PROJETO ACADEMIA DO SKATE - Esporte, Cultura e Lazer

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ACADEMIA DO SKATE PROJETO MAIS DE 22MIL ATENDIMENTOS EM MINAS GERAIS Foto: Thiago Fernandes Edição II / ANO 2019

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ACADEMIADO SKATE

PROJETO

MAIS DE 22MIL ATENDIMENTOS

EM MINAS GERAIS

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Edição II / ANO 2019

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F azer a diferença na sociedade! Este é o sonho que tem se tornado rea-lidade com as ações da Associação Natividade. Criada em 2014, a orga-

nização social já acumula projetos de sucesso por diversas cidades de Minas Gerais. Todos frutos de um árduo mas, prazeroso trabalho conjunto entre sociedade civil organizada, poder público e setor privado.

Nestes cinco anos de existência são mais de 12 mil participantes atendidos, números que marcam a grandiosidade das ações realiza-das pela associação no âmbito da cultura, do esporte e do lazer, direitos sociais que nor-teiam nossas atividades.

Um dos projetos de destaque é a Academia do Skate. Promovido com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte de Minas Gerais e com o apoio da Riachuelo, ele chega a sua terceira edição. Embarque você também nessa aven-tura e conheça nas próximas páginas um pouco mais desse mundo sobre rodas, que motiva o dia a dia da instituição.

Rafael DinizPresidente da Associação Natividade

Esta revista foi produzida com recurso da lei de incentivo ao esporte de Minas Gerais e como produto final do projeto Academia do Skate III.

S U M Á R I O

A N A T I V I D A D E

4 NOSSA HISTÓRIA

6 PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS

7 PROJETOS

A C A D E M I A D O S K A T E

14 APRESENTAÇÃO

16 HISTÓRIA DO SKATE

20 TIPOS DE SKATE

25 MODALIDADES DO SKATE

30 SKATE E ESPAÇO PÚBLICO

34 NA MÍDIA

36 INFOGRÁFICO

38 REFERÊNCIASE X P E D I E N T E :

Registro do Projeto Nº 2017.01.0245

Equipe Editorial:Brisa de Assis, Jhonny Miranda, Rafael Diniz, Victor Hugo Côrrea

Fotos: Diala Coelho, Diogo Andrade, João Souza, Jonaan Carvalho e Thiago Fernandes

Projeto Editorial e Diagramação: Firma Comunicação e Design

Jornalista Responsável:Guyanne Araújo (14.835/MG)

Revisão de Texto: Wanderson Nascimento (18.560/MG), Mariana Pimenta (09.642/MG)

Tiragem: 1000 exemplares

Impressão: Gráfica O Lutador

Data da publicação:Abril / 2019

A UNIÃO FAZ A FORÇA

E D I T O R I A L

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A S S O C I A Ç Ã O N A T I V I D A D E : N O S S A H I S T Ó R I A

Oano era 2014. Seis profis-sionais especializados e engajados com as cau-sas sociais se reuniram

para criar a Associação Natividade.

Em comum, as experiências com es-

porte, cultura e lazer; áreas que são

prioritárias para a instituição da insti-

tuição. De lá para cá, foram inúmeras

conquistas. Um sorriso no rosto, uma

superação ou até mesmo o brilho nos

olhos de crianças e adolescentes, per-

cebidos por meio do primeiro contato

com as atividades desenvolvidas pela

Natividade, deixam a todos realizados.

No decorrer dos cinco anos de ativida-

de, diversos projetos já foram realiza-

dos, mais de 12 mil participantes.

Com muito esforço e dedicação, os

membros da associação sem fins lu-

crativos, somado ao trabalho de 16

profissionais contratados, mantem o

funcionamento da Natividade e dos

projetos de intervenção, que contri-

buem para a inclusão social e fortale-cimento da cidadania.

“A Natividade tem como objetivo de-bater e dar às pessoas o acesso aos direitos sociais, como cultura, esporte e lazer. Estes elementos tem em co-mum um grande potencial de trans-formação, o que utilizamos como forma de empoderamento e de pro-vocação para formar cidadãos críticos e ativos socialmente”, pontua o presi-dente da Associação Natividade, Rafa-el Diniz.

O sucesso dos projetos traz realização para todos os envolvidos, pois é o reco-nhecimento da qualidade do trabalho feito. “Talvez, o que nos deixe mais feli-zes seja mostrar para nossos benefici-ários que é possível ter bons trabalhos realizados com recurso público. Mas, para isso, é importante a participação de todos, tanto dos profissionais que estão atuando, quanto do próprio be-neficiário”, destaca Rafael. P

ara alcançar os objetivos e conseguir executar as ativi-dades planejadas, a Associa-ção Natividade recorre às leis

de incentivo, mecanismo de financia-

mento público que permite aproximar

o empresário mineiro da realidade das

organizações sociais. Todo o recurso

econômico captado pela Natividade é

investido nos projetos de transformação

que impactam positivamente principal-

mente pessoas a quem são negados os

direitos fundamentais. Assim, mesmo

sendo uma associação sem fins lucrati-vos, promovemos o crescimento da so-ciedade!

A Natividade acredita que a tão sonhada sustentabilidade, apesar de um grande desafio, é sim viável! Com o apoio de em-presas e pessoas que compartilham do propósito da Associação, de promover a cidadania com esporte, cultura e lazer, é possível construir uma sociedade mais justa e feliz! Acesse nosso site e conhe-ça como fazer a diferença na sociedade com a Associação Natividade.

DE MÃOS DADAS COM A SOCIEDADE

CINCO ANOS DE SUCESSO

www.natividade.esp.br

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P R I N C Í P I O S I N S T I T U C I O N A I S P R O J E T O S

São cinco anos de muito trabalho. E, apesar de pouca

idade, a Associação Natividade já acumula projetos im-

portantes de cunho social, iniciação esportiva, além da

divulgação e compartilhamento de conhecimentos so-

bre a cultura de alguns esportes urbanos por toda Minas Gerais.

Conheça um pouco mais dos trabalhos desenvolvidos pela Nati-

vidade ao longo dos últimos anos.

A ALMA DA NATIVIDADE

METAS ALCANÇADAS

Amissão, a visão e os valores são a nossa alma! Nossa marca registrada que direcionam nossas ações em sempre fazer o melhor para e com a sociedade! Essas diretrizes reforçam a identidade da Associação e o compromisso com todos os participantes e parceiros, sempre com o

pensamento em proporcionar esporte, cultura e lazer para os que normalmente não teriam acesso facilitado a esses segmentos.

TREKKINGPara comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, a As-

sociação Natividade realizou em Timóteo, no Vale do Aço,

uma prova de trekking (caminhada com planilha de nave-

gação) no Parque Ambiental Oikos. A intenção era estimu-

lar um estilo de vida saudável para as mais de 500 pessoas

que estiveram presentes, acrescido da importância da edu-

cação ambiental. Desse primeiro evento, surgiu o Circuito

Vale do Aço de Trekking, realizados em três etapas e locais

distintos: a primeira no mesmo Parque Ambiental Oikos, a

segunda no Parque Estatual do Rio Doce – em Marliéria – e

a terceira no RPPN Sítio do Zaca – em Ipatinga

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA A Associação Atlética do curso de Educação Física da

UFMG, que estava desativada desde 2007, foi reformulada

com o apoio da Associação Natividade. Um novo estatuto

foi providenciado e o trabalho se estendeu também

aos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Como

maneira de reiniciar os trabalhos da Associação Atlética

e promover uma integração da comunidade acadêmica,

foram realizados jogos internos entre 11 e 18 de outubro de

2014 durante a semana do conhecimento da UFMG.

MISSÃO Colaborar com a construção de uma sociedade mais justa e

harmoniosa pela garantia dos direitos sociais.

VISÃO Não queremos ser a maior e nem a melhor, mas uma asso-

ciação com ações assertivas e capazes de intervir no micro-

território para que as pessoas sejam valorizadas pelas suas

semelhanças e diferenças.

