Projeto Farmácia Intercultural

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by Conceitos do Mundo Projeto Farmácia Intercultural 2016

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by Conceitos do Mundo

Projeto Farmácia Intercultural 2016

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Farmácia Intercultural

01Nome do projeto

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As questões da saúde, dos direitos humanos e da cidadania das minorias étnico-culturais e migrantes estão no centro das preocu-pações internacionais, nomeadamente da União Europeia.

Sendo a farmácia um espaço de saúde de fácil acesso aos utentes e estando disponível um profissional de saúde altamente qualificado para esclarecimento de dúvidas e questões sobre saúde – farma-cêutico - este é o local privilegiado de relacionamento com utentes de diferentes culturas. É objetivo deste projeto tornar o farmacêu-tico um facilitador e integrador dos utentes de diferentes culturas nos cuidados de saúde e na prestação de cuidados.

Em Portugal a área metropolitana de Lisboa concentra mais de 50% da população imigrante do país. Não só a diversidade cultural imigrante, mas também a étnica e religiosa representam desafios diários para o farmacêutico. A Farmácia é o ponto de saúde mais acessível e o primeiro local de saúde a que as pessoas recorrem e o último antes de tomar o medicamento.

Entendemos, no diagnóstico que realizámos, que, existe a questão da interculturalidade identificada na área dos cuidados de saúde em geral mas não especificamente no âmbito da farmácia e do far-macêutico. A farmácia para a população é o ponto de referência em termos de saúde, nomeadamente para imigrantes, que vêm na farmácia o seu local de acesso a cuidados.

Consideramos que a comunicação intercultural e a aprendizagem intercultural são competências que devem ser desenvolvidas nos profissionais de farmácia. Não identificámos no mercado nenhuma solução concorrente a este nível de trabalho com os profissionais de farmácia.

É nossa proposta identificar 50 farmácias integradas em locais mul-ticulturais e desenvolveremos um plano de formação adequado à necessidade de cada farmácia (por exemplo, uma farmácia inserida numa comunidade cigana ou inserida numa grande comunidade muçulmana ou até a farmácia do aeroporto).

Este projeto destaca-se por permitir aportar a interculturalidade para dentro da farmácia e para a vida profissional e pessoal dos técnicos que lá trabalham.

02 Sumário Executivo do projeto

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Como mais valia para as farmácias poderemos referir a capacida-de de efetuar um atendimento personalizado poderemos referir a capacidade de efetuar um atendimento personalizado e adequado da comunidade com uma consequente melhoria da satisfação dos utentes. As organizações de saúde caracterizam-se cada vez mais pela plu-ralidade cultural dos seus utentes e profissionais o que exige que saibam fornecer cuidados culturalmente competentes e funcionar não só como organizações de saúde mas também como organiza-ções multiculturais tendo como fundamento o respeito e a valori-zação da pluralidade de culturas e implicando competências dos profissionais na área da comunicação e da interculturalidade.

O plano consiste na intervenção em 50 farmácias através da for-mação em aprendizagem e comunicação intercultural aos técnicos dessas farmácias. Serão necessários 3 técnicos de projeto/forma-dores/facilitadores, tendo dois deles como ação a interculturalidade e 1 destes técnicos o conhecimento da realidade das farmácias e da saúde em geral.

Os desafios inerentes ao projeto são fundamentalmente as cren-ças que se criaram à volta da comunidade em que a farmácia está envolvida, nomeadamente preconceitos que se enraizaram com o tempo. Os fatores de sucesso serão a mudança de mentalidades, atitudes face ao utente e comunicação mais efetiva e intercultural.

Para o sucesso do projeto é necessária a abertura e disponibilidade por parte das farmácias participantes. Uma farmácia intercultural é uma farmácia mais justa e consciente da sua responsabilidade social na comunidade onde se insere.

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Segundo o Conselho da Europa é necessário evitar os perigos que resultam da marginalização daqueles que não possuem competên-cias necessárias para comunicarem e conviverem num Portugal global sobretudo numa Europa multicultural e interativa. O encon-tro com a diferença cultural nos cuidados de saúde pode levar a re-ações emocionais e a comportamentos de rejeição e abandono ou a atitudes de preconceito discriminação e violência dos profissionais de saúde, sobretudo quando não há conhecimento sobre a cultura do utente e formação na área da comunicação e das relações inter-culturais.

