Projeto de Pesquisa. 2012.05.08. Mercado Simbólico

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Projeto de Pesquisa. 2012.05.08. Mercado Simblico INTRODUO

Comecei procurando ensaios e artigos a respeito de redes de comunicao na esperana que esta busca me levasse as redes de comunicao que so estabelecidas interpessoalmente nas relaes do dia a dia que todos tm, como um conversa com o segurana da rua para obter informaes a respeito da criminalidade nas redondezas, por exemplo. Infelizmente estas palavras me levaram apenas a resultados que me direcionavam para a rea da computao ou dos recentes estudo sobre as redes sociais que se criam atravs das plataformas digitais disponveis na internet como o facebook.

Ento comecei a buscar por esse tema atravs de outro caminho, ao invs de procurar diretamente por redes de comunicao busquei pelo nome de Inesita Arajo, autora qual eu j havia lido um pequeno texto chamado mapeamento de comunicao, este se trata de um exemplo de mapeamento feito em uma comunidade no intuito de compreender sua comunicao na forma de uma rede entre pessoas e instituies, para estudar o resultado de um campanha comunicacional do ministrio da sade na dada comunidade. (ARAJO, Inesita S. Mapa da Comunicao.

http://www4.ensp.fiocruz.br/radis/100/postudo.html acessado em 1/09/2011.)

Dessa vez minha busca resultou em dois artigos muito esclarecedores Mercado Simblico: um modelo de comunicao para polticas pblicas e Razo Polifnica: a negociao de sentidos na interveno social.

No texto sobre a razo polifnica Arajo argumenta que os discursos, mesmo pessoais, vm carregados de significados contrastantes que so influenciados pelo

contexto no qual cada interlocutor est inserido, o contexto confere a cada interlocutor poder simblico de tornar seu discurso mais mobilizador que outros, portanto, a comunicao se torna um espao de disputa e para ser democrtica ela no deve

funcionar de forma que silencie as vozes dos cidados e sim de forma a entender e argumentar sua razo dando a estes condio de disputa no espao do discurso, neste espao a funo do comunicador garantir aos chamados reeditores sociais condies materiais e tcnicas de realizar suas ideias e ativar suas redes de influncias para que se possa criar um imaginrio a respeito de determinado assunto, e a partir deste suscitar a mobilizao social, aqui entendida como cada interlocutor ajudando na elaborao da forma de solucionar um problema e no apenas como um peo ttico que movido pela grande mo da comunicao unilateral impositora que tem como funo silenciar os discursos. Ela tambm apresenta no texto alguns dos quais ela considerou os principais problemas de trabalhar a partir dessa lgica como o fato de utilizar os reeditores sociais como agentes planejadores e influenciadores da mobilizao j que estes normalmente vo recorrer s tcnicas comunicacionais/organizacionais que so utilizadas

hegemonicamente e que sistematicamente silenciam e excluem os diversos discursos dos espao em que esto inseridos.

No Mercado Simblico Inesita apresenta o modelo de uma matriz que busca sistematizar o espao e as relaes entre interlocutores como um mercado onde o discurso o produto e valor est no poder simblico que conferido pelo contexto ao interlocutor, este tem seu poder simblico aumentado ou diminudo em relao s trocas que faz no mercado simblicos da comunicao, tornando as trocas necessariamente desiguais j que alguns tem mais poder simblico que outros o que torna os mais poderosos centrais em relao aos que tem menos poder, mas ainda sim h a tendencia de os que esto na periferia ir ao centro e os que esto no centro se perpetuar dessa

forma.

De acordo com a autora, no primeiro texto citado, a compreenso dessas relaes que os interlocutores mantm com o seu ambiente fundamental para obter com

sucesso na estratgia de comunicao utilizada para causar mobilizao social, que no caso da comunicao na rea da sade social tem como objetivo mobilizar a sociedade para a preveno de doenas.

JUSTIFICATIVA

No Bairro belm velho existe uma associao comunitria cujo o grupo PET Conexes e Saberes Controle Social e Sade do qual eu fao parte tem como tarefa ajudar na divulgao da marca daquela, pois em uma reunio conjunta entre bolsistas PET e diretoria da associao avaliou-se que o desconhecimento da associao entre os cidados do bairro algo que dificulta o progresso dos trabalhos, e que portanto os alunos e professores da UFRGS ali inseridos deveriam se dispor a ajudar na resoluo deste problema. Alm disso o grupo PET tem o objetivo esclarecido de inserir na

comunidade informaes a respeito de sade social, ecologia e oportunidades (como empregos, estgios, cursos profissionalizantes, etc.), tais inseres, como a divulgao da marca ASCOBEV, visam a mobilizao social em direo melhoria da qualidade de vida, mas exigem do comunicador a complexa tarefa de compreender a comunicao do local, e inserir-se nesta da forma mais qualificada possvel.

De acordo com Inesita impossvel que uma campanha comunicacional seja bem elaborada se esta relevar aspectos como os citados em seus textos, do ponto de vista de um estudante da rea da comunicao acho que a abordagem por ela sugerida muito

interessante e traz uma perspectiva diferente (da frequentemente nos ensinam na faculdade) de comunicao social e de como deve ser feita uma campanha. Estudar o mercado simblico no qual a ASCOBEV est inserida para ajud-los a qualificar sua imagem/comunicao um desfio interessante, tanto quanto contribuir com o desenvolvimento do estudo deste que me parece ser um novo olhar sobre a comunicao.

OBJETIVOS

1.

Entender o compreender o mercado simblico para disseminar informaes

2.

Compreender o contexto dos interlocutores e o valor do seu discurso no

mercado simblico.

3.

Identificar os smbolos da comunicao.

PROBLEMA

Enter o mercado simblico que permeia a Associao Comunitria do Bairro Belm Velho.

BIBLIOGRAFIA

ARAJO,

Inesita.

Mapa

da

comunicao.

http://www4.ensp.fiocruz.br/radis/100/postudo.html (acessado em 10/09/2012)

ARAJO, Inesita. Mercado Simblico: um modelo de comunicao para polticas pblicas, Interface Comunic., Sade, Educ., v.b, n14, p165-77, ser.2003-fev.2004.

ARAJO, Inesita. Razo Polifnica: a negociao de sentidos na interveno social. Perspect. cinc. inf., Belo Horizonte, n. especial, p. 46-57, jul./dez. 2003 .