PROJETO DE PESQUISA DO PROFESSOR - Universidade … · Se levar em conta a taxa de crescimento de...
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PROJETO DE PESQUISA DO PROFESSOR
Número do BANPESQ/THALES: 2015018246
Título do projeto: O Uso da Engenharia Reversa Para o Desenvolvimento de Produtos Para
Pessoas Especiais
ID do projeto: 18246
Projeto submetido para: PIBIC ( X ), PIBIC – Af ( ) , PIBIC – EM ( ) , PIBITI ( )
I. Autor: Prof. Márcio Fontana Catapan, Dr. Eng.
II. Projetos financiados por Agência de Fomento:
( ) Sim ( X ) Não
III. Projeto Submetido ao PIBITI:
( ) Sim ( X ) Não
IV.
V.
VI.
VII. Resumo:
Este projeto é uma das ações implementadas da REDE DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO
DE TECNOLOGIA ASSSITIVA- RPDTA (aprovado no Edital CAPES -PGPTA 59/2014) entre
UFPR/ UTFPR/ UFSC, UNESP-Bauru e UDESC, sob a coordenação da Profª Maria Lucia
Okimoto/UFPR. E para o desenvolvimento de Produtos Para Pessoas Especiais, usando a
Engenharia Reversa, se faz necessário conhecer o ambiente e as geometrias das pessoas com
deficiência, para que os produtos as atendam proporcionando autonomia e independência em
tarefas rotineiras, ou que facilitem a assistência em relação aos cuidadores. Esses produtos
favorecerão a inclusão social e qualidade de vida destas pessoas. Para tanto, se faz necessário
uma coleta de modelos tridimensionais, os quais favorecerão a elaboração de projetos de próteses
e órteses, dispositivos, mobiliário, entre outros, que auxiliarão em todos os projetos da RPDTA.
Para captura de tais geometrias e suas medidas será utilizada o escaneamento tridimensional, que
de forma rápida e precisa identifica as medidas de várias regiões do corpo, destacando-se como
instrumento inovador frente a outras formas de coleta de dados que utilizam técnicas
rudimentares, como a fita antropométrica. O objetivo do projeto é, propor um método que, através
da captura de imagens tridimensionais dos ambientes e algumas regiões do corpo humano, de
pessoas com deficiência motora, é possível montar um banco de dados que possibilite a
parametrização. Justifica-se esta pesquisa a fim de que os designers, expressionistas gráficos e
engenheiros possam projetar produtos que atendam este público. Inicialmente será realizado o
estado da arte com pesquisa já desenvolvidas com a engenharia reversa e o desenvolvimento de
produtos para pessoas especiais. Em seguida proposta uma metodologia para a elaboração de
protocolos de capturas de imagens, através de escaneamento tridimensional, tratamento das
imagens obtidas, parametrização dos dados numéricos e propostas para o projeto de prótese ou
ótese. Por fim esta etapa contempla a busca por pessoas que desejem participar da pesquisa,
segundo critérios a serem estabelecidos. A fase de Execução diz respeito ao contato com os
sujeitos pesquisados dentro dos termos estabelecidos e aprovados pelo Comitê de Ética em
Pesquisa com Seres Humanos, e escaneamentos de tais participantes. A fase de Finalização tem
por objetivo prototipar a ótese estudada e aplicada em uma amostra, com o intuito em validar o
método desenvolvido, para que seja usada para o desenvolvimento de novos produtos para essas
pessoas.
Palavras chaves: escaneamento tridimensional, forma geométrica, sistemática de projeto,
próteses e órteses
VII. Introdução
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2011) as Pessoas com Deficiência (PcD)
chegam a 10% da população mundial, ou seja, entre 600 e 700 milhões de indivíduos. No Brasil,
segundo o último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010),
23,9% da população possui alguma deficiência, o que representa em torno de 45,6 milhões de
pessoas. Deste percentual de PcD, 18,8% possuem deficiência visual, 5,1% deficiência auditiva,
1,4% deficiência intelectual e 7% deficiência motora, esse totalizando 13.265.599 pessoas
segundo o IBGE (2010).
