conseguir se inteirar, interagir, usufruir e até mesmo a produzir

com as ciências, pode e deve respeitar todas as perspectivas históricas pela qual passou e

passa, utilizando os mais diversos encaminhamentos metodológicos possíveis.

A aprendizagem básica para a vida e para futura profissionalização precisa de

várias perspectivas de abordagem visto serem diversas as potencialidades de assimilar

determinados conhecimentos. Assim se cria várias perspectivas de êxito com a utilização

de várias metodologias, desde a observação direcionada, comparações,

contextualizações, análise de textos, pesquisa bibliográfica, elaboração de hipóteses,

experimentações, análise de resultados, projeções, produção de relatórios, esquemas,

desenhos, cartazes.

Os instrumentos didáticos serão:

Quadro de giz;

Livros;

Revistas;

TV pendrive;

Laboratório de Informática;

Materiais de laboratório.

Segundo as DCEs, “ O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam

para as seguintes estratégias metodológicas de ensino: prática social, problematização,

instrumentalização, catarse e o retorno à prática social ( GASPARIN, 2002; SAVIANI,1997,

in DCEs).”

PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se por ser o ponto de partida onde o objetivo é

perceber e denotar, dar significação às concepções alternativas do aluno a partir de uma

visão sincrética, desorganizada, de senso comum a respeito do conteúdo a ser trabalhado.

PROBLEMATIZAÇÃO: é o momento para detectar e apontar as questões que

precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência, estabelecer que

conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e, as exigências sociais

de aplicação desse conhecimento.

INSTRUMENTALIZAÇÃO: consiste em apresentar os conteúdos sistematizados

para que os alunos assimilem e os transformem em instrumentos de construção pessoal e

profissional. Neste contexto, que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais

necessárias à luta social para superar as condições de exploração em que vivem.

CATARSE: é a fase de aproximação entre o que o aluno adquiriu de

conhecimento e o problema em questão. A partir da apropriação dos instrumentos

culturais, transformados em elementos ativos de transformação social, e assim sendo, o

aluno passa do entendimento de elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou

seja, passa de ação para a conscientização.

RETORNO À PRÁTICA SOCIAL: caracteriza-se pelo retorno à prática social com

o saber concreto e pensado para atuar e transformar as relações de produção que

impedem a construção de uma sociedade mais igualitária. A situação de compreensão

sincrética apresentada pelo o aluno no início do processo, passa de um estágio de menor

compreensão do conhecimento científico a uma frase de maior clareza e compreensão,

explicitada em uma visão sintética. Neste contexto, o processo educacional põem-se a

serviço da referida transformação das relações de produção. Ao longo do ano buscará se

trabalhar dessa forma, usando as estratégias propostas no DCEs.

Quanto aos alunos com necessidades especiais é fundamental que o professor

conheça cada membro do grupo, suas potencialidades e dificuldades, para ajudá-los a

superar-se frente aos desafios propostos na sala de aula. A ação pedagógica do professor,

portanto, deve ser baseada numa atitude que envolva a afetividade, para que o educando

adquira segurança e manifeste suas idéias com convicção e autonomia, expondo assim

suas necessidades, ansiedades e o conhecimento já adquirido.

Os conteúdos obrigatórios referentes ao “item g” da instrução 009/11 –

SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos, pertencentes a

disciplina, propostos nas DCE's.

IV. AVALIAÇÃO

Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, deverão ser criadas condições

para o aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem

sem avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como

partes de um todo que se constitui o processo educativo.

A nota bimestral do aluno será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na

sequência e ordenação de conteúdos.

Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, os trabalhos em grupo

como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre outros, serão utilizados para

desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à cooperação, troca de pontos de

vista, confronto e comprometimento dos componentes do grupo. Para que sejam efetivos

serão realizados na escola.

A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém não pode

ser o único indicador de desempenho, pois apenas fornece um diagnóstico do aluno,

individualmente, e da turma, como um todo e leva o professor a repensar sua prática,

direcionando suas ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos

resultados. As provas poderão ser feitas de forma individual, em grupos, com consulta,

oral, etc.

Todos os alunos terão direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer

todas as vezes em que os métodos empregados não forem suficientes para propiciar a

aprendizagem dos alunos. A recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá

concomitantemente ao processo educativo, conforme determina a lei.

Segundo o Regimento Escolar do Colégio Estadual Trajano Grácia, na avaliação do

aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem

sobre os dados quantitativos e entre e os resultados obtidos durante o período letivo e os

da recuperação, prevalecerão os melhores resultados.

Os conteúdos não apropriados pelos alunos serão retomados e haverá novas

oportunidades de avaliação, prevalecendo a maior nota e garantindo que a aprendizagem

se efetive.

De acordo com a LDB 9394/96, capítulo 5, artigo 58, os alunos com necessidades

educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas necessidades específicas.

Para estes alunos, a avaliação será feita de uma forma diferenciada, visando cobrar os

mesmos itens acima citados, mas, com um grau adequado`a individualidade de cada

aluno. Dentro deste contexto podemos colocar: provas reduzidas, trabalhos em sala de

aula, pesquisas e debates, sempre observando o desempenho do aluno na sua condição,

diferenciando do restante da turma. O aluno será avaliado constantemente em todas as

aulas.

1ª série

Espera-se que o aluno:

- Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que

ocorrem no interior das células;

- Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas;

- Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução,

respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

- Compare e estabelece diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes

nos sistemas biológicos (histologia).

2ª série

É necessário que o aluno:

- Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

- Estabeleça as características específicas dos microrganismos, dos organismos vegetais

e animais, e dos vírus;

- Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de

organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e

heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

- Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e

molecular) dos seres vivos.

- Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos

(digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético,

excretor, sensorial e nervoso);

3ª série

O aluno deverá:

- Reconhecer e analisar as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das

espécies;

- Reconhecer a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos

seres vivos;

- Compreender o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres

vivos;

- Identificar os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações

existentes entre estes;

- Compreender a importância e valorizar a diversidade biológica para manutenção do

equilíbrio dos ecossistemas;

- Reconhecer as relações de interdependência entre os seres vivos e destes como meio

em que vivem.

- Identificar algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados

decorrentes de sua aplicação/utilização;

- Compreender a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos

aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-

ambientais;

- Relacionar os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na

diversidade biológica;

- Analisar e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da

pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.

V. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FAVARETTO, José A. Biologia: volume único. 2.ª Edição. São Paulo: Moderna, 2003.

PAULINO, W. Biologia. 6.ª Edição. São Paulo: Ática, 2001.

http://www.sbenbio.org.br/

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA

ENSINO FUNDAMENTALE MÉDIO.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

FILOSOFIA

ENSINO MÉDIO

IRATI

2012

1 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Segundo as Orientações Curriculares da Secretaria de Estado da Educação do

Paraná para a disciplina de Filosofia, a questão dos conteúdos tem sido fonte de grandes

inquietações e interrogações por parte dos professores de Filosofia no Ensino Médio. A

questão colocada é: Quais conteúdos poderão ser trabalhados no Ensino Médio e com

que objetivos? Existem conteúdos específicos ou tudo pode ser objeto de reflexão

filosófica?

O recorte curricular proposto de forma mais geral opta por uma articulação a partir

de seis conteúdos estruturantes relevantes na História da Filosofia e que, segundo os

documentos apresentados pela Secretaria, desmembrados em um plano de ensino de

Filosofia, poderão garantir conteúdos mínimos, relevantes e significativos para que o aluno

possa refletir filosoficamente. Os conteúdos propostos são: Mito e Filosofia; Teoria do

Conhecimento; Filosofia Política; Ética; Filosofia da Ciência e Estética.

É com base, principalmente, nessa estrutura que a presente proposta está

formulada, porém, ainda outras propostas organizacionais são de grande valia em relação

ao desenvolvimento docente na prática, nesse sentido vale citar a organização encontrada

no livro: “Ética e Cidadania: Caminhos da Filosofia” de Sílvio Gallo; e também as reflexões

encontradas no livro: “De como fazer filosofia sem ser grego, estar morto ou ser gênio” de

Gonçalo Armijos Palácios, livro este que, ainda pouco divulgado e/ou citado quanto às

orientações curriculares do Estado do Paraná, possui um conteúdo de fato reflexivo sobre

uma Filosofia que possa talvez ser aclamada como “nossa” filosofia, em detrimento do

paradigma acadêmico estabelecido e enraizado no Brasil, onde a tradição prima

demasiadamente pelo estudo e entendimento das filosofias que já “estão prontas”, por

assim dizer.

Nesse sentido que diversos preconceitos, cada vez mais arraigados por tal

paradigma anteriormente citado, nos levaram a formar um entendimento de certa forma

incorreto e, por vezes, tais preconceitos nos levam a pensar que, boa Filosofia é aquela

que foi feita na Grécia antiga ou no período moderno na Alemanha, ou ainda qualquer

outra tradição filosófica a exemplo do citado que, de fato, são dignas de todo respeito e

podem ser consideradas grandes expoentes filosóficos, devido, principalmente, ao seu

alcance e profundidade. Porém, esse tipo de entendimento faz com que a Filosofia pareça

algo morto, meramente histórico, algo estático e que não poderá ajudar em nada nas

efetivas mudanças sociais que buscamos através da educação.

A Filosofia é algo vivo, pulsante e, considerando a intenção mais primordial da

disciplina no ensino médio que consiste no desenvolvimento do senso crítico do aluno, em

outras palavras, em possibilitar que ele possa “pensar por si mesmo”, não poderemos dar

continuidade a uma tal tradição de “comentários filosóficos”. Devemos então centrar

nossos esforços, acima de tudo, na criação de conceitos que estejam diretamente ligados

à nossa realidade, e não a um contexto social histórico completamente diferente da nossa

forma de vida.

Sendo assim, a presente proposta pedagógica curricular pretende apresentar uma

direção para a prática docente ao longo do ano, mas primordialmente deve justificar o

andamento das aulas em suas especificidades, ou seja, a confiança na capacidade dos

professores em trazer a Filosofia para mais próximo do aluno e que, acima de qualquer

intenção secundária como a preparação para a continuidade dos seus estudos através do

vestibular ou mesmo para o mercado de trabalho, ele possa tirar proveito das aulas para

sua vida, tornando-se, verdadeiramente, um cidadão.

A intenção principal das aulas pode, então, ser encontrada no esforço reflexivo

conjunto, que possa possibilitar aos alunos seu desenvolvimento intelectual e crítico

através do contato com temas e problemas filosóficos concordantes com nossa realidade

social; considerando ainda que, por vezes, surge a necessidade de perpassar para além

do dito “real”, tratando de termos especificamente filosóficos e da busca constante pelo

entendimento dessa “realidade”, das estruturas de mundo em seus diversos meandros, é

preciso força para perceber que toda estrada vai além do que se vê.

Obviamente que todo esse esforço não pode ser feito sem deixar de considerar a

história da Filosofia em vários de seus momentos significativos, mas através de um

exercício dialético de confronto entre ideias, intuitivas num primeiro momento, para um

posterior exercício de entendimento histórico. Buscando, dessa forma, atingir não uma

“verdade incontestável”, mas sim um consenso com intenções pragmáticas.

Na prática docente diária, a intenção é, buscar o aproveitamento mais abrangente

possível da disciplina, considerando também seu aspecto interdisciplinar. Portanto, alguns

conceitos e temas obrigatórios podem ser organizados ou reorganizados no decorrer do

ano letivo de forma talvez não tão convencional, ou seja, seguindo rigorosamente a

sequência cronológica de acontecimentos e empreendimentos filosóficos, uma vez que

não é essa a única intenção das aulas, isto é, estudar apenas e a rigor a história da

Filosofia. Assim, fica assegurada a liberdade dos professores em relação à estruturação

dos conteúdos e também a inclusão de temas que possam ser considerados igualmente

importantes.

O estudo da Filosofia auxilia a compreender com sabedoria a condição humana;

contribui para a construção dos sentidos para a existência; pode ajudar a julgar com tino

as circunstâncias, a enfrentar as vicissitudes próprias das situações concretas, colaboran-

do para o aperfeiçoamento pessoal do indivíduo, o que terá consequências para seu grupo

e sua comunidade. O estudante de Filosofia terá a oportunidade de adquirir uma formação

que lhe será proveitosa e ajudará a bem viver.

ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA:

A abordagem teórico-metodológica deve mobilizar os estudantes para o estudo da

filosofia sem doutrinação, dogmatismo e niilismo. O ensino de Filosofia deverá dialogar

com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história,

cultura - a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante:

Mito e Filosofia e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Teoria do Conhecimento e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Ética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Filosofia Política e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

Filosofia da Ciência e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores. Estética e seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como referência, os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS DE FILOSOFIA NO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ES-TRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

MITO E FILISOFIA

- Saber mítico;

- Saber filosófico;

- Relação mito e filosofia;

- Atualidade do mito;

-O que é Filosofia?

TEORIA DO

CONHECIMENTO

- Possibilidade do conhecimento;

- As formas de conhecimento;

- O problema da verdade;

- A questão do método;

- Conhecimento e lógica;

ÉTICA

- Ética e moral;

- Pluralidade ética;

- Ética e violência;

-Razão desejo e vontade;

- Liberdade:autonomia de sujeito e as normas;

CONTEÚDOS ES-TRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

FILOSOFIA

POLÍTICA

- Relações entre comunidade e poder;

- Liberdade e igualdade política;

- Política e ideologia;

- Esfera pública e privada;

- Cidadania formal e/ou participativa;

FILOSOFIA DA

CIÊNCIA

- Concepções de ciência;

- A questão do método científico;

- Contribuições e limites da ciência;

- Ciência e ética;

ESTÉTICA - Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico cômico, grotesco,etc.

