PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UM FLUXO DE CAIXA PARA …siaibib01.univali.br/pdf/Ramon Roberto...
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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ
RAMON ROBERTO PIRES
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UM FLUXO DE CAIXA PARA A EMPRESA
DE ALIMENTOS BOM-PRA-TUDO LTDA.
Biguaçu
2008
1
RAMON ROBERTO PIRES
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UM FLUXO DE CAIXA PARA A EMPRESA
DE ALIMENTOS BOM-PRA-TUDO LTDA.
Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao
curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Biguaçu, como requisito para obtenção do Título de Bacharel em Administração.
Professora Orientadora: Claudia Catarina Pereira
Biguaçu
2008
2
RAMON ROBERTO PIRES
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DE UM FLUXO DE CAIXA PARA A EMPRESA
DE ALIMENTOS BOM-PRA-TUDO LTDA.
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi considerado adequado para a obtenção do
titulo de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração, da
Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Biguaçu.
Área de Concentração:
Biguaçu 19 de novembro de 2008.
Prof. M.Sc. ................................................
Claudia Catarina Pereira
UNIVALI – CE de Biguaçu
Orientadora
Prof. M.Sc. ............................................
Maria Albertina Schmitz Bonin
UNIVALI – CE de Biguaçu
Prof. Esp. ........................................
Crisanto Soares Ribeiro
UNIVALI – CE de Biguaçu
3
Dedico este Trabalho de Conclusão de Estágio à minha
família, que sempre me deu apoio e que de certa forma se
sacrificou para proporcionar mais esta vitória em minha vida.
4
AGRADECIMENTOS
À Universidade do Vale do Itajaí.
A Deus que sempre esteve e está presente em todos os momentos de
minha vida.
Agradeço também aos meus pais, que me trouxeram a vida, que me deram incentivo e por terem me dado a oportunidade de ter feito uma faculdade. Minha eterna gratidão, aos meus colegas e amigos de classe que sempre me apoiaram e me ajudaram nessa longa batalha de estudos. De outra parte, agradeço a todos aqueles que pela dedicação, pela amizade, pela abnegação ou pelo simples convívio ao longo destes anos, a mim se ligaram pelo vínculo da experiência comum. Agradeço a minha orientadora e professora Claudia Catarina Pereira, sem o qual este relatório não estaria concluído.
5
O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis. José de Alencar
6
RESUMO
PIRES, Ramon Roberto. Proposta de um fluxo de caixa para a empresa de alimentos Bom-Pra-Tudo Ltda.. 2008. 82 f. Trabalho de Conclusão de Estágio – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2008. O trabalho tem como principal objetivo propor um modelo de fluxo de caixa para a empresa de alimentos Bom-Pra-Tudo, proporcionando uma melhor visualização dos recursos, para um melhor controle financeiro. Foram analisados aspectos fundamentais para a elaboração do modelo proposto, como caracterizar o atual método de controle financeiro, definir itens determinantes para a estruturação do modelo de fluxo de caixa, identificar as rotinas financeiras, estruturar os instrumentos de coleta de dados e levantar os dados mensais. A estruturação do fluxo de caixa fornece o atual diagnostico para projetar atividades futuras. O procedimento metodológico foi feito através da pesquisa bibliográfica, documental e analise dos dados. Com a elaboração do fluxo de caixa a empresa terá uma ferramenta que a auxiliara no planejamento de suas futuras ações. Palavras-Chave: fluxo de caixa; planejamento; controle; equilíbrio orçamentário.
7
ABSTRACT
PIRES, Ramon Roberto. Proposta de um fluxo de caixa para a empresa de alimentos Bom-Pra-Tudo Ltda.. 2008. 82 f. Trabalho de Conclusão de Estágio – Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, 2008. The work has as its main objective to propose a model of cash flow for the company of food Well-To-Everything, providing a better view of resources, for a better financial control. We analyzed the fundamental aspects for the development of the proposed model, and characterize the current method of financial control, setting items for determining the structure of the model of cash flows, identify the financial routines, build the instruments for data collection and raise the monthly data. The structuring of cash flow provides the current diagnosis for designing future activities. The methodological procedure was done through the literature search, document and analyze the data. With the development of cash flow the company will have a tool that help plan their future actions. Key words: cash flow, planning, control, balance budget.
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Comparação de Orçado x Realizado.......................................................68
9
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Organograma da empresa Bom-Pra-Tudo...............................................43 Quadro 1 – Fatores internos e externos....................................................................29 Quadro 2 – Modelo de fluxo de caixa........................................................................36 Gráfico 1 – Composição dos Ingressos....................................................................44 Gráfico 2 – Desempenho dos ingressos...................................................................45 Gráfico 3 – Evolução dos ingressos à vista e a prazo..............................................46 Gráfico 4 – Composição dos desembolsos.............................................................. 47 Gráfico 5 – Desempenho dos desembolsos..............................................................48 Gráfico 6 – Composição dos desembolsos administrativos......................................49 Gráfico 7 – Evolução dos desembolsos administrativos...........................................50 Gráfico 8 – Composição dos desembolsos com pessoal..........................................51 Gráfico 9 – Evolução dos desembolsos com pessoal...............................................53 Gráfico 10 – Desembolsos com fornecedores..........................................................54 Gráfico 11 – Desempenho dos fornecedores compras à vista e a prazo.................55 Gráfico 12 – Composição dos desembolsos com vendas........................................57 Gráfico 13 – Evolução dos desembolsos com vendas.............................................59 Gráfico 14 – Composição dos desembolsos tributários...........................................61 Gráfico 15 – Evolução dos desembolsos tributários................................................63 Gráfico 16 – ingressos x desembolsos....................................................................64 Gráfico 17 – Projeção dos ingressos x desembolsos..............................................66
10
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................12 1.1 OBJETIVOS.........................................................................................................13 1.1.1 Objetivo Geral..................................................................................................13 1.1.2 Objetivos Específicos.....................................................................................13 1.2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................13 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................15 2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA.........................................................................15 2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO.........................................................................16 2.2.1 Planejamento financeiro de curto prazo.......................................................17 2.2.2 Planejamento financeiro de longo prazo......................................................19 2.3 FLUXO DE CAIXA................................................................................................21 2.3.1 Objetivos do Fluxo de Caixa..........................................................................22 2.3.2 Elementos do Fluxo de Caixa.........................................................................24 2.3.3 Vantagens e limitações do Fluxo de Caixa...................................................26 2.3.4 Elaboração do Fluxo de Caixa – A importância do planejamento..............27 2.3.4.1 Requisitos básicos para a elaboração do Fluxo de caixa..............................28 2.3.4.2 Fatores que afetam os recursos da empresa.................................................28 2.3.4.3 Previsão do Fluxo de Caixa............................................................................30 2.3.5 Implantação do Fluxo de Caixa......................................................................30 2.3.5.1 Requisitos para implantação do fluxo de caixa..............................................31 2.3.6 Revisão do Fluxo de Caixa – Controle..........................................................32 2.3.7 Modelos de Fluxo de Caixa............................................................................34 2.3.8 Fluxo de Caixa na tomada de decisão..........................................................37 2.4 ANÁLISE VERTICAL...........................................................................................38 2.5 ANÁLISE HORIZONTAL......................................................................................38 3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO...................................................................40 4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS......................................................42 4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO........................................................................42 4.2 INGRESSOS........................................................................................................44 4.3 DESEMBOLSOS..................................................................................................47 4.3.1 Desembolsos Administrativos.......................................................................49 4.3.2 Desembolsos com Pessoal............................................................................51 4.3.3 Fornecedores..................................................................................................53 4.3.4 Desembolsos com Vendas............................................................................57 4.3.5 Desembolsos Tributários...............................................................................61 4.4 INGRESSOS E DESEMBOLSOS.......................................................................64 4.4.1 Projeção dos Ingressos e Desembolsos......................................................66 4.5 ORÇADO X REALIZADO - DIFERENÇAS..........................................................67 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................70
11
REFERÊNCIAS..........................................................................................................72 APÊNDICES...............................................................................................................74
12
1 INTRODUÇÃO
Em um mundo corporativo tão competitivo quanto o nosso, a vida de uma
empresa não pode ser uma aventura expondo-se aos acontecimentos futuros
incertos, sem um mínimo de planejamento e de controles financeiros. Além de se
organizar, planejar e controlar é preciso projetar, agir com habilidade no sentido
de neutralizar ou até mesmo minimizar as situações desfavoráveis à empresa.
Para isso, cabe a ela uma ferramenta financeira chamada fluxo de caixa. Essa
importante ferramenta tem a função de ajudar a organização a controlar
precisamente o fluxo de seu capital.
O fluxo de caixa é um instrumento preciso e útil para levantamentos
financeiros a curto e longo prazos. A empresa que mantém continuamente o seu
fluxo de caixa atualizado poderá administrar melhor as suas entradas e saídas no
caixa podendo analisar corretamente o seu fluxo de capital.
Zdanowicz (2004, p.19) sustenta que “fluxo de caixa é o instrumento que
permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e
controlar os recursos financeiros de sua empresa para determinado período”.
Atualmente, as empresas vêm enfrentando muitas dificuldades para
equilibrar o orçamento. Assim como muitas empresas que passam por estas
dificuldades, a empresa de alimentos Bom-Pra-Tudo localizada no município de
Biguaçu S.C, embora esteja segmentada no ramo de alimentos há 10 anos, ainda
não consegue obter precisamente o seu equilíbrio financeiro. A empresa
atualmente busca estruturar-se gerencialmente, para acompanhar o
desenvolvimento percebido no mercado. Daí a oportunidade de elaborar o projeto
de implantação de um fluxo de caixa. Este projeto irá fornecer à empresa um
instrumento gerencial que permitirá apoiar o processo decisório da organização.
Portanto o presente estudo procura responder á seguinte questão
problema: Como elaborar um fluxo de caixa para a empresa, para dar suporte ao
processo de tomada de decisões?
13
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo geral
Propor uma estrutura de fluxo de caixa para a empresa de alimentos
Bom-Pra-Tudo para dar suporte ao processo de tomada de decisões.
1.1.2 Objetivos Específicos
• Pesquisar os modelos teóricos sobre fluxo de caixa abordados na literatura;
• Investigar itens relevantes para elaboração do fluxo de caixa, entradas e
saídas da empresa de alimentos Bom-Pra-Tudo;
• Elaborar um fluxo de caixa projetado, objetivando prevenir possíveis
deficiências de caixa.
1.2 JUSTIFICATIVA
Muitas empresas, principalmente as de pequeno porte, sofrem com a falta
de um planejamento específico na área financeira. É fundamental para a
sobrevivência das organizações que elas sejam devidamente planejadas, mas
infelizmente, a maioria dos pequenos empreendedores age apenas por impulso e
só pensa em ver o negócio ir para frente, mas sem um rumo definido. Agindo
assim, os pequenos empreendedores estão sempre convivendo com o indesejado
risco da mortalidade em suas organizações, que segundo pesquisas, indica que
os primeiros cinco anos são os mais críticos para a organização. Neste caso,
contam apenas com a sorte para obterem sucesso em seus negócios.
A importância da implantação de um fluxo de caixa se justifica ao avaliar
o desempenho financeiro da empresa, como se encontra o estado financeiro da
organização e como controlar o fluxo das entradas e saídas do seu capital,
buscando assim um devido planejamento financeiro, com redução de custos e
boa rentabilidade para a organização. Afinal, essa é a principal função de um
fluxo de caixa.
14
O momento se torna oportuno na empresa para a implantação de um
fluxo de caixa, já que a empresa é pequena e encontra-se em uma situação
fragilizada devido à falta de um planejamento específico em sua área financeira. A
organização não tem um controle específico de suas entradas e saídas de capital,
e encontra-se desestruturada financeiramente, sem as necessárias informações
financeiras que a organização precisa para sustentar as tomadas de decisões.
O projeto é viável já que a empresa mostra-se interessada neste projeto,
oferecendo todas as informações necessárias ao acadêmico para o
desenvolvimento do estudo.
O tempo estimado para a execução deste projeto será de
aproximadamente um ano e o custo é satisfatório para a empresa.
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Contextos econômicos modernos revelam que administrar um negócio
envolve vários tipos de funções diferentes; entretanto, a administração financeira
se destaca entre essas inúmeras funções, já que são as finanças que atendem as
necessidades da empresa, seja para financiar o seu crescimento ou para suprir as
necessidades das operações do dia-a-dia.
Nesse capítulo serão abordados conceitos financeiros que fazem parte da
vida de uma organização. Ganha destaque nesse capítulo uma importante
ferramenta financeira chamada fluxo de caixa.
2.1 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
A vida de um administrador financeiro é cercada de responsabilidades e
obrigações, então, cabe a ele programar as necessidades financeiras e
determinar as fontes de recursos que serão captados, restando ao administrador
financeiro à importante tarefa de distribuí-los, de forma segura e inteligente, em
vários itens do ativo da empresa.
Desse modo, o principal papel do administrador financeiro é assegurar
que esses recursos estejam sempre disponíveis nos montantes adequados, no
momento certo e ao menor custo (GITMAN, 1997, p.2).
Convém enfatizar que:
A administração financeira diz respeito às responsabilidades do administrador financeiro tais como respeitar os compromissos assumidos e promover a maximização da riqueza dos proprietários. Os administradores financeiros administram ativamente as finanças de todos os tipos de empresas, e desempenham uma serie de tarefas, tais como orçamentos, previsões financeiras, administração de caixa, administração do crédito, analise de investimentos e também captação de fundos (GITMAN, 1997, p.4).
A administração financeira centraliza-se na captação, na aplicação dos
recursos necessários e na distribuição eficiente dos mesmos, para que a empresa
16
possa operar de acordo com os objetivos e as metas a que se propõe a sua
cúpula diretiva (ZDANOWICZ, 2004, p.22).
Desse modo, é fundamental que o bom administrador financeiro
periodicamente confira e avalie os resultados de suas políticas, para que possa
efetuar as correções necessárias (ZDANOWICZ, 2004, p.20).
Em linha distinta, destaca-se que:
A administração financeira tem por finalidade não somente manter a empresa em permanente situação de liquidez, como também propiciar condições para a obtenção de lucros que compensem os riscos dos investimentos e a capacidade empresarial, a fim de evitar prejuízo no caixa da organização (HOJI, 1999, p. 24).
A atividade de uma empresa requer acompanhamento constante de seus
resultados, de maneira a avaliar seu desempenho. Por isso, é recomendável que
a empresa, diariamente, apresente um movimento de entradas e saídas de
recursos financeiros. Esse conjunto de ingressos e desembolsos pode ser
resumido ao fluxo de caixa, uma importante ferramenta financeira que representa
a situação econômica da empresa em cada período de tempo.
2.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O planejamento financeiro envolve a realização de projeções de vendas,
renda e ativos baseada em estratégias alternativas de produção e de marketing,
seguidas pela decisão de como atender às necessidades financeiras previstas. É
também nesse processo que os gerentes devem avaliar os planos para identificar
mudanças nas operações que possam melhorar os resultados (BRIGHAM e
WESTON, 2000, p.343).
Na mesma linha Gitman (1997, p.588) menciona que “o planejamento
financeiro é um aspecto importante para o funcionamento e sustentação da
empresa”.
O administrador financeiro deve pôr em funcionamento as
disponibilidades de caixa de forma mais racional e lucrativa, por exemplo, o
pagamento de títulos dentro do período de desconto concedido pelo fornecedor,
17
quando este for atrativo e de interesse da empresa (ZDANOWICZ, 2004, p. 49 e
50).
Todas as empresas necessitam de um correto planejamento financeiro,
pois este fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na
consecução de seus objetivos.
Dois aspectos-chave do planejamento financeiro são os planejamentos
de caixa e de lucros. Sendo que o primeiro envolve a preparação do orçamento
de caixa da empresa; por sua vez, o planejamento de lucros é normalmente
realizado por meio de demonstrativos financeiros projetados, os quais não
apenas são úteis para fins de planejamento financeiro interno, como também são
comumente exigidos pelos credores atuais a futuros (GITMAN, 1997, p.588).
O processo de planejamento começa com projeções das receitas de
vendas e custos de produção. Em terminologia padrão de negócios, um
orçamento é um plano que estabelece os gastos projetados para uma certa
atividade e explica de onde virão os recursos necessários (BRIGHAM e
WESTON, 2000, p. 344).
Dentro do processo de planejamento destacamos a importância dos
planos financeiros a curto prazo e dos planos financeiros a longo prazo.
2.2.1 Planejamento Financeiro de Curto Prazo
Segundo Gitman (1997, p.588) “os planos financeiros (operacionais) a
curto prazo são ações planejadas para um período curto (de um a dois anos)
acompanhadas da previsão de seus reflexos financeiros”.
Em complemento a esta posição ressalta-se que os principais insumos
incluem a previsão de vendas e várias formas de dados operacionais e
financeiros; os resultados mais importantes incluem inúmeros orçamentos
operacionais, o orçamento de caixa e demonstrações financeiras projetadas
(GITMAN, 1997, p.588 e 589).
Em geral, necessitam de um planejamento financeiro de curto prazo, as
empresas que possuem atividades que estão sujeitas a grandes oscilações, onde
a tendência é para estimativas com prazos curtos (diário, semanal ou mensal).
O planejamento financeiro de curto prazo compreende um a decisão
financeira de curto prazo. As finanças de curto prazo envolvem uma analise de
18
decisões que afetam os ativos e passivos circulantes e freqüentemente exercem
impacto sobre a empresa já que As decisões de curto prazo envolvem entradas e
saídas de caixa no prazo máximo de um ano.
