Projeto de pesquisa - UFSC...perspectiva da evolução técnica e narrativa dos produtos noticiosos...
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Universidade Federal de Santa Catarina - Programa de Pós-Graduação em Jornalismo
Projeto de pesquisa
Evolução, consolidação e memória dos produtos noticiosos
hipermidiáticos no jornalismo online:
um mapeamento histórico e conceitual
Profª Drª Raquel Ritter Longhi
Período: 2015/2017
Resumo:
Este projeto tem o objetivo de fazer uma sistematização histórica e conceitual dos produtos
noticiosos hipermidiáticos no jornalismo online de referência do Brasil, Estados Unidos, Argentina,
Chile, Espanha e Inglaterra. Para isso, divide-se em dois eixos principais. O primeiro, sob a
perspectiva da evolução técnica e narrativa dos produtos noticiosos hipermidiáticos, tais como
slideshows, especiais multimídia, infografia online e grande reportagem multimídia, onde também
verificará a consolidação de tais formatos no jornalismo online. O segundo eixo contempla a
pesquisa bibliográfica em torno dos conceitos relativos a tais produtos noticiosos, conforme foram
desenvolvidos ao longo desse período de pouco mais de 20 anos do jornalismo nos meios digitais. A
construção do corpus de pesquisa será feita a partir de jornais de referência dos países selecionados.
Com o objetivo de construir uma memória da produção noticiosa hipermidiática, o projeto buscará,
ainda, com o apoio de pessoal especializado, desenvolver alternativas técnicas para recuperar tais
conteúdos, na forma digital, assim como disponibilizar os mesmos em site específico.
Palavras-Chave: produtos noticiosos hipermidiáticos, sistematização histórica, evolução técnica e
narrativa, jornalismo online, memória digital
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO, PROBLEMA E JUSTIFICATIVA ………………………………… 03
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ………………………………………………….……… 09
3. OBJETIVOS ………………………………………………………………………….…………. 14
4. METODOLOGIA …………………………………………………………… ……………….. 15
5. METAS e 6. PLANO DE ATIVIDADES …………………………… ………………… 19
7. CRONOGRAMA ………………………………………….………………… …………………. 21
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ……………………………… ……….…………. 22
1. INTRODUÇÃO, PROBLEMA E JUSTIFICATIVA
Desde 2009, investigamos as formas da notícia no ambiente hipermidiático do webjornalismo1,
considerando as propriedades dos meios digitais, como a convergência de linguagens, a
interatividade, a hipertextualidade e o engajamento com o leitor, e ainda, verificando a remodelação
dos formatos noticiosos nesse ambiente. Dentre as conclusões dessa trajetória, está a de que o
jornalismo online foi capaz de desenvolver produtos noticiosos próprios e específicos, que
definimos como “produtos noticiosos hipermidiáticos” (LONGHI, 2014 b), como os chamados
especiais multimídia, grande reportagem multimídia, picture stories, infografia online e fotogalerias
(slideshow). Dentre vários artigos, apresentados em congressos e/ou publicados em revistas
acadêmicas e livros, desenvolvemos abordagens com o intuito de compreender de que modo a
linguagem jornalística adapta-se aos meios digitais e a todas as suas especificidades.
Nesse percurso, sublinhamos o “jornalismo convergente” como o cenário onde se dão essas
práticas reconfiguradoras das formas de contar do jornalismo nos meios digitais. A principal
abordagem, nesse sentido, está no caráter “editorial” da convergência. Isso diz respeito tanto à
imbricação de meios (e suas linguagens) no ambiente hipermidiático, quanto à convergência com as
redes sociais, que permite a participação do leitor/usuário como potencializador do alcance da
informação jornalística, aliados à interatividade, característica própria desse ambiente. As redes
sociais, hoje consolidadas como um espaços essenciais na prática jornalística, chamou nossa
atenção para a pesquisa, e assim, produzimos alguns artigos em que atentávamos para esse
fenômeno em sua relação com a produção, distribuição e consumo da notícia. No artigo “Os
webjornais querem ser rede social”, escrito em co-autoria com as orientandas de mestrado Ana
Marta Moreira Flores e Carolina Teixeira Weber (2011), iniciamos estudos relativos à utilização das
redes sociais pelo webjornalismo, através da análise das coberturas do Terremoto do Japão em três
jornais online de referência, o New York Times, o Clarín.com e o El País.com. Não apenas a
tecnologia converge, como lembra Vivar, mas também o tipo de conteúdo, ou seja, a mensagem
(VIVAR, 2009, 74). Outro artigo originado dessas preocupações (LONGHI E FLORES, 2012),
analisou a notícia e sua convergência com as redes sociais enquanto forma de experiência social do
usuário.
Outra perspectiva fundamental do nosso trabalho investigativo é a convergência de
linguagens, o que resultou em vários artigos publicados e participações em congressos, nos quais
desenvolvemos estudos em torno de conceitos como “intermídia” - como fusão de linguagens no
ambiente hipermidiático (LONGHI, 2009, 2010), formatos específicos do jornalismo online
1 Projetos de pesquisa “Formatos de Linguagem no Jornalismo Online” (2009-13), “Webnotícia e linguagem hipermídia: como conta o jornalismo online”(2012-15).