VALORESRespeito às diferenças

Busca por inovação

Ética e transparência

Trabalho em rede e colaborativo

Conhecimento interdisciplinar

A S S O C I A Ç Ã O N A T I V I D A D E : P R I N C Í P I O S I N S T I T U C I O N A I S

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Uma escola de skate gratuita para crian-ças e adolescentes nas cidades de Sete Lagoas e Santa Luzia para promover a iniciação esportiva e impulsionar a prá-

tica do mais novo esporte olímpico. As atividades são realizadas no contraturno escolar e em espaços públicos, como o Parque Municipal Lagoa Boa Vis-ta (que possui uma pista da modalidade Street) e no Centro de Artes e Esportes Unificados (que pos-sui uma mini-ramp), além do próprio espaço das escolas municipais. Para transformar as escolas em verdadeiras pistas de skate, o projeto instalou um kit de obstáculos móveis nas localidades com Ollie-Jump (salto em altura), palco modular e corrimão, ambos com altura ajustável, e rampa.

A S S O C I A Ç Ã O N A T I V I D A D E : P R O J E T O S

CONEXÃOSK8

FICHA TÉCNICA

Data de inicio:Fevereiro 2019

Participantes: 210 jovens

Duração do projeto: 12 meses

Recurso Captado: R$ 299.538,28

Patrocinador:Guaraná Antártica (AMBEV)

Política de Financiamento: Lei Estadual de Incentivo ao Esporte

De acordo com a Lei Estadual de Incentivo ao Esporte1 (Lei Nº 20.824/2013), os contribuintes do ICMS (Imposto sobre Circulação

de Mercadorias e Serviços) podem destinar parte do seu imposto para um projeto es-portivo que tenha chancela da Secretaria de Estado de Esportes de Minas Gerais (SEESP-

-MG). Esta união entre poder público, empre-sas e a sociedade civil organizada fortalece a cadeia produtiva de Minas Gerais, gera bene-fícios a prática esportiva dos mineiros e ainda fortalece a marca do apoiador. Foi desta for-ma que o projeto Conexão SK8 ganhou vida junto a AMBEV, empresa detentora da marca do Guaraná Antarctica

Empresas sediadas em Minas Gerais, contri-buintes do ICMS no regime de recolhimen-to de Débito e Crédito (ICMS corrente) e que não tem dívida ativa com o governo estadu-al, estão aptas a serem apoiadoras de proje-tos na Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Elas podem antecipar um aporte aos projetos

esportivos, gerando um crédito de imposto que será abatido mensalmente, respeitando as alíquotas de 1 a 3%, ou sincronizar os de-pósitos ao projeto com o próprio pagamento mensal do imposto, assim não comprome-tendo o fluxo de caída da empresa. A seguir os critérios para dedução:

Apoiar projetos de cunho social contribui para a manutenção da re-putação e imagem das empresas perante o público externo, além de

conferir mais credibilidade ao produto/serviço.

Até 3% do saldo devedor

mensal do ICMS

Até 2% do saldo devedor

mensal do ICMS

Até 1% do saldo devedor

mensal do ICMS

Empresa com saldo devedor anual de até

R$ 20 milhões

Empresa com saldo devedor anual entre

R$ 20 a 100 milhões

Empresa com saldo devedor anual acima

de R$100 milhões

www.incentivo.esportes.mg.gov.br

UMA MARCA FORTE

COMO POSSO AJUDAR?

O QUE GANHO COM ISSO?

Foto

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A S S O C I A Ç Ã O N A T I V I D A D E : P R O J E T O S

Basquete 3x3, Skate, Escalada e Caratê! Esses são alguns dos novos esportes que integraram os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, e que fazem parte do

projeto Jovens Olímpicos. Este, que é um projeto da Lei Federal de Incentivo ao Esporte, busca in-centivar a prática e popularização dos novos espor-tes olímpicos entre os jovens das escolas públicas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Além de contribuir para diversificar a cultura esporti-va, o projeto alimenta o sonho dos futuros atletas olímpicos. Para que isso se torne realidade, além de uma equipe profissional qualificada, todos os alunos-atletas receberão uniforme personalizado e uma infraestrutura de pista de skate, cesta de bas-quete, parede de escalada e tatame, materiais que prometem transformar Minas Gerais em referência nos esportes radicais. Tudo de forma gratuita aos participantes!

JOVENS OLÍMPICOS

FICHA TÉCNICA

Data de inicio: Em captação

Participantes:880 jovens

Duração do projeto:12 meses

Recurso Aprovado:R$ 1.263.244,94 (cotas de patrocínio de R$ 250.000,00)

Política de Financiamento:Lei Federal de Incentivo ao Esporte

O imposto de renda pode ser uma fonte de apoio a projetos esportivos. Para a realização do projeto Jovens Olímpicos, a Associação Nativi-dade recorreu a Lei Federal de Incentivo ao Es-porte2 (Lei N.º 11.438/2006), programa que pos-sibilita não só empresas, mas também pessoas físicas a investirem parte do que pagariam de

Imposto de Renda a projetos aprovados pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Esta é uma forma do cidadão parti-cipar ativamente no desenvolvimento da socie-dade e ainda acompanhar de perto como o seu imposto está sendo investido.

As pessoas ou empresas devem depositar, até o último dia do ano, o valor de apoio na conta ban-cária exclusiva do projeto (aberta e supervisionada pelo Ministério da Cidadania), enquanto cabe a entidade esportiva emitir um recibo ao apoiador para que comprove a renúncia fiscal no ato da sua declaração de imposto de renda. O ressarcimento do apoio virá no ano seguinte, como resti-tuição ou abatimento no valor do Imposto de Renda.

Empresas

(lucro real)

Pessoas físicas

(declaração completa)

Podem destinar até 1%

do imposto devido

Podem destinar até 6%

do imposto devido

VOCÊ PODE SER O INCENTIVO!

COMO POSSO AJUDAR?

JO VE NS O LÍ MPICOS

www.esporte.gov.br

QUERO APOIAR!Banco do Brasil

Agência: 3068-6 | CC: 59.990-5

[email protected] | 31 3567.6071

Publicado no DOU (29/11/2018) - Seção 1, N.º 229, pág 82 - Deliberação N.º 1.238 do Ministério do Esporte

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P R O J E T O S A C A D E M I A D O S K A T EP R O J E T O S

Foto de abertura do projeto Academia do Skate

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A C A D E M I A D O S K A T E : A P R E S E N T A Ç Ã O

ACADEMIA DO SKATE IData: Junho a Outubro de 2017Cidades: Belo Horizonte e ContagemRecurso: Lei de Incentivo ao Esporte de Minas Gerais - R$ 299.815,95Participantes: 4.476 atendimentos

ACADEMIADO DO SKATE IIData: Janeiro a Julho de 2018Cidades: Juiz de Fora e Pouso AlegreRecurso: Lei de Incentivo ao Esporte de Minas Gerais - R$ 298.984,36Participantes: 6.308 atendimentos

ACADEMIADO DO SKATE IIIData: Agosto de 2018 a Março de 2019Cidades: Belo Horizonte e ContagemRecurso: Lei de Incentivo ao Esporte de Minas Gerais - R$ 299.070,49Participantes: 11.551 atendimentos

Deslizar sobre o chão em uma prancha com quadro ro-dinhas e praticar dezenas de manobras radicais têm despertado cada dia mais o interesse dos jovens. É isso mesmo, estamos falando do Skate! Segundo pes-

quisa realizada pelo Datafolha em 2016, a pedido da Confedera-ção Brasileira de Skate (CBSK)3, o Brasil tem 8,5 milhões de skatis-tas (dado que dobrou em relação à pesquisa anterior). E o esporte que ganhou status de olímpico, com sua primeira exibição nos Jogos de Tóquio, em 2020, também tem destaque reservado na Associação Natividade. O projeto Academia do Skate chega a seu segundo ano consecutivo com a marca de mais de 22 mil aten-dimentos gratuitos realizados em Minas Gerais. Números que o transformam na maior ação de iniciação ao skate do Brasil.