Uma decisão financeira de curto prazo precisa ser tomada quando uma
empresa encomenda matéria-prima, paga a vista e passa a esperar o
recebimento de vendas e produtos acabados no prazo máximo de um ano
(ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 1995, p.534).
Os autores citados acima também abordam que as finanças de curto
prazo preocupam-se com as atividades operacionais de curto prazo. Essas
atividades criam padrões de entradas e saídas de caixa ao mesmo tempo não
sincronizados e incertos. Não são sincronizados por que o pagamento de
compras de matéria prima não ocorre ao mesmo tempo que o recebimento de
dinheiro com a venda do produto. São incertos por que as vendas e os custos
futuros não são conhecidos com certeza. Destacam também a importância do
ciclo operacional que é o período tomado pela aquisição de estoques, sua venda
e cobrança de sua venda, e o ciclo de caixa que é o numero de dias transcorridos
até receber o valor de uma venda, que é medido desde o momento em que
pagamos pelo estoque adquirido.
Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.539) também mencionam que “a
política que uma empresa adota nas suas finanças de curto prazo tende a ser
composta de dois elementos”:
• A Magnitude de seu investimento em ativo circulante. Isto é
geralmente medido em relação ao nível de receitas operacionais da
empresa. Uma política financeira de curto prazo flexível ou
acomodatícia manteria uma elevada proporção entre ativo circulante e
vendas. Uma política financeira restritiva faria com que essa
proporção fosse baixa.
• O financiamento do ativo circulante. Isto é medido pelo quociente
entre dividas de curto prazo e dividas de longo prazo. Uma política
financeira restritiva fará com que essa proporção seja elevada, e uma
política flexível significará menos endividamento de curto prazo e mais
endividamento de longo prazo.
19
Cabe evidenciar também que existe uma ferramenta indispensável para o
planejamento financeiro de curto prazo. O orçamento de caixa, pois este permite
ao administrador financeiro identificar necessidades (e oportunidades) financeiras
de curto prazo. Também diz ao administrador qual é a necessidade de
financiamento no curto prazo e representa uma maneira de identificar o hiato de
caixa na linha de tempo do fluxo de caixa, registrando estimativas de entradas e
saídas (ROOS, WESTERFIELD e JAFFE, 1995 p.544).
2.2.2 Planejamento Financeiro de longo prazo
Recentemente, o planejamento financeiro de longo prazo tem recebido
atenção crescente devido às rápidas mudanças nas condições dos negócios que,
por sua vez, pressionam os gestores a terem visão mais ampla das atividades da
empresa do que era necessário até então (FIGUEIREDO e CAGGIANO, 1997, p.
87).
Conforme Gitman (1997, p.588) “os planos financeiros (estratégicos) a
longo prazo são ações planejadas para um futuro distante, acompanhadas da
previsão de seus reflexos financeiros”.
Complementando essa informação, o planejamento estratégico é um
planejamento de longo prazo, de responsabilidade dos níveis mais altos da
administração, que procuram se antecipar a fatores exógenos e internos à
empresa, e geralmente se relacionam com as linhas de produtos ou mercados
(HOJI, 2007, p.416).
O autor ainda menciona que o planejamento estratégico, implica tomadas
de decisões complexas, pois envolve grande volume de recursos. Assim como
também, as decisões estratégicas tomadas são de difícil reversibilidade e
geralmente apresentam nível de risco expressivo. O mesmo autor ainda
menciona exemplos de decisões estratégicas que são consideradas irreversíveis
como a compra de uma fábrica, lançamento de novas linhas de produtos etc.
(HOJI, 2007, p. 416).
Para dar fundamento as informações citadas, Gitman destaca que:
20
Tais planos tendem a cobrir períodos de dois a dez anos, sendo comum o emprego de planos qüinqüenais que são revistos periodicamente à luz de novas informações significativas. Geralmente as empresas que estão sujeitas a elevados graus de incertezas operacional, ciclos de produção relativamente curtos, ou ambos, tendem a adotar horizontes de planejamento mais curtos. Planos financeiros a longo prazo são parte de um plano estratégico integrado que, em conjunto com os planos de produção, marketing e outros, utilizam-se de uma serie de premissas e objetivos para orientar a empresa a alcançar seus objetivos estratégicos. Tais planos focalizam os dispêndios de capital, atividades de pesquisa e desenvolvimento, ações de marketing e de desenvolvimentos de produtos, estrutura de capital e importantes fontes de financiamento (GITMAN, 1997, p.588).
O planejamento de longo prazo não é uma simples técnica, nem apenas
uma área de responsabilidade da gestão. É uma tentativa sistemática de planejar
o comportamento total da organização em um longo prazo, visando aumentar a
taxa de crescimento e lucratividade para a organização.
É muito importante para o administrador financeiro planejar a longo
prazo, pois dessa maneira é possível saber as épocas em que as
disponibilidades poderão ser insuficientes no caixa da empresa, podendo assim
reverter essa situação antecipadamente minimizando os riscos de uma possível
falta de capital.
De acordo com Figueiredo e Caggiano (1997, p.75) “o planejamento de
longo prazo diz respeito à”:
• Determinação dos objetivos de longo prazo;
• Preparação e exame de posição;
• Formulação de estratégias
• Preparação e implementação do plano; e
• Revisão contínua e renovada do plano.
O planejamento de longo prazo fornece uma forma sistemática de
gerenciamento de uma empresa, possibilitando, não somente antecipar as
mudanças, mas também tirar proveito delas.
A ausência do planejamento financeiro de longo prazo pode ser
prejudicial por várias razões: por exemplo, a rentabilidade corrente pode induzir a
21
complacência ignorando possíveis sinais de perigo, e devido a isso valiosas
oportunidades podem ser desperdiçadas (FIGUEIREDO e CAGGIANO, 1997,
p.87).
O planejamento financeiro de longo prazo deve incluir um processo
contínuo de busca e descoberta de novas oportunidades, definição de restrições
e identificação de riscos.
2.3 FLUXO DE CAIXA
É de extrema importância para a organização manter sempre o seu fluxo
de caixa atualizado, pois assim a empresa poderá estimar com grande facilidade
o volume de ingressos e desembolsos financeiros, para controlar o nível desejado
de caixa para o período seguinte, visando aproveitar o excedente de caixa, se
houver, para uma possível aplicação.
O fluxo de caixa é um instrumento que informa e relaciona os ingressos e
saídas (desembolsos) de recursos monetários no âmbito de uma empresa em
determinado período de tempo (ASSAF NETO, 1997).
Complementando essa afirmação, Zdanowicz (2004, p.19) sustenta que “o
fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro planejar,
organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa”.
Observa-se ainda que:
O fluxo de caixa é o instrumento que relaciona o futuro conjunto de ingressos e desembolsos de recursos financeiros pela empresa em determinado período de tempo sendo que o objetivo básico do fluxo de caixa é determinar a projeção das entradas e saídas de recursos financeiros, visando prognosticar a necessidade de captar empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis para a empresa (ZDANOWICZ, 2004, p.23).
Em outra perspectiva, Assef (1999, p. 01) enfatiza que “o fluxo de caixa
mede as necessidades futuras de recursos, bem como as necessidades de
investimentos e também dá capacidade à empresa para ela honrar os
compromissos assumidos”.
O fluxo de caixa consiste em uma atual representação dinâmica da
situação financeira de uma empresa. Dessa forma, o administrador deve dedicar
22
atenção especial tanto às principais categorias do fluxo de caixa quanto aos itens
individuais de entradas e saídas de caixa, para que assim, seja possível detectar
a ocorrência de quaisquer desvios em relação às políticas financeiras da empresa
(GITMAN, 1997, p.88).
Já Hoji (1999, p.79) enfatiza que “o fluxo de caixa é um esquema que
representa as entradas e saídas de caixa ao longo do tempo, devendo existir pelo
menos uma entrada e pelo menos uma saída”.
Nota-se, então, que o fluxo de caixa focaliza a empresa como um todo, e
trata das mais diversas entradas e saídas denominadas movimentações
financeiras, de caixa refletida por seus negócios.
O fluxo de caixa é um instrumento útil ao processo de tomada de decisão,
ou seja, através de prévias análises financeiras e patrimoniais, obtêm-se as
condições necessárias para definir as decisões corretas (ZDANOWICZ, 2004,
p.35).
Na mesma linha, Marion (1996, p. 399) considera que “o fluxo de caixa
indica a origem de todo o dinheiro que entrou no caixa, bem como a aplicação de
todo o dinheiro que saiu do caixa em determinado período”.
Das definições apresentadas pelos autores, entende-se, então, por
entrada de caixa, os recebimentos das vendas à vista, cobranças de vendas a
prazo e ingressos de capital próprio ou de terceiros, já as saídas de caixa são
todos os desembolsos que a empresa irá fazer para saldar todas as suas
obrigações.
2.3.1 Objetivos do Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa propicia ao gerente financeiro a elaboração de melhor
planejamento financeiro, pois numa economia inflacionaria não é aconselhável
excesso de caixa, mas o estritamente necessário para fazer face aos seus
compromissos. Com isso, o administrador financeiro saberá o momento certo de
pagar um empréstimo para cobrir falta de fundos, bem como saberá aplicar os
fundos no caso de excesso de dinheiro no caixa (MARION, 1996, p.400).
Para Zdanowicz (2004, p.34) “através do fluxo de caixa, o administrador
financeiro pode determinar os objetivos e as metas a serem alcançadas pela
organização de forma antecipada, consistente e racional”.
23
Ainda conforme Zdanowicz (2004, p.34) “o principal objetivo do fluxo de
caixa é dar uma visão das atividades desenvolvidas, dentro do ativo circulante, de
acordo com as disponibilidades e que representam o grau de liquidez da
empresa”.
Na mesma linha, Assaf Neto (1997, p.123) sustenta que “um dos
principais objetivos do fluxo de caixa é aperfeiçoar a aplicação de recursos
próprios e de terceiros nas atividades mais rentáveis pela empresa”.
Zdanowicz (2004, p.41) aborda que “existem vários objetivos importantes
na elaboração de um fluxo de caixa”. Abaixo, uma lista com alguns dos principais
objetivos do fluxo de caixa citados pelo autor tais como:
• Facilitar a análise e o cálculo na seleção das linhas de crédito a serem
obtidos junto às instituições financeiras;
• Programar os ingressos e os desembolsos de caixa, de forma
criteriosa, permitindo determinar o período em que devera ocorrer
carência de recursos e o montante, havendo tempo suficiente para as
medidas necessárias;
• Permitir o planejamento dos desembolsos de acordo com as
disponibilidades de caixa, evitando-se o acumulo de compromissos
vultuosos em época de pouco encaixa;
• Determinar quanto de recursos próprios a empresa dispõe em dado
período e aplicá-los de forma mais rentável possível, bem como
analisar os recursos de terceiros que satisfaçam as necessidades da
empresa;
• Proporcionar o intercambio dos diversos departamentos da empresa
com a área financeira;
• Desenvolver o uso eficiente e racional do disponível;
• Financiar as necessidades sazonais ou cíclicas da empresa;
• Providenciar recursos para atender aos projetos de implantação,
expansão, modernização ou relocalização industrial e/ou comercial;
• Fixar o nível de caixa, em termos de capital de giro;
• Auxiliar na análise dos valores a receber e estoques, para que se
possa julgar a conveniência em aplicas nesses itens ou não;
24
• Verificar a possibilidade de aplicar possíveis excedentes de caixa;
• Estudar um programa saudável de empréstimos ou financiamentos;
• Projetar um plano efetivo de resgate de débitos;
• Analisar a conveniência de serem comprometidos os recursos pela
empresa;
• Participar e integrar todas as atividades da empresa, facilitando assim
os controles financeiros.
A partir dessa lista, constata-se que o fluxo de caixa tem por objetivo
principal fornecer uma ferramenta para o diagnostico da empresa, através do
acompanhamento dos fluxos monetários em um determinado período, bem como
através do planejamento e controle de seus recursos, o que capacita a empresa a
saudar suas obrigações e manter o equilíbrio das suas contas (ZDANOWICZ,
2004, p.41).
2.3.2 Elementos do fluxo de caixa
Os fluxos de caixas costumam apresentar-se sob diferentes formas:
incrementais, operacionais e residuais, podendo ainda relacionar o conjunto das
atividades financeiras da empresa dentro de um sentido amplo, decorrente das
operações realizadas (ASSAF NETO, 1997).
Na mesma perspectiva, Gitman (1997, p.294) menciona que “os fluxos de
caixa são constituídos por diversos componentes, todos identificados”. Tais
componentes como:
• Fluxos de caixa relevantes – é a saída de caixa incremental, após os
impostos (investimento) e as entradas de caixa subseqüentes
resultantes, associadas a um dispêndio de capital proposto;
• Fluxos de caixa incrementais – são os fluxos de caixa adicionais, ou
seja, são entradas ou saídas que se espera obter como resultado de
uma proposta de dispêndio de capital;
• Investimento inicial – é a saída de caixa relevante no instante zero,
associada a um projeto proposto;
25
• Entradas de caixa operacionais – são entradas de caixa incrementais,
após os impostos, originarias do projeto ao longo de sua vida;
• Fluxo de caixa residual – é o fluxo de caixa não-operacional, após o
imposto de renda, que ocorre no final do projeto, em geral decorrente
da liquidação do projeto.
Desse modo o autor ainda complementa que:
Os fluxos operacionais são os fluxos de caixa – entradas e saídas – e estão diretamente relacionados à produção e venda dos produtos e serviços da empresa. Esses fluxos captam a demonstração do resultado e as transações das contas circulantes (excluindo os títulos a pagar) ocorridas durante o período. Os fluxos de investimento são os fluxos de caixa associados com a compra e venda de ativos imobilizados, e participações societárias. Assim as operações de compra resultam em saídas de caixa, enquanto que as operações de venda geram entradas de caixa. Já os fluxos de financiamento resultam de operações de empréstimos tanto de curto prazo (títulos a pagar) quanto de longo prazo que resultará numa correspondente entrada ou saída de caixa (GITMAN, 1997, p.294).
O fluxo de caixa proveniente das operações realizadas é apurado, na
hipótese de realização financeira plena de todas as operações, pela soma do
lucro líquido (após o imposto de renda e antes dos dividendos e participações)
com os custos e despesas caracteristicamente não desembolsáveis, ou seja,
aqueles que afetam o resultado do período, mas não consumiram efetivamente
recursos (depreciação, apropriação de encargos financeiros por competência etc.)
nesse mesmo período. Deste resultado, ainda, devem ser subtraídas as receitas
consideradas na apuração do lucro, mas que não envolveram efetivamente
ingressos de recursos, tais como receita de equivalência patrimonial, juros ativos
apropriados contabilmente etc. (ZDANOWICZ, 2004, p.33).
Nessas condições, a forma mais rápida de se apurar o fluxo de caixa
proveniente das operações a partir do demonstrativo de resultados de um período
é somar ao lucro líquido aquelas despesas classificadas como não realizadas
financeiramente.
26
2.3.3 Vantagens e limitações do fluxo de caixa
Uma das vantagens do fluxo de caixa é a projeção das entradas e saídas
de recursos, com o intuito de avaliar as necessidades de captar empréstimos ou
aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis da empresa.
De acordo com Hoji (1999, p.138) “são fatores importantes para a
empresa”:
• Avaliar alternativas de investimentos;
• Avaliar e controlar ao longo do tempo as decisões importantes que
são tomadas na empresa, com reflexos monetários;
• Avaliar a situação presente e futura do caixa da empresa,
posicionando-as para que não chegue a situações de liquidez;
• Certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo
devidamente aplicados.
O fluxo de caixa fornece inúmeras vantagens importantes à empresa, pois
ajuda a avaliar as alternativas de investimentos, na tomada de decisões, conhecer
a verdadeira situação do caixa da empresa para que a mesma não fique em
situação comprometedora, podendo certificar-se que seus excessos
momentâneos de caixa estão sendo aplicados de maneira correta pela empresa,
bem como a escassez de caixa esteja sendo bem administrada na captação de
recursos financeiros em situações mais favoráveis à empresa.
Apesar das vantagens apresentadas do fluxo de caixa, Zdanowicz (2004,
p.285), menciona que “o mesmo apresenta algumas limitações que se relacionam
a seguir”:
• “Quanto ao planejamento, os erros cometidos pelo administrador
financeiro relaciona-se às estimativas do fluxo de caixa, as quais
dependem da precisão das projeções de vendas que lhe servirão de
base para todo o sistema orçamentário global;
• Apresentará restrições por parte de alguns grupos da empresa,
quanto às mudanças de planejamento e de controle orçamentários,
portanto, o orçamento deverá ser implantado com inteligência e
27
compreensão do pessoal envolvido, pois, caso contrário, este sistema
poderá causar situações de dificuldades para a empresa;
• Poderá haver de imediato por parte do empresário ou de algumas
pessoas, na obtenção dos resultados através da utilização do fluxo de
caixa, que dependendo da situação não será tão fácil como poderá
parecer.
• Haverá sempre a necessidade de comparar-se os resultados obtidos
com os projetados pela empresa, visando o melhor planejamento de
ingressos e de desembolsos de caixa futuros;
• As constantes oscilações de mercado poderão prejudicar o
desempenho do fluxo de caixa da empresa, em função das variações
nas atividades econômico-financeiras para o período planejado”.
