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Universidade Federal do Rio de Janeiro Análise da influencia meteorológica no sistema logístico de suprimento offshore Leonardo Bittencourt Araujo de Souza Rio de Janeiro 2017

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Análise da influencia meteorológica no sistema

logístico de suprimento offshore

Leonardo Bittencourt Araujo de Souza

Rio de Janeiro

2017

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Análise da influencia meteorológica no sistema logístico de

suprimento offshore

Leonardo Bittencourt Araujo de Souza

Projeto de Graduação apresentado ao

Curso de Engenharia Naval e Oceânica da

Escola Politécnica, Universidade Federal

do Rio de Janeiro, como parte dos

requisitos necessários à obtenção do título

de Engenheiro.

Orientador: Jean David Job Emmanuel

Marie Caprace

Rio de Janeiro

Setembro de 2017

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Análise da influencia meteorológica no sistema logístico de

suprimento offshore

Leonardo Bittencourt Araujo de Souza

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIA AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE

ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE REQUISITOS

NECESSARIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO NAVAL E

OCEÂNICO

Examinado por:

______________________________________________

Prof. Jean-David Job Emmanuel Marie Caprace, Ph.D

______________________________________________

Prof. Floriano Carlos Martins Pires Junior, D.Sc.

______________________________________________

Prof. Luiz Felipe Assis, D.Sc.

______________________________________________

Prof. Marcelo Igor Lourenço de Souza, D.Sc

Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Setembro de 2017

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Souza, Leonardo Bittencourt Araujo de

Análise da influencia meteorológica no sistema logístico de suprimento offshore / Leonardo Bittencourt Araujo de Souza – Rio de Janeiro: UFRJ/ESCOLA POLITÉCNICA, 2017

VIII, 64 p.: il.; 29,7 cm.

Orientador: Jean-David Job Emmanuel Marie Caprace

Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/ Curso de Engenharia Naval e Oceânica, 2017.

Referencias Bibliográficas: p. 62-64.

1. Simulação de Eventos Discretos 2. Altura de Onda 3. Suprimento Offshore

I. Caprace, Jean-David Job Emmanuel Marie. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Naval e Oceânica. III. Análise da influencia meteorológica no sistema logístico de suprimento offshore.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, pоr tеr mе dado saúde е força.

A UFRJ e ao DENO, pela oportunidade de realizar este curso.

Ao mеυ orientador, Jean-David Caprace, pela orientação е confiança, e a todos

os professores e funcionários da UFRJ, pelo apoio.

Aos meus pais Helenisia e Gobardo, e a minha irmã Luisa, por todos esses anos

de carinho e por não medirem esforços para que eu pudesse seguir adiante.

A minha namorada Gabriela, pelo amor, apoio e compreensão por todos esses

anos.

Aos meus amigos de faculdade, por ter ajudado a passar por todos os desafios

para a conclusão do curso. Principalmente ao João Vitor e Raphael, pela ajuda e

companheirismo nos momentos mais importantes para minha formação.

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Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica / UFRJ como

parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Naval e

Oceânico.

Análise da influencia meteorológica no sistema logístico de suprimento offshore

Leonardo Bittencourt Araujo de Souza

Setembro/2017

Orientador: Jean-David Job Emmanuel Marie Caprace

Curso: Engenharia Naval e Oceânica

O suprimento de plataformas de produção de petróleo é um dos maiores custos na

operação de exploração de petróleo em águas profundas, como no caso do pré-

sal. A logística de apoio offshore é de muita importância para a área offshore,

procurando aperfeiçoar o processo de forma a reduzir seus custos de operação.

Atrasos na entrega de materiais podem causar paradas na produção e são uma

consequência de processo logístico falho. Por isso é importante que essa cadeia

seja eficiente, oferecendo um elevado nível de serviço às unidades marítimas, com

utilização ótima dos ativos da operação. A simulação e otimização das operações

são formas de se analisar e reduzir os custos da operação.

O trabalho analisa a sensibilidade do sistema logístico de suprimentos offshore, no

terminal e plataformas, devido a diferentes condições climáticas com base em um

estudo de caso. Com dados climáticos históricos da região do pré-sal, e dados de

embarcações de apoio offshore foi possível gerar um banco de dados com

capacidade de carga e frequência de atendimento a plataformas. A avaliação do

impacto das restrições operacionais meteorológicas para cada sistema foi efetuada

através de simulação de eventos discretos, com a inclusão das distribuições de

probabilidade dos intervalos sucessivos de bom e mau tempo. As atividades são

interrompidas em caso de mau tempo.

Os resultados obtidos de custos de operação, quantidades de pedidos no terminal,

tempo de utilização das embarcações foram obtidos para cada altura de onda,

sendo possível realizar uma análise para otimização no processo de logística de

suprimentos offshore.

Palavras-chave: Simulação de Eventos Discretos, Altura de Onda, Suprimento

Offshore

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Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of

the requirements for the degree of Engineer.

Leonardo Bittencourt Araujo de Souza

Setembro/2017

Advisors: Jean-David Job Emmanuel Marie Caprace

Course: Naval and Ocean Engineering

The supply of oil production platforms is one of the biggest costs in the operation of oil

exploration in deep water, as in the case of pre-salt. Offshore support logistics are of

great importance to the offshore area, seeking to streamline the process in order to

reduce their operating costs. Delays in delivery of materials, causing production

stoppage are a consequence of flawed logistics process. That is why it is important that

this chain be efficient, offering a high level of service to maritime units and optimal use

of the assets of the operation. Simulation and optimization of operations are ways of

analyze and reduce operating costs.

The paper analyzes the sensitivity of the offshore supply logistics system in the

terminal and platforms due to different climatic conditions through a case study. With

historical climatic data from the pre-salt region, and data from offshore support vessels,

it was possible to generate a database with load capacity and frequency of service to

platforms. The evaluation of the impact of the meteorological operational restrictions for

each system was made through the simulation of discrete events system, including the

probability distributions of successive intervals of good and bad weather. Activities are

interrupted in case of bad weather.

The results obtained from operating costs, quantity of requests at the terminal and time

of use of the vessels were obtained for each wave height, being possible to perform an

analysis for optimization in the logistics process of offshore supplies.

Keywords: Discrete Event Simulation, Wave Height, Offshore Supply.

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Sumário

1. Introdução .......................................................................................................... 1

1.1. Contexto Histórico ................................................................................. 1

1.2. Motivação .............................................................................................. 2

1.3. Objetivo ................................................................................................. 4

1.4. Estrutura do Projeto ............................................................................... 5

2. Revisão da Literatura ......................................................................................... 6

3. Metodologia ..................................................................................................... 11

4. Dados .............................................................................................................. 13

4.1. Terminais Terrestres ........................................................................... 13

4.2. PSV ..................................................................................................... 15

4.3. FPSO .................................................................................................. 21

4.4. Tempo de instalação e operação ......................................................... 26

4.5. Meteorologia ........................................................................................ 30

4.6. Lógica da Simulação ........................................................................... 35

4.7. Custo ................................................................................................... 38

5. Resultados Preliminares .................................................................................. 41

6. Resultados ....................................................................................................... 43

6.1. Fila no Porto ........................................................................................ 46

6.2. Tempo de Viagem ............................................................................... 49

6.3. Tempo na plataforma .......................................................................... 53

6.4. Custo ................................................................................................... 56

7. Conclusão ........................................................................................................ 61

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Lista de Figuras

Figura 1: Perfil da região do pré-sal (Fonte: Petrobras) ................................................ 3

Figura 2: Localização dos reservatórios de óleo no pré-sal, em azul (Fonte:

www.ibp.org.br) ............................................................................................................. 4

Figura 3: Sistema logístico offshore (Fonte: FERREIRA FILHO, V. J. M.; “Gestão de

Operações e Logística na Produção de Petróleo”) ...................................................... 13

Figura 4: Porto de Imbetiba, Macaé, (Fonte: Erick Azevedo) ...................................... 14

Figura 5: Padrão de carregamento de um PSV (Fonte: howlingpixel.com) ................. 16

Figura 6: Exemplo de contêiner offshore (Fonte: Offshore cargo handling) ................. 17

Figura 7: Visão do arranjo interno do PSV (Fonte: PG-Macs (www.pg-macs.com)) .... 18

Figura 8: Detalhe dos equipamentos atuadores no sistema DP (Fonte: Rolls Royce) . 19

Figura 9: Atendimento de PSV a plataforma (Fonte: Bourbon Offshore) ..................... 22

Figura 10: Limitado espaço de carga (Fonte: berniesworldtour.wordpress.com) ......... 23

Figura 11: Demanda semanal média de unidades de produção na Bacia de Campos -

abril de 2011 a março de 2012 (Fonte: Leite, [23]). ..................................................... 24

Figura 12: Içamento de carga a bordo (Fonte: Blue Water)......................................... 25

Figura 13: Exemplificação de arranjo do cluster com quatro plataformas .................... 29

Figura 14: Saída de dados de distribuição discreta para ondas de 3 metros no quarto

trimestre...................................................................................................................... 32

Figura 15: Distribuição Gama para onda de 3 metros no terceiro trimestre e condição

de tempo bom ............................................................................................................. 33

Figura 16: Critério de seleção AD ............................................................................... 34

Figura 17: Exemplo de PSV na simulação .................................................................. 36

Figura 18: Exemplo de PSV atendendo a uma plataforma na simulação .................... 36

Figura 19: Fluxograma da lógica de simulação ........................................................... 37

Figura 20: Contratos de afretamento (Fonte: COPPE, UFRJ) ..................................... 38

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Lista de Tabelas

Tabela 1: Tipo de Embarcações Offshore (Moreira, 2007) .......................................... 15

Tabela 2: Características de cada tipo de carga [24] .................................................. 17

Tabela 3: Dimensões média para cada classe de PSV ............................................... 18

Tabela 4: Consumo médio de combustível ................................................................. 18

Tabela 5: Detalhamento das propriedades adotadas para os PSVs ........................... 20

Tabela 6: Detalhe dos pedidos médios (Fonte: Leite, 2012) ....................................... 23

Tabela 7: Demanda de carga por unidade de produção em metros quadrados .......... 24

Tabela 8: Distribuições de tempo para carga e descarga offshore e no porto ............. 25

Tabela 9: Distância média até a costa (Fonte: Petrobras Annual Report 2008, [26]) .. 27

Tabela 10: Escala de Beaufort (https://en.wikipedia.org/wiki/Beaufort_scale) ............. 31

Tabela 11: Distribuições de Bernoulli para mau tempo em altura de 3 metros ............ 32

Tabela 12: Distribuições de Bernoulli para mau tempo em altura de 3,5 metros ......... 32

Tabela 13: Distribuições de Bernoulli para mau tempo em altura de 4 metros ............ 32

Tabela 14: Distribuições de durações de tempo bom e ruim para altura de 3 metros . 34

Tabela 15: Distribuições de durações de tempo bom e ruim para altura de 3,5 metros 34

Tabela 16: Distribuições de durações de tempo bom e ruim para altura de 4 metros . 35

Tabela 17: Frotas iniciais ............................................................................................ 44

Tabela 18: Frotas propostas com até dois PSVs ........................................................ 46

Tabela 19: Frotas propostas com até três PSVs ......................................................... 46

Tabela 20: Frotas propostas com até quatro PSVs ..................................................... 46

Tabela 21: Exemplo de fila máxima no porto .............................................................. 47

Tabela 22: Tamanho médio da fila para as frotas com dois PSVs .............................. 48

Tabela 23: Tamanho médio da fila para as frotas com três PSVs ............................... 48

Tabela 24: Tamanho médio da fila para as frotas com quatro PSVs ........................... 48

Tabela 25: Porcentagem do tempo de viagem para as frotas com dois PSVs ............ 50

Tabela 26: Porcentagem do tempo de viagem para as frotas com três PSVs ............. 50

Tabela 27: Porcentagem do tempo de viagem para as frotas com quatro PSVs ......... 50

Tabela 28: Porcentagem do tempo de plataforma para as frotas com dois PSVs ....... 53

Tabela 29: Porcentagem do tempo de plataforma para as frotas com três PSVs ........ 53

Tabela 30: Porcentagem do tempo de plataforma para as frotas com quatro PSVs ... 53

Tabela 31:Custo médio de time-charter e combustível para arranjo com dois PSVs .. 56

Tabela 32: Custo médio de time-charter e combustível para arranjo com três PSVs .. 56

Tabela 33: Custo médio de time-charter e combustível para arranjo com 4 PSVs ...... 56

