PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL

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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013 IRUPI w ww.es.gov.br/.../show.aspx?noticiaId=99691210 PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES - (2011) 26

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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL PROATER 2011 - 2013

IRUPI

w ww.es.gov.br/.../show.aspx?noticiaId=99691210

PLANEJAMENTO E PROGRAMAÇÃO DE AÇÕES - (2011)

26

Equipe Responsável pela elaboração

Geraldo Costa de Lima

Contribuições na elaboração do diagnóstico e planejamento

Prefeitura Municipal de Irupi (PMI)

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Iuna e Irupi

Sindicato Rural de Iuna

CMDRS de Irupi (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável)

SENAR

SEBRAE

FACI (Federação das Associações Comunitárias de Iuna e Irupi)

ACAOFI (Assoc. Capixaba dos Agric. Orgânicos e familiares de Iuna e Reg.do Caparaó)

CHÃO VIVO

Associações Comunitárias Rurais de IrupiSEAG/ES

Equipe de apoio na elaboraçãoJosé Gilberto Vial (MDR Caparaó)

Gilson Tófano (CRDR Caparaó)

Célia Jaqueline Sanz Rodriguez (Área de Operações Ater)

Gardênia Marsalha de Araújo (Área de Operações Ater)

Sabrina Souza de Paula (Área de Operações Ater)

Thyerri Santos Silva(CPD)

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APRESENTAÇÃO

O Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Proater é um instrumento

norteador das ações de Assistência Técnica e Extensão Rural - Ater que serão

desenvolvidas junto aos agricultores familiares. A programação está respaldada em

diagnósticos e planejamento participativos, com a qual agricultores, lideranças,

gestores públicos e técnicos contribuíram ativamente na sua concepção.

Mais do que um instrumento de gestão, o Proater tem como grande desafio contribuir

com o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. As ações de assistência

técnica e extensão rural ora planejadas são vistas como um processo educativo não

formal, emancipatório e contínuo. Assim, a melhoria da qualidade de vida das famílias

rurais é o grande mote e direcionamento dos esforços dos agentes de Ater envolvidos

no processo.

Este documento está dividido em duas partes: a primeira, o diagnóstico, apresenta

informações acerca da realidade do município (aspectos demográficos,

naturais/ambientais, sociais e econômicos), os principais desafios e as

potencialidades. A segunda, o planejamento, encerra a programação de ações para o

ano de 2011.

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1. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

1.1 Localização do município

O município de Irupi está localizado na Região Sul e Micro-região Caparaó, criado pela

Lei estadual número 4520 em 15/01/1991, instalado em 01/01/1993 originário do

município de Iúna. Possui área de 185 Km², Módulo Fiscal de 20 ha.

Localização da Sede: 224268E ; 7748121N.

1.2 Aspectos históricos, populacional e fundiários

1.2.1 – Histórico da colonização, etnia, costumes e tradições

Com a promulgação da primeira Constituição Republicana do Espírito Santo em 1890

foi criado o município de Rio Pardo, que foi dividido em três distritos: Sede, São

Manoel do Mutum e Santa Cruz. Nesse período a fazenda do senhor Hylário Tomáz foi

aos poucos se transformando em um arraial com cemitério, capela dedicada a S. João

Batista e pequenos entrepostos comerciais. Surgiu então o nome “Cachoeirinha do Rio

Pardo”, mais tarde substituído pelo topônimo “Irupi” de origem indígena com o

significado : “Amigo belo e Águas tranquilas e pequenas”.

Como grande parte da população está na zona rural, as pequenas propriedades

agrícolas formam juntamente com a simplicidade de sua gente trabalhadora, paisagem

e clima de um ambiente ideal para o desenvolvimento do agro e ecoturismo. Irupi é um

dos melhores pontos de observação da Serra do Caparaó e do Pico da Bandeira com

seus 2890 metros de altitude.

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1.2.2 - Distritos e principais comunidades

Figura 1 – Mapa do município/ distritos

1.2.3 – Aspectos populacionais

Em pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento,

divulgada no Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil, Irupi ocupa, em relação ao

Espírito Santo, o 47º lugar (0,72), no ranking do I.D.H. - Índice de Desenvolvimento

Humano (PNUD/2000). Os índices avaliados foram: longevidade, mortalidade,

educação, renda e sua distribuição.

