Organização do Trabalho pedagógico na formação docente Parte 3.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO · 3.6 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO ..... 19 3.7 ORGANIZAÇÃO DO...
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PROJETO
POLÍTICO PEDAGÓGICO
CURITIBA 2016
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR ELYSIO VIANNA Ensino Fundamental e Profissional
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 5 2 IDENTIFICAÇÃO...........................................................................................................6 2.1 VIDA LEGAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO............................................ 6 2.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO........................................................................................ 8 2.3 BIBLIOGRAFIA DO PROFESSOR ELYSIO VIANNA.............................................. 12 2.4 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO............................................................. 13 2.5 OFERTA DE CURSOS E TURMAS....................................................................... 14 3.0 MARCO SITUACIONAL............................................................................................ 15 3.1 CARACTERÍSTICA DA COMUNIDADE ESCOLAR............................................... 15 3.2 PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO................................................................................... 17 3.3 CORPO DOCENTE.............................................................................................. 17 3.4 FUNCIONÁRIOS................................................................................................. 18 3.5 QUADRO DOS PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS............................................... 18 3.6 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO.............................................................. 19 3.7 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO................................................... 19 3.8 INCLUSÃO EDUCACIONAL............................................................................ ..........21 3.9 DIAGNÓSTICO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DA ESCOLA.............................. 23 3.10 ESTRUTURA FÍSICA......................................................................................... 25 3.11 INDICADORES EDUCACIONAIS........................................................................ 25 3.11.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB............................... 27 3.11.2 Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB.................. ....................28 3.11.3 Prova Brasil.................................................................................... ....................28 3.11.4 Exame Nacional do Ensino Médio.............................................. ....................29 4 MARCO CONCEITUAL................................................................................................. 29 4.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM, SOCIEDADE, CIDADANIA, CULTURA, TRABALHO...................................................................................................................... 29 4.2 CONCEPÇÃO DE ESCOLA.................................................................................. 33 4.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO............................................................................ 35 4.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO.................................................................... 37 4.5 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM.................................................... 39 4.6 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO............................................................................. 39 4.7 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS.................................................................... ..........41 4.8 CONCEPÇÃO DE CONSELHO DE CLASSE......................................................... 42 4.9 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO........................................................................... 43 4.10 CONCEPÇÃO DE IFÂNCIA................................................................................ 45 4.11 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA................................................................... 52 4.12 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO....................................... 54 4.13 - EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE................................................................... ..........56 4.14 - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA................................ 58 4.15 EDUCAÇÃO AMBIENTAL............................................................................. ..........60 4.16 AGENDA 21................................................................................................... ..........61 4.17 SEXUALIDADE.............................................................................................. ..........61 4.18 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR........................................................ ..........63
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5.0 MARCO OPERACIONAL............................................................................................64 5.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA...........................................................................................64 5.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA....................................................................................67 5.3 SISTEMA AVALIATIVO............................................................................................70 5.4 CRITÉRIOS PARA RECUPERAÇÃO DOS CONTEÚDOS ............................ ............72 5.4.1 A Recuperação deve ser Total (100%):.......................................... .......................73 5.4.2 Recuperação Concomitante ........................................................... ....................75 5.5 CRITÉRIOS PARA O CONSELHO DE CLASSE............................................ ..........75 5.6 PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO................................................................. ..........77 5.7 PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO............................................................ ..........78 5.8 ACOMPANHAMENTO DE PROGRESSÃO PARCIAL.................................... ..........79 5.9 EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS E APROVEITAMENTO DE ESTUDOS..............80 5.9.1 O Processo de Equivalência de disciplinas deverá ser instruído com:...........80 5.10 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS................................... ...........81 5.11 SAREH – SEVIÇO DE ATENDIMENTO À REDE DE ESCOLARIZAÇÃO HOSPITALAR.............................................................................................................82 5.11.1 Tarefa Domiciliar............................................................................ ......................82 5.12 PROGRAMA DE COMBATE DE ABANDONO ESCOLAR........................... ............86 5.13 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO.................................................................. ............86 5.14 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM..................................................................... ..87 5.15 ESTRATÉGIAS DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE............................................................................................................87 5.16 CONCEPÇÃO DE PLANEJAMENTO........................................................... ............89 5.17 PERFIL DO PROFESSOR........................................................................... ............92 5.18 RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO:........................................................... ............94 5.19 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR..................................................................... ............96 5.20 PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA..................96 5.20.1 Rota de Fuga.................................................................................................. 100 5.20.2 Planta de Risco.............................................................................. ....................119 5.20.3 Organograma da Equipe de Abandono....................................... .....................120 5.21 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL......................................... 121 5.22 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO - CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE......................................................................................................122 5.23 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE – SUBSEQUENTE.......................................................................................................................123 5.24 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM QUALIDADE SUBSEQUENTE................................................................................................... ..........124 5.25 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO – CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA................................................................................................................... 125 5.26 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA – SUBSEQUENTE..........................................................................................................126 5.27 CALÉNDÁRIO ESCOLAR .................................................................................... 127 5.28 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO..........................................128 REFERÊNCIAS............................................................................................................... 133 ANEXOS.....................................................................................................................129
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL
INTRODUÇÃO................................................................................................................. 135 2.CONCEPÇÃO DE CURRICULO................................................................................... 136 3 ENSINO DA ARTE ....................................................................................................... 138 3.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE ARTE 138 3.1.1 Apresentação da disciplina de Arte..................................................................... 142 3.1.2 Objetos de estudo da disciplina de Arte ............................................................ 142 3.1.3 Objetivos da disciplina de Arte ........................................................................... 142 3.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS E ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA DE ARTE................................................................................................................................ 146 3.2.1 Conteúdos Estruturantes da disciplina de Arte................................................. 146 3.2.2 Conteúdos Básicos da disciplina de Arte .......................................................... 151 3.2.3 Conteúdos Específicos da disciplina de arte................................................... 151 3.2.4 Desafios Educacionais contemporâneos e a diversidade................................ 170 3.3 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA DE ARTE....................... 172 3.4 AVALIAÇÃO............................................................................................................... 173 3.4.1 Critérios para a avaliação..................................................................................... 174 REFERÊNCIAS................................................................................................................ 176 4 DISCIPLINA DE CIÊNCIAS.......................................................................................... 177 4.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS.. 177 4.1.1 O Ensino de Ciências no Brasil........................................................................... 178 4.1.2 Objeto de Estudo ….............................................................................................. 180 4.1.3 Objetivos Gerais da Disciplina............................................................................. 180 4.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS....... 180 4.2.1 Conteúdos Estruturantes .................................................................................... 180 4.2.2 Conteúdos Básicos .............................................................................................. 180 4.2.3 Conteúdos Específicos ........................................................................................ 181 4.2.4 Desafios educacionais contemporâneos e a diversidade ................................ 191 4.3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA.............................................................................. 195 4.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA.................................197 REFERÊNCIAS................................................................................................................ 201 5 DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA.......................................................................... 204 5.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO–METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................................................. 204 5.1.1 Objetivos da disciplina de Educação Física ...................................................... 205 5.2 ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL.......................... 206 5.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................................................. 216 5.3.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS................................................................................ 220 5.3.2 Desafios educacionais contemporâneos e a diversidade ................................ 221 5.4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA.............................................................................................................................. 222
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5.5 AVALIAÇÃO............................................................................................................... 223 REFERÊNCIAS................................................................................................................ 225 6 DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO.........................................................................226 6.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO–METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO...................................................................................................................... 226 6.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO...................................................................................................................... 227 6.2.1 Conteúdos Estruturantes da disciplina de Ensino Religioso........................... 227 6.2.2 Conteúdos Básicos da disciplina de Ensino Religioso..................................... 230 6.2.3 Desafios educacionais e contemporâneos e a diversidade cultural …........... 237 6.3 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO...............................................................................................................237 6.4 AVALIAÇÃO............................................................................................................... 239 REFERÊNCIAS............................................................................................................... 241 7 DISCIPLINA DE GEOGRAFIA .................................................................................... 243 7.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA.................................................................................................................... 243 7.1.1 Objetivos da disciplina de Geografia.................................................................. 247 7.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA ......................................................................................................................................... 248 7.2.1 Desafios Educacionais Contemporâneo e a Diversidade................................. 253 7.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA .......................................................................................................................................... 254 7.4 AVALIAÇÃO............................................................................................................... 255 REFERÊNCIAS................................................................................................................ 256 8 DISCIPLINA DE HISTÓRIA ......................................................................................... 257 8.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA .......................................................................................................................................... 257 8.1.1 Objetivos da disciplina de História..................................................................... 258 8.1.2 Objetivos específicos da disciplina de História................................................. 259 8.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA ….. 259 8.2.1 Conteúdos Estruturantes da disciplina de História ......................................... 259 8.2.2 Conteúdos Básicos da disciplina de História.................................................... 265 8.2.3 Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade............................... 271 8.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA …...... 281 8.4 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO................................................................................ 283 8.4.1 Avaliação............................................................................................................... 284 REFERÊNCIAS............................................................................................................... 287 9 DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA INGLÊS.................................290 9.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO–METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA …........................................................................................ 290 9.1.1 Objetivos da disciplina da Língua Estrangeira Moderna - Inglês................ 291 9.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA …........................................................................................ 291
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9.2.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS da disciplina de Língua Estrangeira Moderna...296 GÊNEROS DISCURSIVOS.............................................................................................. 300 GÊNEROS TEXTUAIS..................................................................................................... 300 9.2.2 Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade............................... 300 9.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA ........... 301 9.4 AVALIAÇÃO............................................................................................................... 303 REFERÊNCIAS............................................................................................................... 305 10 DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA …............................................................ 306 10.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO–METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA ............................................................................................................... 306 10.2 OBJETIVOS............................................................................................................ 310 10.2.1 Objetivos Gerais.................................................................................................. 310 10.2.2 Objetivos Específicos ...................................................................................310 10.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS BÁSICOS ............................. 312 10.3.1 Conteúdo Estrurante........................................................................................... 312 10.3.2 Conteúdo Básicos...............................................................................................313 10.3.3 Conteúdos do Ensino Fundamental ................................................................. 314 10.4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA ......... 321 10.5 AVALIAÇÃO............................................................................................................. 322 10.6 LEGISLAÇÃO ......................................................................................................... 324 REFERÊNCIAS................................................................................................................ 325 11 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA................................................................................. 327 11.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA.................................................................................................................. 327 11.1.1 Objetivos da disciplina de Matemática............................................................. 331 11.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA.............................................................................................................331 12.2.1 Conteúdos Específicos....................................................................................... 334 11.2.2 Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade............................. 349 11.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA.. 352 11.4 AVALIAÇÃO............................................................................................................. 352 11.4.1 Instrumentos de Avaliação................................................................................. 353 11.4.2 Critérios de Avaliação......................................................................................... 353 REFERÊNCIAS............................................................................................................... 354
CELEM 1 LÍNGUA ESTRANGEIRA ESPANHOL ....................................................................355 1.1 OBJETIVOS GERAIS.............................................................................................356 1.2 CONTEÚDOS BÁSICOS.......................................................................................356 1.2.1 Conteúdos por bimestre...................................................................................359 1.3 METODOLOGIA.....................................................................................................361 1.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO...............................................................................363 1.5 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO.......................................................................365 REFERÊNCIAS ...........................................................................................................365
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1 INTRODUÇÃO
Partindo dos princípios definidos pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, num trabalho coletivo junto ao corpo administrativo e pedagógico, corpo
docente, funcionários, pais e alunos, levando-se em consideração as aspirações da
comunidade, o Colégio Estadual Professor Elysio Vianna elaborou o Projeto Político
Pedagógico fundamentado em princípios indispensáveis para a construção do
cidadão, procurando estimular e dar oportunidade de construção e desenvolvimento
pessoal.
O Projeto Político Pedagógico da escola é um documento que reúne todos os
pressupostos do processo de educação a ser realizado. Não é um documento
definitivo, estará sendo constantemente construído, avaliado e reformulado.
Sendo a escola um espaço público, a qual proporciona ao ser humano um
conjunto de atividades culturais, sendo este fator fundamental para a socialização
deste individuo perante as possibilidades e os desafios encontrados na formação do
caráter civil, social e igualitário. Seu papel mais importante é o de tentar responder
aos desafios que a realidade apresenta, direcionando as possíveis respostas na
concretização de uma sociedade solidária e igualitária.
O presente Projeto foi construído com a participação efetiva da comunidade
do Colégio Estadual Professor Elysio Vianna – Equipe Administrativa, Equipe
Pedagógica, Professores, Funcionários, Pais e Alunos. O resultado deste, é fruto de
um trabalho coletivo e da vivência do dia a dia de cada um dos envolvidos, será,
certamente, assumido no seu conjunto, por todos nós que o elaboramos com
esforço e dedicação e comprometidos com a efetivação deste Projeto.
Reconhecemos o Colégio Estadual Professor Elysio Vianna como meio
privilegiado e, com ele queremos responder ao direito de todo homem à educação e
almejamos tornar nossos alunos protagonistas da humanização da cultura, da
construção de um mundo novo, de uma sociedade mais justa e fraterna.
O objetivo principal foi a construção de um projeto que realmente
refletisse a Escola e suas reais necessidades, bem como visou definir estratégias
para avançarmos na luta pela melhoria da qualidade do processo de ensino e
aprendizagem.
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2.0 IDENTIFICAÇÃO
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR ELYSIO VIANNA
ENSINO FUNDAMENTAL/ EDUCAÇÃO PROFISSIONAL TÉCNICA DE NÍVEL
MÉDIO / ENSINO PROFISSIONAL SUBSEQUENTE
ENDEREÇO: AVENIDA SENADOR SALGADO FILHO, N.º 1.320.
BAIRRO GUABIROTUBA, CURITIBA – PARANÁ.
CEP: 81.510-000
CNPJ/APMF – 75768.242?001-29
TELEFONE: 3296 – 7663/ 3296 – 7662/ 3296-1008
SETOR CAJURU – ÁREA 12
E-mail: [email protected]
2.1 VIDA LEGAL DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
Curso: 4002-4013 – CURSO FUNDAMENTAL 1/4 / Curso: 4000 – CURSO FUNDAMENTAL 5/8 Ensino/Modalidade: Regular-Ensino Fundamental
10 - Autorização de Funcionamento DEC. 2379 DOE de 13/10/1976 REORG G E GR ESC PROF ELYSIO VIANNA 1 a 8 12 – Reconhecimento RES. 2845 DOE de 30/12/1981 RECONHECE O CURSO DE 1º GRAU-REGULAR 32 – Renovação de Reconhecimento RES. 1739 DOE de 25/07/2005 RENOVA O RECONHECIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL, DESDE 2003, PARECER 0938/2005-CEF 32 – Renovação de Reconhecimento RES. 3071 DOE de 17/09/2008 RENOVA O RECONHECIMENTO DO ENSINO FUNDAMENTAL (1ª A 4ª), DESDE 2008 (DECR. AUT. 2379/76). PARECER1819/08-CEF Curso 4039 CURSO FUNDAMENTAL 6/9 ANOS – Ensino/Modalidade: Regular Ensino Fundamental 32 – Renovação de Reconhecimento RES. 3167 DOE de 11/08/2014 PARECER 68/14 – CEIF. DESDE 2013, PELO PRAZO DE 05 (CINCO) ANOS. Curso: 5242 – EJA POR DISCIPLINA – F. II Ensino/Modalidade: Jovens e Adultos – Ensino Fundamental 10 – Autorização de Funcionamento RES. 4807 DOE de 01/05/2009 88 – Cessação Definitiva RES. 4190 DOE de 02/12/2009 CESSA DEFINITIVAMENTE O ENSINO FUNDAMENTAL FASE II, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, DESDE 2008, (RESOL. AUT. 4807/08), PARECER 2915/09-CEF.
Curso 5243 – EJA por disciplina Ensino/Modalidade: Jovens e Adultos – Ensino Fundamental 10 – Autorização de Funcionamento RES. 4807 DOE de 01/05/2009 AUTORIZA FUNCIONAMENTO DO ENSINO MÉDIO, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, (AUT. DESDE O INÍCIO DE 2006), IMPLANTAÇÃO SIMULTÂNEA, PARECER 708/08 – CEE. 88 – Cessação Definitiva RES. 4190 DOE de 17/02/2010 CESSA DEFINITIVAMENTE O ENSINO MÉDIO, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS, DESDE 2008, (RESOL. AUT. 4807/08), PARECER 2915/09 – CEF.
CURSO: 3003 – COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR. Ensino/Modalidade: Regular – Ensino Médio 10 – Autorização de Funcionamento RES. 3683 DOE de 11/09/2008
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AUTORIZA O FUNCIONAMENTO DO CURSO COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR – JOGOS (VIVA ESCOLA) A PARTIR DO INÍCIO DE 2009, IMPLANTAÇÃO SIMULTÂNEA – RESOLUÇÃO SECRETARIAL 3683/2008.
Curso: 0901 – TÉC. EM MEIO AMBIENTE – SUBSEQUENTE ET ASS. – Ensino/Modalidade: Curso: 1229 Profissional-Ensino Médio 10 – Autorização de Funcionamento RES. 2858 DOE de 10/09/2010 PARECER 574/10 – CEB/CEE. OBS: RETIFICADA PELA RES. 5891/11 DE 14/12/11 12 – Reconhecimento RES. 8 DOE de 07/02/2012 PARECER 1193/11 – CEB/CEE. RECONHECE (05 ANOS) DESDE 2010. RES. 5748 DOE de 14/11/2014 PARECER 658/14 – CEMEP, RECONHECE O CURSO TEC. EM MEIO AMB. – INT. ET AS, REPORTA-SE AO PERÍODO AUTORIZADO E O PRAZO DE 05 (CINCO) ANOS, SERÁ CONTADO DESDE 20/09/14, (RES. AUT. 2958/11). OBS: ALTERADO PELA RES. N.º 04/12 – CNE/CEB, DE:ET; ASS, PARA: ET: AS. 32 – Renovação de Reconhecimento RES 1427 DOE de 16/06/2015 PAR 138/15 – CEMEP, REN. REC. DO CURSO TÉC. MEIO AMB. – ET ASS, PELO PRAZO DE 05 (CINCO) ANOS, A PARTIR DE 01/01/15, (RES. REC. 8/12). 40 – Convalidação RES. 5748 DOE de 14/11/2014 PARECER 658/14 – CEMEP. CONVALIDA OS ATOS ESCOLARES PRATICADOS PELA INSTITUIÇÃO DE ENSINO NO PERÍODO DE 01/01/2010 A 20/09/2011. 61 – Adequação ao Eixo Tecnológico RES. 1427 DOE de 02/06/2015 Par 138/15 – CEMEP. OBS: ALTERADO PELA RES. N.º 01/12 – CNE/CEB, DE: ET: ASS, PARA: ET: AS.
Curso: 0958 – TÉC. EM MEIO AMBIENTE – INTEGRADO ET ASS. – Ensino/Modalidade: Curso: 1424 Profissional-Ensino Médio 10 – Autorização de Funcionamento RES. 2958 DOE de 20/09/2011 PARECER 464/11 – CEB/CEE. AUT. FUNC. (03 ANOS) A PARTIR DA DATA DA PUBL. DA RES. 12 – Reconhecimento RES. 5748 DOE de 14/11/2014 PARECER 658/14 – CEMEP, RECONHECE O CURSO TEC. EM MEIO AMB – INT. ET AS, RESPORTA-SE AO PERÍODO AUTORIZADO E O PRAZO DE 05(CINCO) ANOS, SERÁ CONTADO DESDE 20/09/14, (RES. AUT. 2958/11). OBS: ALTERADO PELA RES. N.º 04/12-CNE/CEB, DE:ET:ASS, PARA: ET: AS 40 – Convalidação RES. 5748 DOE de 14/11/2014 PARECER 658/14 – CEMEP. CONVALIDA OS ATOS ESCOLARES PRATICADOS PELA INSTITUIÇÃO DE ENSINO NO PERÍODO DE 01/01/2010 A 20/09/2011
Curso: 0925 - TÉC. EM QUÍMICA – SUBSEQUENTE ET CPI Ensino/Modalidade: Profissional Curso: 1254 – – Ensino Médio 10 – Autorização de Funcionamento RES. 821 DOE de 30/04/2015 PARECER 8/15 – CEMEP, AUT. FUNC. DO CURSO TÉC. EM QUÍMICA – SUBS ET CPI, PELO PRAZO DE 02(DOIS) ANOS, A PARTIR DA DATA DA PUBLICAÇÃO. OBS: O REFERIDO CURSO FICA INSERIDO NO EIXO TECNOLÓGICO: PRODUÇÃO
INDUSTRIAL, DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO CNE/CEB N.º 01/2014 DE 25/12/2014. Curso: 0941 – TÉC. EM QUÍMICA – INTEGRADO ET CPI Ensino/Modalidade: Profissional –Ensino Médio 10 – Autorização de Funcionamento RES. 2259 DOE de 16/05/2014 PARECER 12/14 – CEMEP, AUT. FUNC. DO CURSO TÉC. EM QUÍMICA-INT. ET CPI, PELO PRAZO DE 03(TRÊS) ANOS, A PARTIR DA DATA DA PUBLICAÇÃO DA RESOLUÇÃO. Curso: 0914 – TÉC. EM QUALIDADE – SUBSEQUENTE ET GN - Ensino/Modalidade: Profissional –Ensino Médio 10 – Autorização de Funcionamento RES. 822 DOE de 30/04/2015 PARECER 7/15 – CEMEP, AUT. FUNC. DO CURSO TÉC. EM QUALIDADE – SUBSEQUENTE ET GN, PELO PRAZO DE 18(DEZOITO) MESES, A PARTIR DA DATA DA PUBLICAÇÃO
91 – Alteração de denominação RES. 3120 DOE de 31/08/1998 PARA: ALT. DEN CFE. DEL. 003/98 – CEE DE: ELYSIO VIANNA, ESC EST PROF – ENS 1 GR 91 – Alteração de Denominação RES. 4190 DOE de 17/02/2010 ALTERA A DENOMINAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO DESDE 2008 – PARECER 2915/09-CEF; DE: COLÉGIO ESTADUAL ELYSIO VIANNA – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PARA: ESCOLA ESTADUAL ELYSIO VIANNA – ENSINO FUNDAMENTAL
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36 – Proposta Pedagógica PARECER 13 ATO DE 26/01/2010 Aprova Proposta Pedagógica Curricular para o ano letivo de 2010. 44 – Credenciamento para oferta de Educação Profissional RES. 2858 DOE de 01/01/2010 PARECER 574/10 – CEB/CEE. 21 –Retificação RES. 5891 DOE de 06/02/2012 RETIFICAR OS ARTIGOS 1º E 2º DA RESOLUÇÃO N.º 2858/10. NO ARTIGO 1º DA RESOLUÇÃO FICA ALTERADO DE: C E PROFº ELYSIO VIANNA – E F M. PARA: E E PROF ELYSIO VIANNA – E FUND E NO ARTIGO 2º DA MESMA RESOLUÇÃO DE: C E PROF ELYSIO VIANNA – E F M P, PARA COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR ELYSIO VIANNA – ENSINO FUNDAMENTAL E PROFISSIONAL. 15 – Regimento Escolar RES. 367 ATO de 13/12/2012 APROVA DISPOSIÇÕES CONTIDAS NO REGIMENTO ESCOLAR DE ACORDO COM A DELIBERAÇÃO 016/99 – CEE/PR 42 – Credenciamento da educação básica RES. 5713 DOE de 02/01/2014 CREDENCIA PARA OFERTA DA EDUCAÇÃO BÁSICA, PELO PRAZO DE 5 (CINCO), A PARTIR DA DATA DA PUBLICAÇÃO DA PRESENTE RESOLUÇÃO. OBS.: FICAM UNIFICADOS OS CREDENCIAMENTOS (BÁSICA E PROFISSIONAL), CONSOANTE O QUE DISPÕE O ART. 23, DA DEL. N.º 03/2013 E O ART. 43, DA DEL. N.º 05/2013 – CEE/PR.
AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO: DEC. 2379/76 DOE DE 13/10/76
ATO DE RECONHECIMENTO: Res. 2845 DOE de 30/12/81
RENOVAÇÃO DE RECONHECIMENTO: 3071/2008 DOE 17/09/08 E PARECER DO
NUCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO APROVAÇÃO DO REGIMENTO DA
ESCOLA ATO ADMINISTRATIVO Nº 180/09 DE 12/01/09.
Este Estabelecimento de Ensino, sob o código 000932, pertence ao Núcleo
Regional de Educação de Curitiba, e tem como Entidade Mantenedora a Secretaria
de Educação do Estado do Paraná.
Horário de atendimento ao público
Manhã 07 horas e 30 minutos 11 horas e 45 minutos
Tarde 13 horas 17 horas e 30 minutos
Noite 18 horas 22 horas
2.2 HISTÓRICO DO COLÉGIO
O Colégio Estadual Professor Elysio Vianna está localizado na cidade
Curitiba, capital do Estado do Paraná, no bairro do Guabirotuba, foi fundado em
1945 para atender a demanda de famílias que residiam nas proximidades do
Matadouro Municipal de Curitiba. Foi a primeira escola do bairro, e sua construção
coincide com a do referido matadouro em terreno da prefeitura.
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Pelo Decreto n° 12243/63 n° 193 de 06/07/63, passou a Grupo Escolar
Professor Elysio Vianna. Iniciou suas atividades com quatro salas de aula e noventa
alunos matriculados. Com a expansão do bairro, que recebia cada vez mais
moradores que ocupavam conjuntos nas proximidades, a escola foi ampliada com a
construção de mais salas de aula.
Em 1965, recebeu a denominação de Colégio Estadual Professor Elysio
Vianna.
A partir de 1966, pelo Decreto n° 3521 de 30/12/66 foi criado o Ginásio
Estadual Professor Elysio Vianna, ofertando o período noturno a partir de 1967. O
Ginásio funcionou paralelamente ao Grupo Escolar para atender a demanda de
ensino nesta região da cidade, e de alunos de municípios vizinhos.
Devido à grande procura por parte dos moradores da comunidade foi
estendido o funcionamento do período diurno autorizado pela Portaria n° 1082 de
20/02/70 nos moldes da lei n° 4024, cujo currículo já havia sido aprovado em 1968
(Resolução n° 47/67 homologado pela Portaria n° 11781 de 1968).
Em 1971, foram construídas cinco salas de aula em alvenaria substituindo
as antigas salas de madeira, além de uma cozinha e dois banheiros para os
professores. Neste ano a Escola já contava com trinta e seis turmas de Ginásio
(doze salas em três turnos) e doze turmas de Grupo Escolar, tendo, portanto uma
clientela dividida em quatro turnos com grande procura por parte da comunidade.
Em 1972, passou a funcionar em regime de extensão na Escola João
Macedo Filho. Com a extinção gradativa das séries referentes aos cursos, o extinto
Grupo Escolar e o Ginásio teve o nome alterado para Escola Estadual Professor
Elysio Vianna – Ensino de 1° grau. Em 1976, foi reorganizada a estrutura burocrática
do estabelecimento pelo Decreto n° 2379/76 adaptado conforme a legislação em
vigor.
Em 1978, foi inaugurada com a Resolução n° 163/83, a Escola Estadual
Paulina Pacífico Borsari, ofertando 1ª a 4ª séries, entretanto sob a orientação da
Escola Elysio Vianna, formando assim, o Complexo Escolar. Posteriormente a
condição de Complexo Escolar foi extinta e as duas unidades escolares passaram a
ser autônomas mantendo suas respectivas denominações.
Em 1981, a presente instituição recebeu autorização de funcionamento
através da Resolução 630/81, ofertando cursos técnicos de 2° grau, Habilitação
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Técnica em Estatística, e Técnico em Publicidade, além das quatro séries finais de
1° grau.
Em 1982, a SEED emite parecer favorável ao reconhecimento das duas
habilitações de 2° grau. No ano seguinte, de acordo com o Decreto n° 455 DOE n°
1518 de 19/04/83, foram realizadas eleições para formação de lista tríplice para
escolha de Diretor por um período de dois anos. No mesmo ano o projeto de
implantação do curso de Educação Geral de 2° grau foi autorizado a funcionar.
Em 1985, houve uma junção das Escolas sob uma única direção, funcionando
de 1ª a 8ª séries, porém a maior conquista da comunidade foi à construção de uma
cancha polivalente em parceria entre a Fundepar e a Prefeitura Municipal, utilizando
a técnica de solo-cimento, uma experiência inovadora que diminuiu os custos de
construção de canchas esportivas nas escolas paranaenses. Nesse período, no
antigo prédio do Matadouro Municipal desativado, foi criada a Assoma (Associação
dos Meninos de Curitiba), com a iniciativa da Prefeitura e de empresas para atender
menores carentes, cujas crianças passaram a frequentar nosso Estabelecimento.
Em 1988, foi construída em convênio com a Fundepar/ Universidade Católica
do Paraná, uma moderna clínica dentária onde os alunos do curso de Odontologia
da Universidade Católica estagiavam colaborando com a saúde bucal dos alunos. O
sucesso do empreendimento logo se fez realidade atingindo índice de 0% de cáries
em crianças até 12 anos.
Muitas foram às participações deste Estabelecimento em eventos recreativos
ou cívicos, sempre com grande destaque. Foi elaborado pelo corpo docente o Plano
Decenal de Educação, o Regimento Interno do Estabelecimento e modificado o
Estatuto da Associação de Pais e Mestres. Com verbas do Governo Federal foram
adquiridos materiais pedagógicos e feitas melhorias na rede hidráulica.
Em 1993, a SEED emite parecer favorável para cessar definitivamente o
curso Técnico em Estatística e o curso de 1° grau regular no período noturno,
ficando revogada a partir de 1994, 5ª e 6ª séries, e em 1995, 7ª e 8ª séries.
Em 1994, o Departamento de Ensino de 2° grau aprova a abertura no período
noturno do curso de Habilitação Técnico em Publicidade, com implantação gradativa
a partir do início do ano letivo de 1994.
Em 1996, foi feita reforma geral no prédio pelo DECON em convênio com a
Fundepar, ocasião em que foi construída a nova cantina comercial em alvenaria com
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recursos da APM, obtidos em festas e sorteios. Foi implantado o Ensino Básico nas
quatro séries iniciais conforme as normas da Lei de Diretrizes e Base - LDB. Houve
incentivo às atividades artísticas entre os alunos, com projetos conveniados pela
Fundepar e participando do Programa Cidadão Nota Dez, o estabelecimento foi
contemplado com aparelhos eletrônicos para uso pedagógico.
Em 1998, para oferecer maior segurança aos alunos, foi adquirida a cerca de
alambrado ao redor do pátio.
Em 2004, a nova direção eleita pela comunidade escolar realizou com a
colaboração de toda a colaboração de todos a reformulação dos documentos
pendentes: Proposta Pedagógica, Regimento Escolar, reconhecimento e a
solicitação da comunidade a Proposta de Educação de Jovens e Adultos, Ensino
Fundamental e Médio para o período noturno. Funcionando com matriz curricular
própria, de acordo com a nova Proposta do EJA, para atender os alunos que na
idade própria não tiveram condições para concluir seus estudos.
Em 2008, foi cessada a oferta de Educação de Jovens e Adultos, funcionando
em seu lugar uma APED do Ceebeja Prof.ª Maria Deon de Lira. A quadra de
esportes foi reformada, instalado o laboratório de informática do Programa Paraná
Digital. No final do mesmo ano houve nova eleição para direção. Entre os anos de
2008 e 2009 a escola foi contemplada com diferentes projetos: Viva Escola, Mais
Educação, aprovação da oferta de Ensino Médio Profissionalizante, implantação do
Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM com o curso básico de Língua
Espanhola, autorizado através do Ato administrativo n.º 090/2009.
Em 2009, conforme a Resolução n.º 2858/10, foi autorizado o funcionamento
do Curso Técnico em Meio Ambiente – Eixo Tecnológico: Ambiente, Saúde e
Segurança, subsequente ao Ensino Médio e a Escola passou ao status de Colégio.
Em 2010, foi implantado o Curso de Educação Profissional Técnica de Nível
Médio Integrado - Técnico em Meio Ambiente ofertado no período da manhã e o
Técnico em Meio Ambiente Subsequente ofertado no período da noite. E o
Programa Mais Educação, oferecido no contra turno escolar para o Ensino
Fundamental.
Em 2011, foi ofertado o Técnico em Meio Ambiente Subsequente no período
da manhã, porque muitos alunos estavam evadindo por motivo de mudança de turno
no trabalho.
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Em 2015, começou a ser ofertado o Curso Técnico em Química Integrado
pelo período da manhã.
Em 2015, a partir do segundo semestre a Instituição de Ensino começa a
ofertar os Cursos Técnicos Subsequente de Química e Qualidade no período da
manhã e noite.
2.3 BIOGRAFIA DO PROFESSOR ELYSIO VIANNA
Nasceu em Antonina, Estado do Paraná, no dia 29 de setembro de 1872, filho
de Bento de Oliveira Vianna e Bárbara Maria Vianna, exerceu o magistério e
contribuiu nobremente para que várias gerações recebessem através de métodos
pedagógicos o preparo para os árduos embates da existência.
Faleceu no dia 10 de abril de 1963 aos 91 anos. A árvore que plantou e
cultivou tornou-se frondosa e frutificou, dando abrigo e sustento a tantos peregrinos
da educação e cultura.
O grande mestre foi indubitavelmente um dos precursores da escola de livre
iniciativa. Quando fundou em Curitiba a Escola Professor Elysio Vianna fê-lo
alicerçado no dispositivo constitucional que declarava ser o ensino primário e
secundário completamente livre à iniciativa privada. A República como já o fizera o
Império não tirava aos particulares o direito de exercerem livremente no terreno da
educação as suas atribuições como agentes educativos se tivessem condições para
tanto.
Em março de 1925 fundou o Colégio Novo Ateneu que ainda hoje faz jus ao
nome emérito de seu fundador.
Além de suas atividades na direção e no exercício do magistério, o estimado
mestre foi catedrático, por concurso em que obteve o primeiro lugar de Língua
Portuguesa na Escola Normal do Paraná e de Língua Francesa no antigo Colégio
Paranaense, tendo desempenhado ainda, o cargo de fiscal do Imposto de Consumo,
conquistado, brilhantemente, em memorável concurso de provas, o primeiro lugar
entre muitos concorrentes.
Em 1958, a Câmara Municipal de Curitiba conferiu o título de Cidadão
Honorário de Curitiba ao capelista que moço ainda, aqui se radicava e tanto serviço
prestara à comunidade curitibana e paranaense.
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Através do Decreto 1958 de 26 de dezembro de 1965, emprestou seu nome à
uma via pública, a Travessa Professor Elysio Vianna. O Governador Paulo Pimentel
por proposta do Secretário da Educação e Cultura, Lauro Rego Barros, deu a um
estabelecimento oficial de Curitiba o nome de Escola Professor Elysio Vianna. Foi o
reconhecimento dos poderes públicos ao grande educador paranaense, Elysio
Vianna.
2.4 CARACTERIZAÇÃO DO ATENDIMENTO
O Colégio Estadual Professor Elysio Vianna, tem por finalidade, atendendo ao
disposto nas Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional – LDBEN nº 9394/96, o Estatuto da Criança e do Adolescente –
ECA, Lei nº 8069/90 e a Legislação do Sistema Estadual de Ensino, assegurar ao
educando formação comum indispensável para o exercício da cidadania bem como
sua qualificação para o mundo do trabalho e inspira-se nos princípios de liberdade e
nos ideais de solidariedade humana.
O Estabelecimento de Ensino oferecerá aos seus alunos, serviços
educacionais com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na Escola, vedada
qualquer forma de discriminação e segregação;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço a tolerância;
V - gratuidade do ensino;
VI - valorização do profissional da educação escolar;
VII - gestão democrática da Escola;
VIII - garantia de padrão de qualidade;
IX - valorização da experiência extraescolar;
X – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
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O Colégio considerando os níveis de Modalidades de Ensino ofertadas tem
por objetivos:
I - proporcionar condições adequadas para promover o bem estar do aluno, seu
desenvolvimento físico, motor, intelectual, moral e social, a ampliação de suas
experiências e estimular o interesse pelo processo do conhecimento do ser humano,
da natureza e da sociedade;
II - fortalecer os vínculos da família, os laços de solidariedade humana e de
tolerância recíproca em que se assenta a vida social,
III - assegurar a melhoria do fluxo escolar, reduzindo a repetência, possibilitando aos
alunos liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento,
a arte e o saber, proporcionando uma melhor compreensão do mundo, para que
possam agir, participando das mudanças na sociedade;
IV - efetivar a ação educacional valorizando a ética, formação de liberdade com
responsabilidade e preparo para o exercício da cidadania;
V - propagar a cultura, o pensamento, a arte e o saber, subsidiando uma melhor
compreensão e visão do mundo, para que os alunos possam interagir com as
mudanças sociais;
VI - criar condições para o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o domínio da leitura, da escrita e do cálculo, propiciando a
compreensão do ambiente natural e familiar, sistema político, das artes e da
axiologia em que se fundamenta a sociedade.
2.5 OFERTAS DE CURSOS E TURMAS
O Colégio Professor Elysio Vianna, oferece os cursos do Ensino Fundamental
- anos finais do 6º ano ao 9º ano, Educação Profissional Nível Médio Integrado ao –
Técnico em Meio Ambiente e Química (com duração de quatro anos) e Subsequente
ao Ensino Médio – Técnico em Meio Ambiente, Qualidade (duração de 1 ano e
meio) e Química com duração de 2 anos.
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O colégio atende cerca de 668 alunos distribuídos conforme a tabela abaixo:
TURNO MODALIDADE ANO
MANHÃ
Programa Mais Educação 6º, 7º e 8º ano
Ensino Médio Profissional Técnico em Meio Ambiente Integrado
Ensino Médio Profissional Técnico em Química
Curso Técnico em Qualidade Subsequente
Curso Técnico em Química
TARDE
Ensino Fundamental 6º Ano ao 9º Ano
Sala de Apoio 6º ano
CELEM – Espanhol Básico I
NOITE
CELEM – Espanhol Básico I
Básico II
Curso Técnico em Meio Ambiente
Subsequente Curso Técnico em Qualidade
Curso Técnico em Química
3 MARCO SITUACIONAL
3.1 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE ESCOLAR
Os alunos do Colégio Estadual Professor Elysio Vianna – Ensino
Fundamental, Médio Profissional Integrado e Subsequente apresentam uma
diversidade de faixa etária que oscila entre 10 a 50 anos. Os alunos são oriundos de
Curitiba, de bairros da Região do Guabirotuba, Prado Velho, Uberaba, Boqueirão,
São José dos Pinhais entre outros.
A maioria de pais/responsáveis por alunos desta escola tem, entre 30 a 50
anos, seu nível de escolaridade é ensino fundamental, sendo que a porcentagem
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maior de escolaridade é em relação às mães. Outro dado significativo é que um
terço dos alunos entrevistados reside somente com as mães e o restante é dividido
entre pais, tios, avós, irmãos e outros.
Grande parte da população atendida pela escola, pertence à classe
trabalhadora, tendo como característica principal o subemprego e o emprego
informal, onde muitos trabalham com material reciclável. Os trabalhadores que
possuem emprego formal ganham até três salários mínimos, na sua quase
totalidade, conforme dados fornecidos pela secretaria da escola.
Quanto ao planejamento das ações da escola com o Ensino Fundamental e o
Curso Técnico Integrado, como a escola é de pequeno porte, temos a possibilidade
de conhecer melhor o nosso público, sendo assim, a estratégia que se tornou eficaz
é a conversa individual com o aluno fazendo com que o mesmo pense, reflita em
sua atitude. Utilizando todo recurso pedagógico pessoal dentro dos limites
oferecidos pela escola, pois não temos pessoal suficiente para atendê-los. Assim
observando cada estudante individualmente suas diversidades, dialogando, entre os
seus pares e conversar com os mesmos, percebendo suas angústias, problemas
que já armazenam em seu cotidiano.
Visando sua realidade, e buscando recursos pedagógicos para ofertar,
aprendizagem, superando os desafios apresentados.
O entendimento sobre as questões que envolvem a realidade da comunidade
escolar é de fundamental importância para tomada de ações que direcionem
melhorias no processo de transformação por meio do conhecimento promovendo
mudanças de atitudes e tornando o aluno um agente de modificação da sociedade
em que está inserido.
Ocorre a resistência e omissão dos pais quanto a assumir suas
responsabilidades perante a vida escolar do aluno bem como a promoção de
condições mínimas para um desempenho saudável em seus estudos. A falta de
perspectiva do aluno, reproduzindo realidades vivenciadas em seu cotidiano
refletindo negativamente em sua formação. Para que haja possibilidade de
superação deve haver formulação de politicas públicas coerentes com a realidade
das escolas promovendo autonomia para discussões de questões especificas do
cotidiano escolar e apoiando ações apontadas pela comunidade.
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Com a implantação do Ensino Profissional, Técnico em Meio Ambiente,
Técnico em Qualidade e Técnico em Química, o colégio apresenta um público
diferenciado dos que já estudavam nos anos anteriores. Esta nova modalidade de
ensino é formada por dois segmentos, Integrado e subsequente, em que o primeiro
é composto por adolescentes da comunidade que se formarão Técnico juntamente
com a conclusão do Curso Médio e o segundo, é formado por pessoas adultas,
concluintes do Ensino Médio.
3.2 PERFIL SÓCIO-ECONÔMICO
Quanto aos dados sócios econômicos percebeu-se que grande parte dos
entrevistados mora em casa alugada e o restante em casa própria, em sua maioria o
número de cômodos não ultrapassam cinco, incluindo nestes, banheiro e área de
serviços, etc. Residindo no mesmo ambiente, um número acima de cinco membros
familiares, os quais, na maioria das vezes, apenas dois destes trabalham ganhando
em média de um a cinco salários mínimos.
3.3 CORPO DOCENTE
O nosso quadro funcional docente é composto por uma pequena parcela de
profissionais concursados (QPM), sendo que a maioria dos outros professores
pertence ao sistema PSS (Processo de Seleção Simplificada). Outro fator
ponderante, esta vinculada a formação acadêmica destes profissionais da educação,
a qual gira sob a esfera de graduação, especialização e mestrado, tendo como carro
chefe a experiência acentuada destes.
3.4 FUNCIONÁRIOS
Os funcionários que compõem o quadro funcional da escola estão classificados
da seguinte maneira:
a) Agente Educacional I: Composto por 6 membros, sendo que estão
subdivididos em 3 funcionários QFEB. 3 funcionário PSS.
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b) Agente Educacional II: Composto por 4 membros, sendo que 3 são QFEB e
um é PSS.
A função de técnicos administrativos (Agente Educacional II) é exercida por
profissionais que atuam na área da secretaria do estabelecimento de ensino.
O técnico administrativo que atua na secretaria como secretária escolar é
indicada pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial,
conforme normas da Secretaria de Estado da Educação.
Os funcionários, muito contribuem no processo de construção de formação
dos alunos, através da especificidade do trabalho de cada um, onde o funcionário
executa o com dignidade, dedicação e consciência, pois conhece os pressupostos
teóricos contidos no PPP, fazendo parte das discussões e retomadas do processo
de construção deste documento. Sendo assim, o atendimento ao aluno é feito com
qualidade e respeito, mostrando exemplo de convivência e trabalho.
3.5 QUADRO DE PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS
O Colégio Estadual Professor Elysio Vianna apresenta cinquenta professores
e funcionários, distribuídos da seguinte forma.
Equipe Quantidade
Agente Educacional I 6
Agente de Biblioteca 0
Agente Educacional II 4
Direção 1
Diretora Auxiliar 1
Secretária 1
Pedagógico 4
Coordenação de Curso 3
Coordenação de Estágio 2
Professores 53
TOTAL 74
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3.6 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E ESPAÇO
As aulas são de 50 minutos, com intervalo de 15 minutos no período diurno e 10
minutos de intervalo no período noturno.
Nossos alunos são organizados em turmas de aproximadamente 35 alunos,
por série / ano, e distribuídos em três turnos. O trabalho pedagógico é desenvolvido
através do currículo disciplinar, onde o conteúdo é trabalhado através de disciplinas
específicas, divididas em aulas com carga horária semanal de no mínimo duas aulas
e no máximo quatro aulas.
Os conteúdos são divididos em bimestres, totalizando quatro bimestres ao
final do ano letivo. Cada série do Ensino Fundamental e Ensino Médio Integrado tem
a duração de um ano, ou seja, duzentos dias letivos ou no mínimo 800 horas relógio
e 1000 horas/aula em cada ano, sendo que o Ensino Médio Integrado em Meio
Ambiente, tem que realizar 100 horas de Estágio Profissional Supervisionado
obrigatório e o Ensino Médio Integrado em Química tem que realizar 67 horas de
Estágio Profissional Supervisionado obrigatório, ambos no quarto ano do curso. E no
Curso Técnico Subsequente de Meio Ambiente e Qualidade, a carga horária total é
de 1.500 horas/aula, 1.250 horas, mais 100 horas de Estágio Profissional
Supervisionado para o Curso Técnico em Meio Ambiente e o Curso Técnico
Subsequente em Química, à carga horária total é de 1760 horas/aula ou 1467 horas
mais 67 horas de Estágio Profissional Supervisionado.
Na organização do horário, procura-se atender dentro do possível, o pedido
dos professores que querem aulas geminadas. A hora atividade concentrada, é
organizada sempre que possível, de acordo com a Instrução normativa, estabelecida
pela SEED. As aulas são distribuídas entre os professores, observando-se as séries
de atuação com mais afinidade, domínio de conteúdo e disponibilidade de cada um.
As reuniões pedagógicas e os conselhos de classe são previstos em calendário e se
efetivam no decorrer do ano letivo ou sempre que necessário.
3.7 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
“A organização do trabalho pedagógico deve ser compreendida numa
perspectiva democrática, pautada no trabalho coletivo da comunidade escolar.”
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O trabalho coletivo no cotidiano da escola é a unidade de inter-relações da
qual fazem parte: alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica,
administração, pais ou responsáveis.
É no dia a dia do trabalho coletivo que o projeto educacional se concretiza,
transformando as relações em ações de colaboração e companheirismo na
formação do indivíduo.
Segundo Saviani (1999), a escola é um espaço de formação e de
emancipação, portanto, deve estar comprometida com o acesso à cultura erudita, à
apropriação do conhecimento elaborado e ao saber sistematizado. O processo de
emancipação é uma tomada de decisão, é um tomar partido em função da classe
que, diante do abismo social, sustenta os que estão no aparato das forças
hegemônicas.
Nesse sentido, o pedagogo escolar é “aquele que domina sintética e
intencionalmente as formas de organização dos processos de formação cultural que
se dão no interior das escolas” (SAVIANI, 1999). O pedagogo tem, portanto, uma
função precípua na formação e difusão cultural e, por conseguinte política e social.
Nessa perspectiva, entende-se o Pedagogo como sendo o articulador do
trabalho pedagógico, atuando no campo da organização e da gestão do trabalho
pedagógico escolar e não escolar. Confere organicidade e articulam sujeitos,
tempos, espaços e saberes, permitindo a junção e não o enrijecimento.
Ao subsidiar e organizar a reflexão dos professores sobre as razões que
justificam suas opções pedagógicas e sobre as dificuldades que encontram para
desenvolver seu trabalho, o pedagogo está favorecendo a tomada de consciência
dos professores sobre suas ações e o conhecimento sobre o contexto escolar em
que atuam. Ao estimular o processo de tomada de decisão visando à proposição de
alternativas para superar esses problemas e ao promover a constante retomada da
atividade reflexiva, para readequar e aperfeiçoar as medidas implementadas, o
pedagogo está propiciando condições para o desenvolvimento profissional dos
participantes, tornando-os autores de suas próprias práticas. A atribuição essencial
do pedagogo, nesse sentido, está associada ao processo de formação em serviço
dos professores.
O trabalho é complexo e essencial, uma vez que busca compreender a
realidade escolar e seus desafios; construir alternativas que se mostrem adequadas
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e satisfatórias; estimular a reflexão sobre as ações pedagógicas, na perspectiva de
torná-las solidárias evitando, com isso, o isolamento e mediando o conflito.
A atividade principal de uma escola segundo LIBÂNEO (2011, P. 22) é
assegurar a relação cognitiva do aluno com a matéria, ou seja, a aprendizagem dos
alunos com a ajuda pedagógica do professor; portanto, o professor precisa ter
domínio das matérias que ensina dos métodos e dos procedimentos de ensino.
Nesse sentido, o Pedagogo se torna responsável no acompanhamento da relação
professor-aluno, no processo de ensino aprendizagem, na luta pela qualidade da
oferta dos serviços escolares e pela qualidade dos resultados do ensino, ou seja,
estar atento às necessidades de formação dos professores.
Desse modo, o trabalho do Pedagogo tem como princípio garantir a
efetivação dos princípios educativos presentes no PPP e na Proposta Pedagógica
Curricular, de forma integrada, junto com a Direção, estabelecendo uma unidade de
esforços para que a educação se processe de forma sistemática, proporcionando
condições para a participação efetiva do corpo docente.
O desenvolvimento da personalidade do educando, em todas as suas
dimensões, sua formação intelectual, científica, física, social, a formação da
consciência crítica da realidade social, econômica e profissional, e os valores de
solidariedade e de fraternidade que levam o educando a preocupar-se pelo bem
comum é o trabalho que esta Instituição se propõe, pois visa um sentido de
educação que ajuda a pessoa a ser sujeito de seu desenvolvimento histórico e
agente de transformação da sociedade.
Para que ocorra a coerência entre a prática docente e os pressupostos teóricos
expostos no Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola, há necessidade de se
estabelecer uma relação de coerência entre a filosofia (concepção) e a didática
(instrumentos).
3.8 INCLUSÃO EDUCACIONAL
A educação é um dos direitos humanos e todos os indivíduos devem ter garantido o
acesso, o ingresso e a permanência, com sucesso, em todo o fluxo da escolarização
o estabelecido pelo sistema nacional de educação.
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Os princípios da inclusão aplicam-se a todos e não apenas aos alunos com
deficiência ou em situação de desvantagem social.
Na escola, as diferenças individuais estão sempre presentes e a atenção à
diversidade é o eixo norteador do paradigma da educação inclusiva; isto é, uma
educação de qualidade para todos, que busque eliminar rótulos, preconceitos,
mecanismos de expulsão de alunos que, por diversas razões, contrariam as
expectativas do sistema educacional escolar e acabam discriminados.
O Colégio Estadual Elysio Vianna está aberto para novos desafios. Entre eles,
o trabalho com a educação inclusiva. Portanto, nos propomos ao trabalho com
alunos inclusos que possam acompanhar as salas de aula regular e que tenham o
acompanhamento de profissionais especialistas na área para o trabalho conjunto
com a escola.
Alunos com necessidades educacionais especiais, como cadeirantes,
hiperativos, surdez, esquizofrenia e déficit de atenção frequentam turmas regulares.
No entanto, procuramos ter o cuidado de selecionar um caso por sala, para facilitar o
atendimento na obtenção de resultados satisfatórios. Também há alunas-gestante.
Todos os casos de inclusão são aceitos pela Escola e se fazem mediante a parceria
com a família, a qual deve buscar o auxílio de outros profissionais quando se fizer
necessário.
Os professores não podem atender os alunos individualmente, mas tentam
diversificar a metodologia, fazendo as adaptações necessárias quanto ao conteúdo,
às estratégias e à avaliação.
Assim, o Projeto Político-Pedagógico deve assegurar condições de acessibilidade,
ambientes flexíveis de aprendizagem, estratégias baseadas em pesquisas, novas
formas de avaliação escolar e formação continuada de todos os profissionais da
educação. Ressalta-se que pensar a inclusão não se trata de criar uma estrutura
especial para o atendimento de quaisquer alunos, mas de fazer com que a estrutura
educacional existente – mesmo que, com adaptações – seja eficiente para atender a
todos, nos seus diferentes níveis de ensino.
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3.9 DIAGNÓSTICO DOS PRINCIPAIS PROBLEMAS DO COLÉGIO E AÇÕES
PROPOSTAS
Segue abaixo um levantamento dos principais problemas que dificultam o
trabalho dos professores e funcionários da escola. Esse diagnóstico foi realizado em
reunião com professores, funcionários e alunos:
Iluminação precária na escola (nas salas de aula e área externa).
Solicitar cota extra para manutenção da parte elétrica do colégio; angariar
fundos junto a APMF para intervenções emergenciais.
Falta de participação ativa dos pais na vida escolar dos alunos;
Apresentar à comunidade a importância de participação dos pais e
responsáveis na escola através de reuniões, palestras e eventos atrativos
(festas, recreação).
Troca anual de professores dificultando a continuidade do trabalho
pedagógico docente;
Reuniões periódicas para organização do trabalho docente e
encaminhamentos.
Necessidade de pintar a escola;
Solicitação de cota extra para manutenção da escola e angariar fundos junto
a APMF para melhorias na estrutura do colégio.
Estrutura das janelas quebradas;
Solicitação de cota extra para manutenção da escola e angariar fundos junto
a APMF para melhorias na estrutura do colégio.
Goteiras na secretaria, laboratório de informática e salas de aulas.
Solicitação de cota extra para manutenção da escola e angariar fundos junto
a APMF para melhorias na estrutura do colégio.
Necessidade de troca das portas;
Solicitação de cota extra para manutenção da escola e angariar fundos junto
a APMF para melhorias na estrutura do colégio.
Necessidade de pátio interno coberto, pois o pátio alaga em dias de chuva;
Solicitação de cota extra para manutenção da escola e angariar fundos junto
a APMF para melhorias na estrutura do colégio.
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Falta de cobertura para passagens de um bloco para o outro, ocasionando
transtornos em dias de chuva.
Solicitação de cota extra para manutenção da escola e angariar fundos junto
a APMF para melhorias na estrutura do colégio.
Concluir o laboratório de Química, Biologia e Física;
Buscar intervenções junto a SEED para liberação de fundos e conclusão do
laboratório.
Laboratório de Informática com equipamentos inadequados (ultrapassados), a
maioria dos computadores não funcionam;
Notificar setor da Secretaria responsável pela manutenção e modernização
do laboratório de informática.
Falta de segurança, espaços excessivamente abertos;
Colocação de câmeras de imagem, instalação de iluminação em pontos
estratégicos e presença de caseiro no colégio.
Necessidade de espaço específico para palestras e/ou eventos.
Prédio dos laboratórios possui, no segundo pavimento, sala ampla para
palestras. Necessária conclusão do prédio. Notificar SEED para conclusão do
mesmo.
Falta rampa de acesso para cadeirantes, banheiros adaptado. Necessidade
de adequação de espaço físico conforme as normas da ABNT para os
cadeirantes e necessidades especiais.
Solicitar verba extra para melhorias no espaço físico do colégio. Montar um
processo e documentar necessidades estruturais para notificar SEED e
apresentar necessidades.
Necessidade de proporcionar maior número de reuniões pedagógicas
visando alternativas coletivas visando à melhoria da qualidade do trabalho
escolar, a escola tendo autonomia em definir os temas a serem discutidos.
Organização do calendário escolar para contemplar palestras e momentos de
capacitação para professores e funcionários.
Falta da função de inspetor de alunos.
Aumentar quantidade de alunos no colégio para abrir demanda de mais
profissionais; Procurar organizar os funcionários da escola para que essa
função seja cumprida a contento.
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3.10 ESTRUTURA FÍSICA
9 salas de aula
1 sala da Direção
1 sala para Equipe Pedagógica
2 sala para Coordenador
1 sala de merenda
1 sala para Secretaria
1 sala de Arquivo Inativo
1 sala dos Professores
1 sala para Biblioteca
1 sala de Laboratório de Meio Ambiente e Química
1 sala para Informática
1 cozinha com despensa
2 banheiros coletivo feminino e masculino (alunos)
2 banheiros feminino e masculino (professores)
1 quadra poliesportiva coberta
1 pátio interno
2 estacionamentos
1 casa para Caseiro
1 prédio com 4 salas em fase de construção.
1 sala de materiais esportivos.
3.11 INDICADORES EDUCACIONAIS
Os indicadores educacionais são ferramentas para o suporte e a tomada de
decisões no âmbito escolar, é através das informações obtidas que a escola se
baseia para planejar suas ações administrativas e pedagógicas.
Os indicadores educacionais auxiliam tanto no contexto administrativo
para efetivação dos recursos como na prática pedagógica da escola. Dentro destas
duas correntes há indicadores de desempenho escolar (taxa de aprovação e
reprovação, taxa de abandono), indicadores da distorção da idade e série e
indicadores do contexto escolar (número de escolas que utilizam o laboratório de
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informática, número de escolas que possuem o refeitório, etc.) que são informações
para a Secretaria Estadual de Educação para priorizar políticas de atendimento.
TAXA DE APROVAÇÃO DO COLÉGIO - 2014
EF- ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO INTEGRADO CURSO TÉCNICO
89% 84% 64%
TAXA DE REPROVAÇÃO DO COLÉGIO
EF- ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO INTEGRADO CURSO TÉCNICO
9% 16% 36%
TAXA DE ABANDONO E TRANSFERIDOS DO COLÉGIO
EF – ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO INTEGRADO CURSO TÉCNICO
23% 13% 10%
TAXA DE APROVAÇÃO DO COLÉGIO - 2015
EF – ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO INTEGRADO CURSO TÉCNICO
81% 66% 61%
TAXA DE REPROVAÇÃO DO COLÉGIO - 2015
EF – ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO INTEGRADO CURSO TÉCNICO
10% 23% 26%
TAXA DE ABANDONO E TRANSFERIDOS DO COLÉGIO - 2015
EF – ANOS FINAIS ENSINO MÉDIO INTEGRADO CURSO TÉCNICO
17% 65% 10%
Temos dois grandes sistemas de acesso utilizados no colégio diariamente: o
SERE (esfera estadual) e o EDUCACENSO (ESFERA DEFERAL). É através do
sistema SERE que obtemos as informações sobre os dados da Gestão Escolar,
dados dos docentes e discentes, número de alunos por turma, alunos aprovados e
reprovados, cadastro das turmas entre outros que podem ser feitos por meio de
relatórios. O sistema EDUCACENSO é o sistema nacional que é o sistema do censo
escolar. Estes dois sistemas servem de base de informações para o cálculo de
indicadores educacionais. Estes indicadores são a base para gerenciar as ações
dentro da escola como também fornecer informações nas ações das políticas
públicas de atendimento.
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3.11.1 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) foi criado pelo
INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) em
2007, como parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) e representa a
iniciativa pioneira de reunir num só indicador dois conceitos igualmente importantes
para a qualidade da educação: fluxo escolar e médias de desempenho nas
avaliações. Ele é calculado com base na taxa de rendimento escolar (aprovação e
evasão) e no desempenho dos alunos no SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da
Educação Básica) e na Prova Brasil. Ou seja, quanto maior for à nota da instituição
no teste e quanto menos repetências e desistências ela registrar, melhor será a sua
classificação, numa escala de zero a dez. O mecanismo foi muito bem avaliado por
especialistas justamente por unir esses fatores. Sendo assim, se uma escola passar
seus alunos de ano sem que eles tenham realmente aprendido, por exemplo, isso
ficará claro a partir da análise do desempenho dela no IDEB. Ele agrega ao enfoque
pedagógico dos resultados das avaliações em larga escala do INEP a possibilidade
de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de
qualidade educacional para os sistemas. O indicador é calculado a partir dos dados
sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médio de desempenho nas
avaliações do INEP, o Saeb – para as unidades da federação e para o país, e a
Prova Brasil – para os municípios. (http://portal.inep.gov.br/web/portal-ideb/o-que-e-
o-ideb).
IDEB
2007 2009 2011 2013
2.8 * 4.5* * * Em 2009 e 2013 não tivemos número suficiente de alunos matriculados para que o colégio participasse da Prova Brasil. * Em 2011 a Meta Projetada foi ultrapassada que era de 3.1. A meta alcançada tinha sido projetada para 2021.
O índice de 2011 do IDEB é 4,5. Este índice está abaixo do que é previsto
pelo INEP que é igual ou superior a 6,0. Porém, se analisarmos as médias das
demais escolas estaduais do município, que é de 3.8, a escola ainda mantém sua
média acima do que é apresentado em nível de município.
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3.11.2 Sistema de Avaliação da Educação Básica - SAEB
O Sistema de Avaliação da Educação Básica – Saeb é composto por dois
processos: a Avaliação Nacional da Educação Básica – Aneb e a Avaliação Nacional
do Rendimento Escolar – Anresc. A Aneb é realizada por amostragem das Redes de
Ensino, em cada unidade da Federação e tem foco nas gestões dos sistemas
educacionais. Por manter as mesmas características, a Aneb recebe o nome do
Saeb (http://portal.inep.gov.br/web/guest/caracteristicas-saeb) em suas divulgações.
A Anresc é mais extensa e detalhada que a Aneb e tem foco em cada
unidade escolar. Por seu caráter universal, recebe o nome de Prova Brasil em suas
divulgações.
3.11.3 Prova Brasil
A Prova Brasil é aplicada censitariamente aos alunos de 5º e 9º anos do
ensino fundamental público, nas redes estaduais, municipais e federais, de área
rural e urbana, em escolas que tenham no mínimo 20 alunos matriculados na série
avaliada. A Prova Brasil oferece resultados por escola, município, Unidade da
Federação e país que são utilizados no cálculo do Ideb.
As avaliações são realizadas a cada dois anos, quando são aplicadas provas de
Língua Portuguesa e Matemática, além de questionários socioeconômicos aos
alunos participantes e à comunidade escolar.
(http://portal.inep.gov.br/web/prova-brasil-e-saeb/prova-brasil-e-saeb).
É aplicado neste Estabelecimento de Ensino, a cada dois anos, as avaliações
da Prova Brasil do Saeb para o 9º ano. São aplicadas provas de Língua Portuguesa
e Matemática, além de questionários socioeconômicos aos alunos participantes e à
comunidade escolar. O objetivo é realizar um diagnóstico do sistema educacional
brasileiro e de alguns fatores que possam interferir no desempenho do aluno,
fornecendo um indicativo sobre a qualidade do ensino que é ofertado. As
informações produzidas visam subsidiar a formulação, reformulação e o
monitoramento das políticas na área educacional nas esferas municipal, estadual e
federal, contribuindo para a melhoria da qualidade, equidade e eficiência do ensino.
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3.11.4 ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio
Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) tem o
objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica.
Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o
ensino médio em anos anteriores.
O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem
concorrer a uma bolsa no Programa Universidade para Todos (ProUni). Além disso,
cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção
para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o
vestibular.
O principal objetivo do Enem é avaliar o desempenho do aluno ao término da
escolaridade básica, para aferir desenvolvimento de competências fundamentais ao
exercício pleno da cidadania. O Enem busca, ainda, oferecer uma referência para
auto avaliação com vistas a auxiliar nas escolhas futuras dos cidadãos, tanto com
relação à continuidade dos estudos quanto à sua inclusão no mundo do trabalho. A
avaliação pode servir como complemento do currículo para a seleção de emprego.
(http://portal.mec.gov.br/).
4 MARCO CONCEITUAL
4.1 CONCEPÇÃO DE HOMEM, SOCIEDADE, CIDADANIA, CULTURA,
TRABALHO.
A visão de homem em nossa escola está pautada na compreensão do
Homem como sujeito histórico, real (concreto), síntese de múltiplas determinações,
situado em um determinado contexto sócio histórico. Ele é concebido como ser
social, sujeito de sua própria história, capaz de transformar o mundo em que vive
num processo dinâmico, crítico e consciente, mesmo diante das contradições
existentes.
É consenso de todos os profissionais de educação de nossa Instituição que a
nossa função é contribuir para a formação de cidadãos que precisam estar
preparados para participar ativamente na sociedade, num mundo em constante
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transformação. Um homem crítico, dinâmico, consciente, cooperativo, criativo,
sujeito social capaz de construir e modificar para melhorar sua qualidade de vida ,
não só a sua história mas a história de outros baseados nos valores de
solidariedade, cooperação e respeito.
Mas para isso é necessário nos questionarmos sobre o verdadeiro papel de
ser cidadão.
Entende-se por cidadão, o indivíduo que participa ativamente na sociedade.
Ele tem acesso e usufrui dos bens materiais, culturais e filosóficos disponíveis no
estágio em que se encontra a sociedade que pertence.
Na sociedade brasileira, é nítida a presença da dualidade, de um lado temos
alguns que tudo podem e “muitos” que nada têm. Isto se evidencia na divisão de
classes gerada pelo sistema capitalista, no qual o lucro e a pobreza são
necessários.
Quando analisamos a situação da educação neste contexto, percebemos o
descompromisso das políticas públicas com o ensino que atendam as necessidades
dos filhos da classe trabalhadora, bem como a manutenção da precariedade do
sistema educacional público (em termos de qualificação e remuneração dos
educadores), a falta de infraestrutura, políticas que visem atender o mercado de
trabalho, a descaracterização do profissional de educação com a proliferação de
cursos rápidos de formação, a falta de apoio financeiro às instituições públicas que
se veem obrigadas a encontrar estratégias para angariar fundos, entre outros
aspectos de ordem sanitária, de segurança, de saúde, que refletem na dinâmica
escolar.
Um ponto importante que deve ser discorrido é a respeito da relação Homem
e Mundo do trabalho. Duas tendências, que se originaram a partir da Revolução
Industrial, determinam esta relação em âmbito mundial, com repercussão no
processo formativo educacional: o fordismo e o toyotismo.
As principais características da organização fordista do trabalho são a
fabricação em série, o aumento de salário para os operários, a padronização das
peças, a diminuição das horas para a produção de um automóvel, o parcelamento
das tarefas dos operários e, consequentemente, a desqualificação destes (GOUNET
– 2002).
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A consequência que o modelo fordista traz para a educação do trabalhador, a
sua desqualificação. Antes desse modelo de produção, o operário, produtor de
automóveis, no caso, precisava de, no mínimo, 12 horas de serviço para a produção
de um veículo e, como fazia este trabalho sozinho, esse trabalhador precisava de
um amplo conhecimento para tal engenho. Todo conhecimento aliado a todo
extenso trabalho, fazia com que o veículo fosse vendido por um preço exorbitante e
em pouca quantidade. Assim, para diminuir o custo do produto e aumentar as
vendas, seria necessária a diminuição das horas trabalhadas para a fabricação de
um automóvel, aumentando o número de funcionários, que passaram a dividir as
tarefas, ganhando tempo. Entretanto, o trabalhador não precisava mais ter
conhecimento de um todo, somente de uma única parte da produção. Dessa forma,
o modelo fordista desqualificou o trabalhador.
A educação recebida por esse operário ou para o futuro operário não
precisava, segundo o modelo fordista, ser de qualidade, já que o trabalhador
realizará um trabalho mecânico braçal, e que, certamente, pouco usará do seu
aparato intelectual.
O toyotismo, outro modelo de produção, teve sua gênese no Japão, com a
fabricação de jipes para a guerra da Coreia. Segundo Gounet, 2002 “o toyotismo é
um sistema de organização baseada em uma resposta imediata às variações da
demanda e que exige, portanto, uma organização flexível do trabalho (inclusive dos
trabalhadores), e integrada.” Quer dizer, o toyotismo não fabrica veículo em série
como no modelo fordista, mas sim, dependendo do interesse do mercado, melhor
dizendo, se saem das lojas, por exemplo, 10 carros por dia, é esse número que a
Toyota irá repor. Dessa forma, o toyotismo reduz o desperdício. Ele é flexível, pois
não sofre com as flutuações do mercado.
No toyotismo, trabalha-se com o menor número possível de operários, já
que estes são polivalentes, quer dizer, sabem operar várias máquinas. Assim os
trabalhadores não são desqualificados como modelo fordista, pois para ser
polivalente, a educação destes precisa capacitar e qualificar para o trabalho.
A flexibilidade é palavra de ordem. Historicamente entende-se que a
flexibilidade se instaura a partir do momento em que o trabalhador toyotista não
realizará apenas uma função, como no modelo fordista, mas várias, ou seja, esse
trabalhador terá de ser flexível. Assim, um maior número de tarefas tem de ser
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realizadas por um pequeno número de operários. Dessa forma, um operário terá de:
realizar várias funções, ser flexível, qualificado e capacitado. Para tal, terão que
adquirir todas essas características no sistema de educação profissional, que
capacita e qualifica esses trabalhadores para tais funções. Este é o princípio
toyotista para a educação profissional: não desqualifica como no fordismo; mas,
qualifica o operário para que ele saiba fazer o máximo de tarefas.
Fazendo um paralelo da flexibilização com a educação profissional,
percebe-se na lei 9394/96, a tendência em atender à demanda bem definida da
divisão social do trabalho, como resposta ao crescente desenvolvimento tecnológico.
O papel da educação, nesta sociedade tecnológica, decorre das exigências de que a
formação do ser humano esteja voltada ao desenvolvimento cognitivo, e mais, que
estas coincidam com o que se espera na esfera da produção, um trabalhador apto a
atender às reais necessidades do mercado. Sendo assim, a formação voltada ao
ensino técnico não mais preenche as necessidades do meio de produção da
contemporaneidade, pois solicita que o trabalhador seja flexível, com uma formação
geral não especializada.
