Programa Técnicas de Acolhimento e Animação

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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO Técnico de Turismo Ambiental e Rural P P R R O O G G R R A A M M A A Componente de Formação Técnica Disciplina de T T é é c c n n i i c c a a s s d d e e A A c c o o l l h h i i m m e e n n t t o o e e A A n n i i m m a a ç ç ã ã o o Autores E. Prof. de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Ponte de Lima Cristina Mendes Escola Profissional Agrícola Conde S. Bento Ana Margarida Costa Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes Anabela Reis Direcção-Geral de Formação Vocacional 2006 / 2007

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CURSOS PROFISSIONAIS DE NÍVEL SECUNDÁRIO

Técnico de Turismo Ambiental e Rural

PPRROOGGRRAAMMAA

Componente de Formação Técnica

Disciplina de

TTééccnniiccaass ddee AAccoollhhiimmeennttoo ee

AAnniimmaaççããoo

AAuuttoorreess EE.. PPrrooff.. ddee AAggrriiccuullttuurraa ee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo RRuurraall ddee PPoonnttee ddee LLiimmaa CCrriissttiinnaa MMeennddeess EEssccoollaa PPrrooffiissssiioonnaall AAggrrííccoollaa CCoonnddee SS.. BBeennttoo AAnnaa MMaarrggaarriiddaa CCoossttaa EEssccoollaa PPrrooffiissssiioonnaall ddee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo RRuurraall ddee AAbbrraanntteess AAnnaabbeellaa RReeiiss

Direcção-Geral de Formação Vocacional 2006 / 2007

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

1

Parte I

OOrrggâânniiccaa GGeerraall

Índice: PPáággiinnaa

1. Caracterização da Disciplina ……. ……. … 2

2. Visão Geral do Programa …………. …...... 2

3. Competências a Desenvolver. ………. …. 2

4. Orientações Metodológicas / Avaliação …. 2

5. Elenco Modular …….....………………........ 3

6. Bibliografia …………………. …………. …. 3

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

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1. Caracterização da Disciplina

A disciplina de Técnicas de Acolhimento e Animação integra-se na componente de Formação

Técnica do Curso Profissional de Turismo Ambiental e Rural (nível III).

Deve proporcionar aos formandos um conjunto de conhecimentos teóricos e práticos ao nível das

ciências humanas. Pretende-se, com esta disciplina, que os formandos adquiram formas de

actuação e modos de estar profissionais, que os habilitem a funcionar em Espaço Rural acolhendo

clientes, num modelo de dinâmica de grupo promovendo atitudes de interacção.

2. Visão Geral do Programa

A disciplina de Técnicas de Acolhimento e Animação tem uma carga horária de 283 horas

distribuídas por 12 módulos. Sugere-se que estes módulos sejam leccionados no decorrer dos três

anos do ciclo de formação.

3. Competências a Desenvolver

� Dominar técnicas de acolhimento e atendimento do cliente (presenciais e telefónicas);

� Adequar as técnicas de atendimento aos diversos tipos de clientes, visando garantir um serviço de qualidade e a satisfação do cliente;

� Fazer despoletar os procedimentos adequados face a uma reclamação;

� Planear e organizar a oferta turística complementar de um território;

� Delinear projectos inovadores;

� Dinamizar recursos turísticos de interesse regional;

� Conhecer a constituição legal e organizacional de uma empresa do sector;

� Colaborar na definição de estratégias promocionais de actividades de animação.

4. Orientações Metodológicas / Avaliação

Os temas a abordar nos módulos desta disciplina serão ministrados com recurso a meios

diversificados, nomeadamente, aos meios audiovisuais adequados, através de métodos activos.

Assim, deverão ser realizados trabalhos práticos individuais e/ou em grupo, privilegiando o contacto

com o mundo do trabalho através de visitas de estudo, das quais os alunos devem realizar sempre

os respectivos relatórios.

Dever-se-ão privilegiar exercícios de simulação/casos-amostra, promover actividades de interacção

grupal que evidenciem competências de serviço e de contacto com o cliente, orientar a análise de

situações reais ou simuladas de prestação de serviços turísticos, a implementação de projectos de

animação, e a definição de estratégias de marketing e publicidade das actividades de animação.

A avaliação da disciplina deverá ser formativa e sumativa, baseando-se a primeira em fichas na fase

intermédia de cada módulo e a segunda em fichas sumativas no final de cada módulo. Por outro

lado, devem avaliar-se as tarefas práticas e/ou as restantes actividades que o professor proponha,

quer ao nível do processo, quer do produto.

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

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5. Elenco Modular

Número Designação

Duração de

referência (horas)

1 Comunicação e Relacionamento Interpessoal 36

2 Motivação Humana 18

3 Técnicas de Atendimento 27

4 Etiqueta e Protocolo 21

5 Sociologia do Lazer 21

6 Animação Turística 21

7 Tipos de Animação e sua Dinamização 18

8 Técnicas de Animação 30

9 Normas de Segurança no Turismo 18

10 Potencialidades da Região para a Animação 21

11 Planeamento e Organização de Projectos de Animação 21

12 Dinamização e Condução de Actividades de Animação em Contexto Turístico 31

6. Bibliografia

ADAMS, L. (1993), Communication Efficace. Toronto: Le Jour Editor.

ANDER-EGG, E. (1986), Metodologia y Practica de la Animación Socio Cultural. Buenos Aires: Humanitas.

ANDER-EGG, E. (1993), Como Elaborar un Proyecto. Santo Isidro: ICSA Ed.

ARAÚJO, J. (1986), Guia do Animador Desportivo. Lisboa: Editorial Caminho.