Tabela 1 – Aspectos demográficos

SITUAÇÃO DO DOMÍCILIO/ SEXO 2010

Urbana 4437Homens 2194

Mulheres 2243

Rural 7286Homens 3836

Mulheres 3450Http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/protabl.asp?c=608&z=cd&o=3&i=p, em 12 de maio de 2001.

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1.2.4 – Aspectos fundiários

Os aspectos fundiários de um município refletem, a grosso modo, a forma como a

terra está sendo distribuída entre as pessoas e os grupos. Existem muitas formas de

observar e conceituar a partir desses números. Optamos por utilizar dados do Incra

(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) onde a quantidade de módulos

fiscais define a propriedade em minifúndio, pequena (entre 1 a 4 módulos fiscais),

média (acima de 4 até 15 módulos fiscais) e grande propriedade (superior a 15

módulos fiscais). Os módulos fiscais variam de município para município, levando em

consideração, principalmente, o tipo de exploração predominante no município, a

renda obtida com a exploração predominante e o conceito de propriedade familiar

(entre outros aspectos, para ser considerada familiar, a propriedade não pode ter mais

que 4 módulos fiscais)1.

Em Irupi o módulo fiscal equivale a 20 hectares.

A estrutura fundiária de Irupi retrata o predomínio das pequenas propriedades, de

base familiar, onde os trabalhos produtivos são feitos pela própria família ou no regime

de parcerias agrícolas. A estrutura fundiária encontra-se assim distribuída:

Tabela 2 – Aspectos da Estratificação Fundiária

MUNICÍPIO MINIFÚNDIO PEQUENA MÉDIA GRANDE TOTAL

Irupi 1.055 213 16 0 1.284Fonte: INCRA, dados de janeiro de 2011.

1 Legislação: Lei 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 e Instrução Normativa Nº 11, de 04 de abril de 2003).

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Tabela 3 – Assentamentos existentes no município

NºNOME DO ASSENTAMENTO E/OU

ASSOCIAÇÃO CONTEMPLADAMODADLIDADE

Nº DE FAMÍLIAS ASSENTADAS E/OU

BENEFICIADAS

1 ALENCAR ARAUJO BLUNCK CRED. FUNDIÁRIO 1

2 ALTENES LUIZ DE OLIVEIRA CRED. FUNDIÁRIO 1

3 CARLOS EDUARDO DA SILVA CRED. FUNDIÁRIO 1

4 DENILSON TAMÁZIO DE OLIVEIRA CRED. FUNDIÁRIO 1

5 ELCIO DE MEDEIROS PONTES CRED. FUNDIÁRIO 1

6 HELENO QUEIRÓS PONTES VIEIRA CRED. FUNDIÁRIO 1

7 JOSÉ FRANCISCO BARBARA CRED. FUNDIÁRIO 1

8 JAIR JOSÉ DE LIMA CRED. FUNDIÁRIO 1

9 JOSÉ MARIA SANTIAGO CRED. FUNDIÁRIO 1

10 LUCINÉIA GUEDES MOURA MODESTO CRED. FUNDIÁRIO 1

11 MARIN NASCIMENTO GOMES CRED. FUNDIÁRIO 1

12 NELCI CAMILO DA SILVA CRED. FUNDIÁRIO 1

13 PEDRO TEIXEIRA DOS REIS CRED. FUNDIÁRIO 1

14 LINDOMAR DIAS FELONTA CRED. FUNDIÁRIO 1

15 ANA PAULA DE OLIVEIRA CRED. FUNDIÁRIO 1

16 JOSÉ MILES DA SILVA CRED. FUNDIÁRIO 1

17 JOSÉ RICAS LACERDA CRED. FUNDIÁRIO 1

18 RENILDO JOSÉ DE OLIVEIRA CRED. FUNDIÁRIO 1

19 JULIO MARIA FONSECA DE OLIVEIRA CRED. FUNDIÁRIO 1

20 MARCOS ANTÔNIO DOS SANTOS CRED. FUNDIÁRIO 1

21 EUGÊNIO FRANCO FERNANDES CRED. FUNDIÁRIO 1

22 ASSOC. DOS PROD. RUR. DE TODOS OS SANTOS DE S. JOSÉ

CRED FUNDIÁRIO 10

Fonte: INCRA, dados de janeiro de 2011.

