PROJETO PEDAGÓGICO Bacharelado Ciência da Computação · os avanços da ciência e da...
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PPC_BCC – MINUTA VERSÃO 2- Prof. Moresi – Prof. Braga 1
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
CURSO DE CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
PROJETO
PEDAGÓGICO
Bacharelado Ciência da Computação
PPC_BCC – MINUTA VERSÃO 2- Prof. Moresi – Prof. Braga 2
Sumário
1. HISTÓRICO DO CURSO ........................................................................................................... 3
2. CONTEXTUALIZAÇÃO ............................................................................................................. 5
2.1. CENÁRIO PROFISSIONAL................................................................................................ 5
2.2. MERCADO DE TRABALHO .............................................................................................. 8
2.3 FORMAS DE ACESSO ...................................................................................................... 9
3. OBJETIVOS DO CURSO ............................................................................................................. 10
4. PERFIL DO EGRESSO ................................................................................................................ 18
5. RECURSOS ........................................................................................................................... 19
5.1. INSTITUCIONAIS .......................................................................................................... 19
5.2. ESPECÍFICOS ................................................................................................................ 22
6. MATRIZ CURRICULAR .......................................................................................................... 22
6.1. FLUXO DAS DISCIPLINAS E ESTRUTURA DA MATRIZ ................................................... 26
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 27
PPC_BCC – MINUTA VERSÃO 2- Prof. Moresi – Prof. Braga 3
1. HISTÓRICO DO CURSO
A globalização, fenômeno que tem servido de “pano de fundo” de praticamente
todos os debates sobre a sociedade contemporânea, deverá continuar por muito tempo a
ser considerada uma temática atual. É uma realidade que não se pode ignorar ou evitar,
pois ela já se encontra instalada na economia mundial, do que é prova a
internacionalização dos mercados e das crises, com repercussões em todos os
continentes. Esse fenômeno influenciará, indubitavelmente, o desenvolvimento das
nações no século XXI, refletindo-se não somente nas economias locais, mas também na
própria cultura dos povos.
Nas várias áreas do conhecimento, vivenciam-se os desafios de um mundo
globalizado, de recursos freqüentemente escassos, em que problemas complexos exigem
ações complexas. Em resposta às novas exigências ambientais e socioculturais atreladas
à idéia de desenvolvimento humano sustentável, as organizações estão passando por
mudanças profundas e, como conseqüência, esses processos têm reflexos na sociedade
brasileira como um todo.
Nesse cenário de mudanças, e também de oportunidades, de limites e de
possibilidades, a UCB é chamada a dar a sua contribuição por meio do alto nível técnico
e humanístico de seus egressos, que são estimulados a se inserirem profissionalmente de
forma competente, criativa, empreendedora e, sobretudo, ética. Para fundamentar sua
atuação, a UCB considera os assuntos além das fronteiras nacionais, ao evitar as
percepções apenas domésticas da realidade econômica, cultural e social.
Na busca da excelência, a UCB delineou seu projeto de desenvolvimento
oferecendo ensino de qualidade, articulado com o desenvolvimento da pesquisa pura e
aplicada, e colocando-se a serviço da comunidade através da extensão universitária.
Ciente de seu principal papel, que é gerar conhecimento, e sabendo que, na
complexidade e amplitude do saber, não é possível alcançar excelência plena em todas
as áreas, optou por dar prioridade a algumas, de forma que essas pudessem responder às
suas exigências na busca da qualidade. Entre as áreas escolhidas estão a da Tecnologia
da Informação.
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A escolha da Tecnologia da Informação objetiva colocar, a serviço da sociedade,
os avanços da ciência e da tecnologia, uma vez que essa é uma área que se encontra em
franco desenvolvimento torna-se cada vez mais um instrumental do saber e do fazer. A
opção faz com que a UCB atenda melhor e de forma mais abrangente os anseios e
expectativas da comunidade na qual ela se encontra inserida. Assim, a Universidade
coloca-se à disposição da sociedade como agente preparador de profissionais
competentes, com uma consciência ética aprimorada e comprometida com o
desenvolvimento regional e nacional.
A Tecnologia da Informação apresenta características singulares. Trata-se de
uma área jovem, com pouco mais de 50 anos de existência, e que vem experimentando
crescimento e transformações em ritmo acelerado praticamente ao longo de todo este
período. Ao lado dos enormes desenvolvimentos teóricos e tecnológicos, as aplicações e
atividades profissionais relacionadas com a computação também vêm sofrendo rápida
evolução e expansão, com reflexos profundos no perfil de conhecimentos e habilidades
necessários para a formação adequada de profissionais de todas as áreas.
Para satisfazer aos anseios da UCB foi criado, em 1980, o Curso de Tecnologia
em Processamento de Dados, autorizado pelo Decreto no 85.170/80. É um curso que
visa a formação profissional na área de Tecnologia da Informação, e é pioneiro na
instituição, dentro da área técnica. Como a Tecnologia da Informação se desenvolve
rapidamente, apresentando novidades a cada dia, seu currículo tem estado em constante
modificação, objetivando formar técnicos competentes e atualizados.
Em publicação do Diário Oficial da União de 11 de maio de 1989, página 7.249,
o Ministro da Educação “homologa o Parecer do Conselho Federal de Educação no
281/89, favorável à aprovação do projeto para implantação do Plano de Curso em
Ciência da Computação, habilitação Informática, nas modalidades Sistemas de
Informações e Sistemas Industriais que será ministrado pela Faculdade Católica de
Tecnologia, mantida pela União Brasiliense de Educação e Cultura ...”.
Em 3 de outubro de 1989, o Plenário do Conselho Federal de Educação aprova,
por unanimidade, o parecer do relator, favorável à autorização final para a implantação
do referido curso. Em 1990, a UCB passou a oferecer o curso de Bacharel em Ciência
da Computação (BCC).
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O BCC teve seu plano aprovado pelo parecer no 806/89, publicado no Diário
Oficial da União em 20 de dezembro de 1989, e na Documenta no 346 do CFE/MEC, de
19 de dezembro de 1989. No Diário Oficial da União - D.O.U. de 20 de dezembro de
1989, através do Decreto 98.610, de 19 de dezembro de 1989, o Presidente da República
autoriza o funcionamento do curso.
Em 3 de junho de 1993, o Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou,
por unanimidade, o parecer do relator no 386/93 favorável ao reconhecimento do curso
de Ciência da Computação, bacharelado, na habilitação e modalidades previstas. E,
através da Portaria no. 1.153, de 12 de agosto de 1993, publicada no D.O.U. de 13 de
agosto de 1993, o Ministro da Educação e do Desporto reconhece o curso.
Em 2004, o curso passou pelo processo de avaliação externa, obtendo a
renovação de reconhecimento pela Portaria Ministerial no 1.756, publicada no DOU de
24 de Maio de 2005.
