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RIZOMAS Projecto de Educação para os Direitos Humanos através da Arte "!

Projecto de educação para os direitos humanos através da arte e cultura

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RIZOMAS Projecto de Educação para os Direitos Humanos através da Arte #!

RELATÓRIO SUMÁRIO DO PROCESSO DO PROJECTO PILOTO – RIZOMAS

Equipa Técnica

Patrícia Vaz Lourenço – Coordenadora do projecto.

Vanessa Nunes - Assistente Social, terapeuta familiar e pós graduada em Direito e Família de

Menores

Emília Vergueiro – Psicóloga e psicoterapeuta em formação/vertente construtivista.

António Gomes – Formador para oficinas multimédia, pintura, artes gráficas e banda

desenhada.

Grupo de Voluntários/as para ateliers no que concerne à organização e acompanhamento das

actividades artísticas. (grupo a formar futuramente mas sem participação neste projecto piloto

inicial)

Instituições Parceiras:

Casa de Infância Dr. Elysio de Moura, Colégio São Caetano e Casa do Canto em Ansião

(relativamente a esta última instituição foram feitas somente as diligências para uma possível

intervenção futura cuja estará dependente de financiamento uma vez que pressupõe um

bugdet para as deslocações, deste modo foi assinado um protocolo mas ainda não formal pelo

motivo atrás referenciado, contudo será uma instituição onde o Rizomas dará uma prioridade

de intervenção porque fora uma instituição que desde cedo mostrara um grande interesse em

colaborar connosco.

População Alvo:

Crianças e jovens em risco e perigo social.

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Número de crianças abrangidas pelo projecto nas duas instituições (Casa de Infância D.E.M e

São Caetano: 19 jovens (12 raparigas e 7 rapazes)

Duração e calendário previsto:

Este projecto teve ter lugar logo no início do ano 2011 e terminus no final do ano lectivo do

mesmo ano. A parceria com as instituições poderão ser prorrogadas para o(s) ano(s)

seguinte(s).

Sector ou Sub - sector em que o projecto se insere:

Na sequência de levantamento de necessidades no desenvolvimento do Plano de

Desenvolvimento Social para o concelho de Coimbra e dentro do Plano de Acção de 2011,

procurou-se desenvolver um projecto holístico no âmbito da educação em Direitos Humanos,

Cidadania e Igualdade de Género, em contextos escolares e/ou em instituições de

acolhimento de crianças e jovens em risco e perigo social.

Resumo do projecto:

Este projecto, a ser desenvolvido prioritariamente em escolas e instituições de acolhimento,

tem como objectivo informar e sensibilizar os/as jovens para a evolução dos direitos humanos

abordando temas transversais, nomeadamente, direitos das crianças, igualdade de género,

cidadania e voluntariado, entre outros temas afectos aos direitos humanos e à Declaração

Universal dos Direitos Humanos e da Criança. Relativamente às actividades práticas, no que

concerne aos ateliers artísticos, serão trabalhadas através de técnicas básicas para a

construção de obras de arte que ilustrem os temas escolhidos pelos/as alunos/as para

trabalhar promoção dos direitos humanos. Paralelamente, o projecto contempla também uma

componente fundamental que vai de encontro aos valores e à missão da ASOS quer no

envolvimento e no trabalho dos/as jovens com os pais e/ou responsáveis parentais, através de

sessões de sensibilização e na colaboração pontual nos ateliers de artes plásticas.

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Objectivos gerais:

- O objectivo primeiro será cimentar uma formação nestes e nestas jovens em cidadania e

direitos humanos para que os/as mesmos/as adquiram e desenvolvam capacidades para

formar igualmente os seus e as suas pares nos temas abordados;

- Num segundo objectivo prende-se na formação em expressão artística através de

actividades quer práticas quer de sensibilização para a importância da materialização dos

conceitos e temas abordados através da arte;

- O terceiro objectivo surge da necessidade de envolvimento da sociedade civil nas

actividades que vão sendo desenvolvidas pelos/as jovens em jeito de partilha e co-

responsabilização no espaço público e valorizando a dinâmica arquitectónica da cidade.

