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Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves
ODEMIRA
Projecto Educativo
Triénio 2010-2013
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I - INTRODUÇÃO
1. Enquadramento legal
2. Linhas orientadoras
3. A Escola
3.1 Contextualização socioeconómica
3.2 Caracterização da Escola
3.2.1 O Patrono
3.2.2 Estrutura física
3.2.3 Oferta educativa
3.2.4 Clubes e Projectos
3.2.5 Biblioteca escolar
3.2.6 Serviços de Psicologia e Orientação
3.2.7 Caracterização da Comunidade Educativa
3.2.7.1 População discente
3.2.7.2 Pessoal docente
3.2.7.3 Pessoal não docente
3.2.7.4 Pais e Encarregados de Educação
3.2.8 Critérios de constituição de turmas
3.2.9 Recursos financeiros
II – DIAGNÓSTICO
III – METAS
IV – EIXOS DE INTERVENÇÃO
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I – INTRODUÇÃO
1. Enquadramento legal
A concepção do Projecto Educativo assenta nos princípios consagrados na Constituição da
República Portuguesa, na Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº46/86, de 14 de Outubro, com as
sucessivas alterações introduzidas pela Lei nº 115/97, de 19 de Setembro e pela Lei nº 49/2005, de 30 de
Agosto) bem como o Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de Abril, que aprova o regime de autonomia,
administração e gestão dos estabelecimentos da educação pré-escolar e dos ensinos básico e
secundário.
2. Linhas orientadoras
Para a elaboração deste documento recorreu-se a informações relacionadas com a caracterização
do corpo docente, não docente, discente e seus agregados familiares, bem como a do meio envolvente à
Escola.
Pretendeu-se reunir o máximo de informações e particularidades que permitam ao PEE ser único e
adequado à comunidade escolar.
O PEE resulta da análise/avaliação de pontos fortes e fracos existentes (análise SWOT), de forma a
criar as condições organizacionais de qualidade que ajudem e facilitem o trabalho, criando condições
para a realização pessoal e o sucesso de toda a comunidade educativa.
Só uma escola dotada de dinâmica para a inovação, que não se deixe cair em apatias e
constrangimentos, pode contribuir para a formação dos alunos no mundo actual, marcado pela constante
mudança, garantindo-lhes não só uma boa educação académica mas promovendo também a sua
socialização.
A concepção de educação reduzida à dimensão instrutiva e ao individualismo dos professores deve
ser recusada e substituída por uma concepção de escola com sentido estratégico, onde se promovam a
contextualização do currículo e a existência de consensos educativos, através de uma actividade
educativa que valorize o trabalho interdisciplinar, promotor do sucesso educativo dos alunos.
O PEE deve ser operacionalizado através do Plano Anual de Actividades e do Projecto Curricular de
Escola:
Plano Anual de Actividades (PAA) - desenvolvendo estratégias, concretizando projectos e
definindo iniciativas de formação necessárias à implementação do PEE;
Projecto curricular de Escola /turma (PCE / PCT) - tendo em conta, respectivamente, a
articulação vertical do currículo e a sua coordenação horizontal;
O PEE tem um período de vigência de três anos, sendo avaliado anualmente, podendo ser
reformulado mediante proposta do Conselho Pedagógico, remetida para aprovação do Conselho Geral.
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A avaliação do PEE é essencial à sua regulação, Por isso, ela deve ser permanente, participada e
produzida com base em critérios explícitos. Especial atenção deve merecer a avaliação dos objectivos
operacionais e a sua adequação às metas do PEE.
As avaliações parcelares são realizadas pelos detentores dos cargos de coordenação e pelos
responsáveis pelas actividades e projectos, sendo depois utilizadas pela equipa de auto-avaliação para
produzir uma súmula avaliativa de todo o trabalho desenvolvido no ano lectivo.
3. A Escola
3.1 Contextualização socioeconómica
O Concelho de Odemira é o mais vasto de Portugal sendo marcado pela diversidade paisagística e
pela baixa densidade populacional. Com uma área de
1720 km2, estende-se entre a serra e o mar, com fortes
assimetrias entre o litoral e o interior. As dezassete
freguesias têm particularidades que se prendem em
grande medida a especificidades geográficas. As da zona
costeira contrariam de alguma forma a tendência de
decréscimo populacional no Alentejo e do envelhecimento
gradual da mesma. Tal facto deve-se ao desenvolvimento
do sector turístico e à consequente dinamização das
actividades económicas. No entanto, na maior parte das
freguesias, a desertificação e o isolamento continuam a ser
factores dominantes, existindo fracas possibilidades de
fixação da população, especialmente das camadas mais
jovens. O decréscimo populacional do concelho é
comprovado pelos dados do INE (2006) que apresentam
uma diferença significativa entre a taxa de natalidade (7,2 %) e a taxa de mortalidade (12,6 %), que
corresponde a um crescimento natural negativo de 0,54% e um crescimento efectivo também negativo de
0,11%.
De acordo com o documento “Diagnóstico Social de Odemira”, publicado pela Câmara Municipal de
Odemira em 2006 e produzido pelo CLASO (Conselho Local de Acção Social de Odemira), o concelho
apresenta poucas alternativas em termos económicos para evitar a desertificação. Economicamente está
virado para as actividades agrícolas, pecuárias e florestais, assim como o turismo, não existindo uma
grande capacidade empreendedora e organizativa. As grandes empresas são geralmente filiais de
multinacionais agrícolas, atraídas pelos subsídios e mão-de-obra pouco qualificada e pouco exigente,
maioritariamente imigrantes. O mercado de trabalho apresenta um carácter de forte sazonalidade. Tanto
na agricultura como no turismo, são preferidos os trabalhadores menos qualificados, que auferem salários
mais baixos. A taxa de desemprego tem aumentado significativamente nos últimos anos, o que faz com
que o retrato económico do concelho não seja dos mais animadores. As mulheres são as mais afectadas
pelo desemprego.
Os transportes são essencialmente intra-municipais, e praticamente inexistentes aos fins-de-semana
e feriados (a não ser na época estival). Os alunos das diversas escolas têm direito aos transportes
escolares se viverem a mais de três ou quatro quilómetros do estabelecimento de ensino mais próximo.
De acordo com o decreto-lei n.º 299 / 84, compete à Câmara Municipal a organização e gestão dos
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transportes na área do município. Assim, foi criada uma rede de transportes escolares, utilizando
autocarros, táxis, automóveis particulares e veículos do município. Esta situação difícil no que diz respeito
aos transportes públicos é considerada um entrave ao desenvolvimento económico e social do concelho,
condicionando igualmente o funcionamento das actividades escolares.
Embora as oportunidades formativas e a oferta cultural tenham registado um incremento
considerável nos últimos anos, a situação actual ainda está longe de ser satisfatória, pois a população
continua a apresentar um baixo nível de escolarização, não reconhecendo devidamente a importância da
educação e da formação.
Problemas como o alcoolismo, nomeadamente na população jovem, assim como a violência familiar,
a pobreza, a solidão dos idosos ou o consumo e comércio de estupefacientes, são frequentes no
concelho. As baixas competências pessoais e sociais, a falta de espírito associativo e de entidades
facilitadoras da concretização de ideias e projectos, são um entrave à resolução dos problemas das
populações. Existem, no entanto, algumas instituições a fazer um trabalho consistente e com bons
resultados, como é o caso da CPCJ, da APCO e da TAIPA, entre outros.
Apesar de algumas insuficiências, como é o caso da rede de prestação de cuidados de saúde, da
rede de transporte e da dinâmica empresarial, o concelho de Odemira tem atractivos para a fixação de
população, como o clima ameno, a natureza e paisagem ou a hospitalidade da população.
3.2 Caracterização da Escola
A Escola Secundária Dr. Manuel Candeias Gonçalves, construída em 1986, fica situada na vila de
Odemira, sendo a única escola secundária pública do concelho. Funciona em regime diurno e nocturno.
3.2.1 O Patrono
Em 10 de Maio de 2000, a escola assumiu oficialmente o nome do Dr. Manuel Candeias Gonçalves,
advogado, poeta e ex-professor no Concelho de Odemira, que muito dignificou as funções docentes.
