Projeto de pesquia para seleção ao Mestrado
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JOSÉ ARNALDO DA SILVA
PROJETO DE PESQUISA
O PAPEL DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA FRENTE
AO DESAFIO DO CONFLITO LINGUÍSTICO
Bom Jardim - MA
2014
JOSÉ ARNALDO DA SILVA
PROJETO DE PESQUISA
O PAPEL DO PROFESSOR DE LÍNGUA PORTUGUESA FRENTE
AO DESAFIO DO CONFLITO LINGUÍSTICO
Projeto de pesquisa apresentado ao Exame de Seleção ao Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Letras – PGLetras, da Universidade Federal do Maranhão – UFMA, como requisito parcial do processo seletivo. Linha de pesquisa: Descrição e Análise do Português Brasileiro. O Projeto visa aprofundar, por meio de pesquisa, a concepção e historia das variações linguísticas que causam implicações e conflito linguístico no ensino de Língua Portuguesa e na ressonância do papel do professor dessa disciplina.
SUMÁRIO
1 TEMA.....................................................................................................................4 2 JUSTIFICATIVA.....................................................................................................4 3 OBJETIVOS...........................................................................................................6 3.1 GERAL................................................................................................................6 3.2 Específicos..........................................................................................................6 4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................6 5 METODOGIA........................................................................................................11 6 CRONOGRAMA....................................................................................................12 REFERÊNCIAS.....................................................................................................12
1 TEMA
O papel do professor de língua portuguesa frente ao desafio do conflito linguístico. 2 JUSTIFICATIVA
Os estudos das variações linguísticas, geralmente, têm alcançado certo grau
de desenvolvimento no Brasil, mas há uma desigualdade muito acentuada no
tratamento dispensado às variações regionais e sociais, principalmente, às
nordestinas, que são vistas, muitas vezes, como algo inferior ou errado, face à
variante padrão ou aos falares da região Sul. A região Nordeste é discriminada
social, econômica e culturalmente em relação às demais do país, e não menos, em
relação à fala por ser diferente.
Em uma comunidade de fala, as variações fonéticas, por revelarem diferenças
sociais e espaciais, são frequentemente submetidas a julgamentos de valor por
parte dos falantes. Então, sob o aspecto sociolinguístico, pode-se dizer que a língua,
dependendo de onde se fala ou de quem a fala, atribui prestígio ou desprestígio
àquele indivíduo ou ao grupo que a domina.
Acredita-se, há século, que é necessário dominar as regras da gramática
normativa, para que o indivíduo possa fazer bom uso da língua. Trata-se, portanto,
de uma crença ultrapassada, mas que se perpetua. Essa visão precisa ser mudada,
reconhecer que as pessoas falam de um modo diferente, não, porque “erram”, mas
porque empregam regras gramaticais próprias da sua variedade de língua, que todo
falante nativo tem o direito de se expressar em sua língua materna. É preciso dar
vida e voz a nossa língua brasileira. Porém não se pode negar que o português
padrão goza de maior prestígio. Isso deixa transparecer um forte preconceito
linguístico sustentado durante séculos por mitos do tipo: “português é muito difícil”,
“não sei falar português” ou outros pré-conceitos equivocados, como: “o português
correto é o de São Luís”, “a pronúncia carioca é a mais perfeita do país”, etc.
Dessa forma, a urgência em entender os processos linguísticos para criar
discussões mais profundas e relevantes sobre o conflito linguístico é um dos pilares
deste trabalho. Como se sabe, a comprovação do fracasso do ensino de português
já deixou de ser tema apenas de professores e linguistas para tornar-se um lugar
comum da conversa de qualquer indivíduo escolarizado.
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A cada início de ano os meios de comunicação (TV, rádios, redes sociais,
etc.) se encarregam de renovar o registro da falência com matéria relacionada à
prova de redação dos exames do ENEM e dos vestibulares. Onde divulgam a
penúria do português apresentado pelos candidatos, abundantemente
exemplificada, com número incalculável de erros de construção, de ortografia, de
língua ou risíveis.
