PROJETO 2009A

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Projeto de Pesquisa Científica 1 Pág: Associação Paranaense de Ensino e Cultura 001 176 PSICOLOGIA (NT) UMUARAMA Atividade Titulação Pesquisa Institucional Mestrado Cod. CNPQ: 0007010000 Linha: C.H.Total Docentes 008:00 Nº Acad.PIBIC 0 Nº Acad.PIC Nº Acad.PG 0 Recursos Humanos TOTAL GERAL: Total de Despesa Diversas: Total de Desp. Compras Patr.: Total de Desp. Compras Cons.: Total de Despesa RH: Total de Receitas: Resumo Registro Dt. Inicio DT.Término 15031 / 2009 Projeto 0,00 14.052,78 0,00 0,00 0,00 21/07/2008 02/02/2009 20/11/2009 Descrição do Projeto - 14.052,78 Tipo de Participante Horas Professores Situação Projeto/Ética: **** Situação do Projeto Aprovado Rel.Final Núcleo Pesquisa: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas Fundamentos da Educação 10 A SALA DE AULA COMO ESPAÇO DE RELAÇÕES SOCIAIS: UM ESTUDO SOBRE A DINÂMICA DOS GRUPOS SOB A PERSPECTIVA EXISTENCIAL Coordenador 08:00 JORGE ANTONIO VIEIRA Resumo O projeto intenciona realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a dinâmica dos grupos sociais a partir da perspectiva filósofica existencial, buscando compreender as estruturas e significados sociabilidade humana, bem como as suas dinâmicas conflituais e o processo de estruturação dos grupos sociais. A partir desta base fundamental teórica, a pesquisa busca ohar o espaço pedagógico da sala de aula como um lugar de vida grupal e de socialibilidade, pretendento assim compreender as dinâmicas sociais da sala de aula a partir da fundamentação existencial da sociabilidade humana. Objetivos Geral: Pesquisar a sala de aula como lugar de relações sociais a partir da teoria existencial dos grupos sociais. Específicos: - Pesquisar sobre como o existencialismo entende a dinâmica dos grupos sociais. - Investigar a estruturação fundamental da vida dos grupos sociais segundo o existencialismo. - Pesquisar sobre como a sociologia da educação entender a sala de aula como espaço de estruturação e vivências de grupos sociais. - Propor uma visão existencial da sociabilidade humana aplicada à educação. Justificativa Estudos sobre sociologia da educação apontam para a necessidade de estudar a educação levando em conta as relações entre grupos que acontecem no ambiente da sala de aula (VIEIRA, 2000). O pressuposto para justificar tal intenção é a compreensão de que no espaço da sala de aula está presente a dinâmica dos grupos sociais; a própria escola é entendida como grupo social. Nesse sentido, pode-se observar fenômenos típicos da vida social presentes dentro da realidade escolar, como por exemplo, as relações de poder, de violência, a massificação e alienação, relações que se apresentam em termos de conflito. Então, como entender as dinâmicas existenciais grupais? Apresenta-se a necessidade de se ter uma compreensão sobre dinâmicas sociais envolvidas em fenômenos como a liberdade, responsabilidade, engajamento, como também na violência e no poder, A questão que emerge é se as dinâmicas grupais são necessariamente marcadas pela luta de poder, pela violência, bem como a pergunta sobre a constituição e vivência intergrupal. Além disso, é imprescindível olhar as relações que se desenvolvem no interior da escola como relações também sociais e entre grupos. Por isso se pode passar para um estudo sobre as dinâmicas dos grupos no intuito de compreender com mais verdade o fenômeno pedagógico como acontecimento também social e grupal. Para tanto faz-se necessario pesquisar uma teoria sobre a sociabilidade humana e dentro desta, uma teoria sobre a dinâmica dos grupos sociais e das relações intersubjetivas, para então olhar e compreender a dinâmica das relações sociais dentro da escola. A intenção, nesse sentido, é buscar na teoria existencial sugestões sobre as srelações sociais e grupais para - num segundo momento - compreender as relações da sala de aula a partir da perspectiva existencial. o recurso ao existencialismo se justifica no sentido de ser esta perspectiva aquela que se ocupa prioritariamente da compreensão da existência humana em suas regiões fundamentais (projeto, angústia, escolha, liberdade, ser com os outros, a existência subjetiva e também grupal -social). No contexto da realidade educacional e das relações intersubjetivas em grupo é importante ter uma compreensão apropriada de fenômenos que se apresentam na existência individual, mas que possuem dimensão intersubjetiva. Assim são as dinâmicas de fenômenos como a liberdade, a autenticidade de cada existência que existe com outros, a responsabilidade e o engajamento e também a importância de entender como e por que se dão fenômenos como a massificação/alienação, a violência e o conflito de poder dentro dos grupos sociais. TRCL416.GER - 27/03/2012 - 14:59:29 - ASSOCIACAO PARANAENSE ENSINO E CULTURA - Usuário: 2532 DEGPP

