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Simulado 1 7 o ano PROJETO CONTEXTUALIZANDO SABERES - História Simulado PROJETO CONTEXTUALIZANDO SABERES - HISTÓRIA 1 0 SEMESTRE 1. O Torá, a Bíblia e o Corão são os livros sagra- dos dos judeus, cristãos e muçulmanos, res- pectivamente. Essas religiões compartilham vários pontos em comum, por exemplo, a crença monoteísta. Outro aspecto é que seus textos sagrados também refletem a boa con- duta do fiel, que no caso dos muçulmanos: a) inclui o jihad, ou seja, a prática do jejum feito no mês chamado ramadã. b) tem como mandamento principal a esmola ou zakat. c) obriga a todos os muçulmanos, independente da idade ou condição física, a fazer uma pere- grinação anual a Meca, sua cidade sagrada. d) sugere um dia sagrado no qual o fiel se dedica às orações e ao exercício religioso. e) reafirma a profissão de fé: “Não há Deus senão Allah, e Maomé é seu único profeta” como o principal pilar da crença islâmica. 2. A morte de Maomé, em 632 d.C., deixou um problema grave: quem teria o direito de sucedê-lo? Um grupo defendia que a tradição deveria ser respeitada, isto é, o poder deveria ser de um sheik, um líder tribal coraixita. Ou- tro, sustentava que a sucessão deveria ser feita entre os parentes do profeta. Essa divisão, res- pectivamente, deu origem aos: a) sunitas, que defendem a linhagem familiar de Maomé e os xiitas, que reconhecem os califas como sucessores legítimos. b) califas, que sustentam o direito tradicional de transmissão de poder, e os imames, que se apoiam exclusivamente no Corão. c) sunitas, grupo ortodoxo que reconhece a legi- timidade dos primeiros quatro califas e os xii- tas, que reafirmam que a linhagem de Maomé era a natural sucessora. d) rashidun, ou “Bem Guiados”, grupo que afir- mava ser o legítimo herdeiro da comunidade, e os califas, que defendiam a forma tradicio- nal de sucessão. e) omíadas, grupo formado por parentes de Maomé e os abássidas, formado por membros da elite coraixita. 3. Os caligramas — figuras feitas a partir de pa- lavras escritas — são uma forma de arte bas- tante reverenciada na cultura islâmica. Apesar da proibição corânica de reproduzir em dese- nho, seres vivos, os caligramas também fazem alusão a animais, como o da imagem a seguir. As manifestações culturais islâmicas encon- tram: 7 o ano

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Simulado 17oano

PROJETO CONTEXTUALIZANDO SABERES - História

SimuladoPROJETO

CONTEXTUALIZANDOSABERES - HISTÓRIA10 SEMESTRE

1. O Torá, a Bíblia e o Corão são os livros sagra-dos dos judeus, cristãos e muçulmanos, res-pectivamente. Essas religiões compartilham vários pontos em comum, por exemplo, a crença monoteísta. Outro aspecto é que seus textos sagrados também refletem a boa con-duta do fiel, que no caso dos muçulmanos:

a) inclui o jihad, ou seja, a prática do jejum feito no mês chamado ramadã.

b) tem como mandamento principal a esmola ou zakat.

c) obriga a todos os muçulmanos, independente da idade ou condição física, a fazer uma pere-grinação anual a Meca, sua cidade sagrada.

d) sugere um dia sagrado no qual o fiel se dedica às orações e ao exercício religioso.

e) reafirma a profissão de fé: “Não há Deus senão Allah, e Maomé é seu único profeta” como o principal pilar da crença islâmica.