O fluxo de caixa apresenta limitações referentes ao planejamento quanto
aos erros que possam cometer o administrador financeiro em projetar com
precisão as vendas da empresa, por apresentar restrições por parte de alguns
grupos da empresa, referente às mudanças de planejamento e controle
orçamentários e devido as variações de mercado que afetam as atividades
econômico-financeiras planejadas pela empresa.
2.3.4 Elaboração do Fluxo de Caixa – A importância do Planejamento
As dificuldades da empresa que utiliza o planejamento para a elaboração
do fluxo de caixa serão bem menores, pois a empresa saberá, no início de cada
período, quais os excedentes e necessidades de recursos financeiros, podendo
tomar a decisão mais adequada para solucionar seus impasses de caixa
(ZDANOWICZ, 2004, p.28).
Já Braga (1989, p.230), destaca que “o planejamento orçamentário de
uma empresa traduz em quantidades e valores os planos de atividades e de
investimentos para o próximo exercício social ou para horizontes mais amplos”.
Boa parte do sucesso ou fracasso na política de utilização do fluxo de
caixa está no planejamento sendo que as empresas que usarem o planejamento
para elaborar o seu fluxo de caixa dificilmente correm os ricos do fracasso.
28
2.3.4.1 Requisitos básicos para a elaboração do Fluxo de Caixa
Zdanowicz (2004, p.132) menciona que “a empresa precisa ter alguns
cuidados para obter um resultado positivo através do fluxo de caixa”; para isso, é
necessário que o administrador financeiro saiba os requisitos citados pelo autor
na lista abaixo:
• Buscar a maximização do lucro, possuindo certos padrões de
segurança, previamente fixados;
• Assegurar ao caixa um nível desejado, a partir da constituição de
reservas necessárias à empresa;
• Obter maior liquidez nas aplicações dos excedentes de caixa no
mercado financeiro;
• Determinar o nível desejado de caixa, a partir das contas que
compõem o disponível da empresa;
• Fixar limites mínimos, mediante as experiências adquiridas pela
empresa, permitindo realizar os ajustes quando for necessário;
• Ainda que a empresa observe certos padrões de segurança, pode
investir parte de seus recursos disponíveis, mas nunca além do
mínimo necessário para as suas atividades operacionais.
Observa-se que os requisitos básicos para a elaboração do fluxo de
caixa, apontados pelo autor, se constituem na informação mais relevante para o
processo de análise de investimentos, pois servem como instrumento na tomada
de decisão da administração.
2.3.4.2 Fatores que afetam os Recursos da Empresa
Zdanowicz (2004, p.42) destaca que “os fatores internos, e externos
podem ocasionar escassez de recursos para a empresa”.
29
FATORES INTERNOS
• A expansão descontrolada das vendas implica em maior volume de
compras e custos pela empresa;
• A insuficiência de capital de próprio e utilização do capital de terceiros em
proporção excessiva, aumenta o grau de endividamento da empresa;
• A necessidade de compras de porte, de caráter cíclico ou para reservas,
exige maiores disponibilidades de caixa;
• As diferenças acentuadas na velocidade dos ciclos de recebimento e
pagamento, em função dos prazos de venda e compra;
• Os altos custos financeiros em função de planejamento e controle de caixa
irregulares;
• A distribuição de lucros, além das disponibilidades de caixa.
FATORES EXTERNOS
• O declínio das vendas
• A expansão ou retração do mercado
• A elevação dos níveis dos preços
• A concorrência
• A inflação
• A alteração nas alíquotas de impostos
• A inadimplência
Quadro 1 – Fatores internos e externos Fonte: Zdanowicz (2004, p.42).
Os fatores internos e externos, apontados pelo autor, podem interferir nas
decisões na maioria dos setores da empresa, podendo provocar um impacto
sobre o fluxo de caixa, razão pela qual o administrador financeiro deve ser capaz
de reconhecer as conseqüências financeiras das alterações nas políticas de
produção, vendas, distribuição, compras, pessoal, entre outras.
30
2.3.4.3 Previsão do Fluxo de Caixa
A previsão de fluxo de caixa pode ser definida como sendo um processo
que, a partir de informações existentes, admitidas certas hipóteses, e através de
algum método de geração, chega-se à informação sobre o futuro, com uma
determinada finalidade (SECURATO, 1993, p.17).
Zdanowicz (2004, p.34) ressalta que “as empresas são obrigadas a
projetar o fluxo de caixa com alto grau de acerto, visando a reduzir a necessidade
de capital de giro, diminuir seus custos financeiros e dispor da liquidez almejada”.
Já Securato (1993, p.17), destaca que “existem três casos de previsão de
fluxo de caixa”. São elas:
• Projeção: onde o futuro é a continuação do passado, ou seja, baseia-
se na hipótese da permanência. Hipótese esta que pode ser
entendida por três aspectos: quando o futuro e uma projeção exata,
quando a trajetória, bem definida, observada no passado continua no
futuro e quando as leis estabelecidas no passado continuam no futuro;
• Predição: onde o futuro diferindo do passado por causas fora de
nosso controle;
• Planejamento: onde o futuro diferindo do passado por causas sob
nosso controle.
De acordo com a visão dos autores podemos concluir que as empresas,
devido à crescente concorrência, são obrigadas a projetar o fluxo de caixa com
alto grau de precisão, visando a reduzir a necessidade de capital de giro
(empréstimos), diminuir seus custos financeiros e dispor da liquidez almejada.
2.3.5 Implantação do Fluxo de Caixa
A implantação do fluxo de caixa consiste em apropriar valores fornecidos
pela empresa de acordo com os períodos que efetivamente deverão ocorrer os
ingressos e desembolsos de caixa. Dessa forma, o principal aspecto a ser levado
em consideração é quanto à apropriação dos valores, conforme as épocas que
31
irão ocorrer os efetivos recebimentos e pagamentos de caixa pela empresa
(ZDANOWICZ, 2004, p.133).
Zdanowicz, (2004, p.133) ainda menciona que “o planejamento dos
ingressos e dos desembolsos pode ser subdivido em fluxo de caixa operacional e
fluxo extra-operacional”.
Dessa forma:
Os desembolsos podem ser relacionados com as compras de matérias-primas à vista e a prazo, salários e ordenados com encargos sociais pertinentes, custo indireto de fabricação, despesas administrativas, despesas com vendas, despesas financeiras e tributárias. O fluxo de caixa operacional compreende os ingressos e desembolsos de itens não relacionados à atividade principal da empresa, como, por exemplo, vendas dos itens do ativo permanente, receitas financeiras e outros (ZDANOWICZ, 2004, p. 134).
Frezatti (1997, p.44) destaca que “todos aqueles que tomam decisões
sobre o fluxo de caixa de uma empresa devem, de alguma forma, ter
conhecimento da situação e possibilidade de caixa para o referido período”.
2.3.5.1 Requisitos para implantação do Fluxo de Caixa
De acordo com Zdanowicz (2004, p.132) “os requisitos para a
implantação do Fluxo de Caixa são os seguintes”:
• Apoio da diretiva da empresa;
• Organização da estrutura funcional da empresa com definição clara
dos níveis de responsabilidade de cada área;
• Integração dos diversos setores e/ou departamentos da empresa ao
sistema do fluxo de caixa;
• Definição do sistema de informações, quanto aos tipos de
informações, formulários a serem utilizados, calendário de entrega
dos dados (periodicamente) e os responsáveis pela elaboração das
diversas projeções;
• Treinamento do pessoal envolvido para implantar o fluxo de caixa na
empresa;
32
• Criação de um manual de operações financeiras;
• Comprometimento dos responsáveis pelas diversas áreas, no sentido
de alcançar os objetivos e as metas propostas no fluxo de caixa;
• Controles financeiros adequados, especialmente da movimentação
bancária;
• Utilização do fluxo de caixa para avaliar com antecedência os efeitos
da tomada de decisões que tenham impactos financeiros na empresa;
• Fluxograma das atividades na empresa, ou seja, definir as atividades
meio e as atividades fins.
Com o planejamento do fluxo de caixa, a empresa poderá manter um
sistema de informações que permita ao administrador financeiro saber
antecipadamente do montante de recursos financeiros que irão se constituir em
ingressos e desembolsos de caixa em dado momento.
2.3.6 Revisão do Fluxo de Caixa – Controle
O controle do fluxo de caixa é tão importante e essencial à empresa como
o seu processo de planejamento, uma vez que um depende do outro para que
ambos possam ser úteis e precisos; logo, o fluxo de caixa projetado pela empresa
pode estar sujeito tanto a oscilações do mercado como a imprevistos relativos à
atividade empresarial (ZDANOWICZ, 2004, p.173).
Zdanowicz (2004, p.174) também menciona que “a revisão do fluxo de
caixa compreende os seguintes controles”:
• Controle diário da movimentação bancária;
• Boletim diário de caixas e bancos;
• Controle financeiro, em termos de ingressos e desembolsos de caixa.
O controle do fluxo de caixa está relacionado em função do período de
sua abrangência, que pode ser de curto ou longo prazo. O curto prazo
corresponde ao controle detalhado de entradas e saídas de caixa. E o longo
prazo corresponde à projeção sistemática das entradas geradas pela venda de
bens e serviços e das saídas provocadas por custo operacional e de capital.
33
No controle das entradas, e saídas de caixa, Sanvicente (1987, p. 145)
explica que “o objetivo básico é a obtenção da maior liquidez possível, sem
provocar a inatividade de recursos excessivos”.
Diante disso, Sanvicente (1987, p.145) ressalta que “é importante dar
atenção aos meios de aumentar as entradas por unidade de tempo, observando
dois aspectos”:
• Minimizar as possibilidades de furtos ou desfalques nos processos de
recebimento. A preocupação básica diz respeito à subdivisão desses
processos em varias etapas, atribuindo a responsabilidade por cada
uma a um funcionário diferente. Isto envolve as atividades de registro
dos cheques recebidos, emissão de comprovantes e recibos, a
preparação de guias de depósito, e a baixa dos valores a receber
correspondentes ao cheque recebido;
• Acelerar os recebimentos. Sugestões são feitas, neste caso, para o
tempo de inatividade dos recursos seja o menor possível. Pode ser
conseguida através de instruções para registro e depósito imediato de
todos os cheques recebidos diariamente, do uso dos serviços de
transferência dentro da rede bancária, emissão e entrega de faturas e
assim por diante.
Para o controle das saídas, Sanvicente (1987, p.145) também ressalta
que “a empresa deve levar em conta três aspectos importantes”, que são:
• A liberação de recursos disponíveis e exigidos para aplicações
aprovadas não pode ser atrasada desnecessariamente. Isto não só
tente a retardar a realização de atividades úteis à empresa, como
representa perdas sobre os recursos ociosos. Uma vez feita uma
requisição devidamente aprovada, os fundos devem ser transferidos o
mais rápido possível.
• Como no caso dos processos de recebimentos, os processos de
pagamento devem incluir precauções contra desvios ou furtos. Os
cheques emitidos devem ser nominais, e se possível devem ser
assinados por duas pessoas. De resto, a mesma idéia de subdivisão
34
de tarefas é aplicável, estendendo-se também à reconciliação de
saldos bancários com os mapas de emissão de cheques e o livro-
razão das contas bancárias usadas pela empresa.
• Quando há a possibilidade de pagar alguma compra ou algum serviço
recebido com desconto, deve ser utilizado integralmente o prazo
correspondente, permanecendo os fundos à disposição da empresa
pelo período mais longo possível.
Zdanowicz (2004, p. 175) menciona que “o fluxo de caixa deverá ser
acompanhado pelo administrador financeiro, o qual deve verificar o desempenho
dos planos traçados pela cúpula administrativa e, periodicamente, atualizá-los”.
Como já citado pelos autores, o acompanhamento de ingressos e
desembolsos do fluxo de caixa deve estar comprovado por documentos. Isso
garante a legitimidade das operações de caixa. Todas as notas fiscais de compra
e venda duplicatas, notas promissórias e outros títulos a receber e a pagar são
considerados comprovantes.
Com uma correta avaliação do fluxo de caixa, o administrador poderá
fazer futuras projeções da empresa; isso significa que, estabelecer um controle
dos recursos financeiros da empresa, permite antecipadamente saber o destino
das receitas, bem como determinar como serão pagas as despesas.
2.3.7 Modelos de fluxo de caixa
Na concepção de Frezatti (1997, p.76) “quem o faz é a mesma pessoa
que o analisa, controla e se auto-avalia, não expondo assim o instrumento para
outrem”. Por outro lado, ao tratar o fluxo de caixa como instrumento gerencial da
empresa, o formato passa a ter maior importância em função de ampliar o leque
de usuários do sistema. A partir do momento que o fluxo de caixa passa a ser
analisado em nível gerencial da organização, ele muda de um instrumento de
terceiro nível para uma ferramenta gerencial de grande importância para
presentes e futuras decisões.
Frezatti (1997, p.76) destaca ainda que “o modelo do fluxo de caixa sofre
alguns tipos de pressão”, como por exemplo:
35
• Horizonte: quanto mais se amplia o horizonte de projeção do caixa,
menos detalhadas devem ser as informações. O inverso também e
verdadeiro;
• Tipo de necessidade a atender: dependendo de que tipos de
respostas o fluxo de caixa deve permitir, sua formatação se torna
diferente;
• Critério de matriz: algumas empresas multinacionais definem formatos
de controle para o fluxo de caixa. Tais formatos permitem alguns tipos
de análises do ponto de vista de quem esta fora e enfoca certos
aspectos. Em alguns casos, a afiliada acaba usando o mesmo formato
para projeção interna. Percebe-se alguns tipos de distorções
ocasionadas por tal tipo de procedimento;
• Complexidade e estrutura: quanto maior for a complexidade do
negócio e, si, mais complexo fica demonstrar o fluxo de caixa dessa
instituição;
• Preferência: alguém define que quer um certo formato e não se dá ao
trabalho de explicar o porquê. Ainda existem empresas com
executivos assim.
O modelo de fluxo de caixa adotado por uma empresa mostra todo o
dinheiro que fluiu para dentro e para fora da organização em determinado
período, e é um suplemento útil para a demonstração de resultado, uma vez que
focaliza a atenção para o que está acontecendo com a posição de caixa da
empresa ao longo de um determinado período, e também porque evita
julgamentos sobre o recolhimento de receita e despesa que fazem parte da
demonstração do resultado (BODIE e MERTON, 1999, p.84).
Cabe evidenciar que o modelo de fluxo de caixa deve possuir informações
úteis sobre ingressos e desembolsos de caixa, como no modelo do quadro 2
apresentado a seguir, afim de possibilitar ao administrador financeiro clareza na
obtenção das informações e agilidade em medidas corretivas (ZDANOWICZ,
2004, p.145).
36
MÊS JAN FEV ... TOTAL ITENS 1.INGRESSOS
Vendas à vista
Vendas a prazo Desconto de duplicatas
Vendas de itens do ativo perm.
Alugueis recebidos Aumento de capital social
Receitas financeiras
Outros SOMA
2.DESEMBOLSOS
Compras à vista Fornecedores
Salários
Compras de itens do ativo perm. Energia elétrica
Telefone
Manutenção da máquina Despesas administrativas
Despesas com vendas
Despesas tributárias Despesas financeiras
Outros
SOMA 3. SALDO INICIAL (5)
4. SALDO DO PERÍODO (1+3)
5. SALDO FINAL (4-2) 6. SALDO ACUMULADO DE CAIXA
Quadro 2 – Modelo de fluxo de caixa Fonte:Modelo adaptado de Zdanowicz (2004, p.162).
Frezatti (1997, p.77) observa que “quando se fala em modelo de fluxo de
caixa, uma maneira de facilitar o entendimento é separar o fluxo de caixa dos
quadros auxiliares que o compõem, e detalham as informações”. O autor ainda
menciona que só é possível entender e gerenciar o fluxo de uma empresa se esta
dispuser do fluxo de caixa propriamente dito e dos saldos ligados ao fluxo
financeiro. A empresa requer cada vez mais postura de clientes e fornecedores
internos. Então Frezatti (1997, p.77) ressalta que para tal, “é preciso que sejam
atingidos tais aspectos”, como:
37
• Funcionalidade: entende-se por funcionalidade a capacidade de ter
um instrumento que seja entendido e utilizado de maneira simples e
fácil. Quanto mais as respostas às perguntas estiverem disponíveis
nos relatórios, mais funcional será sua utilização.
• Exequilibilidade: certos trabalhos são simples de ser concebidos e
impossíveis de ser elaborados por dimensões temporais, questões
referentes a sistemas de informação, grau de preparação das
pessoas, etc.
• Clareza quanto aos objetivos: para que se faz o relatório? esta é uma
questão que deve sempre estar na cabeça do tesoureiro, para que
possa realmente atingir os objetivos da organização.
• Custo de obtenção: custo-benefício é sempre chave nas
organizações. Não dá para gastar mais que o beneficio gerado pelo
instrumento, tanto em termos globais na organização quanto nas
partes que a compõem.
O fluxo de caixa é indispensável para a empresa, uma vez que tem como
objetivo o controle, tornando-se, dessa maneira, numa ferramenta que auxilia na
tomada de decisões por parte do administrador financeiro.
2.3.8 Fluxo de caixa na tomada de decisão
O fluxo de caixa na tomada de decisão, consiste para o administrador
financeiro, uma base sólida e segura para se avaliar as decisões a serem
tomadas, com base em informações reais que ajudam o administrador a decidir e
tomar uma decisão para a empresa com solidez, cautela e segurança.