Do percentual de PcD motora foram analisados três níveis de deficiência, são eles: os que
possuem alguma dificuldade, os que possuem grande dificuldade e os que não conseguem, de
modo algum, realizar determinadas atividades propostas pelo órgão avaliador. Constatou-se que,
conforme ainda indicado no Censo realizado pelo IBGE (2010), 2,33% possuem um grau severo
de deficiência motora (4.415.549 pessoas), e não se locomovem sem ajuda de aparelhos
assistivos, como Cadeira de Roda (CdR) manual ou motorizada, andadores, bengalas. 1,62% não
se locomovem de forma alguma, são pessoas acamadas.
Muitas das pessoas incluídas nesses estudos têm a sua taxa de atividade diminuída dentro
da sociedade, sendo que esse fenômeno ocorre nos âmbitos da acessibilidade, mercado de
trabalho, educação, entre outros. Um meio ambiente que seja adaptado às diferenças entre as
pessoas com e sem deficiência é essencial para que essas pessoas possam realizar seus desejos,
aspirações e desenvolvimento pleno.
No entanto a realidade para muitas dessas pessoas é a de longas filas de espera para que
possam ter suas necessidades de produtos elaborados sob medida atendidos. Isto ocorre pois o
método utilizado atualmente para a produção de órteses é arcaico e evoluiu muito pouco desde
que tais equipamentos começaram a ser produzidos. Segundo documento publicado pelo
Conselho Nacional de Saúde (2010), a demora no processo de obtenção de um órtese é resultado
de vários fatores, como a falta de análises estatísticas que apontem qual o número de pessoas
que necessitam de órteses e próteses, entraves burocráticos, falta de organização da fila de
espera e problemas relacionados a lei de licitações. Nessa mesma pesquisa, relatos obtidos em
visita à Escola de Integração e Recuperação da Criança Excepcional (ERCE), em Campo Largo,
descrevem que o processo consiste em esperar por meses para que a medição antropométrica de
uma criança com deficiência seja feita e que essas crianças precisam ainda esperar mais alguns
meses para que uma órtese seja produzida.
Se levar em conta a taxa de crescimento de uma criança, por exemplo, uma espera de
meses faz com que esse dispositivo não possa mais ser utilizado por ela; seu corpo mudará e
suas medidas já aumentarem, o que causa desconforto e até mesmo impossibilita que esta criança
utilize a órtese. Além do tempo de espera, existem problemas relacionados à qualidade e testes de
órteses e próteses no Brasil devido à falta de estrutura para tal, conforme descrito em Conselho
Nacional da Saúde (2010). No geral, as órteses acabam por ser pesadas, devido ao material e
acessórios que essas possuem, e apresentar um aspecto estético não muito agradável.
Um estudo realizado por Foggiatto, Poier e Fernandes (2015) discute sobre as dificuldades
em obter com precisão a anatomia de um membro com deficiência utilizando massa de modelar e
escaneamento através do software 123D Catch (Autodesk® Inc.), e sugere que sejam testados
novos métodos onde exista maior precisão geométrica e não agressão à pele.
Dessa forma, o método aqui proposto visa diminuir o tempo total do processo de produção
de uma órtese personalizada de baixo custo. A velocidade na obtenção das medidas do membro
com deficiência pode ser aumentada através do escaneamento 3D direto e da manufatura através
da Prototipagem Rápida utilizando a tecnologia FDM (do inglês: Fused Deposition Modeling ou
Modelagem por depósito de material fundido). O baixo custo pode ser alcançado pela utilização de
software de licença livre e de grande potencial, permitindo que todo o trabalho de modelagem 3D
seja feito sem custo adicional na compra de software.
Para obter com êxito a imagem tridimensional necessária, está sendo proposta nesta
pesquisa iniciar pela busca do desenvolvimento de um novo método para a obtenção das medidas
antropométricas do membro de pessoas com alguma maneira de deficiência motora através do
escaneamento 3D deste membro. O escaneamento 3D reduz o tempo de obtenção das medidas
dos membros pois obtém e transfere em tempo real todos os dados de uma superfície para o
computador.
Depois da obtenção dos dados necessários, é iniciado o processo de modelagem 3D da
órtese, que é feito inteiramente em programas com licença livre, diminuindo o custo da
modelagem. Todo o processo é acompanhado por profissionais da área da saúde, que conhecem
as limitações anatômicas e as necessidades de cada um dos usuários. O processo é finalizado
pela impressão 3D da órtese, que, além de reduzir o custo de produção, reduz o tempo de espera
de meses para dias.
