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PROJETO DE INTERVENÇÃO PROFESSOR PDE – TURMA 2016

ANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA SANCHES

COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ, POSSIBILIDADE DE TRABALHO LITERÁRIO E CINEMATOGRÁFICO EM SALA DE AULA.

RIBEIRÃO DO PINHAL – PR 2016

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ANA CRISTINA GONÇALVES DE OLIVEIRA SANCHES

COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ, POSSIBILIDADE DE TRABALHO LITERÁRIO E CINEMATOGRÁFICO EM SALA DE AULA.

Unidade Didática apresentada à Secretaria de Estado de Educação do Paraná, Departamento de Políticas e Programas Educacionais, Coordenação Estadual do PDE, para o cumprimento do primeiro período do Plano Integrado de Formação Continuada. Orientação: Prof. Ddo Luiz Antonio Xavier Dias (UENP/CCHE/CJ)

RIBEIRÃO DO PINHAL – PR 2016

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FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA

TURMA - PDE/2016

Título: COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ, POSSIBILIDADE DE TRABALHO LITERÁRIO E CINEMATOGRÁFICO EM SALA DE AULA.

Autor Ana Cristina Gonçalves de Oliveira Sanches

Disciplina/Área Língua Portuguesa

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

Colégio Estadual Hermínia Lupion

Município da escola Ribeirão do Pinhal

Núcleo Regional de

Educação Jacarezinho

Professor Orientador Luiz Antonio Xavier Dias

Instituição de Ensino

Superior UENP – Campus Jacarezinho

Resumo

A leitura é uma atividade permanente da condição

humana, uma habilidade a ser adquirida desde

cedo e treinada em várias formas. Lê-se para

entender e conhecer, para sonhar, viajar na

imaginação, por prazer ou curiosidade. Considera-

se que seja também um instrumento valioso para

a apropriação de conhecimentos relativos ao

mundo exterior, pois amplia e aprimora o

vocabulário e contribui para o desenvolvimento de

um pensamento crítico e reflexivo, porque

possibilita o contato com diferentes ideias e

experiências. Ter domínio da habilidade de leitura

proficiente garante o exercício da cidadania, o

acesso aos bens culturais e a inclusão social.

Formar leitores sempre foi um grande desafio para

a escola. Atualmente, esse fato se agrava ainda

mais devido às concorrências presentes no

mundo tecnológico, pois ler um livro requer mais

concentração do que assistir aos programas

televisivos, ouvir músicas ou brincar com jogos

eletrônicos. Estas atividades são mais atrativas

para os jovens. A leitura hoje, mais do nunca,

significa o encontro das pessoas com elas

mesmas. Neste mundo em que a cultura visual ou

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oral se sobrepõe à escrita, e diante da dificuldade

em motivar aos alunos para a leitura propõe-se

um trabalho dentro da esfera social de circulação

midiática. Esse projeto será desenvolvido no

Município de Ribeirão do Pinhal, no Colégio

Estadual Hermínia Lupion com os alunos do 3º

Ano do Ensino Médio, espera-se que o aluno

tenha interesse em ler a obra após ver o filme e

também produzir uma sequência didática, tudo

isso através de um trabalho de motivação.

Palavras-chave Literatura; Cinema; Sequência didática

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo Alunos do 3° ano do Ensino Médio.

Literatura e produção cinematográfica têm, ao longo dos tempos, tentado

desenvolver uma relação de cumplicidade e ajuda mútua. Nos últimos anos, essa

relação vem se estendendo com os mais diversos propósitos, seja produzir filmes a

partir de uma obra ou utilizá-la como inspiração para novas narrativas, produzindo

algo a partir do já existente.

A utilização dos recursos do cinema como ferramenta pedagógica em sala

de aula, ainda não é muito popularizado, mesmo encantando multidão, este fato se

deve, pois, mesmo vivendo na era da globalização ainda falta atividades que

promovam o cinema como meio pedagógico.

É necessário salientar que vivemos no século da imagem, do movimento e

das histórias e heróis desenvolvidos pelo cinema e televisão, concentrando-se

apenas na decodificação da leitura escrita. No entanto, as habilidades e

competências para a leitura de imagens em movimento ou estáticas devem também

ser desenvolvidas na escola (SILVA e DAVI, 2012).