2. CONTEXTUALIZAÇÃO
2.1. CENÁRIO PROFISSIONAL
A Ciência da Computação, no stricto sensu da palavra, evita fixar áreas
preferenciais de conhecimento em computação para formação do egresso. De outra
forma, ela procura fortalecer seus alicerces através da garantia de sólidas competências
e habilidades na formação básica, tal como em programação, computação e algoritmos,
arquitetura de computadores, matemática e física. Contudo, não deixa em segundo plano
a formação tecnológica em visão ampla, como em sistemas operacionais, redes de
computadores, sistemas distribuídos, compiladores, banco de dados, engenharia de
software, sistemas multimídia, interface homem-máquina, realidade virtual, inteligência
artificial, computação gráfica e processamento de imagens.
O curso de BCC da UCB agrega ao entendimento de Ciência da Computação, o
valor do aprendizado através do contato e desenvolvimento social. Tanto a formação
básica como a formação tecnológica são respeitadas neste curso. A diferença está no
foco do aprendizado. Este curso aborda a Ciência da Computação na experimentação e
investigação temática descrita, principalmente, pelas áreas de Gestão da Informação em
Grandes Volumes de Dados e Alta Disponibilidade, Inteligência Artificial e Qualidade
de Software.
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Alguns fatos sustentam esta visão. Dentre esses é possível citar primeiramente, o
relatório sobre os Grandes Desafios da Pesquisa em Computação no Brasil [SBC 2006]
produzido pela SBC, com o apoio da CAPES e da FAPESP, em maio de 2006. Esse
documento, construído pelos representantes da comunidade científica de todo o Brasil,
define as diretrizes da pesquisa na área de computação para a próxima década. Dentre as
áreas de investigação científica declaradas importantes para o desenvolvimento do país
citam-se a gestão da informação em grande volume de dados em sistemas distribuídos;
modelagem computacional de sistemas complexos artificiais, naturais e sócio-culturais e
da interação homem-natureza; desenvolvimento tecnológico de qualidade, tais como
sistemas disponíveis, corretos, seguros, escaláveis, persistentes e ubíquos; e acesso
participativo e universal do cidadão brasileiro ao conhecimento.
Segundo, o setor de software é o que mais cresce no Brasil e no mundo, de acordo
com a Federação das Indústrias de Brasília – FIBRA [GDF 2007], gerando milhares de
empregos. É vital para a economia do país que o setor de software continue expandindo.
Porém, de acordo com o SINFOR/DF – Sindicato das Indústrias da Informação do
Distrito Federal, faltam profissionais qualificados para atender à demanda do mercado.
Terceiro, o DF é considerado o terceiro maior pólo em tecnologia da informação do
país [IPEA 2006], pelas atividades que se presta ao Governo Federal. Um dos desafios
do governo é a transformação de seus serviços à sociedade em serviços eletrônicos. Este
projeto pedagógico parte do pressuposto de que além das tecnologias da informação, a
sua própria gestão é elemento crucial para o sucesso de uma organização que necessita
de tecnologia.
Ainda considerando sustentações desta proposta, a UCB está criando cultura e
competência no desenvolvimento e no ensino de Educação à Distância – EAD. A
Diretoria de Tecnologia Educacional e Educação a Distância da UCB – DITED, criou
em setembro de 2000 a Católica Virtual. O objetivo institucional é transformar a
Católica Virtual em Universidade Católica Virtual. Atualmente, alguns cursos de
graduação já estão sendo oferecidos à distância, entre eles o Curso de Tecnologia em
Gestão da Tecnologia da Informação. Várias disciplinas dos cursos de graduação e pós-
graduação estão sendo disponibilizadas pela Católica Virtual. Há um grande esforço
institucional a fim de capacitar o corpo docente para atuar numa plataforma à distância.
O objetivo é atender à demanda do mercado. E finalmente a UCB, em seu planejamento
estratégico, destaca a consolidação das competências através de centros de excelência
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integrados por projetos de interesse institucional. O presente projeto pedagógico se
apresenta como uma proposta de integração coerente com os anseios da UCB.
Tendo as condições postas, o direcionamento do eixo epistemológico retrata o
desenho de formação do aluno. Contudo, o grande desafio está nas questões
relacionadas ao como fazê-lo. O curso de ciência da computação da UCB tenta garantir
a efetividade e a integridade de sua proposta de projeto pedagógico, promovendo
reflexões diante de suas próprias competências e habilidades em educação, com base
nos pilares do ensino definidos pela UNESCO. O caráter das reflexões é poder gerar
ações adequadas que potencializem tais competências e habilidades. Em resumo, as
atitudes de gestão e docência devem promover competências aos alunos para “Aprender
a viver com o outro”, “Aprender a aprender”, “Aprender a fazer” e “Aprender a ser”.
Para alcançar os sucessos almejados, o BCC também acredita que ações pró-ativas
junto ao aluno permitirão experimentar e vivenciar em outros cenários a preocupação do
desenvolvimento social e humano, e o aprendizado focado nos pilares da educação.
Essas ações encontram-se em projetos de pesquisa interdisciplinares, de
empreendedorismo, acadêmicos e sociais.
O projeto pedagógico deve ser dinâmico. Por esse motivo, o curso de ciência da
computação está sintonizado com os acontecimentos nacional, regional, local e interno.
Diante desse fato, é necessário fazer avaliações periódicas que ajudem a fortalecer
nossas competências, esclareçam e corrijam nossas deficiências, permitindo-nos
visualizar futuro e tendências. As avaliações atuais que alimentam o curso são
resultados de pesquisas divulgadas em encontros científicos (SBC, SOFTEX, CNPq,
etc.), revistas especializadas, informes de mercado e de parceiros, planos de governo
(Distrital e Federal), participação em eventos científicos e de planejamento científico-
educacional, assim como avaliações e articulações internas realizadas na UCB. As
avaliações no âmbito da UCB são em nível universitário, por meio da Comissão Própria
de Avaliação - CPA, e em nível da Pró-Reitoria de Graduação – PRG, por meio da
Unidade de Apoio Didático-Educacional – UADE.
Dessa forma, o curso de computação da UCB forma profissionais capacitados para
suprir a carência do mercado, uma vez que ao aliar ensino, pesquisa e extensão
potencializa a junção de bom conhecimento técnico, capacidade de aprender novas
tecnologias e a habilidade de investigar e desenvolver soluções inovadoras.
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2.2. MERCADO DE TRABALHO
Brasília foi planejada para ser uma cidade administrativa, com um número limitado de
habitantes. O seu crescimento demográfico pressionou a criação, em caráter de urgência, de
muitas outras cidades-satélites além das previstas inicialmente, penalizando-as com as
incongruências decorrentes da pressa. Em paralelo, a pálida ação do Poder Público quanto a
promover novas áreas de moradia para a classe média fez surgir centenas de condomínios, cuja
regularização constitui grave problema e faz com que uma parcela significativa da riqueza
imobiliária do DF não esteja contabilizada nem possua documentação de titularidade.
