PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · Colégio Estadual “D. Pedro I” – Ensino Fundamental e Médio...

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Colégio Estadual “D. Pedro I” – Ensino Fundamental e Médio Av. Luiz Antônio Agostinho, 700 Fone: (44) 3352-1243 Santo Inácio – Paraná e-mail: [email protected] PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Desenvolvido pelos profissionais da educação do ano letivo de 2011 do “Colégio Estadual Dom Pedro I – Ensino Fundamental e Médio”. Diretor: Renato Evaristo dos Santos Santo Inácio - PR 2011

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Desenvolvido pelos profissionais da educação do ano letivo de 2011 do “Colégio Estadual Dom Pedro I – Ensino Fundamental e Médio”.

Diretor: Renato Evaristo dos Santos

Santo Inácio - PR 2011

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EQUIPE DE ENSINO DO COLÉGIO ESTADUAL DOM PEDRO I Ano Letivo de 2011

D i r e t o r

Renato Evaristo dos Santos

E q u i p e P e d a g ó g i c a

Luzia Aparecida Dadona Lima Rosalina Bega

C o r p o D o c e n t e

Adriana Violato Ana Paula Laureano Ferreira

Aranilde da Silva Carlos Tadayuki Higioka Edmar Alencar Júnior

Elaine Adriana da Silva Ely Constantino

Helena Gracite do Amaral Ionas Raimundo dos Santos

Maria Ap. Crespo Maria Ap. Ferreira Cardoso Maria Sirlei do Nascimento

Marinês José Bragatto Marrafão Miriam Comossato Cerqueira Rosimeire Donizete Cardoso

Santo Bento Soleide Porangaba Nistche

Wandercléia de O. L. Carrion

F u n c i o n á r i o s

Kátia Cristina Vendrames Gloor Maria Luzinete Vieira

Wilza Cristina Ferreira Salbego Maria Jandira Robeiro Mateus

Maria Lucinéia de Araújo Baboni Domitila Ribeiro Rodrigues

Renilda Belarmino dos Santos

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 1

SUMÁRIO

1 - APRESENTAÇÃO 09

2 - INTRODUÇÃO 10

3 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 12

3.1 - Histórico do Estabelecimento de Ensino 12

3.2 - Caracterização da Comunidade Escolar 13

3.3 - Perfil dos Alunos e da Comunidade 15

4 - INSTÂNCIAS COLEGIADAS 18

4.1 - Conselho Escolar 18

4.2 - Conselho de Classe 19

4.3 - APMF 20

4.4 - Grêmio Estudantil 21

5 - ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR 21

6 - ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 23

6.1 - Regime Escolar 24

6.2 - Do Processo de Classificação 24

6.3 - Do Processo de Reclassificação 25

6.4 - Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino 27

6.5 - Princípios Norteadores da Educação 27

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2

6.6 - Filosofia da Escola 31

6.7 - Princípios Didáticos-Pedagógicos 31

6.8 - Objetivos do Ensino Médio Regular 36

6.9 - Metodologia do Ensino Médio Regular 36

6.10 - Objetivos e Metodologia da EJA 37

6.10.1 – Avaliação da EJA 40

6.10.2 - Níveis de Ensino 42

6.10.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II 42

6.10.2.2 - Ensino Médio 42

6.11 - Formação Continuada 42

6.12 - Inclusão 44

6.13 - Programa Viva Escola 45

6.14 - Calendário Escolar 46

6.15 - Regimento Escolar 46

6.16 - Matriz Curricular 48

6.16.1 – Ensino Médio Regular 49

6.16.2 – Ensino Fundamental – Fase II - EJA 50

6.16.3 – Ensino Médio - EJA 51

7 - PLANO DE AÇÃO 2011 52

8 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR 60

8.1 - P.P.C. de Arte 62

8.1.1 - Apresentação da Disciplina 62

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 3

8.1.2 - Objetivos Gerais 63

8.1.3 - Conteúdos 64

8.1.3.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 64

6.1.3.2 - Ensino Médio Regular e EJA 67

8.1.4 - Metodologia 72

8.1.5 - Avaliação 72

8.1.6 - Referências 73

8.1 - P.P.C. de Biologia 74

8.2.1 - Apresentação da Disciplina 74

8.2.2 - Objetivos Gerais 78

8.2.3 - Conteúdos 78

8.2.4 - Metodologia 82

8.2.5 - Avaliação 85

8.2.6 - Referências 88

8.3 - P.P.C. de Educação Física 89

8.3.1 - Apresentação da Disciplina 89

8.3.2 - Metodologia 90

8.3.3 - Conteúdos 94

8.3.4 - Avaliação 106

8.3.5 - Referências 107

8.4 - P.P.C. de Filosofia 111

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 4

8.2.1 - Apresentação da Disciplina 111

8.2.2 - Objetivos Gerais 113

8.2.3 - Conteúdos do Ensino Médio – Regular e EJA 113

8.2.4 - Metodologia 115

8.2.5 - Avaliação 116

8.2.6 - Referências 117

8.5 - P.P.C. de Física 118

8.5.1 - Apresentação da Disciplina 118

8.5.2 - Objetivos Gerais 121

8.5.3 - Conteúdos do Ensino Médio – Regular e EJA 123

8.5.4 - Metodologia 124

8.5.5 - Avaliação 129

8.5.6 - Referências 131

8.6 - P.P.C. de História 132

8.6.1 - Apresentação da Disciplina 132

8.6.2 - Conteúdos 133

8.6.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 133

8.6.2.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 143

8.6.3 - Metodologia 144

8.6.4 - Avaliação 144

8.6.5 - Referências 145

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 5

8.7 - P.P.C. de Língua Portuguesa 147

8.7.1 - Apresentação da Disciplina 147

8.7.2 - Objetivos Gerais 148

8.7.2.1 - Objetivos Específicos 148

8.7.3 - Conteúdos 149

8.7.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 149

8.7.2.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 152

8.7.4 - Metodologia 156

8.7.5 - Avaliação 158

8.7.6 - Referências 159

8.8 - P.P.C. de Matemática 161

8.8.1 - Apresentação da Disciplina 161

8.8.2 - Conteúdos 162

8.8.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 162

8.8.2.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 165

8.8.3 - Metodologia 167

8.8.4 - Avaliação 169

8.8.5 - Referências 170

8.9 - P.P.C. de Química 172

8.9.1 - Apresentação da Disciplina 172

8.9.2 - Metodologia 174

8.9.3 - Objetivos Gerais 175

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 6

8.9.4 - Conteúdos do Ensino Médio – Regular e EJA 176

8.9.5 - Avaliação 180

8.9.6 - Referências 181

8.10 - P.P.C. de Sociologia 182

8.10.1 - Apresentação da Disciplina 182

8.10.2 - Objetivos Gerais 183

8.10.3 - Conteúdos do Ensino Médio – Regular e EJA 183

8.10.4 - Metodologia 186

8.10.5 - Avaliação 187

8.10.6 - Referências 188

8.11 - P.P.C. de Geografia 189

8.11.1 - Apresentação da Disciplina 189

8.11.2 - Objetivos Gerais 191

8.11.3 - Conteúdos 192

8.11.3.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 192

8.11.3.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 195

8.11.4 - Metodologia 200

8.11.5 - Avaliação 202

8.11.6 - Referências 204

8.12 - P.P.C. de Ciências 205

8.12.1 - Apresentação da Disciplina 205

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 7

8.12.2 - Objetivos Gerais 205

8.12.3 - Conteúdos – Ens. Fundamental – Fase II - EJA 206

8.12.4 - Metodologia 208

8.12.5 - Avaliação 210

8.12.6 - Referências 212

8.13 - P.P.C. de Língua Estrangeira Moderna - Inglês 213

8.13.1 - Apresentação da Disciplina 213

8.13.2 - Objetivos Gerais 213

8.13.3 - Conteúdos 214

8.13.3.1 - Ensino Fundamental – Fase II - EJA 214

8.13.3.2 - Ensino Médio - Regular e EJA 217

8.13.4 - Metodologia 227

8.13.5 - Avaliação 228

8.13.6 - Referências 229

8.14 - P.P.C. de Língua Estrangeira Moderna - Espanhol 230

8.14.1 - Apresentação da Disciplina 230

8.14.2 - Objetivos Gerais 231

8.14.2.1 - Objetivos Específicos 231

8.14.3 - Conteúdos 232

8.14.4 - Metodologia 245

8.14.5 - Avaliação 246

8.14.6 - Referências 247

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 8

8.15 - P.P.C. de Ensino Religioso 249

8.15.1 - Apresentação da Disciplina 249

8.15.2 - Objetivos Gerais 250

8.15.3 - Conteúdos 250

8.15.4 - Metodologia 251

8.15.5 - Avaliação 252

8.15.6 - Referências 252

9 - ANEXOS 253

9.1 - Gráficos de Pesquisa 253

9.2 - Regimento Escolar 265

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 9

1 - APRESENTAÇÃO

Atendendo ao que estabelece a Lei de Diretrizes e Bases Lei no 9.394/96 em

seus artigos. 12, Inciso I, 13 e 14, o Colégio Estadual D. Pedro I, trabalhou na

elaboração e atualização do seu Projeto Político Pedagógico, tomando como ponto

de partida a consciência de que este documento se constitui na construção coletiva

da identidade da escola pública de qualidade que pressupõe um projeto de

sociedade, de educação, de cultura e de cidadania, fundamentado na democracia e

na justiça social.

É a própria organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em

suas especificidades, níveis e modalidades, no nosso caso o ensino fundamental e

médio, que supõe a reflexão e discussão crítica sobre os problemas da sociedade e

da educação, para encontrar as possibilidades de intervenção na realidade; busca a

transformação da realidade social, econômica, política; exige e articula a

participação de todos os sujeitos do processo educativo: professores, agentes

educacionais, pais, alunos e outros, para retratar uma visão global da realidade e

dos compromissos coletivos; alicerça o trabalho pedagógico escolar enquanto

processo de construção contínua: nunca é pronto e acabado; fundamenta as

transformações internas da organização escolar e explicita suas relações com as

transformações mais amplas (econômica, social, política, educacional e cultural).

Diante do exposto, o documento ora apresentado, se caracteriza como fruto

de um trabalho coletivo de revisão bibliográfica, teórica e metodológica dos

elementos que constituem o Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual D.

Pedro I. Tal revisão se fez necessária tendo em vista as mudanças estruturais e

pedagógicas ocorridas nesta unidade de ensino, bem como as mudanças na

legislação que regulamentam o funcionamento de uma escola pública paranaense.

Para o trabalho de revisão e reescrita deste documento foram realizados

grupos de estudos com os diversos atores que compõem o coletivo escolar

(professores, agentes educacionais I e II, assembleia de pais, assembleia de alunos)

todos coordenados pela Direção e organizados pela Equipe Pedagógica. Outra

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atividade realizada tendo em vista a reformulação deste documento foi o

levantamento o perfil do alunado que frequenta este estabelecimento de ensino,

através da aplicação de questionário previamente elaborado pelos professores,

equipe pedagógica e Direção. Tal questionário foi aplicado tanto aos alunos do

Ensino Médio Regular quanto aos alunos da modalidade EJA (Educação de Jovens

e Adultos) e os dados coletados bem como a análise dos mesmos fazem parte deste

documento e serviram de base para a elaboração do Marco Operacional onde

constam as propostas de ação elaboradas para atender as necessidades dos alunos

e consequentemente da escola pública que se propõe a ofertar um ensino de

qualidade e excelência.

Para este trabalho, foram levadas em consideração também as Leis

10.639/03 e 11.645/08 que tratam do trabalho pedagógico de resgate e valorização

da História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena. Atendendo à legislação,

também consta deste documento as determinações contidas na Instrução Nº

011/2009 que trata da oferta de Língua Espanhola por meio do CELEM (Centro

Estadual de Língua Estrangeira Moderna) e também as determinações contidas na

Resolução Nº 3683/2008 que institui a o Programa Viva a Escola na Educação

Básica da Rede Estadual de Ensino. Finalmente, contam deste documento os

pressupostos filosóficos, teóricos e metodológicos das Diretrizes da Educação de

Jovens e Adultos.

2 - INTRODUÇÃO

Ao longo de sua história, educação é chamada a formar um ideal de sujeito

que atenda às necessidades da sociedade. Tanto que várias reformas educacionais

ocorreram tendo em vista a atender às necessidades sociais, políticas e

econômicas, inclusive o próprio modelo capitalista, também usufruiu e usufrui escola

para os seus propósitos, quando exige a qualificação e formação da mão de obra

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necessária à consecução do Projeto de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico.

Neste momento histórico de revisão e reelaboração de um projeto

pedagógico, os educadores foram chamados a refletir sobre a concepção de

homem, mundo e sociedade e, também sobre os princípios que norteiam a prática

educativa tomando como base para esta reflexão do conhecimento científico,

tecnológico, a onda de globalização e o neoliberalismo que tanto priorizou o

individualismo, a competição, o consumismo e ao acúmulo de riquezas. Tais

elementos contribuíram para que os educadores percebessem a necessidade de

enfrentar as contradições e os conflitos presentes na sua prática docente, já que há

disparidade entre aquilo que a escola deveria ser e o que ela está sendo e diante

dos fatos, optar por uma proposta entenda a educação como “o ato de produzir,

direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é

produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 2005).

Para atingir o que acima se coloca, a escola deve trabalhar com todos os

produtos culturais: os instrumentos, a linguagem, as produções científicas e a

organização da vida social, levando os alunos a reconhecerem o ser humano como

produtor da cultura e esta como resultado do seu trabalho na transformação da

natureza, na atribuição de significados às suas realizações e na criação do seu

próprio mundo. Sabendo das contradições inerentes à escola pública por oferecer às

camadas mais carentes da sociedade uma escola que pretende pública, laica,

gratuita, obrigatória, universal de qualidade e dever do Estado, sem, no entanto,

levar em consideração as desigualdades sociais, os intelectuais da escola devem,

no sentido de reverter e atuar nestas contradições, optar por um método que parta

da prática social, onde professor e aluno se encontram igualmente inseridos

ocupando, porém, posições distintas, condição para que travem uma relação

fecunda na compreensão e encaminhamento de solução dos problemas postos pela

prática social, dispondo de instrumentos teóricos e práticos, para a compreensão e

atuação transformadora da realidade percebida na prática social inicial.

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3 - IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

Nome do Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual D. Pedro I – Ensino

Fundamental e Médio

Endereço: Avenida Luiz Antônio Agostinho Nº 700 - Centro – Santo Inácio - PR

Mantenedora: Secretaria de Estado da Educação

Núcleo Regional: Maringá

Estado do Paraná

3.1 - Histórico do Estabelecimento de Ensino

O Colégio Estadual D. Pedro I – Ensino Médio está localizado numa área de

7.051,00 m², do quarteirão que fica entre as ruas: Sebastião Américo Seleguim, Rua

Izaltina das Neves Martins, Rua Arnor Marques Pinheiro, de fronte à Avenida Luiz

Antônio Agostinho, 700, sendo mantido pelo Governo do Estado do Paraná.

Foi criado e denominado pelo Decreto nº 4.106 de 15 de fevereiro de 1967,

com Portaria de funcionamento nº 1.602 de 15 de fevereiro de 1967, com a

denominação de: ESCOLA NORMAL DE GRAU COLEGIAL D. PEDRO I.

Pelo Parecer do Conselho Estadual de Educação nº 099/78, foi aprovada a

antecipação da Implantação da Lei 5692/71, a partir de 1978.

Pelo Decreto nº 2.671/80 e Diário Oficial nº 844 de 23 de julho de 1980, foi

denominado: COLÉGIO D. PEDRO I – ENSINO DE 2º GRAU.

Pela Resolução 778 de 17 de março de 1982 e Diário Oficial nº 1.260 de 30

de março de 1982, foi reconhecido os cursos de Contabilidade e Magistério e pela

Resolução nº 4.514/02 publicada no Diário Oficial de 14 de novembro de 2002, foi

reconhecido o curso de Ensino Médio.

Atualmente, com a implantação da Educação de Jovens e Adultos, em

01/09/09 e após a publicação da Resolução Nº 900 de 10 de março de 2010,

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estabelecimento passou a ser denominado COLÉGIO ESTADUAL D. PEDRO I –

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.

Os nomes dados ao estabelecimento em:

1967 – ESCOLA NORMAL DE GRAU COLEGIAL D. PEDRO I;

1968 – ESCOLA NORMAL COLEGIAL D. PEDRO I;

1980 – COLÉGIO D. PEDRO I – ENSINO DE 2º GRAU;

1983 – COLÉGIO ESTADUAL D. PEDRO I – ENSINO DE 2º GRAU;

1997 – COLÉGIO ESTADUAL D. PEDRO I – ENSINO MÉDIO;

2010 – COLÉGIO ESTADUAL D. PEDRO I – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO.

3.2 - Caracterização da Comunidade Escolar

Cada unidade de ensino possui características próprias que a identificam e a

tornam um todo heterogêneo, porém que possui elementos que o identificam como

componentes e agentes de um espaço que é ao mesmo tempo físico, social e

cultural. Estes componentes constituem o coletivo escolar que mesmo

desempenhando funções distintas, têm o mesmo objetivo, qual seja atuar num

espaço educativo e contribuir para que a escola cumpra com sua função social.

Deste coletivo fazem parte os professores que são na maioria do Quadro

Próprio do Magistério, efetivos em suas disciplinas, todos possuem Pós Graduação

em Nível de Especialização nas áreas relacionadas à sua disciplina de concurso ou

de formação inicial, trabalhando em outras unidades escolares dentro e fora do

município de Santo Inácio.

O Corpo Docente está incumbido de participar ativamente da elaboração,

reflexão e execução da Proposta Pedagógica, zelando pela aprendizagem dos

alunos, estabelecendo estratégias de recuperação para os alunos de menor

rendimento, ministrando os dias letivos e horas aulas, participando integralmente dos

períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional,

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não deixando de lado, sua colaboração com atividades de articulação da escola com

as famílias da comunidade. Também fazem parte das funções dos professores

participarem dos momentos de discussão e reelaboração do PPP, assim como das

reuniões pedagógicas e principalmente dos Conselhos de Classe. É no Conselho de

Classe que o professor discute encaminhamentos e estratégias metodológicas que

melhor contribuirão para a aprendizagem dos alunos.

A Equipe Pedagógica tem como princípio lutar por uma escola democrática e

criativa, atuando em consonância com a comunidade escolar, resolvendo com ela os

conflitos e problemas emergentes na unidade de trabalho. Estimula e amplia

discussão de problemas educacionais do Corpo Docente, agindo com justiça nas

transgressões de discentes e docentes, pois a justiça é a expressão maior da

Equipe Pedagógica.

Para tanto, a equipe atua tendo por base além do arcabouço teórico inerente

à sua formação, a legislação que regulamenta o exercício de sua função numa

escola pública. Legislação esta que se expressa de forma clara e objetiva no

Regimento escolar que define a atuação da Equipe Pedagógica da seguinte forma:

Art. 31 - A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e

implementação no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas

no Projeto Político-Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a

política educacional e orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Diante do exposto, conclui-se que a Equipe Pedagógica é a expressão maior

do intelectual orgânico da escola, pois, tem sob sua responsabilidade a função de

articular todo o trabalho desenvolvido na escola, primando sempre para que os filhos

da classe trabalhadora se apropriem de forma global dos conhecimentos

socialmente produzidos pela humanidade ao longo de sua história, contribuindo para

que tais alunos possam compreender as contradições do sistema social e

econômico em que estão inseridos e finalmente se compreenderem enquanto

sujeitos fundamentais na luta pela transformação dos mecanismos de exclusão e

exploração a que são submetidos os menos favorecidos.

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3.3 - Perfil dos alunos e da comunidade

Para levantar o perfil do corpo discente e da comunidade escolar, realizou-se

uma pesquisa de campo com os alunos. Esta pesquisa consistiu em questionário

que buscava levantar elementos significativos para identificarmos quem é e como

são nossos alunos, bem como a comunidade onde a escola está inserida. Os dados

coletados seguem anexados neste documento (anexo I).

De posse dos dados, foi possível perceber que, embora vivendo em um

município pequeno, a maioria dos alunos têm condições de moradia razoável, pois

81% moram em casa própria ao passo que 15% moram em casa alugada e os

outros 4% residem em casas cedidas.

As famílias destes alunos, são compostas em sua maioria por 5 pessoas e

embora prevaleça à família tradicional, é possível perceber o surgimento de

diferentes tipos de famílias, constituídas somente por pais e filhos, mães e filhos ou

até mesmo avós e netos. Estes dados nos permitem perceber que a escola deve

estar aberta a todos os tipos de relações sociais, pois estas relações interferem

diretamente na vida dos alunos ajudando a construir a identidade de cada um deles.

Como o colégio atende o Ensino Fundamental e Médio, sendo e Ensino

Fundamental ofertado apernas na modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos)

a faixa etária dos alunos varia dos 14 até 62 anos e deste total, 50% conciliam os

estudos com o trabalho remunerado, o que faz da educação uma possibilidade de

melhorar sua qualificação e sua colocação no mercado de trabalho.

Em um município onde até pouco tempo atrás as atividades econômicas

predominantes eram a agricultura e a pecuária, a maioria da população vivia desta

fonte de renda, porém a partir de 2008, com a implantação de uma Usina de Açúcar

e Álcool, a indústria passou a ser uma nova fonte de renda para a comunidade, este

fato fez com que mais gente procurasse a escolarização e atendendo a esta

demanda e a esta necessidade da comunidade, o Colégio implantou a modalidade

EJA, atendendo um total de 120 alunos. Esta mudança no cenário econômico do

município faz com que renda familiar oscilasse entre um e quatro salários mínimos,

porém 40% das famílias entrevistadas vivem com uma renda de até dois salários

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 16

mínimos. A vinda desta empresa e a expectativa da vinda de outras, tem

impulsionado a solicitação por parte da comunidade para a oferta de cursos técnicos

e profissionalizantes, demanda que ainda não conseguimos atender por conta dos

entraves burocráticos de nossa mantenedora.

A pesquisa sobre escolaridade dos pais nos revelou que 5% dos pais e mães

ainda são analfabetos, mesmo com as campanhas de alfabetização realizadas pelos

poderes públicos e também revelou que há uma disparidade entre pais e mães.

Entre os pais 5% são analfabetos, 27% estudaram até a 4ª Série do Ensino

Fundamental, 26% concluíram o Ensino Fundamental Séries Finais, 34% concluíram

o Ensino Médio e apenas 8% dos pais cursaram o Ensino Superior. Já entre as

mães, 6% são analfabetas, 19% estudaram até a 4ª Série do Ensino Fundamental,

20% concluíram o Ensino Fundamental Séries Finais, 40% cursaram o Ensino Médio

e apenas 15% cursaram o Ensino superior. Esta realidade nos mostra que 56% dos

pais entrevistados não concluíram o Ensino Médio e que ainda a minoria não

conseguiu cursar o Ensino Superior.

Já a inclusão digital de nossos alunos foi observada em nossas pesquisas ao

levantarmos que 63% dos alunos possuem computador em casa e 90% de nossos

alunos têm acesso à internet. Destes 90%, 15% têm acesso à internet apenas na

escola no laboratório de informática do Paraná Digital. Este dado é muito importante,

pois mostra que a maioria dos alunos tem acesso a esta tecnologia para auxiliá-los

nos trabalhos de pesquisa e de produção de conhecimento. Vale ressaltar que este

acesso não ocorre somente em período de aulas, mas também em contra turno

quando aluno retorna a escola para realizar suas pesquisas e produções.

Outro dado importante que coletamos foi à crença na educação como

redentora da sociedade, pois, 100% dos alunos entrevistados acreditam que a

educação, que os estudos podem melhorar suas vidas e este fato é reforçado

quando 91% afirmam gostar de estudar e afirmam também que frequentam a escola

porque é importante para o futuro. Vale destacar que o futuro está relacionado ao

mercado de trabalho, à melhoria na renda familiar.

Neste levantamento de dados, procuramos conhecer acesso dos alunos a

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outras fontes de informações além da internet, perguntando sobre a leitura de

periódicos como jornais e revistas e observamos que 60% dos alunos leem algum

periódico. Já a leitura de livros por ano, o índice ficou entre (voltar depois).

Quanto ao tempo dedicado a estudos complementares, podemos afirmar que

21% dos alunos não estudam em casa, não dedicam parte de seu tempo livre para

rever os conteúdos estudados em sala, este dado nos mostra um desafio a ser

enfrentado, pois, somente às quatro horas de estudos na escola não são suficientes

para que os alunos se apropriem de todos os elementos que compõe o conteúdo

que estão estudando e desde o início deste ano, este trabalho tem sido realizado

com o acompanhamento da equipe pedagógica. O número de 36% de alunos que

dedicam uma hora por dia para estudos complementares demonstra a eficácia do

acompanhamento realizado pela equipe pedagógica junto aos alunos,

principalmente com aqueles aprovados em Conselho de Classe. 43% dos

entrevistados dedicam até duas horas de seu tempo livre para estudos

complementares e isto tem resultado numa melhora nas notas destes alunos.

Como atendemos aos alunos do Ensino Médio, perguntamos sobre as

possibilidades e pretensões quanto à continuidade dos estudos em nível Superior.

Foi possível observar que 90% dos alunos têm pretensões de continuar seus

estudos, porém, 55% ainda precisam se preparar financeiramente para enfrentar

este desafio trabalhando para arcar com seus estudos.

Outro dado relevante que identificamos neste levantamento é que atendemos

76% de alunos que residem na zona urbana e 24% que residem no campo. Mesmo

sabendo desta diferença, temos que pensar ações para atender as necessidades

dos dois grupos de alunos com relação a horários, ao acesso do transporte escolar e

aos mecanismos tecnológicos.

Dos alunos atendidos por este estabelecimento de ensino, 23% são

beneficiados com o Programa Bolsa Família e estes alunos têm sua frequência

monitorada e acompanhada pela equipe administrativa constantemente.

Analisando os dados coletados de forma geral podemos concluir que os

alunos matriculados neste estabelecimento de ensino, são em sua maioria, filhos da

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classe trabalhadora que além de lutar por sua sobrevivência, luta para concluir seus

estudos e para tanto enfrenta desafios e dificuldades. Como escola pública que

somos devemos oportunizar momentos, estratégias e conhecimentos que

contribuam para que estes alunos consigam sua emancipação econômica, cultural e

social. Para tanto o tempo e o espaço escolar deve ser planejado e organizado para

atender a estas necessidades. Outro fator que a escola deve levar em consideração

é o fato estabelecer uma relação de diálogo e reciprocidade com a comunidade na

qual a escola se insere afim de que o conhecimento aprendido e discutido na escola

seja acessível a toda a comunidade.

4 – INSTÂNCIAS COLEGIADAS

4.1 - Conselho Escolar

4.2 De acordo com SOUZA etal, 2005, “o Conselho escolar é a instituição

que cotidianamente coordena a gestão escolar, (...) é o órgão responsável pelo

estudo, pelo debate e deliberação, acompanhamento, controle e avaliação das

principais ações do dia-a-dia da escola tanto no campo pedagógico, como

administrativo e financeiro”, portanto, deve ser uma ferramenta na construção da

participação democrática, pois, se caracteriza como uma maneira prática de garantir

a participação de todos os segmentos escolares, nos destinos, decisões de nossos

problemas, abrindo as portas da escola para a comunidade, que ao sugerir medidas,

soluções e decisões, estará sempre compreendendo, construindo e praticando a

democracia na unidade.

Diante do fato de o Conselho Escolar, em anos anteriores, ter enfrentado

dificuldades de articulação e significação do mesmo, a direção, juntamente com a

equipe pedagógica, realizou um trabalho de resgate e discussão sobre sua função e

importância no contexto de uma gestão democrática, visando transformá-lo num

verdadeiro órgão auxiliar da unidade. Este trabalho contribuiu para que seus

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membros compreendessem quão necessários é a existência deste órgão, bem como

a atuação consciente de seus componentes.

E em virtude disso, atualmente, podemos afirmar que nosso Conselho

Escolar, tem sido a base fundamental para a mobilização dos pais, professores e

alunos nas ações a serem implantadas por uma prática participativa que se inicia por

deliberações simples e que, em muitos casos, auxiliam sobremaneira a

administração da escola: estabelecimento de horários de entrada e saída de alunos,

obrigatoriedade ou não de uniformes, (se obrigatório, que soluções se darão para as

famílias carentes, impossibilitadas de adquiri-los), necessidade ou não, de

contribuições à APMF, entre outras que, eventualmente sejam relevantes no

contexto escolar, na aplicação de verbas, etc...

Assim procedendo, nosso Conselho Escolar estará contribuindo para

interiorizar na consciência de todos os membros da comunidade, suas respectivas

responsabilidades, mormente a dos pais, quanto à formação de hábitos saudáveis

nos jovens cada vez mais carentes de valores, formando a ideia de respeito e

valorização, frente à sociedade que se pretende transformada pelos nossos alunos

no futuro.

4.2 – Conselho de Classe

O Conselho de Classe tem como objetivo questionar e refletir sobre as

situações que levam os alunos ao fracasso nas várias formas de avaliações. É um

momento muito importante no processo de avaliação, onde a escola leva os

profissionais da educação a refletirem sobre suas práticas docentes em sala de aula

e sobre seus critérios de avaliar.

O aluno que não obtiver na prática uma aprendizagem que o leve a atingir a

média 6,0 (seis vírgula zero), exigida pelo sistema de ensino, passará pelo Conselho

de Classe para que seja analisado pelos professores o porquê do fracasso nas

atividades em que foi avaliado.

Na escola o conselho de classe é a única instância coletiva que acontece no

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final de cada bimestre após as avaliações de recuperação a qual dá ao aluno uma

nova oportunidade para recuperar os conhecimentos não atingidos.

A esta instância coletiva, a escola dá abertura aos representantes de turmas

para participarem do processo com objetivo de ser o elo de comunicação entre o

Conselho e os alunos, a respeito das diversas situações discutidas.

As situações problemas levantadas pelo Conselho são levadas pela Equipe

Pedagógica aos alunos e se necessário aos pais, tentando assim eliminar a

repetência e a evasão, valorizando o perfil de cada aluno.

Faz parte do Conselho de Classe: o Diretor, os Professores Pedagogos, os

Professores que atuam em salas de aula, Professor conselheiro de turma e aluno

representante de turma.

De acordo com o que foi exposto acima, o Conselho de classe é um órgão de

cunho pedagógico e, portanto, tem a função de propor estratégias metodológicas

para atender às necessidades educacionais dos alunos com dificuldades de

aprendizagem. Entre as ações propostas pelo e analisadas pelo Conselho de

Classe, destaca-se o acompanhamento sistemático dos aprovados pelo órgão de um

ano para outro, o trabalho com Cronograma de Estudos individuais ou coletivos que

são realizados pelos alunos em casa ou no próprio estabelecimento em contra turno.

Este trabalho é monitorado pela equipe pedagógica e apoiado pelos

professores através da sugestão e acompanhamento das atividades, além da

utilização dos cadernos Eureka. Pra que o trabalho produza bons resultados, os pais

são informados da situação e aconselhados a acompanhar o desenvolvimento do

mesmo. Este trabalho começou a ser realizado em 2009 e por ter contribuído na

aprendizagem dos alunos continua sendo realizado todos os anos.

4.3 - A.P.M.F. (Associação de Pais, Mestres e Funcionários).

É um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários, elementos

fundamentais para que se dê a Gestão Democrática.

São atribuições da A.P.M.F.:

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Acompanhar o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico,

podendo sugerir alterações, tem liberdade para estimular a criação e o

desenvolvimento de atividades envolvendo a comunidade escolar;

Promover palestras envolvendo Pais, alunos, Professores, funcionários

e comunidade.

Além dessas atribuições, a A.P.M.F. tem outras, as quais estão

registradas no Regimento Escolar, que segue:

Art. 20 - A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF ou similar,

pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e

Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,

racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e

conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.

Parágrafo Único – A APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e

homologado em Assembleia Geral, convocada especificamente para este fim.

4.4 – Grêmio Estudantil

O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do

estabelecimento, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos

dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus membros.

Ele é regido por Estatuto próprio, aprovado e homologado em Assembleia Geral,

convocada especificamente para esse fim.

5 - ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR

O colégio foi construído em quatro blocos: Bloco 1-Prédio escolar onde está

construída em alvenaria, a ala 1 com quatro salas de aula medindo 47,00 m2 cada,

mais duas salas medindo 57,00 m2, totalizando seis salas de aula. Neste mesmo

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bloco, estão construídos dois banheiros para os alunos (masculino e feminino),

medindo 15,00 m2 cada, entre os quais, há um espaço aberto, de circulação para as

classes, medindo 54,00 m2 e uma área coberta para a ligação entre as classes e

parte anterior da escola com 172,00 m2. Na ala 2 estão construídas as salas: dos

professores com 30,00m2, do computados com 11,00m2, da Secretaria com 15,00m2,

da Direção com 12,50m2, da Equipe Pedagógica com 12,50 m2, 2 banheiros

(masculino e feminino), com 3,00m2 cada, da cozinha com 15,00m2, hall com

4,00m2, onde funciona o bebedouro. Entre a ala 1 e 2 foi construído, em 1995, o

almoxarifado com 10,00m2.

Entre estas salas, há um corredor de circulação, com 12,00m2, e o hall de entrada

com 7,00m2.

No bloco 2, há uma sala de aula, onde funcionava a sala ambiente de

Técnicas

Comerciais, atualmente funcionando a biblioteca.

No bloco 3, há uma casa para o vigia da escola, construída em alvenaria,

medindo 72,00m2.

No bloco 4, há uma quadra polivalente, coberta, medindo 468,00m2.

No bloco 5, área livre calçada para recreação e prática de Educação Física

com 1500,00m2.

No bloco 6, foi construído, numa área de 280,00m2, um estacionamento

calçado e cercado para veículos do pessoal do corpo docente e administrativo da

escola.

Com assinatura do convênio do PROEM, com a APMF, se obteve verba para

a construção de 2 salas: a 1ª sala, destinada à TV Vídeo, medindo 75,60m2 e a 2ª

sala, destinada à Biblioteca, medindo 57,75 m2. Hoje neste bloco encontra-se 2

salas de aula medindo 56 m2 cada uma e uma biblioteca medindo 36 m2.

Atualmente, contamos 2 funcionárias para os serviços de limpeza e

manutenção do espaço escolar que atendem na medida do possível às novas

demandas surgidas no estabelecimento com a implantação da EJA, do CELEM e do

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projeto Viva a Escola. O trabalho administrativo é realizado por três funcionárias,

sendo uma secretária e duas auxiliares, que se revezam no atendimento à

biblioteca, pois, o colégio não conta com bibliotecária em seu quadro de

funcionários.

A partir de 2009, com a implantação da EJA, o número de alunos passou de

160 para 300, e a faixa etária deles varia dos 15 anos, aproximadamente até os 60.

Esta diversidade e diferença entre os grupos de alunos têm sido muito significativas,

pois possibilita uma interação e uma troca de experiências e expectativas de vida

que faz ambos os grupos cresçam e aprendam tanto sobre os conteúdos estudados

como sobre a vida em sociedade e as contradições nela existentes.

A Biblioteca ocupa um espaço de 57,75 m², onde Professores, alunos e até

mesmo, pessoas da comunidade aproveitam esse espaço para fazerem uso do

acervo bibliográfico o qual não é muito rico em fontes diversificadas para pesquisas,

mas atende as necessidades da comunidade escolar.

A nossa biblioteca recebeu recentemente 100 unidades de DVD ESCOLA,

enviadas pelo Ministério da Educação, afim de que as aulas sejam motivadas e

interessantes para os alunos. Ela está à disposição da comunidade escolar no

período de funcionamento da escola, ou seja, das 8:00 às 12:00 horas e das 19:00

às 23:00 horas.

Os docentes contam com uma míni biblioteca localizada na sala dos

professores para leitura e reflexão durante a hora atividade.

6 – ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

O Colégio Estadual D. Pedro I, oferece à comunidade o curso de Ensino

Médio em dois turnos: matutino e noturno, funcionando com 7 turmas: 4 turmas no

período matutino das 07h40min às 12h05min horas e 3 turmas no período noturno

das 18h55min às 23h10min horas com aulas de 50 minutos em níveis de 1ª, 2ª e 3ª

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séries e na EJA.

A partir do ano de 2009, passou a ofertar o Ensino Fundamental Fase II e

Médio na Modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), atendendo a 130 alunos

distribuídos em quatro salas de aula que ofertam todas as disciplinas da base

nacional comum.

A partir de 2010, passou a ofertar também o CELEM, em contra turno, que

atende 60 alunos e o Programa Viva a Escola, no período noturno, atendendo cerca

de 30 alunos.

Para garantir a aprendizagem e o contato com o conhecimento de diversas

formas, a equipe diretiva possibilita aos alunos, acesso aos laboratórios de Química

e Física, bem como o acesso ao laboratório de informática. Além de disponibilizar o

acervo da Biblioteca escolar para consultas, pesquisas ou leituras afins. No pátio do

colégio existe um pequeno palco que é utilizado pelos alunos do projeto de teatro do

programa Viva a Escola e também procura cumprir o que estabelece a lei nº

11.788/08 que trata do estágio não obrigatório.

6.1 - Regime Escolar

O colégio adota o sistema anual, sendo que as avaliações ocorrem

bimestralmente e de forma paralela. Além das avaliações e das recuperações, para

atender a legislação vigente, este estabelecimento de ensino também trabalha com

os processos de classificação, reclassificação, promoção e progressão parcial,

conforme consta do Regimento Escolar, que segue:

6.2 - Do Processo de Classificação

Art. 75 - A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento

que o estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos

compatíveis com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios

formais ou informais, podendo ser realizada:

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I.por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou

fase anterior, na própria escola;

II.por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou

do exterior, considerando a classificação da escola de origem;

III.independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para

posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau

de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

Art. 76 - A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e

exige as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos

profissionais:

I.organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola

para efetivar o processo;

II.proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe

pedagógica;

III.comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,

para obter o respectivo consentimento;

IV.arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

V.registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.