2. A morte de Maomé, em 632 d.C., deixou um problema grave: quem teria o direito de sucedê-lo? Um grupo defendia que a tradição deveria ser respeitada, isto é, o poder deveria ser de um sheik, um líder tribal coraixita. Ou-tro, sustentava que a sucessão deveria ser feita entre os parentes do profeta. Essa divisão, res-pectivamente, deu origem aos:

a) sunitas, que defendem a linhagem familiar de Maomé e os xiitas, que reconhecem os califas como sucessores legítimos.

b) califas, que sustentam o direito tradicional de transmissão de poder, e os imames, que se apoiam exclusivamente no Corão.

c) sunitas, grupo ortodoxo que reconhece a legi-timidade dos primeiros quatro califas e os xii-tas, que reafirmam que a linhagem de Maomé era a natural sucessora.

d) rashidun, ou “Bem Guiados”, grupo que afir-mava ser o legítimo herdeiro da comunidade, e os califas, que defendiam a forma tradicio-nal de sucessão.

e) omíadas, grupo formado por parentes de Maomé e os abássidas, formado por membros da elite coraixita.

3. Os caligramas — figuras feitas a partir de pa-lavras escritas — são uma forma de arte bas-tante reverenciada na cultura islâmica. Apesar da proibição corânica de reproduzir em dese-nho, seres vivos, os caligramas também fazem alusão a animais, como o da imagem a seguir. As manifestações culturais islâmicas encon-tram:

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Simulado 27oano

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I. Nos relatos de viagens, na poesia e na prosa, como As Mil e Uma Noites, uma riquíssima fonte de exemplos da complexidade e da ori-ginalidade da produção literária.

II. Nas mesquitas e nos minaretes — torres al-tas, postas ao lado das praças — sua principal contribuição à arquitetura.

III. Na matemática, uma poderosa forma de com-preender o mundo. Por superar as dificuldades linguísticas que eventualmente poderiam sur-gir, o desenvolvimento da Álgebra e dos nume-rais indo-arábicos tiveram grande destaque.Está(ão) correta(s):

a) todas as afirmativas.b) nenhuma das afirmativas.c) as afirmativas I e III.d) as afirmativas II e III.e) as afirmativas I e II.

4. Observe a lista de palavras a seguir.

Lista de feira

CaféAçúcarAzeiteAlfaceLaranjaLimãoSorvete

As palavras da lista de feira têm algo em co-mum, além de representarem alimentos que são facilmente encontrados em qualquer su-permercado, todas derivam de algum vocá-bulo árabe, herdado por nossa língua durante o longo contato entre a Península Ibérica e o Islã, no período medieval. Esse contato:

a) se deu de forma pacífica e voluntária, e a re-gião da Espanha e de Portugal se tornou uma grande rota comercial entre o norte da Europa e o continente africano.

b) foi marcado por disputas territoriais entre cristãos e muçulmanos. A conquista da Penín-sula Ibérica, em 711 d.C., marcou o início de quase 800 anos de tensão.

c) teve um caráter puramente científico e artísti-co. Grandes cidades comerciais, como Córdo-ba, na Espanha, tornaram-se centros de atra-ção de intelectuais cristãos e muçulmanos.

d) teve como principal característica o grande desenvolvimento comercial das cidades cris-tãs da Península Ibérica. Em contrapartida, as cidades muçulmanas entraram em colapso e caíram no processo de ruralização.

e) não gerou grandes efeitos para a herança cul-tural na Península Ibérica. Conservamos no português algumas poucas palavras que re-lembram esse passado islâmico.

5. Uma das histórias mais fantásticas do perío-do medieval são as aventuras do navegante veneziano Marco Polo (1254-1324). Em seus relatos, ele mostra, com riqueza de detalhes, as cortes orientais, como a de Kublai Khan, imperador dos mongóis. Assim como outros autores, famosos por suas viagens — o grego Heródoto ou o tunisiano Ibn Khaldun — a

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Simulado 37oano

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veracidade de suas histórias foi questionada. Veneza e sua rival, Gênova:

a) eram repúblicas da Península Itálica que co-mandavam as principais rotas comerciais do Mediterrâneo. Sua importância foi diminuída quando as rotas comerciais portuguesas pelo Atlântico se tornaram a via de contato com o Oriente.

b) representavam o auge do poder feudal na Itá-lia. Com uma postura agrícola e pouco volta-das para o comércio, essas Repúblicas italianas sentiram o peso do atraso econômico durante as Grandes Navegações.

