Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

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PROJETO MATA ATLÂNTICA SALVADOR Diagnóstico da Vegetação do Bioma Mata Atlântica na Cidade de Salvador SALVADOR 2011

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PROJETO MATA ATLÂNTICA SALVADOR

Diagnóstico da Vegetação do Bioma Mata Atlântica na

Cidade de Salvador

SALVADOR

2011

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO FUNDAÇÃO JOSÉ SILVEIRA

DA BAHIA

COORDENAÇÃO

Rousyana Gomes de Araujo - MP/BA

Coordenadora Técnica da Central de Apoio Técnico – Bióloga

Ministério Público do Estado da Bahia

EQUIPE TÉCNICA

Msc. Erivaldo Queiroz – SMA/Jardim Botânico

Especialista em Taxonomia Vegetal – Biólogo

Profª. Msc. Maria Lenise Silva Guedes - UFBA

Especialista em Taxonomia Vegetal – Bióloga

Prof. Dr. Juarez Jorge Santos - UFBA

Especialista em Ecologia – Biólogo

Prof. Dr. Ardemírio Barros - UEFS

Especialista em Sistemas de Informações Georreferenciadas e Processamento Digital de Imagens

Rousyana Gomes de Araujo – MP/BA

Coordenadora Técnica da Central de Apoio Técnico – Bióloga

Andressa Lopes de Oliveira Passos – CIGEO/MP-BA

Especialista em Geoprocessamento – Geógrafa

Ricardo Acácio de Almeida - INEMA

Especialista em Geoprocessamento – Geógrafo

Adriano Cassiano dos Santos – INEMA

Especialista em Geoprocessamento – Geógrafo

Rosalvo Nascimento Alves – SUCOM

Topógrafo

Nid Coelho Amorin

Assistente de Campo – Biólogo

Andrea Seixas Costa - UFBA

Estagiário – Ciências Biológicas

Francisco Sanches Gomes - UFBA

Estagiário – Ciências Biológicas

Gustavo Ramos - UFBA

Estagiário – Ciências Biológicas

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Natássia Leite Matos - UFBA

Estagiário – Ciências Biológicas

Pedro Eduardo M. Andrade Silva - UFBA

Estagiário – Ciências Biológicas

ACOMPANHAMENTO

Cássia Brisele Soares Carvalho – ADEMI

Assistente Técnico - Engenheira Florestal

Msc. Hailton Mello da Silva – ADEMI

Assistente Técnico – Especialista em Geoprocessamento

COLABORAÇÃO

Helayne Mota Ribeiro da Silva – FJS

Coordenadora de Projetos

Maria Aparecida Braga França – FJS

Auxiliar Administrativo

APOIO

Central de Apoio Técnio do Ministério Público do Estado da Bahia

Centro Integrado de Geoinformação do Ministério Público do Estado da Bahia

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis

Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

Polícia Militar da Bahia

Companhia de Polícia de Proteção Ambiental da Bahia

Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente de Salvador

Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município de Salvador

Superintendência de Meio Ambiente de Salvador

Jardim Botânico de Salvador

FOTOS

Juarez Jorge Santos

Erivaldo Queiroz

Francisco Sanche Gomes

Nid Coelho Amorim

Rousyana Gomes de Araujo

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville I, Salvador-BA fevereiro a julho de

2011...........................................................................................................................................44

Gráfico 2 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville I, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011.........................................................................................................44

Gráfico 3 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA fevereiro a julho de

2011..........................................................................................................................................49

Gráfico 4 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011..........................................................................................................50

Gráfico 5 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava, Salvador-BA fevereiro a julho

de 2011....................................................................................................................................57

Gráfico 6 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava,

Salvador-BA fevereiro a julho de 2011....................................................................................57

Gráfico 7 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano Centro, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011.....................................................................................................64

Gráfico 8 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano

Centro, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.......................................................................65

Gráfico 9 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

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vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I, Salvador-BA fevereiro a

julho de 2011. ...........................................................................................................................71

Gráfico 10 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I,

Salvador-BA fevereiro a julho de 2011...................................................................................71

Gráfico 11 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II, Salvador-BA fevereiro a

julho de 2011. ...........................................................................................................................77

Gráfico 12 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II,

Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.............................................................................. .....77

Gráfico 13 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Biribeira, Salvador-BA fevereiro a julho de

2011...........................................................................................................................................85

Gráfico 14 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Biribeira, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011..........................................................................................................92

Gráfico 15 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville, Salvador-BA fevereiro a julho de

2011...........................................................................................................................................92

Gráfico 16 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011......................................................................................................98

Gráfico 17 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares, Salvador-BA fevereiro a

julho de 2011. ...........................................................................................................................98

Gráfico 18 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares,

Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.................................................................................104

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Gráfico 19 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-BA fevereiro a julho

de 2011....................................................................................................................................105

Gráfico 20 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-

BA fevereiro a julho de 2011.................................................................................................113

Gráfico 21 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-BA fevereiro a julho

de 2011....................................................................................................................................113

Gráfico 22 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-

BA fevereiro a julho de 2011.................................................................................................120

Gráfico 23 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-BA fevereiro a julho

de 2011....................................................................................................................................120

Gráfico 24 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-

BA fevereiro a julho de 2011..................................................................................................126

Gráfico 25 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA fevereiro a julho de

2011.........................................................................................................................................127

Gráfico 26 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011........................................................................................................134

Gráfico 27 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Trobogy, Salvador-BA fevereiro a julho de

2011.........................................................................................................................................134

Gráfico 28 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

Page 7: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Trobogy, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011........................................................................................................142

Gráfico 29 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA fevereiro a julho de

2011.........................................................................................................................................143

Gráfico 30 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011........................................................................................................148

Gráfico 31 Curva de acumulação de espécies da vegetação da Mata Atlântica de Salvador.

Fevereiro a julho 2011............................................................................................................148

Gráfico 32 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados pela

Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e avançado da

vegetação da Mata Atlântica. Síntese dos resultados dos remanescentes de Mata Atlântica de

Salvador-BA. Fevereiro a julho de 2011................................................................................157

Gráfico 33 Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do peito

(DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Síntese dos resultados dos remanescentes

de Mata Atlântica de Salvador-BA. Fevereiro a julho de 2011...........................................158

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Localização da região de estudo...............................................................................24

Figura 2 Localização da região de influência da Avenida Paralela........................................39

Figura 3 Localização da região de influência do Rio Ipitanga...............................................40

Figura 4 Remanescente Alphaville I, vista geral da vegetação..............................................46

Figura 5 Remanescente Alphaville I, estrato Arbóreo.............................................................46

Figura 6 Área de Influência da Avenida Luís Viana – Remanescente Alphaville I.................47

Figura 7 Remanescente Alphaville II, estrato arbóreo, interior do fragmento.........................52

Figura 8 Fragmento Alphaville II, subosque............................................................................52

Figura 9 Área de Influência da Avenida Luís Viana – Remanescente Alphaville II................53

Figura 10 Remanescente Aterro Canabrava, vista geral da vegetação....................................60

Figura 11 Remanescente Aterro Canabrava, vegetação arbórea.............................................60

Figura 12 Área de Influência da Avenida Luís Viana – Remanescente Canabrava.................61

Figura 13 Remanescente Aterro Metropolitano Centro, vista geral da vegetação...................67

Figura 14 Remanescente Aterro Metropolitano Centro, estrato arbóreo.................................67

Figura 15 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Aterro Metropolitano Centro..68

Figura 16 Remanescente Barragem de Ipitanga I, Espelho d‟água com vegetação do

entorno......................................................................................................................................73

Figura 17 Remanescente Barragem de Ipitanga I, estrato arbóreo, tronco de pau paraíba no

interior do fragmento................................................................................................................73

Figura 18 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Barra de Ipitanga I.................74

Figura 19 Remanescente Barragem do Ipitanga II, vista do espelho d‟água com vegetação do

entorno......................................................................................................................................79

Figura 20 Remanescente Barragem do Ipitanga II, estrato arbóreo, interior do fragmento.....79

Figura 21 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Barra de Ipitanga II................80

Figura 22 Remanescente Greenville, vista geral da vegetação................................................88

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Figura 23 Remanescente Greenville, dossel............................................................................88

Figura 24 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Greenville...................89

Figura 25 Remanescente Loteamento Biribeira, estrato arbóreo do interior do fragmento.....94

Figura 26 Remanescente Loteamento Biribeira, dossel descontínuo.......................................94

Figura 27 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Loteamento

Biribeira....................................................................................................................................95

Figura 28 Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Carnaúba,estrato arbóreo do

interior do fragmento..............................................................................................................100

Figura 29 Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Bicuíba, estrato arbóreo no

interior do fragmento..............................................................................................................100

Figura 30 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Loteamento

Patamares................................................................................................................................101

Figura 31 Remanescente Pedreira Aratu, vista de encosta alterada e da paisagem

vegetacional............................................................................................................................107

Figura 32 Remanescente Pedreira Aratu, estrato arbóreo e subosque..................................107

Figura 33 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Pedreira Aratu.....................108

Figura 34 Remanescente Pedreira Carangi , vista geral da vegetação...................................115

Figura 35 Remanescente Pedreira Carangi, estrato arbóreo e subosque................................115

Figura 36 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Pedreira Carangi...................116

Figura 37 Remanescente Pedreira Valéria, Equipamentos de britagem da Pedreira Valéria e

lagoa com vegetação arbórea no entorno................................................................................122

Figura 38 Remanescente Pedreira Valéria, estrato arbóreo...................................................122

Figura 39 Área de Influência do Rio Ipitanga, Remanescente Pedreira Valéria...................123

Figura 38 Remanescente Posto TIC, vista parcial do fragmento...........................................128

Figura 39 Remanescente Posto TIC, rizóforos (raizes suspensas) de hemiepífitas sobre

troncos.....................................................................................................................................128

Figura 40 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Posto TIC.................129

Figura 41 Remanescente Trobogy, vista geral da vegetação.................................................137

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Figura 42 Remanescente Trobogy, estrato arbóreo................................................................137

Figura 43 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente Posto TIC.................138

Figura 44 Remanescente 19º, vista geral da vegetação.........................................................145

Figura 45 Remanescente 19º BC, estrato arbóreo...................................................................145

Figura 46 Área de Influência da Avenida Luís Viana, Remanescente 19º BC.......................146

Figura 47 Attalea salvadorensis, espécie endêmica da região de Salvador e imediações da BR-

324...........................................................................................................................................151

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Características dos satélites RapidEye....................................................................28

Tabela 2 Características das imagens RapidEye....................................................................28

Tabela 3 Correlação espacial entre as bandas das imagens RapidEye...................................30

.

Tabela 4 Lista dos remanescentes florestais analisados no Projeto Mata Atlântica de

Salvador, fevereiro a julho de 2011..........................................................................................38

Tabela 5 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Alphaville I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI)..........................................................................................................................................42

Tabela 6 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Alphaville II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI)..........................................................................................................................................48

Tabela 7 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Canabrava, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI)..........................................................................................................................................55

Tabela 8 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Aterro Metropolitano Centro, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI). ...............................................................................................................63

Tabela 9 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Barragem de Ipitanga I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI)......................................................................................................................69

Tabela 10 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Barragem de Ipitanga II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI)......................................................................................................................75

Tabela 11 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Loteamento Biribeira, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI)......................................................................................................................82

Tabela 12 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Greenville, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI)..........................................................................................................................................90

Tabela 13 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Loteamento Patamares, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI)......................................................................................................................96

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Tabela 14 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica de Pedreira Aratu, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI).................................................................................................................103

Tabela 15 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica de Pedreira Carangi, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI).................................................................................................................110

Tabela 16 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica da Pedreira Valéria, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI)....................................................................................................................118

Tabela 17 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica do Posto TIC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI)..................................................................................................................................... ...125

Tabela 18 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica de Trobogy, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI)........................................................................................................................................131

Tabela 19 Parâmetros fitissociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica do 19º BC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI)........................................................................................................................................140

Tabela 20 Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes na Mata Atlântica de

Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI). ...........................152

Tabela 21 Lista de táxons (famílias, gêneros e espécies) ocorrentes no subosque dos

remanescentes de Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho de

2011............................................................................................................................169

Tabela 22 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Alphaville I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011......173

Tabela 23 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Alphaville I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011................................174

Tabela 24 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Alphaville I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011....................................174

Tabela 25 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Alphaville II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,

2011.........................................................................................................................................176

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Tabela 26 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Alphaville II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,

2011............................................................................................................................176

Tabela 27 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Alphaville II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011...............................177

Tabela 28 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,

2011.........................................................................................................................................178

Tabela 29 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Aterro Canabrava da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,

2011............................................................................................................................179

Tabela 30 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Aterro Canabrava da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011...........................179

Tabela 31 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –

julho, 2011......................................................................................................................181

Tabela 32 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........181

Tabela 33 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........182

Tabela 34 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Ipitanga I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011............184

Tabela 35 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Ipitanga I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011........................................184

Tabela 36 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Ipitanga I da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011......................................185

Tabela 37 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Ipitanga II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011...........186

Tabela 38 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Ipitanga II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011....................................187

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Tabela 39 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Ipitanga II da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................187

Tabela 40 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Grennville da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..........189

Tabela 41 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Greenville da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................189

Tabela 42 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Greenville da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................190

Tabela 43 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Biribeira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..............192

Tabela 44 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Biribeira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................192

Tabela 45 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Biribeira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........................................193

Tabela 46 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do fragmento Carnauba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..................194

Tabela 47 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento

Carnauba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................195

Tabela 48 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do fragmento Bicuiba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.....................195

Tabela 49 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do fragmento

Bicuiba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........................................196

Tabela 50 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Pedreira Aratu da mata atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011......197

Tabela 51 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..............................197

Tabela 52 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011................................198

Tabela 53 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,

Page 15: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

2011.................................................................................................................................199

Tabela 54 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.........................200

Tabela 55 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..........................200

Tabela 56 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011................202

Tabela 57 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011............................................203

Tabela 58 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011............................................203

Tabela 59 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011...........205

Tabela 60 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.......................................205

Tabela 61 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira

do remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..............206

Tabela 62 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011........................................207

Tabela 63 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011..........................................207

Tabela 64 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira do

remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.....................209

Tabela 65 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do remanescente

19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011............................................210

Tabela 66 Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da serrapilheira da

Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.............................................................211

Tabela 67 Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira da Mata Atlântica

de Salvador. Fevereiro – julho, 2011......................................................................................211

Page 16: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

Tabela 68 Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque dos

remanescentes da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011................................212

Page 17: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

LISTA DE SIGLAS

ADEMI Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da

Bahia

CEAT Central de Apoio Técnio do Ministério Público da Bahia

CIGEO Centro Integrado de Geoinformação do Ministério Público da Bahia

COPPA Companhia de Polícia de Proteção Ambiental

CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

FJS Fundação José Silveira

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis

INEMA Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos

JBS Jardim Botânico de Salvador

MP/BA Ministério Público do Estado da Bahia

PMBA Polícia Militar do Estado da Bahia

SUCOM Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do

Município de Salvador

SEDHAM Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio

Ambiente de Salvador

SEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia

SMA Superintendência de Meio Ambiente de Salvador

Page 18: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

APRESENTAÇÃO

O Projeto Mata Atlântica Salvador constitui uma ação inovadora, de iniciativa do Ministério

Público do Estado da Bahia, realizada em parceria com a Fundação José Silveira e com apoio

de IBAMA, INEMA, SEI, COPPA, POLÍCIA MILITAR DA BAHIA, SEDHAM, SMA,

JARDIM BOTÂNICO, SUCOM, ADEMI, que compartilham objetivos comuns, relacionados

à proteção, ao uso e à conservação da Mata Atlântica. Com efeito, os esforços empenhados

por essas entidades produziram informações e conhecimentos técnico-científicos sobre a

diversidade e a abrangência do que resta do bioma Mata Atlântica na cidade de Salvador.

Assim, espera-se que o presente diagnóstico contribua diretamente para que esse ativo

ambiental ainda existente em Salvador tenha sua gestão baseada na conservação de seus

atributos naturais e na segurança jurídica para a sociedade local.

Rousyana Gomes de Araújo

Assessora Técnica Pericial do Ministério Público

Coordenadora do Projeto

Page 19: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

SUMÁRIO

MATA ATLÂNTICA: BREVE ANÁLISE DE SUA EXUBERÂNCIA INICIAL À

SEGREGAÇÃO EM REMANESCENTES E DA NECESSIDADE DE SUA

CONSERVAÇÃO NA CIDADE DE SALVADOR/BA.......................................................20

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO...................................................................................................20

1.2 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO..............................................................23

CAPÍTULO 1 - ABORDAGEM METODOLÓGICA DO SENSORIAMENTO

REMOTO E PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS PARA CLASSIFICAÇÃO

DOS ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DA VEGETAÇÃO DE MATA ATLÂNTICA EM

SALVADOR............................................................................................................................26

1.1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................26

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS........................................................................29

1.3 RESULTADOS...................................................................................................................32

1.4 REFERÊNCIAS..................................................................................................................33

CAPÍTULO 2 - COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA

FITOSSOCIOLÓGICA..........................................................................................................34

2.1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................34

2.2 METODOLOGIA...............................................................................................................36

2.3 RESULTADOS...................................................................................................................41

2.3.1 Remanescente Alphaville I............................................................................................41

2.3.2 Remanescente Alphaville II...........................................................................................48

2.3.3 Remanecente Aterro Canabrava..................................................................................54

2.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro..............................................................62

2.3.5 Remanescente Barragem Ipitanga I.............................................................................69

2.3.6 Remanescente Barragem Ipitanga II ..........................................................................75

2.3.7 Remanescente Greenville..............................................................................................81

Page 20: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

2.3.8 Remanescente Loteamento Biribeira...........................................................................90

2.3.9 Remanescente Loteamento Patamares.........................................................................96

2.3.10 Remanescente Pedreira Aratu..................................................................................102

2.3. 11 Remanescente Pedreira Carangi ............................................................................109

2.3.12 Remanescente Pedreira Valéria. ..............................................................................117

2.3.13 Remanescente Posto TIC...........................................................................................124

2. 3.14 Remanescente Trobogy.............................................................................................130

2. 3.15 Remanescente 19º Batalhão de Caçadores do Exército - 19° BC.........................139

2.3.16 Mata Atlântica de Salvador – Análise Integrada dos Remanescentes..................147

2.4 DISCUSSÃO....................................................................................................................158

2.5 CONCLUSÃO..................................................................................................................161

2.6 REFERÊNCIAS................................................................................................................163

CAPÍTULO 3 - AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DA

SERRAPILHEIRA E COMPOSIÇÃO E ABUNDÂNCIA DA ASSOCIAÇÃO DE

PLANTAS DO SUBOSQUE................................................................................................166

3.1 INTRODUÇÃO................................................................................................................166

3.2 MATERIAL E MÉTODOS..............................................................................................168

3.3 RESULTADOS.................................................................................................................168

3.3.1 Remanescente Alphaville I..........................................................................................173

3.3.2 Remanescente Alphaville II.........................................................................................175

3.3.3 Remanecente Aterro Canabrava................................................................................178

3.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro............................................................180

3.3.5 Remanescente Barragem Ipitanga I...........................................................................183

3.3.6 Remanescente Barragem Ipitanga II ........................................................................186

3.3.7 Remanescente Greenville............................................................................................188

3.3.8 Remanescente Loteamento Biribeira.........................................................................191

3.3.9 Remanescente Loteamento Patamares.......................................................................194

3.3.10 Remanescente Pedreira Aratu..................................................................................196

3.3. 11 Remanescente Pedreira Carangi ............................................................................199

3.3.12 Remanescente Pedreira Valéria. ..............................................................................202

Page 21: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

3.3.13 Remanescente Posto TIC...........................................................................................205

3. 3.14 Remanescente Trobogy.............................................................................................206

3. 3.15 Remanescente 19º Batalhão de Caçadores do Exército - 19° BC.........................209

3.3.16 Salvador......................................................................................................................210

3.4 DISCUSSÃO....................................................................................................................215

3.5 CONCLUSÃO..................................................................................................................220

3.6 REFERÊNCIAS................................................................................................................221

APÊNDICES..........................................................................................................................226

Page 22: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

20

MATA ATLÂNTICA: BREVE ANÁLISE DE SUA EXUBERÂNCIA INICIAL À

SEGREGAÇÃO EM REMANESCENTES E DA NECESSIDADE DE SUA

CONSERVAÇÃO NA CIDADE DE SALVADOR/BA

Rousyana Gomes de Araujo1

Andressa Lopes de Oliveira Passos2

CONTEXTUALIZAÇÃO

Mata Atlântica foi o primeiro nome dado pelos portugueses à extensa muralha verde que

separava o Oceano Atlântico das terras interiores (ROSS, 2008). Esse contínuo florestal,

tendo por referência o quadro e a conjuntura fisiográfica e ecológica do início da colonização

portuguesa, estendia-se do sudeste do Rio Grande do Norte ao sudeste de Santa Catarina,

ainda, incluíam-se as matas biodiversas da Serra Gaúcha, as florestas da região do Iguaçu e do

extremo-oeste dos planaltos paranaenses até a fronteira com o leste do Paraguai (AB‟SÁBER,

2003).

Atualmente, esse contínuo de matas encontra-se reduzido e bastante fragmentado, com

aproximados 7% de sua extensão original, (Fundação SOS Mata Atlântica/INPE, 2009). Essa

situação conferiu à Mata Atlântica, no final do século passado, a condição de um dos cinco

mais importantes hotspot, ou seja, as regiões prioritárias para conservação da natureza por

serem biologicamente mais ricas, especialmente pela existência de espécies endêmicas e as

mais ameaçadas do planeta (MITTERMEIER et al., 1999).

É importante destacar que tal classificação, intensamente repetida nas publicações científicas,

amplamente propagada pelos ambientalistas e pouco apropriada no planejamento e uso dos

espaços, sobretudo os urbanos, revela em sua essência a intensa e contínua degradação do

aludido bioma. Assim sendo, a classificação de uma região enquanto hotspot de

1 Bióloga, Assessora Técnica Pericial do MP-BA, Coordenadora Técnica da CEAT- Meio Ambiente, do MP-BA.

2 Geógrafa, Especialista em Geotecnologia, Coordenadora do CIGEO/MP-BA.

Page 23: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

21

biodiversidade denota que o bioma já perdeu mais que 70% de sua cobertura original,

encontra-se sob forte ameaça, apesar da extraordinária diversidade biológica que possui, é

uma região onde os esforços para reverter os processos de perda de cobertura vegetal e

biodiversidade, além do comprometimento dos serviços ambientais essenciais para a

sobrevivência e qualidade de vida humana devem ser intensificados e integrar todos os setores

da sociedade (BENSUSAN et al., 2006).

Os impactos negativos no bioma Mata Atlântica, amplamente conhecidos, desde os diferentes

ciclos econômicos de exploração, à expansão agropecuária, à ampliação dos centros

industriais até as intensas concentração e urbanização das cidades causaram a redução drástica

de sua vegetação natural e a confinaram em remanescentes florestais, em sua maioria, com

áreas inferiores a 100 hectares (BENSUSAN et al., 2006).

Ainda, a devastação foi maior nas áreas planas da região costeira e na estreita faixa litorânea

do Nordeste, onde resta menos de 1% da floresta original (MITTERMEIER et al., 1999).

No Estado da Bahia, a Mata Atlântica de sua capital, Salvador, também esteve sujeita aos

impactos supramencionados e sua densa e exuberante vegetação primária declinou até os

atuais remanescentes secundários fragmentados.

No entanto, esse complexo vegetacional, embora fragmentado, constitui ainda a floresta

pluvial atlântica, composta por numerosas e variadas formas de vida que se ordenam em

grupos estruturais e se dispõem em estratos (RIZZINI, 1997).

Essa floresta possui extraordinária diversidade de árvores, uma de suas marcas carcterísticas –

458 espécies em único hectare, nas proximidades de Itacaré, Sul da Bahia, em área

preservada, praticamente formação primária (THOMAS et al., 1998). Em adição a essa

diversidade de plantas, há pelo menos 1.360 espécies de mamíferos, anfíbios, répteis e aves

(MITTERMEIER et al., 1999). Além de inúmeros animais invertebrados (DEAN, 1996).

Assim sendo, impressionam os índices de diversidade biológica do bioma Mata Atlântica, que

resistem às intensas pressões e ameaças a que estão submetidos. Nesse contexto de

Page 24: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

22

perturbações, resistência e resiliência, os processos de sucessão ecológica secundária são

determinantes para garantir a continuidade, mesmo que fragmentada, da floresta pluvial

atlântica. A sucessão secundária, aqui compreendida como o mecanismo pelo qual as florestas

tropicais se autorenovam, através da cicatrização de locais perturbados que ocorrem a cada

momento em diferentes pontos da mata (GOMEZ-POMPA, 1971). Esses processos de

autorenovação apresentam-se em estágios sucessionais diferenciados, com suas espécies

agrupadas em função de sua ocorrência preferencial em cada um desses estágios durante a

sucessão (BUDOWSKI, 1965).

Na Mata Atlântica, para esse mosaico de estágios sucessionais foram, na esfera legal,

definidas três grandes categorias que se baseiam em características gerais das formações

florestais, ou seja: estágio inicial, estágio médio e estágio avançado de regeneração. Nesse

contexto, com o objetivo de nortear a análise desses estágios de sucessão da Mata Atlântica

para os procedimentos de licenciamento, o Conselho Nacional do Meio Ambiente –

CONAMA estabeleceu parâmetros básicos, conceituou legalmente vegetação primária e

secundária e definiu valores mensuráveis para uniformizar a análise técnica dos elementos

gerais das formações florestais atlânticas. O detalhamento desses parâmetros, bem como os

valores mensuráveis, tais como altura e diâmetro, para a vegetação de Mata Atlântica ao

estado da Bahia, foram definidos pela Resolução CONAMA nº 05/1994, que em conjunto

com Lei Federal nº 11.428/2006 e o Decreto nº 6.660/2008 disciplinam o uso e a proteção da

vegetação nativa do aludido bioma.

Além disso, a Lei Federal nº 11.428/2006, no artigo 38, instituiu o Plano Municipal de

Conservação e Recuperação da Mata Atlântica como instrumento de gestão para uso e

conservação da vegetação daqueles municípios incluídos no multimencionado bioma, de

acordo com o regulamentado pelo art. 43 do Decreto 6.660/2001. Assim, a fim de estimular a

elaboração e implantação do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata

Atlântica para Salvador foi realizado o diagnóstico da vegetação desta cidade, visando

identificar e mapear os estágios sucessionais dos remanescentes desse bioma, com base na

legislação supracitada.

Page 25: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

23

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A área de estudo está situada na cidade de Salvador, capital do estado da Bahia, localizada

entre as coordenadas UTM 550662E, 575448E e 8560909N, 8586385N e possui uma

superfície continental aproximada de 300 km2 (CONDER,1989).

A área foi dividida em dois polígonos, denominados de “Área de Influência da Avenida Luis

Viana”, localizada entre as coordenadas UTM 557157E, 569805E e 8566143N, 8573211N e a

“Área de Influência do Rio Ipitanga”, localizada entre as coordenadas UTM 562389E,

568983E e 8575419N,8580079N. No total, a área de estudo abrange uma extensão de

7.105,433 hectares.

Quanto a tipologia climática, segundo Koppen, a cidade de salvador possui clima tipo Af

(tropical quente e úmido sem estação seca). Já segundo Thornthwaite e Mather, o clima é tipo

B2rA'a' (úmido), com precipitação média anual de 2098,9mm e temperatura média anual

compensada de 25,3 ºC (SEI, 1999). Em relação aos aspectos geopedológicos, a área de

estudo apresenta topografia colinosa, fácie geológica de substrato granulítico do período pré-

cambriano encimado por largo manto de intemperismo (regolito) de grande potencial hídrico

e, sobre este, solos das classes latossolos e podzol, principalmente.

A vegetação da área encontra-se inserida no domínio da Floresta Ombrófila Densa, todavia,

hoje representada por um mosaico de manchas vegetacionais alteradas por processos de

origem antrópica. A área de estudo abrange, ainda, a maioria dos remanescentes de vegetação

existentes na cidade de Salvador.

Vale ressaltar que não foram inclusos no presente trabalho os remanescentes que compõem as

Unidades de Conservação de Proteção Integral existentes em Salvador, a exemplo do Parque

Metropolitano de Pituaçu, uma vez que unidade de conservação dessa natureza já possui

proteção especial, o que em tese já seria suficiente para assegurar a proteção e conservação

de sua biodiversidade.

Assim, este diagnóstico se concentrou nos remanescentes onde não há disciplinamento

especial, adicional à Lei Federal nº 11.428/2006 e ao Decreto nº 6.660/2008, para o seu uso,

especificamente as áreas privadas.

Page 26: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

24

Page 27: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

25

REFERÊNCIAS

AB‟SÁBER, A. N. Os Domínios de Natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São

Paulo: Ateliê Editorial. 2003.

BENSUSAN, N.; BARROS, A.C.; BULHÕES, B. & ARANTES, A. Biodiversidade: para

comer, vestir ou passar no cabelo? São Paulo: Peirópolis. 2006.

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO ESTADO DA BAHIA. Sistemas

de Informações Geográficas Urbanas do Estado da Bahia. Mapas Municipais, 1989.

Disponível em: < http://www.informs.conder.ba.gov.br/produtos/tabelaII.1.html > Acesso em

01 out 2011.

DEAN, W. A Ferro e Fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica Brasileira. São

Paulo: Companhia da Letras, 1996.

FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA/INPE. Atlas dos remanescentes florestais da

Mata Atlântica e ecossistemas associados no período de 2005–2008. São Paulo: Fundação

SOS Mata Atlântica/INPE, 2009.

GÓMEZ-POMPA, A. Posible papel de la vegetación secundaria en la evolución de la

flora tropical. Biotropica. Lawrence, 3: 125-35, 1971.

ROSS, J.L.S. (org.) Geografia do Brasil. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo,

2008.

SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DA BAHIA. Balanço

Hídrico do Estado da Bahia. Salvador: SEI, 1999. 250 p. (Série Estudos e Pesquisas, 45).

THOMAS, W.W. et al. Plant endemism in two forests in southern Bahia, Brazil.

Biodiversity and Conservation 7: 311-322, 1998.

Page 28: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

26

CAPÍTULO I

ABORDAGEM METODOLÓGICA DO SENSORIAMENTO REMOTO E

PROCESSAMENTO DIGITAL DE IMAGENS PARA CLASSIFICAÇÃO

DOS ESTÁGIOS SUCESSIONAIS DA VEGETAÇÃO DE MATA

ATLÂNTICA EM SALVADOR.

Ardemírio de Barros Silva1

1.1 INTRODUÇÃO

A Geotecnologia é a arte e a técnica de estudar a superfície, a subsuperfície e a atmosfera da

Terra e adaptar os dados e as informações às necessidades dos meios físicos, químicos e

biológicos. Fazem parte das Geotecnologias: o Processamento Digital de Imagens (PDI), a

Geoestatística e o Sistema de Informações Georreferenciadas (SIG). O SIG é usualmente

aceito como sendo uma tecnologia que possui o ferramental necessário para realizar análises

com dados e informações espaciais e portanto, oferece ao ser implementado, alternativas para

o entendimento da paisagem, da ocupação e utilização do meio físico.

A utilização de imagens de Sensoriamento Remoto vem sendo cada vez mais intensificada,

pois representa um sistema de aquisição de dados eficiente e de alta confiabilidade,

permitindo, por exemplo, a incorporação de novas visões da realidade ambiental.

De forma bem genérica, Sensoriamento Remoto pode ser definido como sendo a tecnologia

que permite a aquisição de dados sobre objetos sem contato físico com eles. Para que os dados

do Sensoriamento Remoto sejam adquiridos é necessária a utilização de sensores, que são

equipamentos capazes de coletar energia proveniente do objeto, convertê-la em sinal passível

de ser registrado e apresentá-lo em forma adequada à extração de informações. Os sensores

dos satélites captam a energia solar (sensores passivos) ou emitem energia (sensores ativos)

1 Geólogo, Doutor em Sistemas de Informações Geográficas pela Open University, professor titular da

Universidade Estadual de Feira de Santana e Consultor ad hoc do CNPq, FAPESP, GEOCIENCIAS/UNESP,

FLORESTA E AMBIENTE/UFRRJ, FUNDECT/MS e FINEP.

Page 29: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

27

que é refletida pelos objetos em várias faixas do espectro eletromagnético de forma

diferenciada.

O Processamento Digital de Imagens (PDI) corresponde a um conjunto de técnicas que

permite realçar determinadas características de uma imagem.

A resolução espacial de uma imagem é a menor área (polígono regular) captada por um

sensor. A resolução temporal diz respeito ao tempo que o satélite leva para imagear uma

mesma área. A resolução radiométrica está relacionada à capacidade de discriminar alvos com

pequenas diferenças de intensidade. A resolução espectral é um conceito inerente às imagens

multiespectrais de Sensoriamento Remoto, sendo definida pelo número de bandas espectrais

de um sistema sensor e pela amplitude do intervalo de comprimento de onda de cada banda.

As imagens de Sensoriamento Remoto utilizadas para avaliação da biomassa verde da cidade

de Salvador são provenientes da missão comercial denominada RapidEye, que é formada por

uma constelação de 5 micro-satélites multispectrais, lançados em 29/8/2008 em um único

foguete russo (DNEPR-1). O controle é feito pela empresa alemã RapidEye AG. O

desenvolvimento da missão ocorreu em parceria com a empresa canadense de astronáutica

MacDonald Dettwiler and Associates Ltd., que forneceu os sistemas de pré-processamento de

dados e armazenamento de imagens aos satélites. A construção foi responsabilidade da Surrey

Satellite Technology Ltd e a empresa Jena-Optronik foi a responsável pela produção das

câmeras.

Os cincos satélites RapidEye produzem conjuntos de imagens de qualquer ponto da Terra em

pouco tempo, fazendo com que ele possa ser utilizado para monitoramentos de eventos em

agricultura, florestas, governos, seguradoras, entre outras áreas de conhecimento.

Cada satélite possui seu próprio nome, sendo eles: Tachys, Mati, Trochia, Choros e Choma.

Cada um dos cinco satélites da RapidEye efetua 15 voltas em torno do planeta por dia e os

sensores a bordo dos satélites podem coletar imagens sobre a superfície da Terra ao longo de

uma faixa de 77 km de largura por até 1500 km de extensão. Estes satélites podem ser

programados para coletar imagens transversalmente à trajetória de sua órbita, e juntos

conseguem gerar aproximadamente 4,5 milhões de Km2 de imagens por dia. As características

dos satélites RapidEye são mostradas na Tabela 1:

Page 30: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

28

Tabela 1 - Características dos satélites RapidEye.

Lançamento 20/08/2008

Local de lançamento Baikonur (Kasaquistão)

Veículo lançador DNPR-1

Situação atual Ativo

Órbita Heliossincrona

Altitude 630 km

Inclinação 97,8º

Tempo de duração da órbita 96,7 minutos

Horário de passagem 11:00 hs

Período de revisita 24 horas

Tempo de vida projetado 7 anos

Fonte: EMBRAPA, 2009 (adaptado pelo autor)

As imagens RapidEye são adequadas para avaliar e analisar a biomassa verde em escala de até

1:25.000, em função da radiação radiométrica, da resolução espacial, da resolução temporal e

da resolução espectral (Tabela 2).

Tabela 2 - Características das imagens RapidEye.

Bandas

espectrais

Resolução

espectral

Resolução

espacial

Resolução

temporal

Faixa

imageada

Resolução

radiométrica

Azul 440-510nm

6,5 m (nadir)

e 5m para

ortoimagens

24 horas (off-

nadir) e 5,5

dias (nadir)

77,25 km

12 bits ou 4096

níveis de cinza

Verde 520-590nm

Vermelho 630-690nm

Red-Edge 690-730nm

Infravermelho

próximo

760-880nm

Fonte: EMBRAPA, 2009

Page 31: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

29

1.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

O Processamento Digital das Imagens (PDI) derivadas dos satélites RapidEye foi

desenvolvido com a aplicação de um conjunto de técnicas matemáticas com o objetivo de

remover os vários tipos de degradações e distorções inerentes aos processos de aquisição,

transmissão e visualização das imagens coletadas, facilitando a extração de dados e

informações. Para atingir os objetivos propostos, foram elaborados os seguintes

procedimentos metodológicos:

1. Aquisição das imagens RapidEye e Ortofotos 2010 junto a SEI (Superintendência de

Estudos Econômicos e Sociais da Bahia) e ortofotos 2006 cedidas pelo Ministério Público do

Estado da Bahia. Separação em bandas individualizadas das imagens, montagem de um

mosaico com as ortofotos e organização de um banco de dados georreferenciados com a

descrição detalhada dos metadados.

2. Seleção de aplicativos de Sistemas de Informações Georreferenciadas e Processamento

Digital de Imagens de Satélite. Os aplicativos selecionados para o Projeto foram: ArcGis,

ENVI, Global Mapper, Carta Linx, Surfer, Microsoft Office, NitroPDF, IDRISI e Autocad.

3. Recorte da Imagem: como a imagem adquirida abrange uma área além da necessária para o

Projeto, foram definidos dois polígonos, um denominado “Área de Influência da Avenida

Luis Viana” (557157E, 569805E; 8566143N, 8573211N) com 5.147,367 hectares de área; o

outro, „Área de Influência do Rio Ipitanga” (562389E, 568983E; 8580079N, 8575419N), com

1.958,066 hectares de área. Assim a área de estudo possui área total de 7.105,433 hectares.

4. Definição de Projeções Cartográficas: as imagens RapidEye obtidas estão em formato

geotiff, no sistema de projeção plana Universal de Transversa de Mercator (UTM) e datum

horizontal WGS 84. As ortofotos 2006 e arquivos vetoriais dos fragmentos estavam com

sistema de projeção UTM e Datum SAD 69. O conjunto dos dados foi convertido para o

sistema de projeção UTM e Datum horizontal WGS84.

5. A correção geométrica está relacionada à reamostragem de pixeis em relação a um

determinado sistema de projeção cartográfica, tendo por função corrigir distorções de caráter

Page 32: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

30

geométrico que ocorrem no momento em que a imagem é adquirida. Esse método proporciona

que a imagem não tenha distorções expressivas e possua uma boa qualidade geométrica. Das

técnicas para correção geométrica, foi utilizada a convolução cúbica, utilizando-se como

imagem de referência ortofotos do ano de 2010; a imagem final apresentou um erro médio

quadrático inferior a 5m.

