Programa apoia os produtores e expande cultivo agroecológico

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AGRONEGÓCIOS SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 22/11/2010 B7 agronegocios @grupoatarde.com.br INDICADORES AGROPECUÁRIA / 20.11.2010 AGENDA DA SEMANA SEG. 22.11 CURSO DE CAPACITAÇÃO DE PRAGAS DE CITROS De 22 a 24/11, acontece em Jaboticabal (SP) o curso de formação e aperfeiçoamento para profis- sionais que lidam com pragas dos citros. Outras informa- ções em: www.grave- na.com.br/programacao.htm TER. 23.11 REUNIÃO TÉCNICA DE CA- PRINOVINOCULTURA Mucu- rerê, localizado na região de Paulo Afonso, sedia a reu- nião, que acontece a partir das 9 horas na Câmara Mu- nicipal de Vereadores da ci- dade. O evento é uma ini- ciativa da EDBA/Seagri. QUA. 24.11 CONGRESSO DE AGRICULTU- RA FAMILIAR III Congresso Estadual de Agricultura Fami- liar, que acontece de 24 a 26/11, na UFRB em Cruz das Almas, pretende dar visibili- dade a agricultura familiar e divulgar as novas tecnologias que o mercado oferece. QUA. 24.11 IV CLANA A quarta edição do Congresso Latino-Americano de Nutrição Animal, organi- zado pelo CBNA, acontece no Centro de Convenções da Uni- camp, em São Paulo, até 26/11. Outras informações: (19) 3232-7518 ou cbna@lex- xa.com.br QUI. 25.11 SEMINÁRIO DE MUDAS CÍ- TRICAS A produção de mudas cítricas é o tema do seminá- rio técnico que acontece em Cruz das Almas nos dias 25 e 26, no auditório da Embrapa Mandioca e Fruticultura. O evento é uma promoção da EBDA/Seagri. QUI. 25.11 CURSO MERCADO FUTURO DE ALGODÃOAcontece em Luís Eduardo Magalhães o Curso de Análise Fundamen- tal e Introdução ao Mercado Futuro de Algodão, cujo foco são preços e tendências de mercado. Informações: www.safras.com.br/eventos SÁB. 27.11 FENAGRO 2010 A exposição chega à sua 23ª edição e acon- tece até 5 de dezembro, no Parque de Exposições de Sal- vador. Os ingressos custarão R$ 5. Mais informações po- dem ser obtidas no site www.fenagro.com ou pelo te- lefone: (71)3375-3342 TIRA DÚVIDAS Como saber que materiais são permitidos na adubação orgânica? Os padrões internacionais que regem a pro- dução orgânica de alimentos estão agrupados na International Federation of Organic Agri- culture Movements (Ifoam) e podem ser con- sultados pela internet . As normas brasileiras de produção orgânica constam da Instrução Nor- mativa no 7, de 17/5/991, em que estão listados os materiais permitidos para uso na adubação orgânica. Existe algum problema em usar estercos fres- cos? Sim. Os estercos frescos podem conter micror- ganismos causadores de doenças no homem. Não devem ser utilizados no cultivo de hortaliças, pois podem contaminar as partes comestíveis das plantas. Esse problema pode ser resolvido pelo curtimento, ou envelhecimento do esterco em condições naturais, não controladas. Deve-se deixar o monte de esterco “envelhecer” em local coberto ou protegido com plástico ou lona con- tra chuvas, cujas águas lavam o esterco remo- vendo os nutrientes. O tempo aproximado para ‘curtir’ é de 90 dias, dependendo das condições ambientais. FONTE: EMBRAPA ENVIE DÚVIDAS PARA [email protected] OU PELO ALÔ REDAÇÃO (TEL. 71 - 3340-8990) Principais cotações agrícolas em R$ FEIJÃO 100 SOJA 46 MILHO 25 u CACAU 78 BOI 108 ABACATE MÉDIO CEASA/SALVADOR SC 30 KG 63,00 ABACAXI MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 110,00 ALGODÃO PLUMA BARREIRAS ARROBA 71,05 CAROÇO BARREIRAS ARROBA 14,50 ARROZ COM CASCA BARREIRAS SC 60 KG 29,00 BANANA PACOVAN CEASA/SALVADOR KG 1,10 PRATA CEASA/SALVADOR CENTO 13,00 BETERRABA IRECÊ SC 20KG 4,00 CACAU ILHÉUS/ITABUNA ARROBA 78,00 FUTURO NEW YORK (US$) TON 2.869,00 CAFÉ ARÁBICA DURO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 315,00 RIO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 210,00 DESPOLPADO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 400,00 DESPOLPADO VITÓRIA DA CONQU ISTA SC 60 KG 380,00 DURO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 310,00 RIO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 200,00 DISPONÍVEL SANTOS SC 60 KG S/C DISPONÍVEL NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/C FUTURO NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/C CONILLON TIPO 7 EUNÁPOLIS SC 