Os profissionais de saúde particularmente os que trabalham em contextos multiculturais com utentes de outras culturas ou mino-rias étnicas queixam-se de dificuldades provenientes de problemas de comunicação intercultural em saúde. Vários estudos evidenciam que estes profissionais apresentam mais dificuldades e erros de diagnóstico quando comunicam com utentes migrantes e de mino-rias, estando muitos dos seus problemas, bem como as falhas na adesão dos utentes, relacionadas com questões de comunicação em saúde.

Lisboa é uma cidade multicultural, e consequentemente as farmá-cias aqui existentes estão incluídas numa rota intercultural. As cul-turas podem variar de zona para zona, mas o desafio é o mesmo: comunicar de forma efetiva e intercultural. É um processo de 2 aprendentes: o prestador e o recetor de cuidados de saúde.

03 Enquadramento do projeto e caracterização do problema a resolver

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Ao nível de farmácias comunitárias não existe nenhuma estratégia organizada no sentido da promoção da interculturalidade e dos di-reitos humanos. Há estudos no âmbito dos cuidados de saúde em geral mas não no âmbito das farmácias. Poderão existir estratégias pontuais, mas são da responsabilidade de cada farmácia, que se vai adaptando às necessidades da região onde se insere.

A abordagem intercultural não é frequente no mercado/sociedade. Há uma adaptação individual de cada pessoa, ou a chamada tole-rância (preferimos o termo aceitação) à multiculturalidade, mas não uma sensibilização direcionada.

Acreditamos que a solução que propomos é inovadora e explica-remos à frente porquê, mas sobretudo porque promove a saúde interligada à naturalidade da interculturalidade.

04 Identificação de soluções concorrentes

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Iremos aplicar ferramentas específicas de Educação Não Formal no Projeto.

A educação não formal é o “aprender fazendo”. A metodologia de aprendizagem assenta na interação entre o aprendente e as situ-ações concretas que estão a viver. Há uma relação direta entre os técnicos de farmácia e os facilitadores. É possível maximizar os be-nefícios da educação não formal através da utilização de diferentes metodologias como a educação por pares, o projeto de trabalho, atividades práticas e vivenciais, entre outras. Os aprendentes estão no centro do seu próprio processo de aprendizagem.

Por vezes, existe alguma confusão entre a aprendizagem não for-mal e a informal. Consideramos a aprendizagem informal como uma aprendizagem espontânea, uma vez que acontece no quoti-diano, enquanto a aprendizagem não formal é planeada e pensada por um facilitador, um formador ou uma pessoa que trabalha estes profissionais de farmácia que também oferece o seu apoio no pro-cesso inteiro de aprendizagem.

Acreditamos que as duas (não formal e informal) se vão aliar neste projeto. Acreditamos também que esta abordagem pode melhorar a eficácia dos cuidados de saúde prestados melhorando os níveis de adesão dos utentes.

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Solução proposta

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Existem algumas iniciativas pontuais no país de integração e mul-ticulturalidade dos cuidados de saúde prestados que têm demons-trado resultados muito positivos em termos de promoção da saúde e prevenção da doença.

A vantagem competitiva será traduzida no atendimento adequado dos utentes, com base na riqueza cultural que estes possuem ven-do essa riqueza como uma valia e não como uma crença limitadora da cultura dessa pessoa. O utente satisfeito “vende” a marca da farmácia, produto e profissionalismo e não cobra comissão!

Estando a farmácia inserida na comunidade, conseguindo dar res-posta às diferentes solicitações, garante a sua missão e valores como parte dessa comunidade.

06 Características inovadoras do projeto

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Diz o povo que “Utente satisfeito é igual mais 1, utente insatisfeito é igual a menos 10” e tem a sua razão. As farmácias apresentam uma orientação da sua atividade não apenas na sua vertente comercial mas também enquanto espaços profissionais e de serviço à comu-nidade. Este serviço reflete-se diretamente na relação entre o pro-fissional de farmácia e o utente. Criar a consciência de fidelização da pessoa em relação à farmácia e ao profissional que o/a atende é fundamental e é para isso que o projeto vai também contribuir.