6. Avaliação do contraste de uma imagem é realizada através da análise de seu histograma

que representa a distribuição e freqüências de pixeis. Para aplicar o realce de contraste foram

testados os algoritmos gaussiano e linear em todas as bandas. O realce linear que expande os

valores máximos e mínimos de números digitais apresentou os resultados mais satisfatórios.

7. Foram calculadas as correlações espaciais entre as bandas para, eventualmente, utilizar a

técnica de Componentes Principais. O algoritmo utilizado foi o módulo de Pearson e os

resultados estão apresentados na Tabela 3:

Tabela 3 - Correlação espacial entre as bandas das imagens RapidEye

Banda 1 Banda 2 Banda 3 Banda 4 Banda 5

Banda 1 1 0,93 0.89 0,68 0,03

Banda 2 0,93 1 0,95 0,86 0,29

Banda 3 0,89 0,95 1 0,87 0,23

Banda 4 0,68 0,86 0,87 1 0,66

Banda 5 0,03 0,29 0,23 0,66 1

Tabela criada pelo autor (SILVA, 2011)

8. Para a escolha dos tripletos para a composição colorida foram utilizados a observação

visual e o OIF (Optimum Index Factor). Este último consiste numa operação matemática que

permite identificar a composição colorida com menor repetição de dados. Para se obter o OIF

deve-se calcular a razão entre o somatório dos desvios padrões dos números digitais pelo

somatório dos coeficientes de correlação de bandas. As bandas selecionadas para a

composição colorida falsa cor foram 5, 3 e 1 nos canais vermelho, verde e azul,

respectivamente.

9. A classificação de imagens de sensoriamento remoto constitui uma ferramenta capaz de

atribuir a cada pixel da imagem determinadas características com respostas espectrais comuns

Page 33: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

31

ou semelhantes. Em função dos conhecimentos prévios sobre a área, foi definida a

classificação supervisionada e como classificador a distância mínima que é baseada no

agrupamento “pixel a pixel”. Esta classificação é realizada mediante o cálculo da menor

distância entre o pixel a ser classificado e os valores médios obtidos das amostras treinadas,

ou seja, o método da mínima distância calcula a distância do valor da reflectância de um pixel

à média espectral do arquivo de assinaturas e atribui ao pixel a categoria com a média mais

próxima. Foram definidas as classes de estágios sucessionais avançado, médio e inicial

(Quadro 1, criado pelo autor).

Quadro 1 - Chave de Interpretação da Imagem RapidEye, RGB531.

Classes Padrão Visualização

Estágio Inicial

Cor: vermelho

Tonalidade: claro

(R178G33B25)

Estágio Médio

Cor: vermelho

Tonalidade: médio

(R207G42B40)

Estágio Avançado

Cor: vermelho

Tonalidade: escuro

(R246G41B34)

Page 34: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

32

10. Para eliminar pequenos ruídos, sem borrar a imagem, preservando as informações

originais da mesma e eliminar áreas menores que 400m2, foi aplicado um filtro da moda

(5x5). O filtro da moda atribui ao pixel que possui valor discrepante do conjunto de pixeis

predominantes o valor do pixel mais frequente.

11. Na imagem classificada foi realizada uma validação dos resultados, utilizando-se o índice

de kappa (IK) que alcançou valor acima de 0,85. O cálculo do IK foi baseado nos trabalhos de

campo realizados na área e o resultado obtido significou que a interpretação alcançou níveis

muito satisfatórios.

12. Na imagem classificada foi realizada uma vetorização manual, separando-se os

fragmentos dos três estágios sucessionais (avançado, médio e inicial) tendo sido gerados

arquivos em formato “shape”.

13. Foram realizadas superposições entre ortofotos 2010 e arquivos vetoriais dos fragmentos

nos três estágios sucessionais e gravados no formato Portable Document Format (PDF).

1.3 RESULTADOS

Após executados os procedimentos metodológicos supramencionados, foi verificado que a

área de estudo, que abrange uma extensão territorial de 7.105,433 hectares, possui dentre este

total, 1.882,59 hectares com vegetação de Mata Atlântica, sendo que 23,47 % dessa vegetação

encontra-se no estágio inicial, 75,38 % encontra-se no estágio médio e 1,15 % no estágio

avançado de regeneração.

De forma específica, o polígono da área de influência da Avenida Luis Viana, situado entre as

coordenadas 557157E, 569805E; 8566143N, 8573211N possui vegetação de Mata Atlântica

distribuída em 1.052,497 hectares, aonde o estágio inicial ocupa 31,61 %, o estágio médio,

67,08 % e o estágio avançado de regeneração ocupa 1,31 %.

Já no polígono da área de influência do Rio Ipitanga, que se localiza entre as coordenadas

562389E, 568983E; 8580079N, 8575419N, a área com vegetação de Mata Atlântica ocupa

Page 35: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

33

830,093 hectares, sendo que desse total, 13,15 % encontra-se no estágio inicial, 85,91 % está

no estágio médio e 0,94 % no estágio avançado de regeneração.

Cabe ressaltar que 56 % de área de influência do rio Ipitanga está ocupada com vegetação de

Mata Atlântica. Por outro lado, a área de influência da Avenida Luis Viana possui 20 % de

área com essa vegetação.

Ademais, a representação cartográfica dos remanescentes analisados, com seus respctivos

estágios sucessionais, encontra-se no Apêndice A, assim como nos resultados do capítulo 2.

1.4 REFERÊNCIAS

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistemas Orbitais de

Monitoramento e Gestão Territorial – RapidEye. Disponível em: <

http://www.sat.cnpm.embrapa.br/conteudo/rapideye.htm> Acesso em 01 set 2011.

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34

CAPÍTULO II

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA E ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA.

Maria Lenise Silva Guedes1

Juarez Jorge Santos2

Rousyana Gomes de Araujo3

Nid Coelho Amorim4

Erivaldo Queiroz5

2.1 INTRODUÇÃO

A floresta ombrófila densa, distribuída nos ambientes quentes e úmidos do planeta, assim

denominada por Ellenberg & Mueller-Dombois (1967), corresponde no Brasil às formações

Amazônica no norte do Brasil e Atlântica nas regiões nordeste, sudeste e sul deste país. Com

fisionomia e perfil vertical da vegetação praticamente semelhante, estas duas florestas exibem

a ocorrência de 493 espécies comuns (LIMA, 1969).

A Mata Atlântica já recebeu outras denominações atribuídas ao longo do tempo por

naturalistas europeus, botânicos e geógrafos brasileiros e ainda por instituição oficial como

dríades, florestas austro-oriental, pluvial de cordilheira marítima, pluvial Montana, domínio

de mares de morros vegetados e floresta ombrófila densa. A inferência de proximidade com o

Oceano Atlântico foi determinante para o estabelecimento da denominação Mata Atlântica,

1 Bióloga, Professora Adjunta III do Instituto de Biologia-UFBA nas disciplinas Botânica Sistemática dos

Vegetais Superiores e Botânica Econômica. Curadora do Herbário Alexandre Leal Costa do IBIO-UFBA.

2 Doutor em Ciências Biológicas pela USP, pesquisador associado ao Laboratório de Estudos em Anatomia de

Madeiras, do Instituto de Biologia/UFBA.

3 Bióloga, Assessora Técnica Pericial do MP-BA, Coordenadora Técnica da CEAT - Meio Ambiente, do MP-BA

4 Biólogo, Especialista em Gerenciamento Ambiental pela Universidade Católica do Salvador. Atua em

atividades de consultoria em meio ambiente.

5 Biólogo, Mestre em Botânica pela UFBA. Atualmente é biólogo do Jardim Botânico de Salvador.

Page 37: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

35

portanto, como referida em livros textos Rizzini (1997) que a nomeia de Floresta Atlântica

(mata e floresta são sinônimos), Mamede et. al. (2004) e em demais pesquisas recentes.

A fisionomia da vegetação da Mata Atlântica é diferenciada a depender, principalmente, das

características climáticas que advém da altitude, relevo e também do tipo de formação

geopedológica. Em função disso, ocorrem subtipos fisionômicos, principalmente como a

Mata Atlântica Montana (das serras do Mar e da Mantiqueira), Mata Atlântica de Tabuleiros

(sul da Bahia) e a Mata Atlântica das Terras Baixas (em altitudes inferiores a 100 metros).

Dada a sua grande extensão latitudinal (6º no Rio Grande do Norte e 30º no Rio Grande do

Sul), a Mata Atlântica registra variações locais para temperatura, precipitação pluviométrica e

umidade do ar.

O conhecimento inicial sobre a Mata Atlântica é atribuído ao visitante português Gabriel

Soares de Souza, no seu Tratado Descritivo do Brasil de 1587, onde o autor relata pela

primeira vez as plantas do litoral da Bahia (SOUZA, 1938). Seguem-se outros visitantes

europeus como Spix e Martius (1975) que realizam um levantamento da flora entre 1817 e

1820. Com a inclusão de espécies de plantas da Mata Atlântica (Dríades) Martius e Eichler

(1840/1906) publicaram com o patrocínio dos imperadores do Brasil, Áustria e o rei da

Baviera, vários volumes da famosa “Flora Brasiliense”. Lutzemberg (1922) publica a primeira

listagem de árvores da Mata Atlântica.

Na segunda metade século XX surgiram as primeiras representações cartográficas

georeferenciadas baseadas em imagem de radar, em que nas cartas temáticas de vegetação se

inclui a floresta ombrófila densa da Mata Atlântica, do também famoso Projeto Radam Brasil

(1982). Neste mesmo período, principalmente a partir da década de oitenta, se intensificaram

as pesquisas na Mata Atlântica abordando os aspectos florísticos e da estrutura

fitossociológica da vegetação.

Os trabalhos que abordam estudos de composição florística e estudos fitossociológicas são

escassos para a Mata Atlântica da Bahia. Citam-se os levantamentos realizados na mata

primária preservada da Mata da Esperança, localizada em Ilhéus/BA (Carvalho &

Amorim,1996) e de Lima e Guedes (2001) no fragmento Mata Casa Branca em Santa Cruz de

Cabrália- BA. Da mesma forma acima, para a vegetação de Mata Atlântica de Salvador ocorre

Page 38: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

36

uma lacuna na bibliografia onde apenas aparecem a Carta de Vegetação de Salvador do

Projeto Radam Brasil (1982) e os trabalhos de Bautista et al (1994), Guedes e Santos (1997),

todos de cunho florístico e finalmente a pesquisa de Santos et al (2008) sobre a estrutura

fitossociológica do Parque de Pituaçu, em Mata Atlântica secundária.

Assim, com o objetivo de diagnosticar a vegetação e identificar os estágios sucessionais

inicial, médio e avançado da Mata Atlântica de Salvador, bem como fornecer as informações

obtidas in situ, fundamentais para representar cartograficamente tais estágios sucessionais, foi

realizado o levantamento florístico e a análise fitossociológica das populações de plantas dos

seus fragmentos remanescentes.

2.2 METODOLOGIA

A fim de avaliar a vegetação da área de estudo, inicialmente, foi realizada a divisão da área a

ser estudada em 8 subáreas distintas. Essa subdivisão foi realizada com base nas imagens

RapidEye 2009, ortofotos 2010 e na malha viária da cidade de Salvador. Ademais, a

subdivisão visou facilitar o acesso, por via terrestre, aos remanescentes existentes nas

subáreas delimitadas que tiveram sua vegetação estudada in situ (Figuras 2 e 3 ). Além disso,

nas subáreas delimitadas, os remanescentes vistoriados in loco foram denominados de acordo

com a referência de sua localização, conforme tabela 4.

Para analisar a vegetação dos remanescentes, de acordo com as definições estabelecidas pela

Resolução CONAMA n° 05/1994, especificamente identificar os estágios de regeneração, foi

realizado o levantamento florístico através do método do caminhamento, onde foi coletado

todo o material botânico fértil (florido e/ou frutificado) com o auxílio de equipamentos como

podão e tesoura de poda. Além disso, foram anotados em tabela de campo específica as

características dos indivíduos de espécies de plantas como hábito, presença de exudados do

caule (resinas, látex, aromas), além de aspectos como textura da casca e/ou lenho, cor das

flores e tipos de frutos, quando presentes, para subsidiar a identificação do material botânico.

Para analisar a estrutura fitossociológica da vegetação, foi empregado o método das parcelas

conforme Mueller-Dombois & Ellemberg (1974), com parcelas retangulares de 10mx20m

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37

(200m²) dispostas em transectos com distância aproximada de cem metros entre si, todas

georreferenciadas. Para a amostragem de todos os indivíduos vivos ou mortos em pé da

parcela, utilizou-se como critério de inclusão o diâmetro a altura do peito (DAP) igual ou

superior a cinco centímetros, medido no tronco a um metro e trinta do solo, com o objetivo de

incluir os indivíduos pertencentes aos estratos arbóreo e arbustivo, além da inclusão dos cipós

e palmeiras. Os indivíduos que apresentaram ramificações do tronco abaixo do DAP foram

mensurados separadamente e aqueles que registraram a ocorrência de sapopemas (raízes

tabulares) ou deformações no tronco foram medidos imediatamente acima destas. A altura dos

indivíduos foi medida com régua articulada de doze metros e para aqueles mais altos

empregou-se clinômetro óptico. Todos os indivíduos mensurados foram identificados com

plaqueta numerada permanente.

No laboratório, o material botânico coletado foi prensado e desidratado em estufa elétrica, em

seguida foi identificado com auxílio de bibliografia especializada tais como Martius

(1840/1906); Lewis, (1984); Hoehne (1940/53 e 1941); Fontella-Pereira (1984); Harley &

Mayo (1980); Mori & Boom (1981), Barbosa et. al. (1968) Lorenzi & Souza (2008), e/ou por

comparação com as coleções existentes no acervo dos herbários: Alexandre Leal Costa

(ALCB) UFBA, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, RADAM BRASIL–IBGE

(HRB). O sistema de classificação utilizado foi o APG III(Angiosperm Phylogeny Group)

2009.

Quanto ao procedimento fitossociológico, foram processados os dados estruturais dos

indivíduos amostrados conforme legislação pertinente (diâmetro do tronco e altura médios),

além da obtenção dos índices fitossociológicos absolutos e relativos como densidade,

freqüência e dominância e sintéticos como índice de valor de importância (IVI) e índice de

valor de cobertura (IVC), com emprego do programa FITOPAC (Shepherd, 1995) com

solução das fórmulas matemáticas de Mueller-Dombois & Ellemberg (1974). Também foi

obtida a diversidade específica dos fragmentos através do índice de Shannon (H‟) na base

logarítima natural segundo Pielou (1966). Os parâmetros citados acima foram utilizados para

tornar mais robustos os critérios empregados para a classificação dos estágios sucessionais.

Page 40: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

38

Ainda, verificou-se se as espécies identificadas na área de estudo constavam na Lista Oficial

das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, anexo I da Instrução Normativa nº

6, de 23 de Setembro de 2008, do Ministério do Meio Ambiente.

Tabela 4 – Lista dos remanescentes florestais analisados no Projeto Mata Atlântica de

Salvador, fevereiro a julho de 2011.

Remanescente Bairro Subárea

Alphaville I Patamares 6

Alphaville II Trobogy 7

Aterro Canabrava Canabrava 5

Aterro Metropolitano

Centro Ipitanga

8

Barragem Ipitanga I Ipitanga 8

Barragem Ipitanga II Ipitanga 8

Greenville Patamares 6

Loteamento Biribeira Patamares 6

Loteamento Patamares

(Carnaúba e Bicuíba) Patamares

6

Pedreira Aratu Ipitanga 8

Pedreira Carangi Ipitanga 8

Pedreira Valéria Valéria 8

Posto TIC BR-324-Cabula 1

Trobogy Trobogy 7

19° BC Cabula 2

Fonte: criada pelos autores, 2011

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39

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40

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41

2.3 RESULTADOS

A avaliação florística e fitossociológica está registrada de forma individualizada para cada

remanescente estudado. Além disso, foi realizada para a cidade de Salvador uma avaliação

conjunta, a partir da análise integrada de todos os remanescentes.

2.3.1 Remanescente Alphaville I

No remanescente Alphaville I foram amostrados 178 indivíduos vivos e mortos ainda em pé

em uma área total de 0,14 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea,

com seus estratos diferenciados, altura média de 13,75 m e DAP médio de 17,11 cm. A

cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca

de 35m.

Foram registradas 21 famílias, 24 gêneros e 29 espécies incluindo lianas e a categoria morto.

No arranjo fitossociológico (tabela 5), as espécies de maior frequência foram Eschweilera

ovata, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni e Tapirira guianensis. Com relação à

dominância absoluta destacam-se as espécies Ficus gomelleira, Pera glabrata, Simarouba

amara e Himatanthus bracteatus. As espécies com maior IVI foram: Himatanthus bracteatus,

Simarouba amara, Ficus gomelleira e Tapirira guianensis. Para esse remanescente foi

observado densidade absoluta de 1271,43 ind.ha-1

e índice de diversidade de Shannon-Wiener

de 3,123 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores na classe >12 com 59,55% dos indivíduos (Gráfico 1). Para o

diâmetro, foi observado maior ocorrência na classe 8-18 com 39,89% seguido da classe >18

com 31,46% (Gráfico 2).

Page 44: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

42

Tabela 5 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Alphaville I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

); DR =

densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência

absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do

valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,14 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Himatanthus

bracteatus 32 228,57 17,98 4,63 9,18 85,71 6,52 33,68 27,16 0,65

Simarouba amara 8 57,14 4,49 6,39 12,66 57,14 4,35 21,50 17,15 0,89

Ficus gomelleira 5 35,71 2,81 7,05 13,98 57,14 4,35 21,14 16,79 0,99

Morto 16 114,29 8,99 2,08 4,12 100,0 7,61 20,72 13,11 0,29

Tapirira guianensis 12 85,71 6,74 3,79 7,52 71,43 5,43 19,69 14,26 0,53

Eschweilera ovata 15 107,14 8,43 1,67 3,31 85,71 6,52 18,25 11,73 0,23

Pera glabrata 3 21,43 1,69 6,99 13,85 28,57 2,17 17,71 15,54 0,98

Allophylus laevigatus 11 78,57 6,18 2,57 5,10 57,14 4,35 15,62 11,28 0,36

Elaeis guineensis 7 50,00 3,93 3,92 7,78 42,86 3,26 14,97 11,71 0,55

Schefflera

morototoni 10 71,43 5,62 0,70 1,38 71,43 5,43 12,44 7,00 0,10

Attalea burretiana 4 28,57 2,25 3,01 5,97 42,86 3,26 11,47 8,21 0,42

Myrsine umbellata 3 21,43 1,69 0,75 1,48 28,57 2,17 5,34 3,16 0,10

Syagrus coronata 4 28,57 2,25 0,40 0,79 28,57 2,17 5,21 3,04 0,06

Thyrsodium

spruceanum 3 21,43 1,69 0,10 0,20 42,86 3,26 5,14 1,88 0,01

Protium

heptaphyllum 4 28,57 2,25 0,36 0,72 28,57 2,17 5,14 2,96 0,05

Vochysia lucida 1 7,14 0,56 1,70 3,37 14,29 1,09 5,02 3,93 0,24

Desconhecido 01 4 28,57 2,25 0,14 0,27 28,57 2,17 4,69 2,52 0,02

Guazuma ulmifolia 2 14,29 1,12 0,68 1,35 28,57 2,17 4,64 2,47 0,10

Hirtella sp. 3 21,43 1,69 0,23 0,46 28,57 2,17 4,32 2,14 0,03

Psychotria

carthagenensis 3 21,43 1,69 0,14 0,28 28,57 2,17 4,14 1,97 0,02

Cupania sp. 3 21,43 1,69 0,10 0,19 28,57 2,17 4,05 1,87 0,01

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43

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Inga thibaudiana 2 14,29 1,12 0,13 0,25 28,57 2,17 3,55 1,37 0,02

Polynadrococos

caudescens 2 14,29 1,12 0,11 0,21 28,57 2,17 3,51 1,33 0,01

Inga laurina 2 14,29 1,12 0,06 0,13 28,57 2,17 3,42 1,25 0,01

Cipó 2 14,29 1,12 0,04 0,08 28,57 2,17 3,38 1,21 0,01

Henriettea succosa 2 14,29 1,12 0,03 0,07 28,57 2,17 3,37 1,19 <0,01

Bysronima sericea 2 14,29 1,12 0,53 1,06 14,29 1,09 3,27 2,18 0,07

Ocotea pubescens 1 7,14 0,56 0,80 1,60 14,29 1,09 3,24 2,16 0,11

Attalea salvadorensis 1 7,14 0,56 0,68 1,34 14,29 1,09 2,99 1,90 0,09

Cordia sagotii 2 14,29 1,12 0,05 0,09 14,29 1,09 2,30 1,22 0,01

Hieronyma

alchorneoides 1 7,14 0,56 0,21 0,41 14,29 1,09 2,06 0,97 0,03

Ficus sp. 1 7,14 0,56 0,12 0,24 14,29 1,09 1,89 0,80 0,02

Zanthoxylum

rhoifolium 1 7,14 0,56 0,07 0,15 14,29 1,09 1,79 0,71 0,01

Inga ciliata 1 7,14 0,56 0,06 0,12 14,29 1,09 1,77 0,68 0,01

Chaetocarpus

echinocarpus 1 7,14 0,56 0,05 0,10 14,29 1,09 1,75 0,66 0,01

Myrcia silvatica 1 7,14 0,56 0,04 0,08 14,29 1,09 1,73 0,64 0,01

Swartzia apetala 1 7,14 0,56 0,03 0,05 14,29 1,09 1,70 0,61 <0,01

Guatteria sp. 1 7,14 0,56 0,03 0,05 14,29 1,09 1,70 0,61 <0,01

Pouteria ramiflora 1 7,14 0,56 0,02 0,04 14,29 1,09 1,69 0,60 <0,01

Total 178 1271,43 100 50,46 100 1314,29 100 300 200 7,06

Page 46: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

44

Gráfico 1 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville I, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011.

Gráfico 2 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

AlphavilleI, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 47: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

45

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Himatanthus bracteatus (janauba), Simarouba

amara (pau-paraiba), Ficus gomelleira (gameleira), Tapirira guianensis (pau-pombo),

Eschweilera ovata (biriba), Pera glabrata, Allophylus laevigatus, Elaeis guineensis (dendê),

Schefflera morototoni (matatauba), Attalea burretiana (indaiá), Myrsine umbellata

(pororoca), Syagrus coronata (licuri), Protium heptaphyllum (amescla), Thyrsodium

spruceanum, Vochysia lucida (pau-de-tucano), Guazuma ulmifolia, Psychotria

carthagenensis, Inga thibaudiana (ingá), Polynadrococos caudescens, Inga laurina (ingá),

Henriettea succosa, Byrsonima sericea (murici), Ocotea pubescens, Attalea salvadorensis,

Cordia sagotii, Hieronyma alchorneoides, Zanthoxylum rhoifolium, Inga ciliata,

Chaetocarpus echinocarpus, Myrcia silvatica, Swartzia apetala e Pouteria ramiflora.

No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos

gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus,

Erythroxulum e Desmoncus polyacanthos (titara). No herbáceo destacam-se Poaceae com o

gênero Olyra, Heliconia psittacorum, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata,

Rhynchospora cephalotes, Oeceoclades maculata e indivíduos jovens das famílias

Araliaceae, Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Melastomataceae, Arecaceae e Sapindaceae.

Na área ocorrem poucas trepadeiras e lianas, entre elas o Lygodium volubile, Philodendron

acutatum, Philodendron bipinnatifidum, Cissus erosa, Passiflora edmundoi, Vanilla sp,

Davilla spp, Dioscorea sp, além de indivíduos das Monilófitas.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão de 25,24 hectares

nesse remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata

existente na área de Alphaville I é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata

Atlântica, com predominância de vegetação secundária em estágio médio de regeneração,

definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.

Page 48: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

46

Alphaville I, Vista geral da vegetação.

Remanescente Alphaville I, estrato arbóreo

Page 49: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

47

Page 50: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

48

2.3.2 Remanescente Alphaville II

No remanescente Alphaville II foram amostrados 53 indivíduos em uma área total de 0,04 ha.

A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com seus estratos

diferenciados, altura média de 8,86 m e DAP médio de 12,48 cm. A cobertura arbórea é

predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 15 m.

Foram registradas 14 famílias, 14 gêneros e 17 espécies. No arranjo fitossociológico (tabela

6), as espécies de maior frequência foram Tapirira guianensis, Siparuna guianensis,

Schefflera morototoni, Miconia prasina e Allophylus laevigatus. Com relação à dominância

absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Attalea burretiana, Schefflera

morototoni e Himatanthus bracteatus. As espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis,

Schefflera morototoni, Miconia minutiflora, Attalea burretiana e Himatanthus bracteatus.

Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1325 ind.ha-1

e índice de

diversidade de Shannon-Wiener de 2,53 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada

maior concentração dos valores na classe 5-12 com 77,36 % dos indivíduos (gráfico 3). Para

o diâmetro, a maior frequência observada na classe <8 com 45,28% respectivamente (gráfico

4).

Tabela 6 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Alphaville II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

); DR =

densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência

absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do

valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,04 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Tapirira guianensis 8 200 15,09 4,89 20,75 100 9,09 44,93 35,84 0,2

Schefflera morototoni 6 150 11,32 4,2 17,84 100 9,09 38,25 29,16 0,2

Miconia minutiflora 11 275 20,75 1,98 8,42 50 4,55 33,72 29,17 0,08

Attalea burretiana 1 25 1,89 4,42 18,75 50 4,55 25,18 20,64 0,18

Page 51: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

49

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Himatanthus

bracteatus 3 75 5,66 2,99 12,71 50 4,55 22,92 18,37 0,12

Siparuna guianensis 4 100 7,55 0,34 1,46 100 9,09 18,1 9,01 0,01

Protium heptaphyllum 4 100 7,55 0,92 3,89 50 4,55 15,99 11,44 0,04

Allophylus laevigatus 2 50 3,77 0,18 0,78 100 9,09 13,65 4,56 0,01

Miconia prasina 2 50 3,77 0,16 0,69 100 9,09 13,55 4,46 0,01

Luehea divaricata 2 50 3,77 1,07 4,55 50 4,55 12,87 8,32 0,04

Casearia

commersoniana 2 50 3,77 0,82 3,48 50 4,55 11,8 7,25 0,03

Inga sp. 2 50 3,77 0,43 1,84 50 4,55 10,15 5,61 0,02

Coccoloba mollis 2 50 3,77 0,22 0,94 50 4,55 9,26 4,71 0,01

Inga thibaudiana 1 25 1,89 0,65 2,77 50 4,55 9,2 4,66 0,03

Desconhecido 01 1 25 1,89 0,11 0,46 50 4,55 6,9 2,35 <0,01

Eschweilera ovata 1 25 1,89 0,09 0,37 50 4,55 6,8 2,26 <0,01

Byrsonima sericea 1 25 1,89 0,07 0,31 50 4,55 6,74 2,19 <0,01

Total 53 1325 100 23,54 100 100 100 300 200 0,9416

Gráfico 3 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Alphaville II, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011.

Page 52: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

50

Gráfico 4 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Alphaville II, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Schefflera

morototoni (matatauba), Miconia minutiflora, Attalea burretiana (indaiá), Himatanthus

bracteatus (janauba), Siparuna guianensis, Protium heptaphyllum (amescla), Allophylus

laevigatus, Miconia prasina, Luehea divaricata, Casearia commersoniana, Coccoloba mollis,

Inga thibaudiana (ingá), Eschweilera ovata (biriba) e Byrsonima sericea (murici).

No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de Protium

heptaphyllum, Himatanthus bracteatus, Eschweilera ovata, Schefflera morototoni, Xylopia

sericea e Siparuna guianensis. No estrato herbáceo destacam-se Olyra latifolia, Heliconia

psittacorum, Piper spp, Scleria bracteata, Cordia sp, Clidemia spp, Psychotria sp e espécies

de Monilófitas. Das trapadeiras e lianas destacam-se Philodendron spp e espécies das famílias

Sapindaceae, Apocynaceae, Asteraceae, Convolvulaceae e Malpighiaceae.

Page 53: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

51

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda extensão desse

remanescente 9,18ha, que corresponde ao estágio médio de regeneração e não foram

registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente no remanescente

Alphaville II é Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação secundária em

estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.

Page 54: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

52

Remanescente Alphaville II, estrato arbóreo, interior do fragmento.

Remanescente Alphaville II, subosque

Page 55: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

53

Page 56: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

54

2.3.3 Remanescente Aterro Canabrava

No remanescente Aterro Canabrava foram amostrados 319 indivíduos vivos e mortos ainda

em pé, em uma área total de 0,24 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente

arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 9,12 m e DAP médio de 13,26 cm.

A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo

cerca de 30 m.

Foram registradas 31 famílias, 38 gêneros e 43 espécies incluindo lianas e a categoria morto.

No arranjo fitossociológico (tabela 7), as espécies de maior frequência foram Tapirira

guianensis, Himatanthus bracteatus, Henriettea succosa e Byrsonima sericea (tabela 1). Com

relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Vochysia lucida,

Himatanthus bracteatus e Stryphnodendron pulcherrimum. Aquelas espécies com maior IVI

foram: Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Byrsonima sericea, Henriettea succosa,

Vochysia lucida, Stryphnodendron pulcherrimum, Schefflera morototoni e Simarouba amara.

Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1329 ind.ha-1

e índice de

diversidade de Shannon-Wiener de 3,164 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores na classe 5-12m com 67,40 % dos indivíduos (gráfico 5). Para o

diâmetro, foi observada distribuição relativamente uniforme nas classes <8 e 8-18 com 41,38

e 37,93 % respectivamente (gráfico 6).

Page 57: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

55

Tabela 7 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Canabrava, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

); DR =

densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência

absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC = índice

do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².0,24 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Himatanthus

bracteatus 54 225,00 16,93 3,79 12,51 91,67 7,97 37,47 29,44 0,91

Tapirira guianensis 33 137,50 10,34 5,01 16,55 91,67 7,97 34,92 26,89 1,20

Byrsonima sericea 26 108,33 8,15 1,61 5,33 66,67 5,80 19,32 13,48 0,39

Henriettea succosa 29 120,83 9,09 0,99 3,29 66,67 5,80 18,22 12,38 0,24

Vochysia lucida 5 20,83 1,57 4,16 13,74 16,67 1,45 16,76 15,3 1,00

Morto 14 58,33 4,39 0,77 2,55 83,33 7,25 14,24 6,94 0,18

Stryphnodendron

pulcherrimum 3 12,50 0,94 3,52 11,63 16,67 1,45 14,03 12,57 0,84

Schefflera

morototoni 9 37,50 2,82 1,21 4 41,67 3,62 10,47 6,82 0,29

Simarouba amara 11 45,83 3,45 1,1 3,64 33,33 2,90 10,01 7,09 0,26

Pera glabrata 6 25,00 1,88 1,43 4,72 25,00 2,17 8,79 6,6 0,34

Eschweilera ovata 7 29,17 2,19 0,72 2,39 41,67 3,62 8,24 4,59 0,17

Protium

heptaphyllum 9 37,50 2,82 0,34 1,11 41,67 3,62 7,58 3,93 0,08

Miconia sp. 12 50,00 3,76 0,18 0,61 33,33 2,90 7,29 4,37 0,04

Erythroxylum

citrifolium 10 41,67 3,13 0,14 0,46 41,67 3,62 7,25 3,6 0,03

Attalea sp. 4 16,67 1,25 1,06 3,51 16,67 1,45 6,23 4,77 0,25

Syagrus coronata 6 25,00 1,88 0,82 2,69 16,67 1,45 6,03 4,57 0,20

Bactris ferruginea 7 29,17 2,19 0,19 0,62 33,33 2,90 5,73 2,82 0,05

Myrsine umbellata 8 33,33 2,51 0,26 0,87 25,00 2,17 5,57 3,38 0,06

Thyrsodium

spruceanum 10 41,67 3,13 0,29 0,95 16,67 1,45 5,55 4,09 0,07

Inga laurina 6 25,00 1,88 0,37 1,22 16,67 1,45 5,13 3,67 0,09

Desconhecida 01 3 12,50 0,94 0,25 0,82 25,00 2,17 3,95 1,76 0,06

Page 58: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

56

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Inga thibaudiana 4 16,67 1,25 0,11 0,38 25,00 2,17 3,72 1,53 0,03

Cipó 4 16,67 1,25 0,08 0,27 25,00 2,17 3,65 1,46 0,02

Myrtaceae sp. 4 16,67 1,25 0,06 0,21 25,00 2,17 3,46 2 0,01

Curatella americana 4 16,67 1,25 0,23 0,75 16,67 1,45 3,31 1,85 0,06

Desconhecida 02 2 8,33 0,63 0,37 1,23 16,67 1,45 2,67 1,21 0,09

Coccoloba mollis 3 12,50 0,94 0,08 0,27 16,67 1,45 2,66 1,2 0,02

Cordia pilosa 3 12,50 0,94 0,08 0,26 16,67 1,45 2,6 1,14 0,02

Gochnatia

oligocephala 3 12,50 0,94 0,06 0,2 16,67 1,45 2,55 1,09 0,01

Kielmeyera neglecta 3 12,50 0,94 0,05 0,15 16,67 1,45 2,51 1,05 0,01

Allophylus laevigatus 2 8,33 0,63 0,09 0,29 16,67 1,45 2,37 0,91 0,02

Psychotria

carthagenensis 2 8,33 0,63 0,08 0,25 16,67 1,45 2,34 0,88 0,02

Moldenhawera

blanchetiana 1 4,17 0,31 0,32 1,05 8,33 0,72 2,09 1,36 0,08

Siparuna guianensis 2 8,33 0,63 0,03 0,1 8,33 0,72 1,46 0,73 0,01

Cupania rugosa 1 4,17 0,31 0,11 0,37 8,33 0,72 1,41 0,68 0,03

Xylopia sericea 1 4,17 0,31 0,07 0,24 8,33 0,72 1,29 0,56 0,02

Pogonophora

schomburgkiana 1 4,17 0,31 0,06 0,2 8,33 0,72 1,24 0,51 0,01

Ficus sp. 1 4,17 0,31 0,05 0,18 8,33 0,72 1,22 0,49 0,01

Abarema

cochliacarpos 1 4,17 0,31 0,04 0,15 8,33 0,72 1,19 0,46 0,01

Clusia nemorosa 1 4,17 0,31 0,03 0,09 8,33 0,72 1,14 0,41 0,01

Miconia prasina 1 4,17 0,31 0,01 0,05 8,33 0,72 1,09 0,36 <0,01

Ocotea glomerata 1 4,17 0,31 0,01 0,04 8,33 0,72 1,09 0,36 <0,01

Guarea guidonea 1 4,17 0,31 0,01 0,04 8,33 0,72 1,08 0,35 <0,01

Brosimum lactescens 1 4,17 0,31 0,01 0,04 8,33 0,72 1,08 0,35 <0,01

Total 319 1329 100 30 100 150 100 300 200 7,26

Page 59: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

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Gráfico 5 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Canabrava, Salvador-

BA fevereiro a julho de 2011.

Gráfico 6 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Aterro Canabrava, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 60: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

58

No estrato arbóreo ocorreram as espécies Himatanthus bracteatus (janaúba), Tapirira

guianensis (pau-pombo), Byrsonima sericea (muricí), Henriettea succosa (mundururu),

Vochysia lucida (pau-de-tucano), Stryphnodendron pulcherrimum, Schefflera morototoni

(matataúba) e Simarouba amara (pau-paraíba), Pera glabrata (sete-capote), Eschweilera

ovata (biriba), Protium heptaphyllum (amescla), Erythroxylum citrifolium, Syagrus coronata

(licuri), Bactris ferruginea (mané-veio), Myrsine umbellata (pororoca), Thyrsodium

spruceanum (caboatã-de-leite), Inga laurina (ingá), Curatella americana (lixeira), Coccoloba

mollis, Cordia pilosa, Gochnatia oligocephala, Kielmeyera neglecta, Allophylus laevigatus

(xau-xau), Psychotria carthagenensis, Moldenhawera blanchetiana, Siparuna guianensis,

Cupania rugosa (caboatã), Xylopia sericea, Pogonophora schomburgkiana, Abarema

cochliacarpos (barbatimão), Clusia nemorosa, Ocotea glomerata (louro), Miconia prasina

(mundururu), Brosimum lactescens e Guarea guidonea.

No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos

gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus

e Erythroxylum. No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra,

Lecythidaceae, Burseraceae, Orchidaceae (Oeceoclades), Heliconia. Entre as epífitas,

destacam-se espécies Philodendron acutatum (imbé), Philodendron bipinnatifidum, Monstera

adansonii, Bromeliaceae e representantes de Monilophytas (Lygodium volubile, Nephrolepis

cf. pendula). As trepadeiras e lianas são representadas principalmente pelas famílias

Sapindaceae, Menispermaceae, Dilleniaceae, Cucurbitaceae e Convolvulaceae.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em cerca de 34 hectares deste

remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Além disso, foram

identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura média de

4,3 m e DAP médio de 6,54 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração com

cobertura de cerca de 4 hectares. Ainda foram identificados trechos com a fisionomia arbórea

dominante em relação às demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no

porte, com altura média de 12,44 m e DAP médio de 26,37 cm, além da ocorrência de

espécies como: Simarouba amara, Ocotea glomerata e Inga laurina que caracterizam estágio

avançado de regeneração de três trechos perfazendo uma cobertura de aproximados 0,2 ha.

Page 61: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

59

Assim, a mata existente na área do Aterro Canabrava é um remanescente de Floresta

Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação secundária nos três estágios sucessionais,

definidos conforme a Resolução CONAMA 005/1994. Entretanto, há predominância da

vegetação secundária no estágio médio de regeneração.

Page 62: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

60

Remanescente Aterro Canabrava, Vista geral da vegetação.

Remanescente Aterro Canabrava, Vegetação Arbórea.

Page 63: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

61

Page 64: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

62

2.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro

No remanescente Aterro Metropolitano Centro foram amostrados 144 indivíduos vivos e

mortos ainda em pé, em uma área total de 0,08 ha. A mata existente possui fisionomia

predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 9,56 m e DAP

médio de 9,59 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos

emergentes atingindo uma altura média de 17 m.

Foram registradas 21 famílias, 26 gêneros e 30 espécies incluindo lianas e a categoria morto.