60 KG 170,00 TIPO 7/8 EUNÁPOLIS SC 60 KG 167,00 CEBOLA CEASA/SALVADOR SC 20 KG 7,00 CEASA/JUAZEIRO SC 20 KG 6,00 IRECÊ SC 20 KG 3,00 CENOURA IRECÊ SC 20 KG 6,00 COCO SECO MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 95,00 COCO VERDE MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 65,00 CRAVO DA ÍNDIA VALENÇA KG 6,00 DENDÊ CACHO VALENÇA TONELADA 170,00 FARINHA DE MAND. CEASA/SALVADOR SC 50 KG 85,00 FEIJÃO CARIOCA ADUSTINA SC 60 KG 90,00 BARREIRAS SC 60 KG 130,00 IRECÊ SC 60 KG 100,00 RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 130,00 TUCANO SC 60 KG S/C MULATO IRECÊ SC 60 KG S/C GOIABA CEASA/SALVADOR CX 03 KG 3,00 PALUMA CEASA/JUAZEIRO CX 20 KG 25,00 GUARANÁ VALENÇA KG 7,50 LARANJA PERA GRANDE CEASA/SALVADOR CENTO 12,00 INDÚSTRIA RIO REAL TONELADA 265,00 INHAMBUPE TONELADA 260,00 LIMA CEASA/SALVADOR CENTO 19,00 LIMÃO TAITI GRANDE CEASA/SALVADOR SC 20 KG 32,00 MAMÃO FORMOSA CEASA/SALVADOR KG 0,70 MAMÃO FORMOSA B CEAGESP CX 21 KG 19,32 MAMÃO HAWAI CEASA/SALVADOR CX 7/8 KG 5,00 MANGA TOMMY ATKINS CEASA/JUAZEIRO KG 0,48 PALMER LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 8,45 TOMMY ATKINS LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 2,10 MARACUJÁ CEASA/JUAZEIRO SC 15 KG 20,10 COMUM CEASA/JAGUAQUARA SC 20 KG 17,00 MEL TUCANO KG 3,50 MELANCIA COMUM CEASA/SALVADOR KG 0,50 CEASA/JUAZEIRO KG 0,40 MELÃO GRANDE CEASA/SALVADOR KG 1,20 CEASA/JUAZEIRO KG 0,80 MILHO ADUSTINA SC 60 KG 25,00 IRECÊ SC 60 KG 23,00 RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 30,00 TUCANO SC 60 KG S/C SISAL EXTRA VALENTE KG 1,14 TIPO 2 VALENTE KG 1,04 REFUGO VALENTE KG 0,55 SOJA BARREIRAS SC 60 KG 46,00 CHICAGO-USA (U$$) BUSCHEL 12,73 SORGO IRECÊ SC 60 KG S/C TOMATE MESA 1ª CEASA/SALVADOR CX 20/22 KG 13,00 CEASA/JUAZEIRO CX 26 KG 20,00 CEASA/JAGUAQUARA CX 23 KG 19,00 UVA ITÁLIA CEASA/SALVADOR CX 07 KG 17,00 UVA ITÁLIA CEASA/JUAZEIRO CX 06 KG 45,00 PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$ PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$ PECUÁRIA PRODUTOS PRAÇA UNIDADE R$ BOI GORDO POSTO NO FRIGORÍFICO FEIRA DE SANTANA ARROBA 108,00 POSTO NO FRIGORÍFICO STO. ANTÔNIO DE JESUS ARROBA 102,00 POSTO NO FRIGORÍFICO ITAPETINGA ARROBA 98,00 SALVADOR ARROBA 109,00 ARAÇATUBA/SP ARROBA S/C CAPRINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 135,00 JEQUIÉ ARROBA 127,50 OVINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 138,00 JEQUIÉ ARROBA 127,50 LEITE (NA PLATAFORMA) F. DE SANTANA LITRO 0,75 TEIXEIRA DE FREITAS LITRO 0,75 Fonte: EBAL, EBDA, Coordenação de Conjuntura Agrícola - SEAGRI CACAU ILHÉUS/ITABUNA 81,00 (arroba) Fonte: Seagri-Ba NOVA IORQUE ABT. MAX. MIN. AJUSTE OSC. DEZ/10 - 2.898 2.847 2.826 -70 MAR/11 - 2.942 2.849 2.868 -71 MAI/11 - 2.951 2.875 2.887 -68 Fonte: AGÊNCIA EFE SUSTENTABILIDADE Pequenos agricultores baianos terão produtividade ampliada. Excedente será comercializado Programa apoia os produtores e expande cultivo agroecológico JULIANA BRITO O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empre- sas (Sebrae), em parceria com a Fundação Banco do Brasil e a Petrobras, está apoiando a agricultura familiar através do Pais (Produção Agroecoló- gica Integrada e Sustentável), um projeto em curso desde 2003, voltado ao cultivo agroecológico e presente em todo o País. Somente na Ba- hia, de 2005, quando come- çou no Estado, até o final deste ano, 225 famílias de pequenos agricultores terão recebido o apoio do projeto, que tem o objetivo de sistematizar a produção, visando a criação de uma fonte de renda através da comercialização da produ- ção familiar. “Mas nossa preocupação maior é com a segurança ali- mentar, queremos que a fa- mília se alimente. Para a co- mercialização, apenas o que for excedente", ressalta o ana- lista técnico da Unidade de Atendimento Coletivo - Agro- negócio, Edirlan Souza. O Pais funciona em uma organização circular, geral- mente com um galinheiro no centro e as hortaliças em vol- ta. A ideia é facilitar o trânsito do agricultor pela horta e au- xiliar o sistema de irrigação, cujas mangueiras, deste mo- do, não precisam sofrer do- bras. A integração entre ani- mais e plantas também é es- tratégica. “Enquanto a gali- nha está andando, de certa forma está arando a