DOIS ANOS DE ESPORTE RADICAL

COMO O PROJETO FUNCIONA?O palco do projeto é uma grande pista de skate itinerante, instaladas em shoppings centers na capital mineira e região metropolitana, acompa-nhada de instrutores mega preparados para orientar jovens de 7 a 17 anos na prática radical. Ao final de cada etapa de oficinas, os participantes são desafiados a competir nas categorias: Infantil, Mirim, Iniciante, Feminino e Amador. Os ganhadores levam prêmio da Riachuelo, patrocinadora do projeto, além de troféu e medalha.

A pista recebe ainda visitas guiadas de escolas públicas, previamente agendadas. Além de aprender a praticar manobras nas modalidades stre-et e vertical, os participantes assistem a palestras educativas, com informa-ções sobre a história e importância do esporte.

Para fortalecer a prática e o conhecimento sobre o skate, esporte com grandes chances de trazer muitas medalhas olímpicas para o Brasil, a As-sociação Natividade preparou um rico conteúdo disponibilizado para esco-las em forma de DVD e resumido para você nas próximas páginas! Confira!

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A C A D E M I A D O S K A T E : H I S T Ó R I A D O S K A T E

Você sabe qual é a história do skate? Como foi o início deste esporte radical sobre quatro rodinhas? Existem algumas

divergências em relação à origem de sua prática, mas segundo a Confederação Brasileira de Skate (CBSK)3 , o surgimento do skate foi nos Estados Unidos ainda na primeira metade do século XX. A explica-ção presente no site da CBSK é que ele possa ter sido derivado dos rollers scoo-ters, patinetes que foram fabricados a partir de 1900.

Contudo, foi na década de 1950, na Cali-fórnia, que o skate ganhou força por meio dos “surfistas de calçada”4 . Frustrados com a falta de ondas, os surfistas cali-fornianos tiveram a ideia de adaptar sua prática de diversão. Colocaram rodinhas de patinete ou de patins sobre pranchas de madeira para deslizar pelas ruas e la-deiras da cidade e assim “surfar” sobre o asfalto. Até mesmo por isso, inicialmente, a prática do skate era intitulado como si-dewalksurfing (surf de calçada).

Com o passar dos anos, a prática foi evo-luindo bem como seu nome. Na década de 1960 passou a ser conhecido como skateboard (patins sobre prancha). O desafio entre os praticantes era se equi-librar sobre a prancha em movimento, a qual tinha pouca estabilidade pelas suas proporções. A grande revolução na mo-

dalidade veio na década de 1970, com a introdução das rodinhas de poliuretano, material que permitiu o skate evoluir para os modelos que conhecemos nos dias atuais.

Na década de 80, em uma cultura de “faça você mesmo”, os próprios skatistas faziam rampas de madeiras para prati-car o esporte. No final da mesma década, o street já era mais praticado, com ska-tistas utilizando os espaços em calçada, além de escada e corrimão.

Seja o skate um esporte, uma forma de lazer ou um estilo de vida, o que se perce-be é que sua trajetória, desenvolvimento e história nunca param de crescer. Ao longo das últimas décadas, a modalidade vem ganhando novos adeptos, profissio-nalização, competições, além da evolu-ção nos aspectos técnicos.

Recentemente, o skate foi incluído nos Jogos Olímpicos e terá sua primeira exibi-ção em Tóquio em 2020. Haverá disputas de skatepark e street, modalidades que o Brasil tem nomes de destaque e pode sonhar com o ouro olímpico. A expectati-va dos esportistas e amantes do skate é que o novo ciclo do esporte possa trazer investimentos e uma maior organização do skate no país.

DE “SURF DE CALÇADA” A ESPORTE OLÍMPICO

Este ano entrará para a história do skate! A moda-

lidade esportiva entrará de vez para as competi-

ções olímpicas. Nos Jogos de Tóquio, o mundo irá

acompanhar pela primeira vez a exibição de atletas

profissionais do Skate em Jogos Olímpicos.

Não existe uma data precisa, mas sabe-mos que ele derivou dos rollers scooters.

Foi lançada a primeira revista especializada em Skate no mundo: a The Quartely Skatebo-

arder, nos Estados Unidos.

Invenção da roda de poliuretano

(PU), que é utili-zada até os dias

atuais.

O skate passou por um processo de esportivização.

Competições foram criadas e transmitidas ao vivo pela te-

levisão, com comercialização de cotas de patrocínio.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) anun-ciou nos Jogos Olímpicos do Rio 2016 que a modalidade integraria a programação dos próximos jogos.

Criação da Confede-ração Brasileira de Skate (CBSK) – entidade sediada em São Paulo que normatiza a prática do skate no país. Cabe a ela fiscalizar regras de competição da modali-dade, julgar casos disci-plinares e administrar o ranking nacional

Criada a Associação Internacional de Skate (Internacional Association of Skateboard - IASC),

entidade máxima na regulação do skate mun-dial. Criação do “Go Skate Day”, em 21 de junho - dia estabelecido pela IASC como o Dia Mundial

do Skate.

Primeiros registros de praticantes de skate na Califórnia (EUA).

O primeiro campeonato de Skate ocor-reu na Califórnia e teve como vencedor Larry Stevenson.

A primeira mu-lher a se tornar profissional de Skate foi a jovem surfista california-na PattiMcGee, campeã nacional de skate.

Praticantes de skate nos EUA começaram a construir rampas de madeira e utilizar a arqui-tetura da cidade como obstáculos. Crescimen-to da modalidade street e relação do esporte com o hip-hip e contracultura.

1920

1950

1964

1970

1990

2000

2020

1963

1965

1980

1999

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A C A D E M I A D O S K A T E : H I S T Ó R I A D O S K A T E

Embora várias pessoas

aleguem ter inventado

o primeiro skate, não se

sabe ao certo quem re-

almente fez o primeiro exemplar.

Mas como ele chegou ao Brasil?

De acordo com César Augus-

to Diniz Chaves Filho (Cesinha

Chaves)7 , um dos mais antigos

praticantes brasileiros, o skate

começou no país no final da dé-

cada de 1960, por meio de alguns

surfistas cariocas que o desco-

briram em anúncios veiculados

por revistas norte-americanas

de surf, tanto que na época ficou

conhecido por aqui como “surfi-

nho”.

Para o pesquisador Leonardo

Brandão8 , no cenário nacional,

o skate ganhou destaque nas

páginas da revista Pop, periódico

mensal com foco no público

jovem, que contribuiu por

disseminar sua prática e criar nos

jovens o desejo de experimentar

o skate.

A OCUPAÇÃO DAS RUAS NO RIO

Aos poucos, os espaços públicos

começaram a ser utilizados pe-

los skatistas, promovendo uma

nova relação desses praticantes

com a cidade do Rio de Janeiro.

Em outubro de 1975, as ruas da

Quinta da Boa Vista foram cená-

rio do primeiro campeonato de

skate. Cavada no asfalto (a per-

formance era agachar o máximo

fazendo estilo), ‘bananeira’ sobre

o skate (handstand), piruetas,

salto em altura (high jump) fo-

ram algumas das manobras que

o público carioca acompanhou².

Mas, você sabia que a primei-

ra pista de skate do Brasil e da

América Latina, ou Skatódromo

como era chamado na época, foi

inaugurada em 04 de dezembro

de 1976? Localizada em Nova

Iguaçu - RJ, na reformada Praça

Ricardo Xavier da Silveira, mais

tarde ficou popularmente co-

nhecida como Praça do Skate9.

HOJE EM DIA

Atualmente, o skate é um dos

esportes mais praticados no

país, com mais de 8,5 milhões de

adeptos3 . Na cidade de São Pau-

lo, por exemplo, sua popularida-

de levou até a criação de um dia

dedicado a modalidade, o dia do

skate, em 3 de agosto. Já a nível

mundial, o dia 21 de junho tem

se destacado como a data come-

morativa do “GoSkateboarding

Day” - ou Dia Mundial do Skate.