No arranjo fitossociológico (tabela 8), as espécies de maior frequência foram Tapirira

guianensis e Himatanthus bracteatus com 100% cada, seguidas de Simaba cedron, Henriettea

succosa e Byrsonima sericea com 75% cada. Com relação à dominância absoluta destacam-se

as espécies Tapirira guianensis, Attalea burretiana, Kielmeyera neglecta, Henriettea succosa

e Thyrsodium spruceanum. Aquelas espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis,

Thyrsodium spruceanum, Henriettea succosa, Kielmeyera neglecta e Himatanthus bracteatus.

Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 1800 ind.ha-1

e índice de

diversidade de Shannon-Wiener de 2,651 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores na classe 5-12m com 61,11% dos indivíduos (gráfico 7). Para o

diâmetro, foi observada maior distribuição na classes <8 com 51,39% seguido da classe com

8-18 com 40,20% (gráfico 8).

Page 65: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

63

Tabela 8 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Aterro Metropolitano Centro, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor

de importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta

(ind.ha-1

); DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%);

FA = frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)

IVC = índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Tapirira guianensis 30 375,0 20,83 5,16 29,06 100,0 8,51 58,40 49,89 0,41

Thyrsodium

spruceanum 31 387,5 21,53 1,69 9,55 50,00 4,26 35,33 31,07 0,14

Henriettea succosa 16 200,0 11,11 1,72 9,69 75,00 6,38 27,18 20,80 0,14

Kielmeyera neglecta 9 112,5 6,25 2,00 11,28 50,00 4,26 21,79 17,53 0,16

Himatanthus

bracteatus 9 112,5 6,25 1,04 5,84 100,0 8,51 20,60 12,09 0,08

Attalea burretiana 2 25,00 1,39 2,08 11,69 50,00 4,26 17,34 13,08 0,17

Byrsonima sericea 4 50,00 2,78 1,23 6,93 75,00 6,38 16,09 9,70 0,10

Simaba cedron 3 37,50 2,08 0,10 0,59 75,00 6,38 9,06 2,67 0,01

Psychotria

carthagenensis 5 62,50 3,47 0,50 2,82 25,00 2,13 8,42 6,29 0,04

Eugenia cyclophylla 4 50,00 2,78 0,22 1,27 50,00 4,26 8,30 4,05 0,02

Jacaranda obovata 4 50,00 2,78 0,18 1,01 50,00 4,26 8,04 3,79 0,01

Curatella americana 2 25,00 1,39 0,49 2,76 25,00 2,13 6,28 4,15 0,04

Morto 3 37,50 2,08 0,16 0,88 25,00 2,13 5,09 2,96 0,01

Vismia guianensis 3 37,50 2,08 0,10 0,58 25,00 2,13 4,79 2,66 0,01

Simarouba amara 2 25,00 1,39 0,12 0,70 25,00 2,13 4,22 2,09 0,01

Eschweilera ovata 2 25,00 1,39 0,10 0,59 25,00 2,13 4,11 1,98 0,01

Myrcia splendens 2 25,00 1,39 0,07 0,37 25,00 2,13 3,89 1,76 0,01

Polyandrococos

caudescens 1 12,50 0,69 0,18 1,04 25,00 2,13 3,86 1,73 0,01

Chomelia anisomeris 1 12,50 0,69 0,10 0,55 25,00 2,13 3,38 1,25 0,01

Casearia

commersoniana 1 12,50 0,69 0,09 0,50 25,00 2,13 3,33 1,20 0,01

Protium heptaphyllum 1 12,50 0,69 0,08 0,48 25,00 2,13 3,30 1,17 0,01

Myrcia silvatica 1 12,50 0,69 0,07 0,41 25,00 2,13 3,23 1,10 0,01

Page 66: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

64

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Abarema filamentosa 1 12,50 0,69 0,04 0,24 25,00 2,13 3,06 0,93 <0,01

Schefflera morototoni 1 12,50 0,69 0,04 0,21 25,00 2,13 3,04 0,91 <0,01

Ficus sp. 1 12,50 0,69 0,03 0,18 25,00 2,13 3,00 0,88 <0,01

Bowdichia virgilioides 1 12,50 0,69 0,03 0,18 25,00 2,13 3,00 0,88 <0,01

Miconia holosericea 1 12,50 0,69 0,03 0,17 25,00 2,13 2,99 0,87 <0,01

Cipó 1 12,50 0,69 0,03 0,16 25,00 2,13 2,98 0,86 <0,01

Stryphnodendron

pulcherrimum 1 12,50 0,69 0,03 0,15 25,00 2,13 2,97 0,85 <0,01

Miconia prasina 1 12,50 0,69 0,02 0,13 25,00 2,13 2,95 0,82 <0,01

Total 144 1800 100 17,74 100 1175 100 300 200 1,42

Gráfico 7 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Aterro Metropolitano Centro,

Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 67: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

65

Gráfico 8 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Aterro Metropolitano Centro, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Thyrsodium

spruceanum, Henriettea succosa, Kielmeyera neglecta, Himatanthus bracteatus (janauba),

Attalea burretiana (indaiá), Byrsonima sericea (murici), Simaba cedron, Psychotria

carthagenensis, Eugenia cyclophylla, Jacaranda obovata, Curatella americana (lixeira),

Vismia guianensis, Simarouba amara (pau-paraiba), Eschweilera ovata (biriba), Myrcia

splendens, Chomelia anisomeris, Casearia commersoniana, Protium heptaphyllum (amescla),

Myrcia silvatica, Abarema filamentosa, Schefflera morototoni (matataúba), Bowdichia

virgilioides (sucupira), Miconia holosericea, Stryphnodendron pulcherrimum e Miconia

prasina.

No estrato herbáceo encontram-se Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades

maculata, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes e

indivíduos jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae,

Melastomataceae, Arecaceae, Sapindaceae, Bromeliaceae. Dentre as trepadeiras e lianas

destacam-se espécies dos gêneros Davilla, Tetraceara, Lygodium, Serjania.

Page 68: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

66

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre na extensão aproximada de 66

hectares. Assim, a mata existente na área da Aterro Metropolitano Centro é um remanescente

de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com predominância de vegetação secundária

em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.

Page 69: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

67

Remanescente Aterro Metropolitano Centro, Vista geral da vegetação.

Remanescente Aterro Metropolitano Centro, estrato arbóreo.

Page 70: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

68

Page 71: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

69

2.3.5 Remanescente Barragem de Ipitanga I

No remanescente Barragem de Ipitanga I foram amostrados 95 indivíduos vivos e mortos

ainda em pé em uma área total de 0,08 ha. A mata existente possui fisionomia

predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 10,24 m e DAP

médio de 13,46 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos

emergentes atingindo cerca de 28 m.

Foram registradas 19 famílias, 21 gêneros e 26 espécies incluindo lianas e a categoria morto.

No arranjo fitossociológico (tabela 9), as espécies de maior frequência Himatanthus

bracteatus com 100%, seguida de Tapirira guianensis e Simarouba amara com 75%. Com

relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Bowdichia virgilioides, Tapirira

guianensis, Himatanthus bracteatus, Artocarpus heterophyllus e Schefflera morototoni. As

espécies com maior IVI foram: Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Bowdichia

virgilioides e Henriettea succosa. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de

1188 ind.ha-1

e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2,967 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada

maior concentração dos valores nas classe 5-12 com 52,63 % e >12 com 37,89% dos

indivíduos (gráfico 9). Para o diâmetro, foi observado distribuição uniforme nas classes <8 e

8-18 com 40,00% (gráfico 10).

Tabela 9 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Barragem de Ipitanga I, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

);

DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA =

frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR) IVC =

índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Himatanthus bracteatus 12 150,00 12,63 2,67 9,60 100,00 9,09 31,32 22,23 0,21

Tapirira guianensis 9 112,50 9,47 3,94 14,15 75,00 6,82 30,44 23,62 0,32

Page 72: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

70

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Bowdichia virgilioides 2 25,00 2,11 6,50 23,32 50,00 4,55 29,97 25,43 0,52

Morto 7 87,50 7,37 0,92 3,32 75,00 6,82 17,51 10,69 0,07

Henriettea succosa 9 112,50 9,47 0,94 3,36 50,00 4,55 17,38 12,84 0,07

Schefflera morototoni 3 37,50 3,16 2,40 8,60 50,00 4,55 16,30 11,76 0,19

Ocotea sp. 3 37,50 3,16 2,32 8,34 50,00 4,55 16,05 11,50 0,19

Simarouba amara 4 50,00 4,21 1,21 4,35 75,00 6,82 15,38 8,56 0,10

Thyrsodium spruceanum 7 87,50 7,37 0,72 2,59 50,00 4,55 14,50 9,96 0,06

Myrsine umbellata 6 75,00 6,32 0,98 3,50 50,00 4,55 14,37 9,82 0,08

Artocarpus heterophyllus 1 12,50 1,05 2,51 9,03 25,00 2,27 12,35 10,08 0,20

Myrcia splendens 4 50,00 4,21 0,13 0,47 50,00 4,55 9,23 4,68 0,01

Cordia sagotii 5 62,50 5,26 0,43 1,55 25,00 2,27 9,09 6,82 0,03

Protium heptaphyllum 4 50,00 4,21 0,49 1,77 25,00 2,27 8,25 5,98 0,04

Cipó 3 37,50 3,16 0,09 0,33 50,00 4,55 8,03 3,49 0,01

Miconia minutiflora 2 25,00 2,11 0,10 0,36 50,00 4,55 7,01 2,47 0,01

Simaba cedron 3 37,50 3,16 0,12 0,43 25,00 2,27 5,86 3,58 0,01

Byrsonima sericea 2 25,00 2,11 0,26 0,93 25,00 2,27 5,31 3,03 0,02

Attalea burretiana 1 12,50 1,05 0,52 1,85 25,00 2,27 5,18 2,90 0,04

Abarema filamentosa 2 25,00 2,11 0,06 0,22 25,00 2,27 4,60 2,33 <0,01

Curatella americana 1 12,50 1,05 0,20 0,72 25,00 2,27 4,04 1,77 0,02

Guatteria sp. 1 12,50 1,05 0,12 0,44 25,00 2,27 3,76 1,49 0,01

Cupania rugosa 1 12,50 1,05 0,07 0,24 25,00 2,27 3,57 1,29 0,01

Miconia prasina 1 12,50 1,05 0,06 0,22 25,00 2,27 3,55 1,28 <0,01

Myrcia silvatica 1 12,50 1,05 0,06 0,21 25,00 2,27 3,53 1,26 <0,01

Miconia sp. 1 12,50 1,05 0,03 0,10 25,00 2,27 3,42 1,15 <0,01

Total 95 1188 100 27,85 100 1100 100 300 200 2,23

Page 73: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

71

Gráfico 9 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga I,

Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Gráfico 10 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Barragem Ipitanga I, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 74: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

72

No estrato arbóreo ocorreram Himatanthus bracteatus (janaúba), Tapirira guianensis (pau-

pombo), Bowdichia virgiloides (sucupira), Henriettea succosa, Schefflera morototoni

(matataúba), Simarouba amara (pau-paraíba), Thyrsodium spruceanum, Myrsine umbellata

(pororoca), Artocarpus heterophyllus, Myrcia splendens, Cordia sagotii, Protium

heptaphyllum (amescla), Miconia minutiflora, Simaba cedron, Byrsonima sericea (murici),

Attalea burretiana, Abarema filamentosa, Curatella americana (lixeira), Cupania rugosa,

Miconia prasina e Myrcia silvatica.

No estrato herbáceo encontram-se Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades

maculata, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes,

indivíduos jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae,

Melastomataceae, Arecaceae, Sapindaceae e Bromeliaceae. Dentre as trepadeiras e lianas

destacam-se espécies dos gêneros Davilla, Tetraceara, Lygodium e Serjania.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre nesse remananescente, que

corresponde ao estágio médio de regeneração e não foram registrados in situ os estágios

inicial e avançado. Assim, a mata existente no remanescente situado margem esquerda do

eixo da Barragem de Ipitanga I é vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa, Mata

Atlântica, em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA

005/1994.

Page 75: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

73

Remanescente Barragem de Ipitanga I, Espelho d‟água com vegetação do entorno.

Remanescente Barragem de Ipitanga I, Estrato arbóreo, tronco de pau paraíba no interior do

fragmento.

Page 76: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

74

Vista geral: eixo, espelho d‟água e vegetação do entorno.

Subosque.

Page 77: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

75

2.3.6 Remanescente Barragem de Ipitanga II

No remanescente Barragem de Ipitanga II foram amostrados 96 indivíduos vivos e mortos

ainda em pé, em uma área total de 0,06 ha. A mata existente possui fisionomia

predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 11,70 m e DAP

médio de 11,20 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos

emergentes atingindo cerca de 15 m.

Foram registradas 19 famílias, 23 gêneros e 27 espécies incluindo a categoria morto. No

arranjo fitossociológico (tabela 10), as espécies de maior frequência foram Tapirira

guianensis, Himatanthus bracteatus, Byrsonima sericea com 100% de frequência, seguidas

de Schefflera morototoni e Pera glabrata com 66,67%. Para os índices dominância absoluta e

IVI, foram repetidos a mesma ordem das espécies acima. Para esse remanescente foi

observado densidade absoluta de 1600 ind.ha-1

e índice de diversidade de Shannon-Wiener de

2,59 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada

maior concentração dos valores nas classes >12 com 56,25% e 5-12 com 39,58 % dos

indivíduos (gráfico 11). Para o diâmetro, foi observada distribuição relativamente uniforme

nas classes <8 e 8-18 com 44,79 e 41,67% respectivamente (gráfico 12).

Tabela 10 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Barragem de Ipitanga II, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

);

DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA =

frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =

índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,06 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Tapirira guianensis 17 283,3 17,71 8,52 40,05 100 8,33 66,09 57,76 0,51

Byrsonima sericea 22 366,7 22,92 4,33 20,36 100 8,33 51,61 43,28 0,26

Himatanthus

bracteatus 11 183,3 11,46 2,03 9,54 100 8,33 29,33 21 0,12

Page 78: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

76

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Schefflera morototoni 11 183,3 11,46 1,45 6,81 66,67 5,56 23,82 18,27 0,09

Pera glabrata 5 83,3 5,21 1,28 6,04 66,67 5,56 16,8 11,25 0,08

Myrcia sp. 4 66,7 4,17 0,16 0,75 66,67 5,56 10,47 4,91 0,01

Vismia guianensis 1 16,7 1,04 0,93 4,36 33,33 2,78 8,18 5,4 0,06

Kielmeyera neglecta 1 16,7 1,04 0,61 2,85 33,33 2,78 6,66 3,89 0,04

Cecropia

pachystachya 2 33,3 2,08 0,35 1,65 33,33 2,78 6,51 3,74 0,02

Morto 2 33,3 2,08 0,12 0,57 33,33 2,78 5,43 2,66 0,01

Inga ciliata 2 33,3 2,08 0,09 0,41 33,33 2,78 5,27 2,49 0,01

Myrtaceae 01 2 33,3 2,08 0,06 0,3 33,33 2,78 5,16 2,38 <0,01

Myrcia splendens 2 33,3 2,08 0,06 0,3 33,33 2,78 5,16 2,38 <0,01

Bowdichia virgilioides 1 16,7 1,04 0,24 1,14 33,33 2,78 4,96 2,18 0,02

Eschweilera ovata 1 16,7 1,04 0,23 1,1 33,33 2,78 4,92 2,14 0,01

Simarouba amara 1 16,7 1,04 0,16 0,76 33,33 2,78 4,58 1,81 <0,01

Miconia holosericea 1 16,7 1,04 0,09 0,45 33,33 2,78 4,26 1,49 <0,01

Allophylus laevigatus 1 16,7 1,04 0,09 0,41 33,33 2,78 4,23 1,46 <0,01

Abarema

cochliacarpos 1 16,7 1,04 0,07 0,33 33,33 2,78 4,15 1,37 <0,01

Henriettea succosa 1 16,7 1,04 0,06 0,3 33,33 2,78 4,12 1,34 <0,01

Syagrus botryophora 1 16,7 1,04 0,06 0,29 33,33 2,78 4,11 1,33 <0,01

Inga sp. 1 16,7 1,04 0,06 0,27 33,33 2,78 4,09 1,32 <0,01

Gochnatia

oligocephala 1 16,7 1,04 0,05 0,24 33,33 2,78 4,06 1,28 <0,01

Coccoloba mollis 1 16,7 1,04 0,05 0,22 33,33 2,78 4,04 1,26 <0,01

Protium heptaphyllum 1 16,7 1,04 0,04 0,2 33,33 2,78 4,01 1,24 <0,01

Simaba cedron 1 16,7 1,04 0,03 0,16 33,33 2,78 3,98 1,2 <0,01

Cupania sp. 1 16,7 1,04 0,03 0,15 33,33 2,78 3,97 1,19 <0,01

Total 96 1600 100 21,27 100 1200 100 300 200 1,276

Page 79: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

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Gráfico 11 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Barragem Ipitanga II,

Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Gráfico 12 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura

do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Barragem Ipitanga II, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 80: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

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No estrato arbóreo ocorreram Tapirira guianensis (pau-pombo), Byrsonima sericea (murici),

Himatanthus bracteatus (janaúba), Schefflera morototoni (matataúba), Pera glabrata, Vismia

guianensis, Kielmeyera neglecta, Cecropia pachystachya, Inga ciliata, Myrcia splendens,

Bowdichia virgiloides (sucupira), Eschweilera ovata (biriba), Simarouba amara (pau-

paraíba), Miconia holosericea, Allophylus laevigatus, Abarema cochliacarpos, Henriettea

succosa, Syagrus botryophora, Gochnatia oligocephala, Coccoloba mollis, Protium

heptaphyllum (amescla), e Simaba cedron.

No subosque ocorreram Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Protium heptaphyllum,

Eschweilera ovata e Xylopia sericea. No estrato herbáceo ocorreram Heliconia psittacorum,

Olyra latifolia, Rhynchospora cephalotes, Cordia sp, além de indivíduos jovens das famílias

Fabaceae, Melastomataceae, Myrtaceae, Sapindaceae e Dilleniaceae. Dentre as trepadeiras e

lianas destacam-se espécies dos gêneros Davilla, Tetraceara, Lygodium e Serjania.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda a extensão desse

remananescente com 24,140 hectares, que corresponde ao estágio médio de regeneração e não

foram registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente no remanescente da

Barragem de Ipitanga II é vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica,

em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.

Page 81: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

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Remanescente Barragem do Ipitanga II, Vista do espelho d‟água com vegetação do entorno.

Remanescente Barragem do Ipitanga II, Estrato arbóreo, interior do fragmento

Page 82: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

80

Page 83: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

81

2.3.7 Remanescente Greenville

No remanescente Greenville foram amostrados 646 indivíduos vivos e mortos ainda em pé em

uma área total de 0,4 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea, com

seus estratos diferenciados, altura média de 10,05 m e DAP médio de 13,25 cm. A cobertura

arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca de 33,50

m.

Foram registradas 34 famílias, incluindo 51 gêneros e 63 espécies mais a categoria morto. No

arranjo fitossociológico (tabela 11), as espécies de maior frequência foram Himatanthus

bracteatus, Protium heptaphyllum, Tapirira guianensis, Eschweilera ovata apresentando

frequência absoluta superior a 65 % cada uma (tabela 11). Com relação à dominância absoluta

destacam-se as espécies Simarouba amara, Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis,

Ficus sp e Schefflera morototoni em ordem decrescente. Aquelas espécies com maior IVI

foram: Himatanthus bracteatus, Tapirira guianensis, Simarouba amara, Protium

heptaphyllum e Eschweilera ovata. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta

de 1615 ind.ha-1

e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,481 ind.nat-1.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores na classe 5-12 m com 58,82% seguido da classe >12 com 32,51%

dos indivíduos (figura 2.15). Para o diâmetro, a maior distribuição foi observada na classe 8-

18 com 45,51% (figura 2.16).

Page 84: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

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Tabela 11 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Greenville, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

); DR =

densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência

absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do

valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,4 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Himatanthus

bracteatus 85 212,5 13,16 4,21 12,72 85,00 6,16 32,03 25,87 1,68

Tapirira guianensis 48 120,0 7,43 4,11 12,43 70,00 5,07 24,93 19,86 1,64

Simarouba amara 21 52,5 3,25 4,78 14,44 45,00 3,26 20,95 17,69 1,91

Protium

heptaphyllum 38 95,0 5,88 1,27 3,83 80,00 5,80 15,51 9,72 0,51

Eschweilera ovata 39 97,5 6,04 1,07 3,24 65,00 4,71 13,98 9,27 0,43

Morto 37 92,5 5,73 0,89 2,68 70,00 5,07 13,48 8,40 0,36

Ficus sp. 11 27,5 1,70 2,78 8,41 45,00 3,26 13,37 10,11 1,11

Syagrus schizophylla 31 77,5 4,80 0,85 2,58 50,00 3,62 11,00 7,38 0,34

Schefflera

morototoni 20 50,0 3,10 1,33 4,01 30,00 2,17 9,28 7,10 0,53

Allophylus

laevigatus 23 57,5 3,56 0,57 1,74 45,00 3,26 8,56 5,30 0,23

Myrsine umbellata 14 35,0 2,17 1,12 3,39 40,00 2,90 8,45 5,55 0,45

Cipó 22 55,0 3,41 0,18 0,54 55,00 3,99 7,93 3,94 0,07

Psychotria

carthagenensis 19 47,5 2,94 0,44 1,32 45,00 3,26 7,52 4,26 0,18

Myrtaceae 01 17 42,5 2,63 0,18 0,54 55,00 3,99 7,15 3,17 0,07

Byrsonima sericea 12 30,0 1,86 0,46 1,38 40,00 2,90 6,13 3,24 0,18

Thyrsodium

spruceanum 14 35,0 2,17 0,40 1,21 35,00 2,54 5,92 3,38 0,16

Cecropia glaziovii 19 47,5 2,94 0,81 2,44 5,00 0,36 5,75 5,38 0,32

Miconia prasina 12 30,0 1,86 0,42 1,27 30,00 2,17 5,30 3,13 0,17

Elaeis guineensis 5 12,5 0,77 1,14 3,44 15,00 1,09 5,30 4,21 0,46

Bowdichia 7 17,5 1,08 0,68 2,06 25,00 1,81 4,96 3,15 0,27

Page 85: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

83

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

virgilioides

Maytenus

distichophylla 13 32,5 2,01 0,46 1,39 20,00 1,45 4,85 3,40 0,18

Bactris ferruginea 12 30,0 1,86 0,09 0,26 30,00 2,17 4,29 2,12 0,04

Pouteria sp. 9 22,5 1,39 0,15 0,46 30,00 2,17 4,02 1,85 0,06

Vochysia lucida 3 7,5 0,46 0,69 2,08 15,00 1,09 3,63 2,54 0,28

Cecropia

pachystachya 6 15,0 0,93 0,59 1,80 10,00 0,72 3,45 2,73 0,24

Andira fraxinifolia 6 15,0 0,93 0,27 0,83 20,00 1,45 3,21 1,76 0,11

Cupania rugosa 7 17,5 1,08 0,17 0,50 20,00 1,45 3,03 1,59 0,07

Myrcia sp. 6 15,0 0,93 0,06 0,19 25,00 1,81 2,93 1,12 0,02

Psidium sartorianum 5 12,5 0,77 0,08 0,25 25,00 1,81 2,83 1,02 0,03

Gochnatia

oligocephala 7 17,5 1,08 0,19 0,56 15,00 1,09 2,74 1,65 0,08

Chomelia anisomeris 6 15,0 0,93 0,09 0,27 20,00 1,45 2,65 1,20 0,04

Syagrus coronata 3 7,5 0,46 0,41 1,25 10,00 0,72 2,44 1,72 0,16

Syagrus botryophora 6 15,0 0,93 0,10 0,30 15,00 1,09 2,31 1,23 0,04

Henriettea succosa 5 12,5 0,77 0,12 0,36 15,00 1,09 2,22 1,13 0,05

Curatella americana 9 22,5 1,39 0,14 0,41 5,00 0,36 2,17 1,81 0,06

Inga lauriana 3 7,5 0,46 0,09 0,26 15,00 1,09 1,81 0,73 0,04

Guettarda

viburnoides 3 7,5 0,46 0,10 0,29 10,00 0,72 1,48 0,75 0,04

Hirtella glandulosa 5 12,5 0,77 0,11 0,32 5,00 0,36 1,46 1,10 0,04

Ocotea glomerata 2 5,0 0,31 0,24 0,73 5,00 0,36 1,40 1,04 0,10

Desconhecida 01 2 5,0 0,31 0,11 0,33 10,00 0,72 1,36 0,64 0,04

Clusia nemorosa 2 5,0 0,31 0,09 0,27 10,00 0,72 1,30 0,58 0,04

Clitoria

fairchildiana 3 7,5 0,46 0,12 0,36 5,00 0,36 1,19 0,83 0,05

Coccoloba mollis 2 5,0 0,31 0,04 0,11 10,00 0,72 1,14 0,42 0,02

Erythroxyllum

citrifolium 4 10,0 0,62 0,05 0,16 5,00 0,36 1,14 0,78 0,02

Swartzia apetala 2 5,0 0,31 0,02 0,07 10,00 0,72 1,10 0,38 0,01

Attalea burretiana 1 2,5 0,15 0,18 0,53 5,00 0,36 1,05 0,69 0,07

Page 86: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

84

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Pera glabrata 1 2,5 0,15 0,14 0,42 5,00 0,36 0,94 0,58 0,06

Chaetocarpus

echinocarpus 3 7,5 0,46 0,03 0,08 5,00 0,36 0,90 0,54 0,01

Miconia minutiflora 2 5,0 0,31 0,05 0,15 5,00 0,36 0,83 0,46 0,02

Campomanesia

dichotoma 1 2,5 0,15 0,10 0,30 5,00 0,36 0,82 0,46 0,04

Tabernaemontana

salzmannii 1 2,5 0,15 0,08 0,25 5,00 0,36 0,76 0,40 0,03

Trichilia sp. 1 2,5 0,15 0,07 0,22 5,00 0,36 0,74 0,38 0,03

Chamaecrista sp. 1 2,5 0,15 0,05 0,14 5,00 0,36 0,66 0,30 0,02

Guapira opposita 1 2,5 0,15 0,04 0,12 5,00 0,36 0,64 0,28 0,02

Chrysophyllum

rufum 1 2,5 0,15 0,03 0,08 5,00 0,36 0,60 0,24 <0,01

Cordia sagotii 1 2,5 0,15 0,02 0,06 5,00 0,36 0,57 0,21 <0,01

Stryphnodendron

pulcherrimum 1 2,5 0,15 0,02 0,05 5,00 0,36 0,57 0,21 <0,01

Myrcia splendens 1 2,5 0,15 0,01 0,03 5,00 0,36 0,55 0,18 <0,01

Xylopia sericea 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,54 0,18 <0,01

Eugenia sp. 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,54 0,18 <0,01

Pouteria grandiflora 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,54 0,17 <0,01

Psidium

oligospermum 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,53 0,17 <0,01

Abarema

cochliacarpos 1 2,5 0,15 0,01 0,02 5,00 0,36 0,53 0,17 <0,01

Total 646 1615,0 100 33,08 100 1380,0 100 300 200 13,23

Page 87: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

85

Gráfico 12 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura

determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial,

médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Greenville,

Salvador-BA fevereiro a julho de 2011

Gráfico 13 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Greenville, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 88: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

86

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Himathanthus bracteatus (janaúba), Tapirira

guianensis (pau-pombo), Simarouba amara (pau-paraíba), Protium heptaphyllum (amescla),

Eschweilera ovata (biriba), Syagrus schizopylla (licuriroba), Schefflera morototoni

(matataúba), Allophylus laevigatus (xau-xau), Myrsine umbellata (pororoca), Psychotria

carthagenensis, Byrsonima sericea (murici), Thyrsodium spruceanum (caboatã-de-leite),

Cecropia glaziovii (imbaúba), Elaeis guineensis (dendezeiro), Miconia prasina (mundururu),

Bowdichia virgilioides (sucupira), Maytenus distichophylla, Bactris ferruginea (mané-veio),

Vochysia lucida (pau-de-tucano), Cecropia pachystachya (imbaúba), Andira fraxinifolia

(angelim), Cupania rugosa (caboatã), Psidium sartorianum, Gochnatia oligocephala,

Chomelia anisomeris, Syagrus coronata (licuri), Syagrus botryophora (pati), Henriettea

succosa (mundururu), Curatella americana (lixeira), Inga laurina (ingá), Guettarda

viburnoides (angélica), Hirtella glandulosa, Ocotea glomerata (louro) Clusia nemorosa,

Clitoria fairchildiana (sombreiro), Erythroxylum citrifolium, Coccoloba mollis, Swartzia

apetala (arruda-vermelha), Attalea burretiana (indaiá), Pera glabrata (sete-capote),

Chaetocarpus echinocarpus, Miconia minutiflora (mundururu), Campomanesia dichotoma

(guabiroba), Guapira opposita (joão-mole), Chrysophylum rufun, Stryphnodendron

pulcherrimun, Cordia sagotii, Myrcia splendens Pouteria grandiflora, Xylopia sericea,

Abarema cochliacarpos (barbatimão) e Psidium oligospermum.

No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos

gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus

e Erythroxylum nobile. No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra,

Lecythidaceae, Burseraceae, Orchidaceae (Oeceoclades), Heliconia. Na área ocorrem poucas

lianas, entre elas o Lygodium volubile, Philodendron acutatum, Cissus erosa, Vanilla sp.,

Davilla sp, Dioscorea sp.

Entre as epífitas, destacam-se as espécies Philodendron acutatum (imbé), Philodendron

bipinatifidum, Monstera adansonii, Bromeliaceae e representantes de Monilophytas

(Lygodium volubile, Nephrolepis cf. pendula. As trepadeiras e lianas, principalmente das

famílias Sapindaceae, Menispermaceae, Dilleniaceae, Cucurbitaceae e Convolvulaceae. As

Page 89: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

87

herbáceas, poucos representates das famílias Cyperaceae, Poaceae, Marantaceae, Piperaceae

principalmente o jaborandi.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em 53,66 hectares deste

remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Além disso, foram

identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura média de

4,71m e DAP médio de 7,26 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração com

cobertura de 10,596 hectares. Ainda foram identificados trechos com a fisionomia arbórea

dominante em relação às demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no

porte, com altura média de 12,5 m e DAP médio de 18,54 cm, além da ocorrência de espécies

como: Pouteria grandiflora, Pouteria sp, Manilkara salzmannii, Inga lauriana, Simarouba

amara, Ocotea glomerata e Stryphnodendron pulcherrimum que caracterizam o estágio

avançado de regeneração de dois trechos perfazendo uma cobertura de de 1,228 ha. Assim, a

mata existente na área do Greenville é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata

Atlântica, com a vegetação secundária nos três estágios sucessionais, definidos conforme a

Resolução CONAMA 005/1994. Entretanto, há predomância da vegetação secundária no

estágio médio de regeneração.

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88

Remanescente Greenville, Vista geral da vegetação.

Remanescente Greenville, Dossel.

Page 91: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

89

Page 92: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

90

2.3.8 Remanescente Loteamento Biribeira

No remanescente Loteamento Biribeira foram amostrados 105 indivíduos vivos e mortos

ainda em pé, em uma área total de 0,08 ha. A mata existente possui fisionomia

predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 12,19 m e DAP

médio de 15,52 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos

emergentes atingindo cerca de 35 m.

Foram registradas 21 famílias, 24 gêneros e 29 espécies incluindo lianas e a categoria morto.

No arranjo fitossociológico (tabela 12), as espécies de maior frequência foram Psychotria

carthagenensis, Myrsine umbellata, Himatanthus bracteatus e Bowdichia virgilioides ambas

com 100%. Com relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Vochysia lucida,

Himatanthus bracteatus Bowdichia virgilioides. espécies com maior IVI foram: Vochysia

lucida, Himatanthus bracteatus Bowdichia virgilioides. Para esse remanescente foi observado

densidade absoluta de 1313 ind.ha-1

e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,073

nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores nas classes 5-12 com 49,52% e >12m com 44,76% dos indivíduos

(gráfico 14). Para o diâmetro, foi observado maior ocorrência na classe <8 com 39,05% e

distribuição reletivamente uniforme nas classes 8-18 e >18 com valores de 32,38 28,57%

respectivamente (gráfico 15).

Tabela 12 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Loteamento Biribeira, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

);

DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA =

frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =

índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Vochysia lucida 7 87,50 6,67 14,35 34,72 50,00 3,77 45,16 41,38 1,15

Page 93: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

91

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Himatanthus bracteatus 14 175,0 13,33 4,99 12,07 100,0 7,55 32,95 25,40 0,4

Morto 9 112,5 8,57 3,55 8,59 100,0 7,55 24,70 17,16 0,28

Bowdichia virgilioides 6 75,00 5,71 4,03 9,74 100,0 7,55 23,00 15,46 0,32

Myrsine umbellata 7 87,50 6,67 1,66 4,01 100,0 7,55 18,23 10,68 0,13

Psychotria

carthagenensis 6 75,00 5,71 0,70 1,69 100,0 7,55 14,95 7,40 0,06

Fabaceae 01 1 12,50 0,95 4,64 11,23 25,00 1,89 14,07 12,18 0,37

Eschweilera ovata 8 100,0 7,62 0,57 1,38 50,00 3,77 12,77 8,99 0,05

Tapirira guianensis 3 37,50 2,86 1,56 3,78 50,00 3,77 10,42 6,64 0,13

Attalea burretiana 3 37,50 2,86 1,40 3,39 50,00 3,77 10,02 6,25 0,11

Cipó 4 50,00 3,81 0,14 0,34 75,00 5,66 9,81 4,15 0,01

Byrsonima sericea 3 37,50 2,86 1,15 2,78 50,00 3,77 9,41 5,63 0,09

Henriettea succosa 3 37,50 2,86 0,29 0,70 50,00 3,77 7,33 3,56 0,02

Myrcia sp. 5 62,50 4,76 0,19 0,45 25,00 1,89 7,10 5,21 0,01

Erythroxylum citrifolium 4 50,00 3,81 0,42 1,01 25,00 1,89 6,71 4,82 0,03

Chaetocarpus

echinocarpus 2 25,00 1,90 0,10 0,25 50,00 3,77 5,93 2,15 0,01

Protium heptaphyllum 3 37,50 2,86 0,20 0,48 25,00 1,89 5,22 3,33 0,02

Schefflera morototoni 2 25,00 1,90 0,29 0,70 25,00 1,89 4,49 2,60 0,02

Sloanea guianensis 2 25,00 1,90 0,22 0,54 25,00 1,89 4,33 2,45 0,02

Brosimum gaudichaudii 2 25,00 1,90 0,10 0,25 25,00 1,89 4,04 2,15 0,01

Inga thibaudiana 2 25,00 1,90 0,09 0,21 25,00 1,89 4,00 2,11 0,01

Myrcia silvatica 2 25,00 1,90 0,04 0,08 25,00 1,89 3,88 1,99 <0,01

Ficus gomelleira 1 12,50 0,95 0,21 0,51 25,00 1,89 3,35 1,46 0,02

Myrtaceae 01 1 12,50 0,95 0,14 0,33 25,00 1,89 3,17 1,28 0,01

Gochnatia oligocephala 1 12,50 0,95 0,12 0,29 25,00 1,89 3,13 1,25 0,01

Psidium sp. 1 12,50 0,95 0,07 0,17 25,00 1,89 3,01 1,12 0,01

Campomanesia

dichotoma 1 12,50 0,95 0,06 0,14 25,00 1,89 2,98 1,09 <0,01

Thyrsodium spruceanum 1 12,50 0,95 0,05 0,13 25,00 1,89 2,97 1,08 <0,01

Simarouba amara 1 12,50 0,95 0,02 0,05 25,00 1,89 2,89 1,01 <0,01

Total 105 1313 100 41,33 100 1325 100 300 200 3,31

Page 94: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

92

Gráfico 14 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Biribeira, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011.

Gráfico 15 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Biribeira, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 95: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

93

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Vochysia lucida, Himatanthus bracteatus (janaúba),

Bowdichia virgilioides (sucupira), Myrsine umbellata (pororoca), Psychotria carthagenensis,

Eschweilera ovata (biriba), Tapirira guianensis (pau-pombo), Attalea burretiana (indaiá),

Byrsonima sericea (murici), Henriettea succosa, Erythroxylum citrifolium, Chaetocarpus

echinocarpus, Protium heptaphyllum (amescla), Schefflera morototoni (matataúba), Sloanea

guianensis, Brosimum gaudichaudii, Inga thibaudiana (ingá) Myrcia silvatica, Ficus

gomelleira, Gochnatia oligocephala, Campomanesia dichotoma, Thyrsodium spruceanum e

Simarouba amara (pau-paraíba).

No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos

gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda,

Allophylus,Coccoloba, Casearia, Protium, Eschweilera,Thyrsodium, Erythroxylum e

Desmoncus polyacanthos (titara). No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero

Olyra, Orchidaceae (Oeceoclades) e Heliconia. Na área ocorrem poucas trepadeiras e lianas,

entre elas o Lygodium volubile, Philodendron acutatum, Philodendron pinnatifidum, Cissus

erosa, Passiflora edmundoi, Vanilla sp, Davilla spp, Dioscorea sp e Tetracera sp.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre esse remananescente na

extensão de 14,052 ha, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata

existente na área do Loteamento Biribeira é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa,

Mata Atlântica, com predominância de vegetação secundária em estágio médio de

regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA 005/1994.

Page 96: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

94

Remanescente Loteamento Biribeira, Estrato arbóreo do interior do fragmento.

Remanescente Loteamento Biribeira, Dossel descontínuo.

Page 97: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

95

Page 98: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

96

2.3.9 Remanescente Loteamento Patamares

No remanescente Loteamento Patamares foram amostrados 114 indivíduos vivos e mortos

ainda em pé, em uma área total de 0,12 ha. A mata existente possui fisionomia

predominantemente arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 8,69 m e DAP

médio de 19,79 cm. A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos

emergentes atingindo cerca de 20 m.

Foram registradas 19 famílias, 23 gêneros e 26 espécies incluindo a categoria morto. No

arranjo fitossociológico (tabela 13), as espécies de maior frequência foram Tapirira

guianensis, Allophylus laevigatus, Syagrus coronata e Siparuna guianensis. Com relação à

dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Ficus gomelleira, Syagrus

coronata, Elaeis guineensis e Cecropia glaziovii. As espécies com maior IVI foram: Tapirira

guianensis, Syagrus coronata, Ficus gomelleira, Allophylus laevigatus e Syagrus

schizophyllum. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de 950 ind.ha-1

e

índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2,938 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada

maior concentração dos valores nas classe 5-12 com 44,74% e >12 com 32,46% dos

indivíduos (gráfico 16). Para o diâmetro, foi observada maior ocorrência na classe >18 com

50,00% (gráfico 17).

