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Candidatura a Diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Programa de Ação apresentado por Rui Gama Junho de 2019

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Candidatura a Diretor

da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

Programa de Ação apresentado por Rui Gama

Junho de 2019

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Sumário

1. Porque sou candidato .................................................................................................................. 5

2. Desafios e prioridades ................................................................................................................. 7

I. Investigação ............................................................................................................................ 7

I.1. Áreas estratégicas ............................................................................................................................... 7

I.2. Internacionalização ............................................................................................................................. 8

I.3. Publicações ......................................................................................................................................... 9

II. Ensino ..................................................................................................................................... 9

II.1. Política de valorização da atividade pedagógica ............................................................................. 10

II.2. Nova oferta formativa ..................................................................................................................... 10

II.3. Planos curriculares ........................................................................................................................... 11

II.4. Cursos de língua e cultura portuguesas para estrangeiros .............................................................. 12

II.5. Cursos não conferentes de grau ...................................................................................................... 13

II.6. Mobilidade ....................................................................................................................................... 13

III) Recursos humanos docentes ............................................................................................ 13

III.1. Concursos ....................................................................................................................................... 13

III.2. Avaliação do desempenho docente ................................................................................................ 13

III.3. Gestão científica/académica ........................................................................................................... 14

IV) Os nossos estudantes ....................................................................................................... 14

V) Recursos humanos não docentes......................................................................................... 15

V.1. Qualificação, contratação e carreiras profissionais ......................................................................... 15

VI) Organização e governança ............................................................................................... 15

VII) Comunicação e imagem ................................................................................................... 16

VIII) Outras dimensões ............................................................................................................ 16

VIII.1. Extensão universitária .................................................................................................................. 16

VIII.2. Gabinete de estágios e saídas profissionais ................................................................................. 18

VIII.3. Vida cultural .................................................................................................................................. 18

VIII.4. Instalações, equipamentos e sustentabilidade ............................................................................ 19

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1. Porque sou candidato

Na última década a Faculdade de Letras registou um conjunto expressivo de

transformações em que tive a oportunidade de participar. Muitas delas são bem visíveis

por todos e todas no quotidiano da Faculdade. Outras, de caráter mais imaterial, são

seguramente ainda mais importantes.

A minha candidatura a Diretor da Faculdade assenta num projeto que emana da Lista

A e visa consolidar a posição da FLUC como Escola de referência na área das Humanidades,

Artes e Ciências Sociais. É este projeto, que a direção cessante tem vindo a concretizar

desde há seis anos, que me proponho continuar e que, penso, tenho condições de liderar

nos próximos dois anos. O lema da Lista A “Renovar o presente, ganhar o futuro” e a

respetiva Declaração de Princípios/Programa têm como propósito “consolidar a mudança

e, simultaneamente, definir novas áreas vitais de intervenção, rumo a uma FLUC mais

qualificada, competitiva, participada e inclusiva”.

Esta candidatura procura continuar as transformações que têm vindo a ser

concretizadas, seja na oferta formativa, na dimensão científica e de investigação ou na

contratação de recursos humanos docentes. Importa que estas transformações sejam não

apenas consolidadas como, sobretudo, aprofundadas. Porém, é imperativo enfrentar e

responder também a um conjunto de novos desafios que uma sociedade crescentemente

tecnológica e em acelerada mudança coloca a uma Faculdade de Humanidades, Artes e

Ciências Sociais.

