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PROGRAMA DE MINIMIZAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS NA INDÚSTRIA - ESTUDO DE CASO POLIBRASIL

Nádla Maria Freire Gonçalves – Gerente de Área BetzDearborn [email protected]

RESUMO

O Programa de Minimização de Efluentes Líquidos na Indústria foi

desenvolvido com o objetivo de estabelecer um roteiro de fácil execução, para

acelerar a implantação de projetos de racionalização do uso dos recursos

hídricos na indústria.

Basicamente o trabalho é desenvolvido em quatro etapas:

1. Planejamento

2. Levantamento de Dados

3. Detalhamento dos projetos

4. Implantação

O detalhamento de cada uma destas etapas, assim como a apresentação de

resultados parciais obtidos a partir da implantação desta metodologia em uma

indústria do Pólo Petroquímico de Camaçari, a POLIBRASIL, são o objeto

deste estudo.

Trabalho apresentado no XVI ENCONTRO DE PRODUTORES E CONSUMIDORES DE GASES INDUSTRIAIS, no período de 18 a 20 de setembro de 2001, em Salvador – Bahia.

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1. INTRODUÇÃO

Estamos assistindo neste final de século, o despertar de uma consciência

ecológica baseada na necessidade do homem em harmonizar o

desenvolvimento econômico com a preservação do meio ambiente.

Nos últimos anos, observamos ainda o aumento da população, associado ao

uso irracional e contaminação de fontes de água doce, que tem levado

especialistas no mundo inteiro a refletirem sobre como racionalizar o uso dos

recursos hídricos.

No Brasil, que concentra aproximadamente 12% das reservas mundiais de

água doce, poucas ações têm sido implantadas no sentido de eliminar o

desperdício e impedir a contaminação de fontes d'água. Alguns estados, como

São Paulo, Pernambuco e Ceará começam a sofrer com a escassez de água,

em conseqüência do uso inadequado deste importante recurso natural.

A falta de conscientização da comunidade quanto este tema faz com que na

Bahia, assim como em outros estados, ainda exista muito desperdício da água

produzida.

O Pólo Petroquímico, implantado na Região Metropolitana de Salvador, é o

segundo maior consumidor de água do estado. Na Bahia, somente a cidade de

Salvador consome mais água do que este importante complexo industrial,

[Mustafa, 1998].

Dentro deste contexto buscou-se o desenvolvimento de uma metodologia de

trabalho, com o objetivo de acelerar a implantação de projetos de

racionalização do uso dos recursos hídricos na indústria, uma vez que, muito

precisa ser feito neste sentido.

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Ações locais para conservação, menor desperdício, reuso1 e reciclo2 são o

primeiro passo para uma solução global, na busca da preservação do meio

ambiente.

O desenvolvimento deste trabalho, e a apresentação de resultados

significativos ao final do estudo, poderão servir como uma referência local,

assim como, um modelo a ser seguido para implantação deste programa em

outras unidades industriais, contribuindo para o uso racional dos recursos

hídricos.

2. OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de uma metodologia para a

implantação de projetos de racionalização do uso dos recursos hídricos na

indústria.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A partir dos anos 70, a implantação de legislações mais restritivas, mudou a

forma de avaliação de processos produtivos e os seus impactos em relação ao

Meio Ambiente.

Em 1979, Yasuharu Saeki [Akehata, 1991] desenvolveu uma teoria na qual, a

geração de resíduos é minimizada e reincorporada ao processo tanto quanto

possível, de modo que os problemas de poluição são eliminados na fonte.

No ano de 1980, novas ações no Japão e Estados Unidos [Akehata, 1991]

reforçaram as posições de que a minimização na geração de resíduos é a

1 Reuso: Reaproveitamento da corrente, sem tratamento prévio, em ponto de consumo diferente do ponto de geração. 2 Reciclo: A corrente precisa ser tratada para remoção dos contaminantes chaves acumulados antes da sua utilização. O reaproveitamento da corrente, após condicionamento prévio, poderá se dar, inclusive, no mesmo ponto de geração

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abordagem adequada para a redução dos problemas de contaminação ao Meio

Ambiente.