O Dr. Candeias nasceu em 1921, em Vila Alva, concelho de Cuba. Como docente iniciou funções no
já extinto colégio "O Lidador", em Beja. Mais tarde foi para Mértola, onde foi o co-fundador, director e
professor do também já extinto colégio "D. Sancho II". Em 1962, mudou a residência para Odemira, e
aqui adquiriu o então denominado "Externato Liceal de Odemira", de que foi, ao mesmo tempo, director e
professor. Posteriormente foi nomeado director da "Escola Preparatória Almirante Pessanha", hoje
"Escola EB 2,3 Damião de Odemira", onde também foi professor durante cerca de cinco anos. Em 1982,
veio para a Escola Secundária de Odemira, onde permaneceu no exercício da actividade docente até
1993, data em que se aposentou, por limite de idade. O seu magistério é reconhecido por ex-alunos e
colegas, que vêem nele um ponto de referência profissional. Grande latinista, professor de Língua e
Literatura Portuguesa, Introdução ao Direito, História, Noções de Administração Pública e Relações
Públicas, o Dr. Candeias foi irrepreensível pela forma nobre como sempre assumiu as suas funções
pedagógicas.
Como advogado, notabilizou-se pela entrega às causas que defendeu, pelo profundo conhecimento
da lei e, sobretudo, pela honestidade com que sempre envolveu a sua actividade causídica. Nessa
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condição, foi também delegado interino do Procurador da República na Comarca de Beja, Conservador
do Registo Civil de Mértola e Delegado da Ordem dos Advogados em Odemira.
No que diz respeito à sua actividade como poeta, publicou Poemas da Voz Sem Fala, Cárcere
Privado e foi publicando “Cantiguinhas de Quadra e Meia”. A sua poesia fala-nos da vida com a voz da
verdade, empresta-nos a clarividência de quem se interrogou sobre si e sobre o mundo e, mais do que
isso, oferece-nos paradigmas de correcção morfológica e sintáctica e uma riqueza de imagens e
sonoridades sabiamente conjugadas.
Falecido em 22 de Novembro do ano de 2001, o Dr. Candeias deixou-nos o exemplo do homem
esclarecido, culto, inteligente e sereno.
3.2.2 Estrutura física
Da sua estrutura física, em funcionamento desde 1986, fazem parte quatro blocos independentes,
dois espaços exteriores para a prática de diversas actividades e áreas envolventes ajardinadas. Utiliza
ainda, no âmbito da disciplina de Educação Física, as instalações do Pavilhão Gimno-Desportivo e da
Piscina, de gestão camarária.
Dispõe de 29 salas de aula (algumas de disciplina), salas específicas para o Curso de Artes,
laboratórios de Física e Química, Biologia, Informática, Sala do CNO, Gabinetes de Trabalho para os
diferentes Departamentos, Biblioteca, Salas de Audiovisuais, Salas dos Clubes, Bufete, Cantina,
Reprografia, Papelaria, Secretaria, Sala de Professores, Sala de Pessoal Não Docente, Sala de
ocupação de tempos livres dos alunos, Sala da Associação de Estudantes e Sala da Associação de Pais
e Encarregados de Educação.
O suporte físico da Escola será radicalmente alterado durante o tempo de vigência do presente
PEE, uma vez que está previsto para Janeiro de 2011 o início das obras pela empresa Parque Escolar.
Esta situação provocará certamente constrangimentos nas actividades lectivas que, neste momento, não
se conseguem prever com rigor.
3.2.3 Oferta educativa
Fazem parte da oferta formativa da ESDMCGO os Cursos Científico-Humanísticos: Curso de
Ciências e Tecnologias, Curso de Línguas e Humanidades, Curso de Artes Visuais, Curso de Ciências
Socioeconómicas. No ensino profissional, a escola tem oferecido cada ano um leque de cursos, de
acordo com a análise das necessidades do meio e dos recursos existentes. Para além desta oferta ao
nível do ensino diurno, este estabelecimento de ensino possui um Centro Novas Oportunidades (CNO),
com processos RVC de nível básico e secundário, que faz itinerâncias pelas freguesias do concelho de
Odemira, assim como pela freguesia do Cercal do Alentejo (concelho de Santiago do Cacém). A escola
tem ministrado ainda cursos de Educação e Formação de Adultos, de nível básico e secundário, bem
como cursos extra-escolares, português para estrangeiros nas freguesias de Longueira-Almograve e
Santa Clara-a-Velha. De salientar, ainda, a ligação da escola com o Estabelecimento Prisional Regional
de Odemira.
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3.2.4 Clubes e Projectos
BIGEO
O Clube Bigeo é o Clube de Ciências da escola. A sua missão é proporcionar condições para o
desenvolvimento de projectos científicos pelos alunos. Muitos desses projectos visam resolver problemas
ou investigar mistérios usando a ciência e os seus métodos; outros permitiram mudar para melhor
algumas realidades do Concelho de Odemira.
Os projectos de investigação não permitem apenas aprender e comunicar ciência: são também uma
ocasião privilegiada de fazer pontes com a população, as Universidades, as Empresas e diferentes
Instituições.
Os trabalhos realizados nos últimos anos conquistaram vários prémios a nível nacional e
internacional (nomeadamente sete prémios nos Concursos de Jovens Cientistas, a nível nacional, quatro
prémios em feiras mundiais de ciências nos EUA, um prémio no Concurso Europeu de Jovens Cientistas,
em Estocolmo).
Os alunos do clube são ainda monitores em actividades científicas para os seus colegas do ensino
básico.
Outras actividades relevantes do Clube são a divulgação científica (escrita de artigos de imprensa,
Jornal do Bigeo, site, colaboração em programas de televisão) e o Museu de História Natural.
GEODE
O GeOde é o Clube de Geografia, e nele podem participar todos os elementos da comunidade
escolar. Muito embora se possam desenvolver no âmbito do clube trabalhos de investigação ou de
intervenção social nas mais diversas áreas, nos últimos anos a actividade do GeOde tem-se dividido em
duas linhas de acção: “Cultura”, em que sobretudo se recolhem elementos de carácter etnográfico, e
“Ambiente”, em que fundamentalmente se promovem acções de educação ambiental.
Jornal Escola Viva
Foi fundado em 1995, tendo como objectivo dar a conhecer os diversos projectos e actividades que
a escola desenvolve ao longo do ano lectivo.
Actualmente possui duas edições, uma, trimestral, em suporte papel e outra em formato digital,
pretendendo esta passar a ser um “sumário contínuo” da vida da escola para além da actividade lectiva.
Na concretização deste projecto colaboram professores, alunos e pessoal não docente.
Projecto Onda Média
A criação do projecto partiu da percepção de que se torna necessário criar ou solidificar hábitos de
trabalho em grupo, tanto na aprendizagem de formas de comunicação como na construção do
conhecimento, de maneira a combater o individualismo e a intolerância, promovendo a abertura a outras
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culturas e formas de expressão, o que resulta no reconhecimento e aceitação das diferenças através da
análise de documentos mediáticos, numa perspectiva de educação para a cidadania.
O projecto iniciou-se pela implementação de uma rádio escolar, pretendendo alargar-se à produção
de conteúdos ligados a outras formas de comunicação, como a imprensa escrita e o vídeo.
Clube da Saúde
Pretende desenvolver nos alunos as competências transversais do Ensino Secundário, através da
abrangência de cinco domínios: a educação alimentar, base de uma vida activa saudável, a prevenção da
violência, a educação para a cidadania, a educação sexual e afectiva, como forma de prevenção da SIDA
e de outras doenças sexualmente transmissíveis e a prevenção de consumos nocivos (álcool, tabaco e
drogas).
Por outro lado, o Clube da Saúde presta apoio a todos os alunos que realizam trabalhos
relacionados com a área da saúde.
Desporto Escolar
O Desporto Escolar é um instrumento essencial de promoção de um estilo de vida saudável, de
inclusão e integração social, contribuindo também para a formação desportiva dos alunos, o combate ao
insucesso e abandono escolar, para além do desenvolvimento e generalização da prática desportiva em
Portugal.
O Projecto de Desporto Escolar deve integrar, de forma articulada e continuada, o conjunto de
objectivos gerais e específicos do Plano de Actividades e do Projecto Educativo.
Sala de estudo de Física e Química e Sala de Estudo de Biologia e Geologia
O principal objectivo é colocar à disposição dos alunos uma estrutura que, recorrendo à adopção de
estratégias de ensino diferenciadas, permita a superação de dificuldades, como sejam, a recuperação de
pré-requisitos e conteúdos, o apoio na resolução de exercícios e trabalhos de casa, a preparação para
testes, provas de recuperação e exames e a orientação de trabalhos de projecto.