1.3 Aspectos Edafoclimáticos e Ambientais

1.3.1 Caracterização edafoclimática

Uma parte do município está na "Zona 1" (43,1%) - terras frias, acidentadas e

chuvosas -, a outra na "Zona 3"(56,9%) - terras de temperaturas amenas, acidentadas

e transição chuvosa/seca. A sede está a 730 m de altitude, variando no município de

640m a 1146m. A temperatura média anual de 19,5ºC, variando de 7,3 a 30,7°C.

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Figura 2 – Zonas naturais do município de Irupi

Algumas características das zonas naturais1 do município de Irupi

1 Fonte: Mapa de Unidades Naturais(EMCAPA/NEPUT, 1999);2 Cada 2 meses parcialmente secos são contados como um mês seco;3 U – chuvoso; S – seco; P- parcialmente seco.

O município de Irupi apresenta solos distróficos (LVd3, LVd4, e Cd1), os quais são

Latossolos vermelho amarelo, ácidos,de baixa a moderada fertilidade natural, com

textura argilosa, fase floresta sub-perenifólia e com relevo em sua maior parte

ondulado.

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Temperatura Relevo Água

Meses secos, chuvosos/secos e secos3ZONASmédia min.mês maisfrio (oC)

média máx.mês mais

quente (oC)

Declividade No mesessecos2

J F M A M J J A S O N DZona 1: Terras Frias, Acidentadas e Chuvosas 7,3 – 9,4 25,3 - 27,8 > 8% 3,0 U U U U P P P S P U U U

Zona 3: Terras de Temperaturas Amenas,Acidentadas e TransiçãoChuvosa/Seca

9,4 - 11,8 27,8 - 30,7 > 8% 4,5 U U U U P S S S S U U U

1.4 Organização Social

A vaidade humana, a desconfiança e os ranços políticos entre os membros das

associações comunitárias rurais, acrescidos de experiências negativas de

administrações passadas, têm penalizado as associações e os próprios agricultores,

com um processo de estagnação do crescimento qualitativo e quantitativo do quadro

funcional.

Tabela 4 – Associações de agricultores familiares existentes no município

Nº NOME DA ORGANIZAÇÃO LOCAL DA SEDE

Nº DE SÓCIOS

PRINCIPAIS ATIVIDADES COLETIVAS

DESENVOLVIDAS

1 ASSOC. COMUNITÁRIA DO Cº AVENTUREIRO

Cº AVENTUREIRO 102 AGROPECUÁRIA

2 ASSOC. COMU. Bª DE Stª ROSA Cº Bª DE Stª ROSA 12 AGROPECUÁRIA

3 ASSOC. COMU. Stª ROSA DE LIMA Cº Stª ROSA DE LIMA 13 AGROPECUÁRIA

4 ASSOC. COMU. Stª CRUZ Cº Stª CRUZ 14 AGROPECUÁRIA

5 ASSOC. COMU. S.JOSÉ DE IRUPI Cº S. JOSÉ 32 AGROPECUÁRIA

6 ASSOC. COMU. PEDREIRA Cº PEDREIRA 25 AGROPECUÁRIA

7 ASSOC. COMU. TODOS OS SANTOS DE S. JOSÉ Cº RONCADOR 10 AGROPECUÁRIA

8 ASSOC.COMU. S. BENTO Cº S. BENTO 17 AGROPECUÁRIA

9 ASSOC. COMU. TIA VELHA Cº TIA VELHA 18 AGROPECUÁRIA

10 ASSOC. COMU. BURRO FROUXO Cº BURRO FROUXO 26 AGROPECUÁRIA

11 COAFACII Bº NITERÓI - IUNA 123 COMÉRCIO DE

CAFÉ

12 SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS IUNA 9000 AGROPECUÁRIA

Fonte: INCAPER/ELDR Irupi, 2010.

O CMDRS de Irupi é exemplo não só a nível estadual, pois desde 1997 (quando foi

criado), se reúne ordinariamente todas as últimas quarta – feiras do mês, às 18:30h,

no Centro de Apoio a Agricultura Familiar. O Conselho tem conseguido manter um

equilíbrio de forças para direcioná-lo em prol do bem comum e razoável desempenho

de políticas públicas para a agricultura familiar, suportando a contento, os revezes das

mudanças de administrações municipais, seus projetos e focos de trabalho.