6.3 - Do Processo de Reclassificação

Art. 77 - A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino

avalia o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do

ano, levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminha-lo à etapa

de estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento,

independentemente do que registre o seu Histórico Escolar.

Art. 78 - Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na

aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na

série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa

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iniciar o processo de reclassificação.

Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis poderão

solicitar aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à

escola aprová-lo ou não.

Art. 79 - A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao

aluno e/ou seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado,

a fim de obter o devido consentimento.

Art. 80 - A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada

pela equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme

orientações emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que

comprovem a necessidade da reclassificação.

Art. 81 - Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas

reuniões, anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos

realizados, para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.

Art. 82 - O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe

pedagógica, durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.

Art. 83 - O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e

integrará a Pasta Individual do aluno.

Art. 84 - O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo

estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à

SEED.

Art. 85 - A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente

cursada.

Art. 90 A matrícula com Progressão Parcial é aquela por meio da qual o

aluno, não obtendo aprovação final em até três disciplinas em regime seriado,

poderá cursá-las subsequente e concomitantemente às séries seguintes.

§ 1º - Este estabelecimento de ensino não oferta aos seus alunos matrícula

com Progressão Parcial.

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§ 2º - As transferências recebidas de alunos com dependência em até três

disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano especial de

estudos.

6.4 - Diagnóstico do Estabelecimento de Ensino

O desafio histórico que urgentemente se coloca é construir cotidiana e

coletivamente, no interior da sociedade, dentro e fora dos muros escolares, às

possibilidades concretas que nortearão a escola pública, popular, realmente

democrática e de qualidade. Afinal, a sociedade exige mudanças no sistema de

ensino, mudanças que são frutos de estudos e reflexões tanto sobre a prática

pedagógica quanto sobre as concepções e políticas publicas que fundamentam

estas práticas.

Estas mudanças levam o coletivo escolar pensar uma educação que

contribua para a melhoria na qualidade de vida, porém, são ações desenvolvidas

que levarão certo tempo para alcançar resultados visíveis. O processo de mudança

tanto de prática quanto de projeto educacional é dinâmico e exige esforço coletivo e

comprometimento; não se resume, portanto, a elaboração de um documento escrito

por um grupo de pessoas para que se cumpra uma formalidade.

Portanto é necessário um contínuo investimento na formação continuada e na

capacitação tanto do corpo docente quanto das instâncias colegiadas para que todos

compreendam que trabalhar e optar pela escola pública significa enfrentar o desafio

de mudança e de transformação, tanto na forma como a escola organiza seu

processo e trabalho pedagógico, como na gestão que é exercida pelos interessados,

o que implica o repensar da estrutura de poder da escola.

Não é tarefa fácil conseguir a adesão de toda comunidade escolar nesta luta

por mudança, porque muitos deixaram de acreditar que as coisas podem ser

diferentes. A Escola tem que pensar o que pretende do ponto de vista político e

pedagógico para alunos que são filhos da classe trabalhadora.

Há um alvo por ser atingido pela escola: a produção e a socialização do

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conhecimento, das ciências, das letras, das artes, da política e da tecnologia, para

que o aluno possa compreender a realidade socioeconômica, política e cultural,

tornando-se capaz de participar do processo de construção da sociedade. Porém,

para que a escola seja local de inovação, investigação e se torne autônoma é

fundamental a participação de todos os colegiados para se conseguir transformar o

processo já existente da própria escola.

Neste sentido, existe a necessidade de politizar as instâncias colegiadas para

que elas percebam a necessidade e a importância da participação de todos no

processo de democratização da escola pública.

O desempenho dos alunos no ENEM 2009 com relação a 2008 tem

melhorado depois que os alunos começaram a ser conscientizados sobre a

importância da participação neste evento nacional e, além disso, a equipe diretiva

passou a organizar simulados com os participantes para que se familiarizem com o

formato das provas. Esta estratégia adotada o ano passado foi positiva e, portanto,

será repetida novamente.

A relação professor tem sido reconstruída com a implantação dos pré e pós-

conselho de classes, mesmo com uma resistência inicial por parte dos professores

estes momentos serviram para que a dinâmica da sala de aula pudesse ser vista e

analisada por todos os envolvidos no processo e ao longo destes dois últimos anos

percebe-se uma mudança de postura tanto de alunos quanto de professores que

procuram rever suas práticas pedagógicas e suas estratégias metodológicas para

atender às considerações apresentadas pelos alunos ao mesmo tempo percebe-se

nos alunos, comprometimento um pouco maior em relação aos estudos a aos

acordos firmados com os professores e com a equipe pedagógica.

Ainda com relação à aprendizagem, a equipe pedagógica adotou a partir do

ano passado a estratégia de acompanhar o rendimento escolar dos alunos

aprovados em Conselho de Classe, bem como daqueles que ficaram com notas

abaixo da média logo no primeiro bimestre. Os alunos são acompanhados e

orientados pelas pedagogas a realizarem um cronograma de estudos com uma hora

de duração para cada disciplina. Estas horas de estudo são controladas pela entrega

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das atividades realizadas e anotação na ficha do conselho de classe do aluno. Este

trabalho tem contribuído para a melhora do rendimento dos alunos e, portanto faz

parte do plano de ação do colégio e da equipe pedagógica.

A dinâmica de um estabelecimento de ensino precisa ser constantemente

repensada no sentido de atender às reais necessidades educacionais dos alunos,

para tanto, é necessário um olhar constate para os acontecimentos que parecem

rotineiros, mas que dizem muito sobre o andamento do colégio. Dentro destas

rotinas, destaca-se a relação professor-aluno, a relação aluno-comunidade e a

relação comunidade-escola. A equipe diretiva e pedagógica procura atentar para

estes aspectos e com base nos dados observados propor estratégias para reverter

às situações que não contribuem para a formação plena do aluno.

6.5 - Princípios Norteadores da Educação

A Lei Federal Nº. 9394/96, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

estabelece que a Educação, dever da família do Estado, inspirada nos princípios de

liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno

desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua

qualificação para o mundo do trabalho. Para atender às determinações da LDB,

cada unidade de ensino, cada escola deve coletivamente pensar, analisar sua

realidade e construir um projeto que contribua para a formação deste cidadão. Para

tanto devem ser tomados como elementos desta análise todos os condicionantes

que constituem a realidade na qual a escola está inserida, bem como estabelecer

em que tipo de sociedade esta cidadania será construída ou conquistada.

Neste sentido, o coletivo que constitui o Colégio D. Pedro I concluiu que

pretende atuar na formação de sujeitos conhecedores de todos os condicionantes de

todas as contradições inerentes à sociedade capitalista da qual são frutos e na qual

devem atuar de forma autônoma e consciente. Para tanto este aluno deve ser

tomado na sua totalidade, como um indivíduo pertencente a um determinado grupo

social, mas que tem direito a usufruir todos os bens culturais, sociais e econômicos

que são fruto da relação do ser humano com a natureza através do uso das

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tecnologias.

A Educação Escolar é um processo sistemático de socialização do saber

historicamente construído, a partir da perspectiva da formação humana e da

cidadania, inseridas na realidade social com suas contradições econômicas, sociais

e políticas.

Neste sentido, o conhecimento é entendido em todas as dimensões:

científica, filosófica, artística, cultural e histórica, que ao adentrar a escola se tornam

saber escolar ou conteúdo. O conteúdo por sua vez deve ser abordado de forma

interdisciplinar numa dinâmica que permita ao aluno se apropriar dos mesmos de

forma significativa e eficiente, envolvendo-o intelectual e afetivamente na elaboração

e reelaboração ativa do conhecimento sistematizado, para tanto é preciso que os

conteúdos sejam ensinados dentro de uma totalidade.

Pois a categoria da totalidade permite ao coletivo escolar compreender o

homem e, portanto, os alunos, como seres sociais, em que tudo que há de humano

neles provém de sua vida em sociedade, no seio da cultura criada pela humanidade.

Compreendendo o aluno como ser social e concreto e condicionado por aspectos

culturais, políticos e econômicos, a escola conseguirá contribuir para a formação de

sujeitos conscientes de suas condições de vida e, portanto, preparados para

transformar estas condições por meio de intervenções e de mobilizações no seio da

sociedade capitalista. Diante do exposto, conclui-se que o objetivo deste

estabelecimento de ensino é formar um agente transformador de sua própria

realidade por meio da participação e da atuação consciente e do trabalho

provocando mudanças nas estruturas sociais.

O coletivo deste estabelecimento de ensino, portanto, se propõe formar um

ser humano preparado para atuar num mundo globalizado, excludente e

extremamente individualista e, diante desta realidade, ser capaz de iniciar um

processo de luta política e coletiva, fazendo escolhas e provocando mudanças nas

estruturas sociais que precisam mudar para melhorar a qualidade de vida da

população.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 31

6.6 - Filosofia da escola

O estabelecimento fez uma opção teórico-metodológica depor trabalhar com o

conhecimento historicamente produzido e acumulado pela humanidade. Esta é uma

opção política, pois, tendo em vista que a escola pública atende aos filhos da classe

trabalhadora, ele, os filhos da classe trabalhadora, têm o direito de se apropriar de

forma plena de todo conhecimento produzido e acumulado pela humanidade ao

longo de sua história. Este é um direito básico, assegurado ao aluno pela sua

própria condição de ser humano.

Neste sentido, o aluno da escola pública terá condições de compreender os

mecanismos inerentes à sociedade em que vive e nela poderá atuar como sujeito

conhecer dos condicionantes que o levaram a se situar neste contexto.

6.7 - Princípios didáticos - pedagógicos

Para que o PPP aconteça de fato, é necessário que o coletivo escolar se

debruce sobre a definição dos conteúdos, uma vez que é por meio deles que os

alunos desenvolvem as capacidades que lhe permitem reconstruir os bens culturais,

sociais e econômicos e deles usufruir.

Os conteúdos e o tratamento que a eles deve ser dado assumem papel

central, uma vez que é por meio deles que os propósitos da escola se realizam.

A organização dos conteúdos se dá tomando como base os conteúdos

estruturantes e básicos elencados nas Diretrizes Curriculares de cada disciplina,

tendo em vista, a opção teórico metodológica de se trabalhar com o conhecimento

historicamente produzido que, didaticamente foi sistematizado na forma de

conteúdos escolares.

Após a organização dos conteúdos, o corpo docente deve partir para o

estabelecimento de estratégias metodológicas e intervenções pedagógicas que

possibilitem ao aluno se apropriarem do conteúdo trabalhado, para tanto, mais uma

vez será necessário recorrer às Diretrizes Curriculares de cada disciplina para que

abordagem do conteúdo não se dê de forma fragmentada e estanque. Caberá ao

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 32

professor levar o aluno a estabelecer relações entre os conteúdos estudados e entre

todas as formas de sistematização do conhecimento, ou seja, trabalhar os

conteúdos específicos de sua disciplina e estabelecer relação deste com os das

demais disciplinas.

Para tanto, professor desenvolverá seu trabalho como mediador da

aprendizagem do aluno, para tanto sua postura deverá ser a do sujeito mais

experiente com relação ao conhecimento que instigará que levará o aluno por meio

da reflexão e da investigação a se apropriar do conhecimento. Este trabalho requer

do professor consciência de que ele é o elemento chave da aprendizagem do aluno,

pois, conforme Gasparin:

“Ao assumir o papel de mediador pedagógico, o professor torna-se

provocador, contraditor, facilitador, orientador. Torna-se também unificador do

conhecimento cotidiano e científico de seus alunos, assumindo sua

responsabilidade social na construção / reconstrução do conhecimento

científico das novas gerações em função da transformação da realidade”.

(2003, p.113)

Este estabelecimento de ensino, como já foi dito anteriormente, adota e

defende a pedagogia histórico - cultural como norteadora de seu trabalho

pedagógico, tendo em vista que esta opção é a que melhor atende às necessidades

dos alunos oriundos da classe trabalhadora, que na maioria das vezes só tem a

escola como local para apropriação do universo histórico, cultural, científico,

filosófico e estético que a humanidade construiu ao longo de sua história.

Quanto à organização curricular, após encontros de leituras e estudos, os

conteúdos são selecionados e organizados de tal forma que ao final do Ensino

Médio, o educando demonstre domínio de princípios científicos, tecnológicos e

culturais necessários e fundamentais à sua emancipação enquanto sujeito atuante

na sociedade capitalista, conhecimento das formas contemporâneas de linguagem e

domínio dos conhecimentos de Filosofia necessários ao exercício da cidadania,

tendo em vista que o estabelecimento atende às modalidades EJA (Educação de

Jovens e Adultos) e Regular.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 33

A Proposta Pedagógica Curricular de cada disciplina é construída tomando

por base os pressupostos teóricos construídos coletivamente pelos educadores

paranaenses nos últimos anos e que estão elencados nas Diretrizes Curriculares

Estaduais. Conhecendo o teor deste documento, o educador deve atuar em sala de

aula, zelando pela aprendizagem dos alunos, estabelecendo estratégias de

recuperação para os de menor rendimento, ministrando os dias letivos e horas-

aulas, participando integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à

avaliação e ao desenvolvimento profissional, não deixando de lado, sua

colaboração com atividades de articulação da escola com as famílias da

comunidade.

Na mediação das situações de conflito, em primeiro lugar damos

relevância do diálogo e compreensão, para evitar preconceitos e impessoalidade,

buscando construir as bases de uma gestão democrática, chamando toda a

comunidade, representa nas Instâncias colegiadas para o debate e para a busca de

soluções para os problemas enfrentados no cotidiano da escola. Para isso,

contamos com professores e dirigentes que agem como seres informados, capazes

de compreender as reações dos alunos. Como um dos aspectos mais problemáticos

de nossa escola é a indisciplina, foi pedido aos professores o conhecimento de uma

literatura pertinente, o que os auxiliará no relacionamento com os alunos. Nossa

forma de desenvolver ações pedagógicas e avaliação será fundamentalmente em

sala de aula, tais como: conteúdos trabalhados de forma qualitativa, predominando

sobre os quantitativos, com estratégias diferenciadas, tais como debates,

seminários, exposições, resultando em um trabalho interdisciplinar, centrado em

leitura, interpretação e produção.

Neste sentido, a aprendizagem é um processo puramente exterior, paralelo

em certa medida ao processo de desenvolvimento dos indivíduos, ela segue sempre

o desenvolvimento e é considerada como desenvolvimento. Ela começa muito antes

do indivíduo ir para a escola, mas na escola, ela passa a ser sistematizada e

organizada de forma que aluno possa desenvolver suas funções psicológicas

superiores para se tornar capaz de se apropriar de forma plena dos conhecimentos

que lhes serão ensinados.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 34

Para Vygotsky, o desenvolvimento humano é muito mais do que a simples e

pura formação de conexões reflexas ou associativas, é sinônimo de aprendizagem.

A aprendizagem é uma condição necessária para o desenvolvimento

qualitativo global do indivíduo. Para ela acontecer depende do nível de

desenvolvimento proximal considerando o conjunto de atividades que o indivíduo é

capaz de realizar com a ajuda, colaboração e orientação de outras pessoas.

Para um acompanhamento e reorganização do processo ensino-

aprendizagem, será feito dois tipos de avaliação: a primeira é a avaliação

investigativa ou diagnóstica, (feita no início do ano) que instrumentalizará o professor

para pôr em prática seu plano de trabalho docente de forma adequada às

características de seus alunos, momento esse, que o professor vai se informar sobre

o que o aluno já sabe sobre determinado conteúdo para, a partir daí, estruturar sua

programação, definindo conteúdos e o nível de profundidade em que devem ser

abordados.

A avaliação não se restringirá ao julgamento sobre sucessos ou fracassos

do aluno, mas será compreendida como um conjunto de atuações com a função de

alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Deverá ser contínua e

sistemática por meio da interpretação qualitativa do conhecimento apropriado pelo

aluno, além de subsidiar o professor com elementos para uma reflexão contínua

sobre sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada

de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados

para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.

Para o aluno, será o instrumento de tomada de consciência de suas

conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento

para tarefa de aprender. Para a escola, possibilitará definir prioridades e localizar

quais aspectos das ações educacionais demandarão maior apoio: tudo isso nos

possibilitará fazer ajustes constantes, num mecanismo de regulação do processo de

ensino e aprendizagem que contribui efetivamente para que a tarefa educativa tenha

mais sucesso.

Tanto na Educação de Jovens e Adultos quanto no Ensino Médio, o aluno

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será avaliado, no sentido de observar se adquiriu conhecimentos no domínio das

linguagens (científica, histórica, artística, etc...); Compreensão dos fenômenos

naturais, processos históricos e geográficos, manifestações artísticas e produção

tecnológica; capacidade para selecionar, equacionar, interpretar datas, raciocinar

dados e informações representadas de diferentes formas para interpretar situações-

problemas com vistas a uma tomada de decisão; organizar informações e

conhecimentos disponíveis para construção concreta de argumentações

consistentes.

Ao aluno cujo aproveitamento escolar for insuficiente, será oportunizada

retomada e revisão dos conteúdos e recuperação de estudos para que os aspectos

ainda na aprendidos possam ser compreendidos tornando sua aprendizagem e seu

desenvolvimento contínuo. Neste processo, o aluno com aproveitamento insuficiente

dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos. Desta

forma, a recuperação de estudos ocorrerá ao longo de cada bimestre,

simultaneamente às atividades previstas para o período que deverão ser registradas

diariamente no Livro Registro de Classe, a fim de serem asseguradas as

regularidades e autenticidade da vida escolar do aluno. O professor deverá utilizar

diferentes recursos metodológicos em diferentes momentos, objetivando sanar as

dificuldades apresentadas pelos alunos que deverão ser respeitados em sua

diversidade considerando não apenas as capacidades intelectuais e os

conhecimentos de que eles dispõem, mas também seus interesses e motivações,

respeitando-os nas duas diversidades.

Desta forma, a escola estará se comprometendo com o direito de todos

realizarem as aprendizagens fundamentais para o seu desenvolvimento e

socialização, sem de maneira alguma, perder a sua identidade e a sua missão,

buscando dar atendimento individualizado conforme a dificuldade de cada um e

envolvendo os alunos com bom desempenho em atividades de monitoramento.

A recuperação de estudos é de direito dos alunos, independente do nível de

apropriação dos conhecimentos básicos.

Para dar conta do acima exposto, a avaliação será: diagnóstica, contínua,

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 36

cumulativa e processual através de atividades individuais, em grupos, testes

escritos, situações-problemas, relatórios de experimentos, questões objetivas e

subjetivas, utilizando procedimentos que assegurem o acompanhamento do

desenvolvimento do aluno.

A promoção será o resultado do aproveitamento escolar do aluno. Será

considerado aprovado o aluno que apresentar: frequência igual ou superior a 75%

da carga horária do período letivo e rendimento igual ou superior a 6.0. Será

considerado reprovado o aluno que apresentar: frequência igual ou superior a 75%

do total da carga horária do período letivo e rendimento inferior a 6,0; frequência

inferior a 75% do total da carga horária do período letivo com qualquer rendimento.

6.8 – Objetivos do Ensino Médio

De acordo com a Lei nº 9394/96, artigo 35 o Ensino Médio, etapa final da

Educação Básica, com duração mínima de três anos tem como objetivos:

I – Consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos nos

Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos.

II – Preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando como

pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e do pensamento crítico.

III – Compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos

produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.

6.9 – Metodologia do Ensino Médio

De acordo com a Lei nº 9394/96, artigo 36, parágrafo 1º, os conteúdos, as

metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final

do Ensino Médio o educando demonstre:

I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção

moderna;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 37

II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;

III – domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao

exercício da cidadania.

Para atender o que propõe a lei, o estabelecimento pretende trabalhar com

uma metodologia dialógica, que leve os alunos a compreenderem que podem

desvelar e interpretar as relações de poder que permeiam as práticas sociais e

buscar outras significações que lhes permitam ser emancipados e autônomos em

relação aos determinantes e condicionantes sociais e econômicos que moldam as

relações humanas na sociedade capitalista.

Diante disso, a metodologia de nossa Proposta Pedagógica, se baseia nos

princípios de que as atividades propostas deverão ser executadas com o objetivo de

fazer com que o aluno leia, compreenda, interprete, produza textos, saiba utilizar os

conceitos, conheça, construa e reconstrua os significados continuamente para

participar dos embates e das lutas que produzirão a transformação da sociedade.

6.10 – Objetivos e Metodologia da Educação de Jovens e Adultos (EJA)

Historicamente, a educação formal e não formal dos diferentes grupos sociais

de trabalhadores tem buscado habilitá-los técnica, social e ideologicamente para o

trabalho, tratando a função social da educação de forma controlada para responder

às necessidades de produção. A fim de superar esta relação direta da educação com

a demanda de trabalho, torna-se fundamental compreender o sentido desse

processo na vida dos educandos que não tiveram acesso ou continuidade da

escolarização na denominada idade própria.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional que

atende a educandos trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o compromisso

com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os

educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes éticas e

compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia intelectual.

O papel fundamental da construção curricular para a formação dos educandos

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 38

desta modalidade de ensino é fornecer subsídios para que se afirmem como sujeitos

ativos, críticos, criativos e democráticos. Tendo em vista esta função, a educação

deve voltar-se a uma formação na qual os educandos possam: aprender

permanentemente; refletir de modo crítico; agir com responsabilidade individual e

coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária;

acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos

construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir do uso

metodologicamente adequado de conhecimentos científico-tecnológico e sócio

histórico (KUENZER, 2000, p. 40).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN n. 9394/96), em

seu artigo 37, prescreve que „‟a Educação de Jovens e Adultos será destinada

àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no Ensino Fundamental

e Médio na idade própria‟‟. É característica dessa Modalidade de Ensino a

diversidade do perfil dos educandos, com relação à idade, ao nível de escolarização

em que se encontram, à situação socioeconômica e cultural, às ocupações e a

motivação pela qual procuram a escola.

O universo da EJA contempla diferentes culturas que devem ser priorizadas

na construção das diretrizes educacionais. Conforme Soares (1986), o educando

passa a ser visto como sujeito sócio-histórico-cultural, com conhecimentos e

experiências acumuladas. Cada sujeito possui um tempo próprio de formação,

apropriando-se de saberem locais e universais, a partir de uma perspectiva de

ressignificação da concepção de mundo e de si mesmo. Tendo em vista a

diversidade desses educandos, com situações socialmente diferenciadas, é preciso

que a Educação de Jovens e Adultos proporcione seu atendimento por meio de

outras formas de socialização dos conhecimentos e culturas.

Considerando-se o diálogo entre as diversas culturas e saberes, é necessário

retirar esta modalidade de ensino de uma estrutura rígida pré-estabelecida, ou

adequá-la a estruturas de ensino já existentes, levando-se em conta suas

especificidades. Tais conquistas serão viáveis e fortalecidas, a partir destas

Diretrizes, com políticas públicas e recursos próprios para manter e melhorar a

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qualidade do ensino nas escolas.

Desta forma, a Lei n. 9394/96 incorpora uma concepção mais ampla e abre

outras perspectivas para a Educação de Jovens e Adultos, desenvolvida na

pluralidade de vivências humanas. Conforme aponta o artigo 1.o da Lei vigente: A

educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na

convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos

movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.

A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.

O educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento

mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de produção e de

cultura. Portanto, passa a se reconhecer como sujeito do processo e a confirmar

saberes adquiridos para além da educação escolar, na própria vida. Trata-se de uma

consistente comprovação de que esta modalidade de ensino pode permitir a

construção e a apropriação de conhecimentos para o mundo do trabalho e o

exercício da cidadania, de modo que o educando ressignifique suas experiências

socioculturais.

O trabalho é o processo social pelo qual o homem se modifica, altera o que é

necessário e desenvolve novas ideias. Dessa forma, por meio do pensamento

crítico, o educando pode desmitificar a divisão social e técnica do trabalho, como,

por exemplo, entre trabalho manual e intelectual, conceitos opressores estabelecidos

pelos modelos de organização do sistema produtivo.

A compreensão das contradições inerentes ao processo da divisão social do

trabalho possibilitará ao educando da EJA melhor entendimento de sua relação com

o mundo do trabalho e demais relações sociais.

A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade

de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva.

A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma que

ele assimile conhecimentos como recursos de transformação de sua realidade.

A Educação de Jovens e Adultos tem um papel fundamental na socialização

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dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e à

afirmação de sua identidade cultural.

Com relação às perspectivas dos educandos e seus projetos de vida, a EJA poderá

colaborar para que eles ampliem seus conhecimentos de forma crítica, viabilizando a

reflexão pela busca dos direitos de melhoria de sua qualidade de vida. Além disso,

contribuirá para que compreendam as dicotomias e complexidades do mundo do

trabalho contemporâneo, no contexto mais amplo possível.

A emancipação humana será decorrência da construção dessa autonomia

obtida pela educação escolar. O exercício de uma cidadania democrática pelos

educandos da EJA será o reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório,

com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça.

6.10.2 – Avaliação da EJA

Na educação de jovens e adultos, o processo avaliativo deve ser fundamental

deve contribuir para que os anos de exclusão já sofridos pelos alunos anteriormente

não prejudique a conclusão plena de seus estudos, neste sentido, é preciso que a

avaliação esteja atrelada a metodologias específicas para atender às necessidades

dos alunos da EJA, sendo usadas como meio de estimular o trabalho intelectual e a

aprendizagem dos alunos e que ao mesmo tempo, propicie à escola questionar seu

papel e comprometer-se com a construção e socialização de um conhecimento

emancipatório.

Partindo desse pressuposto, após repensar os instrumentos e critérios de

avaliação, o coletivo escolar decidiu que a avaliação proposta para a EJA deve

atender aos princípios da avaliação qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a

avaliação da aprendizagem clara e consciente, é entendê-la como processo

contínuo e sistemático de obter informações, de perceber progressos e de orientar

os alunos para a superação das suas dificuldades. Reforçando este pensamento

Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994, p. 44) diz que:

O professor que quer superar o problema da avaliação precisa a partir de uma

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autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta e

autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da

avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo); alterar a postura

diante dos resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto aos alunos,

aos colegas educadores e aos pais.

Atualmente a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço para uma

nova visão que procura ser mais processual, abrangente e qualitativa. Não deve ser

um processo exclusivamente técnico que avalia a práxis pedagógica, mas que

pretende atender a necessidade dos educandos considerando seu perfil e a função

social da EJA, com o reconhecimento de suas experiências e a valorização de sua

história de vida. Isso se torna essencial para que o educador reconheça as

potencialidades dos educandos e os ajude a desenvolver suas habilidades para que

os mesmos atinjam o conhecimento na busca de oportunidades de inserção no

mundo do trabalho e na sociedade.

A avaliação deverá, portanto compreender formas tais como: a linguagem

corporal, a escrita, a oral, por meio através de provas teóricas, de trabalhos, de

seminários e do uso de fichas, por exemplo, proporcionando um amplo

conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e objetivos que se

quer alcançar. Devemos levar em consideração que educando idosos, ou com

menos habilidades, os com necessidades especiais e o grau de desenvolvimento

que possuem, bem como as suas experiências anteriores.

Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhecem às diferenças,

a avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os educandos. Nesse

sentido, sugere-se o acompanhamento contínuo do desenvolvimento progressivo do

aluno, respeitando suas individualidades. Desse modo a avaliação não pode ser um

mecanismo apenas para classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da

práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores

para o seu replanejamento. Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja

coerente e representativa é fundamental que a relação entre os componentes

curriculares se apóie em um diálogo constante.

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É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal de

movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um autoconhecimento e uma análise

possível das etapas já vencidas no sentido de alcançar os objetivos propostos.

6.10.2 – Níveis de Ensino da EJA

6.10.2.1 - Ensino Fundamental – Fase II

Ao ofertar os estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este

estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e

Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo

de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e

ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e

possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

6.10.2.2 - Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua

oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes

Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de

07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de

Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica.

6.11 – Formação Continuada

a) - Concepções:

É um direito de todos os profissionais que trabalham na escola, uma

vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na

titulação, na qualificação e na competência dos profissionais, mas

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também propicia, fundamentalmente, o desenvolvimento profissional

dos professores articulados com a escola e seus projetos.

É uma atualização teórico-metodológica para melhorar a qualidade do

trabalho do professor em sala de aula, visando à melhoria do processo

ensino-aprendizagem.

Devido ao constante movimento social, cultural, econômico político e

científico, os profissionais da educação devem estar em constante

processo de formação, a fim de melhor instrumentar o trabalho

pedagógico para efetiva aprendizagem de todos dos alunos.

A formação continuada dos profissionais da escola, não deve limitar-se

aos conteúdos curriculares, mas se estender à discussão da escola

como um todo e suas relações com a sociedade.

b) - Objetivos:

Proporcionar a toda a comunidade escolar, o aperfeiçoamento e

atualização necessários para o bom desempenho de cada participante

do processo ensino-aprendizagem, nas suas diferentes funções.

Oportunizar espaços de capacitação, reflexão, discussão e

redirecionamento do trabalho pedagógico visando à melhoria do

processo ensino-aprendizagem.

Inovar e sugerir atividades que envolvam profissionais, funcionários e

comunidade escolar, proporcionando formação e conhecimento.

Ações a serem desenvolvidas Responsável Cronograma

* Encontros e discussões com a

comunidade escolar para levantamento

de necessidade da escola.

* Equipe

Pedagógica

* Início do

semestre.

* Organização de palestras de formação * Equipe * Semestral

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política e cidadania para toda a

comunidade escolar.

Pedagógica

* Encontros bimestrais com os pais para

abordar assuntos detectados de

interesse deles.

* Equipe Pedag. e

convidados

* Bimestral

* Grupos de estudo para as instâncias

colegiadas (APMF, Conselho Escolar,

Grêmio Estudantil, Conselho de Classe).

* Direção

* Equipe

Pedagógica

* Semestral

* Grupos de estudo com os funcionários * Direção

* Equipe

Pedagógica

* Semestral.

* Encontro com as famílias para ajudá-las

a compreenderem as mudanças que

ocorrem com os filhos.

* Palestras * Semestral

6.12 - Inclusão

Em meados dos anos 60, a EDUCAÇÃO ESPECIAL passou a integrar a

organização da Secretaria de Estado da Educação como parte da estrutura e

funcionamento do sistema de ensino.

A meta da inclusão é não deixar ninguém fora do sistema escolar, que deve

adaptar-se às necessidades de cada aluno.

À medida que as práticas educacionais do passado vão dando espaço e

oportunidade à unificação das modalidades de educação regular e especial, em um

único sistema de ensino a uma educação mais ampla, em que todos os alunos

começam a ter suas necessidades educacionais satisfeitas dentro da educação

regular.

A inclusão de todos os alunos está contemplada nos princípios das ações da

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 45

SEED, debatidos pelos profissionais da educação no processo de construção das

diretrizes curriculares.

A escola é um espaço social da educação, tendo como papel de mediadora

para o desenvolvimento do aluno. Tendo consciência do “direito à educação”, cabe à

escola compreender o espaço dialógico no qual favoreça a solidariedade humana e

o reconhecimento das diferenças individuais.

Deve-se ter claro que a inclusão escolar nessa nova concepção em que se

respeitam as diferenças individuais, não se trata apenas de alunos com deficiência,

mas também daqueles que apresentam dificuldades de aprendizagem por motivo de

condições econômicas, culturais e sociais causando exclusão e fracasso escolar.

Compreender os alunos com necessidades especiais e sua aprendizagem,

incide entendê-la a partir do seu próprio marco de referência.

A escola tem como fim desenvolver as capacidades acadêmicas, cognitivas,

efetivo-emocionais e sociais que potencializem o desenvolvimento pessoal de todos

os educandos.

6.13 – Programa Viva Escola

O programa Viva a Escola é uma atividade funciona neste estabelecimento de

ensino com o Projeto Luz – Câmera – Interação que se propõe a discutir a Literatura

brasileira por meio de peças teatrais. Tal projeto tem apresentado como resultados

excelentes debates sobre cultura, história, juventude e violência. É neste espaço que

os alunos interagem, discutem suas realidades, suas aspirações e suas formas de

“ler” o mundo com base nas obras discutidas e adaptadas para apresentação.

Este programa possibilita que a escola se torne um espaço de conhecimento

para além dos conteúdos estudados, se torna um espaço de mobilização dos alunos

em prol de uma educação emancipadora que lhes permita desvendar outros

universos além da sala de aula, porém, no mesmo espaço físico onde a

aprendizagem formal se processa. Por isso, este programa foi avaliado pelos alunos

como algo que contribui para seus aprendizados e que, portanto, deve continuar

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fazendo parte do cotidiano deste estabelecimento de ensino.

6.14 – Calendário Escolar

A elaboração do calendário escolar da nossa Escola é organizada em

atendimento à INSTRUÇÃO 09/2010- SUED/SEED, recebida do Núcleo Regional de

Educação. Essa elaboração é feita pela Direção e Professores Pedagogos da escola

no qual consta:

início e término do ano letivo (assegurando 200 dias letivos);

dias destinados a reuniões e conselhos de classe;

dias para encontros pedagógicos;

dias para formação continuada;

férias do professor (60 dias anuais, assegurando 30 dias consecutivos);

feriados oficiais;

recessos;

As alterações do calendário escolar determinadas por motivos relevantes

serão comunicadas ao Núcleo Regional de Educação, em tempo hábil para as

devidas providências. Para consultar o calendário do estabelecimento de ensino do

corrente ano basta acessar o site da escola www.siydompedro.seed.pr.gov.br.

6.15 – Regimento Escolar

Toda escola está inserida em uma totalidade social que se constitui

historicamente com formas de organização, valores, normas e regras. Por se tratar

de uma instituição que tem como função social a apropriação do conhecimento de

forma a tornar possível a compreensão da realidade e a atuação consciente sobre

ela pelos cidadãos que a compõem, é que se faz necessária a construção de um

Regimento Escolar.

O Regimento Escolar é um instrumento fundamental para a organização

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pedagógica e administrativa na escola. Nele evidenciam-se o compromisso dos

profissionais que vivenciam a realidade e as peculiaridades da rede pública estadual

de ensino e de cada instituição escolar, colaborando para o êxito do trabalho escolar,

com o compromisso de oferecer uma educação que valorize a permanência e a

efetivação da aprendizagem do aluno.

Toda organização deve possuir um conjunto de normas e regras que regulem

a sua atividade traduzida em um documento que esteja disponível para a consulta

de toda a comunidade escolar.

O Regimento Escolar, estrutura, define, regula e normatiza as ações do

coletivo escolar. A escola tem no Regimento Escolar, a sua expressão política,

pedagógica, administrativa e disciplinar que regula no seu âmbito a concepção de

educação, os princípios constitucionais, a legislação educacional e as normas

específicas estabelecidas pelo Sistema de Ensino do nosso Estado.

A construção do Regimento Escolar propicia o aperfeiçoamento da qualidade

da educação, ao definir a responsabilidade de cada um dos segmentos que

compõem a instituição escolar, e ao buscar garantir o cumprimento de direitos e

deveres da comunidade escolar.

O Regimento Escolar deve assegurar a gestão democrática da escola,

possibilitar a qualidade do ensino, fortalecer a autonomia pedagógica, valorizar a

comunidade escolar através dos colegiados e, efetivamente fazer cumprir as ações

educativas estabelecidas no Projeto Político Pedagógico da escola.

Se o Projeto Político Pedagógico é a expressão real da vontade e

necessidade local de cada estabelecimento de ensino, é o Regimento Escolar que

estrutura as definições, que se configuram como tomadas de posições políticas,

teóricas e ideológicas pelo coletivo da comunidade escolar.

Hoje a Lei nº 9394/96 também evidencia a importância do Regimento Escolar.

No Paraná, o Conselho Estadual de Educação normatizou a elaboração do

Regimento nos estabelecimentos de ensino de primeiro e segundo graus, pela

Deliberação nº 27/72 no Parecer nº 124/74.

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Essas normas estão organizadas segundo a LDBEN Nº 9394/96 do Sistema

Estadual de Ensino distribuindo o Regimento em títulos, capítulos, seções, artigos e

parágrafos, conforme disposição técnico-legislativo.

6.16 – Matriz Curricular

A Matriz Curricular é composta pela de Base Nacional Comum e pela Parte

Diversificada. A Parte Diversificada é composta pela Língua Estrangeira Moderna –

Inglês com duas aulas semanais por turma no 2º e no 3º ano e da pela Língua

Estrangeira Moderna – Espanhol, disciplina de matrícula facultativa ofertada no

CELEM, ministrada em turno contrário.

Compõem a Base Nacional Comum: Arte, Biologia, Educação Física,

Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática, Química e

Sociologia.

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6.16.1 – Matriz Curricular do Ensino Médio Regular

NRE: Maringá MUNICÍPIO: Santo Inácio

ESTABELECIMENTO: 00011 – Pedro I, C E Dom – E Médio

ENDEREÇO: Av. Luiz Antônio Agostinho, 700 – Santo Inácio - PR

ENT MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

CURSO: 0009 – Ensino Médio

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 - Simultânea

TURNO: Manhã e Noite

MÓDULO: 40 semanas

DISCIPLINAS

SÉRIE

1º 2º 3º

B A S E

N A C I O N A L

C O MUM

Arte

Biologia

Educação Física

Filosofia

Física

Geografia

História

Língua Portuguesa

Matemática

Química

Sociologia

2

2

2

2

2

2

3

3

3

2

2

2

2

2

2

2

2

-

4

3

2

2

2

2

2

2

2

-

3

3

3

2

2

Subtotal 25 23 23

PARTE DIVERSIFICADA

L.E.M. - Espanhol * 4 4 4

L.E.M. - Inglês - 2 2

Subtotal 4 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Observações: Matriz Curricular de acordo com a LDB 9394/96.

* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no CELEM, ministrada em turno contrário.

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6.16.2 – Matriz Curricular da EJA - Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual D. Pedro I – EM

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Santo Inácio NRE: Maringá

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336

ARTES 94 112

LEM - INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1922/1932 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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6.16.2 – Matriz Curricular da EJA - Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual D. Pedro I – EM

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Santo Inácio . NRE: Maringá

DISCIPLINAS Total de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORT. E

LITERATURA 174 208

LEM – INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

TOTAL 1200 1440

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

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7 - PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA – 2011

Plano é um documento utilizado para o registro de decisões do tipo: o que se

pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer, com quem fazer. Para existir

plano é necessária a discussão sobre fins e objetivos. O plano é a “apresentação

sistematizada e justificada das decisões tomadas relativas à ação a realizar”, é um

guia e tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática e, portanto, não

pode ser um documento rígido e absoluto. Ele é a formalização dos diferentes

momentos do processo de planejar.

a) - Concepções:

A gestão democrática tem dimensão interna e externa. A primeira está ligada

à função social da escola, à sua vocação democrática no sentido de divulgar o

conhecimento produzido e socializá-lo; a segunda refere-se à forma de organização

interna da escola, contemplando os processos administrativos, a participação da

comunidade escolar nos projetos pedagógicos, políticos e administrativos, ou seja, a

forma como é administrada a escola.

Realizar uma gestão democrática implica respeitar o contexto real de toda

comunidade escolar, compartilhando responsabilidades de todos. O envolvimento da

família e comunidade é fundamental nesse trabalho.

Para que a escola exerça a sua função social dentro do processo político

pedagógico é necessário envolver todos os segmentos da comunidade escolar para

que tenham participação nas decisões das ações desenvolvidas onde cada uma

exerça o seu papel com perfeito entrosamento entre escola, família e sociedade.

Gestão democrática da educação é aquela que se preocupa igualmente com

o investimento e o custo, que tem sempre presente a necessidade de investir nos

aspectos que afetam o cotidiano, a rotina do trabalho escolar.

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b) - Objetivos:

1– Propiciar o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudes, que são

indispensáveis para a formação humana;

2– Fazer com que os alunos se envolvam no processo educacional aprendendo e

adquirindo o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia;

3– Permitir a participação de todos os envolvidos no processo educacional e que

ocorra a inclusão social e a socialização do saber;

4– Investir para que a escola seja um lugar privilegiado para todos os segmentos

contribuindo para a democratização da sociedade e para o exercício da democracia

participativa.

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Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis

Grêmio Estudantil

- Falta programa de trabalho;

-Falta interação entre Grêmio e demais alunos;

-Falta de motivação para participar do Grêmio.

- Instrumentalização dos alunos através de

discussão de material fornecido pelo NRE;

- Estimular a realização de Assembleia

para discutir temáticas referentes ao

Grêmio;

Apoiar o Processo eleitoral da nova chapa.

- De 08/02/11 a 31/02/11. Direção, Equipe

Pedagógica e

Professores

Conselheiros.

Conselho de Classe

-Objetividade nas discussões;

- Discussões sobre Intervenções Pedagógicas;

- Ausência das práticas dos Pré e Pós

Conselhos de Classe junto aos alunos.

- Fundamentar as discussões sobre o C.C;

- Efetivar a prática dos Pré e Pós

Conselhos;

- Resgatar a prática da Reunião de pais.

- Pré-Conselhos:

De 02/05 a 06/05; De 27/06 a

01/07; De 03/10 a 07/10; De

05/12 a 09/12.

- Conselhos de Classe

11/05; 06/07; 13/10; 16/12.

- Pós Conselhos:

De16/05 a 20/05; De 25/07 a

29/07; De 17/10 a 21/10.

- Reunião de Pais:

20/05; 05/08; 28/10.

-Alunos, Direção,

Equipe Pedagógica,

Professores

Conselheiros,

- Direção, Equipe

Pedagógica,

Professores;

- Pais, Direção, Equipe

Pedagógica,

professores.

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Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis

P.P.P.

- Acrescentar no documento a construção

coletiva referente aos seguintes

assuntos;

- Acompanhamento de Estágio;

- Inclusão;

- Desafios Educacionais

Contemporâneos;

- Modalidade EJA;

- História e Cultura Afro-brasileira,

Africana e Indígena;

- Aumento da oferta das disciplinas de

Filosofia e Sociologia.

-Levantamento de material bibliográfico;

-Estudos dos textos durante as horas atividades;

-Reconstrução do texto do PPP.

- Durante os meses de

Fevereiro a Abril.

- Direção, Equipe Pedagógica,

Professores.

P.P.C.

- Necessidade de reorganizar os

conteúdos de acordo com a nova versão

das DCEs.

- Estudo da Nova versão das DCEs durante a

Hora Atividade.

Durante todo o ano

letivo

- Professores e Equipe

Pedagógica.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 56

Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis

Avaliação Escolar

-Necessidade de tornar o processo de

avaliação claro aos alunos;

- Necessidade de os pais acompanharem

o processo de avaliação

-Comunicar os critérios e instrumentos de

avaliação aos alunos;

-Comunicar os critérios e instrumentos de

avaliação aos pais;

- Organizar encontros e reuniões com os pais

para discutir avaliação.

-Durante todo o ano;

- Após os Pós-

Conselhos.

- Direção, Equipe Pedagógica,

Professores.

Recuperação de

Estudos

-Necessidade de diversificar os meios

utilizados para recuperação da

aprendizagem dos alunos.

- Trabalho com aluno monitor;

- Professores organizarão banco de atividades

para recuperação de estudos com

acompanhamento da pedagoga.

- Ao longo do ano

letivo.

- Equipe pedagógica e

professores.

Enfrentamento

à Evasão Escolar

- Grande número de alunos que evadem

do Colégio no Segundo Semestre.

- Acompanhamento das faltas destes alunos,

buscando investigar os motivos das mesmas;

- Intensificar o trabalho com a ficha FICA;

- Ao longo de todo o

ano letivo

- Professores, Equipe

pedagógica e Direção.

Grupo de Estudos

- Envolver todos os profissionais no

processo de formação.

- Incentivar a participação dos profissionais neste

processo de formação;

- Realizar as ações determinadas pela SEED

para realização do mesmo;

- Acompanhar o desenvolvimento das atividades.

- Durante o período de

organização e

realização do processo

de formação.

- Direção, Equipe Pedagógica,

Agentes Educacionais II.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 57

Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis

Reunião Pedagógica

- Desenvolvimento do trabalho em

parceria com a UEM sobre o resgate da

cultura e da história do município;

-Necessidade de discutir temáticas

relacionadas à realidade do Colégio;

-Levantamento de material bibliográfico para os

encontros;

-Estudo e discussão do material levantado;

- Elaboração coletiva de trabalho em parceria

com a UEM;

- Discussão sobre as estratégias metodológicas

utilizadas pelo corpo docente.

- Nas seguintes datas:

01/04;

20/06;

29/09.

- Direção, Equipe Pedagógica

e Professores.

Biblioteca

-Necessidade de estimular o uso

contínuo da biblioteca;

- Organizar o atendimento aos alunos;

- Estimular a utilização da biblioteca pelos alunos

da EJA;

- Durante todo o ano

letivo

- Direção, Equipe Pedagógica,

Agentes Educacionais II e

Professores.

Livro Didático

Público

- Necessidade de conscientizar os alunos

sobre os cuidados com o Livro Didático.

- Incentivar o encapamento dos livros;

- Solicitar assinatura de Termo de

Responsabilidade por parte dos alunos.

- No período de 08/02

a 28/02.

- Direção, Equipe Ped.,

Agentes Educacionais II e

Professores.

TV Multimídia

-Necessidade de estimular o uso da

mesma por todos os professores;

- Capacitação dos professores;

- Sanar as dúvidas dos professores com relação

ao uso da TV durante a Hora Atividade;

- Organizar a participação dos professores nas

capacitações organizadas pelo NRE.

- Durante o ano letivo;

- Quando agendada

pelo NRE.

- Direção, Equipe Pedagógica

e Agentes Educacionais.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 58

Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis

Laboratório de

Informática

- Necessidade de estimular o uso do

laboratório por todos os professores;

- Capacitação dos professores;

- Estimular o acesso dos Professores;

- Estimular o acesso dos alunos.

- Organizar o horário de acesso de acordo com a

hora atividade do professor;

- Agendar a utilização pelos alunos

acompanhados pelos professores de acordo com

a necessidade e a realidade de cada disciplina ou

conforme solicitação do professor.

- Durante as horas

atividades dos professores

ao longo do ano letivo.

- Direção e Equipe

Pedagógica.

Semana Cultural

- Necessidade de organizar atividades

pedagógicas que contemplem a

diversidade cultural da comunidade

escolar.

- Elaborar em parceria com os professores e

Grêmio Estudantil um projeto multidisciplinar que

envolva atividades esportivas, culturais e

científicas;

- Desenvolver este projeto apresentando-o à

comunidade.

- De 01/04 a 30/06.

- De 01/07 a 0/07.

- Direção, Equipe

Pedagógica, Professores,

Grêmio Estudantil, Agentes

Educacionais I e II e

demais alunos.

Reposição de Aulas

- Necessidade de organizar um

cronograma de Complementação de

Carga Horária;

- Necessidade de organizar a reposição

de aulas.

- Organização de Cronograma de

Complementação de Carga Horária;

- Levantamento mensal das aulas pendentes;

-Montagem do cronograma de reposição;

- Apresentação do cronograma ao professor que

tiver aula pendente.

- As reposições serão

realizadas aos sábados

sempre na última semana

de cada Bimestre.

- Direção, Equipe

Pedagógica, Professores.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 59

Problemas Levantados Ações da Escola Período Responsáveis

PSS

-Necessidade de estes professores

conhecerem o Plano de ação do Colégio

para adequarem seu trabalho no sentido

de atender às necessidades dos alunos.

- Apresentar a estes profissionais, o Plano

de Ação do Colégio, o Regimento Escolar e

o Regulamento Interno para que todos

trabalhem na mesma linha;

- Acompanhar e auxiliar na elaboração do

Plano de Trabalho Docente destes

Profissionais

- No período de 08/02 a 28/02. - Equipe Pedagógica.

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8 - PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Planejamento Curricular é o “processo de tomada de decisões sobre a

dinâmica da ação escolar. É previsão sistemática e ordenada de toda a vida escolar

do aluno”. Portanto, essa modalidade de planejar, constitui um instrumento que

orienta a ação educativa na escola, pois a preocupação é com a proposta geral das

experiências de aprendizagem que a escola deve oferecer ao estudante, através de

diversos componentes curriculares.

As diretrizes de cada uma das disciplinas apresentam os fundamentos

teórico-metodológicos, a partir dos quais se definem os rumos da disciplina, seja no

que se refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos por meio dos procedimentos

metodológicos e avaliativos, seja na orientação para a seleção dos conteúdos e de

referencial bibliográfico.

O conjunto proposto pela dimensão histórica da disciplina, os fundamentos

teórico-metodológicos, os conteúdos estruturantes, o encaminhamento

metodológico, a avaliação e a bibliografia constitui o que chamamos Diretrizes

Curriculares para a Educação Básica.

A efetiva implementação das diretrizes, na rede pública estadual, depende de

uma série de variáveis, dentre as quais se destacam a continuidade do processo de

formação continuada, da produção de material didático-pedagógico de apoio, e da

participação dos professores como autores.

Os saberes escolares, em sua constituição, vão sendo profundamente

marcados pelas relações de professores e alunos estabelecem com o conhecimento,

a partir de múltiplas possibilidades de interesses, de ênfases, de modo de

transmissão, de complexidade das análises e de articulações dos conteúdos com a

prática social. Tais saberes expressam-se no currículo real da escola, constituído no

desenvolvimento de aprendizagens previstas nas propostas de seus educadores e

que também influi aprendizagens de um conjunto mais implícito ou oculto de normas,

valores e práticas, que estão impregnadas na cultura da escola.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 61

O corpo discente do Colégio Estadual D. Pedro I é composto por alunos, na

sua maioria de classe média/baixa, oriundos em parte da zona rural. As famílias

lutam com dificuldades pela sobrevivência e para manter seus filhos na escola.

Diante dessa realidade, a escola tem como objetivo, contribuir para com que

os alunos se apropriem de conteúdos sociais que marcam cada momento histórico,

cuja aprendizagem e compreensão são consideradas essenciais para que possam

exercer seus direitos e deveres na sociedade.

Sendo que a escola é um espaço é importante que ela assuma a valorização

da cultura do seu próprio grupo social, propiciando ao saber dos conhecimentos

socialmente relevantes da cultura brasileira, nacional, regional e do patrimônio

universal da humanidade.

Tendo metas a executar, cada professor elaborou sua proposta curricular

obedecendo às Diretrizes Curriculares da Educação Básica (Anexo III).

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 62

8.1 – P.P.C. DE ARTE

8.1.1 – Apresentação da disciplina

O Ensino de arte formal, institucionalizado, no Brasil é considerado a partir do

descobrimento pelos europeus, várias influências culturais foram incorporadas por

nós, configurando a diversidade brasileira na singularidade regional do nosso país.

Os primeiros registros estão nos trabalhos de catequização dos indígenas,

nas famosas reduções jesuítas, com ensinamento de arte e ofícios, através da

retórica literatura, música, teatro, dança, pintura, esculturas, e artes manuais.

Após esse período podemos citar a Reforma Pombalina, a Missão Francesa,

o estilo barroco, o neoclassicismo e academismo que contribuíram para o fazer

artístico dentro do processo educacional, segundo padrões europeus. Nesse período

o ensino de arte tendia a ser centrado nas técnicas e artes manuais ou atividades

sem vinculo com as propostas curriculares das escolas.

Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com o fim dos colégios

seminários e suas transformações em estabelecimentos públicos como o Colégio

Pedro II, no Rio de Janeiro, ou exclusivamente eclesiásticos, como o Colégio

Caraça, em Minas Gerais. Nos estabelecimentos públicos houve um processo de

dicotomitização do ensino de Arte: Belas Artes e música para a formação estética e o

de artes manuais e industriais.

No Paraná, foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), HOJE Colégio Estadual do

Paraná, que seguia o currículo do Colégio Pedro II, e a Escola Normal (1876), atual

Instituto de Educação, para a formação do magistério.

Um marco importante para a Arte Brasileira e os movimentos nacionalistas foi

à semana de arte moderna de 1922, que direcionou os trabalhos para pesquisas e

produção de obras a partir das raízes nacionais. Nesse contexto o ensino de arte

teve enfoque na expressividade, espontaneidade e criatividade, sem interferência da

profissão na pedagogia da escola nova.

O ensino de música tornou-se obrigatório nas escolas, com a nomeação do

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 63

Compositor Heitor Villa Lobos com superintendente de educação musical e artística,

após um grande trabalho de resgate do folclore brasileiro focando a importância do

nacionalismo. Esse trabalho permaneceu nas escolas com algumas modificações

até meados da década de 1970,quando o ensino de música foi reduzido ao estudo

da teoria musical e, novamente, à execução de hinos ou outras canções cívicas.

No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o

ensino da arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e,

entre eles, artistas, vieram novas ideias e experiências culturais diversas, como a

aplicação da Arte aos meio produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o

desenvolvimento da sociedade. As características da nova sociedade em formação e

a necessária valorização da realidade local estimularam movimentos a favor de a

arte se tornar disciplina escolar.

Podemos perceber que a arte está presente em todos os seres

independentes de raça, clero, nível social e cultural. A arte é uma educação de toda

a sociedade, a qual sempre tem desejo de se comunicar. Essa comunicação pode

ser através da música, teatro, dança, artes visuais e literatura.

Contudo, há sempre de ressaltar que a cultura é algo contínuo, graças ao

desenvolvimento pelo qual participamos e também dos observadores e

consumidores.

8.1.2 - Objetivos Gerais

Proporcionar a compreensão inseparável da dinâmica sensível de quem

aprende e reaprende com experiências que permitam transformar o

vivido.

Desenvolver a expressividade de sentimentos e processo criativo, ideias

e informações que envolvem um conhecimento histórico contextualizado.

Produzir uma nova maneira de ver e sentir o mundo, compreendendo os

elementos estéticos e artísticos presentes, bem como sua importância

enquanto linguagem.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 64

Possibilitar a valorização da diversidade, construção das identidades e o

trabalho com a interculturalidade.

Utilizar o espaço bidimensional e tridimensional para expressar-se.

Ouvir, cantar e analisar obras de música vocal e instrumental de diferentes épocas e

estilos, relacionando-as com outras manifestações artísticas.

8.1.3 - Conteúdos

8.1.3.1 - Ensino Fundamental - EJA

MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica, cromática Improvisação Gêneros: folclore, indígena, popular e étnico Técnica: vocal, instrumental e mista Improvisação Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnica: vocal, instrumental e mista

Greco-Romana Oriental Africana Arte Pré-História Arte Indígena Arte egípcia Música popular e étnica Indústria cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock Barroca Música Engajada Música popular brasileira Música Contemporânea Hip Hop, Rock

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 65

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, Escultura, Arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia... Proporção Bidimensional Técnica: Pintura, modelagem Gênero: Paisagem, natureza morta. Semelhanças Tridimensional Contrastes Ritmo Visual Figura e fundo Perspectiva Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual. Gênero: retrato

Greco-Romana Oriental Africana Arte Pré-História Arte Indígena Arte egípcia Arte popular Brasileira e paranaense Impressionismo Indústria cultural Renascimento Arte Bizantina Barroco Rococó Pop Arte Realismo Vanguardas Muralismo Hip Hop Arte no século XX

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões Corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto,

Greco-Romana Oriental

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improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e circo

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

Movimento corporal Tempo Espaço

Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: improvisação Gênero: circular

Greco-Romana Pré-história Africana Popular Indígena

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 67

8.1.3.2 - Ensino Médio – Regular e EJA

1º Ano

Conteúdo Estruturante: Elementos

Formais

Conteúdos Básicos:

Artes Visuais

-Ponto

-Linha

-Textura

-Superfície

-Volume

-Luz

-Cor.

Música

-Altura

-duração

-Timbre

-Intensidade

-Densidade

Teatro:

-Personagens

-Expressões corporais, vocais,

gestuais e faciais

-Ação

-Espaço

Dança

-Movimento corporal

-Tempo

-Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos:

Artes Visuais

-Figurativa

-Bidimensional

-Tridimensional

-Técnicas de Pintura

-Escultura

-Desenho

Música

-Ritmo

-Melodia

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 68

- Harmonia

Teatro

-Técnicas, jogos teatrais,

mímica

-Encenação e leituras

dramáticas

Dança

-Movimentos articulares – lento,

rápido e moderado

-Deslocamento

-Improvisação

Conteúdo Estruturante: Movimentos

e Períodos

Conteúdos Básicos:

Artes Visuais

-Arte na Pré-história

-Arte no Brasil

-Arte no Egito

Música

-Música na Pré-história

- Teatro

-Pré- história

Dança

-Pré-história.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 69

2º Ano

Conteúdo Estruturante: Elementos

Formais

Conteúdos Básicos

Artes Visuais:

Ponto

-Linha

-Textura

-Superfície

-Volume

-Luz

-Cor.

Música:

-Altura

-Duração

-Timbre

-Intensidade

-Densidade

Teatro

-Técnicas, jogos teatrais,

mímica

-Encenação e leituras

dramáticas

-Gênero tragédia

-Sonoplastia

-Figurino

-Iluminação

-Direção

-Produção

Dança

-movimentos articulares – lento,

rápido e moderado

-Deslocamento

-Improvisação

Conteúdo Estruturante: Movimentos

e Períodos

Conteúdos Básicos

Artes Visuais

-O Barroco

-O Barroco no Brasil

-Arte popular brasileira

Música

-Música Barroca

Teatro

-Teatro popular

Dança

-Dança popular

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3º Ano:

Conteúdo Estruturante: Elementos

Formais

Conteúdos Básicos

Artes Visuais

-Ponto

-Linha

-Textura

-Superfície

-Volume

-Luz

-Cor

Música

-Altura

-Duração

-Timbre

-Intensidade

-Densidade

Teatro

- Personagens

-Expressões corporais, vocais,

gestuais e faciais

-Ação

-Espaço

Dança

-Movimento corporal

-Tempo

-Espaço

Conteúdo Estruturante: Composição

Conteúdos Básicos

Artes Visuais

-Figurativa

-Bidimensional

-Tridimensional

-Técnicas de Pintura

-Escultura

-Desenho

-Modelagem

-Instalação

Música

-Ritmo

-Melodia

-Harmonia

-Gênero Popular

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Teatro

- Técnicas, jogos teatrais,

mímica

-Encenação e leituras

dramáticas

-Gênero tragédia

-Sonoplastia

-Figurino

-Iluminação

-Direção

-Produção

-Roteiro

Dança

-Movimentos articulares – lento,

rápido e moderado

-Deslocamento

-Improvisação

-Salto, giro, Coreografia

Conteúdo Estruturante: Movimentos

e Períodos:

Conteúdos Básicos

Artes Visuais

-Arte Popular

-Arte Paranaense

-Redução Jesuítica de Santo

Inácio

Música

-Música Popular brasileira

-Música Indígena

Teatro

-Reduções Jesuíticas de Santo

Inácio

Dança

-Dança Indígena

-Dança Popular

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Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Arte não é

trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a

serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à

necessidade e o perfil do aluno.

8.1.4 - Metodologia

Como objetivo e trabalho é o conhecimento, devemos contemplar na

metodologia do ensino da arte três momentos da organização pedagógica: O sentir

e perceber, que são as formas de apropriação, o trabalho artístico, que é a prática

criativa, e conhecimento que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir / perceber

um trabalho artístico sistematizado.

Sentir e perceber são possibilitar aos alunos os acessos às obras artísticas de

música, teatro, dança e artes visuais para que os mesmos possam familiarizar-se

com as diferentes formas de produção das artes.

Possibilitar o acesso e medir essa apreciação e apropriação como o

conhecimento sobre a arte, transcendendo as aparências aprendendo, através da

arte da totalidade, da realidade humano social.

Trabalhar os conhecimentos produzidos na comunidade e as manifestações

artísticas que produzem significado de vida, tanto na produção quanto na fruição.

A prática artística (processo de criação) é expressão privilegiada e momento

do exercício da imaginação e criação.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.1.5 - Avaliação

A avaliação deve apontar para a busca, valorizando desenvolvimento do

educando, por isso é diagnóstica e não voltada para a seleção, sendo inclusiva,

democrática e construtiva, não a chagada definitiva, mas sim travessia permanente

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em busca do melhor.

Dentro da arte, a avaliação deve ser um instrumento flexível, diversificado e

adequado à exploração da prática significativa em todas as linguagens.

Dentro dos conteúdos trabalhados, a avaliação poderá ser feita por meio de

imagens, dramatizações, dança, composições musicais articuladas pelos alunos.

Observando o aluno constrói uma resposta pessoal com base nos conteúdos

estudados, que apresente coerência e correspondência.

A avaliação pode ser também realizada durante a própria aprendizagem,

identificando como o aluno interage com os conteúdos e ao término de um conjunto

de atividades para analisar como a aprendizagem ocorreu.

A avaliação em arte supera o papel de mero instrumento de mediador a

apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas

para o aluno, discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir da própria

produção. Assim, verificar-se o pensamento estético e leva-se em conta a

sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.1.6 - Referências

CALÁBRIA, Carla Pula B. e MARTINS, R. V. Arte brasileira – Arte Ocidental Editora FTD.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – ARTE – Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 74

8.2 – P.P.C. DE BIOLOGIA

8.2.1 – Apresentação da disciplina

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA. Ao

longo da historiada humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre esse

fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno VIDA e suas implicações para o ensino,

buscaram-se na história da CIÊNCIA os contextos históricos nos quais pressões

religiosas, econômicas, políticas e sociais impulsionaram mudanças conceituais no

modo como o homem passou a compreender a natureza.

O homem apesar de seu desenvolvimento cultural, não deixa de ser uma

espécie biológica que compartilha da mesma morada com os demais seres vivos e

possui características semelhantes necessitando, portanto, de formas de

sobrevivência. É muito importante que o educando perceba e compreenda toda

riqueza desta relação criando um movimento positivo de conservação nos ambientes

naturais e preservando desta forma a diversidade e a integridade do patrimônio

genético.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das

diferentes concepções sobre o fenômeno vida e suas implicações para o ensino,

buscaram-se na história da ciência os contextos históricos nos quais pressões

religiosas, econômicas, políticas e sociais que impulsionaram mudanças conceituais

no modo como o homem passou a compreender a natureza.

Ao longo da história da humanidade, várias foram as explicações para o

surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram

e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração

filosófica ou religiosa.

Na busca de compreender a construção das concepções sobre o fenômeno

VIDA, quatro linhas de pesquisas se destacaram historicamente:

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 75

Pensamento biológico descritivo

Com o rompimento da visão teocêntrica e da concepção filosófico-teológica

medieval, os conceitos sobre o ser humano passaram para o primeiro plano,

iniciando uma nova perspectiva para a explicação dos fenômenos naturais. Esse

movimento da ciência compreendeu, assim, o processo de superação de ideais

antigas e emergência de novos modelos.

Nesse período surgiram novos conhecimentos biológicos, como por exemplo,

a classificação dos seres vivos numa escala hierárquica envolvendo diferentes

categorias e denominações: gênero, família, espécie, ordem. Entretanto, muitos

naturalistas se mantiveram sob a influência do paradigma aristotélico. O sistema

descritivo possibilitou a organização da Biologia pela comparação das espécies

coletadas em diferentes locais. Tal tendência refletiu a atitude contemplativa e

interessada em retratar a beleza natural, com a exploração empírica da natureza

pautada pelo método da observação e descrição, o que caracterizaria o pensamento

biológico descritivo.

Sob a concepção descritiva, a vida era conceituada como “expressão da

natureza idealizada pelo sujeito racional” (RUSS, 1994, p. 360-363).

Pensamento biológico mecanicista

Em meio a mudanças no mundo filosófico, o médico Willian Harvey (1578-

1657), que, segundo Descartes, possuía “[...] uma visão de mundo baseada em uma

filosofia mecanicista” publica a obra De Modus Cordis, em 1628, propondo um novo

modelo referente à circulação do sangue, resultante de experiências com o corpo

humano. Este modelo, não o método, foi acolhido por Descartes1 (1596- 1650)

como uma das bases mais consistentes do que viria a se constituir como

pensamento biológico mecanicista (DELIZOICOV, 2006, p. 282).

O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento

de instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. Para

entender o funcionamento da VIDA, a Biologia fracionou os organismos vivos em

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 76

partes cada vez mais especializadas e menores, com o propósito de compreender

as relações de causa e efeito no funcionamento de cada uma delas.

Pensamento biológico evolutivo

A ideia de mundo estático, que não admitia a evolução biológica, cada vez

mais foi confrontada.

No fim do século XVIII e início do século XIX, a imutabilidade da VIDA foi

questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Estudos

sobre a mutação das espécies ao longo do tempo foram apresentados

principalmente por Erasmus Darwin (1731-1802), médico, poeta e naturalista e por

Jean-Baptiste de Monet, conhecido por Lamarck (1744-1829).

Lamarck, adepto da teoria da geração espontânea, estabeleceu o conceito de

sistema evolutivo em constante mudança; isto é, para ele, formas de vida inferiores

surgem continuamente a partir da matéria inanimada e progride inevitavelmente em

direção a uma maior complexidade, progressão esta, controlada pelo ambiente.

Ao se afirmar que todos os seres vivos, atuais e do passado, tiveram origem

evolutiva e que o principal agente de modificação seria a ação da seleção natural

sobre a ação individual, criou-se a base para a teoria da evolução das espécies,

assentada no ponto de intersecção entre o pensamento científico e filosófico. A ideia

de propor generalizações teóricas sobre os seres vivos e sugerir evidências

científicas, não mais teológicas, permitiu pensar também na mobilidade social do ser

humano.

Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção

natural ou favorecidas na luta pela vida, Darwin valeu-se de evidências evolutivas,

as quais foram consideradas provas e suporte de suas concepções: “o registro dos

fósseis, a distribuição geográfica das espécies, anatomia e embriologia comparadas

e a modificação de organismos domesticados” (FUTUYMA, 1993, p.06).

Darwin analisou as evidências evolutivas aplicando o que hoje conhecido

como método hipotético-dedutivo.

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O pensamento biológico da manipulação genética

Os estudos do geneticista Thomas Hunt Morgan (1866-1945) contribuíram

para que a genética se desenvolvesse como ciência e, aliada aos movimentos

políticos e tecnológicos decorrentes das grandes guerras, promoveu uma

ressignificação do darwinismo e deu força ao processo de unificação das ciências

biológicas. Nesse contexto histórico e social, a Biologia começou a ser vista como

utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, na agricultura e em

outras áreas.

O pensamento científico passou, então, a utilizar diferentes formas de abordar

a realidade objetiva, a considerar que essas formas coexistem e que essa

coexistência indica a necessidade de rever o método científico como instrumento

que confere às ciências físicas e naturais o status de cientificidade.

Nesse contexto, a complexidade dos problemas estudados pela Biologia

exigiu modificações do método. Mayr (1998) afirma que a necessidade de

entendimento de sistemas biológicos tão complexos como os fisiológicos, implicou a

necessidade de separar seus componentes, o que por um lado, favoreceu a análise

de tais sistemas e, por outro, exigiu a combinação de diferentes abordagens para a

compreensão da natureza como um todo.

A Biologia, então, ampliou sua área de atuação e se diversificou. Uma delas é

a biologia molecular, considerada por Mayr (1998) o centro dos interesses biológicos

na atualidade.

Tais avanços, sobretudo os relativos à bioquímica, à biofísica e à própria

biologia molecular, permitiram o desenvolvimento de inovações tecnológicas e

interferiram no pensamento biológico evolutivo. Por exemplo, ao conhecer a

estrutura e a função dos cromossomos foi possível desenvolver técnicas que

permitiram intervir na estrutura do material genético e, assim, compreender,

manipular e modificar a estrutura físico-química dos seres vivos e as consequentes

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alterações biológicas.

Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e põem

em discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno VIDA.

Essas controvérsias contribuem para que um novo modelo explicativo se constitua

como base para o desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação

genética.

8.2.2 – Objetivo Geral

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno VIDA. Ao

longo da historiada humanidade, muitos foram os conceitos elaborados sobre esse

fenômeno, numa tentativa de explicá-lo e, ao mesmo tempo, compreendê-lo.

8.2.3 – CONTEÚDOS – Ensino Médio - Regular e EJA

Conteúdo Estruturante - ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

Conteúdos Básicos

CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS: CRITÉRIOS TAXONÔMICOS E

FILOGENÉTICOS.

SISTEMAS BIOLÓGICOS: ANATOMIA, MORFOLOGIA E FISIOLOGIA.

Conteúdo Específico

INTRODUÇÃO E DIVISÃO DA BIOLOGIA.

MÉTODOS CIENTÍFICOS.

ORIGEM DA VIDA E DO UNIVERSO (BIG-BANG, FIXISMO, ABIOGÊNESE E

BIOGÊNESE).

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DAS ORIGENS ATÉ O DIAS DE HOJE.

REGRAS DE NOMENCLATURA.

CLASSIFICAÇÃO, ASPECTOS GERAIS E EVOLUTIVOS DOS SERES

VIVOS.

ESTUDO DOS VÍRUS, REINO MONERA, REINO PROTISTA E REINO

FUNGI.

REINO PLANTAE.

REINO ANIMÁLIA I (ANIMAIS VERTEBRADOS)

PEIXES

ANFÍBIOS

RÉPTEIS

AVES

MAMÍFEROS

REINO ANIMÁLIA II (ANIMAIS INVERTEBRADOS)

FILO PORÍFERA

FILO CNIDÁRIA

FILO PLATYHELMINTOS

FILO NEMATODA

FILO MOLUSCA

FILO ANNELIDA

FILO ARTHOPODA

FILO ECHINODERMATA

Conteúdo Estruturante - MECANISMOS BIOLÓGICOS

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Conteúdos Básicos

MECANISMOS DE DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO.

MECANISMOS CELULARES BIOFÍSICOS E BIOQUÍMICOS.

TEORIAS EVOLUTIVAS.

TRANSMISSÃODAS CARACTERISTICAS HEREDITÁRIAS,

Conteúdos Específicos

COMPOSIÇÃO QUÍMICADAS CELULAS.

INTRODUÇÃO À CITOLOGIA.

CITOPLASMA E SEUS COMPONENTES.

O NÚCLEO E A SÍNTESE PROTÉICA.

DIVISÃO CELULAR.

REPRODUÇÃO

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO.

HISTOLOGIA.

ANATOMIA E FISIOLÓGIA HUMANA

SUSTENTAÇÃO, DIGESTÃO E RESPIRAÇÃO.

CIRCULAÇÃO, MECANISMOS DE DEFESA E EXCREÇÃO.

COORDENAÇÃO E REGULAÇÃO

Conteúdo Estruturante - BIODIVERSIDADE

Conteúdo Básico

DINÂMINCA DOS ECOSSSITEMAS: RELAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS

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E INTERDEPENDÊNCIA COM O AMBIENTE.

Conteúdo Específico

ECOLOGIA: INTRODUÇÃO, FLUXO DE ENERGIA E CICLO DA MATÉRIA.

DESEQUILÍBRIOS ECOLÓGICOS: AGENTES CAUSADORES, EDUCAÇÃO

AMBIENTAL E AÇÃO DO HOMEM NA NATUREZA.

ASPECTOS GLOBAIS DA SAÚDE.

BIOTECNOLOGIA.

QUEBRA DO EQUILIBRIO AMBIENTAL.

Conteúdo Estruturante - MANIPULAÇÃO GENÉTICA

Conteúdo Básico

ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS

Conteúdo Específico

VISÃO HISTÓRICA DA GENÉTICA.

PRIMEIRA LEI DE MENDEL E PROBABBILIDADES.

HEREDOGRAMA.

SEGUNDA LEI DE MENDEL E HERANÇAS DOS GRUPOS SANGUÍNEOS.

PLEITROPIA, INTERAÇÃO GÊNICA E HERANÇA QUANTITATIVA.

HERANÇALIGADA AO SEXO.

ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS.

EVOLUÇÃO – TEORIAS E EVIDÊNCIAS.

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EVOLUÇÃO HUMANA.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Biologia não é

trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a serem

trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à necessidade e o

perfil do aluno.

8.2.4 - Metodologia

A ciência sempre esteve sujeita às interferências, determinações, tendências

e transformações da sociedade, aos valores e ideologias e às necessidades

materiais do Homem.

Em meio a estas necessidades humanas, a ciência visa encontrar explicações

sobre os fatos. A crítica atenta às explicações sobre estes pode demarcar momentos

de conflito entre as explicações e outras que se fortalecem a partir de filiações

conceituais diversas.

Como elemento da construção científica, a Biologia deve ser entendida como

processo de produção do próprio desenvolvimento humano (ANDERY, 1988).

O avanço da Biologia, portanto, é determinado pelas necessidades materiais

do ser humano com vistas ao seu desenvolvimento, em cada momento histórico. De

fato, o ser humano sofre a influência das exigências do meio social e das

ingerências econômicas dele decorrentes, ao mesmo tempo em que nelas interfere.

A busca por entender os fenômenos naturais e a explicação racional da

natureza levou o ser humano a propor concepções de mundo e interpretações que

influenciam e são influenciadas pelo processo histórico da própria humanidade.

A ciência reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos contextos

sociais, políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos históricos. Em

outros termos, se a incorporação da ciência aos meios de produção promoveu

intensificações nos avanços da sociedade, não se pode considerar que a ciência

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 83

somente acumula teorias, fatos, noções científicas aceitas na prática do cientista,

mas cria modelos paradigmáticos que nascem da utilidade da ciência em resposta

às necessidades da sociedade.

Refletir a partir de tal perspectiva significa pensar criticamente o ensino de

Biologia, as abordagens do processo e o vínculo pedagógico em consonância com

as práticas sociais para romper com o relativismo cultural, a pedagogia das

competências e com a supremacia das práticas sociais hegemônicas, implícitas

numa prática pedagógica que reduz a diversidade, enfatizam resultados, omitindo o

processo histórico de produção do conhecimento.

No contexto dessas reflexões, entende-se, que a disciplina de Biologia

contribui para formar sujeitos críticos e atuantes, por meio de conteúdos que

ampliem seu entendimento acerca do objeto de estudo – o fenômeno VIDA – em sua

complexidade de relações, ou seja:

• na organização dos seres vivos;

• no funcionamento dos mecanismos biológicos;

• no estudo da biodiversidade em processos biológicos de variabilidade

genética, hereditariedade e relações ecológicas;

• na análise da manipulação genética.

Como consequência da retomada do objeto de estudo dessa disciplina,

sobretudo ao considerar que ensinar Biologia incorpora a ideia de ensinar sobre a

ciência e a partir dela, o desenvolvimento da metodologia de ensino sofre influência

de reflexões produzidas pela filosofia da ciência e pelo contexto histórico, político,

social e cultural do desenvolvimento.

Como instrumento de transformação dos mecanismos de reprodução social, a

aula experimental torna-se um espaço de organização, discussão e reflexão a partir

de modelos que reproduzem o real.

