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PROJETO GESTÃO DA CLÍNICA NO SUS
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIAA SERVIÇO DO SUS 2012
Ficha Catalográ!caElaborada pela Biblioteca Dr. Fadlo Haidar
Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa
C986
NLM: WA 525
Curso de especialização em gestão da clínica nas regiões de saúde / Instituto Sírio-
Libanês de Ensino e Pesquisa; Ministério da Saúde; Conselho Nacional dos Secretários
de Saúde; Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde; Fundação Dom
Cabral. -- São Paulo, 2012.
38p. (Projeto Gestão da Clínica no Sistema Único de Saúde-SUS)
1. Gestão em saúde. 2. Aprendizagem baseada em problemas. 3. Gestão da clínica. 4.Sistema
único de Saúde. 5.Capacitação de recursos humanos em saúde. 6.Competência clínica.
© reprodução autorizada pelo autor somente para uso privado de atividades de pesquisa e ensino não sendo autorizada sua reprodução para quaisquer fins lucrativos. Na utilização ou citação de partes do documento é obrigatório mencionar a autoria.
PROJETO GESTÃO DA CLÍNICA NO SUS
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
C A D E R N O D O C U R S O ! 2012
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
Apresentação
1. Contexto
1.1. Projeto de Gestão da Clínica no SUS
1.2. Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde
2. Objetivos e metas
Geral
Especí!cos
Dimensão do projeto
3. Per!l de competência do Gestor da Clínica nas Regiôes de Saúde
3.1. Título concedido
4. Currículo integrado
4.1. Processo ensino-aprendizagem: a espiral construtivista
4.2. Comunidade de aprendizagem: dialogia e facilitação
4.3. Papel do gestor de aprendizagem de região e do facilitador.
4.4. O projeto aplicativo
4. 5. Compromisso com as regiões de saúde e suas redes de atenção à saúde
5. Estrutura do curso
5.1. Carga horária e atividades educacionais
5.2. Período, periodicidade e organização dos encontros presenciais
6. Avaliação
6.1. Avaliação de desempenho do especializando
6.2. Avaliação de desempenho dos facilitadores
6.3. Avaliação do curso
6.4. Cronograma e "uxos de entrega das avaliações
7. Anexos
Anexo I Formato de Avaliação de desempenho do especializando
Anexo II Formato de Avaliação de desempenho do Facilitador
Anexo III Avaliação do Encontro/Curso
8. Bibliogra!a consultada
Agradecimentos
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S U M Á R I O
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
Artista: Cândido PortinariTítulo: PazPeríodo: 1952-1956 – Rio de Janeiro, RJ.Acervo: Obra executada para decorar a sede da Organização das Nações Unidas ONU, Nova York, EUA.
“Ninguém pode estar no mundo, com o mundo e com os outros de forma neutra. Não posso estar no mundo de luvas nas mãos constatando apenas. A acomodação em mim é apenas caminho para a inserção, que implica decisão, escolha, intervenção na realidade”. Paulo Freire (2008)
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ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
A parceria entre o Hospital Sírio Libanês/Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa – IEP/HSL e o Ministério da Saúde, com apoio da
Fundação Dom Cabral - FDC, do Conselho Nacional de Secretários da Saúde - CONASS, do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde - CONASEMS vem desenvolvendo projetos !lantrópicos voltados à capacitação de pro!ssionais do Sistema Único de Saúde - SUS, a
partir da análise de necessidades e da excelência do HSL, nas áreas de Gestão, Saúde e Educação.
O projeto !lantrópico “Gestão da Clínica no SUS” integra o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de
Saúde - PROADI-SUS para o triênio 2012-2014 e contempla cinco Cursos de Especialização: (i) “Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde”, (ii)
Regulação em Saúde no SUS” e (iii) “Educação na Saúde para Preceptores do SUS”, (iv) “Processos Educacionais na Saúde” e (v) “Gestão da
Atenção à Saúde”, entre outras iniciativas.
A proposta do projeto Gestão da Clínica no SUS investe, fundamentalmente, em pessoas, buscando uma capacitação que promova o
desenvolvimento pro!ssional, que articule conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e sua aplicação na melhoria da qualidade de saúde
das pessoas. Para isso, o Instituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa pactuou iniciativas educacionais que consideram o conhecimento e
experiências prévias dos envolvidos e promovem a corresponsabilização e a pró-atividade na construção de uma trajetória de aprendizagens
voltada à transformação das práticas pro!ssionais e institucionais. Além desse aspecto, visamos articular e ampliar a abrangência e o impacto
dos cursos de especialização nas regiões de saúde indicadas, otimizando a relação custo/efetividade por especializando.
Você, como especializando do curso de “Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde” está convidado a participar desse desa!o, desenvolvendo
capacidades na sua área de atuação e promovendo, na sua região de saúde, a disseminação da gestão da clínica como estratégia para
ampliar o acesso e a integralidade do cuidado.
O empenho para o sucesso desse curso é um compromisso de seus proponentes e os melhores resultados que dele advirão para as regiões
de saúde indicadas, certamente estarão relacionados com o comprometimento de cada participante.
Desejamos a você uma experiência educacional que contribua concretamente para o seu crescimento pessoal e pro!ssional e para a
melhoria da atenção à saúde no nosso país!
A P R E S E N T A Ç Ã O
Helvécio Miranda Magalhães Junior
Secretário da Secretaria de Atenção à SaúdeMinistério da Saúde
Roberto de Queiroz Padilha
Diretor de EnsinoInstituto Sírio Libanês de Ensino e Pesquisa
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HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
1 . 1 P R O J E T O D E G E S T Ã O D A C L Í N I C A N O S U S
Desde 2009, o Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa - IEP tem desenvolvido iniciativas educacionais voltadas à capacitação de
pro!ssionais de saúde do Sistema Único de Saúde, por meio de projetos !lantrópicos de cunho educacional1. Essas iniciativas, aprovadas
pelo Ministério da Saúde, são elaboradas em parceria com instituições de ensino superior e gestores do SUS: Ministério da Saúde, Conselho
Nacional de Secretários da Saúde e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde.
A parceria com a Fundação Dom Cabral agrega a experiência de um centro de desenvolvimento de executivos, empresários e gestores
públicos que há 35 anos pratica o diálogo e a escuta comprometida com as organizações, construindo com elas soluções educacionais
integradas. Atualmente, a FDC é considerada a quinta melhor escola de negócios do mundo, dando, assim, destaque aos seus princípios
de: utilidade para a sociedade; parceria; valorização dos participantes; autonomia; ousadia e tenacidade; qualidade e inovação, com
sustentabilidade e ética.
O projeto “Gestão da Clínica no SUS”, para o triênio 2012-4, se insere como uma das estratégias de fortalecimento e consolidação do Sistema
Único de Saúde, considerando as diretrizes do Ministério da Saúde para (i) a constituição de regiões de saúde e redes de atenção à saúde;
(ii) a ampliação do acesso, humanização e integralidade do cuidado à saúde; e (iii) a articulação de processos de formação, atenção e
desenvolvimento tecnológico em saúde, em cenários do SUS.
A melhoria da qualidade e da segurança na atenção à saúde no Sistema Único de Saúde é o foco do projeto “Gestão da Clínica no SUS” e
implica no (a):
(i) desenvolvimento e aplicação de ferramentas e dispositivos de gestão da clínica no SUS;
(ii) quali!cação de preceptores do SUS para apoiarem com a formação e capacitação de pro!ssionais de saúde nos serviços
onde estão inseridos;
(iii) capacitação de pro!ssionais para a produção de conhecimentos, tecnologias e inovação em saúde, voltados à melhoria dos
processos de gestão, de atenção e da educação em saúde;
(iv) atualização de pro!ssionais de saúde para a tomada de decisão baseada nas melhores práticas e evidências cientí!cas, visando
e!ciência, efetividade e e!cácia;
(v) acompanhamento e avaliação dos produtos e resultados dessas iniciativas, de modo a sistematizar as experiências e os
conhecimentos construídos nos processos educacionais utilizados, com vistas à consolidação dos princípios do SUS e à
ampliação da qualidade e segurança na atenção à saúde.
1 . C O N T E X T O
1 Portaria GM/MS no. 936, de 27 de abril de 2011 que regulamenta o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde – PROADI-SUS.
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ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
A qualidade da atenção e a segurança são colocadas como objeto central no processo de capacitação e de desenvolvimento de tecnologias
de gestão do cuidado, de atenção e de educação na saúde. A qualidade nesse projeto é entendida como (i) excelência no cuidado à saúde;
(ii) alcance do propósito das ações e missão dos serviços; (iii) máximo benefício dentro dos recursos disponíveis (relação custo-benefício);
e (iv) transformação das práticas e produção de tecnologia, de modo ético e focado na melhoria da saúde das pessoas. A segurança é
entendida como um esforço coletivo e permanente para a redução de riscos e danos no cuidado à saúde, envolvendo pacientes, familiares,
cuidadores e pro!ssionais de saúde. A combinação de qualidade e segurança visa estimular e promover a valorização por resultados e
produzir um impacto regressivo no per!l de morbi-mortalidade, particularmente para as condições consideradas evitáveis, com especial
atenção para as condições crônicas.
