Projeto de contos

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O QUE SÃO CONTOS? Contos Infantis Tradicionais. São os Contos clássicos da Literatura Mundial. A característica principal desses contos é que a maioria vem da Idade Média. Todos tem como motivo um ensinamento moral ou representação alegórica de problemas comuns daqueles tempos. Quer dizer, através de contos, os antigos tentavam ensinar normas de conduta à população. Podia ser um alerta contra perigos existentes ou simplesmente ensinamentos edificantes. O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total –o conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade.

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O QUE SÃO CONTOS?

Contos Infantis Tradicionais. São os Contos clássicos da Literatura

Mundial. A característica principal desses contos é que a maioria vem da Idade

Média. Todos tem como motivo um ensinamento moral ou representação

alegórica de problemas comuns daqueles tempos.

Quer dizer, através de contos, os antigos tentavam ensinar normas de conduta

à população. Podia ser um alerta contra perigos existentes ou simplesmente

ensinamentos edificantes.

O conto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido

estrito de tamanho). Entre suas principais características, estão a concisão, a

precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total –o conto precisa

causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade.

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ORIENTAÇÕES

Este caderno é uma coletânea de contos, nele vocês irão

escrever, sempre que sorteado ou sugerido pelo professor.

Este conto deverá ser ilustrado parte por parte e este caderno

tratado com bastante higiene e carinho. Não deixe que ele suje,

rasgue, amasse as folhas, pois será um livro construído por todos

coletivamente.

Neste mesmo dia em que você copiar e ilustrar o caderno

treine várias vezes a leitura, leia para a sua família e na aula

seguinte você deverá fazer uma bela leitura da parte do conto para

sua professora e para os seus colegas.

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CONTOS

INFANTIS

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CONTOS

INFANTIS

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CONTOS

INFANTIS

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CONTOS

INFANTIS

ESCOLA MUNICIPAL DÚ NARCISO

PROFESSORA:JOANA SHIRLEY 4º ANO TURMA:__

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O MONSTRO PÉ DE GALINHA

Essa Menina, às vezes era obediente, às vezes malcriada,

mas acho que no fundo ela tinha um bom coração.

Era muito mimada e as vezes só fazia o que queria fazer e

pronto...

Hoje, Ela vai descobrir duas coisas muito importantes,

quando sair da Escola.

Ela era uma Menina mais ou menos obediente, mas

naquele dia, ao sair da Escola, disse:

__ Hoje não vou esperar minha Mãe. Como minha casa é perto

daqui e eu já conheço o caminho, acho que vou embora

sozinha...

E foi mesmo...

Então ela descobriu algo que a deixou assustada...

Como estava acostumada a ir e vir todo dia com a Mãe, e

confiava nela, por isso mesmo, nunca prestara atenção direito

ao caminho.

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Nesse momento, deu um estalo dentro dela, e achou que

tinha se perdido...

Descobriu que tinha entrado num lugar estranho e

deserto...

Nesse momento, dois meninos grandes, com cara de

malvados, apareceram na sua frente rindo muito. Então um

deles disse:

___ Humm, ei Pirralha, para onde você pensa que está indo?

Aqui é um bairro proibido para estranhos. Não permitimos que

nenhum espião de fora entre aqui!

Ela começou a chorar, e os meninos, com cara de poucos

amigos, disseram de novo:

__ Já que você entrou em nosso bairro proibido, vamos raptá-

la e pedir um resgate!

__ Isso mesmo - disse o outro garoto - Vamos avisar aos seus

pais que você está em nosso poder e eles terão que nos dar

muito dinheiro!

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Isso - concordou o outro - Vamos levá-la para um lugar escuro de onde não poderá sair, e onde ficará presa até que nos paguem o resgate.

Então ele pegou a mão dela com violência, e começou a arrastá-la.

Nesse momento, sem que ninguém visse, um pouco mais adiante, um estranho vulto surgiu do nada. Parecia um menino pequeno, só que não tinha uma cara muito amigável...

Saindo das sombras, o estranho e pequeno ser, abriu sua

imensa e assustadora boca, e falou de um jeito que todos

ficaram petrificados de medo, sem nem conseguirem se mexer.

- Muito bonito... Quer dizer que vocês gostam de fazer

maldades? Então acho que vão gostar muito do lugar para

onde vou levar os DOIS...