São seis os principais desafios que identifico no curto prazo: i) o primeiro desafio é o

da investigação, nomeadamente no que concerne aos recursos que podem ser mobilizados

para reforçar e melhorar esta dimensão, e de afirmação das áreas científicas definidas

como estratégicas, quer para a investigação quer também para (re)pensar a oferta de

cursos da Faculdade, em linha com o Relatório “Áreas Científicas Estratégicas” de 2018

(RACE) e o debate alargado realizado na Faculdade; ii) o segundo desafio respeita ao que

ensinar e como ensinar no atual contexto de declínio demográfico e perante as mudanças

e desafios societais que enfrentamos, motivando a participação dos/as estudantes e

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valorizando as competências do corpo docente em processo de renovação e a qualificação

dos espaços físicos e das condições de lecionação; iii) um terceiro desafio decorre da

entrada e renovação do corpo docente, no sentido de potenciar as atividades de

investigação, o ensino e a relação com a sociedade, sem descurar formas de aproveitar a

experiência e o conhecimento daqueles que cessaram funções na Faculdade no passado

recente; iv) o quarto desafio é o da participação dos/as estudantes nas atividades de ensino

e de investigação, mas também de incentivo à realização de atividades culturais e à

participação ativa na vida da Faculdade; v) um quinto desafio refere-se ao pessoal não

docente nos domínios da qualificação, do recrutamento e da progressão nas diferentes

carreiras (técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais); vi) por

último, o desafio organizacional e da governança, considerando, entre outros aspetos, a

simplificação de processos, a tomada de decisões e o relacionamento entre as diferentes

estruturas da Faculdade.

Aos seis desafios elencados deve ser acrescentado um desafio transversal que resulta

da importância da projeção e imagem da Faculdade no exterior, quer ao nível do público

pré-universitário, quer na comunidade científica, quer ainda da sua capacidade de

participação nos debates e nas “decisões” estratégicas da Universidade e da sociedade (a

diferentes escalas, da cidade à região e ao país).

Enfrentar estes desafios exige uma participação de todos e de todas - docentes,

estudantes e funcionários/as - e requer a procura de soluções criativas e inovadoras e um

sentido de Escola.

Pretendo liderar uma equipa de Subdiretoras e Subdiretores que, de forma

empenhada, proponham soluções e participem ativamente nas áreas académica, científica,

de pessoal e instalações, informação, comunicação e imagem.

Faço parte, com um grupo alargado de colegas que integrou ou subscreveu a Lista A

“Renovar o presente, ganhar o futuro”, de um projeto que venceu as eleições do passado

mês de maio. Os princípios aqui apresentados resultam do programa da Lista A e dão corpo

às medidas que proponho implementar ao candidatar-me a Diretor da Faculdade. A

concretização do programa e das medidas terá de ser sempre gerida no quadro da

estratégia da Universidade.

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2. Desafios e prioridades

Os desafios identificados devem ser entendidos de forma interligada e interdependente.

Considerando a trajetória recente que se traduziu em transformações na oferta formativa

da Faculdade, na política científica, nas instalações e equipamentos, na forma de

organização e de procedimentos, nas contratações e na progressão na carreira do pessoal

docente, apresentam-se de seguida um conjunto de prioridades que procuram dar

continuidade a esta trajetória e resposta aos novos desafios.

I. Investigação

Ensinaremos melhor e responderemos de forma mais eficiente aos desafios quanto melhor

formos capazes de investigar. Propomos prosseguir o caminho da política científica que

tem vindo a ser discutida e implementada na Faculdade. O RACE orientará as linhas desta

política, tendo por objetivos centrais a crescente internacionalização da produção científica

e a criação de condições institucionais para o desenvolvimento de investigação relevante

com expectáveis impactos positivos na qualidade da formação dos estudantes.

Reconhecendo a importância dos passos já tomados, no sentido de tornar a investigação

da FLUC competitiva num contexto internacional, pretende-se reforçá-los e apostar,

complementarmente, em medidas concretas que possibilitem atingir os objetivos

enunciados, nomeadamente nos aspetos enunciados de seguida.

