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    UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

    INSTITUTO DE LETRAS

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO STRICTO SENSU EM ESTUDOS DA

    LINGUAGEM

    LINHA DE PESQUISA 1TEORIA E ANLISE LINGUSTICA

    LUIZ PEDRO DA SILVA BARBOSA

    PROCESSOS DE FORMAO E VARIEDADE E O SUFIXOESTATIVO EM

    LATIM

    NITERI2015

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    SUMRIO

    1. DELIMITAO DO TEMA........................................................................................2

    2. CARACTERIZAO DOS PROBLEMAS.................................................................5

    3. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................5

    4. PRESSUPOSTOS TERICOS E METODOLGICOS..............................................6

    5. OBJETIVOS..................................................................................................................8

    5.1 Objetivos Gerais..........................................................................................................8

    5.2 Objetivos Especficos..................................................................................................9

    6. CRONOGRAMA..........................................................................................................9

    7. SUMRIO DA DISSERTAO.................................................................................9

    8. BIBLIOGRAFIA PARCIAL.......................................................................................11

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    1. DELIMITAO DO TEMA

    Este projeto de dissertao se prope a estudar o sufixo do Latim, formador

    de verbos estativos, isto , verbos com valor de estado (comoplaceoagradar, pendeo

    pender). Esse morfema compreendido como um formador de verbos, o que estaria

    em uma etapa anteriormenos gramatical que se categoriza como vogal temtica.

    As origens desse sufixo remontam a um primitivo estgio indoeuropeu, carente

    de documentos escritos. Os estudos que existem sobre esse sufixo no referido estgio

    so de base histrico-comparativa (ERNOUT, 1953; MONTEIL, 1974; MEILLET,

    1949; FARIA, 1958), utilizando os documentos fornecidos pelas diferentes lnguas

    indoeuropeias, notadamente as lnguas clssicas: o Latim e o Grego.

    No campo da Fontica, o de acordo com Monteil, (1974, p. 292), esse sufixo

    derivado de uma forma reconstituda *eH1 indoeuropeia, que, na passagem para o

    latim, resulta em , com vocalismo e (o Indoeuropeu apresentava um nico fonema

    voclico, que manifestava alternncia entre e, o e zero, cada um desses estgios ,

    portanto, chamado vocalismo). Essa forma eH1 composta de uma vogal seguida de

    uma soante laringal H1.O ditongo originado por esses dois fonemas se reduz em latim

    para um monotongo (longo).

    Voltando conjugao verbal indoeuropeia, estudos histrico-comparativos

    concluram que ela se baseia em uma oposio aspectual. Isso quer dizer que, em um

    estgio indoeuropeu, cada verbo possui diferentes temas aspectuais, cada um com seus

    processos de formao peculiares; a conjugao organizada em tempo, modo, pessoa

    nmero e voz se dava sobre/ a partir de cada um desses temas. Assim, a variao

    aspectual precedia as demais, sendo, portanto, mais importante. Como explica Monteil

    (1974, p. 266-7), o indoeuropeu possua um aspecto dinmico e progressivo,

    correspondente ao presente; um aspecto esttico e concludo, correspondente aoperfeito; e, um aspecto nem dinmico nem esttico, um aspecto zero correspondente

    ao aoristo.

    Nesse paradigma, o nosso sufixo servia para formar temas de aoristo, que, em

    Grego, idioma no qual esse aspecto se perpetuou, expressava um passado genrico, sem

    noo de concluso. A aproximao da noo aorstica ao valor de estado,

    semanticamente, se devia pelo fato de o aoristo exprimir uma ao que atingiu

    determinado estado (cf. MEILLET, 1949, p184).

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    O Grego manteve o tema de aoristo, bem como o sufixo, que passou a utilizar

    sistematicamente para formar aoristos passivos, fazendo parte da composio da marca

    (th)de aoristo passivo, que depois se estende ao perfeito (passado) e ao futuro.