Além do objetivo principal de elaborar um método para obtenção e produção de órteses de
forma rápida e com baixo custo, esta pesquisa visa também divulgar um método para o tratamento
de malhas tridimensionais utilizando o software opensource Blender (Blender Foundation), que
poderá ser utilizado para modelagem e tratamento de superfícies 3D e aplicado na modelagem de
próteses, modelos obtidos através de Tomografia Computadorizada e qualquer outro modelo 3D
que necessite de tratamento superficial.
2. Problema de pesquisa e hipótese
Pretende-se com esta pesquisa desenvolver órteses para pessoas necessitadas. Para
tanto, ao exemplo de crianças com Paralisia Cerebral (PC) tendem a não ficarem paradas e, sim,
agitadas, quando precisarem deixar os membros estáticos no momento do escaneamento. Como
hipótese, serão moldados as mãos e braços de algumas crianças com gesso e, através desses,
fazer o escaneamento. Ou seja, supõe-se que essa forma do molde será fiel à geometria do corpo
da criança com PC.
3. Justificativa
Este projeto justifica-se na necessidade de atender a população com deficiência no Brasil,
e que carece de produto que lhes atendam e proporcionem uma experiência positiva. Essa,
segundo Watkinson (2013), advém da interação entre produto e usuário, de maneira que: o
produto reflita a identidade do usuário, satisfaça seus objetivos e expectativas quanto à interação
com o produto não deixando lacunas, não exijam esforço e cause estresse no usuário, a interação
deve abranger a maioria dos sentidos humanos e proporcionar um engajamento social, o usuário
deve possuir o controle da interação e estar envolvido emocionalmente na interação.
Os Censos que relacionaram o número de PcD foram os dos anos 1872, 1890, 1900, 1920,
1940, 1991, 2000 e 2010. Não é possível estabelecer uma relação entre os números encontrados
nas pesquisas, visto que a forma de coleta difere entre elas, porém na última pesquisa do Censo
Brasileiro (IBGE, 2010) é notório o elevado percentual de PcD, chegando a quase ¼ da população
brasileira e atingindo em sua maioria a terceira idade.
Esses dados levaram o governo federal brasileiro à criação de uma série de programas em
âmbito nacional, como: o Programa Viver sem Limite1, concessão de crédito facilitado para
1Cartilha do Plano Nacional. Disponível em:
<http://www.pessoacomdeficiencia.gov.br/app/sites/default/files/arquivos/%5Bfield_generico_imagens-filefield-description%5D_0.pdf>. Acesso em: 10 jan. 2015.
aquisição de produtos de TA2, abertura de discussões que levaram a criação de decretos de leis e
normas que já estão sendo aplicadas á população. Um exemplo é a NBR 9050 (2004) que prevê a
acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, definindo uma série de
termos que devem ser usados por projetistas, e dimensões a serem respeitadas. As NBR’s 26000
(2010), 15655-1 (2009), 15599 (2008), 313 (2007) complementam esta NBR com as normas de
acesso, requisitos de elevadores e rampas.
Nos Estados Unidos o 10° National Disability Statistics and Policy Forum (UCSF, 2013)
abordou as necessidades não atendidas de serviços pessoais de assistência, ligados às
prioridades, consequências, custos e políticas. Foram discutidos resultados de estudos recentes
em adultos com necessidades não satisfeitas, e planejado como traduzir os resultados em etapas
concretas. Segundo a UCSF (2015) as necessidade das PcD não atendidas são uma questão
crítica para os usuários do serviço de assistência pessoal.
La Plante et al. (2004) apresentaram resultados de um estudo norte americano que mostra
que a necessidade não atendida é altamente associada com inúmeras consequências, incluindo
quedas, ferimentos, desidratação, perda de peso, queimaduras e outros problemas que podem
agravar a saúde e a deficiência. Entre os resultados o estudo demonstra que gastos públicos
adicionais, um tanto quanto modestos, podem ajudar a aliviar este problema, e ressalta que estas
atividades de assistência estão ligadas, entre outros fatores, aos produtos que auxiliam a vida
diária.
