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PROJETO EDUCATIVO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÍLHAVO 2016-2019

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PROJETO EDUCATIVO

DO

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÍLHAVO

2016-2019

PROJETO EDUCATIVO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÍLHAVO 2016-2019 1

ÍNDICE

Introdução ……………………………………………………………………………………………………………………………………………….… 2

Missão …………………………………………………………………………….…………………………………………………………………..…….. 2

Princípios……………………………………………………………………………….……………………………………………….………………….. 2

Valores ………………………………………………………………………………………………………………………………..……….…………….. 3

Ambição ……………………………………………………………………………………………………………………………………………...…….. 3

I - Caracterização do Agrupamento …….…………………………………………………………………….……………….………. 4 1.1. Composição………………………………………………………………….……………………………………………………………………. 4 1.2. Oferta Educativa e Formativa……………………………………………….…………………………………………..……………….. 4 1.3. Atividades e projetos de complemento curricular………………….………………………………………………………….. 5 1.4. Recursos e modalidades de apoio educativo…………………….…………………………………………….…………………. 5 1.5. Parcerias e protocolos …………………………………………………….……………………………………………………………..…. 6

II - Diagnóstico Estratégico …………………………………………………………………………………………………………….…..… 7

III- Plano de Ação Estratégica do Agrupamento (2016/2019) ……………………………………………….…… 10

IV -Avaliação e revisão do Projeto Educativo ………………………………………………………………………….……… 14

V -Divulgação do Projeto Educativo …………………………….……………………………………………….……………..…… 14

VI - Considerações Finais …………………………………………………………………………………..………….…………..………… 15

VII - Siglas ………………………….…………………………………………………………………………………..………………………………… 15

VIII - Aprovação……………………….…………………………………………………………………………..………………………………… 16

Anexos ………………………………………………………………………………………………………………..………………..…………..……… 16

1. Metodologia utilizada na construção do Projeto Educativo …………………………………………………………… 17

2. Contexto e caracterização do AEI ……………………………….…………………...……………………..……………..……… 17

2.1. O Município de Ílhavo …………………………………………………………………………….…………………………..…. 17

2.2. Dados de caracterização social das famílias da população escolar em 2014/2015………………….. 18 2.3. Recursos Humanos do Agrupamento ………………………………………………………..………………………..…. 21

3. Dinâmicas escolares no Agrupamento de Escolas de Ílhavo …………………………………………………………… 22 3.1. Evolução da população escolar do AGEI (2011-2015)………………………………………………………. 22 3.2. Histórico dos resultados escolares entre 2011/2012 e 2015/2016 …………………………………….…… 23 4. Critérios pedagógicos de constituição de turmas …………………………………………………………………………… 24

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Introdução

Nos termos do Decreto-lei nº 137/2012, de 2 de julho, que procede à segunda alteração ao

Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, e que aprova o regime de autonomia, administração e gestão

dos estabelecimentos públicos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, “o projeto

educativo é o documento que consagra a orientação educativa do agrupamento de escolas ou da escola

não agrupada, elaborado e aprovado pelos seus órgãos de administração e gestão para um horizonte de

três anos, no qual se explicitam os princípios, os valores, as metas e as estratégias segundo os quais o

agrupamento de escolas ou escola não agrupada se propõe cumprir a sua função educativa”.

O presente documento, construído e perspetivado para o triénio 2016/19, retomou alguns

aspetos da essência dos anteriores projetos educativos das duas anteriores unidades orgânicas (antigo

AEI e ESDJCCG), mas a sua base assenta na análise e reflexão sobre os contributos decorrentes da

participação da comunidade educativa neste processo (ver Anexo 1).

Assim, este Projeto espelhará a orientação educativa do Agrupamento de Escolas de Ílhavo para

o referido período temporal.

Missão

Do ponto de vista institucional, incumbe à Escola a prestação de serviço público, que consiste em dotar tosos e cada um dos cidadãos das competências e conhecimentos que lhes permitam explorar plenamente as suas capacidades, integrar-se ativamente na sociedade e dar um contributo para a vida económica, social e cultural do país.

Este projeto visa ainda enaltecer o contributo de cada um dos envolvidos na formação dos

nossos jovens - professores, assistentes técnicos e operacionais, pais/encarregados de educação, como

membros da Comunidade Escolar, bem como mobilizar sinergias junto de outros parceiros e

instituições, alargando o conceito de comunidade educativa.

Princípios

No próximo triénio de 2016-2019, o Agrupamento de Escolas de Ílhavo irá pautar-se pelos seguintes princípios:

Consolidação de uma comunidade educativa com personalidade própria, prestigiada e aberta a novas culturas e ao mundo

Promoção do direito de todos à educação, independentemente das capacidades e diferenças individuais, combatendo a descriminação

Qualidade nos processos de ensino e de aprendizagem, visando o prosseguimento de estudos e a preparação para a vida ativa

Promoção da igualdade de oportunidades, solidariedade, disponibilidade e cooperação

Colaboração ativa da escola com a família e a comunidade

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Valores

Este Agrupamento de Escolas propõe cumprir a sua função educativa, através dos seguintes valores:

Trabalho e sua dignificação

Justiça e tolerância

Solidariedade e cooperação

Responsabilidade e compromisso com o património humano, ambiental e edificado

Saúde e bem-estar

Liberdade e espírito crítico

Ambição

Ser “a Escola” de todos, alicerçada por todos e para todos, onde os alunos desenvolvem o seu

percurso escolar até à conclusão do ensino secundário.

Procura da qualidade e excelência, planeando o processo educativo com coerência.

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I. Caracterização do Agrupamento

1.1. Composição

O atual Agrupamento de Escolas de Ílhavo – que integra a Educação Pré-Escolar, o 1º, 2ºe 3º ciclos e o ensino secundário - foi constituído por despacho de Sua Excelência, o Secretário de Estado, em 4 de Julho de 2012. Por anterior despacho ministerial, foi ainda considerado Agrupamento de Escolas de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos e Agrupamento de Referência para a colocação de docentes na Intervenção Precoce. Atualmente, nove estabelecimentos de ensino integram o Agrupamento, com as respetivas tipologias, a saber: - Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes – atual sede do agrupamento (3º CEB e Secundário) - Escola Básica José Ferreira Pinto Basto (2º e 3º CEB) - Escola Básica Nossa Senhora do Pranto (Pré Escolar e 1º CEB) - Escola Básica de Corgo Comum (Pré Escolar e 1º CEB; conhecida como Escola da Coutada) - Escola Básica da Légua (Pré Escolar e 1º CEB) - Escola Básica de Vale de Ílhavo (Pré Escolar e 1º CEB) - Escola Básica de Ílhavo (Pré Escolar e 1º CEB) - Escola Básica da Chousa Velha (Pré Escolar e 1º CEB) - Escola Básica da Gafanha de Aquém (Pré Escolar e 1º CEB)

1.2. Oferta Educativa e Formativa Sete escolas básicas do agrupamento oferecem o ensino regular de educação pré-escolar e o 1º ciclo do ensino básico. Na Escola Básica José Ferreira Pinto Basto funciona o 2º ciclo e o 7º ano de escolaridade nas

modalidades de ensino regular.