(LONGHI, 2010), grande reportagem multimídia (LONGHI, 2014b), reconfiguração de gêneros
(LONGHI, 2011), expansão do audiovisual (LONGHI, 2014a) e jornalismo longform (LONGHI,
2014b; LONGHI e WINQUES, 2015).
O projeto de pesquisa que desenvolvemos em nível de pós-doutoramento junto ao Centro de
Investigação em Media e Jornalismo/CIMJ da Universidade Nova de Lisboa, entre 2013 e 20142,
foi fundamental para amadurecermos nossas preocupações de pesquisa em torno dos formatos
específicos dos meios digitais, especialmente a grande reportagem multimídia. A investigação teve
o objetivo de analisar os produtos noticiosos webjornalísticos do ponto de vista da evolução e
reconfiguração de gêneros audiovisuais. Sob tal perspectiva, foram empreendidos estudos teóricos
sobre os formatos noticiosos hipermidiáticos no webjornalismo, conceito e definição de gêneros
jornalísticos audiovisuais e estudos exploratórios das seções “Multimídia” em veículos online de
referência portugueses, como o Público.pt, a Rádio Renascença Online e o Expresso. Desse período
sabático, surgiram produções como apresentações de artigos em congressos, publicações, palestras
e minicursos, nos quais desenvolvemos com mais profundidade a pesquisa em torno da grande
reportagem multimídia no jornalismo online.
A respeito dos gêneros audiovisuais, nossas investigações foram enfocadas nas formas pelas
quais a hipermídia, enquanto ambiente que engloba linguagens convergentes, originadas de meios
de representação como o visual e o sonoro, além do verbal, aproxima-se do conceito de audiovisual.
Dentre os trabalhos resultantes, está o artigo “Audiovisual, conceito em expansão”, (LONGHI,
2014a) que foi apresentado no “V Congreso Internacional del Audiovisual”, em Madri, e publicado
em livro impresso e eletrônico editado pelo Editorial Fragua. Também publicamos “O audiovisual
como gênero expressivo e sua reconfiguração no jornalismo online”, na Revista Estudos em
Comunicação (Communication Studies), do Labcom, Universidade de Beira Interior (LONGHI,
2014c). O primeiro trabalho diz respeito a uma investigação com foco no conceito de audiovisual
frente às transformações decorrentes do ambiente hipermidiático como suporte para esse tipo de
formato. A partir de uma revisão bibliográfica sobre o conceito de audiovisual, e ilustrando com
produtos multimidiáticos em jornais de referência, a proposta foi baseada na premissa de que as
potencialidades da hibridação de linguagens proporcionada pelo ambiente digital e hipermidiático é
definidora de uma expansão do gênero expressivo do audiovisual. O segundo artigo discute a forte
presença do audiovisual no jornalismo online, na forma de produtos que exploram ao limite as
potencialidades da hipermídia. Concluímos que o audiovisual evoluiu e sofreu mutações enquanto
técnica ou como meio expressivo.
2 “Formatos noticiosos hipermidiáticos e gêneros audiovisuais no webjornalismo” (2013-2014).
Produtos noticiosos hipermidiáticos, ou seja, que utilizam as características da multimídia e
do ambiente digital da web, surgiram em meados do ano 2000. Desde então, o avanço das
ferramentas e tecnologias de acesso à web, assim como plataformas como pcs, tablets e celulares,
tornaram mais fácil o acesso ao jornalismo, que se tornou onipresente no cotidiano. Nesta
trajetória, os formatos noticiosos também foram se superando, junto com os desafios do jornalismo
em manter seus leitores e cativar novos públicos, através principalmente de estratégias de
convergência nas áreas tecnológica, empresarial, profissional e, sobretudo, editorial, o que nos
interessa mais especificamente neste projeto de pesquisa.
Se a história tem mostrado a importância dessa evolução para o jornalismo, entretanto, o No
artigo “O turning point da grande reportagem multimídia” (LONGHI, 2014b), trabalho que
empreendemos em nível introdutório, como parte de projeto de pesquisa que desenvolvemos junto
ao Departamento de Jornalismo da UFSC e dentro do Projeto de pesquisa conjunto da Rede de
Pesquisa Aplicada em Jornalismo e Tecnologias Digitais – Jortec, financiado pelo CNPq3,
percebemos a dificuldade em recuperar certos produtos noticiosos dos quais se tem conhecimento.