Neste espaço, por mais simples que seja a experiência, ela se torna rica ao

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 84

revelar as contradições entre o pensamento do aluno, o limite de validade das

hipóteses levantadas e o conhecimento científico.

Por exemplo, ao tratar os processos biológicos, a experimentação pode

contribuir para o estudo da biodiversidade a partir de um conceito mais amplo. Neste

caso, a Biologia abrange um universo conceitual que se fundamenta na concepção

evolutiva e entende os seres vivos além do contexto da classificação e do

funcionamento de suas estruturas orgânicas. Estes conhecimentos biológicos

envolvem as relações ecológicas, as transformações evolutivas e a variabilidade

genética, e podem ser estudados a partir de modelos que procuram interpretar o

real, nas aulas experimentais.

O pensamento evolutivo permite a compreensão do mundo mutável e revela

uma concepção de ciência que não pode ser considerada verdade absoluta e, no

ensino de Biologia, passa a ser um processo de busca por explicações e de

construção de modelos interpretativos assumindo seu caráter humano determinado

pelo tempo histórico.

A metodologia de ensino da Biologia, nessa concepção, envolve o conjunto de

processos organizados e integrados, quer no nível de célula, de indivíduo, de

organismo no meio, na relação ser humano e natureza e nas relações sociais,

políticas, econômicas e culturais.

Nesse contexto, as aulas experimentais podem significar uma crítica ao

ensino com ênfase exclusiva na divulgação dos resultados do processo de produção

do conhecimento científico, e apontar soluções que permitam a construção racional

do conhecimento científico em sala de aula, sem dissociar as implicações deste

conhecimento para o ser humano.

Cabe ressaltar que a aula assim concebida deve introduzir momentos de

reflexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a experimentação

como possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas

das teóricas. As aulas práticas passam a fazer parte de um processo de ensino

pensado e estruturado pelo professor, repensando-se inclusive, o local onde possam

acontecer, não ficando restritas ao espaço de laboratório.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 85

As aulas, desta forma, não são apenas experimentais ou apenas teóricas,

mas pensadas de modo a assegurar a relação interativa entre o professor e o aluno,

ambos tendo espaço para expor suas explicações, refletir a respeito das implicações

de seus pressupostos e revê-los à luz das evidências científicas.

Assim, a experimentação deve ter como finalidade o uso de um método que

privilegie a construção do conhecimento, em caráter de superação à condição de

memorização direta, comportamentalista. Parte-se do pressuposto que a adoção de

uma prática pedagógica fundamentada nas teorias críticas deve assegurar ao

professor e ao aluno a participação ativa no processo pedagógico.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.2.5 – Avaliação

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

A avaliação é um dos aspectos do processo pedagógico que mais carece de

mudança didática para favorecer uma reflexão crítica de ideias e modificar

comportamentos docentes de “senso comum” muito persistente (CARVALHO & GIL-

PÉREZ, 2001).

As concepções reducionistas e simplistas do processo avaliativo requerem

análise e questionamento. De acordo com Carvalho & Gil-Pérez (2001), ainda estão

no “senso comum” do ambiente escolar as seguintes noções:

• é fácil avaliar os conhecimentos científicos, devido a sua precisão e

objetividade;

• o fracasso é inevitável, pois a Biologia tem conhecimentos difíceis, que não

estão ao alcance de todos. Ao se aprovar demais, a disciplina é uma “brincadeira”;

então, convém ser “exigente” desde o início;

• tal fracasso, por vezes muito elevado, pode ser atribuído a fatores

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 86

extraescolares, como capacidade intelectual e ambiente familiar;

• a prova deve ser discriminatória e produzir uma distribuição de notas em

escala descendente;

• a função essencial da avaliação é verificar a capacidade e o aproveitamento

do aluno, destinando-o à promoção e seleção classificatória de cunho autoritário.

A superação deste senso comum implica em estudos, pesquisas e análises

de resultados que permitam a elaboração de programas de formação continuada

para os professores envolvidos no processo ensino-aprendizagem, a fim de

possibilitar a elaboração de uma concepção de avaliação adequada à realidade

escolar da qual participa.

Quando a concepção de avaliação é, tão somente classificatória, pautada em

critérios que visam medir o aproveitamento, identifica-se erros, dificuldades de

aprendizagem, porém, não se sabe o que fazer com as informações levantadas e os

professores acabam por não se preocuparem em “auxiliar o aluno a resolver suas

dificuldades ou a avançar no seu conhecimento” (HOOFMANN, 2003, p. 121).

Tomando por base as análises desenvolvidas pelas autoras Carvalho e

Hoffmann, considera-se a necessidade de envolvimento dos professores na análise

crítica da própria avaliação. Conforme Carvalho & Gil-Pérez (2001) é preciso que os

professores se envolvam numa análise crítica que considere a avaliação em Biologia

um instrumento de aprendizagem que forneça um feedback adequado para

promover o avanço dos alunos. Ao considerar o professor corresponsável pelos

resultados que os alunos obtiverem o foco da pergunta muda de “quem merece uma

valorização positiva e quem não“ para ”que auxílio precisa cada aluno para continuar

avançando e alcançar os resultados desejados”. Além disso, incentivar a reflexão,

por parte do professor, sobre sua própria prática.

Ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma

abordagem crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em

que se perceba o processo cognitivo contínuo, inacabado, portanto, em construção.

Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 87

aprendizagem, abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos

impostos à continuidade do processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e

dúvidas dos alunos constituem importantes elementos para avaliar o processo de

mediação desencadeado pelo professor entre o conhecimento e o aluno.

A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá observação e

investigação visando à melhoria da qualidade do ensino.

Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja

finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática

pedagógica para nela intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem.

Pressupõe- se uma tomada de decisão, em que o aluno também tome conhecimento

dos resultados de sua aprendizagem e organize-se para as mudanças necessárias.

Destaca-se que este processo deve procurar atender aos critérios para a

verificação do rendimento escolar previstos na LDB n. 9394/96 que considera a

avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos”.

Enfim, adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do

processo de ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações

pedagógicas pensadas e realizadas ao longo do ano letivo, de modo que

professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de

superarem os obstáculos existentes.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação será:

DIAGNÓSTICA: Resgatando o conhecimento prévio do aluno;

PROCESSUAL: Tomando como critério o acompanhamento sistemático da

participação do aluno em todos os momentos do processo de ensino/aprendizagem;

INTEGRADORA: Se dará através da utilização dos seguintes instrumentos:

trabalhos em grupo, trabalhos individuais de pesquisa, apresentação de Seminários,

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participação em debates regrados e realização de provas formais com questões

objetivas ou dissertativas.

O processo de recuperação se dará pela retomada dos conteúdos por meio

de revisões das atividades avaliativas e através da aplicação de outros instrumentos

avaliativos que serão descritos no Plano de Trabalho Docente.

8.2.6 - Referências

PARANÁ- DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – BIOLOGIA – Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.

LAURENCE, J. BIOLOGIA. São Paulo: Editora Nova Geração, 2005. LOPES, S. Biologia – volume único/ Sônia Lopes, Sérgio Rosso. -1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

OLIVEIRA, E.C. De Introdução a Biologia Vegetal. São Paulo, Edusp, 2003.

SILVA, JÚNIOR, C. da, Biologia – volume 3 – 3ª série – 7ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 89

8.3 - P.P.C. DE EDUCAÇÃO FÍSICA

8.3.1 – Apresentação da disciplina

Nos últimos vinte anos o ensino da Educação Física tem se afirmado de

forma gradativa numa perspectiva cultural e a partir disto, essa disciplina se propõe

como área de estudo da cultura humana, ou seja, que analisa atuando sobre o

conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, práticas estas criadas pelo

homem ao longo de sua história, indo além da aprendizagem de movimentos, a

aprendizagem para e sobre o movimento.

A disciplina de Educação Física no Ensino Médio é muito importante na

medida em que possibilita aos educandos uma ampliação da visão sobre a cultura

corporal de movimento, e, assim, viabiliza a autonomia para o desenvolvimento de

uma prática pessoal e a capacidade para interferir na comunidade , seja na

manutenção ou na construção de espaços de participação em atividades culturais,

como jogos, esportes ginásticas e danças, com finalidade de lazer, saúde,

socialização, expressão de sentimentos, afetos e emoções.

Busca-se aplicar uma Educação Física junto aos adolescentes, jovens e

adultos que compõem o Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, que

contextualizada na sociedade capitalista seja alicerçada numa proposta “crítico-

superadora” baseada nos pressupostos da pedagogia histórico-crítica que estipula

como objeto da Educação Física, a Cultura Corporal a partir de conteúdos como: o

esporte, a ginástica, os jogos e brincadeiras, as lutas e a dança; tendo como suporte

a ideia de seleção, organização e sistematização do conhecimento acumulado

historicamente, a cerca do movimento humano, transformando o mesmo em saber

escolar, garantindo o acesso às variadas formas de conhecimentos produzidos pela

humanidade oportunizando aos alunos, estabelecerem nexos com a realidade,

elevando-os a um grau de conhecimento sintético. Alicerçada também numa

proposta “crítico-emancipatória” onde o movimento humano em sua expressão é

considerado significativo no processo de ensino/aprendizagem, pois está presente

em todas as vivências e relações expressivas que constituem o ser no mundo. Este

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 90

processo dialógico é necessário para entender o desenvolvimento e

aperfeiçoamento do corpo na historia e formação da sociedade brasileira,

resgatando a ação pedagógica da Educação Física e seu compromisso social,

consolidando um novo entendimento em relação ao movimento humano, como

expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem

se relacionar com o mundo, valorizando ainda, a produção histórica e cultural dos

povos, relativa à ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e às atividades que

correspondem às características regionais (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização, e tem avançado

para preocupações pautadas por disciplinas variadas que permitem o entendimento

do corpo em muito de sua complexidade, permitindo uma abordagem biológica,

antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política das práticas corporais

justamente por sua constituição interdisciplinar. Faz-se entender que esta área do

conhecimento é parte integrante de uma totalidade composta por interações que se

estabelecem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais

emancipatórias em que estão inseridos os alunos de Ensino Médio e EJA

(COLETIVO DE AUTORES, 1992).

8.3.2 – Metodologia

Analisando a enorme riqueza das manifestações corporais, produzidas

socialmente pelos diferentes grupos humanos, criticando o trabalho pedagógico, os

objetivos e a avaliação, o trato com o conhecimento, os espaços e tempos escolares

da Educação Física, refletindo as necessidades atuais de aprendizagem pelos

alunos, na superação de contradições, entendendo a Cultura Corporal em sua

complexidade, a Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e esta

articulada ao projeto político pedagógico da escola possuindo seu objeto de estudo e

ensino próprio, interdisciplinarmente compromissado com a Práxis, que da teoria a

pratica e da pratica à teoria possui significados e sentidos lúdicos, estéticos,

artísticos, místicos, antagonistas, refletindo também todo o processo histórico das

práticas corporais do ser humano construído em milhares de anos. “É partindo

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 91

dessa posição que apontamos a Cultura Corporal como objeto de estudo e ensino

da Educação Física, evidenciando a relação estreita entre a formação histórica do

ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais decorrentes. A ação

pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas

e representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizadas pela

expressão corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes.

Essas expressões podem ser identificadas como formas de representação simbólica

de realidades vividas pelo homem” (COLETIVO DE AUTORES, 1992).

Para integrar e interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e

contextualizada, utilizamos elementos articuladores que podem transformar o Ensino

da Educação Física na escola, respondendo aos desafios propostos, são eles:

• Cultura Corporal e Corpo: esse elemento articulador tem como pressuposto

a reflexão crítica sobre as diferentes visões constituídas ao longo da história da

humanidade em relação ao corpo que favoreceram a dicotomia corpo-mente e sua

repercussão no interior das aulas de Educação Física, nas práticas corporais, além

que as discussões que envolvem o corpo devem atrelar-se a todas as manifestações

e práticas corporais que emergem nos Conteúdos Estruturantes.

• Cultura Corporal e Ludicidade: apresenta-se como uma possibilidade de

reflexão e vivência das práticas corporais em todos os Conteúdos Estruturantes,

assim, o lúdico se apresenta como parte integrante do ser humano e se constitui nas

interações sociais, sejam elas na infância, na idade adulta ou na velhice. Essa

problemática precisa ser discutida e vivenciada pelos alunos, para que a ludicidade

não seja vivida através de práticas violentas, como em algumas brincadeiras que

ocorrem no interior da escola.

• Cultura Corporal e Saúde: esse elemento articulados permite entender a

saúde como construção que supõe uma dimensão histórico-social; cuidados com a

saúde não podem ser atribuídos tão somente a uma responsabilidade do sujeito,

mas sim, compreendidos no contexto das relações sociais, por meio de práticas e

análises críticas dos discursos a ela relativos.

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• Cultura Corporal e Mundo do Trabalho: concentra as relações sociais de

produção/assalariamento vigentes na sociedade, em geral, e na Educação Física.

Com isso, o professor debaterá com seus alunos as consequências da

profissionalização e o assalariamento, vinculados às diferentes práticas corporais. O

professor proporá atividades que alertem os alunos para os reais sentidos da prática

calistênica ou laboral.

• Cultura Corporal e Desportivização: impulsionado pela supervalorização do

esporte na atual sociedade, onde a objetividade é predominante no esporte de

rendimento e, portanto, priorizada em detrimento da criatividade, o professor

discutirá com seus alunos as contradições presentes nesse processo de

esportivização das práticas corporais, visto que no ensino de Educação Física é

preciso compreender o processo pelo qual uma prática corporal é institucionalizada

internacionalmente com regras próprias e uma estrutura competitiva e comercial em

que condições seus conteúdos tornaram-se esporte institucionalizado e quais os

impactos desta transformação.

• Cultura Corporal – Técnica e Tática: as técnicas e táticas compõem os

elementos que constituem e identificam o legado cultural das diferentes práticas

corporais, para pensar os diferentes conteúdos da Educação Física, fruto do rigor

científico e do desejo humano em criar estratégias e métodos mais eficientes para

educar e padronizar gestos das diversas práticas corporais.

• Cultura Corporal e Lazer: tem, entre outros, o objetivo de promover

experiências significativas no tempo e no espaço, de modo que o lazer se torne um

dos elementos articuladores do trabalho pedagógico. A educação pelo lazer,

desenvolvido no tempo/espaço fora das obrigações escolares, é considerada um

veículo de educação que pode potencializar o desenvolvimento pessoal e social dos

indivíduos. Sob esse viés, trabalhar a questão do lazer nas aulas de Educação

Física pode possibilitar aos alunos, uma apropriação crítica e criativa de seu tempo,

por meio da interiorização do conhecimento.

• Cultura Corporal e Diversidade: uma abordagem que privilegie o

reconhecimento e a ampliação da diversidade nas relações sociais, convívio e

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respeito entre as diferenças, de desenvolvimento de ideias e de valorização

humana, para que o outro seja considerado. Não esquecendo que também é preciso

valorizar as experiências corporais do campo e dos povos indígenas.

• Cultura Corporal e Mídia: deve propiciar a discussão das práticas corporais

transformadas em espetáculo e, como objeto de consumo, diariamente exibido nos

meios de comunicação para promover e divulgar produtos além do modo que

possibilite ao aluno discussão preconceito e a exclusão; a ética que permeia os

esportes de alto nível, entre outros aspectos que são ditados pela mídia além da

reflexão sobre a supervalorização de modismo, estética, beleza, saúde, consumo.

A Educação Física tem a função social de contribuir para que os alunos se

tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade

corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

A Educação Física ainda com a função de conscientização e prática viva a

aceitação das “diferenças”, sejam elas dos portadores de necessidades especiais ou

ainda de inclusão social por grupos de risco, introduzindo meios e alternativas

metodológicas que garantam ao indivíduo o atendimento e o respeito pelas suas

características, formas estilos de aprendizagem.

A Educação Física com a função de garantir o respeito e a valorização de

todos os grupos étnicos, sociais e suas origens amparados plenamente em suas

riquezas culturais (como por exemplo, a capoeira e toda a relação com a cultura

afro/descendente).

Garantir por meio das infinitas formas de tecnologias a aprendizagem, com a

aceitação de fatos novos, estímulos e a reação diante de situações adversas; com o

professor intervindo ao final de cada aula oportunizando aos alunos a criação de

variações nas atividades além de permitir aos mesmos uma avaliação de todo o

processo.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada também a metodologia

descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

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8.3.3 – Conteúdos Ensino Médio – Regular e EJA

Os Conteúdos Estruturantes foram definidos como os conhecimentos de

grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de

estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para compreender

seu objeto de estudo/ensino. Constituem-se historicamente e são legitimados nas

relações sociais. Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação

Básica devem ser abordados em complexidade crescente, isto porque, em cada um

dos níveis de ensino os alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao

conhecimento sistematizado, que devem ser consideradas no processo de

ensino/aprendizagem são eles:

• Esporte: o ensino do esporte nas aulas de Educação Física deve sim

contemplar o aprendizado das técnicas, táticas e regras básicas das modalidades

esportivas, mas não se limitar a isso. É importante que o professor organize, em seu

plano de trabalho docente, estratégias que possibilitem a análise crítica das

inúmeras modalidades esportivas e do fenômeno esportivo que, sem dúvida, é algo

bastante presente na sociedade atual.

• Jogos e brincadeiras: Os trabalhos com os jogos e as brincadeiras são de

relevância para o desenvolvimento do ser humano, pois atuam como maneiras de

representação do real através de situações imaginárias, cabendo, por um lado, aos

pais e, por outro, à escola fomentar e criar as condições apropriadas para as

brincadeiras e jogos. Não obstante, para que sejam relevantes, é preciso considerá-

los como tal, pois os jogos e brincadeiras compõem um conjunto de possibilidades

que ampliam a percepção e a interpretação da realidade, além de intensificarem a

curiosidade, o interesse e a intervenção dos alunos envolvidos nas diferentes

atividades.

• Ginástica: entende-se que a ginástica deve dar condições ao aluno de

reconhecer as possibilidades de seu corpo. Por meio da ginástica, o professor

organizará a aula de maneira que os alunos se movimentem, descubram e

reconheçam as possibilidades e limites do próprio corpo. Com efeito, trata-se de um

processo pedagógico que propicia a.

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interação, o conhecimento, a partilha de experiências e contribui para ampliar as

possibilidades de significação e representação do movimento.

• Lutas: se constituem das mais variadas formas de conhecimento da cultura

humana, historicamente produzidas e repletas de simbologias. Ao abordar esse

conteúdo, devem-se valorizar conhecimentos que permitam identificar valores

culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são praticadas. Além

dos jogos de oposição, para se trabalharem com o conteúdo de lutas, os professores

proporá pesquisas, seminários, visitas às academias para os alunos conhecerem as

diferentes manifestações corporais que fazem parte desse Conteúdo Estruturante.

• Dança: responsável por apresentar as possibilidades de superação dos

limites e das diferenças corporais. A dança é a manifestação da cultura corporal

responsável por tratar o corpo e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais,

criativas e técnicas que se concretizam em diferentes práticas, como nas danças

típicas (nacionais e regionais), danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas

entre outras. Pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a

expressão corporal, a cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de

fundamental importância para refletirmos criticamente sobre a realidade que nos

cerca, contrapondo-se ao senso comum.

Conteúdos básicos da Educação Física (conhecimentos fundamentais e

necessários para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino

Médio e EJA).

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ENSINO MÉDIO E EJA

CONTEÚDOS

ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS

BÁSICOS

ABORDAGEM

TEÓRICO-METODOLÓGICA

AVALIAÇÃO

Esporte

Coletivos

Individuais

Radicais

Recorte histórico delimitando tempos e

espaços.

Analisar a possível relação entre o Esporte

de rendimento X qualidade de vida.

Análise dos diferentes esportes no contexto

social e econômico.

Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.

Organização de campeonatos, torneios,

elaboração de Súmulas e montagem de

tabelas, de acordo com os sistemas

diferenciados de disputa (eliminatória

simples, dupla, entre outros).

Análise de jogos esportivos e confecção de

Organizar e vivenciar atividades

Desportivas, trabalhando com

construção de tabelas,

arbitragens, súmulas e as

diferentes noções de

preenchimento.

Apropriação acerca das

diferenças entre esporte da

escola, o esporte de rendimento

e a relação entre esporte e lazer.

Compreender a função social do

esporte.

Reconhecer a influência da

mídia, da ciência e da indústria

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Esporte

Coletivos

Individuais

Radicais

Coletivos

Scalt.

Provocar uma reflexão acerca do

conhecimento popular X conhecimento

científico sobre o fenômeno Esporte.

Discutir e analisar o Esporte nos seus

diferenciados aspectos:

• enquanto meio de Lazer.

• sua função social.

• sua relação com a mídia.

• relação com a ciência.

• doping e recursos ergogênicos e

esporte alto rendimento.

• nutrição, saúde e prática esportiva.

Analisar a apropriação do Esporte pela

Indústria Cultural.

cultural no esporte.

Compreender as questões sobre

o doping, recursos ergogênicos

utilizados e questões

relacionadas à nutrição.

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Esporte

Individuais

Radicais

Jogos e

brincadeiras

Jogos e

brincadeiras

Jogos de

Tabuleiro

Jogos

dramáticos

Jogos

cooperativos

Analisar a apropriação dos Jogos pela

Indústria Cultural.

Organização de eventos.

Analisar os jogos e brincadeiras e suas

possibilidades de fruição nos espaços e

tempos de lazer.

Recorte histórico delimitando tempo e

espaço.

Reconhecer a apropriação dos

jogos pela indústria cultural,

buscando alternativas de

superação.

Organizar atividades e dinâmicas

de grupos que possibilitem

aproximação e considerem

individualidades

Possibilitar o estudo sobre a Dança

relacionada à expressão corporal e a

Conhecer os diferentes passos,

posturas, conduções, formas de

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 99

Dança

Dança

Danças

folclóricas

Danças de salão

Danças de rua

diversidade de culturas.

Analisar e vivenciar atividades que

representem a diversidade da dança e seus

diferenciados ritmos.

Compreender a dança como mais uma

possibilidade de dramatização e

expressão corporal.

Estimular a interpretação e criação

coreográfica.

Provocar a reflexão acerca da apropriação

da Dança pela Indústria Cultural.

Organização de Festival de Dança.

deslocamento, entre outros.

Reconhecer e aprofundar as

diferentes formas de ritmos e

expressões culturais, por meio da

dança.

Discutir e argumentar sobre

apropriação das danças pela

indústria cultural.

Criação e apresentação de

coreografias

Ginástica

Analisar a função social da ginástica.

Apresentar e vivenciar os fundamentos da

ginástica.

Pesquisar a interferência da Ginástica no

Organizar eventos de ginástica,

na qual sejam apresentadas as

diferentes criações coreográficas

ou sequência de movimentos

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 100

Ginástica

Ginástica

artística /

olímpica

Ginástica

artística /

olímpica

Ginástica de

Academia

mundo do trabalho (ex. laboral).

Estudar a relação entre a Ginástica X

sedentarismo e qualidade de vida.

Por meio de pesquisas, debates e vivências

práticas, estudar a relação da ginástica

com: tecido muscular, resistência muscular,

diferença entre resistência e força; tipos de

força; fontes energéticas, frequência

cardíaca, fonte metabólica, gasto

energético, composição corporal, desvios

posturais, LER, DORT, compreensão

cultural acerca do corpo, apropriação da

Ginástica pela Indústria Cultural entre

outros.

Analisar os diferentes métodos de avaliação

e estilos de testes físicos, assim como a

sistematização e planejamento de treinos.

ginásticos elaborados pelos

alunos.

Aprofundar e compreender as

questões biológicas,

ergonômicas e fisiológicas que

envolvem a ginástica.

Compreender a função social da

ginástica.

Discutir sobre a influência da

mídia, da ciência e da indústria

cultural na ginástica.

Compreender e aprofundar a

relação entre a ginástica e

trabalho.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 101

Ginástica

Ginástica geral

Organização de festival de ginástica.

Lutas

Lutas com

Aproximação

Lutas que

mantêm à

distancia

Lutas com

Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico,

filosofia, características das diferentes artes

marciais, técnicas, táticas/

estratégias, apropriação da Luta pela

Indústria Cultural, entre outros.

Analisar e discutir a diferença entre Lutas x

Artes Marciais.

Estudar o histórico da capoeira, a diferença

de classificação e estilos da capoeira

enquanto jogo/luta/dança, musicalização e

ritmo, ginga, confecção de instrumentos,

movimentação, roda

etc.

Conhecer os aspectos históricos,

filosóficos e as características

das diferentes manifestações das

lutas.

Compreender a diferença entre

lutas e artes marciais, assim

como a apropriação das lutas

pela indústria cultural.

Apropriar-se dos conhecimentos

acerca da capoeira como:

diferenciação da mesma

enquanto jogo/dança/luta, seus

instrumentos musicais e

movimentos básicos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 102

Lutas

instrumento

mediador

Capoeira

Conhecer os diferentes ritmos,

golpes, posturas, conduções,

formas de deslocamento, entre

outros.

Organizar um festival de

demonstração, no qual os alunos

apresentem os diferentes tipos

de golpes

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDO

ESTRUTURANTE

CONTEUDO

BÁSICO

CONTEÚDO

ESPECÍFICO

Coletivos

futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão;

futevôlei; rugby; beisebol.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 103

ESPORTE

Individuais

atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton;

hipismo.

Radicais

skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.

JOGOS E

BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras

populares

amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop;

bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau

ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus;

queimada; policia e ladrão.

Brincadeiras e cantigas de

roda

gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no

gato; ciranda cirandinha; escravos de Jó; lenço atrás; dança da

cadeira.

Jogos de tabuleiro dama; trilha; resta um; xadrez.

Jogos dramáticos improvisação; imitação; mímica

futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 104

Jogos cooperativos livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

DANÇA

Danças folclóricas

fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo;

samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá;

ciranda; carimbó

Danças de salão

valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero;

salsa; swing; tango.

Danças de rua break; funk; house; locking, popping; ragga.

Danças criativas

elementos de movimento (tempo, espaço, peso e fluência);

qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão

corporal.

Danças circulares contemporâneas; folclóricas; sagradas

Ginástica artística /

olímpica

solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; Paralelas

assimétricas.

Ginástica rítmica corda; arco; bola; maças; fita.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 105

GINÁSTICA

Ginástica de academia alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core

board; pular corda; pilates.

Ginástica circense malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim

Ginástica geral jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela,

rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

LUTAS

Lutas de aproximação judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô.

Lutas que mantêm a

distância

karatê; boxe; muay thai; taekwondo.

Lutas com instrumento

mediador

esgrima; kendô.

Capoeira angola; regional.

Também é importante lembrar que na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Educação Física é

trabalhada por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada

visando à necessidade e o perfil do aluno.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 106

Ressaltamos ainda todos os aspectos do Bem-Estar, do sentir-se belo e

valorização de vida, conscientizando dos riscos que os distúrbios alimentares podem

trazer ao adolescente e seus tratamentos. Além de múltiplos temas de prevenção e

manutenção da Saúde Física, Social e individual.

8.3.4 - Avaliação

Pensar formas de avaliar que sejam coerentes com os objetivos inicialmente

definidos. É a partir desse referencial teórico e das discussões até então

desenvolvidas nas Diretrizes que são indicados critérios, ferramentas e estratégias

que reflitam a avaliação no contexto escolar. O objetivo é favorecer maior coerência

entre a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de

ensino e aprendizagem.

Durante momentos de intervenção pedagógica, o professor pode utilizar-se

de outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates,

júri-simulado, (re) criação de jogos, pesquisa em grupos, inventário do processo

pedagógico, entre outros, em que os estudantes possam expressar suas opiniões

aos demais colegas.

A organização e a realização de festivais e jogos escolares, as provas e os trabalhos

escritos podem ser utilizados para avaliação das aulas de Educação Física, desde

que a nota não sirva exclusivamente para hierarquizar e classificar os alunos em

melhores ou piores; aprovados e reprovados; mas que sirva, também, como

referência para redimensionar sua ação pedagógica.

Deve, sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias

didático-metodológicas, compreendendo esse processo como algo contínuo,

permanente e cumulativo. garantido a não exclusão, isto é, a avaliação deve estar a

serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das

ações pedagógicas e não seja um elemento externo a esse processo.

Apresentar uma avaliação vinculada ao projeto político-pedagógico da escola,

de acordo com os objetivos e a metodologia adotada pelo corpo docente, além de

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 107

estar coerente com a realidade e nível de aprendizagem que cada série exige, por

intermédio de um processo contínuo, permanente e cumulativo. (DIRETRIZES

CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – PR, 2008)

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.3.5 - Referências

ACORDI, Leandro de Oliveira; SILVA, Bruno Emmanuel Santana da; FALCÃO, José

Luiz Cirqueira. As Práticas Corporais e seu Processo de Re-signficação:

apresentado os subprojetos de pesquisa. In: Ana Márcia Silva; Iara Regina

Damiani. (Org.).

Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação Física. 1

ed., v. 01, Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005, p. 30-41.

BARRETO, Débora. Dança...: ensino, sentidos e significados na escola. Campinas:

Autores Associados, 2004.

BENJAMIN, Walter. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:

Summus, 1984.

BRACHT, Valter. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister,

1992.

BRUHNS, Heloisa Turini. O corpo parceiro e o corpo adversário. Campinas:

Papirus, 2003.

CANTARINO FILHO, Mário. A Educação Física no Estado Novo: História e

Doutrina. 214f. Dissertação (Mestrado en Educação) – Faculdade de

Educação da Universidade de Brasília, Brasília: UnB, 1982.

CASTELLANI FILHO, Lino. Educação Física no Brasil: história que não se conta.

4ed. Campinas: Papirus, 1994.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 108

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo: Cortez, 1992.

CORDEIRO Jr., Orozimbo. Proposta teórico-metodológica do ensino do judô

escolar a partir dos princípios da pedagogia crítico-superadora: uma

construção possível. Goiás: UFG, 1999. Memórias de Licenciatura.

DAOLIO, Jocimar. Educação física brasileira: autores e atores da década de 80.

97f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação da

Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997.

ESCOBAR, Micheli Ortega. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física.

In: Revista Motrivivência, n. 08, Florianópolis: Ijuí, 1995, p. 91-100.

FALCÃO, José Luiz C. Capoeira. In: KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física 1.

3.ed. Ijuí: Unijuí, 2003, p. 55-94.

FIAMONCINI, Luciana.; SARAIVA, Maria do Carmo. Dança na escola a criação e a

co-educação em pauta. In: KUNZ, Elenor. Didática da Educação Física 1. 3.

ed. Ijuí: Unijuí, 2003. p. 95-120.

FRATTI, Rodrigo Graboski. Currículo básico para a escola pública do Paraná: busca

de uma perspectiva crítica de ensino na educação física. In: Congresso

Brasileiro de Ciências do Esporte, XII, 2001, Caxambu, MG. Sociedade,

ciência e ética: desafios para a educação física/ciências do esporte. Anais...

Caxambu, MG: DN

GEBARA, Ademir. História do Esporte: Novas Abordagens. In: PRONI, Marcelo

Weishaupt; LUCENA, Ricardo de Figueiredo. (Org.). Esporte História e

Sociedade. 1 ed., v. 01, Campinas: Autores Associados, 2002, p. 05-29.

GOELLNER, Silvana Vilodre. O método francês e militarização da Educação Física

na escola brasileira. In: FERREIRA NETO, Amarilio (org.). Pesquisa

Histórica na Educação física brasileira. Vitória: UFES, 1996, p.123-143.

HOFFMANN, Jussara. Avaliação mediadora: uma prática em construção da

préescola à universidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 109

LEANDRO, Marcilene Rosa. Educação física no Brasil: uma história política. 69f.

Monografia (Licenciatura em Educação Física) - Curso de Educação Física,

Centro Universitário UniFMU, São Paulo, 2002.

MACHADO, Maria Cristina Gomes. O projeto de Rui Barbosa: O papel da educação

na modernização da sociedade In: Anais da 23.ª Reunião Anual da ANPED:

Educação não é privilégio, 2000, Caxambu. CD-ROM.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer: uma introdução. 3 ed.

Campinas: Autores Associados, 2002.

MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004.

MENDES, Diego de Sousa. Formação continuada de professores de Educação

Física: uma proposta de educação para a mídia e com a mídia. In: III

Congresso Sulbrasileiro de Ciências do Esporte, Anais eletrônicos... Santa

Maria: 20 a 23 set. 2006.

NAVARRO. Rodrigo Tramutolo. Os caminhos da Educação Física no Paraná: do

Currículo Básico às Diretrizes Curriculares. 179f. Dissertação (Mestrado) –

Setor de Educação – Universidade Federal do Paraná. Curitiba: UFPR, 2007.

OLIVEIRA, Marcus Aurélio Taborda de. A Revista Brasileira de Educação Física e

Desportos (1968–1984) e a experiência cotidiana de professores da Rede

Municipal de Ensino de Curitiba: entre a adesão e a resistência. 398f. Tese

(Doutorado em História e Filosofia da Educação) - Pontifícia Universidade

Católica de São Paulo, São Paulo, 2001.

PALLAFOX, Gabriel Humberto Muñhos; TERRA, Dinah Vasconcellos. Introdução à

avaliação na educação física escolar. In: Pensar a Prática. Goiânia, v. 1. n

01, jan/ ez 1998, p. 23-37.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para a Escola

Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação

Básica – Educação Física. Curitiba/SEED, 2008.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 110

PINTO, Inami Custódio. Folclore: aspectos gerais. Ibpex: Curitiba, 2005.

PISTRAK, Moisei. Fundamentos da escola do trabalho. São Paulo: Expressão

popular, 2000.

RODRIGUES, Anegleyce Teodoro. Gênese e sentidos dos parâmetros

curricularesnacionais e seus desdobramentos para a Educação Física

escolar brasileira. 156f. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de

Educação, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2001.

SARAIVA, Maria do Carmo et. al. Dança e seus elementos constituintes: uma

experiência contemporânea In: Ana Márcia Silva; Iara Regina Damiani. (Org.).

Práticas Corporais: Gênese de um Movimento Investigativo em Educação

Física. 1 ed., v. 03, Florianópolis: Nauemblu Ciência & Arte, 2005, p. 114-133.

SHARDAKOV, Mikhail Nikolaevich. Desarrollo del pensamiento en el escolar. La

Habana. Editorial de Libros para la Educación, 1978.

SILVA, Ana Márcia. Corpo, ciência e mercado: reflexões acerca da gestação de um

novo arquétipo da felicidade. Campinas, São Paulo: Autores Associados:

Florianópolis: Editora da UFSC, 2001.

SOARES, Carmen Lúcia. Educação Física escolar: conhecimento e especificidade.

In: Revista Paulista de Educação Física, supl. 2, São Paulo, 1996, p. 06-12.

VAZ, Alexandre Fernandez; PETERS, Leila Lira; LOSSO, Cristina Doneda.

Identidade cultural e infância em uma experiência curricular integrada a partir

do resgate das brincadeiras açorianas. In: Revista de Educação Física, v.

13, n. 01, Maringá: UEM, 2002, p. 71-77.

VAZ, Alexandre Fernandez; SAYÃO, Deborah Thomé; PINTO, Fábio Machado

(Org.). Treinar o corpo, dominar a natureza: notas para uma análise do

esporte com base no treinamento corporal. In: Cadernos CEDES, n. 48, ago.

1999, p. 89-108.

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8.4 – P.P.C. DE FILOSOFIA

8.4.1 – Apresentação da Disciplina

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais de Filosofia, o contexto

histórico em que a disciplina de Filosofia e o seu ensino surgiu remonta à

antiguidade, aos embates entre o pensamento de Platão e as ideias dos sofistas, em

seguida, pode-se destacar a Filosofia da Idade Média, que foi revitalizada para

justificar ou referendar a filosofia cristã e era ensinada com o objetivo de formar o

homem submisso ao poder divino. Já na Idade Moderna, pode se perceber a busca

da autonomia da razão e da constituição da individualidade do ser humano,

resultado da preocupação com a historicidade e a sociabilidade do ser humano.

Para cada uma destas formas de se entender a filosofia, existiu uma

metodologia própria que atendia às necessidades de formação daqueles sujeitos

históricos.

No Brasil, vivemos primeiramente o período medieval tendo em vista o

trabalho de evangelização realizado pelos Jesuítas. No inicio do período

republicano, era disciplina obrigatória, porém não contribuía para a formação d

consciência crítica dos sujeitos.

Segundo as DCEs, p.215:

A LDB N. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e,

com a Lei n. 5.692/71, durante a ditadura militar, a filosofia desaparecia

dos currículos escolares de 2ºGrau, sobretudo por não servir aos

interesses políticos econômicos e ideológicos do período.

Porém, com o processo de redemocratização do país e com o embate teórico

realizado em várias frentes educacionais, em 1996, com a aprovação da nova LDB,

fica determinado que ao concluir o Ensino Médio , om estudante deveria dominar

saberes das áreas de Filosofia e Sociologia , caracterizando um breve avanço

quanto ao tratamento dado a estas disciplinas.

Caminhando um pouco mais na história, em 2006, o Paraná publicou a Lei n.

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15.228, tornando obrigatória a oferta, na Matriz Curricular, as disciplinas de Filosofia

e de Sociologia.

Atualmente vivemos um processo de reconhecimento da importâncias da

disciplina de Filosofia para a formação dos estudantes brasileiros, isto se comprova

pela aprovação da Lei Federal n. 11.684 que torna seu ensino obrigatório. Diante

deste fato, e, com base nos pressupostos teóricos que embasam as Diretrizes

Curriculares de Filosofia, o estabelecimento de ensino produziu sua proposta

pedagógica curricular para o trabalho com a Filosofia.