Conforme temos observado no histórico da educação e nas linhas gerais
de evolução do trabalho, a educação está a serviço dos meios produtivos, formando
mão-de-obra que atenda às necessidades vigentes, conforme a época e a
sociedade.
Em relação ao assunto KUENZER (2000, p. 135) esclarece que:
Um dos principais impactos das mudanças ocorridas no mundo do trabalho sobre a educação é, sem dúvida, o estabelecimento de uma nova mediação entre homem e trabalho, que passa a ser exercida pelo conhecimento, compreendido enquanto produto e processo da práxis humana, síntese entre pensamento e ação, conteúdo e método, individual e coletivo.
A Educação Básica deve formar o indivíduo para que seja mais crítico,
além de embasar cientificamente para que o corpo discente possa exercer suas
funções profissionais com qualidade.
A escola pública que serve à maioria do povo brasileiro, precisa assumir o
papel de socialização de conhecimentos e exercício da democracia, onde o aluno
tenha voz e vez, tenha o direito de questionar, de sugerir o que lhe interessa, onde
possa se apropriar dos conteúdos científicos. Este seria um grande passo no sentido
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de promover a cidadania no âmbito escolar. O aluno precisa entender o quê faz e
para quê faz, opondo-se ao modelo reforçado pelas elites, de um “cidadão” passivo,
que aceita tudo de forma acrítica, sem consciência do próprio significado da
cidadania.
Com o intuito de auxiliar na mudança do status quo, o Colégio Elysio Vianna a
partir de 2010 está ofertando o Ensino Médio Profissional, Curso Técnico em Meio
Ambiente - Modalidade Integrada e o Curso Técnico em Meio Ambiente
Subsequente.
4.2 CONCEPÇÃO DE ESCOLA
Entendemos como papel da escola a formação do cidadão participativo,
responsável, compromissado, crítico e criativo. Nesse sentido, o projeto de Escola
também é político, porque tem o compromisso com a formação do cidadão para
atuar na sociedade. “A dimensão política se cumpre na medida em que ela se
realiza enquanto prática especificamente pedagógica” (SAVIANI 1983 p.93). A
questão pedagógica deve ser definida nas ações educativas e nas características
necessárias à escola de cumprir seu propósito e sua intencionalidade. Por isso
defendemos o termo Projeto Político Pedagógico porque propicia a vivência
democrática e necessária à participação de todos os membros da comunidade
escolar, para o exercício pleno da cidadania.
Buscamos com esse projeto, construir um constante processo democrático de
decisões, de forma que a organização do trabalho pedagógico vise superar os
conflitos, buscando eliminar as relações competitivas, corporativas e autoritárias,
rompendo com a rotina do mando impessoal e racionalizado da burocracia que
muitas vezes permeia as relações na escola.
Alguns princípios fundamentais como a igualdade de condições para o
acesso e permanência na escola. Saviani (1982, p.63) alerta para o fato de que há
uma desigualdade no ponto de partida, mas a igualdade no ponto de chegada deve
ser garantida pela mediação da escola. O autor destaca: “Só é possível considerar o
processo educativo em seu conjunto sob a condição de se distinguir a democracia
como possibilidade no ponto de partida e democracia como realidade no ponto de
chegada”. Igualdade de oportunidades não é só o aumento quantitativo de ofertas de
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vagas, mas também a ampliação do atendimento com garantia da manutenção da
qualidade. Qualidade que não pode ser privilégio de minorias econômicas e sociais.
O desafio que se coloca é propiciar qualidade para todos, na qual se evidencia dois
tipos de qualidade: a formal ou técnica e a política. A primeira enfatiza os
instrumentos e os métodos, a técnica. A segunda, a qualidade política, é condição
fundamental da participação. Estão voltadas para os fins, valores e conteúdos.
Segundo DEMO (1994): “A competência humana do sujeito em termos de se fazer e
de fazer história, diante dos fins históricos da sociedade humana”. A qualidade
centra-se no desafio de manejar os instrumentos adequados para fazer a história
humana. A qualidade formal está relacionada com a qualidade política, e esta
depende da competência dos meios.
Na concepção histórica crítica se reconhece que o currículo também possui
uma intencionalidade política, “não neutra”, uma vez que toda a proposta pressupõe
escolhas, recortes do imenso patrimônio cultural da humanidade. Currículo refere-se
tanto à proposta feita pelo coletivo da instituição, quanto ao caminho, ao trajeto que
o discente percorrerá no período de sua formação escolar. Entender o currículo
como um caminho, uma jornada, que tem referências, mas que permite mudanças,
atalhos, alterações significativas na intenção de re significar a educação.
O caminho a ser percorrido dependerá, pois, dos sujeitos envolvidos no
processo (em especial alunos e professores), do objeto de estudo e do contexto. O
currículo é um meio de atribuição de sentido às diversas atividades realizadas no
interior da escola: tomadas isoladamente, essas atividades poderiam parecer
aleatórias, mas vistas na relação com o todo, com a intencionalidade educativa,
ganham significação.
A grande maioria da população, principalmente jovens ainda sem qualificação
profissional, precisa exercer uma atividade remunerada. Muitos estudantes são
prejudicados pela não oferta de cursos profissionalizantes por parte do Estado. A
desqualificação de muitos profissionais e a real necessidade de uma
profissionalização gerou os chamados "cursinhos rápidos" que em um curto período
de tempo são capazes de "formar" técnicos. Contudo, esses cursos, normalmente
mais acessíveis no aspecto financeiro, não possuem qualidade, certificando
qualquer pessoa, sem exigências prévias, pois não são regulamentados. São
regidos pelo "vale tudo" mercadológico.
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Muitos jovens procuram "cursos de formação técnica", há a necessidade de
profissional especializado e qualificado em várias áreas no mercado de trabalho,
oportunizando aos indivíduos condições necessárias para seu segmento acadêmico,
profissional e social contribuindo também com sua renda familiar. Um fator que não
deve ser esquecido é a relação entre o Homem e o Conhecimento, que passa
também pela relação Homem/Trabalho.
Seguindo a mesma concepção, o currículo desta instituição oferta a Educação
Profissional, que consta na LDB em capítulo à parte, e é ofertada
concomitantemente ou sequencialmente ao Ensino Médio no intuito de oferecer
formação profissional com qualidade e contribuir para a superação das
desigualdades.
4.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
A educação é o processo por meio do qual os indivíduos assemelham-se e
diferenciam-se. Por meio dela tornam-se iguais, mas tornam-se também diferentes
uns dos outros. A educação é o movimento que permite aos homens e mulheres
apropriarem-se da cultura, estabelecendo com ela uma identidade, uma
proximidade, que os leva a tornarem-se iguais; mas, esse movimento, ao ser
produzido, é mediado por condições subjetivas, o que faz com que os indivíduos
tornem-se iguais e diferentes ao mesmo tempo. Tal movimento atribui à educação
uma dimensão de realização social, e outra, de realização individual. (SILVA, 2008,
p. 23).
Toda ação educativa é intencional. Disto decorre que todo processo educativo
fundamenta-se em pressupostos e finalidades, a partir do que, se infere, não há
neutralidade possível nesse processo. Ao determinar as finalidades da educação,
quem o faz, tem por base uma visão social de mundo, que orienta a reflexão bem
como as decisões tomadas acerca desse processo.
Quando se pensa em educação, se pretende chegar a algum lugar, há uma
intencionalidade, direção, para se atingir um alvo. Através da educação ocorre o
ajustamento do homem na sociedade em que está inserido.
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A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando os dentro da história. Ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser
mudado pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
A educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, podendo-se afirmar
que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem
como é ela própria, um processo de trabalho.
É um processo histórico da criação do homem para a sociedade e
simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem.
É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história
individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.
É um fato existencial porque o homem se faz ser homem, processo
constitutivo do ser humano.
É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a
sociedade, num movimento contraditório de reprodução do presente e da
expectativa de transformação futura.
É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de
homem.
É libertadora porque se faz necessário desenvolver uma educação que nos
abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de desenvolvimento
socialmente justo e ecologicamente sustentado.
Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos, que forma o ser humano
para gestar uma democracia aberta:
A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados
para pensar a sua prática individual e social, para ganhar uma visão
globalizante da realidade que o possa orientar em sua vida.
A apropriação pelo cidadão e pela comunidade, do conhecimento científico,
político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para
garantir lhe a satisfação de suas necessidades e realizar suas aspirações.
A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de
avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe
novos conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humanas.
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Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem
suas finalidades voltadas para o aperfeiçoamento do homem que dela necessita
para constituir-se e transformar a realidade.
A educação na concepção dialética reflete um conhecimento historicamente
contextualizado, onde o homem se modifica em relação ao outro e modifica também
o outro.
O conhecimento escolar passa a ser teórico-prático. O fazer pedagógico é de
uma forma que permite compreender os conhecimentos em suas múltiplas faces
dentro do todo social.
Portanto, pretendemos desenvolver um trabalho sério, consistente, de
qualidade e necessário. Para tal, precisamos entender que o processo de
construção do conhecimento pelo indivíduo, ocorre quando suas experiências
anteriores são levadas em consideração, pois possibilitam novas construções, além
das relações que o indivíduo estabelece com o ambiente em que vive num
determinado contexto histórico.
A construção do conhecimento dessa forma apresenta-se com caráter
inovador, buscando constantemente a transformação social, valorizando o indivíduo
como ser presente, que participa de grupos libertos, atuantes e participativos,
levando o aluno a ser mais crítico, investigador e pesquisador dos seus
conhecimentos.
É necessário criar pontes entre a aprendizagem e a vida concreta. Por meio
da comunicação, de novas linguagens, o pensamento do professor, deve interagir
com o do aluno, produzindo um conhecimento vivo, trazendo novos
questionamentos para a sua vida.
4.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO
A concepção dialética do conhecimento, a teoria e à prática constituem
aspectos indissociáveis e interdependentes, pertencentes à mesma realidade.
Durante muito tempo, a teoria foi concebida como algo separado e superior à
prática. Enquanto a primeira representava obra de intelectuais cuja tarefa era
pensar, a segunda remetia-se à obra de fazer, no sentido de mera execução
obediente e não reflexiva.
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O materialismo histórico traz a ideia de que nenhuma teoria antecede a
existência de determinada prática. A teoria surge da prática e se volta para ela, em
um movimento dialético. Tal concepção é contrária a visão positivista, que se
cristaliza como um conjunto teórico-metodológico da ciência moderna, que se afirma
como elemento criador da teoria, a qual, de forma unilateral, deve direcionar a
prática.
Na verdade, o ser humano diferencia-se dos demais seres vivos, na medida
em que planeja, modifica, constrói. Assim, a prática exige uma base teórica que a
constitua, dirija e, ao mesmo tempo, abra-se a novas possibilidades de superação
em um movimento práxico – em uma relação dialética na qual se prevê teoria prática
reflexiva e transformadora.
Esta relação dialética também é percebida na relação capital e trabalho.
Como lembra KUENZER (2000):
Mesmo sabendo das limitações impostas à escola pelo capitalismo, é preciso encontrar seu sentido em face das mudanças ocorridas no mundo do trabalho, produtoras de crescente exclusão; entre o autoritarismo fundamentalista e o individualismo neoliberal, uma saída possível é desenvolver um projeto político-pedagógico que, sistemática e intencionalmente, conduza à compreensão das relações entre universal e particular, sujeitos a sociedade, ciência e trabalho, razão e emoção, conteúdo e método, produto e processo, produtor e proprietário, de modo a facilitar a construção das condições necessárias à destruição da relação que dá origem a todas as formas de desigualdade: a relação contraditória entre capital e trabalho.
A prática como foco de análise teórica pode ser utilizada como um meio
propício para rever conceitos, métodos, teorias, experimentos, na perspectiva de
transformações, nas próprias práticas, inclusive na compreensão das relações entre
educação e trabalho, e no desenvolvimento de capacidades cognitivas complexas.
Do ponto de vista pedagógico, é relevante a coexistência entre a centralidade
dos conteúdos, produtos do conhecimento humano, e a centralidade da relação
processo/produto, ou seja, conteúdo/método, uma vez que não basta apenas
conhecer, mas também apreender e dominar os processos através dos quais o
conhecimento é produzido.
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4.5 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM
“A tarefa principal do professor é garantir a unidade didática entre ensino e
aprendizagem, através do processo de ensino. Ensino e aprendizagem são duas
facetas de um mesmo processo. O professor planeja, dirige e controla o processo de
ensino, tendo em vista estimular e suscitar a atividade própria dos alunos para a
aprendizagem” (LIBÂNEO, 2006, p. 81). Para compreender corretamente a dinâmica
deste processo é necessário analisar separadamente cada um dos seus
componentes.
A condução do processo de ensino requer uma compreensão clara e segura
do processo de aprendizagem: em que consiste como as pessoas aprendem quais
as condições externas e internas que o influenciam. “A aprendizagem escolar é um
processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e
mental, organizados e orientados no processo de ensino” (LIBANÊO, 2004, p. 83).
Os resultados da aprendizagem se manifestam em modificações na atividade
externa e interna do sujeito, nas suas relações com o ambiente físico e social.
O ensino é um meio fundamental de progresso intelectual dos alunos. O
processo de ensino abrange a assimilação de conhecimentos, mas inclui outras
tarefas. Para assegurar a assimilação ativa o professor deve antecipar os objetivos
de ensino, explicando a disciplina, realizando à analise diagnóstica do conhecimento
que os alunos já dominam, instigando a novos conhecimentos. Os referenciais
teóricos em desenvolvimento significativos e compreensíveis, saber detectar o nível
da capacidade cognitiva dos alunos, saber empregar os métodos mais eficazes de
ensino.
4.6 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A realidade social, cada vez mais dinâmica e complexa, exige o
desenvolvimento da autonomia intelectual dos educandos. Buscando desenvolver
essa autonomia, a avaliação tem papel fundamental neste processo.
A avaliação é uma ação intencional, que contribui para “fundar a humanidade
do homem junto com a postura ética, para lhe dar sustentação” (PARO, 2001, P.
42). Faz-se mister a superação da avaliação quantitativa e classificatória, na qual os
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alunos são avaliados sem a compreensão de que eles fazem parte do processo
educativo e são sujeitos envolvidos na apropriação dos conhecimentos.
A avaliação visa promover a emancipação e, consequentemente, a
possibilidade de transformação do status quo. É elemento articulador do processo
de ensino-aprendizagem, imbuído de intencionalidade pedagógica.
O corpo docente e discente precisa ter clareza do processo avaliativo,
conhecer à priori os instrumentos avaliativos. Os critérios, definidos e elencados no
Plano de Trabalho Docente, devem estar obrigatoriamente em consonância com as
Diretrizes Curriculares Estaduais e com a concepção de educação almejada pela
instituição escolar descrita no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar.
Tanto as notas como o valor dos instrumentos devem ser devidamente
contempladas no Livro Registro de Classe, conforme legislação vigente e em
sintonia com a modalidade e nível de ensino.
O momento avaliativo possibilita a análise qualitativa do processo ensino-
aprendizagem, com papel relevante na investigação, interpretação e compreensão
dos aspectos pedagógicos e subliminarmente dos aspectos históricos, filosóficos,
sociais e culturais, no qual se articulam diferentes áreas do conhecimento.
Nesse sentido, a aprendizagem está relacionada à compreensão, ao
estabelecimento de relações, ao aprender, produzir e se apropriar dos conteúdos
escolares. O processo de apropriação acontece em situações que permitam ao
aluno desenvolver ações, físicas ou mentais, refletir e inferir sobre essas ações de
modo efetivo, analítico, crítico, reflexivo e criativo. O ensino, deve propiciar situações
nas quais os alunos sejam instigados a uma atitude autônoma, levantando
hipóteses, analisando, relacionando, argumentando, aferindo, interpretando com
segurança.
A avaliação, nessa concepção, é um elemento que possibilita a leitura e a
releitura do processo de ensino-aprendizagem, num constante processo dialético.
Precisa valorizar as raízes históricas e culturais, de forma a contextualizar o
conteúdo na cultura e no meio social dos alunos. Cada professor de acordo com sua
área de atuação deverá orientar sua prática pedagógica, analisando de antemão a
cultura da comunidade escolar na qual está inserido, com objetivo de compreender
as necessidades e potencialidades de seus alunos.
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A partir das perspectivas apresentadas a avaliação apontará para a
necessidade da organização do trabalho pedagógico, e estabelecerá conexões entre
ensino e avaliação, como instrumento investigativo para redimensionar o processo
educativo.
A avaliação é concebida como formativa, diagnóstica, dialética, pois visa à
promoção humana e carrega em seu bojo o caráter emancipatório. Aluno e professor
são elementos chave no processo de ensino-aprendizagem.
Nesse viés, a avaliação deve proporcionar a constante reflexão sobre o ato
educativo, transformar o status quo, tendo como premissa o sucesso escolar.
A avaliação institucional faz parte da dinâmica social, com proporções
relevantes no contexto brasileiro. O MEC vem desenvolvendo formas para avaliar o
desempenho do corpo discente. Os índices visam auxiliar a reflexão coletiva, e é um
dos eixos sobre o qual se organizam as políticas públicas.
A presente instituição participará das avaliações institucionais obrigatórias,
ciente de que passamos por um período histórico de transformação da visão
educacional, e de que as mesmas nem sempre atendam às necessidades desta
comunidade escolar ou estão em consonância com a concepção de educação
proposta no presente documento.
4.7 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os
conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,
então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele
aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao
conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a
possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples
decorrência da recuperação de conteúdo.
Assim, a avaliação do processo ensino-aprendizagem, entendida como
questão metodológica, de responsabilidade do professor, é determinada pela
perspectiva de investigar para intervir. A seleção de conteúdos, os
encaminhamentos metodológicos e a clareza dos critérios de avaliação elucidam a
intencionalidade do ensino, enquanto adversidade de instrumentos e técnicas de
avaliação possibilita aos estudantes variadas oportunidades e maneiras de
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expressar seu conhecimento. Ao professor, cabe acompanhar a aprendizagem dos
seus alunos e o desenvolvimento dos processos cognitivos.
4.8 CONCEPÇÃO DE CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é uma atividade em que a avaliação é constituída a
partir das experiências vividas na sala de aula. A construção da avaliação é feita
através da oportunidade de rever métodos, uma vez que, os professores juntamente
com a pedagoga refletem sobre os acontecimentos escolares e juntos analisam a
atitude a ser tomada. O foco é a troca de experiências e a reflexão antes da decisão,
enfatizando a transformação da ação.
Nesse sentido, para que tal atitude aconteça os professores e pedagogas
precisam entender que o processo ensino-aprendizagem requer reflexão e troca de
experiências, para que se desenvolva o pensamento crítico. Esse pensamento é
primordial para que o Conselho de Classe seja um espaço, onde se sintam livres
para expressar suas ideias e pontos de vista. Cada professor traz as suas
experiências e a de seus alunos, que são socialmente construídas e que passam a
fazer parte do Conselho de Classe. A pedagoga pode, então, estimular os
professores a verbalizarem as suas experiências, uma vez que através dessas
enunciações demonstram como está sendo construída a avaliação dos alunos.
Numa pedagogia crítica e através do apoio e construção mútua, aprendemos
com nossas falhas e também com a dos nossos colegas de trabalho, confiando nos
pontos fortes e nos completando através das trocas de experiências.
Os objetivos do Conselho de Classe, segundo o Instituto Nacional de Estudos
e Pesquisas Educacionais – INEP são: efetuar uma avaliação contínua do aluno e
da turma em seus aspectos qualitativos e quantitativos, aperfeiçoar o trabalho com o
aluno por meio de subsídios fornecidos pela equipe pedagógica, despertar no
professor a consciência de que é necessário realizar a auto avaliação contínua de
seu próprio trabalho, com base na qual ele deve replanejar suas atividades e
métodos, criando condições para um aprendizado mais eficiente por parte do aluno.
O Conselho de Classe deve ter condições para fazer uma avaliação do desempenho
de alunos e professores, analisar as práticas pedagógicas e traçar metas coletivas
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ou individuais para solucionar ou amenizar problemas decorrentes do processo
ensino-aprendizagem. (GALINA, 2007).
4.9 CONCEPÇÃO DE CURRICULO
O Colégio Estadual Professor Elysio Vianna optou pela organização do
currículo disciplinar. Assumir um currículo disciplinar significa dar ênfase à escola
como lugar de socialização do conhecimento, pois essa função da instituição escolar
é especialmente importante para os estudantes das classes menos favorecidas, que
têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de acesso ao mundo letrado, do
conhecimento científico, da reflexão filosófica e do contato com a arte.
Os conteúdos disciplinares devem ser tratados, na escola, de modo
contextualizado, estabelecendo-se, entre eles, relações interdisciplinares e
colocando sob suspeita tanto a rigidez com que tradicionalmente se apresentam
quanto o estatuto de verdade atemporal dado a eles. Desta perspectiva, propõe-se
que tais conhecimentos contribuam para a crítica às contradições sociais, políticas e
econômicos presentes nas estruturas da sociedade contemporânea e propicie
compreender a produção científica, a reflexão filosófica, a criação artística, nos
contextos em que elas se constituem.
Esta concepção de Escola orienta para uma aprendizagem específica,
colocando em perspectiva o seu aspecto formal e instituído, o qual diz respeito aos
conhecimentos historicamente sistematizados e selecionados para compor o
currículo escolar. Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica
fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de
aprendizagem e de avaliação que permitam aos professores e estudantes
conscientizarem-se da necessidade de uma transformação emancipadora. É desse
modo que uma contra consciência, estrategicamente concebida como alternativa
necessária à internalização dominada colonialmente, poderia realizar sua grandiosa
missão educativa. Um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente
aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento
étnico e cultural e as possíveis necessidades especiais para aprendizagem. Essas
características devem ser tomadas como potencialidades para promover a
aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar para todos.
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O currículo como configurador da prática, produto de ampla discussão entre
os sujeitos da educação, fundamentado nas teorias críticas e com organização
disciplinar é a proposta destas Diretrizes para a rede estadual de ensino do Paraná,
no atual contexto histórico.
Para a seleção do conhecimento, que é tratado, na Escola, por meio dos
conteúdos das disciplinas concorrem tanto os fatores ditos externos, como aqueles
determinados pelo regime sócio-político, religião, família, trabalho quanto às
características sociais e culturais do público escolar, além dos fatores específicos do
sistema como os níveis de ensino, entre outros. Além desses fatores, estão os
saberes acadêmicos, trazidos para os currículos escolares e neles tomando
diferentes formas e abordagens em função de suas permanências e transformações.
Na relação com as ciências de referência, é importante destacar que as
disciplinas escolares, apesar de serem diferentes na abordagem, estruturam-se nos
mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais como os mecanismos
conceituais e simbólicos. Esses princípios são critérios de sentido que organizam a
relação do conhecimento com as orientações para a vida como prática social,
servindo inclusive para organizar o saber escolar.
Embora se compreendam as disciplinas escolares como indispensáveis no
processo de socialização e sistematização dos conhecimentos, não se podem
conceber esses conhecimentos restritos aos limites disciplinares. A valorização e o
aprofundamento dos conhecimentos organizados nas diferentes disciplinas
escolares são condição para se estabelecerem as relações interdisciplinares,
entendidas como necessárias para a compreensão da totalidade.
Assim, o fato de se identificarem condicionamentos históricos e culturais,
presentes no formato disciplinar de nosso sistema educativo, não impede a
perspectiva interdisciplinar. Tal perspectiva se constitui, também, como concepção
crítica de educação e, portanto, está necessariamente condicionada ao formato
disciplinar, ou seja, à forma como o conhecimento é produzido, selecionado,
difundido e apropriado em áreas que dialogam, mas que se constituem em suas
especificidades.
Deste modo, tratar os conteúdos curriculares em sua totalidade, significa
compreendê-los como síntese de múltiplos fatos e determinações, como um todo
estruturado, marcado pela disciplinaridade didática. “Tratar os conteúdos em sua
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dimensão prática é compreender que a atividade educativa é uma ação
verdadeiramente humana e que requer consciência de uma finalidade em face à
realidade, por meio dos conteúdos, impossibilitando o tratamento evasivo e
fenomênico destes”. (PARANÁ, 2008, p. 12). Na opção por um currículo que
trabalha com a totalidade de conhecimento historicamente produzido pela
humanidade, citada acima, automaticamente há a renúncia ao enfoque individualista
e, portanto, fragmentado e superficial de tratamento ao conhecimento (Paraná,
SEED, SUED, 2008).
4.10 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA
A concepção de criança no enfoque histórico-cultural se refere à prática
pedagógica, em vista de que, nesta vertente, a aprendizagem é um processo
essencial na apropriação das qualidades humanas, pois é a impulsionadora do
desenvolvimento. Portanto, a prática pedagógica é capaz de revelar uma específica
imagem da criança. Percebe a criança como sujeita de sua atividade, capaz e
competente na sua relação com o mundo. Tal visão contribui para uma criança rica
em potencialidades e competências, ativa e ansiosa para se engajar no mundo da
cultura, historicamente constituído. A infância, por sua vez, é entendida não como
um acontecimento estático, mergulhado em um vazio social, mas sim como um
fenômeno concreto (material e imaterial) e, por isso, mediatizado por temas sociais,
políticos e econômicos do mundo contemporâneo.
Ao conceber infância na perspectiva Histórico Cultural, observa-se uma
concepção de criança, na qual as mudanças qualitativas ocorridas no psiquismo
decorrem do conjunto complexo da atividade da criança na sua relação com o
entorno. Nesse processo, a criança apropria-se da cultura e história humana,
processo este que a encaminha para uma nova situação social, levando-a à
reprodução do especificamente humano. Neste sentido, a criança modifica seu
psiquismo num todo sistêmico, pois ao mesmo tempo em que vive para si
transformações, também transforma seu meio cultural. O movimento permanente
dessas modificações indica a organização de todo o conjunto de sua personalidade.
A cada nova mudança no desenvolvimento psíquico, à criança passa a
ocupar um novo lugar nas relações sociais. Esse novo lugar, agora ocupado pela
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criança, também provoca mudança em seu entorno. As novas formações
desenvolvidas em cada momento do desenvolvimento possibilitam também
modificação na motivação de sua atividade. Isso faz nascerem nela novos motivos,
conduzindo-a a uma reinterpretação de suas ações anteriores, modificando-as.
Essas modificações vividas pela criança a encaminham a uma nova situação social,
ou a uma nova posição no mundo das relações com seu entorno. Portanto, a criança
não é passiva, mas é na sua atividade em interação com a história e a sociedade
humanas que ela se desenvolve psiquicamente e se reconhece como membro da
cultura.
Essa nova situação social decorre das novas formações psicológicas,
constituídas no decurso de seu desenvolvimento psíquico. As novas formações que
se organizam em torno da atividade da criança são a base que formam um novo e
qualitativo estado em seu psiquismo. Disso, pode-se considerar que a criança, para
o enfoque Histórico Cultural, só se desenvolve por meio das modificações
provocadas pela sua interação social, fato que a leva a uma nova e singular situação
no mundo.
Primeiro, pela via social, a criança aprende o que há na cultura, portanto sua
apreensão inicial é externa, entre ela e o mundo. Posteriormente, essa apreensão
do externo se organiza, criando condições para o complexo processo de
interiorização e reprodução das singularidades humanas.
A situação social de desenvolvimento que a criança alcança em cada
momento do desenvolvimento psíquico é peculiar, específica e irrepetível. Essa
situação social de desenvolvimento constitui o ponto de partida para todas as
mudanças dinâmicas que se processarão durante determinado momento do
desenvolvimento psíquico, na medida em que determina de forma integral a
trajetória que permite à criança adquirir novas propriedades da personalidade.
A concepção de criança, posta pelo Enfoque Histórico Cultural, se sustenta na
tese de que a criança só se desenvolve, isto é, se humaniza, mediante a
apropriação da cultura e no processo de sua atividade. Todas as habilidades e
aptidões humanas são, nesse sentido, formadas nas relações concretas –
compreendidas na materialidade e imaterialidade – entre o homem e o mundo da
cultura, tornando-se produtos e produtoras da história humana.
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Portanto, a criança, nessa perspectiva, não nasce com caráter humanizado,
mas se humaniza pelos seus processos de vida e de educação.
Para o Enfoque Histórico Cultural, o caráter ativo do sujeito no processo de
apropriação, possibilita a criação da singularidade de cada ser humano. Concebe-
se, nesta perspectiva, que a criança, ao adquirir novas formas de apreender o
mundo, não só o recria para si, mas lhe atribui um sentido pessoal, internalizando a
cultura e as características do mundo externo como algo que agora lhe é próprio e
singular.
Ao reconhecer em cada momento do desenvolvimento uma atividade principal
e singular como a comunicação emocional, a atividade com objetos e, o jogo, o
desenho e atividade produtiva, entendemos que a criança elabora os significados
que lhe chegam, atribui sentido a eles e realiza apropriações cada vez mais
complexas do mundo da cultura, a partir de condições psíquicas que também se
complexificam.
No conjunto das leituras, percebemos que a concepção de criança no
Enfoque Histórico Cultural prevê que a atividade principal, em um determinado
momento do desenvolvimento psíquico, passa a um segundo plano, e uma nova
atividade principal surge, dando início a um novo momento de desenvolvimento.
Essas transições provocam mudanças em ações, operações e funções que, por sua
vez, conduzem a mudanças de atividades como um todo e à mudanças profundas
no psiquismo infantil.
Para compreender a criança nesta perspectiva histórica e cultural, Vigotski
(1996) aponta que é preciso: 1º) estudar a dinâmica da idade para esclarecer como
a situação social influencia nas novas estruturas da consciência da criança nos
diversos períodos evolutivos; 2º) estudar a origem ou gênese das novas formações
centrais de determinada idade; 3º) estudar as consequências advindas dessas
novas estruturas das idades, pois a nova estrutura da consciência adquirida significa
que a criança percebe distintas mudanças em sua vida interior, assim como o
mecanismo interno de suas funções psíquicas; 4º) observar, além das
transformações internas, a mudança de comportamento na relação com outras
pessoas, pois essa reestruturação da situação social de desenvolvimento constitui o
conteúdo principal das idades. Neste sentido, a criança, preconizada pelo Enfoque
Histórico- Cultural, não é a criança que se desenvolve em decorrência de estágios
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que se sucedem e aprende mediante a evolução de tais estágios. É sim, a criança
que tem, em sua ontogênese, fatores vinculados à sua realidade externa, os quais
transforma sua realidade interna, propiciando-lhe uma nova maneira de se
comportar diante do mundo.
Essa concepção histórico concreta de criança pressupõe o psiquismo como
resultante do conjunto das interações desse complexo desenvolvimento da criança,
o qual se modifica em sua estrutura interna como um todo e as leis que regulam
esse todo determinam a dinâmica de cada uma de suas partes.
Ao propor a ideia de que a integração total do psiquismo só pode ser
considerada a partir dos movimentos, que ao fazer avançar um aspecto, faz avançar
todo o conjunto de elementos constituintes deste todo temos uma nova maneira de
conceber a criança. Esta nova maneira, nos garante nova forma de pensar a
educação da criança. Para tanto, o Enfoque Histórico- Cultural prevê uma educação
que não priorize o trabalho individualizado, segmentado e fragmentado, mas uma
ação pedagógica que possibilite à criança o contato e a interação com a totalidade
de conhecimentos, que lhe apresentem o mundo tal como ele é um mundo concreto,
complexo e contraditório. Ao apresentar à criança essa realidade concreta, criamos
nela a necessidade de compreendê-la na sua complexidade e totalidade. Essa visão
contribui para que a criança, ao se relacionar com esse mundo, complexifique
também sua apreensão daquilo que conhece, e internalize situações cada vez mais
sofisticadas do ponto de vista de suas potencialidades psíquicas.
Neste sentido, podemos apontar o papel do adulto na relação com a criança
como articulador intencional das situações de desenvolvimento. O adulto quando
reconhece o seu papel na mediação entre a criança e seu mundo, é capaz de
perceber que os momentos críticos representam a ruptura com um novo momento
anterior do desenvolvimento, o qual a criança quer superar. Estes devem ser
entendidos como manifestações afetivas positivas dadas pela própria contradição do
desenvolvimento. Por isso, considera-se ser a criança ativa e capaz na sua relação
com as conquistas gerada pela sua nova situação social.
Portanto, os conhecimentos teóricos que sustentam o Enfoque Histórico
Cultural nos ajudam a solucionar a questão sobre a forma como as crianças, em
alguns momentos do desenvolvimento infantil, reagem a determinadas influências do
ensino e mesmo sobre a forma como o ensino é organizado na nossa sociedade. As
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crises em cada momento do desenvolvimento podem ser superadas, ou mesmo
podem deixar de existir, se o processo educativo for racionalmente conduzido, se
houver uma direção considerando a atividade e as novas formações que estão
sendo elaboradas no período de transição de um momento do desenvolvimento para
o outro.
Organizar esta interação, dirigir a atividade da criança para o conhecimento
da realidade e para o seu domínio, por meio da educação intencional e não
espontânea, do saber e da cultura, permitem à criança reorganizar seu psiquismo,
qualificando-o nesse processo complexo de sua formação. Para isso, a concepção
de criança como alguém capaz é conceito essencial a organizar a atuação dos
adultos sem desrespeitar as capacidades já apropriadas das crianças e seu papel
ativo nos processos de aprendizagem. A partir da vivência coletiva da experiência
social intencionalmente organizada e apresentada, já nos primeiros anos de vida, as
crianças desenvolvem intensamente diferentes capacidades práticas, intelectuais e
artísticas, começam a formar as primeiras ideias, os primeiros hábitos morais e
traços de caráter. No entanto, aprendemos a insistir no fato de que se as crianças,
sob a influência do trabalho educativo intencional podem desenvolver sua
inteligência e personalidade desde a mais tenra idade, isto não nos deve levar a
entender que devamos abreviar a infância para apressar seu desenvolvimento
psíquico.
O Enfoque Histórico Cultural indica uma concepção que se diferencia da
concepção ambientalista, quando observa que o entorno se interpõe na vida da
criança de uma forma peculiar, isto é, ele sempre está sendo modificado - pela
criança - e a modifica por meio das relações vividas entre as pessoas e o próprio
ambiente social. O entorno é sempre dinâmico, provocando na criança, que também
é ativa, a aproximação com o movimento das interações entre o que está fora e o
que está dentro do mundo psíquico. Portanto, na concepção Histórica Cultural, a
criança, ao interagir e internalizar conteúdos do mundo externo, o faz de forma
peculiar, pois o entorno não se caracteriza, nessa concepção, como responsável
único pela aquisição de conhecimentos que estão nele depositados. Ao contrário, a
criança, sua atividade, o papel do entorno como movimento de inter-relações e a
ação educativa intencional se alia para a apropriação e objetivação que constituirão
o psiquismo infantil.
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Contrária às concepções naturalista ou ambientalista, que veem a criança
como abstrata, a-histórica, a concepção de criança que decorre do enfoque Histórico
Cultural afirma que é na relação da criança com os outros homens que ela aprende
a conviver socialmente, e a utilizar os objetos criados historicamente, e, assim, vai
reproduzindo para si as capacidades e habilidades humanas que estão incorporadas
nos objetos materiais e não materiais da cultura.
A educação que o Enfoque Histórico Cultural mostra, a partir da compreensão
dos processos vividos socialmente e internalizados, é uma educação que propõe
uma nova concepção de criança e de educador. Nova porque vem superar as
práticas e teorias que concebem a criança como ser incapaz e depositário de
conhecimentos que lhes são alheios.
Ao contrário, essa concepção considera a criança como alguém capaz de
criar hipóteses e teorias, desde o primeiro ano de vida. Se o processo de
humanização não é natural, a tarefa da educação nessa concepção é formar na
criança esse processo, numa atitude que a retire da condição de criança abstrata e
que a coloque no lugar de criança capaz, dando voz à sua interpretação do mundo,
nas suas diferentes formas de agir e pensar esse mundo.
Nesta perspectiva, vale ressaltar a posição firmada por essa visão, em que o
desenvolvimento só se constitui mediante as contradições vividas pela criança
desde que nasce mediada pelas situações com as quais entra em contato – a
interação com as outras crianças, com os adultos, com os objetos culturais e com
todo o legado histórico.
Entende-se que esta concepção suscita a possibilidade de superação do
conceito de criança como ser incapaz, dando voz e vez à criança, e propõe ainda,
um caminho teórico que fornece elementos para se (re) pensar a educação de
crianças pequenas. Espera-se que tal caminho seja capaz de contagiar os
educadores de crianças levando-os a ouvi-las, vê-las em suas necessidades, tocá-
las com seu cuidado intencional educativo, percebê-las em seus gostos e
preferências, legitimando suas identidades e seus valores e reconhecendo-as como
sujeitos da História. Reconhecemos que essa não é, por certo, uma tarefa fácil numa
sociedade marcada pela desigualdade social, econômica e política.
No entanto, esta percepção nos leva à melhor compreensão da criança no
processo de aprender, pois dirige nosso olhar à sua atividade no mundo como porta
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para aprender e se desenvolver por meio da mediação educativa, que tem no
educador a função maior de apresentar à criança o rico universo da cultura,
permitindo-lhe a apropriação dos códigos sociais, dos símbolos, da linguagem e do
pensamento abstrato e crítico, dentre outras qualidades humanas.
Portanto, a esse educador, se propõe à tarefa de propiciar à criança situações
em que elas criem, experimentem, elaborem hipóteses e desenvolvam suas
capacidades. Para isso, ele deve reconhecer a diversidade cultural e étnica, de
hábitos, crenças, valores, costumes que a nossa criança vive.
Reconhecer o lugar social que a criança ocupa não é abandoná-la à mercê
desta condição, mas propiciar os meios para que possa superar a sua condição
marcada pelas várias formas de violência social. Para além da dimensão dos
cuidados básicos, deve ser proporcionado à criança um trabalho educativo
planejado e intencional.
Neste sentido, a formação do educador intencional deve ter em sua
essencialidade um profundo conhecimento sobre a infância, nomeando a criança
como protagonista do ato de conhecer o mundo. Cabe a este educador a reflexão
contínua e sistemática de sua própria prática, de sua concepção de criança, bem
como de seu papel na constituição da formação das premissas para o
desenvolvimento da inteligência e da personalidade da criança.
Compreendendo a atividade como toda realização humana que cria algo de
novo, o desenvolvimento cultural psíquico da criança se relaciona intimamente à
criação, a esta atividade que não ocorre espontaneamente, mas que só é
desenvolvida por um processo intencional educativo. Portanto, o papel do educador
que emerge desta visão é o de provocar na criança os avanços, as mudanças que
não ocorreriam de maneira espontânea.
Orientada pela concepção concreta de criança, a educação, como um
processo intencional, pressupõe que a aprendizagem humana produz a criação de
suas próprias representações acerca das novas informações que recebe. Esse
processo de apropriação das qualidades humanas, mediado pelo educador, nesta
perspectiva, é construído entre a criança e o meio histórico-cultural em que está
inserida.
Para uma efetiva educação que objetive a apropriação da cultura e dos
saberes constituídos pela história humana, a ação educativa deve considerar e
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reconhecer a importância em problematizar, planejar e organizar uma diversidade de
experiências sociais e culturais. Estas experiências devem envolver a criança com
os outros companheiros, e não somente permitir que ela permaneça numa atitude
individual e espontânea.
O educador como mediador, ao organizar espaços ricos e diversificados de
materiais e de recursos pedagógicos enriquecedores e motivadores da atividade da
criança, cria, em primeiro lugar, o seu contato com a organização do conhecimento
social. Essa via cria, em segundo plano, a organização interna dos processos
psíquicos necessários à sua formação.
4.11 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA
É na adolescência que se formam as funções psicológicas superiores, o
pensamento em conceitos e a possibilidade de abstração, que irão permitir ao
indivíduo a compreensão da realidade em seus nexos e relações, e também, a
formação de uma concepção de mundo e de si mesmo.
É um período de mudanças físicas e biológicas, de influência das relações do
indivíduo com o mundo circundante, às mudanças provocadas pela forma como
essas relações mediatizadas com o mundo circundante refletem no psiquismo do
indivíduo.
O desenvolvimento é um processo contínuo de auto movimento, que se
distingue pela permanente aparição e formação do novo, não existente em estágios
anteriores. Esta concepção vem de encontro com a teoria materialista de formação
da personalidade, considerando o desenvolvimento como um processo que se
evidencia pela unidade do material e do psíquico, do social e do pessoal, à medida
que a criança vai se desenvolvendo. É uma sequência de interrupções, pelo
surgimento de novas formações.
A personalidade da criança vai sofrendo pequenas alterações, que vão se
acumulando até certo limite, manifestando-se como uma formação repentina e
qualitativamente nova do período.
Vigotski (1996) também apresenta em sua concepção a noção da existência
de períodos de crise no desenvolvimento, que surgiriam de forma imperceptível, mas
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que torna agudo em determinado momento, sendo então visível. Os períodos
críticos seriam provocados pela própria lógica interna do desenvolvimento.
A idade crítica se diferencia pelos traços contrários, que significam a perda
dos interesses que antes orientavam a atividade, ocupando o tempo e atenção do
sujeito.
Considerando-se todos os aspectos relacionados ao desenvolvimento da
criança, as mudanças internas e externas, os fatores desencadeantes destas
mudanças, o fator importante na adolescência é o desenvolvimento psíquico, o
desenvolvimento de suas funções psicológicas superiores e não simplesmente as
características expressas no comportamento. O período da adolescência é uma
etapa em direção ao desenvolvimento pleno do indivíduo e não uma fase turbulenta
e passageira, marcada por aspectos simplesmente causais.
Para Vigotski (1996), as forças motrizes do comportamento vão variar em
cada etapa de idade e sua evolução é que determina as mudanças que se
produzem na conduta do sujeito. As funções psicológicas do ser humano não se
formam, em cada etapa de desenvolvimento, de maneira anárquica, automática ou
casual, mas regem-se em um certo sistema, a partir de determinadas aspirações da
criança para se compreender a etapa da adolescência, pois o desenvolvimento
psíquico se baseia nesta evolução da conduta e dos interesses.
O adolescente é um ser biológico, natural, histórico e social e que ao lado da
maturação social e do seu aprofundamento na vida social, seus interesses, no
processo de desenvolvimento interno e da reestruturação da personalidade,
reconstroem as atrações, elevando-as a um nível superior, transformando-as em
interesses humanos que se convertem em momentos internos da personalidade.
A adolescência é um período importante no desenvolvimento do indivíduo,
pois é quando se formam os conceitos e se torna possível maior abstração do
pensamento, resultando em um salto qualitativo no desenvolvimento. Deve-se
superar a visão da adolescência apenas como um período de conflitos, confusão e
rebeldia, pois isto se trata de uma concepção construída culturalmente de acordo
com necessidades da sociedade capitalista. É importante destacar, que o ponto
central desse período não são os conflitos e tormentas, nem mesmo as mudanças
corporais, biológicas, mas a formação do conceito e do pensamento abstrato, o
desenvolvimento das Funções Psicológicas Superiores e, com isto, a possibilidade
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de compreensão da realidade em suas múltiplas determinações, um posicionamento
frente a isso e a inserção ativa na sociedade.
4.12 CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
No final do século XX, sente-se a necessidade de que não basta somente
alfabetizar, mas acima de tudo, é preciso que todos os povos entrem em contato
com as mais variadas práticas de uso da língua escrita.
O senso comum diz apenas com o domínio do código, pode-se obter
ascensão social e cultural. Na realidade, só o processo de alfabetizar não é
suficiente, para isso ocorrer é necessário que o processo de alfabetização ocorra
numa perspectiva de letramento.
A pessoa letrada já não é a mesma que era, quando analfabeta ou iletrada,
ela passa a ter outra condição social e cultural – não se trata propriamente de mudar
de nível ou de classe social, cultural, mas de mudar seu lugar social, seu modo de
viver na sociedade, sua inserção na cultura – sua relação com os outros, com o
contexto, com os bens culturais torna-se diferente (SOARES, 2003, p. 37).
Então, pode-se entender a alfabetização e o letramento como práticas
indissociáveis, resultantes das relações humanas, sendo duas práticas fundamentais
que perpassam o período escolar, estando presentes em toda a vida do indivíduo.
SOARES (2000, p. 91) diferencia alfabetização e letramento: “alfabetização é
o processo pelo qual se adquire o domínio de um código e das habilidades de utilizá-
lo para ler e escrever, ou seja: o domínio da tecnologia – do conjunto de técnicas –
para exercer a arte e ciência da escrita. Ao exercício efetivo e competente da
tecnologia da escrita denomina-se Letramento que implica habilidades várias, tais
como: capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes objetivos”.
No processo alfabetizador, há que se ir além do entendimento do
funcionamento da escrita, para a compreensão da sua funcionalidade nas práticas
sociais e culturais. Neste sentido, Tfouni (1995, p. 20) afirma que “enquanto a
alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo ou grupo de
indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócios históricos da aquisição de uma
sociedade”.
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As sociedades estão, cada vez mais, centradas na escrita com suas
múltiplas funcionalidades. Para os sujeitos, saber ler e escrever tem se revelado,
muitas vezes, condição insuficiente para responder adequadamente às demandas
contemporâneas.
É preciso ir além da simples aquisição do código escrito; é preciso fazer
uso da leitura e da escrita no cotidiano; apropriar-se da função social dessas duas
práticas; é preciso letrar-se.
Letramento é o processo em que vive o indivíduo que não só sabe ler e
escrever, mas exerce as práticas sociais de leitura e escrita que circulam na
sociedade em que vive: sabe ler e lê jornais, revistas, livros; sabe ler e interpretar
tabelas, quadros, formulários, sua carteira de trabalho, suas contas de água, luz,
telefone, bilhetes, telegramas sem dificuldade, sabe preencher um formulário, sabe
redigir um ofício, um requerimento, etc.
“A escola é a instituição responsável por propiciar ao aluno, aprendizagem na
qual este consiga fazer uma relação dos seus conceitos cotidianos com os conceitos
científicos. A escola é, pois, espaço privilegiado para produzir conhecimento e esta,
bem como os professores, precisa assumir postura de mediadores desse
conhecimento, utilizando-se de recursos motivadores e diversificados que atendam à
diversidade de alunos existentes numa sala de aula, conhecendo, analisando e
acompanhando suas produções, considerando seus ritmos e possibilidades de
aprendizagem” (GASPARIN, 2003).
“A assimilação de conhecimentos e habilidades e o desenvolvimento das
capacidades mentais decorrentes do processo de ensino não têm valor em si
mesmo, mas visam instrumentalizar os alunos como agentes ativos e participantes
na vida social”. (LIBÂNEO, 1994, p. 222).
No processo de alfabetização e de letramento, é indispensável que o
professor tenha claro, os objetivos e os caminhos que precisa percorrer, para
favorecer a apropriação da leitura e da escrita por seus alunos. Sendo assim, a
importância do planejamento pedagógico não se limita somente à escolha e à
organização dos conteúdos e dos recursos, mas também à organização do tempo e
do espaço em sala de aula, definindo todas as áreas a ser trabalhada, a melhor
forma de tratar didaticamente os conteúdos, os textos e os tipos de atividades a
serem propostos e a respectiva frequência, para poder distribuir todas as atividades
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no tempo disponível, estabelecendo as devidas prioridades. Assim sendo, é
importante, na fase de alfabetização, estimular a criança a ter contato com diferentes
materiais escritos, favorecendo o processo de apropriação da linguagem escrita,
possibilitando a representação gráfica do pensamento. Aos poucos, vai
aperfeiçoando e se dando conta de que a escrita segue um padrão, pois só assim
será entendida pelos demais.
A escola, pois, deve estar altamente comprometida com o processo de
alfabetização e de letramento, buscando desenvolver, nos alunos, a consciência
crítica, para poderem atuar na construção da sua própria história e da sua realidade
social. Para tanto, é imprescindível que um professor crítico faça essa medição
estabelecendo clima de confiança e de diálogo onde os alunos possam participar
das reflexões propostas, em sala de aula, respeitando a diversidade cultural, a
vivência de cada um e refletindo sobre a função social da leitura e a da escrita,
reconhecendo a importância das modalidades.
4.13 EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE
A diversidade e a heterogeneidade da escola não advêm de se estar
implementando a escolarização de crianças e jovens com necessidades educativas
especiais em classes regulares, mas simplesmente do fato de que a própria
sociedade é heterogênea e multifacetada. Os alunos ditos com necessidades
educativas especiais são apenas um caso no seio da diversidade da população
escolar, embora sejam aqueles que carecem de maior atenção e acompanhamento.
A classe homogênea, tão do agrado do professor num passado ainda recente,
em que os alunos realizavam as mesmas tarefas, da mesma maneira, ao mesmo
tempo e com os mesmos recursos didáticos, terá de ceder lugar à classe
heterogênea (que sempre foi), na qual alunos com as mais variadas e diversas
expectativas, competências e possibilidades não só convivem, como são pretexto e
contexto da própria definição e organização do processo ensino-aprendizagem.
O ideal de “escola para todos”, acordado pelos Estados do mundo inteiro na
Conferência de Jomtien (Tailândia, 1990), não pode ser entendido como redutor de
“todos na escola”. Se esse importante documento programático pretendia, em
primeiro lugar, alertar as autoridades mundiais para a necessidade de acabar com o
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analfabetismo e com as gritantes discriminações em taxas de escolarização entre
grupos de uma mesma sociedade (mulheres, minorias étnicas, pobres urbanos,
marginalizados...) e entre países desenvolvidos e países em vias de
desenvolvimento, deveria igualmente ser objeto de outra leitura, de vertente
pedagógica e organizativa, no sentido de que cada aluno encontre na escola os
recursos necessários e adequados á satisfação das suas necessidades educativas,
isto é, que a escola seja de fato para todos.
As consequências para a organização e gestão dos sistemas educativos e
das escolas em geral e para as práticas cotidianas da sala de aula em particular,
decorrentes dessa perspectiva de atenção à diversidade, têm sido objeto de
múltiplos estudos e reflexões. Embora por vezes divergentes quanto aos princípios,
às modalidades e ao âmbito de intervenção, podemos sintetizar essas diferentes
propostas em três eixos fundamentais: transformações curriculares, metodológicas e
organizativas.
A escola não dará uma resposta adequada a essa diversidade de
necessidades se não forem devidamente equacionados os seguintes aspectos:
— Dotação das escolas com recursos contínuos (físicos, pedagógicos, didáticos,
humanos), para atender às constantes necessidades dos alunos e proporcionar
efetivo acesso ao currículo;
— Diagnóstico sistemático e adequado das características e necessidades dos
alunos, com particular ênfase em eventuais desajustes entre a situação proposta
e os estilos de aprender, de molde a servir de base e fundamento a propostas
curriculares e metodológicas, bem como o ajustamento no decorrer do próprio
ensino-aprendizagem;
— Criação de equipes multidisciplinares de apoio ao professor de ensino regular, o
qual deve, no entanto, continuar a ser centro de todo o processo decisional e de
ensino-aprendizagem;
— Apoio apropriado à inovação, à mudança das práticas, à revolução nas
mentalidades e ao desenvolvimento profissional dos professores.
Esta nova perspectiva sobre a escola acabará forçosamente por provocar
significativas transformações em várias dimensões do sistema educativo. Mas tem
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de ser o professor do ensino regular (designado, aliás, que doravante carece de
sentido) assumir a responsabilidade maior e o papel mais ativo em todo o processo,
sobretudo no que respeita às práticas cotidianas em sala de aula.
No contexto geral da reflexão sobre a atenção à diversidade, o papel central
do professor do ensino regular em todo o processo tem sido objeto de muitas
reflexões, mas ainda não de suficientes investigações. Embora de utilidade
inquestionável e, por vezes, de elevada qualidade didática pedagógica, as propostas
apresentadas não tomam geralmente em atenção que a práxis educativa é sempre
em função de uma situação concreta, carecendo, por conseguinte de uma adequada
transposição e contextualização.
4.14 - HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA
A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro Brasileira e Africana
nos currículos da educação básica trata-se de decisão política, com forte
repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida,
reconhece-se que, além de garantir vagas para os negros nos bancos escolares, é
preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar
danos, que se repetem há cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A
relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro-brasileira e
africana não se restringe à população negra, ao contrário, dizem respeito a todos os
brasileiros, uma vez que devem educar-se enquanto cidadãos atuantes no seio de
uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação
democrática. É importante destacar que não se trata de mudar um foco etnocêntrico
marcadamente de raiz europeu por um africano, mas de ampliar o foco dos
currículos escolares para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira.
Nesta perspectiva, cabe às escolas incluir no contexto dos estudos e atividades, que
proporciona diariamente, também as contribuições histórico-culturais dos povos
indígenas e dos descendentes de asiáticos, além das de raiz africana e europeia.
É preciso ter clareza que o Art. 26 A, acrescido à Lei 9394/96, provoca bem
mais do que inclusão de novos conteúdos, exige que se repensem relações étnico
raciais, pedagógicas, procedimentos de ensino, condições oferecidos para
aprendizagem, objetivos tácitos e explícitos da educação oferecida pelas escolas. A
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autonomia dos estabelecimentos de ensino para compor os projetos pedagógicos,
no cumprimento do exigido pelo Art. 26 A da lei 9394/96, permite que se valham da
colaboração das comunidades a que a escola serve, do apoio direto ou indireto de
estudiosos e do Movimento Negro, com os quais estabelecerão canais de
comunicação, encontrarão formas próprias de incluir nas vivências promovidas pela
escola, inclusive em conteúdos de disciplinas, as temáticas em questão. Caberá aos
sistemas de ensino, mantenedoras, pedagogos dos estabelecimentos de ensino e
aos professores, estabelecer conteúdos de ensino, unidades de estudos, projetos e
programas, abrangendo os diferentes componentes curriculares.
Aos estabelecimentos de ensino está sendo atribuída a responsabilidade de
acabar com o modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos
escravizados e de seus descendentes para a construção da nação brasileira; de
fiscalizar para que, os alunos negros deixem de sofrer atos de racismo. Sem dúvida,
assumir estas responsabilidades implica compromisso com a comunidade onde esta
se encontra e a que serve, compromisso com a formação de cidadãos atuantes e
democráticos, capazes de compreender as relações sociais e étnico raciais de que
participam e ajudam a manter e/ou a reelaborar, capazes de decodificar palavras,
fatos e situações a partir de diferentes perspectivas, de desempenhar-se em áreas
de competências que lhes permitam continuar e aprofundar estudos em diferentes
níveis de formação.
Precisamos de organizações escolares em que todos se vejam incluídos, e
que lhes seja garantido o direito de aprender e de ampliar conhecimentos, sem ser
obrigados a negar a si mesmos, ao grupo étnico/racial a que pertencem e a adotar
costumes, ideias e comportamentos que lhes são adversos. E estes, certamente,
serão indicadores da qualidade da educação que será oferecida pelos
estabelecimentos de ensino de diferentes níveis.
A interação cotidiana existente dentro da sala de aula é um lugar propicio
para que se faça a apropriação de tais conhecimentos, basta que o professor
desenvolva linguagens próprias no cotidiano educacional, na busca de diminuir
problemas intra educacionais. Haja vista que Melo Silva (1997), observa em seus
relatos que “a omissão, nos livros didáticos de Educação Artística, de
representações da produção artístico-cultural do segmento negro e de sua tradição
cultural tem contribuído para a permanência do preconceito e da marginalidade do
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negro no Brasil. Resgatar a arte, a estética e a cultura negro africana em seus
diferentes aspectos e sua presença na cultura ocidental, principalmente brasileira,
implica a valorização da identidade cultural do segmento negro.”
Tendo em vista isso, foi sancionada a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003
que vem complementar a LDB 9394/96, seu relato final institui a inclusão no
currículo oficial de conteúdo sobre ”História e Cultura Afro Brasileira” relatada nos
artigos 1º; 2º; 26º-A e 79º. Tal incumbência ficará a cargo das disciplinas de
Educação Artística; Literatura e História Brasileira. Sendo assim, não mais se
concebe um currículo desvinculado da realidade, é de suprema importância que
estes estejam vinculados com o cotidiano e estimule o interesse de nossos
discentes. Para que isto ocorra, é necessário a relação dos conteúdos, método,
contexto sócio cultural e fins da educação.
4.15 EDUCAÇÃO AMBIENTAL
As práticas de educação ambiental no Brasil podem ser datadas
principalmente a partir dos anos 80. Alguns educadores passaram a se chamar
“ambientais” e, num ritmo crescente, organizaram encontros estaduais, nacionais e
latino-americanos, que poderiam ser vistos no contexto da contribuição de uma
identidade social em torno das práticas educativas voltadas para o meio ambiente.
A educação ambiental, enquanto processo participativo é identificada como
instrumento de revisão dos conceitos sobre o mundo e a vida em sociedade,
conduzindo o ser humano e a coletividade na construção de novos valores sociais,
na aquisição de conhecimentos e atitudes para a conquista e a manutenção do
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
Em junho de 1992, no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento lançou os desafios fundamentais para
permearem as políticas dos governos das nações. Vários documentos foram tirados
da Conferência do Rio, entre eles destacou-se:
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4.16 AGENDA 21
Plano de ação para o desenvolvimento sustentável a ser adotado pelos
países, a partir de uma nova perspectiva para a cooperação internacional. Serve de
guia para as ações do governo e de todas as comunidades que procuram
desenvolvimento sem com isso destruir o meio ambiente. Da mesma forma que os
países se reuniram e fizeram a Agenda 21, as cidades, os bairros, os clubes, as
escolas também podem fazer o mesmo.
Portanto, com a implantação das Agendas 21 podemos garantir um meio
ambiente equilibrado para as futuras gerações, cumprindo assim, nosso dever
conforme menção na Constituição Brasileira. Este plano de ação atinge cinco
dimensões. São elas:
1. É o principal documento da Rio 92 (Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento Humano);
2. É a proposta mais consistente que existe de como alcançar o desenvolvimento
sustentável, isto é, de como podemos continuar desenvolvendo nossos países e
nossas comunidades sem destruir o meio ambiente e com maior justiça social;
3. É um planejamento do futuro com ações de curto, médio e longos prazos, em
outras palavras, reintroduz uma ideia esquecida de que podemos e devemos
planejar e estabelecer um elo de solidariedade entre nós e nossos descendentes,
as futuras gerações;
4. Trata-se de um roteiro de ações concretas, com metas, recursos e
responsabilidades definidas;
5. Deve ser um plano obtido através do consenso, ou seja, com todos os atores e
grupos sociais opinando e se comprometendo com ele. Estabelece uma
verdadeira parceria entre governos e sociedades. É um programa estratégico,
universal, para alcançarmos o desenvolvimento sustentável do século XXI.
4.17 SEXUALIDADE
A sexualidade tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica
das pessoas, pois independentemente da potencialidade reprodutiva, relaciona-se
com a busca do prazer, necessidade fundamental dos seres humanos. Neste
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sentido, a sexualidade é entendida como algo inerente, que manifesta desde o
momento do nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do
desenvolvimento.
A escola deve informar e discutir os diferentes tabus, preconceitos, crenças e
atitudes existentes na sociedade. Deve abordar as repercussões de todas as
mensagens transmitidas pela mídia, pela família e pela sociedade, com as crianças
e os jovens. Ao propiciar informações atualizadas do ponto de vista científico e
explicitar os diversos valores associados à sexualidade e aos comportamentos
sexuais existentes na sociedade, possibilita ao aluno desenvolver atitudes coerentes
com os valores que ele próprio elegeu como seus.
A abordagem da sexualidade precisa ser explícita, para que seja tratada de
forma simples e direta, ampla, para não reduzir sua complexidade; flexível, para
permitir o atendimento a conteúdos e situações diversas; e sistemática, para
possibilitar uma aprendizagem e um desenvolvimento crescentes.
O educador deve reconhecer como legítimo e lícito, por parte das crianças e
dos jovens, a busca do prazer e as curiosidades manifestas acerca da sexualidade,
uma vez que fazem parte de seu processo de desenvolvimento. Deve ter
discernimento para não transmitir seus valores, crenças e opiniões como sendo
princípios ou verdades absolutas. Jamais se escandalizar ou aplicar julgamentos ao
que se diz ou faz. Ser imparcial e ter consciência que está trabalhando num campo
complexo e preconceituoso, por isso deverá ser neutro.
Ao trabalhar com a sexualidade, o professor deverá ter como objetivos:
A preparação da nova geração para que:
Aprenda – anatomofisiologia e processos psicossociais do homem e da mulher
relacionados ao sexo, para que possam manifestar-se de forma positiva;
Compreenda – as particularidades das relações entre ambos os sexo e as
responsabilidades que estas encerram;
Interiorize – a liberdade que tem para eleger seu parceiro, livre de ataduras
econômicas, porém com respeito e seriedade;
Traduza – em convicções e hábitos de conduta os padrões morais da sociedade
onde vive;
Adquira – consciência de que cada manifestação individual repercute e influi na
sociedade que faz parte.
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Interiorize – a liberdade que tem para eleger seu parceiro, livre de ataduras
econômicas, porém com respeito e seriedade;
Traduza – em convicções e hábitos de conduta os padrões morais da sociedade
onde vive;
Adquira – consciência de que cada manifestação individual repercute e influi na
sociedade que faz parte.
4.18 CONCEPÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR
A gestão escolar consiste no processo e orientação do esforço coletivo
presente na escola, para que esta exerça seu papel social e realize seus objetivos.
Esta gestão não envolve apenas o diretor da escola, mas toda a comunidade
escolar, porque ela é participativa e globalizadora, ela se caracteriza por ser o
processo de organização exercido no sentido de mobilizar, articular a prática
humana, os recursos e as condições de trabalho da escola, para que exerça com
competência o seu papel social de formação de seus alunos para o exercício da
cidadania.
Esse vínculo da escola com a comunidade é condição fundamental para que
a sua atuação possa estar ultrapassando os muros da escola, contando com o apoio
e acompanhamento dos familiares, pois o processo de educação não se dá somente
na escola. Além disso, é condição para a realização da gestão democrática da
escola, uma vez que é estabelecida pela Constituição e pela LDB 9394/96 e
depende de um processo aberto de comunicação que viabiliza autonomia, liberdade,
compartilhamento de ideias, da reciprocidade na troca de informações que
sustentarão a decisão a ser tomada. O Colégio Estadual Professor Elysio Vianna,
tendo como princípio essa gestão democrática, possibilita a participação de toda a
comunidade escolar, ou seja, professores, pais, alunos, diretores, inspetores,
secretárias, cozinheiras, enfim, todos que participam desse processo, bem como a
APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) e o Conselho Escolar do
referido Colégio. As decisões são organizadas a partir dos encontros com toda a
comunidade escolar e nos Conselhos de Classe, onde se levantam discussões e
questionamentos, as tomadas de decisões se efetivam num processo coletivo.
Ressalta-se também a importância da avaliação institucional, onde o processo
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coletivo detecta os problemas e traça o caminho a ser reorganizado. No ambiente
desta escola procura-se mobilizar todos os esforços em função da ação pedagógica,
favorecendo um ambiente de autonomia onde a equipe pedagógica possa estar
atuando e propiciando a participação da coletividade nas decisões locais,
exercitando-se assim a autonomia escolar. A escola procura abrir espaços para que
a diversidade e o pluralismo de ideias se manifestem, trazendo dados da realidade
mais ampla, permitindo que todos os segmentos da comunidade escolar reflitam e
participem de decisões relativas à socialização do conhecimento, uma vez que a
atividade educativa tem caráter público cuja natureza exige transparência nas
decisões. Portanto essa concepção de educação só é possível a partir de uma
gestão democrática, que se efetive pela participação de todos (pais, responsáveis,
alunos, funcionários, professores, pedagogos e diretores) nas tomadas de decisões
da Instituição.
5 MARCO OPERACIONAL
5.1 GESTÃO DEMOCRÁTICA
É uma prática cotidiana com o princípio da reflexão, da compreensão e da
transformação, revertendo relações autoritárias e verticais, em relações
democráticas e horizontais.
O exercício da gestão democrática se dará pela construção de um ambiente
propício à participação da coletividade, levando-se em conta alguns princípios
básicos:
A necessidade de se garantir acesso e permanência na escola a todos e
assumir o compromisso com o sucesso do aluno;
O compromisso com o desenvolvimento nas dimensões éticas e políticas na
ação educativa;
A efetivação lícita, transparente e flexível dos procedimentos administrativo-
financeiro, os quais devem ser adequados às necessidades do cumprimento
da função da escola;
A necessidade de formação continuada dos profissionais da educação para
melhoria da ação pedagógica;
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A revisão permanente das práticas no cotidiano da escola, de reflexão
sobre elas e de compromisso com a democracia.
Para que realmente se efetive a verdadeira gestão democrática é importante
à participação de todos os segmentos da comunidade escolar, bem como dos outros
mecanismos de ação coletiva no interior da escola, como: APMF, Grêmio Estudantil,
Conselho Escolar, representantes de turma, etc...
Nossa preocupação não está centrada somente nos recursos materiais, mas
também aborda outras dimensões da prática pedagógica. Por isso, fazem-se
necessárias avaliações processuais constantes, incluindo-se aí a Avaliação
Institucional e a Avaliação de Desempenho. Para esta última, a entidade
mantenedora estabelece alguns critérios gerais, como: produtividade, participação,
pontualidade e assiduidade, ao qual o Colégio se pauta desmembrando critérios
mais específicos e próprios. Também priorizará à auto avaliação de cada
profissional no contexto global da escola, oportunizando a reflexão da sua prática e
dos resultados obtidos.
Queremos uma escola que forme com base no conhecimento como um todo,
um cidadão crítico, ético, moral, inserido na sociedade, com poder de decisão e
transformador da realidade.
Uma escola que acolha a todos, que realize a inclusão, porém com estrutura
física e capacitação dos profissionais para trabalhar com as diversas realidades e
com assessoramento constante de outros profissionais.
O profissional precisa ser dinâmico, competente, ético, responsável,
comprometido politicamente, que realmente acredite em seus objetivos. Que seja
adaptável e versátil no uso das novas tecnologias. Que busque a educação
permanente, ou seja, a formação continuada. O investimento na qualificação
docente deve garantir formação específica para a competência humana, política e
técnica.
O funcionário deve ter seus direitos garantidos, que seja acessível sua
entrada através de concursos, e que sua função seja compatível com o grau de
instrução. Que estes também tenham capacitação e seja garantida a formação
continuada.
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Queremos formar sujeitos conscientes, reflexivos, participativos, dignos,
éticos, preparados para interagir na transformação da sociedade e comprometidos
com seus direito e deveres.
Os saberes precisam ser articulados para que o próprio aluno desenvolva o
seu conhecimento tendo o professor como facilitador, já que a escola se tornou um
lugar de busca, de companheirismo, de cultura, formadora de valores éticos.
Queremos que os saberes teóricos práticos existam, onde as ações partam
para as reações e que todo conhecimento seja significativo, que tenha sentido para
o indivíduo.
Uma escola bem estruturada, capaz de tornar possível o ideal de seus alunos,
comunidade, direção, professores, funcionários, em todos os sentidos: valores,
cidadania, cultura e conhecimento.
Garantir a formação e manutenção das entidades colegiadas: Grêmio
Estudantil, Conselho Escolar, APMF, possibilitando a participação efetiva da
comunidade escolar no processo de Gestão Democrática, no que se refere às
decisões de grande porte e que envolve todo o coletivo do colégio.
Construir coletivamente os diversos níveis de planejamentos: do plano de
ação da escola ao plano de trabalho docente unificando-os para que nos três turnos
de funcionamento haja o mesmo foco de trabalho, respeitando as especificidades de
cada um.
Incentivar a participação dos pais na vida escolar dos filhos, promovendo
reuniões com grupos pequenos e em forma de assembleia, quando necessário e
viável.
Redimensionar a função do Conselho de Classe, do ponto de vista
pedagógico e da participação dos diferentes segmentos da comunidade escolar.
Promover condições para o trabalho interdisciplinar como forma de melhorar o
processo ensino-aprendizagem.
Proporcionar condições físicas e materiais, no que se refere aos recursos
necessários para o preparo das aulas pelos professores.
Racionalizar o uso dos espaços construídos para melhor atender a demanda
da comunidade escolar.
Queremos o respeito pelos diferentes grupos de culturas que constituem a
nossa sociedade, já que esta é formada por diferentes etnias. O grande desafio da
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escola é reconhecer a diversidade como parte inseparável da identidade nacional,
investindo na superação de qualquer tipo de discriminação. O trabalho com a
pluralidade cultural se dá a cada instante e exige que a escola alimente a “Cultura de
Paz” baseada no respeito aos direitos humanos, princípios de dignidade e cidadania.