I.1. Áreas estratégicas

Definir e iniciar a implementação de um plano de ação que efetive o potencial estratégico

assinalado nas seis áreas previstas pelo documento RACE e que são as seguintes: três

delineadas sob a forma de constelações de problemas – Património natural e cultural;

Riscos, saúde e ordenamento do território; Cultura, representação e mediação; e três sob

a forma de áreas ou subáreas específicas – Língua e Literatura Portuguesas

(nomeadamente a criação de uma nova variante no curso de Línguas Modernas em língua

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e literatura chinesas); História do Império Português, Colonialismo e Pós-Colonialismo; e

Humanidades Digitais.

a) A aposta nestas áreas estratégicas deve traduzir-se em projetos de investigação, de

ensino ou de transferência do conhecimento de natureza interdisciplinar, capazes de

mobilizar de forma inovadora diferentes saberes da FLUC e de potenciar as relações entre

a FLUC, outras unidades orgânicas da UC e os centros de investigação da Universidade;

b) Reforçar o apoio técnico especializado com vista à identificação de oportunidades e

concretização de candidaturas de financiamento competitivo, designadamente apostando

na contratação de novos técnicos com experiência comprovada na elaboração e gestão de

projetos científicos internacionais e na contínua formação dos técnicos já pertencentes ao

Gabinete de Apoio a Projetos e Centros de Investigação (GAPCI), bem como incentivando

uma postura proactiva e a capacidade de iniciativa deste Gabinete;

c) Criar novas redes de investigação e estimular as já existentes, definindo e apostando em

geografias preferenciais (nomeadamente, Europa, Países de Língua Oficial Portuguesa e

sueste asiático);

d) Promover uma progressiva e cada vez mais consistente articulação entre os órgãos de

gestão da FLUC, nomeadamente a Direção e o Conselho Científico, e os centros de

investigação sediados na FLUC ou que integrem investigadores docentes da Faculdade.

I.2. Internacionalização

Reforçar e promover as políticas de apoio à internacionalização dos/as docentes e da sua

investigação.

a) Apoiar a tradução e revisão de artigos, capítulos de livros e livros;

b) Manter o Prémio FLUC Publicações Internacionais;

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c) Apoiar a participação em iniciativas científicas no estrangeiro e a construção de parcerias

internacionais;

d) Promover a produção científica em línguas estrangeiras, nomeadamente através da

publicação em revistas internacionais de referência em cada uma das áreas;

e) Incentivar a produção científica em áreas diferenciadoras que possam contribuir para a

identidade científica da Faculdade e que, simultaneamente, consigam captar

investigadores de outras proveniências.

I.3. Publicações

Os últimos anos foram decisivos para a melhoria das revistas científicas da FLUC. Há que

prosseguir esse caminho, com vista à progressiva indexação da totalidade das nossas

revistas em bases de referência internacional.

a) Integrar todas as revistas científicas da Faculdade no OJS (Open Journal Systems),

adotado pela IUC;

b) Reforçar, na medida do possível, um secretariado que assegure a gestão editorial das

revistas;

c) Desenvolver uma cultura que contrarie a endogamia, incentivando docentes e

investigadores/as da FLUC a publicar em revistas de outras instituições nacionais e

internacionais e promovendo as revistas junto de comunidades científicas externas.

II. Ensino

Ensinar mais e melhor, conscientes das importantes mudanças no perfil dos nossos

estudantes, cada vez mais multicultural e multilingue – é este um dos pontos de partida. E

a palavra-chave é mobilizar: mobilizar docentes e estudantes na construção conjunta de

renovadas dinâmicas pedagógicas; mobilizar os estudantes na procura autónoma do saber

diversificado e do crescimento pessoal; mobilizar experiências, recursos e saberes na

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difusão do Português no mundo e na consolidação e captação de públicos; mobilizar

experiências, recursos e saberes no desenvolvimento de ofertas de outros cursos não

conferentes de grau; mobilizar para crescer como Escola de referência a nível internacional

/para públicos internacionais.

Continuar a implementar um conjunto de ações que, nos últimos anos, a Faculdade tem

vindo concretizar, de melhoria da qualidade das suas práticas pedagógicas, em linha com

as boas práticas preconizadas pela Reitoria da Universidade de Coimbra, por forma a

desenvolver um conjunto de competências e atitudes nos/as diplomados/as.