Laboratório de Matemática
Com a implementação do Laboratório pretende-se que os alunos explorem os conceitos
matemáticos, valorizando os processos de compreensão e de análise crítica.
O desenvolvimento da criatividade e do raciocínio abstracto é essencial para dotar os alunos de
capacidades de resolução de situações problemáticas, visando a aplicação dos conhecimentos
adquiridos em situações da vida real, de modo a fomentar o gosto pela matemática.
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3.2.5 Biblioteca escolar
A BE é constituída por um conjunto de recursos físicos (instalações, equipamentos), humanos
(professores, alunos, assistentes operacionais) e documentais de diferente natureza e suporte que trata e
disponibiliza como recursos pedagógicos para actividades de ensino-aprendizagem, para actividades
curriculares não lectivas ou para ocupação de tempos livres e de lazer.
A BE constitui uma estrutura pedagógica interventora e catalizadora de mudanças na prática e
metodologias dos professores, no desenvolvimento da autonomia dos alunos e na formação de leitores. À
BE caberá desenvolver um trabalho de interacção efectiva, transversal e colaborativo com todas as
estruturas pedagógicas da escola.
3.2.6 Serviços de Psicologia e Orientação
O Serviço de Psicologia e Orientação, assegurado por um técnico, é uma unidade especializada de
apoio educativo que tem como finalidade contribuir para a promoção do sucesso educativo e facilitar a
aproximação entre a família e a escola. Neste sentido, acompanha os alunos, individualmente ou em
grupo, desenvolvendo a sua actividade em três áreas:
- Apoio psicológico e psico-pedagógico promovendo actividades dirigidas a alunos que apresentam
problemáticas relacionadas com a aprendizagem e com o desenvolvimento pessoal;
- Orientação escolar e vocacional;
- Apoio ao desenvolvimento do sistema de relações da comunidade educativa, implementando
estratégias articuladas com vários intervenientes para a resolução de problemas de relacionamento social
O Serviço de Psicologia e Orientação pode ser solicitado por qualquer elemento da comunidade
educativa: alunos, pais/encarregados de educação, professores e pessoal não docente.
3.2.7 Caracterização da Comunidade Educativa
3.2.7.1 População discente
No ano lectivo 2009/2010 frequentaram esta escola um total de 341 alunos, 278 dos quais nos
Cursos Científico-Humanísticos e 63 nos Cursos Profissionais.
Atendendo aos parâmetros utilizados pelo programa AVES (habilitações literárias dos pais, profissão
dos pais, condições habitacionais, número de veículos, hábitos de leitura, frequência de leitura de
imprensa e existência ou não de ligação à Internet em casa), o contexto sociocultural da nossa escola é
um contexto médio-baixo (próximo do contexto médio-alto), verificando-se, contudo, uma elevada
heterogeneidade relativamente à distribuição pelos contextos socioculturais, conforme se apresenta no
quadro seguinte.
Contexto sociocultural dos alunos
Alto Médio-alto Médio-baixo Baixo
31,7% 20,3% 26,7% 21,3%
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Os dados disponíveis, a partir da base de dados do MISI, tornam mais visível esta grande
heterogeneidade e corroboram a caracterização do AVES. Assim, as habilitações dos pais, de acordo
com os dados do MISI, distribuem-se da seguinte forma:
Habilitações Mãe Pai Total
Licenciatura 27 18 45
Secundário 24 20 44
3º Ciclo do básico 25 26 51
2º Ciclo do básico 33 19 52
1º Ciclo do básico 33 43 76
Desconhecida 203 215 418
No ano lectivo 2009/2010, dos 341 alunos a frequentar a escola, foram subsidiados pelo ASE 114
alunos, 64 no escalão A e 50 no escalão B.
Outros dados poderiam ajudar à caracterização dos nossos alunos. A título de exemplo referimos o
facto de, dos 131 alunos inquiridos no âmbito do OTES e de entre os 107 que utilizam transportes
públicos, 72 levarem mais de 50 minutos na deslocação para a escola.
Nas respostas que deram ao questionário “Opinião sobre a escola”, no âmbito do programa AVES,
os nossos alunos apresentaram uma imagem globalmente positiva da Escola. Os factores mais
valorizados (por ordem decrescente) foram os aspectos relativos à ordem, disciplina e ambiente de
trabalho, à satisfação com a escola em geral e ao factor professores (relação estabelecida com os alunos
e competência percepcionada). Os factores que são vistos de modo mais negativo são os respeitantes às
actividades (escolares, extra-escolares e propostas didácticas interdisciplinares), aos directores de turma
(relação estabelecida com os alunos e competência percepcionada) e às classificações (satisfação
pessoal e percepção da justiça na avaliação).
A tabela mostra a evolução do número de alunos matriculados em cursos regulares/diurnos.
Número de alunos matriculados -10º ano 2007/08 2008/09 2009/10
Total de alunos 141 107 111
Cursos profissionais 50 22 0
Com a abertura dos Cursos EFA e do Centro Novas Oportunidades, que dispõe de uma equipa
técnico-pedagógica completa, alargou-se a oferta educativa, abrindo outras modalidades de formação.
3.2.7.2 Pessoal docente
A estabilidade que se regista no corpo docente da Escola, ao longo dos últimos anos, permite que
os professores acompanhem os seus alunos durante este ciclo de ensino. A percepção de que este
factor tem trazido benefícios pedagógicos aos alunos, justificou a sua inclusão nos critérios de
distribuição de serviço docente.
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Pessoal Docente 2009/2010
Quadro de Escola Quadro Z. Pedagógica Contratados TOTAL
41 3 17 61
A assiduidade é uma característica do corpo docente da escola; em situação de ausência de algum
professor, é activado o Plano de Ocupação Plena dos Tempos Escolares.
3.2.7.3 Pessoal não docente
Relativamente ao pessoal não docente, este é estável mas manifestamente insuficiente face às
necessidades. A renovação dos assistentes não tem originado uma perda de qualidade na prestação dos
diversos serviços.
Pessoal Não Docente 2009/2010
Assistente Técnicos Assistentes Operacionais TOTAL
8 23 31
3.2.7.4 Pais e Encarregados de Educação
Os dados dos questionários OTES são elucidativos no que respeita à fraca participação de pais e
encarregados de educação na vida da escola. Os indicadores internos disponíveis (no que respeita à
participação em reuniões, ou estabelecimento de outros contactos, com os Directores de Turma) apontam
para o facto de essa participação ser maior no 10º ano e diminuir, progressivamente, nos anos
subsequentes.
Essa fraca participação não impede, contudo, que os pais e encarregados de educação tenham
vindo a fazer-se representar na vida da escola, nos seus órgãos, colaborando activamente, como
aconteceu por exemplo no ano lectivo 2008/2009, na construção dos instrumentos que permitiram a
transição para o novo modelo de gestão. Existe ainda uma Associação de Pais da Escola Secundária Dr.
Manuel Candeias Gonçalves – Odemira que tem promovido a ligação entre a Escola e as famílias.
Nas respostas que deram ao questionário “Opinião dos Encarregados de Educação”, no âmbito do
programa AVES, os pais e encarregados de educação apresentam uma imagem globalmente positiva da
escola. O factor mais valorizado é a Comunicação com Professores/Directores de Turma. Seguem-se os
factores Ordem e Disciplina, Actividades Extra-curriculares, Funcionamento da Escola, Preparação dos
Alunos e Participação dos Pais.
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3.2.8 Critérios de constituição de turmas
As turmas são constituídas em função da ordem de prioridade das opções de cursos/disciplinas
indicadas pelos alunos;
As turmas deverão integrar um conjunto de alunos cujo horário de transporte escolar seja
semelhante;
A constituição de turmas de 11º e 12º anos deve procurar manter a formação do ano anterior;
Não poderão ser constituídas turmas apenas com alunos em situação de retenção, devendo ser
respeitada em cada turma a heterogeneidade do público escolar;
Na constituição de mais do que uma turma do mesmo curso, estas devem integrar um número
equilibrado de elementos do sexo feminino e masculino;
Devem ser respeitadas quaisquer indicações que fiquem registadas em acta de Conselho de
Turma do ano anterior, sobre a constituição da turma de continuidade;
Atendendo às condições específicas do meio, ao facto de a Escola ser o único estabelecimento de
ensino público secundário do concelho de Odemira, e ainda, dada a grande distância a que se encontram
outras escolas com ensino secundário, aliada à deficiente rede de transportes, torna-se imperativo que
seja permitida a constituição de turmas, mesmo que estas não obedeçam aos normativos em vigor,
designadamente no que diz respeito ao número mínimo de alunos.