Tabela 13 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica Loteamento Patamares, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

);

DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA =

frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR) IVC =

índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,12 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Tapirira guianensis 18 150,0 15,79 10,64 25,58 100,0 10,53 51,89 41,37 1,28

Syagrus coronata 10 83,33 8,77 4,05 9,74 66,67 7,02 25,53 18,51 0,49

Ficus gomelleira 4 33,33 3,51 6,09 14,63 50,00 5,26 23,40 18,14 0,73

Page 99: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

97

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Morto 8 66,67 7,02 1,98 4,76 66,67 7,02 18,80 11,78 0,24

Allophylus laevigatus 8 66,67 7,02 0,87 2,09 83,33 8,77 17,88 9,11 0,10

Syagrus schizophyllum 9 75,00 7,89 1,61 3,86 50,00 5,26 17,02 11,75 0,19

Elaeis guineensis 5 41,67 4,39 3,92 9,42 16,67 1,75 15,56 13,80 0,47

Siparuna guianensis 8 66,67 7,02 0,22 0,52 66,67 7,02 14,56 7,54 0,03

Cecropia glaziovii 5 41,67 4,39 3,22 7,74 16,67 1,75 13,88 12,12 0,39

Schefflera morototoni 6 50,00 5,26 0,95 2,27 33,33 3,51 11,05 7,54 0,11

Bowdichia virgiloides 3 25,00 2,63 1,94 4,67 33,33 3,51 10,81 7,30 0,23

Myrsine umbellata 4 33,33 3,51 1,30 3,12 33,33 3,51 10,14 6,63 0,16

Himatanthus

bracteatus 4 33,33 3,51 0,81 1,94 33,33 3,51 8,96 5,45 0,10

Stryphnodendron

pulcherrimum 2 16,67 1,75 1,92 4,60 16,67 1,75 8,11 6,36 0,23

Campomanesia

dichotoma 3 25,00 2,63 0,19 0,46 33,33 3,51 6,60 3,09 0,02

Chomelia obtusa 3 25,00 2,63 0,13 0,32 33,33 3,51 6,46 2,95 0,02

Xylopia sericea 2 16,67 1,75 0,28 0,66 33,33 3,51 5,93 2,42 0,03

Myrtaceae 2 16,67 1,75 0,13 0,31 33,33 3,51 5,57 2,06 0,02

Eschweilera ovata 2 16,67 1,75 0,04 0,09 33,33 3,51 5,35 1,84 0,00

Byrsonima sericea 2 16,67 1,75 0,38 0,91 16,67 1,75 4,42 2,67 0,05

Guazuma ulmifolia 1 8,33 0,88 0,54 1,29 16,67 1,75 3,92 2,17 0,06

Pouteria ramiflora 1 8,33 0,88 0,17 0,40 16,67 1,75 3,03 1,28 0,02

Cupania rugosa 1 8,33 0,88 0,10 0,24 16,67 1,75 2,87 1,12 0,01

Thyrsodium

spruceanum 1 8,33 0,88 0,09 0,22 16,67 1,75 2,85 1,10 0,01

Psychotria

carthagenensis 1 8,33 0,88 0,04 0,11 16,67 1,75 2,74 0,99 0,01

Miconia minutiflora 1 8,33 0,88 0,02 0,04 16,67 1,75 2,67 0,92 0,00

Total 114 950,0 100 41,62 100 950,0 100 300 200 4,99

Page 100: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

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Gráfico 16 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Loteamento Patamares,

Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Gráfico 17 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura

do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Loteamento Patamares, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 101: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

99

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Syagrus

coronata (licurí), Ficus gomelleira (gameleira), Allophylus laevigatus, Elaeis guineensis

(dendê), Siparuna guianensis, Cecropia glaziovii, Schefflera morototoni (matataúba),

Bowdichia virgilioides (sucupira), Myrsine umbellata (pororoca), Himatanthus bracteatus

(janaúba), Stryphnodendron pulcherrimum, Campomanesia dichotoma, Chomelia obtusa,

Xylopia sericea, Eschweilera ovata (biriba), Byrsonima sericea (muricí), Guazuma ulmifolia,

Pouteria ramiflora, Cupania rugosa, Thyrsodium spruceanum, Psychotria carthagenensis e

Miconia minutiflora.

No subosque destacam-se indivíduos jovens de Bactris ferruginea (mané-veio), Siparuna

guianensis, Elaies guineensis (dendê), Mangifera indica (manga), Trema micrantha, Attalea

burretiana, Himatanthus bracteatus, Inga thibaudiana (ingá); Thyrsodium spruceanum,

Schefllera morototoni,Campomanesia dichotoma, Protium heptaphyllum, Swartzia sp, Cordia

nodosa, Desmoncus polyacanthos var polyacanthos (titara). No estrato herbáceo ocorrem

Rhynchospora cephalotes, Costus spiralis, Piper divaricatum, Stromanthes porteana,

Heliconia psittacorum, Oeceoclades maculata, além de indivíduos jovens das espécies

Eschweilera ovata, Xilopia sericea, Inga ciliata, Allophylus laevigatus e Tapirira guianensis.

Dentre as trepadeiras e lianas destacam-se as famílias Sapindaceae, Menispermaceae,

Dilleniaceae, Cucurbitaceae, Convolvulaceae e Monilophytas da família Lygodiaceae.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda a extensão desse

remananescente 11,37 hectares, que corresponde ao estágio médio de regeneração e não

foram registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente na área de

Loteamento Patameres é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com

a vegetação secundária em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução

CONAMA 005/1994.

Page 102: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

100

Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Carnaúba,estrato arbóreo do interior do fragmento.

Remanescente Loteamento Patamares – Fragmento Bicuíba, estrato arbóreo no interior do fragmento.

Page 103: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

101

Page 104: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

102

2.3.10 Remanescente Pedreira Aratu

No remanescente Pedreira Aratu foram amostrados 55 indivíduos vivos e mortos ainda em pé,

em uma área total de 0,06 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea,

com seus estratos diferenciados, altura média de 12,57 m e DAP médio de 15,87 cm. A

cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca

de 36 m.

Foram registradas 15 famílias, 16 gêneros e 19 espécies incluindo lianas e a categoria morto.

No arranjo fitossociológico (tabela 14), as espécies de maior frequência foram Henriettea

succosa, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni com 9,68% cada, seguidas de

Miconia minutiflora, Inga thibaudiana, Byrsonima sericea, Tapirira guianensis, Siparuna

guianensis e Attalea salvadorensis com 6,45% cada. Com relação à dominância absoluta

destacam-se as espécies Schefflera morototoni, Bowdichia virgilioides, Attalea salvadorensis

e Attalea burretiana. Aquelas espécies com maior IVI foram: Schefflera morototoni,

Himatanthus bracteatus, Attalea salvadorensis, Bowdichia virgilioides, Henriettea succosa e

Attalea burretiana. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de 916,8 ind.ha-1

e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2,60 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores nas classes >12m com 49,09% e 5-12 com 45,45% dos indivíduos

(gráfico 18). Para o diâmetro, foi observada maior distribuição na classe 8-18 com 40,00%

(gráfico 19).

Page 105: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

103

Tabela 14 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica de Pedreira Aratu, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

);

DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA =

frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =

índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,06 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Schefflera

morototoni

8 133,3 14,55 9,31 31,05 100 9,68 55,27 45,59 0,56

Himatanthus

bracteatus

12 200 21,82 1,88 6,26 100 9,68 37,75 28,07 0,11

Attalea

salvadorensis

3 50 5,45 5,07 16,9 66,67 6,45 28,8 22,35 0,30

Bowdichia

virgilioides

1 16,7 1,82 5,31 17,69 33,33 3,23 22,74 19,51 0,32

Henriettea

succosa

5 83,3 9,09 0,61 2,02 100 9,68 20,79 11,11 0,04

Attalea

burretiana

3 50 5,45 3,57 11,9 33,33 3,23 20,58 17,35 0,21

Siparuna

guianensis

4 66,7 7,27 0,18 0,6 66,67 6,45 14,33 7,88 0,01

Tapirira

guianensis

3 50 5,45 0,55 1,82 66,67 6,45 13,72 7,27 0,03

Byrsonima

sericea

2 33,3 3,64 0,74 2,47 66,67 6,45 12,56 6,11 0,04

Inga thibaudiana 2 33,3 3,64 0,65 2,17 66,67 6,45 12,26 5,8 0,03

Morta 3 50 5,45 0,58 1,93 33,33 3,23 10,61 7,38 0,03

Miconia

minutiflora

2 33,3 3,64 0,1 0,32 66,67 6,45 10,41 3,95 0,01

Xylopia sericea 1 16,7 1,82 0,63 2,1 33,33 3,23 7,15 3,92 0,04

Chrysophyllum

splendens

1 16,7 1,82 0,39 1,31 33,33 3,23 6,36 3,13 0,02

Protium 1 16,7 1,82 0,21 0,7 33,33 3,23 5,75 2,52 0,01

Page 106: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

104

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

heptaphyllum

Ficus sp. 1 16,7 1,82 0,1 0,33 33,33 3,23 5,38 2,15 0,01

Ocotea

glomerata

1 16,7 1,82 0,06 0,21 33,33 3,23 5,26 2,03 0,01

Thyrsodium

spruceanum

1 16,7 1,82 0,03 0,11 33,33 3,23 5,16 1,93 0,01

Cipó 1 16,7 1,82 0,03 0,1 33,33 3,23 5,14 1,92 0,01

Total 55 916,8 100 30 100 1033,3 100 300 200 1,8

Gráfico 18 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Aratu, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011.

Page 107: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

105

Gráfico 19 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura

do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Pedreira Aratu, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Schefflera morototoni (matataúba), Himatanthus

bracteatus (janaúba), Attalea salvadorensis, Bowdichia virgilioides (sucupira), Henriettea

succosa, Attalea burretiana (indaiá), Siparuna guianensis, Tapirira guianensis (pau-pombo),

Byrsonima sericea (murici), Inga thibaudiana (ingá), Miconia minutiflora (mundururu),

Xylopia sericea, Chrysophyllum splendens, Protium heptaphyllum (amescla), Ocotea

glomerata (louro) e Thyrsodium spruceanum.

No estrato herbáceo ocorreram Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades maculata,

Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes e indivíduos

jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae, Melastomataceae,

Arecaceae e Sapindaceae.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em toda a extensão deste

remananescente com cerca de 78,9 hectares, que corresponde ao estágio médio de

regeneração e não foram registrados os estágios inicial e avançado. Assim, a mata existente

Page 108: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

106

no remanescente da Pedreira Aratu é vegetação secundária de Floresta Ombrófila Densa,

Mata Atlântica, em estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução CONAMA

005/1994.

Page 109: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

107

Remanescente Pedreira Aratu, Vista de encosta alterada e da paisagem vegetacional.

Remanescente Pedreira Aratu, Estrato arbóreo e subosque.

Page 110: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

108

Page 111: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

109

2.3.11 Remanescente Pedreira Carangi

No remanescente Pedreira Carangi foram amostrados 196 indivíduos vivos e mortos ainda em

pé, em uma área total de 0,12 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente

arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 12,03 m e DAP médio de 11,19 cm.

A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo

cerca de 36 m.

Foram registradas 30 famílias, 46 gêneros e 54 espécies incluindo lianas e a categoria morto.

No arranjo fitossociológico (tabela 15), as espécies de maior frequência foram Tapirira

guianensis, Myrcia sp, Himatanthus bracteatus com 83,33% cada, seguidas de Simarouba

amara, Byrsonima sericea e Attalea burretiana com 66,67% cada. Com relação à dominância

absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Stryphnodendron pulcherrimum,

Attalea burretiana, Simarouba amara e Himatanthus bracteatus. Aquelas espécies com maior

IVI foram: Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Simarouba amara,

Stryphnodendron pulcherrimum e Attalea burretiana. Para esse remanescente foi observada

densidade absoluta de 1633 ind.ha-1

e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,52

nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores nas classes >12m com 53,57% e 5-12 com 44,90% dos indivíduos

(gráfico 20). Para o diâmetro, foi observada maior distribuição nas classe <8 com 47,45 e 8-

18 com 39,29% (gráfico 21).

Page 112: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

110

Tabela 15 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica de Pedreira Carangi, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

);

DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA =

frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC =

índice do valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,12 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Tapirira

guianensis 22 183,3 11,22 3,79 15,71 83,33 4,95 31,88 26,93 0,45

Himatanthus

bracteatus 19 158,3 9,69 1,36 5,64 83,33 4,95 20,29 15,34 0,16

Simarouba amara 7 58,3 3,57 1,74 7,21 66,67 3,96 14,75 10,79 0,21

Stryphnodendron

pulcherrimum 2 16,7 1,02 2,83 11,7 33,33 1,98 14,7 12,72 0,34

Attalea burretiana 5 41,7 2,55 1,94 8,03 66,67 3,96 14,54 10,58 0,23

Myrcia sp. 11 91,7 5,61 0,36 1,49 83,33 4,95 12,05 7,1 0,04

Morto 8 66,7 4,08 0,73 3,03 66,67 3,96 11,07 7,11 0,09

Anaxagorea sp. 11 91,7 5,61 0,57 2,38 50 2,97 10,96 7,99 0,07

Byrsonima sericea 7 58,3 3,57 0,7 2,91 66,67 3,96 10,44 6,48 0,08

Fabaceae 01 2 16,7 1,02 1,98 8,21 16,67 0,99 10,22 9,23 0,24

Henriettea

succosa 9 75 4,59 0,56 2,31 50 2,97 9,87 6,9 0,07

Luehea divaricata 5 41,7 2,55 0,79 3,26 50 2,97 8,78 5,81 0,09

Psidium

oligospermum 8 66,7 4,08 0,22 0,93 50 2,97 7,98 5,01 0,03

Buchenavia sp. 7 58,3 3,57 0,78 3,25 16,67 0,99 7,81 6,82 0,09

Eschweilera ovata 6 50 3,06 0,3 1,22 50 2,97 7,25 4,28 0,03

Abarema

cochliacarpos 2 16,7 1,02 1,05 4,35 16,67 0,99 6,36 5,37 0,13

Brosimum

gaudichaudii 4 33,3 2,04 0,16 0,65 50 2,97 5,66 2,69 0,02

Ficus sp. 2 16,7 1,02 0,53 2,18 33,33 1,98 5,18 3,2 0,06

Cipó 3 25 1,53 0,07 0,3 50 2,97 4,8 1,83 0,01

Page 113: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

111

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Miconia

holosericea 3 25 1,53 0,23 0,95 33,33 1,98 4,46 2,48 0,03

Kielmeyera

neglecta 3 25 1,53 0,18 0,76 33,33 1,98 4,27 2,29 0,02

Bowdichia

virgilioides 2 16,7 1,02 0,28 1,16 33,33 1,98 4,16 2,18 0,03

Pera glabrata 4 33,3 2,04 0,25 1,02 16,67 0,99 4,05 3,06 0,03

Cordia pilosa 3 25 1,53 0,07 0,31 33,33 1,98 3,82 1,84 0,01

Cupania rugosa 3 25 1,53 0,07 0,29 33,33 1,98 3,8 1,82 0,01

Pogonophora

schomburgkiana 2 16,7 1,02 0,1 0,42 33,33 1,98 3,42 1,44 0,01

Myrcia silvatica 2 16,7 1,02 0,04 0,16 33,33 1,98 3,16 1,18 0,01

Guapira opposita 3 25 1,53 0,1 0,4 16,67 0,99 2,92 1,93 0,01

Protium

heptaphyllum 1 8,3 0,51 0,31 1,28 16,67 0,99 2,78 1,79 0,04

Pouteria

grandiflora 1 8,3 0,51 0,3 1,23 16,67 0,99 2,73 1,74 0,04

Myrcia splendens 2 16,7 1,02 0,17 0,71 16,67 0,99 2,72 1,73 0,02

Cecropia glaziovii 1 8,3 0,51 0,26 1,07 16,67 0,99 2,57 1,58 0,03

Margaritaria

nobilis 2 16,7 1,02 0,12 0,51 16,67 0,99 2,52 1,53 0,01

Curatella

americana 2 16,7 1,02 0,12 0,5 16,67 0,99 2,51 1,52 0,01

Tibouchina

candolleana 2 16,7 1,02 0,09 0,38 16,67 0,99 2,39 1,4 0,01

Inga laurina 2 16,7 1,02 0,04 0,16 16,67 0,99 2,17 1,18 0,01

Tovomita

choisyana 1 8,3 0,51 0,13 0,56 16,67 0,99 2,06 1,07 0,02

Desconhecido 01 1 8,3 0,51 0,11 0,47 16,67 0,99 1,97 0,98 0,01

Inga sp. 1 8,3 0,51 0,1 0,42 16,67 0,99 1,92 0,93 0,01

Clusia nemorosa 1 8,3 0,51 0,1 0,4 16,67 0,99 1,9 0,91 0,01

Polyandrococos

caudescens 1 8,3 0,51 0,08 0,32 16,67 0,99 1,82 0,83 0,01

Page 114: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

112

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Licania sp. 1 8,3 0,51 0,05 0,21 16,67 0,99 1,71 0,72 0,01

Chaetocarpus

echinocarpus 1 8,3 0,51 0,05 0,2 16,67 0,99 1,7 0,71 0,01

Gochnatia

oligocephala 1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,67 0,68 0,01

Erythroxylum

mucronatum 1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,67 0,68 0,01

Inga thibaudiana 1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,66 0,67 0,01

Casearia

commersoniana 1 8,3 0,51 0,04 0,16 16,67 0,99 1,66 0,67 0,01

Vernonanthura

discolor 1 8,3 0,51 0,04 0,15 16,67 0,99 1,65 0,66 0,01

Simaba cedron 1 8,3 0,51 0,04 0,15 16,67 0,99 1,65 0,66 0,01

Bactris ferruginea 1 8,3 0,51 0,03 0,1 16,67 0,99 1,6 0,61 0,01

Albizia sp. 1 8,3 0,51 0,02 0,1 16,67 0,99 1,6 0,61 0,01

Chamaecrista sp. 1 8,3 0,51 0,02 0,07 16,67 0,99 1,57 0,58 0,01

Annona sp. 1 8,3 0,51 0,02 0,07 16,67 0,99 1,57 0,58 0,01

Thyrsodium

spruceanum 1 8,3 0,51 0,02 0,07 16,67 0,99 1,57 0,58 0,01

Total 196 1633 100 24,16 100 1683,41 100 300 200 2,90

Page 115: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

113

Gráfico 20 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Carangi, Salvador-

BA fevereiro a julho de 2011.

Gráfico 21 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura

do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Pedreira Carangi, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 116: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

114

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus

bracteatus (janaúba), Simarouba amara (pau-paraíba), Stryphnodendron pulcherrimum,

Byrsonima sericea (murici), Henriettea succosa, Luehea divaricata, Psidium oligospermum,

Eschweilera ovata (biriba), Abarema cochliacarpos, Brosimum gaudichaudii, Miconia

holosericea, Kielmeyera neglecta, Bowdichia virgilioides (sucupira), Pera glabrata (sete-

capote), Cordia pilosa, Cupania rugosa, Pogonophora schomburgkiana, Myrcia silvatica,

Guapira opposita, Protium heptaphyllum (amescla), Pouteria grandiflora, Myrcia splendens,

Cecropia glaziovii, Margaritaria nobilis, Curatella americana (lixeira), Tibouchina

candolleana, Inga laurina (ingá), Tovomita choisyana, Clusia nemorosa, Polyandrococos

caudescens, Chaetocarpus echinocarpus, Gochnatia oligocephala, Erythroxylum

mucronatum, Inga thibaudiana, Casearia commersoniana, Vernonanthura discolor, Simaba

cedron, Bactris ferruginea e Thyrsodium spruceanum.

No subosque ocorreram indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos gêneros,

Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus. No

herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra, Lecythidaceae, Burseraceae, Orchidaceae

(Oeceoclades) e Heliconia. Na área ocorrem poucas trepadeiras e lianas, entre elas o

Lygodium volubile, Philodendron acutatum, Cissus erosa, Vanilla sp, Davilla spp, Dioscorea

sp. , dentre outras.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre nesse remananescente em

192,044 ha, que corresponde ao estágio médio de regeneração. Assim, a mata existente na

área da Pedreira Carangi é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica,

com a vegetação secundária no estágio médio de regeneração, definido conforme a Resolução

CONAMA 005/1994.

Page 117: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

115

Remanescente Pedreira Carangi , Vista geral da vegetação.

Remanescente Pedreira Carangi, Estrato arbóreo e subosque.

Page 118: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

116

Page 119: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

117

2.3.12 Remanescente Pedreira Valéria

No remanescente Pedreira Valéria foram amostrados 233 indivíduos vivos e mortos ainda em

pé, em uma área total de 0,2 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente

arbórea, com seus estratos diferenciados, altura média de 10,78 m e DAP médio de 15,90 cm.

A cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo

cerca de 26 m.

Foram registradas 23 famílias, 28 gêneros e 33 espécies incluindo lianas e a categoria morto.

No arranjo fitossociológico (tabela 16), as espécies de maior frequência foram Tapirira

guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Henriettea succosa e Attalea

burretiana. Com relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis,

Attalea burretiana, Artocarpus heterophyllus, Schefflera morototoni e Himatanthus

bracteatus. Aquelas espécies com maior IVI foram: Tapirira guianensis Attalea burretiana,

Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni e Artocarpus heterophyllus. Para esse

remanescente foi observada densidade absoluta de 1165 ind.ha-1

e índice de diversidade de

Shannon-Wiener de 2,977 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores nas classes 5-12 com 45,06% e >12m com 39,91% dos indivíduos

(gráfico 22). Para o diâmetro, foi observada concentração nas classes <8 e >18 com valor de

36,05% para as duas classes (gráfico 23).

Page 120: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

118

Tabela 16 – Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica da Pedreira Valéria, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de

importância (IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

);

DR = densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA =

frequência absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR)(%); IVC

= índice do valor de cobertura (DR +DoR)(%); AB = área basal (m².0,20 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Tapirira guianensis 33 165 14,16 7,44 20,66 90 8,91 43,74 34,83 1,5

Attalea burretiana 20 100 8,58 5,15 14,31 70 6,93 29,82 22,89 1,03

Himatanthus

bracteatus 21 105 9,01 2,96 8,22 80 7,92 25,16 17,24 0,59

Schefflera

morototoni 14 70 6,01 3,7 10,29 80 7,92 24,22 16,29 0,74

Morto 23 115 9,87 1,88 5,21 90 8,91 23,99 15,08 0,38

Artocarpus

heterophyllus 18 90 7,73 4,39 12,21 30 2,97 22,9 19,93 0,88

Henriettea succosa 17 85 7,3 0,37 1,04 80 7,92 16,25 8,33 0,07

Inga laurina 10 50 4,29 1,5 4,17 30 2,97 11,44 8,47 0,3

Albizia polycephala 5 25 2,15 1,5 4,17 30 2,97 9,28 6,31 0,3

Siparuna guianensis 8 40 3,43 0,32 0,9 40 3,96 8,3 4,33 0,06

Simarouba amara 5 25 2,15 0,51 1,41 40 3,96 7,52 3,56 0,10

Tovomita choisyana 8 40 3,43 0,24 0,67 30 2,97 7,07 4,1 0,05

Byrsonima sericea 4 20 1,72 1,1 3,05 20 1,98 6,75 4,77 0,22

Elaeis guineensis 2 10 0,86 1,25 3,49 20 1,98 6,32 4,34 0,25

Cupania rugosa 6 30 2,58 0,08 0,23 30 2,97 5,77 2,8 0,02

Attalea

salvadorensis 4 20 1,72 0,96 2,67 10 0,99 5,37 4,38 0,19

Miconia minutiflora 6 30 2,58 0,17 0,48 20 1,98 5,04 3,06 0,03

Bowdichia

virgilioides 1 5 0,43 1,12 3,12 10 0,99 4,54 3,55 0,22

Erythroxylum

squamatum 5 25 2,15 0,14 0,38 20 1,98 4,51 2,53 0,02

Miconia holosericea 3 15 1,29 0,11 0,31 20 1,98 3,57 1,59 0,02

Page 121: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

119

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Ficus sp. 3 15 1,29 0,03 0,07 20 1,98 3,34 1,36 0,01

Psychotria sp. 2 10 0,86 0,04 0,12 20 1,98 2,96 0,98 0,01

Thyrsodium

spruceanum 2 10 0,86 0,03 0,08 20 1,98 2,92 0,94 0,01

Miconia prasina 2 10 0,86 0,03 0,07 20 1,98 2,91 0,93 0,01

Eschweilera ovata 1 5 0,43 0,4 1,11 10 0,99 2,52 1,53 0,08

Cecropia

pachystachya 1 5 0,43 0,25 0,7 10 0,99 2,12 1,13 0,05

Bactris ferruginea 2 10 0,86 0,09 0,24 10 0,99 2,09 1,1 0,02

Cordia pilosa 2 10 0,86 0,06 0,16 10 0,99 2,01 1,02 0,01

Pogonophora

schomburgkiana 1 5 0,43 0,07 0,2 10 0,99 1,62 0,63 0,01

Luehea divaricata 1 5 0,43 0,03 0,1 10 0,99 1,52 0,53 0,01

Cipó 1 5 0,43 0,03 0,08 10 0,99 1,5 0,5 0,01

Guatteria pogonopus 1 5 0,43 0,02 0,06 10 0,99 1,48 0,49 <0,01

Guapira opposita 1 5 0,43 0,01 0,04 10 0,99 1,46 0,47 <0,01

Total 233 1165 100 35,99 100 1010 100 300 200 7,20

Page 122: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

120

Gráfico 22 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Pedreira Valéria, Salvador-

BA fevereiro a julho de 2011.

Gráfico 23 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro à altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Pedreira Valéria, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 123: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

121

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Attalea

burretiana (indaiá), Artocarpus heterophyllus, Himatanthus bracteatus (janaúba), Schefflera

morototoni (matataúba), Inga laurina (ingá), Henriettea succosa, Albizia polycephala,

Byrsonima sericea (murici), Attalea salvadorensis, Elaeis guineensis (dendê), Siparuna

guianensis, Tovomita choisyana, Simarouba amara (pau-paraíba), Bowdichia virgilioides

(sucupira), Miconia minutiflora (mundururu), Cupania rugosa, Erythroxylum squamatum,

Miconia holosericea, Eschweilera ovata (biriba), Cecropia pachystachya (imbaúba), Bactris

ferruginea (mané-veio), Cordia pilosa, Thyrsodium spruceanum, Miconia prasina,

Pogonophora schomburgkiana, Luehea divaricata, Guatteria pogonopus e Guapira opposita.

No estrato herbáceo registraram-se Olyra latifolia, Heliconia psittacorum, Oeceoclades

maculata, Stromanthe porteana, Piper spp, Scleria bracteata, Rhynchospora cephalotes,

indivíduos jovens das famílias Fabaceae, Myrtaceae, Boraginaceae, Dilleniaceae,

Melastomataceae, Arecaceae, Sapindaceae.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em aproximadamente 95,70 ha

deste remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. O estágio avançado

foi registrado em 0,3 ha. Não foi registrado o estágio inicial. Assim, a mata existente no

remanescente Pedreira Valéria é Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação

secundária nos estágios sucessionais médio a avançado, definidos conforme a Resolução

CONAMA 005/1994. Entretanto, há predominância da vegetação secundária no estágio

médio de regeneração.

Page 124: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

122

Remanescente Pedreira Valéria, Equipamentos de britagem da pedreira Valéria e lagoa com vegetação

arbórea no entorno.

Remanescente Pedreira Valéria, estrato arbóreo.

Page 125: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

123

Page 126: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

124

2.3.13 Remanescente Posto TIC

No remanescente Posto TIC foram amostrados 73 indivíduos vivos e mortos ainda em pé em

uma área total de 0,08 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea

baixa, com seus estratos diferenciados, altura média de 9,26 e DAP médio de 17,25 cm. A

cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca

de 26 m.

Foram registradas 18 famílias, incluindo 19 gêneros e 20 espécies mais a categoria morto. No

arranjo fitossociológico (tabela 17), as espécies de maior frequência foram Guarea guidonia e

Tapirira guianensis ambas com 75% seguidas de Miconia minutiflora, Protium heptaphyllum,

Erythroxyllum citrifolium, Byrsonima sericea e Artocarpus heterophyllus com 50% cada.

Com relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Artocarpus heterophyllus, Ficus

pulchella, Tapirira guianensis e Spondias mombin. Aquelas espécies com maior IVI foram:

Artocarpus heterophyllus, Tapirira guianensis, Ficus pulchella, Guarea guidonia e Schefflera

morototoni. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de 912,5 ind.ha-1

e

índice de diversidade de Shannon-Wiener de 2.656 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores na classe 5-12m com 61,64% (gráfico 24). Para o diâmetro, a amior

distribuição foi observada na classe 8-18 com 41,10% seguido da classe <8 com 35,62%

(gráfico 25).

Page 127: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

125

Tabela 17 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica do Posto TIC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

); DR =

densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência

absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do

valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,08 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Artocarpus heterophyllus 13 162,5 17,81 19,44 41,10 50 6,45 65,36 58,91 1,56

Tapirira guianensis 10 125,0 13,70 7,24 15,31 75 9,68 38,69 29,01 0,58

Ficus pulchella 1 12,5 1,37 8,14 17,20 25 3,23 21,80 18,57 0,65

Guarea guidonia 5 62,5 6,85 1,35 2,86 75 9,68 19,39 9,71 0,11

Schefflera morototoni 9 112,5 12,33 1,69 3,57 25 3,23 19,13 15,90 0,14

Byrsonima sericea 7 87,5 9,59 0,77 1,63 50 6,45 17,67 11,22 0,06

Spondias mombin 2 25,0 2,74 4,72 9,98 25 3,23 15,94 12,72 0,38

Morto 3 37,5 4,11 0,88 1,87 50 6,45 12,43 5,98 0,07

Himatanthus bracteatus 3 37,5 4,11 0,81 1,71 50 6,45 12,27 5,82 0,06

Erythroxyllum

citrifolium 3 37,5 4,11 0,18 0,38 50 6,45 10,94 4,49 0,01

Protium heptaphyllum 2 25,0 2,74 0,12 0,25 50 6,45 9,44 2,99 0,01

Miconia minutiflora 2 25,0 2,74 0,06 0,12 50 6,45 9,31 2,86 0,01

Myrtaceae sp. 3 37,5 4,11 0,31 0,65 25 3,23 7,98 4,76 0,02

Curatella americana 2 25,0 2,74 0,89 1,88 25 3,23 7,85 4,62 0,07

Maytenus distichophylla 2 25,0 2,74 0,32 0,69 25 3,23 6,65 3,43 0,03

Xylopia sericea 2 25,0 2,74 0,08 0,18 25 3,23 6,14 2,92 0,01

Allophylus laevigatus 1 12,5 1,37 0,15 0,31 25 3,23 4,91 1,68 0,01

Ocotea sp. 1 12,5 1,37 0,10 0,20 25 3,23 4,80 1,57 0,01

Page 128: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

126

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Genipa americana 1 12,5 1,37 0,03 0,06 25 3,23 4,66 1,43 0,01

Eschweilera ovata 1 12,5 1,37 0,03 0,06 25 3,23 4,66 1,43 0,01

Total 73 912,5 100 47,30 100 775 100 300 200 3,78

Gráfico 24 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Posto TIC, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011.

Page 129: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

127

Gráfico 25 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Posto TIC, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

No estrato arbóreo ocorreu Artocarpus heterophyllus, Tapirira guianensis, Ficus pulchella,

Guarea guidonia, Schefflera morototoni, Byrsonima sericea, Spondias mombin, Himatanthus

bracteatus, Erythroxyllum citrifolium, Protium heptaphyllum, Miconia minutiflora, Curatella

americana, Maytenus distichophylla, Xylopia sericea, Allophylus laevigatus, Genipa

americana e Eschweilera ovata. No subosque encontram-se Cordia nodosa, Inga ciliata,

Licania sp, Miconia albicans, indivíduos jovens de Artocarpus heterophyllus e Piper spp. No

estrato herbáceo desenvolvem espécies das famílias Heliconiaceae, Poaceae (Olyra),

Orchidaceae (Oeceoclades), Rubiaceae, Cyperaceae, Commelinaceae (Tradescantia), Araceae

(Aglonema) e representantes de Monilophytas dos gêneros (Adiantum, Thelypteris, Lygodium)

e poucas trepadeiras das famílias Sapindaceae, Cucurbitaceae e Dilleniaceae.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre nesse remananescente em 9,47

ha, que carateriza essa área como estágio médio de regeneração conforme definido pela

Resolução CONAMA 005/1994.

Page 130: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

128

Remanescente Posto TIC, Vista parcial do fragmento.

Remanescente Posto TIC, Rizóforos (raizes suspensas) de hemiepífitas sobre troncos.

Page 131: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

129

Page 132: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

130

2.3.14 Remanescente Trobogy

No remanescente Trobogy foram amostrados 884 indivíduos vivos e mortos ainda em pé, em

uma área total de 0,54 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea,

com seus estratos diferenciados, altura média de 8,43 m e DAP médio de 11,67 cm. A

cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca

de 26 m.

Foram registradas 40 famílias, 52 gêneros e 73 espécies incluindo lianas e a categoria morto.

No arranjo fitossociológico (tabela 18), as espécies de maior frequência foram Tapirira

guianensis, Himatanthus bracteatus, Byrsonima sericea, Schefflera morototoni, Protium

heptaphyllum e Bowdichia virgilioides todas com frequência superior a 50% (tabela 1). Com

relação à dominância absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Himatanthus

bracteatus, Schefflera morototoni e Bowdichia virgilioides. Aquelas espécies com maior IVI

foram: Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Byrsonima

sericea, Bowdichia virgilioides. Para esse remanescente foi observado densidade absoluta de

1638 ind.ha-1

e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,37 nat.ind-1

.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada a

concentração dos valores na classe 5-12m com 65,50% dos indivíduos (gráfico 26). Para o

diâmetro, foi observada maior distribuição na classe <8 com 45,59% seguida da classe 8-18

com 37,67% (gráfico 27).

Page 133: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

131

Tabela 18 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica de Trobogy, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância

(IVI). Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

); DR =

densidade relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência

absoluta; FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do

valor de cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,54 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Tapirira guianensis 159 294,4 17,99 5,98 22,79 100,0 7,36 48,13 40,77 3,23

Himatanthus bracteatus 81 150,0 9,16 2,20 8,40 85,19 6,27 23,83 17,56 1,19

Morta 73 135,2 8,26 1,61 6,15 81,48 5,99 20,40 14,41 0,87

Schefflera morototoni 56 103,7 6,33 1,88 7,18 62,96 4,63 18,15 13,52 1,02

Byrsonima sericea 51 94,4 5,77 1,38 5,27 77,78 5,72 16,76 11,04 0,75

Bowdichia virgilioides 16 29,6 1,81 1,84 7,02 51,85 3,81 12,65 8,83 0,99

Syagrus coronata 17 31,5 1,92 1,23 4,70 40,74 3,00 9,62 6,62 0,67

Henriettea succosa 35 64,8 3,96 0,37 1,41 48,15 3,54 8,91 5,37 0,20

Protium heptaphyllum 28 51,9 3,17 0,42 1,59 51,85 3,81 8,57 4,76 0,22

Syagrus schizophylla 15 27,8 1,70 0,94 3,59 29,63 2,18 7,46 5,28 0,51

Inga thibaudiana 19 35,2 2,15 0,48 1,84 37,04 2,72 6,72 3,99 0,26

Myrsine umbellata 18 33,3 2,04 0,58 2,20 29,63 2,18 6,41 4,23 0,31

Eschweilera ovata 19 35,2 2,15 0,28 1,07 33,33 2,45 5,67 3,22 0,15

Myrcia sp. 24 44,4 2,71 0,18 0,67 25,93 1,91 5,29 3,38 0,09

Stryphnodendron pulcherrimum 5 9,3 0,57 0,95 3,62 14,81 1,09 5,27 4,18 0,51

Attalea burretiana 7 13,0 0,79 0,75 2,85 22,22 1,63 5,27 3,64 0,40

Curatella americana 17 31,5 1,92 0,26 0,97 29,63 2,18 5,08 2,90 0,14

Simarouba amara 6 11,1 0,68 0,75 2,88 18,52 1,36 4,92 3,56 0,41

Vochysia lucida 17 31,5 1,92 0,53 2,02 11,11 0,82 4,77 3,95 0,29

Psychotria carthagenensis 14 25,9 1,58 0,13 0,49 29,63 2,18 4,25 2,07 0,07

Allophylus laevigatus 15 27,8 1,70 0,15 0,55 25,93 1,91 4,16 2,25 0,08

Hieronyma alchorneoides 7 13,0 0,79 0,49 1,85 14,81 1,09 3,73 2,64 0,26

Cipó 11 20,4 1,24 0,06 0,21 29,63 2,18 3,64 1,46 0,03

Myrtaceae 03 13 24,1 1,47 0,08 0,29 22,22 1,63 3,40 1,76 0,04

Page 134: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

132

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Cupania sp. 10 18,5 1,13 0,12 0,46 22,22 1,63 3,23 1,59 0,06

Myrcia splendens 11 20,4 1,24 0,06 0,22 22,22 1,63 3,10 1,46 0,03

Psidium sp. 11 20,4 1,24 0,08 0,30 14,81 1,09 2,63 1,54 0,04

Miconia prasina 8 14,8 0,90 0,06 0,24 18,52 1,36 2,50 1,14 0,03

Thyrsodium spruceanum 8 14,8 0,90 0,03 0,13 18,52 1,36 2,40 1,04 0,02

Coccoloba mollis 5 9,3 0,57 0,07 0,28 18,52 1,36 2,21 0,85 0,04

Eugenia sp. 6 11,1 0,68 0,02 0,09 18,52 1,36 2,13 0,77 0,01

Elaeis guineensis 1 1,9 0,11 0,45 1,70 3,70 0,27 2,09 1,81 0,24

Pera glabrata 4 7,4 0,45 0,13 0,49 14,81 1,09 2,04 0,95 0,07

Attalea salvadorensis 2 3,7 0,23 0,32 1,24 7,41 0,54 2,01 1,46 0,17

Myrtaceae 04 9 16,7 1,02 0,10 0,39 7,41 0,54 1,96 1,41 0,05

Desconhecida 01 2 3,7 0,23 0,30 1,15 7,41 0,54 1,92 1,37 0,16

Cordia sagotii 7 13,0 0,79 0,07 0,27 11,11 0,82 1,88 1,06 0,04

Myrcia silvatica 5 9,3 0,57 0,06 0,23 11,11 0,82 1,61 0,79 0,03

Miconia minutiflora 5 9,3 0,57 0,04 0,15 11,11 0,82 1,53 0,71 0,02

Casearia commersoniana 4 7,4 0,45 0,02 0,09 11,11 0,82 1,36 0,54 0,01

Myrcia guianensis 7 13,0 0,79 0,06 0,22 3,70 0,27 1,29 1,02 0,03

Desconhecido 02 5 9,3 0,57 0,12 0,45 3,70 0,27 1,29 1,01 0,06

Gochnatia oligocephala 3 5,6 0,34 0,03 0,10 11,11 0,82 1,26 0,44 0,01

Guazuma ulmifolia 2 3,7 0,23 0,17 0,65 3,70 0,27 1,15 0,88 0,09

Jacaranda obovata 3 5,6 0,34 0,04 0,13 7,41 0,54 1,02 0,47 0,02

Pilocarpus sp. 3 5,6 0,34 0,03 0,12 7,41 0,54 1,01 0,46 0,02

Inga laurina 3 5,6 0,34 0,03 0,12 7,41 0,54 1,00 0,46 0,02

Andira fraxinifolia 3 5,6 0,34 0,02 0,07 7,41 0,54 0,96 0,41 0,01

Myrtaceae 01 3 5,6 0,34 0,01 0,04 7,41 0,54 0,93 0,38 0,01

Tibouchina candolleana 2 3,7 0,23 0,03 0,10 7,41 0,54 0,87 0,33 0,01

Clusia nemorosa 2 3,7 0,23 0,02 0,08 7,41 0,54 0,85 0,30 0,01

Miconia alborufescens 2 3,7 0,23 0,01 0,04 7,41 0,54 0,81 0,27 0,01

Erythroxylum mucronatum 2 3,7 0,23 0,01 0,04 7,41 0,54 0,81 0,27 0,01

Desconhecido 03 2 3,7 0,23 0,01 0,03 7,41 0,54 0,80 0,25 0,01

Page 135: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

133

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Virola sp. 1 1,9 0,11 0,06 0,24 3,70 0,27 0,63 0,36 0,03

Abarema filamentosa 2 3,7 0,23 0,01 0,03 3,70 0,27 0,53 0,26 0,01

Bractis ferruginea 2 3,7 0,23 0,01 0,03 3,70 0,27 0,53 0,26 0,01

Cordia sp. 1 1,9 0,11 0,02 0,07 3,70 0,27 0,45 0,18 0,01

Annona sp. 1 1,9 0,11 0,02 0,06 3,70 0,27 0,45 0,18 0,01

Pouteria sp. 1 1,9 0,11 0,01 0,05 3,70 0,27 0,43 0,16 0,01

Calyptranthes sp. 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,42 0,15 0,01

Siparuna guianensis 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,42 0,14 0,01

Anacardium occidentale 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,42 0,14 0,01

Sapium glandulatum 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,41 0,14 0,01

Maytenus distichophylla 1 1,9 0,11 0,01 0,03 3,70 0,27 0,41 0,14 0,01

Psidium guineensis 1 1,9 0,11 0,01 0,02 3,70 0,27 0,41 0,13 0,01

Chomelia anisomeris 1 1,9 0,11 <0,01 0,02 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01

Ficus gomelleira 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01

Myrtaceae 02 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01

Cordia pilosa 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01

Cupania rugosa 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01

Cecropia sp. 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01

Vismia guianensis 1 1,9 0,11 <0,01 0,01 3,70 0,27 0,40 0,13 0,01

Total 884 1638 100 26,2 100 1359 100 300 200 14,2

Page 136: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

134

Gráfico 26 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente Trobogy, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011.

