PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A...

81
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTÔNIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES TIAGO POLONE PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS LINS/SP 1º SEMESTRE/2014

Transcript of PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A...

Page 1: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTÔNIO SEABRA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES

TIAGO POLONE

PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS

LINS/SP 1º SEMESTRE/2014

Page 2: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA

SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTÔNIO SEABRA

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM REDES DE COMPUTADORES

TIAGO POLONE

PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antônio Seabra para obtenção do Título de Tecnólogo em Redes de Computadores. Orientador: Prof. Especialista Alciano Gustavo Genovez de Oliveira

LINS/SP 1º SEMESTRE/2014

Page 3: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

TIAGO POLONE

PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A ASSOCIAÇÃO HOSPITALAR SANTA CASA DE LINS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antônio Seabra para obtenção do Título de Tecnólogo em Redes de Computadores. Orientador: Prof. Especialista Alciano Gustavo Genovez de Oliveira

Data de aprovação: ___/___/___

________________________________________________________ Orientador (Prof. )

________________________________________________________ Examinador 1 ( )

________________________________________________________ Examinador 2 ( )

Page 4: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

Aos meus pais, Leonaldo Polone e

Conceição Aparecida Polone, por desde criança

terem sempre me ensinado o caminho certo a se

seguir, me mostrando o certo e o errado, tudo o

que sou hoje devo a eles. A minha noiva Luciana

de Oliveira por sempre estar do meu lado me

apoiando em tudo. Aos meus amigos e familiares

pelo apoio e incentivo.

Tiago Polone

Page 5: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

AGRADECIMENTOS

Nesta oportunidade quero expressar os meus sinceros agradecimentos

primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo da minha

vida, е não somente nestes anos como universitário, mas que em todos os

momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer.

Ao meu orientador professor Alciano Gustavo Genovez de Oliveira, por

sempre ter me auxiliado, me apoiando com suas correções e incentivos da melhor

forma possível.

À professora Adriana de Bortoli pelas correções e instruções normativas para

o desenvolvimento desde trabalho.

Ao Coordenador do Curso de Informática da Faculdade de Tecnologia de Lins

Prof. Antônio Seabra, Anderson Pazin por ter auxiliado e ajudado a concretizar o

meu sonho.

Agradeço ao Diretor da Faculdade de Tecnologia de Lins Professor Antônio

Seabra, o Dr. Luciano Soares de Souza, pelo apoio sempre dado a mim e aos

alunos da Faculade,

À todos os meus professores pela paciência, dedicação e conhecimentos a

mim proporcionados.

Agradeço a minha família por sempre estarem do meu lado me incentivando e

estimulando em cada momento de minha vida para enfrentar a todas as dificuldades.

A minha noiva Luciana de Oliveira por sempre estar do meu lado me

apoiando e nunca me deixando desistir.

Por fim, agradeço a todos que de uma forma ou de outra me ajudaram e

acreditaram no meu potencial e me apoiaram a alcançar mais esta etapa de minha

vida profissional, deixo aqui meus agradecimentos.

Tiago Polone

Page 6: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

RESUMO

O presente trabalho aborda a importância da elaboração de um projeto de infraestrutura aplicando os conceitos de cabeamento estruturado em uma instituição publica de saúde. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma proposta de projeto de cabeamento estruturado para a Associação Hospitalar Santa Casa de Lins, baseando-se na norma NBR 14565. Para a elaboração do projeto foi realizada a coleta de informações por meio de pesquisa documental, bibliográfica em diversos meios, tais como, livros, Internet, catálogos de especificações de equipamentos, bem como visitas aos setores administrativos do Hospital, afim de coletar informações sobre as necessidades de cada setor. Todo o projeto foi elaborado seguindo rigidamente a normatização vigente, estando apta para uma futura certificação. Os resultados obtidos após a elaboração do projeto foram muito satisfatórios, as expectativas foram atendidas, pois os cabos estão devidamente organizados, acomodados e divididos em Rede Primária e Secundária, os equipamentos ativos como os switches estão todos protegidos e instalados em armários de telecomunicações com acesso restrito. As interconexões são feitas por patch panels, o que facilita a manutenção e adição de novos equipamentos ou pontos. As tomadas de telecomunicações estão devidamente instaladas conforme as normas, todas identificadas. Por fim, ao se utilizar o conceito de cabeamento estruturado pode-se obter inúmeras vantagens como a qualidade da Rede, a disponibilidade dos recursos, facilitando manutenções e manobras necessárias, alto desempenho da rede, a padronização de equipamentos, possibilitando a alta performance da rede. Palavras-chave: Cabeamento Estruturado. Projeto de Rede. Redes de Computadores. NBR 14565:2000.

Page 7: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

ABSTRACT

This paper discusses the importance of developing an infrastructure project applying the concepts of structured cabling in a public health institution. The aim of this study was to develop a proposal for structured cabling project for Santa Casa Hospital Association Lins, based on NBR 14565. For the preparation of project information collection was conducted through desk research, literature in several media, such as books, internet, catalogs, equipment specifications, as well as visits to the Hospital administrative sectors, in order to gather information on the needs of each sector. The entire project was designed strictly following the existing norms, being suitable for future certification. The results obtained after the design of the project were very satisfactory, expectations were met because the cables are properly organized, accommodated and divided into Primary and Secondary Network, active equipment such as switches are all protected and installed in telecommunications closets with access restricted. Interconnections are made by patch panels, which facilitates the maintenance and addition of new equipment or points. Telecommunications outlets are properly installed according to standards, all identified. Finally, when using the concept of structured cabling can get numerous advantages such as the quality of the network, availability of resources, facilitating maintenance and necessary maneuvers, high network performance, standardization of equipment, enabling high-performance network . Keywords: Structured Cabling, Network Design, Computer Networks, NBR 14565:2000.

Page 8: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1.1 – Exemplo de rede ponto-a-ponto ............................................................ 19

Figura 1.2 – Desempenho do pedido de um arquivo ................................................. 20

Figura 1.3 - Topologia em Barramento ...................................................................... 22

Figura 1.4 - Topologia em Anel ................................................................................. 23

Figura 1.5 - Topologia em Estrela ............................................................................. 23

Figura 1.6 - Topologia em Malha. .............................................................................. 25

Figura 1.7 - Componentes básicos de uma rede. ...................................................... 27

Figura 1.8 – Estrutura básica de um cabo coaxial ..................................................... 29

Figura 1.9 – Cabo com par trançado UTP. ................................................................ 31

Figura 1.10 – Estrutura da fibra óptica. ..................................................................... 31

Figura 1.11 – Funcionamento de um Hub. ................................................................ 33

Figura 1.12 – Funcionamento do Switch. .................................................................. 33

Figura 1.13 – Funcionamento do Roteador. .............................................................. 34

Figura 2.1 – Subsistemas de cabeamento estruturado ............................................ 38

Figura 2.2 – Subsistema de cabeamento horizontal. ............................................... 40

Figura 2.3 – Método de conexão cruzada. ............................................................... 42

Figura 2.4 – Método de interconexão. ...................................................................... 43

Figura 2.5 – Backbone de edifício. ........................................................................... 44

Figura 2.6 – Backbone de campus. .......................................................................... 44

Figura 2.7 – Área de Trabalho. ................................................................................. 45

Figura 2.8 – Sala de telecomunicações típica. ......................................................... 47

Figura 2.9 – Localização da sala de equipamentos em um edifício comercial. ........ 48

Figura 3.1 – Ligação dos condutores às vias/contatos da tomada. ........................... 54

Figura 3.2 – Topologia da NBR 14565. ..................................................................... 55

Figura 3.3 – Parâmetros para os comprimentos máximos dos cabos. ...................... 56

Figura 3.4 – Exemplo de planta para projeto de cabeamento estruturado. ............... 57

Figura 4.1 – Distância para a instalação do PT. ........................................................ 60

Figura 4.2 – Distancias permitidas para o cabeamento secundário. ......................... 61

Figura 4.3 – Sala de telecomunicações do bloco administrativo. .............................. 64

Page 9: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

LISTA DE TABELAS

Tabela 4.1 – Dimensionamento de cabos em eletrocalhas. ...................................... 63

Tabela 4.2 – Contabilidade........................................................................................ 66

Tabela 4.3 - Controladoria ......................................................................................... 66

Tabela 4.4 – Sala de Reunião ................................................................................... 67

Tabela 4.5 - Compras ................................................................................................ 67

Tabela 4.6 - Financeiro ............................................................................................. 68

Tabela 4.7 – Recursos Humanos .............................................................................. 68

Tabela 4.8 – Sala de Telecomunicações .................................................................. 69

Tabela 4.9 – Administração 1 .................................................................................... 70

Tabela 4.10 – Administração 2 .................................................................................. 70

Tabela 4.11 – Gerência ............................................................................................. 71

Tabela 4.12 – Faturamento ....................................................................................... 71

Tabela 4.13 – Recepção ........................................................................................... 72

Tabela 4.14 – Informática .......................................................................................... 72

Tabela 4.15 – Jurídico ............................................................................................... 73

Tabela 4.16 – Segurança do trabalho ....................................................................... 73

Tabela 4.17 – Corredores ......................................................................................... 74

Tabela 4.18 – Total ................................................................................................... 74

Page 10: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associacao Brasileira de Normas Técnicas

AMN - AMN - Associação Mercosul de Normalização

ANSI - American National Standards Institute

AT – Armário de telecomunicações

ATR – Área de Trabalho

CD – Compact Disk

CER – Configuração de Engate óptico

CL – Comprimento do Lance do Cabo

cm – Centímetros

COPANT – Comisión Panamericana de Normas Técnicas

DGT – Distribuidor Geral de Telecomunicações

DI – Distribuidor Intermediário

DS – Distribuidor Secundário

Email – Eletronic mail

EIA - Electronic Industries Association

FTP - Foil Twisted Pair

IEC - International Electrotechnical Commission

IEEE - Institute of Eletrical and Eletronics Engineers

IP – Internet Protocol

ISO - International Organization for Standardization

LAN – Local Área Network

m - Metros

m² - Metros Quadrados

MAC - Media Access Control

MAN – Metropolitan Área Network

Mhz - Mega-hertz

mm – Milímetros

NBR – Norma Brasileira

OSI – Open Systems Interconnection

Page 11: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

PABX – Private Automatic Branch Exchange

PC – Personal Computer

PCC – Ponto de Consolidação de Cabos

PT - Ponto de Telecomunicação

PTC – Ponto de Transição de Cabos

PTR – Ponto de Terminação de Rede

RJ45 - Registered Jack

SC – Sistema Campus

SCS – Structured cabling system

SEQ – Sala de Equipamentos

SET – Sala de Entrada de Telecomunicações

STP - Shielded Twisted Pair

TCP – Transmission Control Protocol

TI – Tecnologia da Informação

TIA - Telecommunications Industry Association

UTP - Unshielded Twisted Pair

WAN – Wide Área Network

WIMAX - Worldwide Interoperability for Microwave Access

Page 12: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

LISTA DE SÍMBOLOS

μm – Micrómetro (unidade de medida)

Ω - ohm (unidade de resistência elétrica)

% - Porcentagem

Page 13: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ..................................................................................... 15

1 REDES DE COMPUTADORES ......................................................... 17 1.1 CONCEITOS DE REDES .................................................................................... 17 1.2 CLASSIFICAÇÃO DE REDES ............................................................................ 18 1.2.1 Redes Locais .................................................................................................... 18 1.2.2 Redes Metropolitanas....................................................................................... 18 1.2.3 Redes de Longa Distância ............................................................................... 18 1.3 TIPOS DE REDES .............................................................................................. 19 1.3.1 Redes Ponto a Ponto ....................................................................................... 19 1.3.2 Redes Cliente/Servidor..................................................................................... 20 1.4 TOPOLOGIAS DE REDES .................................................................................. 21 1.4.1 Topologia Barramento ...................................................................................... 21 1.4.2 Topologia Anel ................................................................................................. 22 1.4.3 Topologia Estrela ............................................................................................. 23 1.4.4 Topologia em Malha ......................................................................................... 24 1.5 DISPOSITIVOS DE REDES ............................................................................... 25 1.5.1 Servidor ............................................................................................................ 25 1.5.2 Cliente .............................................................................................................. 26 1.5.3 Recurso ............................................................................................................ 26 1.5.4 Protocolo .......................................................................................................... 26 1.5.5 Cabeamento ..................................................................................................... 26 1.5.6 Placa de Rede .................................................................................................. 27 1.5.7 Hardware de Rede ........................................................................................... 27 1.6 MEIOS DE TRANSMISSÃO ................................................................................ 28 1.6.1 Meios guiados e não-guiados ........................................................................... 28 1.6.2 Mídias físicas utilizadas .................................................................................... 28 1.6.2.1 Cabo coaxial .................................................................................................. 29 1.6.2.2 Cabo par trançado ......................................................................................... 30 1.6.2.3 Fibra óptica .................................................................................................... 31 1.6.2.3 Redes sem fio ............................................................................................... 32 1.7 DISPOSITIVOS DE INTERCONEXÃO ............................................................... 32 1.7.1 Hub ................................................................................................................... 32 1.7.2 Switch ............................................................................................................... 33 1.7.3 Roteador ........................................................................................................... 34