c) compunham os principais centros de peregri-nação religiosa do mundo medieval. Conhe-cidas como “Pequena Belém” e “Pequena Je-rusalém”, sua importância junto ao Vaticano foi decisiva durante o desenvolvimento das Grandes Navegações.

d) apresentavam um perfil bastante semelhante às outras cidades medievais: tinham um co-mércio local, sem influência nas rotas maríti-mas mediterrânicas dominadas por bizantinos e muçulmanos.

e) Constituíam o grande Império Bizantino, sendo assim províncias sob o comando de Bi-zâncio. Sua posição estratégica na Itália tinha caráter militar, ficando, assim, o comércio em segundo plano.

6. Dona Ana de Souza, Rainha Nzinga, ou até Ana Nzinga, viveu mais de um século e foi a governante do Reino do Congo. Sua histó-ria mostra exemplos de como alguém pode assumir diversas identidades dentro do jogo político. Ela se converteu ao cristianismo — adotando o nome Ana de Souza — para con-firmar o tratado de paz feito com os portu-

gueses. Em outro momento, retorna ao nome Nzinga como símbolo de resistência armada aos portugueses. O Reino do Congo, em rela-ção a Portugal:

a) exercia um papel secundário nas relações entre Portugal e África, representando um simples entreposto comercial.

b) resistiu às práticas coloniais portuguesas, prin-cipalmente à escravidão. O Reino do Congo não negociou escravizados com os portugueses.

c) teve importante papel na lógica da escravidão promovida por Portugal. O território congo-lês foi fonte de muitos escravizados que cruza-ram o Atlântico para trabalhar no sistema co-lonial de exploração portuguesa nas Américas.

d) era uma importante conexão entre os rei-nos europeus e os grupos muçulmanos, que transportavam riquezas pelo Saara. Essa era uma rota alternativa que não dependia de genoveses ou venezianos e era controlada por portugueses.

e) representava uma ameaça militar por causa da resistência imposta por governantes, como Nzinga. Essa resistência fez com que o Reino do Congo fosse uma força a ser temida pelos portugueses no continente africano, e isso ga-rantiu que escapassem do comércio de escra-vizados.

7. As comunidades indígenas sioux, dos Estados Unidos e tupi-guarani, do Brasil, estão sepa-radas geograficamente por quase meio conti-nente. Embora seja improvável a existência de contatos entre essas duas comunidades:

a) desenvolveram grandes estruturas e centros urbanos, marcados pelas pirâmides em de-graus, usadas como centros religiosos e de exi-bição pública de poder.

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b) apresentavam estruturas sociais iguais, basea-das na hierarquização social a partir da pro-priedade privada da terra e de produtos deri-vados do comércio.

c) baseavam sua economia em um sistema de caça e coleta. Nesse modelo, cabe aos homens as atividades de caça e pesca e às mulheres, a coleta de frutas, legumes e raízes comestíveis. Entretanto, os sioux já domesticavam alguns animais, como o bisão e o búfalo.

d) ambas apresentavam um avançado trabalho em metalurgia, com peças em bronze e ouro, ricamente trabalhadas. O uso desses metais, entretanto, parece ser ritualístico, dado os ti-pos de utensílios encontrados.

e) dominaram as técnicas de domesticação de animais, como o bisão e o cavalo. Esses últi-mos foram amplamente usados como meio de transporte e como reforço em batalhas contra outras comunidades indígenas e contra a ocu-pação colonial europeia.

8. A morte de um governante e o fim de um império são eventos que marcam profunda-mente a memória e a história de uma região. Entre os dias 28 de agosto e 4 de setembro é comemorado o Festival de Santa Rosa, pa-droeira da cidade peruana de Carhuamayo. Entre as festividades, é encenada a captura de Atahualpa, o último imperador inca, morto pelos conquistadores espanhóis, em 1533. O título de imperador, ou sapa inca, centralizava o poder do território e era legitimado por um sistema religioso que via o ocupante do trono como Apu ou Sagrado. Todo o complexo im-perial era mantido com o trabalho dos Ayllu — unidade familiar camponesa — que traba-lhava na terra para seu sustento e em grandes

obras públicas, como a construção de templos e fortificações. Essa forma de organização es-tatal tem caráter:

a) teocrático e se assemelha ao Estado egípcio antigo.

b) democrático e se assemelha à Atenas do Perío-do Clássico.

c) republicano e se assemelha à Roma do Perío-do Imperial.

d) absolutista e se assemelha aos Estados euro-peus do Período Moderno.

e) monárquico e se assemelha ao Império Caro-língio medieval.

