Projeto de Interiores - Apostila de Projeto Executivo e Detalhamento - Escola de Arquitetura UFMG

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  • projeto de interioresapostila de projeto executivo e detalhamento

    porfrio valladaresdanilo matoso

    2o. semestre de 2002Escola de Arquitetura da UFMG - Departamento de Projetos

  • projeto de interiores . apostila de projeto executivo e detalhamento 2

    1. Introduo

    Esta apostila no tem a pretenso de constituir um manual completo e abrangente sobre estratgias possveis para a elaborao de projetos executivos e de detalhamento. Trata-se apenas de uma sntese de diversas experincias em arquitetura adquiridas ao longo do tempo. Com a prtica, cada arquiteto acaba por desenvolver seus prprios mtodos e convices acerca dos modos de abordagem do desenho tcnico como meio de soluo construtiva e representao destinada execuo.

    Muitas vezes uma visita ao canteiro de obras e o simples dilogo com os executores substitui diversas pranchas de detalhamento. O conhecimento dos materiais e tcnicas construtivas , na verdade, uma premissa bsica para a concepo de um bom projeto. Convm ainda lembrar que de nada serve um detalhamento desenhado perfeio se a mo-de-obra que o executa no possui formao tcnica para compreend-lo corretamente - ocorrncia tristemente comum. Ou seja: via de regra, prevalece a simplicidade construtiva qual a mo-de-obra local habituada ao malabarismo grfi co de detalhamentos excessivamente complexos.

    Entretanto, o desenho uma poderosa ferramenta analtica para o prprio criador. Mais que um mero instrumento de comunicao entre arquiteto e o executor, as projees ortogrfi cas permitem ao profi ssional bem treinado na sua leitura e entendimento uma maior familiaridade com os elementos constitutivos do objeto ltimo de seu trabalho: a obra construda. nesse sentido pragmtico que orientamos esta apostila, na esperana que ela possa servir como um roteiro metodolgico inicial para o estudante de arquitetura.

    2. Projeto Executivo

    2.1. CompatibilizaoO projeto executivo sintetiza diversas informaes necessrias

    construo. Sua confeco implica no apenas num amadurecimento pleno das relaes entre arquiteto e cliente mas tambm na compatibilizao dos projetos complementares referentes obra. na elaborao do projeto executivo que o arquiteto estabelece o dilogo entre estas diversas partes constitutivas do projeto fi nal.

    Comumente, os projetos complementares tm procedncias diversas e, embora os arquitetos sejamos habilitados a elaborar todos estes elementos, a crescente especializao das reas encaminha a prtica cotidiana do arquiteto para a coordenao dos diversos profi ssionais. fato recorrente ainda que a urgncia dos proprietrios leve ao lamentvel incio das obras to logo o projeto estrutural esteja concludo. Cabe ao arquiteto o dever de alert-los dos confl itos de soluo certamente onerosa que surgiro sem uma compatibilizao correta concluda antes da execuo de qualquer elemento do projeto. Uma boa estratgia listar e sistematizar todos os agentes envolvidos para o cliente, levando-o compreenso dos prejuzos potenciais.

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    2.1.1. Projeto estrutural Caso o projeto possua algum mezanino, ou redistribua

    cargas de paredes portantes numa construo existente, elementos estruturais estaro certamente envolvidos. A estrutura afetada sobretudo quando da necessidade de passagem horizontal de tubulao hidrulica do pavimento superior ou de ventilao e condicionamento de ar do pavimento inferior. No caso de reformas, a distribuio de pilares tambm costuma ser problemtica, dada a exigidade dos ambientes tratados. Em mezaninos de lojas comerciais, comumente os pilares so deslocados para o permetro do ambiente fi cando ocultos sob um enchimento de alvenaria. Na maioria dos shoppings, permitido ao lojista descarregar cargas somente sobre a laje de piso, pelo que prticos sucessivos que atirantam o mezanino por cima so solues bastante comuns.

    Obviamente, no caso de reformas de edifi caes existentes, seu projeto estrutural original deve, sempre que possvel, ser consultado antes da elaborao do anteprojeto. Esqueletos estruturais de concreto armado suportam bem a relocao de paredes de vedao somente se o seu volume fi nal no excede em muito o volume original de alvenaria para o qual o edifcio foi projetado. Quando isto ocorre, adota-se comumente painis divisrios mais leves, em concreto celular autoclavado (Sical) ou em painis sanduche de gesso acartonado (Gypsum). Caso no seja possvel ter acesso ao projeto estrutural original, quer seja pela idade avanada do edifcio quer seja por questes de prazo, um diagnstico do sistema estrutural deve ser elaborado e a responsabilidade pela estabilidade da construo deve fi car bem clara antes do incio dos trabalhos. Trata-se de uma defi nio importante e sria, pois h casos reais de desabamento de edifcios por demolio de paredes estruturais e at de pilares.