Tudo isso por que a geração de caixa é algo fundamental na organização,
em seu estágio inicial, em seu desenvolvimento e mesmo no momento de sua
extinção. Com isso, as decisões empresariais buscam se basear no fluxo de
caixa, que é onde se pode analisar em qualquer período a escassez ou a falta de
recursos para qualquer tipo de investimento.
Saber planejar, selecionar e poder utilizar adequadamente as fontes de
financiamento disponíveis, são atividades consideradas fundamentais do
38
administrador financeiro, a fim de se encaminhar as devidas soluções para as
necessidades financeiras das empresas.
Cabe destacar também que o fluxo de caixa é um importante instrumento
de decisão na análise de investimentos e o emprego de indicadores econômico-
financeiros na avaliação da administração de caixa.
Além disso, fluxo de caixa é um instrumento que permite ao administrador
financeiro controlar os recursos financeiros de sua empresa para um determinado
período, uma vez programada as necessidades financeiras e determinadas às
fontes de recursos, resta ao administrador financeiro distribuí-las da melhor
maneira possível a fim de gerar a então liquidez almejada para a organização
(ZDANOWICZ, 2004, p.19).
2.4 ANÁLISE VERTICAL
Hoji (1999, p. 273) menciona que “a análise vertical facilita a avaliação da
estrutura do ativo e do passivo, bem como a participação de cada item da
demonstração de resultado na formação do lucro ou prejuízo”.
De forma mais abrangente Matarazzo (2007, p.243) destaca que “a
analise vertical baseia-se em valores percentuais das demonstrações financeiras,
sendo que o percentual de cada conta mostra sua real importância no conjunto”.
O calculo do percentual de participação relativa dos itens do ativo e do
passivo é feito dividindo-se o valor de cada item pelo valor total do ativo ou do
passivo, e o calculo do percentual de participação relativa dos itens da
demonstração de resultados é feito dividindo-se cada item pelo valor da receita
liquida, que é considerada como base (HOJI, 1999, p. 273).
2.5 ANÁLISE HORIZONTAL
Hoji (1999, p. 273) aborda que “a análise horizontal tem a finalidade de
evidenciar a evolução dos itens das demonstrações contábeis, por períodos”.
De forma mais abrangente Matarazzo (2007, p. 245) destaca que “a
análise horizontal baseia-se na evolução de cada conta de uma série de
demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior”.
39
O mesmo autor também menciona ainda que “a evolução de cada conta
mostra os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências”.
Na análise horizontal, calculam-se os números-índices estabelecendo o
exercício mais antigo como índice base 100. Com a análise horizontal, podem ser
calculados, também, aumentos anuais. A utilidade aumenta sensivelmente se
sensivelmente se a analise vertical for utilizada conjuntamente com a análise
horizontal (HOJI, 1999, p. 273).
40
3. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
Este capítulo tem por função descrever os procedimentos metodológicos
necessários para construção do Trabalho de Conclusão de Estágio (TCE). Sendo
estes procedimentos distribuídos em duas partes: pesquisa bibliográfica, pesquisa
documental e análise dos dados.
Barros e Lehfeld (1986, p.28) destacam que “a pesquisa bibliográfica é a
pesquisa exploratória que os alunos realizam para obter conhecimentos,
procurando encontrar informações publicadas em livros e documentos”.
A pesquisa documental é a que se efetua tentando resolver um problema
ou adquirir conhecimentos a partir do emprego predominante de informações
advindas de material gráfico e sonoro. O objetivo da pesquisa documental é
recolher, analisar e interpretar as contribuições teóricas já existentes sobre
determinado fato, assunto ou idéia (BARROS e LEHFELD, 1986, p. 91).
A análise dos dados consiste na decomposição de um todo em suas sub-
partes. É um conjunto de técnicas de investigação científicas utilizadas em
ciências humanas, caracterizadas pela análise de dados lingüísticos
(APPOLINÁRIO, 2004, p. 27).
O estudo foi realizado na empresa Bom-Pra-Tudo, comércio de produtos
alimentícios LTDA, que atende a consumidores em geral, localizada no município
de Biguaçu, bairro Centro, durante o período de julho de 2007 a junho de 2008.
A coleta de dados primários foi desenvolvida através de pesquisa
documental e histórica, ou seja, através de controles já existentes na empresa e
que não foram analisados ou trabalhados, tais como notas fiscais de entradas e
saídas, movimento do caixa e operações financeiras. A pesquisa bibliográfica dos
dados secundários foi alicerçada pela consulta às fontes pertinentes para o
desenvolvimento deste trabalho, o que permitiu a elaboração de uma estrutura de
controle financeiro.
Para Appolinário (2004, p. 57) “Dados primários são os dados levantados
e apresentados por uma pesquisa e dados secundários são dados levantados e
apresentados em outros trabalhos e não aqueles levantados pela própria
pesquisa”.
41
Após as informações adquiridas, foram elaborados relatórios que
mostraram de forma evolutiva os resultados financeiros obtidos pela empresa
através de fluxos informativos que proporcionou a elaboração do fluxo de caixa
proposto. Os dados financeiros relativos aos embolsos e desembolsos da
empresa foram registrados no Excel e divididos em planos de contas
orçamentárias.
Posteriormente, para a análise dos dados obtidos foram elaboradas
planilhas e gráficos. Também foi feita a análise horizontal e vertical do Fluxo de
Caixa. A seguir foi feita a comparação das informações obtidas sobre os
ingressos e desembolsos identificados no presente estudo, sendo assim,
desenvolveu-se a estrutura de um fluxo de caixa para a empresa Bom-Pra-Tudo.
Enfim, foi feita uma projeção de um novo fluxo de caixa onde foram feitos
os orçamentos e comparado o realizado com o orçado onde foram analisados as
suas variações.
42
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Nesse capítulo serão apresentados os seguintes temas: breve histórico
da empresa em estudo, as análises de cada grupo de conta, dos ingressos, e
desembolsos, bem como seus componentes e seu desempenho nos períodos,
além de um comparativo entre os mesmos ingressos e desembolsos realizados e
os projetados.
4.1 HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO
A organização em estudo denomina-se Carlos Roberto Pires ME de
marca fantasia Bom-Pra-Tudo – comércio de alimentos Ltda., marca que iniciou a
empresa em agosto de 1993. Sua sede localiza-se na Rua Justino Adalberto Leal,
60, no centro de Biguaçu SC.
Trata-se de uma empresa de pequeno porte, sendo esta uma micro-
empresa familiar. A organização atua exclusivamente no ramo alimentício de
especiarias, temperos e grãos, produzindo e distribuindo produtos como frutas
desidratadas e importadas, amendoim torrado e alho, abrangendo desde clientes
da grande Florianópolis até o norte do estado de Santa Catarina. Tem como foco
principal os clientes da rede de supermercados Angeloni S.A, sendo que a
empresa atende e distribui todos os seus produtos em quase todas as lojas desta
rede de supermercados. A empresa enfrenta concorrentes como as marcas La
Violetera e Uniagro, também produtoras de frutas desidratadas semelhante à
produção da empresa Bom-pra-tudo Ltda. Essas duas empresas são seus
principais concorrentes sendo que esta também disputa mercado com outras
marcas que oferecem produtos similares como a produção do alho e amendoim
torrado. Por trabalhar apenas com produtos de qualidade, a marca da empresa se
consagra nestes anos de sua existência, pois já conquistou o gosto de seus
clientes consumidores e visa sempre superar seus concorrentes na questão da
qualidade. A empresa é totalmente legalizada, cumprindo com as suas regras e
deveres mediante a higiene na manipulação de seus produtos e também em sua
questão tributária para com o governo e para com seus funcionários.
Na figura 2 é apresentado o organograma da empresa Bom-Pra-Tudo.
43
Figura 1 – organograma da empresa Bom-Pra-Tudo Fonte: empresa.
Ao analisar a figura 1, percebe-se que se trata de uma micro-organização,
pois a mesma conta com um quadro de funcionários bastante pequeno, somando
um total de oito pessoas sendo que três desses funcionários são membros da
família do empreendedor e também ajudam a administrar o negócio.
Esse número de funcionários aumenta no período de novembro a janeiro,
porque nesses três meses, a empresa eleva o seu faturamento ao dobro, devido
às festas de final de ano cuja demanda pelas frutas desidratadas é grande por
causa da tradição natalina e também por causa do reveillon. Nesse período, são
contratados de três a quatro funcionários a mais, para trabalhar temporariamente,
para suprir a demanda de seus produtos e conseguir atender a todos os seus
clientes.
A Bom-Pra-Tudo está no mercado por volta de 15 anos e possui uma
carteira de clientes sólida, alguns são parceiros da organização desde a sua
fundação. Para a empresa é prioridade honrar os seus compromissos com a
sociedade em dia, desde seus clientes como fornecedores e funcionários.
A organização mesmo não tendo um setor específico na área de finanças
preocupa-se com essa área e se esforça ao máximo para poder cumprir com suas
obrigações em dia.
Diretor
Financeiro
Comercial
Produção
44
4.2 INGRESSOS
Os ingressos da empresa Bom-Pra-tudo são compostos por vendas à
vista e vendas a prazo. Os recebimentos das vendas são compostos por
pagamentos efetuados com dinheiro, transações bancárias e cheques a vista e a
prazo, sendo que se for cheque a prazo, o que acontece na maioria das vezes, a
empresa concede prazos de 30, 45 e 60 dias aos seus clientes e também através
de boletos bancários com os mesmos prazos usados nos cheques. Nas vendas a
vista a empresa concede um desconto de 5%, mesmo assim a maioria de seus
clientes prefere pagar as suas compras a prazo. Dos 93% que compõem as
vendas a prazo no gráfico 1, pelo menos 85% são de pagamentos com cheques a
prazo, enquanto que os 8% restantes das vendas a prazo se compõem dos
boletos emitidos pela empresa aos seus clientes, também com prazos.
A seguir no gráfico 1 é apresentado a composição dos ingressos da empresa.
93%7%
a prazo
a vista
Gráfico 1 – Composição dos ingressos Fonte: Dados primários (2007/2008)
45
Os ingressos que compõem as vendas a vista são formados apenas
pelos recebimentos efetuados em dinheiro e transações bancárias e as vendas a
prazo se compõem através dos cheques pré-datados, que são depositados na
data especificada no cheque, e através dos boletos como já mencionando acima
do gráfico 1.
A parte mais significativa dos ingressos no gráfico 1, refere-se às vendas a
prazo, constituindo 93% do total. Isto se explica devido ao fato da empresa
comercializar especiarias alimentícias como as frutas secas que são importadas
agregando alto valor aos seus produtos. Os 7% restantes se compõem das
vendas à vista em dinheiro.
No gráfico 2 é apresentado é apresentado o desempenho dos ingressos
no período em estudo.
39.611,59
60.692,46
122.124,23
45.705,2537.721,94
34.921,66
97.431,80
24.151,46
18.479,7929.247,28
35.347,56
48.263,39
0,00
20.000,00
40.000,00
60.000,00
80.000,00
100.000,00
120.000,00
140.000,00
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN
Gráfico 2 – Desempenho dos ingressos Fonte: Dados primários (2007/2008)
O gráfico 2 compreende os ingressos da empresa incluindo as vendas a
vista e a prazo em cada mês especificado no gráfico, mostrando a trajetória das
vendas sob forte influencia de sazonalidade. No período em estudo pode-se
observar uma oscilação muito grande no período de novembro a janeiro, período
das festas de fim de ano. Nesta época as vendas dos produtos superam a
expectativa chegando ao seu ponto máximo, pois são produtos tradicionalmente
presentes nas festas de fim de ano.
46
Em janeiro o seu caixa supera todos os outros meses do ano, porém no
mês de fevereiro percebe-se uma brusca queda no faturamento da empresa.
Neste período, pós festas os consumidores possuem muitas despesas como
material escolar, IPTU (imposto predial e territorial urbano) entre outras, dessa
forma reflete nas vendas da empresa.
Nota-se um crescimento dos ingressos significativo a partir do mês de
novembro que representou um aumento de 46% em relação ao mês de outubro,
80% em dezembro em relação a novembro, chegando assim ao maior valor do
intervalo estudado no mês de janeiro de 2008, R$ 122.124,23 com 54% de
crescimento com relação a dezembro de 2007, somando um crescimento de
180% no período de outubro a janeiro de 2008.
Para o mês de março acontece uma queda de faturamento de 227% em
relação a janeiro assim o faturamento chega ao menor valor do intervalo estudado
com R$ 18.479,79, representando o mês do período em estudo com o menor
faturamento.
Nos três meses seguintes os ingressos aumentam gradativamente mês a
mês.
O gráfico 3 mostra a evolução dos ingressos à vista e a prazo no decorrer
do período em estudo.
1.88
9,35
2.45
8,14
1.12
3,56
2.56
2,23
10.5
26,0
0
8.20
0,33
5.45
6,23
2.15
5,36
1.15
5,36
1.92
5,30
2.35
0,00
2.47
8,14
33.4
58,2
1
45.7
85,2
5
26.7
89,1
4
17.3
56,2
3
21.5
89,2
3
111.
598,
23
89.2
31,4
7
55.2
36,2
3
37.4
56,2
3
32.9
96,3
6
36.5
66,5
8
43.3
55,2
5
0,00
20.000,00
40.000,00
60.000,00
80.000,00
100.000,00
120.000,00
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABRI MAI JUN
À VISTA
A PRAZO
Gráfico 3 – Evolução dos ingressos à vista e a prazo Fonte: Dados primários (2007/2008)
47
Conforme o gráfico 3, pode-se observar que os recebimentos à vista
acompanham os recebimentos a prazo, pois o aumento das vendas a prazo eleva
quase que na mesma porcentagem os recebimentos à vista.
Já que a maioria das vendas efetuadas são a prazo, é no mês seguinte
que a empresa conhece o verdadeiro resultado das vendas em relação ao mês
anterior. Por exemplo, no gráfico 3 em janeiro as vendas a prazo chegam a
R$ 111.598,23 isso tudo por que o mês de janeiro está refletindo o resultado das
vendas de dezembro, ou seja do mês anterior e assim sucessivamente.
4.3 DESEMBOLSOS
Os desembolsos da empresa foram divididos da seguinte forma:
desembolsos administrativos, desembolsos com pessoal, desembolsos com
fornecedores, desembolsos com vendas, e por fim desembolsos tributários,
conforme se pode ver no gráfico 4, a representatividade de cada um deles para a
empresa.
3%
4%86%
4%
3%
DESEMBOLSOSADMINISTRATIVOS
DESEMBOLSOSCOM PESSOAL
FORNECEDORES
DESEMBOLSOSCOM VENDAS
DESEMBOLSOSTRIBUTÁRIOS
Gráfico 4 – Composição dos desembolsos Fonte: Dados primários (2007/2008)
48
Os desembolsos do gráfico 4 compreendem todos os desembolsos da
empresa no período em estudo onde os desembolsos com fornecedores possuem
maior representatividade no gráfico com 86% no total do ano. Isto se justifica
porque para a empresa é importante e necessário possuir um bom estoque, pois
além de representar segurança para com seus clientes, estoque também significa
para a empresa uma boa fonte de capital de giro, já que os produtos que a
empresa comercializa como as frutas secas são especiarias importadas com alto
valor agregado ao produto. Os desembolsos com vendas e com pessoal vêm em
seguida com a segunda maior representatividade com 4% cada do total do ano.
Os desembolsos tributários e administrativos aparecem com 3% cada do total do
ano.
O gráfico 5 a seguir, mostra a evolução e a trajetória dos desembolsos da
empresa no período em análise.
64.545,42
80.277,38
107.320,06
116.119,68
94.873,00
70.368,42
41.425,36
37.373,36
44.702,76
65.023,93
68.427,17
85.537,35
0,00
20.000,00
40.000,00
60.000,00
80.000,00
100.000,00
120.000,00
140.000,00
JUL
AGOSET
OUTNO
VDEZ
JAN
FEVM
ARABRI
MAI
JUN
Gráfico 5: Desempenho dos desembolsos Fonte: Dados primários (2007/2008).
Observa-se no gráfico 5 que os desembolsos da empresa variam de
acordo com a sazonalidade, apresentando variações bem representativas mês a
mês. Portanto, verifica-se que os desembolsos variam de acordo com a demanda
nas vendas da empresa. O menor desembolso efetuado pela empresa no período
em estudo foi diagnosticado no mês de agosto de 2007 com R$ 37.373,36, mês
em que a empresa gastou menos com fornecedores.
49
E o maior desembolso efetuado pela empresa no período em estudo, foi
diagnosticado no ultimo mês analisado em junho de 2008 com R$ 116.119,68,
mês em que a empresa mais gastou com fornecedores, este desempenho será
analisado nas despesas com fornecedores.
As próximas seções apresentam de forma mais especificada as
composições e os desempenhos de cada uma das formas de desembolsos
ocorridos na empresa.
4.3.1 Desembolsos Administrativos
Os desembolsos administrativos são compostos pelos seguintes itens:
contas de água, telefone, internet, energia elétrica, desembolsos com material
expediente, aluguel e diversos gastos.
O gráfico 6 se compõem das contas que contribuem para a formação dos
desembolsos administrativos e as suas representatividades.
2%12%
1%
22%
9%
55%
ÁGUA
TELEFONE
INTERNET
ENERGIA ELÉTRICA
MATERIAL EXPEDIENTE
ALUGUEL E DIVERSOS
Gráfico 6 – Composição dos desembolsos administrativos. Fonte: Dados primários (2007/2008).