Nesse campo, a sistematização de referenciais teórico-metodológicos sobre qualidade e segurança, ferramentas e dispositivos para a
gestão da clínica, regulação no SUS, tomada de decisão baseada em evidências, educação de adultos e produção e disseminação de novas
tecnologias em saúde fazem parte do portfólio do IEP/HSL.
Também de forma coerente com os valores do HSL, as soluções educacionais trabalham com um per!l de competência construído e
utilizado como referência para a construção, desenvolvimento e avaliação do desempenho dos pro!ssionais participantes. O per!l expressa
a articulação dos três domínios: conhecimentos, habilidades e atitudes e valorizam a excelência técnica e a humanização nas relações com
pacientes, familiares, pro!ssionais e estudantes, destacando-se o cuidado centrado/focado nas necessidades das pessoas, o trabalho em
equipe, a responsabilidade pela integralidade do cuidado e a agregação de valor à saúde.
As estratégias escolhidas para o desenvolvimento do Projeto “Gestão da Clínica no SUS” foram:
(i) a indicação de um gestor de aprendizagem para cada região de saúde, com um papel centrado na capacitação de facilitadores
de processos educacionais e articulação entre as iniciativas educacionais do IEP e a gestão da saúde em cada região;
(ii) a articulação regional entre os cinco cursos de especialização do Projeto Gestão da Clínica no SUS;
(iii) a oferta de um curso de especialização em “Processos Educacionais na Saúde” voltada à capacitação de facilitadores em cada região
indicada, potenciais responsáveis pelas atividades presenciais dos cursos de especialização do Projeto “Gestão da Clínica no SUS”;
(iv) o apoio à capacitação de 20 gestores vinculados aos serviços e redes das regiões de saúde indicadas, no Curso de Gestão em Atenção
à Saúde do IEP/HSL, articulando seus Trabalhos de Conclusão de Curso aos Projetos Aplicativos da respectiva rede;
(v) o apoio à construção de projetos aplicativos voltados à transformação de práticas de gestão, cuidado e educação na saúde, com vistas
à melhoria da qualidade da atenção e segurança do paciente;
(vi) o acompanhamento e a avaliação dos produtos e resultados dos projetos HSL/MS.
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HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
1 . 2 C U R S O D E E S P E C I A L I Z A Ç Ã O E M G E S T Ã O D A C L Í N I C A N A S R E G I Õ E S D E S A Ú D E
O Brasil vivencia uma situação de saúde, marcada pela superposição de danos e riscos epidemiológicos de natureza aguda e condições
crônicas, relacionadas a um maior ou menor grau de desenvolvimento e de urbanização, e condicionados por transformações demográ!cas
e epidemiológicas.
Esse contexto gera um conjunto diversi!cado de necessidades e demandas aos serviços de saúde que vem sendo enfrentado pelo Sistema
Único de Saúde - SUS com diversas iniciativas # descentralização de recursos fundo a fundo para estados e municípios, implantação e
expansão acelerada da Estratégia da Saúde da Família, organização de redes temáticas prioritárias (Materno Infantil, Urgência/Emergência,
Psicossocial), e uma política de regulação do acesso a tecnologias e procedimentos de alta complexidade em âmbito nacional, entre outras.
Este conjunto de iniciativas tem permitido uma série de avanços na organização do SUS, ao mesmo tempo em que evidenciou fragilidades
signi!cativas no que diz respeito ao acesso com qualidade.
Neste sentido a regulamentação da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, através do Decreto nº 7.508 de 28 de junho de 2011, que
dispõe sobre a organização do Sistema Único de Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a articulação interfederativa,
se apresenta como uma das possibilidades de superação das fragilidades, na medida em que coloca a regionalização da saúde como um
de seus eixos centrais.
No decreto, as regiões de saúde são entendidas como o espaço geográ!co contínuo constituído por agrupamentos de Municípios
limítrofes, delimitado a partir de identidades culturais, econômicas e sociais e de redes de comunicação e infraestrutura de transportes
compartilhados, com a !nalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de ações e serviços de saúde. As regiões e suas
redes de atenção à saúde deverão garantir a integralidade da assistência à saúde que se inicia e se completa na Rede de Atenção à Saúde,
mediante referenciamento do usuário na rede regional e interestadual, conforme pactuado nas Comissões Intergestores.
Construir estratégias efetivas de regionalização e de quali!cação da atenção é o desa!o atual do SUS. Atingir padrões de qualidade signi!ca
desenvolver estratégias de superação de um modelo ainda hegemônico, caracterizado por uma atuação centrada em procedimentos,
fragmentado em especialidades médicas, pouco cuidador e desarticulado dos demais componentes das redes de atenção à saúde.
A revisão desses modelos vem atrelada a uma melhor compreensão dos conceitos de integralidade e de redes de atenção, paralelamente à
constatação do esgotamento e insu!ciência dos modelos hierarquizados. A organização em redes "exíveis trouxe arranjos que modi!cam
as relações entre as unidades, de modo a colocar os resultados desejados como norteadores da organização e gestão dos processos
e produtos.
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ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
A quali!cação dos serviços de saúde, entendendo-se como fundamental o cuidado ao paciente, assume papel relevante, principalmente
se considerarmos a atual situação dos serviços de saúde no país: a escassa utilização de planejamento; a inexistência de um sistema de
informações con!ável; a ausência de um sistema de gestão baseado na melhoria contínua de qualidade dos processos e centrado em
resultados; o baixo uso de indicadores de desempenho e de qualidade; e a inexistência de uma cultura voltada para a qualidade e segurança
do cuidado ao paciente e para a quali!cação da própria estrutura organizacional.
A gestão da clínica, com diferentes nuances, tem sido utilizada por diversos países - Inglaterra, Espanha e pelo Brasil, entre outros. A gestão
da clínica, no âmbito deste curso, está concebida a partir de determinados elementos estruturantes, como a não separação entre a gestão
e cuidado, a progressiva autonomia e responsabilização das equipes de cuidado, o estabelecimento de objetivos, metas e indicadores
relativos ao cuidado e o alinhamento de diretrizes clínicas, protocolos ou "uxogramas, com um modelo baseado em uma visão clínica
ampliada e centrada nas necessidades do paciente, família e grupos populacionais.
A gestão da clínica como uma área da competência pro!ssional representa um conjunto de capacidades que possibilitam a organização do
cuidado seguro e de qualidade, considerando necessidades e riscos apresentados pelos pacientes, por meio da utilização de arranjos que
permitam construção de vinculo, trabalho em equipe, responsabilização e socialização de informações. Compreende, também, a utilização
de diretrizes e ferramentas baseadas em evidências cientí!cas e de indicadores que permitam monitorar o desempenho, entre outras.
A natureza do trabalho clínico na área de saúde representa um excelente catalisador para estimular o envolvimento dos pro!ssionais de
saúde na gestão dos recursos para um melhor cuidado à saúde e, neste sentido, a integração coordenada da clínica com a gestão torna-se
estratégica como disparador para a sensibilização, ampliação e articulação de novas capacidades para uma atenção à saúde que enfrente as
transformações por que passam as sociedades.
Os especializandos desse curso estão convidados a participarem da construção da cultura de gestão da clínica nas regiões de saúde.
A especialização em “Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde” apoiará a capacitação de pro!ssionais em gestão da clínica, promovendo uma
maior compreensão sobre distintas modelagens de atenção à saúde e a utilização de ferramentas e dispositivos de gestão da clínica, visando
ampliar o acesso e a integralidade do cuidado. Nosso desa!o será a construção de projetos aplicativos voltados à incorporação da gestão
da clínica nas regiões de saúde participantes, no sentido da melhoria da efetividade, e!cácia, e!ciência, qualidade e segurança do cuidado
à saúde. A viabilidade e a relevância desses projetos serão nossos indicadores de sucesso!
Marilda Siriani de Oliveira
Coordenadora da Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde
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HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
2 . O B J E T I V O S E M E T A S
G E R A L
Contribuir para a melhoria da atenção à saúde no SUS por meio da capacitação de pro!ssionais em gestão da clínica, visando à ampliação
do acesso e da integralidade do cuidado em dez regiões de saúde, no período 2012-3.
E S P E C Í F I C O S
construir e utilizar o per!l de competência do especialista em Gestão da Clínica para a elaboração dos objetivos educacionais, atividades
e avaliação do curso de especialização em Gestão da Clinica nas Regiões de Saúde a ser ofertado em dez regiões de saúde indicadas;
capacitar pelo menos 2 facilitadores de processos educacionais em cada região, responsáveis pelas atividades do Curso de “Gestão da
Clínica na Regiões de Saúde”;
formar 480 especialistas em gestão da clínica, sendo 48 em cada região de saúde indicada;
apoiar a capacitação de 20 gestores vinculados aos serviços e redes das regiões de saúde indicadas, no Curso de Gestão em Atenção à
Saúde do IEP/HSL, articulando seus Trabalhos de Conclusão de Curso aos Projetos Aplicativos da respectiva rede;
Apoiar a elaboração de até 480 Trabalhos de Conclusão de Curso – TCC;
apoiar a construção de pelo menos 40 projetos aplicativos com ênfase na gestão da clínica nas regiões de saúde indicadas, sendo 2 por região;
apoiar as instituições participantes no fortalecimento dos espaços colegiados de gestão;
apoiar e fortalecer a constituição de linhas para o cuidado integral à saúde das pessoas, visando romper a fragmentação e hierarquização
das ações e serviços de saúde nas regiões indicadas;
acompanhar e avaliar os produtos e resultados dos projetos em parceria HSL/MS.