Para regular a sua prática no Bra-

sil, em 1999 foi criada a Confede-

ração Brasileira de Skate (CBSK),

a qual lista atualmente 14 moda-

lidades ou formas de variação do

skate

COMO FAZIAM OS PRIMEIROS

SKATISTAS NO BRASIL?

No início, não haviam skates – ou “surfinhos” –

para vender no Brasil e as únicas referências que

os cariocas tinham eram as revistas estrangeiras

- como a Surfer e a Surfing. Assim, os primeiros

skatistas brasileiros deram um jeitinho de im-

provisar para fazer o próprio skate. Eles retira-

vam os eixos e rodas dos patins e os fixavam em

um pedaço de madeira, cortando-o no formato

semelhante aos que viam nas páginas das revis-

tas. Em meados da década de 70, empresas bra-

sileiras já comercializavam os skates.

Os primeiros skates nacionais foram o Torlay, fei-

to pela fábrica de patins paulista, o Bandeirante,

da fábrica de brinquedos, e o RK, que era a cópia

do americano Bennett Pro, o primeiro com eixo

feito especialmente para skate. As rodas pos-

suíam ainda o sistema de bilhas soltas, que re-

pousavam em porcas cônicas, travadas por uma

contraporca.

CURIOSIDADE MOTIVA SKATE NO BRASIL

SUA HISTÓRIA

E você? Qual é a sua história com o skate? Como conheceu?

Foi por lazer? Por querer experimentar nova prática espor-

tiva? Nós, da Academia do Skate, queremos conhecer sua

história. Escreva ou mande um vídeo contando sua história.

Ela pode estar em nossa próxima revista ou em nossas redes

sociais. Participe! [email protected].

VOCÊ SABIA?

O primeiro “boom” do skate nos Estados Uni-

dos foi acompanhado por sua primeira marca

de comercialização: o Roller Derby, tradicional

empresa especializada na fabricação de patins .

Essa marca fabricou e comercializou em série o

primeiro skate em 19595.

Para o skatista e pesquisador Giancarlo Macha-

do, autor do livro “De carrinho pela cidade: a

prática do skate em São Paulo”6, o patins seria

o verdadeiro pai do skate, por isso sua fabrica-

ção em série surgiu de uma indústria de patins

e não de surf.

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A C A D E M I A D O S K A T E : T I P O S D E S K A T E

Uma prancha e quatro rodinhas. Pronto, ali está formado o objeto de diversão, que já conquistou todo o mundo. A evolução da atividade esportiva alinhada à tecnologia mudou a aparência e a estrutura dos skates para os que conhecemos hoje, que se distinguem para pro-

porcionar os variados tipos de prática. Vamos conhecer um pouco mais sobre a estrutura do skate.

DAS RODAS AO SHAPE:A ESTRUTURA DO SKATE

QUAL É A ESTRUTURA DE UM SKATE?

O skate pode ser dividido basicamente em três partes: shape, trucks e rodinhas.

Já os TRUCKS são o par de eixos que fazem a conexão do shape com as rodinhas. Eles são responsáveis por garantir a estabilidade so-bre a prancha e fazem o papel de volante do skate, por isso é importante o praticante man-ter os pés sobre os seus parafusos no shape. Se no passado os trucks eram feitos de ferro,

atualmente o alumínio, magnésio ou titânio são os materiais que conferem maior leveza e resistência ao equipamento. Com o passar dos anos o truck também recebeu uma bor-racha (amortecedor) no seu parafuso central, tornando mais suave e precisa a mudança de direção no skate.

7,5” 7,63” 7,75” 7,88” 8,0” 8,25”

19cm 21cm

A medida do truck se baseia na largura da trave, também chamada apenas de “T”. A unidade utilizada é o milímetro, com medi-das variando de 129 a 215mm, dependendo do tipo de shape que o praticante estiver usan-do. Apesar de pequena, também existem uma sútil diferença na altura dos trucks, a qual in-terfere na estabilidade do skate. Quanto mais próximo do solo, maior a estabilidade.10

O SHAPE é nada menos do que o corpo do skate. No início da modalidade, placas de madeira maciça eram usadas para formar a prancha. Antes, com formas aleatórias e de-pois já próximas ás pranchas de surf, exceto, claro, pelo tamanho. Hoje, o shape é compos-to por sete lâminas de madeira, marfim ou maple (um tipo de pino canadense), que são coladas e prensadas dando a sensação de tá-

bua única. Este mix de lâminas mescla leveza, resistência e flexibilidade ao shape, além de permitir moldar a curvatura em suas extremi-dades que ajudam o praticante a movimentar o skate sobre o chão para fazer as manobras. Para aumentar a aderência da prancha com o calçado, os skates atuais também são cober-tos com uma lixa.

Por causa da influência norte-americana no skate brasileiro, a largura do shape é medida em polegadas, apesar do nosso sistema oficial de unidade adotar o metro. Assim, os shapes costumam variar de 7,5 a 9 polegadas (“), sendo que 1 polegada equivale a 2,54 cm.10

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DIÂMETR

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MENOR MAIORVELOCIDADE

A C A D E M I A D O S K A T E : T I P O S D E S K A T E

1.T R A D I C I O N A L

( S T R E E T )

Criado na década de 1990, é o tipo de skate mais comum e conhecido nos dias de hoje. Possui shape doubletail, com curvatura nas duas extremidadades (tail e nose), o que o tor-na apropriado para fazer manobras. De acordo com a modalidade a ser praticada, vertical ou street, as estruturas do skate podem sofrer va-riações no tamanho e largura. Os shapes mais estreitos, de 7”, por exemplo, são mais indica-dos para manobras de solo, porque giram com maior rapidez. Já para a modalidade vertical, o ideal é um shape mais largo, como o de 8,5”, pois a altura da pista facilita a execução das manobras de giro, mas exige maior estabilida-de.

As rodinhas, que no seu primórdio eram de ferro e depois de argila, mudaram na década de 1970 para o poliuretano (PU), material que gerou uma verdadeira revolução na prática da modalidade. Esse plástico proporcionou maior aderência da rodinha com o chão, ao mesmo tempo em que trouxe conforto ao “andar” de skate. O PU também possibilitou criar novos formatos e tamanhos de rodas e com espaço para acoplar pequenos rolamen-tos que diminuem o atrito da roda com o parafuso de fixação e aumentam a ve-locidade.

A medida utilizada pelas marcas de skate é o diâmetro da roda expresso em milímetros. Geralmente essa medida varia de 48 a 60 mm, sendo que quanto maior o diâmetro, maior a velocidade que a roda consegue atingir. Outra característica mensurável é a densidade do poliuretano, indicado pela letra “A”. Quanto maior o número que acompa-nha a indicação “A”, maior a dureza da roda e, consequentemente, maior a velocidade que se consegue atingir pela menor aderência com o solo. 11

UM MUNDO SOBRE RODAS

Quando o skate ainda não era tão popular, cada skatista construía ou adaptava o seu carrinho de acordo com seu estilo e modo de praticar. Hoje em dia, skates de dife-rentes tipos são oferecidos pelas marcas, sendo os principais: tradicional, cruiser e longboard. Eles possuem diferenças estruturais adequadas para cada modalidade

ou tipo de manobras. Qual o seu preferido?