Entre os problemas criados por essa situação, destaca-se a impossibilidade de que esse
patrimônio seja usado na alavancagem de empréstimos, freqüentemente necessários para a
geração e desenvolvimento de empresas e, logo, para a criação de emprego e renda no Distrito
Federal.
O setor de produção de bens e serviços padece de drama semelhante. As áreas originais
que lhe foram destinadas encontram-se saturadas e têm sido invadidas por atividades estranhas
às funções inicialmente previstas. Novas áreas para o setor produtivo têm sido implementadas,
mas o processo obedece, há décadas, ao modelo tradicional dos distritos industriais no País,
ancorado no paradigma da Sociedade Industrial.
No caso do DF, esse modelo resume-se na criação de Áreas de Desenvolvimento
Econômico - ADEs sob títulos diversos, fundamentadas em loteamentos convencionais e que,
freqüentemente, incluem a distribuição incentivada dos lotes de modo a estimular as empresas a
construirem suas instalações. Um exemplo típico dessa abordagem é a denominada “Cidade do
Automóvel”.
Por outro lado, a aceleração do progresso científico e tecnológico, nas últimas
décadas, conduz a sociedade mundial a um novo patamar de desenvolvimento - a
Sociedade do Conhecimento, que oferece extraordinárias oportunidades a pessoas e
nações que potencializem talentos e recursos rumo as novas conquistas.
Ampliar o acesso da sociedade brasileira a essas oportunidades, viabilizando
caminhos inovadores para o desenvolvimento, constitui o propósito basilar de uma
antiga aspiração da comunidade do setor da Tecnologia da Informação e Comunidade
de Brasília: o Parque Capital Digital. E conceber a implementar esse ambiente de
inovação da forma mais perfeita possível, otimizando esforço, de toda ordem, de modo
a transformá-lo num singular e precioso legado às gerações futuras é a motivação que
inspira a articulação do governo, setor privado e academia em direção ao Parque.
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Um significativo passo nesse percurso foi a lei complementar no 679-DF, de
autoria do Poder Executivo, aprovada pela Câmara Distrital Federal, em 30 de
dezembro 2002, com as seguinte disposições:
- cria área com cerca de 120 hectares na zona urbana de uso controlado, entre a
Rodovia DF-003, o Parque Nacional de Brasília e a Granja do Torto para o Parque
Capital Digital;
- destina o parque a integrantes da Cadeia Produtiva do Setor da Tecnologia da
Informação e Comunicações; e
- estabelece que estudos, projeto, implantação e funcionamento do parque serão
conduzidos pelos órgãos da administração do Governo do Distrito Federal, em sintonia
com as entidades representativas do setor no Distrito Federal.
Esse cenário permite delinear as perspectivas presentes e futuras do mercado de
Tecnologia da Informação do Distrito Federal (SINFOR, 2006), onde destacam-se:
- o expressivo mercado para o setor de TIC representado pelo Governo Federal e pelo
GDF;
- o acesso a esse mercado por parte de empresas localizadas no Distrito Federal;
- vontade política do Governo do Distrito Federal, do Governo Federal e das lideranças
do DF para implantar o Parque Capital Digital;
- expressiva base empresarial no DF em TIC e a sua crescente competitividade interna-
cional;
- o elevado número e qualificação dos profissionais em TIC no DF;
- o interesse de empresas transnacionais de TIC em instalar unidades no DF;
- a crescente demanda mundial de software sob encomenda (“off shore”);
- recursos federais de suporte a projetos cooperativos de desenvolvimento;
- as extraordinárias oportunidades de mercado para as aplicações de TIC abertas pela
aceleração dos avanços científicos e tecnológicos.
2.3 FORMAS DE ACESSO
O estudante ingressa no Curso de sua escolha, por meio de processo seletivo,
denominado vestibular, que é realizado em data e horário estabelecidos em edital,
amplamente divulgado. A execução técnico-administrativa do concurso vestibular fica a
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cargo da Fundação Universa – Funiversa, conforme o Oitavo Termo Aditivo ao Acordo
de Mútua Cooperação No 80.019/2005, celebrado entre a União Brasiliense de
Educação e Cultura – UBEC (Mantenedora da UCB) e a Fundação Universa –
Funiversa. Os cursos de Graduação funcionam sob o regime de créditos, com pré-
requisitos estabelecidos na Matriz Curricular. Tal regime possibilita ao estudante cursar,
a cada semestre, disciplinas que totalizem diferentes quantidades de créditos, a partir do
mínimo de 12 créditos. Poderão se inscrever no processo seletivo os candidatos que já
tenham concluído ou estejam em fase de conclusão do ensino médio ou equivalente,
devendo apresentar obrigatoriamente o documento de conclusão do Ensino Médio no
ato da matrícula. O Processo Seletivo consta de dois cadernos de provas sobre os
conteúdos dos programas dos ensinos fundamental e médio, sendo 1 (uma) prova de
Redação e 4 (quatro) provas objetivas, comuns a todos os candidatos. As provas
objetivas constarão de questões de Língua Portuguesa, de Conhecimentos Gerais
(Geografia, História e Atualidades), de Matemática e de Ciências (Biologia, Física e
Química) para todos os cursos. Será eliminado do Processo Seletivo o candidato que
obtiver resultado 0 (zero) ponto em uma ou mais das provas objetivas, e/ou nota menor
que 20 (vinte) em Redação (de um total de 100).
Na possibilidade de ter vagas ociosas a UCB recebe estudantes advindos de outras
IES, desde que estas estejam regularizadas em consonância com a legislação brasileira.
Há, na hipótese de vagas ociosas, possibilidade de aceitar candidatos que apresentam
desempenho em outros processos seletivos realizados em outras IES, desde que tragam
declaração de desempenho com aproveitamento mínimo de 70%, nesse caso, também é
possível o ingresso de candidatos que tenham realizados avaliações oficiais, tais como o
Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM. A UCB como participante do Programa de
Governo Universidade para Todos possui vagas reservadas para os candidatos
encaminhados pelo MEC habilitados para receberem bolsa PROUNI.
3. OBJETIVOS DO CURSO
Este curso visa formar profissionais que tenham conhecimento e experiência
necessários para se engajarem em atividades de concepção e aplicação de métodos e
técnicas computacionais para a resolução de problemas nos mais diferentes domínios.
Os objetivos específicos visam capacitar o futuro profissional de ciência da
computação a:
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• Aplicar os conceitos fundamentais da computação.
• Desenvolver modelos, algoritmos e sistemas.
• Desenvolver e utilizar técnicas de avaliação de sistemas computacionais e dos
processos de desenvolvimento de software.