D I M E N S Ã O D O P R O J E T O
Trata-se de um projeto de abrangência nacional, cuja meta é envolver 70 regiões de saúde do país, no triênio 2012-4. Para a 1ª edição do
curso, o Ministério da Saúde, CONASS e o CONASEMS indicaram como sendo as dez primeiras regiões: Aracaju, Belém, Campo Grande,
Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal e Vitória (ver Figura 1). As outras 60 regiões, a serem contempladas na 2ª e 3ª
edição, serão posteriormente indicadas.
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ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
F I G U R A 1
Regiões de saúde participantes, Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde, IEP/HSL, 2012-3.
Um conjunto de nove autores responsabilizou-se pela elaboração do referencial teórico e do projeto político pedagógico do curso. Deste
conjunto de pro!ssionais, foi destacado um para coordenação do curso, além da indicação de dez gestores de aprendizagem das regiões
de saúde responsáveis pela formação de até 60 facilitadores e acompanhamento das regiões de saúde participantes. Os facilitadores
responsabilizam-se pela formação dos especializandos (ver Figura 2).
Ondas de capacitação
09 autores10 gestores
20Facilitadores
480especializandos10 Regiões de saúde
F I G U R A 2
Representação das ondas de formação do Curso de Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde, 2012-3.
Belém – PA
Fortaleza – CE
Maceió – ALAracaju – SE
João Pessoa – PBNatal – RN
Vitória – ES
Florianópolis – SC
Campo Grande – MS
Manaus – AM
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HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
3 . P E R F I L D E C O M P E T Ê N C I A D O G E S T O R D A C L Í N I C A N A S R E G I Õ E S D E S A Ú D E
O per!l de competência utilizado como referência nesse curso foi resultado do trabalho desenvolvido pelos seus autores a partir dos per!s
de competência estabelecidos para os cursos: Gestão da Clínica nas Redes de Atenção à Saúde, Gestão da Clínica nos Hospitais do SUS e
Gestão do Cuidado ao Paciente Crítico, realizados no período 2009-10 e Gestão da Clínica nas Redes Metropolitanas de Atenção à Saúde,
realizado no período 2011-12.
A competência é aqui compreendida como sendo a capacidade de mobilizar diferentes recursos para solucionar, com pertinência e sucesso,
os problemas da prática pro!ssional, em diferentes contextos. Assim, a combinação das capacidades cognitivas, atitudinais e psicomotoras
mobilizadas para a realização de uma ação foi traduzida em desempenhos que re"etem a qualidade de uma prática de gestão da clínica
considerada competente.
O per!l do especialista em gestão da clínica nas regiões de saúde está representado pela articulação de três áreas de competência que
delimitam o escopo de trabalho da atuação pro!ssional:
Gestão em saúde
Atenção à saúde
Educação em saúde
Cada uma dessas áreas é representada por um conjunto de ações-chave que são traduzidas em desempenhos que retratam a integração das
capacidades cognitivas, psicomotoras e atitudinais, agrupadas por a!nidade nas áreas de competência. Assim, a competência pro!ssional é
entendida como uma síntese das áreas de gestão, atenção à saúde e educação. (ver Quadro 1).
A análise das capacidades de gestão, de atenção à saúde e educativas, com foco na gestão da clínica nas regiões de saúde, orientou a
seleção dos conteúdos e das atividades educacionais do Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde, voltados ao
desenvolvimento dos desempenhos e ações-chave que conformam o per!l desejado.
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ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
Q U A D R O 1
Per!l de competência do gestor da clínica, Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde, IEP/HSL, 2012.
ÁREA DE COMPETÊNCIA: GESTÃO EM SAÚDE
AÇÕES"CHAVE DESEMPENHOS
Acompanha e avalia o desenvolvimento do trabalho em saúde e os resultados alcançados
Promove o desenvolvimento do trabalho em saúde de modo orientado aos resultados
Identi!ca problemas no trabalho em saúde
Constrói e negocia sucessivos planos de ação
Acompanha o desenvolvimento do trabalho em saúde, utilizando indicadores quantitativos e qualitativos, assim como padrões de referência para análise de processos e produtos do programa, serviço de saúde, instituição ou rede. Promove uma análise contextualizada dos resultados obtidos, estimulando a identi!cação das facilidades e di!culdades encontradas na realização das ações e no alcance dos resultados pactuados.
Favorece a oferta e formalização de espaços para educação permanente, avaliação formativa, apresentação dos resultados alcançados e prestação de contas. Protege espaços para sua própria re"exão e para compartilhar a perspectiva de outros, incluindo oportunidades de expressão a todos os envolvidos, em especial, aos usuários. Busca o menor dano possível nas situações em que houve falhas, assumindo e estimulando o reconhecimento de responsabilidades. Promove uma cultura de avaliação comprometida com a melhoria dos processos, produtos e resultados.
Faz e recebe críticas de modo respeitoso e voltado ao desempenho observado, incluindo sua autocrítica. Valoriza o esforço de cada um, favorecendo a construção de um ambiente solidário. Reconhece as conquistas realizadas e explora os eventos adversos de modo que pro!ssionais e instituição aprendam com os erros, visando evitá-los. Estimula o compromisso de todos com a transformação das práticas e da cultura instituídas, de modo a orientá-las por resultados que agregam valor à saúde e à qualidade de vida das pessoas e sociedade.
Estimula o levantamento de necessidades e demandas de saúde, visando à construção de um cuidado integral à saúde das pessoas.
Favorece a expressão de ideias e dúvidas e promove uma análise ampliada das necessidades e demandas identi!cadas. Promove a análise do contexto externo, identi!cando atores envolvidos, oportunidades e obstáculos à produção de saúde. Estimula a identi!cação de potencialidades e os aspectos que requerem melhoria, tanto em relação ao serviço/instituição/rede como em relação aos pro!ssionais, analisando os fatores críticos a serem enfrentados para o atendimento das necessidades e demandas de saúde identi!cadas.
Reconhece existência de interesses antagônicos ao analisar os contextos interno e externo, evitando reducionismos e buscando uma perspectiva de complementaridade, mediação, diálogo entre as diferentes visões. Promove o desenvolvimento do pensamento estratégico e utiliza ferramentas do planejamento para selecionar e priorizar problemas, estimulando o uso de dados e indicadores que objetivem e caracterizem as necessidades e demandas identi!cadas.
Favorece a interação das pessoas e a construção do trabalho em equipe, respeitando diferentes saberes e potencialidades e mostrando capacidade de ouvir e lidar com a diversidade de opiniões. Promove a construção de um ambiente de con!ança, que potencialize a agregação das pessoas em torno da melhoria da atenção à saúde e da busca por resultados que agreguem valor à saúde e à qualidade de vida das pessoas e da sociedade.
Utiliza movimentos de negociação e de construção de consensos para a de!nição da estratégia e das ações do plano. Participa da elaboração de ações contextualizadas e articuladas para o enfrentamento dos problemas priorizados e alcance dos resultados pactuados.
Participa da de!nição de metas e etapas, levando em conta o momento político, a gestão de pessoas e os aspectos de infraestrutura, materiais, equipamentos e !nanciamento, de modo orientado aos resultados pactuados. Participa da de!nição dos responsáveis, prazos, resultados esperados e do apoio para o desenvolvimento das ações.
Favorece a utilização de informações e dos elementos que agreguem valor na tomada de decisão, utilizando indicadores e as melhores práticas e evidências cientí!cas. Promove a tomada de decisão compartilhada, utilizando dispositivos que favoreçam a participação e a co-responsabilização. Busca um enfrentamento positivo e construtivo para as diferenças, reconhecendo que os con"itos são inerentes às relações interpessoais.
Estimula a socialização de informações de modo a contribuir para o comprometimento dos pro!ssionais de saúde com os resultados, paralelamente à ampliação da autonomia e da criatividade dos envolvidos.
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HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
Q U A D R O 1 ( c o n t )
Per!l de competência do gestor da clínica, Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde, IEP/HSL, 2012.
3 . 1 T Í T U L O C O N C E D I D O
Os especializandos concluintes e aprovados do curso farão jus à titulação de “Especialista em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde”, de
acordo com a regulamentação educacional vigente.
Identi!ca necessidades de aprendizagem
Promove e avalia ações educacionais
Apoia a produção de novos conhecimentos
Mostra disponibilidade e abertura para a identi!cação de necessidades e oportunidades de aprendizagens pessoais, dos pro!ssionais envolvidos e das partes interessadas da organização. Estimula a curiosidade, a independência intelectual e o desenvolvimento da capacidade de aprender a aprender de todos os envolvidos na produção do cuidado. Mostra persistência e paciência em relação aos diferentes tempos de aprendizagem das pessoas e das equipes. Utiliza a realidade do trabalho para disparar processos de aprendizagem, respeitando o conhecimento prévio de cada um e levando em conta o contexto sócio-cultural individual, do serviço, da instituição ou rede.