9. A narrativa de Tenda dos Milagres, de Jorge Amado, se dá em dois tempos, entrelaçados ao longo da história. O tempo presente, aque-le em que o autor escreveu o romance, idos de 1969, que relata a chegada de um estran-geiro ao Brasil cujo propósito era conhecer a terra de Pedro Archanjo, autor de uns tantos livros que ele admira, e que até então era um ilustre desconhecido de todos nós. “[...] Num outro tempo (começo do século XX) está Pe-dro Archanjo e sua tenda dos milagres. Um mestiço, intelectual autodidata, sem formação acadêmica, mas forjado pela vida, pela vivên-cia das ruas, pelo convívio com seu povo. Um místico, envolvido e digno representante do sincretismo religioso da Bahia, mas, ao mes-mo tempo, uma inteligência racional a serviço de uma causa: a defesa da mestiçagem das ra-ças como elemento de combate ao racismo e a elevação da cultura negra.” Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/tenda-dos-milagres-sintese-da-obra.htm. Acesso em: 04/01/2019. Adaptado.

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Simulado 57oano

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O sincretismo religioso, destacado no texto, fazia parte:

a) de uma estratégia de preservação das tradições religiosas africanas no Brasil, proibidas duran-te o período escravista.

b) de um projeto de substituição do catolicismo pelas religiões de matriz africana, logo após a abolição da escravidão.

c) de um reconhecimento do direito à liberdade de culto, mesmo para os povos escravizados trazidos da África para o Brasil.

d) de um sistema de controle social dos povos escravizados. Ao substituir as divindades afri-canas por santos católicos, se colocava a tradi-ção africana num patamar abaixo da religião trazida pelos colonizadores europeus.

e) da interação provocada pelo contato entre as culturas africanas e indígenas no Brasil. Não há, no entanto, relatos do sincretismo envol-vendo elementos africanos e europeus.

10. Leia o texto a seguir.“Muitos especialistas acreditam que Mansa Musa (1280-1337), o rei de Tombuctu, foi a pessoa mais rica da história. De acordo com o professor de história Richard Smith, o rei-no da África Ocidental de Musa (atual Mali) provavelmente era o maior produtor de ouro do mundo em um momento em que esse ma-terial passava por uma fase de alta demanda. Historiadores e economistas ainda não conse-guiram estimar quantos trilhões de dólares a fortuna do governante valeria hoje. Trilhões, sim. Em uma lista da Time  de 2015, o Im-perador Augusto César  aparece em segundo lugar com US$ 4,6 trilhões.”Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2017/11/conheca-mansa-musa-o-homem-mais-rico-de-todos-os-tempos.html. Acesso em: 20/07/2018. Adaptado.

Sobre o Reino do Mali, analise.I. Surgiu como um reino tradicional africano,

oposto ao processo de islamização. Conteve o progresso da expansão da fé muçulmana, por meio de guerras e do controle das rotas co-merciais do norte do continente africano.

II. Sua capital — Timbuctu, ou Tombuctu — tornou-se referência para estudiosos muçul-manos e um importante centro comercial de marfim e ouro, produtos com alta demanda na época, o que garantiu a impressionante ri-queza do rei Musa.

III. Embora rico e centralizado, o Reino do Mali foi anexado pelos portugueses. Essa união deu origem ao mítico Reino de Preste João.