• Resolver eficientemente problemas em ambientes computacionais.
• Desenvolver raciocínio lógico-matemático para que possa tratar problemas
complexos.
• Desenvolver habilidades para aprender novas tecnologias.
• Desenvolver competências em tecnologias de banco de dados, engenharia de
software, sistemas distribuídos, redes de computadores, sistemas operacionais,
inteligência artificial, entre outras.
• Expressar idéias de forma clara, empregando técnicas de comunicação
apropriadas para cada situação.
• Atuar social e profissionalmente de forma ética.
Como diferencial buscou-se a partir do perfil profissiográfico e dos objetivos
delineados para o BCC, a definição do eixo epistemológico que incorpora os
conhecimentos e competências a serem desenvolvidas pelo aluno ao longo de sua
formação profissional na UCB. A composição do eixo considera as recomendações
curriculares da Sociedade Brasileira de Computação – SBC, da IEEE Computer Society
e da Association for Computer Machinery.
A síntese dos componentes do eixo epistemológico e seus respectivos tópicos são
apresentados a seguir, em conjunto com uma descrição da inserção de cada tema na
formação profissional do aluno.
AC - Algoritmos e Complexidade
Algoritmos são fundamentais para Ciência da Computação e Engenharia de
Software. O desempenho no mundo real de qualquer sistema de software depende
essencialmente de três itens: o algoritmo escolhido, a inteligibilidade e a eficiência dos
vários níveis de implementação.
Bons projetos de algoritmos são cruciais para o desempenho de todos os sistemas
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de software. Além disso, o estudo de algoritmos possibilita a real compreensão da
natureza intrínseca de um problema e, tanto quanto possível, a identificação de soluções
independentes da linguagem de programação, do paradigma de programação, do
hardware computacional ou de qualquer aspecto de implementação.
Uma parte importante da computação é a habilidade em selecionar e aplicar
algoritmos apropriados para propósitos particulares. Isso recai na compreensão de que
determinados tipos de algoritmos se endereçam a conjuntos de problemas bem
definidos.
AR – Arquitetura e Organização de Computadores
O computador é o coração da computação. Sem ele, a maioria das disciplinas de
computação hoje seriam uma ramificação da matemática teórica. Para ser um
profissional em qualquer campo da computação hoje, não se deve considerar o
computador apenas como uma caixa preta que executa programas por mágica. Todos os
estudantes de computação devem adquirir algum conhecimento e apreciação dos
componentes funcionais de um sistema de computação, suas características, seus
desempenhos e suas interações. Há também implicações práticas. Estudantes precisam
compreender a arquitetura de um computador para que estruture um programa tal que
ele execute mais eficientemente em uma máquina real. Na escolha de um sistema para
uso, eles devem estar aptos a compreender as relações de desempenho entre os vários
componentes, tais como clock do processador e tamanho da memória.
ED – Estruturas Discretas
Estruturas Discretas é disciplina fundamental para Ciência da Computação. A
princípio poucos são os cientistas da computação trabalhando diretamente nesse tema,
mas diversas outras áreas da ciência da computação trabalham com conceitos oriundos
dessa disciplina. Estruturas discretas incluem áreas tais como teoria dos conjuntos,
lógica, teoria dos grafos e otimização combinatória.
A noção de prova matemática ou formal é um tema unificador em ciência da
computação. Por exemplo, a habilidade para criar e entender uma prova formal é
essencial em especificação formal, em verificação e em criptografia. Além disso,
conceitos de teoria dos grafos são utilizados em redes de computadores, sistemas
operacionais e compiladores. Além disso, conceitos sobre teoria dos conjuntos são
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utilizados em engenharia de software e em banco de bados.
Com a maturação da ciência da computação, cada vez mais, técnicas sofisticadas de
análise se tornam imprescindíveis para a abordagem de problemas de ordem prática.
Para entender as futuras técnicas computacionais, os estudantes de hoje deverão adquirir
um conhecimento básico em estruturas discretas.
Se diversas outras áreas não têm seus contornos muito bem delineados, isso é
particularmente verdadeiro em estruturas discretas. Ela garante a parte da educação em
ciência da computação calcada em aspectos de natureza formal e matemática.
Entretanto, a decisão de como delinear os limites entre, por um lado, o suporte
matemático e, por outro, a área de algoritmos e complexidade foi inevitavelmente
aleatória.
ES – Engenharia de Software
A engenharia de software é a área relacionada com a aplicação de teoria,
conhecimento, e prática para a construção eficaz e eficiente de sistemas de software que
satisfaçam os requisitos dos usuários e dos clientes. A engenharia de software é
aplicável aos sistemas de pequeno, médio, e grande porte. Ela abrange todas as fases do
ciclo de vida de um sistema. O ciclo de vida inclui a análise e a especificação dos
requisitos, o projeto, a construção, os testes, o uso e a manutenção.
A engenharia de software emprega métodos de engenharia, processos, técnicas, e
medidas. Ela se beneficia do uso de ferramentas para controlar o desenvolvimento de
software, analisar e modelar artefatos de software, avaliar e controlar a qualidade para
assegurar uma abordagem disciplinada e controlada da evolução e do reuso de software.
O desenvolvimento de software, que pode envolver um desenvolvedor único ou uma
equipe de desenvolvedores, requer a escolha de ferramentas, métodos, e das abordagens
que são as mais adequadas para um determinado ambiente de desenvolvimento.
Os elementos da engenharia de software são aplicáveis ao desenvolvimento de
software em qualquer domínio de aplicação onde a qualidade, os prazos e o custo são
importantes na produção de um sistema.
FE – Física Aplicada a Computação
Os campos de teoria eletromagnética e ondas permitem a compreensão sobre
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fenômenos como ruídos eletromagnéticos, transmissão de informação e ondas refletidas
em redes de comunicação. O estudo da operação dos semicondutores possibilita a
compreensão da atual realização dos dispositivos que implementam a lógica
computacional, bem como as limitações da tecnologia atual e dos próximos anos. Além
disso, quando visto de forma mais profunda, possibilita o projeto de máquinas
computacionais (projeto VLSI e de lógica programável).
No campo da ótica, os conceitos de reflexão, difração e atenuação de determinadas
faixas do espectro luminoso, permitem ao futuro profissional compreender os limites
envolvidos nas comunicações óticas e futuramente na realização da lógica
computacional baseada nos princípios óticos.
FP – Fundamentos da Programação
Esta área inclui unidades sobre os conceitos de programação fundamental, estrutura
básica de dados e processos algorítmicos. Entretanto, não é coberto todos os pontos de
programação que a ciência da computação deve conhecer. Muitas outras destas áreas,
tais como linguagem de programação e a engenharia de software, também contém
unidades relacionadas a programação que fazem parte do núcleo da graduação. Na
maioria dos casos, estas unidades poderiam ter sido apontados igualmente bem para
ambos, Fundamentos da Programação ou a área mais avançada.