Na atual sede, Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes, são lecionados o 8º e 9º anos do

ensino regular, mas também outras modalidades do ensino básico (cursos de educação e formação,

cursos vocacionais).

No 2º e 3º ciclos, existe a oferta de um leque de áreas curriculares alternativas para alunos que

usufruem de currículo específico individual.

No que respeita à formação de nível secundário, a escola secundária disponibiliza, em regime diurno,

Cursos Científico-Humanísticos e Cursos Profissionais.

Prevê-se o funcionamento de cursos de educação e formação de adultos, na vertente escolar (B1 e B2),

em regime noturno.

Este Agrupamento de Escolas de Referência de Educação Bilingue para Alunos Surdos, e de acordo com

o previsto no Decreto-Lei nº3/2008, de 7 de janeiro, promove uma resposta educativa especializada,

desenvolvida em grupos ou turmas de alunos surdos, aplicando-se metodologias e estratégias de

intervenção interdisciplinares adequadas e em continuidade pedagógica, graças à intervenção de

docentes e técnicos especializados (terapeutas da fala, intérpretes de LGP, formadores de LGP). Esta

resposta educativa é desenvolvida desde a Educação Pré-Escolar ao Secundário (Escola Básica de Ílhavo

– Jardim de infância de Educação Bilingue de Alunos Surdos e 1º CEB; Escola Básica José Ferreira Pinto

Basto e Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes).

No âmbito do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), o Agrupamento disponibiliza

educador(es) de infância que integra(m) a Equipa Local de Intervenção de Ílhavo, juntamente com

outros técnicos (enfermeiro/a, médico/a, fisioterapeuta, psicólogo/a, técnico superior de serviço social,

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terapeuta de fala e educador/a social). A Intervenção Precoce na Infância, e de acordo com o Decreto-lei

nº281/2009, de 6 de outubro, promove um conjunto de medidas de apoio integrado centrado na

criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa, designadamente no âmbito

da educação, da saúde e da ação social, visando detetar alterações nas funções e estruturas do corpo,

bem como ambientais, e que possam implicar um grave atraso no desenvolvimento.

1.3. Atividades e Projetos de Complemento e Enriquecimento Curricular

Será importante realçar, a este nível, a iniciativa do Município através do respetivo Plano Municipal de

Intervenção Educativa, abarcando em especial o Pré-escolar e o 1º CEB, com as suas numerosas

dinâmicas e iniciativas.

No 1º ciclo, e em conformidade com a legislação vigente, são desenvolvidas Atividades de

Enriquecimento Curricular (AEC) diariamente, das 16.30 h até às 17.30 h, em parceria com a entidade

promotora, a Câmara Municipal de Ílhavo.

Na escola-sede do Agrupamento, assim como na EB José Ferreira Pinto Basto, proporcionam-se aos

alunos atividades de enriquecimento e de complemento curricular, organizadas sob a forma de projetos

ou clubes, desenvolvidas/coordenadas por professores, as quais têm como objetivo estimular o

desenvolvimento sócio afetivo dos alunos, complementar a sua formação pessoal, social e artística e

contribuir para a plena integração na escola, combatendo o abandono escolar, o absentismo e o

insucesso.

Destacamos, entre outras, as seguintes atividades/clubes/projetos: Desporto Escolar, Projeto Eco

Escolas, Projeto de Educação para a Saúde, Clube de Teatro MarAlegre, Parlamento de Jovens,

Escoliadas, Clubes de Língua Gestual Portuguesa, Clube de Rádio, Clube de Arte & Ciência, Clube de

Robótica.

1.4. Recursos e Modalidades de Apoio Educativo

No que respeita aos recursos, destacam-se:

Serviço de Psicologia e Orientação

Bibliotecas Escolares/Centros de Recursos Educativos

Gabinetes do Aluno

Quanto às modalidades de apoio educativo, salientam-se:

Apoio ao Estudo (1º e 2º ciclo)

Apoio Educativo em diferentes modalidades (aulas de apoio pedagógico acrescido, aulas de

apoio individualizado, tutorias, complemento de competências curriculares, coadjuvância e

assessorias pedagógicas).

Educação especial (Intervenção precoce na infância, Educação bilingue de alunos surdos, apoio

a alunos com limitações significativas ao nível da atividade e da participação num ou vários

domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de carácter permanente).

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1.5. Parcerias e protocolos

Um recurso inestimável é aquele que decorre da existência de parcerias e protocolos assumidos com

algumas entidades do meio, mas também para além deste.

Destacamos a proximidade com a Câmara Municipal de Ílhavo; a Junta de Freguesia de S. Salvador ; o

Centro de Saúde de Ílhavo; o CFAECIVOB (Centro de Formação de Associação de Escolas dos Concelhos

Ílhavo, Vagos e Oliveira do Bairro); a Rede de Bibliotecas de Ílhavo; a Escola Segura; a CPCJ de Ílhavo; o

CAFAP (Centro de Apoio às Famílias e Acompanhamento Parental); os Bombeiros; o Centro Cultural de

Ílhavo; o CASCI; o Illiabum Clube; Os Ílhavos; a Universidade de Aveiro, Fábrica da Ciência - Aveiro, a

Escola Superior de Educação de Coimbra e outros Estabelecimentos de Ensino Superior, entre outros

parceiros.

Para além das já referidas, existem ainda protocolos celebrados com cerca de quarenta instituições e

empresas no âmbito da formação em contexto de trabalho dos alunos que frequentam os cursos

profissionais, de educação e formação e/ou cursos vocacionais, bem como dos alunos com necessidades

educativas especiais que desenvolvem o seu Plano Individual de Transição fora da escola. Refira-se

ainda a parceria com a Escola Profissional de Aveiro, integrando um consórcio estabelecido entre quatro

escolas, no âmbito do projeto Erasmus+ (mobilidade internacional de alunos), o qual permite a

realização de estágios profissionais a alguns alunos noutros países europeus.

De salientar, o grande envolvimento e a fundamental ação desenvolvida pelas oito Associações de Pais

do agrupamento, no que respeita à dinamização de projetos/atividades do PAA do Agrupamento,

assegurando ainda a Componente de Apoio à Família na educação pré-escolar e primeiro ciclo

(prolongamento de horário e serviço de refeições), em parceria com a Câmara Municipal de Ílhavo.

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II – Diagnóstico Estratégico

1. Pontos fortes e méritos a consolidar

Reconhecimento por parte da comunidade educativa das escolas do Agrupamento como lugares seguros.

Conhecimento das regras (de comportamento) orientadoras do Agrupamento e reconhecimento da sua adequação.