    O Latim no possui tema de aoristo, apenas uma oposio entre infectum e

    perfectum, o qual guarda, na sua formao, vestgios das formaes de aoristo. Por

    outro lado, o sufixo estativo aparece no Latim apenas na formao dos temas de

    infectum presente, o que, morfologicamente, constitui uma grande inovao (cf.

    MONTEIL, 1974, p. 293), mas, semanticamente, se caracteriza como a permanncia, da

    representao de um estado que se prolonga no tempo.

    O sufixo aqui estudado forma o presente de verbos com valor de estado. Por se

    tratar de um , esses verbos so todos englobados na chamada segunda conjugao.

    importante lembrar que os verbos latinos so, assim como em Portugus, agrupados em

    conjugaes, de acordo com a vogal pr-desinencial, evidente na forma de infinitivo.

    O sistema verbal latino se divide em dois grupos de verbos: temticos e atemticos Os

    temticos , por sua vez , apresentam quatro conjugaes, cujas vogais temticas eram,

    , e .Tal classificao, tanto para o sistema dos verbos temticos quanto os verbos

    atemticos, no leva em conta os temas de perfectum, que, geralmente, so resultado de

    processos de formao prprios e, no caso dos verbos temticos, no possuem vogal

    pr-desinencial.

    importante observar que esse morfema aparece, apenas, na formaodo

    tema de infectumdesses verbos, sendo seus temas de perfectumretirados de formaes

    diversas, a saber: a) formaes sigmticas (frigo, frixi), que so uma continuidade do

    aoristo sigmtico (note-se que a marca de aoristo grega (s) tem a mesma origem); b)

    formaes com redobro (pendeo, pependi), que so uma continuidade do perfeito

    indoeuropeu; c) formaes sonnticas em ui (oleo, olui), uma criao latina que se

    perpetuou nas demais lnguas neolatinas; d) h ainda um grupo de verbos estativos semperfectum (tumeo, -)A variedade de processos de formao dos temas de perfectum,

    diante de um mesmo processo de formao de presente, um dos problemas que motiva

    esta pesquisa.

    Esses verbos so prototipicamente intransitivos, alis, o so desde o Indoeuropeu

    (cf. CHANTRAINE, 1984, p.161), o que nos leva a postular que o morfema estativo

    parece estar diretamente relacionado intransitividade verbal. Contudo, o Latim

    apresenta alguns usos transitivos desses verbos, especialmente em um restrito grupo deverbos, cujos principais representantes so habeo e teneo, que no s perderam,

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    gradativamente, o seu uso estativo intransitivo original, como tambm passaram por

    processos bastante peculiares de mudana.

    Ainda no que diz respeito sintaxe dos verbos estativos, observa-se que,

    originalmente intransitivos (cf. CHANTRAINE, 1984, p. 165), eles apresentam usos

    transitivos desde o perodo arcaico da literatura. Quanto a esses usos transitivos, v-se

    que eles so bastante frequentes em um grupo restrito de verbos (notadamente habeoe

    teneo, que, alis, tm processos de mudana muito peculiares desde o Latim Arcaico at

    as lnguas neolatinas), de tal modo que, muito cedo, o Latim perde os empregos

    intransitivos desses verbos. Na grande maioria dos verbos estativos, a ausncia de

    complementao continua marcante.

    Tardiamente, no Latim Vulgar, muitos outros verbos formados pelo sufixo ,

    resultantes de alteraes fonticas, acabam por se confundir com verbos de outros

    paradigmas (em geral ree re), comofloreoque resulta florirem Portugus. Alm

    disso, h uma composio do sufixo estativo com o sufixo incoativo sc que apresenta

    certa produtividade (floreo/floresco;doleo/dolesco) (cf. VNNEN, 1967, p. 144-5).