    2.1.2. Projeto hidrulico O encaminhamento das tubulaes de gua fria, gua quente,

    esgoto e guas pluviais deve estar bem defi nido e faz parte da tarefa do arquiteto antever o espao necessrio para que isso ocorra sem confl itos com forro, estrutura, piso e alvenarias.

    Convm lembrar que em locais com ralos e/ou vasos sanitrios necessrio um espao horizontal abaixo do piso para o percurso do esgoto at os tubos de queda. Um tubo proveniente de um vaso sanitrio possui 100mm de dimetro e deve ter caimento de, no mnimo, 2%. Uma caixa sifonada possui entre 15cm e 25cm de altura. Estas dimenses relativamente avantajadas so decisivas para a determinao de alturas de entreforros bem como para reformas e relocaes de banheiros em edifcios residenciais. necessrio especial cuidado ainda na localizao de tubulao vertical do edifcio, no caso de reformas, pois desvi-la invivel e a parede onde ela se encontra embutida deve ser mantida. Em construes mais recentes, o uso de shafts inspecionveis tem se generalizado, facilitando a identifi cao dos locais onde se encontra a tubulao.

    2.1.3. Projeto de preveno e combate a incndio Alm da regulamentao da ABNT (NB-9077) acerca de

    dimenses de peitoris, guarda-corpos e sadas de emergncia, em instalaes comerciais dever ser elaborado um projeto especfi co de preveno e combate a incndio, a ser aprovado pelas autoridades locais competentes. Isto envolver equipamentos especfi cos tais como extintores, iluminao de emergncia e uma rede de aspersores dgua (sprinklers) afi xada junto ao teto. Seu espaamento varia de acordo com a rea e o p-direito do ambiente e eles so tambm abastecidos por uma tubulao hidrulica pressurizada.

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    2.1.4. Projeto de ventilao, exausto e condicionamento de ar Sobretudo em estabelecimentos comerciais e escritrios, a rede de encaminhamento de ar constitui um importante elemento na concepo dos interiores. As avantajadas sees da tubulao, a presena de grelhas de asperso e exausto de ar bem como o maquinrio necessrio exigem do arquiteto especial ateno e dilogo com os profi ssionais encarregados deste projeto complementar. A tubulao deste sistema a principal responsvel pela determinao de alturas de entreforros, e a disposio das aberturas mais um elemento a ser considerado nos lay-outs de forro.

    2.1.5. Projeto luminotcnico Assim como a estrutura, o projeto luminotcnico defi nitivo

    elaborado a partir de uma defi nio inicial do arquiteto. Comumente, desde o anteprojeto o arquiteto elabora uma planta de forro e sugesto do luminotcnico. A partir dela, estabelece-se um dilogo com fornecedores de luminrias e lmpadas para estabelecer-se o lay-out defi nitivo da iluminao. Equipamentos importados de iluminao atingem valores estratosfricos, e os projetistas dos fornecedores no hesitam em us-los. o arquiteto quem defi ne a necessidade deste tipo de material, visando o interesse do cliente e buscando sempre a soluo plasticamente correta e economicamente vivel.

    A primeira apostila desta disciplina j trata deste tema de modo abrangente, e nele no nos deteremos.

    2.1.6. Projeto de conforto acstico No apenas em auditrios, estdios e teatros, mas tambm

    em ambientes amplos de um modo geral, como praas de alimentao, grandes restaurantes, locais prximos a fontes de rudo etc. necessrio um correto clculo de conforto acstico. A complexidade do clculo proporcional especifi cidade do uso

    em funo de fatores acsticos. Trata-se de uma tarefa cada vez mais facilitada por novos softwares existentes. Entretanto, cabe ao arquiteto discernir quanto necessidade de contratao de um consultor especialista no assunto. Na rea de estdios musicais, por exemplo, os clculos de isolamento e reverberao so bastante determinados, e necessariamente demandam a assistncia de um especialista desde o primeiro momento do anteprojeto. Comumente, a reverberao descontrolada o fator multiplicador de rudo em grandes ambientes, demandando tratamento das superfcies no sentido de aumentar a rea de absoro do som.