Resultados académicos superiores ou iguais às médias nacionais nas provas finais nacionais de 3º ciclo, de Português e de Matemática, nos últimos anos letivos;

Dinamização de iniciativas de angariação de bens que promovem o espírito de solidariedade e permitem apoiar famílias carenciadas;

Diversidade e abrangência das atividades, dos projetos e parcerias (envolvimento da autarquia, poder local, entidades públicas e privadas do concelho e concelhos limítrofes), de natureza ambiental, desportiva, cultural e outras, como forma de estimular e valorizar as aprendizagens das crianças e dos alunos e, em simultâneo, melhorar as expetativas da comunidade escolar;

Trabalho desenvolvido e reconhecido, enquanto Escola de Referência para o Ensino Bilingue de Alunos Surdos, com crianças e alunos portadores de dificuldades auditivas, promotor da igualdade de oportunidades e do convívio com a diferença;

Contributo relevante das bibliotecas escolares para a melhoria do serviço prestado pelo Agrupamento à comunidade educativa;

Adoção de medidas estratégicas transversais, orientadas diretamente para a melhoria dos resultados, tais como as assessorias pedagógicas e o trabalho colaborativo semanal de docentes do Agrupamento;

Aplicação de estratégias e de planos pedagógicos, pelos professores, em turmas com maior insucesso escolar, a fim de o evitar.

Reforço dos apoios pedagógicos nas turmas em ue, por ra es não imput veis aos alunos, os programas não foram integralmente ministrados e/ou em que não tenham sido realizadas aprendizagens fundamentais.

Uso generalizado de ferramentas informáticas, o que tem contribuído para a agilização dos procedimentos de gestão pedagógica e administrativa.

Abertura à comunidade e desenvolvimento de parcerias e projetos, com impacto relevante na prestação do serviço educativo e nas aprendizagens dos alunos;

Grau de satisfação dos alunos e dos EE no apoio prestado e disponibilidade manifestada pelos órgãos de gestão, bem como por professores, assistentes administrativos e assistentes operacionais.

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Reconhecimento da eficácia dos processos de informação e comunicação sobre planificações, critérios de avaliação e desenvolvimento de aprendizagens dos alunos, por pais/EE.

Assunção das Associações Pais como parceiros fundamentais na componente de apoio à família e outras valências.

Existência de respostas educativas diferenciadas (Áreas Curriculares Alternativas) para alunos que desenvolvem um currículo específico individual (CEI).

Trabalho desenvolvido enquanto Agrupamento de referência para a Intervenção Precoce na Infância promovendo um conjunto de medidas de apoio integrado centrado na criança e na família, incluindo ações de natureza preventiva e reabilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e da ação social.

Colaboração do Agrupamento com diferentes entidades locais, de relevante interesse social, através da cedência de instalações e equipamentos.

2 - Fraquezas e dificuldades a ultrapassar

Instalações pouco adequadas e/ou com problemas de conservação em escolas do Agrupamento, nomeadamente na Escola Básica de Ílhavo, Escola Básica da Gafanha de Aquém e Escola Secundária Dr. JCCG (escola sede).

Os alunos reconhecem conhecer e concordar com as regras de comportamento do Agrupamento, mas revelam dificuldades na sua interiorização e cumprimento.

Indisciplina focalizada em grupos de alunos, plasmada no número de medidas sancionatórias aplicadas, e que compromete o clima de tranquilidade necessário à ação educativa.

Insuficiente aproveitamento dos recursos disponíveis no âmbito das ciências experimentais.

Ausência de um Processo de autoavaliação global e sistemático iniciante, o que tem impossibilitado o conhecimento sustentado do Agrupamento e pode condicionar o seu progresso.

Resultados nas provas de avaliação externa do que, no último triénio, em alguns anos de escolaridade e/ou em algumas disciplinas, designadamente no 2º ciclo e em algumas disciplinas do ensino secundário, que se situaram abaixo das médias nacionais.

Qualidade das refeições servidas na maioria dos refeitórios escolares.

Insuficiência de alguns equipamentos e materiais para o desenvolvimento e construção de materiais adaptados aos alunos de Educação especial.

Escassez de uma rede de parcerias com serviços e instituições da comunidade com vista à implementação da vertente prática para desenvolvimento dos Planos Individuais de Transição (PIT) dos alunos com CEI.

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3 - Oportunidades a rentabilizar

Protocolo de cooperação com a UA no âmbito da prática pedagógica supervisionada (no âmbito dos mestrados em Educação), do Projeto de Intervenção Educacional (licenciaturas em Educação Básica) e outros.

Reforço de parcerias com entidades empresariais e comerciais de concelhos vizinhos.

Alargamento da rede de parcerias a instituições de ensino superior, como apoio à melhoria do processo de autoavaliação.

Existência de uma rede de escolas de proximidade, na educação pré-escolar e do 1º ciclo, com um parque escolar de qualidade na generalidade dos estabelecimentos de ensino onde são ministrados estes níveis/ciclos de ensino (exige-se intervenção em alguns casos pontuais).

4 - Ameaças

Diminuição da taxa de natalidade e da população residente no concelho.

Baixas expetativas escolares por parte de muitos alunos e respetivas famílias.

Falta de reconhecimento da Escola como oportunidade de promoção cívica, social e profissional.

Instabilidade e/ou alternância das políticas educativas nacionais, impedindo a consolidação e avaliação de medidas implementadas.

Falta de autonomia da escola na abertura e diversificação da oferta formativa.

Insuficiência de recursos humanos, nomeadamente nos SPO; técnicos especializados (terapeutas da fala, intérpretes de Língua Gestual Portuguesa, técnicos de ação social); e assistentes operacionais.

Burocratização excessiva do trabalho do professor e risco de perda da identidade da profissão.

Elevado número de alunos com apoio da ação social escolar (ASE).

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III- Plano de Ação Estratégica do Agrupamento (2016/19)

Domínio 1 – Resultados

- Resultados Académicos; - Resultados Sociais; - Reconhecimento da comunidade

Objetivos Ações a desenvolver

Promover o sucesso educativo e a qualidade do sucesso nos diferentes ciclos de ensino do agrupamento. Promover o envolvimento da comunidade educativa no processo educativo dos alunos.

Fomentar o cumprimento de regras e existência de um clima de disciplina no Agrupamento. Promover a cidadania, a motivação pelo conhecimento e a diversidade cultural e linguística. Fomentar o desenvolvimento e reconhecimento da comunidade.

- Candidatura a projetos nacionais de promoção do sucesso educativo e a qualidade do sucesso escolar. - Otimização dos recursos humanos docentes na disponibilização de apoios pedagógicos, coadjuvações e parcerias pedagógicas. - Promoção da literacia através de dinamização de atividades de leitura, junto da comunidade escolar e educativa, nomeadamente pelas das Bibliotecas Escolares. - Articulação das bibliotecas escolares com as estruturas pedagógicas e os docentes. - Monitorização sistemática dos alunos em risco de insucesso ou abandono escolar, em parceria com as entidades competentes. - Realização de reuniões regulares com alunos e/ou pais/EE envolvendo-os na melhoria de resultados académicos e sociais. - Participação e dinamização de atividades, nomeadamente através das Associações de Pais, dos Encarregados de Educação, na escola/ agrupamento, nomeadamente através do voluntariado. - Reunião do Órgão da Direção com os delegados de turma. - Sensibilização de pais/EE para frequentarem a Escola de Pais. - Promoção de iniciativas de formação junto dos pais/EE. - Participação de antigos alunos em atividades da escola. - Dinamização de grupos de alunos que apoiem colegas com dificuldades curriculares e/ou de integração escolar. - Realização de ações concertadas para a resolução de situações de indisciplina de alunos, nomeadamente: ministrar formação a docentes e não docentes; concretizar ações com alunos e pais; articular com equipas multidisciplinares e com instituições parceiras locais, bem como a Associação de Estudantes e outros alunos em projetos de promoção de disciplina com os seus pares. - Participação dos alunos em iniciativas/projetos locais, nacionais e internacionais de cidadania e solidariedade. - Dinamização de atividades que promovam a multi/interculturalidade, que evidenciem as diversas culturas dos alunos, em domínios tão variados como a literatura, música, dança, gastronomia, entre outros. - Realização de atividades de cariz social abrangendo a comunidade educativa. - Realização de atividades para a atribuição de diplomas de mérito académico e social aos alunos a quem foi reconhecido um desempenho relevante. - Ministrar cursos de educação de adultos, promovendo a sua qualificação.