Tabela 34: Custo médio total e anual por PSV, nas frotas com 2, 3 e 4 embarcações 60

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Lista de Gráficos

Gráfico 1: Coeficiente de correção do tempo de navegação ....................................... 21

Gráfico 2: Número de FPSO instalados/planejados por ano no Brasil (Fonte: EDIN) .. 26

Gráfico 3: Vida útil da plataforma ................................................................................ 27

Gráfico 4: Número de unidades de produção por cluster ............................................ 28

Gráfico 5: Função densidade de probabilidade da distância entre plataformas dentro

do cluster .................................................................................................................... 29

Gráfico 6: Comportamento do Time-Charter segundo MRM ....................................... 40

Gráfico 7: Preços históricos de diesel ......................................................................... 40

Gráfico 8: Resultado da simulação com 50 iterações, média e faixa de erro

considerada. ............................................................................................................... 43

Gráfico 9: “Frota ótima” ............................................................................................... 44

Gráfico 10: Perfil de utilização de PSVs mais requisitados ......................................... 45

Gráfico 11: Perfil de utilização de PSVs subutilizados ................................................ 45

Gráfico 12: Fila no porto em F21 com altura de onda de três metros .......................... 47

Gráfico 13: Médias máximas de fila para .................................................................... 48

Gráfico 14: Médias máximas de fila ............................................................................ 49

Gráfico 15: Médias máximas de fila ............................................................................ 49

Gráfico 16: Comparação do tempo de viagem para as frotas com dois PSVs ............ 51

Gráfico 17: Comparação do tempo de viagem para as frotas com três PSVs ............. 51

Gráfico 18: Comparação do tempo de viagem para as frotas com quatro PSVs ......... 52

Gráfico 19: Comparação do tempo de plataforma para as frotas com dois PSVs ....... 54

Gráfico 20: Comparação do tempo de plataforma para as frotas com dois PSVs ....... 54

Gráfico 21: Comparação do tempo de plataforma para as frotas com quatro PSVs .... 55

Gráfico 22: Preço médio de time-charter e diesel para frotas com dois PSVs ............. 57

Gráfico 23: Porcentagem do custo de combustível no custo total para dois PSVs ...... 57

Gráfico 24: Preço médio de time-charter e diesel para frotas com dois PSVs ............. 58

Gráfico 25: Porcentagem do custo de combustível no custo total para três PSVs ...... 58

Gráfico 26: Preço médio de time-charter e diesel para frotas com dois PSVs ............. 59

Gráfico 27: Porcentagem do custo de combustível no custo total para quatro PSVs .. 59

Gráfico 28: Custo médio total por PSV ....................................................................... 60

Gráfico 29: Custo médio anual por PSV...................................................................... 60

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1. Introdução

1.1. Contexto Histórico

O inicio da exploração offshore teve início em 1896, no litoral da Califórnia, nos

Estados Unidos, onde as, bem sucedidas, primeiras experiências na exploração de

petróleo áreas alagadiças, em 1894, levaram ao empresário Henry Williams a expandir

a área de exploração para locais com alguma lâmina d’água. Os primeiros poços de

exploração ficavam em água abrigadas como lagos e pântanos, e eram “ligados” ao

continente por meio de piers. [1]

No ano de 1911, na Louisiana a companhia Gulf Refining abandonou o uso de

piers para chegar da costa para as plataformas, que eram fixas por estacas no solo

pantanoso, e passou a utilizar rebocadores e barcaças para atender-las, tornando-se o

precursor do suprimento offshore na extração de petróleo.

Dali para frente, com o desenvolvimento tecnológico e com a descoberta de

novas reservas de petróleo, principalmente no Golfo do México, em 1949, a sonda

“Breton Rig 20” foi a primeira a extrair óleo em mar aberto. [2]

Com o avanço da exploração da terra para o alto mar, percebeu-se que a

operação offshore seria o futuro da exploração de petróleo [2]. Para que a produção

continuasse a crescer e avançasse para águas mais profundas, além do

desenvolvimento tecnológico, seria necessária uma força-tarefa capaz de suprir as

demandas de suprimentos, isto ficou resolvido com o surgimento de embarcações

especiais que garantissem o transporte desses materiais, equipamentos e até

trabalhadores. Inicialmente, embarcações pequenas eram utilizadas para transportar

pessoas ("crewboats") e também barcos utilitários ("utility-boats") para o transporte de

cargas destinadas às unidades de perfuração. Mesmo assim, até os anos 50, as

embarcações disponíveis ao apoio offshore ainda eram precárias, com cascos

construídos de forma artesanal e não apresentando a robustez necessária à difícil

tarefa da prospecção em alto mar [2]. Como resultado, alguns acidentes eram

frequentes. Assim, ficou evidente então a necessidade de novos projetos com

características técnicas adequadas ao uso final a fim de propiciar melhores índices de

eficiência e requisitos mínimos de segurança: surgia então um novo conceito, o de

embarcação de suprimento – “supply boat”. A primeira embarcação deste tipo

chamou-se “Ebb Tide”, lançada em 1956, cujo projeto serviu de base para as futuras

embarcações, incorporando novos equipamentos e tecnologia até os dias de hoje. [3]

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1.2. Motivação

A exploração de petróleo offshore no Brasil começou em 1966, sendo

considerado marco inicial os primeiros levantamentos de sísmica na plataforma

continental. Em 1968 foi descoberto o primeiro campo de petróleo no mar, o campo de

Guaricema, através da plataforma flutuante P-1, e assim nascia o apoio marítimo no

Brasil.

Com a Guerra do Yom Kippur, também conhecida como a Guerra Árabe-

Israelense, em 1973, que acarretou na crise mundial de petróleo, devido à redução

nas exportações de óleo cru, muitas nações desenvolvidas intensificaram as buscas

de petróleo em seus territórios e os países tradicionalmente importadores passaram a

investir mais na exploração, tanto em terra como no mar.

No Brasil, a exploração começou no litoral de Sergipe e de Alagoas, seguida do

Espírito Santo. Em 1974, um ano depois de instalada a crise mundial, a Petrobras

descobriu uma grande reserva de petróleo na Bacia de Campos (RJ), no Campo de

Garoupa. Com o passar dos tempos novos campos gigantes de petróleo foram

descobertos na Bacia de Campos – Albacora (1984), Marlim (1985) e Roncador (1996)

e também na Bacia de Santos, descoberta em 2005. O Campo petrolífero de Lula,

antes denominado Tupi, localizado na bacia de Santos, oficialmente divulgado pela

Petrobras, em novembro de 2007, é o campo do pré-sal de maior importância

atualmente, ele abriu caminho para a busca de novos campos em regiões além do

pós-sal. [4]

O pré-sal é uma área de reserva petrolífera encontrada sob uma profunda

camada de rocha salina, que forma uma das várias camadas rochosas do subsolo

marinho. As reservas do pré-sal encontradas no litoral do Brasil são as mais profundas

em que já foi encontrado petróleo em todo o mundo. [5] Representam também o maior

campo petrolífero já encontrado em uma profunda região abaixo das camadas de

rochas salinas. O termo “pré” de pré-sal refere-se à temporalidade geológica e não à

profundidade. Considerando-se a perfuração do poço, a partir da superfície, o petróleo

do pré-sal é considerado subsal, pois está abaixo da camada de sal. O “pré” do pré-sal

refere-se à escala de tempo, ou seja, está em uma camada estratigráfica que é mais

antiga do que a camada de rochas salinas, mostrado na Figura 1. [6]

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Figura 1: Perfil da região do pré-sal (Fonte: Petrobras)

A área, que tem recebido destaque pelas recentes descobertas da Petrobras,

encontra-se no subsolo oceânico e estende-se do norte da Bacia de Campos ao sul da

Bacia de Santos e desde o Alto Vitória (Espírito Santo) até o Alto de Florianópolis

(Santa Catarina), mostrado na Figura 2. [5]

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Figura 2: Localização dos reservatórios de óleo no pré-sal, em azul (Fonte: www.ibp.org.br)

Apesar de expectativas de que a produção do pré-sal ultrapasse a produção do

pós-sal após 2018, em julho de 2017, a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP), divulgou que a produção de petróleo no pré-sal totalizou 1,352

milhão de barris por dia, superando pela primeira vez a produção nas camadas do

pós-sal. [7]

Com a importância da expansão da exploração de petróleo, e a complexidades

de operações envolvidas, um dos principais objetivos para a logística de exploração e

produção de petróleo é a redução de custos em operações, otimizando as rotas,

embarques de cargas, tudo de acordo com o cenário e logístico disponível. Casos de

implementação de planos logísticos são normais para a redução de custos, como por

exemplo, a Petrobras implementou um programa de logística que possibilitou reduções

de US$ 1,6 bilhão nos investimentos previstos entre 2012-2016, e até 2020, a redução

deve ser chegar a US$ 5,4 bilhões. [8]

1.3. Objetivo

O presente trabalho tem como objetivo analisar o processo da cadeia de

suprimentos de um terminal de abastecimento para a área offshore através do

transporte dos materiais por meio de embarcações de apoio offshore, realizando uma

análise de como a meteorologia influencia no aumento do custo operacional e na

logística de operação do porto.

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1.4. Estrutura do Projeto

Este trabalho é composto por oito capítulos, o primeiro capítulo é um capítulo

introdutório, onde é apresentado o contexto atual da indústria do petróleo, a motivação

e o objetivo deste projeto e por fim a estrutura presente no corpo deste trabalho.

No capítulo 2, é realizada a revisão da literatura, apresentando, analisando,

comentando trabalhos relacionados com o tema proposto por este trabalho.

No capítulo 3, é descrita a metodologia do trabalho.

No capítulo 4, são descritos em características gerais sobre cada elemento do

projeto, embarcações, plataformas, terminal terrestre, meteorologia, pedidos e custos,

em seguida são descritos os detalhes de cada.

No capítulo 5, estão descritos os resultados preliminares que foram usados

como pré-requisitos para o desenvolvimento dos futuros resultados do projeto.

No capítulo 6, estão descritos os resultados referentes a influencia da

meteorologia na logística de suprimentos offshore.

No capítulo 7, está descrita a conclusão, tomando como base os resultados

obtidos.

No capítulo 8, está descrita toda a bibliografia utilizada como referencia para o

desenvolvimento do trabalho.

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2. Revisão da Literatura

Kaiser [9] construiu um modelo para quantificar as viagens de embarcações de

serviço para prever a atividade no Golfo do México. A logística foi modelada como um

sistema determinista linear invariante no tempo. O objetivo do autor era entender os

impactos econômicos e ecológicos do uso da embarcação. O autor também indicou

que seus resultados poderiam ser usados como base para as decisões de

investimento em infra-estrutura, o estudo da logística da indústria de petróleo e gás

offshore tem sido diversificado, mas não teoricamente unificado ou bem desenvolvido.

Esses estudos abordam tópicos como pesquisa operacional aplicada em sistemas de

logística offshore, gerenciamento de informações, terceirização e outros. Na verdade,

embora muitas pessoas tenham adquirido uma compreensão empiricamente desta

questão, a acumulação de conhecimento está em seus estágios iniciais. Com o

mesmo objetivo, Kaiser e Snyder [10] realizaram um estudo sobre o número de

viagens necessárias para unidades offshore no Golfo do México, analisando dados

fornecidos pelas empresas. Os autores afirmam ter realizado a primeira análise

empírica da indústria de serviços offshore.

Aas et al. [11] argumentam sobre a demanda de navios de suprimentos, que as

pessoas responsáveis pela administração do terminal de abastecimento possuem

baixa competência logística formal, principalmente quando comparado a outras

atividades no setor de petróleo e gás e a outros profissionais que atuam em empresas

de logística. Os autores também observam a baixa prioridade da disciplina de

logística, pois não é a atividade central da empresa, e os profissionais treinados em

logística podem agregar valor à empresa em questões complexas, como o roteamento

de embarcações de abastecimento.