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Segundo Pires (2011) a utilização do cinema como recurso pedagógico tem

um potencial muito grande, pois os filmes atraem os estudantes pelo seu poder de

contar histórias, entreter e também pela sua importante carga afetiva, onde o aluno

sente-se relaxado e participante do filme.

De acordo com Pires (2011, p.07) apud Santos Asensi (2007):

A combinação de elementos sonoros, visuais e linguísticos que definem o discurso cinematográfico estimula os sentidos e as faculdades cognitivas ao mesmo tempo. E, finalmente, o cinema contextualiza como nenhum outro recurso autêntico o uso da linguagem e dos expoentes culturais de um determinado país ou região e por isso torna-os mais acessíveis aos aprendizes.

Diante do exposto é necessário um novo olhar sobre a forma como o cinema

é trabalhado dentro da sala de aula, pois segundo Napolitano (2003, p. 11 – 12) o

trabalho com cinema em sala é “ajudar a escola a reencontrar a cultura ao mesmo

tempo cotidiana e elevada, pois o cinema é o campo no qual a estética, o lazer, a

ideologia e os valores sociais mais amplos são sintetizados numa mesma obra de

arte”, assim se justifica a necessidade de se trabalhar com o cinema em sala de

aula.

Em razão dos fatos apresentados, apontamos nosso olhar para a

intersecção entre as narrativas literárias e suas adaptações para o cinema. Sendo

assim, existem obras literárias que são transformadas em filmes e estas adaptações

para os veículos audiovisuais compreendem um processo cultural muito complexo,

sobre o assunto Guimarães (2003, p. 91) que o processo de adaptação, portanto,

não se esgota na transposição do texto literário para um outro veículo. Ele pode

gerar uma cadeia quase infinita de referências a outros textos, constituindo um

fenômeno cultural que envolve processos dinâmicos de transferência, tradução e

interpretação de significados e valores histórico-culturais.

Há muito tempo já se fala sobre a importância que a leitura tem no

processo para desenvolver aluno como cidadãos críticos e que possam atuar na

sociedade de maneira a transforma-la.

Para que esta formação seja completa, de acordo com Bem (2009), é

preciso descartar a concepção de que ler é apenas decodificar, decifrar silabas e

palavras. Em função da falta de tradição, e da desvalorização conferida à leitura, a

escola diplomou leitores inaptos, com dificuldades para compreender textos e

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construir posicionamentos perante a leitura, este fato dificulta a compreensão que

estes indivíduos tem em relação ao mundo que os rodeia.

Segundo Silva (2013) as aulas de Literatura, em geral não são muito

apreciadas pela maioria dos alunos do Ensino Médio, e este fato pode ser devido a

exigência de que eles devem memorizar uma quantidade de informações literárias

como as características das escolas literárias, o contexto histórico e dados

biográficos dos autores. Outro fator que dificulta é a distância entre a realidade da

obra, que muitas vezes são obras canônicas, e a realidade do aluno, diante disto o

aluno não consegue concretizar a leitura, pela dificuldade dos aspectos linguísticos.

As fragmentações das obras também fazem parte do repertorio de dificuldades

encontradas pelos alunos, estas são utilizadas como exemplo para a compreensão

da gramática ou nas escolas, ou gêneros literários.

Quando se propõe um diálogo entre literatura e filmes, acredita-se que os

alunos demonstrarão mais interesse pelo assunto tratado em contexto escolar e

poderão ter uma participação mais ativas nas aulas e também buscarão mais pelas

obras literárias?

Para buscar uma solução para este problema o objetivo deste Unidade

Didática é de trabalhar com os alunos obras literárias que foram adaptadas para o

cinema, em especial para este trabalho, o filme e o livro “A culpa é das Estrelas”,

para que os mesmos possam compreender relação existentes entre eles e que

também desperte o interesse dos alunos para a leitura após assistir ao filme;

Analisar com os alunos os aspectos das adaptações das obras literárias em relação

aos filmes; Caracterizar o Gênero Textual Romance e levar os alunos a

compreender a sua importância dentro da literatura e que por meio dela os alunos

são capazes de se posicionar criticamente frente a fatos ocorridos na sociedade;

Despertar nos alunos o gosto pela leitura por intermédio da exibição de filmes:

Ampliar os conhecimentos dos alunos relacionado à linguagem e estrutura do

gênero romance e dar-lhes instrumentos para que possam melhora seu repertorio

em relação a leitura.