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Metas a atingir:

- Aumentar o sucesso educativo dos alunos, atingindo, no final da vigência do PE (conforme quadro 2), as taxas médias de transição/conclusão previstas no quadro 2. - Melhorar os resultados da avaliação externa dos alunos, de forma a obter, de forma consistente, a média de classificação de exames no Agrupamento igual ou superior à média nacional. - Aumentar em 2% dos índices de leitura recreativa e de estudo. - Fixar em 80% a percentagem de pais/EE que contactam, pelo menos seis vezes por ano, com o educador de infância/titular de turma/DT. - Fixar em 98% a percentagem de participação dos representantes dos pais/EE e dos delegados de turma nos conselhos de turma. - Reduzir anualmente em 2% da taxa de abandono precoce e desistência dos alunos. - Reduzir o número de presenças no Gabinete do Aluno (10% em cada ano de vigência do PE). - Reduzir, todos os anos, o número de infrações disciplinares graves e muito graves. - Fortalecer a colaboração das famílias na dinamização de atividades do PAA, aumentando 5% em cada ano. - Colaborar com o Conselho Municipal de Educação na implementação de uma Escola de Pais. - Promover, no mínimo, três ações de formação/ano, dirigidas aos pais/EE, no domínio das competências parentais. Quadro 1 - Taxas médias de transição/conclusão do ano letivo 2015/2016 (*sem resultado de provas/exames nacionais)

1º ciclo Taxa média

2º ciclo Taxa média 3º ciclo Taxa média Secundário Taxa média

2º ano 90% 5º ano 86,6% 7º ano 95,3% 10º 92,8%

3º ano 94% 6º ano 93,3% 8º ano 89% 11º 87,5% *

4º ano 93% ----- ----- 9º ano 96% * 12º 75%

Quadro 2 - Taxas médias de transição/conclusão a atingir no termo de vigência deste Projeto Educativo

1º ciclo Taxa média

2º ciclo Taxa média 3º ciclo Taxa média Secundário Taxa média

2º ano 92% 5º ano 89% 7º ano 92% 10º 93%

3º ano 97% 6º ano 95% 8º ano 91% 11º 89%

4º ano 98% ----- ------ 9º ano 92% 12º 80%

Domínio 2 – Prestação do Serviço educativo

- Planeamento e articulação; - Práticas de ensino; - Monitorização do ensino e da aprendizagem

Objetivos Ações a desenvolver

Promover a qualidade das aprendizagens através de um rigoroso planeamento e articulação entre as diferentes estruturas educativas. Garantir a articulação horizontal e vertical entre os diferentes ciclos de ensino do Agrupamento. Promover atividades educativas adequadas aos diferentes níveis de ensino, às capacidades e aos ritmos de aprendizagem de cada

- Elaboração de um Plano Anual de Ação Estratégica para o Agrupamento. - Realização de reuniões de articulação horizontal e vertical entre diferentes ciclos de ensino do Agrupamento: - Realização de reuniões semanais e/ou quinzenais de trabalho colaborativo entre docentes do mesmo grupo de recrutamento e/ou entre docentes do conselho de turma; - Planificação e desenvolvimento de estratégias e atividades interdisciplinares. - Análise e partilha da informação sobre o percurso escolar dos alunos. - Adaptação de estratégias pedagógicas tendo em consideração diferentes ritmos de aprendizagem dos alunos e das turmas. - Planificação e reforço das práticas de sala de aula com recurso a metodologias ativas e diversificadas, parcerias pedagógicas e supervisão pedagógica entre pares.

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aluno. Fomentar a qualidade e excelência das práticas educativas. Promover o rigor e a auto-exigência. Promover a monitorização, avaliação e supervisão do processo de ensino e das aprendizagens.

- Desenvolvimento de atividades laboratoriais e científicas, e encontros/palestras de debate científico, aproveitando plenamente todos os recursos disponíveis no âmbito das ciências experimentais. - Diversificação de estratégias e recursos de trabalho, incrementando a utilização pedagógico-didática das novas tecnologias em sala de aula. - Realização de atividades letivas e formativas, nas quais os alunos e formandos tenham de mostrar competências TIC. - Aplicação de programas educativos individuais com respostas específicas, e o necessário apoio especializado, para os alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente. - Criação e aplicação de planos individuais de transição que possibilitem a integração dos alunos com necessidades educativas especiais, na vida ativa. - Oferta de cursos e “percursos” formativos diversificados e adequados ao interesse e/ou perfil dos alunos, nomeadamente os de cariz profissional ou profissionalizante. - Implementação de uma cultura de rigor e de exigência nas aprendizagens académicas. - Partilha de boas práticas que promovam a melhoria das aprendizagens. - Reforço das modalidades e atividades de apoio pedagógico e/ou complemento educativo aos alunos (SPO, CCC, BE, Apoio, tutorias. - Oferta de diferentes atividades extracurriculares e de enriquecimento curricular, otimizando os recursos humanos, e de acordo com os interesses dos alunos. - Dinamização de ações de esclarecimento sobre a oferta formativa, exames nacionais e saídas profissionais. - Participação dos alunos em projetos e clubes de âmbito artístico, científico e tecnológico. - Aferição dos critérios e instrumentos de avaliação. - Promoção da autoavaliação sistemática dos alunos. - Avaliação da eficácia das medidas de promoção do sucesso escolar definidas no Plano de Ação Estratégica. - Realização de reuniões periódicas de monitorização, avaliação e supervisão dos processos, das ações e dos resultados escolares obtidos. -(Re)definir periodicamente orientações por disciplina/departamento curricular face aos resultados obtidos .

Metas a atingir: - Elaborar um Plano de Ação Estratégica para o ano letivo seguinte. - Aplicar e avaliar, anualmente, o Plano de Ação Estratégica definido no ano letivo anterior. - Realizar duas reuniões/ano para articulação curricular entre os diversos ciclos de ensino (educadores/docentes do 1º CEB; docentes 4.º ano/5.º ano; docentes do 6.º ano/7.º ano); -Garantir que 100% das turmas têm atividades letivas/formativas com recurso ativo às TIC. - Criar um portefólio com recursos pedagógicos, resultante de boas práticas implementadas. - Aumentar o sucesso dos alunos que frequentam aulas de apoio. - Realizar duas sessões de esclarecimento para alunos e pais (1 por ciclo) por ano, acerca dos percursos formativos e vocacionais existentes na escola. - Aumentar a percentagem de alunos que concluem os cursos de prosseguimento de estudos e que ingressam no ensino superior. - Aumentar a percentagem de alunos que concluem os cursos profissionais e que ingressam no mercado de trabalho ou no ensino superior.