terra”. As fezes dela servem como adubo e algumas das horta- liças servem de alimento para o galinheiro, assim como o milho plantado na proprie- dade, que também pode ser adubado com as fezes do ga- linheiro”, comenta Edirlan Souza. A complementação da ali- mentação é outro benefício. “No Pais, ele tem a carne e os ovos da galinha, as hortaliças e até algumas plantas medi- cinais”, destaca Beraldo Boa Ventura, gerente da área so- cioambiental de Costa de Sauípe. Obviamente, em se tratan- do de produção ecológica, as orientações sobre alternati- vas naturais de combate a pra- gas e doenças fazem parte da consultoria. O agrônomo do Sebrae, Nivaldo Amorim, está atuandodesdeoiníciodopro- jeto e explica que, quanto às pragas, as medidas são bási- cas. “A praga quer dizer que o agricultor está manejando er- rado a roça: ou adubando de menos, ou irrigando demais. Ensino a como equilibrar es- sas coisas e naturalmente os problemas diminuem mui- to”, diz Beneficiados Um dos beneficiados pelo projeto é o agricultor Vantoil Pereira, que mora em Costa do Sauípe. Dono de uma roça de 3 mil metros quadrados, ele e a mulher – que agora o auxilia – foram capacitados pelo Sebrae. Aos 69 anos, o trabalhador descobriu que a técnica pode ser uma grande aliada da experiência. “O jeito que eles ensinam é melhor. Eu plantava de qualquer jei- to”, admite. Com o projeto, aprendeu a lidar com hortaliças e adqui- riu uma nova fonte de renda. No terreno arenoso da sua propriedade, o agricultor já colheu e já lucrou com o plan- tio antes dos 90 dias estima- dos . “Como melhor hoje em dia não só porque salada é boa parte da nossa refeição, como porque, com o dinheiro que ganho, posso comprar outros alimentos”, entusiasma-se Vantoil Pereira. Nem sair de casa Vantoil precisa para lucrar. Vizinhos e pousadas próximas são os consumidores de seu exce- dente. Comercialização Mas nem todos têm a mesma sorte. A comercialização, aliás, é uma preocupação dos envolvidos com o projeto. Em breve, o Sebrae preten- de passar o bastão da assis- tência técnica à Cooperativa Agrícola da Costa do Sauípe (Coopevales), que vai abran- ger todo o Estado, deixando ao Sebrae as questões de ges- tão, empreendedorismo e ca- pacitação. Uma das funções da Coo- pevales no Estado será impul- sionar a comercialização des- ses agricultores. “O exceden- te produzido vai ser direcio- nado para a venda para a me- renda escolar e para o Pro- grama de Aquisição de Ali- mentos da Conab”, diz Nival- do Amorim. Agricultura familiar produz 70% do que chega à mesa A agricultura familiar é res- ponsável por 70% do que che- ga ao prato do baiano. Os da- dos são da Secretaria de Agri- cultura do Estado (Seagri) que contabiliza 665 mil famílias neste perfil. O Pais está muito longe de contribuir significa- tivamente com a melhoria da situação destes agricultores. Mas essa não é a intenção. “Este projeto exige um acom- panhamento próximo, que o impede de atingir um grande público. Perderíamos o con- trole e a assistência técnica não seria efetiva”, argumenta Edirlan Souza. “Além do mais, metade dos agricultores fa- miliares não está no perfil desse programa e uma outra parcela certamente não teria interesse e teria resistência ao método”, diz. Para 2011, a estimativa é de implantar mais 226 unidades do PAIS na região oeste e mé- dio São Francisco. O custo es- timado de cada unidade des- sa é de R$ 12 mil, do qual o Sebrae é responsável por 26% e os parceiros dos outros 74%. O acréscimo na implantação em 2011, aliás, foi possível de- vido a cooptação de mais uma associação, com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Os parceiros viabilizam a implantação das unidades e influenciam na escolha da região. Para par- ticipar é preciso ser um agri- cultor familiar que more na área cultivada. “A praga quer dizer que o agricultor está manejando errado a roça” NIVALDO AMORIM, agrônomo Editor-coordenador Flávio Oliveira CRÉDITO RURAL Pronaf financia projetos individuais ou coletivos www.atarde.com.br Pousadas vizinhas à região do cultivo já estão consumindo os produtos A ideia é facilitar o trânsito do produtor pela horta e auxiliar a irrigação Hortaliças serão usadas na merenda escolar Ivan Cruz / Ag. A TARDE / 23.04.2009