Associação Portuguesa de Management (2001), Turismo em Espaço Rural. Porto: Vida Económica.

ASTI VERA, A. (1983), Metodologia da Investigação Científica. Porto Alegre: Editora Globo.

ATKINSON, J. W. (1983), Personality, Motivation and Action. New York: P. Publishers.

AZEVEDO, C. A. M.; AZEVEDO, A. G. (2004), Metodologia Científica. Contributos Práticos para a Elaboração de Trabalhos Académicos. 7.ª edição. Lisboa: UCE.

BARROS, A. J. P.; LEHFELD, N. A. S.(1986), Fundamentos de Metodologia: Um guia para a iniciação científica. São Paulo: McGraw-Hill.

BELL, J. (1997), Como Realizar um Projecto de Investigação. Um guia para a pesquisa em Ciências Sociais e da Educação. Lisboa: Gradiva.

BRAUDILLARD, J. (1981), A Sociedade de Consumo. Lisboa: Edições 70.

BRITO, P. A. (1991-1992), “A Animação Desportiva nos Espaços Urbanos Tradicionais”. in Revista Horizonte, Volume VIII, nº46, Dezembro/Janeiro.

CARDIM, L. F.; COUNHAGO, A. (1992), Segurança, Higiene e Saúde no Local de Trabalho. Lisboa: IEFP

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

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CARVALHO, J. G. (1979), Teoria da Linguagem. Coimbra: Atlântida.

CASTELLS, M., (1998), La Societé en Réseaux. L’ire de l’informatizou. Paris: Fadar.

CORBIN, A. (1995), L’Avènement des Loisirs, 1850-1960. Paris: Aubier.

CUNHA, L. (1997), Introdução ao Turismo. Lisboa: McGraw-Hill.

DE GRAZIA, S. (1994), Of Time, Work and Leisure. New York: Vintage.

DELAIRE, G. (1984), Commander ou Motiver. Paris: Ed. D´Organisation.

DUMAZEDIER, J. (1974), Sociologie Empirique du Loisir. Paris: Seuil.

ECO, U. (1982), Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. Lisboa: Editorial Presença.

FACHADA, M. O. (1991), Psicologia das Relações Interpessoais. Lisboa: Edições Rumo.

FERREIRA, M. A., “Subsídios para uma Teoria de Animação Turística” in Economia & Prospectiva – Turismo, Uma actividade estratégica, Ministério da Economia, Volume I, n.º4, Lisboa, 1998, pp. 101-112.

FRAGATA, J. (1973), Noções de Metodologia para a Elaboração de um Trabalho Científico. Porto: Livraria Tavares Martins.

HARVEY, O. J. (1963), Motivation and Social Interaction. New York : The Ronald Press Company.

LARRAZÁBAL, M. S.; CEBALLOS, P. L. (1998), Formácion de Animadores y Dinámicas de la Animación. 2.ª ed. Madrid: Ed. Popular.

LEVY-LEBOYER, C. (1984), La Crise de Motivations. Paris: PUF.

MACCIO, C. (1969), Animação de Grupos. Lisboa: Moraes Editores.

PAVESE, M. A. (1991), Metodologia da Animação. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana.

QUARESMA, L. (1997) O Lazer e as Actividades Desportivas no Turismo – Caracterização da Animação Turístico-Desportiva em Espaços Naturais no Eixo de Cidades “Vila Real – Régua – Lamego”. Tese de Mestrado FCDEF. Porto: Universidade do Porto.

QUÍLEZ, M. P. (1997), Actividades Físico-Deportivas en la Naturaleza. Madrid: Gymnos Editorial.

QUINTAS, S.; CASTAÑO, S. (1998), Construir la Animación Sociocultural. Salamanca: Amarú Ediciones.

QUINTAS, S. F.; CASTAÑO, M. A. S. (1998), Animación Sócio-Cultural, Nuevos Enfoques. Salamanca: Amarú Ediciones.

QUIVY, R.; CAMPENHOUDT, L. (1992), Manual de Investigação em Ciências Sociais, Lisboa: Gradiva.

REIS, A. V. (2001), Sebenta da Disciplina de Animação Turística. Lisboa: ISPI.

RODRIGUES, A. D. (1990), Estratégias da Comunicação. Lisboa: Ed. Presença.

RODRIGUES, H. (1997), Animação, Metodologia e Implementação. Faro: Universidade do Algarve.

SILVA, A. S; PINTO, J. M., (org.) (1986), Metodologia das Ciências Sociais. 6.ª ed. Porto: Afrontamento.

SOUSA, G. V. (1998), Metodologia da Investigação, Redacção e Apresentação de Trabalhos Científicos. Porto: Livraria Civilização Editora.

TRILLA, J. (1998), Animación Sociocultural. Teorias, programas y ámbitos. Barcelona: Ariel Educación.

TORKILDSEN, G. (1992), Leisure and Recreation Management. 3 rd ed. London: E & FN Spon.

UCAR, X. (1992), La Animación Sociocultural. Barcelona: Ediciones CEAC.

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

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VALERIE, P.; JONES, C. (1998), Manual de Operações de Alojamento na Hotelaria. Mem Martins: Edições CETOP D. L.

VALLS, J. F. (2004), Gestión de Empresas de Turismo y Ocio: El Arte de Provocar la Satisfacción. Barcelona: ESADE.

VEAL, A. J. (1987), Leisure and the Future. London: Allen & Unwin.

VEBLEN, T. (1978), Théorie de la Classe de Loisir. Paris: Gallimard.

WATT, D. C. (1998), Event Management in Leisure and Tourism. New York: Longman Ltd.