O estranho ser era do tamanho de um menino, com a cabeça enorme e azul, e os pés de galinha.

Os dois desordeiros ficaram com tanto medo, e saíram numa correria tão grande, que naquele dia não conseguiriam parar de correr por nada nesse mundo.

A menina, mal conseguia falar de tão contente. Ela, ao contrário, não havia ficado com nenhum medo. E ela emocionada, e agradecida, não quis nem saber, deu um grande abraço no seu novo amigo e disse:

Page 11: Projeto de contos

- Meu amigo, você me salvou dos malvados. Como é seu nome?

- Meu nome é Pé de Galinha, e todos têm medo de mim porque sou feio... Ninguém nunca me chamou de amigo... Você é a primeira pessoa que faz isso...

- Não, você não é feio - disse a menina - você é lindo. É

apenas diferente das outras pessoas...

Muito feliz, ele explicou para ela, que sempre aparecia para

proteger as crianças quando estavam em perigo, e que ficava

azul nessas horas. Disse também que gostava muito de comer

pão com chá. Então a menina disse:

__ Vamos para minha casa fazer um lanche maravilhoso!

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A ÁRVORE MÁGICA Alberto Filho

Fazia um lindo dia de Sol.

Quando estava indo à escola, um Menino viu passar por ele um Mendigo.

Ele notou que o Mendigo estava muito triste e pálido, e também tremia muito.

Naquela hora, dentro dele, sentiu alguma coisa, uma espécie de estalo.

O estado daquele mendigo lhe chamou a atenção. Estava muito debilitado; parecia fraco. Como era

possível ignorar tal coisa?

Sentiu um seco na garganta.

E o Menino pensou:

- Acho que ele está com fome. Já sei, vou dar o sanduíche do meu lanche para ele.

Foi o que ele fez.

O Mendigo ficou muito contente e aceitou na hora.

Page 13: Projeto de contos

Enquanto comia aquele delicioso sanduíche, o Mendigo disse:

- Você é um Menino muito bom. Vou lhe dar de presente uma coisa especial.

Dizendo isso, ele se abaixou e pegou alguma coisa que estava dentro do seu saco.

Então, de dentro do saco, ele retirou um saquinho que deu ao Menino.

E o Mendigo explicou a ele:

- Aí dentro tem uma semente mágica. Você vai levar para casa e plantá-la.

E o Mendigo lhe falou outra vez:

- Agora tem uma coisa! Esta semente só deve ser aguada em noite de lua cheia. Faça isto, e logo, você

terá uma surpresa muito ESPECIAL.

Após dizer isto, o Mendigo seguiu seu caminho.

Page 14: Projeto de contos

Depois de ter voltado da escola, e fazer o Dever de Casa, o menino plantou a semente.

Como aquele dia era de lua cheia, ele aproveitou e aguou logo.

Depois disso, ele foi dormir.

Já Deitado, ele pensava como seria a plantinha que ia nascer.

Pensando nela, adormeceu e sonhou com ela a noite toda

Pela manhã, antes mesmo de escovar os dentes, ele foi ao quintal para ver como estava sua plantação.

Ao chegar lá, teve uma grande surpresa.

Por incrível que pareça, a plantinha já tinha algumas folhas.

Naquele dia, ele foi para a escola, mas não conseguia parar de pensar em sua planta.

Page 15: Projeto de contos

- De que tamanho será que ela vai estar amanhã?

Naquela noite, ele sonhou com um Carrinho Vermelho, que queria comprar há muito tempo, mas não tinha

dinheiro.

De manhã, a primeira coisa que fez, foi ir ver como estava sua planta.

Quando a viu, disse surpreso:

- É uma árvore mágica!

Na árvore, haviam nascido carrinhos iguais ao que ele sonhara. E eram de verdade.

Ele ficou tão contente que não conseguia nem falar.

Ele estava tão ansioso naquele dia, que na escola, a professora falava e ele só pensava na árvore mágica.

Quando foi dormir nesse dia, ele sonhou jogando bola.

Sonhou que tinha uma bola de couro novinha.

De manhã, correu para o quintal.

Ao ver sua árvore, ele compreendeu tudo. Haviam nascido nela, bolas iguais as que ele sonhara à noite.

Então ele disse:

- Quer dizer que, se eu pensar num brinquedo, ele nasce na árvore!