3.2.9 Recursos financeiros
Para além das verbas atribuídas pelo Gabinete de Gestão Financeira (insuficientes para fazer face
às despesas correntes), a escola recebe verbas do FSE/ POPH para o financiamento dos Cursos
Profissionais e actividade do CNO, das candidaturas a projectos, nomeadamente da Fundação Calouste
Gulbenkian, do concurso Ciência na Escola da Fundação Ilídio Pinho, do Projecto de Promoção da Saúde
em Meio Escolar e do Desporto Escolar. A obtenção destas receitas tem permitido à escola investir em
equipamentos didácticos, na modernização do parque informático e na melhoria dos espaços.
Por outro lado, a escola dispõe de receitas próprias provenientes dos lucros do bufete e da papelaria
e do aluguer de salas para acções de formação.
II – DIAGNÓSTICO
O seguinte documento (análise SWOT) foi compilado a partir de diversas fontes que reflectem a
forma como a comunidade educativa vê a escola nas suas diversas dimensões. As fontes consultadas
foram: relatórios anuais do Programa Aves, relatório da avaliação externa realizada pela IGE, relatório da
avaliação interna realizada pela equipa de avaliação interna da escola, relatórios anuais do programa
OTES, questionário feito aos docentes.
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ANÁLISE SWOT
Mais-valias ou Pontos Fortes (vantagens, o que tem de melhor)
1 - A escola como organização:
Aplicação das normas e regulamentos da escola;
É tomado em consideração o meio socioeconómico em que a escola se insere;
Há o reconhecimento do trabalho dos docentes por parte da direcção e dos alunos;
Verifica-se reduzido absentismo de professores e funcionários;
É reconhecida a preparação científica e pedagógica dos professores;
Existe liderança e apoio prestado pelos órgãos de gestão;
É prestado apoio à inovação pedagógica por parte da direcção;
Verifica-se liderança dos órgãos de gestão intermédia da escola;
Constata-se a ausência de conflitos entre professores e/ou grupos de professores e entre funcionários e/ou grupos de funcionários;
Verifica-se eficácia na gestão dos assuntos correntes;
Existe motivação por parte dos funcionários;
Há suficiência de recursos;
Existe participação dos alunos nas estruturas de coordenação;
Verifica-se segurança, disciplina e ambiente escolar;
Distribuição de serviço feita com base em critérios conhecidos e reconhecidos;
Há clareza e transparência nos critérios utilizados para as tomadas de decisão em todos os níveis e instâncias;
Bom acolhimento e acompanhamento dos alunos, professores e assistentes operacionais que chegam à escola;
Qualidade, organização e equipamentos dos diversos laboratórios e ateliês;
Qualidade dos equipamentos desportivos;
Captação de recursos financeiros através de projectos e prémios;
Flexibilidade nos horários de atendimento dos directores de turma;
Eficaz circulação da informação;
Razoável utilização das plataformas electrónicas (página electrónica, GATO e MOODLE);
Organização globalmente orientada para os seus objectivos.
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2 - A escola como centro de conhecimento e formação integral:
Preocupação com a explicitação dos critérios de avaliação;
Relação pedagógica entre alunos e professores assente na abertura no diálogo, na justiça, na equidade, na transparência.
Os alunos são orientados para o prosseguimento dos estudos, na justiça, na equidade, e na transparência;
Inclusão e apoio personalizado aos alunos com necessidades especiais;
Serviços de psicologia e orientação disponíveis para os alunos;
Oferta de actividades em clubes;
Estímulo á motivação e empenho dos alunos;
Constante procura do incremento do sucesso e da sua qualidade;
Oferta de salas de estudo;
Reforço horário em algumas disciplinas
Diversidade de visitas de estudo;
Participação em exposições / encontros.
3 - A escola como espaço aberto ao exterior:
Imagem da escola com boa projecção exterior;
Oferta formativa para pais e população adulta em geral;
Diversidade de parcerias e protocolos estabelecidos;
Ligação com instituições do ensino superior;
Encontros periódicos com antigos alunos da escola;
Participação em exposições / encontros;
Flexibilidade nos horários de atendimento dos directores de turma.
Oportunidades (conjunturas favoráveis, o que se pode dispor)
Baixa taxa de abandono escolar;
Reduzido absentismo dos alunos;
Estabilidade do corpo docente;
Colaboração efectiva e atempada das autarquias;
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Disseminação do clube Bigeo a outros estabelecimentos de ensino, projectando a imagem da escola.
Obstáculos ou Pontos Fracos (o que se pode melhorar, o que deve evitar)
1 - A escola como organização:
Fraca participação dos pais nas actividades da escola e no acompanhamento escolar dos alunos;
Falta de clareza dos objectivos, do rumo e da coordenação de esforços;
Ausência de uma cultura aprendente incrementada na escola;
Insuficiente sistematização da auto-avaliação e reflexão sobre os resultados;
Cultura profissional individualista dos professores;
Falta de eficácia e produtividade das reuniões;
Insuficiente utilização e gestão da plataforma Moodle;
Falta motivação de alguns professores e alguns alunos;
Insuficiente participação da comunidade nos processos de decisão;
Falta de monitorização do percurso pós-escolar dos alunos;
Inexistência de quantificação das metas nos objectivos do anterior projecto educativo;
Fraca formação interna dos docentes e administrativos e assistentes operacionais;
Ausência de um plano de formação da escola;
Desperdício de tempo e recursos no cumprimento de formalidades;
Insuficiente (ausência) de representação dos diversos membros da comunidade na equipa de auto-avaliação da escola;
Falta de reconhecimento e generalização das boas práticas;
Insuficiente consciência geral sobre a especificidade dos Cursos Profissionais.
2 - A escola como centro de conhecimento e formação integral:
Insuficiente aposta na investigação e no tratamento de informação;
Reduzida preferência pelo trabalho de grupo face ao trabalho de pares e ao trabalho individual;
Avaliação demasiado centrada nos testes escritos;
Fraca oferta cultural da escola;
Resultados académicos médios;
16
Fraco peso do trabalho colaborativo e das práticas e projectos interdisciplinares;
Fraca interdisciplinaridade;
Inexistência de um projecto curricular de escola;
Falta de hábitos de higiene e civismo dos alunos.
3 - A escola como espaço aberto ao exterior:
Falta de estímulo à participação em actividades de desenvolvimento;
Insuficiente ligação da escola com a comunidade.
Ameaças (o que está sempre fora do controlo)
Heterogeneidade do meio socioeconómico (que em média é classificado como médio-baixo);
Má preparação prévia dos alunos;
Horário dos alunos;
Baixa auto-estima e desmotivação dos alunos;
Transportes escolares com horários pouco adequados;
Professores das áreas técnicas dos cursos profissionais sem vínculo à escola;
Centro de formação distante e disfuncional;
Autonomia da direcção nas suas decisões, relativamente ao ministério da educação;
Imprevisibilidade do impacto das obras de intervenção da Parque Escolar;
Perda futura da capacidade de intervenção em obras de manutenção dos edifícios e equipamentos.
III – METAS
Como foi referido nas linhas orientadoras do PEE, os grandes objectivos da acção educativa da
Escola são a qualidade dos resultados académicos dos seus alunos e a sua socialização, tendo neste
aspecto particular importância o desenvolvimento de políticas activas de inclusão socioescolar das
minorias culturais e sociais.
Igualmente importante para o sucesso da acção educativa é uma oferta diversificada e de acordo
com o interesse dos alunos e o perfil da economia local.
17
Neste sentido, e até por ser o único estabelecimento de ensino secundário público do concelho, a
Escola deve oferecer anualmente, no seu regime diurno, os cursos científico-humanísticos das quatro
áreas e cursos profissionais ajustados às necessidades da região e aos recursos existentes na escola.
A adequação das estratégias de ensino às motivações e aos interesses dos alunos é imprescindível
ao sucesso, nunca perdendo de vista a aquisição dos conhecimentos e competências essenciais,
definidas nas planificações dos diferentes grupos de recrutamento.