WOLF, M. (1987), Teorias da Comunicação. Lisboa: Ed. Presença.

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

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Parte II

MMóódduullooss

Índice: Página

Módulo 1 Comunicação e Relacionamento Interpessoal 7

Módulo 2 Motivação Humana 10

Módulo 3 Técnicas de Atendimento 12

Módulo 4 Etiqueta e Protocolo 14

Módulo 5 Sociologia do Lazer 16

Módulo 6 Animação Turística 18

Módulo 7 Tipos de Animação e sua Dinamização 20

Módulo 8 Técnicas de Animação 22

Módulo 9 Normas de Segurança no Turismo 24

Módulo 10 Potencialidades da Região para a Animação 26

Módulo 11 Planeamento e Organização de Projectos de Animação 28

Módulo 12 Dinamização e Condução de Actividades de Animação em Contexto Turístico

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

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MÓDULO 1

Duração de Referência: 36 horas

1. Apresentação

O presente módulo visa constituir uma base conceptual introdutória no sentido de consciencializar

os alunos para o facto de a Comunicação constituir uma competência que deve ser

progressivamente desenvolvida, no sentido de promover relações interpessoais verdadeiras e

autênticas.

Pretende-se, assim, proporcionar um conjunto de saberes/competências que sensibilizem os alunos

para a importância das Relações Interpessoais como factor de promoção e desenvolvimento do ser

humano enquanto ser social e relacional.

Este módulo visa facilitar e ajudar na auto-formação e auto-desenvolvimento dos alunos, bem como

sensibilizar para a importância do indivíduo na interacção e para identificar em que medida o seu

êxito ou fracasso profissional depende do modo de comunicar e de agir nessa relação. Partindo de

uma abordagem global, pretende-se direccionar estes conteúdos para contextos turísticos

específicos, sobretudo, no que concerne à comunicação com o cliente.

Coloca-se, ainda, aos docentes o desafio de lançarem as bases para o início de construção do

portefólio como um instrumento privilegiado ao serviço da autoavaliação e da co-avaliação, no

âmbito do qual se encontram definidas as metas e as competências estabelecidas pelo aluno, a sua

reflexão sobre os desafios, as suas lacunas, as suas produções, a sua análise e interpretação dos

erros. Entende-se que o portefólio se deve afirmar como uma plataforma de comunicação entre a

Escola, alunos, docentes e encarregados de educação.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Identificar e desenvolver competências comunicativas com o cliente;

� Reconhecer a importância das dimensões verbal e não verbal da linguagem dentro de um sistema social;

� Reconhecer e analisar a importância do comportamento no processo de comunicação e no relacionamento interpessoal;

� Comunicar de forma clara estando atento à postura profissional;

� Reconhecer a emergência do sujeito psicológico como produto da relação interpessoal;

� Identificar e caracterizar as diferentes orientações ou estilos de relacionamento interpessoal, evidenciando as vantagens do estilo afirmativo (assertivo);

� Identificar factores potenciadores de equilíbrio grupal;

Comunicação e Relacionamento Interpessoal

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Módulo 1: Comunicação e Relacionamento Interpessoal

� Iniciar o processo de construção do portefólio de cada formando no sentido de:

• Co-responsabilizar o aluno pela sua aprendizagem;

• Conceber um instrumento de auto e hetero-avaliação;

• Avaliar a prossecução dos objectivos do currículo com base em diversos critérios e registo de desempenhos;

• Ilustrar as competências do formando.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Função da comunicação na empresa

1.1. Processo e etapas da Comunicação

1.2. Atitudes de comunicação e seus efeitos junto do cliente

1.3. Barreiras à Comunicação

1.4. Saber ouvir e saber falar

2. Linguagem verbal e não verbal

3. Comportamentos fundamentais para uma comunicação eficaz

4. Atitudes pessoais visando uma eficaz comunicação com o cliente

5. As relações interpessoais como factor de desenvolvimento do indivíduo

6. Factores que afectam a qualidade das relações interpessoais

7. Estilos de comunicação no relacionamento Interpessoal

8. Tipologia de personalidades: Identificação das necessidades dos clientes

9. Assertividade: A Comunicação persuasiva

9.1. Superação de ansiedade e tensões

9.2. Argumentação e persuasão

9.3. Simulações e treino comportamental

10. Técnicas de Comunicação com grupos

11. Construção e funções de um Portefólio

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Módulo 1: Comunicação e Relacionamento Interpessoal

4. Bibliografia / Outros Recursos

ADAMS, L. (1993), Communication Efficace. Toronto: Le Jour Editor.

ARGYLE, M. (1976), A Interacção Social. Rio Janeiro: Zahar Ed.

CARVALHO, J. G. (1979), Teoria da Linguagem. Coimbra: Atlântida.

FACHADA, M. O. (1991), Psicologia das Relações Interpessoais. Lisboa: Edições Rumo.

GAHAGAN, J. (1980), Comportamento Interpessoal e de Grupo. Rio Janeiro: Zahar Ed.

KRUGER, H. (1986), Introdução à Psicologia Social. S. Paulo: E.P.U.

LEYENS, J. P. (1988), Psicologia Social. Lisboa: Edições 70.

RODRIGUES, A. D. (1990), Estratégias da Comunicação: Questão comunicacional e formas de sociabilidade. Lisboa: Editorial Presença.

WOLF, M. (1987), Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença.