E ele lembrou-se do Mendigo.

Então, depois de juntar muitos brinquedos, ele teve uma ideia, e disse:

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- Já sei. Vou distribuir brinquedos com os meninos da favela que fica aqui perto, e também nos abrigos. E

esta semana, vou sonhar com comida, e depois volto lá outra vez.

Ele então, naquela primeira viagem, juntou tudo num carrinho, e levou para dar de presente aos meninos pobres, que viviam numa favela perto da sua casa.

- Depois é a vez dos meninos do abrigo...

E por onde ele passava era uma alegria só.

E Todos ficaram contentes. E ele viu como se sentia bem e útil ajudando os outros. Era um sentimento de

grande alegria, que não sabia explicar.

Na verdade não existe recompensa para quem ajuda. Poder ajudar, já é uma benção, que não tem preço.

FIM

O MISTÉRIO DO VELHO CASARÃO

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Alberto Filho

Perto do rio existia um casarão muito antigo...

Ele estava abandonado há mais de 100 anos...

Sempre que ia passar as férias na casa de sua Avó, ele olhava

admirado para aquela grande e misteriosa casa e dizia:

- Aposto que ali tem um Mistério..

Aquele menino adorava passar as férias na casa de sua Avó.

Ele gostava de subir num morro que tinha lá, e ficar olhando os meninos de uma Favela brincando com suas pipas.

- Minha Vó, disse que eles moram aí, porque não tem pra onde ir. Não sei como aquelas casas não caem lá de cima...

Do mesmo morro, ele podia ver uma coisa que o deixava muito triste e abatido.

Era um lixão, onde os meninos da favela, catavam coisas para vender, e também restos de comida.

E ele pensava:

- Pra comer comida do Lixo, só mesmo quem está com muita fome...

Mas, como ele estava de férias, precisava se divertir também.

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Então ele foi brincar com sua Pipa. Aquela era a sua brincadeira favorita.

Corria pelo mato, descansava um pouco. Corria de novo, e no fim da brincadeira, ficava com tanta fome, que repetia o

prato.

Sua Avó adorava isso.

Então, uma tarde, o cordão da sua Pipa se quebrou e ela voou para longe.

Ele desesperado correu tentando alcançá-la.

- Preciso pegá-la de volta. Vou atrás e quando ela cair eu pego - ele disse

E correu atrás, sempre olhando para cima, para não a perder de vista.

É claro que ele não conseguiu reaver sua Pipa.

Quando olhou em volta, percebeu que estava em um lugar, onde nunca estivera antes.

Então, ao olhar para baixo, viu uma coisa que o deixou intrigado.

Era um pequeno Rolo de papel amarrado com uma fita, e com uma parte enterrada no chão.

- Deve ter sido a enchente de ontem que o desenterrou - Ele disse enquanto se abaixava para ver o que era.

Ao abrir o pequeno Rolo, ele percebeu que havia achado uma espécie de Mapa.

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E quase sem voz de tão surpreso, ele exclamou:

- Essa não, é um verdadeiro Mapa de um Tesouro!

Então, ao examinar o Mapa, ele disse espantado:

- Aqui diz, que lá no Velho Casarão abandonado existe um Tesouro escondido!

Assim, Sem perder tempo, ele saiu pelo mato em direção ao Velho Casarão.

Ao avistá-lo de cima de um morro, ele sentiu um calafrio.

Mas, como ele estava muito decidido, disse:

- Vou achar esse Tesouro de qualquer jeito!

Então, ele desceu devagar do morro, e logo chegou no pátio em ruínas da Velha Casa.

- Puxa, ela é bem maior do que eu pensava - disse admirado.

Antes de entrar, ele deu mais uma olhada no Mapa, e disse:

- Aqui diz que o Tesouro está lá dentro, escondido num quarto secreto.

Assim, ele enrolou o Mapa, e empurrou a imensa porta da Casa.

Ao abrir, a porta fez um barulho tão esquisito, que ele gelou e quase desistia de entrar.

Ele ficou espantado com o tamanho da Casa por dentro.

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Viu que tudo estava em ruínas, e que havia muitas coisas quebradas, espalhadas pelo chão.

Ele então pensou consigo mesmo:

- O que será que aconteceu aqui pra tudo estar abandonado e em ruínas...

Como a luz do Sol entrava pelos buracos no telhado, lá dentro não estava muito escuro.