Aas et al. [12] discutiram muitas questões relativas ao agendamento e

roteamento de viagens para unidades offshore. A demanda e as incertezas climáticas

são fatores desafiadores do sistema de logística offshore. Em geral, as empresas

planejam rotas fixas, mas essas rotas podem ser alteradas se ocorrer algum evento

inesperado. A frota não pode ser dimensionada para a demanda média, mas é

necessário um excesso de capacidade, tornando mais fácil lidar com picos e períodos

de mau tempo. O número e o tamanho dos navios é outra questão complexa a ser

tratada no sistema de logística offshore. O transporte de grandes quantidades de

carga em uma única viagem diminuirá o custo unitário, embora nem sempre seja

possível atingir a ocupação de alta plataforma devido à frequência requerida de

atendimento, prazo e incertezas da demanda. Além disso, geralmente é necessário

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incluir muitas unidades offshore em uma única rota para aumentar o uso de grandes

embarcações, aumentando a probabilidade de desvios da rota e afetando um maior

número de unidades offshore do que se a rota fosse coberta por uma pequena

embarcação envolvendo menos offshore unidades. Um pequeno navio é mais flexível

e é mais provável que o navio esteja no porto quando alguma carga prioritária tem que

ser enviado. Por outro lado, os navios maiores são melhores em termos de diminuição

do número de viagens, para lidar com grandes picos de demanda, para cobrir períodos

de mau tempo e para atender uma unidade offshore em uma única visita.

Brito et al.[13] desenvolveram uma ferramenta computacional para auxiliar em

decisões estratégicas sobre o planejamento e dimensionamento da logística e dos

elementos de produção de siderúrgicas. Essa ferramenta corresponde a um programa

híbrido capaz de analisar e avaliar o complexo problema logístico proposto, ao

combinar técnicas de Modelagem de Simulação de Eventos Discretos e a Análise de

Decisão de Critérios Múltiplos. Também foram apresentadas as características do

sistema logístico proposto para as siderúrgicas, assim como as metodologias

aplicadas para montar a ferramenta computacional e analisar os resultados da

simulação, concluindo que a metodologia das técnicas combinadas é altamente

eficiente em relação as características principais do complexo sistema logístico.

Silva [14] decidiu estudar trade-offs em um sistema de transporte aquaviário de

ciclo fechado, através de simulações. Foi proposto pelo autor, realizar o

dimensionamento da frota de embarcações e estoques do sistema aquaviário de

transporte de minério de ferro avaliando o trade-off entre capacidade transportada e

capacidade de armazenamento. Tal sistema consiste em dois portos, um localizado na

região sudeste e outro na região nordeste do, além de um porto próximo a uma usina

siderúrgica, onde o minério de ferro é entregue. O estudo visa dimensionar a frota para

transportar o insumo e o estoque de minério de ferro que abastece a usina. São

consideradas variações no consumo de minério de ferro pela usina e nos tempos de

navegação, carregamento e descarregamento das embarcações. Através de variação

no tamanho e composição da frota e capacidade máxima do estoque da usina, o

estudo permite avaliar a melhor operação logística de forma a minimizar custos e ao

mesmo tempo manter a usina sem parada a produção.

Hermeto et al. [15] discutem sobre as recentes descobertas de petróleo na

região do “pré-sal” e como elas refletem um grande aumento na exploração e

produção de petróleo no Brasil, gerando uma demanda crescente no transporte de

tripulantes para unidades flutuantes. De acordo com os autores o modo mais comum

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de realizar este transporte é através de helicópteros, pois este é o mais eficiente em

termos de segurança e velocidade, no entanto a sua desvantagem é o alto custo

envolvido. Esse motivo indica uma alta necessidade de otimizar a rede logística de

transporte dos tripulantes. Com esse intuito, os autores desenvolveram um modelo

otimizado do planejamento de redes logísticas no transporte de tripulantes, tal modelo

proporciona informações precisas a gerentes da área para auxiliar nas tomadas de

decisões. Pode-se incluir nestas decisões características como as localizações dos

heliportos, a distribuição da demanda entre estes heliportos e o perfil da frota. Foram

construídos diversos cenários variando-se a demanda e o custo da frota para avaliar o

comportamento do modelo, com isso foi possível obter bons resultados, apesar das

crescentes complexidades dos cenários.

Shyshou et al. [16] realizaram um estudo de dimensionamento da frota de navios

AHTS. O custo de afretamento desses navios está entre os mais caros, e o valor varia

de acordo com o horizonte de contratação. Para realizar o estudo os autores utilizaram

um modelo de simulação no qual fazem considerações estocásticas a respeito das

durações de operações de movimentação das sondas e a variação da taxa de

afretamento de curto prazo no cenário futuro. A partir da programação anual de

movimentação de sondas da companhia, são rodadas simulações que refletem o

efeito das condições climáticas nos tempos operacionais dos navios AHTS assim

como o efeito da variação aleatória das taxas de afretamento desses navios no futuro.

Em determinados momentos o número de navios AHTS contratado no mercado de

longo prazo não são suficientes para atender o planejamento de movimentação das

sondas. Portanto o objetivo do estudo foi minimizar os custos de contratação desses

navios com base na previsão das atividades futuras da companhia estudada. Assim a

simulação visa determinar qual o tamanho ideal da frota contratada de longo prazo,

descrevendo os fenômenos estocásticos que estão interligados ao tempo operacional.

Halvorsen-Weare et al. [17] desenvolveram um método de planejamento

logístico que utiliza uma formulação matemática de um problema de pesquisa

operacional, no qual consideram as demandas semanais de unidades marítimas e as

distâncias entre elas e o porto de onde partem os navios supridores. O problema visa

minimizar os custos logísticos, de afretamento e navegação, e, ao mesmo tempo,

manter um nível de serviço adequado. Para isso, utilizam o algoritmo de programação

matemática para determinar o tamanho ideal da frota e os cronogramas semanais de

atendimento dos navios da frota. Como resultado, o estudo conseguiu reduzir o

tamanho da frota de 5 para 4 embarcações, mantendo um nível de serviço confiável às

unidades marítimas.

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Aneichyk [18] alerta sobre a importância de PSVs na logística offshore, devido

ao seu alto custo, além disso o autor afirma que a indústria petrolífera é muito

importante para o crescimento econômico na Noruega, local de realização do estudo.

O autor desenvolveu um modelo de simulação para o suprimento offshore, cuja a

intenção foi criar uma ferramenta capaz de planejar as operações e o tamanho da

frota. São consideradas diversos fatores complexos envolvidos na operação, como as

condições climáticas, a volatilidade da demanda e a ocorrência de atrasos no

suprimento. O trabalho desenvolvido se trata de um modelo de simulação de eventos

discretos que têm como objetivo modelar as incertezas envolvidas através de

abordagens estocásticas, através da utilização do software ARENA. Os resultados

provam que a simulação pode ser uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento

de novas estratégias, com condições variáveis e um aumento drástico da eficiência

nos processos estudados.

Ribeiro e Iachan [19] realizam um trabalho de dimensionamento da frota de

embarcações, que possuem como objetivo suprir plataformas de petróleo. Os autores

modelaram as entregas de cargas e formularam um modelo de programação para

alocar rotas às embarcações. As demandas das unidades marítimas são classificadas

em 3 categorias de carga: carga de convés, carga de água e carga de diesel. A

otimização é formulada como um problema de roteamento de veículos com várias

viagens. O objetivo da simulação é minimizar a distância percorrida e o número de

navios supridores. Na simulação desenvolvida são consideradas as incertezas

referentes a alguns parâmetros, como o tipo de carga solicitada pelas plataformas, a

plataforma que realizou o pedido, o momento de geração do pedido, o prazo para o

cumprimento da solicitação e a quantia de carga necessária. Assim, utiliza-se uma

heurística de roteamento e seleção de embarcações para alocar as ordens e seus

parâmetros gerados pelo simulador nas rotas. Por fim, o otimizador realiza as

alocações ótimas das embarcações às rotas geradas na simulação.

Ballou [20] conceituou a logística como o processo de planejar, implantar e

controlar o fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações que

começam desde as primeiras atividades de produção até o ponto de consumo, sempre

em consonância de atender às expectativas dos clientes. Nas empresas do ramo de

petróleo e gás esse conceito se torna de fundamental importância a cada dia, pois

necessitam estar preparadas para lidar com ferramentas que exigem aparatos

tecnológicos de ultima geração, pessoal qualificado capaz de gerenciar uma complexa

logística e acima de tudo uma visão de futuro supere as expectativas da demanda

nacional de petróleo e seus derivados.

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Norlund et al. [21] realizou um trabalho de otimização da velocidade do navio no

processo de planejamento do navio de abastecimento podendo reduzir

significativamente o consumo de combustível e, portanto, as emissões e custo de

operação, isso atrelado às condições meteorológicas. Além disso, a otimização de

velocidade pode render reduções de custos se o número de embarcações utilizadas

não aumentar. Um dos principais fatores de incerteza, especialmente no inverno, são

as condições climáticas que afetam os tempos de navegação e serviço. A minimização

de custos e a aplicação de estratégias de otimização de velocidade podem ter

implicações na robustez dos horários semanais de embarcações de abastecimento,

uma vez que os tempos de inatividade nos horários são reduzidos. Desenvolvendo

uma metodologia baseada em otimização de simulação que considera custos,

emissões e robustez na geração de horários semanais de embarcações de

abastecimento. Os resultados das análises mostram que se pode resultar em aumento

de emissões e custos no inverno. No entanto, dependendo das características da

instância, diferentes graus de robustez podem ser incorporados com custos e redução

de emissões através da otimização de velocidade.

Os trabalhos citados acima apontam a uma necessidade de estudos na área

logística, para uma melhor analise tais estudos exigem a criação de modelos de

simulação, sendo que alguns trabalhos que utilizaram modelos que não representam

com fidelidade o comportamento de parâmetros estocásticos. Outra característica

percebida foi que alguns dos trabalhos não implementaram uma lógica que

representasse a influencia de comportamento climáticos na simulação. Com isso pode

se afirmar que para se obter resultados precisos em de um modelo de simulação de

logística offshore, é necessário considerar a variação das condições climáticas na

operação marítima utilizando eventos discretos, sendo ele capaz de tratar com

precisão eventos estocásticos. O método apresentado no presente trabalho considera

o comportamento meteorológico na costa brasileira e modela tal comportamento

através de um modelo de simulação de eventos discretos, tornando o estudo realizado

de extrema importância, ao preencher lacunas deixadas por trabalhos já realizados e

que envolvem o tema.

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3. Metodologia

Um sistema logístico atende a um conjunto determinado de plataformas, cluster.

No Brasil, em geral, os clusters são formados por unidades de exploração e de

produção, do tipo semissubmersíveis ou do tipo FPSO. Foi determinado o número de

plataformas por cluster, sua distância entre cada uma e a distância entre o cluster e a

costa, além das cargas de entrega (load) e lixo (backload). Além das plataformas do

tipo FPSO, foi modelado um terminal de apoio terrestre e embarcações do tipo PSV.

Em seguida, através de informações de operações e normas reguladoras, foram

determinadas as alturas de onda a serem consideradas como mau tempo, e

analisando a dados meteorológicos. Foi criada uma base de dados meteorológica,

encontrando distribuições para cada limite de altura de ondas. Além disso, foi criada

uma base de dados de custos de time-charter e óleo diesel, para que fosse possível

calcular o custo operacional. Com os dados anteriores, foi possível desenvolver um

modelo de simulação de eventos discretos, com diferentes alturas de onda, sendo

mantida a frota de embarcações e em seguida alterando a frota com o objetivo de

otimizar e reduzir o custo de operação. Sendo possível encontrar a influencia que a

meteorologia exerce diretamente sobre a logística e nos custos de operação.

A simulação foi realizada no software “DELMIA Quest”, que utiliza o DES, ou

Sistema de Eventos Discretos. Ele pode ser descrito como um processo que considera

a mudança do estado do sistema ao longo do tempo. A simulação é usada para

modelar sistemas que mudam o seu estado em momentos discretos no tempo, através

da ocorrência de eventos. Foi desenvolvido um modelo de simulação de eventos

discretos através do citado software, desenvolvido pela “Dassault Systems”. O

programa tem como diferencial a fácil utilização de se trabalhar com interfaces gráficas

(GUI) para desenvolvimento do modelo de simulação, permitindo ao usuário o

desenvolvimento e visualização de animações em 3D do modelo criado. A

visualização do modelo em 3D possui uma grande vantagem, pois ela possibilita que o

usuário acompanhe o processo, e verifique sua lógica, facilitando a visualização de

possíveis erros de lógica.

O “DELMIA Quest” pode ser usado para o desenvolvimento de modelos de

simulação para qualquer área de produção, o software permite a importação de

modelos em 3D de qualquer equipamento para tornar a visualização do modelo mais

próxima a realidade, como por exemplo, modelos de embarcações, container,

máquinas, guindastes. [22]

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O modelo de simulação desenvolvido foi feito através de linguagem de controle

de simulação (SCL), que permite ao usuário montar lógicas de processo, que

governam o comportamento de cada elemento do modelo. Assim é possível fazer

realizar cálculos de acordo com as distribuições definidas e definir uma tomada de

decisão, como é o caso do cálculo da verificação das condições meteorológicas.