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Projeto de Pesquisa Científica

1Pág:Associação Paranaense de Ensino e Cultura

001 176 PSICOLOGIA (NT)UMUARAMA

Atividade

Titulação

Pesquisa Institucional

Mestrado

Cod. CNPQ: 0007010000

Linha:

C.H.Total Docentes

008:00

Nº Acad.PIBIC

0

Nº Acad.PIC Nº Acad.PG

0

Recursos Humanos

TOTAL GERAL:

Total de Despesa Diversas:

Total de Desp. Compras Patr.:

Total de Desp. Compras Cons.:

Total de Despesa RH:

Total de Receitas:

ResumoRegistro Dt. Inicio DT.Término

15031 / 2009

Projeto

0,00

14.052,78

0,00

0,00

0,00

21/07/2008 02/02/2009 20/11/2009

Descrição do Projeto

- 14.052,78Tipo de ParticipanteHoras Professores

Situação Projeto/Ética: ****

Situação do Projeto

Aprovado Rel.Final

Núcleo Pesquisa: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

Fundamentos da Educação 10

A SALA DE AULA COMO ESPAÇO DE RELAÇÕES SOCIAIS: UM ESTUDO

SOBRE A DINÂMICA DOS GRUPOS SOB A PERSPECTIVA EXISTENCIAL

Coordenador08:00JORGE ANTONIO VIEIRA

ResumoO projeto intenciona realizar uma pesquisa bibliográfica sobre a dinâmica dos grupos sociais a partir da perspectiva filósofica existencial, buscando compreender as estruturas e significados sociabilidade humana, bem como

as suas dinâmicas conflituais e o processo de estruturação dos grupos sociais. A partir desta base fundamental teórica, a pesquisa busca ohar o espaço pedagógico da sala de aula como um lugar de vida grupal e de

socialibilidade, pretendento assim compreender as dinâmicas sociais da sala de aula a partir da fundamentação existencial da sociabilidade humana.

ObjetivosGeral:

Pesquisar a sala de aula como lugar de relações sociais a partir da teoria existencial dos grupos sociais.

Específicos:

- Pesquisar sobre como o existencialismo entende a dinâmica dos grupos sociais.

- Investigar a estruturação fundamental da vida dos grupos sociais segundo o existencialismo.

- Pesquisar sobre como a sociologia da educação entender a sala de aula como espaço de estruturação e vivências de grupos sociais.

- Propor uma visão existencial da sociabilidade humana aplicada à educação.

JustificativaEstudos sobre sociologia da educação apontam para a necessidade de estudar a educação levando em conta as relações entre grupos que acontecem no ambiente da sala de aula (VIEIRA, 2000). O pressuposto para justificar tal

intenção é a compreensão de que no espaço da sala de aula está presente a dinâmica dos grupos sociais; a própria escola é entendida como grupo social. Nesse sentido, pode-se observar fenômenos típicos da vida social

presentes dentro da realidade escolar, como por exemplo, as relações de poder, de violência, a massificação e alienação, relações que se apresentam em termos de conflito. Então, como entender as dinâmicas existenciais

grupais? Apresenta-se a necessidade de se ter uma compreensão sobre dinâmicas sociais envolvidas em fenômenos como a liberdade, responsabilidade, engajamento, como também na violência e no poder, A questão que emerge é se

as dinâmicas grupais são necessariamente marcadas pela luta de poder, pela violência, bem como a pergunta sobre a constituição e vivência intergrupal.

Além disso, é imprescindível olhar as relações que se desenvolvem no interior da escola como relações também sociais e entre grupos. Por isso se pode passar para um estudo sobre as dinâmicas dos grupos no intuito de

compreender com mais verdade o fenômeno pedagógico como acontecimento também social e grupal.