Ele procurou uma mesa, abriu o Mapa sobre ela, e pensou:

- Preciso dar mais uma olhada no Mapa, para saber o que devo fazer agora, já que estou dentro da Casa... Humm, aqui

diz vá pelo corredor que tem a parede Verde, ache a passagem secreta, e procure a parede com uma Argola.

Não demorou muito para ele achar o corredor de parede Verde.

Quando ele começou a andar pelo corredor, pisou numa tábua solta, e esta acionou um mecanismo, que fez abrir uma

passagem secreta na Parede ao seu lado.

Ele levou o maior susto, quando viu uma parte da Parede, se abrir sozinha. Então exclamou entusiasmado:

- Só pode ser o quarto secreto...

Ele entrou no quarto secreto, e viu que o mesmo era, um depósito muito antigo, das coisas da Casa.

Page 21: Projeto de contos

Outra coisa que ele viu, foi logo abaixo da escadaria, um grande paredão, com uma grande Argola presa nas pedras.

Então, muito contente, ele disse:

- É a parede de pedra, e a Argola que o Mapa descreve...

Ele Mal via a hora de achar o Tesouro escondido.

Como já sabia o que fazer, subiu sobre uma pedra junto da

parede da Argola, e disse:

- Conforme está no Mapa, basta puxar com força a Argola, e

algo vai acontecer...Vamos lá...

E usando toda sua força, puxou a grande argola. Uma Pedra

começou a sair do Paredão.

Quando a Pedra caiu da Parede, ele viu que ela escondia um compartimento secreto.

Ao olhar lá dentro, ele mal pode respirar com o que viu...

Eram vários pequenos Baús todos de Ouro, recheados com centenas de moedas de Ouro e outras Jóias, e quase sem voz

disse:

- É o T-Te-Tesouro Perdido...

E ele decidiu: xxxxxxxx

- Agora já posso ajudar as Crianças lá do Lixão, e também suas Famílias, e minha Vó, Meu Pai, minha Mãe...

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Assim, ele colocou parte do Tesouro em um saco, e pensou: xxxxxxxx

- Vou ter que fazer várias viagens para conseguir levar tudo, mas com calma e paciência, eu consigo...

xxxxxxxx

O REI QUE ERA DONO DO MUNDOAlberto Filho

Era uma vez, um Rei muito rico.

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Ele era tão rico, que suas riquezas eram impossíveis de contar.

Mesmo assim, ele não estava satisfeito, e queria sempre mais e mais. Por isso ele não se importava com nenhuma outra

coisa.

Um dia, ele subiu na mais alta torre do seu castelo, olhou para suas terras sem fim, e disse:

- Tenho muito pouco, preciso conseguir mais. Na verdade acho que preciso de todas as terras e riquezas do Mundo!

Então, ele convocou seus exércitos que eram muitos, e lhes ordenou que conquistassem todas as nações do Mundo, e lhe

trouxesse todas as Riquezas existentes.

Assim, seus exércitos partiram para cumprir sua missão.

Depois de feito isso, ele disse:

- Agora sim, tenho tudo no Mundo. Na verdade eu tenho o próprio Mundo e também todas as suas riquezas. Nada mais

me falta, não preciso de mais nada!

E ele se cobriu com seus tesouros. Estava tão contente que dormiu ali mesmo.

Então um dia, ele viu que não estava mais contente, e pensou:

- Eu já tenho todas as riquezas e terras do Mundo, todas as pessoas são meus servos, e ainda assim sinto que me falta

mais alguma coisa!

Assim ele mandou chamar seus sábios, para que descobrissem o que ainda lhe faltava.

E eles disseram:

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- A coisa mais importante do Mundo, deve ser a mais difícil de se conseguir. Não pode ser conseguida com Dinheiro ou

Poder. Na verdade o Senhor já possui essa coisa, e Ela lhe foi dada de graça. Mesmo assim ela não pode ser vista ou tocada, e só pode ser vista quando a pessoa a perde.

Depois de ouvir isso, o Rei ficou pensativo, e sem entender o que os Sábios queriam dizer com aquilo, afirmou:

- É claro que esta Coisa não existe! Qualquer coisa que eu conheço, ou pode ser comprada com meu Dinheiro, ou

Conquistada por meus Exércitos.

