Programa Circuito de Formação

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PROGRAMA CIRCUITO – FORMAÇÃO - ALEPH – ESCOLA DE PSICANÁLISE “Ir mais além da instituição espontânea, no caso, deve levar em conta a questão da formação/formações do analista, pautada no desejo do analista. Para tanto, uma vez discutida e elaborada uma proposta, ela irá incidir sobre a estrutura da escola. Nesta tarefa, uma questão deve nos orientar: “a quem nos dirigimos?”, “para quem falamos?”. Em cada uma das instâncias da Escola deve- se ter em mente essa questão, pois, com Lacan, o endereço define o estilo do que se faz.” (1) Com essas premissas, pensamos uma proposta de formação em psicanálise que leva em conta uma temporalidade e uma trilha de formação, a ser traçada a cada vez, mas que apresente alguns ‘marcadores’* a serem incluídos nessa trilha. Esses ‘marcadores’, campos de trabalho e saber, serão oferecidos pela Escola como pontos de ancoragem da formação, e não um currículo estanque a ser seguido por todos. A lógica moebiana do tripé – “o saber clínico, o saber teórico, o saber fazer”, intimamente relacionada à análise pessoal e à práxis, faz-nos remeter ao texto freudiano “A questão da análise leiga”, onde Freud, a partir de uma ‘carta de princípios’, propõe os parâmetros necessários à pratica da psicanálise, para além do ensino formal universitário. Sugerimos, em um primeiro momento, alguns marcadores para a construção dessa trilha: Temporalidade: encontros semanais Temas: . Apresentação da Escola, inserida em um contexto histórico da Psicanálise; . Metapsicologia freudiana, articulada aos Conceitos Fundamentais (Freud/Lacan); . Estruturas clínicas. A questão da supervisão: a ser discutida

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PROGRAMA CIRCUITO – FORMAÇÃO - ALEPH – ESCOLA DE PSICANÁLISE

“Ir mais além da instituição espontânea, no caso, deve levar em conta a questão da formação/formações do analista, pautada no desejo do analista. Para tanto, uma vez discutida e elaborada uma proposta, ela irá incidir sobre a estrutura da escola. Nesta tarefa, uma questão deve nos orientar: “a quem nos dirigimos?”, “para quem falamos?”. Em cada uma das instâncias da Escola deve-se ter em mente essa questão, pois, com Lacan, o endereço define o estilo do que se faz.” (1)

Com essas premissas, pensamos uma proposta de formação em psicanálise que leva em conta uma temporalidade e uma trilha de formação, a ser traçada a cada vez, mas que apresente alguns ‘marcadores’* a serem incluídos nessa trilha. Esses ‘marcadores’, campos de trabalho e saber, serão oferecidos pela Escola como pontos de ancoragem da formação, e não um currículo estanque a ser seguido por todos.

A lógica moebiana do tripé – “o saber clínico, o saber teórico, o saber fazer”, intimamente relacionada à análise pessoal e à práxis, faz-nos remeter ao texto freudiano “A questão da análise leiga”, onde Freud, a partir de uma ‘carta de princípios’, propõe os parâmetros necessários à pratica da psicanálise, para além do ensino formal universitário.

Sugerimos, em um primeiro momento, alguns marcadores para a construção dessa trilha:

Temporalidade: encontros semanais

Temas:

. Apresentação da Escola, inserida em um contexto histórico da Psicanálise;

. Metapsicologia freudiana, articulada aos Conceitos Fundamentais (Freud/Lacan);

. Estruturas clínicas.

A questão da supervisão: a ser discutida

Esses temas serão trabalhados por membros da Escola, conforme a disponibilidade e transferência de trabalho, em um tempo determinado (semestre, ano).

Necessário frisar que os seminários, assim como os cartéis, manterão seu lugar e sua periodicidade, sempre abertos aos interessados, uma vez que a formação permanente é premissa básica de uma Escola de psicanálise.

Sejam bem-vindos!

Comissão de Ensino do Aleph- Escola de Psicanálise

(1) Arreguy, Elisa. Texto de circulação interna da Escola

*marcadores – termo já adotado por uma Comissão de Ensino e Transmissão, (2006/2007) para delimitar o necessário da transmissão na Escola.