2 CABEAMENTO ESTRUTURADO ..................................................... 35 2.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................... 35 2.2 BREVE HISTÓRICO ........................................................................................... 35 2.3 CONCEITO ......................................................................................................... 36 2.4 A EVOLUÇÃO ..................................................................................................... 37 2.5 OS PADRÕES ..................................................................................................... 37 2.6 CABEAMENTO ESTRUTURADO: SISTEMAS E SUBSISTEMAS ..................... 38 2.6.1 Cabeamento horizontal .................................................................................... 39 2.6.1.1 Conexões Cruzadas ...................................................................................... 42 2.6.1.2 Interconexão .................................................................................................. 43

Page 14: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

2.6.2 Cabeamento de backbone ............................................................................... 43 2.6.3 Área de trabalho ............................................................................................... 45 2.6.4 Sala de telecomunicações ................................................................................ 46 2.6.5 Sala de equipamentos ...................................................................................... 47 2.6.6 Infraestrutura de entrada .................................................................................. 49

3 NORMA NBR 14565 .......................................................................... 50 3.1 A ABNT ............................................................................................................... 50 3.2 A NORMA NBR 14565 ........................................................................................ 50 3.2.1 Propósitos da NBR 14565 ................................................................................ 51 3.2.2 Definições ......................................................................................................... 51 3.2.3 Cabos ............................................................................................................... 55 3.2.4 Projeto de Cabeamento de Telecomunicações para rede interna estruturada em edificações comerciais ........................................................................................ 56

4 PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO .............................. 58 4.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO .................................................................................. 58 4.2 ÁREA DE TRABALHO ........................................................................................ 59 4.3 CABEAMENTO DE REDE SECUNDÁRIA .......................................................... 60 4.4 ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES .............................................................. 63 4.5 REDE PRIMÁRIA ................................................................................................ 64 4.6 SALA DE EQUIPAMENTOS ............................................................................... 65 4.7 SALA DE ENTRADA DE TELECOMUNICAÇÕES .............................................. 65 4.8 LISTA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS ....................................................... 65 4.9 PLANTA BAIXA DO BLOCO ADMINISTRATIVO COM A IMPLANTAÇÃO DO CABEAMENTOESTRUTURADO .............................................................................. 75

CONCLUSÃO ....................................................................................... 76

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................... 78

APÊNDICE A ........................................................................................ 79

APÊNDICE B ........................................................................................ 80

APÊNDICE C ....................................................................................... 81

Page 15: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

15

INTRODUÇÃO

Com a crescente necessidade de compartilhamento de recursos, dados e

informações, as redes de computadores surgiram acompanhando o rápido avanço

da ciência e da tecnologia nos últimos tempos. Redes e sistemas de computadores

são praticamente indispensáveis para o funcionamento de empresas e instituições

hoje em dia.

Com o passar do tempo, mais estudos e ferramentas são desenvolvidas para

que as redes fiquem mais velozes, precisas e seguras, pois é através das redes de

computadores que será possível essa troca de informações. O planejamento e a

instalação de uma rede bem estruturada têm grande influência no desempenho,

qualidade e na confiabilidade que as redes empresariais precisam ter.

“Independente do tamanho e do grau de complexibilidade, o objetivo de uma rede é

garantir que todos os recursos disponíveis sejam compartilhados rapidamente, com

segurança e de forma confiável” (PINHEIRO, 2003, p.2). Somente com um sistema

apto para a distribuição das informações, é poss vel manter a organi a o informada

a um custo viável e dentro do prazo estipulado. Dentro deste contexto, um sistema

de cabeamento estruturado projetado e instalado corretamente, tem por objetivo

fornecer velocidade e segurança vitais para todo esse sistema, além de, organizar e

unificar instalações de cabos existentes e os novos sistemas de cabeamento em

edificações comerciais, residenciais e industriais, tornando-se assim um sistema

padrão, servindo como referencia no desenvolvimento de novos produtos e soluções

para o seguimento de redes. (PINHEIRO, 2003)

Este trabalho consiste em elaborar um Projeto de Cabeamento Estruturado

para um hospital público, sendo este, a Associação Hospitalar Santa Casa de Lins,

para isto é preciso explicar de forma clara em que consiste um Projeto de

Cabeamento Estruturado, suas vantagens, custos, equipamentos necessários, além

de outros itens pertinentes ao projeto.

Por ser uma instituição instalada em um prédio antigo e quando foi construído

nem sequer existia o sistema de telefonia, não houve nenhum planejamento quanto

a redes de telecomunicações, pois não existia esse conceito de redes estruturadas

na época. Com o avanço das tecnologias de telecomunicações, antigas edificações,

como esta, necessitam de várias mudanças para que possam se adequar as normas

Page 16: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

16

exigidas. Surgindo a questão, como elaborar um projeto de cabeamento estruturado

para o bloco administrativo de um hospital público adequando o local com as normas

da ABNT, utilizando em especifico a norma NBR 14565:2000.

Este trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta para uma nova

infraestrutura de Rede de Computadores para o bloco administrativo de uma

Instituição Publica de Saúde do Estado de São Paulo, sendo esta a Associação

Hospitalar Santa Casa de Lins, localizada na cidade de Lins-SP. Não existe

infraestrutura atualmente no bloco sendo necessária a elaboração de um projeto

para toda a rede de acordo com as necessidades do hospital. Então seguindo os

conceitos da norma ABNT, especificamente a norma NBR 14565, foi elaborado um

projeto de cabeamento estruturado para o bloco administrativo da Santa Casa de

Lins, com a finalidade de prover a conexão à todos os pontos das salas bem como

possibilitar expansões futuras se necessárias além de garantir o desempenho e a

confiabilidade da Rede, bem como apresentar os conceitos sobre as Redes de

Computadores e Cabeamento Estruturado para que se fosse possível analisar e

avaliar as necessidades do Hospital e propor um projeto de acordo com as precisões

atuais e futuras.

Foi necessário realizar uma pesquisa para a obtenção de informações

pertinentes ao projeto, assim ficou definido que a pesquisa seria do tipo exploratório-

explicativa com abordagem qualitativa e quantitativa.

A pesquisa foi realizada por meio de pesquisa documental, bibliográfica em

diversos meios, tais como, livros, internet, catálogos de especificações de

equipamentos fornecidos por empresas da área de Redes, além de visitas aos

setores administrativos do Hospital, onde foram coletadas informações necessárias

para a elaboração do projeto.

Page 17: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

17

1 REDES DE COMPUTADORES

Este capítulo aborda os principais conceitos sobre as redes de computadores

para um melhor entendimento sobre os componentes que compõem uma rede, bem

como apresentar a classificação das redes, arquiteturas de redes, topologias mais

comuns, dispositivos usados em uma rede e os meios de transmissão.

1.1 CONCEITOS DE REDES

Uma rede de computadores basicamente consiste em dois computadores ou

mais dispositivos interligados entre si com o objetivo de compartilhar dados,

impressoras, mensagens entre outros, onde se tem várias formas e recursos que

podem ser interligados e compartilhados, mediante meios de acesso, protocolos e

requisitos de segurança.

As redes de computadores surgiram e evoluíram com a crescente necessidade do compartilhamento dos recursos computacionais e de informação nas empresas. As primeiras redes eram de pequeno porte, com poucos computadores interligados. Registra-se que um dos primeiros sistemas integrados de computadores começou a funcionar comercialmente nos Estados Unidos em 1964, para utilização nos serviços de reservas de passagens de companhias aéreas. Essas primeiras redes utilizavam soluções patenteadas de um único fabricante. (PINHEIRO, 2003, p.1)

No início da era computacional, não existiam redes que interligavam

geograficamente os computadores, mas com o passar do tempo e o maior número

de computadores que tinham a necessidade de se interligar surgiram as redes para

fazer essa comunicação entre os computadores, permitindo que os recursos

utilizados por um computador pudessem ser compartilhados aos demais

computadores da rede, conforme a necessidade. As redes de computadores foram

crescendo cada vez mais, e com essa evolução surgiu a internet como a

conhecemos hoje, conectando computadores e outros dispositivos ao redor de todo

o mundo.

“Na década de 1970 houve a primeira iniciativa para a implantação de uma

rede de computadores de diferentes fabricantes”. (PINHEIRO, 2003, p.1).

Page 18: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

18

1.2 CLASSIFICAÇÃO DE REDES

Com o crescimento das redes, juntamente com a realização de diversos

estudos referentes ao assunto, surgiram os conceitos de redes como conhecemos

hoje: redes locais, Local Área Network (LAN), redes metropolitanas, Metropolitan

Área Network (MAN) e redes de longa distância, Wide Área Network (WAN).

1.2.1 Redes Locais

LAN é o tipo de rede que é usada em empresas, escritórios e em nossas

residências. São usadas para conectar estações de trabalho e computadores

pessoais, possibilitando troca de arquivos, impressão e compartilhamento do acesso

a internet. Geralmente são redes de pequeno porte limitadas a poucos quilômetros,

e dependem da empresa ou da organização para ser administrada. Ela permite o

compartilhamento de recursos entre computadores pessoais como impressoras,

gravadores de CD, entre outros. Além do tamanho outra característica que distingue

uma LAN das demais classificações é o tipo de meio de transmissão e a topologia

que são usadas para essa determinada rede. (FOROUZAN, 2006)

1.2.2 Redes Metropolitanas

Conhecidas como MAN, são as redes que interligam várias LANs

geograficamente próximas umas das outras abrangendo uma cidade, por exemplo,

assim uma MAN permite que dois pontos distantes possam se comunicar como se

fizesse parte de uma mesma rede local. “São redes distantes mas em um mesmo

espaço físico como é o caso da tecnologia WIMAX, que permite acessar a internet

da sua casa, empresa ou escritório, sem fios e sem se preocupar com distâncias”.

(RUSCHEL, 2007, p.2).

1.2.3 Redes de Longa Distância

As WANs, são um “Tipo de redes que interligam várias redes, possibilitando a

comunicação entre filiais de uma empresa em qualquer parte do mundo”.

(RUSCHEL, 2007, p.2). Um exemplo de redes WAN é a própria Internet que permite

Page 19: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

19

a comunicação entre vários computadores em diversas partes do mundo,

possibilitando o acesso a vários recursos como pesquisas, trocas de mensagem

entre outros.

1.3 TIPOS DE REDES

Segundo Torres (2001), existem dois tipos básicos de redes onde os dados

são compartilhados, são elas: as redes ponto-a-ponto e as redes cliente/servidor. A

rede ponto a ponto é usada em redes pequenas, como redes residenciais e redes de

pequenas empresas. A rede cliente servidor é usada tanto em redes pequenas

quanto em redes grandes. Esses tipos de redes não dependem da estrutura física

usada pela rede, mas sim como ela esta configurada em software.

1.3.1 Redes Ponto a Ponto

São redes de pequeno porte que não utilizam um servidor central, são redes

mais comuns em residências por serem ligadas diretamente a Switchs, Hubs e

Roteadores, apenas para o compartilhamento do acesso à Internet, impressoras e

troca de arquivos. Cada ponto na rede tem privilégios iguais a todos os demais

pontos da mesma rede.

Figura 1.1 – Exemplo de rede ponto-a-ponto Fonte: Torres, 2001, p.8

Page 20: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

20

1.3.2 Redes Cliente/Servidor

Uma rede Cliente/Servidor é um sistema de rede que possui um servidor

central, que é o responsável pelo gerenciamento e pela distribuição das tarefas da

rede, como gerenciamento de usuários, controle de internet, compartilhamento de

arquivos, paginas da Internet, banco de dados entre outras funções. Os pontos de

rede desse sistema consistem em vários clientes e pelo menos um servidor. Os

clientes e servidores se comunicam através de uma rede de computadores, um

cliente não compartilha nenhum dos seus recursos, mas faz solicitações de recursos

ou conteúdos ao servidor que é o host que está executando esses serviços e

programas e compartilham com os clientes. Atualmente esse é o modelo

predominante em redes de computadores.

Torres (2001) diz que o servidor central nada mais é que um computador que

gera recursos para os demais computadores da rede, pode ficar sobrecarregado

com a utilização de várias tarefas, além de fornecer recursos aos demais

computadores da rede, assim tornando baixo o desempenho da rede. Com um

servidor dedicado isso já não acontece. Um servidor de arquivos, por exemplo, onde

este responde só por essa tarefa, o desempenho é muito mais ágil, assim

conseguindo responder mais rapidamente as solicitações, conforme ilustrado na

figura 1.2 abaixo.

Figura 1.2 – Desempenho do pedido de um arquivo Fonte: Torres, 2001, p. 13

Page 21: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

21

Torres (2001) resume que redes cliente/servidor, são redes normalmente

usadas em redes com mais de 10 computadores, onde toda a administração e

configuração são centralizadas, com isso melhorando a organização dos serviços e

a segurança da rede. Este tipo de rede possibilita, por exemplo, um banco de dados

que pode ser modificado por vários usuários ao mesmo tempo. O custo é maior que

a rede ponto a ponto, mas com maior desempenho, alta segurança e a possibilidade

do uso de aplicações de cliente/servidor.