Isso se deve a mutações em sistemas operacionais e ferramentas, o que acarreta muitas vezes, na
impossibilidade de acesso aos mesmos. Naquele artigo, elaboramos uma sistematização histórica
dos produtos noticiosos hipermidiáticos em quase vinte anos de jornalismo digital, verificando as
diversas configurações narrativas e técnicas que sucederam-se na produção da informação
jornalística em multimídia. Dentre as conclusões dessa sistematização, estão a de que os conteúdos
multimidiáticos evoluíram levando em conta os dispositivos técnicos disponíveis e uma exploração
maciça da linguagem hipermidiática do meio. Em meados dos anos 2000, os especiais multimídia
começam a chamar a atenção pelas suas qualidades expressivas, então aproveitando as
potencialidades do ambiente hipermidiático e de softwares como o Flash4. Se naquele momento
chegou-se a nomear tais produções como flashjournalism (McAdams, 2005), com a evolução de
novas ferramentas de produção e hardware foi possível um avanço na capacidade expressiva desse
tipo de formato noticioso. A partir do final da década de 2000, com as possibilidades abertas pelo
surgimento do HTML5, os produtos multimidiáticos jornalísticos se renovam, e anunciam o que
pode ser uma consolidação desse tipo de formato expressivo enquanto gênero específico do
webjornalismo.
Ao examinar o atual cenário dos produtos noticiosos multimidiáticos no jornalismo online
de referência, verifica-se uma evolução gradativa em dois aspectos: o técnico e o narrativo. O
aspecto técnico diz respeito às ferramentas utilizadas para produção desse tipo de formato noticioso.
3 “Pesquisa aplicada em captação, produção, transmissão e distribuição de conteúdos jornalísticos em plataformas convergentes”.4 Software criado em 1992, atualmente propriedade da Adobe.
Do ponto de vista narrativo, observa-se uma evolução dos conteúdos textuais (o texto longform, por
exemplo) e de configuração da linguagem convergente hipermídia, especialmente no que diz
respeito à maneira como os elementos multimidiáticos convergem e se integram no todo do formato
expressivo. Assim como em outras áreas, o jornalismo online também se define pelos softwares,
códigos e tecnologias de que se utiliza para sua produção. Especialmente no cenário digital,
softwares e hardwares têm importância cada vez mais fundamental na produção noticiosa, vide as
diversas plataformas a partir das quais se acessa a notícia e os requisitos e ferramentas para sua
produção.
Percorrendo a história da evolução dos produtos noticiosos hipermidiáticos, porém,
percebemos algumas dificuldades no acesso a produtos que datam dos primeiros anos de
desenvolvimento do jornalismo online, especialmente quando começam a ser utilizados os recursos
da linguagem hipermídia (tais como fotos, gráficos, com maior exploração dos links hipertextuais),
por volta dos anos 2000. Concluímos que tais produtos tornaram-se inacessíveis – ou
desapareceram – pela rápida evolução de hardware e software, que resultou, de um lado, em
atualizações, e de outro, obsolescência, no que diz respeito aos ambientes de veiculação e
ferramentas de produção. Esse fato chamou nossa atenção para a importância de buscar recuperar a
história dos produtos noticiosos hipermidiáticos no jornalismo online.
Desses momentos relevantes na nossa trajetória, resultaram preocupações em torno da
continuidade dos estudos, principalmente visando ao reforço e ampliação da sistematização
histórica referida, e ainda, o aprofundamento conceitual relativo aos tipos de produtos noticiosos
específicos do ambiente hipermidiático do jornalismo online.
Assim, este projeto tem o objetivo de mapear e analisar a evolução técnica e narrativa de tais
conteúdos ciberjornalísticos, uma vez que tratam-se de características definidoras dentro da
trajetória de produção, desenvolvimento e consolidação dos produtos noticiosos hipermidiáticos.
Dentro do mapeamento proposto, está ainda a observação e sondagem minuciosas das
características narrativas e técnicas que perpassam a trajetória desses produtos. Quanto ao aspecto
de sistematização histórica, o objetivo é traçar um quadro o mais completo possível da produção
noticiosa em multimídia em países de referência, nos quais o jornalismo online tem uma forte
trajetória nesses mais de 20 anos. Escolhemos, assim, Brasil, Estados Unidos, Argentina, Chile,
Espanha e Inglaterra, no sentido de construir uma memória digital acessível ao público acadêmico e
em geral. Sob esta perspectiva, é objetivo, ainda, do projeto, desenvolver alternativas técnicas para
recuperar tais conteúdos, na forma digital, com o apoio de parcerias com pesquisadores da área de
Ciências da Computação, assim como disponibilizar os mesmos.
Do ponto de vista conceitual, o projeto busca reforçar estudos empreendidos até o momento
por esta investigadora, e ainda, com o aporte de outros pesquisadores, no sentido de discutir e
verificar conceitos relativos aos formatos noticiosos hipermidiáticos. Destacam-se, nessa área
temática, alguns conceitos já estabelecidos, como “fotogalerias”, “slideshows”, “especiais
multimídia”, “grande reportagem multimídia”, “webdocumentário”, “infografia online”, “dossiês
especiais”, dentre outros. Nossa proposta de investigação pretende colaborar para o entendimento e
estabilização de cada um desses conceitos, através de ampla pesquisa bibliográfica e exploratória no
jornalismo online.