    2.1.7. Projeto eltrico, de telefonia, rede lgica, sonorizao, automao e segurana

    Comumente estes projetos so feitos pelo mesmo profi ssional: o engenheiro eletricista. A compatibilizao do arquiteto aqui vai desde uma adequada localizao de quadros medidores, quadros de distribuio, tomadas, interruptores, telefones, interfones, pontos de lgica, cmaras e sensores de vigilncia at o encaminhamento dos condutes no interior da estrutura (fator crtico prximo aos quadros de distribuio de circuitos). o arquiteto ainda quem faz a triangulao entre o cliente ,o engenheiro e os fornecedores.

    Os espelhos de acabamento dos equipamentos so comumente padronizados para fi xao em caixas embutidas nas lajes e alvenarias (2x4, 4x4 e octogonais de 3). Sua altura e disposio fi ca a critrio do arquiteto, variando de acordo com as necessidades de projeto. As alturas usuais de interruptores esto entre 105cm e 115cm do piso. Tomadas normalmente so implantadas a 30cm de altura. claro que situaes especfi cas determinam alturas diferentes, como, por exemplo, tomadas situadas acima de bancadas e para equipamentos elevados, interruptores para acionamento a partir da cama (h=80cm) etc..

    Com o desenvolvimento das recentes tecnologias digitais, cada vez mais necessrio dotar os antigos pontos de antena e telefonia

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    de contato com uma fi ao de rede de informtica. O cabeamento de rede lgica deve ser conduzido por eletrodutos especfi cos e em separado, de modo a evitar interferncia por induo eletromagntica de outras redes. Em grandes empreendimentos, comum a opo pelo cabeamento estruturado. Trata-se de uma tecnologia de separao de sinais por freqncia que permite a conduo de telefonia e lgica pelo mesmo cabo. O sistema a ser adotado deve ser discutido com o engenheiro eletricista e o proprietrio, de acordo com os interesses do ltimo neste campo, conciliando at mesmo elementos de automao (portes eletrnicos, ar condicionado etc) dentro desta nova integrao.

    2.2. Desenhos do projeto executivo

    Tendo sido discutidos todos os projetos complementares com seus autores e com o proprietrio, elabora-se o projeto executivo propriamente dito. O projeto executivo de interiores deve possuir os seguintes desenhos (*):

    .plantas .gerais .de alvenarias .de piso .de teto .de lay-out.cortes.elevaes

    2.2.1. Plantas gerais

    - Indicao de eixos de coordenadas do projeto (normalmente usam-se letras para determinar os eixos numa direo e nmeros na direo perpendicular).- Indicao dos elementos do sistema estrutural (pilares), com distino grfi ca entre estes e as vedaes. Com sua denominao (i.e. P01, P23 etc.) e dimensionamento de osso coincidentes com a nomenclatura adotada no projeto estrutural.- Vedaes internas e externas.- Indicao de cotas parciais, entre coordenadas e cotas totais.- Cotas de desenho, em pormenor, dos locais que no sero desenhados em escala maior.- Especifi cao de materiais, tanto quanto possvel para a compreenso do desenho.- Representao de dutos e prumadas hidrulicas verticais, com a nomenclatura e dimensionamento adotados no projeto hidrulico.- Representao de pontos fi nais constantes no projeto eltrico, de telefonia, rede lgica, sonorizao, automao e segurana, tambm adotando a nomenclatura usada nestes projetos.- Circulaes verticais e horizontais.- reas de instalaes tcnicas e de servios (i.e. fan-coil etc.)- Acessos e demais elementos signifi cativos.- Codifi cao dos elementos a serem detalhados: portas, janelas, escadas, mobilirio, entre outros. - Marcao de cortes e elevaes.- Marcao e numerao dos detalhes e ampliaes. Portas e janelas so numeradas linearmente com o prefi xo P e J, respectivamente. A codifi cao dos demais detalhes feita por numerao simples, incluindo as reas molhadas. Para controle, elabora-se uma lista de detalhes do projeto.- Marcao de projeo de elementos signifi cativos acima ou abaixo do plano de corte.

    (*) Listagem elaborada a partir da experincia prtica, associada s listagens da AsBEA in: ASSO-CIAO Brasileira de Escritrios de Arquitetura. Manual de contratao de servios de arquitetura e urbanismo. So Paulo: Pini, 1992. p.46-55.e da NBR-6492 in: ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas. NBR-6492 - representao de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT, abr.1994. p.7-9.

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    - Indicao de nveis acabados.- Ttulos, escalas, notas gerais, desenhos de referncia, tabelas de portas e esquadrias e carimbos. As observaes gerais mais comumente usadas so: Conferir medidas no local e Em caso de dvida, consultar o arquiteto.