IV. O controle das rotas comerciais representa-va uma parte vital da economia Mali. Outro elemento fundamental estava na extração de ouro. Durante o Reino do Mali, a religião is-lâmica era praticada, o que dava unidade com outras nações do norte do continente africano da época.Está(ão) correta(s):

a) as afirmativas I e III.b) as afirmativas II e III.c) as afirmativas I e IV.d) as afirmativas III e IV.e) as afirmativas II e IV.

11. Havia um curioso hábito no início na Idade Média: dar apelidos aos livros. Assim, o livro As Viagens de Marco Polo ficou mais conheci-do na Itália do século XIV como Il Milione — “O Milhão”, uma alusão ao apelido do na-vegante veneziano e às riquezas descritas por ele. Outro famoso texto apelidado é a Comédia, do escritor florentino Dante Alighieri. “A Divina”, como foi batizada, é uma história

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Simulado 67oano

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de amor às artes clássicas e à musa de Dante, Beatriz. Mas também é uma história sobre o destino daqueles que cometem algum dos pe-cados capitais, representados por círculos de penitência. A Divina Comédia faz parte:

a) de um movimento de reafirmação do poder da Igreja Católica, conhecido como Recon-quista.

b) do Renascimento Cultural, momento marca-do pelo classicismo, hedonismo, naturalismo e racionalismo.

c) do Renascimento, momento de negação da razão e de volta às tradições pré-cristãs em di-versas partes da Europa.

d) da Alta Idade Média, período marcado pelas invasões muçulmanas e vikings por todo o ter-ritório europeu.

e) da Baixa Idade Média, fase em que os centros urbanos são abandonados e a Europa passa por um processo de ruralização devido às in-vasões bárbaras.

12. Observe as imagens a seguir.

Imagem I

Imagem II

Imagem 1. Disponível em: http://www.leonardodavincisinventions.com/inventions-for-flight/leonardo-da-vincis-glider/. Acesso em: 12/01/2019. Imagem 2. Disponível em: https://howthingsfly.si.edu/ask-an-explainer/how-do-bats-fly-differently-birds. Acesso em: 12/01/2019.

A imagem I mostra o detalhe da asa do planador projetado por Leonardo da Vinci, comparada ao esboço de uma asa de morcego (imagem II). Por que copiar as asas de um morcego e não de um pássaro? A resposta está no nome do invento. Planar é diferente de voar. O voo exige muito mais esforço físico ao bater as asas, e planar é uma questão de manter maior pressão do ar em-baixo das asas do que sobre elas. Os aviões de hoje voam porque resolveram o problema do es-forço físico por meio do uso de grandes motores que impulsionam o avião para frente, enquanto o desenho das asas se encarrega de gerar a “pres-são aerodinâmica ascendente”. Isto significa que um avião voa e plana ao mesmo tempo, segundo a lógica do planador de Da Vinci. Muito embo-ra não haja registros da realização desse projeto, é um ótimo exemplo da(o):

a) observação mitológica da natureza.b) racionalismo e naturalismo.c) classicismo e hedonismo.d) justificativa religiosa para leis da Física.e) observação artística da natureza.

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Simulado 77oano

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13. Leia o trecho a seguir.

“Assim como as partes de um Templo devem corresponder entre si, também o devem com o todo. A nave [parte central do templo] está naturalmente no centro do corpo humano e, se o homem está deitado de costas e suas mãos e pés estendidos, um círculo desenhado de-verá tocar as pontas das mãos e dos pés. Não somente um círculo contém o corpo humano, mas também um quadrado. Tomando medi-das dos pés ao topo da cabeça e através dos braços totalmente estendidos, encontraremos medidas semelhantes entre si. Então, linhas em ângulos corretos para fechar a figura for-marão um quadrado.” VITRÚVIO. Tratado de Arquitetura. Trad. M. Justino Maciel. São Paulo: Martins, 2007.