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Domínio 3 – Liderança e autoavaliação

- Liderança; Gestão; Autoavaliação e melhoria.

Objetivos Ações a desenvolver

Fomentar o sentido de pertença ao AEI. Valorizar as lideranças de topo e intermédias. Desenvolver projetos e parcerias com instituições locais e regionais. Definir critérios para constituição de turmas, elaboração de horários e distribuição de serviço docente e não docente. Promover o desenvolvimento profissional do pessoal docente e do pessoal não docente Promover uma cultura de poupança, de racionalização e melhoria dos espaços e equipamentos. Dinamizar uma gestão financeira que permita aumentar as receitas próprias. Promover uma cultura de segurança na escola.

- Realização de eventos de modo a reforçar e promover a imagem/identidade do Agrupamento junto de toda a comunidade educativa (por ex., o Dia do Agrupamento). - Divulgação de informações, atividades e boas práticas à comunidade, através de uma gestão eficaz da Web (portal do agrupamento), dos media e da newsletter do Agrupamento. - Melhoria da comunicação interna com recurso ao correio eletrónico institucional e moodle. - Implementação de uma liderança de proximidade, de cariz democrático e promotora da participação plena da comunidade nos órgãos de gestão do AEI. - Desenvolvimento da capacidade das lideranças intermédias, através do recurso a formação específica, visando operar mudanças efetivas nas práticas docentes. - Promoção de uma gestão partilhada dos principais problemas que afetam o Agrupamento, envolvendo nas tomadas de decisão as diferentes estruturas de supervisão e coordenação intervenientes no processo educativo. - Manutenção e estabelecimento de parcerias, protocolos e projetos, com impacto relevante na prestação do serviço educativo e nas aprendizagens dos alunos. - Incremento do relacionamento com os agrupamentos de escolas do concelho de Ílhavo e concelhos vizinhos, designadamente da área de abrangência do CFAECIVOB. - Promoção/Manutenção de protocolos de colaboração de âmbito pedagógico, científico e cultural, nas vertentes de investigação e inovação, com outras escolas (nacionais e estrangeiras), com a Universidade de Aveiro e outras instituições de ensino superior. - Estabelecimento de novas parcerias com o tecido empresarial, com vista à integração plena dos alunos na vida ativa. -Organização, no final de cada ano letivo, dos grupos/turmas, tendo em conta os critérios definidos e aprovados previamente pelos órgãos competentes; - Distribuição do serviço docente e não docente, otimizando os recursos humanos do Agrupamento. - Elaboração (anual) do Plano de Formação do pessoal docente e não docente do Agrupamento, em áreas consideradas prioritárias e essenciais, em articulação com o CFAECIVOB. - Poupança de água, gás e eletricidade. - Preservação e conservação dos equipamentos existentes. - Renovação de alguns espaços na EBJFPB e na ESDJCCG. - Aluguer de espaços e equipamentos (desportivos ou outros). - Execução do Plano de Emergência. - Realização de atividades de prevenção e informação sobre a segurança nas escolas, em colaboração com serviços de Proteção Civil e bombeiros.

PROJETO EDUCATIVO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÍLHAVO 2016-2019 14

Consolidar a prática de autoavaliação do agrupamento no sentido de melhorar a qualidade do serviço prestado.

- Desenvolvimento de práticas de avaliação interna, periódicas, através de mecanismos de análise, reflexão e tratamento de dados referentes aos processos, resultados e ações concretizadas. - Monitorização regular da qualidade dos serviços prestados no Agrupamento. - Articulação de mecanismos com entidades competentes, visando a melhoria da qualidade dos serviços, nomeadamente, as refeições servidas nos refeitórios escolares. - Envolvimento da comunidade educativa ( PD, PND, EE, alunos) no processo de autoavaliação. - Redefinição dos planos de ação estratégica e de melhoria do AEI na sequência dos dados resultantes da autoavaliação.

Metas: - Participar (PD e PND), anualmente, em pelo menos uma atividade do PAA. - Aumentar os níveis de participação dos pais/EE nos projetos e atividades do PAA. - Realizar, pelo menos, uma atividade em articulação com a comunidade educativa. - Aumentar o número de projetos relevantes em que a Escola se inscreve. - Aumentar os protocolos celebrados com outras entidades/instituições. - Concretizar, pelo menos, duas ações de formação/ano para o PD, e uma para o PND, com recurso a formadores do Agrupamento. - Reduzir em 5% o consumo de água, gás e eletricidade. - Executar uma atividade anual de formação sobre emergência, socorro e segurança nas escolas. - Executar um exercício de evacuação anual. - Fixar níveis de participação da comunidade educativa no preenchimento dos questionários de avaliação interna em 80%. - Atingir 75% de satisfação da comunidade educativa relativa aos serviços prestados pelo Agrupamento. - Implementar com sucesso os planos de melhoria.

IV – Avaliação e revisão do Projeto Educativo O presente Projeto Educativo terá, nos termos da lei, uma vig ncia de tr s anos le vos: 2016/17 a 2018/19. A avaliação do projeto educativo assume real importância na medida em que permite aferir indicadores e irá fornecer dados que permitirão considerar novas tomadas de decisão, sempre numa atitude de contínua melhoria. A sua avaliação far-se- no termo de cada ano letivo, mediante relatórios de avaliação, abrangendo as atividades e os resultados do agrupamento, realizando-se a sua avaliação nal de ni va pelo Consel o eral, completado o seu ciclo de aplicação. As avaliaç es parcelares anuais poderão condu ir a alteraç es e reformulaç es do Projeto.

V - Divulgação do Projeto Educativo

Este Projeto será divulgado a toda a comunidade, através da página eletrónica do Agrupamento; envio por correio electrónico; colocação de um exemplar, para consulta, nos diversos estabelecimentos de ensino, na Associação de Estudantes, nas Bibliotecas Escolares e nos SAE.

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VI- Considerações Finais Em Anexos, encontram-se os dados e documentos adicionais sobre a metodologia usada na construção deste PE, o contexto, a caracterização do Agrupamento, dinâmicas escolares no AEI desde 2011/2012 (evolução da população escolar, caraterização das famílias, caracterização académica e profissional dos progenitores), bem como os critérios pedagógicos de constituição de turmas. Estes documentos fazem parte integrante do Projeto Educativo.