São ainda factores facilitadores do sucesso educativo, o ambiente disciplinado e cordial vivido na
escola, os baixos níveis de abandono escolar, a tomada participativa de decisões, e a prática de uma
liderança filosófica, dialogante, mas eficaz.
De forma a tornar claras as grandes metas do PEE, elas foram agrupadas em quatro áreas
distintas, mas interdependentes (a cultura aprendente, o trabalho cooperativo, a consciência cívica e a
ligação com comunidade).
São metas deste Projecto Educativo de Escola:
1- Aprofundar o clima de cultura aprendente
2- Desenvolver o trabalho cooperativo
3- Desenvolver a consciência cívica
4- Valorizar a ligação entre a Escola e a comunidade
1- Aprofundar o clima de cultura aprendente
- Cultura aprendente e meio socioeconómico
O clima de cultura aprendente existente na Escola progredirá tanto mais quanto progredir a
convicção da importância do seu impacto na melhoria dos indicadores sociológicos dos diferentes
núcleos populacionais por ela servidos.
É geralmente admitida por todos a importância do nível socioeconómico das famílias no
desempenho escolar dos alunos. A subida dos níveis de escolaridade, a par da diversificação das áreas
profissionais, na comunidade local em que a escola se insere, só poderá ter reflexos positivos na atitude
de alunos, pais e encarregados de educação face à escola e à educação.
Para além da atenção que deve ser dada à melhoria dos níveis escolares e socioeconómicos do
concelho, não deve ser negligenciado o impacto da diversidade linguística, cultural e étnica que se
começa a manifestar na Escola, nomeadamente ao nível do percurso escolar dos alunos e da cultura de
escola.
Para poder avaliar o real impacto da acção educativa da Escola, será de todo o interesse analisá-lo
a diversos níveis, como a melhoria dos comportamentos sociais, o aumento dos níveis de escolaridade e
de formação da população, o número de participantes nas actividades organizadas pela escola, o grau de
satisfação profissional dos professores ou a evolução do tecido económico local, num processo
sistemático de auto-avaliação a médio e longo prazo.
18
- Cultura aprendente e cultura de escola
Pode-se definir cultura de escola como “o ar que nela se respira”. Esse ar será tanto mais
“respirável” quanto maior for o enraizamento de hábitos de conduta e de postura de aprendizagem. A
interiorização, por todos os membros da comunidade educativa, de valores e atitudes, como o respeito
pelo outro e a importância do conhecimento, é decisiva para elevar os níveis de motivação e empenho de
alunos, professores e pessoal não docente. Estes níveis parecem já ser altos, como prova a ausência de
problemas de assiduidade.
Uma cultura de escola alicerça-se na prática de políticas inclusivas, devendo ser dada importância
tanto ao apoio socioeducativo, por exemplo, financiando as visitas de estudo dos alunos mais
carenciados, como ao apoio pedagógico dos alunos com necessidades educativas especiais e/ou
problemas de aprendizagem, promovendo o sucesso educativo através da adaptação pedagógica à
diversidade dos alunos.
Por outro lado, a construção de uma verdadeira cultura de escola poderia ser facilitada com a
conquista do estatuto de autonomia pedagógica da Escola, indispensável para atingir finalidades
educativas mais ambiciosas num futuro PEE.
Finalmente, uma cultura de escola adaptada aos seus actores só será construída em torno de uma
estratégia de formação contínua para docentes e não docentes, de acordo com as grandes metas e
objectivos do PEE, embora nunca obstaculizando os percursos de formação definidos a nível individual.
- Cultura aprendente e prática pedagógica
Os diferentes grupos e departamentos disciplinares devem estabelecer metas e objectivos ao nível
dos processos de aquisição de conhecimentos e de desenvolvimento de competências, com o objectivo
da melhoria dos resultados académicos:
- reforçando as componentes activas e experimentais na aprendizagem das diversas áreas
científicas, integrando os saberes práticos ligados às actividades profissionais;
- fomentando uma atitude positiva face ao método científico, de forma a desenvolver o gosto pela
investigação e pela aprendizagem contínua ao longo da vida;
- valorizando as dimensões culturais e sociais do conhecimento, dando atenção à dimensão artística
na construção e divulgação dos saberes;
- incrementando a dimensão artística nas actividades da Escola, bem como a qualidade gráfica e
linguística do trabalho dos alunos;
- promovendo critérios de profissionalismo, de exigência e de responsabilidade, baseados em
competências de autonomia, criatividade e capacidade crítica;
- desenvolvendo as capacidades de tratamento de informação e de utilização dos media, tanto ao
nível da leitura como da concepção.
Resumindo, a prática lectiva deve ser diversificada, assente na investigação e na utilização de
materiais media, propiciando espaços e momentos de formação integral dos alunos.
19
- Cultura aprendente e monitorização de resultados
A avaliação da evolução dos resultados escolares permitirá concluir da eficácia da cultura
aprendente instituída na Escola. Este trabalho ocorre em sede de departamento e assentará em linhas
orientadoras definidas ao nível do Conselho Pedagógico.
Os resultados da avaliação interna terão sempre como termo de comparação os resultados dos
exames nacionais, nunca perdendo de vista que partem de critérios diferentes. Tendo em atenção que a
avaliação interna integra componentes como a participação e o empenho, os trabalhos de pesquisa e um
número mais alargado de testes, bem como a oralidade nas diferentes disciplinas de línguas ou a prática
laboratorial nas ciências naturais, é natural que exista alguma diferença entre a avaliação interna e a
externa. A comparação com essa mesma diferença a nível nacional será uma forma possível de aferir o
grau de confiança na avaliação interna.
No mesmo sentido da monitorização de resultados, será de toda a conveniência a permanência da
mesma equipa de orientação vocacional durante o período de vigência do PEE, de forma a poder avaliar
os resultados de um trabalho continuado.
- Cultura aprendente e organização
A estrutura organizativa da escola pode contribuir para a institucionalização de uma cultura
aprendente. Esta estrutura deve resultar da distribuição de poderes e responsabilidades, reforçando a
auto-estima pessoal e a eficácia organizacional.
Por outro lado, a desburocratização de tarefas e procedimentos libertará o trabalho docente para a
actividade pedagógica. Neste sentido, deverá proceder-se à uniformização dos relatórios anuais (com a
introdução de itens obrigatórios e uniformizados) dos cargos de coordenadores de grupo, de
departamento, de responsáveis de actividades e clubes (à semelhança dos já existentes para os
Directores de Turma), de forma a facilitar a sua elaboração e o tratamento e análise de resultados.
- Cultura aprendente e espaço físico
Os espaços físicos onde decorrem as diferentes actividades escolares são de primordial importância
para o bem-estar físico e psicológico dos seus utilizadores. Por isso as características destes espaços
devem adaptar-se às actividades que neles decorrem, mas também aos gostos dos que neles trabalham,
promovendo uma cultura aprendente.
Partindo do princípio de que a diversidade das áreas de estudo é positiva para aumentar a riqueza
cultural da escola, parece importante que cada uma delas construa o seu espaço envolvente, adequando-
o às suas necessidades e especificidades, promovendo a diversidade na unidade da cultura de escola.
Neste sentido, a divisão dos blocos de aulas em três grandes áreas (ciências naturais, ciências
sociais e artes) poderá contribuir fortemente para que cada uma crie o seu espaço, numa afirmação da
sua importância para um conhecimento que se pretende integral, embora com características próprias e
originais.
20
2- Desenvolver o trabalho cooperativo
A cooperação entre todos os membros da comunidade educativa está na base do sucesso da
actividade escolar. No que diz respeito à cooperação no trabalho, esta pode ser vista a diversos níveis:
- Cooperação entre a classe docente
Para atenuar a prática individualista dos professores (ponto fraco identificado na análise SWOT), o
ano lectivo deve ser planificado com base no PEE e no PCE. Após a definição de linhas orientadoras pelo
Conselho Pedagógico, caberá aos Departamentos a definição de tarefas e actividades transversais.
O trabalho cooperativo de reflexão entre os professores deve ir no sentido do reforço da articulação
e da sequencialidade curricular intra e interdepartamental e da articulação pedagógica ao nível das
actividades interdisciplinares e interdepartamentais, concretizadas no PCT, a cargo dos conselhos de
turma.