Em termos de cronograma, este projeto terá duas fases principais: a primeira, a ser
executada de agosto de 2015 a julho de 2016, com a participação de dois bolsistas de Iniciação
Científica (Edital PIBIC UFSC 2015), fará o mapeamento e recuperação histórica dos produtos
noticiosos hipermidiáticos em países de referência, como exposto acima. A segunda fase está
prevista para o ano de 2016-2017, e prevê estudos em torno da consolidação desse tipo de formato
noticioso no jornalismo online. Estamos entendendo por “consolidação”, a perspectiva de afirmação
e amadurecimento dos formatos noticiosos hipermidiáticos no jornalismo online, considerando,
ainda, as formas renovadas que atinge a informação noticiosa nos meios digitais jornalísticos, e os
novos dispositivos midiáticos que são introduzidos para utilização do jornalismo nos meios digitais,
como é o caso de dispositivos móveis (telefones inteligentes, tablets), dispositivos de redes sociais
(Snapchat, Flipboard) e outros produtos, como relógios inteligentes. O Apple Watch, por exemplo,
lançado pela Apple no começo de 2015, logo passou a ser utilizado como ambiente noticioso pelo
The new York Times, e a CNN, dentre outros veículos, estão presentes no aplicativo de mensagem
instantânea Snapchat. Em ambos os momentos, deveremos empreender estudos sobre os conceitos e
teorias envolvidos nas definições específicas para cada tipo de formato, como exposto acima.
Este projeto de investigação científica faz parte do projeto “Mapeamentos da Inovação no
Jornalismo Brasileiro nas Primeiras Décadas do Século XXI”, uma iniciativa de fortalecimento dos
grupos e das pesquisas da linha “Tecnologia, Linguagens e Inovação no Jornalismo”, do Programa
de Pós-Graduação em Jornalismo (POSJOR/UFSC).
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A produção da notícia nos meios jornalísticos digitais, desde o surgimento desse novo ambiente
para o jornalismo, assim como a relação entre meios e linguagens vem sendo objeto de reflexão de
vários estudiosos da Comunicação e do Jornalismo. Estudos e pesquisas nesse sentido versam sobre
temáticas como: convergência jornalística (SALAVERRÍA e NEGREDO, 2009; QUINN, 2005;
KOLODZY, 2006; MASIP, MICÓ-SANZ, NOCI-DÍAZ e SALAVERRÍA, 2010), impacto das
transformações decorrentes das Novas Tecnologias de Comunicação e Informação sobre o
Jornalismo (JORGE, 2013; ADGHIRNI, 2012), gêneros ciberjornalísticos (LARRONDO-URETA,
s/d, 2003; LONGHI, 2009, 2010, 2014; GARCÍA, 2012; MASIP, 2011; ECHEVARRÍA, 2011;
MEYER, 2010), jornalismo em base de dados (BARBOSA, 2003, 2012). Dentro desse panorama, a
convergência jornalística, especialmente a editorial, e o desenvolvimento de cibergêneros são
fundamentais para compreender as transformações pelas quais passa a forma da notícia jornalística.
Por não se tratar de uma mudança brusca, mas uma evolução gradual de convivência com
algumas técnicas e processos comunicativos tradicionais com outros invovadores (Cébrian, 2001), a
convergência pode ser verificada do ponto de vista da produção jornalística, e de como os meios se
adaptam aos novos cenários tecnológicos. Um quadro geral sobre os estudos a respeito da
convergência pode ser visto conforme Noci e Palácios (s/d), que observam três escolas principais,
nesse sentido:
“1. Convergência como confluência de tecnologias – combinação de códigos linguísticos
diferentes, como resultado da digitalização (Negroponte, 1979, 1996; De Sola Pool, 1983; Fidler,
1997; Castells, 2001);
2. Convergência como sistema – estudos do seu caráter sistêmico, definido-a como fenômeno
complexo e multidimensional, que abrange diferentes esferas – tecnológica, empresarial,
profissional, linguística, etc, interconectadas entre si (Flynn, 2000; Singer, 2004; Killebrew, 2003;
Klinenberg, 2005; Gordon, 2003; Jenkins, 2001);
3. Convergência como processo – aceitando o caráter sistêmico da convergência, os autores
sugerem que, para seu adequado estudo empírico, a convergência deve ser concebida como um
processo sujeito a gradação (Dailey et al., 2003; Lawson-Borders, 2003; Applegreen, 2004).”
(NOCI e Palácios, s/d, 106, tradução nossa).
O jornalismo digital tem focado na convergência suas estratégias de desenvolvimento
empresarial, tecnológico e editorial. A indústria midiática está adotando a cultura da convergência
por várias razões, segundo Henry Jenkins (2007), entre elas, o fato de que a convergência cria
múltiplas formas de vender conteúdos aos consumidores, sendo a notícia considerada uma parte
desse conteúdo. Gordon (2003), citado por Grant (2009), aponta cinco dimensões para a
convergência: propriedade, táticas, estrutura, captura da informação (information gathering) e
apresentação (narrativa). A dimensão de “apresentação” diz respeito às formas do contar no
ciberjornalismo, e é de fundamental importância no estudo das formas da notícia, uma vez que são
possíveis combinações de diferentes meios, formatos de linguagem e práticas. Na verdade, com os
processos convergentes se desenvolvendo, como observam Noci e Palácios (s/d), os meios
desencadeiam um processo próprio de reconfiguração ou reposicionamento para adequar-se à nova
realidade. Na área de processos operacionais, desta forma, o processo reconfigurador se dá, dentre
outros, nos gêneros e formatos narrativos do cibermeio (NOCI e PALÁCIOS, s/d), 105.