1.4 TOPOLOGIAS DE REDES

“O termo topologia física refere-se ao modo segundo o qual uma rede é

montada fisicamente. Dois ou mais dispositivos formam um link; dois ou mais links

geram uma topologia de rede.” (FOROUZAN, 2006, p.39). São as topologias de

redes que definem como a rede é interligada, isso é feito de acordo com a

necessidade das empresas e instituições, levando em consideração tanto o ponto de

vista físico, quanto lógico. A topologia física define basicamente como a rede é

conectada fisicamente e o meio de conexão dos dispositivos da rede. Já a topologia

lógica se refere ao modo de como os nós da rede se comunicam através dos meios

de transmissão. “Como o nome indica, a estrutura de interconexão ou topologia se

refere ao modo como os computadores de uma rede estão interconectados.

Algumas das alternativas mais comuns são estrela, anel, barramento, malha e

irregular”. (OZSU, 2001, p.60)

1.4.1 Topologia Barramento

A topologia barramento (Figura 1.3) foi a mais utilizada no passado, sendo

que foi ela a pioneira das topologias de redes. Consistia em se interligar pontos de

uma rede utilizando um determinado padrão de cabo coaxial. Em relação às demais

topologias é o formato mais simples de conexão.

A maior vantagem de uma topologia em barramento é a facilidade de instalação. O cabo backbone pode ficar situado ao longo de um caminho mais eficiente, então conectar os nós através de segmentos de cabo de vários comprimentos possíveis. Desse modo, a topologia em barramento usa menos cabeamento que as topologias em malha ou estrela. (FOROUZAN, 2006, p.41)

Page 22: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

22

Apesar de sua instalação simples, o único inconveniente é que se houver

uma interrupção física do cabo em um ponto, todo o restante da rede a partir da

falha fica sem conexão.

Figura 1.3 - Topologia em Barramento Fonte: Forouzan, 2006, p.41

1.4.2 Topologia Anel

De acordo com Ozsu (2001), na topologia de rede em anel (figura 1.4), os

computadores estão conectados ao meio de transmissão, que tem a forma de um

loop, ou seja, ela se fecha em seu ponto de origem formando um anel. Seu

funcionamento é simples, basicamente, cada ponto coloca seus pacotes na rede e

esse pacote circula no anel até chegar ao ponto de destino. Para começar uma

transmissão, ele tem que esperar por um símbolo, chamado de token. Este símbolo

tem um padrão de bits que indica que a rede está livre. Existe também um símbolo

padrão para indicar que a rede está em uso.

A topologia anel não interliga as estações diretamente, mas os pontos da

rede são ligados em uma serie de repetidores interligados por um meio físico. Uma

rede em anel é relativamente fácil de instalar e reconfigurar, pois cada dispositivo é

interligado somente com os dois vizinhos imediatos.

Uma desvantagem é que se, por acaso apenas uma das máquinas falhar,

toda a rede pode ser comprometida, já que a informação só trafega em uma direção,

que no caso é circular.

Page 23: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

23

Figura 1.4 - Topologia em Anel Fonte: Forouzan, 2006, p.41

1.4.3 Topologia Estrela

A topologia Estrela (Figura 1.5), é uma das topologias mais comuns

atualmente, e consiste basicamente em interligar todos os pontos em um

concentrador como ponto central da rede. Este concentrador normalmente é um

hardware, conhecido como Hub ou Switch, ele se encarrega de gerenciar todo o

tráfego da rede. Todos os pontos da rede, tanto os servidores quanto computadores,

só poderão se comunicar através deste concentrador, sem ele não há comunicação

entre os computadores.

Figura 1.5 - Topologia em Estrela Fonte: Forouzan, 2006, p.40.

Page 24: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

24

Uma das vantagens da topologia estrela é a robustez, pois se um cabo ou

meio de transmissão se romper, ou for retirado para ajustes, somente o nó ligado a

este cabo ficará parado, não prejudicando os demais pontos que permanecem

ativos, sem a interrupção do sinal. Isto facilita também na localização da falha e na

manutenção.

1.4.4 Topologia em Malha

Na topologia em Malha (Figura 1.6), os computadores e redes locais

interligam-se entre si, ponto a ponto, através de cabos e dispositivos de interligação.

É uma topologia muito complexa, e o nível de complexidade aumenta a medida que

cresce o número de dispositivos. É uma rede de alto custo e de difícil

gerenciamento. Forouzan (2006), cita:

As principais desvantagens de uma rede em malha estão relacionadas ao cabeamento excessivo e à quantidade de interfaces E/S necessárias ao funcionamento da rede. A primeira desvantagem deve-se ao fato de que cada dispositivo precisa ser conectado aos demais na rede. Isto torna a instalação e configuração da rede bastante difícil. Ainda em relação ao cabeamento, o sistema de canaletas para acomodar os cabos pode tornar-se maior que o espaço disponível no ambiente de rede(nas paredes, tetos ou pisos). Finalmente , o custo do Hardware exigido para conectar cada link (interfaces E/S e cabos) pode tornar-se proibitivamente elevado. Por essas razões, a topologia em malha, quando implementada, apresenta-se maneira bastante limitada – por exemplo, como uma backbone interligando os computadores principais. (FOROUZAN, 2006, p.40)

Mas por outro lado, a topologia em Malha também apresenta muitas

vantagens quando comparada as demais topologias, pois é uma rede tolerante a

falhas pelo menos na parte de cabeamentos. Dentre as vantagens dessa rede,

Forouzan (2006), comenta que, primeiramente, a utilização de links dedicados

possibilita o tráfego dos dados apenas na conexão que estiver fechada. Isso elimina

os problemas de tráfego decorrentes da necessidade de compartilhar o link entre

muitos dispositivos.

Segundo Forouzan (2006), a topologia malha é muito robusta. Se uma

conexão ou link cair, não ocorre a interrupção da comunicação do sistema como um

todo, pois os outros links assumem a conexão não deixando o serviço cair.

Page 25: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

25

Figura 1.6 - Topologia em Malha. Fonte: Forouzan, 2006, p.39.

1.5 DISPOSITIVOS DE REDES

De acordo com Torres (2001), os principais componentes de uma rede são:

Servidores, Clientes, Recursos, Protocolos, Cabeamento, Placas de Redes,

Hardware de Rede, entre outros, que juntos proporcionam o correto funcionamento

de uma rede de computadores. Uma rede de computadores é constituída por

diversos dispositivos, não sendo possível citá-los todos aqui, porém é importante

ressaltar que cada um possui sua determinada função e que trabalham juntos para o

correto funcionamento da rede em si.

1.5.1 Servidor

“É um micro ou dispositivo capaz de oferecer um recurso para rede. Em redes

ponto-a-ponto não há a figura do servidor; nesse tipo de redes os micros ora

funcionam como servidores, ora como clientes.” (TORRES, 2001, p.19).

O servidor é o computador central responsável por fornecer um ou diversos

serviços da rede, que podem ser, acesso à internet, compartilhamento de arquivos,

impressoras, serviços de email, entre outros. Também é o responsável por garantir o

desempenho e a segurança das informações da rede, bem como as permissões dos

seus usuários.

Page 26: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

26

1.5.2 Cliente

“É um micro ou dispositivo que acessa os recursos oferecidos pela rede.”

(TORRES, 2001, p. 20). O cliente é o requisitante do serviço, é quem executa os

programas fornecidos pelo servidor. Cliente pode ser considerado ainda como a

máquina operada pelo usuário final, que executa as tarefas que a empresa

necessita.

1.5.3 Recurso

“Qualquer coisa que possa ser oferecida e usada pelos clientes da rede,

como impressoras, arquivos, unidades de disco, acesso a Internet, etc.” (TORRES,

2001, p.20). O recurso é todo e qualquer serviço que é necessário ser fornecido pela

rede para os usuários, os recursos são os programas ou arquivos, por exemplo,

necessários para que uma máquina cliente possa trabalhar.. No servidor é onde

estarão centralizados todos os recursos oferecidos para a rede,

1.5.4 Protocolo

Em uma rede de computadores, existem vários dispositivos, como

computadores, impressoras, switches, mas para que todos esses dispositivos

possam se entender e se comunicar, eles precisam falar a mesma linguagem. Essa

linguagem é conhecida como protocolo. Existem vários protocolos e cada um tem

suas particularidades e finalidades, um deles, por exemplo, o TCP/IP, é um famoso

protocolo usado para comunicação em redes, é muito utilizado na Internet

permitindo que os computadores possam se comunicar e acessar o conteúdo

disponibilizado na rede. (TORRES, 2001)

1.5.5 Cabeamento

“Os cabos da rede transmitem os dados que serão trocados entre os diversos

dispositivos que compõem uma rede”. (TORRES, 2001, p. 20). Os cabeamentos de

uma rede são os meios físicos pelo quais são transmitidos todos os dados na rede,

voz, dados, imagens, músicas, são alguns exemplos desses dados.

Page 27: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

27

Existem diversos tipos de cabos, cada um com suas características próprias,

e para cada tipo de rede deve-se reverificar a necessidade do cabo a ser utilizado

com relação a interferências, alcance e custos.

1.5.6 Placa de Rede

A placa de rede, também conhecida por ethernet, é a responsável pela

ligação física dos PCs na rede, onde toda a conexão é feita, pois já que

internamente os PCs usam um sistema de comunicação totalmente diferente do

utilizado em rede. (TORRES, 2001)

1.5.7 Hardware de Rede

“Eventualmente poderá ser necessário o uso de periféricos para efetuar ou

melhorar a comunicação da rede[...] Switches, Hubs e Roteadores são apenas

outros periféricos que você poderá eventualmente encontrar“. (TORRES, 2001, p.

20).

A figura 1.7 apresenta um exemplo de uma rede simples, mas que mostra os

componentes básicos que foram citados anteriormente.

Figura 1.7 - Componentes básicos de uma rede. Fonte: Torres, 2001, p. 19.

Page 28: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

28

1.6 MEIOS DE TRANSMISSÃO

Uma infraestrutura de rede precisa de um meio pelo qual os dados serão

transportados entre os dispositivos da rede. Os meios de transmissão são a parte

física da rede, os cabos propriamente dito e os demais elementos usados pelo

sistema que são os meios físicos de transmissão entre as estações da Rede. “Um

sistema estruturado utilizando cabeamento de par trançado, por exemplo, utiliza

componentes diferentes de um sistema de cabeamento utilizando fibra óptica“

(PINHEIRO, 2003, p.4).

Assim cada sistema varia de acordo com os componentes da rede, topologia

utilizada, velocidade de tráfego necessária e tipo de instalação física. Cada tipo cabo

tem suas características próprias, vantagens e desvantagens.

1.6.1 Meios guiados e não-guiados

Basicamente a função de qualquer meio de transmissão é conduzir

informações através de uma rede, cada meio de transmissão tem suas

características particulares que cabe ao projetista avaliar a necessidade da rede e

decidir qual meio usar.

Os meios de transmissão, basicamente são classificados em dois grupos:

meios guiados e não guiados. Os meios guiados são os cabos de cobre e os cabos

de fibra óptica, por exemplo. Os meios não-guiados podem ser exemplificados como

as ondas de radio e raios laser que são ondas transmitidas pelo ar.

1.6.2 Mídias físicas utilizadas

“Os meios f sicos guiados s o utili ados em redes de computadores para

conectar os diversos equipamentos entre si”. (PINHEIRO. 2003, p.9). Dentro deste

contexto, de acordo com cada necessidade da rede, os meios guiados são o tipo

mais comum usado para fazer a conexão entre os equipamentos da rede. Os mais

comumente usados são: o cabo coaxial, o cabo de pares trançados e a fibra óptica.

Page 29: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

29

1.6.2.1 Cabo coaxial

O cabo coaxial é um meio físico guiado usado para transmitir sinais. Ele é

constituído por um fio de cobre rígido, que é o núcleo dele, e revestido por uma

malha metálica isolante que também é revestida por uma blindagem de lamina

metálica e uma capa plástica protetora. Inicialmente esse era o tipo de cabeamento

mais utilizado nas redes locais de computadores.

Segundo PINHEIRO (2003), o cabo coaxial apresenta vantagens e

desvantagens quando comparado a outros meios de transmissão. Por exemplo,

quando comparado a cabos de par trançado em instalações onde existem muitos

ruídos eletromagnéticos, o cabo coaxial, possui vantagem com relação ao cabo de

par trançado por ser imune a interferências eletromagnéticas, devido a sua

blindagem, por oferecer uma melhor imunidade a esses ruídos.

Mas entre as desvantagens está o custo, sendo relativamente mais caro que

os cabos de par trançado e também pela dificuldade de suas conexões que utilizam

interfaces para isso. Outro problema é se instalado em topologia barramento, por

exemplo, se um cabo se romper ou estiver com mal contato o restante da rede

inteira fica comprometida. Por isso ele não é um cabo muito utilizado hoje em dia

para redes locais. A figura 1.8 ilustra uma estrutura básica de um cabo coaxial.