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MÓDULO 2

Duração de Referência: 18 horas

1. Apresentação

Com este módulo pretende-se que os alunos reconheçam a importância dos processos emocionais

e motivacionais no comportamento do ser humano. Direcciona-se no sentido de os sensibilizar para

a importância da motivação dos profissionais (clientes internos), reflectindo-se directamente na

qualidade dos serviços prestados aos clientes externos (turistas). Afinal, os recursos humanos

constituem o principal capital de uma organização, sobretudo, na área do Turismo revestida de

especificidades que a tornam mais vulnerável em termos de relações interpessoais e atendimento

personalizado.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Reconhecer a importância da motivação como factor mobilizador do comportamento profissional;

� Identificar as principais teorias da motivação;

� Tomar conhecimento da teoria de Maslow e reconhecer a sua adaptação ao comportamento profissional;

� Evidenciar a importância das forças motivacionais da conduta e do desempenho;

� Reconhecer o conceito de autoavaliação como forma de optimizar o desempenho de tarefas;

� Relacionar a motivação com a abordagem positiva do trabalho;

� Relacionar a motivação dos clientes internos com a satisfação dos clientes externos.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Conceito de motivação

2. Ciclo Motivacional: Carência, necessidade, satisfação

3. Pirâmide das necessidades humanas

4. Condições psicológicas susceptíveis de influenciar negativamente o comportamento

5. Comportamentos mobilizadores de motivação

6. Motivação: Satisfação clientes internos versus clientes externos

Motivação Humana

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Módulo 2: Motivação Humana

4. Bibliografia / Outros Recursos

ATKINSON, J. W. (1983), Personality, Motivation and Action. New York: P. Publishers.

DELAIRE, Guy (1984), Commander ou Motiver. Paris: Ed. d´Organisation.

HARVEY,O. J. (1963), Motivation and Social Interaction. New York: The Ronald Press Company.

LEVY-LEBOYER, C. (1984), La Crise de Motivations. Paris: PUF.

MURRAY, E. J. (1983), Motivação e Emoção. 5.ª ed. Rio de Janeiro: Zahar Ed.

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

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MÓDULO 3

Duração de Referência: 27 horas

1. Apresentação

O presente módulo visa consciencializar os alunos para o facto de a qualidade do serviço estar,

profundamente e inevitavelmente, ligada à qualidade do desempenho profissional. Assim, o

acolhimento desempenha um papel fundamental afirmando-se como diferencial competitivo: garantir

o cliente do amanhã. O profissional do atendimento tem, neste sentido, uma enorme

responsabilidade sobre a satisfação do cliente. Pretende-se que os alunos adquiram e desenvolvam

competências fundamentais no âmbito do atendimento personalizado. Pretende-se, ainda,

humanizar as reclamações e apresentá-las como uma oportunidade para testar a eficiência dos

serviços no sentido de uma melhoria contínua.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Reconhecer a amplitude e pertinência da aplicabilidade do conceito de qualidade à actividade turística;

� Identificar as componentes e a importância de um serviço de qualidade;

� Reconhecer a organização que presta serviços de melhor qualidade;

� Identificar a organização como um sistema aberto;

� Reconhecer a importância do atendimento na imagem da organização;

� Reconhecer o papel do atendedor como profissional de qualidade;

� Identificar e aplicar a situações reais ou simuladas as fases do atendimento personalizado;

� Enumerar e utilizar as regras do atendimento personalizado;

� Aplicar técnicas verbais e visuais no âmbito do atendimento face-a-face;

� Utilizar técnicas do atendimento telefónico no âmbito das suas aplicações: Recepção e emissão de chamadas;

� Aplicar procedimentos adequados numa situação de reclamação: Escutar, mostrar compreensão, fazer as perguntas correctas, optar por uma determinada actuação e verificar a sua realização;

� Reconhecer as reclamações como uma oportunidade para melhorar o serviço e para fidelizar clientes.

Técnicas de Atendimento

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Módulo 3: Técnicas de Atendimento

3. Âmbito dos Conteúdos

1. A qualidade do acolhimento

2. O atendedor e a imagem da organização

3. O atendedor como profissional

4. Fases do atendimento

5. Atendimento personalizado

5.1. O atendimento face a face

5.2. O atendimento telefónico

6. Atendimento em unidades de turismo rural

7. A reclamação e a qualidade total

4. Bibliografia / Outros Recursos

VALERIE, P.; JONES, C. (1990), Manual de Operações de Alojamento na Hotelaria. Mem Martins : Edições CETOP D. L.

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MÓDULO 4

Duração de Referência: 21horas

1. Apresentação

O presente módulo pretende sensibilizar os alunos para as questões relacionadas com a Etiqueta e

Protocolo, promovendo a aquisição e o desenvolvimento de novos conhecimentos/ competências

que lhes permitam dominar as regras do convívio social e mobilizá-las na sua prática quotidiana.

Sugere-se, como produto final, a organização e operacionalização de um evento que proporcione a

aplicação prática das regras de etiqueta e protocolo.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Identificar as regras de Etiqueta e Protocolo

� Aplicar as regras básicas de convívio social, habitualmente, designadas por etiqueta que devem pautar as relações interpessoais;

� Reconhecer o protocolo como uma linguagem universal facilitadora de relações interpessoais;

� Aplicar o protocolo de modo a gerir a comunicação entre e com os vários públicos;

� Aplicar normas protocolares na relação com o cliente direccionadas para contextos turísticos específicos.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Normas protocolares

2. Protocolo social e protocolo de estado

3. Protocolo empresarial

4. Forma de estar e aparência

5. Apresentações e cumprimentos

6. Precedências / Formas de tratamento

7. Bandeiras

8. Etiqueta nas relações interpessoais

9. Protocolo à mesa

10. Convites / Cartões de Visita / Eventos de Carácter Profissional

Etiqueta e Protocolo

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Módulo 4: Etiqueta e Protocolo

4. Bibliografia / Outros Recursos

ANDRADE, E. (1999), Gestos de Cortesia Etiqueta Protocolo. 6.ª ed. Lisboa: Texto Editora.