    Figura 1a: Exemplo de planta geral e de alvenarias integrada.escala: 1:200escala original: 1:50

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    Figura 1b: Pormenor da planta anterior em escala original (1:50)

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    2.2.2. Plantas de alvenarias

    - Indicao das alvenarias, com espessuras em osso e acabadas. Adota-se planta de alvenarias quando h sutilezas de difcil representao na planta geral, i.e. alinhamentos em relao aos eixos do projeto e estrutura, relao entre alvenarias demolidas - no caso de reformas -, alvenarias mantidas e alvenarias construdas. Caso seja possvel o uso de cores, o usual amarelo para as alvenarias removidas, vermelho para as alvenarias construdas e branco para as alvenarias mantidas. Normalmente, as diferentes espessuras de alvenarias diferenciam-se ainda atravs de hachuras distintas. - Cotas parciais e totais- Legendas das cores e hachuras usadas de acordo com a conveno descrita acima.- Ttulos, escalas, notas gerais, carimbo etc.

    2.2.3. Plantas de piso

    - Paginao e especifi cao dos pisos. Normalmente acompanham estas plantas os detalhes construtivos associados ao piso, tais como rodaps, juntas, arremates de degraus e detalhes de transio entre materiais de piso diferentes. H, basicamente, dois tipos de paginao: aquelas feitas com materiais de dimenses pr-defi nidas (cermicas, porcelanatos, pisos industrializados etc) e aquelas feitas com materiais que podem ser cortados ou divididos de acordo com as medidas do local. No primeiro caso, defi ne-se o incio da paginao atravs de uma seta dupla, de modo que as peas cortadas se situem nos pontos de menor visibilidade. No segundo caso, dividem-se

    os vos a serem paginados de acordo com eixos de alinhamento. Pode-se ainda trabalhar com pequenas diferenas em larguras de rejunte, no caso de cermicas, de modo a evitar cortes. - Elementos de estrutura e fechamentos internos e externos acabados. - Aberturas (normalmente as portas internas so tracejadas de modo a no interferir na leitura das soleiras) - Indicao de nveis de pisos acabados e caimentos em reas molhadas. - Especifi cao dos rejuntes usados.- Legendas das hachuras diferenciadas para os materiais.- Ttulos, escalas, notas gerais, carimbo etc.

    2.2.4. Plantas de teto (ou de forro) refl etivo.

    - Paginao e especifi cao dos acabamentos de teto.Normalmente acompanham estas plantas os detalhes construtivos associados ao teto e forros, tais como sancas, nichos e juntas de dilatao junto s alvenarias.- Indicao de nveis dos elementos de forro.- Elementos de estrutura e fechamentos internos e externos acabados.- Projeo e nomenclatura - de acordo com o projeto estrutural - de vigas ocultas pelos forros.- Lay-out de elementos de iluminao, ventilao (dutos, grelhas e difusores), sprinklers, sonorizao, segurana, projeo de imagens etc. Todos com dimensionamento e nomenclatura de acordo com seus respectivos projetos complementares.- Legendas das hachuras de materiais e elementos diversos.- Ttulos, escalas, notas gerais, carimbo etc.

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    Figura 3: Exemplo de planta de forro.escala: 1:200escala original: 1:75

    Figura 2: Exemplo de planta de pisoescala: 1:200escala original: 1:75

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    2.2.5. Plantas de lay-out de mobilirio

    Em projetos de maior complexidade, o mobilirio pode entrar em confl ito com as informaes das plantas gerais, pelo que representado e especifi cado numa planta aparte, normalmente simplifi cada e de menor escala.- Representao de elementos de estrutura e fechamento acabados.- Representao de elementos de abertura.- Indicao e especifi cao do mobilirio.- Marcao e numerao de mveis que sero detalhados pelo arquiteto.- Ttulos, escalas, notas gerais, carimbo etc. 2.2.6. Cortes

    - Indicao de eixos de coordenadas do projeto.- Indicao dos elementos do sistema estrutural (lajes e vigas), com distino grfi ca entre estes e as vedaes. - Vedaes internas e externas.- Indicao de cotas verticais parciais, entre coordenadas e cotas totais.- Indicao de nveis acabados e em osso.- Especifi cao de materiais, tanto quanto possvel para a compreenso do desenho - sempre repetindo as especifi caes usadas nos demais desenhos.- Circulaes verticais e horizontais.- reas de instalaes tcnicas e de servios (i.e. fan-coil etc.)- Especifi cao dos elementos a serem detalhados: portas, janelas, escadas, mobilirio, entre outros. - Marcao e numerao dos detalhes e ampliaes. - Ttulos, escalas, notas gerais, carimbo etc..