Na verdade, não é o ensino de português que vai mal, mas todo o sistema
escolar que entrou em crise. 0 que se pode dizer é que, entre todas as disciplinas, a
de Língua Portuguesa parece ter o mérito de ir particularmente mal. E o que
particulariza a situação dessa disciplina é justamente o referido conflito de
variedades linguísticas, que se tornou crítico com a variada admissão de um novo
alunado, vindo das classes sociais mais baixas e/ou do meio rural. Conflito que
consta da escola ter uma língua e seus alunos outra. Fato que não tem análogo em
outras disciplinas: as crianças não chegam à escola com um conhecimento
matemático diferente da praticada pela instituição, nem a História do Brasil é
disciplina de divergência. Mas a língua é.
Partindo do pensamento primário entende-se que o fenômeno variação
linguística esteve presente em todo o momento da formação e estruturação de
nossa língua, ao retornar a língua-mãe, o latim, percebe-se que desde então, até os
dias atuais, teve-se mudanças renovadoras da língua.
A linguística atual revela que uma língua não é homogênea. Por isso é preciso
entender que tais mudanças, como se pensava no início, não se encerram somente
no tempo, mas também se manifestam no espaço, nas camadas sociais e nas
representações estilísticas.
Sendo assim, pretende-se com o referido projeto Analisar e discutir, por meio
de pesquisa, as implicações e conflito linguístico para melhoriado ensino de Língua
Portuguesa e sua ressonância no papel do professor dessa disciplina. Como
também proporcionar aos corpos docente e discente uma visão mais profundado
conhecimento inovador da língua materna e suas variedades linguísticas.
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3 OBJETIVOS
3.1 Geral Analisar e discutir, por meio de pesquisa, as implicações do conflito linguístico
para melhoriado ensino de Língua Portuguesa e sua ressonância no papel do
professor dessadisciplina.
3.2 Específicos
Conhecer as variedades linguísticas existentes nas regiões brasileiras,
Respeitar cada cultura por meio dessas variedades;
Proporcionar aos corpos docente e discente uma visão mais profunda do
conhecimento inovador da língua materna e suas variedades linguísticas;
Vivenciar, por meio dos trabalhos realizados, a riqueza linguística do estado
do Maranhão e do país.
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para início de conversa, é necessário dizer que a reflexão relativa à
aprendizagem de uma língua se insere etapas de aquisição morfológica, sintática e
semântica no desenvolvimento linguístico. Etapas como a interferência do contexto
sociocultural na aprendizagem dessa língua, o uso dos diferentes níveis de fala, a
transferência da língua oral para a língua escrita (do fonológico para o ortográfico), o
conhecimento do sistema linguístico (gramática implícita x gramática explícita). Essa
aquisição pode se dar, num primeiro momento de forma natural, assistemática,
ametódica (gramática implícita) e, num segundo momento, por via do ensino
intencional, sistêmico e metódico (gramática explicita), Levando em conta o primeiro
para sistematizar o segundo.
Nessa perspectiva, o professor de Língua Portuguesa deve estar
instrumentalizado teoricamente para lidar com a variedade dialetal, com um ponto de
vista menos autoritário, se a ele não foi possível, em algum momento, o estudo
dessas disciplinas. E isso dificulta a observância desse professor de que os dialetos
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e falares regionais podem encontrar obstáculos para a aprendizagem sistemática da
língua quando se confronta o dialeto do aluno com o registro do livro didático
produzido em outras regiões.
Segundo Botelho (2000, p. 132), enfatizando o conflito linguístico, mencionado
no parágrafo anterior, explica:
Grande parte dos problemas na área do ensino e da aprendizagem da língua portuguesa tem sua origem no desenvolvimento, por parte da escola, do capital linguístico que o aluno traz como consequência de um conhecimento prévio da língua.
Assim sendo, a língua é utilizada com frequência na prática da discriminação e
da exclusão social. O preconceito linguístico atuante e vivo é uma realidade
incontestável no Brasil. E uma das tarefas incontornáveis da educação linguística é
explicar, explicitar e combater esse conflito. Mas para que isso se torne realidade é
preciso que a noção de erro seja reavaliada.Como se sabe, nenhuma ciência
deveconsiderar a existência de erros em seu objeto de estudo (BAGNO et al,2002).
Entretanto, não se deve esquecer que, do ponto de vista sociológico, o “erro”
existe em sua menor ou maior “gravidade”, necessariamente depende da
distribuição dos falantes dentro da pirâmide das classes sociais, que não deixa de
ser uma pirâmide de variedades linguísticas. E quanto mais baixo se encontrar um
falante na escala social, as camadas mais elevadas atribuirão à sua variedade
linguística maior número de “erros” e, também, a diferentes outras características
sociais dele.