Leonardo da Vinci era um estudioso dos tex-tos clássicos. A figura acima é a interpretação visual dele feita do livro Sobre Arquitetura, do

arquiteto romano Vitrúvio. Essa obra influen-ciou grandes construções renascentistas como a Basílica de São Pedro, no Vaticano. Essa “volta ao Clássico”:

a) representa uma das características centrais da Contrarreforma, iniciada pela Igreja após a re-forma luterana de 1517.

b) compõe uma visão de mundo que reforça as concepções medievais sobre a natureza e rea-firmam o controle dos estudos científicos pela Igreja Católica.

c) é parte integrante do Renascimento Cultu-ral europeu dos séculos XIV, XV e XVI. A releitura estética proporcionada pelo resgate de textos, como o de Vitrúvio, proporcionou uma nova concepção estética sobre a Arte.

d) corresponde ao resgate do mundo pré-cristão, como forma de confrontar, política e ideolo-gicamente, a Igreja Católica.

e) é uma característica da Arquitetura Renas-centista, não se reproduzindo em outras ex-pressões artísticas, como a literatura ou artes plásticas.

14. Observe as imagens a seguir.Imagem I

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Simulado 87oano

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Imagem II

Imagem III

Imagem 1. Disponível em: http://www.medievalists.net/2012/03/al-idrisi-and-his-world-map-1154/. Acesso em: 15/01/2019. Imagem 2. Disponível em: https://www.bl.uk/picturing-places/articles/maps-of-the-15th-century. Acesso em: 15/01/2019. Imagem 3. Disponível em: https://en.wikipedia.org/wiki/Portuguese_discoveries#/media/File:1502_Cantino.jpg. Acesso em: 15/01/2019.

As três imagens mostram a evolução da car-tografia, entre os séculos XII e início do XVI. O primeiro mapa, produzido em 1156, foi feito pelo geógrafo andaluz Muhammad Al-Idrisi. O segundo, de 1490, é de autoria do cartógrafo germânico Heinrich Hammer. O último é de 1502, de autoria anônima, mas é chamado de Mapa de Cantino, em homena-gem a Alberto Cantino — um espião italiano que o teria roubado de Portugal. Ao analisar as três imagens:

a) percebemos a mudança de conhecimento na produção cartográfica a partir das Grandes Navegações.

b) notamos a grande importância dada ao Vaticano, expressa no fato de estar no centro das três produções cartográficas.

c) concluímos que o auge da produção cartográ-fica se deu durante o domínio islâmico, no século XII. Os mapas posteriores são cópias do primeiro.

d) o avanço da cartografia muçulmana em rela-ção à cristã. O mapa de Al-Idrisi é mais preci-so na descrição da costa africana que o mapa de Cantino, quase 400 anos mais velho.

e) dentre os três mapas, o único que reconhece-ríamos como próximo às representações car-tográficas atuais seria o de Heinrich Hammer, do século XV.

15. Analise a imagem a seguir.

Disponível em: https://www.izenda.com/blog/gutenberg-mean-companys-website/. Acesso em: 20/01/2019.

Essa imagem representa uma corporação em uma oficina tipográfica do século XV, e o homem de pé, no canto à direita, é Johannes Gutenberg. Ele levou a tecnologia de impres-são que vemos na imagem para a Europa, após uma viagem ao Extremo Oriente e escolheu a Bíblia como primeira obra a ser impressa. E era uma escolha necessária, uma vez que a Igreja Católica era hegemônica na Europa du-rante a época. Avanços como o de Gutenberg:

a) reforçaram o poder ideológico da Igreja Cató-lica na Europa e detiveram ideias heréticas ou reformistas do cristianismo até o século XVIII.

b) ocorreram em paralelo ao Renascimento. En-tretanto, foram movimentos isolados, sem contatos entre si ou impactos na produção de conhecimento.

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Simulado 97oano

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c) perpetuaram o controle da Igreja Católica sobre as interpretações bíblicas por meio da redução de exemplares disponíveis.

d) representaram uma mudança na relação com os livros. Antes os livros eram guardados em mosteiros e sua circulação era restrita. A partir de Gutenberg, houve uma maior circulação de textos e a perda do controle pela Igreja.

e) ajudaram a conservar os livros e o conheci-mento em um grupo seleto de pessoas, cujo acesso aos textos era somente permitido pela Igreja Católica.

