Profilaxia da infecção fúngica no RNPT: Progresso ou risco?

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Profilaxia da infecção fúngica no RNPT: Progresso ou risco? Shahnaz Duara (EUA) 5º Simpósio Internacional de Neonatologia do Rio de Janeiro. 28 a 30Setembro,2006. Conferência Reproduzida por Paulo R. Margotto Apresentação: Ana Marily Soriano/HRAS/SES/DF

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Profilaxia da infecção fúngica no RNPT: Progresso ou risco?. Shahnaz Duara (EUA) 5º Simpósio Internacional de Neonatologia do Rio de Janeiro. 28 a 30Setembro,2006. Conferência Reproduzida por Paulo R. Margotto. Apresentação: Ana Marily Soriano/HRAS/SES/DF. INTRODUÇÃO. - PowerPoint PPT Presentation

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Profilaxia da infecção fúngica no RNPT:

Progresso ou risco?Shahnaz Duara (EUA)

5º Simpósio Internacional de Neonatologia do Rio de Janeiro.

28 a 30Setembro,2006.Conferência Reproduzida por Paulo R. Margotto

Apresentação: Ana Marily Soriano/HRAS/SES/DF

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INTRODUÇÃO Aumento da infecção fúngica deve-se à

maior sobrevivência dos RNPT nos últimos 20 anos. RN ≤ 1500g: incidência 2% RN ≤ 1000g: incidência 10%

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FATORES DE RISCO Ventilação mecânica prolongada Antibióticos de amplo espectro Cateter venoso central Nutrição parenteral total Bloqueadores H2

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TERAPIA EMPÍRICA

X

TERAPIA PROFILÁTICA

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TERAPIA EMPÍRICA O início precoce do tratamento anti-fúngico

pode melhorar o prognóstico, minimizando complicações. RN com IG < 25sem. RN com IG 25 – 27sem que fizeram uso de

cefalosporina de 3ªG ou carbapenêmicos até 7d antes da suspeita.

RN com trombocitopenia inexplicada, independente da IG.

Benjamin et al, Pediatrics 2003; 112: 543-47.

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TERAPIA PROFILÁTICA Metanálise Austin e Darlan: Uso profilático

de anti-fúngico oral para prevenção de infecção sistêmica por Candida. NISTATINA X NÃO TRATAMENTOA infecção fúngica foi reduzida (p<0,01) no grupo tratado com

nistatina; não houve redução da mortalidade.

FLUCONAZOL X NISTATINANão houve diferença estatística.

Austin NC, Darlow B. Cochrane Database System Rev 2004; (1): CD003478

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TERAPIA PROFILÁTICA Kicklighter et al:

Fluconazol profilático em RN ≤ 1500g (n=53)

Redução na colonização por Candida.

Kicklighter et al. Pediatrics 2001; 107: 293-98.

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TERAPIA PROFILÁTICA Kaufman et al: estudo prospectivo,

randomizado e duplo cego por 30 meses com 100 RN ≤ 1000g. FLUCONAZOL X PLACEBO por 6sem.

Colonização por Candida: 22% X 60%. Infecção invasiva por Candida: 0 X 20%.

Kaufman et al. N Engl J Med 2001; 345: 1660-66

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TERAPIA PROFILÁTICA O TGI não é o único local de colonização

por Candida; pele, orofaringe e traquéia também são importantes sítios de colonização.

“No presente momento, NÃO estamos prontos para realizar PROFILAXIA geral com anti-fúngicos!” (Shahnaz)

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GUIDELINE-TERAPIA EMPÍRICA

A mortalidade por Candida foi analisada durante 5 anos. Período 1: Jan/ 2000 à Jan/ 2002, cada

neonatologista iniciou terapia anti-fúngica de acordo com seu próprio critério ( suspeita clínica / hemocultura +)

Período 2: Jul/2002 à Dez/2004, terapia anti – fúngica foi realizada de acordo com o guideline.

Procianoy et al. Eur J Pediatr 2006; 165: 422-23.

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GUIDELINE-TERAPIA EMPÍRICA

Estudo realizado no HCPA com 3178 RN. 1607 RN (período 1) e 1571 RN (período 2). 149 RN receberam terapia anti-fúngica.

72 RN (período 1) e 77 RN (período 2). TODOS os 149 RN tiveram cateter venoso central

e receberam antibióticos de amplo espectro antes da terapia anti-fúngica.

ATB amplo espectro= Vancomicina e cefalosporina de 3ªG.

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GUIDELINE-TERAPIA EMPÍRICA Critérios de tratamento: PN ≤ 1500g ou RN gravemente doente Sinais clínicos de infecção fúngica e/ou neutropenia ATB de amplo espectro por 7 dias ou mais,

associado com pelo menos um dos seguintes fatores: (Vancomicina / Cefalosporina 3ªG) NPT VPM Acesso venoso central Corticóide pós-natal Bloqueadores H2 Candidíase mucocutânea

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Questionamentos Dr. Shahnaz Seria aconselhável retirar o cateter venoso

central de um RN prematuro extremo com cultura positiva para fungo, dado a dificuldade de acesso venoso nestes RN? Removemos o cateter e fazemos acesso periférico.

Depois de 48 horas, a contagem de plaquetas começa a subir. Antes de colocar o cateter de volta, fazemos novamente a cultura e se negativa para fungos, colocamos o cateter venoso central novamente. É impressionante como as nossas Enfermeiras consegue deixar nestes Rn o cateter periférico por dias.

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Questionamentos Dr. Shahnaz Candida sensível ao fluconazol. Você

trocaria a anfotericina por fluconazol? A anfotericina B é a nossa terapia padrão no

caso de sepses fúngica e neste caso usaria a anfotericina B. Tentamos guardar o fluconazol para os casos de infecção no sistema nervoso central e infecção urinária.

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Questionamentos Dr. Shahnaz Frente a um quadro de sepses por fungo

(cultura positiva) devemos realizar de rotina fundo de olho, ecografia de vias urinárias, ecocardiograma? Depende das suas condições. Frente a uma sepses

fúngica, devemos remover os cateteres centrais, iniciamos a terapia com anfotericina e se o quadro clínico melhorar, nem sempre fazemos todos estes exames. Em algum momento, FAÇO O FUNDO DE OLHO, não a parte renal ou cardíaca.

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Questionamentos Dr. Shahnaz Por quanto tempo tratar a infecção

fúngica (cultura positiva)? Quando temos uma hemocultura positiva pra

fungo, retiramos o cateter e usamos a forma lipossomal da anfotericina. Fazemos uma hemocultura a cada 2 dias. Com isto, temos uma série de hemoculturas. Se tivermos a hemocultura negativa, tratamos por 14 dias.

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Consultem: Profilaxia da infecção fúngica no recém-

nascido pré-termo: progresso ou risco Autor(es): Shahnaz Duara (EUA).

Realizado por Paulo R. Margotto

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Obrigada