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Page 13: PROJETO ACADEMIA DO SKATE - Esporte, Cultura e Lazer

A C A D E M I A D O S K A T E : T I P O S D E S K A T E

2. C R U I S E R

Criado na década de 1970, este tipo de skate é fruto da revolução trazida pelo plástico à modalidade. Seu shape feito de material sintético permitia criar formas mais ae-rodinâmicas, dando a sensação ao praticante de surfar pelas ruas. Por isso, é o skate mais utilizado para a loco-moção em pequenas e médias distâncias e para passeios casuais. No passado, os shapes amarelos ganharam ape-lidos de bananaboards. A curvatura em uma das extremi-dades do shape visa auxiliar o praticante nas mudanças de direção e os trucks mais largos geram maior estabi-lidade nos deslocamentos. A modalidade slalom utiliza um skate similar, porém com uma combinação especí-fica de trucks que permite maior mobilidade, já que são necessárias curvas mais rápidas e em espaços reduzidos.

3. L O N G B O A R D

O skate que mais remete ao passado da modalidade com o surf, utiliza de shapes grandes, de 8,5 a 10,0”, e a diver-são está atrelada a grandes velocidades. Por isso, utiliza os trucks e as rodas mais largos da categoria. O formato do shape vai variar dependendo da modalidade. No Dow-nhillSpeed, que é a Fórmula 1 do skate, os praticantes podem atingir velocidade acima dos 100km/h, por isso o shape deve ser baixo, bem próximo ao chão, e dispensa a necessidade de nose e tail. Além disso, as rodas também ficam projetadas para fora do shape para evitar o conta-to com a madeira durante as curvas. Já nas modalidades Downhill Slide e Longboard Dancing, em que o praticante abre mão de parte da velocidade em prol da performance acrobática sobre a prancha, é preciso observar a resistên-cia (dureza) das rodas, que deve ser acima de 80A para garantir uma prática segura. O shape também volta a ter a curvatura no nose e tail para facilitar a manipulação du-rante os movimentos de solo.

M O D A L I D A D E S D O S K A T E

SKATE + CRIATIVIDADEÉ IGUAL À...

Banks, Bowl, Downhillspeed, Downhill sli-de, Freestyle, Longboard dancing, Mega rampa, Mini ramp, Park, Pool, Pushrace, Slalom, Street e Vertical, todas estas no-

menclaturas, demonstram a grande variedade de prática do skate. Apesar da diversidade, apenas duas modalidades serão disputadas nos Jogos de Tóquio, em 2020: o Street e o Park. A Confederação Brasileira de Skate (CBSK) já está auxiliando no preparo dos atletas e recentemente divulgou os nomes dos es-portistas que formaram a primeira seleção brasileira de skate, um marco na história do esporte.

A multiplicidade de categorias de disputa chegou a ser um problema no passado recente do skate, pois a falta de padronização dificultava a criação de um rank nacional. Por isso, desde 2004, o Conselho OldS-chool da CBSK tem estabelecido a normatização da nomenclatura das categorias de skate. Atualmente são 14 modalidades que se distinguem entre gêne-ro, idade e nível técnico. Contudo, é inegável que a mais cobiçada das categorias é a profissional, femi-nino e masculino, quando o skatista atinge o ápice do seu desempenho técnico e passa a ser remune-rado como atleta, podendo concorrer a premiações em dinheiro das competições oficiais do esporte. A cada ano, os atletas interessados em se profissio-nalizarem, se inscrevem junto a CBSK no mês de novembro e, aprovados, ficam aptos para atuarem como profissionais a partir de janeiro do ano seguin-te. Vamos conhecer abaixo um pouco mais sobre cada modalidade:

1 . STREET a origem da modalidade está relacionada a crise financeira vivida pelo ska-te norte-americano na década de 1980, quando viu diversas pistas particulares fecharem as por-tas. O jeito para os praticantes foi buscar as ruas e os espaços públicos para manter o skate vivo. É nessa fase que o skate tem sua prática vincu-lada a cultura urbana. Porém, pela facilidade em transformar obstáculos urbanos em desafio para as manobras, esta modalidade do skate acabou se popularizando pelo mundo. Hoje, com a nova ascensão do esporte, existem diversas pistas pú-blicas do Street simulando escadarias, corrimão, meios-fios, bancos e outros elementos da arquite-tura urbana para que os praticantes exibam suas habilidades.12 Pela sua popularidade e quantidade de praticantes, o Street foi uma das modalidades escolhidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para fazer parte na disputa dos Jogos de Tó-quio, em 2020.

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2 . PARK é uma das modalidades contemporâneas do skate, que mescla, em uma pista de concreto, ele-mentos de diversas outras modalidades, como o bowls, pool, banks e street. Então, possui uma maior exigência técnica dos seus praticantes, que precisam dominar habilidades de solo e de vertical.12 A estética acrobáti-ca das manobras, que empolga o público, fez o Comitê Olímpico Internacional (COI) também incluir esta mo-dalidade na disputa do skate olímpico.

3 / 4 . DOWNHILL SPEED E SLIDE talvez essa seja a primeira e mais antiga prática do es-porte. Na modalidade downhill, a diversão do pratican-te está na liberdade de desafiar os limites da natureza, no caso a velocidade nos terrenos de declive. No caso do downhill speed o importante é descer uma ladeira o mais rápido possível, até mesmo por isso, é conside-rada a Fórmula 1 do skate. O praticante pode atingir altas velocidades, superiores a 100km/h. Ainda existe o downhill slide, onde o seu objetivo não é chegar o mais rápido possível ao final do trajeto, mas aproveitar a descida para fazer manobras de derrapagem, po-dendo ou não colocar as mãos e os joelhos no chão. Desta forma, é uma modalidade que mescla velocida-de e manobras sobre o skate.

5 . BOWL em um período de estiagem de chu-va nos Estados Unidos, na década de 1970, piscinas de concreto esvaziaram e se tornaram palco cobiçado para a prática do skate. O concreto liso ajudava as rodi-nhas a deslizarem com maior suavidade e a inclinação nas extremidades da piscina era convidativa para a rea-lização de manobras. As piscinas norte-americanas são arredondadas, formato de bacia, para evitar o congela-mento da água durante o inverno. Assim, a modalidade bowl pode ser considerada a percussora da modalida-de vertical, pois foi a primeira a criar a situação de tirar o praticante do solo, nas manobras aéreas. Hoje, as pistas construídas para a prática do bowl tem parede de 3 a 4m de altura e ainda recebem um tubo de metal na borda, chamado de coping, para ajudar o praticante a deslizar o skate pelas bordas da “piscina”.

6. POOL é uma variação mais difícil do bowl, isto é, praticado em piscinas de concreto com maior incli-

nação nas bordas - cavidade de transições menos arre-dondadas e mais próximas de 90º. Devido às paredes serem bastante verticais, costuma não ser muito pro-funda, altura máxima próxima dos 2,70 m. Uma pista da modalidade que ficou bastante famosa foi a Com-bi Pool , na extinta pista de Pipeline Skatepark (1977 a 1988), em Upland - Califórnia, que tinha como caracte-rística as transições rápidas.

7 . BANKS pode ser considerada uma variação do Bowl, pois tem prática muito semelhante, mas não conta com a presença de parede vertical e a altura, ge-ralmente, limitada a 2,50m. Devido a suas proporções menores e a própria possibilidade de construção de pista de madeira, foi uma modalidade que se tornou bastante popular nos centros urbanos brasileiros, du-rante a década de 1980.

8 . FREESTYLE ou estilo livre foi uma das pri-meiras modalidades do skate. Nela o praticante realiza diversas manobras sobre o skate, sem o uso de obstá-culos, apenas usando os movimentos plásticos e acro-báticos do corpo. É quase uma dança sobre o skate. Foi uma modalidade bastante popular nos primórdios do skate, mas acabou perdendo espaço na década de 1990 para a modalidade street.

9 . LONGBOARD DANCING para muitos skatistas esta modalidade é um desdobramento do freestyle dos anos 1980, mas trazendo como elemento novo o jogo de corpo e plasticidade da dança sobre o shape. Com a evolução tecnológica recente, os longboards ganharam eixos que permitem maior angulação e estabilidade ao praticante, o que tornou possível transformar o skate em movimento em palco para a dança. O coletivo de garotas cariocas Guanabara Boards tem se destacado nessa prática, inclusive na produção de vídeos e divulgação da modalidade no cenário nacional.