16. A palavra heresia em grego significa “escolha”. Entretanto, não a entendemos assim. O dicio-nário Aurélio apresenta o termo da seguinte maneira:Significado de heresia1 – Divergência em ponto de fé ou de dou-trina religiosa. 2 – Blasfêmia. 3 – Opinião ou doutrina diferente às ideias recebidas. 4 – Dis-parate; absurdo; contrassenso.Disponível em: https://dicionarioaurelio.com/heresia. Acesso em: 20/01/2019.

Essa concepção atual:a) está ligada às concepções romanas de auto-

ridade religiosa. O termo heresia descrevia o cristianismo antes da adoção como religião oficial do Império Romano.

b) tem suas raízes ainda no pensamento grego. Filósofos como Aristóteles consideravam a es-colha um erro quando ia de encontro a um pensamento já estabelecido.

c) revela um pensamento religioso atual, cons-truído a partir do absolutismo. Durante o pe-ríodo medieval, havia uma grande tolerância religiosa na Europa.

d) remonta as relações de poder no período me-

dieval. A manutenção da posição política da Igreja Católica exigia de movimentos contrá-rios a sua doutrina.

e) revela a intolerância religiosa presente na Gré-cia Antiga. Essa intolerância conduziu diver-sos conflitos como as Guerras Médicas e do Peloponeso.

17. Um dos aspectos que redesenharam o equilíbrio de forças que conduziu ao absolutismo, foi a tensão gerada entre os movimentos reformistas e a Igreja Católica. Essas tensões decorreram:

a) das propostas de Lutero pelo fim dos sacra-mentos católicos. Essas ideias levaram à Re-volta Anabatista, cuja conclusão levou à Paz de Ausburgo, documento que restaurava o poder da Igreja Católica na região.

b) do apoio da nobreza suíça às ideias de João Calvino. Esse apoio provocou uma intriga en-tre as nobrezas centrais europeias e conduziu a uma reestruturação política centralizadora.

c) do apoio de Henrique VIII da Inglaterra à Igreja Católica, em meio as reformas. Em bus-ca de apoio político para conter o avanço da burguesia, o rei inglês lança o Ato de Supre-macia, documento que reestabelece o poder católico na região.

d) do crescimento de comunidades não cristãs e protestantes no Novo Mundo. A Igreja Cató-lica temia perder o controle das terras recém--descobertas e pressionou as monarquias na-cionais a centralizarem seu poder e impedir a migração para as Américas.

e) da quebra da unidade religiosa católica na Eu-ropa. Construída ao longo do período medie-val, as reformas colocavam em risco a posição política da Igreja, que buscou as nobrezas na-cionais para se fortalecer.

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Simulado 107oano

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18. O Rei Luís XIV, o Rei Sol, é conhecido por sintetizar o absolutismo numa frase: “O Es-tado sou Eu”. Até sua imagem era cuidado-samente controlada por ele. Em seu famoso quadro, pintado por Hyacinthe Rigaud, em 1701, há dois reis. O primeiro, do rosto até a espada, mostra um homem maduro como devemos esperar para um rei. Do segundo, vemos as pernas jovens demais para alguém que tinha quase 60 anos, sob o peso da coroa. A imagem do rei era, portanto, uma expressão da política absolutista. Essa política:

a) foi construída de maneira pacífica, por meio da reorganização de poderes tradicionais em torno do rei e do isolamento da burguesia, tanto econômica quanto politicamente.

b) contou com a decadência enfrentada pela Igreja Católica durante o século XVI, como resultado da Reforma Protestante. A anulação política da Santa Sé foi elementar para o esta-belecimento político do rei.

c) deveu-se unicamente pela via militar. O poder absolutista não procurou apoio entre o clero, isolado desde a Reforma Protestante, nem na burguesia mercantil.

d) colocava o rei no núcleo de uma intricada rede de troca de favores e influências. Essa rede era centrada na hereditariedade, legitimação ideológica via Igreja e apoio financeiro dado pela burguesia.

e) obedecia rígidos padrões morais e de condu-ta política, expressos em tratados medievais. Essa rigidez era mantida em grande parte pela submissão do rei à Igreja Católica e a um gru-po de nobres chamados de nobreza cortesã.