Figura 1.8 – Estrutura básica de um cabo coaxial Fonte: Pinheiro, 2003, p. 10.

Page 30: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

30

1.6.2.2 Cabo par trançado

“O nome de cabo de par tran ado é devido ao fato de pares de fios se

entrelaçarem por toda extensão do cabo, evitando assim as interferências externas

ou entre os próprios condutores do cabo“ (PINHEIRO, 2003, p.17). Atualmente, nos

projetos de redes, os cabos que são mais utilizados são os cabos com par trançado

principalmente devido a facilidade de instalação e o baixo custo, são constituídos por

quatro pares de fios de cobre entrelaçados que evitam interferências externas. O

cabo de par trançado foi o substituto do cabo coaxial por oferecer uma ótima

condutividade, baixo custo e facilidade de instalação e manutenção.

Existem os seguintes tipos de cabos de par traçado: Shielded Twisted Pair

(STP), Foiled Twisted Pair (FTP) e o Unshielded Twisted Pair (UTP). O cabo STP é

um tipo de cabo de par trançado que possui uma malha de blindagem envolvendo

cada par trançado com o objetivo de reduzir as interferências externas. O cabo STP

é mais utilizado em casos de ambientes com grande nível de interferência, sendo

que atualmente está sendo preferencialmente substituído por fibra óptica.

O cabo FTP possui uma película de metal enrolada sob o conjunto de fios que

adicionam uma proteção especial ao cabeamento. São projetados para ambientes

que necessitam de uma maior eficácia à interferências.

O cabo UTP, ou cabo sem blindagem é o tipo de cabo mais utilizado tanto

nas redes locais, quanto em indústrias devido ao seu fácil manuseio, instalação e

custo, permitindo altas taxas de transmissão.

O alto desempenho alcançado em termos de qualidade pelos cabos UTP, aliado ao baixo custo de aquisição e instalação dos mesmo nas redes de computadores, motivou a sua padronização tanto por parte dos projetistas quanto dos fabricantes de equipamentos, que o utilizam em seus projetos e precisam garantir a confiabilidade e o desempenho do cabeamento. (PINHEIRO, 2003. P.19)

Assim, os cabos UTP são os mais utilizados atualmente, a figura 1.9 ilustra

um cabo de par trançado UTP.

Page 31: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

31

Figura 1.9 – Cabo com par trançado UTP. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 20.

1.6.2.3 Fibra óptica

A fibra óptica é um meio de transmissão que usa a luz para transportar os

dados através de uma rede, a fibra que é constituída geralmente de vidro transmite

as informações através de sinais luminosos com velocidades de tráfego muito

próximas à velocidade da luz que pode ser até um milhão de vezes maior que o

cabo de par trançado ou coaxial. Segundo Pinheiro (2003), a fibra óptica é formada

por duas partes: núcleo e casca. O núcleo é onde a luz se propaga, constituído pelo

filamento de vidro. A casca é a responsável por aprisionar e deixar esse feixe de luz

no interior do núcleo. A fibra também possui uma proteção de plástico que reveste e

protege contra o meio externo. A figura 1.10 ilustra a estrutura da fibra óptica. Dentre

as muitas vantagens, a fibra óptica também é imune a interferências

eletromagnéticas, por ser isolada dentro do cabeamento, não captam os ruídos

externos. São mais finas e mais leves que os cabos coaxiais ou par trançado e são

utilizadas em sistemas que exigem altas taxas de transmissão de dados, pois ainda

é uma tecnologia cara em relação a outros meios de transmissão.

Figura 1.10 – Estrutura da fibra óptica. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 28.

Page 32: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

32

1.6.2.3 Redes sem fio

Segundo Torres (2001), o sistema sem fio como o próprio nome diz, é um

meio de transmissão que não utiliza meio físicos para a transmissão dos dados

como os fios de cobre. As redes sem fio usam o ar como meio para a transmissão e

troca de informações, é um tipo de meio físico não guiado. As redes sem fio são

uma opção para a conexão de redes ou máquinas, mas nem sempre é viável pelo

fato da existência de obstáculos que podem comprometer o funcionamento e

desempenho da rede, devendo ser corretamente estudada a viabilidade para o uso

da mesma. Os sistemas mais comuns e conhecidos para a transmissão de dados

sem fio são: rádio, infravermelho e laser. O sistema de transmissão por ondas de

radio é o mais conhecido e mais utilizado nas redes de computadores.

1.7 DISPOSITIVOS DE INTERCONEXÃO

Neste tópico serão abordados conceitos e características dos componentes

que são utilizados para interligar e controlar de forma estruturada uma rede de

computadores. Cada dispositivo tem suas funções e atribuições próprias e caberá ao

projetista da rede decidir quais dispositivos serão necessários para a instalação da

rede.

Os dispositivos mais utilizados geralmente são: o Hub, o Switch e o roteador.

Estes dispositivos são citados logo a seguir.

1.7.1 Hub

Os Hubs são dispositivos concentradores, utilizados para conectar

dispositivos de uma rede. Geralmente usados em topologia estrela, um Hub nada

mais é que um repetidor multiportas, ele recebe a informação e distribui para todas

as outras portas, por exemplo, se uma máquina quer enviar um dado para outra,

todas as demais recebem esse mesmo dado, ao mesmo tempo causando muitas

colisões de pacotes, em outras palavras, um Hub compartilha um mesmo domínio

de colisão. O Hub não consegue ter um controle das portas que estão sendo

usadas, tudo que chega por uma porta é enviada a todas as demais, não importando

Page 33: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

33

se em uma determinada porta já está sendo enviado um pacote, o que causa a

colisão de pacotes, por isso os Hubs não são muito usados nas redes atualmente.

Os Hubs são considerados dispositivos que atuam na camada física do

modelo OSI, pois apenas geram os sinais elétricos novamente e os transmitem para

as demais portas, eles não tem a capacidade de interpretar os quadros de dados

que estão sendo enviados, não sabendo assim os endereços das portas ligadas a

ele, se ele soubesse poderia enviar diretamente ao destinatário. (TORRES, 2001)

A figura 1.11, mostra uma ilustração do funcionamento de um Hub.

Figura 1.11 – Funcionamento de um Hub. Fonte: Torres, 2001, p. 338.

1.7.2 Switch

Os Switches são equipamentos usados para conectar segmentos de uma

rede assim como um Hub, mas eles são capazes de enviar os pacotes para somente

à porta apropriada, ou seja, a porta de destino. Assim, o Switch consegue aumentar

o desempenho de uma rede, já que não haverá a colisão de pacotes, ele mantem o

caminho livre para o tráfego na rede. (TORRES, 2001), a figura 1.12 ilustra o

funcionamento de um Switch.

Figura 1.12 – Funcionamento do Switch. Fonte: Torres, 2001, p. 349.

Page 34: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

34

Um Switch consegue saber à que porta deve enviar o pacote, pois quando

uma máquina envia um pacote, o Switch lê o campo de endereço MAC de origem do

quadro e anota em uma tabela interna o endereço MAC da placa de rede, assim

quando ele tem que transmitir um pacote, ele consulta essa tabela, e verifica se o

endereço existe na tabela, ao encontrar o endereço na tabela, ele sabe para qual

porta deve enviar o pacote, e quando ele não sabe, ou seja, não tem o endereço na

tabela, ele envia para todas as portas. (TORRES, 2001).

Outra vantagem é que mais de uma conexão pode ser estabelecia ao mesmo

tempo, desde que as portas de origem ou destino já não estejam sendo usadas,

além da segurança, pois cada pacote possui seu campo de endereço e o mesmo só

é enviado à porta de destino, isso já não ocorre no Hub que envia para todas as

suas portas, com isso um hacker, por exemplo, pode implantar uma escuta em uma

porta do Hub e capturar informações pessoais da rede.

1.7.3 Roteador

Os roteadores são os responsáveis por selecionar o caminho mais apropriado

entre as redes e repassar os pacotes recebidos, ou seja, decidir qual o melhor

caminho disponível para um determinado pacote. Os roteadores atuam na camada

de rede do modelo OSI, não atuando nas camadas físicas, mas sim pelos protocolos

de alto nível. Isso significa que os roteadores não analisam os quadros físicos que

estão sendo transmitidos, mas sim os datagramas produzidos pelo protocolo de alto

n vel” (TORRES, 2001, p.354), desta forma o roteador pode ler e analisar os

datagramas IP dos pacotes. A figura 1.13, ilustra o funcionamento do roteador.

Figura 1.13 – Funcionamento do Roteador. Fonte: Torres, 2001, p. 354.

Page 35: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

35

2 CABEAMENTO ESTRUTURADO

Este capítulo aborda os principais conceitos e definições sobre cabeamento

estruturado, além de um breve histórico, padrões, sistemas e subsistemas de

cabeamento estruturado.

2.1 DEFINIÇÃO

O principal objetivo de uma rede de comunicação é de permitir a troca de

informações com qualidade, segurança e agilidade. Mas uma rede mal planejada ou

que não permite a movimentação, expansão ou adequação para atender novas

necessidades, pode ser um problema. Por isso, o conceito de cabeamento

estruturado tem como objetivo fornecer uma normatização que, se aplicada, vai

permitir que as redes possam estar prontas, para aceitar mudanças e que em caso

de falhas, elas possam ser solucionadas mais facilmente, comprometendo de forma

mínima os trabalhos realizados.

Basicamente uma rede estrutura precisa prover de maneira adequada, todos

os recursos e atender a todas as exigências da rede, seja expansão ou

movimentação dos pontos físicos da rede. Também um sistema de cabeamento

estruturado tem por objetivo prover uma estrutura única de cabeamento, capaz de

proporcionar acesso a vários sistemas de comunicação como dados, voz, imagens,

sinais de controle, entre outros. (PINHEIRO, 2003)

2.2 BREVE HISTÓRICO

Na década de 1980, ao se projetar prédios e edifícios, os sistemas de

telecomunicações não eram instalados no momento da construção. Segundo Marin

(2009), normalmente o pessoal de TI precisava instalar o seu cabeamento após a

ocupação do espaço.

Nesse período, o cabeamento de voz tinha estrutura mínima; uma instalação típica de um edifício comercial consistia em cabeamento de pares trançados, não blindados (UTP, Unshielded Twisted Pair) para voz em topologia estrela. O comprimento máximo do cabo e o número de cross-connects ou didtribuidores eram determinados pelo prestador de serviço ou pelo fabricante do equipamento que seria atendido por tal cabeamento.(MARIN, 2009, p. 23)

Page 36: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

36

Com o passar do tempo e a evolução da tecnologia, em meados de 1980,

grupos e organizações se juntaram para desenvolver padrões e normas para os

edifícios que estavam sendo construídos na época, uma série de normas foram

desenvolvidas afim de, padronizar as estruturas de cabeamento. (MARIN, 2009).

A partir de 1988, os primeiros sistemas de cabeamento integrando voz, vídeo

e dados foram lançados comercialmente. Surge então no mercado de redes o

conceito Structured Cabling System (SCS), Sistema de Cabeamento Estruturado,

que pretendia acabar com os problemas de incompatibilidade, criando-se um padrão

para a instalação desses sistemas.

2.3 CONCEITO

Hoje em dia é comum a prática de improvisar em sistemas de cabeamento

em residências e até mesmo em prédios comerciais para fazer a interligação de

computadores sem nenhum tipo de planejamento. Dessa forma, ocorrem muitos

problemas quando se deseja fazer mudanças ou adicionar mais máquinas e

equipamentos na rede. Por isso foi criado o conceito de cabeamento estruturado,

que possui um conjunto de normas e regras que tem como objetivo acabar com

estes problemas.

Além do sistema de cabeamento estruturado suprir todas as necessidades

das redes locais, de telefonia, entre outros, seu conceito também se baseia no

princípio de solucionar todos os problemas de crescimento, expansão e

redimensionamento das redes, bem como também a facilidade da pesquisa e

eliminação de possíveis pontos de falhas no cabeamento.

Segundo Marin (2009), “Cabeamento estruturado é um sistema que envolve

cabos e hardware de conexão (conforme definidos em normas), capaz de atender às

necessidades de telecomunicações e TI dos usuários de edifícios comerciais”.

O sistema de cabeamento estruturado pode prover ao usuário serviços como

a conexão de redes de computadores, sistemas de telefonia, sistemas fechados de

TV, sistemas de sonorização ambiente, sistemas de alarme para monitoração de

temperatura ou presença, dentre outros. (PINHEIRO 2003)

Page 37: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

37

2.4 A EVOLUÇÃO

O conceito de cabeamento estruturado surgiu e foi evoluindo para facilitar a

instalação e a manutenção do sistema de cabeamento. Com o crescimento da

demanda de serviços, decorrente das constantes necessidades de mudanças físicas

em prédios comerciais e em sistemas telefônicos, que inicialmente só tinham

serviços de dados e voz, e necessitavam de mudanças para se adequarem as novas

tecnologias, surgiam diversos problemas como: incompatibilidade de equipamentos

e interfaces, protocolos, conexões e diferentes tipos de cabos, entre outros.