Portanto, o “erro” linguístico, do ponto de vista sociológico e antropológico, se
baseia
numa avaliação negativa que nada tem de linguística: é uma avaliação estritamente baseada no valor social atribuído ao falante, ao seu poder aquisitivo, em seu grau de escolarização, em sua renda mensal, em sua origem geográfica, nos postos de comando que lhe são permitidos ou proibidos, na cor de sua pele, em seu sexo e outros critérios e preconceitos estritamente socioeconômicos e culturais (BAGNO et al., 2002, p. 73).
Segundo Câmara Jr. (2004), um dos transtornos mais sérios com que se tem
defrontado a gramática descritiva, desde tempos antigos, é o fato da grande
variabilidade da língua no seu uso num momento dado. Ela varia no espaço,
originando no seu território o conceito dos dialetos regionais. Também varia na
hierarquia social, estabelecendo o que atualmente se chama os dialetos sociais.
Varia ainda, para um mesmo indivíduo, conforme a situação em que se acha.
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A abordagem descritivafica melhorespecificada em oposição à normativa. Para
Silva (2002), A primeira explicita, enumera e classifica a estrutura das frases, dos
morfemas que constituem as frases, dos fonemas que constituem os morfemas e
das regras de combinação dessas diferentes unidades. Trata-se de um trabalho de
definição, classificação, interpretação e não de julgamento ou legislação. A última
procura prescrever as normas, discriminando os padrões linguísticos e elegendo um
deles como de "bom uso”, muitas vezes a partir de critérios de ordem social e não
linguística. Ao longo dos anos, as gramáticas normativas foram estabelecendo
preceitos avaliativos, isto é, instruções que muitas vezes se resolvem em diga x, não
diga y.
Diante dessa distinção, uma questão tem sido posta com frequência: deve a
gramática normativa ser abandonada? Pensando como Mattoso Câmara Jr. (2004),
a falha não está no fato de as gramáticas serem prescritivas, mas sim no de
basearem-se em descrições inadequadas e enganosas. Cabe a linguística descritiva
descrever os padrões em uso nos quais a gramática normativa possa basear-se, de
tal maneira que a norma não possa ser uniforme e rígida, mas mostre elasticidade e
contingência, de acordo com cada situação social específica.
Diante dessa concepção de que a língua sofre variações, Tarallo (2007)nos
apresenta os conceitos de variante e variável linguísticas. Onde as variantes podem
ser definidas como as diversas maneiras de se dizer a mesma coisa em um mesmo
contexto com o mesmo valor de verdade (variantes padrão/não padrão,
conservadoras/inovadoras, estigmatizadas/de prestígio).Veja:
[...] Em geral, a variante padrão é, ao mesmo tempo, conservadora e aquela que goza do prestígio sociolinguístico na comunidade. As variantes inovadoras, por outro lado, são quase sempre não padrão e estigmatizada pelos membros da comunidade (TARALLO, 2007, p.12).
Os Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa /Secretaria de Educação
Fundamental não deixam dúvida quanto à observância da variação linguística em todos
os níveis da prática do ensino da língua portuguesa em sala de aula, dizendo:
A variação é constitutiva das línguas humanas, ocorrendo em todos os níveis. Ela sempre existiu e sempre existirá, independentemente de qualquer ação normativa. Assim, quando se fala em “Língua Portuguesa” está se falando de uma unidade que se constitui de muitas variedades. Embora no Brasil haja relativa unidade linguística e apenas uma língua nacional, notam-se diferenças de pronúncia, de emprego de palavras, de morfologia e de construções sintáticas, as quais não somente identificam os falantes de comunidades linguísticas em diferentes regiões, como ainda se multiplicam em uma mesma comunidade de fala (BRASIL, 1998, p. 29).
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Já Perini expõe como podem ser formuladas e reformuladas hipóteses a fim de
que não contrariem os dados linguísticos disponíveis. É nesse ponto que o autor
convida o leitor a se libertar do preconceito de que “as afirmações encontradas em
uma gramática são todas factuais e, portanto, incontestáveis. Algumas afirmações
realmenteexpressam fatos [...], mas outras são hipóteses, que podem ou não ser
adequadas” (PERINI, 2006, p. 32).