Esse estudo de La Plante et al. (2004) comprovou como os gastos com hospitais e
assistência médica são maiores quando uma pessoa idosa ou com deficiência se machuca, em
relação ao pagamento de cuidadores habilitados para auxiliá-los. Analisando este panorama
percebe-se que produtos planejados para o uso por PcD podem tornar o usuário mais
independente; levando à economia de gastos com cuidadores, e também com médicos, quando
podem se machucar ao manipular os pacientes. Um produto, espaço ou serviço, se bem planejado
para PcD, gera economia para a família que possui alguém com deficiência, bem como para o
governo.
A Disability Statistic Center (UCSF, 2013) apresentou alguns dados a partir de entrevistas
de levantamento da saúde nacional dos Estados Unidos realizada em milhares de casas, coloca
que as limitação de atividades na deficiência são generalizadas, e começam nas atividades da
2 O Banco do Brasil, em parceria com o Governo Federal, lançou em fevereiro de 2012 a linha BB Crédito
Acessibilidade, que tem por objetivo financiar a aquisição de produtos de TA. Disponível em: <http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-com-deficiencia/observatorio/acessibilidade/credito-facilitado-para-produtos-de-tecnologia-assistiva. Acesso em: 10 jan.2015.
vida diária, como tomar banho, locomover-se e vestir-se. Foi relatado ainda que, para um recém
nascido que possuía uma expectativa de vida de 75 anos, cerca de 13 destes anos seriam com
atividades limitadas. Os custos nacionais relacionadas com a deficiência eram mais de US$170
bilhões em 1992. O desenvolvimento de estudos em Tecnologia Assistiva (TA) veio para ajudar a
superar essas limitações, porém para que esta tecnologia surta o efeito esperado é necessária
uma profunda compreensão das habilidades e desabilidades humanas. Analisando os dados de
outros países, é possível perceber em que atividades as PcD brasileiras precisam de maior auxílio.
Instituto Europeu de Design (IED, 2013) disponibilizou na Europa 30 bolsas de estudos nas
áreas de moda, design, comunicação visual e administração; a exigência era que os projetos
deveriam obrigatoriamente estar voltados ao design universal3. Percebe-se como diversos países
estão realizando pesquisas para aumentar a qualidade de vida das PcD.
Já no Brasil, o Ministérios da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI) junto ao Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lançaram a chamada n° 84/2013 –
Tecnologia Assistiva, onde atentam para as necessidades do país e solicitam o envio de projetos
para análise, que devem enquadrar-se dentro de 12 áreas prioritárias. A primeira delas é a de
Auxílios para Vida Diária e Vida Prática, onde está assim descrito:
Materiais e produtos que favorecem desempenho autônomo e independente em tarefas rotineiras ou facilitam o cuidado de pessoas em situação de dependência de auxílio, nas atividades como se alimentar, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais. [...]” (MCTI/CNPq 84/2013, p.11).
Esta chamada forneceu financiamento para realização dos projetos ganhadores, e incluiu
os produtos de auxílio da vida diária (AVD) dentro das áreas prioritárias, o que reforça a
necessidade de projetos que atendam as PcD.
3 Story, Mueller e Mace (1998, p.2) afirmam que “O Design universal pode ser definida como o design de produtos e
ambientes para ser usado na maior medida possível, por pessoas de todas as idades e habilidades” [tradução dos autores]. A partir deste conceito o Centro de Design Universal da Universidade da Carolina do Norte definiu 7 princípios que devem reger a produção de produtos e ambientes, são eles: igualitário, adaptável, óbvio, conhecido, seguro, sem esforço e abrangente.
4. Objetivos
Objetivo Geral:
O objetivo geral é desenvolver uma sistemática para o desenvolvimento de produtos para
pessoas especiais, englobando desde escaneamento tridimensional até a sua cofecção por
prototipagem rápida.
Objetivos Específicos:
Realizar a pesquisa bibliográfica já desenvolvidas com o aparelho de escaneamento 3D em
seres humanos e o desenvolvimento de órteses por prototipagem rápida.
Estabelecer estratégias de coleta de dados através de uma sistemática de desenvolvimento
de produtos para pessoas especiais.
Selecionar participantes dentro de instituições parceiras.
Realizar pré-teste com indivíduos com deficiência motora a fim de validar o método
proposto.