O pensamento filosófico faz parte dos bens culturais que a humanidade

produziu ao longo de sua história, portanto, deve fazer parte do currículo da escola

pública que tem como função social o trabalho com o conhecimento em todos os

seus aspectos: científicos, históricos, culturais, artísticos e filosóficos, e, neste

sentido, a filosofia pode viabilizar a interface com outras disciplinas para a

compreensão do mundo da linguagem, da literatura, da história, das ciências e da

arte, oportunizando a construção de um saber que opere por questionamentos,

conceitos e categorias e que busque articular o espaço temporal e sócio – histórico

em que se dá o pensamento e a história humana.

A atividade de filosofar deve ser uma constante em sala de aula, para que os

alunos possam exercitar a capacidade da razão e elaborarem seus próprios

conceitos à luz do pensamento filosófico e não mais do senso comum,

desenvolvendo assim, seu próprio contexto histórico em que a disciplina de Filosofia

e o seu ensino surgiu remonta à antiguidade, aos embates entre o pensamento de

Platão e as ideias dos sofistas , em seguida, pode-se destacar a Filosofia da Idade

Média

O pensamento paralelo ao desenvolvimento do pensamento, a filosofia

contribui também para o desenvolvimento da leitura, da escrita e da oralidade, uma

vez que o aluno é instigado a ler, refletir, argumentar e registrar seus pensamentos,

os conceitos que elaborar.

Para tanto, os conteúdos estruturantes devem ser trabalhados na perspectiva

de fazer com que os estudantes pensem os problemas com significado histórico e

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social e analisem os textos filosóficos, que lhes fornecem subsídios para que

pesquisem, façam relações e criem conceitos que contribuam a sua compreensão

do mundo e das relações sociais em que estamos todos inseridos.

Neste sentido, o papel do professor consiste em pensar de maneira filosófica

para construir espaço de problematização compartilhados com os estudantes, a fim

de articular os problemas da vida atual com as respostas e formulações da história

da filosofia e com a criação de conceitos.

Esta proposta de trabalho com o pensamento filosófico, organizado na forma

de conteúdos estruturantes, contribui para o desenvolvimento da analise e da

consciência crítica, favorecendo a formação de sujeitos capazes de analisar a

realidade em que vivem e nela atuarem de forma autônoma e digna.

8.4.2 - Objetivo Geral

Oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do

mundo contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações para que

possam se tornar cidadãos críticos e participativos dos contextos sociais.

8.4.3 – Conteúdos do Ensino Médio - Regular e EJA

1ª Série:

Conteúdo Estruturante: Mito e Filosofia

Conteúdos Básicos:

-Saber Mítico;

- Saber Filosófico;

- Relação Mito e Filosofia;

- Atualidade e Mito;

- O que é Filosofia.

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Conteúdo Estruturante: Teoria do Conhecimento

Conteúdos Básicos:

- Possibilidade do Conhecimento;

-As formas do Conhecimento;

-O Problema da Verdade;

-A questão do Método;

-Conhecimento e Lógica;

2ª Série:

Conteúdo Estruturante: Ética

Conteúdos básicos:

-Ética e Moral;

-Pluralidade ética;

-Ética e Violência;

- Razão, desejo e vontade;

- Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

Conteúdo Estruturante: Filosofia Política

- Relações entre comunidade e poder;

-Liberdade e igualdade política;

-Política e ideologia;

- Esfera pública e privada;

- Cidadania formal e/ou participativa.

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3ª Série:

Conteúdo Estruturante: Filosofia e Ciência

Conteúdos Básicos:

-Concepção de Ciência;

-A questão do Método científico;

- Contribuições e limites da Ciência;

-Ciência e Ideologia;

- Ciência e Ética.

Conteúdo Estruturante: Estética

Conteúdos Básicos:

- Natureza da Arte;

-Filosofia da Arte;

-Categorias Estéticas - feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, etc.

-Estética e Sociedade

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Filosofia não é

trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a

serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à

necessidade e o perfil do aluno.

8.4.4 – Metodologia

O trabalho realizado em sala de aula consistirá em assegurar aos estudantes

a experiência daquilo que é específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de

conceitos. Isto se dará através da proposição de situações problemas ou

problematizações, leituras e análises de textos, músicas e filmes, organização de

debates, pesquisas e sistematizações.

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O trabalho com a disciplina de filosofia passa por quatro momentos:

Mobilização do conhecimento, problematização, investigação e criação de conceitos.

A mobilização do conhecimento se dará com atividades para instigar ou motivar os

alunos a estabelecerem relações entre o cotidiano e o conteúdo filosófico estudado.

Para tanto podem ser usados recursos como músicas, filmes, manchetes de jornais

etc. A problematização ocorre quando são levantadas questões e identificados os

problemas referentes ao conteúdo estudado.

A partir dos problemas levantados, passa-se para o momento de investigação

que se dá com o levantamento de hipóteses, sempre usando o texto filosófico com

base. Ao final desse processo, o estudante estará pronto para elaborar um texto no

qual terá condições de discutir, comparar e socializar ideias e conceitos. Neste

sentido é necessário que o ensino de filosofia seja permeado por atividades

investigativas individuais e coletivas que organizem e orientem o debate filosófico

dando-lhe caráter dinâmico e participativo.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma

metodologia específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia

da EJA”.

8.4.5 - Avaliação

A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica e processual, isto

é, com a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo

ensino-aprendizagem. Apesar de sua inequívoca importância individual, no ensino

de Filosofia, avaliação não se resumiria a perceber o quanto o estudante assimilou

do conteúdo presente na história da Filosofia, ou nos problemas filosóficos, nem a

examinar sua capacidade de tratar deste ou daquele tema.

No processo avaliativo, será levada em conta a atividade com os conceitos, a

capacidade de construir e tomar posições, de detectar os princípios e interesses

subjacentes aos temas discutidos, levando-se em consideração os seguintes

pressupostos:

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 117

- qual discurso tinha antes;

- qual conceito trabalhou;

- qual discurso tem após;

- qual conceito trabalhou.

Para dar conta de considerar todos estes aspectos, serão adotados para cada

conteúdo discutido, os seguintes instrumentos: atividades de produção de texto,

debates, seminários e análises de cenas de filmes, letras de música e poemas que

suscitem discussão sobre os conteúdos discutidos.

Neste caso, os critérios considerados no processo avaliativo serão os

seguintes:

- capacidade de elaborar respostas aos problemas suscitados e investigados;

- capacidade de formular suas respostas quando toma posições e, de forma

escrita ou oral, seja na argumentação, seja na criação de conceitos.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.4.6 - Referências

CHAUÍ, Marilena. Filosofia: Novo Ensino Médio. Editora: ática, 1ª Ed. 2002.

Volume Único.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – FÍSICA – Governo do

Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica,

2008.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 118

8.5 – P.P.C. DE FÍSICA

8.5.1 – Apresentação da disciplina

A física tem como objeto de estudo o universo, em toda a sua complexidade.

Dessa forma entende-se que a física deve educar para cidadania contribuindo para o

desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção

cientifica ao longo da historia e compreender a necessidade desta dimensão do

conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o

cerca.

A Física é uma ciência básica, pois os conceitos de que ela trata, tais como o

movimento, as forças, a energia, a matéria, o calor, o som, a luz, a eletricidade, os

átomos etc., passaram a ser indispensáveis para a melhor compreensão tanto de

qualquer outra ciência, quanto das técnicas que elas foram se originando.

A Física está presente em quase todos os momentos de nossa vida. A origem

da palavra física está no termo grego physiké, que significa “natureza”, então: física

é a ciência que estuda a natureza.

A Física surgiu, com a preocupação de nos levar ao conhecimento dos

fenômenos naturais.

Os fenômenos nela estudados estão presentes a todo o momento, em todos

os lugares, no cotidiano das pessoas, na Terra, em outras galáxias, enfim, em todo o

universo.

Novos fenômenos naturais que vão sendo descobertos e, também, os

conhecimentos referentes a um novo mundo que vem sendo criado pelo homem

ampliam cada vez mais o campo da física, tornando nossas vidas profundamente

envolvidas por ela.

A nova ciência, que vem a partir de Newton e seus sucessores, carrega a

ideia de que o Universo se comporta com uma regularidade mecânica, conhecida

como mecanismo, e esta alicerçada em dois pilares: a matemática, como linguagem

para expressar leis, ideias e elaborar modelos para descrever os fenômenos físicos

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e a experimentação, como forma de questionar a natureza, de comprovar ou

confirmar ideias, de testar novos modelos.

A Física busca mostrar aos alunos como é construído o conhecimento, a

compreensão da natureza do conhecimento, as relações dos conteúdos

estruturantes (Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo), de acordo com o

cotidiano do aluno, numa perspectiva de transformar as concepções espontâneas

em conhecimentos escolares, por isso, a Física não deve ser imposta como algo

pronto (acabado), mas sim mostrar ao aluno a importância de conhecer melhor, de

forma a desenvolver um cidadão capaz de compreender e interagir com a realidade.

Como ciência a Física procura contribuir para a formação de uma cultura

científica efetiva que permita ao aluno a interpretação dos fatos, fenômenos naturais,

situando e dimensionando a interação do ser humano com a natureza como parte da

própria natureza em transformação e de uma compreensão dinâmica do universo.

A Física contribui para a formação dos aspectos de sua história e relações

com o contexto cultural, social, político e econômico.

Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, devem

educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do

conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e a não neutralidade da

produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e envolvimento com

aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.

O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes,

propostos nestas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e

dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro

didático como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de

Física à memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente

matematizados e tomados como verdades absolutas, como coisas reais.

Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma

equação matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é

uma construção humana com significado histórico e social.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 120

A proposta de currículo de física para o Ensino Médio deve considerar que a

educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes

para uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua sociedade.

Esse rompimento tem que começar em relação ao real imediato.

Os conteúdos específicos relativos a Movimento, Termodinâmica e

Eletromagnetismo podem ser aprofundados e contextualizados em relações

interdisciplinares sob uma abordagem que contemple os avanços e as perspectivas

da Física nos últimos anos, o que contribui para a apresentação de uma ciência em

construção.

Os conteúdos estruturantes podem apresentar, eventualmente, uma relação

de interdependência, o que faz com que, em alguns momentos, o trabalho

pedagógico com um determinado conteúdo básico ou específico, envolva

referenciais teóricos de mais de um estruturante. Por exemplo, a luz, considerada a

sua dualidade e o fenômeno em estudo, pode ter um tratamento de partícula, objeto

de estudo do movimento, e um tratamento ondulatório, objeto de estudo constituído

no eletromagnetismo. No entanto, a luz, dada a sua natureza eletromagnética, deve

ser entendida conceitualmente como objeto (conteúdo) de estudo do

eletromagnetismo.

Outras vezes, um conteúdo básico ou específico é objeto de estudo dos três

conteúdos estruturantes. É o caso do princípio da conservação da energia que,

embora desenvolvido na termodinâmica, está presente também no estudo de

movimento e de eletromagnetismo.

A proposta pedagógica curricular deve ser composta de conteúdos básicos,

derivados dos três estruturantes, de forma a garantir uma cultura científica o mais

abrangente possível, do ponto de vista da Física.

Abordar o conceito de força, as ideias de matéria e espaço, evitando-se o

risco de reduzi-lo à mera discussão matemática.

Considerar aos conceitos de momentum e impulso que estes são formados

por essas entidades – espaço, tempo e massa.

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Ainda no contexto do estudo do Movimento, é importante a abordagem da

gravitação universal.

No campo da termodinâmica, os estudos podem ser desdobrados a partir das

Leis da termodinâmica, em que aparecem conceitos como temperatura, calor

(entendido como energia em trânsito) e as primeiras formulações da conservação de

energia.

A apresentação da luz como uma onda eletromagnética e o estudo das suas

equações que levam às quatro leis do eletromagnetismo clássico.

O Estudo do eletromagnetismo possibilita compreender carga elétrica, o que

pode conduzir a um conceito geral de carga no contexto da física de partículas, ao

estudo de campo elétrico e magnético. A variação da quantidade de carga no tempo

leva à ideia de corrente elétrica e a variação da corrente no tempo produz campo

magnético, o que leva às equações de Maxwell.

O eletromagnetismo enseja, ainda, tratar conteúdos relacionados a circuitos

elétricos e eletrônicos, responsáveis pela presença da eletricidade e dos aparelhos

eletroeletrônicos no cotidiano, com a presença da eletricidade em nossas casas.

Esses temas ainda são objetos de estudo em muitas pesquisas, sejam relativas à

tecnologia incorporada aos sistemas produtivos ou aos novos materiais e técnicas.

Ao serem abordados na escola, é preciso considerar, também, seu papel nas

mudanças econômicas e sociais da sociedade contemporânea, bem como o fato de

não serem acessíveis para todos.

8.5.2 - Objetivos Gerais

Construir um ensino de física centrado em conteúdos e metodologias capazes

de levar os estudantes a uma reflexão sobre o mundo das ciências, sob a

perspectiva de que esta não é somente fruto da racionalidade científica. É preciso

ver o ensino da física “com mais gente e com menos álgebra, a emoção dos

debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos científicos” (MENEZES,

2005).

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 122

A Física, tanto quanto as outras disciplinas, devem educar para cidadania e

isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o

Universo de fenômenos e a não neutralidade da produção desse conhecimento, mas

seu comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e

culturais.

Contribuir para a formação de uma cultura científica efetiva que permita ao

aluno a interpretação dos fatos, fenômenos naturais, situando e dimensionando a

interação do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em

transformação.

Promover a articulação de toda uma visão de mundo, de uma compreensão

dinâmica do universo.

Reconhecer a Física enquanto construção humana, e aspectos de sua

história e relações com o contexto cultural, social, político e econômico.

Expressar-se corretamente utilizando a linguagem Física adequada e

elementos de sua representação simbólica.

Relacionar grandezas, quantificar, compreender e utilizar leis e teorias

Físicas.

Desenvolver a capacidade de investigação física. Classificar, organizar,

sistematizar. Identificar regularidades. Observar, estimar ordens de grandeza,

compreender o conceito de medir, fazer hipóteses, testar;

Articular o conhecimento físico com conhecimentos de outras áreas do saber

cientifico;

Estabelecer relações entre o conhecimento físico e outras formas de

expressão da cultura humana;

Conhecer fontes de informação e formas de obter informações relevantes,

sabendo interpretar notícias científicas. Compreender manuais de utilização;

Elaborar síntese ou relatórios estruturados dos temas físicos trabalhados.

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8.5.3 – Conteúdos do Ensino Médio - Regular e EJA

1ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: MOVIMENTO

Conteúdos Básicos:

Mecânica - Energia e o Princípio da Conservação da energia

Gravitação

2ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: TERMODINÂMICA

Conteúdos Básicos:

Leis da Termodinâmica:

Lei zero da Termodinâmica

1ª Lei da Termodinâmica

2ª Lei da Termodinâmica

Conteúdo Estruturante: ELETROMAGNETISMO

Conteúdos Básicos:

Óptica - Natureza da luz e suas propriedades.

3ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante: ELETROMAGNETISMO

Conteúdos Básicos:

Ondulatória e Telecomunicação

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Eletricidade e Magnetismo - Carga, corrente elétrica, campo e ondas

eletromagnéticas, Força eletromagnética, Equações de Maxwell: Lei de Gauss

para eletrostática/Lei de Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei

de Faraday).

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Física não é

trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a

serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à

necessidade e o perfil do aluno.

8.5.4 - Metodologia

Espera-se que o ensino de Física, na escola média, contribua para a

formação de uma cultura científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação

dos fatos, fenômenos e processos naturais, situando e dimensionando a interação

do ser humano com a natureza como parte da própria natureza em transformação.

Para tanto, é essencial que o conhecimento físico seja explicitado como um

processo histórico, objeto de contínua transformação e associado com as outras

formas de expressão e produção humanas. É necessário também que essa cultura

em física inclua a compreensão do conjunto de equipamentos e procedimentos,

técnicos ou tecnológicos, do cotidiano doméstico, social e profissional.

O Aprendizado da Física promove a articulação de toda uma visão de mundo,

de uma compreensão dinâmica do universo, mais ampla do que nosso entorno

material imediato, capaz, portanto de transcender nossos limites temporais e

espaciais.

Sendo o ensino médio um momento particular do desenvolvimento cognitivo

dos jovens, o aprendizado de Física tem características específicas que podem

favorecer uma construção rica em abstrações e generalizações, tanto de sentido

prático como conceitual. Levando em conta o momento de transformações em que

vivemos, promover a autonomia para aprender deve ser preocupação central, já que

o saber de futuras profissões pode ainda estar em gestação, devendo buscar-se

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 125

competências que possibilitem a independência de ação e aprendizagem futura.

A Física tem uma maneira própria de lidar com o mundo, que se expressa não

só através da forma como representa, descreve e escreve o real, mas, sobretudo na

busca de regularidades, na conceituação e quantificação das grandezas, na

investigação dos fenômenos, no tipo de síntese que promove. Aprender essa

maneira de lidar com o mundo envolve competências e habilidades específicas

relacionadas à compreensão e investigação em Física.

Uma parte significativa dessa forma de proceder traduz-se em habilidades

relacionadas à investigação. Como ponto de partida, trata-se de identificar questões

e problemas a serem resolvidos, estimular a observação, classificação e

organização dos fatos e fenômenos a nossa volta segundo os aspectos físicos e

funcionais relevantes. Isso inclui, por exemplo, identificar diferentes imagens óticas,

desde fotografias a imagens de vídeo, classificando-as segundo as formas de

produzi-las, reconhecer diferentes aparelhos elétricos e classificá-los segundo sua

função, identificar movimentos presentes no dia-a-dia segundo suas características,

diferentes materiais segundo suas propriedades térmicas, elétricas, óticas ou

mecânicas. Mais adiante, classificar diferentes formas de energia presentes no uso

cotidiano, como em aquecedores, meios de transporte, refrigeradores, televisores,

eletrodomésticos, observando suas transformações, buscando regularidades nos

processos envolvidos nessas transformações.

Uma maneira de aproximar o estudante com o mundo, ou seja, estimular a

observação e fazer com que ele estabelece um relacionamento com os fatos que

ocorrem ao seu redor é a realização de visitas em estabelecimentos científicos,

universitários, industriais, de proteção ambiental, de cultura e social. Onde, assim

através da visualização de novos ambientes, novas tecnologias, novos sistemas

produtivos, enfim aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais, promova um

crescimento do estudante como cidadão com princípios históricos e sociais.

Nas aulas de Física, tradicionalmente, tem-se utilizado de logarítimos

matemáticos e, às vezes, da experimentação. No entanto, é possível ir além com as

leituras em Física. Trazer a leitura de textos e obras elaborados por cientistas com

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veia literária, auxilia a formação do leitor crítico, por meio da História da evolução

das ideias e conceitos da Física presentes nestas obras. Deste modo o uso

adequado de alguns episódios históricos permite perceber o processo social

(coletivo) e gradativo de construção do conhecimento formando uma visão real

natureza da ciência, seus procedimentos e suas limitações – o que contribui para a

formação de um espírito crítico e para a desmistificação do conhecimento científico,

sem, no entanto negar o seu valor.

Na Física a abordagem e tema não são aspectos independentes. Será

necessário, em cada caso, verificar quais temas promovem melhor o

desenvolvimento dos conteúdos estruturantes.

No tratamento da Mecânica, existem espaços adequados para promover

conhecimentos a partir de um sentido prático e vivencial macroscópico, dispensando

modelagens mais abstratas do mundo microscópico. Isso significa investigar a

relação entre forças, energia e movimentos, a partir de situações práticas,

discutindo-se tanto a quantidade de movimento quanto as causas de variação e

conservação do próprio movimento.

É na Mecânica onde mais claramente é explicitada a existência de princípios

gerais, expressos nas leis e conceitos fundamentais que dão sustentação para a

teoria de Conservação, tanto da quantidade de movimento, quanto da energia,

instrumentos conceituais indispensáveis para o desenvolvimento de toda a Física.

A possibilidade de um efetivo aprendizado de cosmologia depende do

desenvolvimento da teoria da Gravitação, desde seu contexto histórico, até as mais

recentes descobertas, assim como de noções sobre a constituição elementar da

matéria e energia estelar. Essas e outras necessárias atualizações dos conteúdos

apontam para uma ênfase a física contemporânea (Moderna) ao longo de todo o

curso, em cada tópico, como um desdobramento de outros conhecimentos, e não

necessariamente como um tópico a mais no fim do curso.

A Termodinâmica, por sua vez, ao investigar fenômenos que envolvam o

calor, troca de calor e de transformação da energia térmica em mecânica, abre

espaço para uma construção ampliada do conceito de energia. Nessa direção, a

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discussão das máquinas térmicas e dos processos cíclicos, a partir de máquinas e

ciclos gerais, permite a compreensão da conservação de energia em um âmbito

mais abrangente, ao mesmo tempo em que ilustra importante lei restritiva, que limita

processos de transformação de energia, estabelecendo sua irreversibilidade.

Também a discussão de fontes e formas de transformação/produção de

energia pode ser a oportunidade para compreender como o domínio dessas

transformações está associada à trajetória histórica humana e quais os problemas

com que hoje se depara a humanidade a esse respeito.

O Eletromagnetismo e a Óptica, além de fornecer elementos para uma

leitura do mundo da informação e da comunicação, poderiam, numa conceituação

ampla, envolvendo a codificação e o transporte da energia, ser o espaço adequado

para a introdução e discussão de modelos microscópicos.

Em abordagens dessa natureza, o início do aprendizado dos fenômenos

elétricos deveria já tratar de sua presença predominante em correntes elétricas e

não a partir de tratamentos abstratos de distribuições de carga, campo e potencial

eletrostáticos. Modelos de conceituação elétrica para condutores e isolantes

poderiam ser desenvolvidos e caberia reconhecer a natureza eletromagnética dos

fenômenos desde cedo, para não restringir a atenção apenas aos sistemas

resistivos, o que tradicionalmente corresponde a deixar de estudar motores e

geradores. Além dos aspectos eletromecânicos, poder-se-ia estender a discussão de

forma a tratar também elementos da eletrônica das telecomunicações e da

informação, abrindo espaço para a compreensão do rádio, da televisão e dos

computadores.

A Física expressa relações entre grandezas através de fórmulas, cujo

significado pode também ser apresentado em gráficos. Utiliza medidas e dados,

desenvolvendo uma maneira própria de lidar com os mesmos, através de tabelas,

gráficos ou relações matemáticas. Assim, para dominar a linguagem da Física é

necessário ser capaz de ler e traduzir uma forma de expressão em outra, discursiva,

através de um gráfico ou de uma expressão matemática, aprendendo a escolher a

linguagem mais adequada a cada caso.

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Lidar com o arsenal de informações atualmente disponíveis depende de

habilidades para obter, sistematizar, produzir e mesmo difundir informações,

aprendendo a acompanhar o ritmo de transformação do mundo em que vivemos.

Isso inclui ser um leitor crítico e atendo das notícias científicas divulgadas de

diferentes formas: vídeo, programas de televisão, sites da internet ou notícias de

jornais.

Assim, o aprendizado de física deve estimular os jovens a acompanhar as

notícias científicas, orientando-os para a identificação sobre o assunto que está

sendo tratado e promovendo meios para a interpretação de seus significados.

Notícias como uma missão espacial, uma possível colisão de um asteroide com a

Terra, um novo método para extrair água do subsolo, uma nova técnica de

diagnóstico médico envolvendo princípios físicos, o desenvolvimento da

comunicação via satélite, a telefonia celular, são alguns exemplos de informações

presentes nos jornais e programas de televisão que deveriam também ser tratadas

em sala de aula.

Assim, é importante que a prática pedagógica no ensino da disciplina de

Física seja um instrumento compartilhado entre o professor e estudantes, e que leve

último estes à:

Construção do conhecimento pelo próprio aluno, através do diálogo entre

aluno, professor e ciência.

Relatos da História da Ciência.

Resolução de Exemplos, de Problemas e outros exercícios, explicitando as

especificidades das etapas que conduzem aos objetivos pretendidos.

Participação de elementos vivenciais, do mundo conhecido dos alunos, onde

predomina o diálogo, permitindo explicitar as relações do mundo com a

Física.

Utilizar os meios de informação contemporâneos que estiverem disponíveis

na realidade do aluno, tais como notícias de jornal, livros de ficção científica,

literatura, programas de televisão, vídeos, etc., como instrumentos didáticos,

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incentivando diferentes leituras e ou análise crítica.

Utilização de gráficos e tabelas.

Levantamento de situações problemas.

Realização de pesquisas e experiências simples em laboratório e na própria

sala de aula visando construção e ampliação dos conceitos, abrangendo a

vivência do aluno.

Estimular visitas a exposições, usinas hidrelétricas, fábricas que permitam ao

aluno construir uma percepção significativa da realidade em que vive.

Realização de projetos coletivos através de turmas de alunos, em torno de

diversos temas.

Utilização de diferentes formas de expressão promovendo a discussão de

ideias, tais como: elaboração de textos ou jornais.

Utilização da Informática, como fonte de dados , de conhecimento e de

informações.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.5.5 – Avaliação

No processo educativo, a avaliação deve - se fazer presente, tanto como meio

de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de

investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez

que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também

permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,

numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar

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o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e

mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas

e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003).

No cotidiano escolar, a avaliação é parte do trabalho dos professores. Tem por

objetivo proporcionar-lhes subsídios para as decisões a serem tomadas a respeito

do processo educativo que envolve professor e aluno no acesso ao conhecimento.

Esse projeto e sua realização explicitam, assim, a concepção de escola e de

sociedade com que se trabalha e indicam que sujeitos se quer formar para a

sociedade que se quer construir.

Uma vez que os conteúdos de aprendizagem da Física abrangem os

domínios dos conceitos, das capacidades e das atitudes, é objeto da avaliação o

progresso do aluno em todos estes domínios.

A avaliação se dará levando em consideração o objetivo e o conteúdo

apresentado, podendo ser utilizado para isso os seguintes procedimentos:

Conhecimento e compreensão dos conceitos, através de testes resolução de

problemas, capacidade de utilizar a linguagem dos conceitos de física para

comunicar ideias, interpretando textos, realizando relatórios, desenvolvimento

de habilidades de pensamento crítico, realização de tarefas e cooperação no

trabalho em grupo, através da observação de fenômenos naturais e

realizando experiências.

A avaliação deve ser utilizada como instrumento para intervir no processo de

aprendizagem dos estudantes, visando seu crescimento. Deverá ser contínua e

diagnóstica.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os

conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,

então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele

aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao

conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a

possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples

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decorrência da recuperação de conteúdo, para aqueles alunos que no decorrer do

programa de avaliação, teve uma efetiva participação, e não atingiram o

desempenho esperado pelo professor. Cabe tomar o devido cuidado para não

favorecer aqueles alunos que se intencionalmente se ausentaram no

desenvolvimento dos processos de aprendizagem.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.5.6 - Referências

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – FÍSICA – Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.

ANJOS, I. G. dos – Livro didático – Física Coleção Horizontes – Editora IBEP, 2002.

BONJORNO, R. A.;BONJORNO, J. R.; BONJORNO, V.; RAMOS, C. M. Livro didático – Física Completa – 2ª edição – Editora FTD, 2001.

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB 9.394/96.

MÁXIMO, A; ALVARENGA, B. Livro didático - Física volume único para o ensino médio – 1ª edição (2ª impressão) – Editora Scipione, 2004.

PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio – Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED, 1994.

SCIPIONE EDUCAÇÃO – Assessoria Pedagógica, 2003.

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8.6 – P.P.C. DE HISTÓRIA

8.6.1 - Apresentação da disciplina

A História procura refletir e analisar as relações sociais da humanidade nas

temporalidades, bem como interpreta a substância da sociedade, entendida como as

relações entre os homens nos seus grupos sociais, portadores da objetividade

social, vislumbrando a construção de uma sociedade nova, ou a transmissão da

estrutura social consolidada. Neste aspecto, a disciplina de História deve ser

considerada fundamental, para que a juventude, e o aluno em particular, possam

desenvolver a capacidade crítica e o espírito solidário no seu relacionamento

coletivo, visando à transformação, para o aprimoramento do bem comum.

A História enquanto ciência que é, deve manter uma interação permanente

com as outras ciências para fundamentar e propiciar uma compreensão atualizada

do processo evolutivo da humanidade. Além disso, através da interdisciplinaridade

propicia o reconhecimento e a compreensão fática, da ligação indissolúvel e

necessária que há entre o passado e o presente nas mais variadas formas do

conhecimento. Enquanto disciplina da grade curricular, proporciona uma ampliação

da capacidade do debate em temas contemporâneos, e serve como base para a

reflexão sempre objetivando a busca de soluções para os problemas atuais, sem, no

entanto, se desvincular da experiência acumulada pelas sociedades do passado.

Essa disciplina, além de aprofundar os temas do ensino fundamental,

redimensiona os aspectos da sociedade e a ação humana na construção das

relações de poder, de trabalho e culturais que levam à evolução do homem,

enquanto agentes ativos do processo de transformação, pois ele é a único que

pensa, que interage com a natureza, modificando-a e com isso descobre em

unidade com a sociedade historicamente determinada a forma de produção e

evolução da sua vida, seja no campo material ou no espiritual. Esta interação do

passado com o presente desenvolve a consciência histórica levando em conta a

diversidade cultural dos homens, sem, no entanto abandonar o rigor do

conhecimento histórico.

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Hoje, é fundamental rever os paradigmas que sustentam uma visão racional

que glorifica o tecnológico. Essa visão, que remonta ao século XIX não solucionou

antigos problemas, gerados pela complexidade da sociedade industrial e urbana,

que desigualou a sociedade, acentuando os preconceitos, não contribuindo para a

melhoria da convivência entre os homens, pelo contrário, exacerbou-se os espíritos

nacionalistas e o neo colonialismo, mergulhando o mundo numa fase de grandes

rivalidades das mais variadas formas: econômicas, políticas, étnicas, sociais,

religiosas, e fundamentalmente na valorização exagerada do homem que tem, o

consumismo, em contraposição ao homem que é, desprezando-se absolutamente o

caráter, a ética e a decência.

Formação da identidade e da alteridade; Ideologia e poder: formação do

Estado na Antiguidade e Época Moderna; Cidadania: da Antiguidade à atualidade;

Poder e Religião: religiosidade e controle; Formas de dominação: colonialismos e

poder totalitário; Movimentos Contestatórios: no Brasil e na América; Historia do

Brasil: colonização, formação do Estado, mundo do trabalho – mão de obra

indígena, escravidão e trabalho livre, governos totalitários, formação do pensamento

brasileiro; História da América: sociedades nativas, formação da latinidade, blocos

econômicos e políticos; História da África: reinos africanos – organização político-

administrativo, manifestações culturais, relação com o mundo; Historia do Paraná:

ocupação e organização do espaço territorial, movimentos migratórios e economia –

do ouro às culturas de extensivas.

8.6.2 - Conteúdos

8.6.2.1 – Ensino Fundamental – Fase II - EJA

Conteúdo Estruturante

Relações do Trabalho Relações de Poder

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Relações Culturais

Conteúdo Específico

Introdução aos estudos históricos

- O trabalho do historiador

- O tempo a História

As origens do ser humano

- A evolução do ser humano

- A vida no paleolítico

- O Neolítico e a revolução agrícola

- A idade dos metais

- O surgimento das cidades

O povoamento da América

- O ser humano chega à América

- Como viviam os primeiros americanos

- O ser humano chega ao Brasil

- Como viviam os habitantes do Brasil

- A arte da cerâmica e as moradias

Civilizações fluviais: Mesopotâmia e Egito

- Mesopotâmia: o berço da civilização

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- Os grandes impérios

- O Egito e o Rio Nilo

- Como vivia a maior parte da população do Egito

- A religião e a escrita

China e Índia

- China da formação à era Chang

- O cotidiano

- A dinastia Han

- A civilização indiana

-A Índia do período védico

Fenícios e hebreus

- Um povo de navegantes

- Os hebreus e a terra prometida

- Um rei para Israel

- A vida em Israel

A civilização grega

- A formação da civilização grega

- A política na Grécia

- A vida cotidiana na Grécia antiga

- A filosofia, a religião, e a arte grega

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 136

A civilização romana

- A formação de Roma

- A República romana

- As guerras de conquista

- A sociedade e a cultura

A crise do Império Romano

- Século III-um século de crises

- A ruralizarão da Europa

- A divisão do Império romano

- O império romano do Oriente

A cultura Africana

A formação da Europa Feudal

- Saem os romanos entram os germânicos

- O império Franco e a Idade Média

- O império carolíngio e a Igreja católica

- A formação do feudalismo

- A sociedade feudalismo

- A economia feudal e sua transformação

- A cultura e a ciência

O mundo além da Europa

- Os árabes e a Arábia

- O nascimento do islamismo

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 137

- A consolidação do islamismo

- A sociedade muçulmana

- A África dos grandes reinos

- A África das sociedades tribais

- China, o império da prosperidade

Mudanças na Europa

- O crescimento do comércio e das cidades

- A saúde pública

- A peste negra e as revoltas camponesas

- A formação das monarquias nacionais

- O saber e as artes

Mudanças na arte e na religião

- A Europa na Baixa Idade Média

- O Renascimento

- O humanismo

- A reforma protestante

- A contra reforma

O encontro entre dois mundos

- Europa: comércio, riqueza e poder

- Europa: nobre e mercantil

- A expansão marítima portuguesa e espanhola

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 138

- América: terra de grandes civilizações

- A civilização asteca

- A civilização inca

- A conquista espanhola

A exploração dos impérios coloniais

- A colonização espanhola na América

- As atividades econômicas na colônia

- O império ultramarino português

- A colonização portuguesa na América

- A administração da América portuguesa

O Nordeste colonial

- A economia açucareira

- A vida nos engenhos

- Escravidão captura, resistência e luta

- Trocas e conflitos

A expansão colonial

- A união Ibérica e a invasão holandesa

- O fim da união ibérica

- A conquista do sertão

- As missões jesuíticas

- Crise e rebeliões na colônia

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 139

A Inglaterra absolutista e as treze colônias

- O absolutismo inglês

- As revoluções inglesas

- A vida cotidiana absolutista

- A colonização da América do Norte

A época do ouro no Brasil

- A descoberta e a exploração do ouro

- Portugal e o ouro brasileiro

- O crescimento do mercado interno e a vida urbana

- A vida cotidiana nas cidades mineiras

Revolução industrial

- A revolução industrial

- A revolução industrial começou na Inglaterra

- Do artesanato à maquinofatura

- As cidades industriais e a vida operária

- As lutas operárias e os sindicatos

Revoluções na América e na Europa

- A era da ilustração

- A independência dos E U A

- A França antes da Revolução

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 140

- A revolução francesa

A era de Napoleão

- Napoleão no poder

- México livre

A independência do Brasil e o Primeiro Reinado

- A crise do antigo sistema colonial

- Brasil sede do reino português

- A independência do Brasil

- O primeiro reinado

Revoluções agitam a Europa

- A Europa das revoluções

- As unificações da Itália

- A guerra de Secessão

Brasil da regência ao segundo reinado

- O período regencial

- O segundo reinado

- A expansão cafeeira no Brasil

- A abolição do tráfico negreiro

- Os imigrantes

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 141

A cultura africana

A era do imperialismo

- Segunda revolução industrial

- As novas tecnologias

- A era dos impérios

- Surgimento da sociedade de massa

- A cultura erudita e a cultura de massa

A república chega ao Brasil

- A questão escravista no Brasil

- A Proclamação da República

- A República: dos militares às oligarquias

- A Guerra de Canudos

- A industrialização e o crescimento das cidades

- O movimento operário

- Reformas e revoltas no Brasil

A Primeira Guerra Mundial e a Revolução Russa

- Antes da guerra

- A guerra e seus resultados

- A Rússia dos czares

-A revolução socialista na Rússia

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 142

A crise do capitalismo

A Segunda Guerra Mundial

- A eclosão da guerra

- O avanço do Eixo e dos Aliados

A Era Vargas

- A Revolução de 1930 e o governo provisório

- O governo constitucional

- O Estado Novo

- A era do rádio

O mundo bipolar

- A Guerra fria

- A indústria e a cultura

- O bem estar social

- Revoluções na Ásia

- Revolução e ditadura na América Latina

Democracia e ditadura no Brasil

- O BR depois de 1945

- Os anos dourados

- O governo de João Goulart e o golpe de 1964

- O fim das liberdades democráticas

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- Repressão e abertura

- O governo de Sarney

A nova ordem mundial

- O fim da União Soviética

- O socialismo no leste europeu

- A nova ordem mundial

- A globalização e seus efeitos

- O planeta pede socorro

- O Brasil na nova ordem mundial

- O Brasil contemporâneo

A cultura africana

8.6.2.2 – Ensino Médio – Regular e EJA

Conteúdos Estruturantes

Relações de trabalho

Relações de poder

Relações Culturais

Conteúdos Básicos

Trabalho Escravo, servil, Assalariado e o Trabalho Livre;

Urbanização e industrialização;

O Estado e as relações de poder;

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Os sujeitos, as revoltas e as guerras;

Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;

Cultura e religiosidade.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de História é

trabalhada por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a serem trabalhado

serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à necessidade e o perfil

do aluno da EJA.

8.6.3 - Metodologia

Os conteúdos estruturantes serão abordados através de temas selecionados,

observando as seguintes dimensões: a focalização do objeto – acontecimento,

processo, sujeito; a delimitação do tempo, ou seja, qual o período a ser tratado; a

definição do espaço que está inserido o objeto. A metodologia proposta partirá

sempre de uma problematização e após a definição, o conteúdo estruturante será

selecionado e daí os conteúdos específicos.