GIÃO, A. S. (1992), Etiqueta e Boas Maneiras: A Arte de Viver em Sociedade. Lisboa: Edições 70.

MARCHESI, M. R. (1994), O Livro do Protocolo. Lisboa: Editorial Presença.

TEIXEIRA, M. P. (1993), Protocolo Empresarial. Lisboa: AIP - Associação Industrial Portuguesa.

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MÓDULO 5

Duração de Referência: 21 horas

1. Apresentação

O presente módulo pretende (re)actualizar conceitos que permitam perscrutar a senda das viagens

e a forma como os conceitos de tempo e de tempo livre foram evoluindo desde tempos longínquos.

O objectivo é conhecermos mais de perto a motivação (quase inata) do movimento que marcou os

povos ao longo das diversas civilizações, constituindo as bases para a compreensão do Lazer e do

Turismo, como fenómeno actual que marca a sociedade de hoje.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Explicitar algumas definições e conceitos no âmbito das teorias sócio culturais do lazer;

� Identificar as principais características do lazer:

• Na Idade Clássica;

• Na Idade Média;

• Na Idade Moderna.

� Precisar os factores que conduziram à institucionalização social do lazer;

� Correlacionar lazer e classes sociais;

� Reconhecer a relação trabalho/lazer nos debates contemporâneos;

� Reconhecer o binómio lazer e turismo.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Tempo e tempo livre

2. Definição de conceitos

2.1. Tempo: Biofísico / de trabalho

2.2. Tempo livre: Constrangido / de lazer

2.3. Lazer

2.4. Ócio

Sociologia do Lazer

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Módulo 5: Sociologia do Lazer

3. Evolução histórica dos conceitos

3.1. Tempo livre, lazer e trabalho

3.1.1. Na Antiguidade Clássica

3.1.2. No Cristianismo

3.1.3. Na Idade Média

3.1.4. No Renascimento

3.1.5. Após a Revolução Francesa

4. Abordagem sociológica do lazer

4.1. Antecedentes do estudo sociológico do lazer

4.2. A civilização do lazer e do ócio

4.3. O Turismo como actividade de ócio

4.3.1. Importância do lazer nas sociedades actuais

5. Regulação das relações de lazer nas sociedades capitalistas

6. Teses marxistas sobre o lazer

7. Centralidade do lazer e do ócio na Pós-Modernidade

8. Construção social das necessidades de lazer

9. Organização social do lazer

9.1. Uso dos tempos livres, actividades de lazer e práticas culturais da população portuguesa

4. Bibliografia / Outros Recursos

BRAUDILLARD, J. (1981), A Sociedade de Consumo. Lisboa: Edições 70.

CASTELLS, M. (1998), La Societé en Réseaux. L’ére de l’information. Paris: Fayard.

CORBIN, A. (1995), L’Avènement des Loisirs, 1850-1960. Paris: Aubier.

CUNHA, L. (1997), Introdução ao Turismo. Lisboa: McGraw-Hill.

DE GRAZIA, S. (1994), Of Time, Work and Leisure. New York: Vintage.

DUMAZEDIER, J. (1974), Sociologie Empirique du Loisir. Paris: Seuil.

VEAL, A. J. (1987), Leisure and the Future. London: Allen & Unwin.

VEBLEN, T. (1978), Théorie de la Classe de Loisir. Paris: Gallimard.

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MÓDULO 6

Duração de Referência: 21 horas

1. Apresentação

Este módulo é uma introdução ao tema que pretende fornecer ao aluno uma visão genérica das

possibilidades da animação turística, como uma área de actuação composta por um conjunto de

actividades que permitem ao turista usufruir de uma forma mais plena uma determinada experiência

turística, concedendo aos destinos turísticos um maior sucesso e vitalidade. O agente da animação

– Animador Turístico – é apresentado como uma figura incontornável dos tempos modernos, capaz

de motivar novas sensações no âmbito de uma animação cada vez mais participada, que se afirma

cada vez mais como a “ponte” entre os turistas e os recursos locais.

Considerando o carácter multidisciplinar e integrador deste módulo, sugere-se que se privilegiem e

actualizem conhecimentos de outras disciplinas, nomeadamente, no âmbito da legislação turística e

da rede nacional de áreas protegidas, com vista ao planeamento e à implementação de projectos de

animação previstos em módulos subsequentes.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Identificar a evolução histórica da Animação Turística;

� Precisar um conceito de Animação Turística;

� Reconhecer a interdependência entre o Turismo e a Animação;

� Interpretar e aplicar o enquadramento legal da Animação Turística a casos concretos;

� Identificar e explicitar as diferentes modalidades de Animação Turística previstas nas áreas protegidas;

� Definir o perfil adequado do profissional da Animação;

� Distinguir as funções do animador: Animador gestor, animador técnico, animador polivalente.