GI – Gerenciamento da Informação
Gerenciamento de Informação (GI) tem um papel importante em quase todas as
áreas onde computadores são usados. Esta área inclui a recuperação, digitalização,
representação, organização, transformação, e apresentação de informação; algoritmos
para acesso eficiente e métodos de atualização de informação armazenada, abstração e
modelagem de dados; e técnicas de armazenamento de arquivos físicos. Além disso,
também trata segurança de informação, privacidade, integridade, e proteção em um
ambiente compartilhado. O estudante deve ser capaz de desenvolver modelos de dados
conceituais e físicos, determinar métodos e técnicas de GI apropriados para um
determinado problema, além de selecionar e implementar uma solução de GI adequada
que reflete todas as regras satisfatórias, inclusive escalabilidade e usabilidade.
HM – Interação Homem-Máquina
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A ênfase será colocada em entender o comportamento humano com objetos
interativos, sabendo desenvolver e avaliar um software interativo, que use uma
abordagem centrada no homem, e o conhecimento geral de edições do projeto de
interfaces homem-máquina com tipos múltiplos de software interativo.
IS – Informática e Sociedade
A natureza das atividades exercidas pelos profissionais da ciência da computação
fazem com que esses tenham que conviver com profissionais das mais diversas áreas.
Além disso, hoje e cada vez mais, a informática está presente em setores estratégicos de
empresas, de governos e no dia-a-dia das pessoas, permitindo, entre outras coisas, a
apropriação, a difusão e a manipulação de informações sem um controle, a priori, de
aspectos tais como a de propriedade intelectual ou mesmo quanto à veracidade das
informações disponibilizadas. Dessa forma, é imprescindível que o tal profissional
receba uma formação humanística, no sentido de refletir sobre seu papel como
profissional e cidadão frente a questões éticas, como por exemplo os direitos do
cidadão, a sua privacidade, o impacto dos computadores na sociedade moderna.
A evolução histórica da computação e da informática mostra como a mesma
alcançou o estágio atual e permite ao egresso conhecer a si mesmo como uma evolução
de seus antecessores. Além disso, a abordagem de temas como o contexto social da
computação, o risco e as responsabilidades de sistemas computacionais, o crime digital,
a relação entre economia, computação e o empreendedorismo vão ao encontro de tal
reflexão.
LP – Linguagens de Programação
Uma linguagem de programação é a interface principal do programador com um
computador. Mais do que apenas conhecimento de como programar em uma linguagem
simples, os programadores necessitam entender os diversos estilos de programação
promovidos por linguagens diferentes. Em suas vidas profissionais eles trabalharam
com muitas linguagens diferentes e estilos de programação de uma só vez em suas
carreiras. O entendimento das variedades de linguagens de programação e dos diferentes
paradigmas de programação tornam o aluno mais hábil na identificação da melhor
solução a ser adequada para cada problema. O entendimento dos aspectos pragmáticos
também requer um conhecimento básico da tradução da linguagem de programação e as
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características de execução, tal como, a alocação de armazenamento.
MT – Matemática
A matemática se caracteriza, juntamente com computação e algoritmos, como o
alicerce dos cursos de computação e informática presentes nas Diretrizes Curriculares
do MEC, não se devendo pensar em cada uma isoladamente.
A visão pedagógica adotada considera a formação que se quer proporcionar aos
alunos de computação e informática. Ou seja, não é apenas uma questão de listas de
disciplinas, seus conteúdos e outros aspectos correlatos.
RC – Redes de Computadores
Avanços recentes em redes de computadores e telecomunicações, particularmente,
aqueles baseados em TCP/IP, têm aumentado a importância de tecnologias de rede em
disciplinas de computação.
A computação centrada em rede cobre várias sub-especialidades: conceitos e
protocolos de redes de comunicação, sistemas multimídia, padrões e tecnologias Web,
segurança em redes, computação móvel e sistemas distribuídos.
Esta área envolve teoria e prática. Experiências e análises de resultados são
fortemente recomendadas, uma vez que reforçam o entendimento do estudante a
respeito de conceitos e suas aplicações em problemas do mundo real. Experiências em
laboratório devem envolver a coleta de dados, modelagem empírica, análise de
protocolo em nível de código fonte, monitoramento de pacotes de rede, construção de
software e avaliação de modelos de projeto alternativos.
IA – Inteligência Artificial
O campo da Inteligência Artificial (IA) diz respeito ao projeto e análise de agentes
autônomos. Ela oferece um conjunto de ferramentas para a resolução de problemas que
seriam difíceis ou mesmo impraticáveis se fossem utilizados outros métodos. Existem
sistemas de software e/ou máquinas físicas, com sensores e atuadores incorporados, por
exemplo, em robôs ou em veículos espaciais autônomos. Um sistema inteligente deve
perceber seu ambiente, agir racionalmente, realizar suas tarefas e interagir com outros
agentes e com seres humanos.
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Essas capacidades são cobertas por tópicos tais como visão computacional,
planejamento e ação, robótica, sistemas multi-agentes, reconhecimento da fala e
compreensão de linguagem natural. Todos os tópicos são permeados por representações
de conhecimento gerais ou especializadas e em mecanismos de raciocínio, em métodos
de resolução de problemas e algoritmos de busca e em técnicas de aprendizagem de
máquina.
O estudante precisa estar apto a determinar quando uma abordagem de IA é
apropriada para um dado problema e ser capaz de selecionar e implementar um certo
método de IA.
SO – Sistemas Operacionais
Um sistema operacional define uma abstração da integração do hardware com o
software aplicativo. O sistema operacional também é responsável por gerenciar os
recursos que são compartilhados pelos usuários. Esta disciplina também aborda as
questões importantes para o projeto de um sistema operacional clássico e, além disso,
inclui uma parte prática em laboratórios para habilitar o aluno com experimentos de
sistemas operacionais.
Nos últimos anos, sistemas operacionais e suas abstrações têm tornado-se
relativamente mais complexos que os softwares de aplicação. É necessário garantir que
os estudantes entendam o funcionamento externo de um sistema operacional antes de
um estudo mais detalhado de implementação de algoritmos internos e estrutura de
dados. Muitas das questões envolvidas em sistemas operacionais têm ampla
aplicabilidade em outros campos da ciência da computação, tais como programação
concorrente. Estudos de projetos internos têm importâncias em diversas áreas, tais como
programação segura, projeto e implementação de algoritmos, desenvolvimento de
recursos modernos, construção de ambientes virtuais, caching através da web,
desenvolvimento de sistemas seguros e tolerantes a falha, gerenciamento de redes, e
muitos outros.