10 . SLALOM utiliza o skate mais estreito e menor que os “tradicionais” para garantir uma boa mescla de velocidade e agilidade. A modalidade consiste no prati-cante passar por vários cones alinhados, fazendo zigue-

-zague, tentando ser o mais rápido possível, mas sem derrubá-los. A queda dos cones contabiliza uma falta ao praticante, por isso exige concentração e perícia sobre o shape.

11 . PUSHRACE é a versão parecida com a corrida de rua, mas realizada sobre o skate. Com o “boom” das corridas pelas principais capitais brasileiras, na década de 2000, o skate logo ganhou sua versão de percurso de longa distância - endurance. Nesta modalidade, o prati-cante precisa ter resistência para percorrer a distância da prova no menor tempo. Como é uma modalidade mais nova, ainda são poucas as competições e não existe um skate especifico para a sua prática. O importante para o praticante é ter uma boa remada.

12 . VERTICAL surgida nos Estados Unidos, na dé-cada de 1980, a modalidade vertical foi uma das respon-sáveis por colocar o skate no rol dos esportes radicais. Sua pista em formato de U, chamado de half-pipe, tem parede com altura mínima de 3,5m, o que faz com que seus praticantes realizem manobras arriscadas, devido o risco de queda. O Brasil tem atletas de destaque inter-nacional nesta modalidade, como o padrinho do projeto Academia do Skate, Sandro Dias – “Mineirinho”.

13 . MEGA-RAMPA trata-se de uma rampa com mais de 100m de comprimento e 30m de altura, onde o atleta desce (dropa) do ponto mais alto da rampa, salta sobre um vão (gap) e cai sobre uma outra rampa que termina em uma parede de half-pipe. O atleta tem a oportunidade de executar pelo menos duas manobras em cada descida. Foi criada por Danny Way e atualmen-te é uma das principais atrações do X Games, a competi-ção dos esportes radicais.

14 . MINI-RAMP é uma variação dos half-pipes, mas com altura de até 2,5m. É uma das modalidades mais democráticas do Skate, pois é praticada por adeptos de Street, Vertical, Banks, Longboard e Downhill, por crianças e adultos. Há quase duas décadas, é o segundo tipo de rampa mais construído no Brasil, perdendo apenas para as pistas de Street. É a pista trabalhada nas atividades da Academia do Skate.

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Considerada como uma das modalida-des mais democráticas do skate, as mi-ni-ramps atraem adeptos de diferentes faixas etárias. De acordo com a Confede-

ração Brasileira de Skate (CBSK), as mini-ramps se destacam entre as subdivisões do street e do verti-cal e, por isso, está entre o tipo de pista mais cons-truída no Brasil.

Por sua baixa altura (até 2,50 m), são excelentes para se aprender manobras, principalmente as que utili-zam bordas, onde o eixo ou as rodas permanecem em contato com o coping . A facilidade para a ini-ciação na prática do skate norteou a escolha desta modalidade para o projeto Academia do Skate. Foi construída uma pista de madeira, em sistema mo-dular, que possui 36 peças que, quando montadas, contemplam área de street, mini-ramp e ondinha.

Neste quase dois anos de Academia do Skate, a mi-ni-ramp do projeto já percorreu mais de 1000 quilô-metros dentro do estado de Minas Gerais, passan-do por quatro cidades diferentes e mais de 22 mil atendimentos realizados, tudo de forma gratuita! São números que mostram a grandiosidade deste projeto que, atualmente, é a maior ação de inicia-ção ao skate do Brasil.

MINI-RAMP: UM ACESSO DEMOCRÁTICO

ÁREA 1 – STREET Neste espaço, os alunos aprendem a subir no skate e dar as primeiras remadas – nome dado à técnica de se deslocar com o skate. É o momento de treinar o equilíbrio e perceber qual o seu pé/perna de segurança para fazer as manobras.

ÁREAS 2 E 3 – MINI RAMPNo local, os alunos aprendem a fazer o jogo de pernas necessário para se man-terem em cima do skate e treinam os movimentos de subida e descida na ram-pa com o apoio dos instrutores. A área é dividida em dois graus de dificuldade, com base na diferença de altura entre elas. Para garantir a segurança de todos e conter o skate em caso de perda de controle dos alunos, os instrutores se mantêm de costa um para o outro e protegem o espaço.

ÁREA 4 – ONDINHAÉ o estágio final da Academia do Skate. Após aprender as técnicas nas demais áreas, os alunos se posicionam na arquibancada para descerem, um a um, a ondinha.

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A C A D E M I A D O S K A T E : S K A T E E E S P A Ç O S P Ú B L I C O S

SKATE E ESPAÇOS PÚBLICOS

A Riachuelo, uma das maio-res lojas de departamento do país, acredita no esporte e no skate como ferramenta

de transformação social e, desde 2017, está com a Associação Natividade dan-do oportunidade aos jovens de conhe-cerem um pouco mais deste universo sobre rodas. Enquanto a mini-ramp da Academia do Skate não chega à sua ci-dade, vamos destacar alguns espaços públicos para prática do skate, nas lo-calidades em que a Riachuelo está pre-sente no estado.

Atualmente, são 20 lojas da Riachuelo em Minas Gerais, distribuídas em nove cidades diferentes, de norte a sul do es-tado. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a loja está nos principais shoppings de Belo Horizonte, Conta-gem e Betim. Como opção para a prá-tica do skate na capital mineira, o site da Prefeitura Municipal de Belo Hori-zonte indica 21 pistas públicas, que fi-cam em parques e espaços esportivos. Nas regionais do Barreiro, Centro-Sul e Noroeste se encontram quatro pistas, em cada; na Pampulha, três; em Venda Nova e Nordeste, duas em cada, e nas regionais Leste e Norte, um em cada.

Em Contagem, a Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Juventude infor-mou haver sete pistas em funciona-mento, além de mais uma que está em construção. Já, em Betim, a Prefeitura Municipal informou a disponibilidade

de duas pistas de skate em praças pú-blicas. Estas pistas são do tipo street, mas têm também mini-ramp de con-creto para o praticante treinar as ma-nobras aéreas.

À caminho do Rio de Janeiro, na Zona da Mata mineira, a Riachuelo está pre-sente em dois pontos da cidade de Juiz de Fora, inclusive um deles já foi visi-tado pela Academia do Skate, durante a 4ª etapa do projeto. A cena do skate na cidade é bastante desenvolvida e o praticante da modalidade possui 19 pistas a disposição, segundo a Associa-ção Juizforana de Skate.

Agora, quem vai para o norte do es-tado, também acha a Riachuelo no shopping center de Montes Claros. Enquanto o projeto não chega à ci-dade, os praticantes do skate podem se divertir nas duas pistas municipais, sendo a opção mais moderna a pista construída no bairro Major Prates, inau-gurada em 2016. Já, na Região do Vale do Aço, a Riachuelo marca presença no shopping de Ipatinga, que em bre-ve deve receber a Academia do Skate. Enquanto finalizamos os ajustes para a chegada do projeto, os amantes do skate podem usufruir do complexo de skate no bairro Ideal ou então visitar as vizinhas Coronel Fabriciano e Timóteo, que possuem uma pista cada aguar-dando o público jovem.

Descendo o estado, em direção a São Paulo, a Riachuelo está em Pouso Alegre, uma das principais cidades do Sul de Minas Gerais. A Academia do Skate esteve presente na cidade, em uma etapa que marcou a região, pois recebemos escolas de nove mu-nicípios. Para aqueles praticantes ini-ciados nesta etapa, a cidade oferta dois espaços para a prática do skate e matar um pouco das saudades dei-xadas pelo projeto.