Gráfico 27 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura

do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

Trobogy, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

Page 137: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

135

No estrato arbóreo, ocorreram as espécies Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus

bracteatus (janaúba), Schefflera morototoni (matataúba), Byrsonima sericea (murici),

Bowdichia virgilioides (sucupira), Syagrus coronata (licuri), Henriettea succosa, Protium

heptaphyllum (amescla), Syagrus schizophylla (licurioba), Inga thibaudiana (ingá), Myrsine

umbellata (pororoca), Eschweilera ovata (biriba), Stryphnodendron pulcherrimum, Attalea

burretiana (indaiá), Curatella americana (lixeira), Simarouba amara (pau-paraíba), Vochysia

lucida (pau-de-tucano), Psychotria carthagenensis, Allophylus laevigatus (xau-xau),

Hieronyma alchorneoides, Myrcia splendens, Miconia prasina, Thyrsodium spruceanum,

Coccoloba mollis, Elaeis guineensis (dendê), Pera glabrata (sete-capote), Attalea

salvadorensis, Cordia sagotii, Myrcia silvatica, Miconia minutiflora (mundururu), Casearia

commersoniana, Myrcia guianensis, Gochnatia oligocephala, Guazuma ulmifolia, Jacaranda

obovata, Inga laurina (ingá), Andira fraxinifolia, Tibouchina candolleana, Clusia nemorosa,

Miconia alborufescens, Erythroxylum mucronatum, Bractis ferruginea (mané-veio), Abarema

filamentosa, Siparuna guianensis, Anacardium occidentale, Sapium glandulosum, Psidium

guineensis, Maytenus distichopylla, Vismia guianensis, Ficus gomelleira, Cupania rugosa,

Cordia pilosa e Chomelia anisomeris.

No subosque encontram-se indivíduos jovens do estrato arbóreo além de indivíduos dos

gêneros, Vismia, Miconia, Clidemia, Cordia, Elaeis, Myrcia, Syagrus, Guettarda, Allophylus,

Erythroxulum. No estrato herbáceo destacam-se Poaceae com o gênero Olyra, Lecythidaceae,

Burseraceae, Orchidaceae (Oeceoclades) e Heliconia. Na área ocorrem poucas trepadeiras e

lianas com destaque para os gêneros Lygodium, Philodendron, Cissus, Passiflora, Vanilla,

Davilla e Dioscorea.

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em aproximadamente 260

hectares deste remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. No entanto,

foram identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura

média de 5,91 m e DAP médio de 7,06 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração

com cobertura apoximada de 79 hectares. Assim, a mata existente na área do Trobogy é um

remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação secundária em

Page 138: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

136

estágios sucessionais inicial e médio, definidos conforme a Resolução CONAMA 005/1994.

Entretanto, há predomância da vegetação secundária no estágio médio de regeneração.

Page 139: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

137

Remanescente Trobogy, Vista geral da vegetação.

Remanescente Trobogy, estrato arbóreo.

Page 140: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

138

Page 141: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

139

2.3.15 Remanescente 19º Batalhão de Caçadores do Exército - 19° BC

No remanescente 19º BC foram amostrados 305 indivíduos vivos e mortos ainda em pé, em

uma área total de 0,22 ha. A mata existente possui fisionomia predominantemente arbórea,

com seus estratos diferenciados, altura média de 9,48 m e DAP médio de 14,16 cm. A

cobertura arbórea é predominantemente fechada, com indivíduos emergentes atingindo cerca

de 30 m.

Foram registradas 29 famílias, incluindo 42 gêneros e 46 espécies mais a categoria morto. No

arranjo fitossociológico (tabela 19), as espécies de maior frequência foram Himatanthus

bracteatus, Tapirira guianensis, Protium heptaphyllum, Xylopia sericea e Schefflera

morototoni com frequência absoluta superior a 60 % cada uma. Com relação à dominância

absoluta destacam-se as espécies Tapirira guianensis, Spondias mombin, Simarouba amara,

Tamarindus indica e Himatanthus bracteatus em ordem decrescente. Aquelas espécies com

maior IVI foram: Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Protium heptaphyllum e

Simarouba amara. Para esse remanescente foi observada densidade absoluta de 1386,4 ind.ha-

1 e índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,262 nat.ind

-1.

Referindo-se à distribuição de frequência em intervalos de classe de altura foi observada a

concentração dos valores na classe 5-12 m com 62,95% dos indivíduos (gráfico 28). Para o

diâmetro, observou-se uma distribuição uniforme entre as classes <8 e de 8-18 cm com 39,02

e 38,03% respectivamente (gráfico 29).

Page 142: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

140

Tabela 19 - Parâmetros fitissociológicos para as espécies presentes no remanescente de Mata

Atlântica do19 BC, Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI).

Descritores quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

); DR = densidade

relativa (%); DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência absoluta;

FR = frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do valor de

cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².0,22 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Tapirira

guianensis 35 159,1 11,48 6,94 18,63 63,64 5,34 35,45 30,10 1,53

Himatanthus

bracteatus 33 150,0 10,82 2,79 7,50 72,73 6,11 24,43 18,32 0,61

Morto 20 90,9 6,56 1,74 4,68 90,91 7,63 18,87 11,24 0,38

Protium

heptaphyllum 20 90,9 6,56 0,89 2,39 63,64 5,34 14,29 8,95 0,20

Simarouba amara 4 18,2 1,31 3,02 8,10 36,36 3,05 12,46 9,41 0,66

Schefflera

morototoni 11 50,0 3,61 1,22 3,28 63,64 5,34 12,23 6,88 0,27

Xylopia sericea 15 68,2 4,92 0,72 1,94 63,64 5,34 12,20 6,85 0,16

Artocarpus

heterophyllus 17 77,3 5,57 1,26 3,39 36,36 3,05 12,02 8,97 0,28

Myrsine umbellata 17 77,3 5,57 0,96 2,58 45,45 3,82 11,98 8,16 0,21

Eschweilera ovata 10 45,5 3,28 0,86 2,32 45,45 3,82 9,41 5,60 0,19

Spondias mombin 1 4,5 0,33 3,04 8,17 9,09 0,76 9,26 8,50 0,67

Allophylus

laevigatus 12 54,5 3,93 0,49 1,33 45,45 3,82 9,08 5,26 0,11

Thyrsodium

spruceanum 12 54,5 3,93 0,68 1,81 36,36 3,05 8,80 5,75 0,15

Tamarindus indica 1 4,5 0,33 2,84 7,62 9,09 0,76 8,71 7,95 0,62

Bowdichia

virgilioides 5 22,7 1,64 1,66 4,45 18,18 1,53 7,61 6,09 0,37

Gochnatia

oligocephala 16 72,7 5,25 0,51 1,38 9,09 0,76 7,39 6,62 0,11

Ocotea sp. 3 13,6 0,98 1,66 4,46 18,18 1,53 6,97 5,45 0,37

Page 143: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

141

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Clusia nemorosa 9 40,9 2,95 0,48 1,29 18,18 1,53 5,76 4,24 0,11

Elaeis guineensis 3 13,6 0,98 1,13 3,05 18,18 1,53 5,56 4,03 0,25

Byrsonima sericea 6 27,3 1,97 0,18 0,48 36,36 3,05 5,50 2,45 0,04

Miconia

minutiflora 6 27,3 1,97 0,12 0,31 36,36 3,05 5,33 2,28 0,03

Myrtaceae 02 4 18,2 1,31 0,06 0,15 36,36 3,05 4,51 1,46 0,01

Ficus gomelleira 2 9,1 0,66 0,82 2,22 18,18 1,53 4,40 2,87 0,18

Henriettea succosa 5 22,7 1,64 0,18 0,49 18,18 1,53 3,66 2,13 0,04

Cordia sagotii 1 4,5 0,33 0,73 1,96 9,09 0,76 3,05 2,29 0,16

Casearia

commersoniana 3 13,6 0,98 0,11 0,30 18,18 1,53 2,81 1,29 0,02

Miconia prasina 3 13,6 0,98 0,10 0,28 18,18 1,53 2,79 1,26 0,02

Mangifera indica 2 9,1 0,66 0,20 0,53 18,18 1,53 2,72 1,19 0,04

Calyptranthes sp. 3 13,6 0,98 0,05 0,13 18,18 1,53 2,64 1,11 0,01

Psychotria

carthagenensis 3 13,6 0,98 0,04 0,11 18,18 1,53 2,62 1,10 0,01

Curatella

americana 2 9,1 0,66 0,11 0,30 18,18 1,53 2,48 0,96 0,02

Pachira glabra. 2 9,1 0,66 0,09 0,25 18,18 1,53 2,43 0,91 0,02

Andira fraxinifolia 2 9,1 0,66 0,08 0,23 18,18 1,53 2,41 0,88 0,02

Albizia

pedicellaris 1 4,5 0,33 0,45 1,22 9,09 0,76 2,31 1,55 0,10

Inga thibaudiana 2 9,1 0,66 0,21 0,56 9,09 0,76 1,98 1,21 0,05

Vismia guianensis 3 13,6 0,98 0,07 0,19 9,09 0,76 1,93 1,17 0,02

Cocos nucifera 1 4,5 0,33 0,26 0,70 9,09 0,76 1,79 1,03 0,06

Campomanesia

dichotoma 1 4,5 0,33 0,12 0,31 9,09 0,76 1,40 0,64 0,03

Eryhroxylum

citrifolia 1 4,5 0,33 0,09 0,24 9,09 0,76 1,33 0,57 0,02

Syagrus coronata 1 4,5 0,33 0,08 0,21 9,09 0,76 1,30 0,53 0,02

Lacistema

robustum 1 4,5 0,33 0,04 0,12 9,09 0,76 1,21 0,45 0,01

Zanthoxylum 1 4,5 0,33 0,03 0,08 9,09 0,76 1,17 0,40 0,01

Page 144: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

142

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

rhoifolium

Psidium guajava 1 4,5 0,33 0,03 0,08 9,09 0,76 1,17 0,40 0,01

Abarema

filamentosa 1 4,5 0,33 0,02 0,07 9,09 0,76 1,16 0,39 0,01

Cipó 1 4,5 0,33 0,02 0,06 9,09 0,76 1,15 0,39 0,01

Eugenia sp. 1 4,5 0,33 0,02 0,06 9,09 0,76 1,15 0,38 0,01

Myrtaceae 01 1 4,5 0,33 0,01 0,02 9,09 0,76 1,11 0,35 0,01

Total 305 1386,4 100 37,23 100 1190,9 100 300 200 8,19

Gráfico 28 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente 19º BC, Salvador-BA

fevereiro a julho de 2011.

Page 145: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

143

Gráfico 29 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro da altura

do peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Remanescente

19º BC, Salvador-BA fevereiro a julho de 2011.

No estrato arbóreo ocorrem Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus bracteatus

(janaúba), Protium heptaphyllum (amescla), Simarouba amara (pau-paraíba), Schefflera

morototoni (matataúba), Xylopia sericea, Artocarpus heterophyllus, Myrsine umbellata

(pororoca), Eschweilera ovata (biriba), Spondias mombin, Allophylus laevigatus, Thyrsodium

spruceanum, Tamarindus indica, Bowdichia virgilioides (sucupira), Gochnatia oligocephala,

Clusia nemorosa, Elaeis guineensis (dendê), Byrsonima sericea (murici), Miconia

minutiflora, Ficus gomelleira, Henriettea succosa, Cordia sagotii, Casearia commersoniana,

Miconia prasina, Mangifera indica, Psychotria carthagenensis, Curatella americana

(lixeira), Pachira glabra, Andira fraxinifolia, Albizia pedicellaris, Inga thibaudiana (ingá),

Vismia guianensis, Cocos nucifera, Campomanesia dichotoma, Eryhroxylum citrifolia,

Syagrus coronata, Lacistema robustum, Psidium guajava, Zanthoxylum rhoifolium e Abarema

filamentosa.

O subosque está representado pelas espécies: Vismia guianensis (capianga), Miconia albicans,

Miconia minutiflora, Miconia prasina, Henriettea succosa, Clidemia spp, Syagrus coronata

(licuri), Xylopia sericea, Myrsine umbellata, Schefflera morototoni (matataúba), Curatella

Page 146: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

144

americana (lixeira); Hirtella ciliata, Anacardium occidentale (cajueiro), Rhynchospora

cephalotes, Philodendron acutatum, Heliconia psittacorum. Com relação às epífitas, ocorrem

espécies das famílias Araceae, Bromeliaceae, Orchidaceae, Piperaceae, além de briófitas e

monilófitas. Dentre as lianas, ocorrem espécies da família Bignoniaceae (Bignonia sp)

Dilleniaceae (Tetracera sp), Menispermaceae (Chondrodendron sp), Malpighiaceae

(Heteropterys sp, Stigmaphyllon sp) Sapindaceae (Serjania, Paullinia).

A vegetação com as características acima mencionadas ocorre em 103,54 hectares deste

remananescente, que corresponde ao estágio médio de regeneração. No entanto, foram

identificados trechos com fisionomia herbácea/arbustiva de porte baixo, com altura média de

4,8m e DAP médio de 7,8 cm, que corresponde ao estágio inicial de regeneração com

cobertura de 18,31 hectares. Ainda, foram identificados trechos com a fisionomia arbórea

dominante em relação às demais, formando um dossel fechado e relativamente uniforme no

porte, com altura média de 12,11 m e DAP médio de 18,97 cm que corresponde ao estágio

avançado de regeneração com cobertura de 1,88 ha. Assim, a mata existente na área do 19º

BC é um remanescente de Floresta Ombrófila Densa, Mata Atlântica, com a vegetação

secundária nos três estágios sucessionais, definidos conforme a Resolução CONAMA

005/1994. Entretanto, há predomância da vegetação secundária no estágio médio de

regeneração.

Page 147: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

145

Remanescente 19º, Vista Geral da vegetação

Remanescente 19º BC, estrato arbóreo

Page 148: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

146

Page 149: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

147

2.3.16 Mata Atlântica de Salvador – Análise Integrada dos Remanescentes

No levantamento florístico foram identificadas 73 famílias, incluindo 193 gêneros, 257

espécies e mais 37 no nível de gênero e 3 morfo-espécies, conforme Apêndice A. As famílias

que apresentaram o maior número de espécies foram Fabaceae com 39 espécies, Myrtaceae

com 23, Melastomataceae e Rubiaceae cada uma com 14, Arecaceae com 12, Asteraceae com

10 e Moraceae com 8 espécies, o que representa 46,69% das espécies amostradas.

No estrato herbáceo-arbustivo foram encontradas espécies das famílias Amaranthaceae,

Araceae, Campanulaceae, Cyperaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Gentianaceae,

Heliconiaceae, Marantaceae, Melastomataceae, Orchidaceae, Piperaceae, Poaceae, Rubiaceae,

Solanaceae e algumas espécies de Licophyta (Lycopodiaceae) e Monilophyta (Pteridaceae e

Lygodiaceae). As trepadeiras registradas pertencem às famílias Apocynaceae, Asteraceae,

Bignoniaceae, Curcubitaceae, Dilleniaceae, Fabaceae, Lygodiaceae, Menispermaceae,

Passifloraceae, Polygalaceae, Sapindaceae e Vitaceae. Referindo-se às epífitas, de maneira

geral elas foram pouco amostradas para a Mata Atlântica de Salvador com registro de

espécies das famílias Araceae, Bromeliaceae, Orchidaceae, Piperaceae, além de espécies de

Monilophyta e Bryophyta.

Para o levantamento fitossociológico, aqui considerando apenas indivíduos arbustivos,

arbóreos e lianas, ou seja, aqueles com DAP superior a 5 cm, foram amostrados 3496

indivíduos vivos e mortos ainda em pé numa área total de 2,46 ha. A suficiência amostral

deste levantamento pode ser observada na curva acumulativa de espécies adicionais (gráfico

30). Verificou-se que a curva apresentou um forte incremento inicial e que na parcela 69,

pouco mais da metade da metade do número de parcelas mensuradas, já foi o suficiente para

mostrar mais de 80% das espécies registradas na avaliação fitossociológica.

Cabe destacar, que ainda que seja registrada A a ocorrência de novas espécies no final da

curva, o aumento da área amostral, segundo Muniz et al. (1994), não implicaria em uma

assíntota horizontal desta curva, uma vez que sempre surgirão novas espécies, consideradas

raras, sobretudo em ambientes tropicais.

Page 150: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

148

Gráfico 30 – Curva de acumulação de espécies da vegetação da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro a julho 2011.

Page 151: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

149

Foram identificadas 41 famílias botânicas, 90 gêneros, e 143 espécies além de 34 táxons não

identificados em nível específico. As famílias com maior número de espécies foram Fabaceae

com 18, Myrtaceae com 17, Arecaceae com 10 e Melastomataceae com 07.

No arranjo fitossociológico (tabela 20), as espécies com maior frequência absoluta foram

Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Byrsonima sericea, Schefflera morototoni com

frequência superior a 50% cada uma. No tocante à dominância absoluta destacaram-se

Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Byrsonima sericea e

Henriettea succosa em ordem decrescente. As espécies com maior IVI foram Tapirira

guianensis, Himatanthus bracteatus, Schefflera morototoni, Byrsonima sericea e Simarouba

amara, em ordem decrescente. A densidade absoluta observada foi 1421,1 ind.ha-1

, variando

de 912,5 ind.ha-1

no remanescente Posto TIC a 1800 ind.ha-1

no Aterro Metropolitano Centro.

O índice de diversidade de Shannon-Wiener variou de 2,530 nat.ind-1

no remanescente

Alphaville II a 3,520 nat.ind-1

na Pedreira Carangi registrando a diversidade máxima de 3,796

nat.ind-1

para a Mata Atlântica de Salvador.

Com relação às árvores do estrato superior (dossel) a altura média variou de 8,43 m no

remanescente Trobogy a 12,57m no Pedreira Aratu, conferindo uma altura média de 9,91 m

para a Mata Atlântica de Salvador, ou seja, fisionomia de porte arbóreo baixo para o dossel.

Por outro lado, as árvores emergentes (acima do dossel) variaram em altura de 15 m nos

remanescentes Alphaville II e Ipitanga II até 36 m nos remanescentes Pedreira Aratu e

Pedreira Carangi perfazendo uma média de 27,23 m. Já o DAP variou de 9,59 cm no Aterro

Metropolitano Centro a 19,79 cm no Loteamento Patamares, resultando em uma média de

13,44 cm para Salvador.

Para a distribuição de frequência em intervalos de classe de altura, foi observada maior

concentração dos valores na classe 5-12 com 64,82% dos indivíduos (gráfico 31). Para o

diâmetro, foi observada distrbuição relativamente uniforme nas classes <8 e 8-18 com 39,85 e

38,44 % respectivamente (gráfico 32).

No tocante às espécies raras, ou seja, aquelas com registro de apenas um indivíduo para o

presente estudo foram listadas: Psidium guajava, Licania sp, Anacardium occidentale,

Page 152: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

150

Vernonanthura discolor, Guatteria pogonopus, Sapium glandulosum, Psidium guineensis,

Albizia sp, Brosimum lactescens, Genipa americana, Cecropia sp, Chrysophyllum rufum,

Cordia sp, Lacistema robustum, Chrysophyllum splendens, Tabernaemontana salzmannii,

Trichilia hirta, Virola sp, Cocos nucifera, Moldenhawera blanchetiana, Albizia pedicellaris,

Ocotea pubescens, Tamarindus indica e Ficus pulchella.

Dentre as espécies identificadas neste trabalho, nenhuma consta no Anexo I da Instrução

Normativa nº 06/2008, do Ministério do Meio Ambiente - Lista Oficial das Espécies da Flora

Brasileira Ameaçadas de Extinção. Por outro lado, foram identificadas Attalea salvadorensis,

Inga pleiogyna e Moldenhawera blanchetiana, espécies endêmicas.

Page 153: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

151

Attalea salvadorensis, espécie endêmica da região de Salvador e imediações da BR-324

Page 154: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

152

Tabela 20 - Parâmetros fitossociológicos para as espécies presentes na Mata Atlântica de

Salvador, BA, ordenados segundo o índice do valor de importância (IVI). Descritores

quantitativos: Ni = número de indivíduos; DA = densidade absoluta (ind.ha-1

); DR = densidade relativa (%);

DoA = dominância absoluta (m².ha-1

); DoR = dominância relativa (%); FA = frequência absoluta; FR =

frequência relativa (%); IVI = índice do valor de importância (DR+DoR+FR); IVC = índice do valor de

cobertura (DR +DoR); AB = área basal (m².2,46 ha-1

).

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Tapirira guianensis 440 178,9 12,59 5,5 16,51 83,74 6,75 35,85 29,1 13,53

Himatanthus bracteatus 393 159,8 11,24 2,85 8,56 82,11 6,62 26,43 19,8 7,01

Morto 226 91,9 6,46 1,33 3,99 74,80 6,03 16,49 10,46 3,27

Schefflera morototoni 165 67,1 4,72 1,71 5,15 50,41 4,07 13,93 9,87 4,21

Byrsonima sericea 151 61,4 4,32 0,96 2,88 51,22 4,13 11,33 7,20 2,36

Simarouba amara 70 28,5 2 1,86 5,58 32,52 2,62 10,2 7,58 4,58

Henriettea succosa 137 55,7 3,92 0,39 1,17 40,65 3,28 8,37 5,09 0,96

Protium heptaphyllum 116 47,2 3,32 0,5 1,49 43,09 3,48 8,28 4,81 1,23

Artocarpus heterophyllum 49 19,9 1,4 2,05 6,16 8,13 0,66 8,22 7,56 5,04

Eschweilera ovata 112 45,5 3,2 0,56 1,67 40,65 3,28 8,16 4,88 1,38

Bowdichia virgilioides 45 18,3 1,29 1,34 4,03 28,46 2,3 7,61 5,32 3,30

Attalea burretiana 47 19,1 1,34 1,17 3,5 22,76 1,84 6,68 4,85 2,88

Myrsine umbellata 77 31,3 2,2 0,61 1,84 27,64 2,23 6,27 4,04 1,50

Allophylus laevigatus 75 30,5 2,15 0,38 1,13 29,27 2,36 5,64 3,28 0,93

Thyrsodium spruceanum 92 37,4 2,63 0,26 0,78 25,20 2,03 5,44 3,41 0,64

Vochysia lucida 33 13,4 0,94 1,2 3,6 8,94 0,72 5,26 4,54 2,95

Syagrus coronata 41 16,7 1,17 0,64 1,94 17,89 1,44 4,55 3,11 1,57

Syagrus schizophylla 55 22,4 1,57 0,42 1,27 17,07 1,38 4,22 2,85 1,03

Elaeis guineensis 23 9,3 0,66 0,9 2,71 9,76 0,79 4,15 3,36 2,21

Cipó 53 21,5 1,52 0,07 0,21 29,27 2,36 4,08 1,72 0,17

Psychotria carthagenensis 53 21,5 1,52 0,16 0,48 23,58 1,9 3,90 1,99 0,39

Stryphnodendron

pulcherrimum 14 5,7 0,4 0,79 2,36 8,94 0,72 3,49 2,76 1,94

Ficus gomelleira 13 5,3 0,37 0,78 2,34 8,94 0,72 3,44 2,71 1,92

Pera glabrata 23 9,3 0,66 0,63 1,9 10,57 0,85 3,41 2,56 1,55

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153

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Ficus sp. 20 8,1 0,57 0,5 1,49 13,82 1,11 3,18 2,06 1,23

Myrcia sp. 50 20,3 1,43 0,08 0,23 16,26 1,31 2,97 1,66 0,20

Curatella americana 39 15,9 1,12 0,17 0,5 13,82 1,11 2,73 1,62 0,42

Inga thibaudiana 32 13 0,92 0,17 0,5 16,26 1,31 2,73 1,41 0,42

Myrtaceae 01 33 13,4 0,94 0,06 0,18 17,89 1,44 2,57 1,12 0,15

Miconia minutiflora 37 15 1,06 0,08 0,25 14,63 1,18 2,48 1,30 0,20

Miconia prasina 30 12,2 0,86 0,1 0,3 16,26 1,31 2,47 1,16 0,25

Inga laurina 27 11 0,77 0,19 0,58 10,57 0,85 2,20 1,35 0,47

Gochnatia oligocephala 32 13 0,92 0,1 0,29 9,76 0,79 1,99 1,20 0,25

Siparuna guianensis 27 11 0,77 0,05 0,16 11,38 0,92 1,85 0,93 0,12

Cecropia glaziovii 25 10,2 0,72 0,3 0,9 2,44 0,2 1,82 1,62 0,74

Xylpopia sericea 22 8,9 0,63 0,1 0,31 10,57 0,85 1,80 0,94 0,25

Bactris ferruginea 24 9,8 0,69 0,04 0,13 10,57 0,85 1,67 0,81 0,10

Attalea salvadorensis 10 4,1 0,29 0,31 0,94 4,88 0,39 1,61 1,22 0,76

Cupania rugosa 20 8,1 0,57 0,06 0,17 10,57 0,85 1,59 0,74 0,15

Myrcia splendens 22 8,9 0,63 0,03 0,09 9,76 0,79 1,51 0,72 0,07

Spondias mombim 3 1,2 0,09 0,43 1,28 1,63 0,13 1,50 1,36 1,06

Desconhecido 01 13 5,3 0,37 0,12 0,37 8,94 0,72 1,46 0,74 0,30

Erythroxylum citrifolium 22 8,9 0,63 0,05 0,15 8,13 0,66 1,43 0,78 0,12

Cordia sagotii 16 6,5 0,46 0,1 0,3 5,69 0,46 1,22 0,76 0,25

Ocotea sp. 7 2,8 0,2 0,23 0,68 4,07 0,33 1,21 0,88 0,57

Coccoloba mollis 13 5,3 0,37 0,04 0,11 8,94 0,72 1,20 0,48 0,10

Kielmeyera neglecta 16 6,5 0,46 0,09 0,28 5,69 0,46 1,20 0,74 0,22

Clusia nemorosa 15 6,1 0,43 0,07 0,21 6,50 0,52 1,16 0,64 0,17

Maytenus distichopylla 16 6,5 0,46 0,09 0,26 4,88 0,39 1,11 0,72 0,22

Cupania sp. 14 5,7 0,4 0,03 0,1 7,32 0,59 1,09 0,5 0,07

Andira fraxinifolia 11 4,5 0,31 0,06 0,17 6,50 0,52 1,01 0,48 0,15

Myrcia silvatica 12 4,9 0,34 0,02 0,07 7,32 0,59 1 0,41 0,05

Page 156: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

154

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Fabaceae sp1 3 1,2 0,09 0,25 0,74 1,63 0,13 0,96 0,83 0,62

Casearia commersoniana 11 4,5 0,31 0,03 0,1 6,50 0,52 0,94 0,41 0,07

Hieronyma alchorneoides 8 3,3 0,23 0,12 0,36 4,07 0,33 0,91 0,58 0,30

Cecropia pachystachya 9 3,7 0,26 0,13 0,38 3,25 0,26 0,90 0,64 0,32

Ficus pulchella 1 0,4 0,03 0,26 0,79 0,81 0,07 0,89 0,82 0,64

Tamarindus indica 1 0,4 0,03 0,25 0,76 0,81 0,07 0,86 0,79 0,62

Pouteria sp. 10 4,1 0,29 0,03 0,08 5,69 0,46 0,83 0,37 0,07

Myrtaceae 03 13 5,3 0,37 0,02 0,05 4,88 0,39 0,82 0,42 0,05

Miconia sp. 13 5,3 0,37 0,02 0,06 4,07 0,33 0,76 0,43 0,05

Luehea divaricata 8 3,3 0,23 0,06 0,18 4,07 0,33 0,73 0,40 0,15

Psidium sp. 12 4,9 0,34 0,02 0,06 4,07 0,33 0,73 0,40 0,05

Eugenia sp. 8 3,3 0,23 0,01 0,03 5,69 0,46 0,71 0,25 0,02

Guazuma ulmifolia 5 2 0,14 0,1 0,31 3,25 0,26 0,71 0,45 0,25

Albizia polycephala 5 2 0,14 0,12 0,37 2,44 0,20 0,71 0,51 0,30

Cordia pilosa 9 3,7 0,26 0,02 0,05 4,88 0,39 0,70 0,31 0,05

Miconia holosericea 8 3,3 0,23 0,02 0,07 4,88 0,39 0,69 0,30 0,05

Chomelia anisomeris 8 3,3 0,23 0,02 0,06 4,88 0,39 0,68 0,29 0,05

Simaba cedron 8 3,3 0,23 0,01 0,03 4,88 0,39 0,65 0,26 0,02

Campomanesia dichotoma 6 2,4 0,17 0,04 0,11 4,07 0,33 0,61 0,28 0,10

Tovomita choysiana 9 3,7 0,26 0,03 0,08 3,25 0,26 0,60 0,34 0,07

Anaxagoria sp. 11 4,5 0,31 0,03 0,08 2,44 0,20 0,60 0,40 0,07

Vismia guianensis 8 3,3 0,23 0,03 0,1 3,25 0,26 0,59 0,33 0,07

Desconhecido 02 7 2,8 0,2 0,06 0,19 2,44 0,2 0,58 0,39 0,15

Abarema cochliacarpos 5 2 0,14 0,06 0,17 3,25 0,26 0,58 0,32 0,15

Guarea guidonea 6 2,4 0,17 0,05 0,14 3,25 0,26 0,57 0,31 0,12

Chaetocarpus

echinocarpus 7 2,8 0,2 0,01 0,04 4,07 0,33 0,57 0,24 0,02

Attalea sp. 4 1,6 0,11 0,1 0,31 1,63 0,13 0,56 0,43 0,25

Psidium oligospermum 9 3,7 0,26 0,01 0,04 3,25 0,26 0,56 0,29 0,02

Page 157: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

155

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Syagrus botryophora 7 2,8 0,2 0,02 0,05 3,25 0,26 0,52 0,25 0,05

Psidium sartorianum 5 2 0,14 0,01 0,04 4,07 0,33 0,51 0,18 0,02

Jacaranda obovata 7 2,8 0,2 0,01 0,04 3,25 0,26 0,50 0,24 0,02

Myrtaceae 02 5 2 0,14 0,01 0,02 4,07 0,33 0,49 0,16 0,02

Brosimum gaudichaudii 6 2,4 0,17 0,01 0,03 3,25 0,26 0,47 0,20 0,02

Abarema filamentosa 6 2,4 0,17 0,01 0,02 3,25 0,26 0,46 0,19 0,02

Myrtaceae 04 9 3,7 0,26 0,02 0,07 1,63 0,13 0,46 0,33 0,05

Ocotea glomerata 4 1,6 0,11 0,04 0,13 2,44 0,2 0,44 0,24 0,10

Pogonophora

schomburgkiana 4 1,6 0,11 0,02 0,05 3,25 0,26 0,43 0,16 0,05

Polyandrococos

caudescens 4 1,6 0,11 0,02 0,05 3,25 0,26 0,42 0,16 0,05

Buchenavia sp. 7 2,8 0,20 0,04 0,11 0,81 0,07 0,38 0,32 0,10

Guapira opposita 5 2 0,14 0,01 0,04 2,44 0,20 0,38 0,18 0,02

Inga sp. 4 1,6 0,11 0,01 0,04 2,44 0,20 0,35 0,15 0,02

Caplyptranthes sp. 4 1,6 0,11 0,01 0,02 2,44 0,20 0,33 0,13 0,02

Erythroxylum squamatum 5 2 0,14 0,01 0,03 1,63 0,13 0,31 0,18 0,02

Myrcia guineensis 7 2,8 0,20 0,01 0,04 0,81 0,07 0,30 0,24 0,02

Swartzia apetala 3 1,2 0,09 0,01 0,02 2,44 0,20 0,30 0,10 0,02

Erythroxylum mucronatum 3 1,2 0,09 <0,01 0,01 2,44 0,20 0,30 0,10 0,00

Eugenia cyclophyllum 4 1,6 0,11 0,01 0,02 1,63 0,13 0,27 0,14 0,02

Guettarda viburnoides 3 1,2 0,09 0,02 0,05 1,63 0,13 0,26 0,13 0,05

Hirtella glandulosa 5 2 0,14 0,02 0,05 0,81 0,07 0,26 0,20 0,05

Hirtella sp. 3 1,2 0,09 0,01 0,04 1,63 0,13 0,26 0,13 0,02

Mangifera indica 2 0,8 0,06 0,02 0,05 1,63 0,13 0,24 0,11 0,05

Pilocarpus sp. 3 1,2 0,09 0,01 0,02 1,63 0,13 0,24 0,11 0,02

Tibouchina candoleana 3 1,2 0,09 0,01 0,02 1,63 0,13 0,24 0,11 0,02

Chomelia obtusa 3 1,2 0,09 0,01 0,02 1,63 0,13 0,24 0,11 0,02

Pouteria grandiflora 2 0,8 0,06 0,02 0,05 1,63 0,13 0,24 0,10 0,05

Page 158: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

156

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Inga ciliata 3 1,2 0,09 0,01 0,02 1,63 0,13 0,23 0,10 0,02

Ocotea pubescens 1 0,4 0,03 0,05 0,14 0,81 0,07 0,23 0,17 0,12

Pouteria ramiflora 2 0,8 0,06 0,01 0,03 1,63 0,13 0,22 0,09 0,02

Albizia pedicellaris 1 0,4 0,03 0,04 0,12 0,81 0,07 0,22 0,15 0,10

Chamaecrista sp. 2 0,8 0,06 0,01 0,03 1,63 0,13 0,21 0,08 0,02

Pachira glabra 2 0,8 0,06 0,01 0,03 1,63 0,13 0,21 0,08 0,02

Clitoria fairchildiana 3 1,2 0,09 0,02 0,06 0,81 0,07 0,21 0,14 0,05

Zanthoxylum rhoifolium 2 0,8 0,06 0,01 0,02 1,63 0,13 0,21 0,08 0,02

Guatteria sp. 2 0,8 0,06 0,01 0,02 1,63 0,13 0,20 0,07 0,02

Annona sp. 2 0,8 0,06 <0,01 0,01 1,63 0,13 0,20 0,07 <0,01

Psychotria sp. 2 0,8 0,06 <0,01 0,01 1,63 0,13 0,20 0,07 <0,01

Miconia alborufescens 2 0,8 0,06 <0,01 0,01 1,63 0,13 0,20 0,06 <0,01

Desconhecido 03 2 0,8 0,06 <0,01 <0,01 1,63 0,13 0,19 0,06 <0,01

Moldenhawera

blanchetiana 1 0,4 0,03 0,03 0,09 0,81 0,07 0,19 0,12 0,07

Cocos nucifera 1 0,4 0,03 0,02 0,07 0,81 0,07 0,16 0,10 0,05

Sloanea guianensis 2 0,8 0,06 0,01 0,02 0,81 0,07 0,14 0,08 0,02

Margaritaria nobilis 2 0,8 0,06 0,01 0,02 0,81 0,07 0,14 0,08 0,02

Virola sp. 1 0,4 0,03 0,01 0,04 0,81 0,07 0,14 0,07 0,02

Tabernaemontana

salzmannii 1 0,4 0,03 0,01 0,04 0,81 0,07 0,13 0,07 0,02

Trichilia hirta 1 0,4 0,03 0,01 0,04 0,81 0,07 0,13 0,06 0,02

Chrysophyllum splendens 1 0,4 0,03 0,01 0,03 0,81 0,07 0,12 0,06 0,02

Chrysophyllum rufum 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,11 0,04 <0,01

Cordia sp. 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,11 0,04 <0,01

Lacistema robustum 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,11 0,04 <0,01

Psidium guajava 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,04 <0,01

Licania sp. 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,04 <0,01

Anacardium occidentale 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01

Page 159: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

157

Espécies Ni DA DR DoA DoR FA FR IVI IVC AB

Vernonanthura discolor 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01

Guatteria pogonopus 1 0,4 0,03 <0,01 0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01

Sapium glandulosum 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01

Psidium guineensis 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01

Albizia sp. 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01

Brosimum lactescens 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01

Genipa americana 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01

Cecropia sp. 1 0,4 0,03 <0,01 <0,01 0,81 0,07 0,10 0,03 <0,01

Total 3496 1421,1 100 33,3 100 1239,84 100 300 200 81,90

Gráfico 31 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de altura determinados

pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios sucessionais inicial, médio e

avançado da vegetação da Mata Atlântica. Síntese dos resultados dos remanescentes de

Mata Atlântica de Salvador-BA. Fevereiro a julho de 2011.