Para tanto faz-se necessario pesquisar uma teoria sobre a sociabilidade humana e dentro desta, uma teoria sobre a dinâmica dos grupos sociais e das relações intersubjetivas, para então olhar e compreender a dinâmica das

relações sociais dentro da escola. A intenção, nesse sentido, é buscar na teoria existencial sugestões sobre as srelações sociais e grupais para - num segundo momento - compreender as relações da sala de aula a partir da

perspectiva existencial. o recurso ao existencialismo se justifica no sentido de ser esta perspectiva aquela que se ocupa prioritariamente da compreensão da existência humana em suas regiões fundamentais (projeto,

angústia, escolha, liberdade, ser com os outros, a existência subjetiva e também grupal -social).

No contexto da realidade educacional e das relações intersubjetivas em grupo é importante ter uma compreensão apropriada de fenômenos que se apresentam na existência individual, mas que possuem dimensão intersubjetiva.

Assim são as dinâmicas de fenômenos como a liberdade, a autenticidade de cada existência que existe com outros, a responsabilidade e o engajamento e também a importância de entender como e por que se dão fenômenos como a

massificação/alienação, a violência e o conflito de poder dentro dos grupos sociais.

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Revisão da Literatura/Fundamentação TeóricaO estudo da dinâmica dos grupos insere-se no quadro das pesquisas da fenomenologia psicossocial. O interesse atual pela questão da alienação e da ação individual dentro da sociedade tem incentivado a pesquisa de

filósofos, psicólogos e educadores (SARTRE, 2002), (BERGER; LUCKMAN, 2002). Nestes estudos a intenção é aprofundar e justificar a tese de que o homem pode ser compreendido como uma essência aberta, móvel e em certa medida

imprevisível, assim como são abertos, móveis e imprevisíveis os sujeitos e grupos humanos operantes na história PERDIGÃO, 1995, p. 247).

Para os estudos nesta direção, o grande problema é justificar a relação entre um sujeito e outro em termos de reciprocidade ou de uma relação afirmativa entre os sujeitos. O debate sobre este problema concentra-se, de um

lado, na posição que entende as relações sociais e individuais como sendo essencialmente conflituosas e negativas devido aos interesses egoístas que permeiam os relacionamentos (FLYNN, 1985; ARENDT, 2000). Nesta posição

os sujeitos são vistos como ontologicamente separados, e isso inviabilizaria o discurso sobre intersubjetividade e ética.

De outro lado, uma outra posição busca justificar que, apesar da separação e diferença dos sujeitos, pode-se ver também a união em alguma forma de comunhão e unidade - o grupo (SARTRE, 2002). O desafio desta visão é

dizer como isso é possível se cair em alguma forma de vida totalitária e massificante, as quais uma identificação massificante. A questão é, como justificar a passagem de um Eu para o Nós sem que o eu sujeito perca sua

particularidadee desapareça no Nós comunitário assumindo os projetos e ideais dos outros (massificação e alienação).

A hipótese buscada é que a passagem do nível individual para o nível social se dá através do reconhecimebnto recíproco em dinâmicas de vida grupal. Nesse sentido, para se estudar o tema das relações e dinâmicas grupais

é necessário passar pelo tema da reciprocidade do reconhecimento intersubjetivo. É assim que se pode falar de generosidade como sendo a concretização do conceito de reconhecimento pois a generosidade implica a relação

afirmativa com o outro.

Esta problemática também aparece nos estudos da perspectiva existencial, especialmente na obra de Sartre (2002). A questão aparece discutida em termos das relações sociais entre indivíduos que partilham a existência e

projetos comuns. Segundo comentadores (FLYNN, 1985; ARENDT, 2000), a posição de Sartre, inicialmente individualística e pessimista quanto às relações afirmativas com os outros, mudou em seu livro tardio Crítica da razão

dialética. Thomas Flynn (1985, 348-356) defende esta posição, a concorda que o novo conceito de liberdade que Sartre desenvolve em sua obra afirma que o indivíduo é livre somente no grupo (fusão), apesar da limitações da

integração grupal.

Contudo, permanece o desafio de entender o tema da união entre sujeitos no grupo apesar desta relação ser marcada pela separação. Podemos facilmente ver a separação entre sujeitos, mas podemos também ver a união destes?

Até que ponto essa união não é superficial, artificial, mecânica, onde os sujeitos permanecem não relacionado, apesar da relação? Se não pudermos falar de um Nós (o grupo) caímos na posição do individualismo. Uma outra

pergunta é se, ao contrário, podemos falar de separação e também união entre sujeitos, e assim justificarmos os relacionamentos afirmativos e recíprocos dentro dos grupos.