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Programa do Sebrae visa garantir a subsistência de famílias através da agricultura. A produção excedente será comercializada.

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AGRONEGÓCIOSSALVADOR SEGUNDA-FEIRA 22/11/2010 B7

[email protected]

INDICADORESAGROPECUÁRIA / 20.11.2010

AGENDA DA SEMANASEG. 22.11CURSO DE CAPACITAÇÃO DEPRAGAS DE CITROS De 22 a24/11, acontece em Jaboticabal(SP) o curso de formação eaperfeiçoamento para profis-sionais que lidam com pragasdos citros. Outras informa-ções em: www.grave-na.com.br/programacao.htm

TER. 23.11REUNIÃO TÉCNICA DE CA-PRINOVINOCULTURA Mucu-rerê, localizado na região dePaulo Afonso, sedia a reu-nião, que acontece a partirdas 9 horas na Câmara Mu-nicipal de Vereadores da ci-dade. O evento é uma ini-ciativa da EDBA/Seagri.

QUA. 24.11CONGRESSO DE AGRICULTU-RA FAMILIAR III CongressoEstadual de Agricultura Fami-liar, que acontece de 24 a26/11, na UFRB em Cruz dasAlmas, pretende dar visibili-dade a agricultura familiar edivulgar as novas tecnologiasque o mercado oferece.

QUA. 24.11IV CLANA A quarta edição doCongresso Latino-Americanode Nutrição Animal, organi-zado pelo CBNA, acontece noCentro de Convenções da Uni-camp, em São Paulo, até26/11. Outras informações:(19) 3232-7518 ou [email protected]

QUI. 25.11SEMINÁRIO DE MUDAS CÍ-TRICAS A produção de mudascítricas é o tema do seminá-rio técnico que acontece emCruz das Almas nos dias 25 e26, no auditório da EmbrapaMandioca e Fruticultura. Oevento é uma promoção daEBDA/Seagri.