Apesar de ganancioso, o Rei era um bom governante para o seu Povo.

Assim, cismado com as palavras dos Sábios, resolveu por um tempo, desistir de querer saber o que faltava conquistar.

Então um dia, o Rei amanheceu com Febre. Estava Doente.

Assim, ele mandou chamar os melhores Médicos e Magos do Mundo, para cuidar de sua doença.

Mas o tempo passava, e Ele não melhorava.

Então mandou chamar os Sábios para ouvir seus conselhos.

E os Sábios disseram:

- Isto Majestade, era a coisa da qual lhe falamos naquele dia. Nós a temos desde o nascimento, e não pode ser vista até o

momento que deixa de existir. Essa coisa é nossa SAÚDE. Poucos lhe dão importância, mas, é a coisa mais importante

do Mundo, e é IMPOSSÍVEL de se comprar.

Então o Rei compreendeu tudo, e disse:

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- Eu com todo o Poder e Riquezas do Mundo, não fui capaz de conseguir algo tão simples, que era minha Saúde. Eu fui um TOLO! De que adiantou tanto poder e riquezas, se não fui

capaz de conquistar algo que me foi dado de Graça?

E o Rei finalmente ficou curado. Então ele disse:

- Agora sei o que é ficar Doente. De hoje em diante, meu povo terá os melhores Hospitais, e médicos, e Escolas. Minhas

terras e riquezas serão de todos.

E ele foi contar a boa nova ao seu Povo.

Então ele subiu na torre mais alta do seu Castelo, e olhando de cima pensou:

- Como é bonito a paisagem daqui de cima. Eu já subi muitas vezes aqui, e nunca tinha visto que era assim. E pensar que esta beleza sempre existiu. O olhar de felicidade vê coisas

maravilhosas. Ter saúde é de fato uma benção.

O MENINO QUE VIU UMA COISA

Alberto Filho

Page 26: Projeto de contos

Este Menino deixou de ir à Escola hoje...

Ele queria ir explorar uma casa abandonada que viu no caminho...

O que será que ele vai achar lá dentro?

Todo dia era a mesma coisa. Sua mãe entrava no quarto e dizia:

- Dormindo desse jeito você vai acabar chegando atrasado!

E ele dizia: - Peraí que vou dormir só mais um pouquinho...

Apesar de muito preguiçoso, ele sempre ia para a Escola. Pelo menos era o que ele dizia.

Mas muitas vezes ficava brincando pela rua e não pisava nem lá.

- Nasci para explorar o Mundo e não para estudar - vivia dizendo.

Um dia a caminho da Escola, uma amiga da sua turma lhe disse:

- Dizem que naquele Casarão tem um tesouro escondido.

- Dizem também que lá tem um mistério, e aquele que resolver ganha o Tesouro.

Pronto, era tudo que ele queria ouvir. Era seu sonho ficar rico sem fazer força. Então planejou:

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- Amanhã, ao invés de ir à Escola, vou explorar esse Casarão, pegar o Tesouro e ficar Rico!

No dia seguinte, sua mãe até estranhou ele ter se levantado tão cedo para ir à Aula.

Só que ele não foi. Foi sim, direto para o Casarão. Escondeu sua mochila numa moita ali perto, e devagarinho subiu os

degraus até a porta.

Pelo que diziam ninguém morava ali há mais de 150 anos.

Antes de empurrar a porta, ele colocou o ouvido nela para ver se ouvia algum ruído vindo de dentro.

Como nada ouviu resolveu entrar. Ao empurrar a pesada porta, ela fez um barulho que o deixou arrepiado da cabeça

aos pés...

Quando ela abriu, uma estranha Luz saiu lá de dentro...

Então ele viu uma COISA que não gostaria nunca de ter visto!

Era Uma Criatura Monstruosa, que deu uma gargalhada tão terrível, que o deixou paralisado.

E aí a Criatura falou:

Page 28: Projeto de contos

- Então você gosta de Gazear aulas... Você agora vai morar aqui comigo para sempre...

E a estranha Criatura disse ainda:

- Muitos iguais a você já entraram aqui, e nunca mais sairam. Venha não seja tão acanhado entre...

Ele não sabe como conseguiu se mexer, mas conseguiu...

Então ele deu o maior carreirão da sua vida, e viu que a Criatura correu atrás para pegá-lo...