Os temas transversais são escolhidos de forma estratégica para incluir o aluno nos
cenários internacional, nacional e regional diante das tecnologias e aplicações
emergentes e promissoras em ciência da computação. Neste caso, os problemas práticos
servem como ferramentas de alavancagem do processo de aprendizado. Os temas
transversais pregam o estabelecimento da relação entre os conhecimentos teoricamente
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sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na
realidade e da realidade). Os temas são abordados no decorrer do curso, respeitando as
estratégias de operacionalização curricular e a coerência com os núcleos temáticos.
Os temas transversais escolhidos neste projeto pedagógico são:
• Gestão da Informação.
• Modelagem Computacional de Sistemas.
• Software Livre.
• Informática na Educação.
Temas transversais podem mudar ao longo do tempo sem a necessidade de
modificações nos núcleos temáticos. Por exemplo, o núcleo temático Formação Básica
em Computação tem o objetivo de contribuir para a formação do aluno com um
determinado conjunto de conceitos, métodos e práticas. Ao passar pelo núcleo o aluno
poderá aplicar este conjunto em algum dos temas transversais. Se ele deve aprender a
programar, o fará através de problemas da área de sistemas de alta disponibilidade, por
exemplo.
Existem algumas alternativas de implementação dos temas transversais. Este
projeto pedagógico irá inicialmente adotar as seguintes estratégias:
• Grupos de estudo;
• Projetos de pesquisa;
• Projetos acadêmicos;
• Projetos de empreendedorismo, através da relação Universidade Empresa;
• Projetos finais de curso.
4. PERFIL DO EGRESSO
As características fundamentais desse profissional são:
• Domínio do processo de projeto para conceber e/ou aplicar a solução de
problemas com base científica.
• Capacidade para aplicar seus conhecimentos de forma independente e
inovadora, acompanhando a evolução do setor e contribuindo na busca de
soluções nas diferentes áreas aplicadas.
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• Formação humanística que permita a compreensão e atuação nas decisões da
sociedade, tornando-se cidadão consciente do seu papel social, da existência
humana e do respeito à vida e ao outro.
• Formação empreendedora, possibilitando uma visão mercadológica da
tecnologia da informação e da dinâmica organizacional.
• Capacidade de atuar em cenários que envolvam articulações e parcerias em
diversos setores da sociedade.
De uma forma ampla, o profissional egresso deverá ser capaz de desempenhar as
seguintes funções:
• Projetar e construir modelos computacionais, com base científica, para solução
de problemas.
• Projetar e implementar sistemas complexos de alta qualidade, os quais
requerem soluções computacionais complexas através de algoritmos.
• Prestar assessoria à tomada de decisão na área de tecnologia da informação
(TI).
• Estar capacitado a desenvolver, implantar e gerenciar sistemas de base
tecnológica, tais como redes de computadores, banco de dados, inteligência
artificial, sistemas distribuídos e pesquisa operacional.
• Prosseguir os estudos em nível de pós-graduação em Ciência da Computação ou
áreas correlatas.
• Dedicar-se à pesquisa visando a carreira acadêmico/científica.
Em termos gerais, poderá atuar profissionalmente em quaisquer atividades afins e
correlatas a Ciência da Computação, pois o currículo deste curso visa ensinar o aluno a
pensar por ele próprio, a buscar, a explorar com ética e senso crítico suas próprias
habilidades intelectuais, criativas e empreendedoras na sua intervenção profissional
dentro da sociedade.
5. RECURSOS
5.1. INSTITUCIONAIS É notório o aumento, nos últimos anos, das possibilidades de uso de recursos de
aprendizagem (biblioteca, laboratórios comuns e específicos, internet, computadores,
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recursos de TV e vídeo, data show, entre outros). Recursos deste tipo devem ser
estudados, valorizados, planejados, implantados e administrados de forma cuidadosa
para garantir o compartilhamento de seu uso e seu aproveitamento adequado do ponto
de vista das aprendizagens caracterizadas pelas aptidões a serem desenvolvidas nos
estudantes (PPI, UCB, 2007, p.17).
O compartilhamento na UCB é fundamentado na política de Fomento e
Manutenção dos laboratórios, que se consolida por meio das atividades de uma
Comissão de Investimentos, composta por membros de todas as áreas, além de técnicos
e especialistas. Esse compartilhamento não se dá somente por meio da divisão de
espaços e custos, mas também pelo aproveitamento conjunto do trabalho dos técnicos,
que apóiam, normalmente, a mais de um curso na mesma área. A UCB caminha para a
implementação, em todas as áreas de conhecimento, de laboratórios multiuso, que se
destacam pela baixa ociosidade, pela maior sustentabilidade e pelo estímulo ao ensino, à
pesquisa e à extensão, realizados conjuntamente, na mesma área e em áreas afins do
conhecimento.
Com o intuito de favorecer o ambiente universitário de diálogo e convívio entre
várias carreiras, a UCB estimula a oferta de disciplinas comuns a vários cursos,
entendendo que este é um caminho importante para a sustentabilidade e também para
uma formação profissional multidisciplinar.
A Unidade de Assessoria Didático-administrativa (UADA) tem por objetivo
principal organizar o compartilhamento de recursos para o favorecimento da
aprendizagem, principalmente no tocante às “Salas Top” (com projetor multimídia,
aparelhagem de som, telão e computador), salas para ambiente de aprendizagem em
grupos cooperativos, salas de apoio ao professor, salas comuns e equipamentos
audiovisuais. A informatização da UADA permite ao professor organizar com
antecedência suas aulas, respeitando seu plano de ensino e tendo um acesso democrático
aos espaços institucionais. Da mesma forma, o docente realiza o lançamento de notas e
freqüências por meio do sistema graduação on-line (GOL), um sistema que permite
ainda a comunicação entre professores e estudantes para avisos, alterações na
programação de aulas e outras atividades, envio de notas etc.
No campus da UCB em Taguatinga, todas as salas estão equipadas com recursos
de multimídia (data-show, canhão, internet, telão e computador) e existem salas,
também, com lousa digital.
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As salas públicas da UCB, isto é, salas de informática providas de computadores
com acesso à Internet e impressora, disponíveis em cada prédio, são destinadas aos
estudantes da Instituição que têm direito, no ato de matrícula, a uma senha de acesso a
esse espaço. Já para a realização de aulas de disciplinas com suporte de informática, a
Instituição possui laboratórios com programas específicos, e ocupação coordenada pela
Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI).
Os recursos humanos também são compartilhados pela UADA. Os profissionais
transitam pelas diferentes áreas e, assim, desenvolvem um conhecimento mais amplo da
Instituição.
Enquanto a UADA responsabiliza-se pelos importantes aspectos operacionais
imprescindíveis à aprendizagem, a Unidade de Apoio Didático-educacional (UADE)
colabora com as direções de curso no fornecimento de dados, acompanhamento da
legislação vigente, elaboração de projetos pedagógicos e planos de metas, revisão de
planos de ensino, apoio às visitas das comissões do Ministério da Educação e na
participação dos cursos em diversos exames oficiais de aferição de aprendizagem.