Para Bolter e Grusin (1999), há uma lógica de remodelação de meios nos diversos suportes,
que se dá pela transparência (imediação) e opacidade (hipermediação). Pela primeira, os meios
anteriores não seriam percebidos pelo leitor/espectador/usuário, ao contrário da segunda lógica,
onde se manifesta a presença explícita dos mesmos. Para esses autores, a experiência
multimidiática, ganha com a hipermediação, que “... oferece um espaço heterogêneo, no qual a
representação não se concebe apenas como uma janela para o mundo, mas como se ela mesma
tivesse janelas que se abrissem para outras representações e outros meios”(BOLTER e GRUSIN,
1999, 34).”
O trabalho de Bolter e Grusin é útil para uma mirada a respeito dos processos de
remodelação de meios, porém, como apontam autores como Fagerjord (2003, apud Scolari, 2008), e
Santaella (2007), falham por não se deter nos processos de linguagem envolvidos, postura da qual
compartilhamos. A transição e remodelação entre os meios foi objeto de um estudo teórico de base
semiótica do pesquisador e artista espanhol radicado no Brasil, Júlio Plaza, com a Tradução
Intersemiótica5. Nesse estudo, a linguagem era vista pela passagem intersígnica, na qual o trânsito
de signos por diferentes suportes produz novos signos, e assim, linguagens renovadas (Plaza, 2001).
Quando entramos na questão dos gêneros, os sinais dessa reconfiguração tomam
importância em alguns aspectos, notadamente o da combinação de linguagens e a presença de traços
de meios e linguagens anteriores. Para Carlos Scolari (2008), no que diz respeito à combinação de
linguagens, trata-se de uma convergência retórica, que “deixa de ser algo mais do que uma soma de
meios em uma única tela: as linguagens começam a interatuar entre si e emergem espaços híbridos
que podem dar origem a novas formas de comunicação” (2008: 104, tradução nossa). Tal mescla de
linguagens faz com que as fronteiras anteriormente registradas entre esses modos de representação
tornem-se difusas, e aponta para o surgimento de uma nova linguagem, que definimos como
intermídia (LONGHI, 2009). A ideia de intermídia é útil para definir uma linguagem que aposta na
5 Tradução Intersemiótica, publicado em 2001, pela Perspectiva, São Paulo.
“fusão conceitual, formando uma terceira linguagem” (LONGHI, 2009). Especiais multimídia,
nesse sentido, configuram-se como narrativas intermídia, que “realizam uma fusão conceitual, ao
estabelecerem o extremo cuidado estético aliado às novas possibilidades do manejo da linguagem.
(...) exemplificam, na prática, um formato totalmente específico dos meios digitais” (LONGHI,
2010 a). Quando analisamos a construção desse formato noticioso, levamos em consideração,
apoiados em Santaella (2007), os processos sígnicos envolvidos, ou seja, os processos de
linguagem que operam na conformação de um novo tipo de forma de representação, como é a
hipermídia. Essa autora define “três matrizes lógicas, a partir das quais, por processos de
combinações e misturas, originam-se todas as formas possíveis de linguagens e processos de
comunicação (...): a sonora, a visual e a verbal” (SANTAELLA, 2007, p. 75). A hipermídia seria,
assim, um sistema sígnico resultante dessas combinatórias, e operaria uma fusão conceitual
(intermídia) (LONGHI, 2010a). Trata-se de uma linguagem que se mistura no ato mesmo de sua
formação, para usar uma expressão da mesma autora (SANTAELLA, 2007, p. 85). Neste sentido, a
ideia de intermídia vem de encontro à posição de Salaverría, que, com o conceito de multimídia por
integração (2005), sublinha a reunião de elementos com o resultado final de unidade comunicativa.
Para nós, intermídia traduz-se na efetiva combinação e integração dos elementos multimídia, ou
seja, um formato novo, diferente daqueles que operam para lhe dar configuração, através da
combinação e rearranjo (LONGHI, 2010a).
A maior parte dos estudos dedicados ao tema verificam os conteúdos multimídia dentro de
categorias específicas, embora em menor parte refiram-se mais detidamente ao formato expressivo
da grande reportagem multimídia. Em investigação sobre a redação jornalística na internet,
Salaverría salientava que a reportagem, um gênero propício à exploração das possibilidades
hipertextuais, interativas e multimídia, ainda evidenciava um “uso muito discreto” daquelas
possibilidades. Identificava, entretanto, que ocasionalmente os meios realizavam reportagens ad
hoc para a web. (SALAVERRÍA, 2005: 162). Considerava, assim, a reportagem multimídia como
um gênero mais propriamente ciberjornalístico, caracterizando-se por aproveitar a fundo as
possibilidades audiovisuais da Web, mediante o uso de galerias fotográficas, infografias interativas,
etc.
Hélder Bastos afirmava que a consolidação conceitual do que define como narrativa
jornalística hipermídia “não tem sido acompanhada, em dimensão significativa, pela sua
corporização nos meios noticiosos online”, o que se deve, segundo o autor, ao investimento
insuficiente à escassa formação específica em ciberjornalismo avançado (BASTOS, 2010: 59).