Promove o desenvolvimento de ações educacionais voltadas às necessidades de aprendizagem, valorizando os saberes prévios. Incentiva e favorece o desenvolvimento de novas capacidades voltadas à superação das limitações e di!culdades. Estimula e busca a atualização de conhecimentos e a busca por inovações. Incentiva e desenvolve a capacidade de investigação e de busca de evidências cientí!cas e das melhores práticas, realizando a avaliação crítica das informações encontradas. Estimula a construção coletiva de conhecimento nas oportunidades do processo de trabalho e participa de espaços de educação permanente. Promove a educação pelo exemplo e atua como apoiador ou consultor de pro!ssionais com os quais trabalha. Monitora e avalia processos, produtos e resultados relacionados às atividades educacionais realizadas. Utiliza acertos e erros como insumo de aprendizagem pro!ssional e organizacional.
Identi!ca a necessidade de novos conhecimentos a partir da realidade e dos desa!os do trabalho em saúde.
Apoia o desenvolvimento ou participa da produção cientí!ca ou tecnológica na sua área de atuação, por meio de pesquisas orientadas por princípios ético-cientí!cos e voltadas para a geração e disseminação de conhecimentos relevantes à produção da saúde das pessoas e à qualidade de vida da sociedade.
ÁREA DE COMPETÊNCIA EDUCAÇÃO EM SAÚDE
AÇÕES"CHAVE DESEMPENHOS
ÁREA DE COMPETÊNCIA: ATENÇÃO À SAÚDE
AÇÕES"CHAVE DESEMPENHOS
Focaliza a atenção à saúde nas necessidades dos usuários
Avalia a atenção à saúde dos usuários
Favorece a investigação de problemas de saúde
Promove a construção de linhas de cuidado e projetos terapêuticos
Acompanha e avalia linhas de cuidado e projetos terapêuticos
Em todos os momentos do processo de trabalho, considera a complexidade envolvida na atenção à saúde-doença e assume uma postura empática em relação aos usuários. Promove uma investigação ampliada das necessidades de saúde e identi!ca problemas na produção do cuidado, considerando relevância, magnitude, vulnerabilidade e transcendência. Articula dados e informações para a identi!cação de inadequações dos processos assistenciais, levando em conta um modelo de atenção à saúde orientado às necessidades dos usuários e coerente com as premissas do Sistema Único de Saúde.
Trabalha com acolhimento valorizando a identi!cação de vulnerabilidade e a classi!cação de risco para a tomada de decisão. Busca o diálogo entre necessidades e recursos disponíveis nas redes para a construção de projetos terapêuticos voltados à melhoria da atenção à saúde oferecida aos usuários. Utiliza a saúde baseada em evidência e as ferramentas de gestão da clínica para a construção de linhas de cuidado e projetos terapêuticos e!cazes, e!cientes, efetivos e seguros. Constrói o projeto terapêutico com apoio da equipe, de modo a agregar o valor necessário ao atendimento das necessidades de saúde identi!cadas. Constrói a linha de cuidado articulando ações e serviços em função da garantia do acesso, da continuidade, da integralidade e da equidade da atenção à saúde. Compartilha decisões, fortalecendo o trabalho em equipe e a autonomia dos usuários.
Acompanha e avalia produtos, resultados e impacto das ações formuladas nos projetos terapêuticos e linhas de cuidado, considerando a articulação com os demais serviços das redes de atenção à saúde. Utiliza os sistemas de informação para a análise de produtos e resultados, valorizando a escuta quali!cada de usuários e trabalhadores na avaliação dos serviços, das linhas de cuidado e dos projetos terapêuticos. Presta contas e promove ajustes na produção do cuidado, de modo a orientá-lo pela qualidade, e!ciência, e!cácia e efetividade, considerando que as escolhas devem estar pautadas pelo valor agregado à qualidade de vida e à saúde dos usuários.
15
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
4 C U R R Í C U L O I N T E G R A D O
A integração entre a teoria e a prática, entre o mundo do trabalho e o da aprendizagem, entre processos educativos e de gestão na área da
saúde é um dos fundamentos dessa proposta de formação de especialistas em gestão da clínica nas regiões de saúde. Essa integração é
expressa pela (o):
construção do per!l de competência, a partir da interação de educadores, pro!ssionais de saúde e gestores indicados pelos propositores
dessa iniciativa/curso;
exploração da teoria a partir de situações do mundo do trabalho;
participação interdisciplinar e multipro!ssional dos autores responsáveis pela construção das experiências e das atividades educacionais
do curso;
desenvolvimento articulado dos processos de gestão, educação e das práticas no contexto das regiões de saúde e;
construção coletiva de processos de mudança na realidade regional.
4 . 1 P R O C E S S O E N S I N O $ A P R E N D I Z A G E M : A E S P I R A L C O N S T R U T I V I S T A
O processo de ensino-aprendizagem para a construção do per!l de competência como especialista em gestão da clínica está ancorado:
nas teorias interacionistas da aprendizagem2 ;
na metodologia cientí!ca;
nas comunidades de aprendizagem;
na dialogia;
em estratégias educacionais apropriadas a cada conteúdo, como processamento de situações-problema e de narrativas, aprendizagem
baseada em equipes, o!cinas de trabalho, plenárias, portfólio re"exivo, viagens entre outras e;
na construção dos projetos aplicativos voltados à realidade.
As raízes da utilização de problemas e da vivência como recursos para o processo ensino-aprendizagem podem ser encontradas em Dewey
(1929); o estímulo à autoaprendizagem em Jerome Bruner (1959); e a primeira organização curricular baseada em problemas no !nal da
década de 60, no curso médico da McMaster University, Canadá (Barrows, 1980; Schmidt, 1993). Ainda na década de 60, vale ressaltar Paulo
Freire discutindo a aprendizagem de adultos a partir da educação como prática de liberdade e de autonomia. A pedagogia de Paulo Freire
reconhece o homem em permanente produção e a produção de conhecimento a partir de suas relações com o mundo, ou seja, de sua
experiência (Freire, 2008).
2 As tendências pedagógicas na prática educacional focalizam a relação entre o objeto a ser conhecido (conteúdos de aprendizagem: produtos sociais e culturais), o sujeito que aprende e o professor (agente mediador entre o sujeito e o objeto). As teorias psicológicas que fundamentam as tendências pedagógicas são: inatista, ambientalista e sócio-con-strutivista (sociointeracionista). Pela teoria inatista (apriorística ou nativista) cada pessoa encontra-se pronta ao nascimento (personalidade, potencial, valores, formas de pensar e de conhecer) uma vez que os fatores hereditários e maturacionais de!nem sua constituição. A teoria ambientalista (associacionista, comportamentalista ou behaviorista) atribui exclusivamente ao ambiente a constituição das características humanas e privilegia a experiência como fonte de conhecimento e do comportamento. A teoria sociointeracionista refuta as teses antagônicas entre o inato e o adquirido e promove uma releitura desses fatores, indicando sua interação histórica e socialmente constituída, em movimentos per-manentes de reprodução/transformação (REGO, 1995).
16
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
A combinação entre os elementos experiência, ambiente e capacidades individuais permite a constituição das diferentes maneiras de
aprender. Ao realizar aprendizagens signi!cativas, os participantes reconstroem a realidade, atribuindo-lhe novos sentidos e signi!cados.
Para o adulto, esse signi!cado é construído em função de sua motivação para aprender e do valor potencial que os novos saberes têm
em relação a sua utilização na vida pessoal e pro!ssional. O processo que favorece a aprendizagem signi!cativa requer uma postura ativa
e crítica por parte daqueles envolvidos na aprendizagem (Coll, 2000). Dessa forma, o conhecimento prévio trazido pelos participantes é
essencial na construção dos novos saberes. A necessidade de buscar novas informações atende ao desenvolvimento de capacidades para a
aprendizagem ao longo da vida e para a imprescindível análise critica de fontes e informações (Venturelli, 1997).
A representação do processo ensino-aprendizagem na forma de uma espiral traduz a relevância das diferentes etapas educacionais desse
processo como movimentos articulados e que se retroalimentam. Os movimentos são desencadeados conforme as necessidades de
aprendizagem, frente a um disparador ou estímulo para o desenvolvimento de capacidades. A articulação entre a abordagem construtivista,
a metodologia cientí!ca e a aprendizagem baseada em problemas3 é apresentada de modo esquemático na Figura 3.
Identi!candoo problema
Formulandoexplicações
Avaliandoo processo
Elaborandoquestões
Construindonovos signi!cados
Buscando novasinformações
F I G U R A 3
Espiral construtivista do processo de ensino-aprendizagem a partir da exploração de um disparador4.
3 Barrows HS, Tamblyn RM. Problem-based learning. New York: Springer Press; 1980.
4 Traduzido e adaptado de Lima, V.V. Learning issues raised by students during PBL tutorials compared to curriculum objectives. Chicago, 2002 [Dissertação de Mestrado – University of Illinois at Chicago. Department of Health Education]
17
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
Movimento: identi!cando o problema e formulando explicações
A identi!cação do problema, a partir de um estímulo educacional, permite que cada participante explicite suas ideias, percepções,
sentimentos e valores prévios, trazendo à tona os fenômenos e evidências que já conhece e que podem ser utilizados para
melhor explicar uma determinada situação. As explicações iniciais e a formulação de hipóteses permitem explorar as fronteiras
de aprendizagem em relação a um dado problema, possibilitando identi!car as capacidades presentes e as necessidades de
aprendizagem. O exercício de suposições, conjecturas e proposições favorece a expansão das fronteiras de aprendizagem e
auxilia na elaboração das questões de aprendizagem que irão desa!ar as fronteiras identi!cadas.