VII - Siglas

ACA –Atividade curricular alternativa

AEC – Atividade(s) de enriquecimento curricular

AEI – Agrupamento de Escolas de Ílhavo

AGEI - Agrupamento de Escolas de Ílhavo

Ageílhavo – Agrupamento de Escolas de Ílhavo

ASE – Ação social escolar

CCC – Complemento de competências curriculares

CEB – ciclo de ensino básico

CEF – Curso de Educação e Formação (de Jovens)

CG – Conselho Geral

CEI – Currículo específico individual

CMI – Câmara Municipal de Ílhavo

CP – Conselho Pedagógico

EBJFPB – Escola Básica José Ferreira Pinto Basto

ES – Ensino secundário

ESDJCCG – Escola Secundária Dr. João Carlos Celestino Gomes

EE – Encarregado/a de educação

LGP – Língua Gestual Portuguesa

PAAA – Plano anual de atividades do agrupamento

PD – Pessoal Docente

PE – Projeto Educativo

PIE – Projeto de Intervenção Educacional (UA)

PND – Pessoal Não Docente

SAE – Serviços de administração escolar

SPO – Serviços de psicologia e orientação escolar

TIC – Tecnologias da informação e comunicação

UA – Universidade de Aveiro

PROJETO EDUCATIVO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÍLHAVO 2016-2019 16

VIII - Aprovação

A proposta de Projeto Educativo foi aprovada em reunião do Conselho Pedagógico,

realizada em 09 de novembro de 2016.

A Presidente do Conselho Pedagógico,

Lúcia Maria Dias Rodrigues

O presente documento constitui-se como a versão final do Projeto Educativo do

Agrupamento de Escolas de Ílhavo, a vigorar no triénio letivo de 2016-2019, e foi aprovado

em reunião do Conselho Geral, realizada em 29 de novembro de 2016.

O Presidente do Conselho Geral,

José Manuel Feijó Esteves

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ANEXOS

1. Metodologia utilizada na construção do Projeto Educativo

A elaboração do PE é da competência do conselho pedagógico e a metodologia prevista e utilizada no processo de elaboração, coordenado pela Diretora, foi a seguinte: 1ª fase – Em julho de 2015, recolha de informação a partir de vários dados internos do Agrupamento (resultados escolares, eficácia de medidas de apoio educativo, questionários sobre contexto familiar dos alunos…), na MISI (e outras fontes da tutela) com vista à caracterização do contexto (ver ponto 2. de Anexos). 2ª fase – Organização e tratamento da informação. 3ª fase – Definição da estrutura do PE. 4ª fase – Elaboração e aplicação de questionários para os vários intervenientes da comunidade (Pessoal Docente; Pessoal Não Docente; alunos do 4º ao 12º anos de escolaridade; Encarregados de Educação do Agrupamento), visando o diagnóstico estratégico (análise SWOT). 5ª fase – Análise e retirada de conclusões. 6ª fase – Elaboração da proposta do PE a submeter ao CP. 7ª fase – Apreciação e aprovação do documento pelo CP. 8ª fase – Redação do documento a submeter ao Conselho Geral. 9ª fase – Divulgação do documento aprovado pelo CG à comunidade escolar e educativa.

2. Contexto e Caracterização do AEI

2.1 O Município de Ílhavo O Agrupamento situa-se em S. Salvador, a única freguesia da cidade de Ílhavo, integrando o concelho com o

mesmo nome.

O concelho de Ílhavo, que inclui quatro freguesias (S. Salvador, Gafanha da Nazaré, Gafanha da Encarnação e

Gafanha do Carmo), está localizado na Região Centro de Portugal, no distrito de Aveiro, e faz parte da

Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro. Os seus limites são: a Norte e a Este o concelho de Aveiro, a

Sul o concelho de Vagos e a Oeste o Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 73,48 km2 e estende-se por uma

zona plana, em que a altitude máxima é 61 m, sendo o seu território dividido por dois braços da Ria de

Aveiro, o Canal de Mira e o Canal de Ílhavo, o que lhe confere uma ligação privilegiada com a ria de Aveiro. Os

comprimentos máximos do concelho são: na direção norte-sul 11 Km e na direção este-oeste 13 Km.

Em 2014, a população residente estimada era de 38 273 habitantes, correspondendo a uma densidade

populacional de 521 habitantes/km2, concentrada essencialmente nas duas cidades, Ílhavo e Gafanha da

Nazaré, e na vila da Gafanha da Encarnação. Ílhavo (S. Salvador) recebeu a designação de cidade em 1990.

A profunda ligação de Ílhavo à pesca do bacalhau e a toda a sua epopeia vivida nos mares frios da

Gronelândia e da Terra Nova está presente na memória coletiva, que excede os limites do concelho.

Paralelamente à pesca e à existência de uma agricultura intensiva (pois eram estas terras as melhores do

Baixo Vouga), nascia, no primeiro quartel do século XIX, a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre, que, pela sua

dimensão na época e influência cultural exercida, foi um fator de forte desenvolvimento do concelho, bem

como das zonas limítrofes.

PROJETO EDUCATIVO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÍLHAVO 2016-2019 18

Ao longo das últimas duas décadas do século XX, Ílhavo sofreu profundas mutações sociais, culturais e

económicas, que ficaram a dever-se à diminuição da oferta de emprego no setor das pescas, obrigando as

gentes ilhavenses a virar-se para outras atividades ligadas ao comércio marítimo, através do Porto de Aveiro,

e a outros setores, nomeadamente a indústria. Ílhavo tem também uma oferta cultural diversificada,

destacando-se, na cidade, o Museu Marítimo (que integra o Aquário dos Bacalhaus e o Navio-Museu Santo

André), o Centro Cultural, a Biblioteca Municipal e o Museu da Vista Alegre.

Nos últimos anos, tem-se verificado uma intensa aproximação com os munícipes, bem como uma forte

abertura de Íl avo “ao mundo”, através da dinamização de projetos comunitários e de eventos que valorizam

e projetam as tradições e cultura da região. Exemplo disso são os Festivais do Bacalhau e da Rádio Faneca ou,

com uma outra dimensão e valorizando a maritimidade portuguesa, o Festival Náutico de Grandes Veleiros.

Como fatores facilitadores desta inter-relação de Íl avo “consigo e com o mundo” são a uantidade e a

qualidade das vias de comunicação terrestres e marítimas. A circulação interna é também facilitada pela rede

de ciclovias, para além dos percursos pedestres existentes, e pelo recente projeto de mobilidade “Il avo in”.

2.2. Dados de caracterização social das famílias da população escolar em 2014/2015

Nota introdutória Com o objetivo estratégico de melhor compreender as dinâmicas escolares que nos últimos anos têm caraterizado o Agrupamento de Escolas de Ílhavo (AGEI), procedeu-se à recolha, tratamento e análise de dados considerados pertinentes para caraterizar a oferta formativa do AGEI, a sua população escolar e os resultados escolares alcançados. Os dados seguintes permitem conhecer alguns aspetos do contexto familiar da população escolar do AGEI e foram coligidos no âmbito de processos de monitorização pedagógica desenvolvidos pela direção do agrupamento e por estruturas de gestão intermédia (recolhidos por educadores, professores e diretores de turma no ano letivo de 2014/2015, ou coordenação de departamento, por exemplo) reportados ao ano letivo 2014-15.