Esta é a gestão que procuramos manter em nossa Escola
5.2 PROPOSTA PEDAGÓGICA
Garantir que a instituição escolar seja espaço e tempo de processos
educativos que conceba o aluno enquanto sujeito histórico-social;
Garantir a aprendizagem de todos os alunos, a partir da reorganização do
tempo e espaço escolar;
Compreender que o processo de avaliação decorre da apropriação conceitual
articulada à dimensão afetiva;
Assumir o caráter diagnóstico da avaliação, como instrumento de
compreensão da aprendizagem, tendo em vista a definição de
encaminhamentos e medidas que privilegiem a transformação da ação
docente;
Reconhecer que a qualidade do processo ensino-aprendizagem decorre das
relações de interdependências entre os processos avaliativos da
aprendizagem e a avaliação institucional;
Garantir condições para a realização coletiva do Plano de Trabalho Docente,
na hora-atividade e nas reuniões pedagógicas;
Proporcionar condições para que o aluno concluinte do Ensino
Profissionalizante (Técnico em Meio Ambiente, Qualidade e Química) obtenha
os conhecimentos tecnológicos, científicos, socioculturais, políticos e
econômicos necessários para enfrentar os desafios próprios do mundo do
trabalho contemporâneo.
Nas salas de aula, o professor é quem compreende a avaliação e a executa
como um projeto intencional e planejado, que deve contemplar a expressão de
conhecimento do aluno como referência de uma aprendizagem continuada.
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No cotidiano das aulas, isso significa que:
É importante a compreensão de que uma atividade de avaliação situa-se
entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de ensino,
porque ambas têm a intenção de ensinar;
No Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos
trabalhados naquele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias
e instrumentos de avaliação, para que professor e alunos conheçam os
avanços e as dificuldades, tendo em vista a reorganização do trabalho
docente;
Os critérios de avaliação devem ser definidos pela intenção que orienta o
ensino e explicitar os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim, os
critérios são um elemento de grande importância no processo avaliativo, pois
articulam todas as etapas da ação pedagógica;
Os enunciados de atividades avaliativas devem ser claros e objetivos. Uma
resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o
estudante não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não
entendeu o que lhe foi perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é
desempenhar a tarefa solicitada, mas sim compreender o que se pede;
Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo com
as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios
estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade
argumentativa, a realização de um debate ou a produção de um texto será
mais adequada do que uma prova objetiva;
A utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de
avaliação reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos
dos alunos, tais como: memorização, observação, percepção, descrição,
argumentação, análise crítica, interpretação, criatividade, formulação de
hipóteses, entre outros;
Uma atividade avaliativa representa, tão somente, um determinado momento
e não todo processo de ensino-aprendizagem;
Por fim, destaca-se que a concepção de avaliação que permeia o currículo
não pode ser uma escolha solitária do professor. A discussão sobre a avaliação
deve envolver o coletivo da escola, para que todos (direção, equipe pedagógica,
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pais, alunos) assumam seus papéis e se concretize um trabalho pedagógico
relevante para a formação dos alunos.
A avaliação tem função diagnóstica (permanente e contínua), sendo um meio
de obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática e dos
processos de aprendizagem. Ela pressupõe tomada de decisão. O aluno toma
conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e organiza-se para as mudanças
necessárias.
A avaliação da aprendizagem pelo aluno é um processo importantíssimo do
ensino, uma vez que orienta e reforça o que o aluno aprende e deve aprender.
É necessário que se entenda e reforce que o objetivo da avaliação é o de
verificar o que o aluno está aprendendo, com que nível de domínio e segurança, em
que nível de complexidade, a fim de que o professor possa concluir a respeito da
eficácia do seu processo de ensino, da necessidade de rever e reorientar ou reforçar
a aprendizagem em desenvolvimento.
Em consequência, a avaliação deve ser praticada continuamente, pelo
professor, como um processo, a fim de que, naturalmente, pelo feedback obtido,
promova adaptações necessárias na organização dos conteúdos e experiências
vivenciadas pelos alunos, nos desafios apresentados. Enfim, a avaliação deve ser
uma prática interativa de intercomunicação, entre professor e aluno. Para tanto, é
necessário que se leve em consideração algumas estratégias básicas:
Reforçar positivamente a aprendizagem dos alunos;
Considerar a tentativa e o erro do aluno como ponto de partida do
processo ensino-aprendizagem;
Adotar variadas estratégias e instrumentos de avaliação;
Dar à avaliação contínua um tom natural, uma vez que ela é inerente
ao processo ensino-aprendizagem;
Reforçar a aplicação de processos mentais na resolução de problemas;
Adotar processos interativos de organização de questões, a fim de
estimular o pensamento associativo e evitar a prática da fragmentação;
Considerar a avaliação globalmente;
Planejar como será feita a avaliação junto com o planejamento da aula;
Incorporar imediatamente ao ensino, o feedback da avaliação;
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Contextualizar a avaliação da aprendizagem individual de alunos, no
conjunto do processo da aprendizagem da turma, e em relação ao
processo de ensino adotado.
Optou-se por uma avaliação contínua, com a observação das conquistas e
dificuldades do aluno. Dessa forma, é possível diagnosticar problemas no momento
em que eles ocorrem e não apenas ao final do bimestre. O foco deve ser a
aprendizagem e a nota é compreendida como uma consequência desse processo.
Para a sua obtenção, devem ser tomadas várias medidas avaliativas como
atividades, pesquisas, trabalhos, simpósios, apresentações, projetos, provas, testes,
enfim vários instrumentos servem para verificar se os objetivos propostos foram
atingidos. Deve ser enfatizado o processo de aprendizado e os progressos que o
aluno faz em relação a ele mesmo.
Uma vez detectada alguma dificuldade faz-se uso da recuperação paralela
(no 6º ano), ou Projeto Sala de Apoio, em contra turno e da recuperação
concomitante durante o bimestre (em todas as séries), lembrando que se trata de
recuperação dos conteúdos, devendo, portanto, ser trabalhado pelos professores
novamente os conteúdos indispensáveis e significativos para aquela série, para não
ser recuperação apenas de nota (trabalhos mecânicos que copiam uns dos outros
ou provas com resultados ínfimos, porque não houve aprendizado).
A avaliação, dessa forma, se torna um instrumento de análise permanente do
processo pedagógico, possibilitando e indicando ações e ajustes no
encaminhamento dos trabalhos. Quando constatado pelo Conselho de Classe Final
que o aluno não tem condições de avançar para outra série, cabe a sua retenção,
para que sejam revistos os conteúdos curriculares da série cursada.
5.3 SISTEMA AVALIATIVO
A avaliação é uma tarefa pedagógica necessária e permanente do trabalho
docente, que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino aprendizagem.
A avaliação é uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do
professor como dos alunos (LIBÂNEO, 1992).
A avaliação é um processo contínuo que deve ocorrer nos mais diferentes
momentos do trabalho. A verificação e qualificação dos resultados da aprendizagem
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no início, durante e no final do processo, visam sempre diagnosticar e superar
dificuldades, corrigir falhas e estimular os alunos para que continuem dedicando-se
aos estudos. (LIBÂNEO, 1992).
Os padrões e instrumentos podem ser definidos por disciplina no início do ano
letivo. Sendo a avaliação um processo contínuo, vários instrumentos devem ser
utilizados, favorecendo as habilidades de cada aluno. Lembrando que o resultado
final não é mérito nem “culpa” do professor e sim um conjunto entre alunos, pais e
equipe pedagógica.
Sugestões de alguns instrumentos:
– Oralidade: debates, exposições e/ou palestras;
– Escrita; produções de textos diversos;
– Leitura: pesquisa, obras e outros;
– Oficinas práticas envolvendo os recursos disponíveis e as salas (laboratórios de
informática, biblioteca, arte etc.).
– Avaliação uniforme para os alunos do 9º ano (Ensino Fundamental) e 3ª série
(Ensino Médio) como aferição de conhecimentos (com embasamento do ENEM);
– Participação, interesse nas realizações de tarefas;
– Avaliações bimestrais (instrumentos utilizados: provas, testes, trabalhos,
atividades, seminários...);
– Pesquisas;
Conforme a resolução nº 3794/04 da SEED a média por bimestre é 6,0. O aluno
deverá atingir 240 pontos ao total dos quatro bimestres.
A nota do bimestre será resultante da SOMATÓRIA dos valores atribuídos em
cada instrumento de avaliação (provas, trabalhos, atividades, etc.), sendo
valores cumulativos em várias aferições, na sequência e ordenação dos
conteúdos (Regimento Escolar art. 49 parágrafo 1º).
Não será permitido submeter o aluno a uma única oportunidade de aferição
(Regimento Escolar art. 49 parágrafo 2º).
O sistema de avaliação bimestral será composto pela somatória da nota 5,0
resultante de no mínimo 02 avaliações (instrumentos diversificados), mais 5,0
referente a atividades diversificadas, totalizando a nota final 10,0 (dez), para o
Ensino Fundamental e para o Técnico Integrado e Subsequente ao Ensino Médio,
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será 6,0 resultante de no mínimo 02 avaliações (instrumentos diversificados); mais a
nota 4,0 referente a atividades diversificadas, totalizando a nota final de 10,0 (dez).
Para o último semestre do Curso Técnico Subsequente e no final da 4ª série
do Ensino Médio Integrado, para conclusão do curso o aluno deverá elaborar e
apresentar um artigo para uma banca que poderá ser composta por: professores do
curso, coordenador, pedagogo (a) e direção. Independente dos instrumentos
avaliativos utilizados pelo professor ao aluno será oportunizada a recuperação
quantitativa paralela, além da recuperação de conteúdos.
Os instrumentos utilizados, a atividades diversificadas, seus respectivos valores e
datas, serão registrados no Registro de Classe durante o ano letivo, assim como
também as recuperações.
5.4 CRITÉRIOS PARA RECUPERAÇÃO DOS CONTEÚDOS
Segundo a LDB, o artigo 24, parágrafo V alínea e: “Obrigatoriedade de
estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos
de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em
seus regimentos” e o Regimento Escolar, artigo 54: “A recuperação de estudos de
forma paralela será ofertada concomitante às atividades letivas, sendo integrada ao
processo de ensino, estando incluídas nas oitocentas (800) horas ou duzentos (200)
dias letivos” e “quatrocentas (400) horas ou duzentos dias letivos para os cursos
semestrais”.
Neste sentido caracteriza-se por recuperação aquela desenvolvida durante
série ou período letivo. Feito o diagnóstico em parceria com o aluno, o professor
procurará retomar os conteúdos que ele não conseguiu aprender/compreender,
reavaliando-os. Os instrumentos de avaliação utilizados, a fim de suprir as falhas de
aprendizagem, podem ser considerados como atividades de reforço, trabalhos,
testes complementares, provas entre outros. Ao fazer a recuperação paralela o
professor deverá considerar a maior nota do aluno, substituindo-a.
A recuperação qualitativa será feita através da retomada de conteúdos não
assimilados pelos alunos durante as aulas.
Algumas considerações a respeito das avaliações e recuperações:
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5.4.1 A Recuperação deve ser Total (100%):
– Lembrar-se de fazer a retomada dos conteúdos necessários nas aulas.
– Permanece a maior nota do aluno, substituindo-a.
– Os instrumentos de recuperação utilizados NÃO DEVEM SER OS MESMOS das
avaliações, porém devem abranger os mesmos conteúdos trabalhados no bimestre.
– Sugestão de projetos para a recuperação envolvendo as disciplinas afins;
– Diversificar os métodos utilizados em sala;
– Refazer as atividades propostas;
– Realizando pesquisas sobre os temas trabalhados com explanação oral à turma;
– A recuperação é direitos de todos os alunos, independente da nota do seu
rendimento escolar.
– Fazer a anotação da recuperação no Livro Registro de Classe. No Quadro de
Avaliação e também na Coluna dos Conteúdos especificando o conteúdo avaliado.
Decreto Lei Federal nº 1044/69 - doença infectocontagiosa, doenças
neurológicas e tratamento prolongado: aids, dengue, câncer, hemodiálise e
acidentes que imobilizem o aluno a vir para a escola (como compensação da
ausência às aulas, o professor deverá encaminhar atividades domiciliares
para o aluno repassando-as para a Orientação).
Lei Federal nº 6202/75, Licença gestação, que regulamenta o regime de
exercícios domiciliares, instituído pelo Decreto-Lei nº 1.044/69: Lei
6.202/75, Art. 1º: “A partir do oitavo mês de gestação e durante três meses a
aluna gestante será assistida pelo regime de exercícios domiciliares
instituídos pelo Decreto-Lei nº 1.044/69”; parágrafo único: “O início e o
término do afastamento serão determinados por atestado médico”; Lei
6.202/75, Art. 2º: “Em casos excepcionais, comprovado com atestado
médico, o período de repouso poderá ser aumentado”; parágrafo único: “Em
qualquer caso, é assegurado às estudantes em estado de gravidez o direito à
prestação dos exames finais”. Atividades repassadas e avaliadas pelo
professor e após este período deverá comparecer quando convocada para
realizar as avaliações solicitadas pelo professor por meio de agendamento da
Orientação. A Licença Maternidade, conforme legislação em vigor pode ser
requerida à Secretaria, a partir do 8º (oitavo) mês de gestação, ou após o
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nascimento, reservando as seguintes obrigações: I. Realizar os exercícios
domiciliares como compensação da ausência às aulas; II. Informar-se com os
professores sobre os conteúdos programáticos dos componentes
curriculares, bem como sobre os exercícios domiciliares e avaliações; III. O
regime de exercícios domiciliares não é concedido para componentes
curriculares com atividades práticas em laboratório, componentes
curriculares de estágio supervisionado, orientações do artigo; IV- a estudante
que estiver amparada neste artigo pode ser submetida a avaliações
posteriormente, conforme adequações do docente responsável pelo
componente curricular.
Decreto Lei Federal nº 715/69 - serviço militar (o aluno fica responsável pela
reposição dos conteúdos e avaliações por meio de solicitação ao professor).
Todos os registros das avaliações e recuperações devem ser feitos no QUADRO
DE AVALIAÇÃO do Livro Registro de Classe:
a) Os instrumentos diversificados de avaliação utilizados (trabalhos individuais e em
grupos, pesquisas, debates, entrevistas, auto avaliação, elaboração de textos,
relatórios, provas, testes complementares) e os instrumentos utilizados na
recuperação.
b) O valor de cada instrumento de zero a dez (de 0 a 10,0 ) onde a nota do bimestre
será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada instrumento de
avaliação
c) As datas que foram realizadas e/ou solicitadas às avaliações e recuperações;
d) As recuperações de estudo considerando a maior nota.
e) Recuperação de conteúdos e de nota refazendo as aulas dos conteúdos vistos;
Os casos de alunos de Educação Inclusiva são repassados aos pais e
encaminhados para o atendimento no contra turno para Sala de Recursos ou Apoio
à Aprendizagem (6º ano e 9º ano).
A Média Bimestral será resultado:
Ensino Fundamental: Prova (50 pontos) + testes/ trabalhos/ atividades (50 pontos)
= 100 pontos (Média Bimestral)
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Os 50 pontos deverão ser distribuídos em avaliações diferenciadas.
(no mínimo duas)
Ensino Médio Integrado e Subsequente: Prova (60 pontos) + testes/ trabalhos/
atividades (40 pontos) = 100 pontos (Média Bimestral)
5.4.2 Recuperação Concomitante
Deverá acontecer durante o processo, imediatamente após a verificação
(avaliação), onde o professor retomará o conteúdo e propiciará uma nova avaliação.
Será considerado melhor resultado que ele obtiver, antes ou após a
recuperação.
Todos os alunos têm direito a realizar a prova de recuperação concomitante,
independente da média que obtiveram. Alunos que apresentarem média inferior a 60
estarão automaticamente convocados para recuperação.
O professor deverá realizar o registro das avaliações no Livro Registro de
Classe, com legenda e pontuação adequadas. Também é obrigatório o registro da
Recuperação Simultânea.
5.5 CRITÉRIOS PARA O CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado que tem como objetivo avaliar o
processo ensino-aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos
adequados a cada caso. É a avaliação do trabalho realizado pela escola, com a
finalidade de transformar as práticas educativas em resultados concretos e objetivos
em que se avalie o coletivo da escola. Visa diagnosticar as causas dos problemas e
definir as ações a serem tomadas.
Costumam acontecer por bimestre, conforme data prevista no calendário
escolar, com a participação de professores das séries, equipe pedagógica,
secretária, direção, alunos e membros do Conselho Escolar representantes dos
segmentos da equipe pedagógica e professores.
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Antes do Conselho de Classe são encaminhados aos professores fichas para
serem preenchidas conforme orientações da Equipe Pedagógica. Esses documentos
são chamados de pré-conselho.
Os registros das atas de Conselho de Classe são realizados conforme as
normas especificadas para tais documentos, com livros paginados, rubricados pela
secretária que fez o Termo de Abertura, contendo datas das reuniões (por extenso),
local onde foram realizadas, pessoas presentes (com especificação do papel
desempenhado), presidente e secretário dos trabalhos, ordem do dia, encerramento
e assinatura de todos os presentes às reuniões.
Após o Conselho de Classe são realizados encaminhamentos aos pais por
meio de convocações para reuniões junto com a direção e equipe pedagógica. Os
pais convocados ficam cientes dos resultados obtidos por bimestre e dos
procedimentos necessários à melhoria da aprendizagem dos alunos.
Há também outras estratégias que possam auxiliar e contribuir para o
Conselho de Classe durante o ano letivo como análise de gráficos, levantamento de
indicadores para a melhoria no processo ensino aprendizagem, conversas no
momento da hora atividade com os professores referentes a situações em sala de
aula onde há um acompanhamento pedagógico mais individualizado do aluno com
problemas de aprendizagem e/ou disciplinares.
O respeito à voz de todos é de suma importância, pois serve como um guia
entre os processos educacionais e as experiências escolares. Nesse sentido, a
participação ajuda a construir uma avaliação colaborativa, diminuir ansiedades,
angústias e construir bases democráticas dentro da instituição escolar. A
participação com equidade de valores de todos durante o Conselho de Classe,
orienta a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos, construindo, assim, uma
avaliação crítica dentro do contexto escolar.
O Conselho de Classe é um órgão colegiado em que vários professores das
diversas disciplinas, juntamente com os coordenadores pedagógicos, reúnem-se
para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas,
séries ou ciclos. Apresenta como características principais, a forma de participação
direta de todos os profissionais que atuam no processo pedagógico; uma
organização interdisciplinar que expressa à avaliação dos alunos.
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Nesse sentido, é importante destacar que os processos e artefatos de
avaliação utilizados durante essas reuniões são importantes, pois são eles que vão
mediar a construção da avaliação.
O índice significativo de alunos que são aprovados por Conselho de Classe
no final do ano letivo, à falta de interesse nos estudos leva a pensarmos em uma
forma de reverter o quadro de não aproveitamento do aluno, na redução da
aprovação por Conselho de Classe (APCC) e da reprovação. Assim, o Colégio
Estadual Professor Elysio Vianna propõe:
- Trabalho de conscientização das turmas quanto ao nível de aproveitamento,
apresentando gráficos e suporte para a aprendizagem;
- Trabalho de reflexão e planejamento com o corpo docente para que estes
busquem novas alternativas de trabalho a fim de resgatar alunos que apresentam
dificuldades (melhorar o processo de recuperação e as próprias aulas);
- Estabelecer critérios de trabalho para os professores com relação ao fechamento
da avaliação no final do ano letivo;
- Repassar aos alunos a sua situação enquanto aproveitamento acadêmico e n.º de
faltas;
- Alertar pais e/ou responsáveis sobre a situação dos alunos em condição
desfavorável;
- Enfatizar que o trabalho docente deve estar voltado para resgatar o real potencial
dos alunos, ou seja, trabalhar para elevar o nível cognitivo do aluno.
5.6 PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO
O processo de Classificação segue o Regimento Escolar.
A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquirido por meios formais
ou informais, podendo ser realizada:
a) Por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou
fase anterior, na própria escola;
b) Por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou
do exterior, considerando a classificação da escola de origem;
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c) Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para
posicionar o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau
de desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige as
seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
a) Organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da
escola para efetivar o processo;
b) Proceder à avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
c) Comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado,
para obter o respectivo consentimento;
d) Arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
e) Registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
É vedada a classificação para ingresso no ano inicial do Ensino Fundamental.
No Curso de Educação Profissional, nível médio, a classificação será
efetuada por promoção e por transferência para a mesma habilitação.
É vedada a classificação, independentemente da escolarização anterior, para
série, etapas, períodos posteriores, considerando a necessidade do domínio de
conteúdos para a formação em Educação Profissional.
5.7 PROCESSO DE RECLASSIFICAÇÃO
O processo de Reclassificação segue o Regimento Escolar conforme os
artigos mencionados abaixo:
Art. 92 A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia
o grau de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano,
levando em conta as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de
estudos compatíveis com sua experiência e desenvolvimento, independentemente
do que registre o seu Histórico Escolar.
Art. 93 Cabe aos professores, verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com frequência na
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série/disciplina, dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa
iniciar o processo de reclassificação.
Parágrafo Único – Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis poderão solicitar
aceleração de estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola
aprová-lo ou não.
Art. 94 A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou
seus responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de
obter o devido consentimento.
Art. 95 A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela
equipe do Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações
emanadas da SEED, a fim de discutir as evidências e documentos que comprovem
a necessidade da reclassificação.
Art. 96 Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados,
para que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
Art. 97 O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica,
durante dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
Art. 98 O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e
integrará a Pasta Individual do aluno.
Art. 99 O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo
estabelecimento de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à
SEED.
Art. 100 A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
Art. 101 A reclassificação é vedada aos cursos da Educação Profissional.
5.8 ACOMPANHAMENTO DE PROGRESSÃO PARCIAL
A matrícula com progressão parcial é aquela por meio da qual o aluno, não
obtendo aprovação final em até 03 (três) disciplinas, em regime seriado, poderá
cursá-las subsequente e concomitantemente às séries seguintes, conforme artigo 17
da Deliberação nº 09/01-CEE.
O Colégio não oferece o acompanhamento de Progressão Parcial. Porém se
houver matrícula de alunos com progressão parcial oriundos de outros
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Estabelecimentos de Ensino, este Colégio matriculará os mesmos na forma de plano
especial de estudos e o registro será em regime de adaptação.
5.9 EQUIVALÊNCIA DE DISCIPLINAS E APROVEITAMENTO DE ESTUDOS.
A coordenação de curso, juntamente com a equipe pedagógica e direção
poderá isentar o aluno de cursar disciplina prevista na grade curricular do respectivo
curso, com base na comprovação que possui domínio de conhecimento do conteúdo
programático.
Os alunos que solicitarem equivalência de disciplinas deverão formalizar o
pedido preenchendo e assinando formulário próprio.
Uma vez cadastrada equivalência permanecerão os resultados originais,
presentes em histórico escolar (nota e frequência) emitido por instituição de ensino
devidamente catalogada no Cadastro Nacional de Cursos e reconhecido pela
Secretaria Estadual de Educação do Estado do Paraná.
A solicitação de equivalência deverá ser solicitada até 15 dias após o início do
curso, conforme data estipulada para cada semestre, considerando a necessidade
de preenchimento de novos requerimentos para disciplinas de períodos posteriores.
O requerimento de equivalência será permitido somente no semestre que a
disciplina estiver disponível para o aluno, não havendo possibilidades de
adiantamento do processo.
A ementa da disciplina sob o processo de análise de equivalência deverá
possuir, criteriosamente, os mesmos conteúdos programáticos, bem como
estabelecer o mesmo foco, considerando o perfil do curso e seus objetivos.
5.9.1 O processo de equivalência de disciplinas deverá ser instruído com:
Histórico Escolar da época da conclusão da disciplina, completo e atualizado
em que constem a denominação da disciplina, carga horária total, nota e
frequência.
Programas das disciplinas cursadas na instituição onde constem os planos de
ensino(ementa, carga horária, objetivos, conteúdo programático ou
desdobramento da área de conhecimento em unidades, procedimentos
didáticos, formas de avaliação e bibliografia básica utilizada).
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A Secretaria de Educação do Estado do Paraná, estipula para validação do
processo, apresentação de Histórico Escolar com no máximo 5 anos de
conclusão do curso.
A frequência apresentada em Histórico Escolar deverá para a disciplina
pretendida ser igual ou superior a 7,5 – considerando este, parâmetro de
aproveitamento satisfatório dos conteúdos. (Instrução Normativa n.º 1/15 –
CE Prof. Elysio Vianna)
5.10 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS
No âmbito escolar, foram ofertados aos servidores momentos de estudo e
reflexão sobre a realidade escolar, culminando em produções textuais contendo a
visão destes profissionais sobre os processos de encaminhamento pedagógico da
escola, bem como sugestões para mudanças, sendo que estes materiais foram
utilizados para elaboração deste projeto.
Geralmente os cursos de Formação Continuada dos Profissionais oferecidos
pelo estabelecimento seguem os moldes da SEED (Capacitação Descentralizada).
Os cursos de Formação Continuada aos Profissionais da Educação seguem
as instruções vindas do SEED, embora devido ao grande fluxo de textos
repassados, nem sempre se tenha tempo hábil para um trabalho realizado de
maneira adequada, prejudicando, assim muitas vezes, o espaço para debates e
trocas de experiências. Deveria haver mais tempo no calendário escolar para a
realização de temas ligados aos desafios educacionais que encontramos na escola.
Os profissionais da educação também participam de grupos de estudos, GTR,
itinerante, semana pedagógica e jornada pedagógica.
Há também a oportunidade de ingresso de professores QPM, nível 11, no
Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE. O PDE é uma política pública
que estabelece o diálogo entre professores da Educação Superior e os da Educação
Básica, por meio de atividades teórico práticas orientadas, tendo como resultado a
produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar da escola
pública.
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5.11 SAREH: SERVIÇO DE ATENDIMENTO À REDE DE ESCOLARIZAÇÃO
HOSPITALAR
O Serviço de Atendimento à Rede de Escolarização Hospitalar objetiva o
atendimento educacional aos educandos, que se encontram impossibilitados de
frequentar a escola em virtude de situação de internamento hospitalar ou tratamento
de saúde, permitindo-lhes a continuidade do processo de escolarização, a inserção
ou a reinserção em seu ambiente escolar.
Dispor de atendimento educacional no hospital, mesmo que por um tempo
mínimo, tem caráter fundamental para a criança hospitalizada, uma vez que este tipo
de atendimento possibilita ao aluno sentir-se parte de um sistema estruturado com
igualdade de condições para o acesso ao conhecimento, mantendo seu vínculo com
sua realidade fora do hospital, assegurando seu desenvolvimento intelectual. Por
outro lado, é sabido que este processo de escolarização auxilia na recuperação,
diminuindo o estresse causado pela situação da doença, ocupando o tempo ocioso e
possibilitando, inclusive, redução no período de internação.
5.11.1 Tarefa Domiciliar:
Para os alunos que necessitam permanecer em casa devido a tratamento de
saúde conforme determinação médica, um responsável, preferencialmente familiar,
deve comparecer à escola e solicitar / buscar / entregar, à equipe pedagógica, as
atividades semanais de cada disciplina para que sejam encaminhadas ao aluno e
desenvolvidas em sua residência pelo próprio aluno.
Podemos imaginar duas diferentes maneiras de praticar a inclusão, uma
individual, que depende de nós, ou seja, de nossa postura, de nossa vontade e
determinação, e a outra social ou coletiva, pois depende de contextos e situações
que exigem trabalhos conjuntos, organizados e sincronizados. Não podemos, no
entanto, separar esses dois modos de inclusão, eles, apesar de diferentes, são
interdependentes.
Para praticar a inclusão devemos voltar o nosso olhar para nós mesmos e nos
fazermos disponíveis e aptos a incluir. Estarmos disponíveis é sermos capazes de
pôr o outro, como legítimo outro, diante de nós na convivência. Esse é o nível da
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afetividade, que nos possibilita o vínculo com nós mesmos, com o outro e com o
todo.
Precisamos estar numa constante posição de abertura para nos tornarmos
capazes de viver o novo que cada pessoa e situação exigem de nós.
Estaremos praticando a inclusão, quando o outro é motivo de nossa atenção,
respeito e quando quisermos o melhor para o outro. Ao respeitar seu modo de ser,
de pensar, de viver e quando necessário questioná-lo para estarmos ajudando a
construir mais vida nas relações.
O aluno entra no Sistema no momento em que chega a informação: a escola
deve preencher a Planilha Informativa e Situacional, e encaminhar uma via para o
NRE (via setor) e a outra deve permanecer na Pasta Individual do aluno.
De posse da Planilha Informativa e Situacional, o responsável pelo SAREH,
no NRE, entra em contato com a equipe pedagógica da escola informando os
procedimentos:
Solicitação, junto aos familiares, do atestado médico e de laudo (quando for
o caso), cujo teor deverá estabelecer os limites da ação pedagógica;
Reunião entre pedagogo (a), professores do aluno e direção, com registro
em ata, para elaborar um Plano de Ação ao Atendimento Pedagógico e/ou
Domiciliar;
Agendamento de reunião com o responsável pelo aluno, com registro em
ata, onde deverá ser definido quem da família será o responsável pela busca
e entrega, na escola das atividades do aluno;
A elaboração das atividades propostas, os resultados atribuídos pela sua
conclusão no que diz respeito à promoção ou não deste aluno são de
autonomia da escola.
Atribuições da Direção da Escola
• Acompanhar todo o processo e se fazer representar em todas as reuniões, de
preferência participar pessoalmente.
• Assegurar as condições da execução da proposta.
• Assumir a responsabilidade compartilhada pela decisão final do processo de
atendimento pedagógico.
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• Ser o mediador, dentro dos limites da sua autonomia e autoridade para os casos
em que houver divergências nas ações e que possa causar algum prejuízo ou
transtorno no processo de aprendizagem do aluno.
• Responder em última instância pelas convocações do NRE para
esclarecimentos sobre situações que envolvam alunos atendidos.
• Assegurar que todas as informações, sobre a situação de saúde e
pedagógica do aluno, sejam utilizadas somente para nortear o processo
ensino-aprendizagem, e jamais permitir que possibilite constrangimento e/ou
humilhação ao educando, à sua família, bem como a todos os envolvidos no
processo.
Atribuições da Equipe Pedagógica
• Coordenar e orientar os professores quanto à forma da elaboração do material
didático a ser disponibilizado para o aluno.
• Analisar a qualidade deste material no aspecto ensino e aprendizagem.
• Acompanhar o processo e sua avaliação, assegurando ao aluno o respeito de
seus direitos e ao professor sua autonomia quanto à decisão do resultado obtido.
• Disponibilizar ao professor todos os meios e recursos para que ele (professor)
elabore o material didático para este aluno.
• Ser porta-voz nos contatos com os familiares do aluno, com a equipe pedagógica
dos hospitais conveniados (quando houver), ou com o coordenador responsável pelo
SAREH no Núcleo Regional da Educação, do município da sua escola.
• Manter o responsável pelo SAREH, no Núcleo Regional da Educação, de seu
município, informado sobre as ações da equipe pedagógica e solicitar
orientações em casos que extrapolam a autonomia da escola.
• Orientar os professores quanto à forma de lançamento e registros das ações
em seus livros de chamada.
• Acompanhar, junto à secretaria da escola, toda a movimentação da pasta do
aluno e seus anexos, auxiliando a secretaria na orientação aos professores quanto
a prazos e formas de lançamentos dos dados.
• Acompanhar o retorno do aluno a escola e viabilizar a sua socialização e
reintegração às atividades escolar.
• Manter um acompanhamento quanto a sua evolução na aprendizagem após o
retorno, comunicando ao coordenador responsável pelo SAREH, no NRE, pelo
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Relatório Final e Ficha de Modalidade de Tratamento o resultado da avaliação ao fim
de cada período letivo (semestre).
Atribuições dos Professores
Elaborar material didático diferenciado, respeitando as condições de saúde do
aluno, de forma que este não perca a qualidade em conteúdo e que lhe
permita melhor aproveitamento na aprendizagem.
Submeter-se ao acompanhamento da pedagoga da escola - jamais o
professor deverá enviar diretamente o material ao aluno.
Manter informados a equipe pedagógica e direção sobre sua proposta de
ação.
Avaliar todas as atividades propostas e devidamente cumpridas pelo aluno,
considerando sempre a condição diferenciada do processo, isto é, o aluno
está ausente da sala de aula e enfermo.
Adequar à quantidade de envio do material didático ao aluno.
Retornar todas as avaliações, devidamente corrigidas e orientar sobre quais
os procedimentos que deverão ser tomados nas questões em que o aluno
não alcançou êxito. Sempre com o conhecimento da pedagoga responsável.
A equipe pedagógica poderá eleger um dia da semana para que o familiar
traga as atividades desenvolvidas e receba outras para levar ao aluno,
procedendo desta forma até que este esteja totalmente recuperado e possa
voltar a frequentar a escola.
Controle
Registrar em ata – para validação e amparo legal
Cada professor deverá receber um comunicado sobre o aluno hospitalizado
juntamente com a solicitação de preparo das atividades e assinar a ata ou
livro aviso.
A Equipe Pedagógica deverá acompanhar e organizar o trabalho da tarefa
domiciliar, que deverá conter:
A Ficha de Acompanhamento de Tarefa Domiciliar para controle da equipe
pedagógica
A Ficha de Acompanhamento de Tarefa Domiciliar para controle do
aluno/familiar
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Todas as atividades/tarefas domiciliares deverão ser arquivadas na pasta
individual do aluno.
5.12 PROGRAMA DE COMBATE DE ABANDONO ESCOLAR
A Evasão Escolar é uma realidade em nossas escolas que precisa ser
combatida por toda a sociedade e, em especial, pela comunidade escolar e pelos
órgãos responsáveis que devem zelar e garantir o direito das crianças e dos
adolescentes de frequentar a escola e ter o acesso ao saber sistematizado.
Uma série de fatores de ordem social e pedagógica acaba levando à evasão
escolar, entre eles os de ordem social como: o trabalho infantil, a longa distância
entre a escola e a casa do aluno, a falta de uniforme e material escolar. Destacam-
se, também, os motivos ligados à violência física ou psicológica, à exploração
sexual, à gravidez precoce, ao uso e tráfico de drogas e álcool e às brigas de
gangues que têm crescido em nossa sociedade e que acabam interferindo no
processo pedagógico.
Nesse sentido, um olhar mais preocupado alerta para a necessidade de
revermos a prática pedagógica desenvolvida em nossa escola e em que medida
esta contribui para a evasão escolar, uma vez que a escola tem papel fundamental
nessa ação considerando que o aluno está diretamente vinculado a ela em seu dia-
a-dia.
Assim é necessário que a escola tome todas as iniciativas que lhe cabe,
visando à permanência do aluno no sistema educacional de forma a conscientizá-lo
da importância da educação em sua vida e para seu futuro, mantendo contato
frequente e direto com os pais ou responsáveis. Desse modo é relevante enfatizar
sua responsabilidade na educação e formação dos filhos, encaminhando aos órgãos
competentes aquelas situações que não podem ser resolvidas pela escola, como os
casos recorrentes de evasão.
5.13 PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO
O programa Mais Educação (Portaria Interministerial nº 17/2007) é uma
iniciativa do governo federal que tem como prioridade contribuir para a formação
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integral de crianças, adolescentes e jovens, articulando, a partir do projeto escolar,
diferentes ações, projetos e programas nos estados, Distrito Federal e municípios.
Trata-se de um programa interministerial, do qual fazem parte os Ministérios da
Educação, do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Ciência e Tecnologia,
Esporte, Meio Ambiente, Cultura e a Secretaria Nacional da Juventude. (in Brasil,
MEC, 2007) O Colégio Estadual Professor Elysio Vianna oferece no contra turno, as
seguintes oficinas, nos moldes do Programa Mais:
- Vivências Esportivas (basquete, futebol, futsal, handebol, e xadrez)
- Cultura, Arte e Educação Patrimonial/ Dança.
- Esporte e lazer/ Tênis de Mesa.
- Acompanhamento Pedagógico (obrigatório/ orientação de estudos e leitura).
5.14 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED - implementou o
Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às
defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam o 6º ano
do Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contra
turno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de
trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura,
escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e
elementares. (in Paraná, SEED/SUED, 2004) O Colégio tem em funcionamento 2
Salas de Apoio à Aprendizagem. Uma da disciplina de Matemática, outra da
disciplina de Língua Portuguesa e atende a 20 crianças dos 6º e 7º anos.
5.15 ESTRATÉGIAS DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E
COMUNIDADE
As reuniões de acompanhamento ao educando são realizadas mensalmente
ou bimestralmente de acordo com o diagnóstico realizado pelo serviço de
Orientação Educacional.
As reuniões são realizadas no início do ano com o objetivo de repasse da
organização e funcionamento bem como do reconhecimento das normas constantes
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no Regimento Escolar que deverão ser seguidas pelos alunos (direitos e deveres).
Além desta, também se realiza neste primeiro momento reunião com pais de alunos
que reprovam, ou apresentam problemas disciplinares no ano, na qual se faz o
agendamento mensal de acompanhamento do desempenho geral do aluno. Ambas
são conduzidas pela Direção e Equipe Pedagógica.
Bimestralmente são realizadas reuniões específicas:
Ao final do 1º bimestre é feita com os responsáveis pelos alunos que
apresentam baixo rendimento nesta, além de ser entregue o boletim com as notas, é
reafirmado o agendamento mensal de acompanhamento.
Terminado o 2º bimestre, a entrega de boletim é conduzida pelos professores
numa reunião com pauta específica organizada junto com a Equipe Pedagógica,
além dos repasses específicos das turmas. Os professores ficam à disposição dos
pais para esclarecimento de dúvidas sobre conteúdos trabalhados e formas de
avaliação, bem como informações específicas sobre cada aluno.
O procedimento no final do 3º bimestre é de convocação aos responsáveis
para alertar sobre o baixo rendimento apresentado pelos alunos durante o período
do ano já decorrido procurando mostrar a necessidade de evolução no desempenho
escolar visando à promoção para a série seguinte.
Quanto ao Grupo de Estudos para Pais foi organizado de forma a ofertar aos
responsáveis palestras sobre assuntos relacionados às situações mais críticas
enfrentadas por estes e pela escola no trabalho pedagógico. As palestras ocorrem
com agendamento mensal e nelas são convidados a palestrar profissionais que
trabalham em áreas relacionadas à educação como psicólogos, psicopedagogos,
neurologistas, representantes do Conselho Tutelar e demais órgãos como Polícia
Militar, Vara da Infância e Juventude, entre outros.
Também foram realizadas reuniões com os responsáveis para discussão e
elaboração do Projeto Político Pedagógico e a escolha dos representantes desse
segmento na comissão de elaboração final do texto do documento já citado.
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5.16 CONCEPÇÃO DE PLANEJAMENTO
Indicam-se alguns pressupostos para um planejamento de ensino que
considere a dinamicidade do conhecimento social e escolar e sua articulação com a
realidade histórica. São eles:
• Produzir conhecimentos tem o significado de processo, de reflexão permanente
sobre os conteúdos aprendidos, buscando analisá-los sob diferentes pontos de vista;
• Significa desenvolver a atitude de curiosidade científica, de investigação da
realidade, não aceitando como conhecimentos perfeitos e acabados os conteúdos
transmitidos pela escola.
O processo de seleção da cultura, materializado no currículo e, em especial,
nos conhecimentos a serem trabalhados, devem estar intimamente relacionados à
experiência de vida dos alunos, não como mera aplicabilidade dos conteúdos ao
cotidiano, mas como possibilidade de conduzir a uma apropriação significativa
desses conteúdos. Essa relação, inclusive, mostra-se como condição necessária
para que ao mesmo tempo em que ocorra a transmissão de conhecimentos,
proceda-se a sua reelaboração com vistas à produção de novos conhecimentos.
Desse modo, o planejamento de ensino, passa a ser compreendido de forma
estreitamente vinculada às relações que se produzem entre a escola e o contexto
histórico-cultural em que a educação se realiza. Nessa perspectiva, devem-se levar
em conta, ainda, as articulações entre o planejamento do ensino e o planejamento
global da escola, explicitado em seu Projeto Político Pedagógico.
O planejamento de ensino se verifica, portanto, como um elemento integrador
entre a escola e o contexto social. Em virtude desse seu caráter integrador, é
fundamental que se paute em alguns elementos:
1. No estudo real da escola em relação ao contexto: o que demanda a
caracterização do universo sócio cultural da clientela escolar e evidencia os
interesses e necessidades dos educandos;
2. Na organização do trabalho didático propriamente dito, o que implica em:
• Definir objetivos – em função dos 3 níveis de aprendizagem: aquisição,
reelaboração e produção de conhecimentos ;
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• Rever conteúdos – tendo como critérios de seleção a finalidade de que eles atuem
como instrumento de compreensão crítica da realidade e como elo propiciador da
autonomia;
• Selecionar procedimentos metodológicos – considerando os diferentes níveis de
aprendizagem e a natureza da área do conhecimento;
• Estabelecer critérios e procedimentos de avaliação – considerando a finalidade de
intervenção e retomada no processo de ensino e aprendizagem sempre que
necessário.
Nessa forma de planejamento de ensino, a avaliação da aprendizagem
adquire especial relevância, uma vez que não se constitui unicamente em verificar o
que o aluno aprendeu. Nessa perspectiva deve servir de parâmetro para a avaliação
do trabalho do próprio professor.
Estabelecer critérios de avaliação não constitui tarefa difícil os professores
ainda têm dificuldade. Difícil é saber trabalhar com os resultados obtidos, de modo a
construir instrumentos de análise que permitam intervir no processo de ensino e
aprendizagem no momento mesmo em que ele está ocorrendo.
A avaliação da aprendizagem, nessa concepção não pode ocorrer somente
após ter-se concluído um período (bimestre, semestre, etc...) letivo, mas
continuamente porque é processo. A não observância desse aspecto compromete,
irremediavelmente, a qualidade do ensino.
Avaliar o desempenho do educando não pode se tornar, ainda, mecanismo de
coerção, por parte do professor, num exercício arbitrário de poder. A avaliação
enquanto mecanismo disciplinar traumatiza e anula individualidades, mediante a
imposição da visão de mundo daquele que pretensamente “detém” o saber.
Desse modo, a avaliação da aprendizagem constitui-se em instrumento por
meio do qual o professor possa ter condições de saber se houve, e em que medida
o educando obteve a apropriação do conhecimento. Deve permitir, ainda, ao
professor, reconhecer se existe adequação em termos de suas opções
metodológicas, bem como evidenciar em que medida as relações pedagógicas
estabelecidas contribuíram para o processo de ensino e aprendizagem, o qual
contribuirá para o planejamento das ações docentes.
Essa perspectiva de planejamento de ensino toma, ainda, como principais
diretrizes, que a ação de planejar implica na participação de todos os elementos
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envolvidos no processo; que há necessidade de se priorizar a busca da unidade
entre teoria e prática; que o planejamento deve partir da realidade concreta e estar
voltado para atingir as finalidades da educação básica definidas no projeto coletivo
da escola; que há o reconhecimento da dimensão social e histórica do trabalho
docente.
Nessa perspectiva, o planejamento ultrapassa o caráter instrumental
meramente técnico e adquire a condição de conferir materialidade às ações
politicamente definidas pelos sujeitos da escola.
O trabalho docente é uma atividade fundamentalmente social, porque
contribui para a formação cultural e científica do povo, tarefa indispensável para
outras conquistas democráticas.
“O sinal mais indicativo da responsabilidade profissional do professor é seu
permanente empenho na instrução e educação dos seus alunos, dirigindo o ensino e
as atividades de estudo de modo que estes dominem os conhecimentos básicos e
as habilidades, e desenvolvam suas forças, capacidades físicas e intelectuais, tendo
em vista equipá-los para enfrentar os desafios da vida prática no trabalho e nas lutas
sociais pela democratização da sociedade”. (LIBÂNEO, 1994. P. 47).
Para isso, é fundamental que o educador desenvolva o seu trabalho dentro de
princípios interdisciplinares, pressupondo mudança de atitude na busca de uma
visão integradora e abrangente de educação. Fazenda (1979, p. 8) afirma que
“interdisciplinaridade é uma questão de atitude de abertura do educador, não
preconceituosa, onde todo o conhecimento é igualmente importante. Pressupõe o
anonimato, pois, o conhecimento pessoal anula-se frente ao saber universal. É uma
atitude coerente, que supõe uma postura única frente aos fatos. É na opinião crítica
do outro que se fundamenta a opinião particular. Somente na intersubjetividade, num
regime de copropriedade, de interação, é possível o diálogo, única condição de
possibilidade da interdisciplinaridade. Assim sendo, pressupõe uma atitude
engajada, um comprometimento pessoal”.
Além disso, é de grande importância que ao professor seja possibilitada uma
melhor organização do seu tempo de trabalho, de forma que possa se dedicar ao
acompanhamento de seus alunos, ao planejamento de suas atividades, à integração
com outros professores e estudos.
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Em Libâneo (1994, p. 72-73) vamos verificar que para o planejamento e para
a direção do ensino e da aprendizagem requer-se do professor:
• compreensão segura das relações entre a educação escolar e os objetivos sócio-
políticos e pedagógicos, ligando-os aos objetivos de ensino das matérias;
• domínio seguro dos conteúdos das matérias que leciona e sua relação com a vida
e a prática, bem como dos métodos de investigação próprios da matéria, a fim de
poder fazer uma boa seleção e organização do seu conteúdo, partindo das situações
concretas da escola e da classe;
• capacidade de desmembrar a matéria em tópicos ou unidades didáticas, a partir da
sua estrutura conceitual básica, de selecionar os conteúdos de forma a destacar
conceitos e habilidades que formam a espinha dorsal da matéria;
• conhecimento das características sociais, culturais e individuais dos alunos, bem
como o nível de preparo escolar em que se encontram;
• conhecimento e domínio dos vários métodos de ensino e procedimentos didáticos,
a fim de poder escolhê-los conforme temas a serem tratados e características dos
alunos;
• conhecimento dos programas oficiais para adequá-los às necessidades reais da
escola e da turma de alunos;
• consultas a outros livros didáticos da disciplina e manter-se bem informado sobre a
evolução dos conhecimentos específicos da matéria e sobre os conhecimentos
políticos culturais, etc.
5.17 PERFIL DO PROFESSOR
Percebe-se que a sociedade está mudando nas suas formas de organizar-se,
de produzir bens, do comercializá-los, de divertir-se, de ensinar e de aprender.
Neste contexto, a prática pedagógica do professor precisa desafiar os alunos a
buscarem uma formação humana, crítica e competente, alicerçada numa abordagem
progressista e num ensino com pesquisa que levará o aluno a aprender.
Assim, para que nosso aluno seja preparado para viver num mundo
globalizado precisamos de docentes que:
Tenham mais conhecimento;
Saibam comunicar-se adequadamente;
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Trabalhem em equipe;
Avaliem seu próprio trabalho;
Adaptem-se a situações novas;
Criem soluções originais;
Estejam se aperfeiçoando permanentemente;
Tenham domínio de conteúdo;
Tenham domínio de turma;
Sejam afetivos;
Sejam responsáveis;
Tenham ética profissional;
Disponibilidade;
Tenham competência na área em que atuam;
Na parte técnica o professor deve procurar a atualização em sua área,
tendo em conta a dimensão interdisciplinar. A leitura de bons livros e revistas e uma
introdução à Informática são elementos essenciais para uma atualização constante.
O educador precisa procurar saber o que está acontecendo no mundo da ciência, da
política, na esfera social. O saber humano cresce a cada minuto e muitas vezes o
educador fica fora desse processo e por isso deve aprimorar-se para enfrentar não
apenas uma educação contextualizada, mas também globalizada.
A ética pedagógica tem papel preponderante na vida do educador. A
Escola não apenas forma pessoas para o mundo do trabalho, mas deve educá-las
para uma vida integrada e responsável na sociedade. A educação não pode
negligenciar a dimensão ética. Tanto a ética teológica, como a filosófica podem
fornecer elementos fundamentais para uma educação que valorize a dignidade da
pessoa humana, desperte para a solidariedade e para o compromisso com o bem
comum.
A cidadania é outro aspecto fundamental na vida do educador e de modo
geral da educação. O educador como profissional de alto nível não pode ter uma
visão ingênua da sociedade. Deve desenvolver sua profissão numa perspectiva
crítica, consciente dos valores humanos básicos, desperto para os antagonismos
que acontecem dentro desta mesma sociedade.
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O educador como profissional de alto nível, deve procurar superar o
senso comum, assumindo uma consciência filosófica e científica e também
repensando a educação vigente. Para isso, as dimensões da técnica, ética e
cidadania devem estar integradas na sua vida de educador.
Na relação entre professor e aluno, ambos são sujeitos ativos. Professor
e aluno são seres concretos (sócio históricos), situados numa classe social que é
síntese de múltiplas determinações.
O professor é a autoridade competente, que direciona o processo
pedagógico, interfere e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento,
enquanto especificidade da relação pedagógica. É aquele que estuda, aprimora-se,
forma-se e capacita-se. É o sujeito que tem o domínio do saber, que media o saber,
que ensina de forma organizada e sistematizada. É aquele que seleciona o recorte
do conteúdo, que deve ser planejado e com uma intenção social, política, histórica e
cultural.
O professor, enquanto sujeito que de certa forma apreendeu as relações
sociais de forma sintética, é posto na condição de viabilizar essa apreensão por
parte dos alunos, realizando a mediação entre o aluno e o conhecimento que se
desenvolveu socialmente.
5.18 RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO:
Para Saviani (1999), uma teoria é crítica se admite que a educação é
determinada pela sociedade. Uma teoria pedagógica é histórica se admite que a
educação também interfira na sociedade podendo até contribuir para sua
transformação. Segundo o autor as demais teorias consideram a educação sobre a
sociedade, cabendo a escola reproduzir a sociedade em que ela se insere.
Na busca constante por melhorias na educação, Saviani compreende o ser
humano como produtor, uma vez que necessita produzir para sua própria existência,
essa produção se dá através do trabalho, sendo essa a principal diferença entre o
homem e os outros animais. Ora, o homem por ser um ser racional utiliza-se desse
saber para conquistar o lugar de destaque entre os demais. O trabalho educativo é o
ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada individuo singular, a humanidade
que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o
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objetivo da educação diz respeito, de um lado, a identificação dos elementos
culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para
que eles se tornem humanos e, de outro lado concomitantemente, à descoberta das
formas mais adequadas para atingir esses objetivos. (SAVIANI, 2007, p.17)
Segundo o autor, a educação é concebida como “produção do saber”, pois o homem
é capaz de elaborar ideias, possíveis atitudes e uma diversidade de conceitos.
O ensino como parte da ação educativa é visto como processo, no qual o
professor é o “produtor” do saber e o aluno “consumidor” do saber. A aula seria
produzida pelo professor e consumida pelo aluno. O professor por possuir
competência técnica é o responsável pela transmissão e socialização do saber
escolar, cabendo ao aluno aprender os conteúdos para ultrapassar o saber
espontâneo, dito popular. Ele deixa clara a função direta do professor, na medida em
que possui o saber teórico, sendo o responsável pela transmissão e socialização
desse saber. Cabe ao educando aprender os conteúdos para ultrapassar o saber
espontâneo ou popular e adquirir o conhecimento sistematizado.
Há, portanto, em Saviani (2000), um projeto político pedagógico de
compromisso de mudança social, objetivando uma sociedade igualitária, em que as
classes menos favorecidas sejam contempladas.
Nesse contexto, o principal papel da escola é mediar o conhecimento entre o
aluno e a realidade, preocupando-se com a formação de habilidades e convicções,
tornando os alunos críticos e portadores de opinião, ou seja, os pontos de partida e
chegada apontam sempre à mesma direção e o processo educativo é sempre a
prática social.
Ao fazermos uma retrospectiva nas tendências pedagógicas, veremos que as
teorias não críticas nasceram num mundo de certa forma estável, fazendo com que
a educação seguisse modelos ideais e imutáveis. Desse modo, voltado sempre ao
passado e tendo em vista a valorização da maior quantidade possível de
conhecimentos acumulados, o que tornava o professor transmissor e o aluno
receptor desse conhecimento adquirido. Pode-se afirmar que os teóricos que
fundamentam a proposta de Saviani, propõem aos educadores e educandos uma
nova perspectiva de educação e de escola. Nessa perspectiva Saviani (2000)
considera que “uma educação deve ser realizada em liberdade para a liberdade”,
pois esta se torna o maior propósito de uma educação de fato democrática,
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característica fundamental em qualquer teoria crítica da educação. Muitos outros
pontos a cerca da educação, na concepção de Saviani, poderiam ser levantadas.
Porém, o professor necessita buscar aprofundamento sobre como ocorre o
processo de desenvolvimento do ser humano, suas fases e o modo de como o
homem/ aluno relaciona-se com o outro. É fundamental que o professor busque
conhecimento de como criar vínculo e estabelecer um bom relacionamento em sala
com os alunos, já que este aspecto é essencial no processo de ensino
aprendizagem.
5.19 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
No ano de 2010 foi implantado a Equipe Multidisciplinar que é uma instância
de organização do trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe
pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto
no art. 8º da Deliberação nº 04/06 – CEE/PR, com a finalidade de orientar e auxiliar
o desenvolvimento das ações relativas à Educação das Relações Étnico-Raciais e
ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, ao longo do
período letivo.
A Equipe Multidisciplinar se constituem por meio da articulação das disciplinas
da Base Nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais
da Educação Básica e Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das
Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e
Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos Africanos,
Afrodescendentes e Indígenas no Brasil, na perspectiva de contribuir para que o
aluno negro e indígena mire-se positivamente, pela valorização da história de seu
povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade. (Plano de Ação
em anexo).
5.20 PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA
PLANO DE AÇÃO
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PROGRAMA BRIGADAS ESCOLARES – DEFESA CIVIL NA ESCOLA
Anexo ao Projeto Político Pedagógico
Formação das Brigadas Escolares e a Execução do Plano de Abandono
JUSTIFICATIVA DO PROGRAMA O Programa Brigadas Escolares – Defesa Civil nas Escolas, é um programa
de natureza pedagógica que visa preparar os profissionais que atuam nas escolas e
os alunos, a executar ações de prevenção de incêndios, desastres naturais e
situações de risco nas escolas. É importante que todos estejam preparados para, de
maneira eficaz, enfrentar esses acontecimentos. Na eventualidade de um sinistro é
de grande valia que todos saibam os primeiros passos de enfrentamento de
princípios de incêndio, procedimentos de segurança pessoal, bem como noções de
primeiros socorros a serem utilizados até que o socorro especializado chegue ao
local.
OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar do
Colégio Estadual Professor Elysio Vianna para ações mitigadoras e de
enfrentamento de eventos danosos, naturais ou humanos, bem como, o
enfrentamento de situações emergenciais no interior do Colégio para garantir a
segurança de todos
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Levar a comunidade escolar do Colégio a construir uma cultura de prevenção a
partir do ambiente escolar;
Proporcionar aos alunos condições mínimas para o enfrentamento de situações
emergenciais no interior da escola, assim como o conhecimento para se conduzirem
frente a desastres;
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Promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente escolar,
com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas na vistoria do
Corpo de Bombeiro;
Preparar a comunidade escolar, a fim de promover ações concretas no ambiente
escolar com vistas a prevenção de riscos de desastres e preparação para o socorro,
destacando-se ações voltadas ao suporte básico de vida e combate a princípios de
incêndio;
Articular os trabalhos entre os integrantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar
(Patrulha Escolar Comunitária) e do Grupo de Brigada Escolar do Colégio;
Adequar à edificação escolar do Colégio Estadual Professor Elysio Vianna às
normas mais recentes de prevenção contra incêndio e pânico do Corpo de
Bombeiros, acompanhando os avanços legais e tecnológicos para preservação da
vida dos ocupantes desse local.
ESTRATÉGIAS
Ocorrerão capacitações contemplando públicos diferentes, com objetivos
específicos, englobando capacitações para professores, funcionários e alunos,
organizados e coordenados pela Brigada Escolar.
O Coordenador do Programa no Colégio será o Diretor do estabelecimento de
ensino. Ao Diretor do estabelecimento que atuarão em situações emergenciais, além
de desenvolverem ações no sentido de:
Identificar riscos na edificação e nas condutas rotineiras da
comunidade escolar;
Garantir a implementação do Plano de Abandono, que consiste na
retirada, de forma segura, de alunos, professores e funcionários das
edificações escolares, por meio da execução de exercícios simulados.
No mínimo um por semestre, a ser registrado em calendário escolar;
Promover revisões periódicas do Plano de Abandono;
Apontar mudanças necessárias, tanto na edificação escolar, como na
conduta da comunidade escolar, visando o aprimoramento do Plano de
Abandono;
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Promover reuniões bimestrais entre os integrantes da Brigada Escolar
para discussão de assuntos referentes à segurança do
estabelecimento de ensino, com registro em livro ata especifico ao
Programa;
Verificar constantemente o ambiente escolar e a rotina da escola, em
busca de situações inseguras, comunicando imediatamente o Diretor
para as providências necessárias.
Os cinco integrantes da Brigada Escolar, serão capacitados pelo Corpo de
Bombeiros Militar na modalidade de ensino a distância – EAD e Presencial.
ATIVIDADES PERMANENTES:
O Diretor do Colégio terá como responsabilidade, desenvolver o trabalho de
implantação e implementação do Plano de Abandono. Esse Plano de Abandono
consiste na retirada de forma segura de alunos, professores e funcionários do prédio
do Colégio, por meio da execução de exercícios simulados no mínimo 01(um) por
semestre e as datas deverão estar registradas no Calendário Escolar.
PÚBLICO ENVOLVIDO:
Comunidade Escolar do Colégio Estadual Professor Elysio Vianna.
CRONOGRAMA DE DESENVOLVIMENTO:
Exercícios simulados no 1º semestre e no 2º semestre conforme constará no
Calendário Escolar.
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100
5.20.1 Rota de Fuga
PLANTA DE EMERGÊNCIA - 1
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101
PLANTA DE EMERGÊNCIA - 2
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PLANTA DE EMERGÊNCIA - 16
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PLANTA DE EMERGÊNCIA - 19
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119
5.20.2 Planta de Risco
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120
5.20.3 Organograma da Equipe de Abandono
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121
5.21 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL
NRE: 14 CURITIBA MUNICÍPIO: 0690 CURITIBA
ESTABELECIMENTO: 00932 - ELYSIO VIANNA, C E PROFº. E FUND, MED E PROF
ENDEREÇO: AV.SENADOR SALGADO FILHO , Nº 1320 – GUABIROTUBA- CEP:81510-000
TELEFONE:3296-7663
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO: 4039 ENSINO FUNDAMENTAL 6º/9º ANOS
TURNO: TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012 FORMA: SIMULTÂNEA
BASE NACIONAL COMUM
DISCIPLINAS / ANO
6º 7º 8º 9º
Arte 2 2 2 2
Ciências 3 3 3 4 Educação Física 3 3 3 2 Ensino Religioso * 1 1 Geografia 3 3 4 '3 História 3 3 3 4 Língua Portuguesa 4 4 4 4 Matemática 4 4 4 4 …..........................................Subtotal 23 23 23 23
PARTE DIVERSIFI-CADA
L.E.M. – Inglês
2 2
2 2
Subtotal 2 2 2 2
Total Geral 25 25 25 25
Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96. *Ensino Religioso - Disciplina de matrícula facultativa.
Curitiba, 31 de Agosto de 2011.
---------------------------------------------
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122
5.22 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO - CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
Matriz Curricular Ensino Médio Profissional
Estabelecimento: Col. Est. Prof. Elysio Vianna – Ens. Fundamental, Médio e Profissional
Município: Curitiba NRE: Curitiba
Curso: TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
Forma: Integrada Implantação gradativa a partir do ano: 2010
Turno: Manhã, tarde e noite Carga horária: 4000 horas/ aula – 3333 horas mais 100 horas de Estágio Profissional Supervisionado
Módulo: 40 Organização: SERIADA
DISCIPLINA
SÉRIES Hora/ aula
hora
1ª 2ª 3ª 4ª
T P T P T P T P
1 ANÁLISE, CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL
2 2 2 240 200
2 ARTE 2 80 67
3 BIOLOGIA 2 3 2 280 233
4 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 2 80 67
5 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 267
6 FILOSOFIA 2 2 2 2 320 267
7 FÍSICA 2 2 160 133
8 GEOGRAFIA 2 2 3 280 233
9 GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS
2 2 2 240 200
10 GESTÃO DE RESÍDUOS 2 2 160 133
11 HISTÓRIA 2 2 160 133
12 INFORMÁTICA APLICADA 2 80 67
13 LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL
2 2 160 133
14 LEM - INGLÊS 2 80 67
15 LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
3 2 2 280 233
16 MATEMÁTICA 2 2 2 240 200
17 METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO
2 80 67
18 QUÍMICA 2 2 1 2 280 233
19 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 4 160 133
20 SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 267
TOTAL 25 25 25 25 4000 3333
ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO
1 2 120 100
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123
5.23 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE - SUBSEQUENTE
Matriz Curricular Ensino Médio Profissional
Estabelecimento: Col. Est. Prof. Elysio Vianna – Ens. Fundamental, Médio e Profissional
Município: Curitiba NRE: Curitiba
Curso: TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
Forma: Subsequente Implantação gradativa a partir do ano: 2010
Turno: Matutino e Noturno Carga horária: 1500 horas/ aula – 1250 horas mais 100 horas de Estágio Profissional Supervisionado
Módulo: 20 Organização: SEMESTRAL
DISCIPLINA SEMESTRES Hora/ aula hora
1ª 2ª 3ª
T P T P T P
1 ANÁLISE, CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL
4 1 2 3 2 240 200
2 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 2 2 2 120 100
3 ESTATÍSTICA APLICADA 1 2 3 120 100
4 FUNDAMENTOS DO TRABALHO
2 40 33
5 GOGRAFIA AMBIENTAL 2 3 3 160 133
6 GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS
4 4 4 240 200
7 GESTÃO DE RESÍDUOS 2 3 1 2 160 133
8 INFORMÁTICA APLICADA 2 2 80 67
9 LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL
2 2 2 120 100
10 METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO
3 60 50
11 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
2 3 3 160 133
TOTAL 25 25 25 1500 1250
ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO
3 3 120 100
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Av. Senador Salgado Filho, 1320 - Guabirotuba -Curitiba/PR – CEP: 81510-000 Tel.: 3296-7662/ 3296-7663/ 3296-1008 e-mail: [email protected]
124
5.24 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM QUALIDADE SUBSEQUENTE
Implantação gradativa a partir do ano: 2014
Turno: MATUTINO E NOTURNO Carga horária: 1500 horas/aula – 1250 horas
DISCIPLINAS SEMESTRES Hora/
hora1º 2º 3ºAula
T P T P T P1 Auditoria da Qualidade 2 2 80 67
2 Controle Estatístico de Processos 2 2 80 67
3 Desenho Técnico 2 1 60 50
4 Empreendedorismo 2 2 80 67
5 Estatística Aplicada 2 2 2 120 100
6 Fundamentos do Trabalho 2 40 33
7 Gestão Ambiental 2 2 2 120 100
8 Gestão da Qualidade 2 2 80 67
9 Informática Aplicada 2 2 1 1 120 100
10 Inglês Básico 2 1 60 50
11 Metodologia Científica e Comunicação 2 2 2 1 140 117
12 Metrologia 2 2 80 67
13 Planejamento e Controle da Produção 2 2 80 67
14 Processos Industriais 2 2 2 120 100
15 Qualidade 2 2 2 2 160 133
16 Segurança do Trabalho e Higiene 2 2 80 67
TOTAL 25 25 25 1500 1250
Curso: TÉCNICO EM QUALIDADEForma: Subsequente
Módulo: 20 Organização: SEMESTRAL
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR ELYSIO VIANNA Ensino Fundamental e Profissional
Av. Senador Salgado Filho, 1320 - Guabirotuba -Curitiba/PR – CEP: 81510-000 Tel.: 3296-7662/ 3296-7663/ 3296-1008 e-mail: [email protected]
125
5.25 MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO DE QUÍMICA
Matriz Curricular
EEssttaabbeelleecciimmeennttoo:: CCOOLLÉÉGGIIOO EESSTTAADDUUAALL PPRROOFFEESSSSOORR EELLYYSSIIOO VVIIAANNNNAA -- EEFFPP
MMuunniiccííppiioo:: CCUURRIITTIIBBAA
Curso: CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA
Forma: INTEGRADA Implantação gradativa a partir do ano :2014
Turno: MANHÃ, TARDE E NOITE
Carga horária: 4000 horas aula – 3333 horas mais 67 horas de Estágio Profissional Supervisionado
Módulo: 40 Organização: SERIADA
DISCIPLINAS SEMESTRES
hora/ aula hora 1º 2º 3º 4º
T P T P T P T P
1 ANÁLISE AMBIENTAL 2 80 67
2 ARTE 2 80 67
3 BIOLOGIA 2 2 160 133
4 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 267
5 FILOSOFIA 2 2 2
2 320 267
6 FÍSICA 2 2 160 133
7 FÍSICO - QUÍMICA 2 2 2 240 200
8 GEOGRAFIA 2 2 160 133
9 HISTÓRIA 3 120 100
10 LEGISLAÇÃO E NORMAS 2 80 67
11 LEM - INGLÊS 2 80 67
12 LÍNGUA PORTUGESA E LITERATURA 2 2 2 2 320 267
13 MATEMÁTICA 2 2 2 2 320 267
14 PROCESSOS INDUSTRIAIS 2 2 160 133
15 QUÍMICA 2 3 200 167
16 QUÍMICA ANALÍTICA 2 2 4 1 2 440 367
17 QUÍMICA INORGÂNICA 2 2 2 240 200
18 QUÍMICA ORGÂNICA 1 2 2 200 167
19 SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 267
TOTAL 25 25 25 25 4000 3333
ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO 1 1 80 67
Obs.: Em cumprimento a Lei Federal nº 11.161 de 2005 e a Instrução 004/10 SUED/SEED, o ensino
da língua espanhola será ofertado pelo Centro de Ensino de Língua Estrangeira Moderna – CELEM
no próprio estabelecimento de ensino, sendo a matrícula facultativa ao aluno.
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126
5.26 MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM QUÍMICA SUBSEQUENTE
Matriz Curricular Ensino Médio Profissional
Estabelecimento: Col. Est. Prof. Elysio Vianna – Ens. Fundamental, Médio e Profissional
Município: Curitiba NRE: Curitiba
Curso: TÉCNICO EM QUÍMICA
Forma: Subsequente Implantação gradativa a partir do ano: 2014/2
Turno: Matutino e Noturno Carga horária: 1760 horas aula – 1467 horas mais 67 horas de
Estágio Profissional Supervisionado
Módulo: 20 Organização: SEMESTRAL
DISCIPLINA SEMESTRES
Hora/ aula hora 1º 2º 3º 4º
T P T P T P
1 ANÁLISE AMBIENTAL 2 2 80 67
2 FÍSICO-QUÍMICA 2 2 2 2 2 2 240 200
3 FUNDAMENTOS DO TRABALHO
2 40 33
4 LEGISLAÇÃO E NORMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO
2 2 80 67
5 MATEMÁTICA APLICADA 2 2 80 67
6 MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL
1 2 1 2 120 100
7 PORTUGUÊS TÉCNICO 2 40 33
8 PROCESSOS INDUSTRIAIS 4 1 2 140 117
9 QUÍMICA ANALÍTICA 2 2 2 1 3 1 3 280 233
10 QUÍMICA GERAL 2 2 2 2 160 133
11 QUÍMICA INORGÂNICA 2 2 2 3 180 150
12 QUÍMICA ORGÂNICA 2 2 2 2 1 3 1 3 320 267
TOTAL 22 22 22 22 1760 1467
ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO
2 2 80 67
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127
5.27 CALENDÁRIO ESCOLAR 2016
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128
5.28 AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação do presente documento deve ser contínua e possibilitar os ajustes
das ações propostas pela comunidade escolar e sua adequação aos dispositivos
legais. Desde a elaboração, deve-se buscar uma reflexão contínua, permitindo uma
coerência entre o Projeto Político Pedagógico e a realidade na qual trabalhamos. No
decorrer do ano letivo, serão destinados momentos para retomada e análise deste
Projeto.
REFERÊNCIAS
AZZI, S. Trabalho docente: autonomia didática e construção do saber
pedagógico. In:PIMENTA, S. G. (Org.). Saberes pedagógicos e atividade
docente. São Paulo: Cortez, 2002.
CANÁRIO, R. A escola tem futuro: das promessas às incertezas. São Paulo:
ARTMED, 2006. CAMPOS, C.M. Saberes docentes e autonomia dos
professores. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
CANDAU, V.M. (Org). Reinventar a escola. Petrópolis: Vozes, 2000.
CAMPOS, C.M. Saberes docentes e autonomia dos professores. Petrópolis, R.J:
Vozes, 2007.
CANÁRIO, R. A escola tem futuro: das promessas às incertezas. (2006)
Deliberação, 004/99.
Deliberação, 14/99.
DEMO, Pedro. Pesquisa e Construção do Conhecimento. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Tempo Brasileiro, 1996.