Movimento: elaborando questões de aprendizagem
As questões formuladas representam as necessidades de aprendizagem e orientam a busca de novas informações. A seleção e
pactuação, no coletivo, das questões consideradas mais potentes5 e signi!cativas para o atendimento destas necessidades e
ampliação das capacidades de enfrentamento do problema identi!cado, trazem objetividade e foco para o estudo individual dos
participantes.
Movimento: buscando novas informações
A busca por novas informações deve ser realizada pelos participantes da forma considerada mais adequada. O curso disponibiliza
um conjunto de referências bibliográ!cas na forma de acervo e favorece o acesso a banco de dados de base remota. A ampliação
das pesquisas é estimulada e embora haja total liberdade para a seleção das fontes de informação, estas serão analisadas em
relação ao grau de con!abilidade.
Movimento: construindo novos signi!cados
A construção de novos signi!cados é um produto do confronto entre os saberes prévios e os novos conteúdos e, por isso, é um
movimento sempre presente no processo ensino-aprendizagem. Não somente ao serem compartilhadas as novas informações,
mas a todo o momento no qual uma interação produza uma descoberta ou um novo sentido. Todos os conteúdos compartilhados
deverão receber um tratamento de análise e crítica quer em relação às fontes como à própria informação em questão, devendo-se
considerar as evidências apresentadas.
Movimento: avaliando o processo
Outro movimento permanente desse processo é a avaliação. A avaliação formativa é realizada verbalmente ao !nal de cada
atividade e assume um papel fundamental na melhoria em processo. Todos devem fazer a autoavaliação focalizando seu processo
individual de aprendizagem e também avaliar a construção coletiva do conhecimento e a atuação dos professores nesse processo.
5 As questões que desa!am os participantes a realizarem sínteses, análises ou avaliações invariavelmente implicam no estudo concomitante dos aspectos conceituais, mas vãoalém do reconhecimento de fatos e mecanismos requerendo interpretação e posicionamento.
18
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
4 . 2 C O M U N I D A D E D E A P R E N D I Z A G E M : D I A L O G I A E F A C I L I T A Ç Ã O
A espiral construtivista envolve nos seus movimentos toda a comunidade de aprendizagem formada pelos participantes, facilitadores e
gestores de aprendizagem de região de saúde. Todos procuram aprender com todos durante todo o tempo. A colaboração, o desprendimento,
a tolerância, a generosidade possibilitam o diálogo franco, aberto e produtivo (Cross, 1998; Senge, 1990).
As comunidades de especializandos, também se constituem numa oportunidade para o exercício do trabalho em equipe, comunicação,
avaliação, criação de vínculos afetivos, corresponsabilidade pelo processo ensino-aprendizagem e de mudança, intercâmbio de experiências
e estímulo à aquisição de conhecimento e desenvolvimento de competência. Espera-se que as comunidades de aprendizagem desenvolvam
uma postura proativa e construam relações solidárias, respeitosas e éticas, com liberdade de expressão e corresponsabilidade.
4 . 3 P A P E L D O G E S T O R D E A P R E N D I Z A G E M D E R E G I Ã O E D O F A C I L I T A D O R
Os gestores de aprendizagem de região são os responsáveis pelo desenvolvimento e avaliação do processo de capacitação de facilitadores
e assumem o papel de coordenadores da região onde acontecem os encontros presenciais dos cursos de especialização do Projeto Gestão
da Clínica no SUS, apoiados por três coordenações: geral, pedagógica e administrativa. As funções do gestor de aprendizagem de região são:
apoiar os facilitadores no processo ensino-aprendizagem nas diversas estratégias educacionais dos cursos de especialização do
Projeto Gestão da Clínica no SUS;
apoiar os facilitadores na orientação da construção do projeto aplicativo;
atuar como mediador do processo ensino-aprendizagem nas atividades de capacitação dos facilitadores;
avaliar o desenvolvimento de competência dos facilitadores;
acompanhar o desenvolvimento das atividades de EAD;
apoiar o processo de validação dos cadernos e dos materiais educacionais dos cursos;
fazer a gestão dos encontros presenciais;
elaborar relatórios gerenciais;
favorecer a articulação entre os cursos de especialização do Projeto Gestão da Clínica no SUS e o desenvolvimento dos mesmos na
região de saúde.
Os facilitadores assumem o papel de mediadores do processo ensino-aprendizagem. O grupo deve encontrar no seu facilitador um apoiador
para o desenvolvimento de capacidades para construção do per!l de competência e os critérios de excelência estabelecidos. Ao trabalhar
com o grupo, o facilitador procura tornar as reuniões objetivas, fomentar a participação, gerar maior transparência, a !m de aprofundar a
compreensão sobre o problema/situação e a interação entre os especializandos, bem como construir condições favoráveis para o trabalho
coletivo. As funções dos facilitadores do curso são:
mediar o processo ensino-aprendizagem em pequenos grupos, nas o!cinas de trabalho, nas plenárias e nas demais
estratégias educacionais nos encontros presenciais;
19
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
mediar o processo de ensino-aprendizagem à distância;
avaliar o desenvolvimento de competência dos participantes;
orientar a construção e avaliar o portfólio re"exivo e o Trabalho de Conclusão de Curso – TCC dos especializandos e;
orientar e apoiar a construção da gestão da clínica nas regiões de saúde, especialmente por meio do projeto aplicativo.
4 . 4 O P R O J E T O A P L I C A T I V O
O curso contempla a elaboração de um ou mais projetos aplicativos para cada grupo de especializandos, possibilitando o aprofundamento
dos conteúdos relacionados às áreas de competência. Essa estratégia educacional possibilita a construção de novos conceitos e paradigmas,
a oportunidade de disparar processos de mudanças efetivas no modo de produzir ações de saúde e contribui para a coconstrução de
autonomia dos pro!ssionais de saúde para lidar com as situações que permeiam o cotidiano do trabalho.
Espera-se que os objetos dos projetos aplicativos estejam diretamente relacionados à gestão da clínica nas regiões de saúde onde estão
inseridos os participantes do respectivo grupo, possibilitando na prática a avaliação e a reorganização do cuidado nos diferentes espaços
de produção de saúde.
Os especializandos deverão participar da construção coletiva dos projetos na região de saúde, valendo-se do diagnóstico e do planejamento
compartilhados, base para o desenvolvimento das mudanças na gestão da clínica nas regiões de saúde. O processo do diagnóstico, até a
de!nição de metas e implementação de ações, deverá ocorrer em espaço institucional real, contando com a participação das equipes dos
serviços, dos colegiados de gestão, dos distritos de saúde, etc., ou seja, proporcionando o envolvimento dos atores concretos daquele
recorte do sistema, com apoio do respectivo facilitador.
Como os projetos aplicativos implicarão, em geral, mudanças no modo de fazer a gestão e o cuidado, pressupõe-se certa capacidade de
construção de consenso por parte dos especializandos (Furlan e Amaral, 2008).
4 . 5 C O M P R O M I S S O C O M A S R E G I Õ E S D E S A Ú D E E S U A S R E D E S D E A T E N Ç Ã O À S A Ú D E
A utilização das necessidades de saúde, individuais e coletivas, como orientadoras da organização da atenção à saúde e da formação
pro!ssional, re"ete o compromisso social de gestores e formadores com as situações relevantes para a melhoria do SUS e, consequentemente,
da qualidade de vida das pessoas.
Uma concepção ampliada e humanizada em relação às necessidades de saúde que incluam a dimensão subjetiva e social das pessoas e leve
em consideração os valores e a autonomia do paciente e familiares, bem como o trabalho em equipe na construção dos planos terapêuticos
(Cecílio, 2001), reorienta a seleção dos conteúdos e saberes que compõem o marco referencial teórico da gestão da clínica.
A orientação do curso por competência implica combinação de conteúdos das áreas de saúde, gestão e educação que, desenvolvidos de
modo integrado, propiciam uma intervenção quali!cada e mais efetiva, no sentido da melhoria da qualidade do cuidado nas regiões de
saúde.
20
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
5 E S T R U T U R A D O C U R S O
O currículo do programa está estruturado em dois eixos:
simulação da realidade;
contexto real do trabalho do especializando.
No eixo baseado na simulação, os autores do curso selecionaram e articularam materiais e recursos educacionais, bem como elaboraram os
textos utilizados como estímulos ou disparadores da aprendizagem dos participantes e do desenvolvimento de capacidades relacionadas ao
per!l de competência. Ainda neste eixo, a representação da realidade no formato de situações-problema, TBL (Team Based Learning), !lmes,
dramatizações, jogos, vivências e outros, buscam potencializar a aprendizagem por meio de um maior envolvimento dos participantes e da
articulação entre teoria e prática. As representações do mundo do trabalho são disparadores da aprendizagem.
No eixo voltado ao contexto real, os especializandos trazem e exploram as representações da sua prática pro!ssional, por meio de narrativas
e do projeto aplicativo, com vistas à produção de um diálogo entre as aprendizagens construídas no curso e as possibilidades de aplicação
e de transformação da realidade, considerando-se o campo de atuação do gestor e do pro!ssional da saúde.