Em 1991, Takashi Akehata publicou um artigo, PREVENÇÃO DA POLUIÇÃO PELA MINIMIZAÇÃO NA GERAÇÃO DE RESÍDUOS EM PROCESSOS QUÍMICOS, que revisa alguns conceitos para minimização de resíduos.

D. N. Young (1993), em seu artigo, MASS BALANCE APRROACH TO WATER CONSERVATION, apresenta de forma bastante objetiva a

necessidade de plantas industriais de revisarem o uso de água para minimizar

a geração de efluentes líquidos.

A abordagem de conservação de água através do balanço de massa, fornece

um modelo preditivo bastante interessante uma vez que leva em consideração

fatores limitantes tais como corrosão e deposição para seleção de projetos de

reuso e reciclo de águas.

O balanço de massa pode ser baseado em diversas combinações de dados de

projeto, estimativas ou medições no campo. O desenvolvimento deste trabalho

é baseado em quatro etapas:

• Conhecimento do balanço hídrico, vazões e características da correntes;

• Conhecimento dos fluxogramas de distribuição de águas e efluentes;

• Medição ou estimativa das vazões;

• Caracterização das correntes.

Outros dois artigos, INDUSTRIAL WATER CONSERVATION – ZERO DISCHARGE OR PARCIAL WASTEWATER REUSE, [Goldblat, 1993] e RECLAIMED WATER FOR COOLING TOWER MAKEUP: CONCERNS, MONITORING AND PROVEN TREATMENT [Ritz e Sprurell, 1996] descrevem pontos importantes que devem ser levados em consideração para

reuso e reciclo de efluentes como make-up parcial de torres de resfriamento, o

maior consumidor isolado de água em plantas petroquímicas.

Finalmente, destacamos a importância do fator humano para o

desenvolvimento deste trabalho. Muitas ações para racionalizar o uso de água

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na indústria dependem basicamente do comprometimento das pessoas com

este projeto, através de ações individuais evitando o desperdício ou pela busca

de soluções alternativas que passam por modificações em práticas,

procedimentos ou processos operacionais, ou ainda projetos de reutilização ou

reciclagem de efluentes.

“... a partir de minhas experiências de vida, quando procuro os motivos para o

sucesso ou para o fracasso de determinadas iniciativas, na maioria das vezes

chego às pessoas. Elas permitem, incentivam ou impedem desfechos positivos

ou negativos. Sem dúvida, outros motivos podem ser identificados como causa

para o final de cada episódio, mas se constituem em uma minoria...”

“...A importância das pessoas e das relações entre elas para que se alcancem

objetivos vem sendo enfatizada por diferentes organizações preocupadas com

qualidade e produtividade...”

“... As pessoas, como seres humanos, e não apenas como “recursos

humanos”, começam a ser vistas como variáveis significativas no curso da

história, no mundo do trabalho e em tudo o que acontece ao nosso redor...”

Estes e outros conceitos apresentados por Lucila Rupp de Magalhães (1999) em seu livro APRENDENDO A LIDAR COM GENTE, foram fundamentais para

entendimento da importância do aspecto motivacional dos seres humanos

como parâmetro determinante do sucesso de um projeto como este.

4. METODOLOGIA DE TRABALHO

A elaboração do Programa de Minimização de Efluentes Líquidos na Indústria,

teve como foco principal estabelecer uma relação entre fatos e dados

importantes registrados durante a revisão bibliográfica com experiências

práticas observadas ao longo de 20 anos na área de tratamento de águas

industriais no Pólo Petroquímico de Camaçari.

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Foi selecionada uma empresa do Pólo Petroquímico de Camaçari, a

POLIBRASIL, para implantação deste programa, sistematizado em um Plano

de Ação.

5. PLANEJAMENTO

5.1 APROVAÇÃO GERENCIAL DO PROGRAMA

Esta é uma etapa muito importante do programa que possui como objetivos

principais:

• A obtenção da liberação dos recursos humanos e materiais necessários

para o desenvolvimento do trabalho;

• A obtenção do comprometimento da alta gerência da fábrica com o

projeto, de modo a estimular a envolvimento dos demais funcionários.