DEWEY, J. Como pensamos. São Paulo: Nacional, 1959. (DEWEY, 1959, p. 14).
FELDMAN, D. Ajudar a ensinar: relações entre didática e ensino. São Paulo:
ARTMED, 2001. FORQUIN, J.C. Escola e cultura: as bases epistemológicas do
conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
GAIO, Roberta Meneghetti e Rosa, G. Krob (Organizadoras). Caminhos
Pedagógicos da Educação Especial - Petrópolis, RJ: Vozes 2004.
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129
GALINA, Irene de Fátima. Gestão democrática e Instâncias colegiadas. In:
CARVALHO, Elma Júlia (org). Caderno Temático - Gestão Escolar. Material
pedagógico produzido no PDE. Maringá, 2007.
GANDIN, Danilo et Cruz, CARRILHO, Carlos H. Planejamento na Sala de Aula. 3ª
ed. Porto Alegre, 1998.
GASPARIN, J. L. Uma didática para a Pedagogia Histórico crítica. 4ªedição
revisada e ampliada Campinas – SP: Autores Associados, 2007. (Coleção educação
contemporânea).
Instrução, 01/98.
JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro,
Imago, 1976.
KUENZER, A.Z. Educação, linguagens e tecnologias: as mudanças no mundo
do trabalho e as relações entre conhecimento e método. In: Cultura, linguagens
e subjetividade no ensinar e aprender. Encontro Nacional de Didática e Prática de
Ensino (ENDIPE). Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
KUENZER, A. Z. O Ensino Médio agora é para a vida. In: Educação &Sociedade,
Campinas, ano 21, n.70, 2000.
LIBÂNEO, J. C. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1998.
___________. Didática: velhos e novos temas. Goiânia: Edição do Autor, 2002.
___________. Didática. São Paulo: Cortez, 2006.
LIBÂNEO, J. C.; PIMENTA, S. G. Formação dos profissionais da educação –
visão crítica e perspectivas de mudança. Educação e Sociedade, Campinas, n.
68.
LIMA, Lauro de Oliveira. Por que Piaget? A educação pela Inteligência.
Petrópolis: Ed. Vozes, 1999.
Parâmetros Curriculares Nacionais – MEC.
PARO, Victor Henrique. Situações e perspectivas da administração da educação
brasileira: Uma contribuição. In: Revista Brasileira de administração da Educação.
Brasília, Ampae, 1983.
__________. Reprovação escolar: renúncia à educação. São Paulo: Xamã, 2001.
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SAVIANI, D. Educação: do senso comum à consciência filosófica. São Paulo:
Cortez/Autores Associados, 2000.
SAVIANI, Demerval. Escola e democracia: Teorias da Educação, curvatura da
vara, onze teses sobre educação e política. São Paulo. Cortez Autores
Associados, 1983.
SILVA, Mônica Ribeiro. Currículo e competências: a formação administrada. São
Paulo: Cortez, 2008.
VEIGA, Ilma. P. A. Escola, currículo e ensino. In: I.P.A. Veiga e M. Helena
Cardoso (org.) Escola Fundamental: Currículo e Ensino. Campinas. Papirus, 1991.
VEIGA, I.P.A.; RESENDE, L.M.G. (ORG.) ESCOLA: espaço do projeto político
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VEIGA, I.P.A; FONSECA, M. (ORG.) AS dimensões do projeto político pedagógico.
Campinas: Papirus, 2001.
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ANEXOS
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Plano de Ação da Equipe Multidisciplinar do Colégio
Objetivos Gerais
A Equipe Multidisciplinar objetiva promover ações de enfrentamento ao
preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar. Orientando a prática
pedagógica deste estabelecimento, apresentando as contribuições trazidas pela
História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena.
Deste modo, desenvolver uma atitude de respeito e valorização destas etnias
no espaço escolar e por consequência, atingir “extramuros” da escola o que poderá
resultar em uma sociedade mais humana e justa.
Objetivos específicos e Expectativas de Aprendizagem
Possibilitar aos alunos e demais envolvidos nesta atividade educacional um
espaço de estudos, pesquisas, discussões e reflexões à partir do conhecimento de
um referencial positivo dos contextos sociais, políticos e culturais da África.
Discutir a questão étnico-racial no Brasil, nos espaços públicos e privados nos
diferentes espaços da nossa sociedade.
Conhecer e dar reconhecimento à História do povo afro-brasileiro e seus valores
civilizatórios.
Oportunizar espaços de vivências extracurriculares que articulados com o
currículo otimizam o processo ensino aprendizagem e (re)significando-o.
Ampliar a leitura de mundo de todos os envolvidos no processo.
Incentivar a pesquisa como forma de efetivar a leitura e interpretação, bem
como desenvolver a arguição de nossos alunos.
Conhecer a legalidade que ampara este estudo Lei 11.645/08.
Justificativa das ações que serão realizadas
Atualmente vivemos em uma sociedade que prima pela dignidade da pessoa
humana sendo este, inclusive, um princípio estabelecido pela Constituição Federal
do Brasil. Na Constituição estabelece a observância da não discriminação, quando
prevê que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
estabelecendo que a prática de racismo constitua crime.
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Por mais que a Constituição garanta a igualdade percebemos ainda a
discriminação e a exclusão social do negro e do índio. Ao longo da história os
europeus dominaram perseguiram e exploraram os povos indígenas e os povos
africanos objetivando garantir os seus lucros e o domínio sobre a terra. A exploração
se perpetua sob a ideia de democracia racial.
Ainda caminhamos para que não haja diferenças entre as pessoas. “A história
do negro, em nossa sociedade, é de muito sofrimento e lutas, mas principalmente,
de conquistas devido a sua garra”. E neste sentido, cabe aos profissionais da
Educação referenciar os aspectos positivos desta História social.
O cotidiano escolar revela que a cultura africana não é refletida na prática
educativa da maioria dos docentes na sala de aula. O segundo maior continente do
planeta aparece em livros didáticos somente quando o tema é escravidão, deixando
capenga a noção de diversidade de nosso povo e minimizando a importância dos
afrodescendentes. Por isso, em 2003, entrou em vigor a Lei no 10.639, que tenta
corrigir essa dívida, incluindo o ensino de história e cultura africanas e afro-
brasileiras nas escolas. A cultura africana oferece elementos relacionados a todas
as áreas do conhecimento. Fato observável até mesmo em nossos vocabulários,
como as palavras negritas neste texto discorrido anteriormente.
Porém ainda temos um longo caminho a ser percorrido e a escola, como
formadora e transformadora da sociedade, tem grande contribuição para que este
processo seja agilizado.
Nesta concepção de estudo da História e Cultura Afro-brasileira Africana e
Indígena e no cumprimento dos dispositivos presentes na Lei 10.639, o Colégio
Estadual Professor Elysio Vianna pela implementação da Equipe Multidisciplinar
(baseadas nesta Lei no Parecer 003/04) buscará por meio de estudos, pesquisas,
sensibilizações, seminários, discussões e reflexões levar os alunos a conhecer um
referencial positivo dos contextos sociais, políticos e culturais destas etnias.
Procedimentos e Estratégias
Diagnóstico das Etnias na escola
Através de questionários preenchidos pela comunidade para levantamento de
dados visando à revisão do PPP, nossa escola diagnosticou que a comunidade é
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predominantemente de etnia italiana, dois por cento dos alunos declaram-se afro
descentes. Não há a presença de alunos e funcionários descendentes de indígenas.
Um por cento dos funcionários afro descendente.
Este questionário será revisto durante o ano de 2014, as perguntas terão
base no levantamento de dados feito pelo IBGE.
Conteúdos e Conhecimentos
Articulado ao planejamento anual, distribuídos em 04 bimestres, cada
professor pode colocar um pouco dos conhecimentos referentes à História e Cultura
Afro-brasileira Africana e Indígena em sua prática educativa. Tais conhecimentos
serão subsidiados pela Equipe Multidisciplinar que organizará um portfólio com
aporte teórico que relate:
- Fatos históricos, contribuições artísticas, influências de vocabulário em nossa
língua, religião, culinária, entre outras contribuições.
- Pesquisas de conteúdos que possam ser acrescentados às disciplinas curriculares
com caráter interdisciplinar.
- Historicidade da identidade racial na cidade de Colombo.
- Levantamento de dados sobre a questão racial.
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - ENSINO FUNDAMENTAL
1 INTRODUÇÃO
Esta proposta é a concretização da vida da escola na dinâmica curricular,
oportunizando possibilidades, motivações e ações concretas, otimizando seus
tempos, recursos, meios e procedimentos.
Por ser um documento construído coletivamente, deve ser a fonte inspiradora
de todo trabalho desenvolvido por aqueles que constroem a história educacional do
Colégio Estadual Professor Elysio Vianna.
O trabalho constitui-se como um todo integrado, no sentido de organizar e
sistematizar os objetivos dentro do contexto escolar, numa área de ação que vise
impulsionar o progresso e qualidade de ensino.
É muito importante, também, que salientemos o caráter social que deve se
manifestar na Escola Moderna, onde temos que trabalhar cada vez mais com as
noções de Cidadania e Ética para todos: Profissionais do Colégio (em todos os
níveis), Alunos, Pais, enfim, toda a Comunidade que vive ao entorno da Escola.
Somente assim é que poderemos estar tranquilos com o cumprimento do
papel da Escola na vida de todos e, conforme a noção de formação integral,
formando cidadãos cada vez mais completos e aptos a conduzirem suas vidas de
uma forma mais justa e humana, contribuindo para a melhora da sociedade como
um todo.
A presente proposta não surgiu de um momento para outro, nem se
apresenta como um processo acabado. Portanto, este projeto retrata um desenrolar
de fatos e acontecimentos marcantes, mudanças e transformações, para assegurar
a democratização da Escola Pública.
Necessitamos canalizar os esforços, energias e buscar recursos para darmos
passos seguros e decisivos no sentido de levar o educando a uma conscientização
sobre a importância da Escola dentro do contexto sócio-político. Este projeto será a
base propulsora para a realização de um programa de trabalho consciente e deve
estar em constante estado de reflexão, pois não é definitivo, podendo sofrer
modificações a fim de propiciar ao aluno o acesso ao saber sistematizado,
garantindo gradativamente a transformação de uma nova sociedade.
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2. CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
O currículo é um importante elemento construtivo de organização escolar que
implica a interação entre indivíduos que têm um mesmo objetivo e a opção por um
referencial teórico que o sustente.
É uma construção social do conhecimento que insere em todas as
modalidades de ensino pressupondo a sistematização dos meios para que esta
construção se efetive; a transmissão de conhecimentos historicamente produzidos e
as formas de assimilá-los. Portanto, transmissão e assimilação são processos que
compõem uma metodologia de construção coletiva do conhecimento escolar.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos.
Daí a necessidade de se promover na escola, uma reflexão aprofundada sobre o
processo de produção do conhecimento escolar, uma vez que ele é ao mesmo
tempo, processo produtivo.
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos:
O currículo não é um instrumento neutro;
Não pode ser separado do contexto social, uma vez que ele é historicamente
situado e culturalmente determinado;
A escola deve buscar novas formas de organização curricular;
A questão do controle social é instrumentalizado já que o currículo formal
(conteúdos curriculares, metodologia e recursos de ensino, avaliação e relação
pedagógica) implica controle;
O exercício da sensibilidade, de modo a escolher procedimentos e ações
padronizadas, mas, sim, criativas e múltiplas, que traduzam reconhecimento pelas
diferenças de toda ordem entre os alunos e a comunidade a que pertencem, o que
representa ponto básico para a criação de uma comunidade multicultural, onde se
trabalhe para a superação das situações de desigualdade. Exercitar a sensibilidade
é, em primeiro lugar, acolher os alunos no estágio de conhecimento que eles
chegam na escola, com as suas diferenças que vão desde as étnicas, etárias, de
origem, de crenças, de gênero, de composições familiares, de história educacional,
de trabalho e outras condições de vida. A sensibilidade deve estar presente também
nas relações entre os agentes escolares, respeitando a diversidade de formação de
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cada um e privilegiando sua inventividade;
A liberdade, a autonomia, a flexibilidade de pensamento e também a
coragem para a incerteza da experimentação das mais diferentes estruturas
escolares, de currículo, assim como de estratégias de ensino para que os alunos,
diferentes no seu ponto de chegada, ao entrarem na escola, usufruam de meios os
mais diferenciados para igualar-se aos demais no ponto de saída, explorando-se
para isso todos os bens sociais da escola e da localidade. As ações pedagógicas, a
vida escolar como um todo, devem garantir igualdade de oportunidades a alunos
para aprender e aos professores para aperfeiçoar-se continuamente no ensinar; é
necessário compromisso com o uso do tempo, do espaço, dos equipamentos e
recursos didáticos no interesse da maioria dos alunos;
Práticas de reconhecimento, respeito e acolhimento da identidade do outro,
da própria identidade e da possibilidade do aprimoramento constante dessas
identidades, tendo em vista o bem comum e o próprio desenvolvimento. Da mesma
forma que para os alunos, ressalta-se a importância de os professores serem
acolhidos na sua diversidade e participarem juntos de um projeto de capacitação
continuada na busca de uma escola de qualidade superior e do consequente
desenvolvimento contínuo de sua própria pessoa. Nesse sentido, a finalidade mais
relevante é a criação de condições para o desenvolvimento da autonomia da escola
– condição indispensável para que todas as pessoas, alunos, professores, diretores
– tenham capacidade de realmente fazer escolhas, elaborar conscientemente juízos
de valor, fazer projetos de vida e, principalmente, possam avaliar-se, conhecer o seu
potencial e compor sua autoestima, de modo socialmente construtivo.
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3 ENSINO DA ARTE
3.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE ARTE
A educação se refere aos processos formais e informais através dos quais a
cultura é transmitida aos indivíduos. A educação escolar é uma delas. É através dela
que o ser humano aprende a ser, a interagir, a interpretar e a produzir cultura. Por
meio da atividade artística, o homem expressa-se, afirma-se, constrói e reconstrói
suas ideias.
Historicamente, a produção cultural passou a ser concebida como valor de
uma determinada classe, geralmente transmitindo ideias e manifestações
hegemônicas, representadas pelo cientificismo e pelo racionalismo europeu e
sexista. A Arte passou a representar a cultura erudita, feita por brancos, do sexo
masculino, de condições financeiras privilegiadas, segundo os cânones formais da
modernidade. As outras manifestações artísticas não condizentes a esses padrões
ficaram relegados à categoria de folclore, arte popular ou arte indígena.
Todo homem produz e cria cultura. É fundamental entender que as Artes
Visuais, a Música, o Teatro e a Dança, constituem-se especialmente de
manifestações das atividades criativas dos seres humanos, cumprem historicamente
as mais diversas funções – ideológicas, educativa, social, expressiva, cognitiva e
decorativa – buscando ampliar e enriquecer a relação estética do homem com a
realidade.
A compreensão do processo de desenvolvimento do homem e sua
humanização têm especificamente a produção de sua existência. Ele age sobre si
próprio, transforma-se e transforma seu meio para a satisfação das suas
necessidades. Isso é trabalho. Pelo trabalho, os homens deixaram de se submeter
às condições impostas pela natureza e passaram a dominá-la. Formularam sistemas
simbólicos para guardar e transmitir os conhecimentos resultantes desta produção
cria valores, formas de expressão e de identidade para aquilo que produziram por
meio da Ciência e da Arte. Então, os objetos expressam o homem de duas
maneiras: os utensílios para satisfazer as suas necessidades cotidianas e os que
objetivam suas vontades, imaginação, expressão. Esta dupla função do trabalho
torna possível a criação de objetos, e o que hoje chamamos de Obras de Arte.
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Como diz Vazquez “A arte como trabalho é criação de uma realidade na qual
plasmam finalidades humanas, mas nesta nova realidade domina sobre tudo sua
utilidade espiritual...” (VAZQUEZ, 1978, p. 71).
É pelo trabalho criador que o homem elabora o seu modo de ouvir, ver,
representar, e movimentar-se, criando assim, um pensamento crítico e educando-se
esteticamente por intermédio do domínio dos instrumentos e códigos próprios da
linguagem.
A arte é um resultado da síntese da expressão e da transformação da
natureza e a si mesmo, tendo como produto a diversidade de culturas que, ao
atravessarem fronteiras, expressam as características, a evolução, a manifestação e
a produção de diversos grupos sociais e diferentes etnias, o que possibilita
compreender o problema da desigualdade social e da discriminação, fruto da relação
dominante existente em nossa sociedade. Em cada modo de produção social, existe
uma produção cultural. A percepção e a criação dos objetos que compõem a
produção artística exigem um sentido humanizado. Marx diz: “... graças à riqueza
objetivamente desenvolvida da essência humana que a riqueza da sensibilidade
humana subjetiva é em parte cultivada, e é em parte criada, que o ouvido se torna
musical, que o olho percebe a beleza da forma, em resumo, que os sentidos tornam-
se capazes de gozo humano, torna-se sentidos que confirmam como forças
essenciais humanas. Pois não só os cinco sentidos, como também os chamados
sentidos espirituais (vontade, amor, etc.), em uma palavra, o sentido humano, a
humanidade dos sentidos, constituem-se unicamente mediante o modo de existência
de seu objeto, mediante a natureza humanizada... A objetivação da essência
humana, tanto no aspecto teórico como no aspecto prático, é, necessária, tanto para
tornar humano o sentido do homem, como para criar o sentido do humano
correspondente à riqueza plena da essência humana e natural.” (MARX, 1987, P.
178).
Sabemos que uma grande maioria dos estudantes, não tem muitas
informações adequadas sobre Arte. Isso dificulta bastante a formação do jovem, pois
ele acaba sem contato com um dos aspectos mais ricos e significativos da produção
humana em todos os tempos. Fica privado do encantamento e das emoções
despertadas pelas obras dos grandes artistas, fica impedido de ter uma visão mais
abrangente do processo cultural como um todo, uma vez que o conhecimento das
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Artes facilita a compreensão das obras literárias e é uma fonte de referência
importantíssima para o entendimento do processo histórico e não é possível a um
povo, construir o desenvolvimento da cultura sem a Arte e, repensando no sentido
da arte, introduzida recentemente na escola como forma de conhecimento, – pois
era apenas vista como forma de diversão, de atividades lúdicas, etc., - e ela tendo
conquistado o seu lugar na grade curricular, podemos dar um passo a mais no saber
artístico. Um dos elementos essenciais que caracteriza a arte na escola, é que ela
pode ser questionada, discutida, pensada, refletida, contextualizada..., afim que ela
faça parte das nossas vidas, e da construção da sociedade brasileira.
Repensando no sentido da arte, introduzida recentemente na escola como
forma de conhecimento – pois a arte era apenas vista como forma de diversão, de
atividades lúdicas, etc. - e ela tendo conquistado o seu lugar na grade curricular,
podemos dar um passo a mais no saber artístico. Um dos elementos essenciais que
caracteriza a arte na escola, é que ela pode ser questionada, discutida, pensada,
refletida, contextualizada, afim que ela faça parte das nossas vidas, e da construção
da sociedade brasileira. O desafio do professor de arte, hoje, está em dialogar com a
diferença a fim de construir, modificar e transformar a sociedade para que esta se
torne um lugar mais justo e digno de se viver; trabalhando, respeitando, tecendo
com o outro, a fim de recriar culturas e não apenas somar ou adicionar na nossa
diversidade cultural.
É papel de a escola fazer uma inter-relação entre os códigos de diferentes
culturas de vários grupos sociais, respeitar e compreender esses códigos interpretá-
los, integrá-los e analisá-los dentro do contexto os quais foram construídos,
permitindo um pensamento e um posicionamento crítico frente aos seus contextos.
A proposta do Ensino da Arte na Escola visa à compreensão da Arte como
trabalho criador que surge das necessidades do homem em questões sociais em
suas diversidades culturais, religiosas, econômicas, jurídicas, emocionais, morais e
intelectuais. Esta apresentação crítica, constituída de estruturas artísticas, vai
registrar a interferência humana no espaço e no tempo como produto histórico -
social.
Cada manipulação artística resgata, com a sua essência, significações que
serão compreendidas como sínteses de determinadas relações. Isto resultará no
movimento de (re)elaboração do passado, numa versão significativa do presente
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que constitui numa antecipação do futuro, tornando possível a existência da
simultaneidade.
A finalidade do ensino da Arte na escola está justamente na explicitação para
o aluno das ações histórico – sociais que geram a simultaneidade de hoje, bem
como seus significados, que provém das infinitas possibilidades que o trabalho
artístico representa. Se entendermos a Arte como um processo de trabalho
construtivo e transformativo, cabe ao professor de Arte desempenhar suas funções
numa prática de ensino que considere o objeto artístico e suas qualidades, no
movimento das relações sociais que os produzem, que os distribuem e os
consomem. O homem se apropria da realidade com todos os seus sentidos.
Na prática, os sentidos naturais tornam-se humanos porque os objetos se
tornaram objetos humanos. A formação dos sentidos é resultado de toda a história
da humanidade, se constituíram historicamente e são ao mesmo tempo naturais e
culturais.
A formação dos sentidos deve ser objeto da educação, pois através da
humanização dos sentidos do homem, este humaniza o mundo como um todo.
Assim, o aluno apropriando-se do saber artístico já sistematizado e presente na
produção artística da humanidade por meio do exercício sistemático, contínuo e
gradativo, será possível ampliar e aprofundar a capacidade dos sentidos humanos e
suas possibilidades de compreensão por intermédio deles.
O trabalho com a Arte na Escola, além de permitir o acesso ao conhecimento,
a interpretação e a fruição cultural, potencializa o ato criador. Criar e aprender arte
na escola através da leitura e interpretação possibilita o desenvolvimento da
capacidade cognitiva ou intelectiva, ou seja, a partir da construção e do acesso ao
saber culturalmente produzido, o educando opera criativamente, pensa, interpreta,
analisa, reflete, sintetiza e produz, portanto, desenvolve-se, humaniza-se.
Conciliando os objetivos mais amplos da Arte: análise e compreensão da arte
como manifestação das determinações históricas, sociais, econômicas, estímulo da
fruição artística, a produção e a reflexão às técnicas variadas, com a estrutura da
Escola, com a realidade que o cerca e a contextualização dos conteúdos, estaremos
dando condições para que o aluno se torne uma pessoa crítica, criativa e sensível
estando aberto para novas experiências, tendo contato com várias manifestações
culturais e artísticas, colaborando assim para a formação global do aluno.
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3.1.1 Apresentação da disciplina de Arte
A educação estética – humanização dos sentidos – pode ser trabalhada na
escola por meio da disciplina de Arte. Tornar-se e reconhecer-se como ser humano
ocorre quando temos acesso aos bens culturais que a humanidade construiu ao
longo dos anos, e entre eles está o conhecimento artístico. Educar esteticamente
consiste em ensinar o Homem a ver, ouvir, movimentar-se, atuar e sentir, o que não
acontece de forma livre e espontânea.
Conteúdos escolares são os saberes universais que constituem o mundo da
cultura, e, entre eles, está à arte. No contexto escolar, o objeto de estudo da
disciplina Arte são os conteúdos específicos contemplados nas diferentes
linguagens artísticas, entre elas música, dança, teatro e artes visuais, em um
determinado tempo e espaço historicamente construído pelo homem, o
conhecimento estético e o conhecimento da produção artística.
3.1.2 Objetos de estudo da disciplina de Arte
O conhecimento estético; O conhecimento artístico; O conhecimento
contextualizado e o conhecimento da produção artística.
3.1.3 Objetivos da disciplina de Arte
Ampliar a experiência do aluno com a imensa esfera de atividades artísticas,
o trabalho com a arte visa à construção da consciência crítica e do ato criador,
possibilitando ao aluno olhar a realidade ao seu redor, conhecer a expressão cultural
de diversos grupos sociais e étnicos, bem como, refletir e expressar o mundo
através do seu produto criativo.
Estimular, de maneira atraente, o interesse do aluno pela arte, de modo geral,
incluindo a arte afro-brasileira e africana levando a compreender o universo artístico
e oportunizando a prática criadora, desenvolvendo o senso crítico, a capacidade
cognitiva e a educação estética. Pretende-se trabalhar de forma criativa e não
somente a técnica pela técnica as quatro linguagens básicas da arte que são: artes
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visuais; música; teatro; dança. Veremos cada uma delas separadamente, bem como
seus objetivos:
Artes Visuais
As artes visuais de modo geral, compreendem as formas artísticas que se
manifestam por intermédio da imagem, organizadas em uma composição, por meio
de elementos visuais como linha, forma, textura, cores, volumes e compreende o
desenho, a pintura, a gravura, a colagem, a fotografia, a escultura, as imagens em si
(representações gráficas, plásticas, ou fotográficas de uma pessoa ou objeto), e o
seu significado amplia-se ainda mais. Julgamos uma obra de arte pelo critério da
perfeição, a reprodução fiel e exata de “alguém”, mas, sabemos que os objetivos das
artes visuais nunca se limitaram apenas à cópia fiel dos seus modelos. A imagem na
arte, nunca é apenas uma cópia. É a representação da visão de um artista e de uma
época sobre uma determinada ideia ou tema, ou, podemos nos referir à imagem
como um produto de nossa imaginação, como as imagens de santos, as que têm
sentido simbólico, as recordações da infância...
A expressão artística tem como referencial as imagens que nos cercam que
registramos na memória e que acompanhadas do estudo, da observação e do
conhecimento técnico, possibilitam criar ou tornar visíveis imagens que podem ser
partilhadas com as outras pessoas. Toda imagem, como toda obra de arte nesta
área, é formada por determinados elementos: linha, forma, cor, volume, textura, e
outros se juntam a estes como: dimensões, movimento, ritmo, luz e sombra. O
estudo destes elementos e das diferentes maneiras que estes podem ser
organizados e utilizados na composição possibilita desenvolver a capacidade de
produzir e compreender as imagens que compõem o nosso universo visual. Então,
que o aluno conheça, analise e critique a imagem, na sua forma estática e dinâmica,
seus estilos, suas relações com o contexto atual e inclusive sua relação com a
tecnologia.
Música
A Lei 11.769/08. Esta Lei Federal aprovada em 18 de agosto de 2008 trata do
retorno dos conteúdos de música na escola. A visão humanizadora da música na
Educação brasileira foi relegada em segundo plano tanto na LDB no 4.024/61, na
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LDB no 5.692/71 e na LDB no 9.394/96 que limitaram sua ação e papel na Escola
Pública. Na história da Humanidade a música sempre foi valorizada pelas
qualidades que despertam e desenvolvem nos seres humanos: sensibilização,
despertar das emoções, domínio do corpo humano como instrumento musical,
corporeidade musical, domínio instrumental, disciplina individual e grupal e a
memória cultural representada pela diversidade da cultura musical dos povos.
Muitas são as definições de música, mas a única coisa que todas têm em
comum, é que a música tem a ver com som. O som é à matéria prima do produto
“música”. Não conseguimos evitar que o som penetre nos nossos ouvidos, se eles
não estiverem fechados. Alguns sons nos agradam, outros nem tanto e a nossa
reação diante deles depende de vários fatores: Físico, recordações de infância, a
história pessoal de cada um, e até o local que vivemos na atualidade pode
influenciar o nosso gosto pela música.
Ouvimos o que aprendemos ouvir e assim formamos nossa memória auditiva.
O trabalho com música na escola deve abrir possibilidades para que o aluno
aprenda a ouvir, amplie seu arquivo sonoro e sua memória auditiva. Temos que
trabalhar para que ela sempre esteja aberta e receptiva para a variedade de novos
sons. Temos que direcionar este escutar, saber o que , como e porque ouvir. No
trabalho com arte musical, temos que ouvir sentir e entender porque estamos
ouvindo; temos que conhecer o contexto da obra em questão, como ela foi composta
ou executada por quem, aonde, quando, com que intenção, etc. Fazê-los perceber
que a forma como nós ouvimos, foi construída socialmente, e difere de um grupo
social para outro, é muito importante.
Para entender todo este contexto, devemos partir do entendimento do som.
Um compositor intervém sobre os sons e os combina de acordo com os seus
interesses e os da coletividade. Existem compositores que são espontâneos e outros
que fazem composições por encomenda, por exemplo. Tudo vai depender dos
projetos que se tem para esses sons, para que se está compondo esta música.
O SOM é o movimento vibratório, que se produz quando os objetos se movem
de um lado para outro rapidamente (vibrações ). Uns são fortes, outros são fracos,
outros são mais agradáveis do que outros. Os sons que, de certa forma atrapalham
a audição de alguma coisa que queremos ouvir, pode ser considerado de ruídos.
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Existem alguns elementos formadores do som: Altura – o que caracterizam os
sons graves e os agudos; Duração – é quanto tempo esse som fica acontecendo;
Intensidade – se o som é alto ou baixo; Ritmo – é a alternância dos sons e dos
silêncios de forma organizada e regulares (tic – tac do relógio) ou até gêneros
musicais ( Rap, Hip – Hop, Clássica, Jazz, Samba...); Timbre – é a qualidade que
nos ajuda a diferenciar o som de uma guitarra do som de um piano por exemplo;
Densidade – é a quantidade de ondas sonoras acontecendo ao mesmo tempo. A
articulação destes elementos que formam o som, é que forma a música.
Diante de tudo isso, tentamos mostrar aos alunos como é que os homens
percebem o mundo e expressam suas relações com esse mundo por meio da
música. É importante que este aluno saiba ouvir, perceber como foram tratados os
elementos formais na música, por que a música foi estruturada de determinada
forma, o que o compositor quis nos dizer quando fez esta canção, o que esta obra
nos mostra da visão do mundo no momento da criação e que, ao compará-la com
outras formas musicais construa nele mesmo a sua forma de se expressar por meio
da música.
Teatro
O teatro é um conjunto de regras da arte de representar ou a habilidade de
representar. Mas, de modo menos abrangente e, em se tratando de sala de
aula/escola, podemos definir teatro como a atividade criadora que expressa de
forma estética, sensações e ideias. Ao professor de Arte cabe o desafio de ensinar
arte enquanto área de conhecimento capaz de preparar o aluno para entender a si
próprio e ao mundo que o cerca. Sem dúvida, a contribuição para que este aluno
forme seu intelecto, suas experiências individuais, e possa compreender o mundo
como um todo, é o grande objetivo. Atores e atrizes desempenham papéis
diferentes, juntam fantasia – quando se vestem de personagens – e realidade
quando transmitem informações corretas acerca de determinado assunto tratado na
peça. Peça esta que não pode ser desenvolvida sem pessoas que trabalham nos
bastidores como: sonoplasta – cuida do som, iluminador – cuida da iluminação,
diretor – quem ensaia os atores e conduz a peça, roteirista – quem escreve as falas
dos personagens, figurinista – prepara as roupas a serem usadas no espetáculo,
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produtor – quem produz ou patrocina a peça; cenário – local onde será apresentada
a peça; plateia – são as pessoas que irão assistir ao espetáculo. À escola cabe
formar alunos capazes de serem agentes e não apenas consumidores passivos das
várias linguagens artísticas, compreendendo o mundo a que está inserido,
reconhecendo-se nele em toda a sua individualidade.
Dança
A dança contribui para a aprendizagem de habilidades motoras, espaciais e
rítmicas, fazendo uso de um grande conjunto de movimentos do corpo. Força,
agilidade, equilíbrio e resistência também são desenvolvidos com esta habilidade,
permitindo que seus integrantes se movam com graciosidade, expressando-se de
maneira organizada, corrigindo hábitos de atitude, hábitos de higiene, e inclusive
compensa desequilíbrios profissionais na fase adulta. A dança é um fator na
educação do movimento.
Além dos fatores físicos, a dança deve despertar no aluno o respeito pelas
ideias individuais, o respeito entre ambos os sexos, desenvolve o pensamento
crítico, o senso de ordem, de disciplina, de solidariedade, cooperação, a formação
do caráter, o autocontrole diante das emoções, de modo que o aluno torne-se
socialmente educado. Usando o corpo como forma de comunicação e expressão, a
dança na escola é mais um meio de construção e articulação de conhecimento,
podendo ser trabalhada em vários conteúdos e criando a consciência que este
“corpo em movimento” está unindo o dançar com o apreciar e o contextualizar,
aumentando e desenvolvendo sua criatividade, composição de movimentos, obtendo
relações com a história da dança, cultura e outras linguagens artísticas, bem como
as outras áreas de conhecimento, livres de preconceito, preguiça, medo de se expor,
cabendo ao professor valorizar o movimento / dança, e o modo como cada aluno se
desenvolve.
3.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS E ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
DE ARTE
3.2.1 Conteúdos Estruturantes da disciplina de Arte
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Temos na disciplina de Arte, para o Ensino Fundamental, os Conteúdos
Estruturantes:
Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos e perpassando a todos
estes, a relação de Tempo e Espaço, em Artes Visuais, Música, Teatro e Dança.
Elementos Formais
No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal está
relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados numa
obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na natureza;
são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Esses
elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são diferentes em
cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre em Música, a cor em Artes Visuais, a
personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.
No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o
conhecimento dos elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer
articulação com as outras áreas por intermédio dos conteúdos estruturantes.
Composição
Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos
formais que constituem uma produção artística. Num processo de composição na
área de artes visuais, os elementos formais – linha, superfície, volume, luz e cor –
“não têm significados preestabelecidos, nada representam, nada descrevem, nada
assinalam, não são símbolos de nada, não definem nada – nada, antes de entrarem
num contexto formal” (OSTROWER 1983, p. 65). Ao participar de uma composição,
cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao caracterizá-lo, os
elementos também se caracterizam.
Na área de música, todo som tem sua duração, a depender do tempo de
repercussão da fonte sonora que o originou. É pela manipulação das durações,
mediada pelo conhecimento, que esse som passa a constituir um ritmo ou uma
composição.
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Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de
composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais,
teatrais, musicais ou da dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.
Movimentos e Períodos
O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracterizam pelo
contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela
aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística e
explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas
especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.
Para facilitar a aprendizagem do aluno e para que tenha uma compreensão
do conhecimento em arte, esse conteúdo estruturante deve estar presente em vários
momentos do ensino. Sempre que possível, o professor deve mostrar as relações
que cada movimento e período de uma determinada área da arte estabelecem com
as outras áreas e como apresentam características em comum, coincidindo ou não
com o mesmo período histórico.
Caso o trabalho se inicie pelo conteúdo estruturante movimentos e períodos
em música, pode-se, por exemplo, enfatizar o período contemporâneo e o
movimento Hip-hop, com a pesquisa de sua origem, que teve raízes no rap, no
grafite e no break, articulando-os, assim, às áreas de música, de artes visuais e de
dança, respectivamente. A seguir, apresenta-se um esquema gráfico que detalha
como os conteúdos estruturantes se articulam entre si.
Os conteúdos estruturantes, apesar de terem as suas especificidades, são
interdependentes e de mútua determinação. Nas aulas, o trabalho com esses
conteúdos deve ser feito de modo simultâneo, pois os elementos formais,
organizados por meio da técnica, do estilo e do conhecimento em arte, constituirão a
composição que se materializa como obra de arte nos diferentes movimentos e
períodos.
A opção pelos elementos formais e de composição trabalhados pelos artistas
determinam os estilos e gêneros dos movimentos artísticos nos diferentes períodos
históricos. Da mesma forma, a visão de mundo, característica dos movimentos e
períodos, também determina os modos de composição e de seleção dos elementos
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formais que serão privilegiados. Concomitantemente, tempo e espaço não somente
estão no interior dos conteúdos, como são também, elementos articuladores entre si.
A explicitação dos conteúdos de Arte é uma preocupação e uma necessidade para o
melhor entendimento de como os conteúdos estruturantes podem ser organizados
no encaminhamento metodológico. Por isso, no quadro a seguir se explicita um
recorte dos conteúdos da disciplina a partir de seus conteúdos estruturantes em
cada área de Arte.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
MÚSICA
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal Modal Contemporânea Escalas Sonoplastia Estrutura Gêneros: erudita, folclórica... Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...
Arte Greco-romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Classicismo, Romantismo, Vanguardas Artísticas, Arte Engajada, Música Serial, Música Eletrônica, Música Minimalista, Música Popular Brasileira, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Word Music, Arte Latino-Americana..
ARTES VISUAIS
Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz Cor
Figurativa Abstrata Figura fundo Bidimensional Tridimensional Semelhanças Contrastes Ritmo visual Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta... Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo.
Arte Pré-histórica, Arte no Antigo Egito, Arte Greco- Romana, Arte Pré-colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Arte Românica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Construtivismo, Surrealismo, Op-art, Pop-art, Arte Naïf, Vanguardas artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino- Americana, Muralismo...
DANÇA
Movimento Corporal Tempo Espaço
Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de apoio Salto e queda Rotação Formação Deslocamento Sonoplastia Coreografia Gêneros: folclóricas, de salão, étnica... Técnicas: improvisação, coreografia...
Arte Pré-Histórica, Arte Greco- Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Dança Circular, Indústria Cultural, Dança Clássica, Dança Moderna, Dança Contemporânea, Hip Hop, Arte Latino-Americana...
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Os conteúdos estruturantes e específicos, resultado do debate entre
professores, apontam uma parte dos conhecimentos a serem trabalhados na
disciplina de Arte e, ao mesmo tempo, explicitam formas de encaminhamento
metodológico presente na Educação Básica.
Neste sentido, para o planejamento das aulas de todas as séries da
Educação Básica propõe-se a organização dos conteúdos de forma horizontal, vide
tabela de conteúdos estruturantes. Esta forma de organização é também uma
indicação de encaminhamento metodológico, pois em toda ação pedagógica
planejada devem estar presentes conteúdos específicos dos três conteúdos
estruturantes, ou seja, dos elementos formais, composição e movimentos e
períodos.
Esta proposta visa superar uma fragmentação dos conhecimentos na
disciplina de Arte, em que no processo de debate, grande parte dos professores
relataram adotar o seguinte procedimento metodológico:
Nas séries/ anos iniciais (1° ao 5° ano) o trabalho pedagógico esta centrado
nas atividades artísticas, na prática com músicas, jogos teatrais, desenho e dança.
Nessas atividades priorizam-se os elementos formais, como estudos sobre cores
primárias e secundárias (artes visuais); timbre, duração e altura (música); expressão
facial, corporal e gestual (teatro) e movimento corporal (dança).
Nas séries/ anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) gradativamente
abandona-se a prática artística e a ênfase nos elementos formais, tratando-se de
forma superficial os conteúdos de composição e dos movimentos e períodos.
Em síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos
do conhecimento em Arte, percorrendo um arco que inicia-se nos elementos formais,
com atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos movimentos e períodos, com
exercícios cognitivos, abstratos (Ensino Médio).
Diante deste diagnóstico, torna-se imprescindível adotar outra postura
metodológica, que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima da totalidade
da arte. Somente abordando metodologicamente, de forma horizontal, os elementos
formais, composição e movimentos e períodos, relacionados entre si e
demonstrando que são interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da
arte como forma de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador.
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3.2.2 Conteúdos Básicos da disciplina de Arte
Artes Visuais: Ponto, linha, forma, textura, superfície, volume, cor, luz. Arte pré-
histórica. Arte no Egito Antigo. Arte Greco-romana. Arte Bizantina. Arte Gótica.
Renascimento, Expressionismo. Pintura Abstrata. Surrealismo. Pop Arte. Arte
indígena e Questões Ambientais. Arte Africana. Missão Artística Francesa. Barroco
Brasileiro. Modernismo. Arte Paranaense. Arte Contemporânea bidimensional,
tridimensional, figurativo, abstrato, figura e fundo. Técnicas, pintura, desenho,
fotografia, modelagem, gravura, escultura. Gêneros: paisagem, histórico, mitologia,
cotidiano.
Música: Altura, intensidade, timbre, Ritmo, melodia, gêneros, Indústria Cultural.
Música Popular Brasileira. Influência Africana na Musica Brasileira. Musica Indígena.
Teatro: Personagem, expressão corporal, vocal, gestual e facial. Jogos teatrais.
Gêneros teatrais. Representação nas mídias. Caracterização, cenografia. Teatro
Greco Romano. Comédia Dell’arte. Teatro do Oprimido. Mídia e Violência. Questões
de Gênero e Diversidade Sexual. Teatro Pobre. Teatro Brasileiro. Teatro
Paranaense.
Dança: Movimento corporal. Improvisação. Gêneros: espetáculo, étnica, folclórica,
de salão. Dança Popular, Indústria Cultural. Dança Popular, Indústria Cultural
3.2.3 Conteúdos Específicos da disciplina de Arte
6º Ano
ARTES VISUAIS
Pintura, escultura, desenho, gravura, história da arte: Desenvolver as habilidades de
articulação, percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e produção
artística pessoal e em grupo. Conhecer fases da história da arte do conteúdo
estudado.
Ponto tipologia
Linha – Conceito e Tipologia
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Formas Básicas – Regulares e Irregulares
Cor – Monocrômica
Textura – Tátil e Gráfica
Equilíbrio, simetria, ritmo, profundidade.
Cores, as cores no dia a dia e suas dimensões na construção social e estética.
As cores brasileiras presentes nos gestos, nas posturas, expressões, festas,
trabalho de cenas representadas por meio das reproduções de arte.
Desenho de observação – natureza-morta, paisagem.
Luz e sombra
Iniciação à História da Arte
Pré-história Arte rupestre.
Cor na natureza: argila, carvão, folhas, flores, etc. (arte rupestre)
Movimentos do mundo ocidental e do oriental
Tangram; Minotauro.
Idade Medieval. Arte multi étnica.
Antiguidade Clássica – Arte grega e romana
Arte Egípcia
Brasões e a semiologia
Exercício explorando a representação das linhas
Observação dos trabalhos Produzidos
Forma geométrica (recorte e colagem criando uma composição)
Pesquisa de materiais disponíveis do cotidiano familiar
Captura de texturas dos diferentes materiais
Pré-história (imagens dos animais, negativo da mão, símbolos)
Reconhecer o ponto como elemento essencial, plástico, natural, entre outros.
Identificar linhas e suas Diferenças
Explorar as diversas representações de pontos e linhas
Reconhecer linhas e pontos em obras de artes
Reconhecer e nomear as formas geométricas básicas
Identificar e aplicar as diversas cores obtidas
Perceber através do visual e do tato a textura dos diferentes materiais
Explorar os diversos tipos de texturas
Estimular a observação e leitura de imagens
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Representar a família no bidimensional a partir da análise realizada
A cultura oriental, seus ciclos e a arte.
Origami arquitetônico - Esculturas de papel.
Os mitos greco-romanos e sua influência atual
Cores quentes, frias e neutras e os ciclos das estações.
DANÇA
Pele, músculos, ossos, movimento e estrutura, história da arte: Reconhecer os
diferentes tecidos que constituem o corpo. Observar e analisar as características
corporais individuais. Conhecer fases da história da arte do conteúdo estudado.
MÚSICA
Músicas para dança, compositores e intérpretes, história da arte: Reconhecer os
diferentes tipos de sons e de música. Conhecer fases da história da arte do
conteúdo estudado:
Altura – grave/agudo
Duração – longo/curto
Timbre – “cor” do som
Intensidade – forte/fraca
Densidade – muitos sons/poucos sons
Som: Imitar e produzir sons naturais (vento, chuva, pássaros, rio...) e sons artificiais
(mãos na mesa, caneta batendo sobre papel)
Provocar sons com o corpo
Produção de instrumentos musicais
Jogos sonoros
Produção gráfica dos sons produzidos
Cantigas de roda
Cantar e brincar com músicas folclóricas de roda
Ampliar a linguagem oral e corporal
Desenvolver a classificação e a percepção auditiva
Conhecer e cantar músicas variadas
Música das nações – músicas ancestrais
Diferentes padrões sonoros (orquestra, banda, coral )
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Improvisação musical
Manifestações musicais modais (tribos primitivas, civilizações antigas)
TEATRO
Espaço cênico, personagem, ação dramática, história da arte: Participação e
desenvolvimento nos jogos de atenção, observação, improvisação, etc. Reconhecer
e utilização dos elementos da linguagem dramática. Conhecer fases da historia da
arte do conteúdo estudado.
Expressão corporal (reconhecendo as possibilidades e limites do corpo).
Jogos teatrais
Imitar os gestos do professo orientador ou colega
Reproduzir segundo orientação uma ação
Contação e representação de histórias
Caracterização de personagens
Ampliar o conhecimento referente a expressão corporal
Diferenciar lado esquerdo e direito
Compreender as diferentes direções
Dramatizar as histórias infantis
Desenvolver expressão oral e corporal
Exposição real e virtual – leilão – vida de artista (leitura cênica da vida dos artistas
com base em registros ou expressa em suas obras)
7º Ano
ARTES VISUAIS
Arquitetura, artefatos, fotografia, artes gráficas, história da arte: Desenvolver
habilidades de articulação, percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e
produção artística pessoal e grupal Conhecer fases da História da Arte dos
conteúdos estudado.
Linha – Figurativo/Fundo
Forma: Assimetria/ Sobreposição
Profundidade e Proporção
Movimento: Deformação
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Perspectiva e Proporção - Pontos de vista e perspectiva
Tridimensional
A representação, a arte e o processo de criação (linha e cor)
O desenho, técnicas de desenho, organização espacial.
Escultura
Paisagem natureza morta
Retrato – figura humana
Desenvolver o autoconhecimento: Desenhar-se através da auto-observação
Modelar com argila (massinha de modelar) seu autorretrato de forma tridimensional
Museus – como visitar um museu
Profissões (artista, restaurador, curador, empresário)
Projeto de criação – Tela Viva, recriando tempos estéticos – Integrando linguagens.
Iniciação à História da Arte – Renascimento e seus ciclos (começo, meio, fim e
Renascimento), influências na arte até os dias atuais.
Semiologia e os símbolos de Renascimento – ovo, borboleta...
Pêssanka
Desenvolver expressão oral e corporal
Exposição real e virtual – leilão – vida de artista (leitura cênica da vida dos artistas
com base em registros ou expressa em suas obras)
MÚSICA
Movimentos musicais, obras de diferentes épocas, história da arte: Observar e
analisar as características sonoras e musicais de obras de diferentes épocas
Conhecerem fases da História da Arte do conteúdo estudado.
Ritmo – ostinatos, células simples.
Melodia: percepção = sons do cotidiano e gravações dirigidas
Barroco, clássico e Romântico.
Canto Gregoriano – apreciação
Início da Polifonia
Gêneros musicais – Bale, ópera, sinfonia, concerto e canção
Improvisação musical
Cantos e encantos brasileiros
Estilo: a música popular brasileira, erudita e sacra (primeiras décadas do século XX)
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MPB – dramas na música de “dor de cotovelo” – Samba Canção – A era de ouro do
rádio (compositores brasileiros)
Chico Buarque de Hollanda
A música dos festivais
carnaval
Marchas, marchinhas e ópera.
TEATRO
Textos dramáticos, textos poéticos, textos jornalísticos, história da arte:
Experimentação e articulação entre as expressões corporal, plástica
Experimentação na improvisação a partir do estabelecimento de regras para os
jogos Conhecer fases da História da Arte do conteúdo estudado.
Sonoplastia
Jogos dramáticos
As tramas e os dramas presentes na vida e na arte
Drama: Origem do teatro Grego (Sófocles, Ésquilo e Eurípedes)
Tramas e dramas na dramaturgia da televisão Brasileira
Fazendo arte e fazendo mídia – valores – ritmo – eco – rádio/jingle –
comédia/piada...
Teatro – Mamulengo
Presépio
8º Ano
ARTES VISUAIS
Cinema, televisão, vídeo, computação, performance, história da arte: Desenvolver as
habilidades de articulação, percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e
produção artística pessoal e em grupo.
Forma
Cor quente/ fria
Movimento - repetição
Figuração/Abstração
Arte conceitual, o meio, a mídia e a arte.
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Abstracionismo
Fauvismo
Kandinsky
Futurismo
Beatriz Milhazes
Museus de Arte no mundo
Galerias
Surrealismo, Renascimento, Historia em Quadrinhos.
Pablo Picasso
Lichtenstein (designer do cotidiano)
Semiologia e arte (simbologia da forma)
História em quadrinhos (recursos visuais...)
Pontilhismo
Cenas oníricas
Arte Ambiental, Performance, Vídeo arte, Objeto,
Intervenções e Instalações
Elementos formais, intelectuais e vivenciais (organização espacial e compositiva)
A fôrma e a forma nas linguagens artísticas
Distorção, deformação, ampliação e redução
Hiper realismo, Kitsh – Olney Kruse, Jeff Koons, Jan Nelson, Helio Leites, Christo &
Jeanne Claude, Cildo Meireles, Sônia Paiva, Chéri Samba.
Projeto de criação – Cem sentidos da arte – Tudo se encaixa tudo em caixa? –
Performance, Arte
Ambiental, Minimalismo.
Arte Zine
O tridimensional e o bidimensional
Op arte
3D
Surrealismo universal e brasileiro
Salvador Dalí
Projeto de criação – Caleidoscópio da arte
Imagens e miragens da representação pictórica
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Elementos básicos das linguagens artísticas, modos de articulação formal, técnicas,
materiais e procedimentos.
Diversidade de formas de arte: vida, épocas e produtos em conexões.
DANÇA
Planos, coreografias, história da arte: Improvisar na dança, inventando, registrando e
repetindo sequências de movimentos criados.
MÚSICA
Sons ambientais, sons naturais, história da arte: Observar e analisar as
características sonoras e musicais de obras de diferentes ambientes.
Harmonia
Famílias de instrumentos – cordas, sopro, percussão ( sopro – madeira e metal)
Instrumentos eletroacústicos
A Música Tonal
Grandes compositores do período clássico da musica do som
Ritmo e Melodia
Cantar com intensidade forte, moderado e fraco.
Cantar em diferentes andamentos uma música
Jogos sonoros
Produção gráfica dos sons
Aplicar técnicas para manter-se com uma boa voz
Gravação de sons para percepção de altura (sons ascendentes e descendentes)
Vivências com instrumentos musicais produzidos com materiais alternativos ou
convencionais
Ampliar a linguagem oral e corporal
Identificar as intensidades dos sons produzidos
Observar o ambiente sonoro e perceber a altura dos sons
Expressar-se e comunicar-se por meio dos sons e silêncios
Conscientizar-se da importância da voz e da audição
Conhece e contemplar do patrimônio musical desenvolver a musicalidade
reconhecendo diferentes classificações musicais
Iniciação à leitura de imagens, música e representação.
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Iniciação à leitura de imagens, músicas, performances.
Gustavo Rosa, Modigliani, Niki de Saint Phalle Volume.
TEATRO
Máscaras, imagens e sons, jogos, cenário, figurino, maquiagem, história da arte:
Experimentação e articulação entre as expressões corporais, plástica
Experimentação na improvisação a partir do estabelecimento de regras para os
jogos.
Pantomima
Espetáculo teatral
Expressão corporal e facial (uso do movimento do corpo como forma de expressão)
Elaborar encenação usando movimentos pantomímicos, ou seja, mais gestos do que
fala, compondo um começo, meio e fim.
Construção de espetáculo teatral: texto, cenário, figurino, efeitos sonoros.
Apreciação de peças teatrais
Explorar de forma expressiva, espontânea os movimentos do corpo.
Aprimorar e desenvolver a espontaneidade
Criar personagens teatrais
Dramatizar situações do cotidiano refletindo sobre suas ações
Dramatizar as histórias construídas pela turma
Desenvolver a expressão oral e corporal, bem como a sensibilidade da apreciação
do espetáculo teatral.
Encenar as histórias infantis
Sonoplastia e trilha sonora
Stop Motion – animação
Projeto de criação – Telenovela – Animação com Massinha
9º Ano
ARTES VISUAIS
Ponto, linha, plano, cor, luz, movimento e ritmo, colagem, instalação: Desenvolver as
habilidades de articulação, percepção, imaginação, sensibilidade, conhecimento e
produção artística pessoal e grupal.
Forma – positivo/negativo
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Av. Senador Salgado Filho, 1320 - Guabirotuba -Curitiba/PR – CEP: 81510-000 Tel.: 3296-7662/ 3296-7663/ 3296-1008 e-mail: [email protected]
160
Textura
Forma e contorno
Ritmo
Integração temática e formal
Natureza morta (e viva)
Fractais
A estética da natureza
A estética feita pela digital humana e também pelas linguagens digitais
Estilo nas artes plásticas
Op Art
Pop Art
Duchamp
Matisse
Futurismo
Concretismo
Neoclassicismo e Romantismo
A arte objeto
Publicidade
fotografia
DANÇA
Dança e interpretação corporal de trilhas sonoras: Improvisar na dança, inventando,
registrando e repetindo sequências de movimentos criados.
Coreografias, músicas e poesias (digitais)
MÚSICA
Músicas regionais: Observar e analisar as características sonoras e musicais de
obras de diferentes regiões.
Intervalo melódico
Intervalo harmônico
A música do Século XX – o distanciamento do público.
A Música popular do séc. XX ( samba, bossa nova, blues, jazz, rock, funk, rap, etc.)
Estilo na música
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161
Música e indústria cultural
Instrumento Musical
Confecção de instrumentos musicais com materiais alternativos
Gravar e ouvir os ritmos e melodias
Ouvir sons de diferentes instrumentos musicais
Pesquisar os diferentes instrumentos musicais
Construir instrumentos musicais com materiais alternativos
Improvisar e criar ritmos e melodias
Reproduzir melodias
Classificar e identificar diferentes instrumentos musicais
Utilizar os instrumentos musicais produzidos reproduzindo ou compondo uma
música
TEATRO
Adereços, objetos de cena, iluminação e som, criação dramática, manifestações
teatrais:
Experimentação e articulação entre as expressões corporais, plástica
Experimentação na improvisação a partir do estabelecimento de regras para os
jogos.
Datas comemorativas (confecção de cartazes, cartões, dramatizações, cantos
alusivos à data, coreografias...).
Eventos culturais
Projetos interdisciplinares (de acordo com cada realidade escolar)
Atualidades (notícias de jornais, curiosidades, acontecimentos locais, nacionais e
mundiais) visita a Museus, Espetáculos Teatrais Profissional, Espetáculos Musicais.
Projetos interdisciplinares (de acordo com cada realidade escolar)
Atualidades (notícias de jornais, curiosidades, acontecimentos locais, nacionais e
mundiais).
Visita a Museus, Espetáculos Teatrais Profissional, Espetáculos Musicais.
Despertar interesse e o respeito às diferentes culturas
Compreender e interiorizar o patriotismo
Descobrir novos talentos
Socializar textos, culturas, atividades, experiências, vivências.
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Vivenciar ambientes específicos de espetáculos, exposições de arte...
Conscientizar-se e desenvolver a postura comportamental para cada espécie de
espetáculo apreciado
O Circo
Artista popular, de rua, de palco, de circo.
Musas e personagens
Os ciclos da vida nas obras modernistas, na produção do teatro ou cinema.
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA O ENSINO DA ARTE NO ENSINO FUNDAMENTAL
6° ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E
PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas: Diatônica Pentatônica Cromática Improvisação
Greco-romana Oriental Ocidental Africana
Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da música. Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.
7º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA EXPECTATIVAS
DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista Improvisação
Música popular e étnica (ocidental e oriental)
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Teorias da música. Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.
Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.
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8º ANO – ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
MOVIMENTOS E PERÍODOS Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos Técnicas: vocal, instrumental e mista
Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema, Vídeo, TV e Computador) Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
9º ANO - ÁREA MÚSICA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM ELEMENTOS
FORMAIS COMPOSIÇÃO
MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Teorias da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Música Engajada.
Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
Altura Duração Timbre Intensidade Densidade
Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico
Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea
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6º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia...
Arte Greco- Romana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais. Teoria das Artes Visuais. Produção de trabalhos de artes visuais.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
7º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta...
Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teoria das Artes Visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.
Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.
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8º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista...
Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. Teoria das artes visuais e mídias. Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo
9º ANO - ÁREA ARTES VISUAIS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz
Bidimensional Tridimensional Figura fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafite, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano...
Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino Americana HipHop
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Teorias das Artes Visuais. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social.
Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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6º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo.
Greco-romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento
Nesta série o trabalho será direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro.
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatral.
7º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização
Comédia dell’ arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.
Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.
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8º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço
Representação no Cinema e Mídias Texto dramático Maquiagem Sonoplastia Roteiro Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica...
Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias. Teorias da representação no teatro e mídias. Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
9º ANO - ÁREA TEATRO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais. Ação Espaço
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino
Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social.
Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGEM PEDAGÓGICA
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6º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular
Pré-história Greco-romana Renascimento Dança Clássica
Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição
Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
7º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado. Níveis (alto médio e baixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica
Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena
Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.
Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.
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8º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo
Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna
Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de palco em diferentes mídias. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.
Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.
9º ANO - ÁREA DANÇA
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ABORDAGEM PEDAGÓGICA
EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
ELEMENTOS FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
CONTEÚDOS BÁSICOS PARA SÉRIE
Movimento Corporal Tempo Espaço
Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna
Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea
Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer dança e sua função social. Teorias da dança. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança como fator de transformação social.
Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.
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3.2.4 Desafios Educacionais contemporâneos e a diversidade
De acordo com o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB –
de dezembro de 1996, os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma
base nacional comum e uma parte diversificada, entre elas: Educação Ambiental,
Relações de Gênero, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Relações Étnico
Raciais, História do Paraná, História e Cultura Afro Brasileira e Africana.
Educação ambiental
Em 1996, é sancionada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que
evidencia a dimensão ambiental na educação escolar, na amplitude dos processos
formativos do cidadão e na introdução de novos temas, considerando as inter-
relações decorrentes dos processos sociais, culturais e ambientais. Em decorrência
dessa legislação, são aprovados em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) pelo MEC, que definiram temas transversais, como: Saúde, ética, orientação
sexual, pluralidade cultural e meio ambiente, a serem inseridos em todas as áreas
de conhecimento no ensino fundamental. Com a publicação da Política Nacional de
Educação ambiental, Lei n. 9795/99, a Educação Ambiental, no Brasil, é
impulsionada ainda mais. No entanto, apenas em 2002 há a regulamentação dessa
lei e do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental. A presente
Proposta Pedagógica de Arte terá como foco interdisciplinar os seguintes temas:
Mudanças climáticas – aquecimento global e saúde, Educação ambiental e
sustentabilidade, Agenda 21 Agenda Escolar, Agenda local, Agenda Paraná,
Agenda Brasileira e Agenda Global.
Relações de gênero e diversidade sexual
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Pluralidade Cultural
e Orientação Sexual: p. 144, a discussão sobre as relações de gênero tem como
objetivo combater relações autoritárias, questionar a rigidez dos padrões de conduta
estabelecidos para homens e mulheres e apontar para sua transformação – na
Família, na Escola e na Sociedade.
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Na Arte, a flexibilização dos padrões visa permitir a expressão de
potencialidades existentes em cada ser humano que é dificultado pelos estereótipos
de gênero, por exemplo, a repressão das expressões de sensibilidade, intuição e
meiguice nos meninos ou de objetividade e agressividade nas meninas.
Portanto, as diferenças não devem ficar aprisionadas em padrões
preestabelecidos, mas podem e devem ser vividas a partir da singularidade de cada
um, apontando a equidade entre os sexos. Pretende-se desenvolver essa análise
crítica sobre as Relações de Gênero através da Música, da Dança e do Teatro
(Programa Mais Educação) e também mediante a textura, as Relações Étnico
Raciais, ao conhecimento da História e Cultura Afro Brasileira e Africana, a pintura, a
gravura, a colagem, a fotografia e a escultura.
Prevenção ao uso indevido de drogas
Nem sempre é fácil reconhecer a melhor maneira de atuar junto aos alunos
para ajudá-los a ter atitudes conscientes e evitar o risco do Uso Indevido de Drogas.
Algumas posturas e tipos de atividades têm mais possibilidade de eficácia,
por exemplo: Conhecer o que os alunos pensam; considerar a realidade do aluno;
incentivar a reflexão, desenvolver o autoconhecimento; estimular a construção do
conhecimento; estimular a expressão de sentimentos e opiniões; apresentar
conceitos realistas e não preconceituosos; desenvolver o tema “droga” integrado aos
conteúdos pedagógicos; Estimular o interesse do aluno e o senso crítico.
História do Paraná, cultura afro-brasileira e relações étnicas raciais.
A Educação das Relações Étnica Raciais tem por objetivo a divulgação e
produção de conhecimentos, assim como de atitudes, posturas e valores que
preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha entre todos, sem as
barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e discriminações
que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial sobre outro, de um
povo sobre outro.
O ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana tem por objetivo o
reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros,
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172
bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes
africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias e asiáticas.
Como trabalhar esses temas transversais em arte?
Identificar, analisar e refletir sobre a presença de elementos e rituais das
culturas de matriz africana nas manifestações populares brasileiras: puxada de rede,
maculelê, capoeira, congada, maracatu, tambor de crioulo, samba de roda,
umbigada, carimbó, coco etc.
Identificar, analisar e refletir sobre as danças de natureza religiosa
(candomblé); lúdica (brincadeira de roda); funerária (axexê); guerreira (congada);
dramática (maracatu) e profana (jango). Analisar a contribuição artística da cultura
africana na formação da Música Popular Brasileira: origem do batuque, do lundu e
do samba, entre outros.
Relacionar a cultura africana e afro-brasileira e sua contribuição nas artes
plásticas: Máscaras, esculturas (argila, madeira, metal); ornamentos; tapeçaria;
tecelagem; pintura corporal; estamparia etc.
Educação Fiscal
A Educação fiscal refere-se ao uso indevido de imagens, obras de arte,
músicas, vídeos, textos sem a devida autorização do autor, desrespeitando a lei
referente aos direitos autorais. É necessário ter esse cuidado ao estudar as obras de
arte e artistas.
3.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE ARTE
A ampliação do saber artístico, sistematizado e construído ao longo do tempo
na forma de História da Arte, é indispensável tanto na formação dos sentidos
estéticos, quanto na compreensão dos modos de composição artística. Nossos
esforços devem se concentrar na sistematização dos princípios metodológicos
necessários para este ensino.
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A metodologia que dá base aos conteúdos deve ter como princípio, o
pressuposto que a formação estética dos sentidos se dá em conjunto com o domínio
deste saber estético. Sabemos que a arte (visuais, música teatro e dança) é a
atividade mais antiga do homem.
A organização dos conteúdos trabalhados em Arte em temas geradores, eixos
temáticos, projetos ou a própria metodologia triangular – associada ao uso do vídeo
ou não, nos permite contextualizar os conteúdos historicamente e socialmente
construído. As técnicas, os diferentes materiais (caderno, sulfite, tinta, lápis de cor,
giz de cera, entre outros) e recursos (retroprojetor, computador, internet, livro
didático, revista, DVD, aparelho de som, etc.), estão a serviço desta compreensão e
contextualização desses conteúdos.
A Arte expressa a realidade, analisa e interpreta criticamente. Seja qual
metodologia empregada, permite que o aluno conheça, analise, interprete e
compreenda, possibilitando a leitura e a expressão artística do aluno sobre o que foi
observado, analisado, contextualizado e interpretado. É justamente a formação dos
sentidos humanos que se põe como tarefa do ensino da Arte. As metodologias (seus
materiais e recursos) nos auxiliam neste aprendizado.
3.4 AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de arte apresenta duas funções: a diagnóstica
(debates, seminários, etc.) e a direta (pesquisas, trabalhos práticos e provas). Na
função diagnóstica, a qual é processual, contínua, permanente e cumulativa, têm-se
como ponto de partida os conhecimentos artísticos construídos historicamente pelo
homem e expressos na escola como conteúdos artísticos. Já como ponto de
chegada, está a apreensão destes conteúdos pelos alunos a partir da
sistematização e mediação pelo professor na relação ensino-aprendizagem. Na
função diretiva, a avaliação baseia-se na reflexão e no questionamento da práxis
artística que foi desenvolvida no encaminhamento metodológico pelo professor.
Desta forma, além de ensinar, também cabe ao docente avaliar o ensinar e o
aprender durante o processo de desenvolvimento do trabalho pedagógico da
disciplina arte, tornando consciente ao aluno o que foi aprendido e ao professor o
que foi ensinado.
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A Arte como conhecimento humano, situa-se no âmbito sensível cognitivo.
Por meio das próprias experiências e práticas do educando, dentro e fora da sala de
aula, determinando ao professor o papel de mediador da aprendizagem.
No caso da Arte, especificamente, avaliar não é atribuir notas, classificar,
aprovar ou reprovar. A avaliação está estreitamente vinculada aos objetivos do que
está sendo ensinado e não pode se guiar por critérios de avaliação rígidos e
tradicionais.
Ao professor cabe conciliar o objetivo mais amplo de Arte (analisar e
compreender arte como manifestação das determinações históricas, sociais e
econômicas, estimular a fruição artística, a produção e a reflexão), às técnicas
variadas, com a estrutura educacional da escola, com a realidade que a cerca e a
contextualização dos conteúdos, diagnosticando resultados e revendo a avaliação
se preciso for.
Alguns critérios são estabelecidos para que possamos saber avaliar e
analisar, se os objetivos dos conteúdos da disciplina estão sendo atingidos pelos
alunos a partir das técnicas realizadas, temas abordados e estratégias usadas
durante o ano.
3.4.1 Critérios para a avaliação
Representa e reconhecem palavras, símbolos, desenhos, letras, sons e
imagens com clareza, criatividade e fidelidade às ideias, sem perder o que é
essencial nos elementos representados; Reconhece e representam com clareza,
criatividade e fidelidade, os elementos representados; Percebe o significado das
representações artísticas na dimensão tempo e espaço, de modo coerente e lógico;
Elabora um pensamento artístico crítico, próprio, a fim de ampliar seu conhecimento
de forma organizada; Entende e interagir e transforma uma obra de arte, a partir dos
diálogos em sala e os conteúdos presentes na obra; Comunica-se por meio de
atividades artísticas realizadas com iniciativas pessoais e espontâneas, buscando o
desenvolvimento da sua criatividade e expressão com isso atenuar sua tendência
inibidora; Estabelece comparações entre os eixos norteadores de Arte com objetos,
signos e significados, nas obras de arte, produções próprias, coletivas e imagens
que o cercam; Consegue relacionar fatos/ artistas/ observador, por meio de
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representações críticas em espaços e tempos diversos; Memoriza, identifica,
seleciona e observa com concentração e atenção a fim de que possa repetir e
organizam fatos, situações, imagens, sons entre outros; Aprende ouvir, ver, sentir,
com o pensamento crítico, relacionando o subjetivo com o objetivo, diante dos
estímulos que virão sensíveis às mudanças no decorrer de sua vida; Aprende
teorizar, sentir e perceber o trabalho artístico; Reconhece e caracteriza elementos
que compõem os eixos norteadores em Arte, entre outras áreas do conhecimento;
Transfere o conhecimento adquirido nas aulas às atividades propostas, com
satisfação, interpretação e estímulo; Percebe que o belo em Arte não é sinônimo,
mas sim atributo e que conceitos de beleza variam com as culturas e tempos, e a
arte é expressão de ideias; Ter em mente que o processo de criar e a atividade
artística são o equilíbrio entre emoção e a razão, e que o indivíduo é um ser capaz
de criar e não apenas imitar; Argumenta e expõe suas ideias de modo crítico e claro
na escrita, na oralidade e nas produções artísticas; Desenvolve a capacidade de
observar, identificar e selecionar, com atenção e concentração, repetindo e
organizando fatos e situações, imagens e sons; Desenvolve a capacidade de
compreender e analisar fatos ou situações de modo coerente e lógico; Desenvolve a
capacidade de ver, ouvir, sentir, ou seja, aprender pelos sentidos; Sabe evidenciar
semelhanças e diferenças nas relações com os objetos, signos e significados nas
obras de arte, bem como nas produções artísticas próprias, coletivas e nas imagens
que os cercam; Descreve as características de elementos isolados ou em conjunto,
em situações, objetos e paisagens; Sabe relacionar artista/ fato/ época, criando
significado nesta relação; Sabe sequenciar com lógica os fatos pela sua importância
histórica, no contexto em que se apresenta; Contextualiza diferentes formas de
externar sentimentos através do som e seus elementos; Reconhece os diferentes
períodos musicais, relacionando-os com o seu bela-dia a e sua importância histórica;
Desenvolve a linguagem corporal por meio da coreografia; Idealiza a dança como
forma de comunicação e expressão e como forma de organização de movimentos,
não precisando ser especificamente em forma de coreografia; Adquire desenvoltura
para encenar peças teatrais; Conhece uma peça teatral e os elementos que a
compõem – cenário, iluminação, diretor, ator, atriz, entre outros; suas funções e
importância na peça encenada.
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REFERÊNCIAS
AQUINO, J. G. (Org.). Drogas na escola. São Paulo: Summus Editorial, 1998.
BARRETO, Débora. Dança..., ensino, sentidos e possibilidades na escola, São
Paulo: Autores Associados, 2005.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
BOUER, J. Álcool, cigarro e drogas. São Paulo: Panda, 2004.
CARDOSO, Marcos. O movimento negro. Minas Gerais: Mazza Edições Ltda.,
2002.