Verificadas a cada hora, e a partir do resultado obtido pela distribuição

correspondente, há a tomada de decisão para a interrupção ou não da operação. As

lógicas de processo já existem como padrão na linguagem do Quest. No entanto

existe a possibilidade de criar novas lógicas através da implementação em seu

algoritmo.

Além do SCL, outra linguagem, a BCL, ou, de controle de lote, foi bastante

utilizada, esta tem a capacidade de criar, definir e modificar as características de

novos elementos, dependendo do comando utilizado. Essa linguagem foi utilizada para

que fossem criados os PSVs e as plataformas FPSOs, por exemplo, e foram

associadas a esses elementos, diversas características relevantes para o modelo,

como velocidade de navegação, capacidade de carga e consumo de combustível de

acordo com a operação. Todos os dados referentes as características dos elementos

envolvidos estão presentes nas bases de dados para do modelo, e através de

comandos BCL são interpretados e implementados no modelo, dessa forma caso

tenha que se fazer qualquer alteração nas características, basta modificar a base de

dados associada.

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4. Dados

O objetivo principal da logística de apoio offshore é a redução de custos com

serviços e produtos, por isso, a cadeia logística tem que ser muito bem planejada. O

maior custo na logística offshore é o custo de transporte, distancia entre o terminal

terrestre e o local de entrega está diretamente ligado ao consumo de combustível,

principal custo na logística offshore, e consequentemente no custo.

Neste capítulo será descrito como foram encontrados os dados para ser

efetuada a simulação e de que forma eles foram interpretados, usados ou ajustados

para a melhor adequação aos softwares utilizados.

4.1. Terminais Terrestres

O sistema de apoio logístico offshore na indústria de produção de petróleo tem

uma grande complexidade, primeiramente com a logística em terra, nos terminais

terrestres, atendendo aos diversos pedidos e organizando logisticamente cada um

deles, tendo que se adequar aos diferentes tipos de cargas devido a alterações nas

fases do processo, como exploração, perfuração e produção, com o objetivo de

otimizar suas entregas para cada rota e diferentes tipos de embarcações. Um exemplo

da sequência de uma operação logística pode ser observado na Figura 3.

Figura 3: Sistema logístico offshore (Fonte: FERREIRA FILHO, V. J. M.; “Gestão de Operações e Logística na Produção de Petróleo”)

No sistema de logística offshore, a entrega é feita por meio de embarcações

especializadas que ficam a disposição, próximas ao terminal, como mostrado na

Figura 4, até serem solicitadas, e assim embarcam as cargas e as levam até seus

destinos.

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Figura 4: Porto de Imbetiba, Macaé, (Fonte: Erick Azevedo)

Os principais serviços prestados pelos terminais terrestres incluem:

Armazenamento de material;

Capitação de água;

Elaboração de contratos;

Laboratório de análise de fluídos;

Limpeza de tanques;

Oficinas de manutenção e inspeção;

Planejamento e acompanhamento da frota;

Plantas de combustível;

Plantas de preparação e condicionamento de fluídos;

Realização de operações portuárias;

Reparos de embarcações;

Serviço de combate a incêndio.

Serviços aduaneiros;

Transporte e movimentação de carga;

Tratamento de água e resíduos oleosos;

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4.1.1. Propriedades na simulação

Para que não houvesse influencia nas condições da simulação foi considerada

que o terminal possuiria capacidade ilimitada, impedindo desta forma a existência de

fila de espera de embarcações no terminal, além disso, o terminal tem capacidade de

estoque ilimitada. Com esses requisitos o estudo do trabalho fica independe de

qualquer incapacidade de suprimento no terminas, obtendo-se resultados relativos

apenas para as embarcações envolvidas e a operação.

4.2. PSV

As embarcações offshore foram se desenvolvendo ao longo do tempo e se

especializando para inúmeros tipos de operações offshore, e isso demanda uma gama

de embarcações distintas, cada uma podendo exercer uma função específica ou uma

série delas, como mostradas na Tabela 1.

Tabela 1: Tipo de Embarcações Offshore (Moreira, 2007)

Acrônimo Nome Tipo Uso

PSV Plataform Supply Vessel Transporte Carga geral, água, fluidos, diesel

UT Utility Vessel Transporte Carga geral emergência, limitação de peso e tamanho

CB Crew Boat Transporte Transporte de pessoas

LH Line Handling Serviço Lançamento de risers

TS Tug Supply Serviço Reboque e carga geral

AHTS Anchor Handling Tug Supply Serviço Ancoragem, movimentação de linhas, reboque, suprimentos

ORSV Oil Spil Response Vessel Serviço Stand by e resgate

DSV Diving Support Vessel Serviço Serviços de mergulho

RSV ROV Support Vessel Serviço Operação com veículos operados remotamente (ROV)

WSSV Well Stimulation Support Vessel Serviço Fechamento e estimulação de poços

SESV Subsea Equipment Support Vessel Serviço Operações com equipamentos submarinos

DLV Derrick Pipelay Vessel Serviço Instalação de oleodutos

Como o objetivo do projeto é a logística de transporte de carga, o estudo será

focado somente nas embarcações de tipo PSV. Sua principal função é o apoio

logístico realizando o transporte de equipamentos, pessoas e majoritariamente

materiais, que são consumidos ao longo do tempo de operação das plataformas de

exploração e perfuração. Eles são os mais aptos a realizar essa operação hoje em dia,

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pois têm como principais características uma grande área de convés para o transporte

de suprimentos e superestrutura na proa da embarcação.

A operação típica do PSV é o carregamento de carga em terminais na costa,

levando a carga para instalações offshore, descarregando e voltando para o terminal

para realizar outra operação. A quantidade de carga no convés que uma embarcação

pode carregar depende se a carga foi carregada no terminal terrestre ou offshore. Uma

melhor arrumação do convés é feita nos terminais, comparativamente a offshore,

devido a não existências dos fatores externos como ondas e ventos. [23]

Os principais materiais transportados no convés da embarcação são

equipamentos, como ferramentas, bombas, válvulas, matérias sobressalentes. A lista

também inclui tanques com produtos químicos, comida, água e lixo, podendo ser

unitizados ou não, mostrado na Figura 5.

Segundo Leite [24], podemos dividir a carga nas diferentes categorias:

Carga Geral;

Comida e Água potável;

Tubos;

Produtos Químicos

Lixo.

Figura 5: Padrão de carregamento de um PSV (Fonte: howlingpixel.com)

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Ainda segundo Leite [24], podemos categorizar cada tipo de carga conforme a

Tabela 2.

Tabela 2: Características de cada tipo de carga [24]

Tipo Load Backload Unitizada Não-Unitizada Carga Geral X X X X Comida e Água Potável X X Tubos X X X X Produtos Químicos X X X Lixo X X X

O modo mais comum de unitizar as cargas é por meio do contêiner offshore,

geralmente menores e mais pesados que as convencionais, mostrado na Figura 6.

Figura 6: Exemplo de contêiner offshore (Fonte: Offshore cargo handling)

Além das cargas de convés é possível, para um PSV, carregar granéis, fluidos

ou sólidos nos tanques abaixo do convés principal, como mostrado na Figura 7, os

principais produtos carregados são, por exemplo: combustível, água potável, água de

perfuração, lama, salmoura, produtos químicos e granéis sólidos.

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Figura 7: Visão do arranjo interno do PSV (Fonte: PG-Macs (www.pg-macs.com))

Os PSVs são classificados de acordo com o seu porte bruto, deadweight, o PSV

1500, significa que seu porte tem aproximadamente 1500 toneladas. No Brasil é mais

comum a utilização de PSV 1500, PSV 3000 e PSV 4500. A principal diferença entre

os PSVs para a logística de suprimentos é a área de convés disponível em cada

classe, apesar de terem comprimentos diferentes, a partir de 55, podendo ultrapassar

os 100 metros de comprimento, suas velocidades de serviço são bem semelhantes,

em média 10 nós. Segundo Leite [24], a média da frota que atua na costa brasileira

tem as principais propriedades, listadas na Tabela 3:.

Tabela 3: Dimensões média para cada classe de PSV (Leite, 2012)

Tipo Área de Deck (m²)

Área de Deck Útil (m²)

Comprimento (m)

Boca (m)

Calado (m)

Velocidade de serviço (nós)

PSV 1500 394 295 62 15 4,7 10 PSV 3000 575 431 70 16 5,7 10 PSV 4500 880 660 87 18 6,2 10,2

Tabela 4: Consumo médio de combustível (Leite, 2012)

Tipo Consumo em velocidade de

serviço (ton/dia)

Consumo em "Stand By" (ton/dia)

Consumo no porto (ton/dia)

PSV 1500 11,4 4,3 1,1 PSV 3000 13,3 4,3 1,3 PSV 4500 16,7 5,7 1,3

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Segundo Aas el al. [12] além de suficiente capacidade de carga acima e abaixo

do convés o PSV deve ter uma boa capacidade de operação, navegação,

carregamento e descarregamento. Para a embarcação dispor de uma boa capacidade

de manobrabilidade, é muito comum estar instalado, e serem um requisito de projeto,

nos PSV mais modernos, um sistema de posicionamento dinâmico.

O sistema de posicionamento dinâmico, ou sistema DP, é um sistema que

controla automaticamente a posição e aproamento de uma embarcação por meio de

propulsão ativa. Em linhas gerais, corresponde a um complexo sistema de controle de

posição, composto por vários equipamentos capazes de tornar seu posicionamento

mais preciso (GPS, DGPS, Anemômetros, Giroscópios, Bussolas magnéticas etc.) São

normalmente utilizados atuadores para mantê-los na posição quase estática, por

exemplo, thrustes laterais, azimutais ou fixos, e leme. Um computador central é

responsável pela execução das correções de posição e pela interface com o operador.

[25]

Figura 8: Detalhe dos equipamentos atuadores no sistema DP (Fonte: Rolls Royce)

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4.2.1. Propriedades na simulação

Foram apresentados previamente, na Tabela 3 e Tabela 4, as classes mais

comuns de PSV que operam na costa brasileira e suas características mais

relevantes. Para a implementação computacional, a partir dos dados obtidos, foram

utilizadas as seguintes características:

Tabela 5: Detalhamento das propriedades adotadas para os PSVs

Tipo Área de

Deck Útil (m²)

Velocidade de serviço

(nós)

Consumo em velocidade de

serviço (ton/dia)

Consumo em "Stand By" (ton/dia)

Consumo no porto (ton/dia)

PSV 1500 295 10 11,4 4,3 1,1 PSV 3000 431 10 13,3 4,3 1,3 PSV 4500 660 10,2 16,7 5,7 1,3

Analisando as variações de velocidades, no decorrer do ano, de embarcações

que atuavam na região do pré-sal, foi considerado um fator de velocidade as

condições meteorológicas e ao estado de mar. O tempo de navegação entre a origem

e o destino é multiplicada pelo fator de acordo com a época do ano.

Equação 1: Aplicação do fator de correção

𝑡 =𝑑

𝑉∗ 𝑓

𝑑 – 𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑛𝑎𝑣𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑒𝑚 𝑒 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑛𝑜

𝑉 – 𝑉𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝑆𝑉

𝑓 – 𝐹𝑎𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒çã𝑜

O coeficiente varia com a época do ano, como mostrado no Gráfico 1. Para sua

estimativa, foi considerada a variação anual do tempo médio de ciclo de todas as

embarcações a serviço da Petrobras que tinham como base o Porto de Imbetiba.

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21

Gráfico 1: Coeficiente de correção do tempo de navegação

Com o fator de correção, a velocidade de serviço dos PSVs deixa de ser um

valor fixo e passa a ser um valor variável em relação a época do ano.

4.3. FPSO

No inicio da exploração offshore, usavam plataformas fixas do tipo jaqueta,

inicialmente feitas de madeira, e estaqueadas no solo marinho. A expansão da

exploração em águas profundas fez com que o uso de plataformas fixas se tornasse

inviável, a partir de certa profundidade devido as dimensões da lamina d’água.

Assim se tornou comum, em águas profunda e ultra profunda, a utilização de

outros tipos de plataformas, como as do tipo SPAR, semissubmersíveis ou FPSO.