Dessa forma, hipóteses servem à formulação de regras que tornam mais
econômica a descrição da língua, como também têm a função de revelar a
organização mental do conhecimento linguístico e sua relação com a memória, o que
ainda édemasiadamente obscuro.
No entanto, Isso acontece porque o estudo do sistema linguístico está
subordinado ao uso da língua, cuja “forma se adapta às funções que exerce”
(MUSSALIN, 2004, p 165). Ou seja, a linguagemnão possui um fim em si mesma e a
estrutura é considerada motivada pelo contexto, pela situação comunicativa.
Essa confusão gerada na explanação acima é esclarecida da seguinte
maneira: “Se os legisladores da língua podem ser tão incoerentes no momento de
definir a ortografia oficial, não há porque estranhar (ou extranhar) que as pessoas
em geral também se confundam” (BAGNO, 2003, p.132). De acordo com Callou e
Leite (2001, p.45), isso acontece porque “não há uma correspondência exata entre o
número de grafemas e o de fonemas da língua”. “O modelo ideal do sistema
alfabético é de que cada letra corresponda a um som e cada som a uma letra, mas
essa relação ideal só se realiza em poucos casos” (LEMLE, 2004, p. 17). Em
português, para a autora, há pouquíssimos casosde correspondência biunívoca
entre sons e letras do alfabeto.
Essas combinações possíveis nada têm de coerentes. Isso porque o sistema
ortográfico, como explica Lemle (2009), é, ao mesmo tempo,um sistema de
representação fonêmica, morfofonêmica, com memória etimológica e que privilegia
uma variedade dialetal em detrimento de outra.Variedade essa quemuda de acordo
com vários fatores como status social, sexo, grau de instrução, profissão, estilo
pessoal, contexto (formal/informal), região de origem do falante, entre outros.
Para Cagliari (1999), o sistema de escrita da língua portuguesa utiliza vários
tipos de alfabetos. Apesar disso não é totalmente alfabético, por usar, além das
letras, outros caracteres de natureza ideográfica, como os números e os sinais
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gráficos que conferem um valor sonoro especial a letras ou a grupos de letras
chamados sinais diacríticos. E é muito comum, ainda, uma utilização morfológica de
letras, de conjunto de letras, formando siglas ou abreviaturas.
Por isso, o reconhecimento dessa heterogeneidade é um grande passo para a
modificação da ideologia do monolinguismo no Brasil, que insiste em padronizar (a
qualquer custo) a língua falada por seus habitantes. A mudança dessa ideologia
começa com a conscientização e a educação da população brasileira. Nesse
patamar, a escola tem o papel fundamental de adotar uma atitude realista diante
dessa diversidade e revisar o ensino preconceituoso da língua portuguesa, além de
lançar novas luzes sobre o multilinguismo de nossa sociedade.
No Brasil, alguns anos atrás, a variação linguística não existia como tema de
ensino para a maioria dos professores de português, e o principal papel da escola
era “enquadrar” os alunos na norma-padrão da língua portuguesa, um modelo
idealizado de “língua certa”. Assim, os professores limitavam (e ainda hoje limitam)
as aulas de dessa disciplina ao ensino da gramática normativa, nas quais sua
função era corrigir o “português errado”, além de ensinar nomenclatura gramatical e
análise gramatical, descontextualizadas, sem utilidade.
Em referência aos estudos linguísticos em sala de aula nas últimas décadas,
os educadores brasileiros – especialmente os linguistas – têm feito um trabalho
importante, mostrando que “é pedagogicamente incorreto usar a incidência do erro
do educando como uma oportunidade para humilhá-lo” (BORTONI-RICARDO, 2004,
p. 38).
Desse modo, Mussalin (2004)corrobora em sua observação que os sistemas
de escrita não acompanham o desenvolvimento dinâmico da língua oral, por isso
acontece essa diferença entre a fala e a sua representação gráfica, tendo como
resultado os problemas ortográficos no momento de se escrever. Nesse caso, o
professor deveria conhecer o sistema fonológico da língua para poder explicar sobre
os problemas de ortografia.