Objectivos Específicos:

Assim, a intervenção com jovens no contexto das sessões do projecto visam:

- Implementar com os/as jovens sessões temáticas que incluam o respeito pela diferença e

pela Igualdade de Oportunidades e de Género e no âmbito dos Objectivos de

Desenvolvimento do Milénio - empoderá-los/as, construindo-se como sujeitos e agentes da

sua própria mudança através da metodologia freireana;

- Construir com os/as jovens material de criação artística e comunicações pelos/as próprios/as

com a mensagem de disseminação de boas práticas no âmbito dos direitos humanos entre os

seus pares e para com a sociedade civil;

- Capacitar os/as jovens na recusa efectiva da sua condição de vulnerabilidade construindo

novas narrativas de vida de cada seu projecto pessoal de vida, bem como torná-los/as

capazes de intervir pelos seus direitos e deveres através da divulgação do seu trabalho

produzido no âmbito do projecto Rizomas.

Evolução metodológica - Diferentes momentos e níveis de actuação do projecto:

A evolução metodológica do projecto que a ASOS se propõe implementar fundamentar-se-á

num plano de acção sistemático com os/as jovens incluídos/as no projecto. A aplicação do

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plano do mesmo visa uma actuação metodológica qualitativa, com base participativa, onde

sejam desenvolvidas vivências pessoais e em comunidade, com o recurso a dinâmicas de

grupo e jogos pedagógicos e de sessões formativas e práticas e de acções de sensibilização,

motivação e liderança na participação no projecto que lhes irá conferir visibilidade e

responsabilidade e a consequente mudança de atitude desviante, bem como o compromisso e

a co-responsabilidade necessária ao desafio proposto. O repto deste projecto focaliza-se nos

grupos de rapazes e raparigas sinalizados para que se envolvam numa postura crítica e

reflexiva de sensibilização acção, envolvendo a sua rede social e familiar, bem como a

sociedade civil e a estrutura e arquitectura histórica e contemporânea da cidade de Coimbra, e

num futuro alargar o mesmo noutras cidades portuguesas.

O projecto contempla também uma componente fundamental que vai de encontro aos valores

e à missão da ASOS quer no envolvimento e trabalho os/as jovens com os pais e/ou

responsáveis parentais, através de sessões de sensibilização e na colaboração conjunta nos

ateliers de artes plásticas. No primeiro momento (nível micro) adoptar-se-á a metodologia da

Consciencialização do pedagogo Paulo Freire, esta incidirá na formação destes e destas

jovens em cidadania e direitos humanos para que os mesmos adquiram e desenvolvam

capacidades para a importância da cultura e da arte como veículo das temáticas de cidadania

e direitos/deveres humanos e como a própria poderá ser um veículo de comunicação e

expressão de valores e de boas práticas. Num segundo momento (nível meso) a metodologia

é formação entre pares e para formar outros grupos nos temas propostos e incisivos na sua

evolução e desenvolvimento pessoal e social. Num terceiro momento (nível macro) pretende-

se o envolvimento da estrutura arquitectónica antiga contemporânea da cidade de Coimbra e

da intervenção cívica, ou seja, em tom de partilha os e as jovens artistas, professores e

professoras e equipa técnica envolvida, responsáveis parentais e a sociedade civil envolver-

se-ão num projecto comunitário que enriquecerá a programação cultural da cidade e

sublinhará a importância do reconhecimento e visibilidade do trabalho produzido que deverá

ser disseminado através da metodologia sistémica para que o mesmo surta o efeito

multiplicador de boas práticas, valores e de experiências.

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Relatório final das sessões desenvolvidas:

De acordo os acontecimentos decorrentes de algumas sessões menos bem sucedidas,

combinámos com as Directoras Técnicas de ambas as instituições (Irmã Goreti) realizar uma

última sessão onde figurassem as jovens envolvidas no projecto bem como, a Irmã Goreti para

acertarmos novas datas do projecto e avaliarmos em conjunto as dificuldades sentidas e

exploração de novas formas de actuação para que o trabalho desenvolvido seja efectivamente

rentabilizado e sobretudo que futuramente venha a funcionar quer operacionalmente quer

logísticamente melhor.