Animação Turística

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Módulo 6: Animação Turística

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Animação Turística

1.1. Conceitos

1.2. Objectivos

1.3. Vantagens económicas

1.4. Evolução histórica

1.4.1. As origens da animação turística na Europa

1.4.2. Os contornos da animação turística em Portugal

2. Enquadramento Legal

2.1. Empresa de Animação Turística

2.1.1. Conceito

2.1.2. Actividades próprias

2.1.3. Actividades acessórias

2.1.4. Requisitos principais

2.1.5. Processo de licenciamento

3. A Animação Turística no âmbito do turismo de natureza

3.1. Enquadramento geral

3.2. Modalidades de animação

4. O Animador Turístico

4.1. Estatuto

4.2. Perfil do animador

4.3. Características gerais

4.4. Características específicas

5. Funções do animador

5.1. Animador chefe

5.2. Animador gestor

5.3. Animador polivalente

5.4. Animador técnico

4. Bibliografia / Outros Recursos

FERREIRA, M. A., “Subsídios para uma Teoria de Animação Turística” in Economia & Prospectiva – Turismo, Uma actividade estratégica, Ministério da Economia, Volume I, n.º4, Lisboa, 1998, pp. 101-112.

LARRAZÁBAL, M. S.; CEBALLOS, P. L. (1998), Formación de animadores y dinámicas de la animación. 2.ª ed. Madrid: Ed. Popular.

TORKILDSEN, G. (1992), Leisure and Recreation Management. 3 rd ed. London: E & FN Spon.

WATT, D. C. (1998), Event Management in Leisure and Tourism. New York: Longman Ltd.

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

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MÓDULO 7

Duração de Referência: 18 horas

1. Apresentação

O presente módulo visa complementar o anterior, privilegiando os tipos de Animação mais utilizados

ou com maior potencial de utilização no âmbito dos diferentes espaços geo-culturais.

Este módulo pretende dar a conhecer aos alunos a diversidade de actividades de animação

turística, a sua aplicabilidade a cada situação, considerando os objectivos, destinatários,

estratégias, e os respectivos requisitos humanos e materiais necessários para a sua (futura)

implementação.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Identificar os vários tipos de animação;

� Contextualizar a animação sociocultural na sociedade actual;

� Fundamentar o exercício da animação sociocultural numa perspectiva humanista e educativa;

� Reconhecer as novas tendências e âmbitos emergentes da animação sociocultural;

� Proporcionar a integração social e a dinamização sociocultural num contexto de ocupação dos tempos livres;

� Avaliar os recursos locais susceptíveis de integração no âmbito da animação sociocultural;

� Encontrar múltiplas alternativas na utilização de novas técnicas e materiais, nomeadamente para o desenvolvimento de actividades desportivas.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Animação sociocultural

1.1. Enquadramento

1.2. Objectivos

1.3. Atracções de apoio

1.4. Atracções culturais

1.4.1. Museus

1.4.2. Fundações

1.4.3. Monumentos

Tipos de Animação e sua Dinamização

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Módulo 7: Tipos de Animação e sua Dinamização

1.5. Atracções naturais

1.5.1. Pedestrianismo

1.5.2. Safaris fotográficos

1.5.3. Turismo activo

1.6. Atracções etnográficas

1.6.1. Festas / Romarias

1.6.2. Eventos de carácter tradicional

1.7. Atracções de lazer

1.7.1. Parques temáticos

1.7.2. Casinos

1.7.3. Jardins zoológicos

2. Animação desportiva

2.1. Três elementos essenciais: Terra, ar e água

2.2. Classificação

2.3. Torneios e campeonatos

2.4. Jogos de animação

2.4.1. Jogos de memória

2.4.2. Jogos de pesquisa

2.4.3. Jogos de orientação

2.4.4. Jogos de expressão dramática e corporal

2.5. Infra-estruturas e equipamentos de animação desportiva

4. Bibliografia / Outros Recursos

ANDER-EGG, E. (1986), Metodologia y Practica de la Animación Socio Cultural. Buenos Aires: Humanitas.

ARAÚJO, J. (1986), Guia do Animador Desportivo. Lisboa: Editorial Caminho.

BRITO, A. P. (1991/92), “A Animação Desportiva nos Espaços Urbanos Tradicionais” in Revista Horizonte, Volume VIII, nº46, Dezembro/Janeiro.

MACCIO, C. (1969), Animação de Grupos. Lisboa: Moraes Editores.

QUARESMA, L. (1997) O Lazer e as Actividades Desportivas no Turismo – Caracterização da Animação Turístico-Desportiva em Espaços Naturais no Eixo de Cidades “Vila Real – Régua – Lamego”. Tese de Mestrado FCDEF. Porto: Universidade do Porto.

QUINTAS, S.; CASTAÑO, S. (1998), Construir la Animación Sociocultural. Salamanca: Amarú Ediciones.

TRILLA, J. (1998), Animación Sociocultural. Teorías, programas y ámbitos. Barcelona: Ariel Educación.

UCAR, X. (1992), La Animación Sociocultural. Barcelona: Ediciones CEAC.

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MÓDULO 8

Duração de Referência: 30 horas

1. Apresentação

O presente módulo visa desenvolver o sentido crítico e estético. Permite a aquisição de

conhecimentos na área artística, a apreensão de técnicas de interpretação dramática, de expressão

oral, corporal e plástica, bem como outras técnicas a explorar no âmbito da animação turística. A

promoção destas Técnicas de Animação permite que o aluno se desenvolva de maneira

responsável, aprendendo a ouvir, a escolher e ordenar opiniões, respeitando as diferentes

manifestações.

Trata-se de uma combinação de expressões artísticas que viabilizam o desenvolvimento global do

indivíduo, no âmbito de um processo de socialização consciente, crítico e democrático, com

preocupações de organização estética e conhecimento de diferentes culturas.