A Sociolinguística, com seus estudos empíricos sobre a heterogeneidade
constitutiva das línguas humanas, estabeleceu mudanças profundas na visão do que
deve ser o papel dos professores nos vários níveis de escolaridade. Mas, hoje, ainda
não há uma situação ideal. O problema está na exaltação da norma-padrão pela
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escola, atribuindo-lhe uma natureza que não possui: comunicar melhor do que as
variantes não padrão; possuir valores estéticos, identitários, superiores, patrióticos.
Entretanto, não se trata, simplesmente, de deixar os alunos das classes
populares utilizarem suas variedades linguísticas, sem introduzi-los ao uso da
norma-padrão. A função da escola é, sobretudo, ajudar o aluno a compreender a
realidade com suas contradições e variedades; compreender a estrutura, o
funcionamento, as funções da língua – instrumento de comunicação, mas também
de poder, de constituição da identidade individual e coletiva, de manutenção da
coesão social do grupo etc. –, com todas as suas variedades, sociais, regionais e
situacionais.
Portanto, é bom que saibam, tanto o professor como o aluno,que a sociedade
escolhe justamente a variante do grupo social mais privilegiado – aquele com
melhores condições econômicas, que, por viverem melhor, acabam impondo sua
língua aos menos favorecidos. Elege justamente essa língua para impô-la a outros
grupos sociais. Mas isso não significa que ela seja a única correta, apesar de
reforçada pela escola. Apossar-se desse falar da escola é instrumentalizar-se para
“disputar braço a braço” em condições de igualdade, exercendo sua cidadania.
Essa, na verdade, deve ser a preocupação de quem pretende tornar-se professor de
língua portuguesa.
5 METODOLOGIA
Pesquisa, reunião de material literário e análise e interpretação dos dados
paracompor a estrutura e argumentação sobre os temas propostos dentro da Linha
dePesquisa Descrição e Análise do Português Brasileiro, seguindo a descrição e
análise dos diferentes usos do português brasileiro, de acordo com sua distribuição
espacial e sociocultural. Compreendendo estudos nos planos fonológico,
morfológico, morfossintático, lexicológico, lexicográfico, semântico e pragmático-
discursivo, com base em corpora orais e escritos. Contemplando, também, falares
de comunidades específicas (quilombolas e indígenas) ou o âmbito de atividades
laborais ou culturais marcadamente regionais, como contribuição sobre as reflexões
para a construção de uma política linguística para o português e consequentemente
para a renovação de seu ensino.
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6 CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
BAGNO, Marcos. Preconceitolinguístico. 22 ed. - São Paulo: Edições Loyola,
2003. _______, Marcos et al. Língua materna: letramento, variação e ensino. São Paulo: Parábola, 2002. BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental: Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quatro ciclos do ensino fundamental: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998. BORTONI-RICARDO, Stella Maris. Educação em língua materna: a
sociolinguística na sala de aula. São Paulo: Parábola Editorial, 2004. BOTELHO, Jaciara. O professor de língua portuguesa frente ao desafio da variação dialetal. IN: SANTOS, Maria Rita et al. Anotações sobre linguagem. São
Luís: LITHOGRAF, 2000. CAGLIARI, Luís Carlos. Alfabetização &linguística. São Paulo: Scipione, 1999. CALLOU, Dinah.; LEITE, Yonne. Iniciação à fonética e à fonologia. 8 ed. – Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis:
Vozes, 2004. LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. São Paulo: Ática, 2009.
ATIVIDADES
2015 – 2016
SEMESTRE
1º 2º 3º 4º
Pesquisa bibliográfica X X
Seleção do material X X
Coleta e seleção dos dados
X X
Análise e interpretação dos dados
X X
Elaboração e organização do TCC
X X
Redação preliminar
X
Digitação do texto
X
Redação final
X
Defesa
X
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MUSSALIN, Fernanda; BENTES, Anna Christina. (Orgs.). Introdução à linguística: fundamentos epistemológicos. São Paulo: Cortez, 2004. PERINI, Mário A. Princípios de linguística descritiva:introdução ao pensamento
gramatical. São Paulo: Parábola, 2006. SILVA, Maria Cecília pérez de Souza e KOCH, IngedoreGrunfeld Villaça. Linguística aplicada ao português: morfologia. 13 ed – São Paulo: Cortez, 2002.
TARALLO, Fernando. A pesquisa sociolinguística. São Paulo: Ática, 2007.
13