Cada uma com suas vantagens e desvantagens de acordo com as características do

projeto, como capacidade de armazenamento, condições climáticas e alturas de onda

do local. Na exploração de petróleo na costa brasileira, principalmente na região do

pré-sal, há uma predominância de utilização de plataformas de produção do tipo

FPSO. Uma plataforma de produção possui uma característica que a difere de outros

tipos de plataformas, sua planta de processos. Localizada no convés principal, tem

como principal função realizar a separação do óleo, água e gás provenientes do poço

de petróleo. O principal diferencial entre um FPSO e outras plataformas é o espaço de

armazenamento de óleo no interior do casco.

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22

Figura 9: Atendimento de PSV a plataforma (Fonte: Bourbon Offshore)

Assim como na história da exploração de petróleo, no Brasil a medida que se

encontravam novos em regiões muito distantes da costa e com enorme profundidade,

um busca pelo método de escoamento de petróleo mais rentável teve que ser

procurado. Essas características de projeto tornam muito mais viável o uso de FPSOs,

visto que de transporte de óleo até refinarias terrestres através de dutos submarinos

seria economicamente inviável.

O método mais comum de construção de um FPSO tem sido a conversão a

partir do casco de um navio petroleiro antigo. A conversão de FPSOs a partir de

navios petroleiros consiste basicamente em realizar mudanças nas dimensões de

navios tanque tornando-os aptos para cumprir a função de uma plataforma de

produção. Nas modificações de conversão é normalmente realizado uma jumborização

no casco, inclusive reforço estrutural e adaptações para a operação.

Apesar do aumento nas dimensões, o espaço de convés da plataforma deve ser

otimizado, devido ao tamanho da planta de processos, para poder alocar todos os

elementos necessários para a segura exploração do petróleo e alocação de carga,

quase não havendo área livre a bordo, como pode ser visto na Figura 10.

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23

Figura 10: Limitado espaço de carga (Fonte: berniesworldtour.wordpress.com)

4.3.1. Propriedades na simulação

Como mostrado na Tabela 2, os principais tipos de materiais levados para as

plataformas podem ser resumidos a cargas no convés (carga geral, tubos e tanques),

diesel e água. A Tabela 6 apresenta a demanda média para as unidades de produção

de petróleo na Bacia de Campos [24], referentes ao período entre 2001 e 2012. A

demanda de cada plataforma é mensurada em metros quadrados ocupados no

convés, peso e quantidade de içamentos.

Tabela 6: Detalhe dos pedidos médios (Fonte: Leite, 2012)

Suprimento (Load) Retorno (Backload)

Tipo Área (m²) Peso (t) Içamentos (quantidade) Área (m²) Peso (t) Içamentos

(quantidade) Carga Geral 65,3 36,6 15,2 121,3 44,9 25,8 Produtos Químicos 34,6 32,2 8,4 15,5 6 4,1 Alimentos e Água Potável 30,3 17,3 4,4 - - -

Lixo - - - 15,9 5,6 3,8 Risers - - - - - - Tubos 2,8 - - 3,3 - - Total 133 86,1 28 156 56,5 33,7

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24

A razão para que a área da carga de retorno seja maior que a área da carga de

suprimento é devido ao melhor fator de estivamento do material no porto, pois a

estivagem de material na plataforma tende a ser menos eficiente que no porto.

Figura 11: Demanda semanal média de unidades de produção na Bacia de Campos - abril de 2011 a março de 2012 (Fonte: Leite, [24]).

Após uma análise, a partir dos dados de demanda média do período

mencionado acima foi possível obter as distribuições estatísticas de demanda de

carga para as unidades de produção, para implementação no modelo computacional.

A Tabela 7 apresenta as distribuições estatísticas da demanda de carga de convés por

unidade de produção em metros quadrados.

Algumas limitações foram consideradas para o desenvolvimento do trabalho,

como a desconsideração do suprimento de carga líquida para as plataformas e os

pedidos para as plataformas não variam com a produção, atendendo sempre as

distribuições da Tabela 7. Foi considerado uma frequência de atendimento bissemanal

as plataformas, mostrado abaixo.

Tabela 7: Demanda de carga de convés por unidade de produção em metros quadrados

Demanda Período Função α β Suprimento (Load) 2 viagens/semana Gamma 6,1662 10,008 Retorno (Backload) 2 viagens/semana Gamma 7,2059 9,2576

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25

Para a análise de tempo de operação, uma base de dados de 335 operações de

PSVs foi utilizada para calcular o tempo de operação offshore, incluindo a carga do

backload e a descarga de convés. Uma análise semelhante de 415 operações

portuárias de carga e descarga de concluiu que o tempo de operação no cais dos

PSVs, em minuto por metro quadrado de convés disponível na embarcação. As

distribuições encontradas encontram-se na Tabela 8.

Tabela 8: Distribuições de tempo para carga e descarga offshore e no porto

Embarque/Desembarque Período Função k λ Offshore 2 viagens/semana Weibull 1,3218 0,78509

μ σ² Porto 2 viagens/semana Normal 0,62102 0,34329

Figura 12: Içamento de carga a bordo (Fonte: Blue Water)

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26

4.4. Tempo de instalação e operação

As plataformas de produção, ou exploração, encontram se agrupadas sobre a

área do campo de petróleo de onde se extrai o óleo bruto. O conjunto de plataformas,

é denominado de cluster. No Brasil, os clusters são normalmente formados por

unidades de exploração e de produção. Devido a simplificação do modelo decidiu-se

não considerar a alocação de plataformas de exploração no poço, portanto o cluster é

formado apenas por plataformas de produção do tipo FPSO.

Analisando casos na indústria de petróleo, quando a produção em um campo é

iniciada, normalmente há somente uma plataforma operando, devido a custos para a

fabricação de uma nova plataforma e dificuldades logísticas. Foi considerado um

período de tempo, para que o poço alcance 100% de operação, com todas as

plataformas atuando. O intervalo de tempo considerado é equivalente a um ano, entre

a ativação de uma plataforma e outra. No inicio da operação apenas uma plataforma

do cluster estará operando, em seguida duas, e assim por diante, assim, a primeira

plataforma ativada irá parar de operar antes das demais e a última será ativada três

anos após a ativação da primeira, consequentemente, irá parar de operar três anos

após a desativação da primeira, no ano 30 da simulação.

Gráfico 2: Número de FPSO instalados/planejados por ano no Brasil (Fonte: EDIN)

A vida útil das plataformas foi definida a partir de dois cenários de produção de

óleo, sendo o primeiro otimista e o segundo pessimista, ambos, com duração de 27

anos de vida útil.

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27

Gráfico 3: Vida útil da plataforma

4.4.1. Posição e Dimensionamento do Cluster

Para determinar a distância do cluster ao porto, foi necessário definir a

distância do ponto de referência do cluster, foi realizada uma busca para identificar a

distância comum entre a maioria dos campos presentes na região do pré-sal e a costa,

de acordo com o Annual Report 2008, da Petrobras [26], obteve-se a informação

apresentada na Tabela 9.

Tabela 9: Distância média até a costa (Fonte: Petrobras Annual Report 2008, [26])

Campos Distância da costa (km) Azulão 345

Bem-te-vi 250 Caramba 300 Carioca 270 Guará 310 Iara 230

Júpiter 290 Parati 230

Parque das Baleias 80 Tupi 300

De acordo com esta tabela, os campos encontram-se com uma distância média

acima de 250 km, portanto, foi considerada na simulação uma distancia de 300 km

entre o ponto de referencia do cluster e o porto.

No Gráfico 4 é possível ver a distribuição do número de unidades marítimas por

cluster na região do pré-sal, são dados referentes a 14 clusters, adotados pela

0020406080

100120140160180200

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

MM

BBL/

Ano

Ano

Otimista Pessimista

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Petrobras e em operação na região. Estão inclusos no gráfico, unidades de produção

fixas, flutuantes e outras, como navios de perfuração e unidades de manutenção. É

possível observar também que a maior parte de unidades de produção flutuantes esta

presente em clusters composto por três ou quatro unidades, abrangendo

aproximadamente 24% e 20%, respectivamente. Portanto, como neste estudo foi

utilizada somente unidades flutuantes, foi considerado que um cluster será composto

de quatro plataformas.

Gráfico 4: Número de unidades de produção por cluster

Definido o número de plataformas presentes no cluster, foi necessário

determinar a distância entre estas plataformas, o que influencia no custo, devido à rota

de visita dos PSVs. Um estudo foi realizado, com dados de 71 pares de plataformas,

agrupadas em 14, como resultado obteve-se uma função de densidade de

probabilidade Log-Logistic, Equação 2, mostrada no Gráfico 5.

Equação 2: Função de densidade Log-Logistic

𝑓(𝑥) =

𝛼𝛽

∗𝑥 − 𝛾

𝛽

( )

1 +𝑥 − 𝛾

𝛽

A função densidade de probabilidade tem valores de, 𝛼 = 1.7422, 𝛽 = 14.766 e

𝛾 = − 0.59848. Através da função densidade obteve-se que a moda da distribuição,

com valor de 6,37 km, este valor foi considerado como a distância constante entre as

unidades.

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29

Gráfico 5: Função densidade de probabilidade da distância entre plataformas dentro do cluster

(Fonte:COPPE)

A Figura 13 apresenta de forma simples a configuração das distâncias relativas

entre as unidades marítimas do cluster e o ponto de referência para medida da

distância do cluster à costa. As distâncias a, b, c, d, e, f, g são iguais.

Figura 13: Exemplificação de arranjo do cluster com quatro plataformas (Fonte: COPPE)

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30

4.5. Meteorologia

Para analisar a influencia das condições meteorológicas no abastecimento as

plataformas, foram utilizado dados de representavam o estado de mar, isso foi

possível através das informações do Programa Nacional de Boias (PNBOIA), onde, a

partir de dados de uma boia de fundeio, localizada próxima a costa de Santos (-

25,27º;-44,93º), se obteve dados de vento e ondas, de 2011 a 2016, com frequências

médias de uma hora.

Com essa base de dados de relativo curto período de tempo, foi necessário

extrapolar os dados para assim aumentar sua precisão, então foi realizada uma

simulação de 15 anos através do software WAVE WATCH III, capaz de simular o

processo físico de crescimento, propagação e dissipação de ondas em duas

dimensões, a partir da soma da transferência de energia de campos de vento para as

ondas através de uma interação vento-onda, com a dissipação da quebra da onda e

as interações não lineares entre ondas. Portanto foi criada uma malha, representando

uma parcela da região do pré-sal, a qual se tratava da localidade específica da bóia

próxima a costa Santos. Com isso o programa realizou as devidas integrações

referentes às equações de espectros de onda e forneceu resultados para 15 anos de

simulação, obtendo assim mais de 131.000 registros, formando uma base de dados

consistente.

4.5.1. Critério de parada

Para adequar a simulação a realidade teve que se definir um intervalo de parada

da operação de carga e descarga dos PSVs nas plataformas, se buscou estar de

acordo com a norma regulamentadora para guindastes, NR 18, Item 14,

Movimentação e Transporte de Materiais e Pessoas.

“18.14.24.6.2: Deve ser interrompida a operação com a grua quando da ocorrência de

ventos com velocidade superior a 42km/h.” (Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de

2005)

Para encontrar a altura de onda referente a velocidade do vento limite de

operação, foi utilizada a Escala de Beaufort, que classifica a intensidade dos ventos,

classificando a altura de onda para cada faixa.

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Tabela 10: Escala de Beaufort (https://en.wikipedia.org/wiki/Beaufort_scale)

Número de Beaufort Descrição Velocidade do Vento Altura de Onda

0 Calmo < 1 km/h 0 m

1 Aragem 1–5 km/h 0–0.2 m

2 Brisa Leve 6–11 km/h 0.2–0.5 m

3 Brisa Fraca 12–19 km/h 0.5–1 m

4 Brisa Moderada 20–28 km/h 1–2 m

5 Brisa Forte 29–38 km/h 2–3 m

6 Vento Fresco 39–49 km/h 3–4 m

7 Vento Forte 50–61 km/h 4–5.5 m

8 Ventania 62–74 km/h 5.5–7.5 m

9 Ventania Forte 75–88 km/h 7–10 m

10 Tempestade 89–102 km/h 9–12.5 m

11 Tempestade Violenta 103–117 km/h 11.5–16 m

12 Furação ≥ 118 km/h ≥ 14 m

Atendendo a norma NR18 e de acordo com a Tabela 10, o critério de parada

para operação de içamento da carga é de uma altura de onda entre 3 a 4 metros,

portanto será analisada as condições de altura de onda de 3, 3,5 e 4 metros.

