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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO ACADMICO DO AGRESTE
NCLEO DE TECNOLOGIACURSO DE ENGENHARIA CIVIL
INSTALAES PREDIAISPROJETOSISTEMA DE ESGOTAMETO SANITRIO DE UM EDIFCIO RESIDENCIALCARUARU, 2014
PROJETOSISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITRIO DE UM EDIFCIO RESIDENCIAL
Projeto de um Sistema de Esgotamento Sanitrio apresentado ao curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco para obteno de nota parcial na disciplina de Instalaes Prediais.Professora:
CARUARU, 2014SUMRIO
1INTRODUO032CONSIDERAES GERAIS032.1Objetivos032.2Componentes do sistema043CARACTERSTICAS DO PROJETO043.1Dados de entrada043.2Recomendaes044APARELHOS SANITRIOS055DIMENSIONAMENTO065.1Ramais de descarga065.2Caixa sinfonada075.3Ramais de esgoto075.3.1 Ramal de esgoto da caixa sinfonada075.3.2 Ramal da esgoto085.4Tubos de queda085.5Ramais de ventilao095.6Distncia mxima de um desconector ao tubo ventilador105.7Colunas de ventilao105.8Coletores e Sub-coletores125.9Caixa de gordura135.10Caixa de inspeo146MEMORIAL DE CLCULO
7ANEXOS
8REFERNCIAS
1 INTRODUO O esgoto domstico aquele que provm principalmente de residncias, estabelecimentos comerciais, instituies ou quaisquer edificaes que dispe de instalaes de banheiros, lavanderias e cozinhas. Compem-se essencialmente da gua de banho, excretas, papel higinico, restos de comida, sabo, detergentes e guas de lavagem.
A instalao de um sistema de esgotamento sanitrio tem a finalidade de coletar e afastar da edificao todos os despejos provenientes do uso da gua para fins higinicos, encaminhando-os para um destino adequado.
Os sistemas coletivos podem ser divididos em dois: parcial e absoluto. O primeiro recebe uma parcela das guas de chuva provenientes de telhados e ptios das edificaes e o segundo, tem suas tubulaes separadas, ou seja, uma exclusiva para a coleta de esgotos e outra para transportar as guas de chuva. No Brasil, comumente, utiliza-se o sistema separador absoluto.
O sistema de esgoto sanitrio separador :o conjunto de condutos, instalaes e equipamentos destinados a coletar, transportar, condicionar e encaminhar, somente esgoto sanitrio, a uma disposio final conveniente, de modo contnuo e higienicamente (ABNT, 1986)Neste projeto, vamos traar e dimensionar as tubulaes que vo desde os aparelhos sanitrios at o coletor pblico de esgoto. 2 CONSIDERAES GERAIS2.1 ObjetivoEste memorial tem por objetivo passar uma ideia geral do sistema de captao, tratamento e disposio final do esgoto sanitrio de um edifcio residencial multifamiliar, descrevendo o sistema de forma genrica, alm de apresentar o dimensionamento das instalaes, com critrios, fontes e justificativas seguindo a norma ABNT NBR 8160 Sistemas prediais de esgoto sanitrio Projeto e Execuo.2.2 Componentes do sistema Aparelhos Sanitrios; Desconectores; Ramal de descarga; Ramal de esgoto; Tubos de queda; Subcoletores; Coletor predial; Caixas de gordura; Caixas de inspeo;3 CARACTERSTICAS DO PROJETO
3.1 Dados de entradaA edificao possui:
01 pavimento sub-solo;
01 pavimento trreo (ou semi-enterrado);
01 pavimento vazado;
20 pavimentos tipo;
Sistema Separador Absluto;
3.2 Recomendaes As instalaes devero ser executadas de modo a permitir a verificao de obstrues, deve-se garantir a vedao evitando-se assim a passagem de gases e animais das canalizaes para a parte interna do edifcio, no pode permitir contaminao da gua de abastecimento.
Devero ser tomadas precaues para dificultar a ocorrncia de futuras obstrues, deve-se prever dispositivos que permitam o acesso fcil e inspeo da instalao.
Deve-se tomar cuidado com o traado da tubulao evitando a passagem por vigas e pilares, deve-se prever desvios horizontais bem como utilizao de pilares falsos.
Os ramais de ventilao devero apresentar declividade mnimo de 1% no sentido do escoamento do esgoto, evitando-se assim a deposio de gua por condensao.
As caixas de inspeo sero executadas em alvenaria, rebocadas e impermeabilizadas internamente. As tampas sero concreto armado e hermeticamente fechadas.4 APARELHOS SANITRIOSOs aparelhos sanitrios a serem instalados no sistema de esgoto sanitrio devem impedir a contaminao da gua potvel, possibilitar acesso e manuteno adequados e oferecer ao usurio um conforto adequado finalidade de utilizao.