- Cooperação entre e com os alunos
O trabalho em grupo pelos alunos deve merecer especial atenção. Embora respeitando a
individualidade de cada um, será útil para todos a aquisição de hábitos de trabalho em grupo que, deve
resultar num importante exercício de troca de ideias e de utilização do espírito crítico na construção de
saberes. Saber trabalhar em grupo será uma competência essencial para os alunos, quer prossigam
estudos quer se integrem numa organização de trabalho.
Por outro lado, deve ser promovida a sua consciência cívica, envolvendo os alunos na elaboração e
discussão do PEE e na programação das actividades do PAA, através da realização de pequenos
inquéritos e de reuniões com os delegados de turma, como forma de os responsabilizar pelas decisões
tomadas. A promoção de um comportamento responsável deverá incidir também em aspectos como a
preservação da limpeza dos espaços comuns e das salas de aula.
- Cooperação com os pais e encarregados de educação
Aspecto relevante para o sucesso educativo e a aquisição de uma boa atitude face à escola por
parte dos alunos é a participação dos pais e encarregados de educação na vida da escola, não só ao
nível do acompanhamento escolar dos seus educandos como também da participação nas actividades
desenvolvidas. Para garantir esta participação, será importante manter o atendimento cordial e
profissional dos directores de turma, mas também a atenção dada aos saberes tradicionais, profissionais
e académicos dos pais e encarregados de educação e das famílias em geral, que nunca (ou quase
nunca) são valorizados e tidos em conta na planificação das actividades curriculares e extracurriculares.
As modalidades de participação dos pais e encarregados de educação podem ir da presença numa
aula à participação numa actividade (como colaboradores ou espectadores) ou nas grandes decisões da
escola, quer a nível individual, das reuniões de turma ou integrados nas suas organizações próprias.
Importante é também o reforço do apoio dado aos alunos e às suas famílias na orientação
profissional durante e no final do ensino secundário, trabalho que deve estar a cargo de uma equipa de
orientação vocacional, coordenada pelo serviço de psicologia.
21
3- Desenvolver a consciência cívica
Toda a gestão pedagógica deve desenvolver-se no sentido da construção da equidade e justiça,
essencial ao desenvolvimento de uma consciência de cidadania democrática, mas também no sentido da
integração dos alunos na comunidade educativa, através da valorização e estímulo dos talentos,
capacidades e sucessos individuais, premiando os resultados académicos, o esforço, o empenho e os
comportamentos cívicos e/ou solidários, de forma pontual ou regular.
- Consciência cívica e sociedade
A escola não deve perder de vista a importância da educação para a cidadania proporcionando
visitas de estudo nacionais e internacionais, promovendo o contacto com outras realidades
socioeconómicas e culturais e desenvolvendo o conhecimento do outro e o espírito de tolerância.
A aceitação das diferenças, base de qualquer sã convivência cívica, pode também ser facilitada pela
realização de actividades multiculturais, envolvendo os alunos estrangeiros da escola e suas famílias na
divulgação da sua cultura.
Por outro lado os valores e formas de comportamento básicos da nossa sociedade radicam muitas
vezes em acontecimentos marcantes na área das descobertas científicas e dos direitos humanos e
sociais, sendo de todo o interesse para o desenvolvimento de uma consciência cívica esclarecida a
realização de eventos comemorativos desses acontecimentos.
Para o desenvolvimento da consciência cívica responsável contribuirá também, quando se justifique,
a divulgação, junto das turmas de comunicados sobre comportamentos cívicos menos correctos (como
lixo espalhado, vandalismo, violência) e sobre as regras de funcionamento da escola.
- Consciência cívica e ambiente
Numa perspectiva de que os problemas de degradação ambiental e de esgotamento de recursos
podem pôr em causa a sustentabilidade do planeta, a consciência cívica nos nossos dias não se pode
desligar do respeito pela natureza nas suas mais variadas vertentes. O facto de parte do concelho de
Odemira se encontrar integrado numa área protegida, torna essa consciência ambiental mais pertinente,
no sentido de preservar ecossistemas únicos, que são uma mais-valia para a região, nomeadamente a
nível turístico, agrícola, gastronómico e científico.
A promoção de uma consciência ecológica e ambiental poderá ser feita através de actividades e
projectos como clubes da natureza, de caminhada, de campismo e de orientação. Com o mesmo
objectivo, deverão ser equacionadas formas de colaboração com o Parque Natural do Sudoeste
Alentejano e da Costa Vicentina, nomeadamente ao nível da cedência de materiais de divulgação,
participação em eventos como colóquios e conferências e apoio aos projectos dos alunos.
Concluindo, a Escola deve assegurar formas de cultivo do respeito pelos outros e pelo ambiente, da
solidariedade e da convivência democrática, baseadas em práticas de diálogo e de tolerância em sala de
aula, promovidas através de debates na rádio, de artigos no jornal/revista e pela elaboração de jornais de
parede sobre temas concretos, quando tal se justifique.
O relacionamento entre todos os elementos da comunidade escolar deve basear-se no respeito
pelos direitos e deveres mútuos, estabelecidos no RI, e pela aceitação da autoridade democrática, o que
se obtém na prática e no exemplo quotidiano.
22
4 - Valorizar a ligação entre a Escola e a comunidade
A escola só realiza plenamente a sua missão se permanecer ligada ao meio onde está inserida, a
nível local, regional, nacional e até internacional, assim a acção educativa não parte do nada nem se
esgota em si mesma. Através do PCE e do PCT, a aplicação do currículo adequa-se às características do
meio envolvente e dos alunos.
A principal função da escola é a prestação de serviço à comunidade, tendendo esse serviço a ser
considerado como fundamental, não só a nível da qualificação académica e profissional da população,
mas também da colaboração com entidades e agentes económicos e culturais da comunidade local,
através de projectos de intervenção no âmbito de parcerias, promotores do desenvolvimento, da
preservação e da divulgação dos valores naturais e culturais da comunidade.
Neste sentido, existem já parcerias, formais ou informais, com Empresas, Universidades e outras
Instituições que têm colaborado na formação dos nossos alunos. A autarquia, as outras escolas do
concelho e os pais/EE têm sido parceiros fundamentais na ligação da Escola com o meio. Estas ligações
promovem uma partilha do saber, uma rentabilização dos recursos e uma ampliação da divulgação do
que de melhor se faz na Escola. Assim será da maior importância continuar a aprofundar parcerias,
projectos e colaborações tais como:
- com empresas (concretizando protocolos para garantir estágios profissionais e a empregabilidade
dos alunos, bem como a promoção das actividades económicas locais);
- com outras escolas do concelho (definindo modalidades de articulação curricular vertical e
projectando actividades comuns);
- com outras escolas do país e do estrangeiro (realizando intercâmbios e encontros temáticos);
- com universidades (assinando protocolos que incentivem e mobilizem os alunos, ao nível da
colaboração científica, do prosseguimento de estudos dos alunos dos cursos profissionais e das
orientações vocacionais);
- com organismos e instituições (desenvolvendo diferentes modalidades de colaboração com o
objectivo de divulgar os valores culturais e naturais, promover a actividade desportiva e a saúde);
- com a autarquia (colaborando na elaboração do projecto educativo municipal, na realização de
eventos e iniciativas culturais e no apoio à realização de visitas de estudo e de intercâmbios escolares,
sempre boas ocasiões para divulgar a região).
A participação em projectos locais, nacionais e internacionais pode ser decidida a nível individual, de
grupo de recrutamento e/ou de departamento disciplinar.
Por outro lado, para os alunos de Odemira, é essencial sair e conhecer outras realidades,
contextos culturais mais ricos ou sociedades com dinâmicas diferentes das locais. Assim, considera-se
um eixo fundamental deste projecto educativo, o aprofundamento do trabalho de ligação ao meio que se
vem fazendo na escola nos últimos anos.
Por fim, salienta-se a necessidade de uma maior visibilidade da Escola pelo que se deve
incrementar a comunicação entre a Escola e o meio envolvente.
23
IV – EIXOS DE INTERVENÇÃO
A acção educativa desenvolvida na Escola é entendida como um todo orgânico, um conjunto de
objectivos e estratégias, cuja coerência, validade e adequação devem ser avaliadas por instrumentos
claros, fiáveis e, sempre que possível, quantificáveis.