-Estética e sociedade;

3 – METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A intenção é que o processo de ensino e aprendizagem tenha o professor na posição de

mediador do conhecimento, que ele seja em certa medida neutro, mas que também

exponha posições contundentes, evitando qualquer relativismo exacerbado. Tal processo

será desenvolvido a partir das experiências e do conhecimento prévio do aluno para

chegar à sistematização rigorosa do conhecimento. As aulas devem levar em conta o

contexto em que estão inseridos os alunos e, através do movimento de reflexão e ação,

buscar sempre alcançar os objetivos estabelecidos.  A partir do conhecimento que o aluno

possui o professor deve trabalhar em função de ampliar estes conhecimentos, e uma

forma de se atingir este objetivo é através da busca,a qual vai despertar no aluno o

espírito da aprendizagem, através da pesquisa, pois não se aprende Filosofia

simplesmente na escola, ela está no convívio familiar e social de cada um, assim sendo o

trabalho em Filosofia contempla estratégias dinâmicas que visam provocar a reflexão de

temas significativos relacionados à vivência dos alunos.

É necessário ainda que nas diferentes situações de ensino se possam valorizar os

conhecimentos já adquiridos, questionando e debatendo as relações entre a prática e o

conhecimento, estimular as trocas de informações, o estudo das relações.

De acordo com a Instrução Nº 009/2011-SUED/SEED, concomitantemente aos

conteúdos específicos da disciplina, em consonância com as Diretrizes Curriculares

Estaduais, serão contemplados os seguintes conteúdos obrigatórios: História do Paraná

(Lei nº 13381/01), História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, Música (Lei nº

11.769/08), Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade humana, Educação

Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência contra a criança e o adolescente.

Direito das Crianças e Adolescentes (L.F. Nº 11525/07), Educação Tributária Dec. Nº

1143/99, Portaria nº 413/02, Educação Ambiental L.F. Nº 9795/99, Dec. Nº 4201/02.Os

conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos

conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

As aulas, em sua maioria são expositivas, porém, de forma periódica, o aluno deve

se articular, através de apresentações em forma de seminários e também debates.

Quanto aos recursos utilizados para conduzir os alunos em direção aos objetivos

vale citar:

1-) Aulas expositivas utilizando: quadro negro, retroprojetor, livro didático e TV pen drive.

2-) Resolução de exercícios no caderno e desenvolvimentos dissertativos diversos.

3-) Seminários para apresentação de trabalhos e pesquisas. Leituras em sala e indicações

bibliográficas complementares diversas.

4-) Recursos complementares em sala e sugestões diversas sobre músicas, filmes,

poesias e textos literários.

5-) Pesquisas diversas utilizando recursos da biblioteca e sala de informática.

4 – AVALIAÇÃO 

A avaliação deve democratizar o ensino, desvinculando-se da ideia classificatória. A

avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão da aprendizagem

do aluno, para fornecer subsídios para o avanço neste processo. “Assim, o aprendizado e

a avaliação poderão ser compreendidos como fenômeno compartilhado, contínuo,

processual e diversificado, o que propicia uma análise crítica das práticas que podem ser

retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos”.(DCEs, 2008,p.79)

O processo de avaliação será feito de forma continuada, segundo orientação

encontrada nas DCES e provenientes diretamente do núcleo regional de educação,

segundo os seguintes instrumentos diagnósticos e processuais:

1-) Produções dissertativas individuais e provas em formatos diversos (questionários

específicos e/ou questões de múltipla escolha) referentes ao conteúdo. Atividades diversas

que possibilitem ao aluno desenvolver capacidades específicas que os mesmos venham a

dispor, sendo estas atividades, em suma, exercícios envolvendo a capacidade de

articulação e expressão de ordem visual, auditiva e/ou cinestésica; atividades em grupos

e, ainda, atividades que possam contribuir para o desenvolvimento artístico do aluno, em

segmentos diversos.

2-) A participação em atividades de produção oral e escrita em sala é de suma importância

dentro do processo de avaliação e tem como instrumento de registro organizado pelo

professor o “Registro de Classe”.

3-) Serão levados em conta a realização de pesquisas solicitadas. Processos de

autoavaliação dos alunos e também avaliação de desempenho do professor serão

desenvolvidas sempre que oportuno visando o aperfeiçoamento conjunto de todos os

envolvidos.

4-) A recuperação de conteúdos é direito do aluno e está relacionada a todas as notas

atribuídas, sendo estas de qualquer valor. Desta forma, sempre que necessário, novas

explicações e atividades diversificadas, reestruturadas e tendo assim formato diverso das

anteriores serão propostas com o intuito de obter pleno aproveitamento das aulas. Estudos

de recuperação de conteúdo e questões referentes à nota que envolvam uma parcela

mínima da turma preferencialmente serão aplicados de forma paralela ao período normal.

5-) Conforme a lei 9394/96, capítulo 5, artigo 58,os alunos com necessidades educacionais

especiais serão avaliados de forma diferenciada considerando suas particularidades,

enfatizando o desenvolvimento qualitativo dos mesmos em oposição a uma avaliação

generalizada de forma quantitativa.

REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lucia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução

à filosofia. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 1993.

CHAUI, M. Convite a Filosofia. 13ª edição. São Paulo. Ática. 2003.

CHAUI, M. Filosofia – Ensino Médio. Livro do Professor. Editora Ática, São Paulo SP, 2003.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Tradução de Bento Prado Jr. e Alberto Alonso

Muñoz. Rio de Janeiro: Ed.34, 1992.

DCE - DIRETRIZES CURRICULARES DE FOLISOFIA. Secretaria do Estado da Educação do

Paraná, 2008.

GALLO, Sílvio. (Coordenador) – Ética e Cidadania: Caminhos da Filosofia. Editora Papirus

- Campinas, SP, 2003.

LIVRO DIDÁTICO PÚBLICO - SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ.

LIPMAN, MATTEW. Filosofia na sala de aula. Editora Nova Alexandria. São Paulo, 2001.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular para o ensino de

filosofia no 2.º grau. Curitiba, 1994.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.

Filosofia. Curitiba: SEED, 2007. (Livro didático público impresso)

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Departamento de Ensino Médio.

Orientações Curriculares de Filosofia. Curitiba. 2006.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRACIAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULARENSINO MÉDIO

FÍSICA

IRATI 2012

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Na escola secundária, o ensino de Física era uma realidade desde 1808,

com a vinda da família Real ao Brasil. A inserção desse conhecimento no currículo visava

atender os anseios da corte para a formação de uma intelectualidade local.

Destinava-se, inicialmente, aos cursos de formação de engenheiros e

médicos,portanto, não era para todos. [...] o que já se iniciara com o mercantilismo,

quando os seres humanos passaram a ser também força-de-trabalho e a natureza passou

também a ser matéria-prima.

Em conjunto com as máquinas, a incorporação da ciência ao sistema fabril

como força produtiva reduziu o homem a mero operador de máquinas. O trabalho do

artesão que dominava todas as etapas do seu ofício foi substituído pelo trabalho

especializado e fragmentado. A compreensão do complexo sistema fabril era para poucos,

com mudanças na formação do trabalhador, que era diferenciada da formação dos

dirigentes. O conhecimento físico tornou-se, então, um importante aliado para o avanço da

sociedade capitalista.

Nesse contexto houve mais uma unificação na Física, cuja sistematização

coube ao escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861. [...] (Maxwell) previu que os

campos eletromagnéticos poderiam se propagar como ondas, o que foi logo confirmado

por Heinrich Hertz. A velocidade destas ondas coincide com a da luz, levando à

formulação da teoria eletromagnética da luz, completando assim, a unificação que Faraday

iniciara. Ao lado da teoria da gravitação universal, desenvolvida por Newton, a teoria do

eletromagnetismo, sistematizada por Maxwell, completou uma visão geral de todos os

campos de força até então conhecidos, ao mesmo tempo em que lançou as bases tanto

para a produção e uso da energia elétrica quanto para as modernas telecomunicações.

(MENEZES, 2005, p. 21)

No Paraná, as ideias de teóricos e educadores como Dermeval Saviani

mobilizaram as discussões e as ações para implementação dessa perspectiva pedagógica,

que tiveram início, primeiramente, na prefeitura de Curitiba e, depois, na rede estadual.

Desse movimento, nasceram o Currículo Básico e os documentos de Reestruturação do

Ensino de 2º Grau, entre eles o referente à disciplina de Física. Publicada em 1993, essa

proposta de reestruturação do ensino, inclusive de Física, para as escolas paranaenses,

buscava propiciar ao aluno uma sólida educação geral voltada à compreensão crítica da

sociedade para enfrentar as mudanças e atuar sobre elas, condição improvável sem a

aquisição do conhecimento científico. Além disso, o entendimento da relação ciência-

tecnologia, do processo e elaboração da ciência e sua aplicação à tecnologia, evitaria a

apresentação da ciência como verdade absoluta – à margem da sociedade – e contribuiria

para o

desenvolvimento da criticidade dos estudantes.

Esse processo político-educacional, todavia, foi interrompido porque as

novas demandas da educação no país, na década de 1990, passaram a ser orientadas por

diversos documentos oriundos de organismos financeiros internacionais,como por

exemplo, no Paraná, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A educação deveria, então, estar voltada à competitividade, numa sociedade

cada vez mais dominada por recursos tecnológicos de última geração. A necessária

reforma educacional para esse fim foi concretizada com a Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional (LDBEN) n. 9.394/96, com as Diretrizes Curriculares Nacionais e com

os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Nos textos desses documentos verificam-se

referências à necessidade de formação de cidadãos polivalentes, criativos e capazes de

adaptação permanente às novas formas de produção, e reorientação quanto à formação e

a qualificação profissional para que se alcance a qualidade e a competitividade.

O uso da tecnologia na educação, especialmente os recursos

computacionais, passou a ser exigência do novo padrão de formação e qualificação. Nos

documentos do Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio do Paraná

(Proem), de 1994, essa ideia foi usada como justificativa para reformular o Ensino de

2ºGrau no Estado (Paraná/SEED Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino

Médio – 1993) face à nova configuração brasileira e mundial, exposta à acirrada

competição. Tal concepção implicava reorientar a formação e a qualificação profissional

para melhorar a qualidade e a competitividade.

No Paraná, antes da publicação dos PCN, entre 1997-98, ocorreu uma

discussão por áreas de conhecimento, para implementar a reforma proposta pelo Proem,

exigindo-se que os Projetos Pedagógicos (PP) das escolas se fundamentassem na

Pedagogia das Competências. Assim, foi desconsiderado o artigo 3° da LDB que supõe

um ensino baseado nos princípios da “liberdade de aprender, ensinar,pesquisar e divulgar

a cultura, o pensamento, a arte e o saber” e, “pluralismo de ideias e de concepções

pedagógicas” (LDB n. 9.394/1996, Art. 3, parágrafos (I e III).

A partir de 2003, foi proposta uma mobilização coletiva para elaboração de

novas diretrizes curriculares estaduais, considerando-se a necessidade de um documento

crítico para orientar a prática pedagógica nas escolas paranaenses e o lapso de tempo em

que o professor ficou à margem dessas discussões.

Propôs-se, então, encontros para discussões curriculares de modo que o

professor se reencontrasse com o campo do conhecimento de sua formação inicial para

retomar o que é específico de sua disciplina e, a partir dela, estabelecer uma prática de

ensino que contemple relações interdisciplinares.

O tratamento dos conteúdos sob enfoque disciplinar prossegue porque

entendese que as disciplinas escolares estão vinculadas a campos de conhecimentos que,

embora estejam em constante construção, são socialmente reconhecidos e não devem ser

generalizados, nem esvaziados. Estas Diretrizes buscam construir um ensino de física

centrado em conteúdos e metodologias capazes de levar os estudantes a uma reflexão

sobre o mundo das ciências, sob a pecientífica. É preciso ver o ensino da física “com mais

gente e com menos álgebra, a emoção dos debates, a força dos princípios e a beleza dos

conceitos científicos”(MENEZES, 2005).

Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve

educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento

científico sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse

conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos,

econômicos e culturais.

O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes,

propostos nestas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos

conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático

como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à

memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e

tomados como verdades absolutas, como coisas reais.

Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma

equação matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma

construção humana com significado histórico e social.

O objetivo do conhecimento da Física é o comportamento energético da matéria,

visando a qualificação das diferentes formas de energia envolvidas nos fenômenos físicos.

Os assuntos serão próprios para o desenvolvimento do raciocínio lógico e o

desenvolvimento do homem junto a natureza e o seu entendimento junto à mesma.

2 .CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

A Física dispõe de uma interligação de conteúdos de séries diferentes porque o que

se ensina na 1ª séries, utiliza-se em outras séries. Há um contínuo uso dos conteúdos do

1º ao 3º ano. Não há como separar os conteúdos aprendidos anteriormente.

1ª Ano

- Movimento

Física , sua finalidade, ramos

31. O Sistema Internacional de unidades

32.Cinemática, ponto material, corpo extenso, repouso, matéria, referencial, trajetória,

função horária, origem das posições, origem dos tempos, posição inicial,

deslocamento, velocidade média, aceleração média, tipos de movimento.

33.Movimento uniforme.

34.Movimento Uniformemente Variado.

35.Momentum.

36.Queda dos corpos.

37.Cinemática vetorial, vetores, matéria, grandeza física, direção e sentido,

classificação das grandezas físicas, vetor, operações com vetores.

38.Composição de movimentos

39.Definições de vetor posição, vetor deslocamento, velocidade vetorial média.

