Curso Seqüencial de Gestão Ambiental Prof. Antônio César Pinheiro Cotrim.
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Professora Sônia A. Souza Cotrim
Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia
Vanguardas
Europeias
Pré-Modernismo
Não constitui uma escola literária, mas um período
de transição para o modernismo.
Realismo
Naturalismo
Parnasianismo
Simbolismo
Pré-
Modernismo
1902
Os Sertões
Canaã
1922
Semana
de Arte
Moderna
Modernismo
Os estilos que marcaram o final do séc. XIX
Realismo, Naturalismo, Parnasianismo e Simbolismo
ainda estavam no gosto do público.
Pré-Modernismo
Um Período Sincrético
Centelhas de renovação artística incendeiam o
ambiente, que se prepara para a grande
renovação de 1922.
Pré-Modernismo
Que Brasil é este? É o Brasil desigual...
Rural Urbano
civilizado
politizado
refinado
Retrógrado
Brutalizado
Fanatizado
Tema de Euclides da Cunha
Pré-Modernismo
O Brasil Caipira
anacrônico
inerme/indefeso
analfabeto
Tema de Monteiro Lobato
obtuso/rude
Urupês (Jeca Tatu) Cidades Mortas
Pré-Modernismo
O Brasil da Marginalização Urbana
O negro O funcionário público Os alcoólatras
Lima Barreto Subúrbio
Pré-Modernismo
Brasil: Terra de Canaã
Com a abolição da escravatura, o Brasil passou a importar mão-de-obra
estrangeira. Surgem os conflitos de adaptação e questões raciais.
Graça Aranha: Canaã
Pré-Modernismo
Um País Oligárquico (poder é exercido por um grupo restrito de pessoas)
Rural
São Paulo
(interior)
Aristocracia
Urbana
Minas Gerais
São Paulo
(capital)
Rio de Janeiro
A literatura popular e suburbana de Lima Barreto.
• A proposta modernizadora de Graça Aranha.
• As manifestações polêmicas de Monteiro Lobato.
• A erudição assombrosa de Euclides da Cunha.
• A poesia escatológica de Augusto dos Anjos.
Pré-Modernismo
Um Período Sincrético
No geral, o Pré-Modernismo é uma literatura de Crítica
Social.
Pré-Modernismo
Uma Radiografia Crítica do Brasil
Mostra o Brasil real, com seus Conflitos Político-Sociais.
Desmistifica o Romantismo e seu Nacionalismo Ufanista.
Portanto, um Nacionalismo Crítico-Amargo.
"A urbs monstruosa, de barro, definia bem a civitas sinistra do erro. O
povoado surgia, dentro de algumas semanas já feito ruínas. Nascia
velho. Visto de longe, desdobrado pelo cômoros, atulhando as
canhadas, cobrindo área enorme, truncado nas quebradas, revoltonos pendores - tinha o aspecto perfeito de uma cidade cujo solohouvesse sido sacudido e brutalmente dobrado por um terremoto.”
Revolução de Canudos (Bahia, 1896-97);
O Ciclo do Cangaço (NE, 1900);
O Misticismo do Pe. Cícero (Ceará, 1911-15);
Revolução do Contestado (Santa Catarina, 1914);
O Ciclo da Borracha (Amazônia, 1870-1920);
A Revolta da Vacina (Rio, 1904);
A Revolta da Chibata (Rio, 1910);
Greves dos operários (São Paulo, 1917);
República da Espada (1889-1894);
República do Café-com-leite (1894-1930).
Pré-Modernismo
Brasil Republicano – conflitos e contrastes
CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-MODERNISMO
• RUPTURA COM O PASSADO
• DENÚNCIA DA REALIDADE BRASILEIRA
• REGIONALISMO
• TIPOS HUMANOS MARGINALIZADOS
• LIGAÇÃO COM FATOS POLÍTICOS, ECONÔMICOS E
SOCIAIS CONTEMPORÂNEOS
Pré-ModernismoPré-Modernismo
O autor• 1866-1909
• Engenheiro, sociólogo, jornalista e historiador.
• Até a Campanha de Canudos, Euclides da Cunha foi umdefensor incondicional do novo regime.
• Chegou a Canudos em 1897, como repórter do jornal OEstado de S. Paulo.