Page 160: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

158

Gráfico 32 - Distribuição de frequência nos intervalos de classe de diâmetro a altura do

peito (DAP) determinados pela Resolução Conama nº 05/94 para os estágios

sucessionais inicial, médio e avançado da vegetação da Mata Atlântica. Síntese dos

resultados dos remanescentes de Mata Atlântica de Salvador-BA. Fevereiro a julho de

2011.

2.4 DISCUSSÃO

A perda do habitat tem sido apontada como o primcipal agente de deterioração ambiental

(STILING, 1992). Esse ônus é também responsável pelo processo de fragmentação da Mata

Atlântica. Ainda que a vegetação atual de Salvador seja de fato secundária, o diagnóstico

florístico e fitossociólogico obtido no presente estudo revela que seus remanescentes se

encontram em condição de regeneração, isso pela ocorrência comprovada de um grande

número de remanescentes em estágio médio de regeneração.

Com relação ao levantamento florístico, as famílias botânicas com ocorrência de maior

número de espécies no presente trabalho foram: Fabacea (Leguminosae), Myrtacea,

Melastomataceae e Rubiaceae. Essas famílias constam de forma geral em levantamentos

florísticas e fitossociológicos realizados para as formações preservadas ou remanescentes

fragmentários da Mata Atlântica de encosta ou baixada em outros ambientes. Desta forma, são

citadas para Rio de Janeiro (HOCH et al, 1994); em floresta secundária do município de

Page 161: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

159

Linhares no Espírito Santo (REZZINI, 1994); na Mata Atlântica do estado de Sergipe

(LANDIM & SANTOS, 1996) e em Mata Atlântica preservada de encosta da região de

Jureia-Itatins em São Paulo (MAMEDE et al 2004).

De forma comparativa, a composição em espécie obtida a partir da amostragem

fitossociológica mostrou para a Mata Atlântica de Salvador o total de 177 espécies arbóreas

numa área amostral de 2,46 hectares, contra 432 espécies arbóreas para uma área de 2,3

hectares encontradas na Mata Atlântica preservada de encosta do estado de São Paulo

(TABARELLI & MANTOVANI, 1999). O maior valor obtido para estes autores advém do

estado de encosta preservada e da fisionomia arbórea com dossel médio de 20 metros, já que

no caso de Salvador sua vegetação encontra-se, no geral, sujeita à pressão antrópica, por

conseguinte secundária, com fisionomia arbórea média, de dossel médio de cerca de 10

metros. Os resultados de Landim & Santos (1996) para a mancha secundária da Mata

Atlântica do estado de Sergipe, também sob pressão antrópica, com registro de 206 espécies,

dentro de 70 famílias botânicas, foram inferiores aos resultados deste diagnóstico. Em trecho

de Mata Atlântica Secundária do Parque de Pituaçu em Salvador/BA, Bautista et. al. (1994)

registraram para a composição florística 222 espécies, distribuídas em 70 famílias, resultado

também inferior ao do presente diagnóstico.

No tocante à composição florística dos remanescentes, analisada de forma individualizada, os

resultados inferem que, de forma geral, os remanescentes se apresentam relativamente

parecidos, onde o aumento de espécies parece decorrer de uma área maior do remanescente

que resulta em maior chance de ocorrência. Isto foi verificado nos remanescentes Trobogy,

Greenville e 19º BC com 73, 63 e 46 espécies respectivamente.

A relação entre o número de espécies, abundância relativa e sua área ocupada é um atributo

biótico denominado de diversidade, em que sua expressão matemática criada por Shannon-

Weaver foi baseada na Teoria da Informação (MARGALEF, 1974). A diversidade também é

um índice ecológico com expressão numérica de 1 a 4,9 que infere caráter heterogêneo nas

escalas específica e/ou local – a diversidade alfa; de comunidade; a diversidade beta e de um

ecossistema e/ou bioma – a diversidade gama. Para a Mata Atlântica de Salvador, no presente

diagnóstico, foi registrado o índice de diversidade de 3,796 nat.ind-1

. Este valor se aproxima

Page 162: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

160

ao resultado encontrado por Jarenkow (1995) de 3,670 nat.ind-1

em Mata Atlântica de encosta

do estado do Rio Grande do Sul e de 3,682 nat.ind-1

para Mata Atlântica secundária do

Espírito Santo (SIMONELLY et al, 1996).

Quanto à abundância, principalmente, representada pelo IVI – que melhor expressa o papel de

representação – são apontadas as espécies Tapirira guianensis, Himatanthus bracteatus e

Schefflera morototoni como aquelas representantes dos remanescentes de Salvador. Para

densidade absoluta, outra forma que expressa a quantidade de indivíduos no espaço, foi

anotado para a Mata Atlantica de Salvador uma densidade absoluta de 1421,1 ind./ha, similar

ao resultado de 1526,6 ind.ha-1

encontrado para fragmento de Mata Atlântica de tabuleiro da

vizinhança de Natal/RN (CESTARO & SOARES, 2001). Ainda no Rio Grande do Norte,

Oliveira et al (2001) obtiveram a densidade absoluta total de 1026,5 ind.ha-1

em remanescente

secundário de Mata Atlântica, resultado menor que o verificado para Salvador neste

diagnóstico.

Com relação ao efeito do sítio sobre a colonização da vegetação, foi observado frente ao

relevo colinoso de Salvador que os estandes vegetacionais, subtipos de uma formação vegetal,

encontram-se diferenciados quando se considera a vertente da colina e o topo desta, onde nas

vertentes e baixadas, devido ao maior potencial hídrico, apresentam fisionomia de porte mais

alto e menor densidade de indivíduos, e ao contrário no topo, de menor potencial hídrico e

maior luminosidade, o estande tem fisionomia mais baixa e maior densidade de indivíduos.

Esse padrão foi também registrado na Mata Atlântica de Paranaciacaba de São Paulo em que

Gomes et al (1996) encontraram índices fitossociológicos diferenciados, com valor de 208

ind.ha-1

na encosta (vertente) e 626 ind.ha-1

no topo do morro (colina).

As comunidades bióticas em geral se arranjam no espaço e tempo dentro de dois componentes

ecológicos fundamentais: distribuição e abundância, sendo que os fatores ambientais de

origem natural e/ou antrópica determinam e regulam os padrões de colonização e

estabilização das espécies. Nas comunidades de plantas do mundo, (bioma) as populações de

espécies de plantas apresentam distribuição e abundância diferentes para as faixas de latitude

do globo. Devido à soma de vários fatores em escala macro e micro, as latitudes altas

apresentam baixa diversidade de espécies somada ao aumento dos indivíduos na população e

nas latitudes baixas ocorre o inverso nestes dois aspectos. Por conseguinte, as florestas

Page 163: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

161

ombrófilas densas, localizadas na faixa intertropical, latitudes baixas, são detentoras da maior

diversidade de espécies para o ambiente continental do planeta. Nestas florestas registra-se

também a condição natural de redução do número de indivíduos na população, configurando a

categoria de espécie rara.

Nesse sentido, foi registrada no presente diagnóstico, a ocorrência de várias espécies raras, ou

seja, aquelas representadas por um único indivíduo. Em igual condição, Carvalho & Amorim

(1996) no levantamento florístico e fitossociológico da Mata da Esperança, campo avançado

da CEPLAC em Ilhéus/BA, apontaram cerca de 70 espécies raras em Mata Atlântica primária

preservada.

Retornando ao componente distribuição, o meio físico tem sido apontado como o principal

agente capaz de facilitar ou barrar a dispersão (propagação à distância) das espécies. As

barreiras geográficas e os fenômenos bióticos específicos são agentes capazes de limitar a

distribuição da espécie de uma região: endemismo (STILING, 1992). As espécies endêmicas

foram assim denominadas pela primeira vez pelo botânico De Candole em 1820 e como

exemplo cita-se Dalbergia nigra (Jacarandá da Bahia), endêmica da Mata Atlântica

(RIZZINI, 1997). Neste diagnóstico, foram registradas Inga pleiogyna, Moldenhawera

blanchetiana, espécies endêmicas da Bahia e, Attalea salvadorensis, endêmica da Região

Metropolitana de Salvador com categoria endêmica e pátria confirmadas por Lorenzi (2010).

Esses endemismos de ocorrência local e/ou regional poderiam se originar dos processos de

especiação de dada espécie local de ampla dispersão, provocado por mudanças no habitat

(RIZZINI, 1997).

2.5 CONCLUSÃO

O uso de metodologia múltipla de diagnóstico da vegetação envolvendo a análise de imagem

de sensoriamento remoto de ultima geração contra a avaliação da estrutura fitossociológica e

de produção vegetal se mostrou eficiente para a determinação dos estágios de sucessão dos

remanescentes da Mata Atlântica de Salvador.

Page 164: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

162

A composição florística da Mata Atlântica de Salvador encontra-se representada por 73

famílias botânicas onde se incluem 193 gêneros e 257 espécies e mais 37 no nível de gênero e

3 morfo-espécies ainda não identificados. O registro de biodiversidade alfa da ordem

numérica média de 280 espécies confere o estado remanescente para a atual mata atlântica de

Salvador. Componentes descritores e índices numéricos de natureza fitossociológica das

populações de plantas inferem a fisionomia arbórea para a vegetação.

Quanto à ocorrência de espécies relacionadas ao grau de conservação, o diagnóstico obtido

revela, ainda que sob condição de vegetação secundária, a Mata Atlântica atual de Salvador

encontra-se constituída principalmente de espécies nativas com registro de endemismo, sendo

que, mesmo com a ocorrência esparsa de espécies exóticas não compromete a condição

acima.

Os maiores registros de índice de valor de importância (IVI), que sintetiza dados relativos de

densidade, frequência e dominância, foram obtidos para as espécies nativas indicadoras de

mata secundária, principalmente para Tapirira guianensis (pau-pombo), Himatanthus

bracteatus (janaúba), Schefflera morototoni (morototó), Byrsonima sericea (murici) e

Simarouba amara (pau-paraíba). Dentre estas, quatro também inclusas na Resolução

CONAMA nº 05/1994, como pertencentes aos gêneros mais frequentes para a floresta

ombrófila densa em estágio médio de regeneração no Estado da Bahia.

Com base no sensoriamento remoto, no processamento digital de imagens e na análise

florística e fitossociológica, verificou-se que a cobertura vegetal na cidade de Salvador,

especificamente nas áreas de influência da Avenida Luís Viana e do rio Ipitanga, está

distribuída em remanescentes fragmentários que totalizam 1.882,59 hectares de vegetação

secundária de Mata Atlântica, sendo que desse total, 23,47 % encontram-se em estágio

inicial, 75,38 % em estágio médio e 1,15 % em estágio avançado de regeneração.

Page 165: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

163

2.6 REFERÊNCIAS

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Page 168: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

166

CAPÍTULO 3

AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DA SERRAPILHEIRA E

COMPOSIÇÃO E ABUNDÂNCIA DA ASSOCIAÇÃO DE PLANTAS DO

SUBOSQUE

Juarez Jorge Santos

1

Nid Coelho Amorim2

3.1 INTRODUÇÃO

O município de Salvador, com clima tropical úmido, encontra-se inserido na região de

domínio da vegetação ombrófila densa, denominada Mata Atlântica. Possui área com cerca de

sete mil hectares, contudo, sua vegetação se apresenta em estado atual de fragmentação,

determinado por forte pressão de natureza antrópica.

Os estudos sobre a Mata Atlântica de Salvador sempre foram direcionados ao conhecimento

qualitativo da sua composição florística – listagem das espécies de plantas – inicialmente

realizados por naturalistas europeus nos séculos XVIII e XIX e posteriormente, no século XX,

realizados por Radam Brasil (1983) e Guedes e Santos (1997).

Atributos de natureza quantitativa relacionados ao arranjo numérico das populações de

espécies de plantas – fitossociologia – sempre foram negligenciados para Salvador, a exceção

do estudo fitossociológico dos estratos arbóreos realizado em área protegida do parque de

Pituaçú por Santos et. al, (2008). De outra forma, estudos ligados a estrato não arbóreo da

vegetação como o de andar inferior, denominado subosque, envolvendo a produção de

biomassa e ainda arranjo numérico das plantas, nunca foram investigados em Salvador. O

1 Doutor em Ciências Biológicas pela USP, pesquisador associado ao Laboratório de Estudos em Anatomia de

Madeiras, do Instituto de Biologia/UFBA

2 Biólogo, Especialista em Gerenciamento Ambiental pela Universidade Católica do Salvador. Atua em

atividades de consultoria em meio ambiente

Page 169: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

167

subosque é o estrato responsável pelo recrutamento florestal, além de várias funções

ecológicas como: manutenção, equilíbrio e conservação. Esse estrato é colonizado por

espécies de plantas de diferentes padrões sucessionais como primário, secundário e tardio.

A superfície do solo das formações vegetacionais, principalmente florestas, encontra-se

recoberta por uma camada de material orgânico cuja massa é originada pela queda dos

próprios compartimentos ou órgãos das plantas como: folhas, ramos, flores, frutos, entre

outros. Essa camada, agente direto da reciclagem de nutrientes da floresta, recebe várias

denominações como: liter, horizonte orgânico, foliço, folhedo, manta e serrapilheira, sendo

parâmetro de determinação dos estágios de sucessão do bioma Mata Atlântica, conforme

preconiza a resolução CONAMA nº 05/1994. Ainda que esta resolução não especifique o

método de quantificação desse componente, tem-se utilizado como análise de produção

florestal a avaliação da biomassa espacial (standing crop).

Mesmo tardia, a legislação referente à conservação da Mata Atlântica tem, de certa forma,

compensado as suas perdas, sendo estas, entre outras causas, devido ao desconhecimento da

sua estrutura vegetacional. Desta forma, a obtenção de uma fonte de dados específicos

consubstanciados se constituirá como subsidio a adoção de prognósticos.

Assim sendo, objetivou-se estudar a produção de biomassa da serrapilheira e a composição e

abundância da associação de espécies de plantas do subosque como subsídio à determinação

dos estágios sucessionais inicial, médio a avançado da Mata Atlântica de Salvador conforme

Resolução CONAMA 05/94.

Page 170: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

168

3.2 MATERIAL E MÉTODOS

Os procedimentos de campo foram realizados entre fevereiro e julho de 2011 na área de

estudo localizada entre as coordenadas UTM 557157E, 569805E; 8566143N, 8573211N, área

de influência da Avenida Luís Viana nas coordenadas UTM 562389E, 568983E; 8580079N,

8575419N para a área de influência do rio Ipitanga.

Foram utilizados os métodos do caminhamento e posicionamento com uso do receptor GPS

para os pontos visitados, além da análise da composição do dossel. A amostragem da

serrapilheira foi realizada com os métodos do quadrado e colheita para avaliação da biomassa

e o método dos pontos para a sua espessura.

No laboratório empregaram-se os métodos da secagem em estufa a 80 ± 5 ºC até atingir peso

constante e o gravimétrico. A biomassa foi expressa em peso seco total do material em Kg.m-

2 e a espessura vertical, em cm. A abundância foi representada em cinco intervalos de classe e

foram considerados índices de frequência.

Para o subosque também se utilizou os métodos de caminhamento e do quadrado aleatório

(1x1 m) em réplicas onde se procedeu a contagem e identificação in loco de todos os

indivíduos. A identificação das espécies de plantas foi realizada através de bibliografia

específica. Os resultados foram expressos em índices de densidade e frequência.

3.3 RESULTADOS

A análise quantitativa de abundância para a serrapilheira e as populações de espécies/táxons

do subosque expressas em fitomassa espacial (standing crop) e densidade e frequência,

respectivamente, estão registrados de forma isolada para todos os remanescentes estudados e,

conjunta, para o município de Salvador. Ademais, a composição de espécies de plantas

encontra-se registrada na Tabela 22.

Page 171: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

169

Tabela 21 – Lista de táxons (famílias, gêneros e espécies) ocorrentes no subosque dos

remanescentes de Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho de 2011.

Família Espécie Nome popular

Anacardiaceae Tapirira guianensis pau-pombo

Annonaceae Xylopia sericea pindaíba-vermelha

Apocynaceae Himatanthus bracteatus janaúba

Araceae Philodendron acutatum imbé

Araceae Philodendron sp -

Araliaceae Schefflera morototoni morototó

Arecaceae Attalea burretiana indaiá

Arecaceae Bactris sp palmeirinha

Arecaceae Elaeis gineensis dendê

Arecaceae Syagrus coronata licuri

Bignoniaceae trepadeira

Boraginaceae Cordia sp baba-de-boi

Burceraceae Protium heptaphyllum amescla

Celastraceae Goupia sp cupiúva

Clusiaceae Platonia cf sp landirana

Clusiaceae Kielmeyera sp pau-santo

Clusiaceae Tovomita choisyana mangue-da-mata

Costaceae Costus spiralis -

Page 172: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

170

Família Espécie Nome popular

Cyperaceae Rhynchospora cephalotes capim bolota

Cyperaceae Rhynchospora sp capim bolota

Cyperaceae Scleria bracteata tiririca

Dilleniaceae Curatella americana lixeira

Dilleniaceae Doliocarpus sp -

Dilleniaceae -

Dioscoreaceae Dioscorea discolor -

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp erva-de-rato

Euphorbiaceae Pera glabrata pau-de-tamanco

Euphorbiaceae Pogonophora schomburgkiana coção

Fabaceae - Caesalpinioideae Bauhinia sp pata-de-vaca

Fabaceae - Mimosoideae Abarema cochliocarpos ingarana

Fabaceae - Mimosoideae Inga cililata ingá

Fabaceae - Mimosoideae Inga spp ingá

Fabaceae - Mimosoideae Stryphnodendron pulcherrimum juerana branca

Fabaceae - Papilionoideae trepadeira

Fabaceae - Papilionoideae Andira sp angelim-branco

Fabaceae - Papilionoideae Dalbergia nigra Jacaranda

Flacourtiaceae Casearia sp cafezinho

Heliconiaceae Heliconia sp heliconia

Page 173: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

171

Família Espécie Nome popular

Lauraceae Ocotea sp louro

Lecythidaceae Eschweilera ovata biriba

Malvaceae -

Malpighiaceae Byrsonima sericea murici

Marantaceae Stromanthe porteana -

Melastomataceae Clidemia spp -

Melastomataceae Henriettea sp munduruvu

Melastomataceae Miconia spp munduruvu

Menispermaceae - -

Myrtaceae - -

Moraceae Artocarpus heterophyllus jaqueira

Orchidaceae Catasetum sp -

Orchidaceae Oeceoclades maculata -

Orchidaceae Vanilla sp baunilha

Passifloraceae Passiflora sp maracujá

Piperaceae Piper divaricatum caapeba

Piperaceae Piper sp caapeba

Poaceae Brachiaria sp capim-braquiária

Poaceae Guadua cf sp bambuzinho

Poaceae Olyra latifolia -

Page 174: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

172

Família Espécie Nome popular

Poaceae Parodiolyra sp -

Poaceae - -

Polygonaceae Coccoloba sp folha-de-bolo

Primulaceae Myrsine umbellata pororoca

Rubiaceae Psychotria spp -

Rubiaceae - -

Sapindaceae Allophyllus laevigatus xau-xau

Sapindaceae Cupania sp caboatã

Sapindaceae Cardiospermum sp -

Simaroubaceae Simarouba amara pau-paraíba

Siparunaceae Siparuna guianensis negamina

Solanaceae Solanum sp -

Vochysiaceae Vochysia lucida pau-de-tucano

Indeterminada 1 - -

Indeterminada 2 - -

Indeterminada 3 - -

Monilophyta - -

Plâtula - -

Page 175: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

173

3.3.1 Remanescente Alphaville I

Foram registrados para o remanescente Alphaville I valores médios de biomassa e espessura

vertical da serrapilheira de 0,798 ± 0,329 Kg.m-2

e 3,213 ± 1,556 cm, respectivamente. Dos

cinco intervalos de classe adotados no presente trabalho para os valores médios de biomassa,

obtiveram-se apenas índices de frequência absoluta relativa e acumulada nas três primeiras

classes, com a primeira registrando 70% para a frequência relativa (tabela 22). Já para o

atributo espessura, com a ocorrência de dados nas quatro primeiras classes, foi registrada a

frequência relativa de 60% na segunda classe (tabela 23).

Na análise de abundância do subosque do remanescente Alphaville I registraram-se vinte

famílias botânicas, vinte gêneros e vinte e oito espécies/táxons. Para a densidade absoluta foi

obtida variação de 0,14 a 17,86 ind.m-2

com as espécies/táxons Piper sp, Parodiolyra sp,

Himatanthus bracteatus, Protium heptaphyllum e Plântula (tabela 24), apresentando os

maiores índices. Destas, Piper sp destacou-se das demais em termos de sua grande ocorrência

sendo, por conseguinte, a espécie mais densa e mais frequente do remanescente.

Tabela 22– Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Alphaville I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 21 70,00 21 70,0

[0,955 - 1,673[ 1,314 8 26,67 29 96,7

[1,673 - 2,390[ 2,031 1 3,33 30 100,0

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 30 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 176: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

174

Tabela 23 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Alphaville I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 27 33,75 27 33,8

[2,6 - 5,2[ 3,90 48 60,00 75 93,8

[5,2 - 7,8[ 6,50 4 5,00 79 98,8

[7,8 - 10,4[ 9,10 1 1,25 80 100,0

[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -

Total - 80 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 24– Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Alphaville I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Piperaceae Piper sp 17,86 34,72 100,00 8,97

Poaceae Parodiolyra sp 4,14 8,06 28,57 2,56

Apocynaceae Himatanthus bracteatus 3,71 7,22 71,43 6,41

Burceraceae Protium heptaphyllum 3,14 6,11 85,71 7,69

Plantula 3,14 6,11 85,71 7,69

Poaceae Olyra latifolia 2,57 5,00 14,29 1,28

Sapindaceae Cardiospermum sp 2,14 4,17 85,71 7,69

Cyperaceae Rhynchospora

cephalotes 2,00 3,89 57,14 5,13

Heliconiaceae Heliconia sp 2,00 3,89 71,43 6,41

Lecythidaceae Eschweilera ovata 1,71 3,33 57,14 5,13

Araceae Philodendron acutatum 1,14 2,22 57,14 5,13

Fabaceae - Inga cililata 1,14 2,22 57,14 5,13

Page 177: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

175

Família Espécie DA DR FA FR

Mimosoideae

Rubiaceae Psychotria spp 1,14 2,22 14,29 1,28

Annonaceae Xylopia sericea 1,00 1,94 42,86 3,85

Marantaceae Stromanthe porteana 0,86 1,67 14,29 1,28

Arecaceae Elaeis gineensis 0,71 1,39 28,57 2,56

Dilleniaceae 0,57 1,11 42,86 3,85

Simaroubaceae Simarouba amara 0,57 1,11 28,57 2,56

Bignoniaceae 0,29 0,56 14,29 1,28

Mirtaceae 0,29 0,56 28,57 2,56

Indeterminada 3 0,29 0,56 28,57 2,56

Arecaceae Bactris sp 0,14 0,28 14,29 1,28

Fabaceae -

Mimosoideae

Stryphnodendron

pulcherrimum 0,14 0,28 14,29 1,28

Lauraceae Ocotea sp 0,14 0,28 14,29 1,28

Poaceae 0,14 0,28 14,29 1,28

Rubiaceae 0,14 0,28 14,29 1,28

Siparunaceae Siparuna guianensis 0,14 0,28 14,29 1,28

Indeterminada 1 0,14 0,28 14,29 1,28

Total 51,43 100,00 1114,29 100,00

3.3.2 Remanescente Alphaville II

Para o remanescente Alphaville II registraram-se valores médios de biomassa e espessura

vertical da serrapilheira de 0,851 ± 0,203 Kg.m-2

e 3,213 ± 1,556 cm, respectivamente.

Quanto à distribuição de frequência nos cinco intervalos de classe, para as duas variáveis foi

observada ocorrência apenas na primeira e segunda classe sendo 73,33% dos resultados de

biomassa representadas na primeira e 65% dos valores de espessura vertical na segunda classe

(tabelas 25 e 26). Na análise de abundância do subosque do registraram-se dezessete famílias

botânicas, dezessete gêneros e vinte espécies/táxons. A densidade absoluta variou de 0,50 a

Page 178: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

176

13,50 ind.m-2

com as espécies/táxons Olyra latifólia, Protium heptaphyllum, Inga spp e Piper

sp destacando com os maiores índices (tabela 27)

Tabela 25 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Alphaville II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 11 73,33 11 73,3

[0,955 - 1,673[ 1,314 4 26,67 15 100,0

[1,673 - 2,390[ 2,031 - - - -

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 15 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 26 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Alphaville II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 7 35,00 7 35,0

[2,6 - 5,2[ 3,90 13 65,00 20 100,0

[5,2 - 7,8[ 6,50 - - - -

[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -

[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -

Total - 20 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 179: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

177

Tabela 27 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Alphaville II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 1,00 1,59 50,00 3,85

Annonaceae Xylopia sericea 3,50 5,56 100,00 7,69

Apocynaceae Himatanthus

bracteatus 3,50 5,56 100,00 7,69

Araceae Philodendron

acutatum 2,00 3,17 50,00 3,85

Araliaceae Schefflera morototoni 0,50 0,79 50,00 3,85

Boraginaceae Cordia sp 1,00 1,59 50,00 3,85

Burceraceae Protium heptaphyllum 12,00 19,05 50,00 3,85

Cyperaceae Rhynchospora

cephalotes 2,00 3,17 50,00 3,85

Cyperaceae Scleria bracteata 2,00 3,17 50,00 3,85

Dilleniaceae 1,00 1,59 50,00 3,85

Fabaceae -

Mimosoideae Inga spp 7,00 11,11 100,00 7,69

Fabaceae -

Papilionoideae 1,00 1,59 50,00 3,85

Lecythidaceae Eschweilera ovata 1,50 2,38 50,00 3,85

Melastomataceae Clidemia spp 1,50 2,38 100,00 7,69

Piperaceae Piper sp 5,00 7,94 50,00 3,85

Poaceae Olyra latifolia 13,50 21,43 100,00 7,69

Poaceae Parodiolyra sp 0,50 0,79 50,00 3,85

Rubiaceae Psychotria spp 1,00 1,59 50,00 3,85

Sapindaceae Cardiospermum sp 3,00 4,76 100,00 7,69

Indeterminada 3 0,50 0,79 50,00 3,85

Total 63,00 100,00 1300,00 100,00

Page 180: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

178

3.3.3 Remanescente Aterro Canabrava

No remanescente Aterro Canabrava os valores médios de biomassa e espessura vertical da

serrapilheira foram, respectivamente, de 1,660 ± 0,679 Kg.m-2

e 6,231 ± 2,0 cm. Os

resultados para as duas variáveis foram registrados nos cinco intervalos de classe sendo mais

representativos na segunda e terceira classe com 53,73 e 20,90% para a biomassa e 42,86 e

30,61% para espessura vertical, respectivamente (tabelas 28 e 29). Para o subosque, foram

identificadas vinte e duas famílias, vinte e quatro gêneros e vinte e nove espécies/táxons. A

densidade absoluta variou de 0,02 a 2,78 ind.m-2

sendo os maiores registros observados para

Himatanthus bracteatus e Tapirira guianensis com 2,78 e 1,73 ind.m-2

, respectivamente

(tabela 30). Todas as demais espécies/táxons desse remanescente apresentaram densidade

absoluta inferior a 1,0 ind.m-2

.

Tabela 28 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlânticade Salvador.

Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 5 7,46 5 7,5

[0,955 - 1,673[ 1,314 36 53,73 41 61,2

[1,673 - 2,390[ 2,031 14 20,90 55 82,1

[2,390 - 3,108[ 2,749 10 14,93 65 97,0

[3,108 - 3,826] 3,467 2 2,99 67 100,0

Total - 67 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 181: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

179

Tabela 29 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Aterro Canabrava da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 1 0,68 1 0,7

[2,6 - 5,2[ 3,90 63 42,86 64 43,5

[5,2 - 7,8[ 6,50 45 30,61 109 74,1

[7,8 - 10,4[ 9,10 34 23,13 143 97,3

[10,4 - 13,0] 11,70 4 2,72 147 100,0

Total - 147 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 30 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Aterro Canabrava da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 1,73 18,24 5,28 6,25

Apocynaceae Himatanthus bracteatus 2,78 29,39 8,45 10,00

Araliaceae Schefflera morototoni 0,02 0,17 1,06 1,25

Arecaceae Bactris sp 0,05 0,51 2,11 2,50

Burceraceae Protium heptaphyllum 0,74 7,77 9,50 11,25

Clusiaceae Platonia cf sp 0,06 0,68 2,11 2,50

Cyperaceae Rhynchospora cephalotes 0,67 7,09 3,17 3,75

Cyperaceae Scleria bracteata 0,82 8,61 5,28 6,25

Dilleniaceae 0,03 0,34 2,11 2,50

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,10 1,01 3,17 3,75

Euphorbiaceae

Pogonophora

schomburgkiana 0,03 0,34 2,11 2,50

Page 182: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

180

Família Espécie DA DR FA FR

Fabaceae

Mimosoideae Abarema cochliocarpos 0,08 0,84 1,06 1,25

Fabaceae

Mimosoideae Inga spp 0,05 0,51 1,06 1,25

Fabaceae

Mimosoideae

Stryphnodendron

pulcherrimum 0,18 1,86 2,11 2,50

Flacourtiaceae Casearia sp 0,02 0,17 1,06 1,25

Heliconiaceae Heliconia sp 0,11 1,18 2,11 2,50

Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,35 3,72 4,22 5,00

Melastomataceae Henriettea sp 0,13 1,35 2,11 2,50

Mirtaceae 0,13 1,35 5,28 6,25

Piperaceae Piper sp 0,77 8,11 1,06 1,25

Poaceae Brachiaria sp 0,06 0,68 1,06 1,25

Poaceae Olyra latifolia 0,06 0,68 3,17 3,75

Polygonaceae Coccoloba sp 0,11 1,18 3,17 3,75

Primulaceae Myrsine umbellata 0,02 0,17 1,06 1,25

Rubiaceae Psychotria spp 0,03 0,34 2,11 2,50

Rubiaceae 0,06 0,68 2,11 2,50

Simaroubaceae Simarouba amara 0,21 2,20 4,22 5,00

Indeterminada 2 0,06 0,68 2,11 2,50

Indeterminada 3 0,02 0,17 1,06 1,25

Total 9,47 100,00 84,46 100,00

3.3.4 Remanescente Aterro Metropolitano Centro

Os valores médios registrados para biomassa e espessura vertical da serrapilheira no

remanescente Aterro Metropolitano Centro foram, respectivamente, de 1,412 ± 0,482 Kg.m-2

e 4,4 ± 2,122 cm. A biomassa foi representada nas três primeiras classes com destaque para a

segunda, com 45,00% (tabela 31) e a espessura vertical, nas quatro primeiras classes com

maior frequência na classe II (52,50%) (tabela 32). A análise da abundância do subosque

Page 183: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

181

revelou vinte e três famílias botânicas, vinte e dois gêneros e trinta e uma espécies/táxons. A

densidade absoluta variou de 0,20 a 3,40 ind.m-2

. Tapirira guianensis e Himatanthus

bracteatus foram as espécies de maior abundância com 3,40 ind.m-2

sendo, H. bracteatus a

única espécie com 100% de frequência para esse remanescente (tabela 33).

Tabela 31 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlântica de

Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 4 20,00 4 20,0

[0,955 - 1,673[ 1,314 9 45,00 13 65,0

[1,673 - 2,390[ 2,031 7 35,00 20 100,0

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 20 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 32 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 7 17,50 7 17,5

[2,6 - 5,2[ 3,90 21 52,50 28 70,0

[5,2 - 7,8[ 6,50 9 22,50 37 92,5

[7,8 - 10,4[ 9,10 3 7,50 40 100,0

[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -

Total - 40 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

Page 184: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

182

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 33 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Aterro Metropolitano Centro da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 3,40 12,88 60,00 5,56

Annonaceae Xylopia sericea 1,00 3,79 80,00 7,41

Apocynaceae Himatanthus

bracteatus 3,40 12,88 100,00 9,26

Araliaceae Schefflera morototoni 0,20 0,76 20,00 1,85

Arecaceae Attalea burretiana 0,20 0,76 20,00 1,85

Arecaceae Bactris sp 0,20 0,76 20,00 1,85

Boraginaceae Cordia sp 0,40 1,52 40,00 3,70

Burceraceae Protium heptaphyllum 0,40 1,52 40,00 3,70

Clusiaceae Kielmeyera sp 0,20 0,76 20,00 1,85

Cyperaceae Rhynchospora

cephalotes 1,80 6,82 40,00 3,70

Cyperaceae Rhynchospora sp 1,60 6,06 40,00 3,70

Cyperaceae Scleria bracteata 0,40 1,52 20,00 1,85

Dilleniaceae 0,20 0,76 20,00 1,85

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,20 0,76 20,00 1,85

Fabaceae -

Mimosoideae

Abarema

cochliocarpos 0,40 1,52 40,00 3,70

Fabaceae -

Papilionoideae Dalbergia nigra 0,20 0,76 20,00 1,85

Heliconiaceae Heliconia sp 0,20 0,76 20,00 1,85

Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,20 0,76 20,00 1,85

Melastomataceae Clidemia spp 1,00 3,79 60,00 5,56

Melastomataceae Henriettea sp 1,00 3,79 20,00 1,85

Mirtaceae 0,40 1,52 20,00 1,85

Page 185: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

183

Família Espécie DA DR FA FR

Orchidaceae Oeceoclades maculata 0,20 0,76 20,00 1,85

Piperaceae Piper sp 0,20 0,76 20,00 1,85

Poaceae 3,00 11,36 40,00 3,70

Primulaceae Myrsine umbellata 0,40 1,52 20,00 1,85

Rubiaceae Psychotria spp 0,20 0,76 20,00 1,85

Sapindaceae Cardiospermum sp 0,60 2,27 40,00 3,70

Indeterminada 1 0,20 0,76 20,00 1,85

Indeterminada 2 0,40 1,52 40,00 3,70

Indeterminada 3 1,60 6,06 60,00 5,56

Plântula 2,60 9,85 60,00 5,56

Total 26,40 100,00 1080,00 100,00

3.3.5 Remanescente Barragem Ipitanga I

No remanescente Barragem Ipitanga I foi registrada biomassa média da serrapilheira de 1,079

± 0,391 Kg.m-2

e espessura vertical média 3,825 ± 1,107 cm. A distribuição de frequência da

biomassa foi observada nas três primeiras classes com os valores concentrados na segunda e

na primeira classe com 50,00 e 45,00%, respectivamente (tabela 34). Para a espessura

vertical, também representada nas três primeiras classes, a maior frequência foi observada na

segunda classe com 82,50% (tabela 35). Na avaliação qualitativa do subosque foram

identificadas dezenove famílias botânicas, dezessete gêneros e vinte e duas espécies/táxons

(tabela 36). A densidade absoluta apresentou variação 0,25 a 5,50 ind.m-2

com as espécies

Tapirira guianensis, Protium heptaphyllum, Himatanthus bracteatus e Scleria bracteata

apresentando os maiores índices. H. bracteatus, assim como no remanescente anterior obteve

100% de frequência.

Page 186: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

184

Tabela 34 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Ipitanga I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 9 45,00 9 45,0

[0,955 - 1,673[ 1,314 10 50,00 19 95,0

[1,673 - 2,390[ 2,031 1 5,00 20 100,0

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 20 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 35 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Ipitanga I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 3 7,50 3 7,5

[2,6 - 5,2[ 3,90 33 82,50 36 90,0

[5,2 - 7,8[ 6,50 4 10,00 40 100,0

[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -

[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -

Total - 40 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 187: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

185

Tabela 36 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Ipitanga I da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 5,50 14,38 75,00 7,69

Annonaceae Xylopia sericea 1,00 2,61 50,00 5,13

Apocynaceae Himatanthus

bracteatus 4,25 11,11 100,00 10,26

Boraginaceae Cordia sp 1,00 2,61 25,00 2,56

Burceraceae Protium heptaphyllum 4,50 11,76 50,00 5,13

Clusiaceae Kielmeyera neglecta 0,25 0,65 25,00 2,56

Cyperaceae Rhynchospora

cephalotes 1,00 2,61 25,00 2,56

Cyperaceae Scleria bracteata 4,25 11,11 50,00 5,13

Dilleniaceae 0,50 1,31 50,00 5,13

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,25 0,65 25,00 2,56

Fabaceae -

Mimosoideae Inga spp 1,75 4,58 25,00 2,56

Fabaceae -

Papilionoideae 0,25 0,65 25,00 2,56

Fabaceae -

Papilionoideae Andira sp 0,25 0,65 25,00 2,56

Heliconiaceae Heliconia sp 0,50 1,31 25,00 2,56

Mirtaceae 0,50 1,31 50,00 5,13

Moraceae Artocarpus

heterophyllus 0,25 0,65 25,00 2,56

Piperaceae Piper sp 2,50 6,54 25,00 2,56

Poaceae 3,00 7,84 50,00 5,13

Primulaceae Myrsine umbellata 0,50 1,31 50,00 5,13

Rubiaceae Psychotria spp 2,75 7,19 75,00 7,69

Sapindaceae Cardiospermum sp 1,25 3,27 50,00 5,13

Page 188: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

186

Família Espécie DA DR FA FR

Plântula 2,25 5,88 75,00 7,69

Total 38,25 100,00 975,00 100,00

3.3.6 Remanescente Ipitanga II

Nesse remanescente foi obtida biomassa espacial média da serrapilheira de 1,356 ± 0,358

Kg.m-2

e média de 3,867 ± 1,106 cm para a espessura vertical. Para as duas variáveis foi

observada distribuição de frequência apenas nas três primeiras classes com 53,33%

representados na classe II para a biomassa e 80,00% na mesma classe para a espessura

vertical (tabelas 37 e 38). No subosque observaram-se dezessete famílias botânicas, quinze

gêneros e vinte espécies/táxons. A abundância das espécies/táxons variou de 0,33 a 9,67

ind.m-2

com destaque para Tapirira guianensis, Scleria bracteata e Plântula. A espécie

Tapirira guianensis, Plântula e os táxons das famílias Myrtaceae e Dilleniaceae obtiveram

frequência de 100% para o remanescente (tabela 39).