Dos itens que compõem os desembolsos administrativos, o que teve maior
participação foi o desembolso com aluguel e diversos, com 55% do total, seguida
pela conta de energia elétrica com 22% que equivale em média ao valor de R$
378,00 mensais. Os desembolsos com telefone ocupam o terceiro lugar de
representatividade no gráfico com 12% do total.
50
O item com desembolso de maior representatividade no gráfico 5 se
compõe do aluguel da empresa R$ 500,00 ao mês, além de outros gastos
diversos, como a manutenção dos carros da empresa, manutenção das
instalações da empresa, gás para um forno industrial utilizado na empresa, e
também para o serviço de vigilância noturna na qual a empresa também
desembolsa mensalmente uma pequena taxa.
Os outros itens tiveram participações não muito significativas no montante
dos desembolsos administrativos. Os gastos com material de expediente que se
referem a materiais de escritório como tinta para impressoras, fitas adesivas,
papel e blocos representam 9% seguido dos desembolsos com água que
contribuem com 2% e por ultimo o desembolso menos significativo a conta de
internet que representa apenas 1% do total dos desembolsos administrativos.
O gráfico 7, mostra a evolução dos desembolsos administrativos no
período em análise.
1.950,32
2.075,77
1.750,85
1.668,24
1.628,791.115,24
1.817,19
1.937,40
1.864,34
1.827,02
1.803,67
1.818,86
0,00
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABRI MAI JUN
Gráfico 7: evolução dos desembolsos administrativos. Fonte: Dados primários (2007/2008).
Conforme o gráfico 7, nota-se que nos meses de julho a dezembro de
2007 os desembolsos administrativos permanecem estáveis, entre R$ 1.800,00, a
R$ 1.900,00, evoluindo muito pouco, apenas no mês de novembro com R$
1.937,40.
51
Já no mês seguinte, em janeiro, nota-se a única evolução significativa no
gráfico diferente dos outros meses com R$ 1.115,24, uma queda de 39% em
relação a dezembro de 2007. Isto se explica porque no mês de janeiro a empresa
diminui as suas atividades em virtude da queda das vendas neste mês, refletindo
então nos desembolsos administrativos do mês de janeiro de 2008.
Nos meses seguintes quando a empresa volta às suas atividades
normais, os desembolsos aumentam gradativamente mês a mês também se
mantendo estáveis, com um crescimento representativo apenas no mês de maio
com, R$ 2.075,77 e em junho há uma leve redução do desembolso não muito
significativo se mantendo em R$ 1.950,32.
4.3.2 Desembolsos com Pessoal
Os desembolsos com pessoal são compostos pelos seguintes itens: FGTS
(fundo de garantia do tempo de serviço), INSS (Instituto nacional de seguridade
social), Salários e ordenados e direitos trabalhistas.
No gráfico 8 é apresentado a forma de contribuição representativa de
cada desembolso com pessoal.
5%
2%76%
16%FGTS
INSS
SALÁRIOS EORDENADOS
DIREITOS TRABALHISTAS
Gráfico 8: Composição dos desembolsos com pessoal. Fonte: Dados primários (2007,2008).
52
Dos itens que compõe os desembolsos com pessoal, o que teve a maior
participação foi o desembolso com salário e ordenados com 76% do total, seguida
pelos desembolsos com indenizações trabalhistas, com 16% do montante dos
gastos. Os desembolsos com FGTS ocupam o terceiro lugar com apenas 5% e
por ultimo o desembolso menos significativo ficou por conta do INSS com 2% do
total dos gastos com pessoal.
O item de maior participação nos desembolsos com pessoal, se compõe
simplesmente do salário e ordenados dos funcionários da empresa.
Em seguida, o segundo maior desembolso com pessoal se compõe dos
direitos trabalhistas. Este desembolso se refere às indenizações trabalhistas no
caso de uma demissão e aos direitos exercidos em lei para os trabalhadores
formais, como o 13º salário. Estes desembolsos fizeram parte dos gastos com
pessoal apenas nos meses de outubro, novembro, dezembro de 2007 e março de
2008. De outubro a dezembro os gastos são com os 13º salários dos funcionários.
O desembolso começa já no mês de outubro, pois a empresa prefere pagar esses
direitos parcelados, para não acumular no final do ano. E o desembolso no mês
de março de 2008 compreende uma indenização trabalhista por demissão de um
funcionário da empresa.
O terceiro desembolso representativo ficou por conta do FGTS, para com
seus funcionários. O FGTS dos funcionários obteve três picos muito acima da
média do ano pelo motivo de nos meses de julho, novembro e fevereiro a
empresa reincidiu contrato com funcionários nestes meses.
E o ultimo item se compreende pelo menor desembolso com pessoal o
INSS, contribuindo apenas 2% no total do montante dos desembolsos com
pessoal. Como a empresa não atingia o valor mínimo ela efetuou no período
apenas em três meses que foram julho, novembro e fevereiro.
O gráfico 9 mostra a evolução dos desembolsos com pessoal no período
em análise.
53
2.794,47
7.149,81
2.378,13
2.228,272.228,602.067,13
3.215,26
2.077,35
3.142,09
2.856,862.200,72
2.840,00
0,00
1.000,00
2.000,00
3.000,00
4.000,00
5.000,00
6.000,00
7.000,00
8.000,00
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABRI MAI JUN
Gráfico 9: Evolução dos desembolsos com pessoal Fonte: Dados primários (2007,2008).
Conforme o gráfico 9 nota-se uma constante oscilação nos desembolsos
com pessoal, atingindo o seu maior pico dos gastos no mês de março de 2008,
com R$ 7.149,81, devido a uma indenização trabalhista para um funcionário da
empresa. Os outros desembolsos aumentam e diminuem gradativamente
conforme a variação dos gastos da empresa com salários e ordenados, que
oscilam de acordo com a produção, FGTS, INSS e indenizações trabalhistas,
desembolso que acontece raramente para empresa apenas no caso de uma
demissão.
4.3.3 Fornecedores
Os desembolsos com fornecedores compreendem as compras de
mercadorias à vista e as compras de mercadorias a prazo efetuadas pela
empresa no período em análise.
O gráfico 10 a seguir mostra o quanto cada tipo de compra de mercadoria
representa no total dos desembolsos da empresa com os fornecedores.
54
5%95%COMPRA À VISTA
COMPRA À PRAZO
Gráfico 10: Desembolsos com fornecedores Fonte: Dados primários (2007,2008).
Os fornecedores representam para a empresa Bom-Pra-Tudo, o seu
maior desembolso participando com 86% do total de desembolsos entre todos os
outros.
As compras à vista representam apenas 5% no total do seu estoque. A
vista a empresa compra apenas produtos mais básicos e essências como as
embalagens e rótulos para os seus produtos. A empresa sempre consegue
negociar um bom preço à vista com seus fornecedores, pois alguns já são
parceiros da empresa desde a sua fundação, ou seja, a empresa tem crédito na
praça com esses fornecedores mais antigos.
As compras a prazo são de produtos com custo mais elevado, como as
frutas secas, que são importadas, e agregam alto valor principalmente em frutas
consideradas especiarias como Tâmaras, Nozes, Damasco, com origem de
diversos países diferentes. A empresa não importa seus produtos, ela já compra
direto da importadora sendo assim todos os custos com importação obviamente já
estão embutidos nos seus produtos. A empresa também trabalha com temperos e
grãos como o alho e o amendoim que é torrado na própria empresa. Esses
temperos e grãos geralmente são de origem nacional o que facilita o preço para a
empresa, pois não incluem custos com a importação. A empresa também
desembolsa com o frete para os seus produtos.
55
Os fornecedores concedem prazos para a empresa de 30, 45, e até 60
dias para o pagamento dos produtos, sendo que esses pagamentos geralmente
são feitos através de duplicatas bancárias emitidos pelos agentes bancários em
favor dos fornecedores, duplicatas de fretes em favor das empresas de
transportes de cargas ou cheques pré-datados com os mesmos prazos já
mencionados. Em certas ocasiões dependendo do fornecedor a empresa também
efetua os seus pagamentos através de depósitos bancários no prazo estipulado
pelos fornecedores.
Os principais fornecedores da empresa são: Ricex importação e
exportação de alimentos (atacado), Jandira comércio de alimentos (atacado),
Cantu comércio de temperos e ovos (atacado), Amendoins Karaóke comércio de
grãos, Multiuso potes e embalagens plásticas, Cascaju Agroindustrial S/A
(atacado), Alho Oishii comércio de alho e temperos, Gráfica ZF encartes e
impressões e Transportes Brusville.
Conforme o gráfico 12 os desembolsos com fornecedores evoluem mês a
mês conforme as compras à vista e as compras a prazo efetuadas pela empresa
no período em estudo.
2.60
0,00
4.25
6,32
995,
32
1.00
1,25
2.21
3,12
2.10
5,58
7.45
0,00
6.89
5,14
52.4
56,2
3
56.2
36,0
0
71.2
54,2
1
61.5
62,3
3
55.4
56,2
3 80.5
68,2
1
70.0
00,4
0
90.0
00,0
0
3.00
0,00
1.30
0,00
2.50
0,00
1.58
0,20
99.4
00,2
0
35.5
62,3
5
26.7
75,3
5
30.0
20,1
0
0,00
20.000,00
40.000,00
60.000,00
80.000,00
100.000,00
120.000,00
JUL
AGOSET
OUTNO
VDEZ
JAN
FEVM
ARABRI
MAI
JUN
À VISTA
À PRAZO
Gráfico 11: desempenho dos fornecedores compras à vista e a prazo. Fonte: Dados primários (2007/2008).
56
Conforme o gráfico 11 os desembolsos com fornecedores evoluem
sazonalmente mês a mês e não se mantiveram muito estáveis, aumentando e
diminuindo conforme o mês. Essa variação mês a mês se justifica por causa da
demanda de produção da empresa, pelos prazos concedidos pelos fornecedores,
por períodos de maiores vendas na empresa como é o caso de outubro a janeiro,
assim como março a julho, que também são meses festivos e também por
períodos de menores vendas como é o caso de julho a setembro conforme se
pode observar no gráfico 11 que os desembolsos com fornecedores são menores
naqueles meses, aliás, o menor desembolso do período em estudo foi
diagnosticado no mês agosto de 2007 com R$ 29.275,35 incluindo as compras à
vista e a prazo nesse valor total.
A partir de outubro de 2007, conforme o gráfico 11 os desembolsos com
fornecedores começam a aumentar, por que os três últimos meses do ano,
outubro a dezembro, representam para a empresa um ótimo período bastante
rentável devido às festas de fim de ano. No mês de dezembro de 2007 os
desembolsos com fornecedores à vista e a prazo, aumentaram 239% com relação
a julho de 2007. Em janeiro e fevereiro a tendência dos desembolsos é diminuir, e
na verdade foi o que ocorreu, pois no mês de fevereiro de 2008 o desembolso
diminuiu 60% com relação ao mês de dezembro de 2007.
Normalmente a partir do mês de janeiro a tendência dos desembolsos
com fornecedores é diminuir ou pelo menos se manter estável mês a mês até
completar o ciclo chegando novamente a outubro para começar a crescer
novamente. Mas no caso desse período em estudo que compreende a julho de
2007 até julho de 2008, excepcionalmente os desembolsos não param de evoluir
nos dois semestres do ano de 2008.
Ainda observa-se que a partir do mês de março de 2008 o desembolso
volta a subir devido à compra de uma grande carga de amendoim in natura,
produto que a empresa comercializa, pronto para o consumo, ou seja, torrado.
A empresa sempre comprava cargas menores desse produto, porém no
mês de março de 2008 fez a sua maior compra desse produto por dois motivos:
estoque zerado, e tendência de fortes vendas para os próximos meses de março
a junho, por causa do período da páscoa e das festas juninas, festas em que se
consomem bastante o amendoim torrado.
57
A empresa já tinha muitos pedidos antecipados de seus clientes, e não
pensou duas vezes ao fazer a compra dessa carga do produto, já que o preço
também estava bastante acessível e também por ser um produto perecível a
longo prazo.
Sendo assim o preço foi parcelado em quatro meses com pagamentos de
março a junho de 2008, isso justifica o aumento dos desembolsos com
fornecedores nesse período, sendo que o maior pagamento foi efetuado no último
mês em junho, onde o desembolso alcança o seu pico máximo do período em
estudo totalizando as compras à vista e a prazo o valor de R$ 106.295,34 em
desembolsos com fornecedores no mês de junho de 2008, um crescimento de
157%, em relação a fevereiro de 2008, um mês antes da compra do amendoim in
natura. Sendo assim se constata que os desembolsos com fornecedores
evoluíram sob forte influencia de sazonalidade e necessidades de compras da
empresa Bom-Pra-Tudo.
4.3.4 Desembolsos com Vendas
Os desembolsos com vendas são compostos pelos seguintes itens: o
Combustível, o Leasing e os impressos e materiais gastos com as vendas. No
gráfico 12 é apresentada a composição dos desembolsos com vendas.
34%58%
8%
COMBUSTÍVEL
LEASING
MATERIAIS DE VENDA
Gráfico 12: Composição dos desembolsos com vendas. Fonte: Dados primários (2007/2008).
58
Conforme o gráfico 12 nota-se que, dos itens que compõem os
desembolsos com vendas, o que teve maior participação entre todos os outros
itens foi o desembolso com Leasing representando 58% do valor total dos
desembolsos. O segundo item mais representativo nos desembolsos com vendas
ficou por conta do combustível, usado nos carros da empresa para o transporte
de seus produtos, contribuindo com 34% do total. Assim só resta o desembolso
com materiais de vendas que ficou em terceiro lugar, ou seja, o menos
representativo no gráfico contribuindo apenas com 8% do total conforme o gráfico
12.
Como já mencionado, o maior desembolso da empresa com as vendas
se refere ao Leasing de dois veículos. Essas prestações são de valores fixos
pagos mês a mês sem qualquer tipo de variação no valor até o final da divida. A
empresa se viu obrigada a optar por esse tipo de financiamento, por que
precisava renovar a sua frota de carros para entrega de seus produtos, pois antes
a empresa só possuía um veículo maior para as suas entregas. Como a demanda
nas vendas cresceram, também aumentou a quantidade de produtos a serem
entregues e assim a necessidade de mais dois carros para agilizar a entrega,
totalizando três carros para o transporte dos produtos.
Até o mês de março de 2008 a empresa possuía apenas uma divida com
leasing, sendo que no mês de abril de 2008 o desembolso aumenta devido ao
segundo leasing de mais um veiculo para a empresa. Essa variação será analisa
a seguir.
O segundo desembolso mais representativo acontece com o consumo de
combustíveis para os carros da empresa, que foram contabilizados mensalmente.
Notou-se que mesmo aumentando a frota de seus veículos, o desembolso com
combustível não varia muito por causa desse efeito e sim de acordo com a
demanda nas vendas, mês a mês. Isso se justifica por que dois veículos são
movidos a GNV (gás natural veicular) o que representa uma economia para a
empresa já que o terceiro carro é movido a diesel, combustível bastante
econômico. Então a responsável pelo aumento ou queda no desembolso com
combustível esta voltada mais para os resultados das vendas no decorrer de cada
mês.
59
Quanto maior a venda, maior será a utilização dos carros na empresa.
Observou-se que nos meses mais rentáveis da empresa os desembolsos com
combustível também aumentaram e em meses menos rentáveis esses
desembolsos tendem a diminuir e assim sucessivamente.
E o último desembolso menos representativo ficaram por conta dos
materiais relacionados a vendas como expositores nos supermercados, catálogos
demonstrativos dos produtos da empresa. O gráfico 13 mostra a evolução dos
desembolsos com vendas no período em estudo.
2.149,15
3.168,91
3.121,00
3.066,66
2.175,10
1.998,22
2.440,14
2.181,38
2.386,902.121,03
2.096,27
2.390,95
0,00
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
3.000,00
3.500,00
JUL
AGOSET
OUTNO
VDEZ
JAN
FEVM
ARABRI
MAI
JUN
Gráfico 13: Evolução dos desembolsos com vendas. Fonte: Dados primários (2007/2008).
Observa-se no gráfico 13 que os desembolsos com vendas variam
estavelmente no período que compreende os meses de julho a dezembro de
2008. Nesses meses os desembolsos variam muito pouco. Essa variação mês a
mês está relacionada à demanda nas vendas da empresa, ou seja, os
desembolsos variam de acordo com a intensidade comercial da empresa. O
menor valor diagnosticado nos desembolsos com vendas ocorreu no mês de
janeiro de 2008, com R$ 1.998,22. Isto se explica por que janeiro é um dos meses
menos produtivos por causa das férias e diminuição das vendas, por ser inicio de
ano onde os consumidores se preocupam com outras despesas, refletindo assim
nos desembolsos com vendas da empresa.
60
Um dos itens mais influentes para que ocorra um aumento ou queda nos
desembolsos com vendas é o combustível. É este desembolso que praticamente
determina a evolução dos custos mês a mês, por ser o maior desembolso com
vendas entre todos os outros. Esse desembolso também varia muito de acordo
com a demanda de vendas da empresa.
O segundo item mais influente na evolução dos desembolsos com vendas
são os gastos com Leasing. No gráfico 13, nota-se que de julho de 2007 a março
de 2008 esses desembolsos evoluem sem variações muito representativas, com
uma leve queda apenas no mês de janeiro de 2008 como o justificado acima.