    2.2.7. Elevaes

    - Indicao de eixos de coordenadas do projeto.- Indicao dos elementos do sistema estrutural (lajes e vigas).- Indicao de cotas verticais parciais, entre coordenadas e cotas totais.- Indicao de eixos de nveis acabados.- Especifi cao de materiais, tanto quanto possvel para a compreenso do desenho - sempre repetindo as especifi caes usadas nos demais desenhos.- Especifi cao dos elementos a serem detalhados: portas, janelas, escadas, mobilirio, entre outros. - Paginao de elementos de revestimento de fechamentos(cf. item plantas de piso)- Marcao e numerao dos detalhes e ampliaes. - Ttulos, escalas, notas gerais, carimbo etc..

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    Figura 4 - Exemplos de cortes efachadas de uma residnciaescala: 1:200escala original: 1:50

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    2.2.8. Observaes gerais

    - Ordem de desenhoUm bom meio de elaborar um desenho completo evitando o esquecimento de elementos estabelecer um mtodo e uma ordem de desenho. A ordem mais adotada a seguinte:. Desenho de linhas de todos os elementos (em CADs de representao plana, como o Vectorworks, isto j pode ser feito com o uso de hachuras e texturas). Adio de elementos provenientes de projetos complementares, quando for o caso, j com sua nomenclatura e medidas.. Compatibilizao defi nitiva de alvenarias e fechamentos.. Preenchimento de hachuras e texturas.. Cotas. Especifi cao de materiais, numerarao e indicao de detalhes. Ttulos, escalas, notas gerais, carimbo etc..* Mesmo em CAD, convm sempre j elaborar os desenhos corretamente diagramados nos formatos, alinhando plantas, cortes e fachadas sempre que possvel e mantendo a direo de leitura do desenho em todas as escalas e nveis de entendimento.

    - Hachuras e representao de materiais.Tanto quanto possvel, deve-se realar a distino entre elementos cortados (hachurados) e elementos vistos (com uso de texturas). Os desenhos tcnicos feitos para aprovao junto prefeitura prescindem deste recurso, contando apenas com as espessuras de pena para diferenciar os diversos elementos de projeto. Entretanto, seu uso em desenhos destinados execuo essencial ao seu entendimento.Em detalhes a hachura convencionalmente usada do seguinte modo:. a 45o para as alvenarias e materiais diversos cortados, tais como mrmores, granitos, ao etc. - sempre com espaamento

    diferenciado para materiais diferenciados..a 0o (paralelo) para vidros cortados..a 90o (perpendicular) para elementos de forro e enchimentos de piso - gesso, fi brocimento etc.

    - Uso de camadas em CAD. Tanto quanto possvel, diferencie as diversas naturezas dos elementos representados em camadas individualizadas. Assim, possvel congelar as camadas que no esto sendo usadas, facilitando a regenerao e o manuseio do arquivo no computador. Assim, por exemplo, dever haver camadas diferenciadas para textos de ttulos, cotas, elementos estruturais, elementos hidrulicos, elementos eltricos etc.

    - Especifi caesA redundncia de especifi caes em projetos executivos e detalhamentos de um modo geral no apenas aceita, mas tambm desejvel. Assim, um mesmo elemento ou indicao de detalhe deve ser completamente especifi cado sempre que for representado em planta, corte ou elevao, facilitando sua identifi cao por quem l o projeto. Tanto quanto possvel, a especifi cao deve ser completa, com todos as espessuras e elementos componentes de determinado acabamento. Por exemplo, no se especifi ca um acabamento de compensado apenas como: acabamento em compensado, ou pior: acabamento em madeira, mas sim acabamento em compensado e=10mm revestido com folheado em mogno

    - CotasUm projeto bem cotado sempre possui cotas parciais e totais dos elementos indicados. Um erro bastante comum a ausncia de cotas totais em projetos. Agrupando-se sempre as cotas em conjuntos elimina-se este tipo de defi cincia.