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Tabela 5 – Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS

Nº ENTIDADE REPRESENTANTE

1 ASSOC. COMU. AVENTUREIROEFETIVO: PAULO CÉSAR DE MELO

SUPLENTE:

2 ASSOC. COMU. Bª DE Stª ROSAEFETIVO: ROMILDO GOMES DE ANDRADE

SUPLENTE:

3 ASSOC. COMU. Stª ROSA DE LIMAEFETIVO: RODRIGO BARBOSA DA SILVA

SUPLENTE:

4 ASSOC. COMU. Stª CRUZEFETIVO: ANTÔNIO GOMES DE AGUIAR

SUPLENTE:

5 ASSOC. COMU. S.JOSÉEFETIVO: SEBASTIÃO DUTRA DE SOUZA

SUPLENTE:

6 ASSOC. COMU. PEDREIRAEFETIVO: ACÁCIO MANUEL DE ANDRADE

SUPLENTE:

7 ASSOC. COMU. T.OS SANTOS DE S. JOSÉ

EFETIVO:MARCOS FELONTA ALVES

SUPLENTE:

8 ASSOC.COMU. S. BENTOEFETIVO: RIVAIL JOSÉ KALILIO

SUPLENTE:

9 ASSOC. COMU. TIA VELHAEFETIVO: JOSÉ DO CARMO

SUPLENTE:

10 ASSOC. COMU. BURRO FROUXOEFETIVO: JOSÉ ELI BARGLINE

SUPLENTE:

11 FACI EFETIVO: ATAIR BATISTA DA COSTA

SUPLENTE:

12 STRII EFETIVO: CLEITON GOMES MOREIRA

SUPLENTE:

13 INCAPEREFETIVO: GERALDO COSTA DE LIMA

SUPLENTE:

14 IDAFEFETIVO: DARCI DE SOUZA ALVES

SUPLENTE:

15 CÂMARA MUNICIPALEFETIVO: HERIVELTON LUIS TERRA

SUPLENTE:

16 EDUCAÇÃOEFETIVO: JULIO MÁRIO DA ROCHA

SUPLENTE:

17 SEAGMAEFETIVO: VALDONI MOREIRA

SUPLENTE:

18 SEADMEFETIVO: RONALDO FERREIRA ELER

SUPLENTE:

19 FINANÇAS EFETIVO: FÁBIO LUIS DE FREITAS

SUPLENTE:

Fonte: INCAPER/ELDR Irupi, 2010.

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Os agricultores familiares deste município contam ainda com o Sindicato Rural

(patronal), que é um parceiro efetivo do ELDR na promoção do programa de

capacitação rural do SENAR. O Sindicato dos Trabalhadores Rurais é outra instituição

de apoio dos agricultores, oferecendo assistência social, jurídica, saúde, crédito

fundiário e rural, com uma atuação mais abrangente na vida social, política e

econômica do município.

1.5 Aspectos econômicos A atividade agropecuária é de fundamental importância para o município, em especial

a cultura do café.

Tabela 6 – Principais Atividades Econômicas

ATIVIDADES % NO PIB MUNICIPAL/2008

Agropecuária 36,31

Indústria 7,71

Comércio e Serviços 55,98http://www.ijsn.es.gov.br/index.php?ption=com_content&view=category&layout=blog&id=281&Itemid=258

A cultura do café é a mais importante atividade agrícola do município de Irupi. Esta

importância se deve a numerosos fatores tais como: aptidão edafoclimática,

topografia, tradição na cultura, geração de capital nas pequenas e médias

propriedades (o café é uma moeda usada em trocas comerciais), principalmente

naquelas exploradas em regime familiar. É também importante na geração de divisas

para o município devido à sua comercialização tanto para o mercado interno quanto

para o mercado externo e tem uma função social muito importante, pois tem alta

capacidade de absorção de mão de obra sem qualificação profissional, reduzindo o

êxodo rural e a favelização das cidades.