(PINHEIRO 2003)

Segundo Pinheiro (2003), com as mudanças rápidas, a evolução da

tecnologia e a crescente necessidade de maior banda para transmissão de voz,

dados, vídeos e outros, como também computadores mais velozes e com serviços

integrados de voz e dados, as redes locais passaram por mudanças constantes e

diversos problemas surgiram. Na década de 1980, cada fabricante tinha sua

tecnologia patenteada, gerenciamento complexo, além de inúmeros protocolos, que

resultavam em uma inúmera diversidade de tipos de cabos, topologias, padrões de

ligações entre outros. Assim, padrões e regras foram criados para aumentar a

interoperabilidade entre os sistemas de comunicação e na interligação das redes.

2.5 OS PADRÕES

Para acabar com os problemas de incompatibilidade, de mudanças e

expansões nos sistemas de cabeamento, foi reconhecido que havia a necessidade

da criação de uma padronização dessas soluções. Assim foram organizadas

reuniões técnicas entre diversos profissionais da área, fabricantes e usuários, sob

orientação de organizações como EIA/TIA, ISO/IEC, IEEE, ANSI, para criar e

garantir que os padrões de produtos de redes e cabeamento atendessem a uma

serie de normas.

“O principal objetivo era de acabar com a incompatibilidade de padrões, e

permitir que todos os fabricantes pudessem construir equipamentos que fossem

compatíveis entre si e que pudessem ser utilizados em conjunto”. (PINHEIRO, 2003,

p.42).

Page 38: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

38

2.6 CABEAMENTO ESTRUTURADO: SISTEMAS E SUBSISTEMAS

Um dos principais objetivos da instalação de uma rede de comunicação de

dados é possibilitar a comunicação entre computadores, permitindo o acesso e a

troca de informações com agilidade. O conceito de cabeamento estruturado evoluiu

com o objetivo de criar uma norma que padronizasse a diversidade de cabos

empregados nos mais diversos setores (PINHEIRO, 2003). Para suprir todas essas

necessidades é utilizada a técnica de cabeamento estruturado que visa ser um

sistema que permite a implementação de diferentes cabos e tecnologias por meio de

uma única infraestrutura. (MARIN, 2009)

Segundo Marin (2009), um sistema de cabeamento estruturado é composto

por diversos subsistemas, conforme ilustrado na figura 2.1.

Figura 2.1 – Subsistemas de cabeamento estruturado Fonte: Marin, 2009, p.34

Page 39: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

39

De acordo com as normas ANSI/EIA/TIA-568-B e ANSI/EIA/TIA-606, a

instalação de um sistema de cabeamento estruturado divide-se basicamente nos

seguintes subsistemas:

Cabeamento horizontal;

Cabeamento Vertical ou cabeamento de backbone;

Área de trabalho;

Salas de telecomunicações;

Sala de equipamentos;

Infraestrutura de entrada.

Para que uma rede seja instalada corretamente de acordo com as normas de

estruturação vigentes é preciso se atentar a cada um desses subsistemas. De

acordo com Marin (2009), existem vários padrões, americano, australiano, brasileiro,

internacional entre outros. Dentre esses padrões a terminologia pode ser parecida,

mas pode não ser exatamente a mesma para diferentes padrões.

2.6.1 Cabeamento horizontal

Segundo Marin (2009), cabeamento horizontal é a parte do sistema de

cabeamento que conecta um distribuidor de piso da sala de telecomunicações até as

tomadas das áreas de trabalho, ou seja, são os cabos que ligam o painel de

distribuições da sala de telecomunicações até o ponto final do cabo, onde estão as

tomadas das áreas de trabalho.

É compreendido por cabeamento horizontal os cabos que interconectam as

tomadas no mesmo pavimento, no mesmo andar ou setor. “O cabeamento hori ontal

deve ser instalado na topologia estrela” [...] (MARIN, 2009, p.36), pois há a

necessidade de cada porta das áreas de trabalho estar conectada diretamente ao

distribuidor na sala de telecomunicações.

A figura 2.2 ilustra os elementos que compõem o subsistema de cabeamento

horizontal e a topologia estrela usada para a interligação.

Page 40: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

40

Figura 2.2 – Subsistema de cabeamento horizontal. Fonte: Marin, 2009, p.36

Ao se instalar um cabeamento horizontal deve-se atentar para distância entre

o distribuidor de piso e a tomada de telecomunica ões. “O cabeamento entre o

distribuidor de piso (FD, Floor Distribuitor) instalado na sala de telecomunicações do

pavimento e a tomada de telecomunicações da área de trabalho não podem exceder

90m de comprimento“. (MARIN, 2009, p.37)

Ainda de acordo com Marin (2009) As normas NBR-16565:2007, ISO/IEC

II801:2002 2˚ edi o e ANSI TIA-568-C.I reconhecem como opções os seguintes

meios físicos para o cabeamento horizontal:

Cabo de pares trançados Categoria 5e ou superior de quatro pares,

100Ω UTP ou F/UTP;

Cabos de pares trançados Categoria 3 de quatro pares, 100Ω UTP ou

F/UTP.

Essas mesmas normas também reconhecem os seguintes cabos ópticos:

Cabo de fibra óptica, multimodo, 50 125 μm, incluindo os cabos

otimizados para laser (OM-3);

Cabo de fibra óptica, multimodo, 62,5 125 μm.

“Os cabos ópticos, quando usados no subsistema de cabeamento hori ontal,

s o de duas ou quatro fibras”. (MARIN, 2009, p.38)

Page 41: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

41

As normas atuais compreendem que os cabos de pares trançados de

categoria 5 não são mais reconhecidos para serem usados como cabeamento

horizontal, quanto para backbone. Como também os cabos coaxiais de 50Ω e 150Ω

não são reconhecidos pela série de normas ANSI/TIA-568-C.

Pode acontecer que entre o distribuidor de piso e a tomada de

telecomunicações da área de trabalho contenha um outro elemento conhecido como

ponto de transição ou ponto de consolidação, mas esse tipo de pratica não é tão

comum, só em casos que a empresa precise ficar trocando de posição as áreas de

trabalho. (MARIN, 2009)

Ainda dentro do contexto de cabeamento horizontal, contempla-se os patch

cords ou cabos de manobra, que são os cabos de interconexão usados no arranjo

físico de conexão, ou seja, são usados para conectar o equipamento ativo ao

sistema de distribuição do cabeamento horizontal.

Esses cordões são do tipo flexível (preferivelmente construídos com cabos que possuem condutores multifiliares) e não podem exceder 10m como parte de um canal horizontal (considerando o distribuidor de piso e a área de trabalho). Assim um canal horizontal completo esta limitado a um comprimento máximo de 100m. (MARIN, 2009, p.38)

Instalações de cabeamento estruturado são projetadas afim de atender todas

as necessidades da rede, aplicações e usuários da empresa. Segundo Marin (2009)

o projeto para a distribuição do cabeamento horizontal deve ser instalado de modo

que permita atender a diversos sistemas e aplicações que são comuns em edifícios

comerciais como voz, vídeo, dados entre outros. Muitas vezes é necessário a

instalação de outras aplicações específicas no subsistema de cabeamento

horizontal, mas deve atentar para que esses dispositivos fiquem fora do cabeamento

horizontal e sob responsabilidade de seus usuários ou fabricantes. É importe frisar

que as normas não proíbem o uso deles, apenas não considera parte do

subsistema.

De acordo com Marin (2009), há somente duas formas permitidas para a

interconexão do equipamento ativo de rede ao cabeamento horizontal, que são: por

meio de conexões cruzadas e por meio de interconexão.

Page 42: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

42

2.6.1.1 Conexões Cruzadas

“A conex o cru ada se configura, basicamente, pelo espelhamento das

saídas do equipamento ativo em um patch panel ou grupos de patch panels de

acordo com a quantidade de portas em quest o“. (MARIN, 2009, p.39)

A técnica de conexão cruzada torna o sistema mais flexível principalmente

porque possibilita a fácil manipulação das conexões, testes e monitoramento dos

cabos. Essa configuração usa dois painéis de conexão ou patch panels, onde se faz

o espelhamento das portas e dessa forma a parte frontal de ambos os painéis ficam

disponíveis para as alterações que forem necessárias, sem a interrupção do sinal.

Também com este método de configuração é possível separar os componentes

ativos da rede como, por exemplo, separar o Switch de todo cabeamento horizontal

e seus componentes de distribuição como os patch panels, assim evitando danos as

portas dos equipamentos ativos, quando for necessário mexer nas conexões.

A prática dessa configuração não é muito comum por questões de custos e

espaços físicos, pois encarece o projeto, pelo fato de ter que serem adquiridos mais

equipamentos, e preparadas salas específicas, fechadas com acesso limitado à

somente pessoas autorizadas, por isso muitas vezes a empresa opta por não utilizar

essa pratica. A figura 2.3 ilustra o método de conexão cruzada.

Figura 2.3 – Método de conexão cruzada. Fonte: Marin, 2009, p.39.

Page 43: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

43

2.6.1.2 Interconexão

O método de interconexão além de ser usado para fazer a conexão do

cabeamento horizontal aos equipamentos ativos, e para evitar danos as portas dos

equipamentos ativos, permite ainda, que as saídas dos patch cords dos

equipamentos ativos sejam conectados diretamente às respectivas portas no patch

panel correspondente. Este método é mais utilizado pelo fato de ter um

custo/benefício mais favorável do que o método de conexão cruzada. (MARIN, 2009)

Figura 2.4 – Método de interconexão. Fonte: Marin, 2009, p.41.

2.6.2 Cabeamento de backbone

O backbone, ou cabeamento vertical, é o subsistema que tem a função de

prover as interconexões entre a Entrada do Edifício, a Sala de Equipamentos e os

diversos Armários de Telecomunicações do edifício. A topologia usada para a

implementação do backbone é a estrela, e que pode conter até 2 níveis hierárquicos

afim de prover um arranjo físico flexível. A interligação das salas de

telecomunicações dos andares do edifício à sala de equipamentos é um exemplo de

backbone, a figura 2.5 ilustra um backbone de edif cio. “Quando o backbone do

sistema de cabeamento interconecta diferentes pavimentos do mesmo edifício,

denomina-se backbone de edif cio.“ (MARIN, 2009, p.54).

Page 44: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

44

Figura 2.5 – Backbone de edifício. Fonte: Marin, 2009, p.55.

Também dentro do subsistema de backbone existe o termo backbone de

campus, compreende-se esse termo quando o cabeamento interconecta dois ou

mais edifícios de uma mesma área ou campus conforme ilustrado na figura 2.6.

(MARIN, 2009)

Figura 2.6 – Backbone de campus. Fonte: Marin, 2009, p.56.

Page 45: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

45

2.6.3 Área de trabalho

Área de trabalho geralmente é o espaço do edifício onde o usuário exerce seu

trabalho, interagindo com o equipamento de telecomunicação. É importante que a

Área de Trabalho seja bem projetada para acomodar as necessidades dos usuários

e dos seus equipamentos. Dentre estes equipamentos, pode-se citar: telefones,

modems, fax, câmeras de vídeo, computadores, entre outros.

Tecnicamente, a área de trabalho é o espaço de um sistema de cabeamento para telecomunicações em que os cabos do distribuidor de piso são terminados em tomadas de telecomunicações acessíveis aos usuários para a conexão de seus equipamentos à rede do edifício. (MARIN, 2009, p.58)

Segundo Marin (2009) cada área de trabalho, conforme ilustrado na figura

2.7, precisa ser equipada com duas tomadas de telecomunicações e uma delas

deve ser terminada com cabo de pares trançados de categoria 5e ou superior, de

quatro pares. Normalmente o padrão utilizado nas tomadas é o RJ45 e deve ter no

mínimo duas tomadas de telecomunicações de 8 vias a cada 10m². Assim, é

definido um padrão para a área de trabalho, que deve ter a cada 10m² duas tomadas

de telecomunicações, sendo importante ressaltar que as tomadas de

telecomunicações devem estar próximas as tomadas elétricas, para a alimentação

elétrica dos equipamentos dos usuários.

Figura 2.7 – Área de Trabalho. Fonte: Marin, 2009, p.58.

Page 46: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

46

Cada espaço físico deve ser analisado no projeto, e a quantidade de tomadas

deve ser em quantidade suficiente à atender as necessidades da empresa. Em

empresas de telemarketing, por exemplo, a quantidade de tomadas vai ser muito

maior que uma área de trabalho a cada 10m², então deve-se estar atento a esses

detalhes.

O método pelo qual os cabos serão encaminhados deve ser pelo piso, teto ou

por canaletas aparentes. As tomadas devem ser instaladas de modo que tenha fácil

acesso do usuário. Deve-se evitar instalar as tomadas de telecomunicações em

caixas de piso, principalmente em lugares que utilizam piso frio, pelo fato da grande

quantidade de poeira, lavagem do piso, agentes químicos dentre outros. (MARIN,

2009)

2.6.4 Sala de telecomunicações

A sala de telecomunicações é o ambiente dentro do edifício comercial

separado para acomodar os equipamentos de telecomunicações e o hardware de

conexão do cabeamento de backbone e do cabeamento horizontal. São espaços

separados para serem dedicados somente a função de acomodar a infraestrutura

relacionada a telecomunicações. O projeto da Sala de Telecomunicações deve

considerar, além das aplicações tradicionais de voz e dados, a incorporação de

outros sistemas de informação do edifício, tais como: sistemas de segurança, vídeo,

áudio, alarmes, etc. De acordo com as normas de cabeamento estruturado deve

haver, no mínimo, uma Sala de Telecomunicações para cada andar de um edifício.