5.2 DEFINIÇÃO DO CRONOGRAMA DE TRABALHO

O cronograma, elaborado no formato de uma matriz de Tempo versus

Atividades, deverá conter pelo menos os seguintes itens:

• Uma lista contendo as etapas do trabalho a ser desenvolvido;

• Duração, data para início e conclusão de cada etapa;

• Pessoa responsável pela condução de cada etapa.

5.3 DIVULGAÇÃO DO PROGRAMA NA FÁBRICA

Nesta etapa, o objetivo é despertar nos funcionários a necessidade de

racionalizar o uso da água na indústria, uma vez que somente com uma

mudança no comportamento pessoal, será possível modificar o quadro atual de

desperdício e uso irracional da água.

O trabalho de divulgação deverá ser dividido em duas fases:

Na primeira fase, deverá ser adotada uma linguagem simples e de fácil

entendimento, uma vez que o objetivo é alcançar os colaboradores de todas as

áreas (produção, manutenção, administrativa, etc.).

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Para esta fase, utilizam-se palestras, concursos, ou qualquer outro recurso que

estimule o envolvimento e a participação dos funcionários neste trabalho.

Numa segunda fase, serão criados grupos multidisciplinares de trabalho para

atuação em áreas específicas, com foco nos principais pontos a serem

otimizados na indústria em questão.

Esta segunda fase, consiste em uma abordagem mais técnica, na qual são

divulgados conceitos básicos e técnicas necessárias para implantação de

projetos de minimização, reuso e reciclo de águas.

Concluindo, com a etapa de divulgação do programa na fábrica, a idéia é

mostrar que as pessoas podem dar uma importante contribuição para

racionalizar o uso de água

6. LEVANTAMENTO DE DADOS

6.1 HISTÓRICO

O levantamento de dados históricos deverá ser realizado com o objetivo de

fornecer consistência aos dados do balanço hídrico, assim como para

estabelecer itens de controle para monitoramento do programa de Minimização

de Efluentes Líquidos na Indústria.

Nesta etapa do trabalho, é importante identificar todos os registros de medição

das principais correntes aquosas que alimentam o processo e todos os

efluentes líquidos gerados. É recomendável uma especial atenção quanto ao

grau de confiabilidade dos dados existentes.

Adicionalmente, o levantamento de dados históricos permite a identificação de

variáveis importantes do processo (paradas, partidas, mudanças de campanha,

etc.) e o impacto destas no consumo de água e geração de efluentes líquidos

na unidade em estudo.

Na tabela 1, um resumo dos dados históricos levantados para o estudo

realizado na POLIBRASIL .

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Tabela 1 – Dados Históricos POLIBRASIL

Média mensal 1998 1999 Dados Efluente Orgânico (m3) 31.792 30.092

Volume de efluente Orgânico gerado por unidade de massa de produto produzido (m3/ton)

3,7 3,3

Efluente Inorgânico (m3) 6.125 7.583

Total Efluentes (m3) 37.917 37.675

Água Clarificada (m3) 33.849 30.809

Água Desmineralizada (m3) 1.561 1.997

Água Potável (m3) 4.693 4.720

Total Águas (m3) 40.104 37.525

Vapor 15 Kg*/cm2(ton) 8.690 8.041

Vapor 42 15 Kg*/cm2 (ton) 2.838 3.000

Total Vapor (ton) 11.528 11.041 [Fonte: Azevedo e Gonçalves, 2000]

6.2 BALANÇO HÍDRICO

O Balanço Hídrico é realizado a partir de dados de projetos, com o objetivo de

identificar e quantificar os pontos de consumo de água, assim como as fontes

de geração de efluentes líquidos, permitindo assim o estudo de oportunidades

de redução, reuso e reciclo de efluentes.

Quanto mais detalhado for o balanço hídrico, mais eficiente será o processo de identificação de oportunidades de melhorias, agilizando assim

a implantação das modificações necessárias para racionalização no uso dos

recursos hídricos.

O balanço hídrico deverá ser elaborado a partir de uma cuidadosa investigação

e análise da planta, considerando registros existentes, medições de vazão por

ultra-som (ou equivalente), ou ainda a partir de cálculos de engenharia.