IX. Revisão da literatura
1 Percepção Visual
Sabrá, Santos e Dinis (2008) desenvolveram estudos metodológicos dentro da
antropometria por meio de ferramentas manuais de coleta de dados, bem como por meio de
ferramentas tecnológicas. O objetivo era desenvolver um banco de dados, e a partir deste criar
padrões de medidas, primeiramente voltadas para o vestuário. Afirmam que se houvesse um
consenso nos tamanhos utilizados para confeccionar a modelagem das roupas, independente da
marca ou fábrica que as produzissem os tamanhos estabelecidos (P, M, G...) seriam equivalentes.
O estudo se justificou, entre outros motivos, frente à existência de poucas informações atualizadas
sobre medidas antropométricas brasileiras, o que prejudica o comércio de produtos de moda on-
line. A metodologia utilizada para coleta de dados tomou como base a ISO 7250 (International
Standard, 1996) e a NBR 15.127 (2004). Inicialmente foram tomadas 59 medidas do corpo
humano, por meio manual, ou seja, medição com fita métrica; posteriormente foram coletadas 110
medidas humanas por meio do escâner corporal.
Durante essa pesquisa os participantes usavam pouca roupa, a fim de não marcar o corpo,
no qual foi recomendado o uso de lingeries sem costura. Foi aplicado um questionário solicitando
os dados pessoais dos participantes, bem como foi coletada informação sobre a naturalidade,
hábitos alimentares e de consumo, a fim de segmentar o público pesquisado. Para determinar a
amostra foi utilizada a estatística descritiva e indutiva, utilizaram-se técnicas como: medidas de
posição, dispersão, assimetria e curtose, bem como a base de estudos por percentil. Foram
medidas 600 pessoas de maneira manual, tanto homens como mulheres entre 18 e 75 anos. O
procedimento completo (iniciando com a recepção, preenchimento do questionário, pesagem,
marcações com caneta dermográfica e realização das medidas) durou cerca de 35 minutos cada.
Testes foram realizados com o escâner corporal, e enquanto este demorava cerca de 1 minuto
para adquirir 110 medidas; de forma manual demorava-se 15 minutos para adquirir-se 59 medidas.
A técnica de uso do aparelho possibilita o armazenamento do formato tridimensional do corpo para
posteriores estudos aprofundados de uma dada parte do corpo, já a técnica manual não possibilita
tal façanha.
Ainda na pesquisa de Sabrá, Santos e Dinis (2008), identificou após as primeiras análises
dos resultados chegou-se a concussão que para dados aplicados a todo o Brasil seriam
necessárias 10.000 voluntários medidos, entre homens e mulheres de 18 a 75 anos, sendo estes
espalhado por entre as 5 regiões do Brasil. A pesquisa, que tinha previsão de finalização em 2010
deveria ser refeita a cada 5 anos, visto que os hábitos culturais e alimentares das pessoas vão
mudando e alterando seu aspecto físico. Segundo os autores dessa pesquisa, os objetivos
específicos deste trabalho, até o fim do prazo máximo, incluem a confecção de manequins que
sigam as medidas encontradas no estudo; certificação de tais manequins; e disponibilização de um
conjunto de medidas do corpo humano brasileiro, atendendo aos setores de moda, calçadista,
moveleiro, de couro, de vestuário personalizado, acento automotivo, produtos tridimensionais,
animação gráfica, gestão da saúde e forma física, aplicações médicas, modelos para bonecos em
jogos computacionais, entre outros.
Verifica-se que no trabalho acima descrito se assemelha ao que se pretende desenvolver
neste projeto. Porém este aborda um segmento não coberto especificamente pelo estudo já
desenvolvido, que são as medidas de pessoas com deficiência, visto que em momento algum os
autores abordam medições que visem caracterizar este público. Mas será que é possível obter
medidas que os representem, sendo tão variadas as formas de deficiências e como elas atuam na
forma física do corpo humano?