Este tema da filosofia e psicologia social pode oferecer uma fundamentação para o discurso pedagógico que busca tratar a escola como espaço de relaões afirmativas entre os sujeitos nela envolvidos (PILETTI, 1998). A

escola é o espaço no qual se envolvem em relações grupais (a sala de aula) sujeitos diferentes. Então, aparece a questão: as relaçoes neste processo são marcadas pela separação e relacionamentos negativos (conflito,

violência, alienação)? Esta pergunta ainda está aberta pois ainda está aberta a questão sobre os relacionamentos intersubjetivos afirmativos. De fato, é grande o desafio de tratar de assuntos como a violência e a

liberdade dentro da escola. Em outro sentido, se podemos falar que um sujeito é livre e autônomo somente dentro do grupo, então, deve-se compreender como é possível dizer que a sala de aula é espaço de reconhecimento

recíproco entre os sujeitos (BARRERE; MARTUCCELLI, 2001).

Neste ponto aparece o interesse em pesquisar a dinâmica dos grupos em termos de práxis individua livre a qual constitui um sujeito autêntico e autoconsciente, e assim fundamentar que a sala de aula é um grupo que

possibilita a construção de relações afirmativas entre os sujeitos.

Materias e MétodosPesquisa bibliográfica

Referências BibliográficasARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo : Companhia das Letras, 2000.

BARRERE, S.; MARTUCCELLI, F. A escola entre a agonia moral e a renovação ética. In: Educação e sociedade, n. 76, out/2001, p. 258-277.

BERGER, P; LUCKMANN, Th. A construção social da realidade: tratado de sociologia do conhecimento. Petrópolis : VOzes, 2002.

BORNHEIM, Gerd. Sartre: metafísica e existencialismo, Paulo : Perspectiva, 1971.

GILES, Thomas Ransom. História do existencialismo e da fenomenologia, São Paulo : Pedagógica Universitária, 1975.

DARTIGUES, André. O que é a fenomenologia, Rio de Janeiro : Eldorado, 1997.

ETECHEVERY, A. O conflito dos humanismos, Porto : Eldorado, 1986.

FLYNN, Th. "Reciprocity and the Genius of the third", in: The Philosophy os Jean-Paul Sartre. LaSalle : Open Court, 1981, p. 345-370.

GARAUDY, Roger. Perspectivas do homem, Rio de Janeiro : Civilização Brasileira, 1994.

HEIDEGGER, Martin, Ser e tempo, Petrópolis : Vozes, 1994.

KIERKEGAARD, S. O conceito de angústica, Petrópolis : Vozes, 1997.

LAIG, R. D.; COOPER, D. G. Razão e violência: uma década da filosofia de Sartre, Petrópolis : Vozes, 1999.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro, São Paulo : Cortez, 2000.

OZMON, H. A.; CRAVER, S. M. Fundamentos filosóficos da educação, 6.ed., São Paulo : Artmed Editora, 2004.

PERDIGÃO, Paulo. Existência e liberdade: uma introdução a Sartre, Porto Alegre : L&PM, 1995.

PILETTI, N. Sociologia da educação. São Paulo : Ética, 1998.

SARTRE, O ser e o nada: ensaio de ontologia fenomenológica, Petrópolis : Vozes, 2001.

___. O existencialismo é um humanismo, São Paulo : Nova Cultural, 1996.

___. Crítica da razão dialética. Rio de Janeiro : DP&A Editora, 2002.

VIEIRA, E. Sociologia da educação: reproduzir e transformar. São Paulo : FTD, 2001.

FinalInício

Cronograma

EtapasPesquisa Bibliográfica 02/02/2009 30/05/2009

Elaboração de fichamentos e resumos 01/06/2009 31/07/2009

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Projeto de Pesquisa Científica

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Elaboração de material para evento científico 01/08/2009 31/08/2009

Elaboração de artigo científico 01/09/2009 31/10/2009

Elaboração de relatório final 02/11/2009 20/11/2009

Instalações Necessárias

Final InstituiçãoInstalações Início

Início Instituição

Equipamentos Necessárias

Equipamentos Final

Vlr.Total Mês TipoDeriv.

Despesas com Materiais

Código Descrição Material Qtd Vlr.Unit.

Animais

Origem Descrição Animal Qtd Valor Início Final

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