1909
1902
A obra
• 1902
• Dividida em “A terra”, “O homem” e “A luta”
• Mostrou que todos os reveses sertanejos estão ligadosà terra, desde a opressão semifeudal do latifúndio atéa ignorância e o isolamento a que esta parte do Brasilsempre esteve condenada. E evidenciou que nadasupera a principal calamidade do sertão: a seca.
O sertanejo"O sertanejo é, antes de tudo, umforte. Não tem o raquitismoexaustivo dos mestiços do litoral. Asua aparência, entretanto, noprimeiro lance de vista, revela ocontrário(...). É desgracioso,desengonçado, torto. Hércules-Quasimodo (...) é o homempermanentemente fatigado (...)Entretanto, toda essa aparência decansaço ilude (...) No revés ohomem transfigura-se . (...) e dafigura vulgar do tabaréu canhestroreponta, inesperadamente, oaspecto dominador de um titãacobreado e potente, numdesdobramento surpreendente deforça e agilidade extraordinárias.”
Livro de Português – página 16
Significado da obra
• “Dois Brasis”: um litorâneo e outro interiorano.
• cidades litorâneas = polos de desenvolvimento político eeconômico
• interior = condições de atraso econômico que subjugavamsuas populações à fome e à miséria.
Rendição dos conselheiristas em 2 de outubro de 1897.
O Conselheiro exumado após 13 dias do sepultamento.
“Fechemos este livro. Canudos não se rendeu. Exemplo único
em toda a história, resistiu até ao esgotamento completo.
Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no
dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores,
que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens
feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente 5 mil
soldados. (...) Caiu o arraial a 5. No dia 6 acabaram de o destruir
desmanchando-lhe as casas, 5.200, cuidadosamente contadas.”
Afonso Henriques de Lima Barreto
“Mulato, desorganizado, incompreensível e incompreendido”
(Lima Barreto, por ele mesmo)
(1881 – 1922)
Uma literatura afiada e muitas pedras no meio do caminho
Lima Barreto
Pré-Modernismo
Romances principais:
•Recordações do Escrivão Isaías
Caminha
•Triste Fim de Policarpo Quaresma
•Clara dos Anjos
Marcas comuns em seus textos
• A crítica aos comportamentos sociais marcados pela hipocrisia (aparência)
• Subúrbio carioca - os pobres, os boêmios e os arruinados.
• Foi severamente criticado pelos seus contemporâneosparnasianos por seu estilo despojado, fluente e coloquial,que acabou influenciando os escritores modernistas.
• Para ele, o escritor tinha uma função social.
Triste Fim de Policarpo Quaresma (1916)
Monteiro Lobato (1882-1948)
Pré-Modernismo
• Escritor polêmico.
• Criticava o atraso do país, mas se colocou contra o Modernismo.
• Criticado por preconceito.
•Escreveu literatura infantil e literatura “para adulto”.
Obras principais
❑ Urupês (1919)
❑ Ideias de Jeca Tatu (1918)
❑ Cidades Mortas (1919)
❑ Negrinha (1920)
❑ Mundo da Lua (1923)
❑ O Macaco que se Fez Homem (1923)
❑ O Choque das Raças
Literatura Infantil:
Reinações de Narizinho
Viagem ao Céu
O Saci
Caçadas de Pedrinho
Hans Staden
Histórias do Mundo para Crianças
Memórias de Emília
Emília no País da Gramática
Aritmética de Emília
Geografia de Dona Benta
Serões de Dona Benta
O Poço do Visconde
Histórias de Tia Nastácia
O Pica-pau Amarelo
A Reforma da Natureza
O Minotauro
Fábulas
URUPÊS
Esse livro de contos, considerado por
muitos a obra-prima de Monteiro Lobato,
foi lançado em 1918.
São vários contos retratando aspectos da
realidade brasileira nos quais denuncia,
numa linguagem vigorosa, o drama da
exclusão social.
JECA TATU
“Raça a vegetar de cócoras, incapaz de evolução,
impenetrável ao progresso.”“Vive apenas do que a
natureza esparrama pelo mato.(...) Seu grande cuidado
é espremer todas as consequências da lei do
menor esforço.”“Cultiva a deusa Cachaça, divindade que entre eles
ainda não encontrou heréticos.”