O projeto vai-se materializar em aproximação da comunidade mul-ticultural à farmácia.

07Valoracrescentado para Farmácias

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Até ao momento não existe uma estratégia multicultural de inter-venção para as farmácias comunitárias. Consideramos que este é um projeto inovador e que se enquadra na missão das farmácias enquanto espaços de promoção da saúde abertos à comunidade e integrados na mesma.

Tendo em conta o fluxo crescente de migrantes consideramos ser este o momento adequado para valorizar as farmácias ao nível da responsabilidade social e da multiculturalidade.

As farmácias interculturais receberão um “selo” que poderão afixar em local visível, atestando que é uma “Farmácia Multicultural”.

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Integração do projeto no mercado

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A proposta de valor reside nas competências e ferramentas inter-culturais que iremos fornecer aos profissionais de farmácia. A pro-moção de uma aprendizagem intercultural e de um diálogo inter-cultural mais eficaz, poderá potenciar a parte comercial da farmácia sem falar no papel comunitário que a mesma tem.

As receitas do projeto irão ser geradas através da contribuição de sponsors e uma percentagem financiada pela Conceitos do Mundo através dos seus associados/as e das atividades de formação que tem regularmente. Os principais custos serão com as formadoras do projeto e os custos de suporte à formação bem como de divul-gação e marketing do projeto.

Pretende-se realizar um projeto piloto com avaliação do impacto da intervenção efetuada. Baseado nos resultados obtidos pretende-se expandir este projeto a todo o pais, com especial enfoque em áreas que justifiquem a intervenção.

09Modelo de negócio & projeções financeiras

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Fase I Levantamento de necessidades específicas na região de Lisboa (2 meses)

Fase II Contacto com as Farmácias onde vai ser realizada a intervenção (2 meses)

Fase III Formação dos profissionais nas farmácias identificadas deslocando-se a equipa do projeto até à farmácia em questão (6 meses)

Fase IV Avaliação e conclusão do projeto (2 meses)

10Roadmap de implementação

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Gestora do Projeto Paula Perdigão

Farmacêutica, doutoranda na área da Saúde Pública é Professora Universitária e Formadora. Ao nível dos Direitos Humanos, traba-lha-os numa perspetiva de direito à saúde. Procura sempre novas estratégias e dinâmicas para aplicar na formação e por isso é Prac-titioner e Master em PNL.

FormadoraAnabela Brás Pinto

Licenciada em Psicologia, trabalha desde o início da sua vida profis-sional nas áreas dos Direitos Humanos e da Formação. Tem experi-ência em projetos nacionais e internacionais na área da promoção dos direitos humanos e da interculturalidade. Fazem parte do seu CV organizações como a ONU e o ACM.

FormadoraSandra Tavares

É Practitioner em PNL e certificada em Coaching Humanista. Traba-lha com pessoas e Human Capital Management há largos anos e como tal forma equipa. Faz parte dos órgãos sociais da Conceitos do Mundo e aqui dá a sua valia em termos multiculturais.

FormadoraDébora Almeida

É Practitioner e Master em PNL e certificada em Coaching Humanis-ta. Concilia o desenvolvimento pessoal com os Direitos Humanos e Interculturalidade. Tem muita experiência formativa, nesta área, com todas as camadas etárias.

Recursos Humanos

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Os riscos que podem por em causa o projeto situam-se maiorita-riamente ao nível da enraízação de crenças negativas e limitado-ras face às culturas onde a farmácia está inserida. Estas crenças e preconceitos situam-se ao nível da identidade e a sua mudança por atitudes positivas face à diversidade cultural tem de ser bem trabalhada.

Acreditamos ter as pessoas certas para esse trabalho com o know--how necessário. Acreditamos também ter as ferramentas de tra-balho adequadas a estes processos de mudança: por exemplo a Programação Neurolinguística, o coaching e atividades vivenciais com base em educação não formal e formas de trabalho do Conse-lho da Europa.

Para o sucesso deste projeto necessitamos apenas da entrega e dis-ponibilidade dos profissionais de saúde envolvidos.

11Fatores Críticos de Sucesso & Desafios