Sugere-se, como produto final, que os alunos dinamizem uma actividade de animação em contexto

turístico.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Reconhecer a importância das Técnicas de Animação para o desempenho da actividade de animador;

� Associar técnicas de animação às necessidades, expectativas e problemas de grupos sociais específicos;

� Reconhecer o papel das Técnicas de Animação como estímulos à criatividade;

� Evidenciar a expressão corporal enquanto técnica de educação integral nas várias dimensões da pessoa humana.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Expressão corporal

1.1. Jogos de concentração

1.2. Consciencialização do corpo

1.3. Dança

1.4. Teatro: Dramatização de históricas, sketches

1.5. Jogos e outras actividades lúdicas: Jogos tradicionais, concursos

Técnicas de Animação

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Módulo 9: Normas de Segurança no Turismo

2. Expressão oral

2.1. Voz e dicção: Exercícios de voz, leitura de textos

2.2. Música: Canções tradicionais, entre outras

3. Expressão plástica

3.1. Expressão plástica livre: Pintura, escultura

4. Bibliografia / Outros Recursos

MACCIO, C. (1969), Animação de Grupos. Lisboa: Moraes Editores.

PAVESE, M. A. (1991), Metodologia da Animação. Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana.

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MÓDULO 9

Duração de Referência: 18 horas

1. Apresentação

O presente módulo pretende sensibilizar os alunos para as questões relacionadas com a segurança

das instalações e equipamentos, bem como a segurança física dos turistas e dos seus bens.

O conteúdo programático proposto aborda os princípios gerais da segurança integrada, da

metodologia da análise de riscos, da manutenção dos sistemas e equipamentos de segurança, do

funcionamento da organização da segurança para a emergência e da vigilância. Pretende-se

implicar o aluno, mobilizando-o para a identificação de diferentes situações de risco específicas de

contextos turísticos através da assimilação e incorporação de novos conhecimentos no âmbito das

normas de segurança aplicadas ao Turismo.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Identificar atitudes adequadas dos alunos em matéria de Saúde, Higiene e Segurança em contextos turísticos específicos;

� Identificar comportamentos essenciais em matéria de segurança, assim como as características desses comportamentos;

� Identificar as relações de causa-efeito entre acidentes, as más condições e os “quase-acidentes”;

� Identificar as consequências dos riscos e dos perigos;

� Enumerar actuações de prevenção e de resolução dos riscos e dos perigos identificados;

� Identificar perigos e riscos potenciais no âmbito da actividade turística;

� Implementar práticas e padrões de segurança mediante problemas concretos;

� Proceder a uma avaliação rigorosa dos ambientes, locais e estruturas onde decorrem as actividades turísticas, no que respeita à aplicabilidade de normas de segurança e respectiva legislação aplicável;

� Enunciar as vantagens decorrentes do grau de consciência e competência no âmbito das normas de segurança aplicadas ao Turismo.

Normas de Segurança no Turismo

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Módulo 9: Normas de Segurança no Turismo

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Segurança no trabalho

2. Legislação aplicável

3. Normas de segurança aplicadas ao turismo

4. Avaliação dos riscos nas actividades turística

5. Cuidado Ambiental

6. Boas Práticas de Segurança no âmbito da Animação Turística

4. Bibliografia / Outros Recursos

CARDIM, L. F.; COUNHAGO, A. (1992), Segurança, Higiene e Saúde no Local de Trabalho. Lisboa: IEFP

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MÓDULO 10

Duração de Referência: 21 horas

1. Apresentação

Este módulo visa dotar os alunos de conhecimentos e desenvolver competências tendentes à

utilização, com o maior rigor possível, de metodologias, processos e técnicas de investigação

científica adequadas às várias áreas do curso. Pretende-se incutir nos alunos o gosto pela

investigação e a noção de necessidade da mesma para a execução de diferentes trabalhos, que

culminará com a elaboração do projecto final.

Pretende-se que, no final do módulo, e após a aplicação prática de métodos e técnicas de

investigação, os alunos identifiquem as potencialidades da região que futuramente poderão

constituir um recurso para a animação.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Tomar conhecimento de métodos e técnicas de investigação;

� Aplicar os métodos e as técnicas de investigação das potencialidades da região;

� Identificar as potencialidades da região para a animação.

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Instrumentos de pesquisa

2. Indicadores de potencialidades no que respeita a animação

3. Potencialidades da animação na região

Potencialidades da Região para a Animação

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Módulo 10: Potencialidades da Região para a Animação

4. Bibliografia / Outros Recursos

ASTI VERA, A. (1983), Metodologia da Investigação Científica. Porto Alegre: Editora Globo.

AZEVEDO, C. A. M.; AZEVEDO, A. G. (2004), Metodologia Científica. Contributos Práticos para a Elaboração de Trabalhos Académicos. 7.ª edição. Lisboa: UCE.

BARROS, A. J. P.; LEHFELD, N. A. S.(1986), Fundamentos de Metodologia: Um guia para a iniciação científica. São Paulo: McGraw-Hill.

BELL, J. (1997), Como Realizar um Projecto de Investigação. Um guia para a pesquisa em Ciências Sociais e da Educação. Lisboa: Gradiva.

ECO, U. (1982), Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. Lisboa: Editorial Presença.

FRAGATA, J. (1973), Noções de Metodologia para a Elaboração de um Trabalho Científico. Porto: Livraria Tavares Martins.

QUIVY, R.; CAMPENHOUDT, L. (1992), Manual de Investigação em Ciências Sociais, Lisboa: Gradiva.

SILVA, A. S; PINTO, J. M., (org.) (1986), Metodologia das Ciências Sociais. 6.ª ed. Porto: Afrontamento.

SOUSA, G. V. (1998), Metodologia da Investigação, Redacção e Apresentação de Trabalhos Científicos. Porto: Livraria Civilização Editora.