A temática será abordada utilizando os recursos da narração, ou seja, a aula

dialógica, onde professor e aluno ordenam os fatos históricos, a descrição,

argumentação e a problematização, deixando disponível todos os documentos

possíveis: filmes, músicas, imagens, gravuras, charges, livros, jornais, histórias em

quadrinhos, fotos, pinturas, sempre dentro do contexto histórico em que foram

produzidos, permitindo ao aluno um trânsito entre o passado e o presente, dentro de

uma perspectiva crítica em relação ao material didático.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.6.4 - Avaliação

A avaliação considera como pontos fundamentais: a apropriação dos

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 145

conceitos históricos, a assimilação dos conteúdos estruturantes – Poder, Trabalho e

Cultura, perpassados pelos conceitos de Tempo e Espaço - e dos conteúdos

específicos. Por isso, deverá ser feita ao longo do processo de pesquisa,

investigação e conhecimento. As atividades utilizadas para atingir os objetivos serão:

Produção de textos narrativos de História

Interpretação de textos em equipe e individualmente

Testes de múltipla escolha

Pesquisa

Pesquisas bibliográficas

Apresentação de seminários

Análise de documentos

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.6.5 - Referências

HOBSBAWN, E. Era dos Extremos. São Paulo: Cia. Das Letras, 1995

______. A Era do Capital. São Paulo: Paz e Terra, 1996

______. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Temi, 1977.

CARDOSO, C. F., VAINFAS, R. (org.) Domínios da História: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997

FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1970.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 146

PRADO JUNIOR, C. Historia Econômica do Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1976

CARDOSO, C.F.S. Uma Introdução à História. São Paulo : Brasiliense, 1982

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – HISTÓRIA- Governo do Paraná - Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Conselho Nacional de Educação e as diretrizes Curriculares para o ensino das relações étnicos - raciais para o ensino de História e cultura afro – brasileira e africana

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8.7 – P.P.C. DE LÍNGUA PORTUGUESA

8.7.1 – Apresentação da disciplina

A sociedade em que vivemos hoje é consequência da Revolução Industrial,

crescimento e expansão dos meios de comunicação, que trouxe à escola a

democratização e junto, falantes de todas as partes. Isso propiciou um grande

aumento no número de alunos e em sua maioria oriundo da classe trabalhadora,

mas poucos profissionais com qualificação foram contratados, surgindo por isso

um isolamento entre as partes que definem o estudo da língua portuguesa

(oralidade, leitura e escrita) .Este isolamento aconteceu pelo mau uso do livro

didático que sempre priorizou o ensino da gramática de forma separada, aplicando-

se exercícios repetitivos e cansativos.

Vindo a globalização, chegaram à necessidade de se ter cidadãos que além

de escrever bem, tivessem consciência do que escreviam. Que conhecessem a

identidade da língua materna, nos seus pontos principais (oralidade, leitura e

escrita), principais características, neste novo conceito de mundo, que interage a

uma velocidade compreendida somente por quem articula todos os pontos da língua.

O ponto chave para a obtenção dede resultados significativos dentro e fora da

sala de aula é a articulação. A língua é o objeto do ensino da Língua Portuguesa. Os

textos não podem ser analisados de forma isolada, mas de forma dinâmica e

contextual. Ele deve ser claro para que o aluno possa refletir, empregar e

desenvolver de forma argumentativa a situação proposta.

Para se conseguir os resultados necessários é necessário trabalhar os três

eixos da Língua Portuguesa:

Oralidade

Leva o educando, a várias condições de uso da língua, ele aprende a adequá-

las a cada contexto, descobrindo as intenções escondidas nos discursos do dia e

posicionando-se diante deles.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 148

Escrita

Capacidade de desenvolver o uso da língua escrita em diversas situações

discursivas que se realiza por meio de práticas sociais, considerando-se por

interlocutores os seus objetivos, os assuntos tratados, os gêneros textuais e o

contexto de produção e leitura. Fazer reflexão sobre os textos produzidos, lidos ou

ouvidos, mostrando os elementos gramaticais empregados na organização de cada

tipo de texto.

Leitura

Através do contato com textos literários, aprimorar a capacidade do

pensamento crítico e a sensibilidade estética, propiciando através da leitura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com

as práticas de oralidade e escrita.

Os conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa estão divididos em

conteúdos estruturantes que são os de grande dimensão que identificam e

organizam o saber escolar e a partir deste ramificam-se os conteúdos específicos

que serão trabalhados. Sendo então , o conteúdo estruturante da Língua Portuguesa

que assume a concepção de linguagem como prática efetiva nas várias instâncias

sociais.

8.7.2 - Objetivo Geral

Formar alunos proficientes no uso da língua na oralidade, na leitura e na

escrita, saberes linguísticos necessários para a sua participação social efetiva,

garantindo-lhes o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.

8.7.2.1 - Objetivos Específicos

1- Empregar a linguagem oral e os seus recursos, em situação de

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 149

comunicação diversa, considerando a variação linguística, o grau de formalidade, o

contexto, o interlocutor e a intenção para alcançar diferentes finalidades.

2- Desenvolver nos alunos a capacidade de interpretar e compreender textos

( verbais / não verbais ) e utilizar as diferentes estratégias na leitura para formar

alunos-leitores fluentes e competentes que constroem significados a partir dos

elementos discursivos, considerando os objetivos desses, o conhecimento sobre o

assunto, sobre o autor, a sua bagagem linguística, sua história de vida ( dimensão

social, cultural, econômica ) e que compreenda também o subentendido que

atravessa a dimensão do simbólico, do implícito.

3- Formar alunos escritores/produtores competentes de textos coesos,

coerentes, de gêneros diversos, aqueles de circulação social, compreendendo as

condições de produção ( de quem, quem, por que, o quê, como, onde, quando )por

meio de práticas sociais que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto

tratado, além do contexto de produção

4- Compreender a natureza da língua como código/sistema de escrita e o

funcionamento da linguagem ;

5- Aprimorar a capacidade de compreender e praticar reflexões sobre os usos

das convenções da língua formal (gramática, léxico, morfologia, sintaxe) e sua

organização para ampliar as possibilidades de seu uso.

6- Valerem-se dos textos literários para formar alunos que superem

ininterruptamente os seus horizontes de expectativas

7- Atualizar o sentido desses;

8- Compreender o contexto histórico, social ideológico, linguístico, literário da

sua produção;

8.7.3 – Conteúdos

8.7.3.1 – Ensino Fundamental – Fase II – EJA

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Conteúdo Estruturante e Básico

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

LEITURA

Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Informações explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Vozes sociais presentes no texto; Repetição proposital de palavras; Léxico; Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos ( como aspas, travessão,negrito), figuras de linguagem.

Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; - expressões que denotam ironia e humor no texto.

Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros discursivos;

Linguagem verbal e não-verbal;

Sociabilização das ideias dos alunos sobre o

texto;

Unidade temática, elementos lógico-discursivos, tese, organização de parágrafo.

Leitura e informação sobre as diferentes vozes

do texto;

Compreensão das partículas conectivas;

Relacionar o sentido das palavras e enunciados;

Reflexão do uso de palavras e/ou expressões

no sentido conotativo e denotativo.

ESCRITA

Conteúdo temático; Interlocutor; Intencionalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e consequência entre

as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência,

função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito,etc.

Reflexão sobre os elementos discursivos textuais;

Produção Textual aplicando as diferentes vozes presentes no discurso.

Pontuação e seus efeitos de sentido na

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Classe das palavras

Sintaxe

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência;

Processo de formação das palavras;

Acentuação Gráfica Ortografia; Vícios de linguagem; Semântica:

- operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia.

construção do texto;

Substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção, artigo, numeral, pronome, advérbios e interjeição na construção do texto;

Sujeito, predicado, adjunto adnominal, adjunto

adverbial, complemento nominal, aposto e vocativo;

Concordância verbal e nominal na construção

do texto; Regência verbal e nominal na construção do

texto. Prefixo, sufixo, radical, derivação e composição

Proparoxítonas, paroxítonas, oxítonas, hiatos e

ditongos orais abertos;

A palavra e seus diversos sentidos.

ORALIDADE

IV.Conteúdo temático; V.Finalidade; VI.Aceitabilidade do texto; VII.Informatividade; VIII.Papel do locutor e interlocutor; IX.Elementos extralinguísticos:

entonação, expressões faciais, corporal, gestual, pausas...;

X.Adequação do discurso ao gênero; XI.Turnos da fala; XII.Variação linguísticas: coesão,

coerência, gírias, repetição, conectivos;

XIII.Semântica; XIV.Adequação da fala ao contexto (

uso de conectivos, gírias, repetições etc.);

XV.Diferenças e semelhanças entre o

discurso oral e escrito.

Apresentação de textos produzidos pelos alunos;

Reflexões sobre os argumentos utilizados nas

exposições orais;

Utilização do discurso de acordo com diferentes situações do cotidiano;

Marca linguística típica da oralidade em seu

uso formal e informal;

Respeitar e adequar as diferentes variações linguísticas do educando para que haja compreensão e reconhecimento do gênero;

Contexto social de uso do gênero oral;

Análise, contraposição, discussão de

argumentos apresentados no texto ou pelos colegas nos gêneros orais trabalhados;

Organização e sequência da fala de modo que

as informações não se percam.

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8.7.3.1 – Ensino Médio – Regular e EJA

Conteúdos Estruturantes e Básicos

1ª Série:

Leitura

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Aceitabilidade do texto;

Escrita

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Intencionalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade.

Oralidade

Interlocutor;

Finalidade do texto;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 153

Intencionalidade;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralinguísticos: entonação,

Literatura

Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.

Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.

Dramaturgia e interpretação oral;

2ª Série:

Leitura - Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;

Escrita - Temporalidade

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 154

Referência Textual

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão Referencial;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica:

operadores argumentativos;

modalizadores;

figuras de linguagem;

Oralidade

expressões faciais, corporal e gestual, pausas;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala

Variações linguísticas ( lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições,

etc.);

Literatura

Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.

Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 155

Dramaturgia e interpretação oral;

3ª Série

Leitura

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto;

Semântica:

operadores argumentativos;

modalizadores;

figuras de linguagem;

sentido conotativo e denotativo.

Escrita

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais

no texto, conectores, pontuação, recursos gráficos como aspas,

travessão, negrito, etc.

Vícios de Linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência.

Oralidade

Diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito.

Literatura

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 156

Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.

Escolas literárias. Idade Média, Clássica e Contemporânea.

Dramaturgia e interpretação oral;

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Língua

Portuguesa não é trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os

conteúdos a serem trabalhados serão os mesmos, porém de forma sintetizada

visando à necessidade e o perfil do aluno.

8.7.4 - Metodologia

O educador de Língua Portuguesa precisa proporcionar ao seu educando a

aquisição de conhecimentos e a superação do senso comum em relação às práticas:

oralidade, leitura e escrita. Com isso, os mesmos desenvolverão sua opinião,

conseguindo intervir na prática social.

A prática oral tem que ser desenvolvida, porque a fala é a prática discursiva

usada pela maioria das pessoas. Portanto a prática oral precisa oferecer condições

ao educando de falar fluentemente em situações formais, adequando a linguagem

de acordo com as circunstâncias aproveitando os vários discursos expressivos da

língua.

No Ensino Fundamental, o professor deverá utilizar várias possibilidades para

desenvolver a oralidade do aluno; como apresentação de temas variados,

depoimentos sobre situações significativas, debates, recados, elogios, contação de

histórias, declamação de poemas e outros. O professor deve desenvolver essas

atividades com o objetivo de ser cumprido e não somente para levar o aluno a falar.

Há ainda outros recursos para analisar a linguagem oral dos alunos, tais como:

programas de televisão, jornais, propagandas, novelas, seriados; porém é

necessário ao utilizar desses recursos, o professor selecionar os conteúdos

abordados.

O exercício da escrita liga a interação social e os gêneros discursivos que

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 157

são construções coletivas, portanto a escrita é uma forma de interação social. O

educando necessita compreender a organização do texto escrito e tudo o que faz

parte dele, por exemplo: organização, unidade temática, coerência, coesão,

intenção, interlocutor, etc. Para ter maior significação para o aluno, os textos

trabalhados precisam ter uma função social determinada. Entre muitos gêneros, cita-

se alguns: bilhete, cartas, cartaz, notícia, aviso, relatório, receitas, poesias, e-mail,

etc.

Há três etapas necessárias na prática escrita: planejamento pelo professor e

aluno, do que será produzido; escrita da primeira versão sobre a proposta

apresentada e revisão, reestruturação e reescrita, visando à intenção que se teve

ao produzi-lo.

Na prática da leitura, o aluno tem papel ativo e é responsável pela

reconstrução do sentido do texto. Ler é familiarizar-se com vários e diferentes textos

produzidos em diferentes âmbitos sociais, como jornalístico, jurídico, artístico,

literário, publicitário, etc. Pela prática da leitura, o aluno desenvolverá uma atitude

crítica que o levará a compreender o sujeito presente no texto. O educador em sala

de aula precisa levar o educando a refletir sobre vários itens: tema, conteúdo

veiculado, finalidade, vozes presentes no discurso e o papel social representado por

elas. Por meio da leitura orientada pelo professor, o aluno construirá um sentido para

tudo o que lê, e deixa de somente decodificar os códigos para fazer uma leitura

compreensiva.

A leitura está inteiramente ligada à vida social, sendo dinâmica em uma

constante transformação.

O professor ao desenvolver com o aluno a análise linguística que é uma

prática didática complementar à oralidade, leitura e escrita, na qual o aluno irá

estudar os fenômenos gramaticais inseridos nos textos.

A partir desta, o educando refletirá sobre os fenômenos linguísticos e seus

efeitos de sentido nos textos. De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua

Portuguesa ( SEED 2008) , algumas propostas de análise linguística que o professor

pode trabalhar em sala de aula são: marcas linguísticas nos diferentes gêneros

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 158

textuais; o uso de expressões que revelam a posição do falante em relação ao que

diz.

Enfim, cabe ao professor planejar e desenvolver atividades que auxiliem os

alunos na reflexão sobre seu próprio texto.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.7.5 - Avaliação

No processo educacional, a avaliação deve se fazer presente, tanto como

meio de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto instrumento de

investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora uma vez

que o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, permitindo que

haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação possibilitará o trabalho com o novo,

numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem.

Desta forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar

o desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e

mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas

e fazer emergir novas práticas educativas (LIMA, 2002/2003).

A avaliação será realizada através da observação diária utilizando

instrumentos variados que serão selecionados de acordo com o conteúdo e objetivo

de cada aula.

Destaca-se assim, como serão avaliadas práticas discursivas:

Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/texto

aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate,

numa troca informal de ideias, numa entrevista, num relato de história,

as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser

considerado numa análise da produção oral. Assim, o professor

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 159

verificará a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a

clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, o

seu desembaraço, a argumentação que apresenta ao defender seus

pontos de vista.

O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais

com os quais convive, como: discursos políticos, programas televisivos e de

suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado

esperado.

Leitura: será avaliada levando-se em consideração as estratégias que

os estudantes empregaram em seu decorrer, a compreensão do texto

lido, o sentido construído, sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é

demais lembrar que a avaliação deve considerar as diferenças de

leituras do mundo e o repertório de experiências dos alunos. O

professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras

atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir

do texto.

Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de

produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do

texto escrito são as circunstâncias de sua produção e o resultado

dessa ação. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus

aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno deve

se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de

seu próprio.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.7.6 - Referências

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 160

BAGNO, M. Preconceito Linguístico. S. Paulo : Loyola,1999

BAKHTIN, Mikhail (In Voloshinov, V.N) Marxismo e Filosofia da Linguagem. In DCE- Língua Portuguesa, versão 2008.

GNERRE, M. Linguagem, escrita e Poder S.Paulo: Martins Fontes, 1999

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – LÍNGUA PORTUGUESA – Governo do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica, 2008.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 161

8.8 – P.P.C. DE MATEMÁTICA

8.8.1 – Apresentação da disciplina

A crescente velocidade das mudanças tecnológicas e o consequente

surgimento de novas exigências no mundo de trabalho têm levado professores ou

profissionais da educação a redimensionar os conteúdos de matemática do ensino

médio, reestruturando suas formas de apresentação.

Esta reestruturação permite desenvolver os conteúdos ensinados com o

aprofundamento adequado, usando uma linguagem clara e direta, facilitando o

planejamento do professor de matemática e dando condições ao aluno de organizar

melhor seus estudos com ênfase ao entendimento dos conceitos apresentados aos

conhecimentos adquiridos no seu dia-dia.

A matemática do ensino médio tem um valor formativo que ajuda a estruturar

o pensamento racional dedutivo, porém, também desempenha um papel

instrumental, pois é ferramenta que serve para a resolução de problemas da vida

cotidiana e para muitas tarefas específicas em quase todas as atividades humanas.

Apropriar-se dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribuem para a

formação do futuro cidadão que se engajará no mundo trabalho, das relações

sociais, culturais e políticas. Para exercer plenamente a cidadania é preciso saber

contar, comparar, medir, calcular, resolver problemas, argumentar logicamente,

conhecer formas geométricas e organizar, analisar e interpretar criticamente as

informações, além de deduzir, estabelecer relações desvelar causas e defender suas

ideias.

A matemática é uma das ferramentas para fazer a leitura do mundo de modo

criativo e crítico, assim o aluno-cidadão poderá intervir na sociedade e transformá-

la, já que é um bem cultural construído nas relações sociais.

Vivemos na sociedade da informação globalizada e é fundamental que se

desenvolva nos alunos do Ensino Médio a capacidade de:

Comunicar-se em varias linguagens;

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Investigar, resolver e elaborar problemas;

Tomar decisões, fazer conjecturas, hipóteses e inferências;

Criar estratégias e procedimentos;

Adquirir e aperfeiçoar conhecimentos e valores;

Trabalhar solidária e cooperativamente;

Estar sempre aprendendo.

Compreender e emitir juízos próprios de forma analítica e crítica,

posicionando-se com argumentação clara e consciente;

Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na

busca de soluções para problemas propostos;

Identificando aspectos consensuais ou não na discussão de um assunto

respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles;

Produzir textos analíticos, fazendo uso da linguagem matemática;

A construção do conhecimento matemático envolve valores humanos, tem

relação com a tecnologia, com toda vida social, a cultural e a interação social na

produção coletiva. O aprendizado matemático é projetado como um processo que

orienta e valoriza a interdisciplinaridade, a contextualização, a formação de pessoas

capazes de exercitar a cidadania.

8.8.2 – Conteúdos

8.8.2.1 –Ensino Fundamental – Fase II - EJA

Conteúdo Estruturante: Números e Álgebra

Conteúdo Básico:

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Sistemas de numeração;

Números Naturais;

Múltiplos e divisores;

Potenciação e radiciação;

Números fracionários;

Números decimais

Números Inteiros;

Números Racionais e Irracionais;

Equação e Inequação do 1º grau

Equação de 2º Grau

Razão e proporção;

Regra de três simples e composta

Monômios e Polinômios

Produtos Notáveis

Números Reais

Propriedades dos Radicais

Conteúdo Estruturante: Grandezas e Medidas

Conteúdo Básico:

Medidas de comprimento;

Medidas de massa;

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de Temperatura

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Medidas de tempo

Medidas de ângulos

Sistema monetário

Relações métricas e Trigonometria no triângulo retângulo

Conteúdo Estruturante: Geometrias

Conteúdo Básico:

Geometria Plana

Geometria Espacial

Geometria não euclidiana

Geometria Analítica

Conteúdo Estruturante: Tratamento da Informação

Conteúdo Básico:

Pesquisa Estatística

Média Aritmética

Juros simples

Gráfico e informação

População e amostra

Noções de análise combinatória

Noções de probabilidade

Estatística

Juros compostos

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8.8.2.2 –Ensino Médio - Regular e EJA

1ª Série

GRANDEZAS E MEDIDAS

Trigonometria

Números reais;

Equações e Inequações;

Equações exponenciais;

Equações logarítmica e Modular.

GRANDEZAS E MEDIDAS

Medidas de área;

Medidas de volume;

Medidas de Grandezas Vetoriais;

Medidas de informáticas;

Medidas de Energia;

FUNÇÕES

Função a fim;

Função quadrática;

Função exponencial;

Função logarítmica;

Progressão aritmética;

Progressão geométrica;

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TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO.

Matemática Financeira

2ª Série

NÚMEROS E ÁLGEBRAS

Trigonometria;

Matriz

Determinantes

Sistema linear

FUNÇÕES

Função Trigonométrica.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO.

Análise combinatória;

Binômio de Newton;

Probabilidade.

Estatísticas.

3ª Série

GEOMETRIAS

Geometria Plana;

Geometria Espacial;

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Geometria Analítica;

Noções básicas de Geometria não-euclidiana.

NÚMEROS E ÁLGEBRAS

Noções de números complexos

Polinômios

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

Matemática financeira

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Matemática não

é trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a

serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à

necessidade e o perfil do aluno.

8.8.3 - Metodologia

É consensual a ideia de que não existe um caminho que possa ser

identificado como único e melhor para o ensino de qualquer disciplina, em particular,

da Matemática. No entanto, conhecer diversas possibilidades de trabalho em sala de

aula é fundamental para que o professor construa sua prática. Dentre elas

destacamos a Resolução de Problemas, a Modelagem Matemática, o uso de Mídias

Tecnológicas, a Etnomatemática e a História da Matemática. Uma tendência não é

mais importante que a outra, tampouco devem ser abordadas isoladamente, uma

vez que se completam.

O mundo esta em constante mudança dado a grande e rápido

desenvolvimento da tecnologia. Máquinas de calcular, computadores, internet, etc.

são assuntos do dia-a-dia, e todos eles tem ligação estreitas com a Matemática.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 168

Para acompanhar essa rápida mudança foi necessário estudar e pesquisar como

deveria ser o Ensino de Matemática no Ensino Médio. Nas ultimas décadas, muitos

pesquisadores da psicologia cognitiva se dedicaram a estudar e pesquisar como os

alunos aprendem como aplicam o que aprendem para resolver situações problema,

como constroem conceitos, qual é a maturidade cognitiva necessária para se

apropriar com significado, de determinado conceito, como a interação com o meio

social desenvolve a aprendizagem, dentre muitos outros assuntos.

Os avanços já conquistados pela Educação Matemática indicam que, para

que o aluno aprenda com significado é fundamental:

Trabalhar as ideias, os conceitos matemáticos intuitivamente, antes da

simbologia, antes da linguagem matemática;

Que aluno aprenda com compreensão;

Estimular o aluno para que pense, raciocine, crie, relacione ideias,

descubra e tenha autonomia de pensamento;

Trabalhar a matemática por meio de situações-problema própria da

vivencia do aluno e que o façam realmente pensar, analisar, julgar e

decidir-se pela melhor solução;

Que o conteúdo trabalhado com o aluno seja significativo, que ele sinta

que é importante saber aquilo para a sua vida em sociedade ou que lhe

será útil para entender o mundo em que vive;

Valorizar a experiência acumulada pelo aluno fora da escola;

Estimular o aluno a fazer cálculos mental, estimativa e

arredondamento, obtendo resultados aproximados;

Compreender a aprendizagem da Matemática como um processo ativo;

Permitir o uso adequado das calculadoras e computadores;

Utilizar a História da matemática como excelente recurso didático;

Utilizar jogos;

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Enfatizar igualmente os Conteúdos Estruturantes - Números, Funções,

Álgebra, Grandezas e Medidas, Geometria, Contagem, Estatística e

Probabilidade.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.8.4 - Avaliação

A avaliação é um instrumento fundamental para fornecer informações sobre

como esta se relacionando o processo Ensino-Aprendizagem como um todo, ela

deve ser formativa, na medida em que cabe á avaliação subsidiar o trabalho

pedagógico redirecionando o processo Ensino-Aprendizagem para sanar

dificuldades, aperfeiçoando constantemente, deve acontecer ao longo do processo

do ensino-aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram

espaço para a interpretação e discussão, que consideram a relação do aluno.

No processo avaliativo, o professor deve fazer uso da observação sistemática

para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadas

para que possa expressar seu conhecimento.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas, tais como:

comunicar-se matematicamente, compreendendo por meio de leitura, o

problema matemático;

elaborar plano que possibilite a solução de problema;

encontrar meios diversos para resolução de problema matemático,

realizando um retrospecto para encontrar a resolução de um problema;

Dessa forma o aluno deve ser estimulado a partir de situações-problemas,

pesquisando conhecimento que possam auxiliar na solução mesmo diante das

dificuldades. Sendo assim, a avaliação torna-se um instrumento para repensar e

reformular métodos, os procedimentos e as estratégias de ensino para que

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realmente o aluno aprenda.

Instrumento de avaliação:

Prova escrita, em grupo ou individualmente;

Trabalho em grupo ou individual sobre a aplicação da matemática;

Seminário e debates;

Analise de gráficos e tabelas;

Relatórios;

Tipos de problemas com diferentes características envolvendo

conteúdos estudados.

Recuperação de Estudos

A recuperação de estudos assumirá várias formas, como:

Continuada, que será realizada no decorrer do bimestre, com o

professor em sala de aula colocando o aluno em situações de

aprendizagem.

A recuperação de conteúdos não assimilados será feita paralelamente às

avaliações ou provas da seguinte forma:

retomada de conteúdos;

revisão de provas;

Análise do desempenho nas atividades desenvolvidas e outros

instrumentos que se fizerem necessários.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

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8.8.5 - Referências

- BARRETO FILHO, Benigno & Xavier as Silva, Cláudio, Matemática aula por aula-1.

Ed.- São Paulo: FTD, 2003.

- BIANCHINE, EDWALDO & Paccola, Erval, Curso de Matemática -1 ed. – São

Paulo: Moderna, 1997.

- DANTE, Luiz Roberto, Matemática-1. Ed. São Paulo: Ática. 2004.

- GIOVANI, José Ruy & Bonjorno, José Roberto, Matemática Fundamental - São

Paulo: FTD, 1994.

- GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação.

Orientações Curriculares. DEPARTAMENTO DE ENSINO MÉDIO. Semana

pedagógica. Fevereiro de 2008.

- KÀTIA & ROKU, Matemática para o ensino médio-1. Ed. - São Paulo: Saraiva 1998.

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8.9 – P.P.C. DE QUÍMICA

8.9.1 – Apresentação da disciplina

Atualmente, vivenciamos um processo de grandes mudanças nos hábitos da

sociedade. Um dos fatores responsáveis por esse processo é, sem dúvida, o rápido

desenvolvimento científico e tecnológico que marcou o século passado. Vivemos

hoje em um mundo notadamente influenciado pela ciência e pela tecnologia. Como

afirmam Santos e Mortimer (2002), as sociedades modernas passaram a confiar na

ciência e na tecnologia como se confia em uma divindade. A lógica do

comportamento humano passou a ser a lógica da eficiência tecnológica e suas

razões passaram a ser as da ciência (BAZZO, 1998). Com isso, cresceram de forma

ilimitada a confiança na ciência e na tecnologia como as principais causas do

progresso social.

A visão sobre a supervalorização da ciência repercute no seu ensino, na

ênfase dada ao método científico, principalmente a partir do final dos anos 50,

quando passa a exercer grande influência no ensino de ciências. Um exemplo sobre

a consequência desse cientificismo, pode ser dado através de Bazzo (2003), quando

discute a simples equação que representa o chamado “modelo linear de

desenvolvimento: + ciência = + tecnologia = + riqueza = + bem-estar social”.

No entanto, em meados do século XX, sobretudo no período posterior ao da

Segunda Guerra Mundial, começaram a surgir discussões evidenciando que a

ciência e a tecnologia, além de não estarem conduzindo linear e automaticamente

ao desenvolvimento do bem-estar social, estavam colocando em risco a humanidade

como um todo (AULER e BAZZO, 2001). O vertiginoso desenvolvimento da ciência e

da tecnologia que gera um potencial extraordinário para transformar a natureza e

satisfazer muitas necessidades humanas, também produz uma crescente

deterioração ambiental, originando novos riscos e perigos para a humanidade.

Assim, a sociedade moderna requer muitos conhecimentos e habilidades dos

nossos alunos. E é nesse momento que o conhecimento de Química revela sua

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 173

grande importância, pois vivemos em uma sociedade tecnológica que exige de seus

cidadãos, atitudes e posicionamentos para um modelo de desenvolvimento que

garanta a existência das gerações futuras.

Dentro dessa perspectiva histórica está a disciplina de Química. Como ela se

situa? Como e o que ensinar para que a Química potencialize nossos alunos para o

conhecimento científico e a formação da cidadania?

A Química trata de todas as substâncias que constituem o meio em que

vivemos. Trata também das modificações sofridas por essas substâncias –

modificações que fazem a diferença entre um planeta frio e sem vida e outro onde

há vida e crescimento. A Química nos ajuda a entender e a tirar benefício da

maravilhosa natureza.

A Química constitui parte importante do que chamamos de Ciência. Como

todas as fases de nossa vida diária são afetadas pelos frutos da atividade científica,

todos nós precisamos saber o que é a atividade científica, o que ela pode fazer e

como funciona. O estudo da Química nos ajudará a compreender essas coisas.

A Química está relacionada às necessidades básicas dos seres humanos –

alimentação, vestuário, saúde, moradia, transporte, etc. – e todo mundo deve

compreender isso. Algumas vezes, os meios de comunicação tratam a Química de

modo preconceituoso, passando a impressão que essa ciência é responsável pela

poluição e por muitas catástrofes que acontecem. Quando um indivíduo não tem

conhecimento de Química, ainda que mínimo, fica muito difícil posicionar-se sobre

essas demandas que acontecem em sua vida cotidiana e consequentemente fica

difícil exercer a sua cidadania. Ter noções básicas de Química, instrumentaliza o

cidadão para que ele possa exigir os benefícios da aplicação do conhecimento

químico para toda a sociedade. Os conhecimentos acerca dessa disciplina, vão

possibilitar ao cidadão se posicionar frente a inúmeros problemas da vida moderna,

como poluição, recursos energéticos, recursos minerais, uso de matérias-primas,

fabricação e uso de inseticidas, pesticidas, agrotóxicos, fabricação de explosivos

fabricação e uso de medicamentos, e muitos outros. Além disso, aprender sobre os

diversos materiais e substâncias, suas ocorrências, seus métodos de obtenção e

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suas aplicações, permite ao indivíduo se situar sobre o desenvolvimento social e

econômico do homem ao longo de sua caminhada. Tudo isso demonstra a

importância do aprendizado de Química.

Dessa forma, as novas propostas para a Educação no Brasil e em particular no

Paraná através das Diretrizes Curriculares apresentam grande ênfase na formação

de cidadãos críticos que sejam capazes de compreender a cidadania como

participação social e política, assim como reconhecer os seus deveres e direitos

nesta sociedade que valoriza cada vez mais o conhecimento científico e tecnológico.

Concordamos com Bazzo et al. (2003, p. 144) quando ele afirma que: “A democracia

pressupõe que os cidadãos, e não só seus representantes políticos, tenham a

capacidade de entender alternativas e, com tal base, expressar opiniões e, em cada

caso, tomar decisões bem fundamentadas”.

Por outro lado, saber como se processa o conhecimento químico pode dotar as

pessoas de um pensamento crítico mais elaborado. Estudando Química, o indivíduo

vai passar a compreender a formulação de hipóteses, a generalização de fatos por

uma lei, a construção de métodos científicos, etc. Como a Química utiliza muitos

modelos abstratos para relacionar o mundo macroscópico com o microscópico

universo atômico-molecular, ela é de grande valia também para ao desenvolvimento

do raciocínio do estudante em qualquer área do conhecimento.

Concluímos, portanto, que o saber químico torna-se um instrumento de

formação humana que amplia os horizontes culturais dos alunos, os meios destes

interpretarem o mundo e a realidade na qual estão inseridos.

8.9.2 - Metodologia

A descrição de processos era a principal característica do ensino de Química

até meados do século XX. Já a partir da segunda metade do século, o ensino

começou a mudar. Os avanços tecnológicos exigiram uma profunda alteração dos

conteúdos e dos métodos no ensino de Química e, atualmente, a sociedade

moderna requer muitas habilidades e conhecimentos de nossos alunos que vão

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além da simples memorização de fórmulas, regras, nomes, etc.

Consoante com tais constatações, a abordagem no ensino da química será

norteada pela construção/reconstrução de significado dos conceitos científicos,

vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais,

objetivando formar um aluno que, além de se apropriar do conhecimento químico,

também seja capaz de refletir criticamente sobre a construção e o uso desses

conhecimentos. Assim, a Química será apresentada como uma ciência com seus

conceitos, métodos e linguagem própria e com sua construção histórica, relacionada

ao desenvolvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade. A

introdução dos conteúdos será pautada pela valorização do conhecimento prévio

dos alunos, incluindo aí as concepções alternativas, a partir das quais será

elaborado um conceito científico.

Coerente com este encaminhamento metodológico, as aulas contarão com a

explicação/exposição do professor, oportunizando o debate e os questionamentos, a

partir dos quais os alunos serão levados a trocar suas concepções prévias por

conhecimentos científicos a respeito do conteúdo trabalhado.

Visando as aplicações de conhecimentos da química para a compreensão de

situações do cotidiano e contextualização dos processos e fenômenos químicos, os

conteúdos serão complementados por textos, realizações de pesquisas, palestras e

seminários, que permitirão aos alunos outras leituras críticas do mundo no qual

estão inseridos.

A experimentação será utilizada, sempre que necessária e possível, para

problematizar e/ou complementar o conteúdo trabalhado.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.9.3 – Objetivos Gerais

-Analisar e resolver problemas relativos a conhecimentos de química;

-Aplicar os conhecimentos da química para a compreensão e

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 176

contextualização dos processos e fenômenos químicos;

-Interpretar linguagens, dados, símbolos, códigos, nomenclaturas e

representações próprias à área de Química;

-Construir uma visão crítica da realidade, a ciência e das relações entre a

ciência e a sociedade;

-Compreender as manifestações da química nos vários aspectos da vida

atual para melhor utilizá-la na melhoria da qualidade de vida;

-Desenvolver a capacidade de investigação crítica frente aos problemas

oriundos do desenvolvimento desta ciência.

8.9.4 – Conteúdos do Ensino Médio - Regular e EJA

1ª SÉRIE

1. Composições e transformações dos sistemas materiais

1.1. Matéria, Massa e Energia

1.2. Substâncias simples e compostas

1.3. Misturas homogêneas e heterogêneas

1.4. Métodos de separação

1.5. Fenômenos físicos e químicos

2. Notação e Nomenclatura Química

2.1. Notação e nomenclatura dos elementos

2.2. Átomos, Moléculas e Íons

2.3. Número de Massa e Número Atômico

2.4. Isótopos, isóbaros, isótonos e isoeletrônicos

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3. Estrutura Atômica

3.1. Distribuição eletrônica

3.2. Modelos atômicos (Dalton, Thomson, Rutherford, Bohr...)

3.2. Configuração eletrônica nos níveis e subníveis do átomo

4. Tabela Periódica

4.1. Grupos e Períodos

4.2. Classificação dos elementos

5. Ligações Químicas

5.1. Ligação iônica

5.2. Ligações covalente normal e dativa

5.3. Ligação metálica

5.4. Propriedades dos compostos iônicos, moleculares e metálicos

5.5. Geometria molecular e polaridade das moléculas

6. Número de Oxidação

7. Funções Inorgânicas

7.1. Eletrólitos e não eletrólitos

7.2. Ácidos e bases segundo Arrhenius

7.3. Sais

7.4. Óxidos

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2.ª SÉRIE

1. Cálculo Estequiométrico

1.1.Massa atômica e Massa molecular

1.2.Quantidade de matéria

1.3. Mol e Número de Avogadro

1.4. Volume molar

2. Soluções

2.1. Classificações das soluções

2.2. Concentração das soluções

2.3. Diluição e mistura de soluções

2.4.Titulação de neutralização

3. Termoquímica

3.1. Reações exotérmicas e endotérmicas

3.2. Equações termoquímicas

3.3. Estado padrão

3.4. Lei de Hess

3.5. Calculo da variação de entalpia por energia padrão de formação e energia de

ligação

4. Cinética Química

4.1. Velocidade de uma reação

4.2. Energia de ativação

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 179

4.3. Teoria das colisões

4.4. Fatores que influenciam a velocidade das reações

4.5. Catalisadores

5. Equilíbrio Químico

5.1. Equilíbrio em sistemas homogêneos

5.2. Equilíbrio em soluções aquosas (pH e pOH)

5.3. Equilíbrio em sistemas heterogêneos (Ks)

6. Eletroquímica

6.1. Pilhas

6.2. Eletrólise

3ª SÉRIE

1. Introdução à Química Orgânica

1.1. Doutrina Estrutural de Kekulé e Couper

1.2. Cadeias carbônicas

1.3. Fórmulas estruturais e moleculares

2. Hidrocarbonetos

2.1.Classificação e nomenclatura

3. Funções Oxigenadas

3.1. Álcoois

3.2. Fenóis

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 180

3.3. Éteres

3.4. Aldeídos

3.5. Cetonas

3.6. Ácidos carboxílicos e seus derivados

Funções Nitrogenadas

4.1. Aminas

4.2. Amidas

5. Isomeria

5.1. Isomeria plana

5.2. Isomeria geométrica e óptica

6. Polímeros

6.1. Classificação

Principais polímeros e suas aplicações

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Química não é

trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a

serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à

necessidade e o perfil do aluno.