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6.3 AUDITORIA HÍDRICA

Esta, que provavelmente é uma das mais importantes etapas do programa,

consiste em realizar visitas, com uma equipe multidisciplinar, nas diversas

unidades da fábrica, identificando:

Pontos de lançamento de efluentes líquidos;

Origem destas correntes (água desmineralizada, condensado, água

potável, água clarificada, etc.);

Caracterização preliminar das correntes;

Quantificação dos custos que podem ser evitados com a sua eliminação;

Classificação das correntes a partir de critérios previamente estabelecidos

para a sua minimização:

A. Minimizar com Manutenção Corretiva B. Minimizar com Mudanças em Práticas Operacionais C. Minimizar com Mudanças em Procedimentos Operacionais D. Minimizar com Melhorias no Processo E. Estudo para REUSO F. Estudo para RECICLO

Vale ressaltar que muitos pontos de perdas d’água não identificados no

balanço hídrico (que é baseado fundamentalmente em dados de projeto),

devem aparecer na auditoria hídrica. A participação de funcionários de cada

uma das áreas deverá facilitar a identificação dos principais pontos de

consumo e perda, além das oportunidades de melhoria.

Se os dados de vazão não estiverem disponíveis ou não forem confiáveis,

deve-se realizar medições no campo ou fazer estimativa via balanço material.

É importante ressaltar que o sucesso da implantação de um programa de auditoria requer do grupo de auditores, conhecimento do processo produtivo, habilidades técnicas, como também habilidades em relações humanas.

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6.4 CARACTERIZAÇÃO DAS CORRENTES

Antes do início do estudo de oportunidades de redução, reuso e reciclo de

efluentes é necessário caracterizar as correntes identificando os possíveis

contaminantes presentes.

Este trabalho é desenvolvido em duas etapas:

A. CARACTERIZAÇÃO PRELIMINAR

Nesta etapa, deverão ser coletadas amostras das diversas correntes

estudadas, para uma indicação prévia do nível de contaminação em todas os

pontos que apresentem oportunidade de minimização, reuso e reciclo.

Normalmente esta etapa envolve um número elevado de amostras e

determinações analíticas, portanto, para racionalizar recursos, um programa

analítico mínimo poderá ser aplicado realizando as seguintes determinações

em todas as amostras coletadas:

pH Condutividade Cloretos Ferro total DQO Sólidos Suspensos Sólidos Totais Dissolvidos

B. CARACTERIZAÇÃO FINAL

Com base no conhecimento do processo e nos resultados obtidos

anteriormente, deve-se selecionar as correntes contaminadas que serão

analisadas nesta fase, para posterior estudo de reuso e reciclo.

Nesta etapa, trabalha-se com um número reduzido de amostras, e um estudo

bastante criterioso é desenvolvido, visando a identificação de todos os

possíveis contaminantes presentes em cada uma das correntes selecionadas.

Na Tabela 2 apresentada a seguir, um programa analítico que poderá ser

aplicado nesta fase final de caracterização das correntes.

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Tabela 2 - Levantamento analítico - Caracterização final

• Alcalinidade • Cloretos • Condutividade • Nitrato • Nitrito • Fósforo total • PH • Sílica • Sólidos suspensos • Sólidos Totais

Dissolvidos • Sulfatos • Turbidez

• Alumínio • Bário • Cádmio • Cálcio • Chumbo • Cobalto • Cobre • Cromo • Ferro • Lítio • Magnésio • Manganês • Molibdênio

• Níquel • Potássio • Sódio • Titânio • Vanádio • Zinco Total • Outros metais • Amônia • DQO • Contaminantes

orgânicos • Nitrogênio • Óleos e graxas

ATENÇÃO: O conhecimento do processo, a origem da corrente e as possíveis oportunidades de reutilização deverão orientar a rotina a ser implantada para cada ponto de amostragem; A definição dos componentes orgânicos a serem pesquisados dependem das características específicas do processo. Em todas as etapas da caracterização, realizar pelo menos 3 amostragens (em dias diferentes) para cada corrente em estudo; Caso seja observada em alguma corrente, uma grande variabilidade nos resultados analíticos, proceder um maior número de determinações para aumentar a confiabilidade dos resultados.