Fechando o tur pelo estado, a Ria-chuelo não poderia deixar de fora a região do Triangulo Mineiro. São um total de cinco lojas em Uberlândia

e Uberaba, maiores municípios da região. De acordo com a Fundação Municipal de Esporte e Lazer, da Pre-feitura de Uberaba, a principal pista de skate está localizada no Parque das Acácias, mas existe projeto de implantar novos equipamentos pela cidade para democratizar o acesso. Na cidade vizinha, Uberlândia, a Fun-dação Uberlandense do Turismo, Es-porte e Lazer, informou que há duas pistas que estão sob sua gestão, uma no Parque do Sabiá e outra no Jardim América, mas ainda existem outras seis pistas municipais à disposição dos praticantes.

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A C A D E M I A D O S K A T E : S K A T E E E S P A Ç O S P Ú B L I C O S

SUL DE MINAS

ZONA DA MATA

REGIÃO METROPOLITANA DE BH

VALE DO AÇO

NORTE DE MINASTRIÂNGULO MINEIRO

Praça da Rodoviária (street) - Av. Levindo Ribeiro Couto, S/N, bairro Centro, Pouso Alegre

Centros de Esportes e Artes Unificados (CEU) de Pouso Alegre (street e mini-ramp) - Av. Perimetral, n.º 2.015, bairro Centro, Pouso Alegre

Skate Park UFJF (skate park) - Via Lo-cal, n.º 1659-1849, Campus Universitário, bairro São Pedro, Juiz de Fora

Pista de Skate Ideal Fronteira (street e mi-ni-ramp) - Rua Joaquim Cardoso, n.º 38-78, bairro Ideal, Ipatinga – MG

Centros de Esportes e Artes Unificados (CEU) Vale Verde (street e mini-ramp) – Av. Rio Grande do Sul, SN, bairro Vale verde, Timóteo.

Centros de Esportes e Artes Unificados (CEU) Melo Viana (street e mini-ramp) - Av. Sanitária, n.º 2713, bairro Melo Viana, Cel. Fabriciano

Parque das Acácias (street) - Av. Claricinda Alves de Rezende, n.º 515, bairro Conj. Frei Eugênio, Uberaba

Pista de Skate Jardim América (street e mini-ramp) - Av. Cleanto Vieira Gonçalves, S/N, bairro Jardim America II, Uberlândia

Parque do Sabiá (street) - Av. José Roberto Migliorini, S/N, bairro Santa Mônica, Uberlândia

Praça Paris (half-pipe) – Rotatória Praça Clarinda de Freitas, S/N, bairro Pres. Roosevelt, Uberlândia

Centros de Esportes e Artes Unificados (CEU) Sho-pping Park (street e mini-ramp) - Rua Juvenília Mota Leite, n.º 700, bairro Shopping Park, Uberlândia

Centros de Esportes e Artes Unificados (CEU) Campo Alegre (street e mini-ramp) - R. Cordilheira dos An-des, n.º 1015, bairro Res. Campo Alegre, Uberlândia

Praça do Jacaré (banks e street) - Av. Dário Fagundes da Costa, S/N, bairro Vida Nova, Uberlândia

Praça Beato Francisco Coll (street e half-pipe) – Rua do Flamengo, n.º 902, bairro Maracanã, Montes Claros

Pista de Skate Morada do Sol (street e mini-ramp) - Av. Mestra Fininha, n.º 3891, bairro Major Prates, Montes Claros

Pista de Skate Angola (street e mini-ramp) -Rua Redelvim An-drade, n.º 300, bairro Horto, Betim

Pista de Skate Dom Bosco (street e mini-ramp) - Rua Coelho da Rocha, S/N, bairro Dom Bosco, Betim

Praça Pres. Tancredo Neves (semi-bowl) - Rua Ten. Romualdo, N.º 573-607, bairro Nossa Sra. do Carmo, Contagem

Praça Nossa Senhora da Glória - Skate Park Tutão (street) - Av. Olímpio García, S/N, bairro Eldorado, Contagem

Pista de Skate Riacho das Pedras (street) - Rua Rio Volga, n.º 225, bairro Riacho das Pedras, Contagem

Parque das Amendoeiras (street) - Rua Turfa, n.º 301, bairro Pedra Azul, Contagem

Pista de skate no Parque Ecológico Antônio Pereira Cardoso (mini-ramp) - Rua Quarenta e Dois, n.º 430, bairro Tropical, Contagem

Centro Social Urbano (CSU) Amazonas (street e mini-ramp) - Rua Tiradentes, n.º 2031-2225, bairro Industrial, Contagem

Centro Social Urbano (CSU) Eldorado (street) – Rua Senegal, n.º 229, Eldorado, Contagem

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A C A D E M I A D O S K A T E : M I D I A

Tanta inovação não poderia ficar de fora da mídia. Durante o tempo em que o projeto esteve na estrada, mui-tas foram as notícias e reportagens

que reforçaram a importância da Academia do Skate no cenário esportivo de Minas Ge-rais. Jornais impressos, blogs, rádio e TV reper-cutiram as ações e atividades, comprovando o sucesso da iniciativa. Confira!

ACADEMIA DO SKATE I26 reportagens em mídia digital

01 reportagem em mídia impressa

15 chamadas em agendas digitais

ACADEMIA DO SKATE II03 vídeos em mídias digitais

04 reportagens em TV aberta

02 entrevistas ao vivo em TV aberta

04 entrevistas ao vivo na rádio

23 reportagens em mídia digital

05 reportagens em mídia impressa

ACADEMIA DO SKATE III03 vídeos em mídias digitais

01 reportagem em TV aberta

01 entrevista na rádio

42 reportagens em mídia digital

04 reportagens em mídia impressa

A C A D E M I A D O S K A T E : N A M Í D I A

SEMPREPRESENTE

O PADRINHO

Um padrinho mais que especial. Impossível pensar em Skate sem lembrar-se do “Mineirinho”. Skatista profissional hexacampeão mundial e diretor de es-portes da Confederação Brasileira de Skate (CBSK), Sandro Dias dedica parte de seu tempo para acompanhar a Academia do Skate. “Ele é uma pessoas que inspira e tem uma história de vida muito bacana, que trocou a certeza da vida de administrador de empresa para correr atrás do seu sonho de atleta de skate”, conta o membro da Natividade, Leandro Silva.

“Para mim é uma felicidade muito grande servir de inspiração. Eu não tive oportunidade como essa quando comecei a praticar. Hoje, me deparo sendo padrinho de um projeto como esse e isso só me motiva mais. Skate é vida, faz muito bem” diz Sandro Dias, que já esteve no projeto em três cidades diferen-tes (Belo Horizonte, Juiz de Fora e Pouso Alegre), dando dicas e conversando com os participantes.

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A C A D E M I A D O S K A T E : I N F O G R Á F I C O

ATENDIMENTO:

Cada usuário pode fazer mais de uma aula por dia, o que gera um número de atedimento superior a quantidade de usuários. Nossos recordes são:

1º LUGAR: Aisha Canfarotta (7 anos) 30 dias presentes e 108 aulas realizadas;6ª etapa - Shopping Cidade (BH)

2º LUGAR: Kaik Maximiano (13 anos) 24 dias e 89 aulas realizadas8ª etapa - ItaúPower Shopping (Contagem)

3º LUGAR: Eduardo Filipe Medeiros (17 anos)20 dias diferentes e 69 aulas realizadas;7ª etapa - Shopping Estação BH:

Todas as participações na Academia do Skate são registradas em ficha de inscrição e depois os dados consolidados para avaliar o impacto das nossas ações. Nestes quase dois anos de projeto, estivemos presentes em quatro cidades, de três regiões diferen-tes de Minas Gerais. São mais de 1000km percorridos, oito etapas realizadas e mais de

12 mil pessoas impactadas. Conheça um pouco mais dos números do projeto.

O MAIOR DO BRASIL

INTERIOR MGRMBH

PARTICIPAÇÃO DOS ALUNOS:

Skate e educação podem andar juntos! Por isso, contamos com um profissional especializado para realizar palestras no ambiente escolar e preparar a saída dos jovens para a prática em nossa pista. Foram 50 palestras realizadas na Região Metropolitana de BH e mais de 200 visitas guiadas em nossa pista por todo o Estado.