5 . 1 C A R G A H O R Á R I A E A T I V I D A D E S E D U C A C I O N A I S
O curso de especialização Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde terá 360 horas, sendo:
288 horas presenciais e
72 horas de trabalho a distância
O curso está organizado em encontros presenciais semanais e períodos de educação à distância para o desenvolvimento de trabalhos
relacionados às atividades educacionais e ao Projeto Aplicativo com apoio dos facilitadores. As atividades educacionais realizadas à distância
representam 20% da carga horária total do curso e devem ser pactuadas entre os participantes e acompanhadas pelos facilitadores por meio
da plataforma interativa de Educação a Distância – EAD.
No âmbito do processo ensino-aprendizagem as atividades educacionais estão organizadas de modo articulado e orientadas ao
desenvolvimento de competência, cabendo ressaltar as seguintes estratégias:
aprendizagem baseada em problemas – ABP ou problem based learning - PBL é um método inspirado em várias teorias de aprendizagem
que se caracteriza pelo uso de uma situação vivida ou construída como contexto e elemento disparador para a aprendizagem, focalizando
habilidades para solucionar problemas, com fundamentação cientí!ca. No curso de especialização esta atividade é chamada de situação-
problema – SP. A situação-problema é uma atividade organizada em pequenos grupos para o processamento de situações baseadas no
mundo do trabalho. As situações-problema cumprem o papel de disparadoras do processo ensino-aprendizagem, sendo processadas
em dois momentos: o primeiro, denominado síntese provisória, no qual ocorre a exploração de uma situação com identi!cação dos
21
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
conhecimentos prévios e das fronteiras de aprendizagem dos especializandos; e o segundo, denominado nova síntese, no qual há uma
construção coletiva de novos saberes, a partir das questões de aprendizagem e da busca crítica de informações;
problematização a partir de narrativas re"exivas construídas a partir da experiência dos participantes e processadas em pequenos
grupos. Cumpre o papel de disparadoras do processo ensino-aprendizagem e proporciona, de forma mais direta e intensa, a re"exão
sobre os contextos locais de cada especializando, além de abrir um espaço signi!cativo para o desenvolvimento de algumas capacidades,
como ampliação dos sentidos: escuta, olhar, sentir e percepção e das dimensões cognitiva e afetiva. Também são processadas em dois
momentos: síntese provisória e nova síntese;
aprendizagem baseada em equipe ou team based learning – TBL é uma estratégia dirigida para o desenvolvimento do domínio cognitivo,
especialmente focalizado na resolução de problemas, e para a aprendizagem colaborativa entre participantes com distintos saberes e
experiências. Inicialmente concebida como uma alternativa às exposições para grandes grupos, a aprendizagem baseada em equipes
foi aplicada no ensino em ambiente hospitalar. É desencadeada a partir de uma situação caso ou disparador que cada especializando
analisa individualmente. Após esse estudo, os especializandos respondem a um conjunto de testes que abordam a tomada de decisão
frente à situação/contexto analisado. Frente a um conjunto de 5 a 15 questões, cada especializando registra suas respostas. Após conhecer
os resultados individuais, cada equipe discute as alternativas e busca um consenso/pacto. Nova votação é realizada por equipe e os
resultados são debatidos por um especialista. Essas atividades são articuladas a desa!os de aplicação dos conhecimentos em novas
situações simuladas, no formato de o!cinas, jogos ou dramatizações;
socialização das produções dos especializandos em plenária é uma atividade educacional presencial desenvolvida em grande e pequenos
grupos de participantes, que compartilham suas novas sínteses. Essa atividade cumpre o papel de uma nova síntese ampliada, com
debatedores e especialistas;
o!cinas de trabalho são atividades educacionais presenciais realizadas em grande e pequeno grupo e desenvolvidas por meio de
momentos de concentração e dispersão para a discussão ou aplicação de capacidades de caráter instrumental e de conhecimentos
operacionais;
aprendizagem autodirigida – AAD representa espaços protegidos na agenda dos participantes para que realizem suas buscas e análise
de informações e construam seus portfólios. Esse é um período estratégico para o desenvolvimento de metodologias ativas de
ensino-aprendizagem;
viagens são atividade sociais e/ou artísticas, dentro de um contexto pedagógico, como sessão de cinema, visitas técnicas, instalações,
dramatizações etc., que contribuem para uma aprendizagem ampliada e diversi!cada. Pode ainda ser organizada de maneira articulada a
uma o!cina de trabalho ou a uma atividade de avaliação;
portfólio re#exivo é um conjunto de documentos organizados pelo especializando que retratam sua trajetória no curso. Representa
o conjunto e a tendência das aprendizagens e realizações do participante, durante o período de desenvolvimento do curso. Pode ser
trabalhado em momentos de encontro com o pequeno grupo, momentos individuais e momentos tutoriais entre cada especializando e
seu facilitador de aprendizagem;
22
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
trabalho de conclusão de curso representa uma síntese re"exiva do portfólio a ser construído individualmente pelos especializandos;
projeto aplicativo é uma atividade coletiva, desenvolvida em pequeno grupo no sentido da construção de uma intervenção na realidade.
É uma pesquisa translacional, do tipo pesquisa-ação ou pesquisa participativa, que envolve todos os participantes de um pequeno
grupo na seleção, pactuação e caracterização um problema para a construção de uma proposta de intervenção, visando à aplicação das
ferramentas de gestão da clínica para a melhoria da qualidade e da segurança na saúde;
plataforma interativa de educação a distância – EAD é recurso educacional para promover o trabalho a distância, para apoiar a avaliação
e a gestão acadêmica. O acesso e operação do recurso fórum e chat na plataforma de EAD permite a realização de sínteses provisórias ou
novas sínteses a distância com a mediação dos facilitadores e apoio técnico da secretaria acadêmica do IEP;
educação permanente – EP dos facilitadores é realizada a cada cinco semanas, durante um ou dois dias de trabalho. É um espaço para a
discussão dos percursos singulares de cada grupo de modo a preservar as especi!cidades e paralelamente garantir o alcance dos objetivos
por todos. Possibilita agilidade no reconhecimento de limitações ou di!culdades e na formulação de planos de melhoria, quer com foco
no curso ou na trajetória especí!ca de um participante. A identi!cação de conquistas e fortalezas permite o apoio de uns aos outros na
direção da melhoria da qualidade do curso.
comunidades de aprendizagem organizadas segundo as atividades educacionais sendo:
grupo diversidade/equipe: formado por 6 participantes cada, escolhidos de maneira a contemplar a maior diversidade possível de
experiência prévia entre os participantes. O curso de especialização terá oito equipes de trabalho que atuarão juntas durante todo o
período, com acompanhamento dos facilitadores;
grupo a!nidade/projeto aplicativo: formado por até 12 participantes com atuação/vinculação às ações ou aos serviços relacionados a
um determinado contexto/foco de interesse. Cada região terá quatro grupos de trabalho. Cada um desses grupos será acompanhado pelo
mesmo facilitador durante todo o curso de especialização, que será o orientador do projeto aplicativo.
Carga Horária por atividade educacional:
A carga horária do curso está distribuída segundo as atividades educacionais (ver Quadro 2). Há um período de tempo especí!co protegido
para que o especializando realize suas buscas e sínteses individuais. No curso, essa carga horária é denominada aprendizagem auto-dirigida -
AAD. A distribuição da carga horária para as atividades de educação a distância e para a aprendizagem auto-dirigida faz parte da construção
de autonomia e corresponsabilização pela trajetória no curso, considerando-se o contexto no qual algumas tarefas são pactuadas pelas
comunidades de aprendizagem.
23
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
Q U A D R O 2
Carga horária dos especializandos, segundo atividade educacional, Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde,
IEP/HSL, 2012-13.
5 . 2 P E R Í O D O , P E R I O D I C I D A D E E O R G A N I Z A Ç Ã O D O S E N C O N T R O S P R E S E N C I A I S
O Curso está organizado em seis unidades educacionais de cinco semanas. Cada Unidade Educacional é desenvolvida em quatro semanas
sendo a quinta semana dedicada ao trabalho de planejamento e avaliação dos docentes. Na quinta semana, os facilitadores tem encontros
presenciais com o gestor de aprendizagem de região, com apoio da coordenação do curso, para a realização de educação permanente
(ver Quadros 3 e 4).
Q U A D R O 3
Desenvolvimento do Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde, IEP/HSL, 2012-3.