Tabela 37 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Ipitanga II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 3 20,00 3 20,0

[0,955 - 1,673[ 1,314 8 53,33 11 73,3

[1,673 - 2,390[ 2,031 4 26,67 15 100,0

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 15 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 189: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

187

Tabela 38 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Ipitanga II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 3 10,00 3 10,0

[2,6 - 5,2[ 3,90 24 80,00 27 90,0

[5,2 - 7,8[ 6,50 3 10,00 30 100,0

[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -

[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -

Total - 30 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 39 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Ipitanga II da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 9,67 21,64 100,00 9,37

Apocynaceae Himatanthus bracteatus 0,67 1,49 33,33 3,12

Araliaceae Schefflera morototoni 0,67 1,49 33,33 3,12

Burceraceae Protium heptaphyllum 0,67 1,49 33,33 3,12

Cyperaceae Rhynchospora cephalotes 3,00 6,72 33,33 3,12

Cyperaceae Rhynchospora SP 1,00 2,24 33,33 3,12

Cyperaceae Scleria bracteata 7,67 17,16 66,67 6,25

Dilleniaceae 1,67 3,73 100,00 9,37

Fabaceae -

Mimosoideae

Stryphnodendron

pulcherrimum 0,67 1,49 33,33 3,12

Flacourtiaceae Casearia SP 0,67 1,49 33,33 3,12

Heliconiaceae Heliconia SP 0,67 1,49 66,67 6,25

Lecythidaceae Eschweilera ovata 1,00 2,24 33,33 3,12

Malpighiaceae Byrsonima sericea 0,33 0,75 33,33 3,12

Page 190: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

188

Família Espécie DA DR FA FR

Melastomataceae Clidemia spp 3,33 7,46 33,33 3,12

Mirtaceae 2,33 5,22 100,00 9,37

Poaceae 3,00 6,72 66,67 6,25

Polygonaceae Coccoloba SP 0,67 1,49 33,33 3,12

Primulaceae Myrsine umbellata 0,67 1,49 33,33 3,12

Rubiaceae Psychotria spp 0,33 0,75 33,33 3,12

Indeterminada 3 1,33 2,99 33,33 3,12

Plântula 4,67 10,45 100,00 9,37

Total 44,67 100,00 1066,67 100,00

3.3.7 Remanescente Greenville

A biomassa espacial média no remanescente Greenville foi de 1,294 ± 0,511 Kg.m-2

enquanto a espessura vertical média foi de 5,1 ± 2,085 cm. Os valores de biomassa e

espessura da serrapilheira se distribuíram em todos os intervalos de classe, sendo, a maior

frequência, observada na classe II para ambas as variáveis com índices de 59,18 e 59,60%,

respectivamente (tabelas 40 e 41). O subosque foi representado por vinte e oito famílias

botânicas, trinta e quatro gêneros, quarenta e duas espécies/táxons. Os valores de densidade

absoluta variaram no intervalo de 0,05 a 10,57 ind.m-2

com maior destaque para Piper sp e

Protium heptaphyllum (tabela 42). As espécies/táxons com maior dispersão nesse

remanescente foram Piper sp, Himatanthus bracteatus e Rhynchospora cephalotes todas

registrando 61,90 % de frequência absoluta.

Page 191: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

189

Tabela 40 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Grennville da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 25 25,51 25 25,5

[0,955 - 1,673[ 1,314 58 59,18 83 84,7

[1,673 - 2,390[ 2,031 12 12,24 95 96,9

[2,390 - 3,108[ 2,749 2 2,04 97 99,0

[3,108 - 3,826] 3,467 1 1,02 98 100,0

Total - 98 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 41 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Greenville da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 19 7,60 19 7,6

[2,6 - 5,2[ 3,90 149 59,60 168 67,2

[5,2 - 7,8[ 6,50 51 20,40 219 87,6

[7,8 - 10,4[ 9,10 25 10,00 244 97,6

[10,4 - 13,0] 11,70 6 2,40 250 100,0

Total - 250 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 192: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

190

Tabela 42 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Greenville da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 0,81 1,88 33,33 3,66

Annonaceae Xylopia sericea 0,81 1,88 33,33 3,66

Apocynaceae Himatanthus

bracteatus 3,62 8,40 61,90 6,81

Araceae Philodendron

acutatum 0,62 1,44 33,33 3,66

Araceae Philodendron sp 0,05 0,11 4,76 0,52

Arecaceae Bactris sp 0,76 1,77 23,81 2,62

Arecaceae Elaeis gineensis 0,14 0,33 14,29 1,57

Arecaceae Syagrus coronata 0,10 0,22 4,76 0,52

Boraginaceae Cordia sp 0,29 0,66 23,81 2,62

Burceraceae Protium heptaphyllum 7,57 17,57 57,14 6,28

Celastraceae Goupia sp 0,10 0,22 9,52 1,05

Cyperaceae Rhynchospora

cephalotes 2,81 6,52 61,90 6,81

Cyperaceae Scleria bracteata 0,52 1,22 14,29 1,57

Dilleniaceae 1,62 3,76 33,33 3,66

Dilleniaceae Curatella americana 0,14 0,33 9,52 1,05

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,67 1,55 28,57 3,14

Fabaceae -

Mimosoideae Inga cililata 2,05 4,75 33,33 3,66

Fabaceae -

Mimosoideae Inga spp 0,10 0,22 9,52 1,05

Heliconiaceae Heliconia sp 0,81 1,88 28,57 3,14

Lauraceae Ocotea sp 0,10 0,22 9,52 1,05

Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,62 1,44 33,33 3,66

Marantaceae Stromanthe porteana 0,71 1,66 33,33 3,66

Page 193: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

191

Família Espécie DA DR FA FR

Melastomataceae Clidemia spp 0,67 1,55 19,05 2,09

Melastomataceae Miconia spp 0,05 0,11 4,76 0,52

Menispermaceae 0,43 0,99 4,76 0,52

Mirtaceae 0,33 0,77 14,29 1,57

Orchidaceae Oeceoclades maculata 0,29 0,66 9,52 1,05

Piperaceae Piper divaricatum 0,24 0,55 14,29 1,57

Piperaceae Piper sp 10,57 24,53 61,90 6,81

Poaceae Brachiaria sp 0,10 0,22 4,76 0,52

Poaceae Guadua cf sp 0,14 0,33 9,52 1,05

Poaceae Olyra latifolia 1,38 3,20 42,86 4,71

Polygonaceae Coccoloba sp 0,10 0,22 4,76 0,52

Primulaceae Myrsine umbellata 0,05 0,11 4,76 0,52

Rubiaceae 0,33 0,77 14,29 1,57

Rubiaceae Psychotria spp 0,48 1,10 14,29 1,57

Sapindaceae Allophyllus laevigatus 1,43 3,31 33,33 3,66

Sapindaceae Cardiospermum sp 0,52 1,22 14,29 1,57

Sapindaceae Cupania sp 0,19 0,44 4,76 0,52

Simaroubaceae Simarouba amara 0,19 0,44 14,29 1,57

Siparunaceae Siparuna guianensis 0,38 0,88 14,29 1,57

Indeterminada 3 0,24 0,55 9,52 1,05

Total 43,10 100,00 909,52 100,00

3.3.8 Remanescente Loteamento Biribeira

Os valores médios de biomassa seca e espessura vertical da serrapilheira foram,

respectivamente, de 1,070 ± 0,368 Kg.m-2

e 4,625 ± 1,996 cm para esse remanescente. Os

valores de biomassa foram registrados apenas nas duas primeiras classes, com 65% na classe

II (tabela 43), enquanto para a espessura a distribuição de frequência ocorreu nas quatro

primeiras classes, havendo concentração também na classe II com 55,00% (tabela 44). Na

composição do subosque verificaram-se vinte famílias botânicas, vinte gêneros e vinte e seis

Page 194: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

192

espécies/táxons. Destas, Plântula e Rhynchospora cephalotes obtiveram os maiores índices de

densidade absoluta que, por sua vez, variou de 0,25 a 11,25 ind.m-2

(tabela 45). Com relação

à frequência, Plântula, Rhynchospora cephalotes, Eschweilera ovata e Protium heptaphyllum

registraram 100%.

Tabela 43 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Biribeira da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 7 35,00 7 35,0

[0,955 - 1,673[ 1,314 13 65,00 20 100,0

[1,673 - 2,390[ 2,031 - - - -

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total 20 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 44 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Biribeira da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 5 12,50 5 12,5

[2,6 - 5,2[ 3,90 22 55,00 27 67,5

[5,2 - 7,8[ 6,50 9 22,50 36 90,0

[7,8 - 10,4[ 9,10 4 10,00 40 100,0

[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -

Total - 40 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 195: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

193

Tabela 45 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Biribeira da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 0,75 1,70 50,00 4,17

Annonaceae Xylopia sericea 0,75 1,70 75,00 6,25

Apocynaceae Himatanthus

bracteatus 0,50 1,14 25,00 2,08

Araceae Philodendron

acutatum 1,00 2,27 25,00 2,08

Araliaceae Schefflera morototoni 0,25 0,57 25,00 2,08

Arecaceae Attalea burretiana 0,25 0,57 25,00 2,08

Burceraceae Protium heptaphyllum 1,50 3,41 100,00 8,33

Cyperaceae Rhynchospora

cephalotes 10,25 23,30 100,00 8,33

Cyperaceae Scleria bracteata 0,50 1,14 25,00 2,08

Dilleniaceae 0,75 1,70 50,00 4,17

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,25 0,57 25,00 2,08

Fabaceae -

Mimosoideae

Abarema

cochliocarpos 0,50 1,14 25,00 2,08

Heliconiaceae Heliconia SP 0,75 1,70 50,00 4,17

Lecythidaceae Eschweilera ovata 2,25 5,11 100,00 8,33

Melastomataceae Clidemia spp 1,50 3,41 50,00 4,17

Melastomataceae Henriettea sp 0,25 0,57 25,00 2,08

Mirtaceae 0,75 1,70 25,00 2,08

Piperaceae Piper SP 0,25 0,57 25,00 2,08

Poaceae 5,50 12,50 50,00 4,17

Poaceae Guadua cf SP 0,25 0,57 25,00 2,08

Rubiaceae Psychotria spp 2,25 5,11 75,00 6,25

Simaroubaceae Simarouba amara 0,25 0,57 25,00 2,08

Page 196: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

194

Família Espécie DA DR FA FR

Siparunaceae Siparuna guianensis 0,50 1,14 25,00 2,08

Indeterminada 3 0,75 1,70 50,00 4,17

Monilophyta 0,25 0,57 25,00 2,08

Plântula 11,25 25,57 100,00 8,33

Total 44,00 100,00 1200,00 100,00

3.3.9 Remanescente Loteamento Patamares

3.3.9.1 Fragmento Carnaúba

Nesse fragmento obteve-se biomassa espacial média de 1,422 ± 0,512 Kg.m-2

com espessura

média de 4,8 ± 1,843 cm. As duas variáveis se distribuíram nas quatro primeiras classes com

70,59 % na classe II para a biomassa e 52,50 % na mesma classe para a espessura (tabelas 46

e 47).

Tabela 46 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do fragmento Carnaúba da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho,

2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 2 11,76 2 11,8

[0,955 - 1,673[ 1,314 12 70,59 14 82,4

[1,673 - 2,390[ 2,031 2 11,76 16 94,1

[2,390 - 3,108[ 2,749 1 5,88 17 100,0

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 17 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 197: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

195

Tabela 47 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

fragmento Carnaúba da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 5 12,50 5 12,5

[2,6 - 5,2[ 3,90 21 52,50 26 65,0

[5,2 - 7,8[ 6,50 12 30,00 38 95,0

[7,8 - 10,4[ 9,10 2 5,00 40 100,0

[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -

Total - 40 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

3.3.9.2 Fragmento Bicuíba

No fragmento Bicuíba a biomassa espacial média registrada foi de 1,607 ± 0,505 Kg.m-2

e

espessura vertical média de 5,0 ± 1,686 cm. A distribuição de frequência da biomassa ocorreu

nas três primeiras classes com o maior registro (50,00 %) na classe II (tabela 48). Para a

espessura, não houve registro nas classes I e V, de modo que os resultados concentraram-se na

segunda classe com 70 % (tabela 49).

Tabela 48 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do fragmento Bicuiba da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho,

2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 1 10,00 1 10,0

[0,955 - 1,673[ 1,314 5 50,00 6 60,0

[1,673 - 2,390[ 2,031 4 40,00 10 100,0

Page 198: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

196

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 10 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 49 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

fragmento Bicuíba da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,3 - - - -

[2,6 - 5,2[ 3,9 14 70,00 14 70,0

[5,2 - 7,8[ 6,5 4 20,00 18 90,0

[7,8 - 10,4[ 9,1 2 10,00 20 100,0

[10,4 - 13,0[ 11,7 - - - -

Total - 20 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

3.3.10 Remanescente Pedreira Aratu

Foram observadas nesse remanescente médias de 1,299 ± 0,513 Kg.m-2

e 4,233 ± 1,612 cm,

respectivamente, para biomassa e espessura vertical da serrapilheira. A distribuição de

frequência da biomassa foi observada nas classes I a IV sendo a classe II detentora do maior

valor com 66,67 % (tabela 50). A espessura da serrapilheira distribuiu-se até a classe III e,

assim como para a biomassa a classe II, foi a mais representativa com 70,00 % da ocorrência

(tabela 51). No subosque foram relatadas vinte e uma famílias botânicas, dezenove gêneros e

vinte e sete espécies/táxons. A densidade absoluta das plantas variou de 1,18 a 4,0 ind.m-2

Page 199: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

197

sendo Olyra latifólia, Piper sp, Tapirira guianensis e Plântula os táxons representativos

(tabela 52). A maior frequência foi relatada para Piper sp com 100%.

Tabela 50 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro

– julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 3 20,00 3 20,0

[0,955 - 1,673[ 1,314 10 66,67 13 86,7

[1,673 - 2,390[ 2,031 1 6,67 14 93,3

[2,390 - 3,108[ 2,749 1 6,67 15 100,0

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 15 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 51 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,00 - 2,60[ 1,30 3 10,00 3 10,0

[2,60 - 5,20[ 3,90 21 70,00 24 80,0

[5,20 - 7,80[ 6,50 6 20,00 30 100,0

[7,80 - 10,40[ 9,10 - - - -

[10,40 - 13,00] 11,70 - - - -

Total - 30 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 200: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

198

Tabela 52 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Pedreira Aratu da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 2,33 8,24 66,67 5,71

Annonaceae Xylopia sericea 1,33 4,71 66,67 5,71

Apocynaceae Himatanthus

bracteatus 1,33 4,71 66,67 5,71

Arecaceae Attalea burretiana 2,00 7,06 66,67 5,71

Bignoniaceae 0,33 1,18 33,33 2,86

Boraginaceae Cordia sp 0,33 1,18 33,33 2,86

Costaceae Costus spiralis 0,33 1,18 33,33 2,86

Cyperaceae Rhynchospora

cephalotes 1,67 5,88 33,33 2,86

Dilleniaceae 1,00 3,53 33,33 2,86

Dioscoreaceae Dioscorea discolor 0,67 2,35 33,33 2,86

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 1,33 4,71 33,33 2,86

Fabaceae -

Papilionoideae 0,33 1,18 33,33 2,86

Heliconiaceae Heliconia sp 0,33 1,18 33,33 2,86

Melastomataceae Clidemia spp 0,33 1,18 33,33 2,86

Piperaceae Piper divaricatum 0,33 1,18 33,33 2,86

Piperaceae Piper sp 3,33 11,76 100,00 8,57

Poaceae Olyra latifolia 4,00 14,12 66,67 5,71

Poaceae Parodiolyra sp 1,00 3,53 33,33 2,86

Polygonaceae Coccoloba sp 0,33 1,18 33,33 2,86

Rubiaceae 0,33 1,18 33,33 2,86

Sapindaceae Cardiospermum sp 0,33 1,18 33,33 2,86

Simaroubaceae Simarouba amara 0,67 2,35 33,33 2,86

Siparunaceae Siparuna guianensis 0,67 2,35 66,67 5,71

Page 201: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

199

Família Espécie DA DR FA FR

Indeterminada 2 0,67 2,35 33,33 2,86

Indeterminada 3 0,33 1,18 33,33 2,86

Monilophyta 0,33 1,18 33,33 2,86

Plântula 2,33 8,24 33,33 2,86

Total 27,00 100,00 1166,67 100,00

3.3.11 Remanescente Pedreira Carangi

No remanescente Pedreira Carangi a biomassa média da serrapilheira foi de 0,927 ± 0,228

Kg.m-2

com espessura vertical média de 3,680 ± 1,377 cm. Os valores de biomassa foram

relatados apenas nas classes I e II sendo a primeira a de maior frequência com 53,33 % (tabela

53). Para a espessura foi observada a ocorrência também na terceira classe com a maioria dos

registros na classe II com 74,00 % (tabela 54). Da avaliação quantitativa do sobosque, vinte e

uma famílias botânicas foram identificadas com vinte e um gêneros e trinta espécies/táxons.

Na investigação do senso populacional do subosque a densidade absoluta variou de 0,50 até

7,67 ind.m-2

, esse último registrado para Plântula, ou seja, o táxon com maior número de

indivíduos por unidade de área para o remanescente (tabela 55).

Tabela 53 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador.

Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 16 53,33 16 53,3

[0,955 - 1,673[ 1,314 14 46,67 30 100,0

[1,673 - 2,390[ 2,031 - - - -

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 30 100 - -

Page 202: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

200

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 54 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Pedreira Carangi da Mata Atlânticade Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,30 8 16,00 8 16,0

[2,6 - 5,2[ 3,90 37 74,00 45 90,0

[5,2 - 7,8[ 6,50 5 10,00 50 100,0

[7,8 - 10,4[ 9,10 - - - -

[10,4 - 13,0] 11,70 - - - -

Total - 50 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 55 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Pedreira Carangi da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 1,67 5,03 66,67 6,56

Annonaceae Xylopia sericea 0,33 1,01 16,67 1,64

Apocynaceae Himatanthus

bracteatus 2,83 8,54 83,33 8,20

Araceae Philodendron sp 0,33 1,01 33,33 3,28

Arecaceae Attalea burretiana 0,17 0,50 16,67 1,64

Bignoniaceae 0,17 0,50 16,67 1,64

Burceraceae Protium heptaphyllum 0,17 0,50 16,67 1,64

Clusiaceae Tovomita choisyana 0,17 0,50 16,67 1,64

Cyperaceae Rhynchospora

cephalotes 1,83 5,53 50,00 4,92

Page 203: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

201

Família Espécie DA DR FA FR

Dilleniaceae 0,83 2,51 50,00 4,92

Dilleniaceae Doliocarpus sp 0,33 1,01 16,67 1,64

Fabaceae -

Mimosoideae

Abarema

cochliocarpos 1,00 3,02 33,33 3,28

Fabaceae -

Mimosoideae Inga spp 0,50 1,51 33,33 3,28

Fabaceae -

Caesalpinioideae Bauhinia sp 0,17 0,50 16,67 1,64

Melastomataceae Clidemia spp 1,17 3,52 50,00 4,92

Melastomataceae Miconia spp 0,67 2,01 33,33 3,28

Mirtaceae 3,83 11,56 16,67 1,64

Passifloraceae Passiflora sp 0,17 0,50 16,67 1,64

Piperaceae Piper divaricatum 0,33 1,01 16,67 1,64

Piperaceae Piper sp 0,67 2,01 33,33 3,28

Poaceae Parodiolyra sp 0,50 1,51 16,67 1,64

Rubiaceae 1,83 5,53 50,00 4,92

Rubiaceae Psychotria spp 3,17 9,55 83,33 8,20

Sapindaceae Allophyllus laevigatus 0,17 0,50 16,67 1,64

Simaroubaceae Simarouba amara 0,50 1,51 33,33 3,28

Solanaceae Solanum sp 0,17 0,50 16,67 1,64

Inderteminada 2 0,83 2,51 33,33 3,28

Indeterminada 3 0,83 2,51 66,67 6,56

Monilophyta 0,17 0,50 16,67 1,64

Plântula 7,67 23,12 50,00 4,92

Total 33,17 100,00 1016,67 100,00

Page 204: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

202

3.3.12 Remanescente Pedreira Valéria

Foram registrados para esse remanescente, em valores médios, 1,005 ± 0,422 Kg.m-2

e 3,350

± 1,648 cm, respectivamente, para biomassa e espessura vertical da serrapilheira. A classe I

foi a mais freqüente com 56,00 % para a biomassa (tabela 56) e para a espessura a classe II

com 58,00 % (tabela 57). Na avaliação populacional do subosque levantaram-se vinte e três

famílias botânicas, vinte e seis gêneros e trinta e quatro espécies/táxons. A densidade absoluta

nesse remanescente variou de 0,90 a 4,40 ind.m-2

com Rhynchospora cephalotes Clidemia spp

e Tapirira guianensis regiatrando os maiores valores (tabela 58).

Tabela 56 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 28 56,00 28 56,0

[0,955 - 1,673[ 1,314 16 32,00 44 88,0

[1,673 - 2,390[ 2,031 6 12,00 50 100,0

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 50 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 205: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

203

Tabela 57 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de

classe xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,00 - 2,60[ 1,30 32 32,00 32 32,0

[2,60 - 5,20[ 3,90 58 58,00 90 90,0

[5,20 - 7,80[ 6,50 9 9,00 99 99,0

[7,80 - 10,40[ 9,10 1 1,00 100 100,0

[10,40 - 13,00] 11,70 - - - -

Total - 100 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 58 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Valéria da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 4,00 9,71 80,00 8,00

Annonaceae Xylopia sericea 0,60 1,46 60,00 6,00

Apocynaceae Himatanthus

bracteatus 1,40 3,40 50,00 5,00

Araceae Philodendron

acutatum 1,40 3,40 10,00 1,00

Arecaceae Attalea burretiana 0,90 2,18 60,00 6,00

Arecaceae Elaeis gineensis 0,10 0,24 10,00 1,00

Boraginaceae Cordia sp 0,40 0,97 10,00 1,00

Burceraceae Protium heptaphyllum 0,50 1,21 20,00 2,00

Clusiaceae Tovomita choisyana 0,20 0,49 10,00 1,00

Cyperaceae Rhynchospora

cephalotes 4,40 10,68 60,00 6,00

Page 206: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

204

Família Espécie DA DR FA FR

Dilleniaceae 0,80 1,94 50,00 5,00

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,20 0,49 10,00 1,00

Fabaceae -

Mimosoideae Inga cililata 0,30 0,73 10,00 1,00

Fabaceae -

Mimosoideae Inga spp 4,60 11,17 20,00 2,00

Heliconiaceae Heliconia sp 1,60 3,88 30,00 3,00

Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,10 0,24 10,00 1,00

Melastomataceae Clidemia spp 4,40 10,68 40,00 4,00

Melastomataceae Henriettea sp 0,10 0,24 10,00 1,00

Melastomataceae Miconia spp 0,10 0,24 10,00 1,00

Orchidaceae Vanilla sp 0,10 0,24 10,00 1,00

Piperaceae Piper divaricatum 0,20 0,49 10,00 1,00

Piperaceae Piper sp 1,40 3,40 50,00 5,00

Poaceae Olyra latifolia 0,90 2,18 10,00 1,00

Poaceae Parodiolyra sp 1,80 4,37 30,00 3,00

Primulaceae Myrsine umbellata 0,10 0,24 10,00 1,00

Rubiaceae 0,40 0,97 30,00 3,00

Rubiaceae Psychotria spp 0,90 2,18 60,00 6,00

Sapindaceae Cardiospermum sp 0,40 0,97 30,00 3,00

Simaroubaceae Simarouba amara 0,30 0,73 20,00 2,00

Siparunaceae Siparuna guianensis 0,10 0,24 10,00 1,00

Indeterminada 1 0,50 1,21 20,00 2,00

Indeterminada 2 0,10 0,24 10,00 1,00

Indeterminada 3 1,20 2,91 60,00 6,00

Plântula 6,70 16,26 80,00 8,00

Total 41,20 100,00 1000,00 100,00

Page 207: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

205

3.3.13 Remanescente Posto TIC

Para o remanescente Posto TIC, a biomassa espacial apresentou média de 1,472 ± 0,612

Kg.m-2

e a espessura vertical 6,950 ± 2,253 cm. O intervalo de classe III concentrou 42,11 %

(tabela 59) da distribuição de frequência da biomassa espacial, enquanto que para a espessura

a distribuição se mostrou uniforme nas classes II, III, IV com 30,00, 32,50 e 30,00 %,

respectivamente, e menor registro na última classe (tabela 60).

Tabela 59 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 7 36,84 7 36,8

[0,955 - 1,673[ 1,314 4 21,05 11 57,9

[1,673 - 2,390[ 2,031 8 42,11 19 100,0

[2,390 - 3,108[ 2,749 - - - -

[3,108 - 3,826] 3,467 - - - -

Total - 19 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 60 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Posto TIC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,00 - 2,60[ 1,30 - - - -

[2,60 - 5,20[ 3,90 12 30,00 12 30,0

[5,20 - 7,80[ 6,50 13 32,50 25 62,5

Page 208: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

206

[7,80 - 10,40[ 9,10 12 30,00 37 92,5

[10,40 - 13,00] 11,70 3 7,50 40 100,0

Total - 40 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

3.3.14 Remanescente Trobogy

Nesse remanescente os valores médios de biomassa e espessura vertical da serrapilheira foram

1,112 ± 0,501 Kg.m-2

e 3,738 ± 1,994 cm, respectivamente. Verificou-se a distribuição de

frequência em todas as classes para as duas variáveis com a biomassa mais representada na

classe I (45,19 %) e II (43,70 %) e a espessura na classe II com 56,15 % (tabelas 61 e 62). No

subosque foram identificadas trinta famílias botânicas, trinta e cinco gêneros e quarenta e sete

espécies/táxons. A densidade absoluta variou de 0,04 a 10,44 ind.m-2

com Protium

heptaphyllum, Himatanthus bracteatus e Rhynchospora cephalotes constituindo as espécies

de maior densidade (tabela 63).

Tabela 61 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 61 45,19 61 45,2

[0,955 - 1,673[ 1,314 59 43,70 120 88,9

[1,673 - 2,390[ 2,031 13 9,63 133 98,5

[2,390 - 3,108[ 2,749 1 0,74 134 99,3

[3,108 - 3,826] 3,467 1 0,74 135 100,0

Total - 135 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 209: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

207

Tabela 62 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,00 - 2,60[ 1,30 71 27,31 71 27,3

[2,60 - 5,20[ 3,90 146 56,15 217 83,5

[5,20 - 7,80[ 6,50 32 12,31 249 95,8

[7,80 - 10,40[ 9,10 10 3,85 259 99,6

[10,40 - 13,00] 11,70 1 0,38 260 100,0

Total - 260 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 63 - Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque do remanescente

Trobogy da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 0,59 1,11 22,22 2,29

Annonaceae Xylopia sericea 0,37 0,69 22,22 2,29

Apocynaceae Himatanthus bracteatus 7,67 14,34 81,48 8,40

Araceae Philodendron acutatum 0,30 0,55 14,81 1,53

Araliaceae Schefflera morototoni 0,33 0,62 7,41 0,76

Arecaceae Attalea burretiana 0,04 0,07 3,70 0,38

Arecaceae Elaeis gineensis 0,04 0,07 3,70 0,38

Arecaceae Syagrus coronata 0,15 0,28 3,70 0,38

Boraginaceae Cordia sp 0,19 0,35 18,52 1,91

Burceraceae Protium heptaphyllum 10,44 19,53 70,37 7,25

Cyperaceae Rhynchospora cephalotes 7,33 13,71 96,30 9,92

Cyperaceae Scleria bracteata 4,15 7,76 62,96 6,49

Dilleniaceae 0,52 0,97 22,22 2,29

Page 210: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

208

Família Espécie DA DR FA FR

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,78 1,45 18,52 1,91

Euphorbiaceae Pera glabrata 0,04 0,07 3,70 0,38

Fabaceae -

Mimosoideae Inga cililata 0,15 0,28 11,11 1,15

Fabaceae -

Mimosoideae Inga spp 0,44 0,83 25,93 2,67

Fabaceae -

Mimosoideae

Stryphnodendron

pulcherrimum 0,07 0,14 7,41 0,76

Flacourtiaceae Casearia sp 0,04 0,07 3,70 0,38

Heliconiaceae Heliconia sp 0,48 0,90 25,93 2,67

Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,30 0,55 14,81 1,53

Malvaceae 0,48 0,90 7,41 0,76

Melastomataceae Clidemia spp 2,00 3,74 51,85 5,34

Melastomataceae Henriettea sp 0,48 0,90 18,52 1,91

Melastomataceae Miconia spp 0,26 0,48 14,81 1,53

Mirtaceae 0,78 1,45 25,93 2,67

Moraceae Artocarpus heterophyllus 0,04 0,07 3,70 0,38

Orchidaceae Catasetum sp 0,04 0,07 3,70 0,38

Orchidaceae Vanilla sp 0,07 0,14 7,41 0,76

Piperaceae Piper divaricatum 0,04 0,07 3,70 0,38

Piperaceae Piper sp 1,78 3,32 37,04 3,82

Poaceae Guadua cf sp 0,11 0,21 11,11 1,15

Poaceae Olyra latifolia 1,96 3,67 22,22 2,29

Poaceae Parodiolyra sp 2,07 3,88 7,41 0,76

Polygonaceae Coccoloba sp 0,11 0,21 7,41 0,76

Primulaceae Myrsine umbellata 1,04 1,94 25,93 2,67

Rubiaceae 0,48 0,90 18,52 1,91

Rubiaceae Psychotria spp 0,59 1,11 29,63 3,05

Sapindaceae 0,96 1,80 29,63 3,05

Sapindaceae Allophyllus laevigatus 0,56 1,04 22,22 2,29

Page 211: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

209

Família Espécie DA DR FA FR

Simaroubaceae Simarouba amara 0,04 0,07 3,70 0,38

Siparunaceae Siparuna guianensis 0,04 0,07 3,70 0,38

Vochysiaceae Vochysia lucida 0,11 0,21 3,70 0,38

Indeterminada 2 0,11 0,21 11,11 1,15

Indeterminada 3 0,30 0,55 7,41 0,76

Monilophyta 0,15 0,28 3,70 0,38

Plântula 4,48 8,38 48,15 4,96

Total 53,48 100,00 970,37 100,00

3.3.15 Remanescente 19º BC

No remanescente 19º BC a biomassa espacial e espessura vertical apresentaram médias

respectivas 1,602 ± 0,483 Kg.m-2

e 5,140 ± 1,638 cm. A distribuição de frequência ocorreu

em todos os intervalos de classe para as duas variáveis com os valores máximos registrados na

classe II de 56,67 % para a biomassa e 57,50 % para a espessura vertical (tabelas 64 e 65).

Tabela 64 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira do remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro –

julho, 2011.

Intervalo de classe

(Kg.m-2

) xi ƒi ƒri% Fi

[0,237 – 0,955[ 0,596 4 6,67 4

[0,955 – 1,673[ 1,314 34 56,67 38

[1,673 – 2,390[ 2,031 19 31,67 57

[2,390 – 3,108[ 2,749 2 3,33 59

[3,108 – 3,826] 3,467 1 1,67 60

Total - 60 100 -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 212: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

210

Tabela 65 - Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira do

remanescente 19º BC da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,3 4 3,33 4 3,3

[2,6 - 5,2[ 3,9 69 57,50 73 60,8

[5,2 - 7,8[ 6,5 38 31,67 111 92,5

[7,8 - 10,4[ 9,1 8 6,67 119 99,2

[10,4 - 13,0] 11,7 1 0,83 120 100,0

Total - 120 100 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

3.3.16 Salvador

Para a Mata Atlântica de Salvador, considerando os remanescentes analisados como um todo,

foram registrados valores médios de biomassa de 1,252 ± 0,549 Kg.m-2

e espessura vertical da

serrapilheira de 4,6 ± 2,1 cm, num universo de 621 e 2287 amostras, respectivamente. A

distribuição de frequência nos intervalos de classe foi mais representativa na classe II para as

duas variáveis, sendo a biomassa com 48,3% e a espessura com 57,3% (tabelas 66 e 67). Na

avaliação da composição e abundância do compartimento subosque registraram-se setenta e

seis táxons onde se incluem quarenta e três famílias botânicas, cinquenta e nove gêneros e

trinta e três espécies. A densidade absoluta média das espécies variou de < 0,01 a 5,23 ind.m-2

perfazendo uma densidade absoluta média total de 41,79 ind.m-2

(tabela 68). Protium

heptaphylum, Piper sp, Himatanthus bracteatus, Rhynchospora cephalotes, Plâtula, Tapirira

guianensis, Scleria bracteata, Olyra latifólia, Clidemia spp, Parodiolyra sp, compreenderam

as dez espécies/táxons de maior densidade absoluta (tabela 68).

Page 213: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

211

Tabela 66 - Distribuição de frequência da biomassa espacial (standing crop) da

serrapilheira da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(kg.m-2) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,237 - 0,955[ 0,596 207 33,3 207 33,3

[0,955 - 1,673[ 1,314 300 48,3 507 81,6

[1,673 - 2,390[ 2,031 92 14,8 599 96,5

[2,390 - 3,108[ 2,749 17 2,7 616 99,2

[3,108 - 3,826] 3,467 5 0,8 621 100,0

Total - 621 100,0 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Tabela 67 – Distribuição de frequência da espessura vertical da serrapilheira da Mata

Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Intervalo de classe

(cm) xi ƒi ƒri% Fi Fri%

[0,0 - 2,6[ 1,3 188 14,6 188 14,6

[2,6 - 5,2[ 3,9 738 57,3 926 72,0

[5,2 - 7,8[ 6,5 244 19,0 1170 90,9

[7,8 - 10,4[ 9,1 102 7,9 1272 98,8

[10,4 - 13,0] 11,7 15 1,2 1287 100,0

Total - 1287 100,0 - -

xi ponto médio; ƒi frequência absoluta, ƒri% frequência relativa; Fi frequência

acumulada; Fri% frequência relativa acumulada.

Page 214: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

212

Tabela 68 – Densidades absoluta (DA) relativa (DR) frequências absoluta (FA) e relativa (FR)

dos táxons (famílias, gêneros e espécies) de plantas ocorrentes no subosque dos

remanescentes da Mata Atlântica de Salvador. Fevereiro – julho, 2011.