6.5 COLETA E ANÁLISE DE SUGESTÕES

Esta etapa do projeto se estende ao longo de todo o trabalho, e consiste em

ouvir de forma sistemática todas as sugestões apresentadas pelos

funcionários da fábrica para enriquecimento do estudo.

Modificações no processo são passos importantes para redução na geração de

efluentes. Métodos para modificações são específicos, portanto devem ser

desenvolvidos a partir do conhecimento e experiência de operadores e

engenheiros das unidades de produção.

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7. DETALHAMENTO DOS PROJETOS

Quando uma corrente residual de composição conhecida é tratada

adequadamente, suas frações podem ser recicladas. Isto significa incorporar,

quando necessário, em pontos específicos do processo, equipamento(s), para

remoção de contaminantes. Esta abordagem normalmente é mais conveniente

que o tratamento final de uma mistura de resíduos.

Para a implantação de um processo de remoção de contaminantes nos

efluentes líquidos de forma eficiente, é necessário uma separação sistemática

das correntes (segregação) e a seleção de tratamentos adequados às suas

características.

Este procedimento de segregação das correntes e remoção “individualizada”

dos contaminantes favorece tecnologicamente o processo, reduzindo seus

custos e levando a economia de recursos e conservação de energia

pretendidos.

Atingir a geração mínima de efluentes, ou zero descarte, embora seja

teoricamente inatingível, deverá ser o foco de todo o trabalho.

7.1 ESTUDO DE OPORTUNIDADES DE REDUÇÃO, REUSO E RECICLO DE EFLUENTES

Em uma abordagem convencional de reciclagem, o primeiro pensamento

normalmente é tratar o efluente final da fábrica, removendo “todos” os

contaminantes de modo a torna-lo com características equivalentes às da água

clarificada, de forma a realimentar este sistema e zerar a emissão de efluentes

na planta.

Esta alternativa, embora de grande atratividade técnica, normalmente implica

em grandes investimentos, inviabilizando a sua implantação.

Neste trabalho, sugere-se uma outra abordagem, desenvolvida a partir do

conceito de “Produção Limpa” na qual os resíduos são minimizados ou

eliminados no ponto de geração [Kiperstok, 1999].

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Nesta etapa de detalhamento de projetos, utiliza-se portanto, a seguinte

seqüência de atividades:

1. Minimização na geração de efluentes através de manutenções corretivas,

mudanças em práticas e procedimentos operacionais

2. Minimização na geração de efluentes através de modificações de

processo;

3. Minimização da carga poluidora dos efluentes através da redução na

geração de contaminantes dos diversos pontos do processo;

4. Introdução de procedimentos de separação sistemática (segregação) dos

efluentes de acordo com suas as características físico-químicas;

5. Reusar correntes de efluentes com baixo grau de contaminação, em

pontos do processo que não necessariamente precisem ser alimentados

com água isenta de contaminantes;

6. Incorporar tratamentos adequados às correntes específicas dos efluentes

que permitam a sua reciclagem, atendendo aos requisitos do processo

produtivo.

REGRA GERAL: Aproveitar todas as oportunidades de reuso em primeiro lugar!

Para remoção de contaminantes e reciclagem dos efluentes, exemplificamos

alguns processos de tratamento que podem ser utilizados:

Processos para remoção de Sólidos em Suspensão:

• Filtração

• Precipitação Química Processos para condicionamento de Resíduos Oleosos:

• Separação Mecânica

• Flotação Processos para remoção de Sólidos Dissolvidos:

• Insolubilização Química

• Osmose Reversa

• Troca Iônica

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Com esta abordagem, que deverá ser observada em cada uma das etapas

seguintes, serão atingidas as metas de redução propostas, com menor impacto

ambiental e menor custos de implantação.