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A implementação acontecerá no Colégio Estadual Hermínia Lupion, com os

alunos do 3° ano do Ensino Médio, no município de Ribeirão do Pinhal. Os trabalhos

desenvolvidos serão por meio da apresentação de filmes, leituras de livros,

apresentações e outros, e será uma sequência didática.

Para iniciar a sequência didática a professora proporcionará uma mesa

redonda onde discutirá com os alunos sobre literatura, sua importância, quem gosta

de ler e qual o estilo preferido de cada um.

Apresentar para os alunos textos literários de gêneros diferentes

POEMA

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado Tantas retaliações, tanto perigo

Eis que ressurge noutro o velho amigo Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado

Com olhos que contêm o olhar antigo Sempre comigo um pouco atribulado

E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano Sabendo se mover e comover

E a disfarçar com o meu próprio engano.

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O amigo: um ser que a vida não explica Que só se vai ao ver outro nascer

E o espelho de minha alma multiplica...

Vinicius de Moraes

CONTO

Bruxas não existem

Quando eu era garoto, acreditava em bruxas, mulheres malvadas que

passavam o tempo todo maquinando coisas perversas. Os meus amigos também

acreditavam nisso. A prova para nós era uma mulher muito velha, uma solteirona

que morava numa casinha caindo aos pedaços no fim de nossa rua. Seu nome era

Ana Custódio, mas nós só a chamávamos de "bruxa". Era muito feia, ela; gorda,

enorme, os cabelos pareciam palha, o nariz era comprido, ela tinha uma enorme

verruga no queixo. E estava sempre falando sozinha. Nunca tínhamos entrado na

casa, mas tínhamos a certeza de que, se fizéssemos isso, nós a encontraríamos

preparando venenos num grande caldeirão. Nossa diversão predileta era incomodá-

la. Volta e meia invadíamos o pequeno pátio para dali roubar frutas e quando, por

acaso, a velha saía à rua para fazer compras no pequeno armazém ali perto,

corríamos atrás dela gritando "bruxa, bruxa!". Um dia encontramos, no meio da rua,

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um bode morto. A quem pertencera esse animal nós não sabíamos, mas logo

descobrimos o que fazer com ele: jogá-lo na casa da bruxa. O que seria fácil. Ao

contrário do que sempre acontecia, naquela manhã, e talvez por esquecimento, ela

deixará aberta a janela da frente. Sob comando do João Pedro, que era o nosso

líder, levantamos o bicho, que era grande e pesava bastante, e com muito esforço

nós o levamos até a janela. Tentamos empurrá-lo para dentro, mas aí os chifres

ficaram presos na cortina. - Vamos logo - gritava o João Pedro -, antes que a bruxa

apareça. E ela apareceu. No momento exato em que, finalmente, conseguíamos

introduzir o bode pela janela, a porta se abriu e ali estava ela, a bruxa, empunhando

um cabo de vassoura. Rindo, saímos correndo. Eu, gordinho, era o último. E então

aconteceu. De repente, enfiei o pé num buraco e caí. De imediato senti uma dor

terrível na perna e não tive dúvida: estava quebrada. Gemendo, tentei me levantar,

mas não consegui. E a bruxa, caminhando com dificuldade, mas com o cabo de

vassoura na mão, aproximava-se. Àquela altura a turma estava longe, ninguém

poderia me ajudar. E a mulher sem dúvida descarregaria em mim sua fúria.

Em um momento, ela estava junto a mim, transtornada de raiva. Mas aí viu a minha

perna, e instantaneamente mudou. Agachou-se junto a mim e começou a examiná-la

com uma habilidade surpreendente. - Está quebrada - disse por fim. - Mas podemos

dar um jeito. Não se preocupe, sei fazer isso. Fui enfermeira muitos anos, trabalhei

em hospital. Confie em mim. Dividiu o cabo de vassoura em três pedaços e com

eles, e com seu cinto de pano, improvisou uma tala, imobilizando-me a perna. A dor

diminuiu muito e, amparado nela, fui até minha casa. "Chame uma ambulância",

disse a mulher à minha mãe. Sorriu. Tudo ficou bem. Levaram-me para o hospital, o

médico engessou minha perna e em poucas semanas eu estava recuperado. Desde

então, deixei de acreditar em bruxas. E tornei-me grande amigo de uma senhora que

morava em minha rua, uma senhora muito boa que se chamava Ana Custódio.