Porém no mês de abril de 2008, o desembolso evolui representativamente com
um aumento de 64% em relação ao mês anterior (março). Esse aumento ocorreu
por causa de mais um desembolso devido a mais um financiamento de Leasing
que a empresa precisou fazer no mês de abril, totalizando dois financiamentos do
tipo Leasing, como já mencionado. Isso explica o porquê dessa evolução
repentina no mês de março para o mês de abril de 2008.
Nos últimos três meses então, observa-se que os desembolsos com
vendas se mantiveram a partir do mês de abril em estabilidade, justamente por
causa desse novo desembolso que começou a fazer parte da empresa no mês de
abril e assim sucessivamente em todos os outros meses seguintes até o fim da
prestação do Leasing. É nesse período de abril a junho que foi diagnosticado o
maior valor dos desembolsos com vendas que atingiu o seu pico máximo no mês
de maio de 2008 com R$ 3.168,91.
Por ultimo o item de menor desembolso menos representativo entre os
outros que são os gastos com materiais de vendas. Esse desembolso quase não
implica na evolução dos gastos mês a mês, por representar um custo mais baixo
para a empresa. O valor evolui sim mês a mês, mas não chega a representar uma
evolução simbólica nos custos dos desembolsos com vendas. Esse desembolso
com materiais de vendas varia de acordo com a necessidade de divulgação de
novos produtos da empresa e também com expositores ou espaço para os
produtos nas redes de supermercados.
61
4.3.5 Desembolsos Tributários
Este grupo de itens compreende os desembolsos relacionados a tributos
que podem ser municipal, estadual ou federal. Foram efetuados desembolsos
para IPTU (imposto predial e territorial urbano), SIMPLES (imposto reduzido para
micro e pequenas empresas) e IPVA (imposto sobre a propriedade de veículos
automotores).
A seguir, o gráfico 14 mostra a composição e a contribuição de cada
tributo no total dos desembolsos tributários da empresa.
1%92%
7% IPTU
SIMPLES
IPVA
Gráfico 14: Composição dos desembolsos tributários. Fonte: Dados primários (2007/2008).
Conforme o gráfico 14, o item de maior representatividade na composição
dos desembolsos tributários, ficou por conta do imposto com o SIMPLES
contribuindo com 92% do total dos desembolsos. A Empresa que opta pelo
"simples nacional", como é o caso da empresa em estudo, se integra no benefício
que a união concede a pequenas e micro empresas, com redução de impostos. O
segundo item dos desembolsos tributários mais representativo com 7% do total é
o desembolso com IPVA, desembolso feito pela empresa por causa dos carros
usados para o transporte dos produtos da empresa. E o item menos
representativo quase indiferente na composição dos desembolsos tributários se
compreende com o IPTU contribuindo apenas com 1% no total dos desembolsos.
62
Os desembolsos com o SIMPLES, ocorrem por que porque a empresa
opta por esse programa da união, que diminui os impostos para micro e pequenas
empresas, então ela sofre uma redução na carga tributária, fazendo com que seu
produto fique mais barato para a empresa compradora. A empresa contribui em
média cerca de 6,00% sobre o seu faturamento bruto. Ela fatura em média R$
500.000,00 a 600.000,00 mil reais anuais, por isso é considerada uma EPP
(empresa de pequeno porte) nome atribuído pelo governo a empresas que
faturam até R$ 1.200.000,00 anuais.
Os desembolsos com IPVA ocorrem quando o vencimento do mesmo
acontece de acordo com as datas das placas nos veículos da empresa. Como a
empresa financiou mais dois veículos através de Leasing como já mencionado, a
tendência desse desembolso é aumentar a maneira do vencimento dos mesmos.
Em vários meses do ano esse desembolso não existe para empresa. O
desembolso só é sentido nos respectivos meses do vencimento, que foram
constatados em julho de 2007 e janeiro de 2008. Lembrando que em março de
2008 a empresa financiou outro veículo e o IPVA deste não fez parte das contas
do período em análise, já que o IPVA desse veículo vencerá no ano de 2009.
E os desembolsos com IPTU são os menos significativos entre os outros
desembolsos tributários e quase não representou no montante dos mesmos já
que este contribui com apenas 1%. O IPTU é o imposto pago a prefeitura sempre
no inicio de ano como de costume. Este desembolso foi efetuado pela empresa
apenas no mês de Janeiro de 2008, o próximo desembolso com IPTU será em
janeiro de 2009 e assim sucessivamente para os próximos anos.
O gráfico 15 a seguir mostra a evolução dos desembolsos tributários no
período em análise.
63
2.619,96
2.665,12
1.489,58
2.247,25
2.525,23
1.125,291.124,47
2.554,23
2.124,78
1.825,231.997,35
2.775,25
0,00
500,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
2.500,00
3.000,00
JUL
AGOSET
OUTNO
VDEZ
JAN
FEVM
ARABRI
MAI
JUN
Gráfico 15: Evolução dos desembolsos tributários. Fonte: Dados primários (2007/2008).
Conforme o gráfico 15 nota-se que os desembolsos tributários evoluem
significativamente mês a mês aumentando e diminuindo de acordo com os
tributos de cada mês. Apesar de o SIMPLES representar o maior desembolso
tributário, são os menores itens que mais influenciam na evolução dos
desembolsos tributários. Isso se justifica por que o SIMPLES é um desembolso
que faz parte da empresa todos os meses por se relacionar as vendas dos seus
produtos, já o IPTU e o IPVA, não estão presentes todos os meses nos
desembolsos da empresa. Então no mês em que ocorre o desembolso com IPVA
e IPTU, os tributos aumentam significativamente, conforme o gráfico 15.
Por isso nota-se um aumento bastante significante nos meses de julho de
2007 e janeiro de 2008, por que foi justamente nesses meses em que a empresa
precisou desembolsar com esses tributos (IPTU e IPVA) então isso reflete
significativamente no total das despesas tributárias do mês.
O maior desembolso da empresa com os tributos, no período em análise
foi diagnosticado no mês de julho de 2007 com R$ 2.775,25 e o menor
desembolso foi diagnosticado no mês de março de 2008 com R$ 1.124,47 no total
do mês. No mês de março de 2008, o único desembolso tributário da empresa foi
com SIMPLES, isso também acontece nos meses de agosto, setembro, outubro,
novembro e dezembro de 2007 assim como nos meses de fevereiro, abril, maio e
junho de 2008, onde não houve outros tributos para a empresa.
64
4.4 INGRESSOS E DESEMBOLSOS
Uma questão altamente relevante consiste no fato de que após serem
feitas as análises de composição e de totais de todos os ingressos e desembolsos
individualmente, é necessário que seja feita a comparação entre elas.
O gráfico 16, mostra a comparação entre os ingressos e desembolsos da
empresa e a sua evolução no período em estudo.
48.2
63,3
9
35.3
47,5
6
29.2
47,2
8
18.4
79,7
9
24.1
51,4
612
2.12
4,23
97.4
31,8
0
60.6
92,4
6
39.6
11,5
9
34.9
21,6
6
37.7
21,9
4
45.7
05,2
5
116.
119,
68
107.
320,
06
80.2
77,3
8
94.8
73,0
0
64.5
45,4
2
70.3
68,4
2
85.5
37,3
568.4
27,1
7
65.0
23,9
3
37.3
73,3
6
41.4
25,3
6
44.7
02,7
6
0,00
20.000,00
40.000,00
60.000,00
80.000,00
100.000,00
120.000,00
140.000,00
JUL
AGOSET OUT
NOV
DEZJA
NFE
VM
ARABRI
MAI
JUN
INGRESSOS
DESEMBOLSOS
Gráfico 16: Ingressos x Desembolsos. Fonte: Dados primários (2007/2008).
Percebe-se através do gráfico 16, que os desembolsos da empresa no
período analisado, se mantiveram mais estáveis e mais equilibrados do que os
ingressos, pois nota-se uma variação muito grande nos ingressos no período de
novembro de 2007 a janeiro de 2008. No mês de janeiro de 2008 os ingressos
atingem o maior valor no gráfico entre todos os ingressos e desembolsos da
empresa.
Os desembolsos da empresa começaram a aumentar no mês de
setembro de 2007, apresentando uma razoável queda de R$ 5.823,00 no mês de
fevereiro de 2008, em relação a janeiro de 2008, para novamente seguir
aumentando até o final do período analisado, fechando o mês de junho de 2008
com o maior desembolso efetuado pela empresa.
65
No mês de agosto de 2007 os ingressos sofrem uma queda de 17% e os
desembolsos caem 10% em relação a julho. No mês de setembro os ingressos
caem novamente, diminuindo 7% em relação a agosto, enquanto que os
desembolsos aumentaram 18% quando comparado a agosto de 2007. Em
outubro os ingressos da empresa voltaram a subir o equivalente a 11% em
relação a setembro, e os desembolsos aumentam 49%. Em novembro os
ingressos aumentaram 46% em relação a outubro e os desembolsos aumentaram
apenas 8%. Em dezembro os ingressos aumentaram significativamente em até
80% em relação a novembro de 2007 e os desembolsos aumentaram em 41%. Já
no mês de janeiro os ingressos aumentaram mais um pouco com 54% em relação
dezembro, superando todos os outros meses com R$ 122.124,23, um
crescimento de 167% se comparado ao primeiro mês estudado, o mês de julho de
2007. E os desembolsos diminuem 36% em relação a dezembro.
No mês de fevereiro de 2008 os ingressos voltaram a cair
significativamente conforme o gráfico 16 com -214% em relação a janeiro e os
desembolsos diminuíram não muito significativamente apenas 14%. No mês de
março de 2008 os ingressos diminuem mais 13% em relação a fevereiro enquanto
que os desembolsos cresceram 76%. Em abril os ingressos voltaram a subir 24%
em relação a março e os desembolsos diminuem 35%. Em maio os ingressos
crescem mais um pouco com 13% em relação a abril enquanto que os
desembolsos novamente voltaram a crescer em 65% em relação ao mês anterior.
E no ultimo mês estudado, o mês de junho de 2008 os ingressos aumentaram
29% em relação a maio enquanto que os desembolsos superam todos os outros
meses com R$ 116.119,68, um novo crescimento de 21 em relação a maio e
180% a mais em relação ao primeiro mês estudado, o mês de julho de 2007.
Apesar dos desembolsos da empresa superarem na maioria dos meses
os seus ingressos, a empresa termina o mês com saldo final de caixa negativo
apenas nos meses de outubro de 2007 com R$ -9.075,74 e março de 2008 com
R$ -1.723,94 conforme o apêndice A.
Nesses casos a empresa usou o saldo acumulado para saldar esses
negativos, terminado o mês de junho de 2008 com R$ 543.295,26 de saldo
acumulado de caixa conforme o apêndice A.
66
4.4.1 Projeção dos Ingressos e Desembolsos
A partir da análise e comparação do desempenho dos ingressos e dos
desembolsos no período em questão, foi elaborada também de forma gráfica a
projeção dos ingressos e desembolsos no fluxo de caixa para os meses de julho,
agosto e setembro do ano de 2008, como se pode visualizar no gráfico 17.
60.
79
7,9
7
56
.29
4,4
2
52.1
24,4
6
41.
60
8,6
5
41.3
38
,44
41.0
88,2
4
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
REALIZADO
JUL
AGO
SETO
UTNO
VDEZ
JAN
FEVM
ARABRI
MAI
JUN
PROJE
TADO
JUL
AGO
SET
INGRESSOS
DESEMBOLSOS
Gráfico 17: Projeção dos ingressos x desembolsos Fonte: Dados primários (2007/2008).
Conforme o gráfico 12, o desempenho dos ingressos e desembolsos no
período antes da projeção, ou seja, de julho de 2007 a junho de 2008, é bastante
instável, ou seja, existe pouco controle no caixa da empresa Bom-Pra-Tudo, o
que põe em risco as decisões financeiras da empresa. Para estabelecer um
controle mais especifico a fim de estabilizar as contas da empresa foi elaborada
uma projeção de caixa para os três meses seguintes após o período estudado.
Sua projeção foi feita com base nas médias e porcentagens obtidas na
analise horizontal e vertical, ainda em informações adicionais da administração da
empresa. A média obtida dos ingressos conforme a análise horizontal do
apêndice E, foi de 108% sendo assim foi considerado que projeção de
crescimento no caso dos ingressos é em média de 8,00% ao mês. Foi com essa
média de crescimento dos ingressos no período em análise que foram orçados os
novos valores dos ingressos, chegando a R$ 52.124,46 no mês de julho, R$
56.294,42 no mês de agosto e R$ 60.797,97 no mês de setembro de 2008.
67
No caso dos desembolsos foi estabelecido na projeção, os mesmos
valores do primeiro mês analisado no item de maior representatividade nos
desembolsos da empresa, os seus fornecedores. O referencial para as contas
com fornecedores na projeção, foi o mesmo do mês de julho de 2007, já que os
ingressos da empresa começaram a crescer novamente no mês de julho de 2008
se repetindo como no mês de 2007. Nos meses fevereiro a junho de 2008 a
empresa enfrentou dificuldades de caixa devido a uma grande compra de um
produto, o amendoim in natura. Os ingressos da empresa nesses meses sempre
foram menores do que os desembolsos conforme o gráfico 17.
A partir do mês de agosto de 2008 então, começaram a aparecer os
resultados das vendas do amendoim elevando novamente os ingressos que então
superaram os desembolsos. Por isso foi necessário se basear nos mesmos
valores dos custos com fornecedores do primeiro mês analisado, o mês de julho
de 2007, já que em julho de 2008 os gastos com fornecedores diminuem se
estabilizando como no mês de julho de 2007. Assim os desembolsos na projeção
evoluem com pouca diferença nos três meses projetados chegando a R$
41.088,24 no mês de julho, R$ 41.338,44 no mês de agosto e R$ 41.608,65 no
mês de setembro de 2008, respectivamente.
4.5 ORÇADO X REALIZADO - DIFERENÇAS
As projeções dos meses de julho, agosto e setembro de 2008, foram
comparadas com o realizado, ou seja, com os atuais resultados de caixa da
empresa, nos mesmos meses da projeção, para que fossem estabelecidas as
diferenças entre as projeções e os realizados conforme a tabela 1 a seguir:
68
Tabela 1 – Comparação de Orçado x Realizado.
ORÇADO X REALIZADO
JULHO AGOSTO SETEMBRO
Orçado Realizado Diferenças Orçado Realizado Diferenças Orçado Realizado Diferenças
52.124,46 58.685,46 6.561,00 56.294,42 61.834,45 5.540,03 60.797,97 67.786,51 6.988,54
2.676,39 3.789,23 1.112,84 2.890,50 3.356,24 465,74 3.121,74 3.889,27 767,53
49.448,07 54.896,23 5.448,16 53.403,92 58.478,21 5.074,29 57.676,23 63.897,24 6.221,01
41.088,24 34.170,76 -6.917,48 41.338,44 30.961,93 -10.376,51 41.608,65 32.205,14 -9.403,51
1.771,47 1.710,09 -61,38 1.771,47 1.704,41 -67,06 1.771,47 1.610,59 -160,88
33,81 49,33 15,52 33,81 45,24 11,43 33,81 41.12 7,31
206,69 171,56 -35,13 206,69 187,2 -19,49 206,69 177,36 -29,33
20,01 20,01 0,00 20,01 20,01 0,00 20,01 20,01 0,00
378,43 299,25 -79,18 378,43 297,41 -81,02 378,43 307,27 -71,16
161,74 179,14 17,40 161,74 159,25 -2,49 161,74 110,35 -51,39
970,78 990,8 20,02 970,78 995,3 24,52 970,78 995,6 24,82
2.147,73 2.195,75 48,02 2.147,73 2.148,48 0,75 2.147,73 2.252,89 105,16
122,49 45,55 -76,94 122,49 48,23 -74,26 122,49 49,25 -73,24
34,21 0 -34,21 34,21 0 -34,21 34,21 53,29 19,08
1.991,03 2.150,20 159,17 1.991,03 2.100,25 109,22 1.991,03 2.150,35 159,32
0,00 0 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0 0,00
31.600,30 24.126,49 -7.473,81 31.600,30 20.891,13 -10.709,17 31.600,30 21.742,78 -9.857,52
1.580,20 1.680,24 100,04 1.580,20 1.900,78 320,58 1.580,20 1.155,63 -424,57
30.020,10 22.446,25 -7.573,85 30.020,10 18.990,35 -11.029,75 30.020,10 20.587,15 -9.432,95
2.441,27 2.922,38 481,11 2.441,27 2.997,55 556,28 2.441,27 2.929,41 488,14
836,85 750 -86,85 836,85 859,25 22,40 836,85 777,69 -59,16
1.432,55 2.023,18 590,63 1.432,55 2.023,18 590,63 1.432,55 2.023,18 590,63
171,88 149,20 -22,68 171,88 115,12 -56,76 171,88 128,54 -43,34
3.127,47 3.216,05 88,58 3.377,67 3.220,36 -157,31 3.647,88 3.669.47 21,59
0,00 0 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0 0,00
3.127,47 2.550,80 -576,67 3.377,67 3.220,36 -157,31 3.647,88 3.669.47 21,59
0,00 665,25 665,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0,00
Fonte: Dados primários (2007/2008).
Na tabela 1, nota-se que os ingressos da empresa seguem aumentando
nos meses de julho, agosto e setembro de 2008, os mesmos meses da projeção.
E com isso ouve uma diferença de R$ 6.561,00 nos ingressos sobre a projeção
do mês de julho de 2008. Em agosto o realizado é diferente R$ 5.540,03 sobre a
projeção do mesmo mês e por ultimo, no mês de setembro o realizado apresenta
uma diferença de R$ 6.988,54 nos ingressos sobre a projeção do mês setembro
de 2008.