Ele corria e só ouvia o ruído do Bicho logo atrás dele.

Correu o mais que pode, e entrou numa floresta muito fechada e escura.

- É minha única chance de escapar dele - Pensava aterrorizado.

Então descobriu que estava perdido e já havia anoitecido...

Nesse momento, Ele sentiu que estava sendo observado!

Então viu à sua volta, Olhos ameaçadores olhando para ele de dentro da mata.

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Cheio de pavor, pensou na sua Mãe, e muito arrependido disse:

- Nunca mais deixo de ir à Escola! - E deu o maior grito da sua vida.

Foi nesse momento que aconteceu um verdadeiro milagre.

Ele descobriu que estava sonhando e que acabara de acordar...

Pulando de alegria ele disse:

- Então foi tudo um sonho... Foi um sonho para me mostrar que eu estava no caminho errado...

A partir daquele dia, ele nunca mais acordou tarde e nem deixou mais de ir para a Escola.

E todo dia, antes de sair, dava um beijo na sua Mãe e dizia:

- Você é a melhor Mãe do mundo.

OS MISTÉRIOS DA NOITE

Autor: Jon Talber  

Page 30: Projeto de contos

À noite, quando todos parecem dormir, apesar do pouco movimento, nas ruas desertas, nos becos escuros, nas casas

abandonadas, coisas misteriosas acontecem...

E os muitos sons, sem que se saiba de onde vêm, é uma prova de que nem todos estão dormindo.

São muitos ruídos! Grandes, pequenos, minúsculos. Alguns, se estivermos bem atentos, podemos identificar com

facilidade, outros não...

Aquela era apenas mais uma dessas noites.

Tudo quieto. Lá longe, ouvia-se o barulho do motor de alguns carros, o canto de um grilo...

As ruas logo ficariam completamente desertas, e as luzes das casas seriam todas apagadas.

Aí sim, todos poderiam dormir tranquilos...

Em sua cama, depois de escovar os dentes, depois de conferir seu material escolar e já deixar sua mochila arrumada para o

dia seguinte, aquele menino dormia profundamente.

Talvez até estivesse sonhando com alguma coisa. Bom, isso não tem como saber...

Mas aquele sono parecia muito bom...

Então, de repente, sem saber o motivo, ele acordou...

Um ruído estranho o despertara. Abriu os olhos assustado sem compreender muito bem o que estava acontecendo.

Page 31: Projeto de contos

O barulho, para falar a verdade bem alto, parecia vir de algum lugar ali perto. Só não dava para dizer se viera de dentro, ou

de fora da casa.

Mas, uma coisa era certa, ele tomou um grande susto!

Ainda permaneceu quieto alguns instantes, de orelhas em pé, esperando que o ruído se repetisse.

Sentou-se na cama e ficou tentando escutar mais alguma coisa. Qualquer barulhinho que lhe desse uma pista do que

havia acontecido, já lhe servia.

E assim ficou por um bom tempo. Olhou para porta do quarto e viu que estava fechada.

"O que será que aconteceu? Quem, ou o Que, fez esse barulho?", perguntou para si mesmo.

Então sua cabeça entrou em ação. Sua imaginação, agora, já começara a criar suas próprias respostas...

Ela o fez Lembrar-se das assombrações que andavam tarde da noite, que entravam nas casas, quando todos estavam

dormindo, procurando crianças, para assustá-las...

Pelo menos era isso que estava naquelas "histórias", que os adultos contavam para fazer as crianças dormirem cedo. Bom,

ele não era mais tão pequeno assim, mas, Será que tudo aquilo não era verdade?

Lembrou que o barulho poderia ter vindo do beco que ficava próximo à sua casa.

Page 32: Projeto de contos

Lembrou das estórias do "Papa-Figo", ou "Velho do Saco", que raptava crianças, entrando nas casas silenciosamente,

quando todos estavam dormindo, ou descuidados...

Contava-se que ele não fazia barulho algum. "Mas, pode ser que dessa vez, andando naquele escuro todo, ele tenha se descuidado um pouco!", pensou sentindo um calafrio pelo

corpo.

Tomado de coragem, resolveu ir olhar pela janela do seu quarto, para ver se conseguia descobrir alguma coisa lá fora.

Como era noite de lua clara, se tivesse alguma coisa lá fora, pelo menos no beco que ficava perto da sua casa, poderia ver.