40.Dinâmica, introdução, objetivo, conceitos fundamentais, sistema de referencia,

equilíbrio, inércia, força, tipos de força, ponto material isolado, dinamômetros.

41.Princípios fundamentais de Dinâmica, Princípio da Inércia, Força Peso, Princípio da

ação e reação.

42.Atrito e seus tipos.

43.Trabalho.

44.Potência, rendimento.

45.Energia e suas formas.

46.Gravitação Universal, Leis de Kepler.

47.Princípio da conservaçaõ de enegia

48.Estática, Principio da transmissibilidade das forças, movimentos de translação e

rotação.

49.Momento de uma força, binário.

50.Mecânica dos fluidos

Empuxo

2º Ano

- Termodinâmica

Termologia

51.Termometria

51.1. Conceito de temperatura

51.2. Medida de temperatura

51.3. Equação termométrica

51.4. Equilíbrio térmico

51.5. Termômetro

51.6. Escalas termométricas e suas conversões

52.Dilatação Térmica

52.1. Dilatação dos sólidos e líquidos

53. Calorimetria

53.1. Conceito de calor

53.2. Unidade de quantidade de calor

53.3. Calor latente

54.Mudanças de estado físico da matéria

54.1. Estados físicos da matéria

54.2. As mudanças de estado físico

55.Termodinâmica

55.1. Trabalho de um sistema

55.2. Lei Zero da Termodinâmica

55.3. Primeiro princípio da Termodinâmica

55.4. Lei de Joule

55.5. Segundo Princípio da termodinâmica

55.6. Rendimento de uma máquina

55.7. Ciclo de Carnot

56.Ótica Geométrica.

57. Introdução ao estudo da Òtica geométrica

57.1. Definições e conceitos

57.2. Transparência, lucidez e capacidade

57.3. Fenômenos luminosos

57.4. Princípios da Òtica Geométrica

58.Reflexão da luz

58.1. Espelhos

58.2. Leis de reflexão

58.3. Características de imagem no espelho plano

58.4. Formação de imagens

59. Instrumentos óticos

60.Fenômenos que ocorrem por refração e reflexão

61. Instrumentos Óticos

62.Ótica da visão

63.Ondulatória

64.Movimento harmônico simples

64.1. Funções horárias

64.2. Energias do movimento

65.Ondas

65.1. Classificação das ondas

65.2. Velocidade de propagação

65.3. Reflexão e refração de pulsos

65.4. Princípio de Huigens

65.5. Difração

65.6. Interferência

66.Acústica

67. Introdução

67.1. Produção do som

67.2. Transmissão do som

67.3. Fenômenos sonoros

67.4. Tubos Sonoros

67.5. Tubo de Kundt

67.6. Efeito Kepler

3º Ano

- Eletromagntismo

- Eletrostática

68.Primeiros conceitos

68.1. Átomos

68.2. Carga Elétrica

68.3. Eletrização de uma substância

68.4. Princípio da conservação de energia

68.5. Condutores e isolantes

68.6. Processos de eletrização

68.7. Lei de Gauss, Lei de Coloumb Lei de Faraday

69.Campo elétrico e ondas eletromagnéticas

69.1. Expressão de campo magnético

69.2. Características de vetor campo elétrico

70.Trabalho e potencial elétrico

70.1. Trabalho de força elétrica

70.2. Energia potencial

70.3. Potencial elétrico

70.4. Diferença de potencial

70.5. Relação entre trabalho e ddp

71.Capacidade de um condutor

71.1. Densidade de um condutor

71.2. Capacidade de um condutor

71.3. Blindagem eletrostática

71.4. Energia potencial de condutor eletrizado

72.Corrente elétrica

72.1. Natureza da corrente elétrica

72.2. Sentido da corrente elétrica

72.3. Intensidade da corrente elétrica

72.4. Efeitos da corrente elétrica

72.5. Potência elétrica dissipada

Energia elétrica consumida

73.Elementos de um circuito elétrico

73.1. .Elementos

74.Estudo Geral de Resistores

74.1. Resistência elétrica

74.2. 1a. Lei de Ohm

74.3. Condutância

74.4. Potência elétrica dissipada

74.5. 2a. Lei de Ohm

75.Associação de resistores

75.1. Resistor equivalente

75.2. Associação de resistores em série e em paralelo

75.3. Associação mista

75.4. Lâmpada de incandescência

76.Estudo dos circuitos elétricos

76.1. Circuito elétrico

76.2. Leis de Kirchhoff

77.Eletromagnetismo

78.Campo Magnético

78.1. Inseparabilidade dos pólos

78.2. Substâncias magnéticas e não magnéticas

78.3. Campo magnético

78.4. Vetor indução magnética

78.5. Ìmãs permanentes e transitórios

78.6. Campo magnético criado por corrente elétrica

78.7. Solenóide

78.8. Eletroímã

78.9. Influência da temperatura na imantação

79.Força magnética

79.1. Sobre cargas elétricas

79.2. Efeito da força magnética

80. Indução eletromagnética

80.1. Fluxo magnético

80.2. Efeito da força magnética

80.3. Lei de lenz

80.4. Transformadores

80.5. Usinas geradoras de energia elétrica

80.6. Correntes de foucault

81. Introdução à Teoria da relatividade de Einstein.

82.A natureza da luz e suas propriedades.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS DIDÁTICOS/ TECNOLÓGICOS

Para a elaboração dos conteúdos da disciplina de Física, é necessário atingir os

objetivos para que a inteligência humana possa sintetizar a aquisição de conhecimentos

para que possam ser utilizados posteriormente para sua vida cotidiana. Ressaltando

assim:

-O relacionamento entre fatos concretos dos ramos da física com a realidade do dia-

a dia, devendo contribuir para o desenvolvimento e, a aplicação do conhecimento de

Física,

-Fazer evoluir o raciocínio lógico na compreensão de suas leis,

-Englobar a matemática para a resolução de problemas,

-Elaborar as experiências compatíveis com a realidade de elementos que a escola

possa disponibilizar,

-Estímulos ao discente para a utilização das fórmulas e sua comprovação, para que

os mesmos façam suas conclusões.

Com todos esses parâmetros, acreditamos que o aluno entenda o papel da Física,

principalmente, como uma das ciências que mais se destaca na modificação e

entendimento da realidade.

Haverá utilização de materiais didáticos propostos pela SEED, como TV Paulo

Freire.

Procurar-se-á introduzir o conhecimento do homem no campo no aprendizado,

dando se exemplos práticos do seu cotidiano, como o binário para a irrigação de lavouras.

Na Física, não há discriminação de qualquer espécie, pois é a aplicação de

conhecimentos gerados pela natureza, sendo de interesse coletivo.

Utilizar-se-ão equipamentos de informática, computadores, que estão à disposição

no colégio para exploração e aprofundamento dos conhecimentos repassados, pois

haverá mais material de visualização e praticidade encontrados em sites educativos.

Serão utilizados aparelhos de dvd, para explicações e demonstrações variadas

sobre o aprendizado da Física.

O Livro Didático Público também é de grande valia para apoio dos conteúdos

repassados e sempre será utilizado como material de apoio, assim como livros de Física,

que se encontram na biblioteca do referido colégio, tanto para os alunos como para

preparo de aulas do professor.

Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em

conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

4. AVALIAÇÃO

A partir dos conhecimentos repassados, que devem ser cobrados de forma a

perceber se houve compreensão e discussão sobre os temas com os alunos, para que

posteriormente possam ser úteis na sua caminhada .

O estudo da Física deve ser direcionado a todo o tipo possível de material a

ser utilizado, de preferência o uso de material que a escola dispõe.

As avaliações buscam fazer com que o aluno desenvolva um raciocínio

lógico, sendo realizadas principalmente em cima dos conhecimentos repassados na sala

de aula. Os cadernos também são analisados para verificação da responsabilidade que o

aluno deve ter. Além disso, outros instrumentos como provas e trabalhos também serão

utilizados.

A participação do aluno é de fundamental importância, por essa razão

também deve ser levado em conta nas avaliações.

De modo geral, as avaliações são compostas de análise da fixação de

conteúdos, cadernos, participação.

Deve-se frisar que nenhuma avaliação tem intenção de prejudicar o aluno no

sentido de baixas notas, tanto que serão realizadas recuperações paralelas das avaliações

feitas em cima dos conteúdos, prevalecendo a maior nota entre a avaliação e sua

respectiva recuperação.

A somatória das notas dos itens acima citados é o que faz a média bimestral,

devendo as avaliações tem um valor que totalizem 60 pontos e trabalhos que ao fim

totalizam 40 pontos, adequando-se ao PPP do colégio. Faz-se a recuperação paralela de

conteúdos de cada atividade proposta, com revisões e respectivas recuperações de cada

atividade dada e trabalhada, de forma escrita, com experimentos, apresentações de

trabalhos.

Cada professor necessita primar pelo desempenho de cada turma

individualmente, sem deixá-los perder o ânimo, sempre os motivando para o seu melhor

resultado.

De acordo com a Lei 9394/96, capítulo 5, artigo 58, os alunos com

necessidades educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas necessidades

educacionais específicas.

• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, M. J. P. de. Discurso da Ciência e da Escola: Ideologia e Leituras possíveis.

Campinas, SP: Mercado das Letras, 2004

Diretrizes Curriculares da Educação Básica, de Física para o Ensino Médio Paraná,

2008.

FEYNMAN. R. P. Física em seis lições. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.

KUENZER, A.Z. Constuindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo:

Cortez, 2001.

NEVES, M.C. D. A História da Ciência no Ensino de Física. In: Revista Ciência e

Educação, 5 (1), p. 73-81, 1998.

PIETROLOCA, M. Ensino de Física: Conteúdo, Metodologia e Epistemologia em uma

integradora. Florianópolis: Editora da UFSC, 2005.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRACIA ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR GEOGRAFIA

ENSINO FUNDAMENTAL (6º ao 9º ano)

ENSINO MÉDIO

IRATI2012

1- APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO E SEU PAPEL NA EDUCAÇÃO

A Geografia tem seu desenvolvimento enquanto ciência, juntamente com o

desenvolvimento da sociedade que, na medida em que avançava e evoluía, ia

estabelecendo relações com a natureza, como forma de garantir sua sobrevivência e

organizar -se. O homem assim, passa a “dominar” a natureza, a partir de suas técnicas,

adaptando -a às suas necessidades.

Em meados do século XIX, a Geografia é sistematizada, ganhando status de

ciência. São considerados os precursores da Geografia, os alemães Humboldt e Ritter,

mas é com Ratzel e sua Geopolítica que a Geografia é institucionalizada.

Num primeiro momento, a Geografia se restringiu a mera descrição das paisagens,

servindo de instrumento para o (re)conhecimento do espaço geográfico e para as

estratégias político-militares, que marcaram este período.

Outro nome de destaque no desenvolvimento da Ciência Geográfica é Paul Vidal de

La Blache, representante da escola francesa. A Geografia Lablachiana tem como marca,

as monografias regionais, as quais traziam a descrição das diferentes paisagens naturais e

culturais do globo, pautadas no Gênero de Vida.

Esta visão se destaca por ser contrária as ideias deterministas da Geografia Alemã,

apontando um novo olhar geográfico: o possibilismo e o Gênero de Vida. Embora estas

duas visões sejam contrárias, ambas pertencem à Geografia Clássica ou Tradicional.

O pensamento geográfico brasileiro e, consequentemente, a ciência Geográfica do

Brasil, se constrói a partir do possibilismo de La Blache.

No Brasil a Geografia se consolidou como ciência apenas depois da década de

1930, tendo como marco a criação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

pelo então presidente Getúlio Vargas. O IBGE passou a realizar estudos para o

levantamento de dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais

do Brasil a fim de descrever o território brasileiro, servindo aos interesses políticos do

Estado, na perspectiva de um nacionalismo econômico, buscando efetivar as políticas

desenvolvimentistas do Estado: a exploração dos recursos minerais, o desenvolvimento da

indústria de base e o povoamento das áreas de fronteira (DCE, 2009).

Com relação à Geografia voltada para o ensino, até a década de 1970 os

procedimentos didáticos adotados, promoviam principalmente a descrição e a

memorização dos elementos que compõe as paisagens como dimensão do território e do

lugar, era a chamada geografia tradicional ou descritiva.

Com a revolução industrial, e o pós-guerra, tomou -se consciência de que as

diferenças culturais tinham raízes históricas, portanto, tornou -se importante que o aluno

compreendesse as diferentes formas das sociedades organizarem -se para produzir bens,

ou seja, como eram estruturados os modos de produção nos diferentes contextos

históricos.

Surge a Geografia Crítica no final da década de 1970, a qual tinha como proposta,

realizar uma revolução no pensamento geográfico, trazendo uma visão mais crítica acerca

dos fatos geográficos, da produção do espaço, das relações sociedade/ natureza, bem

como, das relações entre os diferentes grupos sociais. A Geografia passa, portanto, por

uma reformulação, deixando o caráter meramente descritivo e conteudista.

A atual Geografia, pautada no materialismo histórico, propõe que o ensino de

Geografia permita ao aluno, compreender o mundo em que vive, as espacialidades dos

fenômenos e da produção e, ainda, deve levar o aluno à uma reflexão acerca de seu papel

enquanto sujeito social, reconhecendo -se como agente, capaz de intervir no meio o qual

está inserido, de emancipar -se.

Assim fazemos com que os nossos educandos tenham uma visão crítica do espaço

ocupado por eles. Deixando de lado a teoria inativa que juntamente com a geografia

tradicional revelou por muito tempo uma sociedade determinista do espaço que

ocupávamos.