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Tabela 7 – Principais atividades agrícolas ( Área, Produção, Produtividade e valor total das principais atividades agropecuárias do município)

PRODUTO ÁREA TOTAL (HA)

ÁREA A SER

COLHIDA (HA)

QUANTIDADE PRODUZIDA

(T)

RENDIMENTO MÉDIO

(KG/HA)

PRODUÇÃO ESTIMADA

(T)

Arroz 1 1 2 0 -

Banana 50 50 740 14800 740

Café 10370 9400 8704 9259 87035

Cana 5 5 125 25000 125

Feijão safra 1 50 50 20 0 -

Feijão safra 2 300 300 180 600 180

Laranja 10 10 110 11000 110

Mandioca 3 3 30 10000 30

Milho safra 1 400 400 800 2000 800

Repolho 2 2 40 20000 40

Tangerina 5 5 90 18000 90

Tomate 4 4 240 0 -

Fonte: IBGE/LSPA do Estado do Espirito Santo (Agosto/2010).

A floricultura tem se expandido e se apresenta como uma boa fonte renda e emprego

no município, tanto as espécies para comercialização em vasos, quanto em floricultura

tropical para corte. Destacamos a GRANDIFLORA – Crisântemo e Rosa, na localidade

de Córrego Vargem Alegre, a Luiz Andrade de Freitas – Floricultura tropical familiar e

o Grupo de Orquidófilos de Irupi, colecionadores (iniciantes).

A pecuária de Irupi em numero de animais e área não é muito expressiva, mas devido

ao programa de inseminação artificial iniciado em 2002, houve um significativo

acréscimo na genética do rebanho.

Na composição racial, optou-se por uma base com heterose visando o vigor genético

de cada raça como forma de contribuição a uma melhor produtividade, rusticidade,

menor intervalo entre partos e um gado mais leve e de menor porte para facilitar o

deslocamento e manejo, já que 95,8% das propriedades possuem área inferior a 50

hectares, ocupando uma área de 75% do município, onde 64% da topografia é

ondulada (de 8 a 45% de declividade).

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Tabela 8 – Atividade pecuária

MUNICÍPIO TIPO DE REBANHO 2008 2009

Bovino 53667 61255

Suíno 3590 3590

Alegre Caprino 592 592

Ovino 430 430

Galos, Frangas, Frangos, Pintos 21350 21350

Galinhas 8235 8235

Codornas 1455 1455

Variável: Valor da Produção (Mil reais)

MUNICÍPIO TIPO DE PRODUTO 2008 2009

Leite 10344 10685

Alegre Ovos de Galinha 88 94

Ovos de Codorna 16 16

Mel de Abelha 10 10http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/ppm/default.asp e http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/default.asp?

t=1&z=t&o=23&u1=1&u2=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1&u7=1, em 2011.

Tabela 9 – Aquicultura e Pesca

TILÁPIA ( X ) Área utilizada em ha 2

OUTROS PEIXES ( X ) Produção em Tonelada 24

QUAIS? Bagre jundiá e cat fish Produtor Nº 4

ALEVINOS

TILÁPIA ( ) Área utilizada em ha

OUTROS PEIXES ( ) Produção em Tonelada

QUAIS? Produtor Nº

Fonte: INCAPER/ELDR Irupi, 2010.

Tabela 10 – Principais Atividades rurais não agrícolas

Nº ATIVIDADES NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS

1 Agroindústria 2

2 Artesanato 3

3 Agroturismo 2

Fonte: INCAPER/ELDR Irupi, 2010.

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1.6 Aspectos Turísticos

1. Parque Nacional do Caparaó , estamos no entorno do parque;

2. Pedra da Tia Velha, propriedade do Sr. Manuel Augusto de Andrade

3. Cachoeira do Chiador, propriedade do Sr. João Teodoro de Almeida;

4. Mata do Jovelino Nunes, hoje pertence ao Sr. Nilo Alves Martins

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2. METODOLOGIA DE ELABORAÇÃO E DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO

2.1 Metodologia de elaboração do Proater

A metodologia utilizada para a realização deste programa está baseada nos princípios

de uma práxis extensionista dialógica, participativa e emancipadora. Desta forma,

agricultores participaram ativamente de todos os processos, discutindo e refletindo

sobre sua realidade de vida, os anseios e as possibilidades de mudança.

A adoção de metodologias participativas de Ater para a condução dos trabalhos deste

programa buscam, além de um diagnóstico que realmente reflita a realidade vivida

pelas famílias, aprimorar a construção da cidadania e a democratização da gestão da

política pública.