8.9.5 - Avaliação

Utilizando como critério principal que a avaliação em química deve privilegiar

a formação de conceitos científicos, como também oferecer subsídios para a ação

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 181

do professor no processo de ensino-aprendizagem, ela será promovida de forma

processual, sob as condicionantes do diagnóstico e da continuidade.

Desse modo, as avaliações serão feitas por meio de provas escritas,

contemplando também outras formas de expressão dos alunos, tais como: leitura e

interpretação de textos, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas práticas,

apresentação de seminários, produção de textos, etc. Esses instrumentos serão

selecionados de acordo com cada conteúdo e objetivos de ensino.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.9.6 - Referências

AULER, D.; BAZZO, W.A. Reflexões para a implementação do movimento CTS no

contexto educacional brasileiro. Ciência e Educação. São Paulo: Escrituras,

v.7, p.2-13, 2001.

BAZZO, W.A. Ciência, tecnologia e sociedade: e o contexto da educação

tecnológica. Florianópolis: EDUFSC, 1998.

BAZZO, W.A. et al. Introdução aos estudos CTS: O que é Ciência, Tecnologia e

Sociedade? Cadernos de Ibero-América, Editora OEI, 2003.

BELTRAN, N.O.; CISCATO, C. A. M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.

CHASSOT, A. A ciências através dos tempos. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004.

FELTRE, R. Química, 5ª ed. São Paulo: Moderna, 2000.

MALDANER. O. A. A formação inicial e continuada de professores de Química:

Professor/Pesquisador. 2ª Ed. Unijui, 2003. p. 120.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Ensino Médio. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de

Educação Básica do Estado do Paraná. Química. Curitiba: SEED/DEM, 2010.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 182

8.10 – P.P.C. DE SOCIOLOGIA

8.10.1 – Apresentação da disciplina

Diante do avanço dos problemas, das contradições impostas pelo capitalismo

neoliberal que tem um caráter predatório sobre as sociedades humanas e sobre o

meio ambiente, torna-se fundamental formar sujeitos capazes de construir uma

crítica fundamentada e também proposta de transformação a partir da ação coletiva.

A sociologia, por ser uma ciência que coloca o aluno em condições de

entender a sociedade na qual vive, tem que superar a função clássica de ler e

interpretara sociedade. Para que as pessoas compreendam o mundo em que vive

que ele veja o mundo e tenha recursos mentais para elaboração de uma crítica onde

leve a respostas para a dinâmica que envolve a vida cotidiana.

Para colocar em prática esse objetivo, a disciplina de sociologia destacará as

teorias clássicas e suas concepções de sociedade. Interagindo com outras

disciplinas da área de ciências humanas, bem como, essas grandes teorias.

O Ensino de Sociologia será desenvolvido na perspectiva da formação de um

código de leitura do mundo capaz de despertar nos alunos uma postura crítica e

reflexiva sobre o funcionamento das sociedades humanas em seus múltiplos

contextos de vida e interação. Através do ensino da sociologia a nossa proposta é

procurar debater com os alunos os problemas que interessam e afetam o conjunto

das sociedades atuais na busca permanente de caminhos que apontam para o

desenvolvimento e efetivação da cidadania plena do ser humana. Para isso serão

mobilizados conteúdos inerentes ao pensamento social que permitam ao educando

conhecer/reconhecer mecanismos de produção social, quanto às práticas e saberes

que emergem no meio social em que vive e oferecer alternativas aos processos de

dominação e exclusão que predominam nas sociedades contemporâneas.

A nossa perspectiva também é que por meio da sociologia o educando

consiga estabelecer relações entre suas atitudes pessoais e o que acontece na

sociedade de seu tempo procurando perceber de que modo à organização social

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 183

influencia suas possibilidades de ação no meio em que vive. A intenção é de que o

ensino de sociologia possa abrir espaço para que os educandos possam interpretar,

compreender e atuar em sociedade ao questionar o significado de todas as relações

sociais nas dimensões : Histórica, Política e Cultural da organização social e o

caráter social do conhecimento humano.

8.10.2 - Objetivo Geral

O objetivo da sociologia é o conhecimento e a explicação da sociedade

através da compreensão das formas, pelas quais os seres humanos se relacionam

em grupos, com a natureza e como essas relações interferem no seu cotidiano e na

coletividade, ou seja, como essas relações se desdobram no indivíduo e nas

comunidades das quais ele participa.

8.10.3 – Conteúdos do Ensino Médio - Regular e EJA

1ª Série

Conteúdo Estruturante: O Surgimento da Sociologia e as Teorias

Sociológicas

Conteúdos Básicos:

O surgimento da Sociologia;

As teorias Sociológicas na compreensão do presente;

A produção sociológica brasileira

Conteúdo Estruturante: O processo de socialização e as Instituições

Sociais.

Conteúdos Básicos:

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Instituições Familiares;

Instituições Escolares;

Instituições Religiosas;

Instituições de Reinserção.

Conteúdo Estruturante: Trabalho, produção e classes sociais.

Conteúdos Básicos:

O conceito de trabalho nas diferentes sociedades;

Desigualdades Sociais: estamentos, castas e classes sociais;

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições;

Globalização e Neoliberalismo;

Trabalho no Brasil;

Relações de Trabalho.

2ª Série

Conteúdo Estruturante: O surgimento da Sociologia e as Teorias Sociológicas.

Conteúdos Básicos:

A formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do

pensamento social.

Conteúdo Estruturante: Poder, Política e Ideologia.

Conteúdos Básicos:

Formação e desenvolvimento do Estado Moderno;

As teorias Sociológicas clássicas e os diversos conceitos:

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 185

De poder,

De ideologia

De dominação e legitimidade.

Desenvolvimento da Sociologia no Brasil;

Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

As expressões de Violência nas sociedades contemporâneas.

Conteúdo Estruturante: Direitos, Cidadania e movimentos Sociais

Conteúdos Básicos:

Conceitos de Cidadania;

Direitos civis, políticos e sócias;

Direitos humanos;

Movimentos Sociais;

Movimentos Sociais no Brasil;

Questões ambientais e movimentos ambientais;

Questão das ONGs.

3ª Série

Conteúdo Estruturante: O surgimento da Sociologia e as Teorias

sociológicas

Conteúdos Básicos: Formação e consolidação da sociedade capitalista e o

desenvolvimento do pensamento social.

Conteúdo Estruturante: Cultura e Indústria Cultural

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Conteúdos Básicos:

Os conceitos de cultura e as escolas antropológicas;

Antropologia brasileira;

Diversidade e diferença cultural;

Relativismo, etnocentrismo, alteridade;

Culturas Indígenas;

Roteiro para pesquisa de campo;

Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização;

Minorias, preconceito, hierarquia e desigualdades;

Questões de Gênero e a construção social da cor, identidades e

movimentos sociais, dominação, hegemonia e contramovimentos;

Indústria cultural;

Meios de comunicação de massa;

Sociedade de consumo, Indústria Cultural no Brasil.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Sociologia não é

trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a

serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à

necessidade e o perfil do aluno.

8.10.4 – Metodologia

O ensino de sociologia colocará o aluno como sujeito de seu aprendizado

através debates, leituras, pesquisas de campo, análises de vídeo de modo a

provocá-los a relacionar as teorias com seu cotidiano e rever conceitos e

conhecimentos e a construir e reconstruir coletivamente os saberes.

Dois encaminhamentos metodológicos são fundamentais para dar razões à

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 187

reflexão frente aos problemas e as tradições da sociedade:

1) Pesquisa de campo: definição do tema do interesse, elaboração de

roteiro, levantamento de dados coletados, confecção de tabelas, gráficos e

interpretação.

2) Recursos audiovisuais, como filmes, documentários, fotografias,

músicas, como fontes para dar suporte ao trabalho de interpretação reflexiva

sobre o tema proposto.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.10.5 - Avaliação

A avaliação do ensino de sociologia será de forma transparente e coletiva. A

capacidade de articular teoria com a prática de argumentação no texto oral e na

escrita, a forma de olhar e ler o mundo, atitude criativa e autônoma basta rever

conceitos e evitar o senso comum. Portanto as formas de avaliação nessa disciplina

perpassará a produção de textos e a capacidade de auto avaliação sobre os

conteúdos propostos e as atividades realizadas,

A avaliação no ensino de sociologia, aqui proposta, pauta-se numa concepção

formativa e continuada com diagnóstico constante para identificação de

aprendizagens que forem satisfatoriamente efetuadas, e também as que

apresentarem dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado no

sentido de reformulação da prática docente através das informações colhidas.

Como instrumentos de avaliação serão utilizados os seguintes critérios:

A)- A apreensão dos conceitos básicos, articulados com a prática social;

B)- A capacidade de argumentação fundamentada teoricamente;

C)- A clareza e a coerência na exposição das ideias sociológicas;

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D)- A mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.

Os registros sobre o aproveitamento do aluno serão feitos com base:

1- Na capacidade de reflexões críticas em debates que acompanham textos

ou filmes;

2- Participação nas pesquisas que forem propostas;

3- Produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria

e prática;

4-Capacidade de expressão oral ou escrita da sua percepção de mundo;

5-Participação em todas as atividades propostas.

A recuperação de estudos se dará através da revisão constante de conteúdos

e conceitos, revisão de instrumentos de avaliação e devolutiva das atividades aos

alunos.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.10.6 - Referências

DIRETRIZEZ CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA – SOCIOLOGIA – Governo

do Paraná – Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação

Básica.

OLIVEIRA, Pérsio Santos de, Introdução à sociologia, série brasil, volume único,

25a edição, Editora ática, São Paulo, SP, 2004.

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8.11 – P.P.C. DE GEOGRAFIA

8.11.1 - Apresentação da Disciplina

Geografia é uma Ciência que se ocupa da análise crítica da formação das

diversas configurações espaciais e distingue-se das demais Ciências na medida em

que se preocupa com localizações, estruturas espaciais e dos processos espaciais.

Neste sentido, a Geografia deve ter como ponto de partida a produção e

organização do espaço. A área de abrangência do espaço geográfico é a superfície

terrestre. Isso quer dizer, englobar todo e qualquer espaço em que as condições

naturais possibilitem a organização da vida em sociedade.

Percebe-se então que a Geografia envolve a natureza e sociedade, o espaço

natural e o espaço social.

O espaço geográfico é um espaço mutável e diferenciado, é um espaço

construído, produto das relações que os homens estabelecem entre si e com o meio,

dentro do processo do trabalho.

A Geografia procura desenvolver no aluno a capacidade de observar, analisar,

interpretar e pensar criticamente a realidade, tendo em vista a sua transformação.

Essa realidade é uma totalidade que envolve Sociedade e Natureza, cabe à

Geografia levar a compreender o espaço produzido pela Sociedade em que vivemos

hoje, suas desigualdades e contradições, as relações de produção que nela se

desenvolvem e a apropriação que essa sociedade faz da natureza.

Para entender esse espaço produzido é necessário entender as relações

entre os homens, pois dependemos da forma como eles se organizam para a

produção e distribuição dos bens materiais, os espaços que produzem vão

adquirindo determinadas formas que materializam essa organização social.

Nesse sentido, a Geografia explica como as sociedades produzem o espaço

conforme seus interesses em determinados momentos históricos e que esse

processo implica numa transformação contínua.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 190

Como são produzidos por sociedades desiguais os espaços também são

desiguais: campo, cidade, regiões metropolitanas, cidades médias, cidades

pequenas, etc.

Essa base territorial que as sociedades vão transformando e construindo

historicamente também se diferencia dos elementos de desigualdade distribuídos.

Essa territorialidade implica na localização, na orientação e na representação

da totalidade do espaço.

Essas habilidades também são apropriadas de forma diferenciada em

sociedades com organizações sociais próprias.

Essa organização social, na qual se coloca o seu grau de desenvolvimento

tecnológico leva à apropriação dos recursos, sejam materiais ou seja no âmbito do

conhecimento. Essa apropriação leva a maior ou menor interferência na natureza.

Essas habilidades - localização, orientação, representação - também se

tornam importantes na medida em que elas se colocam como instrumentos de

conhecimento para a apropriação da natureza. As sociedades ao se apropriarem da

natureza precisam medi-la, controlá-la e dominá-la.

A apropriação da natureza se dá pelo processo do trabalho, que é um ato

social, portanto, dado que é um trabalho social que se estabelece a relação

sociedade natureza, é fundamental o entendimento da sociedade para entender a

natureza, já que a sociedade tem se apropriado historicamente da natureza.

Por sua vez a natureza envolve os diversos aspectos da realidade física em

si, o entendimento do seu processo de formação é importante para a fundamentação

científica que permitirá um posicionamento crítico frente aos processos de

apropriação da natureza que tem levado à degradação.

É nesses termos que a Geografia hoje se coloca, é nesses termos que seu

ensino adquire dimensão fundamental no currículo: um ensino que busque junto aos

alunos uma postura crítica diante da realidade, comprometido com o homem e

sociedade, não como homem abstrato, mas como homem concreto, com a

sociedade tal qual ela se apresenta, dividida em classes com conflitos e

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 191

contradições e que particularmente contribua para a sua formação.

A Geografia apresenta uma série de objetivos, dentre os quais podemos

destacar:

1.1 - Formar alunos cidadãos, a partir de condições intencionalmente

elaboradas durante o curso. Por alunos cidadãos entendemos o sujeito que:

a) Concebe o conhecimento como resultado da produção

coletiva do saber;

b) Valoriza seu trabalho enquanto contribui para a elaboração

do saber coletivo;

c) Participa criticamente como ser social, assumindo

responsabilidade nos diferentes papéis vividos no processo ensino

aprendizagem.

1.2 - Capacitar o aluno cidadão para a construção dos seguintes

conceitos:

a) sociedade;

b) natureza;

c) espaço;

d) transformação-cidadania.

8.11.2 – Objetivos Gerais

- Realizar a leitura das construções humanas como um documento importante

que as sociedades em diferentes momentos imprimam sobre uma base natural.

- Compreender as transformações no conceito de região que recorrem por

meio da história e geografia.

- Compreender a redefinição do conceito de lugar em função da ampliação da

geografia para além da economia.

- Compreender o significado do conceito de paisagem como síntese de

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 192

múltiplas determinações da natureza, das relações sociais, da cultura, da economia

e da política.

- Conhecer o espaço geográfico por meio de várias escalas, transitando da

escala local para a mundial e vice versa.

- Ser capaz de buscar o trabalho interdisciplinar e a formação de um coletivo,

para aprofundar a compreensão de uma realidade.

- Compreender a natureza e a sociedade como conceitos fundantes da

conceituação do espaço geográfico.

- Compreender as transformações que ocorrem nas relações de trabalho em

função da incorporação das novas tecnologias.

- Compreender as relações entre a preservação ou a degradação da natureza

em função do desconhecimento de sua dinâmica e a integração de seus elementos

biofísicos

8.11.2 – Conteúdos

8.11.2.1. – Ensino Fundamental – Fase II - EJA

Conteúdos Estruturantes

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

Conteúdos Básicos

Formação e transformação das paisagens das paisagens naturais e culturais.

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

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A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

A Transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população.

Movimentos migratórios e suas motivações.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.

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A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

O espaço rural e a modernização da agricultura.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.

Os movimentos migratórios e suas motivações.

As manifestações sociespaciais da diversidade cultural.

Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.

O comércio mundial e as implicações sócioespaciais.

A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.

A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.

As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.

O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.

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8.11.2.2 – Ensino Médio - Regular e EJA

Conteúdos Estruturantes

Dimensão Econômica de Produção do / no Espaço

Geopolítica

Dinâmica cultural demográfica

Dinâmica Socioambiental

1ª SÉRIE/ANO

Objetivos:

- Conhecer o processo histórico de formação do território brasileiro,

focalizando as atividades econômicas introduzidas, século a século, em nosso país.

- Analisar o desempenho do Estado como um ator preponderante na gestão

do território nacional.

- Compreender a dinâmica demográfica brasileira e as origens étnicas da

nossa população.

- Examinar o papel dos processos de industrialização, modernização do

campo e de urbanização na organização e reorganização do espaço geográfico

brasileiro.

- Explicar como o modelo de desenvolvimento econômico capitalista gera

desigualdades socioeconômicas em âmbito local, regional e nacional.

GEOGRAFIA DO BRASIL

1. As bases físicas do Brasil

1.1 Estrutura geológica e as formas do relevo (classificação do relevo).

1.2 Circulação atmosférica e os climas do Brasil.

1.3 As bacias hidrográficas.

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1.4 Os biomas.

1.5 Os domínios morfoclimáticos.

2. Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais

2.1 Recursos naturais – tipos, formas de ocorrência e aplicações.

2.2 Impactos ambientais decorrentes da exploração e do uso dos recursos

naturais.

3. Industrialização e organização do espaço

3.1 Indústria e industrialização no Brasil.

3.2 Distribuição espacial das indústrias.

3.3 Matriz energética.

4. A dinâmica do espaço rural

4.1 Colonização e estrutura fundiária.

4.2 Relações de trabalho no campo.

4.3 Reforma agrária e conflitos rurais.

4.4 Transformações tecnológicas no campo.

4.5 Sistemas de produção.

4.6 Cooperativas e agroindústrias.

4.7 Fronteiras agrícolas.

4.8 Impactos ambientais no espaço rural.

5. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista

5.1 Urbanização brasileira.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 197

5.2 Hierarquia das cidades e rede urbana.

5.3 Êxodo rural.

5.4 Problemas socioambientais urbanos .

6. O espaço em rede

6.1 Produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial

brasileira.

6.2 A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

7. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos

7.1 Composição étnica da população.

7.2 Dinâmica populacional: taxas de natalidade, mortalidade geral e infantil,

densidade demográfica, pirâmides etárias, população econômica ativa e inativa,

IDH.

7.3 Os movimentos migratórios e suas motivações.

8. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural

9. Regionalização do Brasil

9.1 Critérios adotados de regionalização.

9.2 As divisões regionais.

2ª SÉRIE/ANO

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 198

Objetivos:

- Conhecer os principais fatos históricos e geopolíticos que determinaram a

atual configuração do espaço geográfico mundial.

- Compreender e discutir, basicamente, duas fases: a antiga ordem bipolar do

pós-guerra e a recente ordem multipolar.

- Abordar os diferentes critérios de regionalização dos países do mundo,

destacando a divisão entre o mundo desenvolvido e mundo subdesenvolvido.

- Interpretar os principais acontecimentos no processo de globalização, o

desenvolvimento tecnológico e a problemática ambiental nas últimas décadas.

- Explicar como a fragmentação do processo produtivo das empresas,

viabilizada pelas novas tecnologias, deu origem a uma nova divisão internacional do

trabalho e intensificou os fluxos de mercadorias, pessoas, informações e capitais.

- Conhecer como o consumo ditado pelos padrões capitalistas atinge o meio

ambiente e as diferentes sociedades em todo o mundo.

GEOGRAFIA GERAL

1. A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no

espaço da produção

1.1 Revolução industrial.

1.2 Revolução tecnocientífica e informacional.

2. O espaço em rede

2.1 Produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

2.2 Circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das

informações.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 199

3. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos

territórios

3.1 Geopolítica da globalização.

4. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços

urbanos e a urbanização recente

4.1 Megacidades.

4.2 Cidades globais.

4.3 A formação das cidades.

4.4 Os tecnopólos.

5. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os

indicadores estatísticos

5.1 Teorias demográficas.

5.2 Dinâmica da população mundial – indicadores estatísticos.

5.3 Os movimentos migratórios e suas motivações.

6. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural

7. O comércio e as implicações socioespaciais

8. As diversas regionalizações do espaço geográfico

8.1 A regionalização mundial: Norte-Sul, DIT (divisão internacional do

trabalho).

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 200

9. As implicações socioespaciais do processo de mundialização

9.1 Desigualdades socioeconômicas.

10. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do

Estado

10.1 Blocos econômicos.

10.2 Globalização e mundialização.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Geografia não é

trabalhada por ano e sim por carga horária. Mesmo assim os conteúdos a

serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à

necessidade e o perfil do aluno.

8.11.4 - Metodologia

O conhecimento geográfico abre ao jovem a possibilidade de pesar o homem

por inteiro em sua dimensão humana e social, aberto ao imprevisto, aberto ao novo

com força e poder para resistir e intervir na realidade na qual é participante.

Para a Geografia de hoje o espaço se constitui em uma produção social, é

uma construção das sociedades humanas, modelando à sua imagem esta matéria-

prima, a superfície terrestre, na qual as sociedades dão um sentido e nela imprimem

suas ideias, seus sonhos, seus valores. O espaço geográfico além de ser projeção e

expressão da sociedade é também um instrumento graças ao qual a sociedade se

constrói.

É preciso considerar que o espaço geográfico tem historicidade, ele é o

espelho das sociedades humanas que o construíram, tanto as sociedades indígenas

como as sociedades industriais projetam no espaço o desenho de suas instituições.

A última revolução vivida pelo mundo, a da acessibilidade às informações com

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 201

o uso dos satélites e da internet, mudou as relações de tempo e espaço, mudou as

relações de trabalho, mas ainda está longe de resolver a questão do processo de

reprodução social ou de exclusão social de milhões de pessoas que não são

cidadãos ou são cidadãos de segunda classe.

As imagens de satélites cada vez mais acessíveis servem hoje a inúmeros

profissionais, sendo instrumento de desenvolvimento, de decisão, de avaliação

econômica, de controle e de observação militar. O cidadão precisa ter acesso aos

instrumentos e conhecê-los bem para que possa estar informado sobre as suas

possibilidades e seus limites.

A internacionalização da economia e da informação até agora não contribuiu

para minimizar a pobreza e a exclusão social.

As classificações convencionais sobre as regiões do mundo (primeiro,

segundo e terceiro mundo) ou ainda mundo desenvolvido e mundo subdesenvolvido,

países subdesenvolvidos industrializados, países subdesenvolvidos não

industrializados, não são suficientes para explicar as novas e dinâmicas mudanças

que explicam regionalizações ainda transitórias.

A dinâmica das mudanças mostra certos sinais, os quais permitem realizar

uma prospecção mais ainda indefinida.

A Geografia, assim como as demais ciências humanas e sociais, tem na

escola o compromisso de contribuir para formar o homem inteiro, discurso lido em

muitos momentos, mas muito difícil de realizar na prática do espaço social

denominado escola. O professor precisa deter um conhecimento aprofundado,

especializado em determinada disciplina, para desenvolver um trabalho não

compartimentado que ajudará os seus alunos a caminhar no sentido da

humanização do homem, ou seja, na consideração da necessidade de que esse

homem precisa realizar-se em muitas dimensões.

Para a Geografia, mas não só para essa disciplina, outra importante fonte de

informação são as pessoas. As entrevistas feitas com pessoas que se relacionam

com certo espaço ou com fenômenos especiais fornecem subsídios que os ajudam a

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 202

entender o significado de acontecimentos e de ações sobre o espaço através das

representações sociais que passam através de seu discurso.

Analisar com os alunos do ensino médio essas falas e descobrir a gênese das

representações que exprimem é auxiliá-los a desvendar o seu espaço, a conhecer

os agentes sociais responsáveis por sua construção e saber que ele, aluno, também

é responsável pela sua construção.

O encaminhamento metodológico dar-se-á se por aula expositiva apoiada em

textos, levantamentos de questões, debates, seminários, visita de campo, leitura de

textos orientada e dirigida em grupos ou individual.

Uso do livro didático como apoio nas atividades de classe e extraclasse.

Pesquisas direcionadas em sites educativos na internet, artigos de jornais,

revistas.

Atividades direcionadas a leitura e reflexão, oportunizando a socialização das

ideias dos alunos sobre os textos.

Sugere-se com recurso e enriquecimento das aulas pesquisas em sites

educacionais como: Portal dia-a-dia da educação, vídeos direcionados aos

conteúdos específicos, uso da TV Paulo Freire, Domínio Público etc.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.11.5 - Avaliação

Este tópico apresenta dois aspectos importantes, relativos ao momento e ao

conteúdo da avaliação.

Se entendermos que o papel da escola é a educação de todos os alunos e

não uma seleção dos “melhores”, a avaliação deve ser um processo contínuo, não

só o momento de culminância do processo de aprendizagem. E, acima de tudo, não

se trata apenas de avaliar o desenvolvimento do aluno, mas a própria relação

ensino-aprendizagem. A avaliação deve ser capaz de indicar as alterações

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 203

necessárias para tornar mais eficaz o trabalho do professor.

Quanto ao conteúdo, os critérios de avaliação devem contemplar tanto a

operacionalização de conceitos, como procedimentos, valores e atitudes. Ou seja,

além do desenvolvimento de capacidades de conhecer, aplicar e comparar os

conceitos de Geografia é importante avaliar os procedimentos para o estudo da

Geografia e as atitudes e valores pelos alunos. Em geral tais atitudes e valores estão

relacionados com uma postura crítica diante da realidade, o discernimento quanto às

ações adequadas para preservação do patrimônio sociocultural e adoção de valores

éticos nas relações sociais e com a natureza.

Para que possa esperar os resultados obtidos por cada aluno em seus vários

aspectos, é importante que a avaliação seja feita com instrumentos variados tais

como trabalhos escritos, relatórios, provas, confecções de mapas, pesquisas com

apresentação oral, individual ou em grupo, etc.

A observação constante permite ao professor verificar o grau de

comprometimento de cada aluno com tarefas propostas, sua participação ativa, não

para comparar os alunos entre si e atribuir valor, mas para verificar a evolução

individual. Instrumentos como a auto avaliação, individual ou em grupo, e a

avaliação recíproca são importantes porque favorecem a observação crítica e a

reflexão de cada aluno sobre seu próprio envolvimento no trabalho.

As avaliações por testes e trabalhos, por serem mais pontuais, devem ser

resultados integrados a outras formas de avaliação.

A avaliação deve ser contínua, diagnóstica, cumulativa e processual, devendo

refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais

deste no conjunto dos componentes curriculares cursados com preponderância dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

As avaliações dar-se-ão de forma de testes orais e escritos, avaliação em

participação de seminários, debates aluno/aluno, apresentação e discussão das

pesquisas dos temas abordados trabalhados em grupos, questões para avaliar o

aprendizado, participação em painéis, integrados e relatórios escritos.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 204

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.11.6 - Referências

Proposta Pedagógica Curricular.

Regimento escolar.

Diretrizes Curriculares de Geografia

Projeto Político Pedagógico.

Livro Didático Público

Livros didáticos

www.diaadiaeducação.pr.gov.br (Domínio Público, projeto folhas)

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8.12 – P.P.C DE CIÊNCIAS

8.12.1 – Apresentação da disciplina

A Ciência no ensino Fundamental contribui para a construção do

conhecimento científico e a compreensão do mundo, e deve ser apresentada

observando os conteúdos e articulando os conhecimentos físicos, químicos e

biológicos, e entendendo que o conhecimento científico tecnológico é resultado do

trabalho e das descobertas de muitas gerações.

A influência crescente dos avanços científicos e das novas tecnologias no

modo de vida atual tem demonstrado cada vez mais a importância de um

conhecimento organizado e da formação de um pensamento crítico.

Aos poucos compreenderá melhor o mundo em que vivemos.

No decorrer do estudo, o aluno terá oportunidade de tomar contato com várias

descobertas científicas e entender como se chegou até ela, e saber interpretar os

fenômenos observados na natureza.

Passará a agir e pensar cada vez mais nos acontecimentos do seu dia-a-

dia, sabendo empregar conceitos científicos básicos, estimulando à análise, a

reflexão, a argumentação nos textos organizados, com estrutura clara e linguagem

acessível.

Não se contempla o passado, mas um futuro com visões diferentes ao se

aprender ciência e ensinar ciência, considerando a evolução do pensamento e a

partir dele construir a ciência.

É fundamental que o aluno em seus estudos tenha uma base escolar sólida,

para o pleno desenvolvimento individual e social.

8.12.2 – Objetivos Gerais

Adquirir alguns conteúdos científicos fundamentais, compatíveis com a sua

faixa etária e a desenvolver vocabulário adequado;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 206

Desenvolver uma postura ativa e critica em revelação aos dados e as

informações, evitando aceitação de forma passiva e incondicional;

Compreender a natureza como todo dinâmico, sendo o ser humano parte

integrada e agente de transformações do mundo em que vive em relação essencial

com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente;

Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilibro e vida;

Saber combinar leituras observações, experimentação, registro etc. para

coleta organização, comunicação e discussão e de informação;

Enfim, necessitar estabelecer relação entre o mundo natural construído pelo

homem e seu cotidiano, sendo orientado nas tomadas de decisões enquanto

agentes transformadores do ambiente em que vive.

8.12.3 – Conteúdos do Ensino Fundamental – Fase II - EJA

Conteúdo Estruturante: Astronomia

Conteúdos Básicos:

Universo

Sistema solar

Movimentos terrestres

Movimentos celestes

Astros

Origem e evolução do Universo

Gravitação universal

Conteúdo Estruturante: Matéria

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Conteúdos Básicos:

Constituição da matéria

Propriedades da matéria

Conteúdo Estruturante: Sistemas Biológicos

Conteúdos Básicos:

Níveis de Organização

Célula

Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Conteúdo Estruturante: Energia

Conteúdos Básicos:

Formas de Energia

Transmissão de energia

Conversão de energia

Conteúdo Estruturante: Biodiversidade

Conteúdos Básicos:

Organização dos seres vivos

Ecossistemas

Evolução dos seres vivos

Interações ecológicas

Origem da vida

Organização dos seres vivos

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Sistemática

8.12.4 - Metodologia

O ensino das ciências está sempre buscando explicações dos fenômenos

naturais: físicos químicos, biológicos, geológicos, dentre outros.

Os conteúdos da disciplina serão abordados de forma consistente, critica,

histórica considerando as relações entre a ciência, à tecnologia e a sociedade.

Como conhecimento científico renova – se a cada dia, o aluno deve

acompanhar o que acontece no mundo acessível a ele, através dos meios de

comunicações que diariamente trazem novidades mostrando suas pesquisas em

revistas, jornais, artigos, livros, vídeos, filmes, etc.

A disciplina de ciências se constitui num conjunto de conhecimentos

científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos da natureza

e suas interferências no mundo, desde que os conteúdos específicos

propiciarão condições para que os sujeitos do processo educativo discutam,

analise, argumentem e avancem nas modificações intelectuais e qualitativas,

considerando a coerência entre a teoria e a forma.

A observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação, projetos

individuais e em grupo, debates etc. são possibilidades de encaminhamentos

metodológicos, além de outras que estimulem os educandos aos trabalhos

coletivos tais como: música, desenho, poesia, livros de literatura, jogos

didáticos, dramatização, historias em quadrinhos, painéis, murais, exposições e

férias, usando os vários recursos pedagógicos que a escola lhe oferece. Um

ponto importante a ser considerado na produção do conhecimento científico diz

respeito ao caminho percorrido pelos pesquisadores para formular “descrições,

interpretações, leis, teorias, modelos, etc.”. Não existe nos dias atuais uma única

ciência que possa assegurar o estudo da realidade em todas as suas

dimensões, usando a fragmentação na produção do conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza.

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Ao abordar conteúdos específicos deve contribuir para a formação de

conceitos científicos no processo ensino-aprendizagem da disciplina e de seu

objeto de estudo, levando em consideração que, para tal formação conceitual,

há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos alunos em sua

zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende. Os conceitos

científicos e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas se

fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o

ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os

conceitos científicos.

O tratamento dos conteúdos específicos devem considerar as relações

entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos a pratica social, o mundo

natural, o mundo construído pelo ser humano no seu cotidiano.

Ao fazer uso de problematizações, contextualizações,

interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas em grupo, observações,

atividades experimentais, recursos instrucionais, atividades lúdicas, entre outros,

como instrumentos metodológicos, o professor recebe um grande auxilio na sua

prática pedagógica fazendo com o aluno cresça em seus conhecimentos

científicos, compreendendo o mundo que resulta da investigação da Natureza.

Ao assumir posicionamento contrário ao método único para toda e

qualquer investigação científica da Natureza, no ensino de ciências se faz

necessário ampliar os encaminhamentos metodológicos para abordar os

conteúdos escolares de modo que o aluno supere os obstáculos conceituais

junto a sua vivência diariamente.

A partir dessa metodologia a disciplina de ciências, poderá resgatar sua

função principal: o estudo dos fenômenos naturais por meio dos conteúdos

específicos, de forma crítica e histórica, no qual os avanços dos alunos em

relação ao seu conhecimento se determinarão com a articulação e os conteúdos

trabalhados.

No processo ensino-aprendizagem, podemos articular melhor com o uso

de:

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 210

Recursos pedagógico-tecnológicos que enriquecem a prática

docente, tais como: livro didático, texto de jornal, revista científica,

figuras, revistas em quadrinhos, música, quadro de giz, mapa,

globo, televisor, computador, entre outros.

De recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais,

mapas de relações, diagramas V gráficos, tabelas.

De alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras,

museus, laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates.

A metodologia da Educação de Jovens e Adultos específica para a

modalidade também está descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da

EJA”.

8.12.5 - Avaliação

A avaliação ocorrera de modo mais continuo possível permitindo uma

verificação do progresso do aluno. No processo da avaliação será adotado alguns

critérios avaliativos, visando os conteúdos trabalhados, o encaminhamento

metodológico o planejamento e a coerência entre eles.

Os critérios de avaliação serão ligados ao propósito principal do processo de

ensino e de aprendizagem a aquisição dos conteúdos específicos e a ampliação de

seu referencial de análise criticam da realidade, por meio de abordagem social.

O conteúdo especifico ensinado passa a ter significado real para o aluno em

uma avaliação quando interage com ideias relevantes existentes na estrutura

cognitiva do aluno.

Erros é parte intrínseca do processo aprendizagem. É através dos erros que

norteamos as alterações rumo às intervenções pedagógicas constantes tornando o

processo de aprendizagem efetivo.

Por meio dos instrumentos avaliativos diversificados o aluno poderá expressar

seus avanços na aprendizagem, à medida que interpretam produzem, discutem,

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 211

relacionam, refletem, analisam, justificam, posicionam e argumentam, defendendo o

próprio ponto de vista.

A avaliação deve ser um processo mais contínuo possível concedendo aos

alunos como históricos no seu processo de ensino aprendizagem, pois pode

propiciar um momento de interação e construção de significados para que o aluno

aprenda, e permitirá ao professor tirar conclusões sobre o grau em que as condições

de ensino criadas por ele e pela escola propiciaram a aprendizagem. O essencial é

que a avaliação considere as diferentes maneiras de expressão; oral, escrita,

pictórica etc. Assim fazendo, estará privilegiando um aluno que escreve bem em

detrimento de outro que se comunica com clareza de forma oral ou de outro que

desenha melhor do que escreve.

A avaliação deverá valorizar os conhecimentos alternativos do aluno,

construindo no seu cotidiano, nas atividades experimentais, ou partir de diferentes

estratégias que envolvem recursos pedagógicos e instrucionais diversos.

No estudo dos conteúdos da ciência é necessário diversificar e selecionar

instrumentos, diversificando recursos e estratégias a fim de investigar a

aprendizagem dos conceitos que envolvam:

origem e evolução do universo;

constituição e propriedades da matéria;

sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;

conservação e transformação de energia;

diversidade de espécies em relação dinâmica com o ambiente em que

vivem, bem como os processos evolutivos.

Avaliar implica intervir no processo ensino-aprendizagem do aluno, para que

ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos escolares e do objeto de

estudo de Ciências, visando uma aprendizagem realmente significativa.

O professor poderá interpretar e analisar as informações obtidas na avaliação,

considerando as concepções de ciências, tecnológicas, sociedade, educação, aluno,

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processo de ensino e de aprendizagem, escola e do currículo de ciências, com base

em uma auto avaliação, que orientará suas intervenções coerentes com os objetivos

propostos para o ensino de ciências.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.12.6 - Referências

DIRETRIZES CURRICULARES DE CIÊNCIAS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL- 2008

MORENO CARLOS JEAM. COLEÇÃO VITÓRIA REGIA.

CESAR- SEZAR- BEDAQUE- ENTENDENDO A NATUREZA.

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8.13 – P.P.C. DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

8.13.1 – Apresentação da disciplina

O ensino e a aprendizagem de Língua Estrangeira Moderna/Inglês, como um

meio de construir sentidos, desempenha um importante papel como um dos saberes

essenciais, pois permite a inclusão social do indivíduo numa sociedade

reconhecidamente diversa e complexa e os insere como participantes ativos, não

limitados as suas comunidades locais, mais capazes de se relacionar com outras

comunidades e outros conhecimentos.

O trabalho com língua estrangeira em sala e aula parte do entendimento do

papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso

à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e

transformar modos de entender o mundo e a construir significados. (DCEs 2008).

O conteúdo estruturante baseia-se na concepção bakhtiniana que concebe a

língua como discurso enquanto prática social que se constrói no processo de

interação e em função de um outro. E é no espaço discursivo criado na relação entre

o eu e o outro, que os sujeitos se constituem socialmente.

É no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e

ao que somos. Daí a língua estrangeira apresentar-se como espaço para ampliar o

contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos

de construção da realidade.

8.13.2 - Objetivo Geral

Formar alunos proficientes no uso da língua na oralidade, na leitura e na

escrita, saberes linguísticos necessários para a sua participação social efetiva,

garantindo-lhes o exercício da cidadania, direito inalienável de todos.

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8.13.3 - Conteúdos

8.13.3.1 – Ensino Fundamental –Fase II - EJA

GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS.

Caberá ao professor à seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de

circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de

Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade de cada turma.

LEITURA

• Identificação do tema;

• Intertextualidade;

• Intencionalidade;

• Vozes sociais presentes no texto;

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Discurso direto e indireto;

• Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

• Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística.

• Acentuação gráfica;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 215

• Ortografia.