De acordo com o projeto arquitetnico e o esquema da planta, foram considerados os seguintes aparelhos sanitrios:
Tabela 1 Aparelhos sanitrios para cada ambientePAVIMENTO TIPOWC SUTECHUVEIRO DE RESIDNCIA
LAVATRIO DE RESIDNCIA
BACIA SANITRIA
WC SOCIALCHUVEIRO DE RESIDNCIA
LAVATRIO DE RESIDNCIA
BACIA SANITRIA
WC SERVIOCHUVEIRO DE RESIDNCIA
BACIA SANITRIA
COZINHAPIA
REA DE SERVIOTANQUE DE LAVAR ROUPA
MAQUINA DE LAVAR ROUPA
PAVIMENTO TRREOWC DEF FEMLAVATRIO DE RESIDNCIA
BACIA SANITRIA
WC DEF MASCLAVATRIO DE RESIDNCIA
BACIA SANITRIA
ZELADORIACHUVEIRO DE RESIDNCIA
LAVATRIO DE RESIDNCIA
BACIA SANITRIA
GUARITALAVATRIO DE RESIDNCIA
BACIA SANITRIA
Fonte: do Autor
5 DIMENSIONAMENTOAs tubulaes do subsistema de coleta e transporte de esgoto sanitrio foram dimensionadas pelo mtodo das unidades de Hunter de contribuio (UHC).UHC um fator probabilstico numrico que representa a frequncia habitual de utilizao associada vazo tpica de cada uma das diferentes peas de um conjunto de aparelhos heterogneos em funcionamento simultneo em hora de contribuio mxima no hidrograma dirio.
5.1 Ramais de descargaO ramal de descarga a tubulao que recebe diretamente o efluente do aparelho sanitrio. Para os ramais de descarga foram adotados no mnimo os dimetros apresentados na figura 1, que leva em considerao as UHC de cada aparelho sanitrio.
Devem possibilitar o fcil acesso, desobstruo e limpeza da tubulao, quando necessrio.
Figura 1 Unidades Hunter de contribuio dos aparelhos sanitrios e dimetro nominal mnimo dos ramais de descarga
Fonte: ABNT NBR 8160/99 Tabela 3Todos os trechos horizontais previstos no sistema de coleta e transporte de esgoto sanitrio devem possibilitar o escoamento dos efluentes por gravidade, devendo, para isso, apresentar uma declividade constante.
Recomedam-se as seguintes declividades mnimas:
2% para tubulaes com dimetro nominal igual ou inferior a 75mm;
1% para tubulaes com dimetro nominal igual ou superior a 100mm;
5.2 Caixa SinfonadaTodos os aparelhos sanitrios devem ser protegidos por desconectores. Foram utilizadas caixas sinfonadas para coleta dos despejos do lavatrio de residncia e chuveiro de uma mesma unidade autnoma, assim como as guas provenientes da lavagem de piso, sendo neste caso, protegidas por grelhas.
Foram utilizadas caixas sinfonadas de dimetro nominal de 100mm, indicadas para quando receberem efluentes de aparelhos sanitrios at o limite de 6 UHC.
5.3 Ramais de esgotoO ramal de esgoto a tubulao primria que recebe, diretamente, os efluentes dos ramais de descarga, ou a partir de um desconector.
Devem possibilitar o fcil acesso, desobstruo e limpeza da tubulao, quando necessrio.
5.3.1 Ramal de esgoto da caixa sinfonada
O ramal de esgoto das caixas sinfonadas foram dimensionados conforme indicado na figura 2.
Figura 2 Unidades Hunter de contribuio para aparelhos sanitrios no relacionados na figura 1
Fonte: ABNT NBR 8160/99 Tabela 4
5.3.2 Ramal de esgoto
Para o dimensionamento do ramal de esgoto foi utilizada a figura 3.
Figura 3 Dimensionamento dos ramais de esgoto
Fonte: ABNT NBR 8160/99 Tabela 5
Foi adotado para o ramal de esgoto o maior dimetro entre o obtido na etapa 1 e na etapa 2 para a bacia sanitria (ver anexo).
5.4 Tubos de quedaRecebem os dejetos coletados dos ramais de descarga e esgoto. Devem, sempre que possvel, serem instalados com nico alinhamento. Quando necessrio desvios, devem ser feitos com peas que possibilitem um menos choque do efluente com a tubulao.
Foram usados 04 tubos de queda por apartamento no presente trabalho: 01 para cozinha, 01 para rea de servio, 01 para WC Servio e 01 para WC Sute e WC Social.