7.2 ESTUDOS DE VIABILIDADE TÉCNICA

Nesta etapa são estudadas as diversas possibilidades de minimização dos

efluentes, buscando a identificação das melhores oportunidades, respeitando a

seguinte sequência:

Esgotar todas as possibilidades de minimização da vazão de efluentes e

carga poluidora na fonte de geração;

Segregar as correntes de acordo com suas as características físico-

químicas e ponto de disposição;

Reusar correntes de efluentes com baixo grau de contaminação, em

pontos do processo que não necessariamente precisem ser alimentados

com água isenta de contaminantes;

Selecionar tratamentos adequados às correntes específicas dos

efluentes que permitam a sua reciclagem, atendendo aos requisitos do

processo produtivo.

7.3 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (ROI)

Para definição da viabilidade econômica de implantação dos projetos, é

realizado estudo de Retorno sobre o Investimento(ROI), considerando:

Investimentos necessários para implantação do projeto;

Economia possível com a sua implantação;

Tempo necessário para retorno do investimento, considerando montante

aplicado e taxa de amortização praticada à época.

O objetivo do estudo ROI é identificar a melhor forma de atingir as metas de

redução propostas, com menor impacto ambiental e menor custo de

implantação.

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7.4 RETORNO SOBRE O MEIO AMBIENTE (ROE)

O objetivo do estudo ROE é quantificar os ganhos ambientais a partir da

implantação dos projetos de minimização de efluentes, concluindo a etapa de

detalhamento dos projetos.

7.5 EXEMPLOS DE PROJETOS DESENVOLVIDOS NA POLIBRASIL

A seguir, exemplos de projetos desenvolvidos na POLIBRASIL durante a

implantação do PROGRAMA PARA MINIMIZAÇÃO DE EFLUENTES

LÍQUIDOS NA INDÚSTRIA,

Projetos para Minimização com manutenção corretiva, mudanças em

práticas operacionais ou mudanças em procedimentos operacionais:

• Manutenção de válvulas dando passagem;

• Minimização no uso de água para lavagem de área e equipamentos;

• Manutenção em sistema de controle de nível para eliminação de

transbordo em torre de resfriamento.

BENEFÍCIOS ALCANÇADOS:

• Financeiro: Economia mensal R$ 1.700,00

• Ambiental: Economia de água 3.600 m3/mês

Projeto para Redução de blow down em sistema de resfriamento, a

partir da implantação de Tecnologia BetzDearborn.

• Substituição do programa de tratamento convencional por tecnologia

BETZDEARBORN Dianodic Plus™, com elevada capacidade

dispersante, permitiu a elevação do número de ciclos de

concentração do sistema de resfriamento com a conseqüente redução

das perdas líquidas;

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• Adicionalmente, o uso desta tecnologia permitiu o aumento das

campanhas de equipamentos de processo reduzindo a freqüência de

limpezas químicas.

BENEFÍCIOS ALCANÇADOS:

• Financeiro: Economia mensal R$ 5.000,00

• Ambiental: Redução de lançamento de carga poluente no efluente da

torres de resfriamento conforme demonstrado a seguir:

Redução na Geração de Efluente (m3/ano): 50.112 Redução na Carga de Fosfato lançada (kg/ano): 477 Redução na Carga de Zinco lançada (kg/ano): 176 Redução no Número de Limpezas / ano: 5 Redução na Carga poluente limpezas ácidas (kg/ano): 1000

Projeto para reuso de correntes não contaminadas como make-up da

torre de resfriamento ou bacia de incêndio.

• Coleta das diversas correntes em tanque específico, dotado com

instrumento para controle de nível e bomba de transferência para

pontos de consumo previamente estabelecidos;

BENEFÍCIOS ALCANÇADOS:

• Financeiro: Em estudo

• Ambiental: Economia de água 8.000 m3/mêsimplantação

8. IMPLANTAÇÃO

Nesta etapa, são apresentadas as justificativas para a implantação dos projetos

e obtenção de recursos necessários, de acordo com a seqüência apresentada

a seguir:

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8.1 APROVAÇÃO DOS INVESTIMENTOS

A realização de um adequado detalhamento dos projetos permitirá a aprovação

dos investimentos, priorizando a implantação de projetos de maior retorno

financeiro e ambiental.

8.2 DEFINIÇÃO DO CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DOS PROJETOS

Em função da previsão de liberação de recursos é elaborado um cronograma

de implantação dos projetos, seguindo modelo detalhado anteriormente.