Mesmo assim, segundo o autor, no campo da narrativa jornalística hipermídia assiste-se ao
surgimento das fundações de “um novo gênero jornalístico, assente em paradigmas sobremaneira
diversos, e nalguns aspectos dissidentes, daqueles que marcam o texto noticioso dos media
tradicionais” (BASTOS, 2010: 59).
Considerando os formatos multimídia como “discretos”, ou com pouca ou nenhuma
“corporificação” nos meios online, esses autores, entretanto, são unânimes em afirmar que naquele
momento (o primeiro, em 2005, o segundo, em 2010), já estava se assistindo ao surgimento do que
poderia ser considerado um novo gênero jornalístico. No ambiente hipermidiático, a grande
reportagem multimídia tornou-se um dos formatos mais difundidos no jornalismo online e já possui
uma trajetória histórica de desenvolvimento e estabilização nesse ambiente, podendo ser
considerada um formato específico dos meios digitais (LONGHI, 2010b). Esta asserção é
compartilhada por autores como Larrondo Ureta, que a define como modelo narrativo
ciberjornalístico, ao lado da infografia multimídia, do chat e dos fóruns de leitores (LARRONDO-
URETA, s/d: 206).
Sendo a reportagem um gênero que se propõe a desenvolver uma visão aprofundada e
contextualizada de um assunto, adapta-se de modo perfeito aos requisitos da WWW no que diz
respeito à hipertextualidade (utilização de links para enriquecer a estrutura discursiva),
multimidialidade (uso de elementos como imagem, som e conteúdos verbais), atualização;
interatividade (modos de participação do leitor) e engajamento. Para López García (2003) podem se
encontrar três tipos diferenciados de reportagem ciberjornalística – a reportagem de atualidade, o
dossiê documental e o especial temático ou informe. O especial seria, segundo esse autor, o que
experimenta em maior medida as possibilidades do discurso digital, por isso, representa o modelo
de reportagem específico dos novos meios. Concordamos com Larrondo Ureta quando afirma que a
reportagem se converteu num modelo paradigmático das mudanças que o hipertexto trouxe para os
gêneros e formatos redacionais conhecidos (2009: 85). Para a autora, “a chegada de uma nova
modalidade textual como o hipertexto informativo reconfigura os gêneros jornalísticos tal e como o
conhecemos no meio impresso” (LARRONDO URETA, 2004: 5). A convergência de linguagens,
desta forma, atua na composição e reconfiguração do gênero da grande reportagem.
Estudos sobre as modalidades expressivas nos novos meios foram empreendidos por Díaz
Noci e Ramón Salaverría (2003), em uma investigação direcionada à redação ciberjornalística. Os
autores estabelecem cinco tipologias básicas de gêneros ciberjornalísticos, que são:
1. Informativos – Notícia;
2. Interpretativos – Reportagem (de atualidade, especial temático e dossiê documental) e
Crônica;
3. Dialógicos – Entrevista, Fórum ou Debate; Chat (entrevista online, interação com
personalidades, interação entre usuários), pesquisa/questionário;
4. de Opinião – tradicionais: editorial, comentário, crítica, cartas ao editor, artigo, coluna, etc,
debates em rede – fóruns, chats;
5. Infografia online – infografias individuais ou coletivas. (DÍAZ NOCI e SALAVERRIA,
2003: 40-41)
Aliando pesquisas em torno da convergência de linguagens e do gênero reportagem, nossos
estudos identificaram narrativas diferenciadas nos produtos noticiosos hipermidiáticos, compostas
pelas características específicas da hipermídia. Tais formas de contar estão presentes em produtos
como especiais multimídia, slideshows, grande reportagem multimídia, dentre outros.
Na sua adaptação ao meio digital e aos recursos da Internet, o jornalismo vem buscando
construir uma linguagem própria, seja através da criação de formatos específicos (LONGHI,
2010a), seja através da reconfiguração de gêneros do impresso. Vários autores apontam essa
evolução. Hidalgo (2009), por exemplo, lembra que “a digitalização da informação condicionará
sobremaneira a estrutura dos gêneros jornalísticos” (2009, 222). Na trajetória de desenvolvimento
do jornalismo nas plataformas digitais, a linguagem tem evoluído levando em conta as
possibilidades hipermidiáticas desses suportes, que aliam a convergência de meios à interatividade
dos usuarios. Entendemos linguagem, para nossa pesquisa, como define Manovich (2006, 56), ou
seja: “as convenções que estão surgindo, os padrões de desenho recorrentes e as principais formas
dos novos meios. Usamos ainda a nomenclatura de multimídia, para tratar das mesmas instâncias de
organização da linguagem no ambiente digital.
3. OBJETIVOS
3.1.PRINCIPAL
Examinar os produtos noticiosos hipermidiáticos em veículos online de referência sob dois pontos
de vista: 1. Sistematização histórica e 2. Aprofundamento conceitual.