Segundo Marin (2009) a sala de telecomunicações deve estar centralizada

em um ponto do pavimento afim de que toda a área do pavimento seja atendida,

isso torna os cabeamentos horizontais menores e permite que possam atender aos

requisitos estabelecidos pelas normas, além da economia de cabos necessários

para fazer a instalação. A figura 2.8 apresenta um exemplo típico de uma sala de

telecomunicações.

Page 47: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

47

Figura 2.8 – Sala de telecomunicações típica. Fonte: Marin, 2009, p.62.

A sala de telecomunicações deve ser planejada para oferecer um ambiente

seguro, com acesso controlado para abrigar os equipamentos de telecomunicações.

Por questões de segurança, o ambiente deve ser mantido fechado e seu acesso

limitado a somente pessoas autorizadas. Ainda deve ser planejada, afim de oferecer

facilidade para administração e manutenção dos equipamentos.

2.6.5 Sala de equipamentos

A sala de equipamentos é um local reservado no edifício, onde ficam

centralizados todos os equipamentos de telecomunicações, necessários para as

atividades da empresa e de seus funcionários.

A sala de equipamentos (ER, Equipment Room) é normalmente um espaço projetado para atender a um edifício inteiro ou mesmo a um campus inteiro, enquanto uma sala de telecomunicações é projetada para atender a pavimentos individuais um único edifício. (MARIN, 2009, p.63)

Ainda segundo Marin (2009), de acordo com as características da instalação,

uma ou todas as funções da sala de telecomunicações podem ser providas da sala

de equipamentos.

Page 48: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

48

Geralmente é onde ficam todas as terminações dos cabeamentos de

telecomunicações e todos os servidores, switches, roteadores, PABX, sistemas de

segurança, vídeo entre outros. A ideia é que seja uma sala com acesso restrito para

que os equipamentos fiquem protegidos.

Recomenda-se que a sala de equipamentos seja localizada em uma posição

geográfica média. Em um edifício, por exemplo, a sala deve ser implantada no meio

do edifício, possibilitando a interligação com as salas de telecomunicações,

independente de onde estejam. Ӄ importante enfati ar que as normas n o

estabelecem regras quanto à locali a o desse espa o no edif cio”. (MARIN, 2009,

p.64). A figura 2.9 ilustra a localização da sala de equipamentos em um edifício.

Figura 2.9 – Localização da sala de equipamentos em um edifício comercial. Fonte: Marin, 2009, p.63.

Page 49: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

49

2.6.6 Infraestrutura de entrada

A instalação da Infraestrutura de entrada ou Entrada do Edifício é o

subsistema no qual é feita a interface entre o cabeamento externo e o interno do

edifício. Este subsistema é formado de cabos, hardwares de conexão, dispositivos

de proteção e qualquer equipamento necessário para conectar as instalações

externas com o cabeamento interno do edifício.

A infraestrutura de entrada (EF, Entrance of facility), em outras palavras, é o espaço que contem os cabos, hardware de conexão, dispositivos de proteção e outros equipamentos necessários para interligar os cabeamentos externos e interno. Esse espaço pode abrigar também a infraestrutura de backbone de edifício e de backbone de campus. (MARIN, 2009, p.65)

A infraestrutura de entrada se resume em ser um distribuidor geral de

telecomunicações, é a partir dele que sairão todos os sistemas de telecomunicações

do edifício. Normalmente fica localizado no piso térreo em um ponto de fácil acesso

pois como também abriga o sistema de telefonia externo, os profissionais da

empresa precisam ter acesso a sala, do mesmo modo que o profissional de TI.

Page 50: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

50

3 NORMA NBR 14565

Este capítulo apresenta a norma NBR 14565, empregada para a implantação

do projeto de cabeamento estruturado para a nova rede administrativa da

Associação Hospitalar Santa Casa de Lins,

3.1 A ABNT

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT é a responsável pela

normatização técnica no país, fundada em 1940, é uma entidade privada, sem fins

lucrativos, reconhecida oficialmente pelo governo brasileiro, ou seja, como único

Foro Nacional de Normatização.

A ABNT é membro fundador, ou seja, faz parte de outros organismos

internacionais, como a International Organization for Standardization – ISO,

Comisión Panamericana de Normas Técnicas – COPANT e a Asociación Mercosur

de Normatización – AMN. Também é membro da International Eletrotechinical

Comission – IEC, isso é importante porque coloca o Brasil e nossas normas a nível

mundial.

A ABNT também serve como certificadora de produtos, serviços, sistemas e

pessoas, isso faz com que a ABNT seja reconhecida e recomendada como sendo

uma entidade de reconhecimento público.

3.2 A NORMA NBR 14565

Durante a década de 1990, no Brasil, os sistemas de cabeamento estruturado

eram instalados usando somente as normas internacionais ANSI/EIA/TIA-568-A para

a elaboração dos projetos. A norma NBR 14565 surgiu em 1994 por um grupo de

estudos da ABNT, com o objetivo de criar uma norma de padronização brasileira

para a elaboração de projetos de rede interna estruturada de telecomunicações. Em

agosto de 2000 foi publicado pela ABNT um procedimento básico para elaboração

de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada. O

objetivo da norma NBR 14565 é estabelecer os critérios mínimos para a elaboração

Page 51: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

51

dos projetos de rede interna estruturada em edificações comerciais, independente

do seu porte. (PINHEIRO, 2003)

3.2.1 Propósitos da NBR 14565

A aplicação da norma NBR 14565 é feita em prédios comerciais, localizados

em um mesmo terreno, englobando os pontos de telecomunicações das áreas de

trabalho, os armários de telecomunicações, salas de equipamentos, sala de entrada

de telecomunicações, bem como os meios de transmissão usados pela

infraestrutura.

Na elaboração de um projeto de cabeamento estruturado, a norma NBR

14565 tem a intenção de estabelecer a forma correta de se aplicar os conceitos de

rede primária e secundária para a instalação adequada do sistema de cabeamento.

(PINHEIRO, 2003)

3.2.2 Definições

A norma NBR 14565 aplica algumas definições juntamente com suas siglas.

Afim de, apresentar as siglas usadas nos projetos de Cabeamento Estruturado serão

mostradas as definições usadas para os efeitos da norma NBR 14565. As definições

a seguir foram extraídas da norma NBR 14565:2000.

Área de trabalho (ATR): área interna de uma edificação que possui pontos de

telecomunicações e energia elétrica onde estão conectados os equipamentos

dos usuários;

Área útil de escritório: área útil de piso efetivamente utilizada como escritório

em uma edificação. Banheiros, escadas, corredores e áreas de circulação não

são consideradas áreas úteis;

Armário de telecomunicações (AT): espaço destinado à transição entre o

caminho primário e o secundário, com conexão cruzada, podendo abrigar

equipamento ativo;

Cabeamento centralizado: configuração de cabeamento da ATR ao dispositivo

de conexão centralizado, usando a passagem de cabos contínuos, ou

dispositivos de interconexão intermediários ou emendas nos AT;

Page 52: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

52

Cabeamento estruturado: instalação de cabos seguindo o conceito de redes

estruturadas.

Cabo de fibra óptica: cabo composto por uma ou mais fibras ópticas internas;

Cabo de interligação externa: cabo que interliga o distribuidor geral de

telecomunicações (DGT) aos distribuidores de intermediários (DI) de edificações

independentes que fazem parte do mesmo sistema;

Cabo de interligação interna: cabo que interliga o ponto de terminação de rede

(PTR) ao DGT de uma edificação;

Cabo primário e primeiro nível: cabo que interliga o DGT aos distribuidores

secundários (DS) ou DI;

Cabo primário de segundo nível: cabo que interliga o DI ao DS;

Cabo secundário: cabo que interliga os DS à ATR;

Campus: área que contém um ou mais edifícios em um mesmo terreno;

Categoria 03: componentes utilizados para a transmissão de sinais de até 16

MHz;

Categoria 04: componentes utilizados para transmissão de sinais de até 20

MHz;

Categoria 05: componentes utilizados para transmissão de sinais de até 100

MHz;

Comprimento do lance do cabo (CL): comprimento de cabo correspondente à

distância entre dois pontos de conexão;

Conector modular 8 vias (CM8V): dispositivo usado para estabelecer a

terminação mecânica dos cabos, permitindo o acesso dos terminais à rede;

Conector óptico (plugue): dispositivo que possibilita a conexão óptica,

terminando duas fibras ópticas e que encaixa em um receptáculo (soquete)

óptico, também duplo;

Conexão Óptica: Conjunto constituído pela união de cordão/cabo óptico de

terminação ou manobra com adaptador óptico, podendo este ultimo estar

interligado ao conector óptico;

Conexão de engate óptico (CER): conexão por deslocamento da isolação do

condutor;

Cordão de conexão: cordão formado de um cabo flexível com conectores nas

pontas, com a finalidade de interligar os dispositivos de conexão entre si e/ou a

Page 53: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

53

equipamentos;

Dispositivos de conexão: dispositivo que prove terminações mecânicas entre

os meios de transmissão;

Distribuidor intermediário (DI): distribuidor que interliga cabos primários de

primeiro nível e cabos primários de segundo nível;

Distribuidor secundário (DS): distribuidor que interliga cabos primários de

primeiro ou segundo nível e cabos secundários;

Distribuidor geral de telecomunicações (DGT): distribuidor que interliga todos

os cabos primários de primeiro nível;

Meio de transmissão: meio físico utilizado para o transporte de sinais de

telecomunicações;

Ponto de consolidação de cabos (PCC): local no cabeamento secundário,

sem conexão cruzada, onde poderá ocorrer mudança da capacidade do cabo,

visando flexibilidade;

Ponto de telecomunicações (PT): dispositivo onde estão terminadas as

facilidades de telecomunicações que atendem aos equipamentos de uma ATR;

Ponto de terminação de rede (PTR): ponto de conexão física à rede de

telecomunicações pública, que se localiza na propriedade imóvel do usuário e

que atende as especificações técnicas necessárias para permitir, por seu

intermédio, o acesso individual a serviços de telecomunicações públicas;

Ponto de transição de cabos (PTC): local no cabeamento secundário onde

poderá ocorrer mudança no tipo de cabo, ou seja, um cabo redondo é conectado

a um cabo chato, com o objetivo de facilitar sua instalação em ambientes que

exijam a instalação do cabo chato;

Rede interna estruturada: rede projetada de modo a prover uma infraestrutura

que permita evolução e flexibilidade para os serviços de telecomunicações

sejam de voz, dados, imagens, sonorização, controle de iluminação, sensores

de fumaça, controle de acesso, sistema de segurança, controles ambientais (ar-

condicionado e ventilação) e outros;

Sala de entrada de telecomunicações (SET): espaço destinado a receber o

cabo de entrada da operadora onde são ligadas as facilidades da rede primária

intra e inter edifícios, podendo também acomodar equipamentos eletrônicos com

alguma função de telecomunicações;

Page 54: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

54

Sala de equipamentos (SEQ): espaço necessário para equipamentos de

telecomunicações, sendo frequentemente salas com finalidades especiais. É

importante salientar que a SEQ é conectada à facilidade da rede primária e à

rede de entrada da operadora;

Sistema Campus (SC): interligação entre diferentes prédios da instalação;

STP (shielded twisted pair): par trançado blindado;

UTP (unshielded twisted pair): par trançado não blindado, em configuração

que atenua ou auxilia no cancelamento de ruído em circuitos balanceados. Um

cabo par trançado não blindado contém usualmente quatro pares de fios

conformados em um único cabo;

Vinculação: ligação elétrica rígida e permanente entre as partes metálicas;

Tomadas de telecomunicações: As tomadas de telecomunicações são

elementos usados para estabelecer o acesso dos equipamentos aos terminais

do cliente, no PT. Quando são usados cabos metálicos, as tomadas usadas são

de oito vias/contatos, compatíveis com os conectores modulares também de oito

vias/contatos. Estas tomadas devem ser instaladas em local protegido e quando

não utilizadas, podem ser resguardadas com colocação de tampões contra a

contaminação dos contatos. A ligação dos condutores às vias/contatos da

tomada deve ser distribuída, conforme mostra a figura 3.1.

Figura 3.1 – Ligação dos condutores às vias/contatos da tomada. Fonte: NBR 14565, 2000, p. 8.

Page 55: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

55

A figura 3.2 mostra o esquema dos principais elementos de um sistema

estruturado e suas siglas segundo a norma NBR 14565.

Figura 3.2 – Topologia da NBR 14565. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 109.