LITERATURA INFANTIL
• Monteiro Lobato foi um dos primeiros autores de literaturainfantil em nosso país e em toda a América Latina.
• Na produção infantil Lobato aproveita para transmitir àscrianças valores morais, conhecimentos sobre nosso país,nossas tradições, nossa língua.
• Pode-se afirmar que o escritor nacionalizou o imaginárioinfantil do país.
LOBATO: PATERNALISMO OU PRECONCEITO?
• Especialistas em educação infantil veem hoje comreserva alguns dos valores transmitidos pelaliteratura infantil de Lobato, especialmente notratamento dado à negra e serviçal Nastácia.
LOBATO: PATERNALISMO OU PRECONCEITO?
• “ – Cale a boca! [...] Você só entende de cebolas ealhos e vinagres e toicinhos. Está claro que nãopoderia nunca ter visto fada porque elas nãoaparecem para gente preta. Eu, se fosse Peter Pan,enganava Wendy dizendo que uma fada morresempre que vê uma negra beiçuda...
LOBATO: PATERNALISMO OU PRECONCEITO?
• - Mais respeito com os velhos, Emília! – advertiu Dona Benta. – Não quero que trate Nastácia desse modo. Todos aqui sabem que ela é preta só por fora.
Graça Aranha (1866/ 1931)
Foi juiz no Maranhão e no Espírito Santo.
Participou do movimento modernista,
como doutrinador.
Não é considerado modernista porque suaúnica obra "modernista", A viagem
maravilhosa, é feita em um estilo
extremamente artificial. Morreu logo antesde publicar sua autobiografia, O meu
próprio romance, de 1931.
Imagem
: G
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ranha, 1904 / F
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Públic
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Obras principais:
Canaã (1902/ romance)
Estética da Vida (1921/ ensaio)
Espírito Moderno (1925/ ensaio)
A Viagem Maravilhosa (1927/ romance)
Augusto dos Anjos
Pré-Modernismo
• Poesia da solidão e da
decomposição humano-psicológica
• Sincretismo: parnasianismo +
naturalismo + simbolismo
Obra:
•Eu
Augusto dos Anjos
Pré-Modernismo
Augusto dos Anjos (1884/ 1914)
Formou-se em direito, mas foi
sempre professor de Literatura.
Publicou apenas um único livro de
poesias, Eu. Sua obra é
cientificista, profundamente
pessimista. Trabalhou, assim como parnasianos e simbolistas, com
sonetos e verso decassílabo.
PESSIMISMO
Aproximação de Schopenhauer na poesia de
Augusto dos Anjos
Obras de Augusto dos Anjos Pré-ModernismoPré-Modernismo
Obras de Augusto dos Anjos Pré-ModernismoPré-Modernismo
EU, de AUGUSTO DOS ANJOS
➢Linguagem cientificista-naturalista
➢Emprego de palavras não-poéticas
➢Pessimismo e angústia em facedos problemas e distúrbiospessoais
Versos ÍntimosLivro de Português -página 24
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão — esta pantera —
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija !
Psicologia de um vencidoLivro de Português -página 24
Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e rutilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A influência má dos signos do zodíaco.
Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Já o verme — este operário das ruínas —
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,
Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar- me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!
O DEUS VERME
Livro de Português -página 25
Fator universal do transformismo.
Filho da teleológica matéria,
Na superabundância ou na miséria,
Verme - é o seu nome obscuro de batismo.
Jamais emprega o acérrimo exorcismo
Em sua diária ocupação funérea,
E vive em contubérnio com a bactéria,
Livre das roupas do antropomorfismo.
Almoça a podridão das drupas agras,
Janta hidrôpicos, rói vísceras magras
E dos defuntos novos incha a mão...
Ah! Para ele é que a carne podre fica,
E no inventário da matéria rica
Cabe aos seus filhos a maior porção!
Resumo Pré-ModernismoPré-Modernismo
Atividade
Produzir um mapa mental sobre o Pré-Modernismo,apresentando:
1. datas e marcos (início e término);
2. características gerais do movimento;
3. contexto histórico;
4. principais representantes (obras e características decada um).