De acordo os acontecimentos decorrentes das últimas sessões, a última sessão na Casa de

Infância D.E.M que teve o apoio da Irmã Goreti para acertarmos novas datas do projecto e

avaliarmos em conjunto as dificuldades sentidas e exploração de novas formas de actuação.

De acordo informação veiculada pelas jovens presentes, um dos motivos que as

desmotivaram foi o facto de serem sessões com um cariz abrangente mas que

inevitavelmente as toca no foro íntimo e pessoal pelo que aqui o constrangimento sentido foi a

questão do “à vontade” no espaço, e pelo facto das actividades se perderem e as quais

perderam fio condutor porque íamos desenvolvendo as actividades ao sabor das suas

disponibilidades ou não, e este facto fez com que se desse uma quebra nos objectivos e na

própria missão do projecto.

Considerámos que seria importante tentar alterar a dinâmica espacial das sessões bem como

ajustar um plano de sessões que as próprias o construíssem de acordo a sua disponibilidade e

de acordo actividades e temas que gostassem mais de abordar para desenvolver as criações

artísticas de forma fluida, interessada e partilhada. É importante citar que o plano de

actividades construído em grupo ficasse disponível e num local visível da Casa para que as

sessões (já que as mesmas têm lugar quinzenalmente) não caíssem no esquecimento e para

que outras actividades pessoais de cada uma não interferissem nos dias marcados.

No âmbito do projecto Rizomas, e na sequência deste problema acentuamos o sentimento que

o facto de abordarmos os temas que lhes são muito próximos no seu “lar” onde têm uma

posição de poder e controlo da sua realidade tem sido uma das premissas que têm tolhido o

desenvolvimento que estava definido em cronograma. Assim e de acordo a chegada às

instituições não tínhamos jovens disponíveis para realizarmos a actividade definida.

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De qualquer forma sentimos que a comunicação que se estabelecia não é a mais adequada

nem oportuna, porque os horários definidos não estavam a ser cumpridos pelas instituições e

inevitavelmente poderá ter um efeito “espelho” com as próprias/os jovens, não obstante da

assertividade na sua comunicação que assistimos na co-responsabilização do cumprimento

horário e de compromisso para com o Rizomas.

Deste modo, consideramos que as sessões a serem desenvolvidas num espaço por

excelência pessoal onde imperam as actividades triviais de qualquer um/a de nós nos nossas

casas (como dormir, ver TV, ouvir música, estar na internet, fazer tranças e arranjarem-se

umas às outras, jogarem à bola e vídeo jogos) e com as quais é díficil fazer uma

consciencialização sem distracções e os decorrentes atrasos perante a hora marcada para a

sessão. Assim, consideramos mais uma vez que de facto as sessões do Rizomas poderiam

ter mais adesão se não “competíssemos” com a importância que o espaço onde habitam tem

para os jovens deste projecto, no fundo colocámo-nos no seu lugar e chegamos à conclusão

que não se torna um projecto inclusivo porque está direccionado em certa medida só para um

grupo alvo demasiadamente arreigado e confinado a um espaço e é também uma certa

invasão da sua privacidade onde habitualmente não somos retirados dos nossos hobbies do

contexto pessoal/privado para frequentar actividades inseridas em projectos desenvolvidos

internamente.

Não podíamos de deixar de questionar a equipa técnica de cada instituição face a estas

conclusões que fizeram espelho em ambas e se se ainda estaria interessadas em continuar

com o Rizomas, ao que responderam que sim, contudo deixamos em aberto a ideia que

gostaríamos de ter no grupo jovens verdadeiramente interessadas/as e que não estivessem a

integrar o grupo forçadamente porque caso contrário a desmotivação pode ser contagiada

para outros elementos do grupo. Deixando em aberto a solução das sessões passarem a ter

lugar no novo espaço da ASOS em Eiras, sendo só a única desvantagem ser a deslocação

dos/as jovens para o local, contudo esta mudança foi auscultada aos jovens e foi algo que foi

do agrado de todos/as por considerarem a mudança importante para a sua concentração no

projecto, bem como é algo que os/as alicia relativamente à questão “do sair” do espaço onde

por norma são controlados/as no espaço e no tempo.

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Por estes motivos atrás referidos o projecto Rizomas de momento está a ser desenvolvido na

Escola Rainha Santa Isabel, estando a equipa em aberto e á espera de resposta depois desta

nossa última sugestão que não nos pareceu concordante com as regras internas de ambas as

instituições.