Carroll e Gross (2010) realizaram uma pesquisa com 117 mulheres, com variados tipos de
deficiência. O objetivo era identificar se os tipos de limitações físicas estão ligados a problemas de
roupas específicas. No quesito vestuário foi analisado o design, o desempenho dos materiais e o
ato de se vestir. Quanto às limitações físicas, foram avaliadas as relações do vestuário com os
membros e outras extremidades, com o núcleo central, tronco, sistema nervoso central e intelecto,
visão e audição. O estudo mostrou que independente do tipo das limitações físicas, as sequelas ou
problemas físicos apresentam-se como barreira devido ao design, aos materiais e sua
performances que não são aptos para atender PcD.
Portanto, as autoras Carroll e Gross (2010), identificaram que a deficiência motora é a que
mais afeta no design, na performance dos materiais e no ato de vestir. As deficiências que se
manifestam no intelecto, na visão e na audição se mostraram insignificantes quanto às dificuldades
de interação entre usuário e vestuário, por exemplo. As autoras concluíram que embora exista
uma ampla variedade de deficiências, elas afetam de maneira semelhante o modo como às
pessoas se vestem e interagem com o vestuário. Desta forma é possível elaborar uma
classificação para projetar, vender e comprar roupas para usuários com deficiência, colaborando
com a intenção deste projeto.
Estudos de Sabrá, Rosa e Santos (2014) afirmam que a tecnologia de escaneamento
tridimensional do corpo humano vem sendo utilizada a mais de 15 anos, e principalmente no
campo militar, a fim de identificar o tamanho ideal para o uniforme dos funcionários. Eles afirmam
que: em termos tecnológicos tudo está realmente pronto para ser explorado e todos os hardwares,
softwares e soluções requeridas estão disponíveis, como: sistemas completos de digitalização do
corpo, software para captura automática e confiável das medidas corpóreas, e soluções web para
apresentação de peças em provadores virtuais.
Nesta referida pesquisa, o escâner a ser utilizado é com base fixa, onde um padrão de luz,
normalmente em forma de listras, é projetado sobre o corpo humano, e um sensor de luz,
geralmente uma câmera digital, adquire a imagem. A medição é semelhante à varredura a laser,
sendo as listras medidas uma a uma usando a triangulação. Sabrá, Rosa e Santos (2014) indicam
a existência de outras formas de utilizar o escâner, como a utilização de bases múltiplas, porém
esta não se aplica a este modelo de escâner 3D, visto que as luzes interferem nos padrões de
projeção de luz. No caso de aplicar bases múltiplas a capitação de dados deve ser simultânea, o
que aumenta o tempo de coleta de informações junto ao participante da pesquisa, além de elevar
os custos. Decidir qual o melhor escâner e como usá-lo não é uma tarefa fácil, depende
consideravelmente da aplicação a que se destina.
Entretanto o uso do escâner 3D apresenta algumas dificuldades. O aparelho ZScaner 3D
(Figura 1) projeta uma luz sobre um determinado objeto ou corpo que deve estar marcado com
targets específicos para leitura neste aparelho. A dificuldade encontrada é em como posicionar
adequadamente tais adesivos para que o escâner faça uma leitura que seja fiel às medidas do
corpo. Nos estudo realizado por Kouchi e Mochimaru (2011) com 40 diferentes escaneamentos,
sendo os targets de cada um reposicionados por cinco vezes, os resultados apresentaram
diferenças nas medidas, que mesmo que sutis, indicam que deve ser buscado um padrão para o
escaneamento que vai para além da especificações dadas pelo fabricante.
Figura 1: Operação de Escaneamento com o equipamento da 3D ZCorporation. Fonte: Catapan (2014).
Conforme Daanen e Water (1998) existem diferentes tipos de escâner, e cada um pode ser
mais indicado que o outro para a medição de determinado corpo. É tarefas dos pesquisadores
analisarem as diferentes possibilidades de escâneres existentes e buscarem meios de utilizar o
mais indicado para a medição corpórea completa da PcD motora. Este fato se intensifica quando
se trata do escaneamento de pessoas com deficiência, que, conforme colocado por Sims et al.
(2012), é um público que apresenta algumas particularidades, pois enquanto se beneficia de um
escaneamento rápido, precisa de técnicas apuradas de análise de dados, o que ainda requer
estudos.