3.2.3 Cabos

Os cabos são os meios físicos responsáveis pela transmissão dos dados e

informações na rede. Em uma rede estruturada pode-se usar tanto cabos metálicos

como ópticos. A escolha de qual cabo vai ser usado para a implementação do

projeto é em função da topologia usada, interferências ou desempenho, esses

fatores influenciam diretamente nas características da rede. (NBR 14565, 2000)

Ao se elaborar um projeto de rede estruturada é importante observar todos os

aspectos da infraestrutura à ser instalada, como as distâncias que os cabos irão

percorrer, interferências, capacidade de transmissão entre outros aspectos que são

importantes, cabe aos projetistas de rede analizarem todos esses detalhes.

A norma NBR 14565:2000 estabelece parâmetros para os comprimentos

máximos dos cabos para os projetos de redes estruturadas, como é ilustrado na

figura 3.3.

Page 56: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

56

Figura 3.3 – Parâmetros para os comprimentos máximos dos cabos. Fonte: NBR 14565, 2000, p. 8.

A NBR 14565 afirma que a administração de uma rede que utiliza

cabeamento estruturado compreende toda a documentação, incluindo etiquetas,

placas de identificação, plantas dos pavimentos, cortes esquemáticos dos caminhos

e espaços da rede primária e secundária, tabela e detalhes construtivos inscritos no

projetos e o memorial descritivo de rede Interna. (PINHEIRO. 2003)

3.2.4 Projeto de Cabeamento de Telecomunicações para rede interna

estruturada em edificações comerciais

A norma NBR 14565:2000 define que um projeto de cabeamento estruturado

deve ser elaborado mediante algumas sequencias básicas, são elas:

Projeto de cabeamento interno secundário (rede interna secundária);

Projeto de cabeamento interno primário (rede interna primária);

Projeto de cabeamento de interligação;

Detalhes construtivos;

Simbologia, notas e identificação do cabeamento.

Também devem fazer parte do projeto desenhos específicos, contendo:

Planta e corte esquemático das tubulações de entrada, primárias,

secundárias e cabos primários e secundários;

Identificação dos cabos primários e secundários conforme simbologia e

identificação;

Page 57: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

57

Indicação do comprimento dos lances de cabos primários, no corte

esquemático;

Tipos de dispositivos de conexão utilizados;

Localização das caixas intermediárias;

Detalhes dos AT, da SEQ, do PTR e do PT;

Esses são alguns dentre outros elementos que devem ser especificados no

projeto de caminhos e espaços de telecomunicações.(NBR 14565, 2000).

A seguir, a figura 3.4 ilustra um exemplo de como deve ser uma planta de um

projeto de cabeamento estruturado, segundo a norma NBR 14565:2000.

Figura 3.4 – Exemplo de planta para projeto de cabeamento estruturado. Fonte: NBR 14565, 2000, p. 14.

Page 58: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

58

4 PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO

Este capítulo tem por objetivo apresentar a proposta de implementação para

uma nova infraestrutura de rede de computadores para o bloco administrativo da

Associação Hospitalar Santa Casa de Lins, de acordo com os princípios expostos

nos capítulos anteriores e obedecendo os requisitos da norma NBR 14565:2000.

Para a proposta da nova infraestrutura do bloco administrativo, será

necessário somente de algumas definições de subsistemas de cabeamento

estruturado já citados anteriormente, são eles:

Área de Trabalho (ATR);

Rede Secundária;

Armário de Telecomunicações (AT);

Rede Primária;

Sala de Equipamentos (SEQ);

Entrada de telecomunicações (SET).

Também será apresentada a planta do pavimento administrativo de acordo

com a norma NBR 14565 descrevendo os detalhes do projeto, além dos dados da

instituição escolhida para o projeto.

4.1 DADOS DA INSTITUIÇÃO

A Associação Hospitalar Santa Casa de Lins é um hospital de média

complexibilidade localizado na cidade de Lins, interior de São Paulo que conta hoje

com 71 leitos de internação. Fundado em 1923, em toda sua historia, o hospital

sempre foi referência em Lins e região. Mas problemas administrativos passaram a

ameaçar a continuação dos serviços prestados à população. Com muitas

dificuldades, o poder executivo chegou a decretar uma intervenção administrativa na

entidade. Após insistentes pedidos dos prefeitos da região e da Secretaria de Estado

de Saúde, em 14 de setembro de 2011, a Associação e Fraternidade São Francisco

de Assis na Providência de Deus assumiu a administração da Santa Casa. Assim o

hospital vem passando por inúmeras adequações e melhorias. A Santa Casa de Lins

realiza cerca de 300 internações mensais, 4 mil exames de diagnóstico por imagens,

6 mil atendimentos de Pronto Socorro e 600 consultas médicas de especialidades.

Page 59: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

59

Como instituição cristã de saúde, o Hospital e Maternidade Santa Casa de

Lins visa oferecer e melhorar o atendimento médico hospitalar da população, em

especial daqueles de baixa renda, possibilitando o atendimento integral, humanizado

e qualificado de todos os pacientes usuários do SUS, especialmente de gestantes.

A Santa Casa de Lins realiza atendimento médico para o SUS e atendimentos

a convênios. Realiza internações, cirurgias de média e baixa complexidade, exames

laboratoriais, serviços à gestantes, partos, dentre outros procedimentos médicos

necessários ao pronto e eficaz atendimento da população. A Santa Casa conta

ainda com uma UTI Neonatal, que é única na região, além de ser referência em

neurocirurgia.

Atualmente o Governo do Estado de São Paulo vem dando mais apoio à

Santa Casa de Lins, recentemente ela recebeu verba para a reforma da UTI que já

está em andamento e verba para reforma do 4º andar inteiro, que poderá

disponibilizar vários leitos de internação. Dentre as melhorias que o hospital vem

recebendo, umas delas é a reforma e ampliação do bloco administrativo da Santa

Casa de Lins, que hoje funciona em uma área inadequada. Assim, após a reforma

do prédio, faz-se necessário um projeto baseado em Cabeamento Estruturado para

a implantação da infraestrutura de rede para esse novo bloco.

4.2 ÁREA DE TRABALHO

A área de trabalho ou ATR é o local onde se encontra a terminação do

cabeamento, onde ficam as tomadas de telecomunicação que serão conectadas aos

equipamentos dos usuários da rede, tais como, computadores, impressoras,

roteadores, entre outros. Para o bloco administrativo faz-se necessário a instalação

de PTs nos setores e em dois pontos no corredor central. A quantidade foi definida

de acordo com a quantidade mínima por m² requerida pela norma NBR 14565 ou

pela necessidade de PTs para o setor, obtendo-se um total de 47 pontos, mas como

a norma recomenda 2 tomadas para cada ponto somou-se 94 pontos para o bloco

administrativo. Para cada PT será necessário um patch cord para conectar o

equipamento do usuário ao seu respectivo PT. Os pontos de telecomunicações

devem ser instalados à 30cm do chão e identificados conforme ilustrado na figura

4.1.

Page 60: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

60

Figura 4.1 – Distância para a instalação do PT. Fonte: NBR 14565, 2000, p. 15

4.3 CABEAMENTO DE REDE SECUNDÁRIA

O cabeamento secundário ou cabeamento horizontal, segundo a norma NBR

14565, consiste no caminho percorrido pelos cabos desde a área de trabalho até o

armário ou sala de telecomunicações. Esta seção mostra detalhes sobre esta parte

do projeto.

Os componentes que compõem a Rede Secundária, segundo a norma NBR

14565 são: blocos de conexão, painéis de conexão, cabos, tomadas de

telecomunicações e cordões de comunicação.

O cabeamento da rede secundária deve adotar a topologia estrela e o

concentrador deve ficar no AT do andar. Os PT precisam estar próximos aos pontos

de energia, pois os equipamentos necessitam de energia para operar. A rede

secundária pode ter no máximo um PPC entre o AT e o PT, e não é admitida

nenhuma emenda no cabo. Para cada 10m², devem ser previstos no mínimo dois

PTs.

A escolha dos cabos a serem usados deve ser baseadas nas necessidades

atuais e demandas futuras.

Page 61: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

61

De acordo com a norma NBR 14565:2000, o comprimento máximo admitido

para o cabo metálico é de 100 m, distribuídos da seguinte forma:

O comprimento máximo do cabo, contando desde o dispositivo de terminação

do cabeamento secundário, instalado no AT até o PT instalado na ATR, deve

ser de 90 m;

Admite-se, no entanto, a existência de um único PCC neste trajeto, desde que

o mesmo esteja a mais de 15 m do AT;

Admite-se ainda um comprimento extra de 10 m de cabo na rede secundária,

usados da seguinte forma:

7 m são utilizados no AT do andar como cordão de conexão entre blocos da

rede secundária com a primária e entre esta com os equipamentos ativos;

3 m são reservados para conectar o equipamento do usuário ao PT instalado

na ATR.

Conforme explicado, a figura 4.2 ilustra as distancias permitidas para o

cabeamento secundário.

Figura 4.2 – Distancias permitidas para o cabeamento secundário. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 111

Page 62: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

62

Para o projeto do bloco administrativo da Associação Hospitalar Santa Casa

de Lins, respeitando as distâncias permitidas, a rede secundaria será constituída

pelo cabeamento que parte do AT que estará localizado em um ponto

geograficamente centralizado no bloco, até os PTs nas áreas de trabalho.

Recomenda-se a utilização de cabos UTP CAT 6 ou superior, que são cabos

exigidos para a certificação da rede, os cabos UTP CAT 5e ainda são reconhecidos

pela norma, mas visando um projeto que tenha padrão para muitos anos, além de

tráfego em gigabit, recomenda-se já a instalação da rede em cabeamento CAT 6.

Após o ponto de telecomunicação o cabeamento faz seu percurso

acomodado em eletrodutos metálicos com curvas de 90º do tipo suave, os

eletrodutos devem ser do tipo metálico rígido. O diâmetro deve ser de acordo com o

número de cabos e pontos levando em conta a ocupação máxima recomendada

pela norma que é de 40%. Os eletrodutos seguem seu percurso até as eletrocalhas

com seus devidos derivadores.

Para este projeto, os cabos que partem do AT seguirão por eletrocalhas

fixadas no corredor com distancia mínima de 30 cm do teto e fixadas com mão

francesa. Segundo Pinheiro (2003), as eletrocalhas devem ser preferencialmente

lisas com tampa, para evitar o acúmulo de sujeira, e não devem ser instaladas acima

de aquecedores, linhas de vapor, entre outros. As dimensões das eletrocalhas,

segundo Pinheiro (2003), admitem uma ocupação máxima de 50% conforme a

tabela 4.1. Seguindo o percurso dos cabos. No corredor central os cabos serão

acomodados em eletrocalhas de 75mm x 50mm (largura x altura), após esse

percurso, os cabos derivam para eletrodutos devidamente com seus derivadores

próprios, assim finalizando o percurso até o ponto de telecomunicação na área de

trabalho.

Na saída da sala de telecomunicações excepcionalmente serão usadas duas

eletrocalhas de 75mm x 50mm para a distribuição dos cabos para suas devidas

direções, pois um total de 90 cabos UTP de 4 pares sairá do armário de

telecomunicações ultrapassando a quantidade máxima por eletrocalha permitida, por

isso o uso de duas eletrocalhas.

Page 63: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

63

Tabela 4.1 – Dimensionamento de cabos em eletrocalhas. Fonte: Pinheiro, 2003, p. 232

4.4 ARMÁRIO DE TELECOMUNICAÇÕES

O armário de telecomunicações para o projeto do bloco administrativo da

Santa Casa de Lins ficará em uma sala separada, com acesso restrito somente aos

funcionários da área de TI. Nesta sala, serão acomodados os equipamentos

responsáveis por fazerem a conexão da rede primária com a rede secundária. A sala

que se localiza no centro do bloco, deverá conter um rack ou armário de piso de

20u, a letra ”u” aqui citada é a unidade de medida utilizada para descrever a altura

de equipamentos destinados a montagem em racks. Dentro deste rack serão

acomodados os equipamentos ativos e os blocos de conexão, patch panels e os

demais equipamentos responsáveis pelo funcionamento da rede. Também na sala

de telecomunicações estará localizado o DGT, ou seja, o distribuidor geral de

telecomunicações onde será feita toda a distribuição e o gerenciamento da rede de

telefonia. A figura 4.4 mostra a sala de telecomunicações já planejada em planta.

Dentro do AT serão acomodados dois switches de 48 portas e dois patch

panels onde será feita a conexão cruzada do cabeamento. O cabeamento sairá por

dutos que se interconectarão com as eletrocalhas que darão continuidade ao

percurso dos cabos.

Page 64: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

64

Figura 4.3 – Sala de telecomunicações do bloco administrativo. Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

4.5 REDE PRIMÁRIA

A rede primária, ou cabeamento de backbone trata-se do cabeamento que

segue do AT até a SEQ e que faz a interligação das mesmas. É deste ponto que sai

todo o cabeamento da rede que faz a distribuição da conexão de rede, ou seja, a

rede primária para todos os blocos e pavimentos do hospital, inclusive para o bloco

administrativo.