II.1. Política de valorização da atividade pedagógica

Entendemos que a dimensão pedagógica é fundamental, pelo que não deve ser alienada

nem secundarizada. Nesse sentido, e dando seguimento à política pedagógica

consensualizada, definimos as seguintes áreas de atuação/linhas de intervenção

prioritárias:

a) Reforçar o papel e a atividade do Conselho Pedagógico e das Comissões de Avaliação e

Acompanhamento dos Cursos, promovendo a criação de grupos de trabalho (que incluam

também estudantes) que apresentem e implementem propostas concretas;

b) Requalificar as práticas pedagógicas na FLUC através da oferta de ações de formação

destinadas a docentes que se pretendam atualizar neste domínio;

c) Concretizar as linhas estratégicas, no âmbito da atividade pedagógica, definidas no RACE,

nomeadamente: i) criar oferta de um conjunto de unidades curriculares de cada área de

1.º ciclo em língua inglesa; ii) atualizar métodos de ensino em função dos jovens de hoje;

iii) promover a inserção de estudantes em projetos de investigação; iv) incentivar os/as

estudantes a fazerem estágios de curta duração, como forma de complementarem a

formação das unidades curriculares.

II.2. Nova oferta formativa

Pretende-se acompanhar a aplicação dos princípios da nova oferta formativa, mantendo

em funcionamento os mecanismos para a sua contínua monitorização e apontando

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soluções para os aspetos negativos assinalados pelo grupo de avaliação. Assim, é nosso

intuito:

a) Reforçar o apoio administrativo aos diretores de curso, com vista à desburocratização

do seu trabalho: através da preparação de um conjunto mais alargado de funcionários

aptos a dar resposta efetiva a dúvidas de natureza administrativa; propor à Reitoria da UC

melhorias da plataforma Nonio, no sentido de automatizar determinados procedimentos

administrativos (aprovação de inscrições, validação de percursos, etc.);

b) Efetivar e melhorar o funcionamento da orientação tutorial, que, sobretudo em algumas

áreas, requer um reforço de docentes;

c) Promover junto da comunidade de estudantes uma cultura de tutoria, sensibilizando-

os/as para a importância do aconselhamento tutorial;

d) Rever o funcionamento das unidades curriculares de iniciação: debater e definir com

maior precisão o objetivo destas unidades curriculares; prosseguir o esforço de

desdobramento de turmas com vista a evitar ultrapassar o limite de 60-65 inscrições;

e) Promover um maior equilíbrio na seleção dos ciclos de estudo para a realização da área

de concentração complementar/menor, com vista a matizar a visível endogamia

departamental, no respeito, porém, da total liberdade e autonomia do/a estudante;

f) Melhorar a organização do início do ano letivo, em particular os processos

administrativos referentes às matrículas das três fases de candidatura; considerar também

um envolvimento mais ativo dos/as estudantes na definição e organização da semana de

acolhimento de novos/as estudantes, reforçando o papel do NEFLUC.

II.3. Planos curriculares

a) Promover uma reflexão interna de autoavaliação dos cursos de 1.º ciclo e uma

atualização os planos de estudo das áreas de especialização, antecipando a avaliação dos

mesmos pela A3ES;

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b) Reforçar o ensino das Línguas Modernas, através da criação de cursos de língua,

literatura e cultura de línguas diferenciadoras e com crescente procura e importância

mundial (por exemplo, Chinês, Árabe);

c) Promover a revisão dos 2os ciclos oferecidos pela FLUC e pensar uma atualização de

planos de estudos, tendo em consideração quer as áreas científicas estratégias acima

enunciadas, quer o papel da especialização, quer ainda as dinâmicas interdisciplinares e o

papel da FLUC no contexto nacional; dever-se-á apostar na oferta de cursos

diferenciadores, fundados num cruzamento de saberes e capazes de responder aos

desafios societais do nosso tempo;

d) Criar bolsas de mérito para estudantes de 2o ciclo: a FLUC deve criar condições para

assegurar as propinas de mestrado aos melhores estudantes que se candidatem aos seus

2.ºs ciclos, à semelhança do que já sucede com os 1os ciclos.