A realidade nesse início de século tem se transformado numa velocidade nunca

antes experimentada. Pode -se afirmar que vivemos um período de tempo acelerado, onde

“a rapidez, a profundidade e a imprevisibilidade de algumas transformações recentes

conferem ao tempo presente uma característica nova: a realidade parece ter tomado

definitivamente a dianteira sobre a teoria.” (SANTOS, 2000, p. 18).

Nesse sentido, Cavalcanti (1998, p. 24) coloca que:

O ensino de Geografia deve visar o desenvolvimento da capacidade de apreensão da realidade do ponto de vista de

sua espacialidade. Isso porque se tem convicção que a prática da cidadania, sobretudo nessa virada do século,

requer uma consciência espacial [...] deve ensinar – ou melhor, deixar o aluno descobrir – o mundo em que vivemos,

com especial atenção para a globalização e as escalas local e nacional, deve enfocar criticamente a questão

ambiental e as relações sociedade/natureza [...] deve realizar constantemente estudos do meio [...] e deve levar o

educando a interpretar textos, mapas, paisagens.

Contudo, para além das incertezas e em face mesmo dessas transformações é

urgente a reflexão acerca do ensino, não apenas em relação aos métodos de abordagem

utilizados pelas diferentes disciplinas, como também, acerca da relevância educativa dos

conteúdos e temas trabalhados pela mesma e da própria proposição de diretrizes para o

ensino de Geografia.

Para Pontuschka (1995) a Geografia no Ensino Fundamental e Médio não deve ter

como objetivo formar geógrafos, mas sim, contribuir para a construção da cidadania, em

uma sociedade tão desigual na qual se contesta até mesmo a existência de um cidadão.

Ainda segundo a autora (1994) a escola deve assumir o seu papel fundamental,

subsidiando professores e alunos com informações e relacionamentos que possam

contribuir para uma visão de mundo mais ampla e profunda.

A Geografia na atualidade serve de instrumento para a transformação da sociedade,

ao fornecer subsídios para a reflexão da dinâmica da sociedade, das formas de

apropriação do espaço, bem como das consequências desencadeadas no meio por esse

processo.

A Geografia Crítica busca, portanto, a formação do cidadão em uma perspectiva

crítica da realidade. Deve assim, unir o conhecimento científico-formal da disciplina à

realidade do aluno, auxiliando na junção do saber empírico e do saber formal.

A Corrente Pedagógica atual propõe que a práxis pedagógica deve levar ao aluno o

conhecimento de forma organizada, possibilitando ao mesmo a sistematização dos

conhecimentos adquiridos. Para tanto, as Diretrizes Curriculares estaduais organizaram a

disciplina nos seguintes conteúdos estruturantes: Dimensão Econômica do Espaço

Geográfico, Dimensão Política do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do

Espaço Geográfico e Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

Assim sendo, os conteúdos básicos serão trabalhados dentro dessas perspectivas,

enfatizando a dimensão de acordo com o conteúdo específico trabalhado.

Nesta visão a Geografia no Ensino Médio deverá priorizar a compreensão dos

conceitos e aspectos da Geografia, em uma dimensão mais ampla e complexa, de forma

que o aluno seja capaz de compreender as relações Sociedade/Natureza e as relações

Espaço/Temporais a partir das diferentes escalas geográficas, compreendendo a inter-

relação existente entre o local e o global e estabelecendo as relações com as questões

ambientais, políticas e econômicas.

Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a qual

contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz de atuar

como sujeito na sociedade atual.

CONTEÚDO 6º ANO ENSINO FUNADAMENTALCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

Formação e Transformação das

Paisagens Naturais e Culturais.

Dinâmica da Natureza e sua Alteração pelo

Emprego da Tecnologias de Exploração e Produção

A Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A Distribuição Espacial das Atividades Produtivas, a

Reorganização do Espaço Geográfico.

Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os

conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de

trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade,

mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos.

Buscando -se atender a realidade da comunidade escolar, que possui boa

parte de seus alunos provenientes da zona rural, contemplando temas relacionados

à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, a ligação entre a teoria estudada

e a realidade dos alunos.

Deverá ainda, abordar os temas dentro de duas perspectivas: a cartográfica,

para que o aluno compreenda como os fenômenos se distribuem e se relacionam

no espaço geográfico, e a interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente

entre as diversas áreas do conhecimento.

Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica,

a qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e

capaz de atuar como sujeito na sociedade atual.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios

como: aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e

experiências e pesquisas abordando temas da atualidade.

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICO DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTA

L DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

As Relações entreCampo e a Cidade naSociedade Capitalista.

A Transformação Demográfica, a

Distribuição Espacial e os Indicadores Estatísticos

da População.

A Mobilidade Populacional e as

Manifestações Socioespaciais da

Diversidade Cultural.

As DiversasRegionalizações doEspaço Geográfico.

Para isso serão utilizados:

-lousa e giz;

-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV,

rádio, etc.) bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o

objetivo de promover a aprendizagem.

Observações: Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/11-SUED/SEED e a lei n° 10639 de 2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afro-brasileira, africana e indígena no curriculo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e debates, inseridos ou não ao conteúdo.

CONTEÚDO 7º ANO ENSINO FUNADAMENTALCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

A Formação, Mobilidade das Fronteiras e a Reconfiguração do

Território Brasileiro.

A Dinâmica da Natureza e sua Alteração pelo

Emprego de Tecnologias de Exploração e

Produção.

As diversasregionalizações do

espaçobrasileiro.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

Movimentos migratórios e suas motivações.

Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os

conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de

trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade,

mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos.

Buscando -se atender a realidade da comunidade escolar, que possui boa

parte de seus alunos provenientes da zona rural, contemplando temas relacionados

à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, a ligação entre a teoria estudada

e a realidade dos alunos.

Deverá ainda, abordar os temas dentro de duas perspectivas: a cartográfica,

para que o aluno compreenda como os fenômenos se distribuem e se relacionam no

espaço geográfico, e a interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre

as diversas áreas do conhecimento.

Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica,

a qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e

capaz de atuar como sujeito na sociedade atual.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como:

aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e

pesquisas abordando temas da atualidade.

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICO DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

As manifestaçõessocioespaciais da

diversidade cultural.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a

(re)organização do espaço

geográfico.

A Formação, o Crescimento das

Cidades, a Dinâmica dos Espaços Urbanos e a

Urbanização.

O espaço rural e amodernização da

agricultura.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e

das informações.

A Transformação das paisagens Brasileiras.

Para isso serão utilizados:

-lousa e giz;

-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc.)

bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a

aprendizagem.

Observações: Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/11-SUED/SEED e a lei n° 10639 de 2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afro-brasileira, africana e indígena no curriculo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e debates, inseridos ou não ao conteúdo.

CONTEÚDO 8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOSESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico.

Formação, Mobilidade das Fronteiras e a

Reconfiguração dos Territórios do continente

americano.

A Nova Ordem Mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

O Comércio em suas Implicações

Socioespaciais.

A Circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a

(re)organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os

conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de

trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade,

mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos.

Buscando-se atender a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte

de seus alunos provenientes da zona rural, contemplando temas relacionados à

realidade agrária, fazendo, sempre que possível, a ligação entre a teoria estudada e

a realidade dos alunos.

Deverá ainda, abordar os temas dentro de duas perspectivas: a cartográfica,

para que o aluno compreenda como os fenômenos se distribuem e se relacionam no

espaço geográfico, e a interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre

as diversas áreas do conhecimento.

Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a

qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz

de atuar como sujeito na sociedade atual.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como:

aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e

pesquisas abordando temas da atualidade.

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

DO ESPAÇO GEOGRÁFICA

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICO DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

O espaço rural e a modernização da

agricultura.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

Os movimentos migratórios e suas

motivações.

As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

Regionalização do Continente Americano e seus aspectos políticos,

econômicos e demográficos.

Para isso serão utilizados:

-lousa e giz;

-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

-livros e obras literárias;

-leitura de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc.)

bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a

aprendizagem.

Observações: Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/11-SUED/SEED e a lei n° 10639 de 2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afro-brasileira, africana e indígena no currículo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e debates, inseridos ou não ao conteúdo.

CONTEÚDO 9º ANO ENSINO FUNDAMENTALCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

A Nova Ordem Mundial, os Territórios

Supranacionais e o Papel do Estado.

As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico.

A Revolução Técnico-científico informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O Comércio Mundial e as Implicações Socioespaciais.

A Formação, Mobilidade das Fronteiras e a

reconfiguração dos Territórios.

As Manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e

suas motivações.

Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os

conteúdos básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de

trabalho de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade,

mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos propostos.

Buscando-se atender a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte

de seus alunos provenientes da zona rural, contemplando temas relacionados à

realidade agrária, fazendo, sempre que possível, a ligação entre a teoria estudada e

a realidade dos alunos.

Deverá ainda, abordar os temas dentro de duas perspectivas: a cartográfica,

para que o aluno compreenda como os fenômenos se distribuem e se relacionam no

espaço geográfico, e a interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre

as diversas áreas do conhecimento.

Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a

qual contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz

de atuar como sujeito na sociedade atual.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como:

aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e

pesquisas abordando temas da atualidade.

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICO DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

A distribuição das atividades produtivas, a

transformação das paisagens e a

(re)organização do espaço geográfico.

A circulação da mão - de- obra do capital, das

mercadorias e das Informações.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego de tecnologias de exploração e

produção.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

Para isso serão utilizados:

-lousa e giz;

-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)

bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a

aprendizagem.

Observações: Os conteúdos obrigatórios da instrução 009/11-SUED/SEED e a lei n° 10639 de 2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afro-brasileira, africana e indígena no currículo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e debates, inseridos ou não ao conteúdo.

CONTEÚDO 1º ANO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

A formação e transformação das

paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo

emprego das tecnologias de

exploração e produção

A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos

básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma

forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência

dos fundamentos teóricos propostos.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar -se -á algumas

abordagens como: aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e

experiências e pesquisas abordando temas da atualidade.

Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de

uma perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as

diversas áreas do conhecimento.

Considerando -se a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte de seus

alunos provenientes da zona rural, estará se buscando também, contemplar temas

relacionados à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, o link entre a teoria

estudada e a realidade dos alunos, ou seja, contextualizando-

-a.

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

A Formação, Localização, Exploração

e Utilização dos Recursos Naturais.

As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

Para isso serão utilizados:

-lousa e giz;

-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

-leitura de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)

bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a

aprendizagem.

Observações: 1) Os conteúdos obrigatórios referentes ao “item g” da instrução 009/11 – SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos nas DCE's.

CONTEÚDO 2º ANO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

A formação e transformação das

paisagens.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a

(re)organização do espaço geográfico.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população.

O comércio e as

Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos

básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma

forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência

dos fundamentos teóricos propostos.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar -se -á alguns critérios como: aulas

expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e pesquisas

abordando temas da atualidade.

Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma

perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas

do conhecimento.

Considerando -se a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte de seus

alunos provenientes da zona rural, estará se buscando também, contemplar temas

relacionados à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, o link entre a teoria

estudada e a realidade dos alunos, ou seja, contextualizando-

-a.

Para isso serão utilizados:

-lousa e giz;

-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

-leitura de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

implicações socioespaciais.

A formação, o crescimento das

cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização recente.

Os movimentos migratórios e suas

motivações.

O espaço rural e a modernização da

agricultura.

-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)

bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a

aprendizagem.

Observações: 1) Os conteúdos obrigatórios referentes ao “item g” da instrução 009/11 – SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos nas DCE's.

CONTEÚDO 3º ANO ENSINO MÉDIOCONTEÚDOS

ESTRUTURANTESCONTEÚDOS BÁSICOS ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

DIMENSÃO ECONÔMICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual

configuração territorial.

A circulação da mão-de- obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do Estado.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

O comércio e as implicações

socioespaciais.

Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos

básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma

forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência

dos fundamentos teóricos propostos.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar -se -á alguns critérios como:

aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de ideias e experiências e

pesquisas abordando temas da atualidade.

Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma

perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas

do conhecimento.

Considerando -se a realidade da comunidade escolar, que possui boa parte de seus

alunos provenientes da zona rural, estará se buscando também, contemplar temas

relacionados à realidade agrária, fazendo, sempre que possível, o link entre a teoria

estudada e a realidade dos alunos, ou seja, contextualizando-

-a.

Para isso serão utilizados:

-lousa e giz;

-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

-leitura de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

DIMENSÃO CULTURAL E

DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL

DO ESPAÇO GEOGRÁFICO

Formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

Os movimentos migratórios e suas

motivações.

As Implicações socioespaciais do

processo de mundialização.

As manifestações sociespaciais da

diversidade cultural.

A revolução técnico-científica informacional

e os novosarranjos no espaço da

produção.

-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)

bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a

aprendizagem.

Observações: 1) Os conteúdos obrigatórios referentes ao “item g” da instrução 009/11 – SUED/SEED, serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a disciplina propostos nas DCE's.

AVALIAÇÃO

Tendo em vista a necessidade de mudança, desenvolverá um trabalho de avaliação baseado nas seguintes modalidades: -diagnóstica – realizada durante todo processo pedagógico para detectar se os alunos apresentam os requisitos necessários para novas aprendizagens. A partir da avaliação diagnóstica haverá retomada de conteúdos e elaboração de novas estratégias para que os objetivos propostos sejam atingidos.

-formativa – realizar durante todo o período, com a função de controle, verificando se os alunos estão atingindo os objetivos previstos para que conheçam os erros e acertos e encontrem estímulos para os estudos.-contínua e cumulativa – de acordo com o artigo 24 da LDBEN 9394/96, inciso V, a verificação do rendimento escolar observará o desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais. Para isso, destacam -se como os principais critérios de avaliação em Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações socioespaciais para a compreensão e intervenção na realidade, de modo que os alunos possam formar os conceitos geográficos e assimilar as relações Espaço-Temporais e Sociedade-Natureza, e compreender o espaço nas diversas escalas geográficas.

Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:-provas orais e escritas, -relatórios;-trabalhos de criação individual ou coletiva;-maquetes; -pesquisas;-apresentações artísticas; e -experimentações práticas. A nota bimestral será resultante da somatória dos valores obtidos em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em no mínimo 3 aferições na sequência e ordenação de conteúdos. Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com suas especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58.

A Recuperação Paralela

A recuperação de estudos é de caráter obrigatório e será considerada a aprendizagem do aluno no decorrer do bimestre. Após a verificação de rendimento escolar, estará se proporcionando novas situações de aprendizagem, concomitantemente ao processo educativo para todos os alunos, pois é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que eles aprendam. Por isso, será feita, sempre que necessário, a retomada dos conteúdos buscando novos encaminhamentos metodológicos, que propiciem aos alunos a possibilidade da aprendizagem. Neste sentido, a recuperação da nota será a simples decorrência da recuperação de conteúdo.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência Geográfica e Ensino de Geografia. In: ____. Geografia, Escola e Construção do Conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 15-28.

DCE . Diretrizes Curriculares Estaduais – Geografia .

MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia - A Construção do Mundo: Geografia Geral e do Brasil. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2005.

PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A Formação Pedagógica do Professor de Geografia e as Práticas Interdisciplinares. Tese (doutorado) Faculdade de Educação. Universidade de São Paulo – SP, 1994.

____. O Perfil do Professor e o Ensino/Aprendizagem da Geografia. In: Cadernos CEDES. N. 39. Campinas: Papirus, 1995.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. 3ª ed., São Paulo: Cortez, 2001.

TERCIO, Marina L. Geografia Novo Ensino Médio (reformulado). São Paulo: Ática, 2009.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

MATEMÁTICA

ENSINO FUNDAMENTAL

(6º ao 9º ano)

ENSINO MÉDIO

IRATI

2012

I – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da matemática para o Ensino Médio, é visto “como instrumento para a

compreensão, a investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente de

modificações do indivíduo, provocando mais que simples acúmulo de conhecimento

técnico, o progresso do discernimento político”(Paraná,1993,p.05).

Por isso busca-se um currículo para o ensino médio que forneça uma formação

humanística consistente, desenvolvendo um olhar crítico e reflexivo que possibilite uma

compreensão da lógica e dos princípios técnico-científicos que marcam o atual período

histórico e afetam as relações sociais e de trabalho.

A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no mundo

e o conhecimento gerado nessa área do saber como fruto da construção humana na

sua interação constante com o contexto natural, social e cultural.

Em relação aos determinantes sociais, econômicos e culturais que regem o

funcionamento da sociedade, a fim de que o aluno venha atuar no mundo com a

consciência de seu papel de cidadão participativo. A matemática deve formar uma visão

ampla e cientifica da realidade, desenvolvendo no educando um pensamento crítico

tornando-o capaz de construir conceitos , buscar soluções de problemas, atuar nas

diferentes áreas do conhecimento e também em seu cotidiano.

A construção do conhecimento necessita ser numa perspectiva relacional entre

teoria e prática, para que o conhecimento ganhe significado, seja problematizado e

aprendido pelos alunos.

Em função do desenvolvimento das tecnologias, uma característica do mundo

atual é a exigência de pessoas críticas e ativas ao tomarem decisões. Nesse aspecto, a

educação matemática deve formar cidadãos com autonomia para resolver problemas e

enfrentar desafios individuais e coletivamente, que estejam em contínuo processo de

formação, capazes de selecionar, analisar e criar hipóteses.

Pensando- se na universalização da educação básica, devemos, então, desenvolver o

saber matemático tendo como meta a cidadania, a interação do aluno, bons materiais

didáticos, a participação ativa do aluno e uma prática de elaboração cultural, isto é,

dando condições ao educando para desenvolver a visão de mundo, atualizando- o nas

novas tecnologias e nos princípios básicos científicos. Com isso espera- se que a

disciplina também possa contribuir para a formação de um indivíduo crítico, capaz de

agir com autonomia nas suas relações sociais; possibilitando realizarem análises,

discussões, conjecturas,capacidade de comunicação, raciocínio, capacidade de

resolver problemas e apropriação dos conceitos e formulação de ideias a partir do

conhecimento matemático.

II – CONTEÚDOS

Os conteúdos estruturantes propostos pelas Diretrizes Curriculares para o Ensino

Médio da Rede Publica Estadual são : Números e Álgebra, Grandezas e Medidas,

Geometrias, Funções e Tratamento da informação serão desdobrados em conteúdos

básicos e específicos.

Os conteúdos específicos a serem trabalhados estão contextualizados com a

realidade onde o colégio está inserido explicitados pelo Projeto Político Pedagógico

(PPP) e pelo planejamento anual. A interdisciplinaridade é trabalhada em articulação

entre as outras disciplinas, visando compreender os complexos discursos científicos,

filosóficos e artísticos, através do diálogo entre os diferentes campos do conhecimento.

ENSINO FUNDAMENTAL

6º AnoNÚMEROS E ÁLGEBRA

Sistemas de Numeração;Números Naturais;Múltiplos e divisores;Potenciação e radiciação;Números fracionários;Números decimais.

6º Ano GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de comprimento;Medidas de massa;Medidas de área;Medidas de volume;Medidas de tempo;Medidas de ângulos;

Sistema monetário.

6º AnoGEOMETRIAS Geometria Plana;

Geometria Espacial.

7º Ano TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Dados, tabelas e gráficos;Porcentagem.

7º Ano NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Inteiros;Números Racionais;Equação e Inequação do 1º grau;Razão e proporção;Regra de três simples.

7º Ano GRANDEZAS E MEDIDASMedidas de temperatura;Medidas de ângulos.

7º Ano GEOMETRIASGeometria Plana;Geometria Espacial;Geometrias não euclediana.

7º Ano TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Pesquisa Estatística;Média Aritmética;Moda e mediana;Juros simples.

8º Ano NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Racionais e Irracionais;Sistemas de Equações do 1º grau;Potências;Monômios e Polinômios;Produtos Notáveis.

8º Ano GRANDEZAS E MEDIDASMedidas de comprimento;Medidas de área;Medidas de volume;Medidas de ângulos.

8º AnoGEOMETRIAS

Geometria Plana;Geometria Espacial;Geometria Analítica;Geometrias não eucledianas.

8º Ano TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Gráfico e informação;População e amostra.

9º Ano NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais;Propriedades dos radicais;Equação do 2º grau;Teorema de Pitágoras;Equações Irracionais;Equações Biquadradas;Regra de Três Composta.

9º Ano GRANDEZAS E MEDIDAS Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

Trigonometria no Triângulo Retângulo.

9º Ano FUNÇÕESNoção intuitiva de Função Afim;Noção intuitiva de Função Quadrática.

9º Ano GEOMETRIASGeometria Plana;Geometria Espacial;Geometria Analítica;Geometrias não euclidianas

9º Ano TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Noções de Análise Combinatória;Noções de Probabilidade;Estatística;Juros Compostos.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

NÚMEROS E ÁLGEBRA

Números Reais; (1º Ano)Equações e Inequações Exponenciais, Logarítmica e Modulares;(1º Ano)Sistemas lineares;(2º Ano)Matrizes e Determinantes;(2º Ano)Polinômios;(3º Ano)Números Complexos(3º Ano)

í

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de Área; (2º Ano)Medidas de Volume;(2º Ano)Medidas de Grandezas Vetoriais;(2º Ano)Medidas de Informática;(2º Ano)Medidas de Energia;(2º Ano)Trigonometria.(2º Ano)

FUNÇÕES

Função Afim;(1º Ano)Função Quadrática;(1º Ano)Função Polinomial;(1º Ano)Função Exponencial;(1º Ano)Função Logarítmica;(1º Ano)Função Trigonométrica;(1º Ano)Função Modular;(1º Ano)Progressão Aritmética;(1º Ano)Progressão Geométrica.(1º Ano)

GEOMETRIAS

Geometria Plana;(2º Ano)Geometria Espacial;(2º Ano)Geometria Analítica;(2º Ano)

Geometria não – eucledianas.(2º Ano)

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Análise Combinatória;(3º Ano)Binômio de Newton;(3º Ano)Estudo das Probabilidades;(3º Ano)Estatística;(3º Ano)Matemática Financeira.(3º Ano

III - METODOLOGIA

O encaminhamento metodológico para a área de matemática deve levar à

superação das deficiências apresentadas, tendo em vista as últimas avaliações

realizadas que mostra ser esta a disciplina responsável, na maioria das vezes, pela

evasão e repetência nas escolas.

O professor além de conhecer profundamente o conteúdo, deve selecioná- los

adequadamente aos sujeitos com o qual está trabalhando e criar estratégias

compatíveis com cada turma promovendo discussões para tornar o aprendizado

acessível a todos, considerando o conhecimento prévio dos alunos, transformando esse

saber comum em saber científico, respeitando as diferenças e interesses encontrados

na classe. Também deve considerar a realidade em que o Colégio está inserido.

A construção dos conceitos matemáticos dar- se- á através do uso de mídias e

tecnologias, etnomatemática,história da matemática, investigação matemática,

modelagem e de resolução de problemas aplicáveis no cotidiano dos alunos e também

em outras áreas do conhecimento (interdisciplinaridade), buscando desse modo um

aprendizado mais amplo e significativo.

Os Conteúdos Obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED e a Lei nº10639 de

2003, que introduziu a obrigatoriedade do estudo da história da cultura afrobrasileira,

africana e indígena no currículo escolar serão trabalhados em forma de pesquisa e

debates, inseridos ou não ao conteúdo.

Os conteúdos devem ser trabalhados a partir de uma abordagem histórica através

de aulas expositivas, trabalhos em equipe, pesquisa de campo, pesquisa, investigação,

debates, trabalho com textos diversificados, medições, jogos, intercalando um

conteúdo com outro, observar o comportamento de certos fenômenos, representando-

os visualizando então, o mundo em que vivemos.

Para isso utilizar- se- ão recursos didáticos e tecnológicos como: quadro, giz,

caderno, lápis, borracha,caneta,régua, compasso, transferidor, esquadro, livros

didáticos, jornais, revistas, laboratório de informática e tv pendrive.

IV. AVALIAÇÃO

Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, criaremos condições para o

aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem sem

avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como partes

de um todo que se constitui o processo educativo.

A nota bimestral do aluno será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na

sequência e ordenação de conteúdos.

Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, utilizaremos a observação

sistemática ou informal, para conhecer melhor os alunos em todos os aspectos, analisar

seu desempenho nas atividades e compreender seus avanços e dificuldades, ajudando-o

em sua aprendizagem. Alguns critérios serão observados para orientar as atividades

avaliativas, tais como:

* comunica-se matematicamente, oral ou por escrito;

* compreende por meio da leitura, o problema matemático:

* elabora um plano que possibilite a solução do problema;

* encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

* realiza o retrospecto da solução de um problema.

A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém não pode

ser o único indicador de desempenho, pois apenas fornece um diagnóstico do aluno,

individualmente, e da turma, como um todo e leva o professor a repensar sua prática,

direcionando suas ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos

resultados. A aplicação destas serão: prova individual, em grupos, com consulta, oral,etc.

Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre

outros, serão utilizados para desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à

cooperação, troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do

grupo. Para que sejam efetivos serão realizados na escola.

Para todos os alunos será proporcionado a recuperação de conteúdos e esta deve

acontecer todas as vezes em que os métodos empregados não forem suficientes para

propiciar a aprendizagem dos alunos. A recuperação de estudos, de caráter obrigatório,

ocorrerá concomitantemente ao processo educativo, conforme determina a lei.

Segundo o Regimento Escolar do Colégio Estadual Trajano Grácia, na avaliação do

aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem

sobre os dados quantitativos e entre e os resultados obtidos durante o período letivo e os

da recuperação, prevalecerão os melhores resultados.

Os conteúdos não apropriados pelos alunos serão retomados e haverá novas

oportunidades de avaliação (recuperação paralela), prevalecendo a maior nota e

garantindo que a aprendizagem se efetive.

Alunos com necessidades especiais serão avaliados de acordo com suas

especifidades, conforme a Lei 9394 da LDB, capítulo 5, artigo 58.

V- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEZERRA, Manoel Jairo e PUTNOKI, José Carlos Bezerra. Matemática 2º Grau. V 1e

2.São Paulo, Scipicione.1994.

DOMÊNCIO, Luis Carlos. Matemática 3 em 1, Curso completo do 2º grau, São

Paulo, FDT, 1998.

GIOVANI, JOSÉ Ruy e outros. A Conquista da Matemática (teoria e aplicação), FTD,

São Paulo.

GIOVANI E GIOVANI JR. Pensar e Descobrir, São Paulo, FTD, 2002.

GUELLI, Oscar. Contando a história da matemática. São Paulo, Editora Ática.

SECRETÁRIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Identidade do Ensino Médio (versão

preliminar), julho de 2006.

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio, Paraná, 2008.

SILVA , Claudio Xavier e FILHO, Benigno Barreto. Matemática Aula por Aula. 1ª, 2ª e

3ª Séries do 2º Grau. São Paulo ,FTD .2005

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

ENSINO MÉDIO

QUÍMICA

IRATI2012

I. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo da Química tem como objetivo compreender que ela está presente em

todos os momentos do nosso dia-a-dia, e em muitas transformações que ocorrem no

mundo, assegurando ao educando a formação indispensável na compreensão das

transformações, que ocorrem no mundo, e as transformações que ocorrem no universo,

para que apresentem um progresso no trabalho, na capacidade de aprender e na

compreensão do ambiente natural que vive.