    Essa foi uma breve amostragem da histria, das caractersticas e da problemtica

    do sufixo que o nosso objeto de estudo. Para ns, falantes de Lngua Portuguesa, resta

    apenas uma categoria chamada vogal temtica,desprovida de significado, resultado

    de complexos processos de formao e mudana.

    Para ilustrar as motivaes deste trabalho, oportuno apresentar alguns

    exemplos, retirados da peaMostellaria, de Plauto:

    (1) - ...madeometu. (v. 395)

    - ... estou molhado de medo

    (2) - Post se derisum dolet (v.10)- Aps ter sido zombado, ele sofre

    As duas primeiras formas verbais constituem exemplos claros de verbos

    estativos. Eles designam o estado em que se encontra o sujeito, as oraes no possuem

    outro argumento verbal.

    O exemplo seguinte mostrar uma situao um pouco diferente: o verbo estativo

    continua a designar o estado de um sujeito, mas, dessa vez, possui um complementooracional, o grifo nosso. A orao marcada aparece formalmente como complemento

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    do verbo estativo, trata-se de uma construo em que o sujeito do infinitivo vem em

    acusativo. Em Latim, esta a forma mais comum de operar subordinaes. No entanto,

    depreende-se uma relao circunstancial de causa entre as oraes, o que no prprio

    desse tipo de construo:

    (3) gaudeomihi nihil esse huius causa. (v. 207)

    Alegro-me de no ter nada por causa disso

    2. CARACTERIZAO DOS PROBLEMAS

    Diante de tamanha complexidade morfossinttica, frente simplicidade da

    categoria de vogal temtica, a primeira questo que surge verificar a possibilidade de

    anlise desse processo como um processo de gramaticalizao. Um sufixo formador de

    verbos, derivacional, dotado de um significado, com marcantes influncias na

    morfologia do verbo e na sintaxe da frase,teria se tornado um morfofonema, flexional,

    totalmente vazio de significado e sem nenhuma influncia morfossinttica nas

    construes de que faz parte.

    De modo geral, o termo gramaticalizao se refere a um processo de mudana,

    no qual o objeto de estudo (item ou construo) passa de um estado mais lexical a um

    estado mais gramatical. Geralmente, esse processo d origem a preposies, conjunes

    e sufixos.

    As caractersticas morfossintticas dos verbos estativos, no que tange

    especialmente os temas de infectum, mostram uma trajetria que parte de uma flexo,

    pois o sufixo estativo, em sua origem era um morfema flexional, formador de temasverbais; mostram tambm que, no Latim, esse morfema derivacional, formador de

    verbos estativos; finalmente, nas lnguas neolatinas, um morfofonema desprovido de

    funo morfossinttica ou de carga semntica. Assim, tais verbos parecem apresentar

    em sua sufixao traos tanto de derivao quanto de flexo.

    3. JUSTIFICATIVA

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    O primeiro e principal fator que se pretende justificar, neste projeto, a ausncia

    de abordagens mais aprofundadas sobre as vogais temticas dos verbos em Latim. De

    modo geral, elas servem s gramticas apenas para separar em quatro grupos o

    paradigma flexional latino, o que visa a facilitar o aprendizado do Latim. No entanto,

    Ernesto Faria (1958, p. 240) j apontava a falha dessa diviso em quatro conjugaes. A

    diviso dos verbos latinos em quatro conjugaes, segundo a vogal temtica, leva em

    conta apenas os temas de infectum, negligenciando completamente o perfectum; no

    aborda os processos morfolgicos de formao dos verbos, separando verbos que

    apresentam processos semelhantes e agrupando os que apresentam processos distintos.

    Por esses motivos, faz-se necessria uma abordagem diferente das vogais temticas

    verbais.

    O nico trabalho anterior a este que faz uma abordagem diferente o de Monteil

    (1974), que no leva em conta o arranjo didtico das quatro conjugaes, analisando

    cada um dos sufixos formadores dos verbos, de um ponto de vista diacrnico. Esse

    estudo bastante especfico, requer um conhecimento avanado da diacronia do Latim e

    uma obra de difcil acesso aos estudantes.