2.2.1. Proveniência das crianças e jovens que frequentaram o AGEI

A organização gráfica dos dados apresentados nas figuras 1 e 2 visa proporcionar uma visão alargada da diversidade de freguesias e concelhos de proveniência da população escolar do AGEI.

A B

Figura 1 – População escolar do AGEI residente no concelho de Ílhavo (A) e freguesias de proveniência (B).

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Figura 2 – Distribuição da proveniência das 85 crianças e jovens que não residem no concelho de Ílhavo.

Verifica-se que a maioria das crianças e jovens que frequentaram o AGEI (94%) residem no concelho de Ílhavo e destas uma larga maioria, mais de 96%, na freguesia de S. Salvador. No entanto, importa destacar que 6% das crianças ou jovens provêm de outros concelhos, alguns situados a várias dezenas de quilómetros. Esta situação decorre, especialmente, do facto do AGEI se tratar de um agrupamento de escolas de referência para a educação bilingue de alunos surdos.

2.2.2. Caraterização académica e profissional dos progenitores das crianças e jovens do AGEI

Os dados recolhidos permitiram verificar que as mães das crianças e jovens apresentam, em termos percentuais, habilitações académicas superiores aos progenitores do sexo masculino. Conclui-se também que menos de metade dos progenitores das crianças e jovens que frequentaram o AGEI no ano letivo 2014-15 tinham uma escolaridade de nível igual ou superior ao ensino secundário: 38,5% dos pais e 48,6% das mães. Também se reconhece que muitos progenitores possuem uma escolaridade igual ou inferior ao 1º ciclo do ensino básico: 15,3% dos pais e 13,9% das mães (Figura 3).

Figura 3 – Habilitações académicas.

No que respeita à situação laboral apurou-se que muitos progenitores se encontram em situação de desemprego: mais de 13% dos pais e mais de 16% das mães. O resultado do tratamento dos dados encontra-se expresso no gráfico da figura 4. Pode concluir-se que, embora mais habilitadas academicamente, as mães são o grupo parental que regista também uma maior taxa de desemprego e de atividade doméstica (9,4% vs. 0,2% dos pais). Uma análise dos grupos profissionais a que pertencem os progenitores que se encontram empregados – figura 4 – permite verificar que muitos progenitores realizam atividades que não exigem qualificação específica (15% das mães e 6,6% dos pais). O maior continente de progenitores são operários artífices ou trabalhadores similares (20,8% das mães e 19,3% dos pais).

PROJETO EDUCATIVO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÍLHAVO 2016-2019 20

Figura 4 – Situação profissional.

Constata-se que as profissões de cariz intelectual e científico são essencialmente exercidas pelas mães (15% vs. 6,7% de pais), dado que é consentâneo com a maior expressão percentual da formação académica deste grupo parental. No que respeita ao exercício de funções em quadros superiores da administração pública, dirigentes ou quadros superiores de empresas, verifica-se que apenas uma pequena percentagem de progenitores ocupa este grupo profissional, tratando-se de 4,9% das mães e 7,7% dos pais (figura 5).

Figura 5 – Grupos profissionais.

O apuramento de alguns dados relacionados com as condições de vida das famílias e do cuidado prestado às crianças e jovens permitiu concluir que mais de 30% das famílias não dispõem de computador e acesso à internet em suas casas, o que condiciona o acesso à informação para desenvolver trabalhos escolares, mas também exige ponderação quando se perspetive privilegiar a comunicação escola-família através de correio

eletrónico.

Figura 6 – Famílias com acesso a tecnologias de informação e comunicação em casa.

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No que respeita ao apoio ao estudo, apurou-se que algumas famílias decidem aproveitar as modalidades de apoio que a escola oferece, particularmente no 2º CEB (em que o apoio se encontra integrado no horário dos alunos). Constata-se que no 3ºCEB e ES, a percentagem de alunos que usufrui dos apoios da escola é semelhante à percentagem daqueles que têm possibilidades de frequentar outras formas de apoio

extraescolar.

Figura 7 – Opções de apoio ao estudo dos alunos.

Por fim, importa salientar que 1,6% dos alunos ainda chega usualmente à escola sem ter tomado quaisquer

alimentos.

2.3. Recursos Humanos do Agrupamento 2.3.1. Caraterização do corpo docente do Agrupamento

O corpo docente, atualmente em exercício de funções, é constituído por cerca de 175 docentes. Quadro 1

Pré-Escolar 1º Ciclo 2º Ciclo 3º ciclo e Secundário QZP QA Contratados QZP QA Contratados QZP QA Contratados QZP QA

4 7 3 6 25 1 0 27 7 4 91 Nota: Além dos recursos acima identificados, no âmbito da educação bilingue de alunos surdos, o agrupamento recruta um conjunto de técnicos especializados: 5 intérpretes de LGP, 5 formadores de LGP, e 2 terapeutas da fala. Para a lecionação da área técnica dos cursos profissionais, designadamente em Cozinha/Pastelaria, são recrutados formadores externos.

2.3.2. Caraterização do corpo não docente do Agrupamento

O corpo não docente, atualmente em exercício de funções, é constituído por 62 elementos, repartidos pelas categorias de técnico superior, assistentes técnicos e assistentes operacionais, sendo que quase todos pertencem ao quadro de agrupamento, cf quadro 2. Quadro 2

Técnico Superior (Psicólogo) Assistentes técnicos Assistentes operacionais do ME

Assistentes operacionais da C.M.I.

1 8 49 4

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3. Dinâmicas escolares no Agrupamento de Escolas de Ílhavo 3.1. Evolução da população escolar do AGEI (2011-2015) O AGEI integra os níveis de educação pré-escolar (PE), o 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico (EB) e o ensino secundário (ES), verificando-se que, nos últimos anos, ocorreu uma diminuição do número de alunos integrados na escolaridade básica e secundária no AGEI, assim como de crianças em idade pré-escolar. No intervalo 2011-15, a população escolar diminuiu 11,0%, ou seja, registou menos 218 crianças e alunos. A tendência de diminuição manteve-se ao longo dos anos em análise, sendo de 3% no ano 2012-13, de 6% em 2013-14 e de 2% no ano letivo 2014-15. No nível de educação pré-escolar ocorreu uma pequena diminuição no número total de crianças (3 crianças – 1,5%) no intervalo letivo 2011-15. No ensino secundário a redução foi bastante mais expressiva (37 alunos – 11,3%) e particularmente acentuada no ensino básico (178 alunos – 12,3%). Observando com mais detalhe a redução de alunos do ensino básico, verifica-se que nas três transições de ano letivo em análise (2011-15) apresentou uma taxa de 4%, 6% e 2%, sendo a redução mais expressiva no ano letivo de 2013-14. Embora tenha ocorrido uma diminuição acentuada do número de alunos do ensino básico e secundário, verificou-se que esta variação não teve repercussão na distribuição dos alunos por nível e modalidade de ensino, como se depreende da análise dos gráficos que seguidamente se apresentam na figura 8. A partir do ano letivo 2015-2016, constata-se uma tendência inversa, de ligeiro crescimento da população escolar do AGEI, sendo que atualmente se encontram a frequentar esta unidade orgânica cerca de 1600 alunos.