QUI. 25.11CURSO MERCADO FUTURODE ALGODÃOAcontece emLuís Eduardo Magalhães oCurso de Análise Fundamen-tal e Introdução ao MercadoFuturo de Algodão, cujo focosão preços e tendências demercado. Informações:www.safras.com.br/eventos

SÁB. 27.11FENAGRO 2010 A exposiçãochega à sua 23ª edição e acon-tece até 5 de dezembro, noParque de Exposições de Sal-vador. Os ingressos custarãoR$ 5. Mais informações po-dem ser obtidas no sitewww.fenagro.com ou pelo te-lefone: (71)3375-3342

TIRA DÚVIDASComo saber que materiais são permitidos naadubação orgânica?Os padrões internacionais que regem a pro-dução orgânica de alimentos estão agrupadosna International Federation of Organic Agri-culture Movements (Ifoam) e podem ser con-sultados pela internet . As normas brasileiras deprodução orgânica constam da Instrução Nor-mativa no 7, de 17/5/991, em que estão listadosos materiais permitidos para uso na adubaçãoorgânica.

Existe algum problema em usar estercos fres-cos?Sim. Os estercos frescos podem conter micror-ganismos causadores de doenças no homem.Nãodevemserutilizadosnocultivodehortaliças,pois podem contaminar as partes comestíveisdas plantas. Esse problema pode ser resolvidopelo curtimento, ou envelhecimento do estercoem condições naturais, não controladas. Deve-sedeixar o monte de esterco “envelhecer” em localcoberto ou protegido com plástico ou lona con-tra chuvas, cujas águas lavam o esterco remo-vendo os nutrientes. O tempo aproximado para‘curtir’ é de 90 dias, dependendo das condiçõesambientais.

FONTE: EMBRAPA

ENVIE DÚVIDAS PARA [email protected] PELO ALÔ REDAÇÃO (TEL. 71 - 3340-8990)

Principais cotações agrícolas em R$

FEIJÃO

100SOJA

46MILHO

25u

CACAU

78BOI

108ABACATE MÉDIO CEASA/SALVADOR SC 30 KG 63,00ABACAXI MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 110,00ALGODÃO PLUMA BARREIRAS ARROBA 71,05

CAROÇO BARREIRAS ARROBA 14,50ARROZ COM CASCA BARREIRAS SC 60 KG 29,00BANANA PACOVAN CEASA/SALVADOR KG 1,10

PRATA CEASA/SALVADOR CENTO 13,00BETERRABA IRECÊ SC 20KG 4,00CACAU ILHÉUS/ITABUNA ARROBA 78,00

FUTURO NEW YORK (US$) TON 2.869,00CAFÉ ARÁBICA DURO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 315,00

RIO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 210,00DESPOLPADO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 400,00DESPOLPADO VITÓRIA DA CONQU ISTA SC 60 KG 380,00DURO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 310,00RIO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 200,00DISPONÍVEL SANTOS SC 60 KG S/CDISPONÍVEL NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/CFUTURO NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/CCONILLON TIPO 7 EUNÁPOLIS SC 60 KG 170,00TIPO 7/8 EUNÁPOLIS SC 60 KG 167,00

CEBOLA CEASA/SALVADOR SC 20 KG 7,00CEASA/JUAZEIRO SC 20 KG 6,00IRECÊ SC 20 KG 3,00

CENOURA IRECÊ SC 20 KG 6,00COCO SECO MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 95,00COCO VERDE MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 65,00CRAVO DA ÍNDIA VALENÇA KG 6,00DENDÊ CACHO VALENÇA TONELADA 170,00FARINHA DE MAND. 1ª CEASA/SALVADOR SC 50 KG 85,00FEIJÃO CARIOCA ADUSTINA SC 60 KG 90,00

BARREIRAS SC 60 KG 130,00IRECÊ SC 60 KG 100,00RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 130,00TUCANO SC 60 KG S/C

MULATO IRECÊ SC 60 KG S/C

GOIABA CEASA/SALVADOR CX 03 KG 3,00PALUMA CEASA/JUAZEIRO CX 20 KG 25,00GUARANÁ VALENÇA KG 7,50LARANJA PERA GRANDE CEASA/SALVADOR CENTO 12,00

INDÚSTRIA RIO REAL TONELADA 265,00INHAMBUPE TONELADA 260,00

LIMA CEASA/SALVADOR CENTO 19,00LIMÃO TAITI GRANDE CEASA/SALVADOR SC 20 KG 32,00MAMÃO FORMOSA CEASA/SALVADOR KG 0,70MAMÃO FORMOSA B CEAGESP CX 21 KG 19,32MAMÃO HAWAI CEASA/SALVADOR CX 7/8 KG 5,00MANGA TOMMY ATKINS CEASA/JUAZEIRO KG 0,48