Diante da evolução que ocorre no planeta, ao longo da história, desde o domínio do

fogo até os atuais processos utilizados e estudados em Química, os seres humanos

necessitam, estabelecer nesse processo uma relação com a natureza, e consigo mesmo,

para produzirem modos de pensar, de ser e de viver com melhores qualidades.

Ao conceder a educação, cria condições para que o aluno desenvolva a capacidade

de “ver” a Química, nas diversas situações reais, para que ele entenda a linguagem

química, a partir das observações dos fenômenos cotidiano, que muitas vezes passam

desabercebidamente, aos nossos olhos, ou que são veiculados a meios de comunicação,

que muitas vezes são errôneos, exageradamente técnicos e sensacionalistas.

Compreender essa linguagem significa compreender as transformações que

ocorrem no mundo, de forma abrangente e interligada, sendo capaz de julgar de forma

fundamentada, as informações advindas, da tradição cultural, da mídia e da escola. Deve-

se considerar que a Química utiliza uma linguagem própria, para representação das

diversas transformações químicas, através de símbolos, fórmulas, convenções e códigos.

Sendo assim, é necessário que o aluno desenvolva competências adequadas, para

reconhecer e saber utilizar tal linguagem, sendo capaz de entender, a partir das

informações, os processos químicos em si e a construção de um conhecimento cientifico

com estreita relação com aplicações tecnológicas e suas implicações.

A abordagem no ensino de Química será norteada pela vinculação desses

parâmetros, com preocupação em resgatar a especificidade da disciplina, formando um

aluno capaz de interagir com o seu meio, ao mesmo tempo em que qualifica o aluno a ter

um bom relacionamento com as tecnologias e com assuntos que ocorrem no mundo,

estabelecendo ligações com outros campos do conhecimento, proporcionando um

entendimento amplo sobre o conteúdo em estudo.

II. OBJETIVOS

83.Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva;

84.Compreender os códigos e símbolos próprios da Química atual;

85.Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da Química e vice-versa.

Utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas

modificações ao longo do tempo;

86.Traduzir a linguagem discursiva em outras linguagens usadas em Química.

87. Identificar fontes de informações e formas de obter informações relevantes para o

conhecimento da Química (livro, computador, manuais, etc.);

88.Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico

formal);

89.Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico empírico);

90.Compreender dados quantitativos, estimativos e medidas, compreender relação

proporcionais presentes na Química (raciocínio proporcional);

91.Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou outros

(classificação, seriação e correspondência em Química);

92.Selecionar e utilizar idéias e procedimentos científicos (leis, teorias, modelos) para a

resolução de problemas qualitativos e quantitativos em Química, identificando e

acompanhando as variáveis relevantes;

93.Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à Química,

selecionando procedimentos experimentais pertinentes.

III. CONTEÚDOS

1o ANO

• Estrutura Atômica

1. Matéria e Energia;

2. Substâncias Simples e Compostas;

3. Modelo Atômico

4. Elemento Químico;

5. Configuração Eletrônica;

• Tabela Periódica

1. Classificação Periódica Moderna;

2. Períodos;

3. Famílias;

4. Elementos constituintes da Terra.

• Ligações Químicas.

• Funções Químicas.

27 Ácidos;

28 Bases;

29 Sais;

30 Óxidos;

31 Funções inorgânicas no cotidiano.

2o ANO

45 Reações Químicas:

45.4 Equação Química;

45.5 Balanceamento de Equação;

45.6 Tipos de Reações:

45.7 Mol;

45.8 Realização de Reações Químicas.

46 Estudo das Soluções:

18 Mistura dos Gases;

19 Massa molar;

20 A poluição gasosa.

• Estudo das Soluções:

• Soluções;

• Título;

• Molaridade;

• Fração Molar;

• Molalidade;

• Equivalente-Grama;

• Normalidade:

• Mistura de Soluções;

• Poluição das Águas.

XXI. Termoquímica.

XXII. Cinética Química.

XXIII. Equilíbrio Químico.

XXIV. Eletroquímica.

tt) Pilhas;

uu) Eletrólise;

vv)Construção de Pilhas Elétrica.

− Reações Nucleares.

− A utilização da energia nuclear.

3o ANO

• Química Orgânica:

• Hidrocarbonetos;

• Petróleo;

• Funções Oxigenadas:

1. Fenóis;

2. Álcoois;

3. Etanol e Açúcar;

4. Aldeídos;

5. Cetonas;

6. Ácidos Carboxílicos;

7. Ésteres;

8. Éteres.

• Funções Nitrogenadas:

• Aminas;

• Amidas;

• Nitrocomposto;

• Nitrilo;

• Haletos Orgânicos.

− Isomerias.

IV. METODOLOGIA

Todo o conhecimento assim como o da Química não é um conhecimento pronto,

mas que ao longo dos anos passa por processos adaptativos, o que se cria uma

necessidade de informações cada vez mais precisa e específica das ciências.

Nesse contexto propõem ao aluno que a compreensão e aquisição do

conhecimento aconteça espontaneamente por meio de uma vivência com o fato estudado,

que será conseguido com o uso de recursos disponíveis como: o laboratório e textos

informativos que serviram como ferramentas para tornar as aulas mais agradáveis e

interessantes.

Desta forma as atividades serão desenvolvidas de acordo com o conteúdo a ser

estudado.

Para trabalhar a estrutura do átomo, será utilizado conceito fundamental,

considerando o cotidiano, para poder formar um esquema que possibilite, entender as

aplicações que ocorre em sua volta, levantando dados, informativos de uma verdade, que

será buscada, por meios de pesquisas e hipóteses, aceitas na atualidade. A atividade

experimental estará sempre presente, assim como os recursos de informática, buscando

interligar a teoria, com a prática, por um meio realista, criando modelos de interpretação do

mundo, a nível microscópico e macroscópico, compreendendo os aspectos históricos, e

suas relações com o contexto cultural, socioeconômico e político.

A Tabela Periódica será vista como dispositivo que visa facilitar, o entendimento do

surgimento das substâncias a partir de sua estrutura básica. Sua construção trás para o

interpretando assuntos, que estejam relacionados ao conhecimento Químico podendo o

mesmo criar mecanismos que auxiliem na representação das substâncias.

As características das substâncias em se unir, formando milhões de novas

substâncias, existentes no universo, será estudada em Ligações Químicas, a partir da

elaboração de hipótese, conceitos e leis, podendo fazer previsões fundamentais nos

conhecimentos químicos, referentes às atividades: industriais, domésticas e aos hábitos de

consumo, a fim de propor alternativas para solucionar problemas da sociedade.

O estudo das Funções Inorgânicas fará o educando interpretar essas funções,

analisando através de atividades experimentais de laboratório, conceitos, e características,

podendo posicionar de maneira crítica, com base no conhecimento químico, com relação a

produtos de consumo, remédios, produtos de limpeza, e produtos agrícolas.

As transformações das substâncias, e suas representações serão conhecidas em

Reações Químicas, e no Estudo dos Gases, aplicando esse conceito, princípios, e leis na

solução de novos problemas, e na interpretação da linguagem Química, avaliando

implicações, de processos químicos para o ambiente e para a saúde.

Em Estudo das Soluções, Termoquímicas, Cinética Química, Equilíbrio Químico, e

Eletroquímica, o aluno, interpretando texto, elaborados com linguagem científica, que

contenha tabelas, figuras, gráfico, fórmulas químicas e equações matemáticas,

compreendendo o emprego, adequado das unidades de medidas do Sistema

Internacional, comparando processos químicos, de laboratório, será conduzido a entender

os processos práticos e teóricos da disciplina, e suas conseqüências no meio que vive, e

também a utilização de energias alternativas.

Um número muito grande de substâncias é encontrado: no comércio, na natureza, e

até mesmo em organismos vivos, destas grandes partes é formada por compostos

orgânicos, que serão analisados na Química Orgânica.

Mostrar ao aluno, as varias substâncias contidas no petróleo, frisando o fato de ele

ser constituído basicamente por compostos que contem carbono e hidrogênio, lembrando

que o carbono tem 4 elétrons na camada de valência e pode fazer ligações simples,

duplas e triplas.

Nas Funções Orgânicas será feita a classificação das cadeias carbônicas, sua

formulação e nomenclatura seguindo as regras IUPAC.

Em Funções Oxigenadas, serão reconhecidos esses compostos, sua nomenclatura

oficial, assim como o seu uso e aplicações industriais e a reação de esterificação.

Nas Funções Nitrogenadas o aluno será levado a reconhecer fórmulas

representativas das funções: amina, amida, nitrilo e nitrocomposto, assim como expressar

seus nomes usuais e oficiais.

No estudo das Isômerias, será possibilitado aos alunos, escrever e identificar a

ocorrência de compostos isômeros, a partir de suas fórmulas estruturais.

Finalizando o educando estará apto a compreender a importância do compostos

orgânicos.

Para a realização das atividades propostas serão utilizados recursos didáticos e

tecnológicos como: quadro de giz, folhas sultfites, livro didático, tv multimídia, pendrive,

dvd, cartolinas, materiais escolares de uso diário, laboratório de informática, etc.

Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em

conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

• AVALIAÇÃO

Para formar sujeitos autônomos, críticos e criativos, criaremos condições para o

aluno atuar também como sujeito avaliador. Não se pode avaliar a aprendizagem sem

avaliar o ensino, a prática do professor e as condições oferecidas pela escola como partes

de um todo que se constitui o processo educativo.

A nota bimestral do aluno será resultante da somatória dos valores atribuídos em

cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na

sequência e ordenação de conteúdos.

Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, utilizaremos os trabalhos

em grupo como pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre outros, utilizados

para desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à cooperação, troca de

pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do grupo. Para que

sejam efetivos serão realizados na escola.

A prova se constituirá em um importante instrumento de avaliação, porém não pode

ser o único indicador de desempenho, pois apenas fornece um diagnóstico do aluno,

individualmente, e da turma, como um todo e leva o professor a repensar sua prática,

direcionando suas ações futuras para a solução de problemas identificados por meio dos

resultados. A aplicação destas serão: prova individual, em grupos, com consulta, oral, etc.

Todos os alunos terão direito à recuperação de conteúdos e esta deve acontecer

todas as vezes em que os métodos empregados não forem suficientes para propiciar a

aprendizagem dos alunos. A recuperação de estudos, de caráter obrigatório, ocorrerá

concomitantemente ao processo educativo, conforme determina a lei.

Segundo o Regimento Escolar do Colégio Estadual Trajano Grácia, na avaliação do

aproveitamento escolar, deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem

sobre os dados quantitativos e entre e os resultados obtidos durante o período letivo e os

da recuperação, prevalecerão os melhores resultados.

De acordo com a LDB 9394/96, capítulo 5, artigo 58, os alunos com necessidades

educacionais especiais serão avaliados de acordo com suas necessidades específicas.

VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARVALHO, Antônio. Química. SP; Ibep, 2002.

CARVALHO, Geraldo Camargo; SOUZA, Celso Lopes. Química: de olho no mundo do

trabalho vol. Único. SP; Scipione, 2.003.

CHASSOT, Attico Inácio.Catalisando Transformações na Educação. Ijuí; Unijuí,

1993.

FELTRE, Ricardo. Físico Química vol 2. SP; Moderna, 1994.

FELTRE, Ricardo. Química Geral vol 1. SP; Moderna, 1994.

FONTINHA, Paulo M.S.S.R..Matéria e energia em transformação, vol. 4. SP; Nacional,

1995.

MALDANER, Otávio Aloísio. Química vol. 1: Construção de Conceitos Fundamentais.

Ijuí; Unijuí, 1992.

MALDANER, Otávio Aloísio; ZAMBIAZI, Rui. Química vol. 2: Consolidação de conceitos

Fundamentais. Ijuí; Unijuí, 1992.

MORTIMER, Eduardo Fleury; MACHADO, André Horta. Química para o Ensino médio

vol. Único. SP; Scipione, 2002.

NOVAIS, Vera Lúcia Duate de. Química, volume 2. SP; Atual, 1999.

PCN. Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.

PCN. Ensino Médio. Brasília: MEC, 1999.

PERUZZO, Tito M.; CANTO, Eduardo L..Química. vol. Único. SP; Moderna, 2000.

PERUZZO, Tito M.; CANTO, Eduardo L..Química: na abordagem do cotidiano vol 3. SP;

Moderna, 1.993.

SARDELLA, Antônio. Química . SP; Ática, 2000.

SEED - Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares de

Química para a Educação Básica. Curitiba, 2008.

UTIMURA, Teruko Y.; LINGUANOTO, Maria. Química Fundamental vol. Único.

SP;FTD, 1.998.

VANIN, José Atílio. Alquimista e químicos: o passado, o presente e o futuro. SP;

Moderna, 1.994.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIAENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR ENSINO MÉDIOSOCIOLOGIA

Irati2012

1 – APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais

que trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta

encruzilhada da ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a

clamar mudanças e a absorvê-las, nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da

modernidade do século XIX surge, na Europa, uma ciência disposta a dar conta das

questões sociais, que porta os arroubos da juventude e forja sua pretensa maturidade

científica na crueza dos acontecimentos históricos sem muito tempo para digeri-los. O

contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcado pelas

consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789;

uma social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o

Iluminismo, com sua fé na razão e no progresso da civilização.