Família Espécie DA DR FA FR

Anacardiaceae Tapirira guianensis 1,78 4,27 1,04 4,37

Annonaceae Xylopia sericea 0,64 1,54 0,85 3,58

Apocynaceae Himatanthus bracteatus 4,13 9,88 1,73 7,26

Araceae Philodendron acutatum 0,50 1,21 0,43 1,79

Araceae Philodendron sp 0,03 0,07 0,07 0,30

Araliaceae Schefflera morototoni 0,14 0,34 0,17 0,70

Arecaceae Attalea burretiana 0,19 0,45 0,28 1,19

Arecaceae Bactris sp 0,18 0,44 0,21 0,89

Arecaceae Elaeis gineensis 0,10 0,24 0,17 0,70

Arecaceae Syagrus coronata 0,06 0,14 0,05 0,20

Bignoniaceae 0,04 0,09 0,07 0,30

Boraginaceae Cordia sp 0,24 0,57 0,38 1,59

Burceraceae Protium heptaphyllum 5,23 12,52 1,40 5,86

Celastraceae Goupia sp 0,02 0,05 0,05 0,20

Clusiaceae Platonia cf sp 0,01 0,02 0,05 0,20

Clusiaceae Kielmeyera sp 0,02 0,05 0,05 0,20

Clusiaceae Tovomita choisyana 0,03 0,07 0,05 0,20

Costaceae Costus spiralis 0,01 0,02 0,02 0,10

Cyperaceae Rhynchospora cephalotes 4,01 9,59 1,54 6,46

Cyperaceae Rhynchospora sp 0,11 0,26 0,07 0,30

Cyperaceae Scleria bracteata 1,77 4,24 0,76 3,18

Dilleniaceae Curatella americana 0,03 0,07 0,05 0,20

Dilleniaceae Doliocarpus sp 0,02 0,05 0,02 0,10

Dilleniaceae 0,81 1,93 0,85 3,58

Dioscoreaceae Dioscorea discolor 0,02 0,05 0,02 0,10

Erytrhoxylaceae Erythroxylum spp 0,45 1,07 0,45 1,89

Euphorbiaceae Pera glabrata 0,01 0,02 0,02 0,10

Page 215: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

213

Família Espécie DA DR FA FR

Euphorbiaceae Pogonophora

schomburgkiana < 0,01 0,01 0,05 0,20

Fabaceae -

Caesalpinioideae Bauhinia sp 0,01 0,02 0,02 0,10

Fabaceae -

Mimosoideae Abarema cochliocarpos 0,11 0,26 0,14 0,60

Fabaceae -

Mimosoideae Inga cililata 0,57 1,37 0,36 1,49

Fabaceae -

Mimosoideae Inga spp 0,84 2,00 0,40 1,69

Fabaceae -

Mimosoideae

Stryphnodendron

pulcherrimum 0,07 0,16 0,14 0,60

Fabaceae -

Papilionoideae 0,04 0,09 0,07 0,30

Fabaceae -

Papilionoideae Andira sp 0,01 0,02 0,02 0,10

Fabaceae -

Papilionoideae Dalbergia nigra 0,01 0,02 0,02 0,10

Flacourtiaceae Casearia sp 0,03 0,07 0,07 0,30

Heliconiaceae Heliconia sp 0,69 1,66 0,71 2,98

Lauraceae Ocotea sp 0,03 0,07 0,07 0,30

Lecythidaceae Eschweilera ovata 0,53 1,27 0,64 2,68

Malvaceae 0,13 0,31 0,05 0,20

Malpighiaceae Byrsonima sericea 0,01 0,02 0,02 0,10

Marantaceae Stromanthe porteana 0,21 0,50 0,19 0,80

Melastomataceae Clidemia spp 1,43 3,41 0,81 3,38

Melastomataceae Henriettea sp 0,21 0,50 0,24 0,99

Melastomataceae Miconia spp 0,13 0,31 0,19 0,80

Menispermaceae 0,09 0,21 0,02 0,10

Myrtaceae 0,68 1,62 0,59 2,49

Page 216: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

214

Família Espécie DA DR FA FR

Moraceae Artocarpus heterophyllus 0,02 0,05 0,05 0,20

Orchidaceae Catasetum sp 0,01 0,02 0,02 0,10

Orchidaceae Oeceoclades maculata 0,07 0,17 0,07 0,30

Orchidaceae Vanilla sp 0,03 0,07 0,07 0,30

Passifloraceae Passiflora sp 0,01 0,02 0,02 0,10

Piperaceae Piper divaricatum 0,11 0,26 0,17 0,70

Piperaceae Piper sp 4,48 10,73 1,07 4,47

Poaceae Brachiaria sp 0,03 0,06 0,05 0,20

Poaceae Guadua cf sp 0,07 0,17 0,14 0,60

Poaceae Olyra latifolia 1,47 3,52 0,57 2,39

Poaceae Parodiolyra sp 1,09 2,61 0,24 0,99

Poaceae 0,58 1,40 0,21 0,89

Polygonaceae Coccoloba sp 0,09 0,22 0,19 0,80

Primulaceae Myrsine umbellata 0,36 0,86 0,33 1,39

Rubiaceae Psychotria spp 0,85 2,05 0,81 3,38

Rubiaceae 0,37 0,89 0,43 1,79

Sapindaceae Allophyllus laevigatus 0,46 1,09 0,33 1,39

Sapindaceae Cupania sp 0,04 0,09 0,02 0,10

Sapindaceae Cardiospermum sp 0,70 1,68 0,64 2,68

Simaroubaceae Simarouba amara 0,20 0,48 0,38 1,59

Siparunaceae Siparuna guianensis 0,15 0,36 0,21 0,89

Solanaceae Solanum sp 0,01 0,02 0,02 0,10

Vochysiaceae Vochysia lucida 0,03 0,07 0,02 0,10

Indeterminada 1 0,07 0,17 0,09 0,40

Indeterminada 2 0,14 0,32 0,26 1,09

Indeterminada 3 0,49 1,16 0,59 2,49

Monilophyta 0,07 0,17 0,09 0,40

Plâtula 3,41 8,15 1,04 4,37

Total 41,79 100,00 23,83 100,00

Page 217: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

215

3. 4 DISCUSSÃO

As múltiplas causas para o crescente aumento da densidade populacional humana do

município de Salvador, atualmente de 2.675.656 habitantes segundo Censo Demográfico de

2010 (IBGE, 2011), determinou ao longo do tempo a alteração da sua vegetação de Mata

Atlântica, reduzindo-a a fisionomia de mosaico de remanescentes. Alguns destes estão

localizados dentro de áreas relativamente protegidas como parques estaduais municipais e

ainda sítios federais.

Devido ao fato de serem inseridos no domínio da Mata Atlântica, esses remanescentes além

de sua conservação estabelecida pela legislação específica, encontram-se em situação de

proteção da comunidade científica internacional, pelo fato de estarem enquadrados como um

todo na Mata Atlântica Brasileira na categoria de “hot spots”, ou seja, regiões mais

biologicamente ricas e ameaçadas do planeta (MITTERMEIER et.al., 1999).

Nesse sentido, o abate seletivo e/ou parcial das populações de plantas ao longo do tempo

gerou para Salvador, a condição de manchas remanescentes – ainda assim protegidas por lei e

resolução – reduzindo na maioria dos casos as formas de vida para duas camadas florestais: o

estrato vertical arbóreo, superior e o estrato vertical subosque, inferior.

Com relação à biomassa – fitomassa da serrapilheira – esse aspecto compreende certa quantia

de energia armazenada presente no componente biótico num dado tempo (BREWER, 1994) e

a sua avaliação espacial tem sido usada em todo o mundo como melhor forma comparativa de

conhecer a produção (standing crop) dos diferentes biomas (ODUM, 1988). Para Duvigneaud

(1980), a produção de todos os componentes florestais incluindo os estratos arbóreo,

arbustivo, herbáceo (e aí a serrapilheira) de uma formação tropical úmida de folhas grandes,

representa, em peso seco, 180 ton/ha. No caso da serrapilheira, a sua avaliação, também em

massa seca, reflete o grau de riqueza do conjunto de plantas, a produção orgânica e o estado

de conservação da floresta.

Na ausência da especificação de valores de abundância da serrapilheira na legislação

pertinente, bem como, nos estudos dessa natureza para Salvador, resolveu-se levantar e obter

Page 218: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

216

na literatura científica um banco de dados consistentes, aqui assumidos como paradigma ou

antecedente para diagnóstico dos estágios de sucessão. Nesse sentido, os resultados obtidos

por pesquisadores para formações florestais úmidas no globo apontam valores de biomassa

seca da serrapilheira dentro do intervalo de 7840 a 10200 Kg/ha na floresta ombrófila da

Colômbia, América do Sul (JENNY et. al. 1948). Em floresta tropical úmida secundária de

idade de dezoito anos do Zaire, na África Laudelout e Meyer (1954) registraram massa seca

de 12300 Kg/ha. Nye (1961) encontrou na serrapilheira acumulada de doze meses 10500

Kg/ha em floresta densa equatorial sempre verde de Gana, também na África. Na floresta

tropical úmida do parque El Verde de Porto Rico, na América Central, foi assinalada massa

seca de 598 g.m-2

(WIEGERT, 1970). Considerando os valores acima em Kg.m-2

, unidade

empregada no presente estudo, se obtém um valor médio de 0,936 ± 0,247 Kg.m-2

de peso

seco da serrapilheira para as florestas úmidas do globo.

Para as formações vegetacionais ombrófilas densas brasileiras, como a Floresta Amazônica e

a Mata Atlântica, são apresentados valores de biomassa seca da serrapilheira como estes a

seguir. Na Floresta Amazônica Salomão et. al. (1998) observaram para a fitomassa morta

(liter + troncos mortos em pé e caídos) 5,3 Kg.m-2

e ainda, Rodrigues et. al. (2001) listaram

7,9 t/ha/ano em floresta primária e 9,9 t/ha/ano em floresta secundária. Na Mata Atlântica das

regiões, principalmente, sudeste e sul, em formação ombrófila e de restinga a esta associada

Melo et. al. (1994) mostraram a variação de 548,5 a 900,4 g/m²/ano na Mata Atlântica do Rio

Grande do Sul. Reissman et. al. (1994) apontaram, para a queda de serrapilheira de uma

restinga no Paraná, a variação de 5533 a 7739 Kg/ha/ano. Oliveira et. al. (1995) encontrou

para cinco estágios sucessionais da Mata Atlântica do Rio de Janeiro em kg/ha/ano no estágio

I o valor de 5040, estágio II 8030, III 5160, IV 5140 e V 5160. Em Mata Atlântica

semidecídua de São Paulo, Guimarães e Pagano, 1998) obtiveram 11394 Kg/ha/ano. Pires et.

al. (1998) estudando a mata de restinga no Paraná obtiveram a massa de 5064 ± 216 Kg/ha.

Na Mata Atlântica Montana, Portes et. al. (1998) encontraram 4,5 t/ha/ano. Em Santa

Catarina, na análise de biomassa em remanescente de Mata Atlântica, Santos (1998) observou

a massa de 10554 ± 398 Kg/ha/ano e finalmente, Torres e Fonseca (1998) em sua avaliação de

serrapilheira em remanescentes de Mata Atlânticado Rio de Janeiro, mostraram variação de

2,78 a 3,75 t/ha, sendo que o remanescente de maior valor foi aquele de categoria

intermediária de alteração.

Page 219: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

217

Procedendo-se a igual maneira, ou seja, convertendo os valores acima para a unidade Kg.m-2

,

registrou-se com a amalgação dos dados, a biomassa seca média de 0,640 ± 0,243 Kg.m-2

para

a serrapilheira das formações vegetacionais florestais úmidas brasileiras de forma geral contra

1,250 ± 0,549 Kg.m-2

, média geral para o presente trabalho de Salvador. A biomassa menor

observada pelos autores acima, é resultante de emprego de metodologia diversa, já que, na

maioria dos casos, procedeu-se somente a coleta mensal da “chuva” do material orgânico dos

estratos superiores (folhas, flores, frutos, sementes e ramos) durante um ano, não

considerando a fração em decomposição. No caso de Salvador, adotou-se avaliar o standing

crop, ou seja, a fitomassa espacial cumulativa que inclui a “chuva” do material orgânico e a

massa em decomposição, portanto, melhor opção comparativa.

Retomando os resultados dos remanescentes de Mata Atlântica de Salvador, os maiores

registros de fitomassa da serrapilheira ocorreram nos remanescentes Aterro Canabrava,

Colégio Anglo Brasileiro e 19º BC com 1,660, 1,607 e 1,602 Kg.m-2

, respectivamente. Dos

demais remanescentes – dez deles – apresentaram valores acima de 1,0 Kg.m-2

e os

remanescentes Pedreira Carangi, Alphaville II e Alphaville I registraram os menores valores

com 0,927, 0,851 e 0,798, respectivamente.

Á luz dos resultados obtidos e frente a sua comparação com bibliografia referida,

principalmente para aquelas baseadas em resultados similares para standing crop, infere-se

que coexiste a condição de abundância da serrapilheira para todos os remanescentes avaliados

da Mata Atlântica de Salvador, isso em consonância com a legislação específica vigente.

Outro aspecto investigado no presente trabalho foi a avaliação da abundância das populações

de plantas do estrato subosque ao longo dos remanescentes da Mata Atlântica de Salvador. A

nomenclatura botânica referente aos estratos (sinúsias) é controvertida, pelo fato de ser

baseada em vários atributos como: porte do indivíduo (altura vertical a partir do solo),

botânica estrutural, fisionomia, heterogeneidade espacial e tipologia vegetacional (DU

RIETZ, 1930; WEAVER e CLEMENTS, 1950; WHITTAKER, 1962; MUELLER-

DOMBOIS e ELLEMBERG, 1974; RIZZINI, 1997 e CARVALHO et. al., 2009).

Page 220: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

218

Rizzini citado acima, maior autoridade botânica sobre Fitogeografia do Brasil, adota para as

florestas pluviais (úmidas) do mundo, como é o caso da Mata Atlântica, cinco estratos: 1-

árvores emergentes, 2- árvores do andar superior (dossel), 3- árvores da submata, 4- arbustos

e ervas altas e 5- ervas baixas. O autor assume os estratos arbóreos a partir de seis metros de

altura e, os dois últimos, próximo ao solo. O arranjo vertical acima é próprio da formação

vegetacional primária. De outra forma, para as formações secundárias ou remanescentes, o

processo de fragmentação reduz, de forma geral, o arranjo vertical para apenas dois estratos: o

arbóreo (superior) e o subosque (inferior).

De maneira geral, o estrato subosque tem sido pouco estudado nos trabalhos de

Fitossociologia no Brasil, o que dificulta o seu conhecimento (MANTOVANI, 1987). As

pesquisas existentes aparecem na bibliografia, relatadas, principalmente, às regiões sul e

sudeste do Brasil, na maioria das vezes abordando conjuntamente os estratos arbustivos e

herbáceo (subosque).

Citam-se nas regiões acima os trabalhos de Citadini-Zanette (1984) e Citadini-Zanette e

Baptista (1989), Cestaro et. al., (1986), Diesel e Siqueira (1991) e Muller (1999) sobre

estrutura fitossociológica, principalmente, para os estratos herbáceo-arbustivo da Mata

Atlântica, floresta mista de araucária, mata ripária e floresta costeira, respectivamente. No Rio

Rrande do Sul Negrelle (1995), Dorneles (1996) e Kozera et. al. (2005) estudaram a

dinâmica, estrutura do componente inferior e o estrato herbáceo-arbustivo, respectivamente,

da Mata Atlântica de Santa Catarina. No Paraná, Cervi et. al. (1988) e Kozera (2001)

apresentaram a contribuição de plantas herbáceas para a floresta mista de araucária e

avaliação da composição florística e fitossociológica do estrato herbáceo- arbustivo da

floresta ombrófila densa, respectivamente. Ainda, Andrade (1992) e Meira-Neto (1997)

estudaram em Minas Gerais o estrato herbáceo em floresta da Reserva Biológica Mata do

Jambreiro e florística e fitossociologia dos estratos arbóreo e herbáceo-arbustivo da Mata

Atlântica, também respectivamente.

Dos resultados apresentados para o estudo do subosque da Mata Atlântica de Salvador,

baseados na análise florística das espécies/táxons, unidade taxionômica adotada, obteve-se, de

forma comparativa para os remanescentes a ordenação sequencial de Trobogy > Greenville >

Page 221: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

219

Valéria > Aterro Metropolitano Central > Pedreira Aratu, isso para os cinco de maior número

de unidades taxionômicas. Para a frequência relativa, que infere a proporção de repetição de

ocorrência de uma espécie sobre o conjunto das demais de um sítio, as dez espécies/táxons

mais freqüentes para os remanescentes de Salvador como um todo foram, em ordem

seqüencial: Himatanthus bracteatus, Rhynchospora cephalotes, Protium heptaphyllum, Piper

sp, Tapirira guianensis, Plâtula, Xylopia sericea, Dilleniaceae, Clidemia spp e Psychotria

spp. Nessa sequência, como aliás para as demais espécies do sobosque, incluem-se: as

espécies exclusivas do subosque (≤ 2,0 m de altura) e os indivíduos da unidade plântula (≤ 0,2

m) mais os indivíduos jovens do estrato arbóreo com altuta igual ou menor que 2 m.

Da comparação de remanescente da floresta ombrófila densa do Paraná (KOZERA, 2001)

com a listagem qualitativa do presente estudo, se observa, de modo geral, uma aproximação

para os dois trabalhos. Contudo, vale ressaltar que no caso do subosque da Mata Atlântica de

Salvador, a lista de espécies ainda não é definitiva, haja vista a ocorrência de unidades

taxionômicas indeterminadas das Magnoliophyta (plantas fanerogâmicas, com flor) a das

Monilophyta (plantas pteridófitas, sem flor).

Estudos comparativos de fitossociologia abrangendo o arranjo vertical revelaram que o

número de espécies do estrato herbáceo é menor do que o dos estratos arbóreos e isso pode

estar relacionado a vários fatores de competição, maior no subosque (COUTINHO, 1962) e à

redução, de cima para baixo, da luminosidade (WALTER, 1971). Essa condição também deve

prevalecer para Salvador.

Para a abundância do subosque, expressa em densidade de organismos/m², os resultados

médios para a Mata Atlântica de Salvador revelaram que as dez espécies/táxons de maior

densidade foram em ordem sequencial: Protium heptaphyllum, Piper sp, Himatanthus

bracteatus, Rhynchospora cephalotes, Plâtula, Tapirira guianensis, Scleria bracteata,

Clidemia spp, Psychotria spp e Dilleniaceae. De maneira comparativa, os resultados

apontaram para os cinco remanescentes de maior densidade média total a sequência:

Alphaville II > Trobogy > Alphaville I > Ipitanga II > Biribeira, sendo que para o universo

dos remanescentes estudados a diferença entre o maior e o menor valor foi de 2,7 vezes.

Page 222: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

220

O estudo da composição e abundância dos segmentos biomassa da serrapilheira e da

associação de plantas do subosque representam uma contribuição para o diagnóstico do estado

atual em que se encontram as manchas remanescentes de Salvador. Nesse sentido, ainda que a

resolução CONAMA nº 5 de 1994 não especifique classes de abundância da serrapilheira,

pode-se inferir que este componente encontra-se abundante ao longo de todos os

remanescentes analisados quando confrontados com os resultados do presente diagnóstico e

os reportados na literatura. Da mesma forma, ainda que heterogêneos, os resultados indicam a

condição de estágio secundário mantendo a dinâmica de recrutamento e regeneração da

vegetação de Salvador, porém, demandam uma avaliação mais aprofundada desta dinâmica.

3.5 CONCLUSÃO

A biomassa seca e a espessura vertical da serrapilheira são atributos de adoção recomendável

para estudo de diagnóstico de remanescente florestal. Dos quinze remanescentes estudados na

Mata Atlântica de Salvador, os maiores valores de biomassa seca (Kg.m-2

) da serrapilheira

foram registrados para o Aterro Canabrava (1,660), Colégio Anglo Brasileiro (1,607) e 19º

BC (1,602), sendo o menor valor encontrado no remanescente Alphaville I (0,798).

A produção (standing crop) da serrapilheira da Mata Atlântica de Salvador, de forma geral, é

compatível com estágios avançados de regeneração.

A serrapilheira esteve em grau de intensidade abundante, para todos os remanescentes de

Salvador, maior grau conforme legislação específica em vigor.

A composição florística da associação subosque da Mata Atlântica de Salvador esteve

representada por setenta e seis famílias botânicas, quarenta e nove gêneros e trinta e três

espécies.

As dez famílias botânicas mais frequentes de todo o estudo foram: Cyperaceae, Apocynaceae,

Burceraceae, Melastomataceae, Piperaceae, Rubiaceae, Poaceae, Fabaceae-Mimosoideae,

Anacardiaceae e Sapindaceae.

Page 223: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

221

Protium heptaphylum, Piper sp, Himatanthus bracteatus, Rhynchospora cephalotes, Plâtula,

Tapirira guianensis, Scleria bracteata, Olyra latifólia, Clidemia spp, Parodiolyra sp,,

compreenderam as dez espécies/táxons de maior densidade do subosque, incluindo

principalmente as espécies nativas das formas vegetais herbácea, lenhosa, invasora e

secundária.

Os remanescentes com registro de maior densidade média total foram: Alphaville II, Trobogy,

Alphaville I, Ipitanga II e Biribeira.

Da avaliação da composição e abundância do subosque foram diagnosticados o estado

vegetação secundária, havendo a manutenção da função recrutamento florestal para os

remanescentes da Mata Atlântica de Salvador.

3.6 REFERÊNCIAS

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226

APÊNDICES

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Apêndice A - Representação Cartográfica do estágios sucessionais da vegetação do bioma Mata Atlântica.

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241

Apêndice B- Lista de espécies amostradas nos remanescentes de Mata Atlântica da cidade de Salvador. Fevereiro a julho 2011. Alphaville I =

A1, Alphaville II = A2, Aterro Canabrava = C, Aterro Metropolitano Centro = AMC, Barragem de Ipitanga I = I1, Barragem de Ipitanga II = I2,

Greenville = G, Loteamento Biribeira = LB, Loteamento Patamares = LP, Pedreira Aratu = PA, Pedreira Carangi = PC, Pedreira Valéria = PV,

Posto TIC = TIC, Trobogy = T e 19 BC = BC. Árvore = ar, arbusto = arb, subarbusto = subarb, epífita = ep, herbáceo = he, trepadeira = trep.

Família Espécie Localidades Hábito

Anacardiaceae Anacardium occidentale L. T ar

Mangifera indica L. BC ar

Annonaceae Schinus terebinthifolius Raddi BC,G arb/ar

Spondias mombin L. BC,TIC ar

Tapirira guianensis Aubl. A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV, TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar

Thyrsodium spruceanum Benth. A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,LP,T,BC ar

Anaxagorea sp PC ar

Annona dolichophylla R.E.Fr. T ar

Annona sp PC, T ar

Guatteria pogonopus Mart. A1,PV ar

Guatteria sp A1,AMC,T ar

Xylopia sericea A.St.Hil. C,G,PA,TIC,LP,BC ar

Indet.01 AMC ar

Apocynaceae Blepharodon pictum (Vahl) W.D.Stevens A1,LB,BC trep

Himatanthus bracteatus (A.DC.) Woodson A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar

Mandevilla scabra (Hoffmanns. Ex Roem. &

Schult.)K.Schum.

BC trep

Tabernaemontana salzmannii A.DC. G,T ar

Araceae Monstera adansonii Schott C,G ep

Philodendron acutatum Schott G trep

Page 244: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

242

Família Espécie Localidades Hábito

Araceae Philodendron bipinnatifidum Schott C he

Araliaceae Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et. al A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar

Schefflera vinosa (Cham. & Schltdl. AMC,PC arb

Arecaceae Attalea burretiana Bondar A1,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,T,A2 ar

Attalea salvadorensis Glassman A1,PA, PV,T ar

Attalea sp. C ar

Bactris ferruginea Burret C,G,PC,PV,T ar

Cocos nucifera L. BC ar

Desmoncus polyacanthos Mart.var polyacanthos LP subarb

Desmoncus polyacanthosMart. A1,LB subarb

Elaeis guineensis Jacq. A1,G,PV,LP,T,BC ar

Polyandrococos caudescens Barb.Rodr. A1,AMC,PC ar

Syagrus botryophora Mart. G,LB,I2 ar

Syagrus coronata (Mart.) Becc A1,C,G,LP,T,BC ar

Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman G,LP,T ar

Asteraceae Acanthospermum hispidum DC. AMC he

Centratherum punctatum Cass. BC he

Chromolaena odorata (L.) R.M.King.& H.Rob. PC he

Conocliniopsis prasiifolia (DC.)R.M.King & H.Rob. AMC he

Elephantopus hirtiflorus DC. AMC he

Eremanthus capitatus (Spreng.)MacLeish AMC arb

Gochnatia oligocephala (Gardner) Cabrera C,G,LB,PC,T,BC,I2 arb/ar

Gochnatia paniculata (Less.)Cabrera AMC ar

Mikania obovata DC A1 trep

Sphagneticola trilobata (Baker) Pruski BC he

Page 245: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

243

Família Espécie Localidades Hábito

Vernonanthura discolor (Spreng.) H.Rob T,PC,PV ar

Bignoniaceae Bignonia corymbosa (Vent.)L.G.Lohmann PC trep

Jacaranda ovata Cham. AMC,T ar

Bonnetiaceae Bonnetia stricta (Nees)Nees & Mart. AMC arb

Boraginaceae Cordia nodosa Lam. BC arb

Cordia pilosa M.Stapf & Taroda C,PC, PV,T ar

Cordia sagotii I. M.Johnst. A1,AMC,I1,T,BC ar

Cordia sp T,BC ar

Varronia cf. polycephala Lam. A1 subarb

Bromeliaceae Aechmea aquilega (Salisb.) Griseb. PC, he

Hohenbergia blanchetii (Baker)E.Morren ex Mez T he

Burseraceae Protium heptaphyllum (Aubl.)Marchand A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,TIC,T,BC,A2,I2 ar

Celastraceae Maytenus distichophylla Mart. ex Reissek A1,G,TIC,T ar

Chrysobalanaceae Hirtella ciliata Mart. & Zucc. BC arb

Hirtella glandulosa Spreng. G,BC ar

Hirtella sp A1 ar

Licania sp PC ar

Clusiaceae Clusia nemorosa G.Mey. C,G,PC,T,BC ar

Kielmeyera neglecta Saddi C,AMC,PC,I2 ar

Symphonia globulifera L.f C ar

Tovoita choisyana Planch & Triana PC, PV ar

Combretaceae Buchenavia sp PC ar

Convolvulaceae Ipomoea asarifolia (Desr.) Roem.& Schult. C,AMC he

Ipomoea sp. A1,G trep

Merremia cissoides (Lam.) Hallier f. AMC ar

Page 246: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

244

Família Espécie Localidades Hábito

Costaceae Costus spiralis (Jacq.) Roscoe PV he

Cucurbitaceae Cayaponia tayuya (Vell.) Cogn. AMC trep

Gouania sp. AMC trep

Cyatheaceae Cyathea microdonta (Desv.)Domin C ar

Cyperaceae Cyperus sp A1 ar

Hypolytrum bullatum C.B.Clarke PC he

Rhynchospora cephalotes (L.) Vahl. PV he

Rhynchospora exaltata Kunth AMC,A1 he

Dilleniaceae Curatella americana L. C,G,LB,AMC,I1,PC,TIC,T,BC ar

Davilla sp A1,AMC,I1,I2,LB,G,PC,T trep

Tetracera breyniana Schltdl. PV,AMC trep

Tetracera sp LB,BC trep

Elaeocarpaceae Sloanea guianensis (Aubl.)Benth. PC ar

Erythroxylaceae Erythroxylum citrifolium A.St.Hil C,G,TIC ar

Erythroxylum mucronatum Benth. G,PC,PV,T, BC ar

Erythroxylum nobile O.E.Schulz G arb

Erythroxylum squamatum Sw. A1,PV,T,BC ar

Erythroxylum sp T arb

Euphorbiaceae Chaetocarpus echinocarpus (Baill.)Ducke A1,G, LB,PC ar

Croton astreatus Baill. PC he

Pera glabrata (Schott) Poepp. Ex Baill. A1, C,AMC ,PC,T,I2 ar

Pogonophora schomburgkiana Miers ex Benth. C,PC,PV,T ar

Ricinus communis L. BC arb

Sapium glandulatum (Vell.) Pax LB,T ar

Fabaceae Abarema cochliocarpos (Gomes) Barneby & J.W.Grimes C,G,PC,I2 ar

Page 247: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

245

Família Espécie Localidades Hábito

Abarema filamentosa (Benth.) Pitter G,AMC,I1,T,BC ar

Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico A1,PV,BC ar

Albizia polycephala (Benth.)Killip ex Record PV ar

Albizia sp PC ar

Andira fraxinifolia Benth. G,T,BC ar

Bauhinia sp PC trep

Bowdichia virgilioides Kunth G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,TIC,T,BC,I2 ar

Centrosema sp AMC trep

Chamaecrista desvauxii (Collad.)Killip G,AMC subarb

Chamaecrista sp G,PC ar

Clitoria fairchildiana R. A. Howard G ar

Clitoria laurifolia Poir G arb

Crotalaria stipularia Desv. A1 he

Crotalaria sp T subarb

Desmodium adscendens (Sw.) DC. BC subarb

Dioclea lasiophylla Mart. ex Benth. G trep

Inga capitata Desv. G, AMC ar

Inga ciliata C. Presl A1, AMC,I2 ar

Inga edulis Mart. PC,PV ar

Inga laurina Willd A1,C,G,PC,PV,T ar

Inga pleiogyna T.D.Penn. AMC ar

Inga thibaudiana DC A1,C,G,LB,PA,PC,PV,T,BC,A2 ar

Inga sp PC,A2,I2 ar

Leucaena leucocephala (Lam.) R. de Wit BC ar

Mimosa caesalpiniifolia Benth. G ar

Page 248: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

246

Família Espécie Localidades Hábito

Mimosa pigra L. A1 arb

Mimosa polydactyla Humb.& Bonpl.ex Willd. A1 arb

Mimosa pudica L A1 arb

Moldenhawera blanchetiana Tul. C ar

Parkia pendula (Willd.) Benth. T ar

Senna siamea (Lam.) H.S.Irwin & Barneby BC ar

Senna splendida (Vogel) H.S.Irwin & Barneby var splendida T ar

Stylosanthes sp BC subarb

Stryphnodendron pulcherrimum (Willd.) Hochr. C,G,AMC,PC,LP,T ar

Swartzia apetala Raddi A1,G, T ar

Swartzia sp G ar

Tamarindus indica L BC ar

Indet.01 G,LB,PC ar

Gentianaceae Centropogon cornutus Druce PC he

Chelonanthus purpurascens (Aubl.)L.Struwe A1 he

Heliconiaceae Heliconia psittacorum L. T,PV he

Hernandiaceae Sparattanthelium botocudorum Mart. AMC arb

Hypericaceae Vismia guianensis(Aubl.) Choisy G,AMC,T,BC,I2 ar

Lamiaceae Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke C arb

Hyptis fruticosa Salzm. ex Benth. AMC arb

Lacistemataceae Lacistema robustum Schnizl. PC ar

Lauraceae Ocotea glomerata (Nees)Mez C,G,PA ar

Ocotea puberula (Rich.) Nees A1 ar

Ocotea sp AMC,I1,TIC,BC ar

Persea americana Mill BC ar

Page 249: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

247

Família Espécie Localidades Hábito

Lecythidaceae Eschweilera ovata (Cambess.) Mart. ex Miers A1,C,G,LB,AMC,PC,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar

Lecythis sp PA ar

Lomariopsidaceae Nephrolepis cf. pendula (Raddi) J. Sm. C,G ep

Lycopodiaceae Lycopodiella cernua (L.)Pic.Serm. AT,PC he

Lygodium volubile Sw T trep

Lythraceae Cuphea racemosa (L.f.)Spring. AMC he

Malpighiaceae Byrsonima coccolobifolia Kunth AMC arb

Byrsonima sericea DC. A1,C,G,LB,AMC,I1,PA,PC,PV,TIC,LP,T,BC,A2,I2 arb/ar

Heteropterys sp BC trep

Stigmaphyllom ciliatum (Lam.)A.Juss. A1 trep

Marantaceae Stromanthe porteana Gris T he

Malvaceae Apeiba tibourbou Aubl. PV ar

Eriotheca sp BC ar

Guazuma ulmifolia Lam. A1,LP,T ar

Luehea divaricata Mart. PC,PV,A2 ar

Pavonia malacophylla(Link & Otto) Garcke G he

Pachira glabra Pasq. BC ar

Melastomataceae Clidemia capitellata (Bonpl.) D.Don T,AMC,LB ar

Henriettea succosa (Aubl.)DC. A1,C, G,LB, AMC,I1,PA,PC,T,BC,I2 ar

Marcetia taxifolia (A.St.Hil.)DC. AMC he

Miconia albicans (Sw.)Triana BC arb

Miconia alborufescens Naudin AMC,T arb/ar

Miconia chartacea Triana AMC arb

Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin B ar

Miconia ferruginata DC C arb

Page 250: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

248

Família Espécie Localidades Hábito

Miconia holosericea (L.) DC. AMC,PV,PC,I2 ar

Miconia minutiflora (Bonpl.)DC. G, AMC,I1,PA,PV,TIC,LP,T,BC,A2 arb/ar

Miconia prasina (Sw.) DC C,G,AMC,I1,PV,T,BC,A2 ar

Miconia sp C,I1 ar

Pterolepis glomerata (Rottb.)Miq. AMC he

Tibouchina candolleana (Mart. ex DC.)Cogn. PC,T ar

Meliaceae Guarea guidonia (L.) Sleumer A1,C,TIC ar

Trichilia hirta L PV ar

Trchilia sp G ar

Menispermaceae Chondrodendron sp BC trep

Moraceae Artocarpus heterophyllus Lam. AMC,I1,PV,TIC,BC ar

Brosimum gaudichaudii Trécul LB,PC ar

Brosimum lactescens (S.Moore) C.C.Berg C ar

Ficus gomelleira Kunth & C.D.Bouché A1, LB,LP,T,BC ar

Ficus pulchella Schott A1, C,G,PV,TIC ar

Ficus sp01 AMC,PC,PV ar

Ficus sp02 A1 ar

Sorocea guilleminiana Gaudich. G,T arb

Myristicaceae Virola sp T ar

Myrsinaceae Myrsine umbellata Mart. A1,C,G,LB,AMC,I1,LP,T,BC ar

Myrtaceae Calyptranthes sp BC,T ar

Campomanesia dichotoma (O.Berg) Mattos G,LB,LP,T,BC ar

Eugenia bahiensis DC. PC ar

Eugenia cyclophylla O.Berg AMC ar

Eugenia punicifolia (Kunth.)DC. AMC ar

Page 251: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

249

Família Espécie Localidades Hábito

Eugenia sp C,G,T,BC ar

Gomidesia blanchetiana O.Berg AMC ar

Myrcia guianensis (Aubl.) DC. A1,T,PC ar

Myrcia littoralis DC. A1,G,T ar

Myrcia silvatica (O.Berg)Kiaersk. A1,LB,AMC,I1,PC,PV,T ar

Myrcia splendens (Sw.)DC. A1,G,AMC,I1,PC,PV,T,I2 ar

Myrcia sp G,LB,AMC,PC,LP,T,I2 ar

Psidium guajava L. BC ar

Psidium guineensis Sw. T ar

Psidium oligospermum DC. PC ar

Psidium sartorianum(O.Berg)Nied. G, BC ar

Psidium sp A1,G,LB,T ar

Syzygium cumini (L.) Skeels BC ar

Myrtaceae ind.01 C,G,T,I2 ar

Myrtaceae ind.02 G,LB,T,BC ar

Myrtaceae ind.03 BC,T ar

Myrtaceae ind.04 T ar

Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.)Reitz G,PC,PC,PV,T ar

Guapira cf. tomentosa (Casar)Lundell PC ar

Orchidaceae Brassavola cf. flagellaris Barb.Rodr. BC he

Oeceoclades maculata (Lindl.)Lindl. G,T he

Vanilla bahiana Hoehne G trep

Vanilla palmarum Lindl. BC trep

Ochnaceae Ludwigia erecta (L.) H.Hara BC he

Passifloraceae Passiflora edmundoi Sacco A1,LB trep

Page 252: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

250

Família Espécie Localidades Hábito

Passifloraceae Passiflora edulis Sims PV trep

Passiflora misera Kunth AMC,PC trep

Passiflora ovalis Vell. ex Roem G trep

Piperaceae Piper anisum (Spreng.) Angely A1,G,T he

Piper arboreum Aubl. BC, arb

Piper aduncum L. G arb

Piper divaricatum G.Mey. PV,PC arb

Phyllanthaceae Hieronyma alchorneoides Allemão A1,T ar

Margaritaria nobilis L.f. PC ar

Poaceae Bambusa vulgaris Schrad. Ex J.C. Wendl. BC ar

Ichnanthus pallens (Sw.)Munro ex Benth. A1 he

Olyra latifolia L. T he

Oplismenus hirtellus (L.) P.Beauv. AMC he

Panicum maximum Jacq. BC he

Pharus latifolius L. AMC he

Polygalaceae Polygala grandiflora A,St.Hil. & Moq. PC subarb

Polygala paniculata L. AMC he

Polygala trichosperma L. PC he

Polygala sp AMC he

Polygonaceae Coccoloba alnifolia Casar LB trep

Coccoloba laevis Casar G trep

Coccoloba mollis Casar C,G,AMC,T,A2,I2 trep

Polypodiaceae Serpocaulon triseriale (Sw.) A.R.Sm T he

Pteridaceae Acrostichum danaeifolium Langst.& Fisch. G he

Rhamnaceae Adiantum latifolium Lam. G he

Page 253: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

251

Família Espécie Localidades Hábito

Rhamnaceae Adiantum terminatum Kunze & Miq. G he

Vittaria lineata (L.) Sm. T he

Gouania blanchetiana Miq AMC trep

Rubiaceae Chiococca alba (L) Hitche T,AMC he

Chomelia anisomeris Müll.Arg. G,AMC,T ar

Chomelia obtusa Cham.& Schltdl. LP ar

Emmeorhiza umbellatta (Spreng)K.Schum AMC trep

Genipa americana L. TIC ar

Guettarda viburnoides Cham.& Schltdl. G ar

Margaritopsis cephalantha (Müll.Arg.) M.Taylor PC ar

Palicourea blanchetiana Schltdl. PC arb

Psychotria bracteocardia (DC.) Müll.Arg. AMC arb

Psychotria carthagenensis Jacq. A1,C,G,LB,AMC,PC,LP,PV,T,BC ar

Psychotria hoffmannseggiana (Willd. Ex Schult.)Müll. Arg. G, PV arb

Psychotria sp PV ar

Richardia grandiflora (Cham.& Schltdl.)Steud. A1 he

Salzmannia nitida DC. G arb

Rutaceae Ertela trifolia (L.)Kuntze AMC subarb

Pilocarpus sp T ar

Zanthoxylum rhoifolium Lam. A1,BC ar

Salicaceae Casearia commersoniana Cambess. AMC,PC,T,BC, A2 ar

Sapindaceae Allophylus laevigatus (Turcz.) Radlk A1,C,G,TIC,LP,T,BC,A2,I2 ar

Cupania emarginata Cambess C ar

Cupania rugosa Radlk. C,G,AMC,I1,PC,PV,LP,T ar

Cupania sp. A1,T,I2 aR

Page 254: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

252

Família Espécie Localidades Hábito

Sapindaceae Paullinia sp BC trep

Serjania sp AMC,I1,BC trep

Sapotaceae Chrysophyllum splendens Spreng PA,PC ar

Chrysophyllum rufum Mart. G ar

Manilkara salzmannii G ar

Pouteria grandiflora (A.DC.) Baehni G,PC ar

Pouteria ramiflora (Mart.)Radlk. A1,LP ar

Pouteria sp G,T ar

Simaroubaceae Simarouba amara Aubl. A1,C,G,LB,AMC,I1,PC,PV,T,BC,I2 ar

Simaba cedron Planch. AMC,I1,PC,I2 ar

Siparunaceae Siparuna guianensis Aubl. A1,C,PA,PV,LP,T,A2 ar

Solanaceae Cestrum laevigatum L. BC arb

Solanum auriculatum Ait. G arb

Solanum polytrichum Moric T arb

Solanum sp T arb

Thelypteridaceae Thelypteris sp TIC he

Turneraceae Turnera ulmifolia L. G,BC subarb

Ulmaceae Cecropia glaziovii Snethl. G,PC,PV,LP ar

Cecropia pachystachya Trécul C,AMC,PV,I2 ar

Cecropia sp. T ar

Trema micrantha (L.) Blume G ar

Verbenaceae Lantana camara L. G arb

Vitaceae Cissus erosa Rich. A1,LB,G,PC trep

Cissus verticillata (L.)Nicolson & C.E.Jarvis A1 trep

Vochysiaceae Vochysia lucida C.Presl A1,C,G,LB,T ar

Page 255: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

253

Família Espécie Localidades Hábito

Desconhecidas Desc. 01 A1,C,G,PC,T,A2 ar

Desc. 02 C,P ar

Desc. 03 T ar

Page 256: Projeto Mata Atlantica Salvador Revisao 30-11-11 Relatorio Tecnico 2011

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