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    3. Detalhamento

    De um modo geral, o princpio que rege a concepo de detalhes o mesmo que rege a concepo de objetos arquitetnicos. Ou seja, disseca-se o objeto em elevaes, sees, perspectivas e ampliaes. Quanto sua metodologia de elaborao, o detalhes podem ser divididos em quatro grupos:

    . Detalhes de objetos isolados

    . Detalhes de reas molhadas

    . Detalhes de aberturas (portas e janelas)

    . Detalhes construtivos diversos

    3.1. Detalhes de objetos isolados

    Usados para detalhamento de elementos que podem ser parcial ou totalmente dissociados de seu contexto construtivo para serem ampliados - i.e. mveis, armrios etc. O detalhamento normalmente composto por:

    . Desenhos da pea inteira cotados e especifi cados (1:10, 1:12.5 podendo ser feitos at em 1:25 em CAD)- Vista superior- Sees horizontais na quantidade necessria Sua nomenclatura tem o sufi xo H: H1, H2, H3.... i.e.: Seo Horizontal H1- Sees Verticais na quantidade necessria Sua nomenclatura tem o sufi xo V: V1, V2, V3.... i.e.: Seo Vertical V1- Elevaes na quantidade necessria Sua nomenclatura tem o sufi xo E: E1, E2, E3 e E4 i.e.: Elevao E1

    Em peas curvas comum a elaborao de elevaes

    retifi cadas (corrigidas de modo a mostrar-se em verdadeira grandeza).

    - Perspectivas isomtricas na quantidade necessria Normalmente so feitas com metade da escala dos demais desenhos, a partir do quadrante mais favorvel ao entendimento da pea. Com o surgimento de programas de renderizao (perspectivas tratadas com materirais e luz), seu uso em pranchas tcnicas tem se tornado bastante difundido. Entretanto, h que se considerar a maior clareza e facilidade de reproduo xerogrfi ca e heliogrfi ca de perspectivas feitas com linhas. A perspectiva isomtrica pode ser complementada ou at mesmo substituda por uma perspectiva isomtrica explodida, a qual destaca elementos de fechamento do objeto, ligando-os por linhas tracejadas sua posio fi nal, de mostro a mostrar caractersticas internas e/ou de montagem da pea.

    . Detalhes ampliados (1:1, 1:2, 1:2.5 , 1:5.).Normalmente, tratam-se de sees horizontais e/ou verticais destinadas a explicar melhor partes ou arremates especfi cos da pea detalhada. . A numerao das ampliaes feita por como subdiviso do detalhe da pea de que trata. Assim, se ampliamos um elemento do Detalhe 2, esta ampliao se denominar Detalhe 2.1, 2.2, 2.3.... e assim por diante.. Para detalhes de geometria complexa (poligonais o curvas), cria-se tambm um sub-detalhe para explicar sua forma. Assim, por exemplo, se temos um tampo de mesa amebide, uma das ampliaes ser a sobreposio de um perfi l do tampo isolado sobre uma quadrcula ortogonal, indicando-se ainda todos os raios e pontos de concordncia. Em caso de peas destinadas fabricao em srie, onde admite-se menos erros de execuo em relao geometria das peas, comum a ampliao em escala natural (1:1) dos elementos mais complexos.

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    Figura 5a - Exemplo de detalhamento de pea isolada. No caso, um banco, detalhado originalmente em trs formatos A3, vistos nas redues ao lado

    Figura 5b - Primeiramente, uma isomtrica esquemtica d uma viso geral do mvel.

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    Figura 5c - Uma vista superior auxilia no mapeamento e orientao das sees verticais e elevaes.

    Figura 5d - Uma seo vertical transversal mostra os arremates de borda do assento do banco.

    Figura 5e - Elevao lateral

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    Figura 5f - Elevao frontal

    Figura 5g - Seo vertical longitudinal.

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    Figura 5h - Seo vertical longitudinal.

    Figura 5i - Detalhe do friso criado no assento e nas laterais para conciliar a abertura destinada ao apoio para mo no transporte do banco.

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    Figura 5j - Sees verticais ampliadas para auxiliar na compreenso da complexa geometria e encaixe de peas dos ps do banco, distinguindo entre o apoio de mo e a faixa macia, estrutural, reforada por duas mos-francesas.escala original: 1:2.5escala: 1:5

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    3.2. Detalhes de reas molhadas

    As reas molhadas dos projetos (banhos, lavabos, cozinhas, reas de servio, saunas etc.) normalmente possuem uma complexidade que demanda ampliaes e/ou detalhamento em separado complementares ao projeto executivo. A necessidade de seus desenhos inversamente proporcional escala do projeto executivo. Assim, se o projeto executivo do conjunto foi feito na escala 1:100, por exemplo, provavelmente h especifi cidades de tubulaes, pisos, forros e iluminao que no foram contemplados em seus desenhos e s aparecero na escala de detalhamento (normalmente 1:25).

    Seu detalhamento composto por: . Planta geral compatibilizada do ambiente (escala 1:25).