19. Leia o texto a seguir.

Capítulo XIIIDa condição natural da humanidade relati-vamente à sua felicidade e miséria[...] Se dois homens desejam a mesma coi-sa, ao mesmo tempo que é impossível ela ser gozada por ambos, eles tornam-se inimigos. E no caminho para seu fim (que é principal-mente sua própria conservação, e às vezes ape-nas seu deleite) esforçam-se por se destruir ou subjugar um ao outro. E disso se segue que, quando um invasor nada mais tem a recear do que o poder de um único outro homem, se alguém planta, semeia, constrói ou possui um lugar conveniente, é provavelmente de espe-rar que outros venham preparados com forças conjugadas, para desapossá-lo e privá-lo, não apenas do fruto de seu trabalho, mas também de sua vida e de sua liberdade. Por sua vez, o invasor ficará no mesmo perigo em relação aos outros. […]Disponível em: https://apeiron.webnode.com/estado-sociedade-e-poder/. Acesso em: 20/01/2019. Adaptado.

Qual(ais) do(s) ideal(is) melhor define o tre-cho acima?

I. “O trono real não é apenas o trono de um homem. É a representação da vontade divina que, através da providência e da predestina-ção, elege aqueles que devem governar e aque-les a serem governados.”

II. “Cabe ao príncipe, e somente a ele, a escolha de quais tratados serão respeitados e quais se-rão quebrados. A manutenção do poder e da ordem é mais importante que o respeito aos tratados... os fins justificam os meios.”

Page 11: PROJETO ano Simulado CONTEXTUALIZANDO 10 SEMESTRE …€¦ · 7o Simulado 4 ano PROJETO CONTEXTUALIZANDO SABERES - Hiia b)apresentavam estruturas sociais iguais, basea-das na hierarquização

Simulado 117oano

PROJETO CONTEXTUALIZANDO SABERES - História

III. “O homem é o lobo do homem. Somente um Estado forte garante que superemos nosso es-tado natural através da submissão da liberda-de política aos desígnios de um soberano.”

Está(ão) correta(s): a) somente a I.b) somente a III.c) somente I e II.d) somente II e III.e) somente I e III.

20. Robin Hood, ou sir Robert de Loxley, é uma fi-gura folclórica inglesa cuja história é encenada nos cinemas há mais de um século. Entretanto, a narrativa de um fora da lei que rouba de um maldoso e corrupto representante da Coroa e devolve aos legítimos donos aquilo que foi in-justamente tomado é quase tão antiga quanto a possível figura histórica de sir Robert. As re-ferências presentes nas primeiras baladas (can-ções que contam uma história) nos apontam para um momento histórico crítico da Ingla-terra: a morte de Ricardo Coração de Leão e a coroação de seu irmão, João Sem Terra. A pressão econômica causada pelas Cruzadas de Ricardo Coração de Leão e pela queda da pro-dução no campo levaram, em 1215, à:

a) criação da Magna Carta, texto que instituía poderes absolutos para o rei inglês. É a partir da pressão social exercida que surgem histó-rias de um herói bondoso, que corrigiria as injustiças causadas pela carta.

b) criação da Magna Carta, uma reedição de có-digos de conduta social e política. Em gran-de parte, reafirmavam instituições políticas que perduravam desde o período romano na região.

c) criação da Magna Carta, texto pioneiro na Europa porque limitava o poder real e trazia um sistema governamental de duas Câmaras: a dos Lordes e a dos Comuns.

d) criação da Magna Carta, que reafirmava o poder da Igreja Católica sobre as decisões po-líticas inglesas. O Vaticano agiria como um “governo externo” para organizar as finanças e a sociedade inglesa.

e) criação da Magna Carta, que iniciou o pro-cesso de reforma religiosa na Inglaterra. Após o fim da Guerra dos Cem Anos, a Inglaterra não reconhece o apoio papal aos reis franceses e rompe com a Igreja Católica.