CUNHA SOUZA, Marina de Mello e. África e Brasil Africano. São Paulo: Ática,
2006.
Curso de prevenção do uso de drogas para educadores de escolas
públicas/Secretaria Nacional Antidrogas. Ministério da Educação: Brasília, 2008.
FERRAZ, M., FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de arte. 2ª ed. São Paulo:
Cortez, 1993.
GOMBRICH,E. H.. A História da Arte. São Paulo. Ed. LTC. 2000.
HANSEBALG, Ricardo. Raça e gênero nos sistemas de ensino: os limites das
políticas universalistas na educação. Brasília, 2002.
JAPIASSU, R. Metodologia do ensino de teatro. São Paulo: Papirus, 2001.
JEANDOT, Nicole. Explorando o Universo da Música São Paulo. Ed. Scipione,
1990.
KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 2001.
LIMA, Heloísa Pires. Orgulho da raça. Rio de Janeiro: Memórias Futuras, 1995.
MARQUES, Izabel A., Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação
básica: Arte. Curitiba SEED, 2008.
PROENÇA, Graça. A História da Arte. São Paulo. Ed. Ática.
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4 DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
4.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE
CIÊNCIAS
A Educação Fundamental, no Estado do Paraná, de acordo com suas
Diretrizes Curriculares e de acordo com as discussões realizadas com os
professores da rede pública estadual de ensino, apresenta os fundamentos teóricos,
metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências, que norteiam a elaboração desta
proposta curricular.
Partimos do pressuposto de que a Ciência não se constitui numa verdade
absoluta, pronta e acabada; é indispensável rever o processo de ensino /
aprendizagem de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional
de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem
as devidas investigações e reflexões, seja superado por um modelo que desenvolva
a capacidade dos educandos de buscar explicações científicas para os fatos,
através de posturas críticas e analíticas, baseadas no conhecimento científico.
Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de
Ciências é a tomada histórica e epistemológica das origens e evolução do
pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o
significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem
própria e da cultura científica e tecnológica que advém desse processo.
Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da história
podem ser entendidos pela interação de várias áreas do conhecimento, revelando a
importância da Química, da Física, da Biologia, da Astronomia, da Ecologia e das
Geociências, que se completam para explicar os fenômenos naturais e as
transformações e interações que neles se apresentam.
Nessa perspectiva, a disciplina de Ciências tem como fundamento o
conhecimento científico proveniente da Ciência construída historicamente pela
humanidade.
Considerações acerca da História da Ciência
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A historicidade da Ciência está ligada não somente ao conhecimento científico é
produzido, as tradições de pesquisa que produzem e as instituições que as apoiam.
(KNELLER, 1980)
Segundo Gaston Bachelard (1884 – 1962), existem três grandes períodos de
desenvolvimento do conhecimento científico:
O primeiro período que representa o estado pré-científico, compreenderia
tanto a Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas
buscas, como os séculos XVI, XVII, e até XVIII. O segundo período, que representa
os estado científico, em preparação no fim do século XVIII, se estenderia por todo o
século XIX e início do século XX. Em terceiro lugar, consideraríamos o ano de 1905
como o início da era do novo espírito científico, momento em que a Relatividade e
Einsten deformam conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre.
(BACHELARD, 1996, p. 09).
4.1.1 O Ensino de Ciências no Brasil
Até a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, 1961, só se
ensinava Ciências Naturais nas duas últimas séries do então chamado curso
ginasial, sendo obrigatório o ensino da disciplina em todas as séries ginasiais. Mas
só a partir da Lei 5692/71, o ensino de Ciências tinha um caráter transmissivo,
conteudista, com o predomínio das aulas expositivas. O conhecimento científico era
considerado um saber neutro e a verdade científica tida como inquestionável. O
principal recurso de estudo era o questionário, que deveria ser respondido,
memorizado e repetido nas avaliações.
Com o movimento da Escola Nova, passou-se a valorizar também os
aspectos psicológicos e a participação ativa do estudante no processo de
aprendizagem, o que resultou numa preocupação em desenvolver atividades
práticas. Aos objetivos informativos, foram acrescidos objetivos formativos. A
intenção fundamental do ensino de Ciências era dar condições para o aluno
vivenciar o que se denominava método científico, representadas na escola, pelo
método da redescoberta. Criou-se, nos meios educacionais, certa confusão entre os
métodos de se fazer Ciência e os para ensinar Ciências.
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É fácil concluir que essas mudanças não atingiram a maioria das escolas,
muitas das quais não possuem até hoje, um laboratório ou uma estrutura que
permita a execução de atividades experimentais. E ainda há professores que
acreditam que só é possível um ensino de Ciências com o uso de laboratórios. Mas
houve uma mudança de perspectiva, de considerar a participação do aluno não
apenas individualmente, mas trabalhando em grupos, além da introdução de novos
conteúdos têm sido, desde então, acrescido aos currículos de Ciências.
Outras mudanças importantes, identificadas na década de 80, continuam
presentes nos dias atuais, como o resgate de ideias humanistas e a nova
importância atribuída a História e à Filosofia da Ciência, no processo educacional. A
Ciência passa a ser vista como uma construção humana e não como a detentora da
verdade.
Pesquisas atuais em ensino de Ciências trazem novas contribuições para
essa disciplina e apontam a importância dos conhecimentos prévios dos alunos no
processo de elaboração do conhecimento científico. Por isso, não é mais sensato
pensar que o aluno “não sabe nada” dos conteúdos que pretendemos ensinar.
Esses conhecimentos, desenvolvidos pelos alunos, independentemente do ensino
escolar, são, muitas vezes, conflitantes com os conhecimentos científicos que a
escola deseja ensinar e podem até representar obstáculos à aprendizagem. O que
não podemos é ignorá-los, pois a aprendizagem do novo depende da mobilização
desses conhecimentos prévios, para que eles possam ser confrontados com outras
formas de explicação e modificados.
O ensino de Ciências tem, assim, o desafio de contribuir com a educação do
jovem e do cidadão, em um momento de mudanças e incertezas, e a necessidade
de resgatar valores importantes e priorizar novas atitudes condizentes com os
desafios da sociedade contemporânea.
A partir de 2003 iniciou-se uma reformulação na política educacional do nosso
Estado: o resgate da função social da escola e o trabalho pedagógico com os
conteúdos específicos das disciplinas escolares. As novas Diretrizes Curriculares da
Educação Básica incentivam a formação continuada do professor e dar-lhe acesso à
fundamentação teórico – prática, para que tenham subsídios consistentes e úteis ao
cotidiano.
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4.1.2 Objeto de Estudo:
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o “conhecimento
científico” que resulta da investigação da “natureza”.
4.1.3 Objetivos Gerais da Disciplina:
Compreender a natureza como um todo dinâmico e o ser humano, em
sociedade, como agente de transformações do mundo em que vive em relação
essencial com os de mais seres vivos e outros componentes do ambiente.
Compreender a Ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica,
política e cultural.
4.2 - CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS
4.2.1 Conteúdos Estruturantes
I - Astronomia
II - Matéria
III - Sistemas Biológicos
IV - Energia
V - Biodiversidade
4.2.2 Conteúdos Básicos
I - Astronomia
Universo;
Sistema solar;
Movimentos terrestres;
Movimentos celestes;
Astros;
Origem e evolução do universo;
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Gravitação universal.
II - Matéria
Constituição da matéria;
Matéria: água;
Matéria: Ar;
Propriedades da matéria.
III - Sistemas Biológicos
Níveis de organização;
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos;
Mecanismos de herança genética.
IV - Energia
Formas de energia;
Conversão de energia;
Transmissão de energia;
Conservação de energia.
V - Biodiversidade
Organização dos seres vivos;
Sistemática;
Ecossistemas;
Interações ecológicas
Origem da vida;
Evolução dos seres vivos;
4.2.3 – Conteúdos Específicos
6º Ano
Universo:
Origem e evolução do universo;
Fenômenos naturais e astronomia;
Astronomia – histórico
Instrumentos astronômicos.
Sistema solar:
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Organização do sistema solar;
A terra no sistema solar;
Teorias: geocêntrica e heliocêntrica.
Movimentos terrestres:
Movimentos celestes:
Movimento de rotação;
Movimento de translação.
Astros:
Estrelas;
Planetas;
Satélites;
Cometas;
Asteroides;
Meteoros.
Constituição da matéria:
Estrutura da terra vulcões, terremotos, tsunamis, etc...;
Matéria: Solo; queimadas, desmatamento; agricultura; poluição do solo; lixo; lixo
tóxico; lixo biodegradável; compostagem; coleta seletiva; reservas ambientais –
preservação.
Matéria: Água; poluição da água; tratamento da água; tratamento de esgotos;
conservação da mata ciliar; conservação de aquíferos e nascentes.
Matéria: Ar; atmosfera terrestre – composição; importância; aquecimento global;
poluição do ar; efeito estufa – causas e consequências; camada de ozônio.
Níveis de organização celular:
Célula, tecido, órgãos, sistemas, organismo;
Unicelulares e pluricelulares;
Autótrofos e heterótrofos;
Constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos;
Prevenção ao uso indevido de drogas (desafios educacionais contemporâneos);
Educação sexual e prevenção à AIDS (desafios educacionais contemporâneos).
Formas de energia:
Fontes e transformações;
Mecânica;
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Luminosa;
Nuclear.
Conversão de energia:
Energia e ciclos de matéria.
Transmissão de energia:
Irradiação;
Convecção;
Condução.
Organização dos seres vivos:
Características gerais;
Teoria celular;
Classificação.
Ecossistemas:
Espécie, população, comunidade, ecossistemas.
Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente (desafios educacionais
contemporâneos);
História e cultura afro brasileira e indígena (desafios educacionais contemporâneos);
Educação ambiental (desafios educacionais contemporâneos);
Evolução:
Extinção de espécies;
Fosseis combustíveis;
Diversidade da flora e fauna.
7º Ano
Astros:
Sol;
Lua;
Terra.
Movimentos terrestres:
A terra como referência;
Dias e noites;
Estações do ano.
Movimentos celestes:
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Movimentos aparentes do céu;
Constelações; Orientação; Regiões do céu;
Eclipses.
Constituição da matéria:
Constituição da terra primitiva;
Constituição da atmosfera primitiva;
Elementos químicos essenciais à vida;
Estrutura química da célula.
Célula:
Constituição da célula;
Diferenças entre os tipos celulares;
Mecanismos celulares;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos:
Relações entre órgãos e sistemas animais e vegetais;
Prevenção ao uso indevido de drogas (desafios educacionais contemporâneos);
Educação sexual e prevenção à AIDS (desafios educacionais contemporâneos).
Formas de energia:
Energia luminosa / seres vivos;
Luz, cores, radiação;
Calor, energia térmica / seres vivos.
Transmissão de energia:
Sistemas endotérmicos e ectotérmicos;
Fotossíntese: autótrofos e heterótrofos.
Origem da vida:
Condições na terra primitiva;
Teorias mais aceitas;
Geração espontânea X biogênese.
Organização dos seres vivos:
Biodiversidade; cadeia alimentar;
Relações entre os seres;
Ecossistemas, sucessões ecológicas;
Processos evolutivos;
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Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente (desafios educacionais
contemporâneos);
História e cultura afro brasileira e indígena (desafios educacionais contemporâneos);
Educação ambiental (desafios educacionais contemporâneos);
Sistemática:
Classificação dos seres vivos;
Categorias taxonômicas;
Filogenia.
8º Ano
Origem e evolução do universo:
Estudo dos modelos científicos;
Teoria sobre a evolução do universo;
Classificação cosmológica: galáxias, aglomerados, nebulosas, buracos negros;
Lei de Hubble; Idade do universo; Escala do universo.
Constituição da matéria:
Estrutura da matéria;
Modelos atômicos – histórico;
Modelo atômico atual;
Átomo; Íons; Elementos químicos; Substâncias;
Ligações químicas; Reações químicas;
Lei da conservação da massa;
Compostos orgânicos / Seres vivos;
Prevenção ao uso indevido de drogas.
Célula:
Constituição dos organismos vivos;
Mecanismos celulares – estrutura – funções celulares;
Morfologia e fisiologia dos seres vivos:
Estrutura e funcionamento dos tecidos;
Sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário;
Educação sexual e prevenção à AIDS (desafios educacionais contemporâneos).
Formas de energia:
Energia química: fontes, transmissão, armazenamento;
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Relação energia química / célula – ATP e ADP;
Energia mecânica: fontes, transmissão e armazenamento;
Energia nuclear: fontes, transmissão e armazenamento;
Educação ambiental (desafios educacionais contemporâneos).
Evolução dos seres vivos:
Teorias evolutivas:
Lamarck;
Darwin;
Neo Darwinismo.
9º Ano
Astros:
As órbitas dos planetas;
Leis de Kepler.
Gravitação universal:
Leis de Newton – força da gravidade;
Marés;
Queda dos corpos: massa / peso;
Matéria:
Propriedades gerais – massa, volume, densidade;
Propriedades específicas;
Propriedades organolépticas;.
Morfologia e fisiologia dos seres vivos:
Sistemas: nervoso, sensorial, reprodutor, endócrino;
Prevenção só uso indevido de drogas.
Mecanismos de herança genética:
Cromossomos: genes;
Divisões celulares: mitose e meiose;
Formação de gametas;
Educação sexual e prevenção à AIDS (desafios educacionais contemporâneos).
Formas de energia:
Movimento, deslocamento, velocidade, aceleração;
Trabalho – conceito – potência;
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Energia elétrica e magnetismo;
Conservação da energia:
Sistemas de conversores de energia;
Fontes de energia – Lei da conservação de energia;
Sistemas conservativos.
Interações ecológicas:
Ciclos biogeoquímicos;
Relações interespecíficas;
Relações intraespecíficas;
Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente (desafios educacionais
contemporâneos);
História e cultura Afro Brasileira e Indígena (desafios educacionais
contemporâneos).
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ENSINO FUNDAMENTAL: 6ºANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS
BÁSICOS AVALIAÇÃO
ASTRONOMIA
Universo Sistema solar Movimentos terrestres Movimentos celestes Astros
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: • O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza. • O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, cometas, asteroides, meteoros e meteoritos. • O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e heliocêntricas. • A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do sistema solar. • O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações, como fenômenos da natureza. • A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo. • O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no planeta Terra. • O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo integrado. • O reconhecimento das características gerais dos seres vivos. • A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo explicativo da constituição dos organismos. • O conhecimento dos níveis de organização celular. . • A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas formas de manifestação. • O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra. • A interpretação do conceito de transmissão de energia. • O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica, luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de irradiação, convecção e condução. • O entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na natureza. • O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação. • A distinção entre ecossistema, comunidade e população. • O conhecimento a respeito da extinção de espécies. • O entendimento a respeito da formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea de energia não renovável. • A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos e catástrofes naturais e sua relação com os seres vivos.
MATÉRIA
Constituição da
matéria.
SISTEMAS
BIOLÓGICOS
Níveis de
organização celular.
ENERGIA
Formas de energia
Conversão de energia Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Organização dos seres vivos Ecossistema Evolução dos seres vivos (Gênero e diversidade sexual, Prevenção ao uso indevido das drogas)
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ENSINO FUNDAMENTAL: 7º ANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS
BÁSICOS AVALIAÇÃO
ASTRONOMIA
Astros Movimentos terrestres Movimentos celeste
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: • A compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra. • A comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra. • O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações. • O entendimento da composição físico-química do Sol e a respeito da produção de energia solar. • O entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da vida. • A compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes essenciais ao surgimento da vida. • O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula. • O conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os tipos celulares. • A compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de energia na célula. • As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do entendimento dos mecanismos celulares. • O entendimento do conceito de energia luminosa. • O entendimento da relação entre a energia luminosa solar e sua importância para com os seres vivos. • A identificação dos fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infravermelha. • O entendimento do conceito de calor com energia térmica e suas relações com sistemas endotérmicos e ectotérmicos. • O entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações como os seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos. • O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos, de categorias taxonômicas, filogenia. • O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres autótrofos e heterótrofos. • O conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias sobre a origem da vida, geração espontânea e biogênese.
MATÉRIA
Constituição da matéria.
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
Formas de energia Transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
Origem da vida
Organização dos seres vivos Sistemática
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ENSINO FUNDAMENTAL: 8ºANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS
BÁSICOS AVALIAÇÃO
ASTRONOMIA
Origem e evolução do Universo
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: • A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo. • As relações entre as teorias e sua evolução histórica. • A diferenciação das teorias que consideram um universo inflacionário e teorias que consideram o universo cíclico. • O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica (galáxias, aglomerados, nebulosas, buracos negros, lei de Hubble, idade do Universo, escala do Universo). • O conhecimento sobre o conceito de matéria e sua constituição, com base nos modelos atômicos. • O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas, reações químicas. • O conhecimento das leis da conservação da massa. • O conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos organismos vivos. • Os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções celulares. • O conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos. • O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular, respiratório, excretor e urinário. • Os fundamentos da energia química e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. • A relação dos fundamentos da energia química com a célula (ATP e ADP). • O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. • O entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modos de transmissão e armazenamento. • O entendimento das teorias evolutivas.
MATÉRIA Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Célula Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA Formas de energia
BIODIVERSIDADE Evolução dos seres vivos
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ENSINO FUNDAMENTAL: 9ºANO
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS
BÁSICOS AVALIAÇÃO
ASTRONOMIA
Astros Gravitação universal
O professor de Ciências precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de investigar a aprendizagem significativa sobre: • O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas. • O entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal. • A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés. • A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor. • A compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso, sensorial, reprodutor e endócrino. • O entendimento dos mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes, os processos de mitose e meiose. • A compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua relação com a Lei da conservação da energia. • As relações entre sistemas conservativos. •O entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência. • O entendimento do conceito de energia elétrica e sua relação com o magnetismo. • O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.
MATÉRIA
Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
Morfologia e fisiologia dos seres vivos Mecanismos de herança genética (Gênero e diversidade sexual
ENERGIA Formas de energia Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
Interações ecológicas (Educação Ambiental)
4.2.4 Desafios educacionais contemporâneos e a diversidade
As relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes (relações
conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a
outras disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos
científicos e as questões sociais (Enfrentamento a violência contra a criança e
adolescente, prevenção ao uso indevido de drogas), tecnológicas, políticas (lei
9799/95 – lei Ambiental, Educação Fiscal), culturais (Lei 39/03 – História e cultura
afro-brasileira) e éticas se fundamentam e se constituem em importantes
abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos
contextos que permeia os conceitos científicos escolares e gera a
interdisciplinaridade.
Educação Ambiental – Lei 9799/95
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No ano de 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que
evidencia a dimensão ambiental na educação escolar, isso na amplitude dos
processos formativos do cidadão e na introdução de novos temas, considerando as
inter-relações decorrentes dos processos sociais, culturais e ambientais. Pode-se
dizer que, em decorrência dessa legislação, em 1997 são aprovados os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCNS) pelo MEC, os quais definiram os temas transversais,
como: saúde, ética, orientação sexual, pluralidade cultural e meio ambiente os quais
devem ser inseridos em todas as áreas do conhecimento no ensino fundamental e
médio. Após a publicação da Política Nacional de Educação Ambiental, Lei nº
9795/99, impulsionando assim cada vez mais a educação ambiental no país, após
sua regulamentação em 2002 e também do gestor da Política Nacional de Educação
Ambiental. Desta forma, a presente proposta pedagógica de Ciências, terá como
pressupostos teóricos metodológicos e interdisciplinares os seguintes temas: O
aquecimento global e suas consequências para os seres humanos; A educação
ambiental e sustentabilidade; Agenda 21: escolar, local, Paraná, brasileira e Global;
etc.
Estatuto do Idoso – Lei 10.741/2003
A Lei 10.741, de 03 de outubro de 2003, dispõe sobre a instituição do Estatuto
do Idoso, assegurando os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, e atribuindo à família, à comunidade, à sociedade e ao Poder
Público, o dever de efetivar, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (art. 3º).
A Política Nacional do Idoso foi instituída em 1994, em âmbito nacional, e em
1997, com a Lei Estadual nº 11.863, de 03 de outubro de 1997, o estado do Paraná
consolida a sua Política Estadual do Idoso. Em ambas as leis são delegadas
atribuições para a educação, o que foi mantido também no Estatuto do Idoso de
2003, com a mesma redação para a tarefa educacional, em seu Artigo 22, que
determina:
"Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria."
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Nesse sentido, é importante ressaltar que o Estado do Paraná assume uma
organização disciplinar do currículo, entendendo que a escola é um espaço
democrático de socialização do conhecimento e que, os professores, ao
organizarem o trabalho pedagógico, devem fazê-lo “a partir dos conteúdos
estruturantes de sua disciplina” (DCE, 2008, p. 27).
A disciplina de Ciências poderá trabalhar as formas de educar para prevenir
grande parte das doenças degenerativas e o conhecimento dos diferentes
tratamentos médicos, a fim de retardar o avanço de algumas doenças; da
sustentabilidade do planeta e a relação com o conceito de saúde; da reação de
nosso sistema imunológico exposto à poluição, que afeta de maneira mais cruel
crianças e pessoas idosas; do desenvolvimento de novas vacinas e medicamentos,
a partir da manipulação genética; da preservação da saúde na velhice, determinada
pela alimentação balanceada e pela adoção de correto estilo de vida, ou seja,
aquele que atua a favor do organismo humano; o ciclo vital com seu processo
biológico que desencadeia o envelhecimento, de características e necessidades
diferenciadas, finalizando com morte; focalizar os fatores que estão determinando a
morte do gênero masculino muito antes que as mulheres e quais as prevenções
possíveis.
Relações de Gênero e Diversidade Sexual
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS), a pluralidade
cultural e orientação sexual (página 144), a discussão sobre as relações tem como
objetivo combater relações autoritárias, questionar a rigidez dos padrões de conduta
estabelecida para homens e mulheres e apontar para sua transformação no âmbito
familiar, escolar e social.
Em Ciências a flexibilização dos padrões visa permitir o acesso a textos,
imagens e debates, possibilita ao aluno a reflexão sobre gênero e diversidade
sexual.
Portanto, as diferenças não devem ficar aprisionadas em padrões
preestabelecidos, mas podem e devem ser vivenciadas de acordo com a
singularidade de cada um, apontando a equidade entre os sexos. Pretende-se
desenvolver essas análises críticas sobre as Relações de Gênero através de textos,
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livros, artigos que abordem o tema, crônicas, reportagens de textos publicados em
jornais, revistas, periódicos e as Relações Étnico Raciais, através de pesquisas
extracurriculares, filmes, promover seminários, etc.
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
Pode-se dizer que nem sempre é fácil reconhecer a melhor maneira de atuar
junto aos educandos a fim de ajudá-los a ter atitudes conscientes e assim evitar os
riscos do Uso Indevido de Drogas.
Desta forma algumas posturas e tipos de atividades Têm mais possibilidade
de eficácia como exemplos pode-se citar: conhecer a realidade dos alunos, dialogar,
incentivar a reflexão; desenvolver o autoconhecimento; estimular a construção do
conhecimento, estimular o educando a fazer uso das diferentes linguagens,
adequando o seu discurso, apresentar conceitos realistas e não preconceituosos;
desenvolver o tema “droga” integrado aos conteúdos pedagógicos. Estimulando
sobremaneira o interesse dos alunos e o senso crítico destes.
Em Ciências podem-se trabalhar com textos, imagens e dados sobre a
influência das drogas no sistema nervoso central dos seres humanos dentro do
conteúdo básico morfologia e fisiologia dos seres vivos, para subsidiar os debates e
seminários sobre o tema acima elencado.
Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente
A capacidade de gerar uma conceituação como essa é algo próprio da
sociedade moderna em que a infância e a juventude se tornaram sujeitos de direito
em vários países do mundo, acompanhando um movimento de reconhecimento de
cidadania desse grupo social, consagrado em convenções internacionais. O Brasil é
parte dessa dinâmica social inclusiva. A consciência moral da humanidade que fez
chegar a definições que condenam a violência contra crianças e adolescentes é a
mesma que vem construindo e é construída por movimentos sociais pela cidadania,
envolvendo reivindicações ativas de múltiplos sujeitos coletivos e grupos sociais
específicos, desde o final do século XVIII.
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A violência contra crianças e adolescentes acompanha a trajetória da
humanidade desde os tempos antigos até o presente. É, portanto, uma forma
secular de relacionamento das sociedades, variando em expressões e explicações.
Sua superação se faz pela construção histórica que “desnaturaliza” a cultura
adulta Centrica, dominadora e patriarcal da sociedade brasileira. Esse tipo de
violência pode ser definido como: atos ou omissões dos pais, parentes,
responsáveis, instituições e, em última instância, da sociedade em geral, que
redundem em dano físico, emocional, sexual e moral às vítimas, seres em formação
(BRASIL, 2001; ASSIS; GUERRA, 1996; DESLANDES, 1994; ASSIS, 1994). Não
podemos nos esquecer do artigo 227 da Constituição Federal de 1988 e na sua
regulamentação pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei 8.069/90, que
traduz a determinação política dos princípios da doutrina de proteção.
A partir dessa pequena introdução sobre o assunto, entendemos que o
educando necessita conhecer os seus direitos através da ECA e pode ser abordada
através dos sistemas biológicos.
4.3 - METODOLOGIA DA DISCIPLINA
'
Visando um bom desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, torna-
se necessário distinguir os campos de atuação da Ciência, seus contextos e valores,
como também, os objetivos dispensados à disciplina de Ciências no contexto
escolar. Para tanto, deve-se reconhecer que a Ciência é diferente da disciplina
escolar Ciências. A Ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e
posturas. Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o
desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro
conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados, aliás
planejados, para que o estudante possa entender o que é conhecido. A Ciência sabe
como procurar mas não conhece resultados de antemão. O ensino, ao contrário,
conhece muito bem quais são os objetivos a encontrar, mas as discussões de como
proceder para alcançá-los apontam para diferentes caminhos. Existe, portanto uma
diferença fundamental entre a comunicação de conhecimento em congressos
científicos, entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse
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conhecimento para ser utilizado na escola por professores e alunos. (BIZZO, 2002,
p. 14)
De acordo com o senso geral, ensinamos Ciências, para formar um cidadão
crítico e participante da sociedade, ciente de seus direitos a uma vida saudável e
seus deveres para tornar saudável também a vida dos outros e o ambiente. Para
atingir esse objetivo, não basta que os alunos apenas se apropriem dos
conhecimentos; eles precisam aprender a usá-los. Por isso, consideramos que
ensinar Ciências é inquietar o aluno, desafiá-lo a refletir sobre suas representações
do mundo e, a partir delas, chegar aos conhecimentos científicos. Queremos
estimulá-lo a ser um eterno “questionador”, sentido de querer aprender.
O ensino de Ciências não deve apresentar respostas prontas e bem
articuladas a perguntas pré-concebidas, ele deve acontecer por meio de atividades
que problematizem e desafiem o aluno, conduzindo-o na construção do
conhecimento científico. Este deve ser apresentado ao aluno como uma linguagem
que lhe possibilitará interagir de maneira viva, “profunda”, com o ambiente e o
mundo. Enfim, pensamos o ensino da Ciência baseado em atividades que
sensibilizem, estimulem a criatividade e instiguem o espírito curioso e inventivo dos
educandos, enfocando os fenômenos mais simples do dia a dia. O que e como
ensinar Ciências O que ensinar no contexto atual? Os alunos, que agora podem ter
acesso a muitas informações interessantes com os modernos sistemas de
comunicação, muitas vezes discordam de seus professores em relação ao que é
importante saber, mostrando-se desinteressados. É uma disputa entre o “ser
interessante” e o ser “importante”. Nesse sentido, devemos trabalhar o “importante”
de uma maneira “interessante”.
Toda essa reflexão está voltada à preocupação em fazer do aluno uma
pessoa capaz de buscar conhecimentos e soluções para os diferentes momentos de
sua vida. Sabemos que, além do conteúdo da disciplina em si, eles (alunos) também
precisam aprender, por exemplo, a fazer comparações, a emitir opiniões, a
conversar com outras pessoas, a construir instrumentos, a pensar em soluções.
Também nos preocupamos em criar situações para que eles reflitam sobre seus
valores éticos, sociais e culturais.
Uma vez definidos todos os conteúdos a serem trabalhados, procuramos uma
forma de relacioná-los para promover um entendimento integral.
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Ao estudar os fenômenos da vida de forma integrada, discutimos não só as
explicações científicas, mas também as influências que esses fenômenos sofrem e
causam na natureza, na saúde dos organismos, na sociedade, na qualidade de vida,
fazendo os alunos relacionar os conhecimentos científicos ao que acontece ao redor
deles. Por exemplo: em relação ao estudo do corpo humano, não podemos nos
esquecer de que o ser humano nasce e cresce como um ser sexuado, ou seja,
dotado de sexualidade, que apresenta variações de acordo com as fases da vida
pelas quais passa. Faz parte do curso de Ciências trabalhar não só os aspectos
biológicos, mas também os culturais, psicológicos e comportamentais vinculados à
sexualidade. Assim, questões de sexualidade, bem como aquelas relacionadas ao
conceito de energia, às alterações do ambiente, aos seres vivos, às propriedades
dos materiais, às cadeias alimentares, e muitas outras, aparecem em mais de um
momento no currículo, em contextos diferentes e respeitando-se o nível cognitivo do
aluno.
Na medida em que acreditamos numa Ciência aberta, inacabada, produto da
ação dos seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e
espaço e, no estudo da disciplina de Ciências, como uma das formas de resgate e
de construção de melhores possibilidades de vidas individuais e coletivas, há que se
optar por uma metodologia de ensino e de aprendizagem adequada à realidade do
educando, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais.
4.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a
reflexão de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por
parte do educando. A verificação da aquisição deve ser ponto de partida para a
revisão e reconstrução do encaminhamento metodológico elaborado pelo educador
e percorrido pelo educando.
O ensino de Ciências deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de
educandos como de educadores, a fim de que se reflita sobre o processo de ensino
e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua
prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e
estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro
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como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam
sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando como um
exercício de aprendizagem.
Partindo da ideia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de saberes
do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o
conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre
esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e
valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos,
antes, durante e depois do processo.
A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou
classificatório, deve-se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos em
todos os seus aspectos, oportunizando lhe o acesso e a permanência no sistema
escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da comunidade
escolar, de conhecer o universo desses educandos, suas histórias de vida e suas
trajetórias no processo educativo, visto que, cada um seguirá seu próprio caminho,
dentro dos seus próprios limites. Portanto, a avaliação tem como objetivo promover
um diálogo constante entre educador e educandos, visando o êxito no processo
ensino-aprendizagem e, de modo algum, a exclusão do processo educativo.
As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, propõe formar sujeitos
que construam sentidos para o mundo, que compreendam criticamente o contexto
social e históricos de que são frutos e, que pelo acesso ao conhecimento, sejam
capazes de uma inserção cidadã e transformadora na sociedade.
A avaliação nesta perspectiva, visa contribuir para a compreensão das
dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias
para que essa aprendizagem se concretize e a escola se faça mais próxima da
comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto histórico e no espaço
onde os alunos estão inseridos.
É necessário, ainda, ampliar a avaliação para além daquilo que compõe a
atividade individual dos alunos: a avaliação de aspectos como o ambiente da aula, o
funcionamento dos pequenos grupos, as intervenções do professor, etc. Contribuem
para romper a concepção da avaliação como simples julgamento dos alunos e fazê-
los sentir que realmente se trata do acompanhamento de uma tarefa coletiva para
incidir positivamente na mesma. Isso supõe, uma nova extensão das funções de
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avaliação para que, além de instrumento de aprendizagem se transforme em um
instrumento de melhoria de ensino.
Por considerar que a avaliação deve ser um processo contínuo e se valer de
uma diversidade de instrumentos e situações, sugerimos as seguintes situações de
avaliação:
Atividades práticas
Dependendo da complexidade da atividade prática, podemos avaliar:
A participação do aluno na montagem, no acompanhamento e nas
discussões;
O relatório apresentado ao final de cada atividade prática, contendo um
resumo do experimento realizado e especificando e caracterizando
(descrevendo) cada etapa;
Desenhos gráficos, ou ilustrações que representam as principais etapas ou as
modificações ocorridas durante o processo;
O registro das discussões ou as respostas das perguntas;
A conclusão;
A proposta de novas questões de investigação;
Em todas as atividades práticas, pode-se avaliar:
O cuidado que os alunos têm com o material;
A cooperação com outros colegas;
O respeito às diferenças de opinião;
A escolha do diálogo para resolver conflitos;
Trabalhos de campo (visitas a jardins, canteiros, praça, zoológicos, reservas
ambientais, plantações, indústrias, estações de tratamento de água e esgoto,
etc...)
Em atividades como essas, podemos avaliar:
A participação dos alunos em cada etapa da atividade;
Seu comportamento durante a visita, que inclui o respeito às normas de
segurança e de preservação do meio ou de autopreservação;
A qualidade de suas observações e anotações;
Os questionamentos feitos durante a visita e os que podem orientar uma nova
investigação;
A sistematização das observações e dos dados coletados, que podem ser
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apresentados na forma de relatório;
A elaboração de cartazes, murais ou outros meios de divulgação dos
resultados do trabalho.
Entrevistas
O professor pode avaliar:
A participação do aluno nas três etapas da atividade:
-escolha da pessoa a ser entrevistada;
-a entrevista propriamente dita;
-a organização dos dados, discussão e elaboração do relatório final.
A elaboração das perguntas da entrevista;
O relatório escrito ou oral da pesquisa realizada;
A divulgação dos resultados da entrevista: exposição oral, ou relatório escrito
elaboração de jornais, cartazes e murais.
Pesquisas
Em pesquisas mais elaboradas, o professor pode avaliar:
Se o aluno utilizou mais de uma fonte de informação;
Se o aluno registrou, corretamente, as fontes pesquisadas;
Identificou-se, nas fontes, os aspectos mais relevantes e os registrou;
A originalidade do texto (elaboração de texto próprio, a partir da leitura de
outros);
A clareza do texto escrito;
A apresentação oral;
A elaboração de cartazes, jornal ou mural com os resultados da pesquisa.
Montagem e manutenção de hortas, aquários, terrários, etc...
Pode-se avaliar:
As habilidades dos alunos em montar os ambientes;
A capacidade de seguir instruções;
A capacidade de tomar decisões, propondo novas maneiras de resolver as
questões;
As observações e os registros feitos durante a experimentação;
Os questionamentos feitos, que serviram de orientação para as observações
e modificações propostas naquele e nos próximos experimentos;
Os relatórios específicos de cada atividade, utilizando esses ambientes.
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Além das situações avaliativas acima citadas, podemos valer ainda de
instrumentos mais tradicionais, sendo sempre importante explicitar a forma de
avaliação proposta, como: a auto avaliação e as provas objetivas e descritivas,
sendo sempre importante incluir questões dissertativas.
Não se verificando o aproveitamento do aluno em algumas das inúmeras
avaliações, o aluno poderá participar da recuperação de estudos, onde este terá a
oportunidade de ser novamente verificado o seu desempenho.
REFERÊNCIAS
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ciência: uma perspectiva histórica. 14. ed. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo; São
Paulo: EDUC, 2004.
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tecnologia. In: LOPES, A. C.; MACEDO, E. (Org.). Currículo de Ciências em debate.
Campinas, SP: Papirus, 2004. p. 13-44.
DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo:
Cortez, 1998.
MOREIRA, I. C. (Org.). Terra incógnita: a interface entre ciência e público. Rio
de Janeiro: UFRJ, 2005.
FERNANDES, J. A. B. Ensino de Ciências: a biologia na disciplina de Ciências.
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FOUREZ, G. A construção das Ciências: introdução à filosofia e à ética das
Ciências. 3. ed. Ujuí: Unijuí, 1995.
FREIRE-MAIA, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 2000.
FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. Ribeirão Preto: Funpec/Sociedade Brasileira
de Genética/CNPq, 1993.
GONÇALVES, F. P.; GALIAZZI, M. do C. A natureza das atividades experimentais
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licenciatura. In: MORAES, R.; MANCUSO, R. Educação em Ciências: produção de
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5 DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA
5.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO–METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física historicamente no seu contato social passou por várias
fases, a militarista, escola nova, tecnicista e atualmente a história crítica.
A Educação Física sempre esteve atrelada à valores morais, médicos e
militares, em cada época. Nesta linha de raciocínio, verificamos que a Educação
Física tem seguido por muito tempo paralelo à educação e não como parte dela,
servindo a outros objetivos e não aos relacionados dentro de uma visão histórico-
social.
Pretendemos que a Educação Física, enquanto ciência tem no corpo em
movimento e suas diferentes formas de manifestação o seu objeto de estudo, a
cultura corporal, é necessário conceituar o movimento humano, para melhor
esclarecer o papel da Educação Física na ação pedagógica. Entendemos que o
movimento humano é a expressão objetivada da consciência corporal, formada pelo
conjunto das relações que compõem uma determinada sociedade e dos saberes
sistematizado pela classe dominante sobre esta consciência corporal.
A sociedade em que vivemos tem uma concepção de corpo ainda enraizada
na concepção que surgiu a partir do século XVII, época em que forma
sistematizados os primeiros saberes sobre o corpo. Por este motivo, a síntese da
história e do conjunto de saberes sistematizado sobre ela nos traz até o dia de hoje,
numa trajetória histórica da sociedade onde o poder dominante impunha normas de
condutas corporais para efetivar a dominação: que é o corpo bonito, como se
comportar em relação a um público, que exercícios devem ser feitos para melhorar e
conservar o corpo, como ficar belo, quem tem o biótipo apropriado para
determinados esportes, etc.
Esta consciência corporal é conceituada pelo prof. Lino Castellani Filho como:
“a compreensão a respeito dos signos tatuados em nosso corpo pelos aspectos
socioculturais em momentos históricos determinados”. Isto significa que sendo o
corpo a imagem externa do próprio sujeito (genérico), ele traz as marcas
socioculturais que aconteceram em determinados momentos históricos de cada
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sociedade. Em cada momento histórico à sociedade produziu no seu bojo um
conjunto de saberes sobre o corpo. Este conjunto de saberes foi produzido no
confronto entre às classes sociais. Neste confronto um saber se torna hegemônico,
que é o saber daquela classe que exerce o domínio político e econômico da
sociedade, portanto, nossos corpos trazem as marcas dos saberes adquiridos na
dinâmica própria de cada sociedade.
Portanto, é necessário tomar como ponto de partida a concepção de corpo
que a sociedade tem produzido historicamente, levando os alunos a se situarem na
contemporaneidade, dialogando com o passado e visando o conhecimento do seu
corpo (consciência corporal). Deverá ser considerado o tipo de sociedade onde este
saber foi produzido, proporcionando-se condições de análise e reflexão para
reelaboração do seu saber e consequente reelaboração da consciência e da cultura
corporal.
A educação Física brasileira passa por um momento de fundamental
importância em sua história, onde pretendemos questionar a visão de corpo
máquina e corpo espécie humana, que é passível de adestramento, útil ao modo de
produção capitalista conforme cita a Constituição Brasileira de 1937, em seu Art.
132:
“O Estado fundará instituições ou dará o seu auxílio e proteção às fundadas por associações civis, tendo umas e outras por fim organizar para a juventude períodos de trabalho anual nos campos e oficinas, assim como promover-lhe a disciplina moral e o adestramento físico, de maneira a prepará-la ao cumprimento dos seus deveres para com a economia e a defesa da Nação”.
E seguir em direção à visão do corpo em movimento numa perspectiva
histórico crítica.
5.1.1 Objetivos da disciplina de Educação Física
1. Propiciar através de experiências e vivências do corpo e sua relação com o
movimento atrelado a um todo no contexto social e consequentemente sua
interação com o meio.
2. Oportunizar e incentivar a interação de todos os alunos nas atividades
teóricas e práticas da cultura corporal, de forma democrática e não seletiva,
visando seu aprimoramento como sujeitos ativos na sociedade.
3. Estimular formas de expressão corporal, através de prática da ginástica,
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dança, lutas, jogos e esportes.
5.2 - ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS - ENSINO FUNDAMENTAL
Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à apreensão
do desenvolvimento sócio histórico das próprias atividades corporais e à explicitação
das suas significações objetivas. Os mesmos foram estruturados de forma a garantir
aprendizagens novas e significativas, despertando o interesse e a atenção dos
educandos a consciência da necessidade de atitudes favoráveis à prática de
atividades físicas ao longo da sua vida, valorizando a cultura corporal, logo “a cultura
humana é uma cultura corporal, uma vez que o corpo realiza as intenções humanas”
(FREIRE, 2003 p. 34).
Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e práticas que
contemplem:
A relação entre o conhecimento social e escolar do educando;
A identidade e as diferenças sócio culturais dos educandos na proposição das
praticas educativas;
Ensino com base na investigação e na problematização do conhecimento;
As diferentes linguagens na medida em que se instituem como significativas
na formação do educando;
As múltiplas interações entre os diferentes saberes;
Articulação entre teoria, prática e realidade social;
Atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.
Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação do trabalho
docente por meio dos conteúdos dos eixos norteadores da ginástica, da dança, do jogo
e brincadeiras, da luta e do esporte.
Considerando o educando um sujeito histórico, a educação física deve ser
trabalhada a partir de seus pressupostos teóricos e práticos da cultura corporal em
benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida. Nesta
concepção, a Educação Física pretende propiciar ao aluno práticas que o incentivem
a interação, a percepção de si e do outro objetivando a reflexão sobre os conteúdos
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estruturantes, a consciência corporal e a formação de um cidadão crítico e reflexivo
para atuar e transformar as relações sociais.
GINÁSTICA
Os exercícios físicos originaram-se a partir da movimentação do homem pela
sua necessidade de sobrevivência. Entende-se assim, por ginástica a exercitação
individual, com ou sem uso de aparelhos onde ocorre a experimentação o de
movimentos corporais que ampliam a cultura corporal das crianças e do homem em
geral.
As formas básicas da ginástica (pular, empurrar, levantar, carregar e
estender) e as formas básicas do atletismo (caminhar, correr, saltar e arremessar)
são encontradas nos currículos brasileiros. Estas práticas têm como objetivos o
desenvolvimento das habilidades físicas, como a força, a agilidade e a destreza. A
prática da ginástica nos jogos através de experiências lúdicas, da reprodução de
situações reais levam a criança a uma nova situação imaginária.
Assim, a ginástica é trabalhada no sentido de resgatar a tradição histórica do
movimento através de ações com significados culturais, onde a criança revive e
reelabora novas formas de movimento possibilitando o domínio e a consciência
corporal.
A partir da construção da imagem corporal atingida através de vivências
múltiplas, dá-se à criança a possibilidade do conhecimento do mundo exterior, dos
objetos e das outras pessoas, com situações onde ocorram diferenças que
contrastem com o seu corpo e os seus movimentos para que ela se entenda no
espaço.
A conscientização do próprio corpo deve estar relacionada com a percepção
das necessidades básicas como: - A higiene, a nutrição e a saúde. Estes hábitos
devem ser passados aos alunos de forma simples, buscando a formação de hábitos
saudáveis para a vida toda.
Nas aulas de Educação Física, o professor poderá desenvolver, além dos
elementos fundamentais da ginástica, a Ginástica Geral, elementos da Ginástica
Rítmica, elementos da Ginástica Artística, Ginástica de Condicionamento Físico e o
Relaxamento.
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- origem da ginástica e sua mudança no tempo; diferentes tipos de ginástica;
práticas ginásticas; cultura de rua; cultura do circo; malabares, acrobacia.
- Corpo e Ginástica: como se tem visto o corpo desde os primórdios da ginástica ( a
partir da idealização dos métodos ginásticos);
- Ginástica escolar: referenciar a ginástica partindo da contextualização escolar; que
fundamentos devem expressar a prática da ginástica na escola (vivência sem
preocupação com a técnica, como exclusividade);
- Ginástica na sociedade capitalista : como a ginástica tem sido utilizada na
preparação de um novo trabalhador, a exemplo da ginástica laboral; quais objetivos,
implicações e formas desta utilização; diferentes formas desta utilização; diferentes
formas de manifestações ginásticas: de academia, circense; rítmica; artística, geral
(sempre estabelecendo relação com o cotidiano escolar).
O professor deve observar, de acordo com os objetivos da sua aula, se o
estudante:
- executa, com coordenação, os elementos fundamentais da ginástica (andar, correr,
saltar, lançar, chutar, girar, rastejar, transportar, balançar, etc.), com ou sem o uso
de materiais, com e sem deslocamentos, em diferentes posições e direções;
- mantém equilíbrio em plano elevado e inclinado, parado e em deslocamento;
- constrói, a partir das práticas vivenciadas, outras formas de movimentar-se;
- executa os movimentos básicos das várias formas da ginástica.
O professor deve levar em consideração principalmente a vivência do
movimento ginástico, e não a execução perfeita do movimento.
DANÇA
Todo o ser humano se manifesta através de sua presença física e neste
sentido o contato da pessoa com o mundo exterior se estabelece a partir da própria
realidade corporal. O corpo é o nexo entre o mundo exterior e o mundo circundante,
assim, as experiências vividas a partir do próprio corpo possibilitam uma captação
diferente do mundo, uma apreensão de conceitos que, por haverem sido
vivenciados, deixam uma impressão mais profunda que os conhecimentos
meramente racionais. Estimular e desenvolver a parte sensorial e mental do aluno
de forma equilibrada ajuda-lhe a enfrentar as exigências que as aprendizagens
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escolares supõem, mas também abrem caminho para a livre expressão, para a
criatividade e seu potencial interior e a inter-relação ativa e positiva com o outro.
A expressão corporal desenvolve a consciência de si mesmo como ser
íntegro: sensível, material e espiritual, capaz de sentir, expressar e de compartilhar
com os demais a partir de vivências corporais no espaço e por ser uma conduta
espontânea preexistente, é uma linguagem através da qual o ser humano expressa
sensações, emoções, sentimentos e pensamentos com seu corpo, integrando-o a
outras linguagens expressivas como a fala, o desenho e a escrita.
A prática pedagógica da ginástica na Educação Física tem como objetivo a
sensibilização e a conscientização de si mesmo, tanto para sua postura, atitudes,
gestos e ações cotidianas como a necessidade de exprimir, comunicar criar,
compartilhar e interagir à sociedade.
O movimento na ginástica pode ser trabalhado sobre duas perspectivas,
sendo o movimento enquanto ação funcional e atividade artística. A primeira está
integrado ao conceito da dança, sendo assim uma resposta corporal a determinadas
motivações Pensando a dança como criação pessoal baseada naquilo que todos
têm: o corpo e seus movimentos funcionais aliados à criatividade.
A segunda, a expressão corporal, desenvolve a sensibilidade, a imaginação, a
criatividade e a comunicação humanas. O aprendizado de si mesmo: o ser humano
é um ser espontâneo e põe em jogo a sua capacidade criativa, possibilitando a
transformação de sua própria espontaneidade e criatividade com o objetivo de
chegar a um maior aprofundamento e enriquecimento de sua atividade natural,
propiciando a comunicação e a interação com os outros.
O trabalho com a expressão corporal é uma atividade organizada onde a
linguagem corporal se enriquece graças a um processo de aprendizado que abrange
o âmbito da sensação, da percepção e das práticas motoras.
Durante as aulas de Educação Física, o professor poderá desenvolver a
dança por meio de seus elementos básicos, de atividades rítmicas e expressivas; de
brinquedos cantados; de cantigas de roda; de danças folclóricas; de danças
populares e de danças criativas e observar se o estudante:
- realiza os movimentos básicos da dança em diferentes planos, direções, apoios e
tempos;
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- expressa-se por meio da dança, participando de brinquedos cantados, cantigas de
roda e na criação e execução de coreografias simples;
- cria movimentos e formas de expressão em diferentes ritmos musicais;
- participa em danças simples ou adaptadas, pertencentes às manifestações
culturais;
- orienta-se no espaço, discriminando localização, direção e dimensão;
- realiza movimentos discriminando as diferentes velocidades no deslocamento.
Assim, a Educação Física escolar deve proporcionar ao estudante a possibilidade de
conhecer e de se expressar por meio da dança.
JOGOS E BRINCADEIRAS
A atual perspectiva sobre os jogos tem levado educadores a incentivar a prática
do jogo como forma de proporcionar a aprendizagem e o desenvolvimento do aluno.
Neste sentido, nos currículos escolares, deixam de possuir um caráter secundário e
passam a ser pedagogicamente aceitos como parte dos conteúdos.
O jogo é um instrumento pedagógico muito significativo. No contexto cultural e
biológico é uma atividade livre, alegre que engloba uma significação. É de grande
valor social, oferecendo inúmeras possibilidades educacionais pois favorece o
desenvolvimento corporal, estimula a vida psíquica e a inteligência, contribui para a
adaptação ao grupo, preparando a criança para viver em sociedade, participando e
questionando os pressupostos das relações sociais tais como estão postos. Os
jogos produzidos pelo meio social, apontam características: o prazer, o caráter não
sério, a liberdade, a separação dos fenômenos do cotidiano, as regras, o caráter
fictício ou representativo e sua limitação no tempo e no espaço. O jogo é uma
atividade voluntária do ser humano quando é de natureza livre.
Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar atividades
prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e confrontos que estimulem o
exercício. Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à
apreensão do desenvolvimento sócio histórico das próprias atividades corporais e à
explicitação das suas significações objetivas. Os mesmos foram estruturados de
forma a garantir aprendizagens novas e significativas, despertando o interesse e a
atenção dos educandos a consciência da necessidade de atitudes favoráveis à
prática de atividades físicas ao longo da sua vida, valorizando a cultura corporal,
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logo “a cultura humana é uma cultura corporal, uma vez que o corpo realiza as
intenções humanas” (FREIRE, 2003 p. 34).
Nas aulas de Educação Física escolar, podemos trabalhar jogos
psicomotores, jogos de interpretação, jogos recreativos, jogos tradicionais, jogos
sensoriais, jogos intelectivos, jogos pré-desportivos e jogos cooperativos.
Portanto, o papel do jogo no contexto escolar vai além do simples ato de
ensinar e aprender, o que importa é construir conhecimentos e formar sujeitos.
Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma informativa, prática
ou teórica e poderão ser modificados de acordo com cada realidade.
Durante a realização do jogo, o professor deve observar se o estudante:
- reconhece o jogo como componente da cultura corporal;
- compreende, respeita e é capaz de modificar as regras dos jogos, utilizando
habilidades motoras e cognitivas;
- adota postura cooperativa e de respeito, em face de situações de conflito geradas
no jogo, demonstrando bom relacionamento com os colegas;
- apresenta habilidades de memória, raciocínio e concentração nos jogos
intelectivos.
- A construção coletiva de jogos e brincadeiras; por que brincamos?; oficina de
construção de brinquedos; brinquedos e brincadeiras tradicionais; brinquedos
cantados; rodas e cirandas; diferentes manifestações e tipos de jogos; jogos e
brincadeira com e sem materiais; diferença entre jogo e esporte.
- Elementos lúdicos: resgatar a ludicidade e a cooperação, combatendo a prática
excludente, sexista e individualista; A utilização dos jogos por diversos povos: como
o jogo se constitui em elemento da cultura de determinado povo?; Jogo vinculado ao
lazer; Como o jogo pode ser articulado ao tempo livre e como possibilidade de
fruição?
ESPORTE
Prática corporal, individual ou coletiva, que possui regras sistematizadas e
oficiais, e caráter competitivo. No Ensino Fundamental, o trabalho com o esporte
acontece através dos jogos recreativos e pré-desportivos. Não se pode negar a
prática do esporte, porém não se deve correr o risco de expor os educandos a
situações para as quais o seu desenvolvimento físico, motor e cognitivo não
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corresponda à exigência dos esportes de alto nível. Portanto, nessa fase, o esporte
se caracteriza sob o enfoque da apreciação e da discussão acerca dos
acontecimentos esportivos sociais que estão ocorrendo.
O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de esportes “da
escola” e não “na escola”, como valores educativos para justificá-lo no currículo
escolar. Se aceitarmos o esporte como prática social, tema da cultura corporal,
devemos questionar suas normas resgatando os valores que privilegiam o coletivo
sobre o individual, o compromisso da solidariedade e respeito humano, que se deve
jogar com o outro e não contra o outro. Por isso esse conteúdo deve ser
apresentado aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua ressignificação, e
sua adaptação a realidade que a prática cria e recria, colocando-o como um meio e
não fim em si mesmo. Origem dos diferentes esportes e sua mudança na história; o
esporte como fenômeno de massa; princípios básicos dos esportes, táticas e regras;
o sentido da competição esportiva; possibilidades dos esportes como atividade
corporal; elementos básicos constitutivos dos esportes; arremessos, passes, práticas
esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
LUTAS
Forma de manifestação corporal em que, através de estratégias de
desequilíbrio, imobilização ou exclusão de determinado espaço, se busca o
desenvolvimento de ações de ataque e defesa. A capoeira, forma de luta
considerada também dança, esporte e jogo, é a mais conhecida nos meios
escolares, constituída de um sistema de autodefesa e treinamento físico, destaca-se
por ser a única originalmente brasileira e fundamentada em nossas tradições
culturais.
Embora a capoeira tenha sido oficialmente considerada luta, o professor
poderá desenvolvê-la ora como dança, ora como jogo, ora como esporte, sempre
respeitando o seu valor pedagógico e cultural. De acordo com a realidade escolar,
com o conhecimento e o interesse do professor, pode-se também trabalhar outras
formas de luta: o judô, o caratê e a esgrima, entre outras.
Nas aulas de Educação Física escolar, o professor poderá trabalhar: noções
do histórico, os elementos e habilidades básicas da luta; atividades recreativas que
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envolvam situações de desequilíbrio, imobilização ou exclusão de determinado
espaço; vivências de jogo e roda de capoeira.
- Histórico: o desenvolvimento histórico das lutas; papel das lutas em diversas
culturas; aspectos técnicos: a relação da técnica desenvolvida por determinada luta
com o contexto histórico e social da sua criação; lutas e possibilidades de
simbolização: as lutas e sua potencialidade na representação social de diversos
povos; possibilidades de lutas no estabelecimento de novas representações sociais
e golpes.
- Contextualização social das lutas: como as lutas têm se estabelecido como um
campo de poder e disputas; como e com que interesses, as instituições (federações,
confederações e ligas) tem se apropriado das lutas; a descaracterização das lutas
como manifestação popular e cultural; desportivização das lutas: com que objetivos
as lutas tem se tornado esporte; que implicadores esta desportivização tem para
determinada luta.
No trabalho com a luta, o professor deve observar se o estudante:
- desenvolve estratégias de desequilíbrio, imobilização ou exclusão de determinado
espaço, buscando ações de ataque e defesa, procurando valorizar o respeito ao
próximo;
- compreende o histórico e vivencia a movimentação básica da luta, por meio de
atividades lúdicas;
- realiza os elementos básicos da luta: rolamentos, técnicas de mão e pernas,
deslocamentos do corpo, formas fundamentais de domínio no solo.
Na escola, o trabalho com a luta deve enfatizar a filosofia que lhe dá
sustentação para que, muito mais do que despertar formas de violência, a luta seja
vista como melhoria da qualidade dos movimentos corporais e como controle das
emoções.
DANÇA
A expressão corporal desenvolve a consciência de si mesmo como ser
íntegro: sensível, material e espiritual, capaz de sentir, expressar e de compartilhar
com os demais a partir de vivências corporais no espaço e por ser uma conduta
espontânea preexistente, é uma linguagem através da qual o ser humano expressa
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sensações, emoções, sentimentos e pensamentos com seu corpo, integrando-o a
outras linguagens expressivas como a fala, o desenho e a escrita.
A prática pedagógica da ginástica na Educação Física tem como objetivo a
sensibilização e a conscientização de si mesmo, tanto para sua postura, atitudes,
gestos e ações cotidianas como a necessidade de exprimir, comunicar criar,
compartilhar e interagir à sociedade.
O movimento na ginástica pode ser trabalhado sobre duas perspectivas,
sendo o movimento enquanto ação funcional e atividade artística. A primeira está
integrado ao conceito da dança, sendo assim uma resposta corporal a determinadas
motivações Pensando a dança como criação pessoal baseada naquilo que todos
têm: o corpo e seus movimentos funcionais aliados à criatividade.
A segunda, a expressão corporal, desenvolve a sensibilidade, a imaginação, a
criatividade e a comunicação humanas. O aprendizado de si mesmo: o ser humano
é um ser espontâneo e põe em jogo a sua capacidade criativa, possibilitando a
transformação de sua própria espontaneidade e criatividade com o objetivo de
chegar a um maior aprofundamento e enriquecimento de sua atividade natural,
propiciando a comunicação e a interação com os outros.
O trabalho com a expressão corporal é uma atividade organizada onde a
linguagem corporal se enriquece graças a um processo de aprendizado que abrange
o âmbito da sensação, da percepção e das práticas motoras. Durante as aulas de
Educação Física, o professor poderá desenvolver a dança por meio de seus
elementos básicos, de atividades rítmicas e expressivas; de brinquedos cantados;
de cantigas de roda; de danças folclóricas; de danças populares e de danças
criativas e observar se o estudante:
- realiza os movimentos básicos da dança em diferentes planos, direções, apoios e
tempos;
- expressa-se por meio da dança, participando de brinquedos cantados, cantigas de
roda e na criação e execução de coreografias simples;
- cria movimentos e formas de expressão em diferentes ritmos musicais;
- participa em danças simples ou adaptadas, pertencentes às manifestações
culturais;
- orienta-se no espaço, discriminando localização, direção e dimensão;
- realiza movimentos discriminando as diferentes velocidades no deslocamento.
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- a dança e o teatro como manifestação corporal; diferentes tipos de dança; por que
dançamos?; danças tradicionais e folclóricas; desenvolvimento de formas corporais
rítmico-expressivas; mímica; imitação e representação; expressão corporal com e
sem material.
- Dança como expressão cultural : a dança relacionada à cultura popular (aspectos
envolvendo a dança enquanto resgate da cultura popular); padrão corporal e dança:
como os aspectos técnicos influenciam no estabelecimento de um padrão corporal
para determinadas danças.
- Dança e tecnologia : como a dança tem incorporado aparatos tecnológicos em
suas coreografias, e até mesmo nos corpos dos dançarinos.
- Concepção de danças: Abordar concepções de danças em seus aspectos
históricos; as possibilidades de reinvenção destas concepções a fim de transpô-las
para a escola ( dança espetáculo x dança escolar).
Assim, a Educação Física escolar deve proporcionar ao estudante a
possibilidade de conhecer e de se expressar por meio da dança.
ELEMENTOS ARTICULADORES
Os elementos articuladores apontam para algumas possibilidades de integração da
totalidade das atividades expressivo-corporais, possibilitando ampliação do debate
para outras áreas do conhecimento.
Cultura Corporal e Corpo;
Cultura Corporal e Ludicidade;
Cultura Corporal e Saúde;
Cultura Corporal e Mundo do Trabalho;
Cultura Corporal e Desportivização;
Cultura Corporal – Técnica e Tática;
Cultura Corporal e Lazer;
Cultura Corporal e Diversidade;
Cultura Corporal e Mídia.
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216
5.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO
FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ABORDAGEM
TEÓRICO-METODOLÓGICA
Esporte
Coletivos
handebol, basquete voleibol
Pesquisar e discutir questões históricas - origem, evolução, contexto atual. Propor a vivência de atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras. - uso indevido de drogas para melhoria do rendimento.
Individuais atletismo
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
amarelinha; bets; peteca; queimada; policia e ladrão.
Abordar e discutir: a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras. Possibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos. Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro
Brincadeiras e cantigas de
roda
escravos de jó; lenço atrás; dança das cadeiras.
Jogos de tabuleiro
Dama, trilha, resta um, xadrez
Jogos cooperativos
Futpar, volençol, dança das cadeiras
Dança
Danças folclóricas
fandango; quadrilha; ciranda; samba de roda
Pesquisar e discutir: a origem e histórico das danças. Contextualizar a dança. Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo. - gênero e diversidade sexual.
Danças de rua break; funk; hip hop
Danças criativas
improvisação; atividades de expressão corporal.
Ginástica
Ginástica rítmica
- corda, bola, arco Estudar: - a origem e histórico - diferentes manifestações Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades ginasticas. Pesquisar a Cultura do Circo. - Estimular a ampliação da consciência corporal. - Gênero e diversidade sexual.
Ginástica circense
- malabares, acrobacias
Ginástica geral
- rolamentos, roda, parada de mão, salto com rolamento.
Luta
Lutas de aproximação
- judô, luta olímpica
Pesquisar a origem e histórico das lutas. Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivência de jogos de oposição. Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta. Vivenciar movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e golpes. Origem cultura afro-brasileira na luta - enfrentamento da violência.
Capoeira - angola e regional.
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ENSINO FUNDAMENTAL 7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Esporte
Coletivo
- futebol - handebol - basquete - voleibol
Estudar a origem e mudanças Aprender as regras e os elementos básicos Fundamentos básicos Compreender a competição esportiva Utilização de drogas para melhora do rendimento Individuais
- atletismo, -tênis de mesa
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
- bets, - peteca, - queimada
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e brincadeiras. Diferença entre brincadeira, jogo e esporte. Construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos. Pesquisar as diferenças regionais, dos jogos e brincadeiras.
Brincadeiras e cantigas de roda
- escravos de jó, - lenço atrás, - dança das cadeiras
Jogos de tabuleiro
- dama, trilha, xadrez
Jogos cooperativos
Futpar, volençol, dança das cadeiras cooperativas
Dança
Danças folclóricas
- fandango; quadrilha; dança de fitas;
Recorte histórico delimitação tempos e espaços, na dança. Experimentação de movimentos corporais rítmico/ expressivos. Criação e adaptação de coreografias. Construção de instrumentos musicais - Gênero e diversidade sexual
Dança de rua break; funk; house
Danças de salão
- valsa; merengue; forró; vanerão; samba
Danças circulares
- contemporâneas; folclóricas; sagradas
Ginástica
Ginástica rítmica
-corda; arco; bola; maças; fita Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral. Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos. Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da Cultura Circense.
Ginásticas circenses
- malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim
Ginástica Geral
jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
Lutas
Lutas de aproximação
- judô, luta olímpica - karatê, boxe
Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira e suas mudanças no decorrer da história. Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas. Origem cultura afro-brasileira na luta Enfrentamento a violência
Capoeira - angolana e regional
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ENSINO FUNDAMENTAL 8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Esporte
Coletivos
- futebol - handebol - basquete - voleibol
Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal, como: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim como os benefícios e os malefícios do mesmo à saúde. Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo. Vivência prática dos fundamentos Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas Enfrentamento a violência Educação ambiental
Radicais - skate - treinagem
Jogos e brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares
elástico; 5 marias; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; corrida de sacos; queimada; policia e ladrão
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos. Organização de Festivais. Elaboração de estratégias de jogo.
Jogos de tabuleiro
- dama, trilha, xadrez
Jogos dramáticos
-imitação, mímica
Jogos cooperativos
- jogos adaptados para cooperação
Dança
Danças criativas
-elementos de movimento (tempo, espaço) - qualidades de movimento; - expressão corporal.
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. Análise dos elementos e técnicas de dança Vivência e elaboração de Esquetes (que são pequenas sequências cômicas).
Danças circulares
- contemporâneas, folclóricas e sagradas
Ginastica
Ginástica rítmica
-bola, arco, maças, fitas e cordas.
Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica. Vivência prática da postura e elementos ginásticos. Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, pensando suas mudanças ao longo dos anos. Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica. Vivência de movimentos acrobáticos. - Gênero e diversidade.
Ginástica circense - malabares, acrobacias
Ginástica geral
-movimentos rítmicos (rolamentos, paradas, estrelas)
Lutas
Lutas com instrumento mediador
-esgrima, kendô
Organização de Roda de capoeira Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados à projeção e imobilização. Origem cultura afro-brasileira na luta
Capoeira - angola e regional
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ENSINO FUNDAMENTAL 9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
Esporte
Coletivos
- futebol - handebol - basquete - voleibol - punhobol - beisebol
Organização de festivais esportivos Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos. Vivência prática dos fundamentos Elaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas. Enfrentamento a violência.
Radicais - skate - treking
Individuais - atletismo - tênis de mesa
Jogos e brincadeiras
Jogos de tabuleiro
- dama, - trilha, - xadrez
Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios. Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.
Jogos dramáticos
-improvisação, - imitação, - mímica.
Jogos cooperativos
- jogos adaptados para cooperação: - vôlei - futsal.
Dança
Danças criativas
-elementos de movimento (tempo, espaço)
Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança. Organização de festivais de dança. Elementos e técnicas constituintes da dança.
Danças -expressão corporal -qualidade de movimentos
circulares -folclóricas e sagradas
Ginastica
Ginástica rítmica
corda; arco; bola; maças; fita.
Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física. Construção de coreografias. Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias). Análise sobre o modismo relacionado o a ginástica. Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping). Utilização indevida de droga.
Ginástica de condicioname
nto físico
- alongamento, step, ginástica aeróbica, localizada, pula cordas e pilates. - malabares, acrobacias, trampolim
Ginástica circense
malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.
Lutas
Lutas com instrumento mediador
-esgrima, kendô Pesquisar a Origem e os aspectos históricos das lutas. Importância da cultura Afro Brasileira no desenvolvimento da capoeira. Capoeira -angolana e regional
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5.3.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS 6º Ano NOÇÕES DOS FUNDAMENTOS DE CADA MODALIDADE ESPORTIVA COMO:
Basquetebol, futsal, voleibol, handebol de forma lúdica;
Ginástica natural;
Lateralidade;
Recreação.
7º Ano
Prática dos fundamentos desportivos;
Conteúdos teóricos específicos de cada modalidade esportiva;
Regras básicas dos esportes;
Danças populares;
Ginástica;
Alongamentos.
8º Ano
Textos sobre qualidade de vida, higiene, atividade física, etc...;
Regras simplificadas (voleibol, basquetebol, handebol, futsal);
Prática dos fundamentos;
Jogos recreativos;
Danças populares e folclóricas;
Influência dos esportes nos diferentes modelos de sociedade;
Condicionamento físico, alongamentos.
9º Ano
Condicionamento físico, alongamentos;
Prática do jogo: Futsal, basquetebol, voleibol, handebol;
Regras simplificadas (Futsal, basquetebol, voleibol, handebol);
Sistemas ofensivos;
Ginástica específica;
Reconhecer músculos, ossos e suas funções;
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221
Textos sobre atividades físicas, qualidade de vida, história e regras dos jogos.
Obs. Os conteúdos desenvolvidos terão a cada série maior amplitude, complexidade
e aprofundamento.
5.3.2 Desafios educacionais contemporâneos e a diversidade 1. Lei 39/03 – História e Cultura Afro Brasileira e Indígena
Este assunto será abordado, durante o conteúdo estruturante lutas, iremos
trabalhar a capoeira, abrangendo a história e cultura afro-brasileira, através de
pesquisas, vídeos, mostrando a importância histórica e às diferenças entre a
capoeira angolana e regional.
2. Prevenção ao Uso Indevido de Drogas
Durante o conteúdo estruturante esporte, abordaremos o tema enfatizando as
competições individuais e coletivas, onde o atleta usa “drogas” ilícitas para melhorar
o desempenho, e em momentos oportunos que surgem durante as aulas.
3. Lei 9799/95 Educação Ambiental; Educação Fiscal.
Durante os conteúdos esportes radicais, abordaremos a preservação
ambiental, usando como linhas as competições e o ecoturismo como corridas de
aventura, escaladas entre outras. E a Educação Fiscal, durante a elaboração de
competições, visando ensinar a arrecadar fundos e pagamento de impostos para a
realização de campeonatos e as bolsas auxilia para atletas (lei de incentivo ao
esporte).
4. Enfrentamento a Violência contra a Criança e o Adolescente
Durante todos os conteúdos, este tema será abordado, não havendo um
momento específico, pois quando surgir à oportunidade o assunto será vinculado as
questões propostas pelos alunos.
5. Gênero e Diversidade Sexual
Não há um momento específico para ser tratado este assunto, pois faz parte
do desenvolvimento corporal, sendo trabalhado a medida que surgirem
oportunidade, está relacionado a expressão corporal e desenvolvimento humano
que são elementos articuladores da disciplina.
6. Lei 10.741 – Estatuto do Idoso
A Educação Física poderá estudar a influência das atividades físicas nas funções
metabólicas, cardiorrespiratórias e músculo-osteoarticulares que favorecem ao
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funcionamento dos sistemas do corpo humano, utilizando os elementos articuladores
“Cultura Corporal e Corpo” e “Cultura Corporal e Saúde” constantes nas Diretrizes
Curriculares da Educação Básica – Educação Física, da Secretaria de Estado da
Educação do Paraná; abordando as recomendações da I Conferência Internacional
sobre a Promoção da Saúde, definidas como o protagonismo da comunidade para
atuar na melhoria da qualidade de vida, colocando como pré-requisitos a paz, a
habitação, a educação, a alimentação, a renda, o ecossistema estável, os recursos
sustentáveis, a justiça social e a equidade.