    . Indicaes e especifi caes: alvenarias internas, divisrias, tubulaes, louas, metais, equipamentos eltricos (chuveiros, aquecedores etc.), todos devidamente cotados em seus eixos junto parede a que so afi xados e especifi cados. De modo a simplifi car o desenho, a especifi cao de louas, metais e acessrios pode ser feita em quadro em separado.

    . Planta de piso . Cf. tpico anlogo em projetos executivos. Especial cuidado deve ser tomado aqui com os ralos de escoamento de gua, pequenos desnveis necessrios junto s portas e ao box de banho, bem como ao sentido de inclinao dos pisos. Sua especifi cao pode ser feita no quadro junto s louas, metais e acessrios.

    . Planta de teto (ou forro). . Cf. tpico anlogo em projetos executivos.

    . Elevaes e/ou sees verticais . Cf. tpico anlogo em projetos executivos.

    . Destinam-se sobretudo a mostrar a paginao dos necessrios revestimentos de parede destes locais, bem como as alturas de acabamentos, bancadas e eventuais enchimentos.

    . Detalhes ampliadosAmpliam-se as pias, bancadas em geral, o box, e os espelhos. Da bancada, faz-se com vista superior da pedra (1:10) constando a poro embutida na alvenaria e os pontos de eventuais chumbadores metlicos. Caso seja necessrio, detalham-se tambm os arremates de borda das bancadas (1:1, 1:2, 1:2.5) Detalha-se o box semelhana de portas e janelas.Dependendo do projeto, detalha-se o arremate de borda e a fi xao dos espelhos parede (elevao, sees e ampliaes de borda)

    . Caso no seja contratada uma empresa especializada na fabricao de armrios, estes devero ser detalhados aparte, conforme o tpico Detalhe de objetos isolados.. Quadros de especifi caes de louas, metais e acessrios.

    Figura 6a - Exemplo de detalhamento de rea molhada. No caso, um banheiro detalhado originalmente em nove formatos A4, conforme se v nas redues acima.

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    3.4. Detalhes de portas e janelas (esquadrias)

    O detalhamento de portas e janelas elaborado de maneiras diferentes de acordo com o material de que so feitas.

    3.4.1. Esquadrias de alumnio e PVC so feitas de acordo com linhas de perfi s interconectveis. Devido complexidade e ao relativo grau de especifi cidade destes elementos, seu detalhamento normalmente consiste dos seguintes desenhos:

    . Elevao externa (1:25) com representao das folhas e montantes (divises e marcos), com cotas gerais dos seus componentes, indicao dos elementos fi xos e mveis e seu sistema de abertura.. Seo vertical e/ou horizontal do conjunto, com dimenses gerais dos seus componentes e sistema de abertura.. Quadro de especifi caes com dimenses do vo, altura de peitoril, linha de produtos utilizada, vidro ou painis de fechamento, venezianas, peitoril, pingadeiras, puxadores, peas de comando etc.

    3.4.2. Esquadrias de ao e madeira normalmente so executadas de modo artesanal por serralheiros e marceneiros atravs do detalhamento do arquiteto, o qual necessariamente torna-se mais completo:

    . Elevaes interna e/ou externa (1:10, 1:12.5, 1:20, 1:25) com representao das folhas e montantes (divises e marcos), com cotas gerais dos seus componentes, indicao dos elementos fi xos e mveis e seu sistema de abertura.. Sees verticais e horizontais das esquadrias (1:10, 1:12.5, 1:20, 1:25), com representao das folhas e montantes, cotas gerais de seus componentes, indicao de elementos fi xos e mveis, tipos de acabamento e especifi cao completa das peas utilizadas.. Ampliaes (1:1, 1:2, 1:2.5)

    . Sees verticais e horizontais com vedao, peitoris, puxadores, peas de comando, especifi cao de ferragens e arremates de fi xao alvenaria. . Quadro de especifi caes com dimenses do vo, altura de peitoril, linha de produtos utilizada, vidro ou painis de fechamento, venezianas, peitoril, pingadeiras, puxadores, peas de comando etc.

    3.4.3. Vidro temperado dispensa esquadrias portantes. Com a tmpera, o vidro pode ser usado estruturalmente, com o que os perfi s metlicos - normalmente de alumnio - restringem-se a baguetes de fi xao e vedao e a trilhos fabricados especialmente para guarnecer este material. Completam o conjunto puxadores, dobradias, pivs e demais acessrios, os quais podem ser detalhados pelo arquiteto ou simplesmente serem especifi cados de acordo com as linhas comerciais existentes (Blindex e Santa Marina). Em termos de custo, o uso de vidro temperado equivalente ao uso de uma linha de mdia qualidade de esquadrias de alumnio com vidro de 6mm.