II.4. Cursos de língua e cultura portuguesas para estrangeiros

Dando seguimento ao investimento que tem sido feito numa das áreas com maior potencial

estratégico na FLUC e na própria universidade, pretende-se:

a) Consolidar o processo de crescimento iniciado nos últimos anos;

b) Desempenhar um papel proactivo e de influência junto da Reitoria da UC, com vista à

construção de uma verdadeira política de língua portuguesa;

c) Promover o alargamento do âmbito de recrutamento de estudantes de língua

portuguesa como língua estrangeira;

d) Reforçar e agilizar a linha editorial de manuais de português como língua estrangeira;

e) Concretizar a construção de uma estrutura que possa ser uma referência internacional

no ensino e na promoção da língua portuguesa.

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II.5. Cursos não conferentes de grau

a) Explorando os recursos da UC_D, apoiar a criação de cursos em regime e-learning e b-

learning;

b) Criar Escolas de Verão em língua inglesa;

c) Criar cursos intensivos de atualização profissional, em estreita colaboração com escolas,

empresas e outros organismos.

II.6. Mobilidade

a) Criar condições para o estabelecimento de protocolos de mobilidade com instituições de

referência nas várias áreas;

b) Aprofundar a política de bolsas de mérito para os melhores estudantes internacionais

que se candidatem a cursos da FLUC;

c) Organizar de modo mais sistemático e regular iniciativas que promovam dinâmicas e

iniciativas de internacionalização dos curricula.

III) Recursos humanos docentes

III.1. Concursos

a) Prosseguir a abertura de concursos para docentes de carreira em áreas críticas e

estratégicas, nomeadamente aquelas que têm o corpo docente mais reduzido e/ou

envelhecido e aquelas que são identificadas como estratégicas no RACE;

III.2. Avaliação do desempenho docente

a) Dado que a avaliação do desempenho dos/as docentes depende dos critérios e valoração

definidos pela Reitoria para toda a UC, a FLUC deverá ter um papel proactivo na negociação

destes aspetos, de forma a que eles possam refletir a estratégia e especificidades da FLUC

ao nível pedagógico e científico;

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b) Propor à Reitoria que inicie um processo de revisão do Regulamento de Avaliação de

Desempenho Docente que o torne mais justo e equilibrado, contemplando os diferentes

perfis de docente.

c) Rever os critérios de avaliação docente para o triénio de 2020-2023.

III.3. Gestão científica/académica

a) Incentivar a desconcentração e a rotatividade dos cargos de gestão científica/académica.

IV) Os nossos estudantes

a) Promover uma participação mais ativa dos estudantes na definição das dinâmicas de

ensino/aprendizagem;

b) Contribuir para uma plena integração dos estudantes na vida da Faculdade, mobilizando-

os ativamente para a participação em diferentes eventos e iniciativas;

c) Apoiar iniciativas que promovam práticas de iniciação científica;

d) Apoiar iniciativas que promovam o desenvolvimento de competências interculturais,

num ambiente cada vez mais diversificado cultural e linguisticamente;

e) Desenvolver e consolidar nos estudantes uma cultura de mobilidade, incentivando à

realização de períodos de estudos ou estágio em universidades parceiras;

f) Prosseguir e reforçar a política de apoio ao NEFLUC no quadro do Plano de Atividades

anualmente definido.