E sua mente não parava de pensar as mais assustadoras coisas. Ele sabia que, enquanto não descobrisse a

"verdadeira" causa do barulho, ela não o deixaria dormir outra vez!

Pela janela, morto de medo, percorreu com os olhos os latões de lixo que ficavam guardados no beco até que o caminhão da

coleta passasse, tomando cuidado para não ser visto.

Por trás da cortina da janela, escondido, viu que alguma coisa se mexia em meio aos latões de lixo.

Esfregou os olhos para clarear a visão, e então, como num passe de mágica, pôde ver quem era o misterioso causador

daquele ruído que lhe tirara o sono.

Era um Gato! Sim, apenas um simples gato.

Page 33: Projeto de contos

Que agora, ao vê-lo na janela, já que eles enxergam no escuro, começou a miar quebrando o silêncio da noite.

"Que coisa!", disse então para si mesmo.

A sensação de alívio que sentiu foi imensa.

Nesse momento, lembrou de como sua imaginação o enganara criando aqueles medos que não existiam de verdade. Nessas horas, Mas parecia que ela era sua inimiga, pois ao invés de acalmá-lo, só cuidava de assustá-lo ainda mais, mesmo sem

existir um motivo para isso.

"Aprendi mais uma! De outra vez, antes de me assustar sem conhecer a causa, pensarei duas vezes, ou mais!", disse

aliviado em voz alta.

Page 34: Projeto de contos

A FRUTA

Autor: Alberto Jorge Filho  

Hoje está um lindo dia para um passeio nesse maravilhoso e

verde Bosque...

Um Menino caminhava tranquilo pelo bosque, olhando as

árvores e admirando aquela bela natureza...

Então ele viu uma coisa que o deixou maravilhado.

Era uma frutinha presa no alto de um monte.

Mas, não era uma fruta comum, era a fruta mais brilhante e bonita que já havia visto.

E ele disse:

- Tenho que pegar essa fruta. Não me parece nada difícil, é só subir o montinho e pronto...

E com firmeza, ele começou a escalar o pequeno monte.

Quando ele já estava quase na metade do caminho, um pedaço de pedra se quebrou e ele caiu.

Então ele disse:

Page 35: Projeto de contos

- Não prestei atenção direito... Dessa vez vou subir com mais cuidado!

Decidido, resolveu subir outra vez.

E nesse momento, começou a cair uma chuva muito forte

seguida de trovões.

De repente deu um grande relâmpago, e um raio muito brilhante caiu sobre o monte, muito perto dele.

Ele levou o maior susto de sua vida, e, de novo, caiu da pequena montanha.

Depois do susto, ele disse:

- Essa fruta tá ficando difícil. Mas, como ela me parece muito suculenta, e a chuva já passou, vou lá pegá-la.

E mais uma vez, começou a escalar a encosta.

Quando ele já havia subido um bom pedaço, um monte de pedras começou a rolar morro abaixo.

Ele deu um pulo para sair da frente da avalanche de pedras, e não se machucar.

Depois de analisar bastante a situação, ele disse:

- Acho melhor subir com uma corda.

Page 36: Projeto de contos

Ele jogou a corda e a laçou numa pedra no alto do monte, e outra vez, iniciou a subida.

Por incrível que pareça, no meio da subida, a corda se partiu e ele caiu uma vez mais.

Ele parou para estudar a situação, e diante de tantos obstáculos, falou:

- Até parece que essa fruta é mágica e não quer que eu a pegue! Mas agora farei diferente, vou construir uma escada, e

subo por ela.

E assim fez uma escada.

Depois de terminar a escada, ele subiu e sorrindo comentou:

- Com a escada tudo parece mais fácil. Acho que dessa vez consigo. Lá vou eu...

Agindo assim, finalmente ele chegou no topo do monte.

Muito contente, olhou a fruta e exclamou:

- Valeu a pena o trabalho que tive. Depois de tantas dificuldades, você parece muito mais bonita.

E colheu a fruta.

Vitorioso, ele desceu e foi para casa dizendo:

- Apenas uma pessoa merece esta tão bela e valorosa fruta, e ela é a minha Mãe.

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Page 37: Projeto de contos

Os obstáculos sempre vão existir na vida das pessoas. Lutar, insistir, tentar vencê-los sem nunca desistir, eis o verdadeiro desafio!