8.3 ANALISE CRÍTICA E REVISÃO Os resultados parciais obtidos devem reorientar o trabalho, que sendo

continuamente monitorado e revisado alcançará as metas inicialmente

pactuadas.

9. RESULTADOS ALCANÇADOS NA POLIBRASIL

Este relatório foi elaborado durante a implantação do Programa de Minimização

de Efluentes Líquidos na Indústria na POLIBRASIL e na data da sua

elaboração somente as etapas Planejamento e Levantamento de Dados

haviam sido concluídas.

O programa continua em andamento e a etapa Detalhamento dos Projetos, encontra-se em execução pelo Depto. de Engenharia da POLIBRASIL.

Na tabela 03, são apresentadas as oportunidades de melhorias e a posição

quanto ao andamento dos projetos em abril/2000.

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Tabela 03 – Estudo de Oportunidades para Redução, Reuso e Reciclo de

Efluentes na POLIBRASIL

Item

Áre

a

Ponto

Vazã

o (m

3 /h)

Caracte-rísticas

Estudo de Possibilidades

Eflu

ente

St

atus

1 12 Válvula dando passagem

3 AGC Eliminar com manutenção corretiva

SO Reali-zado

2 44 Granulador – Perdas diversas

2 AGD cont. c/

orgânicos

Minimizar com manutenção corretiva

SO Em estudo

3 13 Resfriamento camisa de propeno (eventual)

1 AGR Eliminar com mudanças de Práticas operacionais

SI Reali-zado

4 44 Circuitos fechados – perdas diversas

0,2 AGD Minimizar com manutenção corretiva ou mudanças de

práticas operacionais

SI Em estudo

5 82 Transbordo da torre de resfriamento

1 AGR Eliminar com manutenção corretiva

SI Reali-zado

6 Perdas no CPM - Laboratório

1 AGR Eliminar com manutenção corretiva

SI Reali-zado

7 15 Resfriamento do 15A01

1 AGC Reuso como make-up da torre de resfriamento ou

bacia de incêndio

SO Em estudo

8 15 15H05 e 15 ANT133 0,6 AGC Reuso como make-up da torre de resfriamento ou

bacia de incêndio

SO Em estudo

9 82 Blow-down da torre de resfriamento

2 AGR Eliminar com ajuste do programa de tratamento

SI Em estudo

10 12 12E01 A/B (dreno de condensado durante

2 h de 36 em 36 horas)

1 Conden-sado

Reuso como make-up da torre de resfriamento ou

bacia de incêndio

SO Em estudo

11 44 Resfriamento do Brabender

1 AGP Substituição por água do circuito fechado

SI Em estudo

12 72 Transbordo do 72V04 (intermitente)

3 Conden-sado

Reuso como make-up da torre de resfriamento ou

bacia de incêndio ou resfriamento para uso como

Água desmineralizada

SO Em estudo

13 74 Condensado 74E05 (eventual)

2 Conden-sado

Reuso como make-up da torre de resfriamento ou

bacia de incêndio ou resfriamento para uso como

Água desmineralizada

SO Em estudo

14 74 Fundo da 74V02 13 Efluente orgânico

Estudo para reciclo (caracterização dos

contaminantes e métodos para remoção)

SO Em estudo

[Fonte: Azevedo e Gonçalves, 2000]

Page 20: PROGRAMA DE MINIMIZAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS NA · reuso e reciclo de efluentes como make-up parcial de torres de resfriamento, o ... Total Águas (m3) 40.104 37.525 Vapor 15

A implantação dos projetos aconteceu durante todo o desenvolvimento do

trabalho. No gráfico 01, podemos observar o impacto da implantação parcial

dos projetos sobre consumo médio de água na POLIBRASIL.

Gráfico 01 – Consumo médio mensal de água na POLIBRASIL

32000

34000

36000

38000

40000

1998 1999 2000

Consumo de água Polibrasil (m3/mes)

A redução no consumo médio mensal de água é reflexo da mudança de

comportamento das pessoas e implantação de projetos de minimização de

efluentes relacionados na tabela 03.