Moacyr Scliar ([email protected])

http://acervo.novaescola.org.br/fundamental-1/bruxas-nao-existem-689866.shtml

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FÁBULAS

A SOLUÇÃO

O sr. Lobo encontrou o sr. Cordeiro numa reunião do Rotary e se queixou de que a fábrica do sr. Cordeiro estava poluindo o rio que passava pelas terras do sr. Lobo, matando os peixes, espantando os pássaros e, ainda por cima, cheirando mal.

O sr. Cordeiro argumentou que, em primeiro lugar, a fábrica não era sua, era de seu pai, e, em segundo lugar não podia fechá-la, pois isto agravaria o problema do desemprego na região, e o sr. Lobo certamente não ia querer bandos de desempregados nas suas terras, pescando seu peixe, matando seus pássaros para assar e comer e ainda por cima cheirando mal. - Instale equipamento antipoluente, insistiu o sr. Lobo. - Ora, meu caro, retrucou o sr. Cordeiro, isso custa dinheiro, e para onde iria meu lucro? Você certamente não é contra o lucro, sr. Lobo! disse o cordeiro, preocupado, examinando o sr. Lobo atrás de algum sinal de socialismo latente.

- Não, não! disse o sr. Lobo. Mas isto não pode continuar. É uma agressão à Natureza e, o que é mais grave, à minha Natureza. Se fosse à Natureza do vizinho…

- E se eu não parar? perguntou o sr. Cordeiro. - Então, respondeu o sr. lobo, mastigando um salgadinho com seus caninos reluzentes, eu serei obrigado a devorá-lo, meu caro. Ao que o sr. Cordeiro retrucou que havia uma solução:

- Por que o senhor não entra de sócio na fábrica Cordeiro e Filho? - Ótimo, disse o sr. Lobo. E desse dia em diante não houve mais poluição no

rio que passava pelas terras do sr. lobo. Ou pelo menos, o sr. Lobo nunca mais se queixou.

(Luis Fernando Veríssimo. Santinho. Porto Alegre, L&PM.)

http://gleice-linguaportuguesa.blogspot.com.br/2014/05/atividade-fabula-para-o-

ensino-medio.html

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Vocês sabem diferenciar estes gêneros textuais, então classifique-os.

Soneto do amigo________________________

Bruxas não existem______________________

A solução________________________

Agora de a característica principal de cada um dos textos que você acabou

de ler.

Apresentar para os alunos a sinopse do Filme

De professor para professor: Antes de iniciar esta atividade, se a turma não estiver habituada a estudar a língua por intermédio destes, é necessário retomar ou explicar o que são gêneros textuais.

SINOPSE Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com

os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que

precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame.

Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga

muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que

não parece interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café

fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem

muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um

tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-

humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de

moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura

em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para

ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que

Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E

nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história

um do outro. Como eu era antes de você é uma história de amor e

uma história de família, mas acima de tudo é uma história sobre a

coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo

parece acabado.

Disponível em: http://www.livrariacultura.com.br/p/como-eu-era-

antes-de-voce-42105138

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O livro “Como eu era antes de você” possuem adaptações para o cinema.

Você prefere ler o livro ou assistir ao filme primeiro?

Você já leu livros que foram adaptados para o cinema? Qual foi a sua

percepção?

Montar uma sessão de cinema com o filme “Como eu era antes de você”.

O filme será disponibilizado pela professora, pois não é possível baixar

online.

Após assistirem ao filme os alunos realizarão uma pesquisa na internet, com

os seguintes tópicos:

a) O que é um filme, como é feito?

b) Por que são produzidos?

c) Para quem?

Professor, trabalhar com cinema e literatura é importante pois

desperta o interesse dos alunos pelo assunto e pela literatura.

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d) Quem trabalhou nele?

e) Quais as cenas mais importantes?

f) Quais filmes você conhece e quais são seus gostos?

g) Em trio discuta a questão anterior, organize uma síntese da discussão

grupal, relacionando-a ao conteúdo já estudado, a seguir exponha à turma a opinião

do grupo.