PARALELAMENTE...

De momento o Projecto Rizomas encontra-se com um projecto paralelo onde já foram

encetadas algumas diligências para a prossecução da seguinte actividade no âmbito da

parceria da ASOS com a Plataforma ODM Cidade de Coimbra – Pintura Mural ODM que tivera

de ser adiada por motivos de pedido de autorização ao IGESPAR para intervenção no

Mercado Municipal D. Pedro V em Coimbra, deste modo, o projecto (croqui e desenho técnico

com as especificações exigidas pela Câmara Municipal de Coimbra e IGESPAR) encontra-se

em fase final, logo que seja oportuno será devidamente divulgada e todos os envolvidos/as

informados/as.

Nesta sequência foram feitos alguns pedidos donativos para aquisição de material, dentro dos

quais já foi conseguido tintas de teste de laboratório da CIN da sede do Porto, bem como um

cheque oferta no valor de 50! do grupo Sonae/Continente.

Para um melhor conhecimento desta actividade que incluirá também os/as jovens que o

projecto acompanhou neste ano procederemos à partilha das seguintes informações:

O objectivo principal, nomeadamente na actividade Pintura Mural ODM na Cidade será

cimentar a informação e sensibilização sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio da

ONU e países envolvidos para que os/as mesmos/as (toda a sociedade civil) adquiram e

desenvolvam capacidades para replicar boas práticas no âmbito dos ODM, dos quais serão

abordados os oito objectivos a atingir:

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- *Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome;

- Alcançar o ensino primário universal;

- Promover a igualdade de género e empoderar as mulheres;

- Reduzir em dois terços a mortalidade infantil;

- Reduzir em 75% a mortalidade materna;

- Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves;

- Garantir a sustentabilidade ambiental;

- Fortalecer uma parceria global para o desenvolvimento.

Objectivos específicos da actividade e população alvo:

- Envolver as entidades parceiras (quer do projecto quer no âmbito da Rede Social de

Coimbra) e as suas populações alvo e toda a sociedade civil a participarem numa

pintura pública colectiva de acção/sensibilização;

- Envolver o tecido empresarial na promoção do projecto RIZOMAS através de apoios financeiros pontuais, quer na cedência de materiais ou através de donativos monetários para financiamento de rúbricas específicas;

- Envolver outras entidades (como escolas e institutos superiores nas áreas artísticas)

na participação e a colaborarem na elaboração preparatória da obra, bem como no

acompanhamento da mesma durante a pintura colectiva;

- Divulgar artísticamente os oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio num espaço

público onde o impacto e divulgação dos mesmos seja informativa e de

consciencialização através da arte (pintura colectiva urbana) de toda a comunidade.

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Parceiros institucionais

Plataforma ODM na Cidade, Câmara Municipal de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra,

Casa de Infância Dr. Elysio de Moura, Colégio São Caetano, e centro de acolhimento Casa do

Canto da Associação Portuguesa para o Direito dos Menores e da Família (Crescer Ser) e

alunos/as do 6ºE da Escola Rainha Santa Isabel da disciplina de Cidadania (cujo projecto

Rizomas iniciará a sua intervenção e ficará responsável pela totalidade das sessões da

mesma).

Parceiros do sector empresarial

Uma vez que o projecto RIZOMAS não é um projecto financiado nem co-financiado por

nenhuma entidade do estado ou privada, uma das premissas importantes para nós é fazer a

sensibilização das entidades do tecido empresarial para o seu envolvimento nestes desafios.

Assim, consideramos importante dar a conhecer e envolver empresas socialmente

responsáveis para dar continuidade às nossas actividades e à prossecução do projecto

RIZOMAS que tem trabalhado junto de populações alvo vulneráveis e como tal necessitará do

amparo financeiro de empresas que detenham uma saúde financeira favorável, bem como se

identifiquem com estas causas sociais e humanas. Neste sentido elaborara-se um cartaz (cuja

sua impressão para divulgação desta actividade será oferecida pela empresa Impressões e

Soluções. Neste sentido encontra na página em seguida o mesmo para vosso conhecimento.

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