3.2 SECUNDÁRIOS
3.2.1. Construir uma “memória” dos produtos noticiosos hipermidiáticos no jornalismo online, de
forma que os mesmos possam ser acessados por qualquer usuário da Internet, seja pesquisador,
estudante, profissional ou membro da comunidade em geral, através de um site específico, a ser
produzido na forma de acervo digital.
3.2.2. Aprofundar a discussão e o conjunto de referências conceituais a respeito dos produtos
noticiosos hipermidiáticos.
4. METODOLOGIA
Uma discussão bastante presente na contemporaneidade a respeito de como empreender
investigação científica no campo das chamadas novas mídias, diz respeito às ferramentas teórico-
metodológicas para se acercar dos objetos, no caso deste projeto, os produtos noticiosos
hipermidiáticos. O ecossistema midiático foi profundamente impactado pelo surgimento das novas
tecnologias de informação, em especial o jornalismo nos meios digitais, nosso principal campo de
pesquisa. Um dos principais desafios no campo metodológico relativo aos meios digitais, sem
dúvida, é a partir de que ferramenta analisar os objetos, uma vez que todo o entorno midiático é
afetado pelas novas configurações não só “materiais”, relativas a transformação de átomos em bits,
como também cognitivas e culturais.
A questão a respeito de em que medida tais mídias necessitam de novos métodos de
abordagem, assim, é onipresente. A resposta mais cuidadosa a esta questão reside no modelo de
combinação de aproximações consagradas pelas ciências sociais com novas formas de tratamento
dos objetos da mídia, resultantes de tais novas configurações dos meios. Para Priest, “todas essas
mudanças oferecem novas oportunidades de observação, experimentos, amostragem e avaliação da
utilização que as pessoas fazem da tecnologia para se comunicar” (PRIEST, 2011, 225). Em todo
caso, salienta a autora, uma coisa é certa: os modelos de pesquisa precisarão refletir o cenário da
mídia contemporânea.
Tais concepções sobre o processo de pesquisa em relação à convergência e aos novos meios
vêm sendo defendidas também por autores como Carlos Scolari, com sua teoria da hipermediação
(2008), e De Valck e Teurlings 2013. Esses últimos observam que devemos repensar a relevância e
rigor das aproximações teóricas tradicionais para objetos que estão mudando “no momento em que
estamos escrevendo”. Salientam que seria mais produtivo
unirmos forças e nos engajarmos numa redefinição do campo de estudos, enquanto ao mesmo tempo investimos recursos em entender os problemas específicos do meio que - apesar de profecias sobre uma convergência de todos os consumidores - continuam a existir (DE VALCK e TEURLINGS, 2013).
Levando em conta as mutações no ecossistema comunicacional, que reconfiguram em muitos
aspectos os processos de intercâmbio simbólico e desta forma, afetam os modos de abordá-lo do
ponto de vista teórico, Carlos Scolari (2008: 114) propõe uma nova perspectiva conceitual, que
implica passar do objeto ao processo, no que define como teoria das hipermediações. O objetivo
dessa nova mirada é dar conta dos processos comunicacionais que hoje diferenciam as anteriores
mediações estudadas na relação do usuário com os meios. Não apenas relacionado a uma maior
quantidade de sujeitos e de meios, tal postura teórico-metodológica refere-se à
… trama de reenvios, hibridações e contaminações que a tecnologia digital, ao reduzir todas as textualidades a uma massa de bits, permite articular dentro do ecossistema midiático. As hipermidiações, em outras palavras, nos levam a indagar a emergência de novas configurações que vão além – e por cima – dos meios tradicionais. (SCOLARI, 2008: 114)8
Para este autor, deve ser transformado o primeiro olhar, aquele direcionado diretamente ao meio,
pois as hipermediações constroem sua aproximação teórica a partir dos novos espaços participativos
de comunicação e sua invasão no massivo, por isso é importante investigar as hibridações de
linguagens e a convergência de meios no processo, mais do que centrar-se em um meio em
particular (SCOLARI, 2008: 115). Processos de hipermediação representam movimentos de
intercâmbio, produção e consumo simbólico que se desenvolvem em um ambiente caracterizado por uma grande quantidade de sujeitos, meios e linguagens interconectados tecnologicamente de maneira reticular entre si. As hipermediações, entre outras palavras, nos levam a indagar na emergência de novas configurações que vão mais além – por cima – dos meios tradicionais. Nesse sentido, se assemelham às mediamorfosis (Fidler,1998)”. (SCOLARI, 2008: 113-114)
Nesta pesquisa, optamos então por tentar compreender o objeto a partir de uma perspectiva
que levasse em conta o ambiente convergente do novo ecossistema midiático formado pelas
tecnologias digitais de informação, sem no entanto deixar de considerar aportes teóricos que podem
contribuir para a análise desses novos objetos.