Para compreender o sentido da sociologia como disciplina na grade curricular do

ensino médio deverá, antes de tudo, que compreender os objetivos que por meio dela se

pretende atingir. Esses objetivos podem ser divididos em duas classes: os que são

específicos para a disciplina e os que não se restringem a ela, indo ao encontro dos que

foram traçados para o ensino médio a partir de lei 9.394, de 1996.

A Sociologia contribui muito para o desenvolvimento do pensamento critico do

aluno, pois permite desenvolver o pensamento sociológico do mesmo; a compreensão da

Sociologia dentro as demais ciências como uma construção histórica e socialmente

determinada; perceber os direitos e respectivos deveres do cidadão como parte de uma

construção social; faz compreender as diferentes manifestações culturais como expressão

de povos, etnias, nacionalidade, segmentos sociais diversos; permite estabelecer relações

entre o conhecimento teórico e as práticas sociais; ampliar a noção de política, enquanto

um processo de tomada de decisões sobre os problemas sociais que afetam a coletividade

e produzir novos discursos sobre as diferentes realidades sociais e a partir das

observações e reflexões realizadas.

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

94.Processo de Socialização e as Instituições Sociais

94.1. Processo de socialização;

94.2. Grupos sociais;

94.3. Instituições sociais: familiares, escolares e religiosas;

94.4. Instituições de ressocialização: prisões, manicômios, educandários e

asilos, etc.

• Cultura e Indústria Cultural.

1. Desenvolvimento antropológica do conceito de cultura e suas

contribuições na análise das diferentes sociedades; Diversidade cultural;

Identidade; Industria cultural; Meios de comunicação de massa; Sociedade

de consumo; Indústria cultural no Brasil;Preconceito; Questões de gênero;

Cultura afro-brasileira e africana; Cultura indígena.

Trabalho, Produção e Classes Sociais.

Conceitos de trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades sociais, estamentos, castas, classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização;

Relações de trabalho;

Neoliberalismo;

Trabalho no Brasil;

32 Poder, Política e Ideologia.

32.1Formação e desenvolvimento do estado moderno;

32.2Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

32.3 Estado no Brasil;

32.4Conceitos de poder, ideologia, dominação e ligitimidade;

32.5As expressões da violência nas sociedades contemporâneas;

47 Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.

20.3Direitos civis, políticos, sociais, humanos,

20.4 conceito de cidadania;

20.5Movimentos sociais;

20.6Movimentos sociais no Brasil;

20.7A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

20.8A questão das ONG's.

3- ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos de Sociologia serão desenvolvidos através de aulas expositivas,

dialogadas como forma de esclarecimento dos conceitos. Apresentação de vídeos com

assuntos focados no conteúdo de Sociologia e afins.

Utilização de temas atuais (recortes de revistas e jornais, sites de internet) como

proposta de debates em grupos para que o aluno possa construir seu próprio

conhecimento. Trabalhos em grupos e debates, pesquisas de campo e comparações de

diversos textos relacionados ao conteúdo proposto.

Para isso, será necessário a utilização de recursos didáticos e tecnológicos como:

livros, xerox, recortes de jornais e revistas, músicas, mensagens, tv multimidia, pendrive,

computadores, DVDs, CDs, materiais escolares de uso diário e outros que se fizerem

necessário.

A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento

para que os alunos relacionem a teoria com a prática social, possibilitando a construção

coletiva dos novos saberes.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária

a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises , problematizações e

contextualizações propostas. Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED,

serão tratados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina, propostos

na DCE.

4 – AVALIAÇÃO

O aluno será avaliado em todos os momentos da aula. Será avaliado de forma

contínua, permanente e cumulativa pela participação e interesse.

A avaliação será contínua levando em conta sempre o crescimento do aluno,

partindo do simples para o complexo.

Os conteúdos serão cobrados em forma de discussão, debates, apresentações orais,

produção escrita onde o aluno irá expor o quanto aprendeu e assimilou o que ainda está

obscuro para ser revisto em forma de trabalho em grupo ou pesquisa. Será avaliado

também se houve a contextualização por parte do aluno, a relação entre a realidade e a

teorização. Durante cada bimestre será ofertado aos alunos recuperação paralela (após

cada avaliação) com a retomada dos conteúdos , para a efetivação da aprendizagem da

Sociologia, com objetivo de atingir o aproveitamento escolar.

As notas serão somatórias e cumulativas com valor 1,0 para perguntas orais, 2,5

para apresentação de trabalhos, 2,5 para a pesquisa e o trabalho propriamente dito, 2,0

para debates e 2,0 para textos produzidos pelos alunos sobre os temas trabalhados.

Alunos com necessidades especiais serão avaliados de acordo com suas

especifidades, conforme a Lei 9394 da LDB,cap.5 , artigo 58.

5- REFERÊNCIAS

COSTA, Cristina (1987). Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. 1ª ed., São

Paulo: Moderna 248p.

NOVA, Sebastião, Vila (1992). Introdução à sociedade. 2º ed. São Paulo: Atlas.

OLIVEIRA, Pércio Santos (1994). Introdução a Sociologia. 7º ed. São Paulo, Ática, 144p.

REVISTA ESPAÇO ACADEMICO – ano 1, nº 5, out/2001 – mensal 15196186

DIRETRIZES CURRICULARES DE SOCIOLOGIA. Secretaria do Estado da Educação do

Paraná. 2008.

COLÉGIO ESTADUAL TRAJANO GRÁCIA

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

CELEM - LÍNGUA ESPANHOLA

NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO

IRATI

2012

33 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Considerando que a Língua Espanhola é uma das mais faladas no mundo, e, que a

procura por esse idioma adquiriu um âmbito muito maior, tornou-se fundamental que

essa língua fosse inserida no currículo escolar, para possibilitar à toda comunidade seu

acesso. O ensino da língua espanhola é recente, iniciou-se a partir dos anos 90,

impulsionadas por um ideal de redemocratização do país (devido à abertura política) e

pela criação do MERCOSUL, as escolas voltaram a ofertar o ensino da língua

espanhola em seus currículos, porém sem suplantá-la.

O indivíduo tem necessidade de aprendizagem constante, programar mudanças

na sociedade na qual está inserido, transformando sonhos em valores, com objetivos de

dar apoio ao desenvolvimento da habilidade em aprender outros idiomas.

O estudo e o domínio de Línguas Estrangeiras são fundamentais à medida que

permite ao aluno conhecer outras visões de mundo e entender melhor as suas próprias,

dando oportunidades a vivências de valores ligados à cultura e a cidadania.

Sendo a educação o caminho viabilizador da conquista da cidadania, se garantido

o conhecimento, a permanência e a oportunidade àqueles que nela ingressam.

A aprendizagem de LEM se constituem na possibilidade de questionar a própria

identidade, já que aprender um LEM é apropriar-se do outro, desse modo aprender outra

Língua implica a reconstituição do próprio sujeito não no sentido de que este venha

apagar-se, mas de que ele possa ressignificar-se.

A LDB prevê uma Língua Estrangeira Moderna (LEM) como disciplina obrigatória e

uma segunda, como optativa (Art. 36, inc. III). Assim, o objetivo do ensino da Língua

Estrangeira (LE) é permitir ao educando conhecê-la e usá-la como instrumento de acesso

a informações e a outras culturas e grupos sociais.Precisa-se pensar-se o ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras

Modernas no CELEM em termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez

que uma língua é o veículo de comunicação de um povo por excelência e são através de

sua forma de expressar-se que esse povo transmite sua cultura, suas tradições, seus

conhecimentos.

A visão de mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e,

consequentemente, a língua também sofre alterações para poder expressar as novas

formas de encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância conceber-se o ensino

de um idioma estrangeiro objetivando a comunicação real, pois, dessa forma, os diferentes

elementos que a compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa

aprendizagem. Nesse contexto, o Centro de Línguas Estrangeiras Modernas, como oferta

extracurricular e gratuita de ensino de Língua Espanhola é destinado a alunos,

professores, funcionários e à comunidade do Colégio Estadual Trajano Grácia.

Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em situações de

comunicação – produção e compreensão de textos verbais e não verbais – é também

inseri-los na sociedade como participantes ativos, capazes de se relacionar com outras

comunidades e outros conhecimentos.

Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir

significados para entender melhor a realidade.

O professor é quem deve oferecer isso a eles, ser aquele que possibilite essa

integração. Diante disso, a metodologia a ser aplicada deve ser aquela que satisfaça as

necessidades dos educandos, trabalhando neste contexto a realidade apresentada

pelos mesmos, valorizando as relações estabelecidas entre eles e acreditando que

cada um deles têm condições de aprender.

Propõe-se que a aula de LE constitua um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive.

Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

Assim justifica-se a importância do CELEM de espanhol na educação básica de

nossa localidade pelo fato de que quando muitos dos alunos deste estabelecimento

ingressarem no mercado de trabalho necessitarão do aprendizado do espanhol, uma vez

que várias empresas instaladas na cidade e cidades vizinhas tem como proprietários,

argentinos e espanhóis. Também porque temos como países vizinhos o Paraguai, a

Argentina e o Uruguai, motivo pelo qual é de suma importância o conhecimento desta

língua para esses alunos, bem como para a comunidade escolar interessada.

2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos basilares para a compreensão do objeto de estudo da língua inglesa

são fundamentados em um único conteúdo estruturante, o qual está relacionado ao

momento histórico-social,ao entender a língua como espaço social de interação verbal

para a produção de sentidos. Tal conteúdo é definido como “discurso como prática social”

e, é por meio dele que a língua será tratada de forma dinâmica, através das habilidades de

leitura, oralidade e escrita.

Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática

tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos). O

uso da língua efetua-se em forma de enunciados, uma vez que o discurso só existe na

forma de enunciados.

Com isso, nas aulas de espanhol será oportunizada ao aluno a percepção da

interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que

permeiam as relações sociais e de poder. Os níveis de organização linguística – fonético-

fonológico, léxico-semântico e de sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na compreensão e

na produção verbal e não verbal.

Em sala de aula será trabalhado os mais variados textos de diferentes gêneros, que

levará ao aluno o interesse à pesquisa e à discussão. Será oportunizada ao aluno a

escolha das temáticas dos textos, uma vez que um dos objetivos é possibilitar formas de

participação que permitam o estabelecimento de relações entre ações individuais e

coletivas. Por meio dessa experiência, os alunos poderão compreender a vinculação entre

auto- interesse e interesses do grupo. Além disso, esta iniciativa poderá levar as escolhas

de conteúdos mais significativos, porque resultam da participação de todos, e é este o

principal objetivo do ensino-aprendizagem de línguas.

3. CONTEÚDOS BÁSICOS

Os conteúdos básicos que irão ser trabalhados pertencem às práticas da oralidade,

leitura e escrita e análise linguística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um

gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa,

política, literário-artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.

Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que

deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de

gêneros trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles

selecionados pelo professor.

Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio

complexidade crescentes. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses

tópicos.

A abordagem teórico-metodológica e a avaliação estão inseridas na sequencia para

compreensão da proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira Moderna.

94.4.1. 3.1 CURSO BÁSICO DO CELEM (02 ANOS DE DURAÇÃO)

CONTEÚDOS BÁSICOS - P1

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

Esfera cotidiana de circulação:BilheteCarta pessoalCartão felicitaçõesCartão postalConviteLetra de músicaReceita culinária

Esfera publicitária de circulação:Anúncio**Comercial para radio*FolderParódiaPlacaPublicidadeComercial

Esfera produção de circulação:bulaembalagemPlacaRegra de jogoRótulo

Esfera jornalistica de circulação:AnúncioclassificadosCartumChargeEntrevista**HoróscopoReportagem**

Slogan Sinopse de filme

Esfera artística de circulação:AutobiografiaBiografia

Esfera escolar de circulação:CartazDiálogo**Exposição oral*MapaResumo

Esfera literária de circulação:ContoCrônicaFábulaHistória em quadrinhosPoema

Esfera midiática de circulação:Correio eletrônico(e-mail)Mensagem de texto(SMS)Telejornal*Telenovela*Videoclipe*

* Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

** Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de uso da língua.

LEITURA

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

·Adequação do discurso ao gênero;

·Turnos de fala;

·Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,

recursos semânticos;

·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e

informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);

·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do gênero;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

ORALIDADE

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem,

recursos gráficos (aspas, travessão, negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto.

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo

·Temporalidade;

·Referência textual.

ESCRITA

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Vozes do discurso: direto e indireto;

·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação,

polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;

·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens

implícitas e explicitas;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem,

recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

·Acentuação gráfica;

·Ortografia;

·Concordância verbal e nominal.

3.2 CONTEÚDOS BÁSICOS - P2

ESFERA SOCIAL DE CIRCULAÇÃO E SEUS GÊNEROS TEXTUAIS

• Cotidiana: Comunicado, Curriculum Vitae, exposição oral, Lista de compras, etc.

• Publicitária: Anúncio, propaganda, etc.

• Jornalística: Entrevista, notícia, etc.

• Jurídica: Ofício, requerimento, etc.

• Escolar: Aula em vídeo, exposição oral, etc.

• Literária: Contação de história, peça de teatro, etc.

• Midiática: Aula virtual, correio eletrônico (e-mail), Videoclipe, etc.

LEITURA

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos

gráficos (aspas, travessão, negrito);

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Elementos textuais: levantamento lexical de palavras

italicizadas, negritadas, sublinhadas, números, substantivos

próprios;

·Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre

itens lexicais recorrentes no título, subtítulo, legendas e textos.