4.5.2. Distribuições Meteorológicas

Definida as faixas de altura de onda que foram limitantes para cada condição de

operação, determinou-se que a melhor forma de ser implementado na simulação seria

a partir de um controlador que fosse governado a partir de distribuições probabilísticas

e que parassem as operações em caso de mau tempo.

Primeiramente foram estimadas as distribuições de probabilidade discretas dos

intervalos sucessivos de bom e mau tempo, para isso utilizando a base de dados

obtida com o software WAVE WATCH III, os dados foram divididos em trimestres e

para cada filtrou-se os períodos relativos aos intervalos de 3, 3,5 e 4 metros de altura,

encontrando, através do software EasyFit, uma distribuição de Bernoulli, para cada

trimestre, como mostrado na Figura 14 e nas Tabela 11,Tabela 12 e Tabela 13.

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Tabela 11: Distribuições de Bernoulli para mau tempo em altura de 3 metros

Altura Distribuição p T1 3 Bernouilli 0.28972 T2 3 Bernouilli 0.44186 T3 3 Bernouilli 0.45455 T4 3 Bernouilli 0.40191

Tabela 12: Distribuições de Bernoulli para mau tempo em altura de 3,5 metros

Altura Distribuição p T1 3.5 Bernouilli 0.13115 T2 3.5 Bernouilli 0.39655 T3 3.5 Bernouilli 0.39623 T4 3.5 Bernouilli 0.30769

Tabela 13: Distribuições de Bernoulli para mau tempo em altura de 4 metros

Altura Distribuição p T1 4 Bernouilli 0.0408 T2 4 Bernouilli 0.33043 T3 4 Bernouilli 0.27723 T4 4 Bernouilli 0.1428

Figura 14: Saída de dados de distribuição discreta para ondas de 3 metros no quarto trimestre

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Em seguida ainda utilizado o software EasyFit, para cada condição de bom e

mau tempo, relativo ao trimestre e altura de onda respectivo, encontrou uma

distribuição probabilística contínua que definisse o intervalo de tempo do período. O

software Quest tem uma lista limitada de distribuições, portanto para escolher a melhor

distribuição foi utilizado o teste de aderência de Anderson-Darling como critério de

escolha para determinar a melhor distribuição.

A estatística de Anderson-Darling mede o quão bem os dados seguem uma

distribuição específica. Em geral, quanto melhor distribuição se ajusta aos dados,

menor o valor da estatística de Anderson-Darling, ela é usada para calcular o valor de

p para o teste de qualidade do ajuste, que ajuda a determinar o que melhor se adapta

a distribuição dos dados. Os valores de p calculados a partir da estatística ajudam a

determinar qual modelo de distribuição deverá ser usado para uma análise de

capacidade ou uma análise de confiabilidade. [27]

Figura 15: Distribuição Gama para onda de 3 metros no terceiro trimestre e condição de tempo bom

A distribuição escolhida foi a Distribuição Gama, por ser a melhor distribuição

dentre as possíveis para serem interpretadas pelo software Quest, como mostrado na

Figura 16.

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34

Figura 16: Critério de seleção AD

Portanto para cada altura de onda e em cada trimestre foi gerada uma

distribuição gama, listadas nas Tabelas 14, 15 e 16.

Tabela 14: Distribuições Gama de durações de tempo bom e ruim para altura de 3 metros

Tempo Ruim Tempo Bom Altura Trimestre α β Altura Trimestre α β

3 T1 1.486 9.3125 3 T1 2.4164 174.61 3 T2 1.6878 13.124 3 T2 1.1258 157.63 3 T3 1.3101 15.621 3 T3 1.0186 142.65 3 T4 1.1574 14.966 3 T4 1.4279 177.4

Tabela 15: Distribuições Gama de durações de tempo bom e ruim para altura de 3,5 metros

Tempo Ruim Tempo Bom Altura Trimestre α β Altura Trimestre α β

3.5 T1 2.8862 4.6342 3.5 T1 8.7481 69.856 3.5 T2 2.1501 8.8165 3.5 T2 1.5557 192.55 3.5 T3 1.5621 9.4121 3.5 T3 1.4249 174.82 3.5 T4 1.4604 8.0456 3.5 T4 2.174 185.68

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Tabela 16: Distribuições Gama de durações de tempo bom e ruim para altura de 4 metros

Tempo Ruim Tempo Bom Altura Trimestre α β Altura Trimestre α β

4 T1 2.3642 1.9268 4 T1 31.611 21.853 4 T2 1.2198 10.959 4 T2 2.5053 167.19 4 T3 1.2847 10.342 4 T3 3.385 132.53 4 T4 2.3642 1.9268 4 T4 9.2639 66.125

4.6. Lógica da Simulação

Na lógica do software Quest, o porto é uma fonte de pedidos, ou, peças, source,

ele é responsável pela criação dessas peças, uma para cada plataforma. As peças

tem cada uma suas características, geradas de forma randômicas, de acordo com a as

distribuições de áreas, ou seja, são definidas no momento da criação, suas áreas de

load e backload.

Na realidade, a plataforma realiza um pedido de suprimento ao porto ou já tem

um tempo programado para envio de suprimentos, na simulação isto acontece da

mesma forma, o porto cria peças para as plataformas ativas duas vezes na semana.

As plataformas são classificadas como sink, pelo software, ou seja, são o destino final

dessas peças.

Assim quem as peças são criadas no porto, ele chama qualquer embarcação

para que seja possível o rápido atendimento. Primeiramente é verificado se há alguma

embarcação na área de fundeio, que não esteja operando, caso não haja, a primeira

embarcação que estiver disponível ira verificar se há espaço suficiente para carregar a

peça e, portanto, se encaminhar para o porto tentar carregar a peça, ou para o fundeio

para aguardar outro pedido.

Na simulação, o terminal terrestre foi considerado com capacidade ilimitada.

Portanto, não haverá filas de navios na chegada aos terminais. Por exemplo, os PSV

sempre encontrarão um píer disponível para carregar ou descarregar. Do mesmo

modo, o terminal terá capacidade de absorver e despachar toda a carga sem atraso ou

limitação de espaço. Seguindo com a lógica do Quest, as embarcações são

classificadas como labor, elas são responsáveis pelo transporte dos pedidos para as

plataformas. Os PSVs têm suas classes e características definidas, como mostrado na

Tabela 3 e Tabela 4, portanto não são capazes de carregar cargas maiores que sua

capacidade.

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Figura 17: Exemplo de PSV na simulação

Eles atendem as plataformas de acordo com uma sequencia logica que cria uma

rota para não ocorrer de visitar a uma plataforma duas vezes ou visitar a uma

plataforma que não tenham pedidos para serem entregues ou retirados. Suas

velocidades variam de acordo com o mês do ano e atendem ao mostrado no Gráfico 1.

Após realizarem todos os pedidos verificam se há alguma peça na fila do porto

caso não haja retornam para a área de fundeio e aguardam serem chamados

novamente. A sequencia lógica é mostrada na Figura 19Erro! Fonte de referência

não encontrada..

Figura 18: Exemplo de PSV atendendo a uma plataforma na simulação

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Figura 19: Fluxograma da lógica de simulação

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38

4.7. Custo

A análise de custos é um fator muito importante para a logística offshore, pois

seu principal objetivo é a redução dos custos de operação. Os custos dos PSVs serão

calculados considerando que as embarcações são obtidas através de fretamento time-

charter, em contratos anuais e o pelo consumo de combustível consumido ao longo do

seu período de operação.

4.7.1. Time Charter

Para o contrato de afretamento de uma embarcação PSV, o tipo de contrato

mais comum é o de Time-Charter, no qual se aluga a embarcação por um determinado

período de tempo, acordado entre o proprietário do navio, fretador, e o contratante,

afretador. Os custos operacionais e de capital são de responsabilidade do fretador,

Figura 20, o qual cobra uma taxa pela utilização da embarcação através de uma pré-

determinada taxa de frete, time-charter, além deste custo existe o custo de viagem,

onde o principal custo é o combustível, o qual será de responsabilidade exclusiva do

afretador da embarcação. Por motivos de simplificação deste projeto foram

desconsiderados os custos portuários. Portanto os custos envolvidos no modelo de

simulação realizado são apenas o de time-charter e o custo com combustível.

Figura 20: Contratos de afretamento (Fonte: COPPE, UFRJ)

Para a determinação das distribuições de probabilidade para as taxas de

afretamento realizou-se um levantamento das séries disponíveis na base de dados da

Clarksonsnet [28]. As taxas obtidas são para PSV 4000 no mercado do Mar do Norte.

Para a análise da série precisava-se de dados de um maior período de tempo,

portanto foi necessária ser feita uma extrapolação utilizando o modelo geométrico de

reversão à média.

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39

Segundo Pinto [29], Movimentos de Reversão à Média (MRM), podem

descrever melhor diversas variáveis que tendem a um nível de equilíbrio de longo

prazo. Portanto a escolha e parametrização correta de movimentos de reversão à

média são de grande importância para a avaliação de teoria de opções reais.

O modelo geométrico de reversão à média escolhido foi o de Dixit & Pindyck,

definido com uma MRM geométrico de fator único, de acordo com Pinto [29], no qual

uma variável P adicional aparece em cada termo no lado direito da equação, tendo um

processo geométrico, no qual o incremento de valor da variável passa a ser

proporcional ao nível da variável em si. Para a discretização do modelo geométrico é

usada a seguinte equação:

Equação 3: MRM de Dixit & Pindyck

𝑃 = exp 𝑙𝑛 𝑃 −𝜎

2 ∗ 𝜂 ∗ 𝐴∗ (1 − 𝑒 ∆ ) + 𝑙𝑛𝑃 ∗ 𝑒 ∆ + 𝜎 ∗

1 − 𝑒 ∆

2𝜂𝐴∗ 𝑁(0,1)

A partir da base de dados dos valores de time charter foi calculado o desvio-

padrão e a variância, sendo possível equacionar os valores das constantes presentes

na Equação 4.

Equação 4: Cálculo das constantes do MRM de Dixit & Pindyck

𝑞 = 𝑙𝑛 𝑃 −𝜎

2 ∗ 𝜂 ∗ 𝐴

𝑞 = (1 − 𝑒 ∆ )

𝑞 = 𝑞 ∗ 𝑞

𝑞 = 𝑒 ∆

𝑞 = 𝜎 ∗1 − 𝑒 ∆

2𝜂𝐴

Equação 5: Constantes do time-charter

𝑞 = 0,3230995

𝑞 = 0,8962638

𝑞 = 0,1061013

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40

Com as constantes calculadas, foi possível gerar uma série randômica,

governada pela série temporal de preços do time-charter. O Gráfico 6, que representa

algumas das possíveis curvas de comportamento do preço futuro.

Gráfico 6: Comportamento do Time-Charter segundo MRM

4.7.2. Diesel

Assim como o cálculo do time-charter, o calculo de custo de Diesel também foi

calculado pelo MRM de Dixit & Pindyck, seus dados históricos foram retirados do site

Bunkerindex [30], nele foram obtidos os preços deste combustível a partir de Março de

2009 até o mês de Julho do ano de 2017.

Gráfico 7: Preços históricos de diesel

Assim foi possível calcular as constantes para a utilização do método de MRM e

gerar uma série randômica, governada pela série temporal de preços do diesel.

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

35.00

40.00

45.00

50.00

10 60 110 160 210 260

Média TC histórico s1 s2 s3 s4 s5

0

200

400

600

800

1000

1200

09/09/2008 22/01/2010 06/06/2011 18/10/2012 02/03/2014 15/07/2015 26/11/2016

$/to

n

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41

Equação 6: Constantes do diesel

𝑞 = 0,004198

𝑞 = 0,9993663

𝑞 = 0,0091118

5. Resultados Preliminares

Para se iniciar as simulações e analisar seus resultados, com o objetivo de se

obter resultados satisfatórios, foi preciso determinar um número mínimo de iterações

para garantir sua precisão. Inicialmente foi gerada uma série com 50 iterações, com

cenário de quatro PSVs 3000, com altura de onda de quatro metros. O dado analisado

foi o custo total, pois seu valor está diretamente ligado a variáveis como o custo de

combustível e time charter.