    Este projeto pretende mostrar como um sufixo formador de verbos passa por

    uma complexa e peculiar trajetria, que remonta a um perodo anterior ao prprio

    Latim, at chegar atual categoria.

    Finalmente, este estudo apresenta uma abordagem nova dos fenmenos

    lingusticos em Lngua Latina, analisando-os sob a perspectiva de uma teoria moderna

    a Lingustica Centrada no Uso. De modo geral, a aplicao de recortes tericos

    modernos s Lnguas Clssicas est incipiente no Brasil. Por isso, entende-se que tal

    abordagem ser oportuna para os estudos de Lngua Latina.

    4. PRESSUPOSTOS TERICOS E METODOLGICOS

    Este trabalho segue os pressupostos tericos da Lingustica Funcional Centrada

    no Uso. Nesse sentido, a Lngua concebida como instrumento de interao, que

    medeia a comunicao entre seus usurios. Deste modo, o sistema lingustico est

    diretamente relacionado aos propsitos pragmticos e discursivos empreendidos pelos

    falantes, numa relao de interdependncia, isto , o sistema da lngua no pode ser

    concebido como um objeto autnomo, mas como uma estrutura malevel, sujeita a

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    presses oriundas das diversas situaes comunicativas, que ajudam a determinar sua

    estrutura gramatical.(CUNHA, OLIVEIRA e MARTELOTTA, 2003, P.20).

    Dentro do universo de possibilidades funcionalistas, a abordagem aqui assumida

    se volta para uma perspectiva construcional, que prope ser a unidade bsica da lngua a

    construo e ser uma construo um pareamento convencionalizado de forma e funo.

    A forma refere-se Fonologia, Morfologia e Sintaxe; a funo refere-se

    Semntica, Pragmtica e ao Discurso. A mais importante para este trabalho e mais

    recente referncia bsica para a abordagem construcional de Traugott & Trousdale,

    2013, que nos fornece no apenas as concepes e propriedades bsicas das

    construes, como tambm uma viso para a mudana lingstica segundo tal

    abordagem.

    Entre os estudos funcionalistas, um dos tipos mais populares de estudo o do

    fenmeno da Gramaticalizao. Trata-se, basicamente, de uma forma de mudana, na

    qual um item sofre um afastamento de um polo mais lexical a um polo mais gramatical.

    Esse processo seria unidirecional e pressuporia uma srie de alteraes, tanto no plano

    da forma quanto no plano da funo. Este estudo prope-se tambm a ser um estudo

    sobre gramaticalizao, que aborda o processo de mudana de um item no caso, um

    sufixode uma categoria de sufixo verbalizador a uma vogal temtica.

    A mudana lingustica segundo a gramtica de construes ocorre em duas

    dimenses. Construcionalizao e Mudana Construcional. A primeira consiste na

    mudana de aspectos tanto da forma quanto do contedo da construo, criando um

    novo par de nova forma e novo sentido, ou seja, criando novos signos; a segunda

    consiste na alterao de uma das faces de uma construo, sem criar uma nova, podendo

    agir sobre aspectos formais ou sobre aspectos funcionais.

    A Lingustica Funcional leva em conta o uso como operador e instanciador da

    mudana. Assim, modernamente, com a contribuio de outras perspectivas tericas(notadamente a Cognitiva), esse vis terico denominado Lingustica Funcional

    centrada no Uso. Deste modo, os estudos funcionalistas devem se apoiar nos exemplos

    reais de uso, que o prprio fenmeno lingustico a ocorrer.

    As amostras de uso para este estudo so as peas do comedigrafo latino Plauto,

    que escreveu suas comdias entre os sculos III e II a.C., situando-se, portanto, no

    perodo arcaico da Literatura e da Lngua Latina. A obra de Plauto era direcionada s

    camadas menos prestigiadas da Sociedade Romana(Escravos, Ladres, Prostitutas etc.).Os temas das peas eram, de modo geral, intrigas do cotidiano o que conferia ao texto

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    um carter bastante popular e prximo do falar vernculo, apesar da elaborao literria

    e do uso da mtrica.