ORALIDADE

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

·Adequação do discurso ao gênero;

·Turnos de fala

·Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,

recursos semânticos;

·Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e

informais como conectivos, gírias, expressões, repetições);

·Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

ESCRITA

Fatores de textualidade centradas no leitor:

·Tema do texto;

·Conteúdo temático do texto;

·Elementos composicionais do gênero;

·Propriedades estilísticas do gênero;

·Aceitabilidade do texto;

·Finalidade do texto;

·Informatividade do texto;

·Intencionalidade do texto;

·Situacionalidade do texto;

·Papel do locutor e interlocutor;

·Conhecimento de mundo;

·Temporalidade;

·Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

·Intertextualidade;

·Partículas conectivas básicas do texto;

·Vozes do discurso: direto e indireto;

·Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação,

polissemia, formação das palavras, figuras de linguagem;

·Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens

implícitas e explicitas;

·Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes

gramaticais no texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

·Acentuação gráfica;

·Ortografia;

·Concordância verbal e nominal.

No decorrer do ano letivo serão trabalhados os temas contemporâneos

contemplando assim a Lei 11645/08. A História e Cultura Afro-brasileira, e Africana e

Indígena. Esses temas serão abordados através de textos trazidos aos alunos, pesquisas

que eles irão efetuar e discussão em sala de aula.

4. METODOLOGIA

O ato de ensinar não se dá através de situações prontas, fechadas, definitivas,

mas sim como processo de reflexão contínua sobre as inúmeras possibilidades de

aprender. Os conteúdos serão desenvolvidos sempre de forma contextualizada, tendo

como referencial para a ação pedagógica a realidade social do aluno, e a intencionalidade

do trabalho está em sintonia com as exigências que o atual mercado de trabalho faz

àqueles que nele desejam ingressar. Os alunos trabalharão os conteúdos dados de forma

individual e em grupo na resolução de problemas.

O ensino da língua estrangeira se iniciará com um vocabulário básico, que faça

parte do seu eu e do mundo a sua volta. É preciso criar intimidade com a língua para

depois chegar aos objetivos mais específicos como a gramática por exemplo.

As aulas de língua espanhola constituirão um espaço para que o aluno reconheça

e compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se engaje discursivamente

e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive.

Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social.

Trabalhar com textos de diversos tipos, como música, propagandas, rótulos,

poemas e informes diversos, é parte importantíssima no processo de ensino-

aprendizagem da língua estrangeira. Através de textos pode-se estudar, de uma maneira

integrada, estruturas gramáticas, vocabulário, compreensão, leitura e produção de texto.

Por isso, se trabalhará em sala de aula uma variação de textos, desde os mais simples, ou

seja, aqueles que o aluno tem um conhecimento prévio do assunto, até aqueles mais

complexos.

No que se refere a texto e baseados nas Diretrizes Curriculares, a ênfase do

ensino recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente pelo discurso,

sendo capazes de comunicar-se de diferentes formas, materializadas em diferentes tipos

de texto, considerando a imensa quantidade de informações que circulam na sociedade.

Isso significa participar dos processos sociais de construção de linguagem e de seus

sentidos legitimados, e desenvolver uma criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido

aos textos.

O discurso entendido como prática social, que se realiza total ou parcialmente por

intermédio de textos. O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e

corporificada em um determinado gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma

instância discursiva, é o discurso. Assim, o discurso se realiza nos e pelos textos. Nessa

visão, o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as

condições de produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi

produzido.

Com isso, nas aulas de língua espanhola será abordado vários tipos de textos, em

atividades diversificadas, tais como:

• comparação das unidades temáticas, linguísticas e composicionais de um texto com

outros textos;

• interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;

• leitura e análise de textos de países que falam o mesmo idioma estudado na escola e

dos aspectos culturais que ambos veiculam;

• leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo

tema e das abordagens de tais publicações;

• comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e

morfológicas da LEM estudada com a da LM.

O texto como unidade de linguagem em uso, ou seja, de comunicação verbal -

escrita, oral ou visual - será o ponto de partida da aula de LEM. Esse texto trará uma

problematização em relação a um tema. A busca por sua solução deverá despertar o

interesse dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus

conhecimentos linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas

presentes num discurso.

Paralelo ao estudo das habilidades acima citadas, deverá ser feito um trabalho de

conversação em sala de aula, para que os alunos possam conhecer a modalidade oral

através da simulação de situações reais e proporcionar-lhes uma total integração com a

nova língua e mostrar seu uso no dia-a-dia, fato que os estimulará no processo de

assimilação da nova língua, levando-se em conta as limitações de cada aluno e,

explorando ao máximo seu potencial.

Ao interagir com textos diversos, subsidiado por conhecimentos linguísticos, sócio-

culturais, discursivos e pragmáticos, o educando perceberá que as formas linguísticas são

flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de uso da

língua ocorre, permitindo a si elaborar, construir ou reconstruir seu conhecimento e

visualizar o contexto sócio-histórico do autor, seu estilo e ideologia.

Práticas diferenciadas e textos com crescente grau de dificuldade darão suporte

para o aluno compreender a realidade linguística e ser capaz de perceber com autonomia

as ideias principais, a função, a composição e o grau de informação de cada texto, bem

como fazer a análise linguística do mesmo.

Quanto à escrita, deverá ficar explícito o quê, para quê e para quem se escreve,

com objetivo e enunciado claros, com orientação de gênero e variedade linguística

esperados pelo professor, em situações reais de uso.

Os conteúdos poderão ser retomados sempre que se fizerem necessários.

Finalmente, serão utilizados instrumentos metodológicos como o livro de Língua

Estrangeira Moderna, produzido pelos professores da Rede Pública de Ensino do Estado

do Paraná, TV multimídia, DVD, rádio, internet, CD-ROM, vídeos, dicionários, cartazes e

outros, disponíveis na escola, para proporcionar uma educação de qualidade.

A leitura, processo de atribuição de sentidos, estabelece diferentes relações entre o

sujeito e o texto de acordo com as concepções que se têm de ambos. De acordo com as

DCEs, o trabalho proposto para a leitura está ancorado na perspectiva de uma leitura

crítica, a qual se efetiva no confronto de perspectivas e na (re)construção de atitudes

diante do mundo. A abordagem da leitura crítica extrapola a relação entre o leitor e as

unidades de sentido na construção de significados possíveis. Busca-se, então, superar

uma visão tradicional da leitura condicionada à extração de informações.

Nessa perspectiva, há confronto entre autor, texto e leitor. O leitor abandona uma

atitude de passividade diante do texto e passa a ser participante do processo de

construção de sentidos. Entretanto, ele não está sozinho ao construí-los, com ele estão

sua cultura, sua língua, seus procedimentos interpretativos, os discursos construídos

coletivamente em sua comunidade e as ideologias nas quais está inserido. A leitura é

considerada, então, como interação entre todos esses elementos, os quais influenciam

diretamente nas possíveis interpretações de um texto.

As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos

orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a

oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias em

Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há

uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e existe a

necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como

ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno se familiarize

com os sons específicos da língua que está aprendendo.

Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma

atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as

atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da

produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É preciso que, no contexto

escolar, esse alguém seja definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quem o

aluno vai produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do seu texto e de

sua coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre um objetivo claro.

Demais procedimentos a serem adotados referentes à leitura, escrita e oralidade

estão descritos no quadro de conteúdos apresentado anteriormente.

Os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11-SUED/SEED, serão tratados em

conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplina propostos na DCE.

5. AVALIAÇÃO

A avaliação em língua estrangeira tem como objetivo verificar o crescimento do

educando e deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, através do qual o

professor interpreta os resultados do ensino/aprendizagem, ou seja, de seu próprio

trabalho. Sua finalidade é acompanhar, diagnosticar, reavaliar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, seus resultados, atribuindo-lhes valor.

O diagnóstico permeará o trabalho fazendo com que haja reflexão e crítica sobre o

processo de ensino/aprendizagem não só no desenvolvimento dos educandos, mas,

principalmente para verificar o desenvolvimento global da ação pedagógica.

De acordo com o PPP e Regimento Interno do Colégio Estadual Trajano Grácia,

as avaliações serão diagnósticas e somativas preponderando os aspectos qualitativos da

aprendizagem sobre os quantitativos, uma vez que dar-se-á maior importância à atividade

crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização, isto quer

dizer que a avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será

contínua, cumulativa e permanente.

Quanto aos procedimentos e instrumentos de avaliação, os professores poderão

fazer uso da observação sistemática ou informal, que permite conhecer melhor seus

alunos em todos os aspectos, analisar seu desempenho nas atividades e compreender

seus avanços e dificuldades, ajudando-o em sua aprendizagem. A observação deverá ser

registrada para que o professor acompanhe melhor o aluno. A utilização repetida e

exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação reduz a possibilidade de

observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização,

observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação,

criatividade, formulação de hipóteses, entre outros.

A prova se constitui em um importante instrumento de avaliação, porém não pode

ser o único indicador de desempenho. Para a aplicação destas existem vários

procedimentos, podendo ser: prova individual, em grupos, com consulta, oral, etc.

Os trabalhos em grupo como: pesquisas, jogos, painéis, maquetes, relatórios, entre

outros, permitem desenvolver e avaliar a formação global do aluno quanto à cooperação,

troca de pontos de vista, confronto e comprometimento dos componentes do grupo. Para

que sejam efetivos é importante que sejam realizados na escola.

Os números de avaliações por bimestre, utilizando os instrumentos descritos

acima, dependem do número de aulas e do conteúdo. A nota bimestral do aluno será

resultante da somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de avaliação, sendo

valores cumulativos em várias aferições, na sequência e ordenação de conteúdos. Os

registros dos resultados serão expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula

zero) e a média necessária para a aprovação é 6,0 (seis vírgula zero) em cada um dos

quatro bimestres, totalizando 24,0 (vinte e quatro vírgula zero) pontos ao final do ano

letivo.

As avaliações serão diagnósticas, somativas e contínuas divididas em provas

escritas, atividades de pesquisa, trabalhos individuais ou em grupo; produção, análise de

textos, jornais e revistas; exercícios e outras formas mais que se fizessem presentes e

necessárias. Sendo leitura valor 3,0; oralidade valor 3,0 e escrita valor 4,0 totalizando o

valor 10,0 que é a nota máxima bimestral.

Os alunos que não conseguirem o desempenho esperado em determinada unidade

curricular têm direito à recuperação paralela de conteúdos e esta deve acontecer todas as

vezes em que os métodos empregados pelos educadores não forem suficientes para

propiciar a aprendizagem dos alunos. Dessa forma, a recuperação é o esforço de retomar,

de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos para assegurar a

possibilidade de aprendizagem. Neste sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdos, e sendo de caráter obrigatório, deve ocorrer

concomitantemente ao processo educativo, cabendo aos educadores tomarem as

providências e oferecerem estratégias de recuperação a fim de que o aluno aprenda o que

deveria ter aprendido.

A avaliação levará em conta o mundo globalizado, desigualdades e diferenças

culturais. Deste modo será diagnóstica, que possibilitará elementos que permitirão ao

próprio aluno fazer sua auto-avaliação a partir de critérios adotados pelo professor,

definindo uma meta a ser alcançada ao final do ano letivo; somativa, que permite somar

conhecimentos ao longo do processo de aprendizagem; e, formativa, pois permite

aperfeiçoar o aluno quanto à sua formação técnica profissional, aprimorando o processo

de trabalho e, consequentemente, o próprio trabalho do professor, adequando as

metodologias, objetivos e conteúdos ao processo de ensino/aprendizagem e ao contexto

diagnosticado na prática cotidiana.

Considerando a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade dos conteúdos, serão

utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: trabalhos individuais e coletivos, provas

objetivas e/ou dissertativas, relatórios e pesquisas cujos valores serão somados

objetivando a média bimestral e anual. Serão oportunizadas avaliações diferenciadas aos

alunos com necessidades educacionais especiais.

Será realizada após diagnosticada as dificuldades de cada aluno em sala de aula.

Será realizada de forma paralela .

Em conclusão e consonância com as DCE's do Estado do Paraná, a avaliação do

processo ensino-aprendizagem, entendida como questão metodológica da

responsabilidade do professor, é determinada pela perspectiva de investigar para intervir.

5.1 RECUPERAÇÃO PARALELA

A recuperação será paralela durante todo o processo de ensino-aprendizagem e

entendida como um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo ofertado para todos,

se constituirá de um conjunto integrado ao processo de ensino além de se adequar às

dificuldades do aluno. Essa recuperação poderá ser feita através de trabalhos, pesquisas,

textos e outras formas para a fixação do conteúdo, seguido de novas oportunidades de

avaliação, bem como revisão de uma maneira diferenciada.

A recuperação de estudos será paralela aos conteúdos no período letivo,

constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino-aprendizagem. Nela se

desenvolverão estudos paralelos de recuperação propondo aos alunos desafios e

atividades diferenciadas complementares, articuladas aos conteúdos trabalhados

anteriormente.

Será feita adaptação curricular para aqueles alunos com necessidades

educacionais especiais.

Na recuperação de estudos, o professor considera a aprendizagem do aluno no

decorrer do processo e, para aferição do bimestre, entre a nota da avaliação e da

recuperação, prevalecerá sempre a maior.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA

EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação.

Superintendência da Educação. Curitiba, 2008.

BAKHTIN, M. (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. 12a ed. São Paulo: Hucitec,

2006.

ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas.

(Linguagem – Ensino ). Pontes, Campinas, São Paulo: 1998.

ERES FERNÁNDES, I.G.M. La producción de materials didácticos de español lengua

extranjera en Brasil. In. Anuário Brasileño de Estudios Hispánicos Suplemento “El

hispanismo en Brasil”. Madrid, Ministerio de Educación, Cultura y Deporte/Embajada de

España en Brasil, 2000.