Etapas da análise fílmica:

a) Pesquise na internet sobre a fonte. (Ficha técnica do filme, título original,

país, ano, duração, produtores distribuidores, roteirista, fotógrafo, cenografista,

efeitos especiais, sinopse, público alvo, acessibilidade, obras correlatas: outros

filmes ou textos de apoio)

b) Reconstituição sumária da história.

c) Mensagem principal.

d) Principais personagens.

Apresentação oral dos grupos em sala de um relatório do filme.

a) Debate livre.

b) Articulação do conteúdo com o trabalhado em classe.

c) Potencial de áreas de aplicação, possibilidade de ser usado em mais de

um conteúdo ou disciplina. (linguagem e contexto).

d) Selecionar as sequências de cenas mais interessantes ao trabalho.

A professora também disponibilizará alguns exemplares do livro para que os

alunos possam ler no decorrer dos trabalhos, para que possam realizar

comparações entre as adaptações cinematográficas e o gênero literário romance. A

leitura será realizada pelos alunos em suas casas.

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Paralelo entre filme e livro

É importante realizar o paralelo porque, através deles, os principais pontos

de encontro e afastamento entre as duas artes devem ser pontuados no sentido de

estabelecer marcações sobre o que será ressaltado na comparação:

Filme Livro

Personagens

Personagens

Ambientação Ambientação

Linguagem Linguagem

Enredo Enredo

A realização desta atividade servirá de base para a seguinte.

Nesta atividade os alunos deverão trabalhar seus conhecimentos linguísticos

sobre a obra:

Neologismo:

Novas expressões:

Palavras compostas:

Análise da linguagem do fragmento no filme e no livro: elementos e

mecanismos no processo de formação expressões e palavras:

Valor e relação dos neologismos na composição estilística da obra

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Identificação dos elementos do realismo fantástico nas obras

• Análise da apresentação do relato fantástico no filme e no livro

• Oficina de produção textual: transmutação e reescrita – escolha de um

fragmento do filme e reelaboração da história, criando novos acontecimentos,

contextos e expressões e neologismos.

Após realizar as atividades acima os alunos realizem algumas produções

textuais sobre o filme.

Estas produções serão expostas pelos corredores da escola para que os

alunos das demais turmas possam ler.

Socialização do texto produzido.

Os alunos serão divididos em quatro grupos e escolherão um trecho (uma

cena) a qual deverão reproduzir e filmar para depois apresentar para os colegas

como se fosse uma amostra de cinema.

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Antes de organizar a Mostra final para toda a comunidade escolar, você e

seus colegas irão assistir a todos os trechos de filmes produzidos

Depois de assistir aos filmes faça um grande debate em sala de aula sobre

quais foram as primeiras impressões sobre as atividades desenvolvidas. Você

gostou ou não gostou do seu filme? E do filme de seus colegas?

Converse com o seu professor e aponte inicialmente para ele quais

problemas você visualizou ao assistir ao filme do grupo que não é o seu.

Após aprovação do professor socialize com todo o grupo qual a sua “crítica”

sobre a produção. Pense que este é um momento importante, pois poderá

antecipar o que o público em geral poderá pensar sobre seu trabalho e o

trabalho de seus colegas.

Para a divulgação da Mostra será necessário: Produção de cartazes com o

título do filme, destacando data, hora e local de projeção.

Destaque um colega por grupo para visitar as demais salas e divulgar o

evento.

MOSTRA DO FILME COMO EU ERA ANTES DE VOCÊ PRODUZIDO

PELOS ALUNOS.

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REFERÊNCIAS

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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica - Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008. PIRES, Ana Cristina Antunes. O cinema na sala de aula: contributos sobre a

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Letras da Universidade do Porto. Porto, 2011.

ROJO, R. Letramentos múltiplos. Escola e inclusão social. São Paulo: Parábola,

2009.

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SILVA, Jackeline Anne Santos da. O estudo da literatura no Ensino Médio. Universidade Federal da Paraíba. Centro de Ciências Humanas Letras e Artes. Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, João Pessoa, PB, 2013. SOARES, Magda. As condições sociais da leitura: uma reflexão em contraponto. In: Leitura perspectivas interdisciplinares. Zilberman, Regina e Silva, Ezequiel Theodoro da (orgs.). Ed. São Paulo: Ática, 2005.