    3.4.4. Observaes.Com a difuso crescente de esquadrias prontas industrializadas, cada vez menos necessrio o exaustivo detalhamento destas peas. Neste caso, apenas especifi ca-se a esquadria industrial a ser utilizada no quadro de portas e janelas, com indicao de acabamento, altura de peitoril e verga.

    .Todo o detalhamento de portas e janelas deve ser feito levando-se em conta a estanqueidade dos ambientes (boa vedao). Nesse sentido, especial cuidado deve ser tomado com o uso de portas pivotantes, cujo coice em sentido contrrio difi culta a vedao superior, bem como de sistemas de vidro temperado, os quais devem ser adequadamente guarnecidos de elementos de vedao.

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    Figura 7 - Exemplo de detalhamento de uma esquadria simples em alumnio.

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    Figura 7 - Exemplo de detalhamento de uma esquadria circular em ao. (aqui reduzido em 75%)

    Alguns dos parmetros envolvidos no detalhamento de esquadrias de um modo geral so: estanqueidade (capacidade real de vedao), manuseabilidade, manuteno (durabilidade das peas e facilidade de limpeza interna e externa) e escoamento das guas pluviais de modo a no empoevitar infi ltraes pelo peitoril ou espalas.

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    Figura 8 - Exemplo de detalhe de porta com uso de marco padro para porta prancheta comumente encontrado em serrarias.

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    Figura 10a - Exemplo de detalhamento de porta pivotante em madeira. Embora seja um tipo de porta bastante usado quando se deseja maior pureza formal - em relao aos marcos padro de porta prancheta -, a porta pivotante apresenta o inconveniente da baixa estanqueidade devido inverso de giro do coice junto verga.

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    Figura 10b - Exemplo de detalhamento de porta pivotante em madeira. Ampliaes dos encaixes.

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    Figura 11a - Detalhe com vidro temperado assumindo a tarefa estrutural da janela. Como as peas de alumnio so industrializadas, muitas vezes a elevao basta para o detalhamento da janela.

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    Figura 11b - Ampliao das vedaes

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    Figura 11c - Ampliao das vedaes e sistema de correr.

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    3.5. Detalhes construtivos diversos (escadas, rampas e guarda-corpos)

    . Os princpios de detalhamento de cada elemento seguem os mesmos princpios do detalhamento de objeto isolado. Normalmente, so necessrios menos desenhos para detalhes como guarda-corpos, impermeabilizao, escadas, rampas etc. Por vezes, necessria apenas uma seo complementando na mesma prancha algum desenho do projeto executivo.

    3.6. Observaes gerais

    - TtulosTodo desenho de detalhamento deve ter seu ttulo geral - o nmero e ttulo do detalhe -, acompanhado de sua tipologia (seo vertical, seo horizontal, elevao etc), e escala, conforme o exemplo abaixo.

    - Numerao e listagem de detalhesNumere e liste todos os detalhes antes de iniciar os detalhamentos. Assim, quando forem necessrios os sub-detalhes ou ampliaes, a sistematizao automtica e o desenho fi ca completo, com ttulos etc.

    - Nomenclatura do tipo de desenhoEm detalhamento trabalha-se com Seo Horizontal, Seo Vertical, e Elevao, em lugar de Planta, Corte e Fachada

    - Chamadas de especifi caoAs linhas de chamada de especifi caes e detalhes iniciam-se junto ao objeto apontado atravs de uma seta ou um ponto. O

    conceito deste elemento o de um cone. Este cone visto como seta se o que ele indica est ao lado dele e como uma bola, ou ponto, se o que ele indica est atrs dele.Para ampliaes, usual tambm circular-se a rea que ser ampliada - com linha fi na -, representando a ampliao tambm inscrita num crculo - com linha grossa. Tratam-se de smbolos apenas, no havendo necessidade de correspondncia de escala entre eles. Por vezes uma ampliao pode ser representada dentro de um crculo sem haver sido indicada deste modo, e vice versa.

    - Hachuras e representao de texturasAs hachuras e representao de texturas so essenciais a um bom detalhamento. Vide item correspondente para Projeto Executivo.

    - Ordem de desenhoTambm em detalhamentos til seguir sempre a metodologia fi xa de elaborao dos desenhos apontada para o Projeto Executivo.

    Crditos das fi guras: Porfrio Valladares - fi gura 6; Danilo Matoso - demais fi guras.Esta apostila material didtico complementar da disciplina Projeto de Interiores, ministrada na Escola de Arquitetura da UFMG no segundo semestre de 2002, no podendo ser usada como substitutiva da norma tcnica.