    Das peas de Plauto, sero coletados os exemplos de uso das construes com os

    verbos estativos a serem submetidos anlise. Elas sero agrupados em duas grandes

    categorias transitivas e intransitivas porque consideramos que tais categorias so,

    respectivamente, mais e menos prototpicas (cf. BRITO, 1999). oportuno lembrar,

    brevemente, o conceito de prottipo, forjado pelo lingista Talmy Givn: trata-se de um

    uso mais caracterstico e, portanto, mais esperado de uma categoria. Entendemos que o

    uso mais prototpico dos verbos estativos e essencialmente intransitivo

    monoargumental.

    Em outro eixo, os verbos de tais construes sero agrupados entre infectum e

    perfectum. Finalmente, procuraremos tambm pares de verbos com a mesma raiz,

    porm com formao sufixal diferente (ex.: ferueo/feruo estar fervendo/ferver;

    iaceo/iacio jazer/atirar; assim tambm rubeo/rubesco estar vermelho/avermelhar;

    areo/arescoestar seco/secar). As propriedades desses verbos sero comparadas com

    um cenrio indoeuropeu reconstitudo, em uma anlise contrastiva.

    A presente abordagem mais qualitativa do que quantitativa, pois as reflexes

    sero construdas sobre as anlises dos dados, no sobre a sua frequncia, sem

    negligenci-la, obviamente. Assim, finalmente, cada exemplo ser submetido aos

    parmetros de anlise pertinentes, que se debruaro tanto sobre aspectos da forma

    quanto da funo, a fim de tentar satisfazer aos objetivos desta pesquisa.

    5. OBJETIVOS

    5.1 Objetivos Gerais

    A motivao desta pesquisa so os problemas associados ao sufixo estativo,especialmente sua suposta mudana categorial de sufixo verbalizador a vogal temtica.

    Como objetivos gerais, este trabalho buscar responder as seguintes questes:

    a) Como descrever e classificar o morfemae sua trajetria de mudana?

    a. Gramaticalizao?

    b. Construcionalizao? Mudanas Construcionais?

    c.

    Quais caractersticas da construo se alteram e quais permanecem entreo Indoeuropeu e o Latim?

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    b) possvel distinguir nveis de flexionalidade e derivacionaldiade em relao a

    esse sufixo na Lngua Latina?

    a. Neoanliseno Indoeuropeu? possvel determinar se os temas de aoristo

    formados pelo sufixo sofreram uma mudana de representao na

    mente dos falantes ao se tornarem novos verbos?

    b. Como explicar a questo dos temas deperfectum?

    5.2 Objetivos Especficos

    As diversas dvidas no cessam de aparecer com o estudo do sufixo e de suas

    caractersticas morfossintticas. Muitas delas permanecem, principalmente em relao

    aos processos de formao de outros verbos e nomes com a mesma raiz:

    a) O sufixo eraprodutivo no Latim Arcaico, isto , formava novos verbos?

    b) Os compostos com o sufixo incoativo sc (como albeo>albesco e

    rubeo>rubesco) mantm propriedades do que se lhe acrescenta, resultando

    emsco?

    c) A mtrica da Poesia Latina influenciou a escolha do autor pelos verbos estativos

    ou por seus pares sem o sufixo (ex.: ferueo/feruo estar fervendo/ferver;

    iaceo/iaciojazer/atirar)?

    d) Quais os desdobramentos desta pesquisa para a categorizao gramatical de

    vogal temtica?

    6. CRONOGRAMA

    ETAPAS 2015.1 2015.2Levantamento terico-bibliogrfico X X

    Levantamento e tratamento de dados X

    Anlise de dados X

    Elaborao da dissertao X X

    Reviso do texto X

    Defesa X

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    7. ESBOO DA DISSERTAO

    Elementos pr-textuais...