A prática utilizada nos diversos encontros com os agricultores familiares estão

baseadas em técnicas e métodos de Diagnóstico Rural Participativo – DRP, nos quais

o diálogo e o respeito são pontos fundamentais para o entendimento coletivo de

determinadas percepções.

Tabela 11 – Cronograma de encontros para elaboração do Proater

Nº COMUNIDADE/LOCAL PÚBLICO DATA Nº PARTICIPANTES

1 ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA S. JOSÉ AF 13/10/10 18

2 ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA DO AVENTUREIRO AF 14/10/10 24

3 ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA S. BENTO AF 15/10/10 14

4 ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA TIA VELHA AF 19/10/10 17

5 ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA Stª CRUZ AF 25/10/10 8

Fonte: INCAPER/ELDR Irupi, 2010.

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3. PLANEJAMENTO DAS AÇÕES DE ATER DO ELDR

As ações planejadas pelo ELDR foram formatadas com a efetiva participação dos

agricultores, suas instituições de representação, técnicos e gestores públicos. Estes

sujeitos participaram não só do diagnóstico como do planejamento em si, apontando

as prioridades e as ações que identificaram como fundamentais.

Além da prospecção das demandas levantadas com os agricultores, o Proater também

está alicerçado nos programas do Governo do Estado, coordenados pelo Incaper e

pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca.

A tabela a seguir é um quadro resumo das principais ações/atividades a serem desen-

volvidas pelo ELDR no ano de 2011.

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PROGRAMAÇÃO ANUAL DAS ATIVIDADES DE ATER – 2011Irupi

Público Assistido Crédito Rural Nº

Agricultores Familiares 250 Projeto Elaborado 20

Assentados 40 Projeto Contratado 20

Quilombolas Mercado e Comercialização Nº

Indígenas Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) 2

Pescadores Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) 2

Outros Agricultores 40 Inclusão/Apoio a feiras 2

Outros Públicos 20 Inclusão/Apoio outros mercados 2

Somatório 350 Organização e gestão da comercialização 2

TABELA – Resumo da programação por atividadeINDICADORES

ATIVIDADES

Con

tato

Vis

ita

Reu

nião

Enc

ontro

Cur

so

Dia

de

Cam

po

Dia

Esp

ecia

l

Exc

ursã

o

Sem

inár

io

Ofic

ina

Out

ros

Café Arábica 300 50 80 6 10 1 2 0 1 2 0 3 0 0 0 0 0 1 0

Café Conilon 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Fruticultura 105 25 45 3 - - - - - 1 - 1 1 - - - - - -

Olericultura 21 21 24 - - - - - - - - - - - - - - - -

Culturas Alimentares 206 11 28 - - - - - - - - - 2 - - - - - -

Pecuária 47 17 39 3 2 - 1 - 1 - 1 - 1 - - - - 1 -

Pesca e Aquicultura - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Silvicultura 30 - 15 - - - - - - - - - 1 - - - - - -

Floricultura - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Recursos Hídricos e Meio Ambiente 23 - 6 2 - - - - - - - - - - - - - - -

Atividades Rurais Não Agrícolas 60 10 5 4 - - - - - - - - - - - - - - -

Agroecologia 30 6 10 1 - - - - - - - - - - - - - - -

Organização Social 52 10 26 - 1 - - - - - - 2 - 4 - - - -

Somatório 822 192 262 45 12 2 3 0 2 3 1 4 7 0 4 0 0 2 0

Incaper – Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural

Nº Pessoas Assistidas

Pes

soas

A

ssis

tidas

Dem

onst

raçã

o de

Mét

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Dem

onst

raçã

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Apo

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os

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BANDES; CONSÓRCIO CAPARAÓ; ABIPTI; APES. Diagnóstico Socioeconômico: Microrregião Caparaó. Vitória, ES, 2005. 213 p.

CCA-UFES/NEDTEC. Atlas da fragmentação florestal na Bacia do Rio Itapemirim-ES. 2005. Disponível em <http://www.nedtec.ufes.br/geo/produtos.htm>. Acesso em

12/12/2005.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA.

IJSN – INSTITUTO JONES DOS SANTOS NEVES

INCAPER – INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISA, ASSISTÊNCIA TÉCNICA E

EXTENSÃO RURAL.

INCRA – INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA

PNUD – PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO. Atlas do

Desenvolvimento Humano no Brasil. Ranking do IDH-M dos municípios do Brasil.

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