DISTRIBUIÇÃO DOS ATENDIMENTOS:

A Academia do Skate já executou três versões de projeto na lei de incentivo ao esporte de Minas Gerais, o que somou 315 dias de pista aberta ao público, um total de 2.770h de funcionamento e 22.335 atendimentos realizados. Os números mostram a grandeza do projeto, que já é conside-rada a maior ação de iniciação ao skate do Brasil. A seguir um retrospecto de todas as etapas do projeto.

NÍVEL NO SKATE:

Mais de 70% dos usuários tiveram o primeiro contato com o skate no projeto, o que mostra a sua capacidade de democratizar a prática entre os mineiros. Este percentual ainda pode ser maior, porque esta informação não foi registrada na Academia do Skate I.

RMBH INTERIOR DE MINAS

NÃO INFORMOU NENHUM INICIANTE INTERMEDIÁRIO AVANÇADO

FAIXA-ETÁRIA:

O foco do projeto tem sido a população jovem, tanto que quase 90% dos usuários são menores, com idade média de 11,5 anos de idade. Nas oito etapas da Academia do Skate registramos 10.269 jovens e 1.431 adultos impactados pelo universo do novo esporte olímpico.

MAIS DE 18 ANOS995 466

17 ANOS214 149

16 ANOS250 311

15 ANOS427 492

14 ANOS485 586

13 ANOS641 642

12 ANOS716 568

11 ANOS861 380

10 ANOS929 217

9 ANOS608 140

8 ANOS506 96

7 ANOS322 98

6 ANOS188 59

5 ANOS129 44

4 ANOS78 31

3 ANOS37 10

2 ANOS18 01

1 ANO4 01

16.027ATENDIMENTOS

6.308ATENDIMENTOS

4.715USUÁRIOS

2.653USUÁRIOS

2.694USUÁRIOS

1.638USUÁRIOS

47,6%

25,6%

18,5%

6,7%

1,7%2,6% 60,9%

25,9%10,5%

1ª ETAPA(BH)

1404ATENDIMENTOS

1765ATENDIMENTOS

3440ATENDIMENTOS

20DIAS

20DIAS

25DIAS

51DIAS

52DIAS

57DIAS

45DIAS

45DIAS

2ª ETAPA(CO)

3ª ETAPA(BH)

4ª ETAPA(JF)

5ª ETAPA(PA)

6ª ETAPA(BH)

7ª ETAPA(BH)

8ª ETAPA(BH)

1307ATENDIMENTOS

2868ATENDIMENTOS

4778ATENDIMENTOS

3172ATENDIMENTOS

3601ATENDIMENTOS

RMBH

143 VISITAS DE

GRUPOS

4.410ALUNOS DE ESCOLA

INTERIOR DE MINAS

84VISITAS DE

GRUPOS

2.853ALUNOS DE ESCOLA

INTERIOR MGRMBH

36 | NATIVIDADE | 2018/2019 37 | NATIVIDADE | ACADEMIA DO SKATE III

Page 20: PROJETO ACADEMIA DO SKATE - Esporte, Cultura e Lazer

A C A D E M I A D O S K A T E : R E F E R Ê N C I A

DAS RUAS PARA A ACADEMIA

A Academia do Skate não tem contribuído apenas com os jovens, mas com toda a cadeia produtiva do skate de Minas Gerais. Uma parte importante do nosso traba-lho tem sido focar na sistematização do conhecimento empírico circulante entre os praticantes. Para isso, temos investido muito tempo de observação, estudo e diálo-

go com os diversos atores sociais que fazem o skate mineiro. Assim, parte do conteúdo desta revista é fruto deste árduo trabalho, mas não poderíamos deixar de referenciar as fontes que utilizamos para a escrita.

(AN_Riachuelo)_(Academia_Skate)_22x31cm.indd 1 16/07/18 10:13 PM

1. MINAS GERAIS. Lei Nº 20.824, de 31

de julho de 2013. [...] revoga dispositi-

vo da Lei nº 15.424, de 30 de dezem-

bro de 2004, concede incentivo a

projetos esportivos e dá outras pro-

vidências. Belo Horizonte: Assem-

bleia Legislativa, 2013. Disponível

em: www.almg.gov.br/consulte/le-

gislacao/completa/completa.html?-

tipo=LEI&num=20824&ano=2013.

Acesso em: 15/04/2019.

2. BRASIL. Lei N.º 11.438, de 29 de

dezembro de 2006. Dispõe sobre in-

centivos e benefícios para fomentar

as atividades de caráter desportivo

e dá outras providências. Brasília:

Congresso Nacional, 2006b. Dispo-

nível em: http://www.planalto.gov.

br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/

Lei/L11438compilado.htm. Acesso

em: 15/04/2019.

3. Confederação Brasileira de Skate

– CBSK. Site institucional. São Paulo,

2019. Disponível em: www.sitecbsk.

provisorio.ws. Acesso em: 15/04/2019.

4. OLIC, Mauricio, 2014. Das ruas

para os Jogos Olímpicos? Dinâmi-

cas em torno da prática do skate. In:

Campos - Revista de Antropologia.

Curitiba, v. 15, n. 1, p.75-95, 2014. Dis-

ponível em: www.revistas.ufpr.br/

campos/article/view/43208/27038.

Acesso em: 15/04/2019.

5. ROLLER DERBY. America’s Skate

Company. Litchfield, EUA, 2018. Dis-

ponível em: www.rollerderby.com/

rd-about-us. Acesso em: 15/04/2019.

6. MACHADO, Giancarlo Marques

Carraro. De “carrinho” pela cidade: a

prática do street skate em São Pau-

lo. 2011. 268 f. Dissertação (Mestrado

em Antropologia Social) - Faculda-

de de Filosofia, Letras e Ciências Hu-

manas, Universidade de São Paulo,

São Paulo, 2011.

7. HONORATO, Tony. Uma história do

skate no Brasil: do lazer à esportivi-

zação. In: Anais do XVII Encontro Re-

gional de História. ANPUH/SP, UNI-

CAMP, Campinas, 6 a 10/09, 2004.

Disponível em: www.anpuhsp.org.

br/sp/downloads/CD%20XVII/ST%20

IX/Tony%20Honorato.pdf. Acesso

em: 15/04/2019.

8. BRANDÃO, Leonardo. Um convite

ao lazer: o surgimento do skate atra-

vés das páginas da Revista Pop (1972

– 1979. In: Revista Fronteiras. Doura-

dos, MS, v. 12, n. 22, p. 37-59, jul./dez.

2010. Disponível em: www.ojs.ufgd.

edu.br/index.php/FRONTEIRAS/ar-

ticle/viewFile/799/723. Acesso em:

15/04/2019.

9. PIRES, Fátima. Primeira pista de

skate do Brasil. In: site Rank Brasil

Recordes Brasileiros. 07/01/2013. Dis-

ponível em: www.rankbrasil.com.br/

Recordes/Materias/06tA/Primeira_

Pista_De_Skate_Do_Brasil. Acesso

em: 15/04/2019.

10. CASA DO SKATISTA. Site Clube

do Skate. São Paulo, 2019. Disponível

em: www.clubedoskate.com. Aces-

so em: 15/04/2019.

11. FILLOW. Guia Rodas de Skate. In:

Site Fillow. Madrid. Espanha, 2019.

Disponível em: https://www.fillow.

pt/guia-rodas-de-skate-i378. Acesso

em: 15/04/2019.

12. COSTA, Victor. Dicionário do ska-

te: especialistas explicam o que é

uma pista park. In: Site O Globo,

Rio de Janeiro, 09/04/2017. Dispo-

nível em: www.oglobo.globo.com/

esportes/dicionario-do-skate-es-

pecialistas-explicam-que-uma-

-pista-park-21183509. Acesso em:

15/04/2019.

38 | NATIVIDADE | 2018/2019

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