O cabeamento de rede primária para este projeto será constituído por cabos

UTP CAT 6 acomodados em eletrocalhas fixadas com suportes de parede entre a

SEQ e o armário de telecomunicação localizado no bloco administrativo.

Page 65: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

65

4.6 SALA DE EQUIPAMENTOS

A SEQ da Santa Casa está localizada no piso térreo do bloco principal, é

onde estão localizados os servidores, switches principais, modens e nobreaks

acomodados em um rack. A SEQ que está localizada em outro bloco do hospital e

não está incluída no projeto atual, pois a mesma já se encontra instalada, mas para

fins de melhor entendimento do projeto foi elaborada a planta do pavimento térreo

do boco principal (apêndice A) especificando somente a sala de equipamentos

(apêndice B) onde fica o rack, os servidores e demais equipamentos.

4.7 SALA DE ENTRADA DE TELECOMUNICAÇÕES

A sala de entrada de telecomunicações é o local onde é feita interligação do

cabeamento externo com a rede interna. A sala de equipamentos da Santa Casa de

Lins fica localizada no pavimento térreo em uma sala reservada, contendo o

distribuidor geral de telecomunicações, que é por onde passa o link de acesso à

internet, que vem do poste da rua, ou seja, o link externo. À partir do DGT o

cabeamento segue até a SEQ, localizada no mesmo pavimento porem em outra

sala. Também a SET que está localizada no bloco principal do hospital e não está

incluída no projeto atual, pois a mesma já se encontra instalada.

4.8 LISTA DE MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

Seguindo os conceitos de cabeamento estruturado e tomando como

referencia a norma NBR 14565:2000, segue abaixo a lista com os materiais e

equipamentos necessários para a implementação do projeto de rede para o bloco

administrativo da Santa Casa de Lins, bem como seus respectivos valores cotados

em sites da internet. Os materiais e equipamentos estão descritos nos quadros de

4.2 a 4.18, divididos por setores.

Page 66: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

66

Tabela 4.2 – Contabilidade

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 15 mt. R$9,25 R$138,75

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 12 uni. R$1,22 R$14,64

Condulete Alumínio Tramontina 1 ¼” 5 uni. R$12,50 R$62,50

Tampa cond. Tramontina p/ 2xRJ45 1 ¼” 5 uni. R$4,85 R$24,25

Keystone Tower RJ45 10 uni. R$4,25 R$42,50

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto Elecon 1.1/4 5 uni. R$1,40 R$7,00

Total: R$329,14

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Tabela 4.3 - Controladoria

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 8 mt. R$9,25 R$74,00

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 5 uni. R$1,22 R$6,10

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4.85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 2 uni. R$8,50 R$17,00

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 1 uni. R$1,40 R$1,40

Total: R$164,20

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Page 67: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

67

Tabela 4.4 – Sala de Reunião

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 16 mt. R$9,25 R$148,00

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 15 uni. R$1,22 R$18,30

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 4 uni. R$12,50 R$50,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 4 uni. R$4,85 R$19,40

Keystone Tower RJ45 8 uni. R$4,25 R$34,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 5 uni. R$8,50 R$42,50

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 4 uni. R$1,40 R$5,60

Total: R$331,80

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Tabela 4.5 - Compras

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 11 mt. R$9,25 R$101,75

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$17,00

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 1 uni. R$1,40 R$1,40

Total: R$198,05

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Page 68: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

68

Tabela 4.6 - Financeiro

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 11 mt. R$9,25 R$101,75

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$17,00

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20

Total: R$200,85

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Tabela 4.7 – Recursos Humanos

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 12 mt. R$9,25 R$111,00

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 3 uni. R$12,50 R$37,50

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 3 uni. R$4,85 R$14,55

Keystone Tower RJ45 6 uni. R$4,25 R$25,50

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20

Total: R$244,45

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Page 69: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

69

Tabela 4.8 – Sala de Telecomunicações

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletrocalha 75mm x 50mm 12 mt. R$22,02 R$264,24

Curva de Inversão 75mm x 50mm 2 uni. R$19,50 R$39,00

Suporte “U“ de parede para eletrocalha 6 uni. R$2,13 R$12,78

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 6 mt. R$9,25 R$55,50

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 5 uni. R$1,22 R$6,10

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 2 uni. R$8,50 R$17,00

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80

Rack de piso 20u 1 uni. R$997,00 R$997,00

Patch panel 48 portas Cat6 2 uni. R$355,00 R$710,00

Organizador de cabos 1u 3 uni. R$19,90 R$59,70

Swicth hp 3com 48 portas gigabit 2 uni. R$2.537,00 R$5.074,00

Nobreak Nhs plus 1200 Va 1 uni. R$812,90 R$812,90

Total: R$8.116,72

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Page 70: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

70

Tabela 4.9 – Administração 1

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 14 mt. R$9,25 R$129,50

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$34,00

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 4 uni. R$1,40 R$5,60

Total: R$247,00

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Tabela 4.10 – Administração 2

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 11 mt. R$9,25 R$101,75

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 8 uni. R$1,22 R$9,76

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20

Total: R$206.91

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Page 71: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

71

Tabela 4.11 – Gerência

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 12 mt. R$9,25 R$111,00

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 10 uni. R$1,22 R$12,20

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$34,00

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20

Total: R$227,10

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Tabela 4.12 – Faturamento

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 26 mt. R$9,25 R$240,50

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 17 uni. R$1,22 R$20,74

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 9 uni. R$12,50 R$112,50

Keystone Tower RJ45 18 uni. R$4,25 R$76,50

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 9 uni. R$4,85 R$43,65

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$34,00

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1 1/4” 3 uni. R$1,40 R$4,20

Eletroduto 1 1/4” 2 uni. R$6,90 R$13,80

Total: R$559,89

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Page 72: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

72

Tabela 4.13 – Recepção

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 9 mt. R$9,25 R$83,25

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80

Total: R$184,57

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Tabela 4.14 – Informática

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 9 mt. R$9,25 R$83,25

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 3 uni. R$12,50 R$37,50

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 3 uni. R$4,85 R$14,55

Keystone Tower RJ45 6 uni. R$4,25 R$25,50

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 4 uni. R$8,50 R$34,00

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 3 uni. R$1,40 R$4,20

Total: R$220,32

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Page 73: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

73

Tabela 4.15 – Jurídico

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 8 mt. R$9,25 R$74,00

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80

Total: R$175,32

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Tabela 4.16 – Segurança do trabalho

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 9 mt. R$9,25 R$83,25

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 3 uni. R$12,50 R$37,50

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 3 uni. R$4,85 R$14,55

Keystone Tower RJ45 6 uni. R$4,25 R$25,50

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 1 uni. R$14,00 R$14,00

Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80

Total: R$184,92

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Page 74: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

74

Tabela 4.17 – Corredores

Material Qtd. Val. Unitário Val. Total

Eletrocalha 75mm x 50mm 72 mt. R$22,02 R$1.585,44

Cruzeta reta p/ eletrocalha 75mm x 50mm 1 uni. R$15,90 R$15,90

Te reto 90º p/ eletrocalha 75mm x 50mm 15 uni. R$12,50 R$187,50

Cotovelo reto 90º eletroc. 75mm x 50mm 5 uni. R$10,80 R$54,00

Mão francesa fixação eletrocalha 25mm 25 uni. R$8,00 R$200,00

Eletroduto galvanizado Elecon 1.1/4 6 mt. R$9,25 R$55,50

Abraçadeira de fixação eletroduto parede 6 uni. R$1,22 R$7,32

Condulete Alum nio Tramontina 1 ¼” 2 uni. R$12,50 R$25,00

Tampa cond. Tramontina p 2xRJ45 1 ¼” 2 uni. R$4,85 R$9,70

Keystone Tower RJ45 4 uni. R$4,25 R$17,00

Joelho 90º Elecon 1 ¼ 3 uni. R$8,50 R$25,50

Derivador eletrocalha/eletroduto Elecon 2 uni. R$14,00 R$28,00

Luva eletroduto 1.1/4 2 uni. R$1,40 R$2,80

Total: R$1.213,66

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Tabela 4.18 – Total

Material Qtd. Val. Total

Total de Materiais em todos os setores R$13.794,00

Cabo UTP Cat 6 1.950 metros R$4.879,00

Orçamento Total R$18.673,90

Fonte: Elaborado pelo autor, 2014.

Page 75: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

75

4.9 PLANTA BAIXA DO BLOCO ADMINISTRATIVO COM A IMPLANTAÇÃO DO

CABEAMENTO ESTRUTURADO

A planta Baixa com a distribuição detalhada de todos os elementos que

constituem a rede, como disposição das eletrocalhas, eletrodutos, pontos de

telecomunicações e demais equipamentos que compõem a rede do bloco

administrativo da Associação Hospitalar Santa Casa de Lins está no APÊNDICE C.

Page 76: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

76

CONCLUSÃO

Uma rede de computadores que é implementada sem nenhum projeto ou

planejamento certamente está fadada a erros e problemas, ainda mais com a

velocidade com que as tecnologias avançam. As redes precisam ter confiabilidade e

desempenho acima de tudo, assim um projeto de rede baseado em Cabeamento

Estruturado tráz inúmeros benefícios para a empresa ou instituição.

Primeiramente, para a elaboração deste projeto foi necessário um estudo

aprofundado sobre as necessidades de cada setor administrativo do hospital, dos

recursos necessários, tipos de dados e recursos que a rede do novo bloco

administrativo irá precisar. Após a análise de todas as necessidades, foi elaborado o

projeto aplicando os conceitos de Redes e de Cabeamento Estruturado, estudados

anteriormente nos primeiros capítulos. O projeto contemplou somente o novo bloco

administrativo, a SEQ e a SET que estão localizadas em outro bloco foram somente

citadas para fins de entendimento, pois as mesmas já se encontram instaladas. Os

demais pavimentos da Santa Casa ficaram como trabalhos futuros à se realizar.

Após a elaboração deste projeto, utilizando os padrões de Cabeamento

Estruturado e baseando-se na norma NBR 14565:2000, pode-se notar e obter

algumas conclusões, tais como, fica evidente que há uma organização dos cabos

que estão devidamente acomodados e protegidos em eletrocalhas e eletrodutos,

todos com suas identificações que facilitam na hora de identificar os cabos e nas

manutenções, o projeto trouxe informações sobre a localização os pontos de rede,

bem como os caminhos de passagens dos cabos. A conexão dos computadores,

impressoras e outros dispositivos às tomadas de telecomunicações é feita através

de pach cords possibilitando assim, maior flexibilidade dos pontos e facilitando

manobras quando necessário. Os cabos do cabeamento secundário estão

devidamente identificados e acomodados sem emendas ou disposições erradas

para não prejudicar o desempenho da rede, todos culminando em um só ponto, que

é o armário de telecomunicações do bloco.

O armário de telecomunicações está devidamente acomodado em uma sala

reservada com acesso restrito. Dentro do armário, os cabos estão devidamente

organizados por patch panels todos identificados e conectados corretamente aos

Page 77: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

77

switches, assim a rede permite manobras necessárias, sejam mudanças, expansões

e outras necessidades que a rede venha a precisar futuramente.

O projeto do novo bloco administrativo complementa a infraestrutura já

existente no hospital, como a SEQ e a SET. A nova infraestrutura agora também

possui uma documentação detalhada com todas as disposições da rede, facilitando

a administração e manutenção da mesma.

Por fim, com este Trabalho de Conclusão de Curso foi possível apresentar

inúmeras vantagens ao se implantar uma rede com os conceitos de Cabeamento

Estruturado, como o alto desempenho da rede, a padronização de equipamentos,

possibilitando a alta performance da rede, além da vantagem de estar apto para a

obtenção de certificação pois foi totalmente baseado na norma NBR 14565.

Page 78: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

78

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANSI/TIA-568-B – Commercial Building Telecommunication Cabling Standard, 2001 ANSI/TIA-606 - Administration Standard for the Telecommunications Infrastructure of Commercial Buildings, 1993

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14565:2000: Procedimento básico para elaboração de projetos de cabeamento de telecomunicações para rede interna estruturada. Rio de Janeiro. 2000.

FOROUZAN, Behrouz A., Comunicação de dados e redes de computadores. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. MARIN, P. S. Cabeamento Estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 3. ed. São Paulo: Érica, 2009. OZSU, M. Tamer; VALDURIEZ, Patrick. Princípios de sistemas de bancos de dados distribuídos. 2 ed. Rio de Janeiro: Campus, 2001. PINHEIRO, José Maurício dos S. Guia Completo de Cabeamento de Redes. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003 – 3˚ Reimpress o.

RUSCHEL, André. Do Cabeamento ao Servidor. Rio de Janeiro: Brasport, 2007.

TORRES, G. Redes de Computadores – Curso Completo. Rio de Janeiro: Axcel Books, 2001.

Page 79: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

79

APÊNDICE A

Page 80: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

80

APÊNDICE B

Page 81: PROJETO DE CABEAMENTO ESTRUTURADO PARA A …fateclins.edu.br/v4.0/trabalhoGraduacao/5qTdADOTmS2GW9FSmNiu… · projeto de cabeamento estruturado para a associaÇÃo hospitalar santa

81

APÊNDICE C