PALMER LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 8,45TOMMY ATKINS LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 2,10

MARACUJÁ CEASA/JUAZEIRO SC 15 KG 20,10COMUM CEASA/JAGUAQUARA SC 20 KG 17,00

MEL TUCANO KG 3,50MELANCIA COMUM CEASA/SALVADOR KG 0,50

CEASA/JUAZEIRO KG 0,40MELÃO GRANDE CEASA/SALVADOR KG 1,20

CEASA/JUAZEIRO KG 0,80MILHO ADUSTINA SC 60 KG 25,00

IRECÊ SC 60 KG 23,00RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 30,00TUCANO SC 60 KG S/C

SISAL EXTRA VALENTE KG 1,14TIPO 2 VALENTE KG 1,04REFUGO VALENTE KG 0,55

SOJA BARREIRAS SC 60 KG 46,00CHICAGO-USA (U$$) BUSCHEL 12,73

SORGO IRECÊ SC 60 KG S/CTOMATE MESA 1ª CEASA/SALVADOR CX 20/22 KG 13,00

CEASA/JUAZEIRO CX 26 KG 20,00CEASA/JAGUAQUARA CX 23 KG 19,00

UVA ITÁLIA CEASA/SALVADOR CX 07 KG 17,00UVA ITÁLIA CEASA/JUAZEIRO CX 06 KG 45,00

PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$ PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$

PECUÁRIAPRODUTOS PRAÇA UNIDADE R$BOI GORDOPOSTO NO FRIGORÍFICO FEIRA DE SANTANA ARROBA 108,00POSTO NO FRIGORÍFICO STO. ANTÔNIO DE JESUS ARROBA 102,00POSTO NO FRIGORÍFICO ITAPETINGA ARROBA 98,00

SALVADOR ARROBA 109,00ARAÇATUBA/SP ARROBA S/C

CAPRINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 135,00JEQUIÉ ARROBA 127,50

OVINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 138,00JEQUIÉ ARROBA 127,50

LEITE (NA PLATAFORMA) F. DE SANTANA LITRO 0,75TEIXEIRA DE FREITAS LITRO 0,75

Fonte: EBAL, EBDA, Coordenação de Conjuntura Agrícola - SEAGRI

CACAUILHÉUS/ITABUNA 81,00 (arroba)

Fonte: Seagri-Ba

NOVA IORQUE ABT. MAX. MIN. AJUSTE OSC.DEZ/10 - 2.898 2.847 2.826 -70MAR/11 - 2.942 2.849 2.868 -71MAI/11 - 2.951 2.875 2.887 -68

Fonte: AGÊNCIA EFE

SUSTENTABILIDADE Pequenos agricultores baianos terãoprodutividade ampliada. Excedente será comercializado

Programa apoia osprodutores e expandecultivo agroecológicoJULIANA BRITO

O Serviço Brasileiro de Apoioàs Micro e Pequenas Empre-sas (Sebrae), em parceria coma Fundação Banco do Brasil ea Petrobras, está apoiando aagricultura familiar atravésdo Pais (Produção Agroecoló-gica Integrada e Sustentável),um projeto em curso desde2003, voltado ao cultivoagroecológico e presente emtodo o País. Somente na Ba-hia, de 2005, quando come-çounoEstado,atéofinaldesteano, 225 famílias de pequenosagricultores terão recebido oapoio do projeto, que tem oobjetivo de sistematizar aprodução, visando a criaçãode uma fonte de renda atravésda comercialização da produ-ção familiar.

“Mas nossa preocupaçãomaior é com a segurança ali-mentar, queremos que a fa-mília se alimente. Para a co-mercialização, apenas o quefor excedente", ressalta o ana-lista técnico da Unidade deAtendimento Coletivo - Agro-negócio, Edirlan Souza.

O Pais funciona em umaorganização circular, geral-

mente com um galinheiro nocentro e as hortaliças em vol-ta. A ideia é facilitar o trânsitodo agricultor pela horta e au-xiliar o sistema de irrigação,cujas mangueiras, deste mo-do, não precisam sofrer do-bras. A integração entre ani-mais e plantas também é es-tratégica. “Enquanto a gali-nha está andando, de certaforma está arando a terra”.