5.4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A disciplina de Educação Física tem a função social de contribuir para que os
alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.
O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar
e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a
comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o
senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física
e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas
metodologias, nas práticas e nas reflexões.
Durante as aulas de Educação Física será proposta atividades que façam
com que os alunos transmitam seu conhecimento historicamente acumulado das
práticas corporais, não como conhecimento estático, mas que este, objetive novas
construções e interpretações para novos desafios. Esse saber corporal deve ser
ampliado para além do trabalho centrado na motricidade, deve levá-lo a refletir sua
corporeidade.
Através das práticas corporais, sejam elas práticas ou teóricas serão
realizadas durante as aulas de Educação Física, o aluno deverá ser capaz de
vivenciar com respeito, aqueles que de alguma forma não conseguirão executar,
realizar o que está sendo proposto, respeitando as individualidades de cada aluno.
Recursos Materiais
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Durante as aulas de Educação Física será utilizada, bolas, arcos, bastões,
tacos, raquetes, redes e materiais confeccionados pelos alunos (malabares, fitas,
maças, bolas, entre outras).
Além do espaço físico existente no colégio, como: salas de aula, sala de
vídeo, laboratório de informática, ginásio, quadra poli esportiva, pátio coberto, em
algum momento, também ocorrerá a utilização de locais externos, como praças,
parques, campos, para vivência e visitas “in loco”, de competições e campeonatos.
Para chegarmos a está prática utilizaremos vários recursos pedagógicos, tais
como DVD, CD, retroprojetor, máquina fotográfica, quadro de giz, TV multimídia,
quadra esportiva e sala de aula. Esses recursos serão as alavancas dos objetos da
unidade de estudos e dos conteúdos estudados. Podemos aqui também considerar
as estratégias pedagógicas como as aulas de campo, maquetes, leitura de textos,
jornais e revistas, gráficos, tabelas e entrevista.
5.5 AVALIAÇÃO
Ao adotar a cultura corporal como concepção orientadora da Educação
Física, a avaliação não poderá ser excludente, serão observados o grau de
comprometimento envolvimento do aluno durante as aulas (sejam elas práticas ou
teóricas).
A avaliação se caracterizar então como um processo, contínuo, permanente e
cumulativo, tal qual preconiza a LDB nº. 9394/96, em que o professor organizará e
reorganizará o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a
ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.
Este modelo de avaliação deverá sempre ser colocada a serviço da
aprendizagem de todos os alunos.
Faz-se necessário observar se o aluno irá conseguir vivenciar e reelaborar os
elementos da cultura popular adquiridos no meio social, pois trás consigo um estilo
próprio de movimentar-se, precisará então, reconhecer e valorizar as diferenças
individuais, aonde irá interagindo diariamente com os colegas.
O professor terá que observar as capacidades físicas motoras que pretende
desenvolver na aula. Cabe ao professor destacar o objetivo da avaliação.
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Outro ponto importante é a avaliação da capacidade sócio afetiva, pois os
alunos estão em contato direto uns com os outros. Os aspectos a serem analisados
é a socialização do aluno, o companheirismo e a capacidade de trabalhar em grupo.
Este modelo de avaliação é vantajosa porque permite ao professor
acompanhar todo o desenvolvimento dos seus alunos e porque ele, ao fazer esse
acompanhamento, terá de anotar todas as observações feitas sobre a sua turma,
obtendo, ao final do ano, um relatório completo.
Além disso, essa maneira faz com que todos os alunos tenham a mesma
chance, pois serão avaliados em relação a si mesmos e não mais em relação a um
outro colega.
A avaliação será diagnóstica, contínua, processual e cumulativa e deve estar
relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se na forma de
resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de
aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o trabalho
realizado, identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico, com o
objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que reconheçam os acertos e
ainda superem as dificuldades constatadas” (DCE). “O professor pode utilizar-se de
outros instrumentos avaliativos, como: dinâmicas em grupo, seminários, debates, júri
simulado, (re)criação de jogos, pesquisa em grupos, entre outros, em que os
estudantes possam expressar suas opiniões aos demais colegas”(DCE).
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REFERÊNCIAS
BRACHT, V. Educação Física: a busca da autonomia pedagógica. Revista da
Fundação de Esporte e Turismo, Curitiba, v. 1, n.2, p.12,p. 12-19, 1989.
BRUHNS, E.T. (org.). Conversando sobre o corpo. Campinas: Papirus, 1986.
CARMO A. do Educação física e a nova Lei de Diretrizes e Bases: subsídios
para discussão. Revista da Fundação de Esporte e Turismo, Curitiba, v.2, n.1, p. 6-
15, 1990.
CASTELLANI FILHO, L. Diretrizes gerais para o ensino de 2º grau: núcleo
comum – Educação Física. / S.n.t. / . Apostila.
GAIARSA, J.A. O que é o corpo. São Paulo: Brasiliense, /s.d./.
GUIRARDELLI JÚNIOR, P. Educação Física progressiva. São Paulo: Loyola,
1988.
LIMA, E.C. de A.S. O jogo e a criança a escolarização do processo de
construção de conhecimento. /S.1.,s.ed. /, 1989.
LE BOUCH, J. A educação pelo movimento; a psicocinética na idade escolar.
Porto Alegre, Artes Médica, 1985.
LE BOUCH, J. Rumo a uma ciência do movimento humano. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1986.
MEDINA, J.P.S. O brasileiro e seu corpo. Campinas: Papirus, 1987.
NEGRINE, A. Educação Psicomotora lateralidade e orientação espacial. Porto
Alegre, Pallotti, 1986.
OLIVEIRA, V.M. O que é educação física. São Paulo: Brasiliense, 1983.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação
básica: Educação Física. Curitiba SEED, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Escolar e o art. 22 do
Estatuto do Idoso. Curitiba, SEED
VIEIRA E CUNHA, M.S. A investigação epistemológica na ciência da
motricidade humana. Revista do CBCE.
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6 DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO
6.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO–METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE ENSINO
RELIGIOSO
A disciplina de Ensino Religioso deve orientar-se para a apropriação dos
saberes sobre as expressões e organizações religiosas das diversas culturas na sua
relação com outros campos do conhecimento.
No Brasil, a atuação de alguns segmentos sociais/ culturais vem consolidando
o reconhecimento da diversidade religiosa e demandando da escola o trabalho
pedagógico com o conhecimento sobre essa diversidade, frutos das raízes culturais
brasileiras.
Um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino Religioso é
efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito religioso,
como também, desprender-se do seu histórico confessional catequético, para a
construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa.
A disciplina de Ensino Religioso deve oferecer subsídios para que os
estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como
se relacionam com o Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações
entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em suas marcas de
religiosidade.
Tratado nesta perspectiva, o Ensino Religioso contribuirá para superar
desigualdades étnicas religiosas, para garantir o direito Constitucional de liberdade
de crença e de expressão e, por consequência, o direito à liberdade individual e
política. Desta forma atenderá um dos objetivos da educação básica que, segundo a
LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania. E sob uma perspectiva de inclusão
social considerando a diversidade cultural e o cumprimento da Lei n.º 10,639/03, que
inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da História e Cultura Afro Brasileira,
seguidas das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações
étnico raciais e para o ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana, mas o
cumprimento da Lei n.º 11.645/08, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do
ensino da História e Cultura dos povos indígenas do Brasil.
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227
O Sagrado como objeto de estudo do Ensino Religioso
Etimologicamente, o termo Sagrado se origina do termo latino sacrátus e do
ato de sagrar. Como adjetivo, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime,
inviolável e puro.
Para a análise do fenômeno religioso é prioritário tocar na essência da
experiência religiosa, ou seja, o Sagrado.
É fundamental que o estudo do Sagrado seja precedido de uma interpretação
etimológica da religião e, para tal, tomamos a explicação de duas interpretações
distintas: religião, ou religare, ou religação, ou seja, no sentido propriamente
religioso do termo; e religião como religiosus, que remete a uma concepção de
caráter predominantemente ético jurídico.
O fenômeno religioso revela, através dos símbolos Sagrados, a síntese do
ethos de uma determinada comunidade. Como a religião auxilia na construção da
identidade humana, a pluralidade das confissões religiosas constitui um campo de
interesse para aqueles que se dedicam ao estudo das religiões e do Sagrado.
A definição do Sagrado como objeto de estudo do Ensino Religioso tem como
objetivo a compreensão, o conhecimento e o respeito das expressões religiosas
advindas de culturas diferentes, inclusive das que não se organizam em instituições,
e suas elaborações sobre o fenômeno religioso.
Muitos dos acontecimentos que marcam a vida em sociedade são atribuídos
às manifestações do Sagrado. Tais manifestações intervêm no andamento natural
das coisas e são aceitas na medida em que trazem explicações que superam a
realidade material ou que servem para responder a assuntos não explicados ou
aceitos com facilidade, como por exemplo, a morte. Sagrado é, pois, o olhar que se
tem sobre algo ou a forma como se vê determinado fenômeno.
6.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE ENSINO
RELIGIOSO
6.2.1 Conteúdos Estruturantes da disciplina de Ensino Religioso
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228
O conhecimento religioso é entendido como um patrimônio por estar presente
no desenvolvimento histórico da humanidade. Legalmente, é instituído como
disciplina escolar a fim de promover a oportunidade aos educandos de se tornarem
capazes de entender os movimentos específicos das diversas culturas e para que o
elemento religioso colabore na constituição do sujeito. Sob tal perspectiva, o Ensino
Religioso é uma disciplina que contribui para o desenvolvimento humano, além de
possibilitar o respeito e a compreensão de que a nossa sociedade é formada por
diversas manifestações culturais e religiosas.
A relação do objeto de estudo com os conteúdos estruturantes pode ser
apresentada conforme o seguinte esquema:
Paisagem Religiosa
Uma paisagem religiosa define-se pela combinação de elementos culturais e
naturais que remetem a experiência com o Sagrado e a uma série de
representações sobre o transcendente e o imanente, presentes nas diversas
tradições culturais e religiosas. Assim, a paisagem religiosa é parte do espaço social
e cultural construído historicamente pelos grupos humanos, é uma imagem social.
Ela se dá pela representação do espaço, da história e do trabalho humano.
São as paisagens religiosas que remetem às manifestações culturais e nelas
agrega um valor que conduz o imaginário à consagração.
A paisagem religiosa pode ser constituída, predominantemente, por
elementos naturais (astros; montanhas; florestas; rios; grutas, etc.) ou por elementos
arquitetônicos (templos; cidades sagradas; monumentos, etc.) e está,
essencialmente, carregada de um valor Sagrado.
Para a maioria das manifestações religiosas, a paisagem religiosa se
expressa em determinados lugares, consagrados pelo homem para manifestar a sua
fé. A ideia da existência de lugares sagrados e de um mundo sem imperfeições lhe
permite suportar suas dificuldades diárias.
Para as religiões, os lugares não estabelecem somente uma relação concreta,
física, entre os povos e o Sagrado; neles, há também uma relação preestabelecida
entre ações e práticas. Nessa simbologia, não podem ser ignorados o imaginário e
os estereótipos de cada civilização, impregnados de seus valores, identidade, etc.
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Assim, os lugares podem ser compostos por paisagens religiosas e
identificados como Sagrados o tempo todo, mas também podem ser tomados
temporariamente para reverenciar o divino. Nesse caso, não são constituídos,
necessariamente, por paisagem sagrada. Por exemplo, nos momentos em que os
grupos se reúnem para reverenciar o divino e unir-se ao Sagrado, ruas, montanhas,
rios, cachoeiras, matas, etc. se transformam temporariamente num universo
especialmente simbólico, resultante das crenças existentes nas tradições religiosas.
Por sua vez, em lugares Sagrados são realizados, regularmente, ritos, festas
e homenagens em prol da manifestação de fé do grupo.
Universo Simbólico Religioso
Universo Simbólico Religioso pode ser visto como o conjunto de linguagem
que expressa sentidos, comunica e exerce papel relevante para a vida imaginativa e
para a constituição das diferentes religiões no mundo.
A complexa realidade que configura o Universo Simbólico Religioso tem como
chave de leitura as diferentes manifestações do Sagrado no coletivo, cujas
significações se sustentam em determinados símbolos religiosos que têm como
função resgatar e representar as experiências das manifestações religiosas.
De modo geral, a cultura se sustenta por meio de símbolos, que são criações
humanas cuja função é comunicar ideias. Portanto, os símbolos são parte essencial
da vida humana, todo sujeito se constitui e se constrói por meio de inúmeras
linguagens simbólicas, não só no que diz respeito ao Sagrado, mas em todo
imaginário humano.
Ao abranger a linguagem do Sagrado, os símbolos são a base da
comunicação e constituem o veículo que aproxima o mundo vivido, cotidianamente,
do mundo extraordinário dos deuses e deusas. Os símbolos são elementos importantes
porque estão presentes em quase todas as manifestações religiosas e também no
cotidiano das pessoas.
Texto Sagrado
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Os Textos Sagrados expressam ideias e é o meio de dar viabilidade à
disseminação e à preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e
manifestações religiosas, o que ocorre de diversas maneiras.
O que caracteriza um texto como sagrado é o reconhecimento pelo grupo de
que ele transmite uma mensagem originada do ente sagrado ou, ainda, que favorece
uma aproximação entre os adeptos e o Sagrado. Ao articular os Textos Sagrados
aos ritos – festas religiosas, situações de nascimento e morte –, as diferentes
tradições e manifestações religiosas buscam criar mecanismos de unidade e de
identidade do grupo de seguidores, de modo a assegurar que os ensinamentos
sejam consolidados e transmitidos às novas gerações e novos adeptos. Tais
ensinamentos podem ser retomados em momentos coletivos e individuais para
responder a impasses do cotidiano e para orientar a conduta de seus seguidores.
Algumas tradições e manifestações religiosas são transmitidas apenas
oralmente ou revividas em diferentes rituais. Por sua vez, os Textos Sagrados
registram fatos relevantes da tradição e manifestação religiosa, sendo entre eles: as
orações, a doutrina, a história, que constituem sedimento no substrato social de
seus seguidores e lhes orientam as práticas.
Os Textos Sagrados são uma referência importante para a disciplina de
Ensino Religioso, pois permitem identificar como a tradição e a manifestação
atribuem às práticas religiosas o caráter sagrado e em que medidas orientam ou
estão presentes nos ritos, nas festas, na organização das religiões, nas explicações
da vida e morte.
6.2.2 - Conteúdos Básicos da disciplina de Ensino Religioso
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada
série da etapa final do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a
formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da Educação Básica. O
acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que
se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do
professor.
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Nesse quadro, os conteúdos básicos estão apresentados por série e devem
ser tomados como ponto de partida para a organização da proposta pedagógica
curricular das escolas.
Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser
suprimidos nem reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos
básicos na proposta pedagógica, de modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina
naquilo que a constitui como conhecimento especializado e sistematizado.
Esse quadro indica, também, como os conteúdos básicos se articulam com os
conteúdos estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-metodológica
devem receber e, finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atrelados.
Portanto, as Diretrizes Curriculares fundamentam essa seriação/ sequência de
conteúdos básicos e sua leitura atenta e aprofundada é imprescindível para
compreensão do quadro.
No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens
diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante.
Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre
se considerando o aprofundamento a ser observado para a série e nível de ensino.
O plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos
receberão abordagem contextualizada histórica, social e politicamente, de modo que
façam sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e
econômicas, contribuindo com sua formação cidadã.
O plano de trabalho docente é, portanto, o currículo em ação. Nele estará a
expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular
construída nas discussões coletivas, acrescentaremos os conteúdos Desafios
Educacionais Contemporâneos e a diversidade de forma contextualizada, tendo
como objetivo a divulgação e produção do conhecimento, assim como de atitudes,
posturas e valores que preparem os cidadãos para a vida.
Os conteúdos básicos para a disciplina de Ensino Religioso têm como
referência os conteúdos estruturantes já apresentados. Ao analisar os conteúdos
básicos para os 6º e 7º anos, pode-se identificar sua proximidade e mesmo sua
recorrência em outras disciplinas. Tal constatação não deve constituir um problema;
apenas explicita que, na escola, o conhecimento é organizado de modo a favorecer
a sua abordagem por meio de diferentes disciplinas, conforme as prioridades de
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cada uma. No caso do Ensino Religioso, o Sagrado é o objeto de estudo e o
tratamento a ser dado aos conteúdos estará sempre a ele relacionado.
A organização dos conteúdos deve partir do estudo das diversas
manifestações religiosas, a fim de ampliar o universo cultural dos educandos. Por
exemplo, no conteúdo básico do 6º ano, Lugares Sagrados devem ser apresentados
e analisados com os alunos a composição e o significado atribuído a esses lugares
pelos adeptos da manifestação religiosa que os consideram Sagrados.
Assim, os alunos terão mais elementos para analisar as configurações e
significados dos espaços Sagrados tanto desconhecidos quanto conhecidos e
próximos. Tal abordagem deve perpassar os conteúdos apresentados no quadro a
seguir:
Conteúdos Básicos de Ensino religioso para 6º Ano
Organizações Religiosas
As organizações religiosas estão baseadas nos princípios fundacionais
legitimando a intenção original do fundador e os seus preceitos. Assim estabelecem
fundamentos, normas e funções a fim de compor elementos mais ou menos
determinados que unem os adeptos religiosos e definem o sistema religioso.
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos de modo
institucionalizado. Serão tratadas como conteúdos, sob a ênfase das principais
características, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam
as diferentes formas de compreensão e de relações com o Sagrado. Poderão ser
destacados:
• os fundadores e/ou líderes religiosos;
• as estruturas hierárquicas.
Ao tratar dos líderes ou fundadores das religiões, o professor enfatizará as
implicações da relação que eles estabelecem com o Sagrado, quanto a sua visão de
mundo, atitudes, produções escritas, posições político ideológica, etc.
Entre os exemplos de organizações religiosas mundiais e regionais e seus
respectivos líderes estão: o budismo (Sidarta Gautama), o cristianismo (Cristo),
confucionismo (Confúcio), o espiritismo (Allan Kardec), o taoísmo (Lao Tsé), etc.
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Lugares Sagrados
Lugar é o espaço familiar para o sujeito, é o local onde se dão suas relações
diárias. Constrói-se o entendimento de lugar na relação de afetividade e de
identidade onde o particular e histórico acontecem.
O que torna um lugar Sagrado é a identificação e o valor atribuído a ele, ou
seja, onde ocorreram manifestações culturais religiosas. Assim, os Lugares
Sagrados são simbolicamente onde o Sagrado se manifesta. Destacam-se:
• lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.;
• lugares construídos: templos, cidades sagradas, cemitérios, etc.
No processo pedagógico, professor e aluno podem identificar Lugares
Sagrados para as diferentes tradições religiosas em função de fatos considerados
relevantes, tais como morte, nascimento, pregação, milagre, redenção ou iluminação
de um líder religioso. A peregrinação, a reverência, o culto e as principais práticas de
expressão religiosa também consagram porções do espaço e as tornam lugares
Sagrados. Os templos, as sinagogas, as igrejas, as mesquitas, os cemitérios, as
catacumbas, as criptas e os mausoléus, assim como elementos da natureza quando
consagrados, constituem igualmente Lugares Sagrados. Para as culturas indígenas
e aborígines, por exemplo, os rios, as montanhas, os campos, etc. são extensões
das divindades e, por essa razão, são Sagrados.
Textos Sagrados orais ou escritos
São ensinamentos Sagrados, transmitidos de forma oral ou escritos pelas
diferentes culturas religiosas, como em cantos, narrativas, poemas, orações,
pinturas rupestres, tatuagens, histórias da origem de cada povo contadas pelos mais
velhos, escritas cuneiformes, hieróglifos egípcios, etc. Entre eles, destacam-se os
textos grafados tal como o dos Vedas, o Velho e o Novo Testamento, o Torá, o
Alcorão e também os textos Sagrados das tradições orais das culturas africana e
indígena.
Símbolos Religiosos
Os Símbolos Religiosos são linguagens que expressam sentidos, comunicam
e exercem papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das
diferentes religiões no mundo. Neste contexto, o símbolo é definido como qualquer
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coisa que veicule uma concepção; pode ser uma palavra, um som, um gesto, um
ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, cores, textos e outros
que podem ser trabalhados conforme os seguintes aspectos:
• dos ritos;
• dos mitos;
• do cotidiano.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: a arquitetura religiosa, os
mantras, os paramentos, os objetos, etc.
Conteúdos Básicos de Ensino Religioso para o 7º ano
Temporalidade Sagrada
O que diferencia o tempo Sagrado do tempo profano é a falta de
homogeneidade e continuidade. Enquanto o homem, em sua vida profana,
experimenta a passagem do tempo em que, basicamente, um momento é igual ao
outro, na vida religiosa, o homem experimenta momentos qualitativamente
diferentes. Os momentos das atividades ordinárias como o trabalho, a alimentação e
o estudo são – apesar da possibilidade de serem sacralizados –, de maneira geral,
semelhantes e podem seguramente ser substituídos uns pelos outros. O tempo da
revelação do Sagrado constitui, por outro lado, o momento privilegiado em que o
humano se liga ao divino.
Nos ritos, nas festas, nas orações, o homem experimenta um momento
especial que pode ser sempre recuperado em outra ocasião. Por essa razão, os ritos
são, predominantemente, periódicos. O tempo profano, por sua vez, não pode nunca
ser recuperado, pois é entendido segundo a ideia de uma sucessão de “agoras”. O
passado nunca pode ser, nesse sentido, revivido. Ele dá lugar constantemente ao
presente em que se está.
O tempo profano está ligado, essencialmente, à existência humana. Inicia-se
com o nascimento do homem e tem seu fim com a morte. O tempo do divino está,
por outro lado, além da vida simplesmente animal do homem e, por isso, se
caracteriza geralmente pela ideia de eternidade. Ao homem religioso está sempre
aberta a possibilidade de parar a duração temporal profana e, por meio de ritos e
celebrações, entrar em contato com o Sagrado. Essa ideia de tempo sagrado é
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justamente no que fundamenta a perspectiva de vida após a morte que marca,
essencialmente, as religiões.
Pode-se trabalhar a Temporalidade Sagrada apresentando nas aulas de
Ensino Religioso o evento da criação nas diversas tradições religiosas, os
calendários e seus tempos Sagrados (nascimento do líder religioso, passagem de
ano, data de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos). Entre os
exemplos podemos citar o Natal (cristão), Kumba Mela (hinduísmo), Losar
(passagem do ano tibetano) e outros.
Festas Religiosas
Festas Religiosas são os eventos organizados pelos diferentes grupos
religiosos, com objetivo da ritualização de um acontecimento primordial:
Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. Entre
eles, destacam-se:
• peregrinações;
• festas familiares;
• festas nos templos;
• datas comemorativas.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: Festa do Dente Sagrado
(budista), Ramadã (islâmica), Kuarup (indígena), Festa de Iemanjá (afro-brasileira),
Pessach (judaica), Natal (cristã).
Ritos
Ritos são celebrações das tradições e manifestações religiosas que
possibilitam um encontro interpessoal. Essas celebrações são formadas por um
conjunto de rituais. Podem ser compreendidas como a recapitulação de um
acontecimento sagrado anterior; servem à memória e à preservação da identidade
de diferentes tradições e manifestações religiosas, e podem remeter as
possibilidades futuras decorrentes de transformações contemporâneas.
Os ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos espaços
sagrados. Dentre as celebrações dos rituais nem todos possuem a mesma função.
Destacam-se:
• os ritos de passagem;
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• os mortuários;
• os propiciatórios, entre outros.
Entre os exemplos a serem apontados, estão: a dança (Xire), o candomblé, o
kiki (kaingang, ritual fúnebre), a via sacra, o festejo indígena de colheita, etc.
Vida e morte
As religiões procuram dar explicações aos seus adeptos para a vida além da
morte, as respostas elaboradas nas diversas tradições e manifestações religiosas e
sua relação com o Sagrado podem ser trabalhadas sob as seguintes interpretações:
o sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas; a reencarnação: além da
morte, ancestralidade, espíritos dos antepassados que se tornam presentes, e
outras; ressurreição; apresentação da forma como cada cultura/ organização
religiosa encara a questão da morte e a maneira como lidam com o culto aos
mortos, finados e dias especiais para tal relação.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Paisagem
Religiosa
Universo
Simbólico
Religioso
Textos
Sagrados
6º ano
-Organizações religiosas -Lugares Sagrados -Textos Sagrados orais ou escritos -Símbolos Religiosos
• Os Conteúdos Básicos devem ser
tratados sob a ótica dos três Conteúdos
Estruturantes;
• A linguagem utilizada deve ser a científica
e não a religiosa, a fim de superar as
tradicionais aulas de religião;
• É vedada toda e qualquer forma de
proselitismo e doutrinação, entendendo que
os conteúdos do Ensino Religioso devem
ser trabalhados enquanto conhecimento da
diversidade sociopolítico e cultural.
Espera-se que o aluno: • Estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica; • Desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural; • Reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo social.
7º ano
-Temporalidade -Sagrada -Festas Religiosas -Ritos -Vida e Morte
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6.2.3 Desafios educacionais e contemporâneos e a diversidade cultural
A Educação Ambiental: Educação Ambiental e suas consequências para os
seres humanos e a educação ambiental e sustentabilidade serão trabalhados de
forma interdisciplinar.
A diversidade sexual busca combater relações autoritárias, questionar a
rigidez dos padrões de conduta estabelecida para homens e mulheres e apontar
para sua transformação no âmbito familiar, escolar e social.
Uso indevido de drogas: Desenvolver o tema droga integrado aos conteúdos
pedagógicos estimulando o interesse dos alunos e o senso crítico.
Educação Fiscal: Refere-se à conscientização da sociedade quanto à função
do Estado de arrecadar impostos e do dever do cidadão contribuinte de pagar
tributos integra os conteúdos.
Enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente: A violência contra
criança e adolescente acompanha a trajetória da humanidade, desde os tempos
antigos até o presente e será trabalhado dentro da proposta pedagógica de forma
integrada.
Política Nacional do Idoso, o Ensino Religioso poderá evidenciar os últimos
estudos científicos que apontam para o maior bem-estar da pessoa idosa que
mantém uma crença na tradição religiosa; a contribuição da religião nas relações
humanas e o enfrentamento das doenças; a história das religiões; a presença e o
destaque dos anciãos em determinadas religiões; a importância, o papel ou a função
do idoso nas tradições religiosas; concepções de vida e morte nas tradições
religiosas.
Em Educação Física, por exemplo, o professor poderá propor o trabalho com
leitura e interpretação de textos, produções, literatura, seminários, debates, leitura
de gráficos, estatística, teatro, produção de cartazes, concursos, coreografias,
palestras, jogos...
6.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE ENSINO
RELIGIOSO
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O trabalho pedagógico proposto para a disciplina de Ensino Religioso ancora-
se na perspectiva da superação das práticas tradicionais que marcaram o ensino
escolar. Propõe-se um encaminhamento metodológico baseado na aula dialogada,
isto é, partir da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios
para, em seguida, apresentar o conteúdo que será trabalhado. Os recursos
utilizados serão perguntas problematizadoras, como disparadora para dar-se início
ao conteúdo proposto para aquela aula.
Frequentemente os conhecimentos prévios dos alunos são compostos por
uma visão de senso comum, empírica, sincrética, na qual quase tudo, aparece como
natural, como afirma Saviani (1991, p. 80). O professor, por sua vez, deve
posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto ao conhecimento sobre o
Sagrado e seu papel sociocultural. Assim, exercerá o papel de mediador entre os
saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.
Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e
dialoga com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que usos fazem
desse conhecimento em sua prática social cotidiana. Sugere-se que o professor faça
um levantamento de questões ou problemas envolvendo essa temática para que os
alunos identifiquem o quanto já conhece a respeito do conteúdo, ainda que de forma
caótica. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido em aula está
de alguma forma, presente na prática social dos alunos.
Num segundo momento didático propõe-se a problematização do conteúdo.
Trata-se da “identificação dos principais problemas postos pela prática social. [...] de
detectar que questões precisam ser resolvidas no âmbito da Prática Social e, em
consequência, que conhecimento é necessário dominar” (Saviani, 1991, 80). Essa
etapa pressupõe a elaboração de questões que articulem o conteúdo em estudo à
vida do educando. É o momento da mobilização do aluno para a construção do
conhecimento.
A abordagem teórica do conteúdo, por sua vez, pressupõe sua
contextualização, pois o conhecimento só faz sentido quando associado ao contexto
histórico, político e social. Ou seja, estabelecem-se relações entre o que ocorre na
sociedade, o objeto de estudo da disciplina, nesse caso, o Sagrado, e os conteúdos
estruturantes. A interdisciplinaridade é fundamental para efetivar a contextualização
do conteúdo, pois articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas
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curriculares e, ao mesmo tempo, assegura-se a especificidade dos campos de
estudo do Ensino Religioso.
Para efetivar esse processo de ensino-aprendizagem com êxito faz-se
necessário abordar cada expressão do Sagrado do ponto de vista laico, não
religioso.
Assim, o professor estabelecerá uma relação pedagógica frente ao universo
das manifestações religiosas, tomando-o como construção histórico-social e
patrimônio cultural da humanidade.
Ao considerar a diversidade de referenciais teóricos para suas aulas, torna-se
recomendável que o professor dê prioridade às produções de pesquisadores da
respectiva manifestação do Sagrado em estudo para evitar fontes de informação
comprometidas com interesses de uma ou outra tradição religiosa. Tal cuidado é
importante porque, como estratégia de valorização da própria doutrina ou como meio
de atrair novos adeptos, há produções de cunho confessional que buscam legitimar
seus pressupostos e, por essa razão, desqualificam outras manifestações.
É preciso respeitar o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e a análise dos conteúdos valorizarão
aspectos reconhecidos como pertinentes ao universo do Sagrado e da diversidade
sociocultural.
Portanto, para a efetividade do processo pedagógico na disciplina de Ensino
Religioso, propõe-se que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que
compõem o universo das diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas
expressões coletivas.
6.4 AVALIAÇÃO
Para a avaliação no Ensino Religioso, é necessário estabelecer os
instrumentos e definir os critérios que explicitem o quanto o aluno se apropriou do
conteúdo específico da disciplina e foi capaz de relacioná-lo com as outras
disciplinas. A avaliação pode revelar também em que medida a prática pedagógica,
fundamentada no pressuposto do respeito à diversidade cultural e religiosa, contribui
para a transformação social e será diagnóstica, contínua, cumulativa e processual.
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A apropriação do conteúdo trabalhado pode ser observada pelo professor em
diferentes situações de ensino e aprendizagem. Eis algumas sugestões que podem
ser tomadas como amplos critérios de avaliação no Ensino Religioso:
• o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm
opções religiosas diferentes da sua?
• o aluno aceita as diferenças de credo ou de expressão de fé?
• o aluno reconhece que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade
de cada grupo social?
• o aluno emprega conceitos adequados para referir-se às diferentes manifestações
do Sagrado?
Apesar de não haver aferição de notas ou conceitos que impliquem
aprovação ou reprovação do aluno, o professor registrará o processo avaliativo por
meio de instrumentos tais como: exposição de trabalhos, seminários, trabalhos de
pesquisas e avaliação de conteúdos. que permitam à escola, ao aluno, aos seus
pais ou responsáveis a identificação dos progressos obtidos na disciplina.
A avaliação permite diagnosticar o quanto o aluno se apropriou do conteúdo,
como resolveu as questões propostas, como reconstituiu seu processo de
concepção da realidade social e, como, enfim, ampliou o seu conhecimento em
torno do objeto de estudo do Ensino Religioso, o Sagrado, sua complexidade,
pluralidade, amplitude e profundidade.
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dezembro de 1996.
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BRASIL, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
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FEUERBACH, L. A essência do Cristianismo. Lisboa: Fundação Calouste
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GEERTZ, C. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
GIL FILHO, S. F. Espaço de Representação e Territorialidade do Sagrado: Notas
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Curitiba, v. 3 n. 3, p 91-120, 1999.
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SAVIANI, D. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1991.
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Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Cia. das Letras, 2004.
Consulta on line: DECLARAÇÃO universal dos direitos humanos. (http://www.
mj.gov.br/sedh/dpdh/gpdh/ddh_bib_inter_universal.htm )
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7 DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
7.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE
GEOGRAFIA
A escola é um espaço muito significativo de interação social. É ali que o
jovem irá desenvolver, em grande parte, sua capacidade de viver em grupo e de
conviver com os diferentes. Esse papel social da escola está cada vez mais
acentuado numa sociedade em que o espaço público perdeu o sentido da
convivência social. Num país em que cerca de 80% da população vive na cidade,
num modelo urbano fragmentado e cercado de muros, nunca o espaço da escola foi
tão importante.
A temática da geografia constitui-se num acervo muito rico para esse sujeito
em transformação. Dessa forma optamos pelo ensino de uma geografia crítica, que
desvele a realidade, que conceda o espaço geográfico como sendo um espaço
social, produzido e reproduzido pela sociedade humana, e ainda na busca da
renovação da geografia como disciplina escolar, é fundamental que os alunos se
percebam como atores na construção de paisagens e lugares e compreendam que
as paisagens e os lugares são consequência das múltiplas interações envolvendo o
trabalho social e a natureza e que dessas interações surgem os significados
simbólicos e afetivos.
Falar da questão didática pedagógica da geografia escolar nos remete a uma
reflexão em torno das sérias críticas por qual passa seu ensino, como, aliás,
acontece com o ensino em geral. Deve-se a isto à tradicional postura da geografia e
do professor, que consideram como importante no processo educativo: os dados, as
informações, o elenco de curiosidades, os conhecimentos gerais, as localizações,
enfim, o conteúdo acessório, como lembra-nos Brabant (1989 p.18-19).
Discurso descritivo, até determinista, a Geografia na escola elimina, na sua
forma constitutiva, toda preocupação de explicação. A primeira preocupação é
descrever em lugar de explicar; inventariar em lugar de analisar e de interpretar.
Essa característica é reforçada pelo enciclopedismo e avança no sentido de
uma despolitização total.
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Esse escopo, herança do século XIX, interfere no caráter propedêutico de
uma geografia voltada para a cidadania, pois não consegue formar e manter
conceitos geográficos válidos cientificamente e relevantes socialmente, existindo um
predomínio forte de um ensino alinhado com apenas uma orientação paradigmática
da geografia e, em muitas situações didáticas verifica-se: a negligência em relação
ao ensino da geografia física em favor de uma maximização da geografia humana; a
negligência – na verdade, o desaparecimento quase completo de sala de aula e dos
livros didáticos – da geografia regional, em termos da caracterização e da descrição
das macrorregiões do mundo; descaso – quando não abandono completo – de
práticas cartográficas e, até mesmo, do uso de Atlas, como também, das técnicas de
tratamento computacional das informações geográficas (geoprocessamento – SIG),
existindo, portanto, um atraso desnecessário.
A propósito, a dimensão social de construção do espaço geográfico, tem uma
literatura bastante difundida no meio científico, não apenas pelos “novos geógrafos”,
mas também por pensadores de outras áreas, contudo a situação de atraso ainda é
persistente no cotidiano da escola. Desta feita, dificilmente o ensino, ora
apresentado, contribuirá para que os sujeitos em aprendizagem expressem
livremente o desenvolvimento de suas ideias, de suas atitudes e os procedimentos
que lhes são característicos frente ao mundo que se globaliza desigualmente.
A nosso ver essa questão pode ser colocada num plano anterior decorrente
de uma escola estruturada a partir de uma divisão intelectual e técnica do trabalho
em que se surgia um “adestramento docente” para que o professor exercesse
apenas a função de executor de planos, projetos educativos e metodologias
pensadas por outrem num espaço e tempo controlados e/ou vigiados (FOUCAULT,
1987). Dessa forma, os impedindo de pensar sobre a função social do ensino da
Geografia no contexto da vivência da sala de aula, da hierarquia da instituição
escolar e da sociedade. Essa situação foi vivificada no processo de elaboração dos
PCN como aponta Katuta & Souza (2001, p.73) A geografia vista de dentro, por
quem trabalha com pesquisa e ensino, da educação básica à universidade, pode se
apresentar como uma disciplina extrema e perigosamente ideológica por ela
manifestar uma determinada concepção de homem, de sociedade e de mundo.
Nesse sentido, o professor de Geografia precisa refletir sobre o caráter
contraditório da educação e relacionar dialeticamente a sua teoria com a sua prática
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cotidiana, pois como coloca Freire (1988, p. 17) “toda prática contém uma teoria,
ambas são indissociáveis e se constroem reciprocamente”. É mister explicitar,
portanto, a teoria praticada para que se possa buscar a sua compreensão e a sua
essência. Se essa intencionalidade for assumida pelo professor no âmbito escolar
poderá constituir-se em ações concretas para uma prática educativa autêntica, pois
é o professor quem vivencia o dia a dia do processo ensino-aprendizagem e é só
através da relação desse com os alunos que se pode construir uma base sólida
nesse sentido.
Giroux (1986, p. 258-259) nos alerta que a cultura dominante não está apenas
entranhada na forma e no conteúdo do conhecimento expressos claramente, mas é
constantemente reproduzida naquilo que se denomina currículo oculto. Isto se refere
às normas, aos valores, as atitudes que são incutidas e solicitadas no âmbito
educativo sem que se perceba a naturalização dos limites impostos nas relações
que se estabelecem na vida cotidiana, dentro da escola e na sala de aula.
Mello (1988), Férnandez-Enguita (1989), Gramsci (1968) e Marx (1984)
elaboraram críticas contundentes à dominação cultural. Os autores nos incitam, em
suas obras, a reflexão da prática pela pedagogia da transformação e não à
manutenção e o ajustamento da sociedade a lógica funcionalista, sintetizando assim,
que o poder a serviço da dominação nunca é total.
De sorte, que podemos refletir e questionar o papel dos sistemas educativos
na sociedade contemporânea, pelo viés da geografia que ensinamos, e assim,
contribuir para a formação de pessoas participativas e críticas. Nossa prática incita a
formação de pessoas eruditas, reflexivas ou utilitárias? Nossa didática fomenta a
capacidade da participação, do diálogo, da autonomia, da reflexão ou da
submissão? Permite a aspiração de uma sociedade cooperada ou individualista,
tecnificada ou classista?
É interessante reconhecer que o estudo da geografia deve ser consequente
para os alunos, suas experiências concretas deverão ter interligação e coerência
dentro do que é ensinado, pois o vivido pelo aluno é expresso no espaço cotidiano, e
a ligação deste com as demais instâncias são fundamentais para a aprendizagem.
“Se o espaço não é encarado como algo em que o homem (o aluno) está inserido,
natureza que ele próprio ajuda a moldar, a verdade geográfica do indivíduo se perde
e a Geografia torna-se alheia para ele” (RESENDE,1986, p. 20). “É preciso, então,
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preparar o aluno para que ele compreenda o valor do seu espaço e de sua ação
nele para ele” (RESENDE,1986, p. 20).
O espaço geográfico hoje, como nos legou Milton Santos (2002, 1986) é
concebido como um conjunto de sistemas de objetos, de sistemas de ações e de
sistemas de informações, ultrapassa a mera visão da materialidade como teatro de
ação, mas é condição para a ação, e é a partir desse entendimento que surge o
homem livre que igualmente se afirmará no grupo. Visto dessa forma, o ensino da
Geografia terá por finalidade formar pessoas capazes de se situar corretamente no
mundo e de influenciar a sociedade humana como um todo. É inconcebível uma
educação feita mercadoria, porque ela reproduz e amplia as desigualdades, sem
extirpar as mazelas da ignorância. “Essa educação setorial, profissional e
consumista só (re) produz gente deseducada para a vida” (SANTOS, 1997).
É na sala de aula, cenário vivo de interações por excelência, que se
intercambiam explícita ou tacitamente ideias, valores e interesses diversos
seguidamente enfrentados pela “lógica da preparação para o mercado de trabalho”.
Diríamos que a escola é democrática? Certamente a escola é uma
contradição onde à ideologia da igualdade de oportunidade se desenvolve lenta,
mas decisivamente o processo de classificação, de exclusão das minorias, e do
posicionamento diferenciado para o mundo do trabalho e para a participação social.
Dessa forma, refletir a práxis pedagógica é o caminho para verificar se ela
reproduz os valores dominantes ou se ela liberta os indivíduos. Ao nos
posicionarmos, avançamos na busca de uma sociedade mais humanitária, pois
sempre haverá a consideração da interação eu-outro-mundo. Deveremos
reconhecer que no âmbito da atividade educativa, poderemos preparar os
educandos para o trabalho, para a vida social e para a cultura da consciência sem
degradá-los, sem submetê-los à opressão social e ainda sem aliená-los.
Assim, se faz necessário que a ação educativa represente na sua prática
efetiva, um decidido investimento na consolidação da força construtiva dessas
mediações, sempre tentando reverter seu potencial alienador para aderir à
construção de uma cidadania realmente ativa, pois a prática pedagógica não é
destituída de sentido político. Querendo ou não os professores, tendo ou não a
consciência dessa realidade, seu trabalho é necessariamente político. Nem mesmo
a ingenuidade dos que têm plena convicção do caráter desinteressado de sua
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prática educativa elimina essa dimensão política. Numa palavra, o político constitui o
p próprio ser do ato educativo, enquanto ato humano e, com tal, inserido na luta
concreta dos homens (FREIRE, 1997).
É mais do que necessário, que o processo didático pedagógico do ensino da
geografia em sua cotidianidade, contemple a emergência de uma realidade mais
justa, capaz de alfabetizar o aluno para a leitura que se tem e se pode ter de mundo,
bem como ajudá-los para que possam situar-se e apropriar-se dessa realidade de
forma consciente, se conhecendo como sujeito social, construtor do seu espaço,
pois é a partir da apropriação do espaço nas materializações diversas e de todas as
ordens, próximas ou distantes, que os homens poderão transformá-lo e dispor de
uma melhor qualidade de vida, no concernente à cidadania.
7.1.1 Objetivos da disciplina de Geografia
Objetivo Geral da disciplina de Geografia
Desenvolver no aluno a capacidade de entender a ocupação e gestão do
Espaço Geográfico, permitindo uma visão dialética dos processos de
organização do espaço mundial e nacional, das relações socioeconômicas e
conhecer as relações entre crescimento demográfico e estrutura econômica e
social.
Objetivos Específicos da disciplina de Geografia
— Distinguir e reconhecer meio ambiente, paisagem natural e meio social,
identificando seus elementos constituintes e as suas interdependências;
3. Compreender o encadeamento dos elementos formadores da paisagem
natural e as modificações ou impactos que a sociedade nela acarreta;
4. Reconhecer os impactos ambientais ocorridos no seu lugar de vivência,
podendo discutir com pertinência problemas e possíveis soluções;
5. Dominar o vocabulário geográfico e utilizar diferentes linguagens, entre elas a
cartográfica e compreender a escala cartográfica, utilizando-a na leitura geográfica;
6. Estudar a dinâmica interna do nosso planeta e as teorias que ajudam a
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entender
a formação da superfície terrestre.
7.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Os conteúdos deverão ser Conteúdos Estruturantes e deverão nortear o
planejamento e o ensino-aprendizagem da disciplina de geografia na escola, e deve
se basear na:
2. Dimensão econômica do espaço geográfico;
3. Dimensão política do espaço geográfico;
4. Dimensão cultural e demográfica;
5. Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
E deve ter um aporte de análise relações espaço – temporal, relações
sociedade – natureza. Dentro do plano de trabalho docente no Colégio estes
conteúdos necessariamente farão parte dos conteúdos específicos necessários para
a formação do plano no qual os conteúdos específicos precisam conter uma
completa relação entre os estruturantes e básicos. Conforme exemplo:
“o conteúdo meio urbano é abordado ao longo do Ensino Fundamental e Médio, com complexidade crescente, considerando as diferentes escalas geográficas e a linguagem cartográfica. Na relação do meio urbano com a dimensão socioambiental, o professor poderá trabalhar o uso da água e as políticas públicas de saneamento básico nas cidades; o problema da poluição dos rios pelos dejetos urbanos, pelo lixo doméstico e industrial; a ocupação das áreas de risco, das encostas, dos mananciais e várzeas; a poluição atmosférica nas cidades, dentre outros. Sob a dimensão cultural e demográfica, o conteúdo meio urbano pode ser abordado a partir dos movimentos migratórios e suas consequências na ocupação urbana; dos movimentos sociais e suas implicações na organização do espaço urbano; das relações étnico-raciais que se estabelecem nas cidades e das diferentes identidades culturais nelas presentes. Ao analisar o meio urbano a partir da dimensão econômica, é preciso considerar as desigualdades socioeconômicas materializadas no espaço urbano; a distribuição dos espaços de produção e de consumo; as inter-relações das atividades econômicas; o processo de urbanização em relação ao uso do solo urbano e à especulação imobiliária; o processo de industrialização e a urbanização, entre outros. Na dimensão política, o meio urbano pode ser trabalhado, por exemplo, pela interdependência entre o campo e a cidade, sendo esta o centro das decisões econômicas e políticas; pela ação dos movimentos sociais no espaço urbano e o direito ao transporte, moradia, saneamento e saúde; pela análise da estrutura e formação das cidades globais; pela questão da formação dos micro territórios urbanos, entre outros.” (DCE, 2008,p.77)
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Ensino Fundamental - 6º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos. A mobilidade populacional e as manifestações sócio espaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos. Os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica. Para o entendimento do espaço geográfico, faz-se necessário o uso dos instrumentos de leitura cartográfica e gráfica, compreendendo signos, legenda, escala e orientação. A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina. As categorias de análise da Geografia, as relações sociedade natureza e as relações espaço temporais são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. As realidades local e paranaense deverão ser consideradas, sempre que possível. Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas, com uso da linguagem cartográfica - signos, escala e orientação. As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
Espera-se que o aluno: • Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens geográficas. • Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas. • Localize-se e oriente-se no espaço através da leitura cartográfica. • Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas consequências econômicas, socioambientais e políticas. • Entenda o processo de transformação de recursos naturais em fontes de energia. • Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade. • Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades produtivas. • Entenda a evolução e a distribuição espacial da população, como resultado de fatores históricos, naturais e econômicos. • Entenda o significado dos indicadores demográficos refletidos na organização espacial. • Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais. • Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
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Ensino Fundamental - 7º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão sócio ambiental do espaço geográfico
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. As diversas regionalizações do espaço brasileiro. As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural. A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos. Movimentos migratórios e suas motivações. O espaço rural e a modernização da agricultura. A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização. A distribuição espacial das atividades produtivas, a(re)organização do espaço geográfico. A circulação de mão de obra, das mercadorias e das informações.
Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos. Os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica. A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina. As categorias de análise da Geografia, as relações sociedade natureza e as relações espaço temporal, são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. As realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre que possível. Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica – signo escala e orientação. As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
Espera-se que o aluno: • Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar. • Localize-se e oriente-se no território brasileiro, através da linguagem cartográfica. • Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico. • Entenda o processo de formação das fronteiras agrícolas e a apropriação do território. • Entenda o espaço brasileiro dentro do contexto mundial, compreendendo suas relações econômicas, culturais e políticas com outros países. • Verifique o aproveitamento econômico das bacias hidrográficas e do relevo. • Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a preservação dos recursos naturais. • Identifique a diversidade cultural regional no Brasil construída pelos diferentes povos. • Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no território. • Relacione as migrações e a ocupação do território brasileiro. • Identifique a importância dos fatores naturais e o uso de novas tecnologias na agropecuária brasileira. • Estabeleça relações entre a estrutura fundiária e os movimentos sociais no campo. • Entenda o processo de formação e localização dos micro territórios urbanos. • Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização brasileira. • Entenda o processo de transformação das paisagens brasileiras, levando em consideração as formas de ocupação, as atividades econômicas desenvolvidas, a dinâmica populacional e a diversidade cultural. • Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da natureza e trouxe consequências ambientais. • Estabeleça relação entre o uso de tecnologias nas diferentes atividades econômicas e as consequentes mudanças nas relações sócio espaciais e ambientais. • Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão de obra, mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.
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Ensino Fundamental - 8º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico Dimensão socioambiental do espaço geográfico
- As diversas regionalizações do espaço geográfico. - A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano. - A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. - O comércio em suas implicações sócio espaciais. - A circulação da mão de obra, do capital, das mercadorias e das informações. - A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico. - As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. - O espaço rural e a modernização da agricultura. - A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. - Os movimentos migratórios e suas motivações. - As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural. - Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais
-Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos. - Os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica. - A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina. - As categorias de análise da Geografia, as relações sociedade natureza e as relações espaço temporal, são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. - As realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre que possível. - Os conteúdos devem ser especializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica – signos, escala e orientação. - As culturas afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
Espera-se que o aluno: • Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e lugar. • Identifique a configuração sócia espacial da América por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens. • Diferencie as formas de regionalização do Continente Americano nos diversos critérios adotados. • Compreenda o processo de formação, transformação e diferenciação das paisagens mundiais. • Compreenda a formação dos territórios e a reconfiguração das fronteiras do Continente Americano. • Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a influência política e econômica na regionalização do Continente Americano. • Identifique as diferentes paisagens e compreenda sua exploração econômica no continente Americano. • Reconheça a importância da rede de transporte, comunicação e circulação das mercadorias, pessoas e informações na economia regional. • Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e nas questões ambientais. • Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização. • Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades produtivas industriais e agrícolas e suas consequências ambientais e sociais. • Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua relação com a apropriação dos recursos naturais. • Reconheça e analise os diferentes indicadores demográficos e suas implicações sócias espaciais. • Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua distribuição espacial. • Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos americanos em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos. • Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos naturais para a sociedade contemporânea. • Relacione as questões ambientais com a utilização dos recursos naturais no Continente Americano.
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Ensino Fundamental - 9º ANO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO-
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
Dimensão econômica do espaço geográfico Dimensão política do espaço geográfico. Dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico. Dimensão socioambiental do espaço geográfico.
- As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. - A revolução técnico científico informacional e os novos arranjos no espaço da produção. - O comércio mundial e as implicações sócio espaciais. - A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. - A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos. As manifestações sócio espaciais da diversidade cultural. - Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. - A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. - A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. - O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
- Os conteúdos estruturantes deverão fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos. - Os conceitos fundamentais da Geografia - paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade – serão apresentados de uma perspectiva crítica. - A compreensão do objeto da Geografia – espaço geográfico – é a finalidade do ensino dessa disciplina. - As categorias de análise da Geografia, as relações sociedade natureza e as relações espaço temporal, são fundamentais para a compreensão dos conteúdos. - As realidades local e paranaense deverão ser consideradas sempre que possível. - Os conteúdos devem ser espacializados e tratados em diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica - signos, escala e orientação. - As culturas Afro-brasileira e indígena deverão ser consideradas no desenvolvimento dos conteúdos, bem como a Educação Ambiental.
Espera-se que o aluno: • Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza, sociedades, região. • Identifique a configuração sócio espacial mundial por meio da leitura dos mapas, gráficos, tabelas e imagens. • Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência política e econômica na regionalização mundial. • Compreenda a atual configuração do espaço mundial em suas implicações sociais, econômicas e políticas. • Entenda as relações entre países e regiões no processo de mundialização. • Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política global, mas também apresentam particularidades. • Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade cultural. • Compreenda como ocorreram os problemas sociais e as mudanças demográficas geradas no processo de industrialização. • Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no espaço geográfico. • Entenda a importância econômica, política e cultural do comércio mundial. • Identifique as implicações sócias espaciais na atuação das organizações econômicas internacionais. • Reconheça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos territórios nacionais. • Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a desigual distribuição de renda. • Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas demográficas adotadas nos diferentes espaços. • Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais. • Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades produtivas. • Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas. • Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego de tecnologias de exploração e produção. • Reconheça a importância estratégica dos recursos naturais para as atividades produtivas. • Compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de energia. • Entenda a importância das redes de transporte e comunicação no desenvolvimento das atividades produtivas.
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7.2.1 Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade
De acordo com o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB
de dezembro de 1996, os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma
base nacional comum e uma parte diversificada, entre elas: Educação Ambiental,
Educação em Direitos Humanos, Educação Fiscal, Lei 11.645/08 – História e Cultura
Afro-Brasileira e Indígena, Enfrentamento à Violência na Escola, Gênero e
Diversidade Sexual, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas poderá ser explorado
por todas as disciplinas, onde cada uma fará as relações possíveis com o conteúdo
em questão.
Em Geografia, por exemplo, o professor poderá propor o trabalho com leitura
e interpretação de textos, produções, literatura, seminários, debates, leitura e
interpretação de gráficos e tabelas, estatística, teatro, produção de cartazes,
concursos, vídeos, visitas, aulas de campo...
Política Estadual do Idoso: Para que os alunos compreendam as dinâmicas
demográficas no Brasil e em outros países, levando em conta indicadores de
natalidade, de mortalidade e de expectativa de vida, é necessário trabalhar de
acordo com os pressupostos teóricos metodológicos propostos pelas Diretrizes
Curriculares Orientadoras para a Educação Básica, a partir dos conteúdos
Estruturantes e Básicos. Seguem sugestões:
Conteúdos Estruturantes
Dimensão política do espaço geográfico; dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico; dimensão socioambiental do espaço geográfico.
Conteúdos Básicos
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da
população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Sugestões de Conteúdos Específicos
Organização e distribuição da população mundial.
A formação populacional brasileira e sua distribuição no território nacional.
As dinâmicas demográficas do Brasil, sua economia e organização social.
As causas e as consequências da desigualdade social brasileira.
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Transição demográfica: evolução das taxas de natalidade, mortalidade e expectativa
de vida.
7.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Uma das grandes tarefas do ensino de geografia é de contribuir para a
formação de jovens cidadãos. Ao desenvolver e aprimorar a leitura, a escrita e o
vocabulário geográfico e cartográfico, pensando os conteúdos da geografia, os
alunos se apropriam do conhecimento científico para formular suas próprias
hipóteses e aplicar os métodos de investigação a fim de encontrar respostas às
questões que os inquietam. Isso exige do professor, por um lado, familiaridade com
os problemas e questões da nossa disciplina e, por outro, ousadia no planejamento
das atividades didáticas. Esses elementos são fundamentais para despertar nos
alunos a inquietação e ao mesmo tempo, a segurança diante de novos
conhecimentos, ampliando o repertório de leitura geográfica de mundo do educando.
Afinal essa leitura dos símbolos e signos geográficos e cartográficos deve ser
entendida não como um exercício mecânico e decorado, mas como produção de
significados; não como um processo de mera recepção das ideias produzidas pelo
professor, mas, ao contrário como um processo ativo e criativo, em que professor e
aluno possam interagir.
Os conteúdos estruturantes serão o ponto de partida e de chegada para a
seleção e organização dos conteúdos específicos por série. Como dimensões
estruturadoras do ensino dos conteúdos específicos de Geografia, os conteúdos
estruturantes deverão ser contemplados em todas as séries em que a disciplina fizer
parte.
Considera-se que, ao concluir o Ensino Fundamental, o aluno terá noções
geográficas sobre os diferentes recortes territoriais do planeta, tais como os
continentes, os países e os elementos físicos e humanos que os compõem. No
Ensino Médio esses conhecimentos serão aprofundados em abordagens que
considerem o princípio da complexidade crescente, enfatizando um tratamento
relacional dos conteúdos, respeitando a crescente capacidade cognitiva do aluno
agora adolescente e a consequente possibilidade de formações conceituais mais
amplas.
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No curso de um processo ensino-aprendizagem bem conduzido, as atividades
podem alternar-se, o professor explicando e formulando questões desafiadoras,
debates, etc., e os alunos podem também ter autonomia em estudos dirigidos,
trabalhos em grupos, descrições coletivas... Serão utilizados também recursos
audiovisuais (filmes, reportagens...), visuais (mapas, fotografias, ilustrações),
elaboração de maquetes, entrevistas, análise de tabelas e gráficos, confecção de
mapas temáticos e pesquisas “in loco”, como trabalhos de campo que podem
transmitir um conhecimento mais amplo do objeto de estudo.
7.4 AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio
de diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de
investigação da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez
que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também
permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,
numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a aprendizagem. Desta
forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanhar o
desempenho futuro e mudar as práticas insuficientes, apontando novas práticas
educativas (LIMA, 2002/2003). Propondo-se formar sujeitos que construam sentidos
para o mundo, que compreendam criticamente o contexto social e histórico de que
são frutos e que, pelo acesso ao conhecimento, sejam capazes de uma inserção
cidadã e transformadora na sociedade. A avaliação, nesta perspectiva, visa
contribuir para a compreensão das dificuldades de aprendizagem dos alunos, com
vistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a
escola se faça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual
contexto histórico e no espaço onde os alunos estão inseridos.
Partindo deste pressuposto a avaliação será diagnóstica e contínua e
cumulativa, que contemplará as práticas pedagógicas como: leitura, interpretação e
produções, pesquisas, aulas de campo, debates, entre outros. Deverá ser explícita
ao aluno e deverá ser um processo não linear de construções e reconstruções,
assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do
processo ensino-aprendizagem.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília:
MEC,1996.
BRASIL, Secretaria de Educação do Ensino Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: MEC/ SEF, 2002.
CALAI, H.C. O Ensino de Geografia: recortes espaciais para análise. In
CASTROGIOVANNI, A. C. et all. (org.). Geografia em sala de aula: práticas e
reflexões. Porto Alegre; ed. da UFRGS/AGB, 2003.
CAVALCANTI, L. de S. Geografia, escola e construção de conhecimento.
Campinas: Papirus, 1998.
KATUTA, A. M. A linguagem cartográfica no ensino superior e básico. In:
PONTUSCHKA, N. N.; OLIVEIRA, A. U. de (Org.) Geografia em perspectiva. São
Paulo: Contexto, 2002.
MENDONÇA, F.; KOZEL, S. (Org.) Elementos de epistemologia da Geografia
contemporânea. Curitiba: Ed. da UFPR, 2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação
básica: Geografia. Curitiba SEED, 2008.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Escolar e o art. 22 do
Estatuto do Idoso. Curitiba – Paraná.
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8 DISCIPLINA DE HISTÓRIA
8.1 FUNDAMENTOS TEÓRICOS – METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE
HISTÓRIA
Ao contrário do mito, a história procura compreender e explicar uma realidade
concreta, ou do presente ou um passado próximo, temporal. O surgimento da
história está diretamente relacionado com a intenção dos historiadores gregos de
compreender aquilo que estava se passando em sua sociedade, mais
especificadamente as guerras. Em Roma, a história serve mais para justificar e
enaltecer as conquistas imperialistas daquela civilização.
O surgimento dos Estados Nações na Idade Moderna impulsionou a produção
historiográfica ligada à construção de uma identidade nacional. São os historiadores
românticos que buscam poetizar e dar um sentimento ao passado para caracterizar
o espírito da nação.
Na Alemanha do século XIX, surge um grupo que quer transformar a história
em ciência. A escola ranking, assentada nas ideias de Leopold Ranke, procura
produzir uma história que conte os fatos “como eles realmente aconteceram”, de
uma forma neutra, sem posicionarem-se, nem analisar os fatos, somente narrá-los.
Também na Alemanha surge uma importante corrente que combate o positivismo na
história. Karl Marx e Friedrich Engels desenvolvem o materialismo histórico, no qual
a história é vista como um embate entre as diferentes classes sociais.
A sociedade não é estática, mas dialética, em constantes conflitos devido à
suas contradições. A contribuição do materialismo histórico para a história é grande,
porque permite que se veja a sociedade a partir da produção da vida material, com
os interesses e as necessidades imediatas. Também como forma de combater o
positivismo, nos anos 1920 surge a Escola dos Analles, que procura produzir uma
história total, explicar as estruturas sociais e todos os homens em todos os seus
aspectos. Para isso, ela abre o leque de ciências auxiliares, como sociologia,
arqueologia, geografia.
Tendo em vista que principalmente a partir do imperialismo europeu no século
XIX a Europa se transformou no padrão para todas as medidas e comparações nas
mais diferentes sociedades. Com isso a maior parte das produções historiográficas
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na Segunda metade do século XX sofre fortes influências do materialismo histórico e
da Escola de Analles. A tradição interdisciplinar faz com que estas produções sejam
bem ricas, como por exemplo, a busca de reconstrução do universo mental dos
homens que vivem nas sociedades do passado, a história das mentalidades. Ainda
nesse mesmo período, percebeu-se que a história sempre foi escrita sob a ótica dos
dominadores, dos vencedores, e os documentos conservados são principalmente
aqueles que atendem os interesses das classes dominantes. Assim sendo, o
historiador tem o trabalho de construir um conhecimento, porque seu trabalho não é
uma narrativa morta do passado, mas uma visão sobre esse passado, com suas
interpretações e consciências.
Há a necessidade da valorização dos sujeitos históricos não somente como
objetos de análise historiográfica, mas como agentes que buscam a construção do
conhecimento através da reflexão teórica e, portanto, da produção conceitual, de
sua prática vivencial e investigativa no universo escolar. Para isto acontecer torna-
se relevante a defesa de referenciais teóricos de caráter realista e globalizante, que
levem em consideração, entre outros aspectos sócio históricos, as práticas dos
educandos (as) e dos professores (as) inseridos no cotidiano do universo escolar.
As teorias e as metodologias não são somente formas discursivas, pois elas
se constituem a partir da realidade sócio histórica do objeto de estudo (no caso, pois
a ação humana na formação das estruturas sócio históricas que a limitam e a
modelam) enquanto elemento relativamente autônomo em relação à realidade
complexa e total. É neste espaço, portanto, que ocorre a tematização dos conteúdos
numa relação dialética e seletiva entre o aspecto empírico e o aspecto teórico
conceitual do conhecimento histórico.
8.1.1 Objetivos da disciplina de História
Conhecer a experiência humana no tempo, os sujeitos e sua relação com o
outro no tempo, a cultura local e a cultura comum, as relações de propriedade, o
mundo do campo e o mundo da cidade, as relações entre o campo e a cidade –
conflitos, resistência e produção cultural campo/cidade, a história das relações com
o trabalho, o trabalho e a vida em sociedade, o mundo do trabalho, as resistências e
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as conquistas de direito, a formação das instituições sociais, a formação do Estado,
guerras e revoluções.
8.1.1.1 Objetivos específicos da disciplina de História
Valorizar a identidade étnica histórica cultural. Estudar e analisar a História e
Cultura Afro Brasileira e Africana - Situar aspecto histórico-social e as produções
culturais de origem africana. Discutir as relações étnicas no Brasil. Valorizar as
diferentes raízes, identidades dos distintos grupos que constitui o povo brasileiro.
Ensinar respeitar os diferentes modos de ser, viver, conviver e pensar. Levar o
educando a compreender a importância do estudo da História, interagindo com as
experiências do cotidiano, para a formação de uma consciência crítica e
participativa.
A história tem por finalidade desmistificar mitos, heróis e personalidades que
forma sendo construídos, principalmente a partir do século XIX no Brasil,
compreender a construção simbólica conforme Bourdieu, intencional de um passado
através da ótica da elite, as intenções em construir uma determinada visão de
história e como isso se reflete em nossa sociedade.
A função da história é fornecer à sociedade uma explicação sobre ela mesma.
A história se faz pelos homens, e eles vivem em sociedade, produzindo aquilo que
necessitam. Mas tudo que os homens fazem em sociedade é a partir das condições
pré-determinadas e não de uma situação ideal. A história procura estudar as
mudanças pelas quais passaram as sociedades humanas, porque as mudanças são
à essência da história.
8.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
8.2.1 Conteúdos Estruturantes da disciplina de História
Entende-se por Conteúdos Estruturantes os conhecimentos de grande
amplitude que identificam e organizam os campos de estudos de uma disciplina
escolar, considerados fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo e
ensino.
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Como construtos atrelados a uma concepção crítica de educação, os Conteúdos
Estruturantes da História constituem-se como a própria materialidade do
pensamento histórico. Deles derivam os conteúdos básicos/ temas históricos e
específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino/
aprendizagem no cotidiano da escola, e devem ser trabalhados de forma articulada
entre si (ver tabela de conteúdos básicos/ temas históricos – anexo I).
Consideram-se Conteúdos Estruturantes da disciplina de História:
• Relações de trabalho;
• Relações de poder;
• Relações culturais.
Estes Conteúdos Estruturantes apontam para o estudo das ações e relações
humanas que constituem o processo histórico, o qual é dinâmico. Nesta Proposta
Curricular, as relações culturais, de trabalho e de poder são consideradas recortes
deste processo histórico.
Por meio destes Conteúdos Estruturantes, o professor deve discorrer acerca
de problemas contemporâneos que representam carências sociais concretas. Dentre
elas, destacam-se, no Brasil, as temáticas da História local, História e Cultura Afro-
Brasileira, da História do Paraná e da História da cultura indígena, constituintes da
história desse país, mas, até bem pouco tempo, negadas como conteúdos de
ensino.
Relações de Trabalho
Pelo trabalho expressam-se as relações que os seres humanos estabelecem
entre si e com a natureza, seja no que se refere à produção material como à
produção simbólica.
As relações de trabalho permitem diversas formas de organização social. No
mundo capitalista, o trabalho assumiu historicamente um estatuto muito específico,
qual seja, do emprego assalariado. Para entender como se formou este modelo e
seus desdobramentos, faz-se necessário analisar alguns aspectos das Relações de
Trabalho.
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Vale considerar as contribuições dos historiadores da Nova Esquerda Inglesa, como
Eric J. Hobsbawm e Edward P. Thompson que, partindo da concepção materialista
histórica dialética, reviram e superaram a abordagem economicista e determinista do
processo histórico.
Para Hobsbawm (1998, p. 178-179), o conceito de modo de produção se
refere a um modelo que explica a maneira de produzir em um determinado contexto
histórico. Esse modelo explicativo pretende abarcar uma leitura de todas as relações
de trabalho possíveis e de suas características nos diversos contextos espaço-
tempo. Assim, os modos de produção não devem ser analisados evolutivamente.
Isso quer dizer que a escravidão pode coexistir e até surgir após um período de
trabalho servil, porque um modo de produção predominante coexiste e interage com
várias outras relações de produção em um mesmo contexto.
Nesse sentido, Hobsbawm entende a noção de mundo do trabalho como a
condição na qual os sujeitos estão inseridos ao construírem suas relações de
trabalho, o que faz ampliar o conceito marxista de modo de produção.
Thompson (1998; 2004), coerente com a crítica da Nova Esquerda Inglesa ao
que se refere às concepções deterministas, revê o conceito de classe social,
propondo o conceito de experiência histórica. Para tanto, apresenta duas dimensões
da experiência histórica: a primeira afirma que a classe social e sua respectiva
consciência de classe são fenômenos produzidos pelas experiências, valores
herdados e compartilhados pelos sujeitos históricos ao construírem sua identidade.
A segunda dimensão do conceito se refere à prática do historiador que deve
ser pautada na análise e verificação de documentos para que se produza a
metodologia da investigação histórica.
Para a Nova Esquerda Inglesa, o resgate da história dos trabalhadores é
possível quando o historiador reúne vários documentos, inclusive aqueles que a
historiografia tradicional não aceitava como fonte, como, por exemplo, um boletim de
ocorrência, analisando-os para verificar se as informações dali retiradas
correspondem à teoria por ele optada. Caso isso não ocorra, o historiador deve
construir um novo modelo teórico para o seu objeto de investigação.
Assim o estudo de relações de trabalho nos anos finais do Ensino
Fundamental e no Ensino Médio deve contemplar diversos tipos de fontes, de modo
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que professores e alunos percebam diferentes visões históricas, para além dos
documentos oficiais.
A partir disso, é possível construir um novo olhar sobre as relações de
trabalho pela ótica da chamada “História vista de baixo”. Essa proposta incluiu novas
fontes para o estudo da História, a qual buscava detectar a voz dos excluídos, uma
vez que os documentos oficiais privilegiavam, a priori, o olhar dos vencedores.
A Nova Esquerda Inglesa entende que a consciência de classe dos sujeitos
não se constrói somente entre a luta de classes da burguesia versus proletariado,
mas também em conflitos no interior das próprias classes por meio da experiência
vivida pelos trabalhadores.
Articulados aos demais Conteúdos Estruturantes, reconhecer as contradições
de cada época, os impasses sociais da atualidade e dispor-se a analisá-los, a partir
de suas causas, permite entender como as relações de trabalho foram construídas
no processo histórico e como determinam a condição de vida do conjunto da
população.
Relações de Poder
Pode-se definir poder como “a capacidade ou possibilidade de agir ou de
produzir efeitos” e “pode ser referida a indivíduos e a grupos humanos” (BOBBIO in
BOBBIO et. al., 2000, p. 993). O poder não apresenta forma de coisa ou de objeto,
mas se manifesta como relações sociais e ideológicas estabelecidas entre aquele
que exerce e aquele que se submete; portanto, o que existe são as relações de
poder.
O estudo das relações de poder geralmente remete à ideia de poder político.
Entretanto, elas não se limitam somente ao âmbito político, mas também nas
relações de trabalho e cultura.