Constitui-se de uma equipe multidisciplinar que assiste as direções e assessorias em
várias demandas do cotidiano acadêmico.
O compartilhamento de recursos está no cerne, também, dos projetos de pesquisa
e extensão realizados na Católica. Há pontuações para projetos com a participação de
docentes de outras áreas do conhecimento, bem como de outras instituições, cultivando-
se, dessa forma a valorização do trabalho multidisciplinar e até multiinstitucional como
forma de garantir a sustentabilidade e estímulo a uma nova forma de produção
científica.
A Biblioteca representa e expressa esse compartilhamento de recursos. O
Sistema de Bibliotecas (SIBI) é composto pela Biblioteca Central (Campus I), pela
Biblioteca da Pós-Graduação (Campus II) e por Postos de Atendimento
descentralizados. Com área ampla e acervo extenso e constantemente atualizado, o SIBI
tem como principais serviços o catálogo informatizado do acervo, renovação de
empréstimo e reserva on line, auto-atendimento para acesso às bases de dados assinadas
e ao portal Capes, Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UCB, orientação e
treinamento de usuários, comutação bibliográfica, entre outros, disponíveis nas
bibliotecas ou no endereço eletrônico www.biblioteca.ucb.br. Nas bibliotecas se destaca
também o acesso sem fio à Internet.
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5.2. ESPECÍFICOS
O Curso de Bacharelado em Ciência da Computação conta com 1 (um)
Laboratório de Informática exclusivo ao atendimento do eixo de Redes de
Computadores, 1 (um) Laboratório exclusivo para atendimento do eixo de Banco de
Dados e 2(dois) Laboratórios exclusivos para atendimento ao eixo de Programação.
Possui 1(um) Laboratório exclusivo para atendimento aos alunos de Tecnologia
no qual são realizados os trabalhos escolares, pesquisas e toda a diversidade de
trabalhos individuais ou em grupo exigidos pelo Curso de Bacharelado em Ciência da
Computação. Possui ainda, no mesmo laboratório, computadores exclusivos para os
grupos de Trabalho de Conclusão de Curso.
Os 2(dois) Laboratórios exclusivos para atendimento ao eixo de Programação
são providos de máquinas modernas e possuem toda a infra-estrutura para o
desenvolvimento das atividades atinentes ao eixo de programação, funcionando nestes
laboratórios, inclusive, a atividade de grupo de estudo com a finalidade de reforçar o
aprendizado na área de programação.
Além dos ambientes descritos, o Curso faz uso dos diversos laboratórios
existentes na UCB e a cargo da DTI para alocação das aulas.
6. MATRIZ CURRICULAR
Atendendo às recomendações do MEC, a matriz curricular do Bacharelado em
Ciência da Computação da UCB tem as seguintes características: carga horária de
disciplinas obrigatórias: 2.790 hs; carga horária de disciplinas optativas: 120 hs;
atividades complementares: 100 hs; carga horária total: 3.010; créditos: 158;
integralização curricular: mínimo em 08 semestres e máximo em 16 semestres.
O Anexo I apresenta a matriz curricular do curso. O aluno deverá distribuí-los de
forma a cursar, no mínimo, 12 créditos por semestre.
Cabe ressaltar, que a Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de
Educação em sua Resolução no 2 de 18 de junho de 2007 instituiu currículos mínimos
para vários cursos de graduação, bacharelados, na modalidade presencial e em seu art.
2º parágrafo II estabelece que a duração dos cursos deverá ser estabelecida por carga
horária total curricular, contabilizada em horas. Em sua resolução no 3, a mesma
Câmara dispõe sobre os procedimentos a serem adotados para estabelecer esta relação,
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assim, estabelece que a hora-aula é uma necessidade de organização acadêmica das
instituições, além de uma relação trabalhista.
Desta forma, a UCB atentando para o que determina a legislação trabalhista
referente aos educadores e às necessidades emanadas pelo CNE no que concerne à
formação em graduação na modalidade presencial, estabeleceu os seguintes parâmetros:
• Portaria CNE/CES 261/2006, DOU 25/06/07 – 4 aulas x 60minutos =
240 minutos em 100 dias letivos = 3.600 horas
• UCB – 4 aulas x 50 minutos = 200 minutos x 18 encontros = 3.600 horas
Além de um calendário acadêmico cuidadoso e que responde pela duração da
formação, cada disciplina terá, de acordo com os projetos pedagógicos de curso, tempo
específico de estudo fora de sala de aula, garantindo assim o cumprimento do que
determina o CNE, qualificando a formação do estudante.
Outro aspecto a considerar são as atividades práticas. Para as disciplinas que são
oferecidas em laboratório, parte da avaliação será pela apresentação de projetos a serem
definidos pelos docentes e que constarão dos respectivos Planos de Ensino. Nesse
sentido, o estudante desenvolverá cada projeto como atividade extra-classe. Caso o
estudante necessite de apoio, ele poderá utilizar o Laboratório de Projetos de
Computação (sala C-101) das 08:00 às 22:30 hs, ou o laboratório de Redes de
Computadores (sala C-103), das 11:30 às 19:00 hs.
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Quadro 1 – Matriz Curricular do Curso de Bacharelado em Ciência da Computação
Sem Seq Disciplina Pré-req.
Cred Horas Teoricas
Horas Lab
Horas Praticas
Horas Total
1o.
1 Tópicos de Matemática ---- 4 60 00 00 60 2 Introdução à Educação Superior ---- 8 120 00 00 120 3 Algoritmos e programação ---- 6 00 90 30 120 4 Arquitetura de Computadores I ---- 4 60 00 00 60
2o.
5 Introdução à Álgebra Linear 1 4 60 00 00 60
6 Lógica Matemática 1 4 60 00 00 60
7 Calculo I 1 4 60 00 00 60 8 Laboratório de Programação I 3 6 00 90 30 120 9 Arquitetura de Computadores II 4 4 60 00 00 60
3o.
10 Cálculo II 7 4 60 00 00 60 11 Teoria da Computação 6, 8 4 60 00 00 60
12 Laboratório de Programação II 8 4 00 60 30 90
13 Estrutura de dados e Arquivos 8 4 00 60 30 90
14 Física Aplicada a Computação 9 4 60 00 00 60
4o.
15 Banco de Dados I 13 4 60 00 00 60 16 Compiladores 11, 13 4 60 00 00 60
17 Laboratório de Programação III 12 4 00 60 30 90
18 Sistemas Operacionais 9, 12 4 60 00 00 60 19 Probabilidade e Estatística 10 4 50 10 00 60
5o.