As fezes dela servem comoadubo e algumas das horta-liças servem de alimento parao galinheiro, assim como omilho plantado na proprie-dade, que também pode seradubado com as fezes do ga-linheiro”, comenta EdirlanSouza.

A complementação da ali-mentação é outro benefício.“No Pais, ele tem a carne e osovos da galinha, as hortaliçase até algumas plantas medi-cinais”, destaca Beraldo BoaVentura, gerente da área so-cioambiental de Costa deSauípe.

Obviamente, em se tratan-do de produção ecológica, asorientações sobre alternati-vasnaturaisdecombateapra-gas e doenças fazem parte daconsultoria. O agrônomo doSebrae, Nivaldo Amorim, estáatuandodesdeoiníciodopro-jeto e explica que, quanto àspragas, as medidas são bási-cas.

“A praga quer dizer que oagricultor está manejando er-rado a roça: ou adubando demenos, ou irrigando demais.Ensino a como equilibrar es-sas coisas e naturalmente osproblemas diminuem mui-to”, diz

BeneficiadosUm dos beneficiados peloprojeto é o agricultor VantoilPereira, que mora em Costado Sauípe. Dono de uma roçade 3 mil metros quadrados,

ele e a mulher – que agora oauxilia – foram capacitadospelo Sebrae. Aos 69 anos, otrabalhador descobriu que atécnica pode ser uma grandealiada da experiência. “O jeitoque eles ensinam é melhor.Eu plantava de qualquer jei-to”, admite.

Com o projeto, aprendeu alidar com hortaliças e adqui-riu uma nova fonte de renda.No terreno arenoso da suapropriedade, o agricultor jácolheu e já lucrou com o plan-tio antes dos 90 dias estima-dos . “Como melhor hoje emdia não só porque salada é boaparte da nossa refeição, comoporque, com o dinheiro queganho, posso comprar outrosalimentos”, entusiasma-seVantoil Pereira.

Nem sair de casa Vantoilprecisa para lucrar. Vizinhose pousadas próximas são osconsumidores de seu exce-dente.

ComercializaçãoMas nem todos têm a mesmasorte. A comercialização,aliás, é uma preocupação dosenvolvidos com o projeto.

Em breve, o Sebrae preten-de passar o bastão da assis-tência técnica à CooperativaAgrícola da Costa do Sauípe(Coopevales), que vai abran-ger todo o Estado, deixandoao Sebrae as questões de ges-tão, empreendedorismo e ca-pacitação.

Uma das funções da Coo-pevales no Estado será impul-sionar a comercialização des-ses agricultores. “O exceden-te produzido vai ser direcio-nado para a venda para a me-renda escolar e para o Pro-grama de Aquisição de Ali-mentos da Conab”, diz Nival-do Amorim.

Agriculturafamiliar produz70% do quechega à mesa

A agricultura familiar é res-ponsável por 70% do que che-ga ao prato do baiano. Os da-dos são da Secretaria de Agri-cultura do Estado (Seagri) quecontabiliza 665 mil famíliasneste perfil. O Pais está muitolonge de contribuir significa-tivamente com a melhoria dasituação destes agricultores.Mas essa não é a intenção.“Este projeto exige um acom-panhamento próximo, que oimpede de atingir um grandepúblico. Perderíamos o con-trole e a assistência técnicanão seria efetiva”, argumentaEdirlan Souza. “Além do mais,metade dos agricultores fa-miliares não está no perfildesse programa e uma outraparcela certamente não teriainteresse e teria resistência aométodo”, diz.

Para 2011, a estimativa é deimplantar mais 226 unidadesdo PAIS na região oeste e mé-dio São Francisco. O custo es-timado de cada unidade des-sa é de R$ 12 mil, do qual oSebrae é responsável por 26%e os parceiros dos outros 74%.O acréscimo na implantaçãoem 2011, aliás, foi possível de-vido a cooptação de mais umaassociação, com a Companhiade Desenvolvimento e AçãoRegional (CAR). Os parceirosviabilizam a implantação dasunidades e influenciam naescolha da região. Para par-ticipar é preciso ser um agri-cultor familiar que more naárea cultivada.

“A praga querdizer que oagricultor estámanejandoerrado a roça”NIVALDO AMORIM, agrônomo

Editor-coordenadorFlávio Oliveira

CRÉDITO RURAL Pronaf financia projetosindividuais ou coletivos www.atarde.com.br

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Ivan Cruz / Ag. A TARDE / 23.04.2009