Iteração Custo (US$) Iteração Custo (US$) 1 $ 1,102,363,000.00 26 $ 1,057,335,000.00 2 $ 1,073,701,000.00 27 $ 1,128,947,000.00 3 $ 1,159,506,000.00 28 $ 1,087,966,000.00 4 $ 1,105,512,000.00 29 $ 1,057,057,000.00 5 $ 1,108,095,000.00 30 $ 1,061,799,000.00 6 $ 1,037,484,000.00 31 $ 1,057,922,000.00 7 $ 1,091,378,000.00 32 $ 1,014,063,000.00 8 $ 1,139,204,000.00 33 $ 1,103,291,000.00 9 $ 1,114,665,000.00 34 $ 1,085,451,000.00

10 $ 1,037,504,000.00 35 $ 1,153,413,000.00 11 $ 1,173,127,000.00 36 $ 1,129,547,000.00 12 $ 1,130,833,000.00 37 $ 1,207,521,000.00 13 $ 1,025,080,000.00 38 $ 1,100,565,000.00 14 $ 1,084,712,000.00 39 $ 1,181,752,000.00 15 $ 1,106,278,000.00 40 $ 1,165,498,000.00 16 $ 1,153,903,000.00 41 $ 1,144,962,000.00 17 $ 1,100,093,000.00 42 $ 1,093,684,000.00 18 $ 1,100,989,000.00 43 $ 1,012,478,000.00 19 $ 1,119,128,000.00 44 $ 1,127,491,000.00 20 $ 1,117,473,000.00 45 $ 1,116,704,000.00 21 $ 1,070,689,000.00 46 $ 1,127,270,000.00 22 $ 1,112,034,000.00 47 $ 1,206,533,000.00 23 $ 1,113,120,000.00 48 $ 1,101,291,000.00 24 $ 1,123,722,000.00 49 $ 1,114,020,000.00 25 $ 1,127,814,000.00 50 $ 1,086,937,000.00

Média $ 1,107,038,080.00 Desvio Padrão $ 43,970,195.94

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42

De acordo com Chwif e Medina [31], é possível definir um número ótimo de

iterações por um intervalo de confiança de acordo com a precisão desejada. A

equação define o intervalo de confiança de uma amostra de tamanho n e confiança de

100(1-α)%.

Equação 7: Intervalo de confiança

ℎ = 𝑡 , / ∗𝑠

√𝑛

ℎ: Metade do tamanho do intervalo de confiança;

𝑡 , / : Percentil da distribuição t de Student com n-1 graus de liberdade;

𝑠: Desvio padrão da amostra;

𝑛: Número de dados da amostra.

Com o valor de h encontrado, determinou o intervalo de confiança, [ 𝑥 − ℎ , 𝑥 +

ℎ], onde 𝑥 é a média amostral. No projeto realizado, desejou-se utilizar uma confiança

estatística de 99% ou seja, α = 0,01, com este valor e com o tamanho da amostra é

possível obter 𝑡 , . através da tabela de t de Student bicaudal, resultando em um

valor de 2,679 para o parâmetro t. Logo o valor de h, é dado pela equação 12.

ℎ = 2,679 ∗43.970.195,94

√50= 16.664.811,67

Como a média da amostra para 50 iterações é 1.107.038.080,00, o intervalo de

confiança é [1.090.373.268,33; 1.123.702.891,67]. Segundo Chwif e Medina [31], para

calcular o número ótimo de replicações, n*, devemos definir um nível de precisão h* e

aplicar na equação 13:

Equação 8: Número de replicações

𝑛∗ = 𝑛ℎ

ℎ∗

Primeiramente, o valor de precisão, h*, escolhido foi o equivalente a 0,5% da

média amostral, equivalente uma margem de U$ 55.351.904,00. Substituindo os

valores na Equação 8, se obteve o número ótimo de replicações igual a 5. Para um

melhor resultado e menor margem, foi definida a margem em U$ 40.000.000,00, o que

levou o número de iterações para 9, portanto foi decidido por realizar 10 iterações para

cada caso.

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43

Gráfico 8: Resultado da simulação com 50 iterações, média e faixa de erro considerada.

6. Resultados

As simulações foram realizadas em três alturas diferentes de onda,

primeiramente buscou encontrar o número mínimo de embarcações para suprir aos

pedidos das plataformas sem que houvesse ociosidade ou subutilização de

embarcações, em seguida foram definidas frotas específicas para se verificar a

sensibilidade dos resultados de custo em cada variação. Para realizar os experimentos

foi utilizada uma máquina com CPU Intel® i7-4770 @ 3.40GHz, com memória RAM de

16 GB. O tempo computacional de uma iteração foi de aproximadamente 30 segundos

para cada, em casos onde havia pouca fila no porto, e alcançando tempos de até 15

minutos por iteração.

Para se iniciar as simulações foi necessário primeiramente realizar um pré-

dimensionamento da frota disponível, devido a inúmeras combinações possíveis, e

assim analisar e otimizar para as próximas simulações. Nessas primeiras simulações o

objetivo inicial era definir uma quantidade mínima de embarcações para não ocorrer o

acumulo de pedidos no porto, portanto foram realizadas variações na quantidade de

embarcações disponíveis para se comparar e analisar o comportamento da fila em

porto e o tempo de ociosidade do PSV.

Além da influencia meteorológica, foi possível pelos resultados da simulação,

uma análise para a seleção de frota para o caso estudado. Foi possível criar diferentes

combinações alterando a quantidade de PSVs para cada classe diferente, podendo se

ter uma frota composta somente de PSVs de mesma classe, mas isso não seria

possível para qualquer caso, devido ao tamanho de área necessária para cada pedido.

Considerando que um PSV deve atender as quatro plataformas, carregando somente

as cargas de porto e o backload da primeira plataforma. A probabilidade das cinco

$900.000

$950.000

$1000.000

$1050.000

$1100.000

$1150.000

$1200.000

$1250.000

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49

Milh

ões

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44

cargas serem menores que a área útil do PSV 1500 é de 36,92%, podendo causar fila

no terminal independentemente das condições meteorológicas.

Portanto foi utilizado inicialmente somente PSVs 3000, variando a frota de PSVs,

como mostrado na Tabela 17. Observando o Gráfico 9.

Tabela 17: Frotas iniciais

Altura de Onda (m) PSV 3000

4 2 3 4

Gráfico 9: “Frota ótima”

Também foi analisado o caso para cinco PSVs 3000, mas o quinto PSV não

entrou em operação em nenhum momento durante os 30 anos de simulação. O perfil

de utilização dos PSVs, tanto para o cenário com dois quanto para o cenário com três

embarcações foram bastante similares, para as embarcações mais requisitadas,

ilustrado no Gráfico 10.

$0.00 $0.20 $0.40 $0.60 $0.80 $1.00 $1.20

0

10

20

30

40

2 3 4

Bilh

ões

Pedi

dos

na F

ila (u

nd)

Fila no Porto Custo Total

050001000015000200002500030000

0

10

20

30

40

2 3 4 Tem

po A

ncor

ado

(Dia

s)

Pedi

dos

na F

ila (u

nd)

Fila no Porto Tempo Ancorado

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45

Gráfico 10: Perfil de utilização de PSVs mais requisitados

A diferença entre os perfis de utilização entre as embarcações com maiores

períodos de operação para as subutilizadas é visivelmente distinta. O gráfico de

utilização do PSV menos utilizado na simulação com quatro embarcações é mostrado

no Gráfico 11.

Gráfico 11: Perfil de utilização de PSVs subutilizados

Apesar de ter sido encontrado o número de embarcações máximo sem que haja

embarcações não utilizadas, isso não significa que o resultado é satisfatório, podendo

variar para cada condição de onda, portanto primeiramente serão apresentados os

casos considerados, em seguida será realizada uma análise de fila no porto, tempo de

navegação, tempo de atendimento a plataforma e custos.

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Operando Ancorado

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

Operando Ancorado

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46

6.1. Fila no Porto

O custo agregado na operação de exploração de petróleo é muito elevado,

portanto uma parada na produção deve ser evitada ao máximo para se evitar perdas

financeiras de grande escala, o atraso de equipamentos e matérias para a plataforma

pode ser um fator de atraso na produção, portanto é imprescindível a análise de fila no

porto, para saber se os pedidos estão saindo nos prazos exatos.

Como mostrado na seção anterior, um PSV 1500 tem área útil pequena para

atender a alguns pedidos, uma frota composta exclusivamente dessa classe de PSV

não conseguiria atender a uma série de pedidos sem que houvesse fila até o final da

simulação, para que isso não ocorresse, uma frota não poderia ser composta

exclusivamente de PSVs 1500.

Primeiramente, para todos os casos foram analisadas as condições para altura

de onda de 3, 3,5 e 4 metros. As frotas geradas foram as mostradas nas Tabelas 18,

19 e 20.

Tabela 18: Frotas propostas com até dois PSVs

PSV 2 1500 0 0 0 1 3000 0 1 2 0 4500 2 1 0 1 Frota F21 F22 F23 F24

Tabela 19: Frotas propostas com até três PSVs

PSV 3 1500 0 1 0 1 0 1 3000 0 1 3 2 2 0 4500 3 1 0 0 1 2 Frota F31 F32 F33 F34 F35 F36

Tabela 20: Frotas propostas com até quatro PSVs

PSV 4 1500 0 0 0 1 2 2 3000 4 3 2 2 1 2 4500 0 1 2 1 1 0 Frota F41 F42 F43 F44 F45 F46

A partir de dos resultados das simulações se obteve como resultado a fila no

porto a cada novo pedido, ou seja a caso houvesse alguma peça que não pode ser

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47

entregue e estava aguardando no porto isso era registrado. Portanto para a frota F21,

definida na Tabela 18, com altura de onda de três metros, mostrado no Gráfico 12,

houve um momento em que haviam 43 pedidos aguardando na fila, com isso decidiu

se verificar a máxima quantidade média de pedidos aguardavam em fila.

Gráfico 12: Fila no porto em F21 com altura de onda de três metros

Tabela 21: Exemplo de fila máxima no porto

Iteração Fila 1 33 2 42 3 56 4 41 5 43 6 34 7 35 8 48 9 52

10 50 Média 43.4

As simulações para frota F24 passaram a demandar muito tempo para

terminarem, devido ao acumulo de pedidos no terminal, portanto suas análises de 3,5

e 4 metros foram descartadas.

As médias máximas para as 10 iterações foram obtidas, como mostrado nas

Tabelas 22, 23 e 24.

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

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48

Tabela 22: Tamanho médio da fila para as frotas com dois PSVs

Fila

F21 F22 F23 F24 3 m 43.7 43.6 44.2 -

3,5 m 45.2 39.4 32.6 -

4 m 43.4 45.9 30.8 438.7

Tabela 23: Tamanho médio da fila para as frotas com três PSVs

Fila

F31 F32 F33 F34 F35 F36 3 m 11.5 12.5 8.9 10.6 9.5 12.1

3,5 m 10.4 9.1 6.4 7.2 8.3 11.1

4 m 9 7.8 5.9 7.5 6.2 11.1

Tabela 24: Tamanho médio da fila para as frotas com quatro PSVs

Fila

F41 F42 F43 F44 F45 F46 3 m 5.8 4.5 6.4 7.4 7.6 6.4

3,5 m 3.2 2.6 3 3 6 6.2

4 m 3.4 1.6 2.2 1.6 5.4 5.3

Para a análise ficar mais visível são mostrados os Gráficos 12, 13 e 14.

Gráfico 13: Médias máximas de fila para cada frota com 2 PSVs em cada condição de onda

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

F21 F22 F23

3 m

3,5 m

4 m

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Gráfico 14: Médias máximas de fila para cada frota com 3 PSVs em cada condição de onda

Gráfico 15: Médias máximas de fila para cada frota com 4 PSVs em cada condição de onda

Com essa análise é possível verificar a influencia da meteorologia na logística do

porto. À medida que a restrição de operação aumenta, ou seja, diminuía a altura de

onda para uma operação segura, a fila no terminal aumenta, pois o tempo de duração

de mau tempo faz com que o tempo de espera pela janela de bom tempo aumente,

aumentando o tempo que as embarcações operam.

6.2. Tempo de Viagem

Nessa seção será mostrada a influencia da meteorologia diretamente nas

embarcações, analisando as diferenças de tempo de operação para cada frota em

cada condição de operação.