Os ingressos da empresa cresceram nesses três meses devido ao reflexo
das vendas do amendoim in natura, fato já mencionado anteriormente. A
tendência dos ingressos para os próximos três meses do ano de 2008 é crescer
mês a mês respectivamente, devido a proximidade das festas de fim de ano como
69
o que ocorreu no período em estudo, nos meses de outubro, novembro e
dezembro de 2007, repetindo o mesmo ciclo das vendas.
Os desembolsos do realizado foram sempre menores do que a projeção
nos três meses analisados. Em julho de 2008 houve uma diferença de R$ -
6.917,48 sobre a projeção do mesmo mês. Em agosto de 2008 a diferença entre o
orçado e o realizado chegou a R$ -10.376,51 e no mês de setembro a diferença
entre os dois foi de R$ -9.403,51. Cada item que compõem os desembolsos da
empresa se comparados individualmente com a projeção, quase não apresentam
valores evolutivos representativos conforme a Tabela 1.
Estas informações comprovam que a projeção dos ingressos e
desembolsos, serviu para estabilizar o desempenho do fluxo de caixa da empresa
Bom-Pra-Tudo.
70
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A elaboração deste trabalho de conclusão de estágio teve como objetivo
principal, proporcionar a empresa Bom-Pra-Tudo Ltda., condições a nível
gerencial, de continuar suas atividades no mercado de maneira segura e
competitiva, pois diante do que foi visto a empresa possui muitas dificuldades em
controlar suas operações (ingressos e desembolsos).
Diante disto pode se concluir que todos os objetivos propostos foram
atingidos sendo que a realização deste trabalho serviu para identificar os
problemas financeiros da empresa e servirá também para que futuramente a
empresa possa fazer uma análise criteriosa dos pontos positivos e negativos, a
qual trará uma visão mais clara e sistemática do futuro financeiro da empresa.
Com as análises realizadas nas contas da empresa Bom-Pra-Tudo,
verificou-se que as decisões não estavam sendo tomadas com precisão, visto que
a mesma não possuía nenhum instrumento de análise financeira, onde apenas se
baseava no feeling das pessoas. O fluxo de caixa elaborado durante o período em
estudo, comprova que a empresa estava tomando decisões duvidosas, pois o seu
fluxo dos ingressos e desembolsos de caixa apresentou varias instabilidades em
diversos períodos o que leva a empresa a prejudicar a sua liquidez agilidade e
confiança.
Com a implantação do modelo de projeção de caixa e fluxo de caixa
proposto por este trabalho, possivelmente haverá uma melhora na facilidade de
análise das finanças da empresa, pois demonstra de uma maneira mais simples e
de fácil entendimento os valores que a empresa dispõe, com isso, proporcionando
ao dirigente da empresa uma melhor visualização das contas, tendo como
contribuição um melhor respaldo para tomada de decisões.
Como ferramenta necessária, o modelo de projeção de caixa proposto
serve como instrumento que diagnostica a capacidade que a empresa tem de
pagar as contas, num determinado instante, e dos compromissos assumidos pela
empresa.
O controle do fluxo de caixa é uma ferramenta que auxilia o processo
administrativo e gerencial financeiro de uma empresa, através do conhecimento
de suas disponibilidades de recursos financeiros. É de fundamental importância o
uso desse controle, pois a administração financeira das empresas tem como
71
premissa a necessidade de saber do destino dado às suas disponibilidades e
através do demonstrativo do fluxo de caixa a empresa Bom-Pra-Tudo obterá
informações que servirão de base para o seu planejamento e, também, como
instrumento indispensável à administração das disponibilidades da empresa.
Este trabalho de conclusão de estágio descreveu a técnica de utilização
do planejamento de fluxo de caixa, a fim de demonstrar a necessidade de se
manter o controle de caixa da empresa de alimentos Bom-Pra-Tudo Ltda., de
acordo com suas características, atendendo aos seus objetivos e facilitando ao
administrador financeiro a tomada de decisões quanto aos possíveis
investimentos de seus recursos financeiros disponíveis.
72
REFERÊNCIAS
APOLLINÁRIO, Fábio. Dicionário de Metodologia Científica: Um guia para a produção do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2004. ASSAF NETO, Alexandre. Administração de capital de giro. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997. ASSEF, Roberto. Guia prático de administração financeira: pequenas e médias empresas. Rio de Janeiro: Campus, 1999. BARROS, A.J. P; LEHFELD, N.A.S. Fundamentos de Metodologia: um guia para a iniciação científica. São Paulo: Mc Graw-Hill, 1986. BODIE, ZVI. ; MERTON, Robert C. Finanças. Tradução: James Sudelland Cook. Porto Alegre: Bookman, 1999. BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1989. BRIGHAM, E. F.; WESTON, J. F. Fundamentos da administração financeira. 10. ed. Tradução : Sidney Stancatti. São Paulo: Makron Books, 2000. FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo, César. Controladoria: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1997. FREZATTI, Fábio. Gestão do fluxo de caixa diário: como dispor de um instrumento fundamental para o gerenciamento do negócio. São Paulo: Atlas, 1997. GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra, 1997. HOJI, Masakazu. Administração financeira: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 1999. ———. Administração financeira e orçamentária. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
73
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 1996. MATARAZZO, Dante C. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. ROOS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira: Corporate Finance. Tradução: Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1995. SANVICENTE, Antonio Zoratto. Administração financeira. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1987. SECURATO, José Roberto. Decisões financeiras em condições de risco. São Paulo: Atlas, 1993. ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiros. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2004.
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APÊNDICES
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APÊNDICE A – Fluxo de Caixa da Empresa Bom-Pra-Tudo APÊNDICE B – Análise Vertical do Período de julho de 2007 a dezembro de 2007 APÊNDICE C – Análise Vertical do Período de Janeiro de 2008 a junho de 2008 APÊNDICE D – Análise Horizontal do Período de Julho de 2007 a dezembro 2007 APÊNDICE E – Análise Horizontal do Período de janeiro de 2008 a junho de 2008 APÊNDICE F – Análise Vertical da Composição dos Ingressos e Desembolsos e Projeção dos Ingressos e Desembolsos. APÊNDICE G – Comparação de Orçado X Realizado – Diferenças.
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APÊNDICE A – Fluxo de Caixa da Empresa Bom-Pra-Tudo.
PERÍODO DE 01/07/07 À 30/06/08
FLUXO DE CAIXA JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN MÉDIA
1. INGRESSOS 45.705,25 37.721,94 34.921,66 39.611,59 60.692,46 97.431,80 122.124,23 24.151,46 18.479,79 29.247,28 35.347,56 48.263,39 49.474,87
RECEBIMENTO À VISTA 2.350,00 1.155,36 1.925,30 2.155,36 5.456,23 8.200,33 10.526,00 2.562,23 1.123,56 2.458,14 1.889,35 2.478,14 3.523,33
RECEBIMENTO À PRAZO 43.355,25 36.566,58 32.996,36 37.456,23 55.236,23 89.231,47 111.598,23 21.589,23 17.356,23 26.789,14 33.458,21 45.785,25 45.951,53
2. DESEMBOLSOS 41.425,36 37.373,36 44.702,76 65.023,93 68.427,17 85.537,35 70.368,42 64.545,42 94.873,00 80.277,38 107.320,06 116.119,68 72.999,49 DESEMBOLSOS ADMINISTRATIVOS 1.818,86 1.803,67 1827,02 1864,34 1.937,40 1.817,19 1.115,24 1628,79 1668,24 1750,85 2075,77 1.950,32 1.771,47
Água 52,34 48,55 36,48 40,25 35,80 45,23 20,01 25,36 21,23 20,01 30,21 30,25 33,81
Telefone 210,08 209,17 185,36 199,36 227,36 210,36 195,32 200,45 210,33 209,17 215,23 208,14 206,69
Internet 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01 20,01
Energia elétrica 395,63 425,36 369,25 489,23 456,00 428,36 297,23 302,26 345,23 307,89 335,27 389,47 378,43
Material Expediente 150,35 105,35 223,56 125,36 197,23 118,23 56,35 81,24 45,23 189,58 448,25 200,2 161,74
Aluguel e diversos 990,45 995,23 992,36 990,13 1.001,00 995 526,32 999,47 1.026,21 1.004,19 1026,8 1.102,25 970,78
DESEMBOLSOS COM PESSOAL 2.840,00 2200,72 2067,13 2856,86 3.142,09 3215,26 2.077,35 2794,47 7.149,81 2228,6 2378,13 2228,27 2.931,56
FGTS 520 45,27 43,88 42,33 189,23 35,26 25,12 456,23 28,13 28,13 28,13 28,13 122,49
INSS 320 0 0 0 52,30 0 0 38,24 0 0 0 0 34,21
Salários e ordenados 2.000,00 2.155,45 2.023,25 2.110,30 2.100,56 2.400,00 2.052,23 2.300,00 2.101.48 2.200,47 2.350,00 2.200,14 1.991,03
Direitos trabalhistas 0 0 0 704,23 800,00 780 0 0 5.020,20 0 0 0 608,70
FORNECEDORES 31.600,30 29.275,35 36.862,35 55.456,23 58.836,00 75.510,53 62.557,65 56.457,48 82.781,33 72.105,98 97.450,00 106.295,34 63.765,71
Compra de mercadorias à vista 1.580,20 2.500,00 1.300,00 3.000,00 2.600,00 4.256,32 995,32 1.001,25 2.213,12 2.105,58 7.450,00 6.895,14 2.991,41
Compra de mercadorias à prazo 30.020,10 26.775,35 35.562,35 52.456,23 56.236,00 71.254,21 61.562,33 55.456,23 80.568,21 70.000,40 90.000,00 99.400,20 60.774,30
DESEMBOLSOS COM VENDAS 2.390,95 2.096,27 2.121,03 2.181,38 2.386,90 2.440,14 1.998,22 2.175,10 2.149,15 3.066,66 3.168,91 3.121 2.441,27
Combustível 800,00 660,25 695,00 720,35 950,00 1.006,24 656,23 789,23 812,23 945,23 1.010,25 997 836,85
Leasing 1.235,67 1.235,67 1.235,67 1.235,67 1.235,67 1.235,67 1.235,67 1.235,67 1.235,67 2.023,18 2.023,18 2.023,18 1.432,55
Impressos e materiais de venda 355,28 200,35 190,36 225,36 201,23 198,23 106,32 150,20 101,25 98,25 135,48 100,2 171,88
DESEMBOLSOS TRIBUTÁRIOS 2.775,25 1.997,35 1.825,23 2.665,12 2.124,78 2.554,23 2.619,96 1.489,58 1.124,47 1.125,29 2247,25 2525,23 2.089,48
IPTU 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 201,23 0,00 0,00 0,00 0 0 16,77
SIMPLES 2.120,00 1.997,35 1.825,23 2.665,12 2.124,78 2.554,23 1.623,45 1.489,58 1.124,47 1.125,29 2.247,25 2.525,23 1.951,83
IPVA 655,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 795,28 0,00 0,00 0,00 0 0 120,88
3. SALDO INICIAL (5) 21.489,23 25.769,12 26.117,70 16.336,60 59.147,68 51.412,97 63.307,42 115.063,23 74.669,27 302.728,95 251.698,85 179.726,35 4. SALDO DO PERÍODO (1+3) 67.194,48 63.491,06 61.039,36 55.948,19 119.840,14 148.844,77 185.431,65 139.214,69 93.149,06 331.976,23 287.046,41 227.989,74 5. SALDO FINAL (4-2) 25.769,12 26.117,70 16.336,60 -9.075,74 51.412,97 63.307,42 115.063,23 74.669,27 -1.723,94 251.698,85 179.726,35 111.870,06 6. SALDO ACUMULADO CAIXA 25.769,12 51.886,82 68.223,42 59.147,68 51.412,97 114.720,39 229.783,62 304.452,89 302.728,95 251.698,85 431.425,20 543.295,26
77
APÊNDICE B – Análise Vertical do Período de julho a dezembro de 2007.
PERÍODO DE 01/07/07 À 30/06/08 FLUXO DE CAIXA JUL AV AGO AV SET AV OUT AV NOV AV DEZ AV
1. INGRESSOS 45.705,25 100% 37.721,94 100% 34.921,66 100% 39.611,59 100% 60.692,46 100% 97.431,80 100%
RECEBIMENTO À VISTA 2.350,00 5% 1.155,36 3% 1.925,30 6% 2.155,36 5% 5.456,23 9% 8.200,33 8%
RECEBIMENTO À PRAZO 43.355,25 95% 36.566,58 97% 32.996,36 94% 37.456,23 95% 55.236,23 91% 89.231,47 92%
2. DESEMBOLSOS 41.425,36 100% 37.373,36 100% 44.702,76 100% 65.023,93 100% 68.427,17 100% 85.537,35 100%
DESEMBOLSOS ADMINISTRATIVOS 1.818,86 4% 1.803,67 5% 1827,02 4% 1864,34 3% 1.937,40 3% 1.817,19 2%
Água 52,34 0% 48,55 0% 36,48 0% 40,25 0% 35,80 0% 45,23 0%
Telefone 210,08 1% 209,17 1% 185,36 0% 199,36 0% 227,36 0% 210,36 0%
Internet 20,01 0% 20,01 0% 20,01 0% 20,01 0% 20,01 0% 20,01 0%
Energia elétrica 395,63 1% 425,36 1% 369,25 1% 489,23 1% 456,00 1% 428,36 1%
Material Expediente 150,35 0% 105,35 0% 223,56 1% 125,36 0% 197,23 0% 118,23 0%
Aluguel e diversos 990,45 2% 995,23 3% 992,36 2% 990,13 2% 1.001,00 1% 995 1%
DESEMBOLSOS COM PESSOAL 2.840,00 7% 2200,72 6% 2067,13 5% 2856,86 4% 3.142,09 5% 3215,26 4%
FGTS 520 1% 45,27 0% 43,88 0% 42,33 0% 189,23 0% 35,26 0%
INSS 320 1% 0 0% 0 0% 0 0% 52,30 0% 0 0%
Salários e ordenados 2.000,00 5% 2.155,45 6% 2.023,25 5% 2.110,30 3% 2.100,56 3% 2.400,00 3%
Direitos trabalhistas 0 0% 0 0% 0 0% 704,23 1% 800,00 1% 780 1%
FORNECEDORES 31.600,30 76% 29.275,35 78% 36.862,35 82% 55.456,23 85% 58.836,00 86% 75.510,53 88%
Compra de mercadorias à vista 1.580,20 4% 2.500,00 7% 1.300,00 3% 3.000,00 5% 2.600,00 4% 4.256,32 5%
Compra de mercadorias à prazo 30.020,10 72% 26.775,35 72% 35.562,35 80% 52.456,23 81% 56.236,00 82% 71.254,21 83%
DESEMBOLSOS COM VENDAS 2.390,95 6% 2.096,27 6% 2.121,03 5% 2.181,38 3% 2.386,90 3% 2.440,14 3%
Combustível 800,00 2% 660,25 2% 695,00 2% 720,35 1% 950,00 1% 1.006,24 1%
Leasing 1.235,67 3% 1.235,67 3% 1.235,67 3% 1.235,67 2% 1.235,67 2% 1.235,67 1%
Impressos e materiais de venda 355,28 1% 200,35 1% 190,36 0% 225,36 0% 201,23 0% 198,23 0%
DESEMBOLSOS TRIBUTÁRIOS 2.775,25 7% 1.997,35 5% 1.825,23 4% 2.665,12 4% 2.124,78 3% 2.554,23 3%
IPTU 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0%
SIMPLES 2.120,00 5% 1.997,35 5% 1.825,23 4% 2.665,12 4% 2.124,78 3% 2.554,23 3%
IPVA 655,25 2% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0%
78
APÊNDICE C – Análise Vertical do Período de Janeiro a junho de 2008.