Em se tratando de objetos que encontram-se “em se fazendo”, como o são os produtos
informativos noticiosos no webjornalismo, optamos pela pesquisa de cunho exploratório, que
“busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto, delimitando assim um campo de
trabalho, mapeando as condições de manifestação desse objeto” (SEVERINO, 2010: 122). Para Gil
(1995), a pesquisa exploratória é desenvolvida com o objetivo de proporcionar uma visão geral
acerca de determinado fato, um tipo de pesquisa realizado especialmente quando o tema escolhido é
pouco explorado (GIL, 1995: 45). A pesquisa exploratória será aliada à investigação descritiva, que
objetiva a descrição das características de determinado fenômeno, como é o caso em tela, e pode,
ainda, proporcionar uma nova visão do objeto, ou do problema, o que as aproxima das pesquisas
exploratórias, segundo Gil (1995: 45).
O projeto conta com dois bolsistas de Iniciação Científica do Edital de PIBIC da UFSC
2015-2016, que terão as tarefas de colaborar na pesquisa histórica e na pesquisa relativa às
tecnologias digitais necessárias para tal empreendimento. Também estarão envolvidos na pesquisa
sobre a evolução desses formatos noticiosos, do ponto de vista técnico e narrativo, base teórica
fundamental no projeto.
Com o objetivo de compor uma trajetória histórica mais precisa do desenvolvimento de
produtos noticiosos hipermidiáticos, serão feitas pesquisas bibliográficas e entrevistas com editores
e profissionais dos veículos selecionados. Num terceiro momento, propomos a construção de uma
memória digital com esses produtos, de forma que possam ser acessados em site específico na
Internet.
5. METAS
Dentre os resultados pretendidos, estão o reforço e a continuidade do trabalho nos Grupos de
pesquisa dos quais faz parte a pesquisadora, o enriquecimento da oferta de disciplinas e minicursos
a serem oferecidos no Departamento de Jornalismo da UFSC, em nível de graduação e de pós-
graduação, assim como o reforço à mesma área e à atuação desta pesquisadora na Linha de Pesquisa
Tecnologias, Linguagens e Inovação no Jornalismo, do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo,
PosJor/UFSC. O trabalho de orientação de pesquisadores de mestrado e doutorado junto ao
Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC também será potencializado com o
seguimento de nossas pesquisas. Da mesma forma, prevemos a apresentação de trabalhos em
congressos e eventos acadêmicos, como palestras, conferências e mini-cursos. Como resultado
final, pretendemos sistematizar tal investigação em forma de livro impresso e digital.
6. PLANO DE ATIVIDADES
Este projeto tem o objetivo de buscar alternativas para a recuperação histórica dos produtos
noticiosos hipermidiáticos no jornalismo online no Brasil, nos Estados Unidos, na Argentina, Chile,
Espanha e Inglaterra, no sentido de construir uma memória digital acessível ao público acadêmico e
em geral. A construção do corpus de pesquisa será feita a partir de jornais de referência desses
países, que serão selecionados na primeira fase do projeto, conforme cronograma. Sob esta
perspectiva, buscará, ainda, com o apoio de pessoal especializado, desenvolver alternativas técnicas
para recuperar tais conteúdos, na forma digital, assim como disponibilizar os mesmos. Num terceiro
momento, o projeto propõe a construção de uma memória digital com esses produtos, de forma que
possam ser acessados em site específico na Internet. Os seguintes passos, em duas fases, deverão
orientar as atividades de pesquisa:
1ª Fase: 2015-2016:
1. Pesquisa bibliográfica e online sobre a trajetória e evolução dos conteúdos noticiosos
hipermidiáticos no jornalismo online, a partir do ano de 1992;
2. Pesquisa online sobre os conteúdos noticiosos hipermidiáticos nos sites dos veículos selecionados
do Brasil, Argentina, Chile e Epanha, Estados Unidos e Inglaterra;
3. Entrevistas com profissionais editores e jornalistas dos periódicos selecionados no corpus de
pesquisa.
4. Pesquisa de alternativas técnicas para recuperação dos conteúdos noticiosos hipermidiáticos –
contato com pesquisadores da área das Ciências da Computação;
5. Pesquisa de ferramentas para disponibilização dos conteúdos noticiosos hipermidiáticos- contato
com pesquisadores da área das Ciências da Computação.
6. Produção de site de acervo digital.
2ª fase: 2016-2017:
1. Aprofundamento conceitual - onde será verificado o potencial de novos suportes, como redes
sociais e relógios inteligentes para a notícia, e desenvolvimento de produtos noticiosos em
dispositivos móveis, como aplicativos como snapchat e apple watch. Serão aprofundadas as
pesquisas teóricas a respeito das defnições conceituais relativas a tais produtos.
2. Manutenção do site acervo digital, com possíveis ampliações na base de dados obtida até então,
na primeira fase do projeto.
3. Redação de livro impresso e eletrônico.
7. CRONOGRAMA
Este projeto está dividido em quatro partes principais, compostas por seis meses cada uma, ao longo
de dois anos.
Período/ Atividade
Pesquisa teórica e exploratória
Contatos com editores e profissionais dos veículos selecionados
Contatos com pesquisadores da área das Ciências da Computação
Produção do acervo digital/site
Participação em eventos da área
Redação do livro impresso e eletrônico
Agosto 2015-Janeiro 2016
X X X X
Janeiro-Junho 2016
X X X
Julho – Dezembro 2016
X X X X
Janeiro – Julho 2017
X X X X
8. REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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