Apesar de dever ser vista como um todo, a acção educativa desenvolve-se em três eixos distintos,
mas interdependentes, tal como as grandes metas do PEE:
O primeiro – A Escola como organização – visa a integração, ou seja, possibilitar aos seus
membros uma acção concertada;
O segundo – A Escola como centro de conhecimento e formação integral – centra-se na
dupla vertente da acção educativa: a formação académica e cívica dos alunos;
O terceiro – A Escola como espaço aberto ao exterior – deriva da evidência, já referida
anteriormente, de que a acção educativa não parte do nada nem se esgota em si mesma.
24
Eixo I – A Escola Como Organização
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Promover o trabalho
autónomo dos alunos
(META 1)
- Criação de uma sala de trabalho
dos alunos
- Criação de condições para a
abertura de clubes, ateliês e salas
de estudo
- Alargamento do período de
funcionamento dos clubes, ateliês e
salas de estudo
- Elaboração pelos departamentos
curriculares de actividades de
substituição
- Construção colaborativa de uma
base de dados com documentos on
line que possa ser incluída no site
da Biblioteca e ser usada por
professores e alunos
- Formação de utilizadores na BE,
no âmbito de várias literacias e
explorando suportes diversificados
- Existência da Sala de trabalho
alunos
- Dados do relatório anual da
equipa de auto-avaliação (número
de clubes, ateliers e salas de
estudo em funcionamento)
- Dados dos relatórios dos
coordenadores dos clubes, ateliês
e salas de estudo indicando:
- Taxas de ocupação / utilização
- Grau de satisfação dos alunos
(realização periódica de
inquéritos)
- Dados dos relatórios dos
coordenadores de departamentos
- Existência da base de dados on
line
- Relatório de auto-avaliação da
BE
- Incentivar a participação
dos pais / encarregados de
educação nas actividades da
escola
(METAS 2 e 4)
- Motivar o apoio e
acompanhamento do
percurso escolar dos alunos
por parte dos pais e
encarregados de educação
(METAS 2 e 4)
- Valorização da cerimónia de
abertura do ano lectivo
- Aproveitamento de capacidades e
conhecimentos dos pais e
encarregados de educação nas
actividades promovidas pela escola
- Marcação das reuniões e das
horas de atendimento, na medida do
possível, de acordo com a
disponibilidade dos encarregados de
educação
- Comunicação aos encarregados de
educação de situações de evolução
positiva no percurso escolar dos
alunos, e não apenas de situações
problemáticas
- Índice de participação dos pais e
encarregados de educação nas
reuniões e nas actividades (dados
dos relatórios dos
responsáveis/promotores das
reuniões e actividades)
- Dados dos relatórios anuais dos
directores de turma e das
actividades realizadas
25
Eixo I – A Escola Como Organização
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Reforçar o trabalho
interdisciplinar ao nível dos
conselhos de turma e dos
departamentos
(META 2)
- Inclusão na ordem de trabalhos
dos conselhos de turma e dos
departamentos a organização de
actividades interdisciplinares
- Elaboração de horários da
disciplina da Área de Projecto do 12º
ano de diferentes agrupamentos em
horas coincidentes
- Instituição da apresentação pública
dos projectos do 12º ano e das
PAPs dos Cursos Profissionais na
semana cultural
- Elaboração de um projecto
curricular ao nível de
ano/turma/curso de escolaridade
- Constituição de uma equipa de
tratamento de informação com vista
à formação de uma base de dados
de materiais pedagógicos
- Promoção pela BE do trabalho
colaborativo entre docentes de
vários departamentos
- Dados das actas das reuniões e
relatórios dos directores de turma
e dos coordenadores de
departamento (Nº/qualidade das
actividades interdisciplinares)
- Número de participantes nas
apresentações públicas
- Grau de consecução dos PCT
(Relatório do DT)
- Inclusão de informação relativa
à base de dados do centro de
recursos no relatório da biblioteca
escolar
- Relatório de auto-avaliação da
BE
- Apoiar alunos e famílias na
orientação vocacional
(META 1)
- Promoção da oferta educativa da
escola
- Constituição de uma equipa de
orientação vocacional, coordenada
pelo serviço de psicologia
- Realização de sessões com
antigos alunos (cursos cientifico-
humanísticos e profissionais),
universitários ou no mercado de
trabalho, falando da sua experiência
- Número de alunos/turmas do 9º
ano alvo das acções de
divulgação da oferta educativa
- Inquéritos aos alunos sobre a
utilidade do serviço prestado
- Dados do relatório da equipa de
orientação vocacional
- Número de alunos participantes
nas sessões. (dados do relatório
das sessões)
26
Eixo I – A Escola Como Organização
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Reforçar a cultura de
escola
(META 1)
- Realização de projectos e
actividades de índole diversa que
reforcem o espírito de comunidade
(exemplos – jornal da escola, página
da escola, Moodle, rádio,
exposições, rali paper)
- Criação de um arquivo digital e de
materiais diversos da Escola para
manter viva a história e trazer à
memória factos importantes da sua
existência
- Realização de uma semana
cultural
- Número de projectos e
actividades e respectivo grau de
participação
- Dados dos relatórios dos
projectos e actividades realizadas
- Dados do relatório do plano
anual de actividades
- Dados relativos ao arquivo de
produção interna no relatório da
biblioteca escolar
- Dados do relatório da equipa
coordenadora da semana cultural
- Aumentar a receita da
Escola
(META 1)
- Criação de novas fontes de
recursos próprios, por exemplo,
organizando espectáculos, eventos
culturais e desportivos, edição de
livros, publicações e materiais
audiovisuais e pedagógicos
- Volume das receitas próprias da
escola
- Melhorar a comunicação e
o tratamento de dados
(METAS 1 e 2)
- Generalização da utilização da
plataforma Moodle e da utilização da
página da escola e dos clubes
- Existência de modelos
electrónicos para todos os
relatórios e formalidades
- Tornar a auto-avaliação
numa prática contínua e
progressiva
(META 1)
- Análise, tratamento e divulgação
da informação recolhida (avaliação
de actividades e resultados)
- Dados dos relatórios da equipa
de auto-avaliação
27
Eixo I – A Escola Como Organização
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Elaborar um plano de
formação da escola a cargo
do Conselho Pedagógico em
conjunto com os
agrupamentos
(META 1)
- Promover a formação dos
recursos humanos na
utilização pedagógica das
tecnologias e de novas
práticas lectivas
( META 1)
- Organização de acções de
formação em parceria com
diferentes entidades
- Promoção de acções de formação
nas áreas da literacia da TIC, da
articulação da Biblioteca com o
currículo, da informática e das
plataformas de aprendizagem e-
learning e b-learning
- Número de membros da
comunidade escolar a frequentar
acções de formação
- Estatísticas de utilização da
plataforma Moodle
Eixo II – A Escola como centro de conhecimento e formação integral
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Disponibilizar todos os
cursos cientifico-humanísticos
( META 1)
- Disponibilizar cursos
profissionais que
correspondam aos interesses
da população escolar e do
meio, de acordo com os
recursos existentes
( META 1)
- Reduzir os baixos níveis de
qualificação da população
adulta do concelho
( META 1)
- Preparação de uma exposição
dirigida às entidades superiores
sempre que não se atinja o número
mínimo de alunos para a abertura
dos cursos (envolvendo
professores, EE e autarquia)
- Elaboração de inquéritos aos
alunos sobre as suas preferências
- Promoção dos processos RVCC
de nível básico e nível secundário
(CNO)
- Promoção de cursos extra-
escolares (EFA), em particular os
de dupla certificação (UFCD) e
cursos extra-curriculares
- Abertura de todos os cursos
Cientifico-humanísticos
- Abertura, no mínimo, de um
curso profissional por ano lectivo
- Taxa de cumprimento dos
objectivos traçados em sede de
Plano Estratégico de Intervenção
do CNO
- Taxa de cumprimento dos
objectivos traçados para os
cursos EFA, UFCD e cursos
extra-curriculares
28
Eixo II – A Escola como centro de conhecimento e formação integral
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Estimular e valorizar os
sucessos individuais
(META 1)
- Incentivar a participação em
clubes e projectos
(META 1)
- Identificar talentos
/potencialidades dos alunos e
valorizar os seus saberes
extracurriculares
(META 1)
- Criação de oportunidades de
apoio às dificuldades dos alunos
- Criação de oportunidades de
desenvolvimento dos talentos dos
alunos
- Divulgação de forma alargada dos
trabalhos dos alunos
-Criação de condições para
trabalho conjunto de alunos e
professores (nos horários de
ambos)
- Números de prémios e outros
reconhecimentos obtidos pelos
alunos
- Número de publicações e
exposições de trabalhos de
alunos e professores
- Publicação de um anuário com
trabalhos de alunos e professores
- Avaliar sistematicamente os
resultados escolares
- Identificar áreas com
progressos e dificuldades na
aprendizagem
(META 1)
- Identificar factores
determinantes do sucesso e
do insucesso
(META 1)
- Tornar a avaliação dos
alunos mais transparente
(META 1)
- Manter o abandono escolar
abaixo dos 7%
(META 1)
- Elaboração de um relatório da
equipa de auto-avaliação de
acordo com o Projecto Educativo
- Actividades de promoção da
leitura
- Avaliação dos resultados das
estratégias traçadas nos conselhos
de turma (planos curriculares e
interdisciplinaridade)
- Uniformização dos
parâmetros/instrumentos de
avaliação gerais
- Apresentação prévia aos alunos
dos critérios dos diversos
instrumentos de avaliação
- Valorização da correcção oral e
escrita da língua portuguesa
- Dados do relatório da equipa
auto-avaliação
- Inclusão da correcção linguística
nos critérios de avaliação de cada
disciplina
- Levantamento estatístico de
requisições de livros na BE
- Dados das actas das reuniões
de conselho de turma,
departamentos e conselho
pedagógico
- Número de alunos que entram
no ensino superior ou que entram
no mercado de trabalho na área
para a qual se prepararam
- Percentagem de alunos que
abandonam a escolaridade em
relação com o n.º total de
inscritos, em cada ano.