0

2

4

6

8

10

12

14

F31 F32 F33 F34 F35 F36

3 m

3,5 m

4 m

0

1

2

3

4

5

6

7

8

F41 F42 F43 F44 F45 F46

3 m

3,5 m

4 m

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50

Através dos dados obtidos na simulação pegou-se o tempo total de simulação e

o tempo de viagem de cada PSV e foi calculado o quanto, do tempo total de

simulação, em média, os PSV navegaram. Lembrando que os períodos de tempo de

ruim não interrompem a viagem do PSV somente as operações de carga e descarga

na plataforma.

Tabela 25: Porcentagem do tempo de viagem para as frotas com dois PSVs

Utilização

Frota F21 F22 F23 4 m 24% 27.6% 32.2%

3.5 m 23.6% 27.5% 32% 3 m 23% 26.9% 31.4%

Tabela 26: Porcentagem do tempo de viagem para as frotas com três PSVs

Utilização

Frota F31 F32 F33 F34 F35 F36

4 m 22.3% 23.9% 23.6% 24.1% 23.4% 23.4%

3.5 m 22.2% 23.8% 23.6% 24.1% 23.3% 23.4%

3 m 22% 23.7% 23.5% 24.1% 23.2% 23.3%

Tabela 27: Porcentagem do tempo de viagem para as frotas com quatro PSVs

Utilização

Frota F41 F42 F43 F44 F45 F46

4 m 17.7% 17.7% 17.6% 17.6% 18.1% 18.2%

3.5 m 17.7% 17.7% 17.6% 17.6% 18.1% 18.2%

3 m 17.7% 17.7% 17.6% 17.6% 18.1% 18.2%

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51

Gráfico 16: Comparação do tempo de viagem para as frotas com dois PSVs

Gráfico 17: Comparação do tempo de viagem para as frotas com três PSVs

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

F21 F22 F23

4 m

3.5 m

3 m

20.50%

21.00%

21.50%

22.00%

22.50%

23.00%

23.50%

24.00%

24.50%

F31 F32 F33 F34 F35 F36

4 m

3.5 m

3 m

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52

Gráfico 18: Comparação do tempo de viagem para as frotas com quatro PSVs

A partir dos resultados pode se perceber que como proposto, a meteorologia não

influencia na navegação, todo pedido requerido a uma plataforma será, de fato, entre a

plataforma, portanto o tempo de navegação, independente das condições de tempo

serão iguais. As diferenças de tempo entre simulações dependem somente da

aleatoriedade de eventos.

17.30%

17.40%

17.50%

17.60%

17.70%

17.80%

17.90%

18.00%

18.10%

18.20%

18.30%

F41 F42 F43 F44 F45 F46

4 m

3.5 m

3 m

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53

6.3. Tempo na plataforma

O tempo de operação na plataforma está diretamente ligado aos períodos de

parada devido a entrada de mau tempo. A análise a seguir foi feita, utilizando os dados

das simulações, dividindo o tempo total de simulação pelo tempo de atendimento na

plataforma, para cada frota e altura de onda.

Tabela 28: Porcentagem do tempo de plataforma para as frotas com dois PSVs

Tempo na Plataforma

Frota F21 F22 F23 4 m 20.62% 17.21% 13.47%

3.5 m 21.14% 17.72% 14% 3 m 22.58% 19.18% 15.56%

Tabela 29: Porcentagem do tempo de plataforma para as frotas com três PSVs

Tempo na Plataforma

Frota F31 F32 F33 F34 F35 F36

4 m 13.82% 9.21% 9.08% 8.12% 9.64% 11.1%

3.5 m 14.25% 9.54% 9.39% 8.47% 10.01% 11.46%

3 m 15.41% 10.73% 10.5% 9.67% 11.19% 12.64%

Tabela 30: Porcentagem do tempo de plataforma para as frotas com quatro PSVs

Tempo na Plataforma

Frota F41 F42 F43 F44 F45 F46

4 m 6.82% 6.92% 7.21% 7.22% 6.52% 5.84%

3.5 m 7.03% 7.15% 7.43% 7.43% 6.78% 6.07%

3 m 7.9% 7.98% 8.43% 8.39% 6.52% 6.88%

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54

Gráfico 19: Comparação do tempo de plataforma para as frotas com dois PSVs

Gráfico 20: Comparação do tempo de plataforma para as frotas com dois PSVs

0.00%

5.00%

10.00%

15.00%

20.00%

25.00%

F21 F22 F23

4 m

3.5 m

3 m

0.00%

2.00%

4.00%

6.00%

8.00%

10.00%

12.00%

14.00%

16.00%

18.00%

F31 F32 F33 F34 F35 F36

4 m

3.5 m

3 m

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55

Gráfico 21: Comparação do tempo de plataforma para as frotas com quatro PSVs

Previsivelmente, o tempo de atendimento das menores alturas foi maior,

comparativamente, que o tempo de alturas maiores. Este fato ocorreu na maioria dos

casos, isto acarreta em uma eventual falta de PSVs no porto caso todos estejam

imobilizados em entregas as plataformas e presos dentro de um período de mau

tempo, atrasando a operação.

0.00%

1.00%

2.00%

3.00%

4.00%

5.00%

6.00%

7.00%

8.00%

9.00%

F41 F42 F43 F44 F45 F46

4 m

3.5 m

3 m

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56

6.4. Custo

Para a análise de custo não foi considerado caso a caso, e sim a média das

frotas, de acordo com a quantidade de PSVs na frota. Comparativamente o custo de

time-charter e de combustível seria maior para as condições com mais PSVs,

independente do cenário. Portanto, somaram-se todos os custos de cada frota e tirou

a média dos conjuntos com 2, 3 e 4 PSVs.

Obtiveram-se então os seguintes dados, mostrados abaixo, sendo o valor médio

de custo de Time-Charter, Diesel, e a percentual do custo de combustível em relação

ao custo total.

Tabela 31:Custo médio de time-charter e combustível para arranjo com dois PSVs

Quantidade de PSV 2 Altura de onda Time-Charter Diesel % de Diesel

3 $ 504,824,423.33 $ 89,132,232.67 15.01% 3.5 $ 490,403,130.00 $ 88,820,749.00 15.33% 4 $ 494,571,160.00 $ 93,976,788.67 15.97%

Tabela 32: Custo médio de time-charter e combustível para arranjo com três PSVs

Quantidade de PSV 3 Altura de onda Time-Charter Diesel % de Diesel

3 $ 745,490,190.00 $ 129,800,718.33 14.83% 3.5 $ 741,633,593.33 $ 131,517,088.17 15.06% 4 $ 739,157,675.00 $ 127,567,653.67 14.72%

Tabela 33: Custo médio de time-charter e combustível para arranjo com quatro PSVs

Quantidade de PSV 4 Altura de onda Time-Charter Diesel % de Diesel

3 $ 971,583,883.33 $ 154,087,573.33 13.69% 3.5 $ 974,578,330.00 $ 154,227,530.00 13.66% 4 $ 973,250,570.00 $ 153,654,585.00 13.64%

Para a analise ficar mais visível, foram plotados com os dados acima os Gráficos

22, 23, 24, 25, 26 e 27.

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57

Gráfico 22: Preço médio de time-charter e diesel para frotas com dois PSVs

Para efeito de comparação, como citado anteriormente, foi calculado o

percentual do custo de combustível em relação ao custo global.

Gráfico 23: Porcentagem do custo de combustível no custo total para dois PSVs

$504.82442 $490.40313 $494.57116

$89.13223 $88.82075 $93.97679

$-

$100.000

$200.000

$300.000

$400.000

$500.000

$600.000

3 3.5 4

Milh

ões

Time Charter Diesel

15.01%

15.33%

15.97%

14.40%

14.60%

14.80%

15.00%

15.20%

15.40%

15.60%

15.80%

16.00%

16.20%

3 3.5 4

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58

Gráfico 24: Preço médio de time-charter e diesel para frotas com dois PSVs

Gráfico 25: Porcentagem do custo de combustível no custo total para três PSVs

$745.49019 $741.63359 $739.15768

$129.80072 $131.51709 $127.56765

$.000

$100.000

$200.000

$300.000

$400.000

$500.000

$600.000

$700.000

$800.000

3 3.5 4

Milh

ões

Time Charter

Diesel

14.83%

15.06%

14.72%

14.50%

14.60%

14.70%

14.80%

14.90%

15.00%

15.10%

3 3.5 4

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59

Gráfico 26: Preço médio de time-charter e diesel para frotas com dois PSVs

Gráfico 27: Porcentagem do custo de combustível no custo total para quatro PSVs

Primeiramente, percebe-se que, assim como esperado, o custo de time-charter é

praticamente constante. O custo de combustível segue o mesmo padrão, isso ocorre

porque o consumo de combustível da embarcação durante o período de mau tempo é

muito baixo, sendo que o maior fator de influencia no custo é o período de viagem, e

independentemente da condição da altura de onda, na simulação, as embarcações

percorrerão a mesma distância para atender a todas as plataformas.

Para uma melhor análise, foi tirada a média de custo, por PSV em cada condição

de frota. Primeiramente foi realizado o custo médio, para todas as condições de altura

de onda, por PSV para todo o período de simulação, e em seguida o custo anual para

cada PSV.

$971.58388 $974.57833 $973.25057

$154.08757 $154.22753 $153.65459

$.000

$200.000

$400.000

$600.000

$800.000

$1000.000

$1200.000

3 3.5 4

Milh

ões

Time Charter

Diesel

13.69%

13.66%

13.64%

13.60%

13.61%

13.62%

13.63%

13.64%

13.65%

13.66%

13.67%

13.68%

13.69%

13.70%

3 3.5 4

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60

Tabela 34: Custo médio total e custo médio anual por PSV, nas frotas com dois, três e quatro embarcações

Quantidade de PSV 2 3 4 Custo por PSV $ 293,621,413.94 $ 290,574,102.06 $ 281,781,872.64 Custo Anual $ 9,787,380.46 $ 9,685,803.40 $ 9,392,729.09

Gráfico 28: Custo médio total por PSV

Gráfico 29: Custo médio anual por PSV

Um arranjo com mais PSVs se mostra mais eficiente economicamente devido ao menor consumo global de combustível, pois apresentam mais embarcações que passam mais tempo fundeadas a espera de novos pedidos, reduzindo o custo de operação total

$293.62141

$290.57410

$281.78187

$274.000

$276.000

$278.000

$280.000

$282.000

$284.000

$286.000

$288.000

$290.000

$292.000

$294.000

$296.000

2 3 4

Milh

ões

$9.79

$9.69

$9.39

$9.10

$9.20

$9.30

$9.40

$9.50

$9.60

$9.70

$9.80

$9.90

2 3 4

Milh

ões

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61

7. Conclusão

Com os resultados obtidos a partir das simulações executadas permitiram toda a

análise descrita, foi possível perceber a influencia que a meteorologia exerce sobre a

logística de suprimento offshore, pode se concluir que aumentando a restrição à altura

de onda limite para operação, a fila no porto aumentará, devido a falta de

embarcações disponíveis. Isso é também mostrado devido ao fato do tempo de

atendimento a plataformas aumentar devido a diminuição na altura de onda.

Os custos se mostram bem estáveis devido ao fato que as embarcações que

estavam paradas em mau tempo haviam seu consumo de combustível baixo, pois seu

maior consumo de combustível acontece durante a navegação, sendo que todos os

pedidos serão entregues nas plataformas, independente dos atrasos, portanto a

quanto maior a capacidade de carga da frota selecionada, menor será a quantidade de

viagens que deverão ser realizadas.

Com isso, uma frota com mais embarcações, apesar de ter um maior custo de

time-charter, consegue suprir as plataformas, independentemente das variações nas

condições meteorológicas, sem que haja grandes atrasos em porto, resultando então

em menores possibilidades de atraso nas entregas.

Para contornar o problema com o custo, sendo que na realidade embarcações

menores tem contratos de time-charter menores, uma solução que se mostrou

satisfatória, analisando as filas em porto, foi a diversificação de classes de

embarcações, frotas que haviam embarcações de mesma classe tinham maiores filas

que frotas com classes diversas.

Outra solução encontrada é a utilização de embarcações especiais, como Utility

Vessel, que atendem as plataformas para realizar uma entrega emergencial. O UT tem

maiores velocidades que um PSV e conseguiriam alcançar a plataforma dentro de

uma janela de bom tempo.

Um critério de melhoria para a simulação seria uma melhor análise de custos,

com time-charter diferentes para cada classe de PSV e assim uma frota específica,

dependendo das condições, poderia ser escolhida de acordo com os custos. Um outro

fator para aumentarmos a confiabilidade seria o aumento do número de iterações e

condições com configurações diferentes.

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