X. Metodologia
O método de pesquisa utilizado nesse trabalho será qualitativo. A metodologia adotada se
divide em três, a qua a primeira é o estudo da literatura científica, onde nessa fase serão
realizados estudos sobre as pesquisas voltadas à busca de modelos tridimensionais do corpo
humano e desenvolvimento de órteses por meio da prototipagem rápida. Para propor o método,
através dos estudos bibliográficos, serão buscados métodos para a obtenção dos modelos
tridimensional até o desenvolvimento da órtese por prototipagem rápida. Para tanto, será proposto
um modelo de referência, em forma sistêmica, para a obtenção e acompanhamento da equipe de
projeto. Além disso, serão realizados experimentos para avaliar o método proposto. Para a
avaliação dos resultados serão utilizados métodos qualitativos e/ou quantitativos, utilizando-se de
equipamentos como escâner 3D do laboratório de ergonomia e usabilidade (LabErg) da UFPR e o
desenvolvimento de protótipos será desenvolvido na UTFPR, através de uma parceiria com o
departamento de engenharia mecânica.
Assim, pode-se destacar avaliar a metodologia proposta para que essa seja usada em
futuros projetos de produtos para pessoas especiais.
XI. Referências:
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cuidadores e pacientes devem saber). Disponível em: http://paralisiacerebral.org.br/
saibamais05.php. Acesso em: 13 de Janeiro de 2016.
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OMS-ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório Mundial sobre a Deficiência. São Paulo:
Governo do estado de SP, 2011. 360 p.
SABRÁ, Flávio Glória Caminada; RYNALDO, Rosa Anversa; CUNHA, Glaucia Regina dos Santos.
Desenvolvendo a nova referência de medidas para o vestuário através da tecnologia de
escaneamento de corpos 3D. Portal da Indústria Brasileira. 2014.
SABRÁ, Flávio Glória Caminada; SANTOS, Cristiane de Souza dos; DINIS, Patrícia Martins.
Estabelecendo uma metodologia para medição do corpo humano. 4 Colóquio de moda. 2008.
SIMS, R.E. et al. Collection of anthropometry from older and physically impaired persons:
Traditional methods versus TC2 3-D body scanner. In.: International Journal of Industrial
Ergonomics. V. 42. P. 65 - 72. 2012
UCSF -UNIVERSITY CALIFORNIA SAN FRANCISCO. Disability Statistic Center. Disponível em:
<http://dsc.ucsf.edu/main.php>. Acesso em: 30 set. 2013.
WATKINSON, Matt. The ten principles behind great customer experience. UK: Publishing
Financial Times, 2013. 240 p.
VII. PLANO DE TRABALHO DO ALUNO Aluno 1: PIBIC
1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
Nome completo do aluno:
Endereço: Nº:
Complemento: CEP: Cidade:
E-mail: Telefone: Celular:
CPF: RG:
Nacionalidade: Data Nascimento: Sexo: Fem( )Masc ( )
Instituição onde será desenvolvido o Projeto: UFPR - Universidade Federal do Paraná
2 - DADOS DO PROJETO DO PROFESSOR ORIENTADOR
Nome completo do professor (orientador): Márcio Fontana Catapan
Título do Projeto do professor/orientador da UFPR: O Uso da Engenharia Reversa Para o Desenvolvimento de Produtos Para Pessoas Especiais
Registro no BANPESQ/THALES: 2015018246
3 - DADOS DO PLANO DE TRABALHO DO ALUNO
Título do plano de trabalho do aluno: Sistematização para o desenvolvimento de órtese por prototipagem rápida
Data de início: 01/08/2016 Data de término:31/07/2017
Objetivo (s) do Plano de Trabalho do aluno:
O objetivo deste plano de trabalho consiste em propor uma sistemática e a sua aplicação para a
validação, com o intuito em desenvolver uma órtese, através da prototipagem rápida, para pessoas
com paralisia cerebral.
Para o desenvolvimento desta sistemáticas, serão tratadas algumas atvidades. Tais como:
Seleção da região do corpo humano onde será escaneado;
Tratar a imagem da região escaneada;
Com a imagem tratarda, projetar uma órtese,
Propor o desenvolvimento desta órtese por meio da prototipagem rápida.
Metodologia/Síntese das atividades a serem desenvolvidas pelo aluno: 1ª Etapa:
- Leitura da literatura científica sobre as pesquisas voltadas às necessidade e ao desenvolvimento
de órteses para pessoas especiais;
- Pesquisas inloco para registro das necessidades de órteses;
- Proposta do método para o desenvolvimento desta órtese por meio da prototipagem rápida;
2ª Etapa:
- Aplicação do método proposto para uma amostra;
- Registro dos resultados e ajustes da sistemática proposta.