20

Page 21: PROGRAMA DE MINIMIZAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS NA · reuso e reciclo de efluentes como make-up parcial de torres de resfriamento, o ... Total Águas (m3) 40.104 37.525 Vapor 15

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10. CONCLUSÃO

Com a implantação do PROGRAMA PARA MINIMIZAÇÃO DE EFLUENTES

LÍQUIDOS, na POLIBRASIL, ao longo do ano de 1999, foi constatado que é

possível reduzir em aproximadamente 30% a geração de efluentes líquidos

somente com modificações de baixo custo de implantação, e elevado retorno,

envolvendo apenas manutenções corretivas e mudanças nas práticas e

procedimentos operacionais3.

Para que esta meta de redução seja alcançada é fundamental um programa

contínuo de capacitação e motivação dos funcionários, uma vez que a maioria

das ações citadas depende fundamentalmente da ação do homem.

Existem grandes oportunidades de REUSO de águas nesta unidade, que se

implantadas podem representar uma redução na ordem de 40% na geração de

efluentes líquidos. Estes projetos, que representam baixo investimento, com

elevado retorno financeiro, além dos ganhos ambientais. O detalhamento

destes projetos indicará o prazo de retorno do investimento e viabilidade de

implantação.

As correntes residuais, que representam aproximadamente 30% do efluente

final e têm indicação para RECICLAGEM interna, necessitam de um detalhado

estudo de engenharia. Somente com a caracterização destas correntes (feita a

partir um detalhado programa de monitoramento) será possível indicar o

adequado processo para remoção dos contaminantes e definir a viabilidade

econômica da implantação desta etapa do projeto.

Embora o foco deste trabalho seja operar as unidades com ZERO

DESCARGA, existem metas parciais de redução efluentes que podem ser

alcançadas a partir da implantação dos projetos descritos anteriormente.

3Este, assim como demais índices de redução apresentados a seguir foram obtidos

durante a auditoria hídrica realizada na POLIBRASIL, resumida na Tabela 4.

Page 22: PROGRAMA DE MINIMIZAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS NA · reuso e reciclo de efluentes como make-up parcial de torres de resfriamento, o ... Total Águas (m3) 40.104 37.525 Vapor 15

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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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2. Akehata, T., Pollution Prevention by Minimizing Waste Generation in a Chemical Production Process. Journal of chemical Engineering of Japan, 1991.

3. Luccas, J., O Petróleo do Novo Milênio. Revista Expressão, 1998. 4. Young D. N., Mass Balance Approach to Water Conservation. The NACE

Annual Conference, 1993. 5. Eble, S. K. and Feathers J., Water Reuse Within a Refinery. National

Petroleum Refiners Association, 1992. 6. Ritz, D. B. and Spurell, C. Reclaimed Water for Cooling Tower Makeup:

Concerns, Monitoring and Proven Treatment. The NACE Annual Conference, 1996.

7. Goldblatt, M. E., Industrial Water Conservation – Zero Discharge or Partial Wastewater Reuse. The NACE Annual Conference, 1993.

8. _____. Betz Handbook of Industrial Water Conditioning, 9th. edition, USA,1991.

9. Azevedo, V. e Gonçalves, N., Programa de Minimização, Reuso e Reciclo de Efluentes Líquidos na POLIBRASIL e POLICOM, Camaçari - Bahia, abril / 2000.

10. Kiperstok, A, Apostila da Disciplina Tecnologias Limpas e Minimização de Resíduos – Curso de Especialização em Gerenciamento e Tecnologias Ambientais na Indústria, Universidade Federal da Bahia, 1999.

11. Gonçalves, N., Tecnologia CONTINUUM AEC aumenta campanha de equipamentos críticos e reduz efluentes líquidos em uma planta petroquímica, Bahia 1999, Informação disponível no Site www.betzdearborn.com, desde junho/2000.

12. Magalhães, L. R. , Aprendendo a Lidar com Gente: Relações Interpessoais no Cotidiano. Casa da Qualidade; EDUFBA, 1999.

13. Corson. W. H., Manual Global de Ecologia. ed. Augustus, São Paulo – Brasil, 1996.