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TÉCNICO DE TURISMO AMBIENTAL E RURAL

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MÓDULO 11

Duração de Referência: 21horas

1. Apresentação

Este módulo pretende dotar os alunos de técnicas adequadas, com vista à eficaz criação e

implementação de planos de animação. Pretende-se assim evidenciar que a animação ao contrário

do que se pensa muitas vezes, não são apenas eventos, ou um toque de música numa noite

especial. Trata-se de uma tecnologia, uma área de actuação com uns âmbitos de actuação,

métodos próprios e técnicas muito específicas.

Sugere-se, como produto final, a implementação de um projecto de animação em espaço rural.

2. Objectivos de Aprendizagem

� Elaborar um pré-projecto de animação;

� Planear a oferta de animação de uma unidade de turismo rural;

� Explicitar a interacção como princípio estruturante do trabalho de animação;

� Evidenciar o papel do animador como gestor de equilíbrios emocionais;

� Identificar, adequadamente, as técnicas de planeamento e gestão de Projectos de Animação;

� Enumerar as etapas e metodologias de acção que presidem à implementação de actividades de animação;

� Aplicar adequadamente a tipologia-matriz do grupo no âmbito da operacionalização da animação;

� Reconhecer e aplicar os fundamentos conceptuais e metodológicos que devem presidir à elaboração de um projecto de animação;

� Conceber, planear e organizar um projecto de animação turística.

Planeamento e Organização de Projectos de Animação

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Módulo 11: Planeamento e Organização de Projectos de Animação

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Plano de animação turística

1.1. Especificação de conceitos:

1.1.1. Plano

1.1.2. Projecto

1.1.3. Programa

1.2. Estrutura do plano de animação

1.3. Diagnóstico:

1.3.1. Inventários: Oferta turística local / regional

1.3.2. Análise da procura turística

1.3.3. Definição de objectivos e estratégia

1.3.4. Programa de acção

1.4. Implementação

1.5. Estruturação do trabalho de animação assente nos fenómenos de interacção

1.6. Papel do animador:

1.6.1. Modelo de referência

1.6.2. Adequação/Rentabilização de talentos

1.6.3. Transmissão de autonomia

1.6.4. Facilitação da tomada de decisões

1.6.5. Responsabilização de cada elemento do grupo

1.7. Técnicas de planeamento e gestão de projectos

1.8. Etapas e metodologias de acção subjacentes à implementação de actividade de animação

1.9. Operacionalização da animação potenciada através de:

1.9.1. Adequação estratégica e tipologia matriz do grupo

1.9.2. Operacionalização para a obtenção de resultados

1.9.3. Recursos humanos, materiais e técnicos

4. Bibliografia / Outros Recursos

ANDER-EGG, E. (1993), Como Elaborar un Proyecto. Santo Isidro: ICSA Ed.

QUINTAS, S.; CASTAÑO, S. (1998), Construir la Animación Sociocultural. Salamanca: Amarú Ediciones.

RODRIGUES, H. (1997), Animação, Metodologia e Implementação. Faro: Universidade do Algarve.

VALLS, J. F. (2004), Gestión de Empresas de Turismo y Ocio: El Arte de Provocar la Satisfacción. Barcelona: ESADE.

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MÓDULO 12

Duração de Referência: 31 horas

1. Apresentação

O presente módulo pretende desenvolver nos alunos competências que lhes permitam dinamizar

actividades criativas e inovadoras no âmbito da animação turística. Estas actividades devem ser

orientadas de acordo com segmentos de mercado específicos, conjugando múltiplos factores de

forma a construir um todo coerente, de indubitável interesse e que atenda com eficácia o maior

número possível de necessidades e expectativas dos destinatários (turistas).

2. Objectivos de Aprendizagem

� Evidenciar as características da animação com maior projecção e viabilidade no contexto turístico da região;

� Identificar, adequadamente, um Sistema de Informação de Marketing (SIM);

� Definir tarefas e objectivos de um plano de marketing no âmbito da animação;

� Enumerar as particularidades da animação turística na óptica do marketing;

� Referir a importância de um plano de marketing para a produção de produtos de animação turística;

� Identificar os principais grupos de distracção e animação;

� Dinamizar de actividades de animação, de acordo com o público e com os espaços;

� Explicitar a importância das actividades de difusão no âmbito da animação turística.

Dinamização e Condução de Actividades de Animação em Contexto Turístico

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Módulo 12: Dinamização e Condução de Actividades de Animação em Contexto Turístico

3. Âmbito dos Conteúdos

1. Programa de animação

1.1. Condições fundamentais

1.2. Classificação das actividades a desenvolver

1.2.1. Actividades de contacto social

1.2.2. Actividades de carácter desportivo

1.2.3. Espectáculos e festas

1.2.4. Actividades para o público infantil

2. Plano de marketing perspectivado no âmbito da animação

2.1. Técnicas de promoção da animação

2.2. Objectivos da promoção

2.3. Critérios gerais da promoção

2.3.1. Atracção

2.3.2. Títulos/Temas apelativos

2.3.3. Adequação

2.3.4. Oportunidade

2.3.5. Multiplicidade / Diversificação

2.4. Suportes promocionais mais comuns

2.4.1. Cartazes

2.4.2. Megafonia

2.4.3. Promoção pessoal

2.4.4. Sketches promocionais

2.4.5. Outros suportes

4. Bibliografia / Outros Recursos

Associação Portuguesa de Management (2001), Turismo em Espaço Rural. Porto: Vida Económica.

QUÍLEZ, M. P. (1997), Actividades Físico-Deportivas en la Naturaleza. Madrid: Gymnos Editorial.

REIS, A. V. (2001), Sebenta da Disciplina de Animação Turística. Lisboa: ISPI.