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V) Recursos humanos não docentes

V.1. Qualificação, contratação e carreiras profissionais

a) Requalificar os/as funcionários/as da FLUC que ocupam posições estratégicas, sobretudo

na Secretaria de Assuntos Académicos, no Gabinete de Apoio a Projetos e Centros de

Investigação, no Gabinete de Estágios e Saídas Profissionais e no Gabinete de Relações

Internacionais;

b) Reforçar e rejuvenescer o quadro de técnicos superiores da FLUC, através da abertura

de concursos para técnicos superiores especializados (em áreas deficitárias ou estratégicas,

como gestores de projeto ou no domínio da comunicação);

c) Reforçar e rejuvenescer o quadro de assistentes técnicos e de assistentes operacionais;

d) Procurar soluções junto da Reitoria para reposicionamento nas carreiras profissionais do

pessoal não docente.

VI) Organização e governança

a) Reforçar o apoio administrativo, nomeadamente a diretores de curso, na recolha e

sistematização de informação necessária para autoavaliação dos cursos e, de forma geral,

contribuindo para a desburocratização do seu trabalho;

b) Trabalhar ativamente com a Reitoria da UC na identificação de soluções para uma

melhoria da plataforma Nonio, de forma a garantir a sua adaptabilidade à FLUC e a

consequente simplificação de procedimentos e otimização da gestão académica:

facilitando a construção do mapa de exames; simplificando a aprovação das inscrições em

unidades curriculares; e barrando de forma automática inscrições incorretas.

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VII) Comunicação e imagem

a) Profissionalizar o Gabinete de Comunicação e Imagem através da contratação de pessoal

técnico especializado (para atividades nucleares, como gestão de páginas web, design de

comunicação ou redação de conteúdos);

b) Continuar a promover o contacto com o público pré-universitário nas escolas, em visitas

à Faculdade e nas principais feiras nacionais e internacionais; desenvolver um programa de

palestras regulares para o pré-universitário sobre Artes, Humanidades e Ciências Sociais;

c) Aprofundar uma política de comunicação externa que potencie a visibilidade da FLUC,

quer junto da comunidade científica, quer na sociedade (através da produção de

conteúdos, de uma utilização mais articulada das redes sociais e de um reforço da

qualidade do design de comunicação);

d) Promover práticas de comunicação interna que fomentem o diálogo, a aproximação e

um melhor conhecimento entre a comunidade da FLUC;

e) Reforçar a estratégia de comunicação com a comunidade, nomeadamente através da

criação de um Dia da Escola Aberto à Comunidade;

f) Apoiar a criação de um dia dedicado a cada curso de 1.º ciclo, em que participem

docentes e estudantes (atuais e antigos) e convidados externos.

VIII) Outras dimensões

As políticas e propostas enunciadas implicam considerar outras dimensões da vida da

Faculdade, no quadro de uma relação mais dinâmica e proativa junto da Reitoria da UC, da

qual depende a concretização de algumas medidas acima enunciadas.

VIII.1. Extensão universitária

Na visão estratégica que temos para o futuro próximo da Faculdade, consideramos que o

desenvolvimento e consolidação da vertente “transferência e valorização do

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conhecimento” é absolutamente fundamental: aumenta a visibilidade da FLUC no exterior,

origina mais receitas próprias, estimula a investigação aplicada (e contribui para a

resolução de problemas concretos), incentiva a colaboração entre distintas áreas de saber,

promove as ligações ao tecido cultural e socioeconómico (da cidade, da região e do país),

transfere também para a Faculdade novos conhecimentos, podendo ainda permitir a

formação de estudantes (sobretudo de pós-graduação) em contexto de trabalho. Tanto os

processos de divulgação científica ou artística (cursos e ações de formação, palestras ou

publicações), como a consultoria e prestação de serviços especializados (entre outras

atividades que promovem a interligação entre a universidade e a comunidade) dão corpo

a esta vertente de transferência e valorização económica e social do conhecimento:

a) Constituir um grupo de trabalho, composto por docentes com mais experiência neste

campo de atuação, a fim de i) diagnosticar os aspetos que dificultam os processos de

transferência de saber e, em particular, a execução das prestações de serviços

especializados; ii) identificar áreas preferenciais de atuação (setores específicos e também