No campo acadêmico, a História política metódica sofreu duras críticas no
século XX, tanto dos adeptos da escola dos Annales quanto dos marxistas, que
denunciaram uma noção de política desvinculada da totalidade do processo histórico
e do caráter voluntarista de uma História que se constrói de ideias e ações de uns
poucos sujeitos, cujas narrativas históricas apresentam características cronológicas,
lineares e factuais.
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Tais críticas dirigidas pela Nova História Cultural e pela Nova Esquerda
Inglesa à História política metódica possibilitaram, a partir dos anos 1980, uma
redefinição de seus estudos, ou seja, o surgimento de uma nova história política
estruturada pelo conceito de cultura política.
Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa criticam a historiografia política
metódica, porque se limitou a explicar o poder sob referência única do Estado. A
Nova Esquerda Inglesa analisa as relações de poder pela valorização das condições
materiais, das estruturas socioeconômicas, das classes e grupos sociais, dos
movimentos coletivos em geral. Reintroduz, também, a ideologia como categoria
analítica do discurso histórico.
Para a corrente Nova História Cultural, o estudo das relações de poder
remete às esferas das representações, do imaginário e das práticas sociais. Ao
radicalizar este pressuposto, Michel Foucault (2004) optou pela ideia de que os
saberes são poderes. Tais poderes são exercidos em instituições, como: escolas;
prisões, hospitais; famílias e comunidades; nos Estados Nacionais, nas igrejas e nos
organismos internacionais políticos, econômicos e culturais. Foucault também
valorizou a pluralidade das redes de poder ou micro poderes e propôs o estudo das
relações entre as diferentes práticas discursivas.
Entender que as relações de poder são exercidas nas diversas instâncias
sócio históricas, como o mundo do trabalho, as políticas públicas e as diversas
instituições, permite ao aluno perceber que tais relações estão em seu cotidiano.
Assim, ele poderá identificar onde estão os espaços decisórios, porque determinada
decisão foi tomada; de que forma foi executada ou implementada e como, quando e
onde reagir a ela.
Relações Culturais
Ao se propor as relações culturais como um dos conteúdos Estruturantes para
o estudo da História entende-se a cultura como aquela que permite conhecer os
conjuntos de significados que os homens conferiram à sua realidade para explicar o
mundo.
O conceito de cultura é polissêmico, tal a quantidade de contribuições e
reinterpretações articuladas com as ciências sociais, ao longo do século XIX e XX,
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as quais ampliaram e permitiram mudar um campo que se preocupava de modo
exclusivo com a cultura das elites. Faz-se necessário lembrar como precursores de
uma História cultural, no século XIX, os escritos de Burckhardt e Huizinga.
Com as mudanças ocorridas nos últimos trinta anos, os modelos de
explicação do passado têm sido questionados. Essa crise dos paradigmas
explicativos ocasionou rupturas profundas na História e permitiu a inclusão de
diferentes propostas e abordagens que incluíam a cultura como ponto de partida
para a análise histórica.
Raymond Williams (2003) afirma que a cultura é comum a todos os seres
humanos, pelo fato de haver uma estrutura comum de modos de pensar, agir e
perceber o mundo, que leva à constituição de organizações sociais diferentes. Isso
ocorre devido às diversas interpretações construídas por esses grupos históricos.
Para ele, a cultura tradicional é um patrimônio comum, uma herança comum, que a
educação tem a tarefa de difundir, tornar acessível a todas as classes sociais, da
mesma forma que a cultura popular.
Entretanto, as sociedades contemporâneas não são tão diferentes em sua
organização político- econômica, pois são poucas as que destoam do padrão
cultural próprio do capitalismo contemporâneo. Em outras palavras, as classes
dominadas existem numa relação de poder com as classes dominantes, de tal modo
que ambas partilham um processo social comum. Portanto, compartilha de uma
experiência histórica comum, produto dessa história coletiva. No entanto, os
benefícios produzidos por esta sociedade e seu controle se repartem desigualmente.
O estudo das relações culturais deve considerar a especificidade de cada
sociedade e as relações entre elas. O processo histórico constituído nesta relação
pode ser chamado de cultura comum.
Para Thompson, a cultura comum dos trabalhadores urbanos e camponeses
na Inglaterra do século XVIII “longe de ter a permanência rígida que a palavra
‘tradição’ sugere, o costume era um terreno de mudança e de conflito, um lugar onde
interesses opostos formulavam reivindicações opostas” (1998 p 16-17).
Os historiadores da Nova História Cultural abordam as relações culturais que
superam a dicotomia entre a cultura de elite e a cultura popular. Roger Chartier
analisa a cultura a partir das práticas, apropriações e representações culturais que
os sujeitos têm em relação aos artefatos culturais (literários visuais ou mentais).
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Carlo Ginzburg estuda a circularidade entre as culturas por meio de um
recorte local, em que se valorizam as ações e os valores de sujeitos comuns, de
suas famílias e comunidades. Esta abordagem é denominada micro história ou
microanálise e permite reavaliar as macro analises, rompendo com a dicotomia
cultura popular e cultura de elite.
Tanto os historiadores da Nova Esquerda Inglesa como os da Nova História
Cultural usam documentos antes desvalorizados pela historiografia metódica, tais
como processos judiciais, interrogatórios, boletins de ocorrência, canções populares,
relatos de tradições orais, livros populares, etc.
Ao produzir e vivenciar o processo de constituição da humanidade, o uso
destas evidências possibilitou aos historiadores construírem narrativas históricas que
incorporavam olhares alternativos quanto às ações dos sujeitos.
Por fim, nesta Proposta Curricular de História, entende-se que os Conteúdos
Estruturantes relações de trabalho, de poder e culturais permitem construir uma
fundamentação histórica das abordagens relativas aos temas ou conteúdos básicos
e aos conteúdos históricos específicos. Isto porque materializam as orientações do
agir humano, estruturada na formação do pensamento histórico. Esta formação
histórica, baseada nos Conteúdos Estruturantes, é constituída por metodologias de
ensino e de aprendizagem articuladas às especificidades do ensino fundamental, as
quais serão explicitadas nos encaminhamentos metodológicos.
8.2.2 Conteúdos Básicos da disciplina de História
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada
série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados
imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas
da Educação Básica. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de
escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é
responsabilidade do professor.
Nesse quadro, os conteúdos básicos apresentados devem ser tomados como
ponto de partida para a organização da proposta pedagógica curricular das escolas.
Por serem conhecimentos fundamentais para a série, não podem ser suprimidos
nem reduzidos, porém, o professor poderá acrescentar outros conteúdos básicos na
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proposta pedagógica, de modo a enriquecer o trabalho de sua disciplina naquilo que
a constitui como conhecimento especializado e sistematizado.
Esse quadro indica, também, como os conteúdos básicos se articulam com os
conteúdos estruturantes da disciplina, que tipo de abordagem teórico-metodológica
deve receber e, finalmente, a que expectativas de aprendizagem estão atreladas.
Portanto, as Diretrizes Curriculares fundamentam essa seriação/ sequência de
conteúdos básicos e sua leitura atenta e aprofundada é imprescindível para
compreensão do quadro.
No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens
diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo estruturante.
Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos específicos, sempre
considerando o aprofundamento a ser observado para a série e etapa de ensino.
O plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos
receberão abordagens contextualizadas históricas, social e politicamente, de modo
que façam sentido para os educandos nas diversas realidades regionais, culturais e
econômicas, contribuindo com sua formação cidadã. O plano de trabalho docente é,
portanto, o currículo em ação. Nele estará a expressão singular e de autoria, de
cada professor, da concepção curricular construída nas discussões coletivas.
Os conteúdos estruturantes que organizam o ensino de História nesta
proposta são as relações de trabalho, as relações de poder e as relações culturais.
Eles tratam das ações e relações humanas no tempo, articulando o ensino e a
pesquisa em História. Os conteúdos estruturantes se desdobram em conteúdos
básicos/ temas históricos e, por fim, nos específicos. Dessa forma, todos têm a
possibilidade de relacionar-se entre si. Na disciplina de História os conteúdos
básicos são os temas históricos, pois esta é a abordagem que se articula com os
fundamentos teórico-metodológicos expressos neste documento. Para os anos finais
do Ensino Fundamental a escolha dos recortes temáticos que organizam os
conteúdos básicos se deve à opção política e teórico-metodológica de romper com a
narrativa histórica tradicional, linear, eurocêntrica, homogeneizadora e totalizante da
divisão quadripartite (Antiga, Medieval, Moderna e Contemporânea). A considerar
que a formação da consciência histórica dos estudantes, expressada em suas
múltiplas narrativas, é a finalidade do ensino e da aprendizagem em História, deve-
se compreender que os temas históricos são a expressão narrativa das experiências
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do tempo. Ou seja, no que se referem à formação histórica, as narrativas, com suas
múltiplas temporalidades, materializam as experiências históricas dos sujeitos por
meio dos temas históricos. A articulação desses recortes temáticos aos conteúdos
estruturantes explicita-se na sugestão de conteúdos básicos apresentada.
CONCEITOS BÁSICOS
Trabalho
- Compreender o trabalho como elemento primordial nas transformações históricas. - Entender como o trabalho está presente em todas as atividades humanas: social, econômica, política e cultural. - Perceber as diferentes formas de produção e organização da vida social em que se destacam a participação de homens e mulheres, de relações de parentesco, da comunidade, de múltiplas gerações e de diversas formas de exercício do poder.
Poder
- Perceber a complexidade das relações de poder entre os sujeitos históricos. - Captar as relações de poder nas diversas instâncias da sociedade, como as organizações do trabalho e as instituições da sociedade organizada – sociais, políticas, étnicas e religiosas. - Perceber como o jogo das relações de dominação, subordinação e resistência fazem parte das construções políticas, sociais e econômicas.
Cultura
- Compreender a cultura como um conjunto de representações sociais que emerge no cotidiano da vida social e se solidifica nas diversas organizações e instituições da sociedade. - Perceber que as formações sociais são resultado de várias culturas. - Situar as diversas produções da cultura – as linguagens, as artes, a filosofia, a religião, as ciências, as tecnologias e outras manifestações sociais – nos contextos históricos de sua constituição e significação. - Perceber e respeitar as diversidades étnicas, sexuais, religiosas, de gerações e de classes como manifestações culturais por vezes confiantes.
Memória
- Ter consciência de que a preservação da memória histórica é um direito do cidadão. - identificar o papel e a importância da memória histórica para a vida da população e de suas raízes culturais. - Identificar e criticas as construções da memória de cunho propagandístico e político. - Valorizar a pluralidade das memórias históricas deixadas pelos mais variados grupos sociais. - Atuar sobre os processos de construção da memória social, partindo da critica dos diversos “lugares de memoria” socialmente instituídos. - Compreender a importância da escola e dos alunos na preservação dos bens culturais de sua comunidade e região.
Cidadania
- Aprimorar a atitude e valores individuais e sociais. - Exercitar o conhecimento autônomo e critico. - Sentir-se um sujeito responsável pela construção da História. - Praticar o respeito às diferenças culturais, étnicas, de gênero, religiosas, políticas. - Auxiliar na busca de soluções para os problemas da comunidade. - Indignar-se diante das injustiças. - Construir a identidade pessoal e social na dimensão histórica a partir do reconhecimento. - Ter consciência da importância dos direitos pessoais e sociais e zelar pelo cumprimento dos deveres. - Incorporar os direitos sociais e humanos além dos direitos civis políticos. - Posicionar-se diante de fatos presentes a partir da interpretação de suas relações com o passado.
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Ensino Fundamental: 6º ano – Os diferentes Sujeitos Suas culturas Suas
Histórias
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de
trabalho
Relações de poder
Relações culturais
A experiência humana no tempo.
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo.
As culturas locais e a cultura comum.
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história local/Brasil para o mundo; • deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia; • os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; • os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes; • o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as manifestações culturais que os sujeitos promovem numa relação com o outro instituído por um processo histórico. • Pretende perceber como os estudantes compreendem: a experiência humana, os sujeitos e suas relações com o outro no tempo; a cultura local e a cultura comum. • Verificar a compreensão do aluno acerca da utilização do documento em sala de aula, propiciando reflexões sobre a relação passada/ presente. • Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes. • No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas como: os mitos; lendas; cultura popular, festa e religiosidade; constituição do pensamento científico; formas de representação humana; oralidade e a escrita e formas de narrar a história etc.
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Ensino Fundamental: 7º ano – A Constituição Histórica do mundo Rural e
Urbano e a formação da Propriedade em diferentes Tempos e Espaços
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
As relações de propriedade. A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade. As relações entre o campo e a cidade. Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história loca/Brasil para o mundo; • deverão ser considerados os contextos relativos às histórias locais, da América Latina, da África e da Ásia; • os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; • os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes; • o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente como os mundos do campo e da cidade e suas relações de propriedade foram instituídos por um processo histórico; • Pretende perceber como os estudantes compreendem: a constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade; as relações entre o campo e a cidade; conflitos e resistências; e produção cultural campo cidade. • Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes. • No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
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Ensino Fundamental: 8º ano – O Mundo do Trabalho e os Movimentos de
Resistência
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
História das relações da humanidade com o trabalho. O trabalho e a vida em sociedade. O trabalho e as contradições da modernidade. Os trabalhadores e as conquistas de direito
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história loca/Brasil para o mundo; • deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia; • os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; • os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes; • o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas
• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade avaliar processualmente os mundos do trabalho instituídos por um processo histórico. • Pretende perceber como os estudantes compreendem: as relações dos mundos do trabalho que estruturam as diversas sociedades no tempo (sociedades indígenas, trabalho coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado). As contradições de classe na sociedade capitalista; as lutas pelos direitos trabalhistas. O trabalho e a vida em sociedade e o significado do trabalho em diferentes sociedades; as três ordens do imaginário feudal; o entretenimento na corte e nas feiras; fim da escravidão, o nascimento das fábricas/cortiços; vilas operárias. O trabalho na modernidade, as classes trabalhadoras/capitalista no campo e na cidade, a crise da produção e do trabalho a partir de 1929; ciência e tecnologia, saber/poder; a indústria do lazer, da arte (...). • Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes. • No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
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Ensino Fundamental: 9º ano – Relações de Dominação e resistência: a
formação do Estado e das Instituições Sociais
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
Relações de trabalho Relações de poder Relações culturais
A constituição das instituições sociais. A formação do Estado. Sujeitos, Guerras e revoluções.
• A abordagem metodológica dos conteúdos para o ensino fundamental parte da história loca/Brasil para o mundo; • deverão ser considerados os contextos relativos às histórias local, da América Latina, da África e da Ásia; • os conteúdos básicos pretendem desenvolver a análise das temporalidades (mudanças, permanências, simultaneidades e recorrências) e das periodizações; • os conteúdos específicos devem estar articulados aos conteúdos básicos e estruturantes; • o confronto de interpretações historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas.
• Esta sugestão de conteúdos tem como finalidade estudar e avaliar de modo processual as estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as ações políticas que os sujeitos promovem em relação às lutas pela participação no poder que foram instituídas por um processo histórico. • Pretende perceber como os estudantes compreendem: a formação do Estado; das outras instituições sociais; guerras e revoluções; dos movimentos sociais políticos, culturais e religiosos; as revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais e guerras mundiais (...). • Cabe ao professor, no decorrer do processo, elencar diferentes instrumentos avaliativos capazes de sistematizar as ideias históricas produzidas pelos estudantes. • No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas.
8.2.3 Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade
De acordo com o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB –
de dezembro de 1996, os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma
base nacional comum e uma parte diversificada, entre elas: Educação Ambiental,
Relações de Gênero, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Relações Étnico
Raciais, História do Paraná, História e Cultura Afro Brasileira e Africana e o Estatuto
do Idoso.
Educação Ambiental
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Em 1996, é sancionada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que
evidencia a dimensão ambiental na educação escolar, na amplitude dos processos
formativos do cidadão e na introdução de novos temas, considerando as inter-
relações decorrentes dos processos sociais, culturais e ambientais. Em decorrência
dessa legislação, são aprovados em 1997, os Parâmetros Curriculares Nacionais
(PCNs) pelo MEC, que definiram temas transversais, como: Saúde, ética, orientação
sexual, pluralidade cultural e meio ambiente, a serem inseridos em todas as áreas
de conhecimento no ensino fundamental. Com a publicação da Política Nacional de
Educação ambiental, Lei n. 9795/99, a Educação Ambiental, no Brasil, é
impulsionada ainda mais. No entanto, apenas em 2002 há a regulamentação dessa
lei e do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental. A presente
Proposta Pedagógica de História tem como foco interdisciplinar os seguintes temas:
Mudanças climáticas – aquecimento global e saúde, Educação ambiental e
sustentabilidade, Agenda 21, Agenda Escolar, Agenda local, Agenda Paraná,
Agenda Brasileira e Agenda Global.
A Educação ambiental não deve ser trabalhada de forma disciplinar e sim
incluí-la em todas as disciplinas. Onde todos os atores envolvidos no processo
ensino-aprendizagem, possam articular temas que permitam enfocar as relações
entre a humanidade e o meio ambiente e as relações sociais. Devido á Educação
ambiental estar dentro dos conteúdos trabalhados nas diferentes disciplinas, o aluno
tem uma visão mais abrangente dos problemas que a degradação do meio ambiente
pode causar. Cada disciplina trabalhando o tema poderá enfocar cientificamente,
dando uma boa base ao educando no entendimento das causas e consequências, a
partir daí, desenvolver uma consciência crítica.
Segundo Marx “o homem declarou guerra contra a natureza e é o principal
vencido ao vencê-la”. As necessidades são despertadas pelo sistema econômico
capitalista para obtenção de lucro, reprodução do capital. O método dialético pode
ser utilizado através de (a): conscientização para não inserção na sociedade de
consumo; preocupação com as gerações futuras; sensibilização; ações coletivas;
pensar globalmente – agir localmente; desenvolvimento sustentável; utilização de
uma tecnologia que reduza suas consequências e seus efeitos maléficos à natureza;
mudança de valores; luta contra o abismo homem-natureza, marcado pela
dominação e controle; busca de um conhecimento de cooperação ciência natureza.
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Antigamente, o desmatamento era sinônimo de progresso e desenvolvimento.
Hoje, estamos refletindo sobre as consequências desastrosas que isso trouxe no
processo de ocupação, colonização, povoamento e urbanização do Estado do
Paraná. É necessário procurar alternativas de desenvolvimento sustentável, onde é
possível conciliar crescimento e desenvolvimento com preservação e conservação
do meio ambiente – redução do impacto das ações humanas sob a natureza,
através da conservação dos recursos naturais e minerais, utilização de fontes
renováveis de energia (energias limpas). As empresas, também, devem demonstrar
preocupação com o meio ambiente, preservação dos rios, da fauna e flora, com a
extinção de animais, com os problemas ambientais de modo geral, por exemplo,
através da ISO 14000, etc.
Conforme Eduardo Galeano, o Império do consumo, conclui-se que, o
consumismo desenfreado ameaça o planeta e a humanidade. Destrói os sistemas
naturais de que todos dependem e torna ainda mais difícil a vida dos pobres. A
voracidade consumista se concentra, sobretudo, em 12% das pessoas que vivem na
América do Norte e na Europa Ocidental. Elas são responsáveis por 60% do
consumo mundial. Por sua vez, os habitantes do Sudeste Asiático e da África
subsariana representam 3,2% desse consumo.
Portanto, o planeta não suportará o crescente consumo das nações ricas.
Feitas as contas, verificou-se que são precisos três planetas para saciar o
consumismo global, pois os recursos da Terra já não são suficientes. Ironicamente,
entretanto, esse ‘apetite’ consumista vem provocando o que o autor chama de
enfermidades do consumismo’, como a obesidade, o endividamento e a necessidade
das pessoas passarem mais tempo trabalhando para ganharem dinheiro apenas
para satisfazer os sonhos de consumo. Porém, não há ainda acordo sobre o melhor
caminho para se evitar o desastre. Duas correntes se debatem. Aqueles que
defendem a possibilidade de um ‘desenvolvimento sustentável’ e os que afirmam
que é necessário e urgente um ‘decrescimento sustentável’. Essas duas
concepções, com os seus diagnósticos e argumentos, foram apresentados no
relatório, como também as alternativas para um outro modo de vida e de produção.
A violência no trânsito, à poluição, os congestionamentos e o estresse da chamada
vida moderna estão ligados, entre outros pontos, à dependência da sociedade ao
automóvel.
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De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde, a atmosfera
terrestre está satura pela qualidade de poluentes, e isso estaria causando vários
problemas de saúde e até alterando as condições de vida no planeta. A propagação
do carro particular deslocou o transporte de massa e alterou o planejamento da
cidade e da habitação de tal maneira que transfere ao carro o exercício de funções
que sua própria propagação tornou necessárias. Uma revolução ideológica
(“cultural”) seria necessária para quebrar este círculo.
É preciso compreender que o atual modelo de desenvolvimento capitalista
ameaça o esgotamento dos recursos naturais do planeta e provoca elevados níveis
de poluição da atmosfera e das águas, refere-se ao abuso capitalista da ciência e da
tecnologia. É preciso que haja mudanças nas relações entre os homens, na
organização política da vida que institua uma nova sociedade no processo de
produção, na organização do trabalho, que se estabeleça em novas bases de
cooperação.
História do Paraná
A História da ocupação territorial do Estado do Paraná pode ser dividida em
cinco etapas ou “ciclos”, caracterizados pela predominância de produtos diversos.
Assim, teríamos mineração, tropeirismo, erva mate, madeira, café e soja.
O tropeirismo teve grande importância na ocupação do território paranaense
devido ter resultado na abertura de importantes caminhos nos séculos XVIII e XIX e
no surgimento de diversos núcleos populacionais. Por exemplo, Curitiba e Região
Metropolitana, era ponto de parada dos tropeiros, por isso, cresceu e desenvolveu-
se de tal maneira que, posteriormente, Curitiba, tornou-se capital do Estado. As
Feiras livres favoreceram o desenvolvimento do comércio da Região. No entanto, o
grande impulso para a expansão econômica e política do Paraná teve início com o
ciclo do mate por volta do ano de 1820. Tornou-se fator decisivo para emancipação
política do Paraná, corrida em 1853.
A indústria madeireira deu continuidade ao crescimento econômico e
industrial com a conclusão da ferrovia entre Curitiba e Paranaguá em 1885,
incentivando assim a implantação de novas serrarias na região de Curitiba. A
atividade madeireira deu continuidade ao crescimento populacional/ urbano. No
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entanto, apesar de intensa, a ocupação do território do Paraná – Norte Velho, Norte
Novo, Norte Novíssimo, ocorreu de forma predatória, da extinção das Florestas de
Araucárias existentes.
No Estado do Paraná, as Políticas Públicas de Emprego surgem num
contexto marcado pelo crescimento da migração rural urbana das décadas de 1960
e 1970. Conforme nos mostra Oliveira (2001, p. 33 – 37), durante as décadas de
1950 e 1960, houve uma intensa proliferação de novos centros urbanos no Paraná.
O ciclo cafeeiro começou a dar claros sinais de esgotamento no início da década de
1960. Com as intensas geadas que se abateram sobre os cafezais no fim da década
de 1960 e primeira metade da década de 1970, sua erradicação em vastas áreas se
tornou inevitável, uma vez que o plantio se tornou inviável economicamente. Assim,
o café, que em 1969 representava mais de um terço das exportações, chegou em
1974 mal alcançando 7%.
Com o declínio da lucratividade cafeeira, a alternativa que pareceu mais
atraente a uma maioria de grandes proprietários rurais foi a implantação da cultura
da soja. O crescimento da produção da soja no Paraná nos anos 1970 foi um dos
mais expressivos na história econômica do país. Entre 1970 e 1976, a produção da
soja no Estado passou de 24% a 40% do total da produção nacional. A intensa
mecanização do cultivo e colheita do produto levou à dispensa de um número
enorme de trabalhadores rurais. O resultado foi a expansão do número de
desempregados na área rural. Não é por acaso que a população urbana paranaense
ultrapassou a rural ao fim dos anos 19708. Portanto, o processo de mecanização do
campo provocou o desemprego e consequentemente o êxodo rural.
A partir da segunda metade da década de 1970, o excedente de mão de obra
nos novos centros urbanos deveria ser enfrentado através da implantação de
Políticas Públicas de Emprego, conforme recomendações dadas em âmbito
nacional, através da criação do SINE, especificamente, através do Sistema de
Intermediação de mão de obra.
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena
Acreditamos que a lei 11.645/2008, proporcionou outro olhar sobre a cultura
afrodescendente – consideração da sua pluralidade e diversidade. É preciso
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valorizar e reconhecer que, as culturas africanas, aqui aportadas, são formadoras da
nacionalidade brasileira e não de meras contribuições. A presença do negro na
cultura e no pensamento nacional extrapola o espaço da arte relacionada as
questões culturais – religiosidade, canto, dança, culinária, etc.
Tem-se por objetivo possibilitar aos educandos a reflexão histórica buscando
uma transformação de valores na sociedade e a formação de uma nova consciência
social. Deve-se também lançar questionamentos sobre todos os tipos de
preconceitos e suas diversas formas de manifestação, dando certa atenção aos
livros didáticos que são “euro centristas” e não trazem reflexões sobre a cultura
negra, além de induzir à valorização da cultura branca.
A mídia é a sociedade capitalista dominante que reproduz, estimula e valoriza
os estereótipos, relembrando a sociedade estamental. Mesmo que o negro apareça
na mídia, ele está sempre subordinado (inferior) aos brancos. Hoje estas questões e
conceitos estão sendo revistos pela presença de pessoas negras no poder político e
pelas leis federais, buscando cobrir uma lacuna na formação escolar de nossos
jovens, possibilitando que educandos afrodescendentes pudessem resgatar nas
escolas sua identidade étnica, numa perspectiva de uma educação que permita aos
educandos negros assumirem-se como cidadãos autônomos, críticos e
participativos.
As formas de preconceito se manifestam tanto na sociedade quanto na escola
através de piadas, brincadeiras, constrangimentos morais, intelectuais e estéticos.
Por outro lado, temos os preconceitos implícitos que podem se manifestar através
do abandono escolar, pois de acordo com os níveis de escolaridade percebe-se que,
a presença de pessoas afrodescendentes vem diminuindo. As piadas e xingamentos
contribuem para a manutenção do racismo por serem vistas de forma banal, aceitas
naturalmente pela sociedade, enquanto que deveriam ser vistas como uma agressão
e violação dos direitos humanos, repudiada por todos. Essa situação só mudará a
partir do momento em que as pessoas tomarem consciência de que todos são
iguais.
O currículo oculto se manifesta através da manutenção dos conteúdos
“eurocêntricos”, o que pode deixar marcas no corpo discente pela dominação
cultural com a inferiorização do negro e o enaltecimento do branco.
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Atualmente, a pretensão da nova proposta curricular é abolir essas diferenças
deixadas pelo currículo oculto. O currículo cotidiano enfatiza a igualdade de todos,
mostrando que não existem diferenças raciais – inferior e superior. Os educadores
devem transmitir aos educandos essa visão de igualdade, buscando valorizar o
negro e ampliar seu repertório de informações, evidenciando a participação negra na
cultura e na história.
As ações pedagógicas, amparadas e fortalecidas pela lei, conseguem aos
poucos transformar as visões históricas distorcidas sobre a cultura africana. A
obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira” no ensino
fundamental e ensino médio, sem dúvida alguma, abriram um maior espaço de
visibilidade dos aspectos até então pouco difundidos das culturas africanas e afro-
brasileiras.
Conforme a problematização apresentada, foram levantados os seguintes
questionamentos: Por que o negro é tão discriminado hoje? Por que existe
discriminação racial no Brasil? Por que há tantas brincadeiras que denigrem a
imagem do negro?
Conforme os dados estatísticos levantados e analisados pelos professores
envolvidos na elaboração do Projeto Político Pedagógico, sobre a realidade
(diagnóstico) do Colégio Estadual Professor Elysio Vianna, pôde-se constatar que:
a) O Colégio é uma Escola de periferia; b) Possui um número considerável de
educandos; c) Notou-se que há um baixo poder aquisitivo dos mesmos; d)
Percebeu-se que há um elevado percentual de discriminação e preconceito contra
aqueles que manifestam características ou traços afro- descendentes. Isso pôde ser
diagnosticado através da observação do comportamento dos educandos, durante as
aulas ou intervalo, através de piadas e brincadeiras negativas, apelidos, expressões
individuais na forma de xingamento e nos estereótipos contra negros.
A situação problema iniciou com a seguinte constatação: Por que o negro
sempre foi visto como escravo, sujeito inferior? No entanto, ele não era escravo em
sua origem. Portanto, ele se tornou escravizado como consequência do domínio de
outros povos sobre a África. A situação problema do Projeto Político Pedagógico
enfocou um “novo olhar”, acerca da influência da História e Cultura afro-brasileira e
Africana para a solidificação das estruturas mantenedoras dos aspectos
relacionados à identidade e à emancipação da sociedade brasileira, nosso trabalho
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teve como referências norteadoras do público alvo a atingir, o material impresso do
curso Carludovicas-brasileiras e as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação
das Relações Étnicos Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro Brasileira e
Africana. Em outras palavras, incluir a História Cultura Afro Brasileira e Africana no
âmbito de todo o currículo escolar significa, primordialmente assumir o compromisso
maior de tomar o conhecimento da complexidade que envolve o processo de
construção da identidade negra no nosso país, responsabilizando toda a sociedade
brasileira na formação de cidadãos atuantes e democráticos a partir da reparação do
modo falso e reduzido de tratar a contribuição dos africanos escravizados e de seus
descendentes para a construção da nação brasileira.
Entende-se que a desvalorização da cultura afrodescendentes poderá ser
superada mediante a quebra de cinco paradigmas: Valorização da identidade étnico
histórica cultural; Valorização das diferentes raízes, identidade dos distintos grupos
que constitui o povo brasileiro; Buscando compreender, ensinando o respeito aos
diferentes modos de ser, viver, conviver e pensar; Discutindo as relações étnicas no
Brasil; Situando os aspectos histórico-social e as produções culturais de origem
africana.
A Educação das Relações Étnicas Raciais tem por objetivo a divulgação e
produção de conhecimentos, assim como de atitudes, posturas e valores que
preparem os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha entre todos, sem as
barreiras estabelecidas por séculos de preconceitos, estereótipos e discriminações
que fecundaram o terreno para a dominação de um grupo racial sobre outro, de um
povo sobre outro.
O ensino de História e Cultura Afro Brasileira e Africana tem por objetivo o
reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros,
bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes
africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias e asiáticas.
Como trabalhar esses temas transversais em História
Identificar, analisar e refletir sobre a presença de elementos e rituais das
culturas de matriz africana nas manifestações populares brasileiras: puxada de rede,
maculelê, capoeira, congada, maracatu, tambor de crioulo, samba de roda,
umbigada, carimbó, coco etc.
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Identificar, analisar e refletir sobre as danças de natureza religiosa
(candomblé); lúdica (brincadeira de roda); funerária (axexê); guerreira (congada);
dramática (maracatu) e profana (jango). Analisar a contribuição artística da cultura
africana na formação da Música Popular Brasileira: origem do batuque, do lundu e
do samba, entre outros.
Relações de gênero e diversidade sexual.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Pluralidade Cultural
e Orientação Sexual: p. 144, a discussão sobre as relações de gênero tem como
objetivo combater relações autoritárias, questionar a rigidez dos padrões de conduta
estabelecidos para homens e mulheres e apontar para sua transformação – na
Família, na Escola e na Sociedade.
A flexibilização dos padrões visa permitir a expressão de potencialidades
existentes em cada ser humano que são dificultada pelos estereótipos de gênero,
por exemplo, a repressão das expressões de sensibilidade, intuição e meiguice nos
meninos ou de objetividade e agressividade nas meninas. Portanto, as diferenças
não devem ficar aprisionadas em padrões preestabelecidos, mas podem e devem
ser vividas a partir da singularidade de cada um, apontando a equidade entre os
sexos. Pretende-se desenvolver essa análise crítica sobre as Relações de Gênero
através da Música, da Dança e do Teatro (Projeto Mais Educação) e também
mediante a textura, as Relações Étnico Raciais, ao conhecimento da História e
Cultura Afro- Brasileira e Africanas, a pintura, a gravura, a colagem, a fotografia e a
escultura.
Prevenção ao uso indevido de drogas
Nem sempre é fácil reconhecer a melhor maneira de atuar junto aos
educandos para ajudá-los a ter atitudes conscientes e evitar o risco do Uso Indevido
de Drogas. Algumas posturas e tipos de atividades têm mais possibilidade de
eficácia, por exemplo: Conhecer o que os educandos pensam; considerar a
realidade do aluno; incentivar a reflexão, desenvolver o autoconhecimento; estimular
a construção do conhecimento; estimular a expressão de sentimentos e opiniões;
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apresentar conceitos realistas e não preconceituosos; desenvolver o tema “droga”
integrado aos conteúdos pedagógicos; Estimular o interesse do aluno e o senso
crítico.
Educação Fiscal
A Educação fiscal refere-se ao uso indevido de imagens, livros didáticos e
não didáticos, músicas, vídeos, textos sem a devida autorização do autor,
desrespeitando a lei referente aos direitos autorais.
Estatuto do Idoso – Lei 10.741/2003
A Lei 10.741, de 03 de outubro de 2003, dispõe sobre a instituição do Estatuto
do Idoso, assegurando os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60
(sessenta) anos, e atribuindo à família, à comunidade, à sociedade e ao Poder
Público, o dever de efetivar, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à
liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária (art. 3º).
A Política Nacional do Idoso foi instituída em 1994, em âmbito nacional, e em
1997, com a Lei Estadual nº 11.863, de 03 de outubro de 1997, o estado do Paraná
consolida a sua Política Estadual do Idoso. Em ambas as leis são delegadas
atribuições para a educação, o que foi mantido também no Estatuto do Idoso de
2003, com a mesma redação para a tarefa educacional, em seu Artigo 22, que
determina:
"Nos currículos mínimos dos diversos níveis de ensino formal serão inseridos conteúdos voltados ao processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria."
Nesse sentido, é importante ressaltar que o Estado do Paraná assume uma
organização disciplinar do currículo, entendendo que a escola é um espaço
democrático de socialização do conhecimento e que, os professores, ao
organizarem o trabalho pedagógico, devem fazê-lo “a partir dos conteúdos
estruturantes de sua disciplina” (DCE, 2008, p. 27).
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A disciplina de História poderá analisar as ações e relações humanas no
tempo decorrentes das relações culturais, de trabalho e de poder nas culturas locais
e comuns pelas relações das diversas sociedades, sendo elas indígenas, trabalho
coletivo, patriarcal, escravocrata, servil e assalariado e o que os movimentos sociais,
políticos, culturais e religiosos da sociedade moderna conquistaram quanto aos
direitos da pessoa idosa. Sugere-se como uso de fontes históricas os documentos
das conquistas de direito desse grupo social, tais como a Declaração dos Direitos
Humanos, a Constituição Brasileira de 1988, o Estatuto do Idoso.
8.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA
A ampliação do saber histórico, sistematizado e construído ao longo do tempo
resultante de diversas civilizações é indispensável para a compreensão do espaço-
tempo. Portanto, nossos esforços devem se concentrar na sistematização dos
princípios metodológicos necessários para este ensino.
A organização dos conteúdos trabalhados em história em temas geradores,
eixos temáticos, projetos associados ao uso de vídeos nos permite contextualizar os
conteúdos historicamente e socialmente construído. Por outro lado, os diferentes
materiais e recursos (retroprojetor, computador, internet, livro didático, revista, DVD,
aparelho de som, etc.), estão a serviço desta compreensão e contextualização
desses conteúdos. Seja qual for a metodologia empregada, espera-se que o aluno
conheça, analise, interprete e compreenda sobre o que foi estudado, analisado,
contextualizado e interpretado. As metodologias (seus materiais e recursos) nos
auxiliam neste aprendizado.
Ao contemplar os temas transversais o estudo de história não deve ser
apenas um relato de fatos acontecidos, mas uma reflexão acerca da construção da
nossa civilização:
1. O estudo da HISTÓRIA e Cultura Afro Brasileira tem por objetivo quebrar os
preconceitos existentes contra o mesmo.
2. Analisando os períodos históricos, o homem se apresenta como construtor da sua
história, o que dá a possibilidade de o aluno perceber-se como construtor da sua
própria história e da sua vida. Nesse sentido a história se apresentaria como uma
possibilidade na prevenção do uso indevido de drogas.
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3. Ao estudar história percebemos as modificações, feitas pelo homem, na natureza.
O homem não só usou a natureza em seu benefício, como abusou dela, explorando
de maneira exagerada. A História tem, então, o papel de conscientizar o aluno da
necessidade da preservação daquilo que ainda resta.
4. A história da humanidade passou por momentos marcantes de domínio de tiranos,
imperadores e ditadores. É necessário que se conscientize ao aluno quanto á sua
responsabilidade perante a política atual, mostrando que ele não é um espectador,
mas um agente transformador.
5. Mostrar o progresso histórico da humanidade contra a violência física e qualquer
outro tipo de repressão é papel da história. Isso na tentativa de mostrar ao aluno que
também a criança ou adolescente é um cidadão que merece respeito e dignidade.
6. Mostrar ao aluno que o que se valoriza é o ser humano e aquilo que ele é capaz
de produzir por meio do estudo do desenvolvimento da humanidade, na tentativa da
quebra de preconceitos e discriminação contra o diferente.
O estudo da História do Paraná é uma forma de compreendermos a formação
da nossa identidade, qual a nossa origem e cultura.
Ao contemplar os conteúdos estruturantes, básicos e específicos, a aplicação
da História no Ensino Fundamental, em especial no Ensino Fundamental, deve ter
como finalidade proporcionar aos educandos ferramentas básicas para pensá-lo e
saber histórico. A partir disso é possível problematizar os diversos conteúdos do
currículo, mas sempre os inserindo em um eixo que conduz o processo ensino-
aprendizagem.
Para desenvolver o conteúdo na sala de aula, podem-se criar metodologias
diversas. O importante é tentar problematizar sempre. Partir de situações problemas,
o que significa construir conhecimentos, partirem da prática social do aluno, do
cotidiano da comunidade na qual está inserido.
Com acumulação das ferramentas adquiridas no ensino fundamental, os
educandos deverão agora participar da construção e dos debates dos
conhecimentos históricos, sempre os relacionando com sua realidade mais próxima.
Todos aos conteúdos trabalhados agora mais detalhadamente terão por objetivo
transmitir um conhecimento de que como as sociedades históricas se organizam a
partir da exploração de um grupo e/ou como as sociedades históricas se organizam
a partir da exploração de um grupo e/ou classe sobre outro, para que esse
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conhecimento seja aplicado no entendimento crítico da sociedade contemporânea,
problematizando questões como ideologia, dominação, exploração, etc., para que
como objetivo do curso, o aluno enxergue-se enquanto agente histórico.
Utilizaremos os seguintes Filmes como recursos metodológicos:
A cor púrpura. Adivinhe quem vem para jantar. A encruzilhada (Crossroads). A hora
do show. Amistad. A negação do Brasil. Distraída para morte. Hotel Ruanda.
Malcolm X. Meu mestre, minha vida. Mississipi em chamas. Narciso Rap. No
balanço do amor. O poder de um jovem. Quilombo. Uma história americana. Um
grito de liberdade. Um sonho de liberdade. Vista minha pele. Quase deuses.
Homens de Hon e outros filmes, vídeos, recursos audiovisuais, Internet, TV
pendrive, jornais, revista, artigos, livros da biblioteca do professor, etc. além da
participação, colaboração e cooperação dos educandos envolvidos.
8.4 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO
Reconhecem fatos históricos, símbolos, imagens com clareza, criatividade e
fidelidade sem perder o que é essencial nos fatos representados; Percebe o
significado das representações históricas na dimensão tempo e espaço, de modo
coerente e lógico; Elabora um pensamento histórico crítico, próprio, a fim de ampliar
seu conhecimento de forma organizada; Estabelece comparações entre diferentes
contextos históricos; Consegue relacionar fatos históricos por meio de
representações críticas em espaços e tempos diversos; identifica, seleciona e
observa com concentração e atenção a fim de que possa repetir e organiza fatos e
situações; Aprende teorizar, sentir e perceber o trabalho histórico; Transfere o
conhecimento adquirido nas aulas às atividades propostas, com satisfação,
interpretação e estímulo; Argumenta e expõe suas ideias de modo crítico e claro na
escrita, na oralidade e nas produções textuais; Desenvolve a capacidade de
observar, identificar e selecionar, com atenção e concentração, repetindo e
organizando fatos e situações; Sabe relacionar sujeitos/fato/época, criando
significado nesta relação; Sabe sequenciar com lógica os fatos pela sua importância
histórica, no contexto em que se apresenta;
As aulas de História devem levar os educandos a compreensão de processos
históricos e identificação de problemas sociais. Para isso, serão utilizados como
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encaminhamentos metodológicos básicos: Aulas expositivas; exercícios escritos e
oralmente apresentados e discutidos; leitura de textos clássicos teóricos, teóricos
contemporâneos, temáticos, didáticos, literários e jornalísticos; Debates e seminários
de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa; análise crítica de filmes,
documentários, músicas, propaganda de TV; análise crítica de imagens, fotografia,
charges, entre outros.
Ao aprender a questionar sobre a sociedade, o educando amplia a sua visão
de mundo e adquire significados concretos para sua vida e desenvolver o
pensamento crítico no cotidiano. No contato do educandos com outros momentos
históricos ou tempos históricos, confronta a sua realidade com outras realidades,
desenvolver a capacidade de raciocínio e é capaz de avaliar a realidade de
diferentes perspectivas.
Ao ampliar a capacidade de interpretação dos fenômenos históricos, ambos
os atores envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, poderão superar o
senso comum e nele reconhecer o ponto de chegada do conhecimento, como
proposto por Sousa Santos (1998).
8.4.1 Avaliação
Os instrumentos de avaliação em História, atentando para a construção da
autonomia do educando enquanto sujeito participante do processo histórico
acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da disciplina e podem
ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos ou filmes;
participação nas pesquisas bibliográficas; produção de textos que demonstrem
capacidade de articulação entre teoria e prática, dentre outras possibilidades. Várias
podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a
clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido de apreensão,
compreensão, reflexão dos conteúdos pelo educando e, sobretudo, expressa oral ou
escrita da sua percepção de mundo.
Estudar, aprender e ensinar História exige posicionamentos teórico-
metodológicos claros e concisos e também um posicionar-se frente à realidade
apresentada pelo conhecimento produzido. São as explicações, as interpretações
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sobre o real que fornecem os instrumentos para o mundo ser transformado, recriado
em novas bases.
As contribuições sobre a História requerem visões e interpretações de maior
compreensão e menor margem de equívocos ou reducionismos.
A avaliação na disciplina de Historia será diagnóstica (debates, seminários,
etc.) e direta (pesquisas, trabalhos práticos e provas). Na função diagnóstica, a qual
é processual, contínua, permanente e cumulativa, têm-se como ponto de partida os
conhecimentos históricos construídos socialmente pelo homem e expressos na
escola como conteúdos Históricos. O ponto de chegada será realizado mediante
sistematização e mediação pelo professor na relação ensino-aprendizagem. Alguns
critérios são estabelecidos para que possamos saber avaliar e analisar, se os
objetivos dos conteúdos da disciplina de historia estão sendo atingidos pelos
educandos a partir das metodologias utilizadas.
A avaliação terá função diagnóstica, cumulativa, contínua e processual, e será
feita a partir de critérios. Os instrumentos de avaliação - Seminários, debates,
trabalhos em equipe, apresentação oral e escrita, apresentação em mural, painel,
relatórios, reflexão, análise e interpretação de textos etc. O critério de avaliação é o
conteúdo, no seu papel mediador entre o sujeito que aprende e a realidade. Não se
trata de qualquer conteúdo, mas daqueles cuja relevância é fundamental para a
compreensão da prática social. Neste sentido é fundamental também enfatizar a
relevância da relação conteúdo/ forma na socialização do saber, possibilitando ao
aluno a reelaboração da sua visão de mundo, assegurando-lhe o questionamento e
o domínio da realidade contemporânea.
A avaliação formativa considera que os educandos possuem ritmos e
processos de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnóstica, aponta as
dificuldades, possibilitando assim que a intervenção pedagógica aconteça a tempo.
Informa o sujeito do processo (professor e aluno), ajuda-o a refletir. A avaliação
formativa faz com que o professor procure caminho para que todos os educandos
aprendam e com que os mesmos participem mais das aulas, envolvendo-se
realmente no processo de ensino-aprendizagem (HOFFMAN, 2000).
É fundamental que o aluno compreenda que existem diferentes formas e
relações de trabalho que dão origem a diferentes grupos e sociedades, e que os
grupos e sociedades têm diferentes formas de expressar seu imaginário, cotidiano e
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de se organizar, e que existe unidade e diversidade entre as sociedades. Também
avaliar se o aluno está conseguindo entender a percepção do tempo em si mesmo
para dimensões temporais cada vez mais amplas: do seu corpo, de outros grupos,
de outras sociedades, da sociedade.
É importante levarmos em consideração as vivências temporais- biológicas e
sociais dos educandos, que são expressões de temporalidade de sua própria
cultura, sendo que a própria temporalidade é uma construção histórica. Finalmente,
a avaliação mais condizente é aquela que se dá contínua e cumulativamente, já que
não se pode fragmentar o processo de domínio das práticas sócias.
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9 - DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA
9.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO–METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA
A Língua Estrangeira Moderna - LEM é um espaço em que se pode ampliar o
contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a realidade, tendo em
vista que a percepção do mundo está, também, intimamente ligada às línguas que
se conhece. Ela se apresenta também como um espaço de construções discursivas
contextualizadas que refletem a ideologia das comunidades que a produzem. Desta
maneira, o trabalho com LEM parte do entendimento do papel das línguas nas
sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: a LEM é
também possibilidade de conhecer, expressar e transformar modos de entender o
mundo e construir significados.
É um instrumento de inclusão social a partir do momento em que oportuniza o
acesso a outras comunidades e conhecimentos, permitindo o alargamento de
horizontes e a expansão das capacidades interpretativas e cognitivas dos
educandos. Através da LEM se reconhece a diversidade cultural, e torna-se possível
oportunizar o educando a vivenciar criticamente a cultura do outro ao
mesmo tempo em que valoriza a própria.
A LDB 9394/96, estabelece o caráter compulsório de uma língua estrangeira a
partir do 6º ano do Ensino Fundamental, facultando ao Ensino Médio a possibilidade
da inclusão de uma segunda língua estrangeira.
Para alcançar os objetivos metodológicos, serão trabalhados com os
educandos da LEM os seguintes itens: oralidade, escrita e audições.
Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de
comunicação intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre
pessoas de diferentes línguas maternas.”, tendo em vista que existem,
aproximadamente, mais de 300 milhões de falantes nativos e mais de 1 bilhão de
usuários no mundo todo, sendo a língua principal em livros, jornais, aeroportos e
controle de tráfego aéreo, negócios internacionais e conferências acadêmicas,
ciência, tecnologia, medicina, diplomacia, esportes, competições internacionais,
música pop e propaganda.
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Partindo desse pressuposto, a LEM é um instrumento para que o educando
seja capaz de construir e não somente consumir o conhecimento oferecido por
outros, propiciando “reflexões sobre a relação entre língua e sociedade e,
consequentemente, sobre as motivações subjacentes às escolhas linguísticas em
situações de comunicação (oral e escrita).” (PARANÁ, 2005). Ao serem expostos às
diversas manifestações da língua na sociedade, os educandos podem entender as
implicações político ideológicas.
9.1.1 Objetivos da disciplina da Língua Estrangeira Moderna
Desenvolver conhecimentos linguísticos referentes ao vocabulário, à fonética
e às regras gramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a
língua que se lhe apresenta;
Desenvolver diferentes conhecimentos discursivos que constituem a variada
gama de práticas sociais que são apresentadas;
Desenvolver conhecimentos culturais;
Desenvolver conhecimento sócio pragmáticos, referentes aos valores
ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio
histórico particular.
Garantir que identifique, realize, amplie e expresse por meio de atividades
significativas em língua estrangeira nas quais as práticas de leitura, audiovisual,
escrita e oralidade, interajam entre si e constituam uma prática sócia cultural.
9.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS
Os conteúdos por série para o Ensino Fundamental e Médio serão
desdobrados a partir de textos (verbais e não verbais) de diferentes tipos,
considerando seus elementos linguísticos discursivos (fonéticos, fológicos, léxico
semânticos de sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita e
oralidade). Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os
conteúdos linguísticos discursivos, bem como as práticas discursivas a serem
trabalhadas.
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Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o
Discurso como prática social e é a partir dele que advêm os conteúdos básicos: os
gêneros discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, tendo como norte:
ENSINO FUNDAMENTAL 6º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICA
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. *Vide relação dos gêneros ao final deste documento. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; •Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; •Coesão e coerência; •Marcadores do discurso; •Funções das classes gramaticais no texto; •Elementos semânticos; •Discurso direto e indireto; •Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; •Recursos estilísticos (figuras de linguagem); •Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; •Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Vozes verbais; • Discurso direto e indireto; •Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; •Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica
LEITURA É importante que o professor: •Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; •Considere os conhecimentos prévios dos alunos; •Formule questionamentos que possibilite inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; •Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; •Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; •Relacione o tema com o contexto atual; •Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; •Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros; ESCRITA É importante que o professor: •Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; •Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; •Conduza à utilização adequada das partículas conectivas; •Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; •Acompanhe a produção do texto; •Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero
LEITURA Espera-se que o aluno: • Identifique o tema; • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas no texto; •Amplie seu horizonte de expectativas; •Amplie seu léxico; • Identifique a ideia principal do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: •Expresse as ideias com clareza; •Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, tendendo: •às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); •à continuidade temática; •Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; •Use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc. ORALIDADE •Espera-se que o aluno: •Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); •Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna. •Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc.; •Respeite os turnos de fala.
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ENSINO FUNDAMENTAL 7º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICA
METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. * Vide relação dos gêneros ao final deste documento. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica. ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. • Pronúncia.
LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões sobre tema e intenções; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõe o gênero; • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; • Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as Marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, etc.
LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente em que circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Identifique o tema; • Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: • Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresente suas ideias com clareza; • Compreenda os argumentos no discurso do outro; • Organize a sequência de sua fala; • Respeite os turnos de fala; • Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna.
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ENSINO FUNDAMENTAL 8º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICA METODOLÓGICA AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. * Vide relação dos gêneros ao final deste documento. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica.
LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; • Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não verbais diversos que dialoguem com não verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor. ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de aventura, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma aventura, etc.); • Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; • Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
LEITURA Espera-se que o aluno: • Realize leitura compreensiva do texto; • Localize informações explícitas e implícitas no texto; • Posicione-se argumentativamente; • Amplie seu horizonte de expectativas; • Amplie seu léxico; • Perceba o ambiente no qual circula o gênero; • Identifique a ideia principal do texto; • Analise as intenções do autor; • Identifique o tema; • Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; • Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: • Expresse suas ideias com clareza; • Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; • Utilize recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc.; • Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.; • Empregue palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
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ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICA METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. * Vide relação dos gêneros ao final deste documento. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção;
LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros; • Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto. ESCRITAÉ importante que o professor:
LEITURA Espera-se do aluno: • Realização de leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicionamento argumentativo; • Ampliação do horizonte de expectativas; • Ampliação do léxico; • Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da ideia principal do texto; • Análise das intenções do autor; • Identificação do tema; • Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo. ESCRITA Espera-se do aluno: • Expressão de ideias com clareza; • Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
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ENSINO FUNDAMENTAL: 9º ANO
CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICA METODOLÓGICA
AVALIAÇÃO
• Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semânticos; • Recursos estilísticos (figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística; • Ortografia; • Acentuação gráfica. • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Vozes sociais presentes no texto; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia.
• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero; • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor. • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
• Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.; • Utilização adequada de recursos linguística como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. • Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto. ORALIDADE Espera-se do aluno: • Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresentação de ideias com clareza; • Compreensão de argumentos no discurso do outro; • Exposição objetiva de argumentos; • Organização da sequência da fala; • Respeito aos turnos de fala; • Análise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; • Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna; • Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, filmes, etc.
9.2.1 CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, os conteúdos específicos tanto
para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio são trabalhados na mesma
forma, porém aprofundados conforme a série. Temos como conteúdos específicos
da disciplina de Inglês (Língua Estrangeira moderna ofertada pela escola):
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Conteúdos gramaticais: Verbo to be – simple present (singular) is (afirmativo,
interrrogativo e negativo);
Subject pronouns: He, she;
Possessive adjectives: my, your, his, her;
Vocabulário: the alphabet, Family;
Interrogative pronouns: What, who;
Adjectives;
Short answers;
Demonstrative pronouns: this, that;
Indefinite articles: a, an;
Vocabulary: adjectives, animals;
Verbo to be – simple present (singular, plural) is, are;
Greetings: Hello, hi, good morning…;
demonstrative pronouns: these, those;
Subject pronouns: it, they, I, we, you;
Adjectives;
The article: the;
The interrogative pronoun: how;
Vocabulary: colors, parts of the body, adjectives;
Verbos: to play, to like, to have; Simple present: I, you (afirmativo, negativo e
interrogative.)
Prepositions: in, on, at, with;
Conjunctions: or, and;
The interrogative pronoun: where;
Questions: how many;
cardinal numbers: 1 to 20;
vocabulary: toys, games, pets, instruments.
Cardinal numbers: 1 to 100;
Questions: how many, what time, how old;
Verbo to be – simple present;
Verbos: to eat, to drink: I, you (afirmativo, negativo e interrogative)
Vocabulary: numbers, time, age, food, drinks,
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Personal pronouns
Possessive adjective pronouns;
Why, because;
Prepositions: in, on;
Interrogative words: when, who, what;
Conjunctions: and, or, but;
Articles: a, an, the;
Ordinal Numbers
Vocabulary: months, days of the week, time, holidays.
Adjectives;
Ordinal verbs: simple present;
Nouns: singular and plural;
Verbo to be – Present continuous;
Interrogative words: who, when, where, what, how, which, how many;
Prepositions: inside, outside, in, on;
Vocabulary: weather, school subjects, adjectives, the house and its rooms,
daily activities,
Interrogative words: who, when, where, what, how, which, how many;
Verbo to be – simple present (afirmativo, negativo, interrogativo.)
Advérbios de frequência;
Nouns: Singular and plural;
There to be – simple present (afirmativo, negativo e interrogative.)
Prepositions: behind, between, next to, far from, in front of;
Vocabulary: animals, foods, places;
Present continuous – (afirmativo, interrogative e negativo)
‘s Genetive case;
Verbo: Can;
Interrogative pronoun: whose;
The possessive pronouns
Vocabulary: clothes, abilities;
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Either/too, some/any, somebady/someone, anybody/anyone,
something/anything, nobady/no one/nothing;
Countable and uncountable nouns;
Many/few; much/little;
May/can;
Vocabulary: occupations, sicknesses, parts of the body.
Verbos: borrow and lend;
Tag questions.
Verbo to be – simple past (afirmativo, negativo e interrogativo.);
Past continuous (afirmativo, negativo e interrogativo.);
Reflexive pronouns;
Simple past – did;
Expressions: I’m sorry, I suppose not;
Question tags;
Vocabulary: feelings, dates, nationalities, countries.
Simple past – regular and irregular verbs (afirmativo, negativo e
interrogative.);
Adjective + enough;
Too + adjectives;
So/neither
Vocabulary: talk about the past.
Comparative form;
Superlative form;
Simple future – will (afirmativo, negativo e interrogative);
Future with to be + going to;
If clauses;
Would - conditional.
Vocabulary: size, model, prices, vacations activities, future plans.
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GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística,
serão adotadas como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas
esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de
acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular,
com o Plano de Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características
da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries.
GÊNEROS TEXTUAIS
- percepção do conteúdo vinculado, interlocutores, assunto, fonte, papéis
sociais representados, intencionalidade, valor estético e condições de produção;
- elementos coesivos e marcadores do discurso responsáveis pela progressão
textual, encadeamento das ideias e coerência do texto;
- variedades linguísticas: diferentes registros e graus de formalidade
- diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre as comunidades de
língua estrangeira e / ou materna e, ainda, no âmbito de uma mesma comunidade;
- Conhecimentos linguísticos: ortografia, fonética e fonologia, elementos
gramaticais.
9.2.2 Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade
Lei 39/03 – História e Cultura afro-brasileira serão trabalhadas através de
reflexão sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos após e/ ou
durante a pesquisa.
Prevenção e uso indevido de drogas: Palestras que abordem questões sobre
o assunto.
Lei 9799/95 – Educação Ambiental: Proporcionar textos e documentários
sobre a Educação ambiental, alertando para os problemas existentes no mundo.
Educação Fiscal: Trabalhar filmes, textos e outros, junto com os alunos.
Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente: Produção de
textos, gráficos, fotos, imagens e pesquisa além de palestra junto aos alunos e
comunidade.
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Gênero e diversidade sexual: Estimular a ampliação de leituras sobre o tema,
além de palestras.
9.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Os professores de língua estrangeira, além de competência linguística,
precisam de referenciais teóricos relacionados ao processo de aquisição de uma
segunda língua e conhecer uma variedade de opções metodológicas. Mas não
devem ser meros executores de métodos prontos e acabados, devem sim ter uma
visão crítica em relação a esses conhecimentos, adequando-os a cada situação de
sala de aula, conforme o objetivo almejado, considerando as diferenças individuais
dos aprendizes, como, por exemplo, a idade, a motivação e o ambiente. Para o
trabalho com um segundo idioma é necessário ter um “embasamento teórico
linguístico e conhecimento de metodologias apropriadas para esse ensino,
adequadas aos objetivos de um curso e às circunstâncias do fazer diário em sala de
aula”.
No trabalho com qualquer língua estrangeira, os conteúdos e os temas
propostos devem ser contextualizados e partir do conhecimento de mundo do
estudante. Por exemplo, episódios da vida em família, na escola e em seu grupo
sócio cultural, situações vivenciadas na comunidade, em ambientes sociais e virtuais
devem estar presentes na prática do ensino de um idioma para que se desenvolvam,
cada vez mais, habilidades interativas com diferentes culturas e modos de ver o
mundo. Para tanto, no processo de ensino e aprendizagem da língua estrangeira
deve-se evitar o uso de estruturas isoladas ou a memorização de listas de
vocábulos. A língua precisa ser trabalhada em situações significativas, nas quais o
estudante seja capaz de expressar algo relevante, não executando uma mera
repetição de palavras ou frases memorizadas, mas algo que tenha e produza
sentido.
Quando o uso ou a forma da língua está contextualizado, o estudante entende
para que sirva uma determinada expressão ou estrutura linguística, como e quando
utiliza-la, o que torna sua aprendizagem mais funcional.
Um recurso que deve ser bastante explorado no trabalho de sala de aula com
língua estrangeira, independentemente da idade dos estudantes, é a música.
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Canções reais têm um sabor autêntico que serve de motivação para muitos alunos:
formam o elo entre a linguagem da sala de aula e a linguagem do mundo exterior.
Além de fonte de entretenimento, a música se torna um recurso didático que cria
inúmeras possibilidades de ações pedagógicas. Ela pode, nesse contexto,
representar um exercício de escuta, que auxilia na percepção da pronúncia e da
entonação da língua em estudo, na compreensão de referências culturais e de
estruturas da linguagem e na ampliação de vocabulário. Também, a grande
variedade de recursos tecnológicos existentes permite a utilização de CD-ROM
específicos para o aprendizado de língua estrangeira: sites da internet (para
pesquisas ou atividades que favorecem a interatividade, permitindo conhecer novos
aspectos linguísticos e praticar conhecimentos já adquiridos); filmes, desenhos
animados, entrevistas, documentários, etc. É fundamental, no entanto, que, ao
buscar essas ferramentas, o professor saiba selecioná-las criteriosamente, de
acordo com os objetivos que ele pretende atingir, definidos claramente em seu
planejamento.
Salienta-se que o professor deve falar a língua que ensina o maior tempo
possível em sala de aula, em uma velocidade normal e sem fragmentar as frases.
Para o desenvolvimento da oralidade, escuta e fala, os estudantes precisam estar
em contato o maior tempo possível com a língua e ser estimulados a fazer uso do
vocabulário e das estruturas que estão aprendendo, pois isso facilitará a
compreensão da forma e das funções da língua.
Envolver os alunos em atividades críticas e problematizadoras, que se
concretizam por meio da língua e como prática social;
O texto, enquanto unidade de linguagem em uso, ou visual, será o ponto de
partida da aula de língua estrangeira;
Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá
que formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o
mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da
situação em que a prática social do uso da linguagem ocorre.
As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira
com o texto. Isso não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento
às demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há
uma simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita e
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oralidade.
Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por
finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos.
Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao
constatar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico e
socialmente constituído e assim elabore a consciência da própria identidade.
O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do
currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa,
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas
fazer com que o aluno perceba que os conteúdos de disciplinas distintas
podem muitas vexes estar relacionados entre si.
9.4 AVALIAÇÃO
Como o objetivo do Ensino Médio e Fundamental é a formação do sujeito
crítico, capaz de interagir com o mundo a sua volta o ensino aprendizagem da
Língua Estrangeira Moderna deverá ultrapassar as questões técnicas e
instrumentais e se centrar na educação.
O professor deverá ensinar aos alunos maneiras de construir significados;
elaborar procedimentos e construir sentidos do mundo. É preciso entender a
linguagem como algo mais que conjunto de normas e formas, com uma produção
construída nas interações sociais inseparáveis das comunidades interpretativas que
as constrói.
É essencial que o aluno ao entrar em contato com a Língua Estrangeira
Moderna esteja inserido num contexto e numa situação concreta.
Levando-se em conta as limitações e dificuldades das escolas públicas
referente a falta de material, laboratórios de língua e falta de convívio com pessoas
falantes da língua estrangeira recomenda-se trabalhar com textos sua compreensão
e estudo do vocabulário, também com a produção de textos.
Leitura individual ou em grupos;
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Perguntas sobre textos em sequência ordenada, escrevendo no quadro de giz
as respostas dadas de modo a formar um resumo do texto, para que o aluno conclua
sua composição oral;
Resolução de exercícios individuais ou em grupos;
Correção de exercícios coletivamente;
Maior fixação das estruturas básicas através de exercícios, utilizando
estruturas e vocabulários conhecidos.
Pesquisa em jornais, revistas, internet e dicionários;
Confecção e exposição de cartazes;
Feira das nações, onde serão apresentados: hábitos, costumes e tradições.
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Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua estrangeira. Brasília:
MEC/SEF, 1998.
COOK, G. Applied linguistics. Oxford: Oxford University Press. 2003.
COX, M. I. P.; ASSIS-PETERSON, A. A. O professor de inglês: entre a alienação
e a emancipação. Linguagem & Ensino, v. 4, n. 1, p. 11-36, 2001.
GIMENEZ, T. Inovação educacional e o ensino de línguas estrangeiras
modernas: o caso do Paraná. Revista Signum, v. 2, p. 169-183, 1999.
GIMENEZ, T. Ensino de línguas estrangeiras no ensino fundamental: questões
para debate. Londrina, 2004. Mimeo.
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GIMENEZ, T. Competência intercultural na língua inglesa. Disponível em:
<http://www.uel.br/cch/nap/artigos/artigo05.htm>. Acesso em: 29 de maio de 2006.
JORDÃO, C. M. A língua estrangeira na formação do indivíduo. Curitiba, 2004a.
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MASCIA, M.A.A. Discursos fundadores das metodologias e abordagens de
ensino de língua estrangeira. In: CORACINI, M. J.; BERTOLDO, E. S. (org.) O
desejo da teoria e a contingência da prática: discursos sobre e na sala de aula.
Campinas: Mercado de Letras, 2003.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação
básica: Língua Estrangeira Moderna. Curitiba SEED, 2008.
PEREIRA, C.F. As várias faces do livro didático de língua estrangeira. In:
SARMENTO, S.; MULLER, V. (Orgs.). O ensino de língua estrangeira: estudo e
reflexões. Porto Alegre: APIRS, 2004.
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10. DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA
10.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO–METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE LÍNGUA
PORTUGUESA
Pensar no ensino da Língua Portuguesa significa pensar na realidade que
permeia todos os atos cotidianos, a realidade da linguagem que nos acompanha
onde quer que estejamos e articula as relações que estabelecemos com o mundo e
também a visão que construímos sobre o mesmo.
Por muito tempo, o ensino de Língua Portuguesa, pautada em concepções
linguísticas renascentistas e na pedagogia greco-latina, privilegiou o ensino de
nomenclaturas e regras gramaticais e de historiografia literária.
Esse processo de ensino da língua materna desconsiderava a historia, o
sujeito e o contexto social e é considerado um dos responsáveis pelo baixo
desempenho dos alunos na interpretação e compreensão de textos, gerando o
chamado “analfabetismo funcional”, em que o leitor e capaz de decodificar as
palavras, sem, no entanto, entender o sentido geral do texto.
Buscando soluções para os problemas no ensino-aprendizagem da língua
materna, as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008) recomendaram uma
mudança de direção: ao invés do ensino das regras e nomenclaturas gramaticais
propôs à analise linguística e no lugar da historiografia literária propôs a analise do
discurso e a literatura em sua dimensão estética.
Para propor essa mudança no ensino de Língua Portuguesa, as diretrizes
alinharam-se às correntes sociointeracionistas do estudo da língua, abordagens que
defendem que a linguagem e um fenômeno social, fruto da interação entre os
interlocutores, permeada pelos aspectos históricos e sociais dos interlocutores e
carregada de conteúdo ideológico.
Essa relação entre língua e ideologia e bem analisada por BAKHTIN (2004, p.
32):
Um signo não existe apenas como parte de uma realidade; ele também reflete e refrata outra. Ele pode distorcer essa realidade, ser-lhe fiel, ou apreende-la de um posto de vista especifico etc. Todo signo esta sujeito aos critérios de avaliação ideológica (isto e; se e verdadeiro, falso, correto, justificado, bom, etc.). O bom domínio do ideológico coincide com o domínio
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dos signos: são mutuamente correspondentes. Ali onde o signo se encontra, encontra-se o ideológico. Tudo o que e ideológico possui um valor semiótico.
Segundo as diretrizes, “na linguagem, o homem se reconhece humano,
interage e troca experiências, compreende a realidade em que esta inserida e
percebe o seu papel como participante da sociedade.” (DCE – 2008).
Por essa razão, as diretrizes veem a linguagem como pratica social,
decorrente da interação politica, social e econômica entre as pessoas e, por isso, e
estratificada pelos valores ideológicos.
A ideologia envolve significações da realidade (o mundo físico, as relações sociais e as identidades sociais), que são construídas por praticas discursivas e que contribuem para a produção, reprodução e transformação de relações de dominação. Um dos mais significantes efeitos da ideologia e a constituição do sujeito, no que instituições como educação e mídia têm um papel decisivo. (CRISTOVAO & NASCIMENTO, 2004, p. 246).
A concepção sociointeracionista de linguagem leva a necessidade da
construção de um processo educativo dinâmico que possibilite a escola ser um
espaço de interatividade, em que os sujeitos do discurso possam desenvolver-se
nas praticas de uso da língua. Nesse sentido e que “o uso de diferentes gêneros
textuais em sala de aula, acompanhado de uma analise critica discursiva, pode
contribuir para uma pratica pedagógica eficaz, capaz de formar leitores conscientes
da realidade circundante.” (CRISTOVAO & NASCIMENTO, 2004, p. 256).
A aprendizagem da língua materna, pela abordagem sociointeracionaista, e
um processo contínuo e permanente, de tal forma que o letramento vai muito além
da alfabetização, exigindo que o professor trabalhe com diferentes tipos de textos e
gêneros textuais diversos que contemplem diferentes esferas sociais e permitam o
multiletramento (integração da linguagem verbal com outras linguagens).
A atividade pedagógica com as múltiplas linguagens exige que sejam
consideradas as relações dialógicas e a articulação de discursos no estudo dos
gêneros textuais ou discursivos.
A importância dos gêneros textuais no ensino da língua materna e defendida
pelos linguistas bakhtinianos, dentre eles destacando-se MARCUSCHI para quem
“... o estudo dos gêneros e uma fértil área interdisciplinar com atenção especial para
o funcionamento da língua e para as atividades culturais e sociais.” (MARCUSCHI,
2006, p. 24).
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Os gêneros textuais refletem a sociedade em que vivemos, por isso, embora
possuam estruturas estáveis, estão sempre se adaptando, transformando-se,
multiplicando-se e se renovando, a partir das necessidades humanas de
comunicação. Por isso, com a revolução tecnológica, observa-se o surgimento de
novos gêneros, subgêneros ou hipergêneros, como por exemplo, os gêneros do
discurso eletrônico (e-mail, chat, blog, fórum de discussão, etc.).