Desenvolvimento das atividades com especializandos – Encontros locais – ELEducação Permanente de facilitadores – EP
I Unidade
Educacional
1 2 3 54
EL EP
II Unidade
Educacional
1 2 3 54
EL EP
III Unidade
Educacional
1 2 3 54
EL EP
IV Unidade
Educacional
1 2 3 54
EL EP
V Unidade
Educacional
1 2 3 54
EL EP
VI Unidade
Educacional
1 2 3 54
EL EP
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
Atividade EducacionalSituação-problema/Narrativa
Plenária/TBL/O!cinasViagem
PortfólioAprendizagem auto-dirigida – AAD
Educação a distânciaProjeto aplicativo
TotalTrabalho de Conclusão de Curso
Carga Horária24 horas80 horas12 horas12 horas
120 horas72 horas40 horas
360 horas80 horas
24
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
1 - TBL: Team based learning; 2 - O!cina de Trabalho; 3 – SP: Situação-problema; 4 - AAD: Aprendizagem auto-dirigida;
As atividades presenciais são:
(i) manhã do primeiro dia de encontro realizado com um facilitador, com apoio de especialistas, e os 48 especializandos em atividades de TBL,
plenárias, o!cinas de trabalho, viagens, dramatizações, entre outros, com momentos de concentração (grande grupo) e dispersão (equipes);
(ii) tarde do primeiro dia, é dedicada às atividades autodirigidas e da construção e discussão do portfólio. O período de aprendizagem
autodirigida – AAD é desenvolvido paralelamente aos encontros de portfólio que envolve facilitador e especializando(s) em
horários pactuados. Também poderão ser programadas o!cinas de trabalho para os grupos a!nidade;
(iii) manhã do segundo dia, destinado ao trabalho com as comunidades de pequeno grupo a!nidade, que desenvolverão atividades de PBL
e de problematização a cada cinco semanas;
(iv) tarde do segundo dia, também destinado às comunidades de pequeno grupo a!nidade, focalizando o desenvolvimento e construção
do Projeto Aplicativo, sob a orientação do facilitador, a cada cinco semanas.
O período letivo do Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde terá início em agosto de 2012 e se encerra em julho
de 2013, com um período de recesso entre 14 de dezembro de 2012 e 19 de fevereiro de 2013, em cada uma das dez regiões de saúde. A
programação dos encontros presenciais pode ser observada no Quadro 5.
Q U A D R O 4
Semana típica dos Cursos de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde, IEP/HSL, 2012-3.
PERÍODO2º dia
Grupo A!nidade1º dia
Grupo Diversidade
Manhã
Tarde
Noite
TBL1 - OT2 - Plenária SP3/Narrativa
AAD4/Portfólio/OT/Viagem Projeto Aplicativo
AAD/Portfólio
25
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
Q U A D R O 5
Programação dos encontros presenciais, Curso de Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde, IEP/HSL, 2012-3.
*GD/Equipe – Grupo Diversidade; GA – Grupo A!nidade (ver Quadro 4).
PERÍODO
ABERTURA
ACOLHIMENTO
2012
2013
UNIDADE EDUCACIONALI
UNIDADE EDUCACIONALIV
UNIDADE EDUCACIONALIII
UNIDADE EDUCACIONALVI
UNIDADE EDUCACIONALII
UNIDADE EDUCACIONALV
DATA
DATA
12/09
20/02
21/11
08/05
17/10
27/03
19/09
27/02
28/11
15/05
24/10
03/04
26/09
06/03
05/12
22/05
31/10
10/04
03/10
13/03
12/12
05/06
07/11
17/04
GRUPOS 1º DIA*
GRUPOS 1º DIA*
GD 1 A 8
GD 1 a 8
GD 1 a 8
GD 1 a 8
GD 1 a 8
GD 1 a 8
DATA
DATA
13/09
21/02
22/11
09/05
18/10
28/03
20/09
28/02
29/11
16/05
25/10
04/04
27/09
07/03
06/12
23/05
01/10
11/04
04/10
14/03
13/12
06/06
08/11
18/04
GRUPOS 2º DIA*
GRUPOS 2º DIA*
GA 1
GA 1
GA 1
GA 1
GA 1
GA 1
GA 2
GA 2
GA 2
GA 2
GA 2
GA 2
GA 3
GA 3
GA 3
GA 3
GA 3
GA 3
GA 4
GA 4
GA 4
GA 4
GA 4
GA 4
CRONOGRAMA DOS ENCONTROS $ GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE4ª.s e 5ª.s feiras
22 E 23 DE AGOSTO DE 2012
29 E 30 DE AGOSTO DE 2012
26
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
6 A V A L I A Ç Ã O
A avaliação é considerada uma atividade permanente e crítico-re"exiva tanto para o planejamento e desenvolvimento de programas como
para o acompanhamento do processo de ensino-aprendizagem em ações educacionais. Permite visualizar avanços e detectar di!culdades,
subsidiando ações para a contínua quali!cação do processo, produtos e resultados.
A proposta de avaliação para o curso de especialização em gestão da clínica nas regiões de saúde tem como foco de análise o desenvolvimento
do curso: processo ensino-aprendizagem, encontros e desempenho de especializandos e professores e as regiões de saúde participantes:
processos, produtos e/ou resultados de melhoria do cuidado à saúde, orientados pelos projetos aplicativos.
A avaliação, para ambos os focos, está baseada nos seguintes princípios:
critério-referenciada;
contínua, dialógica, ética, democrática e corresponsável;
formativa e somativa.
A avaliação é critério-referenciada quando os objetivos e o per!l desejados são utilizados como critérios ou referências para a avaliação de
produtos e resultados. Em relação ao per!l do especializando, os desempenhos observados são comparados aos critérios de excelência
estabelecidos no per!l de competência, sendo consideradas as três áreas de competência pro!ssional.
Em relação ao curso, todos os envolvidos devem receber, de modo contínuo e sistematizado, retornos que permitam analisar seu desempenho
e efetuar proposições de melhoria em seu percurso. As informações, provenientes de várias fontes, demandarão um diálogo entre observadores
e avaliados, primando pela postura ética, democrática e corresponsável. A avaliação do curso enfoca:
processo ensino-aprendizagem;
infraestrutura e recursos educacionais;
organização dos encontros/atividades.
Para a avaliação do processo ensino-aprendizagem será considerado o desempenho dos especializandos, facilitadores e os aspectos
pedagógicos das atividades propostas.
As avaliações de desempenho têm caráter formativo quando objetivarem a melhoria do processo e das aprendizagens dos participantes
sendo atribuídos os conceitos: “satisfatório” e “precisa melhorar”. O caráter somativo dessas avaliações cumpre o sentido de tornar visíveis as
aprendizagens realizadas e o desenvolvimento de competência, indicando a aprovação ou reprovação no curso. Para tanto, serão atribuídos os
27
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
conceitos “satisfatório” e “insatisfatório”, respectivamente, para aprovados e reprovados.
Para a avaliação do processo ensino-aprendizagem, da organização e infraestrutura do curso, serão acompanhados indicadores de participação
e de desenvolvimento, considerando-se participante e grupo.
O acompanhamento dos projetos aplicativos implicará no estabelecimento de uma linha de base das regiões de saúde em relação ao objeto do
curso, considerando-se a análise de contexto e a seleção de um conjunto de indicadores de desenvolvimento e/ou resultado.
6 . 1 A V A L I A Ç Ã O D E D E S E M P E N H O D O E S P E C I A L I Z A N D O
Será considerado aprovado no curso o especializando que obtiver:
Frequência mínima de 75% nas atividades presenciais;
Desempenho satisfatório nas atividades presenciais e a distância;
Cumprimento das atividades de avaliação;
Conceito satisfatório no Trabalho de Conclusão de Curso;
Conceito satisfatório no Projeto Aplicativo.
Frequência
As listas de presença devem ser assinadas durante a realização das atividades presenciais, sendo responsabilidade do facilitador entregá-las
à Secretaria Acadêmica do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês conforme os "uxos estabelecidos. Faltas justi!cadas, por
motivos estabelecidos na legislação vigente, devem ser comunicadas ao facilitador e à Secretaria Acadêmica por meio do endereço eletrônico:
Avaliação formativa
As avaliações com características formativas serão realizadas durante e ao !nal de todas as atividades de ensino-aprendizagem, garantindo o
reconhecimento de conquistas e oferecendo oportunidades de melhoria, de construção de novos signi!cados e de renegociação do pacto de
convivência sempre que for necessário. Para tanto, são focalizadas a autoavaliação, a avaliação realizada pelos demais participantes, também
denominada interpares, e a avaliação do facilitador.
Avaliação somativa
A avaliação somativa focaliza o desempenho dos especializandos nas atividades de situações-problema/narrativas, portfólio, trabalho de
conclusão de curso e projeto aplicativo e será realizada pelo facilitador do grupo a!nidade.
28
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
Cabe aos facilitadores elaborar duas sínteses escritas em documento especí!co (ver Anexo I) e apresentá-las aos especializandos: uma no
encontro presencial da IV Unidade Educacional, de caráter formativo e outra na VI Unidade Educacional de caráter somativo. Essa avaliação
!nal de desempenho deve analisar a tendência do desenvolvimento de competência, registrada nos dois formatos, segundo cronograma
apresentado no item 6.4.
A avaliação do portfólio deve ser realizada durante os momentos presenciais, ao longo do curso e utiliza análise documental e verbal para
a identi!cação das realizações alcançadas na trajetória do especializando no curso. Essa avaliação também tem referência no per!l de
competência e deve ser orientada às necessidades individuais de aprendizagem, tanto as declaradas pelo especializando como as percebidas
pelo facilitador. Podem integrar o portfólio: memorial, expectativas, relatos, histórias, sínteses provisórias e novas sínteses, mapas conceituais,
diagramas, referências bibliográ!cas entre outros. A inclusão deste material é de escolha do especializando, de acordo com o que entende
como relevante para sua formação. Além destes registros, a avaliação de portfólio abre espaço para as re"exões dos participantes, de modo a
contemplar seus processos de autoconhecimento, autodesenvolvimento e autorrealizações. Estarão em foco as relações estabelecidas entre as
aprendizagens construídas no curso e a realidade na qual o participante está inserido pro!ssionalmente.