transversais, exigindo a colaboração ou o cruzamento de diferentes áreas disciplinares); iii)

mapear parcerias estratégicas a estabelecer; iv) averiguar as necessidades dos parceiros e

do mercado (identificando potenciais nichos de serviços); v) estabelecer uma estratégia de

contacto e de relação com estas entidades; vi) equacionar de que forma a participação de

docentes neste tipo de atividades reverterá em termos da sua avaliação de desempenho e

de acesso a financiamento para investigação;

b) Implementar a curto prazo medidas que resultarem da reflexão produzida por esse

grupo de trabalho;

c) Promover ações de formação (por exemplo, para os docentes do ensino secundário) e

cursos de atualização profissional presenciais ou a distância;

c) Dotar o Centro de Línguas de uma estrutura que o habilite a ser um centro de traduções

e interpretação.

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VIII.2. Gabinete de estágios e saídas profissionais

a) Incentivar e promover junto dos/as estudantes a realização de estágios profissionais

extracurriculares, o que implica investir em campanhas e ações de divulgação em

articulação com a área da comunicação e com as várias secções da Faculdade;

b) Criar uma estrutura e procedimentos de monitorização da qualidade e conteúdos

funcionais dos diversos estágios realizados juntos de entidades já protocoladas;

c) Promover e estreitar as relações entre o gabinete de estágios e os/as docentes

orientadores/as, promovendo e alargando a ligação de algumas áreas da FLUC ao tecido

cultural, económico e social;

d) Criar uma rede de alumni, que permita a monitorização da inserção no mundo do

trabalho dos/das diplomados/as da FLUC.

VIII.3. Vida cultural

a) Dotar a FLUC de uma política multicultural e inclusiva que se centre nos/as estudantes;

b) Atribuir a uma equipa de docentes a organização da programação cultural a decorrer no

Teatro Paulo Quintela;

c) Dinamizar a ocupação do Teatro Paulo Quintela através de parcerias com o TAGV e/ou

com outros grupos culturais da cidade;

d) Repensar o modo como se realiza a integração dos/as novos/as estudantes;

e) Programar anualmente um evento cultural, dinamizado pelos quatro departamentos da

FLUC, que seja suficientemente agregador e inclusivo;

f) Promover processos que permitam programar melhor a agenda cultural da FLUC, por

forma a evitar sobreposições de eventos e realizações.

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VIII.4. Instalações, equipamentos e sustentabilidade

a) Prosseguir a política de requalificação dos espaços da Faculdade, nomeadamente: i)

concretizando as obras de requalificação das caixilharias do Colégio de São Jerónimo e do

Palácio Sub-Ripas; ii) continuar a melhorar as condições de lecionação, de apoio às

atividades curriculares, de investigação e de conforto de todos os edifícios;

b) Prosseguir a política de proteção e sensibilização para o valor do património móvel e

imóvel da FLUC e da UC. Constituir um grupo de trabalho multidisciplinar que estabeleça

um plano de salvaguarda e divulgação do espólio patrimonial mais relevante da FLUC;

c) Prosseguir a política de atualização de equipamentos;

d) Transformar os espaços da FLUC em edifícios mais inclusivos do ponto de vista da

acessibilidade e mobilidade para cidadãos e cidadãs com necessidades especiais;

e) Adotar uma política de gestão de recursos responsável e consciente do ponto de vista

ambiental e energético: poupança de energia e de água, campanhas de reciclagem, etc;

f) Prosseguir a política de organização de uma biblioteca central com um acervo totalmente

em livre acesso, salvo coleções cujo valor justifique uma consulta com critérios

diferenciados, promovendo e divulgando o seu uso junto da comunidade de estudantes;

g) Investir na atualização dos recursos bibliográficos da FLUC, incluindo a renovação anual

de assinaturas de bases de dados bibliográficas online de acesso a publicações periódicas

científicas.

Rui Gama

Coimbra, 28 de junho de 2019