De acordo com a teoria dos gêneros do discurso (Bakhtin, 1952-53-1979), as diferentes esferas de atividade humana, cotidiana e oficiais, elaboram diferentes formas cristalizadas de comunicação, diferentes “tipos relativamente estáveis de enunciados”, os gêneros discursivos. Posto em circulação na mídia digital, em especial na WEB, estes gêneros modificam-se e se perpetuam para satisfazerem as necessidades de diversas atividades humanas em ambiente virtual, como relacionar-se, comprar, pagar, investir, namorar, discutir problemas controversos, fruir de obras de arte (em bibliotecas, museus, rádios, discotecas, cinemas virtuais), buscar novas informações e conhecimentos na imensa rede hipertextual. (ROJO et al, 2006, p. 115).
O trabalho pedagógico com gêneros discursivos deve considerar que a língua
e uma “arena” de disputas ideológicas e um instrumento de poder, devendo, por
esse motivo, o ensino da língua materna levar o aluno a “conhecer e ampliar o uso
dos registros socialmente valorizados da língua como a norma culta” (DCE – 2008)
como instrumento que favoreça o exercício da cidadania. No entanto, não pode a
escola desprezar outros registros da língua, sob pena de violar os princípios de um
Estado democrático e plural.
Valorizando os conhecimentos e a cultura do aluno e possível faze-lo
compreender a diversidade cultural e a variação linguística, aprimorando seus
conhecimentos linguísticos, de tal forma que, dominando os processos discursivos,
seja capaz de adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais em que esta
inserida.
Compreendendo e adequando o registro as diferentes instancias discursivas,
o aluno será capaz de entender a estratificação social e a razão da hegemonia da
norma culta, sem qualquer razão logica ou estrutural que explique o desprestigio de
outras variantes linguísticas.
No ensino da leitura da língua materna com gêneros textuais, o aluno devera
entender o texto em sua perspectiva histórica, politica, econômica, pedagógica e
ideológica, de tal forma que, no ato de ler, seja capaz de reconhecer as vozes
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sociais que constituem o texto e as ideologias presentes no discurso, reconhecendo
o contexto, as intenções e os interlocutores do discurso.
Para alcançar esse objetivo, o professor de língua portuguesa orientara a
leitura e o aprendiz construirá seu conhecimento ao fazer a conexão da leitura com
outros textos de que tenha conhecimento (intertextualidade).
O ensino da literatura não mais se prenderá a historiografia literária,
pautando-se no estudo dos gêneros textuais, na dialogicidade com outros textos e
na articulação com outros campos de conhecimento.
Orientando-se pela Teoria do Efeito e pela Estética da Recepção, o ensino da
literatura passa a compreender a literatura em sua dimensão estética, considerando
a leitura como ato dialógico, em que há relação entre o leitor e o texto e em que a
literatura e a experiência estética possam levar a emancipação do sujeito.
A teoria da Estética da Recepção apresenta ideias que revolucionaram a
história da literatura, afirmando a importância da dialogicidade no texto literário. Essa
teoria trouxe as seguintes teses: o leitor dialoga com o texto, atualizando a obra com
sua leitura; o leitor reage individualmente à obra, influenciado por seu contexto
social; a relação dialógica do texto responde aos questionamentos do leitor; a
historicidade e mais bem compreendida pelo enfoque diacrônico e sincrônico da
obra; a experiência estética permite a emancipação do ser humano.
A teoria do efeito também valoriza a dialogicidade, trabalhando com conceitos
que valorizam a importância do leitor na interpretação do texto literário, o qual
permite múltiplas interpretações, devido as lacunas, aos vazios do texto. Porem
alertam os teóricos, isso não significa que o texto esteja aberto para qualquer
interpretação, pois o texto possui estruturas de apelos que direcionam o leitor,
orientando-o para uma leitura coerente. Os “vazios do texto” e que permitem ao
leitor o preenchimento de lacunas com sua experiência devida, ideologias, crenças e
valores.
Para as Diretrizes Curriculares Estaduais, “a Estética da /Recepção e a Teoria
do Efeito podem servir como suporte técnico para construir uma reflexão valida no
que concerne à literatura, levando em conta o papel do leitor e a sua formação.”
(DCE – 2008).
Além da literatura, leitura e escrita, o trabalho pedagógico deve incluir a
análise linguística. Esta, diferentemente do mero estudo de regras e nomenclaturas
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gramaticais, deve se voltar para a análise da língua em uso, observando como os
elementos verbais (recursos linguísticos) e elementos extra verbais (condições e
situações de produção) atuam na construção dos sentidos do texto.
Para que alcance seus objetivos, o professor de língua portuguesa deve criar
oportunidades que levem o aprendiz a refletir e a construir hipóteses a partir da
leitura de textos diversos, chegando a compreensão do funcionamento da língua e
decorrente competência textual.
As diretrizes curriculares estaduais entendem que a analise linguística
compreende um trabalho de reflexão sobre a organização do texto, em que o aluno
seja capaz de perceber as escolhas temáticas e estruturais feitas pelo autor. Nessa
ótica, o texto deixa de ser pretexto para o ensino gramatical e passa a fazer sentido
para o ensino da língua materna. (DCE – 2008).
10.2 OBJETIVOS
10.2.1 Objetivos Gerais
Os objetivos gerais do ensino de língua portuguesa estão voltados para a
formação do individuo enquanto usuário competente da língua portuguesa em
diferentes contextos sociais e sujeito emancipado, tornando-se capaz de exercer sua
cidadania e atuar ativamente em seu contexto social.
Para atingir esse objetivo, propõem-se atividades de leitura, compreensão e
produção de gêneros textuais orais e escritos, em situações de uso real da língua e
estudo significativo da literatura brasileira, em sua dimensão estética.
10.2.2 Objetivos Específicos
No processo pedagógico do ensino – aprendizagem de língua portuguesa, o
professor objetivara:
- Aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursos dos aprendizes para
que eles sejam capazes de compreender os discursos que os cercam e de interagir
com eles, percebendo a língua como a “arena” de lutas ideológicas e “palco” de
vozes divergentes;
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- Promover o letramento do aluno no espaço escolar, incentivando-o em seu
envolvimento nas praticas de uso da língua escrita e falada, no intuito de faze-lo
utilizar socialmente a leitura e a escrita, posicionando-se diante das exigências da
sociedade em relação as praticas de linguagem e demarcando sua voz no contexto
social;
- Possibilitar ao aluno a formulação de seu próprio discurso, a partir do
conhecimento do caráter dinâmico dos gêneros discursivos, conhecendo e
ampliando o uso dos registros socialmente valorizados da língua (norma culta e
outras variantes linguísticas);
- Oportunizar ao aprendiz o acesso a norma culta da língua, ao conhecimento
social e historicamente construído e a instrumentalização que favoreça inserção e
exercício da cidadania;
- Proporcionar ao educando o emprego da língua oral em diferentes situações
de uso, sabendo adequá-las a cada contexto e interlocutor, reconhecendo as
intenções implícitas nos discursos do quotidiano e se posicionando diante deles;
- Desenvolver no aluno o uso da língua escrita em diferentes situações
discursivas, em que considerem os interlocutores, seus objetivos, o assunto tratado
e o contexto de produção;
- Aprofundar no aluno a capacidade de pensamento critico e sensibilidade
estética, por meio do estudo de textos literários.
Participando do processo pedagógico, o aluno devera:
- Utilizar a linguagem para expressar sentimentos, experiências e ideias,
acolhendo, interpretando e respeitando as diferentes variantes linguísticas;
- Perceber-se integrante e agente transformador de seu ambiente social,
identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente
para sua melhoria;
- Reconhecer que a convivência entre grupos diferentes sob o ponto de vista
socioeconômico e cultural, muitas vezes, e marcada pelo preconceito e pela
discriminação. Em vista disso, objetiva-se alimentar uma cultura de paz e tolerância
aos direitos humanos e a noção de cidadania, compartilhada por todos os
brasileiros;
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- Contextualizar os fatos aprendidos no texto, trazendo-os, posteriormente, a
realidade atual;
- Comparar aspectos do passado com o presente;
- Vivenciar a linguagem poética na prosa e no poema.
10.3 CONTEUDOS ESTRUTURANTE E CONTEUDOS BÁSICOS
10.3.1 Conteúdos Estruturante
Norteando-se pelas teorias sociointeracionistas de linguagem no ensino da
língua materna, entende-se que o conteúdo estruturante da disciplina de língua
portuguesa seja o discurso como prática social.
Nessa perspectiva, o discurso pode ser visto como um acontecimento social,
envolvido por valores ideológicos, seus interlocutores e pela estratificação social.
Por esse motivo, abandonando o estudo de frases e palavras isoladas, o foco do
ensino de língua portuguesa passa a ser o enunciado (oral e escrito), considerando
os gêneros discursivos que circulam socialmente.
Sendo o objetivo de nosso trabalho a pratica escolar, há especial
preocupação na seleção de gêneros que sejam utilizados como meio de articulação
entre as práticas sociais e os meios escolares, “especificamente no domínio do
ensino da leitura e da produção de textos orais e escritos, visando a construção de
um agente participativo e ativo no processo de aprendizagem e formação da
cidadania.” (CRISTOVÃO, 2004, p. 20)
No trabalho com cada gênero textual, deve-se considerar sua temática, forma
de composição e as marcas linguísticas e enunciativas. A temática considera o
conteúdo ideológico, a forma composicional analisa as especificidades e
similaridades das relações sociais na esfera comunicativa, considerando-se o
interlocutor do texto, a situação de produção, a finalidade do texto e o gênero
textual. As marcas linguísticas compreendem os usos da língua e os sentidos
estabelecidos pela escolha de determinados elementos linguísticos.
Nas praticas de leitura, oralidade, escrita e analise linguística, o professor
selecionara os gêneros textuais (orais e escritos) que serão trabalhados,
considerando as necessidades da turma, a faixa etária dos alunos e os objetivos
pretendidos.
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10.3.2 Conteúdos Básicos
Considerações iniciais
Os conteúdos escolhidos para cada turma (agora organizada por ano) são
aqueles considerados relevantes para a construção da proficiência discursiva do
aluno, considerando que os sujeitos, quando se apropriam dos conteúdos, são
capazes de transforma-los em conhecimento próprio, por meio de sua ação,
mediado pela interação com o outro. Em virtude disso, os conteúdos de Língua
Portuguesa articulam-se em torno de três praticas: oralidade, leitura e escrita, que
fornecerão informações sobre a temática abordada, orientando o aluno para que se
torne critico e emancipado, capaz de tomar suas próprias decisões no uso da
linguagem, em diferentes contextos sociais.
Considerando as concepções sociointeracionistas de linguagem e o trabalho
com gêneros textuais, informa-se que os conteúdos específicos foram definidos com
o compromisso de orientar a pratica pedagógica dos professores, contribuindo,
ainda, para um trabalho comum, mesmo que os professores atuem em turnos
diversos. Esse encaminhamento contribui para o trabalho em equipe e para a
construção de uma escola comprometida com a diversidade e com a interatividade
entre professores e alunos.
Embora os conteúdos tragam a denominação das classes gramaticais
(morfologia) e analise sintática (sintaxe) não significa que será trabalhada a
gramatica normativa e descontextualizada. Essa é apenas uma orientação para a
analise linguística dos gêneros textuais. Lembrando-se, ainda, que no ensino de
língua portuguesa não se exige o abandono do ensino da gramatica, apenas foco
maior no significado e nos recursos expressivos do texto (epilinguística) do que na
nomenclatura e regras gramaticais (metalinguística).
Por isso, na analise linguística, além da preocupação com a morfologia e
sintaxe (sem se prender a nomenclatura), na analise linguística, dar-se-á, especial
atenção ao estudo da coesão e coerências internas do texto, a adequação do texto
aos objetivos pretendidos, a analise dos recursos expressivos utilizados, a
organização e inclusão de informações, a verificação de como os elementos verbais
(recursos disponíveis da língua) e os elementos extra verbais (as condições e
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situação de produção) atuam na construção de sentido do texto, as variedades
linguísticas, as relações e diferenças entre língua oral e língua escrita nos níveis
fonológico ortográfico, textual e discursivo, a reflexão sobre a organização do texto
escrito ou falado, em que o aluno percebe o texto como resultado de opções
temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista seu interlocutor e, ainda, a
semântica e a estilística.
10.3.3 Conteúdos do Ensino Fundamental
Conteúdos do 6º ano
Conteúdo estruturante: discurso como pratica social.
Conteúdos Básicos: Gêneros Discursivos
Leitura
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
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Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
Oralidade
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
Conteúdos do 7º ano
Conteúdo Estruturante: Discurso como pratica social.
Conteúdo Básico: Gêneros Discursivos
Leitura
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
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Informatividade;
Aceitabilidade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Informações explicitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem.
Escrita
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
Processo de formação de palavra;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
Oralidade
Tema do texto;
Finalidade;
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Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc.;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Semântica.
Conteúdos do 8º ano
Conteúdo Estruturante: discurso como pratica social
Conteúdo Básico: Gêneros Discursivos
Leitura
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica;
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
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Escrita
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Concordância verbal e nominal;
Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
sequenciação do texto;
Semântica;
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
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Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Conteúdos do 9º ano
Conteúdo estruturante: discurso como pratica social.
Conteúdo Básico
Leitura
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade Intencionalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
Semântica:
- operadores argumentativos.
- polissemia;
- sentido conotativo e denotativo;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
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Escrita
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, etc.;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- polissemia.
Oralidade
Conteúdo temático;
Finalidade;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
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Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos;
Semântica:
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
10.4 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA
Na abordagem sociointeracionista, professor e alunos são sujeitos do
processo pedagógico e a escola e o ambiente de produção do discurso.
Nesse contexto, a língua e o objeto de interação que, para ser estudado,
pressupõe a criação de oportunidades para que o aprendiz reflita, construa,
considere hipóteses a partir de leitura e da escrita de diferentes textos para que
possa chegar a compreensão sobre o funcionamento da língua e o alcance da
competência da textual.
Seguindo essa linha de pensamento, os sujeitos e objetos se confundem, a
medida que o sujeito e construído e se constrói pelo uso da língua e a escola passa
a ser o ambiente que permite a interação social e o aprimoramento do uso da língua
em diferentes contextos.
Para que o uso da língua se efetive no interior da escola, ao invés de
exercícios tradicionais, o ensino da língua obriga que o aluno compreenda como o
texto e organizado, seus elementos gramaticais, ideias defendidas pelo autor,
adequação do discurso, considerando o destinatário e o contexto de produção e os
efeitos provocados pelos recursos linguísticos utilizados.
Assim, a aula passa a ser um momento de interação entre os sujeitos que se
apropriam e recriam a linguagem, por meio da palavra, do enunciado, do texto verbal
e não-verbal.
Os gêneros textuais e os conteúdos curriculares orientam o trabalho em sala
de aula e as atividades são organizadas a partir de conteúdos específicos, com o
estudo da língua como pratica viva.
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Para que possa interagir com seus alunos, o professor poderá utilizar todos
os recursos disponíveis na escola: TV multimídia, vídeos, poemas, canções, livros
de literatura, dicionários, gramaticas normativas, murais, jornais escritos e online,
videoconferências, web conferências, chats, blogs e outros recursos permitidos pelo
acesso a Internet, incluindo outros recursos e gêneros que venham a surgir nos
próximos anos, devido ao avanço da tecnologia e mudanças na sociedade.
Em diversos momentos, os alunos serão incentivados as atividades de
pesquisa, discussões em sala de aula, leituras, analises e produções textuais. As
pesquisas abrangerão o estudo de conteúdo contido em material gráfico, mas
também darão especial atenção a pesquisa de campo, feita com a comunidade
escolar (pais, vizinhos, amigos, colegas e outros professores).
As discussões serão mediadas pelo professor e terão por objetivo o
aprofundamento do tema, o confronto de ideias e, especialmente, o desenvolvimento
do raciocínio argumentativo no aluno.
A analise textual incluirá a analise de textos verbais e não verbais, como
contos, filmes, obras literárias, charges e outros gêneros textuais.
A produção de texto observara o conteúdo e o gênero discursivo trabalhado,
sendo incentivadas, especialmente, as seguintes formas de produção: resumos,
paráfrases e parodias.
De acordo com a peculiaridade do conteúdo trabalhado, as atividades
poderão ser realizadas individualmente ou em equipes.
Atividades envolvendo exposição oral individual e em equipes
(apresentações, dramatizações) serão particularmente incentivadas para
desenvolver a expressão oral nos estudantes.
10.5 AVALIACAO
A avaliação será um processo continuo que dará prioridade a qualidade e o
desempenho ao longo do ano letivo, ou seja, um processo cumulativo.
Na oralidade será verificado se os discursos produzidos estão de acordo com
o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. Num seminário ou
exposição oral, num debate, numa troca informal de ideias, numa entrevista, num
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relato de historia, as exigências de adequação da fala são diferentes e isso deve ser
considerado numa analise da produção oral.
O professor verificara a participação do aluno nos diálogos, relatos e
discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala, a
argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista. Este também deve
se posicionar como avaliador de textos orais com os quais convive, como:
noticiários, discursos políticos, programas televisivos, e de suas próprias falas,
formais ou informais, tendo em vista o resultado esperado.
Na leitura serão avaliadas as estratégias que os estudantes empregam para a
compreensão do texto lido, o sentido construído, as relações dialógicas entre textos,
relações de causa e consequência entre as partes do texto, o reconhecimento de
posicionamentos ideológicos no texto, a identificação dos efeitos de ironia e humor
em textos variados, a localização das informações tanto explicitas quanto implícitas,
o argumento principal, entre outros. Será avaliado também se ao ler, o aluno ativa os
conhecimentos prévios; se compreende o significado das palavras desconhecidas a
partir do contexto; se faz inferências corretas; se reconhece o gênero e o suporte
textual. Tendo em vista o multi letramento, será avaliada também a capacidade de
se colocar diante do texto, seja ele oral, escrito, gráficos, infográficos, imagens, etc.
O professor ira propor questões abertas, discussões, debates e outras
atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto. Na
escrita será visto o texto do aluno como uma fase de processo de produção, nunca
como produto final. O que determina a adequação do texto escrito são as
circunstancias de sua produção e o resultado dessa ação. E a partir dai que o texto
escrito será avaliado nos seus aspectos discursivos textuais, verificando a
adequação a proposta e ao gênero solicitado, se a linguagem esta de acordo com o
contexto exigido, a elaboração de argumentos consistentes, a coesão e coerência
textual, a organização dos parágrafos. Tal como na oralidade, o aluno devera se
posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio.
Será verificado se a intenção do texto foi alcançada, se ha relação entre partes do
texto, se ha necessidade de cortes, devido as repetições, se e necessário substituir
parágrafos, ideias ou conectivos.
Na analise linguística tanto oral quanto escrita, serão avaliados os aspectos
discursivos, textuais e gramaticais. Os elementos linguísticos usados nos diferentes
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gêneros. Serão avaliados sob uma pratica reflexiva e contextualizados que lhes
possibilitem compreender esses elementos no interior do texto. Verificar-se-ão, de
acordo com o gênero em uso a linguagem formal e informal, a ampliação lexical, a
percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos e
estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e
modalizadores, bem como as relações semânticas entre as partes do texto (causa,
tempo, comparação, etc.).
10.6 LEGISLAÇÃO
Em relação aos desafios educacionais contemporâneos e a diversidade, as
aulas de língua portuguesa serão guiadas por textos diversos e pelo estudo do
conteúdo da seguinte legislação:
Lei n. 11.645/08 – Historia e cultura afro-brasileira e indígena;
Lei n. 9.799/95 – Educação ambiental.
Lei Estadual do Paraná n. 13.381/01 – obrigatoriedade do ensino de Historia do
Paraná na rede publica paranaense de ensino.
Leis n. 8069/90 (ECA) e n. 11.525/07 - Enfrentamento a violência contra a criança e
o adolescente.
Lei n. 10.741/03 – Estatuto do Idoso.
Lei n. 11.343/06 - Prevenção ao uso indevido de drogas.
Decreto n. 1143/99 e Portaria n. 413/2002 – Educação Fiscal.
Projeto de Lei do Estatuto da Diversidade Sexual: estudos da temática relativa a
diversidade sexual.
Na disciplina de Língua Portuguesa será abordada a temática legislativa por
meio da leitura do texto de lei e de outros gêneros textuais que contemplem o
assunto. Também serão feitas pesquisas e amostras de trabalhos relacionados a
temática legislativa.
Em relação ao trabalho com a Historia do Paraná será dada relevância ao
trabalho com autores paranaenses de nossa literatura.
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GERALDI, Joao Vanderley (Org.) O texto na sala de aula. 4ª ed. São Paulo: Ática,
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GOODSON, Ivo. Currículo: teoria e historia. Petrópolis: Vozes, 1995.
GOMES, Maria Carmen Aires et al. Gênero discursivo, mídia e identidade. Vicosa
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ISER, Wolfgang. O ato da leitura: uma teoria do efeito estético. Trad. De
Johannes Kretschmer. São Paulo: Ed. 34, 1999, v. 2.
JAUSS, Hans Robert. A história da literatura como provocação à teoria literária.
Trad. de Sergio Tellaroli. São Paulo: Ática, 1994. (Serie Temas, v.36).
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização.
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Acir Mario et al. (Org.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. 2ª ed. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2006.
MENDONCA, Marcia. Análise linguística do ensino médio: um novo olhar, um
outro objeto. In: BUZEN, Clécio; MENDONÇA, Marcia (Org.) Português no ensino
médio e formação do professor. 2 ed. São Paulo: Parábola, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa.
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OSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática. 4ª ed. Campinas (SP): Mercado
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discurso. In: KARWOSKI, Acir Mario et al. (Org.) Gêneros textuais: reflexões e
ensino. 2ª ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2006.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:
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gramatica no 1º e 2º graus. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2002.
VIGOTSKI, Lev Semenovitch. Pensamento e linguagem. Trad. Jefferson Luiz
Camargo. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
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11 DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
11.1 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE
MATEMÁTICA
Historicamente o fazer matemático nas várias sociedades esteve permeado
pela inter-relação entre as medidas, os números e a geometria. É com base nas
noções sobre desenvolvimento histórico a ser ensinado, na lógica de sua
sistematização e em suas utilizações fora do âmbito escolar que norteiam a
proposta.
A dinamicidade dessa concepção de Ensino de Matemática está nas relações
que se estabelecem entre os conteúdos de cada eixo. São estas relações,
estabelecidas através de um tratamento metodológico que privilegia uma visão
articulada do conhecimento matemático, que vão garantir a organicidade da
proposta.
A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de
situações “reais” que possibilitem ao aluno tomar consciência de que já tem algum
conhecimento sobre o assunto; a partir desse saber é que a escola promoverá a
difusão do conhecimento matemático já organizado.
O pressuposto dentro da concepção da matemática é o caráter social do
conhecimento matemático, a relação entre o conhecimento historicamente produzido
e a lógica de sua elaboração, enquanto fatores intimamente ligados.
As dificuldades encontradas por alunos e professores no processo ensino-
aprendizagem da matemática são muitas e conhecidas. Por um lado, o aluno não
consegue entender a matemática que a escola lhe ensina, muitas vezes é reprovado
nesta disciplina, ou então, mesmo que aprovado, sente dificuldades em utilizar o
conhecimento "adquirido", em síntese, não consegue efetivamente ter acesso a esse
saber de fundamental importância.
O professor, por outro lado, consciente de que não consegue alcançar
resultados satisfatórios junto a seus alunos e tendo dificuldades de, por si só,
repensar satisfatoriamente seu fazer pedagógico procura novos elementos – muitas
vezes, meras receitas de como ensinar determinados conteúdos - que, acredita,
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possam melhorar este quadro. Uma evidência disso é, positivamente, a participação
cada vez mais crescente de professores nos encontros, conferências ou cursos.
O avanço das discussões sobre o papel e a natureza da educação e o
desenvolvimento da psicologia, ocorrida no seio das transformações sociais e
políticas contribuíram historicamente para as teorias pedagógicas que justificam o
uso na sala de aula de materiais "concretos" ou jogos fossem, ao longo dos anos,
sofrendo modificações e tomando feições diversas.
Até o séc. XVI, por exemplo, acreditava-se que a capacidade de assimilação
da criança era idêntica a do adulto, apenas menos desenvolvida. A criança era
considerada um adulto em miniatura. Por esta razão, o ensino deveria acontecer de
forma a corrigir as deficiências ou defeitos da criança. Isto era feito através da
transmissão do conhecimento. A aprendizagem do aluno era considerada passiva,
consistindo basicamente em memorização de regras, formulas procedimentos ou
verdades localmente organizadas. Para o professor desta escola - cujo papel era o
de transmissor e expositor de um conteúdo pronto e acabado - o uso de materiais ou
objetos era considerado pura perda de tempo, uma atividade que perturbava o
silêncio ou a disciplina da classe. Os poucos que os aceitavam e utilizavam o faziam
de maneira puramente demonstrativa, servindo apenas de auxiliar a exposição, a
visualização e memorização do aluno. Exemplos disso são: o flanelógrafo, as
réplicas grandes em madeira de figuras geométricas, desenhos ou cartazes fixados
nas paredes... Em síntese, estas constituem as bases do chamado "Ensino
Tradicionais" que existe até hoje em muitas de nossas escolas.
Já no séc. XVII este tipo de ensino era questionado. Comenius (1592-1671)
considerado o pai da Didática, dizia em sua obra "Didática Magna" (1657) que “... ao
invés de livros mortos, por que não podemos abrir o livro vivo da natureza?
Devemos apresentar a juventude às próprias coisas, ao invés das suas sombras".
(Ponce, p.127).
No séc. XVIII Rousseau (1727 - 1778), ao considerar a Educação como um
processo natural do desenvolvimento da criança, ao valorizar o jogo, o trabalho
manual, a experiência direta das coisas, seria o percurso de uma nova concepção
de escola. Uma escola que passa a valorizar os aspectos biológicos e psicológicos
do aluno em desenvolvimento: o sentimento, o interesse, a espontaneidade, a
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criatividade e o processo de aprendizagem, às vezes priorizando estes aspectos em
detrimento da aprendizagem dos conteúdos.
É no bojo dessa nova concepção de educação e de homem que surgem,
primeiramente, as propostas de Pestalozzi (1746 - 1827) e de seu seguidor Froebel
(1782 - 1852). Estes foram os pioneiros na configuração da "escola ativa". Pestalozzi
acreditava que uma educação seria verdadeiramente educativa se proviesse da
atividade dos jovens. Fundou um internato onde o currículo adotado dava ênfase a
atividades dos alunos como canto, desenho, modelagem, jogos, excursões ao ar
livre, manipulação de objetos onde as descrições deveriam preceder as definições; o
conceito nascendo da experiência direta e das operações sobre as coisas [ 4, pp. 17
- 18].
Posteriormente, Montessori (1870 - 1952) e Decroly (1871 - 1932), inspirados
em Pestalozzi iriam desenvolver uma didática especial (ativa) para a matemática.
A médica e educadora italiana, Maria Montessori, após experiências com
crianças excepcionais, desenvolveria, no início deste século, vários materiais
manipulativos destinados a aprendizagem da matemática. Estes materiais, com forte
apelo a "percepção visual e tátil", foram posteriormente estendidos para o ensino de
classes normais. Acreditava não haver aprendizado sem ação: "Nada deve ser dado
à criança, no campo da matemática, sem primeiro apresentar-se a ela uma situação
concreta que a leve a agir, a pensar, a experimentar, a descobrir, e daí, a mergulhar
na abstração" (Azevedo, p. 27).
Entre seus materiais mais conhecidos destacamos: "material dourado", os
"triângulos construtores" e os "cubos para composição e decomposição de binômios,
trinômios".
Decroly, no entanto, não põe nada na mão da criança materiais para que ela
construa, mas sugere como ponto de partida fenômenos naturais (como o
crescimento de uma planta ou a quantidade de chuva recolhida num determinado
tempo, para, por exemplo, introduzir medições e contagem). Ou seja, parte da
observação global do fenômeno para, por análise, decompô-lo.
Castelnuovo (1970) denomina o método Decroly de "ativo – analítico"
enquanto que o de Montessori de "ativo - sintético" (sintético porque construtivo). Em
ambos os métodos faltam, segundo Castelnuovo, uma "certa coisa" que conduz a
criança à indução própria do matemático. É com base na teoria piageteana que
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aponta para outra direção: A ideia fundamental da ação é que ela seja reflexiva...
"Que o interesse da criança não seja atraído pelo objeto material em si ou pelo ente
matemático, senão pelas operações sobre o objeto e seus entes. Operações que,
naturalmente, serão primeiro de caráter manipulativos para depois se interiorizar e
posteriormente passar do concreto ao abstrato. Recorrer à ação, diz Piaget, não
conduz de todo a um simples empirismo, ao contrário, prepara a dedução formal
ulterior, desde que tenha presente que a ação, bem conduzida, pode ser operatória,
e que a formalização mais adiantada o é também" [4, pp. 23-28].
Assim interpreta Castelnuovo, o 'concreto' deve ter uma dupla finalidade:
"exercitar as faculdades sintéticas e analíticas da criança”; sintética no sentido de
permitir ao aluno construir o conceito a partir do concreto; analítica por que, nesse
processo, a criança deve discernir no objeto aqueles elementos que constituem a
globalização. Para isso o objeto tem de ser móvel, que possa sofrer uma
transformação para que a criança possa identificar a operação - que é subjacente [4,
pp. 82 - 91]
Resumindo, Castelnuovo defende que "o material deverá ser artificial e
também ser transformável por continuidade" (p. 92). Isto porque recorrermos aos
fenômenos naturais, como sugere Decroly, nele há sempre continuidade, porém, são
limitados pela própria natureza e não nos levam a extrapolar, isto é, a idealizar o
fenômeno por outro lado, podem conduzir a ideia de infinito, pôr lhes falta o caráter
de continuidade e do movimento (p. 92).
Segundo Skinner (1904), a aprendizagem é uma mudança de comportamento
(desenvolvimento de habilidades ou mudanças de atitudes) que decorre como
resposta a estímulos externos, controlados por meio de reforços. A matemática,
nesta perspectiva, é vista, muitas vezes, como um conjunto de técnicas, regras,
fórmulas e algoritmos que os alunos têm de dominar para resolver os problemas que
o mundo tecnológico apresenta.
Devemos refletir sobre a nossa proposta político pedagógica; sobre o papel
histórico da escola, sobre o tipo de aluno que queremos formar, sobre qual
matemática acreditamos ser importante para esse aluno.
O conhecimento da Matemática tem como fator principal estimular o aluno a
“pensar”, propiciando um melhor entendimento da realidade.
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331
[...] É preciso, ainda, considerar que pela Educação Matemática almeja-se um
ensino que possibilite ao estudante análises, discussões, conjecturas, apropriação
de conceitos e formulação de ideias.
Aprende-se Matemática não somente por sua beleza ou pela consistência de
suas teorias, mas para que, a partir dela, o homem amplie seus conhecimentos e,
por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade (DCE, 2008, p.48).
11.1.1 Objetivos da disciplina de Matemática
Objetivo Geral da disciplina de Matemática
A Matemática objetiva desenvolver o ser humano em todas as suas
potencialidades, visando à formação integral do ser humano e particularmente, do
cidadão, que, ao apropriar-se de conhecimentos matemáticos, tenha condições de
participar crítica e ativamente da sociedade.
Objetivos Específicos da disciplina de Matemática
Compreender e construir a Matemática por intermédio do conhecimento dela
mesma, visando à formação integral do ser humano;
Contribuir para que o estudante tenha condições de constatar regularidades
matemáticas, e generalizações e apropriação de linguagem adequada para
descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e outras áreas do
conhecimento.
11.2 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA DE
MATEMÁTICA
Abordagem teórico-metodológica: Os Conteúdos Básicos do Ensino
Fundamental deverão ser abordados de forma articulada, que possibilitem uma
intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de
Matemática. As tendências metodológicas e servem de aporte teórico para as
abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, numa perspectiva de
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332
valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em séries
anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes
das vivencias dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados, ampliando-os
e generalizando-os. É importante a utilização de recursos didático pedagógicos e
tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.
ANO CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS AVALIAÇÃO
6º
AN
O
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Sistemas de numeração; • Números Naturais; • Múltiplos e divisores; • Potenciação e radiciação; • Números fracionários; • Números decimais.
• Conheça os diferentes sistemas de numeração; • Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; • Realize operações com números naturais; • Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações problema que envolvam (as) operações com números naturais; • Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; • Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; • Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; • Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e geométricos.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento; • Medidas de massa; • Medidas de área; • Medidas de volume; • Medidas de tempo; • Medidas de ângulos; • Sistema monetário
• Identifique o metro como unidade padrão de medida de comprimento; • Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; • Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;. • Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas; • Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; • Realize transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos; • Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); • Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; • Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada; • Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; • Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e seus elementos.
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
• Dados, tabelas e gráficos; • Porcentagem.
• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; • Resolvam situações problemas que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária.
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333
7 A
NO
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Inteiros; • Números Racionais; • Equação e Inequação do 1º grau; • Razão e proporção; • Regra de três simples.
• Reconheça números inteiros em diferentes contextos; • Realize operações com números inteiros; • Reconheça números racionais em diferentes contextos; • Realize operações com números racionais; • Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade; • Compreenda o conceito de incógnita; • Utilize e interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas; • Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; • Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; • Resolva situações problema aplicando regra de três simples.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de temperatura; • Medidas de ângulos.
• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; • Compreenda o conceito de ângulo; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;
GEOMETRIAS
• Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometrias não-euclidianas.
• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; • Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
• Pesquisa Estatística; • Média Aritmética; • Moda e mediana; • Juros simples.
• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.
8º
AN
O
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Racionais e Irracionais; • Sistemas de Equações do 1º grau; • Potências; • Monômios e Polinômios; • Produtos Notáveis.
• Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; • Reconheça números irracionais em diferentes contextos; • Realize operações com números irracionais; • Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial; • Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; • Opere com sistema de equações do 1º grau; • Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; • Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Medidas de comprimento; • Medidas de área • Medidas de volume • Medidas de ângulos.
• Calcule o comprimento da circunferência; • Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo; • Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal. • Realize cálculo de área e volume de poliedros.
GEOMETRIAS
• Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não euclidianas
• Reconheça triângulos semelhantes; • Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares; • Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; • Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; • Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades..
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TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
• Gráfico e Informação; • População e amostra.
• Interprete e represente dados em diferentes gráficos; • Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.
9º
AN
O
NÚMEROS E ÁLGEBRA
• Números Reais; • Propriedades dos radicais; • Equação do 2º grau; • Teorema de Pitágoras; • Equações Irracionais; • Equações Biquadradas; • Regra de três Composta.
• Opere com expoentes fracionários; • Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; • Extraia uma raiz usando fatoração; • Identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; • Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; • Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; • Identifique e resolva equações irracionais; • Resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau; • Utilize a regra de três composta em situações-problema.
GRANDEZAS E MEDIDAS
• Relações Métricas no Triângulo Retângulo; • Trigonometria no Triângulo Retângulo.
• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; • Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo;
FUNÇÕES
• Noção intuitiva de Função Afim. • Noção intuitiva de Função Quadrática.
• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra; • Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função; • Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; • Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; • Analise graficamente as funções afins; • Analise graficamente as funções quadráticas.
GEOMETRIAS • Geometria Plana; • Geometria Espacial; • Geometria Analítica; • Geometrias não euclidianas.
• Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; • Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações problemas; • Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; • Aplique o Teorema de Tales em situações problemas; • Noções básicas de geometria projetiva. • Realize Cálculo da superfície e volume de poliedros.
TRATAMENTO DA
INFORMAÇÃO
• Noções de Análise Combinatória; • Noções de Probabilidade; • Estatística; • Juros Compostos.
• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações problema que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo; • Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; • Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento; • Resolva situações problema que envolvam cálculos de juros compostos.
11.2.1 Conteúdos Específicos
6º Ano
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SISTEMAS DE NUMERAÇÃO:
Origem e evolução dos números;
Sistema de numeração egípcio;
Sistema de numeração maia;
Sistema de numeração romano;
Sistema de numeração indo arábico.
NÚMEROS NATURAIS:
Sequência dos números naturais;
Números naturais consecutivos;
Números naturais na reta numérica;
Leitura e escrita dos números;
Adição: ideias, algoritmos e termos;
Propriedades da adição;
Subtração: ideias, algoritmos e termos;
Relação fundamental da subtração;
Multiplicação: ideias, algoritmos e termos;
Propriedades da multiplicação;
Divisão: ideias, algoritmos e termos;
Propriedades da divisão;
Expressões numéricas;
Situações problema envolvendo as operações.
POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO:
Ideia e termos da potenciação;
Leitura de uma potência;
Expoente 0 (zero) e expoente 1 (um);
Quadrado e cubo de um número;
Potências de base 10;
Ideia e termos da raiz quadrada;
Expressões numéricas.
MÚLTIPLOS E DIVISORES:
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Múltiplos de um número natural;
Divisores de um número natural;
Critérios de divisibilidade;
Números primos (como reconhecer um número primo);
Decomposição em fatores primos;
Ideia e cálculo de MDC (maior divisor comum);
Ideia e cálculo de MMC (mínimo divisor comum);
NÚMEROS FRACIONÁRIOS:
Ideias associadas à fração;
Fração de um número;
Leitura de frações;
Tipos de frações;
Números mistos;
Frações equivalentes e propriedades;
Simplificação de frações;
Comparação de frações;
Adição e subtração com frações (denominadores iguais e diferentes);
Multiplicação e divisão com frações;
Ideia de porcentagem;
Potenciação e raiz quadrada com frações;
Situações problema com números fracionários.
NÚMEROS DECIMAIS:
Ideia de número decimal;
Representação decimal: décimos, centésimos e milésimos;
Leitura de número decimal;
Números decimais e sistema de numeração decimal;
Transformação de fração decimal em número decimal;
Transformação de número decimal em número decimal;
Comparação de números decimais;
Adição e subtração com números na forma decimal;
Multiplicação e divisão com números na forma decimal.
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MEDIDAS DE COMPRIMENTO:
Unidade de comprimento;
Leitura das medidas de comprimento;
Transformação de unidade;
Perímetro de um polígono;
Situações problema.
MEDIDAS DE MASSA:
Unidade de massa;
Transformação de unidade;
Situações problema.
MEDIDAS DE ÁREA:
Unidade de superfície (área);
Área do quadrado;
Área do retângulo;
Área do paralelogramo;
Área do triângulo;
Área do losango;
Área do trapézio;
Área do circulo;
Situações problema.
MEDIDAS DE VOLUME:
Unidade de volume;
Transformação de unidade;
Volume do paralelepípedo retângulo;
Volume do cubo.
MEDIDAS DE TEMPO:
Unidade de tempo;
Transformação de unidade;
Situações problema.
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MEDIDAS DE ÂNGULO:
Unidade de ângulo;
Uso do transferidor;
Ângulo reto, agudo e obtuso.
SISTEMA MONETÁRIO:
Evolução do sistema monetário brasileiro;
Conhecer outras moedas;
Ideia de conversão de moedas.
GEOMETRIA PLANA:
Ideia de ponto, reta e plano;
Representação de reta, ponto e plano;
Posições relativas de duas retas em um plano;
Semi reta e segmento de reta;
Medida de um segmento e segmento congruente;
Polígonos;
Triângulos;
Quadriláteros;
Simetria de figura em relação a um eixo;
Circunferência.
GEOMETRIA ESPACIAL:
Sólidos geométricos;
Classificação dos sólidos geométricos;
Poliedros – planificação de sua superfície externa e elementos;
Alguns poliedros chamados primas;
Alguns poliedros chamados pirâmides;
Alguns corpos redondos.
DADOS, TABELAS E GRÁFICOS:
Organização, leitura e interpretação de dados em tabelas;
Gráfico de coluna;
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339
Gráfico de barra;
Gráfico de setor;
Gráfico de linha (ou segmentos);
Pictograma.
PORCENTAGEM:
Significado;
Fração com denominador 100;
Cálculo de porcentagem;
Porcentagem na forma decimal;
Situações problema.
7º Ano
NÚMEROS INTEIROS:
A ideia de números inteiros;
Números negativos;
O conjunto dos números inteiros;
A reta numérica inteira;
Módulo de um numero inteiro;
Números inteiros opostos e simétricos;
Comparação de números inteiros;
Subconjunto Z;
Adição de números inteiros;
Adição de três ou mais números inteiros;
Propriedades da adição;
Notação simplificada de uma adição de números inteiros;
Subtração de números inteiros;
Adição algébrica;
Multiplicação de números inteiros;
Propriedades da multiplicação;
Divisão de números inteiros;
Potenciação de números inteiros;
Propriedades da potenciação em Z;
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340
Raiz quadrada exata de números inteiros;
Expressões numéricas;
Situações problema envolvendo as operações.
NÚMEROS RACIONAIS:
O conjunto dos números racionais;
Módulo ou valor absoluto de um número racional;
A reta numérica racional;
Adição algébrica de números racionais;
Multiplicação de números racionais;
Divisão de números racionais;
Potenciação de números racionais;
Propriedades da potenciação;
Expoente inteiro negativo;
Raiz quadrada exata de números racionais.
EQUAÇÃO E INEQUAÇÃO DO 1º GRAU:
Igualdade;
Propriedades da igualdade;
Princípios de equivalência;
O que é uma equação;
Conjunto universo e conjunto solução de uma equação;
Verificar se um número dado é raiz de uma equação;
Equações do 1º grau com uma incógnita;
Resolvendo uma equação do 1o grau com uma incógnita;
Usando equações na resolução de problemas;
Desigualdade;
Propriedades da desigualdade;
Princípios de equivalência;
O que é uma inequação;
Inequação do 1º grau com uma incógnita.
RAZÃO E PROPORÇÃO:
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341
Ideia de razão (conceito);
Algumas razões especiais: velocidade média, escala, densidade de um corpo e
densidade
demográfica;
As razões escritas na forma percentual;
Calculando a porcentagem;
Ideia de proporção (conceito);
Propriedade fundamental das proporções.
REGRA DE TRÊS SIMPLES:
Números diretamente proporcionais;
Números inversamente proporcionais;
Grandezas proporcionais;
Grandezas diretamente proporcionais;
Grandezas inversamente proporcionais;
Cálculo de regra de três simples.
MEDIDAS DE TEMPERATURA:
Unidade de temperatura;
Transformação de unidade;
Situações problema.
MEDIDAS DE ÂNGULOS:
Ângulos e seus elementos;
Medindo ângulos com o transferidor;
Classificação de ângulos;
Transformação de unidades;
Operações com medidas de ângulos (adição, subtração, multiplicação e divisão).
GEOMETRIA PLANA:
Conceito de área;
Área do paralelogramo, do triângulos, do losango e do trapézio.
O triângulo e seus elementos;
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342
Classificação do triângulo quanto aos lados;
Classificação do triângulo quanto aos ângulos;
Relação entre as medidas dos ângulos internos do triângulo;
Os quadriláteros e seus elementos;
Conhecendo alguns quadriláteros especiais (paralelogramos e trapézios);
Relação entre as medidas dos ângulos internos de um quadrilátero;
Ângulos complementares;
Ângulos suplementares;
Ângulos opostos pelo vértice;
Bissetriz de um ângulo.
GEOMETRIA ESPACIAL:
Poliedros – nomenclatura, classificação e construção;
Corpos redondos (cone, cilindro e esfera);
Elementos e planificação;
Volume do cubo e paralelepípedo retângulo.
GEOMETRIA NÃO EUCLIDIANAS.
PESQUISA ESTATÍSTICA:
Coleta e organização de dados em tabelas;
Ler e interpretar diferentes gráficos (setores, barra e linha);
Construção de gráficos.
MÉDIA ARITMÉTICA:
Conceito de média;
Cálculo;
Situações problema.
MODA E MEDIANA:
Identificação em pesquisas estatísticas.
JUROS SIMPLES:
Conceito de juro;
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343
Cálculo de desconto e lucro;
Situações problema.
8º Ano
NÚMEROS RACIONAIS E IRRACIONAIS:
Conceito de número racional;
Representação dos conjuntos numéricos;
Transformação da forma da fração para a decimal e vice versa;
Dízimas periódicas simples;
Reta numérica com os racionais;
Raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;
Conceito de número irracional;
Identificar número irracional em diferentes situações;
Reta numérica com os irracionais;
Número irracional importante: o número π (pi);
Operações com números irracionais;
Notação científica e aplicações;
SISTEMAS DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU:
Solução pelo método da substituição;
Solução pelo método da adição.
POTÊNCIAS:
Potências com expoente natural;
Potências com expoente inteiro;
Propriedades;
Expressões com potências;
Notação científica.
MONÔMIOS E POLINÔMIOS:
Monômio ou termo algébrico;
Grau de um monômio;
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344
Monômios semelhantes;
Operações com monômios (adição, subtração, multiplicação, divisão e potenciação);
Polinômio reduzido;
Grau do polinômio;
Polinômio completo ou incompleto com uma variável;
Operações com polinômios / adição, subtração e multiplicação.
PRODUTOS NOTÁVEIS:
Quadrado da soma de dois termos;
Quadrado da diferença de dois termos;
Produto da soma pela diferença de dois termos;
Fatoração de um polinômio colocando em evidência os fatores comuns;
Fatoração por agrupamento;
Fatoração da diferença de dois quadrados;
Fatoração do trinômio quadrado perfeito;
Simplificar frações algébricas.
MEDIDAS DE COMPRIMENTO:
Comprimento da circunferência;
Perímetro de polígonos;
MEDIDAS DE ÁREA:
Cálculo de área de polígonos e círculo;
Cálculo de área de poliedros.
MEDIDAS DE VOLUME:
Cálculo de volume de poliedros.
MEDIDAS DE ÂNGULOS:
Ângulos formados por retas paralelas;
Interceptadas por transversal.
GEOMETRIA PLANA:
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345
Elementos de um triângulo;
Condição de existência de um triângulo;
Soma das medidas dos ângulos internos de um triângulo;
Classificação de um triângulo;
Semelhança nos triângulos retângulos (identificar cada caso);
Elementos de um polígono;
Nomes dos polígonos;
Classificação dos polígonos quanto às medidas dos lados e dos ângulos;
Soma das medidas dos ângulos internos de polígonos regulares;
Posições relativas de duas retas no plano;
Ideia de retas paralelas;
Construção de retas paralelas;
Identificar retas paralelas num plano.
GEOMETRIA ESPACIAL:
GEOMETRIA ANALÍTICA:
Eixos cartesiano no plano;
Localização de pontos no sistema cartesiano;
Pares ordenados (abscissa e ordenada).
GEOMETRIA NÃO EUCLIDIANAS:
GRÁFICO DA INFORMAÇÃO:
Interpretação e representação de dados em diferentes gráficos.
POPULAÇÃO E AMOSTRA:
Conceito de população;
Conceito de amostra;
Utilizar o conceito de amostra para levantar dados.
9º Ano
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346
NÚMEROS REAIS
Números racionais;
Números irracionais;
Números racionais e irracionais na reta numérica;
Números reais;
Potência com expoente fracionário.
PROPRIEDADES DOS RADICAIS
Raiz quadrada, raiz cúbica e outras raízes;
Raiz de índice e par e índice ímpar;
Utilizando as propriedades para simplificação de radicais;
Extrair uma raiz usando a fatoração;
Operações com radicais (adição, subtração, multiplicação e divisão);
Racionalização de denominadores;
Simplificação de expressões utilizando as propriedades e operações de radicais.
EQUAÇÃO DO 2º GRAU
Definição e elementos de uma equação;
Equação completa e incompleta;
Resolução de equações incompletas;
Resolução de equações completas (fatoração, completar quadrados ou fórmula
resolutiva);
Número de raízes de uma equação analisando o discriminante;
Relação entre as raízes e os coeficientes de uma equação;
Resolver situações problema utilizando a linguagem algébrica ou gráfica.
TEOREMA DE PITÁGORAS
Conceito;
Aplicação em um quadrado;
Aplicação em um triângulo equilátero.
EQUAÇÕES IRRACIONAIS
Identificar equação irracional;
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Resolução e equações irracionais.
EQUAÇÕES BIQUADRADAS
Identificar equação biquadrada;
Resolução de equações biquadrada através das equações do 2o grau.
REGRA DE TRÊS COMPOSTA
Grandezas diretamente proporcionais;
Grandezas inversamente proporcionais;
Cálculo de regra de três composta;
Situações problema.
RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Identificar e aplicar as relações métricas.
TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Razões trigonométricas (seno, cosseno e tangente);
Ângulos notáveis.
NOÇÃO INTUITIVA DO FUNÇÃO AFIM
Conceito;
Identificação de uma função afim;
Representação em tabelas e construção de gráfico;
Lei de formação.
NOÇÃO INTUITIVA DE FUNÇÃO QUADRÁTICA
Conceito;
Identificação de uma função quadrática;
Representação em tabelas e construção de gráficos;
Analisar a concavidade da parábola em relação ao sinal da função;
Lei de formação;
Analisar graficamente uma função quadrática.
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348
GEOMETRIA PLANA
Polígonos congruentes;
Consequência de triângulos;
Semelhança de triângulos;
Teorema de Tales (aplicar em situações problema).
GEOMETRIA ESPACIAL
Cálculo da área da superfície e volume de poliedros;
GEOMETRIA ANALÍTICA
Localização de pontos do plano cartesiano;
Construção de gráficos.
GEOMETRIA NÃO EUCLIDIANA
NOÇÕES DE ANÁLISE COMBINATÓRIA
Cálculo de possibilidades;
Construção do espaço amostral utilizando o princípio fundamental da contagem;
Problemas de contagem e princípio multiplicativo.
NOÇÕES DE PROBABILIDADE
Cálculo de chances;
Conceito de probabilidade.
ESTATÍSTICA
Conceito de população;
Conceito de amostra;
Reconhecer esses conceitos em pesquisa estatística.
JUROS COMPOSTO
Noção de acréscimo e desconto;
Conceito de juro;
Cálculo de juro composto e aplicação em situações problema.
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349
11.2.2 Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade.
De acordo com o artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB –
de dezembro de 1996, os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma
base nacional comum e uma parte diversificada, entre elas: Educação Ambiental,
Relações de Gênero, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Relações Étnico-
Raciais, História do Paraná, História e Cultura Afro Brasileira e Indígena.
Educação Ambiental – Lei 9799/95
Em 1996, é sancionada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que
evidencia a dimensão ambiental na educação escolar, na amplitude dos processos
formativos do cidadão e na introdução de novos temas, considerando as inter-
relações decorrentes dos processos sociais, culturais e ambientais. Em decorrência
dessa legislação, são aprovados em 1997 pelo MEC, que definiram temas
transversais, como: Saúde, ética, orientação sexual, pluralidade cultural e meio
ambiente, a serem inseridos em todas as áreas de conhecimento no ensino
fundamental. Com a publicação da Política Nacional de Educação ambiental, Lei n.
9795/99, a Educação Ambiental, no Brasil, é impulsionada ainda mais. No entanto,
apenas em 2002 há a regulamentação dessa lei e do Órgão Gestor da Política
Nacional de Educação Ambiental. A presente Proposta Pedagógica de Matemática
tem como foco interdisciplinar os seguintes temas: aquecimento global e saúde,
comportamentos ordeiros de limpeza, reciclagem, redução de consumo.
A Educação ambiental não deve ser trabalhada de forma disciplinar e sim
incluí-la em todas as disciplinas. Onde todos os atores envolvidos no processo
ensino-aprendizagem, possam articular temas que permitam enfocar as relações
entre a humanidade e o meio ambiente e as relações sociais. Devido à Educação
ambiental estar dentro dos conteúdos trabalhados nas diferentes disciplinas, o aluno
tem uma visão mais abrangente dos problemas que a degradação do meio ambiente
pode causar. Cada disciplina trabalhando o tema poderá enfocar cientificamente,
dando uma boa base ao educando no entendimento das causas e consequências, a
partir daí, desenvolver uma consciência crítica.
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350
(...) toda produção humana, de ordem emocional, intelectual e material,
independente de sua origem, época ou aspecto formal, bem como a natureza, que
propiciem o conhecimento e a consciência do homem sobre si mesmo e sobre o
mundo que o rodeia. (GODOI, 1985, p.72)
História e cultura afro-brasileira e Indígena
Acreditamos que a lei 11.645/2008, proporcionou um outro olhar sobre a
cultura afrodescendente – consideração da sua pluralidade e diversidade. É preciso
valorizar e reconhecer que, as culturas africanas, aqui aportadas, são formadoras da
nacionalidade brasileira e não de meras contribuições. A presença do negro na
cultura e no pensamento nacional extrapola o espaço da arte relacionada às
questões culturais – religiosidade, canto, dança, culinária, etc.
O PPP será desenvolvido no Colégio Estadual Professor Elísio Vianna
mediante apresentação à comunidade das seguintes atividades programadas: No
mês de abril terá enfoque o tema indígena, dando ênfase no dia 19 de abril que é o
dia do índio e na semana da abolição da escravatura, no mês de maio, em que toda
a escola trabalhará de forma interdisciplinar e será concluída no mês de novembro,
contemplando o Dia nacional da consciência negra, através de apresentações
artísticas e culturais (Teatro, dança, música, poesia, esculturas e murais), além do
desenvolvimento de uma reflexão sobre o Sistema de Cotas para negros na
Universidade.
Relações de gênero e diversidade sexual
Conforme determinação do MEC, deve haver uma discussão sobre as
relações de gênero com o objetivo de combater as relações autoritárias, questionar
a rigidez dos padrões de conduta estabelecidos para homens e mulheres e apontar
para sua transformação – na Família, na Escola e na Sociedade.
Prevenção ao uso indevido de drogas
Devido ao senso comum e, às vezes, os próprios professores acreditarem
que os profissionais dessas disciplinas exatas nada tenham a ver com o
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desenvolvimento de atividades e/ou conteúdos sociais ou relativos á saúde, situação
considerada importante de ser constatada ou checada. Algumas posturas e tipos de
atividades têm mais possibilidade de eficácia, por exemplo: Conhecer o que os
alunos pensam; considerar a realidade do aluno; incentivar a reflexão, desenvolver o
autoconhecimento; estimular a construção do conhecimento; estimular a expressão
de sentimentos e opiniões; apresentar conceitos realistas e não preconceituosos;
desenvolver o tema “droga” integrado aos conteúdos pedagógicos; Estimular o
interesse do aluno e o senso crítico.
Educação Fiscal
Educação Fiscal é uma proposta educativa com foco na construção da
cidadania que se baseia na solidariedade, na ética, na transparência e na
responsabilidade fiscal e social.
Enfrentamento a violência contra a criança e o adolescente
A violência vem sendo objeto de pesquisas e de reflexão teórica. Especial
atenção vem merecendo a violência infanto-juvenil, ora em suas diversas formas de
violentar as crianças, adolescentes e jovens (exploração sexual, tráfico, trabalho
infantil, desemprego, sobrevivência, fome, desproteção, maus-tratos, mortes), ora
nas diversas formas de envolvimento da infância, adolescência e juventude nas
redes de tráfico, agressão, roubos, assaltos, mortes.
Pesquisas realizadas pela UNESCO com jovens de diversas cidades do Brasil
(Brasília, Fortaleza, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo), permitiram verificar que,
aproximadamente, 60% dos jovens na faixa de 14 a 19 anos de idade foram vítimas
de algum tipo de violência nas unidades escolares nos últimos anos (Revista Ibero
Americana de Educación N.37 (2005),pp 93-102).
A Matemática permite resolver situações do cotidiano do cidadão,
possibilitando várias aplicações no seu dia a dia, que levam a construção do
conhecimento, favorecendo sua capacidade intelectual e agilizando o seu raciocínio
dedutivo. Para isto o professor deve procurar contextualizar a Matemática com os
Desafios Educacionais Contemporâneos e a Diversidade (História e Cultura Afro-
Brasileira e Indígena, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação Ambiental,
Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência contra a criança ao Adolescente,
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Gênero e Diversidade Sexual), Estatuto do Idoso (Política Estadual do Idoso) e
articulá-los ao conteúdo e suas especificidades.
11.3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA
Dentro dos aspectos metodológicos é relevante ressaltar que o professor terá
que se utilizar de um ensino crítico que contribua para a formação de um cidadão
questionador frente à sociedade em que vive.
Aprende-se Matemática questionando e analisando, assim o aluno consolida
e enriquece a teoria. Inicia-se o conhecimento pela problematização, instigando a
curiosidade e a disponibilidade do aluno em aprender, trabalhando com a logicidade
e propiciando articulação entre os assuntos e também um inter-relacionamento entre
o conhecimento matemático e outras áreas do conhecimento, usando métodos de
ensino que enfatizam, além de técnicas de ensino como instrução programada, o
emprego de tecnologias audiovisuais modernas (retroprojetor, filmes, slides,...) ou
mesmo computadores, não deixando de valorizar os jogos pedagógicos (como
materiais concretos) com a finalidade de despertar o interesse do aluno, fixar a
aprendizagem e reforçar o desenvolvimento de atitudes e habilidades.
11.4 AVALIAÇÃO
No que se refere à avaliação em matemática alguns indicativos devem ser
contemplados pelos educadores:
- Considerar todas as formas de raciocínios, ou seja, os procedimentos/métodos
utilizados pelo educando para resolver uma determinada situação problema;
- Resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação matemática,
pois, mesmo que este não esteja de acordo, ele pode ter utilizado métodos
coerentes, equivocando-se em apenas parte do processo de desenvolvimento do
raciocínio matemático;
- Erro deve ser considerado como ponto de partida para rever caminhos,
compreendendo todo o processo de construção do conhecimento matemático.
Portanto, a avaliação da aprendizagem matemática considerada como
mecanismo diagnóstico e contínuo, deverá englobar todas as instâncias que
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compõem a escola, currículo, planejamento, metodologia, conteúdos, o educando, o
educador e a própria escola.
Entendida como processo, a avaliação deverá possibilitar uma constante
elaboração e reelaboração não só do conhecimento produzido, mas da ação
pedagógica como um todo.
11.4.1 Instrumentos de Avaliação
Prova oral, prova com consulta, prova individual, prova dissertativa, prova
objetiva, prova que exija memorização, pesquisa com apresentação e debate,
trabalhos realizados em sala de aula, pesquisa de campo, seminário e aulas
práticas.
11.4.2 Critérios de Avaliação
Observa a capacidade do aluno de se expressar sobre os conceitos dos conteúdos
abordados.
Verificar se o aluno:
6. estabelece as relações existentes entre os conteúdos explorados;
7. compreende, por meio da leitura, o problema matemático;
8. estabelece um plano que possibilite a solução do problema;
9. resolve satisfatoriamente o problema matemático;
10. examina a coerência da(s) resposta (s) encontrada(s).
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REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, Irene de. Metodologia da Matemática. Rio de Janeiro: Ed.
Conquista, 1953.
BOUER, J. Álcool, cigarro e drogas. São Paulo: Panda, 2004.
DIENNES, Z. P. Aprendizado moderno da matemática. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1970.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Rede
Pública de Educação Básica do Estado do Paraná: Matemática, 2008.
PARANÀ, Secretaria de Estado da Educação. Currículo Escolar e o art. 22 do
Estatuto do Idoso. Curitiba, Paraná.
INEP, Saeb 2001 - Novas Perspectivas/ Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais. Brasília, O. Instituto, 2001. Documento eletrônico
disponível em http://www.inep.gov.br/saeb/matrizes.htm, acessado em 03/07/2002.
PONCE, Aníbal. Educação e luta de classes. São Paulo: Cortez, 1985.
SAVIANI, D. Escola e democracia. São Paulo: Cortez 1985.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
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CELEM
CURITIBA
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1. Língua Estrangeira Espanhola
A língua espanhola é falada em 21 (vinte e um) países, sendo que a
maioria dos países que fazem fronteira com o Brasil são falantes do espanhol.
A oferta de língua espanhola atende a interesses político sócio
econômicos, com vistas a melhorar as relações comerciais e sociais do Brasil com
os países integrantes do Mercosul e outros, cuja língua oficial é o espanhol. É a
segunda língua nativa mais falada no mundo e a primeira mais falada nas Américas.
É impossível pensar em educação sem pensar em cidadania. É papel
da escola desenvolver uma cidadania plena, trabalhando a informação na
perspectiva da realidade. O ensino de LEM no Brasil visa ampliar o conhecimento de
mundo e permitir ao aluno modificar a sociedade em que vive para, assim, se afirmar
como cidadão. Para isso, é necessário um conjunto de objetivos e de estratégias
pedagógicas que promovam a interação dos alunos entre si, com o meio social e
com os objetos do conhecimento, ensinando-os a aprender.
A proposta de ensino-aprendizagem de língua espanhola foi aqui
pensada com o propósito de estimular a autonomia dos alunos em seu processo de
apreensão de conteúdo. Dessa forma, o educando se torna capaz de identificar suas
possibilidades e dificuldades no processo de aquisição da segunda língua.
Para capacitar ainda mais a aprendizagem por parte do aluno, é
estimulada a sua capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, investigar, interpretar,
pensar de modo criativo e crítico, questionar e criar significados.
1.1 OBJETIVOS GERAIS
Propõe-se um aprendizado de língua espanhola, relacionando a outras
aprendizagens, proporcionando a formação mais ampla do indivíduo. Pensando em
um eficaz trabalho com a língua, trabalha-se uma série de objetivos relacionados às
áreas do conhecimento em detrimento da aprendizagem relacionada com os temas
linguístico e temáticos. São eles:
• Despertar o interesse pela língua espanhola e a curiosidade em conhecer a cultura
dos países em que se fala esse idioma.
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• Proporcionar a aquisição do vocabulário básico, articulado às estruturas essenciais
da língua.
• Capacitar o aluno para utilizar adequadamente o vocabulário e as estruturas da
língua por meio da promoção de práticas contextualizadas de uso.
• Estimular a produção escrita e oral por meio de diálogos, exercícios e atividades
lúdicas.
• Capacitar o aluno a interpretar textos.
• Fornecer subsídios para que o aluno possa buscar de forma autônoma mais
informações que contribuam para o seu atendimento.
• Desenvolver o raciocínio, a observação e a reflexão para que o aluno amplie seu
universo, por meio do estudo da língua.
1.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos
conforme suas esferas sociais de circulação.
Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes
esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica
Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as
características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das
séries.
Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
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• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Léxico.
Escrita:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
•Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
•Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Referência textual;
• Partículas conectivas do texto;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e/ ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no
texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem;
• Acentuação gráfica;
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•Ortografia;
• Concordância verbal/ nominal.
Oralidade:
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,
pausas;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.
1.2.1 Conteúdos por Bimestre
1º BIMESTRE
• Alfabeto
• Fonética (sonido de las letras)
• Saludos, presentaciones, despedidas
• Verbos em presente de indicativo
• Artículos
• Sustantivos
• Preposiciones
• Contraciones
• Uso de tú y usted
• Pronombres personales
• Adjetivos para escribir las personas
• Numerales del 0 al 100
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• Los heterogenéricos
• Vocabulario (dias de la semana, meses del año, la familia, el trabajo, la casa, los
colores, partes del cuerpo)
2º BIMESTRE
• Demostrativos
• Posesivos
• Interrogativos y exclamativos
• Las horas
• Numerales a partir del 101
• Verbos tener/ haber
• Gerundios
• Verbos pronominales
• Imperativo afirmativo y negativo
• Uso de muy y mucho
• La diversida linguistica del español
• La acentuación
• Verbo gustar
• Vocabulario (comida, ropa, medios de transporte, objetos de clase, la ciudad, los
animales)
• Preposición e n
3º BIMESTRE
• Preteritos: indefinido, perfecto e imperfecto
• Participios regulares e irregulares
• Apócop
• Artículo neutro LO
• Presente del subjuntivo
• Comparativos
• Acentuación
• Vocabulario (deportes, animales)
• Lectura de un cuento
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4º BIMESTRE
• Preteritos perfecto, imperfecto e indefinido
• Formas de plural
• El verbo condicional
• Imperfecto del subjuntivo
• Fiestas y celebraciones e.n España y paises de hispanoamerica
• Lectura de un.a novela
1.3 METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A aprendizagem deve fornecer gradativamente e contemplar a inserção
na dinâmica da escola. Cabe, então, ao professor propor variadas estratégias de
leitura a fim de inserir o aluno no contexto sociocultural espanhol e latino-americano.
Para isso, se faz mister a apresentação e análise de diferentes gêneros textuais
para que o aluno identifique e utilize o registro adequado às situações
comunicativas. Assim, o educando perceberá que os enunciados refletem a forma
de pensar, sentir e agir de quem o produz. A sistematização dos conteúdos
abordados será dada por atividades orais, escritas, estruturais e lúdicas, que
conduzem o aluno a utilizar os mecanismos de coerência e coesão.
Tomando como premissa que todo trabalho pedagógico deve partir do
texto e chegar novamente a ele, é imprescindível utilizar textos originais de diversas
nacionalidades (jornais, revistas, textos literários, tiras...), escutar músicas, visitar
sites, entre outras atividades que permitam o acesso ao conhecimento de culturas
de outros grupos sociais. Com isso, o aluno, além de expandir seu conhecimento de
mundo, também distinguirá as variantes linguísticas da língua espanhola.
A abordagem teórico-metodológica se pauta na visão histórico-crítica,
na qual se considera relevante que o docente:
Leitura:
• É importante que o professor:
• Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;
• Considere os conhecimentos prévios dos alunos;
• Formule questionamentos que possibilitem interferências sobre o texto;
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• Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,
aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, temporalidade, vozes sociais e
ideologia;
• Proporcione análises para estabelecer a referência textual;
• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;
• Contextualize a produção: suporte/ fonte, interlocutores, finalidade, época;
• Utilize textos não-verbais diversos como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros;
• Relacione o tema com o contexto atual;
• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
• Instigue o entendimento/ reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/
ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
denotam ironia e humor;
• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes
gêneros.
Escrita:
É importante que o professor:
• Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,
intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologia;
• Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a
referência textual;
•Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;
• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos;
• Acompanhe a produção do texto;
• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias,
dos elementos que compõe o gênero.
• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo,
bem como de expressões que denotam ironia e humor;
• Estimule produções em diferentes gêneros;
• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e
normativos.
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Oralidade
É importante que o professor:
• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em
consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade finalidade do texto;
• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade
em seu uso formal e informal;
• Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
exta linguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e
outros;
• Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas
de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros.
Outros pontos essenciais que devem ser observados pelo docente são:
a) Aspecto Cultura/ Interdiscurso
b) Variedade linguística
c) Análise linguística
1.4 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação faz parte do processo ensino-aprendizagem sendo,
inclusive, instrumento de investigação da prática pedagógica, pautada em uma visão
formadora, permitindo a reflexão sobre a ação pedagógica.
O processo avaliativo faz parte do processo educativo. Nesse sentido o
corpo docente deverá acompanhar o desempenho dos alunos, orientar e possibilitar
o desempenho cognitivo, rever a prática metodológica, contribuir para a
compreensão das dificuldades de aprendizagem da língua estrangeira.
Leitura:
• Realização de leitura compreensiva do texto;
• Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
• Posicionamento argumentativo;
• Ampliação do horizonte de expectativas;
• Ampliação do léxico;
• Percepção do ambiente no qual circula o gênero;
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• Identificação da ideia principal do texto;
• Análise das intenções do autor;
• Identificação do tema;
• Dedução dos sentidos de palavras e/ ou expressões a partir do contexto;
• Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ ou expressões no
sentido conotativo e denotativo;
Reconhecimento de palavras e/ ou expressões que estabelecem a referência
textual;
Escrita:
Expressão de ideias com clareza;
Elaboração de textos atendendo:
às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);
- à continuidade temática;
Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,
intertextualidade, etc.;
Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do
artigo, pronome, substantivo, etc.;
Emprego de palavras e/ ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem
como de expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero
proposto.
Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos;
Reconhecimento de palavras e/ ou expressões que estabelecem a referência
textual.
Oralidade:
- Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal);
- Apresentação de ideias com clareza;
- Compreensão de argumentos no discurso do outro;
- Exposição objetiva de argumentos;
- Organização da sequência da fala;
- Respeito aos turnos de fala;
- Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna, etc.;
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR ELYSIO VIANNA Ensino Fundamental e Profissional
Av. Senador Salgado Filho, 1320 - Guabirotuba -Curitiba/PR – CEP: 81510-000 Tel.: 3296-7662/ 3296-7663/ 3296-1008 e-mail: [email protected]
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- Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
1.5 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Avaliações formais (provas), seminários, conversação, tradução de
pequenos textos/ músicas/ desenhos entre outros; atividades dirigidas, pesquisas,
trabalhos em grupo.
BIBLIOGRAFIA
BOHN, H. I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: a necessidade de
des(re)construção de conceitos. In: LEFFA, V. O professor de línguas
estrangeiras. Construindo a profissão. Pelotas: Educat, 2001.
CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo. In:
CORACINI, M. J. R. F. (Org.). O jogo discursivo na sala de leitura: língua materna e
língua estrangeira. Campinas: Pontes, 1995.
JORDÃO, Clarissa Menezes. A língua estrangeira na formação do indivíduo.
Curitiba: mimeo, 2004.
SANTOS GARGALLO, Israel. Linguística aplicada a la eneñanza-aprendizaje del
español como lengua extranjera. Madrid: Arco Libros, 1999