Uma síntese individual e re"exiva da trajetória e, portanto, do portfólio de realizações, cumpre o papel do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC
e deverá ser construída com apoio do facilitador de acordo com as diretrizes do Termo de Referência especí!co.
A avaliação do projeto aplicativo, construído pelo grupo, levará em conta a forma como foram identi!cados e priorizados os problemas, assim
como a proposta de ação para a gestão da clínica na respectiva região de saúde. Os aspectos e critérios para a avaliação do projeto aplicativo
estão explicitados no Termo de Referência especí!co.
6 . 2 A V A L I A Ç Ã O D E D E S E M P E N H O D O S F A C I L I T A D O R E S
A avaliação dos facilitadores deve ser realizada pelo especializando do Curso Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde a partir de um diálogo entre
a perspectiva dos participantes e o per!l de competência proposto. O objetivo dessa avaliação é a identi!cação de fortalezas e di!culdades
no apoio à construção de capacidades do especializando, visando à melhoria em processo e no sentido de uma prática educativa ética e
re"exiva. A avaliação de desempenho dos facilitadores deve considerar a atuação destes na mediação e favorecimento do processo ensino-
aprendizagem e na construção do portfólio e do projeto aplicativo.
A avaliação formativa dos facilitadores deve ser realizada verbalmente ao !nal de cada atividade educacional por todos os participantes,
incluindo a autoavaliação do facilitador. Duas sínteses escritas representando a perspectiva de cada participante devem ser registradas em
formato especí!co (ver Anexo II) e enviadas por meio da plataforma interativa ao !nal da IV Unidade Educacional e da VI Unidade Educacional,
segundo cronograma apresentado no item 6.4.
29
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
Q U A D R O 6
Cronograma de entrega das avaliações segundo foco, responsável e prazos, Curso de Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde, IEP/HSL, 2012-3.
6 . 3 A V A L I A Ç Ã O D O C U R S O
A avaliação do curso será processual, permitindo intervenções de melhoria contínua. A liberdade de expressão e as análises críticas são
estimuladas envolvendo todos os atores do curso: facilitador, especializandos, coordenadores e outros. Esse exercício faz parte do processo de
aprendizagem.
A avaliação quantitativa do curso é realizada ao !nal de cada unidade educacional e consiste na emissão de conceitos sobre os aspectos
didático-pedagógicos, organizacionais e de infraestrutura. O formato especí!co (ver Anexo III) deverá ser preenchido e enviado eletronicamente
por meio da plataforma interativa até uma semana após o término dos encontros (ver Quadro 6). Uma avaliação qualitativa será aplicada na
metade a ao !nal do curso, no sentido de caracterizar e interpretar a natureza dos critérios utilizados na emissão dos conceitos. Os professores
e coordenadores realizam as análises e a construção dos indicadores de desenvolvimento do curso, bem como sua apresentação e discussão
com todos os envolvidos.
6 . 4 C R O N O G R A M A E F L U X O S D E E N T R E G A D A S A V A L I A Ç Õ E S
O registro das avaliações de desempenho e das avaliações do curso deve ser encaminhado por meio da plataforma interativa, segundo prazos
estabelecidos (ver Quadro 6).
Avaliações
Avaliação Desempenho dos especializandos 1ª. Síntese
Avaliação Desempenho dos especializandos 2ª. Síntese
Avaliação Desempenho dos facilitadores 1ª. Síntese
Avaliação Desempenho dos facilitadores 2ª. Síntese
Avaliação das Unidades Educacionais
Avaliação !nal do curso
Responsável
facilitadores
facilitadores
especializandos
especializandos
especializandos e facilitadores
especializandos e facilitadores
Prazos
Até o último dia da quarta unidade educacional
Até o último dia da sexta unidade educacional
Até o último dia da terceiraunidade educacional
Até o último dia da sexta unidade educacional
Até 5 dias após a realização do último encontro das
unidades educacionais I a V
Até 5 dias após o término da última unidade educacional
30
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
7 . A N E X O S
Anexo I Formato de Avaliação de Desempenho do Especializando
Anexo II Formato de Avaliação de Desempenho do Facilitador
Especializando: Grupo A!nidade:
Facilitador (a): Data: / /
Assinatura do(a) Especializando(a) Assinatura do(a) Facilitador(a)
1. . Como têm sido as contribuições do (a) especializando (a) nas atividades presenciais e a distância? Justi!que.
2. Como tem sido o desenvolvimento de capacidades nas três áreas de competência: atenção, gestão e educação em saúde, considerando o portfólio? Justi!que.
3. Como tem sido o cumprimento dos pactos de trabalho? Justi!que.
4. Recomendações e/ou sugestões individualizadas do (a) facilitador (a) ao especializando (a):
5. Comentários do (a) especializando (a):
Conceito !nal: Satisfatório Precisa melhorar (avaliação formativa)/Insatisfatório (avaliação somativa)
Facilitador (a): Grupo A!nidade:
Especializando (a) (identi!cação opcional): Data: / /
1. Como tem sido a participação do (a) Facilitador (a) nas atividades presenciais e a distância? Justi!que.
2. Como tem sido o cumprimento do pacto de trabalho? Justi!que.
3. Comentários e/ou sugestões do (a) especializando (a) ao (a) facilitador (a):
Conceito: Satisfatório Precisa melhorar
31
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
Anexo III Avaliação das Unidades Educacionais/Curso
Avaliador: Especializando (a) Facilitador(a) Outro:
Identi!cação (opcional): Data: / /
LEGENDA: O - ótimo / B - bom / R - regular / P - péssimo / NA - não se aplica
3. Avaliação da infraestrutura e recursos educacionais3.1 Instalações físicas das salas: conforto e recursos audiovisuais O B R P3.2 Recursos de Informática: instalações, recursos e acesso O B R P3.3 Plataforma de educação a distância: acesso e funcionalidade O B R P3.4 Secretaria acadêmica: informações e atendimento O B R P3.5 Comentários sobre a infraestrutura e recursos educacionais:
2. Avaliação da organização das atividades2.1 Relevância do encontro para sua prática pro!ssional O B R P2.2 Pertinência, atualidade e inovação das temáticas abordadas O B R P2.3 Organização e distribuição das atividades educacionais no curso O B R P2.4 Adequação dos recursos educacionais às atividades realizadas O B R P2.5 Horários e períodos programados O B R P2.6 Comentários sobre a organização das atividades:
1. Avaliação dos aspectos didático-pedagógicos1.1. Atividade: Situações-problema O B R P NA1.2. Atividade: Narrativa O B R P NA1.3. Atividade: Plenária/TBL O B R P NA1.4. Atividade: O!cina de trabalho O B R P NA1.5. Atividade: Viagem O B R P NA1.6. Participação do facilitador do grupo a!nidade O B R P NA1.7. Participação do professor na plenária/TBL O B R P NA1.8. Participação do professor na o!cina de trabalho O B R P NA1.9. Aprendizagem auto-dirigida O B R P NA1.10. Comentários sobre os aspectos didático-pedagógicos:
4. Avaliação das Unidades Educacionais /curso4.1 Como avalia o encontro? O B R P4.2 Comentários adicionais e/ou sugestões para melhoria do curso
32
HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
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ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DA CLÍNICA NAS REGIÕES DE SAÚDE
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HOSPITAIS DE EXCELÊNCIA A SERVIÇO DO SUS
A G R A D E C I M E N T O S
Ministério da Saúde
Alexandre Padilha – Ministro da Saúde
Helvécio Miranda Magalhães Júnior – Secretário da Secretaria de Atenção à Saúde
Luiz Odorico Monteiro de Andrade – Secretário da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa
Mozart Salles - Secretário da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
Márcia Aparecida do Amaral – Secretaria Executiva
CONASS – Conselho Nacional de Secretários de Saúde
Wilson Duarte Alecrim – Presidente
Jurandi Frutuoso Silva – Secretário Executivo
Eliana M. R. Dourado e Maria José O. Evangelista – Assessoras Técnicas
CONASEMS – Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
Antÿnio Carlos Figueiredo Nardi – Presidente
José Ênio Servilha Duarte – Secretário Executivo
Nilo Brêtas Júnior – Assessor Técnico
Fundação Dom Cabral
Wagner Furtado Veloso – Presidente Executivo
Paulo Tarso Vilela de Resende – Diretor de Desenvolvimento e Pós-Graduação
Silene de Fátima Lopes Magalhães – Coordenadora de Pós-Graduação
HSL – Hospital Sírio-Libanês
Vivian Abdalla Hannud – Presidente da Sociedade Bene!cente de Senhoras
Gonzalo Vecina Neto – Superintendente Corporativo
Paulo Chapchap – Superintendente de Estratégia Corporativa
Projeto
Gestão da Clínica no Sistema Único de Saúde: Especialização em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde
Coordenação – Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa
Renata Elizabeth Lourenço Cabral
Coordenação do Curso: Marilda Siriani de Oliveira
Autores
Gestores de Aprendizagem de Região:
Rua Cel. Nicolau dos Santos, 69Bela Vista – São Paulo – SP – CEP 01308-060
Tel.: 55 11 3155-8800 [email protected] - www.hospitalsiriolibanes.org.br/ensino