20 Algoritmos e Complexidade 11, 13 4 60 00 00 60
21 Fundamentos de Engenharia de Software
11, 13 4 60 00 00 60
22 Redes de Computadores I 14,18 4 60 00 00 60
23 Banco de Dados II 15, 17 4 00 60 30 90 24 Empreendedorismo e Inovação 4 60 00 00 60 25 Top Avançados em Linguagem de
Programação 17 4 00 60 30 90
6o.
26 Fundamentos de Inteligência Artificial
19, 20 4 60 00 00 60
27 Pesquisa Operacional 5, 20 4 60 00 00 60
28 Requisitos de Software 21 4 60 00 00 60
29 Redes de Computadores II 22 4 00 60 30 90
30 Segurança Computacional 22 4 30 30 30 90
7o.
31 Sistemas Distribuídos 29 4 30 30 30 90
32 Análise e Projeto de Software 28 4 00 60 30 90
33 Pré-Projeto 23,28,29
2 30 00 45 75
34 Relações interpessoais 24 2 30 00 00 30
35 Antropologia da religião -- 4 60 00 00 60
8o.
36 Interface Homem-Máquina 26, 28 4 60 00 00 60
37 Qualidade de Software 28 4 60 00 00 60
38 Projeto Final 32, 33 2 30 00 45 75
39 Ética -- 4 60 00 00 60
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DISCIPLINAS OPTATIVAS DO CURRÍCULO
Disciplina Pré-req. Cred Horas
Teoricas
Horas
Lab
Horas
Praticas
Horas
Total
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS -- 4 60 00 00 60 Top Esp em Ciência da Computação I 23 28 29 4 30 30 00 60 Top esp em Ciência da Computação II 23 28 29 4 30 30 00 60 Top Avç em Sistemas de Informação 23 4 60 00 00 60 Top Avc em Banco de Dados 23 4 00 60 00 60 Fundamentos de Sistemas de Informação -- 4 60 00 00 60
Planejamento de Sistemas de Informação -- 4 60 00 00 60
Administração e Gerência de Redes 29 4 30 30 30 90 Gestão da Informação -- 4 60 00 00 60
PPC_BCC – MINUTA VERSÃO 2- Prof. Moresi – Prof. Braga 26
6.1. FLUXO DAS DISCIPLINAS E ESTRUTURA DA MATRIZ
1. Semestre
2. Semestre
3. Semestre
4. Semestre
5. Semestre
6. Semestre
7. Semestre
8. Semestre
Tópicos de
matemática
Introdução a
Álgebra Linear
Calculo II Probabilidade e
Estatística
Algoritmos e
Complexidade
Fundamentos de
Inteligência Artificial
Sistemas
Distribuídos
Interface Homem-
Máquina
Introdução ao
Ensino Superior
Calculo I Teoria da
Computação
Compiladores Fundamentos de
Engenharia de
Software
Pesquisa
Operacional
Pré-Projeto Projeto Final
Algoritmos e
Programação
Laboratório de
Programação I
Laboratório de
Programação II
Laboratório de
Programação III
Top Avc Linguagem
de Programação
Requisitos de
Software
Análise e Projeto de
Software
Qualidade de
Software
Arquitetura de
Computadores I
Arquitetura de
Computadores II
Estrutura de
Dados e
Arquivos
Banco de
Dados I
Banco de Dados II Segurança
Computacional
Relações
Interpessoais
Ética
Lógica
matemática
Física Aplicada a
Computação
Sistemas
Operacionais
Redes de
Computadores I
Redes de
Computadores II
Antropologia da
Religião
Empreendedorismo
e Inovação
Legenda dos eixos:
Programação Engenharia de Software
Redes de Computadores
Formação Complementar
Banco de Dados
PPC_BCC – MINUTA VERSÃO 2- Prof. Moresi – Prof. Braga 27
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[GDF 2007] GDF – Governo do Distrito Federal. Exportações e Outras perspectivas.
Disponível em:
http://www.distritofederal.df.gov.br/005/00502001.asp?ttCD_CHAVE=1296. Acessado
em 08/08/2009.
[IEEE/ACM 2001] IEEE/ACM Computing Curricula 2001 - Computer Science
(Steelman Draft), August 2001.
[IPEA 2006] Ipea – Instituto de Pesquisa aplicada. Estrutura e Dinâmica do Setor de
Serviços no Brasil. Setembro de 2006.
[SBC 2006] Sociedade Brasileira da Computação (2006). Grandes Desafios da Pesquisa
em Computação no Brasil – 2006-2016. Acesso em 29/05/2009.
(http://www.sbc.org.br/).
[SINFOR/DF 2006] RIBEIRO, A. F.; SPOLIDORO, R. M. Parque Capital Digital: Um
novo paradigma para o desenvolvimento do Distrito Federal. Brasília, DF: SINFOR,
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[SINFOR/DF 2007] Sindicato das Indústrias da Informação do Distrito Federal. In:
Capital Digital. Disponível em:
http://www.sinfor.org.br/2007/capitaldigital/oparque/frame_oparque.htm. Acesso em
29/05/2009.
[UCB 1993] Universidade Católica de Brasília (1993). Proposta de Reconhecimento do
Curso de Bacharel em Ciência da Computação (proposta elaborada pelo Departamento
de Processamento de Dados da Faculdade Católica de Tecnologia). Taguatinga, DF:
Prof. Odacyr Luiz Timm Júnior (Diretor da FCT); Prof. Flávio Ney M. da Rocha (Chefe
do DPD).
[UCB 1997a] Universidade Católica de Brasília (1997). Projeto Pedagógico do Curso
de Bacharelado em Ciência da Computação (proposta elaborada pelo Departamento de
Processamento de Dados da Faculdade Católica de Tecnologia). Taguatinga, DF: Prof.
Jésus Maldonado (Diretor da FCT); Profa. Ádja de Jesus Rego Neto (Chefe do DPD).
[UCB 1997b] Universidade Católica de Brasília (1997). Projeto Pedagógico do Curso
de Tecnologia em Processamento de Dados (proposta elaborada pelo Departamento de
PPC_BCC – MINUTA VERSÃO 2- Prof. Moresi – Prof. Braga 28
Processamento de Dados da Faculdade Católica de Tecnologia). Taguatinga, DF: Prof.
Jésus.
[UCB 1998] Universidade Católica de Brasília (1998). Plano Estratégico 1999-2010
(Processo de Planejamento Estratégico). Taguatinga, DF: Pe. Décio Batista Teixeira
(reitor).
[UCB- 1999] Pró-Reitoria de Graduação. Novo Sistema de Avaliação da Aprendizagem para os Cursos de Graduação. Brasília: Universidade Católica de Brasília, 1999. [UCB-2007] Projeto Pedagógico Institucional. Brasília. [UNESCO 1998] Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre educação
para o século XXI. Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez; Brasília, DF :
MEC : UNESCO, 1998. 288p.