    CaptuloHistrico do objeto

    - descrio do sistema indoeuropeu e da presena do morfema

    - passagem para as lnguas indoeuropeias

    - processos de formao especficos do Latim

    - levantamento de dvidas e problemas

    CaptuloPressupostos tericos

    - Tpicos de gramaticalizao

    - Abordagens construcionais

    - Gramaticalizao segundo a perspectiva construcional

    - o morfema e os verbos estativos segundo a perspectiva construcional

    CaptuloPressupostos metodolgicos

    - Sobre o corpus

    - como ser procedida a anlise

    - categorias de anlise

    - nmeros

    CaptuloAnlise de dados

    - Relaes das construes com os processos de formao

    - Anlises de Transitividade oracional- Problemas semnticos

    CaptuloConsideraes finais

    - Afirmaes decorrentes da pesquisa

    - Perguntas decorrentes da pesquisa

    - Desdobramentos da pesquisa para o futuro...

    Elementos ps-textuais...

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    8. BIBLIOGRAFIA PARCIAL

    BARBOSA, L. P. S. Propriedades morfossintticas dos verbos estativos: um olhar

    sobre o sistema verbal latino. In: X CICLO DE ESTUDOS ANTIGOS E MEDIEVAIS,

    2014, Londrina. Anais do X Ciclo de Estudos Antigos e Medievais. Londrina:

    Universidade Estadual de Londrina, 2014. p. 350-361.

    BRITO, R. H. P. Teoria dos Prottipos: um Princpio Funcionalista. Todas as Letras,

    So Paulo, No 1, p. 71-79, 1999

    CHANTRAINE, p.Morphologie Historique Du Grec. 3ed Paris: Klincksieck, 1984

    CUNHA, M. A. F.; OLIVEIRA, M. R. de; MARTELOTTA, M. E. (Org). Lingustica

    funcional: teoria e prtica. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.

    _________.; SOUZA, M. M. Transitividade e seus contextos de uso. Rio de Janeiro:

    Lucerna, 2007.

    ERNOUT, A.Morphologie historique du latin. 3ed. Paris: Klincksieck, 1953.

    _________.; MEILLET, A. Dictionaire tymologique de la langue latine: histoire des

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    _________.; THOMAS, F. Syntaxe latine. 2ed. Paris: Klincksieck, 1953.

    FARIA, E.Dicionrio escolar latino-portugus. Belo Horizonte: Garnier, 2003

    _________. Gramtica da lngua latina. 2ed. Braslia: FAE, 1995.

    FISCHER, S. R. Uma breve histria da linguagem: introduo origem das lnguas.

    Traduo de Flvia Coimbra. Osasco: Novo Sculo, 2009

    GONALVES, S. C. L.; LIMA-HERNANDES, M. C.; CASSEB-GALVO, V. C.

    Introduo Gramaticalizao. So Paulo: Parbola, 2007.

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    PLAUTE. Mostellaire. Texte tabli et traduit par Alfred Ernout. Paris: Les Belles

    Lettres, 1933

    ________. Perse. Texte tabli et traduit par Alfred Ernout. Paris: Les Belles Lettres,

    2003

    RUBIO, L. Introduccin a la sintaxis estructural del latn. Barcelona: Editorial Ariel,

    1983

    TRAUGOTT, E. & TROUSDALE, G. Constructionalization and constructional

    changes. Oxford: Oxford University Press, 2013

    VNNEN, V.Introduction au Latin Vulgaire. Paris: Klincksiek, 1967

    Links para textos latinos:

    http://www.thelatinlibrary.com/

    http://www.perseus.tufts.edu/hopper/

    http://www.thelatinlibrary.com/http://www.perseus.tufts.edu/hopper/http://www.perseus.tufts.edu/hopper/http://www.thelatinlibrary.com/