Cronograma:
Data: Atividades a serem desenvolvidas:
Agosto a outubro / 2016
Realização de pesquisa bibliográfica de trabalhos relacionados a este estudo; Conversa com profissionais que já participaram de pesquisas similares; Proposta do método sistêmico para a coleta de dados..
Novembro / 2016 a janeiro / 2017
Elaboração da sistemática proposta; Aquisições dos modelos tridimensionais escaneados; Preparações dos modelos tridimensionais escaneados e sua limpeza; Conversão para modelos CAD;
Fevereiro a Abril / 2017
Estudos de Máquinas e programas de Prototipagem Rápida; Propostas das melhores estratégias para confecção de modelos físicos com prototipagem rápida; Análises das imagens CAD. Confecções de arquivos CAD/CAM; Avaliação dos testes e busca por soluções.
Maio a julho / 2017
Elaboração de artigos; Elaboração de relatório final para a CAPES e apresentação em eventos de Iniciação Científica. Propostas para trabalhos futuros
Aluno 2: PIBIC
1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ALUNO
Nome completo do aluno:
Endereço: Nº:
Complemento: CEP: Cidade:
E-mail: Telefone: Celular:
CPF: RG:
Nacionalidade: Data Nascimento: Sexo: Fem( )Masc ( )
Instituição onde será desenvolvido o Projeto: UFPR - Universidade Federal do Paraná
2 - DADOS DO PROJETO DO PROFESSOR ORIENTADOR
Nome completo do professor (orientador): Márcio Fontana Catapan
Título do Projeto do professor/orientador da UFPR: O Uso da Engenharia Reversa Para o Desenvolvimento de Produtos Para Pessoas Especiais
Registro no BANPESQ/THALES: 2015018246
3 - DADOS DO PLANO DE TRABALHO DO ALUNO
Título do plano de trabalho do aluno: Modelagem de parte do corpo de pessoas com paralisia cerebral através de escaneamento tridimensional.
Data de início: 01/08/2016 Data de término:31/07/2017
Objetivo (s) do Plano de Trabalho do aluno:
O objetivo deste plano de trabalho consiste em desenvolver um método para que se possa
modelar parte do corpo de pessoas com paralisia cerebral, para facilitar o desenvolvimento de
órteses.
Para o desenvolvimento desta sistemáticas, serão tratadas algumas atvidades. Tais como:
Seleção da região do corpo onde será escaneado;
Propor o método para o escaneamento 3D;
Escanear tridimensionalmente e tratar a imagem da região escaneada;
Projetar uma órtese para essa região escaneada.
Metodologia/Síntese das atividades a serem desenvolvidas pelo aluno: 1ª Etapa:
- Leitura da literatura científica sobre as pesquisas voltadas à modelagem tridimensional de
pessoas com e sem paralisia cerebral;
- Leitura da literatura científica sobre as pesquisas voltadas ao desenvolvimento de órteses para
pessoas especiais;
- Proposta do método para a modelagem de parte do corpo em pessoas com paralisia cerebral.
2ª Etapa:
- Seleção das pessoas que possam participar dos testes;
- Aplicação do método de escaneamento 3D para uma amostra;
- Proposta da órtese e sua modelagem, para essa amostra;
- Registro dos resultados.
Cronograma:
Data: Atividades a serem desenvolvidas:
Agosto a outubro / 2016
Realização de pesquisa bibliográfica de trabalhos relacionados a este estudo; Conversa com profissionais que já participaram de pesquisas similares;
Novembro / 2016 a janeiro / 2017
Elaboração do método proposto; Seleção das pessoas que possam participar dos testes; Início dos escaneamentos tridimensionais;
Fevereiro a Abril / 2017
Preparações dos modelos tridimensionais escaneados e sua limpeza; Conversão para modelos CAD; Projeto de órteses para essa pessoa.
Maio a julho / 2017
Elaboração de artigos; Elaboração de relatório final para a CAPES e apresentação em eventos de Iniciação Científica. Propostas para trabalhos futuros