ESCRITA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Intencionalidade do texto;

• Intertextualidade;

• Condições de produção;

• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

• Léxico;

• Coesão e coerência;

• Funções das classes gramaticais no texto;

• Elementos semânticos;

• Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

• Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos

gráficos (como aspas, travessão, negrito);

• Variedade linguística;

• Ortografia;

• Acentuação gráfica.

ORALIDADE

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 216

• Vozes sociais presentes no texto;

• Variações linguísticas;

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

• Adequação da fala ao contexto;

• Pronúncia.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 217

8.13.2.2 – Ensino Médio - Regular e EJA

1ª Série

Conteúdo estruturante: discurso como prática social

*Gêneros

Discursivos

Elementos Composicionais Abordagem teórico-metodológica

Cartaz

Piada

Vídeo-clip

Letra de

música

Poema

- Conteúdo temático;

- Informatividade;

- Linguagem não-verbal;

-Intencionalidade;

-Léxico;

-Ortografia;

-Pronúncia;

-Funções das classes

gramaticais

no texto;

LEITURA

-Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

-Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

-Formule questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto;

-Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

-Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

- relacione o tema com o contexto atual;

-Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

-Encaminhe discussões e reflexões sobre; tema, intenções, intertextualidade,

temporalidade, vozes sociais e ideologia;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 218

Tira

Classificados

Total:

-Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão,

negrito).

-Turnos de fala;

-Discurso direto e indireto;

-Elementos semânticos;

-Aspectos culturais;

-Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos,

etc.;

-Adequação do discurso ao

gênero;

-Vozes sociais presentes no

-Proporcione análises para estabelecer a referência textual e conduza leituras

para a compreensão das partículas conectivas;

-Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras

e/ou expressões no sentido contativo e denotativo, bem como de expressões que

denotam ironia e humor;

-Relacione o tema com o contexto atual e oportunize a socialização das ideias dos

alunos sobre o texto;

-Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes

gêneros;

ESCRITA

-Acompanhe e encaminhe a reescrita textual; revisão dos argumentos/das ideias,

dos elementos que compõe o gênero; Instigue o uso de palavras e/ou expressões

no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia

e humor.

-Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e os gêneros propostos;

-conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturas e

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 219

texto;

-Variação linguística;

-Contexto de produção;

-Recursos estilísticos.

normativos.

-Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido e denotativo e estimule

produções em diferentes gêneros;

-Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema do interlocutor, intenções,

intertextualidade, informatividade, temporalidade e ideologia;

-Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a

referência textual;

ORALIDADE

-Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

-Prepare apresentações que explorem s marcas linguísticas típicas da oralidade

em seu uso formal e informal;

-Explore os recursos extralinguísticos como: entonação, expressões facial,

corporal e gestual.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 220

2ª Série

Conteúdo estruturante: discurso como prática social

*além dos gêneros discursivos citados no 1º ano, somam-se

*Gêneros

discursivos

Elementos

Composicionais

Abordagem teórico-metodológica

Folder e/ou Panífero

Propaganda

Charge

Biografia

-Conteúdo temático;

-Informatividade;

-Intencionalidade;

-Léxico;

-Ortografia;

LEITURA

-Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

-considere os conhecimentos prévios dos alunos;

-Formule questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto;

-Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

-Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;

-Relacione o tema com o contexto atual;

-Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

-Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 221

Entrevista oral e

escrita

Escultura

Filme

Sinopse de filme

-Pronúncia;

-Funções das classes

gramaticais no texto;

-Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos

gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

-Turnos de fala;

-Discurso direto e indireto;

temporalidade, vozes sociais e ideologia;

-Proporcione análises para estabelecer a referência textual e conduza leituras

para a compreensão das partículas conectivas;

-Instigue o entendimento /reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras

e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões

que denotam ironia e humor;

-Relacione o tema com o contexto atual e oportunize a socialização das ideias

dos alunos sobre o texto;

- Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de

diferentes gêneros;

ESCRITA

-Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das

ideias dos elementos que compõe o gênero; Instigue o uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 222

Total: -Elementos semânticos;

-Aspectos culturais;

-Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausas,

gestos, etc.;

-Adequação do discurso

ao gênero;

-Vozes sociais presentes

no texto;

-Variação linguística;

Contexto de produção;

-Recursos estilísticos;

denotam ironia e humor.

-Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

-Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

-Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo

e estimule produções em diferentes gêneros;

-Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor,

intenções, intertextualidade, informatividade, temporalidade e ideologia;

-Proporcione o uso adequado e palavras e expressões para estabelecer

referência textual;

ORALIDADE

-Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

-Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

-Explore os recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial,

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 223

corporal e gestual, pausas e outros.

3ª Série

Conteúdo estruturante: discurso como prática social

*além dos gêneros discursivos citados no 1º e 2º anos, somam-se:

*Gêneros

discursivos

Elementos Composicionais Abordagem teórico-metodológica

Manchete

-Conteúdo temático;

-propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

-Considere os conhecimentos prévios dos alunos;

-Formule questionamentos que possibilitem interferências sobre o

texto;

- Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade,

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 224

Notícias

Carta ao leitor

Carta de reclamação

- Informatividade;

-Linguagem não-verbal;

-Intencionalidade;

época;

-Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e

outros;

-Relacione o tema com o contexto atual;

-Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;

-Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções,

intertextualidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

- Proporcione análises para estabelecer a referência textual e conduza

leituras para a compreensão das partículas conectivas;

-Instigue o entendimento/reflexão as diferenças ocorridas do uso de

palavras e/u expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como

de expressões que denotam ironia e humor;

-Relacione o tema com o contexto atual e oportunize a socialização

das ideias dos alunos sobre o texto;

-Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de

diferentes gêneros;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 225

Anúncio de emprego

Instruções

Texto Argumentativo

Total:

- Léxico;

-Ortografia;

-Pronúncia;

-Funções das classes gramaticais

no texto;

-Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação; recursos gráficos (como

aspas, travessão, negrito);

ESCRITA

-Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos

argumentos/das ideias, dos elementos que compõe o gênero; Instigue

o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,

bem como de expressões que denotam ironia e humor.

-Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;

-Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

-Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e

denotativo e estimule produções em diferentes gêneros;

-Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do

interlocutor, intenções, intertextualidade, informatividade,

temporalidade e ideologia;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 226

-turnos de fala;

-Discurso direto e indireto;

-Elementos semânticos;

-Aspectos culturais;

-Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos, etc.;

-Adequação do discurso ao gênero;

-Vozes sociais presentes no texto;

-Variação linguística;

-Contexto de produção;

-Recursos estilísticos.

-Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para

estabelecer a referência textual;

ORALIDADE

-Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

-Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da

oralidade em seu uso formal e informal;

-Explore os recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões

facial, corporal e gestual, pausas e outros.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA a disciplina de Inglês não é trabalhada por ano e sim por carga horária.

Mesmo assim os conteúdos a serem trabalhado serão o mesmo, porém de forma sintetizada visando à necessidade e o

perfil do aluno.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 227

8.13.4 - Metodologia

A prática pedagógica em sala e aula deve partir de um texto significativo

verbal e/ou não verbal. Considerando a concepção discursiva contemplada nas

Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna, a língua será tratada de

forma dinâmica, e o conteúdo estruturante da disciplina, o discurso, se efetivará nas

práticas da leitura, da escrita e da oralidade. Ao contrário de uma concepção de

linguagem que centraliza o ensino da gramática tradicional, o discurso tem como

foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos). Segundo Bakhtin (1988) toda

enunciação envolve a presença de pelo menos duas vozes, a voz do eu e a do

outro.

Os gêneros textuais devem ser abordados em atividades diversificadas que

permitam o reconhecimento de seus elementos composicionais, bem como sua

esfera de circulação. Neste estudo textual também serão explorados a

intertextualidade, a inferência, a intencionalidade, a análise linguística, assim como

todos os outros conteúdos citados na tabela de conteúdos básicos.

O professor deverá possibilitar o conhecimento dos valores culturais e

estratégias que permitam o desenvolvimento das práticas discursivas, utilizando

recursos tais como: aparelho de som, DVDs (filmes, vestibulandos, aulas digitais,

clipes musicais, etc.) TV pendrive, computadores para pesquisa, livro didático e

outros recursos que possam surgir ao longo das aulas. Cabe ainda ao professor,

criar condições para que o aluno seja um leitor crítico, reaja aos textos com os quais

se depara e assuma uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos

apresentados. É importante direcionar as atividades de produção textual definindo

em seu encaminhamento qual o objetivo na produção e para quem se escreve em

situações reais em uso.

No Ensino Médio por blocos, há necessidade de um novo encaminhamento

metodológico, pois não houve alteração ao tempo destinado à disciplina, porém a

nova distribuição da carga horária, incluindo as aulas geminadas, exigiu do professor

diferentes estratégias, objetividade na conclusão dos conteúdos e clareza em seu

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 228

plano de trabalho docente. Os trabalhos de pesquisa devem acontecer em sala de

aula, aproveitando o tempo que esse modelo de ensino propicia.

Na Educação de Jovens e Adultos – EJA será utilizada uma metodologia

específica, conforme descrita no item “6.10 – Objetivo e Metodologia da EJA”.

8.13.5 - Avaliação

A avaliação de aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está vinculada

aos fundamentos teóricos explicitados nas suas Diretrizes Curriculares e na LDB nº

9394/96 (DCEs 2008 p.69). O processo avaliativo deve fornecer a aprendizagem

bem sucedida. Para tal, é importante a organização do ambiente pedagógico e a

escolha do material a ser utilizado, a organização do plano de trabalho docente é a

seleção dos conteúdos. A avaliação não visa apenas uma simples verificação de

conhecimentos linguístico-discursivos, mais a construção de significados na

interação com os textos e produções textuais. O aluno deve participar e

compreender a organização do trabalho docente para que o professor consiga

realizar as atividades em sala, retomando, complementando e recuperando

conteúdos que trarão resultados avaliativos.

A avaliação deve ser uma investigação do processo de ensino e

aprendizagem em sua complexidade. O sujeito que aprende deve ser visto como

ativo neste processo e também deve participar da avaliação. A auto avaliação deve

ser introduzida no processo acompanhando a dinâmica da avaliação. É importante

definir critérios de avaliação para cada conteúdo, instrumento avaliativo e

encaminhamentos metodológicos adotados.

Na leitura de um texto, o principal critério avaliativo é que o aluno expresse

suas ideias oralmente com clareza, demonstrando ter atingido o objetivo proposto,

ou seja, ter realizado uma leitura crítica do texto. Espera-se que o aluno demonstre

que compreendeu o tema, as informações implícitas e explícitas, a intencionalidade,

a finalidade e a intertextualidade do texto. Isso será o foco da análise do professor

naquela atividade realizada pelo aluno.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 229

Os critérios avaliativos de uma produção textual, não se prendem apenas às

partes linguísticas do texto, mas ao discurso e a textualidade. Deve se observar se

há no texto produzido pelo aluno elementos que percorrem todo o desenvolvimento,

conferindo-lhe unidade; se no plano linguístico os elementos são retomados

convenientemente pelos recursos linguísticos adequados; se os elementos

semânticos fazem sentido no texto; se não há contradição no texto; se as ideias

estão articuladas umas com as outras. Vale ressaltar que a análise linguística é

avaliada dentro da produção textual.

A avaliação enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como

apropriação do saber, como um processo de ação-reflexão-ação, que se passa na

sala de aula por meio da interação professor/aluno na relação ensino aprendizagem.

Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso

desenvolvido e identificar dificuldades. Na recuperação de estudos caberá ao

professor replanejar e propor outros encaminhamentos que busquem superar os

problemas identificados, com novas avaliações recuperativas dentro do conteúdo

estudado, podendo as mesmas ser diferentes das primeiras, contemplando outras

formas metodológicas de avaliar.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.13.6 - Referências

Esteban,M.T.(org) Escola,Currículo e Avaliação. São Paulo:Cortez,2008.

PARANÁ , Secretaria do Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna para Educação Básuica,Curitiba,2008.

Silva,J.F.;Hoffmann,J.;Esteban, M.T.Práticas Avaliativas e Aprendizagens Significativas. 4 . ed. Porto Alegre; Mediação,2008.

Val,M.G.C.Redação e textualidade.São Paulo : Martins Fontes,1991.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 230

8.14 – P.P.C. LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL

8.14.1 – Apresentação da Disciplina

O Espanhol é hoje um idioma de fundamental importância no mundo

globalizado. Cada vez mais pessoas estudam e falam espanhol em todo o mundo.

O Brasil está cercado de países que falam o idioma espanhol, e por isso

estamos em constante contato com esta língua e cultura.

O espanhol tornou-se um dos principais veículos de comunicação nos meios

diplomáticos, no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo, nos

encontros de líderes políticos mundiais, nos congressos sobre ciência, tecnologia

entre outros. Por isso é de suma importância conhecer a língua espanhola para não

se sentir isolado no mundo globalizado de hoje.

Dominar a língua espanhola abre portas para o mercado de trabalho, podendo

ser um importante diferencial para uma boa colocação, pois neste mundo da

informação, a falta do segundo ou terceiro idioma pode eliminar chances de

colocação no mercado. As empresas cada vez mais exigentes procuram

profissionais qualificados. O domínio de uma língua estrangeira que antes era

“desejável” hoje passou a se tornar um “pré-requisito”, para profissionais de nível

superior, médio e técnico, em todas as áreas.

Com o advento do Mercosul, aprender espanhol deixou de ser um luxo para

se tornar praticamente uma emergência.

O Brasil hoje comercializa muitos produtos e serviços com outros países

latinos como Bolívia, Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru, México, Venezuela, Chile,

todos falantes de espanhol, e a tendência futura é o crescimento do comércio livre

entre os países Sul-americanos, isso sem mencionar a Espanha que é o segundo

maior investidor de capital privado no Brasil. Vale lembrar também que o espanhol é

uma das línguas mais faladas no mundo. Além do Mercosul, que já é uma realidade,

temos ao longo de nossa fronteira um enorme mercado, tanto do ponto de vista

comercial como cultural.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 231

A posição que a língua espanhola ocupa no mundo de hoje é de tal

importância que quem decidir ignorá-la poderá correr o risco de perder muitas

oportunidades de cunho comercial, econômico, cultural, acadêmico ou pessoal.

8.14.2 – Objetivos Gerais

Aprender uma nova língua não significa apenas conhecer um novo código

linguístico, mas sim confrontar-nos com outro recorte da realidade, pois entramos

em contato com uma nova forma de organizar o pensamento, de articular o parelho

fonador, e temos a oportunidade de conhecer diferentes culturas e ideologias. E é

nesse contato que acabamos encontrando espaços para repensar e questionar o

funcionamento de nossa língua materna e de nossa cultura.

Com base nesse pensamento, o curso CELEM pretende apresentar a língua

estrangeira e seu funcionamento de uma maneira diversificada e criativa, o aluno

será motivado não apenas a comunicar-se em espanhol, mas também a descobrir o

que há de semelhante e de diferente entre sua língua materna e esse novo idioma, a

estabelecer inferências e refletir criticamente sobre características de cada uma

dessas línguas, a aproximar-se de culturas hispano falantes, a conhecer mais sobre

sua própria cultura, valorizando-a e questionando-a, ajudando a melhorar a

capacidade de reflexão e decorrente engrandecimento intelectual, visando à

ampliação de horizontes, imprescindível para a formação crítica do aluno. Enfim,

verá no aprendizado de uma língua estrangeira a possibilidade de conhecer mais o

outro e a si mesmo.

8.14.2.1 – Objetivos Específicos

Esse curso prima levar o aluno a comunicar-se de maneira satisfatória em

situações que não exijam conhecimentos profundos sobre a língua. Nossos alunos

devem receber um bom domínio de conhecimentos sociolinguísticos, discursivos e

estratégicos, elementos básicos de nossa meta de trabalho.

Um dos objetivos da disciplina da Língua Estrangeira

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 232

Moderna é que os envolvidos no processo pedagógico façam o

uso da língua que estão aprendendo em situações significativas,

relevantes, isto é, que não se limitem ao exercício de uma mera

prática de formas linguísticas descontextualizadas. Trata-se da

inclusão social do aluno numa sociedade reconhecidamente

diversa e complexa através do comprometimento mútuo (DCE

2009, p57).

O ensino de LEM se justifica com prioridade, pelo objetivo de possibilitar que

o aluno:

- Use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

- Torne-se crítico e transformador através do estudo de textos que

permitam explorar as práticas de leitura, e que incentivem a pesquisa e a

reflexão;

- Vivencie, na aula de Língua Estrangeira, formas de participação

que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e

coletivas;

- Compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social;

- Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;

- Reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem

como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país.

8.14.3 - Conteúdos

O conteúdo estruturante da Língua Estrangeira Moderna é o discurso como

prática social, a partir de diferentes gêneros discursivos manifestados nas práticas

sociais de leitura, escrita e oralidade, permeados pela análise linguística. A palavra

discurso inicialmente significa curso, passar por, isso indica que a postura frente aos

conceitos fixos, imutáveis, deve ser diferenciada.

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“A linguagem, não é um sistema acabado, mas um contínuo processo de vir a

ser”. A língua não é algo pronto, à disposição dos falantes, mas algo em que eles

“ingressam numa corrente móvel de comunicação verbal”. Ao contrário de uma

concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática tradicional, o discurso

tem como foco o trabalho com os enunciados orais e escritos (DCE 2009 p 62).

Promover-se-á também o conhecimento dos temas sociais contemporâneos e

da cultura afro-brasileira e da cultura hispânica.

Esfera social de circulação e seus gêneros textuais

Para trabalhar as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística no

CELEM, serão adotados como conteúdo básico os seguintes gêneros discursivos:

CONTEÚDOS BÁSICOS – P1

Esfera social de circulação e seus gêneros textuais

Para trabalhar as práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística no

CELEM, serão adotados como conteúdo básico os seguintes gêneros

discursivos:

ESFERA COTIDIANA DE CIRCULAÇÃO

Bilhete

Carta Pessoal

Cartão felicitações

Cartão postal

Convite

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 234

Letra de música

Receita culinária

ESFERA PUBLICITÁRIA DE CIRCULAÇÃO

Anúncio **

Comercial para radio *

Folder

Paródia

Placa

Publicidade Comercial

Slogan

ESFERA LITERÁRIA DE CIRCULAÇÃO

Conto

Crônica

Fábula

História em quadrinhos

Poema

ESFERA JORNALÍSTICA DE CIRCULAÇAO

Anúncio classificados

Cartum

Charge

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 235

Entrevista **

Horóscopo

Reportagem **

Sinopse de filme

ESFERA ARTÍSTICA DE CIRCULAÇÃO

Autobiografia

Biografia

ESFERA ESCOLAR DE CIRCULAÇÃO

Cartaz

Diálogo **

Exposição oral *

Mapa

Resumo

ESFERA MIDIÁTICA DE CIRCULAÇÃO

Correio eletrônico (e-mail)

Mensagem de texto (SMS)

Telejornal *

Telenovela *

Videoclipe *

ESFERA PRODUÇÃO DE CIRCULAÇÃO

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 236

Bula

Embalagem

Placa

Regra de Jogo

Rótulo

*Embora apresentados oralmente, dependem da escrita para existir.

**Gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de

uso da língua.

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 237

Fatores de textualidade centradas no texto:

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições, recursos

semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedade estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor; conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

Intertextualidade;

Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência. Função das classes gramaticais no

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 238

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,

travessão, negrito);

Partículas conectivas básicas do texto;

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

Intertextualidade;

Partículas conectivas básicas do texto;

Vozes do discurso: direto e indireto;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 239

Léxico: emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação

das palavras, figuras de linguagem;

Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explícitas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal e nominal;

COTEÚDOS BÁSICOS – P2

ESFERA COTIDIANA DE CIRCULAÇÃO

Comunicado

Curriculum vitae

Exposição oral*

Ficha de inscrição

Lista de compras

Piada**

Telefonema*

ESFERA PUBLICITÁRIA DE CIRCULAÇÃO

Anúncio**

Comercial para televisão*

Folder

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 240

Inscrições em muro

Propaganda**

Publicidade

Institucional

Slogan

ESFERA PRODUÇÃO DE CIRCULAÇÃO

Instrução de montagem

Instrução de uso

Manual técnico

Regulamento

ESFERA JORNALÍSTICA DE CIRCULAÇÃO

Artigo de opinião

Boletim do tempo**

Carta do leitor

Entrevista**

Notícia**

Obituário reportagem**

ESFERA JURÍDICA DE CIRCULAÇÃO

Boletim de ocorrência

Contrato

Lei

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 241

Ofício

Procuração

Requerimento

ESFERA ESCOLAR DE CIRCULAÇÃO

Aula em vídeo*

Ata de reunião

Exposição oral

Palestra*

Resenha

Texto de opinião

ESFERA LITERÁRIA DE CIRCULAÇÃO

Contação de história*

Conto

Peça de teatro*

Romance

Sarau de poema*

ESFERA MIDIÁTICA DE CIRCULAÇÃO

Aula visual

Conversação chat

Correio eletrônico (e-mail)

Mensagem de texto (sms)

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 242

Videoclipe*

* embora apresentados oralmente dependam da escrita para existir.

** gêneros textuais com características das modalidades escrita e oral de

uso da língua.

PRÁTICA DISCURSIVA: Oralidade

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações linguísticas.

Fatores de textualidade centradas no texto:

Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetições, recursos

semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de distintivos formais e informais como

conectivos, gírias, expressões, repetições);

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 243

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

PRÁTICA DISCURSIVA: Leitura

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedade estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor; conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referência textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

Intertextualidade;

Léxico: repetição, conotação, denotação, polissemia;

Marcas linguísticas: coesão, coerência. Função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (aspas,

travessão, negrito);

Partículas conectivas básicas do texto;

Elementos textuais: levantamento lexical de palavras italicizadas, negritadas,

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 244

sublinhadas, números, substantivos próprios;

Interpretação da rede de relações semânticas existentes entre itens lexicais

recorrentes no título, subtítulo, legenda e textos.

PRÁTICA DISCURSIVA: Escrita

Fatores de textualidade centradas no leitor:

Tema do texto;

Conteúdo temático do texto;

Elementos composicionais do gênero;

Propriedades estilísticas do gênero;

Aceitabilidade do texto;

Finalidade do texto;

Informatividade do texto;

Intencionalidade do texto;

Situacionalidade do texto;

Papel do locutor e interlocutor;

Conhecimento de mundo;

Temporalidade;

Referencia textual.

Fatores de textualidade centradas no texto:

Intertextualidade;

Partículas conectivas básicas do texto;

Vozes do discurso: direto e indireto;

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 245

Léxico: Emprego de repetições, conotação, denotação, polissemia, formação

das palavras, figuras de linguagem;

Emprego de palavras e/ou expressões com mensagens implícitas e explícitas;

Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, figuras de linguagem, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito);

Acentuação gráfica;

Ortografia;

Concordância verbal e nominal;

.História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.

8.14.4 - Metodologia

As aulas serão ministradas na língua meta, ou seja, o espanhol, desde que o

aluno compreenda com aproveitamento a mensagem. As explicações se

desenvolverão na LM (língua materna) bem como as discussões que resultarão na

criação de textos, a fim de que o aproveitamento seja o melhor possível. Os alunos

desde o começo estarão ouvindo o espanhol e contrapondo ao professor e com seus

companheiros, partindo sempre do Conteúdo Estruturante que é o Discurso como

prática social, trabalhando as questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e

discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O

embasamento das aulas de Língua Estrangeira Moderna sempre será o texto, verbal

e não-verbal, como unidade de linguagem em uso:

[...] o texto não é a forma prioritária de se usar a língua. É a

única forma. A forma necessária. Não tem outro. A gramática é

constitutiva do texto, e o texto é constitutivo da atividade da linguagem.

Tudo o que nos deve interessar no estudo da língua culmina com a

exploração das atividades discursivas. Antunes (2007, p. 130)

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 246

Serão abordados vários gêneros textuais, em atividades diversificadas,

analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de

informações, o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos

coesivos, a coerência, sendo que a gramática será explorada sempre

contextualizada.

Os textos explorados nem sempre serão de forma escrita, pois os recursos

áudio visuais, como a tv pen drive são uma forma inteligente e eficaz, haja vista que

existem alunos que absorvem mais as informações de forma visual, outros, através

da audição e todos devem ser contemplados.

Serão criadas estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade

da língua através da prática discursiva, organizando as falas e se constituindo

historicamente a partir de novas situações de interação juntando o conhecimento

adquirido com a mensagem textual apropriando-se para a construção da

argumentação.

8.14.5 - Avaliação

A avaliação é o instrumento através do qual o professor não só avalia o potencial

e a qualidade de absorção de conhecimentos pelo aluno, como também serve de ponto

para a tomada de decisões de como continuar o trabalho, pois através dela se é

possível analisar até que ponto suas explanações estão dando bons resultados.

A avaliação será qualitativa, já que a meta é a aquisição de conhecimentos por

parte do aluno, porém para fins de anotações ela é quantitativa, pois o professor fará as

transformações dos trabalhos apresentados em números, porque esta é a forma a qual

ainda estamos atrelados.

A avaliação da aprendizagem necessita, para cumprir o seu verdadeiro

significado, assumir a função de subsidiar a construção da aprendizagem bem-

sucedida. A condição necessária para que isso aconteça é de que a avaliação deixe de

ser utilizada como um recurso de autoridade, que decide sobre os destinos do

educando, e assuma o papel de auxiliar o crescimento (DCEs 2009 p 69-70).

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 247

A avaliação não deve limitar-se a nota obtida através de uma bateria de

perguntas e respostas escritas, ela vai além, ela deve ser composta por vários itens,

por exemplo:

Verificação do domínio das estruturas da língua estrangeira através da

expressão oral e escrita;

Avaliação subjetiva com exercícios estruturais;

Valorizar e avaliar a aprendizagem escrita, oral, incluso as extraclasses;

Utilizar os resultados como forma informativa de como prosseguir os

trabalhos.

A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos

em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). (…) os

alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% (setenta e

cinco por cento) do total de horas letivas e a média anual igual ou superior

a 6,0 (seis vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano

lesivo. SUED SEED, 2009

A forma avaliativa de recuperação não será aplicada somente com o intuito de

que o aluno consiga notas suficientes para atingir o mínimo necessário para sua

aprovação, será feita de maneira a contemplar-lhe o direito de rever a matéria na qual

ele encontrou dificuldades.

8.14.6 - Referências

ALVES, Adda-Nari M. ¡Vale! Español para brasileños. São Paulo: Editora Moderna,

1998.

ANGELES PALOMINO, Maria. Dual: pretextos para hablar. Madrid: Edelsa, 1998.

BECHER, Idel. Manual de español: Gramática. São Paulo: Nobel, 80ª ed., 1997.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 248

BOM, Matte Francisco. Gramática Comunicativa del Español. De la lengua a la

idea. España: Edelsa, 1999

----Gramática Comunicativa del Español. De la idea a la lengua. España: Edelsa,

1999

DOMÍNGUEZ, Pablo; BAZO, Plácido & HERRERA, Juana. Actividades

comunicativas. Madrid: Edelsa, 1991.

LEFFA, Vilson J. A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas: Educat,

2006.

________________ O professor de línguas estrangeiras: construindo a profissão.

Pelotas: EDUCAT, 2006.

MEURER, J. L. O trabalho de leitura crítica: recompondo representações,

relações e identidades sociais. Florianópolis: UFSC, 2000. p.155-171.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares de Língua

Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Instrução Normativa nº 019/2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas

(CELEM). Curitiba, 2008. 22p. Disponível em:

<http://diaadia.pr.gov.br/sued/arquivos/File/Instrucao_2008/Instrucao_019_CELEM.p

df> Acesso em 23 de março de 2009.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação.

Resolução n. 3904-2008. Centro de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM).

Curitiba, 2008 01p.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação. Livro

Didático Público. Língua Estrangeira Moderna: Espanhol e Inglês. 2. ed. Curitiba:

SEED-PR, 2006.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 249

8.15 – P.P.C. de Ensino Religioso

8.15.1 – Apresentação da disciplina

Dentre os desafios para o Ensino Religioso na atualidade, pode-se destacar a

necessária superação das tradicionais aulas de religião e a inserção de conteúdos

que tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos,das suas

paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e

econômicas de que são impregnadas.

A disciplina de Ensino Religioso é parte integrante da formação básica do ser

humano, como pessoa e cidadão, vedada qualquer forma de doutrinação ou

proselitismo. Nessa perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como

conteúdos nas salas de aula, proporcionando ao aluno o respeito à diversidade

cultural e religiosa.

A linguagem a ser utilizada nas aulas de Ensino Religioso é a pedagógica,

adequada ao universo escolar.

Ao adotar esta abordagem em relação aos conteúdos, o professor

estabelecerá uma relação pedagógica com os conhecimentos que compõem o

universo sagrado das manifestações religiosas, como construção histórico-social,

agregando-se ao patrimônio cultural da humanidade. Não estará, portanto, propondo

que se faça juízo desta ou daquela prática religiosa. Esta também é uma das formas

de respeito ao direito à liberdade de consciência e à opção religiosa do educando.

As análises se darão por meio do tratamento dos conteúdos, destacando-s os

aspectos científicos do universo das diferentes culturas nas quais se firmam o

sagrado e suas expressões coletivas, baseado na aula dialogada, isto é, a partir da

experiência religiosa de cada aluno e de seus conhecimentos prévios para em

seguida apresentar o conteúdo a ser trabalhado.

Frequentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por

uma visão de senso comum empírica, sincrética, no qual quase tudo aparece como

natural. O professor deve posicionar-se de forma clara objetiva e critica quanto ao

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 250

conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural.

É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do

educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão

aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade

sócio-cultural.

O Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas,

para garantir o direito constitucional de liberdade de crença e de expressão e por

consequência o direito à liberdade individual e política.

8.15.2 – Objetivos Gerais

Mesmo sendo de matrícula facultativa na EJA, o Ensino Religioso subsidiará

os educandos na compreensão e na forma como a sociedade sofre interferências

das tradições religiosas ou mesmo da afirmação ou negação do Sagrado, uma vez

que estes compõem o universo cultural humano, fazendo parte do modelo de

organização de diferentes sociedades.

O Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas,

para garantir o direito constitucional de liberdade de crença e de expressão e por

consequência o direito à liberdade individual e política que deve propiciar a

compreensão, comparação e análise das diferentes manifestações do Sagrado, com

vistas à interpretação dos seus múltiplos significados.

8.15.3 – Conteúdos do Ensino Fundamental – Fase

Conteúdos Estruturantes

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Texto Sagrado

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 251

Conteúdos Básicos

Organizações Religiosas

Lugares Sagrados

Textos Sagrados orais ou escritos

Símbolos Religiosos

Temporalidade Sagrada

Festas Religiosas

Ritos

Vida e Morte

8.15.4 - Metodologia

Propor encaminhamento metodológico para a disciplina de Ensino Religioso,

mais do planejar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em

sala de aula, pressupõe um constante repensar das ações que subsidiam esse

trabalho, pois uma abordagem nova de um conteúdo escolar leva, inevitavelmente, a

novos métodos de investigação, análise e ensino.

Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e

dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem

desse conhecimento em sua prática social cotidiana. Num segundo momento

didático propõe-se a problematização do conteúdo. É o momento da mobilização do

aluno para a construção do conhecimento.

No entanto, é preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção

religiosa do educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos

valorizarão aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da

diversidade sociocultural.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 252

8.15.5 - Avaliação

Dentre as orientações metodológicas para a disciplina de ensino religioso, faz-

se necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, um vez que

este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria da

disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos. Ou seja, o Ensino

Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá registro

de notas ou conceitos na demonstração escolar, isso se justifica pelo caráter

facultativo da matrícula na disciplina.

Cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitem

acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe,

tendo como parâmetro os conteúdos e os objetivos.

Para uma melhor compreensão do processo de avaliação da Educação de

Jovens e Adultos – EJA, consultar o item “6.10.1 – Avaliação da EJA”.

8.15.6 - Referências

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – Superintendência da

Educação, Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o ensino fundamental,

versão preliminar, julho: 2008.

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 253

ANEXOS

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 254

9.1 - ANEXO I – GRÁFICOS DE PESQUISAS

Condições de MoradiaPrópria

82%Própria

79%

Própria

81%

Alugada

16%Alugada

14%

Alugada

15%Outros

2%

Outros

7%Outros

4%

Manhã Noite Total

Própria

Alugada

Outros

Você mora com quem?

71%

64%69%

10%16%

12%

3% 2% 2%8%

2%6%

9%

16%11%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Manhã Noite Total

Pai e Mãe

Somente com a mãe

Somente com o pai

Com os avós

Outros

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 255

Qde de pessoas na moradia

4%

9%6%

18%

33%

24%

50%

22%

40%

21%24%

22%

7%11%

9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Manhã Noite Total

duas

três

quatro

cinco

mais de cinco

Alunos que trabalham

Sim; 43%

Sim; 67%

Sim; 50%

Não; 57%

Não; 33%

Não; 50%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Manhã Noite Total

Sim

Não

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 256

Ramo de trabalho do pai:

22% 20%

13%

0%

9%

1%

16%20%

51%

10%

2% 2% 5% 2% 0%

27%32%

16%

10%

1%

7%2%

11%

22%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Agr

icultura

/Pec

uária

Indú

stria

Em

pres

ário/C

omerc./V

end

as

Diaris

ta

Aut

ônom

o

Des

empr

egad

o

Ser

vido

r Público

Outro

s

Manhã

Noite

Total

Ramo de trabalho da mãe:

9%

15%

11%

6% 5% 6%

15%

2%

11%13%

15% 13%

8%5%

7%5%

15%

8%

21%

10%

17%

23%

34%

27%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Manhã Noite Total

Agricultura/Pecuária

Indústria

Empresária/Comerc./Vendas

Diarista

Autônomo

Desempregada

Servidora Pública

Outros

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 257

Renda Familiar:

8%

2%6%

38%

44%40%

35%39%

36%

19%

15%18%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Manhã Noite Total

até 1 salário

1 a 2 salários

2 a 4 salários

mais de 4 salários

Nível de escolaridade do pai

4%7%

5%

29%

24%

27%

23%

31%

26%

37%

29%

34%

8%10% 8%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Manhã Noite Total

analfabeto

1ª a 4ª série

5ª a 8ª série

Ensino Médio

Ensino Superior

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 258

Nível de escolaridade da mãe:

6% 5% 6%

14%

31%

19%17%

26%

20%

47%

26%

40%

16%13%

15%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

45%

50%

Manhã Noite Total

analfabeta

1ª a 4ª série

5ª a 8ª série

Ensino Médio

Ensino Superior

Alunos que possuem computador:

Sim; 64%Sim; 60%

Sim; 63%

Não; 36%Não; 40%

Não; 37%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Manhã Noite Total

Sim

Não

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 259

Alunos que tem acesso internet:

Sim; 90%

Sim; 76%

Sim; 85%

Não; 10%

Não; 24%

Não; 15%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Manhã Noite Total

Sim

Não

Principal local de acesso a internet:

52%

41%

48%

18%

8%

15%

30%

51%

37%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

Manhã Noite Total

Casa

na escola

outro lugar

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 260

Alunos que acreditam que os estudos podem melhorar as

vidas das pessoas:

Sim; 100% Sim; 100% Sim; 100%

Não; 0% Não; 0% Não; 0%0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

Manhã Noite Total

Sim

Não

Alunos que gostam de estudar:

Sim; 92% Sim; 89% Sim; 91%

Não; 8% Não; 11% Não; 9%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Manhã Noite Total

Sim

Não

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 261

Porque você frequenta a escola?

7% 7% 7%2% 2% 2%

90% 91% 90%

0% 0% 0%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Manhã Noite Total

Porque gosta

Porque é obrigado

é importante p/ meu futuro

outros

Alunos que leêm algum tipo de periódico:

Sim; 58%

Sim; 67%

Sim; 60%

Não; 42%

Não; 33%

Não; 40%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Manhã Noite Total

Sim

Não

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 262

Nº de livros lidos por ano:

9%

17%

32%

17%

5% 7%

12%

32%

20%17%

12%

7%

2%

10%

17% 18%

27%

16%

6% 5%

11%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

nenhum um dois três quatro cinco mais de

cinco

Manhã

Noite

Total

Nº de horas dedicados a estudos complementares:

18%

26%

21%

37%

33%36%

23%

33%

26%

22%

9%

17%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Manhã Noite Total

não estuda em casa

até 1 h

1 a 2 h

mais de 2 h

Colégio Estadual “D. Pedro I” – Ensino Fundamental e Médio

Av. Luiz Antônio Agostinho, 700 Fone: (44) 3352-1243

Santo Inácio – Paraná e-mail: [email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 263

Alunos que tem pretensões de cursar uma Universidade:

Sim; 93%Sim; 84%

Sim; 90%

Não; 7%Não; 16%

Não; 10%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Manhã Noite Total

Sim

Não

Alunos que tem condições financeiras de cursar uma

Universidade:

Sim; 49%

Sim; 37%

Sim; 45%Não; 51%

Não; 63%

Não; 55%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Manhã Noite Total

Sim

Não

Colégio Estadual “D. Pedro I” – Ensino Fundamental e Médio

Av. Luiz Antônio Agostinho, 700 Fone: (44) 3352-1243

Santo Inácio – Paraná e-mail: [email protected]

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 264

% de Alunos - Urbano x Do Campo

76%

24%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Urbano Do Campo

Total

Beneficiados pelo Bolsa Família:

23% 23% 23%

77% 77% 77%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

Manhã Noite Total

beneficiados

não beneficiados

Colégio Estadual “D. Pedro I” – Ensino Fundamental e Médio

Av. Luiz Antônio Agostinho, 700 Fone: (44) 3352-1243

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 265

9.2 – ANEXO II – REGIMENTO ESCOLAR