PERÍODO DE 01/07/07 À 30/06/08 FLUXO DE CAIXA JAN AV FEV AV MAR AV ABR AV MAI AV JUN AV
1. INGRESSOS 122.124,23 100% 24.151,46 100% 18.479,79 100% 29.247,28 100% 35.347,56 100% 48.263,39 100%
RECEBIMENTO À VISTA 10.526,00 9% 2.562,23 11% 1.123,56 6% 2.458,14 8% 1.889,35 5% 2.478,14 5%
RECEBIMENTO À PRAZO 111.598,23 91% 21.589,23 89% 17.356,23 94% 26.789,14 92% 33.458,21 95% 45.785,25 95%
2. DESEMBOLSOS 70.368,42 100% 64.545,42 100% 94.873,00 100% 80.277,38 100% 107.320,06 100% 116.119,68 100%
DESEMBOLSOS ADMINISTRATIVOS 1.115,24 2% 1628,79 3% 1668,24 2% 1750,85 2% 2075,77 2% 1.950,32 2%
Água 20,01 0% 25,36 0% 21,23 0% 20,01 0% 30,21 0% 30,25 0%
Telefone 195,32 0% 200,45 0% 210,33 0% 209,17 0% 215,23 0% 208,14 0%
Internet 20,01 0% 20,01 0% 20,01 0% 20,01 0% 20,01 0% 20,01 0%
Energia elétrica 297,23 0% 302,26 0% 345,23 0% 307,89 0% 335,27 0% 389,47 0%
Material Expediente 56,35 0% 81,24 0% 45,23 0% 189,58 0% 448,25 0% 200,2 0%
Aluguel e diversos 526,32 1% 999,47 2% 1.026,21 1% 1.004,19 1% 1026,8 1% 1.102,25 1%
DESEMBOLSOS COM PESSOAL 2.077,35 3% 2794,47 4% 7.149,81 8% 2228,6 3% 2378,13 2% 2228,27 2%
FGTS 25,12 0% 456,23 1% 28,13 0% 28,13 0% 28,13 0% 28,13 0%
INSS 0 0% 38,24 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0%
Salários e ordenados 2.052,23 3% 2.300,00 4% 2.101.48 2% 2.200,47 3% 2.350,00 2% 2.200,14 2%
Direitos trabalhistas 0 0% 0 0% 5.020,20 5% 0 0% 0 0% 0 0%
FORNECEDORES 62.557,65 89% 56.457,48 87% 82.781,33 87% 72.105,98 90% 97.450,00 91% 106.295,34 92%
Compra de mercadorias à vista 995,32 1% 1.001,25 2% 2.213,12 2% 2.105,58 3% 7.450,00 7% 6.895,14 6%
Compra de mercadorias à prazo 61.562,33 87% 55.456,23 86% 80.568,21 85% 70.000,40 87% 90.000,00 84% 99.400,20 86%
DESEMBOLSOS COM VENDAS 1.998,22 3% 2.175,10 3% 2.149,15 2% 3.066,66 4% 3.168,91 3% 3.121 3%
Combustível 656,23 1% 789,23 1% 812,23 1% 945,23 1% 1.010,25 1% 997 1%
Leasing 1.235,67 2% 1.235,67 2% 1.235,67 1% 2.023,18 3% 2.023,18 2% 2.023,18 2%
Impressos e materiais de venda 106,32 0% 150,20 0% 101,25 0% 98,25 0% 135,48 0% 100,2 0%
DESEMBOLSOS TRIBUTÁRIOS 2.619,96 4% 1.489,58 2% 1.124,47 1% 1.125,29 1% 2247,25 2% 2525,23 2%
IPTU 201,23 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0 0% 0 0%
SIMPLES 1.623,45 2% 1.489,58 2% 1.124,47 1% 1.125,29 1% 2.247,25 2% 2.525,23 2%
IPVA 795,28 1% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0 0% 0 0%
79
APÊNDICE D – Análise Horizontal do período de julho a dezembro de 2007.
PERÍODO DE 01/07/07 À 30/06/08 FLUXO DE CAIXA JUL AH AGO AH SET AH OUT AH NOV AH DEZ AH
1. INGRESSOS 45.705,25 100% 37.721,94 83% 34.921,66 76% 39.611,59 87% 60.692,46 133% 97.431,80 213%
RECEBIMENTO À VISTA 2.350,00 100% 1.155,36 49% 1.925,30 82% 2.155,36 92% 5.456,23 232% 8.200,33 349%
RECEBIMENTO À PRAZO 43.355,25 100% 36.566,58 84% 32.996,36 76% 37.456,23 86% 55.236,23 127% 89.231,47 206%
2. DESEMBOLSOS 41.425,36 100% 37.373,36 90% 44.702,76 108% 65.023,93 157% 68.427,17 165% 85.537,35 206%
DESEMBOLSOS ADMINISTRATIVOS 1.818,86 100% 1.803,67 99% 1827,02 100% 1864,34 103% 1.937,40 107% 1.817,19 100%
Água 52,34 100% 48,55 93% 36,48 70% 40,25 77% 35,80 68% 45,23 86%
Telefone 210,08 100% 209,17 100% 185,36 88% 199,36 95% 227,36 108% 210,36 100%
Internet 20,01 100% 20,01 100% 20,01 100% 20,01 100% 20,01 100% 20,01 100%
Energia elétrica 395,63 100% 425,36 108% 369,25 93% 489,23 124% 456,00 115% 428,36 108%
Material Expediente 150,35 100% 105,35 70% 223,56 149% 125,36 83% 197,23 131% 118,23 79%
Aluguel e diversos 990,45 100% 995,23 100% 992,36 100% 990,13 100% 1.001,00 101% 995 100%
DESEMBOLSOS COM PESSOAL 2.840,00 100% 2200,72 77% 2067,13 73% 2856,86 101% 3.142,09 111% 3215,26 113%
FGTS 520 100% 45,27 9% 43,88 8% 42,33 8% 189,23 36% 35,26 7%
INSS 320 100% 0 0% 0 0% 0 0% 52,30 16% 0 0%
Salários e ordenados 2.000,00 100% 2.155,45 108% 2.023,25 101% 2.110,30 106% 2.100,56 105% 2.400,00 120%
Direitos trabalhistas 0 0% 0 0% 0 0% 704,23 100% 800,00 114% 780 111%
FORNECEDORES 31.600,30 100% 29.275,35 93% 36.862,35 117% 55.456,23 175% 58.836,00 186% 75.510,53 239%
Compra de mercadorias à vista 1.580,20 100% 2.500,00 158% 1.300,00 82% 3.000,00 190% 2.600,00 165% 4.256,32 269%
Compra de mercadorias à prazo 30.020,10 100% 26.775,35 89% 35.562,35 118% 52.456,23 175% 56.236,00 187% 71.254,21 237%
DESEMBOLSOS COM VENDAS 2.390,95 100% 2.096,27 88% 2.121,03 89% 2.181,38 91% 2.386,90 100% 2.440,14 102%
Combustível 800,00 100% 660,25 83% 695,00 87% 720,35 90% 950,00 119% 1.006,24 126%
Leasing 1.235,67 100% 1.235,67 100% 1.235,67 100% 1.235,67 100% 1.235,67 100% 1.235,67 100%
Impressos e materiais de venda 355,28 100% 200,35 56% 190,36 54% 225,36 63% 201,23 57% 198,23 56%
DESEMBOLSOS TRIBUTÁRIOS 2.775,25 100% 1.997,35 72% 1.825,23 66% 2.665,12 96% 2.124,78 77% 2.554,23 92%
IPTU 0,00 100% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0%
SIMPLES 2.120,00 100% 1.997,35 94% 1.825,23 86% 2.665,12 126% 2.124,78 100% 2.554,23 120%
IPVA 655,25 100% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0%
80
APÊNDICE E – Análise Horizontal do período de janeiro a junho de 2008.
PERÍODO DE 01/07/07 À 30/06/08
FLUXO DE CAIXA
JAN AH FEV AH MAR AH ABR AH MAI AH JUN AH MÉDIA 1. INGRESSOS 122.124,23 267% 24.151,46 53% 18.479,79 40% 29.247,28 64% 35.347,56 77% 48.263,39 106% 108% REC. À VISTA 10.526,00 448% 2.562,23 109% 1.123,56 48% 2.458,14 105% 1.889,35 80% 2.478,14 105% 150% REC A PRAZO 111.598,23 257% 21.589,23 50% 17.356,23 40% 26.789,14 62% 33.458,21 77% 45.785,25 106% 106% 2. DESEMBOLSOS 70.368,42 170% 64.545,42 156% 94.873,00 229% 80.277,38 194% 107.320,06 259% 116.119,68 280% 176% DESEMBOLSOS ADMINISTRATIVOS 1.115,24 61% 1628,79 90% 1668,24 92% 1750,85 96% 2075,77 114% 1.950,32 107% 97% Água 20,01 38% 25,36 48% 21,23 41% 20,01 38% 30,21 58% 30,25 58% 65% Telefone 195,32 93% 200,45 95% 210,33 100% 209,17 100% 215,23 102% 208,14 99% 98% Internet 20,01 100% 20,01 100% 20,01 100% 20,01 100% 20,01 100% 20,01 100% 100% Energia elétrica 297,23 75% 302,26 76% 345,23 87% 307,89 78% 335,27 85% 389,47 98% 96% Material Expediente 56,35 37% 81,24 54% 45,23 30% 189,58 126% 448,25 298% 200,2 133% 108% Aluguel e Diversos 526,32 53% 999,47 101% 1.026,21 104% 1.004,19 101% 1026,8 104% 1.102,25 111% 98% DESEMBOLSOS COM PESSOAL 2.077,35 73% 2794,47 98% 7.149,81 252% 2228,6 78% 2378,13 84% 2228,27 78% 103% FGTS 25,12 5% 456,23 88% 28,13 5% 28,13 5% 28,13 5% 28,13 5% 24% INSS 0 0% 38,24 12% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 11% Salários/ordenados 2.052,23 103% 2.300,00 115% 2.101.48 105% 2.200,47 110% 2.350,00 118% 2.200,14 110% 108% Direitos trabalhistas 0 0% 0 0% 5.020,20 713% 0 0% 0 0% 0 0% 86% FORNECEDORES 62.557,65 198% 56.457,48 179% 82.781,33 262% 72.105,98 228% 97.450,00 308% 106.295,34 336% 202% Compra à vista 995,32 63% 1.001,25 63% 2.213,12 140% 2.105,58 133% 7.450,00 471% 6.895,14 436% 189% Compra à prazo 61.562,33 205% 55.456,23 185% 80.568,21 268% 70.000,40 233% 90.000,00 300% 99.400,20 331% 202% DESEMBOLSOS COM VENDAS 1.998,22 84% 2.175,10 91% 2.149,15 90% 3.066,66 128% 3.168,91 133% 3.121 131% 102% Combustível 656,23 82% 789,23 99% 812,23 102% 945,23 118% 1.010,25 126% 997 125% 105% Leasing 1.235,67 100% 1.235,67 100% 1.235,67 100% 2.023,18 164% 2.023,18 164% 2.023,18 164% 116% Materiais de vendas 106,32 30% 150,20 42% 101,25 28% 98,25 28% 135,48 38% 100,2 28% 48% TRIBUTOS 2.619,96 94% 1.489,58 54% 1.124,47 41% 1.125,29 41% 2247,25 81% 2525,23 91% 75% IPTU 201,23 201% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0 0% 0 0% 25% SIMPLES 1.623,45 77% 1.489,58 70% 1.124,47 53% 1.125,29 53% 2.247,25 106% 2.525,23 119% 92% IPVA 795,28 121% 0,00 0% 0,00 0% 0,00 0% 0 0% 0 0% 18%
81
APÊNDICE F – Análise Vertical da Composição dos Ingressos e Desembolsos e Projeção dos Ingressos e Desembolsos.
ANÁLISE VERTICAL PROJETADO FLUXO DE CAIXA MÉDIA MÈDIA FLUXO DE CAIXA JULHO AGOSTO SETEMBRO
1. INGRESSOS 49.475,78 100% 1. INGRESSOS 52.124,46 56.294,42 60.797,97
RECEBIMENTO À VISTA 3.523,40 7% Á VISTA RECEBIMENTO À VISTA 2.676,39 2.890,50 3.121,74
RECEBIMENTO À PRAZO 45.952,39 93% A PRAZO RECEBIMENTO À PRAZO 49.448,07 53.403,92 57.676,23
2. DESEMBOLSOS 73.000,41 100% AV 2. DESEMBOLSOS 41.088,24 41.338,44 41.608,65
DESEMBOLSOS ADMINISTRATIVOS 1.771,50 3% 100% DESEMBOLSOS ADMINISTRATIVOS 1.771,47 1.771,47 1.771,47
Água 33,81 0% 2% Água 33,81 33,81 33,81
Telefone 206,70 0% 12% Telefone 206,69 206,69 206,69
Internet 20,01 0% 1% Internet 20,01 20,01 20,01
Energia elétrica 378,44 1% 22% Energia elétrica 378,43 378,43 378,43
Material Expediente 161,75 0% 9% Material Expediente 161,74 161,74 161,74
Aluguel e diversos 970,80 1% 55% Aluguel e diversos 970,78 970,78 970,78
DESEMBOLSOS COM PESSOAL 2.931,60 4% 100% DESEMBOLSOS COM PESSOAL 2.147,73 2.147,73 2.147,73
FGTS 122,49 0% 5% FGTS 122,49 122,49 122,49
INSS 34,21 0% 2% INSS 34,21 34,21 34,21
Salários e ordenados 1.991,06 3% 76% Salários e ordenados 1.991,03 1.991,03 1.991,03
Direitos trabalhistas 608,71 1% 16% Direitos trabalhistas 0,00 0,00 0,00
FORNECEDORES 63.766,50 86% 100% FORNECEDORES 31.600,30 31.600,30 31.600,30
Compra de mercadorias à vista 2.991,45 4% 5% Compra de mercadorias à vista 1.580,20 1.580,20 1.580,20
Compra de mercadorias à prazo 60.775,05 82% 95% Compra de mercadorias à prazo 30.020,10 30.020,10 30.020,10
DESEMBOLSOS COM VENDAS 2.441,30 4% 100% DESEMBOLSOS COM VENDAS 2.441,27 2.441,27 2.441,27
Combustível 836,86 1% 34% Combustível 836,85 836,85 836,85
Leasing 1.432,57 2% 58% Leasing 1.432,55 1.432,55 1.432,55
Impressos e materiais de venda 171,88 0% 8% Impressos e materiais de venda 171,88 171,88 171,88
DESEMBOLSOS TRIBUTÁRIOS 2.089,51 3% 100% DESEMBOLSOS TRIBUTÁRIOS 3.127,47 3.377,67 3.647,88
IPTU 16,77 0% 1% IPTU 0,00 0,00 0,00
SIMPLES 1.951,86 3% 92% SIMPLES 3.127,47 3.377,67 3.647,88
IPVA 120,88 0% 7% IPVA 0,00 0,00 0,00
3. SALDO INICIAL (5) 111.870,06 70.781,82 85.737,80
4. SALDO DO PERÍODO (1+3) 111.870,06 127.076,24 146.535,77
5. SALDO FINAL (4-2) 70.781,82 85.737,80 104.927,12
6. SALDO ACUMULADO DE CAIXA 614.077,08 699.814,88 804.741,99
82
APÊNDICE G – Comparação de Orçado X Realizado – Diferenças.
JULHO AGOSTO SETEMBRO
FLUXO DE CAIXA Orçado Realizado Diferenças Orçado Realizado Diferenças Orçado Realizado Diferenças
1. INGRESSOS 52.124,46 58.685,46 6.561,00 56.294,42 61.834,45 5.540,03 60.797,97 67.786,51 6.988,54
RECEBIMENTO À VISTA 2.676,39 3.789,23 1.112,84 2.890,50 3.356,24 465,74 3.121,74 3.889,27 767,53
RECEBIMENTO À PRAZO 49.448,07 54.896,23 5.448,16 53.403,92 58.478,21 5.074,29 57.676,23 63.897,24 6.221,01
2. DESEMBOLSOS 41.088,24 34.170,76 -6.917,48 41.338,44 30.961,93 -10.376,51 41.608,65 32.205,14 -9.403,51
DESEMBOLSOSADMINISTRATIVOS 1.771,47 1.710,09 -61,38 1.771,47 1.704,41 -67,06 1.771,47 1.610,59 -160,88
Água 33,81 49,33 15,52 33,81 45,24 11,43 33,81 41.12 7,31
Telefone 206,69 171,56 -35,13 206,69 187,2 -19,49 206,69 177,36 -29,33
Internet 20,01 20,01 0,00 20,01 20,01 0,00 20,01 20,01 0,00
Energia elétrica 378,43 299,25 -79,18 378,43 297,41 -81,02 378,43 307,27 -71,16
Material Expediente 161,74 179,14 17,40 161,74 159,25 -2,49 161,74 110,35 -51,39
Aluguel e diversos 970,78 990,8 20,02 970,78 995,3 24,52 970,78 995,6 24,82
DESEMBOLSOS COM PESSOAL 2.147,73 2.195,75 48,02 2.147,73 2.148,48 0,75 2.147,73 2.252,89 105,16
FGTS 122,49 45,55 -76,94 122,49 48,23 -74,26 122,49 49,25 -73,24
INSS 34,21 0 -34,21 34,21 0 -34,21 34,21 53,29 19,08
Salários e ordenados 1.991,03 2.150,20 159,17 1.991,03 2.100,25 109,22 1.991,03 2.150,35 159,32
Direitos trabalhistas 0,00 0 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0 0,00
FORNECEDORES 31.600,30 24.126,49 -7.473,81 31.600,30 20.891,13 -10.709,17 31.600,30 21.742,78 -9.857,52
Compra de mercadorias à vista 1.580,20 1.680,24 100,04 1.580,20 1.900,78 320,58 1.580,20 1.155,63 -424,57
Compra de mercadorias à prazo 30.020,10 22.446,25 -7.573,85 30.020,10 18.990,35 -11.029,75 30.020,10 20.587,15 -9.432,95
DESEMBOLSOS COM VENDAS 2.441,27 2.922,38 481,11 2.441,27 2.997,55 556,28 2.441,27 2.929,41 488,14
Combustível 836,85 750 -86,85 836,85 859,25 22,40 836,85 777,69 -59,16
Leasing 1.432,55 2.023,18 590,63 1.432,55 2.023,18 590,63 1.432,55 2.023,18 590,63
Impressos e materiais de venda 171,88 149,20 -22,68 171,88 115,12 -56,76 171,88 128,54 -43,34
DESEMBOLSOS TRIBUTÁRIOS 3.127,47 3.216,05 88,58 3.377,67 3.220,36 -157,31 3.647,88 3.669.47 21,59
IPTU 0,00 0 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0 0,00
SIMPLES 3.127,47 2.550,80 -576,67 3.377,67 3.220,36 -157,31 3.647,88 3.669.47 21,59
IPVA 0,00 665,25 665,25 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0,00
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