1780 Alunos em 2011-12 1716 Alunos em 2012-13

1605 Alunos em 2013-14 1565 Alunos em 2014-15

Figura 8 – Evolução da distribuição da população escolar do AGEI por nível e modalidade de ensino.

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3.2. Histórico dos Resultados Escolares entre 2011/2012 e 2015/2016 Evolução das taxas de sucesso No quadro 3 apresentam-se alguns dados (MISI)

1 relativos à evolução das taxas de sucesso no AGEI,

considerando as diversas modalidades de ensino e respetivos totais para os níveis de ensino básico (EB) e ensino secundário (ES).

Quadro 3 – Evolução das taxas globais de sucesso, por ano, nível e modalidade de ensino, no AGEI (dados MISI).

Ano letivo 2011 - 2012

Ano letivo 2012 - 2013

Ano letivo 2013 - 2014

Ano letivo 2014 - 2015

Ano letivo 2015 - 2016

Ensino Básico 1º Ano 100 % 98,6 % 99,2 % 83,2 % 100 %

2º Ano 84,2 % 85,2 % 88,8 % 86,1 % 90,7 %

3º Ano 92,8 % 96,3 % 93,2 % 96,5 % 95,3 %

4º Ano 93,7 % 92,6 % 94,3 % 99,3 % 98,6 %

5º Ano 83,3 % 81,1 % 81,0 % 86,4 % 86,6 %

6º Ano 71,9 % 72,2 % 87,9 % 85,0 % 93,3 %

7º Ano 84,8 % 84,8 % 78,3 % 81,3 % 96,2 %

8º Ano 90,0 % 84,7 % 86,5 % 89,6 % 89,7 %

9º Ano 84,0 % 77,3 % 82,3 % 95,9 % 94,9 %

Total Regular 87,0 % 86,0 % 88,2 % 89,2 % 93,9 %

Total CEF 100 % 94,1 % 76,5 % 58,3 % --

Total Vocacional -- -- -- 100 % 84,6 %

Total ensino básico (EB) 87,3 % 86,1 % 87,8 % 89,1% 93,8 %

Ensino Secundário 10º Ano 86,0 % 80,3 % 89,0 % 88,1 % 93,9 %

11º Ano 84,7 % 89,2 % 93,0 % 94,4 % 85,7 %

12º Ano 69,8 % 55,2 % 63,3 % 69,1 % 74,4 %

Total Científico-

Humanístico 81,0 % 75,9 % 80,7 % 84,9 % 84,7 %

1º Ano 95,8 % 100 % 95,5 % 95,8 % 100 %

2º Ano 100 % 90,9 % 100 % 100 % 100 %

3º Ano 87,5 % 47,4 % 84,2 % 95,2 % 77,8 %

Total Profissional 94,0 % 83,3 % 93,7 % 96,9 % 90,0 %

Total ensino secundário (ES) 85,7 % 78,7 % 83,6 % 88,0 % 87,7 %

A análise dos dados oficiais permite concluir que no ano letivo 2011-12 as taxas de sucesso foram globalmente superiores às registadas nos dois anos letivos seguintes. Em 2012-13 assistiu-se a uma diminuição dos níveis de sucesso escolar em todos os níveis e modalidades de ensino em funcionamento no AGEI, seguindo-se uma progressiva recuperação nos anos letivos seguintes, exceto para o nível de ensino básico CEF. No ano letivo de 2014-2015, as taxas de sucesso superam as taxas de sucesso dos três anos letivos precedentes, exceto no que respeita ao ensino básico CEF. Para melhor compreender o significado das oscilações verificadas nas taxas de sucesso alcançadas no AGEI, importa comparar esses valores com as taxas homólogas nacionais2.

1 A MISI ainda não disponibilizou os dados relativos ao ano letivo 2015/2016, pelo que se apresentam os dados recolhidos pelo

Agrupamento. 2 Resultados escolares que permitem a progressão do aluno para o ano de escolaridade seguinte ou, nos anos 6º, 9º e 12º a conclusão

do respetivo ciclo de ensino.

PROJETO EDUCATIVO DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE ÍLHAVO 2016-2019 24

Em termos gerais, os dados fornecidos pela fonte citada permitem constatar que as taxas de sucesso do AGEI têm sofrido oscilações face às taxas nacionais. Os desvios mais acentuados parecem situar-se no 2º ciclo EB, especialmente nos anos letivos 2011-12 e 2012-13. De salientar, contudo, que as taxas de sucesso relativas ao 3º ciclo do EB se têm mantido globalmente estáveis e semelhantes às nacionais, assim como as taxas de sucesso do ensino secundário que, muitas vezes, e particularmente no 11º ano de escolaridade, têm registado valores superiores à taxa homóloga nacional.

4. Critérios pedagógicos de constituição de turmas

O Conselho Pedagógico definiu, nos termos da lei, os critérios pedagógicos de constituição de turmas do

Agrupamento: 1. Os critérios gerais, para nortear o trabalho de constituição de turmas, visam garantir “critérios de

nature a pedagógica”, bem como a “ eterogeneidade das crianças e jovens”, devendo ainda respeitar-se os fatores seguintes: continuidade do grupo/turma (exceto quando se trata de iniciação de ciclo ou existam orientações contrárias do conselho de turma); idades dos alunos; equilíbrio da distribuição dos alunos quanto ao género; respeito pelos normativos legais relativamente ao número de alunos por turma.

2. No início de cada ciclo de ensino, aplicam-se os seguintes critérios específicos na constituição de turmas:

2.1. No primeiro ano de escolaridade: opção de escolha de estabelecimento, formalizada pelos pais/encarregados de educação no ato de matrícula; se possível, manter os grupos formados pelo/a educador/a da educação pré-escolar (se existir mais de uma turma no estabelecimento de ensino).

2.2. No quinto ano: os docentes titulares de turma do quarto ano constituem grupos de quatro/cinco alunos, por afinidade existente entre estes e tanto quanto possível heterogéneos; posteriormente, as turmas de quinto ano são formadas pela junção de quatro ou cinco destes grupos. Procede-se ainda à distribuição dos alunos com necessidades educativas especiais e dos alunos retidos nesse ano de escolaridade, de acordo com o perfil de cada aluno e sugestões do conselho de turma/professor titular de turma, de forma equitativa pelas turmas existentes.

2.3. No sétimo ano: opção da língua estrangeira dois; na formação das restantes turmas, procura manter-se o grupo turma do ano anterior e atender às recomendações registadas nas atas dos conselhos de turma de avaliação do terceiro período, relativamente à integração dos alunos retidos, neste ano de escolaridade.

2.4. No décimo ano: constituem-se as turmas em função do curso mencionado no boletim de renovação de matrícula, e disciplinas de opção.

2.5. Os critérios identificados têm de ser conjugados com o número de alunos por ano e/ou turma de escolaridade; número e perfil dos alunos com necessidades educativas especiais; número e perfil dos alunos retidos a integrar nas turmas; disciplinas de opção; apoios gerais e outros acompanhamentos pedagógicos atribuídos aos alunos.