Os tubos de queda foram dimensionados pela somatria das UHC, conforme valores indicados na figura 4.Figura 4 Dimensionamento dos tubos de queda
Fonte: ABNT NBR 8160/99 Tabela 6
Para as pias de cozinha e mquinas de lavar louas havero tubos de queda especais chamados tubos de gordura (TG) e tubo de servio (TS) que descarregam na caixa de gordura e servio coletiva.
Foram considerados que os tubos de queda que recebem efluentes de aparelhos sanitrios onde so utilizados detergentes que provocam formao de espuma, existem dispositivos que evitam o retorno da espuma para os ambientes sanitrios.
5.5 Ramais de ventilaoOs ramais de ventilao foram dimensionados de acordo com a figura 5.
Figura 5 Dimensionamento dos ramais de ventilao
Fonte: ABNT NBR 8160/99 Tabela 8
A tubulao de ventilao ser instalada com aclive de 1%, de modo que qualquer lquido que porventura venha a ingressar na tubulao de ventilao possa escoar por gravidade para dentro do ramal de descarga ou esgoto do qual o ventilador tenha origem.
5.6 Distncia mxima de um desconector ao tubo ventiladorA distncia mxima de um desconector ao tubo ventilador dada na figura 6:
Figura 6 Distncia mxima de um desconector ao tubo ventilador
Fonte: ABNT NBR 8160/99 Tabela 1
5.7 Colunas de ventilaoA coluna de ventilao foi dimensionada de acordo com a figura 7:
Figura 7 Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilao
Fonte: ABNT NBR 8160/99 Tabela 2
O comprimento mnimo da coluna de ventilao para o pavimento tipo foi considerado como:
obs: considerando o p direito de 3m para cada pavimento.A coluna de ventilao tem dimetro uniforme, com a extremidade inferior ligada ao subcoletor predial e a extremidade superior situada 0,30m acima da cobertura do edifcio. 5.8 Coletores e subcoletoresPara edifcios residenciais considerado o aparelho sanitrio com maior UHC de contribuio, ou seja, a bacia sanitria. Foi considerado inclinao de 1%.
O valor do dimetro nominal dos coletores e subcoletores obtido na figura 8.Figura 8 Dimensionamento de subcoletores e coletor predial
Fonte: ABNT NBR 8160/99 Tabela 7Conforme a norma, o subcoletor tambm pode ser dimensionado usando-se o somatrio dos UHCs dos aparelhos contribuintes. Respeitando sempre o limite do dimetro nominal mnimo de 100mm e observando a tabela 7 da norma, os resultados obtidos foram:Subcoletor
TrechoUHCi (%)DN (mm)
SC 13601150
SC 25201150
SC 35801150
5.9 Caixa de gordura recomendada quando o efluente conter resduos gordurosos. Deve ser instalada em lugares de fcil acesso e boa ventilao. Os seguintes itens so necessrios para as caixas de gordura: capacidade de acumulao de gordura, dispositivos que possibilitem o escoamento do efluente, altura entre entrada e sada suficiente para reter a gordura e vedao adequada para evitar a entrada de insetos.
No nosso projeto foi usada uma caixa de gordura que recebe os efluentes do tubo de gordura da pia da cozinha.Considerando 5 pessoas por apartamento e 2 apartamentos por andar (em um lado). Foi considerado 2 caixas de gordura, uma para os apartamentos do lado esquerdo e ema para os apartamentos do lado direito.
Total de usurios: usurios
onde:
= volume de reteno;
= nmero de usurios;
Sendo assim:
Considerando que o dimetro mnimo da tubulao de sada 100mm e inclinao de 1%, foi adotada a caixa de gordura do tipo especial, prismtica de base retangular, conforme indica a NBR 8160/99.5.10 Caixa de inspeoO interior das tubulaes, embutidas ou no, deve ser acessvel por intermdio de dispositivos de inspeo. Os desvios, as mudanas de declividade e a juno de tubulaes enterradas devem ser feitos mediante o emprego de caixas de inspeo ou poos de visita.
O dimensionamento das caixas de inspeo foi feito respeitando o item 5.1.5.3 da norma. Os resultados obtidos foram os seguintes:Caixa de Inspeo
Profundidade (m)1,0
Base da Caixa (m X m)1,2 X 1,2
rea da Base (m)1,44
Volume da Caixa (m)2,592
ANEXOS
REFERNCIASABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR 8160. Rio de Janeiro, 1997, 74p. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Esgotamento sanitrio Projeto e construo de sistemas de esgotamento sanitrio: guia do profissional em treinamento nvel 2. Salvador ReCESA, 2008, 183p.
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