29
Eixo II – A Escola como centro de conhecimento e formação integral
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Aumentar em 5% (em
relação ao ano lectivo 2009-
10) a percentagem relativa a
diversos indicadores de
sucesso educativo
(META 1)
- Aumentar em pelo menos 1
(em comparação com o ano
lectivo 2009-10) as disciplinas
que conseguem iguais ou
melhores resultados que as
médias nacionais nos
indicadores A e B relativos
aos exames nacionais do
Ensino Secundário
- Relativamente às disciplinas
cuja média dos exames a
nível de escola foi inferior à
nacional no ano 2010,
diminuir até cinco décimas a
diferença entre a média
nacional e a média a nível de
escola em relação a esse
ano.
(META 1)
- Reflexão sobre os resultados
escolares ao nível do conselho de
turma, dos departamentos e do
Conselho Pedagógico
Indicadores de sucesso educativo
a aumentar pelo menos 5%:
- Alunos que transitam de ano
sem classificações inferiores a 10
(cursos científico-humanísticos)
- Alunos que terminam o ano sem
módulos em atraso (cursos
profissionais)
- Alunos com média final igual ou
superior a 14 valores
- Alunos que iniciam o seu
processo de RVCC e o concluem
Indicadores relativos aos exames
nacionais:
A - Número de disciplinas sujeitas
a exame nacional (com mais de 5
alunos internos a fazer exame na
escola) que consegue média igual
ou superior à nacional.
B - Número de disciplinas (com
mais de 5 alunos internos a fazer
exame na escola) cujo valor de
CI-CE é igual ou inferior à média
nacional.
C – Número de disciplinas que
conseguiu diminuir em pelo
menos cinco décimas (média dos
3 anos de vigência deste PEE) as
diferenças entre a média nacional
e a média do mesmo exame a
nível de escola. (universo:
disciplinas que, no ano 2010,
obtiveram média inferior à
nacional e com mais de 5 alunos
internos a realizar exame)
30
Eixo II – A Escola como centro de conhecimento e formação integral
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Fomentar o espírito de
tolerância e respeito pelos
outros
(META 3)
- Realização de actividades
multiculturais
- Comemoração de acontecimentos
marcantes na área dos direitos
humanos e do respeito pela
diferença
- Número de participantes nas
diferentes actividades
- Número de iniciativas por ano no
âmbito dos direitos humanos e
respeito pela diferença
- Continuar a promover
comportamentos e atitudes no
âmbito da educação para a
saúde, incluindo a educação
sexual
(META 3)
- Aprofundar a parceria entre
o Centro de Saúde de
Odemira e o Clube da Saúde
(META 3)
- Dinamização de acções
informativas e formativas no
desenvolvimento de áreas
curriculares e extracurriculares
- Reactivação das sessões de
atendimento regulares pelas
técnicas do Centro de Saúde
- Dados do relatório do
coordenador do Clube da Saúde
- Número de alunos que
frequentam as sessões
- Tornar a escola num espaço
mais sustentável do ponto de
vista ambiental.
(META 3)
- Promoção de campanhas de
sensibilização da importância
ambiental da reciclagem.
- Sensibilização para a
preservação de espaços limpos e a
conservação de materiais e
equipamentos, desenvolvendo a
consciência cívica.
- Sensibilização para a importância
da utilização racional da energia e
da água
- Taxa de participação em
campanhas de defesa ambiental
- Relatórios das actividades
- Quantidade e qualidade da
utilização dos ecopontos
existentes no recinto escolar;
diminuição do lixo deixado fora
dos locais próprios (inquérito às
funcionárias)
31
Eixo II – A Escola como centro de conhecimento e formação integral
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Valorizar a sexualidade, a
afectividade e o respeito pela
diferença no desenvolvimento
individual respeitando o
pluralismo das concepções
existentes na comunidade
escolar e local e promovendo
a igualdade entre as pessoas
e os valores da tolerância
- Promover projectos, acções
e actividades que contribuam
para desenvolver nos jovens
competências que permitam
escolhas informadas e
seguras, nomeadamente no
campo da sexualidade,
reduzam as consequências
negativas dos
comportamentos de risco e
protejam os jovens de todas
as formas de violência,
exploração e abusos sexuais
- Elaboração e desenvolvimento
dos projectos de educação sexual
das turmas em articulação com a
Equipa de Educação para a Saúde
Dados dos relatórios de execução
dos projectos de educação sexual
das turmas
32
Eixo III - A Escola como espaço aberto ao exterior
Objectivos operacionais Estratégias Indicadores
- Desenvolver actividades e
projectos com entidades a
nível local, regional,
nacional e até internacional
(META 4)
- Colaborar com a autarquia
visando uma articulação dos
diferentes níveis de ensino
(META 4)
- Definição de parcerias e protocolos
que promovam a partilha de recursos
humanos e materiais
- Manutenção dos convites dirigidos a
instituições e empresas para tutoria
dos projectos dos alunos
- Adesão maior às constantes
propostas que chegam à escola:
concursos, dias abertos, programas
de intercâmbio, campeonatos,
olimpíadas
- Grau de satisfação com os
resultados das parcerias ou
protocolos assinados pela Escola
(inquérito / relatório)
- Número de iniciativas a que a
escola adere em cada ano lectivo
(dados dos relatórios)
- Resultados alcançados por
essas participações (dados dos
relatórios)
- Promover iniciativas que
envolvam a saída dos
alunos do seu contexto
cultural e social
(METAS 1 e 4)
- Realização de visitas de estudo e
intercâmbios.
- Número de visitas e
intercâmbios (dados dos
relatórios)
- Resultados alcançados por
essas actividades (dados dos
relatórios)
- Aprofundar o trabalho
conjunto com os
agrupamentos do concelho
(META 2)
- Desenvolvimento de iniciativas
conjuntas com os outros
agrupamentos do concelho
- Organização de encontros entre
professores das mesmas áreas para
discussão de problemas comuns
- Número de acções
desenvolvidas
- Resultados dos projectos e
encontros (dados dos relatórios/
actas)
- Promover a ligação com
toda a comunidade escolar
e entre esta e o meio
envolvente.
(META 4)
-Produção e realização de emissões
regulares da Rádio escolar;
-Edição de uma revista digital de
carácter cultural
- Realização de actividades que
integrem a comunidade e a vinda de
elementos de diversas áreas
profissionais exteriores à escola
- Divulgação de trabalhos realizados
pela Comunidade Escolar
- Dados dos relatórios dos
responsáveis pelas actividades
- Número e tipo de colaboradores
e participantes nas emissões da
rádio e nas actualizações da
revista cultural;